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GEOGRAFIA

Regiões Brasileiras – O Norte do Brasil –


Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GEOGRAFIA
Regiões Brasileiras – O Norte do Brasil – Parte I
Júlio Santos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Regiões Brasileiras – o Norte do Brasil – Parte I..........................................................................................5
Regiões Brasileiras – Aspectos Físicos do Brasil.........................................................................................5
Geomorfologia....................................................................................................................................................................5
Vegetação..............................................................................................................................................................................8
Clima........................................................................................................................................................................................11
Hidrografia..........................................................................................................................................................................13
Aspectos Demográficos do Brasil........................................................................................................................15
População Absoluta do Brasil................................................................................................................................15
População Relativa do Brasil..................................................................................................................................17
Pirâmides Etárias.. ..........................................................................................................................................................18
Setores de Ocupação...................................................................................................................................................20
Setores de Atividades..................................................................................................................................................21
Urbanização......................................................................................................................................................................22
Agricultura.........................................................................................................................................................................23
Pecuária...............................................................................................................................................................................25
Áreas Extrativistas do Brasil.................................................................................................................................25
Indústria Brasileira.. .....................................................................................................................................................26
Brasil no Contexto Internacional. . ........................................................................................................................27
Região Norte.....................................................................................................................................................................32
Relevo...................................................................................................................................................................................32
Solos......................................................................................................................................................................................35
Clima......................................................................................................................................................................................37
Hidrografia.........................................................................................................................................................................37
Vegetação...........................................................................................................................................................................39
Demografia.........................................................................................................................................................................41
Economia.............................................................................................................................................................................43

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Questão Agrária.. ............................................................................................................................................................45


Pecuária...............................................................................................................................................................................47
Extrativismo Mineral.. .................................................................................................................................................47
A Dinâmica das Fronteiras Agrícolas e sua Expansão para o Centro-Oeste e a Amazônia.........48
As Áreas Produtivas e as Questões Ambientais.........................................................................................48
As Fronteiras Agrícolas na Região Norte. .......................................................................................................49
Exercícios............................................................................................................................................................................52
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60

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Apresentação
Olá, caro(a) aluno(a)!
É com enorme satisfação que chegamos a mais um encontro, que tem como tema as Re-
giões brasileiras, marcas do Brasil em todos os cantos, e faço o convite para discutirmos sobre
todos os aspectos – físicos, econômicos e sociais - e para isso, é necessário um estudo porme-
norizado em busca de um excelente aprendizado, uma vez que é um assunto recorrentemente
cobrado em diversas provas e concursos. É um momento ímpar em nossa preparação quando
fazemos um breve resumo, aplicando tudo que foi aprendido no estudo dessas macrorregiões.
O estudo das regiões brasileiras é um tema bastante interessante, em que muitos se identificam
com as paisagens, clima, hidrografia, hábitos e costumes locais. É importante termos em mente
que serão destacados nesse momento os principais aspectos da região norte e centro-oeste.
Enfim, devemos ter foco, disciplina, motivação e muito treino, que devem ser pilares em sua
rotina diária para seu sucesso e, com isso, criar condições para que você alcance os seus ob-
jetivos. O tempo urge, é improtelável iniciar os estudos o quanto antes, mas fique calmo, já que
o conteúdo a seguir foi confeccionado de acordo com seu edital, com diversos exercícios co-
mentados. A principal dica é ler, reler e fazer o máximo possível de exercícios, uma vez que “a
repetição é a mãe da aprendizagem, o pai da ação, o que a torna o arquiteto da concretização”.
Após essa conversa inicial, vamos colocar a mão na massa!
Mas não se esqueça de que foco, disciplina e motivação devem te acompanhar, então, va-
mos ao trabalho!
Júlio Santos

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REGIÕES BRASILEIRAS – O NORTE DO BRASIL – PARTE I


Caro(a) concurseiro (a), para inicializarmos nosso estudo sobre as macrorregiões brasileiras, é
fundamental a compreensão de todos os aspectos físicos, demográficos e econômicos que reme-
tem ao Brasil para que possamos ter uma visão geral do espaço que ocupamos e, nesse primeiro
momento, vamos destacar o estudo da geomorfologia, vegetação, clima e hidrografia de forma
bastante generalizada e, posteriormente, serão enfatizadas a região norte e centro-oeste do Brasil.
Vamos lá!

Regiões Brasileiras – Aspectos Físicos do Brasil


Geomorfologia
O relevo brasileiro e mundial é basicamente dividido em três formas:
• Crátons (divididos em escudos cristalinos e plataformas continentais);
• Bacias sedimentares; e
• Dobramentos modernos.

No Brasil, não existem os dobramentos modernos, pois todo o país está localizado sobre
uma placa tectônica. Aproximadamente 36% do relevo brasileiro são formados por escudos
cristalinos e 64% são bacias sedimentares. Esse é um dos motivos da grande presença de mi-
nerais e de petróleo no território nacional. Especificamente sobre o relevo brasileiro, a divisão
do relevo pode ser feita sob três visões diferentes: a de Aroldo de Azevedo (1949), a de Aziz
Ab’Saber (1958) e de Jurandyr Ross (1989).

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Aroldo de Azevedo (1949)

Em 1949, Aroldo de Azevedo adotou os critérios altimétricos para classificar o relevo brasi-
leiro. Trata-se de uma divisão extremamente ultrapassada que considera altitudes de até 200
metros como planícies e, a partir de 200 metros, como planaltos. Assim, Azevedo dividiu o
território brasileiro em quatro planaltos e três planícies:

https://www.coladaweb.com/geografia/relevo

Aziz Ab’Saber (1958)

O Planalto das Guianas é o mais antigo do Brasil. O Planalto Central é rico em chapadas. De
acordo com Aziz Ab’Saber, a Planície do Pampa é, na realidade, um planalto. A Planície do Pan-
tanal é a maior planície alagada do planeta. Por fim, a Planície Amazônica, considerada a maior
do país e que conta com o maior rio do Brasil, que é o Rio Amazonas. Em 1958, Aziz Ab’Saber
utilizou critérios morfoclimáticos para classificar o relevo brasileiro. Nesse sentido, o geógrafo
analisou uma relação entre a forma e o clima. Se a erosão supera a acumulação, então há um

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planalto; já se a erosão é menor que a acumulação, há uma planície. Para Ab’Saber, o Brasil é
dividido em sete planaltos e três planícies.
Veja:

https://geografiacriticanaveia.wordpress.com/relevo-brasileiro/

Obs.:
 A divisão de Aziz Ab’Saber é a mais cobrada em provas de concursos públicos, mesmo
não sendo a mais recente. A divisão mais atual do relevo brasileiro é a proposta por Juran-
dyr Ross, em 1989; contudo, não é a mais aceita, pois, seu processo é bem complexo.

Jurandyr Ross (1989)

Nessa divisão, o geógrafo trabalha com aspectos morfoclimáticos, morfoestruturais e


morfoesculturais. Assim, para Jurandyr Ross, o relevo é uma associação entre a forma, o cli-
ma, a estrutura das rochas e, também, o formato delas. Nessa divisão, existem 11 planaltos, 11
depressões e 6 planícies, que totalizam 28 formas de relevo.

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Veja:

https://geografalando.blogspot.com/2013/04/relevo-classificacao-do-relevo_28.html

Vegetação
Em termos de quantidade, a vegetação predominante no Brasil é a Floresta Amazônica, pois
ocupa, aproximadamente, 49% do território brasileiro. Trata-se de uma floresta caracterizada por
possuir grande biodiversidade e é responsável pelo fenômeno conhecido como evapotranspira-
ção, que ajuda a promover a chuvas convectivas. Essa floresta equatorial também possui como
característica o fato de necessitar de grande volume de água, pois sua vegetação é hidrófila. As
folhas são latifoliadas, isto é, são longas e recebem alta quantidade de raios solares.
A vegetação que predomina no litoral brasileiro é a Mata Atlântica; porém, encontra-se
extremamente devastada e restam entre 5% a 12% da vegetação original. Os motivos dessa
devastação são vários e vão desde o processo de exploração no passado até a especulação
imobiliária existente nos tempos atuais. Na parte central do Brasil, está localizado o cerrado.
Trata-se de uma vegetação de médio porte e dotada de galhos tortuosos, raízes profundas e

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casca grossa. O motivo dos galhos serem tortuosos é a acidez do solo da região, que precisa
ser corrigido por meio da adição de óxido de cálcio para permitir o desenvolvimento de cultu-
ras. As raízes são profundas para permitir a captação de água nos lençóis freáticos. Já a casca
grossa é uma adaptação desse tipo de vegetação contra as queimadas recorrentes na região.
Estas podem ser provocadas por vias naturais ou pela ação do homem. Na região do Mara-
nhão e do Piauí, está localizada a Mata de Cocais. Nessa região, é muito forte o extrativismo
vegetal, principalmente envolvendo o babaçu, a carnaúba e o buriti, que é muito voltado para
o artesanato, gastronomia e indústrias do setor farmoquímico. No Nordeste, está presente a
vegetação da caatinga, predominantemente na região do sertão nordestino. A vegetação é
xerófila, ou seja, adaptada à escassez de água. Na região Sul do país, está localizada a Mata
de Araucárias, principalmente no estado do Paraná. Trata-se de uma vegetação bastante ex-
plorada pela indústria moveleira da região, pois a madeira da araucária é bastante resistente
e apresenta grande flexibilidade. A Mata de Araucárias é bastante homogênea e, geralmente,
inibe o surgimento de outras vegetações em função da grande necessidade hídrica.
Os Campos sulinos são vegetações rasteiras que têm sido bastante devastadas em função
do pisoteamento promovido pelo gado. Essa situação acaba matando a vegetação e promo-
vendo o processo de erosão e arenização, etapa anterior ao fenômeno de desertificação, que
está presente na região do sertão nordestino. O Complexo do Pantanal possui dois tipos de
vegetação: típica e atípica. A vegetação típica é chamada de mata de terra firme, pois, mes-
mo no período de cheias, nunca é inundada. Também há as várzeas, que periodicamente são
inundadas, e os igapós, que estão constantemente inundados. É nessa região que ocorre o
movimento de transumância do gado, que desce para as várzeas durante os períodos de seca
e sobe para a mata de terra firme durante as cheias.

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Veja as vegetações brasileiras:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/biomas-brasileiros

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Clima
Os tipos de climas existentes no Brasil estão representados no mapa abaixo:

https://conhecimentocientifico.r7.com/climas-do-brasil-conheca-o-clima-tipica-de-cada-regiao-brasileira/

• Equatorial: quente e úmido. As temperaturas são acima de 25ºC e o volume de chuva


varia entre 2.500 a 3.000 mm por ano. A região também conta com o fenômeno de eva-
potranspiração.
• Tropical ou tropical semiúmido: apresenta um período de seca e um período de chuva. A
temperatura gira em torno de 25ºC e o volume de chuvas é de aproximadamente 2.000
mm por ano.

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 Obs.: É importante perceber que a região do estado de Roraima possui um clima dividido
entre equatorial e tropical semiúmido.

• Semiárido: é uma região com grande escassez de água. A temperatura é de aproximada-


mente 28ºC e o volume de chuvas não ultrapassa os 1.000 mm por ano.
• Tropical de altitude: vinculado principalmente ao estado de Minas Gerais e áreas serra-
nas do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Possui as mesmas características do
clima tropical; porém, as temperaturas são mais amenas (em torno de 21ºC). O volume
de chuvas alcança 2.000 mm por ano.
• Tropical litorâneo: possui as mesmas características do clima tropical; porém, é dotado
de maior umidade, fruto da grande ação das massas de ar que trazem a umidade para a
região do litoral.
• Subtropical: é dotado de quatro estações bem definidas, mas sofre influência do clima
tropical, predominante no Brasil.

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Hidrografia
No que tange à hidrografia do Brasil, é importante destacar as chamadas “bacias principais”,
são elas: Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná. Vale lembrar que bacias são
diferentes de redes hidrográficas. Uma bacia é um conjunto de rios e das terras sob a influência
desses rios, já uma rede é um conjunto dos rios principais, seus afluentes e seus subafluentes.
Veja:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_hidrogr%C3%A1ficas_do_Brasil

O rio São Francisco é conhecido como o “rio da integração nacional”, pois atravessa cinco
estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Trata-se de um rio funda-
mental para a região Nordeste do Brasil, que possui predominância de rios intermitentes. O velho
Chico é um rio perene, pois suas nascentes estão localizadas no estado de Minas Gerais. Devido a
essa grande importância, o São Francisco tem passado por um processo de transposição, que leva
as suas águas a locais de seca. O problema é que esse desvio pode ocasionar maior evaporação

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das águas desse rio, que não serão, necessariamente, repostas na mesma velocidade. Isso pode
acabar reduzindo o volume de água, fato que interfere em sua navegabilidade.
Depois da bacia do rio São Francisco, outra importante bacia hidrográfica do Brasil é a do Pa-
raná. Nela, estão localizadas diversas das principais usinas de geração de energia elétrica do país,
inclusive a usina de Itaipu, considerada uma das maiores em produção energética no mundo. Vale
lembrar que Itaipu é uma usina binacional, ou seja, pertence parte ao Brasil e parte ao Paraguai.
Além disso, Itaipu é alvo de uma grande polêmica, pois o país vizinho decidiu que a partir de 2023
deixará de vender parte da energia que pertence ao país para o Brasil, situação que vem ocorrendo
desde os primórdios da usina. Já bacia do Tocantins-Araguaia é considerada dispersora de água,
ou seja, distribui água para as demais bacias. Vale lembrar que essa é a maior bacia exclusivamen-
te nacional. Nessa região destacam-se as usinas hidrelétricas de Tucuruí e de Cachoeira Dourada.

Domínios Morfoclimáticos

Um domínio morfoclimático é formado pela integração de três elementos: relevo, clima e


vegetação. Vale destacar algumas informações importantes sobre os domínios morfoclimáti-
cos das regiões do Brasil:
• Norte: clima equatorial; relevo formado pela planície do Amazonas; vegetação formada
pela floresta equatorial.
• Nordeste: clima semiárido; relevo formado pelo planalto nordestino, o planalto do Mara-
nhão-Piauí e a planície do litoral; vegetação formada pela caatinga.
• Centro-Oeste: clima tropical semiúmido; relevo formado pelo planalto central e pela pla-
nície do pantanal; a vegetação predominante é o cerrado.
• Sul: clima temperado (subtropical); relevo formado pelo planalto meridional e pelo pla-
nalto uruguaio-riograndense; a vegetação é formada pelos campos, coxilhas e pampas,
além da mata de araucárias.
• Sudeste: clima tropical/tropical de altitude; o relevo é formado pelas terras baixas; a ve-
getação que se destaca é a Mata Atlântica.

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https://docplayer.com.br/4116776-Dominios-morfoclimaticos-elaborado-por-aziz-ab-saber-contem-as-seguintes-
-caracteristicas-clima-relevo-vegetacao-hidrografia-solo-fauna.html

Aspectos Demográficos do Brasil


População Absoluta do Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui, apro-
ximadamente, 210,7 milhões de habitantes. A densidade demográfica do país é de 25 habitan-
tes por km2. Cabe destacar que esse dado é um tanto quanto errôneo, pois não reflete clara-
mente a distribuição da população brasileira, que está extremamente concentrada na região
litorânea do país. Já nas porções mais ao centro e no extremo norte do país ainda existem áre-
as consideradas verdadeiros vazios demográficos, mesmo após os esforços que foram feitos
para habitar tais áreas, como a criação da Zona Franca de Manaus e a construção de Brasília.
Nesse sentido, é correto afirmar que o Brasil é um país populoso; contudo, não se pode dizer
que o país é povoado, pois não possui uma elevada densidade demográfica.

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Veja a distribuição da população brasileira no mapa em 2020 e em cada unidade federativa


com os dados de 2014.

 Obs.: Vale lembrar que os dados de 2014 mudaram muito pouco até a atualidade.

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População Relativa do Brasil


População relativa é o mesmo que densidade demográfica.
O mapa abaixo demonstra em detalhes a quantidade de pessoas por km2 em cada região do país:

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_densidade_demogr%C3%A1fica

Pirâmides Etárias
Existem três tipos de pirâmides etárias para analisar um país:
• Pré-industriais ou jovens: altas taxas de natalidade e mortalidade. Expectativa de vida
baixa e há o predomínio de jovens.

EXEMPLO
Bolívia

• Industriais ou adultas: a natalidade e a mortalidade estão em equilíbrio. A expectativa de


vida é alta. Nessa pirâmide, a pressão tributária sobre cada adulto é menor, pois estão
em maior número. Ocorre nos novos países industrializados.

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EXEMPLO
Estados Unidos

• Pós-industriais ou idosas: as taxas de natalidade e mortalidade são baixas. A expectati-


va de vida é muito alta. A quantidade de mão de obra é baixa, logo, os governos adotam
políticas de incentivo à natalidade e movimentos migratórios.

EXEMPLO
Dinamarca

O Brasil encontra-se atualmente em um momento de transição da pirâmide jovem para a adulta.


Veja uma projeção da pirâmide brasileira nos próximos 40 anos.

https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/12/16/piramide-etaria-brasileira/

O número de idosos em todo o mundo tem aumentado em função da melhora das condi-
ções médico-sanitárias. O número de jovens é reduzido por conta da disseminação dos méto-
dos contraceptivos, e por conta disso, a mulher entra de uma forma mais maciça no mercado
de trabalho. A partir da década de 1970, percebe-se forte aumento da vida urbana sobre a vida
rural, valendo lembrar que, até 1930, cerca de 70% da população brasileira era rural.

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Setores de Ocupação
Um indivíduo ativo economicamente é aquele que trabalha e, em função desse trabalho,
recebe um salário (ex.: professor). Já um indivíduo inativo é aquele que trabalha, mas não
recebe salário (ex.: voluntários). Também são considerados economicamente inativos os que
recebem salários, porém não trabalham (ex.: aposentados). Há também os que não trabalham
e não recebem salários (ex.: estudante).
No Brasil, aproximadamente 62% da população é economicamente ativa, já os demais 38%
estão divididos entre as categorias de pessoas economicamente inativas.
Vale lembrar que esse percentual da população ativa tem como base aquelas pessoas que
podem trabalhar (acima de 14 anos).

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Setores de Atividades
A população economicamente ativa é dividida em setores, conforme demonstra o gráfico abaixo:

SETOR DE ATIVIDADE EXEMPLO

Primário Atividades ligada ao campo Agropecuária

Secundária Atividades ligadas a indústria Construção civil

Atividades ligadas ao
Terciário Bancos
comércio e serviços

Atividades ligadas a
Quaternário Robótica
tecnologia de ponta

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Urbanização
Durante os anos 1930, quando Getúlio Vargas promoveu uma ruptura com a chamada polí-
tica do café com leite (em que Minas Gerais e São Paulo se revezavam na escolha do Presiden-
te da República). Tal ruptura também acontece em um momento em que há o fortalecimento
do movimento de industrialização. Até 1930, o Brasil era extremamente rural. A mudança para
um país industrializado começou a ocorrer durante a política de substituição das importações
implantada durante os governos de Vargas. Junto a esse movimento de industrialização, tam-
bém começa a acontecer um forte movimento de mecanização do campo, principalmente por
conta da Revolução Verde e do movimento das fronteiras agrícolas. O deslocamento de indiví-
duos do meio rural para o meio urbano potencializou vários problemas existentes nas grandes
cidades. Entre esses problemas estão a conurbação, a macrocefalia urbana, a segregação
social e a marginalização. Esse movimento de pessoas é bastante perceptível já na década de
1970, quando mais de 80% da população brasileira já vivia em meio urbano.
Veja:

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 Obs.: No gráfico acima, percebe-se o aumento ostensivo da população urbana. Isso é fruto
da mecanização no meio rural, na qual máquinas substituem o ofício de centenas de
trabalhadores.

Agricultura
Existem quatro setores produtivos de grande relevância:
• Primário: atividades ligadas ao campo. É um dos principais setores do país, mas seus
trabalhadores têm sofrido com o fenômeno da mecanização;
• Secundário: ligado às indústrias (de base; de bens duráveis; de bens não duráveis ou de
consumo; de ponta).
• Terciário: comércio e prestação de serviços;
• Quaternário: ligado à tecnologia de ponta (ex.: Vale do Silício).

Segundo dados do IBGE, o Brasil possui a seguinte divisão de sua economia, no que tange
à população economicamente ativa:
• 6%: setor primário;
• 16%: setor secundário;
• 78%: setor terciário.

Logo, no Brasil, o setor de maior empregabilidade é o terciário, contudo a base da econo-


mia brasileira ainda se concentra no setor primário. O maior problema é que os produtos do
setor primário possuem menor valor agregado.

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Veja a distribuição da produção no Brasil.

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Pecuária
O estado brasileiro com maior número de bovinos é o Mato Grosso do Sul. Já em relação
às aves, destacam-se as regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais e os estados da região Sul se
destacam em suínos. O Rio Grande do Sul é destaque na pecuária de ovinos. Os caprinos es-
tão concentrados em maior número na região Nordeste. Os equinos concentram-se em Minas
Gerais e na Bahia. Já os bubalinos concentram-se na região Norte.

O Brasil se destaca por possuir a maior pecuária de gado de corte do mundo.

Áreas Extrativistas do Brasil


Com relação ao extrativismo, é importante destacar a região da Serra dos Carajás, o Qua-
drilátero Ferrífero, o Maciço do Urucum, a Serra do Navio e a região de Guaporé.
A Serra dos Carajás abriga um dos maiores projetos de mineração do planeta. Está loca-
lizado no estado do Pará e envolve agricultura e pecuária, que visam ao abastecimento do
mercado local. Há também uma usina hidroelétrica em Tucuruí, que é responsável por abas-
tecer o projeto. Além disso, também existe uma ferrovia voltada a promover o escoamento da
produção mineral. A Serra do Navio se destaca na produção de ferro e manganês na região do
Amapá. Na região de Rondônia há a extração de cassiterita. Já na região do Quadrilátero Fer-
rífero, há uma grande variedade de minerais e metais preciosos, cujo escoamento é feito por
meio da ferrovia Minas-Vitória e do porto de Tubarão.
O Maciço de Urucum, além de ser uma área rica em minerais, também é rico em petróleo.
Contudo, o petróleo de superfície do Brasil é de má qualidade (o chamado petróleo pesado) e
isso obriga o país a promover a extração de petróleo em plataformas. Atualmente, destaca-se
nesse cenário a região do pré-sal. O Brasil é pobre em carvão mineral. A pouca quantidade
existente no território está localizada na porção leste da região Sul do país. Contudo, trata-se
de um carvão de péssima qualidade (turfa). A grande quantidade de minerais e de petróleo
no território brasileiro se justifica pelo fato de que 36% desse espaço é formado por escudos

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cristalinos, o que acaba favorecendo uma grande variabilidade de minerais. Já os demais 64%
do território é formado por bacias sedimentares, fato que favorece a existência de petróleo.

Indústria Brasileira
O principal polo industrial do Brasil está na chamada “região concentrada”. Esse polo in-
dustrial se concentra no litoral em função da condição em que ocorreu a colonização do Brasil
(do litoral para o interior). Há um projeto que visa levar o desenvolvimento para outras regiões
do país. Um exemplo é o que ocorreu ainda em 1957, durante o governo de Juscelino Kubits-
check: a criação da Zona Franca de Manaus.
A Zona Franca de Manaus foi efetivamente implementada em 1967 e trata-se de uma área
isenta de impostos para a instalação de indústrias. É uma tentativa de equilibrar melhor o Estado
brasileiro demograficamente. Em partes, essa tentativa deu certo, mas não como o esperado.

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Veja a distribuição da malha industrial brasileira:

Brasil no Contexto Internacional


Para se analisar o Brasil, alguns aspectos devem ser levados em consideração:
• O Brasil possui o 9º maior PIB (Produto Interno Bruto) da atualidade;
• O agronegócio de soja e cana-de-açúcar, mineração de ferro, manganês, produção de
bioenergético, indústria petroquímica, automobilística e siderurgia são os setores de
maior destaque na economia.

 Obs.: O Brasil ainda é muito dependente dos commodities, isto é, qualquer matéria-prima em
estado primitivo ou semi-industrializado que possui comércio global.

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Veja uma estimativa para os maiores PIBs do mundo em 2030.

Dois indicadores são mais utilizados em provas de concursos para indicar a situação dos
países, são eles:
• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): mede a qualidade de vida das pessoas; e
• GINI: mede a desigualdade social.

Assim, o ideal é que um país possua o IDH elevado (qualidade de vida) e o GINI reduzido
(baixa desigualdade social); contudo, no caso do Brasil, esse resultado é particularmente difícil
por conta da grande desigualdade social que há no território nacional.
O Produto Interno Bruto representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e
serviços finais produzidos numa determinada região, portanto é a soma das riquezas geradas
por diversos setores do país. Mede a diferença entre o custo de se produzir e o que se obtém
como fruto dessa produção:
• consumo das famílias;
• despesas do governo;
• informações sobre as exportações e importações;
• investimentos.

Se o PIB aumenta a qualidade de vida aumenta:


• mais produção;
• mais empregos;

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• preços diminuem;
• mais produtos no mercado;
• mais renda para gastar;
• mais produtos para comprar.

O IBGE considera apenas as atividades legalizadas. Já as informais não são absorvidas


pela metodologia.

Veja o Brasil quanto ao desenvolvimento em governos anteriores:

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Observe a evolução do PIB brasileiro:

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Renda per capita

Valor em dólar do PNB dividido por habitante do país (o PNB compreende o valor do PIB
subtraindo-se as remessas ao exterior).
Veja o PIB per capita por regiões brasileiras:

https://br.pinterest.com/pin/287808232423828223/

O Brasil possui uma serie de contradições que o colocam como em desenvolvimento, tais como:
• Desigualdades sociais;
• Concentração de renda (elevado GINI);
• Economia com produtos com baixo valor agregado;
• Os principais setores atingidos são a educação, saúde, saneamento básico, segurança,
moradia e transportes.

Caro(a) concurseiro(a), agora que analisamos o Brasil de forma geral em seus aspectos
físicos, demográficos e econômicos, temos um segundo compromisso nesta aula, que é ana-
lisarmos pormenorizadamente as macrorregiões norte e centro-oeste.
Vamos lá!

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Região Norte
A Região Norte é a mais extensa do país ocupando cerca de 45% do território brasileiro com uma
área de 3.853.676,948 km². É fundamental destacar que estão presentes os maiores estados do Bra-
sil – Amazonas e Pará – e os maiores municípios do país - Altamira (PA), Barcelos (AM), São Gabriel
da Cachoeira (AM) – superando em extensão alguns estados brasileiros como AL, SE, RJ, ES.
Veja os limites da região norte do Brasil com 7 países e 5 estados brasileiros (MA, PI, BA, MT, GO)

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm

Relevo
A região norte possui três grandes unidades geomorfológicas:
• Planície do Amazonas.
• Planalto das Guianas.
• Planalto Central.

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Planície do Amazonas: é a maior planície brasileira sendo dividida em mata de terra firme,
várzea e igapós.
Veja:

https://slideplayer.com.br/slide/4044212/

Atinge altitudes de até 350 metros, estando livre das


Mata de Terra Firme
inundações sendo constituída basicamente por arenitos.

Suas altitudes são sempre inferiores a 30 metros, sendo


Várzea
periodicamente inundadas.

Correspondem às áreas mais baixas, constantemente inundadas


Igapós
pelas cheias do rio Amazonas.

Planalto das Guianas: localiza-se no extremo norte do país formado por terrenos cristali-
nos se estendendo até as Guianas e Venezuela. É um local onde se destaca a serra do Imeri,
Parima, Acaraí e Tumucumaque estando os pontos mais altos do país como o Pico da Neblina
com 2.993,78 metros e o Pico 31 de Março, com 2.972,66 metros de altitude, ambos situados
no município de Santa Isabel do Rio Negro.

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Pico da Neblina

A região está situada sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no
sentido sudeste-noroeste e a leste por uma planície litorânea de largura média.
Planalto Central: localiza-se ao sul da região abrangendo o sul do Amazonas e do Pará e
a maior parte dos estados de Rondônia e Tocantins. É constituído por terrenos cristalinos e
sedimentares antigos, sendo mais elevado ao sul e no Tocantins.
Veja o relevo da região norte segundo Jurandyr Ross e Aziz Ab’Saber.

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Verifica-se no interior do estado uma região propícia à exploração de três minerais: o nióbio, o
caulim e principalmente a silvanita. Ainda de acordo com o estudo da região encontram-se as três
grandes reservas minerais: o Projeto Grande Carajás, o Vale das Trombetas e a Serra do Navio.
A região detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita (Urucará e Presidente Figueire-
do). A bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas e o nióbio, estimada em mais de
700 mil toneladas estão localizadas em São Gabriel da Cachoeira.

Solos
Os solos de terra firme são vermelhos e são constituídos por hidróxido de alumínio e ferro
(pobres para a agricultura). Em 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais lixi-
viados (solo lavado pela chuva), ácidos e pobres do planeta. Mas atualmente considera-se que
apesar dos solos serem lixiviados, eles são muito ricos em nutrientes devido a decomposição
da matéria orgânica. O solo é formado pelo intemperismo, que é o processo de decomposição
da rocha que causa o enfraquecimento da estrutura rochosa.
Há três tipos de intemperismo:
a) Intemperismo Químico: A erosão e dissolução da rocha matriz ocorrem em decorrência
das reações químicas.
b) Intemperismo Físico: A erosão e fragmentação da rocha matriz ocorrem em função da
ação mecânica.

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c) Intemperismo Biológico: A erosão e dissolução da rocha matriz ocorrem em decorrência


das ações de agentes vegetais.

 Obs.: O processo de erosão pode gerar a formação de ravinas (rachaduras) ou de voço-


rocas. No meio dessas ravinas e voçorocas, podem-se alojar alguns vegetais como
os líquens, responsáveis por promover um processo de alargamento dessas ravinas
e voçorocas, potencializando assim o processo de erosão. Geralmente os diferentes
tipos de intemperismo incidem conjuntamente no processo de erosão da rocha.

As camadas/horizontes dos solos são divididas em:

a) Camada “O”: Camada orgânica e de cor escura (húmus).


b) Camada “A”: Camada com forte concentração de matéria orgânica e onde ocorre a lixi-
viação (rico em húmus).
c) Camada “B”: Camada que apresenta elementos lixiviados da camada “A” e onde ocorre
a laterização (concentração de ferro).
d) Camada “C”: Camada de minerais e com forte influência da rocha matriz.
e) Camada matriz “R”: Camada que fornece a sustentabilidade e promove a formação ro-
chosa e onde ocorre o transporte do húmus pelas chuvas.

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A região norte, incide uma formação rochosa baseada na camada “A”. Os solos por serem
lixiviados sofrem um processo elevado de acidez e que por isso necessitam de uma correção.
Essa correção geralmente se dá pelo processo de calagem que consiste em corrigir um solo
por meio da aplicação de uma base (óxido de cálcio, cal virgem ou cal viva) que irá neutralizar
a acidez do solo e hidratá-lo.

Clima
A região possui um clima predominantemente equatorial com temperaturas elevadas em
torno de 25 a 28ºC e baixa amplitude térmica devido a grande umidade do ar (a água possui
elevado calor específico) em função do fenômeno de evapotranspiração. A precipitação é de
aproximadamente 2500 mm/ano. Para entender os valores de precipitação, basta imaginar
que, ao se captar toda a chuva que cai sobre uma determinada região, essa formaria uma co-
luna sólida sobre toda a área com altura equivalente a 2,5 a 3 metros.

 Obs.: Imagine que a precipitação sobre a região da Amazônia seja de 2500 mm, isso significa
que a coluna de água formada sobre toda a Amazônia seria de 2,5 metros. Esses são
valores bastante altos, visto que nessa região ocorrem chuvas quase que diariamente.

É verdade que o fato de ser uma região cortada pela linha do equador provoca a intensifica-
ção das médias térmicas, contudo parte do Amazonas, Rondônia, norte do Mato Grosso e Acre
estão sujeitas ao fenômeno da friagem em virtude da atuação da Massa Polar Atlântica (MPA)
que provoca um abaixamento brusco de temperatura em determinada época do ano. Isto ocor-
re porque o calor da Amazônia propicia uma área de baixa latitude que atrai essa massa polar.
É um fenômeno que dura uma semana ou pouco mais, quando a temperatura chega a descer
até 6 °C. As chuvas são diárias e do tipo convectiva, contudo, ocorre um período seco, de junho
a novembro, e outro com grande volume de precipitação, Dezembro a Maio. A Região Norte
apresenta o clima mais úmido do país sendo comum a ocorrência de grandes precipitações.

Hidrografia
A principal bacia hidrográfica da região é a Amazônica que é considerada a maior do mundo
formada pelo rio mais extenso do planeta. É comum a ocorrência de chuvas periódicas e é fruto
da evaporação das águas dessa bacia. O fenômeno descrito é denominado de evapotranspiração.
Por ser uma bacia de planície, difere da ideia de bacias brasileiras pluviais, perenes, planálticas, de
estuário. É extremamente navegável e apresenta maior potencial de hidroenergia, apesar de ser
inalcançável esse potencial por ser um rio de planície. É a maior bacia hidrográfica do país, mas
não é unicamente brasileira, e suas nascentes estão nos Andes, e por isso, é uma bacia mista.
Aproximadamente 60% da Floresta Amazônica está no Brasil, sendo denominada de Ama-
zônia Legal. A parte que está fora do país é chamada de Amazônia Internacional. No Brasil,
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é utilizada cerca de 75% da energia por meio da hidroeletricidade e a bacia detém 75% dos
recursos superficiais do território nacional. Isso é fruto, também, da presença da Floresta Ama-
zônica. A região norte possui mais de 1.500 espécies de peixes e o maior peixe de água doce
do planeta: o pirarucu (dizem que existe também a arraia de água doce). O rio ao entrar no
Brasil é denominado de Solimões, e quando encontra o rio Negro passa a ser denominada de
Amazonas. O rio Negro e o rio Solimões são rios de drenagem endorréica.
Em um de seus afluentes (rio Uatumã) está instalada a Usina Hidroelétrica de Balbina e no rio
Jamari está a usina hidroelétrica de Samuel. Devido ao tamanho do rio Amazonas, foram construídos
muitos portos durante o curso do rio, destacando-se entre eles pelo volume de cargas transportadas
os portos de Manaus (AM), Santarém (PA) e Santana (AP). A desembocadura (foz) do rio Amazonas
é o local do encontro entre o rio e o mar. A ilha de Marajó (PA) é a maior ilha fluviomarinha do mundo,
com aproximadamente 50.000 km², que também abriga o maior rebanho de búfalos do país.
A bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia exclusivamente nacional onde se encontra
a hidroelétrica de Tucuruí considerada a quinta do planeta localizada no rio Tocantins. A ilha
do Bananal também se destaca como a maior ilha fluvial do mundo, localizada no estado do
Tocantins. A ilha é formada pelo rio Araguaia e pelo rio Javaés.

 Obs.: O nome “Amazonas” foi dado pelos colonizadores inspirados nas amazonas da mito-
logia grega. O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Ele nasce na Colômbia,
banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros. Além dos
rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são:
 - Madeira (importante para o escoamento da produção boliviana);
 - Purus;
 - Juruá;
 - Uatumã;
 - Içá;
 - Japurá;
 - Uaupés.

A Bolívia tinha estabelecido um acordo com os EUA permitindo a exploração de látex em seu
território, mas isso acabou sendo malvisto pelo Brasil, pois havia a possibilidade dos EUA que-
rer ampliar a região de exploração para as terras brasileiras. O diplomata brasileiro Barão do
Rio Branco então auxiliou nas relações diplomáticas entre o Brasil e a Bolívia e promoveu a
compra do território do Acre que era da Bolívia por dois milhões de libras esterlinas. Ele tam-
bém prometeu a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré que serviria para o processo de es-
coamento da produção boliviana via Rio Amazonas.

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Vegetação
A Região Norte possui a maior floresta equatorial do planeta, uma faixa de mangue e al-
guns pontos do cerrado em Rondônia, Roraima e Tocantins. A Ilha de Marajó apresenta forma-
ções rasteiras de Campos da Hileia que, por sua vez, ficam inundadas nos períodos de cheias
dos rios. A floresta Amazônica é uma vegetação higrófila, perenifólia, latifoliada. A região norte
possui mais de 90% da área ocupada pela Floresta Amazônica ou equatorial, embora ela não
seja a única formação vegetal da Amazônia. A floresta possui a maior biodiversidade do mun-
do em função de grande disponibilidade de umidade e calor.
Floresta Amazônica:
São características da floresta Amazônica:
• 60% da Amazônia está localizada em território nacional (Amazônia legal – AM, PA, MA,
RR, RO, AP, AC, MT, TO)
• Possui grande volume de água (vegetação Higrófila) devido a bacia do Amazonas (for-
mado pelo rio Negro - “matéria orgânica” - e Solimões - “caudaloso”).
• A inundação promove a fertilização do solo contribuindo para biodiversidade.
• São perenifólia (radicação solar), latifoliadas (maior transpiração), ombrófila (umidade e
sombra) heterogênea (biodiversidade).
• Tem sofrido devastação devido as fronteiras agrícolas.
• A Amazônia tem grande presença da mata de terra firme, várzea e igapó.
• Ocupa 49,29% do território nacional.

 Obs.: A doutrina não é passiva quanto a fertilidade ou não do solo amazônico

Solo fértil (argumentos) Solo infértil (argumentos)

• O solo possui grande biodiversidade devido • O solo é infértil pois é arenoso, uma vez
à grande umidade e calor que geram a que essa região foi um mar (evidências: boto
decomposição das folhas e animais, nutrido rosa, tubarão e tartarugas de água doce).
o solo. É um fenômeno denominado de • Possui um solo pobre devido ao excesso de
serapilheira. chuvas (lixiviação).

Cerrado:
É uma vegetação de médio porte com galhos tortuosos (em função da acidez do solo), raí-
zes profundas (para captação de água) e casca grossa (adaptação contra queimadas naturais
e ações antrópicas). É um bioma que sofre com o processo de fronteiras agrícolas (utiliza-se
a técnica da calagem: correção da acidez do solo) e foi destruído atualmente em decorrência
da agropecuária. É o segundo maior bioma exclusivamente brasileiro e está situado na porção
central do Brasil com um clima tropical (verão chuvoso e inverno seco). As queimadas são re-
correntes. O cerrado possui 5% da biodiversidade planetária, mas apenas 1/3 da área original
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e tem como principais problemas a devastação associado ao movimento de interiorização do


país com à construção de Brasília e às fronteiras agrícolas (expansão de soja e algodão).
Mangues:
Os manguezais são um ecossistema costeiro composto por vegetais essencialmente ar-
bóreos, e ocorrem na zona de transição entre os ambientes terrestre e marinho. São caracte-
rísticos de regiões tropicais e subtropicais da terra, estão sujeitos ao regime das marés. Os
solos são salinos e ricos em matéria orgânica estando situados nas margens de baías, ensea-
das, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro das
águas dos rios e do mar (filtro biológico), ou diretamente exposto à linha da costa.
A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, instala-se
em substratos de formação recente, de pequena declividade, sendo inundados alternadamente por
água salgada e por água doce. As espécies mais encontradas são o mangue-manso, mangue-ra-
tinho e o mangue-vermelho ou sapateiro. A riqueza biológica desse ecossistema costeiro faz com
que essas áreas sejam os grandes “berçários” naturais de várias espécies de organismos marinhos.
A fauna é composta principalmente de caranguejos e ostras, além de camarões, siris e
moluscos. Peixes, aves e outros animais migram para os manguezais apenas durante a época
da reprodução, depositando ali seus ovos, e os filhotes permanecem no local até estarem de-
senvolvidos o suficiente para deixar o manguezal e completar seu ciclo de vida no mar.
Apesar de protegidos por lei, os manguezais vêm sendo desmatados há muito tempo. A
atividade salineira e a carcinicultura são os principais responsáveis pela sua destruição, res-
pectivamente para a construção de cristalizadores e viveiros. Portanto, a situação de preserva-
ção dos manguezais é bastante conflitante, haja visto o setor econômico persistir em utilizar
os solos indiscriminadamente para a expansão de suas atividades.

 Obs.: A região Norte tem grande diversidades de fauna e flora devido a enorme disponibilida-
de de água e luz. São produtos típicos da região:
 - Guaraná;
 - Açaí; - uma empresa japonesa tentou patentear o nome “açaí”, porém o Brasil recor-
reu à OMC sobre isso e a patente foi quebrada, tornando o nome um domínio público.
 - Cupuaçu;
 - Castanha-do-Brasil (antes denominada de Castanha-do-Pará);
 - Camu-camu;
 - Pupunha;
 - Tucumã;
 - Buriti.

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Os principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas:


a) Parque Nacional do Jaú (1980): Foi criado pelo decreto-lei n. 85.200, com 2,272 milhões
de hectares de área e situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos.
b) Parque Nacional da Amazônia (1974): Foi criado pelo decreto-lei n. 73.683 e está situado
entre o Amazonas e Pará.
c) Parque Nacional do Pico da Neblina (1979): Foi criado pelo decreto-lei n. 83.550. Sua
área é de 2,2 milhões de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira.
Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros.

Demografia
A região norte possui uma população composta por pardos, descendentes de indígenas,
europeus e negros. A população da cidade de Manaus possui grande número de ingleses,
franceses e judeus, o que eleva o percentual de brancos na cidade, que chega a quase 40%
da população. A cidade de Porto Velho possui 50% de população branca. Os negros estão em
sua maioria no Pará e Tocantins. Os nordestinos compõe parte do estado do Amazonas e Acre
quando foram trabalhar na extração do látex.

Regiões Metropolitanas

A cidade de Manaus é a maior e mais populosa da Região Norte, com 2,6 milhões de habi-
tantes. A região norte possui 11 regiões metropolitanas.

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A Região Norte é a maior do país em extensão territorial, porém sua população é pequena, so-
mando 19.182.253 habitantes, conforme dados do IBGE. Entre os estados integrantes da Região, o
mais populoso é o Pará com 8.513,497 habitantes, enquanto Roraima possui somente 576.568 habi-
tantes. No Norte é possível identificar diversos vazios demográficos, por isso apresenta uma popu-
lação relativa de aproximadamente 4,72 hab./km². Essa é uma realidade presente em todos estados
que compõem a Região. Grande parte da população se encontra distribuída nos centros urbanos, em
cerca de 500 municípios dispersos por toda região. A origem da população do norte do Brasil está
associada a índios, portugueses, além dos migrantes oriundos de outras regiões brasileiras, como do
Sudeste e do Sul. A população da Região Norte segundo a cor/etnia está dividida em:
• Pardo (67,2%)
• Branca (23,2%)
• Negro (6,5%)
• Indígena (1,9%)
• Amarelo (1,1%)

Um dado interessante sobre a região em questão é a concentração urbana e rural nas mar-
gens de rios, com tal característica temos cidades como Belém, Manaus, Porto Velho, Santa-
rém. As moradias onde vivem a população ribeirinha é denominado de palafitas.
Veja:

https://www.idealista.pt/news/imobiliario/internacional/2019/07/31/40433-assim-sao-as-palafitas-as-
-casas-na-agua-que-sao-uma-aposta-dos-hoteis-de-luxo

A concentração ribeirinha é decorrente da falta de vias de transporte ferroviário e rodoviá-


rio, assim a população utiliza como principal meio de deslocamento as embarcações fluviais.

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Um dos principais problemas enfrentados pela população é o desprovimento dos serviços de


saneamento básico e coleta de lixo, praticamente todos os estados apresentam índices muito
baixos de saneamento básico.
Abaixo a distribuição da população por estado:

Estados População

Pará 8.513,497 (46,8%)

Amazonas 4.080,611 (22,4%)

Rondônia 1.757,589 (9,6%)

Tocantins 1.555,229 (8,5%)

Acre 869.265 (4,7%)

Amapá 829.494 (4,5%)

Roraima 576.568 (3,1%)

A região norte possui um índice de desenvolvimento humano de 0,683, considerado de


médio desempenho se comparado às outras regiões do país. Este índice considera que a área
está em desenvolvimento. O norte tem o segundo menor IDH, superando apenas a região nor-
deste. Além disso, o norte tem uma expectativa de vida que varia entre 71,5 anos em Rondônia
e 74,2 no Acre, resultado inferior à média brasileira que é de 76 anos.

Economia
A região norte possui como principais atividades o extrativismo, agricultura, pecuária e
turismo e apresentou o maior crescimento econômico em um período de oito anos, passando
de 4,7% em 2002 a 5,3% em 2010. O estado de Tocantins foi o que apresentou o maior cres-
cimento em volume, mas as maiores contribuições econômicas da região norte continuaram
a vir dos estados do Pará, Amazonas e Rondônia. Dos sete estados da região, apenas Pará e
Amazonas integram o chamado “Grupo Econômico Intermediário”, formado por nove estados
brasileiros que representam entre 2,6% e 1,2% da economia brasileira. A região é marcada por
constantes tentativas de povoamento como na criação da Zona Franca de Manaus.

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Zona Franca de Manaus

A Zona Franca de Manaus foi um projeto de desenvolvimento socioeconômico implantado


através da Lei n. 3.173, de 6 de junho de 1957 (governo JK), que reformulava, ampliava e es-
tabelecia incentivos fiscais para implantação de um polo industrial (do setor de eletroeletrôni-
cos), comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km².

 Obs.: LEMBRE-SE: Zona Franca é uma área em que haverá isenção tributária em troca da
implantação de indústrias. É uma parceria público-privada onde o Estado dispõe o ter-
ritório e a isenção tributária, enquanto a iniciativa privada dispõe as indústrias e os
postos de trabalho, gerando assim um equilíbrio econômico e social na região. O proje-
to foi implantado pelo regime militar brasileiro, estendendo-se pela Amazônia Ociden-
tal, formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

A criação da Zona Franca de Manaus visava:


• Promover a ocupação populacional dessa região, proporcionando um equilíbrio demográfico;
• Elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade;
• Refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodi-
versidade presente;
• Estabelecer uma proteção de fronteiras, principalmente contra o narcotráfico.

As fases da Zona Franca de Manaus foram divididas em:


a) 1ª Fase (1967 a 1975): estímulo à substituição de importações de bens finais e forma-
ção de mercado interno.
b) 2ª Fase (de 1975 a 1990): adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de in-
sumos, sobretudo no Estado de São Paulo (Nessa fase, ocorria mundialmente a crise do petróleo).
c) 3ª Fase (1991 e 1996): entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior,
marcada pela abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o res-
tante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa de Competitividade Industrial.
d) 4ª Fase (1996 a 2002): marca sua adaptação aos cenários de uma economia globaliza-
da influenciada pelo neoliberalismo e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real,
como o movimento de privatizações e desregulamentação.
A Zona Franca de Manaus contribuiu parcialmente para o aumento do povoamento devido
a oferta de postos de trabalho, contudo não alcançou um de seus objetivos que centravam-se
no pleno desenvolvimento industrial do extremo norte do país e na proteção das fronteiras
que continuam sendo alvo do narcotráfico, extração ilegal de madeira e pirataria biológico em
virtude de sua enorme permeabilidade.

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Questão Agrária
A Amazônia é uma região estratégica rica em recursos naturais e com intensos conflitos.
As principais áreas de conflitos são:
• Bico do Papagaio nos limites dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins;
• Norte do Mato Grosso na região de Cuiabá-Santarém;
• Região de Corumbiara, no estado de Rondônia;
• Oeste do Maranhão;
• Área da rodovia Belém-Brasília principalmente no município de Paragominas.

Veja o mapa dos conflitos:

Esses conflitos geralmente estão relacionados com:


• Extrativismo;
• Biodiversidade;
• Posse de terras.

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Bico do Papagaio:
Localizado no sudeste paraense com a maior pecuária e maior província mineral na Serra
dos Carajás; é repleto de conflitos relacionados com a posse de terras, pois a política pública
do capitalismo predatório não privilegia os menos favorecidos.

 Obs.: • As principais áreas mineradoras do Brasil são: a Serra dos Carajás (maior polo de
mineração do planeta), o Quadrilátero Ferrífero (possuidor de uma grande diversidade
de minerais) e o Maciço do Urucum (repleto de minerais e petróleo leve);
 • O Projeto Grande Carajás é um dos maiores projetos de mineração do planeta, e
envolve também a agricultura, a pecuária, a geração de energia e a interconexão terri-
torial por meio de uma grande ferrovia.

Corumbiara:
É a região onde ocorreu um massacre que foi resultado de um conflito violento ocorrido em
1995 no estado de Rondônia. O conflito começou quando policiais entraram em confronto com
camponeses sem-terra que estavam ocupando uma área (Fazenda Santa Elisa), resultando na
morte de 10 pessoas, entre elas uma criança de nove anos e dois policiais.
Podemos destacar como personagens dos conflitos agrários:
• Paulistas: Grandes proprietários de terras, geralmente oriundos do Centro-sul, e vincula-
dos à pecuária.
• Posseiros: Pequenos produtores agrícolas que se apropriam de uma terra em que não
possuem o título ou o registro legal.

EXEMPLO
MST.

• Grileiros: Indivíduos que se apropriam de uma terra por meio de títulos falsificados.
• Boias-Frias: Trabalhador rural sem vínculo empregatício.
• Jagunços: Pistoleiros a serviço dos grandes fazendeiros.
• Povos da Floresta: Grupos nativos que vivem do extrativismo de produtos florestais.

EXEMPLOS
Índios, castanheiros, seringueiros.

Obs.:
 Geralmente os Boias-Frias são os responsáveis por promover o movimento de transumân-
cia, que é o movimento de migração dos trabalhadores rurais de acordo com o período
de colheita. No Brasil nunca ocorreu uma reforma agrária que corrigisse às más distri-
buições de terras devido à falta de vontade política, à concentração de renda e à atuação

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dos atores sociais na região norte (que não possuem uma atuação política relevante em
termos nacionais). Inclusive um dos grupos políticos mais fortes é a Bancada Ruralista que
busca manter os seus privilégios que se dão através dessas más distribuições de terras.

Pecuária
A expansão da pecuária é impulsionada com as políticas de desenvolvimento da região
norte nos anos 60, incentivada pela pecuária bovina de terra firme, principalmente no sudeste
do Pará, onde as florestas deram lugar às pastagens. A região norte basicamente só possuem
duas estações climáticas: uma estação chuvosa e uma estação seca e são divididas em três
patamares: a área mais alta é a mata de terra firme (onde o rio nunca irá inundar), depois a vár-
zea (área em que determinadas épocas está seca e em outras, inundada) e a área mais baixa
é o igapó (que sempre está inundada). A pecuária bovina de terra firme acontece de forma al-
ternada entre os patamares, dependendo da estação climática. Em épocas de seca, os animais
são levados para a várzea para se alimentarem e em épocas de cheias, eles são levados para
a as matas de terra firme. A SUDAM tem um papel substancial para a expansão da pecuária.
O setor primário se relaciona com atividades de campo (agricultura e pecuária). O setor se-
cundário se relaciona com atividades industriais. O setor terciário com prestações de serviços
e o setor quaternário com desenvolvimento de tecnologia de ponta. O rebanho da região norte
é de 48,6 milhões de animais e a agropecuária registrou, em 2015, um aumento de 23,7% na
composição do PIB do Amazonas que representa o principal estado da região norte, sendo o
terceiro maior desempenho entre os estados do país naquele ano.
A pecuária é relevante na região norte em decorrência do movimento de fronteiras agríco-
las, que foi um movimento de expansão da agricultura do centro-oeste para o norte, mas tem
mais importância no Pará e no Tocantins.

Extrativismo Mineral
O Pará tem um elevado perfil quanto à questão mineralógica. Os grandes projetos são:
• Empreendimentos econômicos voltados para a exploração de recursos naturais;
• Grandiosidade das construções;
• Uso de grande quantidade de mão-de-obra;
• Utilização de tecnologia avançada, exigindo uma infraestrutura constituída de portos, de
aeroportos, de ferrovias e de núcleos urbanos (cidades planejadas).

O Projeto Grande Carajás (PGC) possui três frentes:


• Conjunto de projetos mineralógicos e metalúrgicos;
• Conjunto de projetos agropecuários e florestais;
• Um grupo de projetos de infraestrutura como metalúrgicos e de infraestrutura.

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Os destaques do Projeto Grande Carajás (PGC) são:


• Projeto de Ferro Carajás;
• Estrada de Ferro Carajás;
• Projeto ALBRAS (produz alumínio) - ALUNORTE (produz alumina);
• Projeto ALUMAR (produz alumina e alumínio localizado em São Luiz – MA);
• Projeto Trombetas (produz bauxita para os projetos ALUMAR e ALBRAS-ALUNORTE);
• Projeto usina de Tucuruí (fornece energia para os demais projetos).

A Dinâmica das Fronteiras Agrícolas e sua Expansão para o Centro-


Oeste e a Amazônia
De acordo com o IBGE, o estado do Maranhão está situado na Região Nordeste, mas a sua
proximidade com a Região Norte acaba impactando em fenômenos, tais como o processo de
expansão de uma monocultura, processo esse denominado de fronteiras agrícolas. A fronteira
agrícola é o movimento caracterizado pelo estabelecimento de uma monocultura, situada na
Região Centro-Oeste brasileira, visando ao mercado externo, principalmente, os mercados eu-
ropeus, remontando aquela ideia do “plantation” praticado no Brasil diante dos ciclos agrícolas,
como o ciclo do açúcar e do café. A Região Centro-Oeste tornou-se pequena para o crescimen-
to da monocultura da soja e o caminho escolhido para expansão foi a Região Norte.
Os elementos que favorecem essa migração são:
• Terras disponíveis e baratas, mão de obra abundante, baixa fiscalização, condições do
clima e do solo extremamente favoráveis. Se por um lado gera-se emprego e leva-se a
mecanização, modernizando algumas regiões, por outro lado ocorre a potencialização
de diversos impactos ambientais.

As Áreas Produtivas e as Questões Ambientais


A mecanização agrícola implica em sérias questões ambientais, explorando os recursos
naturais de tal forma que muitas vezes são levados ao esgotamento. O desmatamento é uma
prática muito comum para a realização da agropecuária com a retirada da cobertura vegetal
que resulta em inúmeras consequências:
• Redução da biodiversidade;
• Erosão e redução dos nutrientes do solo;
• Assoreamento dos corpos hídricos.

No caso da pecuária:
• Retirada da cobertura vegetal para sua substituição por pastagens;
• O pisoteio do rebanho de animais provoca a compactação dos solos, o que dificulta a
infiltração de água no terreno. A esse fenômeno é dado o nome de laterização do solo.

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• Desmatamento; em algumas áreas, também é comum a utilização de queimadas (infer-


tilidade do solo).

Com o crescimento dos danos ambientais provocados pelo modelo agrícola atual, muitas
pessoas vêm buscando criar e resgatar alternativas de produção de alimentos de forma a ge-
rar menos impactos ao meio ambiente (sistema agroflorestal). Esse processo é denominado
desenvolvimento sustentável.

As Fronteiras Agrícolas na Região Norte


O conceito de fronteira agrícola é utilizado para designar as áreas limítrofes entre o chamado
meio natural e o local onde se praticam atividades agropecuárias. A tendência dessas áreas é a de
se expandir constantemente, acompanhando o ritmo da produção agrícola. A expansão da fronteira
agrícola traz uma série de mudanças no espaço geográfico, implicando uma nova organização espa-
cial onde são ampliadas infraestruturas de transporte, comunicação e geração de energia, o que eleva
a concentração populacional e impulsiona o desenvolvimento econômico das regiões em questão.
No Brasil, a partir da década de 1960, houve o avanço da fronteira agrícola para a Região
Centro-Oeste, estimulado pelos projetos do governo federal de ocupação e desenvolvimento
do interior do país. A década de 60 quase coincide com o golpe militar no Brasil. Os militares
têm um pensamento extremamente claro em relação ao Estado brasileiro: “integrar para não
entregar”. A fronteira do extremo norte do Brasil é vista pelos militares como muito permeável,
como uma fácil entrada, principalmente de narcotraficantes. Os militares que assumem o co-
mando do país têm uma política de integração nacional por meio do desenvolvimento de gran-
des projetos econômicos: a criação da Zona Franca de Manaus e também o fortalecimento do
projeto Carajás, que estava vinculado à Vale do Rio Doce, hoje VALE – após a privatização feita
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A Vale do Rio Doce foi criada pela política
intervencionista promovida por Vargas durante a década de 40, o movimento, chamado de
substituição das importações, que dá um impulso ao processo industrial do Brasil. Nesse perí-
odo, foram oferecidos diversos incentivos, como créditos agrícolas e vendas de lotes de terra
a preços baixos, com o objetivo de atrair agricultores do Sul, Sudeste e Nordeste para a região.
Atualmente, a fronteira agrícola expande-se em direção à Amazônia e traz sérios danos
ambientais, como o desmatamento e poluição dos solos e dos rios. A expansão da frontei-
ra agrícola geralmente é baseada na mecanização e na utilização de insumos químicos, ela
agrava o problema da questão fundiária, já que pequenos proprietários rurais são obrigados a
vender suas terras por não terem condições de arcar com os custos da produção.
A partir dos anos 1960, a agricultura brasileira passou por mudanças com à implantação de
novas tecnologias na agropecuária (Revolução Verde). A Revolução Verde iniciou-se na década
de 1950, nos Estados Unidos, e consistia na aplicação da ciência ao desenvolvimento de técnicas
agrícolas com o objetivo de aumentar a produtividade da agricultura e da pecuária. Nas décadas

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seguintes, esse conjunto de mudanças foi implantado em vários países, inclusive no Brasil, com o
objetivo de erradicar a fome por meio do aumento na produção de alimentos. Três países compram
essa ideia: Brasil, México e Índia, acreditando no aumento de sua produtividade, por outro se inten-
sifica a possibilidade criarem laços de dependência com as superpotências.
A indústria química desenvolveu os agrotóxicos. Os laboratórios de genética criaram se-
mentes padronizadas e mais resistentes a doenças, pragas e aos próprios agrotóxicos. A in-
dústria mecânica desenvolveu tratores, colheitadeiras e outros equipamentos para o plantio, a
colheita e a criação de animais sempre com a intenção de ampliar seus lucros em uma socie-
dade que é guiada por um intenso capitalismo predatório. A Revolução Verde foi um conjunto
de transformações que tinha como objetivo aproximar a agricultura de um padrão industrial de
produção. É proposta da Revolução Verde a adoção do mesmo padrão de cultivo em todos os
lugares do mundo, desconsiderando as variações locais das condições naturais, como o clima
ou a fertilidade natural do solo, e as necessidades e possibilidades dos agricultores.
A região de intensa devastação no leste da Amazônia é denomina de arco do desmatamento.
Veja:

http://professormarcianodantas.blogspot.com/2017/08/o-arco-do-desflorestamento-da-amazonia.html

Caro(a) concurseiro(a), como já é de costume logo após o estudo da parte teórica, iniciali-
zaremos a resolução de questões que estão divididas em comentadas, fixação e de concursos.

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Lembre-se é um momento muito importante em sua preparação, então se organize em um


ambiente silencioso, iluminado e faça com afinco as questões propostas a seguir.
Mãos à obra!

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EXERCÍCIOS
001. Durante o século XIX, a região Norte vivenciou um grande crescimento populacional im-
pulsionado, entre outros fatores, pelo:
a) Ciclo do ouro
b) Ciclo da cana-de-açúcar
c) Ciclo da borracha
d) Ciclo da madeira

002. Julgue os itens a seguir destacando aquele que não corresponde às finalidades da Zona
Franca de Manaus.
a) Promover o desenvolvimento da região Norte.
b) Promover a integração da região Norte com o restante do país.
c) Preservar a soberania nacional com a defesa da fronteira.
d) Estimular a ocupação do território da região Norte e intensificar as ações de preservação
ambiental.

003. (CESGRANRIO) O potencial de crescimento do mercado de automóveis, associado a ou-


tros fatores, como os incentivos fiscais, vem atraindo, para o Brasil, investimentos por parte
das grandes montadoras, algumas delas já aqui instaladas. Repercussões e impactos desses
novos investimentos já vêm sendo observados na organização da produção e do mercado de
trabalho. Isto pode ser constatado pela tendência à:
a) substituição da mão de obra brasileira de baixa qualificação por trabalhadores do Mercosul.
b) atuação mais combativa dos sindicatos localizados próximo das grandes montadoras de
São Paulo e de Minas Gerais.
c) implantação das novas fábricas nas Zonas Francas existentes nas Regiões Norte e Nordes-
te do país.
d) diminuição do número de empregos pela robotização de linhas de montagem.
e) eliminação de práticas de terceirização entre os fornecedores de autopeças e as grandes
montadoras.

004. Indique a maior elevação rochosa do Brasil, situada na região Norte, com 2995,30 metros
de altitude.
a) Pico da Fumaça
b) Morro de São Pedro
c) Pico 31 de Março
d) Pico da Neblina

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005. (UNIMONTES/2015) - Para Coelho (1995), a bacia Amazônica drena cerca de 47% do ter-
ritório brasileiro, compreendendo uma área aproximada de 4 milhões de km². A navegação é
facilitada, considerando o relevo predominantemente favorável, daí sua importância como via
de circulação e organização do espaço amazônico. Toda a drenagem da bacia é coletada pela
calha do rio Amazonas. Nesse imenso sistema de drenagem, há de se destacar a importância
do igarapé, que consiste em:
a) Canal que contorna ilha fluvial, favorecendo o deslocamento do caboclo de uma comunida-
de para outra.
b) Banco de areia que aparece no leito do rio Amazonas, diminuindo a distância de uma mar-
gem à outra.
c) Rio estreito, longo, mais usado pela população ribeirinha como verdadeiras estradas.
d) Canal estreito que liga uma lagoa ou um afluente ao rio principal, interligando pequenos portos.

006. (IFG) - A Bacia Amazônica localiza-se no norte do país, nasce na cordilheira dos Andes,
entra no Brasil com o nome de rio Solimões e passa a se chamar rio Amazonas quando recebe
as águas do rio _______.
Assinale a opção que completa essa afirmação.
a) Purus
b) Madeira
c) Tapajós
d) Xingu
e) Negro

007. (ENEM/2011) A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para
sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros
quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasilei-
ros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.

Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambien-
tal descrito é:
a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao res-
tante do país.
d) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais
e estrangeiras.

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008. Observe a imagem a seguir:

Considerando-se o mapa e os conhecimentos das estratégias geopolíticas para um melhor


controle da Amazônia brasileira, é correto afirmar que o
a) Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) tem por finalidade a integração das forças arma-
das, visando à defesa da região.
b) Estado brasileiro, através dos projetos Calha Norte e Sipam/Sivam, tem total controle das
vastidões da Região Amazônica.
c) Projeto Calha Norte teve origem no governo militar, na década de 70 do século passado, e
visava, inicialmente, povoar as fronteiras do norte do país.
d) Projeto Jari, localizado nos limites dos estados de Roraima e do Amazonas, é um gigantes-
co empreendimento de assentamento agrícola que reforça a soberania amazônica.
e) Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) é uma rede de coleta e de processamento de
informações sobre meio ambiente, meteorologia, vigilância aérea e de superfície, e terras indí-
genas, dentre outros, que são enviadas aos órgãos governamentais atuantes na região.

009. O espaço geográfico é o lugar de interação entre os elementos naturais e culturais. Os


elementos naturais são produzidos pela própria natureza e os culturais, são produzidos pelos
seres humanos, ou seja, sem a intervenção do homem sobre a natureza.

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Tendo como referência o espaço geográfico do estado do estado do Amazonas, indique a al-
ternativa correta:
a) Manaus, capital do Estado do Amazonas, localiza-se na Região Norte, composta por sete
estados de acordo com a divisão do IBGE de 1941.
b) A região Norte é a menor do país, integrando a Amazônia Legal.
c) Amazonas, o maior Estado brasileiro que possui 62 municípios, destacando-se sua capital
como a mais populosa.
d) Manaus, capital do Amazonas está situada na porção noroeste do Estado caminhando em
direção a fronteira com o estado do Pará.
e) O Estado é marcado pela presença de cidades com enorme extensão como Lábrea e Tabatinga.

010. No início do século XXI o IBGE realizou uma análise de seu censo demográfico em rela-
ção ao estado do Amazonas e concluiu que estão entre as cidades mais populosas do estado,
excluído a capital, respectivamente, a alternativa indicada na assertiva
a) Picos, Humaitá, Tefé.
b) Manacapuru, Parintins, Itacoatiara.
c) Manicoré, União, Humaitá.
d) Lábrea, Iranduba, São Gabriel da Cachoeira.
e) Maués, Borba, Lábrea.

011. Observe a bandeira do estado do Amazonas.

Acerca da história da bandeira do estado do Amazonas e seu sentido, indique a assertiva que
está em desacordo com seu real significado.
a) A combinação de azul e branco vem do fim do século XI, tempo em que foram adotadas
como cores do Condado Portucalense.
b) As duas faixas brancas na horizontal representam esperança.

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c) O vermelho é explicado pelo contexto histórico em que a criação da bandeira estava inseri-
da, simbolizando os combates.
d) As 25 estrelas presentes no cantão azul da bandeira do Amazonas representam os 25 mu-
nicípios em que se dividia o estado em agosto de 1897.
e) A estrela maior representa a capital federal, que na oportunidade, em 1897, era o Rio de Janeiro.

012. Espaço Geográfico é o espaço habitado, transformado e utilizado pelo ser humano. É
a porção da superfície terrestre que abriga as sociedades, envolvendo também os pontos
utilizados para a exploração e extração de recursos naturais. Não se trata apenas de um “palco”
ou um “produto”, pois ele é resultado das ações humanas.
Tendo como referência o espaço geográfico do estado do Amazonas, indique a assertiva que
está em desacordo com essa área.
a) A cidade de São Gonçalo da Cachoeira está situada na porção setentrional do estado.
b) Presidente Figueiredo está situada ao sul da capital.
c) A cidade de Guajará encontra-se na porção mais ocidental do estado.
d) Coari é uma das cidades mais populosas do estado, situada no centro do Amazonas.
e) Manaus, a capital, está na porção nordeste do estado com a presença de enorme umidade.

013. A climatologia é a parte da geografia que estuda o clima, tanto os elementos, como os
fatores climáticos. Observe a imagem a respeito do estado do Amazonas e indique, respecti-
vamente, a assertiva correta a respeito dos tipos climáticos do estado.

a) I – Semiárido, II – Equatorial.
b) I – Equatorial, II – Tropical de monções.
c) I – Equatorial, II – Tropical úmido.
d) I – Tropical semiúmido, II – Semiárido.
e) I – Subtropical, II – Semiárido.

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014. O estado do Amazonas ocupa uma área de 1.559.167,878 km², estendendo-se em grande
parte do extremo norte do país e atrasado em 2 horas em relação ao meridiano de Greenwich.
O Amazonas está localizado quase totalmente no hemisfério meridional e possui uma posição
bastante privilegiada uma vez que sua divisa mais extensa é feita com o (a)
a) Acre.
b) Roraima.
c) Pará
d) Rondônia.
e) Mato Grosso.

015. O Amazonas integra o extremo norte do Brasil, destacando-se pelo seu enorme desenvol-
vimento do extrativismo que responde por ser a base da economia. Tendo como referência a
região citada acima podemos destacar como principal produto e bioma o (a)
a) café e a caatinga.
b) soja e o cerrado.
c) trigo e a Mata Atlântica.
d) laranja e a mata de araucária.
e) borracha e a floresta equatorial.

016. O Amazonas é uma das principais áreas em termos de biodiversidade do planeta, posição
essa alcançada por sua enorme luminosidade e umidade. A região é marcada pela ocorrência
de chuvas quase que diárias devido ao fenômeno de
a) lixiviação.
b) laterização.
c) evapotranspiração.
d) El Niño.
e) Inversão térmica.

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017. Uma das últimas fronteiras exploradas, a Amazônia, de acordo com dados de 2020, do
IBGE, possui cerca de 38 milhões habitantes. A densidade demográfica é bastante reduzida,
assim como o crescimento demográfico que não tem sido expressivo nos últimos anos. Etni-
camente, a formação populacional tem componentes muito semelhantes ao restante do país
com a presença de pardos, brancos, negros e uma grande comunidade indígena, se comparada
a outras unidades federativas de nosso país. É uma região marcada, em pleno século XXI, por
uma disparidade na ocupação de terras como ilustrada na charge a seguir.

http://site.veracruz.edu.br/escola/estudodomeio/interiorpaulista2017/2017/10/05/pelos-olhos-da-midia-confli-
tos-no-campo/

A charge a seguir faz referência à questão agrária na região. Sobre tal realidade representada
é correto afirmar que:
a) Os conflitos no campo por terra e água não ocorrem no extremo norte do país.
b) A concentração fundiária é o único fator associado ao êxodo rural.
c) A regularização das terras indígenas em quase todo o país foi fundamental para sobrevivên-
cia desses povos.
d) A grilagem, ou seja, a invasão de terras as quais os indivíduos não são os proprietários, le-
gais exacerba os conflitos e mortes no campo brasileiro.
e) As comunidades camponesas sofrem com os impactos ambientais decorrentes do uso de
agrotóxicos nas grandes monoculturas próximas a suas localidades.

018. A vegetação da Floresta Amazônica sofre muitas influências do relevo, do solo e da hidro-
grafia da região. Sendo assim, ela pode ser dividida em três tipos distintos, conforme as suas
características físicas. Qual alternativa indica corretamente os três tipos de matas presentes
na vegetação amazônica?
a) Matas de igapó, várzea e terra firme.
b) Matas de galeria, ciliar e submersa.
c) Matas de altitude, de planalto e de planície.
d) Campos altos, campos de altitude e cerradão.
e) Campos rupestres, campos baixos e vales.

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GABARITO
1. c
2. d
3. d
4. d
5. c
6. e
7. b
8. e
9. c
10. b
11. e
12. b
13. b
14. c
15. e
16. c
17. e
18. a

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GABARITO COMENTADO
001. Durante o século XIX, a região Norte vivenciou um grande crescimento populacional im-
pulsionado, entre outros fatores, pelo:
a) Ciclo do ouro
b) Ciclo da cana-de-açúcar
c) Ciclo da borracha
d) Ciclo da madeira

No final do século XIX, a região amazônica vivenciou um período de grande crescimento de-
mográfico em razão do ciclo da borracha. A extração do látex das seringueiras amazônicas e o
grande mercado consumidor fizeram com que o preço desse produto se elevasse, despertando
o interesse por trabalho de migrantes de outras regiões do Brasil, especialmente do Nordeste.
Letra c.

002. Julgue os itens a seguir destacando aquele que não corresponde às finalidades da Zona
Franca de Manaus.
a) Promover o desenvolvimento da região Norte.
b) Promover a integração da região Norte com o restante do país.
c) Preservar a soberania nacional com a defesa da fronteira.
d) Estimular a ocupação do território da região Norte e intensificar as ações de preservação
ambiental.

A respeito da Zona Franca de Manaus, o único item incorreto refere-se à ocupação do território
e ações de intensificação da preservação ambiental. Ainda que a ocupação tenha sido decor-
rente do processo de deslocamento de pessoas para a região, ela não foi o principal elemento
para a instalação da Zona Franca de Manaus. As ações de preservação ambiental também não
foram os principais interesses da implantação dessa área industrial.
Letra d.

003. (CESGRANRIO) O potencial de crescimento do mercado de automóveis, associado a ou-


tros fatores, como os incentivos fiscais, vem atraindo, para o Brasil, investimentos por parte
das grandes montadoras, algumas delas já aqui instaladas. Repercussões e impactos desses
novos investimentos já vêm sendo observados na organização da produção e do mercado de
trabalho. Isto pode ser constatado pela tendência à:
a) substituição da mão de obra brasileira de baixa qualificação por trabalhadores do Mercosul.
b) atuação mais combativa dos sindicatos localizados próximo das grandes montadoras de
São Paulo e de Minas Gerais.
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c) implantação das novas fábricas nas Zonas Francas existentes nas Regiões Norte e Nordes-
te do país.
d) diminuição do número de empregos pela robotização de linhas de montagem.
e) eliminação de práticas de terceirização entre os fornecedores de autopeças e as grandes
montadoras.

A respeito do processo de industrialização brasileiro, especialmente no final do século XX, verifica-se


como característica marcante do setor automobilístico a substituição de mão de obra humana pela
robotização das linhas de montagem. Ainda que esse processo eleve os custos iniciais de produção,
estes se dissipam com o retorno econômico-financeiro gerado aos industriais pela economia com
salários, redução de despesas acessórias (energia elétrica, por exemplo), encargos trabalhistas e,
sobretudo, no ganho de produtividade (24h de funcionamento, sem horas extras etc.).
Letra d.

004. Indique a maior elevação rochosa do Brasil, situada na região Norte, com 2995,30 metros
de altitude.
a) Pico da Fumaça
b) Morro de São Pedro
c) Pico 31 de Março
d) Pico da Neblina

O pico da Neblina é a maior elevação rochosa do Brasil, situada no extremo norte do Estado do
Amazonas, fronteira com a Venezuela.
Letra d.

005. (UNIMONTES/2015) - Para Coelho (1995), a bacia Amazônica drena cerca de 47% do território
brasileiro, compreendendo uma área aproximada de 4 milhões de km². A navegação é facilitada, con-
siderando o relevo predominantemente favorável, daí sua importância como via de circulação e or-
ganização do espaço amazônico. Toda a drenagem da bacia é coletada pela calha do rio Amazonas.
Nesse imenso sistema de drenagem, há de se destacar a importância do igarapé, que consiste em:
a) Canal que contorna ilha fluvial, favorecendo o deslocamento do caboclo de uma comunida-
de para outra.
b) Banco de areia que aparece no leito do rio Amazonas, diminuindo a distância de uma mar-
gem à outra.
c) Rio estreito, longo, mais usado pela população ribeirinha como verdadeiras estradas.
d) Canal estreito que liga uma lagoa ou um afluente ao rio principal, interligando pequenos portos.

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Igarapé é uma espécie de canal utilizado com bastante frequência por ribeirinhos como via de
transporte em áreas com grande quantidade de água.
Letra c.

006. (IFG) A Bacia Amazônica localiza-se no norte do país, nasce na cordilheira dos Andes,
entra no Brasil com o nome de rio Solimões e passa a se chamar rio Amazonas quando recebe
as águas do rio _______.
Assinale a opção que completa essa afirmação.
a) Purus
b) Madeira
c) Tapajós
d) Xingu
e) Negro

No encontro do Rio Negro (águas mais escuras por causa da quantidade de ácidos orgânicos
provenientes da decomposição da vegetação) com o Rio Solimões (aspecto barrento, decor-
rente da quantidade de sedimentos dos Andes), tem-se a formação do rio Amazonas, maior
curso d’água do Brasil em extensão e volume.
Letra e.

007. (ENEM/2011) A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para
sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros
quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasilei-
ros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.

Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambien-
tal descrito é:
a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao res-
tante do país.
d) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais
e estrangeiras.

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a) Errada. O Projeto Carajás, operado pela Vale, transforma profundamente a paisagem da
Amazônia, porém, em uma escala local, uma vez que a extração mineral é bem pontual.
b) Certa. A expansão da fronteira agropecuária na região da Amazônia é o grande vetor de
desmatamento. A pecuária extensiva funciona como arco de desmatamento, exercendo forte
pressão sobre a floresta, que, posteriormente, recebe a ocupação da soja. Contudo, o arroz e o
milho são, também, importantes gêneros agrícolas nessa região de expansão. A característica
técnica é que são lavouras mecanizadas de cultivo de soja.
c) Errada. A obra da Transamazônica continua inacabada, com trechos sem asfalto ou que a
floresta ocupou novamente. A rodovia, inclusive, apresenta um fluxo maior na porção ocidental.
d ) Errada. As atividades extrativistas do látex, hoje, muitas vezes realizadas por seringueiros e gru-
pos indígenas, representam atividades sustentáveis de pouco ou nenhum impacto sobre a floresta.
e) Errada. As atividades industriais na Zona Franca de Manaus alteraram, sim, a paisagem de
Manaus, porém, o problema se deve à ocupação desordenada da cidade, que, hoje, esbarra nos
graves problemas encontrados nas outras regiões metropolitanas brasileiras.
Letra b.

008. Observe a imagem a seguir:

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Considerando-se o mapa e os conhecimentos das estratégias geopolíticas para um melhor


controle da Amazônia brasileira, é correto afirmar que o
a) Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) tem por finalidade a integração das forças arma-
das, visando à defesa da região.
b) Estado brasileiro, através dos projetos Calha Norte e Sipam/Sivam, tem total controle das
vastidões da Região Amazônica.
c) Projeto Calha Norte teve origem no governo militar, na década de 70 do século passado, e
visava, inicialmente, povoar as fronteiras do norte do país.
d) Projeto Jari, localizado nos limites dos estados de Roraima e do Amazonas, é um gigantes-
co empreendimento de assentamento agrícola que reforça a soberania amazônica.
e) Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) é uma rede de coleta e de processamento de
informações sobre meio ambiente, meteorologia, vigilância aérea e de superfície, e terras indí-
genas, dentre outros, que são enviadas aos órgãos governamentais atuantes na região.

a) Errada. O Sipam é parte integrante do projeto Sivam, todavia, o primeiro corresponde à esfe-
ra civil desse projeto, enquanto o segundo implica em um monitoramento militar.
b) Errada. Embora o Projeto Calha Norte e o Sivam compreendam tentativas de ocupação mili-
tar e civil da Amazônia, esses ainda não são suficientes para garantir o controle das vastidões
amazônicas.
c) Errada. O Projeto Calha Norte foi idealizado em 1985, no governo de José Sarney, e visava
uma ocupação militar e civil das fronteiras ao norte do país.
d ) Errada. O Projeto Jari foi concebido em 1967, e corresponde a uma grande fábrica de celulose.
e) Certa. A alternativa define a correta atuação da Sivam.
Letra e.

009. O espaço geográfico é o lugar de interação entre os elementos naturais e culturais. Os


elementos naturais são produzidos pela própria natureza e os culturais, são produzidos pelos
seres humanos, ou seja, sem a intervenção do homem sobre a natureza.
Tendo como referência o espaço geográfico do estado do estado do Amazonas, indique a al-
ternativa correta:
a) Manaus, capital do Estado do Amazonas, localiza-se na Região Norte, composta por sete
estados de acordo com a divisão do IBGE de 1941.
b) A região Norte é a menor do país, integrando a Amazônia Legal.
c) Amazonas, o maior Estado brasileiro que possui 62 municípios, destacando-se sua capital
como a mais populosa.
d) Manaus, capital do Amazonas está situada na porção noroeste do Estado caminhando em
direção a fronteira com o estado do Pará.
e) O Estado é marcado pela presença de cidades com enorme extensão como Lábrea e Tabatinga.

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a) Errada. Caro(a) aluno(a), é verdade que Manaus é a capital do Amazonas e está situado
na região norte, contudo não é composta de sete estado de acordo com a divisão do IBGE de
1941, já que não existia Roraima, Rondônia, Amapá que somente aparecerão na divisão de
1945. A divisão em sete estado corresponde a proposta do IBGE de 1988.
b) Errada. A região Norte é a maior do país, integrando a Amazônia Legal.
c) Certa. Amazonas, o maior Estado brasileiro que possui 62 municípios, destacando-se sua
capital como a mais populosa com cerca de 2,2 milhões de habitantes.
d) Errada. Manaus, capital do Amazonas está situada na porção nordeste do Estado caminhan-
do em direção a divisa com o estado do Pará. Lembre-se entre unidades federativas usamos o
termo divisas e não fronteiras, esse último termo utilizado entre países.
Letra c.

010. No início do século XXI o IBGE realizou uma análise de seu censo demográfico em rela-
ção ao estado do Amazonas e concluiu que estão entre as cidades mais populosas do estado,
excluído a capital, respectivamente, a alternativa indicada na assertiva
a) Picos, Humaitá, Tefé.
b) Manacapuru, Parintins, Itacoatiara.
c) Manicoré, União, Humaitá.
d) Lábrea, Iranduba, São Gabriel da Cachoeira.
e) Maués, Borba, Lábrea.

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Entre as cidades mais populosas do Amazonas, podemos destacar:

É importante destacar que a cidade de Picos está situada no Piauí.


Letra b.

011. Observe a bandeira do estado do Amazonas.

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Acerca da história da bandeira do estado do Amazonas e seu sentido, indique a assertiva que
está em desacordo com seu real significado.
a) A combinação de azul e branco vem do fim do século XI, tempo em que foram adotadas
como cores do Condado Portucalense.
b) As duas faixas brancas na horizontal representam esperança.
c) O vermelho é explicado pelo contexto histórico em que a criação da bandeira estava inseri-
da, simbolizando os combates.
d) As 25 estrelas presentes no cantão azul da bandeira do Amazonas representam os 25 mu-
nicípios em que se dividia o estado em agosto de 1897.
e) A estrela maior representa a capital federal, que na oportunidade, em 1897, era o Rio de Janeiro.

a) Errada. A combinação de azul e branco vem do fim do século XI, tempo em que foram ado-
tadas como cores do Condado Portucalense. Foram as cores levadas à batalha de Ourique,
depois estiveram presentes nas bandeiras real, imperial e republicana do Brasil e em quase
todos os escudos e bandeiras estaduais e municipais.
b) Errada. As duas faixas brancas na horizontal representam esperança.
c  ) Errada. A faixa vermelha, as dificuldades superadas. O vermelho é explicado pelo contexto
histórico em que a criação da bandeira estava inserida. A cor simboliza os combates e foi adicio-
nada à bandeira porque ela seria levada aos campos de combate em Canudos, no ano de 1897.
d) Errada. As 25 estrelas presentes no cantão azul da bandeira do Amazonas representam os
25 municípios em que se dividia o estado em agosto de 1897.
e) Certa. A estrela maior representa a capital do estado, Manaus, e não a capital federal.
Letra e.

012. Espaço Geográfico é o espaço habitado, transformado e utilizado pelo ser humano. É
a porção da superfície terrestre que abriga as sociedades, envolvendo também os pontos
utilizados para a exploração e extração de recursos naturais. Não se trata apenas de um “palco”
ou um “produto”, pois ele é resultado das ações humanas.
Tendo como referência o espaço geográfico do estado do Amazonas, indique a assertiva que
está em desacordo com essa área.
a) A cidade de São Gonçalo da Cachoeira está situada na porção setentrional do estado.
b) Presidente Figueiredo está situada ao sul da capital.
c) A cidade de Guajará encontra-se na porção mais ocidental do estado.
d) Coari é uma das cidades mais populosas do estado, situada no centro do Amazonas.
e) Manaus, a capital, está na porção nordeste do estado com a presença de enorme umidade.

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a  ) Errada. A cidade de São Gonçalo da Cachoeira está situada na porção setentrional do estado.
b) Certa. Presidente Figueiredo está situada ao norte da capital.
c) A cidade de Guajará encontra-se na porção mais ocidental do estado.
d) Errada. Coari é uma das cidades mais populosas do estado, situada no centro do Amazonas.
e) Errada. Manaus, a capital, está na porção nordeste do estado com a presença de enorme
umidade.
Veja:

Letra b.

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013. A climatologia é a parte da geografia que estuda o clima, tanto os elementos, como os
fatores climáticos. Observe a imagem a respeito do estado do Amazonas e indique, respecti-
vamente, a assertiva correta a respeito dos tipos climáticos do estado.

a) I – Semiárido, II – Equatorial.
b) I – Equatorial, II – Tropical de monções.
c) I – Equatorial, II – Tropical úmido.
d) I – Tropical semiúmido, II – Semiárido.
e) I – Subtropical, II – Semiárido.

O clima equatorial está situado na maior parte do estado caracterizado por enormes temperaturas
em torno de 28ºC e umidade de 2500 mm/ano, onde ocorre o fenômeno de evapotranspiração. Já
a porção sul é marcada pela presença do clima tropical de monções, também com temperaturas
elevadas e um período chuvoso e um seco, esse último em torno de um mês. A região sul é subme-
tida ao fenômeno de friagem, durante o inverno, pela ação da MPA (Massa Polar Atlântica).
Letra b.

014. O estado do Amazonas ocupa uma área de 1.559.167,878 km², estendendo-se em grande
parte do extremo norte do país e atrasado em 2 horas em relação ao meridiano de Greenwich.
O Amazonas está localizado quase totalmente no hemisfério meridional e possui uma posição
bastante privilegiada uma vez que sua divisa mais extensa é feita com o (a)
a) Acre.
b) Roraima.
c) Pará
d) Rondônia.
e) Mato Grosso.
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Veja o mapa do Brasil e tire suas conclusões:

Letra c.

015. O Amazonas integra o extremo norte do Brasil, destacando-se pelo seu enorme desenvol-
vimento do extrativismo que responde por ser a base da economia. Tendo como referência a
região citada acima podemos destacar como principal produto e bioma o (a)
a) café e a caatinga.
b) soja e o cerrado.
c) trigo e a Mata Atlântica.
d) laranja e a mata de araucária.
e) borracha e a floresta equatorial.

A região amazônica é marcada pela presença de um intenso extrativismo que culminou nos ci-
clos da borracha que foram durante muito tempo a base econômica dessa região. Atualmente
a extração mineral e da madeira compõe a economia local, que tem devastado enormemente,
a floresta amazônica, considerada a maior floresta equatorial do planeta caracterizada por
uma intensa biodiversidade.
Letra e.

016. O Amazonas é uma das principais áreas em termos de biodiversidade do planeta, posição
essa alcançada por sua enorme luminosidade e umidade. A região é marcada pela ocorrência
de chuvas quase que diárias devido ao fenômeno de
a) lixiviação.
b) laterização.

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c) evapotranspiração.
d) El Niño.
e) Inversão térmica.

a) Errada. A lixiviação é a lavagem dos solos pelas águas da chuva, reduzindo a fertilidade do
solo sendo considerada uma consequência do grande volume de chuvas nessa região.
b) Errada. A laterização do solo, também é uma consequência, mas da lixiviação, onde a lava-
gem dos solos deslocam minerais (cangas ferruginosas) para camadas mais profundas enri-
jecendo o subsolo.
c) Certa. A evapotranspiração é o fenômeno marcado pela forte evaporação da maior bacia
hidrográfica do planeta, a do Amazonas, e a transpiração dos animais e vegetais, promovendo
chuvas convectivas (rápidas e com grande volume).
d ) Errada. O El Niño caracteriza-se pelo aquecimento das águas do pacífico, intensificando as
precipitações, contudo, no Brasil, provoca o deslocamento da MEC (Massa Equatorial Continen-
tal) para o centro-sul levando a ocorrência de chuvas nessa região e secas no norte e nordeste.
e) Errada. A inversão térmica é um fenômeno natural que ocorre em grandes centros urbanos,
quando uma massa de ar quente é aprisionada por duas de ar frio, dificultando a dispersão de
poluentes lançados pelas grandes indústrias.
Letra c.

017. Uma das últimas fronteiras exploradas, a Amazônia, de acordo com dados de 2020, do
IBGE, possui cerca de 38 milhões habitantes. A densidade demográfica é bastante reduzida,
assim como o crescimento demográfico que não tem sido expressivo nos últimos anos. Etni-
camente, a formação populacional tem componentes muito semelhantes ao restante do país
com a presença de pardos, brancos, negros e uma grande comunidade indígena, se comparada
a outras unidades federativas de nosso país. É uma região marcada, em pleno século XXI, por
uma disparidade na ocupação de terras como ilustrada na charge a seguir.

http://site.veracruz.edu.br/escola/estudodomeio/interiorpaulista2017/2017/10/05/pelos-olhos-da-midia-confli-
tos-no-campo/

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A charge a seguir faz referência à questão agrária na região. Sobre tal realidade representada
é correto afirmar que:
a) Os conflitos no campo por terra e água não ocorrem no extremo norte do país.
b) A concentração fundiária é o único fator associado ao êxodo rural.
c) A regularização das terras indígenas em quase todo o país foi fundamental para sobrevivên-
cia desses povos.
d) A grilagem, ou seja, a invasão de terras as quais os indivíduos não são os proprietários, le-
gais exacerba os conflitos e mortes no campo brasileiro.
e) As comunidades camponesas sofrem com os impactos ambientais decorrentes do uso de
agrotóxicos nas grandes monoculturas próximas a suas localidades.

a  ) Errada. Os conflitos no campo por terra ocorrem intensamente na região norte, além do narcotrá-
fico, pirataria biológica, extração ilegal da madeira devido as fronteiras serem bastante permeáveis.
b) Errada. A concentração fundiária não é o único fator associado ao êxodo rural, podendo ser
destacada também a mecanização, principalmente na Amazônia Oriental.
c) Errada. A regularização das terras indígenas é bastante reduzida no Brasil, e, segundo os
especialistas é uma ação fundamental para sobrevivência desses povos.
d) Errada. A grilagem, ou seja, a falsificação de documentos públicos exacerba os conflitos e
mortes no campo brasileiro. A invasão de terras as quais os indivíduos não são os proprietá-
rios legais cabem aos posseiros.
e ) Certa. Caro estudante, com certeza as comunidades camponesas sofrem com os impactos am-
bientais decorrentes do uso de agrotóxicos nas grandes monoculturas próximas a suas localidades.
Letra e.

018. A vegetação da Floresta Amazônica sofre muitas influências do relevo, do solo e da hidro-
grafia da região. Sendo assim, ela pode ser dividida em três tipos distintos, conforme as suas
características físicas. Qual alternativa indica corretamente os três tipos de matas presentes
na vegetação amazônica?
a) Matas de igapó, várzea e terra firme.
b) Matas de galeria, ciliar e submersa.
c) Matas de altitude, de planalto e de planície.
d) Campos altos, campos de altitude e cerradão.
e) Campos rupestres, campos baixos e vales.

A vegetação da Floresta Amazônica é classificada conforme o regime de inundações da região.


Dessa maneira, a mata de igapó é aquela que permanece totalmente alagada ao longo do ano,

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a mata de várzea sofre inundações no período chuvoso, e a mata de terra firme não sofre
influência das inundações típicas da região.
Letra a.

Caro(a) concurseiro(a), como sempre dizemos, mais uma etapa vencida, e se você já chegou
aqui com muito esforço, perseverança, foco, motivação e é claro suor e numerosas horas de es-
tudo, é um vencedor. É mais uma etapa que se encerra, mas não é o fim; estamos em uma longa
caminhada e você com seu estudo e dedicação venceu mais uma barreira. Lembre-se de que esta-
mos juntos nessa luta que é o mundo dos concursos e nesse momento só tenho a agradecer o em-
penho e a confiança depositada. Finalizo nosso segundo encontro com a frase de Sun Tzu que diz:

Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão.
Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.

Então, somente posso desejar que enxergue as diversas oportunidades, busque com afin-
co seus sonhos, lute diariamente, tenha motivação, foco, determinação, disciplina e treine bas-
tante, que logo colherá os louros da vitória. Agradeço profundamente seu empenho e deixo
meu abraço e desejo de sucesso em seus objetivos.
Abraços e até o próximo encontro.
Júlio Santos.

Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.

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