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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL

LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE

CARTA DE SUSCETIBILIDADE A

ATLAS MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS


DE MASSA E INUNDAÇÃO

PLUVIOMÉTRICO
DO BRASIL
Equações Intensidade-Duração-Frequência

Município: Joinville
Estação Pluviográfica: Primeiro Salto do Cubatão
Código ANA: 02649060
Estação Pluviométrica: Joinville (RVPSC)
Código ANA: 02648014
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO MINERAL
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL


LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE

CARTA DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS


GRAVITACIONAIS DE MASSA E INUNDAÇÃO

ATLAS PLUVIOMÉTRICO DO BRASIL

EQUAÇÕES INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA

Município: Joinville/SC

Estação Pluviográfica: Primeiro Salto do Cubatão


Código: 02649060
Estação Pluviométrica: Joinville (RVPSC)
Código: 02648014

PORTO ALEGRE
2014
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL

LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE

CARTAS DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS


GRAVITACIONAIS DE MASSA E INUNDAÇÃO

ATLAS PLUVIOMÉTRICO DO BRASIL

EQUAÇÕES INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA
(Desagregação de Precipitações Diárias)

Executado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM


Superintendência Regional de Porto Alegre

Copyright @ 2014 CPRM - Superintendência Regional de Porto Alegre


Rua Banco da Província, 105 - Bairro Santa Teresa
Porto Alegre - RS - 90.840-030
Telefone: 0(xx)(51)3406-7300
Fax: 0(xx)(51) 3233-7772
http://www.cprm.gov.br

Ficha Catalográfica

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM

Atlas Pluviométrico do Brasil; Equações Intensidade-Duração-Frequência


(Desagregação de Precipitações Diárias). Município: Joinville, Estação
Pluviográfica: Primeiro Salto do Cubatão Código 02649060 e Estação
Pluviométrica: Joinville (RVPSC) Código 02648014. Adriana B. Weschenfelder;
Karine Pickbrenner e Eber José de Andrade Pinto – Porto Alegre: CPRM, 2014.

16p.; anexos (Série Atlas Pluviométrico do Brasil)

1. Hidrologia 2. Pluviometria 3. Equações IDF 4. I - Título II –


WESCHENFELDER, A. B.; PICKBRENNER, K. e PINTO, E. J. A.
CDU : 556.51

Direitos desta edição: CPRM - Serviço Geológico do Brasil


É permitida a reprodução desta publicação desde que mencionada a fonte
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

MINISTRO DE ESTADO
Edison Lobão

SECRETÁRIO EXECUTIVO
Márcio Pereira Zimmermann

SECRETÁRIO DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Carlos Nogueira da Costa Junior

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS


SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM/SGB)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente
Carlos Nogueira da Costa Junior
Vice-Presidente
Manoel Barreto da Rocha Neto
Conselheiros
Ladice Peixoto
Luiz Gonzaga Baião
Jarbas Raimundo de Aldano Matos
Osvaldo Castanheira
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-Presidente
Manoel Barreto da Rocha Neto
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
Thales de Queiroz Sampaio
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Roberto Ventura Santos
Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento
Antônio Carlos Bacelar Nunes
Diretor de Administração e Finanças
Eduardo Santa Helena
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PORTO ALEGRE

José Leonardo Silva Andriotti


Superintendente

Marcos Alexandre de Freitas


Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial

João Angelo Toniolo


Gerente de Geologia e Recursos Minerais

Ana Claudia Viero


Gerente de Relações Institucionais e Desenvolvimento

Alexandre Goulart
Gerente de Administração e Finanças

PROJETO ATLAS PLUVIOMÉTRICO DO BRASIL

Departamento de Hidrologia
Frederico Cláudio Peixinho

Departamento de Gestão Territorial


Cássio Roberto da Silva

Divisão de Hidrologia Aplicada


Achiles Eduardo Guerra Castro Monteiro

Coordenação Executiva do DEHID – Atlas Pluviométrico


Eber José de Andrade Pinto

Coordenaçãodo Projeto Cartas Municipais de Suscetibilidade


Sandra Fernandes da Silva

Coordenadores Regionais do Projeto Atlas Pluviométrico


Andressa Macêdo Silva de Azambuja-Sureg/BE
José Alexandre Moreira Farias-REFO
Karine Pickbrenner-Sureg/PA

Equipe Executora
Adriana Burin Weschenfelder - Sureg/PA
Albert Teixeira Cardoso – Sureg/GO
Caluan Rodrigues Capozzoli – Sureg/ SP
Catharina Ramos dos Prazeres Campos – Sureg/BE
Jean Ricardo da Silva do Nascimento - RETE
Luana Késsia Lucas Alves Martins – Sureg/BH
Margarida Regueira da Costa - Sureg/RE
Osvalcélio Mercês Furtunato - Sureg/SA

Sistema de Informações Geográficas e Mapa


Ivete Souza de Almeida - Sureg/BH

Apoio Técnico
Amanda Elizalde Martins – Sureg/PA
Debora Gurgel – REFO
Douglas Sanches Soller – Sureg/PA
Eliane Cristina Godoy Moreira - Sureg/SP
Jennifer Laís Assano - Sureg/SP
João Paulo Vicente Pereira - Sureg/SP
Juliana Oliveira - Sureg/BE
Fabiana Ferreira Cordeiro - Sureg/SP
Luisa Collischonn – Sureg/PA
Murilo Raphael Dias Cardoso - Sureg/GO
Paulo Guilherme de Oliveira Sousa – RETE

Estagiários de Hidrologia
Caroline Centeno – Sureg/PA
Cassio Pereira – Sureg/PA
Cláudio Dálio Albuquerque Júnior - Sureg/MA
Diovana Daugs Borges Fortes - Sureg/PA
Douglas Sanches Soller – Sureg/PA
Fernanda Ribeiro Gonçalves Sotero de Menezes - Sureg/BH
Fernando Lourenço de Souza Junior – Sureg/RE
Glauco Leite de Freitas – Sureg/RE
Ivo Cleiton Costa Bonfim - REFO
João Paulo Lopes Chaves Miranda - Sureg/BH
José Érico Nascimento Barros - Sureg/RE
Liomar Santos da Hora - Sureg/SA
Lêmia Ribeiro - Sureg/SA
Márcia Faermann - Sureg/PA
Mariana Carolina Lima de Oliveira - Sureg/BH
Mayara Luiza de Menezes Oliveira - Sureg/MA
Nayara de Lima Oliveira - Sureg/GO
Pedro da Silva Junqueira - Sureg/PA
Rosangela de Castro – Sureg/SP
Taciana dos Santos Lima – RETE
Thais Danielle Oliveira Gasparin – Sureg/SP
Vanessa Romero - Sureg/GO
APRESENTAÇÃO

O projeto Atlas Pluviométrico é uma ação dentro do programa de Levantamentos da


Geodiversidade que tem por objetivo reunir, consolidar e organizar as informações sobre
chuvas obtidas na operação da rede hidrometeorológica nacional.
Dentre os vários objetivos do projeto Atlas Pluviométrico, destaca-se, a definição das
relações intensidade-duração-frequência (IDF). Essas relações serão estabelecidas para os
pontos da rede hidrometeorológica nacional que dispõe de registros contínuos de chuva, ou
seja, estações equipadas com pluviógrafos ou estações automáticas.
Entretanto, em localidades nas quais existem somente pluviômetros, ou seja, não
existem registros contínuos das precipitações, obtidos com pluviógrafos ou estações
automáticas, as relações IDF serão estabelecidas a partir da desagregação das precipitações
máximas diárias.
As relações IDF são importantíssimas na definição das intensidades de precipitação
associadas a uma frequência de ocorrência, as quais serão utilizadas no dimensionamento de
diversas estruturas de drenagem pluvial ou de aproveitamento dos recursos hídricos.
Também podem ser utilizadas de forma inversa, ou seja, estimar a frequência de um evento
de precipitação ocorrido, definindo se o evento foi raro ou ordinário.
Na definição das relações IDF foram priorizados os municípios onde serão mapeadas,
pela CPRM-Serviço Geológico do Brasil, as áreas suscetíveis a movimentos de massa e
enchentes.
Este relatório, que acompanhará a carta municipal de suscetibilidade, apresenta
duas equações IDF’s estabelecidas para o município de Joinville. A primeira equação,
indicada para durações até 2 horas, foi elaborada a partir de registros contínuos da estação
pluviográfica de Primeiro Salto do Cubatão, código 02649060, localizada na área rural do
município, a 25 km da sede de Joinville, numa altitude de 790 m. A segunda equação IDF
foi elaborada usando-se metodologia de desagregação, sendo a série levantada de
registros de precipitações diárias máximas por ano hidrológico da estação pluviométrica de
Joinville, código 02648014, localizada na área urbana, aproximadamente a 1,2 km da sede
municipal, na altitude de 6 m. Ambas as estações são operadas pela EPAGRI/ANA.
1 - INTRODUÇÃO
Foram definidas duas equações para o município de Joinville, que podem ser
utilizadas no município de Joinville e regiões circunvizinhas. A primeira IDF (IDF1) foi
elaborada com registros contínuos de precipitação, obtidos do pluviógrafo da estação Salto
de Cubatão. A segunda IDF (IDF2) foi definida utilizando desagregação de dados de
precipitações diárias máximas, obtidos a partir de registros observados do pluviômetro da
estação Joinville.
O município de Joinville está localizado no estado de Santa Catarina, na Latitude
26°18'88'' S e Longitude 48°50'57'' W, a 175 km de Florianópolis, capital do estado. O
município possui área de 1126 Km² e a sede localiza-se a uma altitude de 4 metros. Sua
população, segundo o censo de 2010 do IBGE, é de 515.288 habitantes.
A estação Primeiro Salto de Cubatão, código 02649060, está localizada na Latitude
26°12'57’ S e Longitude 49°04'50'' W e a estação Joinville, código 02648014, está localizada
na Latitude 26°19'18’’ S e Longitude 48°50'47'' W; ambas inserem-se no extremo sul da sub-
bacia 82, na porção que fica no estado de Santa Catarina, mais especificamente na sub-bacia
do rio Cubatão e são operadas atualmente pela EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agrícola de
Santa Catarina).
A Figura 01 apresenta a localização do município e das estações.

Figura 01 – Localização do Município e das Estações Salto de Cubatão e Joinville (Google


2014).

A estação pluviográfica Salto de Cubatão localiza-se a oeste, na porção rural do


município, a 790 m de altitude e distante 25 km da sede municipal. Encontra-se em
operação desde 1951 e as séries contempladas na elaboração da IDF1 foram levantadas a
partir de 1996.
1
A estação pluviométrica Joinville localiza-se a leste do município, na área urbana, a 6
m de altitude e distante 1,2 km da sede municipal. Encontra-se em operação desde 1938 e
os dados para a elaboração da IDF2 foram utilizados somente a partir de 1973 em função do
grande número de falhas no período anterior.

2 – EQUAÇÕES
2.1 – IDF1: REGISTROS CONTÍNUOS DE PRECIPITAÇÃO
A metodologia para definição da equação utilizando os dados pluviográficos está
descrita em detalhes em Pinto (2013).
Na definição da equação Intensidade-Duração-Frequência da estação Primeiro Salto
do Cubatão, código 02649060, foram utilizadas séries de duração parcial e os dados
utilizados constam do Anexo I. A distribuição de frequência ajustada aos dados foi a GEV
(Generalizada de Valores Extremos), com os parâmetros calculados pelo método dos
momentos-L.
A Figura 02 apresenta as curvas ajustadas utilizando os dados pluviográficos.

Figura 02 – Curvas intensidade-duração-frequência

A equação adotada para representar a família de curvas da Figura 02 é do tipo:


𝑎𝑇 𝑏
𝑖= (𝑡+𝑐)𝑑
(01)

Onde:
i é a intensidade da chuva (mm/h)
T é o tempo de retorno (anos)
t é a duração da precipitação (minutos)
a, b, c, d são parâmetros da equação
2
No caso da estação Primeiro Salto do Cubatão os parâmetros da equação são os
seguintes:
5min ≤ t ≤ 2h
a = 608,2; b =0,1610; c =12,3; d =0,6552
608,2𝑇 0,1610
𝑖= (𝑡+12,3)0,6552
(02)

A equação acima é válida para tempos de retorno até 50 anos e durações de 5


minutos até 2 horas. A Tabela 01 apresenta as intensidades, em mm/h, calculadas para
várias durações e diferentes tempos de retorno. Enquanto que na Tabela 02 constam as
respectivas alturas de chuva, em mm, para as mesmas durações e os mesmos tempos de
retorno.

Tabela 01 – Intensidade da chuva em mm/h.


Duração Tempo de Retorno, T (anos)
da Chuva 2 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
5 Minutos 105 121,7 136,1 145,3 152,2 157,7 162,4 166,5 170,1 173,4 176,4
10 Minutos 88,9 103,1 115,2 123 128,9 133,6 137,5 141 144,1 146,8 149,3
15 Minutos 77,9 90,3 100,9 107,8 112,9 117 120,5 123,5 126,2 128,6 130,8
20 Minutos 69,8 80,9 90,4 96,5 101,1 104,8 107,9 110,6 113 115,2 117,2
30 Minutos 58,5 67,8 75,8 80,9 84,7 87,8 90,4 92,7 94,7 96,5 98,2
45 Minutos 47,9 55,5 62,1 66,3 69,4 72 74,1 76 77,6 79,1 80,5
1 HORA 41,2 47,7 53,3 56,9 59,6 61,8 63,6 65,2 66,7 67,9 69,1
2 HORAS 27,7 32,1 35,9 38,3 40,1 41,6 42,8 43,9 44,9 45,7 46,5

Tabela 02 – Altura de chuva em mm


Duração Tempo de Retorno, T (anos)
da Chuva 2 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
5 Minutos 8,8 10,1 11,3 12,1 12,7 13,1 13,5 13,9 14,2 14,4 14,7
10 Minutos 14,8 17,2 19,2 20,5 21,5 22,3 22,9 23,5 24 24,5 24,9
15 Minutos 19,5 22,6 25,2 26,9 28,2 29,2 30,1 30,9 31,5 32,1 32,7
20 Minutos 23,3 27 30,1 32,2 33,7 34,9 36 36,9 37,7 38,4 39,1
30 Minutos 29,2 33,9 37,9 40,4 42,4 43,9 45,2 46,3 47,4 48,3 49,1
45 Minutos 35,9 41,7 46,6 49,7 52,1 54 55,6 57 58,2 59,3 60,4
1 HORA 41,2 47,7 53,3 56,9 59,6 61,8 63,6 65,2 66,7 67,9 69,1
2 HORAS 55,4 64,2 71,8 76,6 80,3 83,2 85,7 87,8 89,7 91,5 93

2.2 – IDF2: DESAGREGAÇÃO DE DADOS DIARIOS OBSERVADOS DE PRECIPITAÇÃO


A metodologia para definição da equação por desagregação das precipitações diárias
está descrita em detalhes em Pinto (2013).
Na definição da equação Intensidade-Duração-Frequência da estação Joinville código
02648014, foi utilizada a série de precipitações diárias máximas por ano hidrológico (01/Set
a 31/Ago), apresentada no Anexo II. A distribuição de frequência ajustada aos dados diários
foi a Gumbel, com os parâmetros calculados pelo método dos momentos-L.

3
A desagregação dos quantis diários em outras durações foi efetuada com as relações
entre alturas de chuvas de diferentes durações obtidas com as relações IDF estabelecidas
por Pfafstetter (1982), para a estação São Francisco do Sul, localizada no município de São
Francisco do Sul, distante aproximadamente 23 km da estação desagregada Joinville. As
relações entre as alturas de chuvas de diferentes durações constam do Anexo III.
A Figura 03 apresenta as curvas ajustadas utilizando os dados pluviométricos
desagregados.

Figura 03 – Curvas intensidade-duração-frequência

A equação adotada para representar a família de curvas da Figura 03 é do tipo:


𝑎𝑇 𝑏
𝑖= (𝑡+𝑐)𝑑
(03)

Onde:
i é a intensidade da chuva (mm/h)
T é o tempo de retorno (anos)
t é a duração da precipitação (minutos)
a, b, c, d são parâmetros da equação
No caso da estação Joinville os parâmetros da equação são os seguintes:
5min ≤ t < 24h
a = 1218,2; b =0,1997; c =33,7; d =0,7948
1218,2𝑇 0,1997
𝑖= (𝑡+33,7)0,7948
(04)

A equação acima é válida para tempos de retorno até 100 anos e durações de 5
minutos até 24 horas. A Tabela 03 apresenta as intensidades, em mm/h, calculadas para
várias durações e diferentes tempos de retorno. Enquanto que na Tabela 04 constam as

4
respectivas alturas de chuva, em mm, para as mesmas durações e os mesmos tempos de
retorno.

Tabela 01 – Intensidade da chuva em mm/h.


Duração da Tempo de Retorno, T (anos)
chuva 2 5 10 15 20 25 30 40 50 60 75 90 100
5 Minutos 76,5 91,9 105,6 114,5 121,2 126,8 131,5 139,2 145,6 151,0 157,9 163,7 167,2
10 Minutos 69,5 83,5 95,8 103,9 110,1 115,1 119,4 126,4 132,2 137,1 143,3 148,6 151,8
15 Minutos 63,8 76,6 87,9 95,4 101,0 105,6 109,5 116,0 121,3 125,8 131,5 136,4 139,3
20 Minutos 59,0 70,8 81,4 88,2 93,4 97,7 101,3 107,3 112,2 116,4 121,7 126,2 128,9
30 Minutos 51,5 61,9 71,0 77,0 81,6 85,3 88,5 93,7 98,0 101,6 106,2 110,2 112,5
45 Minutos 43,5 52,3 60,0 65,1 69,0 72,1 74,8 79,2 82,8 85,9 89,8 93,1 95,1
1 HORA 37,9 45,5 52,3 56,7 60,0 62,8 65,1 68,9 72,1 74,8 78,2 81,1 82,8
2 HORAS 25,6 30,7 35,3 38,2 40,5 42,4 43,9 46,5 48,6 50,4 52,7 54,7 55,9
3 HORAS 19,7 23,6 27,1 29,4 31,2 32,6 33,8 35,8 37,4 38,8 40,6 42,1 43,0
4 HORAS 16,2 19,4 22,3 24,2 25,6 26,8 27,8 29,4 30,8 31,9 33,3 34,6 35,3
5 HORAS 13,8 16,6 19,0 20,7 21,9 22,9 23,7 25,1 26,3 27,2 28,5 29,5 30,2
6 HORAS 12,1 14,5 16,7 18,1 19,2 20,1 20,8 22,0 23,0 23,9 25,0 25,9 26,5
7 HORAS 10,8 13,0 14,9 16,2 17,1 17,9 18,6 19,7 20,6 21,3 22,3 23,1 23,6
8 HORAS 9,8 11,8 13,5 14,7 15,5 16,2 16,8 17,8 18,6 19,3 20,2 21,0 21,4
12 HORAS 7,2 8,7 10,0 10,8 11,4 12,0 12,4 13,1 13,7 14,3 14,9 15,5 15,8
14 HORAS 6,4 7,7 8,9 9,6 10,2 10,6 11,0 11,7 12,2 12,7 13,3 13,7 14,0
20 HORAS 4,9 5,9 6,7 7,3 7,7 8,1 8,4 8,9 9,3 9,6 10,1 10,4 10,7
24 HORAS 4,2 5,1 5,9 6,3 6,7 7,0 7,3 7,7 8,1 8,4 8,7 9,1 9,3

Tabela 02 – Altura de chuva em mm


Duração da Tempo de Retorno, T (anos)
chuva 2 5 10 15 20 25 30 40 50 60 75 90 100
5 Minutos 6,4 7,7 8,8 9,5 10,1 10,6 11,0 11,6 12,1 12,6 13,2 13,6 13,9
10 Minutos 11,6 13,9 16,0 17,3 18,3 19,2 19,9 21,1 22,0 22,8 23,9 24,8 25,3
15 Minutos 15,9 19,1 22,0 23,8 25,2 26,4 27,4 29,0 30,3 31,4 32,9 34,1 34,8
20 Minutos 19,7 23,6 27,1 29,4 31,1 32,6 33,8 35,8 37,4 38,8 40,6 42,1 43,0
30 Minutos 25,8 30,9 35,5 38,5 40,8 42,7 44,2 46,8 49,0 50,8 53,1 55,1 56,3
45 Minutos 32,7 39,2 45,0 48,8 51,7 54,1 56,1 59,4 62,1 64,4 67,3 69,8 71,3
1 HORA 37,9 45,5 52,3 56,7 60,0 62,8 65,1 68,9 72,1 74,8 78,2 81,1 82,8
2 HORAS 51,2 61,4 70,5 76,5 81,0 84,7 87,9 93,0 97,3 100,9 105,5 109,4 111,7
3 HORAS 59,1 70,9 81,4 88,3 93,5 97,8 101,4 107,4 112,3 116,5 121,8 126,3 129,0
4 HORAS 64,7 77,7 89,2 96,7 102,4 107,1 111,1 117,6 123,0 127,6 133,4 138,3 141,3
5 HORAS 69,1 82,9 95,2 103,3 109,4 114,4 118,6 125,6 131,3 136,2 142,4 147,7 150,8
6 HORAS 72,7 87,3 100,2 108,7 115,1 120,3 124,8 132,2 138,2 143,3 149,9 155,4 158,7
7 HORAS 75,7 90,9 104,5 113,3 120,0 125,4 130,1 137,8 144,0 149,4 156,2 162,0 165,4
8 HORAS 78,4 94,2 108,2 117,3 124,2 129,9 134,7 142,6 149,1 154,7 161,7 167,7 171,3
12 HORAS 86,7 104,2 119,6 129,7 137,4 143,6 149,0 157,8 165,0 171,1 178,9 185,5 189,5
14 HORAS 90,0 108,1 124,1 134,6 142,5 149,0 154,5 163,7 171,1 177,5 185,6 192,4 196,5
20 HORAS 97,7 117,3 134,8 146,1 154,8 161,8 167,8 177,7 185,8 192,7 201,5 209,0 213,4
24 HORAS 101,8 122,3 140,4 152,2 161,2 168,6 174,8 185,2 193,6 200,8 210,0 217,7 222,4

5
3 – EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
3.1 – IDF1: REGISTROS CONTÍNUOS DE PRECIPITAÇÃO
Suponha que em um determinado dia, em Joinville, foi registrada uma Chuva de 32
mm com duração de 15 minutos, a qual gerou vários problemas no sistema de drenagem
pluvial da cidade. Qual é o tempo de retorno dessa precipitação?

Resp: Inicialmente, para se calcular o tempo de retorno será necessária a inversão da


equação 01. Dessa forma temos:
1�
𝑖(𝑡+𝑐)𝑑 𝑏
𝑇=� � (05)
𝑎
A intensidade da chuva registrada é a altura da chuva dividida pela duração, ou seja,
32 mm dividido por 0,25 h é igual a 128 mm/h. Substituindo os valores na equação 05 temos:
1�
128(15 + 12,3)0,6552 0,1610
𝑇=� � = 44 𝑎𝑎𝑎𝑎
608,2
O tempo de retorno de 44 anos corresponde a uma probabilidade de que esta
intensidade de chuva seja igualada ou superada em um ano qualquer de 2,3%, ou
1 1
𝑃(𝑖 ≥ 128 𝑚𝑚/ℎ) = 100 = 100 = 2,3%
𝑇 44

3.2 – IDF2: DESAGREGAÇÃO DE DADOS DIARIOS OBSERVADOS DE PRECIPITAÇÃO


Suponha que em um determinado dia, em Joinville, foi registrada uma Chuva de 140 mm
com duração de 4 horas (240 min), a qual gerou vários problemas no sistema de drenagem
pluvial da cidade. Qual é o tempo de retorno dessa precipitação?

Resp: Inicialmente, para se calcular o tempo de retorno será necessária a inversão da


equação 03. Dessa forma temos:
1�
𝑖(𝑡+𝑐)𝑑 𝑏
𝑇=� � (06)
𝑎
A intensidade da chuva registrada é a altura da chuva dividida pela duração, ou seja,
140 mm dividido por 4 h é igual a 35 mm/h. Substituindo os valores na equação 06 temos:
1�
35(240 + 33,7)0,7948 0,1997
𝑇=� � = 96 𝑎𝑎𝑎𝑎
1218,2
O tempo de retorno de 96 anos corresponde a uma probabilidade de que esta
intensidade de chuva seja igualada ou superada em um ano qualquer de 1 %, ou
1 1
𝑃(𝑖 ≥ 140 𝑚𝑚/ℎ) = 100 = 100 = 1%
𝑇 96

6
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOOGLE EARTH. Estação pluviográfica de Primeiro Salto do Cubatão. Disponível em:
http://www.google.com/earth. Acesso em 30 de maio de 2014.

GOOGLE EARTH. Estação pluviométrica de Joinville. Disponível em:


http://www.google.com/earth. Acesso em 30 de maio de 2014.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010. Disponível em:


http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php. Acesso em 30 de maio de 2014.

PFAFSTETTER, O. Chuvas Intensas no Brasil. 2ª ed. DNOS, 1982.

PINTO, E. J. A. Metodologia para definição das equações Intensidade-Duração-Frequência do


Projeto Atlas Pluviométrico. CPRM. Belo Horizonte. Mar., 2013.

SANTA CATARINA. Secretaria do Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio


Ambiente. Codificação dos cursos d’água do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: SDS,
2003. 20 mapas.

7
ANEXO I
Série de Dados Utilizados por Duração – Altura de Chuva (mm)
5 10 15 30 45 1 2
DATA DATA DATA DATA DATA DATA DATA
MIN MIN MIN MIN MIN HORA HORAS
24/12/1997 11,0 24/12/1997 19,8 24/12/1997 29,2 24/12/1997 35,6 15/02/1997 32,1 15/02/1997 35,6 24/12/1997 43,5
25/12/1997 8,6 02/01/1998 21,2 02/01/1998 23,8 02/01/1998 27,5 24/12/1997 39,4 24/12/1997 41,5 28/12/1997 39,3
02/01/1998 12,7 05/02/1998 18,9 05/02/1998 21,3 05/02/1998 30,0 05/02/1998 35,4 05/02/1998 39,8 05/02/1998 45,6
05/02/1998 11,2 10/02/1998 16,2 10/02/1998 20,5 10/02/1998 25,7 10/02/1998 31,3 10/02/1998 34,7 10/02/1998 39,0
10/02/1998 11,3 15/12/1998 12,6 15/12/1998 17,1 15/12/1998 26,3 15/12/1998 32,9 15/12/1998 38,5 15/12/1998 47,3
24/02/1998 9,2 28/01/1999 12,7 14/02/1999 17,1 23/11/1999 29,9 04/01/1999 31,2 04/01/1999 33,1 04/01/1999 55,1
28/01/1999 8,2 14/02/1999 14,1 23/11/1999 17,6 31/12/1999 27,2 23/11/1999 35,0 23/11/1999 36,6 23/11/1999 39,7
14/02/1999 11,2 31/12/1999 15,5 31/12/1999 20,7 06/01/2000 29,3 31/12/1999 28,6 06/01/2000 37,6 31/12/1999 53,6
23/11/1999 10,5 06/01/2000 13,8 06/01/2000 18,7 23/02/2000 28,9 06/01/2000 35,6 23/02/2000 33,8 06/01/2000 41,8
31/12/1999 8,7 23/02/2000 13,3 23/02/2000 17,8 25/12/2000 25,7 23/02/2000 33,2 13/02/2001 30,5 05/02/2001 39,5
06/01/2000 8,2 25/12/2000 13,7 25/12/2000 18,3 28/12/2000 27,1 19/09/2002 29,0 05/12/2002 47,9 13/02/2001 39,2
15/01/2000 8,6 28/12/2000 15,7 28/12/2000 19,9 19/09/2002 25,9 05/12/2002 37,0 14/01/2004 55,0 05/12/2002 60,6
02/03/2000 10,0 31/01/2001 17,3 31/01/2001 19,9 05/12/2002 26,5 14/01/2004 46,9 10/01/2005 39,6 14/01/2004 60,9
25/12/2000 8,4 20/04/2001 12,9 14/01/2004 21,7 14/01/2004 37,3 10/01/2005 34,3 09/02/2006 44,9 14/04/2004 45,6
28/12/2000 8,2 05/12/2002 12,8 10/01/2005 19,1 10/01/2005 26,7 09/02/2006 42,9 10/03/2006 56,1 10/01/2005 47,8
31/01/2001 9,9 14/01/2004 14,6 09/02/2006 22,2 09/02/2006 34,8 10/03/2006 48,1 21/12/2006 44,8 09/02/2006 47,0
05/12/2002 10,8 10/01/2005 13,4 10/03/2006 19,6 10/03/2006 35,4 21/12/2006 44,0 01/11/2007 36,7 10/03/2006 84,1
14/01/2004 8,9 09/02/2006 19,5 21/12/2006 18,5 21/12/2006 36,8 01/11/2007 35,3 11/01/2008 37,2 21/12/2006 59,8
10/01/2005 8,8 10/03/2006 14,8 03/09/2007 17,1 01/11/2007 28,1 11/01/2008 32,4 17/01/2008 33,8 01/11/2007 42,5
09/02/2006 10,5 21/12/2006 13,4 01/11/2007 17,6 11/01/2008 26,9 23/02/2008 50,1 23/02/2008 59,2 11/01/2008 46,2
10/03/2006 9,4 03/09/2007 13,0 23/02/2008 22,8 23/02/2008 39,1 20/12/2010 42,8 20/12/2010 42,8 23/02/2008 81,9
15/03/2007 8,3 01/11/2007 13,4 20/12/2010 24,2 20/12/2010 40,8 10/01/2011 30,6 10/01/2011 30,6 20/12/2010 43,0
23/05/2007 9,1 23/02/2008 16,7 20/01/2011 18,4 10/01/2011 27,0 12/03/2011 33,4 12/03/2011 37,4 10/03/2011 45,8
03/09/2007 8,6 20/12/2010 16,1 25/03/2011 22,2 20/01/2011 25,4 25/03/2011 39,6 25/03/2011 45,0 12/03/2011 60,0
21/12/2007 8,2 20/01/2011 12,3 07/01/2012 17,8 25/03/2011 31,4 07/01/2012 32,6 07/01/2012 33,4 25/03/2011 51,2
23/02/2008 9,8 25/03/2011 14,8 09/02/2012 17,6 07/01/2012 31,8 25/01/2012 31,2 25/01/2012 37,6 25/01/2012 54,4
ANEXO II
Série de Dados Utilizados– Altura de Chuva diária (mm)
Máximos por ano hidrológico (01/Set a 31/Ago)

Precipitação Máxima
AI AF Data
Diária (mm)
1973 1974 16/3/1974 124,0
1974 1975 07/1/1975 148,0
1975 1976 24/11/1975 81,5
1976 1977 07/09/1976 87,6
1977 1978 07/09/1977 115
1978 1979 23/11/1978 42,1
1979 1980 30/07/1980 38,1
1983 1984 23/09/1983 96,0
1985 1986 30/10/1985 81,0
1986 1987 14/02/1987 82,8
1987 1988 16/09/1987 51,0
1988 1989 14/09/1988 66,0
1992 1993 05/05/1993 67,7
1993 1994 08/03/1994 128,0
1994 1995 07/07/1995 93,9
1995 1996 16/02/1996 90,2
1996 1997 11/11/1997 52,7
1997 1998 08/01/1998 109,3
1998 1999 20/09/1998 87,2
1999 2000 02/03/2000 82,9
2000 2001 26/06/2001 107,4
2001 2002 01/10/2001 59,9
2005 2006 31/10/2005 81,0
2006 2007 29/01/2007 73,0
2007 2008 27/02/2008 116,1
2008 2009 22/11/2008 172,0
2009 2010 26/04/2010 110,0
2010 2011 21/01/2011 95,0
2011 2012 07/09/2011 101,0
2012 2013 22/07/2013 82,0
ANEXO III

As razões entre as alturas de chuvas de diferentes durações obtidas a partir das relações IDF
estabelecidas por Pfafstetter (1982) para o munícipio de São Francisco do Sul/SC

Relação 24h/1dia: 1,13

Relação 14h/24h Relação 8h/24h Relação 4h/24h Relação 2h/24h Relação 1h/24h
0,89 0,78 0,65 0,51 0,39

Relação Relação Relação


30 min/1h 15 min/1h 5 min/1h
0,62 0,41 0,17
CARTA DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS
DE MASSA E INUNDAÇÃO

ATLAS PLUVIOMÉTRICO DO BRASIL


O projeto Atlas Pluviométrico é uma ação As relações IDF são importantíssimas na
dentro do programa de Levantamentos da definição das intensidades de precipitação
Geodiversidade que tem por objetivo reunir, associadas a uma frequência de ocorrência, as
consolidar e organizar as informações sobre quais serão utilizadas no dimensionamento de
chuvas obtidas na operação da rede diversas estruturas de drenagem pluvial ou de
hidrometeorológica nacional. Dentre os vários aproveitamento dos recursos hídricos.
objetivos do projeto Atlas Pluviométrico, Também podem ser utilizadas de forma
destaca-se a definição das relações inversa, ou seja, estimar a frequência de um
intensidade-duração-frequência (IDF). evento de precipitação ocorrido, definindo se o
evento foi raro ou ordinário.

ENDEREÇOS
Sede Diretoria de Relações Institucionais e
SGAN- Quadra 603 – Conjunto J – Parte A – 1º Desenvolvimento
andar Tel: 21 2295-5837 - 61 3223-1059
Brasília – DF – CEP: 70830-030 Fax: 21 2295-5947 - 61 3323-6600
Tel: 61 2192-8252 Superintendência Regional de Porto Alegre
Fax: 61 3224-1616 Rua Banco da Província, 105 - Santa Teresa
Escritório Rio de Janeiro Porto Alegre - RS - CEP: 90840-030
Av Pasteur, 404 – Urca Tel.: 51 3406-7300 - Fax: 51 3233-7772
Rio de Janeiro – RJ Cep: 22290-255 Assessoria de Comunicação
Tel: 21 2295-5337 - 21 2295-5382 Tel: 61 3321-2949 - Fax: 61 3321-2949
Fax: 21 2542-3647 E-mail: asscomdf@cprm.gov.br
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial Divisão de Marketing e Divulgação
Tel: 61 3223-1059 - 21 2295-8248 Tel: 31 3878-0372 - Fax: 31 3878-0370
Fax: 61 3323-6600 - 21 2295-5804 E-mail: marketing@cprm.gov.br
Departamento de Gestão Territorial Ouvidoria
Tel: 21 2295-6147 - Fax: 21 2295-8094 Tel: 21 2295-4697 - Fax: 21 2295-0495

www.cprm.gov.br

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