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RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO DA

REALIDADE TÉCNICA
DO MUNICÍPIO DE
SÃO CAETANO DE ODIVELAS - 2022

II ETAPA

Processo de Elaboração de Plano Diretor Municipal.

São Caetano de Odivelas


2022
2

PREFEITA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS-PA


FELIPA RODRIGUES DOS SANTOS RENDEIRO

VICE PREFEITO
ENOC ALBUQUERQUE

COMISSÃO MUNICIPAL
DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL
PARTICIPATIVO (PDMP)

Coordenador (a) da área urbana do Processo de Revisão do PDMP


Eudiracir Rodrigues Aquino
Talita Vieira Aranha

Coordenador(a) da área rural do Processo de Revisão do PDMP


Jovanildo Martins

Comissão Executiva de Planejamento

Eudiracir Rodrigues Aquino


Talita Vieira Aranha
Reginaldo Leal Ferreira
Eddie Arlley De Albuquerque Gonçalves
Odila Fonseca Saldanha
Marinaldo Vale
Elder Robério Moraes Favacho
Nanci de Jesus C. De Oliveira
Taíse de Souza Dantas
Jaison Luiz Santa Rosa
Beatriz Nayara Farias Das Chagas
Sabrina Palheta Dias
Millon Charles Costa Ribeiro
Waldenice Albuquerque Garça
Jovanildo Rodrigues Martins
Elierge Ribeiro
Andrey Rodrigues Favacho
Hamilton Pompeu Costa

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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Comissão Técnica

Eudiracir Rodrigues Aquino-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão


Talita Vieira Aranha-Engenheira de Pesca
Hamilton Pompeu Costa-Assessor Gabinete
Rosaria da Silva Oliveira-Secretaria Municipal de Administração
Reginaldo Leal Ferreira-Assessoria administração
Rodolfo Severino Rodrigues dos Santos-Secretário Municipal de Finanças
Sâmia Hamoy Guerreiro-Advogada-Assessoria Jurídica
Paulo Roberto Melo da Silva-Secretário Municipal de Meio Ambiente
Eddie Arlley De Albuquerque Gonçalves – Engenheiro Ambiental
Marinaldo Vale-Secretário Municipal de Agricultura
Odila Fonseca Saldanha -
Luciana Pereira da Silva-Secretária Municipal de Saúde
Nanci De Jesus C. De Oliveira -
Airton Simeão Neto- Secretário Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Rubens Fernandes - Diretor de Turismo
Taíse de Souza Dantas – Técnica em Turismo
Suellen Cardoso da Silva-Secretaria Municipal de Assistência Social
Beatriz Nayara Farias Das Chagas-Psicóloga
Sabrina Palheta Dias-
João Paulo de Oliveira Vieira-Secretário Municipal de Obras, transporte,
saneamento e urbanismo
Millon Charles Costa Ribeiro-Engenheiro Civil
Jefferson Cezar Brito Leite – Secretário Municipal de Educação
Waldenice Albuquerque Garça
Jovanildo Rodrigues Martins
Hamilton Pompeu Costa-Secretário Municipal de Defesa Civil
Prof. Dr. José Guilherme Fernandes
Coordenador Acadêmico Núcleo Universitário São Caetano de Odivelas/UFPA

Rondinell Aquino Palha-Prof. Historiador/PPGEA/UFPA

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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Grupo de Acompanhamento

Prof. Dr. José Guilherme Fernandes


Coordenador Acadêmico Núcleo Universitário São Caetano de Odivelas/UFPA

Rondinell Aquino Palha-


Prof. Historiador/PPGEA/UFPA
Paulo Viegas
Vereador Câmara Municipal de Vereadores

APOIO INSTITUCIONAL
Governo do Estado do Pará
Helder Zahluth Barbalho

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas – SEDOP


Benedito Ruy Cabral

Diretoria de Políticas Setoriais– DISET


Alexandre José Alencar

Coordenadoria de Política e Desenvolvimento Urbano


Roberta Andrade Cavalleiro de Macedo

APOIO TÉCNICO
Antônia Maria Ribeiro Almeida
Silvia Vieira Guedes

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ............................................................................................ 8


LISTA DE TABELAS ............................................................................................. 9
LISTA DE GRÁFICOS ..........................................................................................10
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................12
LISTA DE MAPAS ................................................................................................13
1. APRESENTAÇÃO ..........................................................................................14
2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO ............................................................15
2.1. Aspectos Históricos...............................................................................15
2.2. Aspectos Gerais e inserção regional ...................................................16
Quadro 1 – Representação do território do município ..........................................18
3. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ..................................................................19
3.2. Estrutura Organizacional da Prefeitura Municipal .......................................19
4. ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO ..............................................................20
5. FINANÇAS PÚBLICAS ..................................................................................20
6. PRODUTO INTERNO BRUTO .......................................................................20
7. POPULAÇÃO .................................................................................................21
7.1. Índice de Progresso Social-IPS ................................................................23
Quadro 2 - Estrutura do IPS Amazônia ...............................................................24
8. ORDENAMENTO TERRITORIAL ..................................................................26
8.1. Zoneamento Urbano ................................................................................26
8.2. Zoneamento Rural....................................................................................28
9. ASPECTOS AMBIENTAIS .............................................................................33
9.1. Informações Ambientais Gerais do Município ............................................33
9.3. Resex-Mocapajuba ..................................................................................39
9.4. Área de Preservação Permanente-Mangues ...........................................40
9.5. ICMS Verde ..............................................................................................41
9.6. Cadastro Ambiental Rural ........................................................................42
9.7. IPS Amazônia-Fundamentos para Bem Estar ..........................................44
10. ASPECTOS RURAIS ..................................................................................44
10.1. Estrutura Administrativa, Gestão e Fomento do Espaço Rural .................45
10.2. Ações e projetos da Secretaria Municipal de Agricultura-SEMAGRI-
SCO 45
10.3. Estrutura Comercialização e Escoamento Produtivo ............................49
10.4. Perfil Produtivo, Uso e Ocupação do Solo ............................................50
10.5. Regularização Fundiária .......................................................................60

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11. ASPECTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO, EMPREGO E


RENDA .................................................................................................................61
11.1. Indicadores dos Programas de Assistência Social....................................62
11.2. Cadastro Único para Programas Sociais do Governo ..........................63
11.3. Beneficio Bolsa Familia, Auxilio Brasil e Beneficio Prestação
Continuada-BPC ................................................................................................66
11.4. Equipamentos Públicos e Serviços Assistência Social .........................68
11.5. Familias Atendidas pelo PAB(PAA) ......................................................68
11.7. Atendimentos realizados no centro de referência em Assistência Social
– CRAS Odivelas ...............................................................................................70
11.10. Diagnóstico dos principais elementos interferência na gestão da
Assistência Social no âmbito municipal. ............................................................72
11.11. Trabalho e geração de emprego e renda ..............................................76
12. ASPECTOS SAÚDE ...................................................................................78
12.1. Estrutura de Gestão da Política Municipal de Saúde ................................78
12.2. Equipamentos públicos .........................................................................80
12.3. Aspectos qualitativos e quantitativos da política municipal de saúde ...83
12.4. Diagnóstico dos principais problemas enfrentados pelo sistema de
saúde municipal .................................................................................................84
13. ASPECTOS EDUCACIONAIS ....................................................................90
13.1. Estrutura de Gestão da Educação Municipal ............................................90
13.2. Conselhos e instâncias colegiadas .......................................................91
13.3. Plano Municipal de Educação ...............................................................92
13.4. Equipamentos Públicos da Educação ...................................................92
13.5. Ações e Programas de Educação .........................................................94
13.6. Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE ............................95
13.7. Atendimento Educacional Especializado - AEE ....................................96
13.8. Programa Nacional do Livro e do Material Didático - PNLD .................97
13.9. Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE........................................97
13.10. Educação Conectada ............................................................................98
13.11. Conferência Municipal de Educação .....................................................98
13.12. Indicadores importantes para gestão de educação municipal ..............98
14. ASPECTOS CULTURAIS, TURISMO, ESPORTIVOS E DE LAZER .......102
14.2. Estrutura Administrativa e de Gestão .................................................102
14.2. Descrição do Ambiente Cultural ..............................................................103
14.3. Equipamentos públicos e estruturas de apoio a cultura, turismo e
esporte 104
14.4. Ações, Políticas e Programas .............................................................105

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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14.5. Potencialidades Turística ....................................................................105


14.6. Patrimônio material e imaterial ............................................................106
15. ASPECTOS INFRAESTRUTURA, SANEAMENTO E HABITACIONAIS .107
15.1. Estrutura Administrativa e de Gestão ......................................................107
15.2. Obras e Urbanismo .............................................................................107
15.3. Abastecimento de água e saneamento ...............................................110
15.4. Políticas e Indicadores de Saneamento municipal ..............................113
15.5. Iluminação Pública ..............................................................................116
15.6. Estrutura de acesso a comunicação ...................................................119
16. ASPECTOS DE MOBILIDADE URBANA .................................................120
16.1. Departamento Municipal de Trânsito – DEMUTRAN ..............................121
16.2. Acesso as vias principais ....................................................................122
16.3. Transporte intermunicipal....................................................................123
17. ASPECTOS SEGURANÇA E DEFESA CIVIL ..........................................124
17.1. Estrutura de Gestão ................................................................................124
17.2. Planos e Programas a serem desenvolvidos pela Defesa Civil no
município..........................................................................................................124
17.3. Levantamentos realizados pela Defesa Civil ......................................125
18. CONSIDERAÇÕES ...................................................................................127
19. CONSULTA BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................128

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Representação território do município
Quadro 2 Área trabalhada por comunidade
Quadro 3 Oferta de Cursos pela SEMAGRI-SCO 2021-2022
Quadro 4 Quantidade agricultores cadastrados
Quadro 5 Lista de projetos da SEMAGRI SCO
Quadro 6 Perfil da Pecuária praticada em São Caetano de Odivelas
Quadro 7 Principais lavouras do município
Quadro 8 Levantamento de imóveis cadastrados no IPTU
Quadro 9 Número de cadastrados do município
Quadro 10 Grupo populacionais tradicionais específicos (PTE)
Quadro 11 Famílias atendidas pelos programas assistenciais do município
Quadro 12 Trabalho executado SEMAS
Quadro 13 Atendimento SEMAS
Quadro 14 Casos atendidos Conselho Tutelar 2021
Quadro 15 Nº de famílias e comunidades atendidas por ESF
Quadro 16 Ações e Campanhas Saúde
Quadro 17 Escolas da esfera administrativa municipal e estadual
Quadro 18 Quantidade programa nacional de transporte escolar
Quadro 19 Estrutura disponível para atender transporte escolar
Quadro 20 Alunos atendidos PNAE rede municipal e estadual
Quadro 21 Escolas atendidas PDDE
Quadro 22 Número de residências atendidas pelo SAAE Zona urna e rural
Quadro sinótico da situação do saneamento no município de São
Quadro 23
Caetano de Odivelas
Custo com material elétrico, iluminação pública de janeiro a abril de
Quadro 24
2022
Despesas de material por período e localidade atendidas de janeiro a
Quadro 25
abril de 2022

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Situação do IDHM, Índice de GINI e PIB


Tabela 2 Panorama das finanças públicas
Tabela 3 Demonstrativo do PIB, período 2015-2019
Tabela 4 Indicadores de população residente zona rural e urbana
Tabela 5 Valores de repasse ICMS Verde
Tabela 6 Imóveis Rurais Cadastrados no Sistema CAR até 10/2022
Levantamento de pescado capturado de setembro a dezembro de
Tabela 7 2021
Tabela 8 Valores de famílias atendidas desde a criação em 2021
Tabela 9 Quantidade de vínculos por setor econômico

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Nível de crescimento populacional


Gráfico 2 População por faixa etária
Gráfico 3 População por sexo
Gráfico 4 Evolução do IPS 2015 a 2021
Gráfico 5 Ranking IPS
Gráfico 6 Bairros reconhecidos através da pesquisa Diagnóstico PDM
Gráfico 7 Evolução ICMS Verde nos últimos 5 anos
Gráfico 8 Situação dos Cadastros ambientais rurais no município
Gráfico 9 Qualidade do Meio Ambiente segundo IPS
Gráfico 10 Quantidade de área trabalhada por comunidade
Gráfico 11 Faixa etária dos produtores por sexo
Gráfico 12 Escolaridade das pessoas ocupadas na agricultura
Gráfico 13 Pessoas ocupadas na agricultura e pecuária por sexo
Gráfico 14 Quantidade de pescado capturado
Gráfico 15 Percentual comercializado mercado externo e interno
Gráfico 16 Característica socioeconômica do tirador de caranguejo
Gráfico 17 Principais métodos de captura utilizado
Gráfico 18 Representação de São Caetano de Odivelas na produção do mel
Gráfico 19 Evolução da produção de mel em Kg no período de 2011 a 2015
Gráfico 20 Áreas titulada por comunidade
Gráfico 21 Percentual do repasse IGD 2022
Gráfico 22 Evolução do nº de famílias e pessoas cadastradas de 2015 a 2022
Gráfico 23 Grupos Populacionais Tradicionais-PTE
Gráfico 24 Número de pessoas cadastradas PTE
Gráfico 25 Evolução histórica famílias atendidas pelo Bolsa Família
Gráfico 26 Valores de família atendidas desde a criação do PAB
Gráfico 27 Dinâmica de trabalho executada pela SEMAS
Gráfico 28 Total de atendimentos SEMAS
Gráfico 29 Total de serviços realizados pelo CREAS
Gráfico 30 Vinculo empregatícios
Gráfico 31 Vínculos empregatícios por gênero
Gráfico 32 Percentual de vínculos empregatícios em relação ao estado
Gráfico 33 Famílias atendidas pelas ESF's
Gráfico 34 Taxa de cobertura das ESF's período de 2016-2020
Gráfico 35 Taxa de cobertura das ACS período de 2016-2020
Gráfico 36 Proporção de mulheres que realizam exame colo do útero na faixa
etária de 25 a 67 anos
Gráfico 37 Taxa de incidência de Hanseníase e Tuberculose
Gráfico 38 Taxa de mortalidade por sexo
Gráfico 39 Percentual de natalidade de mães adolescentes entre 10 a 19 anos
Gráfico 40 Taxa de mortalidade infantil

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Gráfico 41 Comparação Taxa de mortalidade e natalidade


Gráfico 42 Evolução matriculas por modalidade de ensino
Gráfico 43
Número de matriculas por localização e dependência administrativa
Gráfico 44 Evolução Índice IDEB
Gráfico 45 Taxa de evasão escolar
Gráfico 46 Taxa de distorção escolar idade série
Gráfico 47 Taxa de distorção escolar idade série por zona urbana e rural
Gráfico 48 IPS Desenvolvimento educação Básica
Gráfico 49 Residências atendidas na Zona urbana
Gráfico 50 Residências atendidas na Zona Rural
Gráfico 51 Comparativo de atendimento SAAE Zona urbana e rural
Gráfico 52 Percentual da população atendida pela COSANPA e SAAE
Gráfico 53 Situação esgotamento sanitário no município
Gráfico 54 Situação coleta lixo domiciliar
Gráfico 55 Quantidade de material elétrico utilizado de janeiro a abril de 2022
Gráfico 56 Custo de material de iluminação pública no período de janeiro a abril
de 2022
Gráfico 57 Índice de desenvolvimento no nível de acesso a comunicação no
município
Gráfico 58 Evolução da frota de veículos de São Caetano de Odivelas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Organograma da nova estrutura administrativa,
Figura 2 Recorte regional
Figura 3 Ações de preservação de fauna
Figura 4 Ações de resgate de animais
Figura 5 Ações de educação ambiental nas escolas
Figura 6 Controle Ambiental-desmatamento
Figura 7 Recuperação de área degradada
Figura 8 Ações Secretaria Municipal de Assistência Social-SEMAS
Figura 9 Áreas de atuação Secretaria Municipal de Saúde
Figura 10 Ações Secretaria Obras -Asfalto
Figura 11 Ações Secretaria de Obras - calçamento
Figura 12 Sinalização horizontal vias central da cidade
Figura 13 Sinalização vertical vias central da cidade
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LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Inserção Regional
Mapa 2 Localização do Município
Mapa 3 Malha rodoviária
Mapa 4 Recorte dos bairros, limites zona urbana,
Mapa 5 Zoneamento rural comunidades
Mapa 6 Região do Pereru
Mapa 7 Região Santa Maria
Mapa 8 Região do Mojuim
Mapa 9 Região do Maracajá
Mapa 10 Região das Ilhas
Mapa 11 Vegetação
Mapa 12 Hidrografias
Mapa 13 Resex Mocapajuba
Mapa 14 Área de APP-Mangues
Mapa 15 Cadastro Ambiental Rural
Mapa 16 Perfil Produtivo
Mapa 17 ESF's Zona Rural
Mapa 18 Escolas Zona Rural
Mapa 19 Comunidades atendidas SAAE
Mapa 20 Abastecimmento de água comunitário

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1. APRESENTAÇÃO

O município de São Caetano de Odivelas, através da Comissão Técnica


Municipal formalizada através do decreto de n° 043/2020 em parceria com o Governo
do Estado do Pará elaborou este relatório técnico, com o objetivo de apresentar a
realidade atual municipal, com vistas, a subsidiar a Elaboração do Plano Diretor
Municipal.
Este relatório, portanto, corresponde ao segundo produto da fase de execução
da revisão do Plano Diretor Municipal Participativo, conforme proposta metodológica
apresentada no Plano de Ação.
Neste sentido, o diagnóstico da realidade atual, foi elaborado, através da
realização da leitura técnica, comunitária e compartilhada, no qual, foram criados
e/ou atualizados mapas temáticos, tabelas, quadros e textos de análises, com as
suas devidas sistematizações e cruzamento de dados.
Tais leituras ocorreram quando da realização das reuniões técnicas e
comunitárias (nas áreas urbanas e rurais) para a apresentação, complementação
e/ou construção de dados importantes para a consolidação deste relatório que a
posteriori será um anexo da minuta de lei encaminhada para aprovação na câmara
municipal.
Este documento comtempla a estrutura da publicação para elaboração do
Plano Diretor compondo o Plano de Ação, Leitura Comunitária e Leitura Técnica,
consiste no conjunto de informações técnicas e legais, estruturadas na forma de
condicionantes, tendências e potenciais, por meio da análise de informações sobre
o município e região, da legislação vigente aplicável e de referências em potencial,
bem como da elaboração de estudos, mapas, gráficos, diagramas e tabelas.
Desta forma Juntas, formarão a Leitura da Realidade Municipal, que se refere
ao levantamento de informações sobre o município. É o diagnóstico da situação
atual, identificando os problemas e potencialidades existentes, assim como as
prioridades e diretrizes para o desenvolvimento urbano municipal, permitindo
gestores de Políticas públicas tenham condições de planejar ações com base na
realidade atual da população residente, visando o desenvolvimento econômico
sustentável. A caracterização do município quanto aos aspectos territoriais,
socioeconômicos e institucionais constituiu um instrumento de análise dos principais
problemas e potencialidades locais. A partir dessa análise foi possível definir as
diretrizes e ações que devem ser desenvolvidas no município para minimizar os

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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problemas e fortalecer as potencialidades identificadas, com isso é necessário


promover a divisão regional na área rural para fomentar a aplicação e eficiência
dessas políticas de desenvolvimento sócio demográfico. As informações produzidas
neste estudo conformam a base das diretrizes de planejamento e gestão que
integram a Minuta do Projeto de Lei do Plano Diretor de São Caetano de Odivelas,
apresentado como parte integrante deste documento.

2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO
2.1. Aspectos Históricos

Data da fundação: 07 de agosto de 1737.


Data da emancipação: 31 de outubro de 1935.
Fundadores: Jesuítas.
Os principais relatos históricos do município têm origem com a presença dos
jesuítas na região, com a missão de catequizar os nativos. A influência e contribuição
do Padres Jesuítas, se estendeu as Cidade vizinhas de Vigia como, São Caetano de
Odivelas, Curuçá e Colares.
Este especifico fato histórico, deve ser considerado e analisado, para um
melhor entendimento da origem de São Caetano de Odivelas, que surgiu, a partir da
instalação de uma fazenda para criação de gado, as margens do Rio Mojuim. A
respectiva fazenda, foi criada, para dar subsídio ao Colégio existente na Cidade de
Vigia (PALHA,2018).

Assim, CASTILHO, SANTOS, (1986) em seu livro de publicação independente,


“Nossa Terra, Nossa Gente” segue como uma das principais fontes históricas sobre a
cidade de São Caetano de Odivelas, onde o autor descreve:
“...os Jesuítas fundaram uma fazenda denominada Odivelas, e colocaram
sob a proteção de São Caetano da Divina Providência. Mais tarde, em
1755, a Fazenda recebeu o título de Freguesia com o nome de São
Caetano de Odivelas. Em 1760, o Governo sequestrou os bens e
documentos da referida fazenda que passou a ser administrada de
prepostos do Governo Estadual. ” (CASTILHO; SANTOS. 1986. p. 11).

A Fazenda jesuíta localizava-se onde hoje está assentada a sede do Município


de São Caetano de Odivelas. Após a expulsão dos Padres Jesuítas do Brasil, por força
da “Lei” que “Dom José” promulgou a 03 de setembro de 1759, foi elaborado um
minucioso inventário dos bens móveis e imóveis que foram confiscados pelo Governo
Português (GOVONI SJ, 2009.p.3).
O Pe. Ilário Govoni SJ (2009) descreve a Fazenda São Caetano no “Inventário
Jesuítico do Pará”:

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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Uma légua de terra em quadra, que pela medição do possuidor compreende


toda a ilha; umas casas de madeiras com 6 cubículos, de 100 e 10 palmos,
todas cobertas de telha; 30 casas ou ranchos de gente da fazenda; uma
casa de forno muito grande com paiol para farinha; 7 fornos, 5 rodas de ralar
mandioca, e todos os mais preparos para a feitura das farinhas; uma casa
coberta de telhas com 3 teares para fazer pano; uma casa de ferraria com
todo o necessário para ferreiro, e serralheiro (...) (GOVONI SJ, 2009, p.66).

A partir desta descrição, Palha (2018) afirma, que é possível compreender


como o meio natural desempenhou um papel significativo na origem da sede do
Município de São Caetano de Odivelas. Por isso, o rio Mojuim se destaca como um
dos protagonistas na relação estabelecida entre Companhia do Coração de Jesus e
a trajetória histórica do município assim como da vida dos seus moradores.
Essa fazenda localizava-se a margem esquerda do rio Mojuim, a 11 km da sua
foz, onde hoje se assenta a sede municipal de São Caetano de Odivelas. Em 1833,
foi criada a freguesia de São Caetano de Odivelas. O município foi criado em 1872,
sendo devidamente instalado em 28 de agosto de 1874, criando-se a Câmara
Municipal. O primeiro Prefeito do município foi o Sr. Francisco Antônio da Rocha,
que apesar de ter sido o mais votado, chegou tarde à solenidade de instalação
municipal, tendo assumido o seu lugar o Sr. Inácio Manoel Ferreira. Com o
estabelecimento do regime republicano foi instalada em 26 de março de 1890, a
Intendência Municipal, sendo intendente local o Sr. Antônio Francisco dos Santos.
Em 06 de julho de 1895, pela Lei nº 324, a sede municipal foi elevada à categoria de
cidade, sendo instalada no dia 15 de agosto do mesmo ano. Em 1930, o município
de São Caetano de Odivelas, foi extinto e seu território anexado à área dos
municípios de Vigia e Curuçá, de onde desmembrou-se, três anos depois. O
município teve participação histórica importante na Revolta da Cabanagem, no
Movimento Abolicionista e no Movimento em prol à Proclamação da República, o
qual foi oficializado no município em 23/11/1889. A emancipação político-
administrativo do município de São Caetano de Odivelas deu-se definitivamente, em
1937.
Desta forma, Palha (2018) considera que ainda há falta de material
historiográfico acerca do tema, assim como a falta de fontes históricas, mais
específicas, quanto a fundação da fazenda de criação de gado que originou a Cidade
de São Caetano de Odivelas.
2.2. Aspectos Gerais e inserção regional

São Caetano de Odivelas, está localizada na região nordeste do estado do


Pará, integrando a microrregião do Salgado Paraense, com população estimada de

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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18.207 habitantes de acordo com IBGE (2021). O município faz fronteira com os
municípios de Curuçá, Vigia, Terra Alta e São João da Ponta, banhado pelo rio
Mojuim que forma toda a bacia hidrográfica do município (MACIEL,2009), até
desaguar no oceano atlântico.
A pesca comercial artesanal, e o extrativismo do caranguejo apontam como
uma das principais atividades produtivas, assim como a agricultura familiar com um
grande potencial, garantido pelas dimensões territoriais do município, disposta em
37 comunidades rurais de acordo com levantamento realizado pela Secretaria
Municipal de Planejamento e Gestão, em novembro de 2021.
De acordo com Picanço (2012) os tipos de cobertura vegetal encontrados na
região são a vegetação de restinga, vegetação de mangue, vegetação de campo
natural inundável e vegetação secundária. A vegetação de mangue compõe grande
parte do cenário natural do município e este por sua vez, contempla uma Unidade
de Conservação a RESEX-Mocapajuba criada em 2014. Contudo alguns aspectos
de âmbito legal ainda precisam ser consolidados quanto a RESEX, como Conselho
Deliberativo criado em meados do ano de 2021, ainda necessita de capacitação dos
conselheiros e projeto de Plano de Manejo para a Unidade de Conservação.
Mapa 1- inserção municipal

Mapa 2- localização do município

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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O município tem acesso através da PA-140 que ligando São Caetano de


Odivelas a Tomé-Açú, constituindo a Região de Integração do Guamá, sob
coordenadas lat 00º 45’ 00” long 48°01’12”, possuindo extensão territorial 743,466
Km². Distribuído em zona rural e urbana, na zona rural com 35 comunidades no
continente e 2 na região das ilhas, e na zona urbana com 7 bairros atualmente
reconhecidos, entretanto sem definição legal, com exceção da localidade de
Cachoeira que está legalmente reconhecida como Bairro da Santíssima Trindade.
Processo que será revisto na proposta do Plano Diretor quanto a legalização e
definição dos bairros do município.
Quadro 1 – Representação do território do município
TERRITÓRIO
Mesorregião Nordeste Paraense
Microrregião Salgado
Código do Município IBGE 1507102
Bioma Amazônia
Área territorial (km²) 743,466 Km2
Dens. Demográfica (hab/km²)-2016 22,72
Altitude 5 metros
Latitude 00º45'00" S
Longitude 48° 01'12" W
Coordenadas UTM 22 M 831722 9916989
População Estimada 2018 18.207 pessoas
Fonte: IBGE 2010, Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


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Mapa 03 – Malha rodoviária de acesso do município


3. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Poder Executivo atual, formado pela Prefeita Felipa Rodrigues dos Santos
Rendeiro e vice-prefeito Enoc Albuquerque, tem seu mandato até o ano de 2024. O
organograma administrativo está atualmente representado por 11 secretarias
distribuídas: Secretaria de Administração; Secretaria de Planejamento e Gestão;
Secretaria de Finanças; Secretaria de Assistência Social; Secretaria de Educação;
Secretaria de Saúde Secretaria de Obras, Transporte e Urbanismo; Secretaria de
Defesa Civil, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura e Pesca e
Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer. Órgãos ligados ao gabinete
Procuradoria Municipal, e Guarda Municipal
O Poder Legislativo é composto por onze vereadores eleitos para o quadriênio
2021-2024. A composição partidária é de três (03) vereadores do PSDB (Partido da
Social Democracia Brasileira), dois (02) vereadores do MDB (Movimento
Democrático Brasileiro), dois (02) vereadores do PSD (Partido Social Democrático),
dois (02) vereadores DEM(Democratas), um (01) vereador do PSB (Partido
Socialista Brasileiro), um (01) vereador do PL (Partido Liberal).

3.2. Estrutura Organizacional da Prefeitura Municipal

Proposta da restruturação administrativa da Prefeitura municipal de São Caetano


de Odivelas.

Figura 1 – Organograma da nova estrutura administrativa

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


20

4. ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO
Segundo dados do IBGE, o município de São Caetano de Odivelas, apresenta
uma população estimada em 2021 de 18.207 habitantes, apresentou no último
censo, 2010, taxa de escolarização de 96,2%. A sua classificação no Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,585.
Tabela 1- Situação IDHM, índice de GINI e PIB
DESCRIÇÃO ÍNDICE/VALOR
IDHM Ranking Estadual 70°
IDHM 0,59
IDHM Renda 0,55
IDHM Longevidade 0,77
IDHM Educação 0,47
PIB Per Capita (2019) R$ 8.075,40
PIB Ranking estadual 125 °
PIB Ranking Nacional 3277 °
População ocupada 3,80%
Índice GINI 0,48
Renda Per Capita (2010) 247,8
Fonte: PBUD/IPEA/Atlas 2013-Elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento e gestão

5. FINANÇAS PÚBLICAS
Tabela 2 – Panorama das Finanças Públicas

FINANÇAS PÚBLICAS

ESPECIFICAÇÃO/
ANO 2016 2017 2018 2019 2020 2021
IPVA 73.394 75.342 89.059 101.382 119.108 165.876,85
ICMS 3.427.876 3.486.893 4.367.032 3.172.292 3.373.455 4.671.135,58
IPI 49.384 64.995 92.488 89.129 78.480 175.222,70
Receita Corrente - - 39.715.620 43.670.105 - 46.079.293,91
Receita de
capital 247.579,47 260.792,08
IPTU 33.854,85
ITBI 17.503,64
ISS 196.220,98
Impostos - - 842.155 - - 867.896,82
Fonte: Anuário FAPESPA_2021/Portal da Transparência São Caetano de Odivelas_2021_2022,
Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

6. PRODUTO INTERNO BRUTO


O município de São Caetano de Odivelas, possui um PIB de 145,8 milhões,
onde 49 % do valor adicionado provém da administração pública, seguido pela
agropecuária de 26,5% e da indústria 3,9%. E um PIB Per capta de 8,1 mil, assim a

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


21

tabela 3 demonstra uma série de evolução do PIB do município, do período de 2015


a 2019.
Tabela 3 – Demonstrativo do PIB, no período de 2015 a 2019

2015 2016 2017 2018 2019

PIB 114.215,12 119.021,63 131.227,19 142.266,99 145.761,02


PIB Per capta 6.556,6 6.804,4 7.471,8 7.916,9 8.075,4
Valor adicionado bruto à preço 111.218,40 115.773,05 127.412,79 137.758,06 140.677,49
corrente
Agropecuária 32.475,64 33.000,96 33.667,90 35.513,62 140.677,49
Industria 3.840,70 4.107,79 4.822,88 5.595,86 5.434,11

Serviços-Exclusive
Administração, Defesa, 20.632,53 22.351,73 24.874,34 29.353,80 28.895,41
Educação e Saúde Pública
Administração 54.269,53 56.312,57 64.047,67 67.294,78 69.031,14
Impostos, líquidos de subsídios
sobre produção a preços 2.996,72 3.248,58 3.814,40 4.508,93 5.083,53
correntes.
Fonte: IBGE,2010/Anuário FAPESPA 3º Edição 2021, Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

7. POPULAÇÃO
A população de São Caetano de Odivelas no último Censo de 2010 contabilizou
16.891 habitantes, sendo 6.589 na zona urbana e 9.933 na zona rural. A tabela 4,
demonstra os indicadores da população residente, na zona rural e urbana por sexo.
Desta forma temos através de dados do IBGE e Anuário da FAPESPA, a
estimativa de população do município, demonstrando o nível de crescimento
populacional de São Caetano de Odivelas, no período de 2017 a 2021(Gráfico 1).
Outro dado importante é o levantamento estatístico da população por faixa etária no
período 2016-2020 assim população por sexo no mesmo período (Gráfico 2 e 3).
Tabela 4 – Indicadores população residente na zona urbana e rural por sexo.

População
Urbana Rural Homens Mulheres
Residente

Urbano Rural Urbano Rural


16.891 6.589 9.933
3563 5262 3395 4690
Fonte: IBGE,2010, Anuário FAPESPA,2021_Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

Gráfico 1 – Estimativa do crescimento populacional período 2017-2021

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


22

População
18.400

18.200

18.000

17.800

17.600

17.400

17.200
2017 2018 2019 2020 2021

Fonte: IBGE,2010, Anuário FAPESPA,2021, Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão


Gráfico 2 –População por faixa etária no período 2016 – 2020

População Faixa Etária

3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2016 2017 2018 2019 2020
Ano

0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos


20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos
60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais

Fonte: IBGE,2010, Anuário FAPESPA,2021, Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

Gráfico 3 – População por sexo período de 2016 a 2020

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


23

População por sexo


Masculino Feminino

9.600

9.400

9.200

9.000

8.800

8.600

8.400

8.200

8.000
2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: IBGE,2010, Anuário FAPESPA,2021, Elaboração: Secretaria Planejamento e Gestão

Ainda dentre as informações populacionais temos o número de domicílios


particulares permanentes contabilizados em 2010, pelo IBGE foram da ordem de
4.224 domicílios. Temos também dados estabelecidos da população residente por
religião, identificando 3(três) principais levantadas na pesquisa: católica com
predominante com 13.094, seguido pela religião evangélica 2.997 e espirita no
número de 5 contabilizados.
7.1. Índice de Progresso Social-IPS

O Índice de Progresso Social (IPS) mede de forma holística a performance


social e ambiental de territórios (países, estados, municípios, distritos etc.). Esse
índice foi elaborado por acadêmicos de grandes centros de pesquisa como o Instituto
de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Universidade de Harvard (Estados Unidos)
e a Universidade de Oxford (Reino Unido) e está sendo adotado em diversos países
e territórios subnacionais do mundo.
O IPS Amazônia, vem realizando levantamento de dados, de cidades
amazônicas, e esses índices são fundamentais para o processo de análise e
planejamento de gestão municipal. Desta forma a análise do IPS, será distribuída ao
longo desse relatório de acordo com a dimensão estudada.
O Quadro 2, demonstra a estrutura do IPS, com as dimensões, componentes e
indicadores utilizados, para determinação da pesquisa. O IPS, tem 03
levantamentos, nos anos de 2014, 2018 e 2021. Assim como estabelece um ranking

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


24

das cidades amazônicas nesse período. O Gráficos 4 e 5, demonstra a evolução das


03 dimensões estudadas e evolução IPS e Ranking respectivamente.
Quadro 2 - Estrutura do IPS Amazônia

2014

2018

2021
Dimensão Componente Indicador

Nutrição e cuidados
Mortalidade infantil até 5 anos

saneamento médicos básicos Mortalidade materna

Mortalidade por desnutrição 93,64 90,75 93,03

Mortalidade por doenças


infecciosas
Necessidades Humanas Básicas

Subnutrição
Abastecimento de água
Água e

Esgotamento sanitário
43,74 43,74 43,74
Índice de atendimento de agua

Coleta de lixo
Moradias com iluminação
Moradia

adequada
Moradias com parede 72,76 78,41 80,07
adequada
Moradias com piso adequado
Segurança

Assassinatos de jovens
pessoal

Homicídios 74,45 28,87 43,24


Mortes por acidente no trânsito
Abandono escolar ensino
Acesso ao conhecimento

fundamental
Distorção idade-série ensino
fundamental
básico

Distorção idade-série ensino


médio 40,05 36,33 37,94

Qualidade da educação IDEB


ensino fundamental
Fundamentos para o Bem-estar

Reprovação escolar ensino


fundamental
Internet banda-larga
comunicação
informação e
Acesso à

Telefonia fixa
Telefonia móvel 7,33 7,43 9,74

Televisão

Mortalidade por diabetes


Saúde e bem-estar

mellitus
Mortalidade por câncer
Mortalidade por doenças do
aparelho circulatório 86,43 82,74 87,3

Mortalidade por doenças


respiratórias
Suicídio
ambient
Qualida

Áreas protegidas
de do
meio

60,25 72,14 72,05


e

Desmatamento acumulado
Desmatamento recente

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


25

Emissões CO2

Focos de calor

Diversidade partidária

individuais
Direitos
26,04 20,11 20,17
Mobilidade urbana

Acesso à cultura, lazer e


Liberdades
individuais
esporte
Gravidez na infância e 62,28 66,15 59,71
adolescência
Oportunidades

Trabalho infantil
Vulnerabilidade familiar
Violência contra a mulher
Tolerância e

Violência contra indígena


inclusão

100 100 100


Violência infantil
Acesso à educação

Empregos de nível ensino


superior
superior

5,54 3,8 6,85


Mulheres com empregos de
nível ensino superior

Fonte: IPS,2021 Elaborado Secretaria de Planejamento e Gestão 2022

Gráfico 4- Evolução do IPS no período 2014 a 2021 nas principais dimensões

Dimensões do IPS

80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2014 2018 2021

Necessidades Humanas Básicas Fundamentos para o Bem-Estar


Oportunidades

Fonte: IPS/2021-Elaborado Secretaria de Planejamento e Gestão2022

Gráfico 5 – Ranking do IPS Amazônia

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


26

Evolução IPS Amazônia e Ranking IPS


600,00

500,00

400,00

300,00

200,00

100,00

0,00
2014 2018 2021

IPS Amazônia Ranking IPS

Fonte: IPS/2021- Elaborado Secretaria Municipal de Planejamento 2022

8. ORDENAMENTO TERRITORIAL
O atual ordenamento territorial do município de São Caetano de Odivelas,
apresenta um recorte da zona rural e urbana. A zona urbana, por sua vez, possui
02(dois) bairros reconhecidos comunitariamente: Pépeua e Umarizal, e 01(um)
reconhecido legalmente denominado de Santíssima Trindade, constituído sob a Lei
nº 011/1976. Com avanço populacional e as ocupações nas diversas porções do
território urbano, outros conglomerados surgiram, dando origem a reconhecimento
de novos bairros.
8.1. Zoneamento Urbano

Desta forma o levantamento realizado para a Leitura Urbana do município para


compor o diagnóstico para elaboração do Plano Diretor Municipal, que foi realizada
através de consulta por formulário GoogleForms, disponibilizado nas redes sociais,
apresentou o reconhecimento social de 08(oito) Bairros: Belém Nova, Cachoeira,
Centro, Marabazinho, Pépeua, Samambaia, Umarizal, Novo Horizonte (Gráfico 6).
Desta forma foi possível, estabelecer o recorte Ilustrado no Mapa 4, a limitação
do território urbano, configurado atualmente, e que subsidiará a legislação de
Macrozoneamento do território municipal, constituído pela Macrozona Urbana e
Macrozona Rural.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


27

Gráfico 6 – Bairros reconhecidos através da pesquisa de diagnóstico do PDM

Fonte: Resposta do Formulário de Pesquisa Diagnóstico Urbano PDM-Elaboração: SEMPLAG-SCO

Mapa 4 – Recorte dos bairros e delimitação da zona urbana

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


28

Ainda na porção urbana, vem a propositiva de estabelecer o Bairro Santíssima


Trindade em Distrito do Município, devido a sua configuração assumida ao decorrer
dos últimos anos. E sobretudo constitui um importante complexo de entreposto de
pescado.
O Zoneamento Urbano, estabelece ainda as seguintes Zonas de Especial
Interesse, que contemplam áreas que necessitam de regulamentação especifica e
são fundamentais para o gerenciamento do espaço urbano do município. E serão
estabelecidas em Lei especifica, pois contempla as Zonas de Especial Interesse
Social, Zonas de Especial Interesse Ambiental, Zona de Especial Interesse Histórico-
Cultural, Zona de Especial Interesse Turístico, Zona de Especial Interesse
Comercial.
 Zonas de Especial Interesse Social
São os territórios destinados prioritariamente à regularização fundiária,
urbanização, produção e manutenção de habitação.
 Zonas de Especial Interesse Ambiental
São áreas públicas ou privadas destinadas a proteção e recuperação de
paisagem e do meio ambiente.
 Zona de Especial Interesse Histórico-Cultural
Áreas formadas por sítios, ruinas e construções relevantes, expressão
arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, que necessitam de política
especifica para efetiva proteção.
 Zona de Especial Interesse Turístico
Áreas públicas ou privadas destinadas ao lazer e promoção de eventos
esportivos, artísticos e culturais
 Zona de Especial Interesse Comercial
Área já consolidada, como centro comercial

8.2. Zoneamento Rural

A Zona Rural do município contempla, 37 comunidades rurais, destas 13 estão


localizadas as margens de rios que banham o município e os demais na porção
interior do município com acesso pela PA -140. (Mapa 5).

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


29

Mapa 5 – Zoneamento Rural – Comunidades

Atendendo ao Macrozoneamento Rural, propõe-se as comunidades serão


subdividas por regiões atendendo o recorte determinado para diagnóstico de
elaboração do Plano Diretor Municipal.
A proposta surgiu à partir da necessidade de melhoria no gerenciamento das
comunidades rurais do município, que possui uma grande extensão territorial. E
baseado em critérios como: vocação produtiva, localização, identidade comunitária.
Desta maneira a gestão municipal admite uma maior possibilidade de uma
gestão direcionada e de forma integrada com as regiões definidas. A proposta do
recorte ira compor a Lei do Plano Diretor, que compete ao processo de
Macrozoneamento Rural. Nessa lógica, as regiões ficariam distribuídas de acordo
com a Figura 2.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


30

Ponta Bom Jesus,Monte


Alegre,Espanha,Madeira,Ca
Pereru mapu Miri,Alto Pereru,Pererú
de Fátima, Boa Vista do
Camapú,Alto Camapú,Aê

Santa Santa Maria, Vila Mururé,Vila


Paraiso,Guajarazinho,Itapepo
Maria ca, Jutaí , Laranjeira
Recorte
Regional Marabitanas,Matupiri,Baixa
Grande,Guajará,Seringa,Bast
Mojuim os,Uxiteua,Santa Fé,Pio
(Zoneament XII,Risca,Maneta,Rio
Branco,Meratauá
o Rural)
Maracajá,
Maracajá Engenho,Cotita,Páscoa,Cam
utá

São João dos Ramos, Ilha


Ilhas São Miguel

Figura 2 – Recorte regional com a divisão das comunidades rurais

De maneira geral, o recorte preconizado, está de acordo com o dialogado com


a população local, entretanto a proposta vem apenas normatizar e dar amparo legal
para tal definição os Mapas de 6 a 10 trazem o recorte especifico de cada região.

Mapa 6 – Região Pereru

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


31

Mapa 7 – Região Santa Maria

Mapa 8 - Região Mojuim

Mapa 9 - Região Maracajá

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


32

Mapa 10 – Região das Ilhas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


33

9. ASPECTOS AMBIENTAIS
Os aspectos ambientais apresentados neste tópico, conta de levantamentos de
dados secundários a partir de bases de órgãos ambientais do estado e da união,
como por exemplo as bases cartográficas do IBGE, TERRACLASS, SICAR, ICMBIO,
INPE, FAPESPA. O que possibilitou uma visão holística de determinados parâmetros
ambientais que necessitam de maior atenção e maior proximidade da gestão
ambiental municipal, na geração e dados que coadunem com as informações dos
referidos órgãos.
Foram utilizados dados complementares obtidos de estudos realizado no
município sobre esse aspecto ambiental. E no que compete ao âmbito institucional,
foram obtidas informações acerca das ações e projetos realizados pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.

9.1. Informações Ambientais Gerais do Município

 Clima
O clima da região é o típico equatorial
amazônico do tipo Am (classificação de Koppen) e temperaturas elevadas com
médias de 27ºC, mas de pequena amplitude térmica (PROST et al., 2001). A
precipitação média na região, os maiores registros ocorrem entre
Janeiro e Junho e os menores entre Julho e Dezembro, definindo um padrão
climático característico dos estuários amazônicos (BARROS; TORRES;
FREDOU,2011).

 Vegetação
Os tipos de cobertura vegetal encontrados na região são a vegetação de
restinga, vegetação de mangue, vegetação de campo natural inundável e vegetação
secundária (PICANÇO, 2012), A vegetação de restinga geralmente é encontrada
atrás das praias, principalmente sobre as dunas. Nessa região, situa-se sobre os
cordões arenosos subatuais, estes, podem ser indícios de uma antiga linha de costa,
e está situado dentro das áreas de mangue frontal ao Oceano Atlântico.
A vegetação de mangue é tipicamente composta por planícies de maré sob
influência de água salobra, ou planícies fluviomarinhas, com fisiografia ideal para a
formação dessa vegetação, pois constituem áreas pantanosas ou lamacentas,
cobertas pelas águas durante as marés enchentes e descobertas nas marés

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


34

vazantes, recebendo também águas das drenagens fluvial e subterrânea


(ALMDEIDA, 1996; AB’SÁBER, 2004; PROST et al., 2001).(Mapa 11).

 Geologia
O litoral norte brasileiro apresenta uma diversidade de formas de relevo que
se caracterizam pela transição entre terras e águas marinhas, fluviais e estuarinas,
situação típica das zonas costeiras (PICANÇO&FRANÇA,2012).
Desta forma, estudo realizado por Picanço e França, descrevem a unidade de
relevo do município de São Caetano de Odivelas, que somam um total de
186.034.803,24 m², e são: tabuleiros, bancos lamosos de intermaré, planícies
lamosas de maré, planícies lamosas de supramaré, cordões arenosos sub-atuais,
planícies aluviais e as barras arenosas.
As formações são depósitos de mangues holocênicos, depósitos
fluviomarinhos holocênicos, províncias dominantes Costeira e Margem Continental,
Cobertura Cenozoica, Subprovincias Depósitos Sedimentares Cenozoicos Costeiros
e Cobertura Cenozoica Indiscriminada. Configurando a Geodiversidade da região, o
que compõe a Planície Costeira do Nordeste do Pará.

Mapa 11 - Vegetação

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


35

 Solos
A pedologia do município se apresenta com a predominância de latossolo
amarelo com cerca de 63 % do espaço, seguido por Espodossolo Ferri-Humiluvico
que tem predominância de areia em sua composição, considerados pobres e ácidos
característico da região da costa brasileira. Apresenta um percentual de Gleissolo,
com material argiloso predominante, normalmente dispostos as proximidades de
cursos d’água. Contribuindo com a composição do solo temos o Neossolo,
considerado solos pouco evoluído, contudo considerado de grande potencial
agrícola.
 Hidrografia
A Hidrografia do municipio, e composta pelo rio Mojuim, rio Barreta, rio
Mocajuba e Maruipanema, demonstrado no mapa 12 composta pelos rios principais,
afluentes e as suas nascentes. O estuário do rio Mojuim é delimitado pelos seguintes
paralelos: 00º 35’ 00”S e 47º 03’ 45’’O, 00º 52’ 30’’S e 48º 05’ 00 ’’O. O estuário
também possui conexões com estuários adjacentes como o do rio Mocajuba em São
João da Ponta e outra conexão com a Baia do Marajó, desta forma estas conexões
podem afetar parâmetros neste estuário.

Mapa 12 – Hidrografia

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


36

9.2. Estrutura administrativa e de gestão ambiental


A estrutura administrativa e de Gestão Ambiental do município, é composta
pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, composta por um corpo técnico e
administrativo, que desenvolve as ações e projetos propostos pela Secretaria.
A estrutura financeira conta com o Fundo Municipal de Meio Ambiente e a
instância colegiada é composta pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente –
CONSEMMA. O Plano Municipal de Meio Ambiente encontra-se no processo de
elaboração e deverá compor o arcabouço legal transitório, do Plano Diretor
Municipal.
Entre as ações prioritárias propostas pela Secretaria de Meio Ambiente estão
as seguintes:

 Regularização de gestão ambiental decentralizada e compartilhada.


 Regularização do Conselho Municipal de Meio Ambiente
 Ações de Preservação de Fauna e Flora
 Recuperação de áreas degradadas
 Fiscalização Ambiental
 Programa de Coleta Seletiva
 Projeto de Educação Ambiental
 Acompanhamento das ações da RESEX Mocapajuba

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


37

Figura 3 - Ações de preservação de fauna

Figura 4 – Ações de resgate de animais

Figura 5 - Ações de Educação Ambiental nas escolas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


38

Figura 6 – Controle Ambiental-Desmatamento

Figura 7 – Recuperação de área degradadas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


39

9.3. Resex-Mocapajuba

A criação da RESEX Marinha Mocapajuba, assim denominada se deu através do


Decreto S/N de 10 de outubro de 2014, e está localizada no município de São
Caetano de Odivelas, PA na microrregião do Salgado Paraense ocupando uma área
de 21.027,80 hectares. A criação da RESEX passou por um longo processo desde
a proposta de criação que se deu em dois momentos distintos como descritos por
ICMBio (2014) no estudo socioambiental:
O primeiro, no ano de 1993 quando comunitários da Ilha São Miguel e
moradores da comunidade Pratiquara enviaram ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ofício
solicitando a criação de Reserva Extrativista da Pesca Artesanal. O
segundo nos anos de 2006-2007, quando o movimento social se organiza
na região em prol da conservação do ecossistema costeiro e das atividades
de pesca artesanal (ICMBio,2014).

Desta forma a RESEX Mocapajuba surge no processo de consolidação de


criação de três RESEX na região do salgado paraense, com o objetivo de garantir a
conservação da biodiversidade dos ecossistemas de manguezais, restingas, dunas,
várzeas, campos alagados, rios, estuários e ilhas; e assegurar o uso sustentável dos
recursos e proteger os meios de vida e a cultura das populações tradicionais
extrativistas desta região (BARROS&PIMENTEL,2015).
O município de São Caetano de Odivelas, se caracteriza principalmente pela
atividade pesqueira e pelo extrativismo do caranguejo, entretanto também possui
uma relevante produção na agricultura. As comunidades que estão compreendidas
pela RESEX, são predominantes pesqueira e extrativas de caranguejo, e outros
recursos aquáticos como mexilhão, siri, além de ostras, estas por sua vez, também
são cultivadas e corroboram com o cenário das atividades econômicas das
localidades.
O estudo social ambiental, assim como o conselho gestor da RESEX,
estabeleceram 5 polos, composta por compreende 17 comunidades, 2 localidades e
1 bairro na sede municipal. Logo em trabalho mais recente de, Cardoso e Gomes
(2021) reconhece, 8 polos com 23 comunidades e 02 bairros, inseridos na RESEX.
(ARANHA,2019).

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


40

Mapa 11 – RESEX – MOCAPAJUBA

9.4. Área de Preservação Permanente-Mangues

Mapa 13 – Mangues

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


41

9.5. ICMS Verde

O município compõe o Programa Município Verdes (PMV), que foi criado no


estado do Pará no ano de 2011, inspirado na experiência bem sucedida do município
de Paragominas, que adotou procedimentos para a regularização ambiental em
resposta à sua inclusão na lista do Ministério do Meio Ambiente, que relaciona os
municípios prioritários para ações de prevenção, monitoramento e controle do
desmatamento.
Tem-se na tabela 5, os valores de repasse de ICMS Verde do município, pelo
período dos últimos 5 anos, até o primeiro semestre de 2022, esses valores de
recurso são destinados a execução da gestão ambiental municipal (Gráfico 5).
Tabela 5 – Valores de repasse de ICMS Verde ao município de São Caetano de Odivelas
nos últimos 5 anos, até o primeiro semestre de 2022.
2018 2019 2020 2021 2022

R$ R$ R$ R$ R$
Valor ICMS
3.056.922,50 3.172.292,29 3.373.454,63 4.202.390,13 3.558.068,84

Fonte: SEFA/PMV-Elaborado: SEMPLAG

Gráfico 7 – evolução do ICMS verde nos últimos 5 anos, até primeiro semestre de 2022

Valor ICMS Verde por ano


4.500.000,00

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00
2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: SEFA/PMV-Elaborado: SEMPLAG

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


42

O municipio não dispõe de tratamento do lixo, sendo o local de destinação da


coleta de lixo urbano, o Lixão do municipio, localizado na estrada do ramal da Boa
Vista, pois ainda não possui um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e
assim como também está em processo de elaboração o Plano Municipal de
Saneamento Básico.

9.6. Cadastro Ambiental Rural

O Cadastro Ambiental Rural – CAR, foi criado pela Lei nº 12.651/2012, no


âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, e
regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, e pela Instrução
Normativa MMA nº 2, de 5 de maio de 2014.
Trata-se de um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para
todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das
propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente -
APP, de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais
formas de vegetação nativa, e das áreas consolidadas, compondo base de dados
para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao
desmatamento.
Logo o CAR, constitui numa importante ferramenta de gestão ambiental
municipal, permitindo administrar uso do território e o desenvolvimento de atividades
mais sustentáveis respeitando os limites preconizados em lei para preservação.
O Cadastro Ambiental Rural(CAR), Mapa 15, no municipio é executado pela
pela EMATER-Esloc São Caetano de Odivelas, também por técnicos e empresas
externas, o municipio não dispõe de equipe técnica e equipamentos para execução
do CAR das propriedades rurais do municipio, através da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente.
Os dados obtidos compõe a base do SICAR-PA, plataforma do Cadastro
Ambinetal Rural do Pará, da Secretaria de Estado e Meio Ambiente e
Sustentabiloidade-SEMAS. Nesse contexto o municipio possui atualmente 386
imóveis rurais cadastrados e uma área de 156.176,814 hectares de terras
cadastradas no sitema CAR do estado, até outubro de 2022.(Tabela 6 ). De outra
forma, o gráfico 8, representa a situação dos cadastros no múnicipio no período
estabelecido de 2015 a setembro/2022.
Mapa 15 – Cadastro Ambiental Rural

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


43

Tabela 6 – Número de Cadastro Ambiental Rural – CAR no municipio de São Caetano de


Odivelas
CADASTROS RURAIS
Nº de propriedades cadastradas 386
Área Total Cadastrada (Hectares) 156.176,81
Fonte: SICAR-Elaborado: SEMPLAG

Grafico 8 – Situação dos Cadastros Ambientais Rurais no municipio

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


44

Outro aspecto de extrema importância na execução do CAR, é dar legalidade


as pequenos estabelecimentos rurais, que necessitam de algum tipo de investimento
a ser adquirido através de financiamento bancario, sendo o CAR documento
imprecindivel na garantia das operações de crédito rural.

9.7. IPS Amazônia-Fundamentos para Bem Estar

A Dimensão social definida pelo IPS, Fundamentos para o bem estar,


componente “Qualidade do Meio Ambiente” usa como prinicpais indicadores,
desmatamento acumulado, desmtamento recente, áreas protegidas, fontes de calor
e emissão de CO². Assim o municipio de São Caetano de Odivelas, apresentou os
indices de acordo com o Gráfico 9.

Gráfico 9 - Qualidade do Meio Ambiente segundo IPS

Qualidade do meio ambiente


74,00

72,00

70,00

68,00

66,00

64,00

62,00

60,00

58,00

56,00

54,00
2014 2018 2021

Fonte: Dados IPS 2021 Elaboração-SEMPLAG

10. ASPECTOS RURAIS


O município de São Caetano de Odivelas, possui um extenso território, com
potencial agricultável, de acordo com os valores preconizados pelo INCRA para

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


45

determinação de módulos fiscais no estado do Pará, assim para o município, 1


módulo fiscal corresponde a 55 hectares. Entretanto o município até o momento não
dispõe de zoneamento rural, processo esse que será estabelecido partir deste
diagnóstico proposto para implementação de lei do Plano Diretor Municipal.

10.1. Estrutura Administrativa, Gestão e Fomento do Espaço Rural

A estrutura institucional, administrativa e de gestão do município para a área


rural, é composta pela Secretaria Municipal de Agricultura-SEMAGRI-SCO, e o
Escritório Local da EMATER-PA, a instância colegiada, cita-se, o Conselho Municipal
de Desenvolvimento Rural Sustentável-CMDRS, que foi criado sob Lei 005/1997,
necessita de reformulação legal, de sua composição, assim como estabelecimento
e institucionalização do Fundo Municipal de Desenvolvimento Rural-FMDRS. Dados
fornecidos por técnicos da SEMAGRI-SCO, reconhece 02 Sindicatos instituídos,
sendo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Sindicato Rural, este por sua vez sem
atividade. Dentre as organizações sociais do segmento, existe 08(oito) em atividade,
segundo dados da Econodata, fornecidos pela Receita Federal.
Entre órgãos e instrumentos de gestão dos aspectos rurais do município, tem-
se a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (DAP), que é o instrumento utilizado para identificar e qualificar as Unidades
Familiares de Produção Agrária (UFPA) da agricultura familiar e suas formas
associativas organizadas em pessoas jurídicas.
De acordo com dados fornecidos pelo EMATER-ESLOC São Caetano de
Odivelas, foram emitidas 310 DAP’s, entre os anos de 2019 a 2022 (no primeiro
semestre), entretanto através de consulta ao Sistema DAP, no portal da Secretaria
Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário(SEAD), o município
possui atualmente 187 DAP’s ativas, na qual não foi possível identificar os motivos
desse número baixo, em detrimento de um universo de 1926 DAP’s emitidas para
São Caetano de Odivelas, onde 110 encontram-se canceladas e 1629 expiradas.

10.2. Ações e projetos da Secretaria Municipal de Agricultura-SEMAGRI-SCO

 Preparação de área para cultivo


Informações viabilizadas pela SEMAGRI-SCO, através da Diretoria de
Mecanização Agrícola, aponta o trabalho desenvolvido na preparação de área para
plantio nas comunidades rurais do município, de acordo com o Quadro 2, tem-se

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


46

discriminado o quantitativo de área trabalhada assim como as comunidades que


receberam o serviço (Gráfico 10).
Quadro 2 – Área trabalhada por comunidade
Área trabalhada em Área trabalhada em
Nº Comunidades
tarefa Hectares
1 PIO XII 60 15
2 Uxiteua 22 5,5
3 Bastos 20 5
4 Santa Fé 2 0,5
5 Pascoa 2 0,5
6 Itapepoca 2 0,5
7 Camapu Miri 2 0,5
8 Vila Paraiso 2 0,5
9 Risca 2 0,5
10 Marabitanas 64 16
11 Guajará 30 7,5
12 Maracajá 14 3,5
13 Engenho 4 1
14 Matupiri 22 5,5
15 Rio Branco 24 6
16 Alto Pereru 6 1,5
17 Alto Camapu 8 2
18 Santa Maria 12 3
19 Km 10 4 1
20 Boa Vista 2 0,5
21 Aê 2 0,5
22 Seringa 8 2
23 Meratáua 62 15,5
24 Ponta Bom Jesus 15 3,75
25 Espanha 10 2,5
Total 401 100,25
Fonte: Adaptado Relatório Técnico SEMAGRI-SCO
Gráfico 10 – quantitativo de área trabalhada por comunidade

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


47

Fonte: Relatório Técnico SEMAGRI-SCO 2022_Elaborado SEMPLAG-SCO

 Qualificação Profissional
Através de parcerias estabelecidas entre a Prefeitura Municipal de São
Caetano de Odivelas, e instituições como: SENAR, SEBRAE, EMBRAPA, UFRA foi
possível no período de 2021 até o primeiro quadrimestre de 2022, ofertar 15 cursos
de capacitação, e capacitar 314 produtores rurais. De acordo com o Quadro 3
apresenta o cenário da oferta de cursos, de acordo com as instituições e a demanda
atendida.
Quadro 3 – Oferta de cursos pela SEMAGRO-SCO 2021 - 2022
Quantidade
Nº Cursos Local de realização Parcerias
de Inscritos
Polo
1 Técnico em fruticultura SENAR 56
SENAR_Marabitanas
Comunidade do
2 Agricultura orgânica SEDAP 20
Risca
3 Negócio certo rural NUSC SENAR 18
Comunidade do
4 Agricultura Orgânica SENAR 15
Risca
5 Artesanato em Fibras Páscoa SENAR 15
6 Agricultura Orgânica Risca SENAR 15
São João dos
7 Artesanato em Pet SENAR 15
Ramos
8 Oficina feira segura Marabitanas SENAR 52
9 Apicultura Pererú de Fátima SENAR 20
10 Apicultura Ponta Bom Jesus SENAR 20
11 Cultivo de Açaizais Páscoa UFRA 10
12 Apicultura Marabitanas SENAR 13
Sta. Maria da
13 Compostagem SENAR 15
Barreta
SEDE e Sta. Mª
14 Operação de máquinas agrícolas SENAR 15
Barreta
Operação e Manutenção de
15 SEDE SENAR 15
Roçadeira
TOTAL 314
Fonte: Adaptado Relatório Técnico SEMAGRI-SCO

 Cadastro municipal de agricultores familiares


O cadastramento de agricultores, tem por finalidade, identificar o quantitativo
de agricultores existentes no município, e seu empreendimento familiar,
proporcionando o acesso aos programas e ações da Secretaria Municipal de
Agricultura.
No Quadro 4, estão listados a quantidade de agricultores cadastrados até o
momento.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


48

Quadro 4 – Quantidade de agricultores cadastrados


LOCALIDADES QUANTIDADE DE
N° PERÍODO
AGRÍCOLAS CADASTRAMENTO

1 Páscoa 4 Fevereiro
2 Maracajá 10 Março
3 Pio XII 7 Agosto
4 Rio Branco 7 Abril
5 Guajará 19 Maio
6 Santa Fé 14 Junho
7 Bastos 16 Julho
8 Meratauá 8 Setembro
9 Risca 11 Outubro
Fonte: Adaptado Relatório Técnico SEMAGRI-SCO

 Cadastro de artesãos do município

Com o objetivo de fortalecer os artesãos, foram realizados pela secretaria, um


total de 20 cadastros de artesãos, e foi promovida a “Feira do artesanato e
gastronomia”, comidas de rua sabores e saberes odivelense”, realizada em setembro
de 2021.
 Projetos realizados e em andamento
O Quadro 5, lista os projetos de iniciativa da SEMAGRI, com apoio de
instituições parceiras as quais já mencionou-se anteriormente no escopo deste
relatório.
Quadro 5 – Projetos da SEMAGRI SCO
PROJETOS

Quantidade de
N° Nome Localidade Situação Objetivo Agricultores
Envolvidos
Produção de
Em mudas
01 Horto municipal Santa Maria Geral
andamento Frutíferas e
florestais
Ponta Bom
Jesus Incentivar a
Em
02 Rotas do mel Pererú de cadeia 53
andamento
Fátima Produtiva do mel
Marabitanas
Páscoa Incentivar a
Açaí nas Risca cadeia
Em
03 Comunidades São João dos Produtiva do 15
andamento
Odivelenses Ramos açaí nas
Guajarazinho comunidades
Em Escoamento da
04 Feira da Sede 64
andamento produção agrícola

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


49

Agricultura
Familiar
Viabilizar a
continuidade
Marabitanas/ de feiras livres de
05 Feira Segura Finalizado 52
Sede forma
segura na
pandemia.

Fonte: Relatório Técnico SEMAGRI – SCO

10.3. Estrutura Comercialização e Escoamento Produtivo

A infraestrutura comercial em grande escala de produtos agrícolas e


agropecuários do município estão exclusivamente da iniciativa privada, com 03
principais empresas nos segmentos, de granja (frango de corte), criação de bovino
de corte e culturas hidropônicas. O município não possui nenhum empreendimento
agroindustrial, através de incentivos municipais, e nenhum sob gerencia da
agricultura familiar.
Em 2014, a Lei 136/2014 cria, o Serviços de Inspeção Municipal-SIM, o que
viabilizaria a certificação de produtos processados e beneficiados no município,
assim como, estabeleceria critérios para avançar em outros sistemas de inspeção,
favorecendo e regulamentando a comercialização dos produtos da geração local.
Desde 2017 a agricultura conta com o espaço da Feira da Agricultura Familiar
para comercialização do produto local, que foi criada visando a atender esse déficit
de atenção com processo de comercialização cadeia de produção.
Atualmente, a Feira, funciona num espaço arrendado pela Prefeitura Municipal,
que comporta uma melhor infraestrutura para acomodação do produtor, contudo
ainda há necessidade de adequação, quanto ao processo produtivo e assistência
técnica para incentivar ainda mais a produção municipal, a qual ainda está aquém
do real potencial agrícola existente.
Segundo dados da SEMAGRI-SCO, a feira conta com o total de 65
agricultores cadastrados e desde a sua instalação no novo espaço, a economia
gerada aos agricultores durante a realização da feira aos sábados, ficou em torno
de R$ 236.750,00, período estabelecido até abril de 2022.
Os mercados institucionais também configuram um importante canal de
absorção dos produtos oriundos da agricultura familiar, desde o ano de 2017 os
agricultores do município participam do Programa Nacional de Alimentação Escolar,
como fornecedores individuais, uma vez que o município não dispõe de nenhuma

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


50

forma organizativa nesse sentido. Inicialmente apenas 12 encontravam-se aptos a


contratar. No processo de 2021, 21 produtores participaram do processo e 2022
apenas 16 habilitaram para fornecimento. Processo que precisa ser potencializado
para que, um número mais significativo de agricultores possam fornecer seus
produtos para o PNAE e assim contribuir com o aumento do percentual mínimo de
30% obrigatório para aquisição de alimento da agricultura familiar.

10.4. Perfil Produtivo, Uso e Ocupação do Solo

O município não possui dados primários consolidados da produção agrícola e


agropecuária local, logo o Quadro 6 e 7, representa dados obtidos do IBGE Censo
agro 2017 sobre as principais culturas, e demonstra o perfil da pecuária do município.
Entretanto diante do conhecimento empírico da realidade das comunidades
produtivas, pode-se dizer da necessidade da realização de levantamento mais
próximo do real, o que fornece subsídios, as tomadas de decisão para o
fortalecimento produtivo da região.
Uma vez que o município vem passando nos últimos 10 anos, por avanço do
capital, na especulação de terra para utilização em grandes culturas, as quais não
são da agricultura local, logo esse produto não agrega valor ao mercado local. Logo
surge a necessidade do estabelecimento do Programa Municipal de Regularização
Fundiária-PMRF, que vem ao encontro de legalização de terras para os produtores
obterem maior acesso a políticas públicas, e crédito e melhor controle ambiental do
município sobre as atividades produtivas no município.
Quadro 6 -Principais atividades da pecuária desenvolvida em São Caetano de Odivelas,
segundo CENSO AGRO 2017
Pecuária
Bovinos
Efetivo do rebanho 2228 Cabeças
Vaca ordenhada 63 Cabeças
Número de estabelecimentos 40 Estabelecimentos
Que produziram leite no ano 10 Estabelecimentos
Leite de vaca 58 Litros

Bubalinos
Efetivo do rebanho 166 Cabeças
Número de estabelecimentos 5 Estabelecimentos

Caprinos
Efetivo do rebanho 63 Cabeças

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


51

Número de estabelecimentos 4 Estabelecimentos

Codornas
Efetivo do rebanho 90 Cabeças
Número de estabelecimentos 3 Estabelecimentos

Equinos
Efetivo do rebanho 90 Cabeças
Número de estabelecimentos 14 Estabelecimentos

Galináceos (galinhas, galos, frangas, frangos


e pintos)
Efetivo do rebanho 145 Bicos
Número de estabelecimentos 230 Estabelecimentos

Galinha
Ovos
Quantidade produzida no ano 71 Dúzias

Ovinos
Efetivo do rebanho 70 Cabeças
Número de estabelecimentos 4 Estabelecimentos

Patos, gansos, marrecos, perdizes e faisães


Efetivo do rebanho 1128 Bicos
Número de estabelecimentos 47 Estabelecimentos

Perus
Efetivo do rebanho 227 Bicos
Número de estabelecimentos 21 Estabelecimentos

Quadro 7– Principal Lavouras temporárias e permanentes desenvolvidas em São Caetano


de Odivelas de acordo com CENSOAGRO,2017
Produção do Município
Permanente
Lavoura Estabelecimentos Produção (ton)
Açaí 121 293
Acerola 6 129
Banana 56 384
Cupuaçu 47 105
Laranja 12 31
Pimenta do reino 107 245
Pupunha 6 19
Limão 27 60
Mamão 25 117
Maracujá 28 68
Temporária

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


52

Lavoura Estabelecimentos Produção (ton)


Abacaxi 35 91
Arroz 24 7
Cana de açúcar 5 17
Feijão 10 1
Feijão fradinho 40 8
Feijão verde 9 1
Mandioca 402 2522
Melancia 19 29
Milho 108 37

Outros dados importantes para analisar, são as informações sociais que


envolve o espaço rural, do homem do campo, a qual requer uma maior atenção do
poder público. Como por exemplo a faixa etária dos trabalhadores rurais,
escolaridade, assim como o número e o gênero de pessoas ocupadas nessas
atividades agropecuárias (Gráficos 11,12 e 13). Esses dados configuram uma
ferramenta importante no processo de tomadas de decisões e no processo de gestão
municipal do espaço rural.

Gráfico 11- Faixa etária do produtor por sexo

Classe de Idade do produtor por sexo


160

140

120

100

80

60

40

20

0
Menor que De 25 a De 35 a De 45 a De 55 a De 65 a De 75 anos e
25 anos menos de 35 menos de 45 menos de 55 menos de 65 menos de 75 mais
anos anos anos anos anos

Homens mulheres

Fonte: Censo Agro 2017-Elaborao SEMPLAG-SCO

Grafico 12 – Escolaridade das pessoas oocupadas na área na agropecuaria

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


53

Nível de escolaridade do produtores rurais

Mestrado ou doutorado
Superior - graduação
Técnico
EJA ou Supletivo do ensino médio
EJA ou Supletivo do ensino fundamental
Cursando ensino médio
Cursando ensino fundamental
Possui ensino médio
Possui ensino fundamental
Alfabetizaçãode jovens e adultos - AJA
Alfabetizado
Nunca frequentou escola
0 10 20 30 40 50

Fonte: Censo Agro 2017-Elaborao SEMPLAG-SCO

Grafico 13 - Pessoas ocupada na agricultura e pecuaria por sexo

Pessoas ocupada na agricultura e pecuaria por sexo


90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
Agricultura Pecuaria

Homens Mulheres

Fonte: Censo Agro 2017-Elaborao SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


54

Mapa 16- Perfil produtivo das comunidades rurais de São Caetano de Odivelas

O Principais Aspectos das Atividades Produtivas do Município


O Mapa 16, demonstra o perfil produtivo, disposto nas regiões rurais do
município, demonstrando a vocação das localidades. Os dados foram obtidos, a
partir das visitas e oficinas realizadas em todo o município, no período de elaboração
do Plano Diretor Municipal.
Os dados espaciais obtidos acerca do uso e ocupação do solo, são dados do
IBGE, TERRACLASS, ICMBIO assim como informações primarias obtidas em visitas
técnicas e a e oficina de elaboração do plano diretor municipal. De forma que irão
subsidiar a regulamentação quanto ao uso do solo, e o zoneamento rural do
município.

 Atividade Pesqueira
A pesca é considerada umas das principais atividades econômicas do
município, assim como o extrativismo do caranguejo. Contudo a atividade pesqueira
possui grandes gargalos no processo de fortalecimento e organizativo da sua cadeia
produtiva. Assim como na estrutura administrativa e de governança da atividade.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


55

Atualmente a estrutura de gestão municipal conta com a Diretoria de pesca,


ligada a SEMAGRI-SCO. Não possui nenhuma instância colegiada de deliberativa e
consultiva. O Processo de organização social conta apenas com a Colônia de
Pescadores Z-4, e apenas 4 associações estão ativas, contudo sem nenhum
trabalho relevante no apoio da categoria. Desta forma todo o potencial da pesca, fica
somente sugestionado, necessitando de uma restruturação técnica, governamental
e institucional.
Outro aspecto importante na atividade pesqueira, é a modalidade de pesca
esportiva, praticada no município, sem nenhuma regulamentação, o que coloca a
sociedade como mero espectador dessa atividade sem usufruir efetivamente dos
possíveis recursos que poderiam estar sendo gerados pela prática local. Este ponto
segue como de imprescindível importância no processo legal, a ser tratado na lei do
Plano Diretor Municipal.
A Diretoria de Pesca e Aquicultura, realizou um levantamento técnico no
período de setembro e dezembro de 2021, quantificando o pescado capturado, e o
percentual de comercialização no mercado local e mercado externo, que estão
destacados na Tabela 7 e representados nos Gráficos 14 e 15.

Tabela 7 – Levantamento de pescado capturado de setembro a dezembro de 2021


QUANTIDADE (KG) /PERÍODO
ESPÉCIE
SET OUT NOV DEZ
ANCHOVA 87
ARRAIA 130 271 20 80
BAGRE 1,011 1,838 585 332
BANDERADO 127 714 462 244
BONITO 223
CAÇÃO 30 38 66 105
CAMURIM 83 116 45 38
CANGATÁ 30 184 230 70
CAMBÉUA 30
CARA-AÇUL 184 291 251 134
CANGIRA 121 281 86 161
CARAXIMBÓ 30 40 20
CORVINA 263 469 835 118
DOURADA 891 762 1,45 404
GÓ 34 35 50 234
GURIJUBA 749 1,52 566 90
PACAMUM 45 82 20
PERAPEMA 85 134 161 126
PESCADA AMARELA 4,018 7,256 3,777 853

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


56

PEIXE PEDRA 152 93 40 15


PESCADA BRANCA 122 252 533 189
PESCADA JURUAPARA 70 25
PIRAMUTABA 615 588 195 357
PRATIQUERA 417 317 580 728
SARDA 433 424 330 449
SERRA 4,852 6,208 1,79 1,017
TAINHA 1,156 713 1,331 1,199
TIMBIRO 3,275 2,269 1,783 839
TAMATÁ 90
URITINGA 198 312 172 40
URICECA 30 219
XARÉU 1,159 1,378 370 344
Fonte: Diretoria de pesca-Elaborado SEMPLAG-SCO

Gráfico 14 – Quantidade de pescado capturado

Pescado capturado por período


2500
2000
1500
1000
500
0
PESCADA…

PESCADA…
PESCADA…

URICECA
XARÉU
ARRAIA
BAGRE

BONITO


GURIJUBA

TAMATÁ
CANGATÁ

DOURADA

PIRAMUTABA
PRATIQUERA

TIMBIRO
CAMURIM

URITINGA
TAINHA
ANCHOVA

CAÇÃO

CAMBÉUA

CANGIRA
CARAXIMBÓ
CORVINA

PACAMUM

PEIXE PEDRA
PERAPEMA

SARDA
SERRA
BANDERADO

CARA-AÇUL

SET OUT NOV DEZ

Fonte: Diretoria de pesca-Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


57

Gráfico 15 – Percentual de comercialização mercado interno e externo do município

Interno Externo

82

74
58

53
52
46

26
18
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Fonte: Diretoria de pesca-Elaborado SEMPLAG-SCO

 Extrativismo do Caranguejo
A captura do caranguejo-uçá é mais que uma atividade, é o modo de vida das
comunidades tradicionais, que ocupam o território da Microrregião do Salgado
Paraense. Contudo cada município detém a suas peculiaridades quanto a pratica de
extração, assim como as relações comerciais desenvolvidas na atividade.
Trabalho realizado por Cruz, et al 2021, destaca dados importantes da atividade
como: Percentual de homens e mulheres que desenvolve a atividade, faixa etária,
escolaridade, principal forma de comercialização. O que permite traçar um perfil da
atividade. Informações que ajuda a subsidiar, ações, políticas e projetos para essa
categoria social tão importante para setor produtivo de São Caetano de Odivelas.
O Gráfico 16, compõe os principais aspectos sociais da atividade de catação
do caranguejo em São Caetano de Odivelas-Pa

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


58

Gráfico 16 - Característica socioeconômicas dos tiradores de caranguejo de São Caetano


de Odivelas
Características socioeconômicas dos tiradores de
caranguejo-uçá

Sexo Masculino
100%
80%
60%
40%
20%
Grau de instrução-
Faixa de renda 1 - 2
0% Fundamental
SM
imcompleto

Faixa etaria 20- 35/ 45-


60

Fonte: CRUZ,2018 Elaborado SEMPLAG-SCO

 Aspectos produtivo da atividade


Grafico 17 - Principais métodos de captura utilizado

Modo de captura
Utilizam 3 técnicas
50%
45%
40%
35%
30%
Não infomou o metodo 25% utilizam 2 técnicas
20%
15%
10%
5%
0%

Utilizam apenas Utilizam apenas a


braçamento tapagem

Utilizam apenas laço

Fonte: CRUZ,2018 Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


59

No aspecto de armazenamento e comercialização, 90% utilizam sacas, 94%


comercializa in natura e maior parte cerca de 81% utiliza o atravessador para escoar
o produto.
 Aquicultura
A atividade aquícola no município tem destaque com a ostreicultura localizada
na comunidade de Pereru de Fátima, com grande potencial produtivo e turístico para
a região. Conta atualmente, com 8 produtores ativos, que fornecem para
restaurantes e comercio local.
A atividade tem a Associação dos Ostreicultores, Apicultores, Agricultura,
Pesca Artesanal e extrativistas da comunidade de Pereru de Fátima-ASSOPEF.
Tanto a comunidade de Pereru de Fátima, como as demais na região do Pereru,
desenvolve potencial para outras modalidades de aquicultura, pela privilegiada
localização, e os aspectos naturais favoráveis, atividade aquícola.

 Apicultura
O Município de São Caetano de Odivelas, flutuou entre 2007 a 2016 entre os
maiores produtores de mel do estado do Pará, assim como a apresentou produção
significativa de 2011 a 2015 (Gráficos 18 e 19).
Fato se deu pelos investimentos na atividade, através da CONAB e linhas de
financiamento que potencializaram a produção.
O Governo do estado fez uma retomada no fomento a atividade, através do
projeto rota do mel, com capacitação e apoio de insumos para os produtores locais.
Gráfico 18 - Representação de São Caetano de Odivelas na produção de mel no estado
do Pará
Representação de produção de mel por São Ceatno de
Odivelas com relação ao Estado

2013-2016

2010-2013

2007-2010

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%100,00%

Fonte: FAPESPA 2020-Elaborado SEMPLAG SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


60

Grafico 19 – Evolução produção de mel de São Caetano de Odivelas em Kg no periodo de


2011 a 2015
Evolução da produção de mel de São Caetano de
Odivelas
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: FAPESPA 2020-Elaborado SEMPLAG SCO


De uma maneira geral, o ambiente rural, necessita de um ordenamento técnico
e institucional, que passa por regulamentações e grande aparato legal para constituir
o desenvolvimento rural sustentável do município.

10.5. Regularização Fundiária

O município atualmente dispõe administrativamente de um departamento que


trabalha as questões de regularização (titulação) de terras do município, possuindo
um percentual significativo do seu território irregular. Pois a estrutura do órgão é
incipiente, para a demanda territorial do município. Logo surge a iminente
necessidade de estabelecer o Programa Municipal de Regularização Fundiária
Urbana e Rural, este por sua vez, objetiva diagnosticar as ocupações irregulares,
regularizar propriedades rurais, planejar o processo de expansão urbana,
estabelecer a regularização ambiental do município. Assim como também, a medida
vem sobretudo, garantir para que os moradores possam investir no imóvel, conseguir
financiamento, poder contribuir com o município por meio do Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU) e segurança jurídica para o proprietário do imóvel.
O Quadro 8, mostra o levantamento do setor de tributos, quanto ao número de
imóveis cadastrados no IPTU, assim como estabelecimento comercial inscritos e
com alvará de funcionamento, o que também configura números abaixo do universo
de estabelecimentos instalados no município em diversos segmentos.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


61

Fica demonstrado também, o quantitativo de terras tituladas na zona rural,


trabalho realizado pelo setor de terras do município, podendo ser verificado o número
muito aquém, para a dimensão territorial do município. (Gráfico 20).

Quadro 8 – Número de imóveis cadastrados no IPTU

Regularização propriedade urbana Regularização propriedade rural

IPTU Títulos Propriedades Área (m²)

1956 73 298,00 1.935.265,27


Fonte: Dados fornecidos Setor de Terras, Departamento de Tributos-Elaborado SEMPLAG-SCO

Gráfico 20 – Áreas tituladas por comunidade

Área total titulada(m²)


600000,00
500000,00
400000,00
300000,00
200000,00
100000,00
0,00

Fonte: Dados fornecidos Setor de Terras, Departamento de Tributos-Elaborado SEMPLAG-SCO

11. ASPECTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO, EMPREGO E RENDA


De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 194 caracteriza a
seguridade social como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade destinada a assegurar saúde, previdência e a assistência
social. A assistência social encontra-se delineada nos arts. 203 e 204 da Constituição
Federal como àquela proteção devida a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social. (MDS,2015)
Logo compete aos municípios atender e executar tais políticas, orientada pela
Lei nº 8.742, de 7 de Dezembro de 1993, denominada Lei Orgânica da Assistência
Social – LOAS, seguindo o pressuposto da referida Lei, o município de São Caetano
de Odivelas, cria sua estrutura de Assistência Social através das seguintes Leis: Lei

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


62

009/1998 – Lei de Criação do Conselho Municipal de Assistência Social e Lei


004/1999 Lei de Criação da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Na gestão federal atual, as ações e a aplicação de recursos do SUAS são
coordenados e orientadas pelo Ministério da Cidadania – MC (2019) e avaliadas e
pactuadas nas Comissão Intergestores Bipartite - CIB e na Comissão Intergestores
Tripartite - CIT. Esses procedimentos são acompanhados e aprovados pelo
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e pelos Conselhos Estaduais e
Municipais de Assistência Social, que desempenham um importante trabalho de
controle social.
As diretrizes, metas e estratégias para a assistência social no município,
segue o disposto no Plano Municipal de Assistência Social – PMAS, referente ao
quadriênio 2021/2024, Plano de ação do CMDCA, e demais planos específicos por
equipamentos e seus respectivos públicos.

São Caetano de Odivelas tem uma população estimada de 18.207


habitantes, segundo IBGE, 2021, Destas, 59% pessoas localizadas na área rural e
41% de pessoas residentes na sede Municipal.
Os dados obtidos através do Relatório de Programas e Ações do
Ministério da Cidadania, refletem a cobertura do governo federal no município e
ação da estrutura da Assistência Social na execução dos programas e ações.
11.1. Indicadores dos Programas de Assistência Social

 Índice de Gestão Descentralizada


O Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Programa Auxílio Brasil e Cadastro
Único é um indicador que mede os resultados da gestão do Programa Auxílio Brasil
e do Cadastro Único obtidos em um mês. Cada vez que se desenvolvem ações
integradas do Programa e do Cadastro, os estados e municípios alcançam IGD mais
elevado. Ele também associa a gestão por resultados aos recursos financeiros a
serem transferidos para estados e municípios, que devem ser utilizados para
melhoria da gestão do Programa Auxílio Brasil e do Cadastro Único (MCD,2022)
Assim o município apresentou um IGD-M 0,90 o que o coloca em condição de
receber repasses próximo ao teto mensal para o município, no valor de R$
10.474,75. O gráfico 21, representa o percentual dos repasses no período de janeiro
a agosto de 2022 orientado pelo teto estabelecido.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


63

Gráfico 21 - percentual dos repasses no período de janeiro a agosto de 2022

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

11.2. Cadastro Único para Programas Sociais do Governo

O Cadastro Único comumente conhecido como CAD único é a base de dados


do Governo Federal onde estão registradas as informações socioeconômicas das
famílias de baixa renda domiciliadas no território brasileiro, que são aquelas que
possuem renda mensal de até ½ salário mínimo por pessoa ou renda familiar total
de até 3 salários mínimos. São esses dados que possibilitam a concessão de
benefícios e programas sociais.

Desta forma o município é responsável pelo planejamento e gerência desses


serviços e ações. Os números de cadastros do município estão listados no quadro 9
e são referentes até julho de 2022. Assim como o Gráfico 22, representa a evolução
do número de famílias e pessoas cadastradas no período de 2015 a 2022 até a
competência de julho de 2022.

Quadro 9 - cadastros do município

Cadastros Período
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Famílias Cadastradas 4.255 4.258 4.187 3.795 3.811 3.789 3.921 4.492
Pessoas Cadastradas 14240 14309 13938 12470 12714 12535 12709 13250
Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


64

Gráfico 22 – Evolução do número de família e pessoas cadastradas no período 2015-2022

CAD ùnico
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Período
Familias Cadastradas Pessoas Cadastradas

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

O quadro 10, elenca dados importante na análise do alcance da assistencia


social, são os grupos populacionais tradicionais especificos(PTE), identificados no
municipio através do número de familas cadastradas e beneficiadas pelo
PAB(Gráficos 23 e 24).
Quadro 10 - grupos populacionais tradicionais especificos(PTE)

Grupo Famílias Cadastradas Famílias Beneficiarias PAB

Ribeirinhos 3 2
Extrativistas 83 73
Pesca Artesanal 1300 1050

Agricultura Familiar 619 488

Coletor Material Reciclável 21 18

Resgatado trabalho análogo


18 10
escravo
Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


65

Gráfico 23 – Grupos populacionais tradicionais - PTE

FAMÍLIAS PTE-BENEFICIÁRIAS PAB


Resgatado
trabalho análogo
Coletor Material escravo Ribeirinhos
Reciclavel
Extativistas

Agricultura
Familiar

Pesca Artesanal

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Gráfico 24 – Número de familias cadastrastradas PTE

FAMÍLIAS CADASTRADAS - GRUPO POPULACIONAL


TRADICIONAL ESPECÍFICO
Resgatado
trabalho análogo
Coletor Material Ribeirinhos
escravo
Reciclavel
Extativistas

Agricultura
Familiar

Pesca Artesanal

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


66

11.3. Beneficio Bolsa Familia, Auxilio Brasil e Beneficio Prestação


Continuada-BPC

Os indicadores sociais consideram os eixos de condições de vida, de exclusão


social e desigualdade, logo são números que contribui com análise do governo
municipal, quanto as necessidades de investimentos, e atenção, para que a
população possa sair da condição de vulnerabilidade social, se integrar ao mercado
de trabalho e contribuir com a geração de renda no município.
O programa Bolsa Família foi criado em 2004 pela Lei nº 10.839/2004,
considerado o maior programa de transferência de renda do mundo. Dirigir-se à
população com capacidade produtiva, volta-se especialmente para as crianças,
parcela da população que na década de 1990 era a mais vulnerável no que se refere
à segurança de renda, assim, as crianças eram as mais infligidas pela situação de
pobreza e extrema pobreza (PAIVA, et al,2013). O Gráfico 25, demonstra uma
evolução histórica de famílias atendidas pelo Bolsa Família no município, no período
estabelecido entre 2015 a setembro de 2021, quando o Programa foi descontinuado.
Os valores base são referentes ao mês de dezembro de cada ano.
Gráfico 25 – Evolução histórica de famílias atendidas pelo Bolsa Família

Familias Beneficiarias Bolsa Familia


2900

2850

2800

2750

2700

2650

2600

2550
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

O Programa Auxílio Brasil, foi criado em dezembro de 2021, através da Lei


14.284/202, contempla nove modalidades diferentes de benefícios. O município é

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


67

atendido por 06(seis) dos programas, de acordo com a tabela 8, e o gráfico 26 que
demonstra os valores de famílias atendidas desde a criação em 2021, até setembro
de 2022.
Tabela 8 – Valores de famílias atendidas de desde a criação em 2021, até setembro
de 2022
PROGRAMA AUXILIO BRASIL
Benefício Auxilio
Período PI BCF BSP BCOMP
Extraordinário Gás
Set/22 443 4.370 2.109 773 2.922 147
Ago. /22 436 4.470 2.162 795 2.885 0
Jul. /22 417 4.450 2.175 800 2.795 137
jun./22 426 4.429 2.228 805 0 0
Mais/22 416 4.419 2.278 1.003 0 133
Abr/22 394 4.340 2.300 1.047 0 0
Mar/22 399 4.326 2.297 1.060 0 124
fev./22 386 4.189 2.215 1.103 0 0
jan/22 386 4.189 2.215 1.103 0 121
dez/21 337 4.053 2.075 1.103 0 0
Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Gráfico 26 - valores de famílias atendidas desde a criação em 2021

Beneficios Programa Auxilio Brasil-PAB


5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
dez/21 jan/22 fev/22 mar/22 abr/22 mai/22 jun/22 jul/22 ago/22 set/22

PI BCF BSP BCOMP Benefício Extraordinário Auxilio Gás

Fonte: Relatório gestão do Auxilio Brasil e Cadastro Único-Elaborado: SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


68

11.4. Equipamentos Públicos e Serviços Assistência Social

O municipio possui 02 equipamentos da rede socioassistencial do SUAS, sendo


o CRAS, e o CREAS Municipal. A Figura 8, mostra a execução de alguns dos
serviços preconizados pelo CRAS como o PAIF (Proteção e Atendimento Integral à
Família) e SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos). A SEMAS
executa todas as ações e serviços que são de competências municipais e
estabelecidos por legislação vigente. O relatório de atividades, subsidiou o
diagnóstico o que proporcionou estabelecer um painel síntese dos serviços, assim
como dos principais problemas enfrentados para sua execução das ações, e
principalmente as causas desses problemas.
 Serviços Socioassitencias executados
Os dados são objeto do diagnóstico da SEMAS, para o todo o período do ano
de 2021, e demosntram os números brutos do municipio quanto a execução de
poiliticas publicas federais e ações da gestão municipal.

Figura 8 - execução de alguns dos serviços preconizados pelo CRAS como o PAIF

11.5. Familias Atendidas pelo PAB(PAA)

O Programa Alimenta Brasil-PAB, antigo Programa de Aquisição de Alimentos


– PAA, na execução de 2020-2021, atende a 16 agricultores e benficia familias

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


69

diretamente e indiretamente ligadas ao programa. As produtos fornecidos pelos


agricultores atingiram a média de 30.880,00 Kg, atendendo 2324 familias de demais
programas assistenciais estabelecidos no municipio(Quadro 11).
Quadro 11 - familias de demais programas assistenciais estabelecidos no municipio
Famílias Nº Cestas

Famílias do Programa Criança Feliz 800

Famílias do Serviço Convivência e Fortalecimento de Vínculos 1320

Famílias Beneficiários BPC 204


Total famílias 2324
Fonte: Relatório SEMAS_Elaboção: SEMPLAG

11.6. Programa Criança Feliz-PCF e Serviço de Convivência e Fortalecimento


de Vínculos-SCFV
Os dados demonstrados através do Quadro 12 e Gráficos 27 ilustram a
dinâmica de trabalho executado pela SEMAS, de acordo com o Diagnóstico de 2021
da Secretaria.
Quadro 12 – Trabalho executado pela SEMAS
PARTICIPANTES
PROGRAMAS
(ATENDIMENTOS)

PROGRAMA CRIANÇA FELIZ - PCF 200

SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV

GRUPO DE IDOSO 83
GRUPO DE CRIANÇA 113
GRUPO ADOLESCENTES 62
ADULTOS 34
Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


70

Gráfico 27 – Dinâmica de trabalhos executados pela SEMAS

SCFV
ADULTOS
12%
GRUPO DE
IDOSO
GRUPO 28%
ADOLESCENTE
S
21%

GRUPO DE
CRIANÇA
39%

Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

11.7. Atendimentos realizados no centro de referência em Assistência Social


– CRAS Odivelas

O Quadro 13 e o Gráfico 28, estabelece o quantitativo de atendimentos


realizados pela SEMAS no período de 2021.
Quadro 13 - Atendimentos SEMAS
ATENDIMENTOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL-CRAS
ODIVELAS

CESTAS BÁSICAS 220


KIT ENXOVAL 12
AUXUILIO FUNERAL 65
ATUALIZAÇÃO CAD ÚNICO 1404
INLUSÃO CAD ÚNICO 190
PROCESSO BPC 23
ENCAMINHAMENTO CENTRO ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 17
ENCAMINHAMENTO CREAS 12
ENCAMINHAMENTO CONSELHO TUTELAR 4
ENCAMINHAMENTO SAÚDE 16
ENCAMINHAMENTO ISENÇÃO RG 29
ENCAMINHAMENTO 2º VIA CERTIDÃO DE NASCIMENTO 3
EMISSÃO CARTEIRA IDOSO 49
ORIENTAÇÃO TÉCNICAS 164
VISISTAS DOMICILIARES 124
Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


71

Gráfico 28 – Quantitativo de atendimentos SEMAS

ATENDIMENTOS CRAS
VISITAS DOMICILIARES

EMISSÃO CARTEIRA IDOSO

ENCAMINHAMENTO ISENÇÃO RG

ENCAMINHAMENTO CONSELHO…

ENCAMINHAMENTO CENTRO…

INLUSÃO CAD ÚNICO

AUXUILIO FUNERAL

CESTAS BÁSICAS
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

 Serviço de Identificação
O Serviço de identificação trabalha com a expedição de registros civís e emitiu
um quatitativo de 880 cédulas no ano de 2021.

11.8. Atendimentos realizados no centro de referência especializado em


assistência social – CREAS
O Gráfico 29, representa o total do serviço realizados pelo CREAS no período
de janeiro a dezembro de 2021, totalizando 2099 atendimentos.

Gráfico 29 – Total de serviços realizados pelo CREAS

Atendimentos CREAS
250

200

150

100

50

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


72

11.9. Conselho Tutelar


O Quadro 14, retrata os principais casos atendidos pelo Conselho Tutelar do
município.
Quadro 14 – Atendimentos realizados pelo conselho tutelar em 2021
Fonte: Relatorio SEMAS-Elaboração: SEMPLAG

Casos atendidos Quantidade


Casos de abuso sexual 19
Casos de violência física 14
Casos de trabalho infantil 2
Casos de negligência 14
Casos diversos: Guarda, pensão, brigas entre
270
menores, etc.
Total de atendimentos/acompanhamentos e
370
orientações
11.10. Diagnóstico dos principais elementos interferência na gestão da
Assistência Social no âmbito municipal.

Proteção Social Básica – PSB


Centro De Referência De Assistência Social – CRAS
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF
Problemática Por que ocorre?
- Falta de atrativo que atenda as
- Dificuldade no prosseguimento
expectativas dos usuários.
das famílias nas reuniões
- Política assistencialista.
presenciais do PAIF.

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV


Problemática Por que ocorre?

- Falta de atrativos que viabilizem o


interesse deste grupo na
- Dificuldade de permanência dos participação continuada nas
adolescentes nos encontros atividades.
semanais do SCFV. - Ausência de atividades
- Inexistência de salas adequadas diferenciadas.
para atividades midiáticas. - O CRAS não dispõe de espaço
para as atividades.
- Falta de orientador físico, de artes,
música e de dança.

Benefícios Eventuais Socioassistenciais


Problemática Por que ocorre?

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


73

- Falta de um piso fixo para


- Defasagem da Lei Municipal dos
manutenção dos benefícios
Benefícios Eventuais (em
eventuais (funeral, cesta básica,
processo de atualização).
enxovais, etc.).

Programa Criança Feliz - PCF


Problemática Por que ocorre?
- Não existem creches no município
- Crianças acompanham os pais para que as crianças possam
para o trabalho. ficar enquanto os pais
trabalham.
- Constante mudança de endereço. - Moradia alugada, falta de projeto
habitacional no município.
Programa Auxílio Brasil – PAB
Problemática Por que ocorre?
- Gravidez precoce.
- Descumprimento de
- Abandono escolar em troca do
condicionalidade na educação.
trabalho informal.
Benefício de Prestação Continuada – BPC (idoso/deficiente)
Problemática Por que ocorre?
- A família teme o cruzamento de
- Sonegação de idosos e deficientes informações que comprometerá
físicos no Cadastro único o pagamento do Programa
familiar. Auxílio Brasil (PAB).

Programa Alimenta Brasil – PAB


Problemática Por que ocorre?
- Órgãos competentes burocratizam
- Falta de legalização de terras para
a legalização das terras.
o agricultor.

Equipe Volante
Problemática Por que ocorre?
- Equipe incompleta
- Falta de automóvel próprio para o - Orçamento deficitário para
desenvolvimento das atividades manutenção da mesma.
da equipe em zona rural e - Orçamento federal não cobre tais
manutenção do mesmo. despesas.

Cadastro Único
Problemática Por que ocorre?
- A renda fixada em carteira
- Os responsáveis familiares
compromete a per capta
sonegam a existência dos
permitida para o benefício do
companheiros.
Programa Auxílio Brasil (PAB)

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


74

Outros Serviços
Problemática Por que ocorre?
- Inexistência do Serviço de
Proteção Social Básica no
- O serviço ainda não foi efetivado
Domicílio para pessoas com
no município.
deficiência e idosos.

Outras Demandas
Problemática Por que ocorre?
- Não temos co-financiamento para
- Aluguel do CRAS
reformas e construção de prédio.
Proteção Social Especial De Média Complexidade – PSEMC
Centro De Referência Especializado De Assistência Social – CREAS.
Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos - PAEFI
Problemática Por que ocorre?
- Os usuários não querem se expor,
- Resistência dos usuários em acreditam que se participarem
participar da grupalização. todos da cidade ficarão sabendo
de algo.
Serviço Especializado em Abordagem Social
Problemática Por que ocorre?
- Não há um servidor de nível médio
- É realizado pela equipe técnica
específico para realizar a
PAEFI.
abordagem social.

Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida


socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de
Serviços à Comunidade (PSC)
Problemática Por que ocorre?
- Plano está em processo de
- Dificuldade com a articulação em
construção e posteriormente
rede, referente ao processo que
serão repassadas informações
envolve o serviço.
sobre procedimento, fluxo e
funcionamento.
Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência,
Idosas e suas Famílias.
Problemática Por que ocorre?
- Não existe uma equipe técnica
- É realizado pela equipe técnica
específica para tender e
PAEFI.
acompanhar este serviço.
Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.
Problemática Por que ocorre?

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


75

- Não existe uma equipe técnica


específica para tender e
acompanhar este serviço.
- É realizado pela equipe técnica - Não há demanda suficiente no
PAEFI. município para se contratar uma
segunda equipe técnica.
Outros Serviços
Problemática Por que ocorre?
- Falta de informação sobre quais
- Dificuldade com o fluxo de
são as atribuições do CREAS.
atendimento.

CONTROLE SOCIAL
Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS
Problemática Por que ocorre?
- Inexistência da Casa dos
- Uso de somente até 3% dos IGDs
Conselhos, com equipamentos
para manutenção do conselho.
de informática e materiais
- Não há cofinanciamento municipal
permanentes e de expediente.
para manutenção.

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA


Problemática Por que ocorre?
- Inexistência da Casa dos
Conselhos, com equipamentos
- Não há cofinanciamento municipal
de informática e materiais
para manutenção.
permanentes e de expediente.

Conselho Municipal do Idoso – CMI


Problemática Por que ocorre?
- Inexistência da Casa dos
Conselhos, com equipamentos
- Não há cofinanciamento municipal
de informática e materiais
para manutenção.
permanentes e de expediente.

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - CMSEAN


Problemática Por que ocorre?
- Inexistência da Casa dos
Conselhos, com equipamentos
- Não há Co-financiamento
de informática e materiais
municipal para manutenção.
permanentes e de expediente.

Conselho Tutelar
Problemática Por que ocorre?

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


76

- Não há espaço adequado para - Falta de estrutura física, recursos


atendimento da demanda humanos e material, adequada
especifica. para atendimento.
Fonte: Relatorio SEMAS

11.11. Trabalho e geração de emprego e renda

Os dados obtidos, em sua maioria compõe o anuário municipal elaborado pela


FAPESPA, que realizam um trabalho estatisitico aparir das bases intitucionais
oficiais, capazes de traçar o cenário dos municipios do estado dentro dos prinicipais
segmentos: sociais, ambientais, economicos,infraestrutura,demografia.
De uma maneira geral, foi relevante perceber, a necessidade persistente que o
municipio de São Caetano de Odivelas, tem, em produzir dados e sistematizar
informarções, o que dificulta a governança e torna o municipio subsidiarios de fontes
exógenas, e algumas vezes subestimadas, pela dificuldade de captação dessas
informações in locu.
A Tabelas 9 e o Gráfico 30, descrevem o quantitativo de vínculos empregaticios
por setor econômico, identificado no municipio. As informações contemplam também
os vínculos de acordo com gênero, além do percentual municipal em relação ao
Estado. Os são dados do MTE/ RAIS, e consolidados pelo anuário FAPESPA 2020,
adaptado para eleboração dos gráficos pelo Diagnóstico Técnico PDM(Gráficos 31
e 32).
Tabela 9: Quantitativo de vínculos por setor econômico

Vínculos Empregatícios Segundo Setor de Atividade Econômica

Atividade 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020


Extrativa Mineral
Indústria de Transformação 18 8 8 6 8 7 5
Serviços Industria Utilidade Pública 7 4 3 7 3 4 5
Construção Civil 18 1 1
Comércio 44 63 86 86 89 104 95
Serviços 2 10 11 13 14 18 18
Administração Pública 773 673 8 579 603 666 488
Agropecuária 46 58 42 48 48 67 63
Fonte: FAPESPA/MTE/RAIS-Elaborado SEMPLAG SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


77

Grafico 30 – Vínculos empregatícios por setor atividade econômica

Vínculos Empregaticios
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Extrativa Mineral Indústria de Transformação


Serviços Indust Utilidade Pública Construção Civil
Comércio Serviços
Administração Pública Agropecuária

Fonte: FAPESPA/MTE/RAIS-Elaborado SEMPLAG SCO

Gráfico 31 – Vínculos empregatícios por gênero

Vínculos empregatícios por gênero


900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2015 2016 2017 2018 2019
Período
Masculino Feminino

Fonte: FAPESPA/MTE/RAIS-Elaborado SEMPLAG SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


78

Gráfico 32 – Percentual de vínculos em relação ao Estado

Vínculos empregatícios em relação ao estado


0,090%

0,080%

0,070%

0,060%

0,050%

0,040%

0,030%

0,020%

0,010%

0,000%
2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: FAPESPA/MTE/RAIS-Elaborado SEMPLAG SCO

Os dados levantados permitem viasualizar os aspectos tangiveis da politica de


assistencia social do municipio, assim como esta estabelece o cenario social, na
produção de renda, ocupação e qualidade de vida da população local.
12. ASPECTOS SAÚDE
Este tópico faz uma abordagem dos aspectos da Política de Saúde no
município de São Caetano de Odivelas, que por sua vez segue os parâmetros do
Sistema Único de Saúde – SUS, com conjunto de unidades, serviços e ações que
interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se,
ao mesmo tempo, às atividades de promoção e de recuperação da saúde. A rede de
serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um
conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada,
favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, de controle de vetores, de
educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar.

12.1. Estrutura de Gestão da Política Municipal de Saúde

 Secretaria Municipal de Saúde


A principal estrutura de gestão da saúde no município é a Secretaria Municipal
de Saúde, esta por sua vez está na categoria de baixa complexidade (atenção básica
de saúde), desta forma trabalha dentro dos programas com diretrizes determinada

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


79

pelo Ministério da Saúde, através de 08 Estratégias de Saúde da Família-ESF,


distribuída no município por regionalização e 01 Unidade Básica de Saúde-UBS.
As especialidades atendem o rito, de atendimento dos médicos generalistas no
município, que são encaminhados através de documentos de referência para
médicos especialistas, estes são cadastrados em sistema central de marcação de
consulta especializada do governo, ficando na disponibilidade e espera da liberação
no sistema para realização do mesmo. Desta forma a Figura 9, ilustra as áreas de
atuação e os serviços contemplados pela estrutura da Secretaria de Saúde do
município: Estratégia Saúde da Família-ESF, Unidade Básica de Saúde-UBS,
Coordenação de Vigilância em Saúde e Epidemiológica, Vigilância
Sanitária/Ambiental/Zoonoses, Endemias, Coordenação de imunização, Programa
de Saúde na Escola-PSE, Regulação de consulta e atendimento especializado,
equipe Assistência Social, Nutricionistas, Centro Especializado
Odontológicos(CEO), Serviço SAMU, Coordenação Atenção Básica, Atendimento
Farmacêutico, Academia da Saúde.

Figura 9 – áreas de atuação Secretaria Municipal de Saúde

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


80

 Conselho Municipal de Saúde


O Conselho Municipal de Saúde foi constituído sob a Lei nº 005 de 30 de junho
de 1998, como instância colegiada para apoio e governança na gestão da política
municipal de saúde.

 Plano Municipal de Saúde


O Plano Municipal de Saúde, expressa o compromisso da gestão com
implementação e o fortalecimento do SUS municipal e garantir a equidade e
integralidade do atendimento no município. O Plano tem validade de 04 anos, e a
vigência do Plano atual segue compreendido de

12.2. Equipamentos públicos

Os equipamentos de Saúde Instalados no Município, estão distribuídos em 08


Estratégias Saúde da Família distribuídas na zona urbana e zona rural (Mapa 17). O
Quadro 15 e Gráfico 33 estabelece os números de famílias, e as comunidades
atendidas por cada Estratégia.
A Unidade Básica de Saúde - UBS, Atende a população do bairro do Pépeua e
usuários de outras ESF, e demanda espontânea.
O município dispõe ainda de um hospital, contudo este é de gestão do Governo
do Estado, que atualmente recebeu recurso para reforma e adequações.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


81

Mapa 17 – Estratégias Saúde da Família-ESF Zona Rural

Quadro 15 - números de famílias, e as comunidades atendidas por cada Estratégia


Estratégia de Saúde
Unidade Comunidade Famílias

Centro Bairro 1949

Pépeua Bairro 996

Cachoeira

Cachoeira Ilha São Miguel 960

São João
Pereru

Pereru Camapú 951
Alto Pereru
Pereru de Fátima
Monte Alegre
Ponta Bom Jesus
Monte Alegre Espanha 435
Camapú Miri
Madeira
Santa Maria
Santa Maria da Barreta 717
Km 08/09/10/11

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


82

Vila Conceição
Itapepoca
Laranjeira
Maracajá
Páscoa
Engenho
Cutita
Camutá
Marabitanas
Guajará
Santa Fé
Marabitanas Uxiteua 511
Bastos

Seringa
Baixa Grande
Rio Branco
Risca
Rio Branco Maneta 361
Meratauá
Pio XII
Fonte: Relatório Secretaria Municipal de Saúde-Elaboração: SEMPLAG SCO

Gráfico 33 – Famílias atendidas pelas ESF’s

FAMÍLIAS ATENDIDAS ESF


Santa Maria da
Barreta Cachoeira
Rio Branco

Pereru

Centro

Pepeua

Monte Alegre Marabitanas

Fonte: Relatório Secretaria Municipal de Saúde-Elaboração: SEMPLAG SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


83

12.3. Aspectos qualitativos e quantitativos da política municipal de saúde

 Programas e ações desenvolvidas pelas ESF e UBS


A Secretaria Municipal de Saúde segue cronograma estipulado pelo Ministério da
Saúde, onde são desenvolvidas campanhas com temas específicos, e ações para
intensificação e fortalecimento dos serviços de saúde oferecidos.
As ações listadas no quadro foram desenvolvidas em todo o período de 2021
de janeiro a dezembro (Quadro 16)
Quadro 16 - Ações e Campanhas de Saúde

Ações e Campanhas

Saúde Mental
Conscientização Lúpus e Alzheimer
Prevenção colo útero
Conscientização sobre Autismo
Combate abuso e exploração sexual infantil
Incentivo a doação de sangue
Combate as hepatites virais
Aleitamento materno
Prevenção ao suicídio
Prevenção ao câncer de mama
Prevenção ao câncer de próstata
Prevenção as ITS (Infecções sexualmente transmissíveis)
Campanha antirrábica animal
Reuniões técnicas para adequação dos serviços

Programas

Saúde na Escola
Hiperdia
Saúde do Homem
Saúde da Criança
SISAGUA
Puerpério
Criança Feliz
Planejamento Familiar
Calendário arco-íris

O Programa Saúde na Escola-PSE, atendeu 2.207 alunos das escolas da zona


urbana e zona rural do município no ano de 2021.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


84

12.4. Diagnóstico dos principais problemas enfrentados pelo sistema de


saúde municipal

A Secretaria Municipal de Saúde-SMS, organizou um relatório, elencando e


descrevendo alguns elementos de interferência na execução do serviço de saúde,
assim como medidas adotadas para dirimir os eventuais problemas.
 Laboratório
A Saúde não dispõe de um laboratório público para atender as demandas do
SUS, no momento o laboratório realiza apenas coleta de RT-PCR Covid-19,
sorologia de Dengue, Zika, Chikungunya, sarampo, essas coletas são encaminhadas
para o laboratório central (LACEN).
Desta forma, existe uma emenda parlamentar destinada em compra de
equipamentos para estruturação do laboratório, porém não estamos com espaço
físico definido, visto que, funcionava no anexo do hospital e como informado o
mesmo passará por reforma, assim a secretaria de Saúde está em planejamento
para adequação de um espaço físico onde irá funcionar, dependendo de recursos.

 Agente de serviços gerais


Há uma necessidade de capacitar o serviço gerais que atuam no serviço de
saúde do município, Desta forma, levou a programação, para o segundo
quadrimestre de 2022, a realização da capacitação desses servidores.

 Academia em saúde
A academia em saúde funciona em 02 espaços, na comunidade do Alto
Pereru e na praça dos Três Poderes, no centro da cidade. Ambas, encontram-se
com pisos inapropriados e necessita de revitalização. Entretanto, o recurso
destinado é insuficiente, pois apenas a academia de saúde, localizada no centro da
cidade vem recebendo recurso do governo federal, possibilitando o custeio de
apenas um profissional. Inviabilizando, as adequações, revitalizações e
funcionamento da Academia da comunidade de Alto Pereru.

 Ambulancha
A ambulancha está com problemas mecânicos e foi substituído por um barco
para que a comunidade não ficasse sem transporte de urgência. Dessa forma,
aguardando processo licitatório, para aquisição de uma nova embarcação.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


85

 Atendimento domiciliar da equipe de saúde


Com a aquisição dos micro ônibus, a situação de transporte para realizar as
visitas domiciliares, foram solucionadas, uma vez que, os carros usados para o
transporte de pacientes para consultas e exames, fora do município, ficam
atualmente disponíveis para as equipes realizarem as visitas domiciliares.
 Implantação do projeto EPA
O projeto trata de atendimento multiprofissional aos pacientes com
transtornos mentais dentro da atenção primaria a Saúde, pois o município de não
tem população suficiente para implantação de CAPS, de acordo com os dados do
último censo, IBGE/2010.
Desta forma, proporciona melhor acesso ao serviço, reduzindo a necessidade
de deslocamento de pacientes de saúde mental, para fora do município. Como o
serviço ainda está em fase inicial não dispomos do quantitativo de usuários
atendidos.

 Micro-ônibus e ambulância
São realizados em média o transporte de 663 pessoas nos micro ônibus por
mês, e 55 pessoas na ambulância para consultas e exames agendadas. O
quantitativo pode ter alteração de mês para outro, por ser demandas espontâneas.

12.5. Dados quantitativos e indicadores


Foram levantados para corroborar com as informações primarias fornecidas
pela SMS, algumas evoluções históricas de alguns indicadores considerados
importantes, na análise da eficiência dos serviços de saúde fornecidos pelo
município. Desta forma os dados são da Base do DATASUS, e foram compilados
pela FAPESPA em seu anuário dos municípios.
Assim foi tabulado, as informações mais significativas referentes ao município
de São Caetano de Odivelas, o que oportunizou a geração dos gráficos seguintes,
para uma melhor análise da política de saúde no município.

 Taxa de cobertura das ESF’s período de 2016-2020

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


86

Gráfico 34 – Taxa de cobertura das ESF’s período de 2016-2020


Taxa de Proporção de Cobertura da Estratégia Saúde da
Família - 2016 a 2020
101,00

100,00

99,00

98,00

97,00

96,00

95,00

94,00

93,00
2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021 Elaborado: SEMPLAG SCO

 Taxa de proporção de cobertura ACS


Gráfico 35 – Taxa de cobertura ACS período de 2016-2020
Taxa de Proporção de Cobertura dos Agentes Comunitários de
Saúde - 2016 a 2020 Taxa
120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: Adaptado de dados DATASUS,FAPESPA 2021

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


87

 Taxa de proporção de mulheres que realizam exame do Colo do útero


Gráfico 36 – Proporção de exames de mulheres de 25 a 67 realizaram exames
Citopatológicos do colo do útero
Proporção de Mulheres de 25 a 64 anos que Realizaram Exames
Citopatológicos do Colo do Útero - 2016 a 2020
1,20

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

 Taxa de incidencia de Hanseníase e Tuberculose


Grafico 37 – Taxa de Incidência de hanseníase e tuberculose

Taxa de Hanseníase e Tuberculose


70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Tuberculose Hanseníase

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


88

 Taxa de mortalidade por sexo


Gráfico 38 – Taxa de mortalidade por sexo

Taxa de Mortalidade por Sexo


9,00

8,00

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Sexo Mas Sexo Fem

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

 Percentual de nascidos vivos de mães adolescentes


Grafico 39 – Percentual de natalidade de Mães Adolescentes na faixa etária 10 a 19 anos
Percentual de Nascidos Vivos de Mães Adolescentes na Faixa
Etária de 10 a 19 Anos - 2016 a 2020 Taxa
30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


89

 Taxa de mortalidade infantil


Gráfico 40 – Taxa de mortalidade infantil

Taxa de Mortalidade Infantil


30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

 Taxa de mortalidade e natalidade


Gráfico 41 – Taxa de mortalidade e natalidade

Taxa de Mortalidade e Natalidade

14,00

12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

0,00
2016 2017 2018 2019 2020

Mortalidade Natalidade

Fonte: DATASUS,FAPESPA 2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


90

13. ASPECTOS EDUCACIONAIS


A educação, é sem dúvida, uma das áreas mais essenciais para o
desenvolvimento de uma sociedade. Desta forma, o Estado tem a obrigação de
oferecer educação formal para todas as crianças e adolescentes. Logo os municípios
precisam estabelecer em seu território políticas educacionais que garantam a
qualidade, e a equidade da educação.
A estrutura administrativa para educação no município de São Caetano de
Odivelas, foi instituída através da Lei 006/1999 que cria a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura, onde posteriormente foi desmembrada a pasta da Cultura,
congregando Turismo, Esporte e Lazer.

13.1. Estrutura de Gestão da Educação Municipal

A Secretaria Municipal de Educação-SEMED de São Caetano de Odivelas,


funciona em prédio próprio, localizada à avenida São Benedito, s/n, está
estabelecida sob organograma que se divide da seguinte forma:

 Secretário de Educação- que articula as políticas educacionais e é


responsável pela administração dos Recursos Financeiros e
coordenações.

 Direção de Ensino (1) - tem como atribuição direcionar


pedagogicamente o ensino na rede municipal;

 Direção de projetos (1) - a ele compete a elaboração de projetos


voltados à educação no município;

 Direção de Suporte Administrativo (1) - que tem como função a


execução das demandas administrativas de responsabilidade da
Educação;

 Direção Financeiro (1) - responsável por organizar o controle das


receitas e despesas da secretaria de educação;

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


91

 Direção de Recurso Humanos (1) - compete a responsabilidade com


o quadro funcional da Educação;

 Coordenação de Dados Estatísticos (1): tem a responsabilidade de


coletar e analisar dados para o desenvolvimento de ações baseadas
em estudos futuros.

 Coordenação de Merenda escolar (1): compete a ele diagnosticar e


acompanhar o estado nutricional dos estudantes; acompanha e avalia
o cardápio da alimentação escolar e é responsável pela distribuição da
merenda escolar no município.

 Equipe Técnico-Pedagógica - que coordena todo o trabalho


pedagógico da SEMED, ficando assim distribuída:
(1) Coordenador (a) da Educação Infantil;
(1) Coordenador (a) do Ensino Fundamental anos iniciais (1º ao 5ºano);
(1) Coordenador (a) do Ensino Fundamental anos finais 6º ao 9ºano;
(1) Coordenador (a) da EJA;
(1) Coordenador (a) da Educação do Campo;
(1) Coordenador (a) do AEE (Atendimento Educacional
Especializado) (1) Coordenador (a) do Programa Busca ativa;

13.2. Conselhos e instâncias colegiadas

Os conselhos constituem a instância colegiada de participação social,


para contribuir no processo de gestão e governança das políticas públicas de
educação no município. O Conselho Municipal de Educação foi criado pela Lei
Nº 082/2012.
E de responsabilidade da SEMED organizar, lançar edital e realizar as
eleições para os conselhos: CME-Conselho Municipal de Educação, CAE-
Conselho de Alimentação Escolar e Conselho do FUNDEB, além de dar total
apoio aos conselhos e Associações Escolares.
Dentre os problemas enfrentados no processo de gestão, a composição
dos conselhos, tem sido um grande entrave, uma vez que, vem ocorrendo

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


92

uma diminuição do interesse da sociedade em participar desse processo


importante de governança.
13.3. Plano Municipal de Educação

O Plano Municipal de Educação-PME, constitui um importante instrumento de


planejamento e gestão da política educacional do município. O último PME, tem
vigente pelo período de 2015-2025. Contudo encontra-se num grande defasem, de
informações, necessitando de uma releitura e restruturação, antes do final do prazo
estabelecido.

13.4. Equipamentos Públicos da Educação

 Escolas
A esfera de administração municipal contempla 36 escolas de educação infantil
e ensino fundamental, e 02 escolas da esfera administrativa estadual com ensino
médio, que estão dispostas no Quadro 17.
Quadro 17 – Escolas da esfera administrativa municipal
Nº Escolas da Rede Municipal Localidade
1 E.M.E.F. ILHA DE SÃO MIGUEL Ilha de São Miguel
2 E.M.E.F. JUTAÍ Jutaí
3 E.M.E.F.DOLFINA CHAGAS Km 08
4 E.M.E.F. VISTA ALEGRE Itapepoca
5 E.M.E.F.PÁSCOA Páscoa
6 E.M.E.F.CARMEM SOARES DA SILVA Camutá
7 E.M.E.F. DE MARACAJÁ Maracajá
8 E.M.E.F. RAIMUNDO REIS LVES Ponta Bom Jesus
9 E.M.E.F.RICARDO CHAGAS Alto Pereru
10 E.M.E.F.ROSI MARIA GOMES FARIAS Santa Maria
11 E.M.E.F. DANIEL AGOSTINHO DE ALCÂNTARA Boa Vista
12 E.M.E.F.FELIPA RODRIGUES DOS SANTOS Camapú Miri
13 E.M.E.F.MADEIRA Madeira
14 E.M.E.F.TEMISTOCLES S. MARQUES Monte Alegre
15 E.M.E.F. TEODORO DE OLIVEIRA Alto Camapú
16 E.M.E.F. PERERÚ DE FATIMA Pereru de Fatima
17 E.M.E.F. SERAFIM PINTO CARDOSO São João Ramos
18 E.M.E.F.PREFEITO LAERTE MACEDO Mariapólis – Aê
19 E.M.E.F. EUGÊNIA ALBUQUERQUE Marabitanas
20 E.M.E.F. MATUPIRI Matupiri
21 E.M.E.F. BAIXA GRANDE Baixa Grande
22 E.M.E.F. MERATAUÁ Meratauá
23 E.M.E.F. BASTOS Bastos
24 E.M.E.F. MONSENHOR EDMUNDO Pio Xii

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


93

25 E.M.E.F.IZABEL BARATA Maneta


26 E.M.E.F. SERINGA Seringa
27 E.M.E.F. DARIALVA GOMES FARIAS Santa Fé
28 E.M.E.F. GUAJARÁ Guajará
29 E.M.E.F. UXITEUA Uxiteua
30 E.M.E.F. PAPA JOÃO XXIII Rio Branco
31 E.M.E.F. DEP. NILSON CÉLIO SAMPAIO Cidade
32 E.M.E.F. PROFª RAIMUNDA PALHETA Cidade
33 E.M.E.I. PEQUENO PRÍNCIPE Cidade
34 E.M.E.I. PADRE EDIR (anexa ao Pequeno Príncipe) Cidade
35 E.M.E.F. ELPÍDIO PINHEIRO Cidade
36 E.M.E.I. SANTÍSSIMA TRINDADE Cidade

Nº ESCOLAS DA REDE ESTADUAL LOCALIDADE


01 E.E.E.F.M. OSVALDO BRITO DE FARIAS Cidade
02 E.E.E.F. PROFª ROSA ROCHA ALMEIDA Cidade

O maior número das escolas municipais, estão localizadas na zona rural, ou


seja 30 das escolas públicas municipais estão em comunidades rurais de acordo
com o Mapa 18. Um dado importante para o processo educacional, no que compete
a educação no campo. Cardoso (2021), em trabalho realizado em escolas no campo
de São Caetano de Odivelas, apresenta dados interessantes a serem considerados
no processo de planejamento pedagógico para esse público. Baseado nas diretrizes
preconizas para a educação do campo no Brasil.
Mapa 18 – Escolas municipais zona rural

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


94

 Ensino Superior
A Universidade Federal do Pará, e a Prefeitura de São Caetano de
Odivelas, estabeleceram uma parceria institucional para instalação de um
Núcleo Universitário de São Caetano de Odivelas-NUSC, ligado ao Campus
Castanhal, normatizado pela Lei 166/2018 que estabelece as obrigações e
responsabilidade das partes da cooperação.
Atualmente o NUSC, tem regulamentado apenas o curso de Letras
desde de Janeiro de 2019, e possui alguns Termos de Cooperação em
andamento para instalação de demais cursos de Graduação e de Pós-
Graduação.

13.5. Ações e Programas de Educação

O Programa Nacional de Transporte Escolar-PNATE


Em São Caetano o transporte escolar é municipalizado, atendendo
alunos da rede estadual e municipal, transportando alunos nos turnos da
manhã, tarde e noite.
Quadro 18 – Quantitativo Programa Nacional de Transporte Escolar - PNATE
Nº TOTALDE ALUNOS ATENDIDOS COM
600
TRANSPORTE ESCOLAR
Alunos da escola Osvaldo Brito de Farias 350
Alunos da escola Rosa Rocha Almeida 170
Alunos do município 100
Fonte: Relatório SEMED

Estrutura disponível
Quadro 19 – Estrutura para atender transporte escolar
VEÍCULOS PRÓPRIOS QUANTIDADE
Ônibus 01
Micro-ônibus 01
Lancha (sem funcionamento) 01
VEÍCULOS DE EMPRESA TERCEIRIZADA 06 (incluindo 01 barcos)
Fonte: Relatório SEMED

O município não dispõe da quantidade de transportes satisfatório para atender


a demanda municipal do transporte escolar, devido as distâncias de deslocamento,
estradas em condições inadequadas e os recursos repassados pelo estado é
insuficiente.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


95

13.6. Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE

O município de São Caetano de Odivelas recebe o incentivo do governo


federal para a Alimentação escolar através do Programa Nacional da Alimentação
Escolar-PNAE, que disponibiliza ao município o recurso per capta por
aluno/matricula/ano, sendo observado as modalidades de ensino percebendo o valor
a que compete: educação infantil, ensino fundamental e a Educação de Jovens e
Adultos-EJA, recebendo o valor em dez parcelas durante o ano letivo.
Através da Lei de n° 8.847/2019 que institui o Programa Estadual de
Alimentação Escolar, repassa os valores/ano para a Alimentação Escolar da rede
Estadual de Ensino para a gerencia dos municípios, que tem a responsabilidade dos
recursos. Sua aplicação só acontece mediante a realização dos processos de
Chamada Publica-para a aquisição dos fornecedores dos produtos da Agricultura
Familiar e Empreendedor Rural devidamente habilitado para participar do processo,
e o Pregão para a aquisição dos Alimentos/Empresas, estas por sua vez estejam
habilitadas para participarem dos tramites. Processo, que tem como ponto de partida
o cardápio a ser contemplado no decorrer do ano letivo que se subdivide
mensalmente, variando a cada bimestre sempre observando a sazonalidade e
produtos regionais, que tem como Responsável Técnica-RT, uma Nutricionista a
qual tem a competência das variações e elaboração do mesmo.
O Programa da Alimentação Escolar no município dispõe de 01(um) depósito,
que por ora é locado pela administração pública municipal para receber toda a
demanda em período de compra de todos os produtos dos fornecedores, onde é feito
o armazenamento até o final da divisão dos produtos por aluno/escola e feita sua
distribuição, que por sua vez em um curto tempo possível por não haver uma rede
de armazenagem adequada. A repartição conta com a colaboração de 02 (dois)
funcionários do quadro municipal que atuam na divisão e distribuição de todo o
alimento em 100% das escolas da rede de Ensino no Município e 01(um) Diretor da
Alimentação Escolar, que tem como principal função a organização de toda a parte
administrativa e organizacional, com departamento dentro da unidade Executora a
Secretaria Municipal de Educação - SEMED.
A distribuição da merenda escolar é feita em transportes Rodoviários e fluvial,
com locação de responsabilidade da administração Pública Municipal, por não haver
transporte exclusivo para a finalidade do Programa Nacional de Alimentação
Escolar-PNAE.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


96

Alguns dos entraves na execução do Programa em âmbito municipal é a falta


de Galpão adequado ao armazenamento e distribuição da merenda, assim como a
necessidade de profissionais capacitados para a manipulação de alimento nas
escolas destinadas a receber a merenda escolar.
Quadro 20 – Alunos atendidos PNAE rede municipal e estadual
Alunos Atendidos Quantidade
Rede Estadual/Osvaldo Brito de Farias 4196
Rede e Estadual/ Rosa Rocha Almeida 555
Rede Municipal 3769
TOTAL DE ALUNOS 8769
Fonte: Relatório SEMED

13.7. Atendimento Educacional Especializado - AEE

AEE (Atendimento Educacional Especializado) atua junto a todas as escolas


da rede municipal e também acolhe algumas demandas da rede estadual. A
solicitação inicia após observação feita na escola, neste sentido inicia os
atendimentos, organização, marcação de atendimentos, com o propósito de fazer as
intervenções, de acordo com cada necessidade, os atendimentos iniciam com a
anamnese, para iniciar um processo investigativo dos alunos/alunas, e
conseguintemente sua família, e a partir das informações, vão sendo traçados,
intervenções para as situação, as quais no mostram o perfil de cada aluno, sua
família e escola, neste contexto, eis que surgiu em 2016 o projeto SADE: (Semed
Acolhendo a Diversidade Escolar) este projeto agrega as necessidade.

Hoje o AEE possui uma equipe de 05 profissionais: 02 pedagogas, ambas com


especializações em Psicopedagogia e Educação Inclusiva, 01 fonoaudiólogas,
Especialista em neuropsicopedagogia, 01 Psicólogas, Especialista em psicologia
direitos humanos e 01 Assistentes social, e em processo de especialização na área
da educação especial.
São atendidos uma faixa de 60 (sessenta) alunos da rede municipal, mas
matriculados são mais de 100. Visto que os atendimentos presenciais começaram
no mês passado, e as escolas ainda estão enviando alunos para atendimento.
Entretanto ainda persiste a falta de um espaço adequado (sala multifuncional) para
atendimento mais humanizado. Além de falta de equipamentos, matérias didáticas
para fazer o atendimento especializado

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


97

13.8. Programa Nacional do Livro e do Material Didático - PNLD

A escolha do PNLD livros Didáticos e Literários, acontece nas escolas


municipais pelos responsáveis das escolas, dos professores e Coordenadora
Pedagógica da Escola, na qual são analisados e escolhido adequadamente para
serem utilizados no triênio.

Cada escola tem autonomia para realizar de acordo com o planejamento anual
e a necessidade e a realidade da escola, sendo que após as escolhas dos mesmos,
o código com os dados dos livros, são anexadas as atas que são assinadas pelos
responsáveis da escolha, categoria por categoria, de acordo com as orientações do
FNDE, após isso as informações são inseridas no sistema.

13.9. Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

No município de São Caetano de Odivelas das 37 escolas ativas da rede


municipal, 14 possuem conselho ou associação escolar e recebem o PDDE. As
demais, as 23 não possuem conselho por não possuírem a quantidade de alunos
suficiente que dê direito a ter conselho, que são no número 51. Consequentemente
o PDDE dessas escolas é repassado para o município e administrado pela SEMED,
que atende essas escolas com materiais didáticos e de expediente e outros, de
acordo com o que determina a lei.

. Quadro 21 - As escolas que recebem PDDE próprio, são 04 da cidade e 10 na zona rural
Escolas Localidade
E.M.E.F. DEP. NILSON CÉLIO SAMPAIO Cidade
E.M.E.F. PROFª RAIMUNDA PALHETA Cidade
E.M.E.I. PEQUENO PRÍNCIPE Cidade
E.M.E.F. ELPIDIO PINHEIRO Cidade
E.M.E.I. SANTÍSSIMA TRINDADE Cidade
E.M.E.F. RAIMUNDO REIS LVES Ponta Bom Jesus
E.M.E.F. DR. RICARDO CHAGAS Alto Pereru
E.M.E.F. ROSI MARIA GOMES FARIAS Santa Maria
E.M.E.F. DANIEL AGOSTINHODE ALCÂNTARA Boa vista
E.M.E.F. PERERU DE FATIMA Pereru de Fatima
E.M.E.F. SERAFIM PINTO CARDOSO São João Ramos
E.M.E.F. ILHA DE SÃO MIGUEL Ilha de São Miguel
E.M.E.F.DOLFINA CHAGAS Km 08
E.M.E.F. EUGÊNIA ALBUQUERQUE Marabitanas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


98

13.10. Educação Conectada

Todas as escolas listadas acima que recebem PDDE também foram


contempladas com o Educação Conectada. E recentemente mais 04 (quatro) outras
escolas que não recebem PDDE, foram contempladas recentemente, todas na zona
rural. São elas:

Escolas Localidade
E.M.E.F. JUTAÍ Jutaí
E.M.E.F. SERINGA Seringa
E.M.E.F. MARACAJÁ Maracajá
E.M.E.F. MADEIRA Madeira
Fonte: Relatório SEMED

Entretanto a instalação para funcionamento da internet ainda está em tramite,


não está funcionando a internet, porque ainda está em trâmite.

13.11. Conferência Municipal de Educação

Neste ano de 2022, no mês de fevereiro, nos dias 23 e 24, foi realizada a IV
CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO com o tema “Inclusão, Equidade e
Qualidade; compromisso com o futuro da educação Odivelense. ” Na
oportunidade, em uma construção de forma coletiva, com participação de vários
seguimentos, como: Sindicatos, Associações, alunos, professores, pais de alunos,
foi construído o novo PME-Plano Municipal de Educação, em que foram
acrescentadas novas proposta ao PME de 2015, o qual havia sido aprovado com
apenas 11 metas. Hoje o plano atual de 2022, está completo, com suas 20 metas,
mas ainda em fase de formatação.

13.12. Indicadores importantes para gestão de educação municipal

Os indicadores sãos importantes instrumentos para análise situacional da


educação em qualquer esfera administrativa, entretanto alguns dados como número
de matricula, IDEB, Taxa de Evasão, Taxa de distorção idade- série. Assim como
matriculas por localização zona rural e urbana, podem contribuir significativamente
para planejamento e gestão da política educacional o município.
Assim como pode ser fundamental para executar ações prioritárias e
direcionadas ao melhor desempenho da educação municipal. Desta forma serão
ilustrados pelos Gráfico 42.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


99

Gráfico 42 - Evolução do número de matrícula por modalidade de ensino no período de


2016-2022
NÚME RO DE MATRÍ CUL AS
Educ. Infantil_Pre escolar_Creche Fundamental Médio
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2016 2017 2018 2019 2020 2021* 2022*
ANO
Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Gráfico 43 – Número de matrículas por localização e dependência administrativa

Matriculas por localização e dependência administrativa


2500

2000

1500

1000

500

0
Estado Municipio

Urbana Rural

Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


100

Gráfico 44 - Evolução Índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB

I DE B
Ensino Fundamental Series Iniciais
Fundamental Séries finais Médio
2040

2035

2030

2025

2020

2015

2010

2005

2000

1995
1 2 3 4 5 6
Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Grafico 45 – Taxa de evasão escolar periodo 2016-2021

Taxa de Evasão Escolar


30

25

20

15

10

0
2016 2017 2018 2019 2020 2021

Fundamental Médio

Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


101

Gráfico 46 – Taxa de distorção idade-série, por modalidade de Ensino

Taxa Distorção Idade-série


70

60

50

40

30

20

10

0
2016 2017 2018 2019 2020 2021

Fundamental_Inicial Fundamental_Final Médio

Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

Gráfico 47 – Taxa de distorção idade-série, por localização zona rural e urbana

Distorção Idade-Série por localização


40
35
30
25
20
15
10
5
0
2016 2017 2018 2019 2020 2021
Anos

Urbano Rural

Fonte: INEP/FAPESPA/2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

O IPS, em sua dimensão fundamentos para o bem estar, no componente


acesso ao conhecimento básico, demonstra a evolução do índice no período das
pesquisas, anos 2014, 2018,2021. Avaliando o desenvolvimento da Educação
Básica no município, se utilizando como principais indicadores: Evasão Escolar,
Distorção aluno série, reprovação e IDEB. (Gráfico 48)

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


102

Gráfico 48 – IPS_ Desenvolvimento da Educação Básica municipal

Acesso ao conhecimento básico


41

40

39

38
Índices

37

36

35

34
2014 2018 2021
Anos

Fonte: IPS_2021_Elaborado SEMPLAG-SCO

14. ASPECTOS CULTURAIS, TURISMO, ESPORTIVOS E DE LAZER

14.2. Estrutura Administrativa e de Gestão

A estrutura administrativa da Cultura, Turismo e Esporte do município, e


contemplada pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte e Lazer, que
funciona nas dependências do prédio denominado de Centro Cultural. Dividida em
Diretorias: Cultura, Turismo e Esporte. Entretanto há uma necessidade de
reformulação legal, quanto essa estrutura, pois as pastas, foram criadas sob Leis
compondo secretarias distintas: Lei 009/2005, Cria a Secretaria Municipal de
Turismo e Lazer, Lei 010/2005 Secretaria Municipal de Cultura e Desporto; e não
consta a Lei que aglutina as referidas pastas. Logo compõe uma demanda prioritária
do Plano Diretor em dirimir esses déficits legais e regulatórios de órgãos e atividades
no município.

 Conselhos e Planos Municipais


Dentro da estrutura de gestão da Cultura, Turismo e Esporte, existe apenas
uma instancia colegiada, composta pelo Conselho Municipal de Turismo, criado pela
Lei nº 008 de 23 de outubro de 2001, reativado e reformulado em 2022.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


103

O município não dispõe de um Plano Municipal de Turismo, contudo foi criado


sob a Lei 125 de 14 de janeiro de 2004, o Sistema Municipal de Cultura, no qual não
se verifica implementação de nenhuma das diretrizes preconizadas no mesmo. Logo
o PDM, pode sugere a sua revisão, restruturação para compor a governança da
Cultura no município.

14.2. Descrição do Ambiente Cultural

O município é conhecido pelo aspecto natural e produtivo, como referência na


pesca artesanal e o extrativismo do caranguejo. Onde o manguezal compõe um
cenário exuberante e característico da região, em corredor frondoso que recepciona
a população local e visitantes.
Outra peculiaridade da cultura odivelense, é sua manifestação de cultura
popular, de característica singular no estado do Pará, que são os bois de máscaras,
manifestação diferente do boi-bumbá tradicional. O “boi que dança”, se difere por
não possuir enredo, nem personagens teatrais. Seus personagens são o “pierrô
mascarado, o cabeçudo, o buchudo e o buchudo e não há um número limitado de
brincantes. Sua base fica em torno da música, dança e muita criatividade.
A característica marcante se revela no fato de que a figura principal, não
necessariamente, tem que ser o Boi, podendo ser qualquer outro animal. Assim
existem outros “bois de máscaras” onde a figura central pode ser leão, zebra, alce,
caribe, etc. Atualmente existem 16 principais grupos representantes desta
manifestação. Os representantes mais populares da manifestação são o “Boi Tinga”,
o “Boi Faceiro”, o “Boi Mascote” e a “Vaca Velha”.
Mesmo sendo uma manifestação de matriz junina, os bois de máscaras têm
marcado presença, desde 2006, na programação do carnaval de São Caetano de
Odivelas, tendo tornado o carnaval odivelense, um dos mais peculiares do Estado
do Pará.
O Município possui também duas bandas de música centenárias, a Banda
“Rodrigues dos Santos”, fundada em 24 de fevereiro de 1881, e a Banda “Milícia
Odivelense” que 01 de janeiro de 1904 anos, conhecidas também em todo estado
do Pará. Outra manifestação cultural, de representatividade, está o Carimbó, que
está representado no município, por grupos como: “ Sauatá” que participou do
processo que tornou o carimbó, patrimônio cultural do Brasil, o grupo “Raízes do
mangue”, “Grupo Bico de Arara” e “Grupo Mojuim”.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


104

São Caetano de Odivelas possui também grandes eventos tradicionais que


podem ser considerados patrimônio do município, como o “Festival do Caranguejo”,
o maior evento sociocultural e econômico do Município e que é considerado um dos
maiores do Estado (IOT,2017).
O calendário de eventos, do município estão também CarnaOdivelas,
conhecido principalmente pelo arrastão dos bois de máscaras. Tendo destaque para
os arrastões do Boi Faceiro, do Boi Tinga e da Vaca Velha, além do arrastão do
Faceiro Junior, este, destinado ao público infantil.
Na Semana Santa, acontecem tradicionais procissões e celebrações como
“Procissão de Ramos”, “Procissão do Encontro” e “Procissão do Senhor Morto”, que
são consideradas patrimônio cultural imaterial local, além da encenação do “Auto da
Paixão de Cristo”, realizado desde 1997, pelo grupo Art da Terra, um dos mais belos
espetáculos da região nordeste do Estado.
Durante a quadra junina a festa é por conta dos bois de máscara, que fazem
uma grande festa pelas ruas da cidade com seus coloridos pierrôs mascarados,
cabeçudos, buchudo e vaqueiros. Seguido em julho pelo o Verão Odivelas. No
primeiro domingo de agosto realiza-se o Círio do Padroeiro do Município, São
Caetano da Divina Providência. Outro evento artístico e cultural de destaque é o
Festival “Odivelas Música”, que teve sua primeira edição realizada em 2006, com
edições sempre homenageando um renomado músico local e evidenciando os
talentos genuínos do Município.
O artesanato também se revela como uma vitrine da cultura local, pois o
município possui inúmeros artesãos, que produzem tantas indumentárias da
manifestação dos bois de máscaras, como também o artesanato mais artístico, com
inspiração nas manifestações e características locais.
São Caetano de Odivelas, também tem uma gama de artistas, que se
destacam por trabalhos de desenho e pintura, conhecidos até internacionalmente.

14.3. Equipamentos públicos e estruturas de apoio a cultura, turismo e


esporte

O município não dispõe de nenhum equipamento público especifico para apoio


a cultura, esporte e turismo. Desta forma, a Lei 053/2009, Estabelece a área do
bosque, como espaço esportivo e cultural e denomina de Raimundo de Souza
Rodrigues-Castilho, entretanto esta área não dispõe de infraestrutura necessária e
adequada para tal finalidade.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


105

14.4. Ações, Políticas e Programas

O município não dispõe de política definida para desenvolvimento da Cultura,


Turismo e Esporte. Não constitui nenhum amparo a patrimonialização e salvaguarda
do patrimônio cultural. Não dispondo de nenhum inventario, do patrimônio material e
imaterial do município.
Desta forma o Plano Diretor vem propor uma Política Cultural e Patrimonial do
município, afim de atender o estabelecido no Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável – ODS, no Objetivo 11, na meta 11.4 no Brasil, que determina
Fortalecer as iniciativas para proteger e salvaguardar o patrimônio natural e cultural
do Brasil, incluindo seu patrimônio material e imaterial.

O IPS Amazônia, em avaliação na Dimensão Social: Oportunidades, que


define, o acesso à cultura, como principal indicador. O município de São Caetano de
Odivelas apresentou o valor de 03, para em uma escala estabelecida de 1 e 10, em
todas as pesquisas realizadas nos períodos de 2014,2018 e 2021. Ou seja não
apresentou nenhum grau de desenvolvimento, no que é considerado elementos
fundamentais na definição de política cultural. Como promoção de eventos de caráter
emancipatórios e equipamentos públicos, como: Bibliotecas, Teatros, espaços
culturais, museus contextuais, espaços esportivos, e outras estruturas e
instrumentos com a finalidade de promover a cultura e o esporte.

14.5. Potencialidades Turística

O inventario de oferta turística-IOT 2017, fez um levantamento das principais


estruturas turística do município. Entretanto ainda que se verifique as possibilidades
e potencialidades turísticas do município, este ainda precisa passar por uma
formatação de produtos, assim como definição que quais produtos serão
potencializados para adequar a realidade turística efetivamente.
Logo, assim como o ambiente cultural, o Turismo necessita de uma política,
programas e ações mais especificas, qualificadas para atender o potencial turístico
sugerido pelos atributos do município.
Como alguns destaques, tem-se a pesca esportiva, muito difundida, mas sem
nenhum produto formalizado e regulamentação para o exercício da atividade. A Lei
066/2010 estabelece o Polo Turístico da Pesca Esportiva, contudo não constitui

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


106

nenhum instrumento de regulação, que estabeleça critérios a serem obedecidos para


garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica da prática turística.
Os serviços a serem ofertados a prática do turismo, necessitam de
qualificação e padronização, o que pode ser evidenciado pelo que foi considerado
como pontos fracos da oferta turística, no Inventario Turístico realizado SETUR, em
2017:
 Alta taxa de informalidade das empresas;
 Desarticulação das ações de turismo com os órgãos federais de meio
ambiente, no sentido de estabelecer uma política de turismo nas áreas de
reserva extrativista;
 Dificuldade de acesso a credito para atividades de transporte turístico e
receptivo local;
 Falta de informações ou sinalização turística municipal;
 Falta ações de salvaguarda de alguns bens culturais imateriais;
 Os ateliês ficam nas residências dos integrantes de grupos folclóricos (bois);
 Em Pereru de Fatima, onde se produz ostras para diversos restaurantes de
Belém, há dificuldades de consumo ou programação de visitação turística;
 Pouca ou nenhuma inserção de programações de receptivo formatadas e
oferecidas por agências de turismo.

Assim, o diagnóstico realizado junto a sociedade, nas oficinas comunitárias,


realizadas para o processo de elaboração do Plano Diretor Municipal, propõe
recomendações a serem consideradas, na formulação de políticas e programas
municipais, como ficou evidenciado: O Turismo de experiência, Turismo Rural,
Turismo Religioso, Turismo Gastronômico, além do ambiente cultural inerente a
história do município.
E sobretudo, a cultura, o turismo e o esporte devem ser tratados com
compartilhamento e transversalidade, à todos os segmentos, pois não pode-se
pensar em cultura, sem dialogar com educação e comportamento, Turismo sem meio
ambiente e sociedade, e esporte, como elemento fundamental no processo
educativo e de desenvolvimento social.
14.6. Patrimônio material e imaterial

O Município possui manifestações artísticas, culturais e religiosas, além de


espaços que compõe o cenário histórico e patrimonial do município, que necessita

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


107

de salvaguarda, através da patrimonialização, como os Bois de Máscaras, as bandas


de músicas, a musicalidade, o artesanato, espaços públicos entre outros elementos
que necessitam de proteção.
Em levantamento recente pela UFPA, propõe a existência indícios de sítios e
vestígios arqueológicos, apresentado no artigo publicado “ Povo do Mangue:
Antropização e Vestígios Arqueológicos na Península Odivelense” tal evidencia,
pode trazer muitos benefícios ao município, tanto na questão histórica, como na
geração de recursos, como pelo aspecto turístico.

15. ASPECTOS INFRAESTRUTURA, SANEAMENTO E HABITACIONAIS


15.1. Estrutura Administrativa e de Gestão

A estrutura administrativa que se refere a infraestrutura do município, assim


como saneamento, transporte e urbanismo está concentrada na atual Secretaria de
Obras, Saneamento, Transporte e Urbanismo. Mas os instrumentos legais que
estabeleceram estas pastas, foram criadas de forma fragmentada, assim tem-se a
Lei nº 007/2005 que cria a Secretaria Municipal de Transporte e Urbanismo e a Lei
nº 011/2005 que cria, a Secretaria Municipal de Obras.
Desta forma a revisão e restruturação legal proposto pelo Plano Diretor recomenda
a reformulação da Lei, revogando os dispositivos anteriores e reorganizando a
estrutura da referida Secretaria.
A atual a estrutura obedecida pela administração da pasta, conta com as
seguintes funções: Assessor distrital, Diretor de obras, Diretor de saneamento,
Diretor de transportes, Diretor de urbanismo, Departamento de iluminação pública

15.2. Obras e Urbanismo

O município vem desenvolvendo obras de revitalização das áreas comuns da


cidade. Reforma de prédios e espaços públicos, construção de espaço de lazer,
reforma de escolas e unidades de saúde, em grande parte com recursos próprios, a
partir de arrecadação municipal. Além de obras de restruturação de vias,
calçamentos e asfalto, com parceria de recursos do governo do Estado (Figuras 10
a 12).
De maneira que, o Plano Diretor vem para reestruturar e o reordenar
principalmente o espaço urbano municipal. Uma vez que o município dispõe de um
código de postura, estabelecido sob a Lei nº 040/1993, que vem sendo desobedecido

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


108

ao longo dos anos. Assim este necessita de reformulação, e de instrumentos que


garantam a sua efetividade.
Logo a Lei do Plano Diretor Municipal, criara os Instrumentos Urbanísticos que
visem o uso democrático e sustentável do espaço público municipal. Dentre os
principais estão: Lei parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, estabelecimento
do Código de Obras e Edificações, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)
progressivo no tempo, Desapropriação com pagamento em títulos da dívida
pública, Usucapião especial de imóvel urbano, Direito de superfície, Direito de
preempção, Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC), Transferência
do Direito de Construir (TDC).
O Código de obras, é um instrumento que além de regimentar a ocupação e
as construções, ainda pode gerar recursos, a partir das licenças e obrigações fiscais,
e legais necessárias a instalação de qualquer obra, seja pública e principalmente
privada. Pois esta deve atender o determinado em lei para construções, e estar em
acordo com a responsabilidade social e ambiental.

Figura 10 – Obras Públicas de revitalização e restruturação - asfaltamento

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


109

Figura 11 – Revitalização de ramal e vicinais

Figura 12 – restruturação de calçamento

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


110

O trabalho de urbanismo é gerenciado pela diretoria de urbanismo e


desempenha a competência de limpeza e manutenção das vias, da zona urbana e
rural, entretanto é somente operacional, não desenvolve nenhum projeto de proposta
de urbanização, através de arborização e estruturação arquitetônica.

15.3. Abastecimento de água e saneamento

O sistema de abastecimento de água no município e ofertado pela Companhia


de Saneamento do Pará-COSANPA, e pelo Sistema Autônomo de Água e Esgoto
Municipal-SAAE criado pela Lei nº 067/2010. Este por sua vez atende a uma parcela
ainda muito pequena da população em comparação ao número de habitantes até
última estimativa do IBGE para 2021. (Quadro 22) e Gráfico 49,50 e 51. De maneira
que o Mapa 19, ilustra as comunidades atendidas pelo SAAE, além do Mapa 20, que
apresenta a outra parcela de comunidades que possuem sistema comunitário de
abastecimento de água.

Quadro 22– Número de residências atendidas pelo SAAE na zona urbana e rural
Bairros e Localidades abastecidas pelo SAAE

Nº de residências
Bairro/ Localidade
atendidas

Zona Urbana
Belém Nova 64
Marabazinho 162
Novo Horizonte 65
Pépeua 288
Zona Rural
Aê 87
Guajará 54
Jutaí 37
Madeira 25
Maneta 49
Mururé (Km 10) 36
Vila Paraiso (Km 08) 64
Pascoa 38
Seringa 25
Fonte: Dados SAAE_Elaboração SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


111

Gráfico 49 – residências atendidas pelo SAA - Zona Urbana

Nº de residencias atendidas - Zona Urbana


350

300

250

200

150

100

50

0
Belém Nova Marabazinho Novo Horizonte Pepeua

Fonte: Dados SAAE_Elaboração SEMPLAG-SCO

Gráfico 50 – residências atendidas pelo SAA - Zona Rural

Nª de residências atendidadas-Zona Rural


100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0

Fonte: Dados SAAE_Elaboração SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


112

Grafico 51 – Comparativo de atendimento de residencia entre Zona Urbana e Rural


Atendimentos SAAE-Zona rural e Urbana
700

600

500

400

300

200

100

Zona Urbana Zona Rural

Fonte: Dados SAAE_Elaboração SEMPLAG-SCO

Mapa 19 – Sistema abastecimento SAAE na zona rural, comunidades atendidas

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


113

Mapa 20 – Abastecimento de água comunitário

15.4. Políticas e Indicadores de Saneamento municipal

São Caetano de Odivelas não possui uma política municipal de saneamento,


este tópico vem através de indicadores através de fontes como Instituto Água e
Sanemento, IBGE, IPS, SNIS, trazer um cenário do saneamento básico no
município.
A Lei Federal 1.445/2007, estabelece a obrigatoriedade do Plano Municipal
de Saneamento, elaborado pelo município, como condição para acesso de recursos
orçamentários da União, ou a recursos de financiamento geridos ou administrados
por órgão ou entidade da administração pública federal. A lei determina avaliações
anuais e revisões gerais do Plano a cada quatro anos. Como já foi descrito o único
instrumento da proposta da política municipal foi a criação do SAAE em 2010.
Abaixo segue o quadro sinótico (Quadro 23) com informações pertinente a
situação do município quanto a política municipal de saneamento, relacionados com
componentes de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos
sólidos, água pluviais e planejamento e gestão de risco.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


114

Assim como os gráficos subsequentes vem ilustrar os principais percentuais


pela qual a população e atendida acerca de saneamento no município.
Quadro 23 – Quadro sinótico da situação da Política de Saneamento Básico no município.

Situação da Política de Saneamento Básico no Município

Política Municipal de
Não Será criada a partir do PDM
Saneamento
Foi criado sem participação social
Plano Municipal de
Sim e institucional, com informações
Saneamento
fora da realidade municipal
Conselho Municipal de
Não
Saneamento
Fundo Municipal de
Não
Saneamento
Mecanismos de controle Social
(Consulta Pública, Conf das Não
Cidades últimos 4 anos)

Há sistema de informações de
caráter público sobre os Não
serviços de saneamento?
Possui ouvidoria ou central de
atendimento ao cidadão para
recebimento de reclamações ou Não
manifestações sobre os
serviços de saneamento?
Coleta Seletiva Não
Levantamento sobre domicilio
Não
sujeito a risco de inundações
Levantamento da população
impactada por evento Não
hidrológico
Mapeamento de áreas de risco
de inundações dos cursos Não
d'água urbana
Vias públicas com redes ou
Não
canais pluviais subterrâneos
Fonte: SNIS 2020_Elaboração: SEMPLAG-SCO

Acesso ao serviço de abastecimento de água pela Companhia de


Saneamento do Pará-COSANPA e Serviço Autônomo de Água e Esgoto –SAAE
(Gráfico 52).

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


115

Gráfico 52 – Percentual da população atendida pela COSANPA e SAAE

Acesso ao Serviço de água


25%
22%

20%

15%

10%

5%
5%

0%
Acesso ao serviço de abastecimento de Acesso ao serviço de abastecimento de
água-COSANPA água-SAAE

Fonte: DadosSNIS,2021_SAAE 07/2022 Elaborações: SEMPLAG SCO

Gráfico 53 – Situação do esgotamento sanitário no município

Esgotamento Sanitário
100,00%

90,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%
Esgoto coletado e não tratado Sistema de coleta e Esgoto não coletado e não
tratatamento e ou soluções tratado
individual

Fonte: Dados SNIS,2021_ Elaboração: SEMPLAG SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


116

Gráfico 54 – Situação da coleta de lixo domiciliar, população total, urbana e rural

Manejo de resíduos sólidos


14000 70,00%

12000 60,00%

10000 50,00%

8000 40,00%

6000 30,00%

4000 20,00%

2000 10,00%

0 0,00%
População total atendida População urbana atendida Estimativa de população
com coleta domiciliar ruralnatendida com coleta
domiciliar

Fonte: Dados SNIS,2021_ Elaboração: SEMPLAG SCO

Os dados referenda a necessidade da elaboração do Plano Municipal de


Saneamento Básico, afim de garantir as necessidades humanas básicas da
população e promover o desenvolvimento social.

15.5. Iluminação Pública

O Serviço de Iluminação pública do municipio, fica sob gerencia do


departamento de Ilumnação Pública e atende o prevista no artigo 149-A da
Constituição Federal, destinada ao custeio dos serviços de iluminação pública
prestados aos contribuintes nas vias, logradouros e demais bens públicos e à
instalação, manutenção melhoramento e expansão da rede de iluminação pública foi
instituída no município de São Caetano de Odivelas pela Lei 003 de 03 de julho de
2003

O municipio apenas executa, serviço de manutenção da iluminação pública.


Pois não possui estabelecido nenhum programa ou projeto de iluminação pública
que possibilite garantir a eficiência energética na iluminação pública. Propor projeto
para cessar recursos para eficiência energética na iluminação pública, constituir o
Programa de Eficiência Energética – PEE, além criar possibilidades para acesso à
linha de financiamento para iluminação pública.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


117

Recurso com material elétrico e atendimento da iluminação pública municipal,


assim o Quadro 24, e os gráficos configuram os custos operacionais com material e
os Gráficos 55 e 56 orientam a análise dos principais gastos, assim como quadro 25
demonstra as principais comunidades atendidas no primeiro quadrimestre do ano de
2022.

Quadro 24 – Quantidade de material e custo operacional no primeiro quadrimestre de 2022.

Meses Total Valor Médio Valor Total


Material
Jan Fev. Mar Abr
Lâmpadas
154 80 65 74 373 R$ 45,58 R$ 17.001,34
metálicas
Lâmpadas
1 0 130 20 151 R$ 34,83 R$ 5.259,33
led bulbo
Relé 129 82 56 58 325 R$ 17,46 R$ 5.674,50
Base p/ relé 60 29 11 22 122 R$ 10,58 R$ 1.290,76
Reatores 134 93 49 46 322 R$ 108,18 R$ 34.833,96
Conectores 127 84 105 20 336 R$ 7,92 R$ 2.661,12
Parafusos 52 30 55 15 152 R$ 16,66 R$ 2.532,32
Luminárias 32 10 28 14 84 R$ 89,40 R$ 7.509,60
Bocal 26 27 42 20 115 R$ 9,50 R$ 1.092,50
Braço 32 12 13 57 R$ 63,00 R$ 3.591,00
Fonte: Relatório atividades departamento iluminação pública_Elaboração:SEMPLAG-SCO
Grafico 55 – Quantidade de material utilizado de janeiro a abril de 2022

Material elétrico por período


180
160
140
120
100
80
60
40
20
0

Meses jan Meses fev Meses mar Meses abr

Fonte: Relatório atividades departamento iluminação pública_Elaboração:SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


118

Grafico 56 – Custo de material pelo priodo de janeiro a abril de 2022

Valor médio de material por período


R$40.000,00

R$35.000,00

R$30.000,00

R$25.000,00

R$20.000,00

R$15.000,00

R$10.000,00

R$5.000,00

R$-

Fonte: Relatório atividades departamento iluminação pública_Elaboração:SEMPLAG-SCO

Quadro 25 – Despesas de material por período e localidade atendida no período de janeiro


a abril de 2022
Relatório de Despesas Material Elétrico

Material
Lâmpadas metálicas

Lâmpadas led bulbo


Período

Base p/ relé

Conectores

Luminárias
Parafusos
Reatores

Localidade Valor médio Total


Braço
Bocal
Relé

Pereru de Fátima Jan 7 7 2 7 16 R$ 1.346,42


Boa Vista Jan 28 28 15 28 32 26 12 5 12 R$ 7.515,24
Espanha Jan 2 1 1 R$ 185,68
Pererú Jan 27 1 25 10 27 20 3 7 3 R$ 5.410,75
Cachoeira Jan 29 13 11 17 13 6 6 1 6 R$ 4.630,94
Pépeua Jan 17 11 5 10 6 6 3 1 3 R$ 2.715,68
Santa Maria Jan 30 30 12 30 30 12 6 3 6 R$ 6.643,74
Km 08/Km 10 Jan 16 15 5 15 10 1 9 1 R$ 2.983,88

TOTAL 154 1 129 60 134 127 52 32 26 32


R$ 31.432,33
Cachoeirinha Fev 6 6 6 6 12 6 5 5 R$ 2.047,68
Cidade Fev 9 4 6 10 1 1 R$ 1.280,84
Marabazinho Fev 6 4 3 8 4 2 R$ 1.291,18
Itapepoca Fev 14 16 4 20 8 10 4 4 5 R$ 4.063,76
Bosque Fev 6 6 5 6 8 2 R$ 1.162,58
Pépeua Fev 34 39 9 13 10 6 1 6 R$ 4.057,66
Boa Vista Fev 5 7 2 34 32 8 12 1 R$ 4.548,96

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


119

TOTAL 80 0 82 29 93 84 30 10 27 12
R$ 18.452,66
Cidade Mar 37 21 9 23 30 1 1 1 R$ 5.035,98
Maracajá Mar 28 130 35 2 26 75 55 27 41 27 R$ 15.262,58

TOTAL 65 130 56 11 49 105 55 28 42


R$ 20.298,56
Cidade Abr 38 30 8 19 3 8 3 R$ 4.929,10
Jutaí Abr 8 6 2 8 3 3 R$ 1.813,20
Cachoeira Abr 5 4 2 3 1 7 R$ 726,58
Ponta Bom Jesus Abr 23 18 10 16 20 14 8 5 7 R$ 4.794,36
Escola Prof. Raimundo
Abr 20
R.A R$ 696,60

TOTAL 74 20 58 22 46 20 15 14 20 13 R$ 12.959,84

Cidade Mai 6 14 21 4 8 21 1 6 1 R$ 2.411,24


Ilha São Miguel Mai 1 R$ 45,58
Cachoeira Mai 7 15 14 2 2 1 2 1 R$ 1.494,87
Santa Maria Mai 3 11 11 4 7 8 4 R$ 1.612,87
Cachoeirinha Mai 12 13 3 9 5
Escola Aê Mai 2
Monte Alegre Mai 4 25 26 16 8 20 26 13 6 13
Aê Mai 8 6 8 10 6 R$ 1.683,36
TOTAL 41 65 91 37 44 62 26 15 18 15 R$ 7.247,92

Fonte: Dados do departamento de iluminação pública – relatório mensal


Elaboração: SEMPLAG-SCO

15.6. Estrutura de acesso a comunicação

O município apesar da proximidade com grandes centros urbanos, ainda tem


grande deficiência no aspecto de acesso a informação e comunicação, o serviço de
telefonia móvel prestado, é de baixa qualidade e não atende as necessidades e as
dimensões territoriais do município.
Os últimos índices do IPS que acesso a informação e comunicação
componentes para os fundamentos do bem estar, demonstra que os valores ainda
são baixos para os indicadores estabelecidos, quanto densidade, através do nº de
acesso para cada 100 domicílios (Gráfico 57).
O levantamento realizado pela Universidade Federal do Pará, através do
Instituto de Tecnologia, Laboratório de Computação e Telecomunicações, por de
medição qualidade (intensidade e cobertura) de sinal das operadoras de serviço de
telefonia móvel, Claro, Vivo e Oi, concluiu que a partir de 3 km o sinal e pobre e com
muitas perdas e acima de 4 km quase impossível estabelecer comunicação.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


120

Gráfico 57 – Índice de desenvolvimento do nível de acesso a comunicação no município


Acesso à informação e comunicação
12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

0,00
Acesso à informação e comunicação

2014 2018 2021

Fonte: IPS Amazônia, 2021


Elaboração: SEMPLAG-SCO

Na torre da comunidade de São João dos Ramos, onde foi evidenciado vários
problemas devido à falta de telefonia, detectou-se que a completa ausência de sinal,
apesar da existência local de uma antena de 60 km.
Existe possibilidade viáveis de restabelecer os sinais para atender a demanda
social, Contudo necessita de um investimento do poder público nesse setor,
fundamental para mitigar questões favorecidas pelas grandes distancias do
município.

16. ASPECTOS DE MOBILIDADE URBANA


O Município estabeleceu com a Secretaria de Desenvolvimento e Obras
Públicas-SEDOP, no ano de 2021 um Termo de Cooperação Técnica Nº 013/2021,
para Elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi instituída pela Lei 12.586/2012
para estabelecer parâmetros e instrumentos para a elaboração dos planos
municipais de mobilidade urbana, de modo a promover o acesso universal à cidade
e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável.
Princípios e diretrizes são determinados para a mobilidade urbana sustentável,
acessibilidade nas cidades, eficiência, eficácia e efetividade na prestação de
serviços de transporte urbano e na circulação urbana, e etc.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


121

Atualmente o município não possui nenhuma política mobilidade e tem muitas


deficiências nesse setor. Algumas ações vêm sendo realizadas para mitigar alguns
impactos no processo de mobilidade, pois não houve planejamento para o
crescimento populacional do município e com isso também o aumento da frota de
veículos (Gráfico 58). Desta forma o Plano de Mobilidade, tem prazo até setembro
de 2023 para sua plena conclusão.

Gráfico 58 – Evolução da frota de veículos em São Caetano de Odivelas

Fonte: FAPESPA, 2021 -Elaboração: SEMPLAG-SCO

16.1. Departamento Municipal de Trânsito – DEMUTRAN

O Departamento Municipal de Transito – DEMUTRAN foi criado pela Lei nº


181/2019, ligada a Secretaria de Obras, transporte, trânsito e urbanismo.Com o
objetivo de proporcionar instrumentos e condições para que o processo de circulação
de bens e pessoas desenvolva-se com padrões adequados de acessibilidade,
mobilidade, segurança, fluidez e qualidade de vida.
O município ainda não realizou processo de seleção especifico para agentes
de trânsito, os guardas municipais que atuam destacados para o ordenamento do
trânsito. O DEMUTRAN recebeu através de parceria com o governo do Estado,

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


122

equipamentos e uniformes para proporcionar mais efetividade nas ações no


município.

16.2. Acesso as vias principais

O município desde 2021, está num processo de ordenamento de acesso as


principais vias, de entrada e saída, afim de proporcionar melhor fluidez no transito e
garantir a segurança dos transeuntes.
Estabeleceu um convênio com o DETRAN-PA que favoreceu a sinalização
das vias principais e as transversais. Foi implantada toda a sinalização vertical e
horizontal (Figuras 12 e 13), que contribuiu significativamente para a organização,
dando principalmente início ao trabalho de educação da sociedade.

Figura 12 – Sinalização horizontal implantada nas vias principal e transversais do centro da


cidade

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


123

Figura 13 – Sinalização vertical implantada nas vias principal e transversais do centro da


cidade

16.3. Transporte intermunicipal

E de responsabilidade do poder público, organizar e planejar a mobilidade


urbana: Construir vias e terminais, Organizar vias e horários, Implantar e manter os
pontos de paradas, Definir a política tarifária, além de fiscalizar as empresas que
operam o sistema.
O Município pode presta o serviço diretamente ou contratar empresas (via
processo de Licitação) por meio de concessão ou permissão. O contrato firmado
entre a empresa que opera e o Município deve estabelecer as responsabilidades de
cada parte.
Entretanto o município possui um serviço precário de transporte
intermunicipal, sem ordenamento e fiscalização quanto atuação dos prestadores de
serviço.
O transporte de ônibus é feito pela empresa Monte Hebron, com frota
completamente sucateada, que coloca em risco o transporte da população. Uma
concessão de 2 linhas de Van particular, além dos taxis lotação, que não atua
nenhuma fiscalização ou controle da atuação destes sobre o transporte no município,
que não dispõe de números de veículos que operam, nessa rota do município até a

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


124

capital. Logo o Plano de Mobilidade, assim como parte integrante do Plano Diretor,
propõe a regulamentação desse serviço, de maneira que ele seja satisfatório e
garanta segurança a toda população.

17. ASPECTOS SEGURANÇA E DEFESA CIVIL

17.1. Estrutura de Gestão

A proposta de restruturação Administrativa prevê segurança pública e defesa civil


numa única pasta. Desta forma atualmente a segurança pública é subsidiaria da
política de segurança do Estado, através da Policia Militar, ostensivamente e Policia
Civil. Na esfera municipal a segurança está sob a gerência da Guarda Municipal
criada em Lei nº 002/2005
A Defesa Civil, foi criada através da Lei 165 de 27 de novembro de 2017, com
caráter de Coordenação de Proteção e Defesa Civil, que ganhou status de
Secretaria, e encontra-se em processo de estruturação.
Atualmente desenvolvendo ações isoladas, mas não tem constituído, nenhum
plano e programa de proteção e defesa civil para o município. Assim como também
não possui Conselho Municipal de Defesa Civil.

17.2. Planos e Programas a serem desenvolvidos pela Defesa Civil no


município

• Capacitar recursos humanos para as ações de Proteção e Defesa Civil


• Promover a mobilização social com vistas à implantação e operacionalização
de Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil
• Identificar, avaliar e mapear áreas de risco e recomendar a intervenção
preventiva, o isolamento e a evacuação da população de áreas e de edificações
vulneráveis
• Priorizar às ações preventivas e de preparação para os desastres
• Produzir dados e informações estatísticas sobre as ocorrências de desastres,
elaborar relatórios quantitativos e qualitativos e compartilhar a informação com
outros órgãos integrantes do SINPDEC

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


125

17.3. Levantamentos realizados pela Defesa Civil

 Áreas sujeita a alagamento na região do Mojuim


Mapeamento de áreas de risco (Alagamentos)
Estrada PA 238

PA 238 (Estrada do
quilômetro 40 da PA
140). Comunidade de
Guajará cheias do Rio
Mojuim, com 842,58
metros de estrada
inundada, as margens
do Rio Mojuim. Uma
ponte de madeira
medindo 50,05 metros
de extensão, com a
estrutura toda
comprometida,
precisando de reforma
ou construção em
concreto armado. Obs.:
As cheias começaram
em dezembro de 2021
persistindo até Maio
2022.

Estrada Vicinal
(Tv.Mal. Dutra), que
liga a comunidade de
Marabitanas à
comunidade de
Bastos, 120 metros de
alagamentos. Ponte
em Madeira extensão
17,00 metros com
estrutura danificada.

Comunidade de Matupiri
Precisa de reforma ou
construção de ponte
sobre o rio Matupiri, que
está com a estrutura
toda comprometida.
Ponte com extensão de
sete metros.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


126

Estrada vicinal do
quilômetro 36 da PA
140, que liga a PA 140 à
Terra alta. Recuperação
de terraplanagem e
pontes em toda
extensão. Comunidade
de Rio branco, precisa
construir uma ponte de
concreto, no km 07 a
atual é de madeira e
está com a estrutura
comprometida
ocasionando acidentes.

Estrada vicinal do
quilômetro 36 da PA
140, que lia a PA 140 à
Terra alta, comunidade
de Risca. Alagamento
causado pelas cheias do
Rio Mojuim. 300 metros
de estrada alagada,
ponte em madeira com a
estrutura toda
comprometida
precisando de reforma
ou construção de ponte
em concreto armado.
Estrada Vicinal do Km
36 da PA140.
Comunidade de Maneta,
cheias do rio ocasionou
assoreamento das
margens do rio Maneta,
rompendo a contenção
de tubulação do leito do
rio. Com a obstrução da
estrada por causa do
alagamento deixou
muitas comunidades
isoladas da sede do
município. Precisa
construir uma ponte em
concreto armado para
solucionar o problema
Fonte: Secretaria de Defesa Civil_Relatório Técnico –Adaptado SEMPLAG-SCO

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


127

18. CONSIDERAÇÕES
O Diagnóstico Técnico para elaboração do Plano Diretor Municipal, oportunizou
ao município, reconhecer as suas potencialidades e identificar as fraquezas, e a
possibilidade de promover uma gestão responsável, com garantias sociais e
sustentabilidade.
O Município de São Caetano de Odivelas, detém muitos atributos que precisam
ser explorados para garantir seu desenvolvimento, fortalecer suas políticas internas,
garantir uma economia consolidada e gerar renda e emprego a população local.
Desta forma o diagnóstico se apresenta como uma ferramenta de análise, e
convida ao planejamento de políticas públicas. Ajudando a promover a governança
subsidiando as tomadas de decisões de todos os setores da municipalidade.
Os dados revelam o crescimento populacional, assim como todas as
dificuldades que uma histórica falta de planejamento ocasiona. Logo, a constituição
deste Plano Diretor, torna-se um marco na história da gestão do município, por ter
sido construído de forma compartilhada e baseado em informações idôneas e com
a leitura plena da realidade.
Espera-se com isso que os demais Planos, que virão compor todo o arcabouço
legal e gerencial das políticas do município, venham revestidos da mesma
reponsabilidade e comprometimento para a sua finalidade.
E possa vir a ser, o norteador de novas proposições políticas, e administrativas
para o município de São Caetano de Odivelas, Pará.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


128

19. CONSULTA BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, T.V; OLIVEIRA, C.L; BARROS, DE S. P. FURTADO, G.M. MOURÃO,


MODESTO, R.C. TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE: UM DEBATE
EMERGENTE NO CONTEXTO DA PESCA ARTESANAL, SICOOPS,
IFPA,CASTANHAL, 2022

BRASIL_MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE


_Orientação aos Municípios sobre Regulamentação da Política Municipal de
Assistência Social, Brasília, 2015. 58 f. 1.

CANTO LOPES, P.R; FERNANDES, J.G.S; DA SILVA, F.M; Povo Do Mangue:


Antropização e Vestígios Arqueológicos na Península Odivelense. Espaço
Ameríndio, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 265-289, jan./jul. 2020

CARDOSO, I.S; SILVA.J.P.P ALVES.E.V.B; MACEDO.A.R.G; MOURÃO.K.R.M,


SILVA.F.N.L. Perfil docente e o uso da educação ambiental nas escolas no campo
em São Caetano de Odivelas (Pará, Brasil) in Brazilian Journal of Rural Education,
Tocantinópolis/Brasil,2022 v. 7

CAVALCANTE, L. M. Zoneamento geológico e geomorfológico de uma área entre


Assis Brasil e Brasiléia – Acre. Rio Branco: Embrapa Acre, 2005. 21 p. il.

CRUZ, M.S.da; CARMO, F.S.C.Do; PINHEIRO, M.C.V.; SANTOS, M.A.S.dos


REBELLO, F.K; PERFIL SOCIOECONÔMICO E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE
TIRADORES DE CARANGUEJO-UÇÁ NO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DE
ODIVELAS, PARÁ, BRASIL, Nucleus Animalium, v.10, n.2, nov. 2018

FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS (FAPESPA);


Estatísticas Municipais Paraenses: São Caetano de Odivelas. / Diretoria de
Estatística e de Tecnologia e Gestão da Informação. – Belém, 2021. 65f.: il.
Semestral, n. 2, jul/dez.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agro,


2017.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo


Demográfico, 2021.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Informações


Ambientais, 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Censo Escolar, 2010. Brasília: MEC, 2011. JANUZZI, Paulo.
Acesso em 28/10/2022:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-
estatisticas-e-indicadores/censo-escolar/resultados

IPS AMAZÔNIA 2021, ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL NA AMAZÔNIA


BRASILEIRA.

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal


129

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Guia


Básico para gestão municipal de trânsito. Brasília-DF: Denatran, 2016. 1ª edição,
55p.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL - Secretaria Nacional de


Saneamento Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS – 2021
Acesso 20/10/2022: http://www.snis.gov.br/diagnosticos

PAIVA, L. H.; FALCÃO, T. & BARTHOLO, L. “Do Bolsa Família ao Brasil sem
Miséria: um resumo do percurso brasileiro recente na busca da superação da
pobreza extrema”. In: CAMPELLO, Tereza & NERI, Marcelo Côrtes
(Organizadores). Programa Bolsa Família uma década de inclusão e
cidadania. Ipea: Brasília, 2013. p. 25-46

PALHA, R. A. HISTÓRIA LOCAL - Os fundamentos históricos de São Caetano de


Odivelas-Pa. (TCC), 23 Fls. UNOPAR, Castanhal, PA 2018.

PICANÇO, M.S.; FERREIRA DE F.C. As Unidades de Relevo do Município de São


Caetano De Odivelas (Pa), in 9º SIMPOSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA-
SINAGEO, OUT 2012 RJ

PROST, M. T.; MENDES, A. C.; FAURE, J. F.; BERREDO, J. F.; SALES, M. E. C.;
FURTADO, L. G.; SILVA, M. G. S.; SILVA, C. A.; NASCIMENTO, I.; GORAYEB, I.;
SECCO, M. F. V.; LUZ, L. M. Manguezais e Estuários da Costa Paraense: Exemplo
de estudo multidisciplinar integrado características e possibilidades agrícolas.
Belém: FCAP, 2001.

SETUR-PA Inventário da Oferta Turística do Município de São Caetano de


Odivelas– PA, Belém, 2017

TERRACLASS- do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, 2021

Elaboração Plano Diretor -Diagnóstico da Realidade Municipal

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