Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Jequié-BA
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
PROBOSCÍDEOS 3
Ocorrência dos proboscídeos na Região Intertropical Brasileira 4
Dieta dos mastodontes 4
OBJETIVOS 5
MATERIAL E MÉTODOS 5
RESULTADOS E DISCUSSÃO 7
CRONOGRAMA 7
REFERÊNCIAS 7
Capítulo 1: Análise da dieta isotópica anual (δ13C, δ18O) de Notiomastodon
platensis na Região Intertropical Brasileira durante o Último Máximo Glacial 11
2
INTRODUÇÃO
PROBOSCÍDEOS
3
Pesquisadores sugerem duas causas para estas extinções: intervenções antrópicas e
mudanças climáticas (Haynes, 1991; Lima-Ribeiro & Diniz-Filho, 2013). Estes dois
processos que conduziram as extinções do Pleistoceno foram atualmente propostos por
correlações cronológicas entre eles, porque tanto as mudanças climáticas no final do
Pleistoceno quanto a chegada humana aos continentes correspondem com a última
ocorrência de muitos táxons da megafauna em várias partes do mundo.
4
composta tanto por plantas C3 quanto por C4. Os isótopos estáveis (como C e O) são
ferramentas importantes para obter informações sobre a paleoecologia de organismos
extintos, sendo grandes agentes em diferentes fatores ambientais que ajudam em
reconstituições ambientais do passado (e.g. MacFadden, 2005; Asevedo et al., 2012;
Pansani et al., 2019; Dantas et al., 2020).
Os isótopos estáveis de carbono em tecidos mineralizados de mamíferos são
derivados de seus alimentos, estando relacionados às vias fotossintéticas usadas pelas
plantas consumidas (C3, C4 e CAM) (Fricke, 2007; Koch, 2007). Já o isótopo estável de
oxigênio é derivado principalmente da água ingerida por bebida e comida e, assim, traz
inferências relacionadas a fatores climáticos dos habitats das espécies (Fricke, 2007;
Koch, 2007).
A análise da dieta anual de N. platensis é feita através de suas presas (dentes
incisivos). O crescimento deste incisivo acontece em camadas, assim, à medida que esse
incisivo vai crescendo, ele vai depositando uma nova camada sobre o dente anualmente.
Para a análise, é feito um corte sagital na presa que mostra as camadas de crescimento e
permite inferir a dieta de seis anos de vida do mastodonte para observar se a cada ano
ela variava, ou não (Dantas et al., 2022).
OBJETIVOS
O objetivo geral deste estudo foi realizar uma análise da composição isotópica de
carbono (δ13C) e de oxigênio (δ18O) de amostras resgatadas na RIB, mais precisamente
na Paraíba, para inferir a sua dieta e a sua largura de nicho, bem como seus objetivos
específicos, que foram resgatar dados paleoclimáticos desta localidade, apresentar
datação por radiocarbono e comparar os resultados com outros já publicados.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizada uma datação por radiocarbono (14C) via Espectrometria de Massas
com Aceleradores (AMS, na abreviatura em inglês) para confirmar a
contemporaneidade dos fósseis estudados. As datações por radiocarbono foram
calibradas de acordo com as idades antes do presente (BP) usando o software CALIB
8.1 (Reimer et al., 2020) e a curva de calibração revisada SHCal20 (Hogg et al., 2020).
5
As análises isotópicas foram realizadas em amostras extraídas da biopatia de dois
anéis de crescimento de um fragmento de presa de um indivíduo de N. platensis
(UGAMS 36484 e UGAMS 36485) encontrada em Sousa, na Paraíba. Os resultados
encontrados foram reportados usando notação delta, δ = [(Rsample/Rstandard − 1)*1000]
(Coplen, 1994), tendo como padrão V-PDB (Vienna - Pee Dee
Belemnite) para os valores de carbono e V-SMOW para oxigênio.
Comparamos nossos resultados de Sousa/PB com outros dados já publicados para
N. platensis por Dantas et al. (2022) de duas localidades na Bahia (Vitória da
Conquista, µδ13C = -0,45, µδ18O = 28,85; Coronel João de Sá, µδ13C = -3,31, µδ18O =
26,63).
Os valores de carbono foram interpretados baseando na média para as plantas C3
(-27±3 ‰) e para as plantas C4 (-13±2 ‰) (e.g. Dantas et al., 2017). A esses valores foi
adicionado um valor de enriquecimento que varia de acordo a massa corporal dos
mamíferos, e, de acordo com o cálculo (Ɛ*dieta-bioapatita), para N. platensis adiciona-se o
valor de +15 ‰. Com tudo isso, valores abaixo de -12 ‰ são referenciados a animais
com uma dieta composta exclusivamente por plantas C 3, enquanto valores acima de +2
‰ são considerados animais com dieta baseada em plantas C4. Valores médios são
associados a animais alimentadores mistos.
Usando as equações propostas por Phillips (2012) conseguimos calcular a
proporção da dieta, onde δ13Cmix é o valor de δ13C obtido da biopatia e δ13C3 e δ13C4 são
os valores enriquecidos de plantas C3 (-12 ‰) e plantas C4 (+2 ‰).
A amplitude de nicho foi calculada usando a equação abaixo proposta por Pianka
(1973), onde B é a amplitude de nicho e pi é a proporção de recursos.
(3) B = 1/∑pi2
6
(4) BA = B - 1/N - 1
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CRONOGRAMA
2023 2024
ATIVIDADE 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02
Disciplinas X X X X
Participação em eventos X
Estágio em Docência X X X X
Revisão Bibliográfica X X X X X X X X X X X X X
Prova de proficiência X
Análise de Dados X X X X X X X X X X X X X
Exame de Qualificação X
Defesa da Dissertação X
REFERÊNCIAS
7
ASEVEDO, L. et al. 2012. Ancient diet of the Pleistocene gomphothere Notiomastodon
platensis (Mammalia, Proboscidea, Gomphotheriidae) from lowland mid-latitudes
of South America: Stereomicrowear and tooth calculus analyses combined.
Quaternary International, 255, 42-52
ASEVEDO, L. et al. 2021. Isotopic paleoecology (δ13C, δ18O) of late Quaternary
herbivorous mammal assemblages from southwestern Amazon. Quaternary Science
Reviews, 251, 106700.
CARTELLE, C. 1999. Pleistocene mammals of the Cerrado and Caatinga of Brazil.
Mammals of the Neotropics, 3, 27-46.
DANTAS, M. A. T. et al. 2013a. A review of the time scale and potential geographic
distribution of Notiomastodon platensis (Ameghino, 1888) in the late Pleistocene of
South America. Quat. Int. 317, 73 e 79.
DANTAS, M. A. T. et al. 2013b. Paleoecology and radiocarbon dating of the
Pleistocene megafauna of the Brazilian Intertropical Region. Quaternary Research,
v. 79, n. 1, p. 61-65.
DANTAS, M. A. T. et al. 2017. Isotopic paleoecology of the Pleistocene
megamammals from the Brazilian Intertropical Region: Feeding ecology (δ13C),
niche breadth and overlap. Quaternary Science Reviews, v. 170, p. 152-163.
DANTAS, M. A. T. et al. 2020. Isotopic paleoecology (δ13C, δ18O) of a late Pleistocene
vertebrate community from the Brazilian Intertropical Region. Revista Brasileira de
Paleontologia, 23(2), 138-152.
DANTAS, M. A. T. et al. 2022. Annual isotopic diet (δ13C, δ18O) of Notiomastodon
platensis (Ameghino, 1888) from Brazilian Intertropical Region. Quaternary
International, 610, p. 38-43.
FISCHER DE WALDHEIM, G. 1814. Zoognosia. Tabulis synopticis ilustrata, 3(24), 1-
694.
FRICKE, H. C. 2007. Stable isotope geochemistry of bonebed fossils: reconstructing
paleoenvironments, paleoecology, and paleobiology. Pp. 437–490 in R. R.
ROGERS, D. A. EBERTH, and A. R. FIORILLO, eds. Bonebeds: genesis, analysis,
and paleobiological significance. University of Chicago Press, Chicago.
HAMMER, Øyvind et al. 2001. PAST: Paleontological statistics software package for
education and data analysis. Palaeontologia electronica, v. 4, n. 1, p. 9.
HAYNES G. 1991. Mammoths, Mastodonts and Elephants: Biology, Behavior, and the
Fossil Record. Cambridge University Press. Cambridge, 424 p.
8
HOGG, A. G., et al. 2020. SHCal20 Southern Hemisphere calibration, 0–55,000 years
cal BP. Radiocarbon, 62(4), 759-778
KOCH, P. L., & BARNOSKY, A. D. 2006. Late Quaternary extinctions: state of the
debate. Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics, 37.
KOCH, P.L., 2007. Isotopic study of the biology of modern and fossil vertebrates. In:
Lajtha, K., Michener, B. (Eds.), Stable Isotopes in Ecology and Environmental
Science. Blackwell Scientific Publication, Boston, Massachusetts
LIMA-RIBEIRO, M. S. et al. 2013. Climate and humans set the place and time of
Proboscidean extinction in late Quaternary of South America. Palaeogeography,
Palaeoclimatology, Palaeoecology, 392, 546-556.
LIMA-RIBEIRO, M. S., & DINIZ-FILHO, J. A. F. 2013. American megafaunal
extinctions and human arrival: improved evaluation using a meta-analytical
approach. Quaternary International, 299, 38-52.
LIMA-RIBEIRO, M. S., & DINIZ-FILHO, J. A. F. 2013. Modelos ecológicos e a
extinção da megafauna: clima e homem na América do Sul. Cubo, São Carlos.
LOPES, R. P. et al. 2013. Late middle to late Pleistocene paleoecology and
paleoenvironments in the coastal plain of Rio Grande do Sul State, Southern Brazil,
from stable isotopes in fossils of Toxodon and Stegomastodon. Palaeogeography,
Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 369, p. 385-394.
LUCAS, S. G. et al. 2013. The palaeobiogeography of South American gomphotheres.
Journal of Palaeogeography, 2(1), 19-40.
MACFADDEN, B. J. 2005. Diet and habitat of toxodont megaherbivores (Mammalia,
Notoungulata) from the late Quaternary of South and Central America. Quaternary
Research, v. 64, n. 2, p. 113-124.
MOTHÉ, D. et al. 2012. Taxonomic revision of the Quaternary gomphotheres
(Mammalia: Proboscidea: Gomphotheriidae) from the South American lowlands.
Quaternary International 276:2-7.
MOTHÉ, D; AVILLA, L. 2015. Mythbusting evolutionary issues on South American
Gomphotheriidae (Mammalia: Proboscidea). Quaternary Science Reviews, v. 110,
p. 23-35.
OLIVEIRA, A.M. et al. 2017. Quaternary mammals from Central Brazil (Serra da
Bodoquena, Mato Grosso do Sul) and comments on paleobiogeography and
paleoenvironments. Revista Brasileira de Paleontologia, 20(1): 31-44.
9
OMENA, É. C. et al. 2021. Late Pleistocene meso-megaherbivores from Brazilian
Intertropical Region: isotopic diet (δ13C), niche differentiation, guilds and
paleoenvironmental reconstruction (δ13C, δ18O). Historical Biology, 33(10), 2299-
2304.
PANSANI, T. R et al. 2019. Isotopic paleoecology (δ13C, δ18O) of Late Quaternary
megafauna from Mato Grosso do Sul and Bahia States, Brazil. Quat Sci Rev.
221:105864. doi:10.1016/j.quascirev.2019.105864.
REIMER, P. J.,, et al. 2020. The IntCal20 Northern Hemisphere radiocarbon age
calibration curve (0–55 cal kBP). Radiocarbon, 62(4), 725-757.
SILVA, J. A. et al. 2019. Late Pleistocene meso-megamammals from Anagé, Bahia,
Brazil: Taxonomy and isotopic paleoecology (δ13C). Journal of South American
Earth Sciences, v. 96, p. 102362.
10
Capítulo 1: Análise da dieta isotópica anual (δ13C, δ18O) de Notiomastodon platensis
na Região Intertropical Brasileira durante o Último Máximo Glacial
ABSTRACT. Notiomastodon platensis, which weighed ~6,000 kg, lived during the
Pleistocene, being one of the herbivorous megamammals present in the Brazilian
Intertropical Region (IBR). Currently, there are some techniques that allow us to infer
information about the paleoecology of this species, mainly from its diet, and one of
them is isotopic analysis. The aim of the study was to analyze δ13C and δ18O isotopic
data from a mastodon that lived in Sousa/PB, in order to discover its diet,
paleoenvironment and its niche breadth. The carbon isotope analysis performed showed
a mixed diet, with a slightly higher consumption of C3 grasses (66% for UGAMS
11
36484; 64% for UGAMS 36485), suggesting that it was an animal with a tendency to a
generalist habit (BA = 0, 81 and 0.86), similar to the results found in other locations in
the RIB. The result of the oxygen isotope analysis indicated a drier paleoenvironment
and a preference for closed savanna. Finally, radiocarbon dating showed that this
mastodon lived in the late Pleistocene epoch. Data such as these complement gaps about
this species in locations little investigated in the literature.
INTRODUÇÃO
12
Atualmente, existem três técnicas principais que são utilizadas para sugerir a dieta
de organismos extintos: microdesgaste dentário (e.g. ASEVEDO et al., 2012), isótopos
estáveis (e.g. DANTAS et al., 2022; FRANÇA et al., 2014) e cálculo dentário (e.g.
ASEVEDO et al., 2012). A partir destas técnicas, existe a interpretação de que os
indivíduos de N. platensis que viveram no nordeste do Brasil durante o Pleistoceno
teriam um predomínio maior de consumo de gramíneas C4 (ASEVEDO et al., 2012;
OMENA et al., 2021), sendo, então, considerados animais pastadores. A análise a partir
dos isótopos ajudam na interpretação das mudanças na alimentação desses
proboscídeos, bem como na sua escolha por habitats.
A análise da dieta anual de N. platensis é feita através de suas presas (dentes
incisivos). O crescimento deste incisivo acontece em camadas, assim, à medida que esse
incisivo vai crescendo, ele vai depositando uma nova camada sobre o dente anualmente.
Para a análise, é feito um corte sagital na presa que mostra as camadas de crescimento
que totalizam seis (DANTAS et al., 2022). Essa análise permite inferir a dieta de seis
anos de vida do mastodonte para observar se a cada ano ela variava, ou não (DANTAS
et al., 2022).
Dessa forma, este estudo teve como objetivos 1) realizar uma análise da
composição isotópica de carbono (δ13C) e de oxigênio (δ18O) de amostras localizadas na
RIB, mais precisamente na Paraíba, para inferir a sua dieta e a sua largura de nicho, 2)
resgatar dados paleoclimáticos desta localidade e 3) comparar os resultados com outros
já publicados.
MATERIAIS E MÉTODOS
onde δ13Cmix é o valor de δ13C obtido da biopatita e δ13C1 e δ13C2 são os valores
enriquecidos das plantas C3 (-12‰) e C4 (+2‰), respectivamente (PHILLIPS, 2012).
A largura de nicho ecológico foi calculada utilizando a equação (4), de Pianka
(1973):
(4) B = 1/∑pi2
(5) BA = B - 1/N - 1
14
conforme a taxa de evaporação aumenta e a taxa de precipitação diminui, a proporção
de δ18O tende a aumentar.
Os resultados destas equações foram realizadas utilizando o software Excel
(Microsoft Corporation). Por fim, este espécime possui uma datação prévia já calibrada.
RESULTADOS
Este tipo de datação pode ser realizada tanto no colágeno quanto no carbonato da
matriz óssea. É muito importante para entendermos em que época viveu o indivíduo e, a
partir disso, comparar com outros estudos, podendo construir uma linha do tempo
paleoecológica para estes animais. O C tem ~50 mil anos (que começam a ser
14
DISCUSSÃO
A partir dos resultados apresentados, podemos considerar que este animal possuía
um hábito generalista, tendo uma dieta mista (assim como os resultados encontrados por
Omena et al., 2021; Pansani et al., 2019), com um consumo um pouco maior (~65%) de
plantas C3 (como folhas e frutos).
À vista disso e da largura de nicho padronizada, podemos inferir a ocorrência de
um animal que viveu em áreas tanto de savana aberta quanto de floresta fechada, para o
15
município de Sousa/PB há 19.034-18.677 Cal yr, época final do Pleistoceno (o
Pleistoceno aconteceu ~2,5 milhões à 11 mil anos atrás; Stratigraphy Chart, 2022).
Estes dados corroboram os encontrados em outras localidades da Região Intertropical
Brasileira (RIB), por exemplo, em Ourolândia/BA (δ13C = -5,50 e -8,20; DANTAS, et
al., 2017) esta espécie apresentou uma dieta mista, com uma preferência maior (~70%)
por gramíneas C3.
Em relação aos valores de oxigênio encontrados, se compararmos ao estudo
realizado por Dantas et al. (2022), podemos notar que os espécimes da Bahia são mais
recentes (LPUFS 2652 = 9.229–9.117 Cal yr; LGUESB 0002 = 17.381–17.033 Cal yr) e
possuem um valor de δ18O menor do que o espécime de Souza/PB. Como foi dito antes,
a quantidade de isótopo de oxigênio presente no animal está relacionada ao clima em
que ele presenciou. Assim, como a alta precipitação e a baixa evaporação causam uma
diminuição na proporção de δ18O, podemos sugerir que os animais de Coronel João de
Sá e de Vitória da Conquista viveram em um período mais úmido do que o espécime
que viveu em Souza. Podemos comparar também a dieta destes animais, pois, a partir
das análises feitas de dois fragmentos de presas de momentos diferentes (10 e 6 Cal yr),
Dantas et. al. (2022) puderam notar que a maior precipitação promove menor consumo
de gramíneas C4. Ainda que em um curto espaço de tempo (dois anos), também
pudemos notar que a queda na proporção de δ18O provocou um aumento no consumo de
gramíneas C4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
16
estudos já realizados. Além disso, a datação por 14
C mostrou datas do final da época
pleistocênica, semelhante aos resultados referentes à RIB.
REFERÊNCIAS
ASEVEDO, L., WINCK, G. R., MOTHÉ, D., & AVILLA, L. S. 2012. Ancient diet of
the Pleistocene gomphothere Notiomastodon platensis (Mammalia, Proboscidea,
Gomphotheriidae) from lowland mid-latitudes of South America: Stereomicrowear
and tooth calculus analyses combined. Quaternary International, 255, 42-52
BOCHERENS, H. & DRUCKER, D. G. 2013. Terrestrial teeth and bones. In: S.A.
Elias (ed.) The Encyclopedia of Quaternary Science, Elsevierp. 304–314.
doi:10.1016/B0-44-452747-8/00353-7
CARTELLE, C. 1999. Pleistocene mammals of the cerrado and caatinga of Brazil. In:
EISENBERG, J.B., REDFORD, K.H. (Eds.), Mammals of the Neotropics. The
Central Neotropics. University of Chicago Press, Chicago, p. 27 a 46.
DANTAS, M. A. T. et al. 2020. Isotopic paleoecology (δ13C, δ18O) of a late Pleistocene
vertebrate community from the Brazilian Intertropical Region. Revista Brasileira de
Paleontologia, 23(2), 138-152.
DANTAS, M.A.T., COZZUOL, M. A. 2016. The Brazilian Intertropical Fauna from 60
to About 10 ka B.P.: Taxonomy, Dating, Diet, and Paleoenvironments. Marine
Isotope Stage 3 in Southern South America, 60 KA BP-30 KA BP, p. 207-226.
DANTAS, M. A. T. et al. 2022. Annual isotopic diet (δ13C, δ18O) of Notiomastodon
platensis (Ameghino, 1888) from Brazilian Intertropical Region. Quaternary
International, 610, p. 38-43.
DANTAS, M. A. T. et al. 2017. Isotopic paleoecology of the Pleistocene
megamammals from the Brazilian Intertropical Region: Feeding ecology (δ13C),
niche breadth and overlap. Quaternary Science Reviews, v. 170, p. 152-163.
FRANÇA, L. M. et al. 2014. Chronology and ancient feeding ecology of two upper
Pleistocene megamammals from the Brazilian Intertropical Region. Quaternary
Science Reviews, v. 99, p. 78-83.
LOPES, R. P. et al. Paleoecologia e paleoambientes do Pleistoceno tardio médio a
tardio na planície costeira do Rio Grande do Sul, Sul do Brasil, a partir de isótopos
estáveis em fósseis de Toxodon e Stegomastodon. Paleogeogr. Paleoclimatol.
Paleoeco., 369 (2013) , págs. 385 - 394.
17
MACFADDEN, B. J. et al. 1999 Ancient latitudinal gradients of C3/C4 grasses
interpreted from stable isotopes of New World Pleistocene horse (Equus) teeth.
Glob. Ecol. Biogeogr., 8 (1999), p. 137-149.
OMENA, É. C. et al. 2021. Late Pleistocene meso-megaherbivores from Brazilian
Intertropical Region: isotopic diet (δ13C), niche differentiation, guilds and
paleoenvironmental reconstruction (δ13C, δ18O). Historical Biology, 33(10), 2299-
2304.
PANSANI, T. R et al. 2019. Isotopic paleoecology (δ13C, δ18O) of Late Quaternary
megafauna from Mato Grosso do Sul and Bahia States, Brazil. Quat Sci Rev.
221:105864. doi:10.1016/j.quascirev.2019.105864.
SÁNCHEZ, B, et al. 2004. Ecologia alimentar, dispersão e extinção de gomphotheres
do Pleistoceno da América do Sul (Gomphotheriidae, Proboscidea). Paleobiologia ,
30 (2004), p. 146-161.
SENTER, P. J. 2020. Radiocarbon in dinosaur fossils: compatibility with an age of
millions of years. The American Biology Teacher, 82(2), 72-79.
18
Fig. 2: Valores de consumo de plantas C3 (linhas horizontais superiores) e C4 (linhas
horizontais inferiores) para UGAMS 36484 (vermelho) e UGAMS 36485 (azul).
19