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DE
SOCIOLOGIA
Escola:
Professora:
Nome: Maria Eduarda Do Coto Sousa
Série: 1° A
Ji-Paraná/RO
27 de Junho 2020
Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia
Trabalho apresentado
Da aula de Sociologia da Escolar Educar
Orientadora Professora Marlene
Ji-Paraná/RO
27 de Junho 2020
Introdução
Émile Durkheim
Influências
Podemos contar vários pensadores que influenciaram Durkheim para a
formulação do montante de sua obra. Duas das principais mentes que
marcaram os inícios dos estudos de Durkheim são o antropólogo e
biólogo inglês Herbert Spencer, um dos teóricos do liberalismo
clássico, e Alfred Espinas, biólogo, filósofo e sociólogo estudioso de
Comte, que durante certo período de sua vida mostrou-se adepto
ao positivismo.
Durkheim criticou algumas ideias de Comte quanto à Sociologia, o
que demonstra as influências sofridas pelo pensador considerado o
criador do método sociológico por aquele que é considerado o “pai”
da Sociologia (Comte). Para Durkheim, apesar da pretensão oposta, o
modelo sociológico comtiano é demasiadamente filosófico, pois a
base do positivismo e da Sociologia é a lei dos três estados, que não
recorre a um método preciso de observação e estudo rigoroso de uma
sociedade.
Acesse também: Uma teoria contemporânea à de Durkheim
Regras do método sociológico
A Sociologia, enquanto ciência bem estruturada, deve ter um
método próprio que garanta que ela não caia nas contradições e na
apressadas conclusões do senso comum.
Se existe uma ciência das sociedades, é de desejar que ela
não consista simplesmente numa paráfrase dos preconceitos
tradicionais, mas nos faça ver as coisas de maneira diferente
da sua aparência vulgar; De fato, o objeto de qualquer
ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta
mais ou menos as opiniões herdadasii.
Se existe uma ciência da sociedade com estatuto científico, ela deve
partir de um método rigoroso que impeça a interferência
tradicional. Os modelos anteriores, como o de Comte, levam o
sociólogo a cair em um modelo de dedução metafísica filosófica que,
segundo Durkheim, teria mais utilidade para fazer uma filosofia da
história do que para construir uma ciência da sociedade. O sociólogo
deve buscar entender os fatos comuns da sociedade, os fatos
sociais, como “coisas” objetivas.
Uma das tarefas do sociólogo é, então, compreender esses fatos que
organizam a sociedade de determinado local e determinada época,
como a educação. Deve-se ter em mente, porém, que, apesar das
diferenças, existem estruturas organizacionais que regem essas
sociedades e moldam-nas de maneira mais ou menos similar, ou seja,
apesar das diferenças de época e lugar, existem sempre elementos em
comum determinados pelos fatos sociais que possibilitam ao sociólogo
traçar um método científico de observação.
Os fatos sociais são distinguidos pela “sua exterioridade em relação
às consciências individuais” e pela “ação coerciva que exerce ou é
suscetível de exercer sobre essas mesmas consciências iii”. Isso
significa dizer que os fatos sociais são maiores que qualquer
consciência individual e eles criam o que o sociólogo chamou de
consciência coletiva.
Não há, por conta da coercitividade dos fatos sociais, maneira de
uma consciência psicológica individual (uma pessoa) agir
de livre e espontânea vontade, infringindo as regras sociais, sem que
ela não seja acusada ou punida depois, ou não seja, ao menos,
incompreendida.
Importantes elementos encontrados nas sociedades que atuam como
dados de análise para o sociólogo são as formas de coesão. Essas
formas de coesão delineiam o modo como a sociedade comporta-se, o
tipo de Direito e de Justiça exercidos nessa sociedade e o modo de
solidariedade que organiza tal sociedade. Também há a determinação
da divisão social do trabalho, que é diferente em cada tipo de
sociedade. As duas principais formas de coesão são formadas pela:
Solidariedade mecânica: delineia as sociedades mais antigas e
rudimentares, sem a influência do capitalismo. A sociedade como um
todo é fechada como um mecanismo autônomo. Há
aqui maior coesão social e ausência da divisão social do trabalho, que
fecha a sociedade e promove a ajuda mútua entre as pessoas. Também
há uma forma de direito mais primitiva que considera o ato social
indesejado um crime contra toda a sociedade e que deve ser
exemplarmente punido por meio do suplício público e do castigo
físico.
Solidariedade orgânica: como um organismo que necessita de
várias peças e mecanismos distintos para funcionar, são as sociedades
mais desenvolvidas e sob influência do capitalismo. Há a divisão
social do trabalho e a desigualdade social, que fecha os grupos em
seus interiores e promove a solidariedade apenas entre os grupos
fechados que enxergam a irmandade apenas entre si e não com os
outros.
O suicídio
Durkheim entende que o suicídio é um fato social presente em todas
as sociedades, variando apenas os números e os tipos de suicídio
desenvolvidos em diferentes sociedades. Ele considera o suicídio
como “toda morte que resulta mediata ou imediatamente de um
ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima.iv”
Isso significa que o suicídio é classificado como tal apenas quando há
a intenção do suicida de provocar a própria morte, deixando de
lado os casos acidentais ou de imprudência. Existem três tipos de
suicídio que marcam as sociedades e variam, de acordo com cada
lugar e cada tempo. São eles:
Suicídio egoísta: quando o ego pessoal sobrepõe-se ao ego
social, e o indivíduo não suporta a vida e não vê, na sociedade,
motivos para continuar vivo.
Suicídio altruísta: quando o ego social é maior que o ego
individual, e o sujeito encerra a própria vida por uma ação maior que
ele, em benefício da sociedade. São exemplos os pilotos kamikaze da
Segunda Guerra Mundial, que chocavam seus próprios aviões contra
os alvos.
Suicídio anômico: acontece em situação de anomia social, ou
seja, desordem e caos. Geralmente ele acontece em situações
de crise e guerra, nas quais as pessoas sentem-se afetadas pela
anomia e não vêm sentido em viver daquela maneira ou têm a mente
afetada pelo caos.
Livros
A Sociologia clássica foi marcada por muitas obras publicadas por
Durkheim, como:
Elementos de Sociologia (1889)
A Divisão do Trabalho Social (1893)
As Regras do Método Sociológico (1895)
O Suicídio (1897)
As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912)
Educação e Sociologia (1922 – publicação póstuma)
Sociologia e Filosofia (1924 – publicação póstuma)
A Educação Moral (1925 – publicação póstuma)
O Socialismo (1928 – publicação póstuma)
Em 1898, o pensador fundou L’Année Sociologique (Os Anais
Sociológicos), revista de grande importância histórica para a
Sociologia, pois os primeiros trabalhos de Sociologia Clássica da
Escola Francesa de Sociologia foram publicados lá.
Frases
"Se todos os corações vibram em uníssono, não é por causa de
uma concordância espontânea e preestabelecida; é que uma mesma
força os move no mesmo sentido. Cada um é arrastado por todos."
"A religião não é somente um sistema de ideias, ela é antes de
tudo um sistema de forças."
"É fato social toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de
exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é
geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando existência
própria, independente das manifestações individuais que possa ter."
"A sociedade e cada meio social particular determinam o ideal
que a educação realiza."
O sociólogo francês Émile Durkheim delimitou o primeiro conjunto de regras do
método sociológico.
Conclusão
Considerava a Sociologia a ciência das instituições, cuja missão era reconstruir uma moral que
respondesse às exigências do espírito científico da época.
Nascimento 15 de abril de 1858
Épinal, Lorena
Morte 15 de novembro de 1917 (59 anos)
Paris, Ile-de-France
Escola/tradição Positivismo, funcionalismo, evolucionismo
Religião Judaísmo
Referências Bibliográficas