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Governo da Bahia
Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA
Instituto de Gestão de Águas e Clima – INGÁ
Governador
Jacques Wagner
Diretor-Geral do INGÁ
Julio Cesar de Sa da Rocha
Presidente da FIEB
Jorge Lins Freire
III
Equipe Técnica do Programa Monitora no SENAI
IV
passou a se chamar Secretaria
Estadual de Meio Ambiente - SEMA.
Em atendimento a Lei Estadual n°
1. APRESENTAÇÃO 10.432/06 e ao Plano Estadual de
Recursos Hídricos (SRH, 2004), o
A gestão responsável das águas da Governo do Estado lançou em 29 de
Bahia é vital e estratégica para o novembro de 2007, o Programa
futuro sustentável do Estado. O MONITORA – Programa de
gerenciamento dos recursos Monitoramento da Qualidade das
hídricos estaduais é, no entanto, Águas do Estado da Bahia. O
complexo e desafiador, sobretudo Programa MONITORA está inserido
devido à extensão do território no Programa Água para Todos (2007-
baiano, às diferenças regionais em 2010), focado na ampliação da
disponibilidade hídrica, malha cobertura do abastecimento de água e
rodoviária deficitária e a demanda do serviço de esgotamento sanitário.
por informações sobre a condição
O Programa MONITORA está sendo
dos corpos d’água.
coordenado pelo INGÁ do Estado da
De acordo com a Política Estadual Bahia e executado em parceria com a
de Recursos Hídricos (BRASIL, Federação das Indústrias do Estado
2006), compete à Superintendência da Bahia – FIEB, através das Áreas de
de Recursos Hídricos – SRH, Meio Ambiente e de Metrologia
autarquia da Secretaria Estadual de Química e Volumétrica do SENAI
Meio Ambiente e Recursos Hídricos Unidade CETIND – Serviço Nacional
- SEMARH, assegurar de forma de Aprendizagem Industrial/ Centro de
sustentável a disponibilidade de Tecnologia Industrial Pedro Ribeiro. O
água e comunicar a situação dos SENAI conta com corpo técnico
recursos hídricos para a população especializado e laboratórios
do Estado da Bahia. E para atender certificados e acreditados para prestar
a essa diretriz, faz-se necessário serviços de monitoramento ambiental,
dispor, entre outros elementos, do incluindo coleta, análises e elaboração
conhecimento sobre a qualidade de relatórios.
das águas.
Durante a execução do Programa
A Superintendência de Recursos (2007-2010) serão elaborados
Hídricos, criada pela Lei n° 6.812/95 relatórios cujos resultados subsidiarão
e alterada pela Lei n° 8.538/02, a execução de instrumentos de
através da Lei n°11.050/08 (que atuação pública que incluem, entre
alterou a denominação, a finalidade outros, a elaboração de planos de
e a estrutura organizacional da bacia, o enquadramento de corpos
Secretaria de Meio Ambiente e d’água e a outorga de direito de uso
Recursos Hídricos e das entidades dos recursos hídricos.
da Administração Indireta a ela
O Estado está cumprindo com o seu
vinculadas) passou a denominar-se
dever, mas, tão importante quanto à
Instituto de Gestão das Águas e
ação estatal, é o papel dos usuários
Clima - INGÁ, enquanto a
na determinação do futuro das águas.
Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos
V
VI
2. INTRODUÇÃO 17. Do rio Corrente.
ÍNDICE DE MAPAS
MAPA 1.1.1: REDE DE AMOSTRAGEM DA RPGA DO EXTREMO SUL....11
MAPA 1.1.2: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM
DA RPGA DO EXTREMO SUL..........................................................................12
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1.1.1: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................13
FIGURA 1.1.2: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO JOÃO DE TIBA...........................................................................................13
FIGURA 1.1.3: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO BURANHÉM...............................................................................................14
FIGURA 1.1.4: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
DOS FRADES....................................................................................................14
FIGURA 1.1.5: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
CARAÍVA............................................................................................................15
FIGURA 1.1.6: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO JUCURUÇU................................................................................................15
FIGURA 1.1.7: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO ALCOBAÇA................................................................................................16
FIGURA 1.1.8: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO
RIO PERUÍPE.....................................................................................................16
FIGURA 1.1.9: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO DO RIO
MUCURI..............................................................................................................17
FIGURA 1.2.10: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-STA-100 – RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................18
FIGURA 1.2.11: VEGETAÇÃO AQUÁTICA NO LEITO DO RIO, À JUSANTE
DO PONTO EXS-STA-100 – RIO SANTO ANTÔNIO.......................................18
FIGURA 1.2.12: ASSOREAMENTO DO RIO À MONTANTE DO PONTO EXS-
STA-100 - RIO SANTO ANTÔNIO....................................................................18
FIGURA 1.2.13: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-STA-100 - RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................19
FIGURA 1.2.14: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-JTB-200 - RIO JOÃO DE
TIBA ...................................................................................................................19
FIGURA 1.2.15: DESSEDENTAÇÃO DE ANIMAIS NA MARGEM DIREITA DO
RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DO TIBA.............19
FIGURA 1.2.16: VEGETAÇÃO DO ENTORNO DO PONTO EXS-JTB-200 - RIO
JOÃO DE TIBA..................................................................................................19
FIGURA 1.2.17: PEQUENA COMUNIDADE NA MARGEM ESQUERDA DO
RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 - RIO JOÃO DE TIBA..............20
FIGURA 1.2.18: EXTRAÇÃO DE AREIA NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À
JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DE TIBA..........................20
FIGURA 1.2.19: ANIMAIS PASTANDO PRÓXIMOS DA MARGEM DIRETA À
JUSANTE NO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DO TIBA.........................20
FIGURA 1.2.20: PLANTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR PRÓXIMA DA
MARGEM ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO
JOÃO DO TIBA..................................................................................................20
FIGURA 1.2.21: PRODUÇÃO DE CERÂMICA PRÓXIMA DO PONTO EXS-
JTB-200 - RIO JOÃO DE TIBA.........................................................................20
FIGURA 1.2.22: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-JTB-400 – RIO JOÃO
DE TIBA..............................................................................................................21
FIGURA 1.2.23: VEGETAÇÃO AQUÁTICA À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-
400 – RIO JOÃO DE TIBA.................................................................................21
FIGURA 1.2.24: RESIDÊNCIA PRÓXIMA DA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-JTB-400 – RIO JOÃO DO TIBA......................21
FIGURA 1.2.25: CRIAÇÃO DE BOVINOS NO ENTORNO DO PONTO EXS-
JTB-400 – RIO JOÃO DE TIBA.........................................................................21
FIGURA 1.2.26: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.27: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-BRH-300 –
RIO BURANHÉM...............................................................................................22
FIGURA 1.2.28: MATA CILIAR À JUSANTE NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.29: AGRICULTURA FAMILIAR (BANANA) NA MARGEM
ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-BRH-300 - RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.30: EXTRAÇÃO DE AREIA NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................23
FIGURA 1.2.31: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-BRH-500 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................23
FIGURA 1.2.32: MATA CILIAR NO ENTORNO DO PONTO EXS-BRH-500 –
RIO BURANHÉM...............................................................................................23
FIGURA 1.2.33: ASPECTO DO RIO À MONTANTE NO PONTO EXS-FRD-300
– RIO DOS FRADES..........................................................................................23
FIGURA 1.2.34: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-FRD-300 –
RIO DOS FRADES.............................................................................................24
FIGURA 1.2.35: LOCAL DE MINERAÇÃO DESATIVADO, PRÓXIMO AO
PONTO EXS-FRD-300 – RIO DOS FRADES....................................................24
FIGURA 1.2.36: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA
24
FIGURA 1.2.37: CAPTAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO HUMANO
NO PONTO EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA......................................................24
FIGURA 1.2.38: ASPECTO DA VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO
EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA..........................................................................25
FIGURA 1.2.39: AGRICULTURA FAMILIAR, PLANTAÇÕES DE MANDIOCA
NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE DO PONTO EXS-CIV-400 -
RIO CARAÍVA....................................................................................................25
FIGURA 1.2.40: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUN-250 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO NORTE............................................................................25
FIGURA 1.2.41: MATA CILIAR À MONTANTE DO PONTO EXS-JUN-250 –
RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE....................................................................25
FIGURA 1.2.42: TURBULÊNCIA NO PONTO EXS-JUN-250 - RIO JUCURUÇU
BRAÇO NORTE ................................................................................................25
FIGURA 1.2.43: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUN-400 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO NORTE............................................................................26
FIGURA 1.2.44: LAVAGEM DE ROUPAS NA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-JUN-400 RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE. .26
FIGURA 1.2.45: ASPECTO DA VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO
EXS-JUN-400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE.........................................26
FIGURA 1.2.46: EXTRAÇÃO DE AREIA À JUSANTE DO PONTO EXS-JUN-
400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE..........................................................26
FIGURA 1.2.47: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUS-400 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO SUL.................................................................................27
FIGURA 1.2.48: DESSEDENTAÇÃO DE ANIMAL PRÓXIMA DA MARGEM
ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JUS-400 – RIO
JUCURUÇÚ BRAÇO SUL.................................................................................27
FIGURA 1.2.49: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-JUS-400 –
RIO JUCURUÇU BRAÇO SUL..........................................................................27
FIGURA 1.2.50: PRESENÇA DE PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO NO
ENTORNO DO PONTO EXS-JUS-400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO SUL.......27
FIGURA 1.2.51: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-ALB-500 – RIO
ALCOBAÇA.......................................................................................................28
FIGURA 1.2.52: EROSÃO NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE
DO PONTO EXS-ALB-500 – RIO ALCOBAÇA................................................28
FIGURA 1.2.53: CAPTAÇÃO DE ÁGUA NA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 – RIO ALCOBAÇA...........................28
FIGURA 1.2.54: VEGETAÇÃO À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 –
RIO ALCOBAÇA................................................................................................28
FIGURA 1.2.55: FÁBRICA DE BLOCOS DE CONCRETO PRÓXIMA DA
MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 –
RIO ALCOBAÇA................................................................................................28
FIGURA 1.2.56: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-ALB-700 – RIO
ALCOBAÇA.......................................................................................................29
FIGURA 1.2.57: PESSOAS PESCANDO NA MARGEM ESQUERDA DO RIO,
À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-700 – RIO ALCOBAÇA.......................29
FIGURA 1.2.58: VEGETAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À
JUSANTE DO PONTO EXS-ALB-700 – RIO ALCOBAÇA..............................29
FIGURA 1.2.59: CRIAÇÃO DE BOVINOS NO ENTORNO DO PONTO EXS-
ALB-700 – RIO ALCOBAÇA.............................................................................29
FIGURA 1.2.60: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-PRP-400 – RIO
PERUÍPE............................................................................................................30
FIGURA 1.2.61: VEGETAÇÃO DO ENTORNO NO PONTO EXS-PRP-400 –
RIO PERUÍPE.....................................................................................................30
FIGURA 1.2.62: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-MCR-400 – RIO
MUCURI..............................................................................................................30
FIGURA 1.2.63: MATA CILIAR NO ENTORNO DO PONTO EXS-MCR-400 –
RIO MUCURI......................................................................................................30
FIGURA 1.2.64: REGISTRO DE PESSOAS ALOJADAS EMBAIXO DA
PONTE. PRÓXIMO AO PONTO EXS-MCR-400 – RIO MUCURI.....................31
FIGURA 1.3.65: VALORES DE SALINIDADE, CONDUTIVIDADE,
TEMPERATURA E PH OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS
NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL........34
FIGURA 1.3.66: VALORES DE TURBIDEZ, SÓLIDOS TOTAIS,
ALCALINIDADE TOTAL E OXIGÊNIO DISSOLVIDO OBTIDOS EM AMOSTRAS
DE ÁGUA COLETADAS NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO
EXTREMO SUL..................................................................................................35
FIGURA 1.3.67: VALORES DE DBO, NITROGÊNIO TOTAL E FÓSFORO
TOTAL OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS NOS PONTOS DE
MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL........................................36
FIGURA 1.3.68: VALORES DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E
CLOROFILA A OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS NOS
PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL.................37
FIGURA 1.3.69: VALORES DE IQA OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA
COLETADAS NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO
RECÔNCAVO SUL............................................................................................38
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1.3.1: RESULTADOS DAS ANÁLISES DE ÁGUA DA RPGA DO
EXTREMO SUL..................................................................................................33
1
1. RPGA DO EXTREMO SUL
2
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul
EXS-BRH-300
Ponte na BR-101, após
Buranhém/
acesso à cidade de
16,41340S Eunápolis
Eunápolis, na direção sul
39,58730W
3
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)
EXS-FRD-300
Rio dos Trecho que liga
Frades/ Eunápolis à Itabela, na
16,61682S Itabela ponte sobre a BR-101
39,54134W
EXS-CIV-400
Ponte na BR-101,
Caraíva/ próximo ao povoado de
16,71740S Itabela Monte Pascoal, no
município de Itabela
39,44980W
4
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)
EXS-JUN-400
Jucuruçu
Braço Rio Jucuruçu, acesso
Norte/ pela BR-101, no
17,04510S município de Itamaraju
Itamaraju
39,54450W
5
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)
EXS-MCR-400
Ponte na BR-101, à
Mucuri/
jusante da entrada para a
18,09880S Mucurui
cidade de Mucuri
39,89330W
6
1
1 Mapa 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul
1 Mapa 1.1.2: Mapa de localização dos pontos de amostragem da RPGA do Extremo Sul
2
O
C
E
STA 100 A
N
O
O
C
E
JTB 200 JTB 400 A
N
O
1
3
O
C
E
BRH 300 A
BRH 500 N
O
O
C
E
A
FRD 300 N
O
1
4
O
C
E
A
CIV 400 N
O
JUN 250
O
JUN 400 C
E
A
JUS 400 N
O
1
5
O
C
E
A
ALB 500 ALB 700
N
O
O
C
E
A
PRP 400 N
O
1
6
O
C
E
A
MCR 400 N
O
1
7
1.2. DESCRIÇÃO DOS PONTOS
DE AMOSTRAGEM
18
Figura 1.2.13: Vegetação no entorno do Figura 1.2.15: Dessedentação de
ponto EXS-STA-100 - Rio Santo animais na margem direita do rio, à
Antônio jusante do ponto EXS-JTB-200 – Rio
João do Tiba
A vegetação original da região é a
EXS-JTB-200 - Rio João de Tiba
Floresta Estacional Decidual e
O ponto de amostragem está Semidecidual, característica de Mata
localizado na zona rural do município Atlântica. A mata ciliar é
de Mundo Novo, em ambiente lótico. predominantemente composta por
As águas apresentaram aspecto gramíneas e espécies arbustivas
turvo, coloração marrom e tonalidade espaçadas (Figura 1.2.16).
clara (Figura 1.2.14).
19
materiais cerâmicos próxima do
povoado (Figura 1.2.20 e Figura
1.2.21).
21
Figura 1.2.26: Aspecto das águas no Figura 1.2.28: Mata ciliar à jusante
ponto EXS-BRH-300 – Rio Buranhém no ponto EXS-BRH-300 – Rio
Buranhém
Os usos das águas observados
foram para: irrigação, navegação de Foi observada a presença de
pequenas embarcações e consumo agricultura familiar, com plantações
humano. de banana na margem direita do rio,
à montante do ponto de
A vegetação original da região é a
monitoramento (Figura 1.2.29).
Floresta Ombrófila Densa,
característica de Mata Atlântica, Foram verificados pontos de erosão e
apresentando espécies arbustivas e extração de areia nas margens do rio
arbóreas no entorno do ponto de (Figura 1.2.30).
coleta. A mata ciliar apresentou-se
predominantemente preservada à
jusante e modificada à montante do
ponto de coleta (Figura 1.2.27 e
Figura 1.2.19).
22
Figura 1.2.30: Extração de areia no Figura 1.2.32: Mata ciliar no entorno do
ponto EXS-BRH-300 – Rio Buranhém ponto EXS-BRH-500 – Rio Buranhém
Foram identificadas as presenças de
plantações de banana e mamão,
EXS-BRH-500 – Rio Buranhém
caracterizadas como atividades de
O ponto de coleta está localizado na agricultura familiar no entorno do
zona rural do município de Eunápolis, ponto de monitoramento.
em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
EXS-FRD-300 – Rio dos Frades
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.31). O ponto de amostragem está
localizado na zona rural do município
de Itabela, em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração verde e tonalidade
clara (Figura 1.2.33).
24
Figura 1.2.38: Aspecto da vegetação A vegetação original da região é a
no entorno do ponto EXS-CIV-400 – Floresta Ombrófila Densa,
Rio Caraíva característica de Mata Atlântica,
Nas proximidades do ponto de apresentando espécies arbustivas e
monitoramento ficou evidenciada a arbóreas. A mata ciliar apresentou-se
presença de pequenas plantações de preservada somente à montante do
coco, banana e mandioca (Figura ponto de coleta (Figura 1.2.41).
1.2.39).
26
Figura 1.2.47: Aspecto das águas no Figura 1.2.49: Vegetação no entorno
ponto EXS-JUS-400 – Rio Jucuruçu do ponto EXS-JUS-400 – Rio Jucuruçu
Braço Sul Braço Sul
Os usos das águas observados Observou-se a presença de pastos
foram: dessedentação e banho de no entorno do ponto de coleta.
animais (Figura 1.2.48). Há predominância de plantações de
eucalipto no entorno do ponto de
monitoramento e agricultura familiar,
com destaque para o cultivo de
banana (Figura 1.2.50).
31
1.3. RESULTADOS
32
Tabela 1.3.1: Resultados das análises de água da RPGA do Extremo Sul
Rio
Rio Rio Rio Rio Rio Rio
Padrões da Rio João de Rio Jucu- Rio
Santo dos Caraí- Jucuruçu Peruí- Mu-
Resolução Tiba Buranhém ruçu Alcobaça
Antônio Frades va Norte pe curi
Parâmetros CONAMA nº. Unidade Sul
357/05, águas
EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS-
doces, classe 2
STA- JTB- JTB- BRH- BRH- FRD- CIV- JUN- JUN- JUS- ALB- ALB- PRP- MCR-
100 200 400 300 500 300 400 250 400 400 500 700 400 400
Ambiente Lótico
1. Físico-químicos
Salinidade < 0,50 ‰ 0,05 0,07 0,07 0,05 0,05 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 0,23 0,14 0,12 0,09
Condutividade µS/cm 69,8 118,4 97,4 61,3 60,4 44,6 48,3 70,5 77,3 59,6 425,8 263,0 221,0 183,0
Temperatura ºC 29 29 30 31 27 30 30 29 30 30 30 29 27 27
pH 6,0 a 9,0 6,8 6,7 6,4 3,2 7,0 6,9 6,3 7,2 6,9 7,0 7,5 6,5 6,7 7,2
Turbidez < 100,0 NTU 32,2 13,8 12,1 44,0 31,9 22,1 15,8 41,0 22,0 24,0 36,3 13,1 23,3 50,5
Sólidos totais mg/L 127 148 116 120 114 109 116 117 129 102 310 209 247 185
Alcalinidade total mg CaCO3/L 16,7 27,7 22,8 11,8 13,9 7,5 J 5,5 J ND 13,6 10,0 26,9 27,9 21,0 26,5
Oxigênio dissolvido > 5,0 mg/L 4,8 4,7 3,2 5,4 4,9 5,2 4,8 5,1 4,9 5,4 5,4 4,3 3,2 6,8
2. Nutrientes
DBO < 5,0 mg/L 2,2 J 1,6 2,9 J ND 3,7 1,2 J ND ND 1,2 J 4,4 2,6 J 2,4 J 1,5 J 2,2 J
Nitrogênio total mg/L 2,5 J 2,2 J 2,4 J 2,4 J 2,8 J 1,9 ND ND 3,1 J 1,7 J 2,2 J 1,9 J 2,3 J 2,2
Fósforo total < 0,100 mg/L 0,055 0,05 0,050 0,120 0,12 0,112 0,04 0,15 0,06 0,05 0,12 0,08 0,07 0,120
3. Biológicos
Coliformes termotolerantes < 1.000 UFC/100mL 90 42 75 840 86 120 170 510 130 280 41 130 110 480
Clorofila a < 30,0 µg/L 0,4 J 1,6 0,5 0,6 ND 0,8 0,8 0,8 0,5 0,9 1,2 1,2 ND ND
Notas:
1) Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces, Classe 2.
2) ND: analito não detectado.
3) J: analito detectado, mas em concentrações abaixo do limite de quantificação do método.
4) Em relação ao parâmetro coliformes termotolerantes, para águas doces foi adotado como referência o limite máximo de 1.000 UFC/100mL, conforme definido pela Resolução
CONAMA n° 357/05, águas doces, Classe 2, usos múltiplos
3
3
Resultados das análises físico-químicas em água:
Nota:STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB- Nota:Parâmetro monitorado apenas na 5º campanha
700foramincluídos na 2ª campanha.parâmetro monitorado apenas na 5º campanha
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e
ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha. ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.
Figura 1.3.65: Valores de salinidade, condutividade, temperatura e pH obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Extremo Sul
3
4
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e Eixo Y em escala logarítmica.
ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha. Eixo
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500
e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.
Nota: Parâmetro monitorado apenas na 5º campanha. JUN-250-Analito não Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB-
detectando na 5ª campanha. 700 foram incluídos na 2ª campanha.
Figura 1.3.66: Valores de turbidez, sólidos totais, alcalinidade total e oxigênio dissolvido obtidos em amostras de água coletadas
nos pontos de monitoramento da RPGA do Extremo Sul
3
5
Resultados das análises de nutrientes em água:
Lótico
Figura 1.3.67: Valores de DBO, nitrogênio total e fósforo total obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
3
monitoramento da RPGA do Extremo Sul
6
Resultados das análises biológicas em água:
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 Nota: Parâmetro monitorado apenas nas 2ª ,4ª e 5ª campanhas.
e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.
STA-100; MCR-400 - Analito não detectado na 2ª campanha.BRH-500,PRP-400 e
MCR-400 –Analito não detectado na 5ªcampanha.
Figura 1.3.68: Valores de coliformes termotolerantes e clorofila a obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Extremo Sul
3
7
Figura 1.3.69: Valores de IQA obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Recôncavo Sul
38
todos os pontos nesta 5ª
1.4. DISCUSSÃO DOS campanha. (Figura 1.3.2).
RESULTADOS
Os resultados para o parâmetro
Na Tabela 1.3.1, de um total de 13 oxigênio dissolvido não
parâmetros, foram agrupados 8 em atenderam aos padrões
físico-químicos, 3 em nutrientes e 2 estabelecidos pela Resolução de
em biológico. Esta classificação foi referência, nas amostras dos
estabelecida por grupos para seguintes pontos: EXS-STA-100
facilitar a discussão dos resultados. - Rio Santo Antônio (4,8 mg/L),
EXS-JTB-200 e EXS-JTB-400 -
A temperatura nesta RPGA oscilou Rio João de Tiba (4,7 e 3,2 mg/L,
de 27 ºC (EXS-BRH-500 – Rio respectivamente), EXS-BRH-500
Buranhém, EXS-PRP-400 – Rio - Rio Buranhém (4,9 mg/L), EXS-
Peruípe e EXS-MCR-400 – Rio CIV-400 - Rio Caraíva (4,8 mg/L),
Mucurí) a 31 ºC (EXS-BRH-300 – EXS-JUN-400 - Rio Jucuruçu
Rio Buranhém), valores em média Norte (4,9 mg/L), EXS-ALB-700 -
superiores a todas as 5 campanhas Rio Alcobaça (4,3 mg/L) e EXS-
de monitoramento (Figura 1.3.1) PRP-400 - Rio Peruípe (3,2
O maior valor de alcalinidade, nesta mg/L). Observou-se, que os
5ª campanha, foi 27,9 mg CaCO3/L teores de OD da 5ª campanha
na amostra do ponto EXS-ALB-700 foram, em geral, os mais baixos
no rio Alcobaça. das 5 campanhas de
monitoramento (Figura 1.3.2).
Para o parâmetro físico-químico pH,
os resultados de 13 dos 14 pontos Em relação aos nutrientes, os
amostrados atenderam ao padrão resultados de DBO atenderam ao
de referência. Apenas na amostra padrão de referência nas
do ponto EXS-BRH-300 - Rio amostras de todos os pontos
Buranhém, o valor encontrado (3,2) monitorados nesta 5ª campanha
violou ao padrão de referência para (Figura 1.3.3).
pH, e, foi inferior a todos os Os resultados de nitrogênio total
resultados obtidos nas amostras foram inferiores a 3,1 mg/L (valor
dos pontos desta RPGA nas 5 medido na amostra do EXS-JUN-
campanhas de monitoramento 400 – Rio Jucuruçu Norte), maior
(Figura 1.3.1). teor medido nesta 5ª campanha
Para o parâmetro turbidez não (Figura 1.3.3).
ocorreu violação ao padrão de Em relação ao nutriente fósforo
referência nas amostras de todos os total, os valores encontrados não
pontos de monitoramento e os atenderam aos padrões de
resultados da 5ª campanha, em referência em 6 pontos de
geral, foram superiores aos das monitoramento desta RPGA:
campanhas anteriores (Figura EXS-BRH-300 e EXS-BRH-500 -
1.3.2). Rio Buranhém (0,120 e 0,115
Os resultados de sólidos totais – mg/L, respectivamente), EXS-
ST, quando comparados ao padrão FRD-300 - Rio dos Frades (0,112
correlato sólidos totais dissolvidos – mg/L), EXS-JUN-250 - Rio
STD da Resolução CONAMA n° Jucuruçu Norte (0,145 mg/L),
357/05 (< 500 mg/L), foram EXS-ALB-500 - Rio Alcobaça
inferiores ao limite máximo em (0,123 mg/L) e EXS-MCR-400 –
Rio Mucuri (0,120 mg/L). Observou- classificação “boa” nas 2ª, 3ª e 4ª
se que, na maioria das amostras campanhas mudou para
dos pontos monitorados nesta 5ª “regular”, diminuindo sua
campanha, os resultados classificação nesta 5ª campanha
encontrados foram superiores as de monitoramento.
campanhas anteriores (Figura Em dois pontos a qualidade de
1.3.3). suas águas se manteve com a
Quanto aos parâmetros biológicos, classificação “boa” nas 5ª e 4ª
os resultados das amostras campanhas (no ponto do rio dos
coletadas, em todos os pontos Frades e no ponto EXS-JUN-250
nesta 5ª campanha, atenderam aos – Rio Jucuruçu Braço Norte). Em
padrões de coliformes 4 pontos a qualidade das águas
termotolerantes e clorofila a da permaneceu “boa” nas 5
Resolução CONAMA n° 357/05 (< campanhas de monitoramento
1.000 UFC/100mL e 30 μg/L, (no ponto EXS-JUN-400 – Rio
respectivamente) (Figura 1.3.4). Jucuruçu Braço Norte, EXS-ALB-
700 – Rio Alcobaça, nos únicos
Os valores obtidos para coliformes
pontos dos rio Peruípe e Mucuri).
termotolerantes, na maioria das
amostras nesta 5ª campanha, foram
superiores aos medidos nas 3ª e 4ª
campanhas (Figura 1.3.4).
Porém, os resultados de clorofila a,
na maioria das amostras nesta 5ª
campanha, foram inferiores aos
medidos na 4ª campanha e
similares aos obtidos na 2ª
campanha de monitoramento
(Figura 1.3.4).
De acordo com os resultados do
IQA (Figura 1.3.5), a qualidade das
águas da RPGA do Extremo Sul foi
classificada como “boa” em 13 dos
14 pontos monitorados, e,
classificada como “regular” no EXS-
BRH-300 do rio Buranhém.
Nesta 5ª campanha a qualidade das
águas, segundo o IQA, em 7 pontos
obtiveram diminuição na
classificação, mudando de “ótima”
na 4ª campanha para “boa” na 5ª:
nos únicos pontos dos rios Santo
Antônio, Caraíva e Jucuruçu Braço
Sul, nos 2 pontos do rio João de
Tiba, no EXS-BRH-500 do rio
Buranhém e no EXS-ALB-500 do
rio Alcobaça.
A qualidade das águas no ponto
EXS-BRH-300 do rio Buranhém, de
1.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS