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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

PROGRAMA ENSINAR

CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS – LICENCIATURA

POLO: COLINAS

DISCIPLINA: TEORIA SOCIOLÓGICA EM DURKHEIM


PROFESSORA: RAYSSA REIS

ALUNO (A): LESSIANA

COLINAS – MA
2023
1ª ATIVIDADE ORIENTADA

Émile Durkheim foi um psicólogo e sociólogo francês, considerado o fundador


da sociologia, pelo fato de ter sido o primeiro a criar um método sociológico que distinguiu a
sociologia das demais ciências humanas. O pensador também ocupa, junto a Karl Marx e Max
Weber, a tríade da sociologia clássica. O seu método está baseado no reconhecimento e estudo do
que ele chamou de fatos sociais.
Nascido em 15 de abril de 1858, em Épinal, cidade da região da Alsácia que
correspondia ao território francês, David Émile Durkheim era membro de uma família judaica
tradicional. Completou seus estudos básicos no tradicional Liceu Louis-Le-Grand e cursou direito
e economia na Escola Normal Superior de Paris.
No início de sua trajetória acadêmica, o pensador foi influenciado, além do direito da
economia, pela filosofia (foi professor de filosofia na educação básica francesa), pelo psicólogo
alemão Wilhelm Wundt, que criou um centro de pesquisa psicológica chamado de Laboratório de
Psicologia Experimental. Durkheim também foi influenciado pela antropologia, que surgiu na
Europa no século XIX por meio das teorias do biólogo inglês Herbert Spencer.
Em novembro de 1917, o sociólogo morreu na cidade de Paris, vítima de um acidente
vascular cerebral.
Durkheim foi influenciado por pensadores de sua época, do mesmo modo que
influenciou pensadores do círculo intelectual europeu do século XIX e de tempos posteriores.
Entre as suas influências, podemos citar o biólogo, téorico liberal e pai da
antropologia Herbert Spencer. Também podemos incluir na lista o filósofo liberal
positivista Alfred Espinas.
Além de Spencer e Espinas, Durkheim foi influenciado diretamente pelo filósofo
francês considerado o “pai” da sociologia, Auguste Comte. De Comte, Durkheim colheu a ideia
da criação de uma ciência capaz de estudar a sociedade e reconhecer as suas especificidades.
Porém, Durkheim foi além ao produzir uma crítica à teoria de Comte que consolidaria a
sociologia como uma ciência bem fundamentada.
Segundo Durkheim, o que Comte fez não fundou a sociologia como uma ciência bem
definida e nem ultrapassou a filosofia, pois continuou formulando teorias no campo do ideal
metafísico, que eram impossíveis de serem praticadas. Dessa maneira, Durkheim buscou fundar
um método baseado no reconhecimento dos fatos sociais para inaugurar uma sociologia bem
estruturada.
Emile Durkheim é conhecido por sua teoria funcionalista, que argumenta que a
sociedade é um sistema complexo composto por diferentes partes que trabalham juntas para
garantir a ordem social e a continuidade ao longo do tempo.
De acordo com Durkheim, as instituições sociais, como a religião, a educação e a
família, são essenciais para garantir a coesão social e a solidariedade entre os indivíduos. Ele
também acreditava que a sociedade é maior do que a soma de suas partes individuais e que o
comportamento humano é moldado pelas normas e valores culturais compartilhados pela
sociedade.
Durkheim também enfatizou a importância da pesquisa empírica na sociologia e
argumentou que o objetivo da disciplina era entender os fatos sociais, ou seja, padrões de
comportamento, crenças e estruturas sociais que existem independentemente das vontades
individuais.
Durkheim criticou algumas ideias de Comte relacionadas à sociologia, o que
demonstra as influências sofridas pelo pensador considerado o criador do método sociológico por
aquele que é considerado o “pai” da sociologia (Comte). Para Durkheim, apesar da pretensão
oposta, o modelo sociológico comtiano é demasiadamente filosófico, pois a base do positivismo e
da sociologia é a Lei dos Três Estados, que não recorre a um método preciso de observação e
estudo rigoroso de uma sociedade, mas de uma abstração.
Ao contrário disso, Durkheim desenvolveu o conceito de fatos sociais, que
são estruturas que tendem a se repetir em diferentes sociedades, mostrando-se elementos rígidos
que podem garantir certo rigor científico ao trabalho sociológico, uma vez que podem ser
analisados empiricamente.
Um fato social que Durkheim toma como exemplo é a coesão social, que mesmo de
forma diferente, repete-se em diferentes sociedades. Temos, com isso, formas de coesão que
formam diferentes tipos de solidariedade em sociedades pré-capitalistas e pós-capitalistas.
As sociedades pré-capitalistas são menores e de maior facilidade de controle. Há
também um maior contato entre os membros desse tipo sociedade, o que leva ao desenvolvimento
de uma forma de solidariedade mecânica, que junta as pessoas em prol de um objetivo comum,
pois a noção de comunidade garante uma maior união dos indivíduos.
As sociedades capitalistas da era pós-industrial tendem a comportarem-se como
organismos, já que a população não é coesa por inteiro, mas é formada por vários núcleos de
indivíduos que estabelecem vínculos solidários entre si. É como se a sociedade capitalista mais
complexa fosse composta de diversos mecanismos internos. O conjunto desses mecanismos
coesos constitui a chamada solidariedade orgânica.

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. Tradução Sergio Bath. 4. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2010, pág. 277-365
DURKHEIM, E. As Regras do Método Sociológico. Tradução de Margarida Garrido Esteves. In:
DURKHEIM, E. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 73.

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