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DE
MANEJO INTEGRADO
DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS
Cristóvam Buarque
Ministro da Educação e Desporto
Inclui bibliografia
1. Bacias Hidrográficas – Manejo Integrado. 2. Baci-
as Hidrográficas – Planejamento Fisico-Rural. 3. Enge-
nharia agrícola – Bacias Hidrográficas. 4. Meio-
ambiente e Bacias Hidrográficas.
I. Título.
Direitos reservados:
A reprodução parcial do texto é permitida, desde que seja citada a fonte.
(Amparado pela Lei nº 5.988 de 14/12/1973).
Apoio:
MANUAL
DE
MANEJO INTEGRADO
DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS
Santa Maria – RS
Inverno de 2001
1
Engº. Florestal, Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural, UFSM – RS.
2
Engª. Florestal, Doutoranda em Manejo Florestal, UFSM -RS.
APRESENTAÇÃO
Porto Alegre - RS
Engº. Agrº. Tabajara Nunes Ferreira
Ex-Coordenador do
Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas
do Estado do Rio Grande do Sul
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1
2. CONCEITUAÇÕES BÁSICAS .............................................................. 7
2.1. Manejo Integrado e Gerenciamento .......................................7
2.2. Projeto Integrado de Manejo de Bacias Hidrográficas .........7
2.3. Educação Ambiental .................................................................8
2.4. Ambiente .................................................................................... 8
2.5. Recuperação Física e Ambiental
(conceito conservacionista) ....................................................... 8
2.6. Conflitos de Uso da Terra ........................................................ 9
2.7. Poluição .................................................................................... 10
2.8. Bacia, Sub-Bacia, Microbacias Hidrográficas e
termos correlatos ......................................................................10
2.8.1. Bacia Hidrográfica ........................................................................... 10
2.8.2. Sub-Bacia Hidrográfica .................................................................. 10
2.8.3. Microbacias Hidrográficas ............................................................. 11
2.8.4. Ravinas................................................................................................ 12
2.8.5. Canais.................................................................................................. 13
2.8.6. Tributários ......................................................................................... 13
2.9. Bacia, Sub-Bacia ou Microbacias Hidrográficas
“Experimental ou Piloto” ........................................................ 14
3. PARÂMETROS DETERIORANTES DAS BACIAS,
SUB-BACIAS E MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS................ 15
3.1. Comprimento das ravinas ...................................................... 15
3.2. Densidade de Drenagem ......................................................... 17
3.3. Índice de Circularidade .......................................................... 17
3.4. Índice de Forma ......................................................................19
3.5. Declividade Média da Microbacia .........................................20
3.5.1. Declividade Média da Microbacia: método UFSM .................. 22
3.6. Coeficiente de Rugosidade ..................................................... 25
4. O MEIO AMBIENTE (A AMBIÊNCIA) E AS
BACIAS HIDROGRÁFICAS .............................................................. 27
4.1. Conceituação Básica ............................................................... 27
4.2. Alguns Exemplos Mundiais ................................................... 28
4.3. A Situação no Brasil ............................................................... 30
4.4. O Caso do Rio Grande do Sul ................................................ 34
4.4.1. Área Rural ......................................................................................... 34
xiv
3
Kilocaloria perdida na Sub-Bacia Hidrográfica pela ação antrópica sobre os Re-
cursos Naturais Renováveis, cujo fenômeno é denominado por alguns autores de
eMergia ou energia negativa (refere-se ao passivo ambiental).
4
2.4. Ambiente
Entende-se por ambiente as relações que existem entre o com-
portamento da natureza, o homem como núcleo familiar, e a estrutura
política, econômica e social da sociedade.
2.7. Poluição
É qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou
biológicas dos Recursos Naturais Renováveis (solo, vegetação, ar,
água, fauna), causada por alguma forma de energia ou elementos pro-
duzidos por atividades humanas, capazes, direta ou indiretamente, de
criar condições nocivas à saúde do homem, à sociedade e aos Recur-
sos Naturais Renováveis (Hidalgo, 1987).
A unidade de medir a poluição é a deterioração.
Uma unidade ambiental de 2.000 ha, por exemplo, se estiver
com 400 ha poluídos, significa que está 20% deteriorada.
2.8.4. Ravinas
Ravinas, aqui consideradas, são drenos naturais que surgem a
partir da linha divisória de águas e vão até os sulcos definidos no ter-
reno (até a meia encosta aproximadamente).
Geralmente, são efêmeras (só possuem água enquanto está
chovendo). É nelas que surgem os processos de erosão (na verdade as
ravinas não aparecem nos processos de fotointerpretação).
Portanto, o controle ou combate às erosões deve começar pelas
ravinas.
13
2.8.5. Canais
Canais, aqui considerados, são drenos naturais que se iniciam
ao término das ravinas e vão até a base das encostas (Figura 1).
Geralmente são intermitentes (podendo ser perenes em alguns
casos). Neste caso, quando termina a chuva, a água escoa ainda por
um certo período de tempo.
Nos canais é que aparecem as erosões, apesar de terem origem
nas ravinas.
Enquanto as ravinas auxiliam em a análise das condições dos
solos, os canais auxiliam na indicação do caráter das rochas (ígneas,
sedimentares, metamórficas).
2.8.6. Tributários
Tributários, aqui considerados, são drenos naturais que se ini-
ciam ao término dos canais e seguem até outro rio, mar ou um grande
lago (Figura 1). Em casos particulares, ocorrem tributários artificiais.
Geralmente são perenes e se subdividem em ordens de grandeza:
- 3ª ordem: tributários perenes até 2m de largura.
- 4ª ordem: tributários perenes entre 2m e 10m de largura.
- 5ª ordem: tributários perenes com mais de 10m de largura.
A 1ª ordem refere-se às ravinas e a 2ª ordem aos canais.
14
Onde:
Li = somatório das distâncias eqüidistantes desde a linha do
divisor de águas ao primeiro afluente (canal) na Micro-
bacia.
C = comprimento das ravinas, em km.
16
Ravina
L1 M
icr
Ravina ob
acia
Co asc
L2
N
Canais
ro ent
a es
de
Ravina
Pr
L3 Canais
ot
de
eç
ao
çao
de
rote
Cor centes
eP
T ributarios
a d
Nas
o
Canais
Ravina
L4 T ributarios
io
ar
ut
ib
Tr
D = l (R,C,T)/A
Onde:
l (R,C,T) = somatório dos comprimentos das ravinas, canais e
tributários, na Microbacia, em km.
A = área da Microbacia, em ha.
D = densidade de drenagem, em km/ha.
A
IC
Ac
Onde:
IC = índice de circularidade.
A = área da Microbacia.
Ac = área do círculo de perímetro igual ao perímetro da
Microbacia considerada.
S = C2 / 4 = Ac
A A 4πA
IC
Ac C2 C2
4π
19
A L
IF 1
A
Onde:
IF = índice de forma, adimensional.
A = área da Microbacia, em ha.
L = área da figura geométrica envolvente, com forma mais
próxima possível da forma da Microbacia, em ha.
A L = área de interseção (área comum) entre as áreas da Micro-
bacia e a área da figura geométrica envolvente, em ha.
20
L = área do
triângulo
MICROBACIA
A = área da microbacia
A L TRIÂNGULO ENVOLVENTE
L CN x Δh
H x 100
A
21
Onde:
H = declividade média, em %.
L CN = somatório dos comprimentos de todas as curvas de
nível na Microbacia mapeada, em hm ou m.
A = área da Microbacia, em ha (ou m2).
h = eqüidistância das curvas de nível, em hm (ou m).
Normalmente h = 20 m em cartas 1:50.000
O valor de H será adimensional e corresponderá a tg onde, em
um triângulo retângulo, um dos catetos é representado por L CN h
e o outro cateto por A. Infere-se que:
L CN x Δh
tg α H
A (adimensional).
CN . h
Coluna 1
A numeração 1, 2, 3, 4, etc. (coluna 1) é utilizada para assina-
lar pontos na Microbacia, ao longo dos afluentes. Quanto maior o nú-
mero de pontos, mais exato será o resultado. A prática tem mostrado
que um mínimo de 15 pontos por Microbacia resolve satisfatoriamente.
No exemplo, o número 4 (coluna 1) representa o ponto mais
baixo (relevo mais profundo), ao qual se atribui a cota 100m (pode ser
200 m, 500 m etc. conforme o relevo predominante na região).
23
Coluna 2
Os valores de px (mm) – coluna 2 - são calculados pelas lei-
turas de pxa e pxb na barra de paralaxes em 4 (ponto mais baixo) e em
outro ponto qualquer (no caso, os pontos 1, 2 e 3).
Exemplo - sejam os valores:
px1 = 3,65 = px1 - px4 (leitura em 1 - leitura em 4)
px2 = 4,56 = px2 - px4
px3 = 5,79 = px3 - px4
Coluna 3
Os valores de z (m) são calculados pela fórmula tradicional:
Hv . Δpx
Δz
b Δpx
Onde:
z = altura do ponto, em m (com relação aos 100 m atribu-
ídos ao ponto mais baixo).
Hv = altura de vôo = f . M (distância focal da câmara es-
cala aproximada do aerofotograma), em m.
px = diferença de paralaxes = pxa - pxb, em mm (leitura no
ponto mais alto menos a leitura no ponto mais baixo,
pela barra de paralaxes).
b = base estereoscópica, em mm (medida em aerofoto-
gramas, conforme Figura 4 onde p = ponto principal
do aerofotograma 1 e p1 = ponto principal do aerofo-
tograma 2. b1 e b2 são as bases estereoscópicas de
cada aerofotograma).
24
b1 b2
p p1 p p1 b = (b1 + b2) / 2
Coluna 4
Soma-se 100m, cota atribuída ao ponto mais baixo, aos valores
da coluna 3.
Coluna 5
O valor 1.080,00m corresponde a distância medida entre os
pontos 1 e 4; 2.280,00m é a distância entre os pontos 2 e 4 e assim
sucessivamente.
Tomando-se a cota média e a distância média como catetos de
um triângulo retângulo, tem-se:
tg = H = 110,25 m / 1.567,50 m = 0,0701
Em %, tem-se:
H = 7,01%, que é a declividade média da Microbacia.
Para transformar este valor (porcentagem) em graus, vai-se a
uma calculadora científica e coloca-se: 0,0701, tecla-se shift (ou 2nd
função), depois tecla-se tan e shift e obtêm-se 4° 0’ 35”.
Observação: nunca transforme % em graus ou vice-versa pela “regra
de três” e sim pela tangente do ângulo.
25
horas, terá a taxa de CO no sangue elevada para 0,7 ml/100 ml. Esta
elevação da taxa de CO no sangue, além de prejudicar toda a saúde
orgânica, é responsável pelo desequilíbrio emocional, fazendo com
que esse individuo represente 86% do perigo de acidentes na cidade
(em Paris, este fato foi comprovado).
Vinte mil (20.000) ha de florestas produzem, em um dia, o
oxigênio que um jato intercontinental consome em 30 (trinta) minutos.
A poluição pelas aeronaves contribui substancialmente para o efeito
estufa.
Está comprovado que as árvores purificam o ar através de
processos químicos (absorção) e físicos (agregação-deposição), elimi-
nando da atmosfera até 370 kg de poluentes (sólidos, líquidos e gaso-
sos) por ano/árvore.
As coberturas florestais exercem a função de anteparo ao
vento, realizam e produzem evapotranspiração, umedecendo o ar ao
seu redor, fazendo com que as partículas sólidas em suspensão se de-
positem em suas folhas.
As áreas verdes, por apresentarem temperaturas mais baixas
que o ar circulante, alcançam o ponto de orvalho e cobrem-se com
umidade (sereno) e então as partículas em suspensão, trazidas pelo
vento, se depositam e grudam nas folhas ou acículas. Essas áreas ver-
des devem ser constituídas de exemplares de espécies latifoliadas de-
cíduas ou semidecíduas, que perdem suas folhas, e estas levam consi-
go o material depositado para o solo.
Por esta razão são recomendados tais florestamentos e arbori-
zações de ruas nas cidades e locais próximos às áreas industriais.
41
5.1. Introdução
Pelo que se viu nos itens anteriores conclui-se que as Bacias,
Sub-Bacias e Microbacias Hidrográficas são os “palcos” das deterio-
rações ambientais.
Conforme observado no item 1, Introdução, o Manejo Integra-
do da Bacia Hidrográfica é, praticamente, o único caminho a ser se-
guido para a recuperação ambiental, conduzindo ao equilíbrio dos
ecossistemas.
O Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica visa a recuperação
ambiental dessas unidades, conduzindo ao equilíbrio dos ecossistemas
ali existentes, buscando o uso perpétuo e a sustentabilidade dos Re-
cursos Naturais Renováveis.
O Manejo Integrado consiste na elaboração e aplicação dos
seguintes diagnósticos básicos:
Físico-Conservacionista - visando buscar soluções para o
controle de erosões, enchentes, secas e assoreamentos nas Sub-Bacias
Hidrográficas;
Sócio-econômico - visando buscar soluções para resolver os
problemas da qualidade de vida das pessoas que vivem nas Sub-
Bacias Hidrográficas;
Ambiental - buscando resolver os problemas da poluição dire-
ta da ambiência nas Sub-Bacias Hidrográficas;
Recursos Hídricos - buscando soluções para resolver os pro-
blemas da qualidade e quantidade de água para atender ao consumo
44
a = 0,6329 b = - 4,4303
52
Onde:
x = valor significativo encontrado
y = unidade crítica de deterioração da Bacia ou Sub-Bacia (va-
lor que figurará na 5ª coluna do Quadro 6)
DFC
67,60%
- Objetivos específicos:
a) Em cartas apropriadas, fazer a distribuição espacial
das terras propícias à agricultura, aos florestamentos e
às pastagens, recomendando as práticas gerais para ca-
da caso.
b) Recomendar os florestamentos, por Microbacias, e
operações periféricas, visando a retenção das águas das
chuvas, fazendo-as infiltrarem-se consideravelmente.
c) Sugerir a criação de florestas econômicas para fins
múltiplos, especificamente para a produção de madei-
ras, florestas energéticas e florestas ecológicas, inclusi-
ve preservando nascentes e mananciais. Como efeito
secundário, estas florestas visarão melhorar a quantida-
de e a qualidade da piscicultura na Sub-Bacia.
d) Coletar informações para prognosticar o controle da
erosão e os efeitos das secas e das enchentes.
e) Coletar subsídios para se eliminar o assoreamento dos
rios, lagos, açudes e barragens.
f) Selecionar, por Microbacia, áreas em disponibilidade
agrícola, áreas a serem trabalhadas e áreas deterioradas.
g) Selecionar, em Microbacias, áreas para a construção
de “mulchings” verticais para a colocação de lixo seco
e áreas para a construção de terraços em nível com
bandas de rodagem e bandas laterais de pneus usados.
57
Dimensionamento da amostra
O número mínimo de pontos a constituírem a amostra é obtido
através da aplicação da seguinte fórmula:
61
(1 P) . t 2
N
P .E 2
Z
P
K
k
e A P . T
k k K
n K
Onde:
N = número de pontos a amostrar;
P = estimativa empírica da proporção da cobertura florestal da Sub-
Bacia;
E = erro de amostragem (5%);
t = nível de significância (Quadro 09).
Aplicação da amostragem
Com a definição do número de pontos, os mesmos são dispos-
tos e espaçados de forma uniforme e sistemática, para análise e inter-
pretação sobre as imagens (TM ou outra).
Cada ponto é analisado individualmente, anotando-se o núme-
ro de pontos sobre a classe em estudo, no caso a classe de florestas.
Assim:
Onde:
Pk = proporção de florestas na Microbacia (k);
Agricultural and Medical Research. 2ª Ed., Oliver and Boyd, Londres, 1943).
Amostragem de campo
Esta amostragem é realizada com o objetivo de estruturar o
processo da dupla amostragem e consiste em uma inspeção a campo
para identificação da cobertura vegetal, ou do uso do solo, em pontos
previamente selecionados sobre as cartas topográficas da área.
A partir da definição do número de pontos, considera-se que os
cruzamentos de estradas são elementos de identificação dos pontos
amostrais.
Assim, cada cruzamento considerado é um ponto base, e, a
partir destes, nos sentidos dos pontos cardeais, a uma distancia de 100
metros, são tomados os pontos amostrais. Dessa maneira, para cada
ponto base, há uma correspondência de quatro (4) pontos amostrais.
Exemplo:
Ao ponto base 1, corresponde os pontos amostrais 1N,1S, 1E e 1W.
A legenda para a identificação e classificação dos pontos é a
seguinte:
A = Agricultura;
C = Campo;
F = Florestas;
O = Outros (estradas, águas, construções, etc.).
64
Dupla amostragem
Este processo é realizado através do método da amostragem de
campo e consiste na identificação e interpretação, sobre os aerofoto-
gramas, dos pontos base inspecionados a campo.
Assim, de um mesmo ponto amostral, obtém-se duas informações:
a de primeira ocasião, referente à classe do Uso da Terra, a
qual o ponto pertencia;
a segunda ocasião, que é a classe a qual o ponto pertence
na atualidade.
P P b (P P )
2 2m 1 1m
Onde:
P1 = proporção de área agrícola, obtida no primeiro levantamento
P2 = proporção da cobertura de áreas agrícolas, atualidade
P1m = proporção da cobertura de áreas agrícolas, obtidas a partir da
analise dos pontos amostrais aplicados sobre os aerofotogramas
P2m = proporção da cobertura de áreas agrícolas, atualidade,
obtida na amostragem de campo
b= coeficiente de regressão, determinado a partir da correla-
ção entre as interpretações do mesmo ponto
Obs.: Este tipo de amostragem pode ser substituída por fotografias aé-
reas não convencionais, hoje muito fáceis de serem obtidas e de
baixos custos.
d
F
D
Onde:
F = Fator de correção da escala;
d = Distância medida na imagem (cm);
D = Distância medida na carta topográfica (cm).
F1 F2 ... Fn
Fx
N
Onde:
F x = fator médio de correção das escalas;
Fi = fatores de correção da escala;
N = número de fatores se correção da escala.
Ect
Ec
F x
67
Onde:
Ec = escala corrigida da imagem;
Ect = módulo da escala da carta topográfica;
Fx = fator médio de correção da escala.
Essa correção se faz necessária porque, muitas vezes, se efetua
a avaliação e a quantificação de áreas dos temas de interesse, extraídos
e medidos diretamente das imagens. Isto se torna de certo modo acei-
tável porque as imagens são quase ortogonais. Para melhor precisão,
divide-se a imagem em quatro quadrantes e determina-se, pelo proces-
so mencionado, a escala média por quadrante (a imagem ampliada
sofre deformações óticas e deformação do papel onde está impressa).
Preenchimento da coluna 2
Esta coluna é preenchida em ordem crescente e terá numeração
equivalente ao numero de Microbacias. Cada número representará
uma Microbacia no mapa e em campo.
Preenchimento da coluna 3
Esta coluna refere-se ao somatório dos comprimentos das Ra-
vinas, Canais e Tributários e são calculadas em mesa digitalizadora ou
por qualquer outro processo confiável de medição linear (curvímetro).
Tema desenvolvido no item 3.2. (Densidade de Drenagem).
Preenchimento da coluna 4
Esta coluna refere-se ao somatório dos comprimentos das Curvas
de Nível em cada Microbacia e são calculadas em mesa digitalizadora ou
por qualquer outro processo confiável de medição linear (curvímetro).
Tema desenvolvido no item 3.5. (Declividade média da Microbacia).
Preenchimento da coluna 7
Coluna 7 = coluna 4 x eqüidistância das curvas de nível (h)
dividido pela área (coluna 6) e encontra-se explicado no item 3.5.
(Declividade média da Microbacia).
Preenchimento da coluna 8
Coluna 8 = coluna 7 x 100.
Preenchimento da coluna 9
Coluna 9 = coluna 3 dividida pela área (coluna 6) e encontra-se
explicado no item 3.2. (Densidade de Drenagem).
Preenchimento da coluna 10
Coluna 10 = coluna 9 x coluna 7 x 10n e encontra-se explicado
no item 3.6. (Coeficiente de Rugosidade). O valor de n varia de 1 a 8
para se trabalhar com números inteiros.
Preenchimento da coluna 15
Esta coluna representa o total, em florestas, para cada Microbacia
e é preenchida somando-se os valores correspondentes de cada Microba-
72
27 = 17 + 18 + 22 Se 8 > 10%;
Se 8 < 10% 27 = 22
Obs.: > 10% de declividade exige tratos conservacionistas, daí o conflito.
Para B e C (áreas destinadas, respectivamente, a pastagem e a
pastagem/reflorestamento):
27 = 17 + 18 + 22 + 23 + 24 + 25+ 26
73
27 = 16 + 17 + 18 + 22 + 23 + 24 + 25 + 26
Observação importante:
Se as colunas 17 e 18 (3a ou 3b) forem anotadas com Pro-
gramas de Microbacias (PM), a coluna 27 (conflito de Uso da Terra)
será igual a zero (não haverá conflito). Isto é válido independentemen-
te do valor da coluna 8 (é válido para qualquer declividade).
FLORESTAMENTOS
Preenchimento da coluna 32
Disponibilidade ou excesso em agricultura.
Para A (terras propícias à agricultura):
32 = 06 - ( 15 + 17 + 18 + 19 + 20 + 21 + 30 )
Para B, C, e D (terras propícias, respectivamente, a pastagem,
pastagem/florestamento e florestamento).
32 = 17 + 18
75
36 = 27 + 30
76
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Queimada
ou pousio
N
[2, (3b)]
[2, (3a)]
[3a (2)]
[2, 3b]
Classes
2 3a 3b 4 5a 5b
de RN
1a 1b 1c 1d
01 02 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 55 26
01 - - - - 518,25 2.894,43 - 3.661,50 46,00 50,75 - - - - - -
02 - - - - 254,75 4.134,59 - 1.381,50 - 7,75 - - - - - -
A
03 - - - - 182,25 4.818,43 - 338,50 - 9,75 - - - - - -
04 - - - - 489,50 4.905,38 - 2.464,00 - 1,75 - - - - - -
05 - - - - 349,25 4.369,40 - 1.244,50 - 2,50 - - - - - -
B
06 - - - - 1.865,75 2.531,15 - 2.221,75 145,75 12,00 - - - - - -
07 - - - - 2.259,50 5.369,69 - 2.094,50 9,50 - - - - - - -
C 08 - - - - 2.030,75 5.718,35 - 2.870,50 11,25 3,75 - - - - - -
09 - - - - 2.358,00 8.537,20 - 1.005,75 - 34,25 - - - - - -
10 - - - - 1.280,75 2.822,92 - 1.044,50 - 1,25 - - - - - -
11 - - - - 1.679,00 6.032,86 - 1.624,00 - 14,25 - - - - - -
D
12 - - - - 1.254,75 5.124,03 - 965,75 - 3,25 - - - - - -
13 - - - - 1.404,75 2.904,63 - 1.000,00 49,50 4,00 - - - - - -
Total - - - - - 15.927,25 60.163,06 - 21.916,75 261,25 145,25 - - - - - -
Obs.: Estas associações são permitidas quando não se consegue separar os cultivos agrícolas das pasta-
gens, por fotointerpretação tradicional, nos casos acima considerados.
79
Quadro 12 - Conflitos
Diagnóstico Físico-Conservacionista da Sub-Bacia do Rio soturno - III
% de
deterio-
Área
Área a ser trabalhada ração
Excesso e/ou deteriora-
para o manejo por
Mi- Conflitos N A florestar Disponibilidade da por
correto da Microba- Micro-
cro- Área da em agricultura Microba-
cia bacia
baci- Microbacia cia
(Priori-
as dades)
Uso (ha) %
(%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha)
02 06 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
01 7.170,93 - - 7,23 1.274,27 17,77 -1.620,16 22,59 2.894,43 40,36 1.274,27 17,77
02 5.778,59 - - 4,41 1.189,81 20,59 -4.134,59 71,55 5.324,40 92,14 1.189,81 20,59
03 5.348,93 - - 3,41 1.154,83 21,59 -4.818,43 90,08 5.348,93 100,00 1.154,83 21,59
04 7.860,63 - - 6,23 1.481,07 18,77 -3.424,31 43,56 4.905,38 62,40 1.481,07 18,84
05 5.965,65 1.244,50 20,86 5,85 1.142,42 19,15 +1.244,50 20,86 2.386,96 40,01 2.386,92 40,01
06 6.775,65 2.221,75 32,79 27,54 1.521,81 22,46 +2.221,75 32,79 3.743,56 55,25 3.743,56 55,25
07 9.733,19 2.094,50 21,52 23,21 2.607,52 26,79 +2.094,50 21,51 4.702,02 48,31 4.702,02 48,31
08 10.634,60 2.870,50 29,99 19,09 3.287,15 30,91 +2.870,50 26,99 6.157,65 57,90 6.157,65 57,90
09 11.935,28 1.005,75 08,43 19,76 3.609,23 30,24 +1.005,75 8,43 4.614,98 38,67 4.614,98 38,67
10 5.149,92 3.867,42 75,10 24,87 1.294,05 25,13 +1.044,50 20,28 2.338,55 45,41 5.149,42 100,00
11 9.350,11 7.656,86 81,89 17,96 2.995,77 32,04 +1.624,00 17,37 4.619,77 49,41 9.350,11 100,00
12 7.347,78 6.089,78 82,88 17,08 2.418,89 32,92 +965,75 13,14 3.384,64 46,06 7.347,78 100,00
13 5.362,88 3.904,63 72,81 26,19 1.276,90 23,81 +1.000,00 18,65 2.276,90 42,46 5.181,53 96,62
To- 98.413,64 29.711,19 - - 25.253,72 - - - 52.698,17 - 53.733,95 -
tais
C.I.A
Q máx (m3 / s)
360
83
Onde:
C = Coeficiente de escoamento superficial.
I = Intensidade de precipitação em mm/hora.
A = Área da Sub-Bacia de captação, em ha.
360 = Ajuste da fórmula para m3/segundo.
Valores de C:
Quadro 13 - Valores de escoamento superficial (C) - (Rio Grande do Sul, 1983).
Uso da Terra Declividade (%) Solo arenoso Solo Franco Solo Argiloso
0-5 0,10 0,30 0,40
Florestas 5 - 10 0,25 0,35 0,40
10 - 30 0,30 0,50 0,60
0-5 0,10 0,30 0,40
Pastagens 5 - 10 0,15 0,35 0,55
10 - 30 0,20 0,40 0,60
0-5 0,30 0,30 0,60
Cultivos agrícolas 5 - 10 0,40 0,60 0,70
10 - 30 0,50 0,70 0,80
84
5.4.1. A Metodologia
Esta metodologia foi elaborada baseando-se em pesquisas feitas
por Odum (1988), Grosvenor et al. (1996), Bloom (1970), Bunting
(1971) e Rocha (1991). Estes autores forneceram dados referentes à
precipitação média sobre a superfície da Terra, porcentagem da preci-
pitação que é retida na superfície, evapotranspirada e evaporada; por-
centagem da precipitação destinada ao escoamento superficial, escoa-
mento para rios, lagos, banhados (pântanos); porcentagem que infiltra
na superfície e infiltrações médias da precipitação de acordo com os
usos da terra: floresta, campo/pastagem e agricultura.
A partir destes dados desenvolveu-se a metodologia que possibi-
litou determinar valores de perda de água e florestamentos compensa-
tórios para compensar estas perdas. Esta metodologia foi comparada
com o Diagnóstico Físico-Conservacionista, método utilizado há vá-
rios anos para o planejamento de Bacias Hidrográficas, com relação às
áreas a serem florestadas por Microbacia.
Para determinar os valores a partir dos quais se obteve os resul-
tados, descreve-se parte da pesquisa a seguir, a partir dos percentuais
correspondentes a cada destino da água dentro do ciclo hidrológico.
4
Colaboração: Engenheira Florestal MSc. Sandra Maria Garcia (parte de sua pes-
quisa de mestrado orientada pelo primeiro autor).
86
O presente estudo tem sua base em Bloom (1970), onde o autor in-
forma que precipita sobre a terra (sobre os continentes e ilhas) 99.103
km3/ano de águas de chuva, e evapora 62.103 km3/ano. Fica retido um
saldo de 37.103 km3. Este saldo retido corresponde a 37,37% da água que
precipita e 62,63% corresponde a evaporação/evapotranspiração.
Distribuição m édia das águas continentais, oceanos e m ares
Á guas continentais,
oceanos e mares
100% = 1.387.600.000
km3
Á gua doce:
escoamento, rios, Á gua salgada: oceanos
geleiras e lençol e mares
freático Talassociclo:97,29%
Limnociclo: 2,71% (1.349.996.040 km3)
(37.603.960 km3)
Escoamento,
rios/lagos/banhados/
Geleiras:77,05% de
pântanos e lençol
2,71% = 2,09%
freático: 22,95% de
(29.000.840 (km3)
2,71% = 0,62%
(8.603.120 km3)
Lagos/rios/banhados:
Escoamento: 0,0027% Lençol freático: 0,60%
0,0173%
(37.465,20 km3) (8.325.600 km3)
(240.054,80 km3)
Geleiras
77,3%
Escoamento
Água salgada Água doce Lagos/rios
Lençol freático
97,3% 2,7%
Precipitação
100%
Escoamento Rios/lagos/banha
Infiltração
superficial dos/pântanos
55% de 37,37% =
20% de 37,37% = 25% de 37,37% =
20,55%
7,47% 9,35%
Campos/pasta-
Florestas infiltram Agricultura infiltra
gens infiltram
18,35% 0,74%
1,46%
E ET
BALANÇO HÍDRICO
R
ERLP
ES
A1
I = IF / IA / IP
A2 E.SB S
E.SB E
E.SB
Rocha "mater"
Região impermeável
P = Precipitação – 100%
E + ET =Evaporação + Evapotranspiração – 62,63%
R = Água retida – 37,37%
A1 = Armazenamento superficial
A2 = Armazenamento subterrâneo
A = A1 + A2 = Armazenamento de água na Sub-Bacia Hidrográfica
Evaporação/evapotransp
62,63%
Florestas
Infiltração 89,3%
Agricultura
20,55% 3,6%
Campo/pastagem
Escoamento superficial 7,2%
Rios/lagos 7,47%
9,35%
a) Perda total:
Florestas: 10,71% (100% - 89,29%) do total que deveria infil-
trar (20,55%).
Campo/pastagem: 92,85% (100% - 7,15%) do total que deve-
ria infiltrar (20,55%).
Agricultura: 96,44% (100% - 3,56%) do total que deveria in-
filtrar (20,55%).
A perda total para cada Microbacia foi obtida somando-se as
perdas em florestas, campo/pastagem e agricultura.
94
b) Perda em excesso:
As perdas em excesso nas áreas de campo/pastagem e agricultu-
ra foram determinadas subtraindo-se o valor percentual da perda em
áreas de florestas (10,71%: perda normal) das suas respectivas perdas
percentuais totais, ou seja:
Campo/pastagem: 92,85% - 10,71% = 82,14% (perda em
excesso).
Agricultura: 96,44% - 10,71% = 85,73% (perda em ex-
cesso).
Para determinar a perda em excesso em cada Microbacia, soma-
ram-se as perdas em excesso das áreas de campo/pastagem e agricul-
tura.
Se 1 ha infiltra x m3/ano
Quantos ha infiltrarão y m3/ano ?
Onde:
x = volume de água infiltrado pelas florestas (m3/ano), obtido
no procedimento anterior
y = perda em excesso de água (m3/ano)
96
Balanço hídrico
62,63
Evaporação/evapotranspiração
20,55
Infiltração
9,35
Rios/lagos
7,47
Escoamento superficial
0 10 20 30 40 50 60 70
100.000.000
60.000.000
40.000.000
20.000.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Volume precipitado Volume que deveria infiltrar
Volume infiltrado Volume perdido
100.000.000
Volume de água (m3/ano)
80.000.000
60.000.000
40.000.000
20.000.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Volume precipitado Volume que dev eria infiltrar
Volume infiltrado Volume perdido total
Volume perdido em excesso
100.000.000
Volume de água (m3/ano)
80.000.000
60.000.000
40.000.000
20.000.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Volume precipitado Volume que dev eria infiltrar
Volume infiltrado Volume perdido total
Volume perdido em excesso
100
Volume de água perdido em excesso (%)
80
80
77
77
74
71
64
60
55
46
46
46
44
40
38
37
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográf ica do Rio Soturno
Água perdida em excesso FLOCRAM (% )
354.475.479,1
240.262.026,6
202.297.702,8
114.213.452,5
Sub-bacia
100 100
Volumes de água (%)
80
67,78
60
58,12
40
32,22
20
0
Sub-bacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Volume efetivamente infiltrado Volume perdido em exc es s o
Volume perdido total Volume des tinado à infiltraç ão
20
18
17
17
17
16
15
Área a florestar (%)
14
12
10
10
10
10
10
9
8
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográf ica do Rio Soturno
Área a f lorestar FLOCRAM (% )
63,48
63,31
70
56,25
57,5
55,25
54,74
54,71
55,1
60
47,53
46,01
45,94
44,89
44,58
50
38,68
Áreas (%)
33,53
40
31,59
28,94
26,67
24,22
23,62
23,8
30
18,13
17,37
17,33
16,78
15,85
15,74
14,46
12,47
12,16
20
10,36
10,31
10,16
9,97
9,34
8,59
8,38
6,43
5,49
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Área de florestas existente (% ) Área a florestar FCRAM (% )
Área a florestar + existente FCRAM (% )
3.000
2.434,68
2.500
1.933,61
Área a florestar (ha)
2.000
1.476,34
1.368,76
1.346,67
1.253,439
1.279,54
1.110,208
1.080,93
1.500
973,52
906,543
966,21
884,345
849,79
798,31
710,899
753,92
1.000
617,93
527,17
445,48
408,03
369,97
305,24
500
130,09
0
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
30
25,72
25
19,48
18,51
18,13
20
Área a florestar (%)
17,37
17,33
16,78
16,34
15,74
15,65
14,46
15 12,76
12,47
10,36
10,31
10,16
9,97
8,76
8,59
8,38
10
5,08
4,36
3,89
5
2,46
0
0
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
S ub-bacia Hidrográfica do Rio S oturno
Área a florestar DFC (% ) Área a florestar FCRAM (% )
3.000
2.500
Área a florestar (ha)
2.000
1.500
1.000
500
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Área a florestar DFC (ha) Área a florestar FCRAM (ha)
40
30
Área a florestar (%)
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Área a florestar DFC (% ) Área a florestar FCRAM (% )
7.000
5.902,94
5.896,62
Área de florestas (a florestar + existente em ha)
5.445,67
5.409,55
5.223,72
6.000
4.727,83
5.000
4.021,86
3.829,789
3.661,91
3.637,91
3.424,33
3.374,63
4.000
3.039,47
2.929,15
2.642,39
2.227,678
2.207,33
3.000
1.901,31
1.632,689
1.725,92
1.735,4
1.360,685
1.242,223
1.301,89
1.274,65
2.000
1.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
70
Área de florestas (a florestar + existente em %)
63,48
63,31
60
57,49
56,25
55,25
55,1
54,74
54,71
50
49,98
49,97
49,94
49,87
49,83
48,94
46,01
40
38,68
31,59
30
28,94
26,67
24,98
24,97
24,94
24,93
24,61
23,8
23,62
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Área de florestas (a florestar + existente) DFC (% )
Área de florestas (a florestar + existente) FCRAM (% )
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Soturno
Área de florestas (a florestar + existente) DFC (ha)
Área de florestas (a florestar + existente) FCRAM (ha)
70
Área de florestas (a florestar + existente em %)
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
31.552,73
30.000 31.552,73
20.000
12.647,164
10.000 10.284,26
0
Área de florestas existenteÁrea a florestarÁreas a florestar + existente
43,83
Áreas de florestas DFC x FCRAM (%)
40 40,98
30 30,75 30,75
20
13,08
10
10,23
0
Área d e fl o restas exi sten te Área a fl o restar Áreas a fl o restar + exi sten te
3000
2500
2435
Área a florestar (ha)
2000
1934
1500
1347
1000
974
966
798
618
500
408
370
305
130
0
0
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográf ica do Rio Soturno
Área a f lorestar DFC (ha)
1600
1476
1400
1369
1280
1200
1253
Área a florestar (ha)
1110
1081
1000
907
884
800
850
754
711
600
527
400
445
200
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Sub-bacia Hidrográf ica do Rio Soturno
Área a f lorestar FCRAM (ha)
10
Diferença entre áreas a florestar
-5
-10
-15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacia
Comportamento da diferença entre DFC x FCRAM (% )
Áreas a florestar
1600
1400
1200
FCRAM
1000
800
600
Observada
400 Linear
-1000 0 1000 2000 3000
DFC
3000
2500
Área a florestar em ha
2000
1500
1000
500
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Microbacias
Áreas a florestar em ha
DFC encontrado FCRAM encontrado FCRAM equação Y mínimo Y máximo
5.5.Diagnóstico Sócio-Econômico
O diagnóstico sócio-econômico, assim como o diagnóstico fí-
sico-conservacionista aqui desenvolvido, teve sua origem na Espanha,
foi adaptado pelo CIDIAT (Centro Interamericano de Desarrollo Inte-
gral de Aguas y Tierras) e modificado profundamente pelo autor, onde
os processos originais se baseavam em cartas previamente elaboradas
em laboratório e os atuais métodos se baseiam em quadros e tabelas
com valores coletados a campo. A transformação básica se deu de um
modelo qualitativo para um quantitativo.
Em princípio, esta nova metodologia permite trabalhar em dois
grupos de grandes levantamentos:
a) Levantamento em nível de produtor rural;
b) Levantamento em nível municipal.
Considerando-se a necessidade premente brasileira, porque é
condição imprescindível ao desenvolvimento elevar a qualidade do
nível de vida do homem rural, a metodologia proposta enfocará so-
mente o levantamento em nível de produtor rural. Se o leitor inte-
ressar-se pelo levantamento em nível municipal, poderá adaptar os
quadros para a área urbana e seguir a mesma metodologia.
Por outro lado, o levantamento em nível de produtor rural é
de fundamental importância para se determinar a “Roda Viva de De-
terioração Ambiental”.
127
B - Fator Econômico:
Variáveis: produção, animais de trabalho, animais de pro-
dução e comercialização, crédito e rendimento.
C - Fator Tecnológico:
Variáveis: tecnológica, maquinário e industrialização rural.
128
D – Fator prioritário:
Variáveis gerais.
5.5.3.1. Metodologia
A metodologia consiste no levantamento das seguintes infor-
mações:
Área de cada Microbacia na Sub-Bacia.
Áreas máximas, mínimas e médias das propriedades, por
conjunto de Microbacias.
Número de propriedades por conjunto de Microbacias (por
estrato).
Observação: Entende-se, por conjunto de Microbacias, a reuni-
ão daquelas que tem propriedades mais ou menos
do mesmo tamanho e que são enquadradas em
um mesmo tipo de estratificação e mesma resis-
tência diferencial à erosão, bem como idêntico
comportamento sinecológico.
No exemplo, tem-se:
12.190,75 ha
N1 = = 24 propriedades.
500 ha
29.620,50 ha
N2 = = 592 propriedades.
50 ha
33.745,25 ha
N3 = = 1.687 propriedades.
20 ha
10.165,75 ha
N4 = = 85 propriedades.
120 ha
No exemplo, tem-se:
85.722,25 ha
X
2.388 propriedades
X 35,8 ha
133
a a
r e s
s r
Onde:
a = amplitude da variação entre área máxima e área mínima do estrato.
s = desvio padrão.
r = relação a/s.
No exemplo, tem-se:
r 4 para estrato com 24 propriedades.
r 5 para estrato com 85 propriedades.
r 6 para estrato com mais de 300 propriedades.
Onde:
Pe = peso de cada estrato.
Ne = número de propriedades de cada estrato.
N = número total de propriedades.
592
Pe2 = 0,248
2388
1687
Pe3 = 0,706
2388
85
Pe4 = 0,036
2388
n
Pe .s e
2
d2
1
Pe . s
2
e
t2
N
Onde:
d = erro calculado anteriormente (d5%).
t = valor na tabela t (página 60).
No exemplo, tem-se:
(19,47) 2
n = 368 propriedades.
(1,79) 2 1
x 545,0
22 2388
136
N .s
n n . e e
(N . s )
e
e e
No exemplo, tem-se:
368 x 3.000,0
n1 = = 24 propriedades.
46.501,80
368 x 15.806,4
n2 = = 125 propriedades.
46.501,80
368 x 23.955,4
n3 = = 190 propriedades.
46.501,80
368 x 3.740,0
n4 = = 30 propriedades.
46.501,80
A B 24 propriedades
6.154,75 6.036,00 12.190,75 ha
6.154,75 ha x 24 prop.
A= 12 propriedades.
12.190,75 ha
6.036,00 ha x 24 prop.
B= 12 propriedades.
12.190,75 ha
Estrato nº 02
Mb Área (ha) Número propriedades/Mb
3 8.619,00 36
5 12.018,00 51
11 5.181,00 22
12 3.802,50 16
Total 29.620,50 125
Divisão proporcional:
A B C D 125 propriedades
8.619,00 12.018,00 5.181,00 3.802,50 29.620,50
Estrato nº 3
Mb Área (ha) Número propriedades/Mb
6 6.125,5 35
7 7.098,25 40
8 10.330,75 58
9 5.411,25 30
4 4.779,50 27
Total 33.745,25 190
Divisão proporcional:
A B C D E 190 prop.
6.125,5 ha 7.098,25 ha 10.330,75 ha 5.411,25 ha 4.779,5 ha 33.745 ha
Estrato nº 4
Mb Área (ha) Número propriedades/Mb
10 10.165,75 30
139
Onde:
n = número de visitas a serem feitas pelos pesquisadores
3,841 = valor tabelado proveniente do Qui-Quadrado
0,25 = variância máxima para um desvio padrão 0,5
0,1 = erro (10%) escolhido pelo pesquisador
N = número total de casas (moradias) na unidade conside-
rada
Este processo parece ser melhor que o anterior pelo fato de ter
aplicação mais fácil e fornecer resultado com melhor estimativa (407
propriedades contra 368 pelo método anterior).
5
Fórmula deduzida pelo Prof. de Estatística do CCR – UFSM, Dr. Valduíno Stefanel.
140
CÓDIGO
Média de residência (local) núcleo familiar N.º
1.11
Valor ponde-
Alternativas
rado
Casa 1
Vila 2
Distrito 3
Cidade 4
Capital do Estado 5
CÓDIGO
Total geral de pessoas na propriedade
1.12
Valor ponde-
Alternativas
rado
1 pessoa 1
Muito baixo
2 pessoas 2
3 pessoas 3
Baixo 4 pessoas 4
5 pessoas 5
6 pessoas 6
Médio 7 pessoas 7
8 pessoas 8
9 pessoas 9
Alto 10 pessoas 10
11 pessoas 11
Muito alto > 11 pessoas 12
moda 4 8 3 1 1 3 6 1 8 4 4 2
Obs.: Anotar em baixo de cada variável (1.1, 1.2, etc.) para cada Microbacia, o número
de maior freqüência (a “moda”).
DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO Microbacia:.......
Código
Distrito:.............
No
TABULAÇÃO DOS DADOS Município:.........
02
Estado:...............
VARIÁVEL: HABITAÇÃO
NO DA
2.10
2.11
2.12
2.13
2.14
2.15
2.16
2.17
2.18
2.19
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
FAMÍLIA
moda 2 4 2 3 1 2 2 2 2 2 1 2 1 1 1 1 2 1 2
3.11
3.12
3.13
3.14
3.15
3.16
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
FAMÍLIA
moda 1 1 1 1 1 1 5 5 1 7 6 1 1 7 1 7
157
NO DA
4.1
5.1
5.2
5.3
6.1
6.2
6.3
7.1
7.2
8.1
8.2
8.3
8.4
8.5
8.6
8.7
8.8
FAMÍLIA
moda 1 3 2 1 3 2 33 2 2 1 2 1 2 2 2 2 2
10.10
10.11
10.12
10.13
10.14
NO DA
10.1
10.2
10.3
10.4
10.5
10.6
10.7
10.8
10.9
11.1
11.2
11.3
9.1
9.2
9.3
9.4
9.5
9.6
9.7
FAMÍLIA
moda 7 7 7 3 4 1 3 5 1 3 2 2 1 1 2 2 2 1 1 1 2 2 1 2
VALORES
SIGNIFICATIVOS
CÓDIGO INDICADORES: MICROBACIA NO...........
Encontrado
Mínimo Máximo
por Mb
1.1 Idade do produtor 4 1 5
1.2 Grau de instrução do produtor 8 1 9
1.3 Local de nascimento do produtor 3 1 5
1.4 Residência do produtor 1 1 5
1.5 Número de famílias na propriedade 1 1 6
1.6 Média de idade do núcleo familiar 3 1 5
1.7 Total de pessoas do núcleo familiar 6 1 8
1.8 Número de pessoas estranhas à família 1 1 9
158
VALORES
O SIGNIFICATIVOS
CÓDIGO INDICADORES: MICROBACIA N ...........
Encontrado
Mínimo Máximo
por Mb
1.9 Média escolar do núcleo familiar 8 1 9
1.10 Média de nascimento (local) do núcleo familiar 4 1 5
1.11 Média de residência (local) do núcleo familiar 4 1 5
1.12 Total geral de pessoas na propriedade 2 1 12
2.1 Tipo de habitação 2 1 5
2.2 Número de peças na casa (cômodos) 4 1 9
2.3 Número médio de pessoas por quarto 2 1 6
2.4 Tipo de fogão 3 1 5
2.5 Água consumida 1 1 2
2.6 Esgotos 2 1 3
2.7 Eliminação de lixos 2 1 3
2.8 Eliminação de embalagens de agrotóxicos 2 1 6
2.9 Tipo de piso 2 1 8
2.10 Tipo de parede 2 1 6
2.11 Tipo de telhado 1 1 4
2.12 Eletricidade 2 1 3
2.13 Geladeira – “Freezer” 1 1 2
2.14 Televisão 1 1 2
2.15 Videocassete 1 1 2
2.16 Rádio 1 1 2
2.17 Microondas (forno) 2 1 2
2.18 Telefone 1 1 2
2.19 Periódicos 2 1 2
3.1 Consumo de leite 1 1 7
3.2 Consumo de carne (gado – ovelha) 1 1 7
3.3 Consumo de frutas 1 1 7
3.4 Consumo de legumes 1 1 7
3.5 Consumo de verduras 1 1 7
3.6 Consumo de batata 1 1 7
3.7 Consumo de ovos 5 1 7
3.8 Consumo de massas 5 1 7
3.9 Consumo de arroz com feijão 1 1 7
3.10 Consumo de peixes 7 1 7
3.11 Consumo de aves 6 1 7
3.12 Consumo de café 1 1 7
3.13 Consumo de erva mate 1 1 7
3.14 Consumo de polenta 7 1 7
3.15 Consumo de pão 1 1 7
3.16 Consumo de mandioca 7 1 7
4.1 Participação em organização (associação) 1 1 2
5.1 Infestação de pragas 2 1 5
5.2 Salubridade para o homem 2 1 5
5.3 Combate a pragas domésticas 1 1 2
6.1 Produtividade agrícola média 3 1 3
6.2 Florestamento 2 1 3
6.3 Pastagens plantadas 3 1 3
159
VALORES
O SIGNIFICATIVOS
CÓDIGO INDICADORES: MICROBACIA N ...........
Encontrado
Mínimo Máximo
por Mb
7.1 Bois 2 1 2
7.2 Cavalos 2 1 2
8.1 Bois 1 1 2
8.2 Ovelhas 2 1 2
8.3 Aves 1 1 2
8.4 Porcos 2 1 2
8.5 Cabritos 2 1 2
8.6 Coelhos 2 1 2
8.7 Rãs 2 1 2
8.8 Peixes 2 1 2
9.1 A quem vende a produção agrícola 7 1 7
9.2 A quem vende a produção pecuária 7 1 7
9.3 A quem vende a produção florestal 7 1 7
9.4 Fonte principal de créditos agrários 3 1 6
9.5 Renda aproximada da propriedade por mês 4 1 4
9.6 Outras rendas 1 1 2
9.7 Renda total por mês 3 1 4
10.1 Área da propriedade, em ha 5 1 6
10.2 Tipo de posse 1 1 4
10.3 Biocidas (qualquer tipo) 3 1 4
10.4 Adubação e/ou calagem 3 1 4
10.5 Tipo de tração usada 2 1 3
10.6 Tipo de uso de solo 1 1 3
10.7 Práticas de conservação do solo 1 1 2
10.8 Conflitos de uso de solo 2 1 2
10.9 Irrigação 2 1 3
10.10 Assistência técnica 2 1 3
10.11 Exploração da terra 1 1 2
10.12 Conhece programas de conservação de solo 1 1 2
10.13 Segue orientação da EMATER ou outra 1 1 2
10.14 Sabe executar obra de conservação 2 1 3
11.1 Possui maquinaria agrícola e implementos 2 1 4
11.2 Faz industrialização agrária 1 1 2
11.3 Algum tipo de artesanato 2 1 2
a) Total do Fator Social (até 5.3) 51 283
UNIDADES CRÍTICAS DE DETERIORAÇÃO
SOCIAL (valor de Y)
b) Total do Fator Econômico (6.1 a 9.7) 20 66
UNIDADES CRÍTICAS DE DETERIORAÇÃO
ECONÔMICA (valor de Y)
c) Total do Fator Tecnológico (10.1 a 11.3) 17 51
UNIDADES CRÍTICAS DE DETERIORAÇÃO
TECNOLÓGICA (valor de Y)
d) Total do Diagnóstico Sócio-Econômico (a + b+ c) 88 400
UNIDADES CRÍTICAS DE DETERIORAÇÃO
SÓCIO-ECONÔMICA (valor de Y)
160
283
100
80
60
40
20
51
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Diagnostico Socio-Economico
Reta de Deterioraçao Social
161
b = - 43,4780
120
66
100
80
60
40
20
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Diagnostico Socio-Economico
Reta de Deterioraçao Economica
162
b = - 50,0004
120
51
100
80
60
40
20
17
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Diagnostico Socio-Economico
Reta de Deterioraçao Tecnologica
163
b = -28,2040
120
400
100
80
60
40
20
88
0
0 100 200 300 400 500
Diagnostico Socio-Economico
Reta de Deterioraçao Socio-Economica
164
UNIDADES CRÍTICAS DE
DETERIORAÇÃO TECNOLÓGICA
UNIDADES CRÍTICAS DE
DETERIORAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
UNIDADES CRÍTICAS DE
DETERIORAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
S. E. =
UNIDADES CRÍTICAS DE
DETERIORAÇÃO FÍSICO-CONSERVACIONISTA
F. C. =
165
Variável Demográfica
1.1) Idade do produtor: seja a moda 4 (varia de 1 a 5)
Devido à elevada idade do chefe da família (65 anos), reco-
menda-se que gradualmente os filhos (idade de 16-35 anos, considera-
da baixa) aprendam com o pai e assumam gradativamente a adminis-
tração da propriedade.
Variável Habitação
2.1) Tipo de habitação: 2 - casa de alvenaria boa (de 1-5)
Permanecer como está com ressalvas quanto ao número de
cômodos.
2.12) Eletricidade: 2 (1 – 3)
Permanecer como está, embora sempre atentos à manutenção
da fiação e outros elementos.
170
2.14) Televisão: 1 (1 – 2)
Conservar e preservar os aparelhos de TV, observar a voltagem
e cuidado indispensáveis na hora de temporais/vendavais. Usar racio-
nalmente a TV observando os bons programas e informações direcio-
nados ao produtor e familiares.
2.15) Videocassete: 1 (1 – 2)
O uso de vídeo cassete facilita a obtenção de informações téc-
nicas mediante a produção científica disponível. Procurar contatar
com EMATER para obtenção desses vídeos.
2.16) Rádio: 1 (1 – 2)
O rádio sendo ótimo veiculador de notícias e de distrações de-
ve ser mantido e bem conservado (uso de pilhas, etc.).
2.17) Microondas: 2 (1 – 2)
Se possível, adquirir forno de microondas, ele substitui com
presteza e maior rapidez o preparo de alimentos.
2.18) Telefone: 1 (1 – 2)
Reservar o telefone para momentos de maior necessidade; cui-
dar de sua manutenção.
171
2.19) Periódicos: 2 (1 – 2)
Há necessidade de adquirir (por compra ou empréstimo) bons
periódicos na área rural para estar sempre bem informado de notícias
e/ou técnicas que auxiliem o produtor no seu trabalho diário.
3.11) Aves: 6 (1 – 7)
Aumentar o consumo.
Variável Salubridade
5.1) Infestação de pragas: 3 (1 – 5)
Buscar orientações com técnicos da área para combater infes-
tações ou manter controle sem pragas.
Variável Produção
6.1) Produtividade: 3 (1 – 3)
O cultivo de vários produtos poderá ser efetuado, ajudando no
orçamento doméstico. Sugere-se a produção de subprodutos do leite:
doces em calda, doces secos, queijos, iogurtes. Também os hortifruti-
granjeiros merecem atenção se bem embalados (fatiados e conserva-
dos) podendo atender a um público alvo. Buscar orientação junto a
EMATER para produção desses subprodutos. Já a produção de pães,
cucas e bolos são fontes de recursos seguros.
173
6.2) Florestamento: 2 (1 – 3)
A produção de essências é importante fonte de recursos. Re-
comenda-se florestar mais de 25% da área.
7.2) Cavalos: 2 (1 – 2)
Animais de tração como os cavalos são grandes auxiliares no
trabalho diário da granja. Recomenda-se investir nesta área.
8.2) Ovelhas: 2 (1 – 2)
A criação de ovelhas pode ser fonte geradora de bons lucros.
Recomenda-se investir nesse tipo de criação.
174
8.3) Aves: 1 (1 – 2)
Aviários consistem em investimentos seguros, que bem plane-
jados, revertem em bons lucros. Sugere-se buscar informações junto a
órgãos competentes.
8.4) Porcos; 8.5) Cabritos; 8.6) Coelhos; 8.7) Rãs; 8.8) Peixes: 2 (1 – 2)
Sugere-se ao produtor que aumente sua renda com a produção
destes animais.
Variável Tecnológica
10.1) Área da propriedade: 5 (1 – 6)
Em proporção à área, sugere-se estudar um planejamento com
auxílio de técnicos para que haja maior produtividade e rentabilidade
na área de produção, o que renderá mais lucros.
176
10.3) Biocidas: 3 (1 – 4)
A pesquisa atual já orienta um menor uso de biocidas na pro-
priedade rural. Procurar ir substituindo gradativamente esses produtos
por técnicas ecologicamente mais naturais.
10.9) Irrigação: 2 (1 – 3)
Propriedade com bom sistema de irrigação significa bons re-
tornos financeiros. Recomenda-se uma orientação técnica e investi-
mentos no fator irrigação como forma de garantir bons retornos no
investimento feito.
80 %
60 % 40 %
1.10
1.11
1.12
1.13
1.14
1.15
1.16
1.17
1.18
1.19
1.20
1.21
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
1.8
1.9
micro-
tador
bacia
Obs.: Anotar em baixo de cada variável (1.1, 1.2, etc.) para cada Microbacia, o número
de maior freqüência (a “moda”).
b = - 99,96
42
100
80
60
40
20
21
0
0 10 20 30 40 50 60
Diagnostico A mbiental
Reta de Deterioraçao A mbiental
188
S.E. = A. =
Unidades críticas de deterioração Físico-
Conservacionista
F. C. =
Deterioração de Ambiência
S.E. A. F.C.
D. A.
3
D. A. =
Deteriorações (%)
Prioridade de
Microbacia Físico Sócio De
Ambiental manejo
Conservacionista Econômica Ambiência
01 85,47 34,61 38,10 52,73 14
02 18,40 37,82 42,87 33,03 16
03 19,82 42,95 38,10 33,62 15
04 95,87 36,86 42,87 58,53 10
05 94,50 43,91 47,63 62,01 06
06 91,85 37,18 42,87 57,30 12
07 97,71 36,86 42,87 59,15 08
08 100,00 41,02 52,39 64,47 05
09 97,61 40,70 38,10 58,80 09
10 100,00 41,34 52,39 64,58 04
11 94,74 42,95 33,34 57,01 13
12 100,00 39,10 33,34 57,48 11
13 100,00 40,38 42,87 61,08 07
14 100,00 45,51 52,39 65,97 02
15 100,00 46,15 52,39 66,18 01
16 100,00 42,63 52,39 65,01 03
M = Sub- 87,25 40,62 44,06 57,31 ---
Bacia
PROGNÓSTICOS
Os prognósticos visam levar orientações para diminuir os valores
ponderados dos parâmetros responsáveis pelas deteriorações ambientais.
Descrever item por item das “modas”.
Para baixar o valor da moda sempre sugerir um peso a menos,
o que deve ser progressivo. A cada 2 anos fazer o monitoramento e
verificar novamente a deterioração (com nova amostragem para evitar
a tendência).
190
6
Vários casos podem ser adaptados à metodologia proposta. Este “estudo de um
caso” é um exemplo de adaptação que o primeiro autor elaborou a pedido do Prof.
Dr. Enio Giotto para adequar ao seu “software” de cadastro técnico rural.
191
Encontrados
na Mínimo Máximo
propriedade
1 3 1 5
2 10 1 11
3 2 1 4
4 2 1 5
5 3 1 4
6 4 1 7
7 2 1 3
8 1 1 4
9 4 1 5
10 3 1 5
11 3 1 4
12 2 1 4
13 3 1 5
Total dos Valores Significativos 42 13 66
Unidades Críticas de
54,72%
Deterioração Ambiental
Y = ax + b
0 = 13a + b
100 = 66a + b
100 = 53a
a = 1,8868
b = - 24,5284
Y = 1,8868 – 24,5284
para x = 42
Y = 54,7172 %
5.14. Subdiagnósticos
Os subdiagnósticos são levantamentos e estudados em áreas
específicas, tais como áreas de produção, transporte, comércio, saúde
e educação, entre outros, que visam aprimorar a qualidade dos produ-
tos, o aumento de sua produtividade e/ou de sua eficiência.
Os principais subdiagnósticos são: da pecuária, da agricultura,
do florestamento, da produção de energia elétrica, da indústria, dos
transportes, do comércio, da saúde, da escolaridade (da educação), da
caça, da pesca, do ar, da administração pública, entre outros.
Nesse caso são levantadas e tabuladas, para análise, as infor-
mações sobre:
a) Produção.
b) Produtividade.
c) Consumo local.
d) “Déficits” ou “superávits”.
e) Indústrias de transformação (pecuária: leite, carnes, lã, etc.;
agricultura: cereais, doces, enlatados, álcool, etc.; floresta-
mento: papel, celulose, serrarias, etc.) entre outros.
f) A situação real das escolas, do transporte (estradas), da
comercialização geral, da saúde, entre outros.
6. CONTENÇÃO DE ÁGUA DAS CHUVAS E CONTROLE DAS
EROSÕES
N = L (tg ’ – tg ) / H
Onde:
’ = declive atual do rio;
= ângulo do perfil de compensação;
H = altura da barragem;
L = comprimento total do trecho a ser corrigido;
N = número de barragens.
215
H
d
(tg ` - tg )
Onde:
= ângulo do perfil de compensação;
’= ângulo atual do declive;
H = altura da barragem;
216
v2 v2
h = 2,3 x (log R 2 - log R 1 ) h = 2,3 x (log R 2 - log R 1 )
g g
Onde:
h = elevação da água na curva (m) (Figura 44)
v = velocidade da água da correnteza.
R2 = raio externo da curva
R1 = raio interno da curva
g = aceleração da gravidade.
Objetivos específicos:
determinar o comportamento da água no perfil do solo quan-
do em contato com o “mulching” vertical, sendo este preen-
chido com palha de arroz, de cana, de café ou lixo seco.
avaliar o efeito do “mulching” vertical na taxa de infiltra-
ção de água;
determinar o efeito do “mulching” vertical no escoamento
superficial em precipitações de alta intensidade;
determinar a variação no armazenamento de água no solo
em função do espaçamento entre os sulcos de “mulching”
vertical.
No Sul é usado para irrigar hortas, jardins, gramado, lavar carros, en-
tre outros.
Objetiva a metodologia:
Viabilizar a exploração agrícola, especialmente, no semi-
árido, proporcionando assim um armazenamento de água, contido
pelos poros dos solos localizados a montante do barramento, aumen-
tando assim a macroporosidade da superfície de uma barragem subter-
rânea, diminuindo a capilaridade, e, portanto, a perda de água por eva-
poração.
Este tipo de barragem é bastante divulgado no Nordeste e con-
siste simplesmente em fazer corte em sulco transversal nas várzeas e
reter o fluxo da água com bom plástico cobrindo o perfil desde a su-
perfície à rocha impermeável.
7
Colaboração: Engenheiro Florestal Alessandro Herbert de Oliveira Santos (parte de
sua pesquisa de mestrado orientada por um dos autores).
231
Como melhor situação considera-se área com vida útil superior a vinte
anos, com monitoramento constante.
A 4πA
IC
Ac C2
CÓD. 18
CÓD. CLASSES VALOR PONDERADO
18.1 D01: 3,660 – 12.737 10
18.2 D02: 12,738 – 21,813 08
18.3 D03: 21,814 – 30,891 06
18.4 D04: 30,892 – 39,969 04
18.5 D05: 39,970 – 49,047 02
18.6 D06: 49,048 – 58,125 01
18.7 D07: 58,126 – 67,203 03
18.8 D08: 67,204 – 76,281 05
18.9 D09: 76,282 – 85,359 07
18.10 D10: 85,360 – 94,430 09
Obs.: Os valores são calculados em função do menor e do maior valor da densidade de
drenagem encontrados na região de estudo. Em função da amplitude e do intervalo
de classe estabelece-se o valor de D01, D02, D03 etc..
20.1 100 %
20.2 90 %
20.3 80 %
20.4 70 %
20.5 60% 1 10
20.6 50%
20.7 40%
20.8 30%
251
20.9 20%
20.10 10%
21.1 sem ação antrópica
21.2 10%
21.3 20%
21.4 30%
21.5 40% 1 10
21.6 50%
21.7 60%
21.8 70%
21.9 80%
21.10 90% a 100%
22.1 Ocupação Total (100%)
22.2 90%
22.3 80%
22.4 70%
22.5 60% 1 10
22.6 50%
22.7 40%
22.8 30%
22.9 20%
22.10 0 a 10%
23.1 Ocupação total da Terra: Agricultura,
Pecuária, Construção, etc., (100%)
23.2 90%
23.3 80%
23.4 70%
23.5 60% 1 10
23.6 50%
23.7 40%
23.8 30%
23.9 20%
23.10 0 a 10%
24.9 20%
24.10 0 a 10%
Total de Fatores 24 181
Unidade Critica de Deterioração (%)
y = a.x + b
0 = 24.a + b
100 = 181.a + b
a = 0,5525
b = - 13,2600
Representação gráfica
Observação:
Todos os sete itens assinalados só poderão atingir bons resul-
tados se a ferramenta básica (aerofotogramas atualizados) estiver dis-
ponível. Como solução intermediária pode-se lançar mão de fotogra-
fias aéreas não convencionais, que possuem baixo custo e podem
produzir ortocartas geo-referenciadas por intermédio de pontos levan-
tados com GPS topográficos.
Com estes dados pode-se diagnosticar e prognosticar os riscos
ambientais nas Microbacias.
8. FORMAÇÃO DE COMITÊS
8.4. A Memória
O Comitê Central deve providenciar, ao inicio de sua formação,
a memória da bacia ou Sub-Bacia Hidrográfica.
Essa memória deve registrar, através de atas, documentação
fotográfica, recortes de jornais, cartazes, videofitas e tudo o mais que
for relacionado à bacia ou Sub-Bacia, a partir do ano de elaboração do
projeto.
258
FEEMA (RJ), FEPAM (RS), entre outras tantas siglas que visam, em
seu escopo, preservar os Recursos Naturais Renováveis (e não re-
nováveis).
g) A quase totalidade dos rios do País está poluída por mau uso
das terras (erosão – originando a turbidez da água), agrotóxi-
cos (3.5 Kg/hab./ano), efluentes industriais, esgotos, resíduos
de serviços de saúde (patogênicos), lixos diversos e várias ou-
tras formas de poluição.
h) A poluição aérea é altíssima em todas as cidades com mais de
200 mil habitantes.
i) Antes de 1973 o bem jurídico tutelado no País não era o meio-
ambiente e isto contribuiu bastante para a sua deterioração.
j) A poluição generalizada, devido à falta de educação ambiental
(pichação de paredes, mau uso de banheiros públicos, sujeiras
pelas ruas, existência indiscriminada de quebra-molas, mortes
de animais na vias públicas, vidros e lâmpadas quebradas, a
síndrome do plástico pelas ruas e estradas, o cotidiano das
pessoas com roupas rasgadas, sujas e descalças, entre outros)
é tão marcante por todos os lados que só isto é suficiente para
mostrar a nós e aos estrangeiros o “porquê” do Brasil ser con-
siderado um País subdesenvolvido.
k) A mortalidade infantil é alta, a renda “per capita” é baixa e o
analfabetismo atinge altíssimos níveis em quase toda a Nação.
A - Os autores agradecem:
O apoio técnico da Engenheira MSc. Sandra Maria Garcia;
Aos Engenheiros MSc. do LAPAF Fábio Charão Kurtz, Alessandro
Herbert de Oliveira Santos, Paulo Roberto Jaques Dill e Paulo Rober-
to Vasques de Ataides;
Ana Lúcia Silva da Silva e Grazielle Monteiro de Juli (digitação);
Ao Curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental da UFSM;
Ao Curso de Engenharia Florestal da UFSM;
Ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da UFSM;
Ao Departamento de Engenharia Rural do CCR – UFSM.
272
COOPER, R. J. et al. Remote sensing for land use inventory and land
suitability analysis in South-Central. Iowa. In: PAPERS FORM THE
40TH ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF
PHOTOGRAMMETRY. St. Louis, MO, March 10-15. p.176-177.