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EM FISIOTERAPIA II
GRUPO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais
MISSÃO
VISÃO
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2 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
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UNIDADE 2
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UNIDADE 3
UNIDADE 4
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> O laser atua no interior e no entorno dos tecidos patológicos 109
> A dosagem determina o estímulo 110
> Os cromóforos absorvem a energia do laser 111
> O laser promove a recuperação tecidual 113
> A eletroterapia como recurso terapêutico 115
> A eletroterapia atua em um circuito fechado 116
> O corpo humano é repleto de íons 117
> A eletricidade atua como recurso terapêutico 118
> Circuito fechado da eletroterapia 119
> Estimulação transcraniana 120
> O tipo de corrente influencia no uso da eletroterapia 121
UNIDADE 5
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UNIDADE 6
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA12
UNIDADE 5 5 ELETROTERAPIA127
INTRODUÇÃO DA UNIDADE127
5.1 TIPOS DE CORRENTE128
5.2 TIPOS DE CORRENTE143
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10 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina Recursos Terapêuticos em Fisioterapia II tem o objetivo de discu-
tir os principais recursos terapêuticos relacionados à termoterapia superficial
e profunda, de modo a apresentar as técnicas e seus princípios. Serão apre-
sentados nessa disciplina, os recursos existentes, com base em seus princí-
pios e no funcionamento dos tecidos corporais, para que se possa identificar
o tratamento mais adequado à demanda do paciente.
Vale destacar que é de grande importância o conhecimento sobre o compor-
tamento dos tecidos a partir dos estímulos proporcionados por cada recurso
terapêutico, bem como as indicações e contraindicações, para que o recurso
mais adequado à patologia possa ser escolhido. Neste sentido, a disciplina vai
fornecer os conhecimentos básicos e essenciais para distinguir e escolher os re-
cursos terapêuticos apropriados para cada situação e nível de atenção à saúde.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
INTRODUÇÃO
Esta unidade abordará a história, os avanços e a importância dos recursos
terapêuticos em fisioterapia, além dos recursos terapêuticos associados à ter-
moterapia superficial.
Os recursos terapêuticos já são conhecidos e aplicados há muitos séculos, in-
clusive com relatos do uso de estratégias com objetivos de cura e alívio de do-
res de antes da era cristã. Então, estratégias, como o uso de água quente ou
fria e a descoberta do peixe elétrico, entre outras, eram usadas para curar le-
sões e dores diversas. No entanto, seus princípios e suas indicações não eram
conhecidos.
Com o avanço da ciência, especialmente as descobertas sobre o corpo hu-
mano e seus tecidos, pôde-se compreender melhor o papel dos recursos te-
rapêuticos e como eles poderiam ser mais bem aproveitados. Dentre essas
terapias, destaca-se a termoterapia superficial, que trabalha com recursos
quentes e frios, e é de fácil realização e baixo custo.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características dos recursos
quentes e frios, suas indicações, utilização e aplicações, para usá-los de forma
adequada em qualquer nível de atenção à saúde.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
#pratodosverem: paciente deitado em uma maca, com uma das pernas em 90º sendo
manipulada por uma profissional.
Para isso, diversos recursos podem ser utilizados para tratar integralmente o
paciente, seja na prevenção patológica, na recuperação ou no tratamento, que
deverá sempre ser realizado de forma humanizada (SPERANDIO et al., 2022).
Os recursos terapêuticos em fisioterapia, portanto, auxiliam no processo de
recuperação, a partir de uma série de princípios de atendimento em saúde,
com ênfase nos recursos terapêuticos usados primariamente como adjuntos
aos exercícios ativos.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
Outros recursos físicos, como o uso do peixe elétrico, foram muito empregados
para o tratamento de certas doenças como agentes de terapia. A eletroterapia
se originou no período das cavernas: um indivíduo, com dores crônicas no cal-
canhar, encostou acidentalmente seu pé em uma enguia elétrica ao se banhar
em um rio, e obteve uma melhora dos sintomas (SPERANDIO et al., 2022).
Com a descoberta da potencialidade curativa da eletricidade, o seu uso foi
aprimorado e aplicado em afecções articulares pós-traumáticas e reumáticas
(PINHEIRO, 2009).
A Idade Média, por outro lado, foi uma época negativa para as ciências da
saúde. Devido à organização providencial que predominou nesse período, e
que consistia em uma ordem social estabelecida e pautada no plano divino,
os estudos na área da saúde foram interrompidos.
No Renascimento, houve a retomada dos estudos e das pesquisas em todas
as áreas, além dos cuidados com o corpo e da ginástica médica. A partir de
então, surgiram alguns princípios básicos: exercícios para conservar a saúde
já existente e para pessoas sedentárias; regularidade nos exercícios; exercícios
para pessoas doentes e convalescentes, entre outros.
Com o avanço dos exercícios e de seus benefícios, nasceram as primeiras
ideias de prevenção primária em saúde.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
É importante salientar que, até meados de 1920, a fisioterapia tinha como ob-
jetivos principais a reabilitação e a cura. No período das guerras (Primeira e
Segunda Guerras Mundiais), houve um importante avanço na ciência da rea-
bilitação, devido à grande quantidade de sequelas relacionadas aos conflitos,
além das doenças. Com isso, buscou-se novas técnicas com o intuito de pro-
porcionar o retorno parcial ou total às atividades cotidianas.
A Fisioterapia, enquanto profissão da saúde no decorrer do século XX, atendia às
demandas da sociedade naquele momento histórico, que estavam relaciona-
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#pratodosverem: duas mulheres, sendo uma com as mãos erguidas segurando uma bola
terapêutica, enquanto a outra está somente com as mãos levantadas, dando o comando.
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DIVISÃO DA TERMOTERAPIA
Recursos quentes
Superficial
Recursos frios
Termoterapia
Ondas curtas
Profunda Ultrassom
Micro-ondas
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Condução
Convecção
Radiação
Conversão
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Evaporação
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#pratodosverem: profissional com duas compressas quentes nas costas de uma paciente,
que está deitada na maca.
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1.2.2 HIPERTERMOTERAPIA
A hipertermoterapia consiste em uma técnica que usa o calor como recur-
so terapêutico. O calor aumenta a vibração molecular e a taxa metabólica
celular, e pode ser produzido por quatro métodos principais: os superficiais
– transferência de energia térmica e ação química associada ao metabolismo
celular; e os profundos – ação mecânica, realizada por ultrassom terapêutico,
e correntes elétricas ou magnéticas, geradas por aparelhos como os de dia-
termia (STARKEY, 2017).
#pratodosverem: mãos que seguram duas compressas quentes nas costas de uma paciente
deitada na maca.
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Lâmpadas de infravermelho
Banhos de parafina
Existem algumas condições que não podem ser tratadas com recursos tera-
pêuticos quentes, nesses casos, pode-se usar os frios.
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Gelo
Fonte: Pexels (2023).
#pratodosverem: fragmentos de gelo sobre a água.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
Gelo
Fonte: Pexels (2023).
#pratodosverem: pedaços de gelo derretendo.
Gelo
Fonte: Pexels (2023).
#pratodosverem: fragmentos de gelo sobre a água.
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Como é a pele que entra em contato direto com o recurso terapêutico, ela é
o primeiro tecido a perder calor. À medida que a pele é resfriada, ela atrai o
calor dos tecidos subjacentes, conforme a ordem a seguir:
Tecido
Pele Fáscia Músculos
adiposo
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#pratodosverem: banheira ao ar livre, com vista para a montanha, cheia de água gelada.
Compressas frias
Podem ser usadas a partir dos recursos de: (1) bolsas plásticas cheias
de gelo; (2) bolsas frias de gel reutilizáveis; (3) aparelhos para terapia de
compressão a frio; e (4) bolsas frias químicas ou “instantâneas”.
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Imersão no gelo
Crioalongamento
Turbilhões
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CONCLUSÃO
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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2 SONIDOTERAPIA, ONDAS
CURTAS E MICRO-ONDAS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará os conceitos básicos dos recursos terapêuticos que
envolvem ultrassom, diatermia de ondas curtas e micro-ondas. De forma ge-
ral, esses recursos operam em intervalos de energia, que compõem o espec-
tro eletromagnético, que, em contato com os tecidos corporais, promovem
seu aquecimento.
Apesar dos diferentes tipos de ondas e suas energias resultantes, todas elas
realizam a termoterapia profunda, ou seja, são capazes de aquecer os tecidos
em profundidade, diferentemente da termoterapia superficial, que envolve
bolsas térmicas e outras fontes de calor, além dos recursos terapêuticos frios.
O ultrassom e a diatermia de ondas curtas e micro-ondas são terapias impor-
tantes e muito presentes na fisioterapia, devido à sua eficácia no tratamento
de tecidos profundos. Através dos efeitos térmicos e não térmicos, é possível
tratar diferentes lesões pelo aquecimento eficaz dos tecidos.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características do ultrassom e
da diatermia de ondas curtas e micro-ondas, suas indicações, utilização e apli-
cações, para usá-los de forma adequada em qualquer nível de atenção à saúde.
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2.1 SONIDOTERAPIA
A sonidoterapia é o conjunto de procedimentos que utilizam som e frequên-
cias para diferentes tipos de tratamento. Na fisioterapia, as frequências são
obtidas e aplicadas a partir do ultrassom.
O ultrassom, como recurso terapêutico, atua nos tecidos mais profundos, alte-
rando-os por meio de mecanismos térmicos e não térmicos.
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Ondas longitudinais
O deslocamento das moléculas ocorre com
o alongamento e a contração da vibração,
paralela à direção do som. Esse fenômeno
pode ser observado através de uma pessoa,
pendurada na ponta de uma corda de
bungee jump: as ondas longitudinais podem
ser representadas pelo alongamento e
pela contração da corda, fazendo com que
o saltador oscile para cima e para baixo;
a energia, representada pelo saltador, é
transmitida paralelamente à direção da onda.
Ondas transversais
As moléculas são deslocadas no sentido
perpendicular à direção da energia. Esse
fenômeno pode ser observado quando um
indivíduo toca uma corda de violão: ela vibra
de forma paralela ao seu comprimento,
gerando uma onda transversal.
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#pratodosverem: na imagem, uma técnica com roupa azul está segurando o equipamento
responsável por transferir a energia do ultrassom para o ombro do paciente, local da lesão.
A penetração das ondas nas membranas celulares faz com que os tecidos
adquiram energia cinética, o que resulta na vibração das células. As ondas
sonoras, ao serem absorvidas, transferem a energia do feixe para o interior
dos tecidos vizinhos por meio da conversão da energia mecânica em térmica
(STARKEY, 2017).
A quantidade de absorção depende de alguns elementos, como o conteúdo
de proteína dos tecidos, principalmente de colágeno, e teor de água (quanto
mais alto o conteúdo de água, mais o ultrassom transmite).
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Efeitos térmicos
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#pratodosverem: na imagem, uma técnica, com roupa branca e luva azul, está segurando o
equipamento responsável por transferir a energia do ultrassom para o joelho da paciente.
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#pratodosverem: na imagem, uma mão com luva azul segura um ultrassom apoiado na
costela da paciente, que está deitada de lado.
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2.2.1 PRINCÍPIOS
A diatermia é uma palavra de origem grega, que significa “por meio de
calor”. O termo tem sido utilizado desde o final do século XIX para deno-
minar um conjunto de tratamentos que cuidaria de condições diversas:
musculoesqueléticas, doenças e clínicas gerais.
A diatermia por ondas curtas e por micro-ondas foi desenvolvida em meados
do século XX, e seu uso e sua popularidade têm sido cíclicos. Problemas como
vazamento de energia para locais distantes do alvo, ou seja, o paciente, causa-
ram preocupação sobre a segurança dele e do médico, o que impediu o uso
desses dispositivos por um tempo.
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ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
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Transmissão
Dispositivo Dispositivo
Corrente pelo cabo
preenchido Frequência direcionador
de alta coaxial até o
por fluxo de resposta até o
frequência dispositivo
elétrico paciente
direcionador
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Campo Campo
de indução eletromagnético
Diatermia de
ondas curtas
Campo Tecido como
capacitivo parte do circuito
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Os efeitos não térmicos das ondas curtas incluem o aumento da perfusão mi-
crovascular, do crescimento de fibroblastos e da atividade de macrófagos, que
auxiliam na cicatrização dos tecidos, além da redução do edema. Os efeitos
térmicos estão relacionados ao aquecimento de grandes volumes de tecido,
além da profundidade do aquecimento (NELSON; HAYES, CURRIER, 2003).
aquecimento profundo
Efeitos térmicos
dos tecidos
Diatermia de
ondas curtas
alterações na
Efeitos não térmicos
fisiologia do tecido
#pratodosverem: esquema dos feitos térmicos e não térmicos da diatermia por ondas
curtas.
Esses efeitos podem ser aplicados para acelerar a cicatrização de tecidos, rea-
bsorver hematomas e edemas, estimular a circulação sanguínea, analgesia e
relaxamento muscular e aumentar a extensibilidade do colágeno, melhoran-
do a amplitude de movimento. Neste sentido, a diatermia de ondas curtas é
indicada para entorses subagudas ou crônicas, distensão muscular, tendinite,
lombalgia e lombociatalgia, entre outros.
2.2.3 MICRO-ONDAS
A diatermia por micro-ondas consiste na utilização das ondas eletromagné-
ticas na faixa das micro-ondas com finalidade terapêutica. O micro-ondas
é um recurso físico bastante utilizado para o tratamento dos tecidos moles,
promovendo o aumento do fluxo sanguíneo, a facilitação da mobilização, a
cicatrização dos tecidos e o alívio da dor (STARKEY, 2017).
O recurso terapêutico eleva a temperatura dos tecidos quando a energia ul-
trapassa a resistência oferecida por eles, resultando em um processo de con-
versão. O aquecimento produzido pela diatermia por micro-ondas pode ser
observado tanto nos tecidos superficiais, como a pele, como também nos te-
cidos mais profundos.
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#pratodosverem: na imagem, placas fixadas na coxa do paciente, que está deitado em uma
maca, para a realização do tratamento térmico.
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CONCLUSÃO
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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3 INFRAVERMELHO E
ULTRAVIOLETA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará os princípios, as aplicações e os efeitos dos recursos
terapêuticos envolvendo o infravermelho e o ultravioleta.
O infravermelho e o ultravioleta são radiações que compõem o espectro ele-
tromagnético e emitem energia em diferentes comprimentos de onda. Cada
uma delas possui características distintivas, de modo que podem ser usadas
em uma série de patologias e processos de recuperação de tecidos superfi-
ciais e profundos.
Esses recursos terapêuticos, diferentemente da termoterapia, por exemplo,
são de conhecimento mais recente, por volta do século XVII. Já eram conhe-
cidos, na época dos gregos e romanos, os efeitos benéficos da exposição ao
sol, um dos maiores emissores naturais dessas duas radiações. No entanto, o
controle do sol e das emissões advindas dele era (e ainda é) praticamente im-
possível, o que fomentou a busca por alternativas de obtenção dos benefícios
da energia emitida por ele.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características dos recursos
terapêuticos de infravermelho e de ultravioleta, seus princípios, indicações,
utilização e aplicações, de forma a empregá-los de forma assertiva em qual-
quer nível de atenção à saúde.
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3.1 INFRAVERMELHO
O infravermelho utilizado como recurso terapêutico é proveniente da radia-
ção infravermelha (IV), que consiste em uma radiação não ionizante na por-
ção invisível do espectro eletromagnético.
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
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3.1.1 PRINCÍPIOS
As radiações infravermelhas são invisíveis aos nossos olhos, pois se situam na
faixa do espectro eletromagnético entre as micro-ondas e a luz visível.
Mesmo a luz infravermelha não sendo visível para nós, muitas modalidades
terapêuticas usam essa energia da faixa de luz do espectro eletromagnético.
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Como você aprendeu, a energia produzida por lasers terapêuticos pode ter
um comprimento de onda de 760 nm a 12.500 nm, que inclui a luz UV, a luz
visível e infravermelha do espectro eletromagnético (STARKEY, 2017).
A cor da luz é determinada pela frequência, ou seja, pelo comprimento de
onda. A frequência e o comprimento de onda são termos muitas vezes apli-
cados como sinônimos, mas são inversamente relacionados entre si: quando
a frequência aumenta, o comprimento de onda diminui (e vice-versa).
Para que o infravermelho possa ser usado como recurso terapêutico, é impor-
tante conhecer seus princípios para que ele possa ser utilizado de forma correta.
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Fontes luminosas
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#pratodosverem: na imagem, uma mão feminina segurando outra mão, com a palma
virada para cima e aplicando o infravermelho no pulso, com um filtro azul.
Os geradores não luminosos, por sua vez, emitem radiação infravermelha tan-
to pelo fio metálico como pelos materiais aquecidos que circundam a resis-
tência, resultando na emissão de radiações de diversas frequências diferentes
(PRENTICE, 2014; STARKEY, 2017).
Tanto os geradores luminosos quanto os não luminosos emitem fótons du-
rante o processo, que ativam determinados receptores da pele que estimu-
lam ou inibem eventos fisiológicos.
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Efeitos físicos e
Calor gerado Aumento do
fisiológicos que promovem
pelo infravermelho. metabolismo.
a recuperação tecidual.
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#pratodosverem: na imagem, há um pé com uma ferida, que está sendo tratada com
infravermelho para acelerar a cicatrização.
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Neste contexto, podemos dizer que o aquecimento local do tecido pelo infra-
vermelho provoca um efeito primário, que é o aumento na taxa metabólica
local e da produção de metabólitos e calor adicional.
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EFEITOS DO INFRAVERMELHO
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3.2 ULTRAVIOLETA
A luz ultravioleta (UV) se refere a uma radiação eletromagnética que compre-
ende uma região com comprimentos de onda que vão de 400 a 100 nanôme-
tros, o que corresponde a uma pequena área do espectro eletromagnético
(STARKEY, 2017).
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3.2.1 PRINCÍPIOS
A radiação ultravioleta é uma das mais antigas modalidades de tratamento
médico, pois o maior emissor de raios UV é o sol. Além de luz, o UV solar é res-
ponsável pela fotossíntese das plantas, o que garante a nossa sobrevivência
há milênios (PRENTICE, 2014; STARKEY, 2017).
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Por essa razão, os antigos médicos do Egito e da Grécia atribuíam muitas pro-
priedades curativas à luz solar. Até o século XX, o sol era a única fonte satisfa-
tória de UV. Com a evolução da ciência e da tecnologia, há uma ampla varie-
dade de geradores para a radiação ultravioleta no mercado (DE CASTRO et
al., 2020).
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#pratodosverem: na imagem, há uma paciente com óculos de proteção, sendo tratada com
UV, cujo equipamento está inserido no interior de sua boca.
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Fotobioestimulação
Fotobioinibição
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#pratodosverem: na imagem, uma mulher negra, com um belo sorriso, mostrando toda a
sua melanina natural.
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banda larga
(UVB-BB; 320-290 nm)
Ultravioleta UVB (320-290 nm)
banda estreita
(UVB-NB; 313-309 nm)
O uso da luz ultravioleta A (UVA) com fins terapêuticos pode ser emitida de
dois modos: UVA com psoraleno, ou PUVA, e UVA1.
A terapia UVA com psoraleno (PUVA) utiliza um agente fotossensibilizador
natural, o psoraleno, combinado com a radiação de luz UVA na banda com-
pleta de 400-320 nm. O psoraleno pode ser administrado via oral (PUVA oral)
ou tópica, na forma de cremes ou banho de psoraleno (BÉLANGER, 2012).
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A terapia com luz ultravioleta A1 (UVA1) usa uma banda com comprimento de
onda mais longo, entre 400-340 nm. É uma terapia mais simples que a PUVA,
já que não necessita de agente sensibilizador (BÉLANGER, 2012).
A luz ultravioleta B (UVB) pode ser aplicada, de modo terapêutico, de duas for-
mas: UVB de banda larga e de banda estreita, sendo denominadas, respectiva-
mente, de UVB-BB e UVB-NB, e sem a necessidade de agente sensibilizador.
A terapia UVB-BB utiliza lâmpadas de UV capazes de emitir no espectro de
radiação UVB da banda completa (320-290 nm) ou larga. Já a terapia UVB-NB
emite uma banda muito mais estreita de comprimentos de onda UVB, va-
riando entre 313 e 309 nm, com pico de emissão em 311 nm (BÉLANGER, 2012).
E, por fim, a terapia com luz ultravioleta C (UVC), que utiliza para fins terapêu-
ticos a emissão de luz UV dentro da faixa de 290-100 nm (BÉLANGER, 2012).
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A terapia com luz UVB, dentro da faixa larga ou estreita, penetra na derme,
induzindo também um efeito de fototerapia sobre o tecido da pele. A luz UVC,
ao ser usada como recurso terapêutico, atua como germicida, penetrando na
epiderme e desativando ou eliminando cepas normais e resistentes a antibió-
ticos de diferentes organismos, resultando em um efeito fotogermicida sobre
dermatoses e feridas cutâneas (BÉLANGER, 2012).
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formação
aporte de resposta cicatrização
de tecido de
sangue inflamatória da pele
granulação
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CONCLUSÃO
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UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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4 LASERTERAPIA E ELETROTERAPIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará a história, os avanços e a importância da laserterapia,
bem como as suas aplicações. Além disso, também serão discutidos os princí-
pios da eletroterapia, seus conceitos básicos e o comportamento da corrente
elétrica nos tecidos corporais.
A laserterapia é um recurso terapêutico que utiliza laser de baixa intensidade
para o tratamento de diferentes patologias, cuja energia apresenta compri-
mentos de onda entre ultravioleta, infravermelho e visível. O efeito não térmi-
co do laser de baixa intensidade promove muitos benefícios aos tecidos, além
da possibilidade de tratamento de pequenas áreas com mais assertividade.
A eletroterapia, por sua vez, é um dos recursos terapêuticos mais antigos e
ainda utilizado atualmente. Devido aos relatos da utilização de peixes elétri-
cos para finalidades terapêuticas, esse recurso é classificado como um dos
mais antigos.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características dos recursos de
laserterapia e os princípios essenciais desse procedimento, de modo a com-
preender as suas indicações, utilização e aplicações, a fim de usá-los de ma-
neira adequada em qualquer nível de atenção à saúde.
4.1 LASERTERAPIA
O termo “laser”, cujo acrônimo é Light Amplification by Stimulated Emission
of Radiation (Amplificação da Luz pela Emissão Estimulada de Radiação), re-
presenta uma luz monocromática altamente refinada e organizada, em fó-
tons, na faixa ultravioleta, visível ou infravermelha, e que provoca efeitos fi-
siológicos e, consequentemente, terapêuticos nos tecidos (BÉLANGER, 2012;
STARKEY, 2017).
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Para que o laser possa ser usado como recurso terapêutico, é fundamental o
conhecimento de alguns princípios, dos tipos de laser e de como eles atuam
como recurso fisioterápico.
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#pratodosverem: na imagem, a mão de uma mulher segura a mão de uma paciente, que
recebe laserterapia em um dos dedos.
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Lasers de classe IV
Cada classe de laser possui uma função na área da saúde, com efeitos físicos,
biológicos e fisiológicos distintos.
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Monocromaticidade
Colimação
Coerência
O segundo elemento que diferencia uma luz laser de todas as outras fontes
luminosas são os componentes físicos de um laser: meio ativo, câmara de res-
sonância e fonte de potência (BÉLANGER, 2012; STARKEY, 2017).
Meio ativo
Consiste no material utilizado para emitir uma luz laser e que dá nome
ao laser, como o hélio-neônio (HeNe) e arseneto de gálio e alumínio
(AsGa ou AsGaAl) (BÉLANGER, 2012; STARKEY, 2017).
Câmara de ressonância
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Fonte de potência
câmara de ativação do
emissão de luz
ressonância meio ativo
ORIGEM DO LASER
emissão emissão
amplificação
do laser estimulada
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#pratodosverem: na imagem, uma mulher segura o equipamento de laser, que está sendo
utilizado no braço de um paciente.
Ainda deve ser considerada a dose ótima, ou seja, a dosagem ideal de luz laser
para um tecido mole em particular. Isso significa que doses mais baixas ou
mais altas do que os níveis ótimos diminuiriam o resultado terapêutico como
um todo (BÉLANGER, 2012; STARKEY, 2017).
O laser de baixa intensidade atua estimulando o metabolismo inato da célu-
la por meio de uma série de efeitos fotoquímicos, que envolvem a interação
entre a luz e os átomos. Esse processo envolve a absorção da energia fotônica
pelos tecidos por meio da transferência de energia de um fóton para uma
molécula receptora de fótons dentro da célula, os cromóforos.
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RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
#pratodosverem: na imagem, duas mãos com luvas rosas seguram o laser, que está sendo
usado no braço da paciente, deitada em uma maca.
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Efeitos bioquímicos
Efeitos bioelétricos
Efeitos bioenergéticos
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112 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
#pratodosverem: na imagem, duas mãos com luvas pretas seguram um aparelho de laser
no joelho da paciente, deitada em uma maca.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 113
RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
4.2.1 INTRODUÇÃO
A estimulação elétrica terapêutica, ou eletroterapia, consiste no uso da cor-
rente elétrica, modificada por um equipamento, em patologias diversas (NEL-
SON; HAYES; CURRIER, 2003).
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114 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA II
#pratodosverem: na imagem, duas mãos posicionam eletrodos nas costas de uma paciente.
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116 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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118 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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íons
Gerador Paciente
eletróns
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ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA
Corrente contínua
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Corrente alternada
Corrente pulsada
Existem outros elementos que também devem ser considerados, como a po-
laridade da corrente, a amplitude e as características dos pulsos elétricos e
dos trens de pulso (LIEBANO, 2021).
A polaridade da corrente consiste no fluxo de elétrons, que pode ser em uma
única direção (unidirecional) ou nas duas (bidirecional).
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CONCLUSÃO
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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5 ELETROTERAPIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, vamos abordar os conceitos essenciais dos recursos terapêu-
ticos que envolvem diferentes tipos de correntes elétricas, como a corrente
galvânica contínua ou direta; a corrente farádica; as correntes diadinâmicas; a
corrente interferencial; e a corrente russa.
Apesar da eletroterapia ser um recurso relativamente antigo, o uso das cor-
rentes elétricas como auxiliares em campos diversos da fisioterapia apresen-
tou um grande desenvolvimento a partir da década de 1950. Ao aproveitar
os benefícios das correntes elétricas, elas passaram a ser usadas de maneira
mais efetiva, principalmente no fortalecimento muscular, na redução da atro-
fia e no alívio das dores, além do tratamento de lesões.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características das correntes
elétricas, distinguindo os diferentes tipos e suas peculiaridades tanto em re-
lação à operação do equipamento como no uso de suas propriedades como
recurso terapêutico em fisioterapia.
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Amplitude ou intensidade
Consiste na distância máxima em que
o pulso sobe ou desce de acordo com a
linha de base, que é o ponto isoelétrico. O
ponto isoelétrico é onde o potencial elétrico
entre os dois polos é igual e não há fluxo de
corrente (LIEBANO, 2021).
Amplitude e intensidade
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem de um pulso elétrico em branco sob fundo preto.
Duração do pulso
Refere-se à distância horizontal necessária
para completar um ciclo completo do pulso,
em que a área total do interior da forma de
onda representa a quantidade de corrente
que o pulso contém, ou seja, a carga de
pulso (LIEBANO, 2021).
Carga de pulso
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem: onda sonora roxa e azul sob fundo preto.
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A CORRENTE ELÉTRICA
#pratodosverem: dois fios de frente um para o outro por onde passa uma corrente elétrica.
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Duração
do ciclo
Frequência
do ciclo
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Correntes monofásicas
São compostas por pulsos monofásicos, com apenas uma fase por
pulso, que se encontra de um lado da linha de base, com a corrente
fluindo em uma única direção (LIEBANO, 2021).
Correntes bifásicas
São compostas por duas fases, cada uma em lados opostos da linha
de base, em que a fase de ligação do pulso é a primeira área definida
acima ou abaixo da linha de base, cujo fim ocorre no sentido oposto
(LIEBANO, 2021).
CORRENTES MONOFÁSICAS
Eletrodo negativo
(cátodo)
Correntes
monofásicas
Eletrodo positivo
(ânodo)
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#pratodosverem: uma mão segurando fios com eletrodos pretos e vermelhos, enquanto a
outra programa o equipamento.
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#pratodosverem: uma mão coloca eletrodos na parte externa do joelho do paciente, que
está deitado em uma maca.
A corrente contínua provoca uma reação iônica entre os polos positivo e ne-
gativo do gerador, possibilitando que as moléculas ionizadas do medicamen-
to trafeguem ao longo das linhas de força criadas pela corrente. No eletrodo
positivo, os íons positivos são conduzidos através da pele; já os íons negativos
são introduzidos usando o polo negativo (LIEBANO, 2021).
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De modo geral, a corrente farádica é obtida por meio de geradores, que operam
de forma similar: geram correntes alternadas em canais separados, produzindo
uma onda senoidal de alta frequência constante (4.000 a 5.000 Hz), enquanto
o outro canal produz uma onda sinusoidal com frequência variável. As duas
correntes se encontram no corpo a fim de produzir uma onda de interferência,
que pode apresentar uma frequência de 1 a 299 Hz (LIEBANO, 2021).
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#pratodosverem: paciente deitada em uma maca com eletrodos fixados em sua lombar,
com um profissional operando o equipamento.
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O controle da dor varia de acordo com a frequência das ondas geradas pela
corrente alternada. Em altas frequências de batimento, em cerca de 100 Hz,
quando acompanhadas de estimulação em nível sensorial, ativam a via espi-
nal, inibindo a transmissão de pulsos nociceptivos. Em uma frequência mé-
dia, de 30 Hz, uma maior variedade de receptores é afetada, porém a dimi-
nuição da dor é menor quando comparada com altas e baixas frequências.
Frequências mais baixas, de 2 a 10 Hz, quando aplicadas em nível motor, esti-
mulam a liberação de opiáceos, reduzindo a dor sob efeitos similares ao uso
de narcóticos (LIEBANO, 2021).
A estimulação neuromuscular por correntes de baixa ou média frequência
gera despolarização das fibras nervosas que estimulam os nervos sensitivos,
promovendo a vasodilatação e controlando a dor. Além disso, gera contrações
musculares necessárias para a reabilitação de músculos debilitados ou par-
cialmente desnervados, além de retardar a amiotrofia.
#pratodosverem: paciente, de costas, com eletrodos fixados em seu pescoço por duas mãos.
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#pratodosverem: paciente deitada em uma maca com eletrodos fixados em seu ombro por
uma mão.
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Galvanismo
Excitação sensitiva
Excitação motora
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#pratodosverem: paciente deitada em uma maca com eletrodos fixados em sua barriga por
um profissional.
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A CORRENTE INTERFERENCIAL
+ =
correntes amplitude
corrente
de média em baixa
interferencial
frequência frequência
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#pratodosverem: paciente deitada de bruços em uma maca com eletrodos fixados em suas
costas por um profissional que opera um equipamento.
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Além desse mecanismo, a analgesia também pode ser obtida por meio do
aumento do fluxo sanguíneo, que remove substâncias algogênicas das cé-
lulas envolvidas na lesão, a ativação de vias analgésicas descendentes, o blo-
queio fisiológico da condução nervosa das fibras de dor e o efeito placebo
(LIEBANO, 2021).
#pratodosverem: paciente deitada de bruços em uma maca com eletrodos fixados em suas
costas e um profissional encaixando os eletrodos.
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A corrente russa, por usar frequências mais elevadas, reduz a resistência ca-
pacitiva do tecido, possibilitando o alcance do nervo motor, com menor in-
tensidade. Além disso, há evidências de que a frequência condutora de 2.500
Hz pode bloquear os nervos sensoriais superficiais, estimulando simultanea-
mente as fibras motoras mais profundas (LIEBANO, 2021).
Os principais efeitos terapêuticos da corrente russa estão relacionados, por-
tanto, à ativação muscular através das unidades motoras em função da ativa-
ção das miofibrilas. Essa ativação promove o aumento de força muscular e a
modificação no tecido muscular, além do retardo da atrofia (LIEBANO, 2021).
Neste sentido, as indicações para o uso da estimulação elétrica por corrente
russa são o fortalecimento muscular em músculos normais ou enfraqueci-
dos, a redução da atrofia muscular, a facilitação do controle muscular, a ma-
nutenção ou o aumento da amplitude de movimento articular, entre outros.
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6 TENS E FES
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, vamos abordar os princípios, os mecanismos e as aplicações
da TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) e da FES (Estimulação
Elétrica Funcional) como recursos terapêuticos em fisioterapia.
Os recursos terapêuticos envolvendo correntes elétricas apresentam muitas
vantagens, como o fato de serem recursos não invasivos, além de atuarem de
diferentes maneiras nos centros da dor, estimulando a liberação de substân-
cias e outros processos fisiológicos.
A TENS é um recurso que utiliza a corrente elétrica como estímulo para redu-
zir a transmissão da dor por meio da inibição dos processos que envolvem o
portão da dor. Esse recurso terapêutico aciona mecanismos atuantes na re-
dução dos estímulos dolorosos. A FES, por sua vez, atua na contração muscu-
lar, estimulando os nervos motores a se movimentarem, de modo a alcançar
a reabilitação e o reestabelecimento funcional.
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características dos recursos
terapêuticos TENS e FES, suas indicações, utilização e aplicações, de modo a
usá-los de forma adequada em qualquer nível de atenção à saúde.
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6.1 TENS
A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, abreviada como TENS, em fun-
ção do termo original em inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation,
consiste na aplicação de correntes elétricas na superfície da pele, por meio de
eletrodos, com o objetivo de estimular as fibras nervosas e, assim, produzir
efeitos fisiológicos (STARKEY, 2017; LIEBANO, 2021). Esses efeitos fisiológicos,
por sua vez, objetivam o alívio da dor.
6.1.1 PRINCÍPIOS
A estimulação elétrica nervosa transcutânea utiliza equipamentos que emi-
tem dois tipos de corrente elétrica: corrente pulsada bifásica simétrica retan-
gular e corrente pulsada bifásica assimétrica balanceada (LIEBANO, 2021).
Essas correntes se caracterizam por não apresentarem polos fixos, ou seja, são
correntes não polarizadas. Além disso, podem ser utilizadas por longos perío-
dos de tempo e com altas amplitudes, sem apresentar risco de queimaduras
químicas da pele.
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Amplitude
Duração do pulso
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Frequência
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6.1.2 MECANISMOS
A TENS atua na alteração da percepção de dor através da utilização de uma
corrente elétrica bifásica. Dependendo dos parâmetros usados no decorrer
do tratamento, a estimulação elétrica pode reduzir a dor por meio da ativação
do mecanismo de controle do portão ou da comporta da dor; ou centralmen-
te por meio da liberação de opiáceos endógenos (STARKEY, 2017).
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redução da
estímulo excitação da abertura do percepção
inibitórios substância portão da dor de dor
gelatinosa
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transmissão
duração da inibição da fechamento
da não dor:
fase curta e transmissão do portão
efeito
alta frequência da dor da dor
analgésico
A TENS de baixa frequência, por sua vez, é aplicada em nível motor com uma
frequência baixa de pulso (2 a 4 pps), duração de fase longa (150 a 250 μs,
produzindo uma duração de fase de cerca de 75 a 125 μs) e uma intensidade
forte, mas não dolorosa (LIEBANO, 2021).
Esses parâmetros de estimulação atuam na ativação das fibras nervosas mo-
toras de pequeno diâmetro, estimulando os nervos associados que ativam os
mecanismos descendentes de supressão da dor.
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Quanto aos nervos nociceptivos, eles podem ser tratados com a TENS breve-
-intenso, que promove a redução da percepção de dor do paciente por meio
da diminuição da condutividade e da transmissão de pulsos nociceptivos
oriundos das pequenas fibras de dor para o sistema nervoso central.
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6.2 FES
A estimulação elétrica funcional (FES – abreviação do termo em inglês
Functional Electrical Stimulation) é outra área da eletroterapia clínica, que
consiste na aplicação de estimulação elétrica terapêutica para induzir a con-
tração muscular esquelética.
A estimulação elétrica para contração muscular pode ser feita para duas finali-
dades: aumento ou prevenção de perda de força muscular e facilitação do de-
sempenho em atividades funcionais durante a reabilitação (PRENTICE, 2012).
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#pratodosverem: paciente com eletrodos nos glúteos, sendo monitorado pelo profissional.
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6.2.1 PRINCÍPIOS
A FES é um tratamento que visa facilitar ou auxiliar no desempenho ou execução
de atividades ou tarefas “funcionais”. Essas atividades ou tarefas funcionais po-
dem variar entre os pacientes de acordo com seus objetivos e os da reabilitação.
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Neste contexto, a FES pode ser mais especificamente definida como o uso da
eletroestimulação para auxiliar na ativação do músculo pela ativação de um
nervo motor periférico intacto (LIEBANO, 2021).
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Para que isso ocorra, existe uma condição fundamental: o paciente com lesão
do neurônio motor superior deve apresentar a inervação periférica intacta,
para permitir que os músculos sejam estimulados.
#pratodosverem: paciente com eletrodos e agulhas nas costas sendo fixadas por
um profissional.
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6.2.2 MECANISMOS
A eletroestimulação é feita por meio de equipamentos denominados eletro-
estimuladores, que podem ser alimentados por fios (rede elétrica) e baterias.
Os equipamentos alimentados por energia elétrica são maiores, enquanto os
alimentados por bateria, menores; o tamanho do equipamento interfere no
uso do recurso.
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#pratodosverem: mulher fazendo exercícios vestida com uma roupa que usa estimulação
elétrica para contrair os músculos.
A frequência de pulso recomendada para a FES deve ser a mais baixa possível,
ao mesmo tempo em que deve ser capaz de provocar a contração muscular
que alcance a atividade funcional desejada. Isso porque a frequência mínima
de pulso é capaz de produzir contração muscular para atingir a atividade fun-
cional desejada, ao mesmo tempo em que retarda a fadiga muscular, sendo
mais eficaz na reabilitação.
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A duração do pulso na FES deve ser mais curta, o suficiente para gerar uma
contração muscular adequada para atingir a atividade funcional desejada.
Essa recomendação se justifica pois se deve evitar ao máximo a fadiga preco-
ce, pois ela impossibilita a continuidade do tratamento.
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Assim como é mais provável que a fadiga inicie mais cedo com maior frequ-
ência de pulso, uma maior duração do pulso também resultará em fadiga
precoce. Desse modo, é recomendada uma combinação da menor frequên-
cia e menor duração do pulso, para que a atividade funcional desejada seja
realizada com sucesso (LIEBANO, 2021).
Da mesma forma que a frequência e a duração do pulso devem se concentrar
na realização adequada da atividade funcional, o mesmo se aplica à ampli-
tude do estímulo da FES. Amplitudes de pulso maiores que as necessárias
também podem resultar em desconforto e fadiga muscular precoce, o que
se torna um fator limitante na tolerância e na eficácia do recurso terapêutico.
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Os parâmetros, bem como o recurso terapêutico em si, têm por finalidade pro-
duzir uma contração através da corrente elétrica, que vai despolarizar o neurô-
nio motor, produzindo assim uma resposta simultânea em todas as unidades
motoras do músculo. Com esse sincronismo, é gerada uma contração eficien-
te, que deve ser bem controlada a fim de evitar a fadiga muscular precoce.
A FES é indicada para o tratamento da hemiparesia, lesão medular, paralisia
facial, ataxia, falta de coordenação motora, entre outros. Contudo, é contrain-
dicado em pacientes que usam marca-passo; gestantes; pessoas hipertensas;
uso da eletroestimulação em áreas com excesso de tecido adiposo; com in-
fecções ativas no tecido; uso na região torácica e em pacientes incapazes de
compreender a funcionalidade do aparelho.
A aplicação da FES gera resultados importantes no aspecto motor, já que
pode promover o aumento de força muscular mesmo após períodos de inati-
vidade, o que impacta no ganho de mobilidade e na reeducação e facilitação
do controle motor voluntário.
Os resultados que podem ser obtidos com a FES auxiliam uma melhor execu-
ção de movimentos simples e complexos. Inclusive, a FES tem sido cada vez
mais utilizada em pacientes neurológicos devido à facilidade da aplicação, que
possibilita a realização de um protocolo de atendimento benéfico ao paciente.
É importante salientar que, em patologias que envolvem o sistema motor, a
FES também pode ser feita associada a outros recursos terapêuticos, como a
cinesioterapia. A associação desses recursos pode proporcionar uma acelera-
ção no processo de reabilitação e de reaprendizagem motora.
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CONCLUSÃO
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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REFERÊNCIAS
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SANTOS, R. C. M. et al. Uso da Estimulação Elétrica Funcional Pós Acidente Vascular Cerebral:
Revisão Sistemática. Revista Neurociências, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1 p. 103-115, 2015. Disponível
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