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EMANCIPA PADRE MIGUEL

LISTA DE EXERCÍCIOS DE SOCIOLOGIA


Surgimento da sociologia - Autores clássicos - Os contratualistas

Questão 1 (UFMA)
Os principais fatos histórico-sociais que propiciaram o surgimento da sociologia foram:

a) a Revolução dos cravos em Portugal e a Revolução Moçambicana.


b) a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
c) a Revolução Russa e a Revolução Chinesa.
d) a Revolução Mexicana e a Revolução Nicaraguense.
e) a Revolução Cubana e a Revolução Chinesa.

Questão 2 (ENEM/2013)
O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao
contrário, vende-se a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas
da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos
instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista.
(MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário,
preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010)

O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a
implementação do sistema capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao:

a) desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.


b) aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio.
c) desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho.
d) aumento populacional das cidades associado ao regime de servidão.
e) desenvolvimento da produção urbana associada às relações servis de trabalho.

Questão 3 (UEG/2016)
O objeto de estudo da sociologia, para Durkheim, é o fato social, que deve ser tratado como
“coisa” e o sociólogo deve afastar suas prenoções e preconceitos. A construção
durkheimiana do objeto de estudo da sociologia pode ser considerada:

a) nietzschiana, pois coloca a “vontade de poder” como fundamento para a pesquisa.


b) kantiana, pois trata da “coisa em si” e realiza a coisificação da realidade.
c) dialética, pois reconhece a existência de uma realidade exterior ao pesquisador.
d) weberiana, pois aborda a ação social racional atribuída por um sujeito.
e) positivista, pois se fundamenta na busca de objetividade e neutralidade.

Questão 4 (ENEM/2016)
A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez
de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere
buscar as brilhantes generalidades em que todas as questões são levantadas sem que
nenhuma seja expressamente tratada. Não é com exames sumários e por meio de intuições
rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão complexa. Sobretudo,
generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de nenhum tipo
de prova.
(DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia.
São Paulo: Martins Fontes, 2000)

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na:
a) vinculação com a filosofia como saber unificado.
b) reunião de percepções intuitivas para demonstração.
c) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.
d) adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais.
e) incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político.

Questão 5 (ENEM/2015)
O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do dinheiro, da maior quantidade possível
de dinheiro não tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo. Tal impulso existe e
sempre existiu. Pode-se dizer que tem sido comum a toda sorte e condição humanas em
todos os tempos e em todos os países, sempre que se tenha apresentada a possibilidade
objetiva para tanto. O capitalismo, porém, identifica-se com a busca do lucro, do lucro
sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve
ser: numa ordem completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não
tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2001
(adaptado).

O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta como característica fundamental a:


a) competitividade decorrente da acumulação de capital.
b) implementação da flexibilidade produtiva e comercial.
c) ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
d) socialização das condições de produção.
e) mercantilização da força de trabalho.

Questão 6 (UGU/2013)
Ao contrário de outros pensadores sociológicos anteriores, Weber acreditava que a
Sociologia deveria se concentrar na ação social e não nas estruturas
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 33.

De acordo com esta assertiva, Weber considera que:

a) as ideias, os valores e as crenças têm o poder de ocasionar transformações.


b) o conflito de classes é o fator mais relevante para a mudança social.
c) as estruturas existem externamente ou independentemente dos indivíduos.
d) os fatores econômicos são os mais importantes para as transformações sociais.
Questão 7 (UNESP/2016)
A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da
riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de
existência do capital é o trabalho assalariado. […] O desenvolvimento da grande indústria
socava o terreno em que a burguesia assentou o seu regime de produção e de apropriação
dos produtos. A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória
do proletariado são igualmente inevitáveis.

(Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto Comunista”. Obras escolhidas, vol. 1, s/d.)

Entre as características do pensamento marxista, é correto citar

a) o temor perante a ascensão da burguesia e o apoio à internacionalização do modelo


soviético.
b) o princípio de que a história é movida pela luta de classes e a defesa da revolução
proletária.
c) o reconhecimento da importância do trabalho da burguesia na construção de uma ordem
socialmente justa.
d) a celebração do triunfo da revolução proletária europeia e o desconsolo perante o avanço
imperialista.
e) a caracterização da sociedade capitalista como jurídica e socialmente igualitária.

Questão 8 (Enem/2016)

A importância do argumento de Hobbes está em parte no fato de que ele se ampara em


suposições bastante plausíveis sobre as condições normais da vida humana. Para
exemplificar: o argumento não supõe que todos sejam de fato movidos por orgulho e
vaidade para buscar o domínio sobre os outros; essa seria uma suposição discutível que
possibilitaria a conclusão pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O que torna o
argumento assustador e lhe atribui importância e força dramática é que ele acredita que
pessoas normais, até mesmo as mais agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas
nesse tipo de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra.
RAWLS, J. Conferências sobre a história da
filosofia política. São Paulo:WMF, 2012 (adaptado).

O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida como


a) alienação ideológica
b) microfísica do poder
c) estado de natureza
d) contrato social
e) vontade geral

Questão 9 (ENEM/2016.2)
TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a
submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual
comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo
41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos
Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.
(HOBBES. T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 03)

TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as
inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os
homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto
a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma
ofensa.
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o
governo civil. Petrópolis; Vozes, 1994)

Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos


ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke,
entende o estado de natureza como um(a):

a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da


morte violenta.
b) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais:
vida, liberdade, igualdade e propriedade.
c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o
homem possa constituir o Estado civil.
d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos
em sua livre decisão pelo pecado original.
e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as
relações sociais e violenta a humanidade.

Questão 10 (ENEM/2014)
Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser
expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar
consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à
liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com
outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança,
conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem
e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela.
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil.
Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978.)

Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada
cidadão deve:

a) manter a liberdade do estado de natureza, direito inalienável.


b) abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum.
c) abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte.
d) concordar com as normas estabelecidas para a vida em sociedade.
e) renunciar à posse jurídica de seus bens, mas não à sua independência.

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