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Apresentação .......................................................................6
Ações Sugeridas............................................................... 28
Consequências do Enquadramento.................................... 29
COORDENAÇÃO TÉCNICA: Adriano Panazzolo - STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (Coordenador Geral)
Presidente:
DESIGN GRÁFICO: Claudio Santos/Artevisual
Daniel Schmitz (UCS)
ILUSTRAÇÕES: Silvana Santos
Vice-Presidente:
Julio Cesar Salecker (CERTEL) IMAGENS: Acervo Técnico - STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A.
Acervo Técnico - Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas.
Secretária:
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL: Tiago Loch
Cíntia Agostini
28% 1%
36%
35%
Floresta de Araucária
Floresta Tropical
Porta-Vozes
(22/11/11)
FASES
Preparação
Primeira Rodada
Segunda Rodada
Processo de Enquadramento
12
12 PLANO
PLANODA
DABACIA
BACIAHIDROGRÁFICA
HIDROGRÁFICADO
DORIO
RIOTAQUARI-ANTAS
TAQUARI-ANTAS
Bento Gonçalves Vacaria Caxias do Sul
(22/03/12) (29/03/12) (12/04/12)
Lajeado (03/07/12)
Guaporé (05/07/12)
Bento Gonçalves
(06/07/12)
Vacaria (12/07/12)
Caxias do Sul
(13/07/12)
O Plano da Bacia Hidrográ- Conhecer em detalhe a situação atual da bacia. Avaliar a qualidade e quantidade dos recursos hídricos disponí-
fica do Rio Taquari-Antas é um veis. Identificar os usos múltiplos, intervenções, ações projetadas e diagnosticar a compatibilidade das demandas
instrumento de planejamento com a situação da bacia.
do Sistema Estadual de Recur- Os usos estudados são: abastecimento público, esgotamento sanitário e drenagem, geração de energia, agrope-
sos Hídricos, com abrangência cuária, indústria, turismo e lazer e navegação. As demandas comunitárias e de preservação ambiental são também
territorial da totalidade da área consideradas nestes levantamentos.
da bacia. Coordenada pelas ins-
tâncias estaduais relacionadas Como resultado desta etapa sabemos o rio que temos hoje.
à Gestão Recursos Hídricos, é
elaborado por uma equipe téc- Etapa B - Cenários Futuros e Enquadramento
nica com a participação da so-
ciedade, sendo aprovado pelo
Identificar os usos desejados pela população em cada trecho do rio Taquari-Antas e afluentes. Definir as classes
Comitê de Bacia.
de qualidade necessárias para atender os usos desejados. Avaliar as intervenções para atingir os objetivos.
O objetivo final deste Pla-
no é a elaboração, no âmbito Como resultado desta etapa conhecemos o rio que queremos ter.
do Comitê, de uma proposta de
enquadramento das águas da Etapa C – Programas de Intervenções
Bacia Hidrográfica, acordando
os usos da água em termos de Definir e acordar as intervenções e a gestão adequada dos recursos hídricos a curto, médio e longo prazo. Esta
qualidade e quantidade, em um etapa não faz parte desta fase do Plano.
determinado horizonte temporal
de planejamento. São consen- Como resultado desta etapa será acordado o rio que poderemos ter.
sadas metas de qualidade de
água necessárias a estes usos,
desta maneira também definin- Mobilização social
do as ações necessárias para
esta realização. No processo de informação e mobilização social a Consultora propôs estratégias de trabalho interno para os
membros do Comitê e de envolvimento da sociedade. Durante a construção do Plano de Bacia, entre as várias ações
propostas estavam: mobilização da imprensa com o lançamento oficial; preparação dos porta-vozes; elaboração de
programetes de áudio e press kit para imprensa.
Pecuária
As principais criações na Bacia são
a bovinocultura, suinocultura e avicul-
tura. Os sistemas de criação destas Agricultura irrigada
espécies são distintos, configurando
diferentes demandas quali-quantitati- A área plantada total na Bacia é de 702 mil hectares.
vas de água. A demanda total de água Usualmente existe a necessidade de complemento de água
da pecuária por ano é de aproximada- nas culturas temporárias, como no caso da orizicultura e da
mente 72 milhões de m³/ano (2,28 m³/s). olericultura. Os sistemas de irrigação que apresentam maior
demanda são a inundação e aspersão, sendo que o total de
demanda de água das principais culturas irrigadas é de apro-
ximadamente 188 milhões de m³/ano (5,96 m³/s).
Abastecimento Público
Anualmente, este setor demanda 104 milhões de m³/ano de
água (3,3 m³/s). Em relação à população total da Bacia, temos
72% atendidas por mananciais superficiais (75 milhões m³/ano)
e 28% por mananciais subterrâneos (29 milhões m³/ano). O per-
centual de municípios abastecidos por mananciais subterrâneos
chega a 68%. Para os mananciais superficiais temos 19% dos
municípios e 13% são abastecidos de ambos os mananciais (sis-
tema misto).
Uso industrial
O setor industrial na Bacia do Taquari-Antas conta com 10.447
empreendimentos licenciados, segundo dados da FEPAM (Funda-
ção Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler). Os
ramos de atividades com maior expressividade na Bacia são as
indústrias de produtos alimentares, de móveis, metalúrgica bási-
ca, e de processamento de madeira, entre outros. A demanda de
água para uso industrial informada pelos processos de outorgas
é realizada em captações superficiais e subterrâneas, totalizando
em um ano mais de 30 milhões de m³ (0,95 m³/s).
Transporte Hidroviário
Partindo-se da foz em direção a nascente, o trecho navegável do rio
Taquari começa na confluência deste com o rio Jacuí e termina no Porto
Fluvial de Estrela. A capacidade de carga máxima das embarcações na
hidrovia é de 2.500 toneladas. Atualmente são transportados grãos e fa-
relo de soja, trigo, materiais de construção e insumos para a agricultura.
Mineração
De acordo com dados do DNPM (Departamento Nacional de Pro-
dução Mineral) os principais minerais extraídos na Bacia são: basalto,
água mineral, argila, saibro, areia, cascalho e lavra garimpeira de ame-
tista para uso e comercialização de pedras semipreciosas. As principais
atividades referem-se à extração de pedras (para obtenção de basalto
e saibro) e nos leitos dos principais cursos de água (para obtenção de
areia e cascalho).
Geração de energia
Com base em dados de órgão reguladores (ANEEL) e licenciado-
res (FEPAM), no período de outubro a novembro de 2011, há 3 Usinas
Hidrelétricas (UHEs) em operação somando 360 MW (55%); 9 Cen-
trais de Geração Hidrelétrica (CGHs) totalizando 6,54 MW(1%); e 15
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que somam 291 MW (44%),
totalizando 27 empreendimentos gerando aproximadamente 658 MW.
Turismo e lazer
A Bacia possui diversos atrativos
naturais utilizados para turismo e lazer
e também para práticas esportivas que
necessitam do Rio Taquari-Antas e seus
afluentes para sua realização, em ativida-
des com contato secundário e primário com
suas águas. Neste diagnóstico foram mapeados
118 pontos, esses dos mais diversos segmentos, desde banho em rio até
mesmo em escaladas em cachoeiras, ou então na prática de rafting. Há lo-
cais que já possuem o turismo consolidado, como os Campos de Cima da
Serra e a Serra Gaúcha, mas destaca-se que em todas as regiões da Bacia
são encontrados usos atrativos.
18 PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TAQUARI-ANTAS
Resolução CONAMA nº 357, de 17/03/2005
A gestão do planejamento de recursos hídricos visa à qualidade da água, Através do Conselho Nacional de Meio Ambiente que dispõe por meio da
de maneira que sejam garantidos os usos pretendidos. As águas de melhor Resolução CONAMA nº 357/2005 sobre a classificação dos corpos de águas
qualidade podem ser aproveitadas em usos menos exigentes, desde que não superficiais e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, apresenta-se
prejudiquem as características da mesma. os usos possíveis em cada classe. Os padrões de qualidade determinados
nesta deliberação estabelecem limites individuais para cada parâmetro em
cada classe.
Navegação;
4 Harmonia paisagística;
Usos menos exigentes.
53%
Urbano
Pecuária
Industrial
8%
24%
2%
48%
18%
Urbano
Rural
Pecuária
Para o balanço superficial da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas
Irrigação foram confrontadas as demandas de água para diversos setores e as dis-
ponibilidades hídricas totais nas vazões médias diárias de Q95%, Q90%,
Industrial Q85% e Q7,10 a serem superadas de cada sub-bacia.
Total da Bacia: 12,5 m3/s
O Enquadramento
O Enquadramento é um instrumento de planejamento de recursos hídricos, resul-
tante de um amplo processo de participação da sociedade. As Consultas Públicas,
por intermédio do Comitê oportunizaram a manifestação das intenções futuras de
uso das águas da Bacia, dentro do processo de construção da respectiva proposta
de enquadramento das águas, de acordo com o disposto principalmente pela Reso-
lução CONAMA nº 357/2005.
O enquadramento dos corpos de água não se baseia necessariamente no seu
estado atual, mas nos níveis de qualidade que um corpo de água deveria possuir para
atender às necessidades definidas pela sociedade. Partindo da votação dos membros
do Comitê em reunião plenária realizada em agosto/2012 definiu-se preliminarmente
a proposta de enquadramento, sendo esta, consolidada no mês de setembro/2012.
Acompanhamento: