TANQUE DE CRIAÇÃO DE PEIXES:

O MANUAL DA PRÁTICA CORRETA!

3 INTRODUÇÃO
5 POR QUE CRIAR PEIXES
EM TANQUES-REDE?

13 QUAIS CUIDADOS DEVEM

SER TOMADOS COM A
CRIAÇÃO DE PEIXES EM
TANQUES-REDE?

17 DE QUE FORMA A
QUALIDADE DA RAÇÃO
IMPACTA A ATIVIDADE?

20 CONCLUSÃO
22 SOBRE A VACCINAR
INTRODUÇÃO
A força produtiva agropecuária brasileira é bastante
reconhecida no mundo todo. Políticas públicas são
responsáveis pela criação de um cenário favorável à
inovação e à introdução da tecnologia no campo, o que
resultou no crescimento vertiginoso das atividades.

Em meio às tradicionais pecuária, suinocultura e avicultura,

a aquicultura desponta como uma promissora fonte de
renda, uma vez que a preocupação com a segurança
alimentar e o interesse em sistemas e produtos mais
sustentáveis estão cada vez mais evidentes no mercado.
INTRODUÇÃO

A publicação de 2020 The State of World Fisheries and Aquaculture, Food and Agriculture Organization of
the United Nations (FAO), reafirma que a aquicultura deve ser o setor de produção de alimentos que mais
crescerá nas próximas décadas no mundo.

No Brasil, desde meados de 1990, a produção de pescado tem aumentado de forma significativa, sendo
que foi o segmento de carnes que teve maior incremento percentual. De acordo com o Anuário 2020 da
Peixe BR, nos últimos 6 anos, a produção de peixes saltou 31%, fechando 2019 com crescimento de 4,9% e
cerca de 758.006 toneladas de pescado.

Os investimentos na piscicultura nos colocaram entre os maiores produtores mundiais, especialmente

de tilápia, em que ocupamos a 4ª posição no ranking. Esse mesmo relatório mostra que as exportações
também tiveram alta em 2019, e que a retomada da economia nos próximos anos anima os produtores
brasileiros, já que a procura por proteína animal deve subir.

Ante a todas essas perspectivas, é claro que os piscicultores encontram desafios pelo caminho da
melhoria nos processos da atividade. Entre eles, está a escolha pelo método de criação e o correto
arraçoamento dos peixes, pontos que intervêm na produtividade e na qualidade do pescado. Neste
material, você vai encontrar um guia rápido sobre as boas práticas na criação de peixes. Faça uma boa
leitura e aproveite as informações!

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 POR QUE CRIAR
PEIXES EM
TANQUES-REDE?
POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?
Tradicionalmente, a piscicultura é classificada como extensiva, semi-
intensiva, intensiva e superintensiva. As diferenças entre os métodos de
criação se devem ao grau de intervenção e ao controle do produtor sobre
as águas e sobre o alimento disponível, bem como à quantidade de peixes
cultivados. Portanto, a escolha do modo de confinamento será feita a partir
dessas características da produção.
Em geral, os peixes são criados em viveiros escavados ou tanques para a
piscicultura e, em resumo, os viveiros se aproximam mais do habitat natural
(tendo a água trocada por derivação ou sistema de barragem), enquanto os
tanques são artificiais, abastecidos por derivação, bombeamento, canal ou
via nascentes.
Os viveiros são utilizados nas produções extensivas, e os tanques são
as melhores opções para as produções mais intensivas, pois permitem
que o piscicultor tenha maior controle sobre o manejo dos peixes, como a
alimentação, o desempenho dos animais e a qualidade da água.
Além disso, como mencionamos na introdução deste
e-book, a piscicultura é a mais rentável das atividades
agropecuárias. E, a criação em tanques-rede permite a
obtenção de maior lucro com menor custo de produção.
A meta dessa técnica é atingir a biomassa, que resulta na
maior taxa de lucro acumulada (biomassa econômica (BE)),
sendo que a biomassa é o peso dos peixes por volume útil
do tanque-rede expresso em kg/m3.
Contudo, é muito importante estabelecer a melhor densidade de criação.
Peixes mantidos em altas densidades normalmente apresentam menor
crescimento, ficam estressados e estão sujeitos ao aparecimento de
interações sociais que levam à produção de lotes heterogêneos.
Por outro lado, peixes criados em baixas densidades apresentam boa taxa
de crescimento e alta porcentagem de sobrevivência, porém a produção
por área é baixa, caracterizando baixo aproveitamento da área disponível.
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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?

Mesmo assim, optar por criações em tanques com

densidade elevada, não significará que o máximo lucro será
obtido, já que o ponto de BE é alcançado muito antes de a
capacidade de suporte ser atingida.

Isso se deve ao fato de que à medida que a densidade se

aproxima do máximo suportado pelo tanque-rede,
os índices de desempenho dos peixes pioram
significativamente, sobretudo o ganho de peso diário e a
conversão alimentar. Uma vez que a ração é o insumo mais
caro do empreendimento, o custo de produção aumenta, e a
lucratividade diminui.

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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?

TIPOS DE TANQUES PARA PISCICULTURA

Entre os tipos de tanques estão os de terra, de alvenaria, de lona de PVC e os

tanque-rede. Tanques de terra são semelhantes aos viveiros, escavados no
substrato, que se propõem a oferecer condições mais naturais de criação.

Nos tanques de alvenaria, as paredes e/ou o fundo do tanque são

recobertos de concreto armado, e sua limpeza é mais fácil que a dos de
terra. Quanto a essa questão, os tanques formados com lonas de PVC são
ainda mais vantajosos.

Porém, os tanques-rede são a alternativa mais viável e econômica

por diversas razões. A primeira delas é que o produtor não precisa ter,
necessariamente, posse de terras. Ou seja, essa metodologia dispensa
altos investimentos de implantação, já que os tanques podem ser
instalados em áreas alagadas, como rios, lagos, lagoas, represas, açudes,
áreas de garimpo e reservatórios de hidrelétricas.

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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?
CARACTERÍSTICAS DOS TANQUES-REDES
Os tanques-redes são estruturas de telas metálicas, que contêm boias
para flutuação e cabos para ancoragem (podem não ser fixos também).
As malhas conferem maior proteção aos peixes, visto que os arames
impedem a aproximação de predadores, ao mesmo tempo que permitem a
livre circulação de água no interior do tanque.
Ainda há a opção de utilizar telas de poliéster de alta tenacidade, sem nós,
dentro das malhas metálicas para evitar que os peixes se machuquem em
momentos de estresse.
Como existem variados formatos e tamanhos de tanques-redes, a
produção pode ser intensificada. Além disso, esse modelo de criatório
permite que o piscicultor observe os peixes com mais facilidade,
podendo acompanhar o seu crescimento e identificar qualquer distúrbio
comportamental. Entre as vantagens de utilizar tanques-rede para a
criação de peixes, podemos listar:
• implantação e expansão rápidas do negócio;
• baixo custo de implantação;
• menor custo fixo por kg de peixe produzido;
• uso de água já existente, sem implicar em desmatamento e movimentação
de terra (o que impede a erosão e o assoreamento dos rios);
• manejo simplificado (manutenção, biometria, despesca, controle de
predadores etc.);
• sistema semimóvel, podendo ser deslocado para outras áreas;
• facilidade de observação diária dos peixes;
• intensificação da produção de pescado, com possibilidade
de produzir o ano inteiro.
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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?
Cabe destacar aqui que um estudo publicado na revista Informações
Econômicas que avaliou a rentabilidade e o custo de produção de tilápias
em tanques-rede sob determinadas condições concluiu que a atividade é
rentável com tanques-rede de 6 m3 e inviável em tanques de 18 m3.
Isso porque, embora os tanques de 18m3 tivessem menor custo de
investimento na fase de implantação do sistema produtivo (38% de
economia/m³), os tanques-rede de menor volume apresentaram:
• melhor desempenho dos peixes;
• maior capacidade de sustentação de biomassa por unidade de
volume de água;
• renovação de água mais rápida devido à maior concentração de
oxigênio dissolvido na água;
• menor acúmulo de matéria orgânica dentro do tanque-rede e
consequente redução dos efeitos tóxicos da amônia;
• facilidade de manejo e despesca.
Todos esses fatores resultaram em menor custo de produção por kg
quando comparados aos tanques-rede de 18m³.
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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?
ESPÉCIES PARA CRIAR EM TANQUES-REDE
No Brasil, há diversas espécies de peixes que podem ser utilizadas na
piscicultura, tanto nativas quanto exóticas. A escolha do peixe tem suma
importância para o sucesso da atividade, que depende do mercado
consumidor e do manejo da espécie.
A tilápia do Nilo é de longe a espécie mais cultivada no país, já que
apresenta elevada resistência, rusticidade e plasticidade. Atingem a
maturidade sexual cedo, com aproximadamente 3 meses, e seus alevinos
são dotados da capacidade de reverter o sexo. Essa característica é
bastante interessante para o piscicultor que desejar aumentar seus lucros,
já que os machos crescem mais do que as fêmeas, mesmo criados nas
mesmas condições. A técnica de reversão sexual possibilita resultados
de até 98% de machos no lote. Entre outras vantagens de criar tilápia,
podemos citar:
• alimentam-se de itens básicos da cadeia alimentar;
• aceitam grande variedade de alimentos, com rações à base de
proteína tanto animal quanto vegetal;
• são bastante resistentes a doenças, a elevadas densidades de
estocagem e a baixos níveis de oxigênio dissolvido;
• são rústicas e apresentam alto desempenho;
• seus alevinos são produzidos ao longo do ano todo
• apresentam boas características nutricionais, baixo teor de gordura e
ausência de espinhas em forma de Y, o que facilita o processamento.
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POR QUE CRIAR PEIXES EM TANQUES-REDE?

Outras espécies são cultivadas com sucesso em

tanques-rede. Porém, é preciso ter em mente que algumas
delas ainda carecem de pesquisas para que tenham um
manejo tecnológico de criação completo. São elas:

• tambaqui;

• pacu;

• matrinxã;

• pirarucu;

• surubim.

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 QUAIS CUIDADOS
DEVEM SER
TOMADOS COM A
CRIAÇÃO DE PEIXES
EM TANQUES-REDE?
QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS COM A CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE?

Entre as soluções tecnológicas para a criação de peixes, os tanques-rede

proporcionam as melhores condições para efetuar um bom manejo dos
lotes. Os cuidados em relação a essa metodologia são os seguintes.

SELECIONAR O LOCAL

A escolha do local de instalação é fundamental, visto que a qualidade

da água está diretamente relacionada ao desempenho e à saúde dos
peixes. Portanto, evite regiões poluídas ou passíveis de poluição de
qualquer natureza, como detergentes, esgotos, resíduos industriais,
subprodutos agrícolas, metais pesados, gases e elementos específicos
(nitratos e fosfatos).
Também é preciso avaliar a facilidade do acesso por terra, bem como
as condições de infraestrutura para o funcionamento bem-sucedido do
empreendimento, tais como: comunicação, eletricidade, segurança e
mercado para absorver o produto.
De modo geral, a instalação deve ser harmoniosa com o meio, com
bom acesso à margem. Escolha locais tranquilos, sem movimentos de
embarcações nem de esportistas. Prefira ambientes que não recebam
ventos fortes, nem tenham muitos materiais submersos ou à deriva, que
poderiam danificar os tanques. Além disso, é claro, verifique e respeite
a legislação vigente do local, instalando criadouros apenas em regiões
permitidas pelos órgãos governamentais.

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QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS COM A CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE?

CONTROLAR A QUALIDADE DA ÁGUA

Como mencionamos, além de escolher um local com alta qualidade da água, é importante monitorar
as características do meio. Destacamos que a produtividade dos peixes depende diretamente das
condições da água que, por sua vez, são determinadas por diversas variáveis químicas, físicas e
biológicas, como: temperatura, turbidez, pH, salinidade, florescimento de algas e oxigênio dissolvido.

É crucial que o piscicultor acompanhe esses índices regularmente para que possa estabelecer medidas
de manejo que revertam condições desfavoráveis, antes que tenha muitos prejuízos.

Nesse sentido, lembre-se sempre de que os ecossistemas apresentam variações quanto a esses
fatores, e que a produtividade da criação será regida pela interação entre eles; por exemplo, o fato de o
consumo de ração ser maior com uma temperatura mais elevada da água.

Entretanto, é claro, algumas variáveis podem e devem ser controladas, como a quantidade de amônia
e de nitrito. Como isso está relacionado à alimentação dos peixes, falaremos sobre o assunto em mais
detalhes nos próximos tópicos.

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QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS COM A CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE?

OFERECER RAÇÃO NUTRITIVA

A criação de peixes em tanques-rede é considerada

intensiva, dado o grau de tecnologia aplicada e a alta
densidade de peixes em cada tanque. Por isso, o manejo
alimentar é obrigatoriamente realizado com rações
balanceadas, que supram as demandas nutricionais da
espécie cultivada.

Uma ração de alta qualidade propicia uma boa conversão

alimentar e, consequentemente, um menor custo de
produção. Além disso, peixes que recebem os nutrientes
adequados apresentam menos estresse ao manejo, bem
como ficam menos expostos às enfermidades.

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 DE QUE FORMA
A QUALIDADE DA
RAÇÃO IMPACTA
A ATIVIDADE?
DE QUE FORMA A QUALIDADE DA RAÇÃO IMPACTA A ATIVIDADE?
A qualidade da ração oferecida aos peixes é um fator decisivo para o
sucesso da atividade, principalmente porque, na maioria dos corpos
hídricos, essa é a única fonte de alimento. Por isso, as rações devem
atender às exigências nutricionais de cada espécie.
Assim, é importante que o piscicultor saiba a composição nutricional
da ração que adquire, ou seja, seus teores de proteína bruta, extrato
etéreo, matéria mineral, aminoácidos digestíveis, fibra bruta, além da
suplementação adequada de vitaminas e microminerais.
Tais informações devem ser listadas nos rótulos dos alimentos, mas ainda
recomenda-se analisar periodicamente sua composição em laboratórios
idôneos para checar se os nutrientes garantindos em rótulo estão
condizentes com o analisado.
Outro ponto importante é quanto à forma física da ração. Assim
como a quantidade de nutrientes, a granulometria também
precisa ser própria para cada fase de desenvolvimento dos
peixes e sua capacidade de apreensão do alimento.
Em relação à distribuição do alimento, o arraçoamento deve ser realizado de
maneira a evitar sobras, já que sua degradação prejudica a qualidade da água.
Nesse sentido, a utilização de rações extrusadas torna-se vantajosa devido
a sua maior estabilidade e permanência na superfície da água, garantindo
melhor consumo pelos peixes quando comparada às rações peletizadas.
As rações extrusadas de boa procedência permitem que o piscicultor
tenha maior controle da quantidade consumida e redução de perdas de
diversas ordens durante a sua distribuição. Afinal, produtos elaborados
com ingredientes de alta qualidade são mais digestíveis, o que melhora
a conversão alimentar e, consequentemente, reduz a excreção de
nutrientes no meio ambiente. Dessa forma, o manejo é simplificado,
evitando o desperdício e o impacto ambiental, bem como garantindo maior
produtividade e melhor rentabilidade.
Além disso, as rações de qualidade contêm aditivos biotecnológicos
(como probióticos e prebióticos) que estimulam o sistema imunológico e
melhoram a qualidade intestinal dos peixes, garantindo melhor absorção e
aproveitamento de nutrientes presentes na ração.
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DE QUE FORMA A QUALIDADE DA RAÇÃO IMPACTA A ATIVIDADE?

Aqui, é importante mencionar que todos esses pontos levantados quanto De modo geral, podemos dizer que realizar o manejo alimentar e oferecer
à qualidade da ração se relacionam diretamente com a qualidade da rações de alta qualidade trazem as inúmeras vantagens, como:
água, que é fundamental para a atividade. Isso porque a geração de
amônia por meio da degradação do nitrogênio proveniente das excretas • melhor eficiência alimentar; • redução do ciclo de produção;
dos peixes, quando em níveis elevados, torna-se tóxica e prejudicial ao
desenvolvimento dos peixes. • melhor conversão alimentar; • aumento do número de
safras anuais;
• melhor desempenho;
• sucesso reprodutivo;
• redução do custo de produção;
• redução da incidência de doenças;
• maior ganho de peso;
• aumento da tolerância
• menor índice de mortalidade; dos animais ao manuseio
e ao transporte;
• diminuição dos poluentes
no ambiente; • maior lucratividade.

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CONCLUSÃO
A produção brasileira de peixes vem crescendo
anualmente. Parte desse sucesso se deve à disseminação
de conhecimentos no setor e ao investimento em
tecnologia e desenvolvimento de técnicas de criação que
permitem a intensificação da atividade.

O aumento da demanda do mercado por pescados

somado às dificuldades de expansão de viveiros
escavados e o alto custo da terra favorecem a aplicação
de sistemas como os tanques-rede, justamente por
apresentarem diversas facilidades quanto às questões
mencionadas. Como o manejo nesse tipo de estrutura é
mais simples, muitas inovações têm surgido no segmento
para incrementar a produção.
CONCLUSÃO
As melhorias vão desde o planejamento de projetos
sustentáveis, com importância para a comunidade
local e respeito às normas ambientais vigentes, até o
desenvolvimento de materiais empregados na estrutura
dos tanques. No entanto, a nutrição adequadamente
desenvolvida para cada espécie e categoria animal tem
um papel fundamental no sucesso da piscicultura.
O desenvolvimento de rações com alto nível tecnológico
e nutricional vai garantir os bons índices produtivos e o
melhor desempenho dos peixes. Como a ração é o insumo
que mais onera a produção, é imprescindível que a escolha
do fornecedor seja muito bem-avaliada, não baseando-se
apenas no seu custo, mas sim em seu custo-benefício.
Isso porque quando se consegue unir a
qualidade da ração com manejo alimentar
adequado, possibilita-se um melhor
aproveitamento nutricional pelo animal, gerando
uma redução significativa dos custos e, ainda,
contribuindo para o meio ambiente.
No cenário atual, a procura por produtos saudáveis e
sustentáveis está cada vez maior. Inclusive, diversas
entidades do setor de produção de alimentos apontam
a piscicultura como uma atividade promissora, que será
a grande solução para suprir a demanda populacional
crescente por alimentos de qualidade.
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