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II

Governo da Bahia
Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA
Instituto de Gestão de Águas e Clima – INGÁ

Governador
Jacques Wagner

Secretário de Meio Ambiente


Juliano Matos

Diretor-Geral do INGÁ
Julio Cesar de Sa da Rocha

Diretor de Monitoramento e Informação do INGÁ


Wanderley Rosa Matos

Coordenador de Monitoramento do INGÁ


Eduardo Farias Topázio

Federação das Indústrias do Estado da Bahia - FIEB


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Centro de Tecnologias Pedro Ribeiro - CETIND

Presidente da FIEB
Jorge Lins Freire

Diretor Regional do SENAI


Gustavo Leal Sales Filho

Gerente da Unidade CETIND do SENAI


Alex Antônio Conceição Santiago

Gerente da Área de Meio Ambiente do SENAI/CETIND


Arlinda Conceição Dias Coelho

Gerente da Área de Metrologia Química e Volumétrica do SENAI/CETIND


Rosângela Novais

Coordenação do Programa Monitora no INGÁ

Julio Cesar de Sa da Rocha


Diretor-Geral do INGÁ
Advogado, DSc Direito Ambiental

Wanderley Rosa Matos


Diretor de Monitoramento e Informação do INGÁ
Engenheiro Agrônomo

Eduardo Farias Topázio


Coordenador de Monitoramento do INGÁ
Engenheiro Sanitarista, MSc Engenharia Oceânica

Equipe Técnica do Programa Monitora no INGÁ

Ailton dos Santos Junior, Biólogo


Ana Carolina Martins, Estagiária de qualidade da água
Ana Isabel Oliveira, Analista de Geoprocessamento
Christiane Freitas Pinheiro de Jesus, Geógrafa, Analista de Geoprocessamento
Hérica D’Asunção Coelho, Química, MSc Solo e Nutrição de Planta
Josane Calina Vale da Silva, Bióloga
Lígia Pinto de Almeida, Analista de Sistemas
Maura Maria Pezzato, Ecóloga, DSc Ciências (Consultora do Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura - IICA)
Nielsen Souza, Analista de Geoprocessamento
Regina Célia de Toledo Francisco, Química, MSc Química Analítica

Coordenação do Programa Monitora no SENAI

Arlinda Conceição Dias Coelho


Gerente da Área de Meio Ambiente
Química, MSc Gerenciamento de Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo

Edisiene de Souza Correia


Coordenadora de Serviços Técnico-Tecnológicos da Área de Meio Ambiente
Engenheira Química, MSc Engenharia Química

Joana Fidelis da Paixão


Coordenadora do Programa Monitora
Bióloga, MSc Ecologia e Biomonitoramento

III
Equipe Técnica do Programa Monitora no SENAI

ÁREA DE MEIO AMBIENTE


Charlene Neves Luz, Técnica em Meio Ambiente/ Urbanista/ Esp. Auditoria e Gestão Ambiental
Edna dos Santos Almeida, Química/ MSc Química Analítica/ DSc em Ciências
Flávia Bezerra Amorim, Engenheira Sanitarista e Ambiental/ Esp. Gerenciamento de Recursos Hídricos
Gessica Paloma Chaves da Conceição, Técnica em Processos Administrativos
Iolanda Souza Santos Manso Dias, Auxiliar Administrativo
Leonardo Henrique de Mello Chacon, Técnico em Meio Ambiente
Luciane Lino Fiúza, Técnica em Meio Ambiente
Márcia de Andrade Macedo, Química Industrial/ Esp. Metodologia de Ensino Superior
Marco Antonio Borba Araújo, Químico Industrial
Mário Alberto dos Santos, Geógrafo/ MSc Geografia
Neandra Duarte Barros, Técnica em Meio Ambiente
Samara Fernanda Silva, Engenheira Sanitarista e Ambiental
Taiana Santana Santos, Secretária Executiva

ÁREA DE METROLOGIA QUÍMICA E VOLUMÉTRICA


Alex Lobão Nascimento, Técnico de Meio Ambiente
Bárbara Santos Batista, Técnica em Química
Bárbara Tatiana Nunes de Souza, Técnica em Química
Barbara Castilho Bahia, Técnica em Química
Cristiane Ferreira de Brito, Química/ MSc Química Analítica
Daiana Rose dos Santo Sandes, Técnica em Química
Daniel Nascimento Campos, Técnico de Meio Ambiente
Denise Araújo de Souza, Técnica em Química
Denise Silva Luz, Técnica em Patologia Clínica
Elisabete de Jesus C. Damasceno, Técnica em Química
Elivaldo Lima de Oliveira, Técnico de Processo Operacional
Ernanda Lima dos Santos, Técnica em Química
Fábio Barbosa de Souza, Técnico de Processo Operacional
Francieude de Lima Carvalho, Técnico em Química
Francineide Lima de Amorim, Técnica em Química
Gildo de Deus Santos, Técnico de Processo Operacional
Gisele Vivas Tosta Aguiar Monteiro, Farmacêutica
Gláucia Caetano Haack, Técnica em Química
Hilda Costa dos Santos, Química/ DSc Química Analítica
Ione Pinheiro dos Santos, Bióloga
Iracimara Nascimento Santos, Técnica em Química
Iranildes Sales dos Santos, Técnica em Química
Ivonete Andrade Mota, Técnica em Química
Jefferson Souza Júnior, Técnico de Processo Operacional
Jicarla Portela Rebouças, Química/ MSc Química Analítica
José Augusto Santos Oliveira, Técnico em Química
Julice Souza Sardeiro, Técnica em Química
Karla Regina Caribé de Araújo, Técnica em Química
Letícia de Alencar Pereira Rodrigues, Engenheira de Alimentos/ Esp. Segurança e Inspeção de Alimentos
Luciana Reis Lima, Técnica em Patologia Clínica
Manuela Silva dos Santos, Técnica em Química
Marcelo Costa Brandão, Técnico de Processo Operacional
Marcelo Reis Costa, Técnico de Processo Operacional
Maria de Lourdes Rodrigues Freitas, Técnica em Química
Maria Marlene dos Santos, Técnica em Química
Marinice Santiago dos Santos Acácio, Técnica em Química
Michele Lucia Brito Lima, Estagiária de Ciências Biológicas
Nívia Paula Sobrinho, Bióloga
Rafaela Silva Domingues, Estagiária do Curso Técnico em Química
Rita de Cássia Ferreira Esteves, Técnica em Química
Sandra Santos de Araújo, Técnica em Química
Sângela Maria Gonçalves Severo, Técnica em Química
Silvana do Espírito Santo, Química
Sueli Barreto Gomes Machado, Técnica em Química
Tais Oliveira Franco, Técnica em Química
Vânia Santos Ruas, Técnica em Química
Vânia Tereza Neves da Purificação, Técnica em Química

ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E TELECOMUNICAÇÕES


Elson Cardoso Siquara, Analista de Sistemas
Josafá de Souza Júnior, Analista de Sistemas

IV
passou a se chamar Secretaria
Estadual de Meio Ambiente - SEMA.
Em atendimento a Lei Estadual n°
1. APRESENTAÇÃO 10.432/06 e ao Plano Estadual de
Recursos Hídricos (SRH, 2004), o
A gestão responsável das águas da Governo do Estado lançou em 29 de
Bahia é vital e estratégica para o novembro de 2007, o Programa
futuro sustentável do Estado. O MONITORA – Programa de
gerenciamento dos recursos Monitoramento da Qualidade das
hídricos estaduais é, no entanto, Águas do Estado da Bahia. O
complexo e desafiador, sobretudo Programa MONITORA está inserido
devido à extensão do território no Programa Água para Todos (2007-
baiano, às diferenças regionais em 2010), focado na ampliação da
disponibilidade hídrica, malha cobertura do abastecimento de água e
rodoviária deficitária e a demanda do serviço de esgotamento sanitário.
por informações sobre a condição
O Programa MONITORA está sendo
dos corpos d’água.
coordenado pelo INGÁ do Estado da
De acordo com a Política Estadual Bahia e executado em parceria com a
de Recursos Hídricos (BRASIL, Federação das Indústrias do Estado
2006), compete à Superintendência da Bahia – FIEB, através das Áreas de
de Recursos Hídricos – SRH, Meio Ambiente e de Metrologia
autarquia da Secretaria Estadual de Química e Volumétrica do SENAI
Meio Ambiente e Recursos Hídricos Unidade CETIND – Serviço Nacional
- SEMARH, assegurar de forma de Aprendizagem Industrial/ Centro de
sustentável a disponibilidade de Tecnologia Industrial Pedro Ribeiro. O
água e comunicar a situação dos SENAI conta com corpo técnico
recursos hídricos para a população especializado e laboratórios
do Estado da Bahia. E para atender certificados e acreditados para prestar
a essa diretriz, faz-se necessário serviços de monitoramento ambiental,
dispor, entre outros elementos, do incluindo coleta, análises e elaboração
conhecimento sobre a qualidade de relatórios.
das águas.
Durante a execução do Programa
A Superintendência de Recursos (2007-2010) serão elaborados
Hídricos, criada pela Lei n° 6.812/95 relatórios cujos resultados subsidiarão
e alterada pela Lei n° 8.538/02, a execução de instrumentos de
através da Lei n°11.050/08 (que atuação pública que incluem, entre
alterou a denominação, a finalidade outros, a elaboração de planos de
e a estrutura organizacional da bacia, o enquadramento de corpos
Secretaria de Meio Ambiente e d’água e a outorga de direito de uso
Recursos Hídricos e das entidades dos recursos hídricos.
da Administração Indireta a ela
O Estado está cumprindo com o seu
vinculadas) passou a denominar-se
dever, mas, tão importante quanto à
Instituto de Gestão das Águas e
ação estatal, é o papel dos usuários
Clima - INGÁ, enquanto a
na determinação do futuro das águas.
Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos

V
VI
2. INTRODUÇÃO 17. Do rio Corrente.

Neste documento são apresentadas


as redes de monitoramento, a
caracterização dos pontos de
amostragem, os mapas dos pontos
de amostragem, os diagramas
unifilares, os resultados das
análises de água, os resultados do
Índice da Qualidade da Água, a
discussão dos resultados e as
considerações finais da 5ª
campanha do Programa Monitora
nas Regiões de Planejamento e
Gestão do Estado da Bahia –
RPGA’s:
1. Do Extremo Sul;
2. Dos rios Pardo e
Jequitinhonha;
3. Do Leste;
4. Do rio de Contas;
5. Do Recôncavo Sul;
6. Do Recôncavo Norte e
Inhambupe;
7. Do rio Paraguaçu;
8. Do rio Itapicuru;
9. Dos rios Real e Vaza-Barris;
10. Do Submédio São Francisco;
11. Do rio Salitre;
12. Do Lago do Sobradinho;
13. Dos rios Verde e Jacaré;
14. Dos rios Paramirim, Santo
Onofre e Carnaíba de Dentro;
15. Da Calha do Médio São
Francisco;
16. Do rio Grande;
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................V
2. INTRODUÇÃO............................................................................................VII
1. RPGA DO EXTREMO SUL...........................................................................2
1.1. REDE DE AMOSTRAGEM.................................................................................2
1.2. DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM ...........................................18
1.3. RESULTADOS..................................................................................................32
1.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................................................39
1.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................41
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1.1.1: REDE DE AMOSTRAGEM DA RPGA DO EXTREMO SUL.3

ÍNDICE DE MAPAS
MAPA 1.1.1: REDE DE AMOSTRAGEM DA RPGA DO EXTREMO SUL....11
MAPA 1.1.2: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM
DA RPGA DO EXTREMO SUL..........................................................................12

ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1.1.1: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................13
FIGURA 1.1.2: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO JOÃO DE TIBA...........................................................................................13
FIGURA 1.1.3: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO BURANHÉM...............................................................................................14
FIGURA 1.1.4: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
DOS FRADES....................................................................................................14
FIGURA 1.1.5: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO RIO
CARAÍVA............................................................................................................15
FIGURA 1.1.6: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO JUCURUÇU................................................................................................15
FIGURA 1.1.7: DIAGRAMA UNIFILAR DOS PONTOS MONITORADOS NO
RIO ALCOBAÇA................................................................................................16
FIGURA 1.1.8: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO NO
RIO PERUÍPE.....................................................................................................16
FIGURA 1.1.9: DIAGRAMA UNIFILAR DO PONTO MONITORADO DO RIO
MUCURI..............................................................................................................17
FIGURA 1.2.10: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-STA-100 – RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................18
FIGURA 1.2.11: VEGETAÇÃO AQUÁTICA NO LEITO DO RIO, À JUSANTE
DO PONTO EXS-STA-100 – RIO SANTO ANTÔNIO.......................................18
FIGURA 1.2.12: ASSOREAMENTO DO RIO À MONTANTE DO PONTO EXS-
STA-100 - RIO SANTO ANTÔNIO....................................................................18
FIGURA 1.2.13: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-STA-100 - RIO
SANTO ANTÔNIO..............................................................................................19
FIGURA 1.2.14: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-JTB-200 - RIO JOÃO DE
TIBA ...................................................................................................................19
FIGURA 1.2.15: DESSEDENTAÇÃO DE ANIMAIS NA MARGEM DIREITA DO
RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DO TIBA.............19
FIGURA 1.2.16: VEGETAÇÃO DO ENTORNO DO PONTO EXS-JTB-200 - RIO
JOÃO DE TIBA..................................................................................................19
FIGURA 1.2.17: PEQUENA COMUNIDADE NA MARGEM ESQUERDA DO
RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 - RIO JOÃO DE TIBA..............20
FIGURA 1.2.18: EXTRAÇÃO DE AREIA NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À
JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DE TIBA..........................20
FIGURA 1.2.19: ANIMAIS PASTANDO PRÓXIMOS DA MARGEM DIRETA À
JUSANTE NO PONTO EXS-JTB-200 – RIO JOÃO DO TIBA.........................20
FIGURA 1.2.20: PLANTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR PRÓXIMA DA
MARGEM ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-200 – RIO
JOÃO DO TIBA..................................................................................................20
FIGURA 1.2.21: PRODUÇÃO DE CERÂMICA PRÓXIMA DO PONTO EXS-
JTB-200 - RIO JOÃO DE TIBA.........................................................................20
FIGURA 1.2.22: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-JTB-400 – RIO JOÃO
DE TIBA..............................................................................................................21
FIGURA 1.2.23: VEGETAÇÃO AQUÁTICA À JUSANTE DO PONTO EXS-JTB-
400 – RIO JOÃO DE TIBA.................................................................................21
FIGURA 1.2.24: RESIDÊNCIA PRÓXIMA DA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-JTB-400 – RIO JOÃO DO TIBA......................21
FIGURA 1.2.25: CRIAÇÃO DE BOVINOS NO ENTORNO DO PONTO EXS-
JTB-400 – RIO JOÃO DE TIBA.........................................................................21
FIGURA 1.2.26: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.27: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-BRH-300 –
RIO BURANHÉM...............................................................................................22
FIGURA 1.2.28: MATA CILIAR À JUSANTE NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.29: AGRICULTURA FAMILIAR (BANANA) NA MARGEM
ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-BRH-300 - RIO
BURANHÉM.......................................................................................................22
FIGURA 1.2.30: EXTRAÇÃO DE AREIA NO PONTO EXS-BRH-300 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................23
FIGURA 1.2.31: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-BRH-500 – RIO
BURANHÉM.......................................................................................................23
FIGURA 1.2.32: MATA CILIAR NO ENTORNO DO PONTO EXS-BRH-500 –
RIO BURANHÉM...............................................................................................23
FIGURA 1.2.33: ASPECTO DO RIO À MONTANTE NO PONTO EXS-FRD-300
– RIO DOS FRADES..........................................................................................23
FIGURA 1.2.34: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-FRD-300 –
RIO DOS FRADES.............................................................................................24
FIGURA 1.2.35: LOCAL DE MINERAÇÃO DESATIVADO, PRÓXIMO AO
PONTO EXS-FRD-300 – RIO DOS FRADES....................................................24
FIGURA 1.2.36: ASPECTO DO RIO NO PONTO EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA
24
FIGURA 1.2.37: CAPTAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO HUMANO
NO PONTO EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA......................................................24
FIGURA 1.2.38: ASPECTO DA VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO
EXS-CIV-400 – RIO CARAÍVA..........................................................................25
FIGURA 1.2.39: AGRICULTURA FAMILIAR, PLANTAÇÕES DE MANDIOCA
NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE DO PONTO EXS-CIV-400 -
RIO CARAÍVA....................................................................................................25
FIGURA 1.2.40: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUN-250 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO NORTE............................................................................25
FIGURA 1.2.41: MATA CILIAR À MONTANTE DO PONTO EXS-JUN-250 –
RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE....................................................................25
FIGURA 1.2.42: TURBULÊNCIA NO PONTO EXS-JUN-250 - RIO JUCURUÇU
BRAÇO NORTE ................................................................................................25
FIGURA 1.2.43: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUN-400 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO NORTE............................................................................26
FIGURA 1.2.44: LAVAGEM DE ROUPAS NA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-JUN-400 RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE. .26
FIGURA 1.2.45: ASPECTO DA VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO
EXS-JUN-400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE.........................................26
FIGURA 1.2.46: EXTRAÇÃO DE AREIA À JUSANTE DO PONTO EXS-JUN-
400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO NORTE..........................................................26
FIGURA 1.2.47: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-JUS-400 – RIO
JUCURUÇU BRAÇO SUL.................................................................................27
FIGURA 1.2.48: DESSEDENTAÇÃO DE ANIMAL PRÓXIMA DA MARGEM
ESQUERDA DO RIO, À JUSANTE DO PONTO EXS-JUS-400 – RIO
JUCURUÇÚ BRAÇO SUL.................................................................................27
FIGURA 1.2.49: VEGETAÇÃO NO ENTORNO DO PONTO EXS-JUS-400 –
RIO JUCURUÇU BRAÇO SUL..........................................................................27
FIGURA 1.2.50: PRESENÇA DE PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO NO
ENTORNO DO PONTO EXS-JUS-400 – RIO JUCURUÇU BRAÇO SUL.......27
FIGURA 1.2.51: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-ALB-500 – RIO
ALCOBAÇA.......................................................................................................28
FIGURA 1.2.52: EROSÃO NA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE
DO PONTO EXS-ALB-500 – RIO ALCOBAÇA................................................28
FIGURA 1.2.53: CAPTAÇÃO DE ÁGUA NA MARGEM DIREITA DO RIO, À
MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 – RIO ALCOBAÇA...........................28
FIGURA 1.2.54: VEGETAÇÃO À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 –
RIO ALCOBAÇA................................................................................................28
FIGURA 1.2.55: FÁBRICA DE BLOCOS DE CONCRETO PRÓXIMA DA
MARGEM ESQUERDA DO RIO, À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-500 –
RIO ALCOBAÇA................................................................................................28
FIGURA 1.2.56: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-ALB-700 – RIO
ALCOBAÇA.......................................................................................................29
FIGURA 1.2.57: PESSOAS PESCANDO NA MARGEM ESQUERDA DO RIO,
À MONTANTE DO PONTO EXS-ALB-700 – RIO ALCOBAÇA.......................29
FIGURA 1.2.58: VEGETAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA DO RIO, À
JUSANTE DO PONTO EXS-ALB-700 – RIO ALCOBAÇA..............................29
FIGURA 1.2.59: CRIAÇÃO DE BOVINOS NO ENTORNO DO PONTO EXS-
ALB-700 – RIO ALCOBAÇA.............................................................................29
FIGURA 1.2.60: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-PRP-400 – RIO
PERUÍPE............................................................................................................30
FIGURA 1.2.61: VEGETAÇÃO DO ENTORNO NO PONTO EXS-PRP-400 –
RIO PERUÍPE.....................................................................................................30
FIGURA 1.2.62: ASPECTO DAS ÁGUAS NO PONTO EXS-MCR-400 – RIO
MUCURI..............................................................................................................30
FIGURA 1.2.63: MATA CILIAR NO ENTORNO DO PONTO EXS-MCR-400 –
RIO MUCURI......................................................................................................30
FIGURA 1.2.64: REGISTRO DE PESSOAS ALOJADAS EMBAIXO DA
PONTE. PRÓXIMO AO PONTO EXS-MCR-400 – RIO MUCURI.....................31
FIGURA 1.3.65: VALORES DE SALINIDADE, CONDUTIVIDADE,
TEMPERATURA E PH OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS
NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL........34
FIGURA 1.3.66: VALORES DE TURBIDEZ, SÓLIDOS TOTAIS,
ALCALINIDADE TOTAL E OXIGÊNIO DISSOLVIDO OBTIDOS EM AMOSTRAS
DE ÁGUA COLETADAS NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO
EXTREMO SUL..................................................................................................35
FIGURA 1.3.67: VALORES DE DBO, NITROGÊNIO TOTAL E FÓSFORO
TOTAL OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS NOS PONTOS DE
MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL........................................36
FIGURA 1.3.68: VALORES DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E
CLOROFILA A OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS NOS
PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO EXTREMO SUL.................37
FIGURA 1.3.69: VALORES DE IQA OBTIDOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA
COLETADAS NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA RPGA DO
RECÔNCAVO SUL............................................................................................38

ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1.3.1: RESULTADOS DAS ANÁLISES DE ÁGUA DA RPGA DO
EXTREMO SUL..................................................................................................33
1
1. RPGA DO EXTREMO SUL

1.1. REDE DE AMOSTRAGEM

A RPGA do Extremo Sul é formada


por diversas bacias, dentre elas, as
mais expressivas são:
• Bacia do rio Santo Antônio;
• Bacia do rio João de Tiba;
• Bacia do rio Buranhém;
• Bacia do rio dos Frades;
• Bacia do rio Caraíva;
• Bacia do rio Jucuruçu;
• Bacia do rio Alcobaça;
• Bacia do rio Peruípe;
• Bacia do rio Mucuri.

No Quadro 1.1.1 é apresentada a


rede de monitoramento da
qualidade das águas da RPGA do
Extremo Sul, da 1ª campanha 2009
de amostragem do Programa
Monitora, realizada entre os dias 26
e 31 de janeiro de 2009.
As coordenadas geográficas foram
obtidas utilizando-se como
referência o DATUM WGS-84 e
registradas em décimo de grau,
conforme descrito em “Metodologia
e Significado Ambiental dos
Parâmetros”.
Os principais rios inseridos nesta
RPGA são apresentados nos Mapa
1.1.1 e Mapa 1.1.2, assim como nos
diagramas unifilares (Figura 1.1.1 à
Figura 1.1.9).

2
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul

Pontos Rio/ Localização do ponto


Amostrados/ Fotografia
Município de amostragem
coordenadas

EXS-STA-100 Ponte sob a BA-275,


Santo
trecho que liga os
Antônio/
municípios de Belmonte a
16,13222S Santa Cruz
Itapebi, à jusante de
de Cabrália
39,27882W Barrolândia

EXS-JTB-200 Ponte na BR-101, à


jusante do povoado de
João de
Mundo Novo, no km 701.
Tiba/
16,26690S Neste trecho, o rio João
Eunápolis
de Tiba é conhecido
39,58470W como Santa Cruz

Ponte sob a BA-683,


EXS-JTB-400
João de trecho do povoado de
Tiba/ Santa Ponto Central, no
Cruz de sentindo de Santa Cruz
16,25982S
Cabrália de Cabrália
39,12844W

EXS-BRH-300
Ponte na BR-101, após
Buranhém/
acesso à cidade de
16,41340S Eunápolis
Eunápolis, na direção sul
39,58730W

3
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)

Pontos Rio/ Localização do ponto


Amostrados/ Fotografia
Município de amostragem
coordenadas

EXS-BRH-500 Ponte sob a BA-001, no


sentindo de Arraial
Buranhém/
d’Ajuda, após
Porto
entrocamento com a BA-
16,39280S Seguro
367, que liga Eunápolis à
39,28600W Porto Seguro

EXS-FRD-300
Rio dos Trecho que liga
Frades/ Eunápolis à Itabela, na
16,61682S Itabela ponte sobre a BR-101
39,54134W

EXS-CIV-400
Ponte na BR-101,
Caraíva/ próximo ao povoado de
16,71740S Itabela Monte Pascoal, no
município de Itabela
39,44980W

EXS-JUN-250 Localizado na estrada de


Jucuruçu Itamaraju para Cajuíta,
Braço em estrada de terra.
16,83831S Norte/ Seguir direto a estrada,
Jucuruçu virar à direta nos últimos
39,84134W 500 metros

4
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)

Pontos Rio/ Localização do ponto


Amostrados/ Fotografia
Município de amostragem
coordenadas

EXS-JUN-400
Jucuruçu
Braço Rio Jucuruçu, acesso
Norte/ pela BR-101, no
17,04510S município de Itamaraju
Itamaraju
39,54450W

EXT-JUS-400 Na BR-101, no trecho


Jucuruçu entre Itamaraju e Teixeira
Braço Sul/ de Freitas, braço sul do
17,24791S Prado rio Jucuruçu, à 25km do
39,62141W ponto EXS-JUN-400

EXS-ALB-500 Ponte na estrada entre


Alcobaça/ Teixeira de Freitas e
Teixeira de Alcobaça, à 48km de
17,51326S Freitas Alcobaça e a 2km da BR-
39,64568W 101

EXS-ALB-700 Estrada que liga Teixeira


de Freitas à Alcobaça, no
Alcobaça/ povoado de São José,
17,50537S Alcobaça entrando à direita em
estrada de chão 23km do
39,42735W ponto EXS-ALB-500

5
Quadro 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul (Continuação)

Pontos Rio/ Localização do ponto


Amostrados/ Fotografia
Município de amostragem
coordenadas

EXS-PRP-400 Ponte na BR-101, 37km


após Teixeira de Freitas,
Peruípe/
na localidade de Bela
17,81270S Ibirapoã
Vista, no município de
39,78770W Nova Viçosa

EXS-MCR-400
Ponte na BR-101, à
Mucuri/
jusante da entrada para a
18,09880S Mucurui
cidade de Mucuri
39,89330W

6
1
1 Mapa 1.1.1: Rede de amostragem da RPGA do Extremo Sul
1 Mapa 1.1.2: Mapa de localização dos pontos de amostragem da RPGA do Extremo Sul
2
O
C
E
STA 100 A
N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.1: Diagrama unifilar do ponto monitorado no rio Santo Antônio
Lege

O
C
E
JTB 200 JTB 400 A
N
O

nda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.2: Diagrama unifilar dos pontos monitorados no rio João de Tiba

1
3
O
C
E
BRH 300 A
BRH 500 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.3: Diagrama unifilar dos pontos monitorados no rio Buranhém

O
C
E
A
FRD 300 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua

Figura 1.1.4: Diagrama unifilar do ponto monitorado no rio dos Frades

1
4
O
C
E
A
CIV 400 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.5: Diagrama unifilar do ponto Monitorado no rio Caraíva

JUN 250

O
JUN 400 C
E
A
JUS 400 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.6: Diagrama unifilar dos pontos monitorados no rio Jucuruçu

1
5
O
C
E
A
ALB 500 ALB 700
N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.7: Diagrama unifilar dos pontos monitorados no rio Alcobaça

O
C
E
A
PRP 400 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.8: Diagrama unifilar do ponto monitorado no rio Peruípe

1
6
O
C
E
A
MCR 400 N
O

Legenda: • Ponto de amostragem


Rio Principal (sentido do fluxo)

Ponto onde o rio deságua


Figura 1.1.9: Diagrama unifilar do ponto monitorado do rio Mucuri

1
7
1.2. DESCRIÇÃO DOS PONTOS
DE AMOSTRAGEM

As principais características dos


pontos de monitoramento da
qualidade das águas da RPGA do
Extremo Sul, identificadas durante a
1ª campanha 2009 do Programa
Monitora, foram registradas em
formulários de campo padronizados.
As características da água em cada Figura 1.2.11: Vegetação aquática no
ponto de coleta, bem como leito do rio, à jusante do ponto EXS-
observações do entorno do ponto STA-100 – Rio Santo Antônio
foram registradas pelos técnicos de
No leito do rio foram identificados
campo. Tais informações são
sinais de assoreamento, à montante
apresentadas a seguir:
do ponto de amostragem (Figura
1.2.12).
EXS-STA-100 – Rio Santo Antônio
O ponto de amostragem está
localizado na zona rural do município
de Barrolândia, em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara. Observou-se a presença de
vegetação aquática no leito do rio, à
jusante do ponto de monitoramento
(Figura 1.2.10 e Figura 1.2.2).
Figura 1.2.12: Assoreamento do rio à
montante do ponto EXS-STA-100 - Rio
Santo Antônio
Observou-se que o uso da água do
rio foi para a dessedentação de
animal.
A vegetação característica desta
região é a Floresta Ombrófila Densa.
Entretanto, a paisagem no entorno
do ponto de monitoramento foi
modificada pela plantação de
Figura 1.2.10: Aspecto das águas no
eucaliptos (Figura 1.2.13).
ponto EXS-STA-100 – Rio Santo
Antônio

18
Figura 1.2.13: Vegetação no entorno do Figura 1.2.15: Dessedentação de
ponto EXS-STA-100 - Rio Santo animais na margem direita do rio, à
Antônio jusante do ponto EXS-JTB-200 – Rio
João do Tiba
A vegetação original da região é a
EXS-JTB-200 - Rio João de Tiba
Floresta Estacional Decidual e
O ponto de amostragem está Semidecidual, característica de Mata
localizado na zona rural do município Atlântica. A mata ciliar é
de Mundo Novo, em ambiente lótico. predominantemente composta por
As águas apresentaram aspecto gramíneas e espécies arbustivas
turvo, coloração marrom e tonalidade espaçadas (Figura 1.2.16).
clara (Figura 1.2.14).

Figura 1.2.16: Vegetação do entorno


do ponto EXS-JTB-200 - Rio João de
Figura 1.2.14: Aspecto do rio no ponto
Tiba
EXS-JTB-200 - Rio João de Tiba
Verificou-se a presença de
Os usos das águas observados
comunidade rural na margem direita
foram: recreação, pesca e
do rio (Figura 1.2.17). Foi observada
dessedentação de animais (Figura
atividade de extração de areia e
1.2.15).
criação de animais (bovinos e
muares) próxima à margem esquerda
do rio, à jusante do ponto de coleta
(Figura 1.2.18 e Figura 1.2.19).

19
materiais cerâmicos próxima do
povoado (Figura 1.2.20 e Figura
1.2.21).

Figura 1.2.17: Pequena comunidade na


margem esquerda do rio, à jusante do
ponto EXS-JTB-200 - Rio João de Tiba

Figura 1.2.20: Plantação de cana-de-


açúcar próxima da margem
esquerda do rio, à jusante do ponto
EXS-JTB-200 – Rio João do Tiba

Figura 1.2.18: Extração de areia na


margem esquerda do rio, à jusante
do ponto EXS-JTB-200 – Rio João de
Tiba

Figura 1.2.21: Produção de cerâmica


próxima do ponto EXS-JTB-200 - Rio
João de Tiba
O entorno do ponto de coleta é
caracterizado por plantações de
banana, capim de corte e eucalipto.

EXS-JTB-400 – Rio João de Tiba


O ponto de coleta de água está
Figura 1.2.19: Animais pastando localizado na zona rural do município
próximos da margem direta à de Santa Cruz de Cabrália, em
jusante no ponto EXS-JTB-200 – Rio ambiente lótico.
João do Tiba
As águas apresentaram aspecto
Foram observadas as presenças de turvo, coloração marrom e tonalidade
plantações de banana e de cana- escura (Figura 1.2.22). Foi observada
de-açúcar próximas da margem presença de vegetação aquática
esquerda do rio, à jusante do ponto próxima às margens do rio, à jusante
de coleta. Verificou-se também a do ponto de coleta (Figura 1.2.23).
presença de uma fábrica de
20
Figura 1.2.22: Aspecto do rio no ponto Figura 1.2.24: Residência próxima da
EXS-JTB-400 – Rio João de Tiba margem direita do rio, à montante do
ponto EXS-JTB-400 – Rio João do
Tiba

Figura 1.2.23: Vegetação aquática à


jusante do ponto EXS-JTB-400 – Rio
João de Tiba Figura 1.2.25: Criação de bovinos no
entorno do ponto EXS-JTB-400 – Rio
Os usos das águas não foram João de Tiba
observados durante a coleta.
A vegetação original da região é a
Floresta Ombrófila Densa, EXS-BRH-300 – Rio Buranhém
característica de Mata Atlântica, O ponto de amostragem está
apresentando espécies arbóreas, localizado na zona rural do município
arbustivas e rasteiras. A mata ciliar de Eunápolis, em ambiente lótico.
está predominantemente preservada
à jusante e à montante do ponto de As águas apresentaram aspecto
coleta. turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.26).
Observou-se a presença de áreas de
pastagem no entorno do ponto de
coleta.
Foi verificada a existência de
residências na margem esquerda do
rio e criação de bovinos nas
proximidades do ponto de
monitoramento (Figura 1.2.24 e
Figura 1.2.25).

21
Figura 1.2.26: Aspecto das águas no Figura 1.2.28: Mata ciliar à jusante
ponto EXS-BRH-300 – Rio Buranhém no ponto EXS-BRH-300 – Rio
Buranhém
Os usos das águas observados
foram para: irrigação, navegação de Foi observada a presença de
pequenas embarcações e consumo agricultura familiar, com plantações
humano. de banana na margem direita do rio,
à montante do ponto de
A vegetação original da região é a
monitoramento (Figura 1.2.29).
Floresta Ombrófila Densa,
característica de Mata Atlântica, Foram verificados pontos de erosão e
apresentando espécies arbustivas e extração de areia nas margens do rio
arbóreas no entorno do ponto de (Figura 1.2.30).
coleta. A mata ciliar apresentou-se
predominantemente preservada à
jusante e modificada à montante do
ponto de coleta (Figura 1.2.27 e
Figura 1.2.19).

Figura 1.2.29: Agricultura familiar


(banana) na margem esquerda do rio, à
jusante do ponto EXS-BRH-300 - Rio
Buranhém

Figura 1.2.27: Vegetação no entorno do


ponto EXS-BRH-300 – Rio Buranhém

22
Figura 1.2.30: Extração de areia no Figura 1.2.32: Mata ciliar no entorno do
ponto EXS-BRH-300 – Rio Buranhém ponto EXS-BRH-500 – Rio Buranhém
Foram identificadas as presenças de
plantações de banana e mamão,
EXS-BRH-500 – Rio Buranhém
caracterizadas como atividades de
O ponto de coleta está localizado na agricultura familiar no entorno do
zona rural do município de Eunápolis, ponto de monitoramento.
em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
EXS-FRD-300 – Rio dos Frades
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.31). O ponto de amostragem está
localizado na zona rural do município
de Itabela, em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração verde e tonalidade
clara (Figura 1.2.33).

Figura 1.2.31: Aspecto das águas no


ponto EXS-BRH-500 – Rio Buranhém
Os usos preponderantes das águas
observados nesse ponto foram:
consumo humano e dessedentação
de animais. Figura 1.2.33: Aspecto do rio à
montante no ponto EXS-FRD-300 – Rio
A vegetação original da região é a
dos Frades
Floresta Ombrófila Densa,
característica de Mata Atlântica, Os usos das águas observados
apresentando espécies arbóreas e foram: irrigação, consumo humano
arbustivas no entorno do ponto de e dessedentação de animais.
coleta. Observou-se que a mata A vegetação característica da região é
ciliar encontra-se parcialmente a Floresta Ombrófila Densa,
preservada (Figura 1.2.32). característica de Mata Atlântica. Foi
verificado que a mata ciliar está
23
composta por espécies arbustivas e
arbóreas (Figura 1.2.34).

Figura 1.2.36: Aspecto do rio no ponto


EXS-CIV-400 – Rio Caraíva
Figura 1.2.34: Vegetação no entorno do Os usos das águas observados
ponto EXS-FRD-300 – Rio dos Frades foram para abastecimento humano.
Foi verificada a existência de sistema
Observou-se a presença de áreas de
de captação de água (Figura 1.2.37).
pastagem no entorno do ponto de
coleta.
Verificou-se, próximo ao local de
coleta, a presença de agricultura
familiar. Ainda no entorno do ponto
de amostragem observou-se a
existência de uma mineradora
desativada (Figura 1.2.35).

Figura 1.2.37: Captação de água para


abastecimento humano no ponto EXS-
CIV-400 – Rio Caraíva
A vegetação original da região é
Floresta Ombrófila Densa,
característica de Mata Atlântica. Foi
observada a ausência de mata ciliar,
estando a mesma substituída por
Figura 1.2.35: Local de mineração espécies arbustivas e gramíneas
desativado, próximo ao ponto EXS-
(Figura 1.2.38).
FRD-300 – Rio dos Frades

EXS-CIV-400 – Rio Caraíva


O ponto de coleta está localizado na
zona rural do município de Itabela,
em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.36).

24
Figura 1.2.38: Aspecto da vegetação A vegetação original da região é a
no entorno do ponto EXS-CIV-400 – Floresta Ombrófila Densa,
Rio Caraíva característica de Mata Atlântica,
Nas proximidades do ponto de apresentando espécies arbustivas e
monitoramento ficou evidenciada a arbóreas. A mata ciliar apresentou-se
presença de pequenas plantações de preservada somente à montante do
coco, banana e mandioca (Figura ponto de coleta (Figura 1.2.41).
1.2.39).

Figura 1.2.41: Mata ciliar à montante do


Figura 1.2.39: Agricultura familiar, ponto EXS-JUN-250 – Rio Jucuruçu
plantações de mandioca na margem Braço Norte
esquerda do rio, à montante do ponto Foi observado um ponto de
EXS-CIV-400 - Rio Caraíva turbulência nas águas durante a
coleta (Figura 1.2.42).
EXS-JUN-250 – Rio Jucuruçu
Braço Norte
O ponto de amostragem localiza-se
na zona rural do município de
Itamaraju, em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.40).

Figura 1.2.42: Turbulência no ponto


EXS-JUN-250 - Rio Jucuruçu Braço
Norte

EXS-JUN-400 – Rio Jucuruçu


Braço Norte
O ponto de coleta está localizado no
perímetro urbano do município de
Figura 1.2.40: Aspecto das águas no Itamaraju, em ambiente lótico.
ponto EXS-JUN-250 – Rio Jucuruçu As águas apresentaram aspecto
Braço Norte turvo, coloração marrom e tonalidade
Os usos das águas não foram clara (Figura 1.2.43).
observados durante a coleta. 25
Figura 1.2.43: Aspecto das águas no Figura 1.2.45: Aspecto da vegetação
ponto EXS-JUN-400 – Rio Jucuruçu no entorno do ponto EXS-JUN-400 –
Braço Norte Rio Jucuruçu Braço Norte
Os usos das águas observados O ponto de coleta está localizado
foram: recreação, atividade de pesca, próximo a imóveis residenciais e
dessedentação e banho de animais, comerciais.
lavagem de roupa e utensílios Foi observada a extração de areia na
domésticos e navegação de margem direita do rio, à jusante do
pequenas embarcações ponto de coleta (Figura 1.2.46).
(Figura 1.2.44).

Figura 1.2.46: Extração de areia à


Figura 1.2.44: Lavagem de roupas na jusante do ponto EXS-JUN-400 – Rio
margem direita do rio, à montante do Jucuruçu Braço Norte
ponto EXS-JUN-400 Rio Jucuruçu
Braço Norte
A vegetação original da região é a EXS-JUS-400 – Rio Jucuruçu
Floresta Ombrófila Densa, Braço Sul
característica de Mata Atlântica. As O ponto de coleta de água está
margens do rio apresentaram-se localizado na zona rural do município
desprovida da mata ciliar original, de Itamarajú, em ambiente lótico.
estando a vegetação composta de
espécies arbustivas e gramíneas As águas apresentaram aspecto
(Figura 1.2.45). turvo, coloração esverdeada e
tonalidade escura (Figura 1.2.47).

26
Figura 1.2.47: Aspecto das águas no Figura 1.2.49: Vegetação no entorno
ponto EXS-JUS-400 – Rio Jucuruçu do ponto EXS-JUS-400 – Rio Jucuruçu
Braço Sul Braço Sul
Os usos das águas observados Observou-se a presença de pastos
foram: dessedentação e banho de no entorno do ponto de coleta.
animais (Figura 1.2.48). Há predominância de plantações de
eucalipto no entorno do ponto de
monitoramento e agricultura familiar,
com destaque para o cultivo de
banana (Figura 1.2.50).

Figura 1.2.48: Dessedentação de


animal próxima da margem esquerda
do rio, à jusante do ponto EXS-JUS-
400 – Rio Jucuruçú Braço Sul

Figura 1.2.50: Presença de plantações


A vegetação original da região é a de eucalipto no entorno do ponto EXS-
Floresta Ombrófila Densa, JUS-400 – Rio Jucuruçu Braço Sul
característica de Mata Atlântica, Foi observada a existência de
apresentando espécies arbustivas e residências nas imediações do ponto
arbóreas (Figura 1.2.49). amostral.

EXS-ALB-500 – Rio Alcobaça


O ponto de amostragem está
localizado na zona rural do município
de Teixeira de Freitas, em ambiente
lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara. Foi verificada erosão na
27
margem esquerda do rio à montante Figura 1.2.53: Captação de água na
do ponto de coleta (Figura 1.2.51 e margem direita do rio, à montante do
Figura 1.2.43). ponto EXS-ALB-500 – Rio Alcobaça
A vegetação original da região é a
Floresta Ombrófila Densa,
característica de Mata Atlântica. Em
alguns trechos do rio, foram
observadas espécies arbustivas e
arbóreas nas margens do rio (Figura
1.2.54).

Figura 1.2.51: Aspecto das águas no


ponto EXS-ALB-500 – Rio Alcobaça

Figura 1.2.54: Vegetação à montante


do ponto EXS-ALB-500 – Rio
Alcobaça
Foi verificado, nas proximidades do
ponto de coleta, que na margem
direita do rio são desenvolvidas
Figura 1.2.52: Erosão na margem atividades comerciais e há uma
esquerda do rio, à montante do ponto indústria de blocos de concreto
EXS-ALB-500 – Rio Alcobaça (Figura 1.2.55).
Os usos das águas observados
nesse ponto de coleta foram para:
abastecimento industrial e
dessedentação de animais.
Foi verificada a presença de sistema
de captação de água para
abastecimento industrial (Figura
1.2.53).

Figura 1.2.55: Fábrica de blocos de


concreto próxima da margem
esquerda do rio, à montante do
ponto EXS-ALB-500 – Rio Alcobaça
Há uma pequena comunidade,
composta pelos empregados da
fábrica de blocos, instalada no
28
entorno deste ponto de apresentam alguns trechos erodidos.
monitoramento. (Figura 1.2.58).

EXS-ALB-700 – Rio Alcobaça


O ponto de amostragem está
localizado na zona rural do município
de Alcobaça, em ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração esverdeada,
tonalidade clara, com presença de
vegetação aquática próximas das
margens do rio (Figura 1.2.56).
Figura 1.2.58: Vegetação da margem
esquerda do rio, à jusante do ponto
EXS-ALB-700 – Rio Alcobaça
A pecuária é uma atividade
predominante no entorno do ponto de
coleta (Figura 1.2.59).

Figura 1.2.56: Aspecto das águas no


ponto EXS-ALB-700 – Rio Alcobaça
Os usos das águas observados
foram: recreação, atividade de pesca
e dessedentação de animais (Figura
1.2.57).
Figura 1.2.59: Criação de bovinos no
entorno do ponto EXS-ALB-700 – Rio
Alcobaça

EXS-PRP-400 – Rio Peruípe


O ponto de amostragem está
localizado na zona urbana do
município de Nova Viçosa, em
ambiente lótico.
As águas apresentaram aspecto
Figura 1.2.57: Pessoas pescando na turvo, coloração marrom e tonalidade
margem esquerda do rio, à montante escura (Figura 1.2.60).
do ponto EXS-ALB-700 – Rio Alcobaça
A vegetação característica desta
região é a Floresta Ombrófila Densa.
A mata ciliar foi suprimida na maior
parte das margens dos rios, e estas
29
As águas apresentaram aspecto
turvo, coloração marrom e tonalidade
clara (Figura 1.2.62).

Figura 1.2.60: Aspecto das águas no


ponto EXS-PRP-400 – Rio Peruípe
Os usos das águas não foram
observados durante a coleta. Figura 1.2.62: Aspecto das águas no
ponto EXS-MCR-400 – Rio Mucuri
A vegetação original da região é a
Floresta Ombrófila Densa, Os usos das águas observados
característica de Mata Atlântica. Foi nesse ponto de coleta foram para:
verificado que a mata ciliar foi pesca, dessedentação e banho de
suprimida, apresentando algumas animais e consumo humano
espécies arbóreas e arbustivas no A vegetação original da região é a
entorno do ponto de coleta. Floresta Ombrófila Densa,
Foi observado predominância de característica de Mata Atlântica. A
pastos ocupando as margens do rio, mata ciliar está composta por
à montante do ponto de coleta espécies arbóreas e arbustivas
(Figura 1.2.61). (Figura 1.2.63).

Figura 1.2.61: Vegetação do entorno Figura 1.2.63: Mata ciliar no entorno do


no ponto EXS-PRP-400 – Rio Peruípe ponto EXS-MCR-400 – Rio Mucuri
Foram observadas plantações de No momento da coleta verificou-se
eucaliptos nas proximidades do que um grupo de pessoas está
ponto de monitoramento. utilizando a ponte como abrigo, nas
imediações do ponto de coleta. Foi
constatado mau cheiro no local e
EXS-MCR-400 – Rio Mucuri observada a disposição de lixo no
O ponto de amostragem está solo e na água (Figura 1.2.64).
localizado na zona rural do município
de Mucuri, em ambiente lótico.
30
Figura 1.2.64: Registro de pessoas
alojadas embaixo da ponte. Próximo ao
ponto EXS-MCR-400 – Rio Mucuri

31
1.3. RESULTADOS

Na Tabela 1.3.1 estão Para os demais parâmetros não


apresentados os resultados das referenciados pela Resolução
análises realizadas na matriz água CONAMA nº. 357/05, águas doces,
referentes à 5ª campanha de classe 2, serão feitas considerações
monitoramento da qualidade das específicas.
águas da RPGA do Extremo Sul. Na Figura 1.3.1 à Figura 1.3.4 são
Foi avaliada a conformidade dos apresentados os gráficos de
resultados encontrados em relação resultados para os parâmetros
aos padrões para água doce, classe analisados e detectados nos corpos
2, segundo a Resolução CONAMA d’água.
nº. 357/05, uma vez que para Os valores do Índice de Qualidade da
corpos d’água não enquadrados são Água (IQA) dos pontos monitorados na
adotados os limites estabelecidos 5ª campanha na RPGA do Extremo
para a classe 2. Sul, bem como das campanhas
A definição do ambiente do ponto anteriores, são apresentados na
de coleta em lótico ou lêntico se fez Figura 1.3.5.
necessária para identificar o padrão
de referência da Resolução
CONAMA nº. 357/05 para fósforo
total.
Apenas para o parâmetro Oxigênio
Dissolvido (OD), o valor obtido não
deve ser menor que o limite legal
estabelecido pela Resolução
CONAMA n° 357/05, enquanto para
o parâmetro pH há intervalos de
valores aceitáveis para águas
doces, salobras e salinas.
Para os outros parâmetros, sempre
que os resultados forem inferiores
ao valor máximo permitido, há
atendimento aos padrões da
Resolução CONAMA n° 357/05.
Para os parâmetros: nitrogênio total
e sólidos totais, os quais não são
referenciados pela Resolução
CONAMA nº. 357/05, águas doces,
classe 2, a título de comparação,
foram utilizados padrões de
parâmetros correlatos de
classificação de corpos d’água da
Resolução CONAMA nº. 357/05.

32
Tabela 1.3.1: Resultados das análises de água da RPGA do Extremo Sul
Rio
Rio Rio Rio Rio Rio Rio
Padrões da Rio João de Rio Jucu- Rio
Santo dos Caraí- Jucuruçu Peruí- Mu-
Resolução Tiba Buranhém ruçu Alcobaça
Antônio Frades va Norte pe curi
Parâmetros CONAMA nº. Unidade Sul
357/05, águas
EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS- EXS-
doces, classe 2
STA- JTB- JTB- BRH- BRH- FRD- CIV- JUN- JUN- JUS- ALB- ALB- PRP- MCR-
100 200 400 300 500 300 400 250 400 400 500 700 400 400
Ambiente Lótico
1. Físico-químicos
Salinidade < 0,50 ‰ 0,05 0,07 0,07 0,05 0,05 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 0,23 0,14 0,12 0,09
Condutividade µS/cm 69,8 118,4 97,4 61,3 60,4 44,6 48,3 70,5 77,3 59,6 425,8 263,0 221,0 183,0
Temperatura ºC 29 29 30 31 27 30 30 29 30 30 30 29 27 27
pH 6,0 a 9,0 6,8 6,7 6,4 3,2 7,0 6,9 6,3 7,2 6,9 7,0 7,5 6,5 6,7 7,2
Turbidez < 100,0 NTU 32,2 13,8 12,1 44,0 31,9 22,1 15,8 41,0 22,0 24,0 36,3 13,1 23,3 50,5
Sólidos totais mg/L 127 148 116 120 114 109 116 117 129 102 310 209 247 185
Alcalinidade total mg CaCO3/L 16,7 27,7 22,8 11,8 13,9 7,5 J 5,5 J ND 13,6 10,0 26,9 27,9 21,0 26,5
Oxigênio dissolvido > 5,0 mg/L 4,8 4,7 3,2 5,4 4,9 5,2 4,8 5,1 4,9 5,4 5,4 4,3 3,2 6,8
2. Nutrientes
DBO < 5,0 mg/L 2,2 J 1,6 2,9 J ND 3,7 1,2 J ND ND 1,2 J 4,4 2,6 J 2,4 J 1,5 J 2,2 J
Nitrogênio total mg/L 2,5 J 2,2 J 2,4 J 2,4 J 2,8 J 1,9 ND ND 3,1 J 1,7 J 2,2 J 1,9 J 2,3 J 2,2
Fósforo total < 0,100 mg/L 0,055 0,05 0,050 0,120 0,12 0,112 0,04 0,15 0,06 0,05 0,12 0,08 0,07 0,120
3. Biológicos
Coliformes termotolerantes < 1.000 UFC/100mL 90 42 75 840 86 120 170 510 130 280 41 130 110 480
Clorofila a < 30,0 µg/L 0,4 J 1,6 0,5 0,6 ND 0,8 0,8 0,8 0,5 0,9 1,2 1,2 ND ND

Notas:
1) Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces, Classe 2.
2) ND: analito não detectado.
3) J: analito detectado, mas em concentrações abaixo do limite de quantificação do método.
4) Em relação ao parâmetro coliformes termotolerantes, para águas doces foi adotado como referência o limite máximo de 1.000 UFC/100mL, conforme definido pela Resolução
CONAMA n° 357/05, águas doces, Classe 2, usos múltiplos

3
3
Resultados das análises físico-químicas em água:

Nota:STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB- Nota:Parâmetro monitorado apenas na 5º campanha
700foramincluídos na 2ª campanha.parâmetro monitorado apenas na 5º campanha

Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e
ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha. ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.

Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05, águas doces, classe 2

Figura 1.3.65: Valores de salinidade, condutividade, temperatura e pH obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Extremo Sul
3
4
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e Eixo Y em escala logarítmica.
ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha. Eixo
Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500
e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.

Nota: Parâmetro monitorado apenas na 5º campanha. JUN-250-Analito não Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB-
detectando na 5ª campanha. 700 foram incluídos na 2ª campanha.

Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05, águas doces, classe 2

Figura 1.3.66: Valores de turbidez, sólidos totais, alcalinidade total e oxigênio dissolvido obtidos em amostras de água coletadas
nos pontos de monitoramento da RPGA do Extremo Sul

3
5
Resultados das análises de nutrientes em água:

Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500


e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha. STA-100, JTB-200, JTB-400,
JTB-400, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500, ALB-700 e PRP-400 - Eixo Y em escala logarítmica.
Analito não detectado na 2ª campanha. ALB-500 e PRP-400 - Analito não
Nota: JTB-200, CIV-400 e JUN-400 - Analito não detectado na 1ª campanha.
detectado na 3ª campanha. - STA-100; JTB-200; BRH-300; BRH-500; JUS-
STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB-700
400; ALB-500; ALB-700; PRP-400 - Analito não detectado na 4ª campanha.
foram incluídos na 2ª campanha.BRH-500 - Analito não detectado na 3ª
BRH-300,CIV-400 e JUN-250-Analito não detectado na 5ªcampanha.
campanha.CIV-400 e JUN-205 Analito não detectado na 5ª campanha.

Lótico

Nota: CIV-400 - Analito não detectado na 1ª campanha.


STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.
BRH-300, BRH-500, FRD-300, CIV-400 - Analito não detectado na 2ª campanha.
STA-100, JTB-200, JTB-400, JTB-999, BRH-300, BRH-500, FRD-300, CIV-400, JUN-250 e JUS-400 - Analito não detectado na 3ª campanha.
JTB-200; BRH-500; CIV-400; PRP-400 - Analito não detectado na 4ª campanha.

Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05, águas doces, classe 2

Figura 1.3.67: Valores de DBO, nitrogênio total e fósforo total obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
3
monitoramento da RPGA do Extremo Sul
6
Resultados das análises biológicas em água:

Nota: STA-100, JTB-400, BRH-500, FRD-300, JUN-250, JUS-400, ALB-500 Nota: Parâmetro monitorado apenas nas 2ª ,4ª e 5ª campanhas.
e ALB-700 foram incluídos na 2ª campanha.
STA-100; MCR-400 - Analito não detectado na 2ª campanha.BRH-500,PRP-400 e
MCR-400 –Analito não detectado na 5ªcampanha.

Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05, águas doces, classe 2

Figura 1.3.68: Valores de coliformes termotolerantes e clorofila a obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Extremo Sul

3
7
Figura 1.3.69: Valores de IQA obtidos em amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento da RPGA do Recôncavo Sul

38
todos os pontos nesta 5ª
1.4. DISCUSSÃO DOS campanha. (Figura 1.3.2).
RESULTADOS
Os resultados para o parâmetro
Na Tabela 1.3.1, de um total de 13 oxigênio dissolvido não
parâmetros, foram agrupados 8 em atenderam aos padrões
físico-químicos, 3 em nutrientes e 2 estabelecidos pela Resolução de
em biológico. Esta classificação foi referência, nas amostras dos
estabelecida por grupos para seguintes pontos: EXS-STA-100
facilitar a discussão dos resultados. - Rio Santo Antônio (4,8 mg/L),
EXS-JTB-200 e EXS-JTB-400 -
A temperatura nesta RPGA oscilou Rio João de Tiba (4,7 e 3,2 mg/L,
de 27 ºC (EXS-BRH-500 – Rio respectivamente), EXS-BRH-500
Buranhém, EXS-PRP-400 – Rio - Rio Buranhém (4,9 mg/L), EXS-
Peruípe e EXS-MCR-400 – Rio CIV-400 - Rio Caraíva (4,8 mg/L),
Mucurí) a 31 ºC (EXS-BRH-300 – EXS-JUN-400 - Rio Jucuruçu
Rio Buranhém), valores em média Norte (4,9 mg/L), EXS-ALB-700 -
superiores a todas as 5 campanhas Rio Alcobaça (4,3 mg/L) e EXS-
de monitoramento (Figura 1.3.1) PRP-400 - Rio Peruípe (3,2
O maior valor de alcalinidade, nesta mg/L). Observou-se, que os
5ª campanha, foi 27,9 mg CaCO3/L teores de OD da 5ª campanha
na amostra do ponto EXS-ALB-700 foram, em geral, os mais baixos
no rio Alcobaça. das 5 campanhas de
monitoramento (Figura 1.3.2).
Para o parâmetro físico-químico pH,
os resultados de 13 dos 14 pontos Em relação aos nutrientes, os
amostrados atenderam ao padrão resultados de DBO atenderam ao
de referência. Apenas na amostra padrão de referência nas
do ponto EXS-BRH-300 - Rio amostras de todos os pontos
Buranhém, o valor encontrado (3,2) monitorados nesta 5ª campanha
violou ao padrão de referência para (Figura 1.3.3).
pH, e, foi inferior a todos os Os resultados de nitrogênio total
resultados obtidos nas amostras foram inferiores a 3,1 mg/L (valor
dos pontos desta RPGA nas 5 medido na amostra do EXS-JUN-
campanhas de monitoramento 400 – Rio Jucuruçu Norte), maior
(Figura 1.3.1). teor medido nesta 5ª campanha
Para o parâmetro turbidez não (Figura 1.3.3).
ocorreu violação ao padrão de Em relação ao nutriente fósforo
referência nas amostras de todos os total, os valores encontrados não
pontos de monitoramento e os atenderam aos padrões de
resultados da 5ª campanha, em referência em 6 pontos de
geral, foram superiores aos das monitoramento desta RPGA:
campanhas anteriores (Figura EXS-BRH-300 e EXS-BRH-500 -
1.3.2). Rio Buranhém (0,120 e 0,115
Os resultados de sólidos totais – mg/L, respectivamente), EXS-
ST, quando comparados ao padrão FRD-300 - Rio dos Frades (0,112
correlato sólidos totais dissolvidos – mg/L), EXS-JUN-250 - Rio
STD da Resolução CONAMA n° Jucuruçu Norte (0,145 mg/L),
357/05 (< 500 mg/L), foram EXS-ALB-500 - Rio Alcobaça
inferiores ao limite máximo em (0,123 mg/L) e EXS-MCR-400 –
Rio Mucuri (0,120 mg/L). Observou- classificação “boa” nas 2ª, 3ª e 4ª
se que, na maioria das amostras campanhas mudou para
dos pontos monitorados nesta 5ª “regular”, diminuindo sua
campanha, os resultados classificação nesta 5ª campanha
encontrados foram superiores as de monitoramento.
campanhas anteriores (Figura Em dois pontos a qualidade de
1.3.3). suas águas se manteve com a
Quanto aos parâmetros biológicos, classificação “boa” nas 5ª e 4ª
os resultados das amostras campanhas (no ponto do rio dos
coletadas, em todos os pontos Frades e no ponto EXS-JUN-250
nesta 5ª campanha, atenderam aos – Rio Jucuruçu Braço Norte). Em
padrões de coliformes 4 pontos a qualidade das águas
termotolerantes e clorofila a da permaneceu “boa” nas 5
Resolução CONAMA n° 357/05 (< campanhas de monitoramento
1.000 UFC/100mL e 30 μg/L, (no ponto EXS-JUN-400 – Rio
respectivamente) (Figura 1.3.4). Jucuruçu Braço Norte, EXS-ALB-
700 – Rio Alcobaça, nos únicos
Os valores obtidos para coliformes
pontos dos rio Peruípe e Mucuri).
termotolerantes, na maioria das
amostras nesta 5ª campanha, foram
superiores aos medidos nas 3ª e 4ª
campanhas (Figura 1.3.4).
Porém, os resultados de clorofila a,
na maioria das amostras nesta 5ª
campanha, foram inferiores aos
medidos na 4ª campanha e
similares aos obtidos na 2ª
campanha de monitoramento
(Figura 1.3.4).
De acordo com os resultados do
IQA (Figura 1.3.5), a qualidade das
águas da RPGA do Extremo Sul foi
classificada como “boa” em 13 dos
14 pontos monitorados, e,
classificada como “regular” no EXS-
BRH-300 do rio Buranhém.
Nesta 5ª campanha a qualidade das
águas, segundo o IQA, em 7 pontos
obtiveram diminuição na
classificação, mudando de “ótima”
na 4ª campanha para “boa” na 5ª:
nos únicos pontos dos rios Santo
Antônio, Caraíva e Jucuruçu Braço
Sul, nos 2 pontos do rio João de
Tiba, no EXS-BRH-500 do rio
Buranhém e no EXS-ALB-500 do
rio Alcobaça.
A qualidade das águas no ponto
EXS-BRH-300 do rio Buranhém, de
1.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados analíticos das


amostras coletadas no Extremo Sul
indicaram que os recursos hídricos
dessa RPGA encontravam-se em
boas condições durante a 5ª
campanha do Programa Monitora.
De acordo com os resultados do
Índice da Qualidade da Água, entre
os 14 pontos de monitoramento
contemplados na 5ª campanha, 13
foram classificados como de
qualidade “boa” e 1 como “regular”.
Em relação aos resultados do IQA
ocorreu, nesta 5ª campanha,
mudança de classe nas águas de 7
pontos. Em 6 destes 7 pontos a
qualidade das águas mudou sua
classificação de “ótima” (na 4ª
campanha) para “boa” (na 5ª). Esta
redução da classificação está
relacionada principalmente a
diminuição nos teores de OD nas
amostras destes pontos.
Em 2 pontos a qualidade das águas,
segundo o IQA, manteve-se com a
classificação “boa” nas 4ª e 5ª
campanhas e em 4 pontos a
qualidade permaneceu “boa” em
todas as campanhas de
monitoramento.
No ponto EXS-BRH-300 do rio
Buranhém a classificação das
águas, segundo o IQA mudou,
diminuindo de “boa” nas 2ª, 3ª e 4ª
campanhas para “regular” na 5ª
campanha. A diminuição na
classificação das águas neste ponto
está relacionada aos elevados
teores de fósforo total e coliformes
termotolerantes e na redução dos
teores de OD.

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