Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTORIA ECOLOGICA
DA TERRA
2a edição - 1994
8a reimpressão - 2012
Editora Edgard Blúcher Ltda.
QUATERNARI
::=:=a:-=- !.t!.1
,,:,::a:a
CAPITULO
lntrod ucõo
A Era Paleozóica se caracterizou pela presença de um só continente,
Pangea, no qual era possível a migração e o intercâmbio gênico entre
ispécies. Na plataforma continent:rl em r,olta deste supercontinente e no imenso oceâno
,Fig. 6.9) desenvolveu-se uma abundante biota de microorganismos e invertebrados. A
Era Mesozóica se caracterizou pela fragmentaçáo de Pangea em subcontinentes e pela
,riação de novas plataformas continentais possibilitando a expansão da àuna e flora
nrarinhas. OTêrciário se caracterizou pelo movimento independente de cada fragmento
- por mudanças climáticas drásticas em alguns deles resr,rltantes cle deriva para latitudes
muito diferentes e/ou elevaçáo de montanhas. No Têrciário superior (Neógeno) começam
lorrnar-se os conrinentes atuais.
sedimentos quaternários são os mesmos dos atuais e podem ser relacionados com gêneros
modernos. Em casos especiais, identificam-se com as espécies modernas. Desta forma. e
possível reconstruir os ecossistemas, estudar a sucesáo da vegetação de uma região e
observar o seu comportamento frente às mudanças e oscilaçóes climáticas.
O estudo dos grãos de pólen contidos em sedimentos quaternários tem dado muitr.
informações sobre a migraçáo de plantas, a composiçáo da vegetaçáo e as flutuaçóe,
clirnáticas durante o Quaternário. Se ao pólen se juntarem os esporos de pteridófirâs e os
cistos algais resistentes a ácidos, que se encontrâm preservados nestes mesmos sedimentos.
o quadro fica bem mais completo. Os gráos de pólen e os esporos são produzidos en:
grande quantidade pelas plantas e as suas paredes exrernas são tão resisrentes ;
decomposiçáo que podem ficar preservados por milhóes de anos. Os especialistas
identificam de que plantas eles provêm e porranro, podem reconsrruir os tipos de vegetaçãc
do passado de uma determinada regiáo.
Como plantas são muito sensíveis aos fatores ambientais, tais como as condiçóes
as
de temperatura e umidade do an-rbiente, a análise de pólen e esporos (análise palinológica
é talvez a melhor maneira de se saber como foi o clima no passado. Pelo uso desra tecnica
analítica é possível detectar tan'rbém as perturbaçóes dos ecossisremas narurais causadas
pelo homem ao desenvolver a agricultura e a pecuária.
Com os animais superiores não se passou o mesmo que com as plantas. Durante c
Quaternário desenvolveram-se novos grupos, porém muitos deles náo chegaram aré c
presente. Uma boa parte dos grandes mamíferos terrestres extinguiu-se. Algumas espécies
de tigre dente-de-sabre, de mamute, de mastodonre, de preguiça gigante e outros, ainda
existiam há uns dez mil anos atrás. O número de extinções é considerável e tem sido
objeto de muita especulação. Veja, por exemplo, as numerosas teorias expostas por
diferentes âutores ao longo dos 38 capítulos do livro editado por Martin e Klein (198+
"Quaternary Extinctions: a prehistoric revolution" (Extinções Quarernárias: uma
revolução pré-histórica).
ser relacionados com gêneros les nenhum destes métodos é universal e geralmente
se aplicam exclusivamenre a cerras
es modernas. Desta forma, é :giões. Por exemplo, o início do pleistoceno esrá
vegetação de uma regiáo e
-"r.rdà nos sedimentos d.aVenezuela
.lo aparecimento de pólen de Alnus, mas esre gênero exisre no Têrciário
da Europa e
cóes climáticas. nérica do Norte e náo serve para marca, o irrício do período em
todo o mundo. As
ililçóes radiométricas com isótopos de longa_vida (càpítulo
uarernários tem dado muitas 2) náo têm a precisão
Ia i.egetaçáo e as flutuaçóes ,'cessária para serem usadas no
euaternário pois o erro de medida , nos melhorà, .rr,rr,
ja ordem de um milhão
s esporos de pteridófiras e os de anos. Atualmente estão sendo desenvolvidos alguns métodos
,m ourros pares de isótopos que
snestes mesmos sedimentos, parecem promissores. O método radiocíbônico, clue
esporos são produzidos em .rmplamente utilizado na parre superior ào
et,aternário, só chega no máximo a uns
:rnas sáo táo resistentes à t.000 anos atrás (veja capítulo 2). Com isto
as correlaçóes.ntrã loc"is distantes e a
; de anos. Os especialistas :rerminação do limite Plioceno-pleisroceno conrinuam
sendo problemáticas por falta
rnsrruir os tipos de vegetação : um critério de aplicaçáo global para reconhecê_los.
O Quaternário foi
r.rm período de grandes pulsaçóes climáticas, com longos
rals, rals como as condições .rervalos de tempo com remperaturas rn.liro bairas (as
glaciações) intercalados com
ros (análise palinológica ) :rnpos mais quentes, como o atual. As glaciaçó., do
po
Q,r"ternário represenram a
sado. Pelo uso desra técnicã ,rircrerísrica mais importante do período e por isto têm
chamàdo a atençáo d-os cientístas.
stemas naturais causadas :nda que tenham havido grandes glaciaçóes no passado (protero
ssi zóico e
-rmocarbonífero), o Quaternário é conhecido como ,A ôr"nde Idade do Gelo,,. Os
rudos dos seus ciclos glaciais e das conseqüências deles sobre
o SistemaTerrestre são os
:ma srande variedade d. odelos para entender as glaciaçóes do passado mais remoro.
ro nos períodos anteriores.
no interior dos continenr.i Está demonsrrado por isótopos de oxigênio, pólen, foraminíferos
e ourros fósseis,
:nl ircm uma reconstrucá - ,Lúa temperatura do mar começou a diminuir ao final do plioceno. parece
que um
. do que de qualquer our:- .rnde esfriamenro no final do plioceno resulrou no avanço
dos glaciares (geleiras) em
reção às baixas latitudes, em ambos os hemisÍérios do
pirr.,r. ôo-o ..r"rltrdo, t.r.
rcio a primeira grande glaciação e teria começado o pleistoceno.
.om plantas. Duranr-
as _
ll
ucres nao-r
che$aram ar; Entretanto, estudos relativamente recentes com sedimentos marinhos
. e continentais
rgui rr-se. AJgumas espe;. : rostram quehouve glaciaçóes menores desde 5 M.a. atrás
no hemisferio norre e desde 15
1..r. atrás no hemisÍãrio sul. Por isro, como
Ira qtgante e outros. air. -, fui discutido na parre que se refere ao trciário
. .,rnsiderável e rem , -: ...pítulo 6), alguns paleontólogos e palinólogos achzun
qr.. ã irri.iã do esfriamento global
. ia começado anres, no Mioceno. Não há ainda dados suficientes
:osa-s teorias exPosras :,- - para mostrar r. árr_
:or \larrin e Klein -. : = rciaçóes de caráter global e se foram grandes. Esras descoberras,
d,e cerra maneira, abriram
)\'amenre o problema de definiçáo do limite plioceno-pleisroceno
:cóes Quaternárias: _:: ; que possivelmenre só se
:.olverá com dataçóes absolutas que utilizem métodos melhores
do que os que temos hoje.
:rqLranro isto, o início do Pleistoceno fica marcado pela
prim.ir" gr"rà. glaciaçao de caráter
Quarernário, foi p: : , rbal há cerca de 1,6 M.a.. Alguns aurores propõem qu. o plioce"no
,.1a=elimirrado, e todas
' :rrio ,-lo Pleisro.
r. .r,ras glaciaçóes sejam incluídas no
=
euateinário,q.r. .omeçaria há 5,3 M.a.
E.la t'rtratigrafia. ., --
It i, 1'TOCUTOU-s(: J.. Neste livro será adotado o ponro de vista da Comissáo de Estratigrafia para o
"' -".r com radirr:: - : .rarernário (iGSQ) da União Internacional de Ciências Geológieas (IUG"S,
igBb) que
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRÁ
258
CURVAS DE TEMPERATURA
clcLOS crtuÁttcos
Etú REGISTRO CONTíruUO
ALTIPLANO DE
eocorÁ, coLoMBlA
colrl o retrocesso do
estudados em detalhe. A fase em que estamos agora' e que começoLl
já.dura uns 12 rnil anos' Se
gelo glacial em todo o planeta, co,-tstitut urn inierglacial que
o ciclo continua, dere t.rlde, no futuro a outra idade do gelo' O exame
em detalhe
será feito na segunda parte
destas glaciaçóes e das outras detectadas Por outros métodos'
deste liu.o. Aqui só se tratará de suas caLlsas e conseqüências'
§ c
o PES
z
a
,a
? 0 HlMaL4
3oo
5
E1
h4
,ou
I
0o T
vrÍ0RrÀ lyÀrl!48-q
,o
a
3o" o
z
I
no Terciório
Fig.9.2, Locolizoçõo otuol dos oltos montonhos que iniciorom o seu levontomento
e continuom o se erguer oté hoie.
ÉISTORIA ECOTOGICA DA TERRA
o prnÍooo eulrrnNÁnro
261
:.
'1 -)í 3.1 .2. Mudoncos de rodiocõo por efeito de meteoros
\)lYI HlM4( 4,
I cairam naTêrra e na Lua, csta camada poderia ter sido espessa e causaria,
alta de temperarura por.efêito estufa (capítulo Z). A seguir, se a capa de pó
ao início, uma
se àpresentou. Este efeito pocle ter ocorrido não no início de cada glaciaçáo mas. nos
irrter,r"lo, geológicos .o, qrri, houve extinçáo em massa' como ocorrell no final das
Eras Paieozóica e Mesozóica.
vulconismo
3 . I .3. Mudonços de rodioçõo por efeito de
a causâ do início de uma glaciaçáo
Com o mesmo argurnento anterior Procura-se
de grande
r-ro vulcanismo int..tro.bllrante o
Pleistoceno' segundo esta teoria' houve fases
As primeiras resultariam na formaçáo
irtividade vulcânica e fases de relativa tranqüilidad*e'
clue seria l"Áçad" na estratosfera e aí formaria
de grande quantidade de cinza vulcànica
uma camada esPessa.
erupçóes vulcâr-ricas que ocorreram
Realmente, sabemos pelo estr-rdo cltrs grandes
(1883)' ("tll'" (1912)' vulcóes andinos
nos úrltimos cem anos, como a do Krak"tt']a
quantidade de cinzas que ficam na
(1921 ) e outros, q.,. n, vulcóes poclen-r lancar grancle
qut dest'uiu a maior parte da ilha oncle
atmosfera por muito temPo' O vulcáo K'"k"tJ"
se localizava, contaminot'
colll ti'l)" por dois anos' C) estudo de erupçóes
"t-o'f"'à "'" Helena (Saint Helen)' etc' tem dado
menores como a dos vulcóes do Havaí' Su'-rttr
também muitas ir-rformações a respeito'
-). as temperatLlras médias Tob,9.2- Ciclo dos monchos solores observodos nos últimos 50 onos.
ca de0.5'F (0.3'C). Urna Neste intervolo de tempo elos oporecerom em gronde número em
rrmosférica originária de intervolos de oproximodomente ll onos (medio de 1i,2 onos).
Anos de Anos de
:nos calor para a atmosfera MINIMA MAXIMA
fiiamento parece ser mais {proticomenle (mois de 100)
-os. Segundo Lamb, esta nenhumEl
rlares entram na atmosfera 1943 1947
lrranto têm que atravessar 1954 1958
minuiçáo de energia que 196419ô5* 1969
abaixaria a tenlperatura e 1976 1979.1980*
198ó-1987. 1990 t99t .
** *
lggg 2002*
acle vulcânica grande não * - f inol de um ono, princípio de outro.
io ser que sua intensidade * * -cólculo extropolodo. Nos onos onteriores os monchos
le yuicânica colossal no forom observodos direlomente.
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
264
3I5 Cciclosolor
ernitida não é constante' mas obedece
O sol e tlm reator termonuclear cuja energia
q'Zl' Durante os períodos de maior'
.,.,.inr ciclo que hoje é de ca' 11,12 airos lú'
r-ra superfície e proeminências
e labaredas
ali', i.l.:..1e sáo observadas numerosas manchas e fortes
lindas auroras tot""is e austrais
ire corot. Estes fenômenos causam na Terra
de rádio'
.inrl)os rnagnéticos que interferem com as comunicaçóes
o que é^mais fácil de ser
De todos os efeitos devidos à maior ativic{ade solar'
Elas são negras' de forma e tamanho
observado é a quantidade de manchas solares'
podem chegaia mais de cem na superfície
irregular e, durante as fases de mâxima atividade
E'las foram observadas há muito tempo Por
do sol. Surgem e crescem em horas ou dias'
rrntigos astrônomos chineses e descritas por
Galileu no século 17'
de Galileu houve
A ocorrência de manchas no sol náo é constante' Depois fases de relativa
o que indica que houve
astrônomos famosos que náo as encontrâratn'
a aparecer neste século'
ir-ratividade solar . Elai voltaram novamente
médio de 11'12 anos (Tab' 9'2)'
Atualmente as manchas solares têm um ciclo
de opiniáo de que todos os períodos
planetários
Stacev e Fairbridge 1F"i,b'idgt, 1983) s1o
das manchas solares e que estes
(Tab.7.2)Parecem.rr". fig^d"s ao ciclo dt it'tZ anos
ciclos explicariam ,, -íd^nças climáticas
no passado (veja a seguir' teoria de
Milankovitch)
se rnanifesta pelo surgimento
de
O aumento da atividade solar, além das manchas' (Fig' 9'3)' Todos
e por labaredas na superfície
gigantescas proeminências na coroa solar
na energia solarque se acredita seja devida
estes fenômenos sáo o resultaclo tlt n-tttd"'ç"s
a movimentos de convecçáo na região
i-tii't"""ntÀbaixo da supe rfície do sol' Nestas
...:
, .'- ::" i
I
i
.?
!
i
,*
L rl
-:-'
proeminências e labaredas porque estes fenômenos hoje se produzem a cada 11 anos e nem porque eles náo ci.t,: ,,
boreais e austrais e fortes eutre os seculos l- e 20. Porem. isro faz com que a energia que aringe a:tt1rsr1l- - '
r rádio. nosso planeta varie en-r função da atividade solar.
o que é mais f,icil de ser Estamos em uma fase de interglaciação, portanto de máxima temperatu:-1.
qras, de forma e tamanho Suponhamos que o sol entre eln umâ fase de inatividade de grande duraçáo. O resulr.rdo.
a mais de cem na superÍicie segundo esta teoria, seria a diminuiçáo da temperatura global da Terra, que poderir
uadas há muito rempo por desencadear umâ glaciação ou uma pequena oscilação climática fria. É preciso distingLrir
o 17. entre uma mudança climática, que é sempre forte, e uma oscilação climática, mais suar-e.
nitesta pelo surgimento de Mais recentemente, os ciclos orbitais responsáveis pela insolaçáo (energia solar
upe rfície (Fig. 9.3). Todos recebida em uma superfície horizontal, em qualquer intervalo de ternpo) foram
que se acredita seja devida recalculados utilizanclo soluçóes astronômicas mais precisas, eml972 porA.D.Vernekar
1a srLperficie do sol. Nestas e em 1978 por A, Berger. Para maiores detalhes sobre a insolaçáo recebida pela Têrra
consulte Berger e colaboradores (1993).
:orrenies de gós e erupcões b) Precessáo dos equinócios - altera a distância entre a Terra e o Sol em um temPo
,r nêncios) que se elevom fixo dado, por ano. Como foi visto no capítulo 7, há dois equinócios por ano (quando o
::'es.r'odos no superficie. dia e a noite têm aproximadamente â mesma duraçáo), o de primavera e o de outono. Se
HISIORIA ECOLOGICA DA TERRA o
266
dos equinócios tl
lbrcn.r tclm,r,Las iuntas, a precessáo axial e a precessão orbital' a posiçáo
22'000 anos (Fig' 7'4)' 1
.,'ai nrud.rndo dentro do eln um ciclo dã proximadamente
"r-ro relaçáo á distância do
F.srr n'r,.rd,rt.rça afeta náo somente o eqtrinócio, tomo o solstício em
.t,i. \os it-rtervalos de tempo em que o solstício de inverno ocorre mais longe do sol
r*lio) ,r Têrra recebe menos energia e os inveruos são mais rigorosos' o
D
0'00 (cir- o
c) A excentricidade da órbita terrestre - Atualmente a órbita varia entre t)
maior de 400'000 e
cu1;rr) c 0.06 (elíptica), em um ciclo menor de cerca de 100'000 anos
e
solar no
airos (Tab.7.2). Quando a órbita é elíptica aTêrra recebe mais 3'570 de energia
e menos 3.57o no afélio. A excentricidade é o único parâmetro
que pode mudar
pcrihélio fr
q.r"ntid"de total de energia solar recebida pela Têrra, em cada ano' Além disto'
ela
a
"
cletermina a amplitude do ciclo de precessáo' S(
de d
Como cada um clestes três parâmetros orbitais tern ciclo diferente e a duraçáo
a
seus ciclos náo são comensurár'.it (f 72), a interação entre eles pocle reforçar ott
"L-,. recebida pela
suavizar um efàito e o resultado é clue tlraior ou menor energia solar é
'Ierra. N4ilankovitch calculor-r as relaçóes entre estes três parâmetros e es conseqüencias
ao mínimo
que acarretam, e fez a hipótese de qr-re quando a redução de energia chegasse d
teria lugar quando
a Têrra e ntraria .- ,r-, idrde do ielo. Em oposiç"ro,
um interglacial o
a soma das três variáveis resultasse em um márin'ro de energia
recebida' Por exemplo' na a
tig. 9.1 observa-se, por meio de análise palinológic:r' a seqr'iênciade23 ciclos clirnáticos o
D
que possivelmente
nãs Andes colombianos. Caila ciclo tem duraçáo e lreqüência dilerente tt
sendo calculadas com
começam no Plioceno (cerca d.e3,37 M'a' atrás) ' Atualn'rente estão a
e sendo co-mp:rradas
mais precisáo as relaçóes entre estes três parâmetros no passaclo eeológigo g
tl
16C)/1sO em
com as interpretaçóes paleoclimáticas baseadas nas muclanças da relação a
seditnentos n-tari,-thos,.àor.orj.rrtos de microÍbsseis ern sedimentos continentais' o
solar' Quando n
intrinsecamente ligaclos aos dos olltros planetars e ao ciclo de atividade
a quantidade de energia tr
dois ou rnais cicloi entram em fase, a soma dos cfeitos sobre
solar que chega à superficie daTêrra se traduz em uma mudança do
clima global' Quanto S(
r-r-r,ris cicl,,s entram em fase, maior é o efeito' Por outro lado um ciclo pode climinuir ern 21
C
certas fases os efeitos dos outros, anlortecendo a resPosta'
LI
II
Alguns autores acrescentart aos parâmetros orbitais o ciclo do soi' e neste caso
as
.r posiÇão dos equin,--, -, importantes. OLltros autores juntam aos parâmetros astronômicos,
fatores intrínsecos ii
: ll U00 arros (Fig. - - 'lerra como o aumento
de vulcanismo, de opacidacle da atmosfera, o ciclo de
rn t tr llcit.r á distàn; , - equilíbrio dos oceanos, erc. "rrlr.n,o
,,,,11s 11'1xi5 long. i
Nenhuma das teorias exposras acima explica de maneira
io io5(]s. satisfàtória toclas irs
glaciaçóes e os períodos relativamente cáliclos .1o passado
geológico, nem prevê as fururas
rrr.r r rriir entre 0.[){ glaciaçóes com precisão. Porém, já mosrram á.rrm da variação do balanço
-rr(r\ c rtraior de +(t "lgu,r",
energético que inflr_rem diretamente nas variaçácl da rer_nperatura da Têrra.
i.< .lc irrerc,ili r,'..,-
Há algumas dezenas de anos arrás os geólogos acreditavam
:.t I poJt t:. - - -
: \'t ru tlt lc que a glaciação mais
recente (Würm) foi a última e qlle esramos agora
,u i .lnu. \lcrrr di:. em Llma frr. .álid, ;;;;;.,. ,.
ircredita existia no Mesozói.o . no paleógenolA
criação do termo ,,Holoceno,, tinha o
senrido de uma nova. fàse, livre de glaciaçóes. porérn
os numerosos estuclos de paleoecologia
ii:rrenteeadura.--. - clo QuaternárioTàrdio mosrranr qLre o H,_,loceno nada rnais é clue um novo interglacial
e que
r. . c\ I,ode rcli r., , -
a glaciação poderá voltar. O probierna reside ern
quando isto acontecerá.
. . .,,l.tt'.i Ic.'chiJ.-
Sem dúrvida a reoria da Miiankovitch no seu conceiro
-::',,. c,1. Cult\(qii_ . moderno (incluindo ourras
variáveis calculáveis) pode predizer com uma ce
:-..r .ltcq,trr( .to nt.: - rra probabilidacle de êxito qr_rando isto se
dirrá. Certamente não será para esres próximos cinco
-, ,.: rl icri.r lrrqar qi: .- mil anos. As causas de uma glaciação
ou interglaciação sáo hoje um problema aberto à pesquisa,
-.. ..1, i.l.r. l'or crcnr: se bem que já se-conheça
;rlgu.ma coisa._Há pergunras cujas respostas precisas
, .1. I t .i.lo. clir:r.' ainila náo sabemos. Todas as
glaciaçóes, inclusive as mais anrigâs, tir.r,.rn as mesmas
. -- :.1. r]l.lc |tr..ir ;'-' .' causas ? O abaixamento da
temperarlrra é a causa ou o efêito de uma Idade do Gelo
.:. , .t rtJo .al.ulai-. -
? As geleiras da mesma idade
acumulam-se na mesma.velocidade ?
:-l- . rtllJr) rt)llll':- euanto a esta última pergunra, atualmenre muiras
geleiras de um mesmo glaciar ou cle
.l rr'. l.r..tu O r -
glaciares cliferente, já .st:rá sendo monitoracias com
aparelhos modernos de registro .onií,,rr'ro e os resuitados
'r-- rr rs continentais. esráo sendo comparaclos com
os de outras regióes. Para.isto foi preciso clesenvolver
aparelhos .n,rp.,,rdnrizados
.:,,ri.r dos pesquisa,l :. especiais, que possam trabalhar à baira remperarura.
:-. lt.til \ito os titri.-,
., r'.r ,rlgcbriea J<:::'
:r,. :l.rrrlcr c Fairn'
3.2. Fotores de monutencõo de umo ldode do Gelo
t. qrltt.1., pl.i:
,1.,. - A glaciação mais recenreclurou aproxirnaclanrenre cem rnil anos e terminou há
'r . ',lr. rtt os ntur in:- cerca de 12.000 anos arrás. Não é ainda possível clatá_la
precisanrenre porque daras mais
l.it.r i' .l.r Tcrr'.r . . antigas que 70.000-75.OOO anos já estão fora da técrica
de carbono 14 e os ourros
, i,l,t.lc 'ol.rr. Q-.- métodos radiornétricos não têm resolução p:rrir trro polrcos
anos (veja capítulo 2). Sendo
, .lLl lntiJ.rdc tlc -: --- tão recente a glaciação\X/iirm (\üZisconsir-r), :rs causas cle
seu clesencacleamenro deveriam
- .lirtt.rslol.,rl. Q . ser possíveis de se detectar e deveriam estãr presentes
durante todo o tempo em que
- .,,,,,,,.1e,1irrin.. - rltuolr. Entretanto, os mecanismos descritos na seçáo anterior
não satisfazem a esras
condiçóes e porranro acredita-se que deve haver ourros fatores
além dos que clesencadeiam
trma glaciação os quais manteriam uma glaciação. Eles
seriam o, ,.rporr*ir.i, f.f"
rL,.lLr:oi, e nf5te .,.: rnanutençáo de uma determinada situação (temperatura
baixa o., ,.rrp.i"tr_rra alta) por
,:i.idcracl;rs corn. .- - Lrrn período de tempo longo. Os fàtores mais
piováveis são descriros seg.,ir.
"
DA TERRA
HISTORIA ECOLOGICA
268
3.2.1. Albedo
por diminuição de energia solar sobre a
Os particlários do início tle r-rma glaciaçáo de
to-ã "lt'''".do ("'ejtt tapítulo 7) das geleiras e lençóis
sr-rperfície daTêrra, ;;i;t;o -lerra' a temPeratura clecresce' mais gelo se
chega à
gelo. Uma vez qLre -tt'o' energia
lorma nos polos, nas altas -o"ãnh"" '-'ol
*"t'' Po't"'-tto há r-rm aumento substancial
(Tab' 7 '4) 'Estaenorme superficie
cu jo albeclo ; ;;i;" alto
da superfície coberta por gelo' energia solar seria
espaÇo' enquanto qLre menos
refletiria mais energia em direçáo ao mesmo
absorvida p.l, ,.,pt'ficie do pl"''tt'"'
A-tttp"'"iura' global se manteria baixa
não se
deçrois que cessâsse o efeito ão
dt"'lt"d"tt*tntt' da glaciaçáo e os glaciares
derreteriam Por multo temPo
3.2.2 - EvoPoroçõo
e indiretos que o nível do mar
baixou mais
Foi demonstrado por métodos diretos de área oceano/
Se cai o nível do mar a relaçáo
de 100 metros na última glaciaçáo' A
em superfície e os mâres se reduzem'
continente muda, os continentt' "''ttr-rt''t'"m do mar se congela' além
m.1res climinui' Como parte
superfície a..r"po'"çã il;; ";;
t'"po'"ção total de águ^a rro globo' A
soma destes
disto, haverá menos superfície dt
dt tle cht"'a' Se esta situação se prolonga
efeitos resulta .ro tt*' àimiuuição "*'t'-t" pla^eta perderia
do efeito estuf. (capítulo 7) e o
pode haver.r*, air"i'lJçí"-'ig"1nt"tiva
mais energia Para,
f"'i" baixar â temPeratura global'
o!t'"
"Ç"ã temPo
é por "" !"li1l' "l'
O efeito-estufâé uma faca de dois gumer Se !o"::
d'T"t'" por não deixar escaPar as emissões
aumenta r,"-p.r",'.,i";; ";e da
superfífit
de
de energia a. .o*p'ã"t"o' at
otà' to"go;' Se é'p'oiolg1tlo' diminui a entrada de chuva
Da a diminuiçao de precipitação
energia e abaixa a temPeratura' t":*'ío"rr^' de
e neve pode agir dt dL" maneiras'
U-"' f"l" falta de nuvens' qt't "'ult" perdapelo
na
qttt e respousável
energia para o .ro,;;;; fJ" at" at'p'*ipit"ção de '-t5ut
geleiras retrocedem'
no t"""ã"-ti-"o do' glaciais' As
crescimento d", g.lài"', " ""'lt" icebergs' menos água fria e
diminui a superfície com albedo
tt'o
'
formaçáo"de
"tto' no aumento da
a temPeratllra dos mares' 'e'ultándo
dispersada pelos mares, aumenta
tquilíbrio T:t:" delicado qu:-:t^1"-":"Ott
temperatlrra global' E'stes efeito' têrn "* responda
para um ou outro lado, com tl.n"
ptqt'"r'' -Àiint"çao' Talvez este mecanismo
dentro de
sáo oscilaçóes de temperatLrra
pelos período, .r,"ããi' t i"tttt"^ái^i''-;;;
uma Iclade do Gelo'
nas regióes polares. Aumenta o volurne de água gelada e ela começa a fluir lentarnenre para o
fundo dos mares e a subir à sr.rperficie nas zonas da afloramento (capítulo 6, parte 2.3). tsre
r, ie energia solar sobre : declínio de temperatura é dispersado para todos os oceanos pelas correntes narinhas.
.las geleiras e lençóis ti.. As grandes massas de água sirlgad,r não respondem às mudanças de temperarura
:: tlecresce, mais gelo s. táo rapidamenre quarlto a atnto-sfêrrr e I superffcie de terra firme. Portanto, deve exisrir
r: nr .rLlmen to substanci:. uma defasagem entre o início cle ur-na glaciação nos continentes e nos oceanos. Assim, a
. E:tir enorme sr-rperfici. dataçáo do abaixamenro cle remperarllra na superfície dos mares, detectada por fosseis
litl!r cllel'Bia SOlar r.r., de foraminíferos, provave lnrcnte estii um pouco retardacla em relação à dataçáo de eventos
: nrrnteria baixa mesm. correlatos obticla em sedimentos continenrais.
;o c os glaciares náo s.
Outra causa de esfri:rntenro da superÍicie do rnar são os icebergs. Eles se destacam
das regiões dentro clo círcr-rlo polar de ambos os hemisferios e flutuarr em clireçáo às
zonas de baixa latitLidc e vão clerretendo ienramenre. C) seu efeito poderá ser melhor
conhecido em um firturo próximo, já quc arualmenre estão sendo monitorados por satéJite.
rir cl clo mar baixou nr;,: Da mesm:r fàrr-rn que as correnres marinhas de profr-rndiclade e de super{icie, os
rrlacáo de área oceanr ventos fiios qLrc se originam nas regióes polares levam esta queda de ternperatura às
Lrs lrares se reduzem. --. zonas temperad,r-s e c1aí às zonas tropicais. É diffcil esrimar o efeito clos ver-rtos frios
Jr, nr.lI se congela. alc- porqLle possir,eln.rente o padrão c{e circr-ilação atmosferica era diferente do atual.
ro globo. A soma desr.,
rsr.i sitllaçáo se prolonS=
.1,'- .'o planera perdcr 4. A Extensõo e Duroçõo dos Glociocões Quoternórios
,r b.r1.
A evidêr-rcia cLe extensas glaciaçóes no passado foi observacla primeiro nos Alpes por
--o renlpo ou parcial, r.. J. Venetz en-r i8ll. Entrerirnro, não fbi aceita no princípio porque os blocos erráticos e
rir.tr .'scapar as ent i:.i =. as acumulaçóes cirirric:rs dc rochas freqiienternente encontr:ados na turopa Setentrional
,,.,'1 irrrirrui J entrada -: cram interpret:rdos como depósitos rcsu]tantes de avanços do mar e de icebergs que
ic pr e cipitaçiro de chu , . f]utuariarn nele. P,rra nrcnres religiosas estas suposras inundações eram â prova segura do
qLr( rcsulta na perdl .-, dilúvio de Noé na Bíblia jLrclaica e crist:r. N4ais tarde, L. Agassiz, urn discípulo dcVenetz,
. qIr( e responsár'el p- cledicor-r-se a este problerra c nlostrou que estas eviclências e muitas olltras, ao contriirio
. -\: geleiras retroced.:- do que se pensava, indicar.:rrl a eristôncia de antigas geleiras nruito mais extensas quc as
ocrq'. 111ç11os Jgua ir;" . atuais, c ele propôs a Têoria das Glaciaçóes. A grande quanriclâcle de provas clue acumulour
..rlt.rrr,lr, n() auril(nlr' -. terminou por convencer os cicntistas de sua época. Uma vcz que estes f-lcaram persuadidos
,ii..r.lo qu( pode rsn-: : desta idéia, as provas se mulriplicaranr e a teoria das glaciaçóes f-lcor-r bem estabelecicla
':ti Il)cCallisnlO fe)PL/:. *- para a Europa.
' .r'l'l|rt'ratUIâ tlt t)trt ::
Hoje sabernos qlre uma parre dos glaciais cla Europa, duranre a úrltirna glaciaç.-ro
(Wtirm) irradiou-se a parrir das montanhas Escandinavas, cnrrou pelo nrar do Norte,
cobriu quase todas as Ilhas Br iiânicas e o norre da Europa conrinenral em urla exrensão
de uns 4,3 milhóes de kn-rr. C)utros glaciares originaram-se rra Rússia e cobriram uma
,r-.i.i,., cle ttrttlr qlr;:-.-, boa parte do norte de Ásia até o nordeste da Sibéria, cm urna exrensão semelhante à do
r..,lirrrrritri,rtcnrf-: -
glaciar Escandinavo. Finalmenrc esres dois grandes glaciares coaleceram nos arredores
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
270
t -t SENTIDO DE
MOVI MEN TO
J
t'
(e o M P L E xo N ÁaEas
G
r.rÃo
LAC IA DAS
Án eas
stc A N(A VO
4[
E
,i,
N D
\ GLACIADAS
GELO FLUIUÂNTE
) ?
Dt
)
C
tz\
>^)u'^
/(s
(
)
tI MAR ABER
F,riroptr irradiou dos AlPes Antártida que não saiu da Idade do Gelo desde Terciário, quando estacionou no prrL'
o
lrrtc:to às terras baixas, nl;, Sul. Entretanto, os estudos mais recentes do continente antártico mostraln que sLlrl crittri
"l r. de gelo foi muito mais espessa no passado recente.
is 01Ll1tO mals extensos t]u; No máximo da última glaciaçáo o gelo glacial de algumas localidades da Nor'"'
.irLrcle sobre o nível do mar Zelàndiadesceu abaixo do nível atual do mar. Na'lasmânia houve grandes glaciações'
As altas montanhas tropicais da Nova Guiné, Havaí, Andes setentrionais e nordeste d'r
rr rs glaciaçóes do final ci'-
África, tiveram glaciais que se estenderam muito mais abaixo da linha de neve atual e
qLlc es da Eurásia e cobrirar:
chegaram às Faixas altitudinais onde hoje crescem as florestas pluviais montânas'
:iJos Unidos (Fig. 9.5). Su"
r,.rie ir cidade de Nova \brlr Na parte sul dos Andes os glaciais se estenderam do lado oeste até o nível do
r.,rr gclo glacial. Oceano úcífico e ao leste até os Pampas. Nos Andes centrais também foram encontradas
evidências de expansão dos glaciais. Porém, são os Andes setentrionais (Equador'
irciaçóes quaternárias. N Ía.
Colômbia e Venezuela) que estão mais bem estudados quânto à glaciaçáo mais recente
i zonA tropical, os glaciai.
(Wisconsin) e quanto ao períoclo pós-glacial. Destas cordilheiras há abundante informação
n.1
1.. .\ cxceçáo. c claro. . ,
«le geomorfblogia, geolàgia glacial, paleoclima, composição e migraçáo vertical da
SENTIDO DE
MOVIMENÍO \
I I
ÁnEas HÃo t
:LACIADAS
ll
\' I
ÂREAS .\ t
GLACIADAS t/ t'!
_,
- SELO FLUTUANTE - - rl :/
I
__-] 5 I l.
uaR aae I t
t.
,l
.,
r') I
2t
\
\ -.,
,),
f ,') lr
1
t
I SENTIDO DE
\ (, MOVI MEN TO
Jt Ánea cuacraoa
F GELO
FLUTUANIE
OCEANO
A BE RTO
[N ÁnEas
GLACIARES
SEM
1979:
paleoveqetaçáo (veja, por exemplo, Yan der Hammen,1974; Salgado-Labouriau'
ilooshú-t ua, l9B4; Schubert e Clapperton, 1990)'
nos Andes'
]a está bem estabelecida a existência de extensas geleiras antigas
que teriam coberto a
Entretanto, os famosos glaciais descritos por Agassiz Para o Brasil'
bacia amazônica e..,jo"pero fez com q.rã se afundasse, e os que teriam existido em
"1"
volta da cidade do Rio de Janeiro, foram totalmente desmentidos por estudos posteriores'
as terras baixas tropicais (abaixo de
Quanto ao efeito dos períodos glaciais sobre
Estudos
1500 ; de altitude), ainda nào há sufiiiente informaçáo para uma análise global'
paleoecológicos das terras qLrentes rropicais estão em andamento e dentro em Pouco
irarão muiia informaçáo ,ot.. o qr.r. aí enquanto as zonas temperadas e as
".orrr..eu parte 6'
altas montanh", tropi.ais estavatn sob o frio intenso de uma glaciaçáo' Veja
pluviais e interpluviais, neste capítulo.
Calcula-se que durante a última glaciaçáo o gelo glacial cobriu uma superfície
de
hoje acima do nível do mar, confirma a interpretação de qLle este esteve mais alto no
p"rrrdo. Se isto tornar a acontecer e o mar sobir uns 50 m, todas as cidades litorâneas
ficaráo submersas.
-.i STORIA ECOLOGICA DÁ': O PERÍODO AUATERNÁRIO 273
Saleado-Labouriau, : As flutuaçóes do nível do mar são difíceis de serem estimadas porque náo é possive
1 !l- 1
analisar o efeito dos glaciares separadamente dos movimenros verticais dos continentes.
O peso de uma grande geleira sobre o continenre faz com que ele abaixe nessa área ao
.ir.t. antigas roS .{nd;: passo que, quando uma geleira é eliminada o conrinenre volta a subir. Além disto, tem-
rasi1. que teriam coben,, .
se que descontar o moyimento tectônico em algumas regióes, como por exemplo nos
,os que teriam existido r=
Andes e na "Cordillera de la Costa' onde as montanhas conrinuam se elevando. Ourra
.os por estudos posterior..
variável a acrescentar no estudo das flutuações do nível do mar no passado é o reajuste
,airris rropicais (abairo :, em relaçáo às bacias oceânicas e a deposição de sedimenros nesras bacias. Quanto mais
nr.r .rnil ise global. Esru;
re nro e dentro em poll. .
OCEAN O
J' ronas remperadas . -
r,r qlaciação. Veja parte i-'
a Ánrrco
t
at' a
t
a
a
ra
S I BERI
cobriu uma superfície :. a a
a
aa a a
ros t
ALASCA
a o
a
ESTRE ITO
,(. I.arrl as glaciações m;.: a
DE BERING a
a a
a
a
Ê a
at'r' a
a
a
a
PACIFICO NORTE
a
ssc. o nível do mar subiri.
:tcsse, a subida seria de Í-
e climas mais quentes qu"
r
es tinham uma superfici-
Fig. 9.ó. A plotoformo continentol entre Sibério
e AIosco que esteve ocimo
u Lrma subida do nivel dc
do nível do mor hó cerco de 30.000 onos? no móximo do glocioçõo
ositos marinhos em zona-, (contorno botimétrico de 50 m), segundo Stokes (1982J. A ponte-deierro
a esrc esteYe mais alto n.' que se formou borrou o soido dos óguos gelodos do Oceono Ártico poro
o.las as cidades litorânea-. o Pocífico e formou umo possogem lorgo de ierro Íirne entre os dois
continentes
DA TERRA
HISTORIA ECOLOGICA
274
informaçáo
mais difíceis por falta de
cálculos váo :e tornando
antiga é uma glaciaçáo' os
. têm que ser muito cuidadosas'
"r?r,i-^,ivãs direta clos cordóes
métodos diferentes e Por observacâo
Foi demonstrado Por a (rltima
tt'L"i'o' á"tre 70 t ràO m durante
litorâneos submersos' qtt o nível do
e congelada
é de que cerca de58'k^ü; água oceânica foi removida (parte 8'
slaciaÇáo. A estimativa
a maior ü J; t?à" pl"t"forma continental
i-t.rr. ,.-po. Isto significa que As ilhas que hoie estão na
t""'i" nível do;;; t'" t""" Ê'.,-'e'
deste capítuto) "
"t'-Ja" ficado i"ttliig'á"t o"'!'i":'oarte do conrinente' Por
plataforma.o'-tti"ent"i"'i"t
exemplo, o estreito ft;;t;;' sisi'i"-3Á""" (Fig' 9'6) era uma ponte-de-terra
""t"
a
, 'i .§,
,a
I
.V
aa à
a
a
GRA ÍAN HA
a a
'a
EUROPA
C oN T NEN TA L
a a
Britônicos
entre EuroPo e os llhos
Fig .9.7. A Plotoformo continentol 1982). Esto Plotoformo
segundo Stokes (
(contor no botimétrico d e l80 m),
o início do último gl ocioçoo oté co' 7'000
fez porte do continente desde q ue erom o continuoçõo
m voles submorinos
onos otrós. Nelo se encontro do mor. Os rios
óreo esteve ocimo do nível
dos rios otuois quondo esto de um gronde rio que
(Rh ein) erom tributórios
Tômiso (Thomes) e Reno rios desoguovom oo sul'
enquonto que outros
desoguovo no Mor do Norte
- iCRIA ECOLOGICA DA TERRA
O PERÍODO OUATERNÁRIO 275
S
oS
a
. . -t.
\
àY a
a
)
,,
à
a §
oÂ
oo
.t o§
rm 0 200 400 600
r'nr^. 4O00m
Km
800
Fig. 9.8. Curvos botimétricos no litorol do Brosil. A foixo sombreodo corresponde oproximodomente ó
-cs Britônicos plotoformo continentol que fozio porte do continente no móximo do Último glociocõo. Encoixe: o foixo
:s'c clotoformo ,l00
de m de profundidode no Américo do Sul que deve ter estodo ocimo do nível do mor; os portes
: :te :o. 7.000 mois lorgos ficom no foz do rio Amozonos e no cone sul do continente; os costos do Peru e do norte do
':::ritnuoçôo Chile quose nõo têm plotoformo, mos hó umo Íosso profundo que morco o zono de subducçõo do ploco
l. -trf Os rios ,le Nozco sob o continente sulomericono.
:-:-ce r-io que
:-cr:- oo sul.
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
276
q ç
) se uniram àTerra do Fogo, na continentes tivessem se elevado e as montanhas ficassem mais altas, formam-se mai:
da Europa continental durante geleiras e as que existem se expandem a níveis mais baixos. O gradiente altitudinal de
remperatura muda e a localização dos ecossistemas montanos se modifica (Fig. 8'3)'
N IA RHIZOPHORA Para as altas montanhas tropicais, Salgado-Labouriau (1991) mostrou que, depoir
to
lo
t2
l0
'Pinus
slrobus 4 Fogus
grondi-
HEIRO Qu êrcus
sp p.
folio
NCO FAIA
ô
§ nb
CA RVA L
to
4
0
t2
o
0
to
0 't2 oslonêo
lmus spp. dentolo
no d ensis O LMO
HE tRo cas HEIRO
ENS E ô §
§
é discutido no capítulo 6 (seção 2.3). Além disto, foi estimado que os icebergs duranre
a glaciaçáo chegaram até as latitudes de 30'norte e sul. Estes gelos flutuantes devem ter
esfi-iado mais asuperficie do mar. Estudos com isótopos de oxigênio e fosseis de foraminíferos
eriície oceânica. A isro s. sugerem que nos mares tropicais a temperatura superficial da água baixou entre 3 e 5"C.
1J,,. IlUm, eXtenSãO mUiI'-
lii re. Há portanto, um.
de làuna e flora marinha. 5.5. Outros efeitos
rsáo da biota.
Existem muitas outras evidências em geomorfologia e paleoecologia das muclanças
s outros oceanos, duranr.
resultantes dos contrastes entre fases de glaciação e de interglaciação que escapam dos
polos penetram no fund.
objetivos deste capítulo. Muitas delas seráo discutidas no segundo volume deste livro.
n resfriamento. Este ponr,
O estudo de um intervalo glacial nas áreas continentais que estiveram debaixo de
um lençol de gelo é baseado principalmente em evidências geológicas, enquanto que
nos intervalos interglaciais é baseado principalmente em evidências palinológicas. As
plantas se adaptam às mudanças climáticas pela modificação de sua área de distribuição.
Elas invadem rapidamente os territórios que sofreram degelo, estabelecem-se aí, e deixam
depositado o seu pólen e seus esporos como um testemunho de sua presença. Quando
os glaciares avançam a vegetaçáo retrocede em direçáo ao equador. Nas zonas onde os
r0
glaciares nLrnca chegaram, as mudanças sobre os ecossistemas parecem ter sido fortes e a
antiga idéia da .rt"tilidrd. climática dos trópicos caiu por terra. Enrretanro, a maior
2 parte dos estudos paleoecológicos foi feita nas áreas sujeitas à expansão e retraçáo dos
4
Foqus glaciares e existe pouca informação para as regiões baixas, nos trópicos. Estes dados
0 rondi-
folio começaln a se acumular nos últimos 15 anos.
FAIA
ó. Pluviois e lnterpluviois
Quando os geólogos do século passado encontraram grandes blocos de rochas
4
erráticas no nordeste da Europa e nos vales alpinos, e começaram a descobrir fosseis de
grandes animais extintos, a idéia de um grancle dilúvio começou a se formar. O relato do
r0
dilúvio de Noé, na Bíblia, serviu de apoio a esta interpretaçáo. Os blocos erráticos teriam
s tonco
denloto sido transportados por grandes inundações e os anirnais teriam morrido afogados durante
cas HÉIRO este dilúvio. A Grande Idade do Gelo, para os geólogos do início do século 19, foi um
§ tempo de chuvas torrenciais, inudaçóes enormes e elevação do nível do mar. Em resumo,
uma fase pluvial.
órvore do floresto decíduo
A descoberta no meio do século 19 de estriações nos blocos erráticos fez associá-los
\s curvos ligom os locois de
siçõo, morcondo o chegodo
às glaciaçóes pois as rochas deviam ter sido transportadas pelas geleiras. A teoria foi
ste ros no f inol do glociocõo reajustada para; glaciaçóes nas montanhas, inundações nas terras baixas e elevação do
este. nível do mar, tudo ao mesmo tempo. O achado de conchas marinhas em sedimentos
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
280
Apesar da conexão
mar deu apoio a esta interpretaçáo'
atualmente acima do nível do isto
três efeitos rePresentar rr* t"á á" lógica (o"d: conseguir tanta água?)
entre
dqt"tt'nário era para os geólogos um
estes
náo afetou a ninguem "tJ muito "tt"t"*ttttt'
período Pluvial.
do século 19 e início do século
20' reahzadas Por
As expediçóes científicas do final e Ásia
dltalhados do interior da África
ingleses, franceses e alemáes' trouxeram ';i; canhóes
rios que cortavam
tropical. N.1., *o'il;-;;; existência atLto' secos de
pedras que
hoje áridas;leitos secos cheios de
("canyons", cânions) e gargantas t"-t'o"" lagos
transportadâs totít"tt' de água rápida e impetuosa;
evidentemente foram Por
Tildos f*o' tt'iãt"ti"u'm que no passado os
secos aonde .tt.g"'- 'io"'"to'' """' áreas desertificadas
desertos do Saara (Sahara)' da
Líbia' da PenínsulaArábica e outras
não havia métodos pâra a
grande pl't'io'id"de' Como
subtropicair, ,ir.,^"i ilt?áã"' at e tropicais foram
absoluta, càrrelações entre o' t"'lto' das zonas temperadas
dataçáo glacial da E'uropa
"s
errôneas. Ficou estabeleciia a
idéia equivocada de que uma fase
as fases interglaciais'
nas zonas -'i' qtttt"^t'' Po' ""tt"'áo'
correspondia â uma fase plwial a interpluviais'
grandes l"titudes' foram correlacionadas
também chamadas "norÀais"'nas
n^' bairas temperadas e tropicais'
com clima de seco "'-"'
'l'ido nível alto de água na
E' Nilsson publicou estudos de antigos lagos com
Em 1940 t"ri" ocorrido durante as
Áfri., Oriental q';-;# claras evidê'''ti"' do plivial [ue
ao public:rr em 1969 sua-lboii'
dt Rtft'gio para os trópicos
épocas glaciais. R'E. ü;;;^u, da E'uropa' Muitos livros
africanos, correlacionou as fases
pluviais ;; ;t épocas glaciais
isto'
até a decada de 1980 repetiam
de geologia,
".otogi"liogtogáfi" acumuladas'
esta correlaçáo foram sendo
Entretanto, as evidências que contradizem
t obtidas por métodos independentes'
Hoie, graças à dataçáo com isótopo" 'i"?tl'rr-raçÓes baixas e nos
glaciais correspondem nas terras
demonstrou-r. .';;;'i"'-ot'i'-ttt""lo' mais úmidas' Uma das raz'óes é
"secas ou áridas; o' it"t'"it?ilt',"
trópicos a fases ?tt:
cle água fica presa na forma
de gelo e sai
que, durante umâ glaciaçáo' TT'qtt"'itid"dt
de água da Terra 1";' ng 7 '11\ 'As
o'ri'a' razóes foram discutidas
da circulaçáo global
quando foram a"*ito' ãs tf"ito'
dt t'rn" glíciaçáo (parte 5 deste capítulo)'
das áreas áridas e semi-áridas
durante as
Hoje sabemos que houve um aumento para dizer'se as glaciaçóes
náo temos suficiente informaçáo
Idades do Gelo' Porém' ainda dados sobre quais
interglaciais' Nem temo' àit'd'
duraram mais tempo que as fases Náo sabemos
que se tornaram mais secas'
foram as áreas nos trópicos e subtrópicos' período e as
to"diçó"s normais do clima neste
ainda se as Idades do Gelo rePresentam "' apoiar ou rechaçar
fases intergl".i"i, fo'"- ,,'ttiio
curtas' F;i;á;t'çóes absolutâs Para
aParecer agora' mas a
esta hipótes". A' ittfo'*açóes
de caráter quantitativo começam a
questãà ainda está em aberto'
o prnÍooo ounrrnNÁnto
28r
HiSTORIA ECOLOGICA DA TERRi
io foram sendo acumuladas. umidade rlt, pr.^.,, manutenção. Aí, árvores e animais viveriam até voltar um período
por métodos independentes, úmido. Os mecanismos de isolamento reprodutivo e de mutação agiriam sobre estas pequenas
criando subespécies e variedades como se postulou para as glaciações da
FlroPa'
rdem nas terras baixas e nos populaçóes
s úmidas. Uma das razões é bt""at voltou a fase úrni,la os reÍirgios se expandiriam coalecendo em uma extensa floresta
piuvial onde coexistiriam populaçõàs diferentes da original' Essas poderiam se hibridar
ou
presa na forma de gelo e sai
não com indivíduos d. ortro, rehrgios, dependendo do grar"r de diferenciaçáo e da
distância
rras razóes foram discutidas
entre eles. Este processo daria.o*ã ,.rrltado a gra'-tde diversidade da flora e fauna tropical'
Í deste capítulo).
Lase semi-áridas durante as A hipótese de refúgio nos trópicos fbi primeiro aventada por R'E' Moreau para a
ão para dizer se as glaciaçóes África oriàntal, usando pluviais e interpiuviais (veja secção 6), e depois' Para a Amazônia
por J. Haffer, usando distribuiçáo de at es, e por P'E' Vanzolini, usando distribuição
de
os ainda dados sobre quais
n mais secas. Não sabemos ,ept.i, (revisão emVanzolini,1992).Mais tarde outtos taxônomos postularam refúgios
s do clima neste período e as prru borboletas, macacos, árvores, etc. As propostas de possíveis áreas de refúgio na
(1982) junto
.uras para apoiar ou rechaçar Amazônia estáo reunidas nâs 714 páginas de um livro editado por Prance
com alguns poLICos artigos que as refutam.
çam a aparecer agora, mas a
A primeira dificuldade da teoria de refúgios nos trópicos surge quando se analisam
os artigos de vários autores e se verifica que as áreas proPostas não coincidem
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
282
do final do Pleistoceno na
A análise de pólen arbóreo depositado em sedimentos
tipo de árvore teve uma área específica
América do Norte dá outras informações' Cada
O PERiODO AUAIERNÁRIO 283
J Êo
-l
f,
o
U
H
o-
6
IJ sa
J<
<J
d
o
2
õ
Eo
i)
35 q- 1 vrÉ
d lu
É^J
uo Ê o{o
U
ô
)
,ç fu -
== i=[P
Jf
SQ E> U O<
]F G F>
lz i.;
ss sE
l--u
lrJ o
o ig =l oy ts-- r3 iEIs àe
PRESENTE
O A.D.
800 A.c.
) oro.,o. toto,o
G. GLACIAÇAO WURM
ctll -.tJI rci.,t.i, :.-.- BOSQUE
BOREAL
.,:. r.',1.t. .tlt.t' ntr ...-
.:.ru.i Llnl.l llt.c .. .-- -.- - .
jI'i':it'rJiJ.rJ. f - -
i Ll:l'.,l llorc.ri 1... BOSOUE
BOREAL
,...r'J,',)Lltr.t\ rr! : I TU N DRA
E. GLACIAÇÃO RISS
:tJ. 'r.1 rtqi.to .ui : -- BOSOUE
BOREAL
'(tt.:i.lo Ii,i rinJ::
FLORES TA
MIXTA
D. TNTERGLACTaçÃO
.:, ,. I ropit.ri. J.r .-
j' --
HOX IANA
- BOSQUE
I
BO REAL
; r, IllçuOLl .t '.' ..,,..- )
... hc.,)ttro( qtlc : - _
TUN DRA
A. GLAC GÚNZ
o lcrrirório ilnta) - - t::
i rlr'. jr'lliIil. .trl-. :: -
-,pi- t' Jcvc-.c (::-- j- I Fig. 9. II . Sucessõo dos tipos de f loresto no Grô-Bretonho duronte quotro interglociois,
detectodo por onólise de pólen. Observe que o floresto misto (decíduo) tinho diferenie
-
a subir e o-gelo a
l- :.r-1i-,-r .irr -sul d.a frente das geleiras. Quando a temPeratura começou
J:. Lr- -i-r. cad.r espécie migrou ã" ,,., área de refirgio Para o
norte com velocidade e direçáo
r:-i--..rd.nt. d,,,tr:tr",.Sé.i", (Fig' 9.10)' Aos poucos elas foram se associando às outras
leste daAmérica do
..., .,,-. p.rr.r trnalmer-rt. forÀrr..r, dor"rr" mista áecídua que existiu no
"
\,rr:e nos últimos milênios até ser destruída pelos europeus que lá se estabeleceram'
outra- dos
Se houve retraçáo e expansáo da floresta amazônica ou de qualquer
i:o!ri.os, não deve t.i oco.ridà somente uma diminuição de área florestada' O problema
J..1. ,., muito mais complexo e mais bonito. A teoria de refúgios tropicais tem que
ser
B. O limite Pleistoceno-Holoceno
A determinação do limite entre dois períodos ou duas subdivisões dentro de um
período geológico em uma seçáo estratigráfica, e fêita na base de uma localidade-tipo
bem
po, *.iJd. fó"sseis e de litologia (veja capítulo 2)' Estes limites estáo relativamente
de uma maneira geral'
estabelecidos para o, períodol mais'antigos quanc{o obsen'ados
Porém, ,.-pi. dificuldade, qrrr,ldo estudados ern detalhe' Porque as mudanças
"rirt.À
climáticas, ãs deslocamentos dos continentes, os grandes movimentos tectônicos'
a
;ubdivisóes dentro de um A Êxaçáo do limite por idade não é aceita por alguns pesquisadores. \(/atson e
\Wright, em 1980, propõem um limite móvel no tempo. Eles se baseiam no princípio de
;e de uma localidade-tipo
s estáo relativamente bem que a resposta de um ecossistema à mudança climática global é diácrona. Isto é, os
los de uma maneira gera1. ecossistemas respondem em tempos diferentes de acordo com sua posiçáo geográfica, o
alhe, porque as mudanças que resulta em idades distintas para a deposição do mesmo tipo de sedimento
novimentos tectônicos, a (diacronismo), segundo a localidade. Por exemplo, um aumento global de temperatura
ente e sim gradualmente. no planeta resulta no degelo progressivo dos glaciares. Enquanto a frente da geleira
degela, ela retrocede para as partes mais altas da montanha, inclusive até desaparece. As
e plantas, coleópteros e morenas e lagoas formadas durante este retrocesso, que pode levar centenas de anos,
:isroceno-Holoceno. Para serão mais recentes à medida que a geleira recua. Entretanto, estas morenas e lagoas de
:isre. Todo o Quaternário idades distintas, resultam do mesmo fenômeno e sáo diácronas. \Tatson eWright (1980)
12 mil anos representam propóem um limite diácrono entre Pleistoceno e Holoceno que seja baseado nas mudanças
-eno representa o intervalo locais de estratigrafia as quais possam refletir o final do intervalo frio mais recente.
rmanidade, o que permite Segundo eles isto permitiria dar uma visão verdadeira do final da última glaciaçáo e
)s e os relatos que chegam mostraria que a resposta à modificação climática muda em funçáo da ârea geográfica.
este é o tempo em que o
e interferir e perturbar os Ao escolher o efeito produzido por uma mudança climática como limite Pleistoceno-
-re seja necessário, tirando
Holoceno, é introduzido um fator subjetivo. O Ponto de inflexão de glaciação-
r do Pleistoceno. Porém, o interglaciaçáo, de frio-quente, de seco-úmido, em uma seçáo estratigráfica, dependerá
es que estudam o final de do método usado e, mais que isto, da interpretaçáo do pesquisador. Uma mudança
leisroceno-Holoceno seia climática é sempre antes do efeito que ele produzirá no ecossistema e na superflcia da
'Ierra. O solo, os mares, os animais e as plantas responderão em tempos diferentes.
286 HISTORIA ECOTOGICA DA TERRA
fleste modo, a marca da mudança detectada por diferentes métodos dará idade diferente
nos mesmos sedimentos. As mudanças geoquímicas e de sedimentação náo são síncronas
com a mudança no conjunto de fósseis. Â presença ou ausência de cada espécie dependerá
davelocidade individual de adaptação e/ou migração do animal ou planta, que resultará
em um atraso diferente ne resposta de cada organismo.
Os métodos de dataçáo absoluta melhoram cada ano e não há dúvida de que serão
cadavez mais precisos. Porém, a interpretação de um pesquisador marcando o limite,
sempre dependerá de fatores subjetivos ou que sejam enconüados marcos estratigráficos
comuns Ao fixar o limite por idade, a definição do limite Pleistoceno-
às grandes áreas.
Holoceno será objetiva e independente dos eventos rharcantes do final do Pleistoceno e
do início do Holoceno, detectados em diferentes localidades com métodos independentes.
Todos os continentes e ilhas têm a sua volta uma faixa de águas rasas, com 60 a 180
m de profundidade, a Plataforma Continental (Fig.9.B). Estes mares rasos, quando
extensos, são denominados Mares Epicontinentais, e exemplos deles são o Mar da
It4ancha (Fig. 9.7), o Báltico, a Baía de Hudson, e muitos olrtros.
400 DELTAICO
rrbitrariamente no tempo
200 DEPOSI N,1AR MAR ABERTO
r Holoceno é considerado RASO
0 (m)
a resposta a uma mudança DEPOSITO
PLANCTON FAIXA
o/
AR
to da latitude, altitude e oo
:em permite o estudo da ORGANISMOS
TERRESTRES
BE N TOS t ó"9
E ORGANISM OS PENUMBRA
rs tipos de vegetaçoes atuais. -600 oE Ãoua ooce BENTÔN I CoS
sqssErs ou
AGUA rbua MOVEIS A GUA
ão há dúvida de que seráo DOCE SALOBRE SALGA DA OBSCURIDADE
isador marcando o limite, TOTAL
oo
I
Fi1.9.12. Esquemo do bordo continentol com suos zonos botimétricos e o distribuicõo dos orgonismos
no costo e no oceono. Encoixe: corte tronsversol do piso oceônico entre dois continentes.
tém as formas gerais que submarina forre, esra idéia caiu inteiramente. Revelou-se um número inesperado e
: in-rpacto das glaciações e surpreendende de tipos de relevo que continuam a ser descobertos.
a região e da extensão da
ar ,rs bordas continentais. As Plataformas Continenrais têm uma declividade suave desde a linha de praia até
a borda do talude continental (Fig. 9.12). Geralmenre o ângulo de inclinação é rlr.no,
águas rasas, com 60 a 180 que um grau (cerca de 2 rn por quilômetro). Elas podem alcançar uns poucos merros
até
.stes mares rasos, quando cerca de 320 km de largur.a e se estreiram ou se alargam ao longo dos continentes
e ilhas
plos deles sáo o Mar da (Fig. 9.8). Os mapas geográficos geralmente represenram o nível batirnérrico
de 200 rn
tros. de profundidade em torno dos conrinenres e ilhas (veja figs. 6.12). Desra forma
pode_se
avaliar por alto a exrensão da piatafbrma de um determinádo litoral. para uma avaliação
r aberto, o fundo oceânico
rroiundidacle de 2.000 m precisa é necessário recorrer aos mapas batimétricos da região.
ada Talude Continental. As plataformas representâm somente cerca de 7,5o/o da área oceânica. porém, sáo
1 ou menos e em muitos extremamente importantes do ponto de vista econômico, político e ecológico. Suas
águas
enrais, denominado sopé estão dentro dazona fotica, onde a luz solar penerra até o fundo e possibiliã
u .r"r.i-ãnto
seguida começa a Região de grande quantidade de fitoplâncon, que flutua ou nada em suas águas. Estas algas
-se que o fundo oceânico microscópicas, junto com algas multicelulares que se fixam r-ro substrato do fundo
ou
:rido a novos métodos de flutuam na superÍlcie (por exemplo, o, ,rrgrçoi; produzem o oxigênio que permite a
rihcação direta do fundo respiração dos animais aquáticos e sáo o alimento dos herbívo.or. N, interface
água/
o invento de iluminação sedimento vive grande quantidade de organismos bentônicos. São rrermes, ,rtrópnãor,
HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
288
:' -.-- . - :-iis. ctc., que se arrastam no fundo' caYam buracos oupor estão presos ao
e vários tipos de algas que' fotossíntese'
: --r.ir,. .:ntr) .o,',-,.1., há cianobactérias
diminuindo a erosáo
inorgânicas
: :- . -. nl .rs .igLlils com oxigênio e fixam as Partículâs
'. -- -
Isto com que as plataformas sejam zonas
: ,i:.:,-r .las rnarés ro pirã oceânico' faz
comercial' As plataformas contêm os reciles
-- :-,,:.i: I Portanto importantes para Pesca
a
:..-,,i:tlc-coral,,áo.nàr*.sdepisitosàt""i"ecascalho(Fig'9'13)'esãotambémricas
e o gás natural'
r::-. J:pósitos minerais, destacando-se o petróleo
das plataformas é relativamente
Cor-nparada coln o resto do piso oceânico a suPerfície
geológico muito interessante'
Iisa e têm por.r.o relevo. Elas constitllem um problema
PrlrcCe que elas, junto com os taludes, sáo parte
dàs continentes' As caLlsas de sua formação'
sua terminaçáo abrupta sáo problemas
sLla presença constente em volta dos continentes e
geclógicos cujos estudos encontram-se em andamento' Acredita-se que a modelagem da
irp..Fi.i. *oâ.r,r" da plataforma conti.ental certamente ocorreu durante o Pleistoceno'
de períodos mais antigos'
,rincla que a maior p"r,.ào material que a coustitui seja proveniente
abrupta da platafbrma
A explicaçáo mais aceita para a superficie lisa e a terminação
Cada vez que ocorreu uma
é que seja'o ,.r.rlt"do dos ciclos de glaciaçóes quaternárias'
grande glaciaçáo (e a última .o-tço*' há cerca cle
100'000 anos e terminou a uns 12 mil
anos atrás) o mar retrocedeu e as irregr-rlaridades do
terreno foram sendo alisadas por
Os sedimentos transPortados
preenchimento das depressóes e -raspagem c1;rs elevaçóes'
têm a tendência de se mover
ão .o,rtin..rte pelos ,ià, e ágt'a dt otã"rntnt, s.tperficial
influência e se depositam aí' Esta
para dentro do -", até o,,d"e as ond'as náo tên-r n'Lais
e o início do talude ' Ao subir novamente o
nível
zona determinaria o final da plataforma
'i,ltt'gl^tiação'
do mar, durante a fase d. as irregularidades do terreno criadas pela
exposição ao at seriam ,-tot St tnniitlt"rmos somente os quatro grandes
"-""ttãpl'""d"'' baixo oito vezes' Como
p.riodo, glaciais (Tab.9.1), o mar se moveu p:rr'r cirra e para
DUNAS
PRAIA
LAGUNA RECIFE
l
AREIA SILTE ARGILA LIMO CA LC A RI:O
BIOCLÁSTICO
rraaos ou estao Presos àa sabemos que foram mais de dezesseis ciclos glaciais, enrre grandes
e pequenos, esre processo
trga-. qile . por fotossínre s.. se repetiu, com maior ou menor intensidade, numerosíssirnas vezes, levando
a linha
ni;.r. Jinrinuindo a ero\:. costeira para dentro ou para fora do oceano, por maior ou rnenor distância.
piatalormas sejam zonas
Sondagens com SONAR mosrraram que a plataft,rma moderna rem barras
-il.,;1113r COr)tenl 05 r(cits: de areia,
praias, canais de rios e terraços submersos que foram fornrados quando ela estava
'r.l-i'. c \atl tambem ric.r. acima
do nível do mar. Há compridos vales paralelos, que vão d.ráe a cosra aré as águas
ral.
profundas. N4uitos destes vales são exrensóes do leito dos rios, que corriam aí durante
os
'larrfbrnras é relativamenre intervalos glaciais. Nos sedimentos da plataforma foram encontrad.os ossos de
animais
c. gi co n-ruito interess;rnte. terrestres como mamutes, mastodontes, cavalos, depósitos de turfu ou
pântanos salobres,
.\. ..rrrrr: dc sua formaçJo. etc. Todos estes achados paleontológicos confir-"- q.," a plataforma esteve
acinra do
:.ro .rbrupra são problemas nível do mar.
:.1-s. qLie a modelagen-r d;
O Tâlude Continenral é um declive forte na borda exrerna da plataforma conri_
r.u .iLrrirnte o Pleistoceno.
nental (Fig. 9.12). O gradiente cle declividade varia de um lugar para o ourro porém,
:c .1c pçrisi6s mais antigos.
desce em média cerca de 70-75 m/km. Este talude submarino g.ialme,-,t.
tern uns 20
:ão abrupta da plataÍrorma km de largura. Ele consiste em uma camada muito espessâ d. ,.di.r-r"r-rro que se move
-ade r-ez que ocorreu uma pâra as regiões abissais vindo da plataforma. Os sedimenros são carregaclos
principalmente
)s L- I.rminou a uns 12 mii por correnre de turbidez que seguem pelos canhões (,,canyonr,,, àrrionr) subLarinos.
for.lnr sendo alisadas por Quando estas correntes emergem da boca de um cânion sobre Llrna área plana, formam
srdi nr entos transportados leques submarinos de forma muito semelhante aos leques aluviais na'superfície
dos
:r e rcndência de se mover continentes. Longe de ser urna descida monótor-ra, como se pensava antes, os tah-rdes
,ii e se depositam aí. Esra apresentam vales profundos e estreitos qr-re podern chegar r 3 km de profun<Jidade,
:lrLrir noYamente o nír'el
,-r conhecidos como cânhóes (cânions) submarinos, que muitas u.r., prof.r,rdidades
. .lo terreno criadas pela no mar muito abaixo do limite batirnétrico mínimo "tingã-
conhecido para o nível do mar. Isto
sonrentc os quatro grandes faz pensar que nem todos foram anrigos leitos de rios, e q.,. ,rr.,ito, devem ser
originados
a bai.ro oito vezes. Comcr de processos que ocorrem abaixo da superÍicie oceânica.
Além dos cânions, existem fossas oceânicas muito profundas, às vezes paralelas à
costa como é o caso da fbssa do Per u-Chile. Nestas, a margcm do lado do lor-rtiner-rte
represerlta a base das monranhas (veja encaixe da fig. 9.12) e, se sua base fôr somada
:ros
picos andinos mais altos da região, a espessura do continente aí excede a 12.200 m. A
outra margem é onde a placa recrônica de Nazca mergulha sob a placa cla América do
Sul (Fig. 3.8). Outras lossas ficam n,: limite .rrtr. dú, placas oceânicas ou junto de
arcos-de-ilhas. A fossa mais profunda que se conhece fi." à l.rt. das ilhas Mrrín,r"r,
,.,o
Pacífico oeste. lJm ponro nela foi sondado aré 1 1.035 m e aí desceram piccard
Jacques
e Don Walsh em um batiscafo, até a profundidade de 10.912 m. S. cor-,rid.rar.mos
a
fossa mais profr-rncla e o cllme de montanha mais ako, a superficie cla litosfêra
IC rem mais
;T]CO de 19.800 m. O talude rermina geralmente no sopé continental, em profunclidacles
entre 1.400 e 5.200 m. Estes sopels, que podem atingir 600 km de largura, são
edimentos do piso oceônico se considerados por K.O. Emery e outros oceanógrafo, .orro as maiores estruturas
ior-no muito f incr, no loguno. sedimentares da Terra.
HISTORIA ÉCOLOGICA DA TERRA
290
.1S
'l
g0ffellt€S I11âflI]ll:: REFERÊNCIAS Do cApÍruro
li. ' tttr.rstrott-Sc t]Uc ":
J.it.l'{ )rtL de tcdintcnt,'' Berger,4., Loutre, M.-F. e Tricot, C. lgg3. lnsolotion
,10.3ó2.
ond EortHs orbitol periods. Journol Geophysi_
col Reseorch, 98 (Dó):10 341
- i.t. .,.crttt icas. Aleltt i =
Bloorn, A.L. 1978. Geomorphology - o systemotic onolysis of Lote Cenozoic londform. prentice_Holl,
rr,1nl grandes cadeias i: Englewood Cliffs, USA, 5,l0pp.
Brodbury, J.P., Leyden, B., Solgodo-Lobouriou, M.1., Lewis, W.M., Schubert, C., Benford,
-i: plçç,,t chegando acinr; M.W., Frey,
D.G., Whiteheod, D.R. e Weibezohn, F.W. l98l . Lote-euoternory environmentol history
,cSlLri.la guerla mundia-. of
Loke Volencio, Venezuelo. Science 214j299 i305.
:r.nrc a costa da Argen- Brodley, R.S. 1985 Quoternory Poleoclimotology. Allen & Unwin, London, 472 pp.
i< errensáo (800 milha. Brodley, R.S. (editor)
,l989.
Globol Chonges of the posr. UCAR/Off ice for lnterjisciplinory Eorth
Pcrrl s sísn-ricos mostran-" Studies, Boulder, USA, 514 pp.
,l983
r .it;.o5i1ado diretament. Dovis, M.B. Quoternory history of deciduous forests oÍ eostern North Americo. Ann. Missouri
Bol. Gord. 20:550 5ó3.
Foirbridge, R W. 1970. World poleoclimotology of the euoterrory. Revue de
Géogrophie physique
,ss.is 5:10 constituidos de et de Géologie Dynomique j2 12l:97"104.
n.l aqu.l e foram caindc, Foirbridge, R.W 1983. The Pleistocene-Holocene boundory. er_roternory Science
Reviews 1.215 244.
Godwin, n. P75. History of the British Floro: o foctuol bosis Íor phytogeogrophy.
li . nrinúsculas carapaça-. Combridge
University Press, Combridge, 541 pp.
r(rrros. A velocidade dt Holmes, A. l9ó5. Principles of Physicol Geology. Ronold press, New york,
12gg pp.
nrs das Cocolitofíceas Hooghiemstro ,11. 1984. Vegetotionol ond Climotic History of the
High ploin of Bogotó, Colombio: o
r-rro. descefl) através da continuous record of the lost 3.5 million yeors. Dissertotiones Botonicoe vol.79 JCromer,
.nrinretro de sedimento Yoduz,3ó8 pp.
lr. isro náo acontece nas lmbrie, J. e lmbrie, ).2. 1980. Modeling the climotic response to orbitol
voriotions. Science 207:943953
Lomb, H.H. 198ó. Woiting for roin: o theory thot links drought in West
r nos deltas dos grandes Af rico to temperotures in the
Atlontics. The Sciences Moy/June, p.30 35.
-rs sedimentos podem se Mortin, L. e Suguio, K.
,l992.
Voriotion of coostol dynomics during the lost Z0OO yeors recorded in
beoch-ridge ploins ossocioted with river mouths: lhe centrol Broziljon coost.
Poloeogeogr. Poloeoclim. poloeoecol. 99:119 140. "*ornplelrorn
Mortin, P.S. e Klein, R.G. (editores) 1984. euoternory Extinctions: o prehistoric revolution.
University
of Arizono Press, Tucson, USA, 892 pp.
Moreou, R.E. l9ó9. Climotic chonges ond the distribution of forest vertebrotes in West
Af rico. J.
Zool.(LondonJ. 158:39 ól.
Nilsson, T. 1983. The Pleislocene: geology ond life in the
euoternory lce Age. D. Riedel publ.,
Dordrech, Holondo, ó51 pp
Pielou, E.C. 1929. Biogeogrophy. J. Willey & Sons, New york, 351 pp.
Pronce, G.T. (editor) 1982. Biologicol DiversiÍicotion in the
Tropics. Columbio press,
University New
York,714 pp.
Reineck, H.-E. e Singh, l.B. 198ó. Depositionol Sedimentory Environments. Springer_Verlog,
Berlin,551 pp.
Solgodo-Lobouriou, M.L. (editor) lg79b. El Medio Ambienre póromo. Ediciones lvlC
UNESCO
Corocos, 234 pp.
Solgodo-Lobouriou, M.L. 1991 . Vegetotion ond climotic chonges in the Mérido Andes
during the lost
13,000 yeors. Boletim lnstituto de Geociêncios, USp, publicocõo especiol n. g:157_
170.
Schubert, C. e Clopperton, C.M. 1990. euoternory glociotions in the nortlrern
Andes (Venezuelo,
Colombio ond Ecuodor). euoternory Science Rev. 9:,l23_,l35.
,l982.
Stokes, W.L. Essentiols of Eorth History. 4. edicõo. prentice-Holl, Englewood Cliffs, USA,
577 pp.
Suguio, K. 1992. Dicionório de Geologio Morinho. T.A. eueiroz Editoro,
Sõo poulo, 171 pp.
292 HISTORIA ECOLOGICA DA TERRA
r:'c,:< E J e Lutgens, F.K. 1988. Eorth Science. Merril Publ. Co., Columbus, USA, ô12 pp.
.r- tre. -lcmmen, I.1974. The Pleistocene chonges of vegetotion ond climote in tropicol South
À:nerico. J. Biogeogr. 1: 3 26.
'c'z: "i P E 1992. Poleoclimos e especiocõo em onimois do Américo do Sul. Estudos Avoncodos,
,SP ó(15):al ó5.
.:;e , J.C (editor) 1984. Lote Coinozoíc Poloeoclimotes of the Southern Hemisphere. A.A Bolkeno,
Rotterdom, 520 pp.
Wolson, R.A. e WrightJr., H.E. 1980. The end of the Pleistocene: o generol critique of
,l53-ló3.
chronostrotigrophic clossificotion. Boreos 9:
West, R. l9ó8. Pleistocene Geology ond Biology. Longmons, Green & Co., London, 371 pp.
Wi imstro, T.A. e von der Hommen. 19óó. Polynologicol doto on the history of Íropicol sovonnos in
northern South Americo. Leid. Geog. Meded . 38:71 90