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COLÉGIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


IRMÃS DOMINICANAS
ENSINO MÉDIO – 1ª SÉRIE – 01 / 6 / 2023
CADERNO DE QUESTÕES
PROVA TIPO A
Nome: ____________________________________________________________________________________
Nº: ____ Turma: _____Valor: Três (3,0) pontos

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Orientações:
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a) este CADERNO, com 90 questões objetivas, sem repetições ou falhas;
b) 1 CARTÃO-RESPOSTA destinado à marcação das respostas;
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Leia atentamente o enunciado de cada questão antes de respondê-la.
Não é permitido o uso de máquinas para cálculo.
Não é permitido o uso de canetas marca texto.
Não é permitida consulta a qualquer tipo de material. Qualquer tentativa de cola será atribuída a nota zero.
Para cada questão, existe somente uma alternativa correta. Assinale a alternativa que julgar certa.
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Ao sair, entregue a FOLHA DE RESPOSTAS e este CADERNO DE QUESTÕES.
Boa Prova.

01. A Sociologia nasce no século XIX com o objetivo de combater a visão de mundo predominante nesse período,
defendendo o estudo da ação coletiva e social. Assim, o objeto de estudo da Sociologia é definido como um conjunto
de relacionamentos, que os homens estabelecem entre si, na vida em sociedade, num determinado contexto histórico.
Na tirinha a seguir, percebe-se um objeto de estudo da Sociologia, que representa o modo de pensar, sentir e agir de
um grupo social.

Assinale a alternativa que contém a principal característica desse objeto de estudo.


a) Igualdade
b) Individualismo
c) Liberdade
d) Coerção
e) Solidariedade

02. De acordo com Florestan Fernandes a concepção fundamental de ciência, de Emile Durkheim (1858-1917), é
realista, no sentido de defender o princípio segundo o qual nenhuma ciência é possível sem definição de um objeto
próprio e independente.
(FERNANDES, F. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73).

Assinale a alternativa que descreve o objeto próprio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917).
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a) O conflito de classe, base da divisão social e transformação do modo de produção.


b) O fato social, exterior e coercitivo em relação à vontade dos indivíduos.
c) A ação social que define as inter-relações compartilhadas de sentido entre os indivíduos.
d) A sociedade, produto da vontade e da ação de indivíduos que agem independentes uns dos outros.
e) A cultura, resultado das relações de produção e da divisão social do trabalho.

03. Karl Marx afirmou, em carta a um colega, que não lhe cabia o mérito de ter descoberto a existência de classes nas
sociedades capitalistas e nem mesmo a luta entre elas: tais feitos seriam, segundo ele, de alguns historiadores e
economistas “burgueses” que expuseram, antes dele, o desenvolvimento histórico da anatomia e das lutas das classes
sociais. Contudo, há na obra marxiana uma preocupação persistente e preponderante com as condições e
consequências dos antagonismos e lutas entre as duas principais classes sociais da sociedade capitalista: a classe
burguesa e a classe proletária. Ainda, Marx definiu as características e os posicionamentos dessas classes na
estruturação das sociedades regidas pelo modo de produção do capital.
No que diz respeito ao entendimento de Marx acerca das classes sociais nas sociedades capitalistas, é correto dizer
que
a) o controle dos meios de produção é característica própria da classe burguesa, o que fundamenta a dominação desta
sobre a classe do proletariado.
b) uma das inevitáveis consequências que irão advir do fim da luta de classes é a implantação de uma sociedade
capitalista liberal sem o controle estatal.
c) a burguesia, na sociedade capitalista, procura controlar o nível de exploração do proletariado ao evitar a produção
da mais-valia no processo produtivo.
d) a classe burguesa se coloca contrária ao domínio da classe do proletariado que procura se impor como a única
classe detentora da força de trabalho.

04. O papel do Estado nas sociedades modernas é compreendido por visões diferentes entre os fundadores da
Sociologia. Os chamados clássicos da Sociologia, Karl Marx (1818-1883) e Émile Durkheim (1858-1917), possuem
entendimentos diversos sobre as finalidades e funções do Estado moderno. Para Marx, teórico crítico das lógicas
fundantes das sociedades capitalistas, o Estado moderno é “tão-somente um comitê que administra os negócios
comuns de toda a classe burguesa”. Já para Durkheim, um dos primeiros elaboradores da ciência sociológica, o Estado
é “um órgão especial encarregado de elaborar certas representações que valem para a coletividade”.
MARX, Karl. O manifesto do partido comunista. Porto Alegre: L&PM, 2010; DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo:
Martins Fontes, 2002.

Considerando os entendimentos de Marx e Durkheim sobre o papel do Estado nas sociedades modernas, analise as
seguintes proposições:
I. Na perspectiva marxiana, o Estado trata, de modo imparcial, os conflitos entre as classes sociais do capitalismo.
II. Para Emile Durkheim, o Estado é a entidade social mais importante a serviço das classes dominantes.
III. Karl Marx explica o Estado como um órgão a serviço dos interesses dominantes no capitalismo.
IV. Émile Durkheim explica a funcionalidade do Estado moderno para a manutenção da sociedade.

Está correto somente o que se afirma em


a) I, II e III.
b) I e II.
c) IV.
d) III e IV.

05. Observe, no texto a seguir, o argumento de Marx (1818-1883) a respeito da relação entre o trabalhador e o produto
de seu trabalho no capitalismo do século XIX.
Se o produto do trabalho não pertence ao trabalhador, se a ele se contrapõe como poder estranho, isto só é possível
porque o produto do trabalho pertence a outro homem distinto do trabalhador. Se a sua atividade constitui para ele um
tormento, tem de ser fonte de gozo e de prazer para outro. Só o homem, e não os deuses ou a natureza, é que pode
ser este poder estranho sobre os homens.
Marx, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Lisboa: Edições 70, 1964, p. 167.

O argumento elaborado no texto foi sintetizado por Marx no conceito de


a) fato social.
b) especialização.
c) distinção cultural.
d) ação social.
e) alienação.

06. O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil. Foi a famosa madeira, da qual se extrai um corante,
que primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e explorar a terra a que tinham chegado em 1500.
Porém, foi a introdução da cana-de-açúcar e a dos engenhos, com sua tecnologia para a produção de açúcar, as
verdadeiras responsáveis por transformar a colônia três décadas depois desse primeiro contato. O açúcar foi a
madrasta da colonização, que por quase dois séculos regeu a história econômica, social e política do Brasil. E, em
algumas regiões, continua a dominar.
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Fonte: SCHWARTZ, Stuart B. Doce Lucro. Revista de História. n. 94, jul. 2013.

Durante grande parte do período colonial brasileiro, o açúcar foi o principal produto de exportação da colônia. Sobre a
produção de açúcar no Brasil, leia e analise as seguintes afirmações:
I. A cana-de-açúcar era plantada em latifúndios, estrutura fundiária ainda presente no Brasil.
II. A principal região produtora de açúcar no Brasil é a Sul.
III. A produção de açúcar foi uma das responsáveis pela desigualdade social no Brasil colonial, pois utilizava mão de
obra escrava.
IV. Da cana-de-açúcar, além do açúcar, pode-se produzir combustível e aguardente.

Assinale a alternativa CORRETA.


a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.

07. Se as especiarias dominaram o comércio marítimo português durante o século XV, um século depois esse papel
foi ocupado, no Brasil, pela produção açucareira, que abrangia a lavoura de cana propriamente dita e a fabricação do
açúcar nos engenhos. Muitos historiadores denominam essa economia de plantation, expressão emprestada dos
ingleses para indicar as lavouras tropicais.
Assinale a alternativa que apresenta os três elementos nos quais esse tipo de produção se fundamentava.
a) Latifúndio, monocultura e mão de obra escrava.
b) Latifúndio, policultura e mão de obra escrava.
c) Latifúndio, monocultura e mão de obra livre.
d) Minifúndio, monocultura e mão de obra escrava.
e) Minifúndio, policultura e mão de obra livre.

08. Leia o texto a seguir “Civilização do Açúcar” e responda:


O açúcar nosso de cada dia
Há quem diga que o sexo e a comida são os dois maiores prazeres da vida. No caso brasileiro, o açúcar vem cumprindo
um papel histórico de dar liga aos dois, combinando a natureza violenta e dominadora a uma cultura adocicada,
marcada pela negociação dos conflitos.
A sensibilidade despertada pelo sabor açucarado e os lucros advindos desse comércio motivaram a construção de
uma sociedade em que o mais português dos preconceitos não resistiu às tentações do suor escravo, conforme
demonstrou Gilberto Freyre. Para mucamas, quituteiras, concubinas ou cozinheiras, a satisfação da gula tinha valor de
liberdade. No cerco dos engenhos, o açúcar era o resultado de um complexo sistema produtivo, mas foi se tornando
também a autonomia da colônia, a sobrevivência do escravo, o segredo da sedução feminina, a moeda dos mascates,
o pecado, a autoridade e a violência do senhor.
CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR: DA COLÔNIA AO ETANOL. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, n. 94, p. 17, jul. 2013.

Sobre a produção de cana-de-açúcar, é CORRETO afirmar que:


a) a aceleração da produção de açúcar nas regiões de floresta tropical do “novo mundo” está relacionada com um
impacto social de enorme alcance apenas para a região das Américas: foi o principal estímulo para a construção do
escravismo moderno.
b) o sucesso da produção açucareira fez com que a coroa portuguesa instalasse uma complexa estrutura
administrativa, fiscal e militar no Brasil, capaz de evitar a ação de contrabandistas e invasores.
c) conforme a produção açucareira se desenvolveu na monocultura, o campo se ajustou ao seu produto principal e às
suas necessidades. Gado, lenha e, principalmente, a farinha de mandioca estavam todos ligados ao mundo dos
engenhos.
d) estimulado principalmente pela produção de etanol, o cultivo de cana-de-açúcar ainda se mantém forte na economia
brasileira, destacando-se, inclusive, pelo uso de alta tecnologia e pelo grande distanciamento do uso de mão de obra
em condições semelhantes às da escravidão.
e) a produção do açúcar foi totalmente superada com a chegada do ciclo do ouro e do café.

09. O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
envidaram esforços no sentido de deixar exposta para a contemplação da população parte do Sítio Arqueológico do
Cais do Valongo, com o objetivo de apresentar ao visitante, através daquele pequeno, mas representativo espaço, a
materialização do momento mais trágico da nossa história, fazendo com que ele não seja esquecido. (...) A história do
Cais do Valongo e do seu entorno está indissoluvelmente ligada à história universal, por ter sido a porta de entrada do
maior volume de africanos escravizados nas Américas. O Rio de Janeiro era, então, a mais afroatlântica das cidades
costeiras do território brasileiro (...).
Disponível em http://portal.iphan.gov.br/.

O texto integra a proposta elaborada pelo IPHAN, em 2016, para inscrição do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo
na lista do Patrimônio Mundial. Com base no documento, a história do Cais do Valongo se entrelaça à história universal,
pois se relaciona ao
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a) tráfico de africanos escravizados para a América de colonização portuguesa.


b) Rio de Janeiro como única cidade escravista das Américas na época colonial.
c) trabalho de escavação realizado por arqueólogos estrangeiros no passado.
d) fluxo de escravizados do Brasil para outras partes das Américas, após as independências.
e) esforço do IPHAN para silenciar a história da escravidão no mundo atlântico.

10. O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos (tupi-guarani) que viviam no Brasil
antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção
dessa farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar comum em todo o território da colônia portuguesa na
América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e
chegou aos mercados africanos.
(Bezerra, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre Rio de Janeiro e Benguela (1790 -
1830). 2014).
Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a:
a) difusão de hábitos alimentares
b) disseminação de rituais festivos
c) ampliação dos saberes autóctones
d) apropriação de costumes guerreiros
e) diversificação de oferendas religiosas

11. Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres ou da Itália, procuravam por toda a parte. Para
satisfazê-los, as raças foram melhoradas através do aumento progressivo das suas dimensões. Esse crescimento
prosseguiu durante todo o século XIII, as abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados os métodos mais racionais
de criação de gado, desempenharam certamente um papel determinante nesse aperfeiçoamento.
DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1987 (adaptado).

O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental feudal,
que resultou do(a)
a) crescimento do trabalho escravo.
b) desenvolvimento da vida urbana.
c) padronização dos impostos locais.
d) uniformização do processo produtivo.
e) desconcentração da estrutura fundiária.

12. No século XII, os deveres do vassalo foram fixados pelo costume, antes de serem transformados em sistema
jurídico no final da Idade Média pelos feudistas, juristas da feudalidade. O vassalo, antes de entrar em posse do feudo,
devia prestar o juramento de homenagem, seguindo a forma tradicional: de joelhos, mãos nas mãos do senhor, ele se
declarava o homem do senhor, e se engajava a lhe servir.
(Charles Seignobos. Histoire sincère de la nation française, 1982. Adaptado.)
O sistema de vassalagem
a) originou o exército das monarquias europeias no processo de formação dos governos absolutistas.
b) associou o estamento servil à cavalaria medieval na defesa do continente europeu contra as invasões muçulmanas.
c) favoreceu a manutenção de um clima de paz entre os cavaleiros no período de crise da economia senhorial.
d) permitiu a conciliação de uma estrutura política descentralizada com uma rede de defesa mútua entre os senhores.
e) impediu a expansão das atividades da burguesia mercantil para além dos limites das cidades medievais.

13. Antes da epidemia da COVID-19, outras doenças espalharam-se rapidamente e causaram a morte de milhares de
pessoas. Na Idade Média ocidental, ficou famosa a Peste Negra que, combinada com a fome, dizimou cerca de um
terço da população europeia.
Assinale a única alternativa que relaciona corretamente o surgimento dessa peste com o quadro maior da baixa Idade
Média:
a) O surgimento da Peste Negra reforçou o desenvolvimento científico, especialmente da medicina medieval, que pôde
averiguar soluções salvíficas oferecidas pela Escolástica.
b) O surgimento da Peste Negra indica o renascimento das rotas de comércio europeu e contribuiu para a decadência
do regime feudal.
c) A Peste Negra favoreceu o incremento das universidades na Europa, pois tanto suseranos quanto vassalos uniram-
se para incentivar a elaboração de pesquisas e a criação de uma vacina eficaz.
d) A Peste Negra levou os papas, bispos e reis a se unirem para obrigar as pessoas infectadas a lutarem nas Cruzadas,
com a meta de, desse modo, transmitirem a doença aos mulçumanos que dominavam Jerusalém.

14. Leia o seguinte excerto:


[...] o acúmulo de agressões que atingiram as populações do Ocidente de 1348 ao começo do século XVIII criou, de
alto a baixo do corpo social, um abalo psíquico profundo [...]. Constitui-se um ‘país do medo’ no interior do qual uma
civilização se sentiu ‘pouco à vontade’ e povoou de fantasmas mórbidos.
(DELUMEAU, J. História do Medo no Ocidente: 1300-1800, Uma Cidade Sitiada. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009, p. 43.)
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De acordo com os conhecimentos sobre a Europa no século XIV, são duas das principais “agressões” relacionadas ao
excerto acima:
a) a crise do sistema mercantilista e as revoltas burguesas.
b) a querela das investiduras e as controvérsias iconoclastas.
c) a chamada caça às bruxas e as expedições cruzadas.
d) a guerra das Duas Rosas e as invasões dos hunos.
e) a epidemia de peste bubônica e as ondas de fome.

15. Até o século XIV, houve uma doença muito disseminada e muito temida: a lepra. Nas cidades, foram construídos
hospitais especializados para os leprosos. […] Como se pensava que a lepra era contagiosa, os leprosos que andavam
pelas ruas deviam sacudir uma espécie de sineta, a “matraca”.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)

A lepra (ou hanseníase) era temida na Idade Média porque


a) o conhecimento científico era precário, desconhecia-se que a doença era facilmente curável e que só era transmitida
pelo contato sexual entre as pessoas.
b) a única cura conhecida da doença dependia de poções e unguentos mágicos, mas a Igreja católica impedia a
divulgação desses rituais de feitiçaria.
c) representava, além do risco do sofrimento e da morte, a existência de preconceitos sociais e a crença de que a
doença era uma manifestação da vontade e do castigo divinos.
d) foi mais devastadora que a peste negra, que era disseminada pelas pulgas dos ratos e que atingia principalmente
os moradores das áreas rurais.
e) era frequentemente confundida com a disenteria, originária da América, que provocou milhões de mortes nas áreas
centrais e orientais da Europa, entre a Idade Média e a Idade Moderna.

16. Dentre os fatores que contribuíram para o fim desse sistema, estão o renascimento da atividade comercial e o
desenvolvimento tecnológico. Com a evolução dos transportes, por exemplo, houve a possibilidade de um maior
número de mercadores realizar o comércio, o que, de certa forma, incentivou o aparecimento das cidades.
CASTELLAR, Sonia. Geografia. 2. ed.- São Paulo: Quinteto Editorial, 2006, p.129.
O trecho acima remete à
a) transição do comunismo primitivo para o escravismo.
b) transição do escravismo para o feudalismo.
c) transição do feudalismo para o capitalismo.
d) transição do capitalismo para o socialismo.

17. No final da Idade Média surgiu um provérbio: “O ar da cidade torna o homem livre”.
(PAIS, Marco Antonio de O. O despertar da Europa. São Paulo: Atual, 1992, p. 38).

Este provérbio indica que está acontecendo uma mudança no cenário europeu, marcado pelo declínio do feudalismo
e o ressurgimento das cidades, refletindo a nova visão do homem daquele tempo diante do mundo.
Considerando as transformações decorrentes da transição do feudalismo para o capitalismo e o provérbio acima, é
correto afirmar:
a) as Cruzadas (1096-1270) propiciaram um intercâmbio religioso entre o Oriente e o Ocidente, resultando numa maior
tolerância religiosa nas cidades medievais, que passaram a seguir o modelo da cidade de Jerusalém.
b) a vida no mundo rural era marcada por uma estrutura social estratificada, enquanto nos novos centros urbanos as
práticas comerciais e artesanais criaram condições para a ascensão social do homem urbano.
c) a condição servil caracterizava aqueles que trabalhavam nas terras do senhor e a ele entregavam parte da colheita,
enquanto nas cidades, já no século XII, as relações de trabalho eram totalmente assalariadas.
d) as cidades medievais, contando com seu próprio conjunto de leis e jurisprudência, livres da influência dos senhores
feudais, proporcionaram liberdade a todos aqueles que se sentiam oprimidos pelo modelo social feudal.
e) o Renascimento Comercial no final da Idade Média propiciou que as cidades medievais ficassem livres do pagamento
das taxas e tributos feudais, deixando os habitantes das cidades livres de tais encargos monetários.

18. "As lutas entre a nobreza, a Igreja e os príncipes por suas respectivas parcelas no controle e produção da terra
prolongaram-se durante toda a Idade Média, de modo que nos séculos XII e XIII emergiu mais um grupo como
participante desse entrechoque de forças".
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993, 2v, p.15.

Marque a alternativa relacionada ao conceito que contempla o grupo social emergente naquele contexto histórico.
a) Os cruzados.
b) A elite.
c) O empresariado.
d) A maçonaria.
e) A burguesia.

19. Durante muito tempo, os doentes eram tratados, principalmente, com remédios populares. Nas terras não cristãs,
os homens e as mulheres que aplicavam esses tratamentos eram considerados feiticeiros e feiticeiras. Nas terras
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cristãs, a feitiçaria era proibida, mas havia “curandeiros” cristãos a quem Deus havia dado um saber. As pessoas mais
ricas (senhores e burgueses) eram quase sempre tratadas por médicos judeus, pois os judeus possuíam
conhecimentos de medicina vindos da Antiguidade.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007. Adaptado.)

Ao tratar das doenças e dos tratamentos médicos na Idade Média, o texto


a) reconhece a diversidade dos cuidados médicos em um universo sociorreligioso uniforme.
b) caracteriza o avanço das ciências médicas na Europa, em comparação com outras partes do mundo.
c) destaca o caráter democrático da medicina popular, em comparação com tratamentos mais caros.
d) associa o declínio dos tratamentos médicos à perseguição desencadeada pela Inquisição.
e) relaciona o acesso a tratamentos médicos às diferentes condições sociais e religiosas.

20. Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na
mui excelsa cidade de Florença, (...) sobreveio a mortífera pestilência. (...) apareciam no começo, tanto em homens
como nas mulheres, ou na virilha ou na axila, algumas inchações (...) chamava‐as o populacho de bubões (...).
Giovanni Boccaccio, Decamerão.
A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto afirmar:
a) Provocou gravíssima queda demográfica, que afetou grande parte da produção econômica europeia.
b) Originou‐se no Oriente, penetrou no continente europeu pelos portos e manteve‐se restrita à Península Itálica.
c) Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos camponeses e favoreceu o processo de centralização política.
d) Foi contida pelo caráter de subsistência da economia europeia, que dificultava o contato humano e, assim, o
contágio.
e) Estimulou as investidas contra os territórios muçulmanos no movimento conhecido como Segunda Cruzada.

21. Alguns períodos da história são marcados por transformações que ilustram as mudanças na sociedade e que
acabam por transportar essas situações para contextos mais amplos como a economia e a política. Leia atentamente
o trecho a seguir.
“Renascença ou Renascimento são termos aplicados ao movimento de renovação cultural que teve início no século
XIV, na Itália, e atingiu seu apogeu no século XVI, influenciando várias regiões da Europa. Os renascentistas defendiam
a restauração dos valores do mundo clássico e acreditavam na capacidade ilimitada da criação humana. Esses ideais
transformaram as artes, a literatura, a ciência, a filosofia e a gastronomia. O período é rico em exemplos de
pesquisadores e inventores que prepararam o caminho para o progresso científico e técnico da Idade Moderna. No
Renascimento, a Itália tornou-se símbolo de refinamento do mundo ocidental, graças à influência dos bizantinos. O uso
do garfo, os aparelhos de jantar, as peças finas e bem-acabadas em metais preciosos, as toalhas ricamente bordadas
em linho, porcelanas e as faianças italianas sofisticaram o comportamento à mesa.”
(Fonte: FREIXA, Dolores. Gastronomia no Brasil e no Mundo. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2017. p. 78).

O exemplo da transformação proposta por meio do modo de se portar à mesa acabou por influenciar todo o período
conhecido como Renascimento. A mudança de hábitos, por sua vez, acabou impondo uma característica extremamente
importante para a sequência dos acontecimentos históricos. Assinale a alternativa correta que esteja associada ao
desenvolvimento do processo descrito no texto.
a) O intercâmbio cultural proposto pelo Renascimento coloca a Europa como receptora de hábitos e de sistemas
orientais (econômicos e políticos), sendo perceptível pela difusão de valores como a religião e a administração pública
típicas do Oriente.
b) Entendido como resultado direto das Cruzadas, o Renascimento e o contato com o Oriente promovem uma difusão
do ideal cristão pelo mundo, que será concluída com a mudança cultural imposta pelos europeus aos povos do Oriente.
c) O contato com o Oriente promoveu para as cidades italianas localizadas à beira do mar Mediterrâneo a possibilidade
de reativação do comércio, ampliando cada vez mais suas áreas de atuação nos campos econômicos e culturais e
distanciando-as cada vez mais do passado medieval.
d) Após estabelecer vínculos comerciais com os mercados do Oriente, as cidades italianas que estavam mais próximas
do mar Mediterrâneo passaram a se isolar do contexto europeu, fato que impulsionou seu desenvolvimento científico
e cultural e deu origem ao Império de Roma.
e) O Renascimento foi um modelo intelectual e cultural de valorização da cultura clássica grega e que,
consequentemente, impulsionou as cidades italianas para o desenvolvimento político aos moldes das antigas cidades-
estado da Grécia antiga, fato que impulsionou o desenvolvimento econômico e tecnológico do período.

22. Observe o gráfico.


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A leitura do gráfico permite concluir, corretamente, que o período de queda demográfica mais acentuada na Europa
ocorreu
a) na primeira metade do século XI, devido ao período de secas que comprometeu as colheitas e provocou fome
generalizada em toda a porção ocidental do Continente.
b) na primeira metade do século XII, quando a introdução de técnicas agrícolas não-sustentáveis provocou o
esgotamento dos pastos e a diminuição pronunciada dos rebanhos bovinos.
c) na segunda metade do século XIII, devido à perseguição promovida pela Igreja Católica contra judeus, muçulmanos
e praticantes de religiões pagãs, acusados de bruxaria.
d) na primeira metade do século XIV, quando o número de infectados pela peste negra atingiu seu ápice, provocando
a morte de pouco menos de um terço da população europeia.
e) na segunda metade do século XV, devido à migração de milhões de europeus em direção aos continentes recém-
descobertos no processo das Grandes Navegações.

23. A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço em
meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o
artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também centro de um sistema de valores
particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação
para o luxo, o senso da beleza. E ainda um sistema de organização de um espaço fechado com muralhas, onde se
penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por torres.
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades urbanas e a
a) emancipação do poder hegemônico da realeza.
b) aceitação das práticas usurárias dos religiosos.
c) independência da produção alimentar dos campos.
d) superação do ordenamento corporativo dos ofícios.
e) permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.

24.

Encontram-se assinaladas no mapa, sobre as fronteiras dos países atuais, as rotas eurasianas de comércio a longa
distância que, no início da Idade Moderna, cruzavam o Império Otomano, demarcado pelo quadro.
A respeito dessas rotas, das regiões que elas atravessavam e das relações de poder que elas envolviam, é correto
afirmar que
a) a China, com baixo grau de desenvolvimento político e econômico, era exportadora de produtos primários para a
Europa.
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b) a Índia era uma economia fracamente vinculada ao comércio a longa distância, em vista da pouca demanda por
seus produtos.
c) a Europa, a despeito do poder otomano, exercia domínio incontestável sobre o conjunto das atividades comerciais
eurasianas.
d) a África Ocidental se encontrava em posição subordinada ao poderio otomano, funcionando como sua principal fonte
de escravos.
e) o Império Otomano, ao intermediar as trocas a longa distância, forçou os europeus a buscar rotas alternativas de
acesso ao Oriente.

25. Mas o objetivo da produção, mesmo com meios modestos, não era um fim abstrato como hoje, mas prazer e ócio.
Esse conceito antigo e medieval de ócio não deve ser confundido com o conceito moderno de tempo livre. Isso porque
o ócio não era uma parcela da vida separada do processo de atividade remunerada, antes estava presente, por assim
dizer, nos poros e nos nichos da própria atividade produtiva.
KURZ, Robert. A expropriação do tempo. Folha de São Paulo, 3 jan.1999. p. 5 (Adaptado).

A noção de tempo livre assumiu uma qualidade positiva distinta daquela de ócio, em função de estar articulada a um
conjunto de transformações socioeconômicas, localizadas a partir de fins da Idade Média, e que se caracterizava
a) pelo incremento da produção agrícola para o mercado interno, responsável pelo chamado renascimento feudal do
século XV.
b) pela crescente mercantilização das terras da Igreja, cada vez mais alinhada com as modernas concepções sobre o
trabalho.
c) pela descentralização político-administrativa das emergentes monarquias nacionais, fator de estímulo para o
crescimento da produção mercantil.
d) pela aceleração das atividades urbanas e comerciais, com o crescimento da produção mercantil e das camadas
burguesas da sociedade.

26. “Meti-me, então, a explicar-lhe que supunha ser sábio, mas não o era. A consequência foi tornar-me odiado dele e
de muitos dos circunstantes. Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: ‘Mais sábio do que esse homem eu sou;
é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu,
se não sei, tampouco suponho saber”.
(PLATÃO, Defesa de Sócrates, v. II. São Paulo: Abril Cultural, 1972, p. 15. Apud ARANHA, M.L.A. e MARTINS, M.H.P.
Filosofando. São Paulo, Moderna: 2009.)
A partir do trecho, é correto afirmar que a sabedoria de Sócrates consiste em
a) reconhecer a própria ignorância e ver nisso uma grande virtude.
b) recusar-se a reconhecer a sabedoria alheia por pura vaidade.
c) atribuir valor ao conhecimento dos sábios sem lhes fazer críticas.
d) acreditar que ele e os outros são conhecedores de importantes verdades.
e) considerar a sabedoria como o conhecimento apenas da natureza.

27. Texto 1: O significado do termo kosmos para os gregos pré-socráticos liga-se diretamente às ideias de ordem,
harmonia e mesmo beleza. […] O cosmo é assim o mundo natural, bem como o espaço celeste, enquanto realidade
ordenada de acordo com certos princípios racionais. A ideia básica de cosmo é, portanto, a de uma ordenação racional,
uma ordem hierárquica, em que certos elementos são mais básicos, e que se constitui de forma determinada, tendo a
causalidade como lei principal.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)

Texto 2: Quando a filosofia, pela mão de Sócrates, “desceu do céu à terra”, na sugestiva expressão de Cícero, o homem
passou a ser o centro das indagações dos pensadores gregos. Platão atribui ao mestre a busca obsessiva do ser e do
saber humanos.
(João Pedro Mendes. “Considerações sobre humanismo”. Hvmanitas, vol. XLVII, 1995.)

Os textos caracterizam uma mudança importante na história do pensamento filosófico, trazida pela filosofia de Sócrates
e que se expressou
a) na defesa dos princípios participativos da democracia ateniense.
b) na busca pela compreensão do princípio fundamental da natureza.
c) no questionamento da vida social e política dos seres humanos.
d) na crítica aos prazeres humanos como finalidade da vida.
e) no desenvolvimento de uma teoria da causalidade.

28. Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados reis e soberanos não forem filósofos
genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não coincidirem poder político e filosofia e não for barrada agora, sob
coerção, a caminhada das diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, não é possível,
caro Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
(PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.)

A tese apresentada pressupõe a necessidade do conhecimento verdadeiro para a


a) superação de entraves dialógicos.
9

b) organização de uma sociedade justa.


c) formação de um saber enciclopédico.
d) promoção da igualdade dos cidadãos.
e) consolidação de uma democracia direta.

29. No diálogo Eutífron, Platão apresenta uma conversa entre Sócrates e o jovem Eutífron acerca da piedade. Sócrates
pergunta-lhe sobre o que é a piedade, e Eutífron que é piedoso denunciar e procurar castigo para quem comete
homicídios. Sócrates, então, argumenta:
“[...] não te pedi para demonstrar-me uma ou duas dessas coisas que são piedosas, mas que me explicasses a
natureza de todas as coisas piedosas. Porque disseste que existe algo característico que faz com que todas as coisas
ímpias sejam ímpias, e todas as coisas piedosas, piedosas. Pois bem, esse caráter distintivo é o que desejo que me
esclareças, a fim de que, analisando-o com atenção e servindo-me dele como parâmetro, possa afirmar que tudo o
que fazes, ou um outro, de igual maneira é piedoso, enquanto aquilo que se distingue disso não o é”.
(PLATÃO. Eutífron, 6 d-e. Lisboa: Casa da Moeda, 2007 (Texto adaptado).
O que Sócrates solicita a Eutífron é que este
a) dê exemplos exaustivos de ações piedosas, de modo que, ao final, saibamos o que é a piedade.
b) explique por que é piedoso denunciar e solicitar punições aos que cometem homicídios.
c) dê uma definição geral de piedade, mediante a qual se possa reconhecer as ações piedosas.
d) mostre como cada ação piedosa tem sua própria natureza, sendo a piedade um valor relativo.
e) associe a piedade com a noção de logos.

30. Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão
aprisionados. A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros há um
caminho em que homens transportam estatuetas (pequenas estátuas) de todo tipo, com figuras de seres humanos,
animais e todas as coisas. Por causa da luz da fogueira, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as
sombras das estatuetas transportadas atrás de um muro, mas sem poderem ver as próprias estatuetas nem os homens
que as transportam. Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias
coisas. Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado?
(Marilena Chauí. Convite à filosofia, 1994. Adaptado.)

Esta é uma alegoria criada por Platão para explicar a sua teoria de que insinua que conhecemos apenas as sombras
e nos falta o conhecimento
a) da política
b) da natureza.
c) do princípio original do universo.
d) da matemática.
e) das ideias.

31. Observe a representação cartográfica a seguir.

A imagem acima é uma representação topográfica que utiliza a técnica das curvas de nível para representação do
relevo de uma determinada área. Sobre isto, é possível afirmar que:
I. curvas de nível são linhas que representam pontos com a mesma altitude no terreno.
II. quanto mais próximas as curvas de nível, menor é o declive do terreno.
III. o local sinalizado pela letra A é o menos indicado para a prática agrícola porque é íngreme.
IV. a área indicada pela letra C apresenta uma declividade que favorece a erosão.
V. a área indicada pela letra D possui uma das maiores declividades representadas na imagem.

Estão CORRETAS, apenas, as alternativas


a) I, II e IV.
b) I, III, IV e V.
c) II, III e V.
d) I, IV e V.
e) I, II e III.
10

32. Observe a imagem.

Na representação, pode-se observar a presença de duas elevações no relevo, identificadas pelas letras A e B. Tendo
a imagem como base e seus conhecimentos, julgue as afirmativas a seguir:
I. As linhas representadas, esquematicamente na imagem, são denominadas de isoípsas ou curvas de nível, pois unem
pontos de mesma altitude.
II. A porção mais íngreme do Morro A aparece na imagem identificada como Vertente 2, pois as linhas se apresentam
mais próximas umas das outras nesse compartimento do relevo.
III. Sabendo-se que a distância linear entre os morros A e B é de 4 cm, a distância real entre os dois pontos, utilizando-
se a Escala indicada no mapa será de, aproximadamente, 2.000 metros.

É correto o que se afirma em:


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

33. A escala cartográfica expressa as dimensões presentes em um mapa e a sua correspondência no terreno, ou seja,
é uma abstração adotada que permite transpor a realidade terrestre para o mapa mantendo as proporções.
Considerando a distância de 6 cm entre dois municípios em um mapa com escala numérica de 1:1.000.000, qual é a
distância, em linha reta, entre eles?
a) 0,6 km
b) 6 km
c) 6,6 km
d) 60 km
e) 600 km

34. Observe a imagem abaixo.


11

A anamorfose geográfica é um recurso cartográfico que representa as superfícies dos países em áreas proporcionais
a uma determinada quantidade. A anamorfose acima representa
a) a população mundial.
b) o Produto Interno Bruto.
c) as reservas de petróleo.
d) a produção de energia hidrelétrica.
e) a taxa de mortalidade infantil.

35. Observando as características ilustradas nas projeções cartográficas a seguir, é correto afirmar-se que:

a) as duas projeções apresentam visões diferentes de mundo, porém Mercator enfatiza a importância do Sul do planeta
e Peters do Norte desenvolvido.
b) a projeção de Mercator retrata uma visão de mundo na qual o Hemisfério Sul possui domínio geopolítico.
c) as projeções de Mercator e Peters apresentam visões diferentes de mundo. A primeira valoriza os continentes do
Hemisfério Norte e a segunda dá destaque aos continentes do Hemisférios Sul.
d) na projeção de Peters os continentes do Hemisfério Norte são menores em função da deformidade feita através do
alongamento das áreas de elevadas latitudes.
e) as projeções apresentadas no mapa não possuem deformações em suas representações do espaço, apenas
possuem visões diferentes de mundo.

36. Um casal de turistas chilenos resolveu conhecer, em suas férias de final de ano, as belezas naturais do município
de Bonito, Estado de Mato Grosso do Sul. Em um mapa da cidade, observaram que a distância da Gruta do Lago Azul
até o Abismo Anhumas era de 2 km. No mapa, a medida estava em 2 cm, o que nos permite afirmar que a escala
cartográfica era de:
a) 1: 200.000
b) 1: 150.000
c) 1: 100.000
d) 1: 40.000
e) 1: 50.000

37. A partir de seus conhecimentos sobre projeções cartográficas e analisando a que foi utilizada no mapa a seguir,
você pode afirmar que se trata da projeção:
12

a) cilíndrica de Mercator, adequada para estabelecer a direção das rotas comerciais marítimas.
b) polar, adequada para representações geoestratégicas e geopolíticas.
c) cilíndrica de Peters, adequada para representar a área dos continentes, sem deformações.
d) cilíndrica, adequada para a representação centrada nas regiões polares.
e) cônica, adequada para representar as regiões de latitudes médias.

38. O geógrafo Milton Santos definiu uma região concentrada no Brasil. Ela é formada pela elevada densidade dos
setores de serviços e industrial, configurando um meio técnico-científico informacional que corresponde aos setores
econômicos mais avançados do país. Assinale a alternativa que indica corretamente a região concentrada.

Alternativa d

39. Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do Brasil em três regiões
geoeconômicas. Essa proposta se baseia no processo histórico e econômico de formação do território brasileiro.

Sobre as principais características dessa divisão regional, é correto afirmar-se que:


a) a região Nordeste, representada pelo número 2, é considerada a região do futuro, com uma economia baseada no
extrativismo vegetal e baixa densidade demográfica.
13

b) a região Centro-Sul, representada pelo número 1, é o conjunto regional mais dinâmico do país, com grande parque
industrial e agropecuária moderna.
c) a região da Amazônia, representada pelo número 3, possui atividades econômicas relacionadas ao setor industrial
e pecuária extensiva.
d) a proposta regional de Pedro Pinchas leva em consideração a federação brasileira, respeitando os limites dos
estados em cada região do país.
e) as regiões geoeconômicas do Brasil são consideras oficiais por parte do Governo; essa divisão do território brasileiro
é atualizada a cada censo demográfico do país.

40. O Brasil tem uma extensa área territorial, rica em recursos minerais. Neste sentido, é muito importante conhecer
as dimensões e distâncias do nosso país. Leia as afirmações abaixo e assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
I. O Brasil é chamado de país de dimensões continentais, devido à distância entre seus pontos extremos, à extensão
litorânea, à extensão das fronteiras terrestres e à sua área territorial.
II. Além do vasto território continental, algumas ilhas oceânicas no Atlântico Sul também fazem parte do território
nacional.
III. O território brasileiro está situado totalmente a oeste do meridiano de Greenwich. Portanto, está inteiramente no
hemisfério oriental.
a) I e II.
b) I e III.
c) I.
d) II e III.
e) I, II e III.

41.

Sobre a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) conforme delimitado na figura, é correto afirmar que:
a) A ZEE é uma área exclusiva para livre circulação de embarcações, públicas ou privadas, priorizando os cruzeiros
marítimos.
b) É uma linha imaginária na qual as embarcações têm direito somente à pesca de peixes e crustáceos sem autorização
necessária dos órgãos fiscalizadores.
c) A ZEE é uma faixa que se estende por 200 milhas náuticas a partir do mar territorial, na qual os recursos disponíveis
podem ser explorados pelo país.
d) É uma faixa limite, determinada de acordo com os limites dos municípios litorâneos para a exploração de recursos
marítimos com vistas à exportação para os países do Mercosul.
e) É uma faixa litorânea que se estende por 12 milhas náuticas, as quais o país costeiro tem plena soberania sobre
todos os recursos existentes nas águas e no subsolo, além de controlar o espaço aéreo dessa área.

42. Por causa do movimento de rotação da Terra, diferentes pontos longitudinais da superfície terrestre têm horários
diversos. Tendo por base a estrutura dos fusos horários, é correto afirmar que:
a) Se em Fernando de Noronha (PE) são 20 horas do dia 30 de dezembro, em Rio Branco (AC) são 17 horas do mesmo
dia.
14

b) Muitos países fizeram adaptações aos limites teóricos de seus fusos, utilizando vários paralelos para estabelecerem
os limites práticos dos fusos.
c) A partir do Meridiano de Greenwich, as horas vão aumentando para oeste e diminuindo para leste.
d) Atualmente, o Brasil tem três fusos horários, e o estado do Maranhão está dividido em dois fusos diferentes.
e) Existem 24 fusos no planeta, cada um deles equivalendo a 15 de latitude.

43. Leia as informações apresentadas no quadro a seguir.

Uma estudante de Ensino Médio realizou um intercâmbio para aprimorar seus conhecimentos de língua estrangeira,
no caso, o italiano. Depois de cinco meses na Itália, a mesma estudante retornou ao Brasil em voo que saiu de Roma
às 5 horas (hora local) do dia 25 de agosto de 2022. Após 14 horas de voo, o avião aterrizou no aeroporto de Rio
Branco (AC), local de residência da estudante. Considerando-se os diferentes fusos horários, o horário (hora local) de
chegada da estudante a Rio Branco (AC) foi:
a) 10 horas.
b) 11 horas.
c) 12 horas.
d) 13 horas.
e) 14 horas.

44. Um avião parte de Rio Branco (Acre) às 10 horas da manhã do dia 15 de abril com destino ao Rio de Janeiro. O
tempo de viagem é de 4 horas.
BRASIL: FUSOS HORÁRIOS

Pergunta-se:
I - Hora no Rio de Janeiro no momento da decolagem.
II - Hora que o relógio do passageiro estaria marcando na chegada ao Rio de Janeiro, caso o relógio não tivesse sido
acertado.
III - Hora no Rio de Janeiro no momento do pouso.
IV - Hora em Rio Branco no momento do pouso no Rio de Janeiro.
V - Hora em Londres (fuso central - meridiano de Greenwich) no momento da decolagem de Rio Branco.

As respostas corretas são, respectivamente


a) 15 h, 14 h, 16 h, 14 h, 12 h
b) 10 h, 16 h, 14 h, 14 h, 15 h
c) 12 h, 14 h, 16 h, 14 h, 15 h
d) 12 h, 14 h, 14 h, 16 h, 15 h
e) 10 h, 12 h, 14 h, 14 h, 16 h

45. A linha internacional de mudança de data é uma linha imaginária posicionada próxima ao meridiano 180° ou
diametralmente oposta ao meridiano de Greenwich, cortando o oceano Pacífico. Uma característica dessa linha está
na sua forma irregular, o que evita que um país tenha a mesma hora e dias diferentes, conforme ilustra a imagem a
seguir.
15

Adaptado de Paulo Márcio Leal de Menezes e Manoel do


Couto Fernandes, Roteiros de Cartografia. São Paulo: Oficina
de Textos, 2018. p. 113.)

A partir da leitura do enunciado e da análise da figura, Podemos concluir que:


a) um navio que parte do Japão em direção à costa oeste dos Estados Unidos, ao cruzar a linha internacional de data,
terá que notificar em seus registros que adiantou um dia no calendário civil official.
b) cruzeiros turísticos podem antecipar a comemoração do Réveillon, ao cruzarem a linha internacional de data na
noite do dia 30 de dezembro, desde que esse deslocamento se dê no sentido oeste.
c) um navio que parte do costa oeste dos Estados Unidos em direção ao Japão, ao cruzar a linha internacional de data,
terá que notificar em seus registros que atrasou um dia no calendário civil official.
d) cruzeiros turísticos podem antecipar a comemoração do Reveillon, ao cruzarem a linha internacional de data na
noite do dia 30 de dezembro, desde que esse deslocamento se dê no sentido leste.
e) um navio que parte do Chile em direção à Austrália, ao cruzar a linha internacional de data, terá que notificar em
seus registros que atrasou um dia no calendário civil official.

Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil Vicente
(1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas
(embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele mesmo fazendo a 1baixa começou a dançar, dizendo

Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;


Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: 2Deo gratias! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o 3tordião?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu 4tangerei
e faremos um serão.
E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
Não vos punham lá censura
no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa 5clausura!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
E este 6hábito não me 7val?
Diabo: Gentil padre 8mundanal,
a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
16

Pela fé de Jesus Cristo,


que eu não posso entender isto!
Eu hei de ser condenado?
Um padre tão namorado
e tanto dado à virtude?
Assim Deus me dê saúde,
que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais 9detença
embarcai e partiremos;
tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na 10avença.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
Não vai em tal caravela
minha senhora Florença?
Como? Por ser namorado
e folgar c’uma mulher?
Se há um frade de perder,
com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
haveis de ser cá 11pingado…
(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

Vocabulário: 1baixa: dança popular no século XVI.; 2Deo gratias: graças a Deus.; 3tordião: outra dança popular no
século XVI.; 4tanger: fazer soar um instrumento.; 5clausura: convento.; 6hábito: traje religioso.; 7val: vale.; 8mundanal:
mundano.; 9detença: demora.; 10avença: acordo.; 11ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo
o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno).

46. No excerto, o escritor satiriza, sobretudo,


a) o relaxamento dos costumes do clero.
b) a compra do perdão para os pecados cometidos.
c) preocupação do clero com a riqueza material.
d) o desmantelamento da hierarquia eclesiástica.
e) a concessão do perdão a almas pecadoras.

47. Assinale a alternativa correta no que se refere à obra e ao Humanismo em Portugal.


a) O destino do frade é exemplar no que se refere à principal característica da obra de Gil Vicente: a crítica severa, de
sabor renascentista, à Igreja Católica, de cuja moral se distancia a obra do dramaturgo.
b) A proposta do teatro vicentino alegórico – especialmente a Trilogia das Barcas – era a montagem de peças
complexas, de linguagem rebuscada, distante do falar popular, para criticar, nos termos da moral medieval, os homens
do povo.
c) A imagem cômica, mas condenável, de um frade que canta, dança e namora, trazendo consigo uma dama, é exemplo
cabal do pressuposto das peças de Gil Vicente de que, rindo, é possível corrigir os costumes.
d) O frade terá como destino o inferno porque é homem “mundanal”, ligado aos gozos do mundo material, em cujo
pano de fundo percebe-se o sistema de valores do homem medieval, para o qual não há salvação após a morte.
e) O sistema de valores que pode ser entrevisto nas peças de Gil Vicente, e especialmente no Auto da Barca do Inferno,
revela uma mentalidade avessa aos valores da Idade Média.

48. Gil Vicente escreveu o Auto da Barca do Inferno em 1517, no momento em que eclodia na Alemanha a Reforma
Protestante, com a crítica veemente de Lutero ao mau clero dominante na igreja. Nesta obra, há a figura do frade,
severamente censurado como um sacerdote negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo NÃO se presta a
caracterizar, na referida peça, os erros cometidos pelo religioso.
a) Não cumprir os votos de celibato, mantendo a concubina Florença.
b) Entregar-se a práticas mundanas, como a dança.
c) Praticar esgrima e usar armamentos de guerra, proibidos aos clérigos.
d) Transformar a religião em manifestação formal, ao automatizar os ritos litúrgicos.
e) Praticar a avareza como cúmplice do fidalgo, e a exploração da prostituição em parceria com a alcoviteira.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


“Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci”
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Leonardo da Vinci (1452-1519), um dos maiores gênios da humanidade, não foi só o pintor de Mona Lisa, a obra
mais famosa já pintada, reproduzida e parodiada de todos os tempos; ele também era matemático, engenheiro,
cientista, inventor, botânico, poeta e músico. Por volta de 1490, Da Vinci produziu vários desenhos para um diário.
Entre eles, está o celebre Homem Vitruviano, baseado em uma passagem do arquiteto Marcus Vitruvius Pollio na sua
série de dez livros intitulada “De Architectura”, em que, no terceiro livro, são descritas as proporções do corpo humano
masculino.

Na época em que chegou aos trinta anos, Leonardo da Vinci escreveu uma carta ao governador de Milão listando os
motivos pelos quais o governante deveria lhe dar um emprego. Nos primeiros dez parágrafos, enalteceu seus talentos
como engenheiro, incluindo as habilidades em projetar pontes, canais, canhões, veículos blindados e edifícios públicos.
Foi só no décimo primeiro parágrafo que ele mencionou que também era artista. “Da mesma forma, na pintura, eu
posso fazer tudo que for possível”, escreveu ele. E podia mesmo. Ele se tornaria o criador de duas das pinturas mais
famosas da história, A Última Ceia e Mona Lisa. Mas, na sua cabeça, ele era um homem tanto das artes quanto da
ciência e da engenharia. Por isso, mergulhou em estudos revolucionários sobre anatomia, fósseis, pássaros, coração,
máquinas voadoras, ótica, botânica, geologia, dinâmica das águas e armamentos. Foi assim que ele se consagrou
como arquétipo do Homem da Renascença, uma inspiração para todos que acreditavam que as “infinitas obras da
natureza”, como ele mencionava, estavam interligadas em uma só unidade, repleta de padrões maravilhosos. Sua
habilidade em combinar arte e ciência, convertida em ícone graças à sua representação de um homem de proporções
perfeitas com os braços e as pernas abertos dentro de um círculo e um quadrado, conhecida como o Homem Vitruviano,
fez dele um dos grandes gênios da história. Tal desenho é visto em raras ocasiões, porque a exposição prolongada à
luz poderia apagá-lo; por esse motivo, ele é mantido em uma sala trancada no quarto andar da Gallerie dell’Accademia,
em Veneza.
http://www.elivros.love/livro/baixar-livro-leonardo-da-vinci-walter-isaaxson-em-epub-pdf-mobi-ou-ler-online.

49. De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) a obra o Homem Vitruviano consagrou Leonardo da Vinci como um dos pintores mais célebres de sua época.
b) o interesse de Leonardo da Vinci era plural e ele enxergava uma intersecção entre arte e ciência.
c) o conteúdo da carta escrita por Leonardo da Vinci revela um tom despótico que se sustenta pelo grande talento que
ele tinha para a pintura.
d) o título de “arquétipo do Homem da Renascença” deve-se à habilidade do artista em concentrar, em um mesmo
escopo, figuras geométricas díspares como o círculo e o quadrado.
e) o material frágil em que o Homem Vitruviano foi desenhado evidencia as dificuldades financeiras de Leonardo da
Vinci.

50. A imagem é considerada uma das referências do movimento artístico e cultural denominado Renascimento. Analise
atentamente.
18

Essa imagem pode ser considerada renascentista porque:


a) representa as personagens de forma simbólica e recorre a temas da doutrina cristã.
b) reforça a perspectiva teocêntrica, ao representar a virgem Maria no centro da composição pictórica.
c) retoma o tema da pureza da alma feminina estabelecendo uma releitura narrativa sobre o pecado original.
d) adota o contraste dramático entre tons claros e escuros em sintonia com as tensões religiosas do período.
e) utiliza a técnica da perspectiva tridimensional, que provoca a ilusão de profundidade e espaço.

51. Sempre que se evoca o tema do Renascimento, a imagem que imediatamente nos vem à mente é a dos grandes
artistas plásticos e de suas obras mais famosas, amplamente reproduzidas e difundidas até os nossos dias, como a
Monalisa e a Última ceia, de Leonardo da Vinci, o Juízo final, a Pietá e o Moisés, de Michelangelo, assim como as
inúmeras e suaves Madonas, de Rafael, que permanecem ainda como modelo mais frequente de representação da
mãe de Cristo. Como veremos, de fato, as artes plásticas acabaram se convertendo num centro de convergência de
todas as principais tendências da cultura renascentista.
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Atual, 1988 (adaptado).

Esse movimento cultural, inserido no processo de transição da modernidade europeia, caracterizou-se pela
a) validação da teoria geocêntrica.
b) valorização da integração religiosa.
c) afirmação dos princípios humanistas.
d) legitimação das tradições aristocráticas.
e) incorporação das representações góticas.

52. Na ribeira do Eufrates assentado,


Discorrendo me achei pela memória
Aquele breve bem, aquela glória,
Que em ti, doce Sião, tinha passado.

Da causa de meus males perguntado


Me foi: Como não cantas a história
De teu passado bem e da vitória
Que sempre de teu mal hás alcançado?

Não sabes, que a quem canta se lhe esquece


O mal, inda que grave e rigoroso?
Canta, pois, e não chores dessa sorte.

Respondi com suspiros: Quando cresce


A muita saudade, o piedoso
Remédio é não cantar senão a morte.
(Luís de Camões, 20 sonetos. Org. Sheila Hue. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p.113).

Considerando as características formais e o núcleo temático, é correto afirmar que o poema retoma o dito popular
a) “longe dos olhos, perto do coração”.
b) “mais vale cantar mal que chorar bem”.
c) “a cada canto seu Espírito Santo”.
d) “quem canta seus males espanta”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O dia em que nasci moura e pereça
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O dia em que nasci moura e pereça,


Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.

A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,


Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,


Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
CAMÕES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: L&PM, 1998.

53. No poema de Camões a visão de mundo expressa pelo eu lírico está baseada na ideia de:
a) alegria de viver.
b) valorização da natureza.
c) sentimento órfico.
d) manifestação divina.
e) desconcerto do mundo.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


[...] o professor e escritor português Helder Macedo, que, no ensaio Camões e a viagem iniciática, irá contestar a
teoria da castidade do poeta Camões, argumentando que o autor Luís de Camões, à frente do seu tempo, teria, na
verdade, procurado e desenvolvido uma nova filosofia na qual os valores até então inconciliáveis do homem (o corpo
e a alma) pudessem, na sua poesia, finalmente se combinar.
Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa quinhentista, que ainda apresentava como grandes ícones
poéticos os renascentistas italianos Dante e Petrarca, que, como dissemos, eram defensores do amor não carnal e em
cujos versos a figura feminina era via de regra vista como símbolo de pureza. Entretanto, se estes dois poetas
aprovisionam o seu fazer poético de um caráter platônico indubitável (e não o fazem apenas na arte, mas também na
vida, haja vista as biográficas paixões inalcançáveis que estes nutriam pelas mulheres que se tornariam as suas
respectivas musas poéticas: Beatriz e Laura), a mesma certeza não se pode ter em relação ao poeta português. Isto
porque viver na Europa quinhentista não faz necessariamente de Luís de Camões um quinhentista genuíno, no sentido
ideológico e não temporal da palavra, não insere obrigatoriamente Camões no pensamento do seu tempo, a coadunar,
parcial ou totalmente, com a visão de mundo vigente. E serão estas duas possibilidades, estes inegociáveis estar e
não estar camonianos em sua época, que provocarão as dubiedades semânticas que podemos observar com
frequência nas leituras críticas de sua poesia. Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou Pede o desejo,
Camões, que vos leia.
http://www.revistavoos.com.br/seer/index.php/voos/article/view/46/01_Vol2_VOOS2009_CL20>.

54. Baseando-se estritamente no ponto de vista teorizado no texto acima (e não no sentido amplo da obra camoniana),
Camões poderia ser vinculado a uma das definições abaixo, que caracterizam períodos da História da Literatura.
Assinale-a:
a) “Obediente a estritas normas de cortesia – o ‘amor cortês’ –, rendia vassalagem absoluta à dama, prometia servi-la
e respeitá-la fielmente, ser discreto embora ciumento, empalidecer na sua presença...”
b) “visão de mundo centrada na ideia do valor essencial e supremo do Homem, em oposição às teorias que privilegiam
a Natureza, a realidade física ou concreta.”
c) “Entendido ora como liame entre a Renascença e o Barroco, ora como uma tendência autônoma e diferenciada...”
“É marcado pela contradição e o conflito e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições.”
d) “A envolvente estesia verbal ... ‘distraía’ a consciência do pecado ou do erro, simbolizado na prática de uma vida
não cristã e não católica.”
e) “...pregavam, na esteira de Horácio, a ‘áurea mediocridade’, ou seja, a dourada mediania existencial, transcorrida
sem sobressaltos, sem paixões ou desejos.”

55. Ainda segundo o texto:


a) Camões não se enquadra cronologicamente no quinhentismo, mas sim ideologicamente.
b) a consciência das tensões entre corpo e alma, “estar” e “não estar”, faz de Camões um poeta à frente de seu tempo.
c) alvos da crítica literária, as contradições semânticas são frequentes na produção poética camoniana.
d) Camões produziu uma teoria da castidade, ao defender o amor puro, não material, não carnal.
e) a busca da conciliação entre matéria e espírito, corpo e alma, é um traço típico da lírica camoniana.
20

56. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,


muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,


diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,


que já coberto foi de neve fria, e, enfim,
converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,


outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía*.
Luís Vaz de Camões
*soía: Imperfeito do indicativo do verbo soer, que significa costumar, ser de costume

Assinale a alternativa em que se analisa corretamente o sentido dos versos de Camões.


a) O foco temático do soneto está relacionado à instabilidade do ser humano, eternamente insatisfeito com as suas
condições de vida e com a inevitabilidade da morte.
b) Pode-se inferir, a partir da leitura dos dois tercetos, que, com o passar do tempo, a recusa da instabilidade se torna
maior, graças à sabedoria e à experiência adquiridas.
c) Ao tratar de mudanças e da passagem do tempo, o soneto expressa a ideia de circularidade, já que ele se baseia
no postulado da imutabilidade.
d) Na segunda estrofe, o eu lírico vê com pessimismo as mudanças que se operam no mundo, porque constata que
elas são geradoras de um mal cuja dor não pode ser superada.
e) As duas últimas estrofes autorizam concluir que a ideia de que nada é permanente não passa de uma ilusão.

57. Tu só, tu, puro amor, com força crua


Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.

Estavas, linda Inês, posta em sossego,


De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes ensinando e às ervinhas,
O nome que no peito escrito tinhas.

"Os Lusíadas", obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos
em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte,
é considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo, pode
afirmar-se que seu núcleo central
a) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.
b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos.
c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono de Portugal.
d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peito escrito tinha.
e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação ao trono português.

58. Leia o soneto a seguir, de Luís de Camões.


Um mover de olhos, brando e piedoso,
sem ver de quê; um riso brando e honesto,
quase forçado, um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso;

um despejo quieto e vergonhoso;


21

um desejo gravíssimo e modesto;


uma pura bondade manifesto
indício da alma, limpo e gracioso;

um encolhido ousar, uma brandura;


um medo sem ter culpa, um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste formosura


da minha Circe, e o mágico veneno
que pôde transformar meu pensamento.

Em relação ao poema acima, considere as seguintes afirmações.


I - O poeta elabora um modelo de mulher perfeita e superior, idealizando a figura feminina.
II - O poeta não se deixa seduzir pela beleza feminina, assumindo uma atitude de insensibilidade.
III - O poeta sugere o desejo erótico ao se referir à figura mitológica de Circe.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

59. Leia o poema a seguir, de Luís de Camões.

Transforma-se o amador na cousa amada,


por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,


que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semideia,


que, como o acidente em seu sujeito,
assim coa alma minha se conforma,

Está no pensamento como ideia;


[e] o vivo e puro amor de que sou feito,
como a matéria simples busca a forma.

Com base no poema e em seu contexto, afirma-se:


I. Criado no século XVI, o poema apresenta um eu lírico que reflete sobre o amor e sobre os efeitos desse sentimento
no ser apaixonado.
II. Camões é também o criador de Os Lusíadas, a mais famosa epopeia produzida em língua portuguesa, que tem
como grande herói o povo português, representado por Vasco da Gama.
III. Uma das características composicionais do poema é a presença de inversões sintáticas.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são


a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

60. Leia estas estrofes iniciais de "Os Lusíadas", poema datado de 1572:
As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
22

Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas


Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano


As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
(CAMÕES, Luís de. "Os Lusíadas". Porto: Porto Editora, 1975. p. 69.)

Com base na leitura dessas estrofes, é CORRETO afirmar que a ideia central do poema é
a) narrar a saga marítima portuguesa, ou seja, os feitos relacionados às expedições oceânicas realizadas pelos lusos
a partir do século XV.
b) exaltar a religião reformada e os valores puritanos, num contexto em que a Europa se expandia na direção de novos
mundos.
c) louvar os modelos antigos até então referenciais para a cultura europeia, como as epopeias homéricas e os feitos
de heróis gregos e romanos.
d) relatar os acontecimentos mais marcantes da conquista e colonização das terras brasileiras, visando a gravá-los na
memória dos contemporâneos.

Leia o trecho da canção “Take It Back” da banda Inglesa Pink Floyd e responda ao que se pede.
Her love rains down on me
Easy as the breeze
I listen to her breathing
It sounds like the waves on the sea
I was thinking all about her
Burning with rage and desire
We were spinning into darkness
The earth was on fire

She could take it back


She might take it back someday
https://www.letras.mus.br/pink-floyd/82699/

61. Sabendo que a canção é uma metáfora para as consequências da atividade humana no meio ambiente, no trecho
“We were spinning into darkness…”, o termo destacado refere-se a:
a) Seres humanos.
b) A mãe natureza.
c) O eu-lírico representando a humanidade e a mãe natureza.
d) Sid Berret, lendário vocalista.
e) Todos nós.

62. Qual dos trechos a seguir está no past continuous?


a) “She could take it back”.
b) “The earth was on fire”.
c) “I listen to her breathing”.
d) “Burning with rage and desire”.
e) “I was thinking all about her”.

63. O humor do cartum deriva, sobretudo:


23

a) das baleias serem animais em perigo de extinção.


b) da quebra da expectativa gerada pelo exagero ao aumento do nível dos mares.
c) da quebra da expectativa de Nova York ter baleias azuis no rio Hudson.
d) do paradigma da extinção de grandes mamíferos marinhos ante ao aumento do nível dos mares.
e) ao fato do pronome “they" referir-se a todos os seres humanos.

By 2050, sea level along contiguous U.S. coastlines could rise as much as 12 inches (30 centimeters) above
today’s waterline, according to researchers who analyzed nearly three decades of satellite observations.
The results from the NASA Sea Level Change Team could help refine near-term projections for coastal communities
that are bracing for increases in both catastrophic and nuisance flooding in coming years.
Global sea level has been rising for decades in response to a warming climate, and multiple lines of evidence
indicate the rise is accelerating. The new findings support the higher-range scenarios outlined in an interagency
report released in February 2022. That report, developed by several federal agencies – including NASA, the National
Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), and the U.S. Geological Survey – expect significant sea level rise
over the next 30 years by region. They projected 10 to 14 inches (25 to 35 centimeters) of rise on average for the East
Coast, 14 to 18 inches (35 to 45 centimeters) for the Gulf Coast, and 4 to 8 inches (10 to 20 centimeters) for the West
Coast.
https://climate.nasa.gov
64. O estudo citado no texto
a) estará completo apenas em 2050.
b) prevê um aumento de até 45 cm de aumento do nível do mar em toda América do Norte.
c) prevê que, nos próximos 30 anos, o nível do mar na costa Oeste americana subirá pelo menos 10 cm.
d) vai em oposição ao estudo apresentado pela NOAA.
e) é possível apenas com o uso de avançados satélites da NASA.

65. O trecho do texto “The new findings support the higher-range scenarios…” encontra-se em qual tempo verbal?
a) simple present.
b) present continuous.
c) future.
d) simple past.
e) present perfect.

Usted va a leer un texto sobre La Malinche, personaje mexicano de la época de los conquistadores. Luego marque la
respuesta correcta en las próximas cinco cuestiones.
(Glosario: varón* = hombre; aunque** = ainda que)

Malinche fue una indígena mesoamericana, intérprete y compañera de Hernán Cortés. Fue una mujer fundamental
en el proceso de conquista de México. Nació en 1500, fue hija de un hombre importante del Imperio azteca y su lengua
era el náhuatl. Recibió un tratamiento reverencial por su clase social.
Al morir su padre, la madre contrajo matrimonio con otro hombre y de esta unión nació un hijo varón. Aunque ella
era la heredera legítima, su madre y su padrastro favorecieron al nuevo bebé. Apartaron de sus vidas a Malinche para
que el nuevo niño se convirtiera en heredero único. La pequeña Malinche fue vendida a un grupo de mercaderes. En
Tabasco, aprendió la lengua maya propia de la región. Por entonces, Hernán Cortés había llegado a Tabasco con su
intérprete, Jerónimo de Aguilar. Este había aprendido el maya después de naufragar y ser esclavizado por los mayas
de Yucatán.
24

El conquistador Hernán Cortés recibió la visita de un grupo enviado por el señor de Potochtlan, quien quiso
homenajear a los conquistadores con numerosos regalos, entre los cuales había joyas, alimentos y veinte jóvenes
esclavas. Las jóvenes fueron repartidas entre los hombres de Cortés, y Malinche fue asignada a Alonso Hernández
Portocarrero.
Un día, unos soldados escucharon que Malinche conversaba con una mujer de origen mexica en lengua maya.
Cortés la mandó llamar para asegurarse de que hablaba tanto el maya como el náhuatl. El Conquistador quedó
maravillado, porque con eso tenía resuelto el problema de cómo entenderse con los aztecas, y eso iba de acuerdo con
sus planes, el deseo de conocer el reino de Moctezuma y su capital, México-Tenochtitlan. Desde entonces, Malinche
se convirtió en la amante de Cortés así cono en su intérprete personal.
Cuando Cortés llegó a las regiones de habla náhuatl, ella interpretaba entre el náhuatl y el maya para Aguilar, y
este interpretaba entre el maya y el español. Malinche dejó de ser una mujer de servicio sexual y se convirtió en la
inseparable compañera de Cortés. Se encargó también de explicar al conquistador la forma de pensar y las creencias
de los antiguos mexicanos.
Las relaciones de la joven amante con Cortés fueron muy estrechas, convirtiéndose en su intérprete consejera.
Pronto habló español. En 1523, Malinche tuvo un hijo de Cortés, Ilamado Martin, el primogénito aunque** ilegitimo, a
quien Cortés reconoció más tarde. Una vez acabada la conquista, Cortés decidió casarla con uno de sus capitanes,
Juan Jaramillo. Por entonces, ya había sido repudiada por Cortés. Se cree que Malinche murió misteriosamente en
1529 aunque tal vez fue asesinada para que no declarase en el juicio que le estaban haciendo a Cortés. Fue la madre
simbólica del mestizaje en México.

66. Según el texto, la Malinche:


a) fue hija de un hombre importante del Imperio maya
b) pertenecía a una familia pobre.
c) era indígena de clase alta.
d) tuvo un padre conquistador.
e) tenía otro hermano del padre y madre

67. En el texto se dice que unos comerciantes:


a) aprendieron a hablar en náhuatl con la Malinche
b) usaron a la Malinche como intérprete
c) compraron a la Malinche.
d) regalaron a la Malinche a Cortés.
e) vivieron en una zona donde se hablaba maya.

68. Según el texto, la Malinche:


a) hablaba maya porque era su lengua materna.
b) podía hablar con personas de diferentes regiones mexicanas.
c) traducía del maya al español desde un principio.
d) enseñó náhuatl a Jerónimo de Aguilar
e) aprendió maya en Yucatán

69. Cortés utilizó a la Malinche:


a) como secretaria.
b) como guía debido a sus conocimientos de geografía.
c) como dama de compañía e intérprete
d) como traductora y espía.
e) como amante, traductora y cocinera.

70. En el texto se informa que:


a) Cortés vendió a la Malinche a otro hombre
b) Cortés asesinó a la Malinche
c) la muerte de la Malinche está relacionada con un proceso jurídico a Cortés
d) Cortés y la Malinche no tuvieron descendencia.
e) La Malinche se convirtió al catolicismo.

Texto para as 2 próximas questões.:


Éramos três condenados à crônica diária: Rubem no Diário de Notícias, Paulo no Diário Carioca e eu no O Jornal. Não
raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do bar, servia de tema para mais de um de nós. Às vezes para os três.
Quando caiu um edifício no bairro Peixoto, por exemplo, três crônicas foram por coincidência publicadas no dia
seguinte, intituladas respectivamente: “Mas não cai?”, “Vai cair” e “Caiu”.
Até que um dia, numa hora de aperto, Rubem perdeu a cerimônia:
— Será que você teria aí uma crônica pequenininha para me emprestar?
Procurei nos meus guardados e encontrei uma que talvez servisse: sobre um menino que me pediu um cruzeiro para
tomar uma sopa, foi seguido por mim até uma miserável casa de pasto da Lapa: a sopa existia mesmo, e por aquele
preço. Chamava-se “O preço da sopa”. Rubem deu uma melhorada na história, trocou “casa de pasto” por “restaurante”,
elevou o preço para cinco cruzeiros, pôs o título mais simples de “A sopa”.
25

Tempos mais tarde chegou a minha vez — nada


como se valer de um amigo nas horas difíceis:— Uma crônica usada, de que você não precisa mais, qualquer uma
serve.
— Vou ver o que posso fazer — prometeu ele.
Acabou me dando de volta a da sopa.
— Logo esta? — protestei.
— As outras estão muito gastas.
Sou pobre mas não sou soberbo. Ajeitei a crônica como pude, toquei-lhe uns remendos, atualizei o preço para dez
cruzeiros e liquidei de vez com ela, sob o título:
“Esta sopa vai acabar”.

Eternamente deleitável ou imediatamente deletável — depende menos do tema do que das artes do autor —, a crônica
pode não ser um “gênero de primeira necessidade, a não ser talvez para os escritores que a praticam”, como sustentava
Luís Martins — um dos recordistas brasileiros nesse ramo de escreveção. Um subgênero, há quem desdenhe.
“Literatura em mangas de camisa”, diz-se em Portugal. Mas, para o crítico Wilson Martins, trata-se de uma “espécie
literária” que de jornalístico “só tem o fato todo circunstancial de aparecer em periódicos.”
(Humberto Werneck (org.). Boa companhia: crônicas, 2005. Adaptado.)

71. Para evitar sua repetição, omite-se um substantivo que pode ser facilmente identificado pelo contexto linguístico
em:
a) “Sou pobre mas não sou soberbo.” (12º parágrafo)
b) “Um subgênero, há quem desdenhe.” (13º parágrafo)
c) “‘Literatura em mangas de camisa’, diz-se em Portugal.” (13º parágrafo)
d) “Acabou me dando de volta a da sopa.” (9º parágrafo)
e) “Não raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do bar, servia de tema para mais de um de nós.” (2º parágrafo)

72. Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:


a) “chegaram a permutar, na moita, velhos recortes” (1º parágrafo).
b) “Quando caiu um edifício no bairro Peixoto” (2º parágrafo).
c) “nada como se valer de um amigo nas horas difíceis” (6º parágrafo).
d) “por longos anos obrigados a desovar crônicas diárias” (1º parágrafo).
e) “o fato todo circunstancial de aparecer em periódicos” (13º parágrafo).

73. A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em:
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

Considere os versos do poema “As trevas”, que integra a obra Espumas flutuantes, de Castro Alves, para responder à
questão a seguir.

“Tive um sonho em tudo não foi sonho!...

O sol brilhante se apagava: e os astros,


Do eterno espaço na penumbra escura,
Sem raios, e sem trilhos, vagueavam.
A terra fria balouçava cega
E tétrica no espaço ermo de lua.
A manhã ia... vinha ... e regressava...
Mas não trazia o dia! Os homens pasmos
Esqueciam no horror dessas ruínas
Suas paixões: E as almas conglobadas
Gelavam-se num grito de egoísmo
Que demandava ‘luz’. Junto às fogueiras
Abrigavam-se... e os tronos e os palácios,
Os palácios dos reis, o albergue e a choça
Ardiam por fanais. Tinham nas chamas
As cidades morrido. Em torno às brasas
Dos seus lares os homens se grupavam,
P’ra à vez extrema se fitarem juntos.
Feliz de quem vivia junto às lavas
Dos vulcões sob a tocha alcantilada!”

74. As figuras de linguagem estão presentes em textos poéticos e produzem expressividade no discurso, criando efeitos
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de sentido variados. Assinale a alternativa que nomeia a figura em destaque nos seguintes versos: “E as almas
conglobadas / Gelavam-se num grito de egoísmo”.
a) Aliteração.
b) Comparação.
c) Metonímia.
d) Catacrese.
e) Sinestesia

75. Leia o trecho seguinte:


Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
MORAES, Vinicius de; HOLLANDA, Chico Buarque de. Garoto.

Nesses versos do poema, o poeta fez uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões
linguísticas com o uso de uma conjunção e de um verbo no particípio para estabelecer a mesma relação entre as
frases. Essa conjunção e esse verbo estabelecem, entre as ideias relacionadas, um sentido de
a) oposição.
b) comparação.
c) alternância.
d) finalidade.
e) causa.

76. Responda à questão com base no texto abaixo.

O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela não compreensão por parte da personagem Chico Bento da figura de
linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de linguagem dá-se o nome de:
a) metáfora
b) metonímia
c) perífrase
d) sinédoque
e) catacrese

77. Carta do escritor Graciliano Ramos ao pintor Cândido Portinari

Rio – 18 – Fevereiro – 1946


27

1Caríssimo Portinari:

A sua carta chegou muito atrasada, e receio que 2esta resposta já não 3o ache 4fixando na tela a nossa pobre
gente da roça. Não há trabalho mais digno, penso eu. 5Dizem que somos pessimistas e exibimos deformações;
6
contudo as deformações e miséria existem fora da arte e são cultivadas pelos que nos censuram.
O que às vezes pergunto 7a mim mesmo, com angústia, Portinari, é 8isto: se elas desaparecessem, poderíamos
continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas desapareçam ou seremos também uns exploradores, tão
perversos como os outros, quando expomos desgraças? Dos quadros que você mostrou 9quando almocei no Cosme
Velho pela última vez, o que mais me comoveu foi aquela mãe com a criança morta. Saí de sua casa com um
pensamento horrível: numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se aquilo? Numa vida tranquila
e feliz que espécie de arte surgiria? Chego a pensar que faríamos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza.
Felizmente a dor existirá sempre, a 10nossa velha amiga, nada a suprimirá. E 11seríamos ingratos se
12desejássemos a supressão dela, não 13lhe parece? Veja como os nossos ricaços em geral são burros.

Julgo naturalmente que seria bom enforcá-los, mas se isto nos trouxesse tranquilidade e felicidade, eu ficaria
bem desgostoso, porque não nascemos para tal sensaboria. O meu desejo é que, eliminados os ricos de qualquer
modo e os sofrimentos causados por eles, venham novos sofrimentos, 14pois sem isto não temos arte.
E adeus,15 meu grande Portinari. Muitos abraços para você e para Maria.
Graciliano
sensaboria: contratempo, monotonia

Observe as seguintes afirmações:


I. Contudo (referência 6) denota sentido de acréscimo, de adição.
II. Quando (referência 9) denota sentido de temporalidade.
III. Pois (referência 14) denota sentido de explicação.

Assinale a alternativa correta.


a) Estão corretas as afirmações I e II.
b) Estão corretas as afirmações I e III.
c) Estão corretas as afirmações II e III.
d) Todas as afirmações estão corretas.
e) Nenhuma das afirmações está correta.

78. Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser,
para responder à questão.

Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor
expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O passado é
o que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos passado e futuro, precisamos definir o presente.
Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos
definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente
não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu
um momento no passado em que ele passou a existir. Segundo nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam
explicar a origem do Universo, esse momento especial é o momento da origem do Universo “clássico”. A expressão
“clássico” é usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos e subatômicos.
[...]
As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade
geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse
efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física
à sua volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)

78. “Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos
definir um período no SEU passado e no SEU futuro.” (2º parágrafo)
Os pronomes destacados no texto referem-se a
a) “separação”.
b) “presente”.
c) “caso”.
d) “tempo”.
e) “período”.

79. Texto para a questão.


28

No segundo quadrinho, ao se substituir a conjunção "quando" pela conjunção "se", o texto do balão assumiria a seguinte
forma:
a) Se eu tiver vinte e um anos, a vida se abriria para mim! Eu seria um homem! Uma pessoa real! Eu seria um indivíduo!
b) Se eu tivesse vinte e um anos, a vida se abrirá para mim! Eu vou ser um homem! Uma pessoa real! Eu vou ser um
indivíduo!
c) Se eu vou ter vinte e um anos, a vida se abriria para mim! Eu seria um homem! Uma pessoa real! Eu seria um
indivíduo!
d) Se eu tivesse vinte e um anos, a vida se abriria para mim! Eu seria um homem! Uma pessoa real! Eu seria um
indivíduo!
e) Se eu tivesse vinte e um anos, a vida se abrirá para mim! Eu serei um homem! Uma pessoa real! Eu serei um
indivíduo!

80. Leia o texto de Jacques Fux.


Literatura e Matemática
Letras e números costumam ser vistos como símbolos opostos, correspondentes a sistemas de pensamento e
linguagens completamente diferentes e, muitas vezes, incomunicáveis. Essa perspectiva, no entanto, foi muitas vezes
recusada pela própria literatura, que em diversas ocasiões valeu-se de elementos e pensamentos matemáticos como
forma de melhor explorar sua potencialidade e de amplificar suas possibilidades criativas.
A utilização da matemática no campo literário se dá por meio das diversas estruturas e rigores, mas também
através da apresentação, reflexão e transformação em matéria narrativa de problemas de ordem lógica. Nenhuma
leitura é única: o texto, por si só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no momento em que há a recepção por parte
do leitor. A matemática pode, também, potencializar o texto, tornando ainda mais amplo o seu campo de leituras
possíveis a partir de regras ou restrições.
Muitas passagens de Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, de Lewis Carroll, estão repletas
de enigmas e problemas que até os dias de hoje permitem aos leitores múltiplas interpretações. Edgar Allan Poe é
outro escritor a construir personagens que utilizam exaustivamente a lógica matemática como instrumento para a
resolução dos enigmas propostos.
Explorar as relações entre literatura e matemática é resgatar o romantismo grego da possibilidade do encontro
de todas as ciências. É fazer uma viagem pelo mundo das letras e dos números, da literatura comparada e das ficções
e romances de diversos autores que beberam (e continuarão bebendo) de diversas e potenciais fontes científicas,
poéticas e matemáticas.
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No texto, entende-se que
a) o substantivo literatura, no primeiro parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois se refere à produção escrita
informal.
b) o verbo dizer, no segundo parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois há um substantivo que possui voz
ativa.
c) o substantivo matemática, no segundo parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois as incógnitas são
representadas por letras gregas.
d) o advérbio exaustivamente, no terceiro parágrafo, está utilizado no sentido conotativo, pois está relacionado ao
cansaço dos escritores.
e) o verbo beber, no quarto parágrafo, está utilizado no sentido conotativo, pois remete ao sentido de absorver
intelectualmente.
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81. Analise a ilustração.

Journey, ilustração do artista polonês Pawel Kuczynski, é a concretização, por meio de imagens, de uma figura de
linguagem. Assinale a alternativa que identifica essa figura de linguagem e que interpreta corretamente a obra.
a) Sinestesia, pois há a fusão das sensações visuais e auditivas na representação do farfalhar dos livros.
b) Personificação, pois dá aos livros a capacidade de voar livremente como pássaros durante a sua elaboração.
c) Onomatopeia, pois representam-se os ruídos dos objetos que circulam a personagem durante uma viagem.
d) Metáfora, pois atribui-se à leitura a capacidade de transportar os indivíduos a outras realidades, comparando-a a
uma viagem.
e) Metonímia, pois o livro é utilizado como símbolo para representar o desenvolvimento cultural; e o jovem, como o
futuro da sociedade.

82. O Lutador
Lutar com palavras
é a luta mais vã
Entanto lutamos
mal rompe a manhã
(...)
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue…
Entretanto, luto.

Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
(Carlos Drummond de Andrade)
As conjunções adversativas “entanto” e “entretanto” só não podem ser substituídas por:
a) mas
b) porém
c) embora
d) todavia
e) contudo

83. Na primeira semana de aula, todos já tinham apelido. A Cláudia, que todo dia vinha à escola com tranças no cabelo,
foi apelidada de Trancinha. Mário, cujas orelhas eram imensas, passou a ser chamado de Orelha. Raul, que jogava
futebol muito bem, ouvia orgulhoso o seu apelido: Pernas de Ouro. E o Ricardo, que tinha o tique de piscar o olho, foi
maldosamente apelidado de Pisca-pisca.
Nesse texto, os alunos, ao apelidarem seus colegas, utilizaram uma figura de linguagem. Assinale-a:
a) sinédoque
b) ironia
c) metonímia
d) antonomásia
e) metáfora
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84. Analise os trechos abaixo:


1. Os poemas são pássaros que chegam/ não se sabe de onde e pousam / no livro que lês. (M. Quintana)
2. Eu e meu marido gostamos muito de ler Mário Quintana.
3. Jasmins são arbustos de flores amarelas, vermelhas ou brancas perfumadas.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) em relação aos trechos.
( ) Em 1, há presença de metáfora.
( ) Em 2, há presença de metonímia.
( ) Em 3, há presença de metáfora.
( ) Em 1 e 3, a linguagem é denotativa.
( ) Em 1, 2 e 3 a linguagem é conotativa.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


a) V • V • V • F • V
b) V • V • F • F • F
c) V • F • V • F • V
d) V • F • F • F • F
e) F • V • F • V • F

85. NAMORO A CAVALO


(...) Dei ao diabo os namoros. Escovado
Meu chapéu que sofrera no pagode
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.
(...)
Álvares de Azevedo.

A relação semântica expressa pelo termo como em “E berrando de raiva como um bode”, ocorre igualmente em:
a) “Como são cheirosas as primeiras rosas!” (Alphonsus de Guimaraens).
b) "Como tocássemos, casualmente, nuns amores ilegítimos, meio secretos meio divulgados, vi-a falar com desdém...”
(Machado de Assis).
c) “Como terá conseguido vencer, se tudo lhe eram obstáculos?” (Aurélio).
d) “Como segurava a boca do saco e a coronha da espingarda, não pôde realizar o desejo.” (Graciliano Ramos).
e) “E disse que Dito falava com cada pessoa como se ela fosse uma diferente, mas que gostava de todas como se
fossem iguais.” (Guimarães Rosa).

86 O estudo da anatomia foi uma das novidades na metodologia dos artistas, tanto pintores como escultores, na
Renascença italiana. O objetivo desses estudos era

Estudos de anatomia, Leonardo Da Vinci.

a) O objetivo era representar a beleza do ser humano mais próxima do divino.


b) O objetivo era conhecer profundamente o corpo humano para que a apresentação iconográfica ou escultórica se
aproxima-se ao máximo da sua realidade, causando uma ilusão visual no espectador.
c) O objetivo era conhecer profundamente o corpo humano para fazer uma representação iconográfica moderna.
d) O objetivo era conhecer o corpo humano, observar e estudar cada parte para depois desenvolver uma pintura
cubista.
e) O objetivo não era conhecer profundamente o corpo humano para que a apresentação iconográfica ou escultórica
se afastasse ao máximo da sua realidade.

87. Para obter informações para as suas obras, pintores como Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti, eles
a) observavam as obras de grandes mestres da pintura como o pintor neoclássico Jacques-Louis David.
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b) frequentavam as aulas de modelo vivo que eram ministradas nas academias de arte italianas.
c) pesquisavam as pinturas nas igrejas do período gótico.
d) passavam horas observando os pedestres nas ruas e depois desenhá-los a partir da memória.
e) costumavam dissecar corpos para estudar os músculos, os ossos e outros órgãos.

88. O Homem Vitruviano ou Homem de Vitrúvio é um desenho de Leonardo da Vinci (1452-1519) que foi produzido em
1490, durante o Renascimento. Esse estudo representa
a) a observação da figura utilizando pinceladas com inspiração nas pinturas japonesas de ukiyo-ê.
b) o conceito de liberdade nas obras renascentistas com referência nas obras do pintor romântico Delacroix.
c) o ideal clássico de beleza, equilíbrio, harmonia das formas e perfeição das proporções.
d) o estudo da proporção humana com traços modernistas.
e) o estudo das imagens neoclássicas com função eminentemente didática.

89. O quadro de Leonardo da Vinci, ”Mona Lisa”, revela uma das facetas do grande artista do Renascimento que
durante a vida transformou sua experiência de mundo em arte, sempre pronto a inovar.
Essa criatividade levou Leonardo da Vinci a ser conhecido como um homem que...
a) transformou a arte da escultura ao expressar através dela a grandeza da vida espiritual.
b) abdicou de sua riqueza para se dedicar à pintura de personagens da Corte de Florença.
c) se envolveu com a natureza, com a sociedade e com todos os ramos de artes, de modo tão intenso que passou a
ser conhecido como um artista-cientista.
d) se dedicou às artes e às ciências através da teoria do direito divino, aplicada nos seus exercícios de anatomia.
e) participou de várias sociedades secretas que tinham por objetivo reescrever os textos bíblicos com o intuito de
apresentar a verdadeira face de Jesus.

90. A pintura do teto da Capela Sistina, obra do mestre Michelangelo Buonarroti, foi realizada no início do século XVI.
Veja uma pequena parte dessa obra.

Analisando as características da pintura apresentada, é correto concluir que se trata de uma obra
a) medieval e cavalheiresca.
b) medieval e teocêntrica.
c) classicista e modernista.
d) renascentista e antropocêntrica.
e) renascentista e ateísta.

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