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GEOGRAFIA DO

BRASIL
A Natureza Brasileira (Relevo,
Hidrografia, Clima e Vegetação)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GEOGRAFIA DO BRASIL
A Natureza Brasileira (Relevo, Hidrografia, Clima e Vegetação)

Sumário
Júlio Santos

A Natureza Brasileira (Relevo, Hidrografia, Clima e Vegetação)........................................... 4


Regiões Brasileiras – Aspectos Físicos do Brasil..................................................................... 4
Geomorfologia.................................................................................................................................. 4
Vegetação.......................................................................................................................................... 7
Clima................................................................................................................................................... 9
Hidrografia....................................................................................................................................... 11
Região Norte................................................................................................................................... 14
Solos.................................................................................................................................................. 17
Região Nordeste. . ........................................................................................................................... 23
Região Centro-Oeste..................................................................................................................... 34
Região Sudeste...............................................................................................................................40
Região Sul.........................................................................................................................................51
Questões de Concurso..................................................................................................................60
Gabarito............................................................................................................................................. 71

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Olá, caro(a) aluno(a)!


É com enorme satisfação que chegamos em nosso quarto encontro que tem como tema
a natureza brasileira - relevo, hidrografia, clima e vegetação - e mais uma vez faço o convite
para discutirmos sobre todos os aspectos físicos de nosso país, e para isso, é necessário um
estudo pormenorizado em busca de um excelente aprendizado uma vez que é um assunto
recorrentemente cobrado em diversas provas e concursos. É um momento ímpar em nossa
preparação quando fazemos uma breve análise sobre os aspectos naturais das macrorregiões
de nosso país.
O estudo das regiões brasileiras é um tema bastante interessante onde muitos se identifi-
cam com as paisagens, clima, hidrografia, hábitos e costumes locais. É importante termos em
mente que será destacado nesse momento os principais aspectos da região norte, nordeste,
centro-oeste, sul e sudeste do Brasil.
Enfim, devemos ter foco, disciplina, motivação e muito treino que devem ser pilares em
sua rotina diária para seu sucesso e com isso criar condições para que você alcance os seus
objetivos. O tempo urge, é improtelável iniciar os estudos o quanto antes, mas fique calmo já
que o conteúdo a seguir foi confeccionado de acordo com seu edital com diversos exercícios
comentados. A principal dica é ler, reler e fazer o máximo possível de exercícios uma vez que “a
repetição é a mãe da aprendizagem, o pai da ação, o que a torna o arquiteto da concretização”.
Após essa conversa inicial vamos colocar a mão na massa!
Mas não esqueça que foco, disciplina, motivação devem te acompanhar, então vamos
ao trabalho!
Júlio Santos

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A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO, HIDROGRAFIA,


CLIMA E VEGETAÇÃO)
Caro(a) concurseiro(a), para inicializarmos nosso estudo sobre as macrorregiões brasilei-
ras é fundamental a compreensão de todos os aspectos físicos que remetem ao Brasil para
que possamos ter uma visão geral do espaço que ocupamos. Caro(a) estudante, nesse pri-
meiro momento vamos destacar o estudo da geomorfologia, vegetação, clima e hidrografia de
forma bastante generalizada e posteriormente será enfatizado as regiões brasileiras.
Vamos lá!

Regiões Brasileiras – Aspectos Físicos do Brasil


Geomorfologia
O relevo brasileiro e mundial é basicamente dividido em três formas:
• Crátons (divididos em escudos cristalinos e plataformas continentais).
• Bacias sedimentares.
• Dobramentos modernos.

No Brasil, não existem dobramentos modernos, pois todo o país está localizado sobre uma
única placa tectônica. Aproximadamente 36% do relevo brasileiro é formados por escudos
cristalinos e 64% por bacias sedimentares. Esse é um dos motivos da grande presença de mi-
nerais e de petróleo no território nacional. Especificamente sobre o relevo brasileiro, a divisão
geomorfológica pode ser feita sob três visões diferentes: a de Aroldo de Azevedo (1949), a de
Aziz Ab’Saber (1958) e de Jurandyr Ross (1989).

Aroldo de Azevedo (1949)

Em 1949, Aroldo de Azevedo adotou os critérios altimétricos para classificar o relevo brasi-
leiro. Trata-se de uma divisão extremamente ultrapassada que considera altitudes de até 200
metros como planícies e, a partir de 200 metros, como planaltos. Assim, Azevedo dividiu o
território brasileiro em quatro planaltos e três planícies.
Veja:

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https://www.coladaweb.com/geografia/relevo

Aziz Ab’Saber (1958)

Em 1958, Aziz Ab’Saber utilizou critérios morfoclimáticos para classificar o relevo brasilei-
ro. Nesse sentido, o geógrafo analisou uma relação entre a forma e o clima. Segundo Saber
caso a erosão supere a acumulação, então há um planalto; já se a erosão é menor que a acu-
mulação, há uma planície. Para Ab’Saber, o Brasil é dividido em sete planaltos e três planícies.
Ainda segundo Saber o Planalto das Guianas é o mais antigo do Brasil, o Planalto Central é
rico em chapadas e a a Planície do Pampa é, na realidade, um planalto. A Planície do Pantanal

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é a maior planície alagada do planeta. Por fim, a Planície Amazônica, é considerada a maior do
país e que conta com o maior rio do Brasil, o Rio Amazonas.
Veja:

https://geografiacriticanaveia.wordpress.com/relevo-brasileiro/

A divisão de Aziz Ab’Saber é a mais cobrada em provas de concursos públicos, mesmo não
sendo a mais recente. A divisão mais atual do relevo brasileiro é a proposta por Jurandyr Ross,
em 1989; contudo, não é a mais aceita, pois, seu processo é bem complexo.

Jurandyr Ross (1989)

Nessa divisão, o geógrafo trabalha com aspectos morfoclimáticos, morfoestruturais e


morfoesculturais. Assim, para Jurandyr Ross, o relevo é uma associação entre a forma, o cli-
ma, a estrutura das rochas e, também, o formato delas. Nessa divisão, existem 11 planaltos, 11
depressões e 6 planícies, que totalizam 28 formas de relevo.
Veja:

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https://geografalando.blogspot.com/2013/04/relevo-classificacao-do-relevo_28.html

Caro(a) estudante, agora que já analisamos a questão geomorfologia do país vamos des-
tacar as principais vegetações que compõe o nosso território.
Mãos à obra!

Vegetação
Em termos de quantidade, a vegetação predominante no Brasil é a Floresta Amazônica,
pois ocupa, aproximadamente, 49% do território brasileiro. Trata-se de uma floresta caracteri-
zada por possuir grande biodiversidade e é responsável pelo fenômeno conhecido como eva-
potranspiração, que ajuda a promover a chuvas convectivas. Essa floresta equatorial também
possui como característica o fato de necessitar de grande volume de água, pois é uma ve-
getação hidrófila. As folhas são latifoliadas, isto é, são longas e recebem alta quantidade de
raios solares.
Analisando o território brasileiro podemos destacar a Mata Atlântica como aquela que pre-
domina no litoral, encontrando-se extremamente devastada e restando entre 5% a 12% da ve-
getação original.

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Os motivos dessa devastação são vários e vão desde o processo de exploração no passa-
do (colonização) até a especulação imobiliária existente nos tempos atuais.
A porção central do Brasil, marca a presença do cerrado que é uma vegetação de médio
porte e dotada de galhos tortuosos, raízes profundas e casca grossa. O motivo dos galhos
serem tortuosos é a acidez do solo da região dificultando a absorção de nutrientes, e que
precisa ser corrigido por meio da adição de óxido de cálcio para permitir o desenvolvimento
de culturas.
As raízes são profundas para permitir a captação de água nos lençóis freáticos. Já a casca
grossa é uma adaptação desse tipo de vegetação contra as queimadas recorrentes na região.
Estas podem ser provocadas por vias naturais ou pela ação do homem.
A região do Maranhão e do Piauí, possui a Mata de Cocais onde é intenso o extrativismo
vegetal, principalmente envolvendo o babaçu, a carnaúba e o buriti, que é uma matéria-prima
muito voltado para o artesanato, gastronomia e indústrias do setor farmoquímico.
No Nordeste, está presente a vegetação da caatinga, predominantemente na região do ser-
tão nordestino e considerada uma vegetação é xerófila, ou seja, adaptada à escassez de água.
Na região Sul do país, está localizada a Mata de Araucárias, principalmente no estado do
Paraná. Trata-se de uma vegetação bastante explorada pela indústria moveleira da região, pois
a madeira da araucária é bastante resistente e apresenta grande flexibilidade. A Mata de Arau-
cárias é bastante homogênea e, geralmente, inibe o surgimento de outras vegetações em fun-
ção da grande necessidade hídrica.
É importante destacar a presença no sul do país dos Campos sulinos que são vegetações
rasteiras que têm sido bastante devastadas em função do pisoteamento promovido pelo gado.
Essa situação acaba matando a vegetação e promovendo o processo de erosão e areniza-
ção, etapa anterior ao fenômeno de desertificação, esta última presente na região do sertão
nordestino.
Veja as vegetações brasileiras:

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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/biomas-brasileiros

O Complexo do Pantanal possui dois tipos de vegetação: típica e atípica. A vegetação típica
é chamada de mata de terra firme, pois, mesmo no período de cheias, nunca é inundada. Tam-
bém há as várzeas, que periodicamente são inundadas, e os igapós, que estão constantemente
inundados. É nessa região que ocorre o movimento de transumância do gado, que desce para
as várzeas durante os períodos de seca e sobe para a mata de terra firme durante as cheias.
Caro(a) concurseiro(a), cabe agora destacamos o clima que tem uma íntima relação com
as vegetações, uma vez que “a vegetação sempre responderá ao clima”.
Vamos juntos!

Clima
Os tipos de climas existentes no Brasil estão representados no mapa abaixo:

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https://conhecimentocientifico.r7.com/climas-do-brasil-conheca-o-clima-tipica-de-cada-regiao-brasileira/

• Equatorial: quente e úmido. As temperaturas são acima de 25ºC e o volume de chuva


varia entre 2.500 a 3.000 mm por ano. A região também conta com o fenômeno de eva-
potranspiração que provoca chuvas quase que diárias – as convectivas.
• Tropical ou tropical semiúmido: apresenta um período de seca e um período de chuva. A
temperatura gira em torno de 25ºC e o volume de chuvas é de aproximadamente 2.000
mm por ano.

 Obs.: É importante perceber que a região do estado de Roraima possui um clima dividido
entre equatorial e tropical semiúmido.
• Semiárido: é uma região com grande escassez de água. A temperatura é de aproximada-
mente 28ºC e o volume de chuvas não ultrapassa os 1.000 mm por ano.
• Tropical de altitude: vinculado principalmente ao estado de Minas Gerais e áreas serra-
nas do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Possui as mesmas características do
clima tropical; porém, as temperaturas são mais amenas (em torno de 21ºC). O volume
de chuvas alcança 2.000 mm por ano.

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• Tropical litorâneo: possui as mesmas características do clima tropical; porém, é dotado


de maior umidade, fruto da grande ação das massas de ar que trazem a umidade para a
região do litoral.
• Subtropical: é dotado de quatro estações bem definidas, mas sofre influência do clima
tropical, predominante no Brasil.

Caro(a) estudante, agora só falta analisamos a hidrografia brasileira.


Vamos lá!

Hidrografia
No que tange à hidrografia do Brasil, é importante destacar as chamadas “bacias princi-
pais”, são elas: Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná.
Vale lembrar que bacias são diferentes de redes hidrográficas. Uma bacia é um conjunto de
rios e das terras sob a influência desses rios, já uma rede é um conjunto do rio principal, seus
afluentes e seus subafluentes.
Veja:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_hidrogr%C3%A1ficas_do_Brasil
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Bacia do São Francisco

A bacia do São Francisco que possui um rio de mesmo nome que também é conhecido
como o “rio da integração nacional”, pois atravessa cinco estados brasileiros: Minas Gerais,
Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Trata-se de um rio fundamental para a região Nordeste
do Brasil, que possui predominância de rios intermitentes.
O velho Chico é um rio perene, pois suas nascentes estão localizadas no estado de Minas
Gerais. Devido a essa grande importância, o São Francisco tem passado por um processo de
transposição, que leva as suas águas a locais de seca.
O problema é que esse desvio pode ocasionar maior evaporação das águas desse rio, que
não serão, necessariamente, repostas na mesma velocidade. Isso pode acabar reduzindo o
volume de água, fato que interfere em sua navegabilidade.

Bacia do Paraná

Depois da bacia do rio São Francisco, outra importante bacia hidrográfica do Brasil é a do
Paraná. Nela, estão localizadas diversas das principais usinas de geração de energia elétri-
ca do país, inclusive a usina de Itaipu, considerada uma das maiores em produção energéti-
ca no mundo.
Vale lembrar que Itaipu é uma usina binacional, ou seja, pertence parte ao Brasil e parte ao
Paraguai. Além disso, Itaipu foi alvo de uma grande polêmica, pois o país vizinho decidiu que
a partir de 2023 deixaria de vender parte da energia que pertence ao país para o Brasil, situa-
ção que vem ocorrendo desde os primórdios da usina. Contudo, a crise que assolou os países
sul-americanos fez o Paraguai voltar atrás e já renegocia a extensão do contrato de repasse de
energia com o Brasil.

Bacia do Tocantins-Araguaia

A bacia do Tocantins-Araguaia é considerada dispersora de água, ou seja, distribui água


para as demais bacias. Vale lembrar que essa é a maior bacia exclusivamente nacional. Nessa
região destacam-se as usinas hidrelétricas de Tucuruí e de Cachoeira Dourada.
Caro(a) estudante, vencemos uma importante etapa analisando, mesmo de forma bas-
tante objetiva, os aspectos geomorfológicos, climatológicos, hidrográficos e da vegetação do
Brasil. Contudo, é importante compreender a atuação sistêmica desses aspectos a partir da
análise dos domínios morfoclimáticos.
Mas o que é um domínio morfoclimático?
Um domínio morfoclimático é formado pela integração de três elementos: relevo, clima e
vegetação.

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Vale destacar algumas informações importantes sobre os domínios morfoclimáticos das


regiões do Brasil:
• Norte: clima equatorial; relevo formado pela planície do Amazonas; vegetação formada
pela floresta equatorial.
• Nordeste: clima semiárido; relevo formado pelo planalto nordestino, o planalto do Mara-
nhão-Piauí e a planície do litoral; vegetação formada pela caatinga.
• Centro-Oeste: clima tropical semiúmido; relevo formado pelo planalto central e pela pla-
nície do pantanal; a vegetação predominante é o cerrado.
• Sul: clima temperado (subtropical); relevo formado pelo planalto meridional e pelo pla-
nalto uruguaio-riograndense; a vegetação é formada pelos campos, coxilhas e pampas,
além da mata de araucárias.
• Sudeste: clima tropical/tropical de altitude; o relevo é formado pelas terras baixas; a ve-
getação que se destaca é a Mata Atlântica.

Veja:

https://docplayer.com.br/4116776-Dominios-morfoclimaticos-elaborado-por-aziz-ab-saber-contem-as-seguintes-
-caracteristicas-clima-relevo-vegetacao-hidrografia-solo-fauna.html

Cabe agora analisar cada um dos aspectos físicos nas regiões brasileira.
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Região Norte
A Região Norte é a mais extensa do país ocupando cerca de 45% do território brasileiro
com uma área de 3.853.676,948 km². É fundamental destacar que estão presentes os maiores
estados do Brasil – Amazonas e Pará – e os maiores municípios do país - Altamira (PA), Barce-
los (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) – superando em extensão alguns estados brasileiros
como AL, SE, RJ, ES.
Veja os limites da região norte do Brasil com 7 países e 5 estados brasileiros (MA, PI,
BA, MT, GO)

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm

Relevo

A região norte possui três grandes unidades geomorfológicas:


• Planície do Amazonas.
• Planalto das Guianas.
• Planalto Central.

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Planície do Amazonas: é a maior planície brasileira sendo dividida em mata de terra firme,
várzea e igapós.
Veja:

https://slideplayer.com.br/slide/4044212/

Atinge altitudes de até 350 metros, estando livre


Mata de Terra
das inundações sendo constituída basicamente
Firme
por arenitos.

Suas altitudes são sempre inferiores a 30 metros, sendo


Várzea periodicamente inundadas.

Correspondem às áreas mais baixas, constantemente


Igapós inundadas pelas cheias do rio Amazonas.

Planalto das Guianas: localiza-se no extremo norte do país formado por terrenos cristali-
nos se estendendo até as Guianas e Venezuela. É um local onde se destaca a serra do Imeri,
Parima, Acaraí e Tumucumaque estando os pontos mais altos do país como o Pico da Neblina
com 2.993,78 metros e o Pico 31 de Março, com 2.972,66 metros de altitude, ambos situados
no município de Santa Isabel do Rio Negro.
Observe o ponto mais alto do Brasil – o Pico da Neblina:

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A região está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no
sentido sudeste-noroeste e a leste por uma planície litorânea de largura média.
Planalto Central: localiza-se ao sul da região abrangendo o sul do Amazonas e do Pará e
a maior parte dos estados de Rondônia e Tocantins. É constituído por terrenos cristalinos e
sedimentares antigos, sendo mais elevado ao sul e no Tocantins.
Veja o relevo da região norte segundo Jurandyr Ross e Aziz Ab’Saber.

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Verifica-se no interior do estado uma região propícia à exploração de três minerais: o nióbio,
o caulim e principalmente a silvanita. Ainda de acordo com o estudo da região encontram-se
as três grandes reservas minerais: o Projeto Grande Carajás, o Vale das Trombetas e a Ser-
ra do Navio.

A região detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita (Urucará e Presidente Figuei-
redo). A bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas e o nióbio, estimada em mais
de 700 mil toneladas estão localizadas em São Gabriel da Cachoeira.

Solos
Os solos de terra firme são vermelhos e são constituídos por hidróxido de alumínio e ferro
(pobres para a agricultura). Em 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais lixi-
viados (solo lavado pela chuva), ácidos e pobres do planeta. Mas atualmente considera-se que
apesar dos solos serem lixiviados, eles são muito ricos em nutrientes devido a decomposição
da matéria orgânica. O solo é formado pelo intemperismo, que é o processo de decomposição
da rocha que causa o enfraquecimento da estrutura rochosa.
Há três tipos de intemperismo:
a) Intemperismo Químico: A erosão e dissolução da rocha matriz ocorrem em decorrência
das reações químicas.
b) Intemperismo Físico: A erosão e fragmentação da rocha matriz ocorrem em função da
ação mecânica.
c) Intemperismo Biológico: A erosão e dissolução da rocha matriz ocorrem em decorrência
das ações de agentes vegetais.

 Obs.: O processo de erosão pode gerar a formação de ravinas (rachaduras) ou de voço-


rocas. No meio dessas ravinas e voçorocas, podem-se alojar alguns vegetais como

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os líquens, responsáveis por promover um processo de alargamento dessas ravinas


e voçorocas, potencializando assim o processo de erosão. Geralmente os diferentes
tipos de intemperismo incidem conjuntamente no processo de erosão da rocha.

As camadas/horizontes dos solos são divididas em:

a) Camada “O”: Camada orgânica e de cor escura (húmus).


b) Camada “A”: Camada com forte concentração de matéria orgânica e onde ocorre a lixi-
viação (rico em húmus).
c) Camada “B”: Camada que apresenta elementos lixiviados da camada “A” e onde ocorre
a laterização (concentração de ferro).
d) Camada “C”: Camada de minerais e com forte influência da rocha matriz.
e) Camada matriz “R”: Camada que fornece a sustentabilidade e promove a formação ro-
chosa e onde ocorre o transporte do húmus pelas chuvas.
A região norte, incide uma formação rochosa baseada na camada “A”. Os solos por serem
lixiviados sofrem um processo elevado de acidez e que por isso necessitam de uma correção.
Essa correção geralmente se dá pelo processo de calagem que consiste em corrigir um solo
por meio da aplicação de uma base (óxido de cálcio, cal virgem ou cal viva) que irá neutralizar
a acidez do solo e hidratá-lo.

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Clima

A região possui um clima predominantemente equatorial com temperaturas elevadas em


torno de 25 a 28ºC e baixa amplitude térmica devido a grande umidade do ar (a água possui
elevado calor específico) em função do fenômeno de evapotranspiração. A precipitação é de
aproximadamente 2500 mm/ano. Para entender os valores de precipitação, basta imaginar
que, ao se captar toda a chuva que cai sobre uma determinada região, essa formaria uma co-
luna sólida sobre toda a área com altura equivalente a 2,5 a 3 metros.

 Obs.: Imagine que a precipitação sobre a região da Amazônia seja de 2500 mm, isso significa
que a coluna de água formada sobre toda a Amazônia seria de 2,5 metros. Esses são
valores bastante altos, visto que nessa região ocorrem chuvas quase que diariamente.

É verdade que o fato de ser uma região cortada pela linha do equador provoca a intensifica-
ção das médias térmicas, contudo parte do Amazonas, Rondônia, norte do Mato Grosso e Acre
estão sujeitas ao fenômeno da friagem em virtude da atuação da Massa Polar Atlântica (MPA)
que provoca um abaixamento brusco de temperatura em determinada época do ano. Isto ocor-
re porque o calor da Amazônia propicia uma área de baixa latitude que atrai essa massa polar.
É um fenômeno que dura uma semana ou pouco mais, quando a temperatura chega a descer
até 6 °C. As chuvas são diárias e do tipo convectiva, contudo, ocorre um período seco, de junho
a novembro, e outro com grande volume de precipitação, Dezembro a Maio. A Região Norte
apresenta o clima mais úmido do país sendo comum a ocorrência de grandes precipitações.

Hidrografia

A principal bacia hidrográfica da região é a Amazônica que é considerada a maior do mun-


do formada pelo rio mais extenso do planeta. É comum a ocorrência de chuvas periódicas e
é fruto da evaporação das águas dessa bacia. O fenômeno descrito é denominado de eva-
potranspiração. Por ser uma bacia de planície, difere da ideia de bacias brasileiras pluviais,
perenes, planálticas, de estuário. É extremamente navegável e apresenta maior potencial de
hidroenergia, apesar de ser inalcançável esse potencial por ser um rio de planície. É a maior ba-
cia hidrográfica do país, mas não é unicamente brasileira, e suas nascentes estão nos Andes,
e por isso, é uma bacia mista.
Aproximadamente 60% da Floresta Amazônica está no Brasil, sendo denominada de Ama-
zônia Legal. A parte que está fora do país é chamada de Amazônia Internacional. No Brasil,
é utilizada cerca de 75% da energia por meio da hidroeletricidade e a bacia detém 75% dos
recursos superficiais do território nacional. Isso é fruto, também, da presença da Floresta Ama-
zônica. A região norte possui mais de 1.500 espécies de peixes e o maior peixe de água doce
do planeta: o pirarucu (dizem que existe também a arraia de água doce). O rio ao entrar no

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Brasil é denominado de Solimões, e quando encontra o rio Negro passa a ser denominada de
Amazonas. O rio Negro e o rio Solimões são rios de drenagem endorréica.
Em um de seus afluentes (rio Uatumã) está instalada a Usina Hidroelétrica de Balbina e no
rio Jamari está a usina hidroelétrica de Samuel. Devido ao tamanho do rio Amazonas, foram
construídos muitos portos durante o curso do rio, destacando-se entre eles pelo volume de
cargas transportadas os portos de Manaus (AM), Santarém (PA) e Santana (AP). A desembo-
cadura (foz) do rio Amazonas é o local do encontro entre o rio e o mar. A ilha de Marajó (PA) é
a maior ilha fluviomarinha do mundo, com aproximadamente 50.000 km², que também abriga
o maior rebanho de búfalos do país.
A bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia exclusivamente nacional onde se encontra
a hidroelétrica de Tucuruí considerada a quinta do planeta localizada no rio Tocantins. A ilha
do Bananal também se destaca como a maior ilha fluvial do mundo, localizada no estado do
Tocantins. A ilha é formada pelo rio Araguaia e pelo rio Javaés.

 Obs.: O nome “Amazonas” foi dado pelos colonizadores inspirados nas amazonas da mito-
logia grega. O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Ele nasce na Colômbia,
banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros. Além dos
rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são:
• Madeira (importante para o escoamento da produção boliviana);
• Purus;
• Juruá;
• Uatumã;
• Içá;
• Japurá;
• Uaupés.

A Bolívia tinha estabelecido um acordo com os EUA permitindo a exploração de látex em seu
território, mas isso acabou sendo malvisto pelo Brasil, pois havia a possibilidade dos EUA que-
rer ampliar a região de exploração para as terras brasileiras. O diplomata brasileiro Barão do
Rio Branco então auxiliou nas relações diplomáticas entre o Brasil e a Bolívia e promoveu a
compra do território do Acre que era da Bolívia por dois milhões de libras esterlinas. Ele tam-
bém prometeu a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré que serviria para o processo de es-
coamento da produção boliviana via Rio Amazonas.

Vegetação

A Região Norte possui a maior floresta equatorial do planeta, uma faixa de mangue e alguns
pontos do cerrado em Rondônia, Roraima e Tocantins. A Ilha de Marajó apresenta formações

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rasteiras de Campos da Hileia que, por sua vez, ficam inundadas nos períodos de cheias dos
rios. A floresta Amazônica é uma vegetação higrófila, perenifólia, latifoliada. A região norte
possui mais de 90% da área ocupada pela Floresta Amazônica ou equatorial, embora ela não
seja a única formação vegetal da Amazônia. A floresta possui a maior biodiversidade do mun-
do em função de grande disponibilidade de umidade e calor.

Floresta Amazônica

São características da floresta Amazônica:


• 60% da Amazônia está localizada em território nacional (Amazônia legal – AM, PA, MA,
RR, RO, AP, AC, MT, TO).
• Possui grande volume de água (vegetação Higrófila) devido a bacia do Amazonas (for-
mado pelo rio Negro - “matéria orgânica” - e Solimões - “caudaloso”).
• A inundação promove a fertilização do solo contribuindo para biodiversidade.
• São perenifólia (radicação solar), latifoliadas (maior transpiração), ombrófila (umidade e
sombra) heterogênea (biodiversidade).
• Tem sofrido devastação devido as fronteiras agrícolas.
• A Amazônia tem grande presença da mata de terra firme, várzea e igapó.
• Ocupa 49,29% do território nacional.

 Obs.: A doutrina não é passiva quanto a fertilidade ou não do solo amazônico.

Solo fértil (argumentos) Solo infértil (argumentos)

O solo possui grande biodiversidade O solo é infértil pois é arenoso, uma


devido à grande umidade e calor vez que essa região foi um mar
que geram a decomposição das (evidências: boto rosa, tubarão e
folhas e animais, nutrido o solo. tartarugas de água doce).
É um fenômeno denominado de Possui um solo pobre devido ao
serapilheira. excesso de chuvas (lixiviação).

Cerrado

É uma vegetação de médio porte com galhos tortuosos (em função da acidez do solo), raí-
zes profundas (para captação de água) e casca grossa (adaptação contra queimadas naturais
e ações antrópicas). É um bioma que sofre com o processo de fronteiras agrícolas (utiliza-se
a técnica da calagem: correção da acidez do solo) e foi destruído atualmente em decorrência
da agropecuária. É o segundo maior bioma exclusivamente brasileiro e está situado na porção
central do Brasil com um clima tropical (verão chuvoso e inverno seco). As queimadas são re-
correntes. O cerrado possui 5% da biodiversidade planetária, mas apenas 1/3 da área original

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e tem como principais problemas a devastação associado ao movimento de interiorização do


país com à construção de Brasília e às fronteiras agrícolas (expansão de soja e algodão).

Mangues

Os manguezais são um ecossistema costeiro composto por vegetais essencialmente ar-


bóreos, e ocorrem na zona de transição entre os ambientes terrestre e marinho. São caracte-
rísticos de regiões tropicais e subtropicais da terra, estão sujeitos ao regime das marés. Os
solos são salinos e ricos em matéria orgânica estando situados nas margens de baías, ensea-
das, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro das
águas dos rios e do mar (filtro biológico), ou diretamente exposto à linha da costa.
A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, insta-
la-se em substratos de formação recente, de pequena declividade, sendo inundados alternada-
mente por água salgada e por água doce. As espécies mais encontradas são o mangue-man-
so, mangue-ratinho e o mangue-vermelho ou sapateiro. A riqueza biológica desse ecossistema
costeiro faz com que essas áreas sejam os grandes “berçários” naturais de várias espécies de
organismos marinhos.
A fauna é composta principalmente de caranguejos e ostras, além de camarões, siris e
moluscos. Peixes, aves e outros animais migram para os manguezais apenas durante a época
da reprodução, depositando ali seus ovos, e os filhotes permanecem no local até estarem de-
senvolvidos o suficiente para deixar o manguezal e completar seu ciclo de vida no mar.
Apesar de protegidos por lei, os manguezais vêm sendo desmatados há muito tempo. A
atividade salineira e a carcinicultura são os principais responsáveis pela sua destruição, res-
pectivamente para a construção de cristalizadores e viveiros. Portanto, a situação de preserva-
ção dos manguezais é bastante conflitante, haja visto o setor econômico persistir em utilizar
os solos indiscriminadamente para a expansão de suas atividades.

 Obs.: A região Norte tem grande diversidades de fauna e flora devido a enorme disponibilida-
de de água e luz. São produtos típicos da região:
• Guaraná;
• Açaí; - uma empresa japonesa tentou patentear o nome “açaí”, porém o Brasil recorreu à
OMC sobre isso e a patente foi quebrada, tornando o nome um domínio público.
• Cupuaçu;
• Castanha-do-Brasil (antes denominada de Castanha-do-Pará);
• Camu-camu;
• Pupunha;
• Tucumã;
• Buriti.

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Os principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas:


a) Parque Nacional do Jaú (1980): Foi criado pelo decreto-lei n. 85.200, com 2,272 milhões
de hectares de área e situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos.
b) Parque Nacional da Amazônia (1974): Foi criado pelo decreto-lei n. 73.683 e está situado
entre o Amazonas e Pará.
c) Parque Nacional do Pico da Neblina (1979): Foi criado pelo decreto-lei n. 83.550. Sua
área é de 2,2 milhões de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira.
Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros.
Caro(a) concurseiro(a), agora vamos analisar a região nordeste.

Região Nordeste
A região Nordeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Possui área equivalente à da Mongólia ou a do estado
do Amazonas. Existem outras divisões geográficas do Brasil, como a de Pedro Pinchas (Ama-
zonas, Centro-Sul e Nordeste) e Milton Santos (Nordeste, Centro-Oeste, Centro-Sul e Concen-
trada). A região Nordeste do Brasil é constituída por nove Estados: Maranhão, Piauí, Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A região abrange uma
área de 1.554.257 km2, a qual abriga cerca de 53.081.950 habitantes, sendo a segunda mais
populosa do território brasileiro. Em comparação com as outras regiões brasileiras, o Nordeste
tem a segunda maior população, o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral
(36.727.931 eleitores em 2010), o menor IDH (2005) e o terceiro maior PIB (2009).
Segundo dados do IBGE com 53 milhões de habitantes o Nordeste é quase 30% da popula-
ção brasileira. É a segunda região mais populosa do país, atrás apenas da região Sudeste com
cerca de 85 milhões de habitantes. É também a terceira região quanto à densidade demográfi-
ca, contando com 34,2 habitantes por quilômetro quadrado. As maiores cidades nordestinas,
em termos populacionais, são: Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, Natal, Teresina, Maceió,
João Pessoa, Feira de Santana, Jaboatão dos Guararapes, Aracaju, Olinda, Campina Grande,
todas com mais de duzentos mil habitantes. Assim como acontece em todo o território brasi-
leiro, a população nordestina é má distribuída com cerca de 60,6% dela ficando concentrada
na faixa litorânea e nas principais capitais. De acordo com os dados do IBGE (2017), 74,7% dos
nordestinos estão em áreas urbanas.
Vejamos os estados do Nordeste, suas respectivas capitais, população e área.

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UNIDADE POPULAÇÃO
CAPITAL ÁREA
FEDERATIVA (IBGE - 2018)

Alagoas Maceió 3.322.820 27.848,10

Bahia Salvador 14.812.617 564.733,177

Ceará Fortaleza 9.07.649 148.920,472

Maranhão São Luís 7.035.055 331.937,450

Paraíba João Pessoa 3.996.496 56.469,778

Piauí Teresina 3.264.531 251.577,738

Pernambuco Recife 9.496.294 98.148,323

Rio Grande do Norte Natal 3.479.010 52.811,047

Sergipe Aracaju 2.278.308 21.915,081

Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em quatro


sub-regiões:
a) Meio-Norte: Maranhão e Piauí.
b) Sertão: Área de exclusão social.
c) Agreste: Área de transição entre zona da mata e sertão.
d) Zona da Mata: Área mais populosa, rica e industrializada.
Veja:

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http://geonaweb.blogspot.com/2010/08/as-sub-regioes-do-nordeste.html

Vamos aprofundar a respeito dessas sub-regiões

Sub-regiões do Nordeste

Conforme dito em função de suas diferentes características físicas, a região Nordeste é


dividida em quatro zonas ou sub-regiões:
a) Meio-Norte: é uma faixa de transição entre a Amazônia e o Sertão nordestino. Engloba o
estado do Maranhão e o oeste do estado do Piauí e essa zona geográfica também é conhecida
como Mata dos Cocais e possui um forte extrativismo vegetal.
b) Sertão: está localizado, em quase sua totalidade, no interior da região Nordeste, sendo
sua maior zona geográfica. Possui clima semiárido e em estados como Ceará e Rio Grande do
Norte chega a alcançar o litoral, e, descendo mais ao sul, alcança a divisa entre Bahia e Minas
Gerais. É uma região repleta de adversidades climáticas, de secas, de exclusão social e de
agricultura de subsistência.
c) Agreste: é uma faixa de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. É a menor zona geo-
gráfica da região Nordeste e está localizado no alto do Planalto da Borborema, um obstáculo
natural para a chegada das chuvas ao sertão. É uma região de policultura e pecuária de leite.

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 Obs.: Existem autores que afirmam que a má distribuição de chuvas no sertão não é causa-
da apenas pelo Planalto da Borborema, mas também por se tratar de uma região de
alta pressão.

d) Zona da Mata: localizada no leste, entre o Planalto da Borborema e a costa, estende-se


do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas são abundantes nesta região e recebeu este
nome por ter sido coberta pela Mata Atlântica. Os cultivos de cana-de-açúcar e cacau substi-
tuíram as áreas de florestas. É a zona mais desenvolvida, rica, populosa e industrializada da
região Nordeste. Foi por onde se iniciou a colonização brasileira.
Caro(a) concurseiro(a), agora que destacamos de forma bastante geral a região nordeste
vamos utilizar a mesma dinâmica apresentada na região Norte aprofundando os aspectos físi-
cos, econômicos e demográficos.
Vamos lá

Relevo

O relevo nordestino possui como uma das características mais relevantes a existência de
duas antigas e extensas formas de relevo como o planalto da Borborema e a bacia do rio
Parnaíba, e de algumas áreas altas e planas que formam as chamadas chapadas, como a Dia-
mantina. Logo podemos afirmar que o relevo da região Nordeste é marcado por três formas
predominantes:
• Planícies – localizada na zona da Mata Nordestina.
• Planaltos – situados a partir da Serra da Borborema.
• Depressões - no interior segundo a proposta de Jurandyr Ross.

O fato de ser um relevo bastante antigo faz com que a região tenha altitudes modestas fru-
to de intenso processo erosivo. É comum a presença de rochas cristalinas na porção oriental
do nordeste, enquanto nas bacias sedimentares costeiras ocupam predominantemente a faixa
litorânea.
Podemos assim destacar a geomorfologia do nordeste:

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RELEVO CARACTERÍSTICAS

É sem dúvida a formação do Nordeste oriental


de maior importância na contenção de umidade
a partir do litoral e na formação de solos mais
Planalto da Borborema profundos e na existência da vegetação de
floresta, típica dessa sub-região nordestina. O
planalto da Borborema situa-se de Alagoas ao Rio
Grande do Norte.

Formada por terras elevadas compreendidas de


Juazeiro na Bahia até a parte central de Minas
Serra do Espinhaço
Gerais. Abrange a Serra Geral, o Pico das Almas e
a Chapada Diamantina.

Localizadas ao sul do Maranhão e do Piauí, inclui


Chapadões e chapadas
a Chapada do Araripe.

É certo que os maiores destaques são a


Depressão Sanfranciscana, a Cearense e a do
Meio Norte. A Sanfranciscana situa-se ao longo
do percurso do Rio São Francisco. A Cearense é
Grandes depressões
limitada a Chapada do Araripe e pela Borborema,
existe nesta depressão uma série de maciços.
A do Meio-Norte foi retrabalhada pelos rios,
originando uma série de vales encaixados.

Por fim, o litoral nordestino é formado por uma faixa de terras de características diversifica-
das divididas em dois conjuntos: o litoral setentrional (norte) e o litoral oriental (leste).
• Litoral setentrional: vai do rio Gurupi, no Maranhão, até o Cabo de São Roque no Rio
Grande do Norte, onde existem os lençóis maranhenses, os cordões arenosos, as dunas
e os tabuleiros.
• Litoral oriental: vai do Rio Grande do Norte até a Bahia, com uma diversidade de formas
como: restingas, dunas, lagunas, mangues, tabuleiros que formam barreiras e colinas.

Veja o mapa geomorfológico do Nordeste destacando o planalto da Borborema, Chapada


Diamantina e a região do Espigão Mestre.

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 Obs.: Espigão Mestre, também chamada de Serra Geral de Goiás é uma formação do relevo
brasileiro, situado entre Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantins e Piauí. A grande “serra”
do chamado Espigão Mestre, que no passado se julgava a espinha dorsal do relevo
brasileiro, é, na verdade, um extenso chapadão, divisor de águas, entre as bacias do
Tocantins e do São Francisco onde nascem vários de seus afluentes.

Clima

A região Nordeste do Brasil apresenta uma média anual de temperatura entre 20º e 28ºC
e uma baixa pluviosidade (com 1000 mm de chuvas por ano). Nas áreas situadas acima de
200 metros e no litoral oriental, as temperaturas variam de 24º a 26 °C. O clima principal do
Nordeste é o semiárido que é caracterizado pelas temperaturas elevadas, que gera dificuldade
na agricultura e consequentemente resultando no processo de exclusão social dos que vivem
nessa região, criando assim os “bolsões de miséria”.
Existem quatro tipos de climas presentes no Nordeste:

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SUBREGIÃO CLIMA CARACTERÍSTICAS

É um clima quente e
úmido com temperaturas
entre 25º e 28º C e
intensa pluviosidade e
Meio Norte Clima Equatorial Úmido
está presente em uma
pequena parte do estado
do Maranhão, na divisa
com o Piauí (Meio-Norte).

É um clima influenciado
pela massa equatorial
Zona da Mata atlântica e massa tropical
Clima Litorâneo Úmido
Nordestina atlântica e está presente
no litoral da Bahia ao do
Rio Grande do Norte.

É um clima com duas


estações: verão chuvoso
Zona da Mata e inverno seco e está
Nordestina, Agreste e Clima Tropical
presente nos estados
Meio norte da Bahia, do Ceará, do
Maranhão e do Piauí.

É um clima quente e
está presente em todo o
sertão nordestino com
Sertão Clima Semiárido elevadas temperaturas
e reduzida pluviosidade
que se caracteriza por
irregular distribuição.

Observe as áreas de atuação dos climas citados acima:

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Vegetação

A vegetação nordestina vai desde a Mata Atlântica no litoral até a Mata dos Cocais no
Meio-Norte, com ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, den-
tre outros, que possuem fauna e flora exuberantes, diversas espécies endêmicas e animais
ameaçados de extinção.
As principais vegetações nordestinas são:

SUBREGIÃO VEGETAÇÃO CARACTERÍSTICAS

Cerrado
Obs.: O cerrado tem
sido devastado em Ocupa 25% do território
função do movimento brasileiro, mas no Nordeste
Agreste e Sertão de fronteiras agrícolas só abrange o sul do estado do
que é um movimento Maranhão, o sudoeste do Piauí
de expansão da e o oeste da Bahia.
monocultura para
outras regiões.

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SUBREGIÃO VEGETAÇÃO CARACTERÍSTICAS

Na categoria de vegetação
litorânea, pode-se incluir
Zona da Mata os mangues que é um rico
Nordestina Vegetações Litorâneas ecossistema e um local de
(mangues) e e Matas Ciliares moradia e reprodução dos
demais sub-regiões caranguejos, além de ser
(mata ciliares) importante para a preservação
de rios e lagoas.

Também chamada de Floresta


Tropical Úmida de Encosta,
a Mata Atlântica estendia-
se originalmente do Ceará
até o Rio Grande do Sul,
Zona da Mata porém, em consequência dos
Mata Atlântica
Nordestina desmatamentos que ocorreram
em função principalmente da
indústria açucareira na época
da colonização, hoje só restam
cerca de 5 a 12% da vegetação
original.

Formação vegetal de transição


entre os climas semiárido,
equatorial e tropical. As espécies
Meio Norte Mata dos Cocais principais são o babaçu e a
carnaúba, além do buriti. Incide
em parte do Maranhão e do
Piauí.

Formação vegetal do tipo


xerófila adaptada a grandes
períodos de escassez de
água. Formada por folhas
aciculifoliadas para evitar a
Sertão Caatinga
transpiração. As folhas são
denominadas coriáceas sendo
cobertas por uma cera também
com o intuito de evitar a
transpiração.

Observe as áreas onde se encontram as vegetações citadas acima:

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https://www.gestaoeducacional.com.br/clima-e-vegetacao-nordeste-do-brasil/

Hidrografia

As principais bacias hidrográficas do Nordeste são:

BACIA HIDROGRAFIA CARACTERÍSTICAS

É a principal da região, formada pelos rios São Francisco


e seus afluentes. São praticadas atividades de pesca,
Bacia do São Francisco navegação e produção de energia elétrica pelas hidrelétricas
de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó.

É a segunda mais importante, ocupando uma área de cerca


de 344.112 km² (3,9% do território nacional) e drena quase
Bacia do Parnaíba todo o estado do Piauí, parte do Maranhão e do Ceará. O rio
Parnaíba é um dos poucos no mundo a possuir um delta em
mar aberto.

Com extensão aproximada de 388 mil km², (equivalente a


4,5% do território brasileiro), a Bacia do Atlântico Leste está
localizada nas regiões nordeste (Sergipe e Bahia) e sudeste
(Minas Gerais e Espírito Santo) do Brasil. Dos estados que
compreende, ela ocupa maior parte da Bahia com 69%, 4%
no Estado de Sergipe, 26% em Minas Gerais e somente 1%
Bacia do Leste no Estado do Espírito Santo. A Bacia do Atlântico Leste está
inserida numa região de clima tropical (quente e úmido)
e dependendo do local ele pode ser superunido, úmido,
semiúmido e semiárido.
Os biomas presentes na Bacia são: a Mata Atlântica, Caatinga
e Cerrado.

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BACIA HIDROGRAFIA CARACTERÍSTICAS

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está


localizada no nordeste do país, e abrange os estados do
Bacia do Nordeste Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Ela ocupa uma área de aproximadamente 287 mil km², o
equivalente a 3% do território nacional.

Observe as áreas onde se encontram as principais bacias do nordeste:

https://blogdoenem.com.br/hidrografia-do-brasil/

Caro(a) concurseiro(a), destacamos em detalhes os aspectos associados a região nor-


destina, mas ainda não é tudo temos que retratar a região Centro-Oeste o “coração do país”,
a região que abriga nossa capital e alvo de intensa transformação com a vinda de inúmeros
imigrantes.
Então, vamos lá!

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Região Centro-Oeste
A Região Centro-Oeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo IBGE em 1969
e possui quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Fe-
deral destacando-se a capital Brasília inaugurada em 21.04.1960. É importante salientar que
de acordo com o artigo 18, §1º da constituição federal a capital do país é Brasília, o Distrito
federal não possui capital, possui sede de governo. A capital é a cidade mais populosa do cen-
tro-oeste com 3.015.268 habitantes em uma área de 5.760,783 Km2.
A região Centro-Oeste é a segunda do país com uma área de 1.606.403,506 Km2 somente
atrás da região norte destacando-se por ser a menos populosa com aproximadamente 15,2
milhões de habitantes e a segunda menor densidade demográfica somente a frente da região
norte. O centro-oeste possui muitas áreas anecúmenas pelo fato da colonização brasileira ter
se organizado do litoral para o interior e somente com a construção da capital ter ocorrido um
aumento demográfico fruto da vinda dos candangos em busca do “el dourado”, “ a terra que
jorrava leite e mel”, segundo Dom Bosco. A macrorregião centro-oeste possui uma privilegiada
posição geográfica fazendo limite com as demais regiões o que serviu de justificativa para o
deslocamento da capital nacional para o interior, pois promoveria uma maior integração com
as demais capitais brasileiras, além de menor vulnerabilidade que não foi uma marca de Salva-
dor e Rio de Janeiro quando foram capitais do país devido sua posição geográfica.
O Centro-Oeste muitas vezes se confunde com a história do Brasil, pois foi palco de vários
conflitos entre bandeirantes e indígenas, também é o local de grandes descobertas como o
ouro no estado de Goiás e os surgimento das primeiras vilas a oeste como a Vila Real do Bom
Jesus de Cuiabá, Vila Boa e Meya Ponte (atual Pirenópolis), além de diversos episódios que
levaram ao desmembramento do Mato Grosso em 1977 formando o estado do Mato Grosso
do sul e não podemos esquecer de Tocantins fruto da fragmentação do estado de Goiás.
Caro(a) concurseiro(a), agora que destacamos de forma bastante geral a região Centro-O-
este vamos utilizar a mesma dinâmica anterior.
Vamos lá

Relevo

A geomorfologia do Centro-Oeste possui altitudes modestas na maioria das vezes abaixo


de 1000 metros, possuindo três grandes unidades de relevo.
• Planalto Central
• Planalto Meridional
• Planície do Pantanal

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Chapadas e Planaltos

A porção central do Brasil é composto principalmente por rochas cristalinas sobrepostas


em rochas sedimentares e em algumas áreas um relevo irregular, ondulado. As regiões onde
as rochas cristalinas estão cobertas pelas camadas sedimentares, são comuns as chapadas,
com topos planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome de ”serras”. Nestas
regiões, as chapadas possuem a denominação de chapadões.
Veja:

https://turismo.ig.com.br/destinos-nacionais/chapada-diamantina-bahia/n1597233868670.html

A área compreendida entre o sul do Brasil que se estende do Mato Grosso do sul e Goiás
é denominado de Planalto Meridional onde existem solos bastantes férteis como a terra roxa
(pulverizados no Goiás e Mato Grosso do Sul) com elevada produtividade no cultivo do café. A
região possui grande número de chapadas podendo destacar a do Parecis no Mato Grosso do
Sul, a dos Guimarães no Goiás e a Chapada dos Veadeiros nos limites com o Nordeste onde se
encontra o Espigão Mestre dividindo a bacia do São Francisco e Tocantins, essa última a maior
bacia hidrográfica exclusivamente nacional.

Planície do Pantanal

O Pantanal é a maior planície alagado do planeta encontrando-se na condição de depres-


são relativa (acima do nível do mar) com uma altitude em torno de 100 metros. A planície do
Pantanal possui a leste o planalto Central sendo abastecida pela bacia do Paraguai com duas
estações, uma de cheia e uma seca.
A planície do Pantanal caracteriza-se por duas morfologias:

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RELEVO CARACTERÍSTICAS

Cordilheira Pequenas elevações que não sofrem inundações.

Partes mais baixas, de formatos circulares, inundadas


Baías ou lagos durante a estação chuvosa, formando lagoas.

Veja:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_CentroOeste_physical_map.png

Clima

O clima tropical é predominante na região Centro-Oeste do Brasil caracterizado por ter um


verão bastante quente e chuvoso entre os meses de outubro a abril, e um inverno seco, entre
os meses de maio a setembro. É importante destacar que o norte do Mato Grosso pertence a
Amazônia predominando um clima equatorial com temperaturas em torno de 28 °C e valores
pluviométricos em torno de 2500 mm de chuvas anuais. A região tem predominantemente um
clima tropical com chuvas em torno de 1.000 e 1.500 mm de chuvas anuais e temperaturas

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médias por volta de 21 °C. A porção meridional da região Centro-Oeste possui temperaturas
mais amenas devido à transição com o clima subtropical na porção sul do Mato Grosso do Sul.
É comum um abaixamento brusco da temperatura devido a atuação da Massa Polar Atlântica
através do vale do rio Paraguai impactando no Mato Grosso e no Mato Grosso do sul.
As porções mais elevadas do Planalto Central caracterizam-se pela presença do clima tro-
pical de altitude com temperaturas mais amenas e áreas de intensa geada (solidificação do
orvalho). Em outras partes da região também é normal ocorrer geadas. A planície do Pantanal
é uma das áreas mais quentes da América do Sul, e por esse motivo, forma um núcleo de baixa
pressão que atrai os ventos alísios que caminham da alta para baixa pressão intensificando as
chuvas na região.
Veja:

http://geofundamental.blogspot.com/2015/11/regiao-centro-oeste-atividade-7-ano.html

Hidrografia

A Região Centro-Oeste tem uma posição estratégica a qual agrupa as seguintes bacias:
• Bacia Amazônica – é a maior bacia hidrográfica do planeta com o rio mais extenso do
mundo. Particularmente em Mato Grosso ocorre o deslocamento de rios como o Xingu,
Juruena, Teles Pires e Tapajós que são afluentes do Amazonas.

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• Bacia do Tocantins-Araguaia – localiza-se no ponto mais ocidental de Goiás e no extre-


mo norte do Mato grosso, sendo a maior bacia exclusivamente nacional abrigando a
quinta maior usina hidroelétrica do planeta, a de Tucuruí.
• Bacia Platina – formada pelo conjunto da bacia do Paraná (maior potencial energético
do país) e bacia do Paraguai (abastecimento do Pantanal).

A bacia do Paraguai é a mais extensa do Centro-Oeste onde as principais nascentes se


encontram na Chapada do Parecis (MT) e tem como afluentes de enorme importância os rios
Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a Planí-
cie Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo Pantanal Mato-grossense.
A porção setentrional do estado de Goiás e o leste do Mato Grosso são abastecidos pelas
nascentes dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Por fim, ganha destaque o Espigão Mes-
tre que funciona como dispersor de água dividindo a bacia do Tocantins e do São Francisco
(possui o rio da integração nacional). Os limites entre Minas Gerais, São Paulo e Paraná ocorre
um encontro com o Centro-Oeste a partir do rio Paraná e pelo rio Paranaíba na porção meridio-
nal de Goiás.
Veja:

https://brainly.com.br/tarefa/10568990

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Vegetação

A biodiversidade é uma marca da região Centro-Oeste com diferentes formações vegetais


tais como a Floresta Amazônica, Cerrado, Mata de Terra Firme, Várzea ou igapó. O fato do
norte do Mato Grosso pertencer a Amazônia Legal faz com que exista uma intensa floresta ex-
tremamente densa nessa região com grande umidade e reduzida amplitude térmica. Contudo
é importante salientar que o Centro-Oeste possui em sua maior parte a presença do Cerrado
com árvores de médio porte, galhos retorcidos, casca grossa e raízes profundas. É um bio-
ma bastante devastado pela monocultura de soja, e apesar disso, possui grande variabilidade
estando presente o campo limpo (vegetação herbácea), campo sujo (vegetação herbácea e
arbustiva), cerrado tradicional (equilíbrio entre vegetação arbustiva e arbórea), cerradão (vege-
tação arbórea) e mata de galeria (vegetação ciliar).
Os campos limpos lembram os pampas gaúchos alagáveis nas cheias de verão. A floresta
tropical que existia na região está praticamente extinta.
Veja:

http://geofundamental.blogspot.com/2015/11/regiao-centro-oeste-atividade-7-ano.html

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Extrativismo

A região se destaca pela extração do ouro, diamante e ferro. Podemos também destacar
como recursos da região:
• Manganês;
• Níquel;
• Cristal de rocha.

O extrativismo vegetal é uma atividade econômica extraindo-se a borracha, madeiras de


lei, como mogno, cedro, imbuia. No sudoeste do Mato Grosso extraem o angico e poaia que
fornecem matéria-prima para a indústria química. O extrativismo animal é representado pela
caça e não possui expressão comercial regular e oficializada.
Caro(a) concurseiro(a), destacamos em detalhes os aspectos associados a região Centro-
-Oeste, mas ainda não é tudo temos que retratar a região Sudeste.
Vamos lá!

Região Sudeste
Aspectos Gerais

A região sudeste é a segunda menor do território brasileiro com área em torno de 924.620,678
km², ocupando aproximadamente 10,85% do país. O IBGE ressalta o sudeste como a região
mais populosa e povoada do país (95,1 hab./ km²). A região engloba uma população de apro-
ximadamente 88 milhões de habitantes abrangendo 44% da população brasileira, apesar de
cerca de 28 milhões de pessoas serem fruto de imigração. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) destaca que a população se encontra distribuída irregularmente pelos esta-
dos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo com predomínio da população
no litoral.
É sem sombra de dúvida o “coração financeiro” do país com grande número de indústrias e
com o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que é atualmente de 0,816,
ficando atrás do sul do Brasil. As cidades de Vitória (ES), São Paulo (SP), Águas de São Pedro
(SP), Niterói (RJ) são uma referência quando destacamos o IDH. A cidade de Caetano do Sul
(SP) está no topo dessa lista.
O Sudeste tem como principal aspectos a forte presença de uma população residente em
meio urbano que intensifica alguns problemas sociais como a poluição, a violência urbana, os
engarrafamentos, a dificuldade de moradia. O acesso ao trabalho formal é outra grande dificul-
dade da região destacando o estado do Rio de Janeiro como maior déficit de desempregados
com aproximadamente 15% da população economicamente ativa.

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A região Sudeste é conhecida por sua força econômica e suas grandes cidades e nela es-
tão localizadas São Paulo (a única megacidade do país com uma população acima de 10 mi-
lhões de pessoas), Rio de Janeiro e Belo Horizonte, algumas das principais cidades brasileiras
e importantíssimas para a economia nacional.
Em relação a população é importante ratificar que mais de 87% da população vive em meio
urbano alcançando padrões similares as grandes potências europeias. A região possui ele-
vados índices econômicos, assim como a taxa de industrialização e em um passado remoto
ainda no século XX, foi o território que mais atraiu migrantes em busca de melhores condições
de vida e oportunidades de trabalho.
Conforme dito anteriormente o Sudeste possui quatro estados e um economia diversifica-
da, com muitas oportunidades no terceiro e quartos setores econômicos.
Veja:

Estado Capitais Gentílicos

Capixaba ou espírito-
Espírito Santo Vitória
santense

Minas Gerais Belo Horizonte Mineiro

Rio de Janeiro Rio de Janeiro Fluminense

São Paulo São Paulo Paulista

Caro(a) concurseiro(a), é importante destacarmos alguns dados da região sudeste de acor-


do com o IBGE do ano de 2019.

Dados Característica

aproximadamente, 924.620,678 km²


Área territorial: resultando em 10,85% do território
brasileiro.

População: 88.371.433 habitantes


Rendimento domiciliar per
Aproximadamente 1.666,75 reais
capita (em reais):
Densidade demográfica: 95,13 habitantes por km²
Índice de Desenvolvimento
0,753
Humano:

O Brasil possui irregular ocupação que se deu do litoral para o interior tendo a atividade
açucareira responsabilidade pelo fenômeno de colonização no país. Já a região sudeste tem

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uma ocupação atrelada a descoberta de ouro na região, no século XVII, por volta de 1695 (em
Caetés-MG), e de outras pedras preciosas, como o diamante a partir do movimento de bandei-
ras e entradas que eram vistos como solução em função da decadência do ciclo açucareiro no
Brasil. O fato de tais riquezas terem sido encontradas, a princípio, em Minas Gerais, deu início
a vários povoados que, posteriormente, transformaram-se em grandes cidades.
Os colonizadores que antes se concentravam no litoral, partiram para o interior, formando
núcleos urbanos, que se desenvolveram em torno das áreas da mineração, que depois se trans-
formaram em cidades, entre ela destacam-se Ouro Preto, São João del Rei, Mariana e Sabará.
As necessidades populacionais de quem vivia na região das minas levaram ao surgimento
de atividades agrícolas e comerciais. O interesse nas pedras preciosas era tão grande que
atraía inúmeros migrantes no século XVIII e buscando intensificar a fiscalização diante de
possível tráfico de ouro e pedras preciosas o governo português decidiu, em 1763, transferir a
capital de Salvador para o Rio de Janeiro. Com isso, o centro da economia colonial passava a
ser o Sudeste.
A capital Salvador, foi transferida para o Rio de janeiro, por se encontrar próxima da minera-
ção. Por volta de 1765, com a decadência do “ciclo do ouro”, em virtude dos elevados impostos
pagos ao colonizador, da falta de técnicas para minas profundas e com o esgotamento das
jazidas minerais, a população migrou para os atuais estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ao longo do século XIX, outras atividades econômicas despontaram na região, como o
cultivo do café. Inicialmente, esse cultivo foi introduzido no estado do Rio de Janeiro, no início
do século XIX, na região do rio Paraíba do Sul. Com o passar dos anos, a produção expandiu-
-se para os demais estados do Sudeste, principalmente em São Paulo, local que atraiu grande
número de imigrantes italianos.
A agricultura especulativa já despontava nessa época com uma produção voltada para o
mercado externo, inicialmente com mão de obra indígena, escrava africana e posteriormente
europeia. O relevo acidentado e o baixo uso da técnica de terraceamento (degraus que melho-
ram a absorção e dificultam a erosão) faz com que a produção fluminense seja deslocada para
São Paulo, em terreno relativamente plano. Em suma, o desmatamento nas encostas fluminen-
ses e o acentuado processo erosivo contribuíram para que o café ganhasse força nos terrenos
planos paulistas. Assim, o estado de São Paulo iniciava o domínio da produção cafeeira no
Brasil, na segunda metade do século XIX ao sul de São Paulo e norte do Paraná na região de
terra roxa.
É no final do século XIX e a partir da abolição da escravidão e a intensificação da imigra-
ção de nordestinos e europeus que o Sudeste aumentou seu contingente populacional com
uma vasta mão de obra, além de capital oriundo do café para o desenvolvimento de atividades
industriais. Esses fatos propiciaram o início da industrialização brasileira na região, no final
do século XIX, sendo atualmente a mais industrializada. Inúmeras ferrovias e rodovias foram
construídas para escoar os produtos das fazendas de café e de outras agriculturas. Muitas

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cidades surgiram ao redor dessa região. Apesar da crise que se abateu na economia mundial
em 1929 que reduziu a exportação do café para os Estados Unidos e para Europa, a política
intervencionista de Vargas, mesmo tardiamente, impulsionou a economia brasileira tornando a
região sudeste a área mais industrializada e de maior concentração de população do país, gra-
ças ao grande número de mão de obra e dinheiro em caixa fruto da cafeicultura. A construção
da Rodovia Anchieta e a existência da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que já em 1938, ligava
São Paulo ao Porto de Santos, agilizou as importações e exportações, tornando Santos o porto
mais importante em todo território nacional. É fundamental destacarmos que ao longo dessas
vias surgiu o chamado o ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo,
São Caetano e Diadema, integrando à região metropolitana.
Caro(a) concurseiro(a) para que nosso entendimento seja de excelência é fundamental
inicializamos o estudo dos aspectos físicos na região sudeste que servirão de base para com-
preendermos os motivos de tamanho desenvolvimento industrial e econômico dessa macror-
região do Brasil.

Aspectos Físicos
Relevo

O Sudeste possui uma enorme distinção altimétrica com áreas que variam de 500 a 1200m
com enorme destaque para a serra da Mantiqueira, do Mar, do Espinhaço, a Serra Geral e as
amplas baixadas litorâneas do Espírito Santo e Rio de Janeiro que possuem um clima mais
ameno lembrando algumas regiões europeias.
O relevo da região é bastante diversificado com a presença de planícies costeiras largas,
na formação de baixadas, ou estreitas, onde é comum a formação de lagos, praias (Ipanema-
-RJ, Guarapari-ES, Guarujá-SP) e restingas, além da forte presença das serras como a Canastra
(onde estão as principais nascentes do rio São Francisco), constituídas por rochas cristalinas
e irregulares, planaltos e escarpas.
As rochas sedimentares têm maior presença no planalto Meridional e geralmente são cons-
tituídas por restos vulcânicos compondo o planalto arenito-basáltico e entre ele e as elevações
leste e sudeste, encontram-se também a depressão periférica.
Entre as principais formas de relevo do sudeste podemos destacar duas grandes divisões.
Veja:

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Parte da Serra da Mantiqueira em Passa-Quatro, Minas Gerais


Serra dos Órgãos em Teresópolis, Rio de Janeiro.

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 Obs.: O nordeste da região (nas costas da Serra do Espinhaço) possui diversas chapadas
sedimentares nos limites com a região Centro-Oeste, destacando-se o Espigão Mestre,
vasta extensão aplainada constituída por rochas antigas e intensamente trabalhadas
pela erosão. A Depressão Sanfranciscana situa-se entre o Espigão Mestre e a serra do
Espinhaço, é uma área de grande importância devido a presença do rio da integração
nacional – O São Francisco.

Em resumo podemos destacar que:


• Planalto Meridional: possui estrutura sedimentar, ocupando todo o centro-oeste de São
Paulo e o oeste de Minas Gerais. É formado por dois blocos: o planalto Arenito-basáltico
e a Depressão Periférica.
• Planalto Arenito-basáltico: ocorre a alternância de rochas pouco resistentes, como o
arenito (sedimentar), e outras muito duras, como o basalto (vulcânica), o que favorece
o aparecimento das chamadas cuesta (planaltos assimétricos, também denominados
como serra de Botucatu)
• Depressão Periférica: Zona de contato baixa e plana, que se assemelha a uma canoa,
entre as serras e planaltos do Leste e Sudeste (de estrutura cristalina) e o planalto Are-
nito-basáltico (de estrutura sedimentar).

Veja o relevo do sudeste:

https://docplayer.com.br/79635206-Apresentacao-da-regiao-sul-a-regiao-sudeste.html

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Clima

A localização geográfica do sudeste é a responsável pelo clima tropical. A região encontra-


-se entre os trópicos com elevada temperatura na maior parte dos estados. Contudo é impor-
tante destacar que apesar da maior parte dos estados possuírem elevadas temperaturas as
áreas serranas de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo possuem um clima
tropical de altitude com grande influência dos fatores climáticos como a altitude.
A altitude em um relevo exerce grande influência na distribuição de chuvas e nas diferenças
de temperaturas. Na cidade do Rio de Janeiro e em Santos, há maiores índices pluviométricos
do que em Belo Horizonte, por exemplo. Isso porque as primeiras são litorâneas, recebendo
muita umidade do oceano (maritimidade). Já a capital mineira está em uma área elevada de
852 metros acima do nível do mar, com bairros que atingem mais de 1500 metros de altitude.
Caro(a) estudante, é perceptível a forte atuação da altitude como elemento de transforma-
ção das temperaturas destacando-se no interior paulista a cidade de Campos do Jordão (1600
metros acima do nível do mar) que possui um clima semelhante aos países europeus com
temperaturas amenas atraindo um grande volume de turistas. Nessas regiões, o clima é o tro-
pical de altitude, com baixas temperaturas, presença de geadas no inverno e índices pluviomé-
tricos de 1500 mm anuais. No litoral, temos o clima tropical litorâneo, com altas temperaturas
e índices pluviométricos elevados.
É importante destacar a presença do clima tropical semiárido situado na porção setentrio-
nal de Minas Gerais no vale do Jequitinhonha, onde as temperaturas são bastante elevadas e
as chuvas extremamente escassas e mal distribuídas durante o ano.
Em suma, podemos destacar que a região sudeste é fortemente influenciada pelo clima
tropical onde as temperaturas estão torno de 22ºC e a umidade por volta de 1500 a 2000 mm
de chuvas anuais. É claro que existem especificidades das diversas áreas da região sudeste
com o litoral influenciado pelo clima tropical Atlântico com elevada umidade e forte atuação da
massa tropical Atlântica provocando chuvas no verão e secas no inverno.
A região Sudeste é predominantemente influenciada pelo clima tropical, havendo diversi-
dade de clima conforme a altitude e pressão atmosférica, bastando para isso analisar a tem-
peratura média de 20ºC nas regiões limítrofes entre o Paraná e São Paulo e no norte de Minas
Gerais em torno de 24ºC em média. A região serrana, onde estão as serras da Mantiqueira, do
Mar e Espinhaço, registra marcas de 18ºC em média. Nessa mesma região, no inverno, as tem-
peraturas podem chegar a 4ºC negativos e as máximas chegam a 20ºC.

 Obs.: O clima subtropical e semiárido também são vistos na região, o primeiro no sul do
estado de São Paulo, próximo à divisa com o Paraná, com uma grande variação térmi-
ca e boa distribuição pluvial, e o segundo no norte de Minas Gerais, caracterizado pela
aridez e baixa pluviosidade.

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Veja os climas da região sudeste:

http://regioesbemfoco.blogspot.com/2014/09/clima-da-regiao-suldeste.html

Vegetação

A vegetação da região sudeste é aquela que apresenta maior distinção se comparada às


demais macrorregiões brasileiras, tendo o processo de ocupação através da industrialização,
e automaticamente da urbanização, contribuído de forma substancial para a enorme devasta-
ção e diferenciação dos biomas da região. A ocupação desordenada com a vinda de grande
número de pessoas, fruto da mecanização do meio rural (Revolução Verde), contribuiu enorme-
mente para ocupação de áreas antes destinadas a preservação ambiental.
A região sudeste se destaca pela presença da vegetação de caatinga, cerrado, mata Atlân-
tica e a vegetação litorânea (mangues e restingas).
Vale destacar cada uma das vegetações:
Mangues: é uma vegetação situada no litoral tendo papel de filtro biológico, separando a
água doce para entrar em contato com a água salgada. É forte a presença de uma fauna e flora

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de água doce e salgada, daí sua enorme importância. Os mangues possuem raízes aéreas de-
nominadas de pneumatóforas onde é grande a presença de bactérias nitrificantes captando o
nitrogênio na atmosfera e aumentando a fertilidade do solo.
Caatinga: é uma vegetação xerófila adaptada à escassez de água e com folhas aciculifo-
liadas, ou seja, em forma de agulha para evitar a transpiração excessiva, pois a disponibilidade
de água na região é bastante reduzida. A catinga adaptou-se plenamente no norte de Minas
Gerais na região do vale do Jequitinhonha
Cerrado: é considerado um Hotspot, ou seja, um bioma onde três quartos da vegetação
original foi devastada e há um grande risco de extinção das espécies endêmicas. O cerrado é
caracterizado por ser uma vegetação de médio porte com galhos tortuosos, raízes profundas e
casca grossa sendo encontrado principalmente na porção mais oeste da macrorregião sudeste.
Mata Atlântica: está entre os biomas com as maiores biodiversidades do planeta, contudo
sofre intenso processo de devastação desde o período colonial até os dias atuais. No passado
colonial a devastação foi fruto de diversos ciclos econômicos tais como o Pau-Brasil, ciclo do
açúcar e o ciclo do ouro. Atualmente a devastação deste bioma tem uma íntima relação com
o movimento de transumância que consiste no deslocamento de pessoas em determinada es-
tação do ano, contribuído para a devastação do bioma para implantação de uma infraestrutura
para recepção dos turistas (hotéis, pousadas, restaurantes). A mata Atlântica, assim como o
cerrado, é um Hotspot.

 Obs.: A vegetação é formada principalmente por florestas tropicais, porém também pode-
mos encontrar em alguns casos matas Ciliares e de Galerias.

Mata Atlântica do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro.

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As áreas mais altas das serras e planaltos do Leste e Sudeste, ao sul, de clima mais sua-
ve, são ocupadas por uma ou outra espécie do que foi um dia a floresta subtropical ou Mata
de Araucária. Em extensões também reduzidas do planalto aparecem trechos de formações
campestres: os campos limpos, ao sul do estado de São Paulo, e os campos serranos, ao sul
de Minas Gerais. Ao longo do litoral, faz-se presente a vegetação típica das praias, conhecida
por vegetação litorânea.
Observe a vegetação da região sudeste:

http://geofundamental.blogspot.com/2015/10/regiao-sudeste-aspectos-fisicos.html

Hidrografia

A região sudeste tem o papel de dispersora de água para as demais regiões devido a pre-
sença de um relevo bastante acidentado. A bacia do rio da integração nacional, rio dos Currais,
São Francisco ou Velho Chico juntamente com a bacia do Paraná possui grande potencial de
geração de energia se destacando na região.
Vejamos cada uma dessas bacias:
Bacia do São Francisco: é a bacia do Rio da integração nacional que possui essa denomina-
ção já que está presente em cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e
Pernambuco. A bacia do São Francisco é também denominado de rio dos Currais uma vez que
no período colonial havia enorme competitividade entre o cultivo de cana-de-açúcar e a pecuá-
ria e os atritos que surgiram provocaram os deslocamentos dos animais, via rio São Francisco,
para Minas Gerais onde o destino seria acompanhado a pé por tropeiros até a porção central

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do Brasil, facilitando posteriormente o movimento de interiorização do país. É importante des-


tacar que apesar do Rio São Francisco ser de Planalto é extremamente navegável de Pirapora
(Minas Gerais) até Juazeiro, na Bahia. É marcante também o grande número de hidrelétricas de
médio porte destacando-se o complexo de Três Marias, à usina hidrelétrica de Paulo Afonso,
Apolônio Sales, Xingó, Itaparica e Sobradinho essa última referindo-se a profecia de Antônio
conselheiro que dizia que o “sertão vai virar mar”.
O rio mais importante da região nordeste, o Rio São Francisco, nasce em Minas Gerais na
Serra da Canastra recebendo alguns grandes afluentes no nordeste e outros menores, que che-
gam inclusive a secar (rios temporários).
O São Francisco tem alta importância regional por oferecer transporte, alimentação, ener-
gia e irrigação.
No seu alto curso, que vai da nascente a Pirapora (Minas Gerais), o São Francisco é aciden-
tado e não navegável, oferecendo, por outro lado, alto potencial hidroelétrico.
A Usina Hidroelétrica de Três Marias foi aí construída a fim de regularizar o curso do rio,
fornece energia elétrica e ampliar seu trecho navegável, através de comportas que fazem subir
o nível das águas. Já no médio curso, que estende de Pirapora e Juazeiro (estado da Bahia),
o rio é inteiramente navegável. O baixo curso do São Francisco localiza-se inteiramente na re-
gião Nordeste.
A bacia do São Francisco é fundamental para Minas Gerais abastecendo a região metropo-
litana da capital mineira, Belo Horizonte. Esse rio corre no sentido sul–norte, tendo sua foz na
região Nordeste.
Bacia do Paraguai: o rio principal é formado pela junção dos rios Paranaíba e Grande. Nes-
sa bacia se localizam algumas das maiores hidroelétricas do país, tanto no rio Paraná (Urubu-
pungá e Itaipu) como nos rios Paranaíba (Cachoeira Dourada e São Simão) e Grande (Furnas
e Volta Grande). A bacia do Paraná está presente nos estados de Minas Gerais e São Paulo,
com importantes rios que contribuem com o abastecimento de água e a geração de energia
elétrica para a população. Como destaque, citamos os rios Tietê, Grande e Paraná. É a bacia
com maior potencial de geração de energia possuindo 7 das 10 maiores hidrelétricas o Brasil
e a presença da segunda maior hidroelétrica do planeta a usina de Itaipu, financiada no ano de
1979 pelo BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) sendo inaugurada em 1984 após
uma parceria com o Paraguai.
A região sudeste também se destaca pela presença das bacias integradas veja:
• Bacias do Leste - São um conjunto de bacias secundárias de diversos rios que descem
das serras litorâneas para o Atlântico, merecendo destaque as bacias dos rios Pardo, rio
Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, e Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro.
• Bacias do Sudeste-Sul - A região Sudeste é drenada também por estas bacias, destacan-
do-se a do rio Ribeira do Iguapé, no estado de São Paulo.

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Veja as bacias hidrográficas do Sudeste:

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A bacia Platina é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.


Caro(a) concurseiro(a), destacamos em detalhes os aspectos associados a região sudes-
te, mas ainda não é tudo temos que finalizar com chave de ouro retratando a região Sul.
Vamos lá!

Região Sul
Aspectos Gerais

Inicialmente a região sul foi povoada por portugueses e lusos brasileiros. A origem do po-
voamento ocorreu na segunda metade do século XVIII a partir das missões jesuíticas forman-
do diversas cidades como São Borja, Santo Ângelo, São Miguel das missões e São Nicolau.
A principal atividade desenvolvida na região era a pecuária voltada para a produção do couro
e da carne para abastecimento de Minas Gerais. A pecuária desenvolvida era a extensiva, ou
seja, os animais eram criados livres. No início do século XIX, as áreas campestres da atual Re-
gião Sul, estavam ocupadas por criadores de gado, migrantes de origem paulista e imigrantes
açorianos, (das ilhas de Açores a oeste de Portugal), atraídos pela concessão de terras, entra-
ram nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Atualmente a região sul é a menor entre todas as macrorregiões brasileiras com uma área
de 576.774.310 km², o que corresponde a 6,76% do território brasileiro sendo a única localiza-
da na zona temperada, possuindo uma posição bastante estratégica para o fortalecimento do
comércio com os países do Mercosul.
A principal característica da região é a presença de uma população de origem europeia
marcada pela presença de italianos, alemães, poloneses e ucranianos.
Os três estados da Região Sul e suas capitais são:

Estado Capitais Gentílicos

Paraná Curitiba Paranaense

Santa Catarina Florianópolis Catarinense

Rio Grande do Sul Porto Alegre Gaúcho ou sul-rio-grandense

A produção de uva na região é uma atividade bastante favorável para o desenvolvimento do


turismo destacando-se a cidade de Gramado, Canela e Serra gaúcha que com baixas tempera-
turas se tornaram bastante atraentes no desenvolvimento da vinicultura.
A região sul possui uma localização estratégica limitada ao norte pelos estados de São
Paulo, Mato Grosso do Sul, ao sul pelo Uruguai, a oeste pelo Paraguai e pela Argentina, além de
ser banhada a leste pelas águas do Oceano Atlântico. É única região brasileira localizada em
sua maior parte na porção sul abaixo da zona tropical (a parte norte situa-se acima do Trópico
de Capricórnio). O sul se destaca pelas quatro estações bem definidas e um inverno bastante
rigoroso, apresentando geada e até neve.
O relevo da Região Sul tem uma pequena quantidade de acidentes geográficos, predomi-
nando um grande planalto, geralmente, de pequena elevação.
A expansão demográfica se deve a chegada dos imigrantes europeus que não foram os
únicos, já que os primeiros imigrantes vieram dos Açores com destino para Santa Catarina e
no Rio Grande do Sul, seguindo pelos germânicos e italianos na cidade de São Leopoldo (RS). A
participação dos imigrantes é perceptível na arquitetura, hábitos, valores, costumes destacan-
do-se nesses aspectos as cidades de Cascavel, Caxias do Sul, Blumenau, Pomerode.
A Região Sul concentra uma área industrial significativa, que se estende de Curitiba (PR)
até Blumenau em Santa Catarina e outra área que se prolonga de Porto Alegre, para o norte,
tendo como centro a cidade de Caxias do Sul (RS). O estado de Santa Catarina é o maior pro-
dutor nacional de ostras e mexilhões cultivados em grandes parques aquícolas. O norte do
Paraná possui grande produtividade na área de terra roxa (café), tornando-se uma região de
povoamento mais recente a partir das colônias agrícolas.
A Catarata do Iguaçu, formada pelo rio do mesmo nome, localizada no Parque Nacional do
Iguaçu, no estado do Paraná, é considerada Patrimônio Natural da Humanidade. A população

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das cidades da Região Sul cresceu bastante sendo as mais populosas Curitiba e Porto Alegre.
O desenvolvimento industrial foi iniciado nas décadas mais recentes principalmente no Rio
Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina e Região Metropolitana de Curitiba. A extração de
carvão mineral ocorre na região de Criciúma (SC), contudo é um carvão de baixa qualidade
como a turfa e o linhito.
A bacia do Paraná que abastece a região sul possui o maior potencial hidroenergético ten-
do 7 das 10 maiores usinas hidroelétricas do país.
A qualidade de vida também é um ponto de grande relevância com o maior índice de de-
senvolvimento Humano (IDH) do Brasil, 0,823 e o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) per
capita do país. A região é também a mais alfabetizada, 95,2% da população, e a com menor
incidência de pobreza.

Relevo

O principal relevo da região sul do Brasil é o Planalto meridional que possui as maiores
altitudes, menores temperaturas e o clima com a maior precipitação da região. A presença das
serras é um aspecto que se mistura com a paisagem local destacando-se a serra central, do
sudeste e do mar, além de uma grande faixa de terras formadas por ondulações suaves deno-
minadas de coxilhas, que são drenadas por vários rios da região, e com forte presença de uma
vegetação rasteira no extremo sul do Brasil na região da Chapada gaúcha.
A atividade econômica vem impactando de maneira substancial nos solos da região uma
vez que a pecuária intensiva vem promovendo o intenso pisoteamento no solo o que poderá
acarretar a arenização que representa uma etapa anterior ao fenômeno de desertificação. É
um fenômeno que está em expansão nos municípios de Francisco de Assis, Itaqui, Cacequi,
Quaraí e o maior deles o Areal de São João.
O relevo da região Sul é caracterizado, em sua maior parte, pelo planalto Atlântico (Aroldo
de Azevedo) e Planalto Meridional com forte presença da Mata das Araucárias bastante de-
vastadas pelas indústrias de celulose e de moveis tornando-se um hotspot. O extremo sul do
Brasil encontram-se formações de relevo mais plano, conhecidas como planície dos Pampas.
A formação dos Pampas também dá nome ao tipo de vegetação rasteira, de gramíneas, mais
encontradas no Rio Grande do Sul.
O planalto Meridional constitui-se de rochas de velhos sedimentos (arenitos) e extensas
rochas de erupções de magmas (basaltos).
A partir dos critérios de Jurandyr Ross o relevo encontra-se subdividido em:

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Relevo Características

Forma cuestas, chamadas de Serras – Serra


Planalto Arenito- Geral (Santa Catarina) e coxilhas (Rio Grande
basáltico do Sul)

chama-se planalto dos Campos Gerais


Depressão Periférica (Paraná)

Depressão Central (Rio Situada na porção central do Rio Grande do


Grande do Sul) Sul

O planalto orogênico forma-se de velhas rochas de cristais junto à costa e das montanhas
da serra do mar. Nas regiões de menor altitude e de maior ondulação no sul, são caracteriza-
das as serras, com suas numerosas coxilhas. Na Planície Costeira ou Litorânea, são visíveis
vales menores, que se encaixam nos planaltos, e uma extensão de planície litorânea.
O ponto mais elevado da região sul é o Pico Paraná, com 1922 metros de altitude. Porém
o Morro da Igreja, em Santa Catarina, possui 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado
mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do
Brasil: -17,8 °C, em 29 de junho de 1996.
A elevação mais destacada no planalto Meridional é a serra Geral que, no Paraná e em
Santa Catarina, é visível na parte de trás da serra do Mar, porém no Rio Grande do Sul acaba
juntamente à costa, sendo a unidade geomorfológica formadora de falésias como as que são
visíveis nos balneários da cidade de Torres, município gaúcho.
Veja o relevo da região sul:

https://brainly.com.br/tarefa/24225798

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A região possui ainda vales menores, os quais encaixam-se em ambos os imensos pla-
naltos (Cristalino e Meridional) e uma extensão de planície litorânea, juntamente à costa. No
Paraná, a planície mais destacada é a Baixada Paranaense e, no Rio Grande do Sul, são salien-
tadas as restingas que servem de “fechamento” de enseadas e que são formações de lagoas
litorâneas, como a lagoa dos Patos e a lagoa Mirim. Em Santa Catarina, a planície litorânea
tem pouco comprimento, acima de tudo no norte, e dessa forma é continuada pelo litoral do
Paraná, pelo qual são formados balneário, dunas ou ainda restingas.

Vegetação

A mata de Araucária é a principal vegetação presente na região sul do Brasil destacando-se


no estado do Paraná, contudo tem sido bastante devastada nos últimos anos fruto da utiliza-
ção como matéria-prima das indústrias de celulose e indústrias de mobiliários. Já o extremo
sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, a principal vegetação são os Campos, coxilhas ou Pampas
que cobrem o solo para que não ocorra intensa ação dos agentes erosivos, porém a pecuária
intensiva tem sido responsável pela acentuada devastação em função do fenômeno de pisote-
amento que é uma etapa anterior a desertificação, o que já vem ocorrendo na região nordeste
mais especificamente no sertão nordestino.
A mata dos pinhais ou de araucária cobria vastas áreas da região sudeste e era formada
também por outras espécies como imbuia, cedro, canela, gameleira, angico, tamboril, mas com
o desmatamento para construção de casas, fabricação de móveis e para dar lugar à prática da
agricultura, o pouco que sobrou foi transformado em áreas de preservação ambiental.
O litoral da região sul tem forte presença da mata Atlântica que vem sendo devastada
principalmente em função da especulação imobiliária para a construção de hotéis, pousadas,
casas de praia, toda a infraestrutura necessária ao fortalecimento do turismo local.
A mata atlântica, com grande cobertura vegetal primitiva, cobre grande parte da Serra do
Mar que se estende na região. Nela, encontram-se espécies como a figueira, canela, pinho-bra-
vo, embaúba, pau-óleo, ipê amarelo, ipê da serra, carvalho etc., que é um importante bioma local.
A região é ocupada também por uma grande extensão de campos. Os campos dos planal-
tos, que vão do Paraná até o norte do Rio Grande do sul, e os campos da Campanha Gaúcha
ou Pampa, que aparecem com uma camada de erva rasteira. A restinga faz parte da vegetação
da Região Sul.
Em suma a vegetação da Região Sul é influenciada principalmente pelo clima e o relevo da
região. São vegetações do Sul: a Mata Atlântica
(Serra do Mar) e a Mata dos Pinhais (nos Planaltos) e os Campos, cujo exemplo mais co-
nhecido é a Campanha Gaúcha ou os Pampas.
Veja:

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Clima

A região sul está localizada em sua maior parte na zona temperada ou subtropical com
quatro estações bem definidas onde ocorre um verão extremamente quente, o inverno rigoro-
so, o outono onde as vegetações perdem as folhas para evitar a desidratação e a primavera
que se caracteriza pelo momento de renovação.
A maior parte da Região Sul do Brasil está localizada abaixo do Trópico de Capricórnio, na
Zona Temperada do Sul. Com isso, o clima predominante é o temperado ou subtropical.
O clima temperado possui temperaturas em torno de 18º e pluviosidade de 1800 a 2000
mm de chuvas anuais. É no inverno que ocorre a atuação da massa polar Atlântica (MPA)
provocando a geada (consiste na solidificação do orvalho) que leva enormes prejuízos a agri-
cultura local, uma vez que a região sul é uma das grandes produtoras de grãos do território
brasileiro.
A região Sul é a mais fria do país, principalmente na região do planalto serrano localizado
no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O norte do Paraná tem uma característica peculiar por possuir o clima tropical a maior
parte do ano com o verão chuvoso e um inverno seco. As demais regiões paranaenses como
na porção central do estado e no planalto serrano de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul,
estão sujeitas ao clima temperada onde o inverno costuma registrar temperaturas abaixo de
zero com o surgimento de geada e até de neve em alguns municípios.

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Veja o clima da região sul:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_clima_Regiao_Sul.gif

A temperatura média anual situa-se entre 14 e 22 ºC, sendo que nos locais com altitudes
acima de 1.100 m, cai para aproximadamente 10 ºC. Em relação à pluviosidade, a média anual
oscila entre 1.250 e 2.000 mm, exceto no litoral do Paraná e oeste de Santa Catarina, onde os
valores são superiores a 2.000 mm, e no norte do Paraná, com valores inferiores a 1.250 mm.

Hidrografia

A geomorfologia da região sul é bastante peculiar havendo uma inclinação para o interior
o que faz com o que os rio se desloquem no sentido Leste-Oeste. As duas principais bacias hi-
drográficas da região são a bacia do Paraná e a bacia do Uruguai que juntamente com a bacia
do Paraguai formam a bacia platina.
A hidrografia local é bastante rica com a presença de rios de planalto, caudalosos perenes
o que torna a região uma área extremamente propícia para a implantação de usinas Hidroelé-
tricas como Itaipu considerada a segunda maior do mundo, somente atrás da usina de três
gargantas na china. É importante destacar que das 10 maiores usinas hidrelétricas do Brasil 7
encontram-se na bacia do Paraná com enorme potencial de produção de energia impactando
diretamente na industrialização da região sul.

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A usina de Itaipu, a maior da região e a segunda do mundo, foi construída a partir de em-
préstimos concedidos pelo BNDS banco nacional de desenvolvimento social que forneceu re-
cursos necessários a criação da usina de Itaipu, tanto a parte brasileira quanto à parte para-
guaia, ficando esse último responsável pela cessão do excedente energético até o ano de 2023
como forma de pagamento dos recursos disponibilizados pelo BNDS. Os últimos anos foram
marcados por uma enorme especulação promovida pelos governantes Paraguaios que bus-
cavam novos parceiros comerciais interessados no excedente energético de Itaipu-paraguaia.
Diante das circunstâncias e a necessidade da energia de Itaipu-paraguaia, o governo brasileiro
atropelando todas as leis ambientais imagináveis promoveu forte investimentos no extremo
norte do país visando implantar a terceira maior usina hidrelétrica do planeta, a de Belo Monte.
Em relação as demais bacias existem rios sulistas que fazem seu percurso até desagua-
rem no mar (drenagem exorréica) integrando um conjunto de bacias secundárias, como as do
Atlântico Sul e do Atlântico Sudeste. Entre essas, a mais aproveitável para a hidreletricidade é a
do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, que os brasileiros conhecem muito pelas suas cheias
que não podem ser previstas, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que alcança uma região que
se desenvolveu muito, onde é forte a colonização alemã.
Veja as bacias hidrográficas da região sul:

https://docplayer.com.br/75211049-Apresentacao-da-regiao-sul-a-regiao-sul.html

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Caro(a) concurseiro(a), como já é de costume logo após o estudo da parte teórica iniciali-
zaremos a resolução de questões e é bom que saiba que todas estão comentadas. Lembre-se
é um momento muito importante em sua preparação, então se organize em um ambiente silen-
cioso, iluminado e faça com afinco as questões propostas a seguir.
Mãos à obra!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. Durante o século XIX, a região Norte vivenciou um grande crescimento populacional im-
pulsionado, entre outros fatores, pelo:
a) Ciclo do ouro
b) Ciclo da cana-de-açúcar
c) Ciclo da borracha
d) Ciclo da madeira

No final do século XIX, a região amazônica vivenciou um período de grande crescimento de-
mográfico em razão do ciclo da borracha. A extração do látex das seringueiras amazônicas e o
grande mercado consumidor fizeram com que o preço desse produto se elevasse, despertando
o interesse por trabalho de migrantes de outras regiões do Brasil, especialmente do Nordeste.
Letra c.

002. Julgue os itens a seguir destacando aquele que não corresponde às finalidades da Zona
Franca de Manaus.
a) Promover o desenvolvimento da região Norte.
b) Promover a integração da região Norte com o restante do país.
c) Preservar a soberania nacional com a defesa da fronteira.
d) Estimular a ocupação do território da região Norte e intensificar as ações de preservação
ambiental.

A respeito da Zona Franca de Manaus, o único item incorreto refere-se à ocupação do território
e ações de intensificação da preservação ambiental. Ainda que a ocupação tenha sido decor-
rente do processo de deslocamento de pessoas para a região, ela não foi o principal elemento
para a instalação da Zona Franca de Manaus. As ações de preservação ambiental também não
foram os principais interesses da implantação dessa área industrial.
Letra d.

003. (CESGRANRIO) O potencial de crescimento do mercado de automóveis, associado a ou-


tros fatores, como os incentivos fiscais, vem atraindo, para o Brasil, investimentos por parte
das grandes montadoras, algumas delas já aqui instaladas. Repercussões e impactos desses
novos investimentos já vêm sendo observados na organização da produção e do mercado de
trabalho. Isto pode ser constatado pela tendência à:
a) substituição da mão de obra brasileira de baixa qualificação por trabalhadores do Mercosul.

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b) atuação mais combativa dos sindicatos localizados próximo das grandes montadoras de
São Paulo e de Minas Gerais.
c) implantação das novas fábricas nas Zonas Francas existentes nas Regiões Norte e Nordes-
te do país.
d) diminuição do número de empregos pela robotização de linhas de montagem.
e) eliminação de práticas de terceirização entre os fornecedores de autopeças e as grandes
montadoras.

A respeito do processo de industrialização brasileiro, especialmente no final do século XX,


verifica-se como característica marcante do setor automobilístico a substituição de mão de
obra humana pela robotização das linhas de montagem. Ainda que esse processo eleve os
custos iniciais de produção, estes se dissipam com o retorno econômico-financeiro gerado
aos industriais pela economia com salários, redução de despesas acessórias (energia elétrica,
por exemplo), encargos trabalhistas e, sobretudo, no ganho de produtividade (24h de funciona-
mento, sem horas extras etc.).
Letra d.

004. Indique a maior elevação rochosa do Brasil, situada na região Norte, com 2995,30 metros
de altitude.
a) Pico da Fumaça
b) Morro de São Pedro
c) Pico 31 de Março
d) Pico da Neblina

O pico da Neblina é a maior elevação rochosa do Brasil, situada no extremo norte do Estado do
Amazonas, fronteira com a Venezuela.
Letra d.

005. (UNIMONTES/2015) Para Coelho (1995), a bacia Amazônica drena cerca de 47% do ter-
ritório brasileiro, compreendendo uma área aproximada de 4 milhões de km². A navegação é
facilitada, considerando o relevo predominantemente favorável, daí sua importância como via
de circulação e organização do espaço amazônico. Toda a drenagem da bacia é coletada pela
calha do rio Amazonas. Nesse imenso sistema de drenagem, há de se destacar a importância
do igarapé, que consiste em:
a) Canal que contorna ilha fluvial, favorecendo o deslocamento do caboclo de uma comunida-
de para outra.

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b) Banco de areia que aparece no leito do rio Amazonas, diminuindo a distância de uma mar-
gem à outra.
c) Rio estreito, longo, mais usado pela população ribeirinha como verdadeiras estradas.
d) Canal estreito que liga uma lagoa ou um afluente ao rio principal, interligando peque-
nos portos.

Igarapé é uma espécie de canal utilizado com bastante frequência por ribeirinhos como via de
transporte em áreas com grande quantidade de água.
Letra c.

006. (IFG) A Bacia Amazônica localiza-se no norte do país, nasce na cordilheira dos Andes,
entra no Brasil com o nome de rio Solimões e passa a se chamar rio Amazonas quando recebe
as águas do rio _______.
Assinale a opção que completa essa afirmação.
a) Purus
b) Madeira
c) Tapajós
d) Xingu
e) Negro

No encontro do Rio Negro (águas mais escuras por causa da quantidade de ácidos orgânicos
provenientes da decomposição da vegetação) com o Rio Solimões (aspecto barrento, decor-
rente da quantidade de sedimentos dos Andes), tem-se a formação do rio Amazonas, maior
curso d’água do Brasil em extensão e volume.
Letra e.

007. (ENEM/2011) A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para
sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros
quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasilei-
ros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.

Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambien-
tal descrito é:
a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas
mineradoras.
b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.

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c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao res-


tante do país.
d) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais
e estrangeiras.

a) O Projeto Carajás, operado pela Vale, transforma profundamente a paisagem da Amazônia,
porém, em uma escala local, uma vez que a extração mineral é bem pontual.
b) A expansão da fronteira agropecuária na região da Amazônia é o grande vetor de desmata-
mento. A pecuária extensiva funciona como arco de desmatamento, exercendo forte pressão
sobre a floresta, que, posteriormente, recebe a ocupação da soja. Contudo, o arroz e o milho
são, também, importantes gêneros agrícolas nessa região de expansão. A característica técni-
ca é que são lavouras mecanizadas de cultivo de soja.
c) A obra da Transamazônica continua inacabada, com trechos sem asfalto ou que a floresta
ocupou novamente. A rodovia, inclusive, apresenta um fluxo maior na porção ocidental.
d) As atividades extrativistas do látex, hoje, muitas vezes realizadas por seringueiros e grupos
indígenas, representam atividades sustentáveis de pouco ou nenhum impacto sobre a floresta.
e) As atividades industriais na Zona Franca de Manaus alteraram, sim, a paisagem de Manaus,
porém, o problema se deve à ocupação desordenada da cidade, que, hoje, esbarra nos graves
problemas encontrados nas outras regiões metropolitanas brasileiras.
Letra b.

008. Observe a imagem a seguir:

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Considerando-se o mapa e os conhecimentos das estratégias geopolíticas para um melhor


controle da Amazônia brasileira, é correto afirmar que o
a) Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) tem por finalidade a integração das forças arma-
das, visando à defesa da região.
b) Estado brasileiro, através dos projetos Calha Norte e Sipam/Sivam, tem total controle das
vastidões da Região Amazônica.
c) Projeto Calha Norte teve origem no governo militar, na década de 70 do século passado, e
visava, inicialmente, povoar as fronteiras do norte do país.
d) Projeto Jari, localizado nos limites dos estados de Roraima e do Amazonas, é um gigantes-
co empreendimento de assentamento agrícola que reforça a soberania amazônica.
e) Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) é uma rede de coleta e de processamento de
informações sobre meio ambiente, meteorologia, vigilância aérea e de superfície, e terras indí-
genas, dentre outros, que são enviadas aos órgãos governamentais atuantes na região.

a) Não é o gabarito. O Sipam é parte integrante do projeto Sivam, todavia, o primeiro corres-
ponde à esfera civil desse projeto, enquanto o segundo implica em um monitoramento militar.
b) Não é o gabarito. Embora o Projeto Calha Norte e o Sivam compreendam tentativas de ocu-
pação militar e civil da Amazônia, esses ainda não são suficientes para garantir o controle das
vastidões amazônicas.
c) Não é o gabarito. O Projeto Calha Norte foi idealizado em 1985, no governo de José Sarney,
e visava uma ocupação militar e civil das fronteiras ao norte do país.
d) Não é o gabarito. O Projeto Jari foi concebido em 1967, e corresponde a uma grande fábrica
de celulose.
e) É o gabarito. A alternativa define a correta atuação da Sivam.
Letra e.

009. Assinale a alternativa que apresenta as quatro principais sub-regiões do Nordeste


brasileiro:
a) Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.
b) Zona da Mata, Recôncavo Baiano, Planalto da Borborema e Sertão Maranhense.
c) Agreste, Polígono das Secas, Zona açucareira, Litoral norte.
d) Sertão, Região da Caatinga, Cangaço e Norte Úmido.
e) Litoral, Meio Norte, Noroeste e Oeste.

As quatro sub-regiões do Nordeste são: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.
Letra a.

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010. (UnB) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa INCORRETA sobre o Nordeste semiá-
rido brasileiro:
“Existem na América do Sul três grandes áreas semiáridas - a região Guajira, na Venezuela e
Colômbia; a diagonal seca do Cone Sul que envolve muitas nuances de aridez ao longo da Ar-
gentina, Chile e Equador; e, por fim, o Nordeste Seco do Brasil. Das velhas e repetitivas noções
do ensino médio herdadas um pouco por todos nós restaram observações pontuais e desco-
nexas sobre o universo físico e ecológico do Nordeste Seco.”
(Aziz Nacib Ab Saber, “Ciência Hoje”, Volume Especial - Eco Brasil, mai. 1992.)

a) O semiárido nordestino caracteriza-se por baixos níveis de umidade, escassez de chuvas


anuais e irregularidades no ritmo das precipitações ao longo dos anos.
b) Um dos fatores marcantes da região é a inexistência de rios perenes e caudalosos. Essa
drenagem intermitente inviabiliza projetos de irrigação na área.
c) Apesar de predominantemente seco, no semiárido, encontram-se algumas áreas de mata
úmida, alimentadas por chuvas orográficas. Essas áreas são conhecidas, regionalmente,
como “brejos”.
d) Ao contrário do que se imagina, o Nordeste seco não é o “império” das chapadas. Em 85%
do seu território predominam depressões interplanálticas, situadas entre maciços antigos e
chapadas localizadas.

a) Certa. O clima do semiárido é marcado por níveis baixos de umidade, poucas precipitações,
que costumam ser mal distribuídas ao longo do ano.
b) Errada. O Rio São Francisco é um exemplo da existência de rios perenes e caudalosos na
região, o que viabiliza sim a existência de projetos de irrigação.
c) Certa. Os brejos são algumas das poucas regiões úmidas do sertão nordestino.
d) Certa. A maior parte das regiões nordestinas é interplanáltica, ou seja, está localizada entre
regiões com altitudes um pouco mais elevadas, típicas de planaltos, o que explica a ausência
de massas de ar úmido em algumas regiões.
Letra b.

011. Sobre a população nordestina, julgue os itens a seguir, assinalando V para verdadeiro e F
para falso.
( ) A região Nordeste é etnicamente homogênea, assinalando uma identidade única entre os
seus habitantes.
( ) A sub-região da Zona da Mata é aquela que apresenta o menor número de habitantes.
( ) Em razão do elevado grau de industrialização, a maior parte da população brasileira encon-
tra-se, atualmente, na região Nordeste.

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( ) Apesar de apresentar um elevado índice populacional, algumas regiões do Nordeste apre-


sentam verdadeiros “vazios demográficos”.

(F) – Em virtude da colonização, que foi responsável pela inter-relação sociocultural de povos
ameríndios, africanos e europeus, a região Nordeste é extremamente diversificada sob o ponto
de vista étnico, apresentando, assim, múltiplas identidades.
(F) – Na verdade, a Zona da Mata, por ser a região mais desenvolvida do Nordeste, é a sub-re-
gião mais densamente povoada.
(F) – A maior parte da população brasileira encontra-se, na verdade, na região Sudeste do país.
(V) – Algumas regiões, como o Sertão, apresentam vazios demográficos em função das con-
dições naturais desfavoráveis e, principalmente, do pouco desenvolvimento econômico local.
F, F, F, V.

012. Leia o texto a seguir:


O fenômeno das secas só recebeu a atenção do poder central quando os “coronéis” sertanejos
do algodão e do gado completaram sua ascensão econômica. Durante a grande seca de 1877-
79, que dizimou cerca de 500 mil nordestinos, entre os quais a metade dos 120 mil habitantes
de Fortaleza, D. Pedro II chegou a afirmar que “empenharia até as joias da Coroa, mas não per-
mitiria que os sertanejos passassem fome”. O imperador não vendeu as joias, mas iniciou em
1881 a construção do primeiro grande açude no Nordeste, em Quixadá, no Ceará.
As secas passaram a ter significado político na época da consolidação da oligarquia algodoei-
ra [...]. A “política hidráulica” que tomava corpo, focalizada na construção de barragens, açudes,
poços e estradas, constituiu um veículo de transferência de recursos públicos para o patrimô-
nio privado da elite sertaneja.
MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2008.p.327-328.

Diante das considerações expostas pelo texto, assinale a alternativa correta:


a) O problema da seca do Nordeste limita-se à não funcionalidade do açude de Quixadá, no Ceará.
b) Ao afirmar que a “política hidráulica” foi responsável por transferir recursos públicos para
o setor privado, o autor quis dizer que a esperança do governo era o empreendedorismo dos
pequenos agricultores regionais para resolver o problema da seca.
c) Com a leitura do texto, percebemos que o problema da seca continuou no Nordeste em ra-
zão de D. Pedro II não ter empenhado as joias da Coroa, conforme havia prometido.
d) O autor do texto revela que o problema da seca do Nordeste é histórico e está relacionado a
eventos políticos e interesses econômicos oligárquicos.

a) Errada. Segundo o texto, o açude de Quixadá foi a primeira medida tomada por D. Pedro II
para tentar resolver o problema da seca no Nordeste.

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b) Errada. Na verdade, quando o autor afirma que a “política hidráulica” foi responsável por
transferir recursos públicos para o setor privado, ele insinua que as ações públicas favorece-
ram apenas os grandes coronéis da época na região.
c) Errada. “Empenhar as joias da coroa” foi uma expressão utilizada pelo imperador para dizer
que não deixaria, em hipótese alguma, a população sertaneja sofrer com as condições de mi-
séria.
d) Certa. Conforme podemos perceber com a leitura do texto, o problema da seca no Nordeste
existe desde os tempos de D. Pedro II (ou até antes), estando mais relacionado aos poderes
oligárquicos locais do que propriamente às condições climáticas.
Letra d.

013. A região destacada no mapa a seguir caracteriza-se entre outros fatores por:

a) apresentar uma estrutura agrária exclusivamente de latifúndios dedicados à lavoura de ca-


na-de-açúcar.
b) dedicar-se à pecuária extensiva, lembrança da principal atividade desenvolvida no perío-
do colonial.
c) aproveitar suas terras mais úmidas para a fruticultura, não necessitando, desta forma, de
irrigação.
d) englobar a maior produção de arroz de toda a região nordestina.
e) fornecer mão de obra temporária para as plantações de cana-de-açúcar da Zona da Mata.

A região representada pelo mapa é o Agreste nordestino, que é muito marcado por fornecer
mão de obra para a Zona da Mata em épocas de corte da cana-de-açúcar nessa região, ativida-
de que demanda uma grande quantidade de funcionários.
Letra e.

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014. Em relação ao Sudeste do Brasil, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO


a) Apresenta um pequeno crescimento urbano, quer nas regiões agrícolas, quer nas de predo-
mínio de atividades mercantis ou industriais.
b) É a porção do país mais integrada no sistema econômico mundial e a mais dinâmica em
termos de relações externas e internas.
c) É palco de lutas e reivindicações urbanas em torno de moradia, saúde, transporte, educação
e outros bens de consumo coletivo.
d) Desenvolve uma atividade agrícola importante e, em grande parte, moderna, associada aos
setores secundário e terciário de sua economia.
e) Possui uma grande área industrial que, a partir da capital de São Paulo, ultrapassa os limites
desse Estado, adentrando por Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O projeto corredor Centro-Leste foi criado, oficialmente, em 1991, e reúne vários Estados sob a
perspectiva do desenvolvimento e aproveitamento de seus recursos.
Justifique a inclusão do Espírito Santo nesse projeto, considerando a sua posição geográfica.
Letra a.

015. Sobre o sul do Brasil, é correto afirmar:


a) É uma região com baixos índices de industrialização em comparação com o restante do país.
b) Possui a menor população entre as cinco regiões brasileiras.
c) É a menor região brasileira em termos de extensão territorial.
d) Possui um clima predominantemente polar, com baixas temperaturas e elevada umidade.

a) Errada. A região Sul é a mais industrializada do país depois da região Sudeste.
b) Errada. A população da região Sul é numericamente superior à das regiões Norte e Centro-
-oeste.
c) Certa. A região Sul possui a menor área territorial do país.
d) Errada. O clima da região Sul é predominantemente temperado, com um clima tropical na
região norte do Paraná.
Letra c.

016. Observe a figura a seguir e, sobre o tipo de vegetação a ela referente, assinale a alternativa
incorreta:

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Imagem da vegetação da região Sul

a) Constitui uma formação florestal aberta e espaçada


b) É uma vegetação classificada como caducifólia
c) Constitui-se como uma das vegetações mais tropicais do Brasil
d) Habita, no Brasil, uma região de solos férteis conhecida como “Terra Roxa”.

A vegetação identificada na imagem é a Araucária ou Mata dos Pinhais.


a) Certa. A vegetação da Araucária é aberta e espaçada, pois as árvores não permitem o cres-
cimento de outras espécies ao seu redor (alelopatia).
b) Certa. Trata-se de vegetações caducifólias, ou seja, com folhas finas e alongadas.
c) Errada. É, na verdade, a vegetação menos tropical do Brasil.
d) Certa. A mata dos pinhais possui localização na área da Terra Roxa, o que contribuiu para o
seu desmatamento.
Letra c.

017. Os solos da região Sul são considerados, em grande parte, bastante férteis e foram uma
das primeiras frentes pioneiras de produção agropecuária no país. No entanto, algumas regi-
ões, especialmente no estado do Rio Grande do Sul, possuem certa tendência em sofrer com
um determinado problema ambiental, que vem se intensificando com as atividades humanas
exploratórias. O nome dado a essa questão que resulta na perda dos solos é:
a) Desertificação
b) Erosão
c) Assoreamento

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d) Arenização

O problema ambiental ocorrido nos solos da região Sul é a arenização, que resulta na remoção
da cobertura superficial dos solos arenosos em regiões de clima úmido e elevada precipitação,
resultando na formação de areais.
Letra d.

018. (UFSM) A Região Sul diferencia-se das demais regiões brasileiras por suas característi-
cas naturais, políticas e populacionais, entre outras.
É correto afirmar que:
I – Tem grande importância geopolítica, pois é uma região de fronteiras com Argentina, Uru-
guai e Paraguai, favorecendo o intercâmbio comercial e cultural.
II – A unidade de relevo mais importante é o Planalto da Bacia do Paraná, de origem vulcânica,
drenado por afluentes da margem esquerda dos rios Paraná e Uruguai.
III – É a terceira região mais populosa, mas é a de menor ritmo de crescimento populacional
do país, principalmente por mudança no comportamento reprodutivo e por migrações para
outras regiões.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) I, II e III.

I – Correta – A região Sul do Brasil possui uma elevada importância política tanto pelas suas
fronteiras quanto pela sua posição geográfica.
II – Correta – O Planalto da Bacia do Paraná é originado de vulcanismos hoje extintos, que de-
ram origem ao solo de Terra Roxa.
III – Correta – A população do Sul, apesar de ser maior que a do Centro-oeste e do Norte, possui
baixos índices de crescimento em função da baixa natalidade e das constantes emigrações.
Letra e.

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GABARITO
1. c
2. d
3. d
4. d
5. c
6. e
7. b
8. e
9. a
10. b
11. F, F, F, V
12. d
13. e
14. a
15. c
16. c
17. d
18. e

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Caro(a) concurseiro(a), como sempre dizemos mais uma etapa vencida e se você já che-
gou aqui com muito esforço, perseverança, foco, motivação e é claro suor e numerosas horas
de estudo, é um vencedor. É mais uma etapa que se encerra, mas não é o fim estamos em uma
longa caminhada e você com seu estudo e dedicação venceu mais uma barreira. Lembre-se
que estamos juntos nessa luta que é o mundo dos concursos e nesse momento só tenho a
agradecer o empenho e a confiança depositada. Finalizo nosso segundo encontro com a frase
de Sun Tzu que diz:
“Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir
o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível”.
Então somente posso desejar que enxergue as diversas oportunidades, busque com afinco
seus sonhos, lute diariamente, tenha motivação, foco, determinação, disciplina e treine bastan-
te que logo colherá os louros da vitória. Agradeço profundamente seu empenho e deixo meu
abraço e desejo de sucesso em seus objetivos.
Abraços e até o próximo encontro.
Júlio Santos.

Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.

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