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BELÉM
2019
BIANCA CRISTINA MATOS DE SOUZA
RUTH SOUZA DE CAMPOS
BELÉM
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
CDD – 633.682
BIANCA CRISTINA MATOS DE SOUZA
RUTH SOUZA DE CAMPOS
____________________________
Data da Aprovação
BANCA EXAMINADORA:
RESUMO: A cultura da mandioca necessita de cuidados com seu manejo e adubação, para
alcançar produtividade desejada. A adubação tem o intuito de fornecer a nutrição necessária a
planta, para que a mesma tenha um crescimento satisfatório e produtivo. Diante ao exposto
objetivou-se com este estudo avaliar o desenvolvimento e produtividade da mandioca a partir
de adubos organominerais. O experimento foi realizado em São Francisco do Pará, com
delineamento em blocos casualizados, com sete tratamentos e quatro repetições os tratamentos
corresponderam a: T1 - adubação orgânica, T2 - adubação orgânica + NPK, T3 - NPK +
Biofertilizante, T4 - NPK, T5 - Varredura, T6 - Varredura + Biofertilizante e T7 +
Biofertilizante, e as unidades experimentais possuíam 7 metros de comprimento e 5 metros de
largura. Aos 30 dias após o plantio foram aplicados os tratamentos com as doses de 30g/planta
de adubo orgânico, 22g/planta de NPK, 30g/planta de varredura e 100ml/planta de
biofertilizante. Os dados foram tabulados e analisado utilizando o software Sisvar versão 5.7,
submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade. Com base nos
resultados verificou-se que para as variáveis peso total, peso da parte aérea, peso total das
raízes e peso das raízes comerciais as plantas que receberam o tratamento T4 alcançaram os
maiores valores, e para as variáveis comprimento da raiz e número de raízes comerciais o
melhor desempenho foi identificado no tratamento T3. Os tratamentos 2 e 4 demonstraram os
melhores desempenhos nas características produtivas das raízes. Nas características altura e
diâmetro, T4 exibiu os melhores resultados. O tratamento 3 apresentou uma maior influência
no número de folhas. Adubações minerais e organominerais são as que melhor influenciam na
produtividade da cultura, podendo ser recomendadas para o cultivo da mandioca.
ABSTRACT: The cassava crop needs to be carefully managed and fertilized to achieve
desired productivity. The fertilization is intended to provide the necessary nutrition to the
plant, so that it has a satisfactory and productive growth. In view of the above, this study
aimed to evaluate the development and productivity of cassava from organomineral fertilizers.
The treatments were: T1 - organic fertilization, T2 - organic fertilization + NPK, T3 - NPK +
Biofertilizer, T4 - NPK, T5. The experiment was carried out in São Francisco do Pará, with a
randomized block design, with seven treatments and four replications. - Scan, T6 - Scan +
Biofertilizer and T7 + Biofertilizer, and the experimental units were 7 meters long and 5
meters wide. At 30 days after planting the treatments were applied with the 30g / plant doses
of organic fertilizer, 22g / NPK plant, 30g / sweep plant and 100ml / biofertilizer plant. The
data were tabulated and analyzed using Sisvar software version 5.7, submitted to analysis of
variance and Tukey test at 5% probability. Based on the results it was verified that for the
variables total weight, shoot weight, total root weight and commercial root weight the plants
that received the T4 treatment reached the highest values, and for the variables root length and
number of commercial roots the best performance was identified in T3 treatment. Treatments
2 and 4 showed the best performances in the productive characteristics of the roots. In the
height and diameter characteristics, T4 exhibited the best results. Treatment 3 had a greater
influence on the number of leaves. Mineral and organomineral fertilizations are the most
influential in crop productivity and may be recommended for cassava cultivation
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................12
2. OBJETIVOS.............................................................................................................................13
2.1 - Objetivo geral.......................................................................................................................13
2.2 - Objetivos específicos............................................................................................................14
3. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................14
3.1 - Características da cultura...................................................................................................14
3.2 - Características econômicas, socioeconômicas e culturais................................................16
3.3 – Adubação.............................................................................................................................17
3.3.1 - Adubação mineral...............................................................................................................17
3.3.2 - Adubação orgânica.............................................................................................................18
3.3.3 - Adubação organomineral....................................................................................................19
3.3.3.1 – Biofertilizantes................................................................................................................20
3.3.3.2 – Varredura .......................................................................................................................21
4. MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................................21
4.1 – Preparo da área...................................................................................................................22
4.2 – Delineamento e tratamentos utilizados.............................................................................22
4.3 – Aplicação dos tratamentos.................................................................................................23
4.4 – Variáveis analisadas...........................................................................................................24
4.5 – Coleta de dados...................................................................................................................25
4.5.1 – Em campo..........................................................................................................................25
4.5.1 – Em laboratório...................................................................................................................25
4.5 – Índice de colheita................................................................................................................26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................................26
6. CONCLUSÃO..........................................................................................................................37
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................................................37
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1. INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é conhecida no mundo há cerca de
9 mil anos, sendo uma das mais antigas fontes de alimento do continente sul-americano,
conhecida dos povos pré-colombianos e assimilada pelos colonizadores portugueses, que a
disseminaram na África (COÊLHO, 2018).
É uma planta perene, arbustiva, pertencente à família das Euforbiáceas. De origem
Brasileira, sua raiz é considerada a parte mais importante da planta, pois é rica em fécula,
utilizada na alimentação humana, animal, e também como matéria prima para diversas
indústrias (BAHIA, 2010).
É considerada uma das principais culturas produzidas no Brasil, principalmente na
agricultura familiar. Em uma pesquisa do IBGE, também avaliada pela EMBRAPA, o cultivo
de mandioca nas regiões do Brasil ao longo dos anos apresenta um quadro bastante
estabilizado em área plantada, com exceção das regiões Norte e Nordeste, onde a primeira
teve um aumento de quase 20% da área plantada, e a segunda, teve uma redução de mais de
20%, isso no período de 1990 a 2017.
De acordo com dados do IBGE, em 2018 o Brasil teve uma produção equivalente a
19.392,827 de toneladas de mandioca, sendo a Região Norte a maior produtora, responsável
por 6.394,239 toneladas da produção nacional, destacando o estado do Pará, que é o líder em
produção na região e do país, com o total de 3.760,148 de toneladas. A Região Nordeste
possui a segunda maior safra nacional de mandioca, com 5.073,361 de toneladas, seguida pela
Região Sul, que produz um total de 4.865,806 de toneladas.
A mandiocultura, embora seja uma planta rústica, necessita de cuidados com seu
manejo e adubação para que haja uma boa produtividade. Sousa (2017) aponta a necessidade
de estudos aplicados em relação ao manejo, adubação e fitossanidade da cultura da mandioca
a fim de manter as curvas de produção e produtividade ascendentes. Dentre as práticas de
manejo pode-se destacar a adubação, que é de suma importância para a produção e
produtividade do plantio.
A adubação tem por objetivo fornecer a nutrição ideal para o crescimento e
estabelecimento da planta. Os fertilizantes são fontes de nutrientes, os quais são divididos em
nutrientes orgânicos (carbono, hidrogênio e oxigênio), que são provenientes do ar e da água, e
nutrientes minerais (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês,
cobre, zinco, molibdênio, boro, cloro), os quais devem ser fornecidos por meio da adubação
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quando os teores não estão suficientes no solo para o crescimento e desenvolvimento das
plantas (CAMARGO, 2012).
Os adubo minerais, também podendo ser chamados de inorgânicos, possuem diversas
formas e tipos, e apresentam resultados em um espaço de tempo menor. Na África e na Ásia
tem sido relatados aumentos significativos de produção de raízes de mandioca com a
utilização de fertilizantes minerais (FAO, 2013). Já os adubos orgânicos, segundo Malavolta,
Pimentel-Gomes e Alcarde (2000), além da nutrição que fornece na planta, oferece diversos
benefícios ao solo, como a regulação de temperatura, aumenta a capacidade de troca
catiônica, entre outros.
Segundo Finatto et al. (2013) e classificação da Embrapa (2001) o adubo orgânico é
proveniente da decomposição de resíduos de origem animal e vegetal, sendo a compostagem,
a vermicompostagem, a adubação verde e o biofertilizante os adubos mais conhecidos e de
melhor custo/benefício.
Diversos relatos afirmam que a adubação orgânica aumenta a produtividade de raízes e
da parte aérea da mandioca, pois melhoram as características físicas, químicas e biológicas do
solo (EMBRAPA, 2016). Em 2013, a FAO relatou que estudos realizados na Indonésia
comprovaram que a utilização de adubos orgânicos em conjunto com os fertilizantes minerais
proporcionam rendimentos maiores que somente com os adubos minerais.
Os biofertilizantes são adubos orgânico líquido feitos com materiais fáceis de serem
encontrados (EMBRAPA, 2007), esses adubos podem ser de origem orgânica (como esterco,
cama de aviário, composto, chorume etc.) e outros de origem industrial, chamados de adubos
químicos ou NPK. Já os fertilizantes organominerais, são adubos que possuem nutrientes
necessários a planta, com fontes minerais, alta quantidade de matéria orgânica, estes
potencializam a eficiência dos nutrientes minerais e ainda favorecem as propriedades
químicas, físicas e biológicas do solo (NUTRISAFRA FERTILIZANTES LTDA, 2013).
Pode-se constatar que trabalhos relacionados a adubação organomineral na
mandiocultura são limitados na comunidade científica, verificando a necessidade de estudos
para o fornecimento de dados para identificação do tratamento que proporciona a melhor
produção em relação aos manejos de adubação na mandiocultura, auxiliando assim os
produtores da cultura a aumentarem sua rentabilidade.
2. OBJETIVOS
2.1 - Objetivo geral
Avaliar os efeitos da adubação mineral, orgânica e organomineral na cultura da mandioca.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 - Características da cultura
A mandioca é uma planta heliófila, necessita de muita luz e possui exigência de
temperatura entre 25 a 30°C (média anual). É uma planta tropical perene e lenhosa, adaptada
a solos de baixa fertilidade, podendo ser propagada em plantios por estaquia, e em
melhoramento genético são propagadas por sementes (VIANA et al., 2002), possuindo mais
de 200 espécies. A cultura pode ser classificada como arbustiva ou semi-arbustiva.
É uma planta perene e seu ciclo de crescimento pode variar de 9 a 12 meses em áreas
com temperaturas mais elevadas e de até 24 meses, em regiões mais frias ou mais secas
(AGUIAR, 2003; FIALHO; VIEIRA, 2007). A mandioca tem crescimento inicial lento,
fazendo com que, em sistema convencional de plantio, as estacas levam até quinze dias para o
aparecimento das primeiras brotações, o que a torna pouco competitiva nesta fase. Por outro
lado, existem cultivares que cedo ramificam e outras que são mais lentas em crescimento
(EKANAYAKE; OSIRU; PORTO, 1997).
Possui cultivares classificadas como mandioca de “mesa”, que pode ser chamada de
mandioca doce, aipim, macaxeira ou mandioca mansa e é mais utilizada diretamente para
consumo humano e animal, e mandioca brava, também conhecida como amarga e é voltada ao
processamento industrial, principalmente para a produção de farinha e fécula. (EMBRAPA,
2003).
Seu sistema radicular assume um modelo axial tuberoso quando as plantas são
oriundas de sementes, e ocorrendo a formação de raízes secundárias feculentas. Já quando as
plantas são originárias de propagação agâmica, as raízes manifestam-se na forma pseudo-
fasciculado tuberoso. Estas raízes tuberosas são responsáveis pelo armazenamento de amido.
Também apresenta um raizame fibroso, incumbido de absorver água e nutrientes, além da
fixação da planta (EMBRAPA, 2006).
O sistema caulinar possui diversos hábitos de ramificação, sendo eles erecto,
dicotómico, tricotómico e tetracotómico. Sendo uma cultura subarbustiva, sua altura pode
variar entre 1,0 a 2,0 m. Inicialmente, a coloração se apresenta como verde, e ao decorrer do
seu desenvolvimento, altera para castanho ou cinza. A extensão do caule exibe entrenós bem
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definidos, com grande quantidade de gemas, estas que são utilizadas para a propagação da
cultura (CÂMARA, 1983; CONCEIÇÃO, 1987).
Para a cultura, o solo deve ser leve, solto, fresco, possuir uma boa drenagem, além de
apresentar uma boa profundidade, devendo ser livre de encharcamentos e inundações, e
finalmente deve ser de boa fertilidade (CONCEIÇÃO, 1981). Em solos de baixa fertilidade
mostra um desenvolvimento relativamente bom. É tolerante a solos ácidos, e suporta altos
níveis de saturação por alumínio, além de ser uma cultura suscetível a salinidade. Solos
argilosos não são recomendados para o cultivo por serem mais compactos que os de textura
média ou arenosa, o que dificulta o crescimento e engrossamento das raízes, além de
apresentarem maior risco de encharcamento e dificultarem a colheita, principalmente se ela
coincidir com a época seca (MATTOS, 2006).
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3.3 – Adubação
3.3.1 - Adubação mineral
A mandioca é reconhecida por sua resistência a solos pobres e ainda assim exibir uma
produção significativa, por isso originou-se a convicção de que a cultura não necessita de
fertilização mineral. Entretanto, existem relatos que apesar de sua rusticidade, a mandioca
responde positivamente ao uso de adubos minerais e orgânicos, com um aumento de
produtividade expressivo (EMBRAPA, 2016).
A adubação desta prevê a reposição dos principais nutrientes extraídos pela cultura,
como cálcio, magnésio, nitrogênio, fósforo e potássio. A resposta da mandioca à adubação
depende das condições do solo. Quando cultivada em solos com fertilidade média a alta,
geralmente, há pouca ou nenhuma resposta à adubação, ao passo que, em solos com baixa
fertilidade, a cultura possui incremento de produtividade, quando há o uso de fertilizantes
(RÓS et al., 2013).
De acordo com Sousa (2017) a adubação com nitrogênio não propicia o aumento de
produtividade das raízes. Porém o nitrogênio deve ser aplicado somente se for visualizado
deficiência extrema durante o desenvolvimento inicial das plantas, o máximo que deve ser
aplicado é 20,66 kg/ha de 40 a 60 dias após a brotação das mudas em adubação de cobertura.
O potássio tem ação menos acentuada que o fósforo e o nitrogênio na produção de raízes,
apesar de figurar em proporções muito elevadas na composição da planta. É essencial à
translocação dos carboidratos produzidos nas folhas, que são acumulados nas raízes. Em
certas regiões, é considerado elemento primordial (MATTOS, 2006).
Em outro experimento realizado por Nunes (1974) a análise estatística revelou o fósforo
como o elemento de maior necessidade para o aumento da produtividade da mandioca,
mostrando um aumento médio de 86% na produção quando se usou a dose P₁ (40 kg/ha de
P₂ O₅ ) e de apenas 8% para P₂ (80 kg/ha de P₂ O₅ ), a aplicação do potássio foi realizada
com os demais nutrientes, sendo parcelado do mesmo modo que o nitrogênio. Os fertilizantes
foram usados nos níveis 0 (ausência) e 1 (presença), este nas doses de 30 kg/ha de N, 80
kg/ha de P₂ O₃ e 40 kg/ha de K₂ O, tendo sido fornecidos pelos adubos sulfato de amônio
(20% de N), superfosfato simples (20% de P₂ O₅ ) e cloreto de potássio (50% de K₂ O).
Amanullah et al. (2006), constataram que o incremento de 5 t.ha-1 de cama de aviário junto
ao adubo convencional na formulação 60:60:150 de NPK proporcionaram maior
produtividade quando comparado com aplicação somente de adubo mineral.
mandioca colhidas aos 12 meses, em solo sem adubação e em solo com adição de 10 t ha-1
de esterco de aves, e igualmente verificaram que a adição do fertilizante orgânico promoveu
acréscimo de produtividade. Contudo, esse incremento não foi relacionado ao número de
raízes por planta, o qual foi semelhante entre os tratamentos, e sim à ocorrência de raízes
com diâmetros superiores, nas plantas cultivadas com esterco. Para Rós et al. (2013) a adição
3.3.3.1 - Biofertilizantes
Os biofertilizantes são resultante do processo de fermentação, pela atividade dos
microorganismos na decomposição da matéria orgânica e constituição de nutrientes, o que
pode ser obtido com a simples mistura de água e esterco fresco. (TIMM et al, 2004;
SANTOS, 1992). Os mesmo devem ser analisados, pois existem riscos decorrentes da sua
utilização, principalmente da fonte de matéria orgânica utilizada, com relação à possibilidade
de contaminação com metais pesados e, também no aspecto ligado a danos à saúde humana
(FERNANDES & TESTEZLAF, 2002).
3.3.3.2 - Varredura
A varredura e proveniente dos resíduos industriais e de armazenagem dos fertilizantes,
oriundos da limpeza de maquinários de processamento, pátio e box de armazenagem entre
outros, tendo-se como varredura, todo o fertilizante que por algum motivo perde sua
propriedade física ou química e não sendo classificado produto comercial, devido ser um
produto desigual, proveniente da mistura de vários fertilizantes como Ureia, MAP (Fosfato
Monoamônico), KCL (Cloreto de Potássio), Super Simples, Super Triplo, Sulfato de Amônia,
Fosfato Natural Reativo e alguns formulados como 19-04-19, 16-16-16 e alguns outros
podendo também ter alguns microelementos e macros secundários como Enxofre, Magnésio e
Cálcio, por não apresentar um proporção a Varredura é comercializada sem garantias
especificas de concentrações e granulometria (AGROCELL, 2018).
4. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido no município de São Francisco do Pará, localizado no
nordeste paraense, com coordenadas 01° 10’ 12”S e 47° 48’ 00” W (IBGE). Segundo dados
no Climate-data, a localidade apresenta um clima tropical, com temperatura média de 26,5ºC
e pluviosidade média anual de 2467 mm, sendo o período de julho a Dezembro com os
menores índices de precipitação, conforme observamos na figura 1. Segundo a classificação
de Köppen e Geiger, a região é considerada Am, que é caracterizada pelo clima tropical com
precipitação média anual maior que 1500 mm.
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Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/para/sao-francisco-do-para-44004/
A área de implantação do experimento possui coordenadas 01º 08’ 41.4”S e 47º 46’
205”W e uma extensão total de 2 ha. O experimento foi implantado em julho de 2018,
utilizando a variedade da mandioca conhecida popularmente como Amarelinha, com
espaçamento de 1m x 1m entre plantas, submetida a diferentes adubações.
T4 NPK 22g/planta
T5 Varredura 22g/planta
T7 Biofertilizante 100ml/planta
Fonte: As autoras
Figura 2 - Área 30 dias após o plantio com brotação aparente (A); realização da adubação
(B); preparo (C) e diluição (D) do biofertilizante.
Fonte: As autoras
Figura 3 - Colheita das plantas representativas de cada unidade amostral (A) e processamento
de parte aérea e raiz em laboratório (B).
Fonte: As autoras
Fonte: http://www.hortiescolha.com.br/hortipedia/produto/mandioca
Para a obtenção dos dados foi utilizado uma fita métrica para medir a altura de plantas,
um paquímetro para medir o diâmetro de caule e uma balança portátil para verificar o peso. Os
dados foram tabulados e analisados utilizando o software Sisvar versão 5.7, submetidos à
análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados, ao analisar a variável altura, detectou-se que o T4 (2,31 m) não
diferiu estatisticamentede T1 (1,70 m), T2 (2,09 m), T3 (2,10 m), T5 (1,98 m) e T6 (1,86 m)
(gráfico 1). Os autores Guerra e Vega (2011) afirmam que a altura média das plantas de
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mandioca varia entre um e cinco metros, embora a altura máxima geralmente não ultrapasse
os três metros.
Fonte: As autoras
Seguindo os parâmetros afirmados por Guerra e Vega (2011), observamos que todos
os tratamentos permaneceram na faixa estipulada. Em estudo realizado por Paulo (2018),
este afirmou que a adubação realizada com esterco de aves foi a que melhor expressou
resultados para as variáveis altura e número de brotações, e ficando em segundo lugar na
variável diâmetro. O mesmo afirmou ainda que o tratamento possui valores expressivos de
NPK.
Quando analisou-se a variável diâmetro do caule das plantas (gráfico 2), foi constatado
que o tratamento mineral T4 foi o que obteve a melhor resposta, com médias de 3,28 cm,
diferindo expressivamente em valores e estatisticamente dos demais tratamentos. Viana
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Fonte: As autoras
Fonte: As autoras
Gráfico 4 - Médias de peso total das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações
em São Francisco/PA.
Fonte: As autoras
Gráfico 5 - Médias de peso total da raiz das plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA.
Fonte: As autoras
Para a variável peso da parte aérea, T2 (1, 68 kg) não apresentou diferença estatística
de T4 (2,16 kg), permanecendo no mesmo grupo (Gráfico 6). Segundo estudo de Amon &
Adentuji, de 1973, a adubação mineral promove uma produção de parte aérea duas vezes
maior, se comparada ao tratamento sem adubação.
32
Fonte: As autoras
Fonte: As autoras
Fonte: As autoras
média de 167 kg.ha-1 com a dose de 240 kg.ha-1 de K2O, o que, segundo ele, é 4 vezes
maior que a produtividade do Estado de Roraima. Este estudo de Uchôa et al. corrobora com
a afirmação de Sousa (2014) de que a adubação potássica produz grande influência na
produtividade das raízes.
Gráfico 9 - Médias de comprimento total das raízes das plantas de mandioca submetida a
diferentes adubações em São Francisco/PA.
Fonte: As autoras
Mohamed Amanullah et al. (2006), utilizando 5 t.ha-1 de cama de aviário junto a adubação
NPK com formulação 60:60:150 apontaram uma maior produção e produtividade de raízes,
o que salienta a importância da adubação orgânica em conjunto com mineral.
Fonte: As autoras
raízes. (ENYI, 1973). Outro dado obtido pelo índice de colheita, e a eficiência das plantas
em destinarem fotoassimilados para as raízes tuberosas durante o processo fotossintético
(MOTTA, 2012).
6. CONCLUSÃO
Com base nas condições em que foi executada a pesquisa pode-se concluir que:
As adubações minerais e organominerais são as que melhor influenciam na
produtividade de raízes e parte aérea da cultura, obtendo resultados estatisticamente
semelhantes;
Todos os tratamentos resultaram boa influência na característica agronômica altura;
A adubação mineral (NPK) foi a que melhor influenciou nas característica
agronômica diâmetro da mandioca amarela;
A adubação organomineral NPK + biofertilizante e a adubação mineral NPK
obtiveram os melhores desempenhos na variável número de folhas da cultura;
A adubação organomineral e a adubação mineral não apresentam diferenças
estatísticas na produtividade, e podem ser recomendadas para o cultivo da mandioca, pois
promovem o melhor desempenho da cultura.
7. REFERÊNCIAS
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FAOSTAT: Crops. Disponível em: http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault. aspx.
Acesso em: out. 2018.
http://sistemasdeproducao. cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_
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MATTOS, PEDRO LUIZ PIRES DE, ALBA REJANE NUNES FARIAS, JOSÉ
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MOTTA, Ivo de Sá et al. Cultivares de mandioca de mesa cultivadas sob manejo de base
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