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PALEONTOLOGIA
BLUMENAU/SC
2022
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RESUMO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Visões dorsal e ventral dum crânio de rincossauro do gênero Hyperodapedon. Note as
várias fileiras de dentes na imagem à direita (BENTON, 1983)..............................................................5
m metros
m.a. milhões de anos
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SUMÁRIO
RESUMO 2
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 3
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 4
1. INTRODUÇÃO 6
2. OBJETIVOS 6
3. MATERIAIS E MÉTODOS 6
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
4.1. A FORMAÇÃO SANTA MARIA 7
4.2. O TRIÁSSICO GAÚCHO 7
4.3. OS RINCOSSAUROS 8
4.4. O GÊNERO HYPERODAPEDON 10
5. RESULTADOS 10
6. CONCLUSÃO 11
7. REFERÊNCIAS 11
ANEXO A - Comparação dos adjetivos associados aos termos geocronológicos e
cronoestratigráficos nas línguas portuguesa (Brasil), inglesa, francesa e espanhola 13
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho está sendo feito como método de avaliação alternativo da nossa
professora de paleontologia, o tema foi escolhido por nós depois de olharmos qual tema
envolvendo a paleontologia mais nos chamava a atenção, além do que, no laboratório o fóssil
do Hyperodapedon no meio do laboratório é o que mais nos chamou a atenção, então que
queríamos, era saber um pouco mais sobre esse organismo que estava presente no nosso
cotidiano nas aulas de paleontologia, esperávamos conhecer mais sobre esse organismo, como
viveu, como foi parar no nosso laboratório e o do porque dele ter sido fossilizado dessa
maneira toda retorcida, por assim dizer.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para ser feito esse trabalho contamos com a ajuda da nossa professora que nos ajudou
na interpretação da tafonomia do fóssil do Hyperodapedon, além de nos ajudar a pesquisar
artigos relevantes para o referido trabalho. A utilização dos artigos “Tetrápodes triássicos
brasileiros: uma investigação envolvendo banco de dados e análise de cluster”, “Therapsida,
Dicynodontia: aspectos gerais e registros brasileiros”, “Taphonomy of the South-Brazilian
Triassic vertebrates”, “Triassic faunal successions of the Paraná Basin, southern Brazil” e
“Identificação taxonômica de um espécime da Ordem Rynchosauria (RS, Brasil)” foi
imprescindível para a resolução deste trabalho, sendo esses artigos usados para responder
questões sobre a formação de Santa Maria, a paleoecologia e paleogeografia do triássico,
sobre os próprios rincossauros mais especificamente o gênero Hyperodapedon e também a
sua tafonomia.
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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. A FORMAÇÃO SANTA MARIA
Localizada no interior do Rio Grande do Sul, a Formação Santa Maria faz parte da
extensa Bacia do Paraná. Seus 200 m de espessura compreendem um período de cerca de 12
m.a entre os estágios Ladiniano e Carniano do Triássico. Os estudos acerca da formação
remontam do início do século XX e se intensificaram a partir do fim dos anos 80 com novas
pesquisas sobre a tafonomia do local (HOLZ; SOUTO-RIBEIRO, 2000).
Durante o Triássico, a região onde hoje é o Rio Grande do Sul se localizava ao sul do
supercontinente Pangeia e que mais tarde deu origem à Gonduana. Nesse período, a área da
Formação Santa Maria era cortada por um grande rio anastomosado que formava uma planície
de inundação em suas margens. Em momentos de chuva intensa, a cheia levava sedimentos à
essa planície que se depositavam em diques marginais arenosos perto do rio e em finas
camadas de lama nos locais mais distantes.
As cheias que ocorriam anualmente não eram suficientes para a preservação de fósseis
e o cenário ideal só ocorria em casos raros de enormes inundações. Nessas ocasiões, as
carcaças eram levadas flutuando até às planícies, onde ficavam em meio às camadas de lama
quando o nível da água baixava. Outras inundações subsequentes adicionavam mais camadas
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4.3. OS RINCOSSAUROS
O clado Rhynchosauria (do grego rynchus, “bico”, e saurus, “lagarto”) foi um grupo
de arcossauromorfos herbívoros que viveu durante o período Triássico. Com os registros mais
antigos vindos da idade Induana do Eotriássico, os rincossauros sofreram uma grande
irradiação no Neotriássico com o Evento Pluvial do Carniano que aumentou a umidade da
Pangeia e causou uma drástica mudança no seu clima e biota. Um novo grupo de rincossauros
plenamente adaptados surgiu, os hiperodontídeos, e estes se mantiveram como consumidores
primários dominantes em praticamente todo o globo até o fim daquele período (BARROS,
2004, 2009; LANGER; SCHULTZ, 2000; SCHULTZ; LANGER; MONTEFELTRO, 2016;
RUBLESCKI, 2021).
Estes animais apresentavam uma espécie de bico ósseo e queratinizado formado pelas
pré-maxilas e membros anteriores fortes e dotados de garras, usados para cortar, arrancar e
quebrar caules, folhas, frutas e sementes duras para sua alimentação. Sua boca possuía uma
dentição altamente especializada, com diversas fileiras de dentes na maxila e no osso dentário
que diminuíam em quantidade conforme se aproximavam da região rostral (Figura 1). Esses
dentes eram permanentes, idênticos entre si e não eram substituídos ao cair, mas novos dentes
nasciam continuamente no fim das fileiras conforme o animal crescia. Outra particularidade
presente nos rincossauros era a propalinia, a capacidade de mover a maxila para trás durante a
mastigação (BARROS, 2004; BENTON, 1983; DUTRA, 2015; RUBLESCKI, 2021).
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Figura 1 – Visões dorsal e ventral dum crânio de rincossauro do gênero Hyperodapedon. Note as várias
fileiras de dentes na imagem à direita (BENTON, 1983)
O posicionamento dos ossos da pelve e dos ombros davam a esses animais uma
postura esparramada quadrúpede, com os braços e pernas para os lados, similar aos
crocodilianos e lagartos atuais (Figura 2). Seu corpo podia alcançar até 2 metros de
comprimento (BARROS, 2004; BENTON, 1983; DUTRA, 2015; DE-OLIVEIRA;
PINHEIRO; KERBER, 2020).
5. RESULTADOS
Através das revisões bibliográficas podemos ver que a Formação Santa Maria é um
local muito rico quando se trata de fósseis, por isso que no início do século XX, pesquisas e
estudos aumentaram sobre a tafonomia deste local, como diz (HOLZ; SOUTO-RIBEIRO,
2000).
Nota-se que a área da Formação Santa Maria, sofreu ao longo do tempo, fortes
enxurradas de inundações subsequentes, o que levava a formação de mais e mais camadas de
sedimentos por cima destes organismos, ao longo dos tempos, o que levou a fossilização de
0,20% da fauna e flora do local, indicando assim que, periodos especificos para ocorrer a
fossilização somam menos de 1% dos 12 m.a., que como podemos ver, no nosso mundo atual,
é uma condição muito rara de se ver.
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6. CONCLUSÃO
Conclui-se que durante o Triássico, na região que é hoje o Rio Grande do Sul, a área
da formação Santa Maria local onde os Hyperodapedon residiam, formava uma planície de
inundação, está planície, e em raros momentos de enormes inundações, seguidas umas atrás
das outras, faziam com que 0,20% da fauna da época fosse fossilizada, já que tinha que
ocorrer chuvas intensas com certas frequências e causar o soterramento quase que imediato do
organismo para ocorrer a fossilização, e por causa da água, mais a pressão de terra que
haviam sobre esses organismos, fez com que os fósseis hoje em dia encontrados nesse local
estejam, deformados e inchados.
7. REFERÊNCIAS
BENTON, M. J. The Triassic reptile Hyperodapedon from Elgin: functional morphology and
relationships. Philosophical Transactions of the Royal Society of London. B, Biological
Sciences, v. 302, n. 1112, p. 605–718, 13 set. 1983.
SCHULTZ, C. L. et al. Triassic faunal successions of the Paraná Basin, southern Brazil.
Journal of South American Earth Sciences, v. 104, p. 1–24, dez. 2020.
Retirado de: ARAI, M.; BRANCO, P. M. Sobre o uso dos termos geocronológicos e cronoestratigráficos.
Terrae Didatica, v. 14, n. 3, p. 217–224, 28 set. 2018.