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GEOGRAFIA

GERAL E DO
BRASIL
Geografia Política do Mundo Atual –
O Processo de Globalização

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
Geografia Política do Mundo Atual – O Processo de Globalização

Sumário
Júlio Santos

Geografia Política do Mundo Atual.............................................................................................. 4


Introdução......................................................................................................................................... 4
Nova Ordem Mundial. . ..................................................................................................................... 4
Cultura de Massa X Cultura Popular. . .........................................................................................13
Blocos Econômicos........................................................................................................................ 14
União Europeia - 1993....................................................................................................................15
Tratados Associados à União Europeia......................................................................................16
Tratado de Paris (1951). . .................................................................................................................16
Tratado de Roma (1957).................................................................................................................16
O Tratado Constitutivo da Comunidade Econômica Europeia (CEE)....................................16
Tratado Constitutivo da CEEA (Euratom)...................................................................................16
1965 – Tratado de Fusão ou Tratado de Bruxelas.................................................................... 17
1986 – Ato Único Europeu (AUE).................................................................................................. 17
1993 – Tratado de Maastricht.. ..................................................................................................... 17
1997 – Tratado de Amsterdã......................................................................................................... 17
2001 – O Tratado de Nice. . ............................................................................................................ 18
2007 – Tratado de Lisboa............................................................................................................. 18
Acordo de Schengen (1985).. ........................................................................................................ 18
Zona do Euro....................................................................................................................................19
Crise Econômica na União Europeia.. ......................................................................................... 20
Crise de 2008.................................................................................................................................. 20
O BREXIT........................................................................................................................................... 20
Saída do Reino Unido da União Europeia.................................................................................. 22
O PIIGS e o STUPIDS....................................................................................................................... 23
A Questão Migratória.................................................................................................................... 23
ALCA – 1994..................................................................................................................................... 24
NAFTA – 1992.................................................................................................................................. 25
Crise no NAFTA............................................................................................................................... 26

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MERCOSUL – 1991........................................................................................................................... 26
Origens............................................................................................................................................. 28
Tratado de Assunção. . ................................................................................................................... 30
Protocolos Complementares ao Tratado Fundador................................................................31
2003 - Acordo de Complementação Econômica Mercosul................................................... 32
Exercícios......................................................................................................................................... 36
Gabarito............................................................................................................................................ 56

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Júlio Santos

GEOGRAFIA POLÍTICA DO MUNDO ATUAL


Introdução
Olá, caro (a) aluno (a)!
Olá, querido (a) amigo (a) do Gran Cursos Online, tudo bem!
É com enorme satisfação e alegria que hoje chegamos a mais um encontro e devemos
estar 100% focado nos principais tópicos do edital e na resolução de diversos exercícios e de
provas anteriores para a fixação de informações, conceitos e fatos que se encontram atre-
lados ao estudo da Geografia. A sua escolha ao enveredar no mundo dos concursos é fruto
da maturidade e consciência que esta é uma caminhada muitas vezes árdua, que necessita
de perseverança, persistência e parcimônia. Contudo ao colher os frutos da vitória com sua
aprovação, você verá ao olhar para trás que tudo valeu a pena, as horas de intenso estudo,
a abdicação do contato com aqueles que amamos em prol de uma vida com estabilidade e
segurança financeira que acredito ser um dos objetivos almejados.
Caro concurseiro(a), sempre que esmorecer lembre-se: “A mais longa caminhada começa
com o primeiro passo” (provérbio chinês).
Finalmente chegou a hora de tomar uma decisão que mudará sua vida, pois esse con-
curso é bastante esperado e dará oportunidade àqueles que desejam estabilidade financeira
e uma enorme possibilidade de ascensão profissional a partir das oportunidades oferecidas
pela carreira. É fundamental que você entenda que estamos juntos nessa caminhada e deve-
mos a todo custo buscar condições ideais para que assimile o que realmente importa para a
sua prova.
Preparados?
Forte abraço, foco e vamos em frente.
Júlio Santos

Nova Ordem Mundial


A desintegração da URSS provoca o fim de uma ordem marcada pela presença de duas
superpotências e a inicialização de um modelo multipolar onde os soviéticos, já que não par-
ticipam mais das tomadas de decisões. É um novo modelo pautado pela multipolarização e
integração de mercados.
Nesse sentido, essa ordem multipolar está centrada em três pilares:

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A nova ordem mundial é caracterizada por vários polos de poder e o mundo com uma di-
visão baseada em questões econômicas e não mais geográficas.
Isso fica claro quando se analisa a chamada “linha norte/sul”, que não é uma divisão ge-
ográfica, mas econômica, em que o Norte abrange os países ricos e industrializados e o Sul
abrange os países pobres e em processo de industrialização.

https://www.coladaweb.com/geografia/o-mundo-pos-guerra-fria

A divisão centra-se em:


• Países ricos e desenvolvidos ao norte, com elevada tecnologia;
• Países em desenvolvimento com sérios problemas sociais, localizados ao sul.

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 Obs.: Percebe-se na imagem anterior que a Austrália está localizada geograficamente ao


sul, contudo quando se analisa os aspectos socioeconômicos, pode se dizer que ela
pertence ao norte.

A nova configuração mundial demonstra uma enorme interdependência na produção de


mercadorias, e para isso, é fundamental a prática comercial com o estabelecimento de papéis
onde alguns países serão considerados produtores de commodities e outros de tecnologia.

Caro(a) concurseiro(a), não podemos esquecer que commodities são qualquer matéria-pri-
ma em seu estado primitivo ou semi-industrializado utilizado para comercialização global.
Exemplo: laranjas, suco de laranja, minério de ferro etc.

Veja:

A estrutura produtiva mundial inicializada a partir da nova ordem mundial demonstra a


presença de um intenso capitalismo informacional, que é uma das fases desse modelo eco-
nômico. É verdade que existem diversas classificações do capitalismo, onde a primeira fase,
chamada de capitalismo comercial, inicializou-se a partir da expansão ultramarina (XV) até o
século XVIII que tem como principais aspectos o trabalho artesanal, manufatureira e o desen-
volvimento do mercantilismo.
A atividade artesanal é caracterizada pela produção de mercadorias da matéria-prima ao
produto final, sem que ocorra a divisão do trabalho.
Já a atividade manufatureira tem como principal característica a introdução de uma pe-
quena divisão do trabalho e o uso de máquinas movidas a força do homem e os elementos
da natureza.

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A segunda fase, chamada de capitalismo industrial, começou a ocorrer a partir da primeira


Revolução Industrial no século XVIII e foi voltada para o aumento da produtividade a partir da
introdução de máquinas a vapor.

A terceira fase, chamada de capitalismo financeiro, tem como principal aspectos a ideia
de que o capital é mais importante que o trabalho e a produção. É o capitalismo atrelado à
presença de diversas multinacionais e o surgimento de inúmeros conglomerados internacio-
nais como cartéis, trustes e holdings que tem como objetivo monopolizar ou oligopolizar o
mercado, dando a ideia de uma nova ordem mundial. As consequências dessa divisão torna-
ram o norte rico e industrializado e o sul pobre e em processo de industrialização.

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Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no atual cenário possuem um mercado consu-
midor de grande destaque, além de serem fornecedores de commodities, instrumentos mili-
tares e tecnologia ganhando importância nas decisões de âmbito global.
O Brasil, por conta do momento de crise em que se encontra, atualmente está em um pa-
tamar econômico mais baixo que as demais nações dos BRICS. Além do BRICS, outra organi-
zação tem recebido um grande destaque atualmente. Trata-se do MINT, organização formada
por México, Indonésia, Nigéria e Turquia.

http://redecastorphoto.blogspot.com/2014/08/brics-sao-vanguarda-do-novo-mundo-nao.html

 Obs.: Atualmente, o grande questionamento dessas organizações se refere aos subsídios


econômicos, como o Programa Agrícola Comum (PAC), promovido pela União Euro-
peia como uma forma de protecionismo contra os países em desenvolvimento.
 A Rodada ou Ronda de Doha trata-se de negociações da Organização Mundial do
Comércio que visam diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no
livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na
separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvi-
mento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas são o principal tema de con-
trovérsias nas negociações.

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A globalização é um dos principais aspectos da nova ordem mundial e consiste em um fe-


nômeno de integração de mercados, homogeneização cultural e disseminação informacional.

A primeira fase é centrada no movimento das grandes navegações (XV), e a partir do


momento em que os países europeus começam a buscar novos caminhos para as Índias,
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desenvolvem novos instrumentos de orientação e começam a estabelecer novos contatos


culturais.
Esse processo de integração de novos mercados é um dos pilares que regem o movimen-
to da globalização.

Rotas Portuguesas
Rotas Espanholas
Meridiano de
Tordesilhas
0 800 km

A segunda fase envolve o momento em que acontece uma grande transformação da so-
ciedade global por meio da substituição do capitalismo comercial pelo capitalismo industrial
por conta da consolidação da primeira Revolução Industrial com a introdução das máqui-
nas a vapor.

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A terceira fase se estabelece ao final da Segunda Guerra Mundial, momento em que se


iniciou a chamada Guerra Fria. Trata-se de um momento de grande desenvolvimento tecno-
lógico por conta das corridas armamentista, espacial e nuclear.

Por fim, a quarta fase se dá por meio da criação de novas relações com o trabalho e com
a sociedade por meio de uma nova ordem mundial.

1ª Revolução 2ª Revolução 3ª Revolução 4ª Revolução


Industrial Industrial Industrial Industrial
Século XVIII Século XIX Século XX Hoje

Produção em Produção Produção


Mecanização,
massa, linha de automatizada, inteligente,
introdução da
montagem, com utilizando incorporada com a
máquina à vapor e
base em petróleo computadores, internet das coisas
do carvão
e eletricidade eletrônicos e TI e Big Data

Assim:
• 1ª fase: Expansão ultramarina – séculos XV – XVI;
• 2ª fase: Imperial, colonial, industrial – séculos XVIII – XIX;

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• 3ª fase: Capitalismo Técnico-científico, Guerra Fria – séculos XX – XXI;


• 4ª fase: Nova Ordem mundial – séculos XX – XXI.

São características da Globalização:


• As fronteiras comerciais deixam de existir nos países-membros dos blocos econômicos;
• Os acordos entre as nações favorecem a prática comercial;
• Aumento da velocidade no processamento das informações;
• A Guerra Fria cede espaço à guerra do conhecimento;
• As máquinas ocupam cada vez mais o espaço do homem na execução de tarefas;
• Ocorre o crescimento da economia informal. No Brasil, existem, aproximadamente
40 milhões de pessoas vivendo graças ao rendimento do trabalho feito por meio de
barracas;
• Permite o desenvolvimento precoce de jovens quando comercializam ideias e serviços
interessantes;
• Os negócios dependem cada vez mais da inteligência e menos do trabalho braçal;
• Obriga os países emergentes a gerenciar adequadamente os seus programas de esta-
bilização econômica;
• Estimula o regime da privatização de empresas estatais, especialmente aquelas mais
lucrativas;
• Formação de grandes blocos econômicos. A união comercial dessas nações tem a fi-
nalidade básica de facilitar o fluxo de produtos e investimentos;
• Ocorre a valorização da mão de obra qualificada. A nação com um elevado índice de
analfabetismo terá dificuldade em promover o desenvolvimento econômico e social;
• Promoção do avanço tecnológico, através do lançamento de sofisticados sistemas de
comunicação e automação;
• Coloca em segundo plano as necessidades básicas do homem e as garantias aos di-
reitos dos cidadãos;
• Criação de um mercado cada vez mais competitivo;
• Permite grande mobilidade do capital e da produção;
• Promove e solidifica a hegemonia dos países mais fortes;
• Forte presença do capital especulativo que exerce enorme controle sobre as políticas
econômicas de determinados países;
• Funciona como pretexto para as nações mais sólidas do ponto de vista da produção,
para compensar a diminuição das exportações. É o caso dos Estado Unidos que perde-
ram para o Japão e Alemanha boa parte de sua fatia no mundo dos negócios;
• Presença da informação instantânea.

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Cultura de Massa X Cultura Popular

https://www.todamateria.com.br/cultura-popular/

A cultura de massa acaba sufocando a cultura local, devido à disseminação midiática


em massa. A cultura de massa é uma mercadoria, que visa sempre gerar o lucro. Os produ-
tos são muito parecidos, perdendo assim a sua individualidade. As pessoas, que antes eram
importantes para a produção cultural, limitam-se a apenas exercer o papel de consumidoras,
tornando-se secundárias nesse sistema. Além disso, elas também perdem a autonomia.
Os indivíduos passam a querer determinados produtos não pela necessidade, mas devido
ao status associado a certos produtos.
Veja:

http://jaldesign.com.br/as-marcas-agregam-valor-as-pessoas/

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Ao contrário do que acontecia com a cultura popular, a cultura de massa não se limita a
um território. Ela é globalizada, já que consegue unir elementos de diversas sociedades. Elas
se diferenciam pelo fato de que a cultura popular é produzida pelo e para a massa, enquanto
a de massa apenas para a massa e pelo capitalismo. No final das contas, a cultura popular
acaba se dissolvendo, facilmente, na cultura de massa movida pelo dinheiro.

Blocos Econômicos
Os blocos econômicos são um dos três pilares da nova ordem mundial, que surgiu a par-
tir da desintegração da União Soviética. Os demais pilares são: a globalização e a política
neoliberal. Um bloco econômico é um acordo entre países que tem como objetivo fortalecer
e facilitar as transações comerciais. Eles são divididos em fases conforme disposto abaixo:
1ª fase: Área de livre-comércio – é uma área ou região com taxas alfandegárias reduzidas
ou eliminadas, em que ocorre uma livre circulação de mercadorias. O comércio externo é per-
mitido, mas com tarifas mais elevadas.

Exemplo
NAFTA (formado pelos Estados Unidos, México e Canadá).

2ª fase: União aduaneira – é uma área ou região com taxas alfandegárias reduzidas ou
eliminadas. Nela, ocorre a livre circulação de mercadorias e um comércio externo é controlado
por meio de uma TEC (tarifa externa comum é adotada para boa parte – ou totalidade – dos
serviços e mercadorias provenientes de outros países, ou seja, todos cobram os mesmos im-
postos, taxas e tarifas de importação de terceiros).

Exemplo
Mercosul.

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3ª fase: Mercado comum – é uma união aduaneira na qual, além de mercadorias e servi-
ços, o capital e trabalhadores também podem circular livremente e se engajar em atividades
econômicas em qualquer dos países-membros. O comércio externo é livre.

Exemplo
União Europeia.

4ª fase: União econômica – os países-membros adotam uma moeda comum e a mes-


ma política de desenvolvimento. A União Europeia é o único bloco a atingir esse estágio de
integração.

Caro (a) concurseiro (a) é preciso ter cuidado, pois, a adoção de uma moeda comum não
significa a adoção de uma moeda única. Um exemplo disso é o que acontece na União Eu-
ropeia, pois, de seus 27 países-membros, alguns não adotam o Euro como moeda, são eles:
• Bulgária.
• Croácia.
• Dinamarca.
• Hungria.
• Polônia.
• Suécia.
• República Tcheca.
• Romênia.

5ª fase: União política e monetária – a união dos poderes constituídos, como Legislativo,
Executivo e Judiciário.

Exemplo
União Europeia

União Europeia - 1993


A União Europeia (UE) está no 5º estágio de desenvolvimento, sendo o mais avançado do
processo de formação de blocos econômicos. Constitui-se em uma união econômica e mo-
netária, com 27 países membros (oito deles não adotam o Euro como moeda comum).
Origens:
• 1944 – BENELUX – é uma organização formada pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo;
• 1951 – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) – formada pela Alemanha
Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo;

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• 1957 – Comunidade Econômica Europeia (CEE) – nos anos que se seguiram, o território
da UE foi aumentando de dimensão mediante a adesão de novos Estados membros;
• 1993 – Tratado de Maastricht – instituiu a União Europeia com o nome atual, em subs-
tituição ao de Mercado Comum Europeu (MCE).

Tratados Associados à União Europeia


O primeiro tratado foi o de Paris. Veja:

Tratado de Paris (1951)

• Foi assinado em 18 de abril de 1951 e foi fundada a Comunidade Europeia do Carvão e


do Aço (CECA);
• Em 2002, com a expiração do Tratado de Paris, e sem desejo de renovação do tratado,
todas as atividades e recursos da CECA foram absorvidos pela União Europeia.

Tratado de Roma (1957)


É formado por dois tratados, são eles: o Tratado Constitutivo da Comunidade Econômica
Europeia (CEE) e pelo Tratado Constitutivo da Comunidade Europeia de Energia Atômica (Eu-
ratom). Também dispõe sobre o PAC (Política Agrícola Comum), que é uma forma de proteger
o produtor agrícola europeu.

O Tratado Constitutivo da Comunidade Econômica Europeia (CEE)


É uma União aduaneira que foi conhecida popularmente como o “Mercado comum”. Foi
acordado um período transitório de 12 anos, no qual deveriam desaparecer totalmente as
barreiras alfandegárias entre os Estados membros. A Política Agrícola Comum (PAC) tam-
bém está presente e consiste em uma medida que estabelece a livre circulação dos produtos
agrícolas dentro da CEE, assim como a adoção de políticas protecionistas, que permitiram
aos agricultores europeus evitar a concorrência de produtos procedentes de outros países
não pertencente a CEE. Isto se conseguiu mediante a subvenção aos preços agrícolas. Desde
então, a PAC tem concentrado boa parte do Pressuposto comunitário.

Tratado Constitutivo da CEEA (Euratom)


É menos relevante que o da CEE e buscava criar condições de desenvolvimento de uma
indústria nuclear diante da corrida nuclear durante a Guerra Fria. O Tratado Euratom não ex-
perimentou grandes mudanças desde a sua criação e segue em vigor. A Comunidade Euro-

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peia de Energia Atômica não se juntou com a União Europeia e guarda uma personalidade
jurídica distinta.

 Obs.: O Tratado de Roma foi modificado, sucessivamente, pelos seguintes documentos: o


tratado de Fusão e o Ato único Europeu.

1965 – Tratado de Fusão ou Tratado de Bruxelas


Foi um acordo firmado por seis países europeus (Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxem-
burgo e Países Baixos), estabelecendo um conselho único e uma comissão única para as três
comunidades europeias:
• Comunidade Econômica Europeia (CEE);
• Comunidade Europeia do Carvão e do Aço;
• Comissão Europeia da Energia Atómica (Euratom).

É denominado um tratado de fusão, pois as três comunidades acima possuem comissão


e conselho únicos.

1986 – Ato Único Europeu (AUE)


Assinado em Luxemburgo com o objetivo de estabelecer entre os Estados Membros as
fases e o calendário das medidas necessárias para a realização do Mercado Interno em 1992
em seu processo de expansão.

1993 – Tratado de Maastricht


Em 1 de novembro de 1993 entrou em vigor o Tratado de Maastricht que foi responsável
pela criação da União Europeia e pelo lançamento das bases para a criação de uma moeda
comum europeia, o Euro. O Tratado de Maastricht foi emendado pelos tratados de Amsterdã,
Nice e Lisboa.

1997 – Tratado de Amsterdã


As modificações introduzidas por esse Tratado em relação à União Europeia não foram
grandes. O Tratado de Amsterdã veio criar um “espaço de liberdade, segurança e justiça”, re-
numerar as disposições dos tratados, separar os tratados institutivos das três Comunidades
(CECA, CEE e CEEA), além de reforçar o poder do pilar comunitário e regulamentar, a coopera-
ção reforçada e os direitos fundamentais.

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2001 – O Tratado de Nice


Promoveu a reforma institucional necessária ao alargamento da União Europeia aos pa-
íses candidatos do Leste e do Sul da Europa. As principais alterações introduzidas pelo Tra-
tado de Nice incidem sobre a limitação da dimensão e composição da Comissão Europeia, a
extensão da votação por maioria qualificada.

2007 – Tratado de Lisboa


O objetivo declarado do tratado é “completar o processo lançado pelo Tratado de Amster-
dã (1997) e pelo Tratado de Nice”.

Tratado de Amsterdã Tratado de Nice


A União Europeia fica vinculada a respeitar
os direitos fundamentais, nomeadamente
os garantidos pela Convenção Europeia dos Haverá composição da Comissão Europeia.
Direitos do Homem. Os grandes países – Alemanha, Itália,
Inserção de novos artigos respeitantes à França, Reino Unido e Espanha perdem seu
não discriminação em razão de: 2º comissário.
Sexo; Cada novo estado-membro terá um
Raça; comissário até serem 27 no total.
Origem étnica; Após o limite os lugares serão ocupados
Religião ou crença; rotativamente por todos os estados
Deficiência; membros.
Idade;
Orientação sexual.

É importante fazermos a distinção entre o acordo Schengen, a Zona do Euro e a


União Europeia.

Acordo de Schengen (1985)


O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de
abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. Formam um
total de 30 países:
• Todos da União Europeia (exceto Irlanda);
• Quatro países não membros da UE (Islândia, Liechenstein, Noruega e Suíça);
• Romênia e Chipre estão em fase de implementação do acordo.

A área criada em decorrência do acordo é conhecida como espaço Schengen e não deve
ser confundida com a União Europeia, cujo principal objetivo desse último são as trocas co-

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merciais. O Espaço Schengen permite a livre circulação de pessoas dentro dos países signa-
tários, sem a necessidade de apresentação de passaporte nas fronteiras.
Mesmo que não haja controle nas fronteiras, os cidadãos residentes nos países signatá-
rios devem, por norma, portar um documento legal de identificação, como o bilhete de identi-
dade. Para os turistas de países não signatários, a prova de identidade é sempre o passaporte
ou, no caso de longa permanência, o documento legal substitutivo, emitido pelas autoridades
de imigração de um dos países signatários.
O espaço Schengen não se relaciona com a livre circulação de mercadorias (embargos
etc.). Nesse caso, a entidade mediadora é a União Europeia, bem como os governos dos paí-
ses-membros que não participam do bloco econômico.

Zona do Euro
São os países da União Europeia que adotam o Euro. Vale lembrar que, no total, 19 países
adotam o Euro como moeda dentro da União Europeia (UE). Já oito países-membros não ado-
tam essa moeda, são eles: Bulgária, Croácia, Dinamarca, Hungria, Polônia, Suécia, Romênia e
República Tcheca (mnemônico: BCD HPS 2R).
A área do Euro refere-se a uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns
Estados-membros adotaram oficialmente o Euro como moeda comum. A entidade máxima que
regula toda a política monetária é o Banco Central Europeu, sediado em Frankfurt, Alemanha.
Em 1998 onze Estados-membros da União Europeia estabeleceram um conjunto de crité-
rios de convergência para a adoção do Euro, tendo sido oficialmente criada a Zona Euro, a 1º
de janeiro de 1993 com a introdução da moeda.
Em 1999 foram criadas peças metálicas que começaram a ser fabricadas em 11 países:
• Alemanha;
• Áustria;
• Bélgica;
• Espanha;
• Finlândia;
• França
• Irlanda;
• Itália;
• Luxemburgo;
• Países Baixos;
• Portugal.

A nova moeda passou a circular desde 1º de janeiro de 2002. Atualmente, dos 27 Estados-
-membros da União Europeia, 19 adotam o Euro como a moeda oficial. A população total da
Zona Euro supera os 323 milhões de habitantes.

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O principal receio dos oito países que não adotam o Euro como moeda oficial é a vincu-
lação de sua economia à da União Europeia. Há um receio de que a UE ainda possua certa
instabilidade econômica. Entre os países que não adotaram o Euro como moeda oficial, po-
demos destacar:
• Bulgária;
• Croácia;
• Dinamarca;
• Hungria;
• Polônia;
• Romênia;
• República Tcheca;
• Suécia.

Em todo o mundo, há missões diplomáticas permanentes, estando representada na ONU,


OMC, G7 e G-20. Os Estados-membros que se localizam na linha de frente têm a responsa-
bilidade de realizar rigorosos controles em suas fronteiras e fornecer, dependendo do caso,
vistos de curta permanência.

Crise Econômica na União Europeia


Crise de 2008
Trouxe enormes desafios à integridade do bloco econômico. A Grécia, envolvida em uma
grave crise econômica, ameaçou sair da União Europeia.
O grande afluxo de migrantes vindo da África e da Ásia, a partir de 2014, em direção à
Europa também tenciona as relações internas. Vários países resistem a receber e dar asilo
à parcela desses migrantes. Neste ambiente de crise – econômica e migratória –, cresceu o
discurso de partidos eurocéticos, com resistências a várias das políticas comuns do bloco.
Alguns defendem a saída de seus países do bloco. São partidos de extrema esquerda e direita.
Em vários países europeus, a extrema direita cresce nas eleições parlamentares e presidenciais.

O BREXIT
O Reino Unido é um dos países que teve sua permanência no bloco fortemente questiona-
da até sua saída em 31.01.2020.
É uma associação de países formado por:
• Inglaterra;
• Escócia;
• País de Gales;
• Irlanda do Norte.

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Os britânicos – como são chamados – não fizeram parte das origens da União Europeia.
Vale lembrar que a origem da União Europeia é o chamado BENELUX, organização econômica
formada por Bélgica, Países Baixos (Holanda) e Luxemburgo. O Reino Unido somente ingres-
sa na UE no ano de 1973, após a criação da Comunidade Econômica Europeia.
Em 1973 o Reino Unido ingressou na Comunidade Econômica Europeia (CEE). Dois anos
depois, em 1975, renegociou as condições de participação e realizou um referendo sobre a per-
manência na CEE. Na época, os britânicos votaram por continuar na Comunidade Econômica.
Em 23 de junho de 2016, em um plebiscito, os britânicos decidiram sair da União Europeia,
o que está sendo chamado de “Brexit”. É uma abreviação das palavras “British” (britânico, em
inglês) e “exit” (saída).
Caro (a) concurseiro (a) o movimento do Brexit é bastante polêmico, pois, por um lado, os
jovens do Reino Unido apoiam a continuidade no Bloco Econômico, pois isso garante uma
maior disponibilidade de postos de trabalho, uma vez que podem conseguir empregos em
qualquer país da União Europeia.
Já os mais idosos, por sua vez, apoiam a saída, pois entendem que o Reino Unido contri-
bui muito mais com a União Europeia do que a própria União Europeia contribui com o Reino
Unido. Além disso, muitos entendem que os países do Reino Unido, como a Inglaterra, são
alvos potenciais de ataques terroristas, logo o fechamento das fronteiras seria uma forma de
impedir ou reduzir a entrada desses potenciais terroristas.
A Votação para a permanência ou não no bloco foi marcante, veja:
• 52% dos eleitores votaram por sair;
• 48% por permanecer.
• A vitória apertada do sair mostrou um país dividido, o que já estava demonstrado na
campanha do plebiscito.

O Partido Conservador está no poder, personificado nesse momento através do primei-


ro-ministro David Cameron e seu partido teve defensores das duas posições – sair e perma-
necer na União Europeia. Já no Partido Trabalhista a defesa do permanecer foi amplamente
majoritária.
A vitória do sair também fortaleceu os nacionalistas britânicos, cujo principal expoente é
o UKIP – Partido da Independência do Reino Unido, do líder Nigel Farage.

Grupo Posição na votação


País de Gales Sair
Inglaterra Sair (região mais podes e zonas industriais
Londres, Escócia e Irlanda do Norte Ficar
Adultos e velhos Sair
jovens Ficar

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Veja os argumentos dos defensores da saída ou permanência:


Argumentos na votação - Defensores da saída:
Alegaram que o crescimento da União Europeia diminuiu a importância e a soberania bri-
tânica. Observe mais algumas argumentações:
• O país tem que seguir regulações nas áreas de economia, política, migrações, entre
outras, decididas pelo bloco econômico;
• O Reino Unido também enviaria mais dinheiro para a União Europeia do que recebe de
volta em investimentos. Saindo, sobraria mais dinheiro para ser investido no país;
• A questão da migração de cidadãos europeus ao Reino Unido foi um dos temas
polêmicos;

Cerca de três milhões de migrantes de países do bloco do leste europeu residem e tra-
balham no país. O argumento utilizado pelos defensores da saída é de que esses migrantes
tiram o emprego dos britânicos e têm acesso ao sistema de seguridade social, prejudicando a
qualidade dos serviços para os nacionais. É um argumento que não tem solidez, já que vivem
mais britânicos fora do país que imigrantes europeus no Reino Unido.
Defensores da permanência:
Argumentaram que sair do bloco vai trazer prejuízos econômicos, como a exigência de
novas tarifas, regulações e acordos comerciais.

Exemplo
O Reino Unido terá que fazer acordos comerciais com cada país ou blocos econômicos sepa-
radamente, inclusive com a União Europeia.
A vitória do sair levou à renúncia de David Cameron. Thereza May será a nova primeira-minis-
tra. É a primeira mulher a assumir o cargo em 25 anos, ou seja, desde o fim da era Margareth
Thatcher, conhecida como “A Dama de Ferro”.
A Escócia quer permanecer na UE e já se movimenta pela realização de um novo plebiscito por
sua independência. Em 2014, um plebiscito acabou decidindo pela permanência dos escoce-
ses no Reino Unido, e um dos argumentos principais da campanha contra a independência
era o acesso à União Europeia via Reino Unido

Saída do Reino Unido da União Europeia


A saída do Reino Unido não será automática, demorando até dois anos, após a notificação
à União Europeia de que pretende sair do bloco. David Cameron já disse que caberá ao novo
primeiro-ministro encaminhar a notificação. A saída do Reino Unido alimenta temores sobre
a estabilidade e o futuro da União Europeia. Politicamente, os partidos nacionalistas crescem
em vários países. Uma de suas bandeiras é a saída ou maior soberania nacional sobre a re-
gulação europeia

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O PIIGS e o STUPIDS
O PIIGS é um acrônimo pejorativo, originalmente usado na imprensa britânica para de-
signar o conjunto das economias em crise de: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. Já o
STUPIDs lista as economias com problemas que não param de crescer, é um novo acrônimo
que foi cunhado pela imprensa anglo-saxônica de modo a incluir: Espanha, Turquia, Grã-Bre-
tanha, Portugal, Irlanda e Dubai. Portugal, Espanha e Irlanda integram os dois grupos. Os
PIIGS já estão em processo de uma grande austeridade econômica, e os STUPIDs estão com
problemas que não param de crescer, muitos deles associados a gastos irresponsáveis.

As políticas estabelecidas pela UE para esses países que estavam com problemas relacio-
nados à arrecadação e aos gastos públicos são políticas denominadas de austeridade fiscal,
políticas voltadas para gastar de acordo com a capacidade econômica dos países.
O país que mais sofreu com essa austeridade foi a Grécia, que chegou a esse estado de déficit
orçamental como fruto de enormes investimentos nas Olimpíadas de Atenas em 2004 sem
imaginar que não poderia ter o retorno correspondente mediante a atividade turística.

A Questão Migratória
Há um outro momento que vem assolando a UE: a Crise Migratória, fruto do deslocamento
de africanos e asiáticos em busca de trabalho no continente europeu. Num primeiro momen-
to, a Europa os recebe de braços abertos, mas, num segundo momento, há uma restrição da
entrada desses africanos e asiáticos devido a uma maior competição dentro do mercado
interno, podendo gerar um desequilíbrio em relação à oferta de trabalho e à possibilidade da
inserção no momento de entrada desses migrantes de indivíduos voltados à ação terrorista.

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As fronteiras foram fechadas, e foram instalados campos de refugiados. Quem acabou


auxiliando no processo de inserir tais refugiados nesses países foi o Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Logo ao se falar em União Europeia existem três grandes problemas:


• BREXIT.
• OS PAÍSES EM CRISE ECONÔMICA.
• A CRISE MIGRATÓRIA.

ALCA – 1994
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi proposta pelos Estados Unidos, em
1994. Seria integrada por todos os países americanos, exceto Cuba, pois existe uma rusga
com os Estados Unidos desde a Revolução Cubana, ocorrida em 1959, que culminou com a
expulsão do ditador Fulgêncio Batista, agente político dos Estados Unidos, e Fidel Castro deu
início a um processo de estatização econômica. A região era reduto de grandes empresas
norte-americanas e de uma comunidade estadunidense muito presente na ilha.
Com a tomada do poder por Fidel Castro, houve a promoção de uma política de confisco
de patrimônio, de terras, de indústrias, em que o Estado passou a ser o proprietário legal de
tudo e de todos.
A insatisfação americana ficou patente na figura do presidente Kennedy, que promoveu
duas ações: expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o bloqueio
econômico semelhante ao que foi feito por Napoleão – a proibição de países que mantives-
sem relações econômicas com os EUA de realizar comércio com Cuba.
O interesse de Kennedy era gerar o desabastecimento de Cuba, que acarretaria uma insa-
tisfação popular, que seria a mola propulsora para derrubar Fidel Castro. A ALCA não chegou
a se constituir como um bloco econômico.
Após sucessivas discussões em torno da sua formação, a Cúpula das Américas, de 2005,
realizada na Argentina, marca o fracasso do acordo, deixando as negociações em suspenso.
Uma vez implementada, a ALCA se tornaria o maior bloco econômico do mundo – englo-
bando também as áreas do NAFTA e do Mercosul. O Brasil, a Argentina e o Uruguai obstacu-

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lizaram a ALCA quando preferiram permanecer no MERCOSUL. O bloco representaria um PIB


de mais de US$ 20 trilhões, reunindo uma população de aproximadamente 850 milhões de
pessoas. A ALCA pretendia conter o avanço da União Europeia.
Uma das principais dificuldades para formação do bloco é a enorme disparidade entre
a economia dos Estados Unidos, a maior da América, e a dos demais países americanos. A
ALCA não tinha a pretensão de promover a circulação de pessoas.
Ela pretendia ficar estagnada na primeira fase do bloco econômico, porque, se houvesse a
livre circulação de pessoas, haveria uma migração, em massa, dos países sul-americanos em
direção aos Estados Unidos, que ofertam as melhores condições de trabalho, uma vez que é
uma economia equilibrada.
A ALCA não se formou porque a disparidade econômica é muito relevante nos países que
formam o continente sul-americano.

NAFTA – 1992
O bloco é uma área de livre-comércio, criada em 1992, integrada por Estados Unidos, Ca-
nadá e México. O atual NAFTA entrou em vigor em 1992, com um prazo de 15 anos para abolir
as barreiras alfandegárias entre os três países. Os Estados Unidos e o Canadá possuem um
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado e um pequeno GINI, tornando esses
países superpotências. Por outro lado, o México é um país com um desenvolvimento indus-
trial tardio, com grandes problemas sociais relacionados à concentração de renda.
O interesse dos Estados Unidos no México está concentrado em três pilares:
• reservas de petróleo na região do Golfo do México;
• mercado consumidor com grande poder de absorção de mercadorias, uma vez que o
processo de industrialização no México ocorreu de forma tardia, como no Brasil;
• estabelecimento de indústrias na região com o objetivo de captação de matéria-prima.

O México seria favorecido no sentido do estabelecimento de indústrias, controle de fron-


teiras, principalmente na região de Tijuana, e a facilitação de empréstimos por meio do BID
(Banco Internacional de Desenvolvimento), do qual os Estados Unidos são os principais fi-
nanciadores. Contudo, esse favorecimento é apenas aparente, já que os Estados Unidos ins-
talariam no México as denominadas indústrias “maquiadoras”, não para promover a geração
de empregos, mas para captar o mercado consumidor por meio da venda dos seus produtos
fabricados no próprio Estados Unidos.
Ao México apenas competia a fase de montagem dessas mercadorias, uma margem pe-
quena de empregabilidade, enquanto os Estados Unidos absorveriam a matéria-prima e te-
riam um grande mercado consumidor. Em decorrência, o processo imperialista, o processo de
colonização estaria de volta ao México. O Canadá sofreria, igualmente, em menor escala, com
esse processo de indústrias “maquiadoras”.

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O México reage a isso com o movimento inspirado no Zapatismo (o lema era pão, paz,
saúde e educação), muitas vezes recorrendo à violência para protestar contra esse desequilí-
brio social que foi intensificado a partir do momento da adesão do México ao NAFTA.
O comércio regional na América do Norte beneficiou a economia Norte-Americana e aju-
dou a enfrentar a concorrência representada pelo Japão e pela União Europeia. Outros de-
fendem que esse bloco apenas transformaram o Canadá e o México em “colônias” dos EUA,
aumentando a pobreza no México e agravando o desemprego no Canadá.
Restrições também deviam ser removidas de várias categorias, incluindo automóveis, pe-
ças de computadores, tecidos e agricultura. O tratado também protegeu os direitos de pro-
priedade intelectual (patentes, copyrights e marcas registradas) e esboçou a remoção de res-
trições de investimento entre os três países. Medidas relativas à proteção do trabalhador e do
meio ambiente foram adicionadas mais tarde em consequência de acordos suplementares
assinados em 1993.

Crise no NAFTA
Corporações transnacionais tendiam a incentivar o NAFTA na crença de que baixas taxas
tarifárias aumentariam seus lucros. Uniões trabalhistas no Canadá e nos Estados Unidos se
opuseram ao NAFTA por medo de que os empregos saíssem do país devido a menores custos
de mão de obra no México.
Alguns políticos se opuseram ao livre-comércio por acreditarem que tornaria países, como
o Canadá, em economias branch plant permanentemente (economias baseadas em filiais).
Fazendeiros no México se opuseram, e ainda se opõem, ao NAFTA devido aos fortes subsídios
de agricultura para os fazendeiros nos Estados Unidos, que têm pressionado os preços da
agricultura mexicana. Os salários por lá tiveram uma redução de até 20% em alguns setores.
A aprovação do NAFTA foi rapidamente seguida de revoltas, já citadas, entre os revo-
lucionários Zapatistas, e a tensão entre eles e o governo Mexicano permanece um grande
problema. A assinatura do NAFTA também foi acompanhada por um aumento dramático de
imigração ilegal do México para os Estados Unidos, sendo muitas dessas pessoas, presumi-
velmente, fazendeiros expulsos de suas terras por falência.
A oposição ao NAFTA também provém de questões ambientais, justiça social e de orga-
nizações que acreditam que o NAFTA causa impactos não econômicos negativos na saúde
pública e no meio ambiente.

MERCOSUL – 1991
Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) completa 29 anos em 2020.
Como o nome diz, o bloco econômico almeja ser um mercado comum. Está na fase da união
aduaneira, mas com algumas características de mercado comum, como o passaporte padrão
e livre circulação e moradia de pessoas nos países do bloco.

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O MERCOSUL é uma união aduaneira incompleta formada por países integrantes e por
países associados.
Os países integrantes são:
• Brasil;
• Argentina;
• Paraguai;
• Uruguai;
• Venezuela (está suspensa) e, entre os associados, Colômbia, Bolívia e Guiana (obser-
vador).

Um dos critérios fundamentais para um mercado comum seria a relação de equilíbrio eco-
nômico entre os países membros.
Os Blocos Econômicos possuem cinco fases: zona de livre comércio, união aduaneiro,
mercado comum, união monetária e união monetária e política.
Alguns autores consideram que a quarta e a quinta fases estariam inseridas dentro da
terceira, fase essa de mercado comum, que é o desejo do Mercosul. Apesar da denominação
Mercado Comum do Sul, o Mercosul é uma União Aduaneira, área ou região onde as tarifas
alfandegárias são reduzidas ou eliminadas.
Há a existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC) e o não cumprimento dessa tarifa
tornou-se um dos pilares da suspensão da Venezuela no final do ano de 2016.
É um bloco formado por Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela estabelecido por
volta dos anos 90.
As primeiras conversações ocorreram em 1941 e tiveram como objetivo facilitar as tran-
sações entre os países membros do bloco.
Os associados que auferem de alguns benefícios e os integrantes são responsáveis pelo
estabelecimento da legislação do bloco.
A presidência do Mercosul é rotativa a cada seis meses e acompanha a ordem alfabética:
• Argentina;
• Brasil;
• Paraguai;
• Uruguai;
• Venezuela – que se encontra suspensa desde o final do ano de 2016.

Já houve uma tentativa, sem sucesso, de supressão do bloco para o estabelecimento da


ALCA, que teria como objetivo tentar conter o avanço da União Europeia (UE), já que o NAF-
TA não teve essa capacidade. Como o nome diz, o bloco econômico almeja ser um mercado
comum. Está na fase da união aduaneira, mas com algumas características de mercado co-
mum, como o passaporte padrão, livre circulação e moradia de pessoas nos países do bloco.

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O Mercosul não é um mercado comum, mas permite a circulação de indivíduos. De fato,


permite por uma característica peculiar dos países adjacentes. O mercado comum é uma área
que consente tanto a circulação de mercadorias como a circulação de pessoas, caso este
personificado pela UE.
No caso do Mercosul, a permissão ocorre porque, anteriormente ao ano de 1991, já exis-
tiam tratados e acordos bilaterais que permitiam essa circulação. Não é o bloco em si que
oferece essa premissa: ela já existia de maneira anterior ao processo de consolidação, de
ratificação do Mercosul em 1991.
É importante que aquele que deseja fazer turismo esteja identificado, mas não é obrigado
a apresentar a sua identidade quando circula nesses países coirmãos. Ele tem um passaporte
padrão que permite uma livre circulação, premissa essa conquistada antes de 1991.

Origens
Em 1941, pela primeira vez, Brasil e Argentina tentaram a criação de uma União Aduaneira
entre as suas economias. Porém, isso não se concretizou devido às diferenças diplomáticas
dos países em relação às políticas do Eixo, após o ataque a Pearl Harbor.
O ataque ocorreu quando tropas japonesas atacaram bases americanas localizados em
Pearl Harbor, no Havaí. Posteriormente, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, houve uma retalia-
ção norte-americana que promoveu o fim da Segunda Guerra por meio das bombas atômicas
(Little Boy, em Hiroshima, matando 95 mil pessoas; e Fat Man, em Nagasaki, que matou 65 mil
pessoas), suscitando na derrota do Japão em 15 de agosto de 1945.
O fim da guerra e a necessidade de interação entre as nações se tornou iminente; entre-
tanto, na América Latina, não houve uma união que tenha obtido resultados satisfatórios.
A primeira grande união que ocorreu em termos de blocos econômicos ocorreu em 1933
para a formação do Benelux (Bélgica, Netherlands e Luxemburgo) que, mais tarde, originou o
que hoje denominamos de UE. O Tratado de Fusão em Bruxelas, em 1965, promoveu a evo-
lução da organização com a fusão da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), a
Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Eura-
tom). Essa fusão originou a UE. Em termos de Europa, todo o processo foi satisfatório, mas
em termos de América Latina foi um processo lento, tendo em vista, até a industrialização
tardia desses países.
Em 1985 o presidente brasileiro José Sarney e o presidente argentino Raúl Alfonsín as-
sinaram a Declaração de Iguaçu, que foi a base para o Cone Sul. O Cone Sul é a zona de livre
comércio que vai se tornar o Mercosul, que é uma União Aduaneira incompleta.
A Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 1985, em Foz do Iguaçu, com o qual
se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam
de sair de um período ditatorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.

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O Brasil saía da ditadura de João Batista Figueiredo (autor da frase “prefiro cheiro de ca-
valo ao cheiro do povo”) e iniciava uma abertura política que seria responsável pelo estabe-
lecimento dessa política neoliberal, desse processo de liberdade econômica no qual apenas
acontecem intervenções econômicas em momentos de crise. Esse processo está configurado
na formação do Cone Sul por meio da Declaração do Iguaçu.
É um processo de rompimento com o momento histórico do Brasil e a inauguração de um
outro momento caracterizado pela introdução do Brasil e da América Latina num âmbito mais
globalizado. Essa globalização fica muito clara no estabelecimento da Declaração do Iguaçu,
declaração essa responsável pela formação do Cone Sul.
O ano de 1986 marca as intenções da Argentina que tem como finalidade promover uma
“associação preferencial” com o Brasil.
Os dois países haviam contraído uma grande dívida externa no período dos governos mi-
litares e não gozavam de crédito no exterior. Havia grande necessidade de investimentos nos
países, mas não havia verbas.
O Brasil tinha contraído uma grande dívida externa devido à industrialização e à proteção
das fronteiras brasileiras, uma vez que essas fronteiras eram consideradas permeáveis, com
grande facilidade de penetração devido a características de uma vegetação densa, principal-
mente no extremo norte, e em função da sua extensão.
O pior de tudo não é ter dívidas é não gozar de créditos, e havia a necessidade de gran-
des investimentos para obras de infraestrutura. Muitas vezes, esse endividamento é associa-
do apenas aos militares, devido ao chamado “Milagre Econômico”, mas esse endividamento
também está associado ao estabelecimento da nova capital. A construção de Brasília é um
momento de grande potencialização da dívida interna/externa do Estado brasileiro.
O ano de 1990 leva o presidente do Brasil, Fernando Collor, e o da Argentina, Carlos Me-
nem, a assinaram a Ata de Buenos Aires. Visando à total integração alfandegária entre os dois
países, foi decidido que todas as medidas para a construção da união aduaneira deveriam ser
concluídas até 31 de dezembro de 1994.
O prazo para a promoção dessa total integração alfandegária seria de quatro anos. A UE
tinha um prazo de 12 anos para a abolição das tarifas alfandegárias; o NAFTA, de 15 anos; e o
Brasil, com o característico imediatismo dos latinos, tinha apenas quatro anos para promover
esse processo.
Claro que isso não ocorre e, mais do que isso, o Mercosul acaba por ter, na atualidade,
uma identidade questionável: não é uma zona de livre comércio, nem uma união aduaneira
completa, é apenas uma união aduaneira incompleta já que poucas são as mercadorias que
têm como característica a adoção da TEC que já deveria estar disseminada para todos os
produtos que fossem comercializados entre os países integrantes do Mercosul.
O processo torna-se, assim, utópico no estabelecimento desse bloco que tinha, como ob-
jetivo, o fortalecimento comercial entre os países integrantes.

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O Grupo de Trabalho Binacional foi o órgão criado para assegurar o cumprimento dos pra-
zos, para definir métodos para a criação do mercado comum entre as duas nações.
O Grupo de Trabalho Binacional não obteve os resultados almejados. Em setembro, os
governos de Paraguai e Uruguai demonstraram forte interesse no processo de integração
regional e esse interesse foi avalizado pelos presidentes do Brasil e da Argentina, bem como
pelo Congresso Nacional de ambos os países.
Diante de tal cenário em 1991 os presidentes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai as-
sinaram o Tratado de Assunção, visando construir uma zona de livre comércio entre os quatro
países, denominada Mercado Comum do Sul.

Tratado de Assunção
Definiu regras e condições para criação de uma zona de livre comércio entre seus quatro
signatários. Todas as medidas para a construção do mercado comum deveriam ser conclu-
ídas até 31 de dezembro de 1994. Visava à livre circulação de bens, serviços e fatores pro-
dutivos entre os países, através da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não
tarifárias à circulação de mercadorias. Isso acabou por se tornar um entrave para o Brasil e
para a Argentina.
O Brasil pretende entrar de uma maneira mais maciça com a indústria automotiva na
Argentina, que tem freado a TEC, o que acaba gerando fortes atritos que recentemente es-
tavam personificados nas figuras de Michel Temer, no Brasil, e Mauricio Macri, na Argentina.
A Venezuela foi suspensa do bloco por não cumprimento de protocolos, entre eles, a TEC. A
Argentina também não cumpriu, mas não foi suspensa.
A suspensão da Venezuela está mais associada a questões de ordem política do que a
questões de ordem econômica ou técnica: a destituição da ex-presidente Dilma Rousseff, por
meio do impeachment, e a eleição de Mauricio Macri, substituindo Cristina Kirchner. Tanto
Dilma quanto Cristina eram de esquerda e favoráveis à política promovida por Nicolás Madu-
ro, que é muito questionado em função da sua política opressiva e desrespeito aos direitos
humanos no Estado bolivariano da Venezuela.
O estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) e a adoção de uma política co-
mercial comum em relação a terceiros países ou blocos econômicos. Cabe ao Mercosul o es-
tabelecimento das relações entre países não membros do bloco e outros blocos econômicos,
com o objetivo de fortalecimento da política econômica entre os países integrantes por meio
do tratado de Assunção.
Produtos originários do território de um país signatário terão, em outro país signatário, o
mesmo tratamento aplicado aos produtos de origem nacional reservado o direito ao trata-
mento isonômico, sem segregação, ao contrário do praticado pelos Estados Unidos por meio
do estabelecimento de subsídios agrícolas, o que tem gerado um impacto extremo na política

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econômica por parte do Estado mexicano, que é o lado mais fraco do bloco do Nafta (Estados
Unidos, Canadá e México).
Nas relações com países não signatários, os membros do bloco assegurarão condições equi-
tativas de comércio. Desta maneira, aplicarão suas legislações nacionais para inibir importações
cujos preços estejam influenciados por subsídios, dumping ou qualquer outra prática desleal.
Um produto de qualquer dos países signatários deve receber o mesmo tratamento em
qualquer desses países que podem comercializar com países alheios ao bloco, mas há uma
restrição comercial. Por isso, o Mercosul é chamado de União Aduaneira incompleta.
Enquanto nas zonas de livre comércio é possível comercializar com países que não per-
tençam ao bloco, existe na União Aduaneira um rol de países com o qual é autorizado o co-
mércio e, ainda assim, mediante a cobrança de tarifas mais elevadas. Esses países, ao co-
mercializar de maneira pessoal com outras nações que não pertençam ao bloco, devem levar
em conta a ideia de estar havendo ou não a atribuição de subsídios agrícolas e dumping. O
dumping é uma política caracterizada por reduzir o preço da mercadoria abaixo do valor justo
objetivando quebrar a concorrência.

Protocolos Complementares ao Tratado Fundador


O Tratado de Assunção anexou diversos protocolos complementares:
• 1992 – Protocolo de La Leñas:

Afirma que sentenças provenientes de um país signatário tenham o mesmo entendimento


judicial em outro, sem a necessidade de homologação de sentença.
Esse protocolo trabalha com a ideia da isonomia jurídica. Caso um indivíduo cometa um
crime na Argentina, ele receberá o mesmo tratamento se esse crime fosse cometido no país
de origem.

• 1994 – Protocolo de Ouro Preto:

Foi o protocolo que deu ao Mercosul personalidade jurídica de direito internacional, tor-
nando possível sua relação com outros países, organismos internacionais e blocos econômi-
cos. Os acordos comerciais com outros países tornaram-se possíveis a partir do momento
em que o MERCOSUL adquiriu personalidade jurídica de direito internacional.

• 1998 – Protocolo de Ushuaia:

No Brasil, esse protocolo foi aprovado através do Decreto Legislativo n. 452, de 14 de no-
vembro de 2001, e promulgado através de Decreto n. 4 210, de 24 de abril de 2002. O protocolo
estabelece que deve haver relações democráticas entre os países integrantes do MERCOSUL.

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Exemplo
A adesão da Venezuela, em 2012, constitui uma incoerência, já que existe o pré-requisito de
uma ideia democrática. Nicolás Maduro, que sucedeu a Hugo Chavez, pratica uma política
relacionada à ditadura, de desrespeito aos direitos humanos, o que contraria o Protocolo de
Ushuaia. Portanto, a entrada da Venezuela no MERCOSUL foi uma postura mais política do
que técnica, já que, desde o princípio, contraria o estabelecido.

• 2002 – Protocolo de Olivos:

Aprimorou o Protocolo de Brasília mediante a criação do Tribunal Arbitral Permanente de


Revisão do Mercosul. Esse tribunal passou a revisar laudos expedidos pelos Tribunais Ar-
bitrais, em caso de contestação. Seus árbitros são nomeados por um período de dois anos,
com possibilidade de prorrogação. As decisões deste tribunal têm caráter obrigatório para os
Estados envolvidos nas controvérsias, não estão sujeitas a recursos ou revisões e, em relação
aos países envolvidos, exercem força de juízo.

2003 - Acordo de Complementação Econômica Mercosul


Foi um acordo entre Colômbia, Equador e Venezuela. Num primeiro momento, Colômbia,
Equador e Venezuela são admitidos como membros associados. Lembre-se que os integran-
tes nesse momento são Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e são os responsáveis pela ges-
tão do bloco econômico (estabelecimento de diretrizes e critérios de legislação que permitem
o funcionamento do bloco).
Os associados dão uma contribuição financeira e recebem alguns benefícios, entre eles,
uma tarifa mais amena, se comparada a países não membros, ou uma tarifa superior, se com-
parada aos países integrantes.
Nesse acordo foi estabelecido um cronograma para a criação de uma zona de livre-co-
mércio entre os Estados signatários e os membros plenos do Mercosul, com gradual redução
de tarifas.
Em 2004 a Venezuela foi elevada ao status de membro associado sem ao menos concluir
o cronograma firmado com o Conselho do Mercado Comum que estabelecia um prazo mínimo
de 2 anos. Em 2012, a Venezuela torna-se integrante do bloco econômico do MERCOSUL. A
investida venezuelana encontrou forte resistência nos congressos do Brasil e do Paraguai.
O Protocolo de Adesão da Venezuela foi assinado em 2006 por todos os presidentes de
países do bloco. Não basta a assinatura dos presidentes dos países do bloco. É necessária
a ratificação por parte dos Congressos Nacionais dos respectivos países. O Congresso do
Brasil o fez somente em dezembro de 2009.
O Congresso paraguaio não o aprovava e, dessa forma, impossibilitou a adesão plena da
nação caribenha.

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Foi com a suspensão do Paraguai e com a destituição sumária de Fernando Lugo da presi-
dência por meio de um golpe, que os presidentes do Mercosul decretaram a suspensão paraguaia
até a eleição presidencial seguinte, em abril de 2013. Um mês depois, os presidentes do bloco
reconheceram a adesão plena da Venezuela e diversos acordos comerciais foram firmados.
O grande interesse do bloco é em relação ao petróleo da Venezuela até 2013. A partir des-
sa data, a Venezuela começou a ter problemas para vender o seu petróleo por conta de uma
disseminação de barris que acarretou uma diminuição no preço. A Venezuela é extremamente
dependente da venda de petróleo, o que resultou num processo de desabastecimento, um dos
pilares que correspondem à suspensão desse país do bloco.
O primeiro pilar é de ordem técnica (não cumprimento dos protocolos estabelecidos pelo
tratado de Assunção), política (sai Mauricio Macri e Temer, que são contrários à permanência
da Venezuela), econômica (a crise de desabastecimento promove uma migração em massa
desses indivíduos para os países do MERCOSUL).
No Brasil, a entrada dá-se pelo Acre e em novembro de 2015, o então recém-eleito presidente
da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que pediria a suspensão da Venezuela do Mercosul, porém,
devido aos resultados das eleições legislativas, ele recuou da proposta duas semanas depois.
Veja a composição do Mercosul:
• Membros: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.
• Associados: Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
• Observadores: Nova Zelândia e México.

A Bolívia é o mais novo membro do Mercosul. No entanto, para a sua integração definitiva,
falta ainda a ratificação do seu ingresso por alguns parlamentos nacionais. Na Bolívia, Evo
Morales tentou promover a estatização da Petrobrás, que ali se encontrava para a extração de
gás e petróleo (pouco), o que causou atritos com o Presidente Lula, que foram contornados
pela via diplomática.
A entrada da Bolívia poderá acarretar problemas semelhantes ou ainda maiores do que
a entrada da Venezuela em 2012. Uma das críticas ao Mercosul são os poucos acordos de
livre-comércio com outros países ou blocos econômicos. Só possui três acordos, com Egito,
Israel e Palestina.
Observe um comparativo entre os blocos:

PIB (milhões Países


Entidade Área Km2 População
de U$$) integrantes
Mercosul 17,3 365.000.000 3,9 10
Nafta 21,5 430.000.000 12,8 3
União Europeia 3,9 456.000.000 11,1 27

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O bloco sul-americano negocia há mais de uma década um acordo de livre-comércio com


a União Europeia. As negociações enfrentam impasse principalmente devido à resistência
da Argentina em reduzir as tarifas de importação, por conta do receio de que a abertura do
mercado aos manufaturados europeus enfraqueça as indústrias nacionais. Por outro lado, há
quem defenda que os ganhos no médio prazo com o aumento das exportações podem com-
pensar essas eventuais perdas iniciais.
O MERCOSUL conta uma presidência rotativa, cada país-membro preside o bloco por um
período de seis meses.
Veja:
• De janeiro a julho de 2016, a presidência esteve a cargo do Uruguai; de agosto a dezem-
bro, a presidência é da Venezuela.

No entanto, Brasil, Argentina e Paraguai se opõem que a Venezuela assuma a presidência


pro-tempore. Só o Uruguai concorda. A Venezuela declarou que assumiu a presidência rota-
tiva, mas os três países alegam que a presidência tem de ser assumida em uma reunião com
a presença dos chefes do executivo dos países-membros do bloco.
Os três países alegam que, quatro anos após o seu ingresso, em 2012, a Venezuela não se
adequou à legislação do bloco.
A Venezuela cumpriu apenas 25% das obrigações estabelecidas pelos protocolos do Mer-
cosul. Segundo os países, a Venezuela segue sem assinar o Protocolo de Assunção sobre
Direitos Humanos do Mercosul, estabelecido em 2015, e outras normativas em matéria eco-
nômica que levaria a sua suspensão.
Com base no protocolo de Ouro Preto, firmado em 17 de dezembro de 1994 e vigente des-
de 15 de dezembro de 1995, o Mercosul tem uma estrutura institucional básica composta por:
• Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão supremo cuja função é a condução política
do processo de integração.
• Grupo Mercado Comum (GMC), órgão decisório executivo, responsável por fixar os pro-
gramas de trabalho e negociar acordos com terceiros em nome do Mercosul, por dele-
gação expressa do CMC.
• Comissão de Comércio do Mercosul (CCM), um órgão decisório técnico, é o responsável
por apoiar o GMC no que diz respeito à política comercial do bloco.
• Comissão Parlamentar Conjunta (CPC), órgão de representação parlamentar, integrada
por até 64 parlamentares, 16 de cada Estado-parte. A CPC tem um caráter consultivo,
deliberativo e de formulação de Declarações, Disposições e Recomendações.

Caro (a) concurseiro (a), o Parlamento do Mercosul foi constituído no dia 06 de dezembro
de 2006, em substituição à Comissão Parlamentar Conjunta.

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• Foro Consultivo Econômico Social (FCES), é um órgão consultivo que representa os


setores da economia e da sociedade, que se manifesta por Recomendações ao GMC.
• Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM), que é um órgão per-
manente do CMC, integrado por representantes de cada Estado-parte e presidida por
uma personalidade política destacada de um dos países partes. Sua função principal
é apresentar iniciativas ao CMC sobre temas relativos ao processo de integração, as
negociações externas e a conformação do Mercado Comum.

Meu caro (a) concurseiro (a), agora que trabalhamos, e digo de passagem, de forma por-
menorizada a parte teórica temos um compromisso fundamental para o caminho de sua
aprovação a realização dos exercícios com diversas:
• Questões comentadas.

É importante salientar que a divisão em três módulos de questões visa abarcar as diver-
sas formas que o conteúdo de urbanização poderá ser cobrado nos mais variados concur-
sos. Lembre-se de que a resolução de questões é um MOMENTO CRUCIAL para sua apro-
vação, pois:

https://www.pensador.com/frase/NjA0MTkz/

Diante do exposto acima vamos colocar a mão na massa e iniciar um belo treinamento
a partir da resolução de questões. Certo que posso contar com seu empenho, dedicação e
compromisso, vamos lá!

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EXERCÍCIOS
No que diz respeito a países do Norte desenvolvido, julgue os itens a seguir.

001. A globalização é um fenômeno político, econômico e cultural que impacta, de forma


equivalente, os países do Norte desenvolvido e os do Sul subdesenvolvido.

A divisão Norte/Sul não é uma divisão geográfica, mas econômica, a divisão geográfica cabe
à linha do Equador. O Norte, de acordo com essa divisão econômica, é rico, desenvolvido e
com elevado nível de industrialização. O Sul, por outro lado, é considerado pobre e em pro-
cesso de industrialização, com um grande número de pessoas abaixo da linha da pobreza. A
desigualdade social é bastante marcante na porção sul da linha Norte/Sul. A globalização,
fenômeno marcado pela organização cultural, integração de mercados e disseminação infor-
macional, é um fenômeno político, econômico e cultural, que impacta de forma desigual os
países do Norte desenvolvido e Sul subdesenvolvido, uma vez que os países do Norte estão
mais integrados ao fenômeno da globalização.
Errado.

002. O texto a seguir deverá ser utilizado para a resolução da questão.


“Mas nesta nova época dita de globalização não há propriamente um mercado global, embo-
ra o vejamos assim nomeado nos jornais. A inteligência dita global fica com as instituições
internacionais – Nações Unidas, Banco Mundial, FMI, igrejas globais. O exercício do trabalho
global é feito por firmas que chamamos de globais, mas que não o são realmente. Elas esco-
lhem as frações do mundo em que desejam atuar e as fragmentam ainda mais. Isso pouco
lhes importa. O que significa que os atores que movem o chamado mundo globalizado, de um
lado, não são globais, e, de outro lado, são cegos. Cegos para o que está em torno deles, por-
que a ação das firmas multinacionais e internacionais é indiferente aos contextos em que se
inserem, pouco se incomodando com o resultado da sua presença para o que está ao redor.
Só pensam em si próprias.”
(SANTOS, M. Território e Sociedade. Entrevista com Milton Santos. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo,
2000, p. 29)

A partir do texto, pode-se concluir que:


a) O autor faz uma crítica, por meio de características pontuais, ao atual processo de globa-
lização, ressalvando a importância que o mesmo possui para os países subdesenvolvidos.
b) O autor deixa claro que, com a globalização, as grandes corporações e instituições interna-
cionais se preocupam prioritariamente com o desenvolvimento social.

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c) O autor destaca o caráter excludente da globalização, enfatizando que o domínio do conhe-


cimento e do mercado fica realmente nas mãos de poucos, como as instituições internacio-
nais e as empresas multinacionais.
d) Há uma crítica ao outro lado da globalização, em que as populações mais desprovidas his-
toricamente têm acesso mais barato à informação e aos meios de comunicação em massa
como a Internet.
e) O controle do mercado global é realizado pelos países ditos desenvolvidos, os quais domi-
nam instituições como igrejas globais, FMI, entre outros.

a) Errada. Não se trata de características pontuais.


b) Errada. As instituições internacionais não estão preocupadas de forma prioritária com o
desenvolvimento social.
c) Certa. O autor do texto cita as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Interna-
cional (FMI) e as empresas multinacionais, que promovem um lobby voltado a favorecer uma
legislação que promova o lucro bastante acentuado dessas grandes corporações.
d) Errada. A tecnologia tem um papel muito importante dentro do processo de globalização,
barateando a estrutura relacionada ao desenvolvimento desse setor operacional, que é res-
ponsável pelo fenômeno de globalização.
e) Errada. Não necessariamente as igrejas globais estão relacionadas aos países de-
senvolvidos.
Letra c.

003. O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é


a evidência de que o mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros
das fronteiras nacionais ou dos protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram
oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos blocos nacionais ou pelos acordos
comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses comerciais particu-
lares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Em relação ao Brasil, o processo de globalização diminuiu a concorrência entre produtos agrí-
colas no mercado internacional, o que impulsionou a modernização da agricultura no país.

É importante lembrar da PAC (Política Agrícola Comum), que foi formulada pela União Euro-
peia a partir do Tratado de Roma (1957), formado por duas partes. A primeira parte é o Trata-
do Constitutivo da Comunidade Econômica Europeia; e a segunda parte é o Tratado Consti-

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tutivo da Comunidade Europeia de Energia Atômica. A primeira parte do tratado contém uma
política agrícola comum, onde os países integrantes da União Europeia terão livre circulação
de produtos agrícolas. Existe um protecionismo contra a entrada de países emergentes, e
isso, claramente, não significa tombar as fronteiras nacionais. As barreiras estabelecidas pe-
los blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam a normatizar a competição em favor
dos interesses comerciais particulares de cada país. É, pois, no mercado e nas expectativas
de consumo, que ele propicia que se materialize o fenômeno de globalização. A globalização
não diminui, mas aumenta a concorrência, e o impulso para a modernização agrícola do Brasil
se deu na década de 1960, a partir do fenômeno da Revolução Verde.
Errado.

004. Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
O dinamismo da economia, instaurado a partir do processo de globalização e evidenciado
pelo aumento da produção industrial, teve como vantagem o aumento jamais visto da deman-
da por mão de obra e, portanto, o pleno emprego nos países ricos.

Essa economia mais instantânea, em termos de dinamismo, vai evidenciar o aumento da pro-
dução industrial. Não houve o aumento da mão de obra, em função da introdução da inte-
ligência artificial, da robótica, das indústrias automatizadas, que acabam caracterizando o
fenômeno da quarta globalização (Nova Ordem Mundial). Na Nova Ordem Mundial, há uma
grande presença de indústrias automatizadas na Alemanha, prática que se tornou bastante
comum, na qual as empresas têm na figura do homem apenas o elemento supervisão. A pri-
meira globalização se relaciona ao movimento das grandes navegações; a segunda, à Primei-
ra Revolução Industrial; a terceira, à Guerra Fria.
Errado.

005. Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
A globalização econômica produziu a segmentação do espaço econômico mundial, expressa
por meio da formação de blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.

Apesar do nome, o MERCOSUL é uma união aduaneira, caracterizada pela redução ou elimi-
nação das tarifas alfandegárias, caracterizada pela circulação de mercadorias, estabeleci-
mento de uma TEC (Tarifa Externa Comum).
Certo.

006. A globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro, fundamentado no al-


cance mundial do mercado, que aumentou os fluxos comerciais entre países e blocos de países.

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A globalização, além de um fenômeno econômico-financeiro, também é um fenômeno cultu-


ral, com a massificação de jovens através das informações obtidas nas redes sociais.
Errado.

007. Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, um dos vetores da globalização,


aumentam também as possibilidades de expansão das atividades do crime organizado, como
o terrorismo, as máfias e o tráfico de drogas ilícitas.

Essas possibilidades foram aumentadas, uma vez que as fronteiras se tornaram mais perme-
áveis, principalmente entre países integrantes de um mesmo bloco econômico. Lembrar-se
dos pilares da crise europeia: o Brexit (saída do Reino Unido da UE), o PIGS (países em cri-
se econômica) e o ACNUR (Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). Se, em um
primeiro momento, a Europa recepcionou os refugiados, vindos principalmente da Ásia e da
África, no segundo momento a Europa fechou suas fronteiras. A Europa buscou evitar, assim,
que ocorressem atos de terrorismo.
Certo.

008. Barreiras não alfandegárias são exemplos de barreiras estabelecidas por blocos de pa-
íses, por meio das quais as questões ambientais, sanitárias e sociais assumem importância
estratégica no comércio dos países exportadores.

Os blocos econômicos irão reduzir ou eliminar as tarifas alfandegárias com o objetivo de


facilitar a transação comercial, principal aspecto defendido pela globalização. Existem, sim,
critérios vinculados a barreiras sanitárias e sociais no sentido de comercializar entre países,
mesmo os pertencentes ao mesmo bloco econômico.
Certo.

009. A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a poro-


sidade das relações entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios
para a defesa e a segurança do Estado.

A permeabilidade das fronteiras possibilitou o tráfico internacional, a pirataria biológica e,


também, o tráfico humano.
Certo.

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010. A respeito desse tema, julgue o item. A globalização econômica trouxe consigo a possi-
bilidade de aumento da interação entre os processos produtivos e o consumo, mas também
a presença estratégica de grandes empresas globais vinculadas, direta ou indiretamente, ao
aparelho político e estratégico de Estados nacionais que utilizam a internacionalização para
a realização de seus interesses nacionais e para reforçar suas capacidades decisórias.

Trata-se da ideia do lobby, estratégia de grandes empresas globais que se juntam para a rea-
lização de seus interesses nacionais e para reforçar as suas capacidades decisórias. Muitas
vezes, essas grandes corporações infiltram indivíduos dentro do setor executivo com o objeti-
vo de que esses indivíduos promovam uma legislação específica que favoreça esses grandes
grupos, instituições.
Certo.

011. Os blocos econômicos são a mais recente alternativa adotada pela maioria dos Estados
do mundo para ampliar as suas respectivas relações econômicas. Tal aspecto vem contri-
buindo para a construção de uma nova forma de regionalização mundial. Assinale a alternati-
va que apresente a mais importante entre as causas para a formação dos blocos econômicos
no mundo contemporâneo.
a) surgimento do dinheiro.
b) instalação da indústria avançada em nível global.
c) consolidação da Globalização.
d) transformação do capitalismo financeiro em capitalismo industrial.
e) emergência de um espírito mundial de solidariedade.

Um bloco econômico é formado por um conjunto de países visando a facilitar suas relações
comerciais por meio de acordos. Um dos elementos interessantes dentro do bloco econômi-
co é o favorecimento das relações comerciais por meio da redução ou eliminação das tari-
fas alfandegárias. b. Atualmente, ainda há regiões sem indústrias de nível global. d. Houve a
transformação do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro durante a Revolução
Industrial. O dinheiro se torna mais importante que o processo de fabricação de mercadorias,
através do estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial.
Letra c.

012. “A formação de blocos econômicos tem por objetivo criar condições para dinamizar e
intensificar a economia num mundo globalizado. Em todas as modalidades de blocos econô-
micos, o intuito é a redução e/ou eliminação das tarifas ou impostos de importação e expor-
tação entre os países-membros”.
(Disponível em:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br.br/geografia/blocos-economicos.htm)

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Com base na conceituação acima apresentada, assinale a alternativa que não apresenta um
bloco econômico.
a) União Europeia.
b) Mercosul.
c) BRICS.
d) Comunidade Andina.

a) Errada. Bloco econômico criado por meio do Tratado de Maastricht, em 1993.


b) Errada. Estabelecido como bloco econômico por meio do Tratado de Assunção, em 1991.
c) Certa. O BRICS é um organismo internacional que busca relações mais equitativas para o
comércio global. Os países do G7, as nações mais ricas e industrializadas, acabam tendo o
maior privilégio nesse mercado global. O BRICS, em contrapartida, busca relações de equilí-
brio no comércio mundial, uma vez que os países do BRICS recebem as tecnologias desses
países com grande nível de desenvolvimento e a sua matéria-prima não consegue uma entra-
da tão maciça nesses mercados em função do protecionismo. É formado pelo Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul.
d) Errada. Bloco econômico relacionado aos países dos Andes.
Letra c.

013. Leia o texto a seguir: O destino dos países é a formação dos Blocos Econômicos em
querer prever o futuro, Thomas Richter, alemão, doutor em Direito Comparado e professor vi-
sitante da USP, defende: a saída para os países é a união em blocos. Primeiro, para a criação
de mercados, depois, atingindo as liberdades pessoais até chegar ao multiculturalismo.
Fonte: Diário do Nordeste, 02/11/2008. Disponível em: diariodonordeste.globo.com
De acordo com a configuração da economia do mercado, pode-se dizer que a previsão citada
no texto é:
a) acertada, pois não é mais possível imaginar a globalização mundial sem a presença e atu-
ação dos blocos econômicos.
b) equivocada, uma vez que os blocos econômicos são uma tática econômica atualmente em
desuso no mundo afora.
c) acertada, porque os países desenvolvidos vêm se agrupando em blocos para fazer frente
ao poderio dos Estados Unidos e da União Europeia.
d) equivocada, porque a formação dos blocos econômicos foi predominante no século XX e
vem sendo substituída pelos agrupamentos políticos e comerciais, como a ONU (Organização
das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio).

A União Europeia é um bloco econômico que, atualmente, possui 27 países. É muito importan-
te não confundir União Europeia com a Zona do Euro, que é o conjunto de 19 países que ado-

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taram o euro como moeda comum. Não se deve confundir, também, com o Espaço Schengen,
formado por 30 países, sendo 26 deles da União Europeia, incluindo também Liechtenstein,
Noruega, Islândia e Suíça. O Espaço Schengen tem como compromisso promover a troca
cultural. Os blocos econômicos estão em grande ascensão no momento em que se vive de
grande expansão da globalização.
Letra a.

014. A iniciativa para as Américas, lançada pelo presidente George Bush em junho de 1990,
se inseria na orientação reformista: a sua meta consistia na formação de uma zona de livre
comércio em todo o continente americano, com a exclusão de Cuba. Essa zona de integração
econômica é chamada de:
a) Mercado Comum do Sul (Mercosul).
b) União Europeia.
c) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
d) Zona da Bacia do Pacífico.
e) Novos Países Industrializados (NPIs).

Desde 1962, Cuba está submetida ao bloqueio econômico imposto pelo Estados Unidos.
a) É composto pela Argentina, Paraguai, Uruguai e República Bolivariana.
b) Composta por 27 países da Europa.
c) Não chegou a ser formada.
Letra e.

015. A União Europeia (EU) entrou em vigor em novembro de 1992, de acordo com o chamado
Tratado de Maastricht, assinado em dezembro de 1991. É constituída por um bloco de países
europeus ocidentais que visa a:
a) Estabelecer critérios para a redução da imigração e manter a alta qualidade de vida exis-
tente na Europa.
b) Consolidar a economia entre os países-membros, tornando-os um mercado único e alta-
mente competitivo no mundo.
c) Combater e erradicar o fundamentalismo religioso muçulmano, com a tomada de medidas
antiterroristas.
d) Impedir o crescimento econômico de países emergentes, como a China, e competir com o
forte e tradicional mercado norte-americano.

a) Errada. Trata-se de um mercado comum que visa, além da circulação de mercadorias, a


circulação de pessoas.

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b) Certa.
c) Errada. Não tem esse objetivo.
d) Errada. Pode até competir com o mercado americano, mas não tem como objetivo impedir
o crescimento da China.
Letra b.

016. “Temerosos sobre o futuro da Grécia, os investidores começam a se preocupar com a


capacidade da Europa de evitar o ‘Grexit’, como foi apelidada o que pode vir a ser a saída da
Grécia da zona do euro.” (O Globo, 17/02/2015.) Sobre a política de austeridade imposta pelo
Banco Central Europeu e o FMI a alguns países da zona do euro, analise as afirmativas a seguir.
I – A economia grega viveu uma recessão sem precedentes em tempos de paz, encolhendo
25% do PIB nos últimos 5 anos.
II – Os movimentos populares, como o Podemos na Espanha, ganharam espaço político gra-
ças ao discurso anti-austeridade.
III – A adoção dessa política provocou o empobrecimento da classe média e aumentou signi-
ficativamente o desemprego.
Assinale:
a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
b) Se somente a afirmativa III estiver correta.
c) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) Se todas as afirmativas estiverem corretas.

I – Há três crises associadas à U.E., sendo elas: crise do PIIGS, crise do ACNUR e a crise
do BREXIT.
II – O movimento Podemos é contrário a qualquer política de austeridade fiscal, uma vez que
os membros não aceitam um processo de aumento dos tributos.
III – A classe média luta contra se decair para a classe pobre
Letra e.

017. A ocorrência do processo de globalização tem seu primórdio a partir das grandes nave-
gações empreendidas por Portugal e Espanha no século XV. É fato que atualmente a globali-
zação representa um profundo antagonismo na realidade mundial. Acerca da afirmativa que
ilustra o exposto, análise.
I – Ao mesmo tempo que se cria possibilidades de um mundo unificado, agravam-se as ve-
lhas desigualdades, bem como surgem novas. Beneficia os países, grupos e pessoas mais
ricas em detrimento dos pobres.

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II – Reorganização do sistema financeiro internacional, de acordo com as exigências dos


grandes complexos empresariais e dos países desenvolvidos, bem como o rápido desloca-
mento de imensas somas de dinheiro e a interdependência de praticamente todas as bolsas
de valores.
III – Uso do inglês como língua universal, facilitando as trocas de informações entre diferen-
tes pessoas, grupos e povos.
IV – A revolução da informática influencia os mais diversos setores da vida social, acelerando
os transportes e os fluxos de informações, encurtando o tempo e o espaço.
Está correta apenas a afirmativa:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.

A globalização possui quatro fases:


1) Expansão Marítima;
2) Primeira Revolução Industrial;
3) Biotecnologia;
4) Indústrias automatizadas.
I – A globalização tem possibilidade de unificar, mas promove o aumento do abismo social,
beneficiando o G7.
Letra a.

018. O Mercosul foi fundado a partir do Tratado de Assunção em 1991, por Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai. A Venezuela, em 2006, solicitou sua entrada no bloco, o que foi efetivado
em 2012. Que outro país também solicitou a entrada como membro permanente do Mercosul,
mas ainda não foi integrado ao grupo?
a) Bolívia.
b) Chile.
c) Colômbia.
d) México.
e) Peru.

a) Certa. A Bolívia solicitou sua entrada, mas ainda não houve aprovação.
b) Errada. O Chile é associado desde 1996.

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c) Errada. A Colômbia é associada desde 2003.


d) Errada. O México é um dos países observadores, juntamente com a Nova Zelândia.
e) Errada. O Peru é associado desde 2003.
Letra a.

019. “Grécia e China: dois países que hoje encaram os reflexos da grande crise financeira de
2008. Na Grécia, o impacto do colapso nos mercados financeiros globais provocados pela
quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, foi imediato. As-
sim como outros países muito endividados, a Grécia sofreu uma fuga de capitais, entrou em
colapso em 2010 e iniciou seu longo calvário de pacotes de socorro, ajuste fiscal, desemprego
e recessão. Na China, a crise de 2008 produziu um efeito colateral cujos riscos à economia
são sentidos hoje.”
O Globo, 9/7/2015, p. 19 (com adaptações).

Acerca do assunto abordado no texto anteriormente apresentado, julgue o item que se segue,
considerando o cenário econômico global contemporâneo. Uma desaceleração da economia
chinesa, como está ocorrendo na atualidade, reflete diretamente na economia mundial, em
face da importância assumida pelo país asiático nos mercados globais, seja como exportador
de bens e de capitais, seja como importador de grande dimensão.

Reflete diretamente na economia mundial devido ao fato de que a globalização promove a


integração entre os mercados.
Certo.

020. Tanto a população da Grécia quanto a da China, apesar das inúmeras especificidades
de cada uma, manifestaram-se, por meio de plebiscitos, contra as medidas de austeridade
propostas pelos governos para a saída da crise.

O plebiscito é a consulta popular antes da lei posta; o referendo é a consulta popular após a
lei posta. No governo da China, por ser autocrático, não há consulta popular.
Errado.

021. De acordo com a ONG Transparência Internacional, em ranking divulgado no dia


03/12/2014, o Brasil melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no levantamento que
avaliou 175 países e territórios. Ainda segundo o estudo, o Brasil é o segundo país com a
melhor percepção sobre corrupção no setor público dos BRICS. De acordo com a tabela apre-
sentada e excetuando o Brasil, citado no texto, qual o único país classificado que faz parte do
grupo dos BRICS?

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a) Dinamarca.
b) África do Sul.
c) Coreia do Norte.
d) Suécia.
e) Canadá.

Alguns países do ranking da ONG Transparência


Internacional
País Posição no ranking
Dinamarca 1º
Suécia 4º
Canadá 10º
África do Sul 68º
Coreia do Norte 174º

O BRICS é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.


Letra b.

022. No final da década passada, o mundo assistiu a uma crise financeira, cujos resquícios
persistem ainda hoje nos países com economias mais frágeis. Considerando esse contexto,
julgue o próximo item. No quadro atual da economia mundial, as crises tendem a ser cíclicas
e, em geral, também se globalizam.

No quadro atual da economia mundial, a capacidade de produção é maior que a capacidade


de venda devido ao desenvolvimento de novas tecnologias, ou seja, a tecnologia é responsá-
vel pelo aumento da produtividade. Diante de um mundo globalizado com mercados integra-
dos, conclui-se que as crises são cíclicas e atingem o mercado.
Certo.

023. O fim da ordem bipolar característica da Guerra Fria promove o surgimento de uma ordem
multipolar devido à desintegração da URSS que por volta do início dos anos 90 já não participa
da tomada das grandes decisões globais. São elementos constitutivos da nova ordem mundial
a integração de mercados, a disseminação informacional e a homogeneização cultural.
Entre as características desse momento marcante podemos destacar:
a) Os acordos entre as nações que favorecem a prática comercial reduzindo o abismo social
existente entre as classes sociais.
b) O crescimento da economia informal permitindo o desenvolvimento precoce de jovens
quando comercializam ideias e serviços de grande apelo global.

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c) Estimulam a formação de grandes blocos econômicos como a União Europeia, BRICS, MER-
COSUL com a finalidade básica de facilitar o fluxo de produtos e investimentos.
d) A promoção do avanço tecnológico através do lançamento de sofisticados sistemas de
comunicação e automação disseminados e acessados em todos os cantos do planeta.
e) Promove e solidifica a hegemonia dos países mais fortes, fortalecendo a presença do ca-
pital especulativo apesar de exercer reduzido controle sobre as políticas econômicas de de-
terminados países.

a) Errada, os acordos entre as nações favorecem a prática comercial, contudo não ocorre a
redução do abismo social existente entre as classes sociais.
b) Certa.
c) Errada, estimulam a formação de grandes blocos econômicos como a União Europeia e
MERCOSUL, O BRICS não é considerado um bloco econômico.
d) Errada, a promoção do avanço tecnológico através do lançamento de sofisticados siste-
mas de comunicação e automação disseminados e acessados ocorrem em alguns cantos
do planeta.
e) Errada, promove e solidifica a hegemonia dos países mais fortes, fortalecendo a presença
do capital especulativo intensificando o controle sobre as políticas econômicas de determi-
nados países.
Letra b.

024. A globalização é um dos pilares da nova ordem mundial e faz parte do processo de ex-
pansão do capitalismo que atinge as diversas esferas da sociedade em escala planetária.
Sobre a globalização e suas características é correto afirmar:
a) A globalização promove a diminuição da economia informal fortalecendo os vínculos em-
pregatícios diante de uma maior fiscalização pelos órgãos governamentais.
b) Obrigam os países emergentes a gerenciar adequadamente os seus programas de esta-
bilização econômica e estimula o regime a estatização de empresas, especialmente aquelas
mais lucrativas.
c) Promove a formação de grandes blocos econômicos onde união comercial dessas nações
tem a finalidade básica de facilitar o fluxo de produtos e investimentos.
d) É marcante a valorização da mão de obra qualificada e a tendência à homogeneização do
espaço mundial que é fundamentalmente inclusivo.
e) Embora apresente tendência à fragmentação do espaço mundial tem reduzido as desigual-
dades socioeconômicas.

A globalização promove o crescimento da economia informal enfraquecendo os vínculos em-


pregatícios, além de potencializar a competitividade e o regime de privatização de empresas.

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O fenômeno global promove a formação de grandes blocos econômicos onde a união co-
mercial dessas nações tem a finalidade básica de facilitar o fluxo de produtos e investimen-
tos. É marcante a valorização da mão de obra qualificada e a tendência à homogeneização
do espaço mundial que é fundamentalmente excludente e seletivo. A globalização apresenta
uma tendência à fragmentação do espaço mundial e tem intensificado as desigualdades so-
cioeconômicas.
Certo.

025. A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos
fluxos comerciais que elas provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode
ser abstraída da lista das forças às quais deve ser imposta a adaptação dos mais fracos e
desguarnecidos.”
François Chesnais. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).
Tendo como referência inicial a nova ordem mundial indique a opção correta:
a) A mundialização tem relação unicamente com o fenômeno de globalização que é um dos
processos de aprofundamento econômico, social, cultural e político impulsionado pela inte-
gração de mercados, homogeneização cultural e disseminação informacional.
b) O processo de globalização afeta equitativamente todos os setores da sociedade, princi-
palmente na comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação provocando
o surgimento de uma cultura de massa.
c) A chuva ácida é um dos aspectos associados à intensa industrialização presente diante de
uma sociedade em pleno movimento de mundialização e tem como uma de suas causas as
emissões de gases como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio proveniente de diversos
combustíveis fósseis e dos veículos motorizados que se combinam com o hidrogênio na at-
mosfera e transformam-se em ácido sulfúrico e em ácido nítrico.
d) A nova ordem mundial é um fenômeno caracterizado pela bipolarização destacando-se o
fortalecimento de blocos econômicos, a política neoliberal e o fortalecimento da globalização.
e) A política neoliberal é um modelo econômico que foi adotado após a desintegração da
URSS sendo caracterizada pela forte intervenção do estado na economia principalmente em
momentos críticos.

A mundialização tem relação com o fenômeno de globalização não afetando equitativamente


todos os setores da sociedade ocorrendo divergências a partir da linha norte/sul com o nor-
te rico e em pleno processo de globalização e o sul com intensas divergências no processo
de globalização. A nova ordem mundial é um fenômeno caracterizado pela multipolarização,
destacando-se o fortalecimento de blocos econômicos, a política neoliberal e o fortalecimen-

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to da globalização. A política neoliberal é um modelo econômico que foi adotado após a de-
sintegração da URSS sendo caracterizada pela não intervenção do estado na economia a não
ser em momentos críticos.
Letra c.

026. Leia este texto:


Faces da globalização
Milhões de pessoas vão todas as semanas às lojas Wal-Mart, que possuem novecentos em-
pregados proibidos de se sindicalizarem. Os trabalhadores da empresa McDonald’s são tão
desprezados como a comida que servem. Eles também não podem se sindicalizar. Na Malá-
sia, o governo criou a “União Livre”, uma organização do setor eletrônico independente de sin-
dicatos. No Brasil, de cada cinco operários da Volkswagen, só um é empregado da empresa.
A China produz a metade de todas as bonecas Barbie do mundo com 300 empresas tercei-
rizadas. Oito de cada dez novos empregos na Argentina estão sem nenhuma proteção legal.
GALEANO, E. Os Direitos dos trabalhadores: um tema para arqueólogos? (Adaptado)

Considerando o texto e o tema tratado acima, indique a alternativa correta:


a) A flexibilização dos direitos trabalhistas se tornou um aspecto marcante da globalização
com a justificativa de preservação de empregos a partir da redução de custos laborais.
b) A globalização é um fenômeno voltado unicamente para desconcentração espacial da in-
dústria e da tecnologia.
c) A melhoria das condições de trabalho no Brasil tem uma intima relação com a desmobili-
zação dos sindicatos.
d) As mudanças trabalhistas ocorreram somente nos países da periferia do capitalismo.
e) A globalização reduziu o abismo social já que permitiram um processo de qualificação pro-
fissional sem restrição e a distância.

a) Certa. A flexibilização dos direitos trabalhistas se tornou um aspecto marcante da globali-


zação com a justificativa de preservação de empregos a partir da redução de custos laborais.
b) Errada. A globalização é um fenômeno voltado para desconcentração espacial da indústria,
integração de mercados, homogeneização cultural e disseminação cultural.
c) Errada. A piora das condições de trabalho no Brasil tem uma intima relação com a desmo-
bilização dos sindicatos.
d) Errada. As mudanças trabalhistas ocorreram em diversos países, tanto nos centrais como
nos de periferia.
e) Errada. A globalização ampliou o abismo social, já que apenas um pequeno grupo tem
acesso a um processo de qualificação profissional sem restrição.
Letra a.

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027. A Guerra Fria é uma expressão jornalística para designar o período compreendido entre
1945 e 1991. A origem está vinculada aos episódios de Hiroshima e Nagasaki e o fim em 1991
com a formação da CEI (comunidade dos estados independentes). A Guerra fria tem como
principais características a atuação de duas superpotências com uma intensa corrida espa-
cial, nuclear e armamentista.
A respeito da dos episódios associados podemos destacar:
a) O endividamento, a russificação, a gerontocracia são aspectos que motivam a desintegra-
ção da URSS.
b) O fim da ordem bipolar, promove o surgimento de uma ordem multipolar, contudo a URSS
por pertencer aos G7 (grupo dos 7 países mais ricos e industrializados do planeta) participa
das principais tomadas de decisões mundiais.
c) A nova ordem mundial promove uma divisão bipolar que se centra em países periféricos e
países centrais esses últimos localizados ao sul.
d) os blocos econômicos são organizações de países voltadas a facilitar as relações comer-
ciais reduzindo ou eliminando as tarifas alfandegárias destacando-se o Mercosul que é o
único mercado comum em funcionamento na atualidade.
e) Os blocos econômicos possuem cinco fases destacando-se o Mercosul como pertencente
a fase de mercado comum.

A gerontocracia, endividamento, russificação são motivos que levaram a desintegração da


URSS. O fim da ordem bipolar promove o surgimento de uma ordem multipolar devido à desin-
tegração da URSS e como não pertence ao G7 (EUA, Japão, França, Inglaterra, Itália, Canadá,
Alemanha) não participa mais das tomadas das grandes decisões mundiais. A nova ordem
mundial promove uma divisão que se centra em países ricos e desenvolvidos ao norte com
elevada tecnologia e em desenvolvimento com sérios problemas sociais localizados ao sul.
Os blocos econômicos são organizações de países voltadas a facilitar as relações comerciais
reduzindo ou eliminando as tarifas alfandegárias. Os blocos econômicos possuem cinco fa-
ses: zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união monetária, união políti-
ca. O Mercosul pertence a fase de União Aduaneira.
Letra a.

028. Após a Segunda Guerra Mundial, o socialismo expandiu-se e foi adotado por Estados
europeus, além da União Soviética. A reorganização econômica do mundo capitalista foi co-
mandada pelos Estados Unidos da América com o auxílio de diversas estratégias, planos
e instituições. A respeito desse contexto que se estende entre 1945 e 1991, assinale a op-
ção correta.

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a) O período destacado é caraterizado por um “equilíbrio do terror”, uma vez que as duas su-
perpotências da época eram detentoras de armas nucleares.
b) O enfraquecimento geopolítico das grandes potências capitalistas europeias e do Japão,
somados ao avanço do socialismo, possibilitou a multipolarização do mundo.
c) A guerra das Coreias foi um momento marcante desse período com forte oposição entre
o socialismo e capitalismo, ocorrendo a vitória esmagador dos EUA personificado em Harry
Truman fruto de uma intensa superioridade militar.
d) O fim da Guerra Fria e o estabelecimento de uma nova ordem mundial ocorre após o enor-
me endividamento da URSS que investia maciçamente no desenvolvimento de uma tecnolo-
gia nuclear a partir da criação da EURATOM.
e) Entre os principais episódios ocorridos no período podemos destacar a Guerra do Afega-
nistão, a fragmentação da Alemanha, a Guerra do Golfo e a desintegração da Iugoslávia.

A multipolarização é fruto da desintegração da URSS devido ao seu endividamento, russifi-


cação, gerontocracia e excessiva burocracia. A guerra fria é marcada por diversos conflitos
indiretos entre eles a guerra das Coreias entre 1950 e 1953, onde não houve vencedores. O fim
da URSS tem forte relação com seu endividamento, contudo não existia qualquer relação com
a criação do EURATOM que se refere à Comunidade Europeia de Energia Atômica a qual os
soviéticos não participam. Por fim, é importante salientar que a desintegração da Iugoslávia
não ocorreu durante a Guerra Fria.
Letra a.

029. Os blocos econômicos são um dos pilares da Nova Ordem Mundial que consiste em
um acordo entre países com o objetivo de facilitar as relações comerciais com a redução ou
eliminação das tarifas alfandegárias. O Mercosul formado pela Argentina, Brasil, Paraguai,
Uruguai e a Venezuela é um organismo que estabelece as regras e os procedimentos para a
integração econômica entre os cinco países.
Sobre este bloco econômico, é correto afirmar que
a) integra países com povoamento, dinâmica econômica e nível de renda muito diferentes.
b) estabelece “fronteiras abertas” para o livre deslocamento de pessoas, produtos e capitais.
c) permite a livre circulação dos bens industriais sem restrições e barreiras alfandegárias.
d) restringe os fluxos migratórios devido às rivalidades históricas existentes dentro do bloco.
e) amplia a competitividade do setor agropecuário devido à diferença no valor da terra.

Os países do Mercosul possuem certa similaridade por serem ex-colônias de exploração e


por encontrarem-se na condição de países em desenvolvimento, contudo existe uma enorme
distinção quanto seu processo de povoamento, economia e renda per capita. As fronteiras

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não estão abertas, não havendo uma livre circulação de bens e capitais. É verdade que existe
um maior estímulo ao comércio com a redução das barreiras alfandegárias, mas continua a
haver certo controle com o estabelecimento de uma TEC (Tarifa externa comum). Por fim, os
fluxos migratórios não são restringidos e não há ampliação da competitividade do setor agro-
pecuário, não havendo uma diferença tão grande entre as terras.
Letra a.

030. No contexto da globalização, uma tendência crescente é a formação de blocos econô-


micos regionais. Esses blocos apresentam diferentes níveis de integração. Um desses níveis
é a união aduaneira que se caracteriza pela:
a) criação de uma moeda única a ser adotada pelos países membros.
b) implantação de uma TEC (tarifa externa comum).
c) livre circulação de mercadorias e serviços provenientes dos países membros.
d) unificação de políticas de relações internacionais entre os países membros.
e) livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros.

a) Errada. A União monetária consiste no estabelecimento de uma moeda comum, como é o


caso do euro.
b) Certa. A união aduaneira é um bloco econômico onde o comércio externo é permitido atra-
vés de uma tarifa externa comum (TEC).
c) Errada. A zona de livre comércio é marcada pela redução ou eliminação das tarifas alfande-
gárias, permitindo apenas a circulação de mercadorias.
d) Errada. A União política é marcada pela integração dos poderes constitutivos: legislativo,
executivo e judiciário.
e) Errada. O mercado comum é um conjunto de países onde as tarifas alfandegárias são redu-
zidas ou eliminadas, permitindo a livre circulação de mercadorias, pessoas e serviços.
Letra b.

031. Os blocos econômicos são a mais recente alternativa adotada pela maioria dos Estados
do mundo para ampliar as suas respectivas relações econômicas. Tal aspecto vem contri-
buindo para a construção de uma nova forma de regionalização mundial. Assinale a alternati-
va que apresente a mais importante entre as causas para a formação dos blocos econômicos
no mundo contemporâneo.
a) surgimento do dinheiro.
b) instalação da indústria avançada em nível global.
c) consolidação da Globalização.
d) transformação do capitalismo financeiro em capitalismo industrial.
e) emergência de um espírito mundial de solidariedade.

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A globalização é fenômeno caracterizado pela integração de mercados, homogeneização cul-


tural e disseminação informacional.
Letra c.

032. “A formação de blocos econômicos tem por objetivo criar condições para dinamizar e
intensificar a economia num mundo globalizado. Em todas as modalidades de blocos econô-
micos, o intuito é a redução e/ou eliminação das tarifas ou impostos de importação e expor-
tação entre os países-membros”.
(Disponível em:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br.br/geografia/blocos-economicos.htm)

Com base na conceituação acima apresentada, assinale a alternativa que não apresenta um
bloco econômico.
a) União Europeia
b) Mercosul
c) BRICS
d) Comunidade Andina

O BRICS é um organismo internacional voltado a discutir questões, frente ao G7, em relação a


equidade comercial, contudo não é um bloco econômico.
Letra c.

033. Leia o texto a seguir:


O destino dos países é a formação dos Blocos Econômicos em querer prever o futuro, Thomas
Richter, alemão, doutor em Direito Comparado e professor visitante da USP, defende: a saída
para os países é a união em blocos. Primeiro, para a criação de mercados, depois, atingindo
as liberdades pessoais até chegar ao multiculturalismo.
Fonte: Diário do Nordeste, 02/11/2008. Disponível em: diariodonordeste.globo.com
De acordo com a configuração da economia do mercado, pode-se dizer que a previsão citada
no texto é:
a) acertada, pois não é mais possível imaginar a globalização mundial sem a presença e atu-
ação dos blocos econômicos.
b) equivocada, uma vez que os blocos econômicos são uma tática econômica atualmente em
desuso no mundo afora.
c) acertada, porque os países desenvolvidos vêm se agrupando em blocos para fazer frente
ao poderio dos Estados Unidos e da União Europeia.
d) equivocada, porque a formação dos blocos econômicos foi predominante no século XX e
vem sendo substituída pelos agrupamentos políticos e comerciais, como a ONU (Organização
das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio).

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Acertada, porque os países desenvolvidos vêm se agrupando em blocos para fazer frente ao
poderio dos Estados Unidos e da União Europeia diante de um mundo caracterizado por mer-
cados integrados.
Letra c.

034. A iniciativa para as Américas, lançada pelo presidente George Bush em junho de 1990,
se inseria na orientação reformista: a sua meta consistia na formação de uma zona de livre
comércio em todo o continente americano, com a exclusão de Cuba. Essa zona de integração
econômica é chamada de:
a) Mercado Comum do Sul (Mercosul).
b) União Europeia.
c) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
d) Zona da Bacia do Pacífico.
e) Novos Países Industrializados (NPIs).

A União Europeia é um mercado comum onde ocorre a circulação de pessoas, mercadorias e


serviços e a presença de uma moeda comum.
Letra b.

035. A União Europeia (EU) entrou em vigor em novembro de 1992, de acordo com o chamado
Tratado de Maastricht, assinado em dezembro de 1991. É constituída por um bloco de países
europeus ocidentais que visa a:
a) Estabelecer critérios para a redução da imigração e manter a alta qualidade de vida exis-
tente na Europa.
b) Consolidar a economia entre os países-membros, tornando-os um mercado único e alta-
mente competitivo no mundo.
c) Combater e erradicar o fundamentalismo religioso muçulmano, com a tomada de medidas
antiterroristas.
d) Impedir o crescimento econômico de países emergentes, como a China, e competir com o
forte e tradicional mercado norte-americano.

“Tratado Maastricht” ou o “Tratado da União Europeia” foi um acordo assinado na cidade Ma-
astricht (Holanda) pelos países europeus em 7 de fevereiro 1992.
Entrou em vigor em 1 de novembro de 1993, como a etapa derradeira para a integração eu-
ropeia, a fim de constituir uma política socioeconômica comum para os países signatários.

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O principal atributo do Tratado Maastricht é que ele aprofundou as reformas realizadas para
implantação da União Europeia (UE). Isso culminou numa dimensão fortemente política, na
medida em que reforçou a legitimidade democrática das instituições já existentes, além de
abordar assuntos como educação, energia, agricultura, meio-ambiente e saúde para a comu-
nidade europeia.
Contudo, a realização da união econômica e monetária também merece destaque, com a cria-
ção da União Econômica e Monetária (UEM) e da moeda única, o Euro, o que facilitou a coor-
denação das políticas econômicas do bloco.
Letra b.

Caro(a) concurseiro(a), você já é um vencedor chegou aqui com muito esforço, perseve-
rança, foco, motivação e é claro suor e numerosas horas de estudo. É mais uma etapa que se
encerra, mas não é o fim estamos em uma longa caminhada e você com seu estudo e dedi-
cação venceu mais uma barreira. Lembre-se que estamos juntos nessa luta que é o mundo
dos concursos e nesse momento só tenho a agradecer o empenho e a confiança depositada.
Finalizo nosso segundo encontro com a frase de Sun Tzu que diz: “Não é preciso ter olhos
abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorio-
so você precisa ver o que não está visível”.
Então somente posso desejar que enxergue as diversas oportunidades, busque com afin-
co seus sonhos, lute diariamente, tenha motivação, foco, determinação, disciplina e treine
bastante que logo colherá os louros da vitória. Agradeço profundamente seu empenho e deixo
meu abraço e desejo de sucesso em seus objetivos.
Abraços e até o próximo encontro.
Júlio Santos.

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GABARITO
1. E 13. a 25. c
2. c 14. e 26. a
3. E 15. b 27. a
4. E 16. e 28. a
5. C 17. a 29. a
6. E 18. a 30. b
7. C 19. C 31. c
8. C 20. E 32. c
9. C 21. b 33. c
10. C 22. C 34. b
11. c 23. b 35. b
12. c 24. C

Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.

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