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Vice-reitor da UESPI
Evandro Alberto de Sousa
DISCIPLINA
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II
EMENTA
Educação em sua dimensão social. Sociedade, educação e escola
na perspectiva conservadora e na perspectiva crítica. Sociedade,
cultura e educação. A educação e as transformações da sociedade.
O482r Oliveira, Marcia Adriana Lima de.
Reflexões sobre sociologia aplicada à educação / Marcia
Adriana Lima de Oliveira. – Teresina : UAB/FUESPI/
NEAD, 2012.
132 p.
ISBN
CDD: 370.81
Edição Revisão
UAB - FNDE - CAPES Alvino Rodrigues de Carvalho
UESPI/NEAD Teresinha de Jesus Ferreira
Autora do Livro
Marcia Adriana Lima de Oliveira
OBJETIVOS
• Conceituar Educação e Pedagogia segundo Durkheim;
• Identificar as pontes entre Sociologia e Educação na
visão durkheimiana;
• Verificar como a educação é constituída no olhar de Marx;
• Averiguar como a família é vista na visão de Karl Marx;
• Conceituar Aparelhos Ideológicos do Estado segundo
Althusser;
• Identificar as diferenças entre os aparelhos ideológicos e
os repressivos;
• Conceituar Escola e verificar a função do aparelho
ideológico da escola no olhar de Althusser;
• Identificar a visão de Educação conforme Bourdieu;
• Verificar e identificar os saberes necessários à educação
do futuro segundo Edgar Morin
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O que vem a ser fato social, então? Bem, conforme viram em Sociologia
da Educação I, para Durkheim, fatos sociais são “toda e qualquer maneira de
pensar, sentir e agir de um indivíduo como membro de um dado grupo social”.
Bem, até aqui tudo ainda é muito abstrato, pois o que seria esta
“maneira” que norteia a minha ação, os meus pensamentos e os meus
sentimentos? Podemos dizer que esta “maneira” são as leis, as regras,
enfim, tudo o que está legalmente ou legitimamente dado como sendo o
correto ou o errado, a moral do grupo ao qual o indivíduo está inserido.
Assim, pode-se dizer que os fatos sociais são a mesma coisa que as
Instituições sociais, pois, quando falamos em família. Não estamos falando
da família, enquanto grupo social, organização, mas as leis que regem o
que é chamado ou não de família dentro do grupo ao qual pertenço.
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avó, e as crianças adotadas, como ficavam? E, quem era solteiro, não era
família? Bem, com a constituição de 1988, família passou a ser vista como
“união estável entre um homem e uma mulher, qualquer um dos pares e
seus descendentes”, fazendo com que o casal que estivesse morando
junto, sem ser casado no civil ou religioso, passasse a ser família, ou avó e
o neto, ou apenas o pai e seu filho ou a mãe e seu filho ou sua filha, fossem
reconhecidos legalmente como família.
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LEITURAS SUGERIDAS
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Nesse contexto, para Marx (2006, p.77) a “História não é outra coisa
senão a sucessão das diferentes gerações, em que cada uma delas explora
os materiais, os capitais e as forças de produção a ela transmitidas pelas
gerações que antecederam”, fazendo com que haja mudança do modo de
produção, também denominado de infraestrutura e, consequentemente, na
superestrutura também.
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sociais, não reafirmarem a ordem estabelecida, através do que foi contido nas
Instituições sociais ou também conhecidos como Aparelhos Ideológicos do
Estado. Assim, quanto a Educação Marx (2006, p.118) diz que:
A doutrina materialista que supõe que os homens são produtos
das circunstâncias e da educação e, em razão disso, os homens
transformados são produtos de outras circunstâncias e de uma
educação modificada, esquece-se de que são justamente os
homens que transformam as circunstâncias e que o próprio
educador precisa ser educado.(...) A coincidência da mudança
das circunstâncias com a atividade humana ou mudança de si
próprio só pode ser vista e considerada racionalmente como
práxis revolucionária.
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1.2.2 Pierre Bourdieu A obra de Bourdieu tem sido vista como uma
das “mais estimulantes e inovadoras na área
das ciências sociais, influenciando numerosas
Bourdieu (2005, p.8), em pesquisas sociológicas, antropológicas e históricas
seu livro o Poder Simbólico, em todo o mundo. A novidade encontra-se na
escolha dos objectos de análise (sociedades tribais,
utiliza reflexões de Durkheim, sistemas de ensino, processos de reprodução,
critérios de classificação e lógicas de distinção),
dizendo que este lançou os na orientação do olhar (atento aos fenômenos de
“fundamentos de uma sociologia percepção social, da produção simbólica e das
relações informais de poder),na formulação de
das formas simbólicas”; em que noções operatórias (habitus, reprodução, poder
simbólico, capital, distinção, campo, etc.) e no
na visão de Durkheim as “formas constante recurso à sociologia do conhecimento
de classificação deixam de ser (onde a posição do investigador é questionada
como forma de controle do seu trabalho de
universais (...) para se tornarem produção de sentido). Compreender o percurso
científico de Bourdieu implica atender a pelo
formas sociais, quer dizer,
menos duas lógicas de leitura: por um lado, uma
arbitrárias (relativas a um grupo lógica da evolução da obra, por outro, uma lógica
da sua tipologia” (MEMÓRIA E SOCIEDADE- OS
em particular) e socialmente COORDENADORES. Nota de Apresentação IN:
determinadas.” E, continua sua BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 8ª ed. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005, p.1)
reflexão dizendo que
os sistemas simbólicos, como instrumentos de conhecimento
e de comunicação, só podem exercer um poder estruturante
porque são estruturados. O poder simbólico é um poder de
construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem
gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular,
do mundo social) supõe aquilo a que Durkheim chama o
conformismo lógico, quer dizer, ‘uma concepção homogênea do
tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a
concordância entre as inteligências. (...) A integração ‘lógica’ é a
condição da integração ‘moral’ (BOURDIEU, 2005, p.10)
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clássico, não para seguir em frente e construir algo novo, mas apenas no
intuito de reproduzir e reafirmar saberes, e, nesse momento, ele faz uma
crítica a pedagogia utilizada por alguns docentes, dizendo:
Entre os obstáculos os quais deve contar uma verdadeira
pedagogia da pesquisa, há, antes de mais, a pedagogia corrente
dos professores vulgares, a qual reforça as atitudes conformistas
inscritas na própria lógica da reprodução escolar e também,
como já disse, na impossibilidade de ‘ir às próprias coisas’ sem
qualquer instrumento de percepção (...)
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LEITURAS SUGERIDAS
• RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. 6ª ed. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2007
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Assim, Morin (2000, p.29) diz que: “uma ideia ou teoria não deveria
ser simplesmente instrumentalizada, nem impor seu veredicto de modo
autoritário; deveria ser relativizada e domesticada (grifo do autor)”.
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UNIDADE II
A influência dos teóricos crítico-
reprodutivistas na pedagogia no
Brasil: um resgate histórico
OBJETIVOS
• Conceituar a teoria crítico- reprodutivista;
• Contextualizar historicamente a teoria crítico-
reprodutivista;
• Verificar a influência da teoria crítica no pensamento
de Gadotti, Freire e Guimarães sobre Educação e
Pedagogia;
• Conceituar violência simbólica, código disciplinar,
cultura arbitrária e força simbólica;
• Conceituar habitus e verificar sua relação com o
trabalho pedagógico;
• Identificar e exemplificar as duas vertentes das
teorias da educação na visão de Saviani.
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Brasileira realizado por Gadotti, que havia gravado e enviado para ser
ouvida por todos no Seminário, em que Freire dentre outras coisas disse
É uma alegria enorme me servir da possibilidade que a tecnologia
me coloca à disposição, hoje, de gravar, de tão longe de vocês,
essa palavra que não pode ser outra senão uma palavra afetiva,
uma palavra de amor, uma palavra de carinho, uma palavra
de confiança, de esperança e de saudades também, saudade
imensa, grandona saudades do Brasil cheiroso, distante do qual
estamos há quatorze anos, mas, distante do qual nunca estivemos
também... (GADOTTI; FREIRE E GUIMARÃES, 1989, p.20)
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Cunha (1979, p.84) aponta que para Bourdieu e Passeron “cada um dos
grupos sociais possui uma cultura, que eles denominaram de “cultura arbitrária”,
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Cunha (1979, p.85) aponta que “há dois tipos de força simbólica: a
ação pedagógica e a comunicação cultural”. E sobre a ação pedagógica,
Cunha (1979, pp.85-86) diz que consiste em uma autoridade pedagógica,
porque a ação consiste na “imposição de uma cultura (arbitrária) de um
grupo ou classes a outros grupos ou classes”, porém, essa imposição não
é vista como imposição, exceto quando for questionada, então o poder de
aplicar sanções é acionado. E, nesse momento, entram todos os demais
aparelhos ideológicos: comunicação, família, igreja, para reafirmar e
legitimar esta ordem estabelecida.
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da vara e Onze teses sobre educação e política. 20ª ed. São Paulo: Cortez:
Autores e Associados, 1988
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05- Por que Bourdieu e Passeron (apud CUNHA, 1979) disseram que
habitus “é o resultado do trabalho pedagógico”?
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UNIDADE III
Educação e as transformações
no mundo contemporâneo
OBJETIVOS
• Identificar a relação entre escola e autonomia;
• Verificar a visão de Piletti sobre docentes e discentes;
• Averiguar a relevância da Filosofia, História e
Sociologia da Educação na formação docente;
• Conceituar avaliação segundo Piletti;
• Identificar e exemplificar as modalidades especiais
de educação citadas por Piletti;
• Verificar quais os perigos da leitura na visão de
Rubem Alves;
• Relacionar o ato de educar e o ato de comer na
visão de Rubem Alves;
• Identificar e relacionar a experiência de aprendizagem
com a experiência afetiva, na visão de Rubem Alves.
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Avaliar não é uma tarefa fácil, mas podem ser utilizados vários
instrumentos, que englobam não apenas a prova, mas pode ser a
construção de textos ao longo da disciplina, ressaltando nesses o que foram
aprendendo em cada aula, vai sendo construído um portfólio, em que ao
término o aluno e o professor tenham uma dimensão do aprendido nesse
processo; seminários, em que antes de materializá-lo, haja encontro com
cada grupo, para que todo o assunto seja previamente discutido e as dúvidas
dissipadas, então, com confiança acerca do que irão falar, o seminário será
maravilhoso, sendo entregue, no momento da apresentação, um resumo do
conteúdo que será abordado e que fora discutido anteriormente, e, também
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EDITORAS in: ALVES, 2004, p.8); isto é o que veremos com o pensamento
de Rubem Alves no item a seguir.
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Por isso é que Alves (2004, p.17) diz que para que se compreenda
o que é muito difícil de ser “comunicado diretamente”, é necessário que se
utilize analogias. “E, é aí que surge a poesia, a linguagem das coisas que
não podem ser ditas diretamente.”
Assim, para Rubem Alves (2004, p.27) o ato de educar significa amar,
semear, porém, existem docentes que, por não estarem comprometidos com
a docência jamais semearão, ou farão brotar, germinar, crescer o potencial
intelectual de seus alunos, por apenas utilizarem seus conhecimentos no
“intuito de humilhar os que ainda não sabem”, enfatizando a reprodução do
sistema educacional e a ordem vigente. Porém, existem os que amam,
semeiam e valorizam o ensino, a partilha de conhecimento, a construção de
um conhecimento coletivo, estimulando seus educandos e fazendo brotar,
germinar em cada um deles olhares magníficos sobre si, o outro e o mundo a
sua volta, ampliando sua visão e conhecimento, e, esses docentes são capazes
de modificar o sistema educacional, modificar a si, ao outro, ao mundo.
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caso contrário tudo o que foi comido será posto para fora. Assim, para ele
a fome é a mola mestra do saborear a comida, do participar do processo
de comunicação através do alimento. E, para isto é necessário o afeto, de
quem prepara o prato e de quem irá partilhá-lo, convidar com afeto o outro
para comer, para partilhar o prato é o que faz o momento de comensalidade,
que significa comer e beber juntos, um momento maravilhoso.
Obrigada pela companhia nesta partilha até aqui e continuem a ter uma
BOA LEITURA!!
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LEITURAS SUGERIDAS
01- Por que Piletti (2000) diz que “um dos elementos mais importantes
na escola é a autonomia”?
02- O que Piletti (2000) diz acerca dos professores e dos alunos?
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UNIDADE IV Partilhas do vivido
OBJETIVOS
• Conceituar Família; relacionar e conceituar hierarquia de gênero e
relacionamento puro;
• Identificar a construção do mito da desestruturação da família;
• Identificar uma nova maneira de se trabalhar o conceito de família na
escola, a partir das reflexões pontuadas no Artigo 1;
• Conceituar a relação docente e discente conforme Gardner;
• Identificar o significado do respeito a diversidade no Artigo 2;
• Verificar com quem e como nasceu a “verdadeira” avaliação educativa;
• Conceituar avaliação conforme Parlett e Hamilton;
• Verificar a adaptação e aplicação da vivência da avaliação realizada na
disciplina Sociologia das Organizações ao Curso de Pedagogia;
• Verificar como Santaella abordou o corpo sensório perceptivo do cibernauta;
• Identificar o pensamento de Almeida sobre o Ensino a Distância;
• Verificar como a Educação a Distância promove uma reavaliação do ser docente;
• Citar e comentar as dimensões do uso do computador apontadas por Peluso.
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Artigo 1
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Resumo
O presente artigo é oriundo do primeiro capítulo da dissertação de Mestrado
em Antropologia intitulada: E até que a morte nos separe? Repercussão da
separação e do divórcio na concepção de família hoje (década de 90), que
teve como objetivo central a compreensão de como vai sendo constituído
o mito da desestruturação da família, através das diversas representações
de Família, de Casamento, das Separações e do Divórcio em âmbito geral.
Sendo estas últimas categorias consideradas ora como elementos de
desestruturação da família ora como alívio das tensões familiares.
_______________________________
Abstract
This article is part of the first chapter of my Mastersthesis entitle: “And until
then does the death separate us?” The repercussion of the separation
and divorce in the family concepts (90th decade). It had as central aim
the comprehension about how the family rupture myth has gone been
constructed through the Family, Marriage, Separation and Divorce several
representations in general. However, separation and divorce has still
been considered as elements of family rupture or on the other hand as
elements that make part, nowadays, of family dynamic.
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Dessa forma, Moscovici (1978, pp. 48-54) chama atenção para o fato
de que toda “representação é uma reapresentação de alguma coisa”, cuja
função é a transformação do estranho em algo familiar, passando por dois
momentos: 1) a objetivação ou materialização, enquanto uma familiarização
com o que foi apreendido, tentando unir palavra à coisa –imagem e 2)
amarração enquanto conceitualização, classificação, denominação da
imagem- objeto. Após a objetivação e a amarração temos, como resultado
desses dois momentos, a estampagem como é chamado o processo final
da representação social.
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Essas categorias foram definidas por Abreu (1982, pp. 98-105) como:
a) O sangue é pensado como substância transmissora de
qualidades físicas e morais, formando o corpo e o caráter. (..)
As relações de sangue, que definem quem é parente de quem,
que diferencia famílias, constituem a ‘natureza’ das famílias. (..)
O sangue dá conta de identidades familiares, de tipificações
individuais e da demarcação e diferenciação de famílias. Esta
análise mostra também a possibilidade de se pensar a hierarquia
social através de uma hierarquização via famílias. b) o nome
da família tal como o sangue, funciona como um operador que
correlaciona o indivíduo com a família, como um operador de
comparações entre famílias e como mediador da passagem da
condição de indivíduo à de pessoa. Pois, tal como o sangue,
o nome integra, implicitamente, na caracterização individual e
familiar, avaliações da posição de indivíduos e da família num
conjunto mais amplo de famílias. Deste modo, o nome de família
se constitui em categoria essencial para o estabelecimento de
um mapa sócio-moral. c) Raça é uma categoria polissêmica.
Seus significados articulam-se, no entanto, em torno da ideia
de hereditariedade. (..) As famílias são pensadas enquanto
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Com base nas categorias criadas por Abreu (1982), Goldani (1993)
e Durham (1983) sobre família e parentesco foram feitas as análises dos
dados referentes aos conceitos de família obtidos nas entrevistas com
os informantes constituindo a segunda parte da minha dissertação de
Mestrado.
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Por isso, percebe-se nos exemplos acima que, o que está posto
como “individual” é na realidade “coletivo”, tornando-se mais que um projeto
individual um projeto coletivo / social.
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Resumindo o que foi visto até aqui, tem-se que: em primeiro lugar
foram vistos os estudos sobre família que corroboram com a minha visão de
uma não desestruturação da família em decorrência das separações, dos
divórcios, dos arranjos familiares existentes; em segundo lugar, abordou-se
o casamento observando como é visto enquanto aliança, parte do sistema
de parentesco e suas ressignificações; e enquanto parte de um dos
sacramentos criados pela igreja, controlador da sexualidade e legitimador
da procriação.
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Nas décadas seguintes 70, 80, Phillips (1991, p. 247) diz que a
familiaridade com o divórcio tornou as pessoas mais tolerantes com os
divorciados, passando a incorporá-los ao grupo sem as estigmatizações
que havia anteriormente, principalmente, com relação à mulher. Nos
Estados Unidos, a mídia passou a incorporar o divórcio como parte da
dinâmica familiar tanto através das músicas com “o tema ‘The legal Boys’
( ‘Os garotos legais’) de Elton Jonh, ‘Scenes from an ItalianRestaurant’
(‘Cenas de um Restaurante Italiano’) de Billy Joel”; quanto através da
incorporação do divórcio à subcultura de serviços que incluem: “festas de
divórcios, bolos de divórcio, cartões de divórcio com expressões típicas:
‘Eu ouvi dizer que ... você está livre como um pássaro’”.
1
“Divorce is now common, accepted and normal, and increasingly seen as a release from family
tensions. To push the paradox a little further, one could say that it is a sign of the health of the
institution of the family.”( SEGALEN, 1986, p. 157)
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Art. 175.-
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O Presidente da República,
ERNESTO GEISEL
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Mas, e quanto aos filhos? O querer ver os pais juntos é natural afinal,
na nossa sociedade os pais biológicos são os mesmos que os pais sociais, a
ênfase é dada na família enquanto grupo doméstico (pai, mãe e filhos todos
residindo juntos). Assim sendo, a socialização vai ser dada levando em
consideração a “hierarquia de gêneros” em oposição ao “relacionamento
puro”, a valorização do “eterno” na relação marital e assim, sucessivamente.
As crianças vão aprender a valorizar e considerar normal ou anormal o que
lhes for passado, bem como reproduzirão os conceitos e imagens do grupo
social do qual fazem parte.
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CHAUÍ, Marilena. Repressão Sexual. Essa nossa (des) conhecida. 12ª ed.
SãoPaulo: Brasiliense,1991
FREYRE, Gilberto. Casa -Grande& Senzala. 21ª ed. Rio: Livraria José
Olympio Editora,1981
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OLIVEIRA, Márcia Adriana Lima de. E até que a morte nos separe?
Repercussão da Separação e do Divórcio na concepção de Família Hoje
(década de 90). Dissertação de Mestrado, Recife-Pe: UFPE,1998
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ZAGURY, Tania. Sem padecer no paraíso. 7ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1993
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03- Pai, mãe e filhos são status, ou posições que as pessoas ocupam
no grupo social família, atrelados aos seres que os ocupam
biologicamente falando, ou qualquer pessoa, homem ou mulher pode
ocupar qualquer uma dessas posições no referido grupo? Explique.
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Artigo 2
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d) Como avaliar?
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É fato que a prática docente deve estar em sintonia não apenas com o
universo teórico, mas, sobretudo, com o cotidiano, através do encontro entre
teoria e prática para propiciar o conhecimento dos conceitos Sociológicos
voltados ao âmbito Organizacional, Cultura Organizacional. Dessa forma,
a um grupo de estudantes do curso de Administração de Empresas foi
planejada uma atividade que envolveu a criação de empresas voltadas à
alimentação, cuja escolha do cardápio partiu da pergunta: Quais são as
principais lanchonetes, quiosques, restaurantes ou pizzarias, existentes no
bairro de cada um? Por acreditar que criar o cardápio ouvindo um ao outro,
a partir de sua realidade e vivência iria proporcionar novas descobertas ao
grupo, afinal, ninguém melhor do que o participante da Organização para
falar sobre ela; ninguém melhor do que quem mora no bairro para falar
sobre ele, ou seja, só se pode dar valor ao que se conhece. Assim, cada
um começou a valorizar mais os bairros uns dos outros.
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Com esta experiência, pode-se dizer que não existe uma única
teoria que norteia a prática avaliativa. As teorias se imbricam cabendo a
nós, docentes, conhecermos o arcabouço teórico que permeia a avaliação
para que possamos dele extrair ideias, instrumentos e procedimentos que
irão nortear adequadamente nossa prática durante o processo avaliativo de
nossos alunos.
REFERÊNCIAS
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ANEXO 01
Foto da pesquisadora.
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ANEXO 02
ANEXO03
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Foto 03: Empresa Novo Turismo: formada por Jéssica, Rafael, Auricélia e
Jean Charles, em momento de descontração comigo, a Professora Márcia
Adriana, Ronald (meu filho) e todos os participantes desta Maravilhosa
Excursão!! Que teve como Novo Turista a Historiadora Cleide, que escreveu
um artigo sobre o Monumento da Batalha do Jenipapo, explicando que essa
batalha foi a única que aconteceu com derramamento de sangue na história
da Independência do Brasil, e, que desejam que esta história seja inclusa
na do Brasil, e que, proferiu uma fala relevante sobre o seu trabalho no
próprio Monumento da Batalha do Jenipapo para todos nós Novo Turistas.
ANEXO 04
Foto 04: Chegada a Pedro II, e Jantar no Opala Hotel, promovido pela Prime
Empreendimentos. E, no dia seguinte, dentre outras atividades fomos a
uma loja que produz e comercializa joias produzidas com Opala. Opala é
uma das uma das maravilhas de Pedro II – Piauí; pois só existem quatro
lugares que possuem Opala no mundo e Pedro II é um deles. Também
fomos ao Museu da Roça, um espaço mágico com fonte dos desejos,
santuário, cascata, Mina de Opala e Museu com objetos de várias décadas
pertencentes à Família Galvão, proprietários do espaço.
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ANEXO 05
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________________________________
Texto 1
_________________________________________
3 •
Professora/ Educadorana Universidade Estadual do Piauí- UESPI/ Campus Clóvis Moura.
Cientista Social - UFPI. Mestra em Antropologia – UFPE. Especialista em Docência do Ensino
Superior- FACID/ EXPANSÃO. Especialista em Bioética e Direitos Humanos- ICF/ANIS/ SBB-PI.
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Interesse é a palavra que funciona como força motriz para fazer com
que este programa Ensino a Distância dê certo. Almeida (2003), contudo,
alerta para o fato de que se deve propiciar um ambiente favorável ao estudo,
para que este aluno sinta-se convidado a aprender e, assim o faça.
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____________________________
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria ElizabehBianconcini.Educação a distância na Internet:
abordagens e contribuições dos ambientes digitais da aprendizagem IN:
Educação e Pesquisa. São Paulo, v.29, n.2, p. 327- 340, jul/dez, 2003
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Texto 2
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discentes também, fazendo com que a sua prática docente passasse por
um processo de autoavaliação.
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pode errar e deve voltar para observar o percurso feito, refletir sobre o erro
para chegar ao acerto, desenvolvendo uma autocrítica salutar.
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BIBLIOGRAFIA REFERÊNCIA
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