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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO MINERAL
C PR M - SE RV I ÇO G E OLÓ GIC O DO BR ASI L
P ROD EE M - PRO G RAM A DE DESEN VOL VIM ENT O
ENERGÉT ICO DOS ESTADOS EMUNI CÍPI OS

SANTA MARIA

PROJETO CADASTRO
DE FONTES DE
ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA

RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
DE SANTA MARIA

CPR M
Ser vi ço Geológi co do Bras i l

Secretaria de Geologia,
Mineração e Transfor mação Mineral
Secretaria de
Desenv olvimento Ener gético
Ministério de
Minas e Energi a

Setembro/2005
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA
Nelson José Hubner Moreira
Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO


DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Márcio Pereira Zimmermam Cláudio Scliar
Secretário Secretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOS SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM


Aur élio Pav ão
Diretor Agamenon S érgio Lucas Dantas
Diretor-Presidente
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E Jos é Ribeiro Mendes
MUNICÍPIOS Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial
PRODEEM
Luiz Carlos Vieira Manoel Barretto da Rocha Neto
Diretor Diretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rog ério Alencar Silva


Diretor de Administra ção e Finan ças

Fernando Pereira de Carvalho


Diretor de Rela ções Institucionais e
Desenvolvimento

Frederico Cláudio Peixinho


Chefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro Feitosa


Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção

Ivanaldo Vieira Gomes da Costa


Superintendente Regional de Salvador

Jos é Wilson de Castro Tem óteo


Superintendente Regional de Recife

Hélbio Pereira
Superintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira Maciel


Chefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista Teixeira


Chefe da Resid ência Especial de Teresina
Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa Luz Para Todos
Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR


ÁGUA SUBTERRÂNEA
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE SANTA MARIA

ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO

Breno Augusto Beltrão


Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
João de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza Junior
Saulo de Tarso Monteiro Pires
Valdecí lio Galvão Duarte de Carvalho

Recife
Setembro/2005
COORDENA ÇÃO GERAL RECENSEADORES Saulo Moreira de Andrade -CPRM
Frederico Cláudio Peixinho - DEHID Ac ácio Ferreira Júnior S érvulo Fernandez Cunha
Adriana de Jesus Felipe Thiago de Menezes Freire
COORDENA ÇÃO T ÉCNICA Alerson Falieri Suarez Valdirene Carneiro Albuquerque
Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP Almir Gomes Freire – CPRM Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM
Ân gela Aparecida Pezzuti Vilmar Souza Leal – CPRM
COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO- Antonio Celso R. de Melo - CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim
FINANCEIRA Antonio Edílson Pereira de Souza Walter Lopes de Moraes Junior
Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP Antonio Jean Fontenele Menezes
Antonio Manoel Marciano Souza TEXTO
APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO Antonio Marques Honorato
Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP Armando Arruda C. Filho - CPRM ORGANIZA ÇÃO
Carlos A. G óes de Almeida - CPRM Breno Augusto Beltr ão
COORDENA ÇAO REGIONAL Celso Viana Marciel Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Cícero Ren é de Souza Barbosa Jo ão de Castro Mascarenhas
Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena Luiz Carlos de Souza Junior
Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Claudionor de Figueiredo Saulo de Tarso Monteiro Pires
Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Cleiton Pierre da Silva Viana Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Jos é Alberto Ribeiro - REFO Cristiano Alves da Silva
Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Edivaldo Fateicha - CPRM CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E
Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Eduardo Benevides de Freitas DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS
Oderson A. de Souza Filho - REFO Eduardo Fortes Cris óstomos CADASTRADOS
Eliomar Coutinho Barreto Breno Augusto Beltr ão
EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO
Emanuelly de Almeida Le ão Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
SUREG-RE Emerson Garret Menor Jo ão de Castro Mascarenhas
Ari Teixeira de Oliveira Emicles Pereira C. de Souza Luiz Carlos de Souza J únior
Breno Augusto Beltr ão Ér ika Peconnick Ventura Saulo de Tarso Monteiro Pires
Cícero Alves Ferreira Erval Manoel Linden - CPRM Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Cristiano de Andrade Amaral Ewerton Torres de Melo
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha F ábio de Andrade Lima
F ábio de Souza Pereira ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
Franklin de Moraes
F ábio Luiz Santos Faria Breno Augusto Beltr ão
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos Francisco Augusto A. Lima
Francisco Edson Alves Rodrigues FIGURAS ILUSTRATIVAS
Jo ão de Castro Mascarenhas
Francisco Ivanir Medeiros da Silva Aloízio da Silva Leal
Jorge Luiz Fortunato de Miranda
Francisco Jos é Vasconcelos Souza Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jos é Wilson de Castro Temoteo
Francisco Lima Aguiar Junior Jaqueline Pontes de Lima
Luiz Carlos de Souza J únior
Francisco Pereira da Silva - CPRM N úbia Chaves Guerra
Manoel Julio da Trindade G. Galv ão
Frederico Antonio Araújo Meneses Waldir Duarte Costa Filho
Saulo de Tarso Monteiro Pires
S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Geancarlo da Costa Viana
Genivaldo Ferreira de Ara újo MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA
Simeones Néri Pereira
Gustavo Lira Meyer Robson de Carlo Silva
Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Haroldo Brito de Sá Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Vanildo Almeida Mendes
Henrique Cristiano C. Alencar
SUREG-SA Jamile de Souza Ferreira BANCO DE DADOS
Edmilson de Souza Rosas Jaqueline Almeida de Souza
Desenvolvimento dos Sistemas
Edvaldo Lima Mota Jeft é Rocha Holanda
Josias Barbosa de Lima
Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Carlos Fernandes Cunha
Ricardo C ésar Bustillos Villafan
Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jo ão Luis Alves da Silva
Jos é Cl áudio Viegas Joelza de Lima Enéas Coordena ção
Luis Henrique Monteiro Pereira Jorge Hamilton Quidute Goes Francisco Edson Mendonça Gomes
Pedro Ant ônio de Almeida Couto Jos é Carlos Lopes - CPRM
V ânia Passos Borges Joselito Santiago Lima Administração
Josemar Moura Bezerril Junior Eriveldo da Silva Mendon ça
SUREG-BH Julio Vale de Oliveira
Ang élica Garcia Soares K ênia Nogueira Di ógenes EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA
Eduardo Jorge Machado Sim ões Marcos Aurélio C. de G óis Filho Aline Oliveira de Lima
Ely Soares de Oliveira Matheus Medeiros Mendes Carneiro Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Haroldo Santos Viana Michel Pinheiro Rocha Jaqueline Pontes de Lima
Reynaldo Murilo D. Alves de Brito Narcelya da Silva Ara újo
Nic ácia D ébora da Silva SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO
REFO
Oscar Rodrigues Acioly Júnior Claudio Scheid
Ân gelo Tr évia Vieira
Paula Francinete da Silveira Baia Jos é Pessoa Veiga Junior
Felicíssimo Melo
Paulo Eduardo Melo Costa Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão
Francisco Alves Pessoa
Paulo Fernando Rodrigues Galindo
J áder Parente Filho
Pedro Hermano Barreto Magalh ães ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S
Jos é Roberto de Carvalho Gomes
Raimundo Correa da Silva Neto Dalvanise da Rocha S. Bezerril
Liano Silva Veríssimo
Ramiro Francisco Bezerra Santos
Luiz da Silva Coelho
Raul Frota Gon çalves
Rob ério B ôto de Aguiar

RESTE
Antonio Reinaldo Soares Filho
CPRM - Serviç o Geoló gico do Brasil
Carlos Ant ônio Luz Projeto cadastro de fontes de abastecimento por á gua subterrâ nea. Diagnó stico do municí pio
Cipriano Gomes Oliveira de Santa Maria, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas,
Heinz Alfredo Trein Breno Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, Dunaldson
Ney Gonzaga de Souza Eliezer Guedes Alcoforado da Rocha, Valdecí lio Galvã o Duarte de Carvalho. Recife:
CPRM/PRODEEM, 2005.
EM DESTAQUE 11 p. + anexos
Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE
Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA “ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado do Rio Grande
do Norte.”
Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA
Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA 1. Hidrogeologia – Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. Água subterrâ nea – Rio Grande do
Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA Norte - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza
Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE Jú nior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson Eliezer
Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO Guedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdecí lio Galvã o Duarte de org. VII. Tí tulo.

CDD 551.49098132

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte


APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir


conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do
Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,
ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de
Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do
governo federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,


desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e
interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social
e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras
instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,
dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da
região nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de


Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que
engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com
múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do
PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de
receber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de


Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar
suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações
consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no
tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das
comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro Mendes


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
SUMÁ RIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 1

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA 1

3. METODOLOGIA 2

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍ PIO DE SANTA MARIA 2

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO 2


4.2 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 3
4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 3
4.4 - GEOLOGIA 4

5. RECURSOS HÍ DRICOS 5

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 5


5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 5

5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS 5

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS 5

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 9

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES 10

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS 11

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM


Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade
de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica
das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da
hist ória do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, atrav és de uma
gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos
de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses
recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão
eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca
exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de
água superficiais e subterr âneas.
Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto
emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de
água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população
e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os
setores, tanto do n úmero quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando se
observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em
rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos
passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na
regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente
nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos
prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.
Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços
2
amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km da regi ão Nordeste do
Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do


Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo.

Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto

1
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experi ência da
CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com
sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.
Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a
2
25.000 km . Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e
composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de
Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.
O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (po ço
tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do
Global Positioning System (GPS) e obtenção de todas as informações passíveis de serem coletadas
atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados
operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrológicos).
Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e
Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de
dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um
mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto,
cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e
compreens ão acessível a diferentes usu ários.
Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas
municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas
topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados
referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e
impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites
municipais foi cedida pelo IBGE.
H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa
municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos traçados desses limites, seja pela pequena
escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes
na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou,
simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.
Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio
digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA

4.1 - Localiza ção e Acesso

O município de Santa Maria situa-se na mesorregião Agreste Potiguar e na microrregi ão


Agreste Potiguar, limitando-se com os municípios de Bento Fernandes, S ão Paulo do Potengi, S ão
Pedro, Ielmo Marinho e Riachuelo, abrangendo uma área de 216 km², inseridos na folha Jo ão
C âmara (SB.25-V-C-IV), na escala 1:100.000, editada pela SUDENE.
A sede do município tem uma altitude m édia de 115 m e coordenadas 05°50’24,0” de latitude
sul e 35°41’42,0” de longitude oeste, distando da capital cerca de 71 km, sendo seu acesso, a partir
de Natal, efetuado através da rodovia pavimentada BR-304.

2
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

Oceano A tlântico
Ceará

Ceará

Paraíba

Paraíba

Legenda
0 16 32 48 64km Sede do município

Escala Grá fica N Rodovi a Federal


Rodovi a Estadual
Limite Municipal
Paraíba Limite Estadual

Figura 2 - Mapa de acesso rodovi ário

4.2 - Aspectos Socioecon ômicos

O município de Santa Maria foi criado pela Lei n° 6.841, de 21/12/1995, desmembrado de
S ão Paulo do Potengi.
Segundo o censo de 2000, a popula ção total residente é de 3.778 habitantes, dos quais 1.925
s ão do sexo masculino (51,00%) e 1.853 do sexo feminino (49,00%), sendo que 2.351 vivem na área
urbana (62,20%) e 1.427 na área rural (37,80%). A popula ção atual estimada é de 4.373 habitantes
2
(IBGE/2005). A densidade demogr áfica é de 17,48 hab/km .
A rede de sa úde disp õe apenas de 02 Postos de Saúde. Na área educacional, o município
possui 02 escolas do ensino pr é-escolar, 10 escolas do ensino fundamental e 01 do ensino m édio. Da
população total, 67,20% s ão alfabetizados.
O município possui 924 domicílios permanentes, sendo 590 na área urbana e 334 na área
rural e 630 com abastecimento d’ água atrav és da rede geral, 53 atrav és de po ço ou nascente e 241
por outras fontes. Existe ainda, apenas 01 domicílio ligado à rede geral de esgotos.
As principais atividades econ ômicas s ão: agropecu ária, extrativismo e com ércio. Com relação
à infra-estrutura, o município possui 02 pousadas, 01 Ag ência dos Correios, 01 ag ência banc ária,
al ém de 50 empresas com CNPJ atuantes no com ércio varejista. (Fonte: IDEMA – 2001).
No ranking de desenvolvimento, Santa Maria está em 94º lugar no estado (94/167
municípios) e em 4.178º lugar no Brasil (4.178/5.561 municípios) Fonte:
(www.desenvolvimentomunicipal.com.br).
O IDH-M=0,627 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – www.
FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).

4.3 - Aspectos Fisiográficos


Clima

Tipo: clima muito quente e semi- árido, com esta ção chuvosa adiantando-se para o outono.

Precipita ção Pluviom étrica Anual: normal: ...


observada: ...
desvio: ...

3
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

Período Chuvoso: março a junho

Temperaturas M édias Anuais: m áxima: 32,0 °C


m édia: 27,2 °C
mínima: 21,0 °C

Umidade Relativa Média Anual: 70%

Horas de Insola ção: 2.700

Forma ção Vegetal

Caatinga Hiperxer ófila - vegeta ção de clima semi- árido,apresenta arbustos e árvores com espinhos e
de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxer ófila. Entre outras esp écies destacam-se a
caatingueira, angico, bara úna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.

Solos

Solos predominantes e características principais:

Planosol Sol ódico - fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo suave ondulado,
imperfeitamente drenados, rasos.

Uso: s ão utilizados principalmente, com pecu ária e em pequenas áreas com algod ão, milho e feij ão,
consorciados al ém do sisal e palma forrageira, em alguns locais. Apresentam fortes limita ções ao uso
d’ água (encharcam), durante o período chuvoso. A irriga ção é problem ática, vez que são rasos,
apresentam problemas de manejo e consider ável teor de sódio troc ável. Seu aproveitamento racional
com pecu ária requer melhoramento de pastagens e intensifica ção da palma forrageira.

Aptid ão Agrícola - regular para pastagem plantada e aptas para culturas especiais de ciclo longo, tais
como: algod ão arb óreo, sisal, caju e coco.

Sistema de Manejo - m édio nível tecnol ógico. As pr áticas agrícolas est ão condicionadas ao trabalho
bra çal e a tra ção animal, com implementos agrícolas simples.

Relevo

De 50 a 200 metros de altitude.

Depress ão sub-litor ânea - terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior
altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema

4.4 – Geologia

O Município de Santa Maria, geologicamente inserido na Província Borborema, est á


constituído por lit ótipos dos complexos Presidente Juscelino e Jo ão C âmara e por granit óides da
Suíte Natal, como mostra a Figura 3.
O Complexo Presidente Juscelino(A23γj) encerra ortognaisses TTG, metaluminosos e
peraluminosos migmatizados e migmatitos bandados. O Complexo Jo ão C âmara(PP2γjc), por sua
vez, é formado por migmatitos bandados e nebulíticos, com mesossoma granodiorítico.
A Suíte Natal(NP3γ2n) é formada por hornblenda-monzogranitos e leucosienogranitos
metaluminosos a peraluminosos.

4
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

35 °4 8’ 35 °4 6’ 35 °4 4’ 35 °4 2’ 35 °4 0’

N Bento Ferna ndes

NP3 2n

5° 44 ’ 5° 44 ’
Ielm o Mari nho

5° 46 ’ 5° 46 ’

Ri ach ue lo

PP2 jc

5° 48 ’ 5° 48 ’

São Pedro
5° 50 ’ 5° 50 ’
BR304 Santa Maria
NQc

RN120
A23 j

5° 52 ’ 5° 52 ’
São Paulo do Potengi

35 °4 8’ 35 °4 6’ 35 °4 4’ 35 °4 2’ 35 °4 0’

UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS CONVENÇÕE S GEOLÓGICAS


Cenozóico Co nta to ge oló gico
Depósitos col úvi o-e luvi ais : Sedime nto arenos o, a ren o-ar gil oso e Falha o u Zon a de Cisal hame nto T ranscorren te
NQc
conglomerático Sini stra l

Neoproterozóico
Np3 2 n Suite Nata l: Monzo gra nito, Sie no granito CONVENÇÕE S CARTOGRÁFICAS

Sede Mu nicip al
Paleoproterozóico
Suíte Poço da C ruz: augen gnaisse gran íti co, l euco-o rto gnaisse Ro dovia s
PP3 pc qu artzo mo nzoníti co a gr ani to (190 0 Ma U -Pb)
Limi te s Intermunicipai s
Rios e ri achos
Paleoarqueano
Compl exo Presid ente Ju scel ino: o rtogn aisse TTG, metaluminoso
A23 j
a peral umi nos o mig matizado e mi gmati to ban da do (3 255 Ma U-Pb)

Figura 3 - Mapa Geol ógico

5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - Águas Superficiais

O município de Santa Maria encontra-se totalmente inserido nos domínios da bacia


hidrogr áfica do Rio Potengi, sendo banhado pela sub-bacia do Rio Camaragibe, que o atravessa na
dire ção SE-N. Seus principais tribut ários s ão os riachos: dos Paus, Campos Novos e Pedra Branca.
Os principais corpos de acumulação s ão as lagoas Vaca Brava, dos Veados, do Peixe e Umari. N ão
3
existem a çudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m . O padr ão de
drenagem édo tipo dendrítico e todos os cursos d’ água do município t êm regime intermitente.

5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 - Domínios Hidrogeol ógicos

O município de Santa Maria est á inserido no Domínio Hidrogeol ógico Intersticial e no


Domínio Hidrogeol ógico Fissural. O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares dos
Dep ósitos Col úvio-eluviais. O Domínio Fissural é formado de rochas do embasamento cristalino que
englobam o sub-domínio rochas metam órficas constituído do Complexo Jaguaretama e o sub-
domínio rochas ígneas da Suíte Poço da Cruz, Suíte calcialcalina Itaporanga e do Complexo
Presidente Juscelino.

5
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a exist ência de 21 pontos d’ água, sendo todos
poços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

Poços
tubulares
100%

Poços tubulares

Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município

Com rela ção à propriedade dos terrenos onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados,
podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e; particulares, quando
forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 06 pontos d’ água em terrenos p úblicos,
14 em terrenos particulares e 01 ponto n ão teve a propriedade definida.

Indefinidos
5%
Públicos
29%
Indefinidos
Particulares
Públicos

Particulares
66%

Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem poços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina o uso da água, os pontos cadastrados


foram classificados em: comunitários, quando atendem a v árias famílias e; particulares, quando
atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 02 pontos d’ água destinam-se ao
atendimento comunit ário, 01 ao atendimento particular e 18 pontos n ão tiveram a finalidade do
abastecimento definida.

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Indefinidos
85%

Indefinidos
Comunitários
Particulares
Comunitários
10%
Particulares
5%

Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços.

Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção,
paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam
normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas
relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles
po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com
sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e
po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.
A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada
em n úmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

Quadro 6.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso
Natureza do Poço Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado Indefinido
Comunitário - 1 - 1 -
Particular - 1 - - -
Indefinido 5 10 2 1 -
Total 5 12 2 2 -

Paralisados
Não Instalados 10% Abandonados
10% 24%

Abandonados
Em Operação
Não Instalados
Paralisados
Em Operação
56%

Fig.6.4 – Situa ção dos po ços cadastrados

Em rela ção ao uso da água, 21% dos pontos cadastrados s ão destinados ao consumo
dom éstico prim ário ( água de consumo humano para beber), 26% são utilizados para o consumo
dom éstico secund ário ( água de consumo humano para uso geral) e 53% para dessedenta ção animal,
conforme mostra a fig.6.5.

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Doméstico
Secundário
26%

Animal
Doméstico Primário
Doméstico Secundário

Doméstico
Primário Animal
21% 53%

Fig.6.5 – Uso da água

A fig.6.6 mostra a rela ção entre os poços tubulares atualmente em opera ção e os po ços
inativos (paralisados e n ão instalados) que s ão passíveis de entrar em funcionamento.
Verificou-se a exist ência de 02 poços particulares e 02 p úblicos n ão instalados ou paralisados
e, portanto, passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos
11 poços que est ão em opera ção.

10
8
6
4
2
0

Em Operação Paral/N. Instalado

Particular 9 2
Público 2 2

Fig.6.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados

Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos po ços, a fig.6.7
mostra que 09 po ços utilizam energia el étrica, sendo 02 p úblicos e 07 particulares, enquanto 04
po ços utilizam outras fontes de energia, sendo 02 p úblicos e 02 particulares.

7
6
5
4
3
2
1
0

Energia Elétrica Outras Fontes

Particular 7 2
Público 2 2

Fig. 6.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água

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6.1 - Aspectos Qualitativos

Com relação à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas
de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando
diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.
Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,
que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água.
Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece
o teor de s ólidos dissolvidos.
o
Conforme a Portaria n 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água
para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l.
Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar
problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.
Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram
considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/ l água doce


501 a 1.500 mg/l água salobra
> 1.500 mg/ l água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de 10 poços tubulares. Os resultados das an álises


mostraram valores oscilando de 2008,50 e 10764,00 mg/l, com valor m édio de 5674,50 mg/l.
Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classifica ção das águas subterr âneas no município,
verifica-se a predomin ância de água salina, com 100% dos poços amostrados.

Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço
Qualidade da água Em Uso Não Instalado Paralisado Indefinido Total
Doce - - - - 0
Salobra - - - - 0
Salina 10 - - - 10
Total 10 0 0 0 10

Salina
100%

Salina
Salobra
Doce
Doce
0%
Salobra
0%

Fig.6 8 – Qualidade das águas subterr âneas do município.

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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´ água executado no município


permitiu estabelecer as seguintes conclusões:
• A situação atual dos po ços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a
seguir:

Quadro 7.1 – Situa ção atual dos po ços cadastrados no município.


Natureza Em Não
Abandonado Paralisado Indefinido Total
do Poço Operação Instalado
Público 2 (33%) 2 (33%) 1 (17%) 1 (17%) - 6 (29%)
Particular 3 (21%) 9 (64%) 1 (7%) 1 (7%) - 14 (67%)
Indefinido - 1 (100%) - - - 1 (5%)
Total 5 (24%) 12 (57%) 2 (10%) 2 (10%) - 21 (100%)

• Os 21 pontos d’ água cadastrados s ão todos po ços tubulares, sendo que 12 (57,00%)


encontram-se em opera ção e 05 foram descartados (abandonados) por estarem secos ou
obstruídos (24,00%). Os 04 pontos restantes (20,00%) incluem os n ão instalados e os
paralisados, por motivos os mais diversos. Estes po ços representam uma reserva potencial
substancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, ap ós uma an álise
t écnica apurada, forem considerados aptos à recupera ção e/ou instalação. Cabe à
administra ção municipal promover ou articular o processo de an álise desses po ços, podendo
aumentar substancialmente a oferta hídrica no município.
• Foram feitos testes de condutividade em 10 amostras d’ água (47,60%), das quais, todas
apresentaram águas salinas, evidenciando a necessidade de uma urgente interven ção do
poder p úblico, principalmente no que concerne aos poços comunit ários, visando a instalação
de dessalinizadores, para melhoria da qualidade da água oferecida à popula ção e redu ção
dos riscos à sa úde existentes.
• Po ços paralisados ou n ão instalados em virtude da alta salinidade e que possam ter uso
o
comunit ário, tamb ém devem ser analisados em detalhe (vaz ão, an álise físico-química, n de
famílias atendidas, etc) para verifica ção da viabilidade da instala ção de equipamentos de
dessaliniza ção.
• Com rela ção ao item anterior, deve ser analisada a possibilidade de treinamento de
moradores das proximidades dos po ços, para manuten ção de bombas e dessalinizadores em
caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os responsáveis por fazer a comunica ção à
Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ou
articuladas as medidas cabíveis.
• Importante chamar a aten ção para o lan çamento inadequado dos rejeitos dos
dessalinizadores (geralmente direto no solo). É necess ário que as prefeituras se empenhem
no sentido de dotar os po ços equipados com dessalinizadores, de um recept áculo adequado,
evitando a polui ção do aq üífero e a saliniza ção do solo.
• Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno
funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção
peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do po ço e
sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a
recuperação ou manuten ção das suas vazões originais.
• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser
implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, passíveis de recupera ção, medidas de
proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de prote ção, limpeza permanente do
terreno, cerca de prote ção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a
pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas
medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando
evitar a contaminação do lençol fre ático por queda acidental de pequenos animais e
introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas
visitadas.

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Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço
Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de
Informa ções Geogr áficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível
em 04 CD’s.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do


Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos
municípios do Estado do Rio Grande do Norte.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros
da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e
progn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD

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Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
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ANEXO 1

PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO


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C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD
LOCALIDADE
PO ÇO S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L)
Em
CL682 FAZENDA CAMPOS NOVOS 054945,7 354514,7 Poço tubular Particular Opera ção Catavento Trifásica Animal, 4959,5
Em
CL683 FAZENDA CAMPOS NOVOS 054944,8 354450,6 Poço tubular Particular Opera ção Bomba submersa Monof ásica Animal, 4309,5
Em
CL684 FAZENDA CAMPOS NOVOS 054843,4 354422,0 Poço tubular Particular Opera ção Bomba injetora Monof ásica Animal, 10764
Em
CL685 FAZENDA CAMPOS NOVOS 054806,1 354450,0 Poço tubular Particular 21 Opera ção Compressor de ar Animal, 8833,5
N ão
CL686 ASSENTAMENTO SANTA MARIA 054540,3 354457,6 Poço tubular P úblico 57 Instalado N ão equipado ,
CL687 ASSENTAMENTO SANTA MARIA II 054452,7 354500,3 Poço tubular P úblico Abandonado Catavento ,
CL688 ASSENTAMENTO SANTA MARIA II 054527,5 354458,1 Poço tubular P úblico Abandonado N ão equipado ,
ASSOCIACAO SANTO ANTONIO DOS Em
CL689 BANCOS 054557,6 354457,7 Poço tubular Particular Opera ção Compressor de ar Monof ásica Animal,
Em
CL690 FAZENDA PEGADO 054414,9 354240,9 Poço tubular Particular Opera ção Bomba submersa Trifásica Animal, 5323,5
CL691 FAZENDA CAMPOS NOVOS 054726,1 354420,1 Poço tubular Particular Abandonado N ão equipado ,
CL692 FAZENDA SANTA TEREZA 055014,2 354247,7 Poço tubular Particular Abandonado N ão equipado ,
Em
CL693 SANTA MARIA 055021,0 354148,5 Poço tubular Particular Opera ção Bomba submersa Trifásica LAVAR, 4082
CL694 FAZENDA SANTA MARIA 055104,9 354102,0 Poço tubular Particular Paralisado Catavento ,
Em
CL695 JURUMENHA 054412,4 353946,5 Poço tubular P úblico Opera ção Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 3042
CL697 CAICARA 054732,3 354020,0 Poço tubular P úblico Paralisado Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário,
N ão
CL698 SANTA MARIA 055034,9 354129,5 Poço tubular Particular Instalado N ão equipado ,
Dom éstico Prim ário, Dom éstico
CL978 RIACHO DOS PAUS 054320,7 354533,4 Poço tubular Particular Abandonado N ão equipado Secund ário,
Em Dom éstico Prim ário, Dom éstico
CL979 RIACHO DE PAUS 054327,4 354521,7 Poço tubular P úblico 70 1 Opera ção Compressor de ar Trifásica Secund ário, 2008,5
Em
CL980 RIACHO DOS PAUS 054340,2 354451,0 Poço tubular Particular Opera ção Bomba submersa Trifásica Animal,
Em
CL982 FAZENDA ESPINHAO 054318,2 354346,3 Poço tubular Opera ção Catavento Trifásica Animal, 6883,5
Em Dom éstico Prim ário, Dom éstico
CL983 FAZENDA PINHOES 054404,5 354358,8 Poço tubular Particular Opera ção Catavento Secund ário, Animal, 6539
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Santa Maria
Estado do Rio Grande do Norte

ANEXO 2

MAPA DE PONTOS D’ Á GUA

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