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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS
EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
Geoparque Seridó, RN
REALIZAÇÃO
2024
MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS
VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS
EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
Geoparque Seridó, RN
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Ministro de Estado
Alexandre Silveira de Oliveira
Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Vitor Eduardo de Almeida Saback
MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS
VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS
EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
Geoparque Seridó, RN
AUTORES
Filipe de Brito Fratte Modesto
Ivan Bispo de Oliveira Filho
Recife
2024
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS NOS ATRATIVOS APOIO
GEOTURÍSTICOS - GEOPARQUE SERIDÓ, RN Jose Luiz Kepel
O Geoparque Seridó, localizado no estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do Brasil,
reconhecido como Geoparque Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO), em 13 de abril de 2022, possui atributos geológicos e geomorfológicos,
que associados à sua rica fauna e flora, acabam por criar ambientes com cenários de extrema beleza.
Esses ambientes, denominados de geossítios, recebem milhares de visitantes do Brasil e do exterior
ao longo de todo ano, fazendo com que a atividade geoturística desempenhe um papel importante
na economia do estado e, principalmente, na economia local.
Nesse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), em parceria com Consórcio Público
Intermunicipal Geoparque Seridó (CPIGS), selecionou 21 geossítios importantes do geoparque para
passarem por um estudo de avaliação geológico-geotécnica, a fim de identificar se há potenciais
perigos geológicos e/ou hidrológicos que possam colocar a vida ou a saúde dos visitantes em risco.
Esses estudos, realizados por técnicos do SGB-CPRM, são importantes para orientar e auxiliar, não
só a administração pública, como também os proprietários das terras, onde esses geossítios estão
localizados, na implementação e proposição de medidas de conservação, segurança e sustentabili-
dade das atividades geoturísticas desenvolvidas no estado.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 11
2. OBJETIVOS............................................................................................................... 12
3. JUSTIFICATIVAS........................................................................................................ 12
6. METODOLOGIA........................................................................................................ 15
7. RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES........................................................................... 19
7.9. XIQUEXIQUE........................................................................................................... 37
7.12. MIRADOR.............................................................................................................. 46
8. CONCLUSÕES........................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 69
ANEXOS DIGITAIS........................................................................................................ 70
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
GEOPARQUE SERIDÓ, RN
1. INTRODUÇÃO
Em janeiro de 2022, dez pessoas morreram em função da queda de um bloco rochoso sobre
uma embarcação turística no Lago de Furnas, município de Capitólio - MG. Além de ter causado
grande comoção popular, esse evento serviu de paradigma, ao demonstrar que os desastres
provocados por perigos naturais não se restringem aos centros urbanos, onde historicamente
registram-se os impactos econômicos mais significativos e o maior número de perdas de vidas
humanas (Banco Mundial, 2020). Como consequência, desde a tragédia ocorrida em Minas Gerais,
o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) tem realizado avaliações geológico-geotécnicas em áreas
onde são desenvolvidas atividades de ecoturismo, com vistas a contribuir para o aprimoramento
das práticas de gestão ambiental e das condições de segurança dos turistas e demais profissionais
que frequentam tais regiões (e.g. Barros et al. 2022; Oliveira et al. 2022; Pedrazzi et al. 2022; Silva;
Kuhlmann; Ribeiro, 2022).
Neste contexto, com intuito de atender à solicitação do Consórcio Público Intermunicipal Geoparque
Seridó (CPIGS), feita por meio do Ofício nº 011/2022/ CPIGS, foi realizada a visita técnica para identifi-
cação e caracterização dos perigos geológicos localizados no território do Seridó Geoparque Mundial
da UNESCO, em locais determinados pela consultoria do Geoparque, entre os dias 24 de julho e 04
de agosto (UNESCO, 2023).
Os levantamentos de campo foram realizados pelos profissionais do SGB-CPRM listados no Quadro 1,
com acompanhamento da geocientista, a geóloga Marilia Cristina Santos Souza Dias.
Os trabalhos foram motivados por solicitação via Oficio do CPIGS, como referido anteriormente,
fundamentado na necessidade de um diagnóstico referente à situação de risco e/ou perigo geológico
proveniente das estruturas que compõem os geossítios.
Dentre os locais visitados estão os geossítios Cânions dos Apertados, Mina Brejuí, Lagoa do Santo,
Pico do Totoró, Cruzeiro de Acari, Açude Gargalheiras, Poço do Arroz, Marmitas do Rio Carnaúba,
Xiquexique, Cachoeira dos Fundões, Monte do Galo, Mirador, Açude Boqueirão, Morro do Cruzeiro,
Serra Rajada, Serra Verde, Cruzeiro de Cerro Corá, Mirante da Santa Rita, Tanque dos Poscianos, Vale
Vulcânico e Nascente do Rio Potengi.
Ao longo desses pontos, foram observadas variações litológicas, estruturais e de relevo que conferem
características geotécnicas favoráveis às ocorrências de quedas de blocos e deslizamentos, principais
tipos de movimentos gravitacionais de massa observados nas áreas visitadas e que serão descritos
detalhadamente mais adiante.
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2. OBJETIVOS
O objetivo central deste trabalho foi avaliar os riscos e os perigos geológicos existentes nos princi-
pais atrativos turísticos do Geoparque Seridó, conforme indicações de prioridade feitas pelo CPIGS.
Espera-se que tal análise seja capaz de contribuir para o aprimoramento da gestão ambiental e,
consequentemente, para a implementação de práticas de prevenção de desastres, estando em con-
sonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e com o marco pós-2015 para a redução
do risco de desastres, também conhecido como Marco de Sendai.
• Realizar o levantamento de dados geológicos-geotécnicos, nas áreas indicadas pelo CPIGS, a fim
de compreender os processos geológicos-geotécnicos existentes e se os mesmos podem ou não
expor turistas e moradores a algum tipo de risco geológico;
• Elaborar produtos visuais derivados do levantamento com drone (animações 3D, imagens
360 graus e vídeos);
• Subsidiar com informações técnicas os administradores e órgãos públicos na tomada de decisões
voltadas à prevenção, mitigação e resposta a desastres provocados.
Os resultados expostos representam as condições observadas no momento da visita de campo, as
quais podem se alterar ao longo do tempo.
O presente trabalho não constitui um mapeamento das áreas de risco geológico nem as suscetíveis
existentes em todo o território do Geoparque Seridó, mas sim uma caracterização apenas das áreas,
habitadas ou não, indicadas pelo CPIGS que receba turistas em regiões suscetíveis a algum processo
geológico-geotécnico (queda ou tombamento de blocos, deslizamentos, inundações, erosões etc.).
Desta forma, não se descarta a possibilidade de existirem outras áreas de risco geológico no geo-
parque não incluídas neste trabalho.
3. JUSTIFICATIVAS
O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) foi criado pela Lei nº. 12.608/2012, que
estabelece o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), posteriormente regulamentado
pelo Decreto nº. 10.593/2020. Os dispositivos definem o escopo da atuação federal nas ações de
proteção e defesa civil, fornecendo o embasamento legal para atuação do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), enquanto Instituição de Ciência e Tecnologia, nas ações deste escopo no que se refere a
estudos e suporte técnico científico.
O desenvolvimento de atividades de ecoturismo de forma não ordenada pode intensificar a
depredação do patrimônio natural e principalmente, potencializar a exposição dos turistas aos
perigos naturais. Esse cenário pode acarretar acidentes e desastres provocados por fenômenos
geológicos, como aqueles registrados nos últimos anos na Praia de Pipa - RN, em Capitólio - MG
e em Paulo Afonso - BA.
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GEOPARQUE SERIDÓ, RN
O Geoparque Seridó reúne atrativos geoturísticos com diversidade de paisagens e ambientes geoló-
gicos que possuem valores científicos, educativos, ecológicos, arqueológicos, históricos e culturais.
Em razão de suas paisagens de significado geológico internacional, faz-se necessário a realização de estu-
dos, especialmente no que diz respeito às políticas de acesso, segurança e conservação do patrimônio
natural. Assim, esse trabalho se justifica à medida que pretende contribuir com dados e informações
geotécnicas, possibilitando auxiliar os gestores da região na proposição de medidas que melhorem as
condições de segurança e a sustentabilidade das atividades turísticas desenvolvidas na região.
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Figura 1 - Mapa geológico original de Angelim, Medeiros e Nesi (2006) e modificado de Geoparque Seridó, (2013).
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As formas de relevo presentes na região do Seridó estão compreendidas no Domínio das Depressões
Intermontanas Semiáridas e Interplanálticas das Caatingas, sendo possível observar oito padrões de relevo:
superfícies aplainadas retocadas ou degradadas (R3a2), inselbergs e outros relevos residuais (R3b), domí-
nio montanhoso (R4c), domínio de morros e serras baixas (R4b), planaltos (R2b3), deposição de rampas
de colúvio e depósitos de tálus na base da escarpa (R4d), platôs (R2c) e domínio colinas disseca-
das e morros baixos (R4a2), representados no Mapa de Padrões de Relevo (Nascimento; Ferreira,
2012) (Figura 2).
6. METODOLOGIA
As ações de mapeamento de risco geológico nos geossítio do Geoparque Seridó foram executadas
com coleta de dados e informações das características estruturais, geológico-geomorfológicas,
tectônicas e ambientais para posterior identificação de feições indicativas de alguma, ou mesmo
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Figura 5 - Esquema de encostas sem rampa. À esquerda, configuração do Grupo II, com inclinação
variando de 50° a 70°; à direita, o Grupo III, com inclinação superior a 70°. Fonte: CPRM (2018).
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Quadro 3 - Síntese das regras de delimitação de áreas críticas (AC) e de dispersão (AD). Fonte: CPRM (2018).
Limite
MGM APE
Superior Inferior Laterais
AC Topo (RX) Final da Rampa (Inc: 20°) [∀20°]←(Fim Condição Topográfica Lateral)→[∀20°]
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Grupo 1 (rampa)
(Inc: 20°‐50°) AD Final da Rampa (Inc: 20°) 2 H (Máx 200m) [∀20°]←(Fim Condição Topográfica Lateral)→[∀20°]
Queda de Grupo 2 AC Topo (RX) 1/2 H (Máx 100m) Fim da Condição Topográfica
Blocos (Inc: 50°‐70°) AD FINAL AC 1 H (Máx 200m) Fim da Condição Topográfica
7. RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES
Os geoparques não encontram, na legislação federal atual, dispositivo normatizador de ações relativas
à gestão de perigo geológico ou de risco ao usuário de suas áreas turísticas. Com isto, fica a cargo
dos gestores a definição e a implantação de estratégias voltadas para a prevenção de acidentes.
No caso específico do Geoparque Seridó, onde há, pela própria origem e formação geológica, uma
predominância de paredões rochosos, a probabilidade de ocorrência de quedas de blocos, tombamento
e/ou deslizamentos é significativamente elevada diante das feições geomorfológicas e características
estruturais ali encontradas, conferindo, a algumas regiões, elevada suscetibilidade para os processos
acima mencionados, como ilustrados na Figura 6.
Diante dos acontecimentos recentes de acidentes em áreas de forte potencial e uso turístico, fica evidente
a necessidade de uma prática constante de avaliação dos riscos e perigos geológicos que essas formações
rochosas oferecem aos visitantes. Deve ficar entendido que a identificação do perigo não necessaria-
mente concorre para a interdição das atividades turísticas nesses pontos, mas levanta a necessidade
da implementação de práticas seguras que venham fornecer aos visitantes e aos gestores os devidos
cuidados que devem ser postos em prática quando da visitação e/ou permanência nessas áreas onde
processos geológicos são tidos como de elevado potencial de risco ou perigo à integridade do visitante.
A B
C D
Figura 6 - Tipos de riscos geológicos de grau muito alto associados a movimentos de blocos em pontos de visitação
turística (A - queda e tombamento de blocos; B - escorregamento de blocos secundários; C - rolamento de blocos;
D - queda de blocos/lascas). Fonte: de autoria própria.
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A presença de um sistema de falhas e fraturas geológicas com diferentes direções e a forte interação
dos respectivos planos de fraqueza do maciço rochoso, com subsequente isolamento e individualização
de blocos de diferentes tamanhos, funciona como planos ou superfícies de elevada permeabilidade
para a água. Nessa situação, a água tem seu caminho até o interior do maciço rochoso facilitado, bem
como uma ação mais efetiva do intemperismo químico responsável pela diminuição da coesão da
rocha, facilitando a instalação de movimentos de massa ou quedas de blocos localizados de grande
porte e alcance.
A presença marcante desses processos de movimentação de massa constitui pontos de preo-
cupação diante do risco e perigo oferecidos pelos mesmos, tendo em vista que os blocos movi-
mentados, observados in situ, chegam a atingir dimensões métricas e com áreas de atingimento
consideráveis, dependendo da altura e inclinação da vertente, que no geral é bem elevada ou
quase vertical na sua maioria.
O levantamento de dados geológico-geotécnico, nas diferentes áreas que constituem o objeto deste
estudo, nomeadamente identificação, delimitação e caracterização geológica e estrutural dos pontos
visitados, seguiram a metodologia desenvolvida pelo CPRM (2018). Os dados obtidos em campo de
fraturas e/ou falhas, deslizamentos, rolamento de blocos, cicatrizes de quedas de blocos, blocos em
balanço, depósito de tálus e erosão, principalmente, forneceram informações que fundamentaram
e embasaram a caracterização geológico-geotécnica desses pontos.
O estudo, a identificação e a caracterização dos riscos e perigos geológicos na área do geoparque
foram desenvolvidos seguindo a lista de atrativos turísticos indicados pelo CPIGS. Esses pontos foram
avaliados quanto ao potencial ou suscetibilidade à instalação de processos geológicos que represen-
tassem perigo ou ameaça à integridade física dos visitantes.
A seguir, serão descritos os processos geológicos-geotécnicos, potenciais e instalados, identificados
nas áreas visitadas, bem como o respectivo grau de risco.
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A B
Figura 8 - A) Vista do afloramento fortemente compartimentado com fraturas e B) Vale com vertentes
com inclinação variando entre 50° a subverticais. Fonte: de autoria própria.
A B
Figura 9 - A) Depósito de blocos no leito do canal e B) Área circulada mostrando blocos com eminência de se
desprenderem do maciço e na base blocos que já se desprenderam. Fonte: de autoria própria.
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proposto por CPRM (2018), foi considerado que as encostas presentes no trecho do Cânion do Rio
Picuí podem ser classificadas no Grupo II, queda de bloco. Desta forma, considerando que as encos-
tas, em ambas as margens, possuem variação altimétrica com valores superiores a 100 metros e o
leito do rio possui largura de aproximadamente 30 metros, a área crítica para perigo de quedas e
rolamentos de blocos, possui sobreposição; por causa do confinamento do vale, a área de dispersão
não foi traçada (Figura 10).
Cabe destacar que a modelagem foi realizada apenas na área identificada pela geocientista do
geoparque como a mais visitada, o cânion segue por quilômetros e devem ser adotadas as mesmas
recomendações nos trechos com características similares.
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o banho e o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada,
pois nesses períodos agravam-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos e as enxurradas;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, churras-
cos, piqueniques, mergulhos etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
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A B
C D
Figura 12 - A) Vista do emboque e talude próximo, B) Vias de acesso com pequeno acúmulo de rejeito,
C) Vista de colunas e camareira interna da mina e D) Vista dos tuneis internos da mina. Fonte: de autoria própria.
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A B
C D
A segunda feição refere-se à Lagoa do Santo, onde foram encontrados registros fossilíferos.
Seguindo em um pequeno trecho de trilha, tem-se a terceira feição, a Pedra do Sino, um bloco de
granito que atrai visitantes devido ao som produzido, similar ao de badaladas, ao ser batido com
outra rocha (Figura 16).
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Figura 16 - A) Vista aérea da Lagoa do Santo e B) Pedra do Sino. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rascos, piqueniques etc.), em áreas identificadas como críticas e de dispersão de atingimento
de blocos;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
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Figura 17 - Vista panorâmica do Pico do Totoró e dos morrrotes com estruturas similares. Fonte: de autoria própria.
A B
C D
Figura 18 - As imagens mostram o maciço em diferentes ângulos, com intenso processo de formação de blocos
devido à ação intempérica, potencializado pela distribuição de fraturas. Fonte: de autoria própria.
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Figura 19 - Vista de acesso ao Pico do Totoró feito pelo vertedouro do açude. Fonte: de autoria própria.
Nesse geossítio é possível observar outro atrativo, uma geoforma, um corpo granítico que sofreu
ação intempérica e apresenta forma similar a um caju (Figura 20).
Diante das características presentes nesse geossítio e de acordo com as análises de perigo de queda
de blocos de rocha realizadas a partir de adaptações do método proposto por CPRM (2018), o Pico
do Totoró apresenta taludes que se enquadram no Grupo I de movimento de queda de bloco, pos-
suindo trechos com declividade média superando os 50°, com presença de rampa. Portanto, possui
áreas críticas e atingimento para perigo de quedas e rolamentos de blocos (Figura 21).
Outro ponto que merece atenção, são os blocos métricos, por vezes com altura superior a 5 metros,
gerados in situ por ação intempérica. Apesar da estrutura aparentemente estável, os processos ero-
sivos continuam atuantes, gerando lascas e blocos menores. Considerando que o processo de queda
de lascas/blocos possui características similares ao que é preconizado na proposta do CPRM (2018)
com o Grupo III de queda de blocos, taludes com amplitude superiores a 5 metros e inclinação é
superior a 70°, caso da Pedra do Caju (Figura 20). Nesse caso a área, crítica é limitada a um terço da
altura partir da base e a área de dispersão limitada a uma vez a altura.
A B
Figura 20 - Vista da geoforma conhecida popularmente por Pedra do Caju. Fonte: de autoria própria.
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Recomendações
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir as atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos,
churrascos, piqueniques, banhos /mergulhos etc.) em áreas identificadas como críticas e de dis-
persão de atingimento de blocos;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas as vertentes da encosta;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação
de situações de perigo geológico, além de controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas
de risco;
• Identificar as rotas alternativas de acesso ao Pico do Totoró em períodos de cheia do açude;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
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A B
C D
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Recomendações:
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda, principalmente nas partes mais fraturadas
ou com descontinuidades dos blocos;
• Restringir o acesso às bordas do geossítio com risco ou instalar guarda-corpos que protejam o
visitante de uma queda;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
Em longos trechos, os afloramentos na margem do açude possuem declividade superior a 50°e variação
altimétrica podendo chegar a mais de 200 metros. Ao longo das encostas, é possível observar uma
grande quantidade de blocos que estão em “balanço” ou descalçados, gerados por intemperismos
e pelas faturas existentes no local, além de depósitos de tálus na base do afloramento chegando a
atingir o corpo d’água (Figura 25).
O local é explorado de diferentes formas por turistas, com passeios recreativos de barco com
mergulho, contemplação da paisagem em mirantes e escaladas nos paredões rochosos. Essas
atividades, por vezes, são realizadas em áreas críticas e de dispersão de movimentos de blocos
(Figura 26).
Para a delimitação dessas áreas, foram analisados os locais com maior frequência de visitantes,
segundo informações coletadas no local, sendo efetuada a modelagem de perigo a movimentos de
blocos. As encostas foram classificadas como sendo do Grupo I de movimento de queda de bloco,
possuem declividade média que supera os 50°, com presença de rampa. As áreas críticas e de dis-
persão são apresentadas na Figura 27.
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B C
Figura 25 - Conjunto de imagens que mostram afloramento com declividade superior a 50° no topo,
com redução da declividade no sentido da base e grande quantidade de blocos ao longo da encosta
e na base. Fonte: de autoria própria.
A B
Figura 26 - Estruturas de uso por turistas (acesso ao mirante e pousada) em áreas de atingimento
a queda/rolamento de blocos. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rascos, piqueniques, banhos/mergulhos etc.) em áreas identificadas como críticas e de dispersão
de atingimento de blocos;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas as vertentes da encosta;
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Figura 27 - Áreas delimitadas como AC e AD no geossítio Açude Gargalheiras. Fonte: de autoria própria.
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Figura 30 - Imagem do leito rochoso com rocha lisa e das marmitas em trecho seco e em trechos submersos.
Fonte: de autoria própria.
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Recomendações:
• Fixação de placas de advertência sobre os perigos existentes no local;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geológico, além de controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
Figura 31 - Vista aérea mostrando as marmitas escavada no leito granítico do Rio Carnaúba. Fonte: de autoria própria.
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A B
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Figura 32 - Conjunto de imagens representando a quantidade de estruturas tipo marmita existentes e a rocha
extremamente lisa devido a processos de polimento natural sofrido por milhares de anos. Fonte: de autoria própria.
A B
Outro fator que merece atenção é o risco de afogamento ou lesões aos visitantes que eventualmente
queiram se banhar ou mergulhar no local devido à grande irregularidade do piso. As marmitas não
estão mapeadas em detalhe nem em quantidade e nem em eventuais conectividades; a variação de
profundidade da coluna d’água depende do período do ano.
Recomendações:
• Fixar placas de advertência sobre os perigos existentes no local;
• Instalar barreiras que estabeleçam limites aos visitantes nas áreas mais íngremes;
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7.9. Xiquexique
A B
Figura 35 - A) Degraus instalados ao longo da trilha para facilitar a subida do visitante e B) Cordas que auxiliam a
subida e delimitam a área da trilha, na foto é possível observar que essa estrutura necessita de manutenção.
Fonte: de autoria própria.
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Ao longo da trilha, foi possível observar alguns trechos com as cordas de contenção partidas, além
de alguns processos erosivos que podem danificar o acesso. Próximo ao ponto de visitação, a trilha
passa por afloramento com forte presença de juntas, fraturas e blocos já mobilizados (Figura 36).
O afloramento é fortemente compartimentado por fraturas, sendo possível observar ao menos dois
sets, além do acamamento da rocha. Essa condição favorece a formação e a instabilização de blocos.
A B
Figura 36 - A) Blocos mobilizados próximo à trilha de acesso e B) Na área central, destaque para
o afloramento com forte presença de juntas e fraturas. Fonte: de autoria própria.
A área onde foi construída a plataforma de observação das pinturas rupestres está localizada abaixo
de uma estrutura negativa do afloramento. Na base, é possível observar inúmeros blocos de diferentes
tamanhos, sendo alguns métricos. Na parte superior, existem blocos e lascas de rocha em aparente
instabilidade, gerando riscos aos visitantes (Figuras 37 e 38).
Outro ponto que merece atenção é a presença de blocos de rocha com dimensões métricas, locali-
zados sobre a laje de quartzito onde se encontra o geossítio. Esses blocos geram aumento do peso
sustentado pela rocha, além do risco de queda dos mesmos na via de visitação (Figura 39).
Recomendações:
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rascos, piqueniques etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
• Avaliar, junto à empresa especializada, a possibilidade de intervenção, seja para a retirada ou
mesmo para a contenção dos blocos sobre a borda da gruta, visando a segurança do visitante e
a preservação do geossítio;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas as vertentes da encosta;
• Fazer a manutenção das vias de acesso e das estruturas de apoio que estabelecem limites aos
visitantes nas áreas mais íngremes, para facilitar o acesso dos visitantes;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geotécnico;
38
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
GEOPARQUE SERIDÓ, RN
• Controlar o acesso, a fim de evitar aglomeração nas áreas de risco e disponibilizar equipamentos
de proteção ao turista, como capacetes;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
A B
Figura 37 - Blocos mobilizados próximo à estrutura de observação das pinturas rupestres. Fonte: de autoria própria.
A B
A B
39
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Figura 40 - Imagem aérea do geossítio, seta azul indica o caminho preferencial da drenagem.
Fonte: de autoria própria.
Figura 41 - Drenagem bem encaixada, ladeada por rochas íngremes e fraturadas da Formação Equador,
além de grande quantidade de blocos já movimentados. Fonte: de autoria própria.
40
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
GEOPARQUE SERIDÓ, RN
O acesso é feito por trilha plana, margeando a drenagem e, por vezes, passando pelo leito repleto
de blocos. A drenagem é intermitente e no período da vistoria encontrava-se seca, o trecho deve
ter grau de dificuldade aumentado em períodos chuvosos (Figura 42).
Os afloramentos que se encontram na margem da drenagem são fortemente compartimentados com
fraturas e juntas, sendo possível observar ao menos dois sets, além do acamamento da rocha. Em todo
o trecho do vale existe potencial para queda de blocos de rocha provenientes das laterais e existem
inúmeros blocos, de diversos tamanhos, na base do talude provenientes de quedas pretéritas (Figura 43).
No final da trilha, onde se encontram gravuras rupestres e a queda d’água principal da Cachoeira do
Fundão, o vale fica com largura máxima de 3 metros com paredões verticais e acúmulo de blocos
presos entre os paredões das margens. O local é extremamente vulnerável à queda de blocos e
movimentações secundárias dos blocos soltos (Figura 44).
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o banho e o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada,
localmente ou nas cabeceiras, pois nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos
blocos rochosos e as enxurradas;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, churrascos,
piqueniques, mergulhos/banhos, etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
A B
C D
Figura 42 - Acesso ao geossítio, feito por trecho entulhado de blocos com origem de queda dos afloramentos
marginais, onde ainda é possível observar grande quantidade de blocos com potencial para queda.
Fonte: de autoria própria.
41
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
A B
C D
Figura 43 - Conjunto de imagens mostrando a forte presença de fraturas e juntas ao longo do afloramento gerando
blocos com potencial para queda e tombamento. Nas descontinuidades, é possível observar crescimento de
vegetação o que potencialização a deflagração do movimento. Fonte: de autoria própria.
A B
C D
Figura 44 - A e B) Vista geral do local da queda d’agua principal da Cachoeira do Fundão, com destaque aos blocos
acumulados ao fundo, vertentes íngremes, por vezes em negativo, C) Gravura rupestre; e D) Vista da encosta por
onde percorre o fluxo principal da drenagem. Fonte: de autoria própria.
42
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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43
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Figura 46 - Vista da área com relevo aplainado degradado com o Morro do Galo ao fundo.
Fonte: de autoria própria.
A B
C D
E F
Figura 47 - Conjunto de imagens em diferentes pontos do caminho que leva ao topo do Morro do Galo,
perpassando por afloramentos verticais, intemperizados e com fraturas. Nas imagens D, E e F existem estruturas
de alvenaria, com uso religioso e comercial, localizadas próximo ao talude. Fonte: de autoria própria.
44
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Figura 48 - Ilustração mostrando afloramento com blocos de rocha individualizados e setas indicando
possíveis áreas de atingimento em caso de movimentação. Foto: Raimundo Conceição.
Figura 49 - Afloramento com declividade acentuada, fraturado, ladeando a via de acesso dos visitantes ao topo
do maciço, além de estruturas de alvenaria com uso religioso e comercial. Nesse trecho, a via e demais estruturas
estão na área de atingimento de eventuais movimentos de bloco. A foto ampliada mostra que os processos de
desprendimentos já ocorreram e continuam ativos. Foto: Raimundo Conceição.
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
45
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (SBG-CPRM)
MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
7.12. Mirador
Figura 50 - Vista panorâmica da área do geossítio, com destaque para a área de visitação.
Fonte: de autoria própria.
46
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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A B
C D
Figura 51 - A) Acesso com degraus em bom estado, B) Via cuidada com coleta de lixo, C) Estrutura do cordão de
isolamento danificada, requer manutenção e D) Aceso com guarda-corpo de madeira passando por parte
do afloramento com base negativa. Fonte: de autoria própria.
A B
Figura 52 - Vista aérea dos megablocos em que estão as pinturas rupestres e onde é feita visitação.
Fonte: de autoria própria.
A rocha apresenta ao menos três sets de fraturamento. Essas descontinuidades, em conjunto, indivi-
dualizam blocos/lascas rochosos de dimensões métricas a decamétricas. Na base da rocha e próximo
à passarela, é possível observar uma grande quantidade de blocos/lascas de diferentes tamanhos
deslocados devido à ação do intemperismo e das condições de fraturamento da rocha (Figura 54).
Outro ponto que merece atenção é que parte do afloramento, corresponde a um metaconglome-
rado, possuindo clastos de tamanho chegando a 20 centímetros. Esses clastos podem se soltar do
afloramento, devido à ação do intemperismo, e atingir visitantes que transitam pela plataforma de
acesso (Figura 55).
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
A B
Figura 53 - Plataforma de madeira para melhor observação das pinturas rupestres, que serve como
limitador para evitar vandalismos nas pinturas. Fonte: de autoria própria.
A B
C D
Figura 54 - Fotos A e B evidenciando blocos e lascas gerados por processo intempérico e de fraturamento do
maciço; fotos C e D, depósito de blocos de diferentes tamanhos já mobilizados. Fonte: de autoria própria.
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A B
Figura 55 - A) Imagem representa clastos da rocha, com metaconglomerados ainda presos no afloramento;
B) Imagem representa depósito de clastos caídos na base do afloramento. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Fazer manutenção periódica das estruturas presentes no acesso e no geossítio (cordão de isola-
mento, degraus e plataforma de observação);
• Instalar novas barreiras físicas, em áreas ainda não contempladas, que estabeleçam limites aos
visitantes nos lugares mais íngremes;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas às vertentes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rascos, piqueniques, etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geotécnico;
• Controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas de risco e disponibilizar equipamentos de
proteção ao turista, como capacetes;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
49
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (SBG-CPRM)
MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Figura 57 - Vista do açude mostrando a baixa declividade das margens. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
50
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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A B
C D
Figura 59 - Imagem com exemplo de blocos em aparente instabilidade. Fonte: de autoria própria.
Para a delimitação das áreas foram utilizados os parâmetros preconizados para a modelagem de perigo
a movimentos de blocos. As encostas são classificadas como do Grupo III de movimento de queda de
bloco, possuem médias declividades que superam os 70°, sem presença de rampa. As áreas críticas
e de dispersão correspondem a um terço da altura e de uma vez a altura, respectivamente. Nesse
caso, considerando as características da forma do afloramento, de aproximadamente de 12 metros
de altura, deve-se considerar como área crítica, iniciando no topo do afloramento até uma área de
4 metros a partir da base, e área de dispersão de 12 metros a partir da base da encosta (Figura 60).
51
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas às vertentes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, churras-
cos, piqueniques, escaladas etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
• Avaliar, junto a empresa especializada, a possibilidade de intervenção estrutural adequada nos
blocos sobre a área de visitação, visando à segurança do visitante e à preservação do geossítio;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geotécnico;
• Controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Figura 61 - Vista panorâmica da face sudeste do inselberg, com superfícies aplainadas degradas no seu entorno.
Fonte: De autoria própria.
Figura 62 - Face do talude com inclinação média superior a 50° e depósito de tálus na base.
Fonte: de autoria própria.
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas as vertentes;
• Restringir atividades que aumentem o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rascos, piqueniques, etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geotécnico;
• Controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Figura 64 - Vista geral da área do geossítio mostrando o lajedo e blocos formados in situ. Fonte: de autoria própria.
Essas cavidades foram geradas por processo de desagregação mecânica, típica de rochas graníticas
produzidas pelos efeitos da amplitude térmica. Esse processo continua ativo, evidenciado pelo acúmulo
de blocos dentro das cavidades, margeando os blocos e as lascas ainda presas nas rochas (Figura 65).
Por vezes, esses megablocos, gerados in situ por ação intempérica, possuem altura superior a 5
metros. Apesar da estrutura aparentemente estar estável, processos erosivos continuam atuantes,
gerando lascas e blocos menores. Esse tipo de processo, de queda de lascas/blocos, possui caracte-
rísticas similares ao que é preconizado na proposta do CPRM (2018), como o Grupo III de queda de
blocos, taludes com amplitude superiores a 5 metros, cuja inclinação é superior a 70°. Nesse caso,
a área crítica é limitada a um terço da altura partir da base e área de dispersão limitada a uma vez
a altura (Figuras 66 e 67).
Recomendações:
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
A B
C D
Figura 65 - A) Megabloco com cavidades internas e blocos desprendidos em eventos mais recentes, B) Cavidade
interna do megabloco, onde é possível observar blocos menores de eventos mais recentes e cavidade no teto com
possível origem desses blocos, evidenciando que eventos intempéricos continuam ativos, C) e D) Lascas no teto e
nas laterais da cavidade sendo geradas com potencial de desplacamento, colocando em risco visitantes
e as próprias pinturas rupestres. Fonte: de autoria própria.
Figura 66 - Ilustração da adaptação do método (CPRM, 2018), com projeção do que seria a representação
da AC e da AD no entorno do megabloco. Fonte: de autoria própria.
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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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A B
Figura 67 - Exemplos de queda de lascas e blocos atingindo a distância do que seria a projeção
da área de dispersão. Fonte: de autoria própria.
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Figura 69 - Vista do geossítio para a cidade e diferentes formas de relevo. Fonte: de autoria própria.
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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Figura 71 - Imagem representando o desnível altimétrico existente no local. Fonte: de autoria própria.
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
São Martins. É o principal atrativo a beleza cênica da paisagem, tornando e a ampla visão que torna
o local em excelente ponto de observação geomorfológica. (Figura 72).
O acesso ao geossítio é feito por caminho bem sinalizado e limpo. Foram instalados cordões, com
intuito de manter os visitantes dentro da trilha, evitando a dispersão do visitante de forma desor-
denada e, principalmente, para impedir o acesso do visitante aos pontos mais íngremes, com grave
risco de acidente aos turistas que não respeitarem a sinalização (Figura 73).
Figura 72 - Vista do visitante para as diferentes formas de relevo. Fonte: de autoria própria.
A B
C D
Figura 73 - Conjunto de imagens mostrando acesso ao mirante, com trilhas bem cuidadas e sinalizadas (D)
e com limitadores de acesso improvisados (B). Fonte: de autoria própria.
60
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Recomendações:
• Fixar placas de advertência sobre os perigos existentes no local;
• Manter os cordões de isolamento já existentes e instalar novas barreiras físicas em áreas ainda
não contempladas, estabelecendo limites de acesso aos visitantes nas áreas mais íngremes;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação
de situações de perigo geotécnico, além de controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas
de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
61
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
A B
Figura 76 - Afloramentos e blocos graníticos que compõem o mirante, observar a alta declividade
e ausência de guarda corpo. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Fixar placas de advertência sobre os perigos existentes no local;
• Instalar barreiras físicas que estabeleçam limites ao acesso dos visitantes nas áreas mais íngremes;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação
de situações de perigo geológico, além do controle de acesso evitando aglomeração nas áreas
de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
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AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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Figura 77 - Vista aérea evidenciando a ausência da estrutura que limite o acesso do visitante
as partes mais declivosas. Fonte: de autoria própria.
63
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
Figura 78 - Vista panorâmica do geossítio Vale Vulcânico, mostrando vale encaixado com depósito
de tálus e taludes verticais na sua margem. Fonte: De autoria própria.
Figura 79 - Depósito de tálus ao fundo e canal de Figura 80 - Afloramento de basalto com estruturas de
drenagem entulhado de blocos. disjunção colunar repleto de descontinuidades.
Fonte: de autoria própria. Fonte: de autoria própria.
Recomendações:
• Fixar placas de advertência sobre os perigos existentes no local;
• Colocar placas restringindo o acesso ao geossítio em dias de chuva intensa e prolongada, pois
nesses períodos agrava-se a possibilidade de mobilização dos blocos rochosos;
• Sinalizar, no acesso ao geossítio, o perigo de queda/tombamento de blocos, frisando que o
processo pode ocorrer, sem aviso prévio, em períodos chuvosos ou secos, constituindo grave
ameaça à vida dos visitantes;
• Monitorar as fraturas observadas no topo do paredão e paralelas as vertentes;
64
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
GEOPARQUE SERIDÓ, RN
• Instalar barreiras físicas que estabeleçam limites ao acesso dos visitantes nas áreas mais íngremes;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação
de situações de perigo geotécnico, e serem realizadas com vestimentas apropriadas para trilhas;
• Restringir atividades que aumentam o período de exposição do visitante (acampamentos, chur-
rasco, piquenique, escalada, etc.) em áreas identificadas como críticas de atingimento de blocos;
• Controlar o acesso evitando aglomeração nas áreas de risco;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
A B
C D
Figura 81 - Conjunto de imagens referentes aos riscos na trilha de acesso, sendo: A) referente a processos
erosivos existentes, B) trilha estreita entre talude e precipício, com erosão no acesso, C) trechos com inclinações
superiores a 60º e processos erosivo e D) trilho estreito entre talude e precipício. Fonte: de autoria própria.
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A B
C D
E F
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MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
A B
C D
Figura 86 - A) Acesso bem conservado com estrutura de apoio aos turistas, B) Solo com grande vulnerabilidade
a processos erosivos, C) Vegetação ciliar parcialmente degradada e solo suscetível à erosão e D) Afloramento de
arenito friável. Fonte: de autoria própria.
Vale salientar que as nascentes são Áreas de Preservação Permanente (APP), e de acordo com a
legislação ambiental vigente, o raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de proteção ao seu redor deve
ser respeitado.
Recomendações:
• Estabelecer os limites físicos de visitação de acordo com o preconizado pela legislação ambiental
para Áreas de Preservação Permanente (APP), a fim de evitar a degradação da área da nascente
e, consequentemente, do geossítio;
• Comunicar que as visitas deverão ter o acompanhamento de guias treinados em identificação de
situações de perigo geotécnico e respeitar as normas ambientais vigentes;
• Realizar programas de educação ambiental voltados para as crianças em idade escolar e para os
adultos em seus centros comunitários, criando a cultura de percepção de risco geotécnico e de
preservação do geossítio.
8. CONCLUSÕES
Os perigos e riscos geológicos encontrados nos atrativos geoturísticos visitados no Geoparque Seridó
são intrínsecos às atividades como trilhas, mergulhos e contemplação em ambientes naturais que
68
AVALIAÇÕES GEOTÉCNICAS EM ATRATIVOS GEOTURÍSTICOS
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percorrem ou ladeiam as encostas rochosas de alta declividade. Os riscos são resultado de diversos
fatores que quando conjugados acabam por exigir atenção, tanto dos turistas, dos guias e dos mora-
dores, assim como dos seus administradores
As sinalizações de risco e perigo geológico, por meio de placas informativas e orientação dos admi-
nistradores junto aos frequentadores nos diversos locais visitados, podem, em muitos casos, evitar
que tragédias aconteçam.
As recomendações de intervenções estruturais ou não estruturais indicadas ao longo do relatório
são de caráter sugestivo, elas podem mitigar ou eliminar os riscos e perigos existentes em muitos
dos casos.
REFERÊNCIAS
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estado do Rio Grande do Norte. Escala 1:500.000. Recife: CPRM ; FAPERN, 2006. (Programa Geologia
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UNESCO. UNESCO escolhe oito novas áreas para a Rede Mundial de Geoparques: duas estão no
Brasil. Comunicado à Imprensa, 26 jan. 2023. Disponível em: https://www.unesco.org/pt/articles/
unesco-escolhe-oito-novas-areas-para-rede-mundial-de-geoparques-duas-estao-no-brasil?hub=66903 .
Acesso em: 29 ago. 2023.
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SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (SBG-CPRM)
MAPEAMENTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DE DESASTRES
ANEXOS DIGITAIS
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O SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM E OS OBJETIVOS
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - ODS