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SÃO LUIS – MA
2015
FELIPE FONSECA SAITA
SÃO LUIS – MA
2015
Saita, Felipe Fonseca.
CDU: 556.38(812.1)
i
BANCA EXAMINADORA
Profª. Msc. Maria do Socorro Coelho Botelho (IFMA São Luis – Maracanã)
Profª Drª. Vilma Antonia Santos Martins Almeida (IFMA São Luis – Maracanã)
Nota:_______________
São Luis – MA
2.015
ii
Agradecimentos
A DEUS pelo dom da vida, fonte viva de toda água do saber, todo meu louvor, todo
meu amor e toda minha gratidão.
A minha queridíssima “irmã-mãe” Ktá (Alice Catarina Dias e seu esposo Marinaldo
Aleixo Dias), seus brilhantes filhos João Bruno da Rocha Dias e Ana Paula, Luis
Bernardo; Isabela da Rocha Dias e Junior, sem os quais eu não estaria aqui.
A minha querida Teté (Maria Tereza Fonseca da Rocha), Carlos Simões, e meus irmãos:
Luiz Diogo e Carlos Emilio.
A minha querida irmã Beta (Maria Betânia Rocha de Oliveira) e Junior (Raimundo Cosme
de Oliveira) e família.
Ao meu querido irmão Manoel Pedro Fonseca da Rocha, a Lêda (in memorian), Angela
Sfair Alvares e família.
Ao meu querido irmão Dr. Olinto Gomes da Rocha Neto (in memorian) e família, Neli
de Ávila Rocha, Orlando Luiz da Rocha Neto, Ana Paula de Ávila Rocha e Luiz Wagner
de Ávila Rocha.
Ao meu querido padrinho Antonio Olavo da Rocha Pereira, Brígida Ramati e família.
A minha querida professora Socorro Botelho e seu esposo Batista Botelho e sua filha
Paola.
iv
A minha ex-companheira Fran (Francidalva Barros) e nossa cadelinha Mel que tanto me
alegrou e descontraiu nos momentos mais difíceis.
A minha querida amiga Lalá (Laurentina) e suas filhas: Gorda (Waldelyce) e Maria Cyta
e Raimundão por serem mais uma família minha.
Ao senhor Antonio Martins um historiador nato por excelência que tanto aprimorou e
Abrilhantou nossos conhecimentos. (in memoriam)
Ao Sr. Domingos que nos momentos de descontração nos ensinou muito sobre a história
do Maranhão.
Ao meu colega de turma e amigo pessoal Jefferson Costa Barros, que com seu acervo
fantástico sempre colaborou para enriquecer os conhecimentos da turma.
A Karine Sousa (de Fortaleza-CE) que é um dos meus anjos da guarda muito obrigado.
Ao meu amigo Robson Assis Nascimento e Robenilson Assis Nascimento por tanto me
ajudarem nos momentos difíceis, e por partilharem os momentos felizes comigo.
Aos meus queridos mestres e doutores, prof. Msc.Tomaz Vasconcelos, prof. Cláudio,
prof. Eliomar Braga, prof. Serjão (Sergio Antonio Morais), prof. Antonio Jerônimo de
Almeida Neto, prof. Hamilton de Jesus, prof Gusmão, prof Fabricio, Prof Washigton, ao
querido prof. João Filomeno Barros, prof José Neres, prof Dr.Junior Cutrim, prof
Ubiratani, prof. Rosenwerck. Que sempre deram bons exemplos e nos mostram que é
possível ser independente sem estar vinculado a nada, sem fanatismos e fazer um bom
trabalho perante a comunidade e é pra isso que a gente deve estudar, ou estar vinculado
mas com equilíbrio e moderação. Obrigado senhores.
E a todas as pessoas que passaram pela minha vida que de uma forma direta ou
indiretamente colaboraram pelo caminho do Bem e do conhecimento, para que eu pudesse
estar aqui. O meu muito obrigado!
v
RESUMO
ABSTRACT
Due to the decrease in the amount and quality of water not only in Brazil but all over the
globe, in particular we choose to study aspects of such an important issue that is directly
linked to our daily surroundings. Thus the object of study is the reduction of water and
deforestation. Researched decreased water deforestation that area. All work involves
intentions of view water impacts and deforestation of the area as well as share information
with the school community of IFMA San Luis Campus Maracanã, and the River Plate
communities and community schools and Hope Village and surrounding areas, so that
through environmental education can understand the difficulties, limitations and
perspectives experienced by students and teachers with regard to knowledge of APP
(Permanent Preservation Area) which is the State Park Bacanga established by State
Decree No. 7,545 / 03.02.1980, with 3.065ha and being strengthened and regulated by
Law No. 7,712 / 2001. Will experience the interdisciplinary knowledge overcoming
obstacles to the acquisition of an ethical-political interdisciplinary approach. The region
offer several sources of drinking water that constitute the basin of the potato, which is
mostly used by CAEMA (Environmental Sanitation Company of Maranhão) to the potato
reservoir that helps supply the San Luis capital along with ITALUIS system explores the
features of the river Itapecuru. A case study gives area of River of the River Plate Basin
is used. Approaches will be quaili-quantitative instruments that have as interviews and
direct observations on the spot, photographic records, films, audio recordings, boundaries
with geographic coordinates, digitized map of preparation and the subjects are teachers,
students, school officials Village Hope, adjacencies and residents of the River community
as well as teachers, students, IFMA Campus Maracana employees. Data will be collected
and tabulated using softwer's that will assist in the completion and data analysis so that
quantities are observed decreased during the study period and the visible deforestation,
as well as provide educational information about the object of study.
SUMÁRIO
BANCA EXAMINADORA..............................................................................................i
AGRADECIMENTOS..................................................................................................... iii
RESUMO...........................................................................................................................vi
ABSTRACT.......................................................................................................................vii
SUMÁRIO......................................................................................................................... viii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................ x
LISTA DE FOTOGRAFIAS........................................................................................... xi
LISTA DE GRÁFICOS....................................................................................................xii
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................xiii
LISTA DE QUADROS......................................................................................................xiv
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS............................................ xv
1.Introdução.......................................................................................................................1
1.1. Problemas da área investigada....................................................................................3
1.2. A organização da monografia..................................................................................... 3
1.3. Referencial Teórico..................................................................................................... 5
1.3.1.A escassez da água.................................................................................................... 5
1.3.2. Desflorestamento...................................................................................................... 6
1.3.2.1 No mundo............................................................................................................... 6
1.3.2.2. No Brasil............................................................................................................... 7
1.3.3. Área Investigada (Maranhão)................................................................................. 8
1.3.3.1.O Parque Estadual do Bacanga (PEB)................................................................ 8
1.3.3.2.Os limites do Parque Estadual do Bacanga......................................................... 9
1.3.3.3. Hidrografia do Parque Estadual do Bacanga..................................................... 10
1.3.3.4. Ocupações do solo do Parque Estadual do Bacanga.......................................... 11
1.3.3.5. A Bacia Hidrográfica do Rio da Prata................................................................ 12
1.3.3.5.1.Localização Geográfica da Bacia do Rio da Prata............................................ 12
1.3.4. O IFMA – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão.. 15
1.3.4.1. O IFMA São Luis - Campus Maracanã............................................................... 19
1.3.4.2. O Núcleo de Educação Ambiental do IFMA São Luis – Maracanã.................. 20
1.3.4.2.1. A 1ª Semana do Meio Ambiente da EAFSL (2008).......................................... 22
1.3.4.3. Integração com outras instituições de ensino de São Luis – MA....................... 24
ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE FOTOGRAFIAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Coliformes fecais (totais – CT) em águas subterrâneas, NMP – número mais
provável............................................................................................................................... 39
Tabela 2: Escherichia coli (EC) em águas subterrâneas, NMP – número mais provável... 40
Tabela 3: Parâmetros físico-químicos em nascentes e lagos da bacia hidrográfica do rio
da Prata, analisados em 2.011 e 2.012.................................................................................. 41
Tabela 4: Frutas, hortaliças e medicinais cultivadas na comunidade rio da Prata,
mencionada pelos próprios moradores................................................................................. 48
Tabela 5: Plantas nativas e frutíferas na área da comunidade............................................. 49
Tabela 6: Animais que ainda compõe a biodiversidade local............................................. 49
xiv
LISTA DE QUADROS
EA – Educação Ambiental.
1. Introdução
de um lugar para o outro em nossa biosfera, caso contrário não haveriam os grandes
desertos.
Fato é: estamos com graves problemas de falta de água com potabilidade, e
existem regiões no Brasil e no mundo que estão em processo de desertificação,
reservatórios gigantescos estão completamente secos, e outros que nunca secaram estão
prestes a secar, qual é o maior problema para que tal fato aconteça? Na verdade
entendemos que são vários parâmetros: problemas de degradação ambiental e de ordem
social e de educação.
O desflorestamento também ocasiona problemas nos mananciais de águas
superficiais e subterrâneas, fazendo com que aumente os índices de escassez, poluições e
contaminações. Segundo DIAS (2007, p35):
1.3.2. Desflorestamento
1.3.2.1 No mundo
1.3.2.2. No Brasil
E dessa forma uma das atitudes que devemos ter, é o cuidado com tudo o que
podemos imaginar como bem nos diz BOFF (2009, p13): “O que se opõe ao descuido e
ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais
que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de
responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. E por que não com a
Natureza?
8
Esta área pode ser considerada um grande “mosaico verde”, pois ainda abriga
uma vasta biodiversidade e possui vários mananciais de águas superficiais e subterrâneas,
também considerada como uma área de recarga hídrica para a ilha do Maranhão. É
importante destacar que quando o parque foi criado em 2 de março de 1980, o mesmo
possuía 3.075ha, o parque obteve um plano de manejo no período de 1993 a 1997 e uma
atualização deste mesmo plano em 2002, que fez com que o PEB sofresse uma perda de
área de 14%, hoje a sua área total é de 2.634,06 há, como demonstra figura abaixo:
Devemos atentar que a figura acima retrata dados visuais de ocupação que
hoje estão maiores e consequentemente maiores degradações de diversos tipos afetam e
ocorrem na área desequilibrando pela ação antrópica o que era perfeito, nossa natureza.
12
A região onde está inserida a bacia hidrográfica do rio da prata pode ser
considerada o locus da pesquisa, onde serão analisados os parâmetros de desflorestamento
e escassez da água e os baixos índices pluviométricos.
passar despercebido e deixar de tentar conservar e preservar o que ainda nos resta em
matéria de recursos naturais e biodiversidade.
O roteiro de acesso a Bacia do Rio da Prata é: no sentido São Luis / Bacabeira,
no Km 4 dobra-se a direita percorrendo a avenida dos Curiós, chegando ao IFMA São
Luis campus Maracanã, dobre-se a direita, percorrendo mais 300m, dobra-se a esquerda
seguindo a estrada carroçal por mais 3,5km e chagamos do lago represado do Rio da Prata
que é o maior volume de água e é composto pela Bacia. No mapa abaixo tentamos dar
uma visão de quão é importante esta região para o equilíbrio ecológico da mesma e de
recarga hídrica para São Luis, assim como representa um gigante mosaico verde1 fonte
de energia, vida e luz.
Na área
Fonte: Elaboração já foi
do autor. implementada um Plano de Manejo, o que requer substanciais
conhecimentos científicos em vários parâmetros geoambientais da região tais como: O
clima, aspectos edafoclimáticos, recursos hídricos, índices pluviométricos,
1
São áreas verdes desempenham importante papel no mosaico urbano, porque constituem um espaço
inserido no (ecos) sistema urbano cujas condições ecológicas mais se aproximam das condições normais
da natureza (ANDRADE et al, 2006, p5)
14
O rio da Prata conta com uma série de nascentes localizadas na área do IFMA
(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhã) São Luis, campus
Maracanã), que formam um lago porque é represado contendo um volume substancial de
água.
A importância do rio da Prata é significativa, pois além de servir de fonte de
vida para uma vasta biodiversidade e comunidade do entorno, conta como fonte de
15
[...] O Rio da Prata possui uma bacia de 1,72 km² e tem suas águas represadas
e coletadas desde 1969 para o Sistema Italuis, que é destinado ao
abastecimento de água potável para a cidade de São Luís/MA. Sua
contribuição média é de 40 l/s que é bombeada para uma caixa de passagem da
adutora do Batatã, que é responsável por cerca de 15% (quinze por cento) do
abastecimento da Ilha de São Luís. As avaliações da CAEMA consideram que
a área tem péssimas condições sanitárias em função do fácil acesso de animais
e pessoas, tornando sua água não potável (RELATÓRIO TÉCNICO, 2009, p
11)
Até chegarmos no que somos hoje como rede federal de educação ciência e
tecnologia, foram longas conquistas que não foram fáceis, em se tratando do IFMA São
Luis – Campus Maracanã, outrora EAFSL (Escola Agrotécnica Federal de São Luiz do
Maranhão), o caminho também foi longo. Tudo começou com:
[...] No dia 23 de setembro de 1909, por meio do Decreto n.º 7.566 - assinado
pelo então presidente Nilo Peçanha - foram criadas as Escolas de Aprendizes
Artífices nas capitais dos estados, incluindo a capital do Maranhão, São
Luís. A Escola foi criada com o intuito de proporcionar às classes
economicamente desfavorecidas uma educação voltada para o trabalho, sendo
instalada na capital maranhense no dia 16 de janeiro de 1910. (Disponível em:
<www.ifma.edu.br>. Acesso em 23 FEV 2.015).
doravante Campus Monte Castelo que abrigou por alguns anos a Reitoria deste Instituto
Federal.Vinte e oito anos se passaram (1937) e com várias mudanças constitucionais que
redesenharam nosso país no aspecto educacional, surge no lugar das escola de Aprendizes
e Artifíces o Liceu Industrial de São Luis, que até hoje perdura no bairro diamante, no
centro da capital do Maranhão. Como retrata foto abaixo:
Com toda esta expansão do IFMA, para obtermos uma educação de melhor
qualidade, devemos respeitar e fazer valer nossa legislação, como exemplo a Lei
No 9.795, de 27 de abril de 1999, que afirma que a educação ambiental deve ser instituída
currículo educacional em todos os níveis, a Lei nº 10.639/03, que alterou a Lei nº
9.394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que incluiu no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática de História e Cultura Afro-Brasileira, assim
como a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 de cotas para negros nas Universidades,
que assegura 20% das vagas em Universidades para negros, pardos e indígenas.
19
Outrora Escola Agrotécnica Federal de São Luiz, doravante IFMA – São Luis
– Maracanã, possui uma área circunvizinha ao PEB, com aproximadamente 225ha, possui
uma área verde significativa para o equilíbrio ecológico do parque, pois abriga vários
importantes corpos de água superficiais e nascentes que irão ajudar a compor as bacias
hidrográficas que possuem importante papel no que diz respeito a recarga hídrica e
manutenção da biodiversidade da região.
O IIFMA São Luis campus Maracanã tem como limítrofes ao Norte a
comunidade do Batatã, ao Sul a APA do Maracanã e Fervento, a leste a comunidade Vila
Esperança e a Oeste a comunidade Rio da Prata visualizado em mapa a seguir:
meio ambiente, nascia o NEA (Núcleo de Educação Ambiental do IFMA – São Luis –
Campus – Maracanã
Tivemos a oportunidade de participar diretamente do NEA, quando
estudávamos no curso na modalidade subsequente de Técnico Agrícola com Habilitação
em Agropecuária, na outrora EAFSL, destacando que a participação como membro
integrante do NEA teve grande relevância na formação profissional e humana, devido
suas diversas atividades socioambientais e integração entre os participantes como
explicita foto a seguir:
Destacando que no ano de 2008, ainda pela EAFSL, quando foi realizada a I
Semana do Meio Ambiente, desde então esta atividade pedagógica vem a cada ano sendo
realizada, com palestras, mini-cursos (enxertia de plantas frutíferas; GPS, agentes
ambientais, confecção de mudas e outros) trilhas ecológicas, exposição de trabalhos
relacionados, coleta de sementes nativas florestais, sempre envolvendo o máximo a
comunidade escolar e do entorno do IFMA São Luis campus Maracanã.
Relembrando que até chegar aqui, muitas atividades foram desenvolvidas
como a implantação de lixeiras para coleta seletiva, coleta de lixo na área da trilha e das
nascentes do rio da Prata, implantação de jardins na área do IFMA e recuperação de áreas
degradadas através de reflorestamento com mudas nativas produzidas pelos próprios
estudantes na área do instituto. E ao passar dos anos estas atividades foram se fortalecendo
até a realização da I Semana do Meio Ambiente da outrora EAFSL.
Desenvolver atividades que envolve educação ambiental não é uma tarefa
fácil pois é preciso qualificação, ética e muito bom censo, é preciso encontrar tempo para
isto e acima de tudo amar a natureza e o ser humano, pois a E.A. torna-se um instrumento
de construção de uma nova educação capaz de ser transformadora não apenas na natureza
23
e no meio ambiente natural, mas em todo ambiente do ser social que é o homem e como
fortalece MEDINA:
Sempre atuando com outras escolas, o NEA já foi convidado para levar
informações fora do Campus São Luis Maracanã, levando informações sólidas
respeitando os 15 princípios básicos da educação ambiental:
Outra escola pública municipal que já visitou o IFMA, foi a escola “João de
Sousa Guimarães” localizada no bairro da Divinéia e também tiveram um dia de educação
ambiental e lazer, orientados e monitorados pela coordenadora e integrantes do NEA.
O senhor Agenor Aguiar foi servidor desta instituição há alguns anos atrás,
outrora Colégio Agrícola e a princípio foi uma das pessoas que mais colaborou para o
desflorestamento, seu cargo era auxiliar de campo, entretanto com o passar do tempo e o
contato com a educação, e em especial a educação ambiental foi tomando consciência de
que devemos sim, conservar e preservar nosso meio ambiente, e assim o fez
transformando-se num dos maiores defensores das plantas nesse instituto, nesse
reconhecimento a fundadora e coordenadora do NEA, fez a singela homenagem de
colocar o nome do Sr. Agenor na trilha.
Conceituando trilha podemos afirmar que é uma ferramenta da educação
ambiental considerada um instrumento pedagógico, sendo um percurso orientado
metodologicamente. Sua importância é grandiosa e destacamos:
Formação Ambiental; Formação Histórica; Formação de conservação do
ambiente; Preservação de plantas em extinção; Saúde / Turismo Ecológico / lazer;
Laboratório vivo; Experimentação direta; Salas de aulas naturais; Estudo da
Biodiversidade.
O percurso leva aproximadamente 3,5km e é feito em aproximadamente
1:45h, perpassando pela trilha da comunidade Rio da Prata e pela estrada que dá acesso
ao povoado, geralmente é conduzido por agentes ambientais que foram ex-estudantes do
campus orientados pela coordenadora do NEA, finalizando nos portões de entrada do
Instituto Federal. Conforme demonstramos em mapa a seguir:
28
Dessa forma entendemos que a trilha como foi conceituada abrange vários
aspectos educacionais e experimentais, oportunizando para mencionar que realizamos um
trabalho de mensuração de algumas plantas consideradas matrizes nativas, utilizando
algumas técnicas de engenharia florestal. O trabalho foi submetido e aprovado para ser
exposto em forma de pôster2 no II Encontro dos Cursos Superiores de Tecnologia em
Alimentos e Ciências Agrárias.
2
Vide pôster inserido nos Apêndices 7.1.1.
29
2. Objetivos
2.2.Objetivos Específicos
Comparar e avaliar a situação das áreas verdes desflorestadas através
da ação antrópica e natural.
Analisar comparativamente índices pluviométricos dos anos 2.012,
2.013 e 2.014.
Coletar e analisar amostra de água da Bacia hidrográfica do Rio da
Prata, para comparar com análises anteriores de acordo dom
resoluções e portarias do CONAMA, para uso adequado de águas
subterrâneas e superficiais.
Investigar o trabalho de Educação Ambiental do NEA (Núcleo de
Educação Ambiental do IFMA São Luis – MA) nas escolas da
comunidade da Vila Esperança, no campus Maracanã, na comunidade
rio da Prata, como instrumento de informação que levem a mudança
de atitudes no ambiente pesquisado.
30
3. Material e Métodos
4. Resultados e Discussão.
superficiais e subterrâneos, enfim ter um controle melhor sobre nossas produções sejam
de origem animal ou vegetal, teremos condições de estima-las com o máximo de eficácia
e sustentabilidade, ambiental, financeira, estrutural, de logística, armazenamento e
comercialização.
Neste sentido foram coletadas planilhas com o índice pluviométrico doa anos
de 2.012, 2.013 e 2014, no LABMET3, planilhas estas que vieram em apenas um arquivo
muito grande, onde tivemos o trabalho de codificar e condensar as informações
transformando-as em quadros e gráficos para melhor entendimento dos dados tabulados.
Figura 13: Planilha que demonstra os índices pluviométricos diários com Somatória
mensal dos anos de 2.012, 2.013 e 2.014.
3
Laboratório de Meteorologia, localizado em São Luis – MA, na UEMA (Universidade Estadual do
Maranhão).
32
Figura 14: Planilha criptografada com dados de temperatura máxima média (TMM);
temperatura compensada média (TCM); umidade relativa média, distribuídos
mensalmente:
realidade absoluta, pois em uma mesma região que os dados não mostram é possível
chover numa área e em outra área bem próxima não.
Os quadros e gráficos a seguir foram codificados e adaptados das duas
grandes planilhas que foram demonstradas anteriormente:
Quadro 3: Índices de Precipitação de São Luis – MA acumulada em mm do ano de 2.012.
Com rápida visualização podemos detectar que no ano de 2.012, choveu mais
no mês de Março com 291mm, e o mês que simplesmente não choveu foi Setembro, estes
índices afetam diretamente a bacia hidrográfica do rio da Prata e consequentemente, as
bacias maiores e os reservatórios de abastecimento da Ilha.
34
Já no ano de 2.013 o mês que mais choveu foi o de Fevereiro, com 296mm e
o que menos choveu foi o de Outubro com 0,4 com quase ausência de chuvas, com um
total anual de 1.465,4mm.
Desta maneira podemos comparar os quadros e verificar os diferentes níveis
de quantidade de chuva, onde e qual o mês que choveu mais e menos, assim como em
qual ano choveu também mais ou menos.
35
No ano de 2.012 teve um mês que não choveu que foi o de Setembro com
0mm, os meses de Outubro, Novembro e Dezembro, quase não choveu com 2,8mm;
0,4mm e 7,6 respectivamente.
Já no ano de 2.013 que foi o ano que mais choveu correlação até os dias atuais,
tivemos os seguintes dados: não apresentou um único mês que não tivesse chovido
Outro dado interessante e analisado é que neste ano de 2.104, choveu mais
que no ano anterior com 1.287mm e o ano de 2.013 com 1.465,4mm. Porém em Maio de
2.014 choveu 532,4mm quase o dobro do mês que choveu mais em 2.013, que foi
Fevereiro com 296mm. Ou seja, em um ano que choveu menos ao longo dos doze meses,
teve um mês que choveu mais.
Desta maneira podemos fazer estimativas mais precisas correlação a
quantidade de água que vai cair do céu e ajudar com eficácia nossas produções e
produtividades.
A seguir teremos a sequência de três gráficos com dados também codificados
dos anos de 2.012, 2.013 e 2.014, onde temos uma visualização mais objetiva e rápida
dos meses e quanto choveu na ilha do Maranhão:
Sendo assim, devemos saber como anda nossa qualidade de água consumida,
e registros importantes já foram feitos por pesquisadores do próprio IFMA em teses de
doutorado do professor ALMEIDA (2.013 – Monte Castelo) e professor BARROS (2.013
– Maracanã) pela UFC (Universidade Federal do Ceará) na região da Bacia hidrográfica
do rio da Prata e do IFMA São Luis, campus Maracanã. Com análises e amostras de
resultados que nos dão maior precisão para entendermos estes processos complexos de
recarga de água, de contaminação e poluição.
Basicamente para verificação da água com potabilidade para consumo
humano satisfatoriamente, são mensurados parâmetros bacteriológicos de: Coliformes
fecais (termotolerantes) e Escherichia coli, bactérias extremamente nocivas a saude
humana, quando ingeridas ou em contato direto com a água contaminada.
Também para observarmos a qualidade da água parâmetros físico-químicos
fazem parte dessa composição e de acordo com seus níveis, podemos detectar através e
coletas e amostras se a água é boa ou má para a saude humana, ou qualquer tipo de
produção seja ela animal ou vegetal.
Desta forma, vamos a seguir apresentar resultados de algumas amostras
analisadas em águas superficiais e subterrâneas de áreas que compõe a bacia Hidrográfica
do Rio da Prata, incluindo amostras da própria represa.
Tabela 1: Coliformes fecais totais (CT) em águas subterrâneas. NMP: Número
mais provável.
A amostra foi coletada na represa do Rio da Prata, área que compõe a bacia
Hidrográfica no dia 25/02/2.015 às 9:30 da manhã e os parâmetros analisados foram os
físico-químicos de Temperatura; Condutividade elétrica (CE); Cor aparente; pH;
Dureza total; Alcalinidade total; Alcalinidade a bicarbonatos; Alcalinidade a
carbonatos; Sólidos totais dissolvidos – TDS; Cloretos e Salinidade.
As análises foram feitas no Laboratório de Tecnologia de Bebidas e Águas –
LTBA, do IFMA São Luis Campus Maracanã e assinada pelo responsável técnico, o
professor Silvio Carlos Coelho, gerando um Laudo Técnico com os resultados detalhados.
Chegando a seguinte conclusão: VMP = Valor máximo permitido/Nc = não consta na
legislação. De acordo com os resultados das análises realizadas na água da represa do Rio
43
da Prata, os parâmetros físicos como Cor e Turbidez não estão em conformidade com a
legislação. Os parâmetros químicos como pH, Dureza Total, TDS, Cloretos e Salinidade
estão dentro dos padrões estabelecidos pela legislação. Para fins de potabilidade
(consumo humano) não está adequada para consumo segundo Portaria n'2.914/2011-
Ministério da Saúde (MS) e Res. CONAMA N"357 -17/03/2005.
Figura 16: Laudo técnico com análise de parâmetros físico químicos de amostra de água
coletada na represa do Rio da Prata.
4
Nas plantas vasculares, a seiva é o equivalente ao sangue dos animais – é o líquido que circula por toda
a planta para alimentar as suas células. Transporte em Angiospérmicas". Disponível em:
<www.curlygirl.no.sapo.pt (Rede Simbiótica de Biologia e Conservação da Natureza)>. Acesso 18
fev.2015.
45
A comunidade não possui escola para suas crianças, jovens e adultos, não
possui coleta de lixo pela prefeitura de São Luis, por isto queimam ou enterram seus
resíduos, posto de saúde também é ausente, resumindo apresenta todas as características
e mazelas da maioria dos municípios maranhenses, com a peculiaridade de estar dentro
da capital do estado.
Consideramos que é importante registrar que o IFMA – São Luis – Campus
Maracanã, outrora Escola Agrotécnica Federal do Maranhão, sempre teve preocupações
46
ambientais e sociais em sua área e em seu entorno, e no ano de 2009 foi aprovado e
executado um projeto denominado de “Projeto de Recuperação Ambiental da Mata Ciliar
do Rio da Prata”5, (onde participei como bolsista e membro da equipe técnica) o que
trouxe benefícios tanto para as comunidades do entorno quanto para os estudantes e toda
comunidade escolar, onde foi fortalecido a tomada de consciência ambiental das pessoas
e o quanto é importante conservarmos e preservarmos nosso meio ambiente e natureza
para a perpetuação da vida, principalmente no que está próximo de nós cotidianamente.
Através da execução do projeto detectamos vários aspectos interessantes
correlação a comunidade e o meio ambiente, tais como: onde trabalham estas pessoas,
como é sua relação com o rio e com a floresta, que tipo de animais e plantas coexistem
no ambiente, qual maior gênero na comunidade, qual seu nível de instrução e o que
achavam do IFMA, lembrando que o projeto envolvia as cinco comunidades do entorno
do IFMA que são: Vila Esperança; Fervento; Maracanã. Batatã e Rio da Prata.
Todas as informações coletadas, foram tabuladas e registradas em um
relatório final em forma de quadros, tabelas e gráficos de acordo com atividades e
peculiaridade como em alguns exemplos a seguir.
Foi detectado que a comunidade possui mais mulheres do que homens,
conforme gráfico abaixo:
5
Vide anexo 1; 2 e 3.
6
Relatório Técnico Final do Projeto de Recuperação Ambiental da Mata Ciliar do Rio da Prata.
47
Não apenas com hortaliças as pessoas trabalham, mas com plantas frutíferas
bem adaptadas na região fazem parte de seus pomares de fundo de quintal, que vai desde
abacate até a banana, conforme demonstra tabela abaixo:
Muitos animais que sempre apareciam, hoje se tornam cada vez mais raros
em especial aqueles de vivem diretamente na água, como é o caso de alguns anfíbios,
peixes e jacarés.
Foto 10: Comparação do nível da água do Rio da Prata dos anos de 2.010 e 2.015.
7
Vide Anexo 4.
52
8
Professor Msc. do IFMA São Luis Campus Maracanã, coordenador do Setor de Fruticultura do mesmo.
54
9
Vide Apêndice 2
56
Em 2010 o reservatório atingiu 12m de cheio, mas isto já faz cinco anos e a
cada ano que passa torna-se pior a situação, em 2003 e 2005, também o reservatório sofreu
mas foi capaz de se recuperar em 2010, mas será que desta vez conseguirá? como
podemos observar em fotos abaixo:
Figura 19: Comparações anuais da escassez de água no reservatório da Batatã.
seja educação de qualidade, gratuita, adequada que respeite os calendários agrícolas com
professores qualificados e adequados.
Mas o fato é que mais uma vez o reservatório do Batatã passa por uma crise,
crise de falta de água por diversos motivos, devemos refletir e tentar buscar soluções para
problemas que atingem nossa sociedade e nossa vida.
choveu foi o mês de Março com 291mm. O ano que choveu menos foi o de 2.012 com
984,4mm, o mês que choveu mais foi o de Março com 291mm.
No ano de 2.012 teve um mês que não choveu que foi o de Setembro com
0mm, os meses de Outubro, Novembro e Dezembro, quase não choveu com 2,8mm;
0,4mm e 7,6 respectivamente.
Já no ano de 2.013 que foi o ano que mais choveu correlação até os dias atuais,
tivemos os seguintes dados: não apresentou um único mês que não tivesse chovido
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5. Conclusões.
6. Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei nº 9795 - 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental. Política
Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1999.
DIAS, G.F. Educação Ambiental Princípios e Práticas. São Paulo. Gaia 2007.
7. Apêndices e Anexos
7.1. Apêndices
2) Você sabia que existe nascentes da Bacia do Rio da Prata dentro da área do IFMA,
campus Maracanã?
( ) SIM ( ) NÃO
7) Você acha que estes assuntos elencados podem ser abordados por qualquer
disciplina?
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7.2. Anexos
Adaptação do autor (Genebaldo Freire) de texto de domínio público, publicado na revista Crônicas de los
Tiempos, Chile, abril de 2002.
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