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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU


CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ANDREY FELIPE SILVA BORGES


BRUNA KALYNI MOTA SOARES
IZABELA HELOISA ARAUJO LIMA
JUNIOR CUNHA COSTA
THAMILY FERREIRA NEVES

DIVERSIDADE REGIONAL BRASILEIRA: ASPECTOS FÍSICO-


NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS

PORANGATU/GO
2023
ANDREY FELIPE SILVA BORGES
BRUNA KALYNI MOTA SOARES
IZABELA HELOISA ARAUJO LIMA
JUNIOR CUNHA COSTA
THAMILY FERREIRA NEVES

DIVERSIDADE REGIONAL BRASILEIRA: ASPECTOS FÍSICO-


NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS

Trabalho apresentado à Disciplina de Geografia do Brasil


no Curso de Licenciatura em Geografia/ Universidade
Estadual de Goiás – UEG/Campus Norte/ Unidade
Universitária de Porangatu, como forma de obtenção de
nota na disciplina.

Professor: Esp. Rudson Silva.

PORANGATU/GO
2023
LISTA DE IMAGENS

Figura 01: Mapa da divisão política da Região Norte..................................................8


Figura 02: Perfil da floresta amazônica.....................................................................10
Figura 03: O Cráton amazônico e as sub-bacias sedimentares que formam a Bacia
Sedimentar Paleozoica do Amazonas na Região Norte do Brasil.............................11
Figura 04: Região hidrográfica amazônica................................................................13
Figura 05: Encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões.........................................13
Figura 06: Mapa da divisão política da Região Nordeste..........................................15
Figura 07: Cana-de-açúcar........................................................................................16
Figura 08: Mapa da divisão política da Região Nordeste..........................................20
Figura 09: Mapa - RegiãoSul: vegetação..................................................................22
Figura 10: Região Sudeste........................................................................................24
Figura 11: Carnaval Rio de Janeiro...........................................................................26
Figura 12: Feira Literária de Parati............................................................................27
Figura 13: Festa de Barretos.....................................................................................28
Figura 14: Cidade de Ouro Preto..............................................................................28
Figura 15: Festa da Polenta/ 2019............................................................................29
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO REGIONAL: A DIVERSIDADE REGIONAL COMO
POTENCIALIDADE......................................................................................................6
2.1 Desenvolvimento regional enquanto valorização das particularidades
regionais......................................................................................................................7
3 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA
REGIÃO NORTE..........................................................................................................8
3.1 Aspectos físico-naturais......................................................................................9
3.1.1 Vegetação...........................................................................................................9
3.1.1.1 Floresta Amazônica..........................................................................................9
3.1.2 Relevo...............................................................................................................10
3.1.3 Clima.................................................................................................................12
3.1.4 Hidrografia.........................................................................................................12
3.2 Aspectos socioeconômicos e culturais...........................................................14
4 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA
REGIÃO NORDESTE................................................................................................15
4.1 Clima e vegetação na região nordeste.............................................................17
4.2 Aspectos Socioeconômicos..............................................................................18
4.3 Aspectos culturais.............................................................................................19
5 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA
REGIÃO SUL.............................................................................................................20
5.1 Aspectos Físico-Naturais: Relevo, clima, vegetação e recursos hídricos...21
5.2 Aspectos Socioeconômicos..............................................................................22
5.3 Aspectos culturais.............................................................................................23
6 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA
REGIÃO SUDESTE...................................................................................................23
6.1 Aspectos físico-naturais....................................................................................24
6.2 Aspectos socioeconômicos..............................................................................25
6.3 Aspectos culturais.............................................................................................26
6.3.1 A culinária..........................................................................................................30
7 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA
REGIÃO CENTRO-OESTE.......................................................................................33
7.1 Aspectos Físicos-Naturais................................................................................33
7.2 Aspectos Socioeconômicos..............................................................................35
7.3 Aspectos Culturais.............................................................................................36
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................37
REFERÊNCIAS..........................................................................................................38
5

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país de extensa área territorial, com aproximadamente 8,5


milhões de quilômetros quadrados (IBGE). Devido a essa vastidão, o país apresenta
uma grande diversidade em relação a biomas, demografia, cultura, economia e
desenvolvimento industrial.
Visto que a população brasileira é caracterizada por uma diversidade de
tradições e culturas, é importante enfatizar que essa cultura não é estática, ela se
modifica quando se entra em contato com o outro, ou seja, o diferente, então com o
passar do tempo a cultura muda, se atualiza conforme as necessidades e mudanças
sociais, e essas mudanças sempre vão ocorrer, o que permanece é a memória.
Ao longo da segunda metade do século XX o debate sobre desenvolvimento
regional no Brasil recebeu atenção especial, principalmente, entre economistas e
geógrafos, pois eles buscam compreender as mudanças que ocorrem em variadas
regiões e o processo histórico envolvido, o espaço geográfico veio sendo ocupado
pelo homem, e através do capitalismo algumas regiões acabaram por se
desenvolver a partir das suas riquezas existentes.
Segundo Lencioni (1999), em muitas análises a região passou a ser vista
como produto de uma divisão territorial do trabalho, tendo como referência o
processo geral de produção capitalista, e em âmbito brasileiro, desde o
descobrimento do Brasil as regiões foram exploradas pelas as potencialidades que
existiam ali, sendo assim pode se dizer que isso é um passo para estabelecer a
cultura, o desenvolvimento e evolução de determinada região, ou seja as
regionalizações são produtos da inter-relações de fenômenos.
No entanto, será abordado nesse presente trabalho as diferentes regiões
brasileiras bem como seus aspectos físico-naturais, socioeconômicos, e culturais a
fim de mostrar as diferenças e compreender os processos históricos que levam as
regiões terem suas próprias características e assim conhecer os diversos costumes
e tradições.
6

2 DESENVOLVIMENTO REGIONAL: A DIVERSIDADE REGIONAL COMO


POTENCIALIDADE

A regionalização do Brasil é um método de dividir o país em diferentes


regiões ou estados, levando em consideração critérios de semelhança entre as
áreas. Existem várias formas de regionalização adotadas no país, cada uma com
suas características e critérios específicos. Algumas das regionalizações mais
comuns são:
 Regionalização Geográfica:
Considera os aspectos naturais do território, como biomas, relevo, clima e
hidrografia. Com base nessas características, o Brasil é dividido em regiões como
Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampas.
 Regionalização Político-Administrativa:
Divide o país em estados, seguindo a estrutura política e administrativa
adotada. O Brasil é composto por 26 estados e o Distrito Federal, cada um com sua
organização governamental.
 Regionalização Econômica:
Considera as características econômicas e industriais de cada região. Essa
regionalização leva em conta fatores como a atividade agrícola, industrial, turística,
entre outros. Exemplos de regiões econômicas são o Nordeste, Centro-Oeste,
Sudeste, Sul e Norte.
 Regionalização Cultural:
Leva em consideração os aspectos culturais, históricos e folclóricos das
diferentes áreas do país. Essa regionalização pode ser observada nas diferentes
tradições, costumes, culinária e manifestações artísticas presentes em cada região.
Essas são apenas algumas das formas de regionalização adotadas no Brasil.
Cada uma delas tem o objetivo de compreender e administrar melhor as
particularidades de cada área, considerando as diferenças e semelhanças existentes
no território brasileiro.
7

2.1 Desenvolvimento regional enquanto valorização das particularidades


regionais

De acordo com Santos (1994), ele argumenta que as grandes empresas têm
um poder cada vez maior sobre o território, superando o poder do Estado. Isso leva
a uma desorganização do território, em que a ordem é estabelecida para as
empresas, enquanto os outros agentes e o próprio território sofrem com a desordem.
A gestão e a regulação do território deixam de ser responsabilidade das instâncias
políticas e passam a ser exercidas pelas instâncias econômicas.
Segundo o autor, a economia passa a ser realizada por meio da política, em
que a política é exercida pelos agentes econômicos hegemônicos. As necessidades
das empresas globais influenciam os governos, tanto em nível nacional quanto em
níveis estaduais e locais, o que pode gerar uma dependência e uma subordinação
desses governos aos interesses econômicos dominantes.
Essas ideias de Milton Santos refletem uma visão crítica sobre as relações
entre economia, política e território, argumentando que o poder econômico das
grandes empresas afeta a governança do território e a capacidade de regulação por
parte das instâncias políticas.
No entanto uma região, para que exista de fato, segundo Boisier (1999),
tem que ser construída socialmente, a partir de laços comuns, de traços de
identidade que se expressam no âmbito do cultural, do econômico e do político,
que permitam vislumbrar desafios comuns à comunidade envolvida. Construir
socialmente uma região significa potencializar sua capacidade de auto-organização,
transformando uma sociedade inanimada, segmentada por interesses setoriais,
pouco perceptiva de sua identidade territorial e definitivamente passiva, em outra,
organizada, coesa, consciente de sua identidade, capaz de mobilizar-se em torno de
projetos políticos comuns, ou seja, capaz de transformar-se em sujeito de seu
próprio desenvolvimento.
Assim, “é preciso pensar e agir no Brasil heterogêneo e diversificado, tratar
como positivo, como potencialidade (e não como problema) a crescente
diferenciação das diversas porções do país.” (ARAÚJO, 2000, p. 127).
8

3 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA


REGIÃO NORTE

A região Norte é constituída por sete Unidades Federativas: Amazonas, Pará,


Acre, Amapá, Rondônia, Tocantins e Roraima, conforme pode ser observado na
figura 01.

Figura 01: Mapa da divisão política da Região Norte

Fonte: Paula (2020, p. 212)

De acordo com Bahia (2019) a região Norte corresponde a 45% do território


brasileiro, sendo uma região pouco povoada cuja maior parte se encontra
pertencente à floresta amazônica. Paula (2020) afirmam que muitas comunidades da
região Norte estão localizadas no interior da Floresta Amazônica, como as
9

comunidades ribeirinhas e os indígenas. No entanto, mais de 75% da população


regional vive em cidades.

3.1 Aspectos físico-naturais

3.1.1 Vegetação

A região norte e a região mais rica em biodiversidade do mundo por abrigar a


maior parte da Floresta Amazônica. No entanto, nessa região também se encontra
Cerrado no Tocantins, Rondônia, Sul do Pará e Amazonas e feições de Campos no
nordeste do Amapá (MOTA, S/D).

3.1.1.1 Floresta Amazônica

A floresta amazônica cobre a maioria do território da região norte da América


do Sul e é a maior floresta tropical pluvial do mundo. A Floresta Amazônica
apresenta clima quente e bastante úmido e chuvas abundantes.

Dos pouco mais de seis milhões de quilômetros quadrados que se estima


ser hoje a área total da Floresta Amazônica na América do Sul, nada menos
do que 60% estão no território brasileiro (BRASIL, 2002, p.21).

Como nas demais florestas tropicais, a rápida reciclagem da matéria


orgânica é fundamental para a manutenção da comunidade. Isso ocorre porque o
solo é pobre em nutrientes. A vegetação geralmente não perde as folhas e há
predomínio de árvores de grande porte pois as copas impedem a penetração da luz
solar impedindo o desenvolvimento das plantas rasteiras.

A Amazônia possui grande importância para a estabilidade ambiental do


planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas
de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de
10

toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e


seus rios descarregam cerca de 20% de toda água doce que é despejada
nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre (BRASIL, 2002, p.21).

De acordo com Linhares et al., (2016) a vegetação da Amazônia se divide


em terra firme e alagada, sendo que as matas de terra firme se localizam em áreas
mais altas e as matas de igapó e várzeas em regiões mais baixas onde ocorrem
inundações. O perfil da floresta amazônica está exemplificado na figura 02.

Figura 02: Perfil da floresta amazônica

Fonte: Bahia (2019, p. 12)

A preservação da Amazônia é de interesse mundial, pois ela abriga a maior


biodiversidade do planeta, cerca de 15% de todas as espécies conhecidas de
plantas e animais. A destruição das florestas tropicais além de causar danos a
biodiversidade contribui para o aumento do aquecimento global e alterações
climáticas.

3.1.2 Relevo

Na maior parte da região norte o relevo apresenta baixas altitudes, porém, a


região também conta com serras ao sul e ao norte, nos estados nos Estados de
Pará, Tocantins e Rondônia. No noroeste da Amazônia destaca-se a serra do Imeri,
onde encontram-se os picos mais altos do Brasil, o Pico da Neblina, com 2.994
metros, e o Pico 31 de março, com 2.973 metros (BAHIA, 2019).

A Amazônia é constituída por uma das mais extensas e antigas áreas


geologicamente estáveis do mundo, o Cráton amazônico, que se estende de
11

Roraima ao Planalto Central, cuja parte central é recoberta por sedimentos


de idades variadas (figura 03). Neste amplo espaço de áreas
predominantemente baixas, a intensidade de soerguimento da crosta foi
reduzida, e os relevos tendem a apresentar formas atuais mais suavizadas
pelo entalhe fluvial, limitado pelas baixas altitudes em relação ao nível de
base do mar (SCHAEFER, S/D, p. 112).

Figura 03: O Cráton amazônico e as sub-bacias sedimentares que formam a Bacia


Sedimentar Paleozoica do Amazonas na Região Norte do Brasil.

Fonte: SCHAEFER (S/D, p. 113)

De acordo com Bahia (2019), existe uma planície principal na região, a


planície Amazônica, além disso, há presença de planaltos de formação mais antiga
12

que sofreram erosão. Esses planaltos são divisores de água e vários rios que
deságuam no Rio Amazonas têm suas nascentes localizadas neles.

3.1.3 Clima

Na Região Norte o clima predominante é o equatorial, relacionado à posição


geográfica da região que é atravessada pela linha do equador, esse clima apresenta
temperaturas bem elevadas, as médias anuais estão em torno de 26ºC e as chuvas
são abundantes. Cerca de 50% das chuvas voltam para a atmosfera diretamente na
forma de vapor de água por meio da evapotranspiração devido a presença da
floresta amazônica (SANTOS, 2021).
Vale ressaltar que, “alguns trechos do Pará, Rondônia, Mato Grosso e
praticamente em todo o estado do Tocantins, ocorre o Clima Tropical, que é menos
chuvoso que o equatorial” (BAHIA, 2019, p. 16), nesse clima o inverno é seco e o
verão chuvoso. Já no leste de Roraima e noroeste do Pará prevalece o equatorial
semiúmido (SANTOS, 2021), esse clima apresenta ciclos de seca curtos,
pluviosidade moderada e temperaturas constantemente altas.

3.1.4 Hidrografia

Uma característica marcante da Região Norte é a existência da extensa bacia


hidrográfica do Rio Amazonas (Figura 04). Segundo Bahia (2019) essa bacia é
constituída por aproximadamente um quinto da água doce líquida superficial do
planeta e ocupa cerca de 7 milhões de km2 no Brasil e países vizinhos, porém, no
Brasil se encontram mais de 4 milhões de Km2.
O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes no Peru e é considerado o
rio mais volumoso. No Brasil, ganha o nome de Solimões até as proximidades de
Manaus onde se encontra com o Rio Negro e segue até a foz atravessando os
estados do Pará e Amazonas, já com nome de Rio Amazonas.
13

Figura 04: Região hidrográfica amazônica

Fonte: Bahia (2019, p. 15)

No Rio Amazonas ocorrem dois fenômenos naturais, o encontro do Rio


Solimões (águas claras) com o Rio Negro (águas escuras) cujas águas correm lado
a lado sem se misturar por vários quilômetros (Figura 05).

Figura 05: Encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões

Fonte:
https://4.bp.blogspot.com/-uS7f18KVQCw/UZVuV7Am-2I/AAAAAAAADt0/Zmz
14

bmS8sGQk/s1600/Rioe+solim%C3%B5es.jpg Acesso em 11 de junho de


2023
O outro fenômeno é a pororoca, encontro das águas do Rio Amazonas com o
Oceano Atlântico formando uma grande onda e um estrondo devido a força da água
(BAHIA, 2019).

3.2 Aspectos socioeconômicos e culturais

Devido à grande abrangência de recursos hídricos, o modo de vida das


comunidades da região Norte está muito ligado aos rios. Paula (2020) afirmam que
os ribeirinhos sobrevivem principalmente da pesca, da agricultura de vazante (milho,
mandioca, arroz e feijão) e do extrativismo (castanha-do-pará, açaí, látex e piaçava).
Nota-se que na região Norte os rios têm grande importância no dia a dia da
população e nas atividades econômicas. Além de ser fonte de sustento direto
(pesca), serve como via de transporte de mercadorias e pessoas.

Muitas comunidades só podem ser alcançadas de barco e grande parte das


principais cidades da região está localizada às margens dos rios ou próxima
deles. Os rios influenciam a construção de moradias e outras estruturas.
Tanto nas cidades como nas comunidades ribeirinhas, há construções
flutuantes ou feitas nas proximidades dos rios (PAULA, 2020, p. 214).

Dessa forma, compreende-se que grande parte da população utiliza o


transporte fluvial. Silva e Bacha (2014) argumentam que o isolamento geográfico
causado pela distância entre muitos municípios acaba gerando altos índices de
pobreza na região. A região é marcada por indicadores sociais entre os piores do
país e por acentuada desigualdade socioeconômica.
Em relação à cultura, Francisco (s/d) cita o Ciro de Nazaré e o festival de
Parintins (Boi-Bumbá) como as duas maiores festas populares que ocorrem no
Estado do Pará e Amazonas, respectivamente. O estilo de música marcante no
Estado do Pará é o carimbó. Além disso, a festividade de Congada de origem
africana, as folias de reis, as Cavalhadas no sul do estado do Tocantins e o
artesanato, também marcam a cultura da região.
15

4 ASPECTOS FÍSICOS-NATURAIS DA REGIÃO NORDESTE

A região do Nordeste é composta por nove estados do Brasil, sendo a que


contém maior número de unidades Federativas, composta pelos estados do
Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraiba, Bahia Pernambuco, Alagoas
e Sergipe, conforme pode ser observado na figura 06.

Figura 06: Mapa da divisão política da Região Nordeste

Fonte:https://s3.static.brasilescola.uol.com.br/be/2020/05/mapa-
da-regiao-nordeste.jpg Acesso: 09 de junho de 2023

A história do nordeste começa lá Colonização portuguesa, iniciada em


meados de 1530, iniciou-se pela região Nordeste. Isso porque ela foi a porta de
entrada dos europeus em nosso território. Nesse período (século XVI), os
portugueses iniciaram o cultivo da cana-de-açúcar, produto muito disputado nos
mercados do Velho Mundo, como ficou conhecida a Europa (Figura 07).
16

Figura 07: Cana-de-açúcar

Fonte: https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/be/2020/05/cana-
de-acucar.jpg Acesso: 09 de junho de 2023.

Esse cultivo foi muito bem-sucedido em várias áreas nordestinas, em especial


no território que hoje corresponde ao estado de Pernambuco. O sucesso do plantio
de cana deve-se a alguns fatores, como o clima quente e úmido no litoral nordestino
e o seu solo fértil, conhecido como massapé.
Nesse contexto, os aspectos físicos da Região do Nordeste são os relevos, a
Região Nordeste do Brasil apresenta diversas configurações quanto aos aspectos
naturais dos principais elementos da natureza tais como relevo, vegetação, clima,
hidrografia, devido a essas variações essa região foi regionalizada ou dividida em
sub-regiões, são elas zona da mata, meio-norte, agreste e sertão.
A Zona da Mata está situada a leste da Região Nordeste, nesses locais
ocorre a predominância do clima tropical que possui características de apresentar
temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos.
Meio-Norte corresponde a uma parcela da Região Nordeste que corresponde
a uma área de transição climática e vegetativa, pois está entre o clima equatorial e
semiárido e entre a caatinga e as outras vegetações, como Cerrado, Mata de cocais
e floresta Amazônica.
O agreste ocorre entre a zona da mata e o sertão, apresenta características
que oscila entre a floresta tropical, caatinga e vegetação da região sertaneja. O
17

Sertão compreende as áreas localizadas no interior da região onde ocorre a


predominância do clima tropical semiárido, as temperaturas são elevadas com duas
estações bem definidas (uma seca e uma chuvosa), no entanto, a estação chuvosa
se apresenta somente em três meses e longos períodos de estiagem, dessa forma,
os índices pluviométricos anuais são relativamente baixos, variando entre 500 e 750
mm ao ano.
A sub-região do Sertão é o lugar do país que apresenta a menor incidência de
chuvas, os baixos índices pluviométricos e a má distribuição do mesmo são
provenientes de vários aspectos, porém os principais são as massas de ar e o
relevo, o último serve como barreira impedindo que algumas massas de ar cheguem
aos lugares mais secos e sejam influenciadas por elas.

4.1 Clima e vegetação na região nordeste

É possível identificar três tipos de climas: tropical, semiárido e equatorial


úmido. O primeiro possui elevadas temperaturas e duas estações bem definidas,
sendo uma seca e uma chuvosa, os índices pluviométricos anuais oscilam entre
1.800 e 2.000 mm e temperaturas que variam entre 24ºC e 26ºC. O segundo possui
temperaturas elevadas e chuvas irregulares, essa característica climática faz com
que as áreas influenciadas sejam secas devido aos longos períodos de estiagem e
no terceiro existe a predominância de uma grande umidade relativa do ar, além
disso, demonstra elevadas temperaturas com chuvas regulares durante todo o ano.
O que mais se destaca em uma paisagem é a vegetação, desse modo, a
composição vegetativa de um lugar é resultado do clima que influencia uma
determinada região. Nos lugares de clima equatorial apresenta-se a floresta
latifoliada equatorial, entre o Maranhão e o Piauí apresenta a Mata de Cocais, na
parte litorânea a paisagem já foi composta pela floresta Atlântica, no interior
predomina a caatinga em áreas secas.
O relevo e hidrografia do nordeste: Os estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe estão sobre
um extenso planalto antigo e aplainado pela erosão.
18

No que diz respeito à hidrografia da Região Nordeste, o rio São Francisco é


um dos mais importantes do país, especialmente no Nordeste que é utilizado pelos
sertanejos para o transporte de pessoas e mercadorias, além de abastecimento de
água para diversas utilizações como irrigação.

4.2 Aspectos Socioeconômicos

O Nordeste do Brasil é uma região que apresenta uma série de aspectos


socioeconômicos distintos. Abaixo, fornecerei uma visão geral desses aspectos:
Desigualdade socioeconômica: O Nordeste é conhecido por ser uma região
onde a desigualdade socioeconômica é mais acentuada em comparação com outras
regiões do país. Apesar de possuir recursos naturais e potencialidades econômicas,
a região enfrenta desafios relacionados à distribuição de renda, acesso a serviços
básicos e oportunidades de emprego.
Economia diversificada: A economia do Nordeste é diversificada, abrangendo
setores como agricultura, pecuária, indústria, comércio e serviços. A agricultura é
uma atividade importante na região, com destaque para a produção de culturas
como cana-de-açúcar, frutas, mandioca e feijão. Além disso, o turismo também
desempenha um papel significativo em estados litorâneos, como Bahia e Ceará.
Infraestrutura: A região Nordeste tem investido na melhoria de sua
infraestrutura, incluindo a construção e modernização de estradas, portos,
aeroportos e redes de telecomunicação. Esses esforços visam promover o
desenvolvimento econômico e facilitar o acesso a serviços essenciais.
Programas sociais e desenvolvimento humano: Diversos programas sociais
têm sido implementados na região Nordeste com o objetivo de combater a pobreza,
reduzir as desigualdades e promover o desenvolvimento humano. Exemplos incluem
o programa Bolsa Família, que visa garantir transferência de renda a famílias em
situação de vulnerabilidade, e o programa Luz para Todos, que busca levar energia
elétrica para áreas rurais.
Migração: A região Nordeste historicamente enfrentou fluxos migratórios
significativos, com pessoas se deslocando em busca de melhores condições de vida
e oportunidades de trabalho. Muitos nordestinos migraram para outras regiões do
19

Brasil, especialmente o Sudeste, em busca de emprego e melhores condições


socioeconômicas.
4.3 Aspectos Culturais

A região Nordeste do Brasil é rica em diversidade cultural, com uma


variedade de manifestações artísticas, folclóricas e tradições que refletem a história
e as influências culturais da região. Abaixo citarei alguns exemplos:
Música: A música é uma parte fundamental da cultura nordestina, com
gêneros musicais como o forró, o frevo, o maracatu, o baião e o xote. O forró é um
dos ritmos mais conhecidos e apreciados, com suas danças animadas e letras que
abordam temas do cotidiano e da cultura popular nordestina.
Danças folclóricas: O Nordeste é conhecido por suas danças folclóricas
tradicionais, como o frevo de Pernambuco, com seus passos ágeis e movimentos
acrobáticos, e o maracatu de Pernambuco e Alagoas, que envolve desfiles com
batuques, tambores e personagens tradicionais.
Festas populares: A região Nordeste é famosa por suas festas populares, que
celebram tradições religiosas, culturais e folclóricas. Destacam-se o Carnaval de
Olinda e Recife, com seus blocos de rua e bonecos gigantes, e as festas juninas,
como o São João, com suas fogueiras, comidas típicas, quadrilhas e apresentações
de danças folclóricas.
Artesanato: O artesanato nordestino é muito valorizado e possui técnicas
tradicionais transmitidas de geração em geração. Destacam-se as rendas de bilro de
Alagoas e Ceará, as cerâmicas de Caruaru em Pernambuco, os bordados de Filé de
Sergipe, entre outros.
Literatura de Cordel: O Nordeste é conhecido pela literatura de cordel, uma
forma de poesia popular que é impressa e vendida em folhetos. Os cordéis abordam
temas diversos, desde histórias e lendas até críticas sociais e políticas, sendo uma
expressão cultural importante da região.
20

5 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA


REGIÃO SUL.

A Região Sul do Brasil é composta pelos estados do Paraná, Santa Catarina


e Rio Grande do Sul (figura 08) e a menor região entre as cinco que divide o
território brasileiro, ainda assim, é a segunda maior densidade demográfica do
Brasil, ficando atrás apenas da região Sudeste. Todos os seus três estados
possuem saída para o oceano Atlântico, fazendo divisa, a oeste, com o Paraguai e
a Argentina; ao sul, com o Uruguai; ao norte, com o estado de São Paulo; e, a
noroeste, com Mato Grosso do Sul (GUITARRARA, S/D).
É uma região rica em diversidade natural, economia desenvolvida e
influências culturais marcantes. Essa região possui características geográficas
únicas, abrangendo uma variedade de ecossistemas, climas e paisagens. Além
disso, sua população apresenta uma diversidade cultural significativa, influenciada
pela imigração de diversos grupos étnicos.

Figura 08: Mapa da divisão política da Região Nordeste

Fonte: https://www.infoescola.com/geografia/regiao-sul/.Acesso em
05 de junho de 2023.
21

5.1 Aspectos Físico-Naturais: Relevo, clima, vegetação e recursos hídricos

O relevo da Região Sul é caracterizado por uma combinação de planícies,


planaltos e serras. Segundo Souza (2018), o Planalto Meridional é uma das
principais formas de relevo, destacando-se por suas terras onduladas e altitudes
moderadas. As serras do Mar e da Mantiqueira também estão presentes na região,
oferecendo paisagens montanhosas e vales profundos.
O relevo da Região Sul é dividido em três partes:
 Planície platina ou pampa:Formada por terrenos sedimentares e ondulados
(coxilhas), no interior, e lagoas e restingas, no litoral.
 Planalto atlântico: Terrenos cristalinos próximos ao litoral, que se estendem
do Paraná ao norte do Rio Grande do Sul.
 Planalto meridional: De formação vulcânica com rochas basálticas, situa-se
no interior. Subdivide-se em depressão periférica (estreita faixa de arenitos a
oeste do Planalto Atlântico) e planalto arenito-basáltico, que se estende até o
rio Paraná, formando degraus cujas bordas são as chamadas cuestas. (SÓ
GEOGRAFIA, 2007).
Por estar localizada inteiramente abaixo do Trópico de Capricórnio, o clima
predominante é o Subtropical (GUITARRARA, s/d). Conforme Klimasauskas (2016),
a influência das massas de ar subtropicais e tropicais resulta em invernos frios e
verões quentes. A precipitação pluviométrica é bem distribuída ao longo do ano,
sendo mais intensa nas áreas de relevo elevado e devido a influência da massa
Polar Atlântica, a temperatura cai bruscamente, no inverno, podendo ocasionar neve
em alguns municípios da região.
A vegetação predominante na Região Sul é a Mata Atlântica, encontrada
especialmente nas áreas de encosta da serra do Mar (Figura 09). Entretanto, devido
à ação humana, restam apenas pequenos fragmentos desse ecossistema (SOUZA,
2018). Além disso, a região apresenta campos e pampas que são característicos da
vegetação dos campos sulinos (SILVA, 2015).
22

Figura 09: Mapa - Região Sul: vegetação

Fonte: https://suburbanodigital.blogspot.com/2021/06/mapa-
regiao-sul-vegetacao.html?m=1. Acesso em 06 de junho de
2023.

A Região Sul possui uma rica rede hidrográfica, com rios importantes como o
Paraná, Uruguai e Iguaçu. Destaca-se também a presença das Cataratas do Iguaçu,
uma das mais impressionantes formações de quedas d'água do mundo. Esses
recursos hídricos desempenham um papel fundamental para a agricultura, geração
de energia e abastecimento de água potável (SILVA, 2015).

5.2 Aspectos Socioeconômicos

Os principais setores econômicos da Região Sul são a agropecuária, indústria


e serviços, sendo assim a segunda maior economia do país. Segundo Oliveira
(2019), a agricultura é altamente desenvolvida na região, com destaque para a
produção de soja, milho, trigo, tabaco e frutas. A indústria apresenta forte presença,
com ênfase na produção de alimentos, máquinas e equipamentos, automóveis e
23

produtos químicos. O setor de serviços também é significativo, com ênfase no


turismo, comércio e tecnologia.
5.3 Aspectos Culturais

 Influências Étnicas
A Região Sul apresenta uma diversidade cultural influenciada pela imigração
de diferentes grupos étnicos. Segundo Cordeiro (2017), destacam-se as influências
dos imigrantes alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram para a
formação de tradições, culinária e costumes da região. Além disso, as comunidades
indígenas e afro-brasileiras também têm papel importante na diversidade cultural
sulista.
 Manifestações Culturais
A cultura da Região Sul é marcada por diversas manifestações artísticas,
como a dança, música, artesanato e festas tradicionais. Exemplos populares incluem
o tradicionalismo gaúcho, com suas danças típicas como a dança dos fandangos
que é de origem espanhola e o chimarrão, a dança de origem polonesa conhecida
como polonaise, e a Festa do Divino Espírito Santo, uma celebração religiosa
tradicionalmente realizada na região (CORDEIRO, 2017).
A Região Sul do Brasil apresenta uma grande diversidade de aspectos físico-
naturais, socioeconômicos e culturais. Seus elementos geográficos únicos,
atividades econômicas e influências culturais resultam em uma região de grande
importância para o país. A compreensão desses aspectos é fundamental para a
valorização e preservação da riqueza e singularidade da Região Sul.

6 ASPECTOS FISICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA


REGIÃO SUDESTE

A região Sudeste do Brasil é composta pelos estados do Espírito Santo (ES),


Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). É a região mais populosa
do país e a mais rica, com a única megalópole brasileira, São Paulo (Figura 10).
24

Figura 10: Região Sudeste

Fonte: https://pt.quizur.com/quiz/qual-estado-da-regiao-sudeste-voce-e-PWxd.
Acesso: 09 de junho de 2023 ás 11:16.

Mapa mostrando a localização das regiões do Brasil e destacando a região


sudeste bem como os estados que a compõe.

6.1. Aspectos físico-naturais

O relevo da região Sudeste é bastante diversificado. Encontramos serras


elevadas, como a Serra da Mantiqueira, a Serra da Canastra e a Serra do Mar, além
de planícies costeiras largas que formam extensas baixadas litorâneas.
Quanto ao clima, a região apresenta uma variedade de tipos. No litoral,
predomina o clima tropical, com temperaturas altas e duas estações bem definidas:
verão, chuvoso, e inverno, seco. Nos planaltos, ocorre o clima tropical de altitude,
com grandes variações de temperatura.
A vegetação do Sudeste varia de acordo com o clima, mas a maior parte é
ocupada pela Mata Atlântica, que está bastante devastada devido à urbanização e à
25

expansão agrícola. No estado de Minas Gerais, predomina a vegetação de Cerrado


e Caatinga.
A região Sudeste abriga vários rios importantes, como o Rio Tietê, o Rio
Paraíba do Sul, o Rio Paraná e o Rio Doce, além da nascente do Rio São Francisco
na Serra da Canastra, em Minas Gerais. Esses rios são amplamente utilizados para
a produção de energia elétrica.

6.2. Aspectos socioeconômicos

A área foi povoada desde o início do processo colonial. O Rio de Janeiro, por
exemplo, foi capital do País de 1763 a 1960 (CANUTO, 2019), atraindo funcionários
públicos e instituições para esta cidade.
Mais tarde, a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro foi
fundamental para o processo de desenvolvimento da cidade e da região. Por sua
vez, o processo de exploração econômica de Minas Gerais foi baseado no ouro, na
pecuária e no minério de ferro. Esse fator foi decisivo para o atual posicionamento
do estado no PIB nacional (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2022).
Resumidamente as atividades econômicas em cada estado são:
 São Paulo: Parque industrial diversificado, com destaque para montadoras de
automóveis, veículos de carga, máquinas agrícolas e aviões. Setor
agropecuário com destaque para a pecuária bovina, indústria frigorífica
exportadora e cultivo de laranja para produção de suco.
 Minas Gerais: Maior produção nacional de leite bovino. Extrativismo mineral,
especialmente no quadrilátero ferrífero, com destaque para minério de ferro.
 Rio de Janeiro: Bacia de Campos é o principal campo de exploração de
petróleo da região. Localizado na área do pré-sal da região do Atlântico Sul.
 Espírito Santo: Maior produtor de mármore e granito do Brasil. Porto de
Vitória é importante para a exportação de minério de ferro e o estado tem
uma produção significativa de café.
No entanto, a região possui uma economia diversificada e desempenha um
papel crucial no desenvolvimento econômico do país.
26

6.3 Aspectos culturais

A população do Sudeste é predominantemente urbana e caracteriza-se por


uma grande diversidade étnica e cultural. Os primeiros habitantes da região foram os
indígenas, seguidos pela ocupação portuguesa no século XVI. Mais tarde, os
africanos foram trazidos como escravos. No entanto, foi no final do século XIX que a
diversidade populacional se expandiu, com a chegada de imigrantes de várias partes
do mundo para trabalhar nas plantações de café. Italianos, alemães, japoneses,
libaneses, espanhóis, poloneses, holandeses, franceses, entre outros, contribuíram
para a formação da cultura e da sociedade da região. Além dos imigrantes
estrangeiros, o Sudeste também atraiu muitos brasileiros, principalmente do
Nordeste.
A cultura da região sudeste é bastante diversificada e a seguir será destacado
algumas das principais tradições encontradas nessa região, por exemplo:
 Carnaval Carioca:
O Carnaval do Rio de Janeiro é reconhecido mundialmente como uma das
maiores festas populares do Brasil (Figura 11).

Figura 11: Carnaval Rio de Janeiro


27

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/escolas-de-samba-do-rio-
de-janeiro-iniciam-ensaios-na-marques-de-sapucai/ Acesso: 09 de Junho de
2023.

Além dos desfiles das escolas de samba nas ruas, o evento central ocorre no
Sambódromo da Marquês de Sapucaí, onde as escolas de samba competem com
grandiosos desfiles. É um momento de celebração, música, dança, fantasias
coloridas e muita animação.
 Feira Literária de Parati (FLIP):
A FLIP é um evento literário de renome internacional que acontece na
encantadora cidade de Parati, no estado do Rio de Janeiro (Figura 12).

Figura 12: Feira Literária de Parati.

Fonte: https://lulacerda.ig.com.br/flip-seis-das-19-mesas-da-festa-literaria-de-paraty-ja-estao-
esgotadas/ Acesso em: 06 de junho de 2023

A feira reúne escritores, poetas, editores e leitores de todo o país e do mundo.


Durante a FLIP, ocorrem palestras, mesas de debates, lançamentos de livros e
diversas atividades culturais relacionadas à literatura.
 Festa do Peão de Barretos:
Realizada na cidade de Barretos, no estado de São Paulo, a Festa do Peão
de Barretos é um dos maiores eventos de rodeio do Brasil (Figura 13). A festa atrai
milhares de pessoas todos os anos, incluindo competidores de rodeio renomados,
que participam de provas de montaria em touros, rodeio em cavalos e outras
competições típicas.
28

Figura 13: Festa de Barretos.

Fonte: https://www.gov.br/turismo/pt-br/assuntos/ultimas-noticia/comeca-festa-do-peao-de-
barretos Acesso em: 09 de junho de 2023

A festa também oferece shows de música sertaneja, exposições


agropecuárias e uma série de atrações culturais relacionadas à cultura caipira.

 Festivais de música e arquitetura histórica em Minas Gerais:


O estado de Minas Gerais é conhecido por seus festivais de música, que
celebram diversos gêneros musicais, como música clássica, música popular
brasileira, rock e outros estilos. Além disso, Minas Gerais possui um rico patrimônio
arquitetônico, com cidades históricas preservadas, como Ouro Preto (Figura 14),
Tiradentes e Diamantina, que encantam os visitantes com sua arquitetura colonial e
suas igrejas barrocas.
Figura 14: Cidade de Ouro Preto
29

Fonte: https://seniorfriends.com.br/ouro-preto-minas-gerais/ Acesso em: 09


de Junho de 2023
A cidade de Ouro Preto é uma cidade colonial na Serra do Espinhaço em
Minas Gerais, na zona leste do Brasil. É conhecida pela arquitetura barroca presente
nas pontes, fontes e praças, e pelas ruas calcetadas íngremes e sinuosas.
 Festas sobre a cultura italiana e alemã no Espírito Santo:
O Espírito Santo celebra festas tradicionais ligadas à cultura italiana e alemã,
devido à imigração desses povos para o estado. Festivais como a Festa da Polenta
(Figura 15), a Festa do Vinho, a Festa do Morango e outras celebrações
gastronômicas são realizadas para promover e preservar as tradições culturais
dessas comunidades.

Figura 15: Festa da Polenta/ 2019.

Fonte: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2019/10/04/festa-da-
polenta-programacao-traz-tradicao-italiana-e-shows-sertanejos-confira.ghtml
Acesso em: 09 de Junho de 2023
30

Essas festas atraem milhares de visitantes interessados na culinária típica, na


música, na dança e nas demais manifestações culturais dessas origens étnicas.
Esses eventos são apenas alguns exemplos da rica diversidade cultural
encontrada no Sudeste do Brasil, mostrando como a região valoriza e preserva suas
tradições e expressões artísticas.

6.3.1 A Culinária

A culinária da região sudeste é muito apreciada pelas os turistas que visitam a


essa região, a seguir será citado alguns pratos que mais se destacam separados por
cada estado, como por exemplo:

 Rio de Janeiro:

A feijoada é, de fato, um prato icônico da culinária brasileira e tem grande


destaque no estado do Rio de Janeiro. Embora seja apreciada em todo o país, cada
região pode ter suas variações e ingredientes específicos na preparação.
A receita da feijoada carioca geralmente inclui feijão preto cozido com carnes
salgadas, como carne-de-sol, lombo, costelinha de porco, linguiça calabresa, paio e
bacon. Além disso, é comum adicionar folhas de louro, cebola, alho e temperos
como pimenta-do-reino. A feijoada também pode conter outros ingredientes como
orelha e pé de porco, que conferem sabor e textura ao prato.
Uma particularidade da feijoada carioca é o uso da laranja. Tradicionalmente,
uma laranja é adicionada à panela durante o cozimento da feijoada. Acredita-se que
a laranja ajude a equilibrar o sabor salgado das carnes, adicionando um toque cítrico
e fresco ao prato.

 São Paulo:
31

A cidade de São Paulo é conhecida por sua diversidade cultural e isso se


reflete na sua culinária. Além de abrigar diversas culturas, como a italiana, a cidade
também possui uma grande quantidade de redes de fast-food que são amplamente
utilizadas pelos habitantes.
Entre os pratos típicos da culinária paulista, destacam-se a galinha d'Angola à
paulista, as empadinhas de Cananeia e o cuscuz paulista. A galinha d'Angola à
paulista é um prato tradicional que consiste em frango marinado e cozido em molho
de vinho tinto e temperos, servido com acompanhamentos como polenta e legumes.
As empadinhas de Cananeia são originárias da cidade de Cananeia, litoral sul
de São Paulo, e são bastante apreciadas na região. Essas empadas são recheadas
com diversos ingredientes, como camarão, palmito, frango, entre outros, e são
conhecidas por sua massa delicada e saborosa.
Já o cuscuz paulista é um prato que ganhou grande visibilidade nacional.
Trata-se de um prato salgado feito com uma massa de farinha de milho, misturada
com diversos ingredientes como peixe, camarão, ovos, palmito, tomate, ervilha,
entre outros. É uma preparação que possui influências da culinária árabe e é muito
apreciada em festas juninas e em diversas ocasiões.
Além desses pratos típicos, a influência italiana é muito presente na culinária
paulista, sendo pizzas e massas bastante populares em São Paulo. A cidade possui
uma grande variedade de pizzarias, com diferentes estilos de pizza, como a
tradicional pizza de mussarela, margherita, calabresa, além de sabores mais
elaborados e criativos. As massas também são bastante apreciadas, como o
macarrão com molho bolonhesa, o nhoque, a lasanha, entre outros pratos italianos.
Além desses pratos típicos, a influência italiana é muito presente na culinária
paulista, sendo pizzas e massas bastante populares em São Paulo. A cidade possui
uma grande variedade de pizzarias, com diferentes estilos de pizza, como a
tradicional pizza de mussarela, margherita, calabresa, além de sabores mais
elaborados e criativos. As massas também são bastante apreciadas, como o
macarrão com molho bolonhesa, o nhoque, a lasanha, entre outros pratos italianos.
Vale ressaltar que, além desses pratos regionais, São Paulo oferece uma
enorme diversidade gastronômica, com restaurantes que representam diferentes
culinárias do mundo todo, como a japonesa, a árabe, a chinesa, a tailandesa, entre
outras. A cidade é considerada um verdadeiro paraíso para os amantes da comida,
com opções para todos os gostos e paladares.
32

 Espírito Santo:

O Espírito Santo é conhecido pela sua deliciosa moqueca, que é considerada


o prato símbolo da cozinha capixaba. A moqueca capixaba é uma herança da
culinária indígena e se destaca pela sua preparação com frutos do mar.
A base da moqueca capixaba é o peixe, mas também pode ser feita com camarões,
siri, lagosta, polvo ou outros frutos do mar. Os ingredientes principais incluem azeite
de dendê, leite de coco, tomates, cebolas, pimentões, coentro, alho e, é claro, os
frutos do mar escolhidos.
A moqueca capixaba é preparada em uma panela de barro, o que contribui
para o sabor característico do prato. Os ingredientes são dispostos em camadas,
começando com os temperos, seguidos pelos peixes ou frutos do mar e, por fim, o
azeite de dendê e o leite de coco. A panela é então tampada e cozida em fogo
baixo, permitindo que os sabores se misturem lentamente.
Uma característica marcante da moqueca capixaba é que ela não leva o uso
de pimenta. Os capixabas preferem ressaltar os sabores naturais dos ingredientes e
deixar a moqueca mais suave em termos de picância. Essa particularidade a
diferencia de outras versões de moquecas encontradas em outras regiões do Brasil.
A moqueca capixaba é geralmente servida com arroz branco e pirão, um
caldo espesso feito a partir do caldo da moqueca misturado com farinha de
mandioca. Essa combinação resulta em uma refeição saborosa e reconfortante.
A moqueca capixaba é apreciada tanto pelos habitantes do estado quanto
pelos visitantes, e diversos restaurantes em todo o Espírito Santo oferecem esse
prato como especialidade. É uma experiência gastronômica imperdível para quem
deseja explorar a culinária regional capixaba.

 Minas Gerais:

Minas Gerais é conhecido por sua rica tradição culinária e a culinária mineira
é apreciada em todo o Brasil. O estado apresenta uma grande variedade de pratos
típicos que conquistaram o gosto popular.
O pão de queijo mineiro é um dos maiores destaques da culinária de Minas
Gerais. Ele é feito com polvilho azedo, queijo (geralmente queijo minas) e outros
33

ingredientes, resultando em um pãozinho de textura macia por dentro e crocante por


fora. O pão de queijo mineiro ganhou fama nacional e é apreciado em todo o país.
Outro prato muito conhecido é o tutu de feijão, que consiste em um purê de
feijão temperado, geralmente acompanhado de arroz, linguiça, torresmo e couve
refogada. O feijão tropeiro também é um prato de grande expressividade nacional e
é feito com feijão cozido, linguiça, torresmo, farinha de mandioca, ovos e outros
ingredientes.
A galinha ao molho pardo é uma preparação típica de Minas Gerais e consiste
em frango cozido em um molho escuro e saboroso, feito com sangue de galinha,
temperos e especiarias. A leitoa à pururuca é um prato tradicionalmente servido em
festas e consiste em um leitão assado com pele crocante.
O frango com quiabo também é bastante apreciado na culinária mineira. O
quiabo é refogado com temperos e adicionado ao frango, resultando em um prato
rico em sabores. Além desses pratos, a culinária mineira é conhecida pelos queijos,
sendo o queijo minas um dos mais famosos e apreciados no Brasil. Existem
diferentes tipos de queijo produzidos em Minas Gerais, como o queijo canastra, o
queijo do serro e o queijo meia cura.
Além dos pratos típicos, a culinária mineira é famosa por suas sobremesas,
como o doce de leite, o queijo com goiabada, o bolo de fubá, o bolo de milho, entre
outros.
A culinária de Minas Gerais é reconhecida pela sua simplicidade, sabores
marcantes e pelo uso de ingredientes locais. Os pratos e queijos mineiros servem
como referência quando se trata da gastronomia brasileira, encantando os paladares
de quem experimenta.

7 ASPECTOS FISICO-NATURAIS, SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DA


REGIÃO CENTRO-OESTE

7.1 Aspectos Físicos-Naturais


34

A região Centro-Oeste é composta pelos Estados de Goiás, Mato Grosso,


Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. A qual as modernizações da metade do
século passado ganharam destaque, sendo a nova Capital da República do Brasil,
conforme Steinberger (2000).
Desta forma, os aspectos naturais do Centro- Oeste brasileiro são marcantes
pela presença do clima Tropical; destaca-se os biomas, sendo eles, o Pantanal, o
Cerrado e a Floresta Amazônica, de acordo com Visconti e Santos (2014). Sendo
assim, o bioma Pantanal é “[...] considerado a maior área úmida continental do
planeta, concentra-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”.
(VISCONTI; SANTOS, 2014, p. 231).
O bioma Cerrado é um dos maiores do Brasil, concentrando uma boa parte no
Centro-Oeste, caracteriza assim, por uma grande biodiversidade, conforme Visconti
e Santos (2014). Já o bioma Amazônia apresenta florestas densas, “[...] que, em
extensão ocupa cerca de 50 % do território nacional, [...]”. (VISCONTI; SANTOS,
2014, p. 233).
Nesse contexto, os aspectos físicos do Centro-Oeste são os relevos, que se
dividem como planalto central, caracterizada na maior porção do Centro-Oeste,
possuindo uma formação geológica, com rochas cristalinas antigas como gnaisses e
quartzitos, e as rochas sedimentares, como os arenitos, de acordo com Guimarães
(1950). Desta forma, composta por serras e chapadas, como por exemplo, a
Chapada dos Veadeiros. Já o Planalto meridional é um relevo um pouco menos
acidentado, isto é, “[...] superfícies aplainadas desde muito tempo pelos agentes da
erosão, transformada [...] que a colocou em uma elevada altitude”. (GUIMARÃES,
1950, p. 474).
A Planície do Pantanal ocupada pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é
uma das maiores planícies existentes; apresentando um relevo plaino alagável, e um
de seus principais afluentes é o Rio Paraguai, segundo Ross (2005). Outro aspecto
a ser apontado é o clima tropical, onde predomina-se verões chuvosos e inclusive
invernos secos, deste modo, “A temperatura média anual varia pouco durante o ano
entre 20 e 30 °C”. (SOUZA, 2017, p. 25).
A vegetação do Cerrado é predominante em uma boa parte do Brasil,
destacando uma diversidade de espécies, campos sujos e até mesmo podendo ser
de campo limpo, apresentando poucas árvores, de acordo com Souza (2017). Uma
35

espécie típica do bioma Cerrado é o Pequizeiro, sendo uma árvore que pode
alcançar acima de 10 metros de altura, segundo Lopes et al. (2006).
É uma fruta nativa do Cerrado, sendo assim, a importância ambiental do
Pequi é fundamental, na qual a preservação traz benefícios para todos as espécies
do Cerrado, conforme Lopes et al. (2006). “A forma predominante de exploração do
pequizeiro é a coleta extrativista [...], caracterizada por uma pressão para obtenção
da produtividade imediata que leva ao seu aniquilamento [...]”. (POZO, 1997;
HOMMA, 1993 apud LOPES et al., 2006, p. 261).
Ocorrendo assim, por causa dos grandes preços do fruto, justamente por ser
única renda das pessoas, segundo Lopes et al. (2006). Importante ressaltar que a
conserva da fruta vem se destacando conforme as regiões produtoras, assim, “Após
a colheita, os caroços só resistem nos frutos por quatro dias. Para sua conservação,
é comum embalar os caroços em sacos plásticos e proceder o seu congelamento
[...]”. (POZO, 1997 apud LOPES et al., 2006, p. 264). Além disso, o pequizeiro dura
em cerca de 50 anos; e “O período de produção é variável, dependendo de cada
região, em média 50 dias”. (POZO, 1997 apud LOPES et al., 2006, p. 277).
A Hidrografia do Centro-Oeste é fundamental e abrange diversos rios como
“Ao sul abrange parte da Bacia do Paraná, a sudoeste a Bacia do Paraguai, a
nordeste do Paraíba e do Mearim, a leste do São Francisco”. (SOUZA, 2017, p. 26).

7.2 Aspectos Socioeconômicos

A região do Centro-Oeste possui uma grande relevância econômica para o


Brasil. Na qual “A região possui atualmente uma economia predominantemente
baseada na pecuária, extensiva de corte e leite, agricultura de alimentos básicos e
na produção intensiva de soja e milho”. (MADUREIRA et al., 2013, p. 34). Deste
modo, essa região é reconhecida por sua produção “[...] de matérias-primas para
agroindústria bem como produtos de exportação (grãos, carne e minerais), e com
isso desencadeia seu próprio processo de agroindustrialização regional, com
unidades modernas de alta tecnologia e produtividade”. (GUIMARÃES; LEME, 1997
apud MADUREIRA, 2013, p. 34).
36

Sendo assim, os aspectos econômicos da região Centro-Oeste estão


cumprindo “[...] frentes da agricultura comercial, pecuarista, camponesa e de
especulação de terras, sendo esta última, amparada por esquemas de incentivos
fiscais da Amazonia Legal, e da política de crédito subsidiado, gerando grandes
áreas de terra em poder de empresas que visam muito mais a especulação que a
produção”. (MUELLER, 1983 apud MADUREIRA, 2013, p. 34).

7.3 Aspectos Culturais

Os aspectos culturais do Centro-oeste brasileiro há uma diversidade, desta


forma, por concentrar vários povos como os indígenas, além de outros de diversas
localidades do país (SANTANA, 2020). Um desses aspectos são as festas
populares, na qual se destacam a Procissão do Fogaréu, sendo presente no estado
de Goiás, fazendo parte da Igreja Católica, acontecendo na Semana Santa
(SANTANA, 2020). Cuja festa é para se lembrar da morte de jesus, através da
procissão. Já a Cavalhada é uma festa muito famosa da região, ocorrendo na cidade
de Pirenópolis no estado de Goiás. Sendo assim, a festa é caracterizada por uma
batalha medieval, assim, uns cavaleiros se vestem de azul, sendo os cristãos e
outros se vestem de vermelho, sendo os mouros; ganhando a batalha os cristãos
(SANTANA, 2020).
Segundo Santana (2020), outro aspecto são os pratos típicos, apresentando
assim, o arroz com pequi, na qual o pequi pode ser feito puro ou com frango e até
mesmo com arroz; além disso, há o Empadão Goiano, sendo uma torta salgada
típica de Goiás. Nesse contexto, presente nos estados de Goiás, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul é a dança Siriri, cuja dança é parecida com brincadeiras dos
indígenas, representando por meio desta, afeto (SANTANA, 2020). Além disso, outro
fator que influencia o Centro-Oeste é a música, a vista disso, o estilo musical a qual
37

se destaca é o sertanejo, está sendo caracterizada por músicas caipiras,


(SANTANA, 2020).
Portanto, os aspectos culturais da região centro-Oeste são de suma
importância, cujo influência até mesmo em outras regiões do Brasil.
38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil é composto por cinco regiões, sendo a Região Norte, Nordeste,


Centro-Oeste, Sudeste e a região Sul. Sendo assim, a diversidade regional brasileira
apresenta uma própria trajetória de cada localidade, levando em conta suas
diferentes perspectivas culturais, sociais e principalmente econômicas
(FERNANDES, 2023).
Desta forma, o território brasileiro é vasto e abrange a maior parte da América
do Sul; nesse contexto, essa abrangente região foi ocupada e colonizada ao
decorrer da história abrasileira, desde a época do descobrimento, (FERNANDES,
2023). Assim sendo, de acordo com Fernandes (2023), uma das formas de
conquista do país foi através também das Capitanias Hereditárias, a qual foi possível
por meio da Corte Portuguesa no século XVI. Nesse aspecto, se caracterizou as
capitanias hereditárias, ao modo que o processo de regionalização do Brasil estava
passando por transformações devido aos Bandeirantes, estes sendo ocasionador da
exploração brasileira (FERNANDES, 2023).
Portanto, o Brasil apresenta diversos aspectos, a qual uns das que mais se
destacam é a diversidade cultural, onde os diversos povos se configuram o território
brasileiro (PORFÍRIO, 2023).
Desta forma, a diversidade cultural está presente desde o surgimento da
conquista do Brasil, respectivamente possível por diferentes povos e diversas
culturas (PORFÍRIO, 2023).
38

REFERÊNCIAS

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