Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS
E INTEGRAÇÃO GEOLÓGICA REGIONAL
ATLAS
AEROGEOFÍSICO
Estado de Roraima
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Ministro de Estado
Adolfo Sachsida
Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Pedro Paulo Dias Mesquita
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor Presidente
Esteves Pedro Colnago
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Márcio José Remédio
Diretora de Hidrologia e Gestão Territorial
Alice Silva de Castilho
Diretor de Infraestrutura Geocientífica
Paulo Afonso Romano
Diretor de Administração e Finanças
Cassiano de Souza Alves
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Chefe do Departamento de Geologia
Valter Rodrigues Santos Sobrinho
Chefe da Divisão de Geologia Básica
Patrick Araújo dos Santos
Chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica
Luiz Gustavo Rodrigues Pinto
Chefe do Departamento de Recursos Minerais
Marcelo Esteves Almeida
Chefe do Departamento de Informações Institucionais
Edgar Shinzato
Chefe da Divisão de Geoprocessamento
Hiran Silva Dias
Chefe da Divisão de Cartografia
Fábio Silva da Costa
Chefe da Divisão de Documentação Técnica
Roberta Pereira da Silva de Paula
Chefe do Departamento de Relações Institucionais e Divulgação
Patrícia Duringer Jacques
Chefe do Núcleo de Comunicação
Heber Vieira de Oliveira
Chefe da Divisão de Editoração Geral
Lucas Victor de Alcântara Estevão
Chefe da Divisão de Marketing e Divulgação
David Teles Ferreira
SUPERINTENDÊNCIA DE MANAUS
Superintendente
Marcelo Batista Motta
Gerente de Geologia e Recursos Minerais
Antonio Charles da Silva Oliveira
Responsável Técnica do Produto
Vanessa da Silva Oliveira
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – CPRM
DIRETORIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS
I PROGRAMA GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL I
LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS
E INTEGRAÇÃO GEOLÓGICA REGIONAL
ATLAS AEROGEOFÍSICO
DO ESTADO DE RORAIMA
ORGANIZADORA
Vanessa da Silva Oliveira
MANAUS
2022
REALIZAÇÃO
Superintendência de Manaus
COORDENADOR DO PROJETO
Luiz Gustavo Rodrigues Pinto
COLABORADORES
Sérgio Roberto Almada da Silva
Túlio Amós de Araújo Mendes
Antonio Charles da Silva Oliveira
Paulo Roberto Santos Lopes
Leonardo Aguiar
REVISÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA
Alexandre Lisboa Lago
APOIO TÉCNICO
PROJETO GRÁFICO/EDITORAÇÃO
Capa (DIEDIG)
Agmar Alves Lopes
Miolo (DIEDIG)
Agmar Alves Lopes
Diagramação (SUREG/GO)
Kátia Siqueira Batista
REVISÃO LINGUÍSTICA
Irinéa Barbosa da Silva
ISBN 978-65-5664-250-5.
CDD 550.98114
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Maria Gasparina de Lima - CRB-1 1243
INTRODUÇÃO.............................................................................................. 6
A GEOFÍSICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.................... 6
PRIMEIROS LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS................................................................. 6
LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS DE ALTA DENSIDADE DE DADOS.................................. 6
INVESTIMENTOS EM LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS A PARTIR DE 2004...................... 8
CESSÃO GRATUITA DOS DADOS AEROGEOFÍSICOS AO PÚBLICO EM GERAL.......................... 8
MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 20
DADOS AEROGEOFÍSICOS................................................................................................ 20
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO MAGNETOMÉTRICO............................................. 23
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO RADIOMÉTRICO.................................................. 26
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO GRAVIMÉTRICO .................................................. 26
PROCESSAMENTO DOS DADOS AEROGEOFÍSICOS............................................................. 26
Plataforma de Processamento....................................................................................... 28
Interpolação................................................................................................................ 29
Junção dos Diferentes Projetos...................................................................................... 29
Aplicação de Transformações e Filtros nos Dados Aeromagnetométricos............................. 29
Fluxograma dos Procedimentos..................................................................................... 29
MAPAS AEROMAGNETOMÉTRICOS..............................................................31
ANOMALIAS MAGNETOMÉTRICAS.................................................................................... 32
1ª E 2ª DERIVADAS VERTICAIS DA ANOMALIA MAGNETOMÉTRICA..................................... 34
GRADIENTE TOTAL DA ANOMALIA MAGNETOMÉTRICA...................................................... 38
INCLINAÇÃO DO SINAL ANALÍTICO DA ANOMALIA MAGNETOMÉTRICA............................... 40
GRADIENTE TOTAL COM 70% DE TRANSPARÊNCIA SOBRE A 1ª E 2ª
DERIVADAS VERTICAIS DA ANOMALIA MAGNETOMÉTRICA................................................ 43
GRADIENTE TOTAL COM 70% DE TRASNPARÊNCIA SOBRE A INCLINAÇÃO
DO SINAL ANALÍTICO DA ANOMALIA................................................................................ 46
MAPAS AEROGAMAESPECTROMÉTRICOS.................................................... 48
POTÁSSIO....................................................................................................................... 49
EQUIVALENTE DE TÓRIO.................................................................................................. 52
EQUIVALENTE DE URÂNIO............................................................................................... 55
COMPOSIÇÃO TERNÁRIA (K-eTh-eU).................................................................................58
RAZÕES K/eTh, eU/K, eU/eTh E PARÂMETRO F..................................................................64
CONTAGEM TOTAL.......................................................................................................... 72
CONCENTRAÇÕES ANÔMALAS DE POTÁSSIO (Kd) E URÂNIO (Ud)...................................... 75
SUGESTÕES.............................................................................................. 93
REFERÊNCIAS........................................................................................... 94
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
INTRODUÇÃO
A GEOFÍSICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA O Esses dados e seus produtos podem (e devem) nortear
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL discussões de agentes públicos, privados e a sociedade na
tomada de decisão sobre ações sustentáveis de recursos
A geofísica é uma geociência onde o foco é estudar de uma rica geodiversidade.
as rochas por meio de suas variações nas propriedades
físicas, dando aos estudos geológicos camadas adicionais PRIMEIROS LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS
de informação, realçando diferenças entre as rochas, antes
imperceptíveis na observação direta da superfície terrestre Os primeiros levantamentos aerogeofísicos executados
ou subsuperfície por meio de amostras coletadas ao longo no Brasil (Figura 1), desde a década de 1950, foram
de uma perfuração (DENTITH; MUDGE, 2014). patrocinados por instituições federais do governo brasi-
Os estudos geofísicos possuem uma ampla variedade leiro, tais como o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), o
de aplicações, como: em estudo sobre a estrutura da Terra Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a
(crosta, manto e núcleo) e de outros corpos celeste; na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Petróleo
exploração de recursos minerais metálicos (ouro, cobre, Brasileiro S.A. (PETROBRAS). A atuação da Companhia
etc.) e não metais (óleo, gás, etc.); prospecção de água de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) iniciou-se
subterrânea; em estudos ambientais (plumas de contami- em 1971, quando assumiu o papel de órgão executor de
nação); em estudo de regiões que apresente risco geológico projetos aerogeofísicos sistemáticos (magnetometria e
(sismicidade, desmoronamento, etc.) e acompanhamento gamaespectrometria), em princípio realizados por meio
de obras da construção civil, principalmente grandes obras de convênios com o DNPM, que procurava atender a
como hidrelétricas, metrô e usinas nucleares. política do Ministério de Minas e Energia para realizar o
Um exemplo a evidenciar, que apesar de se observar recobrimento aerogeofísico dos terrenos pré-cambrianos
uma crescente demanda por minerais conhecidos como do escudo brasileiro.
high tech, que são essenciais para alguns setores como: Entre 1971 e 2001, foram executados 48 projetos
i) energia limpa, onde destacam-se as turbinas eólicas aerogeofísicos em diversas regiões do país, predominan-
(elementos terras-raras), reatores nucleares (urânio, tório, temente magnetometria e gamaespectrometria. A maio-
zircônio); ii) carros elétricos (lítio, níquel, cobalto, manganês ria dos projetos aerogeofísicos tiveram características de
e grafita); iii) dessalinização de água (elementos do grupo levantamentos regionais, ou seja, com espaçamento das
platinoides, cromo e titânio) e outros exemplos citados em linhas de voo variando entre 2.000 e 1.000 m e altura de
Skirrow et al. (2013), estes já não são encontrados exclusi- voo de 150 m. Nesse período, foi recoberta uma área de
vamente utilizando de metodologias diretas (observação e cerca de 2.413.323 km².
descrição in situ), destacando o papel estratégico dos dados
e de profissionais geofísicos em atender essas demandas. LEVANTAMENTOS AEROGEOFÍSICOS DE ALTA
Os levantamentos geofísicos são divididos de acordo DENSIDADE DE DADOS
com a plataforma de aquisição: terrestre, aquático e aero-
transportado. O último destaca-se por sua alta efetividade, A partir de 2004, iniciou-se uma nova fase nos aero-
recobrem grandes áreas com malhas regulares, indepen- levantamentos geofísicos, onde a maioria dos projetos de
dentemente de condições de acesso, o que compensa seus magnetometria e gamaespectrometria foi realizada com
custos. Uma vez feito o reconhecimento inicial, etapas espaçamento de 500 m entre as linhas de voo, altura de
terrestres (ou aquáticas) são realizadas em alvos específicos voo de 100 m e direção das linhas de voo N-S.
e na escala detalhe adequada. Foram realizados também dois aerolevantamentos ele-
Neste documento destacamos o papel do Serviço tromagnéticos de detalhe na região de Nova Redenção/BA
Geológico do Brasil – CPRM no fomento do setor mineral e Rio das Velhas/MG, além de um grande aerolevantamento
com a realização de aerolevantamentos geofísicos, com- gravimétrico regional na região de Carajás/PA.
patíveis com escala de semidetalhe (1:75.000), em todo Nesse período, foi recoberta uma área de cerca de
território nacional. No contexto do estado de Roraima, são 3.726.364 km² (Figura 2), que corresponde a 43,76%
apresentados dados aerogeofísicos, dos métodos magneto- do território brasileiro e aproximadamente 92% do emba-
métricos e gamaespectrométricos, além de alguns estudos samento cristalino do Brasil. De 2004 a 2014, os investi-
de casos aplicados a prospecção de recursos minerais mentos para aquisição de dados aerogeofísicos atingiram
(fosfato, elementos terra-raras, vanádio, diamante, ouro). cerca de US$ 188 milhões.
6
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 1 - Levantamentos aerogeofísicos (magnetometria e gamaespectrometria) adquiridos entre 1971 e 2001. Fonte: Base de dados
compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida pela equipe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE).
Figura 2 - Levantamentos aerogeofísicos adquiridos entre 2004 e 2014. Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB
(https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida pela equipe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE).
7
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Tabela 1 - Valores investidos em aerolevantamento pela CPRM entre os anos de 2004 e 2014.
Valores em reais e dólares (referente à cotação média do ano do aerolevantamento).
Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Total
Investimento R$
10,226 38,931 22,260 15,343 51,405 40,649 57,359 39,007 21,418 62,985 15,052 374,635
(em milhões)
Investimento U$
3,494 15,989 10,219 7,876 28,015 20,350 32,584 23,287 10,958 29,191 5,971 187,934
(em milhões)
8
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Gráfico 2 - Volume de dados (em Gb) de projetos aerogeofísicos acessados de forma gratuita entre maio de 2017 a 2020.
9
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
10
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 3 - Unidades morfoestruturais no estado de Roraima, com relevo sombreado SRTM (Shuttle Radar Topography Mission).
Fonte: Adaptado de Maia (2002); Ladeira; Dantas (2014).
horizontalizado, contornado por Escarpas Abruptas. dissecadas e morros baixos, morros e serras baixos.
Na base aflora o diabásio Avanavero, onde se forma Ocorre de forma descontínua, com relevos residuais de
relevo Dissecado. Na superfície abaixo são modeladas formas variadas, como topos planos, cristas alongadas
Colinas Dissecadas e Morros Baixos. Ocorrem grandes com encostas ravinadas e cabeceiras de drenagem em
falhas que condicionam a modelagem do relevo e a rede forma de anfiteatro. Entre os rios Urariquera e Mucajaí, o
de drenagem. A serra do Tepequém é uma sinclinal com relevo é composto por colinas dissecadas e morros baixos
caimento para leste, com bordas formadas por escarpas com vales encaixados e colinas em forma de pontões.
íngremes, destacando-se num relevo de Colinas Amplas A Serra Jauaperi é formada por colinas dissecadas e
e Suaves cercada por relevo Montanhoso, com Escarpas morros baixos. As serras do Repartimento e Catrimâni
e Encostas Ravinadas mais baixas. foram classificadas como morros e serras baixas. Ao
- Planalto Dissecado Norte da Amazônia: Esculpido sul, a Serra do Tucano tem gênese relacionada com
sobre rochas ígneas e metamórficas, apresenta vários eventos que formaram o Gráben do Tacutu, com relevo
tipos de dissecação: colinas amplas e suaves, colinas de morros e serras baixas.
11
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
- Planaltos Residuais de Roraima: Constituído por existe inúmeros lagos circulares ligados à rede de drenagem
diversas serras e maciços residuais dispersos planalto ou confinados em terrenos rebaixados, por vezes susten-
dissecado do norte da Amazônia e pela depressão mar- tados por crostas lateríticas impermeáveis.
ginal do norte da Amazônia, com altitudes variando entre - Depressão de Boa Vista: Vasta área plana que ocorre
400 a 900 m. A Serra Acarí é um maciço montanhoso no nordeste do estado, como resultado da pediplanação
que atinge 1.500 m de altitude, apresentando vertentes plio-pleistocênica que atuou regionalmente sobre a Bacia
íngremes bastante ravinadas, coberta por depósitos de Sedimentar de Boa Vista e, localmente, sobre os sedi-
encosta, dissecada em colinas e morros baixos, que se mentos da Bacia Sedimentar do Tacutu, com altitudes
conectam com a superfície aplainada de Roraima. A Serra variando entre 100 e 130 m; constituída por uma superfície
Anauá apresenta relevo montanhoso com cristas e pontões. pediplanada conservada, às vezes encoberta por extensos
A Serra Grande é um maciço montanhoso isolado que se areais. Nas áreas levemente dissecadas, forma-se uma
ergue sobre a superfície aplainada de Roraima, possui topografia ondulada, conhecida como tesos, desenvolvidos
direção N-S e chega a 900 m de altura, apresenta topo sobre crostas lateríticas. Espalhados sobre a superfície
em forma de crista e vertentes abruptas. A Serra da Prata pediplanada ocorrem inselbergs esculpidos em rochas do
apresenta relevo de morros e serras baixas com vertentes embasamento. Nos terrenos conservados, a drenagem é
ravinadas e topos aplainados sustentados por crostas incipiente, constituída por igarapés intermitentes, de curso
detrito-lateríticas, atingindo até 550 m. A Serra Mucajaí cercado por veredas com lagoas isoladas. Nos terrenos
é dissecada em cristas montanhosas e pontões, com menos conservados, a drenagem é densa com padrão
vertentes abruptas e ravinadas, atingindo até 1.500 m. dentrítico, por vezes controlada estruturalmente, citando
A Serra Apiaú é formada por um conjunto montanhoso como exemplo o Rio Tacutu.
de cristas e pontões, com altitudes em torno de 500 m. - Pantanal Setentrional: Localiza-se a sul/sudeste do
A Serra da Lua apresenta dois patamares de dissecação: estado na Bacia do Baixo Rio Branco. Apresenta caracterís-
o mais alto formado por cristas de 900 m e o mais baixo ticas de um grande pantanal, onde 60% dos terrenos ficam
formado por morros de até 260 m. A Serra Baraúna foi inundados durante o período chuvoso e, por vezes, perma-
classificada como maciço montanhoso atingindo a cota de necem assim durante a estação seca. A planície foi originada
890 m. A Serra Demini é composta por vários maciços e a partir de deposições arenosas resultantes do processo de
cristas montanhosas isoladas, com vertentes abruptas e aplainamento do paleodivisor das bacias dos rios Amazonas
ravinadas e altitudes em torno de 600 m. e Orenoco, em paleoclima seco (MAIA, 2002). A acumula-
- Depressão Marginal Norte do Amazonas: Formada por ção recente é controlada por falhas normais de orientação
uma extensa superfície aplainada composta por terrenos N-S, sendo a cobertura formada por sedimentos arenosos
conservados, apresenta áreas de acumulação inundáveis e pleistocênicos depositados sobre rochas proterozoicas do
relevos ondulados com diferenciados níveis de dissecação. embasamento cristalino. A drenagem atual obedece a um
Possui altitudes variando entre 80 e 160 m, com baixa controle estrutural neotectônico com algumas áreas isola-
declividade em direção ao sul. Ao norte, predomina uma das da rede de drenagem, permanecendo constantemente
superfície conservada, onde pontualmente afloram insel- inundadas. O relevo predominante na região é uma planície
bergs. No oeste/sudoeste, a dissecação é maior, formando homogênea formada por baixos tabuleiros ou terraços flu-
superfície de aplainamento retocada com colinas amplas viais intercalados por planícies fluviais ou fluviolacustres;
e suaves. Próximo à cidade de Alto Alegre, ocorrem áreas na região nordeste do pantanal ocorrem extensos campos
de acumulação inundáveis conhecidas como lavrado, onde de dunas. Raros inselbergs são observados na área.
12
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
A geologia do estado de Roraima apresenta um com- geocronológicas Amazônia Central (>2,60 Ga), Maroni-Ita-
plexo arranjo de terrenos cristalinos paleoproterozoicos caiúnas (2,25-2,05 Ga) e Ventuari-Tapajós (1,98-1,81 Ga),
parcialmente recobertos por sucessões sedimentares quater- segundo Cordani, Teixeira (2007), Figura 4B; enquanto,
nárias. Esses terrenos pré-cambrianos constituem cinturões na concepção de Santos et al. (2006), se enquadraria
orogênicos e ígneos pós-orogênicos, que servem de emba- nas províncias Tapajós-Parima (2,03-1,88 Ga), Rio Negro
samento para riftes e são intrudidos por sucessivos eventos (1,82-1,52 Ga) e Sunsás-K’Mudku (1,45-1,10 Ga), Figura
magmáticos. Há cerca de 2,03 Ga, o Complexo Anauá 4C. Além desses modelos geocronológicos, há alguns tra-
(CPRM, 2000), uma “colcha de retalhos geológicos”, é cos- balhos que trazem maior detalhe para esse setor do cráton
turado e rasgado por vários eventos deformacionais, sendo e que propõem modelos geotectônicos, exemplo: Gibbs;
individualizados três principais eventos: D1 – Orogenia Barron, 1993; Delor et al. 2003; Fraga et al. 2017b, 2018;
Akawai (FRAGA; CORDANI, 2019); D2 – Evento K’Mudku Kroonenberg; De Roever, 2010.
(SANTOS et al. 2006); e D3 – reativações mesozoicas. Com Considerando a evolução tectônica da porção cen-
base nos principais trabalhos publicados sobre a geologia tral do Escudo das Guianas, Orogenia Akawai (Figura 5)
no estado de Roraima, por exemplo (NUNES; SANTIAGO; (FRAGA; CORDANI, 2019), referências citadas, a geolo-
PINHEIRO, 1994; CPRM, 1999, 2000; FRAGA, 2002; gia simplificada do estado (Figura 6), foi individualizado
ALMEIDA, FERREIRA; PINHEIRO, 2003; REIS, FRAGA; como seu embasamento o Domínio Akawai, uma mega-
ALMEIDA, 2003; ALMEIDA, 2006; REIS et al. 2014; estrutura sinuosa, constituída pelo cinturão de alto-grau
FRAGA et al. 2017a, 2017b; REIS et al. 2021), sua evolução Cauarane-Coeroeni e pelos cinturões ígneos Orocaima e
geotectônica é apresentada sucintamente e suas principais Rio Urubu, que envolve blocos de arcos magmáticos (frag-
unidades são listadas. mentos crustais juvenis mais antigos), denominados Suíte
O estado está localizado no Cráton Amazônico, na Trairão e Complexo Anauá; completam esse embasamento
porção centro - sul do Escudo das Guianas (ALMEIDA et as sucessões metavulcanossedimentares de baixo-grau do
al. 1981) – Figura 4A, e apresenta uma história geoló- Parima (FRAGA; CORDANI, 2019). Outras associações
gica extensa, descrita em diversas propostas evolutivas, geotectônicas, formadas posteriormente ao Orógeno Aka-
exemplo: Tassinari; Macambira, 1999, 2004; Santos et al. wai, são: Silicic Large Igneous Province (SLIP) Uatumã,
2000, 2006, 2008; Cordani; Teixeira, 2007. Nos mode- Rifte Roraima, Magmatismo Intracontinental Mucajaí, Rifte
los mais recentes, o estado está inserido nas províncias Tacutu e as coberturas recentes.
A B C
Figura 4 - Compartimentação geotectônica da América do Sul e do Cráton Amazônico, incluindo os limites administrativos do estado
de Roraima. (A) Compartimentação geotectônica da América do Sul (AM - Cráton Amazonas: I – Escudo das Guianas, II – Escudo
Brasil Central; EA – Escudo do Atlântico; CA- Cinturão Andino e CF – Coberturas Fanerozoicas, compilação de Almeida et al. (1981). A
direita apresentam-se as províncias tectônicas do Cráton Amazônico, de acordo com as propostas de (B) Cordani; Teixeira (2007): AC –
Amazônia Central (>2,60 Ga), MI – Maroni-Itacaiúnas (2,25-2,05 Ga), VT – Ventuari-Tapajós (1,98-1,81 Ga), RNJ – Rio Negro-Juruena
(1,78-1,55 Ga), RO – Rondoniana (1,55-1,30 Ga), e SS – Sunsás (1,25-1,00 Ga); e de (C) Santos et al. (2006): CJ – Carajás (3,00-2,50
Ga), TA – Transamazônica (2,26-2,01 Ga), TP – Tapajós-Parima (2,03-1,88 Ga), RN – Rio Negro (1,82-1,52 Ga), RJ – Rondônia-Juruena
(1,82-1,54 Ga), e SK – Sunsás e K’Mudku (1,45-1,10 Ga). Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.
br/), consistida e interpretada por equipe do Projeto Geologia e Recursos Minerais de Roraima (2020-2023).
13
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
A B
Figura 5 - Mapa esquemático do contexto geotectônico da porção centro-leste do Escudo das Guianas. A) Mapa das províncias
geocronológicas segundo Cordani; Teixeira (2007). B) Domínios e associações geotectônicas do centro-leste do Escudo das Guianas;
modificado com bases nas propostas de Fraga et al. (2017d) e Reis et al. (2021), por equipe do Projeto Geologia e Recursos Minerais
de Roraima (2020-2023). Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada
por equipe do Projeto Geologia e Recursos Minerais de Roraima (2020-2023).
Os granitoides e os ortognaisses Trairão e Anauá (2,04- colocação rasa (suítes Pedra Pintada, Aricamã, Saracura,
2,03 Ga) são metaluminosos, com afinidades calcioalcalinas Tocobirém, Puruê e Reislândia) e sucessões vulcânicas asso-
de médio a alto-K e assinatura geoquímica típicas de arcos ciadas (Grupo Surumu e Formação Cachoeira da Ilha), que
magmáticos primitivos a maduros, ocorrendo nos setores apresentam idades de cristalização entre 2,00 e 1,96 Ga e
noroeste e centro-sul do estado de Roraima, respetivamente afinidade química com as séries calcioalcalinas de alto-K do
(SANTOS, 2003; FRAGA et al. 2017a; ALMEIDA, MACAM- tipo A e shoshonítica (COSTA; COSTA; MACAMBIRA, 2001;
BIRA; OLIVEIRA, 2007). As sucessões metassedimentares REIS et al. 2003; FRAGA et al. 2017b; BARBOSA, 2020).
de alto grau Cauarane-Coeroeni, centro-norte de Roraima, Fraga et al. (2017b) atribuem esses produtos magmáticos
formam uma megaestrutura sinuosa com direção geral a um ambiente pós-colisional, enquanto Teixeira (2019)
WNW-ESE (FRAGA et al. 2017a) e referências citadas, atribuem esse magmatismo a SLIP Orocaima, admitindo
constituída por paragnaisses aluminosos migmatíticos e, um contexto intracontinental e extensional para o evento.
subordinadamente, rochas calciossilicáticas, anfibolitos, No sul de Roraima, a Suíte Martins Pereira (Tipo-I) e os
metacherts, quartzitos, gonditos e xistos máficos, com granitos Serra Dourada (Tipo-S) são cronocorrelatos ao
metamorfismo sincinemático em condições de fácies anfi- Cinturão Ígneo Orocaima, foram gerados durante a amal-
bolito a granulito (M1), a qual sobrepõem-se dois eventos gamação do Arco Magmático Anauá com terrenos riacianos
metamórficos estáticos com idades entre 1,99-1,96 (M2) (ALMEIDA; MACAMBIRA; OLIVEIRA, 2007). Por outro
e 1,94-1,92 Ga (M3) (FRAGA; CORDANI, 2019). Essas lado, o Cinturão Ígneo Rio Urubu é composto por grani-
sequências de alto-grau são bordejadas a norte e sul, res- toides com idades de cristalização entre 1,96-1,90 Ga,
pectivamente, pelos cinturões ígneos Orocaima e Rio Urubu. com assinaturas geoquímicas calcioalcalinas de alto-K,
O Cinturão Ígneo Orocaima é composto por granitoides de tipo I (suítes Rio Urubu, Serra da Cigana e Serra da Lua);
14
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
15
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
alcalina a transicional, tipo A (Suíte Miracelha, Granito et al. (2006). Sugere-se que esse magmatismo esteja rela-
Igarapé Branco) e charnockitos tipo C (Serra da Prata e cionado ao retrabalhamento intracontinental do Cinturão
Granulito Rio Barauana). Esses corpos tardi-orosirianos Guiana-Central (BERRANGÉ, 1977). Na porção noroeste
apresentam-se deformados e metamorfisados em con- de Roraima, o Granito Rapakivi Surucucus apresenta-se
dições de fácies anfibolito a granulito, com dobramentos mineralizado em estanho.
isoclinais e apertados, que são localmente rompidos em O Domínio Tacutu é representado pelas sucessões
zonas de cisalhamento NE-SW, onde ocorrem ortognaisses sedimentares Serra do Tucano e Boa Vista, Bacia Tacutu
migmatíticos e lentes de granulito (FRAGA et al. 2017c). (EIRAS; KINOSHITA, 1990), derrames vulcânicos toleíticos
Completam esse domínio, as sucessões metavulcanosse- da Suíte Apoteri 0,13-0,15 Ga (REIS et al. 2006) e corpos
dimentares de baixo-grau (condições de fácies xisto-verde) alcalinos da Suíte Apiaú 0,11 Ga (ALMEIDA; OLIVEIRA,
do Parima, localizadas no extremo oeste do estado, que 2018; FIGUEIREDO; SANTOS; TONETTO, 2018). O Mag-
inclui quartzitos, filitos e andesitos (andesito komatiítico) matismo Alcalino Apiaú, no centro-oeste de Roraima, repre-
(PINHEIRO et al. 1981). Estudos de proveniência indicam senta um importante prospecto para fosfato e elementos
contribuições detríticas dos cinturões ígneos Orocaima e terras-raras (AGUIAR, et al. 2019) e referências citadas.
Rio Urubu, além de terrenos mais antigos, com idade de O quadro geológico simplificado do estado (Figura 6)
sedimentação de 1,96-1,94 Ga (SANTOS et al. 2003). Essa é completado pelo domínio de coberturas recentes, repre-
sucessão constitui o mais importante prospecto para ouro sentado por extensos depósitos sedimentares (Quaternário)
de Roraima, intensamente garimpado na década de 1990 que acompanham o curso do Rio Branco. A maior área de
(NUNES; SANTIAGO; PINHEIRO, 1994). sedimentação da porção sul de Roraima tem sido atribuída
No sul do estado, o Domínio Akawai está intensa- à Formação Içá (Pleistoceno), que recobre aproximadamente
mente obliterado pelo Domínio Uatumã, e corresponde a 40.000 km2, sendo reconhecidos megaleques em meio
associações plutono-vulcânicas com assinaturas geoquí- a formação (ROSSETTI; CASSOLA MOLINA; CREMON,
micas do tipo A e calcioalcalinas de alto-K, geradas no 2016). De forma geral, esses depósitos sedimentares são
intervalo de 1,89-1,87 Ga e relacionadas à SLIP Uatumã predominantemente fluviais, com intensa migração lateral
(KLEIN; ALMEIDA; ROSA-COSTA, 2012). Esse domínio é e características morfológicas típicas de um pantanal.
representado pelas suítes Água Branca e Mapuera, além Formam-se áreas alagadiças com depósitos aluvionares
das sucessões vulcânicas Iricoumé e Represa Jatapu recentes, além de remanescentes de campos de dunas
(ALMEIDA, 2006). Recentemente, um corpo da Suíte eólicas, com vegetação representada por savana e cam-
Máfica-Ultramáfica Uraricaá revelou uma idade de 1,88 Ga pinarana (SANTOS; NELSON, 1995).
U-Pb em zircão (FRAGA et al. 2013), registrando pela A subdivisão geológica do estado de Roraima, a partir de
primeira vez um magmatismo intraplaca contemporâneo domínios geotectônicos,evidencia uma evolução complexa,
à SLIP Uatumã, na região central de Roraima. O Domínio que envolve um embasamento orogênico eo-orosiriano,
Roraima, localizado na porção norte e nordeste do estado, retrabalhado e obliterado por sucessivos eventos magmáticos
é composto pela sucessão vulcano-sedimentar Roraima e tectônicos (e.g. SLIP neo-orosirianas, tafrogênese e mag-
(1,96-1,87 Ga), diques máficos do Magmatismo Avanavero matismos intraplaca estaterianos, magmatismo e retrabalha-
(1,79-1,78 Ga) e o Lamprófiro Serra do Cupim (1,76- mento tectono-termal intracontinental calimiano-ectasiano,
1,73 Ga). Esse domínio recobre e intrude o embasamento tafrogênese e magmatismo intraplaca mesozoicos).
eo-orosiriano, caracterizando um período tafrogênico no Essa geologia e sua evolução constituem os ambientes
Escudo das Guianas (FRAGA et al. 2017b; SANTOS et al. favoráveis para muitos depósitos minerais, como comprova
2003; REIS et al. 2013. em Roraima o histórico de garimpos de diamante, ouro e
O Domínio Mucajaí é caracterizado por associações cassiterita, além de importantes indícios e ocorrências de
magmáticas do tipo AMCG intrusivas no Cinturão Ígneo Rio outros bens minerais (e.g. estanho, nióbio, tântalo, tun-
Urubu, representada por granitos rapakivi, suítes Surucu- gstênio, cobre, molibdênio, zinco, elementos terras-raras,
cus e Mucajaí e Granito Serra Grande, anortositos, Suíte tório, urânio e diatomito), esse tema é abordado no tópico
Repartimento, além de corpos máficos associados (HEI- sobre recursos minerais.
NONEN, 2012; SANTOS et al. 2011) e referências citadas.
Um ambiente extensional é admitido para o magmatismo RECURSOS MINERAIS
rapakivi de 1,55-1,50 Ga, relacionados ao Evento Parguaza
(GAUDETTE, OLSZEWSKI; SANTOS, 1996; FRAGA et O estado de Roraima possui grande potencial para
al. 2010). Quanto aos corpos de granito rapakivi e char- a descoberta de novos depósitos minerais, principal-
nockitos com idades entre 1,44-1,34 Ga (SANTOS et mente devido ao seu extenso embasamento cristalino
al. 2011), observa-se relação temporal e espacial com a paleo a mesoproterozoico, com histórico de mineração
estruturação do Orógeno K’Mudku (1,49-1,15 Ga), Santos em pequena escala de ouro, diamante e cassiterita, além
16
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
de mineralizações de diversas classes utilitárias. Dentre ao afloramento das rochas sedimentares do Supergrupo
essas ocorrências, destaca-se a presença de gemas, metais Roraima, em suas fácies conglomeráticas. Essa região
nobres e metais não ferrosos, entre outros descritos deta- apresenta registros de exploração esporádica desde o
lhadamente na Tabela 2 e na Figura 7. começo do século XX. As ocorrências diamantíferas no
A presença de gemas no estado de Roraima é repre- extremo nordeste de Roraima estão dispostas em aluviões
sentada, principalmente, pelas várias ocorrências de dia- recentes e terraços terciários localizados ao longo dos rios
mante na região norte e nordeste do estado, atreladas Suapi, Quinô, Contigo e Maú, nos municípios de Pacaraima
e Uiramutã, divisa com a Venezuela e a Guiana, onde as
Tabela 2 - Classes utilitárias das substâncias, com as fácies conglomeráticas da Formação Arai representam
abreviações, das ocorrências e indícios encontrados no paleoplacers para diamante e também para ouro, sendo
estado de Roraima. Classificação e abreviação de acordo com a origem desses minerais nos depósitos recentes. Além
Medeiros; Rosa-Costa (2020). dessa região, existem ocorrências de diamantes na Serra
do Tepequém, município de Amajari, região norte do
Classe Substância Abreviação estado. Nessa localidade, a unidade aflorante e a fonte
para o diamante são as fácies conglomeráticas da Forma-
Amestista amt ção Tepequém, Supergrupo Roraima, retrabalhadas pelos
Gema
Diamante Di igarapés Cabo Sobral e Paiva, tendo sido seus depósitos
aluvionares o principal alvo de exploração (D’ANTONA,
Insumos para Calcário Cca
1988; FRAGA et al. 2010).
agricultura Fósforo P Além do diamante, o estado conta com ocorrências
Brita brt de ametista, destaque para a ocorrência de São Luiz do
Anauá, localizada entre a sede do município e o distrito
Rocha ornamental Ro
de Vila Moderna, região sudeste do estado. Durante a
Material de uso na Seixo Sei atividade desse garimpo foram explotados cristais centi-
construção civil métricos de ametista gemológica, associados ao material
Areia are
residual em veios irregulares encaixados em rochas
Argila Arg graníticas do Granito Moderna (FIGUEIREDO, 1983;
Laterita It CPRM, 2000). Outra ocorrência importante é descrita
no município de Amajari, são depósitos aluvionares na
Ferro Fe
Serra do Aricamã, onde foram extraídos blocos centi-
Manganêns Mn métricos de agregados de cristais de ametista (FRAGA
Cobre Cu
et al. 2010).
Dentre os metais nobres, o estado de Roraima
Estanho Sn apresenta inúmeras ocorrências de ouro. Além de ser
Metais ferrosos Molibdênio Mo secundariamente associado ao diamante nas fácies conglo-
meráticas do Supergrupo Roraima, o ouro ocorre disperso
Elementos Terras-Raras ETR
pelo estado, tendo sido esporadicamente, sobretudo em
Nióbio Ni depósitos aluvionares. As regiões noroeste e norte, dentro
Tântalo Ta dos limites dos municípios de Iracema, Mucajaí, Alto Ale-
gre e Amajari, são as que apresentam maior concentração
Titânio Ti de ocorrências de ouro. As principais unidades hospedeiras
Metais nobres Ouro Au nessas regiões são as rochas metavulcanossedimentares
do Grupo Parima, as rochas metavulcânicas do Grupo
Recursos minerais
Turfa Tfa Surumu, além dos granitoides das suítes Pedra Pintada,
energéticos
Trairão e Aricamã, preferencialmente quando afetados
Ágata Aa
por extensas zonas de cisalhamento com venulações e
Diatomita Dt hidrotermalismo associados (CPRM, 2002; FRAGA et al.
Feldspato Fsp
2010, 2017d). Outra região com histórico de exploração
Rochas e minerais de ouro ocorre a sudeste do estado, no município de Cara-
industriais Flúor F caraí, no divisor de águas do Rio Anauazinho e Igarapé
Muscovita Ms São Roque, ocorrendo em veios de quartzo e granitoides
hidrotermalizados pertencentes às Suítes Água Branca e
Quartzo Qzt
Martins Pereira (CPRM, 2000).
17
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 7 - Classes utilitárias das substâncias do estado de Roraima (versão preliminar), sobre a imagem da geologia simplificada
(Figura 6), em tons de cinza, em fusão Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB
(https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada por equipe do Projeto Geologia e Recursos Minerais de Roraima (2020-2023).
Roraima também conta com várias ocorrências de do Xiriri, a norte de Boa Vista, e em rochas vulcânicas
metais não ferrosos, como estanho, cobre, nióbio e tântalo, dos grupos Surumu e Cauarane e rochas graníticas das
titânio, molibdênio e elementos terras-raras (ETR). As ocor- suítes Saracura e Pedra Pintada, nos municípios de
rências de cassiterita estão distribuídas em duas regiões no Normandia, Pacaraima e Amajari. Ocorrem também
estado, uma na região sudeste, no município de Caroebe, sulfetos de cobre em brechas no Igarapé Repartimento
em depósitos aluvionares sobre rochas graníticas da Suíte do Ajarani, tendo como origem provável hidrotermalismo
Mapuera e rochas vulcânicas do Grupo Iricoumé, e na em zonas de cisalhamento, relacionado às rochas alca-
região noroeste, nos municípios de Alto Alegre e Amajari, linas do Complexo Alcalino Apiaú. Também associado
onde a cassiterita ocorre associada às intrusões graníticas a esse magmatismo alcalino existem ocorrências de
da Suíte Surucucus (CPRM, 2000, 2002). titânio, nióbio e ETR, além de ETR e tório, relacionadas
As ocorrências de cobre restringem-se à presença de às zonas de brechas hidrotermais no interflúvio dos rios
sulfetos de cobre disseminados e anomalias geoquímicas Apiaú e Ajarani, no município de Iracema (CAMARO,
em rochas do Grupo Cauarane, notadamente no Morro 2017; AGUIAR et al. 2019).
18
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Duas outras localidades apresentam ocorrências de barita. Outra ocorrência de recursos minerais utilizada como
nióbio em columbita-tantalita já exploradas anteriormente, insumos para agricultura, relaciona-se com os calcários na
uma na região centro-sul, no município de Rorainópolis, Bacia do Tacutu, descrita primeiramente em furos de son-
em aluviões do Igarapé Saramandaia associadas à Suíte dagens realizados pela Petrobras no início dos anos 1980.
Água Branca, e outra na região centro-norte, no município Ainda que mostrando intervalos de até 10 m de espessura
de Alto Alegre, no Igarapé Erau, em veios pegmatíticos associados à Formação Pirara, essas ocorrências não são
relacionados ao Grupo Cauarane. Recentemente, também, aflorantes, tendo sido encontradas apenas pequenas lentes
foi descrita uma nova ocorrência de titânio e vanádio asso- delgadas em superfície na região da Fazenda Valparaíso, a
ciada a um corpo de anortosito, possivelmente, relacionado sul do município de Bonfim (RIKER et al.1996).
à Suíte Uraricaá, no município de Cantá (GOULART et al. Por fim, as ocorrências de materiais utilizados na cons-
2019). Por fim, dentre os metais não ferrosos, o estado trução civil localizam-se, principalmente, em duas zonas no
também apresenta ocorrências de molibdênio na região estado de Roraima. Uma ao longo das principais rodovias,
norte, municípios de Normandia e Pacaraima, onde a como a BR-174, nas proximidades urbanas para utilização
molibdenita ocorre disseminada em rochas graníticas da como brita, pedras de cantaria e rochas ornamentais, com
Suíte Saracura, como a ocorrência do Morro do Bezerro, as principais ocorrências na porção central e centro-sul
além de apresentar concentrações geoquímicas mais ele- do estado, sendo a capital o principal mercado consumi-
vadas em zonas de cisalhamento com hidrotermalismo dor. Outra zona de ocorrência se dá, principalmente, ao
associado (CPRM, 1999). longo do Rio Branco, em extensos depósitos de areia e
A ocorrência de metais ferrosos restringe - se à ocorrência cascalho e também de argila, quando em sua planície de
de manganês em lentes de gonditos associados ao Grupo inundação. Essa argila é utilizada em olarias na capital e
Cauarane. Uma dessas lentes aflora ao sudeste da Serra em Caracaraí (CPRM, 1999, 2002). O estado também
do Aricamã, no município de Amajari (FRAGA et al. 2010). apresenta a ocorrência de algumas rochas e minerais
Também são poucos os recursos energéticos cadas- industriais. Ocorrências de feldspato, quartzo, muscovita
trados, com as ocorrências restringindo-se à presença de e schorlita estão associadas a veios pegmatíticos e de
camadas de turfa associadas a sedimentos da Formação quartzo, principalmente relacionados aos metassedimentos
Içá, uma localizada no baixo Rio Catrimâni e outra localizada do Grupo Cauarane, a norte de Boa Vista, e no município
no Rio Xeriuini, região sudoeste do estado, município de de Amajari, porém não existe histórico de aproveitamento
Caracaraí (CPRM, 2000). desses minerais. Há também a ocorrência de veios de
O estado de Roraima também conta com algumas fluorita associados à Suíte Saracura, no município de
ocorrências de insumos utilizados para agricultura, dentre Normandia. Associada aos depósitos lacustres neogênicos
eles um depósito de fosfato relacionado às intrusões meso- da Formação Boa Vista, foi descrita uma ocorrência de
zoicas, na sua região central. O depósito de P, Ba e ETR diatomito nas cabeceiras do Igarapé Poraquê, no município
da Serra do Repartimento é um dos depósitos com maior de Normandia (CPRM, 1999, 2002).
detalhamento, com a realização de mapeamento e coleta, Vale ressaltar que, apesar do grande potencial para a
em malha sistemática, de amostras de solo e rocha, tanto descoberta de depósitos minerais, o estado de Roraima
em superfície quanto em poços de pesquisa. Esse depósito é apresenta pouquíssimas regiões mapeadas sistematica-
descrito por Borges (1990) a sul da Serra do Repartimento, mente em escala 1:100.000 ou maior, com poucas teses
no município de Iracema. Nessa localidade, afloram rochas e dissertações com esse mesmo objetivo. Tendo em vista
alcalinas, relacionadas ao Complexo Alcalino Apiaú, onde as que várias das ocorrências minerais conhecidas no estado
concentrações de interesse econômico se dão nos produtos encontram-se em áreas de proteção, o mapeamento sis-
de alteração supergênica, como saprolitos e lateritos, com temático das regiões livres para o desenvolvimento da
depósito de fosfato estimado na ordem de 3,5 milhões de indústria mineral é essencial para a descoberta de novos
toneladas e teor médio entre 3% e 5%, além de teores recursos, como as ocorrências cadastradas pelo mapea-
de óxidos de ETR com valores frequentes entre 1 e 5,5% mento das folhas Ilha de Maracá e Vila Tepequém (FRAGA
(CPRM, 1999). Também ocorrem grandes concentrações de et al. 2010, 2017c).
19
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
MATERIAIS E MÉTODOS
4000 4058 - Borda Norte da Bacia do Solimões 1991 N-S 3000 E-W 15 >1.000
1000 1109 - Centro -Sudeste de Roraima 2010 N-S 500 E-W 10 100
A B
Figura 8 - A) Dados aerogeofísicos de alta resolução cobrem 82% de todo o estado; enquanto que a integração de dados aerogeofísicos
de alta e baixa resolução cobrem 98% do território do estado. B) Integração das resoluções utilizadas neste produto.
Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/).
20
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 9 - Articulação das áreas dos projetos aerogeofísicos que intersectam o estado de Roraima (RR), com os seus respectivos códigos
de registro no SGB/CPRM. Da série 1000, são: Parima-Urariquera (1058), Anauá (1077), Pitinga (1075), Carará-Jatapu (1096), Sudeste
de Roraima (1109), Centro-Leste de Roraima (1108) e Catrimâni - Aracá (1107). Da série 2000, Projeto Aerogeofísico Surumu (2026) e,
da série 4000, Projeto Aerogeofísico Borda Norte da Bacia do Solimões (4058). Em destaque, no estado de Roraima em vermelho com
áreas em pretos que representam territórios indígenas ou de proteção ambiental. Fonte: Base de dados compilada e consistida
do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/).
21
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
A B C D
Figura 10 - Ilustrações esquemáticas dos campos magnéticos induzidos de uma fonte esférica: (A) no polo norte magnético, (B) latitude média no hemisfério norte, (C) o equador magnético e (D) latitude
média no hemisfério sul. São mostradas as variações no campo magnético total ao longo do perfil principal sobre a fonte resultante da adição do vetor do campo (geomagnético) da Terra com aquele da
fonte e o campo magnético induzido. A força do campo geomagnético é muitas vezes maior do que a da fonte, mas foi reduzida para simplificar os exemplos. Fonte: Adaptado de Dentith; Mudge (2014).
22
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Foram empregadas aeronaves equipadas com magne- altas resoluções. No entanto, para ter maior compreensão
tômetro e gamaespectrômetro, posicionadas pelo sistema do comportamento e distribuição dos dados aerogeofísicos,
de observação de satélite GPS, com precisão de 1 m. os projetos de baixa resolução em áreas que não possuíam
O magnetômetro com sensor de vapor de césio foi mon- os dados de alta resolução foram utilizados, como Surumu
tado na cauda da aeronave (tipo stinger) (Fotografia 1). As (CPRM, 1976) e Borda Norte da Bacia do Solimões, sendo
medidas foram realizadas a cada 0,1 s, o que equivale, este último apenas disponível os dados de magnetometria.
dependendo da velocidade média da aeronave, a um inter- Essa integração gerou produtos que cobrem aproximada-
valo a cada 7,7 m. O gamaespectrômetro, com detectores mente 98% do território de Roraima (Figura 8 e Figura 9).
de cristais de iodeto de sódio (NaI) (Fotografia 2), realizou
a análise individual e precisa dos fotopicos de potássio, FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO
equivalente a tório (eTh) e a urânio (eU). As medidas foram MAGNETOMÉTRICO
efetuadas a cada 1,0 s, representado medições a intervalos
médios de amostragem de aproximadamente 77,0 m. A magnetometria identifica o magnetismo das rochas
Nessa mesma região dos 82% do território há disponí- através de medições do campo magnético. O magne-
veis outros projetos aerogeofísicos de baixa resolução, Rio tismo de um material pode ser intrínseco (magnetização
Branco (CPRM, 1978) e Uraricoera (CPRM, 1977), com remanente) ou pode ser induzido por um campo magné-
menor detalhamento de estruturas e anomalias geofísicas tico externo (magnetização induzida). Os levantamentos
e, por estes motivos, apenas foram considerados com as magnéticos medem a resultante do campo do núcleo da
23
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Terra e o campo induzido nas rochas, onde é usualmente sua declinação magnética (Figura 12) varia de -12° à -16°
denominado de campo magnético total (CMT). A unidade e, por último a inclinação magnética (Figura 13) pode
de medida é o nanoTesla (nT) e a intensidade varia de variar de 12° a 22°. O estado de Roraima está localizado
70.000 nT, ao redor dos polos, e a menos de 25.000 nT, em latitudes próximas ao equador magnético (Figura 13)
nas regiões equatoriais (DENTITH; MUDGE, 2014). e em parte do hemisfério norte, de modo que as feições
O campo magnético do núcleo da Terra magnetiza as magnetométricas apresentam padrões próximos aos apre-
rochas suscetíveis da crosta, comportando-se como um sentados Figura 10B.
imã em forma de barra, onde o polo norte é localizado no A susceptibilidade magnética é a propriedade física das
Ártico e o polo sul na Antártica. Os polos não coincidem rochas que as permitem serem magnetizadas pelo campo
com os geográficos e variam com o tempo. Há diversos da Terra. Esse processo é chamado de indução magnética.
modelos para este campo, sendo o International Geo- As características magnéticas das rochas são controladas
magnetic Reference Field (IGRF) o mais utilizado. Algo por quatro variáveis principais:
importante de se entender, é que a anomalia magnética i) a composição da rocha (concentração de Fe e estado
dos corpos varia de acordo com a sua localização no globo, de oxidação);
uma vez que a magnetização induzida pelo campo mag- ii) a presença de minerais acessório de Fe;
nético terrestre normalmente é predominante em relação iii) o tipo de magnetização mostrada pelos minerais
a componente remanente (Figura 10). Observa-se que nos (induzida, remanente);
polos (vetor de magnetização na vertical) ou no equador iv) a intensidade e orientação do campo magnético
(vetor de magnetização na horizontal) o centro do corpo terrestre.
está localizado na máxima amplitude. No entanto, em Os minerais podem ser classificados de acordo com
regiões de latitude intermediária, as anomalias magnéticas a susceptibilidade magnética em: diamagnéticos, para-
são dipolares (ISLES; RANKIN, 2013). magnéticos, ferromagnéticos. Os diamagnéticos possuem
No modelo publicado recentemente pela National Oce- susceptibilidade baixa e negativa. Esses materiais são
anic and Atmospheric Administration (NOAA), podemos praticamente imperceptíveis em dados magnetométri-
observar que a intensidade do campo magnético (Figura 11) cos. Entretanto, a halita é uma exceção, onde apresenta
no estado de Roraima pode variar de 28.000 a 30.000 nT, anomalia magnética negativa em bacias sedimentares.
Figura 11 - Variação da intensidade do campo geomagnético; unidade de medida das isolinhas é nanoTesla (nT). Fonte:
Imagem adaptada do NOAA/INCEI e CIRES, publicado em dezembro de 2019 (https://www.ngdc.noaa.gov/geomag/WMM).
24
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 12 - Declinação magnética; a unidade de medidadas isolinhas é o grau (o). Isolinha vermelha positiva, verde zero
e azul negativa. Fonte: Imagem adaptada do NOAA/INCEI e CIRES, publicado em dezembro de 2019
(https://www.ngdc.noaa.gov/geomag/WMM).
Figura 13 - Inclinação magnética; a unidade de medida das isolinhas é o grau (o). Isolinha vermelha positiva, verde zero
e azul negativa. Fonte: Imagem adaptada do NOAA/INCEI e CIRES, publicado em dezembro de 2019
(https://www.ngdc.noaa.gov/geomag/WMM).
25
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Os minerais paramagnéticos apresentam susceptibilidade partir dos isótopos-filhos de Bi214 e Tl208, os elementos
magnética baixa e positiva. Minerais como piroxênio, anfi- são reportados como equivalentes de tório e urânio (eTh
bólio e mica são exemplos. Os minerais ferromagnéticos e eU, respectivamente).
possuem altos valores de susceptibilidade magnética, onde A resposta radiométrica depende da presença de
Incluem-se magnetita, pirrotita, titatomagnetita, ilmenita. minerais que contenham os radioelementos K, Th e U.
A definição mais ampla de ferromagnetismo inclui as formas O potássio ocorre principalmente em álcalis feldspatos,
ferrimagnetismo e antiferromagnetismo, todavia estão além micas e ilitas. Urânio e tório possuem alto raio atômico e
do escopo deste documento. Descrições detalhadas sobre alta eletropositividade, de modo que são raramente substitu-
os processos de magnetização podem ser encontradas em tos para outros elementos em minerais silicáticos, o que os
(DENTITH; MUDGE, 2014; HINZE et al. 2013). faz formarem minerais deles mesmos. Quartzo e feldspato
podem conter traços de U e Th, todavia tendem a ocorrer
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO em minerais acessórios, como zircão, monazita e rutila
RADIOMÉTRICO (DENTITH; MUDGE, 2014). De acordo com Dickson; Scott
(1997), a crosta apresenta em média 2,5% de K, 12 ppm
A gamaespectrometria ou radiometria é um método de Th e 3,5 ppm de U. A Figura 14 mostra a variação
passivo que consiste em medir a radioatividade natural na dos radioelementos em comparação com o tipo de rocha.
forma de raios gama gerados no decaimento de isótopos.
Essa radioatividade é oriunda de minerais que contêm FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO MÉTODO
isótopos radioativos de potássio (K), tório (Th) e urânio (U) GRAVIMÉTRICO
(Figura 14). Historicamente, o principal uso do método era
a detecção de anomalias gamaespectrométricas associadas O método gravimétrico tem como objetivo o mapea-
a depósitos de urânio. Atualmente, o método gamaes- mento da distribuição de densidades em subsuperfície a
pectrométrico é amplamente utilizado para mapeamento partir de medidas da variação da aceleração do campo
geológico, identificação de zonas de alteração, regolito e gravimétrico na superfície terrestre.
tipos de solo para estudos ambientais. Dentre os métodos De forma geral, em prospecção gravimétrica, identifi-
geofísicos, a gamaespectrometria tem uma posição pecu- cam-se as massas locais de maior ou menor densidade e
liar, tendo em vista que o método identifica o elemento informações sobre formas e profundidades são extraídas
radioativo, de modo que variações químicas são mapeadas a partir de irregularidades no campo gravimétrico, nomea-
ao invés das propriedades físicas. Desta forma, o método das de anomalias gravimétricas. Essas irregularidades são
situa-se em uma fronteira entre a geoquímica e a geofísica interpretadas como resultado das variações laterais provo-
(DENTITH; MUDGE, 2014). cadas por estruturas geológicas ou corpos com diferentes
Os núcleos atômicos dos isótopos possuem um acrés- densidades (TELFORD et al. 1990; BLAKELY, 1995).
cimo de energia e, como são instáveis, desintegram-se A densidade da rocha é uma propriedade em massa
para formar núcleos mais estáveis. No processo, partícu- que depende de toda a assembleia mineral (Figura 15).
las de energia são emitidas, entre elas os raios gama. O Em geral, as rochas ígneas e metamórficas apresentam
decaimento radioativo é um fenômeno estatístico. Cada densidades mais elevadas que as sedimentares. Além da
desintegração atômica ocorre de forma independente e o composição mineralógica, a porosidade e o conteúdo de
intervalo de desintegração não é constante. A frequência fluídos no poro são fatores que influenciam a densidade
de decaimento é dada por uma distribuição de Poisson, tanto na superfície como em subsuperfície. Por convenção,
onde é a média de decaimento, P é a densidade média da crosta continental é considerada
a probabilidade do número do núcleo atômico, n, decair como sendo 2,67 g/cm3 (HINZE et al. 2013).
em uma unidade de tempo (IAEA, 2003).
Os gamaespectrômetros gravam os dados em canais PROCESSAMENTO DOS DADOS
(256 ou 512) no intervalo de energia de 0-3 MeV. AEROGEOFÍSICOS
O número total de contagens por segundo (cps), compu-
tado em cada um dos canais do equipamento, é armaze- Neste item estão descritas as metodologias utilizadas
nado e depois filtrado, processado e convertido de cps para para o tratamento dos dados magnetométricos, objetivando
concentração dos radioelementos (em % para potássio, sua apresentação em formatos adequados para os trabalhos
e ppm para tório e urânio). Os cálculos assumem como de interpretação e integração geológica. De acordo com
premissa que a série de decaimento ocorre em condições Isles; Rankin (2013), a tarefa de controle de qualidade
de equilíbrio, todavia os produtos do decaimento podem de um levantamento aeromagnetométrico requer experi-
ser completamente ou parcialmente retirados do sistema. ência geofísica especializada e nem sempre é realizada
Como o urânio e o tório são estimados indiretamente a pela pessoa responsável pela interpretação dos dados.
26
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 14 - Concentração de radioelementos K, Th e U de acordo com o tipo de rocha. Amp - anfibólio, Biot - biotita, Bra - brannerita, Ca Fsp - plagioclásio, Car - carnalita, Cof - cofinita,
Ilm - ilmenita, K Fsp - feldspato potássico, Mag - magnetita, Mon - monazita, Mus - muscovita, Na Fsp - feldspato sódico, Ol - olivina, Pbl - pitchblenda, Pyx - piroxênio, Qtz - quartzo,
Rut - rutilo, Sph - esfeno, Syl - silvita, To - torita, Ura - uraninita, Zr - zircão. Fonte: Adaptado de Dentith; Mudge (2014).
27
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 15 - Faixas de densidade de vários tipos de rochas. Baseado, principalmente, em diagramas e dados em
Emerson (1990), Schön (2004) e Wohlenberg (1982). Fonte: Adaptado de Dentith; Mudge (2014).
28
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
29
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 16 - Fluxograma dos procedimentos realizados com o banco de dados (gdb) dos projetos aerogeofísicos. Preparação realizada
para seguir o processamento dos dados indicados no guia técnico do SGB-CPRM por Medeiros; Rosa-Costa (2020).
30
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
MAPAS AEROMAGNETOMÉTRICOS
Uma das principais finalidades do uso de dados mag- magnetométricos com vistas ao reconhecimento geológico
netométricos é encontrar corpos de minério. Só com uma de seus territórios. O Brasil foi um entre esses países que
extensa cobertura de dados magnetométricos é possível nas últimas décadas empreendeu uma grande campanha de
descobrir novas jazidas de minerais metálicos. De acordo levantamentos aerogeofísicos como apresentado na intro-
com Isles; Rankin (2013), sem os extensos levantamentos dução deste atlas. No Brasil, entre os principais empregos
magnetométicos realizados na Austrália e Canadá grandes dos dados magnetométricos está o mapeamento geológico.
minas de classe mundial não teriam sido encontradas. No início das pesquisas para localização de jazidas
Uma das mais importantes contribuições dos dados de petróleo e antes do advento e avanços nas técnicas
magnetométricos é sua potencialidade para desvendar a do método sísmico, a magnetometria foi uma ferramenta
terceira dimensão dos dados geológicos. Feições geoló- importante. Entretanto, a mesma técnica aplicada com
gicas como corpos e estruturas podem ser inferidas em dados magnetométricos na pesquisa de petróleo pode ser
profundidade por meio de interpretações e modelagens. empregada para estudos de água subterrânea. Estruturas,
As zonas de cisalhamentos são um dos objetos geológicos tais como zonas de cisalhamentos, facilmente identificadas
mais evidentes em mapas magnetométricos; contudo sua pelo método, podem estar condicionando depressões tectô-
contribuição para a delimitação tridimensional de formações nicas com maior acúmulo de água ou barreiras hidráulicas,
vulcânicas, intrusões de rochas básicas e de granitoides que dificultam o fluxo da água e compartimentam bacias
magnéticos é fundamental. sedimentares. Nas rochas cristalinas, alinhamentos magné-
Atualmente, em todo o mundo, sobretudo nos paí- ticos são correlacionados com falhas ou zonas de fraturas
ses com dimensão continental, os governos tem empre- regionais, com importância na identificação de áreas de
endido um grande esforço de levantamento de dados detalhes para prospecção de aquíferos fraturados.
31
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
32
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Anomalias Magnetométricas
33
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
∇2 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 0 (Equação 2)
De modo que:
(Equação 3)
(Equação 4)
34
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
35
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
36
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
37
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
(Equação 5)
38
SGB-CPRM • Levantamentos
Atlas Aerogeofísico
Geológicos• eEstado
Integração
de Roraima
Geológica Regional
39
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Onde
(Equação 7)
40
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
41
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
42
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
43
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
44
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
45
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
46
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
47
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
MAPAS AEROGAMAESPECTROMÉTRICOS
O método gamaespectrométrico mede a taxa e a energia o efeito causado por coberturas sedimentares alóctones,
da radiação gama proveniente do potássio, tório e urânio vegetação densa e corpos de água que ocorrem na área de
contido nas rochas (MINTY, 1997). Nos levantamentos levantamento. Neste último caso, rios que carreiam muito
são empregados cristais detectores (geralmente de iodeto material erodido em suspensão na água, podem apresentar
de sódio). Eles absorvem a radiação gama e a cintilação sinal radioativo, como é o caso dos rios da região amazô-
dessa radiação no cristal pode ser medida em contagem nica. Por outro lado, os rios secos da região semiárida do
por segundo (cps). Quando existem sistemas calibradores, é Nordeste do Brasil podem apresentar aluviões com sinal
possível quantificar o potássio (em porcentagem), o tório (em radioativo de material que foi carreado por longas distâncias.
ppm) e urânio (em ppm). Contudo, não é medida diretamente O potássio, o tório e o urânio aumentam nas rochas
a intensidade da energia desses radioisótopos e, sim, dos ácidas e diminuem nas rochas básicas. Entre eles, o
radioisótopos-filhos 40K para o potássio, 208Tl para o tório tório tem o comportamento menos móvel, enquanto o
e 214Bi para o urânio. Por este motivo, foi convencionado urânio é o mais móvel. Comumente, quando liberado das
o uso de “e” antes dos símbolos do urânio (eU) e do tório rochas hospedeiras, o urânio tende a ser absorvido pelos
(eTh), para indicar que as concentrações são equivalentes. minerais argilosos formados pelo intemperismo. De outra
É importante enfatizar que o método gamaespectrométrico forma, nas rochas sedimentares arenosas, a existência de
é empregado para investigação de variações que ocor- anomalias radiométricas indica a presença de minerais
rem apenas na superfície da rocha. Qualquer obstáculo pesados, tais como zircão e monazita, ricos em tório.
não radioativo sobre a rocha causa supressão do sinal. Também, é possível inferir, pela observação prática e
Por exemplo, uma cobertura de 20 cm de areia quartzosa como regra geral, que nas rochas graníticas o aumento
é capaz de suprimir metade da radiação da rocha. Por esse de concentração desses radioelementos é, às vezes, uma
motivo, é necessário ao intérprete levar em consideração indicação do aumento da alcalinidade.
48
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
49
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Potássio
50
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
51
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
52
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Equivalente de Tório
53
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
54
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
55
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Equivalente de Urânio
56
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
57
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
58
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
59
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
60
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
61
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
62
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
63
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
F = K.eU/eTh (Equação 8)
64
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Razão K/eTh
65
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
66
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Razão eU/K
67
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
68
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Razão eU/eTh
69
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
70
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Parâmetro F
71
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
72
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Contagem Total
73
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
74
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 18 - Regressão múltipla presente na biblioteca stats model, gráfico dos coeficientes do Ki (Equação 9).
(Equação 9)
Figura 19 - Regressão múltipla presente na biblioteca stats model, gráfico dos coeficientes do Ui (Equação 10).
(Equação 10)
75
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
76
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
77
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
O Mapa Litológico Preditivo representa uma classificação et al. 2019), de tal forma que todos os dados podem ser
supervisionada dos dados aerogeofísicos (magnetometria e redimensionalizados para o contexto geológico, facilitando
gamaespectrometria) com os dados litológicos. Na metodo- a interpretação (Figura 20). As cores do Mapa Litológico
logia, são utilizadas técnicas de Machine Learning (COSTA Preditivo são as mesmas do Mapa Geológico (Figura 6).
78
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
*Mapa Litológico Preditivo do estado de Roraima com os dados aerogeofísicos (magnetometria e gamaespectrometria) e dados litológicos. A cor
do mapa preditivo são as mesmas utilizadas nas unidades do mapa geológico da Figura 6, representando a resposta do modelo. Já a linha preta é
o contorno geológico mapeado da Figura 6.
79
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 21 - Primeira derivada vertical (Equação 4) da anomalia magnetométrica continuada para cima em 20 km do estado de Roraima
sobre a Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Com destaque da resolução dos projetos aerogeofísicos (Figura 8 e Tabela 3) e
distribuição de indícios e ocorrências minerais (Figura 7 e Tabela 2), as idades modelos Sm-Nd e interpretações de tendências lineares
magnéticas. Configuração da imagem: escala de cor spectral - 11 - cb (mínimo - azul; máximo - vermelho), distribuição da escala de cor
histograma equalizado. Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
80
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
do campo magnético, diminuindo as influências do ruído e tendências NW-SE, ambas com característica rúptil-
de superfície (MACLEOD; JONES; DAI, 1993). dúctil, que poderiam abrir espaços para percolação de
A porção norte do estado, na divisa com a Venezuela e fluidos hidrotermais.
a Guiana, é controlada por estruturação W-E dúctil, terreno Na porção central do estado, a estruturação e os terre-
com idades Tdm neoarqueanas (2,38 a 2,62 Ga) e cortada nos tornam-se complexa, com idades desde Tdm neoarquea-
por estruturas NE-SW com característica rúptil-dúctil. nas a paleoproterozoicas. Pode-se afirmar que são afirmar
Na porção noroeste do estado, próximo à divisa com são as continuidades de tendências NW-SE sendo infletidas
a Venezuela, terreno com idades Tdm riaciano (2,09 a de W-E e NE-SW (próximo à Falha do Itã) com características
2,19 Ga) controlado por estruturação NW-SE dúctil, dúcteis, sendo interrompida de forma abrupta por tendências
que é cortado sistematicamente por estruturas NE-SW na direção NE-SW com a característica rúptil-dúctil.
Figura 22- Integral do campo magnético anômalo do estado de Roraima, sobre a Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Com
destaque da resolução dos projetos aerogeofísicos (Figura 8 e Tabela 3) e distribuição de indícios e ocorrências minerais (Figura 7 e
Tabela 2), as idades modelos Sm-Nd e interpretações de tendências lineares magnéticas. Configuração da imagem: escala de cor colour
(mínimo – azul; máximo - rosa), distribuição da escala de cor histograma equalizado. Fonte: Base de dados compilada do portal
GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
81
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Quanto mais a sul do estado, as tendências dúcteis aproximadamente 100 mGal (no extremo norte do estado),
na direção W-E, cortadas sistematicamente por tendências onde apresenta uma possivel descontinuidade W-E.
suaves N-S rúptil-dúctil. A suavização das tendências N-S Na porção central do estado, temos um alto gravimétrico
provavelmente decorre da configuração de aquisição do N-S na região das idades Tdm ricianas (2,09 a 2,19 Ga),
aerolevantamento geofísico, tendências paralelas com as que acompanha o percurso do Rio Branco, e um segundo
linhas de aquisição não são destacadas. alto gravimétrico mais novo na região das idades Tdm
De modo geral, Oliveira; Silva (2019) descrevem a orosianas (1,96 a 2,06 Ga), de mesma amplitude e cor-
anomalia Bouguer (Figura 23) do estado de Roraima em tando o primeiro na direção NE-SW. As informações
oito grande domínios gravimétricos, dando destaque ao foram agrupadas por Oliveira et al. (2019), que apresen-
gradiente de sul para norte, com variação relevante de tou um pefil de modelagem 2D de integração de dados
Figura 23 - Anomalia Bouguer do estado de Roraima sobre a Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Com destaque da resolução
dos projetos aerogeofísicos (Figura 8 e Tabela 3) e distribuição de indícios e ocorrências minerais (Figura 7 e Tabela 2), as idades
modelos Sm-Nd e interpretações de tendências lineares magnéticas. Configuração da imagem: escala de cor colour (mínimo – azul;
máximo - rosa), distribuição da escala de cor histograma equalizado. Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB
(https://geosgb.cprm.gov.br/) e Anomalia Bouguer por Sandwell et al (2014), consistida e interpretada.
82
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
magnetométrico e gravimérico (Figura 24) discutindo os Na relação dos recursos minerais e algumas variáveis
limites tectônicos propostos. radiométricas/magnéticas em gráficos de dispersão dos
Na seção G-G’ é possível observar susceptibilidades radioelementos sensíveis à alteração hidrotermal. Nota-se
magnéticas distintas, sendo a primeira caracterizada por que os depósitos de ouro possuem assinatura de K entre
altas e baixas susceptibilidades em profundidade, enquanto 10 a 28%, e de eU majoritariamente menor que 4 ppm,
na segunda dominam elevados valores (transição das duas com altos valores de magnetização. Diamantes possuem
áreas demarcado no retângulo 2, em vermelho (Figura assinaturas de eTh de 200 a 300 ppm, um crescimento
24D), possível limite de terrenos, assim como o retângulo linear de acordo o crescimento da concentração de K, que
vermelho 1 (Figura 24D). varia de 10 a 12,5%, e com baixa magnetização.
Do ponto de vista da mineração, as regiões norte e nor-
ASSINATURAS AEROGEOFÍSICAS DOS deste do estado são provavelmente as mais desenvolvidas
PRINCIPAIS DEPÓSITOS MINERAIS (Figura 7), no entanto Roraima possui grande potencial para a
descoberta de novos depósitos minerais devido ao seu extenso
Nos gráficos de dispersão da Figura 25 foram inter- embasamento cristalino paleo a mesoproterozoico (Figura 6).
pretadas algumas assinaturas geofísicas relacionadas às A seguir, estão descritos alguns estudos de casos seguindo
ocorrências minerais do estado de Roraima. a classificação realizada no capítulo de recursos mineiros.
Figura 24 - Perfil G-G’ indicando a interpretação em superfície modificado de Oliveira et al., (2019) (A) geologia simplificada, (B) perfil das
concentrações K (%), eTh (ppm) e eU (ppm), dados magnéticos Dz (nT/m), GT (nT/m) e AM (nT), (C) domínios gamaespectrométricos (132,
222, 111, 121, 233, 122, 311, 321, 322 e 211). (D) interpretação em subsuperfície inversões dos dados magnético e gravimétricos e
(E) modelagem dos dados gravimétricos com densidades medidas por Oliveira; Silva (2019). Fonte: Adaptado de Oliveira et al. (2019).
83
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 25 - Assinatura radiométrica e magnetométrica dos recursos minerais e indícios minerais do estado de Roraima.
84
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 26 - A) Contagem total (CT) com destaque para o perfil A-A’ em branco. B) Campo magnético anômalo (CMA) com destaque
para perfil A-A’ em preto e tendências lineares dúcteis (linha preta continua) e rúpteis (linha preta tracejada). Ambos os dados possuem
baixa resolução, Projeto 2026 - Aerolevantamento Surumu (OLIVEIRA, 2020). Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB
(https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
85
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
f) Tendências lineares magnéticas rúpteis (tracejadas nas fácies conglomeráticas do Supergrupo Roraima,
na Figura 26B) e alguns possíveis diques. tendo sido encontrado, principalmente, em depósitos
Quando analisa-se os dados interpretados em superfície aluvionares. As regiões noroeste e norte, dentro dos
(Figura 27A) em relação a subsuperfície, com a inversão limites dos municípios de Iracema, Mucajaí, Alto Alegre
dos dados magnéticos (Figura 27B), observa-se que a e Amajari, são as que apresentam maior concentração
região onde encontram-se os diamantes, apesar de não de ocorrências de ouro.
ser magnética, possui um alto magnético em profundidade Nas Figuras 28 - composição ternária (RGB), 29A
sob o Supergrupo Roraima. - derivada vertical (Dz) e 29B - potássio anômalo (Kd),
Nesses estudos para o reconhecimento regional, utili- podemos observar os seguintes pontos:
zamos o Projeto Aerogeofísico 2026 Surumu, no entanto a) A região do Complexo Urariquera possui o maior
o indicado inicialmente é que sejam realizados aerolevan- número de ocorrências de ouro;
tamentos com alta resolução compatíveis com os 85% do b) Possui assinatura de alto relevo magnético demar-
estado, seguido por levantamentos geofísicos terrestres para o cando um corredor da zona de cisalhamento NW-SE,
mapeamento de corpos kimberlíticos, como a magnetometria. cortado sistematicamente por estruturas NE-SW com
característica rúptil-dúctil;
Metais Nobres - Ouro (Au) c) Altas concentrações de potássio.
De acordo com a análise da imagem da primeira deri-
Dentre os metais nobres, o ouro foi o mais explorado vada vertical (Figura 29A), as principais regiões relacionadas
no estado de Roraima. Ocorre associado aos diamantes aos setores de ouro estão fortemente condicionadas às
Figura 27 - (A) O perfil A-A’ com dados do CMA, DZ, GT, CT, eU/eTh e Shuttle Radar Topography Mission (SRTM); (B) Inversão dos
dados magnéticos com Magnetic Vector Inversion (MVI), com destaque para perfil A-A’; tendências lineares magnéticas em linhas pretas
traçadas a partir da superfície e subsuperficie , isolinhas em vermelho para sucpetibilidades ≥ 0,007SI. Fonte: Base de dados compilada
do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
86
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 28 - Imagem de composição ternária RGB sobre Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Com destaque da resolução dos
Projetos aerogeofísicos (Figura 9 e Tabela 3) e distribuição de indícios e recursos minerais (Figura 7 e Tabela 2). Fonte: Base de dados
compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
87
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 29 - A) Imagem da primeira derivada vertical (Dz) na escala de cor cinza, com destaque para tendências lineares magnéticas
dúcteis, em linha contínua amarela; dúctil-rúptil, em linha contínua verde, e possíveis diques, em linha laranja tracejada; círculos
esverdeados destacam anomalias magnéticas. B) Imagem do potássio anômalo – Kd sobre Shuttle Radar Topography Mission (SRTM),
com destaque para tendências lineares magnéticas dúctil; e dúctil-rúptil em linha contínua preta, possíveis diques em linhas laranjas
tracejadas e círculos esverdeados, anomalias magnéticas. Fonte: Base de dados compilada do portal
GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
88
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 30 - Imagem de composição ternária RGB sobre Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), em destaque, no polígono em
vermelho em linhas tracejadas, a Serra do Apiaú (AGUIAR et al., 2019), alcalina, com linhas em preto da geologia simplificada.
Imagens do GT, GHT e DZ das áreas da alcalina estão representadas. Fonte: Base de dados compilada do portal
GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
Figura 31 - Assinatura gamaespectrométrica de um corpo típico da Suíte Apiaú nas imagens de K, eTh, eU, CT, RGB e CMY.
Em linha preta, o contorno geológico simplificado da assinatura geofísica do corpo analisado. Fonte: Base de dados
compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
89
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 32 - Estudo do comportamento em subsuperfície do corpo da Suíte Apiaú. Fonte: Base de dados compilada
do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
Figura 33 - Mapa de favorabilidade para rochas alcalinas. Nos polignos vermelhos classificação por prioridades (de 1 a 3) de áreas
indicadas para futuras pesquisas. O polígono preto indica o corpo da Suite Apiaú. Fonte: Adaptado de Oliveira et al. (2016).
90
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Figura 34 - Imagem de composição ternária RGB sobre Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Em destaque no polígono, em vermelho
em linhas tracejadas, o corpo com típico da associação Fe-Ti-V-Cr-P, com linhas em preto da geologia simplificada. Imagens GHT, K, eTh e
eU em destaque. Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
91
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
Figura 35 - Estudo do comportamento em subsuperfície do corpo típico da associação Fe-Ti-V-Cr-P e os valores com a validação
em campo. Fonte: Base de dados compilada do portal GEOSGB (https://geosgb.cprm.gov.br/), consistida e interpretada.
92
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
SUGESTÕES
No estado de Roraima, os dados aerogeofísicos têm estudo regional e entendimento mineral nas escalas de
sido utilizados majoritariamente no SGB-CPRM para o província e distrito.
mapeamento geológico. O presente atlas mostra o estado O entendimento do arcabouço estrutural na escala
atual da arte dos dados. Hoje, o território possui apro- de distrito é essencial para a seleção de áreas potenciais
ximadamente 82% de sua área com aerolevantamentos para estudos de detalhe. As intersecções de estruturas
em alta resolução, no entanto, áreas importantes, como NE-SW rúpteis-dúcteis com estruturas NW-SE dúcteis são
o extremo norte (região com ocorrência de diamante) e o potenciais regiões de abertura para fluídos mineralizantes.
sul do estado, aonde têm um vazio nos aerolevantamentos Recomenda-se a aquisição de dados de gravimetria e mag-
(o local está próximo da conhecida Jazida Polimetálica do netotelúrico ao longo dos principais corredores, de modo a
Pitinga no estado do Amazonas) não possuem dados ou identificar condutos que se estendam até o manto.
possuem com menor resolução. Os exemplos nas regiões de relevância mineral desta-
O modelo global de anomalias gravimétricas de San- cam o papel essencial da geofísica e do profissional geo-
dwell et al. (2014) indica fortes tendências estruturais físico na geração de áreas favoráveis que acompanhadas
N-S, que não estão demarcadas nos dados magnéticos, de verificação em campo e mapeamentos sistemáticos em
possivelmente pela configuração dos aerolevantamentos. escala adequada gerariam alvos econômicos e sustentáveis.
Estrategicamente, seria interessante realizar pequenos O estado de Roraima avançaria na meta 1, dentre as 17,
levantamentos (aéreo e/ou terrestre) de magnetometria, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)*,
com configurações que realcem a orientação N-S, para gerando economia com sustentabilidade (Figura 36).
93
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
REFERÊNCIAS
AGUIAR, L.; SILVA, S. R. A.; LOPES, P. R. S.; OLIVEIRA, BERRANGÉ, J. P. The geology of southern Guyana, South
V. S.; PITARELLO, M. Z.; RAMOS, M. N. Ocorrências America. London: Institute of Geological Sciences, 1977.
de Th-ETR do tipo Thorium Veins associadas à Suíte
BHATTACHARYYA, B. K. Continuous Spectrum of the Total
Apiaú, centro de Roraima, Cráton Amazônico. Informe
Magnetic Field Anomaly Due to a Rectangular Prismatic
Técnico, Brasília, n. 17, nov. 2019. Disponível em:
Body. Geophysics, [S. l. ], v. 31, n. 1, p. 197-212, 1966.
ht tp://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle /doc /21483.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1190/1.1439767>.
Acesso em: 15 jun. 2021.
Acesso em: 15 jul. 2021.
ALBERS, J. P. Descriptive model of podiform chromite.
BIONDI, J. C. Processos metalogenéticos e os principais
In: COX, D. P.; SINGER, D. A. Mineral deposit models.
depósitos minerais brasileiros. São Paulo: Oficina de
[Virgínia]: U.S. Geological, b. 1693, 1986.
Textos, 2003.
ALMEIDA, F. F. M; HASUI, Y.; BRITO NEVES, B. B.; FUCK,
BLAKELY, R. J. Potential theory in gravity and
R. A. Brazilian structural provinces: an introduction. Earth
magnetic applications. Cambridge: Cambridge
Science Review, Amsterdã, v. 17, ed. 1-2, p. 1-29, 1981.
University Press, 1995. DOI: <https://doi.org/10.1017/
ALMEIDA, M. E. Evolução geológica da porção centro- CBO9780511549816>.
sul do Escudo das Guianas com base no estudo
BORGES, F. R. Projeto Serra do Repartimento: relatório
geoquímico, geocronológico e isotópico dos granitoides
paleoproterozoicos do sudeste de Roraima, Brasil. 2006. de progresso. Manaus: CPRM, 1990. Disponível em:
227 f. Tese (Doutorado em Geoquímica e Petrologia) - <http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/4522>.
Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível Acesso em: 15 jul. 2021.
em: <http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/172>. BRANDÃO, R. L.; FREITAS, A. F. Serra do Ajarani, Folha
Acesso em: 15 jun. 2021. NA.20-X-C-VI: Estado de Roraima. Brasilia: CPRM,
ALMEIDA, M. E.; MACAMBIRA, M. J. B.; OLIVEIRA, E. C. 1994. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do
Geochemistry and zircon geochronology of the I-type high-K Brasil – PLGB. Disponível em: <https://rigeo.cprm.gov.br/
calc-alkaline and S-type granitoid rocks from southeastern handle/doc/8598>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Roraima, Brazil Orosirian collisional. Precambrian BRASIL. COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA
Research, Amsterdã, v. 155, p. 69-97, 2007. NUCLEAR; COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS
ALMEIDA, M. E.; OLIVEIRA, A. C. D. S. Geologia e MINERAIS. Projeto Roraima: reconhecimento
Geocronologia U-Pb em zircão da Suíte Alcalina. In: radiogeológico. Manaus: CPRM, 1973. Disponível em:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 49, 2018, http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/14047. Acesso
Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: SBG – Núcleo em: 15 jul. 2021.
Sudeste, 2018. p. 1860. BRASIL. COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS
ALMEIDA, M. E; FERREIRA, A. L.; PINHEIRO, S. S. MINERAIS. Projeto Aerogeofísico Surumu: informação
Associações graníticas do oeste do estado de Roraima , do levantamento e processamento dos dados
Domínio Parima, Escudo das Guianas, Brasil. Geology Of magnetométricos e gamaespectrométricos, Rio de
France and Surrounding Areas – Special Guiana Shield, Janeiro, 1976. Disponívem em: <https://www.cprm.gov.
[S. l.], v. 2, n. 1, ed. 3-4, p. 135-160, 2003. br/aero/2000/CG202600.HTM#identificacao>. Acesso
em: 15 jul. 2021.
BARBOSA, G. V. Projeto RADAMBRASIL. Folha NA.20
Boa Vista e parte das folhas NA.21 Tumucumaque, BRASIL. COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS
NB.20 Roraima e NB.21: geologia, geomorfologia, MINERAIS. Projeto Aerogeofísico Uraricoera:
pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de informações do levantamento e processamento dos
Janeiro: DNPM, v. 8, 1975. dados magnetométricos e gamaespectrométricos. Rio de
Janeiro, 1977. Disponível em: <https://www.cprm.gov.br/
BARBOSA, N. A. Vulcanismo orosiriano no norte de
aero/1000/aero1000.htm>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Roraima, Cráton Amazônico. 2020, 98 f. Dissertação
(Mestrado em Geologia Regional) - Universidade de BRASIL. COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS
Brasilia, Brasília, 2020. MINERAIS. Projeto Aerogeofísico Rio Branco:
94
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
95
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
96
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Igneous Belt, Central Guyana Shield, northern Amazonian Disponível em: <http://updates.geosoft.com/downloads/
Craton. In: SÍMPOSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, files/how-to-guides/Applying_Filters_and_Inverse_FFT_
15, 2017, Belém. Anais... Belém: SBG – Núcleo Norte, in_MAGMAP.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2021.
2017b, p. 482-485.
GIBBS, A. K.; BARRON, C. N. Geology of the Guiana
FRAGA, L. M. B. Geologia e recursos minerais da shield. New York: Oxford University Press; Oxford:
Folha Ilha de Maracá - NA.20-X-A: Estado de Roraima. Clarendon Press, 1993. (Oxford monographs on geology
Manaus, CPRM, 2017d. Escala 1:250.000. Disponível and geophysics, n. 22).
em: <http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21205>. GNOJEK, I.; PRICHYSTAL, A. A new zinc mineralization
Acesso em: 15 jul. 2021. detected by airborne gamma-ray spectrometry in northern
FRAGA, L. M. B. A associação Anortosito-Mangerito- Moravia. Geoexploration, Czechoslovakia, v. 23, n. 4,
Granito Rapakivi (AMG) do cinturão Guiana Central, p. 491-502, 1985. DOI: <https://doi.org/10.1016/0016-
Roraima e suas encaixantes paleoproterozóicas: 7142(85)90076-6>.
evolução estrutural, geocronologia e petrologia. 2002. GOULART, L. E. A.; LOPES, P. R. S.; VASQUEZ, M.
363 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - L.; OLIVEIRA, A. C. S. Caracterização da primeira
Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. Disponível ocorrência de anortosito com titanomagnetita vanadífera
em: <https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/101>. Acesso no Escudo das Guianas, Roraima, Brasil. Informe
em: 15 jul. 2021. Técnico, Brasília, n. 15, 7 p., 2019. Disponível em:
FRAGA, L. M.; CORDANI, U. G. Early Orosirian tectonic <http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21323>.
evolution of the Central Guiana Shield: insights from new Acesso em: 15 jul. 2021.
U-Pb SHRIMP data. In: INTER GUIANA GEOLOGICAL GRANT, J. A. Ten things the textbooks don’t tell you
CONFERENCE: TECTONICS AND METALLOGENESIS about processing and archiving airborne gamma-ray
OF NE SOUTH AMERICA, 11, Paramaribo, 2019. spectrometric data. Ottawa: Geological Survey of Canada,
Proceedingss… Paramaribo: [Mededeling Geologisch 1998. p. 83-87. Disponível em: < https://ftp.maps.
Mijnbouwkundige Dienst Suriname 29], 2019, p. 59- canada.ca/pub/nrcan_rncan/publications/STPublications_
62. Disponível em: <http://www.tectonique.net/saxi/ PublicationsST/292/292477/cr_1998_d.pdf>. Acesso
wp-content/uploads/2019/03/IG11_final_sm_200.pdf>. em: 27 nov. 2021.
Acesso em: 27 nov. 2021.
GROVES, D. I. et al. Gold deposits in metamorphic belts:
FRAGA, L.M.B. et al. U-Pb SHRIMP new data on the overview of current understanding, outstanding problems,
high-grade supracrustal rocks of the Cauarane-Coeroeni future research, and exploration significance. Economic
Belt - insights on the tectonic Eo-Orosirian evolution Geology, [S. l,], v. 98, n. 1, p. 1-29, 2003. DOI: doi:https://
of the Guiana Shield. In: SÍMPOSIO DE GEOLOGIA DA doi.org/10.2113/gsecongeo.98.1.1. Disponível em:
AMAZÔNIA, 15, 2017, Belém. Anais... Belém: SBG – <https://pubs.geoscienceworld.org/economicgeology/
Núcleo Norte, 2017a, p. 486-490. issue/98/1>. Acesso em: 27 nov. 2021.
FREITAS, A. F.; MARMOS, J. L. Atlas geoquímico do GROVES, D. I.; SANTOSH, M. Province-scale
Estado de Roraima: projeto levantamento geoquímico commonalities of some world-class gold deposits:
de baixa densidade do estado de Roraima. Recife: implications for mineral exploration. Geoscience Frontiers,
CPRM, 2017. 225 p.; il., color. Disponível em: <http:// [S. l.], v. 6, p. 389- 399, 2015.
rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/19822>. Acesso
HARALYI, N. L. E.; SVISERO, D. P. Metodologia geofísica
em: 15 jul. 2021.
integrada aplicada à prospecção de kimberlitos da região
GAUDETTE, H. E.; OLSZEWSKI, W. J.; SANTOS, J. oeste de Minas Gerais. Revista Brasileira de Geociências,
O. S. Geochronology of Precambrian rocks from the São Paulo, v. 14, n. 1, p. 12-22, 1984.
northern part of the Guiana Shield, State of Roraima,
HEINONEN, A. Isotopic evidence for the origin of
Brazil. Journal of South American Earth Sciences, v. 9,
Proterozoic massif-type anorthosites and their relation
n. 3-4, p. 183-195, 1996. https://doi.org/10.1016/0895-
to rapakivi granites in southern Finland and northern
9811(96)00005-3.
Brazil. 2012. 44 f. Acadamic Dissertation ([master´s
GEOSOFT OASIS MONTAJ 8.2. Magmap filtering how degree of Geosciences and Geography]) - Department of
– to guide: defining and applying filters and inverse FFT Geosciences and Geography A18 University of Helsinki,
IN Magmap. [Toronto; Ontário]: Geosoft, 2015. 25 p. Helsinki, 2012. ISBN 978-952-10-6320-6.
97
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
HINZE, W. J.; VON FRESE, R. R. B.; SAAD, A. H. Gravity KORSCHV, R. J.; DOUBLIER, M. P. Major crustal
and magnetic exploration: principles, practices, and boundaries of Australia, and their significance in mineral
applications. 1. ed. [Cambridge]: Cambridge University systems targeting. Ore Geology Reviews, [S. l.], v. 76,
Press, 2013. p. 211-228, 2015. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.
oregeorev.2015.05.010>. Disponível em: <https://
HOLANDA, J. L. R.; MARMOS, J. L.; MAIA, M. A. M.
w w w.s cienc e dir e c t.c om /s cienc e /ar ticle /ab s /pii /
Geodiversidade do Estado de Roraima. Manaus: CPRM,
2014. 254 p. Disponível em: <http://rigeo.cprm.gov.br/ S0169136815001328>. Acesso em: 28 nov. 2021.
jspui/handle/doc/16775>. Acesso em: 15 jul. 2021. KROONENBERG, S. B.; DE ROEVER, E. W. F. Geological
HOLDEN, E. J. et al. Identifying structural complexity evolution of the Amazonian Craton. In: HOORN, C.;
in aeromagnetic data: An image analysis approach to WESSELINGH, F. Amazonia, landscape and species
greenfields gold exploration. Ore Geology Reviews, evolution. Chichester: Wiley-Blackwell, 2010. p. 7-28.
[S. l.] v. 46, p. 47-59, 2012. DOI: <https://doi. LADEIRA, L. F. B.; DANTAS, M. E. Compartimentação
org/10.1016/j.oregeorev.2011.11.002>. Disponível em: geomorfológica. In: HOLANDA, J. L. R.; MARMOS, J. L.;
<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/ MAIA, M. A. M. Geodiversidade do Estado de Roraima.
pii/S0169136811001454?via%3Dihub>. Acesso em: Manaus: CPRM, 2014. p. 31-46.
27 nov. 2021.
LI, X. Understanding 3D analytic signal amplitude.
HOOVER, D. B.; PIERCE, H. A. Annotated bibliography of Geophysics, [S. l.], v. 71, n. 2, p. 13-16, 2006. DOI:
gamma-ray methods applied to gold exploration. [Denver; <https://doi.org/10.1190/1.2184367>.
Tucson: USGS, 1990. 23 p. DOI: <https://doi.org/10.3133/
ofr90203>. Disponível em: <https://pubs.usgs.gov/ LICHT, O. A. B.; MELLO, C. S. B.; SILVA, C. R. Prospecção
of/1990/0203/report.pdf>. Aceso em: 27 nov. 2021. geoquímica: depósitos minerais metálicos, não-metálicos,
óleo e gás. Rio de Janeiro: SGBq; CPRM, 2007. 780 p.
INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY. Guidelines
for radioelement mapping using gamma ray spectrometry MACLEOD, I. N.; JONES, K.; FAN DAI, T. 3-D analytic
data. Viena: IAEA, 2003. 173 p. disponível em: <https:// signal in the interpretation of total magnetic field data
www-pub.iaea.org/mtcd/publications/pdf/te_1363_web. at low magnetic latitudes. Exploration Geophysics, [S.
pdf>. Aacesso em: 15 jun. 2021. l.] v. 24, n. 4, p. 679-687, 1993. DOI: <https://doi.
org/10.1071/EG993679>. Disponível em: <https://
ISLES, D. J.; RANKIN, L. R. Geological interpretation of www.tandfonline.com/doi/abs/10.1071/EG993679>.
aeromagnetic data. [Melbourne]: Australian Society of Acesso em: 28 nov. 2021.
Exploration Geophysicists, 2013. 365 p.
MACNAE, J. Applications of geophysics for the dectation
JOHNSON, A.; CHEESEMAN, S.; FERRIS, J. Improved and exploration of kimberlites and lamproites. Journal of
compilation of antarctic Peninsula magnetic data by Geochemical Exploration, [S. l.], v. 53, p. 213-243, 1995.
new interactive grid suturing and blending methods.
Annali di Geofisica [INGV – Annals of Geophysics], MAIA, M. A. M. Zoneamento ecológico-econômico da
[S. l.], v. 42, n. 2, p. 249-259. 1999. DOI: <https:// região central do Estado de Roraima: geomorfologia.
doi.org/10.4401/ag-3717>. Disponível em: <https:// Manaus: CPRM, 2002. v. 1, 86 p.
www.annalsofgeophysics.eu/index.php/annals/article/ MCCUAIG, T.; KERRICH, R. P-T-t-deformation-fluid
view/3717>. Acesso em 28 nov. 2021. characteristics of lode gold deposits: Evidence from
KABATA-PENDIAS, A.; PENDIAS, H. Trace elements in alteration systematics. Ore Geology Reviews, [S. l.],
soils and plants. 2. ed. Boca Raton: CRC Press, 1992. v. 12, p. 381-453, 1998. DOI: <https://doi.org/10.1016/
365 p. ISBN 0-8493-6643-7. S0169-1368(98)80002-4>.
KLEIN, E. L.; ALMEIDA, M. E.; ROSA-COSTA, L. T. The MEDEIROS, V. C.; ROSA-COSTA, L. T. (Orgs.). Guia de
1.89-1.87 Ga Uatumã Silicic Large Igneous Province, procedimentos técnicos: cartografia geológica. Brasília:
northern South America. Large Igneous Provinces CPRM, 2020. v. 1, 170 p. Disponível em: <http://rigeo.
Commission, [S. l., não paginado], 2012. Disponível em: cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21749>. Acesso em:
<http://www.largeigneousprovinces.org/12nov>. Acesso 28 nov. 2021.
em: 15 jul. 2021. MILLER, H. G.; SINGH, V. Potential field tilt – a
KOLJONEN, T. The geochemical atlas of Finland, part 2: new concept for location of potential field sources.
till. [S. l.]: Geological Survey of Finland, 1992. Journal of Applied Geophysics, [S. l.], v. 32, n. 2-3,
98
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
99
SGB-CPRM • Levantamentos Geológicos e Integração Geológica Regional
REIS, N. J. et al. Zircon U-Pb SHRIMP ages of the and U-Pb and Sm-Nd geochronology. Gondwana Research,
Demêni-Mocidade Domain, Roraima, southern Guiana Amsterdã, v. 3, n. 4, p. 453-488, 2000.
Shield, Brazil: extension of the Uatumã Silicic Large
SANTOS, J. O. S. et al. Age and autochthonous evolution
Igneous Province. Journal of the Geological Survey of
of the Sunsás Orogen in West Amazon Craton based
Brazil, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 61-76, 2021.
on mapping and U-Pb geochronology. Precambrian
REIS, N. J.; FRAGA, L. M. B.; ALMEIDA, M. E. Geologia Research, Amsterdã, v. 165, p. 120-152, 2008.
do Estado de Roraima. Géologie de la France, Paris,
SANTOS, J. O. S. et al. Age, source and regional
n. 2-3-4, p. 71-84, 2003.
stratigraphy of the Roraima Supergroup and Roraimalike
REIS, N. J; FRAGA, L. M. B.; ALMEIDA, M. E. Arcabouço sequences in northern South América, based on UPb
Geológico. In: HOLANDA, J. L. R.; MARMOS, J. L.; MAIA, Geochronology. Geological Society of America Bulletin,
M. A. M. (Orgs.). Geodiversidade do Estado de Roraima. Boulder, v. 115, n. 3, p. 331348, 2003.
Manaus: CPRM, 2014. p. 15-30.
SANTOS, J. O. S. et al. Diversos episódios de magmatismo
RIKER, S. R. L. Projeto insumos minerais para agricultura charnockítico no centro-norte do cráton amazonas:
em Roraima. Manaus: CPRM, 1996. Disponível em: Províncias tapajós-Parima e rio negro. SIMPÓSIO DE
<http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/13912>. GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 12, 2011, Boa Vista. Anais...
Acesso em: 28 nov. 2021. Boa Vista: SBG – Núcleo Norte, 2011. Disponível em:
<http://arquivos.sbg-no.org.br/BASES/Anais%2012%20
ROEST, W.; VERHOEF, J.; PILKINGTON, M.
Simp%20Geol%20Boa%20Vista%20Outubro-2011.
Magnetic interpretation using the 3-D analytic signal.
pdf>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Geophysics, v. 57, p. 116-125, 1992. DOI:< https://doi.
org/10.1190/1.1443174>. SANTOS, J. O. S. Geotectônica dos escudos das
Guianas e Brasil Central. In: BIZZI, L. A. et al. Geologia,
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento.
tectônica e recursos minerais do Brasil. Brasíli: CPRM,
5 ed. São Paulo: Contexto, 2000.
2003. p. 169-226.
ROSSETTI, D. D. F.; CASSOLA MOLINA, E.; CREMON,
SANTOS, J. O. S.; NELSON, B. W. Os campos de dunas do
E. H. Genesis of the largest Amazonian wetland in
Pantanal Setentrional. CONGRESSO LATINO-AMERICANO
northern Brazil inferred by morphology and gravity
DE GEOLOGIA, 9, 1995, Caracas. Anais... Caracas:
anomalies. Journal of South American Earth Sciences,
Ministerio de Energia y Minas; Asociacion Iberoamericana
v. 69, p. 1-10, 2016. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.
de Servicios Geologicos e Mineros , 1995. 9 p.
jsames.2016.03.006>.
SCHAEFER, C. V.; DALRYMPLE, J. R. Landscape evolution
RUDNICK, R.; GAO, S. The Composition of the Continental
in Roraima, North Amazonia: planation, paleosols and
Crust. In: HOLLAND, H. D.; TUREKIAN, K. K. Treatise on
paleoclimates. Zeitschrift für Geomorphologie, Stuttgart,
geochemistry, v.3, p. 1-64, 2003. DOI:<http://dx.doi.
v. 39, n. 1, p. 1-28. 1995. doi = 10.1127/zfg/39/1995/1.
org/10.1016/b0-08-043751-6/03016-4>. Disponível
em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/ SCHAEFER, C. V.; VALE JÚNIOR, J. F. Mudanças climáticas
pii/B0080437516030164?via%3Dihub>. Acesso em: da paisagem em Roraima. In: BARBOSA, R. I.; FERREIRA,
28 nov. 2021. E. J. G.; CASTELLÓN, E. G. Homem, ambiente e ecologia
no estado de Roraima. Manaus: INPA, 1997. p. 231-293.
SANDWELL, D. T. et al. New global marine gravity
model from Cryo-Sat-2 and jason-1 reveals buried SCHÖN, J. H. Physical properties of rocks: fundamentals
tectonic structure. Science, v. 346, n. 6205, and principles of petrophysics. [Amsterdã]: Elsevier,
p. 65-67, 2014. DOI: <doi10.1126/science.1258213>. 2004. v. 18.
Disponível em: <https://www.science.org/doi/10.1126/
SINGER, D. A.; PAGE, N. J. Grade and tonnage model of
science.1258213>. Acesso em: 28 nov. 2021.
minor podiform chromite. In: COX, D. P.; SINGER, D. A.
SANTOS, J. O. S. et al. A compartimentação do Cráton Mineral. deposit models: Denver: USGS, 1986. p. 34-38.
Amazonas em Províncias: avanços ocorridos no período (U. S. Geological Survey Bulletin, 1693). Disponível em:
2002-2006. SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 9, <https://pubs.er.usgs.gov/publication/b1693>. Acesso em:
2006, Belém. Anais... Belém: SBG – Núcleo Norte, 2006. 28 nov. 2021.
SANTOS, J. O. S. et al. A new understanding of the provinces SKIRROW, R. G. et al. Critical commodities for a high-
of the Amazon Craton based on integration of field mapping tech world: Australia’s potential to supply global demand.
100
Atlas Aerogeofísico • Estado de Roraima
Canberra: Geoscience Australia, 2013. Disponível R. K; ERNEST, R. E; PENG,. P. Dyke swarms of the world:
em: <https://www.ga.gov.au/data-pubs/data-and- a modern perspective. Singapore: Springer Geology,
publications-search/publications/critical-commodities-for- 2019. DOI: < https://doi.org/10.1007/978-981-13-
a-high-tech-world>. Acesso em: 15 jul. 2021. 1666-1_4>. Disponível em: < https://link.springer.com/
chapter/10.1007%2F978-981-13-1666-1_4>. Acesso
SPECTOR, A.; GRANT, F. S. Statistical models for
em: 15 jul. 2021.
interpreting aeromagnetic data. Geophysics, [S. l.],
v. 35, p. 293-302, 1970. DOI: <https://doi. TELFORD, W. M.; GELDART, L. P.; SHERIFF, R. E. Applied
org/10.1190/1.1440092>. geophysics. 2. ed.Cambridge: Cambridge University
Press, 1990. 790 p.
SUH, C. E.; LEHMANN, B.; MAFANY, G. T. Geology
and geochemical aspects of lode gold mineralization ULBRICH, H. H. G. J. et al. Levantamentos
at Dimako- Mboscorro SE Cameroon. Geochemistry: gamaespectrométricos em granitos diferenciados: revisão
Exploration, Environment, Analysis, v. 6, n. 4 p. 295-309, da metodologia e do comportamento geoquímico dos
2006. DOI: <https://doi.org/10.1144/1467-7873/06- elementos K, Th e U. Geologia USP, São Paulo, v. 9,
110>. Disponível em: < https://geea.lyellcollection.org/ n. 1, Série Científica, p. 33-53, 2009. DOI: <https://
content/6/4/295.short>. Acesso em: 28 nov. 2021. doi.org /10.5327/Z1519-874X2009000100003>.
Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/guspsc/
TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA, M. J. B. A evolução
article/view/27455>. Acesso em: 28 nov. 2021.
tectônica do Cráton Amazônico. In: MANTESSO NETO,
V.; BARTORELLI, A.; CARNEIRO, C. R.; BRITO-NEVES, VERDUZCO, B. et al. New insights into magnetic derivatives
B. B. (Orgs.). Geologia do Continente Sul-Americano: for structural mapping. The Leading Edge, v. 23, n. 2, p. 116-
evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. 119, 2004. DOI: <https://doi.org/10.1190/1.1651454>.
São Paulo: Beca, 2004. p. 471-486.
WOHLENBERG, J. Density of minerals. In:
TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA, M. J. B. ANGENHEISTER, G. Physical properties of rocks. Berlim:
Geochronological Provinces of the Amazonian Craton. Springer-Verlag, 1982. v. 1b. p. 66-113.
Episodes, Seul, v. 22, n. 3, p. 174-182, 1999.
ZIENTEK, M. L. Magmatic ore deposits in layered
TEIXEIRA, W. et al. Intraplate proterozoic magmatism in intrusions-Descriptive model for reef-type PGE and
the Amazonian Craton Reviewed: geochronology, crustal contact-type Cu-Ni-PGE deposits. [Denver]: U. S.
tectonics and global barcode matches. In: SRIVASTAVA Geological, 2012. 48 p.
101
O SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM E OS OBJETIVOS
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - ODS
www.cprm.gov.br