Você está na página 1de 343

RELATÓRIO ANUAL SOBRE A SITUAÇÃO

DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO


RIO GRANDE DO SUL

OLIVIO DUTRA
GOVERNADOR DO ESTADO

CLAUDIO ROBERTO BERTOLDO LANGONE


SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE

VOLNEY ZANARDI JR
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

NILVO LUIZ ALVES DA SILVA


PRESIDENTE DA FEPAM

EDIÇÃO 2002
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

APOIO INSTITUCIONAL
Maria Dolores Schuler Piñeda – Diretora Técnica da FEPAM
Marcio Rosa Rodrigues de Freitas – Chefe da Div. de Planejamento e Gestão/DRH
Ana Rosa Severo Bered – Chefe do Departamento de Qualidade/FEPAM

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Geogr. Elaine Regina Oliveira dos Santos
Divisão de Planejamento e Gestão/DRH

EQUIPE TÉCNICA EXECUTIVA

Eng. Rejane Vargas Dornelles GEOFEPAM


Eng. Sidnei Gusmão Agra Hidrologia DPG/DRH
Adriano Mascolo Estagiário de Geografia DPG/DRH
Rafael Cristiano Kubbe Estagiário de Eng. Ambiental DPG/DRH
Janesca Lampert da Silva Estagiária de Eng. Ambiental DPG/DRH

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO

Eng. Rejane Beatriz de Abreu e Silva – Chefe da Div. de Outorga e Fiscalização/DRH


Eng. Eduardo Zorrilla Rodriguez – Hidrologia - DIOUT/DRH
Geol. Carlos Marchiori – Hidrogeologia - DIOUT/DRH
Geogr. João Manoel S. O. Trindade Silva – DIPLA/DRH
Eng. Salete Cobalchini – Relatório de Qualidade da RH do Guaíba/FEPAM
Eng. Enio H. Leite – Relatório de Qualidade da RH do Guaíba/FEPAM
Eng.Maria Lúcia Coelho e Silva – Relatório de Qualidade da RH do Litoral/FEPAM
Arq. Ana Mastrascusa Rodrigues - Relatório de Qualidade da RH do Uruguai/FEPAM
Ecól. Marcelo Machado Madeira - Relatório de Qualidade da RH do Uruguai/FEPAM
Ingrid Adegas Roese Estagiária /FEPAM

2
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO ANUAL SOBRE A SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO


ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO................................................................................................ 4
2. O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
2.1. Histórico................................................................................................................ 6
2.2. A situação atual....................................................................................................15

3. A DIVISÃO DO ESTADO EM REGIÕES E BACIAS HIDROGRÁFICAS


3.1. O processo histórico.............................................................................................19
3.2. Os estudos para a adequação de limites e a atual divisão.....................................20

4. METODOLOGIA .................................................................................................22

5. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO SUL:


CARACTERIZAÇÃO GERAL E DADOS DE DISPONIBILIDADE QUALI-
QUANTITATIVA
5.1. Região Hidrográfica do Guaíba............................................................................26
5.2. Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas........................................................134
5.3. Região Hidrográfica do Uruguai.........................................................................193

6. RELATÓRIO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS A PARTIR DA REDE DE


MONITORAMENTO DA FEPAM
6.1. Região Hidrográfica do Guaíba.......................................................................... 274
6.2. Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas........................................................ 294
6.3. Região Hidrográfica do Uruguai......................................................................... 325

7 . CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................336

3
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

1. APRESENTAÇÃO

Este relatório tem por objetivo atender, pela primeira vez, o constante na Lei
10.350/94, Art. 11, alínea c, que define a necessidade da elaboração do relatório anual
sobre a situação dos recursos hídricos no Estado. Esta determinação se origina da
constatação de que uma parcela significativa do esforço do gerenciamento dos recursos
deve ser aplicada na sistematização e publicação das informações relativas à situação
dos nossos mananciais. Por conseguinte, amplia-se o conhecimento da sociedade sobre
a oferta hídrica e os principais problemas e conflitos existentes ao mesmo tempo em que
são disponibilizadas às diversas categorias de usuários da água informações que
poderão ser utilizadas na construção de estratégias mais racionais para o uso deste
importante bem natural.

O relatório procura disponibilizar à sociedade gaúcha de forma sistemática a


informação mais significativa existente no Departamento de Recursos Hídricos e
Fundação Estadual de Proteção Ambiental relativa às atividades da gestão dos recursos
hídricos tanto sob o prisma quantitativo como qualitativo. Inicialmente é apresentado
um histórico da implementação do Sistema Estadual de Recursos Hídricos chegando até
a situação atual, com a criação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) em
1999, em que se procura desenvolver uma política integrada através do DRH e da
FEPAM construindo estratégias para articulação dos instrumentos de planejamento
(enquadramento e planos de bacia) e gestão (licenciamento ambiental e outorga do uso
da água) dos sistemas estaduais do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos
hídricos.

No capítulo 3 é apresentada a nova divisão hidrográfica do Estado conforme


Resolução 04 de 2002 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos. A complexa tarefa
de definir a divisão hidrográfica do Estado foi construída na Câmara Técnica do CRH a
partir de diversas propostas apresentadas pelo DRH que procuravam aprofundar a
discussão em questões polêmicas como a da linha que dividia a Laguna dos Patos em
vários setores correspondentes aos comitês de bacia limítrofes. Disto resultou a criação
de um comitê gestor da Laguna dos Patos (Resolução 05/02) que tratará da integração
do planejamento e da integração dos usos da água na Laguna dos Patos. Também
procurou-se avançar na definição de uma base hidrográfica que facilitasse a gestão das
bacias compartilhadas como a da bacia hidrográfica Mirim - São Gonçalo que era
composta entre outras pela Lagoa Mirim e o rio Jaguarão que são corpos de água
transfronteiriços. Deste estudo resultou sua divisão em outras duas bacias hidrográficas.
A bacia hidrográfica compartilhada do Rio Jaguarão e a bacia hidrográfica estadual
denominada Piratini - São Gonçalo - Mangueira. O gerenciamento das águas da Lagoa
Mirim deverá ser definido em conjunto com a Agência Nacional de Águas tendo em
visto suas características de corpo d’água compartilhado com a República Uruguaia.

No capítulo 4 é apresentada a metodologia utilizada para a elaboração do


relatório propondo uma estrutura que possibilitasse uma padronização da informação
tendo em vista que, historicamente, não houve uma consistência metodológica na
contratação dos diversos estudos quali-quantitativos que foram realizados em diferentes
épocas e com diferentes objetivos. A necessidade de uma maior padronização nestes
estudos é apresentada posteriormente nas conclusões como um dos objetivos a ser

4
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

perseguido na contratação dos trabalhos que subsidiarão os planos de bacia. São


reportados dados relativos a situação geral da bacia, disponibilidade hídrica superficial,
disponibilidade hídrica subterrânea, principais usos consuntivos da água superficial,
principais usos da água subterrânea, características gerais da água subterrânea, dados de
qualidade da água e principais problemas ambientais da bacia.

No capítulo 5, as características acima referidas são reportadas para as 24


bacias hidrográficas do estado. cumpre ressaltar o exaustivo trabalho desenvolvido pelo
setor de geoprocessamento da FEPAM e da divisão de planejamento e gestão do DRH
que desenvolveram os mapas com a hidrologia e a divisão dos municípios em cada
bacia hidrográfica. O desenvolvimento destas bases, e sua disponibilização constituem-
se em ação fundamental do preceito constitucional de usarmos a bacia hidrográfica
como base para a gestão ambiental e de recursos hídricos.

Por último, o trabalho tece considerações sobre o conjunto das informações


constantes neste relatório e apresenta sugestões com a finalidade de qualificar suas
edições vindouras.

Como todo trabalho pioneiro, este relatório é fruto da dedicação de vários


técnicos pertencentes ao DRH e a FEPAM que trabalharam de forma integrada durante
mais de um ano implementando na prática um conceito que norteou a criação da SEMA
ou seja a integração dos aspectos quali-quantitativos da gestão dos recursos hídricos.
Desta forma gostaríamos de agradecer ao corpo técnico e aos estagiários destes órgãos
que com sua dedicação e conhecimento conseguiram disponibilizar à comunidade
gaúcha, e em particular aos interessados em questões do gerenciamento dos recursos
hídricos e ambiental, este primeiro Relatório sobre a Situação dos Recursos Hídricos no
Estado do Rio Grande do Sul.

5
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2. O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS


2.1. Histórico
O Modelo Sistêmico de Integração Participativa representa o paradigma
mais moderno de gerenciamento das águas, conforme Lanna (1997)1. Segundo o
referido autor, sua característica é a estrutura sistêmica, na forma de uma matriz
institucional de gestão, que será responsável pela execução de funções gerenciais
específicas e pela adoção de três instrumentos:

1) Planejamento estratégico por bacia hidrográfica: que terá por


base os estudos de cenários alternativos futuros, definindo metas alternativas
específicas para a promoção do desenvolvimento econômico em bases
sustentáveis. Para tanto, devem ser definidos os prazos para a ultimação das
metas, os recursos financeiros e os instrumentos legais necessários.

2) Tomada de decisão descentralizada: na qual o processo de


planejamento será implementado por negociação, fundamentada na constituição
de comitês de bacia hidrográfica, que deverá ser composto por representantes
dos usuários, da população e do Poder Público. Caberá aos comitês a
proposição, a análise e a aprovação dos planos e programas de desenvolvimento
da respectiva bacia hidrográfica.

3) Estabelecimento de instrumentos legais e financeiros: definidos


com base no planejamento estratégico e as decisões elencadas, com vistas à
implementação de planos e programas de investimentos.

O Sistema Estadual de Recursos Hídricos se insere neste contexto, à medida


que compreende um modelo de gestão da água, caracterizado pela descentralização,
pela participação democrática, envolvendo os múltiplos e competitivos usos, assim
como as formas de compartilhamento deste bem público.

O Decreto n° 30.132, de 13 de maio de 1981 instituiu o primeiro Sistema


Estadual de Recursos Hídricos, no Estado, e criou o Conselho de Recursos Hídricos do
Rio Grande do Sul - CONRHIRGS. Naquela época, os objetivos do Sistema eram
(artigo 2°):
• Propor a Política Estadual de Recursos Hídricos;
• Propor o Plano Estadual de utilização dos recursos hídricos;
• Propor normas para a utilização, preservação e recuperação dos recursos
hídricos;
• Instituir mecanismos de coordenação e integração do planejamento e da
execução das atividades governamentais no setor hídrico;
• Promover estudos e projetos sobre o uso, a preservação e a recuperação
dos recursos hídricos estaduais;

1
Fonte: Lanna, Antônio Eduardo. 1997. Modelos de Gerenciamento das Águas. In: A Água em Revista.
CPRM. Ano V, Número 8, p.24-33.

6
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• Compatibilizar a política estadual com a federal sobre a utilização dos


recursos hídricos no Estado.
Além disso, a função desse Sistema era promover, prioritariamente, a
integração de programas e atividades governamentais relativas: ao abastecimento
urbano, controle de cheias, irrigação e drenagem, pesca, transporte fluvial e lacustre,
aproveitamento hidroelétrico e meio ambiente (artigo 3°).
O citado Decreto também definiu a composição do Conselho de Recursos
Hídricos e estabeleceu que o mesmo fosse assistido por uma Comissão Consultiva. Esta,
por usa vez, deveria ser formada por representantes da comunidade e do setor
empresarial relacionado aos objetivos do Sistema, devendo assegurar a “... mais ampla
participação da comunidade” (artigo 8°, § 1°).
No que concerne à composição do Conselho, verificou-se que o mesmo era
constituído exclusivamente por órgãos públicos, estaduais e federais, de acordo com o
exposto no artigo 5° do mencionado Decreto, ou seja:

• Casa civil do Gabinete do Governador;


• Secretaria da Agricultura;
• Secretaria do Interior, Desenvolvimento Regional e Obras Públicas;
• Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente;
• Secretaria dos Transportes;
• Secretaria de Energia, Minas e Comunicações;
• Secretaria de Coordenação e Planejamento;
• Dirigente da Secretaria Executiva do Sistema;
• Ministério do Interior;
• Ministério da Agricultura;
• Ministério das Minas e Energia;
• Ministério dos Transportes.
• Ministério da Irrigação2.

Quanto aos Comitês de Bacia Hidrográfica, o Decreto n° 30.132/1981


estabeleceu que fosse formado por representantes dos órgãos que constituíam o Sistema
Estadual de Recursos Hídricos, sendo presididos pelo titular da Secretaria-Executiva -
considerada o órgão de integração do Sistema - e assistidos por Comitês Consultivos.
Estes, por sua vez, seriam formados por Prefeitos Municipais, por representantes do
setor produtivo, pela comunidade e por técnicos de órgãos governamentais. As
atribuições dos comitês, no entanto, não foram definidas, naquela ocasião.

A instituição desse Sistema representou alguns avanços importantes na gestão


das águas do Rio Grande do Sul. Isso se observa no reconhecimento da bacia
hidrográfica como unidade espacial para a coordenação programática e integração das
atividades (Art. 10°), bem como na busca de assegurar, pelo menos em parte, a
participação da sociedade. Mesmo assim, ainda estava distante de contemplar os
pressupostos de um modelo sistêmico, participativo e descentralizado. Obviamente isso

2
Acrescido, posteriormente, através do Decreto n° 32.256, de 30 de maio de 1986, que também define
como Presidente do Conselho o Secretário de Estado do Interior, Desenvolvimento Regional e Obras
Públicas e, como Vice-Presidente, o de Coordenação e Planejamento.

7
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

refletia o quadro da Política Nacional para os recursos hídricos, na década de 1980, que
privilegiava alguns usos da água, conforme se depreende ao se analisar o Código de
Águas, base legal que disciplinava o uso das águas no país, na época em foco. De
acordo com Lanna (1997)3, o Código de Águas, criado pelo Decreto n° 24.643, de 10
de julho de 1934, representou o primeiro marco legal da gestão dos recursos hídricos no
Brasil. Tendo-se em conta o seu conteúdo e a análise da evolução institucional do país,
o citado autor verificou a dominância de dois usos da água sobre os demais: a irrigação
e a geração de energia elétrica.
Em 1988, o Decreto n° 32.917, de 25 de julho, atribuiu ao CONRHIRGS a
competência para o disciplinamento das águas de domínio do Estado. E, em novembro
do mesmo ano, o Decreto n° 8.735 estabeleceu os princípios e as normas básicas para a
proteção das águas no Estado. É importante considerar que, a Constituição Federal, nos
seus artigos 20, Inciso III, e 26, Inciso I, definiu a propriedade estatal das águas:
Art. 20. São bens da União:

III. Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,


ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países,
ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I. As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,


ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União.
Enquanto a Constituição Federal consolidava a propriedade estatal das águas
no país, no Rio Grande do Sul, o Decreto n° 33.297, de setembro de 1989, alterava
novamente a composição do Sistema, incluindo a Secretaria da Fazenda e excluindo o
Ministério da Irrigação.
A idealização do atual Sistema de Recursos Hídricos, entretanto, resultou, não
somente do processo de evolução do arcabouço legal sobre o tema, mas, também, a
partir da experiência concreta de comitês de gerenciamento de bacias. Assim, os
primeiros comitês de rios estaduais do Brasil - os dos rios dos Sinos e Gravataí,
instalados no final da década de 1980, trariam a maturidade necessária à implementação
de uma nova forma de gestão das águas rio-grandenses.

O contexto de criação destes comitês foi marcado pela mobilização de


técnicos, administradores e comunidade em geral, em virtude do agravamento dos
problemas de poluição nessas duas bacias. No caso do rio dos Sinos, pode-se identificar
como marco referencial o Simpósio para a Recuperação do Rio dos Sinos, realizado em
setembro de 1987, em São Leopoldo. A proposta que surgiu a partir desse evento foi a
da criação de um Comitê de Preservação, Gerenciamento e Pesquisa da Bacia do Rio
dos Sinos, o que foi ultimado com o Decreto n° 32.774, de março de 1988. No mesmo
ano, técnicos de órgãos públicos e comunidade se organizaram para a criação de um
comitê na bacia do Rio Gravataí, a exemplo do que tinha ocorrido no Rio dos Sinos.

3
Lanna A. E. 1997. Gestão das Águas. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal. Programa Nacional de Capacitação em Recursos Hídricos.

8
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Dessa forma, em outubro de 1988 foi realizado um seminário, promovido pela


Associação dos Ex-Bolsistas da Alemanha/Instituto Goethe, no qual se propôs a criação
do comitê. Em fevereiro de 1989, através do Decreto n° 33.125 foi criado o Comitê de
Gerenciamento da Bacia do Rio Gravataí. Esses dois comitês, com o advento da Lei
10.350/1994, adequaram a sua composição e o seu regimento interno.
A ação interinstitucional de organismos públicos e não governamentais,
reunidos na então Comissão Consultiva do CONRHIRGS, também contribuiu, de forma
decisiva, para a fundamentação do novo Sistema. A reativação dessa Comissão resultou
dos estudos e trabalhos desenvolvidos por um grupo de técnicos, engajados na busca de
estratégias aplicadas à gestão das águas. Tanto assim que, muitos já tinham trabalhado
no Comitê Executivo dos Estudos Integrados da Bacia do Guaíba - CEEIG4, na década
de 1980. Dessa forma, o conhecimento acumulado com os estudos pioneiros da CEEIG,
associado aos subsídios fornecidos pelas experiências sobre o gerenciamento de
recursos hídricos em países como a França, a Alemanha, a Inglaterra e os EUA,
viabilizaram a formulação de um modelo sistêmico para a administração das águas rio-
grandenses5.

Assim, o artigo 171 da Constituição Estadual, ao instituir o Sistema Estadual


de Recursos Hídricos, incorporou os mais modernos princípios de gestão das águas ao
adotar a bacia hidrográfica como unidade de gestão, a outorga e a tarifação pelo uso das
águas, bem como a reversão dos recursos arrecadados em benefício da própria bacia.

A Lei 10.350 - Lei das Águas, promulgada em 30 de dezembro de 1994, veio


para regulamentar o artigo 171 da Constituição do Estado. Nela estão definidos os
objetivos e princípios da Política Estadual de Recursos Hídricos, na qual se reconhece a
água como um bem público, finito, dotado de valor econômico e na sua administração
descentralizada e participativa.
A estrutura sistêmica da lei 10.350/1994 está organizada para a viabilização dos
pressupostos da Política Estadual de Recursos Hídricos, nos quais se destacam:
• Assegurar o abastecimento da população como uso prioritário;

• Melhorar a disponibilidade qualitativa e quantitativa dos corpos de água do


Estado.

Para a execução do estabelecido em Lei, o Sistema Estadual de Recursos


Hídricos foi estruturado da seguinte forma:

4
A portaria Interministerial n° 90, de 29.03.1978, dos Ministérios do interior e das Minas e Energia, criou
o Comitê Especial de Estudos Integrados de Bacias Hidrográficas. Segundo Lanna (1997), isso
significou o ponto de partida para a reformulação institucional no setor de recursos hídricos do país.
Nesse contexto, foi criado o CEEIG.
5
Para saber mais, vide: Canepa, E., Grassi, L. A. T. e DeCó, V.L. 1994. Experiência de Gerenciamento
dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul. In.: A Água em Revista. CPRM, Ano II, Número 2, p. 15-
21.

9
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

O Conselho de Recursos Hídricos – CRH

Órgão colegiado constituído por Secretários de Estado e representantes de


Comitês de Bacias e dos Sistemas Nacionais de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente,
que tem o papel de instância deliberativa superior do Sistema. É atualmente presidido
pelo Secretário Estadual do Meio Ambiente6.

Competências do CRH (síntese)7:


I. Propor alterações na Política Estadual de Recursos Hídricos;
II. Opinar sobre qualquer proposta de alteração na Política Estadual de Recursos
Hídricos;
III. Apreciar o anteprojeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos;
IV. Aprovar relatórios anuais sobre a situação dos recursos hídricos;
V. Aprovar critérios de outorga do uso da água;
VI. Aprovar os regimentos internos dos Comitês de Bacias;
VII. Decidir os conflitos de uso da água em última instância;
VIII. Representar o Governo Estadual, através do seu Presidente, junto a órgãos
federais e internacionais, em questões relativas a recursos hídricos;
IX. Elaborar o seu Regimento Interno.

O Departamento de Recursos Hídricos - DRH


Órgão da administração direta, responsável pela integração do Sistema Estadual
de Recursos Hídricos, que concede a outorga do uso da água e subsidia tecnicamente o
CRH, notadamente no que tange à coordenação, ao acompanhamento da execução e à
elaboração do anteprojeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Competências do DRH (síntese)8:
I. Elaborar o anteprojeto de lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH);
II. Coordenar e acompanhar a execução do PERH, implicando em: a) propor ao CRH
critérios para a outorga; b) regulamentar a operação e uso dos equipamentos e
mecanismos de gestão dos recursos hídricos (redes hidrometeorológicas, banco de
dados, cadastros, etc.); c) elaborar Relatório Anual sobre a situação dos recursos
hídricos no Estado.
III. Assistir tecnicamente o CRH.
É importante considerar que a Lei 10.350/1994, em seu artigo 10°, estabeleceu a
criação do DRH na então Secretaria Estadual de Planejamento Territorial e Obras, atual
Secretaria Estadual das Obras Públicas e Saneamento (SOPS). Todavia, na época, não
foi efetivada a criação do DRH nos moldes definidos pela legislação. Em verdade, foi
criado o Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), no qual havia a
Divisão de Recursos Hídricos. Essa Divisão ficou com as atribuições do Departamento
preconizado pela Lei das Águas.

6
Artigo 1°, Lei 11.560/2000, que alterou o artigo 7° da Lei 10.350/1994.
7
Vide artigo 8° da Lei 10.350/1994.
8
Vide artigo 11° da Lei 10.350/1994.

10
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

A Lei 11.362, de 29 de julho de 1999, introduziu modificações na estrutura


organizacional do Estado, e criou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA.
No que tange ao Sistema, a referida lei determinou importantes alterações, quais sejam:

• A SEMA passa a atuar como órgão de integração do Sistema Estadual de Recursos


Hídricos e na coordenação de programas de desenvolvimento sustentável em bacias
hidrográficas9;

• São transferidos para a SEMA a Divisão de Recursos Hídricos pertencente à SOPS,


com seus recursos humanos, financeiros, patrimoniais e atribuições.

Assim, somente na SEMA a Divisão de Recursos Hídricos adquiriu o status de


Departamento, atendendo, afinal, o estabelecido pela Lei 10.350/1994. No entanto, a
Lei 11.362/1999 não contemplou o FRH e a Presidência do CRH. Isso, de certa forma,
dificultou o processo de implementação do Sistema, uma vez que as atividades inerentes
ao Fundo e a Presidência do CRH foram mantidas na SOPS.

A Lei 11.560, de 22 de dezembro de 2000, veio corrigir as lacunas


anteriormente deixadas. Introduzindo modificações na Lei 10.350/1994, a lei em
questão estabeleceu:

• Secretário Estadual do Meio Ambiente como Presidente do CRH e o das Obras


Públicas e Saneamento como Vice-Presidente;

• A vinculação do FRH à SEMA.

A estrutura do DRH foi estabelecida pelo Regimento Interno da Secretaria


Estadual do Meio Ambiente, aprovado pelo Decreto 40.931, de 02 de agosto de 2001.
Assim, na Seção III, que trata dos Órgãos de Execução da Secretaria, tem-se o seguinte:

Art. 8º - Ao Departamento de Recursos Hídricos compete:


a) Elaborar o anteprojeto de lei do Plano Estadual dos Recursos Hídricos através da
compatibilização das propostas encaminhadas pelos Comitês de Gerenciamento de
Bacia Hidrográfica com os planos e diretrizes setoriais do Estado, relativos às
atividades que interferem nos recursos hídricos;
b) Coordenar e acompanhar a execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos;
c) Propor ao Conselho de Recursos Hídricos critérios para a outorga do uso da água
dos corpos de água sob o domínio estadual e expedir as respectivas autorizações;
d) Regulamentar a operação e uso dos equipamentos e mecanismos de gestão dos
recursos hídricos, tais como redes hidrometeorológicas, banco de dados
hidrometeorológicos, cadastros de usuários das águas;
e) Elaborar o relatório anual sobre a situação dos recursos hídricos no Estado para
apreciação pelos comitês, na forma do Artigo 19, IV, com vista à sua divulgação
pública;
f) Assistir tecnicamente ao Conselho de Recursos Hídricos.

9
Vide artigo 1°, inciso I, letra “n”, da Lei 11.560/1999.

11
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Art. 9º - À Divisão de Outorga e Fiscalização do uso dos Recursos Hídricos


compete:
a) Implementar ações referentes ao gerenciamento e fiscalização do uso dos recursos
hídricos ;
b) Conceder a outorga de uso das águas de domínio do Estado;
c) Conceder licença para a execução de obras hidráulicas, a que se refere a Lei
2434/54;
d) Promover a articulação do sistema de outorga com o processo de licenciamento
ambiental.
Art. 10° - À Seção de Controle e Autorização do uso das Águas compete:
a) Instruir processos de outorga do uso das águas;
b) Elaborar e manter atualizado o cadastro de usuários das águas;
c) Executar outras atividades correlatas.
Art. 11° - À Seção Fiscalização e controle de obras em recursos hídricos
compete:
a) Promover e supervisionar as ações de fiscalização e controle do uso das águas de
domínio do Estado;
b) Instruir os processos de licenciamento para obras a que se refere a Lei 2434/54;
c) Executar outras atividades correlatas.
Art. 12º - À Divisão de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos compete:
a) Planejar e coordenar planos, estudos, programas e projetos que envolvam os
recursos hídricos de domínio do Estado;
b) Coordenar a elaboração de planos estaduais de recursos hídricos;
c) Planejar e coordenar a rede de monitoramento quantitativo dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos no âmbito do estado do RS;
d) Regulamentar a operação e uso dos equipamentos e mecanismos de gestão dos
recursos hídricos, tais como redes hidrometeorológicas e o banco de dados
hidrometeorológicos;
e) Implantar e gerenciar o sistema de informações em recursos hídricos.
Art. 13 - À Seção de Apoio Técnico Operacional compete:
a) Prestar apoio técnico ao Sistema Estadual de Recursos Hídricos;
b) Regulamentar, garantir a operação e a manutenção do banco de dados
hidrometeorológicos;
c) Regulamentar, garantir a operação e a manutenção da rede de monitoramento
quantitativo;
d) Implantar e gerenciar o sistema de informações em recursos hídricos;
e) Executar outras atividades correlatas.
Art. 14 - À Seção de Planejamento do Uso das Águas compete:
a) Planejar e coordenar planos, estudos, programas e projetos que envolvam os
recursos hídricos de domínio do Estado;
b) Planejar e implantar o Sistema de Alerta e Controle de Cheias e Estiagens;
c) Coordenar a elaboração de planos estaduais de recursos hídricos;
d) Executar outras atividades correlatas.

12
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DEPARTAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS

Divisão de Outorga e Divisão de Planejamento


Fiscalização e Gestão

Seção de Fiscalização Seção de Apoio Seção de


Seção de Controle e
e Controle de Obras Técnico Operacional Planejamento e Uso
Autorização de Uso

Fluxograma da Estrutura do DRH

Os Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas - CGBH

Representam a instância básica de participação da sociedade no Sistema.


Tratam-se de colegiados instituídos oficialmente pelo Governo do Estado. Exercem
poder deliberativo, uma vez que é no seu âmbito que são estabelecidas as prioridades de
uso e as intervenções necessárias à gestão das águas de uma bacia hidrográfica, bem
como devem ser dirimidos, em primeira instância, os eventuais conflitos.
Conforme Grassi (1999)10, a composição qualitativa dos comitês deve
considerar as funções e os interesses dos usuários, públicos e privados, e da população
da bacia, com referência ao bem público água. Neste particular, os usuários se
distinguem pelos “interesses utilitários - econômicos e sociais”; a população, pelos
“interesses difusos vinculados ao desenvolvimento sócio-econômico local ou regional, a
aspectos culturais ou políticos, à proteção ambiental”, entre outros; e o poder público,
como detentor do domínio das águas.

A Lei 10.350/1994 estabelece a proporção de representatividade nos comitê, na


qual 40% serão destinados aos representantes dos usuários da água, 40% aos
representantes da população e 20% aos representantes de órgãos públicos da
administração direta estadual e federal.

Atribuições dos CGBH (síntese): 11

10
Grassi, A. T. 1999. O Sistema Estadual de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul: o que é (texto
elaborado para a divulgação da Lei 10.350/1994)
11
Art. 19 da Lei 10.350/1994.

13
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

I. Encaminhar ao DRH proposta relativa à própria bacia para ser incluída no


anteprojeto de lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos;
II. Conhecer e manifestar-se sobre o anteprojeto de lei do Plano Estadual de
Recursos Hídricos;
III. Aprovar o Plano da respectiva bacia e acompanhar a sua implementação;
IV. Apreciar o relatório anual sobre a situação dos recursos hídricos, no Estado;
V. Propor ao órgão competente o enquadramento dos corpos de água da bacia;
VI. Aprovar os valores a serem cobrados pelo uso da água;
VII. Realizar o rateio do custo das obras a serem executadas na bacia;
VIII. Aprovar os programas anuais e plurianuais de investimentos em serviços e obras
da bacia;
IX. Compatibilizar os interesses dos diferentes usuários e resolver eventuais conflitos
em primeira instância.
As Agências de Regiões Hidrográficas - ARH

A Lei das Águas prevê a criação de três Agências de Região Hidrográfica, uma
para cada região hidrográfica: a da Bacia do Uruguai, a da Bacia do Guaíba e a das
Bacias Litorâneas. Estas serão instituídas por lei e estarão integradas à Administração
Indireta do Estado. Sua função principal é a de prestar apoio técnico ao Sistema
Estadual de Recursos Hídricos.

Outras atribuições (síntese)12:


I. Assessorar tecnicamente os comitês de bacias na elaboração de propostas relativas
ao Plano Estadual de Recursos Hídricos, no preparo dos Planos de Bacia e na
tomada de decisões que demandem estudos técnicos;
II. Subsidiar os comitês na proposição do enquadramento dos corpos de água;
III. Manter e operar equipamentos e mecanismos de gestão;
IV. Arrecadar e aplicar os valores correspondentes à cobrança pelo uso da água.

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM


Órgão ambiental do Estado que integra o Sistema com atribuições específicas,
relativas às interfaces com o Sistema Estadual de Meio Ambiente. Assim, caberá à
FEPAM a concessão de outorga quando se referir aos usos que afetem as condições
qualitativas dos recursos hídricos (Art. 29, § 2°). Além disso, é atribuição do órgão
ambiental a aprovação do enquadramento dos corpos de água, de acordo com os
objetivos de qualidade, com base na proposta elaborada pelos comitês de bacias.

12
Art. 20 da Lei 10.350/1994.

14
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2.2. A situação atual

A criação da SEMA e a transferência do Fundo de Recursos Hídricos e da


presidência do Conselho de Recursos Hídricos para esta nova Pasta possibilitou uma
série de ações, em cada um dos componentes institucionais do Sistema Estadual de
Recursos Hídricos, que merecem ser destacadas. Desta forma, foram viabilizadas
determinadas alterações e consolidados alguns trabalhos e projetos, tais como:

1) O Conselho de Recursos Hídricos, através da Lei 11.685, de 8 de novembro


de 2001, sofreu uma reformulação na sua composição ampliando a
participação dos comitês de bacia para sete representantes, sendo no mínimo
um para cada região hidrográfica e um para os comitês de bacia
transfronteiriças. A atual composição do CRH ficou assim definida13:
• Secretaria Estadual do Meio Ambiente;
• Secretaria de Obras Públicas e Saneamento;
• Secretaria da Agricultura e Abastecimento;
• Secretaria dos Transportes;
• Secretaria de Coordenação e Planejamento;
• Secretaria Estadual da Saúde;
• Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais;
• Secretaria de Energia, Minas e comunicações;
• Secretaria da Ciência e Tecnologia;
• Secretaria Especial para Assuntos da Casa Civil;
• Sistema Nacional do Meio Ambiente;
• Secretaria Nacional de Recursos Hídricos;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí e
Vacacaí-Mirim;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí;
• Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí;
• Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica Transfronteiriça.

A partir daí, passou a ter uma freqüência contínua de reuniões ordinárias, nas
quais não só eram discutidos os passos políticos da implementação e ordenamento do
Sistema como, também, foram emitidas resoluções normativas do seu processo de
implantação. Dentre as 41 resoluções emitidas, até 2002, merecem destaque: a 05/2001,
que instituiu a Câmara Técnica de Assessoramento permanente ao Conselho de
Recursos hídricos; a 06/2001, que iniciou o processo de discussão para a criação das
Agências de Região Hidrográfica; a 09/2001, que regulamentou o Processo de
Instalação dos Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas do Estado; a

13
Artigo 1°, Lei 40.505/2000, que alterou o artigo 1° do Decreto n° 36.055/1995, e Lei 11.685/2001.

15
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

02/2002, que regulamentou o processo para a eleição dos membros dos comitês de
gerenciamento de bacias hidrográficas; a 03/2002, que definiu critérios para a aplicação
do Fundo de Recursos Hídricos; a 04/2002, que estabeleceu a Divisão Hidrográfica do
Estado do Rio Grande do Sul; e a 08/2002, que aprovou a minuta de Projeto de Lei
sobre a criação e regulamentação das Agências de Região Hidrográfica. Os Comitês de
Bacia passaram a ter os procedimentos de instalação e eleição das entidades regrados e
acompanhados pelo CRH. Durante este período, foram instalados seis novos Comitês.
Atualmente o Estado conta com dezesseis comitês instalados, quatro Comissões
Provisórias e quatro Comissões de Bacias Compartilhadas.
2) O Fundo de Recursos Hídricos (FRH) teve retomado seus investimentos a
partir de diretrizes emanadas do CRH e teve papel fundamental na execução de
diversos projetos do DRH. Entre estes, ressaltam-se: Mapeamento
Hidrogeológico do Rio Grande do Sul, Plano de Bacia do Lago Guaíba, estudo
de regularização de vazões do Rio Gravataí, além de recursos para a
manutenção dos comitês de bacias hidrográficas. O FRH também fornece
aporte financeiro para a Secretaria de Obras Públicas e Saneamento, referentes
a projetos de engenharia e estudos de impacto ambiental.

3) O Departamento de Recursos Hídricos, após a aprovação do seu regimento


interno, passou a desempenhar, de forma mais decisiva e abrangente, o seu
papel de órgão integrador do Sistema.

• A Divisão de Outorga e Fiscalização, por exemplo, passou a emitir,


provisoriamente, as outorgas de uso das águas, ao mesmo tempo em que
começou a estruturar a implantação das mesmas, em caráter definitivo. Para
tanto, foi priorizada a Bacia do Rio Santa Maria, através de Convênio com a
Universidade Federal de Santa Maria. Este projeto encontra-se em andamento.
No que tange à outorga das águas subterrâneas, uma série de medidas foram
tomadas para a articulação entre os diversos agentes do setor. Neste particular,
cabe destacar: a contratação do Mapeamento Hidrogeológico do Estado, o
estabelecimento dos procedimentos para outorga das águas subterrâneas,
através de um projeto de Decreto de Lei que disciplina os procedimentos para a
outorga e perfuração de poços no Estado, bem como a participação nas ações
desenvolvidas para a gestão do Aqüífero Guarani. Outras ações e projetos que
foram desenvolvidos por esta divisão foram: a reativação do Projeto de Rede
Complementar de Monitoramento Quantitativo da Região Hidrográfica do
Guaíba, que se encontra em fase de operação; a conclusão do Termo de
Referência para Projeto e Implantação de um Sistema de Alerta para as Cheias
do Rio Uruguai; a conclusão do Projeto sobre a Identificação das Alternativas
Possíveis e Prováveis para Regularização das Vazões do Rio Gravataí; a
realização de Seminário sobre Águas Subterrâneas, em Porto Alegre; a
elaboração de um Projeto de Rede Hidrometeorológica, Quali-quantitativa,
Mínima, para o Estado; o desenvolvimento de um Projeto Conceitual de Banco
de Dados dos usuários da água e das outorgas e dos licenciamentos de obras
hidráulicas, compatibilizado com o banco de dados já existente na FEPAM; a
elaboração de Planos de Trabalho com a CORSAN, Secretaria da Agricultura e
Abastecimento, Secretaria das Obras Públicas e Saneamento e a Secretaria da

16
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Saúde, visando à regularização de poços existentes e a outorga para aqueles


que serão perfurados no Estado; a definição de prazos para a regularização de
poços já perfurados, por particulares, para as diversas finalidades de uso.
Ressalta-se que a Divisão de Outorga e Fiscalização recebeu, após a aprovação
das Leis 11.362/1999 e 11.560/2000 e seus regulamentos, a atribuição de
licenciar as obras hidráulicas previstas na Lei 2434/1974 e seus regulamentos,
tarefa que tem sido desempenhada com regularidade, a partir de então.

• A Divisão de Planejamento e Gestão começou a atuar junto aos comitês de


bacia e a FEPAM, no sentido de implementar dois importantes instrumentos
para a estruturação do Sistema, a saber: o sistema de informações e os Planos
de Bacia. No primeiro caso, merece destaque a estruturação da Seção de Apoio
Técnico e Operacional, que passou a reconstituir e atualizar a base cartográfica
digitalizada das Bacias Hidrográficas do Estado, na escala 1:250.000, a partir
de dados existentes na Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Programa
Pró-Guaíba e no Setor de Geoprocessamento da FEPAM. Os resultados deste
trabalho podem ser verificados no corpo do presente relatório cuja elaboração
ficou a cargo da mencionada Seção. Para a consecução dos Planos de Bacia, na
ausência da Agência de Região Hidrográfica, foi organizado um arranjo
institucional, envolvendo os três usuários dos Planos (DRH, comitê de bacia e
FEPAM). Estes, a partir de um grupo de trabalho, elaboraram os Termos de
Referência para a contratação dos Planos, contemplando as necessidades
específicas de cada bacia hidrográfica, tendo como foco as informações
necessárias à gestão das águas, no que tange à sua disponibilidade e demanda
quantitativa, qualitativa e à base social capaz de lhe dar a sustentação política.
Esta proposta foi apresentada aos comitês de bacia, no início de 2001, com a
proposta de funcionar por adesão dos mesmos. A metodologia de elaboração
dos planos foi concebida com base nos conteúdos mínimos fixados na
Resolução 17/2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Ao final de
2002, haviam sido elaborados sete Termos de Referência para as Bacias do
Lago Guaíba; Tramandaí; Ibicuí; Caí; Pardo; Camaquã; Vacacaí-Vacacaí-
Mirim; tendo sido licitados os três primeiros e efetivamente contratado o Plano
de Bacia do Lago Guaíba. Além destes, os trabalhos de elaboração dos Termos
de Referência tinham sido iniciados no Comitê Taquarí-Antas, Gravataí e
Santa Maria sem, no entanto, serem concluídos. Para a Bacia do Turvo- Santa
Rosa- Santo Cristo, trabalhou-se junto com a FEPAM na montagem dos
Termos de Referência para a rede de monitoramento que incluía uma fase de
diagnóstico semelhante à prevista nos Planos.

Além destas ações, o DRH também atuou intensamente na sua função de apoio
técnico ao CRH, na resolução de conflitos e na representação junto ao
Conselho Nacional de Recursos Hídricos, especialmente nas Câmaras Técnicas
de Integração de Procedimentos, Ações de Outorga e Ações Reguladoras e na
do Plano Nacional de Recursos Hídricos.

Um passo importante foi dado para a criação das Agências de Região


Hidrográfica, através do Grupo de Trabalho da Câmara Técnica do CRH. Este
grupo, do qual participava o DRH, estruturou um projeto de lei de criação das

17
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

agências, a partir de um amplo processo de discussões e consultas, que


envolveu todos os comitês e comissões provisórias das bacias Hidrográficas,
além de órgãos do Governo, como a Secretaria Geral de Governo e os demais
membros do CRH. Este trabalho culminou com um seminário realizado em
agosto de 2002, em Porto Alegre. Após o seminário, as discussões
subseqüentes resultaram no Projeto de Lei que está em fase de análise pelo
CRH.

18
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

3. A DIVISÃO DO ESTADO EM REGIÕES E BACIAS HIDROGRÁFICAS

3.1. O processo histórico


A atual divisão do Estado em Regiões Hidrográficas (RH) foi estabelecida pela
Lei 10.350/1994, em seu artigo 38. A subdivisão destas em bacias hidrográficas foi
definida pela Comissão Consultiva, que subsidiava tecnicamente o Conselho de
Recursos Hídricos do Estado, tendo-se em conta a carência de estrutura do então
Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento, quando da sua criação.
A primeira versão, oriunda do trabalho desenvolvido por esta Comissão, acabou
sofrendo alterações, decorrentes do processo social de formação dos comitês, ficando
estabelecida a seguinte composição (Figura 1):

1) Região Hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai: formada pelas bacias do extremo


norte e oeste do Estado, que drenam diretamente para o Rio Uruguai
(Apuaê/Inhandava – U10; Passo Fundo/Várzea – U20; Turvo/Santa Rosa/Santo
Cristo – U30; Ijuí – U90; Butuí/Piratinim/Icamaquã – U40; Ibicuí – U50; Quaraí –
U60); a bacia do Rio Santa Maria (U70), que indiretamente também drena para o
Rio Uruguai, através do Rio Ibicuí; e a bacia do Rio Negro (U80), que não drena
para o Rio Uruguai, mas para a fronteira com o país vizinho.

2) Região Hidrográfica da Bacia do Guaíba: formada pelas bacias da porção norte e


central do Estado que drenam para o Lago Guaíba, o qual também foi subdividio
em uma bacia individualizada (G80); as bacias que drenam para o lago são:
Gravataí (G10), Sinos (G20), Caí (G30) e Baixo Jacuí (G70); outras bacias
drenam para o Baixo Jacuí, são elas: Alto Jacuí (G50), Taquari-Antas (G40),
Pardo (G90), Vacacaí e Vacacaí-Mirim (G60). O exutório de toda esta bacia é a
Laguna dos Patos.

3) Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas: formada pelas bacias do leste e do


extremo sul do Estado. Nesta se individualizam dois corpos de água de expressão:
a Laguna dos Patos e a Lagoa Mirim; algumas bacias desta região drenam
diretamente para o Oceano Atlântico: Mampituba (L50), que é compartilhada com
Santa Catarina, e Tramandaí (L10); para a Laguna dos Patos drenam as bacias do
Camaquã (L30), Litoral Médio (L20) e Mirim-São Gonçalo (L40), sendo que, as
duas últimas também drenam para o Oceano.

19
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 1: Mapa das Regiões e Bacias Hidrográficas do Estado até 2001

3.2. Os estudos para a adequação de limites e a atual divisão

Segundo Viessman et al. (1972) apud Villela e Matos(1975)14, a bacia


hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso d'água ou
sistema conectado de cursos d'água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada
através de uma simples saída. Para o gerenciamento dos corpos de água do Estado a
aplicação plena deste conceito é inviável. No entanto, a gestão requer uma definição o
mais próxima possível da dinâmica hidrológica, para o estabelecimento da sua unidade.
No mapa da figura 1, a Laguna dos Patos, em particular, apresentava problemas,
uma vez que foi dividida em três partes, através de duas linhas imaginárias: uma que
passava pelo meio da laguna, representando o limite leste da bacia do Rio Camaquã; e
outra que cortava a sua porção mais meridional, constituindo o limite nordeste da bacia
Mirim-São Gonçalo. Tal situação não só era inadequada à definição técnica de bacia
hidrográfica como, também, dificultaria a implementação de qualquer plano que
objetivasse o gerenciamento das águas de um dos recursos hídricos mais importantes do
Estado.
Tendo-se isto em conta, elaborou-se uma proposta que visou a uma nova divisão
de bacias para o Rio Grande do sul, de maneira a permitir a manutenção de todo o corpo
de água da Laguna dos Patos em uma só bacia, ou seja, a cargo de apenas um comitê. A
partir desta mudança, a laguna ficaria como o exutório de outras bacias, como a do Rio
Camaquã, mas não dentro desta.

14
- Hidrologia Aplicada - McGraw-Hill - São Paulo, 1975

20
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Outra área que precisava de uma reformulação era a que compreendia a Lagoa
Mirim, que igualmente se destaca pela sua importância econômica para o Estado, além
de abranger corpos de água de domínio estadual e federal.
A adequação dos limites das bacias hidrográficas, desta forma, culminou com a
redivisão das bacias Mirim-São Gonçalo, Litoral Médio e Camaquã, que foi
encaminhada e apreciada pelo Conselho de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul. O
resultado culminou com a aprovação da Resolução 04/2002 que definiu o mapa com a
atual divisão do Estado em Bacias Hidrográficas (figura 2).

Figura 2: Mapa das Regiões e Bacias Hidrográficas do Estado após a Resolução


04/2002 do CRH

21
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

4. METODOLOGIA

A primeira edição do Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos


do Rio Grande do Sul foi concebida, basicamente, através da sistematização das
informações constantes nos estudos de avaliação das disponibilidades e demandas
hídricas de diversas bacias do Estado, contratados pelo DRH, notadamente na década de
1990. Tendo-se em conta que tais estudos não apresentam, necessariamente, uma
uniformidade na forma de estruturação e, até mesmo, na seleção dos dados de
quantidade e qualidade da água utilizados, foi necessário estabelecer um modelo que
pudesse padronizar, da maneira mais adequada possível, os dados essenciais de cada
bacia hidrográfica do Estado.

Sendo assim, definiram-se as seguintes informações como as mais relevantes


para a consolidação de uma síntese criteriosa dos estudos analisados:

1) Dados gerais de cada bacia: contemplando a localização geográfica, as


províncias geomorfológicas abrangidas, população total, área de drenagem,
informações hidrometeorológicas, as outorgas concedidas ou em análise, a
existência de Unidades de Conservação (UCs) e a situação da bacia no
Sistema Estadual de Recursos Hídricos (SERH). Neste item é importante
esclarecer que, em algumas bacias, os dados hidrometeorológicos de
precipitação média, evapotranspiração média e/ou de vazão média (posto
mais próximo da foz) foram estimados pelo DRH, com base nas
informações presentes nos estudos. Em outros casos as médias das variáveis
meteorológicas foram calculadas mediante os dados das estações
climatológicas mencionadas no trabalho utilizado como referência. Quanto
às informações sobre vazão média, procurou-se os dados da seção mais
próxima da foz do curso de água principal da bacia. No entanto, na Região
Hidrográfica das Bacia Litorâneas, por exemplo, foi preciso colocar também
os dados de vazões médias dos mais importantes corpos de água
contribuintes do sistema lacustre-lagunar. As informações sobre a existência
de Unidades de Conservação (Ucs) foram complementadas através de
consultas ao órgão ambiental do Estado (FEPAM), ao Departamento de
Florestas e Áreas Protegidas (DEFAP), da SEMA e à Internet. No que
concerne às bacias que já têm comitê de gerenciamento instalado, decidiu-se
pela discriminação das categorias de cada grupo, com o respectivo número
de vagas. Estas informações foram obtidas na Secretaria-Executiva do
Conselho de Recursos Hídricos (CRH).

2) Caracterização geral: com dados de área e população de cada uma das Bacias
Hidrográficas. Estas informações foram estimadas a partir das populações e
áreas de cada Município componente da Bacia. As áreas municipais foram
obtidas junto à Secretaria da Agricultura e transpostas para as bacias
hidrográficas a partir das bases cartográficas georeferenciadas fornecidas
pela equipe de Geoprocessamento da FEPAM. Processo similar foi adotado
para as populações, a partir do Censo Demográfico de 2000 da FIBGE.

22
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Neste caso, para a distribuição das populações nas bacias hidrográficas


adotou-se os seguintes procedimentos:

• A população rural foi considerada como igualmente distribuída em todo


o território municipal e agregada por bacia, com base na proporção de área de
cada município componente da bacia;

• A população urbana foi considerada como concentrada na sede


municipal e distribuídas nas bacias, de acordo com a posição da sede
municipal. Para sedes localizadas em divisores de água, adotou-se uma
distribuição uniforme de 50%, quando a sede possuía menos de 50.000
habitantes. Para municípios de maior porte, como Porto Alegre, Canoas e
Caxias do Sul, adotou-se para a sede municipal a mesma proporção de
distribuição estabelecida para o município como um todo.

• Para os novos municípios, emancipados após o Censo de 2000,


verificou-se a sua origem, sendo a sua população estimada com base na
proporção de área oriunda de cada “município-mãe”, admitindo-se, nestes
casos, a população uniformemente distribuída sobre o território.

3) Disponibilidade hídrica superficial: com informações sobre as vazões médias


de longo período, vazões mínimas e as de maior ocorrência. Neste item, em
algumas bacias, os dados se reportavam especificamente às seções
distribuídas ao longo dos principais corpos de água. Em outras, os dados se
referiam a determinados trechos, configurando as sub-bacias do contexto.
Além disto, certos estudos não contemplaram uma ou outra situação de
vazão (mínima ou média, por exemplo). Nestas condições, optou-se por
colocar o dado existente. Sempre que possível, estimou-se os dados não
apresentados, a partir das informações existentes.

4) Disponibilidade hídrica subterrânea: com a identificação da província


hidrogeológica, da subprovíncia, vazão e profundidade médias. Estas
informações foram sistematizadas pela equipe técnica da Divisão de
Outorga e Fiscalização do DRH, com dados obtidos dos estudos contratados
pelo Departamento, dos trabalhos do IPH e Pró-Guaíba, assim como dos
dados existentes no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas
(SIAGAS) da CPRM.

5) Principais usos consuntivos da água superficial: com a identificação dos


usos preponderantes, os grupos de usuários e a situação atual. Neste item, as
informações da situação atual foram coletadas de forma a retratar a
magnitude de cada uso da água, em cada bacia, definida pela vazão derivada
(transformada em hm3/ano), bem como por outros dados relevantes tais
como principais cultivos e suas demandas hídricas, os ramos industriais que
se destacam e os rebanhos que se evidenciam. Quanto às bacias que não
estavam analisadas individualmente, foi necessária a utilização de
estimativas. Este foi o caso da sub-bacia 75 que, de acordo com o
estabelecido pela ANEEL, abrange as áreas de duas bacias localizadas na

23
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

citada região, quais sejam: a do Rio Ijuí e a do Butuí-Piratinim-Icamaquã.


Este procedimento foi bastante complexo e exigiu uma série de operações
que serão relatadas a seguir.No estudo realizado pela CEEE (2000, Tomo I,
Vol. I, p.118), verificou-se que o total estimado para o consumo humano na
sub-bacia 75 foi de 39,29 hm3/ano. Este indicador foi utilizado para estimar
o volume captado para o abastecimento público nas bacias dos rios Ijuí e
Butuí-Piratinim-Icamaquã a partir das suas respectivas populações. O
cálculo da dessedentação animal foi elaborado por meio das estimativas de
consumo médio (l/dia) por cabeça e espécie, referidos em CEEE (op. cit.,
Tomo I, Vol. I, p.120). Para tanto, foi necessário calcular o efetivo de
bovinos, ovinos, suínos e aves, nas referidas bacias. Isto foi feito mediante
informações disponíveis por município, constantes em CEEE (op. cit.,
Tomo I, Vol. III, p.479-484). No entanto, para aqueles municípios que não
pertenciam exclusivamente a uma bacia e a outra, estimou-se o número de
animais através dos percentuais de área em cada bacia. De outra parte, a
estimativa do consumo para a irrigação foi feita, tendo-se em conta os dados
de volume captado, em m3/ha/ano, para as lavouras de arroz, feijão, soja e
milho, constante em CEEE (op. cit., Tomo I, Vol. I, p.123). Desta maneira,
foi preciso calcular a área de cultivo, para cada cultura, disponível na obra
em foco (Tomo I, Vol. I, p.118). Além disto, o consumo industrial total na
sub-bacia 75 foi de 1,87 hm3/ano, segundo CEEE (op. cit., Tomo I, Vol. I,
p.139). Para o cálculo dos volumes captados para este uso, nas bacias dos
rios Ijuí e Butuí-Piratinim-Icamaquã, definiu-se como critério o número de
estabelecimentos industriais, existente em cada bacia. Novamente, foi
preciso estimar este número, através dos dados existentes (CEEE op. cit.,
Tomo I, Vol. III, p.492-493), por município, a exemplo do realizado para a
dessedentação animal.

6) Principais usos não consuntivos da água superficial: discriminados a


exemplo do item anterior. Nesta parte, procuraram-se identificar algumas
particularidades inerentes a estes usos, como o potencial energético
instalado, a carga de poluentes gerada, a existência de hidrovias e as áreas
destinadas à recreação, de acordo com os dados existentes.

7) Principais usos da água subterrânea: com a definição dos usos


preponderantes, os grupos de usuários e situação atual. De forma análoga a
da água superficial, buscou-se neste item apontar as demandas hídricas
derivadas (hm3/ano), bem como os dados relevantes que caracterizam os
usos discriminados.

8) Características gerais da água subterrânea: identificando-se a província


geológica e a subprovíncia.

9) Síntese dos resultados da avaliação quantitativa: neste item foram


sintetizadas as informações pertinentes à quantidade dos recursos hídricos
levantadas anteriormente, apresentando-se uma conclusão sobre as mesmas,
na qual se procurou ressaltar problemas de déficit hídrico, conflitos de uso e
indicadores de degradação ambiental. Os dados quantitativos, à medida do

24
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

possível, foram ilustrados na forma de gráficos. No final, foi elaborado um


quadro resumo dos principais usos da água, as áreas críticas, os impactos
relativos à má utilização dos recursos hídricos e as estratégias sugeridas para
a solução dos mesmos.

10) Dados de qualidade da água: foram todos sistematizados pela FEPAM, a


partir das informações das redes de monitoramento por ela operadas e da
experiência em demais trabalhos desenvolvidos pelos técnicos das
respectivas Regiões Hidrográficas.

25
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO SUL:


CARACTERIZAÇÃO GERAL E DADOS DE DISPONIBILIDADE
QUALI-QUANTITATIVA

Neste capítulo estão sistematizados os dados de quantidade das águas, obtidos


através dos estudos de disponibilidade e demandas hídricas do Estado, assim como de
qualidade das águas, provenientes da rede de monitoramento da FEPAM.

5.1. A Região Hidrográfica do Guaíba

A Região Hidrográfica do Guaíba ocupa a porção centro-leste do Estado do


Rio Grande do Sul, com uma área aproximada de 84.914,91 Km2, correspondendo a
cerca de 32,00 % do território gaúcho. A sua população está estimada em 6.532.882
habitantes, correspondendo a 64,17% da população do estado, distribuídos em 257
municípios, com destaque para os inseridos na Região Metropolitana de Porto Alegre
que contribuem para a sua elevada densidade demográfica, de cerca de 76,93 hab/Km2.
Fazem parte desta Região nove bacias hidrográficas: Gravataí (G10), Sinos
(G20), Caí (G30), Taquari-Antas (G40), Alto Jacuí (G50), Vacacaí e Vacacaí-Mirim
(G60), Baixo Jacuí (G70), Lago Guaíba (G80) e Pardo (G90).
Nesta Região, a cultura do arroz irrigado é o uso da água importante nas
bacias: do Alto e Baixo Jacuí, Gravataí e Vacacaí e Vacacaí-Mirim. Destaca-se,
também, o uso dos recursos hídricos para a geração de energia, na Bacia do Rio Caí e,
principalmente, na do Alto Jacuí, onde estão localizados os principais reservatórios para
a geração de energia elétrica existentes no Estado.
Entre os impactos ambientais, característicos desta região, a diluição de
efluentes domésticos e industriais nos corpos d’água pode ser considerada como um dos
mais relevantes, especialmente nas bacias: dos rios Gravataí, Caí, Sinos, Taquai-Antas e
Lago Guaíba, ou seja, nas que apresentam um maior contingente populacional e
concentração de indústrias. Os principais ramos industriais, neste contexto, estão
representados pelos curtumes, na bacia do Rio dos Sinos; metal mecânico, nas bacias
dos rios Caí, Taquari-Antas, Sinos e Gravataí; petroquímico, no Baixo Jacuí; celulose,
na do Lago Guaíba; e fumageiro, na do Pardo. Nas áreas rurais, os problemas mais
críticos estão associados à erosão do solo, ao assoreamento dos cursos d’água, à
contaminação por agrotóxicos e resíduos orgânicos, especialmente dos dejetos animais
jogados nos corpos de água.

26
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 3 – Mapa Político Região Hidrográfica do Guaíba

27
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 4 – Hidrografia da Região do Guaíba

28
5.1.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO GRAVATAÍ
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 5 – Mapa Político – Bacia do Gravataí

30
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 6 – Hidrografia da Bacia do Gravataí

31
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.1 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

DADOS GERAIS15

1. Localização (mapa): situa-se a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29º45` a 30º12`30”de latitude Sul; e 50º27`a 51º12`de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central, Planalto Meridional, Escudo


Sul-Rio-Grandense e Planície Costeira.

3. População total na bacia: 1.283.622 hab.

4. Área de drenagem: 1.951,29 km2

5. Precipitação média anual: 1.448 mm

6. Evapotranspiração média anual: 1.251 mm

7. Vazão média nas proximidades da foz: 24,00 m3/s ou 456 mm/ano (Passo das Canoas,
área de drenagem: 1.660 Km, DNAEE, 1996).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,014 m3/s/km2 ou 14 l/s/km

9. Outorgas na bacia: Três outorgas concedidas para águas superficiais, uso: abastecimento
industrial; três outorgas para águas subterrâneas, usos: abastecimento público e
abastecimento industrial. Duas outorgas em análise para águas superficiais, usos:
abastecimento industrial; duas outorgas para águas subterrâneas, usos: abastecimento
industrial e irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Área de Proteção Ambiental do Banhado


Gravataí e Glorinha 7.340 Estadual
Grande

Santo Antônio da
Parque A. M. de Barros 24,61 Municipal
Patrulha

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê de Bacia criado pelo Decreto Estadual n° 33.125, de 15.02.1989, adequado à Lei
10.350/1994 pelo Decreto Estadual n° 39.640, de 28.07.1999.

15
Fontes: Item 1: Magna Engenharia Ltda. (1998, RF, p.2); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); item 7 : MAGNA Engenharia Ltda. (op. cit., p.22); tem 5 e 6: IPH e
CPRM (2002, RF, cap.5, p.45); itens 2, 8 e 9: definidos pelo DRH/SEMA (2002), sendo que o ietm 8 foi
estimado com base nos dados dos itens 4 e 7; item 10: MAGNA Engenharia Ltda. (op. cit., p.30); item 11:
CRH/SEMA (2002)
32
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Composição do Comitê:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 06

Efluentes Líquidos de Resíduos Sólidos 01

Indústria 02

Agricultura 02

Mineração/Navegação 01

Pesca/Recreação 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Organizações Comunitárias 03

Organizações Civis de Recursos Hídricos e


04
Entidades Ambientalistas

Associações Técnico-Científicas 02

Instituições de Ensino Superior 02

Entidades Sindicais de Trabalhadores Rurais e


01
Urbanos

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

33
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua Carlos Chagas, n° 55, 1o andar sala 107 Centro


Porto Alegre - RS
Cep: 90030-020
Telefone: (51) 3288-6000
Fax: (51) 3286-4672
e-mail: comitegravatai@metroplan.rs.gov.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia

Alvorada 183.968 74,80 100,00% 74,80 183.968

Cachoeirinha 107.564 42,00 80,83% 33,95 86.944

Canoas 306.093 113,11 17,31% 19,58 52.984

Glorinha 5.684 291,57 99,90% 291,27 5.679

Gravataí 232.629 497,83 84,00% 418,19 229.352

Porto Alegre 1.360.590 489,00 17,51% 85,64 508.860

Santo Antônio
37.035 896,12 43,06% 385,87 29.318
da Patrulha

Taquara 52.825 464,07 6,74% 31,28 654

Viamão 227.429 1.612,00 37,89% 610,72 185.863

TOTAIS 1.951,29 1.283.622

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.
34
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s)16 Q7, 10 (m3/s)17 Q30,10 (m3/s)18


Passo das Canoas Auxiliar 21,0 2,0 1,9
Passo das Canoas 24,0 2,7 2,9
Fonte: IPH e CPRM (2002, Relatório Final, cap.2, p. 20-25 e cap.3, p. 6-24)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Vazão média Profundidade


Sub-província Características químicas
Hidrogeológica (m3/h) média (m)
Bicarbonatadas pode ocorrer
Cristalino teores altos de Fe e Mn nas
Escudo 5,27 72,48
fraturado ent. de água mais
superficiais

Formação Rio Bicarbonatadas sódicas,


Bonito pode ocorrer água sulfurosa

Depressão Periférica
Formação
8,55 102,6 Bicarbonatadas sódicas
Rosário do Sul
Formação Bicarbonatadas cálcicas,
5-10
Botucatu livre mais raro cloretadas
Cloretadas sódicas, elevado
Formação Serra teor de mineralização
Planalto Meridional Até 30
Geral inviabiliza a maioria dos
usos

Bicarbonatadas mistas e
Sistema Guaíba 60 63
Litorânea cloretadas mistas

Formação Itapuã 1,93 70


Quaternário* Leques Aluviais
Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p. 37-43) e SIAGAS – Sistema de Informações de Águas
Subterrâneas (CPRM); (*) Esta unidade apresenta apenas um poço cadastrado.

16
Qlp = vazão média de longo período.
17
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
18
Q30,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de trinta dias.
35
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Estimativa do total captado: 45,41
CORSAN
hm3/ano;
DEMAE
- Canoas e Porto Alegre, que
1. Abastecimento Público Hospitais
possuem parte de seu núcleo
Empresas
urbano na bacia do Rio Gravataí,
Clubes
são abastecidos com captação
efetuada fora desta bacia.

Principais ramos: mecânica, metalúrgica e


produtos alimentares, perfumaria sabões e
velas, material elétrico e comunicações,
2. Abastecimento Industrial - Estimativa do total captado: 4,71
produtos farmacêuticos e veterinários,
hm3/ano
produtos de matérias plásticas, química,
editorial e gráfica , borracha, papel e
papelão.

Piscicultores particulares
- Criação de peixes em açudes, para
Pousada
fins comerciais e Pesque-Pague
Condomínios
3. Piscicultura espalhados pela bacia,
Pesque-Pague
especialmente nos municípios de
Indústrias de alimento
Gravataí e Viamão.
Agropecuária

- Estimativa do total captado: 128,99


hm3/ano;
- Cultivo de hortifrutigranjeiros,
4. Irrigação Irrigantes particulares
floricultura e, principalmente, a
Albergues
cultura do arroz;
- Demanda para a irrigação do arroz
estimada em 1,96 l/s/ha.

Agropecuárias
Granjas - Estimativa do total captado: 0,475
5. Dessedentação de Distribuidora de alimentos hm3/ano;
Animais Estâncias - Principais rebanhos: bovinos,
Haras suinos e ovinos.
Pampa Safari

Fonte dos dados: IPH e CPRM. (2002, RF, cap.5 p.06-13); METROPLAN (1999, p.55); Magna Engenharia Ltda.
(1998, Relatório Final, CD-ROW); obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3

36
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Maior número de lançamentos:
sub-bacias do Arroio Feijó/Arroio
1. Diluição de esgoto
CORSAN Dorneles e Arroio da Areia
doméstico
(contribuição dos municípios de
Viamão e Porto Alegre).
- Maior número de lançamentos:
Principais ramos: mecânica, metalúrgica e sub-bacia do Arroio Demétrio
produtos alimentares, perfumaria sabões e (Ferreiros), contribuição do
velas, material elétrico e comunicações, município de Gravataí; sub-bacias
2. Diluição de esgoto
produtos farmacêuticos e veterinários, dos arroios Feijó/ Dorneles,
industrial
produtos de matérias plásticas, química, Brigadeiro/Vala Rio Branco/Canal
editorial e gráfica , borracha, papel e do Conduto, contribuições dos
papelão. municípios de Porto Alegre,
Viamão e Cachoeirinha.
- Os lançamentos advindos da
drenagem urbana perfazem 69% do
3. Drenagem urbana Prefeituras lançamento total da bacia;
- Alvorada é o município que possui
o maior número de lançamentos.
Transportadoras de material de construção
- Tem grande importância como
e outras
prolongamento da área portuária do
Petrobrás
4. Navegação porto de Porto Alegre;
Petrosul
- Extensão navegável de 5 Km, com
Clubes
profundidade de 5m.
Pequisa e salvamento
-
Sub-bacia do Arroio Demétrio,
Parques temáticos
Arroio Vigário/Arroio Fiuza e
Clubes
5. Lazer Arroio Águas Belas/Arroio
Sedes campestres
Figueira apresentam o maior
Balneários
número de usuários cadastrados.
Fonte dos dados: METROPLAN (1999, p. 97-98) ; Magna Engenharia Ltda. (1998, Relatório Final, p.64 -75);
Magna Engenharia Ltda. (1998, Relatório Final, CD-ROW);

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


CORSAN
Lavanderias
Hotéis
Transportadoras
1. Abastecimento Público Escolas - Estimativa do total captado: 3,974
Clubes hm3/ano
SMOV
CTG
Empresas diversas

37
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Principais ramos: mecânica, metalúrgica e


produtos alimentares, perfumaria sabões e
velas, material elétrico e comunicações,
- Estimativa do total captado: 2,435
2. Abastecimento Industrial produtos farmacêuticos e veterinários,
hm3/ano
produtos de matérias plásticas, química,
editorial e gráfica , borracha, papel e
papelão.

Irrigantes particulares
- Culturas de hortiftutigranjeiros;
Escolas agrícolas
3. Irrigação - Estimativa do total captado: 0,753
Floriculturas
hm3/ano.
LBV

- Estimativa do total captado: 0,472


Pecuaristas
hm3/ano;
4. Dessedentação de Empresas agropecuárias
- Principais rebanhos: bovinos,
Animais Sítios
suínos, e ovinos e aves.
Minhocário

Fonte dos dados: IPH e CPRM (2002, RF, cap.5, p.11-13); Magna Engenharia Ltda. (1998, Relatório Final, CD-
ROW); obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

Profundidade média dos poços perfurados 100

Vazão média 8,67 m3/h

Classificação Considerada potável

Valores de pH inferiores a 6,0, inviável para o consumo–


Formação Rio Bonito

Problemas naturais de qualidade Teores elevados de ferro – Porto Alegre e Gravataí

Teores elevados de manganês


Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, p.37-39)

38
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (71,83%, fig. 7).

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia hidrográfica do Rio
Gravataí

25,29% 2,62%
Figura 7: Gráfico
0,26% irrigação das estimativas de
dessedentação captações de água
abastecimento
superficial, por uso,
indústria
na bacia do Rio
71,83% Gravataí (Fonte dos
dados: IPH e
CPRM, 2002)

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento público (52%, fig. 8) e importante


como reguladora das vazões.

Estimativa das captações de água subterrânea por uso, na bacia hidrográfica


do Rio Gravataí

6% 10%
Figura 8: Gráfico
das estimativas de
32% irrigação captações de água
abastecimento
subterrânea, por uso,
indústria
dessedentação
na bacia do Rio
52% Gravataí (Fonte dos
dados: IPH e CPRM,
2002)

• Conclusão: os estudos quantitativos revelaram riscos de deficit na bacia; o balanço


hídrico para o cenário atual (dados de 1998, considerando a captação de água para a
General Motors0 apontou probabilidades de falhas de atendimento das demandas de uso

39
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

da água e da vazão ambiental de 22,8% ao ano. O período mais crítico corresponde aos
meses de novembro a dezembro, coincidindo com as maiores demandas de água para a
orizicultura (IPH e CPRM, 2002, RF, Cap.5, p.46).

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Modificação na rede
- Implantação da outorga;
Montante e de drenagem;
- Fiscalização ambiental;
Orizicultura jusante do - Poluição por excesso
- Participação do comitê de
Banhado Grande de fertilizantes e
bacia.
agrotóxicos

Sub-bacias dos
Lançamento de
arroios:
esgoto doméstico
Demétrio,
Barnabé, Águas
Belas, Feijó,
Passo Grande,
Lançamento de - Implementação de programas
Brigadeiro, Areia
esgoto industrial Contaminação de recursos de saneamento básico;
e Sarandi
hídricos - Participação do comitê;
- Plano de Bacia.
Região
Metropolitana de
Disposição Porto Alegre
indevida de (especialmente
resíduos sólidos em Alvorada,
Canoas, Gravataí
e Porto Alegre)
Fonte dos dados: IPH e CPRM (2001, RF, Cap.6, p.164-207)

40
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS

41
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 9 – Mapa Político – Bacia do Rio dos Sinos

42
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 10 – Hidrografia da Bacia do Rio dos Sinos

43
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.2 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

DADOS GERAIS19

1. Localização (mapa): situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°20’ a 30°10’ de latitude Sul; e 50°15’ a 51°20’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 1.248.714 hab.

4. Área de drenagem: 3.729,18 km2

5. Precipitação média anual: 1.810,05 mm

6. Evapotranspiração média anual: 1.163,8 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 708 mm/ano (64,3 m3/s - Campo Bom, área de
drenagem: 2.864 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,017 m3/s/km2 ou 17 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Seis outorgas concedidas para águas superficiais, usos: abastecimento
industrial, irrigação, geração de energia, dessedentação de animais, ranicultura; e quatro
para águas subterrâneas, uso: abastecimento industrial. Nove outorgas em análises para
água subterrânea, uso: abastecimento industrial.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Floresta Nacional São Francisco de São Francisco de Paula 1.140,00 IBAMA


Paula

Floresta Nacional de Canela Canela 500,00 IBAMA

Reserva Biológica da Serra Geral Osório e Terra de Areia 1.700,00 Estadual

Reserva Biológica Scharlau Scharlau 16,03 Municipal

Parque Zoológico Sapucaia do Sul e São 822,00 Fundação Zoobotânica


Leopoldo

Parque dos Trabalhadores Esteio 87,00 Estadual

19
Fontes: Item 1: MAGNA Engenharia Ltda. (1995, RTP 1, Volume 1, p.7); Itens 5 a 7: Magna Engenharia
Ltda. (op. cit., p. 34-57); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); itens 2,
8 e 9: definidos pelo DRH/SEMA (2002) sendo que o item 8 foi estimado tendo-se como base os dados dos
itens 4 e 7; item 10: Magna Engenharia Ltda. (op. cit., p. 57); item 11: CRH/SEMA (2002)
44
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Parque Municipal Luiz Roessler Novo Hamburgo 51,30 Municipal

Parque A.M. de Barros Santo Antônio da Patrulha 24,61 Municipal

APA Morro da Borrussia Osório 617,50 Estadual

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 32.774, de 17.03.1988, adequado à Lei


10.350/1994 pelo decreto Estadual n° 39.114 de 08/12/1998.

‰ Composição:
Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Industrial 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 04

Agrícola 02

Geração de Energia 01

Navegação e Mineração 01

Turismo, Lazer e Pesca 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Instituições de Ensino Superior 03

Representações Comunitárias 03

Organizações Ambientalistas 03

Associações Técnico-Científicas 03

45
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria de Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Turismo 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

UNISINOS – Unisinos, 950.


Caixa Postal n° 275
São Leopoldo-RS
Telefone: 51 590 8508
CEP: 93022-000
E-mail: cmtsinos@cinus.unisinos.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia

Araricá 4.032 35,86 99,00% 35,50 4.027

Cachoeirinha 107.564 42,00 19,17% 8,05 20.620

Campo Bom 54.018 62,50 100,00% 62,50 54.018

Canela 33.625 246,00 59,03% 145,21 17.071

Canoas 306.093 113,11 55,94% 63,27 171.217

Capela de Santana 10.032 182,40 1,42% 2,59 53

46
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Caraá 6.403 292,71 99,67% 291,74 6.383

Dois Irmãos 22.435 66,80 8,92% 5,96 15

Estância Velha 35.132 50,21 93,53% 46,96 35.083

Esteio 80.048 32,50 100,00% 32,50 80.048

Glorinha 5.684 291,57 0,10% 0,30 5

Gramado 28.593 245,30 31,61% 77,53 7.496

Gravataí 232.629 497,83 16,00% 79,64 3.277

Igrejinha 26.767 150,50 93,17% 140,22 26.683

Ivoti 15.318 66,59 6,28% 4,18 96

Maquiné 7.304 622,30 0,36% 2,21 19

Nova Hartz 15.071 60,23 98,04% 59,05 15.028

Nova Santa Rita 15.750 219,79 41,94% 92,17 13.311

Novo Hamburgo 236.193 223,50 100,00% 223,50 236.193

Osório 36.131 666,12 5,01% 33,35 274

Parobé 44.776 125,60 100,00% 125,60 44.776

Portão 24.657 157,40 85,99% 135,35 23.979

Riozinho 4.071 255,87 99,13% 253,64 4.058

Rolante 17.851 304,13 100,00% 304,13 17.851

Santa Maria
5.891 157,56 2,60% 4,09 45
do Herval
Santo Antônio
37.035 896,12 32,58% 291,98 4.416
da Patrulha
São Francisco
19 725 3.269,15 11,43% 373,73 6.987
de Paula

São Leopoldo 193.547 100,50 100,00% 100,50 193.547

São Sebastião do Caí 19.700 111,08 3,57% 3,97 134

Sapiranga 69.189 141,91 58,95% 83,66 67.792

Sapucaia do Sul 122.751 57,00 100,00% 57,00 122.751

47
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Taquara 52.825 464,07 93,26% 432,79 52.171

Três Coroas 19.430 166,00 94,16% 156,31 19.292

TOTAIS 3.729,18 1.248.714

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s)20 Q7, 10 (m3/s)21


Rio Rolante – RL-4 6,23 0,390
Montante da cidade de Rolante 11,18 0,698
Jusante da foz do arroio Rolantinho 16,01 0,989
Rio Rolante – RL-1 17,10 1,062
Rio dos Sinos – SI-11 20,95 1,308
Captação de Sto. Antônio da Patrulha; praia do Monjolo 26,85 1,694
Jusante da foz do rio Rolante 30,32 2,003
Rio dos Sinos, jusante da foz do rio da Ilha 32,74 2,073
Rio da Ilha – IL-2 36,41 2,301
Rio da Ilha – IL-1 37,55 2,374
Jusante confluência do rio da Ilha com o rio dos Sinos; captação de Taquara 39,54 2,503
Local Projetado para hidrelétrica Laranjeira, rio Paranhanha 42,74 2,727
Rio Paranhana; montante captação Três Coroas/Igrejinha 48,96 3,124
Rio Paranhana; praia do Juca 50,47 3,216
Rio Paranhana – PN-2 52,50 3,348
Rio Paranhana – PN-1 53,21 3,392
Rio dos Sinos – SI-8 54,71 3,554
Rio dos Sinos; captação Sapiranga/Campo Bom 63,84 4,535
Rio dos Sinos – SI-6 64,61 4,619
Rio dos Sinos; captação Novo Hamburgo 65,78 4,737
Rio dos Sinos; captação São Leopoldo 67,65 4,943
Rio dos Sinos, jusante de trecho com alta concentração industrial 69,78 5,167
Rio dos Sinos; captação Esteio 74,18 5,704
Rio dos Sinos; ponte da BR 386 77,80 6,134
Foz do Rio dos Sinos 79,07 6,284
Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1996, RTP 02, p. 34)

20
Qlp = vazões médias de longo período.
21
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
48
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)

Formação Rosário do Sul 5,50 88,00


Depressão Periférica
Formação Rosário do Sul e/ou
10,00 97,00
Botucatu

Planalto Meridional Formação Serra Geral 16,00 106,00

Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p.62-70 ).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Transposição de bacias: Arroio das Garças
(Cachoeirinha), Bacia do Caí (Gramado,
Canela e São Francisco de Paula); para a
bacia do Rio Gravataí (Santo Antônio da
1. Abastecimento Público CORSAN
Patrulha);
SEMAE (São Leopoldo)
- Estimativa do total captado na área urbana
80,94 hm3/ano;
- Estimativa do total captado na área rural:
2,17 hm3/ano.

- Estimativa do total captado pela CORSAN:


5,16 hm3/ano;
- Estimativa do total captado por outros: 20,53
Indústrias diversas: coureiro-
2. Abastecimento Industrial calçadista, alimentos, químico, hm3/ano;
- As atividades mais poluidoras concentram-
metalúrgico-mecânico.
se nos municípios de Estância Velha, Novo
Hamburgo, Portão, São Leopoldo e Sapucaia
do Sul.

- Incipiente e concentrada na sub-bacia do Rio


Paranhana (Gramado, Canela, Taquara,
3. Aqüicultura Pequenos açudes
Gravataí e São Francisco de Paula)
- Estimativa do total captado: 0,01 hm3/ano.

49
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Consórcio irrigação de arroz e bovinocultura


de corte (áreas marginais ao Rio dos Sinos,
desde Santo Antônio da Patrulha até Nova
Santa Rita);
- Estimativa para a captação do arroz: 26,87
4. Irrigação Irrigantes particulares
hm3/ano; orizicultura desenvolvida
principalmente nos municípios de Nova
Santa Rita, Taquara, Rolante e Santo
Antônio da Patrulha;
- Há também irrigação para
hortifrutigranjeiros.

- Pecuária de corte e de leite;


- Estimativa do total captado para pecuária de
5. Dessedentação de Rebanhos bovinos, suínos, grande porte: 3,03 hm3/ano;
Animais ovinos eqüinos e aves - Estimativa do total captado para a pecuária
de pequeno porte: 0,09 hm3/ano;
- Fonte de poluição.

Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1995, RTP 01, p.81-160; e 1996, RTP 02, p.14-21)

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Transposição da bacia do Rio Caí,
barragens do Sistema Salso (Rio
Santa Cruz);
1. Geração de energia CEEE
- Curso superior do Rio Paranhana;
- Usina de Bugres 8.000 KW
- Usina de Canastra 30.000 KW
- Fonte de poluição;
- Produção de resíduos sólidos
urbanos estimados em 0,18
2. Drenagem urbana Prefeituras Municipais
Kg/hab/dia;
- Implantação de sistemas de coleta
seletiva nas grandes cidades.

- Insuficiência nos serviços de coleta


3. Diluição de esgoto
CORSAN e tratamento de esgoto sanitário;
doméstico
- Fonte de poluição.

- Problemas de qualidade da água,


especialmente na Região
Indústrias diversas: coureiro-calçadista, Metropolitana de Porto Alegre;
4. Diluição de esgoto
alimentos, químico, metalúrgico- - Carga bruta média anual estimada
industrial
mecânico. de DBO: 38.178,28 t/ano;
- Carga bruta média anula de metais:
1.041,04 t/ano.

50
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Terminal da empresa Bianchini S. A. - Oferece potencial hidroviário no


(Canoas) trecho entre São Leopoldo e a foz;
5. Navegação
Pequenas embarcações para (jusante de - Transporte de soja, carvão, calcário
São Leopoldo) e areia p/ construção;

- Foram identificados 18 balneários;


- Canoagem desenvolvidas nas
Balneários
6. Lazer cabeceiras do Rio Paranhana,
Canoagem
especialmente em Canela e Três
Coroas.

Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1995, RTP 01, p.85-174; e 1996, RTP 02, p.14-21)

CONSUMO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO

Sistema Sub-bacia Municípios Vazão (hm3/ano)


Arroio Canastra
Riozinho Entre Rios 0,315
Tigre/Riozinho
Nova Hartz Arroio Grande (Bica) Nova Hartz 0,220

Parobé Arroio Solitário Taquara/Igrejinha 1,166


Arroios Estância
Estância Velha Portão – Estância Velha 0,883
Velha/Portão
Arroios Estância
Portão Portão – Estância Velha 0,756
Velha/Portão
Arroios Águas
Três Coroas Três Coroas 0,063
Brancas/Kampf
Sapiranga Arroio Sapiranga Sapiranga 0,189
Arroio Solitário, Muller e
Igrejinha Igrejinha/Taquara 1,419
Taquara
Lajeado Grande (Bacia do rio
São Francisco de Paula 0,157
Caí)
Canal Dragagem Subst.
Canoas Canoas 0,252
CEEE
Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1995, p.159)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

Profundidade média dos poços perfurados Entre 100 a 120 m

Vazão média 10,04 m3/h

Bicarbonatada cálcica ou sódica – Formação Botucatu


Classificação
Bicarbonatada cálcico-magnesiana ou sódica – Formação Serra
Geral

51
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Teores elevados de fluoretos – município de Esteio


Teores elevados de ferro – em pontos localizados nos municípios
Problemas naturais de qualidade
de Igrejinha e Portão
Teores elevados de manganês – em pontos localizados nos
municípios de Canela, Igrejinha e Três Coroas
Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, p.64-65).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio do abastecimento público (60,14%, fig. 11):

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia hidrográfica


do Rio sinos

abastecimento público
19.01% 2.26% abastecimento industrial
0.01% aquicultura Figura 11: Gráfico das
irrigação estimativas de captações
18.59% dessedentação de animais de água superficial, por
60.14% uso, na bacia do Rio dos
Sinos (Fonte dos dados:
Magna Engenharia Ltda.,
1995).

• De água subterrânea: uso considerado abastecimento público (fig. 12):

Estimativa das captações de água subterrânea para abastecimento público,


na bacia hidrográfica do Rio Sinos

Riozinho Figura 12: Gráfico das


Nova Hartz estimativas de
Parobé
5%
6% 4% 22% Estância Velha
captações de água
3%
Portão subterrânea, para
Três Coroas
Sapiranga
abastecimento público,
26%
16%
Igrejinha por município, na bacia
3% 1% 14% São Francisco de Paula do Rio dos Sinos (Fonte
Canoas
dos dados: Magna
Engenharia Ltda., 1995)

52
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• Conclusão: Conforme Magna Engenharia Ltda. (1996, Relatório Final, p.17-35):


‰ A disponibilidade quantitativa de água não parece ser problema. Ressalte-se que os
estudos não puderam estimar com rigor os regimes de estiagem na bacia;
‰ Abastecimento doméstico, irrigação do arroz e abastecimento industrial são os usos que
mais consomem água na bacia;
‰ A utilização de água subterrânea tem importância apenas nos municípios de Estância
Velha, Igrejinha, Nova Hartz, Parobé, Portão, Três Coroas, Riozinho, São Francisco de
Paula, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo;
‰ Há sistemas de abastecimento público que promovem a transposição de vazões entre
bacias, destacando-se que a maioria transfere água para o interior da bacia do Rio dos
Sinos, proveniente do Arroio das Garças (Bacia do Lago Guaíba) e dos formadores do
Rio Caí.

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- DBO5 apresenta teores
Lançamento de elevados, a partir de São
esgoto doméstico Leopoldo;
- OD apresenta valores
medianos, desde as estações
de montante até a foz.
A partir da
Ressalta-se que, em período
confluência com
o Rio Rolante até
de estiagem, pode atingir - Implementação de
valores nulos; programas de
a foz
Lançamento de - Ocorrência de Coliformes saneamento básico;
esgoto industrial fecais e totais em - Participação do
concentrações elevadas a comitê;
- Plano de Bacia.
partir de Sapiranga,
aumentando em direção a
foz.

Disposição Região
indevida de Metropolitana de Contaminação de recursos hídricos
resíduos sólidos Porto Alegre

- Reflorestamento
- Reconversão do
Mau uso do solo e Encostas Acentuação dos processos erosivos
espaço agrário com
desmatamento declivosas e modificações no balanço hídrico
ênfase para a
agricultura ecológica
Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1996, RF, p.17-53)

53
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO CAÍ

54
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 13 – Mapa Político Bacia do Rio Caí

55
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 14 – Hidrografia Bacia do Rio Caí

56
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.3 Bacia Hidrográfica do Rio Caí

DADOS GERAIS22

1. Localização (mapa): situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°06’ a 30°00’ de latitude Sul e 50°24’ a 51°40’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 452.961 hab.

4. Área de drenagem: 4.983,30 km2

5. Precipitação média anual: 1.729 mm

6. Evapotranspiração média anual: 870 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 761 mm/ano ou 114,12 m3/s (ponto situado na foz do
Arroio mineiro, no Rio Caí; área de drenagem 4.727,79 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,024 m3/s/km2 ou 24 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Quatro outorgas concedidas para águas superficiais, usos:


abastecimento público e abastecimento industrial; cinco outorgas para águas
subterrâneas, usos: abastecimento industrial e geração de energia. Duas outorgas em
análise para águas superficiais, uso: abastecimento industrial; três outorgas para águas
subterrâneas, usos: abastecimento público e abastecimento industrial.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Ferrabraz Sapiranga 1.000 Prefeitura Municipal

Prefeitura Municipal de Canela em


Parque Estadual do Caracol Canela 100
convênio com a CRTUR

Parque Municipal Pinheiros Farroupilha 10 Prefeitura Municipal

Parque Municipal Mato Sartori Caxias 6 Prefeitura Municipal

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

22
Fontes: Item 1: MAGNA Engenharia Ltda. (1997, RF, p.4); item 2: definidos pelo DRH/SEMA (2002) itens
3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5: MAGNA Engenharia Ltda.
(op. cit., p.41); item 7: calculado a partir dos dados da MAGNA Engenharia Ltda. (1997, RT 01, Vol.1, Tomo
I); item 7: calculado a partir dos dados dos itens 7 e 7; item 10: Magna Engenharia Ltda. (op. cit., RT 01,
Volume 1, Tomo II p. 335); item 11: CRH/SEMA (2002)
57
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 38.903, de 28.09.1998

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Agrossilvopastoril 03

Indústria e agroindústria 04

Esgotamento sanitário e drenagem 03

Esporte, turismo e lazer 01

Geração de Energia 01

Mineração 01

Transporte Hidroviário Interno 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Municipal 06

Instituições de Ensino e Pesquisa 03

Organizações Técnico-Científicas 03

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Comunitárias 03

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria da Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicos e Saneamento 01

Secretaria da Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

58
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua Marechal Floriano Peixoto, n° 395


Caixa Postal: 172
São Sebastião do Caí - RS
Cep: 95760-000
Telefone: (51) 635 1550
Fax: (51) 635 1560
e-mail: comitecai@cpovo.net

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (km2) bacia

Alto Feliz 2.834 81,10 100,00% 81,10 2.834

Araricá 4.032 35,86 1,00% 0,36 5

Barão 5.397 118,07 51,11% 60,35 2.733

Bom Princípio 9.494 90,22 100,00% 90,22 9.494

Brochier 4.372 113,50 66,26% 75,21 3.304

Canela 33.625 246,00 40,97% 100,79 16.554

Capela de Santana 10.032 182,40 98,58% 179,81 9.979

Carlos Barbosa 20.519 238,59 42,72% 101,93 9.873

Caxias do Sul 360.419 1.648,60 47,94% 790,40 146.315

Dois Irmãos 22.435 66,80 91,08% 60,84 22.420

59
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Estância Velha 35.132 50,21 6,47% 3,25 49

Farroupilha 55.308 372,80 40,05% 149,31 26.400

Feliz 11.316 94,18 100,00% 94,18 11.316

Gramado 28.593 245,30 68,39% 167,77 21.097

Harmonia 3.659 47,95 100,00% 47,95 3.659

Igrejinha 26.767 150,50 6,83% 10,28 84

Ivoti 15.318 66,59 93,72% 62,41 15.222

Lindolfo Collor 4.414 30,80 100,00% 30,80 4.414

Linha Nova 1.564 65,50 100,00% 65,50 1.564

Maratá 2.404 81,99 99,37% 81,47 2.393

Montenegro 54.247 416,97 86,70% 361,52 53.542

Morro Reuter 4.984 85,40 100,00% 85,40 4.984

Nova Hartz 15.071 60,23 1,96% 1,18 43

Nova Petrópolis 16.891 291,80 100,00% 291,80 16.891

Nova Santa Rita 15.750 219,79 55,36% 121,68 2.325

Pareci Novo 3.242 58,20 100,00% 58,20 3.242

Picada Café 4.673 83,80 100,00% 83,80 4.673

Poço das Antas 1.946 60,58 0,64% 0,39 8

Portão 24.657 157,40 14,01% 22,05 678

Presidente Lucena 2.069 49,72 100,00% 49,72 2.069

Salvador do Sul 5.714 91,38 63,10% 57,66 3.187

Santa Maria do Herval 5.891 157,56 97,40% 153,47 5.846

São Francisco de Paula 19 725 3.269,15 28,15% 920,42 8.234

São José do Hortêncio 3.387 55,70 100,00% 55,70 3.387

São José do Sul * 1.753 60,22 100,00% 60,22 1.753

60
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

São Pedro da Serra 2.843 35,10 65,11% 22,85 1.670

São Sebastião do Caí 19.700 111,08 96,43% 107,11 19.566

São Vendelino 1.682 38,75 100,00% 38,75 1.682

Sapiranga 69.189 141,91 41,05% 58,25 1.397

Três Coroas 19.430 166,00 5,84% 9,69 138

Triunfo 22.166 834,00 6,86% 57,24 637

Tupandi 2.958 59,05 100,00% 59,05 2.958

Vale Real 4.340 53,20 100,00% 53,20 4.340

TOTAIS 4.983,30 452.961

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s)23 Q5,10 (m3/s)24 Q7, 10 (m3/s)25


Rio Caí - Estação 87100000 12,36 0,690 0,719
Rio Caí - antes da Foz do Rio Piaí 39,08 2,340 2,440
Foz do Rio Piaí 8,15 0,510 0,532
Rio Caí - Estação 87160000 CA 136 FEPAM 50,45 3,020 3,149
Foz do Arr. Pinhal 2,16 0,150 0,156
Foz do Arr. Belo 1,94 0,140 0,146
Rio Caí - antes da Foz do Rio Mauá 64,45 3,920 4,087
Foz do Rio Mauá 10,37 0,730 0,761
Foz do Arr. Feitoria 7,11 0,420 0,438
Rio Cadeia - antes da Foz do Arr. Feitoria 16,27 0,980 1,022
Foz do Rio Cadeia 25,29 1,560 1,627
Rio Caí - antes da Foz do Arr. Maratá 105,75 6,640 6,924
Foz do Arr. Maratá 7,58 0,580 0,605
Rio Caí - após Foz do Arr. Mineiro 114,12 7,280 7,591
Foz do Rio Caí 120,59 7,850 8,185
Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1997, RT 01, Memorial Descritivo, Tomo II, p.415-416); Obs: vazões calculadas
a partir do modelo SAGBAH

23
Qlp = Vazão média de longo período.
24
Q5,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de cinco dias.
25
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
61
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica

Formação Rosário do Sul - -

Depressão Periférica

Formação Botucatu livre 7,00 120,00

Formação Botucatu
17,30 140,00
confinado
Planalto Meridional

Formação Serra Geral 15,40 120,00

Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p.28-36) e Magna Engenharia Ltda. (1997, p.139-176; 203 e
260-270)

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
1. Abastecimento Público SAMAE (Caxias do Sul) - Estimativa do total captado: 10,74
Parque Estadual Caracol hm3/ano
Prefeituras Municipais

- Concentrado nas áreas urbanas;


Principais ramos: metalúrgico, mecânico, - Estimativa do total captado: 20,62
material elétrico, comunicações, material hm3/ano, incluindo o Pólo
2. Abastecimento Industrial
de transporte, têxtil, alimentícia, vestuário, Petroquímico.
materiais plásticos, química e mobiliário. - Captação do Pólo Petroquímico:
14,82 hm3/ano

62
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Aqüicultura incipiente;
3. Piscicultura Piscicultores particulares
- Restrita a produção de alevinos.

- Cultivo de hortifrutigranjeiros,
(frutas diversas, milho, morango,
tomate, olericultura e floricultura);
4. Irrigação Irrigantes particulares - Estimativa do total captado: 75
hm3/ano, incluindo o arroz;
- Captação para a irrigação do arroz
(período de novembro a março),
estimativa de 65 hm3.

- Estimativa do total captado: 4,71


hm3/ano;
- Pecuária de pequeno porte (aves,
5. Dessedentação de
Pecuaristas coelhos, ovinos e caprinos);
Animais
- Pecuária de grande porte (asininos,
bovinos, bufalinos, suinos, eqüinos
e muares).

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.37); Magna Engenharia Ltda. (op. cit., RT 01, Tomo I,
p.179-201); obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Transposição de vazões (média de
2,55 m3/s) da bacia do Rio Caí para
a do Rio dos Sinos;
- Usinas Bugres e Canastra
1. Geração de energia CEEE (barragens do Sistema Salto sobre o
Rio Santa Cruz);
- Picada 48 (240 KW) e Herval
(1440 KW), atualmente
desativadas;

- Insuficiência nos serviços de coleta


2. Diluição de esgoto
CORSAN e tratamento de esgoto sanitário;
doméstico
- Fonte de poluição.

- Redução da qualidade da água


Indústrias diversas: matadouros, curtumes,
3. Diluição de esgoto devido ao lançamento de efluentes
laticínios, agroavículas, bebidas, papel,
industrial industriais;
metalúrgica e outras.
- Fontes poluidoras

63
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

4. Drenagem urbana Prefeituras Municipais - Fonte de poluição

- Limitada ao trecho Montenegro e a


foz (situada em Morretes);
- Navegação comercial e de
5. Navegação Navegadores particulares
transporte de material de
construção (areia, seixos, cascalho
e calcário).
- 36 balneários efetivamente
- Balneários utilizados: maior concentração
6. Lazer - Cascatas localizada no curso médio; maior
- Lago artificial visitação, curso inferior; população
de usuários estimada: 19.250.

Fonte dos dados: Itens 1 a 6: Magna Engenharia Ltda (1997, RT 01, Vol. 1, Tomo 1 p. 179-201); item 7: FEPAM
(1997, Vol. 1, p. 60-77).

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


CORSAN
Parque Estadual Caracol;
SAMAE;
Motel Astral;
UCS; - Poços e fontes para atendimento
Associação de Produtores de São Virgílio; das populações rurais e pequenas
1. Abastecimento Público Condomínio Shopping da Serra; sedes, principalmente;
Sede Campestre da Caixa Econômica - Estimativa do total captado: 14,82
Federal; hm3/ano
Prefeituras Municipais;
Sociedade de Abastecimento de Água São
Martinho;
Associações de Moradores

Indústrias diversas: papel, transporte,


metais, aviários, máquinas agrícolas,
2. Abastecimento - Estimativa do total captado: 8,38
plásticos, alimentos, calçados,
Industrial/ agroindustrial hm3/ano
matadouros, material elétrico, têxtil,
vinhos, cerâmica e outras.

64
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Estimativa do total captado: 2,20


3. Irrigação Irrigantes particulares
hm3/ano

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, p. 34-40).

ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS E SEUS IMPACTOS NA BACIA

Atividade Uso comprometido Exemplos de possíveis conflitos

- Balneário de Feliz x Cervejaria


Antárctica;
- Cervejaria Antárctica x esgotos
do município de Feliz;
- Abastecimento público e
Conservas Oderich x esgotos
doméstico e industrial de São
- Recreação de contato
Sebastião do Caí;
primário;
1. Diluição de despejos - Cascata do Caracol x esgoto
- Abastecimento público;
parcialmente tratado de Canela;
- Dessedentação de animais.
- Balneário de Nova Petrópolis x
esgoto doméstico e industrial de
Gramado;
- Irrigação de hortaliças e outras
culturas e balneário no Arroio do
Ouro x esgoto doméstico e
industrial de Caxias do Sul .
- Rio Piaí: drena local
contaminado por resíduos
- Recreação de contato
sólidos do antigo “vazadouro” de
2. Depósito de lixo primário;
lixo de Caxias do Sul;
- Abastecimento público;
- Rio Caí (segmento entre Nova
- Dessedentação de animais.
Palmira e Feliz): deposição de
lixo e animais mortos.
- Ao longo do Rio Caí: extração
areia por dragagem móvel, no
- Recreação de contato leito; argilas, na planície de
primário; inundação; e cascalhos na
3. Mineração - Abastecimento público; margem.
- Dessedentação de animais. - Balneários no município Feliz
(junto ao rio Caí): extração de
cascalhos nas margens.

65
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

4. Navegação - Recreação de contato


- Vazamentos de óleos e graxas
primário;
das embarcações
- Proteção de vida aquática.

- Transposição de bacias (Sistema


Salto): compromete a vazão a
- Diluição de despejos;
5. Geração de energia jusante da Barragem do Salto;
- Irrigação.
- Trecho comprometido: Médio
Vale do Rio Caí.
Fonte dos dados: FEPAM (1997, Vol. 1, p. 136-138)

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (67%, fig. 15).

Estimativa das captações de água superficial por uso, na


bacia hidrográfica do Rio Caí

10% 4%
19%

Dessedentação de animais
Figura 15: Gráfico das
Indústria estimativas de
Irrigação captações de água
Abastecimento Público superficial, por uso, na
bacia do Rio Caí
67%
(Fonte dos dados:
Magna Eng. Ltda.,
1997)

66
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento público (58% , fig. 16) e


importante como reguladora das vazões.

Estimativa das captações de água subterrâneo por uso,


na bacia hidrográfica do Rio Caí

9%

Abastecimento Público Figura 16: Gráfico


Indústria e agroindústria das estimativas de
33%
58% Irrigação captações de água
subterrânea, por uso,
na bacia do Rio Caí
(Fonte dos dados:
Magna Eng. Ltda.,
1997)

• Conclusão: os estudos quantitativos não revelaram déficits hídricos na bacia em foco,


mas alertam que a diferença entre demandas e disponibilidade de água, em situação de
estiagem, é pequena no cenário atual, devendo ser levada em conta para a emissão de
outorga.

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Reflorestamento
Exploração Acentuação dos processos
Encostas - Reconversão do espaço agrário
agrícola intensa e erosivos e modificações no
declivosas com ênfase para a agricultura
desmatamento balanço hídrico
ecológica

Mineração - Licenciamento ambiental;


Assoreamento dos recursos
desordenada - Participação do comitê de
hídricos
bacia

- Monitoramento qualitativo
Teores de fosfato total e
Poluição hídrica Curso médio e - Licenciamento ambiental em
mercúrio correspondentes
inferior conjunto com a outorga de uso
a classe 4 do CONAMA
da água

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.48)

67
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO TAQUARÍ-ANTAS

68
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 17 – Mapa Político – Bacia Taquari-Antas

69
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 18 – Hidrografia Bacia Taquari-Antas

70
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.4. Bacia Hidrográfica dos Rios Taquari-Antas

DADOS GERAIS26

1. Localização (mapa): situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 28°10’a 29°57’de latitude Sul; e 49°56’a 52°38’de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 1.134.594 hab.

4. Área de drenagem: 26.536,28 km2

5. Precipitação média anual: 1.715 mm

6. Evapotranspiração média anual: 915 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 633,21 m3/s ou 743,92 mm/ano

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,023 m3/s ou 23 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Vinte e três outorgas concedidas para água superficial, usos:
abastecimento público, abastecimento industrial, irrigação, geração de energia e
piscicultura; e quinze outorgas para água subterrânea, usos: abastecimento público e
abastecimento industrial. Quatro outorgas em análise para água superficial, usos:
abastecimento industrial e geração de energia; quatorze outorgas para água subterrânea,
usos: abastecimento público, abastecimento industrial e irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Área (ha)

Estação Ecológica Federal Aracuri-Esmeralda 272

Parque Estadual Rio Tainhas 4.924

Floresta Nacional Passo Fundo 1.328

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 38.558 de 08.06.1998.

26
Fontes: Item 1: MAGNA Engenharia Ltda. (1997, RF, p.4); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5 a 7 e 10: MAGNA Engenharia Ltda. (op. cit., p.24 ; 39 e 196);
itens 2, 8 e 9: definidos pelo DRH/SEMA (2002); item 11: CRH/SEMA (2002)

71
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Industria e Agroindústria 04

Agropecuário 04

Esgotamento Sanitário e Drenagem 04

Geração de Energia 02

Navegação e Mineração 01

Esporte, Lazer e Turismo 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 06

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 03

Associações Técnico-Científicas 03

Organizações Comunitárias 03

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Sindicais 02

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretária das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Saúde 01

72
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Transporte 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua Francisco Getúlio Vargas, n° 1130 - (UCS)


Caixa Postal: 1352
Caxias do Sul - RS
Cep: 95070-560
Telefone: (051) 54-214-3492
Fax: (54) 212 1133
E-mail: izorzi@ucs.tche.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População total Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
(hab) (Km2) (Km2) bacia

Água Santa 3.790 286,68 1,31% 3,76 34

André da Rocha 1.113 322,90 100,00% 322,90 1.113

Anta Gorda 6.327 229,16 100,00% 229,16 6.327

Antônio Prado 12.918 346,30 100,00% 346,30 12.918

Arroio do Meio 16.951 181,20 100,00% 181,20 16.951

Arvorezinha 10.262 255,69 100,00% 255,69 10.262

Barão 5.397 118,07 48,89% 57,72 2.664

Barros Cassal 11.347 661,91 51,69% 342,17 5.811

73
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Bento Gonçalves 88.911 269,23 100,00% 269,23 88.911

Boa Vista do Sul 2.840 95,80 100,00% 95,80 2.840

Bom Jesus 12.014 2.641,22 30,57% 807,42 5.300

Bom Retiro do Sul 10.788 122,80 100,00% 122,80 10.788

Boqueirão do Leão 7.825 263,90 56,93% 150,24 3.588

Brochier 4.372 113,50 33,74% 38,29 1.068

Camargo 2.498 137,39 100,00% 137,39 2.498

Cambará do Sul 6.840 1.180,00 87,00% 1.026,60 6.347

Campestre da Serra 3.170 539,20 100,00% 539,20 3.170

Canudos do Vale 1.975 86,69 100,00% 86,69 1.975

Capão Bonito do Sul 1.909 525,80 3,85% 20,24 37

Capitão 2.565 70,00 100,00% 70,00 2.565

Carlos Barbosa 20.519 238,59 57,28% 136,66 10.646

Casca 8.440 240,19 100,00% 240,19 8.440

Caseiros 2.861 239,00 10,01% 23,92 186

Caxias do Sul 360.419 1.648,60 52,06% 858,20 214.104

Ciríaco 5.252 295,93 74,37% 220,08 4.436

Colinas 2.462 57,25 100,00% 57,25 2.462

Coqueiro Baixo 1.601 112,33 100,00% 112,33 1.601

Coronel Pilar 1.883 105,00 100,00% 105,00 1.883

Cotiporã 4.093 167,48 100,00% 167,48 4.093

Cruzeiro do Sul 11.664 154,15 100,00% 154,15 11.664

David Canabarro 4.740 178,37 100,00% 178,37 4.740

Dois Lajeados 3.224 146,85 100,00% 146,85 3.224

Doutor Ricardo 2.128 108,84 100,00% 108,84 2.128

74
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Encantado 18.528 142,77 100,00% 142,77 18.528

Esmeralda 3.120 851,46 0,61% 5,19 4

Estrela 27.401 195,03 100,00% 195,03 27.401

Fagundes Varela 2.471 133,98 100,00% 133,98 2.471

Farroupilha 55.308 372,80 59,95% 223,49 28.908

Fazenda Vilanova 2.833 84,50 100,00% 84,50 2.833

Flores da Cunha 23.678 273,19 100,00% 273,19 23.678

Fontoura Xavier 11.473 588,00 100,00% 588,00 11.473

Forquetinha 2.618 91,99 100,00% 91,99 2.618

Garibaldi 26.460 254,88 100,00% 254,88 26.460

General Câmara 8.737 497,31 57,36% 285,24 7.217

Gentil 1.771 184,18 98,76% 181,89 1.755

Guabiju 1.749 147,60 100,00% 147,60 1.749

Guaporé 20.064 281,96 100,00% 281,96 20.064

Ibiraiaras 7.163 286,67 96,18% 275,71 7.008

Ibirapuitã 4.221 296,70 18,01% 53,44 412

Ilópolis 4.255 127,50 100,00% 127,50 4.255

Imigrante 2.991 76,46 100,00% 76,46 2.991

Ipê 5.456 593,22 100,00% 593,22 5.456

Itapuca 2.691 197,95 100,00% 197,95 2.691

Jaquirana 4.814 904,35 100,00% 904,35 4.814

Lagoa Vermelha 27.924 1.313,75 39,27% 515,97 1.722

Lajeado 59.807 110,20 100,00% 110,20 59.807

Maratá 2.513 81,99 0,63% 0,52 12

Marau 28.361 646,50 61,13% 395,23 26.220

75
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Marques de Souza 4.241 125,60 100,00% 125,60 4.241

Mato Castelhano 2.454 247,15 46,34% 114,53 1.151

Mato Leitão 3.210 46,50 100,00% 46,50 3.210

Montauri 1.684 66,67 100,00% 66,67 1.684

Monte Alegre
3.040 549,25 96,67% 530,97 2.943
dos Campos

Monte Belo do Sul 2.880 70,00 100,00% 70,00 2.880

Montenegro 54.247 416,97 8,21% 34,25 443

Muçum 4.728 102,13 100,00% 102,13 4.728

Muitos Capões 2.867 1.189,34 97,57% 1.160,39 2.818

Muliterno 1.768 109,50 87,58% 95,90 1.600

Nova Alvorada 2.757 148,10 100,00% 148,10 2.757

Nova Araçá 3.236 65,00 100,00% 65,00 3.236

Nova Bassano 7.836 186,10 100,00% 186,10 7.836

Nova Bréscia 3.100 87,78 100,00% 87,78 3.100

Nova Pádua 2.396 102,51 100,00% 102,51 2.396

Nova Prata 18.344 263,31 100,00% 263,31 18.344

Nova Roma do Sul 3.032 147,70 100,00% 147,70 3.032

Paraí 6.020 121,70 100,00% 121,70 6.020

Passo do Sobrado 5.566 266,74 61,81% 164,87 3.812

Passo Fundo 168.458 761,10 2,47% 18,79 116

Paverama 7.744 164,95 100,00% 164,95 7.744

Pinto Bandeira 2.575 101,37 100,00% 101,37 2.575

Poço das Antas 1.946 60,58 99,36% 60,19 1.938

Pouso Novo 2.195 107,10 100,00% 107,10 2.195

Progresso 6.497 249,62 100,00% 249,62 6.497

76
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Protásio Alves 2.112 176,30 100,00% 176,30 2.112

Putinga 4.629 219,30 100,00% 219,30 4.629

Relvado 2.157 102,67 100,00% 102,67 2.157

Roca Sales 9.278 222,70 100,00% 222,70 9.278

Salvador do Sul 5.714 91,38 36,90% 33,72 2.527

Santa Clara do Sul 4.806 92,30 100,00% 92,30 4.806

Santa Cruz do Sul 107.632 799,86 57,36% 458,80 7.942

Santa Tereza 1.768 70,40 100,00% 70,40 1.768

Santo Antônio
2.207 123,22 100,00% 123,22 2.207
do Palma

São Domingos do Sul 2.831 82,10 100,00% 82,10 2.831

São Francisco
19.725 3.269,15 53,42% 1.746,35 3.983
de Paula

São Jorge 2.875 116,10 100,00% 116,10 2.875

São José do Herval 2.530 100,30 100,00% 100,30 2.530

São José dos Ausentes 3.104 1.156,78 24,10% 278,78 1.141

São Marcos 18.958 248,20 100,00% 248,20 18.958

São Pedro da Serra 2.843 35,10 34,89% 12,25 1.173

São Valentim do Sul 2.140 97,00 100,00% 97,00 2.140

Serafina Corrêa 10.894 160,48 100,00% 160,48 10.894

Sério 2.706 99,20 100,00% 99,20 2.706

Sinimbu 10.210 504,08 4,20% 21,18 379

Soledade 29.727 1.317,22 33,49% 441,17 16.147

Tabaí 3.563 94,85 100,00% 94,85 3.563

Taquari 25.887 312,20 100,00% 312,20 25.887

Teutônia 21.144 176,72 100,00% 176,72 21.144

Travesseiro 2.349 75,00 100,00% 75,00 2.349

77
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Triunfo 22.166 834,00 23,01% 191,88 8.578

União da Serra 1.908 130,34 100,00% 130,34 1.908

Vacaria 57.341 2.131,16 34,14% 727,58 27.891

Vale Verde 3.057 331,19 46,92% 155,40 1.795

Vanini 1.887 62,49 100,00% 62,49 1.887

Venâncio Aires 61.234 728,45 97,60% 710,97 60.633

Veranópolis 19.466 306,30 100,00% 306,30 19.466

Vespasiano Correa 2.209 114,17 100,00% 114,17 2.209

Vila Flores 3.086 127,34 100,00% 127,34 3.086

Vila Maria 4.173 183,00 100,00% 183,00 4.173

Vista Alegre do Prata 1.618 113,99 100,00% 113,99 1.618

Westfália 2.606 63,12 100,00% 63,12 2.606

TOTAIS 26.536,28 1.134.594

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Sub-Bacias Qlp Q5,10 Q7, 10


(m3/s) 2 (m3/s)27 (m3/s)28
Rio das Antas - Trecho entre a Nascente e a Foz do Rio Camisas 20,17 5,08 5,469
Rio Camisas 12,97 1,00 1,077
Rio das Antas - Trecho entre a Foz do Rio Camisas e a Foz do Rio 16,05 3,21 3,456
Tainhas
Rio Tainhas 32,08 2,88 3,101
Rio das Antas - Trecho entre a Foz do Rio Tainhas e a Foz do Rio Bururi 17,43 2,64 2,842
Rio Bururi 23,14 1,24 1,335
Rio das Antas - Trecho entre a Foz do Rio Burati e o Posto DNAEE 86 26,39 2,91 3,133
250000
Rio das Antas - Trecho entre Posto DNAEE 86 250000 e Foz do Rio 35,02 4,93 5,308
Turvo/Humatã
Rio Turvo/Humatã 131,87 10,96 11,800
Rio das Antas - Trecho entre a Foz do Rio Turvo/Humatã e a Foz do Rio 18,11 2,48 2,670
Carreiro

2
Qlp = vazões médias de longo período.
3
Q5,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de cinco dias.
4
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
78
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Rio Carreiro 63,31 2,70 2,907


Rio das Antas - Trecho entre a Foz do Rio Carreiro e a Foz do Rio 7,85 0,99 1,066
Guaporé
Rio Guaporé 62,02 5,11 5,502
Rio Forqueta 78,65 5,86 6,309
Rio Taquari - Trecho entre a Foz do Rio Guaporé e a Foz do Arroio Boa 25,64 2,51 2,702
Vista
Arroio Boa Vista 12,85 1,14 1,227
Rio Taquari - Trecho entre a Foz do Arroio Boa Vista e a Foz do Arroio 10,68 1,38 1,486
Castelhano
Arroio Castelhano 10,60 1,37 1,475
Rio Taquari - Trecho entre a Foz do Arroio Castelhano e foz do Arroio 1,62 0,21 0,226
Taquari-Mirim
Arroio Taquari-Mirim 11,51 1,48 1,593
Rio Taquari - Trecho entre a Foz do Arroio Taquari-Mirim e Foz do Rio 15,25 1,97 2,121
Jacuí
Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1997, Vol. 1, Tomo 1, p.196)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica

Formação Rosário do Sul 23,85 84,76

Depressão Periférica

Formação Botucatu livre 20,00 108,00

Formação Botucatu
20,00 108,00
confinado
Planalto Meridional

Formação Serra Geral 15,00 104,00

Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p.71-85); Magna Engenharia Ltda. (1997, p.196-231; 267 e
319-371)

79
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

1. Abastecimento Público CORSAN - Estimativa do total captado: 60,13


SAMAE (Caxias do Sul) hm3/ano

- Concentradas principalmente nas


2. Abastecimento Industrial Principais ramos: metalúrgica, papel, áreas urbanas;
química/petroquímica, têxtil. - Estimativa do total captado: 14,56
hm3/ano.

- Cultivo de hortifrutigrangeiros
como frutas, fumo, milho,
morango, olericultura, pastagem e
tomate;
3. Irrigação
Irrigantes particulares - Estimativa do total captado: 134,49
hm3/ano, incluindo o arroz;
- Captação para a irrigação do arroz
(período de novembro a março),
estimativa de 120,68 hm3/ano.

- A aqüicultura é incipiente,
4. Piscicultura Piscicultores particulares concentrada na produção de
alevinos.

- Os municípios que mais demandam


são: Marau, Teutônia, Progresso,
Principais ramos: couros, peles e
5. Agroindústria Roca Sales e Encantado
similares; alimentícia.
- Estimativa do total captado: 57,93
hm3/ano

-
Estimativa do total captado: 23,05
hm3/ano;
- Destaca-se a bovinocultura,
suinocultura e a avicultura;
6. Dessedentação de - Pecuária de pequeno porte
Pecuaristas
Animais corresponde a 62,02 %(aves,
coelhos, ovinos e caprinos);
- Pecuária de grande porte, 42,45%
(asininos, bovinos, bufalinos,
suínos, eqüinos e muares).
Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, Relatório Técnico 1,Tomo I, p.235-243)

80
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

- Usinas Hidroelétricas localizadas


nos rios Guaporé e Saltinho,
1. Geração de energia CEEE
respectivamente com 668 e 800
KW.

- Rede de esgoto sanitário incipiente;


- Instalações sanitárias ligadas,
geralmente, a fossas sépticas e
2. Diluição de esgoto
CORSAN destas às redes pluviais; também
doméstico
podem estar ligadas a sumidouros,
poços negros, escoadouros a céu
aberto.

- Redução da qualidade da água


Indústrias diversas: metalúrgica, papel,
3. Diluição de esgoto devido ao lançamento de efluentes
química/petroquímica, têxtil, couros, peles
industrial industriais;
e similares, alimentícia e outras.
- Fontes poluidoras

4. Drenagem urbana Prefeituras Municipais - Fonte de poluição.

- Pesca comercial realizada no Rio


5. Pesca Particulares Taquari (a partir do município de
Taquari até a foz do rio).

- Ocorre da foz até o Porto de


Navegação comercial; Estrela;
Principais produtos movimentados: grãos - A navegação comercial é feita com
e farelos, adubos, carvão, óleos vegetais, intensidade a partir de Muçum;
6. Navegação areias e seixos rolados para a construção - A extensão navegável no rio
civil, intenso intercâmbio com o Porto de Taquari para embarcações com
Rio Grande, tanto para a exportação calado de 2,50 m é de 87km;
quanto para a importação inter-regionais. - Destaque para o terminal portuário
de Estrela.

- Os rios mais utilizados são os da


- Balneários;
7. Lazer Prata, Santa Rita, das Antas e
- Canoagem.
Taquari.

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, Tomo I, p. 247-252)

81
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA


Usos Entidades Situação atual
CORSAN
SAMAG
SAMAE
Prefeituras Municipais
1. Abastecimento Público Associações de Moradores - Estimativa do total captado 71,90
Frangosul hm3/ano
Agroavícola Ind.
Volpiano Hotel
Estádio Alfredo Jacone (Juventude);
Hospitais

Indústrias diversas: siderúrgicas,


2. Abastecimento Industrial/
curtumes, frigoríficos, vinícolas, metal - Estimativa do total captado: 29,57
agroindustrial
mecânico, agropecuária, alimentos, hm3/ano
transporte e outras

3. Irrigação - Estimativa do total captado: 1,09


Irrigantes particulares
hm3/ano

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, Relatório Final, p. 36; Relatório Técnico 01 – Anexos, p. 472-555).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (40%, fig. 19)

Estimativa das captações de água superfícial por uso, na bacia Taquari-


Antas

Figura 19: Gráfico das


14%
estimativas de
18% Abastecimento Público
7%
captações de água
4% Abastecimento Industrial
Irrigação
superficial, por uso, na
Agroindústria bacia do Rio Taquari-
17% Dessedentação de Animais Antas (Fonte dos
40% Abastecimento Público dados: Magna Eng.
Ltda.,1997)

82
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento público (70%, fig. 20).

Estimativa das captações de água subterrânea por uso, na bacia


Taquari-Antas

Figura 20: Gráfico


das estimativas de
captações de água
1%
29% Abastecimento Público subterrânea na bacia
do Rio Taquari-
Abastecimento
Industrial/Agroindustrial
Antas (Fonte dos
Irrigação dados: Magna Eng.
70% Ltda., 1997)

• Conclusão: estudos revelaram não haver déficits na bacia, no entanto, a aplicação de


modelagem hidrológica indicou a ocorrência de falhas no suprimento às demandas de
irrigação e abastecimento industrial nos pontos localizados na foz dos seguintes corpos
de água: Arroio Castelhano, Arroio Taquari-Mirim, Rio Camisas e Arroio Boa Vista
(Magna Engenharia Ltda. RF, 1997, p. 46-47; Mapa PC’s –Volume 1: Memorial
Descritivo Tomo I , p. 165).

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Reflorestamento
Exploração Acentuação dos processos
Encostas - Reconversão do espaço agrário
agrícola intensa e erosivos e modificações no
declivosas com ênfase para a agricultura
desflorestamento balanço hídrico
ecológica

Mineração - Licenciamento ambiental;


Assoreamento dos recursos
desordenada - Participação do comitê de
hídricos
bacia

- Monitoramento qualitativo
Teores de fosfato total
Poluição hídrica - Licenciamento ambiental em
correspondentes a classe 4
conjunto com a outorga de uso
do CONAMA
da água
Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.46-47).

83
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO JACUÍ

84
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 21 – Mapa Político Bacia do Alto Jacuí

85
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 22 – Hidrografia Bacia do Alto Jacuí

86
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.5. Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

DADOS GERAIS29

1. Localização (mapa): situa-se na porção centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul,


entre as coordenadas geográficas de 28°08’ a 29°55’de latitude Sul e 52°15’a 53°50’de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 443.078 hab.

4. Área de drenagem: 16.008,27 km2.

5. Outorgas na bacia: Duas outorgas concedidas para águas superficiais, usos:


abastecimento público e piscicultura; duas outorgas para águas subterrâneas, uso:
abastecimento público. Quatro outorgas em análise para águas subterrâneas, usos:
abastecimento público e irrigação.

6. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 40.822, de 11.06.2001

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Agrossilvopastoril 04

Abastecimento Público 03

Geração e distribuição de energia 03

Diluição de despejos e drenagem urbana 03

Indústria e mineração 02

Lazer e turismo 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Câmaras municipais 03

29
Fontes: Item 1, 2 e 6: definidos pelo DRH/SEMA (2002); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002).
87
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Sindicais 03

Organizações comunitárias e clubes de serviço 03

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02

Associações Técnico-Científicas 02

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua General Andrade Neves, 308


Cru Alta - RS
Cep: 98025- 810
Telefone: (55) 221 1592
Fax: (54) 311 1307
e-mail : coaju@unicruz.edu.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia

Agudo 17.455 520,70 100,00% 520,70 17.455

88
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Alto Alegre 2.137 110,70 100,00% 110,70 2.137

Arroio do Tigre 12.216 311,97 100,00% 311,97 12.216

Barros Cassal 11.347 661,91 0,28% 1,83 22

Boa Vista do Incra * 2.282 511,41 100,00% 511,41 2.282

Cachoeira do Sul 87.873 3.684,35 3,81% 140,45 524

Campos Borges 3.785 184,20 100,00% 184,20 3.785

Carazinho 57.655 665,94 49,02% 326,45 56.382

Cerro Branco 4.297 156,16 5,75% 8,97 182

Chapada 9.746 686,30 21,16% 145,23 1.060

Colorado 4.072 265,60 100,00% 265,60 4.072

Cruz Alta 67.350 1.387,92 60,45% 838,95 27.345

Dona Francisca 3.902 105,50 100,00% 105,50 3.902

Ernestina 3.075 237,24 100,00% 237,24 3.075

Espumoso 15.238 739,54 100,00% 739,54 15.238

Estrela Velha 3.691 280,90 100,00% 280,90 3.691

Faxinal
6.841 165,88 100,00% 165,88 6.841
do Soturno

Fortaleza dos Valos 4.985 619,87 100,00% 619,87 4.985

Ibarama 4.454 197,70 100,00% 197,70 4.454

Ibirapuitã 4.221 296,70 81,99% 243,26 3.809

Ibirubá 18.633 628,25 100,00% 628,25 18.633

Ivorá 2.495 130,00 99,46% 129,30 2.485

Jacuizinho * 2.361 327,53 100,00% 327,53 2.361

Júlio de Castilhos 20.416 1.964,09 62,21% 1.221,78 10.698

Lagoa Bonita do Sul* 2.455 109,44 71,96% 78,76 2.111

Lagoa dos
1.627 129,28 100,00% 129,28 1.627
Três Cantos

89
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Lagoão 6.098 383,30 52,46% 201,06 2.873

Marau 28.361 646,50 38,87% 251,27 2.141

Mato Castelhano 2.454 247,15 7,97% 19,69 164

Mormaço 2.435 146,16 100,00% 146,16 2.435

Não-Me-Toque 14.413 362,76 100,00% 362,76 14.413

Nicolau Vergueiro 1.812 156,74 100,00% 156,74 1.812

Nova Palma 6.312 342,40 100,00% 342,40 6.312

Novo Cabrais 3.565 192,12 56,19% 107,95 1.827

Paraíso do Sul 7.212 341,07 99,85% 340,56 7.204

Passa Sete 4.644 307,73 14,45% 44,45 754

Passo Fundo 168.458 761,10 45,42% 345,68 84.014

Pinhal Grande 4.725 480,09 100,00% 480,09 4.725

Quinze de Novembro 3.582 225,80 100,00% 225,80 3.582

Restinga Seca 16.400 954,76 27,66% 264,12 2.272

Saldanha Marinho 3.195 221,33 100,00% 221,33 3.195

Salto do Jacuí 11.534 565,03 100,00% 565,03 11.534

Santa Bárbara do Sul 10.003 959,37 62,60% 600,59 9.077

Santo Antônio
2.001 204,36 93,28% 190,63 1.927
do Planalto

São João do Polêsine 2.745 84,71 50,47% 42,75 1.911

Segredo 6.911 245,46 99,60% 244,48 6.890

Selbach 4.861 179,50 100,00% 179,50 4.861

Silveira Martins 2.571 122,52 33,58% 41,14 513

Sobradinho 13.873 121,87 100,00% 121,87 13.873

Soledade 29.727 1.317,22 66,40% 874,60 13.573

Tapera 10.564 187,02 100,00% 187,02 10.564

90
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tio Hugo * 2.447 114,38 100,00% 114,38 2.447

Tunas 4.310 214,20 100,00% 214,20 4.310

Tupanciretã 20.947 2.209,78 18,37% 405,90 9.212

Victor Graeff 3.292 244,85 100,00% 244,85 3.292

TOTAIS 16.008,27 443.078

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)

Depressão Periférica Formação Rosário do 9,6 86


Sul livre

Formação Botucatu 6,64 60


livre **
Planalto Meridional Formação Botucatu 18,98 163,3
confinado***

Formação Serra Geral 28,69 114,46

Formação Serra Geral 1 12


regolito
* um poço usado no cálculo **dois poços usados no cálculo *** três poços usados no cálculo
FONTE: SIAGAS – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ( CPRM ) e Plano
Diretor de Controle e Administração Ambiental da Região Hidrográfica do Guaíba – Anexo 6 Estudo da
Disponibilidade de Água Subterrânea/1998 ( págs. 16 a 27 )

91
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO VACACAÍ-VACACAÍ-MIRIM

92
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 23 – Mapa Político Bacia Rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim

93
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 24 – Hidrografia Bacia Rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim

94
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.6. Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim

DADOS GERAIS30

1. Localização (mapa): situa-se na porção centro-ocidental do Estado, entre as coordenadas


geográficas de 29°35’ a 30°45’ de latitude Sul; e 53°04’ a 54°34’ de longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Escudo Sul Rio-Grandense

3. População total na bacia: 372.549 hab.

4. Área de drenagem: 11.136,17 km2 (10.000,35 Km2, para o Vacacaí, e 1.135,82 Km2, para
o Vacacaí-Mirim)

5. Precipitação média anual: 1.445,49 mm

6. Evapotranspiração média anual: 831,49 mm

7. Vazão média mais próxima da foz (bacia do Rio Vacacaí): 110,44 m3/s ou 348 mm/ano
(estação Passo das Tunas, 6.790 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área, na bacia do Rio Vacacaí): 0,016


m3/s/Km2 ou 16 l/s/Km2

9. Outorgas na bacia: Uma outorga em análise para água superficial, uso: irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes: A bacia hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí-
Mirim abrange áreas inseridas na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica situadas nos
municípios de Itaara, Ivorá, Júlio de Castilhos, Restinga Seca, Santa Maria, São João do
Polêsine e Silveira Martins.

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:


‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 39.639 de 28/07/1999
‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 03

Agricultura e Pecuária 05

Indústria e Mineração 01

30
Fontes: Itens 1, 2, e 5 a 10: definidos pelo DRH/SEMA, tendo como base dados constantes em Serviços
Técnicos de Engenharia S/A. (1998, Cenário Atual, Anexo II, p.14-30 e 216); itens 3 e 4: IBGE (2002) e
Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); item 11: CRH/SEMA (2002)

95
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Abastecimento Público 03

Pesca, Esporte e Lazer 02

Grupo II – População

Categoria Vagas

Associações Comunitárias e Clubes de Serviços 04

Organizações Ambientalistas 02

Associações Técnico-Científicas 02

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02

Legislativos Municipais 03

Organizações Sindicais 01

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua Maurício Sirotsky Sobrinho, n° 338 - (CORSAN)


Santa Maria - RS
Cep: 97020-440
Telefone: (55) 222 5313
Fax: (55)222 5313
e-mail: comite.vacacaí@corsan.com.br

96
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia

Caçapava do Sul 34.643 3.059,00 30,38% 929,19 14.316

Cachoeira do Sul 87.873 3.684,35 8,55% 314,93 1.176

Dilermando
3.200 598,07 70,08% 419,15 1.479
de Aguiar

Formigueiro 7.598 584,00 100,00% 584,00 7.598

Itaara 4.578 170,02 59,90% 101,84 757

Ivorá 2.495 130,00 0,54% 0,70 10

Júlio de Castilhos 20.416 1.964,09 1,17% 22,90 47

Lavras do Sul 8.109 2.571,80 0,16% 4,05 5

Restinga Seca 16.400 954,76 72,34% 690,64 14.128

Santa Margarida
2.176 953,33 100,00% 953,33 2.176
do Sul

Santa Maria 243.611 1.801,52 89,92% 1.620,00 242.310

São Gabriel 60.073 5.143,50 52,00% 2.674,62 56.773

São João do Polêsine 2.745 84,71 49,53% 41,96 834

São Sepé 24.621 2.179,43 100,00% 2.179,43 24.621

Silveira Martins 2.571 122,52 66,42% 81,38 2.058

Vila Nova do Sul 4.263 518,04 100,00% 518,04 4.263

TOTAIS 11.136,17 372.549

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

97
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL NA BACIA DO RIO VACACAÍ

Seção Qlp (m3/s)31 Q7, 10 (m3/s)32


Ponte São Gabriel – Vacacaí 17,22 0,43
Passo da Rocha – Vacacaí 52,08 0,39
Passo das Tunas – Vacacaí 110,44 0,47
Sepe3 – São Sepe 12,84 0,20
Fonte dos dados: Serviços Técnicos de Engenharia S/A. (1998, Cenário Atual, p.121-122)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Escudo Cristalino 1,21 77,14

Formação Rio Bonito 2,60 67,50

Formação Irati livre 4,67 36,33


Depressão Periférica
Formação Rosário do Sul 11,99 94,80

Formação Botucatu 7,50 68,00

Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p.86-94); SIAGAS – Sistema de


Informações de Águas Subterrâneas (CPRM).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
Prefeituras
1. Abastecimento Público - Estimativa do total captado: 8,020
Ministério do Exército – 9° Regimento de
hm3/ano (na bacia do Rio Vacacaí)
Cavalaria Blindada
URCAMP

31
Qlp = vazões médias de longo período.
32
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.

98
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Concentram-se principalmente nas


cidades de Santa Maria, São
Gabriel e Caçapava do Sul;
- A maioria das indústrias utiliza
Principais ramos: Frigoríficos,
2. Abastecimento Industrial como fonte para abastecimento
matadouros, alimentícia, laticínios,
poços;
bebidas, hotelaria e química
- Estimativa do total captado, na
bacia do Rio Vacacaí: Água
Superficial – 0,511 hm3/ano ; Água
Subterrânea – 0,838 hm3/ano

- É o maior consumo de água na


3. Irrigação bacia;
Irrigantes particulares
- Estimativa do total captado, na
bacia do Rio Vacacaí: 189 hm3/ano

- Rebanhos bovinos e ovinos;


4. Dessedentação de - Estimativa do total captado, na
Pecuaristas
Animais bacia do Rio Vacacaí: 13,037
hm3/ano.

Fonte dos dados: Serviços Técnicos de Engenharia S/A. (1998, Cenário Atual, p.200-217); Serviços Técnicos de
Engenharia S/A. (1998, Cadastro de usuários, CD-ROW).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

1. Diluição de esgoto
CORSAN -
doméstico

Principais ramos: Frigoríficos,


2. Diluição de esgoto
matadouros, alimentícia, laticínios, -
industrial
bebidas, hotelaria e química

3. Drenagem urbana Prefeituras -

99
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

-
Principais produtos: ouro e
calcário;
- Ocorrências de cobre e cromita;
- Exploração de brita, areia e argila;
4. Mineração Particulares - Extração de areia em São Sepé e
São Gabriel, no Rio Vacacaí; e em
Santa Maria, no Arroio Arenal;
- Extração e beneficiamento mineral
são fonte de degradação ambiental.
- Usuários particulares, Prefeitura
Municipal de São Gabriel e
- Balneários Ministério do Exército;
5. Lazer
- Cascata - Principais corpos de água
utilizados: Rio Vacacaí e Arroio
Grande
Fonte dos Dados: Serviços Técnicos de Engenharia S/A. (1998, Cenário Atual, p.71-77); Serviços Técnicos de
Engenharia S/A. (1998, Cadastro de usuários, CD-ROW).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

Estimativa das captações de água por uso, na bacia hidrográfica do Rio


Vacacaí
Figura 25:
Gráfico das
89%
estimativas de
Abastecimento Público
captações de
Abastecimento Industrial
água, superficial
Irrigação
e subterrânea,
Dessedentação de Animais
por uso, na
bacia do Rio
6%
Vacacaí (Fonte
1% 4% dos dados:
Serviços
Técnicos de
Engenharia
S.A.,1998).

• Conclusão: de acordo com o balanço das disponibilidades e demandas de água,


calculados por Serviços Técnicos de Engenharia S.A. – Cenário Atual (1998, p.215-220), tem-
se para a bacia do Rio Vacacaí:

‰ A irrigação do arroz é responsável pelo maior consumo de água na bacia;

100
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ O período de irrigação coincide com o de estiagem na região, tornando problemática a


manutenção da vazão mínima do Rio Vacacaí e seus afluentes;
‰ Ocorrência grave de conflitos causada pela orizicultura irrigada, provocando interrupção
dos rios da bacia em diversos trechos;
‰ A disponibilidade atual de água subterrânea não viabiliza o atendimento das demandas
da irrigação.

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias

Erosão, transporte de
Porção central da - Licenciamento ambiental;
Extração de areia sedimentos e assoreamento
bacia - Fiscalização.
dos corpos de água

- Licenciamento ambiental;
Assoreamento dos leitos
Manejo - Reflorestamento;
dos corpos de água e
inadequado do - Reconversão do espaço agrário
diminuição da fertilidade
solo com ênfase para a agricultura
do solo
ecológica
- Implantação da outorga;
Várzeas do Rio Interrupção de trechos do
- Fiscalização ambiental;
Orizicultura Vacacaí e rio principal e seus
- Participação do comitê de
afluentes afluentes
bacia
Fonte dos dados: Serviços Técnicos de Engenharia S/A. (1998, Cenário Atual, p.77 e 215-220)

101
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO JACUÍ

102
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 26 – Mapa Político Bacia do Baixo Jacuí

103
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 27 – Hidrografia Bacia do Baixo Jacuí

104
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.7. Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí

DADOS GERAIS33

1. Localização (mapa): situa-se na porção centro-leste do Estado do Rio Grande do Sul,


entre as coordenadas geográficas de 29°26’ a 30°47’de latitude Sul e 51°16’ a 53°35’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional, Depressão Central, Escudo


Uruguaio-Sul-Rio-grandense e Planície Costeira (Interior).

3. População total na bacia: 290.211 hab.

4. Área de drenagem: 14.324,65 km2

5. Precipitação média anual: 1.524,33 mm (média das estações Cachoeira do Sul, Caçapava
do Sul e Santa Cruz do Sul, no período de 1931 a 1960)

6. Evaporação média anual: 1104 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 1.969 m3/s ou 869 mm/ano (Estação Passo do Raso;
área de drenagem: 71.454 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,028 m3/s/km2 ou 28 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Duas outorgas concedidas para águas superficiais, usos:


abastecimento público e geração de energia. Uma outorga em análise para águas
subterrâneas, uso: irrigação.

10. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 40.225, de 07.08.2000

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 02

Indústria e Agroindústria 03

Agrossilvopastoril 07

33
Fontes: item 2 e 5 a 8: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, Cenário Atual - Tomo I, p.43; e Tomo II, p.282-
342); item 3: IBGE (2002); item 4: Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); item 9: DRH/SEMA;
item 10: CRH/RS (2002).

105
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Turismo, Esporte e Lazer 01

Pesca e Aqüicultura 01

Navegação 01

Geração de Energia 01

Mineração 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Municipal 06

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitária e Clubes de Serviço 04

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 03

Associações Técnicas, Científicas e Classistas 03

Organizações Sindicais 02

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Transportes 01

Ministério de Meio Ambiente 01

106
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Endereço

Rua Martinho Lutero, s/n ULBRA


Cachoeira do Sul - RS
Cep: 96501-000
Telefone: (51) 723 4000
Fax: (51) 722 3681
e-mail: comite_baixo_jacui@yahoo.com.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População total Área total Área na bacia População na bacia


Município Área na bacia
(hab) (km2) (km2) (hab)

Arroio dos Ratos 13.335 423,00 100,00% 423,00 13.335


Barão do Triunfo 6.662 438,00 74,51% 326,34 5.115
Butiá 20.322 765,70 100,00% 765,70 20.322
Caçapava do Sul 34.643 3.059,00 40,80% 1.248,00 15.912
Cachoeira do Sul 87.873 3.684,35 87,64% 3.228,97 86.173
Candelária 29.585 934,93 47,06% 439,93 7.428
Cerro Branco 4.297 156,16 94,25% 147,19 4.115
Charqueadas 29.961 220,31 100,00% 220,31 29.961
Dom Feliciano 13.297 1.402,48 27,12% 380,32 2.914
Eldorado do Sul 27.268 491,79 73,70% 362,46 5.915
Encruzilhada do Sul 23.902 3.224,14 40,29% 1.299,12 15.524
General Câmara 8.737 497,31 42,64% 212,07 1.520
Guaíba 94.307 416,31 0,17% 0,69 4
Lagoa Bonita do Sul 2.455 109,44 28,04% 30,68 344
Mariana Pimentel 3.733 335,00 54,33% 181,99 1.692
Minas do Leão 7.321 420,00 100,00% 420,00 7.321
Montenegro 54.247 416,97 5,08% 21,20 274
Novo Cabrais 3.565 192,12 43,81% 84,17 1.738
Pantano Grande 10.979 856,30 100,00% 856,30 10.979
Paraíso do Sul 7.212 341,07 0,15% 0,51 8
Passa Sete 4.644 307,73 9,44% 29,06 544

107
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Passo do Sobrado 5.566 266,74 38,19% 101,87 1.754


Rio Pardo 37.783 2.133,83 73,82% 1.575,28 21.689
Santa Cruz do Sul 107.632 799,86 1,97% 15,72 272
Santana da Boa Vista 8.621 1.462,40 23,25% 339,98 1.117
São Jerônimo 20.283 959,94 86,89% 834,09 19.671
Sertão Santana 5.272 249,60 9,16% 22,87 400
Triunfo 22.166 834,00 69,67% 581,05 12.908
Vale Verde 3.057 331,19 53,08% 175,79 1.262
TOTAIS 14.324,65 290.211

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Q95 (m3/s) (Dez


Seção Qmédia(m3/s)34 Q95 (m3/s)35
a mar)
Jacuí Jusante Vacacaí 628 19,83 15,16
Passo São Lourenço 632 17,32 11,27
Irapuá BR/290 46 1,81 1,54
Montante foz Irapuá 68 2,83 2,07
Fandango jusante 639 23,75 19,66
Barragem Caponé 3,1 0,00 0,00
Botucaraí Cabeceira 7,3 0,03 0,02
Montante foz Botucaraí 33 1,24 1,18
Bexiga 675 21,69 24,76
Piquiri BR/290 17 1,35 1,14
Jusante foz do Piquirí 45 1,85 1,86
Dom Marco Jusante 728 20,84 22,34
Rio Pardo 926 26,86 15,77
Capivari BR/290 24 0,52 0,43
Porto Caieira 961 27,30 16,30
Francisquinho BR/290 5,3 0,02 0,01
Amarópolis Jusante 992 30,97 20,22
Arroio dos Ratos BR/290 29 0,89 1,09
São Jerônimo 1893 70,83 53,32
Passo do Raso 1969 76,06 52,21
Delta do Jacuí 1977 68,28 43,31
Fonte: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, Cenário Atual - Tomo II, p.342 e 356); Obs: vazões calculadas a partir
do modelo MOPH3.

34
Qmédia = vazão média observada
35
Q95 = Vazões mínimas com permanência em 95% do tempo (que é igualada ou superada em 95% do tempo)

108
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)

Cristalina/regolito 0,50 -
Escudo
Cristalina/fraturado 4,90 -

Paleozóica (Formação Santa Bárbara


1,00 -
e Guaritas)

Permocarbonífera (Formação Itararé,


Depressão Periférica 2,00
Rio Bonito, Palermo, Irati, E. Nova)
105,00

Formação Rosário do Sul 15 a 30

Formação Botucatu 30 a 70
Planalto Basáltico 120,00
Formação Serra Geral 2 a 10

Província Litoral Lagunar Norte 10 a 20 -

Sedimentos Fluviais 5a8 -

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, p.302-316); PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6, p.52-61).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Ceca de 58% do total de domicílios
CORSAN abastecidos pela rede geral;
1. Abastecimento público Prefeituras - Cerca de 18% dos domicílios sem
Colônia Penal Agrícola SUSEPE abastecimento regular;

Ramos principais: metalúrgica, fumageira,


- Pólo Petroquímico (localizado
2. Abastecimento siderúrgica, frigoríficos, cooperativas
parcialmente na bacia);
industrial/agroindustrial agrícolas, matadouros, alimentos, bebidas,
petroquímica.

- Culturas comerciais importantes:


arroz, milho e fumo;
- Estimativa do total captado para a
3. Irrigação Irrigantes particulares
orizicultura: 474,01 hm3
- Lavouras de subsistência: batata-
doce, feijão, mandioca, sorgo,

109
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

melancia e hortigranjeiros;
-
Lavouras permanentes: laranja
(Montenegro); pêssego
(Charqueadas, Encruzilhada do Sul
e Rio Pardo); e tangerina
(Montenegro).
- Pecuária de corte e leiteira;
Pecuaristas - Produção de ovos, lã e mel;
Cooperativas - Pecuária de grande porte (bovinos,
4. Dessedentação de Assentamentos suínos e eqüinos);
animais Indústrias diversas - Pecuária de pequeno porte (ovinos,
Penitenciária aves);
Prefeituras - Estimativa do total captado: 17,66
h3m/ano.
Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, Cenário Atual – Tomo I, p.7, e Tomo II, p. 243; 261-269; 346-
348); - Anexos II - Cadastro de usuários (1999, p.18).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Cerca de 8% dos domicílios estão
ligados à rede geral;
- Cerca de 36% usam fossa séptica;
CORSAN
- Cerca de 33% servem-se de fossa
1. Diluição de despejos Prefeituras
rudimentar;
Indústrias diversas
- Cerca de 23% do total não
registram qualquer tipo de
esgotamento sanitário.
- Apenas 55,5% das moradias são
servidas por coleta de lixo;
- Cerca de 23% dos domicílios
2. Drenagem urbana Prefeituras municipais queimam o lixo;
- Cerca de 21% dispõem o lixo de
outras maneiras (enterram ou
jogam fora).
- Principal hidrovia do Estado;
- Barragens-eclusa de Fandango,
Amarópolis e anel Dom Marco;
Comercial
- Destaque para o porto de Cachoeira
3. Navegação AHSUL – Administração das Hidrovias
do Sul, às margens do Rio Jacuí
do Sul
(Distrito Industrial-Portuário);
- Barragens: Fandango, Anel de
Dom Marco e Amarópolis.
- Aproveitamento da energia
termelétrica (carvão);
- Estruturação do Pólo Metalúrgico
em São Jerônimo e Charqueadas;
- Projeto de duplicação da
ELETROSUL Siderúrgica Aços Finos Piratini;
4. Geração de energia
CEEE - Barragens no rio Jacuí: Ernestina,
Passo Real, Jacuí (Maia Filho), e
Itaúba;
- Ocorrência de conflitos
relacionados à operação das
barragens do Alto Jacuí.

110
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Clubes
5. Lazer -
Balneários
- Recursos explorados ou com
estudos para exploração: água
mineral, pedras semipreciosas,
areia, cascalho, saibro, argila,
fosfato, minerais metálicos,
combustíveis fósseis, calcários,
COPELMI dolomitas, minerais para indústria;
6. Mineração
Empresas diversas - Mineração de carvão destinada à
geração de energia;
- Áreas de exploração: Butiá, Arroio
dos Ratos e Minas do Leão I; minas
a céu aberto e subterrâneas);
- Grandes impactos ambientais nos
recursos hídricos.

Particulares
7. Pesca -
Centro Rural de Estudos

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda.. (1999, Cenário Atual – Tomo I, p. 142-152; e Tomo II p.244-246;
268-287) - Anexos II: Cadastro de usuários (1999, p.18).

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Cerca de 23% dos domicílios


Prefeituras
1. Abastecimento Público abastecidos através de poços e
nascentes.

Indústrias diversas: beneficiamento de


2. Abastecimento
grãos, metalúrgica, matadouros, -
Industrial/ agroindustrial
frigoríficos, transportadora

3. Lazer Particulares -

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, Cenário Atual – Tomo II, p.243); Anexos II: Cadastro de
usuários (1999, p.96-97).

111
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• Conclusão: os estudos revelaram que não há déficits de água na bacia como um todo. Os
déficits existentes ocorrem nas sub-bacias que dependem do manejo de usinas
hidrelétricas situadas a montante (sub-bacias vertentes do Rio Jacuí), nos meses de verão
(Bourscheid Engenharia Ltda. – Relatório Final, 1999, p.170).

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Contaminação das - Participação do
Sub-bacia do Arroio águas com metais Comitê de bacia;
carvão
do Conde pesados; - Aprimoramento das
- Destruição do solo; técnicas de mineração.
Calcário,
- Assoreamento de - Licenciamento
caulim e
córregos e arroios ambiental
argila
- Assoreamento dos
Mineração
corpos de água;
- Comprometimento
das condições de - Licenciamento
Areia Leito do Rio Jacuí vida de peixes com ambiental;
importância - Fiscalização;
comercial;
- Riscos à infra-
estrutura da hidrovia.
Sub-bacias vertentes
- Tratamento de esgoto;
(Caçapava do Sul, - Contaminação das
- Licenciamento
Esgoto de origem urbana Encruzilhada do Sul águas com
ambiental;
e rural e Barão do Triunfo e coliformes fecais e
- Reconversão do
áreas de totais
espaço agrário.
minifúndios)
- Drenagem de
banhados; - Recuperação de
- Redução da mata- banhados e reposição
ciliar; da mata-ciliar;
Várzeas do Jacuí e
Orizicultura - Perda da diversidade - Reconversão da
afluentes
biológica; lavoura de arroz;
- Riscos de - Participação do comitê
contaminação por de bacia.
agroquímicos.

112
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Participação do comitê
- Modificação do
para negociação com o
hidroperíodo da
Barragens para geração setor energético para
Sub-bacias vertentes vegetação marginal
de energia viabilizar mudanças no
aos corpos de água;
regime de uso das
- Déficits hídricos.
barragens
Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. (1999, Relatório Final, p.166-171).

113
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.8. BACIA HIDROGRÁFICA DO LAGO GUAÍBA

114
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 28 – Mapa Político Bacia do Lago Guaíba

115
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 29 – Hidrografia Bacia do Lago Guaíba

116
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.8. Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

DADOS GERAIS36

1. Localização (mapa): situa-se a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°55’ a 30°37’de latitude Sul; e 50°56’ a 51°46’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Escudo Uruguaio Sul Rio-Grandense e Planície


Costeira

3. População total na bacia: 1.104.221 hab.

4. Área de drenagem: 2.541,89 km2

5. Outorgas na bacia: Duas outorgas concedidas para águas superficiais, usos:


abastecimento industrial e irrigação; uma outorga para águas subterrâneas, uso: geração
de energia. Duas outorgas em análise para águas subterrâneas, usos: abastecimento
industrial e irrigação.

6. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual Delta do Jacuí Porto Alegre, Canoas, Nova 17.245 Estado
Santa Rita, Eldorado do Sul e
Triunfo

Parque Estadual de Itapuã Viamão 5.566,50 Estado

Jardim Botânico de Porto Alegre Porto Alegre 43 Estado

Reserva Biológica do Lami Porto Alegre 179,3 Município

Parque Sant’Hilaire Porto Alegre 140 Município

Parque Farroupilha Porto Alegre 240 Município

Horto Florestal Barba Negra Barra do Ribeiro

7. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 38.989, de 29.10.1998.

36
Fontes: Itens 1, 3 e 4: Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba (2002); item 2 e 5: definidos pelo
DRH/SEMA (2002); item 6: Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba (op. cit., p.9),
www.sema.rs.gov.br; item 7: CRH/SEMA (2002)

117
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 4

Esgotamento sanitário 2

Drenagem urbana 2

Indústria 2

Agropecuária 2

Efluentes líquidos provenientes de resíduos sólidos 1

Turismo, esporte e lazer 1

Pesca artesanal, comercial e aqüicultura 1

Navegação 1

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo 4

Organizações ambientalistas 4

Organizações comunitárias e clubes de serviço 3

Instituições de ensino superior e pesquisa 2

Associações técnicas, científicas e classistas 2

Organizações sindicais 1

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 1

Secretaria de Obras Públicas e Saneamento 1

118
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria de Saúde 1

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 1

Secretaria da Educação 1

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 1

Secretaria de Ciência e Tecnologia 1

Ministério do Meio Ambiente 1

‰ Endereço

Rua Barão do Cerro Largo, n° 600


Porto Alegre – RS
Cep: 90850-110
Telefone: (51) 289 9843
Fax: (51) 289 9849
e-mail: lagoguaiba@ig.com.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia

Barão do Triunfo 6.662 438,00 2,59% 11,33 157

Barra do Ribeiro 11.845 739,47 98,82% 730,74 11.811

Canoas 306.093 113,11 26,75% 30,26 81.892

Cerro Grande do Sul 8.273 331,70 15,10% 50,09 1.005

Eldorado do Sul 27.268 491,79 26,30% 129,33 21.353

Guaíba 94.307 416,31 99,83% 415,62 94.303

Mariana Pimentel 3.733 335,00 45,67% 153,01 2.041

Nova Santa Rita 15.750 219,79 2,70% 5,94 113

Porto Alegre 1.360.590 489,00 82,49% 403,36 851.730

119
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Sentinela do Sul 4.892 282,00 33,74% 95,15 1.251

Sertão Santana 5.272 249,60 90,84% 226,73 4.872

Tapes 16.291 699,21 20,35% 142,29 491

Triunfo 22.166 834,00 0,46% 3,82 43

Viamão 227.429 1.612,00 8,95% 144,21 33.157

TOTAIS 2.541,89 1.104.221

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Escudo Cristalino 6,85 101,89
Quaternário Planície Lagunar 2 23,6
Fonte dos dados: PRÓ-GUAÍBA (1998, Anexo 6 p. 44-51) e SIAGAS – Sistema de Informações de Águas
Subterrâneas ( CPRM ).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
1. Abastecimento Público - Uso preponderante na área urbana
DMAE

- Uso preponderante na área rural;


- Expressão para a cultura do arroz
2. Irrigação Particulares (Tapes e Barra do Ribeiro);
- Intenso uso de agrotóxicos e
fertilizantes.

Fonte dos dados: Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba (2000)

120
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

- Bastante crítica em relação às


1. Diluição de efluentes necessidades de atendimento à
CORSAN
domésticos e industriais população e à eficiência dos
sistemas de tratamento.

Balneários
2. Lazer -
Esportes aquáticos

Fonte dos dados: Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba (2000)

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

1. Abastecimento Público - Poços artesianos

2. Abastecimento Industrial - Poços profundos

PROBLEMAS AMBIENTAIS NA BACIA

Porto alegre gera o maior número de resíduos sólidos classe 1


Poluição industrial (perigosos) e também apresenta a maior concentração de indústrias com
alto e médio potencial de poluição atmosférica.
O uso para abastecimento público está comprometido pela presença de
Disponibilidade de Águas Subterrâneas
sulfatos e também problemas disponibilidade.

Assoreamento dos arroios destino inadequado de embalagem de


Problemas Ambientais em Áreas Rurais
agrotóxicos.

Problemas Ambientais em Áreas A ocupação de áreas de risco, caracterizando um importante problema


Urbanas ambiental.

121
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Potencial de Erodibilidade em Áreas Ocupação urbana de encostas declivosas dos morros graníticos da
Urbanas Região Metropolitana de Porto Alegre.

A extração de materiais para construção civil e a ocupação das áreas da


Setor Mineração
Região Metropolitana de Porto Alegre, geram conflitos de uso do solo.

Fonte dos dados: Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba (2000, p.10)

SÍNTESE DOS RESULTADOS

‰ Qualidade das águas do Lago Guaíba apresenta como principal problema a elevada
contaminação por carga orgânica decorrente de esgotos domésticos;

‰ Na margem direita, a ocorrência de coliformes fecais é mais reduzida, devido à menor


extensão de área urbana; apenas na estação situada próxima à foz do Arroio Celupa
(município de Guaíba) as concentrações destes organismos estão acima da classe 3 do
CONAMA;

‰ No sentido sul do Lago Guaíba, observa-se uma melhora da qualidade da água,


notadamente em termos de contaminação fecal;

‰ Concentrações de fosfato total superior aos limites da classe 3; os resultados históricos


indicam que a presença mais elevada de fosfato pode ser atribuída basicamente a fontes
naturais, com possibilidade de incremento através de atividades urbanas e agrícolas na
bacia;

‰ Excetuando a estação 40 (próxima à foz do Arroio Dilúvio), verifica-se que a maior parte
dos pontos monitorados no lago apresenta bons níveis de OD.

ESTRATÉGIAS PARA A GESTÃO DAS ÁGUAS DO GUAÍBA

Em Porto Alegre, a Prefeitura Municipal está realizando ações para minimizar a descarga de
esgotos, mediante a implantação de redes coletoras e estações de tratamento de esgoto
domésticos:

‰ na sub-bacia do Arroio Dilúvio;


‰ nas praias de Ipanema e Belém Novo;
‰ na zona norte (ETE São João/Navegantes).

122
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.9. BACIA HIDROGRÁFICA DO PARDO

123
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 30 – Mapa Político – Bacia do Pardo

124
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 31 – Hidrografia Bacia do Rio Pardo

125
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

DADOS GERAIS37

1. Localização (mapa): Situa-se na região central do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas de 28º50’ a 30º 00’ de latitude Sul e 52º 15’ a 53º 00’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Planalto Meridional

3. População total na bacia: 202.932 hab

4. Área de drenagem: 3.703,88 km2

5. Precipitação média anual: 1.645,93 mm

6. Evapotranspiração média anual: 778,22 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 29,20 m3/s ou 444 mm/ano (Estação Passo do Meio,
área de drenagem: 2074 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,014 m3/s/km2 ou 14 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Uma outorga concedida para água subterrânea, uso: abastecimento
industrial; uma outorga em análise para água superficial, uso: geração de energia.

10. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 39.116, de 08.12.1998

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 05
Drenagem Urbana, Esgotamento Sanitário e
03
Efluentes Líquidos de Resíduos Sólidos
Indústria e Agroindústria 04

Agricultura 05

37
Fonte: item 1, 2 e 5 a 8: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário Atual - Volume I, p. 31 a 117 e 119); item
3: IBGE (2002); item 4: Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); item 8: calculado pelo
DRH/SEMA, tendo como base os dados dos itens 4 e 7; item 9: DRH/SEMA (2002); item 10. CRH/SEMA
(2002).

126
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Pecuária 01

Turismo, Esporte e Lazer 01

Mineração 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 05

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias 05

Instituições de Ensino Superior 01

Associações Técnico-Científicas 03

Organizações Sindicais 04

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

127
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Endereço

Rua Independência, 2293 - (UNISC).


Santa Cruz do Sul - RS
Cep. 96815-900
Telefone: (51) 717-7460
Fax: (51) 717-7470
e-mail: dionei@proppex.unisc.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia Área na bacia População na


Município
total (hab) (km2) (km2) bacia

Barros Cassal 11.347 661,91 48,03% 317,91 5.514

Boqueirão do Leão 7.825 263,90 43,07% 113,66 4.237

Candelária 29.585 934,93 52,94% 495,00 22.157

Gramado Xavier 3.666 218,19 100,00% 218,19 3.666

Herveiras 2.957 117,83 100,00% 117,83 2.957

Lagoão 6.098 383,30 47,54% 182,24 3.225

Passa Sete 4.644 307,73 76,11% 234,22 3.346

Rio Pardo 37.783 2.133,83 26,18% 558,55 16.094

Santa Cruz do Sul 107.632 799,86 40,67% 325,34 99.418

Segredo 6.911 245,46 0,40% 0,98 21

Sinimbu 10.210 504,08 95,80% 482,90 9.831

Soledade 29.727 1.317,22 0,11% 1,45 7

Vale do Sol 10.558 327,14 100,00% 327,14 10.558

Venâncio Aires 61.234 728,45 2,40% 17,48 601

128
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Vera Cruz 21.300 311,00 100,00% 311,00 21.300

TOTAIS 3.703,88 202.932

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado após
2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s) 38 Q7,10 (m3/s) 39 Q (l/s/km2) 40

Passo linha do Rio - Estação (DNAEE 85730000) 31,40 3,30 25,60


Candelária - Estação (DNAEE 85740000) 45,10 - 32,80
Passo do Meio - Estação (DNAEE 85780000) 29,20 - 14,20
Santa Cruz Montante - Estação (DNAEE 85830000) 20,40 - 26,20
Santa Cruz - Estação (DNAEE 85850000) 15,30 2,20 17,20

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário atual, Volume I, p. 82 a 92 e 113).

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA


Província Capacidade específica Profundidade média
Sub-província Vazão média (m3/h)
Hidrogeológica média (m3/h/m) (m)
Formação Rosário
11,11 0,52 119,31
Depressão Periférica do Sul
Formação Botucatu - - -
Formação Serra
Planalto Meridional 11,51 0,21 109,10
Geral
Sedimentos
Aluviões 1,00 - 5,00
Quaternários

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário atual - Volume I, p. 119 a 146).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA


Usos Entidades Situação atual

CORSAN
1. Abastecimento Público Prefeituras - Estimativa do total captado:
Associação de moradores 4,89 hm3/ano
Cooperativas

38
Qlp = Vazão média de longo período.
39
Q7,10 = Vazão mínima de 7 dias com período de retorno de 10 anos.
40
Q = Vazão específica.

129
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Estimativa do total captado:


2. Abastecimento Industrial Principais ramos:
7,03 hm3/ano (0,37hm3/ano
Fumageiro, frigorífico e vestuário
de captação independente).

- Arroio Lajeado, no Município


3. Piscicultura Piscicultores particulares
de Candelária.

- Estimativa do total captado:


103,42 hm3/ano;
- Arroz (99,43% da demanda),
4. Irrigação Irrigantes Particulares
milho, fumo, soja,
hortifruticultura, mudas de
eucalipto e cítricos.

- Estimativa do total captado:


2,90 hm3/ano;
5. Dessedentação de Animais Pecuaristas - Bovinos, eqüinos, bubalinos,
caprinos, ovinos, suínos,
galos e galinhas.

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário atual - Volume I, Relatório Final,
p.199 a 247).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

- Pequeno aproveitamento
1. Geração de energia Balneário Cascata (particular) hidrelétrico no Rio Pardo,
município de Barros Cassal.

2. Diluição de esgoto - Insuficiência nos serviços de coleta


CORSAN
doméstico e tratamento de esgoto.

130
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

3. Diluição de esgoto Principais ramos:


-
industrial Fumageiro, frigorífico e vestuário

4. Drenagem urbana Prefeituras municipais -

- Incipiente, ocorrendo apenas no


5. Navegação Navegadores particulares
baixo Pardo.

- No Rio Pardo;
- Municípios de Barros Cassal,
6. Lazer Balneários
Candelária, Vera Cruz, Santa Cruz
do Sul e Rio Pardo.

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário atual - Volume I, p. 249 a 256).

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN - Estimativa do total captado:


1. Abastecimento Público
Prefeituras 4,70hm3/ano.

- Estimativa do total captado:


2. Abastecimento Industrial
2,33hm3/ano.

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário Atual - Volume 1, p. 222)

131
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

•De água superficial: predomínio da irrigação (fig. 32).

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia


hidrográfica do Rio Pardo
Figura 32:
5,95%
abastecimento urbano
Gráfico das
4,14% estimativas de
2,45%
indústria captações de
água superficial,
dessedentação de por uso, na
animais
bacia do Rio
irrigação
87,46% Pardo (Fonte
dos dados:
Ecoplan Eng.
Ltda., 1997)

•De água subterrânea: predomínio do abastecimento industrial (fig. 33).

Estimativa das captações de água subterrânea por uso,


na bacia hidrográfica do Rio Pardo

Figura 33: Gráfico


das estimativas de
33,14% captações de água
abastecimento urbano
abastecimento industrial subterrânea, por uso,
na bacia do Rio
66,86% Pardo (Fonte dos
dados: Ecoplan Eng.
Ltda., 1997)

132
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

•Conclusão:
Não ocorrem déficits hídricos nas oito sub-bacias, pois para a disponibilidade total anual de
2.721 hm3/ano, apenas 118 hm3/ano são a demanda total anual na bacia.
No município de Santa Cruz do Sul, a CORSAN é responsável por 77% do abastecimento
urbano, e os 23% restantes são feitos por poços artesianos e fontes naturais.
Grandes indústrias de Santa Cruz do Sul captam água em poços (1,33 hm3/ano).

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


Relação infiltração/escoamento
Basalto
superficial
Rio Pardo a Carga grossa que entulha nascentes
Enquadramento nas normas
Cascalho montante e jusante Modificação das características
de exploração
de Candelária hidráulicas
Rio Pardo abaixo
Exploração em turfeira provoca acidez no
Areia da confluência com
Mineração solo
o Arroio Pinheiro
Assoreamento por sedimentos finos
Manutenção da vegetação
Argila Compactação da planície marginal por
entre depósitos
mecanização
Exploração das margens convexas altera
Arenito característica hidráulica da drenagem e
provoca erosão côncava
Desmatamento das matas ciliares
Deposição de resíduos nas áreas
Lazer/Recreação
ribeirinhas e carreamento aos corpos
hídricos

Restrição ao uso, medidas


Pastagens, campos
Super-utilização do solo e conseqüente de conservação do solo e
Agricultura naturais e lavouras.
erosão por fim limitação ao crédito
21,58% da Bacia
agrícola.

Sócio-econômico – Áreas agriculturáveis


Escolha de áreas com
alagadas (redução da produção agrícola)
Barragens topografia irregular,
Ambiental – Matas ciliar e nativa
diminuindo a área alagada.
alagadas (destruição do habitats)

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário Atual, Volume 1, p.178 a 188 e 374 a 380).

Obs.: As áreas super-utilizadas ou com risco potencial somam 21,58% da área da bacia.

133
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2 A Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas

A Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas está localizada na porção leste e sul do
território rio-grandense e ocupa uma superfície de aproximadamente 53.356,41 Km2,
correspondendo a 20,11 % da área do Estado. Sua população total está estimada em
1.231.293 habitantes, correspondendo a 12,09 % da população do Rio Grande do Sul,
distribuídos em 80 municípios, com uma densidade demográfica em torno de 23,07
hab/Km2.
Compõem esta Região Hidrográfica seis bacias: Tramandaí (L10), Litoral Médio (L20),
Camaquã (L30), Piratini-São Gonçalo-Mangueira (L40), Mampituba (L50), Jaguarão (L60).
Cabe destacar que, a Resolução 05/02, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, instituiu
o Comitê Gestor da Laguna dos Patos - CGLP- como instrumento de articulação no
gerenciamento das águas desta laguna.
Entre os usos preponderantes dos recursos hídricos, nesta região, a irrigação de arroz
se evidencia em todas as bacias. Além disto, o turismo e a pesca também se notabilizam,
especialmente nas bacias dos rios Tramandaí e Mampituba e do sistema Piratini-São
Gonçalo-Mangueira. Neste último, deve-se enfatizar, igualmente, a atividade industrial
relacionadas, especialmente, ao ramo químico e petroquímico.
Os principais impactos ambientais observados, neste contexto, estão relacionados: ao
lançamento de esgotos de origem urbana e rural, sem prévio tratamento, o que afeta as
condições de balneabilidade, principalmente durante o verão; substituição de sistemas
naturais, como áreas de Floresta Atlântica e banhados, por culturas permanentes e/ou
urbanização desordenada; a presença de indústrias química e petroquímica, concentradas na
área do Superporto de Rio Grande, o que agrava o problema da poluição hídrica, devido aos
despejos de seus efluentes. A mineração de carvão para fins energéticos, por sua vez,
representa outra importante fonte de degradação ambiental, ocorrendo principalmente nas
bacias do Rio Jaguarão e Piratini-São Gonçalo-Mangueira.

134
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 34 – Mapa Político Região Bacias Litorâneas

135
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 35 - Hidrografia Região Bacias Litorâneas

136
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAMANDAÍ

137
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 36 – Mapa Político Bacia Rio Tramandaí

138
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 37 – Hidrografia Bacia Rio Tramandaí

139
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.1. Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

DADOS GERAIS41

1. Localização (mapa): situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29º17’ a 30º18’ de latitude Sul e 49º’44’ a 50º24’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e planície costeira.

3. População total na bacia: 198.235 hab., sendo que na época do veraneio esta população
chega a 580.212 hab.

4. Área de drenagem: 2.859,09 km2

5. Precipitação média anual: 1.522,9 mm

6. Evapotranspiração média anual: 788,8 mm

7. Vazão média mais próxima da foz do Rio Tramandaí: 35,39 m3/s; vazão média no Posto
Itati: 4,81 m3/s, correspondendo a 77% da área da sub-bacia do Rio Três forquilhas;
vazão estimada na foz do Rio Três Forquilhas: 6,24 m3/s; vazão média no Posto
Maquiné: 8,18 m3/s, correspondendo a 78% da área da sub-bacia do Rio Maquiné; vazão
estimada na foz do Rio Maquiné: 10,51 m3/s.

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,012 m3/s/km2 ou 12 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Três outorgas concedidas para água superficial, usos: abastecimento
público, abastecimento industrial e piscicultura; e duas outorgas em análise para água
subterrânea, uso: piscicultura.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Área de Proteção Ambiental


Osório 6.896 Municipal
de Osório

Reserva Biológica da Serra


Terra de Areia, Maquiné 2.064,70 Estadual
Geral

Horto Florestal do Litoral


Tramandaí 45,87 Estadual
Norte

41
Fontes: Itens 1, 2 e 5: definidos ou calculados pelo DRH/SEMA (2002) a partir dos dados de Ecoplan
Engenharia Ltda. (1997, RTF – Vol. II a IV); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento (2002); item 10: www.sema.rs.gov.br e www.bdt.fat.org.br (2002); item 11: CRH/SEMA
(2002)

140
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Estação Ecológica Estadual São Francisco de Paula e


5.882 Estadual
Aratinga Itati

São Francisco de Paula,


Terra de Areia, Maquiné,
Área de Proteção Ambiental
Cambará do Sul, Três 52.355 Estadual
Rota do Sol
Cachoeiras, Três
Forquilhas e Itati

Obs: A bacia hidrográfica do Rio Tramandaí também abrange áreas inseridas na Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica situada nos municípios de Santo Antônio da Patrulha, Osório, Terra de Areia, Maquiné, Morrinhos do
Sul, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Torres.

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 39.637, de 28.07.1999.

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 05

Agropecuária 03

Turismo e Lazer 02

Diluição de Despejos e Drenagem 02

Pesca 01

Mineração 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias, Clubes de Serviço e


04
Organizações de Trabalhadores

Instituição de Ensino Superior e Pesquisa 02

Associações Técnico-Científicas 02

141
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Turismo 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Rua Marechal Floriano, no 1459


Osório - RS
Cep: 95520-000
Telefone: (51) 663 6494
Fax: (51) 663 6494
e-mail: comitetramandai@terra.com.br

142
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Arroio do Sal 5.273 111,10 100,00% 111,10 5.273

Balneário Pinhal 7.452 103,33 66,42% 68,63 7.341

Capão da Canoa 30.498 102,23 100,00% 102,23 30.498

Caraá 6.403 292,71 0,33% 0,97 20

Cidreira 8.882 231,87 77,11% 178,79 8.797

Dom Pedro
2.636 78,27 37,50% 29,35 1.076
de Alcântara

Imbé 12.242 39,34 100,00% 39,34 12.242

Itati * 2.836 204,76 100,00% 204,76 2.836

Maquiné 7.304 622,30 99,64% 620,09 7.285

Morrinhos do Sul 3.533 166,57 0,38% 0,64 11

Osório 36.131 666,12 64,56% 430,03 34.193

Palmares do Sul 10.854 1.091,43 1,77% 19,32 31

Riozinho 4.071 255,87 0,87% 2,23 13

São Francisco
19.725 3.269,15 6,99% 228,66 521
de Paula

Terra de Areia 8.617 141,71 100,00% 141,71 8.617

Torres 30.880 174,50 29,39% 51,29 28.533

Tramandaí 31.040 171,56 96,56% 165,66 30.993

Três Cachoeiras 9.523 254,27 81,52% 207,28 8.637

Três Forquilhas 3.239 215,14 95,99% 206,52 3.120

Xangri-lá 8.197 50,50 100,00% 50,50 8.197

TOTAIS 2.859,09 198.235

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000

143
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Q90 (m3/s)42 Q95 (m3/s)43


Rio dos Quirinos 7,620 6,383
Canal João Pedro 14,428 11,577
Rio dos Postes 14,994 11,866
Rio Tramandaí 14,912 11,976
Mar 17,486 15,766
Fonte: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, RTF,Vol. IV, p.240)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)


Planalto Meridional Formação Botucatu
10,29 93,00
confinado*

Formação Serra Geral 16,08 188,00

Litorânea Quaternário livre 32,23 46,40


Quaternário semi-
104,30 104,25
confinado
Fonte: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM); * Apenas um poço cadastrado; o
SIAGAS apresenta 20 poços cadastrados na bacia hidrográfica do Rio Tramandaí, todos foram usados para os
cálculos das médias.

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Estimativa do total captado: 16,49
hm3/ano
- Corpos de água utilizados: Lagoas
Itapeva, dos Quadros, do Passo, dos
CORSAN Veados, da Emboaba, do Peixoto,
1. Abastecimento Público Petrobrás Cidreira, da Fortaleza, Rondinha e
Cerquinha e Rio Tramandaí;
- Sistemas operados pela Corsan:
média/mês, no verão: 2,6 hm3; no
restante do ano, média/mês: 1,1
hm3.

42
Q90= vazão mínima com 90% de excedência.
43
Q95= vazão mínima com 95% de excedência.

144
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2. Abastecimento Industrial Principais ramos: Cerâmicas, olaria,


matadouros e material de construção.

- Estimativa do total captado para


irrigação do arroz: 29,60 hm3/ano;
hortaliças e outras culturas: 11,23
hm3/ano;
Irrigantes particulares
- Vales dos rios Três Forquilhas e
Na Lagoa da Fortaleza: lavouras
Maquiné: irrigação de hortaliças e
3. Irrigação abastecidas de água pelo sistema de
frutas;
captação da Agropecuária Marques da
- Lagoas da Fortaleza, da Cidreira,
Rocha
Rondinha, dos Quadros, palmital,
Pinguela, da Caieira, Passo, dos
Veados e Emboaba e Rio
Tramandaí: irrigação do arroz.

4. Dessedentação de - Criação extensiva de bovinos;


Pecuaristas
Animais

Fonte dos dados: Ecoplan Ltda. (1997, RTF, Vol. II, 103-128)

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- A maioria dos efluentes urbanos
(residências e pequenos prédios) é
efetuada em subsolo;
1. Diluição de esgoto CORSAN - O destino dos efluentes urbanos,
doméstico Prefeituras nos sistemas de tratamento de
esgoto administrados pela
CORSAN, é as bacias de
infiltração;

- Principais corpos de água


2. Drenagem urbana Prefeituras municipais
comprometidos

- Lagoa Itapeva;
Piscicultores - Lagoa dos Quadros;
3. Pesca/piscicultura
Colônias de Pescadores - Rio Tramandaí;
- Lagoa de Tramandaí

145
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Em pequena escala e porte;


- Corpos de água utilizados: Lagoas
4. Navegação Itapeva, dos Quadros, do Passo,
Tramandaí e Armazém e Rio
Tramandaí.

- Lagoa Itapeva;
5. Lazer - Balneários - Lagoa dos Quadros;
- Lagoa de Tramandaí

Fonte dos dados: Ecoplan Ltda. (1997, RTF, Vol. II, 131-146).

PRINCIPAL USO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Abastecimento Público Entidades Situação atual

- Terra de Areia;
1. Poços Profundos CORSAN
- Estimativa do total captado 0,18
(~200 m)
hm3.

- Três Cachoeiras;
2. Poços Profundos CORSAN
- Estimativa do total captado 0,10
(~130m)
hm3.

- Balneário Capão Novo;


3. Lago Artificial/Freático Grupo Capão Novo - Estimativa do total captado 0,26
hm3.

- Balneário Atlântida Sul;


4. Ponteiras (~10/12m) Bolognesi Engenharia ltda - Estimativa do total captado 0,23
hm3.

- Maquiné, Três Forquilhas, Itati,


Barra do Ouro, Arroio do Sal,
Balneários entre Arroio Teixeira e
5. Poços Familiares Particulares
Itapeva e todas as zonas rurais;
- Estimativa do total captado 4,54
hm3.

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, RTF, Vol. II, p.107-119).

146
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

Parâmetro Característica
- Dentro dos padrões permitidos: fixos com teores inferiores a 1000 mg/l;
voláteis com teores inferiores a 300mg/l;
Sólidos totais - Junto à Lagoa Itapeva, em geral, a água apresenta maior concentração de
sólidos totais; a água mais profunda também apresenta maior concentração que
a mais superficial.
- Água superficial do aqüífero apresenta teores muito acima do padrão (20 mg/l
da escala platino-cobalto);
Cor - Água mais profunda está mais próxima do índice tolerável;
- As águas dos piezômetros monitorados na Lagoa Itapeva e nos contíguos a esta
encontram-se fora dos padrões permitidos.

- Aqüífero livre apresenta altos teores de turbidez, muito acima do padrão


Turbidez estabelecido, especialmente junto à Lagoa Itapeva e ao mar;
- Turbidez melhora com a profundidade.

- Satisfatória para o abastecimento;


Temperatura - Em todos os pontos apresentou-se abaixo de 26ºC; campanha de agosto/1996, a
média da temperatura foi de 18ºC, enquanto em dezembro foi de 22ºC.

- Dentro dos padrões permissíveis;


pH - Água mais profunda apresentou pH neutro (pH = 7);
- Água mais rasas apresentaram pH em torno de 6.

- Forma bicarbonatada predomina nas águas mais profundas (valores entre 160 e
390 mg/l CaCO3);
Alcalinidade
- Águas mais superficiais são menos carbonatadas (valores abaixo de 260 mg/l
CaCO3)

Dureza - Classificadas como moderadamente duras, com ênfase para as profundas.

- Água mais profunda apresenta teores mais elevados (entre 3,5 mg/l) que as
Oxigênio dissolvido
águas mais rasas (entre 2,5 mg/l)

- Em geral, apresentou-se dentro dos padrões;


Demanda Química de Oxigênio - Exceção: piezômetros instalados junto à Lagoa Itapeva, que pode ter refletido a
contaminação do aqüífero por resíduos domésticos.

- A grande maioria das amostragens satisfaz aos padrões estabelecidos;


Nitrito e nitrato - O nitrogênio total duplicou na campanha de dezembro (em média de 2mg/l
passou para 4 mg/l).

147
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Sulfatos - Dentro dos padrões estabelecidos.

- Nos piezômetros localizados entre o mar e a Estrada do Mar os teores foram


Fosfatos
acima do padrão estabelecido.

- Valores encontrados para cloretos estavam abaixo do limite de 250 mg/l; na


campanha de verão os valores estavam acima do permitido nos pontos
Cloretos e fluoretos monitorados próximo à lagoa Itapeva;
- Valores de fluoretos acima do limite (1,4 mg/l) na campanha de verão, pontos
próximos à Lagoa Itapeva.

Ferro - Valores muito acima do padrão estabelecido.

- Valores bem abaixo do limite permitido para cálcio e magnésio;


Cálcio, magnésio, manganês, sódio e - Teores de manganês acima do limite nos pontos situados junto à Lagoa
potássio Itapeva;
- Para sódio e potássio os teores estão nos limites permissíveis.

- As águas monitoradas apresentaram contaminação por coliformes fecais no


ponto mais próximo da Lagoa Itapeva;
Coliformes fecais e totais - Coliformes totais também foram registrados em pontos monitorados ao longo
da seção, indicando um agravamento na contaminação do lençol freático,
durante o verão.

Fonte: Ecoplan Engenharia Ltda. RTF – Vol. IV (1997, p.87-97).

148
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (71%, fig. 38)

Estimativa das captações de água superfícial por uso, na bacia do rio


Tramandaí

29%
Abastecimento Público
Irrigação
Figura 38: Gráfico das
71%
estimativas de captações de
água superficial, por uso, na
bacia do Rio Tramandaí
(Fonte dos dados: Ecoplan
Engenharia Ltda., 1997).

• De água subterrânea (fig. 39):

Estimativa das captações de água subterrânea, para abastecimento


público, na bacia hidrográfica do Rio Tramandaí

3% 2% 5% poços profundos(~200m) Figura 39: Gráfico das


4% poços profundos(~130m)
lago artificial
estimativas de captações de
ponteiras(~10/12m) água subterrânea, para
poços familiares abastecimento público, na
86%
bacia do Rio Tramandaí
(Fonte dos dados: Ecoplan
Engenharia Ltda., 1997)

149
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• Conclusão: os estudos quantitativos evidenciaram que as demandas globais superficiais


apresentam alta concentração nos meses de verão, especialmente em decorrência da
irrigação do arroz e da influência do abastecimento público (veraneio). Mesmo assim,
estas demandas produzem pequena alteração nos níveis médios das lagoas, em condições
normais. Em situação de estiagem, todavia, mesmo no período de baixa demanda para o
consumo humano e irrigação, as lagoas podem atingir níveis mínimos. Isto reforça a
conclusão de que, em termos quantitativos, o sistema ainda é mais controlado por
condicionantes naturais (precipitação/evaporação) que antrópicos, considerando-se,
também, que os menores níveis nas lagoas ocorrem, geralmente, no final de inverno. No
que concerne especificamente à Lagoa da Fortaleza, no entanto, os estudos alertam para
a insuficiência hídrica (volumétrica) entre os meses de novembro a março e de nível de
água entre janeiro e março (Ecoplan Engenharia Ltda. – RTF, Vol. IV,1997, p.204-226).

2. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUALITATIVOS

• Da água superficial: de acordo com Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, p.248):

‰ A maioria dos principais corpos de água da bacia apresenta qualidade incompatível com
seus usos preponderantes;
‰ Os maiores problemas estão relacionados aos parâmetros coliformes fecais e totais,
oriundos dos lançamentos de esgoto doméstico e rural;
‰ Riscos de salinização através da intrusão de água do mar.

• Da água subterrânea: de acordo com Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, p.99-101);

‰ Em geral a água subterrânea pode ser utilizada para o consumo humano;


‰ Um dos problemas para a sua utilização decorre dos elevados teores de ferro, muito
acima do limite estabelecido;
‰ Também foram detectados altos níveis de coliformes fecais e totais nas águas contíguas à
Lagoa Itapeva;
‰ Os dados de salinidade só não foram adequados nas águas amostradas nos piezômetros
localizados na planície de inundação da Lagoa Itapeva.

3. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Contaminação das
- Tratamento de esgoto;
águas com Coliformes
Lançamento de Planície lacustre- - Licenciamento ambiental;
fecais e totais;
esgoto lagunar - Reconversão do espaço
- Comprometimento da
agrário.
balneabilidade.

150
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Reflorestamento
Exploração Acentuação dos processos
Encostas - Reconversão do espaço agrário
agrícola intensa e erosivos e modificações no
declivosas com ênfase para a agricultura
desmatamento balanço hídrico.
ecológica

- Outorga
Complexo Conflitos de uso entre
Pesca - Comitês de bacia
Lagunar irrigação e abastecimento.
- Planejamento de uso

151
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO LITORAL MÉDIO

152
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 40 – Mapa Político Bacia Litoral Médio

153
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 41 – Hidrografia Bacia Litoral Médio

154
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.2. Bacia Hidrográfica Litoral Médio

DADOS GERAIS44

1. Localização (mapa): situa-se a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°51’ a 32°11’ de latitude Sul e 50°15’ a 52°05’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planície Costeira

3. População total na bacia: 68.343 hab.

4. Área de drenagem: 6.538,13 km2

5. Precipitação média anual: 1.100 mm

6. Outorgas na bacia: Uma outorga concedida para água subterrânea, uso: abastecimento
industrial.

7. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Nacional da Lagoa do Mostardas, Tavares e


34.400 União
Peixe São José do Norte

8. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:


A Resolução 04/02-CRH/RS, de 09 de maio, instituiu oficialmente a divisão de bacias no
Estado, definindo a área de abrangência da Bacia do Litoral Médio, que compreende toda a
margem esquerda da Laguna dos Patos, a ser regrada pela Lei 10.350/1994. A Laguna dos
Patos foi considerado como um corpo d’água de interesse Estadual. Sendo assim, para a
implementação do Sistema Estadual de Recursos Hídricos e futuros estudos de
disponibilidade hídrica, a referida laguna será analisada individualmente.

‰ Comissão Provisória

44
Fontes: Itens 1, 2 e 6: definidos pelo DRH/SEMA (2002); itens 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); item 5: IPAGRO (1989, Volume III, p. 262); item 7: www.bdt.fat.org.br
(2002); item 11: CRH/SEMA (2002)

155
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Av. Palmares, n° 1176


Cidade: Palmares do Sul - RS
Cep: 95540-000
Telefone: (51) 668 1047
E-mail: iague@zaz.com.br

‰ Endereço

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Balneário Pinhal 7.452 103,33 33,58% 34,70 111

Capivari do Sul 3.107 408,57 100,00% 408,57 3.107

Cidreira 8.882 231,87 22,89% 53,08 85

Mostardas 11.658 1.905,20 100,00% 1.905,20 11.658

Osório 36.131 666,12 30,43% 202,73 1.664

Palmares do Sul 10.854 1.091,43 98,23% 1.072,11 10.823

Santo Antônio
37.035 896,12 24,36% 218,27 3.301
da Patrulha

São José do Norte 23.796 1.104,40 100,00% 1.104,40 23.796

Tavares 5.342 676,10 100,00% 676,10 5.342

Tramandaí 31.040 171,56 3,44% 5,90 47

Viamão 227.429 1.612,00 53,17% 857,07 8.410

TOTAIS 6.538,13 68.343

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

156
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO CAMAQUÃ

157
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 42 – Mapa Político Bacia Rio Camaquã

158
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 43 – Hidrografia Bacia Rio Camaquã

159
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

DADOS GERAIS45

1. Localização (mapa): Situa-se na região central do Estado do Rio Grande do Sul, a 28º50’
e 30º 00’ S e 52º 15’ e 53º 00’ W.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Escudo Sul-Riograndense e Planície Costeira

3. População total na bacia: 236.203 hab.

4. Área de drenagem: 21.194,90 km2

5. Precipitação média anual: 1340 mm

6. Evapotranspiração média anual: Os de coleta de dados, em operação, encontram-se fora


da bacia, no município de Bagé.

7. Vazão média mais próxima da foz: 304 m3/s (Estação Passo do Mendonça – DNAEE
87.905.000, área de drenagem: 15.543 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 19,55 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Uma outorga em análise para água superficial, uso: irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual de Camaquã Camaquã 7.992 Estado

Obs.:A Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã também abrange áreas inseridas na Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica situadas nos municípios de Amaral Ferrador, Arambaré, Barra do Ribeiro, Camaquã, Canguçu, Cerro
Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Pelotas, São Jerônimo, São Lourenço do Sul, Sentinela do
Sul, Tapes e Turuçu.

Fonte dos dados: www.bdt.fat.org.br

45
Fontes dos dados: item 2 e 5 a 7: Ecoplan Engenharia Ltda. (1997, Cenário Atual, Vol. I, p.101, 40-53, 99);
item 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); item 8 e 9: DRH/SEMA (2002);
item 10: CRH/RS (2002).

160
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos

‰Comitê criado pelo Decreto Estadual nº 39.638, de 28.07.1999

‰Composição:

Grupo I – Usuários da Água


Categoria Vagas
Abastecimento Público 04
Agricultura 04
Pecuária 02
Indústria 02
Turismo e Lazer 01
Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 02
Pesca e Piscicultura 01
Mineração 02

Grupo II – População
Categoria Vagas
Legislativo Municipal 05
Organizações Ambientais 04
Organizações Comunitárias e Sindicais 04
Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02
Organizações Civis de Recursos Hídricos 01
Associações Técnico-Científicas 02

Grupo III – Representantes do Poder Público


Órgão Vagas
Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01
Secretaria de Saúde 01
Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02
Secretaria da Educação 01
Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01
Secretaria de Turismo 01
Secretaria da Ciência e Tecnologia 01
Ministério de Meio Ambiente 01

‰Endereço

BR 116 km 400 – Trevo acesso sul


Camaquã
Cep. 96180-000
Fone: (51) 692-1334
Fax.: (51) 671-4001
E-mail: comite@terra.com.br

161
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (km2) (km2) bacia (hab)
Amaral Ferrador 5.740 508,25 100,00% 508,25 5.740
Arambaré 3.917 535,00 100,00% 535,00 3.917
Arroio do Padre * 2.563 124,69 39,42% 49,16 1.787
Bagé 114.840 4.122,81 50,40% 2.077,95 8.845
Barão do Triunfo 6.662 438,00 22,91% 100,33 1.390
Barra do Ribeiro 11.845 739,47 1,18% 8,73 34
Caçapava do Sul 34.643 3.059,00 28,83% 881,81 4.415
Camaquã 60.383 1.764,28 100,00% 1.764,28 60.383
Canguçu 51.447 3.481,00 72,16% 2.511,97 24.356
Cerro Grande do Sul 8.273 331,70 84,90% 281,61 7.268
Chuvisca 4.502 208,01 100,00% 208,01 4.502

Cristal 6.632 655,96 100,00% 655,96 6.632

Dom Feliciano 13.297 1.402,48 72,88% 1.022,16 10.383

Dom Pedrito 40.410 5.227,10 4,76% 249,04 220

Encruzilhada do Sul 23.902 3.224,14 59,71% 1.925,02 8.378

Hulha Negra 5.359 835,52 9,72% 81,20 286

Lavras do Sul 8.109 2.571,80 50,50% 1.298,82 6.485

Pelotas 320.595 1.554,02 8,90% 138,31 1.737

Pinheiro Machado 13.699 2.446,67 56,49% 1.382,13 1.976

Piratini 19.414 3.341,00 42,17% 1.408,99 4.032

Santana da Boa Vista 8.621 1.462,40 76,75% 1.122,42 7.504

São Jerônimo 20.283 959,94 13,11% 125,85 612

São Lourenço do Sul 43.691 2.044,34 99,75% 2.039,23 43.640

Sentinela do Sul 4.892 282,00 66,26% 186,85 3.641

Tapes 16.291 699,21 79,65% 556,92 15.800

Turuçu 3.710 258,30 29,00% 74,91 2.239

TOTAIS 21.194,90 236.203

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2000);
Percentual de população na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da área e da população de cada
município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal;
(*) município emancipado após 2000.

162
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Qm 2 Q7,10 3 Qe 4
Sub-Bacia
(m3/s) (m3/s) (l/s/km2)
Camaquã I
10,69 - -
Estação 87.530.000 DNAEE
Passo do Cação
88,00 2,60 21,40
Estação 87.590.000 DNAEE
Porto Tarumã
156,00 3,50 17,70
Estação 87.700.000 CEEE
Passo do Marinheiro
170,00 - 17,20
Estação 87.730.000 DNAEE
Passo do Mendonça
304,00 17,70 19,55
Estação 87.905.000 DNAEE
Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. Cenário atual-textos / Vol. I, (1997, p.98).
ACL - Assessoria & Consultoria Ltda. Relatório Final. (1997, p.202)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h)
Hidrogeológica

Rochas Gnaissicas e Granitóides 5,60

Rochas Metassedimentares e Metabásicas 3,02

Escudo

Rochas Vulcanossedimentares, Sedimentares


2,00
e Vulcânicas

Grupo Camaquã 2,00

Formação Rio Bonito


Depressão Periférica
Formação Palermo

Sedimentos e Rochas Sedimentares pouco


21,61
Sedimentos Quaternários litificads

Aluviões
Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. Cenário atual-textos, Vol. I (1997, p. 96 a 124).

2
Qm = Vazão média.
3
Q7,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
4
Qe = Vazão específica média

163
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
1.Abastecimento público 4,94 h3/ano
Prefeituras
Bovino, eqüino, bufalino, caprino,
2.Dessedentação animal 31,54 h3/ano
ovino, suíno e aves
721,5 h3/ano
3.Irrigação Arrozeiros (99,9%)
96% da demanda total da bacia
Abatedouro, beneficiamento de arroz e
4.Indústria 1,96 h3/ano
metalurgia
Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. Cenário atual-textos, Vol. I (1997, p.181-230).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação Atual


- 15 balneários sendo que a Prefeitura de
1.Recreação, Lazer,
Balneários Encruzilhada do Sul é a maior
Turismo
administradora, com 3 balneários.
- Principalmente médio Camaquã
0,5 a 5,0 ha de açudagem, desprezível
2.Piscicultura Associações de piscicultores
em relação à área da bacia, com
consumo aproximado de 2 l/s
Pesqueiros, frequentadores de
3.Pesca - Rio Camaquã e açudes
balneários e população ribeirinha
4.Navegação Prefeituras - Balsas operam 24 horas/dia
Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. Cenário atual-textos, Vol. I (1997, p.231).

164
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

•De água superficial:

Estimativa das captações de água superficial por uso, na


bacia hidrográfica do Rio Camaquã

Figura 44: Gráfico das


0,26%
0,65% 4,15% Abastecimento Público estimativas de captações de água
Indústria
superficial, por uso, na bacia do
Rio Camaquã (Fonte dos dados:
Dessedentação Animal
94,94%
Ecoplan Engenharia Ltda.,
Irrigação 1997).

•De água subterrânea:

Estimativa das captações de água subterrânea por uso na


bacia do Rio Camaquã

4,63% Abastecimento Humano

Abastecimento Industrial
95,37%

Figura 45 - Gráfico das estimativas de captações de água subterrânea, por uso, na bacia do Rio
Camaquã (Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda., 1997).

165
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

•Conclusão:

O SIAGAS apresenta 56 poços cadastrados na bacia do Camaquã, sendo que nenhum


apresenta identificação do aqüífero e 41 apresentam dados de vazão e profundidade dos
poços.
O trabalho realizado pela ECOPLAN/1997 é baseado num cadastro de 45 poços. Para
os municípios localizados no Escudo Sul-Riograndense, a média das profundidades é 84,69
m e das vazões 2,52 m3/h. Para os municípios localizadas na Planície Costeira, a média das
profundidades é 53,88 m e das vazões 27,79 m3/h (ECOPLAN, 1997).

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Contaminação dos
mananciais por substâncias.
Lavras do Sul e tóxicas em garimpo de ouro.
Fiscalização ostensiva
Caçapava do Sul - Assoreamento e erosão das
Mineração
barrancas das drenagens
desordenada
existentes.
Desmatamento
Cadastramento e mapeamento
Rio camaquã indiscriminado das matas
das matas
ciliares
Bagé
Estudo de viabilidade de
Irrigação de Arroz Dom Pedrito Alto consumo no verão
captação subterrânea alternativa
Pelotas
Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. Cenário Atual, Vol. I (1997, p. 328-330)

166
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRATINI-SÃO GONÇALO-MANGUEIRA

167
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 46 – Mapa Político Bacia Piratini-São Gonçalo-Mangueira

168
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 47- Hidrografia Bacia Piratini-São Gonçalo-Mangueira

169
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.4. Bacia Hidrográfica Piratini-São Gonçalo-Mangueira

DADOS GERAIS46

1. Localização (mapa): situa-se no sudeste do Estado do Rio Grande do Sul entre as


coordenadas geográficas de 31º30’a 34º35’ de latitude Sul e 53º31’a 55º15’de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planície Costeira e Escudo Uruguaio-Sul-Rio-


Grandense

3. População da bacia: 671.064 hab.

4. Área de drenagem: 20.441,69 km2

5. Precipitação média anual: 1.305 mm

6. Evaporação média anual: 1.137,3 mm

7. Vazão média de afluência na Lagoa Mirim: 787 m3/s ou 1.214 mm/ano

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,038 m3/s/ km2 ou 38,50 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Cinco outorgas concedidas para água superficial e três para água
subterrânea, para os usos: abastecimento público, abastecimento industrial, irrigação,
piscicultura e aquicultura; duas outorgas em análise para água superficial, usos: irrigação
e piscicultura.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Eco-Museu Ilha do Pólvora Rio Grande 42 União

Reserva Biológica do Mato


Arroio Grande 5.161 Estado
Grande

Rio Grande e Santa


Estação Ecológica do Taim 33.395 União
Vitória do Palmar

Obs: A bacia hidrográfica do Piratini-São Gonçalo-Mangueira também abrange áreas inseridas na Reserva da
Biosfera da Mata Atlântica situadas nos municípios de Arroio Grande, Capão do Leão, Chuí, Jaguarão, Pelotas,
Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, , São Lourenço do Sul e Turuçu.

46
Fontes: Itens 1, 2 e 8: definidos pelo DRH, com base em Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.4); item 3 e
4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5 e 6: Magna Engenharia Ltda. (op.
cit., RF, p.10); item 7: IPH/UFRGS (1998, Vol. I, p.iii); item 10 : www.sema.rs.gov.br e www.bdt.fat.org.br
(2002); item 11: CRH/SEMA (2002)

170
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:


A Resolução 04/02-CRH/RS, de 09 de maio, instituiu oficialmente a divisão de bacias no
Estado, definindo a criação das bacias hidrográficas do Rio Jaguarão e Piratini-São Gonçalo-
Mangueira, ambas regradas pela Lei 10.350/1994. A Lagoa Mirim foi considerada como
águas de domínio da União. Sendo assim, para a implementação do Sistema Estadual de
Recursos Hídricos e futuros estudos de disponibilidade hídrica, as referidas bacias serão
analisadas individualmente.

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO NO RS

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)
Arroio do Padre * 2.563 124,69 60,58% 75,53 776

Arroio Grande 19.152 2.683,60 98,85% 2.652,74 19.112

Canguçu 51.447 3.481,00 27,84% 969,03 27.091

Capão do Leão 23.718 793,80 100,00% 793,80 23.718

Cerrito 6.925 501,50 100,00% 501,50 6.925

Chuí 5.167 204,96 100,00% 204,96 5.167

Herval 6.856 1.786,95 53,95% 964,06 5.753

Jaguarão 30.093 2.078,30 39,19% 814,49 1.144

Morro Redondo 5.998 241,90 100,00% 241,90 5.998

Pedras Altas * 2.526 1.363,74 8,90% 121,37 112

Pedro Osório 8.107 433,50 100,00% 433,50 8.107

Pelotas 320.595 1.554,02 91,10% 1.415,71 318.858

Pinheiro Machado 14.594 2.446,67 30,72% 751,74 11.551

Piratini 19.414 3.341,00 57,83% 1.932,01 15.382

Rio Grande 186.544 3.102,30 100,00% 3.102,30 186.544


Santa Vitória do
33.304 5.278,54 100,00% 5.278,54 33.304
Palmar
São Lourenço do Sul 43.691 2.044,34 0,25% 5,11 51

171
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Turuçu 3.710 258,30 71,00% 183,39 1.471

TOTAIS 20.441,69 671.064

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s)47 - -


Arroio Telho 13,0
Arroio Pelotas (Nascente até a foz) 17,9
Rio Piratini (Nascente até Pedro Osório) 43,1
Rio Piratini (Nascente até a foz) 113,0
Arroio Bretanha (Nascente até a foz) 6,4
Arroio Chasqueiro (Nascente até Chasqueiro) 4,2
Arroio Chasqueiro (Nascente até a foz) 6,0
Arroio Grande (Nascente até Mauá) 7,2
Arroio Grande (Nascente até Arroio Grande) 9,3
Arroio Grande (Nascente até a foz) 15,5
Rio Parapó (Nascente até a foz) 4,9
Estação Qlp (m3/s) Q30,10 (m3/s)48 Q7, 10 (m3/s)49
Averias 91,77 1,562 1,220
Treitas y Tres 72,58 0,053 0,020
Vergara 22,73 0,148 0,076
Paso Borges 22,78 0,026 0,011
Paso Dragón 53,04 0,097 0,092
Arroio Grande 10,87 0,147 0,106
Santa Marta 4,16 - -
C. Chato 22,71 - -
Contrato 38,16 2,06 2,00
Ponte do Império 36,71 1,511 1,130
Picada Nova 45,93 1,325 1,016
P. do Ricardo 108,51 3,518 3,918
P. dos Carros 2,90 0,052 0,052
Ponte C. de Freitas 10,65 0,560 0,338
Fonte: Dados das seções: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.24); dados das estações: IPH/UFRGS (1998,
Vol. I, p.70-88).

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Escudo
Litorânea Quaternário 11,11 31,37
Fonte dos dados: SIAGAS (CPRM) e IPH (1998, p. 7-14).

47
Qlp = vazão média de longo período.
48
Q30,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de trinta dias.
49
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.

172
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA, NO RS

Usos Entidades Situação atual


- Demanda por estações elevatórias:
75,19%;
- Demanda por barragens/açudes:
CORSAN
20,73%;
1. Abastecimento Público EMBRAPA
- Por estações elevatórias, demanda
SANEP (Pelotas)
hídrica maior: municípios de Rio
Companhia de Cimento Portland Gaúcho
Grande e Pelotas;
- Estimativa do total captado: 144,15
hm3/ano.

- Demandas por estações elevatórias:


94.63%;
- Demanda por barragens/açudes:
Principais ramos: cimento, química,
0,14%;
2. Abastecimento Industrial frigorífico, laticínios, conservas,
- Por estações elevatórias, demanda
petrolífera, termoeletricidade, curtumes
hídrica maior em Rio Grande,
totalizando 90%;
- Estimativa do total captado:
64,78 hm3/ano.

- Demanda por estações elevatórias:


82,31%;
3. Irrigação - Demanda por barragens/açudes:
Irrigantes particulares
17,69%;
- Estimativa do total captado:
9.225,56 hm3/ano.

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1, p.54-151).

Obs: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3.

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA,


NO RS

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

1. Geração de Energia CGTE - Termoelétrica a carvão.

173
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2. Diluição de esgoto Corsan - Principalmente em Pelotas e Rio


doméstico Prefeituras municipais Grande.

Principais ramos: cimento, química,


3. Diluição de esgoto - Concentração industrial: Rio
frigorífico, laticínios, conservas,
industrial Grande e Pelotas.
petrolífera, curtumes.

4. Drenagem urbana Prefeituras municipais -

5. Navegação - Lagoa Mirim.

- Granito ornamental: em Pinheiro


Machado;
6. Mineração - - Calcário e mármore: Pinheiro
Machado e Arroio Grande;
- Carvão: Pinheiro Machado.

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1, p.54-102)

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA, NO RS

Usos Entidades Situação atual

- Demanda total p/ poços: 4,08%;


CORSAN
- Demanda hídrica maior:
Prefeituras Municipais
municípios de Santa Vitória do
1. Abastecimento Público Adubos Trevo
Palmar e Pinheiro Machado;
Indústria de conservas Minuano
- Estimativa do total captado:
5,70hm3/ano.

- Demanda total p/poços: 8,23%;


Principais ramos: adubo, pesca, - Demanda hídrica maior: Rio
2. Abastecimento Industrial frigorífico, laticínios, conservas, lã, Grande (95%);
fertilizantes. - Estimativa do total captado:
6,11hm3/ano.

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1 p.112-151).

Obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3.

174
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (97,79%, fig. 48):

Estim ativ a das captações de água superficial por uso, na


bacia hidrográfica do Rio Piratini - São G onçalo -
M angueira

1,53%
0,69%
abastecim ento público

abastecim ento
Figura 48: Gráfico das
industrial estimativas de captações de
Irrigação
água superficial, por uso, na
97,79%
bacia do Rio Piratini - São
Gonçalo-Mangueira (Fonte
dos dados: Magna
Engenharia Ltda,1997)

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento industrial (52%, fig. 49):

Estimativa das captações de água subterrânea por uso, na


bacia hidrográfica do Rio Piratini - São Gonçalo - Mangueira

Figura 49: Gráfico das


48%
estimativas de captações de
52%
abastecimento
água subterrânea, por uso,
público na bacia do Rio Piratini -
abastecimento São Gonçalo - Mangueira
industrial
(Fonte dos dados: Magna
Engenharia Ltda,1997)

175
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• Conclusão: de acordo com os estudos de disponibilidade hídrica realizados pelo


IPH/UFRGS (1998, p. ii-ix), na bacia da Lagoa Mirim, tem-se que:

‰ A irrigação do arroz gera as maiores demandas de água nos dois países (no Uruguai,
corresponde a aproximadamente 99,78% do total captado; no Brasil, cerca de 97,79%);
‰ No que concerne à superfície irrigada no Brasil, as áreas localizadas nas margens das
lagoas Mirim e Mangueira e a faixa litorânea correspondem a 50% do total;
‰ As maiores demandas coincidem com o período de baixas precipitações. O trimestre com
menos chuvas ocorre de outubro a dezembro;
‰ As lagoas existentes na bacia são utilizadas como reservatórios naturais de regularização;
‰ A irrigação sem controle contribui para o rebaixamento do nível das lagoas, impedindo a
manutenção dos fluxos entre estas e os banhados. A situação mais crítica ocorre no
Sistema do Taim;
‰ A natural flutuação dos níveis dos ecossistemas lacustres é fundamental para a
conservação ambiental;
‰ O canal de São Gonçalo apresenta um sistema de comportas para evitar a salinização da
Lagoa Mirim.

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Drenagem de
banhados;
- Alteração de cursos de
água;
- Recuperação de banhados e
- Erosão do solo e
reposição da mata-ciliar;
assoreamento dos
Banhados e - Reconversão da lavoura de
Orizicultura corpos de água;
várzeas arroz;
- Redução da mata-
- Participação do comitê de
ciliar;
bacia.
- Perda da diversidade
biológica;
- Contaminação por
agroquímicos.
- Contaminação das
águas com coliformes
Espaço urbano- - Tratamento de esgoto;
fecais e totais;
Esgoto de origem industrial de - Licenciamento ambiental;
- Poluição por efluentes
urbana e rural Pelotas e Rio - Reconversão do espaço
industrial;
Grande agrário.
- Conflitos
internacionais.

Pinheiro
Transporte de - Riscos de poluição - Fiscalização e licenciamento
Machado e
cargas tóxicas acidental. ambiental.
Pelotas

176
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Redução da
biodiversidade;
Monocultura - Interferência no ciclo - Reflorestamento com espécies
Pelotas
florestal hidrológico; nativas.
- Indução ao
desmatamento.
- Contaminação dos
recursos hídricos e do
Região - Aprimoramento das técnicas
solo;
carbonífera e de de mineração;
- Poluição atmosférica
exploração de - Licenciamento ambiental;
(chuva ácida);
calcário e - Fiscalização;
Mineração - Modificação da
mármore - Reflorestamento;
morfologia do relevo
(Pinheiro - Recuperação dos solos;
local;
Machado e - Participação do Comitê de
- Desmatamentos,
Pelotas) bacia.
erosão e assoreamento
dos rios.
Fonte dos dados: IPH/UFRGS (1998, Vol I, p. i-ix) e Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. I, p. 13-54)

177
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO MAMPITUBA

178
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 50 – Mapa Político Bacia Rio Mampituba

179
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 51 – Hidrografia Bacia Rio Mampituba

180
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.5. Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

DADOS GERAIS50

1. Localização (mapa): situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29o11’a 29o26’, de latitude Sul; e 49o42’ a 50o12’ de
longitude Oeste; e no extremo sul de Santa Catarina.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Planície Costeira

3. População total na bacia: 12.033 hab.

4. Área de drenagem: 703,23 Km2

5. Precipitação média anual: 1502 mm

6. Evapotranspiração média anual: 990 mm

7. Vazão média nas proximidades da foz: 19,57 m3/s ou 1.222 mm/ano (Ponto 128- Rio
Mampituba, após a confluência com o Rio Sertão, Área: 505 Km2).

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,038 m3/s/km2 ou 38,78 l/s/ Km2.

9. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual da Guarita Torres 350 Estadual

Parque Estadual de Torres Torres 15 Estadual

Parque Estadual da Lagoa da


Itapeva

Reserva Ecológica da Ilha


Torres 1,70 Federal
dos Lobos

Obs: A bacia hidrográfica do Rio Mampituba também abrange áreas inseridas na Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica situadas nos municípios de Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Torres, Dom Pedro de Alcântara,
Morrinhos do Sul, Mampituba, Cambará do Sul.

50
Fontes: itens 1 e 2: definidos pelo DRH/SEMA; itens 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento (2002); itens 5 e 6: calculados pelo DRH/SEMA com base nos dados de Ministério do Interior
(1982, Vol.1-A, p.48-53); itens 7 e 8: estimados pelo DRH/SEMA com base nos dados de Secretaria de Estado
do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (1997, p.155-160); item 10: www.sema.rs.gov.br;
www.ibama.gov.br; www.bdt.fat.org.br (2002); item 11: CRH/RS (2002)

181
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

10. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: Comissão Provisória

‰ A bacia hidrográfica do Rio Mampituba é compartilhada com o Estado de Santa


Catarina. O processo de formação de comitê de gerenciamento, nesta bacia, está sendo
regrado pela Lei Federal 9.433/1997.

‰ Comissão Provisória

‰ Endereço

Onda Verde
Caixa Postal: 14
Torres - RS
Cep: 95560-000
Telefone: (51) 664 3644
Fax: (51) 664 3644
e-mail: naborguazelli@terra.com.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Cambará do Sul 6.840 1.180,00 13,00% 153,40 493

Dom Pedro
2.636 78,27 62,50% 48,92 1.560
de Alcântara

Mampituba 3.106 156,15 100,00% 156,15 3.106

Morrinhos do Sul 3.533 166,57 99,62% 165,93 3.522

Torres 30.880 174,50 70,61% 123,21 2.347

Três Cachoeiras 9.523 254,27 18,48% 46,99 886

Três Forquilhas 3.239 215,14 4,01% 8,62 119

TOTAIS 703,23 12.033

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

182
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qmédia51 Q7, 10 (m3/s)52


Rio Mampituba, após a confluência com
19,57 0,920
Rio do Sertão
Praia Grande - 0,557
Fonte dos dados: Secretaria de estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (1997,p.144, 155 e 160);

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Formação Botucatu
Depressão periférica 6,30 86,00
livre*
Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM).
Obs.: * poço cadastrado

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Contaminação das
- Tratamento de esgoto;
águas com Coliformes
Lançamento de Baixo vale do - Licenciamento ambiental;
fecais e totais;
esgoto Rio Mampituba - Reconversão do espaço
- Comprometimento da
agrário.
balneabilidade.
- Drenagem de
banhados;
- Recuperação de banhados e
- Redução da mata-
reposição da mata-ciliar;
Curso médio e ciliar;
- Reconversão da lavoura de
Orizicultura inferior do Rio - Perda da diversidade
arroz;
Mampituba biológica;
- Participação do comitê de
- Riscos de
bacia.
contaminação por
agroquímicos.
- Contaminação por - Zoneamento agroecológico;
Encostas da agroquímicos; - Reposição de espécies nativas;
Bananicultura
Serra Geral - Redução da - Reconversão da lavoura de
biodiversidade. bananas.

51
Qmédia = Vazão média.
52
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.

183
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARÃO

184
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 52 – Mapa Político Bacia Rio Jaguarão

185
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 53 – Hidrografia Bacia Rio Jaguarão

186
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.2.6. Bacia Hidrográfica do Rio Jaguarão

DADOS GERAIS53

1. Localização (mapa): situa-se no sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul entre as


coordenadas geográficas de 31º30’a 34º35’ de latitude Sul; e 52º15’a 55º15’de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planície Costeira e Escudo Uruguaio-Sul-Rio-


Grandense

3. População da bacia no RS: 45.415 hab.

4. Área de drenagem: 5.780,60 Km2

5. Precipitação média anual:1.245,70 mm

6. Evaporação média anual: 1.303,65 mm (Estações Bagé e Jaguarão)

7. Vazão média mais próxima da foz: 86,3 m3/s ou 574 mm/ano (Ponto localizado no Rio
Jaguarão na confluência do Arroio Bote; área de drenagem: 4.740 Km2).

8. Descarga específica média (vazão média/área): 0,0182 m3/Km2 ou 18,2 l/s/Km2

9. Unidades de Conservação existentes: a bacia do Rio Jaguarão também abrange área


inseridas na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

10. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:


A Resolução 04/02-CRH/RS, de 09 de maio, instituiu oficialmente a divisão de bacias no
Estado, definindo a criação das bacias hidrográficas do Rio Jaguarão e Piratini-São Gonçalo-
Mangueira, ambas regradas pela Lei 10.350/1994. A Lagoa Mirim foi considerada como
águas de domínio da União. Sendo assim, para a implementação do Sistema Estadual de
Recursos Hídricos e futuros estudos de disponibilidade hídrica, as referidas bacias serão
analisadas individualmente.

53
Fontes: Itens 1 e 2: definidos pelo DRH/SEMA; item 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento (2002); itens 5, 6 e 8: Magna Engenharia Ltda. (1997, Relatório Final, p.10-24); item 7:
calculado pelo DRH/SEMA com base na área da bacia e descarga específica; item 10: www.SEMA.rs.gov.br;
11 :CRH/RS (2002)

187
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO NO RS

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Aceguá * 3.927 1.502,17 51,15% 768,36 2.968

Arroio Grande 19.152 2.683,60 1,15% 30,86 40

Bagé 114.840 4.122,81 0,69% 28,45 121

Candiota 8.065 930,92 98,55% 917,42 7.987

Herval 6.856 1.786,95 46,05% 822,89 1.103

Hulha Negra 5.359 835,52 47,11% 393,63 1.387

Jaguarão 30.093 2.078,30 60,81% 1.263,81 28.949

Pedras Altas * 2.526 1.363,74 91,10% 1.242,37 2.414

Pinheiro Machado 13.699 2.446,67 12,78% 312,80 447

TOTAIS 5.780,60 45.415

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Qlp (m3/s)54 - -


Arroio Jaguarão Chico 17,6
Rio Jaguarão até confluência com Jaguarão Chico 39,2
Rio Jaguarão até confluência com Arroio Bote 86,3
Estação Qlp (m3/s) Q30,10 (m3/s)55 Q7, 10 (m3/s)56
Candiotinha 4,38 - -
Paso Centurión 68,85 0,853 0,681
D. Lassance 3,81 - -
Fonte: Dados das seções: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, p.24); dados das estações: IPH/UFRGS (1998, Vol.
I, p.70-88)

54
Qlp = vazão média de longo período.
55
Q30,10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de trinta dias.
56
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.

188
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h)


Escudo
Formação Rio Bonito 10
Formação Rio
do Rastro
Depressão Periférica
Formação Estrada
Nova
Formação Irati
Litorânea Quaternário
Fonte dos dados: SIAGAS –CPRM e IPH (1998, p. 7-14).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA, NO RS

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
1. Abastecimento Público Prefeituras Municipais - Estimativa do total captado: 30,27
CEEE hm3/ano

Principais ramos: agroindústria, cimento, - Estimativa do total captado: 3,37


2. Abastecimento Industrial
frigoríficos hm3/ano;
- Barragem regularizadora CEEE.

Irrigantes particulares, condomínio


3. Irrigação - Estimativa do total captado: 787,24
agropecuário, MST - assentamento,
hm3/ano.
condomínios e agroindústrias

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1, p.54-151);

Obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3.

189
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA,


NO RS

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

1. Geração de Energia - Termoelétrica a carvão

2. Diluição de esgoto
Prefeituras municipais -
doméstico

3. Diluição de esgoto Principais ramos: agroindústria, cimento,


-
industrial frigoríficos

4. Drenagem urbana Prefeituras municipais -

- Carvão: Candiota e Pinheiro


5. Mineração -
Machado.

Fonte: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1; p.54-102)

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA, NO RS

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
- Estimativa do total captado: 0,02
1. Abastecimento Público Prefeituras Municipais
hm3/ano

Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. 1, p.119-151).

Obs.: 1 hm3 equivale a 1.000.000 m3

190
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (95,9%, fig. 54):

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia


hidrográfica do Rio Jaguarão

3,69%
0,41% Figura 54 : Gráfico das
abastecimento público estimativas de captações
abastecimento industrial de água superficial, por
Irrigação
uso, na bacia do Rio
95,90% Jaguarão (Fonte dos
dados: Magna
Engenharia Ltda,1997)

• Conclusão: de acordo com os estudos de disponibilidade hídrica, realizados por magna


Engenharia Ltda. (1997), a irrigação é o uso que mais demanda água na bacia;

191
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2 CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Drenagem de
banhados;
- Alteração de cursos de
água;
- Recuperação de banhados e
- Erosão do solo e
reposição da mata-ciliar;
assoreamento dos
Banhados e - Reconversão da lavoura de
Orizicultura corpos de água;
várzeas arroz;
- Redução da mata-
- Participação do comitê de
ciliar;
bacia.
- Perda da diversidade
biológica;
- Contaminação por
agroquímicos.

Candiota e
Transporte de - Riscos de poluição - Fiscalização e licenciamento
Pinheiro
cargas tóxicas acidental. ambiental.
Machado

- Contaminação dos
recursos hídricos e do
- Aprimoramento das técnicas
solo;
de mineração;
- Poluição atmosférica
Região - Licenciamento ambiental;
(chuva ácida);
carbonífera de - Fiscalização;
Mineração - Modificação da
Candiota e Hulha - Reflorestamento;
morfologia do relevo
Negra - Recuperação dos solos;
local;
- Participação do Comitê de
- Desmatamentos,
bacia.
erosão e assoreamento
dos rios.
Fonte dos dados: Magna Engenharia Ltda. (1997, RF, Vol. I, p. 13-54.)

192
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3. A Região Hidrográfica do Uruguai

A Região Hidrográfica do Uruguai abrange a porção norte, noroeste e oeste do


território rio-grandense, com uma área de aproximadamente 127.031,13 Km2, equivalente a
47,88 % da área do Estado. Sua população total está estimada em 2.416.404 habitantes, que
equivale a 23,73 % da população do Estado, distribuídos em 286 municípios, com uma
densidade demográfica em torno de 19,02 hab/Km2.
Esta Região está subdividida em nove Bacias Hidrográficas: Apuauê-Inhandava (U-
10), Passo Fundo-Várzea (U-20), Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo (U-30), Butuí-Piratinim-
Icamaquã (U-40), Ibicuí (U-50), Quaraí (U-60), Santa Maria (U-70), Negro (U-80) e Ijuí (U-
90).
As principais atividades econômicas desenvolvidas neste contexto estão relacionadas
principalmente com a agricultura, notabilizando-se as culturas do arroz irrigado, na bacia
hidrográfica dos rios Butuí-Piratinim-Icamaquã, Santa Maria, Ibicuí e Quaraí, e soja e milho,
nas dos rios Ijuí, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Passo Fundo-Várzea e Apuauê-Inhandava.
Destaca-se, também, o uso dos recursos hídricos para a geração de energia, especialmente no
Alto Vale do Rio Uruguai. Além destes, deve-se ressaltar os impactos ambientais relativos
ao lançamento de esgoto doméstico in natura, nos principais centros urbanos, e de origem
rural, especialmente gerado pela suinocultura, que comprometem a qualidade das águas
nesta Região. Também é importante destacar a acentuação dos processos erosivos, o
assoreamento dos ecossistemas aquáticos e contaminação por agrotóxicos, além de
problemas relacionados com a mineração.

193
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 55 – Mapa Político Região do Uruguai

194
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 56 – Hidrografia Região do Uruguai

195
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.1. BACIA HIDROGRÁFICA APUAÊ-INHANDAVA

196
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 57 – Mapa Político Bacia Rios Apuaê-Inhandava

197
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 58 – Hidrografia Bacia Rios Apuaê-Inhandava

198
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.1. Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê-Inhandava

DADOS GERAIS57

1. Localização (mapa): situa-se a norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 27°14' a 28°45' de latitude Sul; e 50°42' a 52°26' de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional

3. População total na bacia: 291.766 hab.

4. Área de drenagem: 14.743,15 Km2

5. Precipitação média anual: 1586 mm

6. Outorgas na bacia: Quatro outorgas concedidas para água superficial, usos: geração de
energia e piscicultura. Uma outorga em análise, para água superficial, uso: lazer; duas
para água subterrânea, uso: abastecimento público.

7. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual do Espigão


Barracão 1.331,9 ha Estado
Alto

8. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 41.491 de18 de março 2002.

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Drenagem urbana 01

Esgotamento sanitário 01

Agropecuária 04

Indústria 02

57
Fontes: Itens 1, 2 e 6: definidos pelo DRH/SEMA (2002); item 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); 5: STE - Serviços técnicos de Engenharia Ltda. (1997, CD-ROW); item 7:
www.SEMA.rs.gov.br; item 8: CRH/RS (2002)

199
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Geração de energia 01

Silvicultura 01

Lazer e turismo 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 02

Organizações comunitárias e clubes de serviço 02

Organizações sindicais 04

Organizações ambientalistas 01

Associações técnico- científicas 03

Instituições de ensino superior e pesquisa 02

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretarias das Obras públicas e saneamento 01

Secretaria de saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abasrecimento 02

Secretaria da educação 01

Secretaria estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

‰ Endereço
Emater -R. Mal. Floriano, 141 CP 787
EEeeeec
Erechim-RS
Cep 99700-000
Fone: (54) 321 5599
Fax: (54)321 5599

200
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Água Santa 3.790 286,68 98,69% 282,92 3.756

Aratiba 7.116 310,64 100,00% 310,64 7.116

Áurea 3.889 159,25 100,00% 159,25 3.889

Barão de Cotegipe 6.586 276,17 32,59% 90,01 1.075

Barra do Rio Azul 2.414 161,00 100,00% 161,00 2.414

Barracão 5.592 544,30 100,00% 544,30 5.592

Bom Jesus 12.014 2.641,22 69,43% 1.833,80 6.714

Cacique Doble 4.770 200,28 100,00% 200,28 4.770

Capão Bonito do Sul* 1.909 525,80 96,15% 505,56 1.872

Carlos Gomes 1.912 81,00 100,00% 81,00 1.912

Caseiros 2.861 239,00 89,99% 215,08 2.675

Centenário 3.127 133,10 100,00% 133,10 3.127

Charrua 3.783 196,50 100,00% 196,50 3.783

Ciríaco 5.252 295,93 25,63% 75,85 816

Coxilha 2.979 422,33 40,29% 170,15 1.358

Erebango 3.023 160,00 18,26% 29,21 1.179

Erechim 87.358 411,40 84,34% 346,98 46.023

Esmeralda 3.120 851,46 99,39% 846,25 3.116

Estação 6.228 98,92 37,06% 36,66 5.623

Floriano Peixoto 2.361 169,07 100,00% 169,07 2.361

201
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Gaurama 6.391 205,47 100,00% 205,47 6.391

Gentil 1.771 184,18 1,24% 2,29 16

Getúlio Vargas 16.509 283,08 100,00% 283,08 16.509

Ibiaçá 4.834 351,41 100,00% 351,41 4.834

Ibiraiaras 7.163 286,67 3,82% 10,96 155

Itatiba do Sul 5.252 234,86 15,84% 37,20 548

Lagoa Vermelha 27.924 1.313,75 60,73% 797,78 26.202

Machadinho 5.728 341,00 100,00% 341,00 5.728

Marcelino Ramos 6.108 231,50 100,00% 231,50 6.108

Mariano Moro 2.474 117,64 100,00% 117,64 2.474

Mato Castelhano 2.454 247,15 45,69% 112,93 943

Maximiliano
5.651 198,20 100,00% 198,20 5.651
de Almeida
Monte Alegre
3.040 549,25 3,33% 18,28 97
dos Campos

Muitos Capões 2.867 1.189,34 2,43% 28,95 49

Muliterno 1.768 109,50 12,42% 13,60 168

Paim Filho 4.831 200,77 100,00% 200,77 4.831

Passo Fundo 168.458 761,10 0,35% 2,65 16

Pinhal da Serra 2.401 436,11 100,00% 436,11 2.401

Sananduva 14.744 518,67 100,00% 518,67 14.744

Santa Cecília do Sul * 1.716 197,28 100,00% 197,28 1.716

Santo Expedito
2.683 124,50 100,00% 124,50 2.683
do Sul

São João da Urtiga 4.929 170,26 100,00% 170,26 4.929

São José do Ouro 7.051 340,10 100,00% 340,10 7.051

São José
3.104 1.156,78 75,90% 878,00 1.963
dos Ausentes

202
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Sertão 7.466 444,83 44,55% 198,16 5.376

Severiano
4.153 163,39 100,00% 163,39 4.153
de Almeida

Tapejara 14.173 263,71 100,00% 263,71 14.173

Três Arroios 3.144 149,79 100,00% 149,79 3.144

Tupanci do Sul 1.728 135,00 100,00% 135,00 1.728

Vacaria 57.341 2.131,16 65,86% 1.403,58 29.450

Viadutos 6.087 271,00 100,00% 271,00 6.087

Vila Lângaro 2.277 152,27 100,00% 152,27 2.277

TOTAIS 14.743,15 291.766

Fonte: Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE,
2002); Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o
cálculo da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica

Formação Serra Geral


12,1 98,33
Fissural
Planalto Meridional
Formação Serra Geral livre
0,1 6
(regolito)
Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM)

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 12,23


1. Abastecimento Público CORSAN
hm3/ano

Fonte dos dados: STE- Serviços técnicos de Engenharia Ltda. (1997)

203
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 3,13


1. Abastecimento Público
hm3/ano

- Estimativa do total captado: 1,55


2. Abastecimento Industrial
hm3/ano

- Estimativa do total captado: 0,41


3. Agricultura
hm3/ ano

Fonte dos dados: STE- Serviços técnicos de Engenharia Ltda. (1997).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento público (62%, fig. 59)

Estimativa das captações de água subterrânea por uso, na


Bacia Hidrográfica do Rio Apuauê-Inhandava

Figura 59: Gráfico das


8%
estimativas de captações de
água subterrânea, por uso, na
30% Abastecimento Público bacia do Rio Apuauê-
Abastecimento Industrial
Inhandava (Fonte dos dados:
Agricultura
62% STE- Serviços técnicos de
Engenharia Ltda. 1997)

204
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.2. BACIA HIDROGRÁFICA RIOS PASSO FUNDO-VÁRZEA

205
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 60 – Mapa Político Bacia Rios Passo Fundo-Várzea

206
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 61 – Hidrografia Bacia Rios Passo Fundo-Várzea

207
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.2.Bacia Hidrográfica dos Rios Passo Fundo e Várzea

DADOS GERAIS58

1. Localização (mapa): situa-se ao norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 27°04' a 28°19' de latitude Sul; e 52°13' a 53°51' de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3. População total na bacia: 496.427 hab.

4. Área de drenagem: 14.283,94 Km2

5. Precipitação média anual: 1725,5 mm

6. Outorgas na bacia: Quatro outorgas concedidas para água superficial, usos:


abastecimento público e geração de energia; um uso para água subterrânea para lazer.
Seis outorgas de água superficial para irrigação e geração de energia; quatorze outorgas
para água superficial, uso irrigação.

7. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual de Rondinha Sarandi 1.000 Estado

8. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comissão Provisória

‰ Endereço

UPF - CP n° 566
Passo Fundo -RS
CEP 99.001-970
Fone: (54)316 8369
Fax: (54) 316 8346
e- mail: cctam@upf.tche.br

58
Fontes: item 1 e 2: definidos pelo DRH/SEMA (2002)Item 6, 7 e 8: CRH/RS (2002); itens 3 e 4, IBGE
(2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); item 5: STE - Serviços Técnicos de Engenharia
Ltda. 1997

208
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)
Almirante Tamandaré
2.239 265,02 100,00% 265,02 2.239
do Sul *

Alpestre 10.266 322,20 100,00% 322,20 10.266

Ametista do Sul 7.414 92,31 100,00% 92,31 7.414

Barão de Cotegipe 6.586 276,17 67,41% 186,16 5.511

Barra do Guarita 2.987 62,70 100,00% 62,70 2.987

Barra Funda 2.231 60,00 100,00% 60,00 2.231

Benjamin Constant
2.727 131,08 100,00% 131,08 2.727
do Sul
Boa Vista
2.188 215,93 100,00% 215,93 2.188
das Missões

Caiçara 5.580 182,80 100,00% 182,80 5.580

Campinas do Sul 5.714 257,79 100,00% 257,79 5.714

Carazinho 57.655 665,94 50,98% 339,49 1.273

Cerro Grande 2.601 73,21 100,00% 73,21 2.601

Chapada 9.746 686,30 75,81% 520,28 8.534

Constantina 9.823 201,19 100,00% 201,19 9.823

Coqueiros do Sul 2.695 277,27 100,00% 277,27 2.695

Coronel Bicaco 8.435 493,50 22,17% 109,43 921

Coxilha 2.979 422,33 59,71% 252,18 1.621

Cristal do Sul 2.874 96,00 100,00% 96,00 2.874

Cruzaltense 2.544 163,71 100,00% 163,71 2.544

Derrubadas 3.715 341,40 24,60% 83,98 721

Dois Irmãos
2.365 244,30 100,00% 244,30 2.365
das Missões

Engenho Velho 2.134 71,00 100,00% 71,00 2.134

209
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Entre Rios do Sul 3.491 118,92 100,00% 118,92 3.491

Erebango 3.023 160,00 81,74% 130,79 1.844

Erechim 87.358 411,40 15,66% 64,42 41.335

Erval Grande 5.647 284,00 100,00% 284,00 5.647

Erval Seco 9.177 351,00 100,00% 351,00 9.177

Estação 6.228 98,92 62,94% 62,26 605

Faxinalzinho 2.923 144,47 100,00% 144,47 2.923

Frederico Westphalen 26.759 260,03 100,00% 260,03 26.759

Gramado
2.543 135,75 100,00% 135,75 2.543
dos Loureiros

Ipiranga do Sul 2.057 152,00 100,00% 152,00 2.057

Iraí 9.250 181,39 100,00% 181,39 9.250

Itatiba do Sul 5.252 234,86 84,16% 197,66 4.704

Jaboticaba 4.536 138,06 100,00% 138,06 4.536

Jacutinga 3.809 193,89 100,00% 193,89 3.809

Lajeado do Bugre 2.463 72,00 100,00% 72,00 2.463

Liberato Salzano 6.574 256,90 100,00% 256,90 6.574

Miraguaí 5.034 129,50 0,98% 1,27 32

Nonoai 12.822 457,91 100,00% 457,91 12.822

Nova Boa Vista 2.222 95,00 100,00% 95,00 2.222

Novo Barreiro 3.867 121,71 100,00% 121,71 3.867

Novo Tiradentes 2.412 75,55 100,00% 75,55 2.412

Novo Xingú * 1.844 80,41 100,00% 80,41 1.844

Palmeira das Missões 36.398 1390,08 65,36% 908,51 34.467

210
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Palmitinho 6.943 157,85 100,00% 157,85 6.943

Passo Fundo 168.458 761,10 51,76% 393,98 84.312

Paulo Bento * 2.139 148,56 100,00% 148,56 2.139

Pinhal 2 503 67,40 100,00% 67,40 2.503

Pinheirinho do Vale 4.184 105,35 100,00% 105,35 4.184

Planalto 11.302 231,43 100,00% 231,43 11.302

Pontão 3.904 505,11 100,00% 505,11 3.904

Ponte Preta 2.028 96,99 100,00% 96,99 2.028

Quatro Irmãos * 1.755 268,35 100,00% 268,35 1.755

Redentora 8.846 293,00 73,28% 214,71 4.458

Rio dos Índios 4.702 236,72 100,00% 236,72 4.702

Rodeio Bonito 5.751 83,25 100,00% 83,25 5.751

Ronda Alta 10.051 418,69 100,00% 418,69 10.051

Rondinha 6.107 261,00 100,00% 261,00 6.107

Sagrada Família 2.648 75,40 100,00% 75,40 2.648

Santo Antônio
2.001 204,36 6,72% 13,73 74
do Planalto

São José das Missões 3.000 95,30 100,00% 95,30 3.000

São Pedro
1.794 78,64 100,00% 78,64 1.794
das Missões

São Valentim 4.109 157,33 100,00% 157,33 4.109

Sarandi 18.162 346,83 100,00% 346,83 18.162

Seberi 11.349 307,82 100,00% 307,82 11.349

211
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Sertão 7.466 444,83 55,45% 246,67 2.090

Taquaruçu do Sul 2.921 77,74 100,00% 77,74 2.921

Tenente Portela 14.343 369,29 54,00% 199,41 7.404

Três Palmeiras 4.620 186,80 100,00% 186,80 4.620

Trindade do Sul 5.922 267,52 100,00% 267,52 5.922

Vicente Dutra 6.128 192,30 100,00% 192,30 6.128

Vista Alegre 2.996 78,73 100,00% 78,73 2.996

Vista Gaúcha 2.725 78,41 100,00% 78,41 2.725

TOTAIS 14.283,94 496.427

Fonte: Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE,
2002); Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o
cálculo da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Profundidade média
Província Hidrogeológica Sub-província Vazão média (m3/h)
(m)

Formação Serra Geral Fissura 17,70 122,42


Planalto Meridional

Formação Serra Geral livre (regolito)

Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 9,50


1. Abastecimento Público
hm3/ano.

212
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Estimativa do total captado: 0,71


2. Abastecimento Industrial
hm3/ano.

- Estimativa do total captado: 7,65


3. Irrigação
hm3/ano.

Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia Ltda. (1997).

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 12,68


1. Abastecimento Público
hm3/ano.

- Estimativa do total captado:


2. Abastecimento Industrial
3,72hm3/ano.

- Estimativa do total captado: 0,77


3. Água Mineral
hm3/ano.

- Estimativa do total captado: 2,19


4. Irrigação
hm3/ano.

Fonte dos dados: STE - Serviços de Engenharia Ltda. (1997).

213
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio do abastecimento público (53%, fig. 62)

Estimativa das captações de água superficial por uso, na


Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo- Várzea

Figura 62: Gráfico das


estimativas de captações
43% Abastecimento Público
de água superficial, por
Abastecimento Industrial uso, na bacia do Rio Passo
53% Irrigação Fundo-Várzea (Fonte do
dados: STE - Serviços
4%
técnicos de Engenharia
Ltda. 1997)

• De água subterrânea: predomínio do abastecimento público (66%, fig. 63)

Estimativa das captações de água subterrânea por uso,


na Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo- Várzea

Figura 63: Gráfico das


estimativas de captações
11%
4%
Abastecimento Público
de água subterrâneo, por
Abastecimento Industrial
uso, na bacia do Rio
19% Água Mineral Passo Fundo-Várzea
66% Agrícola (Fonte do dados: STE -
Serviços técnicos de
Engenharia Ltda. 1997)

214
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.3. BACIA HIDROGRÁFICA TURVO-STA ROSA-STO CRISTO

215
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 64 – Mapa Político Bacia Rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

216
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 65 – Hidrografia Bacia Rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

217
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.3. Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo, Santa Rosa, Santo Cristo

DADOS GERAIS59

1. Localização (mapa): situa-se a norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 27°07' a 28°13' de latitude Sul e 53°24' a 55°20' de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3. População total na bacia: 395.226 hab.

4. Área de drenagem: 10.900,04 km2.

5. Precipitação média anual: 1.663 mm

6. Evapotranspiração média anual: 137,72 mm

7. Vazão média:

8. Descarga específica média (Vazão média/área):

9. Outorgas na bacia: Oito outorgas concedidas para água superficial, usos: abastecimento
industrial, geração de energia, piscicultura, ranicultura e aqüicultura; e uma outorga de
água subterrânea para irrigação. Duas outorgas de água superficial para os usos:
piscicultura e reservação; e cinco outorgas de água subterrânea para irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Parque Estadual do Turvo Derrubadas 17.491,40 ha Estado

1. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 41.325 de 14/01/02

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

59
Fontes: item 1, 2 e 9: definidos pelo DRH/SEMA (2002); itens 3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5 e 6: IPAGRO (1989, vol. 1, p. 25 e 29); item 10:
www.sema.rs.gov.br; item 11: CRH/SEMA (2002)

218
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Geração de Energia 01

Agricultura 02

Pecuária 02

Piscicultura 01

Esgotamento Sanitário 02

Drenagem Urbana 01

Indústria 02

Lazer e Turismo 01

Grupo II – População

Categoria Vagas

Poder Legislativo Municipal 03

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias e clubes de serviço 02

Instituições de ensino superior e pesquisa 02

Associações técnico- científica 02

Organizações sindicais 03

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria de Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

219
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

‰ Endereço
RS 344 - Km 39
Santa Rosa -RS
Cep 98900-000
Fone: (55) 512 6677
Fax: (55) 512 6677
cmeller@infsr.unijui.tche.br

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Ajuricaba 7 709 333,41 0,84% 2,79 33

Alecrim 8 487 315,20 100,00% 315,20 8 487

Alegria 5 367 176,80 100,00% 176,80 5.367

Boa Vista do Buricá 6 587 106,00 100,00% 106,00 6.587

Bom Progresso 2 831 89,33 100,00% 89,33 2.831

Braga 4 198 135,30 100,00% 135,30 4.198

Campina das Missões 7 014 218,22 100,00% 218,22 7.014

Campo Novo 6 721 62,50 100,00% 62,50 6.721

Cândido Godói 7 092 250,00 100,00% 250,00 7.092

Catuípe 10 198 538,36 35,94% 193,51 1.444

Cerro Largo 12 665 169,94 51,00% 86,67 1.695

Chiapeta 4 481 389,70 100,00% 389,70 4.481

Condor 6 491 477,60 0,21% 1,02 7

Coronel Bicaco 8 435 493,50 77,83% 384,07 7.514

Crissiumal 15 180 371,55 100,00% 371,55 15.180

Derrubadas 3 715 341,40 75,40% 257,42 2.994

Doutor Maurício
6 329 252,00 100,00% 252,00 6.329
Cardoso

220
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Esperança do Sul 3 755 150,75 100,00% 150,75 3.755

Giruá 18 749 857,12 100,00% 857,12 18.749

Guaraní das Missões 8 990 289,60 42,33% 122,58 6.680

Horizontina 17 699 232,00 100,00% 232,00 17.699

Humaitá 5 228 136,04 100,00% 136,04 5.228

Ijuí 75.735 666,77 2,18% 14,54 182

Independência 7 308 360,90 100,00% 360,90 7.308

Inhacorá 2 378 118,17 100,00% 118,17 2.378

Miraguai 5 034 129,50 99,02% 128,23 5.002

Nova Candelária 2 883 96,55 100,00% 96,55 2.883

Nova Ramada 2 723 244,29 10,79% 26,36 147

Novo Machado 4 718 218,02 100,00% 218,02 4.718

Palmeira das Missões 38 192 1.390,08 15,94% 221,62 1.174

Pirapó 3 349 287,78 0,10% 0,29 3

Porto Lucena 6 398 245,88 100,00% 245,88 6.398

Porto Mauá 2 802 105,50 100,00% 105,50 2.802

Porto Vera Cruz 2 464 112,34 100,00% 112,34 2.464

Porto Xavier 11 190 275,16 85,05% 234,02 10.350

Redentora 8 846 293,00 26,72% 78,29 4.388

Roque Gonzales 7 799 337,74 7,63% 25,77 386

Salvador das Missões 2 665 94,82 61,74% 58,54 1.971

Santa Rosa 65 016 488,30 100,00% 488,30 65.016

Santo Ângelo 76 745 666,70 9,02% 60,13 1.068

Santo Augusto 14 426 432,80 98,84% 427,79 14.387

221
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Santo Cristo 14 890 372,91 100,00% 372,91 14.890

São José do Inhacorá 2 402 76,70 100,00% 76,70 2.402

São Martinho 6 321 182,80 100,00% 182,80 6.321

São Paulo
7 187 217,47 90,75% 197,36 5.709
das Missões

São Pedro do Butiá 2 862 107,44 25,67% 27,58 482

São Valério do Sul 2 625 122,90 100,00% 122,90 2.625

Sede Nova 3 208 117,20 100,00% 117,20 3.208

Senador Salgado
2 927 146,82 100,00% 146,82 2.927
Filho

Sete de Setembro 2 357 130,80 71,76% 93,86 1.800

Tenente Portela 14 343 369,29 46,00% 169,88 6.939

Tiradentes do Sul 7 497 235,19 100,00% 235,19 7.497

Três de Maio 24 136 455,67 100,00% 455,67 24.136

Três Passos 24 656 272,14 100,00% 272,14 24.656

Tucunduva 6 305 188,30 100,00% 188,30 6.305

Tuparendi 9 542 303,18 100,00% 303,18 9.542

Ubiretama 2 677 125,74 100,00% 125,74 2.677

TOTAIS 10.900,04 395.226

Fonte: Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE,
2002); Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o
cálculo da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA


Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Formação Serra
Planalto Meridional 18,71 122,97
Geral
Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM).

222
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.4. BACIA HIDROGRÁFICA BUTUÍ-PIRATINIM-ICAMAQUÃ

223
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 66 – Mapa Político Bacia Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã

224
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 67 – Hidrografia Bacia Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã

225
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.4. Bacias Hidrográficas dos Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã

DADOS GERAIS60

1. Localização (mapa): situa-se a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 28° 00' a 29° 15' de latitude Sul; e 54° 00' a 56° 30' de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional

3. População total na bacia: 155.262 hab.

4. Área de drenagem: 15.666,09 Km2

5. Precipitação média anual: 1.503,67 mm

6. Evapotranspiração média anual: 94,08 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: (Estação Rio Piratinim; área de drenagem: 5.281
km2) 696 mm/ano

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,022 m3/s/km2 ou 22 l/s/Km2

9. Outorgas na bacia: Uma outorga concedida para água superficial, uso: irrigação e uma
outorga em análise de água subterrânea para a irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Reserva Biológica do Banhado


Itaqui e Maçambará A ser definida Estado
São Donato

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comissão Provisória.

‰ Endereço

Rua: Cândico Falcão, 1155, 1° andar


São Borja-RS
Caixa Postal n°. 96
CEP: 97670-000
Fone: (55) 431-3966
Fax: (55) 431-3966
e- mail: srural@gpsnet.com.br
60
Fontes: itens 1, 5 a 7 CEEE (2000, Tomo I, Vol. 1, p. 91-95 e 101); 3 e 4, IBGE (2002) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); item 2, 8 e 9: definidos pelo DRH/SEMA (2002); Item 10:
www.SEMA.rs.gov.br (2002); item 11: CRH/SEMA (2002)

226
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Bossoroca 7.757 1.642,00 100,00% 1.642,00 7.757

Capão do Cipó 2.556 1.003,94 83,86% 841,90 2.350

Dezesseis
3.444 210,13 25,29% 53,15 721
de Novembro

Entre-Ijuís 9.702 550,10 17,58% 96,68 925

Eugênio de Castro 3.313 419,75 20,73% 87,03 460

Garruchos 3.675 798,02 100,00% 798,02 3.675

Itacurubí 3.503 1.114,80 100,00% 1.114,80 3.503

Itaqui 39.770 3.413,17 11,52% 393,20 570

Jóia 8.284 1.271,83 43,26% 550,17 2.729

Maçambará 5.035 1.657,63 68,59% 1.136,93 2.665

Pirapó 3.349 287,78 3,08% 8,87 81

Rolador 2.865 295,61 3,90% 11,54 56

Santiago 49.940 2.415,34 33,92% 819,29 1.647

Santo Antônio
12.691 1.645,27 100,00% 1.645,27 12.691
das Missões

São Borja 64.869 3.640,68 98,57% 3.588,62 64.760

São Luiz Gonzaga 36.688 1.262,56 77,73% 981,37 35.811

São Miguel
7.324 1.227,91 88,86% 1.091,13 6.852
das Missões

São Nicolau 6.406 499,92 92,42% 462,03 6.224

Tupaciretã 20.947 2.209,78 3,09% 68,32 123

Unistalda 2.644 602,14 45,80% 275,76 1.660

TOTAIS 15.666,09 155.262

Fonte: Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE,
2002); Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o
cálculo da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

227
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção MQmx (m3/s) 61 MQmn (m3/s) 62 Qlp63


Rio Piratinim 645,3 2,4 25,3
Arroio Inhacapetum 370,1 2,1 19,5
Rio Piratinim 1.143,9 7,9 85,5
Rio Piratinim 1.101,6 13,7 116,6
Rio Icamaquã 835,2 0,3 20,3
Fonte dos dados: CEEE (2000, Tomo I, Vol. 1, p. 101).

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Planalto Meridional Formação Serra Geral 20,94 126

Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas ( CPRM, 2002 ).

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 12,08


1. Abastecimento Público CORSAN
hm3/ano.

- Principal grupo de indústrias da


2. Abastecimento Industrial/ região: alimento.
agroindustrial - Estimativa do total captado:
0,55hm3/ano.

61
MQmx = média das vazões diárias máximas anuais
62
MQmn = média das vazões diárias mínimas anuais
63
Qlp = vazão média de longo período

228
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Culturas comerciais importantes:


arroz, hortigranjeiros e grãos (soja,
milho e feijão).
- Captação para o arroz: 2.145,65
hm3/ano;
- Captação para o milho: 393,18
hm3/ano;
3. Irrigação
- Captação para o feijão: 16,28
hm3/ano;
- Captação para a soja: 829,5
hm3/ano.
- Estimativa do total captado:
3.384,61 hm3/ano.

- Pecuária de grande porte (bovinos e


suínos).
- Pecuária de pequeno porte (ovinos
4. Dessedentação de animais
e aves).
- Estimativa do total captado: 18,82
hm3/ano.
Fonte dos dados: CEEE (2000, Tomo I, Vol. 1 p. 118 a 121; 132 a 133; 139); CEEE (2000, Tomo I, Vol. 3 p.470-
493).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

1. Geração de energia RGE - Usina Andorinha - Rio Piratinim

- Expressão econômica limitada.


- Incentivo governamental em
2. 4. Pesca
empreendimentos do tipo pesque e
pague.

- Navegação restrita devido à


3. 5. Navegação
variação da vazão.

- Presença de balneários em locais


4. 6. Lazer
próximos às grandes cidades.

Fonte dos dados: CEEE Tomo I, Vol. 1 ( 2000, Tomo I, Vol. 1, p.140-141); CEEE (2000, Tomo II, Apêndice A,
p.22)

229
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 2,20


1. Abastecimento público
hm3/ano.

Fonte dos dados: (CORSAN, 2002).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio irrigação (99,08 %, fig. 68)

Estimativa das captações de água superficial por uso, na


Bacia do Rio Butuí-Piratinim -Icamaquã

99,08% Abastecimento Público Figura 68: Gráfico das


estimativas de
Abastecimento
Industrial/Agoindustria
captações de água
Dessedentação Animal superficial por uso, na
0,35% bacia do Rio Butuí-
0,55% Irrigação
Piratinim-Icamaquã
0,02%
(Fonte do dados: CEEE,
2000).

230
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Barreira natural à
migração espontânea;
- Isolamento de animais
em ilhas formadas pelo
Montante dos - Programas de resgate e
Geração de energia barramento;
barramentos monitoramento da fauna íctica.
- Perda da qualidade e
quantidade da vegetação
marginal.

Fonte dos dados: CEEE ( 2000, Tomo II, p. 20 a 32).

231
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.5. BACIA HIDROGRÁFICA IBICUÍ

232
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 69 – Mapa Político Bacia Rio Ibicuí

233
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 70 - Hidrografia Bacia Rio Ibicuí

234
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.5. Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

DADOS GERAIS64

1. Localização (mapa): situa-se a oeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 28°53’ a 30°51’ de latitude Sul e 53°39’ a 57°36’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 414.321 hab.

4. Área de drenagem: 35.439,25 km2

5. Precipitação média anual: 1.588 mm

6. Evapotranspiração real anual: 1.577 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 849,04 m3/s ou 630 mm/ano (Estação Passo Mariano
Pinto - Rio Ibicuí. Área de drenagem: 42.498 Km2)

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,020m3/s/ km2 ou 20 l/s/km2

9. Outorgas na bacia: Uma outorga concedida para água superficial, uso: geração de energia
e duas outorgas em análise para água subterrânea, uso: abastecimento público e irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Reserva Biológica do
Itaqui e Maçambará A ser definida Estado
Banhado São Donato

Reserva Biológica do
Alegrete 351,42 DEFAP- SEMA
Ibirapuitã

Reserva Biológica do Ibicuí-


Santa Maria 598 CORSAN
Mirim

Quaraí, Rosário do
Área de Proteção Ambiental Sul, Santana do
318.000 IBAMA
(APA) do Ibirapuitã Livramento e
Alegrete

64
Fontes: Itens 1, 2 e 9: DRH/SEMA (2002); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento (2002); item 5: STE (1998, Anexo B, p. 65); item 6: definido pelo DRH/SEMA com base na
área da bacia e nos dados constantes em STE (op. cit., cap.5, p. 94); itens 7 e 8: STE (op. cit., Relatório do
Cenário Atual, Cap.2, p.14-15;); item 10: STE (op. cit., Relatório do Cenário Atual, Cap.5, p.45-46) e
www.sema.rs.gov.br ; item 11: CRH/SEMA (2002)

235
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 40.226 de 07.08.2000

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento sanitário e drenagem urbana 02

Indústria 01

Navegação e mineração 01

Agropecuária 02

Pesca Turismo e lazer 02

Agricultura irrigada 05

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 04

Organizações ambientalistas 03

Organizações comunitárias e clubes de serviço 03

Instituições de ensino ou pesquisa 03

Associações técnico-científicas 03

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

236
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Fundação Marona - Assis Brasil n° 42


Alegrete-RS
Telefone: 55 9974 1638
CEP: 97543-000

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Alegrete 84.338 7.695,28 100,00% 7.695,16 84.338

Barra do Quaraí 3.884 1.051,43 56,93% 598,58 2.013

Cacequi 15.311 2.367,60 54,49% 1.290,03 1.251

Capão do Cipó 2.556 1.003,94 16,14% 162,04 206

Dilermando
3.200 598,07 29,92% 178,92 1.721
de Aguiar

Itaara 4.578 170,02 40,10% 68,18 3.821

Itaqui 39.770 3.413,17 88,48% 3.019,97 39.200

Jaguari 12.488 693,80 100,00% 693,80 12.488

Jari 3.751 837,72 100,00% 837,72 3.751

Jóia 8.284 1.271,83 0,27% 3,41 17

Júlio de Castilhos 20.416 1.964,09 36,63% 719,41 1.471

Maçambara 5.035 1.657,63 31,41% 520,70 2.370

Manoel Viana 6.995 1.343,02 100,00% 1.343,02 6.995

Mata 5.575 314,50 100,00% 314,50 5.575

Nova Esperança
4.010 188,00 100,00% 188,00 4.010
do Sul

Quaraí 24.002 3.270,10 31,65% 1.034,99 615

237
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quevedos 2.691 545,42 100,00% 545,42 2.691

Rosário do Sul 41.058 4.345,30 32,23% 1.400,40 1.550

Santa Maria 243.611 1.801,52 10,08% 181,52 1.301

Santana
90.849 6.930,70 25,84% 1.790,98 1.652
do Livramento

Santiago 49.940 2.415,34 66,08% 1.596,05 48.293

São Borja 64.869 3.640,68 1,43% 52,06 109

São Francisco
20.810 2.550,60 100,00% 2.550,60 20.810
de Assis
São Martinho
3.246 670,00 100,00% 670,00 3.246
da Serra

São Pedro do Sul 16.989 920,10 100,00% 920,10 16.989

São Vicente do Sul 8.336 1.167,00 100,00% 1.167,00 8.336

Toropi 3.196 188,00 100,00% 188,00 3.196

Tupanciretã 20.947 2.209,78 58,42% 1.291,00 10.809

Unistalda 2.644 602,14 54,20% 326,38 984

Uruguaiana 126.936 5.751,07 71,14% 4.091,33 124.512

TOTAIS 35.439,25 414.321

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o cálculo
da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção Q7, 10 (m3/s)65 Qmax(m3/s)66 Qmédia(m3/s)67 Qmin(m3/s)68


Passo do Butuí - Rio Butuí 0,19 50,0 3,80 0,04

Usina Quebra Dente - Rio Toropi 0,17 800,0 23,47 0,16

Guacupi - Rio Guacupi 0,13 305,00 17,22 0,12


Cachoeira dos Cinco Veados -
0,26 2026,29 42,95 0,25
Rio Toropi

65
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.
66
Qmax = vazão máxima observada
67
Qmédia = vazão média observada
68
Qmin = vazão mínima observada

238
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Vila Clara - Rio Toropi 0,51 2239,16 58,90 0,01

Ponte Toropi - Rio Toropi 0,67 1037,0 63,86 0,06

Passo Santa Vitória - Rio Ibicuí 0,42 779,39 65,19 0,42

Passo da Laje - Rio Jaguari 0,09 246,71 1,12 0,08

Jaguari - Rio Jaguari 0,88 2879,0 52,22 0,28

Ernesto Alves - Rio Jaguarizinho 0,29 1747,0 25,94 0,09


Passo Jaguarizinho - Rio
0,46 490,28 28,96 0,01
Jaguarizinho
Passo do Loreto - Rio Jaguari 2,24 2013,0 95,31 1,76

Jacaqua - Rio Ibicuí 4,88 4132,0 478,94 1,0


Ponte do Miracatu - Arroio
4,16 133,0 9,65 0,00
Miracatu
Manoel Viana - Rio Ibicuí 20,73 4731,10 605,23 0,00

Passo do Itaum - Rio Ibicuí 28,43 5024,0 572,85 27,0


Cachoeira Santa Cecília - Rio
0,94 398,0 30,84 0,94
Itú
Passo da Cachoeira - Rio Itú 15,23 1561,0 57,83 9,40

Passo dos Britos - Rio Ibirapuitã 1,22 639,23 97,02 1,08

Passo do Osório - Arroio Cavera 0,11 835,08 28,12 0,08

Alegrete - Rio Ibirapuitã 1,97 1695,0 116,40 0,24

Passo Mariano Pinto - Rio Ibicuí 29,20 8470,0 849,04 17,50


Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (1998. Anexo B, p.100-110)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA


Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Formação Botucatu livre 17,80 72,80
Planalto Meridional
Formação Botucatu confinado 35,40 117,82
Formação Serra Geral 8,21 60,48
Quaternário* Aluviões 50,00 9,00
Depressão Periférica Formação Rosário do Sul livre 17,31 91,70

Formação Botucatu livre 2,00 77,00


Planalto Meridional
Formação Botucatu confinado 33,96 161,00
Planalto Meridional Indeterminado 5,83

Fonte dos dados: STE (1998, Cap. 5, 5-19) e SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas ( CPRM
); obs.:* só existe 1 poço cadastrado nesta província

239
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
Prefeituras Municipais
1. Abastecimento Público e - Estimativa do total captado: 24,07
Principais ramos industriais: matadouros,
industrial hm3/ano
coureiro-calçadista, vinícola, bebidas,
cereais, laticínios.

- Predomínio da irrigação para


cultivo do arroz;
2. Irrigação Irrigantes particulares
- Estimativa do total captado: 3.817
hm3/ano

- Estimativa do total captado para


dessedentação de animais: 4,65
hm3/ano
- Pecuária de pequeno porte (ovinos,
3. Dessedentação de Pecuaristas
coelhos e aves);
Animais Empresas de suinocultura
- Pecuária de grande porte (bovinos,
bufalinos, equinos, asininos,
muares e suínos).

Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (1998, cap.0 p.4 e cap.4 p. 13- 21); obs.: os dados
para dessedentação de animais não foram discriminados por fonte (superficial e subterrânea), no trabalho em foco.
Sendo assim, utilizou-se como critério as informações do Comitê de Bacia, que estimou, para este uso, 90 de
captação por fonte de água subterrânea.

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Percentual de municípios atendidos
pela rede de esgoto é pouco
expressiva;
1. Diluição de esgoto CORSAN
- A maior parte é realizado através
doméstico Prefeituras Municipais
de fossas sépticas, seguidas de
sumidouros e/ou lançamento na
rede pluvial.
- As cargas poluentes lançadas nos
Principais ramos industriais: frigoríficos, corpos d’água são oriundos de
2. Diluição de esgoto
coureiro-calçadista, vinícola, bebidas, efluentes tratados, parcialmente
industrial
laticínios. tratados e não tratados de diversas
indústrias.
- Percentual de atendimento à
população urbana por rede de
esgoto pluvial é pouco expressiva;
- A maioria dos municípios não
3. Drenagem Urbana Prefeituras Municipais
dispõe de sistema de disposição
adequada para resíduos sólidos
urbanos;
- Predomínio de lixões.

240
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Principais recursos minerais:


4. Mineração Empresa cascalho, areia, argila, ágata,
ametista e água mineral.

Navegadores particulares
5. Navegação
Empresa de Transporte Fluvial Itaqui ltda

Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (1998. Relatório do Cenário Atual, cap. 4 p. 22-45 e
cap. 5 p.20-22)

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

CORSAN
- Estimativa do total captado: 13,073
1. Abastecimento Público Prefeituras Municipais
hm3/ano

- Estimativa do total captado: 41,878


2. Dessedentação de
Pecuaristas hm3/ano
Animais

Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (1998. Relatório do Cenário Atual, cap. 4 p. 13-21)

241
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (99,25%, fig. 71).

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia hidrográfica do


Rio Ibicuí Figura 71: Gráfico das
estimativas de captações de
99,25%
água superficial, por uso,
na bacia do Rio Ibicuí
Abastecimento Público e (Fonte dos dados: Serviços
Industrial
Irrigação
Técnicos de Engenharia.
S.A., 1998)
Dessedentação Animal

0,63%
0,12%

• De água subterrânea: predomínio da dessedentação de animais (76%, fig.72).

Estimativa das captações de água subterrânea por uso, na bacia


hidrográfica do Rio Ibicuí

Figura 72: áfico das


estimativas de captações de
76%
água subterrânea, por uso,
Abastecimento Público na bacia do Rio Ibicuí
Dessedentação de Animais
(Fonte dos dados: Serviços
24%
Técnicos de Engenharia.
S.A., 1998)

• Conclusão: os estudos quantitativos realizados por STE - Serviços Técnicos de


Engenharia S.A. (1998, Vol. I, Cap.5, p.67), revelaram a presença de altos déficits na
bacia, durante o período de novembro a março, associados a altas taxas de evaporação e

242
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

solos rasos e arenosos. Destaca-se que este período coincide com o aumento das
demandas de água para a irrigação do arroz. Segundo o referido estudo, o nível médio
atual de consumo de água para arroz, por safra agrícola, é da ordem de 12.000 m3/ha
indicando um desperdício, uma vez que a necessidade do solo, estimada foi de 8.700
m3/ha.

2. CONFLITOS DE USO, ÁREAS CRÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Conflitos Área crítica Impactos Estratégias


- Tratamento de
esgoto;
- Contaminação das águas
Área urbana e - Licenciamento
Lançamento de esgoto com coliformes fecais e
rural ambiental;
totais
- Reconversão do
espaço agrário.
- Recuperação de
Curso médio e - Drenagem de banhados;
banhados e reposição
inferior do Rio - Redução da mata-ciliar;
da mata-ciliar;
Ibicuí e junto ao - Perda da diversidade
Orizicultura - Reconversão da
Rio Uruguai biológica;
lavoura de arroz;
(porção oeste da - Riscos de contaminação
- Participação do
bacia) por agroquímicos.
comitê de bacia.
- Alteração da dinâmica do
leito e das margens do rio;
Rio Ibicui (trecho
cascalho e - Instabilidade nos
entre Cacequi e
areia depósitos aluvionares;
Manoel Viana)
- Formação de lagos
artificiais
- Modificações
morfológicas, resultando - Licenciamento
em novas áreas de recarga ambiental;
pedreiras Proximidade das
de aqüíferos; - Fiscalização;
localizadas cidades
- Migração da água - Participação do
Mineração subterrânea para maiores Comitê de bacia;
profundidades - Aprimoramento das
técnicas de
Aluviões, mineração.
argila folhelhos e
argilitos
- Aumento da turbidez e do
assoreamento das águas
superficiais.
Cabeceiras do Rio
Ágata e
Ibirapuitã (Santana
ametista
do Livramento)

Fonte dos dados: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (1998. Relatório do Cenário Atual ,Vol. I, Cap.0,
Cap.4 eCap.5)

243
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.6. BACIA HIDROGRÁFICA QUARAÍ

244
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 73 – Mapa Político Bacia Rio Quaraí

245
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 74 Hidrografia Bacia Rio Quaraí

246
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.6. Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

DADOS GERAIS69

1. Localização (mapa): situa-se a oeste-sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°40' a 30°30' de latitude Sul e 56°30' a 57°40' de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional

3. População total na bacia: 29.720 hab.

4. Área de drenagem: 6.557,08 Km2

5. Precipitação média anual: 109,76mm

6. Evapotranspiração média anual: 861,1mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 121,29 m3/s (Estação: Ponte da Concórdia)

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 18,5 l/s/Km2 ou 0,0185 m3/s/Km2.

9. Unidades de Conservação existentes:

Nome Município Área (ha) Administrada

Barra do
Parque Estadual do Espinilho 1.617,14 Estadual
Quaraí

10. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê local da Comissão Binacional

‰ Endereço

Jorge Bergallo
e-mail: bergallo@uol.com.br

69
Fontes: item 7: calculado pelo DRH/SEMA com base na área da bacia e descarga específica; itens 5, 6, e 8:
MRS - Estudos Ambientais Ltda. (1996 , Tomo I, Vol. 1, p. 64 e 89); Itens 1, 2 e 9: Definidos pelo DRH; item
3 e 4: IBGE (2000) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002).

247
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Barra do Quaraí 3.884 1.051,43 43,07% 452,85 1.871

Quaraí 24.002 3.270,10 68,35% 2.235,11 23.387

Santana
90.849 6.930,70 31,89% 2.210,08 2.039
do Livramento

Uruguaiana 126.936 5.751,07 28,85% 1.659,03 2.423

TOTAIS 6.557,08 29.720

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal; (*) município emancipado
após 2000.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção MQmin(m3/s)70 MQmax(m3/s)71


Ponte da Concórdia 2,04 1.592,5
Fonte dos dados: MRS Estudos Ambientais Ltda. (1996 , Tomo I, Vol. 1, p 69).

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica

Formação Botucatu livre


Planalto Meridional
Formação Botucatu
126,40
confinado
Formação Serra Geral 2,78 78,50
Formação Serra Geral livre 9,06
Quaternário Aluvião 9,00

Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM ).

70
MQmin= média das vazões diárias mínimas anuais.
71
MQmax = média das vazão diárias máximas anuais.

248
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 0,209


1. Abastecimento Público
hm3/ano.

- Estimativa do total captado: 449,55


2. Irrigação
hm3/ano.

- Pecuária de Grande Porte: bovinos;


- Pecuária de Pequeno Porte: ovinos;
3. Dessedentação Animal
- Estimativa do total captado: 3,56
hm3/ano.

4. Outros Usos (industrial, - Estimativa do total captado: 0,216


comercial, serviços públicos) hm3/ano.

Fonte dos dados: MRS - Estudos Ambientais Ltda. (Tomo II - B, p.68).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Atendidos 268 estabelecimentos
comerciais, 5 industriais, 22
1. Efluentes Urbanos
repartições públicas e 294
residências.

- Os efluentes líquidos diretos do


2. Efluentes Rurais meio rural provém das culturas
irrigadas (arroz).

- Presença de balneário junto à sede


3. Lazer
do município de Quaraí.

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. (1995, p.89 e 93).

249
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

- Estimativa do total captado: 0,68


1. Abastecimento Público
hm3/ano.

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. ( 1995, p.87)

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (99,12%, fig. 75)

Estimativas das captações de água superficial por uso, na Bacia


Hidrográfica do Rio Quaraí

99,12% Figura 75: Gráfico das


Abastecimento Público estimativas de
Irrigação captações de água
Dessedentação Animal superficial, por uso, na
0,78% Outros Usos bacia do Rio Quaraí
0,05% 0,05% (Fonte dos dados:
Bourscheid Engenharia
Ltda,1995.)

• De água subterrânea: Principal uso abastecimento público.

250
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.7. BACIA HIDROGRÁFICA SANTA MARIA

251
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 76 – Mapa Político Bacia Rio Santa Maria

252
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 77 - Hidrografia Bacia Rio Santa Maria

253
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.7. Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

DADOS GERAIS72

1. Localização (mapa): situa-se a sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°47’a 31°36’ de latitude Sul; e 54°00’ a 55°32’ de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão Central

3. População total na bacia: 186.116 hab.

4. Área de drenagem: 15.720,96 km2

5. Precipitação média anual: 1.444 mm

6. Evapotranspiração média anual: 1.481 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 205 m3/s ou 535 mm/ano (Estação Rosário. Área de
drenagem: 12.077 Km2)

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,017 m3/s/Km2 ou l7 l/s/Km2

9. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n° 39.641 de 28.07.1999

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

Esgotos domésticos e drenagem 06

Setor Agrícola 06

Setor industrial 01

Mineração 01

72
Fontes: Itens 1, 2, e 8: definidos pelo DRH/SEMA(2002); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5, 6 e 7: Bourscheid Engenharia Ltda. (1998, Relatório Parcial No 1,
p. 51); item 9: CRH/SEMA (2002)

254
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Grupo II – População

Categoria Vagas

Câmara de Vereadores 04

Universidades 02

Associações Técnico-Científicas 04

Associações Ambientalistas 03

Associações de Moradores 03

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 02

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério de Meio Ambiente 01

‰ Endereço

Cooperativa Triticola Miguel Iron s/n


Rosário do Sul-RS
Telefone: 55 232 2525
CEP: 97590-000
E-mail: cmtsmaria@pro.via-rs.com.br

255
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Área na bacia
Município Total (hab) (Km2) (km2) bacia (hab)

Bagé 114.840 4.122,81 1,68% 69,15 294

Cacequí 15.311 2.367,60 45,51% 1.077,57 14060

Dom Pedrito 40.410 5.227,10 94,93% 4.961,83 40176

Lavras do Sul 8.109 2.571,80 49,34% 1.268,93 1.619

Rosário do Sul 41.058 4.345,30 67,77% 2.944,90 39508

Santana
90.849 6.930,70 42,27% 2.929,69 87158
do Livramento

São Gabriel 60.073 5.143,50 48,00% 2.468,88 3.300

TOTAIS 15.720,96 186.116

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o cálculo
da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Sub-bacias Qlp (m3/s)73 Q7, 10 (m3/s)74


Rio Santa Maria - Curso Superior 43,8 0,84
Rio Santa Maria - Curso Médio Superior 81,6 1,35
Rio Santa Maria - Curso Médio 100,0 1,90
Rio Ibicuí da Armada - Curso Superior 48,2 0,76
Rio Ibicuí da Cruz - Curso Superior 33,4 0,59
Rio Ibicuí da Armada - Curso Inferior 196,0 2,93
Rio Santa Maria - Curso Inferior 273,0 4,38
Rio Cacequi 36,0 0,68
Arroio Saicã 17,2 0,45
Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. - (1996. Cenário Atual- Volume 1, Relatório N.º 01 p. 202-203).

73
Qlp = vazão média de longo período.
74
Q7, 10 = vazão mínima correspondente a um período de retorno de 10 anos e uma duração de 7 dias.

256
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Escudo Cristalino

Formação Rio Bonito 12,10 73,00

Formações Palermo Irati e


0,60 31,50
Estrada Nova
Depressão Periférica

Formação Rosário do Sul


25,25 75,20
livre

Formação Botucatu livre 10,32 59,57

Formação Botucatu
38,99 102,97
confinado
Planalto Meridional
Formação Serra Geral
7,76 64,00
livre
Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia (1996, p. 213-236) e SIAGAS – Sistema de Informações de Águas
Subterrâneas (CPRM)

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual

Estimativa do total captado: 0,01


1. Abastecimento Público CORSAN
hm3/ano

- Orizicultura: Substituição das matas


ciliares e banhados por área de lavoura
e pastagens, através de projetos de
drenagem.
2. Irrigação Irrigantes Particulares
- Estimativa do total captado para o
cultivo de arroz: 210,82 hm3/ano.
- Áreas cultivadas para soja e milho,
respectivamente: 26.000 ha e 3.000 ha.

Frigoríficos
3. Abastecimento Industrial
Agro-industriais

Predomínio de rebanhos de bovinos,


4. Dessedentação de animais Pecuaristas
ovinos, aves e suínos.

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. - (1996. Cenário Atual - Volume 1, Relatório Nº 01, p. 244-245).

257
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual

Diluição de esgoto doméstico CORSAN Precária e insuficiente

- Principais ramos: Frigorífica e


agroindústria.
Diluição de esgoto industrial
- Fossa séptica ligada à rede, fossa
rudimentar.

Drenagem urbana Prefeituras

Fonte dos dados: Bourscheid Engenharia Ltda. - (1996. Cenário Atual - Volume 1, p. 46).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio da irrigação (99,9%, fig. 78 )

Estimativa das captações de água superficial por uso, na bacia


do Rio Santa Maria Figura 78: Gráfico
das estimativas de
0,005% captações de água
superficial, por uso,
na bacia do Rio Santa
abastecimento público Maria (Fonte dos
irrigação
dados: Bourscheid
Eng. Ltda., 1996)

99,995%

258
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

• Conclusão: Com base nos estudos desenvolvidos por Bourscheid Eng. Ltda. (Rel. 1,
Cenário Atual, vol. 1, p.183-211), tem-se:
- Ocorrências de déficits hídricos verificados, especialmente, no verão, quando as
demandas para a orizicultura se acentuam;
- Nos períodos de estiagem há insuficiência de água para atender os usos de água para
atender os usos nobres, como o abastecimento público;
- Evidências de conflitos entre usuários da irrigação e entre estes e o abastecimento
público.

259
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.8. BACIA HIDROGRÁFICA NEGRO

260
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 79 – Mapa Político Bacia Rio Negro

261
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 80 – Hidrografia Bacia Rio Negro

262
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.8. Bacia Hidrográfica do Rio Negro

DADOS GERAIS75

1. Localização (mapa): situa-se a sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 31°08’a 31°50’de latitude Sul e 53°46’a 54°41’de longitude
Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Escudo Sul-Riograndense

3. População total na bacia: 110.317 hab.

4. Área de drenagem: 3.071,49 km2

5. Precipitação média anual em Bagé: 1.367,4 mm

6. Evaporação média anual em Bagé: 1.501,5 mm

7. Outorgas na bacia: Uma outorga em análise para água subterrânea, uso: abastecimento
público.

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Aceguá * 3.927 1.502,17 48,85% 733,81 959

Bagé 114.840 4.122,81 47,23% 1.947,26 105.579

Candiota 8.065 930,92 1,45% 13,50 78

Dom Pedrito 40.410 5.227,10 0,31% 16,23 14

Hulha Negra 5.359 835,52 43,17% 360,69 3.686

TOTAIS 3.071,49 110.317

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de área na bacia (GEOFEPAM, 2002); obs.: o cálculo da população de cada município, na bacia, foi
estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a localização da sede municipal.

75
Fontes: Itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); itens 1, 2 e 7:
DRH/SEMA; itens 5 e 6: IPAGRO (1989, Volume I, p. 25 e 29).

263
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

5.3.9. BACIA HIDROGRÁFICA IJUÍ

264
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 81 – Mapa Político Bacia Rio Ijuí

265
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Figura 82 – Hidrografia Bacia Rio Ijuí

266
5.3.9. Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí
DADOS GERAIS76

1. Localização (mapa): situa-se a norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 28º 00' a 29º 05' de latitude Sul; e 53º 11' a 55º 21' de
longitude Oeste.

2. Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional

3. População total na bacia: 337.249 hab.

4. Área de drenagem: 10.649,13 Km2

5. Precipitação média anual: 783,33 mm

6. Evapotranspiração média anual: 88,5 mm

7. Vazão média mais próxima da foz: 838 mm/ano (Posto Ponte Mística, área de
drenagem: 9.426 Km2)

8. Descarga específica média (Vazão média/área): 0,026 m3/s/Km2 ou 26,6 l/s Km2

9. Outorgas na bacia: Quatro outorgas concedidas para água superficial, usos:


abastecimento industrial, irrigação e geração de energia; e uma para água subterrânea,
uso: abastecimento industrial. Uma outorga em análise para água superficial e uma
subterrânea, para os usos, respectivamente: geração de energia irrigação.

10. Unidades de Conservação existentes:

11. Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos:

‰ Comitê criado pelo Decreto Estadual n°: 40.916, de 30 de Julho de 2001

‰ Composição:

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 03

Indústria e agroindústria 02

Agrossilvopastoril e aqüicultura 04

76
Fontes: Itens 1: CEEE (2000, Relatório Geral, Tomo I, p.9); item 2 , 8 e 9: definidos pelo DRH/SEMA
(2002); itens 3 e 4: IBGE (2002) e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (2002); itens 5 a 7: CEEE (op.
cit., Apêndice A - Tomo I, p.93-96); item 11: CRH/SEMA (2002)
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Esgotamento sanitário e drenagem urbana 02

Geração de energia 02

Mineração e navegação 01

Recreação, esporte, lazer e turismo 02

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 03

Instituições de ensino superior e pesquisa 03

Associações técnico- científicas 02

Organizações ambientalistas 02

Organizações comunitária e clubes de serviço 03

Organizações sindicais 03

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 02

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério do Meio Ambiente 01

‰ Endereço

UNIJUÍ - CP n.º 560


Ijuí -RS
CEP 98700-000
Fone: (55) 332-0453
Fax: (55) 332-0459
e-mail: rhidrico@unijui.tche.br
268
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERIZAÇÃO POR MUNICÍPIO

População Área total Área na bacia População na


Município Área na bacia
total (hab) (Km2) (Km2) bacia (hab)

Ajuricaba 7.709 333,41 99,16% 330,62 7.676

Augusto Pestana 7.799 331,44 100,00% 331,44 7.799

Boa Vista
2.471 697,56 100,00% 697,56 2.471
do Cadeado *

Bozano * 2.345 200,66 100,00% 200,66 2.345

Caibaté 5.221 259,79 100,00% 259,79 5.221

Catuipe 10.198 538,36 64,06% 344,85 8.754

Cerro Largo 12.665 169,94 49,00% 83,27 10.970

Chapada 9.746 686,30 3,03% 20,79 152

Condor 6.491 477,60 99,79% 476,58 6.484

Coronel Barros 2.454 165,82 100,00% 165,82 2.454

Cruz Alta 67.350 1387,92 39,55% 548,97 40.005

Dezesseis
3.444 210,13 74,71% 156,98 2.723
de Novembro

Entre-Ijuís 9.702 550,10 82,42% 453,42 8.777

Eugênio de Castro 3.313 419,75 79,27% 332,72 2.853

Guaraní das Missões 8.990 289,60 57,67% 167,02 2.310

Ijuí 75.735 666,77 97,82% 652,23 75.553

Jóia 8.284 1271,83 56,47% 718,25 5.538

Mato Queimado * 2.022 114,56 100,00% 114,56 2.022

Nova Ramada 2.723 244,29 89,21% 217,93 2.576

Palmeira das Missões 38.192 1390,08 18,70% 259,95 1.378

Panambí 32.610 453,00 100,00% 453,00 32.610

269
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Pejuçara 4.189 444,30 100,00% 444,30 4.189

Pirapó 3.349 287,78 96,82% 278,62 3.265

Porto Xavier 11.190 275,16 14,95% 41,14 840

Rolador * 2.865 295,61 96,10% 284,07 2.809

Roque Gonzales 7.799 337,74 92,37% 311,97 7.413

Salvador das Missões 2.665 94,82 38,26% 36,28 694

Santa Bárbara do Sul 10.003 959,37 37,40% 358,78 926

Santo Ângelo 76.745 666,70 90,98% 606,57 75.677

Santo Augusto 14.426 432,80 1,16% 5,01 39

São Luiz Gonzaga 36.688 1262,56 22,27% 281,19 877

São Miguel
7.324 1227,91 11,14% 136,78 472
das Missões

São Nicolau 6.406 499,92 7,58% 37,89 182

São Paulo
7.187 217,47 9,25% 20,11 1.478
das Missões

São Pedro do Butiá 2.862 107,44 74,33% 79,86 2.380

Sete de Setembro 2.357 130,80 28,24% 36,94 557

Tupanciretã 20.947 2209,78 20,12% 444,56 803

Vitória das Missões 3.979 258,67 100,00% 258,67 3.979

TOTAIS 10.649,13 337.249

Fonte dos dados: Área total (Secretaria da Agricultura e Abastecimento, 2002); População Total (IBGE, 2002);
Percentual de população na bacia, exceto municípios emancipados após 2000 (Pró-Guaíba, 2002); obs.: o cálculo
da área e da população de cada município, na bacia, foi estimado pelo DRH/SEMA, levando-se em conta a
localização da sede municipal; (*) município emancipado após 2000.

270
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Seção MQmx (m3/s)77 MQmn (m3/s)78 Qlp (m3/s)79


Rio Ijuí - Passo Faxinal 402,2 9,5 48,4

Rio Potiribu - Ponte Nova do Potiribu 127,6 3,8 15,7

Rio Conceição - Conceição 178,0 3,4 19,7

Rio Conceição - Ponte Nova do Conceição 208,3 5,9 26,5

Rio Ijuí - Santo Angelo 837,6 24,0 123,7

Rio Ijuizinho - Colonia Mousquer 623,9 6,3 70,4

Rio Ijuí - Passo Viola 1399,1 36,4 192,4

Rio Ijuí - Ponte Mistica 1563,7 39,3 250,4

Fonte dos dados: CEEE (2000,Apêndice A - Tomo I, p. 96)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA

Província
Sub-província Vazão média (m3/h) Profundidade média (m)
Hidrogeológica
Planalto Meridional Formação Serra Geral 23,29 116,36
Fonte dos dados: SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (CPRM, 2002)

PRINCIPAIS USOS CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Cerca de 83% dos domicílios
urbanos são atendidos por rede
1. Abastecimento Público CORSAN pública;
- Estimativa do total captado: 39,29
hm3/ ano

- Principal grupo de indústrias da


2. Abastecimento industrial/ região: alimento;
agroindustrial - Estimativa do total captado: 1,32
hm3/ano

77
MQmx = médias das vazões diárias máximas anuais.
78
MQmn = médias das vazões diárias mínimas anuais.
79
Qlp = vazão média de longo período.

271
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

- Cultura comerciais importantes:


arroz, hortigranjeiros e grãos
(milho, soja e feijão).
- Captação para o arroz: 26,26
hm3/ano;
- Captação para o milho: 392,78
3. Irrigação Irrigantes particulares hm3/ano;
- Captação para a soja: 1.786
hm3/ano;
- Captação para o feijão: 0,56
hm3/ano.
- Estimativa do total captado para
irrigação: 2.205,6 hm3/ano;

- Pecuária de grande porte (bovinos


e suínos);
- Pecuária de pequeno porte (ovinos
4. Dessedentação de animais
e aves);
- Estimativa do total captado: 11,872
hm3/ano
Fonte dos dados: CEEE (2000, Tomo I, Vol. 1, p. 118 -121; 132 - 133; 139), CEEE (2000, Tomo I, Vol. 3, p.
470-493).

PRINCIPAIS USOS NÃO CONSUNTIVOS DA ÁGUA SUPERFICIAL NA BACIA

Usos não consuntivos Entidades Situação atual


- Usina Salto de Pirapó - Rio Ijuí;
CEEE
Usina Passo do Ajuricaba - Rio
RGE
6. Geração de energia Ijuí; Usina do Rio Ijuizinho - Rio
DEME
Ijuizinho; Usina Rio Ijuizinho - Rio
Cermissões
Ijuizinho e Rio Ijuí.

- Expressão econômica limitada;


- Incentivo governamental em
7. Pesca
empreendimentos do tipo pesque e
pague.

- Navegação restrita, impedida pelo


relevo acidentado e variação de
vazão;
8. Navegação - Balsas que cruzam o Rio Uruguai e
outros cursos d’água da bacia,
carregando automóveis e
caminhões.

- Balneários localizados próximos a


9. Lazer
cidades maiores.

Fonte dos dados: CEEE (2000 , Tomo I, Vol. 1, p.140 e 141); CEEE (2000, Tomo II, Apêndice A, p.22)

272
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA

Usos Entidades Situação atual


- Estimativa do total captado: 5,61
1. Abastecimento Público
hm3/ano.
Fonte dos dados: CORSAN (2002).

SÍNTESE DOS RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS

• De água superficial: predomínio de irrigação (97,7%, fig. 83)

Captação de água superficial por uso, na Bacia Hidrográfica


do Rio Ijuí

Abastecimento Público
97,7%
Figura 83: Gráfico das
Abastecimento
Industrial/Agroindustrial estimativas de captações
Irrigação de água superficial por
Dessedentação Animal
uso, na bacia do Rio Ijuí
0,5% (Fonte dos dados: CEEE,
0,1% 1,7% 2000)

• De água subterrânea: principal uso para abastecimento público.

273
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

6. RELATÓRIO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS A PARTIR DA REDE DE


MONITORAMENTO DA FEPAM

Neste capítulo estão reunidos os trabalhos realizados pelo departamento de


qualidade da FEPAM, agregando as informações existentes em cada Região Hidrográfica
do Rio Grande do Sul.
Os trabalhos são apresentados de acordo com a metodologia utilizada pelos setores
responsáveis pela sistematização e interpretação das informações oriundas da rede de
monitoramento da FEPAM, o que explica a diversidade formal dos relatórios.

6.1. A Região Hidrográfica do Guaíba

Este trabalho objetiva avaliar a qualidade das águas superficiais da Região


Hidrográfica do Guaíba. Os dados aqui utilizados foram gerados pela Rede de
Monitoramento da FEPAM, operada desde 1990 (Sinos), e pelos pontos da Rede de
Monitoramento Ambiental do Pró-Guaíba de responsabilidade da FEPAM, iniciada em
diferentes datas em cada rio. Participam da Rede de Monitoramento Ambiental do Pró-
Guaíba, além da FEPAM, a CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento) e o
DMAE (Departamento Municipal de Águas e Esgotos / Porto Alegre) .
Na Rede de Monitoramento Ambiental do Pró-Guaíba são monitoradas as águas
superficiais dos seguintes corpos hídricos :
- Rio Gravataí;
- Rio dos Sinos;
- Rio Caí;
- Rio Taquari / Antas
- Rio Jacuí ( Alto e Baixo Jacuí, Pardo e Vacacaí).
- Lago Guaíba.

DESCRIÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PRÓ-GUAÍBA

O Dmae e a Corsan sempre monitoraram a qualidade da água com o objetivo maior


de abastecimento público. Com o Projeto Pró-Guaíba houve uma ampliação nos objetivos
do monitoramento destes órgãos, resultando em um aumento na rede de monitoramento
ambiental, fazendo com que esta rede seja monitorada em parceria entre as três instituições.

A Rede de Monitoramento abrange o Lago Guaíba, o delta do Jacuí e os 5 rios


principais da região do Guaíba, portanto as nove unidades hidrográficas que possuem de
Comitê de Gerenciamento:

274
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

N. de Freqüência FEPAM CORSAN DMAE


Pontos
GRAVATAÍ 09 Mensal 5 3 1
SINOS 15 Mensal 10 4 1
CAÍ 11 Trimestral 6 4 1
TAQUARI 13 Trimestral 8 5 ----
ALTO 03 Trimestral 03
JACUÍ
VACACAÍ / 04 Trimestral 03 01
VACACAÍ-
MIRIM
PARDO / 05 Trimestral 03 02
PARDINHO
BAIXO 07 Trimestral 02 04 01
JACUÍ
GUAÍBA 23 Trimestral ---- 3 20
TOTAL 90

São analisados os seguintes parâmetros básicos nas águas superficiais.

Temperatura Condutividade Mercúrio


Transparência pH Níquel
Profundidade Turbidez Zinco
Resíduo total Fosfato orto Coliforme fecal
DBO5 Fosfato total
DQO Cromo total
Oxigênio dissolvido Cádmio
Nitrogênio amoniacal Chumbo
Nitrogênio orgânico Cobre

METODOLOGIA

A avaliação será feita utilizando a metodologia de Índice de Qualidade das Águas


– IQA e a comparação com a Resolução 20/86 do CONAMA (Conselho Nacional de Meio
Ambiente).

275
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

O IQA adotado é o da NSF – National Sanitation Foundation, adaptado com a


retirada do parâmetro temperatura, e utilizando o nitrogênio total em lugar do nitrato. No
seu cálculo são considerados os seguintes parâmetros : oxigênio dissolvido, coliformes
fecais, DBO, pH, nitrogênio total, fosfato total, turbidez, sólidos totais.
Os Índices de Qualidade serão anuais, tendo por base as médias anuais de cada um
dos parâmetros utilizados no cálculo do IQA.
A avaliação também será através da comparação dos dados com a Resolução
número 20/86 do CONAMA.
Neste trabalho não estão incluídos os dados gerados pela Corsan e Dmae para a
Rede Pró-Guaíba, pois ainda não foi assinado um Protocolo para troca de dados entre as
Entidades que participam da Rede Pró-Guaíba.
Não foram incluídos os dados parciais de 2002, pois as médias não seriam
representativas.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS-UTILIZAÇÃO DE ÍNDICE DE


QUALIDADE DAS ÁGUAS – IQA

Foram utilizados dados históricos gerados pela Rede de Monitoramento da Fepam


desde 1992 (anteriores ao Pró-Guaíba), e dados gerados pela Fepam para a Rede de
Monitoramento Ambiental do Pró-Guaíba, diferente para cada bacia hidrográfica.
O IQA adotado utiliza as seguintes faixas de qualidade :

NOTA CONCEITO
0 À 25 Muito Ruim
26 À 50 Ruim
51 À 70 Regular
71 À 90 Boa
91 À 100 Excelente

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO RESOLUÇÃO 20/86 DO CONAMA

Serão mostrados nestes gráficos os parâmetros OD, DBO e Coliformes Fecais . Os


gráficos de Freqüência de Classe representam o percentual dos resultados de cada
parâmetro em relação às respectivas Classes do CONAMA.

276
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

A) RIO GRAVATAÍ

O monitoramento do rio Gravataí através da Rede de Monitoramento Ambiental


do Pró-Guaíba iniciou em maio de 1998. Consiste de 9 (nove) locais de amostragem com
periodicidade mensal. Os demais dados aqui utilizados foram gerados na rede básica da
FEPAM.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


RIO GRAVATAÍ
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
GR 001 DMAE S 29° 58’ 12” Foz do Gravataí, jusante da BR
W 51° 11’ 53” 116), POA.
GR 006 FEPAM S 29° 57’ 37” Jusante da foz do arroio Areia, zona
W 51° 08’ 34” norte de POA.
GR 008 FEPAM S 29° 57’ 16” Cachoeirinha, antiga captação,
W 51° 07’ 36” jusante da foz do arroio Brigadeiro.
GR 012 CORSAN S 29° 57’ 47” Captação Corsan Cachoeirinha.
W 51° 05’ 33”
GR 022 CORSAN S 29° 58’ 03” Captação Corsan Alvorada.
W 51° 02’ 10”
GR 024 CORSAN S 29° 57’ 22” Captação Corsan Gravataí.
W 51° 00’ 59”
GR 034 FEPAM S 29° 57’ 55” Passos dos Negros, Gravataí
W 50° 56’ 52”
GR 055 FEPAM S 29° 59’ 21” Saída do Banhado Grande,
W 50° 45’ 37” Glorinha.
GR 072 CL 000 FEPAM S 29° 56’ 10” Arroio Chico Lomã , Sto.Antonio
W 50° 36’ 05” da Patrulha

O arroio Chico Lomã, um dos formadores do Banhado Grande tem apresentado


qualidade na faixa de “Regular”, assim como o ponto de amostragem do Canal (EM
Glorinha), na saída do Banhado Grande.
O local denominado Passo dos Negros, ainda à montante da cidade de Gravataí,
vem apresentando queda na qualidade, que foi “Boa” em 1994 e 1995, passou a “Regular”
de 1996 à 2000, e finalmente entrou na faixa “Ruim” em 2001.

277
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

O local à seguir, Cachoeirinha, esteve predominantemente na faixa “Ruim”, mas em


queda, tendendo para “Muito Ruim” (inferior à 25) pois no ano 2001 teve nota 27.
Destacamos que neste trecho entre o Passo dos Negros e Cachoeirinha foram construídas
duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) através do Pró-Guaíba, mas as ligações
prediais na rede coletora ainda não estão concluídas.
Finalmente, o local de amostragem junto à foz do arroio da Areia, que drena a zona
norte de Porto Alegre, está na faixa “Muito Ruim”, com notas inferiores à 25, com
tendência de queda.
Os dados demonstram que a qualidade da água do rio Gravataí deterioram ao
longo do rio, mostrando claramente a entrada das cargas geradas nos centros urbanos,
principalmente de Cachoeirinha e Porto Alegre. Ao mesmo tempo se percebe a queda da
qualidade da água ao longo do tempo. Este fato pode ser percebido claramente no gráfico
de Classes.

EX
C 100
ELE
E RIO GRAVATAÍ 1992
NT Índice de Qualidade da Água
90 1993
Re
de
B 1994 Fe
O 80 pa
No 1995
A m
ta
70 1996
R
E 1997
G 60
UL 1998 no
A
1999 Fe Pr
50
pa ó-
m Gu
2000 aí
R 40 ba
UI 2001
M
30

M
UI 20
T
O
R 10
UI

Chico Lomã Canal Passo dos Negros Cachoeirinha Arroio Areia

278
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Rio Gravataí
Oxigênio Dissolvido
100% 0 Período 1992/2002
6 7 6
12
90%
14 13 26
17
34
80%
21 44 Fora Classe4
Frequência das Classes do CONAMA

7 Classe4
70% 20
19 Classe3
Classe2
60% 18 27 Classe1
18

26
50%

40% 12 30
9
30% 60 61 11
50 50 12
7
20%
7
24
10% 18
12

0%
Chico Lomã Canal Passo dos Gravataí Cachoeirinha Arr. da Areia Foz
Negros

100% 1
1 0 0
1 0
1
3 4 3
10
90% 21
23
Rio Gravataí
DBO (matéria orgânica) 12
80% Período 1992/2002
Frequência das Classes do CONAMA

70% 19
25 23

60%
Classe4
50% 100
Classe3
95 95 96 25
Classe2
Classe1
40% 29

30%
53

20%
35
26
10%

0%
Chico Lomã Canal Passo dos Gravataí Cachoeirinha Arr. da Areia Foz
Negros

279
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Rio Gravataí
Coliformes Fecais
100% Período 1992/2002
4 2 4

90% 14 9 Classe4
14
Classe3
30
Classe2
80% Classe1
Frequência das Classes do CONAMA

70% 34

60% 48
50
32 92
50% 98 98

40%

30%
54
32
20%
36
32

10%

6 7
0% 0
1 2
0 2
0
Chico Lomã Canal Passo dos Gravataí Cachoeirinha Arr. da Areia Foz
Negros

B) RIO DOS SINOS

A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais está em operação desde janeiro


de 2000.
Realiza amostragem em 15 (quinze) locais, com freqüência mensal.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


RIO dos SINOS
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
SI 000 DMAE S 29° 55’ 48” Foz do rio dos Sinos
W 51° 14’ 14”
SI 008 FEPAM S 29° 52’ 36” Ponte Tabaí-Canoas, Canoas.
W 51° 14’ 34”
SI 019 CORSAN S 29° 50’ 15” Captação de Esteio, Esteio.
W 51° 11’ 11”
SI 028 FEPAM S 29° 47’ 53” Balsa do Passo da Carioca,
W 51° 11’ 24” Sapucaia do Sul.

280
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

RIO dos SINOS


CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
SI 036 PO 000 FEPAM S 29° 46’ 34” Foz do arroio Portão, Portão
W 51° 11’ 39”
SI 038 FEPAM S 29° 45’ 50” Canal João Corrêa, São Leopoldo
W 51° 10’ 36”
SI 044 FEPAM S 29° 45’ 24” Captação do SEMAE - São
W 51° 08’ 16” Leopoldo.
SI 048 LR 000 FEPAM S 29° 44’ 21” Arroio Luis Rau (Arroio Preto),
W 51° 07’ 22” NH
SI 056 FEPAM S 29° 43’ 50” Captação da COMUSA, estrada
W 51° 05’ 00” da Lomba Grande, NH.
SI 067 CORSAN S 29° 41’ 26” Captação da CORSAN, Campo
W 51° 02’ 35” Bom.
SI 096 FEPAM S 29° 41’ 05” Santa Cristina, Parobé.
W 50° 50’ 52”
SI 100 PA 029 CORSAN S 29° 29’ 52” Rio Paranhana, captação da
W 50° 46’ 33” CORSAN, Três Coroas.
SI 106 CORSAN S 29° 40’ 40” Captação da CORSAN, Taquara.
W 50° 46’ 42”
SI 121 RO 040 FEPAM S 29° 34’ 53” Nascentes do Rio Rolante,
W 50° 28’ 03” Rolante
SI 188 FEPAM S 29° 43’ 26” Nascente do Rio dos Sinos,
W 50° 16’ 46” Quebrada, em Caráa

O trecho superior, desde as nascentes do rio dos Sinos até a localidade de Santa
Cristina apresentam predominância de notas de qualidade “Regular” (entre 51 e 70), sendo
que nas nascentes encontramos em alguns anos notas na faixa “Boa” (entre 71 e 90). As
notas seguem na faixa “Regular” até a captação de Novo Hamburgo (ponte para Lomba
Grande) mas nota-se que os valores destas notas decrescem ao longo do percurso do rio.
No trecho médio, a foz do arroio Luiz Rau, que drena a área central de Novo
Hamburgo, apresenta tendência ao decréscimo de qualidade, pois no início do período
monitorado apresentava notas na faixa “Ruim” (entre 26 e 50) e está declinando para a
faixa “Muito Ruim” (inferior à 25).
O trecho seguinte, de Novo Hamburgo até São Leopoldo incluindo o canal João
Correia, está na faixa “Ruim”, mas não apresenta tendência de queda na qualidade.
A foz do arroio portão (drena cerca de 40 curtumes de Portão e Estância velha), à
exemplo da foz do arroio Luiz Rau, também apresenta decréscimo de qualidade, com
tendência à faixa “Muito Ruim” (inferior à 25).
O trecho final, está na faixa “Ruim”, mas não apresenta tendência de decréscimo.
Portanto, as piores notas foram encontradas junto aos arroios Luiz Rau e Portão,
ambos apresentando tendência de decréscimo de qualidade.

281
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quanta à frequência de Classes , o gráfico de Oxigênio Dissolvido mostra a queda


do valor correspondente a este parâmetro, a partir do Arroio Luiz Rau, acontecendo o
mesmo para a DBO. Quanto aos Coliformes Fecais, a presença é maior a partir de Santa
Cristina, ficando mais crítica no trecho entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, com
frequência de 80 a 90% em Classe 4.
EXCELENTE

100 1993

Fepam e Rede Integrada


(Fepam,Corsan e Dmae)
RIO dos SINOS 1994
Índice de Qualidade das Águas
90 1995
Nota

1996
BOA

80 1997
1998
70 1999
2000
REGULAR

Guaíba
Pro
60 2001
2002(parcial)
50
RUIM

40

30
MUITO RUIM

20

10

0
Nascentes Rio Rolante Sta. Cristina Novo Arr. Luiz São Canal - SL Arr. Portão Sapucaia Canoas
Hamburgo Rau Leopoldo

100% 0
1 0
2 0 0 0 0
2 0 2
5 3 4 3
6 7 8 8
9 6 7
5 11 17
90% 21
20
18 29
80% 27
21
RIO dos SINOS 36
Oxigênio Dissolvido 25 13
70%
Período 1990 / 2002
Freqüência das Classes

34 23
14
60%

27 27
50%
93 91 23
89 89 89 19 22
40% 13
66
Rede Integrada de Monitoramento
e

(FEPAM, CORSAN, DMAE e METROPLAN)

30% 21
Fontes: Rede Monitoramento FEPAM

14 52 16
19
20% 35 37

10% 19 18 17
14

0%
São Leopoldo
Rio Rolante

Canal J.Correa
N. Hamburgo

Canoas
Taquara

Sapucaia
Nascentes

Campo Bom
Sta.Cristina

Arr.L.Rau

Arr.Portão

Esteio

Fora Classe 4
Classe 4
Classe 3
Classe 2
Classe1

282
Freqüência das Classes

Freqüência das Classes

Classe 1
Classe 2
Classe 3
Classe 4
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%

Classe 1
Classe 2
Classe 3
Classe 4
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Nascentes

3
0

97
Nascentes

65
19
11
Rio Rolante
1
2
0

Rio Rolante

97

13
30
40
18
Taquara
5
1
0

Taquara

93

15
37
25
23
Sta.Cristina
2
0

Sta.Cristina

98

1
4
32
63
Período 1990 / 2002
RIO dos SINOS / D B O

Campo Bom
5
0
1

Campo Bom

93

0
9
35
56
N. Hamburgo

'
N. Hamburgo
6
1
0

0
93

18
82
Arr.L.Rau Arr.L.Rau
5

0
46
22
28

14
86

283
São Leopoldo São Leopoldo
4
0

0
6
78
18

94
Período 1990 / 2002
Canal J.Correa Canal J.Correa
4
1

0
2
4
68
27

94
RIO dos SINOS / Coliformes Fecais
Arr.Portão Arr.Portão

4
55
11
21
13

16
29
51
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Sapucaia Sapucaia

2
5
9
3
0

27
66
89

Esteio Esteio

0
1
1

15
84
57
28
14

Canoas Canoas

1
1

10
36
53
75
11
12

Fontes: Rede Monitoramento FEPAM e


Fontes: Rede Monitoramento FEPAM e
Rede Integrada de Monitoramento
Rede Integrada de Monitoramento
(FEPAM, CORSAN, DMAE e METROPLAN)
(FEPAM, CORSAN, DMAE e METROPLAN)
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

C) RIO CAÍ

A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais do rio Caí iniciou as atividades


em agosto de 2000.
Está operando em 11 (onze) locais de amostragem, com freqüência trimestral.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


R I O C A Í
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
CA 001 DMAE S 29° 55’ 51” Foz do Caí, Morretes.
W 51° 17’ 05”
CA 14.1 CORSAN S 29° 51’ 05,4” Captação CORSAN-Pólo,
W 51° 21’ 49,1” próximo a FEPAM
CA 018 BJ 000 FEPAM S 29° 50’ 06” Foz do arroio Bom Jardim.
W 51° 21’ 58,8”
CA 052 CORSAN S 29° 41’ 45,5” Captação central (antiga) de
W 51° 27’ 31,7” Montenegro
CA 060 CORSAN S 29° 40’ 07,5” Captação nova de
W 51° 25’ 42” Montenegro
CA 070 FEPAM S 29° 37’ 48,6” Foz do arroio Cadeia
W 51° 22’ 45,5”
CA 075 CORSAN S 29° 35’ 18,7” Captação CORSAN - São
W 51° 22’ 55,8” Sebastião do Caí.
CA 092 FEPAM S 29° 30’ 18,8” Jusante da ponte da RS-122,
W 51° 21’ 36,4” Bom Princípio.
CA 136 FEPAM S 29° 19’ 31” Foz do arroio Pinhal.
W 51° 10’ 50”
CA 210 FEPAM S 29° 16’ 29” Passo do Inferno, Canela.
W 50° 44’ 17,7”
CA 245 FEPAM S 29° 21’ 46,5” Rio Santa Cruz, montante
W 50° 31’ 16,8” das barragens, estrada para
Bom Jesus

O trecho superior do rio Caí, em São Francisco de Paula e Canela, apresentam


notas na faixa “Boa” (acima de 70).
O ano de 1997 apresentou as notas mais baixas em todos os locais de amostragem.
O parâmetro Profundidade, medido em campo pelas Equipes de amostragem mostra que
este ano foi muito chuvoso, acarretando maior arraste de esgotos cloacais e
consequentemente diminuindo a qualidade quanto ao parâmetro coliformes fecais. Neste
ano de 1997, também em decorrência das chuvas, houve aumento da turbidez e da
concentração de sólidos totais.

284
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

O trecho médio apresenta predominância de qualidade na faixa “Regular” (entre


50 e 70), não indicando tendências, apenas com a queda já citada em 1997.
O trecho inferior também apresenta qualidade na faixa “Regular” , com a queda de
qualidade em 1997.
Quanto à frequência de Classes, destaca-se o gráfico de coliformes fecais, no
trecho médio do rio, mostrando a contribuição, principalmente, de parte da cidade de
Caxias do Sul, do arroio Cadeia e da cidade de Novo Hamburgo.
EXCELENTE

100 1992
1993
Rede Fepam

1994 RIO CAÍ


90 1995
1996 Índice de Qualidade das Águas
1997
BOA

80 1998
1999
Nota

2000 Fepam
70 2001 Pró-Guaíba
REGULAR

60

50
RUIM

40

30

20
MUITO RUIM

10

0
São Canela Arroio Bom S. Sebastião Rio Montenegro Montante Arroio Frente Jusante Foz
Francisco Canela Pinhal Princípio do Caí Cadeia Pólo Bom Jardim Pólo Pólo do Caí

285
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

100% 0 0
3 0 0 0 0
5 3 3 3 3
0
0 3 3 3 6
13
90% 20 7 20 7 14
25

80% 0 0
Fr 0
eq
üê 70% RIO CAÍ / Oxigênio Dissolvido
nc
Período 1992 /2002
ia
da 60%
s
Cl
as 50% 100 97 95 93
se 90
s 87 87 87
80 80 83
do 40% 75
C
O Fora Classe 4
N 30%
A Classe 4
Classe 3
20%
Classe 2
Classe 1
10%

0%
NASCENTES Arroio *S.S.CAÍ *Montenegro Arroio B. *Após PÓLO
PINHAL JARDIM

100% 0 0 0 0 0 0 0
3 3

3
90% 14

80%
RIO CAÍ / Demanda Bioquímica de Oxigênio
Período 1992 / 2002
Freqüência das Classe do CONAMA

70%

60%

50% 100 97 100 100 100 100 100


97 97
94
90
83
40%

30%
Classe 4
20% Classe 3
Classe 2
10% Classe 1

0%
NASCENTES Arroio *S.S.CAÍ *Montenegro Arroio B. *Após PÓLO
PINHAL JARDIM

286
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

RIO CAÍ / Coliformes Fecais


100% 0 0 Período 1992 / 2002 0
5 7
10
14
90% 11 22
28
33 34
80% 40 27
44 24
16 50
Fr
28 11
eq 60
üê 70%
nc
ia
da 60% Classe 4
s Classe 3 22 23
10 24
Cl 28
as 50% Classe 2
se Classe 1 53
s 31
do 40%
C
67 68
O
N 30% 60
A 50 25 48
44 43
40 41
20%
23
16
10%
13
3 3
0% 0 0
NASCENTES Arroio *S.S.CAÍ *Montenegro Arroio B. *Após PÓLO
PINHAL JARDIM

D) RIO TAQUARI / ANTAS

A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais do Rio das Antas e Rio Taquari
entrou em operação em março de 2001.
São realizadas coletas em 13 (treze) locais, com freqüência trimestral.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


RIO TAQUARI / RIO das ANTAS
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
TA 004 FEPAM S 29° 55’ 45,2” Foz do Taquari, Triunfo
W 51° 43’ 50,4”
TA 006 CORSAN S 29° 54’ 09,7” Captação de General Câmara
W 51° 45’ 05,1”
TA 032 CORSAN S 29° 48’ 19,2” Captação de Taquari
W 51° 52’ 50,2”
TA 065 CORSAN S 29° 36’ 36,4” Captação de Bom Retiro
W 51° 56’ 36,6”
TA 077 FEPAM S 29° 30’ 41,9” Jusante Estrela/Lajeado
W 51° 58’ 47,5”
TA 087 CORSAN S 29° 27’ 50,3” Captação de Lajeado
W 51° 56’ 51,0”

287
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

TA 100 CORSAN S 29° 24’ 03,2” Captação de Arroio do Meio


W 51° 56’ 06,2”
TA 133 FEPAM S 29° 13’ 35,1” Encantado
W 51° 51’ 06,4”
TA 196 FEPAM S 29° 05’ 18,8” Foz do arroio Pedrinho, Bento
W 51° 38’ 17,0” Gonçalves/Cotiporã
TA 265 FEPAM S 29° 03’ 27,1” Jusante foz do arroio Tega
W 51° 23’ 45,2”
TA 275 FEPAM S 29° 00’ 45,2” Balsa N.Roma / N.Pádua
W 51° 22’ 00,5”
TA 451 FEPAM S 28° 48’ 03,3” Ponte para Bom Jesus
W 50° 25’ 47,5”
TA 491 FEPAM S 28° 47’ 00,9” Nascentes, São José dos Ausentes
W 49° 58’ 54,9”

O trecho superior do rio das Antas, nascentes e Bom Jesus, apresenta qualidade
nas faixas “Regular” e “Boa”, mas com tendência a faixa Regular.
O trecho médio do rio das Antas, de Nova Roma até jusante da foz do arroio
Pedrinho, apenas Nova Roma apresenta série histórica significativa, pois é local de
amostragem da Fepam desde 1993, situando-se nas faixas “Regular” e “Boa”. Os demais
locais deste trecho médio, possuem dados apenas a partir do ano 2000 com a Rede Pró-
Guaíba. A qualidade está na faixa “Regular”, sendo que à jusante dos rios Tegas e Biazus
(drenam a área norte de Caxias do Sul) a qualidade está próxima da faixa “Ruim”.
O trecho inferior, denominado de rio Taquari, de Encantado até a foz, possui
qualidade na faixa “Regular”, exceto a foz que em alguns períodos alcança qualidade
“Boa”. O ponto de amostragem de Encantado também iniciou no Pró-Guaíba no ano de
2001, e apresenta qualidade “Regular” mas com poucos dados.
Dos gráficos de Frequência de Classe do CONAMA, destaca-se também o de
Coliformes Fecais, principalmente, a jusante do Tegas, e de Encantado até Lageado.

288
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

EX 1993
C
100
EL No RIO das ANTAS 1994
E RIO TAQUARI Re
NT 90
ta 1995 de
E Índice de Qualidade das Águas 1996 Fe
pa
1997
B 80 m
O 1998
A 1999
70 2000
Fepam
R 2001 Pró-Guaíba
E
G 60
UL
A
50

R 40
UI
M
30

M 20
UI
T
O
R
10
UI

0
Nascentes Bom Jesus Nova Roma Jusante Jusante Pedrinho Encantado Estrela/Lajeado Triunfo, foz
Tega/Biazus

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
100% 3 4 4 3
0 0 6
10 4 7
6
90% 25 25
RIO das ANTAS / RIO TAQUARI
80% Oxigênio Dissolvido
Período 1993 / 2002 0
Frequência das Classe do CONAMA

70%

25
60%

100 100
50% 97 96
93
90 90
87
40% 75

Fora Classe 4
30%
50 Classe 4
20% Classe 3
Classe 2
10% Classe 1

0%
S. J. dos Bom Jesus Nova Roma Jusante Jusante Santa Encantado Roca Sales Estrela Triunfo
Ausentes Tega Pedrinho Teresa Lajeado

289
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

100% 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3 4 3 3
0
3 11 7
90% 25
RIO das ANTAS / RIO TAQUARI
80% DBO (matéria orgânica)
Período 1993/2001
Frequência das Classes do CONAMA

70%

60%

100 100 100 100


50% 96 97
94
89 90

40% 75
Classe 4
30% Classe 3
Classe 2
20% Classe 1

10%

0%
S. J. dos Bom Jesus Nova Roma Jusante Jusante Santa Encantado Roca Sales Estrela Triunfo
Ausentes Tega Pedrinho Teresa Lajeado

0 0 0
100% 3
7
3 11
17 19
90% 25 28
11 20
80%
35
Frequência das Classes do CONAMA

7 23
70%
67 67 31
29
23
60%
38
20 100
50%

40%
68 0
38
30% 58
50 50
40
20%
33 33 34
RIO das ANTAS / RIO TAQUARI Classe 4
10% Coliformes Fecais Classe 3
Período 1993 / 2002 12 Classe 2
Classe 1
0 0 0
0%
S. J. dos Bom Jesus Nova Roma Jusante Jusante Santa Encantado Roca Sales Estrela Triunfo
Ausentes Tega Pedrinho Teresa Lajeado

290
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

E ) RIO JACUÍ ( Vacacaí, Pardo, Alto e Baixo Jacuí)

A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio


Jacuí entrou em operação em abril de 2002.
São realizadas coletas em 19 (dezenove) locais , com freqüência trimestral.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM *


RIO JACUÍ / Baixo Jacuí
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
JA 005 DMAE S 29° 57’ 04” Foz do rio Jacuí
W 51° 19’ 18”
JA * FEPAM S 29° 54’ 45” Porto Batista
W 51° 30’ 00”
JÁ 046 CORSAN S 29° 56’ 56,3” Captação de Charqueadas
W 51° 37’ 37,1”
JÁ 056 CORSAN S 29° 57’ 37,4” Captação de São Jerônimo
W 51° 43’ 57,5”
JA 061 FEPAM S 29° 57’ 14,0” Montante da foz do rio Taquari
W 51° 45’ 48,3”
JA 194 CORSAN S 29° 59’ 41,6” Captação de Rio Pardo
W 52° 22’ 35,9”
JÁ 333 CORSAN S 30° 03’ 49,6” Captação de Cachoeira do Sul
W 52° 53’ 52,3”

RIO JACUÍ / Bacias dos rios Pardo e Pardinho


JA 194 PD 005 FEPAM S 29° 58’ 36,5” Foz do rio Pardo.
W 52° 22’ 57,1”
JA PN * FEPAM S 29° 47’ 40” Rio Pardinho, jusante Santa
W 52° 28’ 30” Cruz do Sul
JA194 PD 037 CORSAN S 29° 43’ 55,3” Captação da Corsan de Santa
PN 027 W 52° 27’ 48,9” Cruz do Sul, no rio Pardinho.
JA194 PD 104 CORSAN S 29° 39’ 37,9” Rio Pardo, captação de
W 52° 47’ 16,0” Candelária
JA194 PD117 FEPAM S 29° 32’ 34,3” Nascente do rio Pardo
W 52° 48’ 56,4”

RIO JACUÍ / Bacias dos rios Vacacaí e Vacacaí-mirim


JA 427 VM 034 FEPAM S 29° 48’ 01,5” Rio Vacacaí-mirim, Restinga
W 53° 22’ 06,4” Seca
JA 421 VC 049 FEPAM S 29° 55’ 25,9” Foz do Vacacaí, no Passo das
W 53° 25’ 06,3” Tunas

291
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

JA 421 VC 091 FEPAM S 29° 56’ 12,8” Rio Vacacaí, em Passo Verde
W 53° 42’ 40,5”
JÁ 421 VC 203 CORSAN S 30° 21’ 12,8” Rio Vacacaí, captação de São
W 54° 18’ 29,4” Gabriel

RIO JACUÍ / Bacia do Alto Jacuí


JA 483 FEPAM S 29° 42’ 25,5” Rodovia RST-287
W 53° 17’ 05,6”
JA 704 FEPAM S 28° 43’ 12,6” Espumoso
W 052° 50’ 58,6”
JA 852 FEPAM S 28° 18’ 42,9” Nascentes, RS-324
W 52° 18’ 25,1”
* Ainda não iniciados.

O monitoramento iniciou em abril de 2002, e ainda não possui dados


representativos. A Fepam também não possui série histórica em formato digital.

F) LAGO GUAÍBA
A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais do Lago Guaíba entrou em
operação em agosto de 2000.
São realizadas amostragens trimestrais em 22 locais de coleta.

QUADRO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


G U A Í B A
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
CORSAN S 29° 57’ 37,6” Delta, arroio das Garças, captação da
W 51° 12’ 14,8” CORSAN
DMAE S 30° 00’ 51” Delta, captação Moinhos de Vento e
W 51° 12’ 53” São João
DMAE S 30° 00’ 48” Delta, captação da Ilha da Pintada
W 51° 15’ 34”
DMAE S 30° 02’ 16” Guaíba, canal de navegação em frente a
W 51° 14’ 49” Ponta da Cadeia
DMAE S 30° 02’ 50” Guaíba, em frente a foz do arroio
W 51° 14’ 11” Dilúvio
DMAE S 30° 03’ 32” Guaíba, captação José Loureiro da Silva
W 51° 14’ 11” , no Menino Deus
DMAE S 30° 05’ 26” Guaíba, captação Tristeza
W 51° 15’ 13”
DMAE S 30° 08’ 11” Guaíba, Balneário Ipanema
W 51° 13’ 59”

292
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

G U A Í B A
CÓDIGO ENTIDADE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
DMAE S 30° 12’ 54” Guaíba, captação Belém Novo
W 51° 10’ 53”
DMAE S 30° 14’ 32” Guaíba, captação do Lami
W 51° 05’ 36”
DMAE S 30° 03’ 26” Guaíba, canal de navegação, em frente a
W 51° 15’ 00” captação José Loureiro da Silva
DMAE S 30° 05’ 49” Guaíba, canal de navegação, em frente a
W 51° 16’ 16” Ponta do Dionísio
DMAE S 30° 11’ 19” Guaíba, canal de navegação, em frente a
W 51° 16’ 10” Ponta Grossa
DMAE S 30° 16’ 10” Guaíba, canal de navegação, entre a Ilha
W 51° 10’ 54” Francisco Manoel e Ponta do Salgado
DMAE S 30° 08’ 29” Guaíba, em frente a Ponta da Alegria
W 51° 17’ 28”
DMAE S 30° 22’ 07” Guaíba, canal de navegação, entre a
W 51° 03’ 39” Ponta de Itapoã e a Ponta da Fortaleza
DMAE S 30° 01’ 41” Guaíba, no Saco de Santa Cruz, em
W 51° 17’ 15” frente ao canal da Ilha da Pintada
CORSAN S 30° 06’ 38,3” Guaíba, captação de Guaíba
W 51° 18’ 13,7”
DMAE S 30° 10’ 02” Guaíba, em frente ao arroio Passo
W 51° 18’ 56” Fundo
DMAE S 30° 13’ 16” Guaíba, em frente ao arroio Petim
W 51° 18’ 28”
CORSAN S 30° 17’ 38” Guaíba, captação de Barra do Ribeiro
W 51° 17’ 47,2”
DMAE S 30° 19’ 29” Guaíba, canal de navegação, entre Ponta
W 51° 06’ 19” do Salgado e Ponta Escura
DMAE S 30° 21’ 19” Guaíba, na Barra do Ribeiro, no Saco
W 51° 10’ 08” do Pinho

A Rede de Monitoramento das Águas Superficiais do Lago Guaíba entrou em


operação em agosto de 2000.
Esta Rede de Monitoramento é operada pelo Dmae e Corsan. A Fepam não
participa deste monitoramento.

293
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

6.2 Região Hidrográfica do Litoral

A região é composta pelas Bacias Hidrográficas:

Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba


Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
Bacia Hidrográfica do Litoral Médio
Bacia Hidrográfica do Sistema Mirim-São-Gonçalo

A avaliação será feita usando a metodologia de estatística descritiva (máximo,


média e mínimo) e comparação com as Classes do Conama (Resolução nº 20/86). Os
gráficos de freqüência de classe apresentam o percentual dos resultados de cada parâmetro
em relação as respectivas classes. Todos os dados utilizados são do Programa de
Monitoramento FEPAM / GERCO-RS.

A FEPAM realiza coletas desde dezembro de 1992 com coletas semestrais, meses
de março e agosto. Os parâmetros analisados são: Oxigênio dissolvido, Coliformes fecais,
pH, DBO, Cloretos, Nitrogênio amoniacal, Nitrogênio total, Fosfato total, Fosfato orto,
Turbidez, DQO, Condutividade, Salinidade, Alcalinidade total, Transparência, Temperatura
água e do ar, Profundidade total e da coleta, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo total,
Mercúrio, Níquel e Zinco.

Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba – L 50

A rede de monitoramento possui três pontos de amostragem com freqüência semestral

294
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabela 1. Pontos de Amostragem

TORRES
Código Data das
Coord. Geográfica No de
do Localização Amostragens
Coletas
ponto Latitude Longitude Primeira Última
MPT – Rio Mampituba
29º14’55,8’’ 49º50’54,6’’ – Pirataba 14/12/1993 01/03/2002 13
025
Rio
MPT – Mampituba
29º17’58,2’’ 49º46’12,6’’ 14/12/1993 01/03/2002 14
013 próximo a
BR 101
Rio
MPT –
001
29º19’33’’ 49º42’52,2’’ Mampituba – 14/12/1993 01/03/2002 12
Na foz

Tabelas 2. Estatística por ponto de amostragem

OD
Código do ponto
Máximo Percentil 80 Mínimo
MPT – 025 11 6,14 4,8
MPT – 013 10,3 4,80 10,9
MPT – 001 10,3 5,70 4,7

Tabelas 3. Estatística por ponto de amostragem

COLIFORMES FECAIS
Código do ponto
Máximo Percentil 80 Mínimo
MPT – 025 1.300 532,2 110
MPT – 013 800 528,80 40
MPT – 001 16.000 3.000 900

295
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 4. Estatística por ponto de amostragem

DBO
Código do ponto
Máximo Percentil 80 Mínimo
MPT – 025 6 1 1
MPT – 013 200 1 1
MPT – 001 1 1 1

Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba %CLASSE 4


Oxigênio Dissolvido
%CLASSE 3

%CLASSE 2
100%
%CLASSE 1

Fre 80%

ên
cia
60%
de
Cla
ss
e 40%

20%

0%
MPT - 025 MPT - 013 MPT - 001
Pontos de Amostragens

296
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba


Coliformes Fecais %CLASSE 4

%CLASSE 3
100%
%CLASSE 2

%CLASSE 1
80%
Frequência das Classes

60%

40%

20%

0%
MPT - 025 MPT - 013 MPT - 001

Ponto de Amostragem

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MAMPITUBA


DBO (Matéria Orgânica) %CLASSE 4

%CLASSE 3
100%
%CLASSE 2
90%

80% %CLASSE 1
Frequência de Classe

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
MPT - 025 MPT - 013 MPT - 001

Ponto de Amostragem

297
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

A avaliação dos resultados destes três parâmetros demonstram ser no trecho


inferior do Rio Mampituba deterioradas em função de Coliformes Fecais, mostrando
claramente a entrada de carga gerada nas áreas urbanas.

Localização dos pontos de coleta


Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

MPT - 025

Mampituba

Torres
MPT - 013

#
Morrinhos do Sul MPT - 001
Dom Pedro
Três de Alcantara
Forquilhas

Três Cachoeiras

298
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí – L10

Nesta bacia a FEPAM possui 23 pontos com coletas semestrais, conforme


tabela a seguir com descrição dos pontos por município.

Tabela 5. Pontos de Amostragem

TORRES
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
0
29 22’40,8 Itapeva na
LITA - N 49047’31,8’’ 14/12/1993 01/03/2002 13
’’ margem
Norte
ARROIO DO SAL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Itapeva na
LITA – 29031’48,6
49058’32,4’’ foz do rio 14/12/1993 12/03/2002 13
TF ’’
Três
Forquilhas
CAPÃO DA CANOA
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa dos
29039’16,8 0 Quadros na
LQ - N 50 02’58,2’’ 15/12/1993 12/03/2002 12
’’ margem
Norte
MAQUINÉ
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa dos
29040’38,4
LQ 50003’20,4’’ Quadros no 14/12/1993 12/03/2002 11
’’
centro
MAQ - Na foz do rio
29043’36’’ 50008’36’’ 15/12/1993 12/03/2002 13
001 Maquiné

299
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

OSÓRIO
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Palmital
LPAL –
29048’52,8’’ 50008’3,6’’ ligação com 16/12/1993 11/03/2002 13
MAL
lagoa das
Malvas
Lagoa
Pinguela
LPIN –
29047’57,6’’ 50010’46,8’’ ligação com 16/12/1993 11/03/2002 13
PAL
a lagoa
Palmital
Lagoa
LPE 29051’57,6’’ 50014’3’’ Peixoto no 16/12/1993 13
11/03/2002
centro
Lagoa
Marcelino
LMR 29053’1,2’’ 50015’58,8’’ 16/12/1993 11/03/2002 13
Ramos no
centro
Rio
Tramandaí
TR –
29051’48,6’’ 50006’6,6’’ próximo a 15/12/1993 11/03/02 13
014
lagoa das
Pombas
Laguna
Tramandaí
LTR - N 29057’32,4’’ 50009’34,8’’ próximo a 21/12/1993 10/03/2002 13
foz do rio
Tramandaí

300
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

IMBÉ
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Laguna
Tramandaí
próximo ao
LTR 29058’18,6’’ 50008’22,8’’ 21/12/1993 10/03/2002 13
braço Sul do
rio
Tramandaí
Estuário
Tramandaí
ETR - B 29058,37,2’’ 50007’20,4’’ 21/12/1993 10/03/2002 13
próximo á
barra
Estuário
Tramandaí
montante a
ETR - P 29058’54’’ 50008’1,2’’ 16/12/1993 10/03/2002 13
ponte
Imbé/Trama
ndaí
Laguna
Armazém
LARM –
29059’22,8’’ 50010’23,4’’ próximo a 23/12/1993 10/03/2002 13
CAM
foz do rio
Camarão
TRAMANDAÍ
Coord. Geográfica
Código Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Coletas
Primeira Última
Lagoa
Custódia no
LCUS 30001’9’’ 50011’12’’ centro da 22/12/1993 10/03/2002 12
margem
norte

301
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

CIDREIRA
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Fortaleza
LFOR 30007’53,4’’ 50013’’ 25,8’’ próximo ao 23/12/1993 18/03/2002 13
centro da
lagoa
Lagoa
LFOR – Fortaleza
30008’46,2’’ 50013’45,6’’ 23/12/1993 18/03/2002 13
S próximo a
margem sul
BALNEÁRIO PINHAL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Rondinha na
LRON – margem sul,
30013’7,2’’ 50015’11,4’’ 23/12/1993 18/03/2002 14
S ligação com
Lagoa
Cerquinha
PALMARES DO SUL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Cerquinha
LCER 30013’45,6’’ 50016’2,4’’ 23/12/1993 18/03/2002 14
no centro da
lagoa

A área monitorada compreende as Lagoas Itapeva, Quadros, Palmital, Malvas,


Pinguela, Peixoto, Marcelino Ramos, Tramandaí, Armazém, Custódia, Fortaleza, Rondinha
e Cerquinha e os Rios Maquiné, Camarão e Tramandaí, que são representativo dos
diferentes tipos de ambienta na região.
Nesta região apresenta lagoas costeiras, normalmente em contorno cordiforme, em
função de mecanismos eólicos, em direção predominantemente NE-SW; corpos d’água
rasos o que facilita a ação dos ventos e provoca modificações dinâmicas em curtos períodos
de tempo, e com ventos atuantes na região que influenciam a dinâmica e morfologia do
sistema lagunar, bem como a distribuição das comunidades vegetais e animais.

É característico da Planície Costeira a presença de uma sequência de lagoas


paralelas à linha oceânica, mas algumas destas lagoas são mais interiores, como a lagoa dos

302
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Barros e outras na região de Osório. Também estão presentes curso de água lóticos como os
rios Três Forquilhas e Maquiné.
Tabelas 6. Estatística por ponto de amostragem

Código do OD
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LITA – N 11,2 6,12 5
LITA – TF 11 7,26 6,6
LQ 10,8 6,52 6,1
MAQ - 001 11,4 6,28 5,9
LPAL – MAL 11,2 7,52 6,60
LPIN – PAL 12,40 7,28 6,60
LPE 11,8 6,66 6,1
LMR 11,2 7,04 5,00
TR – 014 12,00 7,4 6,10
LTR – N 12,90 6,78 6,1
LTR 11,80 6,22 4,60
ETR – B 12,1 7,54 6,00
ETR – P 12,4 7,04 5,5
LARM – CAM 12,1 6,24 5,1
LCUS 12,30 7,02 6,40
LFOR 11,5 7,46 6,00
LFOR – S 11,50 7,34 6,00
LRON – S 11,3 7,0 6,0
LCER 10,8 6,44 6,3

303
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 7. Estatística por ponto de amostragem

Código do COLIFORMES FECAIS


ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LITA – N 1.200 694,2 16
LITA – TF 700 419 3
LQ 80 51,4 1,00
MAQ - 001 2.400 212 11,00
LPAL – MAL 16.000 50,6 1,00
LPIN – PAL 5.000 21,20 1,00
LPE 300 176 1,00
LMR 16.000 7.400 3,00
TR – 014 517 116 11,0
LTR – N 1.600 30 1,0
LTR 3.000 620 30
ETR – B 5.000 500 4,00
ETR – P 9.000 610,40 30
LARM – CAM 1.300 276 2,00
LCUS 300 30 2
LFOR 110 14 1,00
LFOR – S 40 12,4 1,00
LRON – S 23 8,8 1,0
LCER 13 6,4 1,0

304
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 8. Estatística por ponto de amostragem

Código do DBO
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LITA – N 28 2,0 1,0
LITA – TF 2,0 2,0 1,0
LQ 3,00 2,00 1,00
MAQ - 001 1,00 1,00 1,00
LPAL – MAL 3,00 1,00 1,00
LPIN – PAL 4,00 1,00 1,00
LPE 2,00 2,00 1,00
LMR 20,00 8,80 2,00
TR – 014 5,00 2,00 1,00
LTR – N 2,00 1,00 1,00
LTR 2,00 2,00 1,00
ETR – B 2,00 1,00 1,00
ETR - P 3,00 1,00 1,00
LARM – CAM 3,00 2,00 1,00
LCUS 1,00 1,00 1,00
LFOR 2,00 1,00 1,00
LFOR – S 3,00 1,00 1,00
LRON – S 2,00 1,00 1,00
LCER 7,00 1,00 1,00

As concentrações de oxigênio estão geralmente acima de 6,0 mg/l (Classe 1) para a


maioria dos recursos hídricos amostrados, exceto para a lagoa dos Barros, lagoa Marcelino
Ramos, laguna Tramandaí, lagoa Armazém, lagoa dos Quadros e lagoa Itapeva que
apresentam concentrações de Classe 2 e 3.

A lagoa Marcelino Ramos destaca-se pela presença de matéria orgânica, oriunda


dos esgotos cloacais do município de Osório, predominando concentrações de Classes 3 e
4.
O rio Maquiné, próximo ao arroio Pinheiro apresentou concentrações de Classe 2.

A lagoa Itapeva, a lagoa Marcelino Ramos, e o estuário do rio Tramandaí são os


locais que apresentaram moires concentrações de coliformes fecais.
As causas são os esgotos cloacais dos municípios de Osório, Tramandaí e Imbé
respectivamente

305
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

A salinidade foi detectada no estuário do rio Tramandaí, na lagoa do Armazém e


também na lagoa Custódia. As causas da penetração de cunhas salinas são as estiagens,
aliadas provavelmente às retiradas de água para irrigação nestes períodos.

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAMANDAÍ


Oxigênio Dissolvido

100% %CLASSE 4

%CLASSE 3
80%
Freqüência de Classe

%CLASSE 2

60%
%CLASSE 1

40%

20%

0%
LARM - CAM
LMR
LPE
LPAL - MAL

LCER
LCUS
MAQ - 001

LTR

ETR - B

ETR - P

LROND - S
LPIN - PAL
LITA - N

LFOR - S
LTR - N
TR - 014
LITA - TF

LQ

LFOR

Ponto de Amostragem

306
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAMANDAÍ


Coliformes Fecais %CLASSE 4
100%
%CLASSE 3
90%

80% %CLASSE 2
Freqência de Classe

70%
%CLASSE 1
60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
LARM - CAM
LMR
LPAL - MAL

LCER
LPE

LCUS
MAQ - 001

LTR
LPIN - PAL

LFOR - S
ETR - B

ETR - P

LROND - S
LITA - N

LTR - N
TR - 014
LITA - TF

LQ

LFOR

Ponto de Amostragem

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAMANDAÍ


DBO (Matéria Orgânica) %CLASSE 4

100% %CLASSE 3
90%
%CLASSE 2
Fre 80%
qu %CLASSE 1
ên 70%

cia
60%
de
Cla 50%
ss
e 40%

30%

20%

10%

0%
LI LI LQ M LP LP LP LM TR ET ET LA LC LF
LT LT LF LR LC
TA TA A AL IN E R - R- R- R
R- R US O O O ER
-N - Q- - - 01 N B P M R R- N
TF 00 M PA 4 - S D-
1 AL L CA S
Ponto de Amostragem M

307
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

308
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Localização dos pontos de coleta


Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Dom Pedro LITA - N


de Alcantara
TRES FORQUILHAS
S FRANCISCO Torres
DE PAULA

TRES CACHOEIRAS

ITATI
LITA - TF
# Arroio do Sal

TERRA DE AREIA
Maquiné
# LQ - N

LQ #

Capão da Canoa
LQ - MAQ #

LPIN - PAL #
LPAL - MAL Xangri-Lá
LPE
# TR - 014
# LMAR

Osório Imbé
LTR - N LTR
LARM # #
#
# ETR - B
LARM - CAM # ETR - P

LCU #

Tramandaí

LFOR #
#
LFOR - S Cidreira

LRON - S
# N
LCER #

Palmares Balneário Pinhal 4 0 4 Kilometers

do Sul

309
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã – L30

O monitoramento na Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã é feito desde 1993 em


cinco pontos, nas áreas do Programa Gerenciamento Costeiro

Tabela 9. Pontos de Amostragem

CRISTAL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
CAM - Rio Camaquã,
31007,33’ 51047’15,6’’ 03/01/1992 04/04/2002 17
025 na balsa
Rio Camaquã,
CAM - 0 0
31 00’36’’ 52 03’7,8’’ na ponte da 03/01/1992 01/04/2002 18
077
BR 116
ARAMBARÉ
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Arroio
AAR -
30054’36,6’’ 51029’46,8’’ Arambaré na 03/01/1992 04/04/2002 17
001
foz
SÃO LOURENÇO DO SUL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Arroio São
ASL –
31022’29, 51057’58,8’’ Lourenço a ± 03/01/1992 04/04/2002 17
001
4’’ 1Km da foz.
TURUÇU
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
0
ATU - 31 24’37, Arroio Turuçu
52010’1,2’’ 04/02/1992 01/04/2002 15
028 2’’ na BR 116

310
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 10. Estatística por ponto de amostragem

Código do OD
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
CAM - 025 9,8 6,9 2,3
CAM - 077 9,5 6,8 6,1
AAR - 001 13 6,4 4,1
ASL – 001 8,6 4,0 2,0
ATU - 028 9,3 6,46 5,4

Tabelas 11. Estatística por ponto de amostragem

Código do DBO
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
CAM - 025 9,0 1,0 1,0
CAM - 077 4,0 2,0 1,0
AAR - 001 2 1 1
ASL – 001 3,0 2,0 1,0
ATU - 028 3,0 1,0 1,0

Tabelas 12. Estatística por ponto de amostragem

Código do COLIFORMES FECAIS


ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
CAM - 025 3.000 998 14
CAM - 077 5.000 1.900 77
AAR - 001 1.700 516 80
ASL – 001 30.000 16.000 1.300
ATU - 028 9.000 2.400 17

Dos pontos monitorados o Arroio São Lourenço do Sul apresenta qualidade


deteriorada quanto a Coliformes Fecais devido a carga gerada por área urbana.

311
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMAQUÃ % fora da classe 4


Oxigênio Dissolvido
% classe 4

100%
% classe 3

90% % classe 2

80% % classe 1
Freqüência de Classe

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
CAM - 025 CAM - 077 AAR - 001 ASL - 001 ATU - 028

Ponto de Amostragem

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMAQUÃ


CLASSE 4%
Coliformes Fecais
CLASSE 3%
100%
CLASSE 2%
90%
CLASSE 1%
80%
Frequência de Classes

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
CAM - 025 CAM - 077 AAR - 001 ASL - 001 ATU - 028

Ponto de Amostragem

312
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMAQUÃ CLASSE 4%


DBO (Matéria Orgânica)
CLASSE 3%
100%
CLASSE 2%
90%

80% CLASSE 1%
Freqüência de Classe

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
CAM - 025 CAM - 077 AAR - 001 ASL - 001 ATU - 028

Ponto de Amostragem

313
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Localização dos pontos de coleta


Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
BARRA DO RIBEIRO

BARAO DO TRIUNFO

S JERONIMO
CERRO GRANDE
DO SUL
DOM FELICIANO SENTINELA
DO SUL

Tapes
ENCRUZILHADA DO SUL
CACAPAVA DO SUL
CHUVISCA
LAVRAS DO SUL AMARAL FERRADOR
Arambaré
SANTANA DA BOA VISTA # AAR - 001

Cristal
#
CAM - 077 Camaquã
DOM PEDRITO
BAGE
#
CAM - 025
CANGUCU
PIRATINI

HULHA NEGRA São Lourenço do Sul


PINHEIRO
MACHADO
Pelotas ASL - 001
Arroio do
Padre Turuçú # ATU - 028

8 0 8 16 24 Kilomet

314
Bacia Hidrográfica do Litoral Médio – L20

Na região da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio a FEPAM possui quinze pontos


de monitoramento com freqüência semestral. São monitorados as lagoas dos Barros, Rincão
das Éguas, Porteira, Peixe, Bacuparí, Figueira, Reserva e o Rio Capivari.

Tabela 13. Pontos de Amostragem

OSÓRIO
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa dos
LBA - E 29º54’51,6’’ 50º19’3,6’’ Barros na 21/12/1993 05/03/2002 12
margem leste
CAPIVARI DO SUL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
CAP - Rio Capivari
30º08’37,2’’ 50º32’54,6’’ 27/01/1992 22/03/2002 16
0115 na ponte
PALMARES DO SUL
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa
Rincão das
REG – Éguas lado
30º17’19,2’’ 50º17’57,6’’ 10/12/1991 19/03/2002 17
NE nordeste no
meio do
braço
Lagoa
Rincão das
REG –
30º18’44,4’’ 50º17’42’’ Éguas, meio 10/12/1991 19/03/202 16
N
do braço da
lagoa
Lagoa
REG 30º18’10,2’’ 50º17’57,6’’ Rincão das 17/09/1995 19/03/2002 11
Éguas, centro
Lagoa
LPORT
30º20’27,6’’ 50º18’32,4’’ Porteira, lado 10/12/1991 19/03/2002 18
– NE
nordeste
Lagoa
LPORT 30º21’25,2’’ 50º18’55,2’’ Porteira, 10/12/1991 19/03/2002 17
centro
Lagoa
LPORT
30º22’40,2’’ 50º19’25,2’’ Porteira no 18/09/1995 19/03/2002 11
-S
lado sul
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

TAVARES
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa do
Peixe no
LPEIXE
31º15’37,8’’ 50º58’4,8’’ 2ºpontilhão 12/12/1991 22/03/2002 14
-N
que une os
dois braços
MOSTARDAS
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Lagoa dos
Barros praia
LBBAC
30º30’43,8’’ 50º23’31,6’’ de Bacuparí 09/12/1981 20/03/2002 16
–N
na margem
norte
Lagoa dos
Barros, praia
LBBAC
30º31’59,4’’ 50º24’48’’ de Bacuparí 09/12/1991 20/03/2002 16
-S
na margem
sul
Lagoa
FIG –
30º47’6,9’’ 50º36’21’’ Figueira lado 12/12/1991 20/03/2002 16
NE
nordeste
Lagoa
Figueira no
FIG 30º48’2,4’’ 50º36’09’’ 12/12/1991 20/03/2002 16
centro da
lagoa
Lagoa
FIG –
30º48’8,4’’ 50º37’7,2’’ Figueira lado 12/12/1991 20/03/2002 16
SU
sudeste
Lagoa
Reserva no
LRS 30º52’14,4’’ 50º47’13,2’’ 11/12/1991 21/03/2002 17
centro da
lagoa

316
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 14. Estatística por ponto de amostragem

Código do OD
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LBA – E 12,2 6,00 5,00
CAP – 0115 9,0 4,74 4,2
REG – NE 10,90 6,9 6,20
REG – N 10,6 6,96 6,70
REG 10,90 6,90 6,20
LPORT – NE 10,80 6,90 6,20
LPORT 10,5 7,04 6,60
LPORT – S 10,5 7,00 5,80
LBBAC – N 12 7,76 6,8
LBBAC – S 10,90 7,66 7,1
FIG – NE 11,30 7,30 6,10
FIG 10,60 7,1 6,1
FIG – SU 11,1 7,00 5,60
LRS 11,1 7,84 7,00
LPEIXE – N 9,0 6,26 4,0

Tabelas 15. Estatística por ponto de amostragem

Código do DBO
ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LBA – E 2,00 1,00 1,00
CAP – 0115 17 1,0 1,0
REG – NE 1,00 1,00 1,00
REG – N 1,00 1,00 1,00
REG 3,00 1,00 1,00
LPORT – NE 3,00 1,20 1,00
LPORT 5,00 1,00 1,00
LPORT – S 6,00 1,00 1,00
LBBAC – N 3,0 2,0 1,0
LBBAC – S 2,0 1,0 1,0
FIG – NE 3,00 1,00 1,00
FIG 6,00 1,00 1,00
FIG – SU 15,00 2,00 1,00
LRS 3,2 2,00 0,60
LPEIXE – N 2,0 2,0 1,0

317
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 16. Estatística por ponto de amostragem

Código do COLIFORMES FECAIS


ponto Máximo Percentil 80 Mínimo
LBA – E 249 154,6 1,00
CAP – 0115 3.000 1.143 80
REG – NE 23 9,84 1,00
REG – N 16 8,80 1,00
REG 13 8,80 1,00
LPORT – NE 3,00 3,28 1,00
LPORT 10,00 2,80 1,00
LPORT – S 10 2,00 1,00
LBBAC – N 20 16 1,0
LBBAC – S 20 8,8 1,0
FIG – NE 91 8,00 1,00
FIG 20 11,2 1,00
FIG – SU 13 6,40 1,00
LRS 500 7,60 1,00
LPEIXE – N 1.700 130,4 19

A área monitorada compreende, principalmente, recursos hídricos lênticos


pertencentes aos Sistemas Lacustres de Lagoas Isoladas e da Lagoa do Peixe
(SCHWARZBOLD, 1982), no lado leste. No lado oeste, os recursos hídricos são,
basicamente, de ambientes lóticos que drenam para a Laguna.
Os usos dos recursos hídricos desta região são bastante diversificados,
destacando-se os usos para irrigação, balneabilidade, abastecimento público e,
principalmente nas proximidades das áreas urbanas, para diluição de esgotos domésticos e
industriais.
Segundo Schäfer (1985), "as características ecológicas dos lagos costeiros
resultam da ligação direta ou indireta com o mar; mesmo não havendo uma ligação direta,
pode se observar uma introdução permanente de sal através da brisa marinha e das
precipitações.

318
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO LITORAL MÉDIO


Oxigênio Dissolvido

100%

80%

Fr
eq % CLASSE 4
üê 60%
nc
ia % CLASSE 3
de
Cl 40% % CLASSE 2
as
se % CLASSE 1
20%

0%
LB CA RE RE RE LP LP LP LB LB FI FI FI LR LP
A- P- G- G- G O O O BA BA G- G G- S EI
E 01 NE N RT RT RT C- C- NE SU XE
15 - -S N S -N
NE
Ponto de Amostragem

BACIA HIDROGRÁFICA DO LITORAL MÉDIO % CLASSE 4


Coliformes Fecais

100%
% CLASSE 3

90% % CLASSE 2

Fre 80%
% CLASSE 1

ên 70%
cia
60%
de
Cla 50%
ss
e 40%

30%

20%

10%

0%
LB CA RE RE RE LP LP LP LB LB FI FI FI LR LP
A- P- G- G- G O O O BA BA G- G G- S EI
E 01 NE N RT RT RT C- C- NE SU XE
15 - -S N S -N
NE
Ponto de Amostragem

319
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO LITORAL MÉDIO


DBO (Matéria Orgânica)

100%

90%

80%
% CLASSE 4
70%
Fr
60% % CLASSE 3
eq
üê 50%
nc % CLASSE 2
ia 40%
de % CLASSE 1
Cl 30%
as
20%
se
10%

0% CA RE LP LB LB LP
LB RE RE LP LP FI FI FI LR
A- P- G- G- G O O O BA BA G- G G- S EI
E 01 NE N RT RT RT C- C- NE SU XE
15 - -S N S -N
NE
Ponto de Amostragem

320
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Localização dos pontos de coleta


Bacia Hidrográfica do Litoral Médio
STO ANTONIO # LBA - E
DA PATRULHA

Osório
Capivari
do Sul Cidreira
# CAP - 0115

Balneário Pinhal
Viamão
REG - NE
#
REG ## REG - N
#
#
#
Palmares do Sul

#
#

FIG - NE
#
FIG - SU
# # FIG

#LRS

Mostardas

LPEIXE - N #

Tavares

São José do Norte

6 0 6 12 18 Kilometers

321
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Bacia Hidrográfica do Sistema Mirim-São-Gonçalo – L40

São monitorados pela FEPAM quarto pontos distribuídos no Arroio Pelotas, Rio
Piratini e Canal São Gonçalo na região do Programa de Gerenciamento Costeiro

Tabelas 17. Pontos de Amostragem

PELOTAS
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Arroio
APE -
31º45’19,8’’ Pelotas
52º17’7,2’’ 03/01/1992 02/04/2002 18
001
próximo a foz
Canal São
CSG - Gonçalo
31º46’24,6’’ 52º17’27’’ 18
004 jusante a
eclusa
CAPÃO DO LEÃO
Código Coord. Geográfica Data das Amostragens No de
Localização
do ponto Latitude Longitude Primeira Última Coletas
Rio Piratini
PI - 048 31º54’3’’ 52º23’49, 03/01/1992 03/04/2002 18
na ponte
Canal São
CSG -
31º48’39’’ 52º23’15,6’’ Gonçalo na 18
018
eclusa

Tabelas 18. Estatística por ponto de amostragem

OD
Código do ponto
Máximo Percentil 80 Mínimo
APE – 001 13 4,8 4,3
CSG - 004 12,80 6,5 4,6
PI - 048 13 6,94 5,8
CSG - 018 11,4 6,2 6,0

322
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Tabelas 19. Estatística por ponto de amostragem

Código do ponto COLIFORMES FECAIS


Máximo Percentil 80 Mínimo
APE – 001 16.000 1.556 73
CSG - 004 9.000 2.920 5,0
PI - 048 9.000 1.024 79
CSG - 018 2.400 230 20

Tabelas 20. Estatística por ponto de amostragem

DBO
Código do ponto
Máximo Percentil 80 Mínimo
APE - 001 3,0 1,0 1,0
CSG - 004 4,0 1,0 1,0
PI - 048 3,0 1,2 1,0
CSG - 018 2,0 1,2 1,0

323
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO SISTEMA MIRIM-SÃO-GONÇALO %CLASSE 4


Oxigênio Dissolvido
%CLASSE 3

100%
%CLASSE 2
90%
%CLASSE 1
Fre 80%

ên 70%
cia
60%
de
Cla 50%
ss
e 40%

30%

20%

10%

0%
APE - 001 CSG - 004 PI - 048 CSG - 018

Ponto de Amostragem

BACIA HIDROGRÁFICA DO SISTEMA MIRIM-SÃO-GONÇALO %CLASSE 4


Coliformes Fecais

%CLASSE 3
100%

%CLASSE 2
90%

Fre 80% %CLASSE 1



70%
ên
cia
60%
de
Cla 50%
ss
e 40%

30%

20%

10%

0%
APE - 001 CSG - 004 PI - 048 CSG - 018

Ponto de Amostragem

324
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO SISTEMA MIRIM-SÃO-GONÇALO


DBO (Matéria Orgânica) %CLASSE 4

%CLASSE 3
100%

90% %CLASSE 2

80%
Fre
%CLASSE 1

70%
ên
cia
60%
de
Cla
50%
ss
e 40%

30%

20%

10%

0%
APE - 001 CSG - 004 PI - 048 CSG - 018
Ponto de Amostragem

325
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

6.3 Região Hidrográfica do Uruguai

Considerando que não existe nenhuma rede de monitoramento da qualidade da


água operada pela FEPAM nas bacias hidrográficas da Região do Uruguai, as informações
apresentadas a seguir - período de coleta, pontos de coleta, parâmetros analisados, fonte dos
dados e avaliação dos parâmetros de qualidade de água - são originadas de estudos isolados
disponíveis nesta fundação.
Ressalta-se que devido ao reduzido número de pontos amostrados e à
inexistência de uma série temporal significativa de dados relativos à qualidade das águas
dos rios da Região Hidrográfica do Uruguai, as avaliações de qualidade apresentadas são
pontuais e momentâneas. Desta forma, apresentam-se apenas os estudos realizados nas
bacias do rio Ibicuí, pela STE - Serviços Técnicos de Engenharia, e no rio Santa Maria,
executado pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Para tanto, estas avaliações
têm apenas caráter indicativo, não permitindo qualquer conclusão definitiva.
Com base na Resolução nº 20/ 86 do CONAMA, compararam-se os valores
obtidos dos parâmetros analisados com as Classes de Usos estabelecidas por esta Resolução
para águas doces, conforme o quadro abaixo (Quadro 1). Desta forma, nem todos os
parâmetros analisados em cada um dos estudos levantados constam nos quadros abaixo.
Além das classes de qualidade do CONAMA, também foi utilizado o Índice de
Qualidade de Água (IQA), adotado pela National Sanitation Fundation – NSF (Quadro 2).
Conforme esta agência, são estabelecidos para efeito de cálculo do índice os parâmetros:
Oxigênio dissolvido, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Turbidez, Temperatura da água,
pH, Fosfato Total, Nitrato, Sólidos Totais e Coliformes Fecais.
É importante ressaltar também que as metodologias estabelecidas nos estudos
levantados não referem quais parâmetros foram utilizados para os cálculos do IQA(s)
apresentados.
Com relação à comparação das Classes do CONAMA apresentadas no estudo da
bacia do Ibicuí pela STE, não estão especificadas quais as metodologias utilizadas nas
análises dos parâmetros em questão. Tendo em vista ainda problemas metodológicos, não
serão considerados para avaliação os dados referentes a concentrações de óleos e graxas,
um dos parâmetros analisados neste estudo.
No que se refere ao estudo da bacia do rio Santa Maria, são apresentados os
parâmetros analisados pela UFSM e constantes em seus relatórios, Estes dados também
apresentam-se em quadros e são comparados com os valores de Classes de Usos
estabelecidos pela Resolução 20 do CONAMA.

326
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

QUADRO DE PARÂMETROS AMBIENTAIS DE QUALIDADE DE ÁGUA DOCE


Quadro 1. PADRÕES DE QUALIDADE x CLASSE DE USO DA ÁGUA
Parâmetros Unidade CLASSE 1 CLASSE 2 CLASSE 3 CLASSE 4
Oxigênio
mg/L ≥6,0 ≥5,0 ≥4,0 ≥2,0
dissolvido
Coliformes
NMP/100 ml 200 1.000 4.000
fecais
Cloretos mg/L < 250 < 250 <250
pH 6e9 6e9 6e9 6e9
DBO 20 5
mg/L ≤3,0 ≤5,0 ≤10,0
DQO mg/L < 30 < 30 < 30
Nitratos mg/L 10,0 10,0 10,0
Nitrito mg/L < 1,0 < 1,0 < 1,0
Fosfato total mg/L 0,025 0,025 0,025
Ferro
mg/L < 0,3 < 0,3 < 0,5
solúvel
Turbidez UNT ≤40 ≤40 ≤100
Sólidos
mg/L 500 500 500
dissolvidos
Surfactantes mg/L < 0,5 < 0,5 < 0,5
Óleos e
mg/L VA VA VA
graxas
Alumínio mg/L < 0,1 < 0,1 < 0,1
Cádmio mg/L 0,001 0,001 0,01
Chumbo mg/L 0,03 0,03 0,05
Cobre mg/L 0,02 0,02 0,5
Cromo (+3) mg/L 0,5 0,5 0,5
Cromo (+6) mg/L 0,05 0,05 0,05
Mercúrio ug/L 0,2 0,2 2,0
Manganês mg/L < 0,1 < 0,1 < 0,5
Níquel mg/L 0,025 0,025 0,025
Zinco mg/L 0,18 0,18 5,0

OBS: Na CLASSE ESPECIAL – é exigido a ausência de Coliformes Fecais


VA - Virtualmente Ausente

327
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quadro 2. VALORES DE IQA

Qualidade Excelente Boa Média Ruim Péssima


Faixa 90-100 70-90 50-70 25-50 0-25

ESTUDOS LEVANTADOS

♦ BACIA DO RIO SANTA MARIA

Período: fevereiro de 2002

Pontos de coleta de amostras de água para análises físico-químicas:


Ponto 01 – arroio Ponche Verde, junto à SHR 5
Ponto 02 – rio Santa Maria, ponte da BR 293
Ponto 03 – arroio Ibicuí-da-Faxina, junto à SHR 11
Ponto 04 – Rosário do Sul, junto à SHR 16
Ponto 05 – rio Santa Maria-Saicã, junto à SHR 19
Ponto 06 – rio Cacequi, junto à SHR 17
Ponto 07 – rio Ibicuí-da-Armada, junto à SHR 12
Ponto 08 – arroio Taquarembó, junto à SHR 7

Pontos de coleta para agrotóxicos:

Ponto 01 – ponte do Ibicuí-da-Armada, junto à SHR 15


Ponto 02 – ponto a montante da confluência do rio Ibicuí-da-Armada com o rio Santa
Maria
Ponto 03 – rio Santa Maria-Saicã, junto à SHR 19

Parâmetros analisados: temperatura da água, temperatura do ar, turbidez, pH,


condutividade elétrica, OD, sólidos totais, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, DQO,
DBO5, óleos e graxas, cloretos, fosfato, nitrato, sulfatos, ferro total, alumínio, cálcio,
magnésio, sódio, cádmio, zinco, mercúrio, cobre, coliformes totais e coliformes fecais.
Agrotóxicos: propanil, clomazone, quinclorac e metsulfuron-methil

Fonte: Relatório de Andamento 1: “Desenvolvimento das ações de apoio necessárias à


implantação da outorga de uso da água na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria”,
fevereiro de 2002; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Convênio SEMA-
FRH/RS-UFSM-RS n° 002/01

328
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quadro 3. Avaliação, segundo a Resolução CONAMA 20/86, de parâmetros de


qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do rio Santa Maria analisados pela
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, 2002):

Parâmetros Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8

Turbidez Classe 1 Classe 4 Classe 2 Classe 4 Classe 2 Classe 4 Classe 4 Classe 2


DBO5 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 2 Classe 1
PH Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Oxigênio dissolvido Classe 3 Classe 3 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 3 Classe 1
Cloretos Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Coliformes fecais Classe 2 Classe 3 Classe 2 Classe 3 Classe 2 Classe 3 Classe 2 Classe 2
Coliformes totais Classe 4 Classe 4 Classe 3 Classe 3 Classe 3 Classe 4 Classe 3 Classe 4
Sólidos Totais Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Fluoretos Classe 1 Classe 4 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrito Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrato Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Sulfato Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Alumínio Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4
Cádmio Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Zinco Classe 3 Classe 3 Classe 1 Classe 1 Classe 3 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Mercúrio Classe 1 Classe 3 Classe 3 Classe 3 Classe 3 Classe 3 Classe 3 Classe 3
Cobre Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
IQA – NSF 58 59 64 65 71 62 64 72
Qualidade média média média média boa média média boa
Fonte: UFSM/DRH (2002)
Avaliação dos Parâmetros de Qualidade de Água

Com base na análise da qualidade das águas no contexto geral da bacia


hidrográfica do rio Santa Maria, desde suas nascentes até a sua confluência com o rio
Ibicuí, verifica-se que o comportamento do índice de qualidade de água (IQA) calculado
pela UFSM (2002) para os pontos amostrados apresenta-se predominantemente
REGULAR, embora a qualidade BOA também tenha sido constatada na confluência do rio
Santa Maria/Saicã e no rio Taquarembó.
Na comparação das CLASSES de usos definidas pelo CONAMA em ESPECIAL,
1, 2, 3 e 4, em ordem decrescente de qualidade, verifica-se que nos pontos amostrados pela
UFSM houve a predominância de parâmetros compatíveis com a CLASSE 1, ou seja, os

329
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

valores encontrados para a maioria dos parâmetros estão dentro dos limites aceitáveis para
esta CLASSE.
Alguns parâmetros, tais como turbidez, coliformes fecais e totais, oxigênio
dissolvido, alumínio, zinco e mercúrio, apresentaram comportamento heterogêneo no
contexto geral da bacia, com valores que extrapolaram os limites compatíveis para
CLASSE 1, apresentando-se, portanto, em concentrações de CLASSES 2, 3 ou 4. Entre
estes parâmetros, destacam-se coliformes totais, alumínio e mercúrio, cujos valores se
apresentaram compatíveis com as CLASSES 3 ou 4 em alguns pontos da bacia, com
relevância para o parâmetro alumínio, o qual se comportou em toda bacia com
concentrações correspondentes à CLASSE 4. Outro metal analisado, o mercúrio apresentou
concentrações de CLASSE 3, com exceção do ponto 1 (arroio Ponche Verde).
Cabe salientar que o elemento turbidez foi outro parâmetro a mostrar-se elevado
em alguns pontos da bacia, em concentrações compatíveis com a CLASSE 4.

♦ BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IBICUÍ

Período: janeiro de 1998

Pontos de coleta:
Ponto 01 – rio Ibicuí, próximo à foz
Ponto 04 – rio Ibicuí Mirim, curso superior
Ponto 05 – arroio Touro Passo
Ponto 06 – rio Butuí
Ponto 07 – rio Ibicuí Mirim, curso inferior
Ponto 08 – rio Santa Maria, próximo a sua foz
Ponto 09 – rio Jaguari, curso inferior
Ponto 10 – rio Toropi, curso inferior
Ponto 11 – rio Ibirocai, curso inferior
Ponto 12 – rio Itu, curso inferior
Ponto 13 – rio Ibirapuitã, curso médio, a jusante de Alegrete

Parâmetros analisados: temperatura do ar e da água, pH, sólidos totais, sólidos suspensos,


sólidos dissolvidos, sólidos sedimentáveis, surfactantes, turbidez, OD, DBO, DQO, nitritos,

330
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

nitratos, fósforo total, ferro, manganês, alumínio, chumbo, cobre, mercúrio, cádmio, cromo,
níquel, zinco, óleos e graxas, cloretos, condutividade, coliformes fecais e coliformes totais,
organoclorados (18 princípios ativos) e organofosforados (9 princípios ativos).

Fonte: STE. “Avaliação Quali-Quantitativa das Disponibilidades e Demandas de Água


na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí”, Serviços Técnicos de Engenharia S/A, Porto
Alegre: Secretaria de Obras Públicas, Saneamento e Habitação. Departamento de Recursos
Hídricos e Saneamento, Fundo de Investimentos em Recursos Hídricos, Conselho de
Recursos Hídricos (CRH/RS), 1998. v. 1.

331
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quadro 4. Avaliação, segundo a Resolução CONAMA 20/86, de parâmetros de qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do rio Ibicuí
analisados pela STE (1998) na campanha de janeiro de 1998.
Parâmetros Ponto 1 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13

Turbidez Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 2 Classe 2
DBO5 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
pH Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Oxigênio dissolvido Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Cloretos Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Coliformes fecais Classe 1 Classe 3 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 3 Classe 4 Classe 2 Classe 3 Classe 1
Coliformes totais Classe 1 Classe 3 Classe 2 Classe 1 Classe 2 Classe 1 Classe 2 Classe 4 Classe 1 Classe 2 Classe 1
Sólidos dissolvidos Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrito Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrato Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Alumínio Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4
Cádmio Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Chumbo Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Níquel Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Zinco Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Mercúrio nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd
Cobre Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Manganês Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1

IQA - NSF 73 64 71 75 74 75 74 70 76 71 74
Qualidade boa média boa boa boa boa boa média boa boa boa
Fonte: STE (1998). Obs.: nd = não detectado

332
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Período: outubro de 1998

Pontos de coleta:
Ponto 01 – rio Ibicuí, próximo à foz
Ponto 02 – rio Ibicuí, em Manoel Viana
Ponto 03 – rio Ibicuí
Ponto 04 – rio Ibicuí Mirim, curso superior
Ponto 05 – arroio Touro Passo
Ponto 06 – rio Butuí
Ponto 07 – rio Ibicuí Mirim, curso inferior
Ponto 08 – rio Santa Maria, próximo a sua foz
Ponto 09 – rio Jaguari, curso inferior
Ponto 10 – rio Toropi, curso inferior
Ponto 11 – rio Ibirocai, curso inferior
Ponto 12 – rio Itu, curso inferior
Ponto 13 – rio Ibirapuitã, curso médio, a jusante de Alegrete
Ponto 14 – rio Ibicuí, em Manoel Viana

Parâmetros analisados: temperatura do ar e da água, pH, sólidos totais, sólidos


suspensos, sólidos dissolvidos, sólidos sedimentáveis, surfactantes, turbidez, OD, DBO,
DQO, nitritos, nitratos, fósforo total, potássio, sódio, ferro, manganês, sílica, alumínio,
chumbo, cobre, cádmio, cromo, níquel, zinco, óleos e graxas, cloretos, condutividade,
coliformes fecais e coliformes totais

Fonte: STE. “Avaliação Quali-Quantitativa das Disponibilidades e Demandas de


Água na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí”, Serviços Técnicos de Engenharia S/A,
Porto Alegre: Secretaria de Obras Públicas, Saneamento e Habitação. Departamento de
Recursos Hídricos e Saneamento, Fundo de Investimentos em Recursos Hídricos,
Conselho de Recursos Hídricos (CRH/RS), 1998. v. 1.

333
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Quadro 5. Avaliação, segundo a Resolução CONAMA 20/86, de parâmetros de qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do rio Ibicuí analisados
pela STE (1998) na campanha de outubro de 1998.

Parâmetros Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14

Turbidez Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 2 Classe 4 Classe 4 Classe 2 Classe 4 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 4 Classe 4
DBO5 Classe 2 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 2 Classe 1
pH Classe 1 Classe 1 Classe1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Oxigênio Classe 1 Classe 1 Classe1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Cloretos Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Coliformes Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 3 Classe 2 Classe 3 Classe 2
Coliformes Classe 2 Classe 2 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 1 Classe 3 Classe 2
Sólidos Classe 1 Classe 1 Classe1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrito Classe 1 Classe 1 Classe1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Nitrato Classe 1 Classe 1 Classe1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Alumínio Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4
Cádmio Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Chumbo nd nd nd nd nd nd nd nd nd Classe 1 nd nd nd nd
Níquel Classe 1 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 4 Classe 1 Classe 4 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 4 Classe 1
Zinco Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Cobre nd Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1
Manganês Classe 1 Classe 3 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 1 Classe 3 Classe 1

IQA - NSF 69 70 71 76 71 71 71 71 73 74 69 72 70 72
Qualidade média média boa boa boa boa boa boa boa boa média boa média boa
Fonte: STE (1998). Obs.: nd = não detectado

334
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Avaliação dos Parâmetros de Qualidade de Água

A análise do Quadro 4 mostra que a CLASSE 1 do CONAMA predomina para a


maioria dos parâmetros e pontos de coleta de água estudados na campanha de janeiro de
1998 pela STE. Exceção é o parâmetro alumínio, cujas concentrações caracterizam todos os
pontos amostrados como CLASSE 4. Também as concentrações de coliformes (fecais e
totais) mostram-se elevadas em alguns pontos, dentro dos limites para as CLASSES 3 ou 4.
Da mesma forma que a campanha de janeiro de 1998 (Quadro 4), a campanha
de outubro do mesmo ano (Quadro 5) mostra a predominância da CLASSE 1 para a maioria
dos parâmetros e pontos de coleta. Também nesta campanha, o alumínio constitui um
parâmetro encontrado em altas concentrações, com valores correspondentes à classe de pior
qualidade (CLASSE 4) em todas as análise realizadas. Turbidez e níquel são outros
parâmetros que apresentam concentrações nos limites estabelecidos para águas de CLASSE
4 em alguns pontos, enquanto os coliformes (fecais e totais) apresentam valores de classe 3
em apenas dois pontos.
Segundo STE (1998), “as duas campanhas de monitoramento realizadas nesta bacia
mostram que as águas apresentam um IQA que as qualifica de regulares a boas”. Conforme é
mostrado nos Quadros 5 e 6, os IQAs mínimo e máximo calculados pela STE (1998) para as
águas do rio Ibicuí nas duas campanhas de 1998 foram, respectivamente, 64 (REGULAR) e
76 (BOA). Ainda segundo a consultora, “não foram detectados pesticidas organoclorados e
fosforados nas amostras analisadas, as águas apresentam baixos teores de matéria orgânica e
são muito oxigenadas”, embora alguns parâmetros estivessem “acima dos limites permitidos
para as águas das classes de enquadramento” (classe 2).
Quanto aos parâmetros com pior qualidade, a STE (1998) afirma que os coliformes
encontrados nos pontos localizados no rio Ibirapuitã, a jusante de Alegrete, e no rio Ibicuí-
Mirim, derivam-se, respectivamente, do lançamento dos esgotos da cidade de Alegrete sem
tratamento adequado e da má disposição dos resíduos sólidos urbanos de Santa Maria.
As características geológicas e pedológicas da região e os problemas relacionados
com os processos erosivos do solo agricultável da bacia hidrográfica explicam, de acordo
com a STE (1998), os altos valores de alumínio verificados nas duas campanhas. Segundo o
mesmo trabalho, também as altas concentrações de níquel verificadas na segunda campanha
(outubro de 1998) estariam relacionadas aos solos e aspectos geológicos da região,
“considerando-se a inexistência de fontes poluidoras de origem industrial” na bacia.
Os valores elevados quanto à turbidez verificados na segunda campanha são
originados, segundo a STE (1998), dos altos teores de sílica e sólidos nas águas.

335
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

BACIA HIDROGRÁFICA DO TURVO-SANTO CRISTO-SANTA ROSA

A FEPAM iniciou, recentemente, um projeto com recursos do Programa Nacional


do Meio Ambiente (PNMA II), do Ministério do Meio Ambiente, visando à implantação de
uma rede permanente de monitoramento da qualidade da água na bacia, a entrar em operação
a partir de 2003.
Visando subsidiar a implantação desta rede de monitoramento, foram previstas, para
o ano de 2002, duas campanhas de coleta e análise da qualidade da água da Bacia do Turvo-
Santa Rosa-Santo Cristo, tendo a primeira campanha sido realizada em julho último. Para o
ano de 2003 está prevista a implantação de cerca de 50 pontos de coleta de água na bacia.
Tendo em vista que não foram ainda realizadas todas as análises dos parâmetros
previstos, não poderão ser apresentados os resultados.

Período: julho de 2002

Pontos de coleta:
SR 5,6 – rio Santa Rosa, em Porto Mauá (foz)
SR 153,1 – rio Santa Rosa, em Catuípe (nascente)
Tu 11, 5 – rio Turvo, em Esperança do Sul (foz)
Tu 190,0 – rio Turvo, em Palmeira das Missões (nascente)
SC 17,5 – rio Santo Cristo, ponte de divisa Alecrim/Porto Mauá (foz)
SC 90,0 – rio Santo Cristo, em Santa Rosa (nascente)
LEN 20,6 – rio Herval Novo, em Crissiumal (foz)
LEN 63,7 – rio Herval Novo, em Três Passos (nascente)
Co 10,0 – rio Comandaí, em Porto Lucena (foz)
Co 138,0 – rio Comandaí, em Santo Ângelo (nascente)
Bu 25,0 – rio Buricá, na divisa Horizontina/Crissiumal (foz)
Bu 140,0 – rio Buricá, em Chiapeta (nascente)
Am 15,7 – rio Amandaí, divisa entre Santo Cristo e Porto Lucena (foz)
Am 68,1 – rio Amandaí, em Santa Rosa (nascente)

Parâmetros a serem analisados: temperatura do ar, temperatura da água, pH, OD,


condutividade elétrica, DBO5, DQO, nitrogênio total, fósforo total, turbidez, cloretos, sólidos
totais, alumínio, ferro, manganês, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cromo total, zinco,
cobre, mercúrio.
Obs.: Coliformes fecais e totais serão analisados somente na segunda campanha,
prevista para novembro de 2002.

336
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração do primeiro Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos


no Estado do Rio Grande do Sul foi uma tarefa coletiva, que congregou esforços do
Departamento de Recursos Hídricos, Secretaria-Executiva do Conselho de Recursos
Hídricos e Fepam. O resultado final foi fruto da superação de muitas dificuldades
decorrentes do pionerismo da iniciativa e da ausência de uma padronização dos dados de
quantidade e qualidade disponíveis para a consulta. Além disto, algumas bacias hidrográficas
apresentavam apenas alguns parcos estudos de disponibilidade, como no caso das bacias
Apuaê-Inhandava e Passo Fundo-Várzea, enquanto em outras só foi possível a inserção de
algumas informações gerais, como nas bacias do Litoral Médio e do Rio Negro.
Mesmo assim, o conjunto do trabalho facultou a obtenção de informações
significativas sobre o quadro geral das águas rio-grandenses. Desta maneira, pode-se inferir
que:
1. A agricultura irrigada é uma atividade importante como consumidora da água
de várias bacias hidrográficas, notadamente na dos rios Santa Maria, Butuí-Piratinim-
Icamaquã, Ibicuí, Quarai, Piratini-São Gonçalo-Mangueira, Jaguarão e Camaquã,
representando mais de 90% das demandas localizadas nestas bacias.

2. Há ocorrência sazonal de déficits hídricos nas bacias dos rios Santa Maria,
Ibicuí e Piratini-São Gonçalo-Mangueira, Vacacaí e Vacacaí-Mirim, assim como na do
Gravataí e do Tramandaí.

3. O uso da água subterrânea para abastecimento público é relevante nas bacias


dos rios Pardo e Taquari-Antas (acima de 60% do consumo) e especialmente na do Rio
Camaquã (mais de 90% do consumo).

4. Os lançamentos de esgotos domésticos e industriais são problemas mais


graves para as bacias do Lago Guaíba, Gravataí, Sinos, Caí e Taquarí-Antas, todas
localizadas na Região Hidrográfica do Guaíba.

Com base no resultado final do relatório, sugere-se:


1. A implementação das redes de monitoramento quali-quantitativa,
principalmente na Região Hidrográfica do Uruguai, uma vez que apresenta o menor número
de informações e um crescente incremento dos usos das águas;

2. A Implementação dos Planos de Bacia para que se iniciem as ações de


compatibilização da oferta e demanda dos recursos hídricos;

3. A implantação gradativa da outorga e tarifação pelo uso da água, de forma a


disciplinar os usos e viabilizar as ações de recuperação da disponibilidade, notadamente nas
bacias que apresentam déficits hídricos;

337
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

4. A implementação do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, a fim


de viabilizar a manutenção e atualização de um consistente banco de dados, a partir do qual
novas informações possam ser geradas, permitindo uma maior eficiência e competência na
tomada de decisão;

5. A execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos de maneira a dar


continuidade aos dados levantados, na forma de um diagnóstico mais abrangente, capaz de
subsidiar a gestão dos recursos hídricos em todo o território do Rio Grande do Sul.

338
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ACL - Assessoria & Consultoria Ltda. 1997. Serviço de Engenharia Consultoria Relativo
à Elaboração do Plano Integrado da Bacia do Arroio Velhaco – Plano Integrado de
Desenvolvimento Hidroagrícola e de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia do
Arroio Velhaco. Relatório Final. 202p.

2. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1995. 1° Etapa de um plano Integrado de Aproveitamento da


Bacia do Rio Quaraí, no Rio Grande do Sul. Cenário Atual - Relatório n° 2. 160 p.

3. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1996. 2a Etapa do Plano de utilização dos Recursos


hídricos da Bacia do Rio Santa Maria - RS. Relatório N°01 - Cenário Atual - Volume - 1
Bourscheid Engenharia Ltda. 251 p.

4. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1998. Levantamento, identificação e demarcação de


áreas de banhado e de matas ciliares, bem como a aplicação de medidas estruturais e não
estruturais visando a conservação dos recursos hídricos na bacia do Rio Santa Maria.
Relatório Parcial N°01 - Levantamento de Dados Básicos - Bourscheid Engenharia Ltda.
168 p.

5. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1999. Avaliação quali-quantitativa das


disponibilidades e demandas de água na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí. Cenário
Atual. Tomo I, 225p.

6. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1999. Avaliação quali-quantitativa das


disponibilidades e demandas de água na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí. Cenário
Atual. Tomo II, 431p.

7. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1999. Avaliação quali-quantitativa das


disponibilidades e demandas de água na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí. Cenário
Atual. Anexos II – Cadastro de Usuários,125p.

8. BOURSCHEID Engenharia Ltda. 1999. Avaliação quali-quantitativa das


disponibilidades e demandas de água na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí. Relatório
Final, 173p.

9. CEEE, 2000 - Inventário Hidrelétrico da sub-bacia 75 - Tomo I, Vol.1. 526 p.

10. CEEE, 2000 - Inventário Hidrelétrico da sub-bacia 75 - Tomo I, Vol.3. 526 p.

11. CEEE, 2000 - Inventário Hidrelétrico da sub-bacia 75 - Tomo II. 297 p.

12. CEEE, 2000 - Inventário Hidrelétrico da sub-bacia 75 - Tomo I, Apêndice A. 297 p.

339
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

13. CEEE, 2000. Inventário Hidrelétrico da Sub-bacia 75 - Tomo 1, Vol. 1. 526 p.

14. CEEE, 2000. Inventário Hidrelétrico da Sub-bacia 75 - Tomo II, 297 p.

15. CEEE,2000. Inventário Hidrelétrico da sub-bacia 75 - Tomo I, Apêndice A. 297 p.

16. CEEE,2000. Inventário Hidrelétrico da Sub-bacia 75 - Tomo I, Vol.3. 526 p.


17. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e
demandas de água na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo/Pardinho. - Cenário Atual -
Volume I, Ecoplan Engenharia Ltda. 428 p.

18. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo/Pardinho. - Cenário Atual -
Anexo I, Volume II, Ecoplan Engenharia Ltda.

19. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo/Pardinho. - Cenário Atual -
Anexo II, Volume III, Ecoplan Engenharia Ltda.
20. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e
demandas de água na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo/Pardinho. Relatório Final -
Ecoplan Engenharia Ltda. 80p.

21. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Contratação de prestação de serviços de consultoria


referente à avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e demandas de água na bacia
hidrográfica do Rio Camaquã. Volume I–Cenário Atual-textos. 366p.

22. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Contratação de prestação de serviços de consultoria


referente à avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e demandas de água na bacia
hidrográfica do Rio Camaquã. Volume II–Cenário Atual–anexoI.15p.

23. ECOPLAN Engenharia Ltda. 1997. Contratação de prestação de serviços de consultoria


referente à avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e demandas de água na bacia
hidrográfica do Rio Camaquã. Volume IV – Cenário Futuro. 85p.

24. ECOPLAN Engenharia Ltda.1997. Avaliação da Disponibilidade Hídrica Superficial e


Subterrânea do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Englobando Todos os Corpos
Hídricos que Drenam para o Rio Tramandaí. Relatório Técnico Final – Volume II.
Ecoplan Engenharia Ltda. p. 197.

25. ECOPLAN Engenharia Ltda.1997. Avaliação da Disponibilidade Hídrica Superficial e


Subterrânea do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Englobando Todos os Corpos
Hídricos que Drenam para o Rio Tramandaí. Relatório Técnico Final – Volume III.
Ecoplan Engenharia Ltda. p. 263
26. ECOPLAN Engenharia Ltda.1997. Avaliação da Disponibilidade Hídrica Superficial e
Subterrânea do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Englobando Todos os Corpos

340
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

Hídricos que Drenam para o Rio Tramandaí. Relatório Técnico Final – Volume IV.
Ecoplan Engenharia Ltda. p. 305.

27. FEPAM. 1997. Levantamento dos principais usos do solo e da água na bacia hidrográfica
do Rio Caí. Vol. 1. FEPAM-GTZ. 164 p.

28. IPAGRO. 1989. Atlas Agroclimático do Estado do Rio Grande do Sul. 1989. IPAGRO –
Volume III. 326 p.

29. IPAGRO. 1989. Atlas Agroclimático do Estado Rio Grande do Sul. IPAGRO. Vol I,
102p.

30. IPH E CPRM. 2002. Identificação das Alternativas Possíveis e Prováveis para
Regularização das Vazões do Rio Gravataí. – Relatório Final – Instituto de Pesquisas
Hidráulicas UFRGS/Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais. 507 p.

31. IPH/UFRGS. 1998.Estudo para Avaliação e Gerenciamento da disponibilidade Hídrica


da Bacia da Lagoa Mirim – Volume 1 Desenvolvimento do Estudo – Instituto de
Pesquisas Hidráulicas IPH/UFRGS. 128 p.

32. IPH/UFRGS. 1998.Estudo para Avaliação e Gerenciamento da disponibilidade Hídrica


da Bacia da Lagoa Mirim – Volume 2 Anexos A a P – Instituto de Pesquisas Hidráulicas
IPH/UFRGS. 184 p.

33. IPH/UFRGS. 1998.Estudo para Avaliação e Gerenciamento da disponibilidade Hídrica


da Bacia da Lagoa Mirim – Volume 1 Desenvolvimento do Estudo – Instituto de
Pesquisas Hidráulicas IPH/UFRGS. 128 p.

34. IPH/UFRGS. 1998.Estudo para Avaliação e Gerenciamento da disponibilidade Hídrica


da Bacia da Lagoa Mirim – Volume 2 Anexos A a P – Instituto de Pesquisas Hidráulicas
IPH/UFRGS. 184 p.

35. Magna Engenharia Ltda. 1995. Simulação de uma proposta de gerenciamento dos
recursos hídricos na bacia do Rio dos Sinos. (Relatório Técnico Parcial 01). Magna
Engenharia Ltda. Porto Alegre, 333p.

36. Magna Engenharia Ltda. 1996. Simulação de uma proposta de gerenciamento dos
recursos hídricos na bacia do Rio dos Sinos. (Relatório Técnico Parcial 02). Magna
Engenharia Ltda. Porto Alegre, 237p.

37. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na bacia hidrográfica do Rio Caí. Relatório Técnico N° 01 – Cenário
Atual da Bacia Hidrográfica do Rio Caí. Memorial Descritivo – Tomo I e II. Magna
Engenharia Ltda. 491 p.

341
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

38. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na bacia hidrográfica do Rio Caí. Relatório Final: Síntese dos
Estudos. Magna Engenharia Ltda. 137 p.

39. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na bacia hidrográfica do sistema Taquari-Antas. Relatório Técnico N°
01 – Cenário Atual da Bacia Hidrográfica do Sistema Taquari-Antas. Memorial
Descritivo – Volume 1 -Tomo I e II. Magna Engenharia Ltda. 628p.

40. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na bacia hidrográfica do sistema Taquari-Antas. Relatório Técnico N°
01 – Cenário Atual da Bacia Hidrográfica do Sistema Taquari-Antas. Memorial
Descritivo – Volume 2 -Tomo I e II. Magna Engenharia Ltda. 561p.

41. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Avaliação quali-quantitativa das disponibilidades e


demandas de água na bacia hidrográfica do sistema Taquari-Antas. Relatório Final:
Síntese dos Estudos. Magna Engenharia Ltda. 155p.

42. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Levantamento Cadastral dos Usuários da Água na
Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim, Notadamente Irrigantes e Tomada de Água para
Abastecimento Público e Industrial. Relatório Final –Volume I Memorial Descritivo.
Magna Engenharia Ltda. 180 p.

43. MAGNA Engenharia Ltda. 1997. Levantamento Cadastral dos Usuários da Água na
Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim, Notadamente Irrigantes e Tomada de Água para
Abastecimento Público e Industrial. Relatório Final –Volume I Memorial Descritivo.
Magna Engenharia Ltda. 180 p.

44. MAGNA Engenharia Ltda. 1998. Levantamento Cadastral dos Usuários da Água na
Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí.– Relatório Final – Magna Engenharia Ltda. 104 p.

45. METROPLAN. 1999. Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí - Diagnóstico Sócio-


Econômico. METROPLAN. 205 p

46. MINISTÉRIO do Interior. 1982. Estudo de viabilidade técnico-econômica de drenagem e


irrigação do baixo vale do Rio Mampituba. MINTER - SUDESUL - Magna Engenharia
Ltda: Vol. 1 - A: Memória Geral - estudos básicos preliminares: 131p.

47. MINISTÉRIO do Interior. 1983. Plano Diretor de Desenvolvimento da Bacia do Rio


Mampituba. MINTER - SUDESUL - Magna Engenharia Ltda. 278p.

48. MRS Estudos Ambientais Ltda. 1996. Plano de Utilização dos Recursos Hídricos da Bacia do
Rio Quaraí - MD - 2° Etapa. Vol.1, Tomo I e IIB.
49. PRÓ-GUAÍBA. 1998. Plano Diretor de Controle e Administração Ambiental da Região
Hidrográfica do Guaíba. Estudo da Disponibilidade de Água Subterrânea (Anexo 6),
187p.

342
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul

50. PRÓ-GUAÍBA. 1998. Plano Diretor de Controle e Administração Ambiental da Região


Hidrográfica do Guaíba. Estudo da Disponibilidade de Água Subterrânea (Anexo 6),
187p.

51. SECRETARIA de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. 1997. Bacias


hidrográficas do Estado de Santa Catarina: diagnóstico geral. Florianópolis: 163p.

52. SERVIÇOS Técnicos de Engenharia S.A. 1998. Avaliação quali-quantitativa das


demandas e disponibilidades de água na bacia hidrográfica do Rio Vacacaí. – Cadastro
de Usuários da Água. CD-ROW.

53. SERVIÇOS Técnicos de Engenharia S.A. 1998. Avaliação quali-quantitativa das


demandas e disponibilidades de água na bacia hidrográfica do Rio Vacacaí. – Cenário
Atual. – Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 220p.

54. SERVIÇOS Técnicos de Engenharia S.A. 1998. Avaliação quali-quantitativa das


demandas e disponibilidades de água na bacia hidrográfica do Rio Vacacaí. – Cenário
Atual. Anexo II (dados técnicos) – Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 58 p.

55. SOPSH - Secretaria das Obras Públicas, Saneamento e Habitação. 1998. Projeto de
Irrigação da Bacia do Arroio Velhaco. Síntese do Empreendimento. 144p.

56. STE - Serviços Técnicos de Engenharia Ltda. 1997. Levantamento Cadastral dos
Principais Usuários da Água da Bacia do Rio Uruguai. Relatório Final. CD-ROW.

57. STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 1998. Avaliação quali-quantitativa das
disponibilidades e demandas de água na bacia hidrográfica do Rio Ibicuí. Relatório do
Cenário Atual – Volume I. Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 335 p.

58. STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 1998. Avaliação quali-quantitativa das
disponibilidades e demandas de água na bacia hidrográfica do Rio Ibicuí. Relatório do
Cenário Atual – Anexo B. Serviços Técnicos de Engenharia S.A. 126 p.

59. STE Serviços técnicos de Engenharia Ltda. 1997. Levantamento Cadastral dos Principais
Usuários da Água da Bacia do Rio Uruguai. Relatório Final. CD-ROW.

343

Você também pode gostar