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1. INTRODUÇÃO
8. MANEJO PRODUTIVO
8.1 FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO
8.2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO
8.2.1 PREPARAÇÃO DOS VIVEIROS
8.2.1.1 CALAGEM E ADUBAÇÃO DOS VIVEIROS
8.1.1.2 ESCOLHA DOS ALEVINOS E O POVOAMENTO
8.1.1.3 ALIMENTAÇÃO E TRATAMENTO
8.1.1.4 DESPESCA
8.1.1.5 SELEÇÃO E PESAGEM
9. QUALIDADE DE ÁGUA
9.1 Características físicas da água
9.2 Características químicas da água
11. ENFERMIDADES
11.1 Prevenção
11.2 Principais doenças na piscicultura
11.2.1 Bactérias
11.2.2 Fungos
11.2.3 Protozoários
11.2.4 Tremátodos
11.2.5 Crustáceos
11.2.6 Vermes
11.3 Formas de tratamento
11.3.1 Produtos Químicos
11.4 Diagnósticos e Tratamento
Semi-intensivo Intensivo
- a renovação de água pode variar de 5 a - renovação de água varia entre 100 a
30% por dia; 200% por dia (Ex.: truta);
- a vazão pode variar de 10 a 50 L/s/ha,
- vazão de 200 a 500 L/s/ha;
(estimada no período seco);
- o nível de oxigenação deve ser maior ou - nível de oxigênio entre 5 e 10 mg/L (de-
igual a 5 mg/L; pendendo da espécie);
- a estocagem pode ser de 1 kg de peixe/
- uma densidade de 50 a 600 peixes/m³ é
m². (Quantidades maiores podem causar
permitida (Ex: tilápias em gaiola podem
problemas na produção e saúde dos pei-
produzir de 50 a 300 kg/m³/safra).
xes).
5. CONSTRUÇÃO DE TANQUES
5.1.1 Topografia
100m (distância)
1m
(desnível)
desnível1
%
de
declividad
e x100 x 100 1%
distância
100
5.1.2 Solo
Granulometria
Aspecto e consistência
Figura 4- Método prático para verificar a qualidade do solo argiloso para implantação de pisciculturas.
Permeabilidade
A permeabilidade é a característica que o solo possui de permitir o escoa-
mento da água ou ar através dele. A permeabilidade pode variar com a temperatu-
ra ou a quantidade de material argiloso ou arenoso no solo. É medida em função da
velocidade do fluxo de água durante um determinado período de tempo.
O movimento de água dentro do solo vai carregando as partículas de argila
até um momento que se formam vazios em formas de tubos. Isso pode apresentar
sérios problemas com a desestabilização do aterro.
É normal que em viveiros novos as perdas por infiltração sejam maiores. Com
o tempo, ocorre sedimentação de uma película de argila que praticamente imper-
meabiliza o fundo do viveiro.
Compactação
5.1.3 Água
Vazão
O conceito de vazão é a razão do volume de líquido (água) em um deter-
minado tempo. Pode ser expresso pela fórmula: Q = Volume / tempo.
Medidas de vazão
É fundamental conhecer a vazão das fontes de onde vai se captar a água para o
cultivo, para que se possa planejar e dimensionar com segurança a atividade. Como
já comentado acima, para o Estado de Goiás, esse cuidado deve ser ainda maior,
devido a sazonalidade do período de chuvas. Nos períodos de seca a vazão pode
ser muito baixa e em períodos de chuva a vazão pode ser alta demais. Deste modo
é necessário que se conheçam as vazões em pelo menos nesses períodos distintos.
Método direto para medida de vazão: Este método consiste em coletar toda a água
através de uma tubulação em um recipiente de volume conhecido. Determinando-
se o tempo necessário para encher todo o recipiente em um determinado tempo,
tem-se a vazão em litros/segundo (L/s). Recomenda-se que se repita a medição pelo
menos 3 vezes e se faça uma média dessas medições. O tempo mínimo de acordo
com (Chiossi, 1975) é de 5 segundo. Então de acordo com a quantidade de água
que se deseja medir, é necessário que o volume do recipiente seja proporcional, ou
seja, medições de vazões de até 3 L/s, podemos utilizar um balde de 20L. Se a vazão
é de até 10 litros, teremos que utilizar uma caixa de pelo menos 80 a 100 litros.
Por exemplo: João mede, com um balde, a quantidade de água que sai
de uma mangueira. Ele verifica com um relógio que em 10 segundos o balde
encheu 10 litro de água. Isto significa que a vazão foi de 10 L / 10 s. Acontece
que João ficou curioso e quis saber quantos litros por segundo saiu da man-
gueira. Se aplicarmos uma regra de três, verificamos que:
Se em:
10 segundos - 10 litros
1 segundo - ? litros
Agora João quis saber qual a vazão por hora que sairá da manqueira.
Aplicando novamente a regra de três, verificamos que:
Se em:
10 segundos - 10 litros
3600 segundos - ? litros
Viveiros de alvenaria:
Outros:
Taludes
Figura 8 - Taludes com mesma altura e largura de crista, porém com diferentes inclinações (1:1, 1:2 e 1:3). Obser-
ve que a suavização do talude aumenta o volume de terra no corpo do dique e o percentual de áreas mais
rasas no viveiro. Também aumenta a área da borda livre, exigindo maior atenção quanto a proteção desta
área. Note as linhas de capilaridade (linhas tracejadas – solo com baixo teor de argila; linhas contínuas – solo
com maior percentual de argila). Os taludes construídos com solos muito argilosos podem apresentar uma incli-
nação mais acentuada nos taludes externos. Já nos solos com baixo teor de argila, a inclinação deve ser mais
suave para não ocorrer drenagem da água infiltrada sobre o talude. A movimentação de terra e o custo de
construção ficam maiores quanto mais suaves for a inclinação dos taludes. Viveiros com taludes muito suaves
também podem apresentar problemas com o estabelecimento de algas e plantas aquáticas nas áreas próxi-
mas as suas margens.
O abastecimento dos viveiros pode ser feito com cano PVC e registro para
regular a vazão. Importante, se possível, fazer a água cair de uma altura de aproxi-
madamente 50 cm, o que ajuda na oxigenação. Lembrar de colocar pedras na re-
gião onde a água atinge o fundo do viveiro, pa-
ra evitar danos de erosão e ressuspensão de
material argiloso.
A água de captação dever ser de boa
qualidade, apresentando as características físi-
co-químicas que atenda a espécie cultivada.
Seu volume deve ser suficiente para atender as
renovações diárias (5 a 10 L/s/hectare).
Cada viveiro deve ter seu abasteci-
mento individualizado. Nunca abastecer um vi-
veiro com a água de outro viveiro em operação, Figura
para9não
– Detalhes do abastecimento
comprometer os com calhas e
peixes
com água de baixas qualidades. tubo de PVC.
Geralmente, para abastecimento geral dos viveiros, é construído um canal
em concreto, ou manilhas de concreto. Para cada viveiro se constrói uma caixa de
derivação, para então derivar a água por um tubo de PVC para abastecimento do
viveiro. (Figura 9).
- Fixo
Figura 10 – Detalhes da drenagem feita por sistema de sifonamento com canos de PVC.
- Móvel
c) Estrutura: Monge
Serragem
Tela de fina
proteção
Exóticas:
Carpa cabeça grande (Aristichthys nobilis)
Origem: China.
Hábito alimentar: Zooplanctófaga.
Limite de temperatura: 16 a 30°C.
pH ideal da água: 6 a 8.
Carpa cabeça grande
Oxigênio dissolvido mínimo: > 4,0 mg/L.
Sistema de cultivo: Policultivo.
Densidade de estocagem: 0,8 a 1 peixe/ m³ (tanque conven-
cional).
Carpa capim (Ctenopharyngodon idella)
Origem: China e sudeste da Ásia.
Hábito alimentar: Herbívora.
Limite de temperatura: 16 a 30°C.
pH ideal da água: 6 a 8. Carpa capim
Oxigênio dissolvido mínimo: > 4,0 mg/L.
Sistema de cultivo: Policultivo.
Densidade de estocagem: 0,8 a 1 peixe/ m³ (tanque conven-
cional).
8. MANEJO PRODUTIVO
Em média, são utilizados: calcário (CaCO3); e/ou, cal virgem ou cal hidra-
tada (CaO) em pó, nas quantidades:
- 200g/m² de calcário dolomítico, ou;
- 100g/m² de cal virgem ou cal hidratada.
Adubação dos viveiros :
Adubação orgânica
Adubação química
Adubação química
Tipo de fertilizante Quantidade
Super Simple/S Triplo 7,0 – 2,0 g/m²
Cloreto de Potássio 0,5 – 1,0 g/m²
Tabela 4 - Exigências de porcentagem de proteína bruta e tamanho do pellet de rações comercias para algumas espé-
cies de peixe.
Tilápia Redondos Piauçu Matrinxã Pintado
Peso vivo
EXEMPLO:
Para um viveiro com área de 1000 m² e profundidade media de 1,20 m, tendo uma
população de 1000 peixes com peso de 200 gramas cada, adotando a proporção
de 3% de ração, em relação ao peso vivo da população. Duas alimentações diá-
rias. Calcular a quantidade de ração por dia e em cada alimentação
Fórmula para cálculo de ração diária = número de peixes X peso X proporção utilizada
100
total = 1000 px X 0,2 kg X 3% = 6,0 Kg de ração / dia
100
Logo, utilizaremos 3 kg pela manhã e essa mesma quantidade à tarde.
8.1.1.4 DESPESCA
2m
Após a despesca, o pescado deve ir para o gelo o mais breve possível, para
ocorrer a morte por choque térmico, e a seguir para o processamento o quanto an-
tes.
8.1.1.5 SELEÇÃO E PESAGEM
9 QUALIDADE DE ÁGUA
Temperatura
a) Difusão direta
b) Processo de fotossíntese
Sólidos suspensos
11 ENFERMIDADES
11.1 Prevenção
Outro fator que geralmente pode causar problemas é a ração, que deve
ser de boa procedência e do tipo certo, conforme o peixe e suas necessidades.
11.2.1 Bactérias
Tanques com alta carga de material orgânico e com água de má qualidade facili-
tam sua ocorrência que pode aumentar nos períodos de primavera e outono.
O peixe perde o apetite, reduz a atividade, apresenta natação vagarosa e tende a
se posicionar nas áreas mais rasas do tanque; apresenta erosão nas nadadeiras, le-
sões circulares ou irregulares do tipo úlceras pelo corpo, hemorragia nas bordas das
lesões e na base das nadadeiras, olhos saltados de aspecto opaco e hemorrágico,
abdômen distendido e presença de fluído opaco ou ligeiramente sanguinolento na
cavidade abdominal, fluído amarelado ou sanguinolento no intestino, hemorragia
nos órgãos internos como o fígado, hiperplasia (au-
mento do tamanho) de órgãos como o fígado, ba-
ço e rins; fígado de coloração pálida ou ligeiramen-
te esverdeada e pontos hemorrágicos na parede
interna da cavidade abdominal.
- Flexibacter columnaris
11.2.2 Fungos
- Ichthyophthirius mutifilis
Doença conhecida como “Doença dos Pontos Brancos” ou Ictio, se caracteriza pela
presença de pontos brancos visíveis a olho nu, espalhados pelo corpo, principalmen-
te sobre as nadadeiras. O peixe apresenta excessiva produção de muco e fica se
raspando no substrato, em plantas e outros objetos presentes nos tanques. O parasita
normalmente se instala nas brânquias dificultando a respiração, a excreção nitroge-
nada e a osmorregulação dos peixes.
11.2.4 Tremátodos
As Lernaea, se fixa ao peixe com auxílio de ganchos especiais com formato de ânco-
ra localizados na cabeça do parasita que penetra na
musculatura do peixe e deixando a região caudal para
fora com o formato de um verme. Causam severa a-
nemia e mortandade aos alevinos e não raro a peixes
adultos. O peixe desenvolve uma forte reação à pene-
tração do parasita o que lhe confere mau aspecto,
bastante inflamado, apresentando uma lesão averme-
lhada e escurecida, onde infecções secundárias por
fungos, bactérias e vírus se desenvolvem provocando Figura 18 – Lernaea fixada na base da nadadeira
a morte massiva de peixes. dorsal cabeça do peixe.
11.2.6 Vermes
COELHO, S.R.C. Produção de peixes em alta densidade em tanques-rede de pequeno volume. Tradução de
Eduardo Ono. Campinas: Mogiana Alimentos S.A., 77p.
FURTADO, J. F.R. Piscicultura: uma alternativa rentável. Guaíba: Agropecuária, 1995. 180 p.
MOREIRA,H.L.M.; VARGAS,L.; RIBEIRO,R.P.; ZIMMERMANN,S. Fundamentos da Aqüicultura. Canoas: Ed.
ULBRA, 2001. 200p.
OSTRENSKY, A.; BOEGER, W.. Piscicultura: fundamentos e técnicas de manejo. Guaíba: Agropecuária,
1998. 211 p.
__, PISCICULTURA, Série Perfil de projetos. SEBRAE. Vitória, 1999. 32 p.