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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

BIANCA CRISTINA MATOS DE SOUZA


RUTH SOUZA DE CAMPOS

ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL NA CULTURA DA MANDIOCA


(Manihot esculenta Crantz)

BELÉM
2019
BIANCA CRISTINA MATOS DE SOUZA
RUTH SOUZA DE CAMPOS

ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL NA CULTURA DA MANDIOCA


(Manihot esculenta Crantz)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Agronomia da Universidade Federal
Rural da Amazônia – UFRA, como requisito para
obtenção do título de Bacharel em Agronomia.
Área de concentração: Produção Vegetal.
Orientador: Professor Dr. Leonardo Elias
Ferreira.

BELÉM
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia

Souza, Bianca Cristina Matos de


Adubação organomineral na cultura da mandioca (Manihot esculenta
Crantz) / Bianca Cristina Matos de Souza, Ruth Souza de Campos. – Belém,
2019.
44 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) -


Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2019.
Orientador: Dr. Leonardo Elias Ferreira.

1. Cultura da mandioca 2. Cultura da mandioca – Adubação 3. Cultura da


mandioca - Adubos organominerais I. Campos, Ruth Souza de II. Ferreira, Leonardo
Elias, orient. III. Título.

CDD – 633.682
BIANCA CRISTINA MATOS DE SOUZA
RUTH SOUZA DE CAMPOS

ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL NA CULTURA DA MANDIOCA


(Manihot esculenta Crantz)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Agronomia da Universidade Federal


Rural da Amazônia (UFRA) como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em
Agronomia.

____________________________
Data da Aprovação

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Leonardo Elias Ferreira – Orientador


Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof. Herica Santos de Oliveira


Universidade Federal Rural da Amazônia

Eng. Agrônoma Vivian Christina Nascimento Costa


Universidade Federal Rural da Amazônia
À Deus.
Ao meu pai Felipe Pojo.
À minha mãe Márcia Matos (in memorian).
À minha filha Ísis Pinheiro.
À toda minha família e amigos, que foram essenciais na minha jornada.
À Deus.
Aos meus pais Mariza e Custódio.
À minha avó Luiza Mescouto (in memorian).
Ao meu avô Cassiano e minhas irmãs.
AGRADECIMENTOS

À Deus, que sempre me deu forças nos momentos de maiores tribulações.


Ao meu pai Felipe Pojo, que nunca desistiu de mim e é o idealizador principal desta
conquista.
A minha mãe Márcia Matos e à minha bisavó Arcelina Matos, que sempre acreditaram
no meu potencial, e hoje são meus anjos da guarda.
A minha filha Ísis Pinheiro, que é o principal motivo da minha luta diária e para a
finalização deste trabalho.
A minha família de sangue e minha família de coração, que sempre me apoiaram e
nunca me deixaram desistir.
Ao meu marido Phelipe Pinheiro e à minha sogra Telma Almeida, que me deram todo
suporte e apoio necessário para a conclusão deste curso.
As minhas amigas Mayara Silva e Monique Malaquias, que foram essenciais para
enfrentar os obstáculos que apareceram ao longo do curso.
A minha dupla de TCC Ruth Campos, que se manteve firme e me manteve firme,
principalmente na reta final.
Aos colaboradores para a realização deste trabalho Leonardo Duarte, Custódio Campos,
e todos os que contribuíram diretamente ou indiretamente.
A toda a minha família de alma, que são meus verdadeiros amigos, pois sem eles eu não
chegaria ao final deste curso, principalmente Cileny Nascimento, Ingrid Lopes, Ainá Patrícia,
Thalita Carolina e Ingrid Salviano.
Ao nosso orientador Leonardo Elias Ferreira, que teve toda paciência e compreensão às
nossas limitações, mas jamais desistiu de nós.
A equipe GEAGRO, da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, que
contribuíram infinitamente para o meu crescimento profissional.
Aos professores Luiz Augusto de Sousa e Vinícius Barbosa, por toda paciência e ajuda
nesta reta final.
À Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Belém.
A todos que contribuíram para a realização deste experimento.
A todos que contribuíram diretamente ou indiretamente para a realização deste sonho.
AGRADECIMENTOS

À Deus, por me guiar e proteger sempre .


Ao meu pai Custódio Campos, que esteve comigo em todos os momentos desde o dia
que passei no vestibular, nas viagens de campo, na realização deste trabalho.
A minha mãe Mariza Mescouto, que sempre me deu apoio na escolha de minha
profissão, pela educação e tempo que dedicou a criação de suas filhas.
As minhas irmãs e meu avô, que mesmo longe sempre me ajudou em muitas fases da
faculdade .
Aos meus amigos Cileny Oliveira e Emerson Renato, que estiveram presente em minha
vida durante todo o curso.
A minha dupla de TCC e amiga Bianca Cristina, que se manteve firme e me manteve
firme, principalmente na reta final.
Aos colaboradores para a realização deste trabalho Leonardo Duarte, Monique
Malaquias, e todos os que contribuíram diretamente ou indiretamente.
Ao nosso orientador Leonardo Elias Ferreira, que teve toda paciência e compreensão às
nossas limitações, mas jamais desistiu de nós.
À equipe GEDV e GEAGRO, da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará,
pelos ensinamentos profissionais, que agregaram muito para minha formação, não apenas
profissional mas também pessoal.
Aos professores Luiz Augusto de Sousa e Vinícius Barbosa, por toda paciência e ajuda
nesta reta final.
À Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Belém.
À todos que contribuíram para a realização deste experimento.
À todos que contribuíram diretamente ou indiretamente para a realização deste sonho.
ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL NA CULTURA DA MANDIOCA

RESUMO: A cultura da mandioca necessita de cuidados com seu manejo e adubação, para
alcançar produtividade desejada. A adubação tem o intuito de fornecer a nutrição necessária a
planta, para que a mesma tenha um crescimento satisfatório e produtivo. Diante ao exposto
objetivou-se com este estudo avaliar o desenvolvimento e produtividade da mandioca a partir
de adubos organominerais. O experimento foi realizado em São Francisco do Pará, com
delineamento em blocos casualizados, com sete tratamentos e quatro repetições os tratamentos
corresponderam a: T1 - adubação orgânica, T2 - adubação orgânica + NPK, T3 - NPK +
Biofertilizante, T4 - NPK, T5 - Varredura, T6 - Varredura + Biofertilizante e T7 +
Biofertilizante, e as unidades experimentais possuíam 7 metros de comprimento e 5 metros de
largura. Aos 30 dias após o plantio foram aplicados os tratamentos com as doses de 30g/planta
de adubo orgânico, 22g/planta de NPK, 30g/planta de varredura e 100ml/planta de
biofertilizante. Os dados foram tabulados e analisado utilizando o software Sisvar versão 5.7,
submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade. Com base nos
resultados verificou-se que para as variáveis peso total, peso da parte aérea, peso total das
raízes e peso das raízes comerciais as plantas que receberam o tratamento T4 alcançaram os
maiores valores, e para as variáveis comprimento da raiz e número de raízes comerciais o
melhor desempenho foi identificado no tratamento T3. Os tratamentos 2 e 4 demonstraram os
melhores desempenhos nas características produtivas das raízes. Nas características altura e
diâmetro, T4 exibiu os melhores resultados. O tratamento 3 apresentou uma maior influência
no número de folhas. Adubações minerais e organominerais são as que melhor influenciam na
produtividade da cultura, podendo ser recomendadas para o cultivo da mandioca.

Palavras-chave: Adubação orgânica, Biofertilizantes, Varredura, Adubação Mineral,


Mandiocultura.
ORGANOMINERAL FERTILIZATION IN CANDLE CULTURE

ABSTRACT: The cassava crop needs to be carefully managed and fertilized to achieve
desired productivity. The fertilization is intended to provide the necessary nutrition to the
plant, so that it has a satisfactory and productive growth. In view of the above, this study
aimed to evaluate the development and productivity of cassava from organomineral fertilizers.
The treatments were: T1 - organic fertilization, T2 - organic fertilization + NPK, T3 - NPK +
Biofertilizer, T4 - NPK, T5. The experiment was carried out in São Francisco do Pará, with a
randomized block design, with seven treatments and four replications. - Scan, T6 - Scan +
Biofertilizer and T7 + Biofertilizer, and the experimental units were 7 meters long and 5
meters wide. At 30 days after planting the treatments were applied with the 30g / plant doses
of organic fertilizer, 22g / NPK plant, 30g / sweep plant and 100ml / biofertilizer plant. The
data were tabulated and analyzed using Sisvar software version 5.7, submitted to analysis of
variance and Tukey test at 5% probability. Based on the results it was verified that for the
variables total weight, shoot weight, total root weight and commercial root weight the plants
that received the T4 treatment reached the highest values, and for the variables root length and
number of commercial roots the best performance was identified in T3 treatment. Treatments
2 and 4 showed the best performances in the productive characteristics of the roots. In the
height and diameter characteristics, T4 exhibited the best results. Treatment 3 had a greater
influence on the number of leaves. Mineral and organomineral fertilizations are the most
influential in crop productivity and may be recommended for cassava cultivation

Keywords: Organic Fertilizer, Biofertilizers, Sweep, Mineral Fertilizer, Mandioculture.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Precipitação média do município de São Francisco do


Pará...................................222
Tabela 1 - Identificação dos tratamentos e
doses.....................................................................233
Figura 2 - Área 30 dias após o plantio com brotação aparente (A); realização da adubação
(B); preparo (C) e diluição (D) do biofertilizante.....................................................................24
Tabela 2 - Análise de solo da área experimental......................................................................24
Figura 3 - Colheita das plantas representativas de cada unidade amostral (A) e processamento
de parte aérea e raiz em laboratório (B)....................................................................................25
Tabela 3 - Padrões de Comercialização da CEAGESP............................................................26
Equação 1 - Cálculo do índice de colheita...............................................................................26
Gráfico 1 - Médias de altura das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações em
São Francisco/PA......................................................................................................................27
Gráfico 2 - Médias de diâmetro das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações
em São Francisco/PA................................................................................................................28
Gráfico 3 - Médias de número de folhas das plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA..............................................................................................29
Gráfico 4 - Médias de peso total das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações
em São Francisco/PA................................................................................................................30
Gráfico 5 - Médias de peso total da raiz de plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA..............................................................................................31
Gráfico 6 - Médias de peso de parte aérea das plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA..............................................................................................32
Gráfico 7 - Médias de peso de raízes comerciais das plantas de mandioca submetida a
diferentes adubações em São Francisco/PA..............................................................................33
Gráfico 8 - Médias de número de raízes comerciais das plantas de mandioca submetida a
diferentes adubações em São Francisco/PA..............................................................................34
Gráfico 9 - Médias de comprimento total das raízes das plantas de mandioca submetida a
diferentes adubações em São Francisco/PA..............................................................................35
Gráfico 10 - Médias de índice de colheita das plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA..............................................................................................36
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................12
2. OBJETIVOS.............................................................................................................................13
2.1 - Objetivo geral.......................................................................................................................13
2.2 - Objetivos específicos............................................................................................................14
3. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................14
3.1 - Características da cultura...................................................................................................14
3.2 - Características econômicas, socioeconômicas e culturais................................................16
3.3 – Adubação.............................................................................................................................17
3.3.1 - Adubação mineral...............................................................................................................17
3.3.2 - Adubação orgânica.............................................................................................................18
3.3.3 - Adubação organomineral....................................................................................................19
3.3.3.1 – Biofertilizantes................................................................................................................20
3.3.3.2 – Varredura .......................................................................................................................21
4. MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................................21
4.1 – Preparo da área...................................................................................................................22
4.2 – Delineamento e tratamentos utilizados.............................................................................22
4.3 – Aplicação dos tratamentos.................................................................................................23
4.4 – Variáveis analisadas...........................................................................................................24
4.5 – Coleta de dados...................................................................................................................25
4.5.1 – Em campo..........................................................................................................................25
4.5.1 – Em laboratório...................................................................................................................25
4.5 – Índice de colheita................................................................................................................26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................................26
6. CONCLUSÃO..........................................................................................................................37
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................................................37
12

1. INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é conhecida no mundo há cerca de
9 mil anos, sendo uma das mais antigas fontes de alimento do continente sul-americano,
conhecida dos povos pré-colombianos e assimilada pelos colonizadores portugueses, que a
disseminaram na África (COÊLHO, 2018).
É uma planta perene, arbustiva, pertencente à família das Euforbiáceas. De origem
Brasileira, sua raiz é considerada a parte mais importante da planta, pois é rica em fécula,
utilizada na alimentação humana, animal, e também como matéria prima para diversas
indústrias (BAHIA, 2010).
É considerada uma das principais culturas produzidas no Brasil, principalmente na
agricultura familiar. Em uma pesquisa do IBGE, também avaliada pela EMBRAPA, o cultivo
de mandioca nas regiões do Brasil ao longo dos anos apresenta um quadro bastante
estabilizado em área plantada, com exceção das regiões Norte e Nordeste, onde a primeira
teve um aumento de quase 20% da área plantada, e a segunda, teve uma redução de mais de
20%, isso no período de 1990 a 2017.
De acordo com dados do IBGE, em 2018 o Brasil teve uma produção equivalente a
19.392,827 de toneladas de mandioca, sendo a Região Norte a maior produtora, responsável
por 6.394,239 toneladas da produção nacional, destacando o estado do Pará, que é o líder em
produção na região e do país, com o total de 3.760,148 de toneladas. A Região Nordeste
possui a segunda maior safra nacional de mandioca, com 5.073,361 de toneladas, seguida pela
Região Sul, que produz um total de 4.865,806 de toneladas.
A mandiocultura, embora seja uma planta rústica, necessita de cuidados com seu
manejo e adubação para que haja uma boa produtividade. Sousa (2017) aponta a necessidade
de estudos aplicados em relação ao manejo, adubação e fitossanidade da cultura da mandioca
a fim de manter as curvas de produção e produtividade ascendentes. Dentre as práticas de
manejo pode-se destacar a adubação, que é de suma importância para a produção e
produtividade do plantio.
A adubação tem por objetivo fornecer a nutrição ideal para o crescimento e
estabelecimento da planta. Os fertilizantes são fontes de nutrientes, os quais são divididos em
nutrientes orgânicos (carbono, hidrogênio e oxigênio), que são provenientes do ar e da água, e
nutrientes minerais (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês,
cobre, zinco, molibdênio, boro, cloro), os quais devem ser fornecidos por meio da adubação
13

quando os teores não estão suficientes no solo para o crescimento e desenvolvimento das
plantas (CAMARGO, 2012).
Os adubo minerais, também podendo ser chamados de inorgânicos, possuem diversas
formas e tipos, e apresentam resultados em um espaço de tempo menor. Na África e na Ásia
tem sido relatados aumentos significativos de produção de raízes de mandioca com a
utilização de fertilizantes minerais (FAO, 2013). Já os adubos orgânicos, segundo Malavolta,
Pimentel-Gomes e Alcarde (2000), além da nutrição que fornece na planta, oferece diversos
benefícios ao solo, como a regulação de temperatura, aumenta a capacidade de troca
catiônica, entre outros.
Segundo Finatto et al. (2013) e classificação da Embrapa (2001) o adubo orgânico é
proveniente da decomposição de resíduos de origem animal e vegetal, sendo a compostagem,
a vermicompostagem, a adubação verde e o biofertilizante os adubos mais conhecidos e de
melhor custo/benefício.
Diversos relatos afirmam que a adubação orgânica aumenta a produtividade de raízes e
da parte aérea da mandioca, pois melhoram as características físicas, químicas e biológicas do
solo (EMBRAPA, 2016). Em 2013, a FAO relatou que estudos realizados na Indonésia
comprovaram que a utilização de adubos orgânicos em conjunto com os fertilizantes minerais
proporcionam rendimentos maiores que somente com os adubos minerais.
Os biofertilizantes são adubos orgânico líquido feitos com materiais fáceis de serem
encontrados (EMBRAPA, 2007), esses adubos podem ser de origem orgânica (como esterco,
cama de aviário, composto, chorume etc.) e outros de origem industrial, chamados de adubos
químicos ou NPK. Já os fertilizantes organominerais, são adubos que possuem nutrientes
necessários a planta, com fontes minerais, alta quantidade de matéria orgânica, estes
potencializam a eficiência dos nutrientes minerais e ainda favorecem as propriedades
químicas, físicas e biológicas do solo (NUTRISAFRA FERTILIZANTES LTDA, 2013).
Pode-se constatar que trabalhos relacionados a adubação organomineral na
mandiocultura são limitados na comunidade científica, verificando a necessidade de estudos
para o fornecimento de dados para identificação do tratamento que proporciona a melhor
produção em relação aos manejos de adubação na mandiocultura, auxiliando assim os
produtores da cultura a aumentarem sua rentabilidade.

2. OBJETIVOS
2.1 - Objetivo geral
Avaliar os efeitos da adubação mineral, orgânica e organomineral na cultura da mandioca.
14

2.2 - Objetivos específicos


 Identificar os efeitos das adubações na produtividade da cultura;
 Analisar o efeito das diferentes adubações nas características agronômicas da cultura.

3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 - Características da cultura
A mandioca é uma planta heliófila, necessita de muita luz e possui exigência de
temperatura entre 25 a 30°C (média anual). É uma planta tropical perene e lenhosa, adaptada
a solos de baixa fertilidade, podendo ser propagada em plantios por estaquia, e em
melhoramento genético são propagadas por sementes (VIANA et al., 2002), possuindo mais
de 200 espécies. A cultura pode ser classificada como arbustiva ou semi-arbustiva.
É uma planta perene e seu ciclo de crescimento pode variar de 9 a 12 meses em áreas
com temperaturas mais elevadas e de até 24 meses, em regiões mais frias ou mais secas
(AGUIAR, 2003; FIALHO; VIEIRA, 2007). A mandioca tem crescimento inicial lento,
fazendo com que, em sistema convencional de plantio, as estacas levam até quinze dias para o
aparecimento das primeiras brotações, o que a torna pouco competitiva nesta fase. Por outro
lado, existem cultivares que cedo ramificam e outras que são mais lentas em crescimento
(EKANAYAKE; OSIRU; PORTO, 1997).
Possui cultivares classificadas como mandioca de “mesa”, que pode ser chamada de
mandioca doce, aipim, macaxeira ou mandioca mansa e é mais utilizada diretamente para
consumo humano e animal, e mandioca brava, também conhecida como amarga e é voltada ao
processamento industrial, principalmente para a produção de farinha e fécula. (EMBRAPA,
2003).
Seu sistema radicular assume um modelo axial tuberoso quando as plantas são
oriundas de sementes, e ocorrendo a formação de raízes secundárias feculentas. Já quando as
plantas são originárias de propagação agâmica, as raízes manifestam-se na forma pseudo-
fasciculado tuberoso. Estas raízes tuberosas são responsáveis pelo armazenamento de amido.
Também apresenta um raizame fibroso, incumbido de absorver água e nutrientes, além da
fixação da planta (EMBRAPA, 2006).
O sistema caulinar possui diversos hábitos de ramificação, sendo eles erecto,
dicotómico, tricotómico e tetracotómico. Sendo uma cultura subarbustiva, sua altura pode
variar entre 1,0 a 2,0 m. Inicialmente, a coloração se apresenta como verde, e ao decorrer do
seu desenvolvimento, altera para castanho ou cinza. A extensão do caule exibe entrenós bem
15

definidos, com grande quantidade de gemas, estas que são utilizadas para a propagação da
cultura (CÂMARA, 1983; CONCEIÇÃO, 1987).

As folhas são simples, dispostas no caule de forma alterno-espiralada, lobada e


longamente peciolada. Os lobos variam de coloração, tamanho, disposição e número. Em
relação a filotaxia, a mandioca é classificada como ⅕, que significa que folhas no mesmo
plano são separadas por duas voltas em relação a haste, e na área percorrida encontra-se
cinco folhas (EMBRAPA, 2006).

As flores são classificadas como unissexuadas, não possuem corola e possuem um


cálice petalóide de cinco sépalas. As flores masculinas são de tamanho reduzido e possuem
um formato arredondado, e localizadas nas extremidades da inflorescência, enquanto as
flores femininas são de tamanho maior, mais alongadas, posicionadas na parte inferior da
inflorescência. Na mesma inflorescência as flores femininas amadurecem dias antes as flores
masculinas, o que favorece a polinização cruzada por ventos ou insetos (EMBRATER 1979;
BERNARDES ET AL., 2009).

Suas sementes geralmente possuem baixa taxa de germinação, além da germinação


irregular (GOMES, 2012). Tem forma carunculadas acinzentadas, tomada de testa e
tegumento, micrópila, hilo, rafe e chalaza. Assemelham-se a semente de mamona, exibindo
desenhos na testa luzidia. Dispõe de folhas cotiledonárias grandes (Platylobeae), maiores que
a radícula, com embrião central e endosperma abundante e oleaginoso (CONCEIÇÃO, 1987;
EMBRAPA, 2006).

A propagação é vegetativa, por meio de 'manivas-semente' e a qualidade do material


propagativo influi no estande final e na produtividade de raízes, sendo recomendável
manivas de 10 a 25 cm de comprimento para o plantio (NASCIMENTO & BICUDO, 2005).

Para a cultura, o solo deve ser leve, solto, fresco, possuir uma boa drenagem, além de
apresentar uma boa profundidade, devendo ser livre de encharcamentos e inundações, e
finalmente deve ser de boa fertilidade (CONCEIÇÃO, 1981). Em solos de baixa fertilidade
mostra um desenvolvimento relativamente bom. É tolerante a solos ácidos, e suporta altos
níveis de saturação por alumínio, além de ser uma cultura suscetível a salinidade. Solos
argilosos não são recomendados para o cultivo por serem mais compactos que os de textura
média ou arenosa, o que dificulta o crescimento e engrossamento das raízes, além de
apresentarem maior risco de encharcamento e dificultarem a colheita, principalmente se ela
coincidir com a época seca (MATTOS, 2006).
16

3.2 - Características econômicas, socioeconômicas e culturais


A mandioca é uma cultura difundida e conhecida mundialmente, que possui
importante papel econômico e social, principalmente nos países em desenvolvimento, como o
Brasil. Dela se aproveita todas as partes da planta, desde as raízes, que são ricas em amido, e a
parte aérea, que pode ser usada para a alimentação animal (FAGUNDES, 2009).
O cultivo da mandioca no Brasil está historicamente associado aos grupos camponeses
tradicionais, possuindo grande importância econômica e cultural para a agricultura familiar,
fazendo parte da dieta alimentar das populações rurais e urbanas, consumido principalmente
na forma de farinha (LOBO,2018).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os produtores
familiares são responsáveis por mais da metade de toda a produção nacional da mandioca. E a
maior parte da produção da mandioca é destinada à fabricação de farinha, o restante desta
para alimentação humana, animal e na obtenção de fécula.
No Estado do Pará a mandioca é a cultura mais importante da agricultura familiar,
assumindo papel de destaque na ocupação de mão-de-obra e geração de renda no meio rural
(SANTOS,2012). Predominantemente praticada na agricultura de derruba e queima, é
justificável que as maiores produtividades sejam obtidas em mesorregiões que ainda
disponham de maior biomassa em capoeiras ou florestas, em regiões de expansão da fronteira
agrícola, daí porque as maiores produtividades estão localizadas no sudoeste e sudeste
paraense (BRASÍLIA, 2016).
Segundo a Emater, a região Norte é a maior produtora de mandioca do Brasil, e o Pará
responde por 70% dessa produção. É possível, no entanto, ir além, sobretudo porque hoje o
Estado, embora seja autossuficiente em farinha d’água, importa a fécula (ou polvilho doce, do
qual é feita, por exemplo, a farinha de tapioca) dos estados do Sul e Centro-Oeste (SEDAP,
2018).
Mesmo sendo responsável pela renda de diversas famílias, principalmente no Estado
do Pará, e este sendo o mais financiado com crédito do Fundo Constitucional de
Financiamento do Norte (FNO) para a atividade da mandiocultura entre os anos de 2000 e
2013 quando comparado aos outros estados da região Norte, os produtores ainda enfrentam
bastante dificuldades na produção da cultura. Além de o tempo de produção da cultura os
desmotivarem a aumentar suas áreas produtivas, o serviço de extensão rural não consegue
atender a demanda de produtores, por conta da quantidade e da dificuldades de locomoção, o
que impede a organização e padronização da produção (EMBRAPA, 2016).
17

3.3 – Adubação
3.3.1 - Adubação mineral
A mandioca é reconhecida por sua resistência a solos pobres e ainda assim exibir uma
produção significativa, por isso originou-se a convicção de que a cultura não necessita de
fertilização mineral. Entretanto, existem relatos que apesar de sua rusticidade, a mandioca
responde positivamente ao uso de adubos minerais e orgânicos, com um aumento de
produtividade expressivo (EMBRAPA, 2016).

A adubação desta prevê a reposição dos principais nutrientes extraídos pela cultura,
como cálcio, magnésio, nitrogênio, fósforo e potássio. A resposta da mandioca à adubação
depende das condições do solo. Quando cultivada em solos com fertilidade média a alta,
geralmente, há pouca ou nenhuma resposta à adubação, ao passo que, em solos com baixa
fertilidade, a cultura possui incremento de produtividade, quando há o uso de fertilizantes
(RÓS et al., 2013).

De acordo com Sousa (2017) a adubação com nitrogênio não propicia o aumento de
produtividade das raízes. Porém o nitrogênio deve ser aplicado somente se for visualizado
deficiência extrema durante o desenvolvimento inicial das plantas, o máximo que deve ser
aplicado é 20,66 kg/ha de 40 a 60 dias após a brotação das mudas em adubação de cobertura.

Em solos já adubados com adubos químicos ou orgânicos é necessário cautela, pois o


excesso de nitrogênio contribui para o desenvolvimento vigoroso da parte aérea da
mandioca, pois faz com que a planta vegete muito, produzindo um detrimento da raiz, . A
adubação de cobertura com nitrogênio será recomendada apenas em casos de
amarelecimento das folhas no início do crescimento (FIALHO; VIEIRA, 2011).

O potássio tem ação menos acentuada que o fósforo e o nitrogênio na produção de raízes,
apesar de figurar em proporções muito elevadas na composição da planta. É essencial à
translocação dos carboidratos produzidos nas folhas, que são acumulados nas raízes. Em
certas regiões, é considerado elemento primordial (MATTOS, 2006).

Em pesquisa realizada por Fidalski (1999), comprovou-se que a adubação fosfatada


aumentou a produção de raízes de mandioca e os teores de P no solo após o cultivo de
mandioca.

No experimento de Alves (2012), foram utilizadas doses de NPK da fórmula comercial


10:28:20, onde (A) foi designada como testemunha, (B) 200kg.ha-1, (C) 400kg.ha-1, (D)
600kg.ha-1. O método de plantio usado foi manual em covas abertas com enxada na
18

profundidade de 10 cm, colocando-se uma maniva-semente por cova, no espaçamento de 1m


x 1m entre plantas, em parcelas no tamanho de 4m x 10m. As doses de fertilizantes foram
aplicadas aos 30 dias após a brotação da cultura. Essas doses apresentaram comportamento
diferenciado em relação à produtividade de raízes. A maior produtividade foi obtida com a
dose de 600 kg.ha-1 com 47,51 t.ha-1, que diferiu estatisticamente das doses de 200 kg.ha-1, e
da ausência de fertilizante, que corresponderam às menores produtividades médias, com
34,85 t.ha-1 e e 20,88 t.ha-1 respectivamente.

Em outro experimento realizado por Nunes (1974) a análise estatística revelou o fósforo
como o elemento de maior necessidade para o aumento da produtividade da mandioca,
mostrando um aumento médio de 86% na produção quando se usou a dose P₁ (40 kg/ha de
P₂ O₅ ) e de apenas 8% para P₂ (80 kg/ha de P₂ O₅ ), a aplicação do potássio foi realizada
com os demais nutrientes, sendo parcelado do mesmo modo que o nitrogênio. Os fertilizantes
foram usados nos níveis 0 (ausência) e 1 (presença), este nas doses de 30 kg/ha de N, 80
kg/ha de P₂ O₃ e 40 kg/ha de K₂ O, tendo sido fornecidos pelos adubos sulfato de amônio
(20% de N), superfosfato simples (20% de P₂ O₅ ) e cloreto de potássio (50% de K₂ O).

3.3.2 - Adubação orgânica


A aplicação de matéria orgânica e nutrientes ao solo, via restos agroindustriais e
compostos orgânicos, é prática comum na agropecuária, trazendo como ganhos o aumento da
CTC, nitrogênio (MANTOVANI et al., 2005), fósforo (ROCHA et al., 2004) potássio, cálcio
e magnésio (SIMONETE et al., 2003).
A adubação orgânica é fundamental, não só como fonte dos nutrientes para a
mandioca, mas também como condicionadora de solo, melhorando a estrutura, aeração e
retenção de água. (FIALHO; VIEIRA, 2011). A cultura responde bem à aplicação de adubos
orgânicos (estercos, tortas, compostos, adubos verdes e outros), cujos efeitos favoráveis estão
relacionados com o fornecimento de nutrientes e, certamente, com alterações nas propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo (FIALHO; VIEIRA, 2011).
Sabendo da importância da adubação orgânica, Stuat, em 2012, realizou um
experimento com a cultura da mandioca, utilizando composto orgânico originário de resíduos
de frigorífico de abate de bovinos, provando que este é viável uma vez que proporciona
aumento na produtividade. Para a realização do experimento o delineamento adotado foi o de
blocos casualizados com quatro repetições. As parcelas foram de cinco linhas com
espaçamento de 5,0 m x 1,0 m, tendo como área útil as três linhas centrais. Para obter este
19

resultado as aplicações do adubo orgânico foram distribuídas a lanço no sulco de plantio e


foram em doses de 0, 2, 4, 8 e 16 toneladas de adubo por hectare. Com base nos dados
obtidos, o autor observou que a dose de adubo orgânico a ser recomendada para a
maximização da produção é de 7,2 t/ha, que propicia uma produção de 42 t/há.
Melo & Marques (2000) e Marciano et al. (2001) estudaram os efeitos do lodo de
esgoto sobre as propriedades físicas do solo, já Silva et al. (2002), Cavallaro et al. (1993) e
Oliveira et al. (2002) avaliaram os efeitos sobre as propriedades químicas. Há ainda
pesquisas relacionadas ao uso de composto de lixo, sendo relatados os efeitos sobre o solo
em seus atributos físicos (MARCIANO et al., 2001).

No estudo realizado por Oliveira et al, em 2018, verificou-se o efeito do composto


orgânico, da adubação verde e do biofertilizante sobre a produtividade de raízes da mandioca.
O experimento foi realizado com delineamento em blocos ao acaso, em esquema de
subparcela (4x2x4), aonde em cada parcela implantou-se quatro leguminosas (crotalária,
feijão de corda, feijão de porco, e guandu anão), e dentro destas, dividiu-se em sub-parcelas
caracterizadas por ausência ou presença de composto orgânico, e quatro concentrações de
biofertilizante em cada subparcelas (0, 5, 10 e 15%). Ao fim do estudo, os autores
evidenciaram que o feijão de porco associado ao composto orgânico aumenta o número e a
produtividade das raízes comerciais na mandiocultura.

3.3.3 – Adubação organomineral


Os fertilizantes organominerais são uma mistura formada por fertilizantes de fração
orgânica e mineral. Sua utilização para aplicação nos solos é dependente de especificações
próprias e garantias mínimas. Os fertilizantes organominerais sólidos deverão apresentar um

mínimo de 8 % de carbono orgânico, CTC mínima de 80 mmolc kg-1, 10 % de


macronutrientes primários isolados (N, P, K) ou em mistura (NK, NP, PK, NPK), 5 % de
macronutrientes secundários, 1 % de micronutrientes e 30 % de umidade máxima (BRASIL,
2009).

Pesquisas realizadas, segundo a EMATER-MG (2011), dizem que os componentes


principais da cama de aviário, o nitrogênio (N), fósforo (P), e o potássio (K), são também os
principais componentes dos adubos minerais, produzidos em escala industrial, sendo que
mais de 60% são importados, aumentando os seus custos de aquisição.
20

Santo e Sarkodie-Addo (2017), verificaram que 300 kg de adubo mineral na


formulação 23:10:10 complementada com aplicação de uma tonelada de cama de ave,
proporcionou aumento de mais de 60 t/ha de produção de raiz de mandioca. Mohamed

Amanullah et al. (2006), constataram que o incremento de 5 t.ha-1 de cama de aviário junto
ao adubo convencional na formulação 60:60:150 de NPK proporcionaram maior
produtividade quando comparado com aplicação somente de adubo mineral.

Na comparação feita por Odedina et al. (2011) a produtividade de raízes tuberosas de

mandioca colhidas aos 12 meses, em solo sem adubação e em solo com adição de 10 t ha-1
de esterco de aves, e igualmente verificaram que a adição do fertilizante orgânico promoveu
acréscimo de produtividade. Contudo, esse incremento não foi relacionado ao número de
raízes por planta, o qual foi semelhante entre os tratamentos, e sim à ocorrência de raízes
com diâmetros superiores, nas plantas cultivadas com esterco. Para Rós et al. (2013) a adição

de esterco de galinha, até a dose de 18 t ha-1, promoveu acréscimos crescentes à


produtividade de raízes de mandioca, resultando no aumento do número de 16 raízes, bem
como em alterações favoráveis à cultura, nas propriedades químicas e físicas do solo.

3.3.3.1 - Biofertilizantes
Os biofertilizantes são resultante do processo de fermentação, pela atividade dos
microorganismos na decomposição da matéria orgânica e constituição de nutrientes, o que
pode ser obtido com a simples mistura de água e esterco fresco. (TIMM et al, 2004;
SANTOS, 1992). Os mesmo devem ser analisados, pois existem riscos decorrentes da sua
utilização, principalmente da fonte de matéria orgânica utilizada, com relação à possibilidade
de contaminação com metais pesados e, também no aspecto ligado a danos à saúde humana
(FERNANDES & TESTEZLAF, 2002).

Considerando-se o surgimento de novas tecnologias de baixo impacto ao meio


ambiente, e visando melhorias na produção agrícola, os biofertilizantes se destacam, por
possibilitar o reaproveitamento de resíduos orgânicos, mostrando uma solução para os
rejeitos animais, vegetais e agroindustriais. É uma alternativa para o ambiental e vantajosa
economicamente (FERNANDES & TESTEZLAF, 2002). Por apresentar baixo custo,
variada composição e eficiente concentração de nutrientes, os biofertilizantes estão sendo
frequentemente empregados na agricultura (SOUZA & RESENDE, 2003).
21

BETTIOL et al. (1998) fala que apesar do uso frequente do biofertilizante em


variadas culturas, sendo este como adubo foliar ou na contenção de pragas e doenças, ainda
não é conhecido, mesmo observando-se resultados práticos satisfatórios.

3.3.3.2 - Varredura
A varredura e proveniente dos resíduos industriais e de armazenagem dos fertilizantes,
oriundos da limpeza de maquinários de processamento, pátio e box de armazenagem entre
outros, tendo-se como varredura, todo o fertilizante que por algum motivo perde sua
propriedade física ou química e não sendo classificado produto comercial, devido ser um
produto desigual, proveniente da mistura de vários fertilizantes como Ureia, MAP (Fosfato
Monoamônico), KCL (Cloreto de Potássio), Super Simples, Super Triplo, Sulfato de Amônia,
Fosfato Natural Reativo e alguns formulados como 19-04-19, 16-16-16 e alguns outros
podendo também ter alguns microelementos e macros secundários como Enxofre, Magnésio e
Cálcio, por não apresentar um proporção a Varredura é comercializada sem garantias
especificas de concentrações e granulometria (AGROCELL, 2018).

4. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido no município de São Francisco do Pará, localizado no
nordeste paraense, com coordenadas 01° 10’ 12”S e 47° 48’ 00” W (IBGE). Segundo dados
no Climate-data, a localidade apresenta um clima tropical, com temperatura média de 26,5ºC
e pluviosidade média anual de 2467 mm, sendo o período de julho a Dezembro com os
menores índices de precipitação, conforme observamos na figura 1. Segundo a classificação
de Köppen e Geiger, a região é considerada Am, que é caracterizada pelo clima tropical com
precipitação média anual maior que 1500 mm.
22

Figura 1 - Precipitação média do município de São Francisco do Pará.

Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/para/sao-francisco-do-para-44004/

A área de implantação do experimento possui coordenadas 01º 08’ 41.4”S e 47º 46’
205”W e uma extensão total de 2 ha. O experimento foi implantado em julho de 2018,
utilizando a variedade da mandioca conhecida popularmente como Amarelinha, com
espaçamento de 1m x 1m entre plantas, submetida a diferentes adubações.

4.1– Preparo da área


Antes do plantio foi realizado remoção das daninhas presentes no local, primeiramente
com a roçagem da área e em seguida com a aplicação dos herbicidas Roundup e Flumizyn,
após o plantio quando necessário foram realizadas duas capinas manuais.

4.2 – Delineamento e tratamentos utilizados


O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com 7 tratamentos
e 4 repetições (Tabela 1), e as unidades amostrais foram representadas por parcelas com
dimensões de 7 metros de comprimento e 5 metros de largura.
23

Tabela 1 - Identificação dos tratamentos e doses.

Tratamentos Adubos Doses

T1 Adubação Orgânica 30g/planta

T2 NPK + Adubação Orgânica 22g/planta + 30g/planta

NPK + Biofertilizante (Esterco


T3 22g/planta + 100ml/planta
fresco + H2O)

T4 NPK 22g/planta

T5 Varredura 22g/planta

T6 Varredura + Biofertilizante 22g/planta + 100ml/planta

T7 Biofertilizante 100ml/planta

Fonte: As autoras

4.3 – Aplicação dos tratamentos


Aos 30 dias após o plantio, as manivas já haviam germinado (figura 2 - A), e então
foram aplicados os tratamentos na projeção da copa das plantas (figura 2 – B). O tratamento
orgânico líquido, composto por esterco bovino, havia sido preparado no dia do plantio (figura
2 – C) e foi diluído no dia da aplicação (figura 2 – D) fazendo a mistura de 1 parte de
biofertilizante para 4 partes de água. A unidade experimental adubada com varredura (T5) foi
considerada como testemunha do estudo. Os adubos químicos foram aplicados de acordo com
as recomendações de adubação para a cultura da mandioca no Estado do Pará e de acordo com
a análise do solo, exibido na tabela 2, e as fontes utilizadas como fertilizantes foram Uréia
(45% N), Superfosfato triplo (20% P2O5) e Cloreto de potássio (60% K20), na dosagem total
de NPK de 22 g/planta.
24

Figura 2 - Área 30 dias após o plantio com brotação aparente (A); realização da adubação
(B); preparo (C) e diluição (D) do biofertilizante.

Fonte: As autoras

Tabela 2 - Análise de solo da área experimental.

Profund. P K Na Al Ca Ca+Mg pH. H+Al CTC Saturação

Total Efetiva Base Alumínio


(cm) mg/dm3 cmolc/dm3 água cmolc/dm3
cmolc/dm3 V% m%
0-20 2 24 5 0,1 1,6 1,9 5,35 2,87 4,84 2,08 40,64 5,76
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental – Laboratório de Solos

4.4 – Variáveis analisadas


As variáveis analisadas foram altura da planta, diâmetro, número de folhas, peso
da parte aérea, peso total e comprimento da raíz, número de raiz comercial, peso de raíz
comercial e peso total da planta.
25

4.5 - Coleta dos dados


4.5.1 – Em campo:
No dia 02 de fevereiro de 2019, quando se completou 7 meses de plantio, foi realizada
a colheita de quatro plantas representativas em cada unidade amostral (figura 3 – A), e
procedeu-se a coleta das variáveis altura, diâmetro e número de folhas e feita a distinção de
parte aérea e raízes para encaminhar ao laboratório.
4.5.2 – Em laboratório:
Com as plantas representativas em laboratório (figura 3 – B) foram feitas as pesagens
da parte aérea, raízes totais e raízes comerciais de cada planta, sendo este último utilizado
para estimar a massa fresca. Após a realização da pesagem foram contados o número de raízes
comerciais, além da medição do comprimento total das raízes

Figura 3 - Colheita das plantas representativas de cada unidade amostral (A) e processamento
de parte aérea e raiz em laboratório (B).

Fonte: As autoras

4.6 – Produção de raízes comerciais


As raízes foram classificadas como comerciais ou não comerciais conforme padrões
de comercialização da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo -
CEAGESP e os padrões adotados pelo mercado atacadista, sendo as comerciais as que
atenderam os padrões mínimos estabelecidos pela companhia, e não comerciais classificadas
como “miúdas” (Tabela 3).
26

Tabela 3- Padrões de Comercialização da CEAGESP.

DENOMINAÇÃO DENOMINAÇÃO CLASSE UN. DE MEDIDA PADRÃO


COTAÇÃO MERCADO DE MEDIDA
CEAGESP ATACADISTA VALORA
ÇÃO

GRAÚDA GRAÚDA A DIÂMETRO > 50 COMERCIA


EQUATORI L
AL (mm)

MÉDIA MÉDIA B DIÂMETRO 40 A 50 COMERCIA


EQUATORI L
AL (mm)

MIÚDA MIÚDA C DIÂMETRO < 40 NÃO


EQUATORI COMERCIA
AL (mm) L

Fonte: http://www.hortiescolha.com.br/hortipedia/produto/mandioca

4.7 – Índice de colheita


O cálculo de índice de colheita foi feito com base na metodologia de Aguiar (2003)
conforme equação 1.

Equação 1 - Cálculo do índice de colheita.

Para a obtenção dos dados foi utilizado uma fita métrica para medir a altura de plantas,
um paquímetro para medir o diâmetro de caule e uma balança portátil para verificar o peso. Os
dados foram tabulados e analisados utilizando o software Sisvar versão 5.7, submetidos à
análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados, ao analisar a variável altura, detectou-se que o T4 (2,31 m) não
diferiu estatisticamentede T1 (1,70 m), T2 (2,09 m), T3 (2,10 m), T5 (1,98 m) e T6 (1,86 m)
(gráfico 1). Os autores Guerra e Vega (2011) afirmam que a altura média das plantas de
27

mandioca varia entre um e cinco metros, embora a altura máxima geralmente não ultrapasse
os três metros.

Gráfico 1 - Médias de altura das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações


em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Seguindo os parâmetros afirmados por Guerra e Vega (2011), observamos que todos
os tratamentos permaneceram na faixa estipulada. Em estudo realizado por Paulo (2018),
este afirmou que a adubação realizada com esterco de aves foi a que melhor expressou
resultados para as variáveis altura e número de brotações, e ficando em segundo lugar na
variável diâmetro. O mesmo afirmou ainda que o tratamento possui valores expressivos de
NPK.

Quando analisou-se a variável diâmetro do caule das plantas (gráfico 2), foi constatado
que o tratamento mineral T4 foi o que obteve a melhor resposta, com médias de 3,28 cm,
diferindo expressivamente em valores e estatisticamente dos demais tratamentos. Viana
28

(2017) apresentou um estudo afirmando que o diâmetro da mandioca apresentou um aumento


de 39% quando realizada calagem e adubação NPK, atrelando este aumento principalmente a
aplicação de nitrogênio e sua influência no desenvolvimento inicial da planta.

Gráfico 2 - Médias de diâmetro das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações


em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Analisando as médias da variável número de folhas verificou-se que o T3 (198,25) e


T4 (171,5) permaneceram no mesmo grupo estatístico e obtiveram as melhores médias.
29

Gráfico 3 - Médias de número de folhas das plantas de mandioca submetida a


diferentes adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

A alta produção de folhas em T3, T4 e T2 pode estar atrelado ao efeito do potássio


na produção de folhas, pois segundo Lebota (2009) a falta deste nutriente tem como uma das
características a redução das folhas da planta, por conta da redução de assimilação de CO2 ,
gerando um funcionamento desproporcional das células estomáticas e redução da taxa
fotossintética (Cecílio e Grangeiro, 2004). O nitrogênio também está atrelado a estes
resultados, pois é responsável pelo crescimento da planta, pela produção de novas células e
tecidos, e promove a formação da clorofila.

Os dados também deixaram evidente a diferença significativa entre os tratamentos


para as variáveis peso total da planta, peso da parte aérea, peso total das raízes e peso das
raízes comerciais. As médias de peso total da planta demonstraram respostas estatisticamente
semelhantes em T2 (3,60 kh), T4 (4,317 kg) e T5 (3,16 kg), exibido no gráfico 4,
concordando assim com o estudo de Alves, Modesto Júnior e Pereira (2012), que
30

demonstrou que a variedade Paulozinho respondeu linearmente à adubação NPK nas


variáveis produção de ramas e produção de raízes.

Gráfico 4 - Médias de peso total das plantas de mandioca submetida a diferentes adubações
em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Quando analisadas as médias da variável peso total da raiz, novamente os tratamentos


T2 (1,92 kg), T4 (2,15 kg) e T5 (1,7 kg) se mantiveram no mesmo grupo estatístico (gráfico
5). Este resultado está atrelado a adubação fosfatada realizada na unidade amostral, que,
como afirmou Fidalski em 1999, e Nunes 1974, aumenta cerca de 30 a 40% a produção das
raízes, e é o elemento de maior necessidade para o aumento de produtividade da
mandiocultura. OS resultados apresentados para T2 também estão atrelados ao fato de os
elementos nitrogênio, fósforo e potássio serem os principais componentes da cama de
aviário, aumentando a disponibilidade dos mesmo para a planta. Aumento da produtividade
de raízes em função da adubação organomineral com NPK+cama de aviário também ocorreu
no estudo Rós et al. (2013), com um aumento produtivo de 16 raízes, e no estudo de Santo e
Sarkodie- Addo (2017), resultando em um de 60t/ha de raízes.
31

Gráfico 5 - Médias de peso total da raiz das plantas de mandioca submetida a diferentes
adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Para a variável peso da parte aérea, T2 (1, 68 kg) não apresentou diferença estatística
de T4 (2,16 kg), permanecendo no mesmo grupo (Gráfico 6). Segundo estudo de Amon &
Adentuji, de 1973, a adubação mineral promove uma produção de parte aérea duas vezes
maior, se comparada ao tratamento sem adubação.
32

Gráfico 6 - Médias de peso de parte aérea das plantas de mandioca submetida a


diferentes adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Evidencia-se no gráfico que os tratamentos que ocasionaram menores médias na


produção de parte aérea foram T6 (0,738 kg) e T7 (0,558 kg), estando no mesmo grupo
estatístico (d). Os baixos valores médios de produção podem estar relacionados aos
relacionados aos menores índices pluviométricos no município identificados entre os meses
de julho e dezembro, que coincidiu com o período de realização do experimento, atribuindo
uma menor taxa de decomposição dos respectivos adubos, e mais lenta disponibilização dos
nutrientes para a planta.

Realizando a análise da variável peso de raízes comerciais, T2 (1,25 kg) e T4 (1,44


kg) permaneceram no mesmo grupo estatístico (grupo b) (gráfico7). Sousa (2014) atrelou a
produtividade de raízes comerciais e qualidade destas raízes a adubação potássica,
detectando que a aplicação de doses crescentes de potássio proporcionou um acréscimo nesta
produtividade.
33

Gráfico 7 - Médias de peso de raízes comerciais das plantas de mandioca submetida


a diferentes adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Para a variável número de raízes comerciais, os tratamentos T1 (3,5), T2 (4,75), T4


(3,75) e T5 (3) não apresentaram diferenças estatísticas significativas (gráfico 8). Contudo,
T7 apresentou uma média 0, permanecendo no grupo estatístico d. Este fato pode estar
atrelado a baixa pluviosidade do período experimental, não proporcionado as plantas os
nutrientes necessários para produzirem raízes consideradas comerciais.
34

Gráfico 8 - Médias de número de raízes comerciais das plantas de mandioca submetida


a diferentes adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Uchôa et al. (2014) apresentou um estudo que exibiu um crescimento linear da


produtividade de raízes tuberosas com a adição de K2O, alcançando uma produtividade

média de 167 kg.ha-1 com a dose de 240 kg.ha-1 de K2O, o que, segundo ele, é 4 vezes
maior que a produtividade do Estado de Roraima. Este estudo de Uchôa et al. corrobora com
a afirmação de Sousa (2014) de que a adubação potássica produz grande influência na
produtividade das raízes.

Quando analisados os dados de comprimento total das raízes, os tratamentos T2, T4 e


T5 apresentaram médias de 2,04 m, 1,76 m e 1,45 m, e não demonstraram diferenças
estatísticas (gráfico 9). Em 2015, Fernandes et al apresentou um trabalho que atesta que a
aplicação da adubação potássica no início do 2º ciclo vegetativo da mandioca não
influenciava em algumas características das raízes da mandioca, dentre elas comprimento.
35

Gráfico 9 - Médias de comprimento total das raízes das plantas de mandioca submetida a
diferentes adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Os trabalhos de Santo e Sarkodie-Addo (2017) com o uso de adubo mineral na


formulação 23:10:10 complementada com aplicação de uma tonelada de cama de ave e de

Mohamed Amanullah et al. (2006), utilizando 5 t.ha-1 de cama de aviário junto a adubação
NPK com formulação 60:60:150 apontaram uma maior produção e produtividade de raízes,
o que salienta a importância da adubação orgânica em conjunto com mineral.

Com a realização do cálculo de Índice de colheita, conforme a equação 1, observa-se


que as plantas que receberam o tratamento T7 obtiveram resposta superior aos demais, o pior
desempenho foi identificado no tratamento T6 (gráfico 10).
36

Gráfico 10 - Médias de índice de colheita das plantas de mandioca submetida a diferentes


adubações em São Francisco/PA.

Fonte: As autoras

Conceição (1983) avalia o índice de colheita como adequado, valores superiores a


60%. Em experimento apresentado por Motta (2012), os índices de colheita não se observou
diferenças na produção de massa fresca da parte aérea, os valores se mantiveram entre 43,1 e
29,5% de (IC). No presente experimento os valores também se mantiveram abaixo do valor
apresentado por Conceição (1983), porém verifica-se valores equilibrados entre si, apesar de
não serem o ideal estão mais próximos ao índice de colheita adequado. Um fator que deve
ser levado em consideração para essas diferenças pode estar ligado a regiões diferentes,
clima, solo índices pluviométricos, variedade entre outros.

A partir dos resultados dos índices de colheita podemos correlacionar a quantidade de


raízes produzidas pela quantidade de parte aérea, e importante se ter essa relação pois através
desta podemos dizer que um IC elevado e desejável para se obter uma boa produção de
37

raízes. (ENYI, 1973). Outro dado obtido pelo índice de colheita, e a eficiência das plantas
em destinarem fotoassimilados para as raízes tuberosas durante o processo fotossintético
(MOTTA, 2012).

6. CONCLUSÃO
Com base nas condições em que foi executada a pesquisa pode-se concluir que:
As adubações minerais e organominerais são as que melhor influenciam na
produtividade de raízes e parte aérea da cultura, obtendo resultados estatisticamente
semelhantes;
Todos os tratamentos resultaram boa influência na característica agronômica altura;
A adubação mineral (NPK) foi a que melhor influenciou nas característica
agronômica diâmetro da mandioca amarela;
A adubação organomineral NPK + biofertilizante e a adubação mineral NPK
obtiveram os melhores desempenhos na variável número de folhas da cultura;
A adubação organomineral e a adubação mineral não apresentam diferenças
estatísticas na produtividade, e podem ser recomendadas para o cultivo da mandioca, pois
promovem o melhor desempenho da cultura.

7. REFERÊNCIAS

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