Você está na página 1de 236

E

SPÍ
RIT
OSANT
O

A T LA
geoquí
mi
S
c
o
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

ATLAS GEOQUÍMICO
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Rio de Janeiro
2018
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Ministro de Estado
Wellington Moreira Franco
Secretário Executivo
Márcio Felix
Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Vicente Humberto Lôbo Cruz

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS/


SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM/SGB)

DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-Presidente
Esteves Pedro Colnago
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
Antonio Carlos Bacelar Nunes
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
José Leonardo Silva Andriotti (Interino)
Diretor de Infraestrutura Geocientífica
Fernando Pereira de Carvalho (Interino)
Diretor de Adiministração e Finanças
Juliano de Souza Oliveira (Interino)
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM

ATLAS GEOQUÍMICO
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

FERNANDA GONÇALVES DA CUNHA

Rio de Janeiro, RJ
2018
CRÉDITOS TÉCNICOS

Departamento de Gestão Territorial


Maria Adelaide Mansini Maia - Geóloga MSc.

Coordenação Nacional
Cássio Roberto da SIlva - Geólogo DSc.

Gerência Executiva
Fernanda Gonçalves da Cunha - Geóloga DSc.

Execução Técnica
Fernanda Gonçalves da Cunha – Geóloga
Isao Shintaku – Geógrafo MSc.
Carlos ALberto Ramos - Técnico de Campo
Athadeu Gomes Ornellas - Técnico de Campo

Colaboradores
Laís Almeida da Costa Pessanha - Estagiária em Geografia (2011 e 2012)
Simone Magalhães Silva - Estagiária em Geografia (2013 e 2014)
Thaís Bellot Loureiro - Estagiária em Geologia (2015 e 2016)

Revisão Ortográfica e Gramatical


Gilberto José Machado
Enjôlras de A. Medeiros Lima
Irinéa Barbosa da Silva

Montagem Final
Eduardo Viglio
Julia Quintarelli

Projeto Gráfico e Diagramação


DIEDIG - Divisão de Editoração Geral

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

C972a Cunha, Fernanda Gonçalves da.


Atlas geoquímico do estado do Espírito Santo /
Fernanda Gonçalves da Cunha. – Rio de Janeiro : CPRM,
2018.
234 p.

ISBN

1.Geoquímica – Atlas – Brasil. I. Título.

CDD 551.90981

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Teresa Rosenhayme – CRB7 5663


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................6

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................7

2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO..................................8


2.1. Geologia e Recursos Minerais ..........................................................................................15
2.2. Hidrografia .......................................................................................................................19
2.3. Solos ................................................................................................................................24
2.4. Economia .........................................................................................................................26
2.5. Saneamento Básico e Saúde Pública ..............................................................................27

3. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................................30

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................38

5. MAPAS GEOQUÍMICOS .......................................................................................................42

6.ELEMENTOS ......................................................................................................................180

7.CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................227

8.REFERÊNCIAS ...................................................................................................................231
APRESENTAÇÃO
O Serviço Geológico do Brasil – CPRM tem a grata satisfação de disponibilizar à
sociedade mais um produto da série Atlas Geoquímicos Estaduais do Brasil: o Atlas
Geoquímico do Estado do Espírito Santo.
Este Atlas concentra informações geoquímicas que, além de permitirem a iden-
tifi ação de prováveis áreas com potencial mineral, são úteis e aplicáveis a vários
estudos relacionados a diferentes áreas do conhecimento, tais como agricultura,
veterinária, saúde pública e monitoramento ambiental. Diversos tipos de doenças
endêmicas têm sido explicados através de estudos de Geologia Médica – ciência que
estuda a influência de fatores geológico-ambientais na distribuição geográfi a de
doenças humanas e de animais e vegetais.
No Atlas são apresentados os mapas geoquímicos, acompanhados de textos
explicativos.
No âmbito da geoquímica ambiental e geologia médica, o SGB/ CPRM tem
dado destaque à Ação Levantamentos Geoquímicos, com o Projeto Levantamento
Geoquímico de Baixa Densidade no Brasil, em desenvolvimento desde 2008, cujo
objetivo é avaliar, em todo o território nacional, a composição do substrato rochoso,
dos solos, dos sedimentos ativos de corrente e das águas de drenagem e de abaste-
cimento humano.
A metodologia de amostragem, armazenamento das amostras e análises químicas
seguem os padrões geoquímicos estabelecidos pelo projeto IGCP-259 da UNESCO-
IUGS, e pelo Working Group on Global Geochemical Baseline, do IUGS-IAGC. Os
produtos finais deste projeto são os atlas geoquímicos estaduais e o banco de dados
geoquímicos inserido no GeoSGB, disponível na página da SGB/CPRM A utilização
dessas informações estruturadas pode contribuir para a formulação de políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento regional, assim como apoiar a tomada de
decisões em bases sustentáveis.

Antonio Carlos Bacelar Nunes


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
1. INTRODUÇÃO

A investigação geoquímica do ambiente superfi- superficial e até mesmo da biota; focos de poluição
cial é fundamentada na determinação dos teores industrial, agrícola e doméstica em ambientes rurais
dos elementos químicos em amostras de sedimen- e urbanos; extensão da pluma de contaminação das
tos ativos de drenagem, águas, solos, rochas e espé- fontes de poluição sobre as águas superficiais e de
cies vegetais. A dispersão dos elementos químicos subsuperficie; e delimitação de regiões de risco à
no ambiente é controlada, inicialmente, pelos pro- saúde humana e animal.
cessos naturais (intemperismo), porém a presença A geoquímica multielementar apresenta-se como
do homem contribui para a alteração no ambiente um instrumento de grande importância para consti-
geoquímico a partir das atividades industriais e tuição de uma base de dados geoquímicos e estudos
agropecuárias. dos padrões de distribuição dos elementos químicos
A importância e o uso multidisciplinar dos dados em nosso país.
e mapas geoquímicos foram enfatizadas por Apple- O Atlas Geoquímico do Espirito Santo é um pro-
ton & Ridgway (1992) – “Mapas geoquímicos regio- duto do Projeto Levantamento Geoquímico de Baixa
nais mostrando a distribuição dos elementos-traço à Densidade no Brasil e representa um dos volumes
superfície, indicam: (1) os níveis naturais de elemen- que compõem a coletânea ”Atlas Geoquímicos Esta-
tos químicos no ambiente, fornecendo informações duais do Brasil”. Os resultados contribuirão para o
sobre a distribuição e dispersão; (2) poluição por enriquecimento do conhecimento geológico e ambi-
mineração, fundição e outras atividades; (3) áreas ental do estado, com aplicação imediata em inúme-
com deficiências e excessos de elementos-traço que ros campos do conhecimento humano, subsidiando
podem prejudicar a saúde humana e dos animais”. as ações governamentais municipais do estado do
Sendo assim, o conhecimento da distribuição ge- Espirito Santo com informações quantitativas e qua-
ográfica dos elementos químicos e a delimitação de litativas para o planejamento e a execução de proje-
regiões onde haja abundância ou escassez pode ser tos de sustentabilidade ambiental, bem como auxili-
utilizada como indicadores ou rastreadores de: jazi- ar no planejamento das atividades relacionadas ao
das minerais; variações naturais no quimismo das desenvolvimento econômico do estado do Espírito
litologias, da cobertura do solo, da rede hidrográfica Santo.

7
2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

O estado do Espírito Santo localiza-se no Espírito Santo possui 3.973.697 habitantes, sendo o
sudeste brasileiro, com uma extensão territorial de décimo quarto estado mais populoso do Brasil, re-
46.077,57 km². Limita-se ao norte com o estado da presentando 1,8% da população brasileira. Segundo
Bahia, ao sul, com o estado do Rio de Janeiro, a esse mesmo Censo, o estado registrou uma taxa de
oeste, com o estado de Minas Gerais e com o crescimento populacional de 13,59%. A densidade
Oceano Atlântico, a leste (Figura 1). É o quarto demográfica no estado é de 76,23 hab/km2, sendo a
menor estado do país, ficando à frente apenas sétima maior do Brasil. Segundo o PNAD (2015, apud
dos estados de Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro. IJSN, 2016) o grau de urbanização reflete o percen-
Sua capital é Vitória, e sua maior cidade populosa é tual da população que reside em área urbana. Em
Serra, na região metropoli-tana de Vitória. 2015, 84,7% da população brasileira e 85,0% da ca-
Segundo o censo demográfico realizado pelo IB- pixaba viviam em áreas urbanas.
GE (2016, apud Governo do ES, 2017), o estado do

Figura 1 – Localização do estado do Espírito Santo

A área do estado está dividida em 78 municípios diretrizes e políticas regionais, para o desenvolvi-
(Figura 2), que são agrupados em quatro macrorre- mento econômico e social em bases regionais, afir-
giões de planejamento: Metropolitana, Norte, Cen- mando o processo de planejamento democrático.
tral e Sul (Figura 3), e dez microrregiões de gestão Uma dessas Microrregiões, a “Região Metropoli-
administrativa: Metropolitana, Central-Serrana, Su- tana da Grande Vitória”, vem sendo progressiva-
doeste-Serrana, Litoral Sul, Central-Sul, Caparaó, Rio mente urbanizada, com incremento médio anual da
Doce, Centro-Oeste, Nordeste e Noroeste (Figura 4). população de 2,4%. O território estadual possui ain-
Essas regiões foram criadas pelo governo estadual da, municípios que exercem o papel de polos regio-
em 2011, com o objetivo de promover uma atuação nais de desenvolvimento, entre eles Cachoeiro de
regionalizada, visando estimular a participação das Itapemirim, Colatina, Linhares e São Mateus.

8
Figura 2 – Municípios do estado do Espírito Santo. Fonte: www.ijsn.es.gov.br

9
Figura 3 – Divisão estadual em Macrorregiões de Planejamento. Fonte: www.ijsn.es.gov.br

10
Figura 4 – Divisão estadual em Microrregiões de Planejamento. Fonte: www.ijsn.es.gov.br

O clima no Espirito Santo se divide conforme o ses do ano. No entanto, as partes mais elevadas da
relevo característico capixaba. As temperaturas mais região serrana, onde o clima é mesotérmico media-
baixas ocorrem a oeste, e as temperaturas máximas, no, as temperaturas atingem médias inferiores a
nas planícies costeiras. As temperaturas médias 10°C, nos meses mais frios. A estação seca acontece
anuais são superiores a 18°C, durante todos os me- no outono/inverno, sendo que no litoral são comuns

11
precipitações relativamente abundantes neste perí- intensamente explorada, onde desenvolveu uma
odo, causadas por frentes frias provenientes do sul capoeira de regeneração, alta e rica em imbaúbas. A
do continente. É perceptível também um aumento vegetação litorânea encontra-se dividida entre dois
das chuvas na região das serras capixabas, notada- tipos: a vegetação de praias, dunas e restingas e a
mente no verão, o que é uma tendência característi- vegetação dos mangues. Destacam-se os mangue-
ca do sudeste brasileiro (Amarante, 2009, apud zais do rio São Mateus, rio Barra Seca, complexo
UFSC, 2011). Piraquê-Açu-Mirim, Baía de Vitória, Baía de Guara-
Quanto à caracterização geomorfológica (Figura pari e dos rios Benevente, Itapemitim e Itabapoana
5), o território capixaba compreende duas regiões (IBGE, 2004, apud UFSC, 2011; Silva, 2007).
naturais distintas: uma faixa costeira de 436 km de A temperatura é fria na região central-serrana,
extensão e o planalto, que representa a maior parte onde predominam a olericultura e a fruticultura; é
do estado, com cerca de 60% do território, dando amena nas regiões de transição da região serrana
origem a região serrana, com altitudes superiores a para o norte e para sul, onde predomina a cultura do
2.000 metros, onde se eleva a serra do Caparaó, que café arábica; quente nas demais regiões, nas quais
possui altitude máxima de 2.892m com o Pico da são predominantes a cultura do café robusta e a
Bandeira, o terceiro mais alto do país e o mais alto pecuária bovina. A umidade varia de seca, na maior
do estado. Na faixa costeira ocorrem afloramentos e parte do estado, a úmida nas regiões central-
promontórios cristalinos pré-cambrianos, tabuleiros serrana, na região metropolitana e parte da região
terciários da Formação Barreiras e planícies costei- sul onde existe a produção de banana e abacaxi, e
ras quaternárias. Destaca-se nesta faixa territorial, o na região litoral norte, onde se localiza a produção
delta do rio Doce, as dunas móveis de Itaúnas e a frutícola voltada para exportação. No delta do rio
Ilha de Vitória. Doce localiza-se a produção cacaueira do estado, a
Na região centro-norte do estado, entre as cida- única região que combina terras planas e férteis,
des de Pancas e Lajinha, observa-se um relevo de temperatura quente e elevada umidade. Porém, no
forma bem peculiar, caracterizado por “pontões” e Espírito Santo a lavoura do café se consolidou como
“pães-de-açúcar”, esculpidos em rocha nua e confi- a principal cultura, ao lado da pecuária bovina leitei-
gurando um “mar de morros” bastante homogêneo, ra, mas outras culturas assumiram também uma
que reflete as características dos granitoides mega- maior importância, tais como heveicultura, o ma-
porfiríticos, rochas nas quais foram modelados. mão, o coco, a cana-de-açúcar e o tomate. Todas
Em relação à vegetação, 100% da superfície do essas culturas destinam-se não só ao abastecimento
território capixaba era coberta por Mata Atlântica, local, mas também a mercados urbanos de outros
composta por floresta ombrófila, floresta estacional estados, principalmente ao Rio de Janeiro. Ainda é
semidecidual, formações pioneiras (brejos, restingas importante no estado, as matas plantadas, especi-
e mangues) e refúgio vegetacional (vegetação de almente de eucalipto, para extração de madeira
campos) da serra de Caparaó. A zona serrana foi para papel e celulose.

12
Figura 5 – Geomorfologia do estado do Espírito Santo. Fonte: www.ijsn.es.gov.br

Na economia do Espírito Santo, têm destaque a nômica é a industrial, e a região sul pelas grandes
mineração, além da agricultura e pecuária. Na mine- variações de altitudes desde paisagens predominan-
ração há reservas importantes de granito e mármore tes de serra, passando por paisagens formadas nos
para fins ornamentais, além da extração de gás na- platôs litorâneos, onde predominam ondulações
tural e petróleo. O parque industrial do Espírito San- suaves, até chegar às falésias, junto ao mar.
to abriga indústrias químicas, metalúrgicas, alimen- Nos centros urbanos da capital e de Cachoeiro de
tícias, de papel e celulose. Itapemirim concentram-se praticamente todas as
A região norte do estado se destaca pelos relevos principais unidades da indústria de transformação
mais suaves e tendo como principais atividades a capixaba. Na grande Vitória, localizam-se as indús-
pecuária e a silvicultura; a região central pela alta trias siderúrgicas Companhia Ferro e Aço de Vitória
concentração urbana, e a principal atividade eco- e usina de pelotização de minério de ferro da Com-

13
panhia Vale do Rio Doce; madeireira, têxtil, de lou- Durante o desenvolvimento dos trabalhos de
ças, café solúvel, chocolate e frigorífica. No vale do campo foi possível observar vários problemas ambi-
rio Itapemirim, desenvolvem-se indústrias de cimen- entais no estado do Espírito Santo. A intensa ocupa-
to, de açúcar e álcool e de conservas de frutas. ção humana ao longo das margens dos rios, causan-
Salienta-se que na região sul do estado, mas pre- do poluição, tanto pelo lançamento de esgotos do-
cisamente no polo de Cachoeiro do Itapemirim e mésticos e industriais sem tratamento, principal-
Castelo, acha-se instalado o maior parque para pro- mente de matadouros e frigoríficos, dejetos de po-
cessamento industrial de rochas ornamentais do cilgas, currais e abatedouros de aves, quanto o asso-
país, sendo o estado responsável por grande parte reamento causado pelo desmatamento da mata
das exportações brasileiras de produtos pétreos ciliar e escoamento de grande quantidade de pesti-
beneficiados. cidas, agrotóxicos e herbicidas devido ao manejo
Nos últimos anos, o Espírito Santo vem se desta- incorreto nas lavouras (Fotos 1 a 9). Vê-se ainda a
cando na produção de petróleo e gás natural. Os extração clandestina de areia nos leitos dos rios e
campos petrolíferos se localizam tanto em terra desequilíbrios causados pela construção de barra-
quanto em mar, em águas rasas, profundas e ultra- gens.
profundas, contendo óleo leve e pesado e gás não
associado.

Foto 1 - Rio Melgaço (bacia do rio Jucu): curral muito próximo ao Foto 2 – Rio Santa Joana (bacia do rio Doce): desmatamento e
leito do rio e esgoto doméstico in natura lançado no leito do rio. ravinamento (gado) levando ao assoreamento do rio.

Foto 3 - Ribeirão Barra do Tijuco Preto (bacia do rio Jucu): des- Foto 4 - Rio Pau Gigante (bacia do rio Doce): desabamento das
matamento, ocupação das margens do rio e encostas ocupadas margens por ação antrópica.
com cultura de café.

14
Foto 5 - Rio Itapira (bacia dos Reis Magos): ação antrópica (asso- Foto 6 - Córrego São José (bacia do rio Riacho): região totalmen-
reamento, cultura de café, banana e coco nas margens), próxi- te antropofizada por plantações de café, mamão e eucalipto;
mo à rodovia BR101. região aterrada, descaracterizando e interrompendo o leito do
rio, formando uma represa e favorecendo a formação de alaga-
dos, com proliferação de aguapés.

Foto 7 - Rio São José, no município de São Gabriel da Palha Foto 8 - Rio Muniz (bacia do rio São Mateus): degradação ambi-
(bacia do rio Doce): rio muito degradado, com margens e encos- ental pelas atividades antrópicas (margens desmatadas e des-
tas desmatadas, muito lixo doméstico nas margens. moronamento para o leito do rio, causando assoreamento).

nozóicas (Figura 6). O embasamento da Faixa Araçu-


aí é pouco exposto no território estadual, aflorando
apenas numa pequena área, a sudeste, no limite
com o estado de Minas Gerais, representado por
rochas de alto grau metamórfico de idade arquena-
paleoproterozóica, constituída por uma associação
de granulitos de composição enderbítica e char-
nockítica: o Complexo do Caparaó e serra do Valen-
tim.
As coberturas sedimentares cenozoicas compre-
Foto 9 – Construção de açudes para irrigação na região de São endem os tabuleiros terciários da Formação Barrei-
Gabriel da Palha e Governador Lindeberg
ras, que se estende ao longo de todo litoral, na for-
ma de falésias e terraços de abrasão marinha, de
2.1. GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS
composição arenosa e areno-argilosa e, as planícies
sedimentares quaternárias, caracterizadas por se-
O estado do Espírito Santo enquadra-se no con-
rem as formações mais recentes, acompanhando,
texto da Província Mantiqueira, no domínio da Faixa
praticamente, todo o litoral. É mais evidenciada na
Móvel Araçuaí, de idade neoproterozóica-
planície costeira do rio Doce, com manguezais e as
cambriana, desenvolvida durante o Ciclo Brasiliano
praias em todo litoral capixaba.
(Almeida et al., 1977, apud Silva e Machado, 2014).
Segundo Sardou Filho et al. (2013) e Vieira et al.
O arcabouço geológico do estado apresenta cer-
(2013), em termos tectono-estrutural, o estado do
ca de 2/3 de seu território representado por rochas
Espírito Santo está inserido no Sistema Orogênico
ígneas e metamórficas de idades neoproterozóicas a
Mantiqueira, Orógeno Araçuaí, de idade neoprote-
cambrianas e, 1/3 por coberturas sedimentares ce-

15
rozóica constituída por um cinturão de rochas me- Itapina. Dentre as maiores exposições de rochas
tamórficas, dobradas e em parte migmatizadas, in- desta suíte salientam-se as grandes intrusões de
cluindo suítes granitoides de idades e natureza Barra de São Francisco e Alto Mutum. Em Barra de
composicional diversas, evidenciando distintos São Francisco os corpos plutônicos de charnockitos
eventos magmáticos ao longo de sua evolução oro- ocorrem associados a sienogranitos e monzogranitos
genética (Figura 7). porfiríticos.
O embasamento cristalino capixaba encerra uma As ocorrências de mármores na região sul do es-
história geológica desde o Paleoproterozoico ao tado inserem-se no domínio do Grupo Italva – Uni-
Recente. Relacionados aos eventos datados do Neo- dade São Joaquim, constituídas de mármore calcíti-
proterozoico tem-se como rochas mais antigas os co a dolomítico rico em grafita. Estes calcários
paragnaisses e gnaisses, que compõem o Complexo abrangem os municípios de Castelo e Cachoeiro de
Nova Venécia, constituído por sillimanita-granada- Itapemirim.
cordierita gnaisses bandados bem foliados, conten- Litologicamente, no estado do Espírito Santo
do intercalações calcissilicáticas, quartzíticas e anfi- predominam rochas ígneas e metamórficas de com-
bolíticas. posição granítica. Na região norte ocorre uma ex-
A granitogênese associada ao Orógeno Araçuaí tensa faixa de rochas graníticas, gnáissicas e granulí-
está representada por rochas graníticas intrusivas ticas (Nova Venécia, Boa Esperança, Nanuque, Ata-
presentes no embasamento das suítes Carlos Cha- léia, Mucuri, Mantenópolis, Barra de São Francisco,
gas, Ataléia, Montanha e Aimorés. A Suíte Carlos Pancas, São Gabriel da Palha e Mantena). Atualmen-
Chagas é formada por leucogranitoides, peralumino- te, é a região mais produtora de rochas ornamentais
sos a calcioalcalinos de alto K. Os corpos da Suíte do estado. Na região sul ocorre a mais expressiva
Montanha são granitos enriquecidos em minerais suíte cálcio-alcalina caracterizada pela presença de
máficos, constituída por rochas de composição gra- granitoides metaluminosos e de alto teor de potás-
nítica a sienogranítica e mais raramente, monzogra- sio (municípios de Conceição do Castelo, Muqui,
nítica. Os plutonitos da Suíte Ataléia compreendem Castelo e Mimoso do Sul. Nos municípios de Santa
tonalitos a granodioritos, com caráter peraluminoso. Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Domingos Mar-
As rochas da Suíte Intrusiva Aimorés estão basica- tins, Colatina e Santa Tereza, predominam os gnais-
mente representadas por charnockitos, gabros, en- ses enderbíticos e charnockíticos, além de noritos.
derbitos e noritos, dos maciços Aracruz, Ibituba e

16
Figura 6 – Geologia do estado do Espírito Santo. Fonte: www.meioambiente.es.gov.br.

17
Figura 7 - Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo (Vieira et al. 2013)

O Brasil possui cerca de 1,2 mil variedades de ro- O crescimento do setor de rochas ornamentais
chas ornamentais, sendo o quinto maior exportador no estado aconteceu de forma relativamente desor-
de blocos e o oitavo de rochas manufaturadas. O denada, sem planejamento das entidades envolvidas
estado do Espírito Santo responde por 83% das ro- com o setor e das instituições estaduais e munici-
chas manufaturadas exportadas e detém 57% dos pais.
teares instalados no país.

18
O estado do Espírito Santo possui uma das maio- desde gás até óleos extrapesados, e em mar, óleo
res reservas de mármore e granito do país, estes leve e gás.
últimos com uma variedade de cores bem diversifi- Segundo a Petrobrás (2017), a produção onshore
cada. Atualmente, a mineração das rochas encontra- (em terra) conta com aproximadamente 300 poços
se em dois pólos principais: o mais antigo, na parte produtores de óleo e gás, localizados nos municípios
sul do estado, no município de Cachoeiro de Itape- de Conceição da Barra, São Mateus, Jaguaré e Linha-
mirim, abrangendo mais 14 municípios (Vargem res. A produção offshore (marítima) ocorre na bacia
Alta, Rio Novo do Sul, Castelo, Atílio Vivácqua, Presi- do Espírito Santo, no litoral sul do Espírito Santo,
dente Kennedy, Mimoso do Sul, Venda Nova do Imi- com produção de gás natural, óleo pesado, óleo leve
grante, Muqui, Itapemirim, Muniz Freire, Iconha, e operações tanto no pós, quanto no pré-sal e em
Guaçuí, Iúna e Alegre) com diversas jazidas de már- profundidade de água que varia de 70 a mais de
more e granito e a maior parte do parque industrial 1.600 metros. Em Linhares e Anchieta estão locali-
de beneficiamento. O segundo polo localiza-se no zadas as unidades de tratamento de gás, sendo que
município de Nova Venécia, no norte do estado, a de Linhares é responsável pelo tratamento de gás
destaca-se pela produção de granitos em diversas oriundo tanto dos campos terrestres, como dos ma-
tonalidades, englobando os municípios de Barra de rítimos, do litoral norte e a de Anchieta, pelo trata-
São Francisco, Ecoporanga, Vila Pavão, São Gabriel mento do gás dos campos de produção marítimos
da Palha, Águia Branca e Água Doce do Norte (Balta- do litoral sul do estado (Portal Marítimo, 2017).
zar et al., 2010). Segundo Benitez et al.(2012), o estado do Espíri-
Segundo o DNPM (2011), no estado do Espirito to Santo possui uma gama de minerais gemológicos,
Santo destacam-se lavras de rochas ornamentais a maioria ocorrendo em pegmatitos relacionados a
(granito, mármore, tonalito e granulito), de agrega- rochas graníticas: (1) em Pancas constitui um impor-
dos para construção civil (areia, argila, brita e sai- tante produtor de berilo (água-marinha) e crisoberi-
bro), exploração de minerais industriais (quartzo, lo, encontrados principalmente a partir de terraços
caulim, argila refratária e calcita), de sais (brometos, aluvionares; (2) na região de Aracruz destaca-se
potássio e iodo) e de granulados bioclásticos mari- importante depósito de escapolita, correspondendo
nhos (algas, calcário coralíneo, conchas calcárias e a um pegmatito lenticular no Morro de Aricanga; (3)
calcário conchífero). Pode-se destacar ainda a explo- a região de Santa Tereza produz praticamente todas
ração de outras substâncias, como fosfato, rutilo, as andalusitas do mercado brasileiro e águas mari-
gemas e ouro, além de água mineral (Figura 8). nhas, estas em pequena proporção, extraídas em
depósitos aluviais, próximos a Itarana; (4) em peg-
matitos na região de Várzea Alegre, são extraídas
também águas marinhas; (5) já na região de Mimoso
do Sul, ocorre topázio e água-marinha. Todas essas
ocorrências são exploradas em lavras rudimentares
e muitas já estão abandonadas cedendo espaço para
a explotação das encaixantes como rochas ornamen-
tais.

2.2. HIDROGRAFIA

O Espírito Santo possui 12 bacias hidrográficas:


cinco são bacias de domínio da União (Doce, Itape-
Figura 8 - Principais grupos de substâncias minerais no Espírito mirim, São Mateus, Itabapoana e Itaúnas) e as ou-
Santo (DNPM, 2011) - SINDIROCHAS (www.sindirochas.com.br) tras sete, são bacias estaduais, seus limites estão
dentro do domínio do estado (Piraquê-Açu, Santa
Outro bem mineral explorado no estado é o pe- Maria, Guarapari, Reis Magos, Jucu Benevente e Rio
tróleo/gás, sendo o segundo maior estado produtor Novo). (Quadro 1 e Figura 9)
do Brasil. Os campos petrolíferos se localizam tanto
em terra quanto em mar, em águas rasas, profundas
e ultraprofundas, produzindo nos poços em terra,

19
Quadro 1 – Bacias Hidrográficas do Estado do Espírito Santo

Bacias Hidrográficas Área (km²) Principais Afluentes


Rio Benevente 1.260 Lagoa Maembá, Rio Pongal, fluxo e refluxo das marés
Rio Doce 12.000 Rio Guandu, Rio São José, Rio Pancas, Rio Santa Joana, Rio Stª Maria do Rio Doce,
Rio Novo, Rio Cinco de Novembro, Rio Panquinhas
Rio Guarapari 346 Rio Perocão, Rio Una, Rio Jabuti
Rio Itabapoana 2.961 Rio Muribeca, Rio São Pedro, Rio Muqui do Sul, Rio Preto, Rio Calçado, Rio Ribei-
rão, Rio Barra Alegre, Rio Boa Vista, Córrego São Pedro, Córrego São Bento
Rio Itapemirim 6.000 Rio Castelo, Rio Muqui do Norte, Rio Braço Norte Direito, Rio Braço Norte Es-
querdo, Rio do Peixe, Rio Pardo, Rio São João de Viçosa
Rio Itaúnas 4.356 Rio Angelim, Rio Preto, Rio Santana, Rio São Domingos, Rio Dezoito, Córrego
Claro, Ribeirão Suzano
Rio Jucu 2.200 Rio Jucu Braço Sul, Rio Barcelos, Ribeirão Tijuco Preto, Rio Ponte, Rio Melgaço,
Rio D'Antas, Córrego Biriricas, Rio Jacarandá
Rio Reis Magos 700 Rio Fundão, Rio Itaquantiba, Rio Reis Magos, Lagoa do Juara
Rio Riacho 1.455 Rio Piraquê-Mirim, Águas de Lagoas, Águas de Córregos, Águas de Pântanos
Rio Novo 722 Rio Concórdia, Rio São Francisco, Rio Campinho, Rio Iconha
Rio Santa Maria 1.660 Rio Possmouser, Rio Claro, Rio São Luís, Rio Bonito, Rio da Prata, Rio Timbuí, Rio
Mangaraí, Rio das Pedras, Rio Caramuru, Rio Duas Bocas, Rio Triunfo, Rio Jequiti-
bá, Rio Farinhas, Rio Fumaça, Rio São Miguel
Rio São Matheus 13.482 Rio São Francisco, Rio Manteninha, Rio Muniz, Rio Cibrão, Rio Dois de Setembro,
Rio Quinze de Novembro, Rio Santa Rita, Rio Peixe Branco, Rio São Domingos, Rio
Preto, Rio Mantena, Rio Norte

20
Figura 9 - Bacias Hidrográficas, adaptado de SEAMA (1980): 1. Itaúnas, 2. São Mateus, 3. Doce, 4. Riacho, 5. Reis Magos, 6. Santa
Maria da Vitória, 7. Jucu, 8. Guarapari, 9. Benevente, 10. Rio Novo, 11. Itapemirim e 12. Itabapoana.

Principais características das bacias hidrográficas Mucuri, na Bahia. A bacia do rio Itaúnas está inserida
A seguir, são disponibilizados alguns aspectos das numa região com baixo índice pluviométrico e den-
bacias hidrográficas do estado do Espírito Santo, sidade de drenagem reduzida, possuindo caracterís-
segundo a Agencia Nacional de Águas – ANA ticas de semiárido. A qualidade das águas dos ma-
(www.hidroweb.ana.gov.br). nanciais está comprometida devido ao lançamento
Bacia do rio Itaúnas: É considerada federal, por- de efluentes domésticos, industriais e de atividades
que abrange áreas dos estados do Espírito Santo e agropecuárias, a ocupação das margens dos rios e
Bahia. No Espírito Santo abrange os municípios de lagoas, retirada das matas ciliares e a extração de
Conceição da Barra, Montanha, Mucurici, Pedro areia no leito dos rios. Os solos da bacia são bem
Canário, Pinheiros, Boa Esperança e Ponto Belo, e drenados, mas possuem baixa fertilidade natural,

21
predominando as pastagens e grandes monocultivos do rio, são a poluição, causada tanto pelo esgoto
de eucaliptos e de cana de açúcar. Porém, outras residencial quanto pelo industrial, o uso de agrotóxi-
atividades são desenvolvidas na região desta bacia, cos, desequilíbrios causados pela construção de
como o turismo, pecuária, piscicultura, pesca, indús- barragens, entre outros. Atualmente 95% da área da
trias de mineração, madeireira, moveleira, alcooleira bacia é constituída por pastos e capoeiras. As flores-
e agricultura (banana, cana-de-açúcar, café, coco, tas plantadas, constituídas principalmente por espé-
feijão, laranja, mandioca, mamão, maracujá, melan- cies do gênero Eucaliptus ocupam predominante-
cia e pimenta-do-reino). Na região são construídas mente o médio rio Doce.
diversas barragens privadas no leito dos rios para A bacia hidrográfica do rio Barra Seca é conside-
utilização na irrigação das lavouras, prejudicando o rada uma subunidade do sistema hidrográfico do rio
abastecimento de algumas localidades nos períodos Doce, no entanto, suas águas não possuem contato
de estiagem. direto com esta bacia e deságuam de forma inde-
Bacia do rio São Mateus: Por abranger áreas dos pendente no mar, na localidade de Barra Seca, divisa
estados do Espírito Santo e Minas Gerais, é conside- entre os municípios de Linhares e São Mateus. Inclui
rada federal. Suas cabeceiras se localizam no estado todas as pequenas bacias litorâneas que ocorrem na
de Minas Gerais, sendo que 60% de sua área se en- área de acumulação quaternária, situadas imedia-
contram no estado do Espírito Santo, tendo como tamente ao norte da foz do rio Doce. O rio Barra
principais afluentes os rios Braço Norte ou rio Co- Seca nasce no município de São Gabriel da Palha e,
taxé e Braço Sul ou Cricaré. Integram esta bacia, no depois de percorrer cerca de 120 km, entra em ter-
Espírito Santo, os municípios de Água Doce do Nor- renos pantanosos na região de fronteira entre São
te, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Ecopo- Mateus e Linhares, conhecida como Suruaca ou pan-
ranga, Conceição da Barra, Mantenópolis, Mucurici, tanal espíritossantense. Os afluentes mais importan-
Nova Venécia, Ponto Belo, São Mateus e Vila Pavão. tes do rio Barra Seca são os córregos do Jundiá, do
Hoje, a região está quase desprovida de cobertura Caximbau, da Água Limpa, dos Macacos e do Velu-
vegetal nativa e apresenta muitos focos de erosão, do. O rio Barra Seca desagua em uma região carac-
ocorrendo com frequência, muitos deslizamentos de terizada por vegetação com influência fluvio-
terra. Na foz do rio São Mateus, em Conceição da marinha, ambiente caracterizado por manguezal e
Barra, pela instabilidade do leito do rio, remoção da campo salino, 2 metros acima do nivel médio do
restinga e da mata ciliar, constitui um dos principais mar, no município de São Mateus, que atualmente
problemas da faixa estuarina, prejudicando os mo- encontra-se intensamente antropizada, entrecorta-
radores e pescadores. As atividades econômicas da por uma malha complexa de canais artificiais que
desenvolvidas nesta bacia são constituídas pela drenam extensões consideráveis das áreas brejosas
agropecuária, indústria de mineração (extração de para o implemento de atividades pecuárias e petrolí-
granito, sal-gema, petróleo e gás natural) e destilaria feras.
de álcool. Além disso, há na região extensas áreas de Na bacia do rio Barra Seca encontra-se um dos
reflorestamento, com eucalipto, da Aracruz Celulo- maiores remanescentes de mata de tabuleiro do
se. Os principais usos da água são para abastecimen- Brasil: a Reserva Biológica de Sooretama com cerca
to humano, consumo agroindustrial, dessedentação de 24.000 hectares de floresta em estágio avança-
de animais e para lançamento de esgotos domésti- do/primitivo de conservação, e parte da Floresta de
cos, efluentes industriais e de lixo. Linhares (ou Reserva da Vale), um outro importante
Bacia do rio Doce e região hidrográfica do rio fragmento florestal preservado de Mata Atlântica.
Barra Seca: A bacia do rio Doce apresenta uma signi- Sozinhas, as duas reservas ocupam 21% da área total
ficativa extensão territorial, cerca de 83.400 km2, da bacia (Schineider, 2011).
dos quais 86% pertencem ao estado de Minas Gerais Bacia do rio Riacho: A região hidrográfica do rio
e o restante ao estado do Espírito Santo, desaguan- Riacho apresenta uma área de aproximadamente
do no distrito de Regência, em Linhares. Abrange, 2.136km2. As duas maiores sub-bacias são as dos
total ou parcialmente, áreas de 228 municípios, sen- rios Riacho e Piraquê-Açu. Este, nasce na reserva
do 202 em Minas Gerais e 26 no Espírito Santo. An- biológica de Nova Lombardia, em Santa Teresa e
tes navegável, hoje o rio sofre com o assoreamento. recebe vários afluentes, incluindo o rio Piraquê-
É possível observar várias ilhas, algumas até mesmo Mirim, formando o maior manguezal do estado, e
com vegetação. Outros problemas causados, princi- quinto da América do Sul. Os rios Piraquê-Açu e Pi-
palmente pela ocupação humana ao longo do leito raquê-Mirim se unem, formando a foz que deságua

22
em Santa Cruz, no município de Aracruz. Abrange cas. A economia fundamenta-se nas atividades agrí-
parte dos municípios de Aracruz, Ibiraçu, João Neiva, colas de hortifrutigranjeiros, indústrias, turismo e
Linhares e Santa Teresa. A cobertura vegetal da re- geração hidrelétrica. Como a maioria dos rios capi-
gião hidrográfica é constituída de reflorestamento xabas, o Santa Maria enfrenta diversos problemas.
de eucalipto, utilizado como matéria prima para a Dentre eles, a grande quantidade de agrotóxico des-
Aracruz. Na área são desenvolvidas as seguintes pejado em suas águas devido ao manejo incorreto
atividades econômicas: indústrias, com destaque nas lavouras, o assoreamento e a poluição pelo es-
para o setor químico e de celulose, e também, ativi- goto e lixo.
dades vinculadas a indústria do turismo, de explora- Bacia do rio Jucu: O rio Jucu nasce no município
ção de granito, agropecuárias e silvicultura. Os prin- de Domingos Martins com dois braços: rio Jucu Bra-
cipais fatores de degradação ambiental são: cargas ço Norte e Braço Sul. Esses dois braços se unem
elevadas de esgotos domésticos, efluentes industri- formando um só rio que deságua na Barra do Jucu,
ais e de atividades agropecuárias, retirada de matas em Vila Velha. Nesta bacia está localizada a usina
ciliares, extração de areia do leito dos rios e proces- hidrelétrica Jucu. A bacia do rio Jucu abrange cinco
sos erosivos nos solos. Como consequência, obser- municípios: Domingos Martins, Viana, Cariacica,
vam-se vários impactos na saúde ambiental: conta- Guarapari e Vila Velha. O rio Jucu é responsável pelo
minação dos mananciais, água e sedimentos, por abastecimento de água de 60% da população da
substâncias orgânicas, metais pesados, assoreamen- Grande Vitória. O rio abastece Vila Velha, Viana, a
to da calha dos rios, presença de lixo e enchentes. maior parte de Cariacica e toda a ilha de Vitória (a
Bacia do rio Reis Magos: A região hidrográfica do parte continental da capital é abastecida pelo rio
rio Reis Magos é formada pela bacia hidrográfica do Santa Maria). Mesmo com toda essa importância
rio Fundão/Reis Magos e pela bacia do rio Jacaraípe. para a população capixaba, o rio sofre com o esgoto
Sua área de drenagem é de aproximadamente 916 e o assoreamento. Esse assoreamento é causado,
km², sendo considerada de pequeno porte. O rio principalmente, devido ao desmatamento da mata
Jacaraípe é formado pelas lagoas Juara e Jaconé e ciliar. A atividade predominante na bacia é a agro-
sua foz fica no balneário de Nova Almeida, no muni- pecuária. Na parte baixa da bacia do Jucu, estão
cípio de Serra. Integram esta bacia os municípios de localizadas indústrias de derivados do leite, de ração
Santa Teresa, Santa Leopoldina, Fundão, Ibiraçu e animal e alimentícia. O rio Jucu recebe através de
Serra. Devido aos desmatamentos das matas ciliares seus tributários a carga orgânica de Domingos Mar-
e, consequente, assoreamento dos cursos d’água, a tins e parte de Viana e Vila Velha. Estes fatores cau-
região mais baixa do rio Reis Magos, frequentemen- sam contaminação das águas, sedimentos e enchen-
te sofre inundações. Porém, o município de Santa tes.
Teresa ainda apresenta remanescentes de Mata Bacia do rio Guarapari: Possui área de drenagem
Atlântica, apesar de elevados níveis de degradação de aproximadamente 346km2, e é constituída por
predominante ao seu redor, onde as planícies litorâ- três cursos d’água principais, o rio Perocão, Una e
neas estão ocupadas por pastos, agricultura e res- Jabuti. Sendo que este último deságua na baía de
quícios de vegetação pioneira (capoeiras, mangues e Guarapari, onde ocorre uma área rica em mangue-
restingas). Na região mais baixa desta bacia se de- zais. Integram esta bacia, os municípios de Guarapa-
senvolve o cultivo de arroz e feijão, porém predomi- ri, Viana e Vila Velha. As principais atividades eco-
na o cultivo do café. nômicas desenvolvidas na área da bacia são turismo,
Bacia do rio Santa Maria da Vitória: O rio Santa indústria, pesca e agropecuária. As principais cultu-
Maria da Vitória nasce no município de Santa Maria ras são as de banana, café, milho e mandioca. As
de Jetibá e suas águas percorrem 122 quilômetros principais formas de uso da água são o abastecimen-
até desaguar na Baía de Vitória. A área de drenagem to urbano e rural, a dessedentação de animais e a
da bacia hidrográfica é de 1844 km2 e abrange cinco irrigação. Os principais fatores de degradação dos
municípios do Estado: Santa Maria de Jetibá, Santa mananciais são lançamentos de efluentes domésti-
Leopoldina, Cariacica, Serra e Vitória. O rio Santa cos e de atividades agropecuárias, retirada de matas
Maria, juntamente com o rio Jucu é responsável ciliares e extração de areia, o que causa contamina-
pelo abastecimento de água da Grande Vitória. ção das águas e sedimentos e enchentes.
Abastece a parte continental da capital e o municí- Bacia do rio Benevente: Possui área de drenagem
pio de Serra. Fazem parte desta bacia as usinas hi- de aproximadamente 1.260km2. Os municípios de
drelétricas Rio Bonito e Suíça e a represa Duas Bo- Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha, Piúma e Guarapari

23
integram esta bacia. O rio Benevente recebe vários rio Preto e depois da confluência com o rio Verde,
pequenos tributários, porém destaca-se o rio Pon- muda para Itabapoana, fazendo divisa entre os esta-
gal, que nele deságua próximo a sua foz, localizada dos do Rio de Janeiro e Espírito Santo e desaguando
na cidade de Anchieta, onde se situa um dos maio- no oceano Atlântico. Ocupa uma área de baixo di-
res manguezais do estado. As principais atividades namismo econômico, tendo como principais ativida-
econômicas são turismo, pesca, pecuária e cultivos des a pesca, agropecuária, mineração de granito e
de subsistência. O rio Benevente recebe cargas de indústrias. As principais formas de uso da água são:
efluentes domésticos, industriais e de atividades abastecimento urbano e rural, dessedentação ani-
agropecuárias. A ocupação de suas margens, com a mal e mineração. Além da erosão causada pelo
retirada de matas ciliares, causa contaminação das desmatamento florestal e da degradação da quali-
águas, sedimentos e assoreamento do leito, causan- dade das águas causada pelo lançamento de esgotos
do enchentes. urbanos e efluentes das agroindústrias, ocorre ainda
Bacia do rio Novo: Com área de drenagem de o carreamento de herbicidas e fungicidas para os
722km2, é considerada de pequeno porte. Engloba o corpos d’água.
município de Rio Novo do Sul e parte dos municípios
de Vargem Alta, Piúma, Iconha e Itapemirim. As ati- 2.3. SOLOS
vidades econômicas de destaque são turismo, pesca,
artesanato e agropecuária. Constata-se que 2/3 da área do estado do Espíri-
Bacia do rio Itapemirim: Considerada federal, por to Santo é ocupada por rochas cristalinas pré-
abranger áreas dos estados do Espírito Santo e Mi- cambrianas e o restante, por um manto de sedimen-
nas Gerais. O rio Itapemirim nasce no Parque Nacio- tos terciários e quaternários, sendo que mais de 66%
nal do Caparaó, tem como afluentes principais os dos solos pertencem à classe dos Latossolos Verme-
rios Braço Norte Direito e Esquerdo. Integram a ba- lhos-Amarelos, quimicamente pobres.
cia os municípios de Ibatiba, Irupi, Iúna, Ibitirama, O mapa pedológico simplificado (Figura 10) mos-
Alegre, Muniz Freire, Castelo, Conceição do Castelo, tra um domínio de Latossolos (solos profundos, bas-
Jerônimo Monteiro, Muqui, Cachoeiro de Itapemi- tante intemperizados-lixiviados, com baixa fertilida-
rim, Venda Nova do Imigrante, Vargem Alta, Atílio de natural e geralmente boas propriedades físicas)
Vivacqua, Presidente Kennedy, Marataízes e Itape- na maior parte do estado. Estes são seguidos pelos
mirim, no Espírito Santo e somente o município de Argissolos (solos moderadamente profundos, madu-
Lajinha, em Minas Gerais. Apesar do uso das águas ros, com fertilidade natural geralmente mais elevada
do rio Itapemirim e de seus tributários serem utili- e propriedades físicas não tão boas em comparação
zados para abastecimento urbano e rural, para irri- aos Latossolos); Cambissolos (solos geralmente mais
gação e dessedentação de animais, o progressivo rasos, jovens, com fertilidade natural variável e pro-
desmatamento ocorrido na bacia, ao longo dos priedades físicas predominantemente desfavorá-
anos, causou problemas de degradação ambiental, veis); e os Neossolos Litólicos (solos muito rasos,
agravando o assoreamento dos cursos d’água. O muito jovens, com fertilidade natural variável e pro-
lançamento de efluentes domésticos sem tratamen- priedades físicas muito limitantes). Ao longo dos rios
tos, associado ao lançamento de rejeitos industriais principais, sobressaem-se os Neossolos Flúvicos, os
de mármore, granito, laticínios, álcool e açúcar con- quais são muito variáveis à pequenas distâncias,
tribuem para a contaminação da água, sedimentos e tanto na horizontal quanto na vertical.
assoreamento dos rios, agravando o problema das
enchentes. A economia desta região está baseada Uso e ocupação do solo
nas atividades de pesca, agropecuária, mineração de A região norte do estado se destaca relevos mais
mármore e granito e indústria de açúcar e álcool. suaves e tendo como principais atividades a pecuá-
Bacia do rio Itabapoana: Considerada federal, ria e a silvicultura; a região central pela alta concen-
abrangendo áreas dos estados do Espírito Santo, tração urbana e a principal atividade econômica é a
Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os municípios que industrial; a região sul, pelas grandes variações de
integram esta bacia no Espírito Santo são: Divino São altitudes desde paisagens predominantes de serra,
Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, São José do passando por paisagens formadas nos platôs litorâ-
Calçado, Bom Jesus do Norte, Apiacá, Mimoso do neos (terciário ou tabuleiros), onde predominam
Sul, Presidente Kennedy e Marataízes. O rio Itaba- ondulações suaves, até chegar às falésias, junto ao
poana nasce na serra de Caparaó, com o nome de mar.

24
A ocupação do solo para o desenvolvimento de pouca cobertura vegetal nas áreas durante o ano.
atividades agrícolas, ocorreu, historicamente, de Nas áreas de pastagens, a degradação do solo ocor-
forma predatória, em relação aos recursos naturais, re principalmente em função da compactação do
através do desmatamento indiscriminado das áreas, solo provocada pela implantação incorreta da pasta-
sem o planejamento correto do uso do solo e sem a gem plantada (uso de forrageiras inadequadas, bai-
utilização de práticas conservacionistas adequadas. xo uso de corretivos, plantio morro abaixo, etc.),
A degradação do solo nas áreas agrícolas no estado manejo inadequado relativo à alta taxa de lotação,
concentra-se nas atividades de pastagens e de café, havendo excessivo pastejo e pisoteio pelo gado bo-
especialmente na região noroeste devido à fragili- vino.
dade dos solos, elevada erosividade das chuvas e à

Figura 10 - Mapa pedológico simplificado (agritempo.gov.br/solos/es.jpg)

O estado do Espírito Santo só foi efetivamente Em relação a pecuária, é destaque a de leite, que
povoado no século XIX, graças a expansão da lavou- está concentrada na região sul do estado (Alegre,
ra do café, que se consolidou como sua principal Mimoso do Sul, Itapemirim, etc.), onde há algumas
cultura, ao lado da pecuária bovina leiteira. Outras cooperativas importantes. Já a pecuária de corte,
culturas assumiram papel importante na economia está presente tanto no sul como no extremo norte
do estado: heveicultura, o mamão, o coco, a cana- do estado, onde estão localizadas as maiores propri-
de-açúcar, o abacaxi e o tomate. No delta do rio edades rurais.
Doce localiza-se a produção cacaueira; a da banana No litoral norte predominam os projetos de em-
nos municípios periféricos da Grande Vitória; do presariais, tais como os de reflorestamento, de culti-
abacate na região serrana, além do morango em vo de cana-de-açúcar, de seringueiras e mamão para
Domingos Martins e Venda Nova dos Imigrantes. exportação.

25
2.4. ECONOMIA Nos últimos anos, vem se mostrando próspera no
estado a exploração de petróleo e de gás natural,
A economia do Espírito Santo é baseada princi- principalmente após descobertas ocorridas entre os
palmente nas atividades portuárias, de exportação e últimos anos do século XX e início do XXI de novos
importação, e na indústria de rochas ornamentais blocos petrolíferos no mar territorial capixaba.
(mármore e granito), na celulose (maior do país), A agricultura baseia-se no cultivo do arroz, feijão,
extraída dos pinheiros de eucalipto, na exploração café, legumes, cana de açúcar, milho e diversas fru-
de petróleo e gás natural, além da diversificada agri- tas. Na região litorânea há plantações de banana,
cultura, principalmente do plantio do café. abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto na
É importante salientar que na região sul do esta- região serrana são cultivados morango e uva. O Espí-
do, no polo de Cachoeiro de Itapemirim e Castelo, rito Santo é o segundo maior produtor de café em
acha-se instalado o maior parque para processa- grãos do sudeste, atrás somente de Minas Gerais
mento industrial de rochas ornamentais do país, (Foto 10). Na pecuária, gado de corte e leiteiro (Foto
sendo o estado responsável por grande parte das 11).
exportações brasileiras de rochas ornamentais. O café, atualmente, é plantado nas variações
O setor produtivo mais importante, em quase to- Arábica (em grandes altitudes) e Conilon (em pe-
dos os municípios do estado, é o agrícola, responsá- quenas altitudes), sendo o estado o maior produtor
vel por 30% do PIB e empregador de 40% da popula- nacional da variação Conilon, e segundo maior da
ção ativa no interior. A produção de café e a agricul- variação Arábica.
tura familiar têm papéis preponderantes nessa pro-
dução, assim como no setor agroturístico.

Foto 10 - O município de Jaguaré, na região norte do Espírito Santo, é Foto 11 - Gado leiteiro na região de Caparaó
o maior produtor de café Conilon do estado.

O setor industrial destaca-se pelos segmentos é inferior ao estado do Rio de Janeiro. Vitória, capi-
alimentício, madeireiro, fabricação de celulose, têx- tal capixaba, abriga os portos de Tubarão e de Vitó-
til, moveleiro e siderurgia, destacando-se no municí- ria, sendo este, importante porto de exportação do
pio de Serra, a CST (Companhia Siderúrgica de Tuba- minério de ferro e Guarapari é um importante cen-
rão) e as usinas de pelotização da CVRD (Companhia tro de extração de areia monazítica (rica em cério,
Vale do Rio Doce). Outra indústria importante no tório, lantânio e titânio).
ramo siderúrgico é a Samarco, localizada no municí- Além do petróleo, seus principais recursos mine-
pio de Anchieta e que possui um mineroduto subter- rais são: calcário, mármore, granito, manganês e
râneo transportando minério a partir de jazidas do bauxita. Atualmente, a produção de rochas orna-
estado vizinho de Minas Gerais até à indústria. mentais capixaba responde por 7% do PIB estadual.
O Espírito Santo é grande exportador de pelotas São cerca de 2.500 micros, pequenas e médias em-
de minério de ferro, aço e rochas ornamentais (gra- presas que contribuem para geração de empregos
nitos e mármores), é também, o segundo produtor diretos e indiretos.
de petróleo e gás natural do Brasil, sua produção só

26
2.5. SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE PÚBLICA tação desse serviço na zona rural observado na série
histórica decenal (PNAD, 2015, apud IJSN, 2016).
A coleta de lixo compõe junto com o abasteci- A Secretaria de Saúde do Estado do Espírito San-
mento de água e o esgotamento sanitário, os servi- to (2012) desenvolveu, através de uma metodologia
ços públicos de saneamento, fundamentais para o participativa com a população, “Cadernos de Saúde
bem-estar da população. Regionais”, os quais formam um conjunto de dados
No Espírito Santo, o percentual de domicílios com e indicadores relacionados à situação de saúde de
abastecimento de água na área urbana foi de 98,4% cada uma das regiões capixabas. Nesses cadernos,
e na área rural de 19,9% em 2015, porém há um ficou evidente que grande parte das crianças adoece
decréscimo na área rural de 2,4% em relação ao ano por infecção respiratória aguda, doenças infecciosas
anterior (PNAD, 2015, apud IJSN, 2016). e parasitárias e muitas morrem por anomalias con-
O percentual de domicílios particulares perma- gênitas. As infecções respiratórias, em geral, aconte-
nentes com acesso à rede coletora de esgoto alcan- cem mais frequentemente nos períodos da colheita
çou 78,5% em 2015. No tocante a esse serviço, que do café, e parecem estar relacionadas às queimadas,
também é fundamental para a melhora do bem- como ainda em áreas próximas às atividades de mi-
estar da população, os dados revelaram que o esta- neração. Em adultos, foram citadas ocorrências de
do está acima da média nacional e abaixo da média neoplasias: mama, colo de útero e tireóide em mu-
da região sudeste. O serviço de coleta de esgoto, tal lheres e próstata, em homens. Também houve refe-
como o de abastecimento de água, concentra-se na rências sobre câncer de pele e de pulmão. Em rela-
área urbana (PNAD, 2015, apud IJSN, 2016). ção às doenças ocupacionais, os agravos se devem a
No Espírito Santo, o serviço de coleta de lixo al- infecções respiratórias causadas pelas atividades de
cançou uma cobertura de 91,5% no ano 2015, acima mineração e intoxicação por agrotóxicos, como
da cobertura nacional (89,8%) e abaixo da cobertura também, acidentes com animais peçonhentos. A
da região Sudeste (96,4%). Na zona urbana, o servi- esquistossomose e a leishmaniose são doenças en-
ço de coleta de lixo está praticamente universalizado dêmicas importantes, principalmente, na região
com 99,8% dos domicílios contemplados em 2015. norte do estado.
Na zona rural, o percentual é bem menor, contem- As figuras 11 e 12 mostram a situação da saúde
plando apenas 42,8% dos domicílios, porém, deve-se pública no Espírito Santo referente as taxas de mor-
registrar o considerável aumento de 23,9% na pres- talidade geral, segundo o Ministério da Saúde
(2013).

27
Figura 11 - Distribuição da taxa de mortalidade geral por município. Fonte: SESA -ES - Dados retirados do SINASC e SIM estadual.

28
A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministé-
Mortalidade Proporcional (todas rio da Saúde, implantou o Projeto VIGISUS, com o
as idades)
objetivo de reduzir a morbimortalidade, bem como
os fatores de risco à saúde em relação às águas para
3,1%
consumo humano e aos solos contaminados: VIGIA-
18,8%
16,3% GUA e VIGISOLO, respectivamente. No VIGISOLO
foram cadastradas em 2004, 16 áreas no estado do
Espírito Santo, na maioria, com solos contaminados
e população exposta. Estas áreas possuíam as se-
guintes atividades antrópicas: indústrias de celulose
e papel, petroquímica, metalurgia e siderurgia,
18,9% marmoraria e agricultura (agrotóxicos), nos municí-
pios de Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim,
31,7%
Cariacica, Guarapari, Serra, Venda Nova do Imigran-
1,8%
te, Viana, Vila Velha e Vitória.
9,4%

Algumas doenças infecciosas e parasitárias


Neoplasias (tumores)
Doenças do aparelho circulatório
Doenças do aparelho respiratório
Algumas afec originadas no período perinatal
Causas externas (acidentes,homicícios e suicídios)
Demais causas definidas

Figura 12 - Distribuição Percentual das Internações por Grupo de


Causas - CID10 em 2009. Fonte: Fonte: Sim estadual – SESA.

29
3. MATERIAIS E MÉTODOS

A amostragem foi planejada com o objetivo de bruta utilizada para abastecimento público, coleta-
proporcionar uma completa cobertura do estado do das nas Estações de Tratamento de Águas – ETAs ou
Espírito Santo. A coleta das amostras foi realizada nos pontos de captação das ETAs (Figuras 13 a 16,
durante os meses de agosto de 2009 a maio de respectivamente).
2011. Foram coletadas amostras de água superficial O controle da amostragem de campo foi realiza-
e de sedimentos de corrente, sendo 01 estação para do com a coleta de amostras duplicatas, sendo uma
cada bacia hidrográfica com áreas entre 100 e duplicata a cada dez amostras coletadas, objetivan-
200km2, amostras de água utilizadas para consumo do observar a variabilidade dos resultados analíticos.
humano antes do tratamento convencional (1 amos- Para as amostras de água, foi também, enviada ao
tra por sede municipal) e de solos (horizonte B). laboratório, em cada lote, uma amostra “branco”
Todos os pontos de coleta foram georreferenciados. (água deionizada, que no caso das amostras para
análise dos cátions, com adição de ácido nítrico).
Coleta das amostras de água, sedimentos de Todas as amostras-controle receberam numeração
corrente e solos sequencial, no lote enviado ao laboratório.
Nas estações de coleta de água superficial e de
consumo humano foi realizada a leitura dos seguin-
tes parâmetros físico-químicos: pH, condutividade
elétrica, temperatura e oxigênio dissolvido, utilizan-
do-se uma sonda portátil da Oakton PD650 (Foto
12).
As amostras de água foram introduzidas em uni-
dades filtrantes com 0,45µm, através de uma serin-
ga plástica sem agulha e acondicionadas em dois
tubos de polietileno com capacidade de 50ml, para
análise de cátions e ânions. Para preservação dos
cátions solúveis nas amostras foi adicionado HNO3 Foto 12 – Medindo os parâmetros físico-químicos no rio Laran-
jeiras, próximo da sua foz no Oceano Atlântico.
1:1, com o objetivo de manter o pH menor que 2,
enquanto as amostras para análise dos ânions são
preservadas sob refrigeração até o momento da
análise, segundo Cunha & Machado (2003) (Fotos 13
e 14).
As amostras de sedimentos de corrente foram
coletadas nas calhas dos leitos dos rios com as mãos,
abaixo do nível de água, nos mesmos locais da cole-
ta das amostras de água. A coleta foi realizada de
forma composta ao longo de uma faixa de 100 me-
tros ao longo da drenagem, com peneiramento in
loco, em peneiras de náilon na fração < 32 mesh
(0,5mm) (Foto 15).
As amostras de solo foram coletadas no horizon-
te B, em áreas sem atividades antrópicas, de forma
Foto 13 – Coleta de água no rio Benevente (bacia do rio Bene-
composta, aproximadamente no centro de cada vente).
carta planimétrica em escala 1:50.000, em malha
regular de 25km x 25km (Licht, 2002) (Fotos 16 e
17).
No total foram coletadas 325 amostras de sedi-
mentos de corrente, 345 amostras de água superfi-
cial, 71 amostras de solos e 78 amostras de água

30
Foto 16 – Coleta de solo em barranco de estrada na fazenda das
Palmas, no município Ibiraçu.

Foto 14 - Medição dos parâmetros físico-químicos e coleta de


amostra de água numa ETA.

Foto 17 – Coleta de solo na Fazenda Deus Dará, no município


Montanha.

Foto 15 – Coleta de sedimentos de corrente no rio São José, no


município de São Gabriel da Palha (bacia do rio Doce).

31
Figura 13 – Localização das amostras de sedimentos de corrente

32
Figura 14– Localização das amostras de água superficial

33
Figura 15 – Localização das amostras de solos

34
Figura 16 – Localização das amostras de água bruta utilizada para abastecimento público

35
Análises químicas parâmetros estatísticos e elaboração dos mapas
geoquímicos.
As análises químicas dos cátions e ânions das Os resultados analíticos foram interpretados uti-
amostras de água foram realizadas no Laboratório lizando-se os conceitos da estatística básica descriti-
de Análises Minerais – LAMIN, da CPRM-RJ e no va: valor máximo, valor mínimo, média aritmética,
Laboratório Conti&Silva - TEMA, em Americana, São mediana, desvio padrão e coeficiente de variação e
Paulo, respectivamente. As amostras de sedimentos pela observação da distribuição dos elementos atra-
de corrente e de solos foram analisadas no SGSGEO- vés da determinação dos quartis e percentis, como
SOL Laboratório Ltda, em Vespasiano, Minas Gerais. ainda pela elaboração de gráficos: histograma e
As amostras de solos e sedimentos de corrente boxplot.
foram postas à secagem a 40°C em estufa, homoge- No cálculo dos estimadores estatísticos, os teores
neizadas, peneiradas na fração < 80 mesh (0,177 menores que o limite de detecção dos métodos ana-
mm) e pulverizadas a 150 mesh. Em seguida, proce- líticos não foram considerados. Entretanto, para a
deu-se a extração com água-régia (HNO3/HCl con- produção dos mapas geoquímicos, as amostras com
centrados a 3:1) (USEPA, 2007), que visa determinar teores menores que o limite de detecção, foram
o potencial de disponibilidade e mobilidade dos arbitrados valores equivalentes à metade do limite
metais pesados. de detecção, o que significa atribuir 0,05 mg/L a
As metodologias analíticas foram: uma amostra onde a rotina analítica determinou <
a) Água: por ICP-OAS para 28 cátions (Al, As, B, 0,1 mg/L. Com esse procedimento, foram eliminadas
Ba, Be, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, K, Li, Mg, Mn, Mo, do processo de elaboração dos mapas, apenas as
Na, Ni, Pb, Sb, Se, Si, Sn, Sr, Ti, V, Zn) e por cromato- estações sem amostras coletadas, não analisadas ou
grafia de íons para 7 ânions (fluoreto, cloreto, bro- com teores não detectados.
meto, nitrito, nitrato, sulfato e fosfato), segundo o A elaboração dos boxplots somente foi realizada
Standard Methods for The Examination of Water and para os elementos que apresentaram concentrações
Wastewater (2005). acima de 75% dos teores detectados.
b) Sedimentos de corrente e solos: para 53 ele-
mentos por ICP-OAS e ICP-MS com digestão por Elaboração dos mapas geoquímicos
água régia para os seguintes elementos: Ag, Al, As, Os mapas geoquímicos estão organizados por or-
Au, B, Ba, Be, Bi, Ca, Cd, Ce, Co, Cr, Cs, Cu, Fe, Ga, dem alfabética do símbolo químico e por meio
Ge, Hf, Hg, In, K, La, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Ni, P, Pb, amostrado.
Pd, Pt, Rb, Re, S, Sb, Sc, Se, Sn, Sr, Ta, Te, Th, Ti, Tl, U, Através dos parâmetros estatísticos definidos pe-
V, W, Y, Zn, Zr. los boxplots foram delimitados cinco intervalos para
representação das curvas de tendência de cada ele-
Tratamento estatísticos dos dados analíticos mento químico. Nos casos onde havia apenas 25 a
Os elementos químicos, cujos resultados analíti- 75% de amostras acima do limite de detecção (LD)
cos mostraram teores abaixo dos limites de detec- ou de quantificação (LQ) do método analítico, as
ção (LD) ou de quantificação (LQ) em todas as amos- classes foram definidas utilizando-se como referên-
tras, foram eliminados para fins dos cálculos dos cia os percentis, conforme sumarizado na Tabela 1.

> 75% detectados 25-75% detectados < 25% detectados


Mínimo-Percentil 25 Mínimo - Mediana Percentil 75 – Percentil 90
Percentil 25 - Mediana Mediana - Percentil 75 Percentil 90 – Percentil 98
Mediana - Percentil 75 Percentil 75 – Percentil 90 Percentil 98 – Máximo
Percentil 75 - Limiar Percentil 90 – Percentil 98
Limiar - Máximo Percentil 98 – Máximo
Tabela 1 – Intervalos de classe em função da proporção de amostras detectadas.

Os mapas geoquímicos foram elaborados utili- químicos das amostras de água superficial e daque-
zando o software ArcGis 10. Para os mapas dos se- las utilizadas para abastecimento humano, foi ado-
dimentos de corrente e dos solos, o método de in- tada simbologia pontual. Na elaboração dos mapas
terpolação foi o Inverse Distance Weighted (IDW), de sedimentos de corrente e de solos quando o
enquanto que para a elaboração dos mapas geo- elemento foi detectado com o número de amostras

36
abaixo de 25%, optou-se por utilizar simbologia pon- ção de alimentos e outros bens primários de consu-
tual. mo e (4) proteger as águas superficiais e subterrâ-
A escolha deste método, o IDW - Inverse Distance neas.
Weighted (Inverso da Distância Ponderada), levou Sedimentos de corrente: Resolução CONAMA
em consideração a característica de resultar em 454 de 01/11/2012, que estabelece as diretrizes
valores interpolados mais próximos da realidade, em gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação
detrimento da suavização propiciada por outros do material a ser dragado em águas jurisdicionais
métodos (ANDRIOTTI, 2009). brasileiras – utilizou-se os níveis de classificação
Nas tabelas da estatística descritiva inseridas no para águas doce, nível 2 (limiar abaixo do qual há
layout dos mapas, estão apresentados os valores de maior probabilidade de efeitos adversos à biota).
referência para alguns elementos, estabelecidos por Água superficial e aquela utilizada para abaste-
legislações ambientais federais. Para os solos, foram cimento humano: Resolução CONAMA 357 de
utilizados ainda os valores de referência estadual, 18/03/2005 (utilizou-se como referência os parâme-
segundo Paye et al. (2010). tros para rios de Classe 2), que dispõe sobre a classi-
Solos: Resolução CONAMA 420 de 28/12/2009, ficação dos corpos de água e diretrizes ambientais
que dispõe sobre critérios e valores orientadores de para o seu enquadramento, bem como estabelece
qualidade do solo em relação às atividades antrópi- as condições e padrões de lançamento de efluentes.
cas – utilizou-se os Valores de Prevenção – VP, re- Para os elementos que não são contemplados
presentando a concentração de valor limite de de- nas legislações brasileiras, se utilizou, também, a
terminada substância no solo, tal que ele seja capaz legislação americana para solos e sedimentos de
de sustentar as suas funções principais, tais como: corrente: Screening Quik Reference Table for Inorga-
(1) servir como meio básico para sustentação da nic in Sediment and in soil – NOAA/SquiRTs (2008).
vida e de habitat para pessoas, animais, plantas e Foram utilizados os valores de prevenção Treshold
outros organismos vivos; (2) manter o ciclo da água Effects Level (TEL) para sedimentos de água doce e
e dos nutrientes; (3) servir como meio para a produ- os valores de prevenção (Target) para os solos.

37
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Nas tabelas 2, 3, 4 e 5 são apresentados os parâ- água bruta utilizada para abastecimento público,
metros estatísticos descritivos das amostras de se- respectivamente.
dimentos de corrente, solos, água superficial e de

Elemento Unidade Valor Médio Valor Mínimo Valor Máximo Mediana Variância Desvio Padrão

Ag ppm 0,051 0,005 0,49 0,03 0,004 0,067


Al % 1,697 0,03 6,9 1,23 2,429 1,558
As ppm 1,642 0,5 134 0,5 64,139 8,009
Au ppm 0,052 0,05 0,2 0,05 0 0,016
B ppm 5,019 5 11 5 0,111 0,333
Ba ppm 82,545 2,5 690 51,5 7900,01 88,882
Be ppm 0,321 0,05 2 0,2 0,085 0,291
Bi ppm 0,129 0,01 11,12 0,05 0,466 0,683
Ca % 0,23 0,005 22,5 0,04 3,126 1,768
Cd ppm 0,053 0,005 4,01 0,02 0,082 0,286
Ce ppm 164,933 0,025 1500 76,35 70772,874 266,032
Co ppm 4,15 0,2 29,3 2,5 17,374 4,168
Cr ppm 25,158 0,32 231 15,5 733,384 27,081
Cs ppm 0,594 0,025 6,3 0,32 0,493 0,702
Cu ppm 7,607 0,7 76,5 5,05 58,895 7,674
Fe % 2,331 0,17 8,43 1,84 2,786 1,669
Ga ppm 6,75 0,05 28,6 5 35,305 5,942
Ge ppm 0,117 0,05 4,7 0,05 0,089 0,299
Hf ppm 0,094 0,025 1,84 0,025 0,024 0,155
Hg ppm 0,076 0,005 4,01 0,04 0,082 0,287
In ppm 0,027 0,01 0,22 0,01 0,001 0,027
K % 0,106 0,005 0,81 0,07 0,011 0,106
La ppm 80,805 0,4 2631 33,3 34082,195 184,614
Li ppm 4,014 0,5 23 2 16,846 4,104
Mg % 0,128 0,005 2,05 0,06 0,035 0,187
Mn ppm 434,133 7 6640 251 312879,255 559,356
Mo ppm 0,596 0,1 4,98 0,5 0,199 0,446
Na % 0,015 0,005 0,29 0,005 0,001 0,032
Nb ppm 1,802 0,1 13,85 1,545 2,289 1,513
Ni ppm 6,442 1 50,5 3,9 36,722 6,061
P ppm 344,266 25 2774 258 120430,885 347,021
Pb ppm 11,068 0,1 85,6 9,25 119,734 10,942
Pd ppm 0,071 0,05 0,5 0,05 0,004 0,064
Pt ppm 0,052 0,05 0,6 0,05 0,001 0,031
Rb ppm 12,895 0,1 110 7,4 183,444 13,544
Re ppm 0,05 0,05 0,05 0,05 0 0
S % 0,021 0,005 1,11 0,005 0,006 0,074
Sb ppm 0,086 0,025 1,56 0,06 0,016 0,125
Sc ppm 4,022 0,05 27,3 2,95 16,296 4,037
Se ppm 0,593 0,5 8 0,5 0,281 0,53
Sn ppm 1,932 0,02 82,6 1,2 23,275 4,824
Sr ppm 20,6 0,1 2654 4,6 25153,097 158,597

38
Ta ppm 0,104 0,025 15 0,025 1,015 1,007
Te ppm 0,059 0,025 2,3 0,025 0,027 0,166
Th ppm 38,612 0,05 1427 15,45 9015,971 94,952
Ti % 0,181 0,005 9,3 0,11 0,443 0,666
U ppm 3,006 0,025 71,83 1,42 31,119 5,578
V ppm 37,548 0,5 185 25 1461,034 38,223
W ppm 0,472 0,05 13,2 0,2 1,296 1,138
Y ppm 10,671 0,05 216,91 6,86 262,176 16,192
Zn ppm 22,323 0,5 81 17 317,129 17,808
Zr ppm 1,993 0,25 61 0,25 23,378 4,835

Tabela 2 – Sumário estatístico das amostras de sedimentos de corrente.

Elemento Unidade Valor Médio Valor Mínimo Valor Máximo Mediana Variância Desvio Padrão

Ag ppm 0,046 0,005 0,220 0,03 0,002 0,047


Al % 3,521 0,2 11,5 2,76 5,592 2,365
As ppm 2,514 0,5 11 2 3,771 1,942
Au ppm 0,054 0,05 0,3 0,05 0,001 0,030
B ppm 5 5 5 5 0 0
Ba ppm 54,775 2,5 353 25 6046,913 77,762
Be ppm 0,38 0,05 2,3 0,2 0,216 0,465
Bi ppm 0,328 0,01 5,65 0,15 0,732 0,855
Ca % 0,039 0,005 0,27 0,02 0,002 0,045
Cd ppm 0,042 0,005 0,71 0,01 0,009 0,095
Ce ppm 56,967 9,13 219,79 47,95 1675,129 40,928
Co ppm 3,768 0,05 26,3 1,2 24,584 4,958
Cr ppm 31,972 2 103 21 686,771 26,206
Cs ppm 1,427 0,05 9,94 0,97 2,795 1,672
Cu ppm 9,833 0,25 90,1 5,2 178,736 13,369
Fe % 3,426 0,48 8,1 3,07 2,856 1,690
Ga ppm 16,952 0,3 39,8 16 58,748 7,665
Ge ppm 0,058 0,05 0,2 0,05 0,001 0,031
Hf ppm 0,138 0,025 0,67 0,09 0,018 0,133
Hg ppm 0,18 0,005 0,87 0,15 0,022 0,148
In ppm 0,07 0,01 0,2 0,06 0,002 0,043
K % 0,065 0,005 0,42 0,02 0,011 0,103
La ppm 21,532 3 113,6 17,9 349,181 18,686
Li ppm 3,394 0,5 27 1 28,614 5,349
Mg % 0,06 0,005 0,44 0,02 0,010 0,099
Mn ppm 257,965 2,5 2466 114 144092,188 379,595
Mo ppm 0,863 0,025 2,23 0,8 0,154 0,392
Na % 0,005 0,005 0,02 0,005 0 0,002
Nb ppm 1,38 0,025 5,53 0,89 1,650 1,285
Ni ppm 6,996 0,25 45,1 4 55,728 7,465
P ppm 230,479 25 609 216 24207,253 155,587
Pb ppm 13,865 1,1 42,5 12,9 75,650 8,698
Pd ppm 0,063 0,05 0,3 0,05 0,002 0,043
Pt ppm 0,051 0,05 0,1 0,05 0 0,006
Rb ppm 16,635 0,1 139 4,3 747,542 27,341
Re ppm 0,051 0,05 0,1 0,05 0 0,006

39
S % 0,021 0,01 0,06 0,02 0 0,013
Sb ppm 0,106 0,01 0,85 0,08 0,013 0,115
Sc ppm 7,12 0,05 17,9 5,9 23,711 4,869
Se ppm 0,711 0,5 3 0,5 0,219 0,468
Sn ppm 2,474 0,15 12,6 2 3,188 1,786
Sr ppm 6,724 0,5 56,1 3,8 70,207 8,379
Ta ppm 0,025 0,025 0,025 0,025 0 0
Te ppm 0,072 0,025 0,63 0,025 0,009 0,095
Th ppm 19,394 2,7 53,1 16,3 129,778 11,392
Ti % 0,066 0,005 0,34 0,04 0,004 0,067
U ppm 1,414 0,2 8,48 0,96 2,246 1,499
V ppm 67,246 0,5 200 59 1794,856 42,366
W ppm 0,444 0,05 8,2 0,2 1,508 1,228
Y ppm 5,948 0,16 33,14 3,89 51,154 7,152
Zn ppm 21,289 0,5 100 14 486,626 22,060
Zr ppm 4,13 0,25 19,8 2,7 21,854 4,675

Tabela 3 – Sumário estatístico das amostras de solos.

Elemento Unidade Valor Médio Valor Mínimo Valor Máximo Mediana Variância Desvio Padrão

pH - 6,664 5,3 8,5 6,6 0,283 0,53


C.D mg/L 159,295 4,48 7228 68,1 197280,64 444,16
O.D µS 7,239 0,09 13,6 7,3 4,878 2,21
T °C 23,802 16,4 39,5 23,6 10 3,17
Brometo mg/L 0,142 0,005 17,94 0,02 1,068 1,03
Cloreto mg/L 53,150 0,005 4718,15 7,63 77158,18 277,77
Fluoreto mg/L 0,140 0,005 8,43 0,06 0,222 0,47
Fosfato mg/L 0,069 0,05 2,2 0,05 0,029 0,17
Nitrato mg/L 4,52 0,005 526,3 1,61 844,31 29,06
Nitrito mg/L 0,092 0,005 16,6 0,005 0,817 0,90
Sulfato mg/L 13,797 0,005 987,91 1,77 5003,17 70,73
Al mg/L 0,09 0,0015 8,369 0,039 0,211 0,46
B mg/L 0,027 0,0035 1,994 0,01 0,013 0,11
Ba mg/L 0,039 0,0015 0,428 0,026 0,002 0,04
Ca mg/L 4,528 0,341 116,9 2,4955 63,08 7,94
Cu mg/L 0,001 0,001 0,01 0,001 0 0,001
Fe mg/L 0,459 0,013 5,082 0,371 0,174 0,42
K mg/L 2,838 0,048 110 1,91 42,63 6,53
Li mg/L 0,002 0,0005 0,104 0,0005 0,000 0,007
Mg mg/L 4,216 0,08 375,5 1,41 502,70 22,42
Mn mg/L 0,034 0,0035 0,68 0,02 0,004 0,06
Na mg/L 22,002 0,005 1262 6,004 7070,82 84,09
Si mg/L 5,704 0,867 19,49 4,85 10,14 3,18
Sr mg/L 0,04 0,005 2,195 0,02 0,017 0,13
Ti mg/L 0,003 0,0025 0,04 0,0025 0 0,003
Zn mg/L 0,090 0,01 8,71 0,01 0,38 0,61

Tabela 4 – Sumário estatístico das amostras de água superficial.

40
Elemento Unidade Valor Médio Valor Mínimo Valor Máximo Mediana Variância Desvio Padrão

pH - 6,571 5,6 8 6,5 0,222 0,47


C.D mg/L 74,312 20,24 333,1 52,7 2915,58 54
O.D µS 6,474 1,14 11,7 6,56 4,737 2,98
T °C 23,802 18,5 30,8 23,95 6,496 2,55
Brometo mg/L 0,045 0,005 1,51 0,02 0,031 0,18
Cloreto mg/L 12,037 0,005 124,8 4,96 365,32 19,11
Fluoreto mg/L 0,137 0,01 1,54 0,05 0,068 0,26
Nitrato mg/L 2,36 0,005 10,24 1,845 5,48 2,34
Nitrito mg/L 0,022 0,005 0,33 0,005 0,002 0,05
Sulfato mg/L 6,268 0,005 44,98 1,705 101,86 10,09
Al mg/L 0,07 0,008 0,4405 0,045 0,005 0,07
B mg/L 0,014 0,004 0,068 0,009 0 0,02
Ba mg/L 0,032 0,007 0,12 0,024 0 0,02
Ca mg/L 2,576 0,61 5,961 2,226 1,80 1,34
Fe mg/L 0,385 0,059 1,388 0,353 0,049 0,22
K mg/L 2,108 0,512 8,17 1,8045 1,53 1,25
Mg mg/L 1,366 0,41 3,703 1,1275 0,57 0,77
Mn mg/L 0,016 0,0035 0,091 0,0089 0 0,02
Na mg/L 7,641 1,498 56,79 4,228 69,01 8,31
Si mg/L 5,382 0,292 12,15 4,748 5,48 2,34
Sr mg/L 0,02 0,001 0,064 0,02 0 0,01

Tabela 5 – Sumário estatístico das amostras de água bruta utilizada para abastecimento público.

41
MAPAS
GEOQUÍMICOS

42
PRATA
Ag Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Ag (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,13 - 0,49
0,06 - 0,13
21° S MIMOSO DO SUL

0,03 - 0,06
0 5 10 20 30 40
Km
0,01 - 0,03
0,005 - 0,01
41° W 40° W

0.6 350
Estatística Descritiva
Elemento Ag (ppm)
0.5 300 90,43%
Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 325
0.4 250 Result > Lim Detec 268
Frequência

Valor Médio 0,05


0.3 200 Valor Mínimo 0,005
Valor Máximo 0,49
0.2 150 Desvio Padrão 0,066
Median = 0.03 Coeficiente de Variação (%) 1,29
0.1 25%-75% Mediana 0,03
100
= (0.01, 0.06) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
0.0 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.005, 0.13) 50
Outliers 6,48%
Extremes 1,23% 0,93% 0,93%
-0.1 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Ag ppm Ag ppm

43
PRATA
Ag Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Ag (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,15 - 0,22

21° S MIMOSO DO SUL 0,07 - 0,15

0 5 10 20 30 40
Km 0,03 - 0,07

0,005 - 0,03
41° W 40° W

0.24 35
Estatística Descritiva
0.22 Elemento Ag (ppm)
45,45%
0.20 30 Limite de Detecção 0,01
0.18 Número de medidas 71
25 Result > Lim Detec 52
0.16
Valor Médio 0,05
Frequência

0.14 20 Valor Mínimo 0,005


0.12 Valor Máximo 0,22
15 Desvio Padrão 0,047
0.10
19,70% Coeficiente de Variação (%) 1,01
Median = 0.03
0.08 Mediana 0,03
25%-75%
10
0.06 = (0.01, 0.07) CONAMA 420/2009 (VP) 2
10,61%
0.04 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
7,58%
= (0.01, 0.15) 5 6,06%6,06%
0.02 Outliers
1,52%1,52% 1,52%
0.00 Extremes 0
-0.02 0.02 0.06 0.10 0.14 0.18 0.22 0.26
Ag ppm 0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20 0.24
Ag ppm

44
ALUMÍNIO
Al Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Al (mg/L)
0,12 - 0,44
0,08 - 0,12
21° S
0,04 - 0,08
0 4,258,5 17 25,5 34
Km
0,03 - 0,04
0,008 - 0,03
41° W 40° W

0.30 70
85,90% Estatística Descritiva
0.28
0.26 Elemento Al (mg/L)
60
0.24 Limite de Detecção 0,003
0.22 Número de medidas 78
50
0.20 Result > Lim Detec 78
0.18
Frequência

Valor Médio 0,07


0.16 40 Valor Mínimo 0,008
0.14 Valor Máximo 0,44
0.12 30 Desvio Padrão 0,07
0.10 Median = 0.039 Coeficiente de Variação (%) 1,04
0.08 25%-75% 20 Mediana 0,045
0.06 = (0.026, 0.074)
CONAMA 357/2005 0,1
0.04 Non-Outlier Range
0.02 = (0.008, 0.135) 10
7,69%
0.00 Outliers 5,13%
Extremes 1,28%
-0.02 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Al (mg/L) Al (mg/L)

45
ALUMÍNIO
Al Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Al (mg/L)
0,168 - 8,369
0,079 - 0,168
21° S
0,039 - 0,079
0 5 10 20 30 40
Km
0,019 - 0,039
0,0015 - 0,019
41° W 40° W

9 400
Estatística Descritiva
8 Elemento Al (mg/L)
350 99,42%
7 Limite de Detecção 0,003
300 Número de medidas 345
6 Result > Lim Detec 327
Frequência

5 250 Valor Médio 0,09


Valor Mínimo 0,0015
4 200 Valor Máximo 8,37
3 Desvio Padrão 0,46
Median = 0.039 150 Coeficiente de Variação (%) 4,86
2 25%-75% Mediana 0,04
= (0.019, 0.079) 100
1 CONAMA 357/2005 0,1
Non-Outlier Range
= (0.003, 0.168) 50
0
Outliers
Extremes 0,29% 0,29%
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Al (mg/L) Al (mg/L)

46
ALUMÍNIO
Al Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Al (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
6,07 - 6,9
2,73 - 6,07
21° S MIMOSO DO SUL

1,23 - 2,73
0 4,258,5 17 25,5 34
Km
0,36 - 1,23
0,03 - 0,36
41° W 40° W

8 160
45,68% Estatística Descritiva
7 Elemento Al (%)
140
Limite de Detecção 0,01
6 Número de medidas 325
120
Result > Lim Detec 325
5
Frequência

100 Valor Médio 1,70


4 Valor Mínimo 0,03
80 Valor Máximo 6,90
3 Desvio Padrão 1,56
19,75%
Median = 1.23 60 Coeficiente de Variação (%) 0,92
2
25%-75% 14,20% Mediana 1,23
= (0.355, 2.73) 40 11,11% CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
1
Non-Outlier Range -
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL)
0 = (0.03, 6.07) 20 5,56%
Outliers 2,47%
1,23%
-1 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Al (%) Al (%)

47
ALUMÍNIO
Al Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Al (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
7,37 - 11,49
4,33 - 7,37
21° S MIMOSO DO SUL

2,77 - 4,33
0 4,258,5 17 25,5 34
Km
2,14 - 2,77
0,25 - 2,14
41° W 40° W

12 30
Estatística Descritiva
28 40,91%
Elemento Al (%)
10 26
Limite de Detecção 0,01
24
Número de medidas 71
8 22
Result > Lim Detec 71
20
Valor Médio 3,52
Frequência

6 18
Valor Mínimo 0,25
16
Valor Máximo 11,50
14 Desvio Padrão 2,36
4
12 Coeficiente de Variação (%) 0,65
Median = 2.76
10 13,64% Mediana 2,76
2 25%-75% 12,12%
= (2.12, 4.33) 8 10,61% CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 6 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 6,06%
= (0.2, 7.37) 4 4,55%
Outliers 3,03% 3,03%
2 1,52% 1,52% 1,52%1,52%
-2 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Al (%) Al (%)

48
ARSÊNIO
As Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

As (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
6,0 - 134

21° S MIMOSO DO SUL 2,0 - 6,0

0 5 10 20 30 40
Km 1,0 - 2,0

0,5 - 1,0
41° W 40° W

140 350
99,07% Estatística Descritiva
120 Elemento As (ppm)
300
Limite de Detecção 1,00
100 Número de medidas 325
250
Result > Lim Detec 103
80
Frequência

Valor Médio 1,64


200 Valor Mínimo 0,50
60 Valor Máximo 134,00
150 Desvio Padrão 8,01
40 Median = 0.5 Coeficiente de Variação (%) 4,88
25%-75% 100 Mediana 0,5
20 = (0.5, 1)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) 17
Non-Outlier Range
0 = (0.5, 1) 50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 17
Outliers
Extremes 0,31% 0,31% 0,31%
-20 0
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160
As (ppm) As (ppm)

49
ARSÊNIO
As Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

As (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
6,0 - 11,0
3,0 - 6,0
21° S MIMOSO DO SUL

2,0 - 3,0
0 5 10 20 30 40

1,0 - 2,0
Km

0,5 - 1,0
41° W 40° W

12 26
36,36% Estatística Descritiva
24
Elemento As (ppm)
10 22 Limite de Detecção 1,00
20 30,30%
Número de medidas 71
18 Result > Lim Detec 64
8
Valor Médio 2,51
Frequência

16
Valor Mínimo 0,50
14
6 Valor Máximo 11,00
12 Desvio Padrão 1,942
Median = 2 10 13,64% Coeficiente de Variação (%) 0,77
4 Mediana 2,00
25%-75% 8
= (1, 3) 6 CONAMA 420/2009 (VP) 15,00
7,58%
2 Non-Outlier Range Paye et al. (2010) <12,83
= (1, 6) 4 4,55%
3,03%
NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,90
Outliers 2 1,52% 1,52% 1,52%
0 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
As (ppm) As (ppm)

50
BORO
B Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

B (mg/L)
0,06 - 0,068
0,03 - 0,06
21° S
0,02 - 0,03
0 5 10 20 30 40
Km

0,009 - 0,02
0,0035 - 0,009
41° W 40° W

0.08 50
61,54% Estatística Descritiva
Elemento B (mg/L)
0.07
Limite de Detecção 0,007
40
0.06 Número de medidas 78
Result > Lim Detec 45
0.05
Frequência

Valor Médio 0,01


30
Valor Mínimo 0,0035
0.04 Valor Máximo 0,068

20 Desvio Padrão 0,02


0.03 Median = 0.009 Coeficiente de Variação (%) 1,09
25%-75% Mediana 0,009
0.02 = (0.007, 0.02) 15,38%
10 11,54% CONAMA 357/2005 0,5
Non-Outlier Range
0.01 = (0.007, 0.038)
5,13%
Outliers 3,85%
1,28% 1,28%
0.00 Extremes 0
-0.01 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08
B (mg/L)

51
BORO
B Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

B (mg/L)
0,087 - 1,99

21° S 0,05 - 0,087


0,027 - 0,05
0 5 10 20 30 40
Km
0,01 - 0,027
0,0035 - 0,01
41° W 40° W

2.2 400
Estatística Descritiva
2.0
350 Elemento B (mg/L)
98,83%
1.8 Limite de Detecção 0,007
1.6 300 Número de medidas 345
1.4 Result > Lim Detec 207
Frequência

250 Valor Médio 0,03


1.2
Valor Mínimo 0,0035
1.0 200 Valor Máximo 1,99
0.8 Desvio Padrão 0,11
Median = 0.01 150
0.6 Coeficiente de Variação (%) 4,20
25%-75%
Mediana 0,01
0.4 = (0.007, 0.027) 100
CONAMA 357/2005 0,5
0.2 Non-Outlier Range
= (0.007, 0.056) 50
0.0 Outliers
Extremes 0,58% 0,29% 0,29%
-0.2 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2
B (mg/L) B (mg/L)

52
BÁRIO
Ba Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Ba (mg/L)
0,074 - 0,12
0,04 - 0,074
21° S
0,024 - 0,04
0 5 10 20 30 40
Km
0,018 - 0,024
0,007 - 0,018
41° W 40° W

0.14 26
30,77%30,77% Estatística Descritiva
24
Elemento Ba (mg/L)
0.12 22 Limite de Detecção 0,003
20 Número de medidas 78
0.10
18 Result > Lim Detec 78
Frequência

16 Valor Médio 0,03


0.08 Valor Mínimo 0,007
14
Valor Máximo 0,12
12
0.06 Desvio Padrão 0,02
Median = 0.024 10 11,54% Coeficiente de Variação (%) 0,67
25%-75% 8 10,26%
0.04 Mediana 0,02
= (0.018, 0.037) 6 6,41% CONAMA 357/2005 0,7
Non-Outlier Range
0.02 = (0.007, 0.63) 4
2 2,56% 2,56%
Outliers 1,28% 1,28% 1,28% 1,28%
0.00 Extremes 0
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.10 0.11
Ba (mg/L) Ba (mg/L)

53
BÁRIO
Ba Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Ba (mg/L)
0,086 - 0,428

21° S
0,044 - 0,086
0,026 - 0,044
0 5 10 20 30 40
Km

0,016 - 0,026
0,0015 - 0,016
41° W 40° W

0.45 350
Estatística Descritiva
91,84%
0.40 Elemento Ba (mg/L)
300
0.35 Limite de Detecção 0,003
Número de medidas 345
0.30 250
Result > Lim Detec 343
Frequência

0.25 Valor Médio 0,04


200 Valor Mínimo 0,0015
0.20 Valor Máximo 0,43
150 Desvio Padrão 0,04
0.15
Median = 0.026 Coeficiente de Variação (%) 1,09
0.10 25%-75% 100 Mediana 0,026
= (0.016, 0.044)
0.05 CONAMA 357/2005 0,7
Non-Outlier Range
= (0.003, 0.086) 50
0.00 7,00%
Outliers
Extremes 0,87% 0,29%
-0.05 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Ba (mg/L) Ba (mg/L)

54
BÁRIO
Ba Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Ba (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
268 - 690
119,5 - 268
21° S MIMOSO DO SUL

51,5 - 119,5
0 5 10 20 30 40
Km
19 - 51,5
2,5 - 19
41° W 40° W

800 240
Estatística Descritiva
68,21%
220 Elemento Ba (ppm)
700
200 Limite de Detecção 5,00
600 Número de medidas 325
180
Result > Lim Detec 319
500 160
Frequência

Valor Médio 82,54


140
400 Valor Mínimo 2,50
120 Valor Máximo 690
300 Desvio Padrão 88,88
100
Median = 51.5 Coeficiente de Variação (%) 1,08
200 80 22,84%
25%-75% Mediana 51,50
= (19, 119.5) 60 -
100 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range
40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (2.5, 268)
6,48%
Outliers 20
1,23% 0,62% 0,31% 0,31%
-100 Extremes 0
-100 0 100 200 300 400 500 600 700 800
Ba (ppm) Ba (ppm)

55
BÁRIO
Ba Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Ba (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
158 - 353
78 - 158
21° S MIMOSO DO SUL

25,5 - 78
0 5 10 20 30 40
Km

7 - 25,5
2,5 - 7
41° W 40° W

400 45
65,15% Estatística Descritiva
350 40 Elemento Ba (ppm)
Limite de Detecção 5,00
300 35 Número de medidas 71
Result > Lim Detec 61
Frequência

250 30
Valor Médio 54,77
200 25 Valor Mínimo 2,50
Valor Máximo 353,00
150 20 Desvio Padrão 77,76
Median = 25 Coeficiente de Variação (%) 1,42
100 15 Mediana 25,00
25%-75% 19,70%
= (6, 71) CONAMA 420/2009 (VP) 150,00
50 10
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 160,00
0 = (5, 158) 5
Outliers 4,55%
1,52% 3,03% 3,03% 1,52% 1,52%
-50 Extremes 0
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Ba (ppm) Ba (ppm)

56
BERÍLIO
Be Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Be (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1,1 - 1,96
0,5 - 1,1
21° S MIMOSO DO SUL

0,2 - 0,5
0 5 10 20 30 40
Km
0,1 - 0,2
0,05 - 0,1
41° W 40° W

2.2 180
Estatística Descritiva
2.0 50,62%
160 Elemento Be (ppm)
1.8 Limite de Detecção 0,10
1.6 140 Número de medidas 325
Result > Lim Detec 245
Frequência

1.4 120
Valor Médio 0,32
1.2
100 Valor Mínimo 0,05
1.0 Valor Máximo 1,96
0.8 80 23,15% Desvio Padrão 0,29
Median = 0.2 Coeficiente de Variação (%) 0,91
0.6 60
25%-75% Mediana 0,20
0.4 = (0.1, 0.5) 12,04% CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
40
0.2 Non-Outlier Range 8,64% NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.05, 1.1)
0.0 20 3,70%
Outliers
Extremes 0,93%0,62% 0,31%
-0.2 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2
Be (ppm) Be (ppm)

57
BERÍLIO
Be Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Be (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1,67 - 2
0,95 - 1,67
21° S MIMOSO DO SUL

0,5 - 0,95
0 5 10 20 30 40
Km
0,25 - 0,5
0,05 - 0,25
41° W 40° W

2.4 35
50,00% Estatística Descritiva
2.2 Elemento Be (ppm)
2.0 30 Limite de Detecção 0,10
1.8 Número de medidas 71
25 Result > Lim Detec 43
1.6
Valor Médio 0,40
Frequência

1.4 20 Valor Mínimo 0,05


1.2 Valor Máximo 2,30
Desvio Padrão 0,47
1.0 15 21,21%
Median = 0.2 Coeficiente de Variação (%) 1,18
0.8 Mediana 0,25
25%-75%
10
0.6 = (0.1, 0.5) CONAMA 420/2009 (VP) -

0.4 Non-Outlier Range 9,09% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 1,1


= (0.1, 1) 5 6,06%
0.2 4,55% 3,03%
Outliers
1,52%1,52% 1,52% 1,52%
0.0 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6
Be (ppm) Be (ppm)

58
BISMUTO
Bi Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Bi (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,37 - 11,12
0,22 - 0,37
21° S MIMOSO DO SUL

0,15 - 0,22
0 5 10 20 30 40
Km

0,08 - 0,15
0,01 - 0,08
41° W 40° W

12 350
Estatística Descritiva
99,07%
Elemento Bi (ppm)
10 300 Limite de Detecção 0,02
Número de medidas 325
8 250 Result > Lim Detec 324
Valor Médio 0,13
Frequência

6 200 Valor Mínimo 0,01


Valor Máximo 11,12
4 150 Desvio Padrão 0,68
Median = 0.05 Coeficiente de Variação (%) 5,28
2 25%-75% Mediana 0,05
100
= (0.02, 0.09) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range -
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL)
0 = (0.01, 0.19) 50
Outliers
Extremes 0,31% 0,31% 0,31%
-2 0
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Bi (ppm) Bi (ppm)

59
BISMUTO
Bi Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Bi (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,37 - 5,65
0,22 - 0,37
21° S MIMOSO DO SUL

0,15 - 0,22
0 5 10 20 30 40
Km
0,08 - 0,15
0,01 - 0,08
°
41° W 40° W

6 70
Estatística Descritiva

90,91%
Elemento Bi (ppm)
5 60
Limite de Detecção 0,02
Número de medidas 71
4 50 Result > Lim Detec 70
Valor Médio 0,34
Frequência

3 40 Valor Mínimo 0,01


Valor Máximo 5,65
2 30 Desvio Padrão 0,855
Median = 0.15 Coeficiênte de Variação (%) 2,60
25%-75% Mediana 0,15
1 20
= (0.08, 0.22) CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (0.02, 0.37) 10
Outliers 4,55%
Extremes 1,52% 1,52% 1,52%
-1 0
-1.0 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
-0.5 0.5 1.5 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5
Bi (ppm) Bi (ppm)

60
-
BROMETO
Br Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Brometo (mg/L)
0,28 - 1,51
0,04 - 0,28
21° S
0,03 - 0,04
0 5 10 20 30 40
Km 0,02 - 0,03
0,005 - 0,02
41° W 40° W

1.6 80
97,44% Estatística Descritiva
1.4 Elemento Brometo (mg/L)
70
Limite de Detecção 0,01
1.2 Número de medidas 78
60
Result > Lim Detec 52
1.0 Valor Médio 0,05
Frequência

50
Valor Mínimo 0,005
0.8
Valor Máximo 1,51
40
0.6 Desvio Padrão 0,18
Coeficiente de Variação (%) 3,90
Median = 0.02 30
0.4 Mediana 0,02
25%-75%
CONAMA 357/2005 -
= (0.01, 0.02) 20
0.2
Non-Outlier Range
0.0 = (0.01, 0.03) 10
Outliers
1,28% 1,28%
-0.2 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8
Brometo (mg/L) Brometo (mg/L)

61
-
BROMETO
Br Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Brometo (mg/L)
0,79 - 17,94
0,19 - 0,79
21° S
0 5 10 20 30 40 0,04 - 0,19
Km

0,02 - 0,04
0,005 - 0,02
41° W 40° W

20 400
Estatística Descritiva
18 Elemento Brometo (mg/L)
350 99,13%
Limite de Detecção 0,01
16
Número de medidas 345
14 300
Result > Lim Detec 227
12 Valor Médio 0,14
Frequência

250
Valor Mínimo 0,005
10 Valor Máximo 17,94
200
8 Desvio Padrão 1,03
Coeficiente de Variação (%) 7,28
6 Median = 0.02 150
Mediana 0,02
25%-75% -
4 CONAMA 357/2005
= (0.01, 0.04) 100
2 Non-Outlier Range
= (0.01, 0.07) 50
0 Outliers
Extremes 0,29% 0,29% 0,29%
-2 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Brometo (mg/L) Brometo (mg/L)

62
CÁLCIO
Ca Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Ca (mg/L)
4,69 - 5,96
2,99 - 4,69
21° S

0 5 10 20 30 40
2,24 - 2,99
Km

1,66 - 2,24
0,611 - 1,66
41° W 40° W

7 20
Estatística Descritiva
23,08%
18 Elemento Ca (mg/L)
6
Limite de Detecção 0,01
16
Número de medidas 78
5 14
16,67% 16,67%
Result > Lim Detec 78
Frequência

Valor Médio 2,58


4 12
Valor Mínimo 0,61
10 11,54% Valor Máximo 5,96
3 Desvio Padrão 1,34
8
Median = 0.039 Coeficiente de Variação (%) 0,52
25%-75% 7,69% 7,69%
2 6 Mediana 2,23
= (1.518, 2.881)
5,13%5,13% CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range 4
1 = (0.611, 4.697) 2,56%2,56%
Outliers 2
1,28%
0 Extremes 0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5
Ca (mg/L) Ca (mg/L)

63
CÁLCIO
Ca Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Ca (mg/L)
9,85 - 116,90
4,94 - 9,85
21° S
2,50 - 4,94
0 5 10 20 30 40
Km
1,65 - 2,50
0,34 - 1,65
41° W 40° W

140 350
Estatística Descritiva
92,13%
Elemento Ca (mg/L)
120
300 Limite de Detecção 0,01
100 Número de medidas 345
250 Result > Lim Detec 345
Frequência

80 Valor Médio 4,53


200 Valor Mínimo 0,34
60 Valor Máximo 116,90
150 Desvio Padrão 7,94
40 Median = 2.4575 Coeficiente de Variação (%) 1,75
25%-75%
100 Mediana 2,50
20 = (1.628, 4.598)
CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (0.341, 8.85) 50
Outliers 5,54%
Extremes 1,17%
0,58%0,29% 0,29%
-20 0
-20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130
Ca (mg/L) Ca (mg/L)

64
CÁLCIO
Ca Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ca (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,22 - 22,35
0,1 - 0,22
21° S MIMOSO DO SUL

0,04 - 0,1
0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,04
0,005 - 0,02
41° W 40° W

24 350
Estatística Descritiva
22 99,07%
Elemento Ca (%)
20 300
Limite de Detecção 0,01
18 Número de medidas 325
16 250
Result > Lim Detec 310
Frequência

14 Valor Médio 0,23


200 Valor Mínimo 0,005
12
Valor Máximo 22,35
10
150 Desvio Padrão 1,77
8 Median = 0.04 Coeficiente de Variação (%) 7,69
6 25%-75% 100 Mediana 0,04
4 = (0.02, 0.1)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
2 = (0.005, 0.22) 50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 Outliers
Extremes 0,31% 0,62%
-2 0
-4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Ca (%) Ca (%)

65
CÁLCIO
Ca Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ca (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
7,37 - 11,49
4,33 - 7,37
21° S MIMOSO DO SUL

0,02 - 0,05
0 5 10 20 30 40
Km
0,05 - 0,1
0,1 - 0,27
41° W 40° W

0.30 60
Estatística Descritiva
0.28 83,33%
Elemento Ca (%)
0.26
50 Limite de Detecção 0,01
0.24
Número de medidas 71
0.22
Result > Lim Detec 60
0.20 40 Valor Médio 0,039
Frequência

0.18
0.16 Valor Mínimo 0,005
0.14 Valor Máximo 0,27
30
0.12 Desvio Padrão 0,045
0.10 Coeficiente de Variação (%) 1,15
Median = 0.02
0.08 20 Mediana 0,02
25%-75%
0.06 = (0.01, 0.05) CONAMA 420/2009 (VP) -
0.04 Non-Outlier Range NOAA-SQuiRTs/2008 (Target) -
10
0.02 = (0.01, 0.1) 9,09%
0.00 Outliers 4,55%
1,52% 1,52%
-0.02 Extremes 0
-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
Ca (%) Ca (%)

66
CÁDMIO
Cd Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cd (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,17 - 4,01
0,08 - 0,17
21° S MIMOSO DO SUL

0,04 - 0,08
0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,04
0,005 - 0,02
41° W 40° W

4.5 350
99,38% Estatística Descritiva
4.0 Elemento Cd (ppm)
300
Limite de Detecção 0,01
3.5
Número de medidas 325
3.0 250 Result > Lim Detec 198
Frequência

Valor Médio 0,05


2.5
200 Valor Mínimo 0,005
2.0 Valor Máximo 4,01
150 Desvio Padrão 0,29
1.5
Median = 0.02 Coeficiente de Variação (%) 5,42
1.0 25%-75% Mediana 0,02
100
= (0.005, 0.04) CONAMA 454/2012 (Nível 2) 3,5
0.5 Non-Outlier Range
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 3,53
= (0.005, 0.09) 50
0.0
Outliers
Extremes 0,31% 0,31%
-0.5 0
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
Cd (ppm) Cd (ppm)

67
CÁDMIO
Cd Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cd (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,19 - 0,26
0,1 - 0,19
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
0,04 - 0,1
Km

0,01 - 0,04
0,005 - 0,01
°
41° W 40° W

0.28 60 Estatística Descritiva


0.26 81,82%
Elemento Cd (ppm)
0.24
50 Limite de Detecção 0,01
0.22
Número de medidas 71
0.20
Result > Lim Detec 40
0.18 40 Valor Médio 0,03
Frequência

0.16 Valor Mínimo 0,005


0.14 Valor Máximo 0,26
0.12 30
Desvio Padrão 0,05
0.10 Coeficiente de Variação (%) 1,54
Median = 0.01
0.08 25%-75% 20 Mediana 0,01
0.06 = (0.01, 0.04) CONAMA 420/2009 (VP) 1,30
0.04 Non-Outlier Range Paye et al. (2010) <0,13
0.02 = (0.005, 0.08) 10
7,58% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,80
Outliers 6,06%
0.00 3,03%
Extremes 1,52%
-0.02 0
-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
Cd (ppm) Cd (ppm)

68
CÉRIO
Ce Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ce (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
301,66 - 1.500,0
145,86 - 301,65
21° S MIMOSO DO SUL

76,36 - 145,85
0 5 10 20 30 40
Km
40,03 - 76,35
0,025 - 40,02
41° W 40° W

1600 280
80,86% Estatística Descritiva
260
1400 Elemento Ce (ppm)
240 Limite de Detecção 0,05
1200 220 Número de medidas 325
200 Result > Lim Detec 324
1000
180
Frequência

Valor Médio 164,93


800 160 Valor Mínimo 0,025
140 Valor Máximo 1500,00
600 120 Desvio Padrão 266,03
Median = 76.35 100 Coeficiente de Variação (%) 1,61
400
25%-75% Mediana 76,35
80
= (40.02, 145.855) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
200 60
Non-Outlier Range
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.025, 301.65) 40
0 7,72%
Outliers 20 5,25%
3,40% 2,47%
Extremes 0,31%
-200 0
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
Ce (ppm) Ce (ppm)

69
CÉRIO
Ce Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ce (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
156,73 - 219,79
83,541 - 156,73
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
50,6 - 83,54
Km
30,67 - 50,6
9,13 - 30,67
°
41° W 40° W

240 18
25,76% Estatística Descritiva
220 Elemento Ce (ppm)
16
200 Limite de Detecção 0,05

180 14 Número de medidas 71


19,70%19,70%
Result > Lim Detec 71
160 12 Valor Médio 56,97
Frequência

140 Valor Mínimo 9,13


10
120 Valor Máximo 219,79
8 Desvio Padrão 40,928
100 10,61%
Median = 47.95 Coeficiente de Variação (%) 0,72
9,09%
80 6 Mediana 50,60
25%-75% 7,58%
60 = (23.93, 83.54) CONAMA 420/2009 (VP) -
4
Non-Outlier Range 4,55% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
40
= (9.13, 156.73)
20 2
Outliers 1,52% 1,52%
0 Extremes
0
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Ce (ppm) Ce (ppm)

70
-
CLORETO
Cl Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Cloreto (mg/L)
22,96 - 124,8
12,14 - 22,96
21° S

0 5 10 20 30 40
5,0 - 12,14
Km
3,43 - 5,0
0,005 - 3,43
41° W 40° W

120 60
Estatística Descritiva
70,51%
Elemento Cloreto (mg/L)
100 Limite de Detecção 0,01
50
Número de medidas 78
80 Result > Lim Detec 77
40 Valor Médio 12,04
Frequência

60 Valor Mínimo 0,005


Valor Máximo 124,80
30
Desvio Padrão 19,11
40
Coeficiente de Variação (%) 1,59
Median = 4.77
25%-75% 20 Mediana 5,00
20 CONAMA 357/2005 250
= (3.19, 10.43)
5,38%
Non-Outlier Range
0 10
= (0.01, 19.27)
Outliers 3,85%3,85%
2,56%
2,56% 1,28%
-20 Extremes
0
-20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100110120130140
Cloreto (mg/L) Cloreto (mg/L)

71
-
CLORETO
Cl Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Cloretoto (mg/L)
60,26 - 4.718,15
26,19 - 60,26
21° S
7,63 - 26,19
0 5 10 20 30 40
Km 3,3 - 7,63
0,005 - 3,3
41° W 40° W

5000 400
Estatística Descritiva
Elemento Cloreto (mg/L)
350 98,83%
4000 Limite de Detecção 0,01
300 Número de medidas 345
Result > Lim Detec 344
3000
Valor Médio 53,15
Frequência

250
Valor Mínimo 0,005
2000 200 Valor Máximo 4718,15
Desvio Padrão 277,77
Median = 7.63 150 Coeficiente de Variação (%) 5,23
1000 Mediana 7,63
25%-75%
= (3.3, 26.19) 100 CONAMA 357/2005 250

0 Non-Outlier Range
= (0.01, 60.26) 50
Outliers
Extremes 0,58% 0,29% 0,29%
-1000 0
0 1000 2000 3000 4000 5000
-500 500 1500 2500 3500 4500 5500
Cloreto (mg/L) Cloreto (mg/L)

72
COBALTO
Co Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Co (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
13,4 - 29,3
6,1 - 13,4
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
2,5 - 6,1
Km
1,2 - 2,5
0,2 - 1,2
41° W 40° W

35 240
68,83% Estatística Descritiva
220 Elemento Co (ppm)
30
200 Limite de Detecção 0,10
25 180 Número de medidas 325
Result > Lim Detec 325
Frequência

160
20 Valor Médio 4,15
140 Valor Mínimo 0,20
15 120 Valor Máximo 29,30
100 Desvio Padrão 4,17
10 Median = 2.5 Coeficiente de Variação (%) 1,00
25%-75% 80 21,91%
Mediana 2,50
5 = (1.2, 6.1) 60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.2, 13.4) 6,79%
Outliers 20
1,85% 0,31% 0,31%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
Co (ppm)
Co (ppm)

73
COBALTO
Co Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Co (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
11,5 - 26,3
5,1 - 11,5
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
1,2 - 5,1
Km
0,7 - 1,2
0,05 - 0,7
41° W 40° W

28 50 72,73% Estatística Descritiva


26
Elemento Co (ppm)
24
Limite de Detecção 0,10
22 40
Número de medidas 71
20
Result > Lim Detec 70
18
Valor Médio 3,77
Frequência

16 30 Valor Mínimo 0,05


14 Valor Máximo 26,30
12 Desvio Padrão 4,95
10 20 Coeficiente de Variação (%) 1,32
Median = 1.2
8 25%-75% Mediana 1,80
6 = (0.7, 5.1) CONAMA 420/2009 (VP) 25,00
4 Non-Outlier Range 10 12,12% 12,12% Paye et al. (2010) 10,21
2 = (0.1, 11.5) NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 2,40
0 Outliers
1,52% 1,52%
-2 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30
Co (ppm) Co (ppm)

74
CONDUTIVIDADE
ELÉTRICA
Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Condutividade (µS)
153,6 - 333,1
88,0 - 153,6
21° S
52,7 - 88,0
0 5 10 20 30 40
Km
42,15 - 52,7
20,24 - 42,15
41° W 40° W

350 40
47,44% Estatística Descritiva
Condutividade Elétrica CD (µS/cm)
300 35
Limite de Detecção -
30 Pontos mensurados 78
250
Valor Médio 74,31
Frequência

25 Valor Mínimo 20,23


29,49%
200 Valor Máximo 333,10
20 Desvio Padrão 54,00
150 Coeficiente de Variação (%) 0,73
Median = 50.4 15 Mediana 52,7
100 25%-75% 14,10% CONAMA 357/2005 -
= (40.6, 82.3) 10
Non-Outlier Range
50 = (16.73, 133.5) 5 5,13%
Outliers 2,56%
1,28%
0 Extremes
0
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
CE (µs/cm) CE (µs/cm)

75
CONDUTIVIDADE
ELÉTRICA
Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Condutividade (µS)
266,6 - 7.228
133,7 - 266,6
21° S
68,1 - 133,7
0 5 10 20 30 40
Km
43,9 - 68,1
11,18 - 43,9
41° W 40° W

8000 400
Estatística Descritiva
7000 Condutividade Elétrica CD (µS/cm)
350 99,13%
Limite de Detecção -
6000 Pontos mensurados 345
300
Valor Médio 159,30
Frequência

5000
250 Valor Mínimo 11,18
4000 Valor Máximo 7228,00
200 Desvio Padrão 444,16
3000 Coeficiente de Variação (%) 2,79
Median = 68.1 150 Mediana 68,10
2000
25%-75% CONAMA 357/2005 -
= (43.7, 133.7) 100
1000
Non-Outlier Range
0 = (4.48, 266.6) 50
Outliers
Extremes 0,29% 0,29% 0,29%
-1000 0
-1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
CE (µs/cm) CE (µs/cm)

76
CROMO
Cr Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
77 - 231
35 - 77
21° S MIMOSO DO SUL

15,5 - 35
0 5 10 20 30 40
Km
7 - 15,5
1-7
41° W 40° W

260 200
Estatística Descritiva
240 56,17%
180 Elemento Cr (ppm)
220
Limite de Detecção 1,00
200 160
Número de medidas 325
180 140 Result > Lim Detec 325
160
Frequência

Valor Médio 25,16


120
140 Valor Mínimo 1,00
120 100 Valor Máximo 231,00
100 24,38% Desvio Padrão 27,08
80
80 Median = 16 Coeficiente de Variação (%) 1,08
60 25%-75% 60 Mediana 16,00
= (7, 35) CONAMA 454/2012 (Nível 2) 90,00
40 40
Non-Outlier Range 9,57%
20 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 90,00
= (1, 77)
20 5,56%
0 Outliers 2,47%
Extremes 0,93% 0,62% 0,31%
-20 0
-40 0 40 80 120 160 200 240
-20 20 60 100 140 180 220 260
Cr (ppm) Cr (ppm)

77
CROMO
Cr Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
89 - 103
43 - 89
21° S MIMOSO DO SUL

21 - 43
0 5 10 20 30 40
Km 11 - 21
2,05 - 11
41° W 40° W

120 18
25,76% Estatística Descritiva
16 Elemento Cr (ppm)
100 Limite de Detecção 1,00
21,21%
14 Número de medidas 71
80 Result > Lim Detec 71
12 Valor Médio 31,97
Frequência

16,67%
60 Valor Mínimo 2,05
10
Valor Máximo 103,00
8 Desvio Padrão 26,21
40
Coeficiente de Variação (%) 0,82
Median = 21 9,09%
25%-75% 6 Mediana 21,00
20 CONAMA 420/2009 (VP) 75,00
= (11, 43) 6,06% 6,06%
4 54,13
Non-Outlier Range 4,55% Paye et al. (2010)
0 = (2, 89) 3,03% 3,03% 3,03% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,38
2
Outliers 1,52%
-20 Extremes 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Cr (ppm) Cr (ppm)

78
CÉSIO
Cs Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cs (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1,94 - 6,28
0,85 - 1,94
21° S MIMOSO DO SUL

0,32 - 0,85
0 5 10 20 30 40
Km
0,12 - 0,32
0,025 - 0,12
41° W 40° W

7 280
80,86% Estatística Descritiva
260
Elemento Cs (ppm)
6 240 Limite de Detecção 0,05
220 Número de medidas 325
5
200 Result > Lim Detec 322
180
Frequência

4 Valor Médio 0,59


160 Valor Mínimo 0,025
3 140 Valor Máximo 6,30
120 Desvio Padrão 0,7
2 Median = 0.32 100 Coeficiente de Variação (%) 1,18
25%-75% Mediana 0,32
80
1 = (0.12, 0.85) -
60 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range 13,58%
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.025, 1.94) 40
Outliers 20 4,63%
Extremes 0,62% 0,31%
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7
Cs (ppm) Cs (ppm)

79
CÉSIO
Cs Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cs (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
3,33 - 9,94
1,69 - 3,33
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
Km
0,97 - 1,69
0,52 - 0,97
0,05 - 0,52
41° W 40° W

12 40
Estatística Descritiva
Elemento Cs (ppm)
10 35 51,52%
Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 71
30
8 Result > Lim Detec 71
Valor Médio 1,43
Frequência

25
6 Valor Mínimo 0,05

20 Valor Máximo 9,94


27,27%
4 Desvio Padrão 1,672
Median = 0.97 15 Coeficiente de Variação (%) 1,17
25%-75% Mediana 0,97
2
= (0.52, 1.69) 10 CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 9,09%
NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (0.05, 3.33) 5 6,06%
Outliers 3,03%
1,52%1,52%
-2 Extremes
0
Cs (ppm) -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Cs (ppm)

80
COBRE
Cu Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Cu (mg/L)
0,005 - 0,01

21° S

0 5 10 20 30 40
0,003 - 0,005
Km

0,001 - 0,003
41° W 40° W

0.011 350
Estatística Descritiva
92,42%
0.010 Elemento Cu (mg/L)
300
0.009 Limite de Detecção 0,002
Número de medidas 345
0.008 250 Result > Lim Detec 27
Frequência

0.007 Valor Médio 0,001


200 Valor Mínimo 0,001
0.006 Valor Máximo 0,01
0.005 150 Desvio Padrão 0,001
Median = 0.002 Coeficiente de Variação (%) 0,88
0.004 25%-75% Mediana 0,001
100
= (0.002, 0.002)
0.003 CONAMA 357/2005 0,009
Non-Outlier Range
= (0.002, 0.002) 50
0.002
Outliers
2,33% 2,62% 0,58% 0,87% 0,29% 0,87%
0.001 Extremes 0
0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010
0.001 0.003 0.005 0.007 0.009 0.011
Cu (mg/L) Cu (mg/L)

81
COBRE
Cu Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cu (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
20,3 - 76,5
10,05 - 20,3
21° S MIMOSO DO SUL

5,05 - 10,05
0 5 10 20 30 40
Km
3,2 - 5,05
0,7 - 3,2
41° W 40° W

80 260
75,00% Estatística Descritiva
240 Elemento Cu (ppm)
70
220 Limite de Detecção 0,05
60 200 Número de medidas 325
180 Result > Lim Detec 325
50
Frequência

160 Valor Médio 7,6


40 Valor Mínimo 0,7
140
Valor Máximo 76,5
30 120
Desvio Padrão 7,67
Median = 5.05 100 Coeficiente de Variação (%) 1,01
20 25%-75% 80 Mediana 5,05
= (3.2, 10.05) 20,06%
10 60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) 197,00
Non-Outlier Range
40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 197,00
= (0.7, 20.3)
0
Outliers 20 3,09%
Extremes 0,62% 0,62% 0,31% 0,31%
-10 0
Cu (ppm) -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Cu (ppm)

82
COBRE
Cu Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Cu (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
26,4 - 90,1
12,9 - 26,4
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
5,2 - 12,9
Km
3,2 - 5,2
0,25 - 3,2
41° W 40° W

100 50
Estatística Descritiva
69,70%
45 Elemento Cu (ppm)
80 Limite de Detecção 0,50
40
Número de medidas 71
35 Result > Lim Detec 70
60
Valor Médio 9,83
Frequência

30 Valor Mínimo 0,25


40 25 Valor Máximo 90,10
Desvio Padrão 13,36
20 Coeficiente de Variação (%) 1,36
Median = 5.2
20 Mediana 5,45
25%-75% 15 19,70%
= (3.2, 12.9) CONAMA 420/2009 (VP) 60,00
0 Non-Outlier Range 10 Paye et al. (2010) 5,91
= (0.5, 26.4) NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 3,40
5 6,06%
Outliers
1,52% 1,52% 1,52%
-20 Extremes
0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Cu (ppm) Cu (ppm)

83
-
FLUORETO
F Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Fluoreto (mg/L)
0,25 - 1,54
0,14 - 0,25
21° S
0 5 10 20 30 40 0,05 - 0,14
Km
0,04 - 0,05
0,005 - 0,04
41° W 40° W

1.8 70
Estatística Descritiva
1.6 Elemento Fluoreto (mg/L)
60 Limite de Detecção 0,01
1.4 Número de medidas 78
1.2 50 Result > Lim Detec 74
Valor Médio 0,14
Frequência

1.0 Valor Mínimo 0,005


40
Valor Máximo 1,54
0.8
Desvio Padrão 0,26
30
0.6 Coeficiente de Variação (%) 1,90
Median = 0.05
Mediana 0,05
0.4 25%-75% 20 CONAMA 357/2005 1,4
= (0.03, 0.12)
0.2 Non-Outlier Range
= (0.01, 0.25) 10
0.0
Outliers
-0.2 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8
Fluoreto (mg/L) Fluoreto (mg/L)

84
-
FLUORETO
F Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Cloretoto (mg/L)
60,26 - 4.718,15
26,19 - 60,26
21° S
7,63 - 26,19
0 5 10 20 30 40
Km 3,3 - 7,63
0,005 - 3,3
41° W 40° W

9 400
Estatística Descritiva
8 Elemento Fluoreto (mg/L)
350 99,42%
Limite de Detecção 0,01
7 Número de medidas 345
300
6 Result > Lim Detec 333
Valor Médio 0,14
Frequência

250
5 Valor Mínimo 0,005
Valor Máximo 8,43
4 200
Desvio Padrão 0,47
3 150 Coeficiente de Variação (%) 3,37
Median = 0.06
Mediana 0,06
2 25%-75%
CONAMA 357/2005 1,4
= (0.03, 0.14) 100
1 Non-Outlier Range
= (0.006, 0.3) 50
0 Outliers
Extremes 0,29% 0,29%
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fluoreto (mg/L) Fluoreto (mg/L)

85
FERRO
Fe Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Fe (mg/L)
0,728 - 1,388
0,472 - 0,728
21° S
0,349 - 0,472
0 5 10 20 30 40
Km 0,237 - 0,349
0,059 - 0,237
41° W 40° W

1.6 40
47,44% Estatística Descritiva
1.4 Elemento Fe (mg/L)
35
Limite de Detecção 0,002
1.2 Número de medidas 78
30
Result > Lim Detec 78
1.0
Frequência

25 Valor Médio 0,39


29,49%
0.8 Valor Mínimo 0,06
20 Valor Máximo 1,39
0.6 Desvio Padrão 0,22
Median = 0.353 15 Coeficiente de Variação (%) 0,57
0.4
25%-75% 14,10% Mediana 0,35
= (0.22, 0.472) 10 CONAMA 357/2005 0,3
0.2
Non-Outlier Range
0.0 = (0.053, 0.85) 5
Outliers 3,85% 3,85%
1,28%
-0.2 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6
Fe (mg/L) Fe (mg/L)

86
FERRO
Fe Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Fe (mg/L)
0,974- 5,082
0,555 - 0,974
21° S
0,371 - 0,555
0 5 10 20 30 40
Km
0,25 - 0,371
0,013 - 0,25
41° W 40° W

6 260
70,55% Estatística Descritiva
240 Elemento Fe (mg/L)
5 220 Limite de Detecção 0,002
200 Número de medidas 345
4
180 Result > Lim Detec 345
Frequência

160 Valor Médio 0,46


3 Valor Mínimo 0,013
140
Valor Máximo 5,08
120
2 Desvio Padrão 0,42
Median = 0.371 100
24,78% Coeficiente de Variação (%) 0,91
1 25%-75% 80 Mediana 0,37
= (0.25, 0.555) 60 CONAMA 357/2005 0,3
Non-Outlier Range
0 = (0.013, 0.974) 40
Outliers 20 2,04% 1,75%
Extremes 0,58% 0,29%
-1 0
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0
Fe (mg/L) Fe (mg/L)

87
FERRO
Fe Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Fe (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
6,65 - 8,43
3,34 - 6,65
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
1,84 - 3,34
Km
0,93 - 1,84
0,17 - 0,93
41° W 40° W

9 100
Estatística Descritiva
8 90 27,16% Elemento Fe (%)
25,31% Limite de Detecção 0,01
7 80
Número de medidas 325
6 70 Result > Lim Detec 325
Frequência

Valor Médio 2,33


5 60 17,90%
Valor Mínimo 0,17
4 50 Valor Máximo 8,43
12,35% Desvio Padrão 1,67
3 40
Median = 1.84 Coeficiente de Variação (%) 0,72
9,88%
2 25%-75% 30 Mediana 1,84
= (0.93, 3.335) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
1 Non-Outlier Range 20
4,63% NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.17, 6.65)
0 10
Outliers 1,23% 1,23%
Extremes 0,31%
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fe (%) Fe (%)

88
FERRO
Fe Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Fe (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
4,73 - 8,1

21° S MIMOSO DO SUL 3,15 - 4,73


0 5 10 20 30 40
Km 2,2 - 3,15

0,48 - 2,2
41° W 40° W

9 16
22,73% Estatística Descritiva
8 Elemento Fe (%)
14
19,70% Limite de Detecção 0,01
7 18,18% 18,18% Número de medidas 71
12
Result > Lim Detec 71
6
Valor Médio 3,43
Frequência

10
5 Valor Mínimo 0,48
8 Valor Máximo 8,10
4 Desvio Padrão 1,69
9,09% Coeficiente de Variação (%) 0,49
Median = 3.07 6
3 Mediana 3,07
25%-75%
= (2.1, 4.62) 4 CONAMA 420/2009 (VP) -
2 4,55% 4,55%
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.48, 8.1) 3,03%
1 2
Outliers
0 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fe (%) Fe (%)

89
GÁLIO
Ga Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ga (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
20,4 - 28,6
9,7 - 20,4
21° S MIMOSO DO SUL

5 - 9,7
0 5 10 20 30 40
Km 2,1 - 5
0,005 - 2,1
41° W 40° W

30 180
Estatística Descritiva
50,31%
160 Elemento Ga (ppm)
25
Limite de Detecção 0,10
140 Número de medidas 325
20
Result > Lim Detec 324
120
Frequência

Valor Médio 6,75


15 100 Valor Mínimo 0,05
25,62% Valor Máximo 28,60
10 80 Desvio Padrão 5,94
Median = 5 Coeficiente de Variação (%) 0,88
60
5 25%-75% Mediana 5,00
= (2.1, 9.7) 13,58%
40 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
0 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.05, 20.4) 20
6,48%
Outliers 3,09%
0,93%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
Ga (ppm) Ga (ppm)

90
GÁLIO
Ga Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ga (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
30,2 - 39,8
19,9 - 30,2
21° S MIMOSO DO SUL

16 - 19,9
0 5 10 20 30 40
Km 12,8 - 16
0,3 - 12,8
41° W 40° W

45 24
Estatística Descritiva
22 33,33%
40 31,82% Elemento Ga (ppm)
20 Limite de Detecção 0,10
35
18 Número de medidas 71
30 Result > Lim Detec 71
16
Valor Médio 16,95
Frequência

25 14 Valor Mínimo 0,3


20 12 Valor Máximo 39,8
Desvio Padrão 7,66
15 10
Median = 16 Coeficiente de Variação (%) 0,45
12,12%
8 Mediana 16,15
10 25%-75%
= (12.8, 19.9) 6 CONAMA 420/2009 (VP) -
7,58%
5 Non-Outlier Range 6,06% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
4 4,55%
= (2.4, 30.2)
0 Outliers 2 3,03%
1,52%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Ga (ppm) Ga (ppm)

91
GERMÂNIO
Ge Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Ge (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,7 - 4,7

21° S MIMOSO DO SUL

0,2 - 0,7
0 5 10 20 30 40
Km

0,05 - 0,2
41° W 40° W

5 350
Estatística Descritiva
96,30% Elemento Ge (ppm)
4 300 Limite de Detecção 0,10
Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 54
3
Frequência

Valor Médio 0,12


200 Valor Mínimo 0,05
2 Valor Máximo 4,70
150 Desvio Padrão 0,3
Median = 0.05 Coeficiente de Variação (%) 2,57
1 25%-75%
100 Mediana 0,05
= (0.05, 0.05) -
CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range
0 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.05, 0.05) 50
Outliers
3,09%
Extremes 0,31% 0,31%
-1 0
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5
Ge (ppm) Ge (ppm)

92
HÁFNIO
Hf Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Hf (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,55 - 1,84

21° S MIMOSO DO SUL 0,22 - 0,55

0 5 10 20 30 40
Km
0,11 - 0,22

0,025 - 0,11
41° W 40° W

2.0 350
Estatística Descritiva
1.8 Elemento Hf (ppm)
300 89,51%
1.6 Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 325
1.4 250 Result > Lim Detec 161
Frequência

1.2 Valor Médio 0,09


200 Valor Mínimo 0,025
1.0
Valor Máximo 1,84
0.8
150 Desvio Padrão 0,15
0.6 Median = 0.025 Coeficiente de Variação (%) 1,64
25%-75% 100 Mediana 0,025
0.4
= (0.025, 0.11) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
0.2 Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.025, 0.23)
0.0 Outliers 7,41%
1,85%
Extremes 0,31%0,62% 0,31%
-0.2 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2
Hf (ppm) Hf (ppm)

93
HÁFNIO
Hf Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Hf (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,31 - 0,67
0,18 - 0,31
21° S MIMOSO DO SUL

0,09 - 0,18
0 5 10 20 30 40
Km

0,05 - 0,09
0,025 - 0,05
41° W 40° W

0.7 40
Estatística Descritiva
Elemento Hf (ppm)
0.6 35
Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 71
30
0.5 Result > Lim Detec 56
Valor Médio 0,14
Frequência

25
0.4 Valor Mínimo 0,025
20 Valor Máximo 0,67
0.3 Desvio Padrão 0,13
Median = 0.095 15 Coeficiente de Variação (%) 0,96
25%-75% Mediana 0,09
0.2
= (0.07, 0.18) 10 CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0.1 = (0.05, 0.31) 5
Outliers
0.0 Extremes 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Hf (ppm) Hf (ppm)

94
MERCÚRIO
Hg Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Hg (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,19 - 4,01
0,09 - 0,18
21° S MIMOSO DO SUL

0,05 - 0,08
0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,04
0,005 - 0,01
41° W 40° W

4.5 350
99,38% Estatística Descritiva
4.0 Elemento Hg (ppm)
300
Limite de Detecção 0,01
3.5
Número de medidas 325
3.0 250 Result > Lim Detec 247
Frequência

Valor Médio 0,08


2.5
200 Valor Mínimo 0,005
2.0 Valor Máximo 4,01
150 Desvio Padrão 0,29
1.5
Median = 0.04 Coeficiente de Variação (%) 3,77
1.0 25%-75% Mediana 0,04
100
= (0.01, 0.08) 0,48
CONAMA 454/2012 (Nível 2)
0.5 Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 0,48
= (0.005, 0.18)
0.0
Outliers
Extremes 0,31% 0,31%
-0.5 0
-0.5 0.0 0.5 1.0 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
Hg (ppm) Hg (ppm)

95
MERCÚRIO
Hg Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Hg (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,36 - 0,87
0,24 - 0,36
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
0,15 - 0,24
Km
0,08 - 0,15
0,005 - 0,08
41° W 40° W

1.0 24
Estatística Descritiva
33,33% 33,33%
0.9 22 Elemento Hg (ppm)
0.8 20 Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 71
0.7 18
Result > Lim Detec 68
Frequência

0.6 16 Valor Médio 0,18


14 19,70% Valor Mínimo 0,005
0.5
12 Valor Máximo 0,87
0.4 Desvio Padrão 0,16
10
0.3 Median = 0.15 Coeficiente de Variação (%) 0,82
25%-75% 8 Mediana 0,15
0.2 9,09%
= (0.08, 0.24) 6 CONAMA 420/2009 (VP) 0,50
0.1 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,30
4
= (0.01, 0.36)
0.0 Outliers 2 1,52% 1,52% 1,52%
-0.1 Extremes
0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Hg (ppm) Hg (ppm)

96
ÍNDIO
In Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

In (ppm)

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,1 - 0,22

21° S MIMOSO DO SUL 0,06 - 0,1

0 5 10 20 30 40
Km
0,04 - 0,06

0,01 - 0,04
41° W 40° W

0.24 220
Estatística Descritiva
0.22 200 61.73%
Elemento In (ppm)
0.20 180 Limite de Detecção 0,02
0.18 Número de medidas 325
160
0.16 Result > Lim Detec 148
140
Frequência

Valor Médio 0,03


0.14
120 Valor Mínimo 0,01
0.12 Valor Máximo 0,22
100
0.10 Desvio Padrão 0,03
Median = 0.01 80 22.53% Coeficiente de Variação (%) 1
0.08
25%-75% Mediana 0,01
0.06 60
= (0.01, 0.04)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
0.04 Non-Outlier Range 40
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.01, 0.08)
0.02 20 5.86%6.79%
Outliers
1.23% 1.23%
0.00 Extremes 0.31% 0.31%
0
-0.02 0.02 0.06 0.10 0.14 0.18 0.22
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20
In (ppm) In (ppm)

97
ÍNDIO
In Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

In (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,16 - 0,2
0,09 - 0,16
21° S MIMOSO DO SUL

0,07 - 0,09
0 5 10 20 30 40
Km 0,04 - 0,07
0,01 - 0,04
41° W 40° W

0.22 16
22,73% 22,73% Estatística Descritiva
0.20 Elemento In (ppm)
14
0.18 Limite de Detecção 0,02
Número de medidas 71
0.16 12
Result > Lim Detec 64
0.14 15,15% Valor Médio 0,07
Frequência

10
Valor Mínimo 0,01
0.12
8 Valor Máximo 0,20
0.10 10,61% Desvio Padrão 0,04
6 9,09%9,09% Coeficiente de Variação (%) 0,61
0.08 Median = 0.06
7,58% Mediana 0,06
25%-75%
0.06 -
= (0.04, 0.09) 4 CONAMA 420/2009 (VP)
0.04 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.02, 0.16) 2
0.02 Outliers 1,52% 1,52%
0.00 Extremes 0
In (ppm) -0.02 0.02 0.06 0.10 0.14 0.18 0.22
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20
In (ppm)

98
POTÁSSIO
K Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

K (mg/L)
4,55 - 8,17
2,68 - 4,55
21° S
1,82 - 2,68
0 5 10 20 30 40
Km
1,23 - 1,82
0,512 - 1,23
41° W 40° W

6 45
Estatística Descritiva
40 Elemento K (mg/L)
5
Limite de Detecção 0,01
35 Número de medidas 78
4
Result > Lim Detec 78
30
Frequência

Valor Médio 2,11


3 25 Valor Mínimo 0,51
Valor Máximo 8,17
2 20 Desvio Padrão 1,25
Median = 1.791 Coeficiente de Variação (%) 0,59
25%-75% 15
1 Mediana 1,80
= (1.119, 2.5095)
10 CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (0.173, 4.552)
5
Outliers
-1 Extremes 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
K (mg/L) K (mg/L)

99
POTÁSSIO
K Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

K (mg/L)
5,4 - 110

21° S
2,95 - 5,4
1,91 - 2,95
0 5 10 20 30 40
Km
1,27 - 1,91
0,048 - 1,27
41° W 40° W

120 400
Estatística Descritiva
Elemento K (mg/L)
100 350 98,54%
Limite de Detecção 0,01
300 Número de medidas 345
80 Result > Lim Detec 345
Frequência

250 Valor Médio 2,84


60 Valor Mínimo 0,05
200 Valor Máximo 110,00
40 Desvio Padrão 6,53
Median = 1.91 150 Coeficiente de Variação (%) 2,30
25%-75% Mediana 1,91
20
= (1.265, 2.95) 100
CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (0.048, 5.397) 50
Outliers
0,58%
-20 Extremes 0 0,29% 0,29% 0,29%
-20 0 20 40 60 80 100 120
-10 10 30 50 70 90 110 130
K (mg/L) K (mg/L)

100
POTÁSSIO
K Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

K (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,35 - 0,81
0,16 - 0,35
21° S MIMOSO DO SUL

0,07 - 0,16
0 5 10 20 30 40
Km 0,03 - 0,07
0,005 - 0,03
41° W 40° W

0.9 220
63,58% Estatística Descritiva
0.8 200 Elemento K (%)
180 Limite de Detecção 0,01
0.7
Número de medidas 325
160
0.6 Result > Lim Detec 297
140
Frequência

Valor Médio 0,10


0.5
120 Valor Mínimo 0,005
0.4 Valor Máximo 0,81
100
Desvio Padrão 0,11
0.3
Median = 0.07 80 Coeficiente de Variação (%) 1
21,60%
0.2 25%-75% Mediana 0,07
= (0.03, 0.16) 60
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
0.1 Non-Outlier Range 40
8,95% NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.005, 0.35)
0.0 Outliers 20 4,63%
Extremes 0,62% 0,31% 0,31%
-0.1 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
K (%) K (%)

101
POTÁSSIO
K Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

K (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,39 - 0,42
0,25 - 0,39
21° S MIMOSO DO SUL

0,09 - 0,25
0 5 10 20 30 40 0,02 - 0,09
Km

0,005 - 0,02
41° W 40° W

0.45 50
71,21% Estatística Descritiva
0.40 Elemento K (%)
Limite de Detecção 0,01
0.35 40
Número de medidas 71
0.30 Result > Lim Detec 50
Valor Médio 0,07
Frequência

0.25 30
Valor Mínimo 0,005
0.20 Valor Máximo 0,42
Desvio Padrão 0,11
0.15 20
Median = 0.02 Coeficiente de Variação (%) 1,53
0.10 25%-75% Mediana 0,02
= (0.01, 0.07) CONAMA 420/2009 (VP) -
0.05 Non-Outlier Range 10 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.01, 0.16) 7,58%
0.00 4,55% 4,55%
Outliers 3,03% 3,03% 3,03%
1,52% 1,52%
-0.05 Extremes 0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50
-0.05 0.05 0.15 0.25 0.35 0.45
K (%) K (%)

102
LANTÂNIO
La Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

La (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
141,81 - 2.631
66,86 - 141,8
21° S MIMOSO DO SUL

33,31 - 66,85
0 5 10 20 30 40
Km
16,66 - 33,3
0,4 - 16,65
41° W 40° W

2800 350
Estatística Descritiva
2600 97,84%
Elemento La (ppm)
2400 300
Limite de Detecção 0,10
2200
Número de medidas 325
2000 250 Result > Lim Detec 325
1800
Frequência

Valor Médio 80,80


1600
200 Valor Mínimo 0,40
1400
Valor Máximo 2631,00
1200
150 Desvio Padrão 184,61
1000
Median = 33.3 Coeficiente de Variação (%) 2,28
800
25%-75% 100 Mediana 33,30
600 = (16.65, 66.85) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
400 Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
200 = (0.4, 141.8)
0 Outliers
Extremes 1,54% 0,31% 0,31%
-200 0
-500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000
La (ppm) La (ppm)

103
LANTÂNIO
La Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

La (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
48,4 - 113,6
26,3 - 48,4
21° S MIMOSO DO SUL

17,9 - 26,3
0 5 10 20 30 40
Km 9,6 - 17,9
3 - 9,6
41° W 40° W

120 24
Estatística Descritiva
22 33,33%
Elemento La (ppm)
100
20 Limite de Detecção 0,10

18 Número de medidas 71
80 Result > Lim Detec 71
16 24,24% 24,24%
Valor Médio 21,53
Frequência

60 14 Valor Mínimo 3,00


12 Valor Máximo 113,60
40 Desvio Padrão 18,69
10
Median = 17.85 Coeficiente de Variação (%) 0,87
8 Mediana 18,25
20 25%-75%
= (9.6, 26.3) 6 CONAMA 420/2009 (VP) -
7,58%
Non-Outlier Range 4 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (3, 48.4) 4,55%
Outliers 2
1,52%1,52% 1,52% 1,52%
-20 Extremes 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130
La (ppm) La (ppm)

104
LÍTIO
Li Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Li (mg/L)
0,007 - 0,104

21° S 0,002 - 0,007


0 5 10 20 30 40
Km 0,001 - 0,002

0,0005 - 0,001
41° W 40° W

0.12 400
Estatística Descritiva
350 Elemento Li (mg/L)
0.10 98,54%
Limite de Detecção 0,001
300 Número de medidas 345
0.08 Result > Lim Detec 88
Frequência

250 Valor Médio 0,002


0.06 Valor Mínimo 0,0005
200 Valor Máximo 0,104
0.04 Desvio Padrão 0,01
Median = 0.001 150 Coeficiente de Variação (%) 4,67
25%-75% Mediana 0,0005
0.02
= (0.001, 0.001) 100
CONAMA 357/2005 2,5
Non-Outlier Range
0.00 = (0.001, 0.001) 50
Outliers
-0.02 Extremes 0 0,29%0,58% 0,29% 0,29%
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12
-0.01 0.01 0.03 0.05 0.07 0.09 0.11
Li (mg/L) Li (mg/L)

105
LÍTIO
Li Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Li (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
14,1 - 23

21° S MIMOSO DO SUL 6,01 - 14


0 5 10 20 30 40
Km
2,01 - 6

0,5 - 2
41° W 40° W

24 180
Estatística Descritiva
22 50,93%
160 Elemento Li (ppm)
20 Limite de Detecção 0,10
18 140 Número de medidas 325
16 120 Result > Lim Detec 224
Frequência

14 Valor Médio 4,01

12 100 Valor Mínimo 0,5


Valor Máximo 23,0
10 80 Desvio Padrão 4,1
8 Median = 2 Coeficiente de Variação (%) 1,02
60
6 25%-75% Mediana 2,0
= (0.5, 6) 13,27%
4 40 11,42% CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range 8,95%
2 6,79% NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.5, 14) 20
0 Outliers 3,70%
2,47%
1,54%0,62%
Extremes 0,31%
-2 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Li (ppm)

106
LÍTIO
Li Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Li (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
20,4 - 27,0
7,5 - 20,4
21° S MIMOSO DO SUL

4,0 - 7,5
0 5 10 20 30 40
Km 1,0 - 4,0
0,5 - 1,0
41° W 40° W

30 60
28 Estatística Descritiva
83,33%
26 Elemento Li (ppm)
24 50 Limite de Detecção 1
22 Número de medidas 71
20 Result > Lim Detec 39
40
18 Valor Médio 3,39
Frequência

16 Valor Mínimo 0,50


14 30 Valor Máximo 27,00
12 Desvio Padrão 5,35
10 Median = 1 Coeficiente de Variação (%) 1,52
8 20 Mediana 1,00
25%-75%
6 = (1, 4) CONAMA 420/2009 (VP) -
4 Non-Outlier Range 10 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
2 = (1, 8) 9,09%
0 Outliers 4,55%
1,52% 1,52%
-2 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30
Li (ppm) Li (ppm)

107
MAGNÉSIO
Mg Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Mg (mg/L)
3,076 - 3,703
1,785 - 3,076
21° S
1,128 - 1,785
0 5 10 20 30 40
Km 0,863 - 1,128
0,406 - 0,863
41° W 40° W

4.0 40
Estatística Descritiva
3.5 Elemento Mg (mg/L)
35
Limite de Detecção 0,007
3.0 30 Número de medidas 78
Result > Lim Detec 78
Frequência

2.5 25 Valor Médio 1,37


Valor Mínimo 0,41
2.0 20 Valor Máximo 3,70
Desvio Padrão 0,77
1.5 Median = 1.055 15 Coeficiente de Variação (%) 0,56
25%-75%
Mediana 1,13
1.0 = (0.7775, 1.6045) 10
CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0.5 = (0.406, 2.779) 5
Outliers
0.0 Extremes 0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
Mg (mg/L) Mg (mg/L)

108
MAGNÉSIO
Mg Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Mg (mg/L)
5,14 - 375,50
2,57 - 5,14
21° S
1,41 - 2,575
0 5 10 20 30 40
Km 0,86 - 1,41
0,08 - 0,86
41° W 40° W

400 400
Estatística Descritiva
350 Elemento Mg (mg/L)
350 99.13%
Limite de Detecção 0,007
300
300 Número de medidas 345
250 Result > Lim Detec 345
Frequência

250 Valor Médio 4,21


200 Valor Mínimo 0,08
200 Valor Máximo 375,5
150
Desvio Padrão 22,42
Median = 1.405 150
100 Coeficiente de Variação (%) 5,33
25%-75%
Mediana 1,41
= (0.86, 2.575) 100
50 CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (0.08, 5.143) 50
Outliers
Extremes 0.29% 0.29% 0.29%
-50 0
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Mg (mg/L) Mg (mg/L)

109
MAGNÉSIO
Mg Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mg (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,42 - 2,04
0,19 - 0,42
21° S MIMOSO DO SUL

0,06 - 0,19
0 5 10 20 30 40
Km 0,02 - 0,06
0,005 - 0,02
41° W 40° W

2.2 260
75,93% Estatística Descritiva
2.0 240
Elemento Mg (%)
1.8 220 Limite de Detecção 0,01
1.6 200 Número de medidas 325
180 Result > Lim Detec 273
1.4
Frequência

160 Valor Médio 0,13


1.2
Valor Mínimo 0,005
140
1.0 Valor Máximo 2,05
120
0.8 Desvio Padrão 0,19
Median = 0.06 100 Coeficiente de Variação (%) 1,46
0.6
25%-75% 80 Mediana 0,06
0.4 = (0.02, 0.19) 19,75%
60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
0.2 Non-Outlier Range
40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.005, 0.42)
0.0 Outliers 20 3,40%
-0.2 Extremes 0
0,31% 0,31% 0,31%
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4
Mg (%) Mg (%)

110
MAGNÉSIO
Mg Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mg (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,41 - 0,44
0,18 - 0,41
21° S MIMOSO DO SUL

0,058- 0,18
0 5 10 20 30 40
Km 0,02 - 0,058
0,005 - 0,02
41° W 40° W

0.50 60
Estatística Descritiva
0.45 81,82%
Elemento Mg (%)
0.40 50 Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 71
0.35
Result > Lim Detec 43
0.30
40
Valor Médio 0,06
Frequência

Valor Mínimo 0,005


0.25
30 Valor Máximo 0,44
0.20 Desvio Padrão 0,099
0.15 Median = 0.02 Coeficiente de Variação (%) 1,61
20 Mediana 0,02
25%-75%
0.10
= (0.01, 0.05) CONAMA 420/2009 (VP) -
0.05 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
10
= (0.01, 0.11) 9,09%
0.00 Outliers 4,55% 3,03%
1,52%
-0.05 Extremes 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Mg (%) Mg (%)

111
MANGANÊS
Mn Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Mn (mg/L)
0,07 - 0,09
0,04 - 0,07
21° S

0 5 10 20 30 40
0,02 - 0,04
Km
0,009 - 0,02
0,0035 - 0,009
41° W 40° W

0.10 50
Estatística Descritiva
0.09 45 56,41% Elemento Mn (mg/L)

0.08 40
Limite de Detecção 0,007
Número de medidas 78
0.07 35 Result > Lim Detec 43
Frequência

0.06 30 Valor Médio 0,02


Valor Mínimo 0,0035
0.05 25
Valor Máximo 0,091
0.04 20 Desvio Padrão 0,02
Median = 0,007 Coeficiente de Variação (%) 1,20
0.03 25%-75% 15
Mediana 0,009
= (0.007, 0,02)
0.02 Non-Outlier Range 10 CONAMA 357/2005 0,1
= (0.007, 0,038) 7,69%7,69%
0.01 5
Outliers 2,56% 1,28% 2,56% 1,28%
0.00 Extremes 0
-0.01 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.10
Mn (mg/L) Mn (mg/L)

112
MANGANÊS
Mn Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Mn (mg/L)
0,071 - 0,68
0,035 - 0,071
21° S
0,02 - 0,035
0 5 10 20 30 40
Km
0,011 - 0,02
0,0035 - 0,011
41° W 40° W

0.8 350
Estatística Descritiva
0.7 Elemento Mn (mg/L)
300
Limite de Detecção 0,007
0.6 Número de medidas 345
250
0.5 Result > Lim Detec 302
Frequência

Valor Médio 0,034


0.4 200
Valor Mínimo 0,0035
Valor Máximo 0,68
0.3 150 Desvio Padrão 0,06
Median = 0.02 Coeficiente de Variação (%) 1,76
0.2
25%-75% 100 Mediana 0,02
= (0.011, 0.035)
0.1 CONAMA 357/2005 0,1
Non-Outlier Range
= (0.007, 0.071) 50
0.0
Outliers
-0.1 Extremes 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Mn (mg/L) Mn (mg/L)

113
MANGANÊS
Mn Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mn (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1.028 - 6.640
502 - 1.028
21° S MIMOSO DO SUL

251 - 502
0 5 10 20 30 40
Km 146 - 251
7 - 146
41° W 40° W

7000 350
Estatística Descritiva
6000 Elemento Mn (ppm)
300 90,43%
Limite de Detecção 5,00
5000 Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 325
4000
Frequência

Valor Médio 434,13


200 Valor Mínimo 7,00
3000 Valor Máximo 6640,0
150 Desvio Padrão 559,4
2000 Median = 251 Coeficiente de Variação (%) 1,29
25%-75% 100 Mediana 251,0
1000 = (146, 502)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (7, 1028)
Outliers 7,72%
1,23% 0,31%
Extremes 0,31%
-1000 0
-1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Mn (ppm) Mn (ppm)

114
MANGANÊS
Mn Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mn (ppm)

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
675 - 2.466
330 - 675
21° S MIMOSO DO SUL

114- 330
0 5 10 20 30 40
Km 49 - 114
2,5 - 49
41° W 40° W

2600 50
Estatística Descritiva
2400 69,70%
45 Elemento Mn (ppm)
2200
Limite de Detecção 5,00
2000 40
Número de medidas 71
1800 35 Result > Lim Detec 70
1600 Valor Médio 256,97
30
Frequência

1400 Valor Mínimo 2,50


1200 25 Valor Máximo 2466,0
1000 Desvio Padrão 379,59
20
Median = 114 Coeficiente de Variação (%) 1,48
800
25%-75% 15 Mediana 114,00
600
= (49, 330) CONAMA 420/2009 (VP) -
400 10
Non-Outlier Range Paye et al. (2010) 137,80
200 5, 675) 9,09%9,09% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
5
0 Outliers 3,03%
4,55%
3,03%
Extremes 1,52%
-200 0
200 600 1000 1400 1800 2200 2600
400 800 1200 1600 2000 2400
Mn (ppm) Mn (ppm)

115
MOLIBDÊNIO
Mn
Mo Água para
Sedimentos
Superficial
Abastecimento

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mo (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1.29 -4,98
0,73 - 1,29
21° S MIMOSO DO SUL

0,5 - 0,73
0 5 10 20 30 40
Km
0,34 - 0,5
0.1 - 0.34
41° W 40° W

6 180
Estatística Descritiva
50,62%
160 Elemento Mo (ppm)
5
Limite de Detecção 0,05
140 41,05% Número de medidas 325
4 Result > Lim Detec 325
120
Frequência

Valor Médio 0,59


3 100 Valor Mínimo 0,10
Valor Máximo 4,98
2 80 Desvio Padrão 0,45
Median = 0.5 Coeficiente de Variação (%) 0,75
25%-75% 60
1 Mediana 0,50
= (0.34, 0.725) -
40 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range
0 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.1, 1.29) 5,86%
20
Outliers
1,23% 0,62% 0,31%
-1 Extremes 0
0,31%
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5
Mo ppm Mo ppm

116
MOLIBDÊNIO
Mn
Mo Água para
Solos Superficial
Abastecimento

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Mo (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
1,72 - 2,23
1,06 - 1,72
21° S MIMOSO DO SUL

0,8 - 1,06
0 5 10 20 30 40
Km
0,59 - 0,8
0,025 - 0,59
41° W 40° W

2.4 16
22,73% Estatística Descritiva
2.2
21,21% Elemento Mo (ppm)
14
2.0 19,70% Limite de Detecção 0,05
1.8 12 Número de medidas 71
1.6 Result > Lim Detec 70
Valor Médio 0,86
Frequência

1.4 10
13,64% Valor Mínimo 0,025
1.2
8 Valor Máximo 2,23
1.0 Desvio Padrão 0,39
0.8 Median = 0.8 6 Coeficiente de Variação (%) 0,47
0.6 25%-75% 7,58% Mediana 0,80
= (0.59, 1.06) 4 6,06% CONAMA 420/2009 (VP) 30,00
0.4
Non-Outlier Range Paye et al. (2010) 1,74
0.2 = (0.05, 1.72) 3,03%
2 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 3,00
0.0 Outliers 1.52% 1.52% 1.52% 1.52%
-0.2 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6
Mo (ppm) Mo (ppm)

117
SÓDIO
Na Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Na (mg/L)
17,66 - 56,79
9,942 - 17,66
21° S
4,286 - 9,942
0 5 10 20 30 40
Km
3,071 - 4,286
1,498 - 3,071
41° W 40° W

60 45
53,85% Estatística Descritiva
40 Elemento Na (mg/L)
50
Limite de Detecção 0,01
35 Número de medidas 78
40
Result > Lim Detec 78
30
Frequência

Valor Médio 7,64


30 25 Valor Mínimo 1,49
Valor Máximo 56,79
20 20
21,79%
Desvio Padrão 8,31
Median = 4.112 Coeficiente de Variação (%) 1,09
15
10 25%-75%
Mediana 4,23
= (2.978, 8.586) 12,82%
10 CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (1.303, 16.64) 5 5,13%
Outliers 2,56%
1,28%1,28% 1,28%
-10 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Na (mg/L) Na (mg/L)

118
SÓDIO
Na Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Na (mg/L)
17,66 - 56,79
9,942 - 17,66
21° S
4,286 - 9,942
0 5 10 20 30 40
Km
3,071 - 4,286
1,498 - 3,071
41° W 40° W

1400 400
Estatística Descritiva
350 Elemento Na (mg/L)
1200 98,83%
Limite de Detecção 0,01
1000 300 Número de medidas 345
Result > Lim Detec 343
Frequência

800 250 Valor Médio 22,00


Valor Mínimo 0,005
600 200 Valor Máximo 1262,0
Desvio Padrão 84,09
400 Median = 6.004 150
Coeficiente de Variação (%) 3,82
25%-75%
Mediana 6,00
200 = (2.86, 15.21) 100
CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
0 = (0.01, 33.36) 50
Outliers
Extremes 0,29% 0,29% 0,29% 0,29%
-200 0
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Na (mg/L) Na (mg/L)

119
SÓDIO
Na Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Na (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,115 - 0,29

21° S MIMOSO DO SUL

0,027 - 0,115
0 5 10 20 30 40
Km

0,005 - 0,027
41° W 40° W

0.35 350
Estatística Descritiva
94,44% Elemento Na (%)
0.30 300
Limite de Detecção 0,01
0.25 Número de medidas 325
250
Frequência

Result > Lim Detec 96


0.20
200 Valor Médio 0,015

0.15 Valor Mínimo 0,005

150 Valor Máximo 0,29


0.10 Median = 0.005 Desvio Padrão 0,03
25%-75% Coeficiente de Variação (%) 2,2
100
0.05 = (0.005, 0.01)
Mediana 0,005
Non-Outlier Range
0.00 = (0.005, 0.01) 50 CONAMA 454/2012 (VP) -
Outliers NOAA-SQuiRTs/2008 (Target) -
3,09%
Extremes 0,93% 0,31% 0,93% 0,31%
-0.05 0
-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35
Na (%) Na (%)

120
NIÓBIO
Nb Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Nb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
4,71 - 13,85
2,44 - 4,71
21° S MIMOSO DO SUL

1,55 - 2,44
0 5 10 20 30 40
Km
0,83 - 1,55
0,1 - 0,83
41° W 40° W

16 240
Estatística Descritiva
220 66,67%
14 Elemento Nb (ppm)
200 Limite de Detecção 0,05
12 Número de medidas 325
180
Result > Lim Detec 325
10 160
Frequência

Valor Médio 1,80


8 140 Valor Mínimo 0,10
120 Valor Máximo 13,85
6 Desvio Padrão 1,51
100 27,16%
Median = 1.545 Coeficiente de Variação (%) 0,84
4 80
25%-75% Mediana 1,54
= (0.83, 2.435) 60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
2
Non-Outlier Range
40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.1, 4.71)
Outliers 20 4,63%
Extremes 0,31% 0,62% 0,31% 0,31%
-2 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16
Nb (ppm) Nb (ppm)

121
NIÓBIO
Nb Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Nb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
3,53 - 5,53
1,72 - 3,53
21° S MIMOSO DO SUL

0,89 - 1,72
0 5 10 20 30 40
Km
0,47 - 0,89
0,025 - 0,47
41° W 40° W

6 18
25,76% Estatística Descritiva
16 24,24% Elemento Nb (ppm)
5
Limite de Detecção 0,05
14 Número de medidas 71
4 19,70%
Result > Lim Detec 70
12
Valor Médio 1,38
Frequência

3 10 Valor Mínimo 0,025


Valor Máximo 5,53
2 8 Desvio Padrão 1,28
Median = 0.89 Coeficiente de Variação (%) 0,93
6 Mediana 0,89
1 25%-75%
= (0.47, 1.72) 6,06%6,06%6,06% CONAMA 420/2009 (VP) -
4
Non-Outlier Range 4,55% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (0.05, 3.53) 3,03%
2
Outliers 1,52% 1,52% 1,52%
-1 Extremes 0
-1.0 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
-0.5 0.5 1.5 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5
Nb (ppm) Nb (ppm)

122
NÍQUEL
Ni Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ni (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
20,9 - 50,5
9,65 - 20,9
21° S MIMOSO DO SUL

3,95 - 9,65
0 5 10 20 30 40
Km 2,0 - 3,95
1,0 - 2,0
41° W 40° W

60 200
Estatística Descritiva
180 Elemento Ni (ppm)
50
Limite de Detecção 0,5
160
Número de medidas 325
40 140 Result > Lim Detec 325
Frequência

Valor Médio 6,44


120
30 Valor Mínimo 1,00
100 Valor Máximo 50,50
20 Desvio Padrão 6,06
80
Median = 3.9 Coeficiente de Variação (%) 0,94
10 25%-75% 60 Mediana 3,90
= (2, 9.6) 35,9
CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range 40
0 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 36,0
= (1, 20.9)
Outliers 20
-10 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Ni (ppm) Ni (ppm)

123
NÍQUEL
Ni Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ni (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
17,1 - 45,1
8,7 - 17,1
21° S MIMOSO DO SUL

4 - 8,7
0 5 10 20 30 40
Km
2,5 - 4
0,25 - 2,5
41° W 40° W

50 40
56,06%
Estatística Descritiva
Elemento Ni (ppm)
35
40 Limite de Detecção 0,50
Número de medidas 71
30
Result > Lim Detec 70
30
Valor Médio 6,99
Frequência

25
Valor Mínimo 0,25
20 20 Valor Máximo 45,10
25,76% Desvio Padrão 7,46
Median = 4 15 Coeficiente de Variação (%) 1,07
10 Mediana 4,05
25%-75%
= (2.5, 8.7) 10 CONAMA 420/2009 (VP) 30,00
0 Non-Outlier Range Paye et al. (2010) 9,17
= (0.5, 17.7) 7,58%
5 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,26
Outliers 4,55%
3,03%
1,52% 1,52%
-10 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Ni (ppm) Ni (ppm)

124
NITRATO
NO3- Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Nitrato (mg/L)
4,84 - 10,24
2,86 - 4,84
21° S
1,85 - 2,86
0 5 10 20 30 40
Km
0,98 - 1,85
0,005 - 0,98
41° W 40° W

12 30
Estatística Descritiva
28
Elemento Nitrato (mg/L)
10 26
Limite de Detecção 0,01
24
Número de medidas 78
8 22
Result > Lim Detec 71
20
Valor Médio 2,36
Frequência

18
6 Valor Mínimo 0,005
16
Valor Máximo 10,24
14 Desvio Padrão 2,34
4
12 Coeficiente de Variação (%) 0,99
Median = 1.83
10 Mediana 1,845
2 25%-75%
= (0.69, 3) 8 CONAMA 357/2005 10 N
Non-Outlier Range 6 WHO (2011) 50mg/L NO3-
0 = (0.01, 6.16) 4
Outliers 2
-2 Extremes 0
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Nitrato mg/L Nitrato mg/L

125
NITRATO
NO3- Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Nitrato (mg/L)
6 - 526,31
2,89 - 6
21° S
1,61 - 2,89
0 5 10 20 30 40
Km
0,73 - 1,61
0,005 - 0,73
41° W 40° W

600 400
Estatística Descritiva
Elemento Nitrato (mg/L)
500 350 99,42%
Limite de Detecção 0,01
300 Número de medidas 345
400 Result > Lim Detec 312
Frequência

250 Valor Médio 4,52


300 Valor Mínimo 0,005
200 Valor Máximo 526,31
200 Desvio Padrão 29,06
Median = 1.61 150 Coeficiente de Variação (%) 6,43
100 25%-75% Mediana 1,61
= (0.73, 2.89) 100 CONAMA 357/2005 10 N
Non-Outlier Range WHO (2011) 50mg/L NO3-
0 = (0.01, 6) 50
Outliers
Extremes 0,29% 0,29%
-100 0
-100 0 100 200 300 400 500 600
-50 50 150 250 350 450 550
Nitrato (mg/L) Nitrato mg/L

126
NITRITO
NO2- Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Nitrito (mg/L)
0,19 - 0,33

21° S 0,05 - 0,19

0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,05

0,005 - 0,02
41° W 40° W

0.35 80
Estatística Descritiva
91,03% Elemento Nitrito (mg/L)
0.30 70
Limite de Detecção 0,01
0.25 Número de medidas 78
60
Result > Lim Detec 35
0.20 Valor Médio 0,02
Frequência

50
Valor Mínimo 0,005
0.15 40 Valor Máximo 0,33
Desvio Padrão 0,05
0.10 Median = 0.01 30 Coeficiente de Variação (%) 2,14
25%-75% Mediana 0,005
0.05 = (0.01, 0.02) 20 CONAMA 357/2005 1N
Non-Outlier Range WHO (2011) 3mg/L NO2-
0.00 = (0.01, 0.03) 10
Outliers 5,13%
2,56% 1,28%
-0.05 Extremes
0
-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40
Nitrito (mg/L) Nitrito (mg/L)

127
NITRITO
NO2- Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Nitrito (mg/L)
0,36 - 16,6

21° S 0,1 - 0,36

0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,1

0,005 - 0,02
41° W 40° W

18 400
Estatística Descritiva
16 Elemento Nitrito (mg/L)
350 99,71%
Limite de Detecção 0,01
14
300 Número de medidas 345
12 Result > Lim Detec 147
Frequência

250 Valor Médio 0,09


10
Valor Mínimo 0,005
8 200 Valor Máximo 16,6
Variância 0,82
6
Median = 0.01 150 Desvio Padrão 0,90
4 25%-75% Coeficiente de Variação (%) 9,81
= (0.01, 0.03) 100 Mediana 0,005
2 Non-Outlier Range
CONAMA 357/2005 1N
= (0.007, 0.06) 50
0 WHO (2011) 3mg/L NO2-
Outliers
Extremes 0,29%
-2 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Nitrito (mg/L) Nitrito (mg/L)

128
OXIGÊNIO
DISSOLVIDO
Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Oxigênio Dissolvido (mg/L)


8,6 - 11,7

21° S 7,07 - 8,6

0 5 10 20 30 40
Km
5,56 - 7,07

1,14 - 5,56
41° W 40° W

14 22
Estatística Descritiva
20 Oxigênio Dissolvido OD (mg/L)
12
18 Limite de Detecção -
Pontos mensurados 68
10 16
Valor Médio 6,47
14
Frequência

Valor Mínimo 1,14


8
12 Valor Máximo 11,70
Desvio Padrão 2,98
6 10
Coeficiente de Variação (%) 0,46
Median = 6.58 8 Mediana 6,56
4 25%-75%
6 CONAMA 357/2005 >5
= (5.08, 7.53)
Non-Outlier Range 4
2 = (1.62, 10.6)
Outliers 2
0 Extremes 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
OD (mg/L) OD (mg/L)

129
OXIGÊNIO
DISSOLVIDO
Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Oxigênio Dissolvido (mg/L)


11,8 - 13,6
8,3 - 11,8
21° S
7,3 - 8,3
0 5 10 20 30 40
Km 5,95 - 7,3
3,0 - 5,95
41° W 40° W

16 140
Estatística Descritiva
14 Oxigênio Dissolvido OD (mg/L)
120
Limite de Detecção -
12 Pontos mensurados 305
100
10 Valor Médio 7,24
Frequência

Valor Mínimo 0,09


8 80 Valor Máximo 13,6
Desvio Padrão 2,21
6 60 Coeficiente de Variação (%) 0,31
Median = 7.3 Mediana 7,30
4
25%-75% 40 CONAMA 357/2005 >5
= (5.9, 8.3)
2
Non-Outlier Range
= (2.4, 11.9) 20
0
Outliers
-2 Extremes 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16
OD (mg/L) OD (mg/L)

130
FÓSFORO
P Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

P (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
979 - 2.725
469,5 - 979
21° S MIMOSO DO SUL

256 - 469,5
0 5 10 20 30 40
Km
102 - 256
25 - 102
41° W 40° W

3000 280
Estatística Descritiva
260 77,78%
Elemento P (ppm)
2500 240
Limite de Detecção 50
220
Número de medidas 325
2000 200
Result > Lim Detec 296
180
Frequência

Valor Médio 344,27


1500 160 Valor Mínimo 25,00
140 Valor Máximo 2725,0
1000 120 Desvio Padrão 347,02
Median = 258 100 Coeficiente de Variação (%) 1,01
500 25%-75% 80 Mediana 256,00
= (102, 470) 18,83%
60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
0 = (25, 979) 40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
Outliers 20
2,16% 0,62% 0,62%
-500 Extremes 0
-500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
P (ppm) P (ppm)

131
FÓSFORO
P Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

P (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
340 - 609

21° S MIMOSO DO SUL 216 - 340

0 5 10 20 30 40
Km
99 - 216

25 - 99
41° W 40° W

700 12
Estatística Descritiva
Elemento P (ppm)
600 15,15%
10 Limite de Detecção 50
13,64% Número de medidas 71
500 Result > Lim Detec 63
12,12%12,12%
8 Valor Médio 230,48
Frequência

10,61%
400 Valor Mínimo 25,00
9,09% Valor Máximo 609,00
6
300 7,58% Desvio Padrão 155,58
Median = 216 Coeficiente de Variação 0,68
25%-75% 4 Mediana 216,50
200 4,55% 4,55%
= (99, 340) CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 3,03% 3,03% 3,03% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
100 2
= (50, 609)
1,52%
Outliers
0 Extremes 0
0 100 200 300 400 500 600 700
-50 50 150 250 350 450 550 650
P (ppm) P (ppm)

132
CHUMBO
Pb Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Pb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
33,3 - 85
15,5 - 33,3
21° S MIMOSO DO SUL

9,25 - 15,5
0 5 10 20 30 40
Km
2,95 - 9,25
0,1 - 2,95
41° W 40° W

90 200
Estatística Descritiva
80 180 54,32% Elemento Pb (ppm)
Limite de Detecção 0,2
70 160
Número de medidas 325
60 140 Result > Lim Detec 324
Frequência

Valor Médio 11,07


50 120
Valor Mínimo 0,10
40 30,86%
100 Valor Máximo 85,60
Desvio Padrão 10,94
30 80
Median = 9.25 Coeficiente de Variação (%) 0,99
20 25%-75% 60 Mediana 9,25
= (2.95, 15.5) 91,3
10 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range 40 11,11%
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 91,3
= (0.1, 33.3)
0 20
Outliers 2,16%
Extremes 0,31% 0,31% 0,31% 0,62%
-10 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Pb (ppm) Pb (ppm)

133
CHUMBO
Pb Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Pb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
34,2 - 42,5
18,8 - 34,2
21° S MIMOSO DO SUL

0 5 10 20 30 40
12,9 - 18,8
Km
6,8 - 12,9
1,1 - 6,8
41° W 40° W

45 18
Estatística Descritiva
40 16 24,24% Elemento Pb (ppm)
Limite de Detecção 0,20
35 14 21,21%
Número de medidas 71
30 18,18% Result > Lim Detec 71
12
Valor Médio 13,87
Frequência

25
10 Valor Mínimo 1,10
20 13,64% Valor Máximo 42,50
8 Desvio Padrão 8,69
15 10,61%
Coeficiente de Variação (%) 0,63
Median = 12.9
6 Mediana 13,10
10 25%-75%
= (6.8, 18.8) 6,06% CONAMA 420/2009 (VP) 72,00
5 4
Non-Outlier Range 4,55% Paye et al. (2010) <4,54
= (1.1, 34.2) 2 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 55,00
0
Outliers 1,52%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Pb (ppm) Pb (ppm)

134
POTENCIAL
HIDROGENIÔNICO
Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

pH
7,4 - 8,0
6,7 - 7,4
21° S
6,5 - 6,7
0 5 10 20 30 40
Km
6,2 - 6,5
5,6 - 6,2
41° W 40° W

8.2 18
21,79% Estatística Descritiva
8.0
16 20,51% Potencial Hidrogeniônico pH
7.8
Limite de Detecção -
7.6 14 17,95%
Pontos mensurados 78
7.4
Valor Médio 6,6
7.2 12
Frequência

Valor Mínimo 5,60


7.0 10 Valor Máximo 8,00
6.8 Desvio Padrão 0,47
8 10,26%
6.6 8,97% Coeficiente de Variação (%) 0,07
6.4 Median = 6.5 Mediana 6,50
6
6.2 25%-75% CONAMA 357/2005 6-9
= (6.2, 6.8) 5,13%5,13%
6.0 4
Non-Outlier Range
5.8 = (5.6, 7.6) 2,56%2,56%
2
5.6 Outliers 1,28% 1,28%1,28%1,28%
5.4 Extremes 0
5.2 5.6 6.0 6.4 6.8 7.2 7.6 8.0 8.4
5.4 5.8 6.2 6.6 7.0 7.4 7.8 8.2
pH pH

135
POTENCIAL
HIDROGENIÔNICO
Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

pH
8,0 - 8,5
7,0 - 8,0
21° S
6,6 - 7,0
0 5 10 20 30 40
Km
6,3 - 6,6
5,0 - 6,3
41° W 40° W

9.0 140
Estatística Descritiva
8.5 36,44% Potencial Hdrogeniônico pH
120
32,65% Limite de Detecção -
8.0
Pontos mensurados 345
7.5 100 Valor Médio 6,7
Frequência

Valor Mínimo 4,3


7.0
80 Valor Máximo 8,5
6.5 Desvio Padrão 0,53
60 16,33% Coeficiente de Variação (%) 0,08
6.0
Median = 6.6 Mediana 6,6
5.5 25%-75%
40 CONAMA 357/2005 6-9
= (6.3, 7)
5.0 Non-Outlier Range 7,58%
= (5.3, 8) 20
4.5 3,79%
Outliers 1,46% 1,17%
Extremes 0,29% 0,29%
4.0 0
3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0
pH pH

136
RUBÍDIO
Rb Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Rb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
44,3 - 108
19,75 - 44,3
21° S MIMOSO DO SUL

7,4 - 19,75
0 5 10 20 30 40
Km 2,75 - 7,4
0,1 - 2,75
41° W 40° W

120 200
Estatística Descritiva
180 55,56%
Elemento Rb (ppm)
100
Limite de Detecção 0,2
160
Número de medidas 325
80 140 Result > Lim Detec 321
Frequência

Valor Médio 12,90


120
60 Valor Mínimo 0,10
100 Valor Máximo 110,00
40 Desvio Padrão 13,54
80
Median = 7.4 Coeficiente de Variação (%) 1,05
19,75%
20 25%-75% 60 Mediana 7,40
= (2.75, 19.75) 13,27% CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range 40
0 7,72% NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.1, 44.3)
Outliers 20
2,78%
-20 Extremes 0 0,31% 0,31% 0,31%
-20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130
Rb (ppm) Rb (ppm)

137
RUBÍDIO
Rb Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Rb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
27,4 - 139
16,8 - 27,4
21° S MIMOSO DO SUL

4,4 - 16,8
0 5 10 20 30 40
Km 1,8 - 4,4
0,1 - 1,8
41° W 40° W

160 60
Estatística Descritiva
140 77,27%
Elemento Rb (ppm)
50 Limite de Detecção 0,2
120 Número de medidas 71
Result > Lim Detec 69
100 40 Valor Médio 17,72
Frequência

80 Valor Mínimo 0,10


30 Valor Máximo 139,00
60 Desvio Padrão 28,06
Median = 4,35 Coeficiente de Variação (%) 1,58
40 20 Mediana 4,40
25%-75%
= (1.8, 15.6) CONAMA 420/2009 (VP) -
20
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
10
0 = (0.2, 27.4) 9,09%
Outliers 4,55% 3,03% 4,55% 1,52%
-20 Extremes 0
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Rb (ppm) Rb (ppm)

138
ENXOFRE
S Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

S (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,14 - 1,11

21° S MIMOSO DO SUL 0,03 - 0,14

0 5 10 20 30 40 0,02 - 0,03
Km

0,005 - 0,02
41° W 40° W

1.2 350
Estatística Descritiva
96,91%
Elemento S (%)
1.0 300
Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 325
0.8 250 Result > Lim Detec 144
Frequência

Valor Médio 0,02


0.6 200 Valor Mínimo 0,005
Valor Máximo 1,11
0.4 150 Desvio Padrão 0,07
Median = 0.005 Coeficiente de Variação (%) 3,5
0.2 25%-75% 100 Mediana 0,005
= (0.005, 0.02) CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
0.0 50 NOAA-SQuiRTs/2008 (PEL) -
= (0.005, 0.04)
Outliers
Extremes 2,16%0,31% 0,31% 0,31%
-0.2 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 10.0 1.2
-0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3
S (%) S (%)

139
ENXOFRE
S Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

S (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,03 - 0,06

21° S MIMOSO DO SUL 0,02 - 0,03

0 5 10 20 30 40 0,1 - 0,02
Km

0,005 - 0,01
41° W 40° W

0.07 24
Estatística Descritiva
33,33%
22 Elemento S (%)
0.06
20 Limite de Detecção 0,01
18 Número de medidas 71
0.05 Result > Lim Detec 58
Frequência

16 22,73% Mediana 0,02


0.04 14 Valor Médio 0,02
12 Valor Mínimo 0,005
16,67%
0.03 15,15% Valor Máximo 0,06
10
Median = 0.02 Desvio Padrão 0,013
8 Coeficiente de Variação (%) 0,62
0.02 25%-75%
= (0.01, 0.03) 6 Mediana 0,02
Non-Outlier Range CONAMA 420/2009 (VP) -
0.01 4 4,55% 4,55%
= (0.01, 0.06) NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
3,03%
Outliers 2
0.00 Extremes 0
-0.01 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07
S (%) S (%)

140
ANTIMONIO
Sb Sedimentos

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Sb (ppm)

0,3 - 1,56
0,17 - 0,3
21° S
0,1 - 0,17
0 5 10 20 30 40
Km
0,06 - 0,1
0,025 - 0,06
41° W 40° W

1.8 350
Estatística Descritiva
1.6 96,91%
Elemento Sb (ppm)
300
Limite de Detecção 0,005
1.4
Número de medidas 325
1.2 250 Result > Lim Detec 203
Frequência

1.0 Valor Médio 0,09


200 Valor Mínimo 0,025
0.8 Valor Máximo 1,56
150 Desvio Padrão 0,12
0.6
Median = 0.06 Coeficiente de Variação (%) 1,33
0.4 25%-75% 100 Mediana 0,06
= (0.025, 0.1) -
0.2 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiRTs/2008 (PEL) -
= (0.025, 0.21)
0.0
Outliers
2,16% 0,31% 0,31% 0,31%
-0.2 Extremes 0
-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8
Sb (ppm) Sb (ppm)

141
ANTIMONIO
Sb Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sb (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,16 - 0,85
0,11 - 0,16
21° S MIMOSO DO SUL

0,08 - 0,11
0 5 10 20 30 40
Km 0,06 - 0,08
0,025 - 0,06
41° W 40° W

0.9 60
Estatística Descritiva
0.8 Elemento Sb (ppm)
50 74,24% Limite de Detecção 0,05
0.7
Número de medidas 71
0.6 Result > Lim Detec 64
40
Frequência

0.5 Valor Médio 0,15


Valor Mínimo 0,025
0.4 30 Valor Máximo 0,85
0.3 Desvio Padrão 0,11
Median = 0.08 Coeficiente de Variação (%) 1,08
20
0.2 25%-75%
Mediana 0,08
= (0.06, 0.11) 19,70%
0.1 CONAMA 420/2009 (VP) 2,00
Non-Outlier Range
10 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 3,00
= (0.01, 0.16)
0.0
Outliers
1,52% 1,52% 1,52% 1,52%
-0.1 Extremes 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Sb (ppm) Sb (ppm)

142
ESCÂNDIO
Sc Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sc (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
12,4 - 27
5,65 - 12,4
21° S MIMOSO DO SUL

2,95 - 5,65
0 5 10 20 30 40
Km 1,1 - 2,95
0,05 - 1,1
41° W 40° W

30 260
Estatística Descritiva
240 72,22%
Elemento Sc (ppm)
25 220 Limite de Detecção 0,1
200 Número de medidas 325
20 180 Result > Lim Detec 324
Frequência

160 Valor Médio 4,02


15 Valor Mínimo 0,05
140
120 Valor Máximo 27,3
10 Desvio Padrão 4,03
Median = 2.95 100
Coeficiente de Variação (%) 1,00
25%-75% 80
5 19,44% Mediana 2,95
= (1.1, 5.65) 60 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
0 = (0.05, 12.4) 40 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
6,17%
Outliers 20
0,93% 0,62% 0,62%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
Sc (ppm) Sc (ppm)

143
ESCÂNDIO
Sc Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sc (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
10,5 - 17,9

21° S MIMOSO DO SUL 6,5 - 10,5

0 5 10 20 30 40
Km
3,5 - 6,05

0,05 - 3,5
41° W 40° W

20 16
22,73% Estatística Descritiva
18 Elemento Sc (ppm)
14
16 Limite de Detecção 0,10
12 Número de medidas 71
14
Result > Lim Detec 70
12 10 15,15% 15,15% Valor Médio 7,12
Frequência

10 Valor Mínimo 0,05


12,12%
8 Valor Máximo 17,9
8 10,61%
Desvio Padrão 4,87
6 9,09%
6 Median = 5.9 Coeficiente de Variação (%) 0,68
25%-75% Mediana 6,05
4 6,06% 6,06%
= (3.4, 10.3) 4 CONAMA 420/2009 (VP) -
2 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.1, 17.9) 3,03%
2
0 Outliers
-2 Extremes 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Sc (ppm) Sc (ppm)

144
SELÊNIO
Se Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Se (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2,0 - 8,0

21° S MIMOSO DO SUL

0,5 - 2,0
0 5 10 20 30 40
Km

0,5
41° W 40° W

350
Estatística Descritiva
96,91%
Elemento Se (ppm)
300
Limite de Detecção 1
Número de medidas 325
250
Result > Lim Detec 23
Frequência

Valor Médio 0,59


200 Valor Mínimo 0,50
Valor Máximo 8,00
150 Desvio Padrão 0,53
Coeficiente de Variação (%) 0,89
100 Mediana 0,50
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -

2,16% 0,31% 0,31% 0,31%


0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Se (ppm)

145
SELÊNIO
Se Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Se (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2,01 - 3,0

21° S MIMOSO DO SUL 1,0 - 2,0

0 5 10 20 30 40
Km
0,88 - 1,0

0,5 - 0,88
41° W 40° W

60
Estatística Descritiva
Elemento Se (ppm)
50 74,24% Limite de Detecção 1,00
Número de medidas 71
Result > Lim Detec 22
40
Valor Médio 0,72
Frequência

Valor Mínimo 0,50


30 Valor Máximo 3,00
Desvio Padrão 0,48
Coeficiente de Variação (%) 0,67
20
Mediana 0,50
CONAMA 420/2009 (VP) 5,00
18,18%
10 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 0,70

6,06%
1,52%
0
0.2 0.6 1.0 1.4 1.8 2.2 2.6 3.0 3.4
0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.2
Se (ppm)

146
SILÍCIO
Si Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Si (mg/L)
10,73 - 12,15
6,63 - 10,73
21° S
4,762 - 6,63
0 5 10 20 30 40
Km
3,776 - 4,762
0,292 - 3,776
41° W 40° W

14 20
24,36% Estatística Descritiva
18 Elemento Si (mg/L)
12 21,79%
16 Limite de Detecção 0,007
10 Número de medidas 78
14 Result > Lim Detec 78
Frequência

8 12 Valor Médio 5,38


Valor Mínimo 0,29
6 10
11,54% Valor Máximo 12,15
8 10,26%10,26% Desvio Padrão 2,34
4 Median = 4.799 8,97%
Coeficiente de Variação (%) 0,43
25%-75% 6
2 = (3.851, 6.63) Mediana 4,75
Non-Outlier Range 4 CONAMA 357/2005 -
3,85%
0 = (0.292, 10.73) 2,56% 2,56%
2
Outliers 1,28% 1,28%1,28%
-2 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Si (mg/L) Si (mg/L)

147
SILÍCIO
Si Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Si (mg/L)
11,52 - 19,49
6,91 - 11,52
21° S
4,85 - 6,91
0 5 10 20 30 40
Km 3,74 - 4,85
0,867 - 3,74
41° W 40° W

22 140
Estatística Descritiva
20 Elemento Si (mg/L)
120
18 Limite de Detecção 0,007

16 Número de medidas 345


100
Result > Lim Detec 345
14
Frequência

Valor Médio 5,7


12 80
Valor Mínimo 0,86
10 Valor Máximo 19,49
60 Desvio Padrão 3,18
8 Median = 4.85
Coeficiente de Variação (%) 0,56
25%-75% 40
6 Mediana 4,85
= (3.74, 6.918)
4 Non-Outlier Range CONAMA 357/2005 -
= (0.867, 11.52) 20
2 Outliers
0 Extremes 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Si (mg/L) Si (mg/L)

148
ESTANHO
Sn Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sn (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
3,6 - 82,6
2,0 - 3,6
21° S MIMOSO DO SUL

1,2 - 2,0
0 5 10 20 30 40
Km 0,8 - 1,2
0,04 - 0,8
41° W 40° W

90 350
Estatística Descritiva
98,46%
80 Elemento Sn (ppm)
300
Limite de Detecção 0,3
70
Número de medidas 325
60 250 Result > Lim Detec 325
Frequência

Valor Médio 1,95


50
200 Valor Mínimo 0,40
40 Valor Máximo 82,6
150 Desvio Padrão 4,82
30
Median = 1.2 Coeficiente de Variação (%) 2,47
20 25%-75%
100 Mediana 1,2
= (0.8, 2)
10 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
= (0.4, 3.6) 50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 Outliers
Extremes 1,23% 0,31%
-10 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Sn (ppm) Sn (ppm)

149
ESTANHO
Sn Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sn (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
5,3 - 12,6
2,9 - 5,3
21° S MIMOSO DO SUL

2 - 2,9
0 5 10 20 30 40
Km 1,3 - 2
0,15 - 1,3
41° W 40° W

14 30
42,42% Estatística Descritiva
28
Elemento Sn (ppm)
12 26
Limite de Detecção 0,3
24
10 Número de medidas 71
22
Result > Lim Detec 70
20
8 27,27% Valor Médio 2,47
Frequência

18
Valor Mínimo 0,15
16
6 Valor Máximo 12,60
14 Desvio Padrão 1,79
12
4 Median = 2 Coeficiente de Variação (%) 0,72
10 Mediana 2,05
25%-75%
2 = (1.3, 2.9) 8 10,61% CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 6 7,58% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 19,00
= (0.3, 5.3) 4 6,06%
0 4,55%
Outliers 2 1,52%
-2 Extremes 0
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Sn (ppm) Sn (ppm)

150
ESTRÔNCIO
Sr Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Sr (mg/L)
0,049 - 0,064
0,028 - 0,049
21° S
0,02 - 0,028
0 5 10 20 30 40
Km
0,014 - 0,02
0,0014 - 0,014
41° W 40° W

0.07 35
Estatística Descritiva
39,74% Elemento Sr (mg/L)
0.06 30
Limite de Detecção 0,01
0.05 Número de medidas 78
25
Result > Lim Detec 78
0.04
Frequência

Valor Médio 0,02


20 24,36%
Valor Mínimo 0,0014
0.03
Valor Máximo 0,064
15
Desvio Padrão 0,01
0.02 Median = 0.019
14,10% Coeficiente de Variação (%) 0,57
25%-75% 10 12,82%
0.01 = (0.014, 0.028) Mediana 0,02
Non-Outlier Range CONAMA 357/2005 -
0.00 = (0.0014, 0.049) 5 5,13%
Outliers 2,56%
1,28%
-0.01 Extremes 0
-0.01 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08
Sr (mg/L) Sr (mg/L)

151
ESTRÔNCIO
Sr Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Sr (mg/L)
0,071 - 2,195
0,037 - 0,071
21° S
0,02 - 0,037
0 5 10 20 30 40
Km
0,014 - 0,02
0,005 - 0,014
41° W 40° W

2.4 350 97,67% Estatística Descritiva


2.2
Elemento Sr (mg/L)
2.0 300
Limite de Detecção 0,01
1.8 Número de medidas 345
1.6 250
Result > Lim Detec 319
Frequência

1.4 Valor Médio 0,04


1.2 200 Valor Mínimo 0,005
1.0 Valor Máximo 2,19
150 Desvio Padrão 0,13
0.8 Median = 0.02
Coeficiente de Variação (%) 3,19
0.6 25%-75%
100 Mediana 0,02
0.4 = (0.014, 0.037)
Non-Outlier Range CONAMA 357/2005 -
0.2 = (0.003, 0.071) 50
0.0 Outliers
1,46%
0,29%0,29% 0,29%
-0.2 Extremes 0
-0.4 0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4
-0.2 0.2 0.6 1.0 1.4 1.8 2.2 2.6
Sr (mg/L) Sr (mg/L)

152
ESTRÔNCIO
Sr Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
25,3 - 2.654
11,5 - 25,3
21° S MIMOSO DO SUL

4,75 - 11,5
0 5 10 20 30 40
Km 1,8 - 4,75
0,25 - 1,8
41° W 40° W

2800 450
Estatística Descritiva
2600
2400 400 Elemento Sr (ppm)

2200 Limite de Detecção 0,5


350
2000 99,70% Número de medidas 325
1800 300 Result > Lim Detec 319
Frequência

1600 Valor Médio 20,65


1400 250 Valor Mínimo 0,25
1200 Valor Máximo 2654,0
200
1000 Desvio Padrão 158,6
Median = 4.65 Coeficiente de Variação (%) 7,68
800 150
25%-75%
600 Mediana 4,75
= (1.8, 11.25)
400 100 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
200 = (0.25, 25.3) NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
50
0 Outliers
-200 Extremes 0 0,30%
-500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Sr (ppm) Sr (ppm)

153
ESTRÔNCIO
Sr Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Sr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
15,9 - 56,1
7,8 - 15,9
21° S MIMOSO DO SUL

3,8 - 7,8
0 5 10 20 30 40
Km
1,9 - 3,8
0,5 - 1,9
41° W 40° W

60 40
57,58% Estatística Descritiva
Elemento Sr (ppm)
50 35
Limite de Detecção 0,5
Número de medidas 71
30
40 Result > Lim Detec 71
Valor Médio 6,72
Frequência

25
30 Valor Mínimo 0,50
20 Valor Máximo 56,10
20 Desvio Padrão 8,38
22,73%
Median = 3.8 15 Coeficiente de Variação (%) 1,25

10 25%-75% Mediana 3,85


= (1.9, 7.8) 10 CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 9,09% NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (0.5, 15.9) 5 6,06%
Outliers 3,03%
1,52%
-10 Extremes
0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Sr (ppm) Sr (ppm)

154
SULFATO
SO42- Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Sulfato (mg/L)
13,21 - 44,98
6,07 - 13,21
21° S
1,65 - 6,07
0 5 10 20 30 40
Km 0,78 - 1,65
0,005 - 0,78
41° W 40° W

50 60
Estatística Descritiva
70,51%
Elemento Sulfato (mg/L)
40 50 Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 78
Result > Lim Detec 73
30 40 Valor Médio 6,27
Frequência

Valor Mínimo 0,005


20 30 Valor Máximo 44,98
Desvio Padrão 19,11
Coeficiente de Variação (%) 1,59
Median = 1.52
10 20 Mediana 1,65
25%-75%
= (0.68, 6.07) CONAMA 357/2005 250
Non-Outlier Range
0 10 10,26%
= (0.01, 13.91)
6,41%
Outliers 3,85%
2,56% 1,28% 2,56% 1,28% 1,28%
-10 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Sulfato (mg/L) Sulfato (mg/L)

155
SULFATO
SO42- Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Sulfato (mg/L)
13,21 - 44,98
6,07 - 13,21
21° S
1,65 - 6,07
0 5 10 20 30 40
Km 0,78 - 1,65
0,005 - 0,78
41° W 40° W

1200 400
Estatística Descritiva
Elemento Sulfato (mg/L)
1000 350 98,83%
Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 345
300
800 Result > Lim Detec 341
Valor Médio 13,80
Frequência

250
600 Valor Mínimo 0,005
Valor Máximo 987,91
200
Desvio Padrão 70,73
400
Coeficiente de Variação (%) 5,13
Median = 1.785 150
Mediana 1,77
200 25%-75%
= (0.84, 10.65) CONAMA 357/2005 250
100
Non-Outlier Range
0 = (0.01, 25.11) 50
Outliers
Extremes 0,29%0,29% 0,29% 0,29%
-200 0
-100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 10001100
Sulfato (mg/L) Sulfato (mg/L)

156
TÂNTALO
Ta Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ta (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,08 - 15,0

21° S MIMOSO DO SUL

0,025 - 0,08
0 5 10 20 30 40
Km

0,025
41° W 40° W

350
99,38% Estatística Descritiva
Elemento Ta (ppm)
300
Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 10
Frequência

Valor Médio 0,10


200 Valor Mínimo 0,025
Valor Máximo 15,00
150 Desvio Padrão 1,01
Coeficiente de Variação (%) 9,68
100 Mediana 0,025
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
50

0,31% 0,31%
0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Ta (ppm)

157
TELÚRIO
Te Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Te (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,29 - 2,3

21° S MIMOSO DO SUL

0,117 - 0,29
0 5 10 20 30 40
Km

0,025 - 0,117
41° W 40° W

350
Estatística Descritiva
95,68% Elemento Te (ppm)
300 Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 56
Frequência

Valor Médio 0,06


200 Valor Mínimo 0,025
Valor Máximo 2.30
150 Desvio Padrão 0,17
Coeficiente de Variação (%) 2,77
100 Mediana 0,025
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
50
3,09%
0,31%0,31% 0,31% 0,31%
0
-0.4 0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4
-0.2 0.2 0.6 1.0 1.4 1.8 2.2 2.6
Te (ppm)

158
TELÚRIO
Te Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Te (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,332 - 0,63

21° S MIMOSO DO SUL 0,175 - 0,332


0 5 10 20 30 40
Km 0,078 - 0,175

0,025 - 0,078
41° W 40° W

0.7 60
84,85% Estatística Descritiva
Elemento Te (ppm)
0.6
50 Limite de Detecção 0,05
Número de medidas 71
0.5 Result > Lim Detec 36
40
Frequência

Valor Médio 0,07


0.4 Valor Mínimo 0,025
30 Valor Máximo 0,63
0.3 Desvio Padrão 0,098
Median = 0.05 Coeficiente de Variação (%) 1,32
20 Mediana 0,025
0.2 25%-75%
= (0.05, 0.07) CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0.1 10
= (0.05, 0.1)
Outliers 6,06% 6,06%
1,52% 1,52%
0.0 Extremes 0
-0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Te (ppm)
Te (ppm)

159
TEMPERATURA
Água para Abastecimento

18° S

19° S

20° S

Municipios

Temperatura (°C)
28,1 - 30,8
25,0 - 28,1
21° S
23,97 - 25,0
0 5 10 20 30 40
Km 22,35 - 23,97
18,5 - 22,35
41° W 40° W

32 18
21,79% Estatística Descritiva
16 Temperatura T (°C)
30 19,23%
Limite de Detecção -
14 Pontos mensurados 78
28
12 15,38% Valor Médio 23,80
Frequência

Valor Mínimo 18,50


26 10 Valor Máximo 30,8
10,26%
Desvio Padrão 2,55
24 8
Coeficiente de Variação (%) 0,11
Median = 24 Mediana 24,00
6
22 25%-75% 6,41% 6,41% 6,41%
CONAMA 357/2005 -
= (22.4, 25.1)
4
Non-Outlier Range 3,85% 3,85%
20 = (18.5, 28.1) 2,56%
2
Outliers 1,28%1,28% 1,28%
18 Extremes 0
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
T (°C) T (°C)

160
TEMPERATURA
Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Temperatura (°C)
31,5 - 39,5
25,8 - 31,5
21° S
23,6 - 25,8
0 5 10 20 30 40
Km
21,5 - 23,6
16,4 - 21,5
41° W 40° W

42 100
27,41% Estatística Descritiva
40
Temperatura T (°C)
38
23,03% Limite de Detecção -
36 80
Pontos mensurados 345
34
Valor Médio 23,8
32
Frequência

60 16,91%
Valor Mínimo 16,40
30 Valor Máximo 39,50
28 3,41% Desvio Padrão 3,17
26 Coeficiente de Variação (%) 0,13
40
24 Median = 23.6 Mediana 23,6
22 25%-75%
7,29% CONAMA 357/2005 -
= (21.5, 25.8)
20 Non-Outlier Range 20 5,54%
18 = (16.4, 31.5) 3,21%
2,62%
16 Outliers
Extremes 0,29% 0,29%
14 0
14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42
T (°C) T (°C)

161
TÓRIO
Th Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Th (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
67,8 - 1.427
32,4 - 67,8
21° S MIMOSO DO SUL

15,45 - 32,4
0 5 10 20 30 40
Km 8,3 - 15,45
0,05 - 8,3
41° W 40° W

1600 350
Estatística Descritiva
96,60%
1400 Elemento Th (ppm)
300
Limite de Detecção 0,1
1200 Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 324
Frequência

1000
Valor Médio 38,61
800 200 Valor Mínimo 0,05
Valor Máximo 1427,00
600 150 Desvio Padrão 94,95
Median = 15.45 Coeficiente de Variação (%) 2,46
400
25%-75% 100 Mediana 15,45
= (8.3, 32.4)
200 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.05, 67.8)
Outliers
2,78%
Extremes 0,31% 0,31%
-200 0
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Th (ppm)
Th (ppm)

162
TÓRIO
Th Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Th (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
47,8 - 53,1
26,5 - 47,8
21° S MIMOSO DO SUL

16,3 - 26,5
0 5 10 20 30 40
Km 10,7 - 16,3
2,7 - 10,7
41° W 40° W

60 18
Estatística Descritiva
24,24% Elemento Th (ppm)
16
50 22,73% Limite de Detecção 0,1
14 Número de medidas 71
19,70%
Result > Lim Detec 71
40 12
Frequência

Valor Médio 19,39


Valor Mínimo 2,70
10
30 Valor Máximo 53,10
8 Desvio Padrão 11,39
Median = 16.3 9,09% Coeficiente de Variação (%) 0,59
20 6 Mediana 16,30
25%-75% 7,58%
= (10.7, 26.5) 6,06% CONAMA 420/2009 (VP) -
4
10 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (2.7, 47.8) 3,03% 3,03%
2
Outliers 1,52% 1,52%1,52%
0 Extremes 0
Th (ppm) -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Th (ppm)

163
TITÂNIO
Ti Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Municipios

Ti (mg/L)
0,02 - 0,04

21° S 0,008 - 0,02

0 5 10 20 30 40
Km
0,005 - 0,008

0,0025 - 0,005
41° W 40° W

0.045 350
97,08% Estatística Descritiva
0.040 Elemento Ti (mg/L)
300
Limite de Detecção 0,005
0.035 Número de medidas 345
250
Result > Lim Detec 13
Frequência

0.030
Valor Médio 0,0029
0.025 200 Valor Mínimo 0,0025
Valor Máximo 0,04
0.020 150 Desvio Padrão 0,003
Median = 0.005 Coeficiente de Variação (%) 0,97
0.015
25%-75% 100 Mediana 0,0025
= (0.005, 0.005)
0.010 CONAMA 357/2005 -
Non-Outlier Range
= (0.005, 0.005) 50
0.005
Outliers
1,17% 0,29% 0,58% 0,58% 0,29%
0.000 Extremes 0
0.000 0.010 0.020 0.030 0.040
-0.005 0.005 0.015 0.025 0.035 0.045
Ti (mg/L) Ti (mg/L)

164
TITÂNIO
Ti Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ti (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,36 - 9,3
0,17 - 0,36
21° S MIMOSO DO SUL

0,11 - 0,17
0 5 10 20 30 40
Km
0,04 - 0,11
0,005 - 0,04
41° W 40° W

10 350
99,07% Estatística Descritiva
Elemento Ti (%)
8 300
Limite de Detecção 0,01
Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 300
6
Frequência

Valor Médio 0,18


200 Valor Mínimo 0,005
4 Valor Máximo 9,30
150 Desvio Padrão 0,67
Median = 0.11 Coeficiente de Variação (%) 3,72
2
25%-75% Mediana 0,11
100
= (0.04, 0.17) -
CONAMA 454/2012 (Nível 2)
0 Non-Outlier Range
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.005, 0.36) 50
Outliers
Extremes 0,31% 0,31% 0,31%
-2 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Ti (%) Ti (%)

165
TITÂNIO
Ti Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Ti (%)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,15 - 0,34
0,08 - 0,15
21° S MIMOSO DO SUL

0,04 - 0,08
0 5 10 20 30 40
Km
0,02 - 0,04
0,005 - 0,02
41° W 40° W

0.40 45
Estatística Descritiva
0.35 40 59,09% Elemento Ti (%)
Limite de Detecção 0,01
0.30 35 Número de medidas 71
Result > Lim Detec 63
0.25 30
Frequência

Valor Médio 0,07


0.20 25 Valor Mínimo 0,005
Valor Máximo 0,34
0.15 20 Desvio Padrão 0,07
Median = 0.04 Coeficiente de Variação (%) 0,96
0.10 15 Mediana 0,04
25%-75% 19,70%
= (0.02, 0.08) CONAMA 420/2009 (VP) -
0.05 10
Non-Outlier Range 10,61% Paye et al. (2010) 0,88
0.00 = (0.01, 0.15) 5 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
6,06%
Outliers 3,03%
1,52%
-0.05 Extremes 0
-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40
Ti (%) Ti (%)

166
URÂNIO
U Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

U (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
5,34 - 71,83
2,68 - 5,34
21° S MIMOSO DO SUL

1,42 - 2,68
0 5 10 20 30 40
Km
0,73 - 1,42
0,03 - 0,73
41° W 40° W

80 350
Estatística Descritiva
70 92,28% Elemento U (ppm)
300
Limite de Detecção 0,05
60 Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 323
50
Frequência

Valor Médio 3,01


40 200 Valor Mínimo 0,025
Valor Máximo 71,83
30 150 Desvio Padrão 5,58
Median = 1.42 Coeficiente de Variação (%) 1,85
20
25%-75% Mediana 1,42
100
= (0.73, 2.675)
10 CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.025, 5.34) 50
Outliers 6,17%
Extremes 1,23% 0,31%
-10 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80
U (ppm) U (ppm)

167
URÂNIO
U Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

U (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
3,03 - 8,48
1,57 - 3,03
21° S MIMOSO DO SUL

0,96 - 1,57
0 5 10 20 30 40
Km
0,57 - 0,96
0,2 - 0,57
41° W 40° W

9 40
Estatística Descritiva
54,55%
8 Elemento U (ppm)
35
Limite de Detecção 0,05
7
Número de medidas 71
30
6 Result > Lim Detec 71
Valor Médio 1,41
25
Frequência

5
Valor Mínimo 0,20
4 20 Valor Máximo 8,48
27,27%
Desvio Padrão 1,49
3
Median = 0.96 15 Coeficiente de Variação (%) 1,06
2 25%-75% Mediana 0,99
= (0.57, 1.57) 10 CONAMA 420/2009 (VP) -
1 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.2, 3,03) 7,58% 7,58%
0 5
Outliers 3,03%
Extremes
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
U (ppm) U (ppm)

168
VANÁDIO
V Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

V (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
118 - 185
55 - 118
21° S MIMOSO DO SUL

25 - 55
0 5 10 20 30 40
Km
8 - 25
0,5 - 8
41° W 40° W

200 160
46,60% Estatística Descritiva
180 Elemento V (ppm)
140
160 Limite de Detecção 1
120 Número de medidas 325
140
Result > Lim Detec 320
Frequência

120 100 Valor Médio 37,55


100 Valor Mínimo 0,50
80 Valor Máximo 185,00
80
Desvio Padrão 38,22
60 Median = 25 60 17,90%
Coeficiente de Variação (%) 1,02
25%-75% 14,20% Mediana 25,00
40 40
= (8, 55) -
CONAMA 454/2012 (Nível 2)
20 Non-Outlier Range 8,33%
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
= (0.5, 118) 20 5,25%
0 Outliers 3,40%
1,23%2,16% 0,62%0,31%
-20 Extremes 0
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
V (ppm) V (ppm)

169
VANÁDIO
V Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

V (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
104 - 200

21° S MIMOSO DO SUL 59,5 - 104

0 5 10 20 30 40
Km 35 - 59,5

1 - 35
41° W 40° W

220 16
Estatística Descritiva
200 21,21% Elemento V (ppm)
14
180 19,70% Limite de Detecção 1
18,18% Número de medidas 71
160 12
Result > Lim Detec 70
140
10 Valor Médio 67,25
Frequência

120 13,64% Valor Mínimo 0,50


100 8 Valor Máximo 200,00
10,61% Desvio Padrão 42,37
80
Median = 59 6 Coeficiente de Variação (%) 0,63
60 25%-75% 7,58% Mediana 59,05
40 = (35, 104) 4 CONAMA 420/2009 (VP) -
Non-Outlier Range 4,55% Paye et al. (2010) 109,96
20
= (1, 200) 2 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 42,00
0 Outliers 1,52%1,52%1,52%

-20 Extremes 0
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
V (ppm) V (ppm)

170
TUNGSTÊNIO
W Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

W (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
3,12 - 13,2
1 - 3,12
21° S MIMOSO DO SUL

0,4 - 1
0 5 10 20 30 40
Km
0,2 - 0,4
0,05 - 0,2
41° W 40° W

14 350
Estatística Descritiva
96,60%
12 Elemento W (ppm)
300
Limite de Detecção 0,1
10 Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 238
8
Frequência

Valor Médio 0,47


200 Valor Mínimo 0,05
6 Valor Máximo 13,20
150 Desvio Padrão 1,14
4 Median = 0.2 Coeficiente de Variação (%) 2,43
25%-75% 100 Mediana 0,20
2 = (0.05, 0.4)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.05, 0.9)
Outliers
2,47% 0,31% 0,31% 0,31%
-2 Extremes 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16
W (ppm) W (ppm)

171
TUNGSTÊNIO
W Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

W (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
0,5 - 6,5

21° S MIMOSO DO SUL 0,3 - 0,5

0 5 10 20 30 40
Km
0,2 - 0,3

0,05 - 0,2
41° W 40° W

9 70
Estatística Descritiva
8 93,94% Elemento W (ppm)
60 Limite de Detecção 0,1
7
Número de medidas 71
6 50 Result > Lim Detec 53
Frequência

Valor Médio 0,34


5
40 Valor Mínimo 0,05
4 Valor Máximo 6,50
Desvio Padrão 0,82
3 30
Median = 0.2 Coeficiente de Variação (%) 2,41
2 25%-75% Mediana 0,2
20 -
= (0.1, 0.3) CONAMA 420/2009 (VP)
1 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
= (0.1, 0.6) 10
0
Outliers 4,55%
Extremes 1,52%
-1 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
W (ppm) W (ppm)

172
ÍTRIO
Y Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITóRIA

Rede de Drenagem

Y (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
23,97 - 214
11,68 - 23,97
21° S MIMOSO DO SUL

6,86 - 11,68
0 5 10 20 30 40
Km
3,1 - 6,86
0,07 - 3,1
41° W 40° W

240 300
87,35% Estatística Descritiva
220 Elemento Y (ppm)
200 250 Limite de Detecção 0,05
180 Número de medidas 325
160 Result > Lim Detec 325
200
Frequência

140 Valor Médio 10,67


Valor Mínimo 0,05
120
150 Valor Máximo 214,00
100
Desvio Padrão 16,19
80 Median = 6.86 Coeficiente de Variação (%) 1,52
100
60 25%-75% Mediana 6,86
= (3.105, 11.675) -
40 CONAMA 454/2012 (Nível 2)
Non-Outlier Range 50
20 NOAA-SQuiRTs/2008 (PEL) -
= (0.05, 23.97) 9,57%
0 Outliers
2,16%
Extremes 0 0,31% 0,31% 0,31%
-20
Y (ppm) -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
Y (ppm)

173
ÍTRIO
Y Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Y (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
15,96 - 33,14
7,44 - 15,96
21° S MIMOSO DO SUL

3,98 - 7,44
0 5 10 20 30 40
Km
1,11 - 3,98
0,16 - 1,11
41° W 40° W

35 45
Estatística Descritiva
40 59,09% Elemento Y (ppm)
30
Limite de Detecção 0,05

25 35 Número de medidas 71
Result > Lim Detec 71
30 Valor Médio 6,14
Frequência

20
Valor Mínimo 0,16
25
15 Valor Máximo 33,14
20 Desvio Padrão 7,25
10 Coeficiente de Variação (%) 1,18
Median = 3.89 22,73%
25%-75% 15 Mediana 3,97
5 = (1.03, 7.44) CONAMA 420/2009 (VP) -
10
Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
0 = (0.16, 15.96) 7,58%
5 4,55%
Outliers 3,03%
1,52% 1,52%
-5 Extremes 0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Y (ppm) Y ppm

174
ZINCO
Zn Água Superficial

18° S

19° S

20° S

Rede de Drenagem

Zn (mg/L)

2,28 - 8,71
21° S
1,2 - 2,28
0 5 10 20 30 40
Km 0,18 - 1,2

0,01 - 0,18
41° W 40° W

10 350
Estatística Descritiva
9 Elemento Zn (mg/L)
300
8 Limite de Detecção 0,02
Número de medidas 345
7 250 Result > Lim Detec 25
6
Frequência

Valor Médio 0,09


5 200 Valor Mínimo 0,01
Valor Máximo 8,71
4
150 Desvio Padrão 0,61
3 Median = 0.02 Coeficiente de Variação (%) 6,77
25%-75% 100
2 Mediana 0,01
= (0.02, 0.02)
CONAMA 357/2005 0,18
1 Non-Outlier Range
= (0.02, 0.02) 50
0 Outliers
-1 Extremes 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Zn (mg/L) Zn (mg/L)

175
ZINCO
Zn Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Zn (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
72 - 81
35 - 72
21° S MIMOSO DO SUL

17 - 35
0 5 10 20 30 40
Km
7 - 17
0,5 - 7
41° W 40° W

90 140
Estatística Descritiva
80 37,35% Elemento Zn (ppm)
120 Limite de Detecção 1
70
Número de medidas 325
60 100 Result > Lim Detec 324
Frequência

Valor Médio 22,32


50
80 Valor Mínimo 0,50
40 Valor Máximo 81,00
60 Desvio Padrão 17,81
30 16,67% 16,36%
Median = 17 Coeficiente de Variação (%) 0,80
20 25%-75% 12,65% Mediana 17
40
= (7, 35) 9,26% CONAMA 454/2012 (Nível 2) 315
10 Non-Outlier Range
NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) 315
= (0.5, 72) 20 4,32%
0
Outliers 2,16%
0,93% 0,31%
-10 Extremes 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Zn (ppm) Zn (ppm)

176
ZINCO
Zn Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S
AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Zn (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
63 - 100
29 - 63
21° S MIMOSO DO SUL

14,5 - 29
0 5 10 20 30 40
Km
6 - 14,5
0,5 - 6
41° W 40° W

120 35
Estatística Descritiva
Elemento Zn (ppm)
100 30 43,94% Limite de Detecção 1
Número de medidas 71
80 25 Result > Lim Detec 65
Valor Médio 21,89
Frequência

60 20 Valor Mínimo 0,50


Valor Máximo 100,00
40 15 Desvio Padrão 22,62
Median = 14 18,18% Coeficiente de Variação (%) 1,03
16,67%
25%-75% Mediana 14,50
20 10
= (6, 29) CONAMA 420/2009 (VP) 300,00
Non-Outlier Range Paye et al. (2010) 29,87
0 = (1, 63) 5 NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) 16,00
4,55%4,55%4,55%
Outliers 3,03%
1,52%1,52% 1,52%
-20 Extremes 0
-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Zn (ppm) Zn (ppm)

177
ZIRCÔNIO
Zr Sedimentos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Zr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
14,8 - 61

21° S MIMOSO DO SUL 5,19 - 14,8

0 5 10 20 30 40
Km
1,7 - 5,19

0,25 - 1,7
41° W 40° W

70 350
Estatística Descritiva
60 Elemento Zr (ppm)
300 89,81%
Limite de Detecção 0,5
50 Número de medidas 325
250 Result > Lim Detec 158
Frequência

40 Valor Médio 1,99


200 Valor Mínimo 0,25
30 Valor Máximo 61,00
150 Desvio Padrão 4,84
20 Median = 0.25 Coeficiente de Variação (%) 2,43
25%-75% 100 Mediana 0,25
10 = (0.25, 1.7)
CONAMA 454/2012 (Nível 2) -
Non-Outlier Range
50 NOAA-SQuiTRs/2008 (PEL) -
0 = (0.25, 3.8)
Outliers 6,79%
Extremes 1,23%
0,93%
0,62%0,31% 0,31%
-10 0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Zr (ppm) Zr (ppm)

178
ZIRCÔNIO
Zr Solos

18° S

ECOPORANGA

SÃO MATEUS

SÃO GABRIEL DA PALHA


19° S

LINHARES

COLATINA

20° S AFONSO CLAUDIO

VITó RIA

Rede de Drenagem

Zr (ppm)
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
11,3 - 19,8
5,2 - 11,3
MIMOSO DO SUL
21° S
2,3 - 5,2
0 5 10 20 30 40
Km
0,6 - 2,3
0,25 - 0,6
41° W 40° W

22 35
Estatística Descritiva
20 48,48%
Elemento Zr (ppm)
18 30 Limite de Detecção 0,5

16 Número de medidas 71
25 Result > Lim Detec 55
14
Valor Médio 3,99
Frequência

12 20 Valor Mínimo 0,25


10 Valor Máximo 19,80
Desvio Padrão 4,64
8 15
Coeficiente de Variação (%) 1,16
Median = 2.7
6 16,67% Mediana 2,30
25%-75% 10 13,64% CONAMA 420/2009 (VP) -
4 = (0.6, 5.6)
2 Non-Outlier Range NOAA-SQuiTRs/2008 (Target) -
5 7,58%
= (0.5, 11.3)
0 Outliers 3,03% 3,03% 3,03%
1,52%1,52% 1,52%
-2 Extremes 0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Zr (ppm) Zr (ppm)

179
6. ELEMENTOS

Ag - Prata (0,07ppm). O valor mais elevado (0,49ppm) foi de-


A Prata é um metal relativamente raro, de colo- tectado no rio Jaboti, cuja foz é localizada no muni-
ração esbranquiçada, altamente dúctil, maleável e cípio de Guarapari, percorrendo áreas com uma
com alta resistência a corrosão. Quando puro é o sequência de paragnaisses aluminosos, kinzigitos,
mais notável condutor de eletricidade e calor dentre micaxistos, quartzitos, rochas calcissilicáticas, már-
todos os metais. Pode ocorrer como elemento livre mores e anfibolitos. Os demais valores elevados,
na natureza, mas devido a sua afinidade com os variando de 0,13 a 0,42ppm, são encontrados nas
elementos calcófilos, ocorre comumente associada a bacias dos rios São Mateus, Barra Seca e rio Doce,
minérios sulfetados de chumbo, cobalto, níquel, onde ocorrem rochas sedimentares metamorfizadas
estrôncio e arsênio. Segundo Levinson (1974), a em fácies anfibolito e granulito.
média crustal da Ag é 0,07ppm. Minerais de miné- Solos: Todos os teores de Ag estão abaixo do va-
rio: A principal fonte de Ag é quando ocorre em lor orientativo de prevenção do CONAMA 420/2009
estado nativo ou como argentita (Ag2S), mas pode (2ppm). Os teores variaram de 0,1 a 0,22ppm, sendo
ocorrer como proustita, cerargirita, silvanita, frei- que o teor mais elevado foi detectado na bacia do
bergite e polibasita, ou ainda associada a minerais rio Benevente, onde afloram paragnaisses do Com-
sulfetados tais como: galena, arsenopirita, tennanti- plexo Nova Venécia.
te e tetraedrita. Os 2/3 de recursos de prata são Apreciação Conjunta: A prata foi detectada na
associados como subproduto de minérios de ouro, maioria das amostras de sedimentos de corrente e
de cobre, chumbo e zinco (DNPM, 2015). Principais de solos, em baixas concentrações. O teor médio
utilidades: lentes de óculos monocromáticas, pelícu- encontrado no Espírito Santo foi 0,05ppm, tanto nos
las sensíveis para radiografia e fotografia, jóias, solos quanto nos sedimentos de corrente e a maio-
utensílios domésticos, ferramentas cirúrgicas e de ria das amostras estão abaixo da média crustal
dentistas, fabricação de espelhos e baterias de alta (0,07ppm). Os valores mais elevados representam
capacidade. Impactos biológicos: Pode se concen- pequenas áreas com presença de granitoides meta-
trar em níveis tóxicos em plantas que crescem em morfizados e plutons compostos de rochas graníti-
áreas mineralizadas em Ag (Kabata-Pendias, 1985). cas. Sendo assim, não existem evidências de áreas
Mobilidade ambiental: Aparentemente é imóvel em com interesse para prospecção de Ag, nem áreas
solos com pH>4. Em ambientes oxidantes com pH<4, vulneráveis em relação à saúde pública.
a mobilidade é moderadamente alta, enquanto que
em ambiente redutor é imóvel. Tipos de depósitos: Al - Alumínio
relacionados a fontes hidrotermais e em calcários e Depois do oxigênio e do silício, o Alumínio é o
dolomitos intrudidos por diques félsicos e ainda em elemento mais importante presente nas rochas da
veios relacionados a intrusões porfiríticas. Localiza- crosta terrestre. É um semimetal, com coloração
ção das principais jazidas: As reservas brasileiras de prateada, é dúctil, bom condutor de eletricidade e
minério contendo prata lavráveis mostraram partici- resistente a corrosão. Está presente nos minerais
pação mundial de 0,7%, distribuídas principalmente silicatados combinado com Fe. Nos minerais máfi-
entre os estados do Pará, Goiás, Minas Gerais, Bahia cos, pode ser substituído por Fe, Ti e Cr. O Al é o
e no Paraná. Os principais países produtores são principal constituinte dos componentes atmosféri-
Polônia, Canadá, Austrália e México (DNPM, 2015). cos, particularmente nas poeiras derivadas de solos
Água para Abastecimento Público e Água Super- e partículas originadas da combustão de carvão. Na
ficial: Todas as amostras de água analisadas apre- água, o Al é complexado e influenciado pelo pH,
sentaram resultados abaixo do limite de quantifica- temperatura e a presença de fluoretos, sulfatos,
ção (LQ) da metodologia analítica (0,003mg/L). matéria orgânica e outros ligantes. A solubilidade é
Sedimentos de Corrente: O CONAMA 454/2012 baixa em pH entre 5 e 6. O aumento da concentra-
não contempla o elemento Ag. Foram detectados ção de Al em água está associado com o período de
teores que variaram de 0,005ppm a 0,49ppm, sendo chuvas e, portanto, com turbidez elevada (CETESB,
que em 18% do total de amostras coletadas foram 2016). Minerais de Minério: bauxita (24% a 35% de
obtidos valores de até sete vezes a média crustal Al). Principais Utilidades: Ligas para construção civil,

180
aviação e foguetes, indústria naval, condutores elé- des pré-orogênicos, tipo I (ortognaisses de composi-
tricos, utensílios domésticos, automóveis, tintas, ção granodiorítica, tonalítica, diorítica, quartzo-
fabricação de vidros e refratários, na indústria far- diorítica e quartzo-sienítica). Os teores mais baixos
macêutica e alimentícia. Impactos Biológicos: Não estão localizados principalmente na porção centro-
há evidência confirmada de que o Al possui função norte do estado, nas bacias dos rios Itaúnas e São
essencial no metabolismo animal ou em seres hu- Mateus e a oeste da bacia do rio Doce, entre as ci-
manos. A principal via de exposição é a ingestão de dades de São Gabriel da Palha e Colatina, associados
água e de alimentos. A toxicidade do Al é baixa, po- a granitoides (granitogênese do Orógeno Araçuaí) e
rém observa-se osteomalacia em humanos expostos coberturas sedimentares cenozoicas.
ao Al e há considerável evidência que seja neurotó- Solos: Os teores de Al nas amostras de solos vari-
xico. Mobilidade Ambiental: Tanto em ambiente aram entre 0,25 e 11,49%. As menores concentra-
oxidante quanto em redutor, o Al se comporta como ções estão localizadas na porção centro-norte do
elemento imóvel (Levinson, 1974). É solúvel em estado, abrangendo as bacias dos rios Itaunas, São
água, porém, é altamente dependente do pH. Tipos Mateus, Doce, Riacho e Reis Magos, em áreas onde
de Depósitos: Lateríticos residuais e/ou supergênico foram detectados os teores mais baixos de Al nas
oxidado (derivadas de rochas aluminossilicatadas e amostras de sedimentos de corrente. Os teores mais
de rochas carbonatadas “karst type bauxite”) (Bion- elevados (4,33 a 11,49%) estão associados a rochas
di, 2003). Localização das Principais Jazidas: As prin- das bacias sedimentares proterozóicas: Complexo
cipais reservas se localizam na Guiné e na Austrália. Nova Venécia: paragnaises a silimanita, granada e
O Brasil detém o 3º lugar, reserva concentrada na cordierita, como ainda rochas do Complexo Caparaó
região Amazônica, seguido pela Jamaica e pela Indo- e Serra do Valentim (charnockitos e enderbitos, gra-
nésia (DNPM, 2015). nulitos aluminosos e kinzigitos) e a rochas do Com-
Água para Abastecimento Público: As amostras plexo Ipanema (biotita-granada gnaisse e gnaisses
de água bruta coletadas nas ETAs das cidades de miloníticos).
Guarapari, Alfredo Chaves, Vitória, Serra, Afonso Apreciação conjunta: Neste estudo, os teores
Cláudio, Laranja da Terra e Irupi apresentaram con- médios de Al foram: 0,07mg/L em águas brutas utili-
centrações de Al variando entre 0,12 a 0,44mg/L, zadas para abastecimento humano, 0,09mg/L em
acima 2 a 4 vezes do VMP do CONAMA 357/2005 águas superficiais; 1,7% nos sedimentos de corrente
(0,1mg/L), sendo que na amostra coletada em Gua- e 3,52% nos solos. O Al não é contemplado nas legis-
rapari, o teor encontrado excedeu, também, 2 vezes lações ambientais brasileiras para solos e sedimen-
o VMP pela Portaria MS 2914/2011 (0,2mg/L). Ape- tos de corrente. O padrão de dispersão geoquímico
sar de não existir risco conhecido para pessoas sau- do Al no Estado do Espírito Santo indica a origem em
dáveis, sabe-se que o risco da toxicidade de Al é minerais silicatados devido à formação geológica
grandemente aumentado em pessoas com função granítica regional.
renal prejudicada, que são submetidos à hemodiálise.
Água Superficial: A maioria das amostras de água As - Arsênio
superficial apresentou concentrações abaixo do O Arsênio é um elemento não metálico, colora-
Valor Máximo Permitido - VMP pelo CONAMA ção variando de cinza metálico a amarelo. O com-
357/2005 (0,1mg/L), no entanto, as concentrações portamento geoquímico dos arsenatos assemelha-se
de Al em algumas amostras na região centro-sul do aos dos fosfatos e vanadatos. É altamente associado
estado, nas bacias dos rios Itapemirim e Doce, apre- com depósitos de muitos metais, sendo utilizado
sentaram valores de 3 a quase 28 vezes maior do como elemento farejador de Au, Ag e outros metais
que o VMP, sendo que o valor do Al no rio Gimuhu- sulfetados (Lopes Jr, 2007). A migração do arsênio é
na é o mais elevado: 8,37mg/L, porém não é manan- influenciada pela forte adsorção aos argilominerais,
cial utilizado para captação de água para consumo matéria orgânica e hidróxidos hidratados de Fe e Al
humano. (Kabata-Pendias & Pendias, 1992). É incorporado em
Sedimentos de Corrente: Foram detectadas con- minerais primários silicatados por substituição do
centrações variando de 0,03 a 6,9% de Al, com teor Fe+3 ou Al+3 pelo As+3 (Mineropar, 2005). Segundo
médio de 1,2%. Os teores mais elevados (6,85 e Levinson (1974) a concentração média do As na
6,9%) são pontuais e situam-se na bacia do rio Ita- crosta terrestre é 1,8ppm e em solos, 5ppm. Mine-
pemirim: córrego Santa Marta e córrego dos Tom- rais de Minério: Sob a forma de sulfetos como arse-
bos, que litologicamente correspondem a granitoi- nopirita, ouro-pigmento, realgar e tennantita. Prin-

181
cipais Utilidades: Vidros clarificados, em venenos denada das margens, lançamento de esgotos do-
para extermínio de pragas, como reforço de ligas mésticos e industriais, resíduo de atividades agrope-
metálicas, constituinte de fogos de artifício e na cuárias (agrotóxicos, fertilizantes, herbicidas, efluen-
conservação da madeira. Impactos Biológicos: Os tes de pocilgas e aviários) e lançamento de lixo do-
efeitos biológicos do As dependem da forma quími- méstico.
ca na qual ocorre e compostos inorgânicos são mais Solos: As concentrações de arsênio nas amostras
tóxicos do que a maioria dos orgânicos (WHO, de solo variaram de 0,05 a 11,5ppm, não excedendo
1998). É moderadamente tóxico para as plantas e ao valor orientativo de prevenção (VP) definido na
letal para o homem em doses elevadas. Mobilidade Resolução CONAMA 420/2009 (15ppm), como tam-
Ambiental: Em ambiente oxidante a neutro, possui bém estão abaixo do Valor de Referência de Quali-
mobilidade moderadamente alta e em ambiente dade – VRQ dos solos no estado do Espírito Santo
redutor é imóvel (Levinson, 1974). Tipos de Depósi- (14,28ppm) (Paye et al., 2010). Os teores de arsênio
tos: Depósitos relacionados a intrusões porfiríticas mais elevados, de 7 a 11 ppm, estão localizadas em
com associação Cu-As-Sb em rochas vulcânicas pró- áreas com intensas atividades antropogênicas, nos
ximas a Cu-pórfiro (Cox & Singer, 1992; Orris & Bliss, municípios de Nova Venécia, Sooretama/Linhares,
1991; Orris, 1998; apud Licht et al, 2007) e associado Conceição do Castelo e na região metropolitana de
aos depósitos de Au do tipo greenstone belts ricos Vitória.
em arsenopirita. Localização das Principais Jazidas: Apreciação conjunta: A maioria das amostras de
O arsênio foi recuperado a partir realgar e ouro pig- solo (90%) e 32% das amostras de sedimentos de
mento na China, Peru e nas Filipinas, a partir de corrente apresentaram teores acima do limite de
minérios de Cu-Au no Chile, e foi associado com quantificação do método analítico (LQ) – 1ppm.
ocorrências de Au no Canadá. Também pode ser Mas, somente em 4 amostras de sedimentos de
recuperado a partir do mineral de Cu enargita corrente foram detectados teores acima do limiar da
(USGS, 2011). No Brasil o As está associado aos de- Resolução CONAMA 454/2012. Esses valores podem
pósitos de Au do tipo greenstone belts (rio Itapicuru- ser atribuídos a atividades antropogênicas, sendo
BA, Crixás-GO e Paracatu-MG (Figueiredo et necessário estudos específicos em relação a conta-
al.2006). minação ambiental e saúde pública. Todas as amos-
Água Superficial e Água para Abastecimento Pú- tras de solos mostraram teores abaixo do Valor de
blico: Os resultados analíticos para o As nas amos- Prevenção (VP) do CONAMA.
tras de água superficial e daquelas utilizadas para
abastecimento público foram detectados abaixo do B - Boro
limite de quantificação do equipamento analítico - O Boro é considerado um não metal, sendo um
LQ (0,002ppm). péssimo condutor de eletricidade. É relativamente
Sedimentos de Corrente: As concentrações de raro na crosta terrestre. A maior quantidade de boro
arsênio nas amostras de sedimentos de corrente está concentrada em evaporitos e em sedimentos
variaram de 0,5 a 134ppm. Dessas amostras, 16% argilosos, ambos marinhos. No ambiente terrestre, o
excederam o teor médio crustal (1,8ppm), sendo boro ocorre associado com oxigênio, formando inú-
que somente em 4 amostras foram detectados valo- meros minerais, principalmente hidróxidos e silica-
res mais elevados do que o limiar definido pela Re- tos (Kabata-Pendias & Pendias, 1985). No solo, está
solução CONAMA 454/2012 (17ppm). Essas amos- presente na forma de boratos e em sistemas de
tras estão localizadas na foz do rio Laranjeiras água como oceanos e rios sua concentração é variá-
(41ppm), dos córregos Sauê (35ppm) e Piranema vel sendo da ordem de 4,5 µg/L nos oceanos. A
(35ppm) e o valor mais elevado foi detectado no rio média crustal do boro é 10ppm (Levinson, 1974). Em
São José (134ppm). Esses valores estão excedendo solos, a média mundial é 10ppm, segundo Hawkes &
de 2 a quase 8 vezes o valor definido pelo CONAMA. Webb (1962). Minerais de Minério: Por ser muito
As amostras coletadas no rio Laranjeiras e nos cór- reativo, o boro não é encontrado livre, mas em mi-
regos Sauê e Piranema apresentam granulometria nérios como: a turmalina, a ulexita e a kernite ou o
fina, com grande quantidade de matéria orgânica e bórax – que é a principal fonte mundial desse ele-
de material formado por minúsculas palhetas fibro- mento. Principais Utilidades: O B amorfo é utilizado
sas esbranquiçadas, provavelmente de origem an- em pirotecnia (cor verde), no controle de reações
tropogênica. Enquanto, ao longo do rio São José, nucleares, como proteção à radiação nuclear e em
sub-bacia do rio Doce, se observa ocupação desor- instrumentos usados na detecção de nêutrons. Fila-

182
mentos de boro são utilizados em pesquisas de fi- elevados do que na porção sul do estado. O padrão
bras óticas e em estruturas aeroespaciais avançadas de distribuição do boro é o mesmo observado para
(Winter, 1998, apud Mineropar, 2005). O bórax é as amostras de água para abastecimento público: a
amplamente utilizado em inseticidas, na fabricação região norte do estado é mais enriquecida em boro
de esmaltes e porcelanas, na produção de vidros do que a região sul.
ópticos, em sabões e detergentes, como fertilizante, Sedimentos de Corrente e Solos: Todos os resul-
além de ser matéria-prima principal na fabricação de tados analíticos das amostras de sedimentos de
recipientes de vidro. Impactos Biológicos: Fontes corrente e solos mostraram teores abaixo do limite
antropogênicas incluem a queima de carvão e o de detecção (LD) do equipamento analítico (10ppm).
despejo em depósitos de lixo. Em vias aquáticas, o Porém, como esse limite é muito elevado, não fica
elemento pode ser encontrado em efluentes, princi- evidente se os solos do estado do Espírito Santo são
palmente em áreas onde seus compostos são utili- empobrecidos ou não em boro, já que é um nutrien-
zados em detergentes. É um nutriente essencial às te essencial às plantas.
plantas. Todavia, concentrações elevadas podem Apreciação Conjunta: A dispersão geoquímica do
provocar sintomas semelhantes àqueles causados B nas águas, tanto superficial quanto as utilizadas
pela deficiência de boro nos solos, como a necrose para abastecimento público, evidencia maiores teo-
em pontas e margens das folhas assim como um res na porção norte do estado, porém os teores mais
crescimento menor do que o esperado. A inalação elevados em água superficial foram detectados no
de níveis moderados de boro pode causar irritação litoral sul, abaixo da foz do rio Doce, devido a in-
nas mucosas das narinas, garganta e olhos e a inges- fluência da cunha marinha.
tão de altas doses, mesmo em curto espaço de tem-
po, pode danificar o estômago, intestinos, fígado, Ba - Bário
rins e o cérebro (ATSDR, 1999). Mobilidade Ambien- O Bário é um metal alcalino terroso de coloração
tal: Alta mobilidade em condições ambientais oxi- branco-prateado de altíssima densidade e alto ponto
dantes, ácidos e alcalinos (Levinson, 1974). Tipos de de fusão. Não é encontrado livre na natureza. Du-
Depósitos: A maioria dos depósitos de boro é en- rante a diferenciação magmática se concentra nos
contrada em rochas marinhas e sedimentares ou silicatos de potássio (feldspatos e micas), com Ba+2
perto de vulcões. Localização das Principais Jazidas: substituindo o K+1 (Koljonen et al. 1992, apud Mine-
O bórax é encontrado no Deserto de Mojave na Cali- ropar, 2005 e Wedepohl, 1978). No intemperismo o
fórnia, Estados Unidos, onde está localizada a maior bário liberado não é muito móvel por se precipitar
mina a céu aberto do mundo. Entretanto a Turquia facilmente como sulfatos e carbonatos, podendo
possui 63% das reservas mundiais. A Itália, Bolívia, estar presente na água em baixas concentrações; é
Chile, Argentina e Peru são outros países que possu- fortemente adsorvido na argila, e concentrado em
em extensos depósitos de boro através do bórax. concreções e minerais de Mn e P (Kabata-Pendias &
Água para Abastecimento Público: O teor médio Pendias, 1985). Contaminações de Ba a partir de
de B nas amostras de água bruta coletadas nas ETAs fertilizantes fosfatados aumentam os teores do me-
foi 0,05mg/L. Em todas as amostras foram detecta- tal nos solos, podendo se acumular nas plantas. Se-
dos teores abaixo do Valor Permitido pela Resolução gundo Levinson (1974) a média crustal de Ba é
CONAMA 357/2005 (0,5mg/L). As concentrações 425ppm. Em solos, varia de 100 a 3.000ppm, sendo
mais elevadas (0,060 a 0,068mg/L) ocorreram nas que a abundância média é de 500ppm (Hawkes &
ETAs dos municípios de Ponto Belo, Montanha e Webb, 1962). Minerais de Minério: barita e witheri-
Mucurici, ao norte do estado. ta. Principais Utilidades: Perfuração de poços de
Água Superficial: A concentração média do B en- petróleo, fabricação de vidros, velas de ignição de
contrada nas amostras de água superficial foi automóveis, contrastes para exames com raios-x e
0,03mg/L. As amostras coletadas na foz dos córregos fabricação de borracha e papel. Impactos Biológi-
do Siri e Piranema apresentaram os teores mais cos: Não apresenta função biológica conhecida, mas
elevados: 1,99mg/L e 0,54mg/L, respectivamente, na forma iônica é altamente tóxico para os seres
superiores ao VMP pela Resolução CONAMA vivos (Koljonen et al., 1992, apud Mineropar, 2005).
357/2005 (0,5mg/L). A proximidade do mar pode Mobilidade Ambiental: Quanto à mobilidade relati-
contribuir para estes valores mais elevados. Na bacia va, é ligeiramente móvel em condições oxidantes, e,
do rio São Mateus e nas drenagens da margem es- baixa em condições redutoras (Levinson, 1974). Ti-
querda do rio Doce, se observa teores de boro mais pos de Depósitos: Barita sedimentar em depósitos

183
relacionados a rochas sedimentares clásticas mari- elemento facilmente encontrado nos granitoides,
nhas (depósito de Pb/Ba em arenitos) (Cox & Singer, muitas vezes substituindo o K em feldspatos e mica.
1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud Licht et Solos: Das amostras de solos, 86% apresentaram
al, 2007; Biondi, 2003). Localização das Principais teores acima do limite de detecção (LD) do método
Jazidas: As principais reservas mundiais estão locali- analítico (5ppm), variando de 5 a 353ppm, sendo
zadas na China e Índia, responsáveis por 62% da que sete amostras apresentaram concentrações
produção mundial em 2014. As principais reservas acima de 1 a 2 vezes o Valor de Prevenção (VP) defi-
de barita no Brasil encontram-se na Bahia. A produ- nido pela Resolução CONAMA 420/2009 (150ppm),
ção brasileira em 2014 representou somente 0,04% mas abaixo ou em valores compatíveis ao Valor de
da produção mundial (DNPM, 2015). Intervenção para solos agrícolas (300ppm) da mes-
Água para Abastecimento Público: O Ba foi de- ma legislação. Essas amostras estão localizadas na
tectado em todas as amostras de água utilizada para porção sul do estado associadas a: (1) granitoides
abastecimento público, porém bem abaixo do valor relacionados ao Orógeno Araçuí (granitoides sin a
máximo permitido pelo CONAMA 357/2005 tardi-orogênicos, tipo S, origem metassedimentar e
(0,7mg/L). Os valores mais elevados (0,074 a pré-orogênicos, tipo I, origem metaígnea e peque-
0,12mg/L) foram detectados nas ETAs dos municí- nos corpos de granitoides pós-orogênicos, tipo I); (2)
pios de Ponto Belo, Montanha, Pedro Canário e Vila rochas sedimentares proterozóicas dos Grupos São
Pavão, na região noroeste do estado, onde predo- Fidélis e Bom Jesus de Itabapoana e Unidade Rapo-
minam granitoides sin a tardi-orogênicos (Orógeno so, constituídos por granada-biotita-gnaisse, anfibó-
Araçuaí). lio-biotita-gnaisse, anfibolito, gondito, quartzito e
Água Superficial: O Ba foi detectado em todas as gnaisses kinzigiticos; (3) fragmentos do embasamen-
amostras de água superficial, porém bem abaixo do to paleoproterozoico (Complexos do Caparaó e Serra
valor máximo permitido pelo CONAMA 357/2005 do Valentin).
(0,7mg/L). As concentrações mais elevadas (0,09 a Apreciação Conjunta: Os teores médios encon-
0,43mg/L) ocorreram principalmente nas bacias dos trados nas amostras de água superficial e de abaste-
rios Itaúnas, São Mateus e Barra Seca, situadas na cimento foram 0,04mg/L e 0,03mg/L, respectiva-
porção norte do estado, onde estão localizados os mente; 45,8ppm em solos e 82,5ppm em sedimen-
municípios cujas concentrações de Ba nas amostras tos de corrente. Os teores de Ba nas amostras de
de água coletadas nas ETAs também foram as mais água superficial e de abastecimento humano estão
elevadas. Essas áreas correspondem a ocorrência de abaixo do VMP pelo CONAMA, enquanto que algu-
granitoides sin a tardi-orogênicos, do neoprotero- mas amostras de solos estão acima da legislação
zoico, com granitos peraluminosos granatíferos, ambiental brasileira, porém representam anomalias
paragnaisses e migmatitos com cordierita e/ou naturais, tendo em vista que o Ba é um elemento
silllimanita e leucogranitos, e ainda, em áreas de comum em rochas granitoides.
coberturas cenozoicas.
Sedimentos de Corrente: A Resolução CONAMA Be - Berílio
454/2012 não contempla o elemento Ba. Os teores O Berílio é um metal alcalino terroso, coloração
obtidos variaram de 2,5 a 690 ppm, com as concen- cinza-prateada, macio, pouco reativo, alta conduti-
trações mais elevadas na porção sul do estado. As vidade térmica e elétrica, alto ponto de fusão e boa
amostras coletadas nos rios Muqui do Sul (bacia de elasticidade. É muito raro na natureza, sendo encon-
Itabapoana) e Itaúnas (bacia do rio Itaúnas), no ri- trado em poucos minerais fonte. Tende a se concen-
beirão São João da Mata e no córrego Santa Angélica trar em rochas magmáticas ácidas (por ex.: granitos
(bacia do Itapemirim) apresentaram os teores mais e pegmatitos). Seu comportamento geoquímico é
elevados: 483ppm, 432ppm, 509ppm e 690ppm, muito diferenciado nos vários ambientes devido ao
respectivamente. As amostras na região sul do esta- tamanho do seu átomo, alta ionização e eletronega-
do estão localizadas em áreas com granitoides pré- tividade. Em solos tende se acumular em horizontes
orogênicos (ortognaisses) e pequenos corpos grani- mais ricos em substâncias orgânicas (Kabata-Pendias
toides pós-orogênicos. O rio Itaúnas, na porção nor- & Pendias, 1992). Segundo Hawkes & Webb (1962),
te do estado, drena área sedimentar cenozoica. Es- a média crustal do Be é 4,2ppm e o teor médio do
ses valores elevados estão acima da média crustal berílio em solos é 6ppm. Minerais de Minério: berilo
definida por Levinson (1974) – 425ppm. O Ba é um (principal), bertrandita, crisoberilo e fenacita. Prin-
cipais Utilidades: Ligas com o Cu (bronze de berílio)

184
de alta dureza e resistência; é usado na fabricação Apreciação conjunta: As legislações ambientais
de molas, escovas e anéis coletores de motores de brasileiras para solos e sedimentos não contemplam
alta rotação e trens de aterrissagem (avião); aplica- o elemento berílio. Este elemento encontra-se pre-
do como moderador ou refletor de reatores nuclea- sente em baixas concentrações nas amostras de
res, pois baixa a absorção de nêutrons; em tubos de solos e sedimentos de corrente, contudo, observa-se
aparelhos de raios X (alta transparência a esses rai- que nas regiões norte e sul do Estado ocorrem os
os). Impactos Biológicos: É facilmente assimilado teores mais elevados, especialmente nas regiões de
pelas plantas, em concentrações de 10 a 50ppm em Pancas, Santa Tereza, Afonso Cláudio e Mimoso do
solos, pode ser tóxico. Sob exposição ocupacional, o Sul. O arcabouço geológico destas áreas abrange
pó do Be pode ser danoso aos pulmões (ATSDR, granitoides de idades e composição diversas, com
1999). Mobilidade Ambiental: Baixa mobilidade em intrusões pegmatíticas. Segundo Benitez et al.
ambientes oxidantes ou redutores (Levinson, 1974). (2012) e Vieira e Menezes (2015), nessas regiões
Tipos de Depósitos: Associados a depósitos epiter- existem registros de mineralizações em berilo: a
mais e relacionados a corpos pegmatíticos. Localiza- região de Pancas constituiu um importante produtor
ção das Principais Jazidas: EUA, China e Moçambi- de água-marinha e crisoberilo; na região de Santa
que (USGS, 2011). No Brasil as reservas de berílio Tereza, na localidade de Várzea Alegre e, em Mimo-
são pouco representativas sendo associadas aos so do Sul, também, se extrai água-marinha.
pegmatitos e restritas aos estados de Minas Gerais,
Goiás, Bahia e Ceará (DNPM, 2015). Bi - Bismuto
Água para Abastecimento Público e Água Super- O Bismuto é um metal de coloração prata-
ficial: o Be não foi analisado nessas amostras. esbranquiçada e quebradiço. Pouco abundante na
Sedimentos de corrente: O Be foi detectado em crosta terrestre, apresenta fraca condutibilidade
75% das amostras, com concentrações variando de elétrica e térmica. Apresenta isótopos levemente
0,05 a 1,96ppm e valor médio de 0,32ppm. A maio- radioativos. Durante o intemperismo é facilmente
ria dos teores mais elevados (1,1 a 1,96ppm) pre- oxidado, quando se liga a carbonatos torna-se está-
dominam na região sul do estado, onde, segundo vel (Kabata-Pendias & Pendias, 1985). Segundo
Benitez et al.(2012) e Vieira e Menezes (2015), havi- Hawks & Webb (1962) a concentração média crustal
am garimpos rudimentares com extração de águas é de 0,1ppm. Minerais de Minério: bismutinita (sul-
marinhas e berilo em pegmatitos na localidade de feto), bismita (óxido) e na forma nativa, ocorre asso-
Vargem Alta (divisa dos municípios Afonso Cláu- ciado aos minérios de Ag, Zn, Pb, Au, Cu e Sn. Princi-
dio/Domingos Martins) e ocorrência de topázio e pais Utilidades: É empregado em ligas especiais que
água marinha nas imediações de Mimoso do Sul. se fundem a baixas temperaturas. É muito utilizado
Estes minerais ocorrem em pegmatitos. O arcabouço também em produtos farmacêuticos como antiáci-
geológico abrange embasamento paleoproterozoico dos e antidiarreicos e nas metalurgias de ferro e
(ortogranulitos de composição variada) e rochas chumbo. Impactos Biológicos: É um dos elementos
neoproterozóicas, com paragnaisses, os quais são pesados menos tóxicos na natureza e não possui
intrudidos por pelo menos quatro gerações de ro- função biológica conhecida. Mobilidade Ambiental:
chas graníticas. Os pegmatitos mineralizados se rela- mobilidade baixa, seja em condições oxidantes ou
cionam com esses granitoides. redutoras (Levinson, 1974). Tipos de Depósitos:
Solos: O Be foi detectado em 60% das amostras, Metal aproveitado como subproduto em depósitos
com teores variando de 0,05 a 2,3ppm. Os teores de Au, Cu-Au, Cu-Mo e Sn associados a skarns. Loca-
mais elevados 0,95 a 2,3ppm são pontuais, dispersos lização das Principais jazidas: Bolívia, EUA, Peru,
no estado. Destes valores somente 5 amostras exce- México, China, Canadá e Cazaquistão (USGS, 2011).
deram o valor orientativo do NOAA (2008), segundo No Brasil há pequenas ocorrências em Minas Gerais
Dutch Standards Target (1,1ppm), detectados a no- e no Rio Grande do Norte (nas minas de scheelita de
roeste do estado, nos municípios de Pancas e Ecopo- Brejuí e Barra Verde e de ouro de Bonfim, no muni-
ranga, onde ocorrem granitoides pós-orogênicos cípio de Currais Novos).
(Orógeno Araçuaí), com plútons compostos de grani- Água Superficial e Água para Abastecimento Pú-
to porfirítico. Benitez et al. (2012) menciona a ocor- blico: O Bi não foi analisado nessas amostras.
rência de pegmatitos em Pancas, constituindo um Sedimentos de corrente: O Bi foi detectado em
importante produtor de berilo (água-marinha) e quase 100% das amostras, com concentrações vari-
crisoberilo, principalmente, em terraços aluvionares. ando de 0,01 a 11,12ppm e valor médio de 0,13ppm.

185
É na região sul do estado que ocorreram os teores ação infravermelha. De um modo geral, todos os
mais elevados (0,22 a 11,12ppm). As 3 amostras que brometos de terras raras alcalinas encontram aplica-
se destacam com teores bastante elevados em rela- ção na indústria farmacêutica, devido à sua ação
ção aos demais estão localizadas no litoral sul, nas sedativa, e na indústria fotográfica, na preparação
bacias dos rios Benevente e Itapemirim, regiões com de emulsões de brometo de prata. O metil-brometo
granitoides pós-orogênicos, de composição enderbí- usa-se no extermínio de insetos e pequenos roedo-
tica a charnokítica, gnaisses de composição granítica res, ao passo que o bromoclorometano se usa em
a tonalítica, sillimanita-granada gnaisses e na faixa fluidos de extintores. Impactos Biológicos: O Br- não
litorânea, sedimentos cenozoicos (depósitos mari- tem função biológica essencial em mamíferos, mas
nhos, detritos-lateríticos e detríticos). participa do metabolismo de algas marinhas. O me-
Solos: Assim como nos sedimentos de corrente, o til-brometo, composto orgânico, pode causar danos
Bi foi detectado na maioria das amostras, com teo- à saúde humana, interferindo em certos órgãos co-
res variando de 0,01 a 5,65ppm e valor médio de mo o fígado, rins, pulmões, podendo causar disfun-
0,34ppm. Os teores mais elevados (0,37 a 5,65ppm) ções no sistema nervoso, na glândula tireóide, e
se concentram em duas regiões: a noroeste, no limi- ainda, disfunções estomacais e gastrointestinais.
te com Minas Gerais, onde predominam os granitoi- Mobilidade Ambiental: Elevada mobilidade, seja em
des sin a tardi-orogênicos; a sudeste, com predomi- condições oxidantes ou redutoras (Levinson, 1974).
nância de granitoides pré-orogênicos e, na faixa Tipos de Depósitos: Nas águas do Mar Morto (entre
litorânea, onde estão presentes sedimentos ceno- Israel e a Jordânia) e alguns depósitos de sal oriun-
zoicos e ocorreram também os teores mais elevados dos da evaporação de antigos mares podem conter
de Bi nas amostras de sedimentos de corrente. de 2 a 10 g kg-1 de íon Br- (Oliveira e Afonso, 2013).
Apreciação conjunta: As legislações ambientais Localização das Principais Jazidas: A produção mun-
brasileiras para solos e sedimentos não contemplam dial do elemento é de cerca de 500.000 t/ano. Os
o elemento bismuto. O Bi foi detectado praticamen- EUA são o maior produtor (~45%), seguido de Israel
te em todas as amostras de solos e sedimentos de (~35%), China, Japão e Jordânia. O Brasil não produz
corrente, porém na sua maioria, em baixas concen- bromo, tendo que o importar para suprir suas ne-
trações, indicando origem geogênica. cessidades internas (Oliveira & Afonso, 2013).
Água para Abastecimento Público: O Br- foi ana-
Br - Bromo lisado nas amostras de água sob a forma de brome-
O Bromo é um elemento não-metálico, do grupo to. Foi detectado em 67% das amostras, com con-
dos halogênios, que ocorre naturalmente no estado centrações variando de 0,005 a 1,51mg/L e valor
líquido, é volátil, denso e instável. É um elemento médio de 0,05mg/L. O teor de brometo mais eleva-
litófilo e seu raio iônico é semelhante ao do Cl, sen- do em água bruta de abastecimento foi na amostra
do assim, o Br pode substituí-lo na estrutura dos coletada na ETA da cidade de Montanha – 1,51mg/L.
minerais. Nunca é encontrado livre na natureza, Água Superficial: O íon brometo foi detectado
sempre sob a forma de sais. É presente em água do em todas as amostras de água superficial, com teo-
mar com uma concentração aproximada de 65mg/L, res variando de 0,005 a 17,94mg/L e valor médio de
a qual é aproximadamente 0.2% de todos os sais 0,14mg/L. As concentrações mais elevadas de bro-
dissolvidos, é a partir dela que é extraído comerci- meto em águas superficiais foram detectadas nas
almente. Segundo Levinson (1974) a concentração amostras coletadas nos córregos Sauê, Piranema e
média crustal de bromo é 2,5ppm e 20mg/L em água do Siri, com 2,08mg/L, 5,73mg/L e 17,94mg/L, res-
fluvial. Minerais de Minério: A maior fonte natural pectivamente, em pontos próximos à foz, indicando
de Br- está nos evaporitos, nas fontes termais e na influência da água do mar.
água do mar. Principais Utilidades: A maior aplica- Apreciação Conjunta: O elemento bromo foi ana-
ção do Br- é a produção de brometo de etileno, utili- lisado somente em amostras de água. Não existe
zado em combustíveis para motores, com o intuito valor orientativo para brometos em água nas legisla-
de evitar a acumulação de chumbo no interior dos ções ambientais brasileiras. As concentrações eleva-
cilindros. Embora em menores quantidades, o ele- das de brometos nas águas superficiais, no litoral sul
mento é utilizado como corante, ou ainda como do Estado, evidenciam contribuição da cunha mari-
agente branqueador e sanitário na purificação de nha.
águas. O brometo de césio usa-se no fabrico de
prismas ópticos extremamente transparentes à radi-

186
Ca - Cálcio variando de 0,61 a 5,96mg/L. Os teores mais eleva-
O Cálcio é um metal alcalino terroso, coloração dos (4,69 a 6,96mg/L) foram detectados nas ETAs
branco-prateado, baixa dureza, altamente reativo das sedes municipais de Apiacá, Atílio Vivacqua,
quando em contato com o ar e a água, não encon- Presidente Kennedy, Marataízes, Itapemirim, Ca-
trado na forma pura. Na rede cristalina dos minerais, choeiro de Itapemirim e Castelo, na região sul do
o mesmo é parcialmente substituído por Na, Mn, Sr, estado, e Conceição da Barra, ao norte. Na região sul
Y e ETR (Mineropar, 2005). Durante o processo de do Espírito Santo ocorrem rochas do Complexo Para-
cristalização o cálcio é fixado nos primeiros estágios, íba do Sul, incluindo rochas calcissilicáticas e már-
sendo enriquecido nas rochas máficas (Koljonen et mores calcítico a dolomítico.
al. 1992, apud Mineropar, 2005). Minerais de miné- Água Superficial: O Ca foi detectado em todas as
rio: É o quinto elemento mais abundante na crosta amostras de água superficial, com teores variando
terrestre, sendo encontrado principalmente como de 0,34 a 116,9mg/L, com valor médio de 4,53mg/L,
constituinte de minerais, como a calcita, os feldspa- em padrão de dispersão bastante homogêneo, nas
tos, piroxênios, anfibólios, apatita, granadas e epido- regiões norte e sul do Estado. Os teores mais eleva-
to, sendo os plagioclásios os principais hospedeiros dos estão localizados nas bacias dos rios Itapemirim,
do cálcio. Principais Utilidades: Os compostos de Ca ao sul e São Mateus, ao norte. Geologicamente,
são utilizados na fabricação de uma enorme varie- nessas áreas são encontrados granitoides calcialcali-
dade de produtos, tais como tintas e fertilizantes. nos e rochas calcissilicáticas e mármores. Observa-se
Muitos processos industriais envolvem o uso de ainda elevadas concentrações de Ca em amostras
óxido de cálcio, como por exemplo, a curtição de coletadas na foz do córrego do Siri (116mg/L), córre-
couros e o refinamento de petróleo. O calcário (Ca- go Piranema (44,65mg/L) e rio Laranjeiras
CO3) é utilizado para fabricação do cimento Portland (20,95mg/L), o que pode ser interferência dos sais
e produção de cal (CaO). Impactos Biológicos: É o de cálcio existentes na água do mar.
mineral mais abundante no corpo humano, respon- Sedimentos de Corrente: O Ca foi detectado em
sável por cerca de 1 a 2% do peso corporal. Deste 95% das amostras, com teores variando de 0,005 a
total, cerca de 99% são encontrados em dentes e 22,5%, e teor médio de 0,23%. Os teores mais ele-
ossos. Também é importante na regulação da con- vados (0,22 a 22,35%) situam-se na bacia do rio Ita-
tração muscular (Cozzolino, 2007). Sua deficiência pemirim, correspondendo a mesma área com eleva-
pode levar a osteopenia, osteomalácia e osteoporo- dos teores de Ca em água superficial, como ainda
se, como ainda pode causar agitação, unhas quebra- estão presentes numa faixa litorânea desde a foz do
diças, propensão a cáries, depressão, hipertensão, rio Doce até a Baía de Vitória, associados a cobertu-
insônia, irritabilidade, dormência no corpo e palpita- ras sedimentares cenozoicas. Provavelmente os
ções. Entretanto, o excesso pode ocasionar "pedras" teores de cálcio no litoral sul tem origem nos depó-
nos rins (oxalato de cálcio). Este tipo de formação é sitos de conchas calcárias que ocorrem na região,
mais comum em decorrência da ingestão de cálcio como ainda pode estar ocorrendo interferência da
de origem mineral (presente no solo e consequen- água do mar.
temente na água de determinadas regiões). Mobili- Solos: Os teores de Ca nas amostras de solos são
dade Ambiental: Tanto em ambiente oxidante, baixos, variando entre 0,005 e 0,27% e valor médio
quanto em ambiente redutor a mobilidade é mode- de 0,039%. Os teores mais elevados (0,1 a 0,27%)
radamente alta (Levinson, 1974). Tipos de Depósi- são pontuais, sendo o mais elevado detectado na
tos: Sedimentar químico derivado de exalações (gip- amostra coletada na Fazenda Chumbado, no muni-
so) (Biondi, 2003) e sedimentar marinho (calcário). cípio de Sooretama.
Localização das Principais Jazidas: Principais minas Apreciação conjunta: O elemento cálcio não está
de gipso: China, Iran, Estados Unidos, Espanha, Tai- contemplado nas legislações ambientais brasileiras.
lândia, México e Japão. No Brasil o gipso é encon- No Espírito Santo as concentrações do elemento
trado no depósito de Casa de Pedra e nos municípios estão associadas à geologia predominante no Esta-
de Ouricuri, Bodocó, Exu, Araripina, Ipubi e Trinda- do, com padrão de dispersão geoquímica bastante
de, em Pernambuco; depósito de Chorado, Barreiro similar entre as amostras de sedimentos de corrente
e Fazenda Olho D’Água, Grajaú, no Maranhão (Bion- e as de água superficial. São solos pobres em cálcio,
di, 2003). como a maioria dos solos brasileiros.
Água para Abastecimento Público: Teores de Ca
foram detectados em 100% das amostras estudadas,

187
Cd - Cádmio desses países levaram em conta as reservas de zin-
Cádmio é um metal de transição, coloração bran- co) (USGS, 2011).
co-prateada a azulado, maleável e dúctil. Durante a Água para Abastecimento Público e Água Super-
cristalização magmática se concentra nas fases resi- ficial: Todos os resultados analíticos das amostras de
duais e hidrotermais de baixa temperatura (Ranka- água superficial e a utilizada para abastecimento
ma & Sahama, 1992, apud Mineropar, 2005). É um público apresentaram teores abaixo do limite de
metal que está presente em muitos minerais sulfe- quantificação (LQ) do equipamento analítico –
tados, associado ao Zn e Pb. O Cd possui proprieda- 0,002mg/L.
des químicas semelhantes ao Zn. A concentração Sedimentos de Corrente: O Cd foi detectado em
média crustal é 0,13ppm e em solos é 0,5ppm (Haw- 61% das amostras, sendo os teores de 0,005 a
kes & Webb, 1962) e segundo Levinson (1974), o 4,01ppm, com teor médio de 0,05ppm. Os teores
teor médio de Cd na crosta terrestre é 0,2ppm. Está mais elevados ocorreram na parte sul do estado,
presente em águas naturais em concentrações mui- sendo que somente 1 amostra teve resultado acima
to baixas, sendo que elevados teores refletem ativi- do valor orientativo do CONAMA 454/2012 para
dades antrópicas, como lançamento de efluentes sedimentos de água doce - Nível 2: amostra IS-L-097
industriais. A queima de combustíveis fósseis consis- (4,01ppm), coletada no rio da Cobra, na sub-bacia
te também numa fonte de cádmio para o ambiente. do rio Guandu, bacia do rio Doce. Também, a amos-
Minerais de Minério: Minerais associados com Zn tra coletada no rio Alto Caxixe Quente, na bacia do
(esfalerita), além de grenockita e otavita. Principais rio Itapemirim, apresentou 3,22ppm de Cd, apesar
Utilidades: As principais aplicações são em recobri- de estar abaixo do valor orientativo do CONAMA, é
mento do aço e do ferro (em parafusos, fechaduras, um teor bastante elevado. Por serem valores pontu-
em várias partes de aeronaves e motores de veícu- ais podem estar correlacionados a resíduos de insu-
los, equipamentos marítimos e máquinas industri- mos agrícolas e efluentes domésticos.
ais), como estabilizador para cloreto de polivinila Solos: O Cd foi detectado em 56% das amostras,
(PVC), em pigmentos para plástico e vidro, em bate- com teores variando de 0,005 a 0,26ppm e teor mé-
rias de níquel-cádmio. Ocorre, ainda, como conta- dio 0,03ppm, bem abaixo da média crustal segundo
minante em fertilizantes e fungicidas (Chasin & Car- Levinson (1974) - 0,2ppm. O padrão de dispersão é
doso, 2003). Impactos Biológicos: Seres humanos semelhante ao do Cd em sedimentos de corrente,
não apresentam Cd nos tecidos quando nascem, com os teores mais elevados na parte sul do estado.
porém, há um acúmulo durante a vida de aproxima- Os teores encontrados nas amostras estão abaixo do
damente 20 a 30mg, sendo que um terço dessa valor orientativo de prevenção definido na Resolu-
quantidade se encontra no fígado e nos rins (Cozzo- ção CONAMA 420/2009 – 1,3ppm.
lino, 2007). A absorção do Cd através da pele e in- Apreciação conjunta: De um modo geral as con-
gestão é pequena, mas 30-50% do que for inalado centrações de Cd nos sedimentos de corrente e so-
entra na corrente sanguínea, sendo fortemente reti- los no Estado do Espírito Santo mostraram teores
do. No organismo humano, pode causar mudanças baixos, porém o estudo mostrou que em 2 amostras
histológicas nos rins, fígado, no trato gastrintestinal, de sedimentos de corrente (IS-S-L097 e IS-L-087)
no coração, nos ossos e nos vasos sanguíneos (Coz- foram detectados valores elevados, que por serem
zolino, 2007). Mobilidade Ambiental: A mobilidade pontuais podem estar correlacionados a resíduos de
do Cd+2 em ambientes geoquímicos naturais é con- insumos agrícolas e/ou efluentes domésticos, por-
trolada pelo pH e Eh (Kabata-Pendias & Pendias, tanto é necessário estudos posteriores mais deta-
1985). Em ambientes oxidantes com pH<4 a sua lhados.
mobilidade é moderadamente alta, e com pH 5-8 é
ligeiramente móvel; em ambiente redutor é imóvel Ce - Cério
(Levinson, 1974). Tipos de Depósitos: A maioria do O Cério é um metal de transição interna perten-
Cd utilizado pelo homem, geralmente, é recuperado cente à série dos Lantanídeos, que juntamente com
como subproduto a partir de concentrados de zinco os elementos Escândio (Sc) e Ítrio (Y), formam a
(USGS, 2011). O Brasil não é autossuficiente em Cd e família das Terras Raras. O Ce é o mais abundante
não possui reservas importantes. Localização das das Terras Raras. Sua abundância na crosta terrestre
Principais Jazidas: Índia, China, Austrália, Cazaquis- é cerca de 60ppm (Levinson, 1974). Possui coloração
tão, México, Peru, EUA, Polônia e Rússia (as reservas branca acinzentada a levemente prateada, maleável,
dúctil e resistente, reativo quando exposto ao ar

188
úmido. Durante os processos magmáticos, o Ce zircão, apatita e monazita, que comumente ocorrem
ocorre acompanhado do La em alguns minerais como acessórios nas rochas de composição graníti-
acessórios, sendo que estes dois elementos possu- ca.
em maior afinidade em magmas ácidos do que em Solos: O Ce foi detectado em todas as amostras
básicos (BGS, 1991, apud Mineropar, 2005). Segun- de solo, com teores variando de 9,13 a 219,79ppm,
do Levinson (1974) a média crustal de Ce é 60ppm e e teor médio de 56,96ppm. O padrão de dispersão
em água fluvial, é 0,06ppb. Minerais de Minério: É geoquímico do Ce nos solos é parcialmente similar
encontrado, em níveis traço, em vários minerais, ao de sedimentos de corrente. Os maiores teores
incluindo a alanita, monazita, bastnasita, steenstru- (156,73 a 219,79ppm) foram detectados nas bacias
pita, parisita, cerianita, knopita e loparita sendo que dos rios Itabapoana e Itapemirim, sendo que o teor
os dois primeiros são os minerais mais importantes mais elevado foi encontrado na localidade Idoleano,
como fonte de Ce e suprem a maior parte da de- na divisa dos municípios de Itapemirim e Rio Novo
manda mundial deste elemento. As areias monazíti- do Sul.
cas formam a principal fonte de Ce. Principais Utili- Apreciação Conjunta: O elemento Ce não é con-
dades: É utilizado principalmente na forma de ligas templado nas legislações ambientais brasileiras para
na indústria cinematográfica, do petróleo e ainda solos e sedimentos de corrente. O padrão de disper-
como catalizador em fornos auto-limpantes e de são geoquímico do Ce no Estado do Espírito Santo é
automóveis; foguetes sinalizadores luminosos; poli- eminentemente geogênico, visto que as litologias
mento ótico de alta precisão; sedativo do sistema predominantes no Estado são granitoides de dife-
nervoso; e na indústria do vidro. Impactos Biológi- rentes idades e composição.
cos: O Ce, como todos os metais terras raras, apre-
senta uma toxicidade de moderada a baixa, não Cl - Cloro
sendo incluído nas legislações ambientais. Mobili- A alta reatividade do Cloro não permite que seja
dade Ambiental: É imóvel em ambiente oxidante e encontrado na crosta terrestre em estado elemen-
redutor (Levinson, 1974). Tipos de Depósitos: O Ce tar, ocorrendo sob a forma de cloretos, cloratos,
está associado a carbonatitos e complexos ígneos percloratos, cloritos e hipocloritos, além de formar
alcalinos; alguns depósitos de Fe associados a pro- compostos orgânicos (haletos). Ocorre principal-
cessos hidrotermais magmáticos; pegmatitos; fosfa- mente na forma de cloreto de sódio nas minas de sal
tos estratiformes residuais e placers (Long et al. gema e dissolvido na água do mar. A concentração
2010). Localização das Principais Jazidas: China, média crustal do cloro é 130ppm e em águas fluviais
EUA, Índia, Austrália, Brasil e Malásia. No Brasil as é 7.800ppb (Levinson, 1974). Minerais de Minério:
principais jazidas se encontram em Poço de Caldas Ocorre combinado com outros elementos, princi-
(Mina Usamu Utsumi - Cercado-MG) e Guarapari-ES palmente na forma de cloreto de sódio (NaCl) e
(Ti-Zr-ETR). também em outros minerais como a silvina, ou na
Águas para Abastecimento Público e Água Su- carnallita. Nas águas superficiais estão presentes
perficial: O Ce não foi analisado nas amostras de como cloretos de cálcio, sódio e magnésio. Na água
água utilizada para abastecimento público, nem nas do mar sua concentração pode chegar a 25.000ppm.
amostras de água superficial. Principais Utilidades: O Cl- é utilizado na fabricação
Sedimentos de Corrente: O Ce foi detectado em da resina plástica policloreto de vinila (PVC), solven-
todas as amostras, com teores variando de 0,025 a tes clorados, agrotóxicos, no branqueamento da
1.500ppm e valor médio de 164,9ppm. Observa-se polpa de celulose, no tratamento de água potável e
que 60% das amostras estão acima da média crustal de piscinas, como intermediário na síntese química e
(60ppm), e 40 amostras apresentaram concentra- em vários produtos químicos, como anticoagulantes,
ções de 2 a 9 vezes o teor médio estadual. A maioria poliuretanos, lubrificantes, amaciantes de tecidos,
dessas amostras encontra-se localizada nas bacias fluidos para freios, fibras de poliéster, insumos far-
dos rios Itabapoana, Itapemirim, Doce (margem macêuticos. O cloro líquido também tem aplicação
esquerda) e São Mateus, porém as concentrações como matéria-prima no processo produtivo do clo-
mais elevadas ocorrem nessas duas últimas bacias. reto de hidrogênio (gás), precursor do ácido clorídri-
O Ce ocorre associado aos elementos U, La, Y, Th, Cs co (líquido a 37%), do hipoclorito de sódio (desinfe-
e Sn, cuja associação representa a composição dos tante e algicida) e do dicloroetano. Impactos Bioló-
minerais traço e resistentes ao intemperismo, carac- gicos: O íon cloreto está presente nos fluidos dos
terizando nos sedimentos fluviais, minerais como corpos dos animais superiores, inclusive dos seres

189
humanos. É um dos mais importantes minerais na rio, Montanha e Ponto Belo, todas na região norte
regulação da pressão osmótica, mantendo o balanço do estado. Essa região apresenta baixa pluviosidade
aquoso, participa no equilíbrio ácido-base e na ma- média anual, o que pode estar interferindo na con-
nutenção do pH sanguíneo e como ácido clorídrico, centração de sais na água, visto ser a evaporação
está presente no suco gástrico, onde o pH pode che- maior do que a precipitação. Porém as ETAs São
gar a ser entre 1 e 2. O maior efeito adverso da in- Mateus e Conceição da Barra ficam próximas ao
gestão aumentada de cloreto de sódio é a elevação litoral, cujo ponto de captação é no rio Cricaré ou
da pressão sanguínea, reconhecidamente um fator São Mateus, podendo ter influência da cunha salina.
de risco para doenças cardiovasculares e renais Água Superficial: Os cloretos foram detectados
(Tramonte, 2007). Nas águas superficiais são fontes em 99% das amostras de água superficial coletadas,
importantes de descargas de esgotos sanitários. sendo que somente 3% mostraram teores acima do
Diversos são os efluentes industriais que apresen- CONAMA 357/2005 – 250mg/L, variando de 266,22
tam concentrações elevadas de cloreto, como os da a 4.718,15mg/L. Estas amostras foram coletadas
indústria de petróleo, algumas indústrias farmacêu- próximo ao litoral, mostrando interferência da cu-
ticas, curtumes, entre outras. Nas regiões costeiras, nha salina. Porém, destaca-se algumas amostras
através da intrusão salina ou em áreas com evapora- coletadas nas bacias dos rios Itaúnas e São Mateus
ção maior do que a precipitação, são encontradas com concentrações variando de 60,3 a 260mg/L,
águas com elevados níveis de cloreto. O cloro reage muito acima da média crustal para água fluvial
com substâncias orgânicas, principalmente em meio (7,8mg/L). Essas duas bacias estão situadas ao norte
aquoso onde pode formar ácidos tóxicos, exercendo do estado, com baixa pluviosidade média anual,
efeito direto em tecidos do trato respiratório e cau- possuindo características do semiárido, o que pode
sando irritação nos olhos, com lacrimejamento, tos- estar interferindo na concentração de sais na água,
se, dor de cabeça, falta de ar e sensibilidade à luz. visto que a evaporação ser maior do que a precipita-
Mobilidade Ambiental: Segundo Levinson (1974) o ção ou até mesmo, pode indicar interferência das
Cl- possui elevada mobilidade em qualquer condição atividades antrópicas, por lançamento de efluentes
ambiental, de oxidante até redutora. Tipos de Depó- e resíduos domésticos e industriais nos mananciais.
sitos: Um dos seus principais compostos é o sal co- Sedimentos de Corrente e Solos: Os cloretos não
mum, NaCl. Uma das duas principais fontes industri- foram analisados nas amostras de sedimentos de
ais deste sal é o sal de rocha. Em certos casos, ex- corrente e solos.
trai-se o sal de rocha dissolvendo-o em água, produ- Apreciação conjunta: Os elevados teores de clo-
zindo uma solução que pode chegar a ter 25% de retos detectados nas amostras de água nas ETAs e
cloreto de sódio. Mais conhecida, porém, é a produ- nas drenagens do Estado do Espírito Santo podem
ção de sal pela simples evaporação da água do mar e indicar contaminação da cunha salina e/ou interfe-
posterior purificação por cristalização, correspon- rências antrópicas associadas à ocorrência de even-
dendo somente a cerca de 10% do sal produzido tos rigorosos de estiagem.
mundialmente (Peixoto, 2003). Localização das
Principais Jazidas: Os EUA são os maiores produto- Co - Cobalto
res, com cerca de 23% da produção mundial, que foi O Cobalto é encontrado naturalmente em ro-
de aproximadamente 200 milhões de toneladas no chas, solos, águas, plantas e animais em quantidades
ano 2000; neste mesmo ano, o Brasil produziu cerca traço. É um metal duro, quebradiço, possui afinidade
de 7 milhões de toneladas, colocando-se como o calcófila e parte siderófila. Na crosta terrestre o
oitavo produtor do mundo (Peixoto, 2003). cobalto apresenta concentrações mais elevadas em
Água para Abastecimento Público: O Cl- foi anali- rochas ultramáficas (100 a 200ppm) quando compa-
sado em água sob a forma de cloretos. Cloretos fo- radas às rochas ácidas (1 a 15ppm). O teor médio
ram detectados em 99% das amostras, com concen- crustal é 18ppm e em solos 8ppm (Hawkes & Webb,
trações variando de 0,005 a 124,8mg/L e valor mé- 1977). As fontes antropogênicas incluem queima de
dio 12,04mg/L. Todos os resultados estão abaixo do combustíveis fósseis, uso de biossólidos e fertilizan-
valor máximo permitido pelo CONAMA 357/2005 – tes fosfatados, mineração e fundição de minérios
250mg/L. Os teores mais elevados (22,96 a contendo cobalto e processos industriais que utili-
124,8mg/L) ocorreram nas amostras coletadas nas zam compostos de cobalto. Minerais de Minério: É
ETAs das cidades de Vila Pavão, Boa Esperança, Ja- encontrado na formação de minerais tais como co-
guaré, São Mateus, Conceição da Barra, Pedro Caná- baltita, linaeita, esmaltita e eritrita ou associado a

190
metais como Fe, Ag, Ni, Pb e Cu. Principais Utilida- município de Castelo. Porém, em 14% das amostras
des: É utilizado na indústria metalúrgica para produ- analisadas foram obtidos teores de Co acima do
ção de aços com características especiais de dureza valor de referência de qualidade (VRQ) para o Esta-
e resistência; na forma de óxidos é utilizado como do do Espírito Santo, proposta por Paye et al (2010)
catalisador na indústria química e de óleos; na forma – 10,21ppm.
de sais, na indústria de cerâmica, como pigmento. Apreciação conjunta: No Espírito Santo as con-
Impactos Biológicos: É um nutriente essencial em centrações de cobalto são baixas e estão associadas
pequenas quantidades para a saúde humana, pre- à geologia predominante no estado, rochas de com-
sente na vitamina B12, porém em elevadas concen- posição granítica, tipicamente com baixos teores do
trações pode ser tóxico e carcinogênico, causando elemento.
efeitos nocivos aos pulmões, coração, fígado, rins e
dermatites. Mobilidade Ambiental: Em condições Condutividade Elétrica
oxidantes com pH<4 possui mobilidade moderada- A Condutividade Elétrica é uma expressão numé-
mente alta, com pH 5,0-8,0 é ligeiramente móvel; rica que representa a maior ou menor facilidade das
em condições redutoras é imóvel (Levinson, 1974). águas (superficiais ou subterrâneas) em conduzir a
Tipos de Depósitos: O Co é extraído como subpro- corrente elétrica. Assim, está diretamente associada
duto, estando associado aos depósitos de: Ni-Cu em com a quantidade de sólidos totais dissolvidos sob a
rochas máficas-ultramáficas; depósitos de processos forma de íons. Depende das concentrações iônicas e
superficiais - Ni laterítico; em rochas sedimentares da temperatura e indica a quantidade de sais exis-
clásticas do tipo Olimpic Dam (Cox & Singer, 1992; tentes na coluna d'água, e, portanto, representa
Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud Licht et al., uma medida indireta da concentração de poluentes.
2007) e; nódulos e crostas manganesíferas no assoa- Em geral, níveis superiores a 100µS/cm podem indi-
lho oceânico (ainda não explorado). Localização das car ambientes impactados. À medida que mais sóli-
principais Jazidas: República Democrática do Congo dos dissolvidos estão presentes, a condutividade da
(40.3%); Austrália (10.2%); China (10%); Rússia água aumenta (CETESB, 2017).
(10%); Canadá (8%); Cuba (5.6%); Zâmbia (4.0%); Água para Abastecimento Público: As estações
Nova Caledônia (2.1%); Outros (8.0%); Brasil (Nique- de captação das águas para tratamento e distribui-
lândia e Americana do Brasil-GO) (1.6%). ção à população, na maioria das vezes, estão locali-
Água para Abastecimento Público e Água Super- zadas em áreas de nascentes dos mananciais próxi-
ficial: Todas as amostras de água superficial e para mos as ETAs. Os valores obtidos variaram de 20,23 a
abastecimento público apresentaram concentrações 333,10µS/cm. Valores acima de 100µS/cm represen-
abaixo do limite de quantificação (LQ) do equipa- tam 7,7% do total de amostras analisadas e estão
mento analítico – 0,003mg/L. localizados na região norte do estado, com exceção
Sedimentos de Corrente: O Co foi detectado em da amostra coletada na ETA de Atílio Vivacqua, com
todas as amostras, porém em baixas concentrações, captação no rio Muqui. São águas sem turbidez e
com teor médio de 4,15ppm, bem abaixo da média coloração clara, sendo que ao norte estão sobre
crustal (18ppm). Os teores mais elevados estão na sedimentos arenosos cenozoicos e sob influência do
região sudoeste. As concentrações entre 13,4 e clima semiárido (baixa pluviosidade e elevada eva-
29,3ppm são pontuais, nas bacias dos rios Itabapoa- poração) e na área de Atílio Vivaqua, em sedimentos
na e Itapemirim, sendo que o teor mais elevado foi proterozoicos. Os valores mais baixos ocorrem onde
detectado no rio Guandú, na bacia do rio Doce. afloram rochas granitoides (granitos, dioritos, char-
Solos: O Co foi detectado em 99% das amostras nockito, gnaisses, gabro, anortosito, etc.).
de solos, com concentrações variando de 0,005 a Água Superficial: Os valores de condutividade
26,3ppm. O valor médio foi de 3,77ppm, abaixo do nas amostras de água superficial variaram de 11,18 a
valor de referência de qualidade do Co em solos, 7228μS/cm, sendo que os valores mais elevados
segundo Paye et al. (2010) – 10,21ppm. O padrão de (133,7 a 7228μS/cm) ocorrem na região norte do
dispersão do cobalto em solos é bastante idêntico estado, nas bacias dos rios Itaúnas e São Mateus, e
ao observado no de sedimentos de corrente, com os na região litorânea, enquanto na região centro-sul
teores mais elevados na região sudoeste do estado. os valores são inferiores a 130 μS/cm. Na região
O teor mais elevado, acima do valor orientativo de litorânea ocorrem sedimentos arenosos cenozoicos,
prenvenção do CONAMA 420/2009 (25ppm) foi de- influência da cunha marinha e ainda pode estar
tectado na amostra IS-S-010, em Bom Jardim, no ocorrendo contaminação humana. Já, nas bacias dos

191
rios Itaúnas e São Mateus, ocorre elevada concen- Cazaquistão, África do Sul, Índia e EUA são onde
tração de sais nas águas fluviais por ser uma região estão as maiores reservas mundiais (USGS, 2011).
com baixa pluviosidade e alta evaporação. No Brasil o cromo é encontrado principalmente nos
Apreciação conjunta: No Espírito Santo obser- estados da Bahia (Distrito Cromitífero de Campo
vou-se, de modo geral, que os elevados valores de Formoso e o Distrito Cromitífero do Vale do Jacurici,
condutividade elétrica ocorrem principalmente nas abrangendo os municípios de Andorinha, Cansanção,
bacias do rio Itaúnas e São Mateus e na faixa costei- Monte Santo, Queimadas e Uauá), Amapá (em Ma-
ra, o que pode indicar influência natural (climática e zagão) e Minas Gerais (em Alvorada de Minas)
geogênica) e/ou de atividades antrópicas. (DNPM, 2015 e Biondi, 2003).
Água para Abastecimento Público e Água Super-
Cr - Cromo ficial: Todas as amostras de água superficial e para
O Cromo é um metal de cor cinza, duro e que- abastecimento público apresentaram concentrações
bradiço. É o décimo metal mais abundante na crosta abaixo do limite de quantificação (LQ) do equipa-
terrestre. A concentração média crustal é 117ppm, mento analítico – 0,003mg/L.
sendo que para as rochas ultramáficas é 2.000ppm, Sedimentos de Corrente: O Cr foi detectado em
300ppm para rochas máficas e em solos é 200ppm todas as amostras, com teores variando de 1 a
(Hawkes & WEbb, 1962). As concentrações de cro- 231ppm e valor médio de 25,16ppm, muito abaixo
mo em águas doces são muito baixas. Na crosta da média crustal (117ppm). Os teores mais elevados
terrestre o Cr ocorre em diversos estados de oxida- são pontuais e estão localizados, predominantemen-
ção, dos quais o trivalente e o hexavalente são os te, nas bacias dos rios Itapemirim e Santa Maria da
mais comuns. O Cr+3 é enriquecido em rochas ultra- Vitória, com exceção da amostra IS-L-216, no ribei-
básicas em associação com Mg e Ni. Em retículos rão das Palmas (101ppm), na bacia do rio Doce. Es-
minerais pode substituir Fe, Ti, Al e Mg. Nos primei- ses teores estão acima do valor orientativo do CO-
ros estágios de diferenciação magmática, o cromo é NAMA 454/2012 (90ppm), representando anomalias
removido das fusões silicatadas formando óxidos e litogeoquímicas, mas que podem ser prejudiciais a
silicatos; e sob condições oxidantes o Cr+6 é facil- biota presente no ambiente aquático.
mente dissolvido (Koljonen et al. 1992, apud Mine- Solos: O Cr foi detectado em todas as amostras,
ropar, 2005). Minerais de Minério: cromita, crocoíta com concentrações variando de 2,05 a 103ppm e
e suas variações (magnésiocromita, aluminocromita valor médio de 31,98ppm. As amostras de solo loca-
e cromopicotita). A cromita é o principal minério de lizadas na região dos municípios de Ibitirana, Alegre,
cromo. Encontram-se vestígios de cromo em diver- Domingos Martins, Afonso Cláudio, Santa Leopoldi-
sos minerais – esmeralda, jade, serpentina, etc. na, Itarana e Marilândia apresentaram concentra-
Principais Utilidades: O uso mais importante do Cr é ções elevadas (79 a 103ppm), excedendo o Valor de
a produção de ligas, em especial na formação do aço Prevenção para cromo definido pela Resolução CO-
sob a forma de liga com o ferro. Os cromatos de NAMA 420/2009 - 75ppm, como também, exceden-
potássio e sódio são usados em tinturaria, na fabri- do o valor de referência de qualidade (VRQ) para
cação de pigmentos e no curtimento de couros. solos do estado do Espírito Santo proposto por Paye
Usam-se, também, os sais de cromo como agentes et al. (2010) - 54,13ppm. Apesar de serem anomali-
corantes e na fabricação de vidro e olaria. Impactos as litogeoquímicas, devem ser melhor estudadas em
Biológicos: No organismo humano, o cromo tem relação à saúde das populações que vivem nessas
efeito acumulativo e causa diversos males a saúde regiões, tendo em vista que o Cr é um elemento
do ser humano e de animais quando sua presença considerado tóxico.
no meio ambiente ocorre em elevados teores. O Cr+6 Apreciação conjunta: Tanto as amostras de solo,
é reconhecido como mais tóxico, quando inalado quanto as de sedimentos de corrente, com elevados
torna-se carcinogênico. No organismo humano tem teores de Cr, ocorrem em áreas onde as litologias
papel importante na manutenção da normalidade na predominantes são rochas metamórficas, tais como
tolerância à glicose no sangue, o que potencializa a gnaisse milonítico, granada-gnaisse, granulitos e
ação da insulina (Silva & Cozzolino, 2007). Mobilida- rochas ígneas ultrabásicas, que podem apresentar
de Ambiental: Em condições oxidantes e redutoras, minerais contendo cromo.
mostra-se imóvel (Levinson, 1974). Tipos de Depósi-
tos: depósitos de Cr associados a rochas máficas e
ultramáficas. Localização das principais Jazidas:

192
Cs - Césio perficial não foram analisadas para o elemento cé-
O Césio é um metal alcalino de coloração ouro- sio.
prateado, dúctil, macio, apresenta baixo ponto de Sedimentos de Corrente: O Cs foi detectado na
fusão, sendo encontrado em estado líquido em maioria das amostras, com teores de 0,025 a
temperaturas ambiente. Comporta-se como o po- 6,28ppm, com valor médio de 0,59ppm, muito abai-
tássio durante a diferenciação magmática, substi- xo da média crustal (3ppm). As concentrações mais
tuindo-o nos retículos cristalinos minerais, como nas elevadas são pontuais e localizam-se nas bacias dos
micas e feldspatos (Mineropar, 2005). É enriquecido rios Itapemirim e Doce, onde ocorrem também ele-
em rochas magmáticas ácidas (graníticas) e em se- vadas concentrações de Y, La, U, Th e Ce.
dimentos argilosos, sendo comum em mineral como Solos: O Cs foi detectado em todas as amostras
a polucita, principalmente em pegmatitos. O 133Cs é de solo, com concentrações variando de 0,05 a
a forma estável natural deste elemento (não radioa- 9,94ppm. O valor médio foi de 1,43ppm, abaixo do
tiva), enquanto que o 137Cs é a sua forma radioativa valor crustal para solos – 6ppm. Os teores mais ele-
e menos abundante. A concentração média crustal vados, acima de 4ppm, foram detectados em apenas
do Cs é 3ppm e em solos, 6ppm (Levinson, 1974). 4 amostras, sendo 3 na porção sul do estado e uma
Minerais de Minério: Não ocorre livre na natureza, no município de Ecoporanga (8,22ppm), no extremo
apenas sob forma combinada com outros elemen- noroeste do estado, divisa com Minas Gerais. Nestas
tos. É encontrado em minerais como a lepidolita áreas também foram detectados teores elevados de
(fluossilicato hidratado de Al, Li e K) e a polucita Y, La e U em solos.
(silicato hidratado de Al e Cs). O césio tem 32 isóto- Apreciação conjunta: O elemento Césio não é
pos conhecidos, sendo somente um isótopo natural contemplado nas legislações ambientais brasileiras.
estável: Cs-133. O Cs-137 pode advir da detonação O padrão geoquímico do Cs, tanto nos sedimentos
de armas nucleares, de emissões de centrais nuclea- de corrente, quanto nos solos mostra que os teores
res, como ocorreu na explosão da usina de Cher- mais elevados são encontrados na região sul do es-
nobyl em 1986, do vazamento de refrigeradores de tado e ao norte, na região do município de Ecopo-
reatores nucleares e do mau gerenciamento de re- ranga. Observa-se nessas regiões a ocorrência da
jeitos hospitalares, como ocorreu no acidente radio- associação dos elementos Cs, Y, La, U e Ce, em se-
lógico de Goiânia. Principais Utilidades: Os isótopos dimentos de corrente e solos e, Th em solos, eviden-
radioativos de césio são utilizados na medicina para ciando origem geogênica.
tratamento de certos tipos de câncer. O fluoreto de
césio é usado extensivamente na química orgânica Cu - Cobre
como base e fonte de íons fluoreto. O Cs é utilizado, O Cobre é um elemento amplamente distribuído
ainda, como catalisador na indústria química, relógio na natureza. Segundo Hawkes & Webb (1962) a mé-
atômico e células fotoelétricas. Impactos Biológicos: dia crustal de Cu é 70ppm e em solos é 20ppm. É um
Não apresenta função biológica conhecida, podendo metal de transição, de cor vermelho-amarelado, na
ser prejudicial ao organismo humano quando este presença de ar úmido forma uma camada esverdea-
fica exposto à elevada radiação do elemento (AT- da (carbonato de Cu - malaquita), bom condutor de
SDR, 1999). Mobilidade Ambiental: tanto em condi- eletricidade, maleável e dúctil. O Cu é abundante na
ções oxidantes quanto em redutoras o Cs é imóvel natureza sob a forma de sulfetos, arsenietos, clore-
(Levinson, 1974). Tipos de Depósitos: depósitos de tos e carbonatos. Está naturalmente presente na
sistemas endomagmáticos hidrotermais relaciona- atmosfera por dispersão pelo vento e erupções vul-
dos a corpos pegmatíticos zonados (Cox & Singer, cânicas. Assim como o Ni, Zn e Pb, possui forte afini-
1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud Licht et dade pelo enxofre, formando os minerais sulfetados.
al., 2007); e concentrações menores também são Em processos magmáticos o íon Cu+2 se concentra
conhecidas em salmouras no Chile e na China e em nos diferenciados primários, sendo particionado nos
sistemas geotérmicos na Alemanha, Índia e Tibete sulfetos e óxidos a depender da fugacidade do oxi-
(USGS, 2011). Localização das principais Jazidas: gênio e enxofre (Mineropar, 2005). Em ambiente
Canadá e Zimbabwe (USGS, 2011). No Brasil, as superficial pode ser hospedado por uma gama de
ocorrências de Cs estão relacionadas aos minerais silicatos detríticos e óxidos nos sedimentos de dre-
em rochas pegmatóides. nagem. Minerais de Minério: calcopirita, calcocita,
Água para Abastecimento Público e Água Super- bornita, cuprita, tetraedrita, malaquita, azurita, co-
ficial: As amostras de água de abastecimento e su- bre nativo entre outros. Principais Utilidades: Trata-

193
se, no seu estado puro, de um metal maleável muito Água Superficial: Somente em 8% das amostras
utilizado na fabricação de moedas, fios elétricos, analisadas foram detectados teores de Cu acima do
tubulações e encanamentos de água quente, e em LQ (0,002mg/L). Estas amostras estão localizadas na
combinação com outros metais para a produção de bacia do rio Doce e no rio Itabapoana.
ligas e chapas metálicas. Os compostos de Cu são Sedimentos de Corrente: O Cu foi detectado em
usados na agricultura, no tratamento da água para todas as amostras, com teores variando de 0,7 a
controle de algas (sulfato de cobre pentahidratado), 76,5ppm e valor médio de 7,6ppm, muito abaixo da
na preservação de madeira, couro e tecido e como média crustal (70ppm). Os teores mais elevados são
aditivo em alimentos. Impactos Biológicos: É um pontuais e a maioria se concentra na região sul, to-
elemento essencial aos organismos vivos em peque- dos abaixo do valor orientativo definido pelo CO-
nas quantidades, pois tem funções orgânicas especí- NAMA 454/2012 (197ppm).
ficas como componente da hemoglobina do sangue Solos: O Cu foi detectado na maioria das amos-
humano, por ser constituinte de enzimas com ativi- tras, com concentrações variando de 0,25 a
dade de oxidação e redução, como também é im- 90,1ppm. O valor médio foi de 9,83ppm. O padrão
portante ao metabolismo do esqueleto, ao sistema de dispersão do Cu em solos é bastante similar ao
imunológico e na prevenção de doenças cardiovas- observado no de sedimentos de corrente, com os
culares. A ingestão de água ou alimentos contendo teores mais elevados na região sul do estado. A con-
altas concentrações do metal pode produzir náusea, centração mais elevada em relação ao Valor de Pre-
vômito, dor abdominal e diarréia. A exposição pro- venção do CONAMA 420/2009 (60ppm) foi detecta-
longada a concentrações elevadas do metal pode do na localidade de São Bento (90,1ppm), no muni-
causar dano ao fígado de crianças (Pedrosa & Cozzo- cípio de Castelo. Porém, em 45% das amostras anali-
lino, 2007). As principais fontes antropogênicas do sadas foram detectados teores acima do valor de
metal são: mineração, fundição, queima de carvão referência de qualidade (VRQ) para cobre proposto
como fonte de energia e incineração de resíduos por Paye et al. (2010) – 5,91ppm.
municipais. As emissões por uso como agente antia- Apreciação conjunta: No Espírito Santo as con-
derente em pinturas e na agricultura, excreção de centrações de cobre são baixas quando comparadas
animais e lançamento de esgotos são menos rele- a média crustal e estão associadas à geologia pre-
vantes. Mobilidade Ambiental: Em ambientes oxi- dominante no estado, rochas de composição graníti-
dantes com pH<4 possui mobilidade moderadamen- ca, com baixos teores do elemento.
te alta; com pH 5-8 é ligeiramente móvel; e em am-
bientes redutores é imóvel (Levinson, 1974). Tipos Fe - Ferro
de Depósitos: relacionados a: intrusões porfiríticas O elemento Ferro, na crosta terrestre, é o quarto
(Cu, Cu-Au e Cu-Mo pórfiros); vulcânicas máficas elemento mais abundante, depois do oxigênio, do
subaéreas (Cu em basaltos); vulcânicas máficas silício e do alumínio. A média crustal é de 4,65% e
submarinas; máficas-ultramáficas (Ni-Cu); vulcânicas em solos varia de 1,4 a 4% (Hawkes & Webb, 1962).
félsicas a máficas submarinas (tipo Kuroko); rochas O Fe é um metal de transição com coloração branca
sedimentares clásticas; mármores e dolomitos e a prateado a acinzentado, magnético, altamente sus-
processos superficiais com Cu secundário (Cox & cetível à corrosão, bom condutor de calor e eletrici-
Singer, 1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud dade, dúctil e maleável. É um dos maiores consti-
Licht et al, 2007). Localização das principais Jazidas: tuintes da litosfera, nas rochas está presente nas
Chile, Peru, EUA, China, Indonésia, Austrália, Rússia, classes dos silicatos, óxidos, sulfetos e carbonatos,
Zâmbia, Canadá e Polônia (USGS, 2011). No Brasil o sendo encontrado em maiores quantidades nas ro-
cobre é encontrado nas minas do Sossego- chas ígneas máficas (Mineropar, 2005). Em alguns
Sequeirinho (Canaã dos Carajás-PA), Caraíba-BA e minerais o Fe+3 é facilmente substituído por Al, Cr, Ti
Chapada em GO, além dos depósitos do Salobo, e V; e o Fe+2 por Ni, Co, Mg e Mn (Koljonen et al.
Cristalino, Igarapé Bahia, Alemão, Pojuca-Gameleira- 1992, apud Mineropar, 2005). Nos solos o Fe ocorre
Grota Funda, Furnas e Paulo Afonso (Biondi, 2003). principalmente na forma de óxidos e hidróxidos
Água para Abastecimento Público: Todas as (Kabata-Pendias & Pendias, 1985). Minerais de Mi-
amostras de água superficial e para abastecimento nério: Hematita, magnetita, siderita e limonita. Prin-
público apresentaram concentrações abaixo do limi- cipais Utilidades: Na forma elementar, o Fe prati-
te de quantificação (LQ) do equipamento analítico – camente não é utilizado. Entretanto, tem inúmeras
0,002mg/L. aplicações na fabricação do aço, liga da qual é o

194
principal componente. O aço é basicamente a liga de das amostras analisadas apresentaram concentra-
ferro e carbono. Elementos outros adicionados, co- ções acima do VMP definido pela Resolução CONA-
mo enxofre, silício, manganês, fósforo, níquel, cro- MA 357/2005 (0,3mg/L). Os resultados variam de 1 a
mo, vanádio, em diferentes proporções e combina- 17 vezes o VMP e, muitos desses mananciais possu-
ções, produzem aços de diferentes propriedades em estações de captação de água de ETAs, para uso
mecânicas, térmicas, químicas, magnéticas e o resul- doméstico após tratamento convencional. As amos-
tado é uma variedade de tipos para as mais diversas tras coletadas nos ribeirões Juara (IS-A-148) e do
aplicações. Impactos Biológicos: É praticamente Cruzeiro (IS-A-207) e nos rios Laranjeiras (IS-A- 200)
encontrado em todos os seres vivos. É o micronutri- e Jacareípe (IS-A-143) foram as que apresentaram os
ente mais estudado e de melhor caracterização teores mais elevados: 5,09; 2,77; 2,54 e 1,99mg/L,
quanto ao seu metabolismo. A importância biológica respectivamente.
do ferro está associada ao transporte de oxigênio Sedimentos de Corrente: O Fe foi detectado em
para as células. Está presente nas hemácias (respon- todas as amostras de sedimentos de corrente, com
sáveis pela coloração vermelha do sangue) formada teores entre 0,17 e 8,43% e, valor médio de 2,33%.
pelas moléculas de hemoglobina que contém o fer- Os teores mais elevados (3,34 a 8,43%) foram detec-
ro. A deficiência de Fe no organismo humano causa tados no sudoeste do estado, sendo que as amostras
anemia. É importante para as plantas na assimilação coletadas no rio Manguaraí (IS-L-147), rio Guandú
da clorofila. O ferro, apesar de não ser considerado (IS-L-99), ribeirão das Palmas (IS-L-216) e córregos
um elemento tóxico, traz diversos problemas para o Areial (IS-L-106) e Palmital (IS-L-23) apresentaram
abastecimento público na água. Confere cor e sabor teores variando de 7,21 a 8,43%, mais elevados do
à água, causando manchas em roupas e utensílios que a média crustal (4,65%). Essas estações de
sanitários. Também provoca o desenvolvimento de amostragem estão localizadas na região ao sul do rio
depósitos em canalizações e de ferro-bactérias, cau- Doce, com exceção do ribeirão das Palmas, tributá-
sando a contaminação biológica da água na própria rio da margem esquerda deste rio.
rede de distribuição. Mobilidade Ambiental: Em Solos: Em todas as amostras analisadas detectou-
ambiente oxidante com pH<4 e pH 5-8 é imóvel; em se o elemento Fe em concentrações de 0,48 a 8,1%.
ambiente redutor o Fe se comporta como ligeira- O valor médio foi de 3,43%, no intervalo da média
mente móvel a imóvel (Levinson, 1974). Tipos de crustal para solo segundo Hawkes & Webb (1962) –
Depósitos: depósitos relacionados a rochas máficas 1,4 a 4%. Os teores mais elevados estão dispersos no
e ultramáficas do tipo Fe-Ti-V; skarnitos com magne- estado, porém se concentram na região sul.
tita relacionados a intrusões porfiríticas e depósitos Apreciação conjunta: O elemento Fe não é con-
relacionados a enriquecimento supergênico (Cox & templado nas legislações ambientais para sedimen-
Singer, 1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud tos e solos. O VMP para Fe definido pela Resolução
Licht et al., 2007). Localização das principais Jazidas: CONAMA 357/2005, foi excedido em grande maioria
Brasil, Austrália, China, Índia, Rússia, Mauritânia, das amostras de água coletadas nas ETAs e nos ma-
Cazaquistão, EUA, Canadá e Ucrânia (USGS, 2011). nanciais, o que pode trazer diversos problemas para
No Brasil temos os megadepósitos de Carajás no a população, porque o elemento confere cor e sabor
Pará; Minas Gerais (minas do Quadrilátero Ferrífero) à água, causando manchas em roupas e utensílios
e em Mato Grosso do Sul. sanitários. Também provoca o desenvolvimento de
Água para Abastecimento Público: O Fe foi de- depósitos em canalizações e de ferro-bactérias, cau-
tectado em todas as amostras, com teores variando sando a contaminação biológica da água na própria
de 0,06 a 1,39mg/L. Observou-se que 40% das amos- rede de distribuição. Observa-se que o Fe é encon-
tras analisadas apresentaram teores acima do VMP trado bastante disseminado por toda área estadual,
da Resolução CONAMA 357/2005 (0,3mg/L). As con- porém os teores mais elevados ocorrem na região
centrações obtidas variaram de 1 a quase 5 vezes o sul do estado, que litologicamente corresponde a
VMP, sendo que a amostra coletada na ETA do mu- granitoides de metamorfismo elevado, como gnais-
nicípio de Mucurici foi a que apresentou o teor mais ses, granulitos e charnockitos, contendo minerais de
elevado: 1,39mg/L, seguida da amostra coletada na ferro (óxidos hidratados de Fe).
ETA do município de Ibatiba: 0,95mg/L.
Água Superficial: Os teores de Fe nas amostras F - Flúor
de água superficial variaram de 0,013 a 5,08mg/L, O Flúor é um halogênio bastante abundante na
dispersos por todo estado. Aproximadamente 45% crosta terrestre, sendo o elemento mais eletronega-

195
tivo e reativo de todos na tabela periódica. É um rio Mineral Brasileiro (DNPM, 2015), as reservas
elemento químico gasoso, não metálico, de cor ama- brasileiras de fluorita localizam-se nos Estados de
relo-esverdeada e cheiro penetrante. Sua ocorrência Santa Catarina (58%), Paraná (29%) e Rio de Janeiro
está relacionada aos processos ígneos, ocorrendo, (13%). Existem também ocorrências de criolita
em geral, como um componente da fase volátil, con- (Na3AlF6) associada à cassiterita na mina de Pitinga,
centrando-se nas fases finais da evolução das rochas em Presidente Figueiredo – AM, que constituem
alcalinas, carbonatitos, depósitos hidrotermais, zo- potencial fonte de flúor, entretanto sem viabilidade
nas de alteração e pegmatitos. Está presente no econômica comprovada até o momento.
meio ambiente sob a forma de fluoretos, que podem Água para Abastecimento Público: Nas amostras
ser encontrados, em pequenas quantidades na água, de água o flúor foi analisado sob a forma de fluore-
ar, plantas e animais. O flúor também pode ser en- tos. Foi detectada a presença de fluoretos em 95%
contrado em águas naturais proveniente de efluen- das amostras analisadas, com teores variando de
tes industriais (indústrias de vidro, de polímeros e de 0,005 a 1,54mg/L e valor médio de 0,14mg/L. So-
fios condutores de eletricidade). Segundo Hawkes & mente em 3 municípios foram obtidas concentra-
Webb (1962) a concentração média crustal de flúor ções acima do valor máximo permitido (VMP) do
é de 660pm e em águas, as concentrações ocorrem CONAMA 357/2005 – 1,4mg/L. São eles: Colatina
no intervalo de 50 a 1.000ppb. Minerais de Minério: (1,53mg/L), Santa Tereza (1,54mg/L) e Guaçuí (ETA
Ocorre principalmente em minerais como a fluorita, Cristo Redentor - 1,58mg/L). Provavelmente essas
criolita e fluorapatita. Principais Utilidades: Desta- concentrações refletem a composição das rochas
cam-se como os principais usos metalúrgicos: na que ocorrem nas áreas das bacias dos rios Doce,
fabricação do aço, como fluidificante de escórias, Itabapoana e rio Reis Magos, na região sul do esta-
fabricação do alumínio, fundição de ligas especiais, do, onde ocorrem grande variedade de granitoides,
fundição de zinco e magnésio. Na indústria química que podem abrigar minerais acessórios ricos em
o uso mais tradicional é a obtenção do flúor elemen- flúor. Porém, é necessário verificar as concentrações
tar, fluoretos inorgânicos e ácido fluorídrico (HF). de flúor nas águas distribuídas para as populações
Compostos hidrocarbonados com cloro e flúor for- destes municípios, após o tratamento convencional
mam gases usados em equipamentos de refrigera- nas ETAs.
ção (CFC, em desuso devido ao efeito nocivo para a Água Superficial: Os fluoretos foram detectados
camada de ozônio da atmosfera). Elemento de pro- em 96% das amostras analisadas, com teores entre
teção contra cáries em cremes dentais, na forma de 0,005 e 8,43mg/L. A concentração média foi de
fluoreto de sódio (NaF) ou de estanho (SnF2). Sinteti- 0,14mg/L. Na maioria das amostras foi obtido teo-
zam-se ainda, por exemplo, medicamentos à base res com até 1,1mg/L de fluoretos, abaixo do VMP
de organofluorados, como antibióticos. Impactos definido pelo CONAMA 357/2005, sendo que os
Biológicos: Tem sido prática, com orientação da teores mais elevados foram detectados na região
Organização Mundial da Saúde – OMS, a adição de norte do estado. Ressalta-se que na amostra IS-A-
fluoretos à água potável para reduzir a incidência de 185, coletada no rio Guandu, foi obtido teor de
cáries dentárias. Este procedimento, no entanto, 8,43mg/L, isto é, 602 vezes o VMP pela Resolução
tem sido discutido, principalmente em regiões em CONAMA 357/2005, refletindo a composição geoló-
que a concentração de fluoretos já é naturalmente gica da bacia do rio Guandu.
elevada. Em doses moderadas contribui para a redu- Sedimentos de Corrente e Solos: Os fluoretos
ção das cáries dentárias e solidez dos ossos. Porém não foram analisados nas amostras de sedimentos
o excesso no organismo pode causar a fluorose, de corrente e solos.
cujos primeiros sintomas são o aparecimento de Apreciação conjunta: Os teores de fluoretos no
manchas escuras nos dentes, seguindo-se à defor- Estado do Espírito Santo nas águas superficiais são
mação do esqueleto e alterações da função renal. baixos, porém é importante investigar o teor de
Mobilidade Ambiental: É um elemento altamente flúor na água que está sendo tratada e distribuída
móvel em todas as condições ambientais. Tipos de pelas ETAs dos municípios de Colatina, Santa Tereza
depósito: A fluorita é encontrada em depósitos filo- e Guaçuí, como ainda, estudar a origem dos fluore-
nianos de origem hidrotermal e de metamorfismo tos na água dos mananciais de captação, porque os
de contato. Localização dos Principais Depósitos: Os teores são elevados, podendo causar sérios proble-
principais produtores mundiais que importam para o mas de fluorose nas populações que se abastecem
Brasil são o México e África do Sul. Segundo o Sumá-

196
desses mananciais e animais que utilizam os manan- São Mateus, destacando-se os da margem esquerda
ciais para dessedentação. do rio Doce com os teores entre 26,8 e 28,6ppm.
Ga - Gálio Esses teores elevados refletem a composição dos
O Gálio é um metal de coloração prateado bri- granitoides sin a tardi-orogênicos (ortognaisses,
lhante (estado sólido) a acinzentado (massa fundi- granitoides pouco foliados, peraluminosos).
da), possui ponto de fusão baixíssimo, baixa solubili- Solos: O Ga foi detectado em todas as amostras
dade, e, apresenta-se como supercondutor a tempe- de solo, com teores de 0,3 a 39,8ppm. O valor médio
raturas em torno de -272°C. Segundo Levinson foi de 16,95ppm, próximo da média crustal (15ppm).
(1974), o teor médio crustal de Ga é 15ppm e em Assim como nos sedimentos de corrente, o padrão
solos, o teor é também, 15ppm. Semelhante ao de dispersão do Ga nos solos é semelhante ao do Al:
alumínio, o Ga encontra-se amplamente distribuído as menores concentrações estão localizadas na por-
na crosta terrestre. Porém, é praticamente impossí- ção centro-norte do estado, abrangendo as bacias
vel encontrá-lo puro: geralmente está agregado a dos rios Itaunas, São Mateus, Doce, Riacho e Reis
minerais de Al sob a forma de hidróxido, ao Zn ou ao Magos. Os teores mais elevados (19,9 a 39,8ppm)
Ge, sendo que com esses dois últimos, frequente- ocorrem na região sul do estado e estão associados
mente sob a forma de sulfato. Minerais de Minério: a rochas das bacias sedimentares proterozóicas:
Ocorre associado em pequenas concentrações a Complexo Nova Venécia: paragnaises à silimanita,
minérios de outros metais como (diásporo - hidróxi- granada e cordierita.
do de Al, blenda - sulfeto de Zn e bauxita), sendo Apreciação conjunta: O padrão de dispersão do
explorado como subproduto. Principais Utilidades: Ga no Espírito Santo é semelhante ao do Al, tanto
A principal aplicação do Ga está na indústria de pro- nas amostras de sedimentos de corrente, quanto
dução de semicondutores: diodos, LEDs ou transmis- nas de solos, caracterizando origem geogênica.
sores, além de sensores de temperatura, luz e cam-
pos magnéticos e na produção de espelhos. Na me- Ge - Germânio
dicina nuclear é utilizado como elemento traçador O Germânio é um elemento raro, semimetal, só-
para o diagnóstico de enfermidades inflamatórias, lido, duro, cristalino, de coloração branco-
tumores e abcessos. Impactos Biológicos: Seus acinzentada. Apresenta a mesma estrutura cristalina
compostos não são considerados tóxicos, não sendo do diamante e resiste a ação dos ácidos e álcalis.
descritos até o momento efeitos biológicos danosos Minerais de Minério: Os seus principais minerais são
à saúde humana. Mobilidade Ambiental: O Ga é argirodita (Ag8GeS6), germanita, canfieldita e renieri-
imóvel seja em condições oxidantes ou redutoras ta. Principais Utilidades: As aplicações do Ge estão
(Andrews-Jones, 1968 e Rose et al. 1979). Tipos de limitadas ao seu alto custo. É utilizado na indústria
Depósitos: Metal aproveitado como subproduto metalúrgica e no fabrico de dispositivos eletrônicos
relacionado aos depósitos de processos superficiais e no fabrico de ligas com berílio, para aumentar a
de bauxita, e aos depósitos de Cu-Pb-Zn (Cox & Sin- ductilidade, ou com cobre para melhorar a resistên-
ger, 1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud Licht cia química deste. Certas ligas usadas em soldas,
et al., 2007). Localização das principais Jazidas: Chi- também contém Ge. Como óxido (GeO2), é um im-
na, Alemanha, Cazaquistão e Ucrânia (principais portante constituinte de vidros industriais com ele-
produtores); e Hungria, Japão, Rússia e Eslováquia vada transmissão de infravermelhos e índice de re-
(USGS, 2011). No Brasil não há jazidas ou ocorrên- fração. Em joias é utilizado em liga metálica de ouro.
cias registradas, nem extração como subproduto Impactos Biológicos: Alguns compostos (tetraclore-
relacionados com metais a ele associado. to de germânio) apresentam certa toxicidade nos
Água para Abastecimento Público e Água Super- mamíferos, porém, são letais para algumas bacté-
ficial: O elemento Ga não foi analisado nas amostras rias. Mobilidade Ambiental: O Ge é pouco móvel em
de água. ambientes ácidos a neutros (pH<4 até 8) (Andrews-
Sedimentos de Corrente: O Ga foi detectado na Jones, 1968). Tipos de Depósitos: Os únicos minerais
maioria das amostras, com teores variando de 0,05 a rentáveis para a extração do germânio são germani-
28,6ppm e valor médio de 6,75ppm. O padrão da ta (Cu13Ge2Fe2S16) (69% de germânio) e ranierita (7-
dispersão geoquímica do Ga em sedimentos de cor- 8% do elemento); além disso, está presente no car-
rente é semelhante ao do Al. Os teores mais eleva- vão, na argirodita e em outros minerais. A maior
dos são pontuais localizados nas bacias dos rios Ita- quantidade, em forma de óxido (GeO2), obtém-se
pemirim, Benevente, Doce, Santa Maria da Vitória e como subproduto do zinco ou de processos de com-

197
bustão de carvão (na Rússia e na República Popular zircão e zirconita (Cox & Singer, 1992; Orris & Bliss,
da China se encontra em processo de desenvolvi- 1991; Orris, 1998 apud Licht et al, 2007). Localização
mento). Localização das Principais Jazidas: A China é das principais Jazidas: EUA, Austrália, Brasil, Rússia
o maior produtor mundial, porém com interesse e China. No Brasil, o Hf é encontrado como subpro-
comercial salientam-se os depósitos de germanita duto do óxido de zircônio, principalmente associado
em Tsumeb (região de Oshikoto no norte da Namí- a baddeleyita (ZrO2), nas minas de Jacupiranga-SP e
bia) e os de renierita em Katanga (Congo). Poço de Caldas-MG.
Água para Abastecimento Público e Água Super- Água para Abastecimento Público e Água Super-
ficial: O elemento Ge não foi analisado nas amostras ficial: O elemento Hf não foi analisado nas amostras
de água. de água.
Sedimentos de Corrente: Em apenas 17% das Sedimentos de Corrente: O elemento Hf foi de-
amostras analisadas foram detectadas concentra- tectado em 49% das amostras analisadas, com con-
ções de Ge acima do limite de detecção (LD) do mé- centrações variando de 0,025 a 1,84ppm e valor
todo analítico (0,1ppm). Os teores variaram de 0,1 a médio de 0,09ppm, muito abaixo da média crustal
4,7ppm, sendo que os mais elevados foram obtidos (3ppm). Os teores mais elevados (0,55 a 1,84ppm)
nas amostras coletadas nos rios São José (4,7ppm), e estão localizados numa pequena área na bacia do rio
Terra Alta (1ppm), na bacia do rio Doce e no córrego Doce, abrangendo os municípios de Linhares, Rio
Poaia (1,2ppm), na bacia do rio São Mateus. Ocor- Bananal e Sooretama, em coberturas sedimentares
rem sobre granitoides sin a tardi- orogênicos (ortog- cenozoicas, os tabuleiros terciários da Formação
naisses) e paragnaisses (Complexo Nova Venécia). Barreiras, onde os depósitos aluviais e coluviais po-
Solos: Em todas as amostras analisadas foram re- dem conter concentrações de minerais pesados,
gistrados resultados abaixo do LD (0,1ppm). como por exemplo o zircão e zirconita, onde o Hf
Apreciação Conjunta: Os resultados analíticos de pode estar associado ao Zr.
Ge no Estado do Espírito Santo foram insignificantes, Solos: O Hf foi detectado em 79% nas amostras
tanto em solos como em sedimentos de corrente. Os analisadas, em baixas concentrações, sendo que os
teores mais elevados em sedimentos de corrente teores mais elevados (0,31 a 0,67ppm) estão locali-
ocorrem sobre litologias nas quais o Ge pode consti- zados, predominantemente, em terrenos sedimen-
tuir o arcabouço dos silicatos presentes nas rochas. tares cenozoicos, nas bacias do rio Doce, São Mateus
e Itaúnas.
Hf - Háfnio Apreciação conjunta: O padrão de dispersão ge-
O Háfnio é um metal dúctil, prateado, brilhante e oquímica do Hf no Espírito Santo, tanto nas amos-
resistente à corrosão. O Zr e o Hf são muito idênti- tras de sedimentos de corrente, quanto nas de so-
cos quimicamente. Segundo Levinson (1974) a mé- los, caracteriza origem geogênica.
dia crustal do Hf é 3ppm. Minerais de Minério:
Ocorre sempre nos minerais de zircônio, como o Hg - Mercúrio
zircão, baddeleyita e zirconita. Não é encontrado O Mercúrio é um metal de transição, de cor pra-
como elemento livre na natureza. Principais Utilida- teada, líquido quando em condições de temperatura
des: O Hf forma ligas com o tungstênio para uso em ambiente, altamente volátil, pobre condutor de
filamentos de lâmpadas e eletrodos. É utilizado co- calor e eletricidade, e alta densidade. É naturalmen-
mo material de barras de controle de reatores nu- te encontrado na crosta terrestre, ocorrendo no ar,
cleares devido a sua alta capacidade de absorção de nos solos e na água em muito baixas concentrações.
nêutrons, em algumas ligas de Fe, Ti, Nb e Tl e em Segundo Levinson (1974) a concentração média
eletrodos para corte à plasma. Impactos Biológicos: crustal de Hg é 0,08ppm, em solos é 0,03ppm e em
O Hf não apresenta papel biológico conhecido e seus águas fluviais é 0,007ppb. As principais fontes de
compostos não são considerados tóxicos, apesar de contaminação ambiental são as emissões atmosféri-
se fazer necessário o manuseio com cautela. Mobili- cas, seguida da contaminação da água e do solo,
dade Ambiental: O Hf é imóvel seja em condições quando ocorre disposição inadequada de efluentes e
oxidantes ou redutoras (Rose et al. 1979 apud Licht, resíduos sólidos. Minerais de Minério: Assume di-
1998). Tipos de Depósitos: Ocorre como subproduto versas formas químicas: mercúrio metálico ou ele-
de óxido de zircônio em depósitos de rochas alcali- mentar (Hg), mercúrio inorgânico (principalmente
nas associadas a carbonatitos e em depósitos de sob a forma de sais) e mercúrio orgânico, ligado a
processos superficiais do tipo placers associado a radicais de carbono, por exemplo: metilmercúrio e

198
etilmercúrio. Encontra-se em vários minerais, mas a devem refletir atividades antropogênicas, provavel-
única forma economicamente explorada é o cinábrio mente lançamentos de efluentes e resíduos de ativi-
(sulfeto de mercúrio). Principais Utilidades: É utili- dades agropecuárias (agrotóxicos), que merecem ser
zado na mineração de ouro, em indústrias de cloro- estudados detalhadamente, porque o Hg é um ele-
soda, fábricas e recicladoras de lâmpadas fluores- mento muito tóxico para a saúde do meio ambiente.
centes, indústrias de termômetros e de pilhas, refi-
narias e clínicas dentárias. O mercúrio pode ser In - Índio
também utilizado na indústria de agrotóxicos, po- O Índio é um metal, maleável, dúctil, branco-
rém proibidos no Brasil. Impactos Biológicos: Não prateado, resistente a corrosão, possui isótopos com
desempenha papel biológico conhecido. O Hg orgâ- meia-vida curta (111In e 113In), ponto de fusão baixo
nico é altamente tóxico, sendo rapidamente absor- para um metal, bom condutor de eletricidade e de
vido pelos tratos respiratório, gastrointestinal e epi- calor. Por ser calcófilo forma na maioria das vezes
dérmico, é biocumulativo. Pesquisas científicas rela- minerais sulfetados, com selenetos e teluretos su-
tam alguns sinais clínicos relacionados à exposição bordinados (Mineropar, 2005). Segundo Levinson
mercurial, tanto em crianças, quanto em adultos, (1974) a concentração média crustal de índio é
tais como: ocorrência de déficits neurocomporta- 0,1ppm. O In é um metal pouco abundante na crosta
mentais, dano citogenético, mudanças imunológicas terrestre, quimicamente similar ao tálio e ao gálio,
e toxicidade cardiovascular. Mobilidade Ambiental: porém ocorre associado ao a minérios junto com o
Em ambiente oxidante a mobilidade é moderada e, zinco, estanho, ferro, chumbo e o cobre. Normal-
em ambiente redutor é imóvel (Rose et al. 1979 mente, é encontrado em minas de zinco e obtido
apud Licht, 1998). Tipos de Depósitos: Relacionados como subproduto na extração de minerais de zinco e
a fontes quentes e sedimentos vulcanoclásticos. chumbo por meio da eletrólise. Minerais de Miné-
Localização das principais Jazidas: China, Quirguis- rio: Ocorre associado a esfalerita, calcopirita e cassi-
tão, Peru e Espanha, existindo ocorrências no Alas- terita, e tem como minerais roquesita, dzalindita,
ka, Arkansas, Nevada, Califórnia e Texas (EUA) indita e sakuraiíta. Principais Utilidades: 45% do
(USGS, 2011). consumo mundial de In é utilizado como filmes em
Água para Abastecimento Público e Água Super- visores de cristal líquido; 35% em ligas e soldas; 15%
ficial: Todas as amostras de água apresentaram con- em utilizações eletrônicas na manufatura de transis-
centrações abaixo do limite de quantificação (LQ) da tores, como semicondutor e em baterias alcalinas; e
metodologia analítica (0,0003mg/L). o restante em sistemas de telecomunicações usando
Sedimentos de Corrente: O Hg foi detectado em fibra ótica e controle de reatores nucleares. O isóto-
76% das amostras analisadas, com teores variando po radioativo 111In é usado na medicina nuclear.
de 0,005 a 4,01ppm e valor médio de 0,08ppm. Os Impactos Biológicos: Não apresenta papel biológico
teores mais elevados ocorrem na região sul do esta- conhecido, mas é considerado não-tóxico, porém
do. Somente as amostras IS-S-087 (rio Alto Caxixe com exposição continuada a elevados teores, pode
Quente - 3,22ppm) e IS-S-097 (rio da Cobra - causar problemas ao coração, fígado e rins. Tem
4,01ppm), nas bacias dos rios Itapemirim e Doce, efeito cumulativo (Winter, 1998). Mobilidade Ambi-
apresentaram teores que excederam de 644 a 820 ental: É ligeiramente móvel em condições de pH 5-8
vezes o valor orientativo definido pela Resolução e imóvel em condições redutoras (Andrews-Jones,
CONAMA 454/2012 (0,49ppm). 1968 e Rose et al. 1979). Tipos de Depósitos: Depó-
Solos: O Hg foi detectado na maioria das amos- sitos de sulfetos maciços (Zn e Sn) hospedados em
tras analisadas, porém em baixas concentrações, vulcânicas e sedimentos exalativos “tipo sedex”;
que variaram de 0,005 a 0,87ppm e valor médio de depósitos epitermais; associados a depósitos de Cu-
0,18ppm. Os teores mais elevados, que excederam pórfiro; associados a skarns e associados a rochas
o valor orientativo para prevenção (VP) definido na félsicas intrusivas do tipo “Sn em greisens” (USGS,
Resolução CONAMA 420/2009 (0,5ppm), foram: IS-L- 2011). Localização das principais Jazidas: Canadá,
018 (0,75ppm – município de Domingos Martins), IS- Peru, Rússia, China, Japão, México, Suécia e Polônia.
L-036 (0,87ppm – município de Linhares) e IS-L-039 No Brasil, pode ser encontrado nas reservas estaní-
(0,54ppm – município de Sooretama). feras, principalmente no maciço da Serra da Manga-
Apreciação conjunta: Os teores elevados de beira (GO), onde os teores oscilam de 0,05 a 0,94%,
mercúrio, tanto nas amostras de solos, quanto nas contido na cassiterita, além de anomalias associadas
de sedimentos de corrente, por serem pontuais, à esfalerita.

199
Água para Abastecimento Público e Água Super- pactos Biológicos: É um elemento essencial à saúde
ficial: O elemento In não foi analisado nas amostras humana: é responsável pela transmissão nervosa,
de água. contração muscular e equilíbrio de fluidos corporais.
Sedimentos de Corrente: O In foi detectado em É fundamental a ingestão de potássio, pois sua defi-
45% das amostras analisadas, com teores variando ciência no organismo leva a distúrbios neuromuscu-
de 0,01 a 0,22ppm e valor médio de 0,03ppm. So- lares (cãibras, paralisias) e aumento da pressão arte-
mente em 5% das amostras foram detectados teores rial. Mobilidade Ambiental: Em condições oxidantes
acima da média crustal (0,1ppm), os quais ocorre- (pH<4 e 5-8) e redutoras é moderadamente móvel
ram dispersos nas bacias dos rios Itapemirim, Bene- (Rose et al. 1979). Tipos de Depósitos: Depósitos
vente, Doce e São Mateus. sedimentares derivados de exalações relacionados a
Solos: Somente 10% das amostras analisadas evaporitos (Biondi, 2003). Em alguns antigos leitos
apresentaram resultados abaixo do limite de detec- marinhos e lagos existem grandes depósitos de mi-
ção do equipamento analítico (0,02ppm). Os teores nerais de K, dos quais é economicamente viável a
variaram entre 0,02 e 0,2ppm, com valor médio extração do metal e seus sais. Localização das prin-
0,07ppm. As concentrações mais elevadas se locali- cipais Jazidas: Canadá, Rússia, Alemanha e China. O
zam numa faixa bem definida ao sul do estado, Brasil até 2009 ocupava a décima colocação em
abrangendo a área da bacia do rio Jucu e parcial- termos de reservas e produção mundial de sais de
mente as dos rios Itapemirim e Doce, porém o teor potássio. As principais reservas de sais de potássio
mais elevado (0,20ppm) foi detectado no município no Brasil localizam-se nos estados de Sergipe (Mina
de Mantenópolis, quase divisa com Minas Gerais, na Taquari/Vassouras e Santa Rosa de Lima) e Amazo-
localidade de Córrego do Ouro. nas (Fazendinha e Arari) (DNPM, 2009).
Apreciação conjunta: O elemento índio não é Água para Abastecimento Público: O potássio foi
contemplado nas legislações ambientais brasileiras detectado em todas as amostras, com teores vari-
para sedimentos de corrente e solos. O In foi detec- ando de 0,51 a 8,17mg/L. A maioria dos teores mais
tado em baixas concentrações, em pequenas áreas elevados (2,68 a 8,17mg/L) foram detectados na
dispersas no território espírito-santense, tanto nas região norte do estado, nas bacias dos rios Itaúnas e
amostras de sedimentos de corrente, como nas de São Mateus, sendo que nas amostras coletadas nas
solo, indicando origem geogênica. ETAs dos municípios de Montanha e Vila Pavão fo-
ram detectados os teores 8,17mg/L e 4,90mg/L,
K - Potássio respectivamente.
O Potássio é um metal alcalino, de cor prateada, Água Superficial: O K foi detectado, também, em
mole, depois do Li é o metal mais leve, bom condu- todas as amostras de água superficial, com teores
tor de calor e eletricidade, e oxida-se facilmente. Em variando de 0,048 a 110 mg/L e valor médio de
virtude dessa última propriedade, o mesmo não é 2,80mg/L. Observa-se que entre as amostras com os
encontrado livre na natureza. Na crosta terrestre, o teores mais elevados, cinco estão localizadas no
potássio é o oitavo elemento mais abundante. Pode litoral e, apresentaram concentrações entre 10,88 a
ser substituído por Rb, Cs, Ba, Pb e Tl, devido à simi- 110mg/L, provavelmente devido a presença de K na
laridade entre os raios iônicos. A média global do fração argilosa dos sedimentos formadores da For-
potássio em solos é 1,7% e nas rochas graníticas, mação Barreiras. O valor mais elevado, localizado no
ricas em feldspato potássico e sua abundância é de córrego do Siri, no litoral sul do estado, apresentou
3,3% (Kabata-Pendias & Pendias, 1985). Minerais de também teores elevados para Na (49,96mg/L), clore-
Minério: Os principais compostos evaporíticos de K tos (4.718,15mg/L), brometos (17,94mg/L), fluoretos
são: silvita, carnalita, cainita, langbeinita, polialita, (1,1mg/L) e sulfatos (796,25mg/L), os quais eviden-
schoenita e singernita. Ocorre, frequentemente, a ciam influência da cunha salina.
mistura de silvita e halita, denominada silvinita,
constituindo-se no principal minério de potássio La - Lantânio
(DNPM, 2009). Principais Utilidades: As aplicações O Lantânio é um metal de cor branco prateado,
do K na forma de metal são: nitrato de potássio, pertencente ao grupo dos Elementos Terras Raras
usado na fabricação de pólvora e como fertilizante; (ETR), maléavel, sendo um dos ETR mais reativos.
cloreto de potássio, usado como fertilizante; peróxi- Oxida-se rapidamente quando exposto ao ar. O íon
do de potássio, presente nos equipamentos de res- La+3 acompanha o grupo do Ce durante os processos
piração utilizados pelos bombeiros e mineiros. Im- de fracionamento magmático, possui maior afinida-

200
de com os magmas ácidos do que com os básicos mentos Y, U, Ce e Th, e do Cs, na região sul do esta-
(BGS, 1991, apud Mineropar, 2005). Segundo Haw- do.
kes & Webb (1962) a concentração média de La na Solos: O La está presente em todas as amostras
crosta terrestre e em solos é 40ppm. Minerais de analisadas, com concentrações variando de 3 a
Minério: Encontrado principalmente nos minerais 113,6ppm e valor médio de 21,5ppm, disperso em
monazita, alanita e bastnasita, associado com o cé- todo território estadual, sendo que somente 4
rio, tório, neodímio e ítrio. Principais Utilidades: Por amostras, situadas na porção sul do estado, apre-
ser dúctil e maleável, é usado principalmente em sentaram teores elevados (48,4 a 113,6ppm). Dessas
ligas para a produção de lentes especiais, pedras de amostras, a IS-L-015, coletada no município de Ita-
isqueiros e como esponja de hidrogênio. É utilizado, pemirim, próximo a Marataízes, foi encontrado o
também, como catalisador no craqueamento do teor de 113,6ppm. O lantânio é um elemento co-
petróleo, ressonância magnética nuclear, cristais mum em minerais das areias monazíticas.
geradores de laser; supercondutores, lâmpada de Apreciação conjunta: A maioria das amostras de
carbono nos equipamentos de projeção de cinemas sedimentos de corrente e de solos com teores mais
e na produção de Fe nodular. É usado, ainda, na elevados de La, apresentaram também, elevadas
datação de rochas e minérios (La-Ba). Este elemento concentrações de cério, que ocorre associado aos
é considerado com potencial econômico tanto no elementos Y, U, Cs e Th, cuja associação representa
presente, como no futuro. Impactos Biológicos: O La a composição dos minerais traço e resistentes ao
não tem papel biológico conhecido. Todos os com- intemperismo, caracterizando nos sedimentos fluvi-
postos são considerados tóxicos, podendo causar ais, minerais como zircão, apatita, alanita e monazi-
problemas ao fígado, além de risco de explosão ta. Nessas áreas, estão localizados corpos graníticos,
(Winter, 1998). Mobilidade Ambiental: Em condi- sendo comum a presença de grãos desses minerais
ções oxidantes com pH<4 e pH 5,0-8,0, e em condi- como acessórios.
ções redutoras, é imóvel (Levinson, 1974). Tipos de
Depósitos: Associados a carbonatitos, rochas ígneas Li - Lítio
peralcalinas, a depósitos do tipo Cu-Au, a pegmati- O Lítio é o metal mais leve que se tem conheci-
tos; placers e laterita associada a granitos. Localiza- mento, encontrado em baixas concentrações na
ção das principais Jazidas: Os depósitos estão locali- crosta terrestre, alcalino, coloração branco-prateada
zados em Mountain Pass (EUA), Baotou (China), brilhante, possui alto potencial oxidativo, é instável,
Rússia, Austrália, Índia, Tailândia, Sri Lanka e África não existindo livre na natureza. Difere cristaloquimi-
do Sul (Long et al. 2010). No Brasil as principais ocor- camente dos outros metais alcalinos por possuir raio
rências estão em Poços de Caldas, São Gonçalo do iônico menor, o que o faz não acompanhá-los nos
Sapucaí, Cordislândia, Silvianópolis, Pouso Alegre processos geológicos, ou seja, durante a diferencia-
(MG); São Francisco do Itabapoana (RJ); Província ção magmática é enriquecido nos estágios pegmatí-
Mineral de Pitinga (AM); Mato Preto (PR), Anitápolis ticos tardios (Koljonen et al. 1992, apud Mineropar,
(SC) e Catalão (GO) (DNPM,2015). 2005). É liberado facilmente nos minerais primários
Água Superficial e Água para Abastecimento Pú- em meios oxidantes e ácidos, porém, face ao intem-
blico: O La não foi analisado nas amostras de água. perismo em fases posteriores é dominantemente
Sedimentos de corrente: O La foi detectado em incorporado a argilominerais. Segundo Hawkes &
todas as amostras, com teores variando de 0,4 a Webb (1962), a concentração média crustal do lítio é
2.631ppm e valor médio de 80,8ppm. Encontra-se 50ppm, em solos é 30ppm e em águas naturais varia
disperso em toda área do estado, porém seus teores de 0,3 a 3mg/L. Minerais de Minério: Em geral en-
mais elevados estão na área ao norte da bacia do rio contra-se disperso em certas rochas, em minerais
Doce (margem esquerda do rio Doce e bacia do rio como a lepidolita, petalita, espodumênio e ambligo-
São Mateus) e numa faixa ao sul do estado, na bacia nita. É encontrado, também, em sais naturais nas
do rio Itabapoana. Nessas regiões predominam gra- águas do mar e águas minerais. Principais Utilida-
nitoides de várias idades e composições, de origem des: É utilizado em baterias, levando vantagem so-
ígnea e metamórfica. O lantânio é encontrado em bre as de Ni e Cd por armazenar até 3 vezes mais
minerais como monazita e alanita, geralmente asso- energia, na fabricação de cerâmicas, em lubrifican-
ciado aos elementos cério e ítrio, que são muito tes, síntese de compostos orgânicos, depurador de
comuns em granitos. No Espírito Santo o padrão de ar em naves espaciais e submarinos, aplicações nu-
dispersão geoquímico do La é similar aos dos ele- cleares, em medicina é utilizado como antidepressi-

201
vo e anti-reumático. Impactos Biológicos: Os com- ultramáficas. O Mg possui grande influência sobre o
postos deste metal são considerados levemente comportamento geoquímico do Fe, Ni, Co, Sc, Zn e
tóxicos, podendo causar problemas renais, fraqueza Li, em virtude de sua fácil substituição por estes
geral e convulsões. Em pacientes depressivos que elementos (Mineropar, 2005). Minerais de Minério:
ingerem sais de lítio é necessário controle clínico. Ocorre em diversos minerais como a magnesita,
Mobilidade Ambiental: Possui mobilidade modera- dolomita, brucita, carnalita, serpentina e olivina.
damente alta nos ambientes oxidantes e redutores Encontra-se ainda na água do mar na forma de clo-
(Andrews-Jones, 1968 e Rose et al. 1979). Tipos de reto. Pode estar presente em diversos minerais (sili-
Depósitos: Depósitos de sistemas endomagmáticos catos, óxidos e carbonatos). Principais Utilidades:
hidrotermal relacionados a corpos pegmatíticos, em Os compostos de Mg são utilizados como material
evaporitos com ambientes de formação de margem refratário em fornos para produção de ferro e aço,
marinha e lagos intracontinentais (Biondi, 2003). metais ferrosos, cristais e cimento. É utilizado ainda
Localização das principais Jazidas: Bolívia, Chile, na agricultura, indústrias química e de construção
EUA, Canadá, Brasil, China, Austrália e Zimbabwe. civil. Na liga com o alumínio, é empregado na pro-
No Brasil o lítio é encontrado nas Províncias pegma- dução de recipientes de bebidas, componentes de
títicas do Vale do Jequitinhonha e Mucuri em MG e automóveis como aros de roda e maquinarias diver-
na Província Borborema no RN-PB-CE. sas. O óxido de magnésio e seus compostos são utili-
Água para Abastecimento Público: As concentra- zados em: lâmpadas (flashes), pirotecnia, indústria
ções de lítio nas amostras de água bruta para abas- aeronáutica e bélica, seus sais são amplamente usa-
tecimento humano estão abaixo do limite de quanti- dos em fármacos, e como revestimento de tijolos
ficação (LQ) do método analítico (0,001mg/L). refratários (Winter, 1998). Impactos Biológicos: É
Água Superficial: O Li foi detectado somente em essencial a vida animal e vegetal. No organismo hu-
25% das amostras analisadas, porém nenhum resul- mano, a maior parte do magnésio encontra-se nos
tado ultrapassou o VMP definido pela Resolução ossos. A sua carência pode causar, principalmente,
CONAMA 357/2005 (2,5mg/L). agitação, anemia, ansiedade, perturbação da pres-
Sedimentos de corrente: O lítio foi detectado em são sanguínea, irritabilidade, fraqueza, tremores
quase 70% do número de amostras analisadas, com musculares e cálculos renais. É essencial para fixação
teores variando de 0,5 a 23ppm e valor médio de do cálcio. Os sintomas de deficiência em Mg, geral-
4,01ppm, bem abaixo da média crustal (50ppm). Os mente estão relacionados com distúrbios na absor-
teores mais elevados, acima de 15ppm, estão locali- ção e/ou aumento na excreção renal. Mobilidade
zados na bacia do rio Itapemirim. Nestas áreas ob- Ambiental: Tanto em ambiente oxidante (pH<4 e pH
servou-se também elevados teores de Be e K. 5-8), quanto em ambiente redutor, a sua mobilidade
Solos: Em 55% das amostras analisadas foi detec- é moderadamente alta (Andrews-Jones, 1968 e Rose
tado Li, com teores de 0,5 a 27ppm, próximo da et al. 1979). Tipos de Depósitos: Lentes de magnesi-
média crustal para solos (30ppm). Os teores mais ta em sedimentos marinhos clásticos de plataforma
elevados ocorrem na região de Vargem Grande (dolomitos, calcário, folhelho, arenito e conglome-
(Afonso Cláudio) com 27ppm, Fazenda Pavão (Gua- rado), depósitos em veios e stockworks, alteração de
çuí/São José do Calçado), com 21ppm e localidade rochas ultramáficas a partir de soluções hidroter-
Córrego Santa Rita (Ecoporanga), com 19ppm. Na mais carbonatadas. Localização das principais Jazi-
região de Afonso Cláudio, o Li ocorre associado ao das: China, Rússia, Coréia do Norte, Brasil, Austrália,
Be e K. Turquia e Eslováquia (USGS, 2011). No Brasil as prin-
Apreciação conjunta: O elemento lítio não está cipais reservas estão na Bahia (Brumado) e Ceará.
contemplado nas legislações do CONAMA para solos Água para Abastecimento Público: O Mg foi de-
e sedimentos. O lítio ocorre associado ao Be e K nas tectado em todas as amostras, porém em concen-
regiões de concentrações mais elevadas, evidenci- trações baixas, variando de 0,41 a 3,7mg/L. O valor
ando contribuição geogênica. mais elevado foi detectado na ETA de Pedro Canário,
com ponto de captação no rio Itaúnas.
Mg - Magnésio Água Superficial: O Mg foi detectado em todas as
O Magnésio é muito abundante na crosta terres- amostras, com teores de 0,008 a 375,5mg/L. Os
tre, é um metal alcalino terroso, prateado, oxida-se teores mais elevados estão dispersos nas bacias dos
em contato com o ar. É fortemente enriquecido na rios Itapemirim, Beneventes, Doce, São Mateus e
crosta inferior e manto, comum em rochas máficas e Itaúnas, sendo que grande maioria está localizado

202
nas duas últimas bacias e em amostras coletadas no vidros. Impactos Biológicos: É importante para o
litoral. O valor mais elevado foi detectado no córre- crescimento das plantas e em funções vitais dos
go Siri, litoral sul, refletindo influência marinha. animais superiores. Em relação aos outros metais
Sedimentos de Corrente: Na maioria das amos- essenciais, é um dos menos tóxicos. No entanto, o
tras (84%) foi detectado teores de Mg, variando de Mn em excesso é tóxico. Exposições prolongadas a
0,005 a 2,05%. Os teores mais elevados estão locali- compostos de manganês, de forma inalada ou oral,
zados na região sul do estado e próximo ao litoral, podem provocar efeitos adversos no sistema nervo-
ao sul da foz do rio Doce, nas mesmas estações de so e respiratório, principalmente em trabalhadores
coleta de água superficial, com elevadas concentra- mineiros e de indústrias que utilizam o metal. Entre-
ções de Mg (rio Laranjeiras e córrego Sauê). tanto, a deficiência do metal no organismo humano
Solos: O Mg foi detectado em 60% nas amostras pode causar anomalias no sistema locomotor. Mobi-
analisadas, com teores entre 0,01 a 0,44%. Os teores lidade Ambiental: Em ambiente oxidante com pH<4
mais elevados foram detectados na Fazenda Pavão a mobilidade pode ser moderadamente alta; com pH
(Guaçuí) com 0,44% e na região da Cabeceira Lu- entre 5-8 torna-se pouco móvel; e em ambiente
xemburgo, em Santa Leopoldina, com 0,43%. redutor, o Mn se comporta com mobilidade mode-
Apreciação conjunta: O elemento químico mag- radamente alta (Rose et al. 1979 apud Licht, 1998).
nésio não é contemplado nas legislações ambientais Tipos de Depósitos: Veios epigenéticos de Mn em
brasileiras. O elemento foi detectado em baixas calcários e dolomitos relacionados à intrusões porfi-
concentrações em todos os meios amostrados, de- ríticas, Mn vulcanogênico, Mn epitermal relaciona-
vido à composição das rochas predominantes no dos à vulcânicas félsicas a máficas subaéreas, Mn
estado, granitoides formados por diferentes proces- sedimentar relacionados a sedimentos químicos e
sos. Observou-se que os teores de magnésio mais Mn relacionados a processos supergênicos (lateríti-
elevados nas amostras de água superficial e de se- co). Localização das principais Jazidas: China, Aus-
dimentos de corrente ocorreram na foz dos córregos trália, África do Sul, Índia, Gabão, Brasil, Ucrânia e
Siri e Sauê e do rio Laranjeiras, provavelmente devi- México (USGS, 2011), além de Rússia, Geórgia e
do a influência marinha. Gana. No Brasil temos os depósitos do Azul (Provín-
cia Mineral de Carajás-PA), em Corumbá-MS, Maria-
Mn - Manganês na e Conselheiro Lafaiete-MG e em Caetité-BA
O Manganês é um dos elementos mais abundan- (DNPM, 2015).
tes na crosta terrestre, encontra-se amplamente Água para Abastecimento Público: Somente em
distribuído em solos, sedimentos, rochas, água e 55% das amostras analisadas foram detectados teo-
biota. É um metal de transição, de cor branco- res de manganês, variando de 0,0035 a 0,09mg/L,
acinzentada (similar ao ferro), duro, frágil, refratário abaixo do VMP do CONAMA 357/2005 – 0,1mg/L. Os
e facilmente oxidável. Em sistemas biológicos o Mn+2 teores mais elevados foram detectados nas ETAs de
compete com o Mg+2 (Mineropar, 2005). Suas altas Ibatiba (0,09mg/L), Irupi (0,08mg/L) e Mimoso do
concentrações são associadas a rochas máficas (Ka- Sul (0,08mg/L), com pontos de captação de água no
bata-Pendias & Pendias, 1985), onde é particionado rio Rodrigues, no rio Pardinho e no córrego Santa
entre os silicatos ferromagnesianos e óxido de Fe e Maria, respectivamente.
Ti. Durante os processos magmáticos, o Mn+2 substi- Água Superficial: O manganês foi detectado na
tui facilmente o Fe+2 e o Mg+2 (Ure & Berrow, 1982, maioria das amostras, com teores variando de
apud Mineropar, 2005), existindo uma forte correla- 0,0035 a 0,68mg/L. Quinze amostras, dispersas nas
ção na maioria das rochas ígneas do Mn+2 com o Fe+2 bacias dos rios São Mateus, Doce, Benevente e Ita-
(BGS, 1991, apud Mineropar, 2005). A concentração pemirim, apresentaram concentrações acima 2 a 6
média crustal de Mn é 1.000ppm, em solos é vezes do VMP da Resolução CONAMA 357/2005,
850ppm e em águas, os teores médios variam de 0,3 sendo que os teores mais elevados foram observa-
a 300mg/L (Hawkes & Webb, 1962). Minerais de dos no rio Jacareípe (0,68mg/L), em amostra coleta-
Minério: Os principais minerais são pirolusita, rodo- da próximo ao litoral, no bairro Jacareípe, no muni-
crosita, psilomelano, criptomelana, haussmanita, cípio Serra e no canal do Pinto (0,58mg/L), na bacia
manganita, braunita e todorokita. Principais Utilida- do rio Itapemirim.
des: O Mn é essencial na fabricação do aço. É utili- Sedimentos de Corrente: O Mn foi detectado em
zado, também, em ligas com o Al na fabricação de todas as amostras analisadas, com teores entre 7 e
latas de bebidas, produção de pilhas e coloração de 6.640ppm e valor médio de 434,13ppm. Os teores

203
mais elevados ocorreram na região mais ao sul do em outros minerais como a wulfenita e powellita.
estado, nas bacias dos rios Itabapoana, Itapemirim, Em geral o molibdênio é um subproduto da minera-
Rio Novo e Benevente, sendo que a amostra IS-S- ção do cobre. É encontrado na água do mar na for-
032 (ribeirão São João da Mata, na bacia do Itapemi- ma de molibdatos. Principais Utilidades: É utilizado
rim) foi a que apresentou o teor mais elevado como catalisador na indústria petroquímica, é em-
(6.640ppm). Nessa região ocorrem granitoides pré e pregado em diversos pigmentos para fabricação de
pós-orogêncos (Orógeno Araçuaí), rochas metasse- tintas, plásticos e compostos de borracha. É usado,
dimentares do Grupo São Fidélis e do Grupo Bom também, em ligas metálicas, principalmente no aço,
Jesus de Itabapoana e ainda fragmentos de crosta em peças de mísseis, aeronaves e de uso nuclear,
inferior (Complexos Caparaó e Serra do Valentim: catalizadores na indústria petroquímica, filamentos
charnockitos, enderbitos, granulitos aluminosos e para a indústria elétrica e lubrificantes resistentes a
kinzigitos) e rochas metavulcanicas sedimentares do altas temperaturas. Impactos Biológicos: É essencial
Complexo Ipanema (biotita-granada-gnaisse, gnaisse sob o ponto de vista biológico, sendo necessário
milonítico e corpos metaultrabásicos). para o funcionamento do organismo humano. Tam-
Solos: O Mn foi detectado na maioria das amos- bém, é essencial para a nutrição das plantas. Mobi-
tras de solo, com teores variando de 2,5 a 2.466ppm lidade Ambiental: É imóvel em condições oxidantes
e valor médio de 256,96ppm, acima do valor de re- (com pH<4 e na presença de limonita), e em condi-
ferência de qualidade dos solos para Mn no Espírito ções redutoras (Rose et al. 1979, apud Licht, 1998).
Santo, segundo Paye et al. (2010) - 137,80ppm. A Tipos de Depósitos: depósitos relacionados a intru-
dispersão do Mn nos solos é muito semelhante com sões porfiríticas (Cox & Singer, 1992; Orris & Bliss,
a das amostras de sedimentos de corrente, com os 1991; Orris, 1998, apud Licht et al., 2007); e depósi-
teores mais elevados na região sul do estado, porém tos do subsistema hidrotermal plutônico, apical dis-
observa-se, também, teores mais elevados na bacia seminado do tipo “greisens” com W-Mo (Biondi,
do rio Doce, nos municípios de Itarana (1.182ppm) e 2003). Localização das principais Jazidas: EUA, Chi-
de Sooretama (860ppm), ao norte do estado. na, Chile, Canadá, Peru, México, Mongólia e Rússia
Apreciação conjunta: A maioria dos teores de (USGS, 2011). No Brasil o molibdênio ocorre como
Mn detectados nas amostras de água foram baixos, subproduto da scheelita na Província Scheelitífera
menores ou próximos ao VMP do CONAMA do Seridó nos estados do RN e PB (DNPM, 2015).
357/2005. As Resoluções CONAMA que dispõem Água para Abastecimento Público e Água Super-
valores orientativos para solos e sedimentos não ficial: Os resultados analíticos das amostras de água,
contemplam o elemento químico manganês. Os tanto as superficiais, quanto as coletadas nos pontos
valores mais elevados de Mn em sedimentos de de captação das ETAs, foram abaixo do limite de
corrente e solos foram detectados na região sul- quantificação (LQ) do método analítico (0,007mg/L).
sudoeste do estado e segundo Vieira & Menezes Sedimentos de Corrente: O Mo foi detectado em
(2015) foram cadastrados quatro ocorrências de Mn todas as amostras, com teores de 0,1 a 4,98 e valor
no município de Guaçuí. médio de 0,59ppm. Somente em 2% das amostras
foram obtidos teores acima do valor médio crustal
Mo - Molibdênio (1,5ppm). Essas amostras ocorrem dispersas na regi-
O Molibdênio é um metal de transição de colora- ão sul do estado.
ção branco-prateado, resistente à corrosão, muito Solos: O molibdênio foi detectado na maioria das
duro (alto ponto de fusão), é considerado bom con- amostras analisadas, com concentrações de 0,025 a
dutor de eletricidade e calor. Nos processos geológi- 2,23ppm e valor médio de 0,86ppm, muito abaixo
cos se assemelha ao tungstênio, sendo mais facil- do teor médio crustal para solos (2ppm) e do valor
mente particionado com este (Mineropar, 2005). orientativo de prevenção da Resolução CONAMA
Durante o fracionamento magmático, torna-se enri- 420/2009 (30ppm). Os teores mais elevados ocorre-
quecido em estágios tardios em granitos, pegmatitos ram nas amostras coletadas na região norte do es-
e soluções hidrotermais (Koljonen et al., 1992, apud tado, em áreas dos municípios de Mantenópolis,
Mineropar, 2005). Levinson (1974) reporta que a Conceição da Barra e Linhares, sobre terrenos com
média crustal do molibdênio é 1,5ppm, o teor médio características geológicas diversas.
em solos é 2ppm e em águas fluviais é 1mg/L. Mine- Apreciação conjunta: O molibdênio foi detectado
rais de Minério: A principal fonte de molibdênio é o no estado do Espírito Santo em concentrações bai-
mineral molibdenita, porém pode ser encontrado

204
xas, em todos os meios amostrados, evidenciando Montanha (30,51mg/L) e Pedro Canário
origem geogênica. (56,79mg/L). Esses municípios estão no extremo
norte do estado, região de baixa pluviosidade e alta
Na - Sódio evaporação favorecendo a concentração de sais nas
O Sódio é um elemento bastante abundante na águas.
crosta terrestre, em numerosos compostos naturais, Água Superficial: O Na foi detectado na maioria
como sob a forma de sal na água do mar e no mine- das amostras, com concentrações variando de 0,005
ral halita. É um metal alcalino, de cor prateado a a 1.262mg/L e o valor médio, 22mg/L. A maioria das
branco, intensamente reativo, encontrado na natu- amostras com teores elevados ocorrem nas bacias
reza combinado com diversos elementos. Nas rochas dos rios Itaúnas e São Mateus e na faixa litorânea,
forma os silicatos (feldspatos) com sua composição indicando influência climática e da cunha marinha,
mudando de cálcica para sódica durante a diferenci- respectivamente. Porém, observa-se ainda, poucas
ação magmática (Mineropar, 2005). Minerais de amostras com elevados teores de sódio, dispersas
Minério: thenardita, trona e mirabilita (Branco, nas bacias do rio Doce, Benevente e Itapemirim.
1982, apud Mineropar, 2005). Principais Utilidades: Sedimentos de Corrente e Solos: A maioria das
O Na metálico é usado como agente redutor na ob- amostras de sedimentos de corrente e de solos
tenção de outros metais, como o titânio e o zircônio, apresentou concentrações abaixo do limite de de-
a partir dos seus cloretos ou óxidos. O uso mais po- tecção (LD) do método analítico (0,01%).
pular do sódio é como sal de cozinha (NaCl), na fa- Apreciação conjunta: O sódio não é contemplado
bricação de lâmpadas a vapor de sódio (amarelas), na Resolução 357/2005, porém na Portaria MS
usadas para iluminação especial de ruas e estradas, 2914/2011, seu VMP é 200mg/L. Observa-se que
e principalmente, como condimento alimentar. É mesmo os teores mais elevados obtidos nas águas
utilizado, também, em diversos produtos como soda utilizadas para abastecimento humano, estão abaixo
cáustica, produtos para panificação (bicarbonato de do valor definido pelo Ministério da Saúde, enquan-
sódio), produção de vidro, sabão e na indústria têxtil to que em apenas 5 amostras de água superficial
e química (Winter, 1998). Impactos Biológicos: É um foram observados teores acima deste VMP.
elemento necessário à saúde humana, tem um papel
importante no balanço hídrico da água corporal. Nb - Nióbio
Porém, a ingestão excessiva e habitual de sal de O Nióbio é um metal de transição de cor branca
cozinha, com uma alimentação rotineiramente sal- brilhante, maleável, dúctil e com boa resistência à
gada, causa sérios danos à saúde, podendo levar a corrosão. A maioria dos compostos de Nb é solúvel
pessoa a tornar-se hipertensa. Mobilidade Ambien- em meios ácidos e alcalinos, durante o intemperis-
tal: Tanto em ambiente oxidante quanto em redu- mo é muito dependente dos minerais encaixantes,
tor, o Na se comporta com mobilidade moderada- com isso o Nb pode ser liberado (biotita, anfibólio)
mente alta (Rose et al. 1979, apud Licht, 1998). Ti- ou permanecer em minerais resistatos (titanita, zir-
pos de Depósitos: Associados aos depósitos de sal cônio etc). As propriedades físico-químicas do nióbio
marinho (cloreto de sódio) e a sequências evaporíti- são semelhantes às do tântalo. Devido a isso, eles
cas tendo como mineral-minério principal a trona, a tendem a ocorrerem juntos nos minerais. A média
qual é usada para obtenção do carbonato de sódio. crustal do nióbio é 20ppm (Hawkes & Webb, 1962 e
Localização das principais Jazidas: O composto mais Levinson, 1974). Minerais de Minério: O Nb é en-
abundante de sódio é o cloreto de sódio (sal), onde contrado nos minerais niobita (columbita), niobita-
os principais produtores são: EUA, China, Alemanha, tantalita, pirocloro e euxenita. columbita, pirocloro,
Índia, Canadá, Austrália, México, Brasil e Chile samarskita (óxido complexo de ETR, Nb e Ta), lopari-
(USGS, 2011). O maior depósito de trona conhecida ta, fergusonita, euxenita e tapiolita (Rankama &
no mundo localiza-se próximo a Green River Sahama, 1954). Principais Utilidades: O Nb apresen-
(Wyoming-EUA). ta numerosas aplicações. É utilizado em aços inoxi-
Água para Abastecimento Público: O sódio foi dáveis e em outras ligas metálicas com o ferro e com
detectado em todas as amostras, com teores entre o zircônio. Estas ligas são geralmente usadas para
1,5mg/L e 56,79mg/L e valor médio de 7,64mg/L. Os fabricação de tubos transportadores de água e pe-
teores mais elevados ocorreram nas estações de tróleo a longas distâncias. Devido a sua resistência à
captação das ETAs de São Mateus (22,19mg/L), Con- corrosão é também utilizado na fabricação de joias.
ceição da Barra (22,41mg/L), Mucurici (30,63mg/L), É utilizado, ainda, nas indústrias nuclear e aeronáu-

205
tica (produção de motores a jato e equipamentos temperismo, o Ni+2 é facilmente mobilizado e, em
para foguetes). Impactos Biológicos: Não é conheci- soluções aquosas sob condições oxidantes e pH<4,
do o papel que o Nb desempenha nos processos torna-se estável, podendo migrar por grandes dis-
vitais, porém não há evidências de toxicidade em tâncias. O íon Ni+2 possui raio atômico similar ao
humanos. Mobilidade Ambiental: É imóvel em con- Mg+2 e o Fe+2, facilitando a substituição no fraciona-
dições oxidantes (pH 5-8) e em condições redutoras mento magmático, o que leva a ser fortemente en-
(Rose et al., 1979, apud Licht, 1998). Tipos de Depó- riquecido nas rochas ultramáficas. Hawkes & Webb
sitos: Depósitos relacionados a rochas alcalinas (Cox (1962) reportam que a média crustal de níquel é
& Singer, 1992; Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud 100ppm, a concentração média em solos é 40ppm e
Licht et al., 2007, Biondi, 2003) e pirocloro em car- varia de 0,02 a 10mg/L em água. Minerais de Miné-
bonatitos (Biondi, 2003). Localização das principais rio: É encontrado nos minerais nicolita, pentlandita,
Jazidas: Brasil (98,4% da produção mundial) e Cana- pirrotita, gamierita, milerita, violarita, garnierita e
dá (USGS, 2011). As principais reservas de nióbio no heazlewoodita. Principais Utilidades: É empregado
Brasil encontram-se em Minas Gerais (83,6%), locali- na fabricação de aço inoxidável e outras ligas ferro-
zadas no Complexo Alcalino de Araxá e no município sas e não-ferrosas para consumo no setor industrial,
de Nazareno, em Goiás (15,3%) estão nos municípios em material bélico, em moedas, nas aeronaves e na
de Catalão e Ouvidor e no Amazonas (1,1%) com produção do imã artificial. Impactos Biológicos:
reservas nos municípios de São Gabriel da Cachoeira Apesar de ser encontrado em baixas concentrações
e Presidente Figueiredo (Biondi, 2003). nos organismos vivos, não é essencial à vida. O ní-
Água Superficial e Água para Abastecimento Pú- quel possui seu efeito na saúde humana marcado
blico: O nióbio não foi analisado nessas amostras. nas reações alérgicas, chegando até a causar câncer
Sedimentos de corrente: O nióbio foi detectado respiratório, irritação gastrointestinal, dermatite e
em todas as amostras, com teores variando de 0,1 a malformações congênitas. Mobilidade Ambiental:
13,85ppm e valor médio de 1,8ppm, muito abaixo Tanto em ambiente oxidante quanto em redutor, o
da média crustal (20ppm). Somente 3% das amos- Ni se comporta com mobilidade muito baixa a imó-
tras analisadas apresentaram teores mais elevados vel (Andrews-Jones, 1968 e Rose et al. 1979). Tipos
(4,71 a 13,85ppm) e ocorrem dispersas no território de depósitos: Ni-Cu em Komatiítos, Ni-Cu em rochas
estadual, sobre granitoides pós-orogênicos, como máficas-ultramáficas, Ni-Cu em dunitos, processos
também sobre coberturas sedimentares cenozoicas, superficiais - Ni laterítico. Principais Jazidas: Canadá,
nas bacias dos rios São Mateus e Doce. Rússia, África do Sul, China, Nova Caledônia, Indoné-
Solos: O Nb foi detectado em 98% das amostras, sia, Austrália, Papua Nova Guiné, Guatemala, Cuba,
com concentrações entre 0,025 a 5,53ppm e valor Venezuela e Brasil (Jaguar, Santa Rita, Onça-Puma,
médio de 1,38ppm. Os teores mais elevados se loca- Vermelho, Jacaré-Jacarezinho, Niquelândia, Barro
lizam na região sul do estado, em áreas dos municí- Alto, Americana do Brasil, Água Branca e São João
pios de São José do Calçado, Domingos Martins, do Piauí). Em Pernambuco, há referência de ocor-
Afonso Cláudio e Santa Leopoldina, e ainda nos mu- rência de sulfetos de Ni, associado a Cu e platinói-
nicípios de Pancas e Linhares, mais ao norte. Nessas des, em jazimentos de Fe-Ti hospedados na Suite
áreas ocorrem granitoides, formados por vários pro- Máfico-Ultramáfica Serrote das Pedras Pretas, ao
cessos e em diferentes idades, com exceção da norte de Floresta.
amostra IS-L-35, em Linhares, que ocorre sobre co- Água para Abastecimento Público e Água Super-
berturas cenozoicas, da Formação Barreiras. ficial: Todas as amostras de água, tanto superficial,
Apreciação conjunta: As legislações ambientais quanto as coletadas na captação das ETAs, apresen-
brasileiras para solos e sedimentos não contemplam taram teores abaixo do limite de quantificação da
o elemento nióbio. O Nb foi detectado na maioria metodologia analítica (0,007mg/L).
das amostras de solos e sedimentos de corrente em Sedimentos de Corrente: O níquel foi detectado
baixas concentrações, evidenciando origem geogê- em todas as amostras, com teores de 1 a 50,5ppm e
nica. valor médio de 6,44ppm, muito abaixo da média
crustal (100ppm). Os teores mais elevados foram
Ni - Níquel obtidos na região sudoeste, próximo da divisa de
O Níquel é um metal prateado, considerado side- Minas Gerais, porém, somente a amostra IS-S-084,
rófilo por estar associado ao Fe, e calcófilo, por pos- coletada no ribeirão do Meio, na bacia do rio Itape-
suir grande afinidade com o enxofre. Durante o in- mirim, apresentou teor (50,5ppm) acima do valor

206
orientativo definido pela Resolução CONAMA acal, nitrito e nitrato, e ainda, em diversas estruturas
454/2012 (35,9ppm). Nesta região ocorrem rochas orgânicas como aminoácidos, além de diversos ou-
do embasamento paleoproterozoico (Complexos tros compostos orgânicos. Minerais de Minério: A
Caparaó e Serra do Valentim: charnockitos e ender- fonte primária é o gás N2, presente na atmosfera
bitos, granulitos e kinzigitos) e associação metavul- terrestre. Entretanto, outras fontes de N são rochas
canossedimentar (Complexo Ipanema, com corpos como o Salitre do Chile (NaNO3), encontradas nos
de metaultrabásicas), também do paleoproterozoi- desertos do Chile, Bolívia e Peru, e o Salitre de Ben-
co. gala (KNO3), nos desertos da Índia, Pérsia e Egito.
Solos: O Ni foi detectado na maioria das amos- Principais Utilidades: O gás nitrogênio é utilizado
tras, variando de 0,25 a 45,1ppm e concentração em grandes quantidades como atmosfera inerte.
média de 7ppm, abaixo da concentração média em Isso ocorre principalmente na indústria do ferro e do
solos (40ppm) e do valor de referência de qualidade aço, em outras indústrias metalúrgicas, nas refinari-
para o Ni em solos, segundo Paye (2010) – 9,17ppm. as de petróleo, na limpeza das tubulações e dos
A dispersão do níquel em solos é similar à de sedi- reatores de craqueamento catalítico e reforma. O
mentos de corrente, com os teores mais elevados na nitrogênio é usado também como agente refrige-
região sul do estado. Mas, somente na amostra IS-L- rante. Grandes quantidades de N2 são consumidas
022, coletada no município de Santa Leopoldina, foi na fabricação de amônia e de cianamida de cálcio. O
obtido um teor (45,1ppm) acima do valor orientati- N2 é obtido em escala industrial, liquefazendo-se o
vo, para prevenção, definido pela Resolução CONA- ar e então realizando-se a destilação fracionada do
MA 420/2009 (30ppm). mesmo. O N2 tem ponto de ebulição menor que o
Apreciação conjunta: O níquel foi detectado em O2, saindo da coluna de destilação antes do O2. Seis
concentrações abaixo da média crustal definida por gases industriais são obtidos dessa maneira: N2, O2,
Hawkes & Webb (1962), tanto em sedimentos de Ne, Ar, Kr e Xe. Nitrato e outros compostos de nitro-
corrente, quanto em solos, refletindo a geologia do gênio são muito utilizados como fertilizantes e em
Estado do Espírito Santo, onde a maioria das rochas explosivos. Impactos Biológicos: Baixas concentra-
são granitoides formados por diferentes processos. ções de nitrato podem estar presentes em águas
Porém se destaca a região sudoeste do estado, onde naturais. No entanto, um máximo de 10mg/L medi-
o Ni foi detectado em teores mais elevados, onde do em nitrogênio é permitido pela Resolução CO-
ocorrem rochas do embasamento paleoproterozoico NAMA 357/2005 e pela Portaria MS 2914/2011 em
(Complexos Caparaó e Serra do Valentim). água para consumo humano. Teores acima desse
valor podem contribuir como causa da metahemo-
N – Nitrogênio globinemia infantil (o nitrato reduz-se a nitrito na
O Nitrogênio é um gás, tendo como símbolo corrente sanguínea, tornando o sangue azul) e cân-
químico "N", sendo este o elemento mais abundante cer de estômago (INCA, 2012). Concentrações de
da atmosfera terrestre, fazendo-se presente na nitrato muito elevadas nas águas fluviais podem
composição de todos os seres vivos. Na natureza indicar a presença de despejo de efluentes domésti-
apresenta sempre dois isótopos, encontrando-se na cos e/ou de fertilizantes, bem como de efluentes de
forma do gás Nitrogênio (N2), sendo que nesta indústrias químicas, petroquímicas, siderúrgicas,
mesma forma o elemento compõe cerca de 78% do farmacêuticas, de conservas alimentícias, matadou-
ar atmosférico. O nitrogênio possui ainda como ca- ros, frigoríficos e curtumes.
racterísticas a falta de cor, cheiro ou gosto. O ele- Neste trabalho, o nitrogênio foi analisado nas
mento é também dotado de uma alta energia de formas de nitrito (NO2-) e nitrato (NO3-) em amostras
ligação, tendo como consequência a dificuldade do de água (superficial e para consumo humano). Os
nitrogênio molecular de reagir facilmente com as Valores Máximos Permitidos – VPMs definidos pelo
demais substâncias, e sob condições normais de CONAMA 357/2005 são: para nitrito, 1 mg/L e para
temperatura e pressão, este é relativamente inerte à nitrato, 10mg/L como N. Porém, os VMPs definidos
maioria dos reagentes. Há uma troca contínua de pela World Health Organization – WHO (WHO, 2011)
nitrogênio entre a atmosfera, o solo, os oceanos e os são: 3mg/L como NO2- e 50mg/L como NO3-. Como
organismos vivos, cuja quantidade é estimada em no projeto foram analisados NO3- e NO2-, serão con-
108 a 109 t/ano. Esse processo é denominado ciclo siderados os VMPs da WHO.
do nitrogênio. O nitrogênio pode ser encontrado na
natureza nas formas de nitrogênio orgânico, amoni-

207
Água para Abastecimento Público: OD - Oxigênio Dissolvido
Nitrato - NO3- O Oxigênio dissolvido é um fator limitante para
As concentrações de nitrato variaram de 0,005 a manutenção da vida aquática e de processos de
10,24mg/L medidos em NO3-. Todas as amostras autodepuração em sistemas aquáticos naturais.
apresentaram teores abaixo do VMP definido pela Durante a degradação da matéria orgânica, as bac-
WHO (50mg/L NO3-). Em geral os pontos de captação térias usam oxigênio nos seus processos respirató-
das águas utilizadas nas ETAs para tratamento e rios, podendo causar uma redução de sua concen-
distribuição a população se localizam nas cabeceiras tração na água. Os níveis de OD tem variações sazo-
dos mananciais, onde dificilmente se encontram nais e em períodos de 24h. Normalmente, em águas
fontes antropogênicas. naturais e ao nível do mar, a concentração está em
Nitrito - NO2- torno de 8mg/L a 250C. A concentração de OD em
Os teores de nitrito detectados variaram de lagoas e represas, varia verticalmente na coluna de
0,005 a 0,33mg/L medidos em NO2-. Na maioria das água, ao passo que em rios e riachos apresenta vari-
amostras foi obtido teores abaixo do limite de quan- ações mais horizontais ao longo do curso das águas.
tificação (LQ) da metodologia analítica (0,01mg/L). O valor mínimo de oxigênio dissolvido para preser-
Somente em 30% das amostras foi obtido teores de vação da vida aquática, estabelecido pela Resolução
0,02 a 0,33mg/L de nitrito, sendo que a concentra- CONAMA 357/2005 é de 5mg/L, mas existe uma
ção mais elevada foi detectada na amostra da esta- variação na tolerância de espécie para espécie.
ção de captação do município de Vila Pavão. Porém Água para Abastecimento Público: Das 78 esta-
é muito mais baixa do que o VMP determinado pela ções de coleta, somente em 68 foi possível fazer as
WHO (3mg/L de nitrito). medições de OD. Na maioria das ETAs foi medido
Água Superficial: valores de oxigênio dissolvido acima de 5mg/L. So-
Nitrato - NO3- mente em 15% das amostras analisadas foram en-
As concentrações de nitrato variaram de 0,005 a contrados valores abaixo do VMP pelo CONAMA
526,31mg/L medidos em NO3-. A maioria das amos- 357/2005, sendo a maioria nos municípios na região
tras apresentaram teores abaixo do VMP definido sul do estado.
pela WHO (50mg/L NO3-). Somente nos córregos Siri Água Superficial: Foram coletadas 345 amostras
e Coqueiro, este último na bacia do rio Itapemirim, de água superficial, porém somente em 305 foi pos-
foram detectados teores elevados: 97,91 e sível medir os valores de OD, sendo que a maioria,
526,31mg/L de nitrato, respectivamente, acima do acima de 5mg/L, atendendo ao CONAMA 357/2005.
VMP da WHO. Provavelmente, as principais fontes Algumas amostras na região sul do estado, especi-
desse íon nesses córregos são oriundas de efluentes almente nas bacias dos rios Itapemirim, Benevente e
domésticos ou atividades agrícolas. na sub-bacia do rio Guandu (bacia do rio Doce) mos-
Nitrito - NO2- traram valores abaixo de 5mg/L.
Os teores de nitrito detectados variaram de Apreciação conjunta: No Espírito Santo a maioria
0,005 a 16,6 mg/L de NO2-, sendo que em 42% das das amostras, tanto de água para abastecimento
amostras analisadas os valores ficaram abaixo do público, quanto de água superficial, apresentaram
limite de quantificação (LQ) do método analítico valores de oxigênio dissolvido que atendem ao CO-
(0,01mg/L). Em comparação com o VMP definido NAMA 357/2005. Porém, algumas amostras locali-
pela WHO (3mg/L de nitrito), somente a amostra zadas na região sul do estado, apresentaram valores
coletada no ribeirão São João (16,6mg/L), na bacia de OD abaixo de 5mg/L. A descarga em excesso de
do rio Itapemirim, apresentou valor 5 vezes superi- material orgânico na água pode resultar no esgota-
or, indicando contribuição antrópica. mento de oxigênio do sistema. Sendo que exposi-
Apreciação conjunta: Na maioria das amostras, ções prolongadas a concentrações abaixo de 5mg/L
os teores mensurados de nitrito e nitrato, tanto para podem não matar alguns organismos presentes, mas
água de abastecimento público, quanto para água aumenta a susceptibilidade ao estresse. Exposição
superficial, foram abaixo dos VPMs definidos pela abaixo de 2 mg/L podem levar à morte a maioria dos
Organização Mundial da Saúde (WHO, 2011). As organismos.
estações de amostragem onde foram obtidas con-
centrações acima do VMP da WHO merecem estu- P – Fósforo
dos localizados na elucidação da fonte antropogêni- O Fósforo é o décimo elemento em abundância
ca. na crosta terrestre. É um elemento não metálico,

208
semitransparente, fosforesce no escuro e pega fogo estão localizados no México, Estados Unidos, Marro-
espontaneamente quando exposto ao ar. Encontra- cos e Oriente Médio. Já os minérios de fosfatos ori-
se na forma de fosfatos normalmente associados ginários de depósitos ígneos estão presentes na
com o cálcio. As maiores reservas de fósforo estão África do Sul, Rússia, Finlândia e Brasil, entre outros
relacionadas a rochas de origem ígnea ou sedimen- (DNPM, 2015). Principais Jazidas: Marrocos, China,
tar. O fósforo é enriquecido em rochas máficas du- Jordânia, EUA e África do Sul. No Brasil, a maioria
rante a diferenciação magmática se cristalizando no das reservas de fosfato é em rocha de origem ígnea,
início do processo. O fósforo aparece em águas na- cujo custo de produção é maior do que nas rochas
turais sob a forma de fosfatos, devido principalmen- sedimentares (maioria das reservas mundiais). No
te às descargas de esgotos sanitários e alguns eflu- Brasil, a principal jazida localiza-se em Tapira-MG,
entes industriais. Minerais de Minério: É comum também em Minas Gerais, Patos de Minas e Araxá;
encontrar o fósforo sob a forma de apatita e fosfa- em Goiás, Catalão e em São Paulo, Cajati (DNPM,
tos de metais alcalino-terrosos, como a hidroxapati- 2015).
ta, clorapatita, fluorapatita ou vivianita. Devido ao Água para Abastecimento Público: Nas amostras
componente fósforo, a principal aplicação da apatita de água, o fósforo foi analisado sob a forma de fos-
é na fabricação de ácido fosfórico para fertilizantes. fato. No CONAMA 357/2005, o valor do fosfato é
As fosforitas são rochas sedimentares de origem expresso em fósforo (P), sendo 0,02mg/L para fósfo-
marinha com alto teor de minerais fosfatados. Prin- ro total para ambiente lêntico e 0,1mg/L de fósforo
cipais Utilidades: O principal uso dos fosfatos é na total em ambientes lótico e intermediários. Todos os
indústria de fertilizantes, além de ração animal e na resultados analíticos das amostras de água coletadas
indústria química (vidros especiais, composição de nas ETAs mostraram valores abaixo do limite de
aços e prevenção contra corrosão de tubulações e quantificação (LQ) do método analítico (0,1mg/L).
caldeiras) (Mineropar, 2005). Impactos Biológicos: O Água Superficial: Os resultados analíticos da
fósforo está entre os principais elementos que cons- maioria das amostras mostraram valores de fosfato
tituem os seres vivos. No organismo humano faz abaixo do limite de quantificação (LQ) da metodolo-
parte da composição dos ossos e dentes, sob a for- gia analítica (0,1mg/L). Somente em seis amostras
ma de fosfato de cálcio, como ainda de importantes foram detectados teores de fosfato superiores a
moléculas e enzimas. O excesso de ingestão de fós- 0,1mg/L, localizadas nas bacias dos rios Itabapoana
foro é expresso como hiperfosfatemia, que interfere (córrego Arraial do Café – 0,2mg/L), Itapemirim (cór-
no controle do sistema hormonal regulador do cál- rego Coqueiro – 2,2mg/L), Doce (rio Guandú –
cio; calcificação, em particular do rim; osteoporose, 1,4mg/L), Barra Seca (córrego Paraisópolis –
pela redução na absorção de cálcio. Os fosfatos 1,15mg/L) e São Mateus ( rio Cricaré – 0,9mg/L e
inorgânicos são um dos ingredientes mais utilizados córrego Lajeado – 1,91mg/L). Os fosfatos aparecem
e abundantes na composição dos detergentes em pó em águas naturais devido, principalmente, às des-
de uso doméstico e industrial. Alguns efluentes in- cargas de esgotos domésticos. Mas, também as
dustriais, como os de indústrias de fertilizantes, pes- águas drenadas em áreas agrícolas podem apresen-
ticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, tar excessivos teores de fósforo sob a forma de fos-
abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fatos.
fósforo em quantidades excessivas. As águas drena- Sedimentos de Corrente: O fósforo foi detectado
das em áreas agrícolas e urbanas também podem em 91% das amostras analisadas, com teores vari-
provocar a presença excessiva de fósforo. Mobilida- ando de 25 a 2.725ppm. As amostras coletadas nas
de Ambiental: Em condições oxidantes com pH <4,0 bacias dos rios Itabapoana, Itapemirim e Doce apre-
possui mobilidade moderadamente alta; em condi- sentaram os teores mais elevados de fósforo, acima
ções oxidantes com pH 5,0-8,0 e em ambiente redu- de 1500ppm, que são as bacias que apresentaram os
tor é ligeiramente móvel (Andrews-Jones, 1968 e teores mais elevados de fosfatos nas amostras de
Rose et al. 1979). Tipos de depósitos: Em termos água superficial.
mundiais, a rocha fosfática é a única fonte de fósfo- Solos: Nos solos, o fósforo foi detectado em 89%
ro viável, estando contida nos depósitos de origens das amostras analisadas, com concentrações varian-
sedimentares (em torno de 85%), ígneas (próximo a do de 25 a 609ppm, sendo que os teores mais ele-
15%, depósitos associados a rochas alcalinas - car- vados ocorreram, principalmente, nas áreas das
bonatitos) e biogenéticas (DNPM, 2015). Os miné- bacias dos rios Itapemirim e Benevente, como ainda
rios de fosfatos originados de sedimentos marinhos em alguns pontos dispersos na bacia do rio Doce. Em

209
geral, o fósforo em excesso no solo ocorre com o cas. A produção de minério de chumbo no Brasil é
uso abusivo de organofosforados na lavoura. restrita à mina de Morro Agudo em Paracatu, Minas
Apreciação conjunta: O elemento fósforo não é Gerais, sendo um subproduto rentável da lavra de
contemplado nas legislações ambientais brasileiras. minério de zinco. O minério extraído é constituído
No Estado do Espírito Santo ocorre em elevadas por esfalerita (ZnS), fonte do zinco e galena (PbS),
concentrações em algumas amostras de sedimentos fonte do Pb. Principais Jazidas: Austrália, China,
de corrente e solos, em especial nas bacias os rios Rússia, EUA, México, Peru e Índia (USGS, 2011). A
Itabapoana, Itapemirim, Benevente e Doce, o que produção de concentrado de Pb no Brasil é proveni-
pode evidenciar contaminação antrópica. ente da Mina do Morro Agudo em Paracatu-MG.
(DNPM, 2015).
Pb – Chumbo Água para Abastecimento Público e Água Super-
O Chumbo é um elemento químico que ocorre ficial: No estado do Espírito Santo, as concentrações
naturalmente, em baixas concentrações na crosta de chumbo obtidas nas amostras de água superficial
terrestre. É um metal de cor branco-azulada, maleá- e para abastecimento público foram abaixo do limite
vel, resistente à corrosão e fraco condutor de eletri- de quantificação (LQ) do método analítico
cidade. Fortemente calcófilo, o Pb+2 possui raio in- (0,002ppm).
termediário entre o K+ e Ca+2 ocorrendo substitui- Sedimentos de Corrente: O Pb foi detectado em
ções nos feldspatos, micas e apatitas, portanto é todas as amostras, variando de 0,1 a 85ppm e valor
mais enriquecido nas rochas ácidas do que nas bási- médio de 11,07ppm, compatível com a média crus-
cas (Mineropar, 2005). Segundo Hakees & Webb tal (16ppm). Os teores mais elevados foram obtidos
(1962), a média crustal de chumbo é 16ppm, em na região sul do estado, em pontos dispersos, prin-
solos é 10ppm e em água, varia de 0,3 a 3ppb. Mine- cipalmente nas bacias dos rios Itabapoana, Itapemi-
rais de Minério: Normalmente sob a forma de gale- rim e Doce (sub-bacia do rio Guandu), porém esses
na na maioria dos depósitos de chumbo/zinco. Ou- valores estão abaixo do valor orientativo para pre-
tros minerais importantes de chumbo são: cerussita, venção definido pelo CONAMA 454/2012 (91,3ppm).
anglesita, piromorfita, vanadinita, crocoíta e wulfe- Esses teores provavelmente são contribuição geo-
nita. O Pb é encontrado associado a outros metais gênica.
como o zinco, cobre, prata, tório e urânio. Principais Solos: O chumbo foi detectado em todas as
Utilidades: O principal uso do Pb é na fabricação de amostras, variando de 1,1 a 42,5ppm e valor médio
acumuladores para automóveis, mas, também, é de 13,86ppm, próximo da média crustal para solos
muito utilizado na fabricação de ácidos, em ligas (10ppm) e abaixo do valor orientativo de prevenção
metálicas para fabricação de solda, fusíveis e reves- definido pelo CONAMA 420/2009 (72ppm) e abaixo
timentos elétricos. É utilizado ainda em pigmentos do valor de referência de qualidade para solos do
de tintas, protetores de raios-X e munições. A fabri- Estado do Espírito Santo, definido por Paye (2008) –
cação de chumbo tetra etílico vem diminuindo mui- 5,39ppm. A dispersão dos teores de chumbo no
to em função das legislações ambientais restritivas território do Espírito Santo é similar a dos sedimen-
no mundo em respeito à sua aplicação como aditivo tos.
na gasolina. No Brasil, desde 1978 este aditivo dei- Apreciação conjunta: Os teores de chumbo obti-
xou de ser usado como antidetonante. Impactos dos no Espírito Santo estão abaixo dos valores defi-
Biológicos: O Pb em altas concentrações no meio nidos pelas legislações ambientais e coerentes com
ambiente pode ser absorvido pelo organismo huma- a média crustal, evidenciando origem geogênica.
no, podendo causar problemas de saúde, principal-
mente em crianças, que são mais sensíveis aos efei- pH - Potencial Hidrogeniônico
tos adversos, podendo afetar severamente o siste- O Potencial Hidrogeniônico (quantidade de pró-
ma nervoso central, com efeitos irreversíveis. Quan- tons H+) indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade
do absorvido pode se acumular nos ossos, fígado e de uma solução aquosa. A escala de pH varia de 1 a
rins. Mobilidade Ambiental: Em ambiente oxidante 14, em temperatura de 25oC, e indica a concentra-
com pH 5-8 comporta-se como ligeiramente móvel, ção de íons H+ presentes na água. O pH 7 significa
e em ambiente redutor é imóvel (Rose et al. 1979, neutralidade, enquanto que valores menores que 7
apud Licht, 1998). Tipos de Depósitos: Skarnitos representam caráter ácido e maiores que 7, caráter
com Pb e Zn relacionados a intrusões porfiríticas; alcalino. A Resolução CONAMA 357/2005 define os
depósitos relacionados a rochas sedimentares clásti-

210
valores de pH entre 6 e 9 como padrão de qualidade França, Alemanha e EUA (evaporitos); e Chile e Chi-
da água. na (em salmouras) (USGS, 2011).
Água para Abastecimento Público: Os valores de Água para Abastecimento Público e Água Super-
pH medidos nas amostras coletadas nas ETAs estão ficial: O rubídio não foi analisado nas amostras de
inclusos no intervalo definido pelo CONAMA (6 a 9). água.
Água Superficial: Assim como as amostras para Sedimentos de Corrente: O Rb foi detectado na
abastecimento público, as superficiais também maioria das amostras, com teores variando de 0,1 a
atendem ao CONAMA 357/2005. 110ppm, sendo o valor médio 12,9ppm. O padrão de
Apreciação conjunta: No Espírito Santo todas as dispersão geoquímico é similar ao do potássio, com
amostras de água para abastecimento humano e os teores mais elevados na região sul do estado e
superficiais coletadas no projeto estão de acordo pontos dispersos na bacia do rio Doce. O teor mais
com a Resolução CONAMA 357/2005. elevado, tanto de Rb quanto de K, foi obtido no rio
Cobra, na bacia do rio Doce, onde ocorrem granitoi-
Rb – Rubídio des sin a tardi-orogênicos, evidenciando assim, ori-
O Rubídio não é um elemento muito abundante gem geogênica.
na crosta terrestre, porém como seu raio iônico é Solos: O rubídio foi detectado em 97% das amos-
muito similar ao do potássio, substitui-o parcialmen- tras analisadas, variando de 0,1 a 139ppm. Os teores
te nas suas espécies minerais, onde aparece como mais elevados, acima de 80ppm são: Fazenda Mata
impureza. É um metal alcalino, coloração branco- Verde (81,3ppm) em Ecoporanga, Vargem Grande
prateada brilhante, temperatura de fusão <40ºC, (85,3ppm) em Afonso Cláudio, Rosário (85,4ppm)
eletropositivo e muito reativo e elevada volatilidade. em Baixo Guandu e Córrego Santa Rita (139ppm)
Segundo Levinson (1974) a concentração média também em Ecoporanga. Nessas regiões ocorrem
crustal do rubídio é 90ppm, em solos varia de 20 a granitoides sin a tardi-orogênicos (granitos e ortog-
500ppm e em águas fluviais é 1ppb. Minerais de naisses) e rochas metassedimentares proterozóicas
Minério: É encontrado em diversos minerais como a do Complexo Nova Venécia (paragnaisses à sillimani-
lepidolita, leucita, polucita e zinwaldita. Principais ta, granada e cordierita com intercalações de calcis-
Utilidades: O Rb é utilizado, principalmente, na fa- silicáticas e anfibolitos) e do Grupo Italva.
bricação de cristais especiais para sistemas de tele- Apreciação conjunta: O elemento rubídio não é
comunicação de fibra ótica e na fabricação de vidros contemplado nas legislações ambientais brasileiras.
especiais; motores iônicos em veículos espaciais, De acordo com os padrões de dispersão geoquími-
como componente de fotocélula; utilizado junto cos obtidos nas amostras de sedimentos de corrente
com o cério em relógios atômicos e na fabricação de e de solos no Espírito Santo, ficou evidenciado a
fogos de artifícios. Possui isótopo radioativo 87Rb origem geogênica, especialmente com a associação
fazendo par com o Sr (87Rb/87Sr) utilizado para esta- Rb – K observada nos sedimentos de corrente.
belecer idades convencionais em rochas para even-
tos magmáticos e metamórficos. Impactos Biológi- S – Enxofre
cos: Não apresenta um papel biológico conhecida- O Enxofre é o décimo-sexto elemento em abun-
mente importante, sendo considerado atóxico. Pode dância na crosta terrestre. É um não metal, de colo-
se acumular no organismo junto ao K nos músculos ração amarela, sólido a temperatura de 20°C, mal
(Mineropar, 2005) e, no corpo, quando substitui o K condutor de calor e eletricidade, inodoro e insolúvel
(em grandes quantidades), pode causar irritabilidade em água. Elemento bastante comum na superfície
e espasmos (Winter, 1998). Mobilidade Ambiental: da litosfera, ocorrendo em diversos minerais sob a
É ligeiramente móvel em condições oxidante e redu- forma de sulfetos e sulfatos, ou mesmo em sua for-
tora (Andrews-Jones, 1968 e Rose et al. 1979). Tipos ma pura, em regiões vulcânicas. Nos primeiros está-
de Depósitos: O Rb aparece relacionado a depósito gios de cristalização e nos estágios finais da forma-
hidrotermal plutônico (Biondi, 2003); em pegmatitos ção das rochas a quantidade de enxofre é muito
zonados, onde encontramos o Rb em quantidade de pequena, no entanto nos estágios hidrotermais e
traços nos retículos dos feldspatos e micas (lepodoli- pneumatolíticos a concentração de enxofre aumenta
ta e pollucita); em depósitos sedimentares mari- em grande escala (Rankama & Sahama, 1954). A
nhos, relacionados a evaporitos (USGS, 2011); e média crustal do enxofre é 900ppm, em solos é
relacionado a salmouras. Principais Jazidas: Afega- 850ppm e em água, varia de 5 a 500ppb (Hakes &
nistão, Namíbia, Peru, Rússia e Zâmbia (pegmatitos); Webb, 1962). Minerais de Minério: Na forma nativa

211
é encontrado em fontes termais, zonas vulcânicas e bacia de São Mateus, local da amostra de sedimento
em meteoritos. Também está presente, em peque- de corrente com 0,18% de enxofre.
nas quantidades, em combustíveis fósseis como o Apreciação conjunta: O enxofre foi detectado no
carvão e o petróleo. Entre os minerais de sulfeto que Espírito Santo em concentrações compatíveis com a
contém enxofre, podemos citar a galena, pirita, esfa- média crustal, evidenciando origem geogênica.
lerita e cinábrio entre outros. Principais Utilidades:
O enxofre é utilizado em vários processos industri- Sb – Antimônio
ais, como na produção de ácido sulfúrico, na fabrica- O Antimônio é um semimetal, coloração branco-
ção de fósforos, adubos químicos e medicamentos acinzentada, brilho metálico, não é bom condutor
laxantes, como componente da pólvora e vulcaniza- de calor e eletricidade, e é solúvel em água régia.
ção da borracha. Também é usado para branquear o Cristaloquímica e geoquímicamente é semelhante
papel e como conservante de bebidas alcoólicas. É ao arsênio e, em parte ao bismuto (Mason, 1966,
utilizado em fertilizantes, além de ser constituinte apud Mineropar, 2005). Possui forte tendência de se
da pólvora, de medicamentos laxantes, de palitos de combinar com enxofre (calcófilo). O antimônio é
fósforos e de inseticidas. Impactos Biológicos: É um incorporado aos sedimentos de drenagem na forma
nutriente essencial para todos os organismos vivos. de minerais sulfetados detríticos (estibinita, galena e
No organismo humano, alguns aminoácidos impor- blenda) (BGS, 1991, apud Mineropar, 2005). O Sb
tantes na síntese das proteínas, contém enxofre. É está presente na crosta terrestre em concentração
constituinte de algumas enzimas e vitaminas e ajuda média de 0,3ppm (Hakes & Webb, 1962). Minerais
o fígado na secreção da bílis. As plantas absorvem o de Minério: É mais abundante como sulfeto, no
enxofre dos solos como íon sulfato. Mobilidade mineral estibinita e em sulfetos metálicos comple-
Ambiental: Possui mobilidade muito alta em condi- xos. Também ocorre nos minerais antimonita, ul-
ções oxidantes com pH<4 e pH 5-8 (Rose et al. 1979, manita, quermesita, livingstonita, tetraedrita, cal-
apud Licht, 1998)). Principais Jazidas: São relaciona- costibita, wolfsbergita e jemesonita. Principais Utili-
dos a depósito hidrotermal vulcânico e associado a dades: Assim como outros metais, é utilizado em
depósitos evaporíticos de gipsita. Localização das ligas com o chumbo e o estanho, em baterias e re-
Principais Jazidas: EUA, China, Canadá, Rússia, Ale- vestimento de cabos. Também é adicionado a cerâ-
manha, Japão e Arábia Saudita. No Brasil, parte do micas e esmaltes, na borracha e na fabricação de
enxofre (35%) é obtido através do refino de petróleo fogos de artifício e de alguns medicamentos, especi-
e gás, sendo o restante proveniente da industrializa- almente para tratamento das doenças parasitárias
ção do Cu, Zn e Ni (DNPM, 2009), além do depósito leishmaniose e esquistossomose. Em pesquisa mine-
de enxofre nativo do Castanhal em Sergipe (Biondi, ral é utilizado como farejador de Au. Impactos Bio-
2003). lógicos: O antimônio não desempenha papel bioló-
Água para Abastecimento Público e Água Super- gico conhecido nos seres vivos. Quando em elevadas
ficial: O elemento enxofre foi determinado nas concentrações, a exposição ao antimônio, pode ser
amostras de água sob a forma de sulfato e está co- prejudicial ao ser humano, causando alterações car-
mentado a seguir. díacas, renais e hepáticas (Teixeira, 1991). A inala-
Sedimentos de Corrente: O enxofre foi detecta- ção, ingestão e contato com a pele, podem provocar
do em 44% das amostras analisadas, dispersos na respectivamente irritações nos olhos e pulmões,
faixa litorânea do estado, com teores variando de vômitos e irritação (ATSDR, 1999). Mobilidade Am-
0,005 a 1,11%. O teor mais elevado foi obtido na biental: Em ambiente oxidante (pH 5-8) a mobilida-
amostra coletada no Canal do Pinto, na foz do rio de é moderadamente alta; em ambiente redutor é
Itapemirim, seguido do rio Reis Magos (0,64%), rio imóvel (Andrews-Jones, 1968 e Rose et al. 1979).
Laranjeiras (0,22%) e do córrego Grande do Meio Tipos de Depósitos: Depósitos relacionados a fluidos
(0,18%), na bacia do rio São Mateus. Todos os teores hidrotermais de baixa temperatura associados a Pb,
estão acima da média crustal (0,09%). Hg e Ag; depósitos de quartzo e estibinita associados
Solos: Os teores de enxofre nos solos foram de- a rochas vulcânicas félsicas, a máficas subaéreas e
tectados em 82% das amostras analisadas, variando relacionados a intrusões porfiríticas em rochas vul-
de 0,005 a 0,06%, e valor médio de 0,02%, abaixo da cânicas próximas a Cu-pórfiro (Cox & Singer, 1992;
média crustal para solos (0,085%). Os teores mais Orris & Bliss, 1991; Orris, 1998, apud Licht et al.,
elevados se concentram numa faixa na região sul do 2007); depósito de Sb em sistema metamórfico rela-
estado e na região do córrego Grande do Meio, na cionado a zona de cisalhamento. Principais Jazidas:

212
China, Rússia, Tajiquistão, Bolívia e África do Sul ral raro encontrado na Noruega, em formações gra-
(USGS, 2011). níticas, sterritita e kolbeckita (fosfatos hidratados)
Água para Abastecimento Público e Água Super- (Branco, 1982, apud Mineropar, 2005). Principais
ficial: Todos os resultados analíticos das amostras de Utilidades: o óxido de escândio é usado para produ-
água analisadas (abastecimento público e superfici- ção de lâmpadas fluorescentes, para craqueamento
ais) foram abaixo do limite de quantificação (LQ) do do petróleo como traçador, além de ser utilizado nas
método analítico (0,005mg/L). indústrias aeroespacial e aeronáutica. Impactos Bio-
Sedimentos de Corrente: O antimônio foi detec- lógicos: não tem papel biológico conhecido. Mobili-
tado em 62% das amostras analisadas, com teores dade Ambiental: tanto em ambiente oxidante quan-
variando de 0,025 a 1,56ppm e valor médio de to em redutor o Sc é imóvel (Andrews-Jones, 1968 e
0,09ppm, próximo da média crustal (0,03ppm). A Rose et al. 1979). Tipos de Depósitos: é encontrado
maioria das concentrações são baixas, com exceção nas jazidas como subproduto associado aos depósi-
de 7 amostras que ocorrem dispersas na região sul tos de: (i) molibdênio, (ii) Ni-Co (iii), Fe-W-Sn, (iv)
do estado, nas bacias dos rios Itapemirim, Doce apatitas eudialytas na Península de Kola, (v) depósi-
(sub-bacia do rio Guandu), Barra Seca, Piraquê-Açu e tos de urânio como subproduto (thortveitita ~34%
no rio Laranjeiras e ribeirão Juruá, que deságuam no Sc2O3), (vi) pegmatitos ricos em thortveitita e (vii)
Oceano Atlântico. O teor mais elevado foi obtido no ocorrência de thortveitita reportada a Kobe, Japão
rio São Domingos Grande na sub-bacia do rio Guan- (USGS, 2011). Principais Jazidas: o escândio como
du. subproduto: na China, Cazaquistão, Rússia e Ucrânia.
Solos: O Sb foi detectado em 90% das amostras Recursos são encontrados na Austrália, China, Caza-
analisadas, com concentrações entre 0,025 a quistão, Madagascar, Noruega, Rússia e Ucrânia.
0,85ppm e valor médio, 0,15ppm. Os teores mais Água para Abastecimento Público e Água Super-
elevados ocorreram na região sul do estado, corres- ficial: As amostras de água de abastecimento e su-
pondendo a áreas com rochas granitoides de várias perficial não foram analisadas para o elemento es-
idades e composição. Observa-se que algumas áreas cândio.
coincidem com as de teores mais elevados em sedi- Sedimentos de Corrente: O escândio foi detecta-
mentos de corrente. do na maioria das amostras, com teores de 0,05 a
Apreciação conjunta: O elemento antimônio não 27,3ppm, com valor médio de 4,02ppm. As concen-
é contemplado nas legislações ambientais brasilei- trações mais elevadas, são pontuais e localizam-se
ras. Os baixos teores detectados nos solos e sedi- na região sul e sudoeste, se estendendo numa faixa
mentos de corrente, assim como os padrões de dis- até o litoral, abrangendo a bacia do rio Santa Maria
persão geoquímicos obtidos nestas amostras, evi- de Vitória. O arcabouço litoestratigráfico nesta regi-
denciam a origem geogênica. ão é representado, principalmente, por rochas íg-
neas e metamórficas de idades neoproterozoicas a
Sc – Escândio cambrianas (orto e paragnaisses, granitos, char-
O Escândio é um elemento de transição do grupo nockitos, norito, gabro, diorito, monzogranito e
das terras-raras. É um elemento raro na crosta ter- anortosito). O embasamento cristalino aflora no
restre, sendo encontrado em pouca quantidade em limite sudoeste Minas Gerais, representado pelos
todas as jazidas de terras-raras e em muitos miné- Complexos Caparaó e Serra do Valentim, constituída
rios de estanho e tungstênio. Possui coloração prata por uma associação de granulitos de composição
clara, baixa densidade e alto ponto de fusão, além charnockítica, enderbítica, quartzo diorítica e gabró-
de sob a ação do ar adquire película amarelada a ica.
rosada. Cristaloquimicamente pode substituir o Mg, Solos: O Sc foi detectado em quase todas as
Fe, Al, Cr e Ti (ocorrendo associado aos minerais amostras, com concentrações variando de 0,05 a
ferromagnesianos), é enriquecido nas rochas máfi- 17,9ppm. O valor médio foi de 7,12ppm. A maioria
cas nos estágios iniciais de cristalização, estando dos teores mais elevados foi detectado na porção
presente também em pegmatitos e depósitos hidro- sul do estado, onde também foram obtidos os teo-
termais (Koljonen et al, 1992, apud por Mineropar, res mais elevados de escândio em sedimentos de
2005). É abundante em carbonatitos, é adsorvido corrente. Porém, é observado ainda alguns valores
por argilas e hidróxidos de Fe e Al em clima quente e elevados em estações de amostragem na região
úmido (bauxita e lateritas). Minerais de Minério: o norte do estado, nas bacias dos rios Itaúnas e São
principal mineral de escândio é a thortveitita, mine-

213
Mateus, onde também predominam granitoides nível de nutriente) nos humanos pode causar: artri-
(ortognaisses e granitos). te, cansaço, halitose, irritabilidade, disfunção renal,
Apreciação conjunta: O elemento escândio não é desconforto muscular, pele amarelada e cardiopati-
contemplado nas legislações ambientais brasileiras te. Mobilidade Ambiental: É altamente móvel em
de sedimentos de corrente e solos. O padrão geo- condições ambientais de oxidação e altamente imó-
químico do Sc, tanto nos sedimentos de corrente, vel em ambientes redutores. Tipos de Depósitos: As
quanto nos solos mostra que os teores mais eleva- principais fontes são os minérios de cobre, dos quais
dos são encontrados na região sul do estado e evi- o selênio é recuperado como subproduto a partir
denciam origem natural (geogênica). dos processos de flash smelting e/ou refinação ele-
trolítica. Localização das Principais Jazidas: Dentre
Se - Selênio os maiores produtores mundiais de selênio figuram
O Selênio é um elemento raro na natureza, exis- EUA, Canadá, Suécia, Bélgica, Japão e Peru.
tindo naturalmente em rochas, sedimentos e solos. Água Superficial e Água para Abastecimento Pú-
Ocorre associado aos minérios do grupo dos sulfetos blico: Os resultados analíticos nas amostras de água
e a outros elementos como Pb, Hg, Cu, Ag e Th, e superficial e daquelas utilizadas para abastecimento
forma minerais raros como claustalita, tiemanita, público foram detectados abaixo do limite de quan-
naumanita, klockmanita, berzelianita, umangita, tificação (LQ) do método analítico (0,002mg/L).
eucairita e crooksita. Segundo Levinson (1974), a Sedimentos de Corrente: Somente em 7% do
média crustal é 0,05ppm, em solos é 0,2ppm e em número de amostras analisadas foram detectados
águas fluviais e 0,2mg/L. Minerais de Minério: teores mais elevados do que o limite de detecção da
Ocorre em seu estado nativo juntamente com o metodologia analítica (LD) (1ppm). Os teores mais
enxofre ou, ainda, sob a forma de selenetos em al- elevados, de 2 a 8 ppm, ocorreram em pontos isola-
guns minerais complexos, tais como: seleneto de dos nas bacias do rio São Mateus e rio Doce.
cobre e prata; seleneto de chumbo; seleneto de Solos: O selênio foi detectado somente em 31%
prata; seleneto de cobre, titânio e prata; e seleneto das amostras analisadas, com teores variando de 1 a
de cobre e chumbo. Principais Utilidades: Tem vá- 3ppm, abaixo do valor orientativo de prevenção
rias aplicações na área da eletrônica e elétrica; em definido na Resolução CONAMA 420/2009 (5ppm).
fotografias é utilizado como catalisador na oxidação, Os teores mais elevados ocorreram na bacia do rio
hidrogenação e desidrogenação de compostos orgâ- São Mateus em terrenos de coberturas sedimenta-
nicos, sendo também adicionado aos aços inoxidá- res cenozoicas e nas bacias dos rios Jucu e Beneven-
veis. Melhora a resistência ao desgaste da borracha te, em rochas sedimentares proterozoicas: Grupo
vulcanizada. Impactos Biológicos: É um micronutri- Italva, com contribuição vulcanossedimentar.
ente para todas as formas de vida, sendo essencial Apreciação conjunta: A Resolução CONAMA
ao organismo humano. Embora o selênio seja um 454/2012 não contempla o elemento selênio. A
elemento químico relativamente escasso na nature- maioria das concentrações de selênio no estado do
za, as atividades humanas como a agricultura e a Espírito Santo em sedimentos de corrente e em so-
indústria podem aumentar a concentração de várias los é muito baixa. As poucas amostras com teores
espécies de selênio, em mananciais, para níveis que mais elevados, evidenciam que a origem desse ele-
podem ser prejudiciais aos organismos. Os compos- mento é natural (geogênica).
tos de selênio são liberados para a atmosfera e a
água sob forma de gases e cinzas durante a combus- Si - Silício
tão do carvão e petróleo, durante a fundição e refi- Na crosta terrestre o Silício é o segundo elemen-
no de metais como cobre, chumbo e zinco e o fabri- to mais abundante. É encontrado em praticamente
co de cerâmica, vidro e esmalte. O selenato de sódio todas as rochas e solos. Combinado com o oxigênio,
é utilizado como inseticida. As formas de exposição forma a sílica (SiO2), com oxigênio e outros elemen-
de seres humanos ao selênio ocorrem por meio da tos (como, por exemplo, alumínio, magnésio, cálcio,
ingestão de alimentos ou água, bem como pelo con- sódio, potássio ou ferro), forma silicatos, sendo os
tato com solos, resíduos ou ambientes contendo principais os feldspatos e micas. Na água do mar, a
altas concentrações desse elemento na forma de sua concentração é relativamente baixa, com média
vapor/gás. Sua carência nos humanos pode causar: de apenas 3mg/L. Minerais de Minério: É um com-
esterilidade feminina, infecções, problemas de cres- ponente essencial da grande maioria das rochas.
cimento e insuficiência pancreática. Seu excesso (em Arenitos, argilitos e granitos são exemplos de rochas

214
que contem compostos de silício. O quartzo (SiO2) Gerais e Bahia. A única ocorrência de opala encon-
pode apresentar diferentes cores de acordo com a tra-se em Pedro II, no Piauí.
presença de pequenas quantidades de elementos Água para Abastecimento Público: O silício foi
associados. A sílica quase pura é conhecida como detectado em todas as amostras analisadas, com
cristal de rocha. A opala, calcedônia e a sílica amorfa teores entre 0,29 e 12,15mg/L. Somente em 3 amos-
hidratada são encontradas em várias cores. Princi- tras foram obtidos teores mais elevados: nas capta-
pais Utilidades: É empregado na fabricação de vi- ções das ETAs de Presidente Kennedy, Apiaçá e Atílio
dros especiais - como os boro-silicatos (tipo Pyrex®), Vivacqua, na região sul do estado.
esmaltes, vernizes especiais e cerâmicas variadas. O Água Superficial: O silício, também foi detectado
silício forma uma importante classe de compostos em todas as amostras, com teores variando de 0,87
conhecidos como silicones, que podem ser encon- a 19,49mg/L e valor médio de 5,7mg/L. Os teores
trados como óleos, graxas e borrachas. Alguns deles mais elevados encontram-se dispersos nas bacias
têm importantes usos em cirurgias plásticas, como, dos rios Itapemirim, Doce, São Mateus e Itaúnas.
por exemplo, nos implantes de seios e em outras Sedimentos de Corrente e Solos: O elemento silí-
próteses. O silício, em função de sua abundância na cio não foi analisado nas amostras de sedimentos de
Terra, é amplamente utilizado como matéria-prima corrente e solos.
de diversos produtos, assim como é produto final e Apreciação conjunta: O silício não é contempla-
subproduto em vários processos industriais, ocasio- do nas legislações ambientais para água (superficial
nando a exposição ocupacional em diversas ativida- e para abastecimento humano). Foi detectado em
des de trabalho de uma empresa, ou ainda pela con- todas as amostras de água, evidenciando a contri-
taminação do ambiente no entorno, como é o caso buição geogênica.
de pedreiras. Impactos Biológicos: A exposição ocu-
pacional se dá por meio da inalação de poeira con- Sn - Estanho
tendo sílica livre cristalina. No Brasil, as atividades O Estanho é um semimetal, coloração branco-
que apresentam o maior risco de exposição à sílica metálica e maleável; bom condutor de eletricidade e
são: mineração, construção civil (construção de tú- de calor; resistente à corrosão; inerte ao oxigênio
neis, barragem e estradas), indústria naval (jatea- em condições ambiente e apresenta baixa tempera-
mento de areia na opacificação de vidros), na fundi- tura de fusão em relação aos outros metais. A sua
ção e no polimento de peças na indústria metalúrgi- mobilidade durante o intemperismo é altamente
ca, indústria de cerâmicas, fabricação de vidros, dependente do pH; o Sn+2 é um forte agente redu-
atividades de moagem de quartzo e pedras, artesa- tor, pode estar presente apenas em ambientes áci-
natos e acabamentos em mármore, granito, ardósia dos e redutores (Mineropar, 2005). Hawkes & Webb
e outras rochas. Na situação de exposição ocupacio- (1962) reporta que a média crustal do estanho é
nal, a inalação de poeira é intensa e duradoura, po- 32ppm e em solos é 10ppm. Minerais de Minério: O
dendo causar silicose, câncer de pulmão, tuberculo- estanho é obtido de minérios como a cassiterita
se e diversas doenças autoimunes. Desta forma, (SnO2) e a estanita (Cu2FeSnS4). Os possíveis mine-
configura-se num problema de saúde pública, em rais hospedeiros deste elemento são: a biotita, a
especial no campo da saúde do trabalhador e do moscovita, os anfibólios, o rutilo, a turmalina e a
meio ambiente. Mobilidade Ambiental: A mobilida- magnetita. As associações naturais do estanho são
de do silício é baixa sob condições de oxidação e essencialmente em pegmatitos (Sn-W-Nb-Ta-Be-B-
redução, em meio ácido, neutro ou alcalino. Tipos Li-Rb-Cs-REE), em filões e greisens (Sn-W-B-F-Be) e
de Depósitos: O quartzo hialino em diversas colora- em cassiterita (Sn-B-F-As). A cassiterita origina as
ções, principalmente ametista (violeta), e translúci- principais jazidas de estanho. Principais Utilidades:
do ocorre em pegmatitos e filões hidrotermais. Lo- é usado na indústria farmacêutica, de vidros e co-
calização das Principais Jazidas: As maiores jazidas rantes. Também está presente em pastas de dente,
de opala se encontram nas minas da Austrália e perfumes, sabões, alimentos, nas ligas (Sn-Cu, Sn-Bi-
América Central, incluindo o México. Na Eslováquia Cu), nas tintas, nos fungicidas, nos inseticidas e nos
encontra-se opala nas minas próximas a Presoy (Du- bactericidas. Sob a forma de compostos orgânicos,
bnik). O silício é particularmente importante como as principais aplicações são: a produção de plásticos,
bloco de construção de algas unicelulares (diatomá- embalagens de alimentos, tubos (PVC), pesticidas,
ceas). O Brasil possui grandes reservas de quartzo tintas, preservativos de madeira e repelentes. O
hialino, especialmente nos estados de Goiás, Minas estanho metálico é usado no revestimento de latas

215
para alimentos, bebidas e aerossóis. Está presente cidade, oxida-se rapidamente quando exposto ao ar.
em ligas tais como latão e bronze, e soldas. Impac- O estrôncio é um elemento abundante na natureza,
tos Biológicos: O metal não constitui grande risco, é encontrado majoritariamente na forma de sulfato
mas a elevada exposição humana ao estanho e seus (celestita) e carbonato (estroncianita). A similarida-
compostos pode produzir diversos efeitos tais como de dos raios iônicos do cálcio e estrôncio permitem
neurológicos, hematológicos e imunológicos. Mobi- que este substitua o primeiro nas redes iônicas de
lidade Ambiental: é imóvel em condições oxidantes suas espécies minerais. É enriquecido nas rochas
e redutora (Rose et al., 1979, apud Licht,1998). Tipos alcalinas, principalmente, carbonatitos. Segundo
de Depósitos: relacionado a depósitos associados a Levinson (1974), a média crustal do estrôncio é
rochas félsicas intrusivas em “skarnitos” e sulfetos 375ppm, em solos varia de 50 a 1.000ppm, enquan-
tipo “stratabound”, veios de Sn e Sn em greisens; to em águas fluviais, é 50mg/L. Minerais de Minério:
relacionados à intrusões porfiríticas (Sn-pórfiros e Celestita e estroncianita. Principais Utilidades: Co-
veios com Sn e polimetálicos); relacionados com mo metal, o estrôncio não tem aplicação direta.
vulcânicas félsicas (Sn em riolitos); e depósitos rela- Seus compostos são utilizados na indústria açucarei-
cionados a processos superficiais do tipo “placers de ra, na produção de fogos de artifício e de tintas lu-
cassiterita” (Cox & Singer, 1992; Orris & Bliss, 1991; minescentes. O estrôncio é considerado um metal
Orris, 1998, apud Licht et al., 2007). Principais Jazi- de alta tecnologia. O brometo e o cloreto de estrôn-
das: Peru, Bolívia, Indonésia, China, Brasil e Congo cio são utilizados em medicina para controlar certos
(USGS, 2011). No Brasil, as principais reservas de distúrbios nervosos. Outros compostos deste ele-
estanho estão localizadas na região Amazônica: mi- mento aplicam-se no tratamento do reumatismo e
na do Pitinga (AM) e na Província Estanífera de Ron- na prevenção de osteoporose e das cáries. O isótopo
dônia (Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e radioativo +85Sr é usado na detecção de câncer nos
Cachoeirinha em RO) (DNPM, 2015). ossos. Impactos Biológicos: O estrôncio tem um
Água Superficial e Água para Abastecimento Pú- papel semelhante ao do cálcio no metabolismo hu-
blico: Os resultados analíticos para Sn nas amostras mano, estando envolvido na formação do esqueleto
de água superficial e daquelas utilizadas para abas- e dos dentes, não sendo, portanto, tóxico. No entan-
tecimento público foram detectados abaixo do limi- to, os isótopos naturais +89Sr e +90Sr são extrema-
te de quantificação (LQ) do método analítico mente perigosos uma vez ingeridos, pois ocupam o
(0,01ppm). lugar do cálcio na estrutura óssea. Atuam, então,
Sedimentos de Corrente: Os teores de estanho como fonte de radiação interna, podendo danificar a
nas amostras de sedimentos de corrente variaram medula óssea e as células do sangue em formação e
de 0,4 a 82,6ppm, ocorrendo concentrados na regi- contribuindo para o aparecimento do câncer. Mobi-
ão sul do estado. A maioria dos teores de Sn nas lidade Ambiental: Tanto em ambiente oxidante
amostras estão muito abaixo da média crustal (pH<4 e pH 5-8), quanto em ambiente redutor, a sua
(32ppm), sendo que somente numa amostra (IS-L- mobilidade é moderadamente alta (Rose et al. 1979,
092) coletada no rio Guandú, na bacia do rio Doce, apud Licht, 1998). Tipos de Depósitos: Hidrotermal
foi detectado valor mais elevado – 89,6ppm. plutônico associado a veios de pegmatitos; endóge-
Solos: O estanho foi detectado na maioria das no plutônico associado a carbonatitos (Biondi,
amostras, com teores entre 0,3 a 12,6ppm, concen- 2003). As principais jazidas encontram-se na China,
trados na porção sul do estado, similar às ocorrên- Espanha, México, Argentina, Marrocos, Irã e Paquis-
cias do elemento nas amostras de sedimentos de tão (USGS, 2011).
corrente, com exceção do teor mais elevado Água para Abastecimento Público: O estrôncio
(12,6ppm), no local Córrego Santa Rita, no município foi detectado em todas as amostras, com teores
de Ecoporanga, na divisa com Minas Gerais. variando de 0,0014 a 0,064mg/L. Em 3 amostras
Apreciação conjunta: O elemento estanho não é coletadas nos locais de captação das ETAs de Apiacá,
contemplado nas legislações ambientais brasileiras. Atílio Vivacqua e Presidente Kennedy foram obtidas
Foi detectado em todas as amostras de sedimentos as concentrações mais elevadas: 0,062mg/L,
de corrente e em 98% das amostras de solos, estan- 0,060mg/L e 0,064mg/L, respectivamente. Nas
do associado a granitoides. amostras coletadas nessas ETAs também foram ob-
Sr - Estrôncio tidos os teores mais elevados de Si e Ca, evidencian-
O Estrôncio é um metal alcalino terroso, branco do origem geogênica.
prateado, maleável, dúctil, bom condutor de eletri-

216
Água Superficial: Na maioria das amostras foi de- sulfato é solúvel, exceção ao sulfato de cálcio, de
tectado estrôncio, com teores variando de 0,005 a estrôncio e de bário.
2,19mg/L, sendo as concentrações mais elevadas Água para Abastecimento Público: O íon sulfato
obtidas nas amostras coletadas no litoral, evidenci- foi detectado em 93% das amostras analisadas, com
ando influência da cunha marinha e/ou origem natu- teores entre 0,005 a 44,98mg/L, muito abaixo do
ral proveniente dos sedimentos litorâneos. valor máximo permitido pela Resolução CONAMA
Sedimentos de Corrente: Em 98% das amostras 357/2005 (250mg/L). A maioria das concentrações
analisadas foram detectados teores de estrôncio mais elevadas foram obtidas em estações de capta-
variando de 0,25 a 2.654ppm. As maiores concen- ção de ETAs dos municípios da bacia de São Mateus
trações encontram-se na região sul que se estende (Água do Rio Doce, Barra de São Francisco, Vila Pa-
numa ampla faixa no litoral leste, entre os municí- vão, Conceição da Barra e São Mateus) e, as esta-
pios de Vitória e Linhares, abrangendo as áreas onde ções de captação dos municípios de Linhares (bacia
foram constatadas as concentrações mais elevadas do rio Doce) e Muniz Freire (bacia do rio Itapemirim)
nas amostras de água superficial. foram detectados 32,8mg/L e 35,01mg/L, respecti-
Solos: Em todas as amostras analisadas foram vamente.
detectadas concentrações de estrôncio, variando de Água Superficial: O sulfato foi detectado na mai-
0,5 a 56,1ppm. As concentrações mais elevadas fo- oria das amostras, com teores variando de 0,005 a
ram obtidas na região sul do estado, similar as ocor- 987,91mg/L, sendo que 3 amostras excederam o
rências do elemento nas amostras de sedimentos de VMP para sulfato segundo o CONAMA 357/2005
corrente. O teor mais elevado foi detectado na (250mg/L). As amostras são: rio Guandú
amostra coletada no local Aruaba, no município de (987,91mg/L) na bacia do rio Doce, Córrego do Siri
Serra, na região metropolitana de Vitória, onde (796,25mg/L) e córrego Piranema (293,19), sendo
ocorrem sedimentos cenozoicos, corpos granitoides que os dois córregos desaguam no litoral com a pre-
pós-orogênicos e paragnaisses à sillimanita, granada sença de manguezais, portanto uma contribuição
e cordierita com intercalações de calcissilicáticas, do natural. A estação de coleta no rio Guandú se locali-
Complexo Nova Venécia. za no município Baixo Guandu, após permear os
Apreciação conjunta: O elemento Sr não é con- municípios de Afonso Cláudio e Laranja da Terra e
templado nas legislações ambientais para água, se- receber afluentes em Brejetuba e Itaguaçu, prova-
dimentos e solos. Os resultados analíticos obtidos velmente recebendo efluentes domésticos e agro-
em todos os meios amostrados e analisados eviden- pecuários, visto que o uso dos solos nestas regiões é
ciam origem geogênica. basicamente pastagens e cultivo de café.
Apreciação Conjunta: O íon sulfato foi analisado
SO42- - Sulfato somente nas amostras de água. Os teores elevados,
O Sulfato é um dos íons mais abundantes na na- detectados nas amostras de água superficial, acima
tureza. É um íon abundante na água do mar, no en- do VMP do CONAMA, tem origem natural (mangue-
tanto sua concentração diminui em águas estuari- zais) e/ou por efluentes domésticos e atividades
nas, seja pelo efeito da diluição devido à entrada de agropecuárias.
água doce ou pela redução a sulfeto, principalmente
em locais com intenso aporte de matéria orgânica. Ta - Tântalo
Em águas naturais, a fonte de sulfato ocorre através O elemento metálico Tântalo é relativamente ra-
da dissolução de minerais das rochas e dos solos e ro na crosta terrestre. É raramente encontrado em
pela oxidação de sulfetos. As principais fontes an- sua forma elementar, associando-se frequentemen-
trópicas nas águas superficiais são as descargas de te com nióbio e tório e elementos radioativos como
esgotos domésticos e industriais. As concentrações o urânio. Segundo Levinson (1974), a abundância
de sulfato em águas naturais variam em geral de 2 a crustal é na ordem de 2 ppm. Minerais de Minério:
80mg/L, embora possa exceder a 1.000mg/L em A tantalita é o principal mineral-minério de tântalo,
áreas próximas a descargas industriais ou em regiões mas, em quantidades bem menores, pode entrar na
áridas onde sulfatos minerais estão presentes. Nas composição da columbita. Principais Utilidades: O
águas tratadas para uso humano, é proveniente do tântalo é usado na fabricação de capacitores na in-
uso de coagulantes, sendo importante o seu contro- dústria eletrônica, e ainda é usado em superligas
le, pois sua ingestão em elevadas concentrações para produzir peças de motores a jato, mísseis e
pode provocar efeito laxativo. A maioria dos sais de reatores nucleares. Como ele não é rejeitado pelo

217
organismo humano, é usado na manufatura de pró- na forma de dióxido (TeO2). Principais Utilidades: A
teses para o tratamento de fraturas, tais como cha- maior aplicação do telúrio é em ligas com outros
pas, pinos, parafusos e fios. Impactos Biológicos: metais. É adicionado ao chumbo para aumentar a
Normalmente o tântalo não causa problemas quan- sua resistência mecânica, durabilidade e diminuir a
do manuseado em laboratório, entretanto, deve ser ação corrosiva do ácido sulfúrico. Quando adiciona-
considerado como altamente tóxico, porque existe do ao aço inoxidável e ao cobre torna estes materi-
evidências de que seus compostos podem causar ais mais facilmente usináveis. É usado ainda em ce-
tumores. Mobilidade Ambiental: Tanto em ambien- râmicas, adicionado a borracha aumenta a sua resis-
te oxidante (pH<4 e pH 5-8), quanto em ambiente tência ao calor e ao desgaste, sendo usado como
redutor, a sua mobilidade é moderadamente alta pigmento azul em vidros. Também é usado em espo-
(Rose et al. 1979, apud Licht, 1998). Tipos de Depó- letas de explosivos e apresenta potenciais aplicações
sitos: Hidrotermal plutônico associado a veios de em painéis solares como telureto de cádmio. Impac-
pegmatitos; endógeno plutônico associado a carbo- tos Biológicos: É um elemento não essencial e tóxico
natitos (Biondi, 2003). Localização das Principais em doses relativamente altas. Sua toxicidade é
Jazidas: As principais jazidas encontram-se na China, comparável à do selênio, pois tem um comporta-
Espanha, México, Argentina, Marrocos, Irã e Paquis- mento químico semelhante. Apesar de não apresen-
tão (USGS, 2011). tar grandes problemas para a saúde do organismo,
Água para Abastecimento Público e Água Super- se presente no ar (mesmo em baixas concentrações)
ficial: O elemento tântalo não foi analisado nas pode causar desde ressecamento bucal e hálito de-
amostras de água. sagradável a dores de cabeça e vertigens. Mobilida-
Sedimentos de Corrente: A maioria das amostras de Ambiental: Em todas as condições ambientais
analisadas apresentaram valores de tântalo abaixo apresenta mobilidade muito baixa. Tipos de Depósi-
do limite de detecção (LD) do método analítico tos: O telúrio é obtido como subproduto da produ-
(0,05ppm). Somente em 3% das amostras analisadas ção de cobre, chumbo, níquel, prata e ouro. Locali-
foram detectados teores de Ta, variando de 0,05 a zação das Principais Jazidas: Os principais depósitos
15ppm. Os teores mais elevados estão localizados na de telúrio situam-se no Canadá, EUA (Montana,
porção sul do estado, em estações de amostragem Utah e Arizona) e Peru.
nas bacias dos rios Itabapoana, Itapemirim, Jucu e Água para Abastecimento Público e Água Super-
Doce. ficial: O elemento telúrio não foi analisado nas
Solos: Todos os resultados analíticos para tântalo amostras de água.
nas amostras de solos foram abaixo do limite de Sedimentos de Corrente: O telúrio foi detectado
detecção da metodologia analítica (0,05ppm). em somente 17% das amostras analisadas, com teo-
Apreciação conjunta: O elemento tântalo não é res entre 0,05 a 2,3ppm. Os teores mais elevados
contemplado nas legislações ambientais brasileiras. foram obtidos na região sul do estado, principal-
Este elemento só foi detectado em poucas amostras mente nas bacias dos rios Itabapoana e Itapemirim,
de sedimentos de corrente, evidenciando origem onde ocorrem uma variedade de rochas: granitoides
natural (geogênica). pré-orogênicos (ortognaisses), pequenos corpos de
granitoides sin a tardi-orogênicos (charnockito, en-
Te - Telúrio derbito, tonalito e rochas máficas), corpos de grani-
O Telúrio é um semimetal, frágil e facilmente toides pós-orogênicos (plútons de granito, norito,
pulverizável. É um elemento raro, que às vezes é gabro, diorito e monzonito), como ainda rochas se-
encontrado na forma nativa, porém mais frequen- dimentares proterozoicas (Grupo São Fidélis e Com-
temente na forma de telureto de ouro ou, em pe- plexo Nova Venécia).
quena quantidade, combinado com outros metais Solos: O Te foi detectado em 50,7% das amostras
constituindo minerais como a altaita. Para o meio analisadas, com teores entre 0,05 a 0,63ppm. Os
ambiente é liberado, principalmente, nas emissões teores mais elevados ocorreram numa faixa ao es-
industriais e na combustão do carvão. Segundo Le- tremo sul do estado, nos locais Fazenda Indepen-
vinson (1974), a média crustal do telúrio é dência (município de Mimoso do Sul) e Fazenda
0,001ppm. Minerais de Minério: O Te ocorre em Palmital (município de Presidente Kennedy), na ba-
pequenas quantidades em minerais como a altaita, cia do rio Itabapoana.
calaverita, coloradoita, rickardita, petzita, silvanita e Apreciação conjunta: O telúrio não é contempla-
tetradimita. Também se encontra no estado nativo e do nas legislações ambientais brasileiras. Sendo um

218
elemento raro, foi detectado em poucas amostras e Th- Tório
com teores baixos. Os valores médios obtidos nas
amostras de solos e sedimentos de corrente foram, O Tório é um metal da série dos actinídeos, sen-
respectivamente, 0,074ppm e 0,06ppm, tratando-se do o isótopo 232Th o único disponível na natureza.
de origem geogênica. Está principalmente associado à terras-raras e urâ-
nio. Em condição ambiente é sólido, de cor branca
Temperatura brilhante a prateada, e quando exposto ao ar é le-
A Temperatura da água exerce uma grande in- vemente radioativo. É um condutor intermediário de
fluência sobre a atividade biológica e o crescimento calor e corrente elétrica. Possui forte caráter litófilo,
dos animais e plantas aquáticos, como ainda na sua concentrando-se nas partes superiores da litosfera,
composição química, sendo um dos índices para sendo sua distribuição fortemente controlada pelos
definir a qualidade dos mananciais. A água com estados de oxidação e pelo sistema Eh-pH (Kabata-
temperaturas mais elevadas, em particular a água Pendias e Pendias, 1985). O íon Th+4 é facilmente
subterrânea, pode dissolver mais minerais das ro- solúvel e rapidamente adsorvido ou precipitado em
chas em que se encontra, passando a apresentar sedimentos de materiais hidrolisados. Os minerais
uma condutividade elétrica superior. A água mais de tório e os enriquecidos em tório são geralmente
quente também contém menos oxigênio dissolvido resistatos e possuem mobilidade reduzida no intem-
que a água fria. O aquecimento das águas dos rios perismo, concentrando-se assim nos sedimentos
pode ter origem em processos naturais, como os residuais em regiões de clima tropical, ou em areias
geotérmicos, variações sazonais da temperatura e placers como minerais pesados (Koljonen, 1992).
ambiente e da insolação, e da redução de vazão. Segundo Levinson (1974) a abundância crustal do
Também advém de processos antrópicos diretos, tório é 10ppm, nos solos é 13ppm e em águas super-
como a descarga de efluentes com temperatura ficiais, de 0,1mg/L. Minerais de Minério: Monazita
diferente do corpo receptor, pelo calor liberado na [(Ce, La, Nd, Th)PO4], thorita, euxenita, sendo tam-
oxidação de carga poluente lançada; ou indireta- bém encontrado em outros minerais, associado a
mente, pelo represamento das águas e desmata- ETR e urânio, bem como a esfalerita, apatita e zir-
mentos na área de drenagem. A Resolução CONAMA cão. Principais utilidades: Como fonte de energia
357/2005 não apresenta valor padrão para tempera- nuclear (no processo de obtenção de 233U), ligas
tura dos recursos hídricos superficiais. metálicas com o Mg, catalisador de reações, fabrica-
Água para Abastecimento Público: A maioria das ção de filamentos de W e células fotoelétricas. Im-
amostras utilizadas para abastecimento público fo- pactos Biológicos: O tório não tem função biológica
ram coletadas nas ETAs, sendo assim as temperatu- conhecida e quando disperso no ar, geralmente pela
ras medidas não representam as dos mananciais de mineração, pode ocasionar câncer de pulmão, pân-
origem. As temperaturas variaram de 18,5 a 30,8oC, creas e sangue. Caso esteja acondicionado em algum
sendo a temperatura média 23,8oC. As temperaturas recipiente e posteriormente seja exposto ao ar, po-
mais baixas ocorreram nas amostras coletadas entre de explodir. Mesmo com baixa radioatividade, ofe-
os meses de julho a setembro e as mais elevadas, no rece risco a saúde humana, pois pode originar espé-
mês de março. cies radioativas como o gás radônio 230Rn e o 208Pb.
Água Superficial: As temperaturas medidas nas No corpo humano, os isótopos de tório tendem a
amostras de água superficial variaram de 16,4 a concentrar-se no fígado, nos rins, no baço e na me-
39,5oC, com temperatura média de 23,8oC. Das me- dula óssea. Mobilidade Ambiental: Em condições
didas efetuadas, 6% apresentaram valores abaixo de oxidantes, seja com pH<4 ou entre 5-8, ou ainda em
20oC e somente 2%, temperaturas acima de 30oC. A ambiente redutor, o mesmo é imóvel (Licht et al,
maioria das amostras apresentaram temperaturas 2007). Tipos de Depósitos: Em veios de rochas alca-
no entorno da média. linas, tipo Barra do Itrapirapua. Localização das
Apreciação conjunta: No Espírito Santo, a maio- Principais Jazidas: Estados Unidos, Índia, Sri Lanka,
ria das temperaturas medidas nas amostras de água, Austrália e Madagascar. No Brasil, o tório é encon-
tanto superficiais, quando as de abastecimento hu- trado incluso no minério de ferro-nióbio nas minas
mano, foram no intervalo de 20 a 30oC, de acordo de Catalão-Ouvidor em Goiás, e associado a uma
com as estações do ano, quando foram realizadas as série de intrusões alcalinas de idade neocretácea,
coletas. situadas entre a borda NE da bacia do Paraná e a
borda SW do cráton do São Francisco.

219
Água para Abastecimento Público e Água Super- tal é 0,57%, a concentração média em solos é 0,5% e
ficial: O tório não foi analisado nas amostras de em água fluvial é de 3ppb. Minerais de Minério:
água. Ilmenita, rutilo e anatásio principalmente, além de
Sedimentos de Corrente: O tório foi detectado perovskita, loparita e titanita. Principais Utilidades:
na maioria das amostras, com teores variando de Fabricação de ligas usadas na indústria aeroespacial
0,05 a 1.427ppm. Os teores mais elevados estão (combinando baixa densidade, boa resistência e
numa faixa ao sul do estado, na bacia do rio Itaba- capacidade de resistir a altas temperaturas); confec-
poana e numa grande área ao norte, abrangendo a ção de próteses ortopédicas; implantes dentários; e
bacia do rio São Mateus, próximo à divisa com Mi- na indústria bélica; excelente refletor de radiação
nas Gerais e às bacias dos rios Doce e Barra Seca, até infravermelha (Winter, 1998, apud Mineropar,
o litoral. Nessas áreas, o Th ocorre associado com o 2005). Os principais compostos de titânio são o dió-
Ce, U, Y e La, onde, segundo Vieira e Menezes (2015) xido (TiO2), usado na fabricação de pigmentos bran-
formam os chamados “minerais pesados” dos depó- cos, base para diversos tipos de tinta; e o tetraclore-
sitos de pláceres marinhos, uma assembleia mineral to de titânio (TiCl4), empregado por sua rápida hi-
com ilmenita, rutilo, titanita, zirconita e monazita. drólise (captação de água), para criar cortinas de
Nos córregos São Salvador e Campo Novo, que de- fumaça. A maior parte dos concentrados provenien-
ságuam no litoral de Marataízes, os resultados analí- tes dos minerais de titânio é destinada à produção
ticos mostraram teores de 187,2 e 109,5ppm res- de pigmentos (DNPM, 2015). Impactos Biológicos:
pectivamente, muito acima da média crustal. Não é considerado tóxico, não tendo papel biológico
Solos: O tório foi detectado em todas as amos- conhecido até o momento. Mobilidade Ambiental:
tras, com concentrações entre 2,7 e 53,1ppm e valor Em condições oxidantes com pH<4, pH 5,0-8,0 e em
médio de 19,4ppm, acima da média crustal. Os teo- condições redutoras é imóvel (Rose et al. 1979, apud
res mais elevados, se destacam em áreas dispersas Licht, 1998). Tipos de Depósitos: Depósitos de Fe-Ti-
no território estadual, porém se observa uma gran- V associados à rochas máficas e ultramáficas; em
de área próximo ao litoral nordeste, onde os teores anortositos; em rochas alcalinas (carbonatitos) e; em
de Th estão entre 30,7 a 53,1ppm, abrangendo, depósitos de processos superficiais do tipo placers
principalmente, os municípios de Conceição da Bar- (Cox e Singer, 1992; Orris e Bliss, 1991; Orris, 1998,
ra, São Mateus, Jaguaré, Sooretama e Linhares, on- apud Licht et al., 2007). Localização das principais
de predominam sedimentos Terciários da Formação Jazidas: Noruega, Austrália, Canadá, EUA, Índia,
Barreiras, podendo estar contribuindo para os teo- China, Itália, África do Sul e Brasil (DNPM, 2015). No
res de Th nos solos. Brasil os principais depósitos se localizam na zona
Apreciação conjunta: O elemento tório não é costeira nos estados (RJ, ES, PB, RN, BA e RS), sendo
contemplado nas legislações ambientais brasileiras. o depósito de Mataraca-PB o mais importante (Bio-
Em grande parte do litoral do Espírito Santo antigas ndi, 2003).
linhas de praia formam extensas planícies arenosas, Água para Abastecimento Público: Os resultados
especialmente próximas à desembocadura de gran- analíticos de todas as amostras de água utilizadas
des rios, como o Itabapoana, Itapemirim, Doce e São para o abastecimento humano foram abaixo do limi-
Mateus, tendo quase sempre ocorrências de tabulei- te de quantificação (LQ) do método analítico
ros ou restos de falésias do Grupo Barreiras, que são (0,005ppm).
creditadas como principal fonte dos minerais pesa- Água Superficial: O Ti foi detectado somente em
dos, que retrabalhados pelos agentes marinhos, vêm 3,7% das amostras de água superficial, com teores
a constituir os pláceres marinhos mineralizados (Dias variando de 0,005 a 0,04mg/L, sendo que os mais
et al., 1997; Torezan e Vanuzzi, 1997; Nascimento Jr elevados, ocorreram na sub-bacia do rio Guandu
et al., 2011, apud Vieira e Menezes, 2015) (bacia do rio Doce) e na bacia do rio Itapemirim,
sobre granitoides tardi-orogênicos (quartzo diorito).
Ti - Titânio Sedimentos de Corrente: O titânio foi detectado
O Titânio quando puro é um metal branco e bri- na maioria das amostras (92%). Os teores mais bai-
lhante, litófilo, ocorre em três estados de oxidação xos estão localizados no extremo norte do estado,
(Ti2+, Ti3+ e Ti4+), possui boa resistência mecânica e a enquanto os mais elevados estão na região centro-
corrosão. Nos minerais máficos substitui o Fe e o Al, sul. Os teores mais elevados de titânio ocorreram
portanto é mais comum em rochas máficas do que nas amostras coletadas no ribeirão Santo Agostinho
em félsicas. Segundo Levinson (1974), a média crus- (7,5%) e no rio Santa Joana (9,3%), pertencentes às

220
bacias dos rios Jucu e Doce, respectivamente. Nes- controlada pelos estados de oxidação e pelo sistema
sas áreas ocorre a predominância de granitoides de Eh-pH. Por ser muito reativo, não é encontrado em
diferentes idades e composição e, paragnaisses com seu estado elementar (Kabata-Pendias & Pendias,
intercalações calcissilicáticas. 1992). Hawkes & Webb (1979) adota como média
Solos: Em 88,7% das amostras analisadas foram crustal do urânio, 2,6ppm, em solos 1ppm e em
obtidos teores de titânio variando entre 0,01 e água, varia de 0,05 a 1ppb. Minerais de Minério:
0,34%, abaixo do valor de referência de qualidade Uraninita (UO2), pechblenda (variedade impura e
do Ti em solo – 0,88% (Paye et al., 2010). Em con- amorfa da uraninita), carnotita, euxenita, autunita,
formidade com os resultados obtidos nas amostras torbenita, samarskita, margaritasita, lantinita e al-
de sedimentos, as de solos mostram que os teores bernatyita. Principais Utilidades: Como combustível
mais baixos estão ao norte e os mais elevados ao sul nuclear para geração de energia elétrica, explosivos
do estado. Os teores mais elevados estão predomi- nucleares e produção de raios X. Impactos Biológi-
nantemente na região de Afonso Cláudio, nas cabe- cos: O urânio não é um elemento nutriente e ocorre
ceiras do rio Santa Joana e na bacia do rio Jucu. Ob- em alguns locais devido a vazamentos e acidentes
serva-se ainda alguns pontos na bacia do rio Itaba- em usinas nucleares e no armazenamento do lixo
poana, na área da Fazenda Pavão e na do rio Itape- atômico. É um elemento considerado tóxico aos
mirim, na localidade de São Geraldo. Na região ao seres vivos, apresentando efeitos adversos à saúde
norte, observa-se amostras com teores mais eleva- humana. Seu efeito no organismo é cumulativo,
dos na bacia do rio São Mateus, na localidade de São sobretudo nos ossos. A exposição à radiação pode
Luiz e na bacia do rio Itaúnas, na Fazenda Mata Ver- provocar o desenvolvimento de cânceres. Entre os
de, próximos à divisa com Minas Gerais. Na região trabalhadores das minas de urânio, são frequentes
norte do estado ocorre uma extensa faixa de grani- os casos de câncer de pulmão. Mobilidade Ambien-
to, ortognaisses, charnockito, norito, gabro, diorito, tal: Em condições oxidantes, com pH<4 e pH≥5 a ≤8,
monzonito, sienogranito e anortosito. Enquanto que a mobilidade é moderadamente alta, e em condi-
na região sul, ocorre a mais expressiva suíte cálcio- ções redutoras mostra-se imóvel (Mineropar, 2005;
alcalina caracterizada pela presença de granitoides Koljonen, 1992). Tipos de Depósitos: Relacionados
meta-aluminosos, gnaisses enderbíticos e charnocki- com vulcânicas félsicas e máficas subaéreas; associ-
tos, além de noritos. ado aos depósitos de Au em rochas sedimentares
Apreciação conjunta: As legislações ambientais clásticas, tipo folhelhos negros (Suécia) ou conglo-
brasileiras não contemplam o elemento estudado. merados e arenitos tipo Witwatersrand; em rochas
As concentrações médias de titânio obtidas no esta- metamórficas regionais do tipo discordância junto
do foram: 0,07% em solos, 0,18% em sedimentos de com o Au; em rochas alcalinas (carbonatitos) e de-
corrente e 0,0029mg/L em águas superficiais, todas pósitos do tipo IOCG; relacionados à inconformida-
abaixo das médias crustais segundo Levinson (1974), des (Licht et al., 2007). Localização das Principais
evidenciando origem geogênica. Jazidas: Austrália, Cazaquistão, Canadá, Namíbia,
Rússia, Níger e Uzbequistão. No Brasil, encontra-se
U - Urânio na Bahia (Lagoa Real, município de Caetité), no Cea-
O Urânio é um metal do grupo dos actinídeos, rá (Itatiaia, município de Santa Quitéria) e Minas
não possui cor característica, é denso, reativo, dúc- Gerais (Poços de Caldas).
til, maleável, oxida-se facilmente e possui como Água para Abastecimento Público e Água Super-
característica principal ser altamente radioativo. ficial: O elemento urânio não foi analisado nas
Existe na forma de três isótopos: 234U, 235U e 238U. O amostras de água.
íon U+4 concentra-se nos últimos estágios de dife- Sedimentos de Corrente: Na maioria das amos-
renciação magmática, nas estruturas do zircão, alla- tras foi detectado teores de urânio, variando de 0,05
nita, esfalerita, apatita, monazita e minerais de tó- a 71,8ppm. Os teores mais elevados de U está distri-
rio, ítrio e lantanídeos. O urânio é comumente enri- buído nas amostras de sedimentos de corrente em
quecido nos granitos, pegmatitos e depósitos hidro- duas faixas bem destacadas: uma na região norte
termais. Suas associações metalogenéticas são com (bacias dos rios Doce e São Mateus) e outra na regi-
V, As, P, Mo, Se, Pb e Cu (Koljonen, 1992). Em condi- ão sul do estado (bacias dos rios Itabapoana e Ita-
ções de intemperismo, forma complexos orgânicos pemirim), coincidindo com as áreas de teores mais
facilmente solúveis e móveis, relativamente estáveis elevados de Th. Nessas áreas ocorrem granitoides
em condições ácidas. Na litosfera sua distribuição é pós-orogênicos tipo I (plútons compostos de granito

221
porfirítico, diorito, monzonito, sienogranito, monzo- de oxidação. É bastante abundante na natureza,
granito e anortosito); granitoides sin a tardi- porém nunca é encontrado no estado nativo e nas
orogênicos tipo C (granito Nanuque, ortognaisse, rochas substitui o Fe nos óxidos, piroxênios, anfibó-
granitoides peraluminosos, calcissilicáticos); grani- lios e micas, sendo facilmente liberado dos minerais
toides pré-orogênicos (ortognaisses de composição máficos durante o intemperismo. Ocorre junto com
granodiorítica, tonalítica, diorítica, quartzo- o urânio em sedimentos ricos em matéria orgânica,
monzonítica, quartzo-diorítica e quartzo-sienítica). notadamente em ambientes redutores (Koljonen et
Essas rochas podem apresentar diferentes níveis de al., 1992). Segundo Hawkes & Webb (1962), a média
radioatividade proveniente da presença desses ele- crustal do vanádio é 90ppm e em solos, 100ppm.
mentos contidos em minerais, tais como monazita, Minerais de Minério: Carnotita, ferghanita, vanadi-
alanita, zircão, titanita, apatita, xenotímio e torita, nita, patronita e roscoelita (mica). Pode também ser
que permanecem nos sedimentos de corrente devi- encontrado em outros 60 diferentes minerais, na
do sua elevada resistência à degradação. A grande bauxita, nos minérios de Fe e Ti, no carvão mineral e
maioria dessas rochas são utilizadas como rochas no petróleo (notadamente o extraído na Venezuela).
ornamentais e de revestimento, o que deve ser me- Principais Utilidades: Na metalurgia a sua principal
lhor estudado, uma vez que a presença de elemen- utilização é na fabricação de aços de alta qualidade,
tos radioativos proporciona aumento nos níveis de como componente da liga Fe-V, com elevadas carac-
radiação presente na construção civil. Observou-se terísticas de dureza, elasticidade, resistência a rup-
que na amostra IS-L-222, coletada no rio São José, tura e resistência a corrosão, conferindo uma me-
que desemboca na Lagoa de Juparanã, na margem lhor resistência ao choque e a corrosão (estruturas
esquerda do rio Doce, foram detectados os teores de aviões, gasodutos, oleodutos e ferramentas de
mais elevados de Th (1.427ppm) e de U (71,83ppm), melhor qualidade); como compostos químicos em
além de teores elevados nos seguintes elementos: agentes catalisadores. Além disso, é usado em ligas
As (134ppm); Ce (1500ppm); La (2631ppm); Mn de alumínio e ligas de titânio. O vanádio também é
(512ppm); P (2765ppm); Y (216,91ppm) e K (0,16%). utilizado em reatores nucleares devido as suas pro-
É recomendado um estudo geológico-geoquímico priedades. Impactos Biológicos: O vanádio é consi-
mais detalhado na área, especialmente pela ocor- derado um elemento essencial para algumas espé-
rência de elevados teores de U, Th e TR. cies vegetais e animais (Lopes Jr., 2007). Exposições
Solos: O urânio foi detectado em todas as amos- a altos níveis desse elemento podem causar irrita-
tras, com teores variando entre 0,2 a 8,48ppm. Os ções nos pulmões, olhos e garganta, mas não é con-
teores mais elevados foram obtidos na região ao sul siderado elemento carcinogênico (Mineropar, 2005).
do estado, corroborando com a presença de teores Mobilidade Ambiental: Em condições oxidantes,
elevados em sedimentos de corrente nessa área. pH<4 e pH≥5 a ≤8, possui mobilidade moderada-
Observa-se, porém, que ocorreram também teores mente alta e em condições redutoras e imóvel (Licht
elevados de U na porção noroeste do estado, na et al., 2007). Tipos de depósitos: Fe-Ti-V associados
localidade Córrego Santa Rita, no município de Eco- a rochas máficas e ultramáficas; em EGP do tipo
poranga, na divisa com Minas Gerais. Alaska; em rochas alcalinas (carbonatitos); associado
Apreciação conjunta: A concentração média de a depósitos de magnetita vulcanogênica; em associ-
urânio no Espírito Santo é 3,01ppm em sedimentos ação com depósitos de urânio em rochas sedimenta-
de corrente e 1,41ppm em solos. A maioria das res (Licht et al., 2007). Localização das Principais
amostras que apresentaram teores elevados de urâ- Jazidas: África do Sul, China e Rússia (abastecem o
nio em solos, apresentaram, também, elevados teo- mercado mundial com 98,2%), Austrália e EUA. No
res de tório, em sedimentos de corrente. O U e Th Brasil, ocorre no município de Maracas-BA, mas
em geral aparecem associados nas rochas de com- ainda não há produção no país na forma de metal
posição granítica, quando comparadas com as de (DNPM 2015).
composição basáltica ou utlramáfica, o que eviden- Água para Abastecimento Público e Água Super-
cia a origem geogênica dos elementos, no estado do ficial: O vanádio não foi analisado nas amostras de
Espírito Santo. água.
Sedimentos de Corrente: O vanádio foi detecta-
V - Vanádio do na maioria das amostras com teores entre 1 e
O Vanádio é um metal de cor branco-prateada, 185ppm, acima da média crustal (90ppm). Os teores
macio, dúctil, litófilo, e que ocorre em vários estados mais elevados, se localizam, principalmente, na por-

222
ção sul do estado, especialmente na região sudeste, e em calcários metamórficos. No Rio Grande do Nor-
próximo à divisa com Minas Gerais, que correspon- te e Paraíba, a scheelita está principalmente associ-
dem a rochas do embasamento paleoproterozoico ada à rochas calcissilicáticas, às vezes contendo mo-
retrabalhado no Brasiliano: Complexo Caparaó e libdenita e sulfetos de Fe, Cu e outros metais, inclu-
Serra do Valentin (charnockitos, enderbitos, granuli- sive o Au. Principais Utilidades: No setor de ferro-
tos e kinzigitos) e Complexo Juiz de Fora (metagnais- ligas (Fe, Ni ou Co); por sua alta dureza servem para
ses e corpos de metaultramáficas). Ocorrem ainda revestir extremidades das brocas de perfuração nos
alguns teores elevados dispersos na região central trabalhos de mineração, petróleo, e como abrasivos.
do estado, nas bacias do rio Doce e Santa Maria da Nos filamentos de lâmpadas incandescentes pelo
Vitória, onde ocorrem rochas sedimentares protero- seu alto ponto de fusão; na indústria bélica; em su-
zoicas do Complexo Nova Venécia: paragnaisses com perligas aplicadas nas ferramentas que exigem alta
intercalações de calcissilicáticas e anfibolitos. resistência; indústrias de produtos químicos e de
Solos: O vanádio foi detectado em todas as curtumes (MINEROPAR, 2005). Impactos Biológicos:
amostras, com concentrações variando de 1 a Não possui papel biológico conhecido e todos os
200ppm dispersos em todo território estadual, po- seus compostos são levemente tóxicos; não é consi-
rém os mais elevados estão localizados na região sul derado carcinogênico (ATSDR, 1999). Mobilidade
e sudoeste do estado. A dispersão geoquímica do Ambiental: Em condições oxidantes e pH≥5 a ≤8 é
vanádio em solos é muito similar a observada nos ligeiramente móvel (Licht et al., 2007). Tipos de De-
sedimentos de corrente. O valor de referência de pósitos: Associados a skarnitos; em veios; em grei-
qualidade do V em solos, segundo Paye et al. (2010) sens; relacionados a intrusões porfiriticas nos depó-
é 109,96ppm, um pouco mais elevado do que o va- sitos do tipo IOCG (Cu,Cu-Au, Cu-Mo, Fe-óxidos-Cu-
lor médio do estado – 67,25ppm, não representando Au); em associação com depósitos superficiais do
perigo aos animais e vegetais, porque não é um tipo placers de estanho (Licht et al., 2007). Localiza-
elemento considerado tóxico. ção das Principais Jazidas: China (75% da produção
Apreciação conjunta: No estado do Espírito San- mundial), Rússia, EUA, Canada, Bolívia, Brasil, Áus-
to, a concentração média do vanádio é 37,55ppm tria e Portugal. No Brasil, o tungstênio (scheelita) é
em sedimentos de corrente e de 67,25ppm em so- encontrado no Rio Grande do Norte e Paraíba (prin-
los. O elemento não é contemplado nas legislações cipalmente nas minas da região do Seridó), bem
ambientais brasileiras, mas entre os valores orienta- como nos estados do Pará e Rondônia (DNPM,
dores definidos pelo NOAA (2008), constata-se que 2015).
o vanádio apresenta valor de 42ppm para solos. As Água Superficial e Água para Abastecimento Pú-
amostras analisadas acima deste valor, estão locali- blico: O vanádio não foi analisado nessas amostras.
zadas na região sul-sudoeste. Como o vanádio não é Sedimentos de corrente: O W foi detectado em
considerado um elemento carcinogênico, não é pre- 73% das amostras analisadas, com teores variando
ocupante em relação à saúde humana. de 1 a 13,2ppm. A maioria das amostras apresentou
teores baixos, somente 6 amostras apresentaram
W - Tungstênio concentrações mais elevadas, sendo que a maioria
O Tungstênio, também conhecido como volfrâ- está localizada na porção sul do estado, com exce-
mio, é um metal de cor branca a cinza, apresenta o ção da amostra IS-S-407, na bacia do rio Itaúnas,
mais elevado ponto de fusão entre os metais, e não com 11,8ppm. A amostra IS-S-006 apresentou o teor
é encontrado livre na natureza. A variação no teor mais elevado (13,2ppm) e está localizada na bacia
deste metal entre os tipos de rocha é pequena e seu do rio Itabapoana.
teor nos silicatos muito baixo (1-5 ppm). Durante a Solos: O W está presente em 75% das amostras
diferenciação magmática, é geralmente enriquecido analisadas, com concentrações variando de 1 a
na crosta superior e nos diferenciados tardios 6,5ppm. A maioria das amostras apresentou teores
(Koljonen, 1992). A média crustal do tungstênio é baixos, similar aos resultados analíticos das amos-
2ppm, segundo Hawkes & Webb (1962). Minerais de tras de sedimentos de corrente. Os teores mais ele-
Minério: Scheelita e wolframita, que são muito re- vados encontram-se nas bacias dos rios Itaúnas,
sistentes ao intemperismo e costumam ser concen- Itabapoana e Itapemirim.
trados em areias (placers) junto com outros minerais Apreciação conjunta: As concentrações médias
pesados. Os minerais de W são encontrados associ- do tungstênio no estado foi de 0,47ppm em sedi-
ados a pegmatitos, granitos, formações hidrotermais mentos de corrente e 0,34ppm em solos. Os teores

223
de W detectados na maioria das amostras de sedi- divisa com Minas Gerais. No município de Sooreta-
mentos de corrente e de solos foram muito baixos, o ma, na amostra IS-S-222 (rio São José, afluente da
que está coerente com as litologias que ocorrem no margem esquerda do rio Doce) foi encontrado
estado, onde predominam rochas ígneas e meta- 217ppm de ítrio. O padrão de dispersão do ítrio é
mórficas de composição granítica. semelhante aos dos elementos Th, La, U e Ce. O ítrio
é encontrado em minerais como monazita e alanita,
Y - Ítrio geralmente associado a esses elementos.
O Ítrio embora não seja um lantanídeo, é consi- Solos: O ítrio foi detectado em todas as amostras
derado por vários autores como um dos ETR (Ele- analisadas, com concentrações variando de 0,16 a
mentos Terras Raras), devido a suas semelhanças 33,14ppm. Os teores mais elevados foram obtidos
geoquímicas e metalúrgicas. Possui cor prateada na região sul e numa pequena região a noroeste do
metálica, dúctil, reativo e estável em contato com o estado, no município de Ecoporanga, próximo à
ar. Durante a diferenciação magmática se comporta divisa com o estado de Minas Gerais. Similar ao pa-
como um ETRP (Elementos Terras Raras Pesados) da drão de dispersão geoquímica observado nos sedi-
série Eu-Lu, e nos estágios finais de cristalização mentos de corrente, o Y ocorre associado ao La, Cs,
associa-se com os metais alcalinos, tornando-se U e Ce.
enriquecido em pegmatitos e rochas metassomáti- Apreciação conjunta: A concentração média de
cas provenientes de soluções hidrotermais ítrio no Espírito Santo foi de 6,14ppm em solos e
(Koljonen, 1992). O ítrio ocorre em todos os mine- 10,67ppm em sedimentos de corrente, com os mai-
rais de urânio e de terras raras, sobretudo nas areias ores teores ocorrendo, predominantemente, na
monazíticas, porém em baixas concentrações. A região sul do estado. O Y ocorre associado aos ele-
média crustal do ítrio é 30ppm (Levinson, 1974). mentos Th, La, U, Ce e Cs, nas amostras de sedimen-
Minerais de Minério: Xenotímio, fergusonita, mona- tos de corrente e de solos. Essa associação represen-
zita, bastanasita, gadolinita e euxinita. Principais ta a composição dos minerais traço e resistentes ao
Utilidades: É bastante utilizado na confecção de intemperismo, caracterizando nos sedimentos fluvi-
ligas de Al e Mg para aumentar a resistência, em ais, tais minerais como zircão, apatita, alanita e mo-
vidros óticos, cerâmica supercondutoras, catalisado- nazita, comuns em corpos graníticos como minerais
res, lasers infravermelhos e filtros de microondas. acessórios. Também, segundo Vieira e Menezes
Na medicina, alguns de seus isótopos radioativos são (2015) esses elementos ocorrem tanto no litoral ao
usados na radioterapia do câncer. Impactos Biológi- norte do rio Doce, quanto no litoral sul do Espírito
cos: Não possui função biológica conhecida, sendo Santo, com origem nas rochas do Grupo Barreiras.
considerado levemente tóxico e suspeito de ser car-
cinogênico (MINEROPAR, 2005). Mobilidade Ambi- Zn - Zinco
ental: Em condições oxidantes ou redutoras é imó- O Zinco é um metal de cor branco-azulada, pos-
vel (Licht, 2001). Tipos de Depósitos: É extraído co- sui facilidade de se oxidar, baixo ponto de fusão, que
mo subproduto em rochas alcalinas associadas a o torna maleável, é razoável condutor de eletricida-
carbonatitos do tipo Araxá; depósitos de processos de e tem facilidade de combinação com outros me-
superficiais do tipo placers-shoreline associado à tais, o que permite sua utilização na fabricação de
monazita e zircão (Biondi, 2003). Localização das ligas. É um elemento compatível com as fases iniciais
Principais Jazidas: China, Índia, Malásia, Rússia, No- do fracionamento magmático, tornando-se mais
ruega, EUA e Canada. No Brasil o ítrio é obtido como enriquecido nas rochas básicas do que nas ácidas
subproduto em rochas alcalinas na Mina Barreiro, no (Wedepohl, 1998). Possui raio iônico similar aos íons
Complexo alcalino-carbonatítico de Araxá - MG, Fe+2 e Mg+2, por isso é fracionado entre os óxidos e
onde se destaca a extração de P2O5 (regolito forma- silicatos podendo ser incluído na rede cristalina por
do por pandaita, apatita e monazita). substituição. Comumente se encontra associado ao
Água Superficial e Água para Abastecimento Pú- Cd, Co, Cu, Ga, In, Fe e Hg (Koljonen, 1992). O zinco
blico: O ítrio não foi analisado nas amostras de água. é abundante na crosta terrestre. Segundo Hawkes &
Sedimentos de corrente: O Y foi detectado em Webb (1962), a média crustal do zinco é 80ppm,
todas as amostras, com teores variando de 0,05 a 50ppm em solos e o teor médio de zinco em água
216,91ppm. Os teores mais elevados encontram-se varia de 1 a 200ppb. Minerais de Minério: Esse me-
nas bacias dos rios São Mateus, Doce e Itabapoana, tal é encontrado principalmente combinado a enxo-
abrangendo ainda uma área a sudeste do estado, na fre e oxigênio, sob a forma de sulfeto e óxido, asso-

224
ciado a chumbo, cobre, prata e ferro. O sulfeto de Água para Abastecimento Público: Todos os re-
zinco (ZnS), também conhecido como blenda ou sultados analíticos de Zn nas amostras de água utili-
esfalerita e ocorre principalmente em rochas calcá- zadas para abastecimento humano foram abaixo do
rias. Outros importantes minérios de zinco são wil- limite de quantificação (LQ) do método analítico
lemita, smithsonita, calamina ou hemimorfita, wur- (0,02mg/L).
tzita, franklinita, hidrozincita e zincita. Principais Água Superficial: O zinco foi detectado somente
Utilidades: O zinco é utilizado na fabricação de ligas, em 7,2% das amostras analisadas, com teores vari-
fundição de peças metálicas, produção de joias ou ando de 0,01 a 8,71mg/L. Acima do VMP definido
bijuterias, corpo de cadeados e instrumentos musi- pelo CONAMA 357/2005 (0,18mg/L) ocorrem 12
cais de sopro, como pigmento branco em tintas, amostras localizadas predominantemente na região
cosméticos, fármacos, protetores solares, maquia- sul do estado, nas bacias dos rios Itapemirim e Be-
gem, revestimentos plásticos, borrachas e aditivo nevente. Os teores mais elevados foram detectados
alimentar. A liga mais comum é o latão, liga de no rio da Prata (8,71mg/L) e no rio Maravilha
Cu/Zn, com 20 a 50% de zinco. Porém, a aplicação (6,10mg/L). Nessas regiões ocorrem diversas jazidas
mais importante do zinco (cerca de 50%) no Brasil e de mármore e granito e parte do parque industrial
no mundo é vinculada à produção do aço – revesti- de beneficiamento do Polo de Rochas Ornamentais
mento da superfície deste para a proteção contra a de Cachoeiro de Itapemirim.
corrosão, particularmente no preparo de materiais Sedimentos de corrente: O zinco foi detectado
galvanizados, tendo a indústria automobilística e na maioria das amostras analisadas, com teores
construção civil como as principais consumidoras do variando de 1 a 81ppm. Os teores mais elevados
produto. Impactos Biológicos: Elemento-traço es- foram obtidos em 4 amostras dispersas na região sul
sencial para os sistemas vivos, desempenhando im- do estado, nas bacias dos rios Itabapoana, Itapemi-
portante papel nas atividades enzimáticas, metabo- rim e Doce, porém todos os valores estão muito
lismo, síntese de proteínas, manutenção da estrutu- abaixo do valor orientativo definido na Resolução
ra e função das membranas e na atividade hormo- CONAMA 454/2012 (315ppm).
nal. É encontrado em todos os tecidos e fluidos do Solos: Em 91,5% das amostras analisadas foram
corpo humano, sendo essencial para o crescimento, detectados teores de Zn, variando de 1 a 100ppm.
desenvolvimento e reprodução (Koljonen, 1992). O Assim como nos sedimentos de corrente, os teores
Zn metálico e seus compostos não são considerados mais elevados predominaram na região sul do esta-
tóxicos, salvo em elevadas quantidades, mas alguns do, sendo que todos os teores estão abaixo do valor
sais podem ser carcinogênicos (ATSDR, 1999). A orientativo para prevenção definido pela Resolução
deficiência de zinco pode provocar problemas de CONAMA 420/2009 (300ppm).
crescimento, perda de cabelo, diarreia, impotência Apreciação conjunta: No estado do Espírito San-
sexual, depressão, lesões oculares e de pele e perda to, as concentrações médias obtidas em água super-
de peso. Mobilidade Ambiental: Em condições oxi- ficial, em solos e em sedimentos de corrente foram,
dantes com pH<4 e pH≥5 a ≤8 possui mobilidade respectivamente, 0,09mg/L, 21,89ppm e 22,32ppm.
moderadamente alta, mas em condições redutoras é Esses teores estão de acordo com o arcabouço geo-
imóvel (Licht et al, 2007). Tipos de Depósitos: Asso- lógico encontrado no estado, sugerindo origem geo-
ciados a rochas alcalinas (carbonatitos); em intru- gênica.
sões porfiriticas com Cu, Cu-Au e Cu-Au-Mo; skarni-
tos; associados a vulcânicas félsicas e máficas sub- Zr- Zircônio
marinas do tipo Kuroko; em rochas sedimentares O Zircônio é um metal de transição, branco-
clásticas (do tipo Pb-Zn) incluso em arenitos e do prateado a azulado, quimicamente semelhante ao
tipo SEDEX; em mármores e dolomitos tipo Missis- titânio. Possui reatividade baixa em temperatura
sippi Valley; relacionados a processos superficiais do normal, mas quando dividido em seções delgadas
tipo placers de cassiterita (Licht et al, 2007). Locali- pode entrar em combustão espontânea. O íon Zr é
zação das Principais Jazidas: China, Austrália, Peru, incompatível com os silicatos formadores de rochas
Cazaquistão, EUA, México, Canadá e Irlanda. O Brasil mais comuns durante os processos magmáticos.
contribuiu em 2009 com 1,6% da produção mundial Com isso, o mesmo é particionado em fases minerais
de zinco, sendo que as principais jazidas são encon- acessórias como zircão, também conhecido como
tradas nos estados de Minas Gerais e Paraná zirconita ou zircônia, e baddeleyita, ou enriquecido
(DNPM, 2015). na titanita (MINEROPAR, 2005). O zircão é um dos

225
minerais mais resistentes ao intemperismo, sendo estados de AM, RJ, MG, PB, TO e BA (DNPM, 2015).
concentrado em sedimentos atuais arenosos do tipo Uma das maiores produtoras de Zr do país é a jazida
placers (Koljonen, 1992). Sua remobilização pode localizada no município de Mataracá, no litoral do
ocorrer nos processos de metassomatismo e hidro- estado da Paraíba. No Espírito Santo, depósitos de
termalismo relacionados a granitos. O Zr e o Hf, por areias ilmeno-monazíticas estão localizados nos
apresentarem propriedades químicas similares, municípios de Anchieta, Guarapari e Aracruz.
ocorrem sempre juntos, embora o primeiro seja Água para Abastecimento Público e Água Super-
bem mais abundante. É enriquecido nas rochas alca- ficial: O zircônio não foi analisado nas amostras de
linas (200-1.100 ppm), especialmente em alguns água.
pegmatitos (Koljonen, 1992). Segundo Levinson Sedimentos de Corrente: O zircônio foi detecta-
(1974) a média crustal de zircônio é 165ppm e em do em 48,6% das amostras analisadas, com teores
solos é 300ppm. Minerais de Minério: Zirconita, variando entre 0,5 e 61ppm. Os teores mais eleva-
baddeleyita e eudialita. Principais Utilidades: Em dos representam 20% das amostras com resultados
usinas nucleares; na fabricação de joias, devido a detectados, distribuídos em alguns pontos isolados
sua transparência e fulgor adamantino; como mate- na região sul e noroeste do estado e ainda na bacia
rial refratário na fabricação de vidrarias laboratoriais do rio Doce próximo à sua foz. O padrão de disper-
e cerâmica; confecção de ligas supercondutoras com são geoquímica do zircônio é idêntico ao do háfnio,
o Nb e para flash fotográfico. É um metal bastante visto apresentarem propriedades químicas similares,
tolerado pelos tecidos humanos, por isso pode ser sempre ocorrem juntos, sendo que os teores de Zr
empregado na fabricação de articulações artificiais. são mais elevados do que os de Hf.
Impactos Biológicos: Não é conhecida função na Solos: O Zr foi detectado em 77,5% das amostras
fisiologia animal e vegetal. Mobilidade Ambiental: analisadas, com concentrações variando de 0,5 a
Tanto em condições oxidantes quanto em redutoras 19,8ppm. Os teores mais elevados ocorreram numa
o Zr é imóvel. Tipos de depósitos: Relacionados a faixa à leste do território estadual, correspondendo
depósitos primários e a processos superficiais do a mesma área de ocorrência dos teores mais eleva-
tipo placers e paleoplacers (Licht et al, 2007). Locali- dos de Hf.
zação das Principais Jazidas: Austrália, África do Sul, Apreciação Conjunta: As concentrações médias
Ucrânia, Índia, EUA e China. As reservas brasileiras do zircônio no Espírito Santo são 3,99ppm em solos
de minério de zircônio referem-se a zirconita (ou e 1,99 em sedimentos de corrente. Observou-se que
zircão) e caldasito. Geralmente, a zirconita brasileira o Zr ocorre associado ao Hf, tanto nos sedimentos
ocorre associada a depósitos de areias ilmeno- de corrente, quanto em solos, evidenciando a ori-
monazíticas, com predominância de ilmenita. No gem geogênica.
Brasil, as reservas encontram-se distribuídas nos

226
7. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O arcabouço geológico do estado do Espírito San- Água utilizada para abastecimento público e su-
to apresenta cerca de 2/3 de seu território represen- perficial de drenagem
tado por granitoides, rochas ígneas e metamórficas No estado do Espírito Santo, a grande maioria
e 1/3 por coberturas sedimentares, constituindo das ETAs, nas sedes municipais, capta água para
uma extensa faixa litorânea representada pela For- tratamento e distribuição para a população em lo-
mação Barreiras e por sedimentos inconsolidados, cais dos mananciais próximos as suas cabeceiras. Os
do Quaternário recente. íons dissolvidos nas águas superficiais são bons indi-
Tal configuração geológica reflete o desenvolvi- cadores de qualidade ambiental.
mento de diferentes atividades desenvolvidas no Dos ânions analisados, tanto nas águas para
estado: indústrias de rochas ornamentais (granito e abastecimento público, como nas águas superficiais,
mármore), indústrias de celulose extraída das imen- somente as determinações do fosfato (PO4-3), na
sas plantações de pinheiros de eucalipto, exploração grande maioria das amostras, resultaram em teores
de petróleo e gás natural, pecuária, além da diversi- abaixo do limite de quantificação do método analíti-
ficada agricultura (arroz, feijão, frutas diversas e co.
milho), e principalmente o café, que está presente A ocorrência dos teores mais elevados dos clore-
em todo território estadual. O estado é o maior pro- tos e brometos se deu nas amostras coletadas no
dutor de rochas ornamentais do mundo, tem ampla litoral, próximo à foz dos rios, indicando influência
indústria de celulose (Aracruz Celulose), usinas de da água do mar. Porém, alguns teores elevados de
pelotização do minério de ferro da CVRD e no muni- cloretos foram obtidos nas bacias dos rios Itaúnas e
cípio de Anchieta, a Samarco possui uma siderurgia São Mateus, na região norte do estado, caracteri-
e possui o maior mineroduto subterrâneo do mun- zando interferência antrópica associada ao clima
do, para transportar o minério de ferro de Minas semiárido na região, com eventos rigorosos de esti-
Gerais até à indústria no litoral sul do Espírito Santo. agem, propiciando o enriquecimento de sais nas
Com os dados geoquímicos obtidos neste estudo águas.
procurou-se definir as mais significativas associações Os teores de fluoretos nas águas superficiais são
geoquímicas que estão compatíveis com o arcabou- baixos, porém é importante investigar a origem dos
ço geológico encontrado no estado do Espírito San- teores de flúor nas águas dos mananciais que estão
to, como ainda apontar prováveis regiões com con- sendo captadas para tratamento e distribuição pelas
taminação causada pelas atividades antrópicas e que ETAs dos municípios de Colatina, Santa Tereza e
necessitam estudos mais detalhados. Porém, é im- Guaçuí, porque os teores são elevados e podem
portante ressaltar que a escala regional do projeto e causar problemas de fluorose e/ou ósseos nas popu-
o espaçamento entre as amostras coletadas não lações que se abastecem desses mananciais e de
permitem uma avaliação precisa das anomalias geo- animais que utilizam os mananciais para desseden-
químicas, nem a localização de depósitos ou ocor- tação.
rências minerais. Entretanto, os mapas geoquímicos Na maioria das amostras, os teores mensurados
apresentados têm a capacidade de apontar grandes de nitrito e nitrato, tanto para água de abastecimen-
manchas anômalas, onde a associação de elementos to público, quanto para água superficial, foram abai-
pode indicar áreas com potencial mineral ou áreas xo dos VPMs definidos pela Resolução CONAMA
com provável contaminação antrópica. Essas áreas 357/2005 e pela Organização Mundial da Saúde
devem ser investigadas em nível de detalhe com (WHO, 2011).
coleta de amostras em malha mais densa. O ânion sulfato foi detectado em baixas concen-
Para melhor entendimento, as conclusões e con- trações nas águas para abastecimento humano. Nas
siderações finais serão apresentadas por meio águas superficiais, o teor mais elevado, acima do
amostrado: água (utilizada para abastecimento pú- VMP do CONAMA, foi detectado em área de man-
blico e superficial), sedimentos de corrente e solos. guezal, provavelmente de origem natural, devido à
alta concentração de matéria orgânica e enxofre em
ambiente anaeróbico e a abundância de sulfatos na
água do mar. Porém não devemos descartar a possi-

227
bilidade de fontes antrópicas, tal como efluentes elementos químicos depende, principalmente, da
domésticos e agropecuários. mobilidade relativa de cada elemento nas condições
Dos 28 cátions analisados nas amostras de água, físico-químicas do ambiente amostrado.
somente foram detectados os elementos Al, Ba, Ca, Segundo Levinson (1974), o pH é o mais impor-
Sr, Fe, Mg, Mn e Si, sendo que nas amostras de água tante fator controlador da mobilidade dos elemen-
superficial também foram detectados o B, Na e K. tos na maioria dos ambientes e, também, é um dos
Em algumas amostras de água, tanto para abas- mecanismos pelo qual os elementos-traço se acu-
tecimento humano, quanto as superficiais, foi detec- mulam nos sedimentos de corrente. Elementos me-
tado teores de Al acima do VMP definido na Resolu- tálicos são solúveis somente em soluções ácidas e
ção CONAMA 357/2005. A neurotoxicidade do Al em tendem a se precipitar como hidróxidos, com o au-
relação à saúde humana ainda não está bem estabe- mento do pH, como por exemplo cobre, chumbo e
lecida nas pesquisas médicas. Porém, a exposição a zinco.
elevados teores de Al em água para consumo huma- Os elementos muito pouco móveis tendem a
no deve ser investigada em relação ao desenvolvi- permanecer junto a sua fonte, enquanto os elemen-
mento de desordens neurológicas, com estudos tos móveis tendem a se afastar, como carga em so-
sobre a biodisponibilidade do elemento. Sabe-se lução nas águas superficiais. Nesse caso, as chances
ainda, que o risco da toxicidade de Al é grandemen- de formarem precipitados são elevadas e a mobili-
te aumentado em pessoas com função renal preju- dade efetiva será menor (Licht, 1998).
dicada, que são submetidos à hemodiálise. Além do pH, a mobilidade dos elementos nas
O Ca, Fe, Mg, Mn, Si e o Sr foram detectados na águas superficiais é influenciada pela matéria orgâ-
maioria das amostras analisadas, em teores compa- nica e minerais argilosos transportados pelos rios.
tíveis com as respectivas médias crustais, indicando Também a energia caudal do rio é importante, pois
que os teores obtidos estão associados à geologia apresenta alta capacidade de transporte de sedi-
predominante no estado. O elemento Fe foi detec- mentos em suspensão e por arraste de fundo, po-
tado na maioria das amostras de água para abaste- dendo dificultar a deposição de sedimentos. Em
cimento público, com teores acima do VMP definido regiões de planície, altas concentrações de elemen-
pela Resolução CONAMA 357/2005, mesmo não tos químicos em sedimentos podem ser atribuídas à
sendo tóxico, pode trazer diversos problemas para a decantação dos sólidos suspensos, provocada pela
população, porque o elemento confere cor e sabor à dissipação de parte da energia de transporte das
água, causando manchas em roupas e utensílios águas do rio.
sanitários. Também provoca o desenvolvimento de No Espírito Santo, os valores de pH medidos nas
depósitos em canalizações e de ferro-bactérias, cau- amostras de água coletadas, tanto para utilização
sando a contaminação biológica da água na própria para abastecimento humano, como as águas super-
rede de distribuição. ficiais, foram, frequentemente, entre 5 e 8, corres-
O Ba, Na e K foram detectados em todas as pondendo a um ecossistema estável em relação a
amostras de água analisadas. O Ba, sempre abaixo neutralidade para o desenvolvimento de organismos
do VMP pela Resolução CONAMA 357/2005, en- aeróbios e utilização para consumo humano, segun-
quanto o Na foi detectado em teores elevados na do a Resolução CONAMA 357/2005.
maioria das amostras coletadas nas bacias dos rios A condutividade elétrica depende das concentra-
Itaúnas e São Mateus, ao norte do estado, região de ções iônicas e da temperatura do ambiente aquático
baixa pluviosidade e alta evaporação favorecendo a e, indica a quantidade de sais existentes na coluna
concentração de sais nas águas. Já, os teores mais d’água, portanto representa uma medida indireta da
elevados de K foram detectados nas ETAs dos muni- concentração de poluentes. Em geral, níveis superio-
cípios mais ao norte do estado e nas amostras de res a 100µS/cm indicam ambientes impactados (CE-
água superficial, foram detectados na faixa litorânea TESB, 2016). Nas amostras de água para abasteci-
sul, em locais com elevados teores de sódio e dos mento humano foram medidos valores acima de
ânions cloreto, brometo, fluoreto e sulfato, indican- 100µS/cm em ETAs localizadas nos municípios do
do influência da água do mar. norte do estado, sob influência do clima semiárido
Em relação aos valores obtidos nos parâmetros (baixa pluviosidade e elevada evaporação) e próxi-
físico-químicos (pH, condutividade elétrica, tempe- mo ao litoral. Esses fatores podem estar influenci-
ratura e oxigênio dissolvido), medidos nas amostras ando um aumento da quantidade de sais dissolvidos
de água, são importantes porque a dispersão dos nas águas. Já nas amostras de água superficial, ficou

228
evidente que os teores mais elevados, chegando até Doce, abrangendo a foz dos rios Doce e São Mateus,
7.228 µS/cm, foram medidos em amostras coletadas como no litoral sul, abrangendo a foz dos rios Ita-
no litoral, com influência da intrusão de águas mari- pemirim e Itabapoana. No litoral sul ocorrem as-
nhas. sembleias minerais reunindo ilmenita, rutilo e mo-
Em relação às medidas de Oxigênio Dissolvido nazita, que são conhecidas como “praias de areias
(OD) observou-se que na maioria das amostras de pretas ou monazíticas”. Na região litorânea do Espí-
água foram obtidos valores acima de 5mg/L, de rito Santo ocorre tabuleiros ou falésias da Formação
acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. Porém Barreiras, cujas rochas são creditadas como impor-
valores mais baixos foram medidos na região centro- tante fonte dos minerais pesados, que retrabalhados
sul do estado, podendo estar relacionados com ati- pelos agentes marinhos, constituem os pláceres
vidades antrópicas, tais como lançamento de esgo- marinhos mineralizados (Dias et al, 1997; Torezane
tos domésticos, atividades agropecuárias e ativida- Vanuzzi, 1997; Nascimento Jr et al, 2011, apud Vieira
des industriais. e Menezes, 2015). Desses elementos, nas amostras
As medidas de temperatura nas amostras de de solo, o U, La e o Y ocorrem em elevadas concen-
água coletadas variaram de 16oC a 39,5oC, de acordo trações na região sul do estado, em associação com
com a estação do ano no momento da coleta. o Cs e Sc, sendo que o U ocorre especialmente ele-
vado na região litorânea.
Sedimentos de corrente e solos Os elementos Be e Li foram detectados em con-
Dos 53 elementos analisados nas amostras de centrações elevadas em sedimentos de corrente e
sedimentos de corrente e solos, somente o Au, B, Re solos em algumas áreas esparsas nas regiões norte e
e Pt, e o Ta em solos, foram detectados abaixo do sul do estado, especialmente nas regiões de Pancas,
limite de quantificação do método analítico. Santa Tereza, Afonso Cláudio e Mimoso do Sul. O
Dos elementos analisados, alguns foram detecta- arcabouço geológico destas áreas abrange granitoi-
dos nas amostras de água superficial. As distribui- des de idades e composição diversas, com intrusões
ções dos elementos químicos na água e sedimentos pegmatíticas. Segundo Benitez et al (2012) e Vieira e
de corrente, na maioria das vezes, seguiram padrões Menezes (2015), nessas regiões existem registros de
diferentes, evidenciando que diversos processos mineralizações de berilo: a região de Pancas consti-
físico-químicos podem estar atuando na dinâmica tuiu um importante produtor de água-marinha e
dos íons dissolvidos nas águas das drenagens. Den- crisoberilo; na região de Santa Tereza, na localidade
tre esses processos, pode-se citar a adsorção ao de Várzea Alegre e, em Mimoso do Sul, também, se
sedimento, liberação de formas adsorvidas, diluição extrai água-marinha. Todas essas ocorrências são
das concentrações de elementos ligados a aporte de exploradas em lavras rudimentares ou semi-
esgotos, dentre outros. Também, o uso dos solos e a mecanizadas, há décadas, entretanto, não constitu-
sazonalidade de suas práticas podem ser fatores de em atividades muito rentáveis e muitas vezes são
grande importância para a dispersão dos elementos abandonadas, cedendo espaço para a exploração
químicos nos corpos hídricos. das encaixantes como rochas ornamentais. Segundo
Padrões de dispersão dos elementos formando Vieira e Menezes (2015), no ano de 2012, foi fecha-
associações geoquímicas semelhantes são observa- do um garimpo de água-marinha no município de
dos, tanto em sedimentos de corrente, quanto em Afonso Cláudio. Em solos, teores elevados de Be e Li
solos. foram detectados, também, nos municípios de Eco-
Observou-se que os elementos Ce, La, Th, U e Y poranga e Alegre. O arcabouço geológico do Estado
ocorrem associados no extremo sul do estado e nu- do Espírito Santo, com inúmeras intrusões graníti-
ma faixa leste-oeste na região compreendida entre a cas, demonstra a existência de um potencial para
margem esquerda do rio Doce e a bacia do rio São estudos detalhados que poderão levar a descoberta
Mateus, na região norte. Nessas regiões ocorrem de novos corpos mineralizados.
granitoides de diferentes idades e composição, com Os padrões de dispersão dos elementos Ca e Sr
predominância de granitos, charnockito, monzonito são similares, tanto em sedimentos de corrente,
e ortognaisses, indicando que estes elementos po- como em solos. Nos sedimentos de corrente, os
dem estar presentes em minerais resistatos na com- teores mais elevados ocorrem numa extensa faixa
posição dos sedimentos de corrente. É importante litorânea, desde a região ao norte da foz do rio Doce
registrar a ocorrência de elevadas concentrações até a região sul da cidade de Vitória. São sedimentos
desses elementos no litoral norte da bacia do rio oriundos de várias litologias de composição graníti-

229
ca, especialmente granitoides sin a tardi-orogênicos sedimentos de corrente e em solos, com exceção do
das suítes Carlos Chagas, Ataléia, Montanha, granito Mg somente nos sedimentos de corrente.
Nanuque e ortognaisse Córrego Grande: granitoides Na região sul-sudoeste do estado é observado,
peraluminosos, calcialcalinos de alto K. E, ainda per- também, as mais elevadas concentrações de V e Fe
correm uma área de coberturas sedimentares ceno- em solos, definindo padrões de dispersão muito
zoicas até a foz dos rios. O padrão de dispersão do semelhantes, em áreas com ocorrência de rochas de
Ca e Sr na região central da faixa litorânea do esta- metamorfismo elevado, como gnaisses, granulitos,
do, é observado também nas amostras de água su- charnockitos e muitos corpos graníticos, além de
perficial. Nos sedimentos de corrente, em toda faixa corpos metaultrabásicas.
litorânea, observou-se, ainda, o enriquecimento dos A associação do Ba e Pb em solos e sedimentos
elementos enxofre e sódio. de corrente ocorre com os teores mais elevados
Os elementos Hf e Zr ocorrem sempre associados concentrados na região sul-sudoeste, sendo que em
nos minerais de zircônio, como o zircão, baddeleyíta solos, observa-se ainda elevados teores numa faixa
e zirconita. Neste estudo, esses elementos mostra- na direção leste-oeste abrangendo os municípios da
ram padrões de dispersão geoquímicos bastante região metropolitana de Vitória, da região serrana
similares, tanto nas amostras de sedimentos de cor- até Afonso Cláudio e Brejetuba, na divisa com Minas
rente, quanto nas de solos. Gerais.
O padrão de dispersão geoquímico do Ga no Es- Os resultados obtidos no estudo geoquímico no
pírito Santo é semelhante ao do Al, tanto nas amos- Espírito Santo evidenciaram a importância da conti-
tras de sedimentos de corrente, quanto nas de solo, nuidade do Projeto Levantamento Geoquímico de
com teores mais elevados dispersos em todo territó- Baixa Densidade no Brasil, para melhor entendimen-
rio estadual, porém se concentrando na região sul to da relação entre geologia e geoquímica com a
do estado, onde ocorre grande variedade de grani- dispersão dos elementos químicos nas águas, sedi-
toides, caracterizando origem geogênica. mentos e solos, na saúde ambiental e humana.
Na região sul-sudoeste, onde ocorre a maioria É necessária a continuidade dos estudos geoquí-
dos corpos metaultrabásicos, é evidente a ocorrên- micos no estado, especialmente nas regiões onde
cia da associação dos elementos Co, Cr, Cu, Mg, Ni, foram obtidos valores anômalos de elementos
Ti e Zn, definindo padrões de dispersão similares em que, tanto podem estar causando problemas na
saúde humana e animal, quanto em relação à
pesquisa mineral.

230
8. REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil). Estado do BIONDI, João Carlos; FRANKE, Nilton Djalmo; CAR-
Espírito Santo. Disponível em: VALHO, Paulo Roberto de; VILLANOVA, Sandro Not-
<http://www.hidroweb.ana.gov.br/doc/BHASLeste/ to. Geologia do deposito de Au Cavalo Branco (Botu-
es.doc>. Acesso em: 11 abr. 2017. verá - SC). Revista Brasileira de Geociências. São
Paulo, v. 37, n.3, p. 445-463, set. 2007.
AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REG-
ISTRY (Estados Unidos). Toxic Substance Portal. BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mine-
Public Health Statements. Disponivel em: ral. Sumário Mineral 2011. Brasília, v. 31, 2012. Dis-
<http://www.atsdr.cdc.gov/toxfaq.html> Acesso em: poníveis em:
05 jul. 2004. http://www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/sumario-
mineral-2011. Acesso em: 23 de agosto de 2017.
AMERICAN PUBLIC HEALT ASSOCIATION; AMERICAN
WATER WORKS ASSOCIATION; WATER ENVIRON- BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.914, de
MENT FEDERATION. Standard methods for the ex- 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedi-
amination of water and wastewater. 20th ed. mentos de controle e de vigilância da qualidade da
Washington : American Public Health Association, água para consumo humano e seu padrão de potabi-
c1998. Paginação irregular. lidade. Brasília: Ed. do Ministério da Saúde, 2011.

ANDREWS-JONES,D.A. The application of geochemi- CETESB. Águas Interiores. Relatório de qualidade


cal techniques to mineral exploration. Colorado das águas interiores do estado de São Paulo, apên-
School of Mines Bulletin. Colorado. V.11, n.6, p.1- dice E. 2016. Disponível em:
31, 1968. <http://cetesb.sp.gov.br/aguas-
ANDRIOTTI, José Leonardo Silva. Fundamentos de interiores/publicacoes-e-relatorios> Acesso em: 23
estatística e geoestatística. São Leopoldo, RS: UNI- ago. 2017.
SINOS, 2009. 165 p.
CHASIN, A.A.M; CARDOSO, L.M.N. Cádmio. In: AZE-
AZEVEDO, Fausto Antonio de; CHASIN, Alice A. da VEDO, F.A. e CHASIN, A.A.M. (Eds). Metais-
Matta. Metais: gerenciamento da toxicidade. São Gerenciamento da Toxicidade. Editora Atheneu.
Paulo: Atheneu, 2003. 554 p. InterTox. p.263-298.2003
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil).
BALTAZAR,Orivaldo Ferreira; ZUCCHETTI, Marcia; Resolução n°357, de 17 de março de 2005. Dispõe
OLIVEIRA, Sérgio Azevedo Marques de; SCANDOLA- sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
RA, Jaine; SILVA, Luiz Carlos da. Projeto São Gabriel ambientais para o seu enquadramento, bem como
da Palha-Linhares, estados do Espírito Santo e Mi- estabelece as condições e padrões de lançamento
nas Gerais: geologia das folhas São Gabriel da Palha de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial
SE.24-Y-C-III e Linhares SE.24-Y-D-I. Belo Horizonte: da União, Brasília, n. 53, Seção 1, p. 58-63, 18 mar.
CPRM, 2010. 143 p. Programa Geologia do Brasil. 2005.
Levantamentos geológicos básicos.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil).
BENITEZ, Leila; CHAVES, MMario Luiz de Sá C.; VIEI- Resolução n°396, de 3 de abril de 2008. Dispõe so-
RA, Valter Salino; SILVA, S.M. Depósitos de minerais bre a classificação e diretrizes ambientais para o
gemológicos no estado do Espírito Santo. In: CON- enquadramento das águas subterrâneas e dá outras
GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 46., 2012. San- providências. Diário Oficial da União, Brasília, n.66,
tos, SP. Anais... São Paulo: SBG Núcleo São Paulo, Seção 1, p. 64-68, 07 abr 2008.
2012. [1 CD-ROM].
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil).
BIONDI, João Carlos. Processos metalogenéticos e
Resolução n°420, de 28 de dezembro de 2009. Dis-
os depósitos minerais brasileiros. São Paulo: Oficina
põe sobre critérios e valores orientadores de quali-
de Texto. 528 p., 2003. il. color.

231
dade do solo quanto à presença de substâncias quí- IBGE. Downloads. Geociências. Disponível em:
micas e estabelece diretrizes para o gerenciamento http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geocienci
ambiental de áreas contaminadas por essas subs- as.htm. Acesso em: 17 maio 2017.
tâncias em decorrência de atividades antrópicas.
Diário Oficial da União, Brasília, n. 429, Seção 1, p. KABATA-PENDIAS, Alina; PENDIAS, Henryk. Trace
81-84, 30 dez. 2009. elements in soils and plants. 2nd. ed. Boca Raton:
CRC Press, 1992. 365 p., il.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil).
Resolução n°454, de 01 de novembro de 2012. Esta- KOLJONEN, Tapio (Ed.). The geochemical atlas of
belece as diretrizes gerais e os procedimentos refe- Finland: part 2: till. + Suomen geokemian atlas: Osa
renciais para o gerenciamento do material a ser 2: Moreeni. Espoo: Geological Survey of Finland.
dragado em águas sob jurisdição nacional. Diário 1992. 218 p.
Oficial da União, Brasília, Seção 1, p. 66, 08 nov.
2012. KOLJONEN, Krista; STENIUS, Per; BUCHERT, Johanna.
The surface chemistry of PGW pulp fibre fractions.
COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrien- In: INTERNATIONAL MECHANICAL PULPING CON-
tes. 2ed., Barueri, São Paulo. Editora Manole Ltda. FERENCE, 1997, Stockholm, Sweden. Proceedings…
2007, 992p. Stockholm: Swedish Association of Pulp and Paper
Engineers, [1997]. p. 407-411.
FIGUEIREDO, Bernardino Ribeiro de; BORBA, Ricardo
Perobelli; ANGELICA, Rômulo Simões. Human expo- LEVINSON, A.A. Introduction to Exploration Geo-
sure to arsenic in Brazil. In: SILVA, Cassio Roberto da; chemistry. Applied Publishing Ltd. Alberta, Canadá.
FIGUEIREDO, Bernardino Ribeiro; CAPITANI, Eduardo 1974. 612p.
Mello De; CUNHA, Fernanda Gonçalves da (Ed.).
Geologia médica no Brasil: efeitos dos materiais e LICHT, Otavio Augusto Boni; Prospecção Geoquími-
fatores geológicos na saúde humana e meio ambien- ca: princípios, técnicas e métodos. Rio de Janeiro:
te. Rio de Janeiro: CPRM, 2006. 211 p. CPRM, 1998. 236p.

FRIZZO, Sérgio João. Elementos químicos (metais LICHT, Otávio Augusto Boni. A geoquímica multie-
pesados) em águas de abastecimento público no lementar na gestão ambiental: identificação e carc-
estado do Ceará. Fortaleza: CPRM, 2006. 67 p. il.. terização de províncias geoquímicas naturais, altera-
Disponível em: ções antrópicas da paisagem, áreas favoráveis à
http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/10014. prospecção mineral e regiões de risco para a saúde
Acesso em: 22 ago. 2017. no estado do Paraná, Brasil. 2001. 1 CD-ROM. Tese
(Doutorado em Geologia Ambiental) - Faculdade de
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Gover- Geologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
no ES. ES em dados. Disponível em: < 2001.
https://www.es.gov.br/es-em-dados>. Acesso em:
17 maio 2017. LICHT, Otavio Augusto Boni; TARVAINEN, Timo. Mul-
tipurpose geochemical maps produced by integra-
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. IJSN tion of geochemical exploration data sets in The
Instituto Jones dos Santos Neves. Portal do governo. Paraná Shield, Brazil. Journal of Geochemical Explo-
Síntese dos indicadores sociais do Espírito Santo: ration, Amsterdam, v. 56, n.3, p. 167-182, Nov.
PNAD 2015. Disponível em: 1996.
<www.ijsn.es.gov.br/artigos/4722-sintese-dos-
indicadores-sociais-do-espirito-santo-pnad-2015> LICHT, Otavio Augusto Boni; MELLO, Carlos Siqueira
Acesso em: 23 ago. 2017. Bandeira de; SILVA, Cassio Roberto da
(Ed.). Prospecção geoquímica: depósitos minerais
HAWKES, H.E.; WEBB, J.S. Geochemistry in Mineral metálicos, não-metálicos, óleo e gás. Rio de Janeiro:
Exploration. Harper & Row Publishers, New York. SBGq; CPRM, 2007. 780 p. il.
1962. 415p.

232
LONG, Keith R.; VAN GOSEN, Bradley S.; FOLEY, Nora de; FRANÇA, Michele Milanez. Valores de referência
K.; CORDIER, Daniel. The principal rare earth ele- de qualidade para metais pesados em solos no esta-
ments deposits of the United States: a summary of do do Espírito Santo. Revista Brasileira de Ciência
domestic deposits and a global perspective. [Wash- do Solo, Viçosa, v. 34, n.6, nov./dez.2010. Disponível
ington: USGS], 2010. 96 p. (U.S.Geological Survey em:
scientific investigations report 2010–5220). Disponí- <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
vel em: <http://pubs.usgs.gov/sir/2010/5220/>. &pid=S0100-06832010000600028>. Acesso em: 04
Acesso em: 04 dez. 2017. dez. 2017.

LOPES JUNIOR, Idio. Atlas geoquímico do vale do PEDROSA, L.F.C.; COZZOLINO, S.M.F. Cromo. In:
Ribeira: geoquímica dos sedimentos ativos de cor- COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrien-
rente. 2.ed.rev. São Paulo: CPRM. 2007. 77 p. tes. 2ed., São Paulo. Editora Manole Ltda. 2007,
p.533-548.
METHOD 3051A: microwave assisted acid digestion PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Cálcio. Química
of sediments, sludges, soils, and oils. Revision 1, Nova na Escola, [São Paulo], v. 20, nov. 2004. Dispo-
February 2007. Disponível em: nível em:
<http://www.epa.gov/epawaste/hazard/ testmeth- <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc20/v20a12.pd
ods/sw846/pdfs/3051a.pdf> Acesso em: 10 set. f>. Acesso em: 22 jun. 2017.
2016.
PEIXOTO, Eduardo.Motta.Alves. Cloro. Química No-
METHYLMERCURY. Environmental Health Criteria, va na Escola, V. 17, 2003, p.51. Disponível em:
Geneva, v. 101, 1990. International programme on <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc17/a13.pdf>.
chemical safety. Disponível em: Acesso em: 04 de dezembro de 2017.
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/38 PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Potássio. Química
082/9241571012_eng.pdf;jsessionid=922B08274C96 Nova na Escola, [São Paulo], v.19, maio 2004. Dis-
A567C9EB2EC950E58607?sequence=1. Acesso em: ponível:
26 mar. 2018. <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a14.pdf>.
Acesso em: 22 jun. 2017.
MINERAIS DO PARANÁ S.A. Geoquímica de solo:
horizonte B: relatório final de projeto. Curitiba: PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Escândio. Química
Mineropar, 2005. 2 v. Nova na Escola, [São Paulo], v. 21, maio 2005. Dis-
ponível em:
NOAA National Oceanic and Atmospheric Admin- <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a11.pd
istration. Disponivel em: f>. Acesso em: 22 jun. 2017.
<http://www.noaa.gov/news/globe-had-its-coolest-
february-since-2014>. Acesso em: 04 dez. 2017. RANKAMA, Kalervo; SAHAMA, Thure Georg. Geoquí-
mica. Madrid: Aguilar, 1954. 862 p.
OLIVEIRA, L.A.M. Potássio. DNPM. Economia Mine-
ral do Brasil. 2009. Disponível em: RAURET, Gemma. Extraction procedures for the
<http://www.dnpm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie- determination of heavy metals in contaminated soil
estatisticas-e-economia-mineral/outras-publicacoes- and sediment. Talanta, Amsterdam, v. 46, n. 3, p.
1/7-3-potassio>. Acesso em: 8 de fevereiro de 2017. 449-455, Jul. 1998.

OLIVEIRA, R.S.; Afonso, J.C. Bromo. Química Nova na ROSE, A.W.; HAWKES, H.E.; WEBB, J.S. Geochemistry
Escola. V.35, N1, 2013. p.66-67. Disponível em: in Mineral Exploration. 2 ed. London: Academic
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/10-EQ- Press, 657p.1979
21-11.pdf>. Acesso em: 8 de fevereiro de 2017.
SANTOS, Almany Costa. Noções de hidroquímica. In:
PAYE, Henrique de Sá; MELLO, Jaime Wison Vargas FEITOSA, Fernando Antônio C.; MANOEL FILHO, João
de; ABRAHÃO, Walter Antônio Pereira; FERNANDES (Coord.). Hidrogeologia: conceitos e aplicações.
FILHO, Elpídio Inácio; DIAS, L´via Cristina Pinto; CAS- Fortaleza: CPRM, 2000. p. 81-102.
TRO, Maria Luisa Oliveira; MELO, Stefeson Bezerra

233
SARDOU FILHO, Ruben; MATOS, Gerson Manoel VIEIRA, Valter Salino; NOVAIS, Luiz Carlos Chaves;
Muniz de; MENDES, Vanildo Almeida; IZA, Edgar SILVA, Marcio Antonio da; CORRÊA,Tomás Romual-
Romeo Herrera de Figueiredo. Atlas de rochas or- do; LOPES, Nilo Henrique Balzani. Caracterização
namentais do estado do Espírito Santo. Brasília: geoquímica das rochas ignibríticas no nordeste do
CPRM, 2013. 349 p. il. color. Projeto geologia e re- estado do Espírito Santo. In: 47º CONGRESSO BRASI-
cursos minerais do estado do Espírito Santo. LEIRO DE GEOLOGIA, 47, 2014, Salvador, BA.
[Anais...]. Disponível em:
SILVA, Sandra Fernandes da ; MACHADO, Marcely <http://www.sbgeo.org.br/home/pages/44>. Acesso
Ferreira (Org.). Geodiversidade do estado do Espíri- em: 13 nov. 2017.
to Santo. Belo Horizonte: CPRM, 2014. 80 p. il. color.
Programa Geologia do Brasil. Levantamento da Geo- VIEIRA, ValterSalino; MENEZES, Ricardo Gallart de
diversidade. (Org.). Geologia e recursos minerais do estado do
Espírito Santo: texto explicativo do mapa geológico
U.S. Department of Interior; U.S. Geological Survey. e de recursos minerais do estado do Espírito Santo.
Mineral commodity summaries 2011. Disponível Belo Horizonte: CPRM, 2015.289 p. Programa geolo-
em: gia do Brasil. Mapas geológicos estaduais. Disponível
https://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/mcs/2011/ em: <
mcs2011.pdf. Acesso em: 26 mar 2018. http://www.cprm.gov.br/publique/media/rel_espirit
o_santo.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2017.
USGS. Mineral commodity summaries 2011:
U.S.Geological Survey, 198 p. 2011 WEDEPOHL, Karl Hans. (Ed.). Handbook of Geochem-
istry. Berlin: Springer, 1978. 2 v.
USEPA - U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGEN-
CY. Method 3051A – Microwave assisted acid diges- WHO. Environmental Health Criteria: International
tion of sediments, sludges, soils, and oils. Washing- Programme of Chemical Safety N°101 (IPCS)
ton, DC, 2007. 30p. Disponível em: Methylmercury. Geneva, World Health Organiza-
<http://www.epa.gov/epawaste/hazard/ testmeth- tion. 1991.
ods/sw846/pdfs/3051a.pdf> Revision 1. Acesso em
10.09.2016. WINTER M. Web-Elements. 1998. Disponível em:
http://www.shef.ac.uk/~chem/web-elements. Aces-
sado em 14 de junho de 2017.

234
235

Você também pode gostar