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Belém-PA
2022
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2022
INTRODUÇÃO
Cada uma das partes de um território tem necessidades distintas quanto a sua gestão, pois as
atividades exercidas em cada uma delas dependem de infraestruturas e investimentos diferentes. O
mesmo ocorre com a população que habita esses lugares – ela também depende de uma atuação
atenta dos gestores para ter suas distintas necessidades atendidas.
Segundo, Santos (2003) para aperfeiçoar a gestão do território, é possível regionalizá-lo de
acordo com determinado(s) critério(s), isto é, delimitar áreas que reúnem características
semelhantes em relação ao critério adotado. Cada uma dessas áreas é denominada região. Os
critérios que definem a regionalização podem ser escolhidos de acordo com os objetivos ou os
interesses de quem a propõe. Podem ser naturais, históricos, culturais, políticos, sociais,
econômicos ou, ainda, uma composição de vários desses aspectos.
Além disso, a regionalização é usada para descentralizar a administração e, assim, planejar
melhor as ações governamentais, e ainda para coletar dados e realizar estudos sobre determinado
território.
No Brasil, as propostas de regionalização visando o levantamento de informações do território
para fins de planejamento tiveram início na década de 1940, com o IBGE. No ano de 1941, o IBGE
elaborou proposta de regionalização baseada nas características fisiográficas do território nacional e
respeitando as fronteiras administrativas estaduais. A qual, de acordo com Santos (2001), sofreu
várias críticas com diz respeito ao seu deslocamento da realidade.
Dadas estes impasses, outras propostas de regionalização visaram corrigir estas distorções.
Uma delas é a divisão do Brasil em “complexos regionais” ou “regiões geoeconômicas”, de Pedro
Pinchas Geiger, proposta no final da década de 1960. Geiger baseia sua proposta na formação
histórica do país, retratando três complexos regionais que se articulariam, por meio da economia
industrial. É nessa que iremos nos deter neste presente texto.
Nessa direção, um primeiro aspecto a ser ressaltado é o território de vida e intelectual do
autor, entender sua importância no campo da geografia. Sendo assim, o contexto e as influências as
quais contribuíram para a construção da divisão regional.
Outra questão fundamental consiste em expor os critérios que essa nova regionalização
inseriu na divisão do país, bem como suas características e críticas. Ainda, descreveremos cada
complexo regional presente na divisão geoeconômica.
Ainda na década de 60, diante da vigente divisão regional do Brasil realizada pelo IBGE,
Geiger define o país como uma gigantesca unidade, onde se encontravam características do
subdesenvolvimento, que ilustravam relações externas de um país agrário com países
industrializados ou relações existentes entre as regiões mais atrasadas com regiões mais evoluídas
do país, e características do desenvolvimento, marcadas pela expansão de um mercado próprio e da
industrialização. Dessa maneira, novas diferenciações regionais se formaram no decorrer da
evolução econômica e social do Brasil. (SANTOS, 2001, p. 45)
Em decorrência das transformações ocorridas no espaço nacional, foram retomados os estudos
para a revisão da divisão regional. Uma importante alteração para o Brasil foi a mudança da capital
para Brasília. Ponderando sobre os possíveis impactos, o geógrafo Pedro Geiger publica em 1964 o
artigo intitulado "Organização Regional do Brasil", que propunha uma nova metodologia de
regionalização, ou seja, uma divisão do país baseada em aspectos geoeconômicos. Em consonância
com Corrêa (1988), a partir de uma discussão metodológica sobre o reaparecimento dos temas de
Geografia Regional, à luz de uma nova Geografia que também surgia chamada de "Geografia
Moderna" o autor baseou suas ideias.
Até a década de 1970, a Região Amazônica, em função dos vazios demográficos existentes,
era economicamente pautada no extrativismo vegetal, principalmente na extração de látex nos
seringais e na coleta de castanha-do-pará, dentre outras especiarias locais. No entanto, essa
atividade econômica foi sendo relegada a um segundo plano ao longo das últimas décadas, apesar
de ainda ser considerada importante.
3.2. NORDESTE
......
3.3. CENTRO-SUL
REFERÊNCIAS
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. Território e sociedade no início do século XXI. São Paulo:
Record, 2001.