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do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
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230511128800
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Atualidades
Atualidades Mundo
Luis Felipe Ziriba
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Atualidades Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. A População Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. População Global: Aspectos Globais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. População Global: Pontos Importantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Atualidades da América Latina e dos EUA (+ Coreia Do Norte) . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um pouco de História. 13
2.2. A Esquerdização na América Latina na Década de 2000 e o Atual Momento
Político – e suas Diferenças (2022/2023) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3. Atualidades e a Diáspora na América Latina e, em especial, na América
Central. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4. Unasul x Prosul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.5. O Mercosul. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.6. A Venezuela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.7. Os Estados Unidos Hoje. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3. Atualidades da Europa, do Oriente Médio, da Rússia e da China. . . . . . . . . . . . . . 63
3.1. A Europa, a União Europeia e seus Contextos Atuais Mais Importantes. . . . 63
3.2. A Guerra na Síria e o Contexto Geopolítico no Oriente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.3. Rússia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
3.4. China. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
4. Atualidades Relacionadas a Temas Globais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
4.1. Tecnologia Entretenimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
4.2. O Aquecimento Global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
4.3. A Questão do Ártico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
5. A ONU e os Gs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
5.1. A ONU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
5.2. Os Gs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
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Atualidades Mundo
Luis Felipe Ziriba
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nesta etapa de preparação rumo
à conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar. Meu nome é Luís Felipe Ziriba. Sou formado em
Geografia pela Universidade de Brasília (2004). Sou também, desde 2007, servidor do INCRA
– SEDE, efetivado no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária. Ministro
aulas para concursos desde 2001. Comecei a lecionar aos 20 anos de idade em cursos pré-
vestibulares, tendo seguido para concursos de admissão à carreira militar, como EsPcex, EsA,
entre outros, nas disciplinas Geografia Geral e do Brasil. Lecionei as mesmas disciplinas em
preparatórios para cursos de admissão à carreira diplomática – o Instituto Rio Branco. Aí, no
início da década passada (iniciada em 2010), parti rumo ao desafio de lecionar Atualidades
do Brasil e Mundo, e, também, Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão mais de 20 anos
preparando alunos nos melhores cursos do Distrito Federal, ministrando conteúdos de
Geografia (Brasil, Geral e Mundo), Atualidades (Brasil e Mundo) e Realidade do DF para os
mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, credenciais postas, agradeço a atenção, mas vamos ao que realmente importa,
e obrigado pela atenção!! Saiba que o tempo urge! E assim, com vistas a auxiliá-lo(a) na
preparação para concursos em Atualidades do Mundo, eu dividi o nosso material em SEIS
partes, ok? Então, vamos a elas:
• A POPULAÇÃO MUNDIAL;
• ATUALIDADES DA AMÉRICA LATINA E DOS EUA (+ COREIA DO NORTE);
• ATUALIDADES DA EUROPA, ORIENTE MÉDIO, RÚSSIA E CHINA;
• ATUALIDADES RELACIONADAS A TEMAS GLOBAIS: TECNOLOGIA, ENTRETENIMENTO,
MEIO AMBIENTE, entre outros;
• A ONU e os Gs.
• TEXTOS COMPLEMENTARES COVID 2022/ 2023
Destaco, por fim, caro(a) aluno(a), ser extremamente necessário que realize a leitura
integral dos temas abaixo – e seus respectivos textos complementares, mesmo que haja
em editais recortes balizando períodos específicos, tal como pode (e costuma) acontecer.
Tenha em mente, caro(a) aluno(a), que apenas promovendo a leitura retórica e integral
acerca dos temas, isso desde seu início até o fim, é que se tornará possível ocorrer a
clarificação dos contextos mais recentes de atualidades. E juro, não há como fugir disso!
Pode confiar, ok? A disciplina de Atualidades não está restrita, simplesmente, a uma coleta
de notícias com base no(s) recorte(s) estipulado(s) pelos editais. Em Atualidades, existem
contextos que devem ser percebidos enquanto seus espaços geográficos, agentes, ocasiões
e, sobretudo, antecedentes. Entender isso é a base para que se possa alcançar o melhor
nível de conhecimento pedidos pelas bancas em concursos.
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Então, visto isto, que tal começar? Peço, por favor, caro(a) aluno(a), que resolva também,
após a leitura integral desse material, o nosso caderno de exercícios, apresentado com
vistas à fixação de conteúdo e acréscimo didático. Por fim, avalie meu curso em nossa
plataforma. Obrigado!
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ATUALIDADES MUNDO
Obs.: aula atualizada em maio de 2023.
1. A POPULAÇÃO MUNDIAL
1.1. POPULAÇÃO GLOBAL: ASPECTOS GLOBAIS
Pirâmide Etária Global em 2020:
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Veja a seguir a dança das cadeiras dos contingentes populacionais globais, com dados
da ONU e intervalos de 1990 a 2100:
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Em termos globais, a fecundidade caiu de 3,2 filhos por mulher em média, em 1990, para 2,5, em 2019.
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A expectativa de vida: a expectativa de vida no mundo subiu de 64,2 anos, em 1990, para 72,6 anos, em 2019.
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Expectativas de crescimento populacional 2020-2025:
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Obs.: Não é necessário decorar o nome de todos os países da América Latina, mas é
fundamental que entendamos o contexto linguístico-cultural de tais países dentro
desta importante esfera de regionalização.
Considera-se que o termo “América Latina” foi utilizado pela primeira vez no ano de 1856
pelo filósofo chileno Francisco Biloba e, no mesmo ano, também pelo escritor colombiano
José María Torres Caicedo, sendo expressão aproveitada pelo imperador francês Napoleão
III durante sua invasão francesa no México como forma de incluir a França – e excluir,
assim, os anglo-saxões – entre os países com influência na América, citando também a
Indochina como área de expansão da França na segunda metade do século XIX. Devemos
também observar que, na mesma época, foi criado o conceito de “Europa Latina”, que
englobaria as regiões de predomínio de línguas românicas. Michel Chevalier, político e
economista liberal francês que mencionou o termo “América Latina” em 1836, durante uma
missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao México, o fez com o mesmo objetivo de
Napoleão III – ou seja, atrair para o seio da França os países em descolonização na América.
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Argentina, com Christina Kirchner) com presidentes de esquerda no comando, eis que, de
lá (2011), até aqui (2023), houve transições significativas neste quadro.
Vamos entender isso!! É simples... SIGA COMIGO!!
O que ocorre é que uma série de países sul-americanos que optaram nessa época (década de
2000) por governos declaradamente de esquerda, cambiou, em sua maioria, por vias democráticas,
rumo a governos de direita em tempos mais recentes (especialmente entre 2014-2018).
Vejamos a seguir os casos mais importantes em Atualidades, e começando pelo Brasil:
• BRASIL: Michel Temer (direita) sucede a Dilma Rousseff (esquerda) em 2016, sendo
seguido pela eleição de Jair Bolsonaro (direita mais radical) em fins de 2018; agora
é que, em 2023, toma posse novamente um novo presidente de esquerda, Luís Inácio
Lula da Silva;
• PARAGUAI: Fernando Lugo, o único Presidente de esquerda do Paraguai em todos os
tempos, assume em 2008, sendo impichado em 2012. O atual mandatário local se
chama Mario Benítez, que toma posse em 2018. Benítez vincula-se aos quadros da
direita radical paraguaia, tendo seu pai, inclusive, sido um ajudante de primeira
ordem do ditador Alfredo Strossner.
• URUGUAI: após 15 anos de governos de esquerda (Pepe Mujica e Tabaréz se revezando), em
fins de 2018, o Uruguai elege Luis Lacalle Pou, presidente de viés político de direita;
• PERU: Pedro Pablo Kuczynski toma posse em 2017 (Presidente de direita), sucedendo
Ollanta Humala (Presidente de esquerda). Kuczynski, contudo, é preso sob a acusação
de corrupção ainda em 2018, no segundo ano de mandato, sendo sucedido por seu
vice, Martin Vizcarra. Em 17 de abril de 2019, uma tragédia se sucede no país, quando
o ex-Presidente Alan Garcia (centro-direita), após governar o país entre 2006-2011,
ao ser acusado de corrupção e, portanto, prestes também de ser preso, se suicida com
um tiro na cabeça ao ver a polícia chegar em sua residência para executar o mandado
de prisão. Todos esses presidentes peruanos, reparem bem, querido(a) aluno(a), são
acusados pelo crime de corrupção, envolvendo, entre outras empresas, a construtora
brasileira Odebrecht. Entre junho e julho de 2021, ocorrem eleições presidências,
pareando nas cabeças da preferência do eleitorado de um lado a candidata de direita,
Keiko Fujimori, e do outro o representante de esquerda, Pedro Castillo. Castillo vence,
mas, antes mesmo de tomar posse, anuncia estar intencionado a dissolver o Congresso.
• Sebastián Piñera (Presidente de direita) toma posse em março de 2018 para assumir
o lugar de Michelle Bachelet (Presidente de esquerda). Vale destacar que há mais
de 15 anos o Chile vem alternando, por vias democráticas, governos de esquerda
e de direita, com estes dois personagens, Bachelet e Piñera, ao centro. Contudo,
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E assim, caro(a) aluno(a), espero que tenham compreendido bem estes dois processos.
Ou seja, a esquerdização da década de 2000, também conhecida como “ONDA ROSA” e
a CONSEGUINTE VOLTA DE GOVERNOS À DIREITA, principalmente entre 2015-2018, na
América do Sul (como nos casos do Brasil, do Chile e da Argentina). Contudo, para efeitos
de provas de Atualidades e do tema político na América do Sul, podemos afirmar que hoje
em dia (2023), a América do Sul vivencia mais uma (novamente) onda “esquerdizante”, ou,
é lógico, A VOLTA DA “ONDA ROSA”. Os rachas são imensos atualmente, e os nervos estão
a flor da pele, com a Argentina (esquerda novamente) e também o Brasil, como exemplos
mais importantes, isso sem contar a manutenção de Nicolás Maduro no poder na Venezuela
desde 2014 (esquerda) e a eleição de Luis Arce, do Movimento ao Socialismo, na Bolívia e
afilhado político de Evo Morales (ambos sendo 100% de esquerda). Contudo, nos últimos
três anos, Equador, Paraguai e Uruguai empossaram novos presidentes; todos de direita.
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TEXTOS COMPLEMENTARES
As eleições na Colômbia
Após Chile e Peru elegerem um Presidente de esquerda, chega a vez da Colômbia.
Um fato é inegável: após a década de 2010-2020, com o subcontinente passando
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Dina, a vice, é uma advogada de 60 anos que, além de bradar publicamente seu
descontentamento com as atitudes de cunho golpista (e ditatorial) do presidente
Castillo, se autodefine politicamente como sendo de centro-esquerda. No frigir
dos ovos, atualmente, ela governa nesse ano de 2023 o nosso país vizinho com
relativo distanciamento das pautas mais radicais da esquerda peruana, encabeçadas
exatamente por Castillo, o presidente preso e o partido Peru Livre, vencedor das
eleições de 2021.
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Contingente este que busca nos EUA, principalmente, e, de forma residual, também na
Europa e, até no México, uma nova vida. De forma ilegal e arriscada, um número crescente
de pessoas de países centro-americanos se lança rumo à travessia de fronteiras que, via
de regra, passam por um processo de crescente rigidez e, principalmente, de políticas cada
vez mais refratárias à entrada de imigrantes ilegais.
Com políticas ultrarrígidas de contenção à entrada de imigrantes por parte dos
EUA, veja este exemplo, caro(a) aluno(a), somente no ano de 2021, mais de 2 milhões
de pessoas, imigrantes ilegais em sua imensa maioria latinos, foram expulsas dos EUA.
Gente pobre, sofrida e oprimida de países como Guatemala, Honduras, El Salvador,
entre outros. Por incrível que pareça, a situação de repulsa populacional é tão drástica
nesses países que até o México, atualmente, é buscado como localidade para a fixação de
população destes lugares. Pois é, caro(a) aluno(a), o México, outrora um tradicional emissor
de imigrantes para os EUA, se tornou, em tempos recentes, um receptor de imigrantes de
países mais pobres vizinhos.
No fundo, é um ocaso social, em que a mistura de gangues urbanas e milícias rurais
internas formadas nos países da América Central, desde a década de 1990 (posicionando
os países da América Central no topo do ranking global de violência, onde El Salvador e
Honduras se revezam na liderança desta carnificina em 2020, com média de número de
homicídios por grupo de 100.000 habitantes, em taxa aproximadamente 3 vezes acima
da média do Brasil), em associação a crises econômicas e à falência de modelos de Estado
de sociedade civil organizada, resultou em um modelo colapsado em termos socias.
Em suma, o narcotráfico, os sistemas políticos calcados em corrupção e populismo e a
ausência de ensino e oportunidades transformaram os países da América Central, tais
quais El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Haiti, Dominica, só para citar os principais,
em verdadeiros infernos na terra.
Vale destacar que as políticas anti-imigratórias dos Estados Unidos, declaradamente
refratárias à entrada de população imigrante, oriunda esta, em especial, de países latino-
americanos, foram encrudescidas ao longo do governo de Donald Trump (2018-2021).
Em 2018, no primeiro ano de Trump como presidente, por meses a fio, esteve permitida
uma política de separação de pais e filhos que fossem pegos ingressando ilegalmente no
país – lembrando que, como há muito tempo não sei via nos EUA, Donald Trump foi um
Presidente ultrarrefratário à presença de imigrantes em seu país. Tal política, além de
separar os pegos ali no imediato tentando cruzar a fronteira, permitiu, nos EUA, haver
também a separação de pais e filhos que fossem presos vivendo em situação análoga à de
imigrantes ilegais. Assim, para os pais pegos ilegalmente vigorava um tipo de prisão, com
possibilidade de duração de mais de um ano, e para as crianças outro tipo de albergue deixava
os meninos e meninas em separado, ou seja, longe de seus pais. Após protestos por parte
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de grupos pró-direitos humanos, Trump revogou a política de separação entre pais ilegais
e seus filhos. Contudo, centenas de crianças não conseguiram encontrar os seus genitores
após o fim dessa separação forçada, ou seja, não conseguiram retornar à sua origem para
encontrar a sua família. Relatos dão conta, inclusive, que vários pais presos (separados de
seus filhos) chegaram até a se matar.
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Por fim, para se discutir, ao menos em tese, por parte da nova direita sul-americana
acerca da crítica situação venezuelana (país bastião da esquerda), formou-se um fórum por
parte de países de direita do continente – tais quais Brasil, Argentina, Colômbia –, sendo que
até o Canadá se incluiu, em um total de catorze participantes, denominado Grupo de Lima.
O Grupo de Lima, criado em 2019, é uma associação de países inseridos no âmbito das
relações internacionais regionais com vistas a tentar estruturar uma agenda de reuniões e
debates propositivos acerca de mecanismos que possam solucionar o drástico cenário de crise
institucional e econômica da Venezuela. O Grupo de Lima, formado em 2019, origina também o
embrião para a formação de um novo grupo dos países sul-americanos, chamado PROSUL, que
engloba, entenda bem, caro(a) aluno(a), apenas países com direcionamentos políticos de direita.
Assim, em fev./2019, um acordo é formalizado no Chile, contando a presença do então
presidente Jair Bolsonaro, acordo este que resultou na formação do PROSUL, ou PRONASUL.
Consolida-se, portanto, a divisão entre a UNASUL e o PROSUL. Assim, a primeira associação,
a UNASUL, em voga desde 2008, é uma mútua mais antiga (e que foi esvaziada em tempos
recentes, como vimos, mas que agora volta à baila com força, visto que, em 2023, mais de
2/3 dos países da América do Sul possuem chefes de estado ideologicamente à esquerda),
abraçando os países ideologicamente à esquerda da América do Sul. Já a mútua mais nova,
criada em 2019 – PROSUL, ou PRONASUL –, integra os países que eram governados por
Presidentes de direita, ou seja, Brasil, Chile, Argentina e Colômbia.
Em suma:
• UNASUL (União de Nações Sul-Americanas): iniciado em 2008, reúne, além dos
países do MERCOSUL, também Guiana, Suriname, Bolívia e Venezuela.
• PRONASUL (Foro para o Progresso da América do Sul): reúne, em primeira fase,
Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Colômbia, Equador e Guiana. Exclui Bolívia e
Venezuela, governados por presidentes de esquerda. Bem verdade, diga-se, o bloco
ainda não mostrou a que veio e depende de um forte alinhamento de países com
presidentes à direita na América do Sul, o que vem mudando em tempos recentes (2020-
2022). Veja, por exemplo, o que aconteceu exatamente nas vitórias de presidentes
de esquerda em países como Argentina, Chile, Colômbia e Brasil.
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2.5. O MERCOSUL
Formalizado pelo Tratado de Assunção de 1991, o MERCOSUL tem seu início conceitual,
contudo, um pouco antes disto, exatamente quando, em meados da década de 1980, Brasil
e Argentina iniciam tratativas bilaterais frente à promoção de escalas mais liberalizadas
de comércio entre ambos os países. Ou seja, a origem do MERCOSUL ocorre com vistas à
formação de uma Zona de Livre Comércio (ZLC) com base nos interesses bilaterais do
Brasil e da Argentina.
Vale destacar, por ser cobrado em provas, que o embrião do MERCOSUL se encontra na
ALADI (Associação Latino-Americana de Integração), um organismo intergovernamental
criado em 1980, que deu continuidade à Associação Latino-Americana de Livre Comércio
(ALALC), esta de 1960 – ou seja, promover a expansão da integração da região, com vistas a
garantir seu desenvolvimento econômico e social, tendo como ambiciosa meta finalística:
promover a criação de um mercado comum latino-americano.
Em dezembro de 2016, por infringir em torno de 75% dos tratados e 20% das normas de
livre comércio, a VENEZUELA foi suspensa do bloco. Meses depois, em agosto de 2017, o
país sofreu nova medida SUSPENSIVA, dessa vez de cunho político, em função de se retalhar
a forma como o governo local e as forças oficiais trataram milhares de oposicionistas
saídos às ruas da capital do país, Caracas, em protestos contra a formação da Assembleia
Constituinte personificada por Nicolás Maduro. Mas, ainda assim, com DUAS SUSPENSÕES
nas costas, segue a Venezuela como sendo um país-membro efetivo do MERCOSUL, ok?
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A fim de aprofundar a agenda cidadã da integração, foi aprovado, em 2010, o Plano de Ação
para a Conformação de um Estatuto da Cidadania que visa ampliar e consolidar o conjunto
de direitos e benefícios para os cidadãos dos Estados-Partes. Alguns dos pressupostos,
contudo, previstos para ocorrer até 2020, não conseguiram ser colocados para frente ainda,
tal qual a plena liberalização dos mercados de trabalho dos países-membros.
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Para se ter uma ideia, o Brasil, em 2018, comercializou quase três vezes mais com a China
quando comparando à Argentina. A China possui atualmente cerca de 25% do comércio exterior
brasileiro. Já a Argentina, relegada, ficou como nosso terceiro maior parceiro comercial
(atrás dos EUA), não conseguindo abocanhar nem 7% das transações internacionais.
No gráfico a seguir, podemos perceber tal dinâmica, de queda no comércio entre o Brasil
e o MERCOSUL ao longo dos últimos anos (2005-2015).
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Ainda sem prazo totalmente definido acerca do fim das negociações entre os blocos,
essa enorme costura multilateral, após avançar enormemente ao longo dos últimos
anos (principalmente no Governo Temer, de 2016 a 2018), e agora deverá avançar com
Lula à frente da Presidência.
Tal acordo já vinha sendo costurado, a bem da verdade, fazia mais ou menos 20 anos,
mas esbarrou em alguns pontos. Um deles, bem latente, reside na França e na apreensão que
seus agricultores, sabidamente subsidiados e muito protegidos pelo Estado e pela política
agrícola comum da União Europeia. Há ainda, por parte dos setores agrícolas europeus,
temores acerca de como a alta competitividade dos parques agrícolas da Argentina e,
principalmente, do Brasil, vão impactá-los. Reside também uma premissa, caso um acordo
comercial UE/MERCOSUL ganhe forma, em que um compêndio de regras mais claras e menos
patriarcais por parte dos governos locais europeus, com o fim dos auxílios à produção
agrícola – conhecidos por todos como “subsídios” –, seja realidade.
É interessante observar que o fato de o Reino Unido, outra oposição a tais acordos
comerciais com o MERCOSUL, se encontrar finalmente fora da União Europeia contribuiu
(em tese) para que avançasse a costura UE/MERCOSUL. Sem dúvida, um acordo comercial
robusto entre MERCOSUL e União Europeia seria formalizado em pouco tempo, sendo que
os anos de 2017 e 2018 (com Temer) e 2019 (Bolsonaro) no Brasil (ao menos até o meio
do ano) foram fundamentais para que houvesse avanços nesta questão. Atualmente,
em 2023, com Lula a frente da Presidência e uma maior maturidade por parte de nossa
agenda de relações internacionais, além, claro, de um alinhamento político-ideológico
entre as duas maiores economias do bloco; Brasil e Argentina, experimentamos, ao que
tudo indica, um novo período de negociações positivas para o bloco
2.6. A VENEZUELA
Para entender a atual situação de ocaso político/econômico que a Venezuela vem
passando, precisamos nos remeter, sobretudo, à história da formação deste governo de
esquerda – que está em sua segunda geração (pois Maduro sucedeu Chávez em 2013) e que
se autodenomina como sendo o “Socialismo do século XXI”.
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melhor poder de compra dentre todos da América Latina. Esse cenário durou, contudo,
até o fim da década de 80, quando (e importante destacar, anos antes da chegada de
Hugo Chávez ao poder) o país, que outrora fora chamado como “Venezuela Saudita”,
passou a viver uma crise econômica e política (cenário de extrema corrupção), sendo
que Chávez se elege com a promessa de estruturar uma plataforma reformista.
Governando a partir de 1999 com uma nova Constituição debaixo do braço, promulgada
em seu primeiro ano como mandatário eleito, a qual lhe permitia ser reeleito por quantas
vezes fosse referendado por seu povo, Chávez surfou numa onda de alta contínua do preço
internacional do petróleo que se estendeu até, mais ou menos, o ano de 2013/2014. Vale
destacar, que o petróleo representa 85% das exportações venezuelanas. Como resultado
prático, houve na década retrasada (de 2000 a 2010) melhoras sociais promovidas pelo
modelo assistencialista promovido pelo chavismo em uma primeira fase, quando, de
fato, milhares de pessoas saíram da linha da pobreza. Contudo, há uma série de críticas
a este modelo “Bolivariano” orquestrado por Hugo Chávez. Uma delas reside no fato de não
ter havido por parte de seu governo qualquer diversificação nas matrizes econômicas
do país, tal qual escalas mínimas de industrialização, a qual se manteve alicerçada numa
dependência absurda nos ganhos do petróleo. Outra questão fundamental reside no alto
custo de se bancar esse movimento socialista que é enormemente assistencialista, o qual
subsidia até o supermercado das populações mais carentes. Esse modelo não tinha lastro
e, de fato, ruiu à medida que o preço do petróleo começou a cair a partir de 2012/2013: o
barril, que chegou a valer algo em torno de US$ 130 (em 2012), caiu para um piso, em 2016,
de US$ 35 – queda, em menos de 4 anos, a pouco mais de ¾ de seu preço.
Em meio a isso, houve também a troca do comando central na Venezuela: Hugo Chávez
morre as vésperas de iniciar seu 4º mandato seguido, para em seu lugar entrar o seu
vice, Nicolás Maduro, que vem a iniciar seu primeiro governo, no qual, sob pressão do
Congresso, contudo, fora levado a convocar um pleito separado, sendo, finalmente,
eleito pela população venezuelana nos primeiros dias de 2014.
Já em 2016, em meio a uma crise econômica aguda que se estende até hoje, as
eleições parlamentares na Venezuela dão ampla maioria no Congresso venezuelano
para a oposição. No início de 2017, pouco após a posse dos novos parlamentares,
Maduro dissolve as atividades do Legislativo e convoca em lugar dos parlamentares uma
Assembleia Nacional Constituinte (ANC). Manifestações tomam as ruas de Caracas e
mais de 120 pessoas são mortas. Maduro recua, mas as atividades deste novo parlamento
francamente oposicionista são tolhidas pelo Tribunal Superior.
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Caro(a) aluno(a), recomendo acessar este link relacionado aos países em guerras internas
e externas de todos os tipos. Leitura rápida, fluida e necessária!
Link: https://gizmodo.uol.com.br/nao-e-so-na-ucrania-mapa-mostra-paises-que-estao-
em-guerra-em-2023/
Um ponto de atualidades fundamental sempre aventado diz respeito a como por lá, ou
seja, na Venezuela, diretamente através da figura de Maduro, ocorreu o solapamento
de estamentos basilares do Estado Democrático de Direito. Um deles, como exemplo: o
exercício livre e autônomo dos Poderes. Maduro governa apoiado no Poder Judiciário e nas
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Forças Armadas apenas, destruindo o Legislativo local – este em franca oposição a seu governo.
Ainda dentro deste desequilíbrio entre Poderes promovido por Maduro, o que se vê por lá, de
forma clara, é que o Poder Executivo, com base na ideologia bolivariana, vem aparelhando
estatais e a administração pública direta e indireta com pessoas dos quadros de seu partido.
Já a crise migratória na Venezuela produziu um contingente superior a 7 milhões de
pessoas que se deslocaram para fora de suas fronteiras pátrias. Brasil e Colômbia,
junto ao Peru, ao menos em uma primeira fase (a qual vem se estendendo), são os maiores
receptores diretos desses imigrantes venezuelanos, sem dúvidas. Contudo, vale analisar
que, por tempos, algumas querelas, envolvendo, por exemplo, o Brasil e a Venezuela, e a
Colômbia e a Venezuela, então fizeram com que as fronteiras destes pais em ambos os casos
permanecessem fechada, em decisão tomada pelo próprio governo venezuelano. No caso
brasileiro, foram em torno de três meses de fronteiras fechadas, havendo a reabertura
em maio de 2019. Essa crise foi causada devido às tratativas do Brasil em fornecer ajuda
humanitária ao país vizinho, algo considerado como aviltante pelos venezuelanos.
A seguir, com vistas a elucidar de forma clara e fora de qualquer viés ideológico,
apresento uma matéria extraída do portal da organização Human Rights Watch, o qual,
em seu mais recente relatório, apresentou uma análise precisa e contundente acerca da
situação venezuelana sob vários aspectos. Peço, caro(a) aluno(a), que leia a matéria em sua
integralidade, por favor. Me coloco aqui sem nenhuma chance de errar a dizer-lhes que esta
análise clara e direta sobre pontos cruciais é, dentre todas as que obtive contato (e foram
inúmeras, como podem imaginar), a mais precisa, clara e atualizada também, pois relata
fatos de 2022. Portanto, não deixe de se debruçar sobre o que é expresso, sem rodeios. É
realidade pura e, lógico, atualidades sem sair um milímetro fora dos temas atinentes sobre
este país os quais vem caindo, aliás, melhor, caindo é pouco, VEM DESPENCANDO EM PROVAS.
Em: https://www.hrw.org/pt/world-report/2023/country-chapters/venezuela
Na íntegra:
A Venezuela enfrenta uma grave emergência humanitária, com milhões sem acesso
a cuidados de saúde e nutrição adequados.
As autoridades assediam e perseguem jornalistas, defensores dos direitos humanos
e organizações da sociedade civil. Preocupações persistentes incluem práticas
brutais de policiamento, falta de proteção a populações indígenas e condições
prisionais precárias.
Um êxodo de cerca de 7,1 milhões de venezuelanos representa uma das maiores
crises migratórias do mundo.
Um relatório de uma missão de observação eleitoral da União Europeia lançado
em 2022 apresentou recomendações concretas para abrir o caminho para eleições
livres e justas.
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Direitos da Mulher
O aborto é criminalizado na Venezuela, exceto quando a vida da gestante está
em risco.
Os serviços de saúde sexual e reprodutiva para mulheres sofrem uma perda de
capacidade, segundo um estudo da HumVenezuela, uma plataforma independente
de organizações da sociedade civil que monitoram a emergência humanitária. Em
março, havia uma falta de 61,7% de contraceptivos e 55,8% das mulheres grávidas
“não puderam receber cuidados obstétricos adequados”.
Em setembro, a Missão da ONU documentou que mulheres e meninas têm relatado
violência sexual por parte de agentes da FANB trabalhando em postos de controle
e de grupos armados controlando áreas de mineração.
Direito ao Voto
Em fevereiro, a missão da União Europeia que monitorou as eleições de 2021
divulgou um relatório final descrevendo sérios obstáculos para votar e concorrer
a cargos públicos, incluindo desqualificação arbitrária de oponentes do governo
que buscam se candidatar, uso partidário de recursos estatais, acesso desigual à
mídia e redes sociais, bloqueio de websites e falta de independência do judiciário
e de respeito pelo Estado de Direito. Tais condições, disseram eles, prejudicaram
a justiça e a transparência da eleição.
As eleições presidenciais estão marcadas para 2024 e as legislativas e regionais
para 2025.
Emergência Humanitária
O Plano de Resposta Humanitária da ONU para a Venezuela 2022-2023 estima
que existam 5,2 milhões de pessoas que precisam de apoio em áreas como saúde,
segurança alimentar e água, saneamento e higiene.
A HumVenezuela disse em março que a maioria dos venezuelanos enfrenta
dificuldades no acesso a alimentos, com 10,9 milhões de subnutridos ou com
fome crônica. Cerca de 4,3 milhões são privados de alimentos, às vezes passando
dias sem comer.
O colapso do sistema de saúde da Venezuela levou ao ressurgimento de doenças
infecciosas e evitáveis por vacinas. Barreiras à realização de transplantes
supostamente estão resultando em centenas de mortes.
Em março, cerca de 8,4 milhões de pessoas gravemente doentes estavam tendo
problemas para obter serviços médicos, e mais de 9 milhões de pessoas que
precisavam de medicamentos e suprimentos de saúde não podiam pagar por eles.
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Após três meses fechada por decisão unilateral de Maduro, o governo venezuelano resolveu
reabrir a fronteira com o Brasil em maio de 2019. No caso da fronteira da Venezuela com a
Colômbia, esta foi reaberta em junho de 2019, após quase um ano fechada.
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representantes diplomáticos nos dois países. Porém, com Lula à frente da Presidência, o
que se espera (e deve ser a tônica) é que ocorra um cenário mais ameno e de cordialidade na
relação entre os dois países, de certa forma similar ao que ocorria quando Dilma Rousseff
(2011-2016) esteve à frente da Presidência.
No campo externo, a Venezuela tenta se segurar como pode com ajuda chinesa, país este
que, junto a Cuba, é o seu parceiro no exterior. No Caribe, as tropas americanas seguiram
de prontidão, em austero aviso de que poderiam, ao menos enquanto Donald Trump esteva
a frente do poder (2017-2020), atacar o país e mudar o governo. Mas nada se realizou de
prático neste sentido, prevalecendo a cautela, repare bem, e o não intervencionismo.
Por fim, a Venezuela, atualmente, se arrasta sob uma crise econômica sem precedentes
em toda a história econômica global.
Obs.: Caro(a) aluno(a), veja a área compreendida pelo rust-belt (oficialmente manufacturing-
belt) e, no outro mapa, mais adiante, como se deu a vitória de Trump em parte dos
estados compreendidos (em vermelho, os estados onde os republicanos venceram).
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Assim, Donald Trump evoca um discurso em sua campanha em defesa ferrenha desta
população desacreditada e empobrecida do Nordeste dos EUA, de origem norte-americana
por excelência (em contraste à população dos Sul dos EUA, em parte de origem hispânica),
calcado no lema “America First”, a que fossem às urnas no dia 8 de novembro de 2016 e o
elegessem. E ele, alavancado pelos votos em Estados pertencentes ao manufacturing-belt,
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os quais votaram nas eleições anteriores no candidato democrata, tais quais Wisconsin,
Ohio e Pennsylvania, venceu as eleições.
É interessante que, nas eleições de 2020, Donald Trump perdeu também em boa parte
dos estados que o ajudaram em sua eleição de 2016.
Um ponto em atualidades em relação ao que foi exposto reside no fato de que A GUERRA
COMERCIAL PROMOVIDA POR TRUMP ANTE A CHINA (e veremos mais à frente sobre este
tema) ocorre exatamente para atender a seu eleitorado do norte dos EUA, que almeja a
volta do emprego industrial através, exatamente, do retorno das plantas indústrias que se
dispersaram dos EUA em direção à China.
Aumentar juros e diminuir os estímulos monetários é uma medida que vem sendo tomada
em regiões desenvolvidas, como os Estados Unidos, ao menos em tese. Porém, a injeção de
dólares na economia para estimular o consumo foi muito superior ao auxílio emergencial
que chegou a 600 reais no Brasil. Associado a isto, além de baixar os juros a zero e comprar
bilhões de dólares em títulos públicos para aumentar a liquidez dos mercados, o governo
dos Estados Unidos, por exemplo, deu auxílios diretos que chegaram a até 6 mil dólares por
família no pior momento da pandemia, o que estimulou o consumo e ajudou a economia a
girar. Na outra ponta, ocorreu uma pressão inflacionária que não era percebida por lá fazia
décadas; uma carestia relacionada ao ocaso das cadeias globais de produção, em função da
pandemia de Covid-19 e, em seguida, a Guerra Ucrânia x Rússia e também a redução dos juros.
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No gráfico acima, observe, caro(a) aluno(a), ser latente a primazia global da economia
americana, ou seja, a sua dianteira ante aos outros países do globo. É interessante, preste
atenção nessa informação, notar que havia uma previsão em franco vigor, no início da
década 2000, que vaticinava que, mais ou menos, isto entre os anos de 2015 e 2018, haveria
a ultrapassagem do tamanho da economia chinesa frente à americana. Seria um evento
histórico, sem dúvida alguma, visto ser, em mais de 100 anos, uma ultrapassagem de algum
país, e ainda mais um país comunista, frente a um país capitalista. Contudo, tal fato não
ocorreu conforme fora previsto pelos analistas. Enfim, mas isso se deveu, principalmente,
porque, nos últimos anos, antes da pandemia, ocorreu uma forte redução no vigor do
crescimento econômico da China – ou seja, um arrefecimento. O gigante país comunista-
oriental saiu de um quadro em que os números anuais de crescimento econômico estiveram
ao redor de 11% a 13% ao ano, entre o início da década de 1990 até a entrada da década
de 2010, para uma taxa de crescimento, em 2019, na casa dos 7%. Na outra ponta, os EUA
vinham recentemente (nos anos antes da pandemia) recuperando o vigor de seu crescimento
econômico. Sendo assim, em 2019 – no último antes da pandemia –, a economia chinesa
representava ainda em torno de 60% do tamanho da economia norte-americana, não
havendo, portanto, ultrapassado (e frustrando essas previsões) o tamanho da economia
dos Estados Unidos. Agora, neste período chamado como sendo “pós-pandemia”, é que
analisaremos quando esse cenário poderá apresentar de fato uma reversão. As novas
análises (visto a China ainda crescer sempre mais anualmente que os EUA) dão conta de
que tal ultrapassagem deverá ocorrer por volta de 2030 a 2032. Veremos!
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Em suma, Trump defende (e ele já disse que tentará a eleição em 2024) com unhas e
dentes em seu mandato a promessa de colocar sempre os interesses dos EUA em primeiro
lugar. Ora, é só lembrarmos que, em sua campanha, o lema empunhado era o “America First”.
Repare que, logicamente, reside nesse lema a busca pelos eleitores preocupados apenas
com os interesses dos EUA, relegando, assim, a posição de liderança global adquirida pelo
gigante país. Além do mais, intitular América como se fosse apenas os EUA, o que não é
visto haver no imenso e belo continente da terra mais 34 países independentes, é uma
apropriação indevida do termo e erro crasso de percepção geográfica.
Agora também vem uma pergunta: E com Biden a frente da presidência dos EUA, será
que ocorre uma reversão neste contexto isolacionista impresso a ferro e fogo por Trump, ou
seja; de escancarada defesa dos interesses dos EUA em primeiro lugar custe o que custar?
Respondo: Não. Visto a pujança produtiva da China comunista, a rebeldia da Rússia de Putin
com seu alinhamento escancarado ao gigante vizinho comunista, entre outros aspectos,
Joe Biden também imprime em seu governo iniciado em 2021, claro, de forma menos
escancarada, mas parecida com Trump, uma defesa ferrenha dos interesses comerciais
dos EUA. Tal direcionamento passa por uma desregulação das bases de acordos de taxas
e tarifas alfandegárias liberalizadas. Contudo, vale destacar que Biden não relega, tal qual
seu rival e antecessor na presidência, participar, por exemplo, de acordos climáticos e/ou
associações que visem o bem comum global. Sobre a questão climática e os EUA, desde
Trump até aqui, siga comigo a seguir.
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Outra medida de impacto, e que dá mais uma dimensão deste isolacionismo comercial
promovido por Donald Trump, foi anunciada dias depois da sua retirada do TPP. Para o
NAFTA, Trump disse que seu país só seguiria dentro da Aliança de Livre Comércio dos países
da América do Norte, iniciada em 1994, se Canadá e México aceitassem reiniciar rodadas
de renegociação comercial (entenda-se “tarifárias”), com vistas a reduzir o saldo negativo
do comércio norte-americano com os dois países-parceiros no acordo. Pressionados e com
medo de perder o parceiro comercial, mesmo a contragosto, Canadá e México iniciaram, em
2017, novas negociações visando atender ao interesse dos EUA, para, em outubro de 2018,
o mandatário norte-americano anunciar oficialmente o fim do NAFTA como conhecemos
e iniciar rodadas individualizadas de negociações.
Sobre a questão supremacista nos EUA, entenda: os Estados Unidos são o país no mundo
com a maior quantidade absoluta de imigrantes inseridos em uma população. Residem por
lá, atualmente, algo em torno de 40 milhões de estrangeiros, para um contingente total
de 330 milhões de habitantes.
Desde a década de 1960, até a entrada deste século, os EUA promoveram políticas de
cunho a facilitar a entrada de imigrantes. Contudo, tal política de abertura a estrangeiros
arrefeceu, em primeira análise, em função dos ataques terroristas de 11 de setembro de
2001. Assim, ao longo das últimas duas décadas, uma série de políticas de cunho a dificultar
a entrada de imigrantes tomaram corpo no país. Com Donald Trump à frente da Presidência,
se encrudescem tais iniciativas de forma radical.
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Além das questões relacionadas ao tecido social promovidas pela massa de imigrantes
constantes na população americana (tais quais a questão da presença no mercado de trabalho,
o dinamismo econômico e os aspectos legais e jurídicos), os EUA atravessam tempos nos
quais também o tecido racial vem rasgando. Para consertar, em nada colabora o modelo
xenófobo – abertamente racista – que Trump imprime sobre a sociedade americana.
O ano de 2017, o primeiro completo de Donald Trump à frente dos EUA, foi marcado por
sucessivos distúrbios, principalmente pelo interior dos EUA, confrontando posições de
grupos de defesa dos imigrantes e dos negros e os grupos denominados supremacistas.
Em Charlottsville, Virginia, uma passeata, em agosto de 2017, de cunho antirracista se
transformou em tragédia. De posse de seu veículo Dodge Challenger, o jovem James Alex
Fields, declaradamente um defensor da supremacia americana, matou uma pessoa e feriu
outras 19 ao avançar com seu bólido sobre a multidão. Pelas cidades do país, de Norte a
Sul, o que se percebe ao longo do ano é a mesma situação. Uma série de distúrbios e uma
crescente considerável nas mortes em função do confronto étnico-racial. Se, por um lado,
os EUA, ao longo dos últimos tempos, vêm diminuindo suas taxas de homicídios por causas
econômicas ou uso drogas, por outro aumentou consideravelmente, após a eleição de
Trump, o número de mortes por causa de questões raciais e étnicas.
Os supremacistas são a parte da população norte-americana que considera indesejável,
de estirpe inferior, imigrantes, judeus e negros. Preconizam um país livre dessas minorias
e reivindicam, ao menos, poderem bradar livremente seus discursos, colocando à frente
de tudo um conceito escancarado de prevalência de uma superioridade branca. Estima-se
haver, no primeiro ano de Trump como presidente (2017), algo em torno de 900 a 1.000
organizações desse tipo nos EUA.
A verdade é que, com Donald Trump (2017-2020) à frente dos rumos da nação, tais grupos
se sentiram à vontade para vociferar em defesa dos mais radicais ideários supremacistas.
Não que tais grupos tenham nascido a partir da eleição de Trump em 2016, muito pelo
contrário, pois tal pensamento se encontra enraizado nos EUA há tempos. Porém, à medida
que um presidente se identifica claramente com a xenofobia (chegando Trump, em discurso
oficial, ter se referido aos grupos latinos oriundo de El Salvador e da Nicarágua como sendo
pessoas nascidas em “shit-countries”, ou “países de merda”) e seu apoio para ter derrotado
Hillary Clinton residir em um eleitorado mais radical, fica óbvio haver, em função de sua
eleição como chefe da nação, todo um cenário favorável à ação destes grupos xenófobos.
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TEXTO COMPLEMENTAR
Por Professor Luis Felipe Ziriba
05/07/21
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TEXTOS COMPLEMENTARES
Kamala Harris, a primeira vice-presidente dos Estados Unidos
Eis que Kamala Harris se torna, aos 56 anos, a primeira mulher Vice-Presidente
dos Estados Unidos. Procuradora-Geral da Califórnia de 2011 a 2017 e Senadora dos
Estados Unidos pela Califórnia de 2017 a 2021, Kamala Harris acumula ineditismos.
Foi a primeira Procuradora-Geral da Califórnia e também a primeira senadora e vice-
Presidente de origem indiana e afro-americana. Kamala é filha de dois imigrantes:
a mãe nascida na Índia e o pai, na Jamaica. Antes de ingressar à chapa democrata
consagrada vencedora como vice de Joe Biden, Kamala Harris havia tentado, sem
sucesso, ser a candidata do partido ao cargo principal.
Não conseguindo, contudo, postular o cargo máximo como candidata, sendo
candidata como vice na chapa vencedora, ela serviu enormemente a que Joe Biden
angariasse os votos das chamadas “minorias”, leia-se; negros e imigrantes, sem
falar no êxito obtido ao angariar os votos do eleitorado feminino. Mesmo às vezes
malvista entre os grupos imigrantes, que consideram sua atuação (e também suas
propostas) muito aquém do que se esperaria de uma filha de pais imigrantes, o fato
é: Kamala somou à chapa vencedora do pleito de 2020. Conhecida por ser enfática,
firme e capaz de articular nas redes sociais de modo formidável, Kamala Harris
acumula ineditismos e holofotes. Dentre seus predicados, a primeira mulher a ocupar
a Vice-Presidência dos EUA, reverbera, de forma inequívoca, um vigor incrivelmente
maior que o do próprio Biden. Claro, a sua idade ajuda (e muito), visto ser quase
duas gerações mais nova que o presidente eleito.
Kamala buscou, ao longo de sua vida pública, primeiro enquanto Procuradora-
Geral da California e depois como Senadora, revisar a justiça criminal dos EUA – projeto
visto como uma resposta às críticas de progressistas a seu trabalho como uma dura
procuradora-geral da Califórnia. Dentro de sua inerente disposição, ela não se cala em
debates, tais quais a legalização do aborto ou, dentre outros, de como a atividade policial
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nos EUA até hoje, de forma escancarada, se demonstra segregacionista. São temas
espinhosos diante dos quais ela não esmoreceu. Kamala é moldada por um progressismo
que é facilmente perseguido nos EUA por enorme parcela do eleitorado republicano
de Trump. É julgada por esse séquito, inclusive, como sendo uma representante “de
carteirinha” do auge de um pensamento de esquerda no poder.
E Kamala Harris possuía a chance de ser a primeira Presidente dos EUA nas
eleições de 2024, pois Joe Biden, entenda bem, com 78 anos a data de sua posse (em
jan./2021), declarava abertamente não possuir intenção em concorrer à reeleição,
isso já aos 82 anos em 2024. Porém, nesse ano de 2023, Biden vem declarando haver
mudado de ideia, devendo concorrer à reeleição em 2024. Muito provavelmente, e
atenção às cenas dos próximos capítulos, teremos uma reedição, caso se mantenham
os quadros políticos-eleitorais atuais, do mesmo confronto eleitoral entre Biden
e Trump. A tempo, Trump declara a todo o tempo disposto a ser o candidato à
presidência republicano em 2024.
O aborto no mundo e no Brasil em 2022
Aborto ou interrupção da gravidez é a interrupção de uma gravidez resultante da
remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do
útero. Um aborto que ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo
ou “interrupção involuntária da gravidez”. Um aborto deliberado denomina-se
“aborto induzido” ou “interrupção voluntária da gravidez”. O termo “aborto”, de
forma isolada, geralmente refere-se a abortos induzidos.
Discussão controversa que envolve questões religiosas, espirituais e, logicamente,
de saúde, o aborto, como não poderia deixar de ser, não é tratado da mesma forma
no mundo. Pelo contrário. Podemos distinguir cinco róis de países, que vão dos mais
liberais aos que não permitem, em hipótese alguma, o aborto. A seguir, apresento
um infográfico (em inglês) sobre o tema.
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Em:https://exame.com/mundo/quais-sao-os-paises-onde-o-aborto-e-autorizado-no-mundo/
Bom, seguindo. Eis que, em fins de 2020, o nosso vizinho Argentina, atualizando
uma legislação datada de 1922, decidiu por liberalizar o aborto. Ou seja: o Senado da
Argentina aprovou a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação, em decisão
celebrada por milhares de ativistas feministas que aguardaram a votação durante
mais de 12 horas nas proximidades do Congresso. A legalização do aborto por lá é um
projeto do presidente de centro-esquerda Alberto Fernández, aprovado pela Câmara
dos Deputados com os votos favoráveis de 38 senadores, 29 votos contrários e uma
abstenção, uma margem mais ampla que o previsto.
Outro país a legalizar o aborto em fins de 2020 foi a Coreia do Sul. No longínquo
país oriental, o direito à interrupção voluntária da gravidez, antes só aceito para
vítimas de estupro ou em casos de risco à saúde da gestante, agora é extensivo a
todas as mulheres.
O Brasil, como podem notar, se encaixa dentre o rol de países onde a legislação
em relação ao aborto se encontra em posição das mais restritivas. Nosso Código
Penal de 1940 estabeleceu ser crime a prática do aborto (pena de 3 a 10 anos) e,
assim, permanece até hoje, salvo em caso de risco direto e comprovado à vida da
mãe, não sendo ainda permitido, por exemplo, o aborto em caso de estupro.
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Os quatro estágios da formação dos blocos multilaterais são: Zona de Livre Comércio, União
Aduaneira, Mercado Comum e União Econômico-Monetária.
Bom, no mapa a seguir, tem-se quais são os países constituintes da União Europeia
em 2020. Vale destacar que eram 28 PAÍSES AO TOTAL, contudo, após formalizada a
saída plena do Reino unido em 31 de janeiro de 2020, temos 27 INTEGRANTES (por isso
o nome EUROPA dos 27, tal qual exemplificado na legenda), sendo a Croácia o último
país a ingressar, em 2013.
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do bloco, em 2020). Outras economias menores, países recém-ingressos ao bloco, tais quais
Bulgária, República Tcheca, Croácia e outros também ainda não integram a Zona do Euro.
Obs.: Os países do Reino Unido alinhavados em mesma porção insular, em total de três, são
os países da Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales e Escócia). Já a oeste, tem-se
a Irlanda do Norte (outro constituinte do Reino unido e com capital em Belfast). A
soma destes resulta no Reino Unido.
Depois, é importante delimitar a posição histórica do Reino Unido em relação à União
Europeia: essa potência europeia, atualmente a SEGUNDA MAIOR ECONOMIA DO BLOCO,
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3.1.4. O BREXIT
Em 23 de junho de 2016, é realizada votação em todo o Reino Unido acerca da permanência
ou não do país (visto que o Reino Unido conta apenas como um único país na União Europeia)
do bloco europeu. Se, em 1975, em um referendo do mesmo tipo no Reino Unido, não se
conseguiu maioria, finalmente, em 2016, 52% da população do Reino Unido aprovou a
saída do bloco. Era o BREXIT, ou seja, o Britain-Exit, ganhando contorno definitivo.
Em um ambiente de franco crescimento de ideários separatistas e xenófobos ao redor
do mundo por parte da população dos países desenvolvidos e de racha no Reino Unido
(com o assassinato, inclusive, dias antes do referendo, da política partidária à unificação,
Jo Cox), somente a população da Escócia dentro do Reino Unido preferiu manter-se na
União Europeia. Mas, como sua população é proporcionalmente pequena, prevaleceu, assim,
a vontade da maioria. Assim, o Reino Unido deu seu início à saída do bloco em definitivo,
alegando não querer dividir mais o custo inerente às responsabilidades de seu peso
econômico frente a bancar o bloco (custo que é proporcional ao tamanho da economia,
visto que o Reino Unido é a segunda maior economia da UE, atrás apenas da Alemanha).
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A morte da rainha Elisabeth II
Aos 96 anos de idade, após 70 anos de reinado no Reino Unido, a rainha Elisabeth
II morreu por razões ainda não reveladas. Sabe-se, contudo, que ela não vinha bem
de saúde nos últimos meses.
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país vive uma guerra civil há mais de uma década. Nos primeiros dias da catástrofe,
praticamente nenhuma ajuda externa pode ser enviada ao país exatamente por não
haver permissão por parte do ditador Bashar Al Assad.
Segundo o Banco Mundial, os danos materiais atingiram em torno de 35 bilhões
de dólares, paralisando em torno de 10% da combalida economia turca.
Os terremotos são, via de regra, causados em função do encontro de placas
tectônicas. A crosta terrestre é dividida em várias placas e os movimentos, e
consequente choque delas, fazem com que ocorram os terremotos.
No caso da região do terremoto, como pode-se perceber no mapa a seguir, ela
se encontra num ponto de encontro de três placas: Placa Arábica, Placa Africana e
Placa Euroasiática.
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3.2.1. INTRODUÇÃO
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Há vários muçulmanos, ou seja, países de maioria Islâmica, que não são Árabes, como os
Iranianos (persas), Turcos, Indonésios.
Já os muçulmanos são o tronco religioso dos países que têm uma população que
professa a cartilha do Islamismo. A religião muçulmana originou-se através do profeta
Maomé, morto em 632 d.C., em Medina, na atual Arábia Saudita.
Vale destacar, por fim – sem querer complicar, mas é bastante importante que entendamos
–, que há um país árabe onde a população não é muçulmana em praticamente sua
totalidade. Este é o Líbano, onde algo em torno de 35% da população do país (de etnia árabe)
é composta por cristãos. Contudo, entre os países do Norte da África e do Oriente Médio,
isso é uma raridade, pois a imensa maioria dos países é de maioria absoluta muçulmana,
ou seja, islâmica.
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A política de Teerã de apoiar milícias xiitas e partidos além de suas fronteiras foi
adotada por Estados do Golfo, que reforçaram suas ligações com governos sunitas e
movimentos no exterior.
Durante a guerra civil no Líbano, os xiitas ganharam força política graças às
atividades militares do Hezbollah.
No Paquistão e no Afeganistão, grupos sunitas linha-dura, como o Talebã, atacaram
com frequência lugares de fé xiita.
Os conflitos atuais no Iraque e na Síria também têm fortes tons sectários. Jovens
sunitas nos dois países se uniram a grupos rebeldes, muitos dos quais ecoam a
ideologia da Al-Qaeda.
Enquanto isso, jovens da comunidade xiita estão lutando pelas – ou com – as forças
do governo nestes países.
Acrescento também um mapa, com vistas a promover um melhor dimensionamento
sobre tal questão: nele vemos parte do globo como um todo, com recorte, bem verdade,
mais específico na África e na Ásia e nos países onde há forte presença de população
muçulmana, com o contraste entre as maiorias XIITAS e SUNITAS. Veja bem que são muito
maiores as áreas com sunitas (em amarelo) do que com xiitas (em vermelho).
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Bom, dando seguimento a nossa aula e aos termos conceituais, já vimos, portanto,
as diferenças entre ÁRABES e MUÇULMANOS e também entre XIITAS e SUNITAS. Agora,
veremos como que a religião e os Estados se confundem (ou não) em países de maioria de
população muçulmana.
• A Sharia versus Estado Laico
Pelo fato de a religião se encontrar extremamente arraigada nos países árabes, vários
destes, ao elaborarem as suas Cartas Magnas, promovem uma confusão (proposital) entre a
religião, esta expressa pelo livro sagrado Alcorão, e a Constituição. Para estes Estados que
não fazem intencionalmente tal separação, tem-se a denominação de Sharia. Os códigos
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de leis, tais quais o Código Penal, como exemplo, e a própria Constituição são perpétuos
e de condutas rígidas como expressos no Alcorão. São Estados que tendem, por exemplo,
a promover os códigos penais mais rígidos dentro do Islã, com pena de morte por causas
torpes no mundo ocidental, como não respeito a costumes de vestimentas ou ao consumo
de bebidas alcoólicas, por exemplo. São exemplos clássicos dentro deste modo de ver religião
e código de leis a Arábia Saudita (sunita) e o Irã (xiita).
Já os chamados Estados Seculares, ou laicos, conseguem promover níveis de distinção
entre o código de leis (seja civil ou penal) e o Alcorão. Veja que tal separação não é plena
em muitos Estados, porém, mesmo assim, ocorre esta busca por se separarem os assuntos.
Exemplos são o Egito e a Turquia.
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Ao longo dos últimos anos, uma intervenção efetiva, tal qual como de praxe os EUA
promovem ao redor do globo, em geral com a justificativa de “restaurar a democracia”, não
teve espaço. Isto se deve a algumas questões abaixo listadas:
− oposição da Rússia e falta de unanimidade, portanto, no Conselho de Segurança
da ONU para referendar tais ações;
− receio de entregar o poder a grupos sunitas que possuem braços armados funda-
mentalistas (terroristas) na Al-Qaeda (de Osama Bin Laden), no Talibã, na Irman-
dade Muçulmana e no Hamas (esse último controlando atualmente a Palestina);
− necessidade de combate e extermínio ao Estado Islâmico, sendo mais importante
do que propriamente retirar Assad.
Por fim, é importante destacar que a guerra na Síria gerou a questão humanitária mais
crítica em tempos recentes no Planeta. Mais de 5 milhões de sírios, ou aproximadamente
20% da população do país antes de eclodir a guerra (2012), tornou-se refugiada, saindo a
pé pelos desertos para pousar em países vizinhos da região, como Turquia, Irã ou Jordânia,
ou evadindo, por água, em botes improvisados no Mar Mediterrâneo, tentando entrar na
Europa pela Itália ou pela Grécia para, daí, buscar refúgio em áreas continentais, como a
Hungria e a Alemanha. Fato é que, desde a Segunda Guerra Mundial, uma diáspora (fuga
forçada) tal qual ocorre agora na Síria não era vista em todo o Planeta.
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E Assad não aceita base alguma de negociação com a oposição. Garantiu-se por muito
tempo nesta guerra apenas com o domínio de Damasco (a capital) e suas cercanias, e a
crueldade imposta por práticas de uma MINORIA XIITA que há décadas comanda o país.
Chegou, de fato, a parecer que perderia a guerra por várias vezes, mas veio retomando
mais áreas, inclusive a cidade mais populosa do país, Aleppo, ao norte, e se fortalecendo
de novo no controle.
A aliança com a Síria é antiga e vital para a Rússia no Oriente Médio, uma região estratégica
onde há governos alinhados aos Estados Unidos, como Israel, Arábia Saudita e os Emirados
Árabes. Desde a década de 1980, os russos têm um grande porto na cidade de Tartus, na Síria,
sendo esta a única base própria russa no Mar Mediterrâneo, que, em 2016, se transformou
numa base militar russa de usufruto por mais 49 anos. Nesse mesmo ano (2016), e não por
coincidência, ocorre com auxílio russo a retomada de Allepo (a segunda mais importante
cidade do país) pelo governo de Assad.
Em 2021, no início de Joe Biden no poder, os EUA ainda não indicaram para onde
caminhará a sua bússola acerca de ações de intervenção na Síria. Já a Rússia mantém-
se fiel a seus aliados, abrindo mais espaço para o crescimento de sua impressão
geopolítica na área.
Vale destacar, por fim, que, em abril de 2021, os EUA iniciam a sua retirada de uma
das mais longevas guerras que o país esteve envolvido. A Guerra do Afeganistão, que se
arrastava por quase 20 anos e não conseguiu expurgar os talibãs do território do Afeganistão.
Enquanto Trump havia marcado a saída do Afeganistão para abril de 2021, Biden adiou o
processo e prometeu retirar em definitivo as tropas em 11 de setembro de 2021 – ou seja,
no aniversário de 20 anos do atentado ao World Trade Center.
O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como um braço
da organização terrorista Al-Qaeda no Iraque. Em 2014, romperam com os iraquianos e
formam apenas o EI.
As atividades do EI se concentraram na Síria, onde o grupo assumiu um papel dominante
aproveitando-se da desestruturação do Estado sírio por causa da guerra civil interna, e
no Iraque, em função também da desestruturação interna após anos de guerra contra
os EUA. Às áreas as quais ocuparam ao Norte da Síria e do Iraque dá-se o nome de LEVANTE.
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Luis Felipe Ziriba
Veja o imenso território que o ESTADO ISLÂMICO chegou a dominar em 2015 (em lugar
denominado como sendo o Levante):
Financiado por doações de Estados Sunitas (leia-se Arábia Saudita e Qatar – sendo
este, inclusive, sede da Copa do Mundo de 2022, acusado pela própria Arábia Saudita de
financiar descaradamente o EI –, que obtêm lucro com a posse de poços de petróleo do Norte
do Iraque e também sequestros e pilhagens), o ESTADO ISLÂMICO tem como ideologia
a formação (construção) de uma sociedade completamente voltada aos preceitos
religiosos, políticos, morais e culturais vigentes à época do profeta Maomé (600 d.C.).
Ou seja, eles negam toda e qualquer evolução que houve no mundo muçulmano (e
árabe por consequência) depois da morte do profeta no ano 632. Este é o CALIFADO
pretendido por eles.
Vale destacar que a Arábia Saudita já vive perto disto, ou seja, um Estado onde preceitos
religiosos seculares (e arcaicos) imperam. Contudo, estando os sauditas banhados em
petróleo, com gastos militares astronômicos e sendo aliados aos EUA, não recebem severas
críticas. Ainda no caso saudita, uma roupagem mais moderna para sua sociedade vem
sendo colocada em prática exatamente para se destacar desses meios quase pré-históricos
de vida impressos pelo EI (em processo que ainda engatinha, é bem verdade) pelo atual
primeiro-ministro e futuro rei da Arábia Saudita, o jovem e garboso Mohammad bin Salman
bin Abdulaziz Al Saud.
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Atualidades Mundo
Luis Felipe Ziriba
Uma força do Estado Islâmico muito em voga alguns anos atrás era exatamente o
poder de cooptar jovens, principalmente de outros países, como EUA, Suécia, França, Nova
Zelândia e até do Brasil, para atuarem em suas frentes, seja localmente em seus países,
promovendo atentados (e vários atentados aconteceram deste modo, culminando inclusive,
em um atentado em Orlando, nos EUA, em uma boate LGBT, com 49 mortes, em 2017),
seja dentro dos próprios territórios do Estado Islâmico. Neste último caso, em específico,
três jovens brasileiros, até onde se sabe, acabaram se envolvendo com o grupo Jihadista,
indo lutar em suas frentes de combate. O mecanismo de convencimento destas pessoas
de fora é a internet. Sendo assim, o Estado Islâmico foi chamado de “cibercalifado” (e
muita atenção a esse nome, que pode vir a cair em provas!) à medida que possui de forma
contundente esta capacidade de chamar pessoas para se alistarem em suas frentes atrás
do meio cibernético/virtual.
Mas, voltando, portanto, ao caso do Estado Islâmico, um recente controle de vastos
territórios no Norte e Oeste do Iraque, chegando às portas de Bagdá, além das áreas
dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo islâmico a consolidar seu domínio ao longo da
fronteira com a Síria, onde lutou contra o regime de Bashar al-Assad. Mas, ao longo dos
anos de 2016 e 2017, houve SUCESSIVAS DERROTAS E EXTINÇÃO DO PODER DO ESTADO
ISLÂMICO NO IRAQUE. Na Síria, apenas em 2018, numa ação conjunta entre EUA e Rússia
(que atuam em campos opostos, tal qual vimos na questão interna Síria), ao que tudo
indica, ELES TAMBÉM FORAM expulsos do território.
A seguir, apresento matéria (curta) do portal CNN Brasil, acerca das atuais ações do
Estado Islâmico em 2021. Leia com atenção, por favor.
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Luis Felipe Ziriba
menos desde 1967) e, ultimamente, podem ser vistos como um cemitério de iniciativas de
paz, lideradas, via de regra, pelos Estados Unidos. Peço muita sua atenção para este tema
(Palestina X Israel), que estava dormente em atualidades ao longo dos últimos cinco anos, mas
que, agora, ao que tudo indica, volta à nossa pauta com força e deve despencar em provas.
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TEXTOS COMPLEMENTARES
Os Talibãs 20 anos depois no poder
Por Luis Felipe Ziriba – 01/10/2021
Fato é: os Talibãs retomaram o poder que possuíam entre os anos de 1996-
2001 no Afeganistão e vai ser muito difícil tirá-los de lá agora. Em 2001, quando
as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, foram derrubadas em um
estrondoso atentado terrorista, as Forças Armadas dos Estados Unidos entraram
no Afeganistão e puseram abaixo o regime talibã.
Contudo, passados 20 anos, o governo norte-americano anunciou uma distensão.
Joe Biden declarou, em abril de 2021, que iria retirar, até o fim do ano, as tropas
americanas no país que há duas décadas expulsaram os talibãs e vinham, assim,
tolhendo exatamente as tentativas de retorno ao poder por parte da milícia guerrilheira
radical. E não deu outra, em poucos meses os mulás, como são conhecidos os radicais
barbudos que compõem as fileiras do Talibã, tomaram a Capital Cabul. O Presidente
afegão foi um dos primeiros a deixar o país. Junto a ele, uma população desesperada
tentou embarcar em aviões americanos com a missão original de promover retirada
apenas de cidadãos norte-americanos e pessoas de consulados e corpo diplomático.
Alguns afegãos até conseguiram embarcar. Outros se penduraram onde deu, fosse
na fuselagem ou no trem de pouso. Foi sem dúvida uma das imagens mais chocantes
vistas recentemente. Abaixo, antes de falarmos acerca do medo que envolve a volta
do Talibã e suas práticas – e qual nova roupagem inclusive eles prometem, vamos ver
resumidamente a história deste grupo para, assim, entendermos em qual contexto
histórico se encaixam (...) lembrando ser este um tema extremamente quente para
as próximas provas de concursos em Atualidades. Então vamos lá!
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combatentes armados que lutavam contra a ocupação soviética. Após uma década
de conflito, a União Soviética decidiu retirar suas tropas do Afeganistão em fevereiro
de 1989.
Com a retirada dos soviéticos do país, e com a destituição do governo de
Mohammad Najibullah em 1992, parte dos Mujahedin que haviam sido apoiados
pelos Estados Unidos se organizaram. Como veremos mais adiante, o grupo se
radicalizou, baseando-se em uma interpretação fundamentalista do Alcorão, e
formou o que hoje conhecemos como o Talibã. Desta forma, a disputa internacional
entre as duas superpotências da Guerra Fria – Estados Unidos e União Soviética –
deixaram consequências indesejadas para os afegãos.
Obs.: *O termo Mujahedin traduz literalmente do árabe como “combatente” ou “alguém
que se empenha na luta ( jihad)”, embora o termo seja frequentemente traduzido
como “guerreiro santo”.
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3.3. RÚSSIA
3.3.1. INTRODUÇÃO
A Rússia vem buscando, de forma aguerrida, recuperar o terreno perdido, tanto no
campo econômico quanto geopolítico, após o esfacelamento do bloco comunista da União
Soviética e a condução trôpega promovida por Boris Yeltsen nos anos 1990. O responsável
por esse processo atende pelo nome de Vladimir Putin. Homem forte à frente do país
há 20 anos, seja como Presidente, Primeiro-Ministro e depois Presidente novamente
(reeleito em 2018, com mandato até 2024), o ex-agente faixa preta da KGB se utiliza de
expedientes autoritários, eliminando adversários, tal qual agiu na Chechênia, em 2000; na
questão entre a Ucrânia e a Crimeia (parte do território ucraniano que ele tomou posse),
em 2014; e, por óbvio, agora, em 2022, na Guerra contra a Ucrânia. Podemos afirmar, e sem
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sombra de dúvida, que atualmente a Rússia fala de igual para igual com qualquer outra
potência global dentro do jogo geopolítico.
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Segundo a Rosstat, o IBGE russo, o país tem agora 148,8 milhões de habitantes,
93,5 mil a menos do que no ano anterior.
E as estimativas não são promissoras. Segundo estimativas da ONU, a Rússia
perderá cerca de 8% de sua população até 2050.
Consciente disso, o governo do Presidente Vladimir Putin desenvolveu um plano
ambicioso para atrair entre 5 e 10 milhões de imigrantes entre 2019 e 2025.
“O declínio demográfico tem sido um problema para a Rússia há décadas”, diz
Gregory Feifer, analista do Centro Davis para Estudos Russos e Eurasianos da
Universidade de Harvard (EUA), à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
“O alto escalão do governo, incluindo o Presidente Putin e o primeiro-ministro
Medvedev, falou publicamente sobre isso”.
“Mas as políticas que vêm sendo tomadas são inadequadas para enfrentar o
declínio da população. O que o governo está fazendo é desestimular a imigração
e incentivar a emigração”, acrescenta Feifer.
Fuga de cérebros
Como muitos outros países do mundo, a Rússia também enfrenta baixas taxas
de natalidade.
Em sua campanha eleitoral de 2018, o Presidente Putin prometeu gastar mais de
US$ 8 bilhões (R$ 32 bilhões) nos próximos três anos em programas para ajudar
as famílias a ter filhos.
Mas o declínio da população russa em termos absolutos se deve, principalmente,
à migração.
Em 2017, o último ano com dados disponíveis, 377 mil deixaram a Rússia, segundo
a Rosstat.
“Muitas pessoas estão deixando a Rússia, jovens profissionais altamente qualificados
são maioria”, diz Feifer. “E isso é um problema para a Rússia, porque é o tipo de
pessoas que o país precisará para manter sua influência no mundo e em sua
economia.”
A opinião de Feifer é comprovada pelos números da Rosstat. Segundo o órgão,
em 2017, 22% das pessoas que deixaram a Rússia tinham formação superior, 5%
a mais que em 2012.
Atrair imigrantes
Tradicionalmente, a Rússia era um país receptor de imigrantes, e a perda de
população causada pelo declínio natural (baixas taxas de natalidade) costumava
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TEXTOS COMPLEMENTARES
A guerra Rússia x Ucrânia começa
Por: Luís Felipe Ziriba
Em 25/04/2022
Eis que na alvorada do dia 24 de fevereiro de 2022, pela primeira vez desde a
Segunda Guerra Mundial, duas nações entram em conflito aberto bélico em território
europeu.
A Rússia, comandada por Putin, possui a intenção clara de colocar a Ucrânia sob
seu jugo. A desculpa dada pelo Kremlin para invadir o país reside na proteção dos
separatistas ucranianos pró-Rússia que residem ao Leste do País e que, segundo
as palavras de Moscou, vem sendo açoitados por grupos neonazistas os quais vem
promovendo um “genocídio”. O bote da Rússia sobre a Ucrânia foi orquestrado de
maneira clara e anunciada. Primeiro Putin deslanchou um lento movimento de tropas
na direção do país vizinho, que por muito tempo foi uma extensão da União Soviética.
Depois, atacou efetivamente o país vizinho, iniciando sua ofensiva pelo Leste, onde
se encontram exatamente os partidários de Putin em território ucraniano. Leia-se:
população russa na Ucrânia (em menor número), ou ucranianos pró-separação da
Rússia (esses sim em maior número).
Em dois meses de guerra, no dia 25 de abril de 2022, contabilizam-se oficialmente
em torno de 2,5 mil perdas humanas entre civis e militares de ambos os lados.
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Números extraoficiais, contudo, dão conta de quase 20 mil mortos. Não há sinal
para trégua até então, sendo que na mesa de negociações os tabuleiros não vêm
se mexendo e a capital Kiev já se encontra sob julgo russo.
A guerra segue, infelizmente, e, como não poderia deixar de ser, com questões
pertinentes a serem analisadas e que devem cair nas provas de Concurso. Vamos
analisá-las.
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tipo conhecido como wiper (limpador), apagou dados dos servidores de instituições
financeiras e empresas ucranianas. Logo, após computares pessoais de civis também
foram atacados e infectados por hackers russos.
Para os ucranianos, os ataques cibernéticos não são novidade. Desde a invasão
da Crimeia pela Rússia, em 2014, o país se tornou um alvo sistemático de brigadas
cibernéticas financiadas pelo Kremlin. que tentam, por meio de suas invasões digitais,
semear o caos e desestabilizar o governo. Em 2015 e 2016, o sistema de distribuição
de energia elétrica foi atacado e houve corte no fornecimento por vários dias, em
pleno inverno.
Dentro deste contexto da guerra híbrida encaixaram-se perfeitamente as
criptomoedas (e temos textos sobre criptomoedas em nossa Aula de Atualidades
Mundo) como viés de financiamento de ativistas pró-Rússia fora do controle regular
de bancos Centrais.
A diáspora de ucranianos
Estima-se que, em dois meses de guerra na Ucrânia, algo em torno de 5 milhões
de pessoas já tenha evadido do país. É praticamente o mesmo número que em 10
anos de guerra civil na Síria. São basicamente ucranianos que abandonam suas
cidades e o campo por motivos óbvios: por medo da guerra, gerando a grande crise
humanitária desta década. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (ACNUR), a velocidade de saída dos ucranianos já é considerada a mais
rápida vista no mundo desde a Segunda Guerra Mundial. Vale destacar que todos
os homens entre 18 e 60 anos foram convocados para a defesa e, em sendo assim,
as imensas filas de fugitivos são compostas basicamente de mulheres, crianças e
idosos.
• A Geopolítica
A China no tabuleiro
Em relação às posições das potências ocidentais lideradas pelos EUA não há mistério.
Todas são declaradamente contra a guerra e, logicamente, contra todas as posições de
Putin. Ponto. Já em relação à China, a segunda maior economia global – e potência mais
ascendente no Planeta –, vemos que o gigante oriental se lança em posições dúbias. Xi
JiPing, presidente chinês, declarou certa feita que China e Rússia possuem uma amizade
que “não tem limites”, porém vem dando a entender estar decepcionado com a Rússia visto
o avanço das tropas e a demora em resolver “a questão”. A posição de Pequim, por ora, é
não se comprometer com nenhum lado. O Ministério das Relações Exteriores declarou que
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a Ucrânia tem direito à soberania sobre seu território, mas simultaneamente se recusou a
vetar a Rússia no Conselho de Segurança da ONU.
A posição de Volodomyr.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky segue amotinado em algum lugar da capital
Kiev, fazendo lives e sendo admirado pelos congressistas americanos. A Rússia não fala mais
em sua deposição, mas não dá para confiar. Depois de pedir admissão imediata na Otan – o
que por um lado lhe daria tremendo poderio bélico e, por outro, poderia desencadear a III
Guerra Mundial –, Zelensky admitiu que seu país provavelmente nunca entrará na aliança,
o que atende a uma das principais exigências russas.
O conselho de segurança da ONU (em:https://www.politize.com.br/
conselho-de-seguranca-da-onu/)
Introdução.
O Conselho de Segurança da ONU atua basicamente para manter um amplo diálogo e
evitar diversos problemas diplomáticos, sendo o principal deles, a guerra. Considera-se
que, no caso da Segunda Guerra Mundial, faltou um instrumento dessa envergadura que
conseguisse balizar a paz em termos globais.
Órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um
Conselho Econômico e Social, um Conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça
e um Secretariado.
Assim como a Liga das Nações, a ONU também tem por finalidade garantir e prevenir
conflitos globais, conforme a Carta estabelece no Capítulo I que trata dos Propósitos e
Princípios:
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Obs.: Nessa entrada de 2023, a Finlândia tem atendido seu pleito e se torna membro
oficial da Otan.
3.4. CHINA
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E só foi devolvido aos chineses em 1997, quando Hong Kong passou a ser uma
região administrativa especial da China.
À época, ficou acertado que Hong Kong teria um grau elevado de autonomia, o
que inclui um sistema político e uma estrutura econômica próprios. A exceção
trataria das áreas de defesa e relações exteriores, ambas sob o controle da China.
O acordo de devolução sob um modelo chamado de “um país, dois sistemas”
duraria 50 anos.
No entanto, ninguém sabe exatamente o que vai acontecer em 2047 com o território
de 7,4 milhões de habitantes.
Há diferentes cenários possíveis. Além de passar a ser controlada integralmente
pela China, discute-se também a possibilidade de estender o prazo, de assegurar
independência total a Hong Kong ou até mesmo de firmar novos termos com a
China para uma solução intermediária.
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Nos últimos anos, contudo, tem aumentado a demanda por mais democracia em
Hong Kong, com uma série de manifestações que se repetem nas ruas há mais de
uma década contra políticas e leis impostas pela China.
2. Sistema judicial
O sistema legal de Hong Kong é bastante distinto do modelo continental chinês.
Ele se assemelha ao sistema britânico, em que a transparência e independência
dos processos judiciais são prerrogativas previstas em lei – no caso de Hong Kong
estão na chamada Lei Básica, uma espécie de carta constitucional do território
semiautônomo.
Na China continental, por sua vez, o Partido Comunista controla todos os aspectos
do processo judicial e críticos afirmam que é um sistema bastante corrupto que
não oferece garantias mínimas aos que são processados.
No entanto, a Lei Básica também está subordinada ao comitê permanente do
Congresso Nacional da China, que tem o poder de emitir uma interpretação final
e vinculante das leis. Assim, nesse aspecto, a independência do sistema não é
integralmente garantida uma vez que Pequim tem a última palavra.
3. Direitos civis
Ainda que Pequim tenha a última palavra em relação à legislação de Hong Kong, os
cidadãos do território semiautônomo têm uma série de liberdades civis exclusivas.
Diferente do resto da China, desfrutam de liberdade de imprensa, de associação
e de expressão.
No entanto, episódios nos últimos anos colocaram em xeque essas prerrogativas.
Em 2014, líderes estudantis foram detidos e acusados de traição por terem
participado da “Revolução dos Guarda-Chuvas”, que ganhou esse nome em referência
aos guarda-chuvas usados como proteção do gás lacrimogêneo lançado pelas forças
de segurança. Estudantes foram às ruas contra a decisão de Pequim de fazer uma
reforma educacional na qual se exaltava nas escolas os valores comunistas.
Professores críticos ao sistema comunista também foram detidos, e livrarias consideradas
“subversivas” têm sido fechadas por publicarem ou venderem obras com críticas ao
regime chinês.
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Ainda assim, a mídia e o acesso à informação em Hong Kong são visivelmente mais
diversos que no resto da China. Redes sociais como Facebook, Twitter, WhatsApp,
por exemplo, são permitidos sem restrições.
Cidadãos de Hong Kong também têm passaporte diferente dos chineses, que
permite viajar à maioria dos países do mundo, entre eles os EUA e aos Estados-
membros da União Europeia sem necessidade de solicitar visto.
4. Economia
O modelo “um país, dois sistemas” permite que Hong Kong conviva, paradoxalmente,
com o socialismo e o capitalismo ao mesmo tempo no mesmo lugar. Dessa forma,
enquanto as empresas da China são regidas por um sistema comunista, controlados
em sua maior parte pelo Estado, Hong Kong tem um sistema livre de mercado.
A República Popular da China não interfere nas leis fiscais da região administrativa
e não cobra nenhum tipo de imposto.
A economia chinesa, assim como a de outros países em desenvolvimento, depende
principalmente da produção de matéria-prima e produtos manufaturados. Já a
economia de Hong Kong se baseia nos setores de serviços e finanças.
As moedas são distintas. Enquanto a China usa o yuan o território semiautônomo
tem o dólar de Hong Kong. A moeda de Hong Kong opera num câmbio vinculado
ao dólar dos EUA e se submete às regras do mercado internacional, algo que não
acontece com a moeda chinesa.
E a economia local é reconhecida por impostos mais baixos, livre comércio e pequena
interferência das autoridades governamentais nas atividades empresariais.
5. Idioma
A China continental e Hong Kong não falam a mesma língua. O idioma oficial da
China é o mandarim. No entanto, existem no país uma série de dialetos e outros
idiomas, entre eles o cantonês, que se fala em Hong Kong.
O mandarim, contudo, é ensinado em todas as escolas, inclusive em Hong Kong.
Mas no dia a dia, tanto nas ruas quanto no trabalho, o cantonês é mais falado no
território semiautônomo que o mandarim. O inglês também é usado, em especial
em placas de sinalização nas ruas e nos transportes coletivos.
Ainda que a maioria das pessoas em Hong Kong tenha origem chinesa e o território
pertença à China, muita gente não se identifica com os chineses. Várias pesquisas
da Universidade de Hong Kong mostram que uma parcela significativa da população
se identifica como ‘hongkonger’ e que apenas 15% se identificam como chinês.
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Essa diferença é ainda mais forte entre os jovens. Levantamento feito em 2017
mostrou que apenas 3% das pessoas com idade entre 18 e 29 anos se declaravam
como chineses em Hong Kong.
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TEXTOS COMPLEMENTARES
O trabalho na atualidade
Falar do mundo do trabalho em Atualidades passa, fundamentalmente, por entendermos
acerca de perdas e ganhos e toda a gama de mudanças estruturais que a Nova Revolução
Tecnológica, também conhecida como 4ª Revolução Tecnológica, (ou 4.0) traz à tona.
• Era da automação: o grande “calcanhar de Aquiles” atualmente na questão do
emprego no mundo é a inteligência artificial, ou seja, máquinas (computadores)
simulando reações humanas (e, consequentemente, substituindo pessoas), desde
apertar um botão até questões de maior complexidade, como pilotar um avião. Se nas
décadas anteriores, desde os anos 70, assombravam o mundo a perda de postos pela
automatização e por robôs, hoje, para além dessas perdas, temos ainda, com o advento
da atual revolução tecnológica, a inteligência das máquinas tomando o espaço da ação
humana. Cerca de 50% das atividades de trabalho são tecnicamente automatizáveis,
segundo relatório da McKynsei, uma das consultoras mais importantes do mundo
acerca do trabalho. Conforme outro estudo, mais da metade dos empregos formais
no Brasil (54%) estão ameaçados de substituição por máquinas. Em comparação
com outros estudos publicados no exterior com metodologia semelhante, o Brasil
tem mais empregos ameaçados de extinção do que os Estados Unidos (47%), porém
menos que Europa (59%) e países como Uruguai (63%), Argentina (65%) e Guatemala,
que tem o maior índice (75% dos empregos poderão ser exercidos por máquinas). O
número brasileiro significa que essa quantidade de pessoas ocupadas se encontra em
funções classificadas com probabilidade “alta” (60% a 80%) ou “muito alta” (acima
de 80%) de serem exercidas por máquinas. Isso porque são funções “tipicamente
rotineiras e não cognitivas”, como ascensorista de elevador (com 99,9% de que o
trabalho seja exercido por máquinas no futuro), taquígrafo (99,5%) ou coletor de
lixo (89,3%). Também estão na lista tarefas cognitivas num nível já alcançado por
formas de inteligência artificial (IA), como recepcionista de hotel (99,1%), cobrador
de ônibus (99,3%) e gerente de almoxarifado (93,4%).
• Trabalho remoto: regulamentado na Reforma Trabalhista de 2017, o home office
deve crescer como alternativa para a contratação de profissionais. Interessante
perceber que a década que se findou (2010-2019) foi de enorme evolução acerca
deste conceito. O que instrumentaliza sem dúvida nenhuma o home office são as
redes de computadores muito mais eficientes. Um dos principais ganhos com a
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evolução do home office é do ponto de vista ecológico, resultado pelo corte de horas
de deslocamento (onde se estima girar em São Paulo em torno de 1 hora e meia por dia
entre ida e retorno de casa para o trabalho), reduzindo, assim, as emissões de gases que
causam o efeito estufa. Graças a essa iniciativa, é possível diminuir o número de viagens
ao trabalho e, assim, reduzir a poluição, os gastos de energia e o desperdício de papel.
Várias agências de emprego começaram em tempos recentes a demandar profissionais
nesta modalidade. Quem não gostaria de trabalhar em casa? Parece que a hora chegou
e, incentivados forçadamente pela pandemia do coronavírus, as corporações e também
o serviço público entraram de cabeça na era do teletrabalho.
• Multidisciplinaridade: quem possuir sólidas competências técnicas e comportamentais
terá prioridade nas ofertas de emprego. Importa-nos entender que o mundo do trabalho
tradicional, tal qual formado pelo Fordismo, em que enormes indústrias em que cada
operário devia compreender bem apenas uma fase da produção. Com o Toyotismo, a partir
dos anos 1970, as capacidades ficaram mais abrangentes, e o trabalho começa a demandar
conhecimentos interdisciplinares. Tal tendência segue até os dias atuais.
• Novas carreiras: abre-se, atualmente, uma gama de novas carreiras, como mecânicos
de veículos híbridos, técnico em impressão de alimentos, analista de internet das coisas e
técnico em automação predial são profissões aguardadas na indústria 4.0 (ou 4ª Revolução
Tecnológica), segundo estudo do Senai, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
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Em: https://www.iberdrola.com/inovacao/quarta-revolucao-industrial
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O trabalho na atualidade II
A semana de 4 dias nos países desenvolvidos
Muito tem se falado sobre a semana de 4 dias de trabalho. Vários países já adotaram
e outros ainda testam a nova rotina. O objetivo é deixar os colaboradores mais satisfeitos
e, com isso, ter mais produtividade.
No Brasil, algumas empresas já oferecem esse esquema aos seus funcionários e perceberam
um aumento de rendimento no dia a dia.
Neste artigo, vamos explicar como funciona a semana de 4 dias de trabalho, os principais
países que já adotaram e se há chances de ser aplicada no Brasil. Então, continue a leitura
até o final!
Países como Escócia, Islândia, Bélgica e Emirados Árabes Unidos já adotaram a semana
de 4 dias de trabalho.
• Emirados Árabes Unidos
Os Emirados Árabes Unidos foram o primeiro país a adotar, integralmente, a semana de
4 dias de trabalho. Por lá, a nova jornada entrou em vigor em janeiro de 2022 para todos
os órgãos públicos. Já para as empresas privadas, o modelo é facultativo.
• Bélgica
Na Bélgica, os profissionais podem escolher se trabalham 4 ou 5 dias por semana,
mantendo a carga horária total. No país, a jornada de trabalho semanal é de 38 horas. Porém,
o colaborador pode trabalhar 45 horas numa semana e deduzir as extras na semana seguinte.
• Islândia
Entre 2015 e 2019, 1% da população da Islândia passou a trabalhar em escala 4×3.
No país, as jornadas semanais foram reduzidas de 40 horas para 35 ou 36, mantendo a
remuneração.
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• Escócia
A Escócia iniciou uma fase de testes com a semana de 4 dias de trabalho. As empresas que
participam do projeto recebem apoio do governo, sendo um aporte de cerca de £ 10 milhões.
4.1.1. AS CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas são moedas digitais descentralizadas, ou seja, sem controle de bancos
ou padrões de lastro do tipo padrão-ouro. A primeira moeda digital criada – hoje a mais
famosa – foi o BITCOIN, em 2008, que se utiliza de uma tecnologia criptografada denominada
blockchain, que é nada mais que uma espécie de um livro-registro distribuído operado em
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uma rede do tipo ponto a ponto (peer-to-peer) de milhares de computadores, sendo que
todos acabam por deter uma cópia igual de todo o histórico de transações, impedindo que
uma entidade central promova alterações no registro ou no software unilateralmente sem
ser excluída da rede. No blockchain, a informação não é guardada numa única fonte, mas
antes por vários utilizadores, que fazem a sua encriptação e verificação, sendo o registro
de alterações partilhado por todos.
O controle das criptomoedas reside em vários servidores ao mesmo tempo. Por ser
criptografada, há um estrito protocolo de segurança. Ao processo de criação de Bitcoins
denomina-se mineração, mas não é, logicamente, qualquer um que poderá realizar esta
criação de criptomoedas. Primeiro, tem de haver um hardware extremamente potente e
pessoas interessadas na compra de sua moeda, vide que as moedas reais mais valorizadas
são as que têm mais procura, como o dólar e a libra, sendo que o mesmo ocorre com as
criptomoedas. Há também a necessidade de se obter uma chave de criptografia de peso,
senão furam sua segurança, e o negócio vai por água abaixo.
Uma curiosidade sobre o Bitcoin é que não se sabe bem ao certo quem criou a moeda
digital – tirando o nome com que assina, Satoshi Nakamoto. Mas suspeita-se que este pode
não ser o nome real ou até representar na verdade um conjunto de pessoas. O certo é que
Satoshi Nakamoto – seja ele quem for – deixou-nos uma tecnologia que podemos usar
para criar o que quisermos. Não só o Bitcoin já deu origem a outras criptomoedas, usando
o mesmo conceito de blockchain, como estão continuamente a surgir novas ideias, serviços
e empresas a utilizar a própria Bitcoin.
Em 2014, chegou a ocorrer na revista americana Newsweek, em matéria de capa (a
seguir), que eles haviam descoberto o autor da Bitcoin, um homem japonês de 64 anos
chamado Dorian Satoshi Nakamoto, residente nos arredores de Los Angeles. Dorian negou
ser o criador da Bitcoin; no impasse, apareceu o australiano Craig Wright, membro de um
grupo denominado Cypherpunks, o qual, em maio de 2016, afirmou a vários órgãos de
imprensa ser o verdadeiro Satoshi Nakamoto, mas a sua versão não foi bem aceita por
todos, permanecendo o mistério e dividindo opiniões até hoje. Ao todo, o mundo só poderá
ter 21 milhões de unidades de Bitcoins. E já foram criadas mais de 16 milhões, portanto
tem-se 16 milhões de moedas sem pai. A estimativa é que a produção das criptomoedas
chegará a seu fim no ano 2140, já que sua geração se torna cada dia mais difícil. Diante da
finitude do Bitcoin, seu sistema financeiro acompanha o processo de outras moedas, em
que, quanto maior a procura, mais alto tende a ser o seu valor de mercado.
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TEXTOS COMPLEMENTARES
As criptomoedas de segunda geração
Em 2019, as criptomoedas de segunda geração ganharsm definitivamente
consistência. Enquanto as moedas de 1ª geração estiveram restritas a mercados
financeiros específicos, a segunda geração se move atualmente com vistas a realizar
operações no mercado de varejo, tal qual já fazem há séculos as moedas tradicionais.
Contribuiu muito o fato de a gigante rede social Facebook anunciar que, até 2020,
colocaria em órbita sua moeda virtual: Libra, tendo assim um público de 2,3 bilhões
de pessoas que, via de regra, entrará em contato de alguma forma com esta nova
moeda. Seguindo a gigante rede social, o Telegram também anunciou sua moeda
para 2020, chamada Virtual Grand. Ambos, bem verdade, não lançaram conforme
prometido suas moedas, mas agitaram os mercados virtuais. E o Facebook mantém
para futuro próximo seu plano, com alteração, contudo, de datas e do nome de sua
moeda para Diem.
Já no Brasil, começou a funcionar em 2019 a Wibx, a nossa primeira moeda
virtual voltada ao comércio do varejo – ou seja, de segunda geração fora apenas do
ciclo de mercado de investimentos.
Entre 2017 e 2019, a pioneira criptomoeda criada, o Bitcoin, proporcionou
uma rentabilidade absurda. Segundo matéria de capa da Revista IstoÉ (ed. 2.594),
intitulada “Criptomoedas... Você ainda vai usar”, seu valor saiu de US$ 960, chegando
a US$ 20 mil (para se estabilizar em fins de 2019 na casa dos US$ 10 mil). Nada mal.
Mil por cento de lucro em pouco mais de dois anos.
As transações com moedas criptografadas ganham cada vez mais espaço,
asseguradas pelos protocolos blockchain e a criptografia. No Brasil, quem comercializa
as moedas são as chamadas exchanges, ou corretoras. Segundo a Associação
Brasileira de Criptomoedas (ABCRIP), já são mais de trinta instituições. É interessante
perceber que, contrariando nossa tendência intervencionista e controladora estatal,
o Banco Central vem sinalizando ao longo dos últimos anos uma liberalização por
aqui para este mercado, que ganha corpo velozmente em nosso país.
O bitcoin em 2022
Por: Professor; Luis Felipe Ziriba
25/01/2022
O BITCOIN é ainda o mais famoso ativo em criptomoedas. É um recurso escasso,
tal qual o ouro, com limite de 21 milhões de unidades disponíveis. O algoritmo deles
garante isso, assegurando que a fração, ou unidade acima de 21 milhão, será apenas
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ativada (ou minerada) somente depois do ano 2138. Raro, portanto, tal como o
ouro, por exemplo, possui grande valor exatamente pelo fato de ser escasso. Serve
também, tais quais outras criptomoedas, perfeitamente a investidores que querem
colocar suas reservas em cestas diferentes para assim fugirem do movimento das
marés das moedas tradicionais. No caso do Bitcoin, é inequívoco que, ao longo dos
últimos anos, representou uma reserva de valor com enorme proteção em relação
à inflação e/ou crises políticas. Ou seja, intempéries que, de fato, afetam moedas
e papéis tradicionais. Estima-se que, em fins de 2021, existiam 18,85 milhões de
Bitcoins emitidos, cerca de 90% do limite máximo de 21 milhões.
O blockchain do Bitcoin, como uma rede que utiliza o mecanismo de consenso
de prova de trabalho (PoW), depende de participantes da rede chamados de
“mineradores” que processam continuamente as transações e validam blocos em
um processo amplamente conhecido como “mineração”.
Esses participantes fornecem seus computadores e hardwares para resolver
milhões de cálculos complexos na rede Bitcoin a cada segundo, recebendo unidades
de Bitcoin como “recompensa”. Atualmente, os mineradores recebem 6,25 Bitcoins
para cada bloco minerado, recompensa que irá cair para 3,125 Bitcoins por bloco
após o próximo halving em 2024.
Na outra ponta, as exchanges garantem a custódia da moeda, com níveis
profissionais de segurança contra ataques e auxiliam os investidores a manusear seus
Bitcoins em ambiente de total segurança. Após mais de uma década de funcionamento
das criptomoedas, elas saem, de fato, completamente de uma atmosfera meio
nebulosa a qual muitos chancelavam ser um ativo relacionado somente a organizações
criminosas e/ou picaretas e golpistas virtuais, para se consolidar como um ativo de
futuro rentável e vantajoso, agora também sólido e confiável.
Por fim, na esteira do Bitcoin, a mais famosa criptomoeda, outras criptomoedas
operam baseadas em algoritmos de contratos inteligentes programados nas
blockchains, sendo a mais famosa a Ethereum, da criptomoeda Ether (ETH),
considerada pelos investidores mais maleável à programação do que a rede do
Bitcoin. Faça suas apostas!
Abaixo segue um link. Vale a leitura para entender a dimensão desses novos
ativos!!!
Obs.: Ah, só para constar, embora tenha valorizado algo perto de 5.000% em 5 anos, o
Bitcoin não está nem entre as 5 criptomoedas mais valorizadas.
Link: <https://www.seudinheiro.com/web-stories/8-criptomoedas-que-subiram-mais-que-o-bitcoin-
-nos-ultimos-5-anos/>.
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TEXTO COMPLEMENTAR
A China e o 5G
Enquanto os EUA comandaram no início da década que se finda a implementação
e uso global da tecnologia 4G, agora é a China quem lidera a implantação do 5G,
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sendo este um dos pontos mais importantes na Guerra Comercial entre Estados
Unidos e China. A Huawei, uma empresa chinesa, é líder em tecnologia e em redes de
internet sem fio. Dessa forma, a empresa lidera o mercado de tecnologia na China.
Após a reunião do G20, em Osaka, no Japão, realizada em fins de julho de 2019,
Donald Trump deixou as sanções que tinha imposto sobre a Huawei, ao menos
momentaneamente, de lado. A empresa da China esteve impedida de alguma forma
de fazer negócios com companhias norte-americanas. Dessa forma, o Presidente dos
EUA alegara que a tecnologia chinesa representava riscos à segurança de seu país, à
medida que China anunciava claramente que iria implantar as redes 5G já em 2020.
A rede 5G, além de otimizar, em 20 vezes, a velocidade de dados nos dispositivos
móveis, como celulares, vai proporcionar novidades como carros autônomos. “O
país que dominar o 5G liderará várias dessas inovações e estabelecerá os padrões
para o restante do mundo”, diz um comunicado do Departamento de Defesa (DoD)
americano.
A guerra entre os EUA e a China sobre a Huawei teve fôlego curto, parece, mas
enlaces interessantes: no dia 15 de maio de 2019, o Presidente dos EUA, Donald
Trump, declarou a proibição de negociações de tecnologia americana sem a permissão
do governo. Ademais, Trump colocou a Huawei em sua “lista negra”. Em junho, o
mandatário norte-americano disse que empresas americanas teriam permissão
para vender para a Huawei, entretanto não poderia representar perigo à segurança
nacional. No dia 10 de julho do mesmo ano, o Departamento do Comércio dos Estados
Unidos disse que empresas norte-americanas poderiam voltar a fazer negócios com
a Huawei. “Para implementar a diretriz da cúpula do G20 do Presidente há duas
semanas, o Commerce emitirá licenças onde não há ameaça à segurança nacional
dos EUA”, afirmou o secretário Wilbur Ross sobre a Huawei. Membros do governo
norte-americano afirmaram que a líder chinesa em tecnologia é um “instrumento
do governo da China”. Veremos assim o que acontece nessa guerra nos próximos
capítulos.
O fenômeno TikTok
O ex-presidente Donald Trump prometeu banir o inocente e engraçadinho
aplicativo criado na China do território dos EUA em 2020. Não conseguiu.
Sucesso em todo o mundo e criado justamente para fazer dinheiro, o aplicativo
sensação da geração que come e dorme grudada na internet (mais precisamente
no telefone) vem criando uma geração de subcelebridades imberbes milionárias.
São garotos e garotas que, com menos de 20 anos, tornaram-se influenciadores
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digitais (ou digital influencers) e recebem milhares de dólares para fazerem posts
patrocinados. Outros recebem por visualizações, e vários recebem pelos dois, ou
seja, conteúdo patrocinado e visualizações. Nos EUA, estima-se que, até meados de
2020, 8 jovens tenham feito, cada um, mais de US$ 1 milhão em pouco mais de um
ano no TikTok. No Brasil, as cifras são menores, mas uma legião de jovens já fatura no
TikTok na casa das centenas de milhares de reais. Usuários menores também têm vez,
e todos os dias lançam lives, podendo receber por estas transmissões dinheiro dos
amigos. Quando Trump ameaçou banir dos EUA a ByteDance, empresa responsável
pela operação do TikTok nos EUA, empresas do porte da WalMart, Microsoft e Oracle
se colocaram à disposição para comprar a operação americana deste aplicativo, que
em dois anos foi instalado mais de 2 bilhões de vezes em todo o mundo.
O Metaverso em Atualidades
Por: Professor Luís Felipe
05/05/2022
O conceito de metaverso vem sendo cada vez mais propalado e diz respeito à
integração do mundo real ao digital por meio de tecnologias como a realidade virtual
ou aumentada, com o uso de avatares e hologramas, entre outros recursos. Ou seja,
é a busca por experiências mais reais que aumentem a emoção e o engajamento.
A tecnologia 5G auxilia enormemente as funcionalidades, mas o metaverso já
vinha se firmando no mundo 4G. A pandemia prendeu as pessoas em casa e fez
com que se vivesse uma realidade paralela. No ROBLOX, febre entre crianças e pré-
adolescentes, ou no FORTNITE, ocorre já, além da interação entre pessoas, o uso de
criptomoedas, NFTs e até shows virtuais, como o caso do rapper Emicida, que fez
um show virtual no FORTNITE.
A gigante Facebook investiu forte e criou sua plataforma de metaverso chamada
Meta, para o qual confeccionou um óculos para o uso virtual que, aqui no Brasil,
custa em torno de R$ 3,5 mil. Outra empresa que investe pesado no metaverso é
a Microsoft. Aliás, o dono da Microsoft, Bill Gates, estimou recentemente que em
três anos (até 2025, portanto) as pessoas estarão fazendo reuniões virtuais fora
das câmeras comuns, se utilizando de avatares 3D.
E fora da esfera de games e reuniões corporativas, o metaverso se consolida em
outras áreas. Vamos a duas delas que vem chamando a atenção.
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não poderão ser mais fabricados carros a propulsão interna. Na China, maior mercado
disparado de venda de automóveis no mundo, já em 2020, 10% dos carros deveriam ser
obrigatoriamente fabricados com motores elétricos, em taxas que seguirão crescendo ao
longo dos anos. As lideranças do Partido Comunista, com seu ambicioso projeto Made In
China 2025, de serem autossuficientes em uma série de setores, veem esses veículos não
apenas como uma forma de limpar os céus poluídos das grandes metrópoles chinesas, mas
também como uma forma de projetar a China nesse mercado de ponta, assim como tenta
fazer em campos como a energia solar e a biotecnologia. É interessante perceber, contudo,
que, com a atual matriz enérgica chinesa, rondando a casa dos 50% de participação do carvão
mineral queimado em termoelétricas, se do dia para a noite todo os carros se tornassem
elétricos, a poluição atmosférica faria era aumentar por lá – mas isso é outra história.
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• A Computação Quântica
A Computação Quântica promete se tornar, nesta década que se inicia, um novo paradigma
para a informática. A nova geração de supercomputadores aproveita o conhecimento da
mecânica quântica – a parte da física que estuda as partículas atômicas e subatômicas –
para superar as limitações da informática clássica, baseada no clássico binômio 0 e 1.
A multinacional IBM será a primeira a comercializar um computador quântico. Prodígio
da tecnologia, o Q System One é um cubo de vidro com quase 3 m³ e 20 qubits, sendo
apresentado em 2019 servindo ao setor empresarial e à pesquisa. A informática quântica
utiliza como unidade básica de informação o qubit no lugar do bit convencional.
Este sistema alternativo admite a superposição coerente de zeros e uns, os dígitos do
sistema binário sobre os quais se assenta toda a computação, diferentemente do bit, que
só pode adotar um valor ao mesmo tempo: um ou zero.
Essa particularidade da tecnologia quântica faz com que um qubit possa ser zero e um
ao mesmo tempo e, além disso, em diferentes proporções. A multiplicidade de estados
possibilita que um computador quântico de apenas 30 qubits, por exemplo, possa realizar
10 trilhões de operações em vírgula flutuante por segundo, ou seja, cerca de 5,8 trilhões
a mais do que a console PlayStation mais potente do mercado A computação quântica e a
tradicional são dois mundos paralelos, com algumas semelhanças e numerosas diferenças
entre si, como o uso do qubit, e não o bit. A seguir, revisamos três das mais relevantes:
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Qual a história dela e sua relação com os NFTs? Em 2004, essa garotinha passeava com
seu pai em uma cidade dos EUA quando se depararam com este incêndio. Eles fotografaram
e a imagem correu a internet se tornando um dos memes mais famosos da história (pelo
menos um dos mais longevos). Pois então! Essa garotinha, de nome Zoe Roth, cresceu
e decidiu recentemente transformar a foto em um NFT, ou seja, criar uma propriedade
intelectual para a foto. Ela foi convencida de que a imagem poderia render uma boa soma
de dinheiro no mercado de NFTs.
E não deu outra: o NFT da foto foi vendido – não em dólares, mas em uma criptomoeda,
o Ethereum – por valor aproximado de US$ 483 mil. A cada vez que o NFT for revendido,
Zoe vai receber 10% do valor de transação.
Outro exemplo desse incipiente e promissor mercado vem, por exemplo, de Jack Dorsey,
CEO do Twitter, que vendeu a propriedade de seu primeiro tuíte por um NFT pela quantia
de US$ 2,9 milhões.
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como curiosidade um quadro com as diferenças das barcas (ver em: <https://g1.globo.
com/economia/tecnologia/inovacao/noticia/2021/07/20/bezos-x-branson-propulsao-
altitude-tripulacao-e-o-que-mais-diferencia-os-voos-dos-bilionarios-ao-espaco.ghtml>).
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O robô faz parte da Missão Mars 2020 e chegou à superfície do planeta para buscar sinais
de vida, no presente ou no passado.
O veículo autônomo está explorando a cratera de Jezero, local onde já houve um lago
há 3,9 bilhões de anos. Com brocas capazes de perfurar o solo e sistemas inovadores de
alimentação de baterias (com força nuclear), a sonda faz parte de uma nova política da
agência espacial norte-americana. Além de vir à luz para coletar, armazenar e trazer de volta
uma quantidade inédita de material do Planeta Vermelho, a Perseverance pretende revelar
um conteúdo de fotos e sons de Marte nunca antes capturado. O rover de uma tonelada e
com o tamanho similar ao de um Jeep Renegade representa também uma ultrapassagem
sobre outras sondas não americanas mandadas para Marte recentemente (em especial a
chinesa e a dos Emirados Árabes). E, claro, persegue a busca em torno da manutenção da
dianteira em termos globais no contexto de exploração espacial que os Estados Unidos,
há décadas, possuem.
Veja, a seguir, matéria da Revista ISTOE sobre chips, publicada em 31/05/2021 (em:
<https://www.istoedinheiro.com.br/intel-preve-que-falta/>):
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“Planejamos expandir para outros locais nos EUA e Europa para assegurar uma cadeia
de abastecimento segura para o mundo”, afirmou o executivo nesta segunda-feira
sem dar detalhes.
Obs.: Sobre o novo contexto atual de inteligência artificial, leia, por favor, caro(a) aluno(a),
as duas matérias a seguir, selecionadas a dedo sobre dois contextos importantíssimos
relacionados a inteligência artificial. Então, vamos juntos!
MATÉRIA 1: SOBRE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O MERCADO DA MÚSICA
Em: <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy0r0zny1pko>.
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Por que música viral feita por inteligência artificial com vozes de Drake
e The Weeknd preocupa artistas
Mark Savage
Correspondente de música da BBC News
18 abril 2023
Uma música que usa inteligência artificial para reproduzir as vozes dos artistas
Drake e The Weeknd viralizou nas redes sociais.
Chamada de Heart On My Sleeve, a faixa simula as duas estrelas trocando versos
sobre a estrela pop e atriz Selena Gomez, que já namorou The Weeknd.
O criador, conhecido como @ghostwriter, afirma que a música foi criada por um
software treinado para reproduzir as vozes dos dois artistas.
“Nós realmente estamos em uma nova era”, escreveu um ouvinte nos comentários
do canal do YouTube onde o vídeo foi postado. “Não consigo mais dizer o que é
legítimo ou falso.”
“Este é o primeiro exemplo de música gerada por Inteligência Artificial que realmente
me impressionou”, acrescentou Mckay Wrigley, um desenvolvedor de IA, no Twitter.
Desde que foi postado, na sexta-feira (14/4), o vídeo com a música foi visto mais
de 8,5 milhões de vezes no TikTok. A versão completa foi reproduzida 254 mil vezes
no Spotify.
A música começa com um ritmo repetitivo de piano, que faz uma transição para
uma batida estrondosa de baixo, enquanto o falso Drake canta, em inglês. Depois,
o falso Weeknd responde com um verso em que “alega” que Gomez o traiu antes
do rompimento em 2017.
A faixa ainda inclui uma chamada para o produtor Metro Boomin’, que já trabalhou
com artistas como 21 Savage, Future, Nicki Minaj e Kanye West.
Não é perfeita. A música tem a vibração áspera e a baixa qualidade de uma demo
pirata; e os vocais às vezes são arrastados e com falha — possivelmente resultado
do processo de IA.
Voz clonada
Nenhum dos dois artistas comentou sobre a música até agora. Mas Drake
recentemente expressou descontentamento por ter sua voz clonada.
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“Esta é a gota d’água da IA”, postou no Instagram, após se deparar com um vídeo
feito por um fã no qual ele parecia estar fazendo um rap da faixa Munch (Feeling
U) da rapper Ice Spice.
A reclamação de Drake veio depois que a Universal Music Group (UMG) escreveu
para serviços de streaming, incluindo Spotify e Apple Music, pedindo que eles
impedissem que empresas de inteligência artificial acessassem suas bibliotecas.
Acredita-se que as empresas estejam usando as músicas para “treinar” seus
softwares.
“Não hesitaremos em tomar medidas para proteger nossos direitos e os de nossos
artistas”, alertou a UMG no e-mail, obtido primeiro pelo Financial Times.
Vários sites já oferecem aos fãs a funcionalidade de criar novas músicas usando
vozes parecidas com as das maiores estrelas do pop.
O DJ francês David Guetta recentemente usou um site chamado uberduck.ai para
imitar a voz de Eminem e adicioná-la a um de seus instrumentais.
“Tenho certeza de que o futuro da música está na IA”, disse ele à BBC.
No entanto, Guetta afirmou que a tecnologia só poderia ser útil “como uma
ferramenta” — como é o caso da bateria eletrônica.
“Nada vai substituir o bom gosto”, disse ele. “O que define um artista é que você
tem um certo gosto, um certo tipo de emoção que deseja expressar e vai usar
todos os instrumentos modernos para fazer isso.”
Outras faixas falsas que se tornaram virais recentemente incluem um “deepfake”
de Rihanna cantando Cuff It, de Beyoncé; e um Kanye West clonado cantando a
balada acústica Hey There, Delilah.
A rápida ascensão da tecnologia tem abalado a indústria da música. Heart On My
Sleeve, por exemplo, não infringe direitos autorais, pois aparenta ser uma composição
inteiramente original.
O autor também deixou explícito que Drake e The Weeknd não estavam envolvidos
na produção da música.
Músicos se unem contra IA
Em resposta, uma ampla coalizão de músicos e artistas lançou uma “Campanha
de Arte Humana”, cujo objetivo é garantir que a inteligência artificial não “corroa”
a criatividade humana.
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requer muitos cuidados para não fazer o usuário cair no plágio e nem
em desinformação. É preciso revisar sempre!
Contudo, se bem manejado, essa poderosa ferramenta pode ajudar a esclarecer
ideias, criar resumos para entender melhor textos completos e economizar tempo
de usuários que precisam agilizar um processo que envolva a escrita digital.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Oscar 2021 e a consagração da diversidade
Poucos anos atrás, em 2015, uma irônica pecha foi dada ao Oscar. A escancarada
ausência de diversidade étnica na maior festa do cinema fez com que a premiação
fosse chancelada com a apropriada alcunha (mais direta impossível) #OSCARSOWHITE
– ou, em português bem claro, “Oscar tão branco”. Uma crítica a uma celebração do
cinema onde apenas brancos receberam menções e prêmios. Ao longo dos últimos
anos, tal festa vem tendo seu perfil segregacionista alterado, culminando no ano
de 2021, em que um recorde de atores negros e filmes dirigidos por mulheres foram
indicados ao prêmio máximo em suas categorias.
A cineasta chinesa Chloé Zhao se tornou a primeira mulher asiática a receber o
prêmio de Melhor Diretora, por Nomadland. Ao vencer, pensando apenas em gênero,
Chloé se tornou a segunda mulher a vencer a categoria em 92 anos de premiação.
A cineasta chinesa ainda concorreu com Melhor Filme (e venceu também), Melhor
Roteiro Adaptado e Melhor Edição (nestas duas últimas categorias, contudo, não levou
a estatueta). Depois de reconhecer Parasita como “Melhor Filme” na edição de 2020,
o Oscar voltou a premiar profissionais de origem asiática.
De maneira geral, essa foi a cerimônia do Oscar que mais premiou mulheres, com
17 estatuetas concedidas a elas. Além de Chloé Zhao, Mia Neal e Jamika também
fizeram história na premiação. Mia e Jamika foram as primeiras mulheres a serem
indicadas na categoria de “Melhor Maquiagem e Penteados” e também as primeiras
profissionais negras a vencerem este prêmio.
A equipe foi responsável pela caracterização das personagens de A Voz Suprema
do Blues, estrelado por Viola Davis, e que também levou a estatueta de “Melhor
Figurino”, com o trabalho de Ann Roth. Aos 89 anos, a figurinista tornou-se a mulher
mais velha a ganhar o Oscar.
Outro destaque da premiação foi para o ator e roteirista britânico Daniel Kaluuya,
que levou a estatueta de “Melhor Ator Coadjuvante”, por sua interpretação do
ativista Fred Hampton no filme “Judas e o Messias Negro”, e em seu discurso saudou
as trajetórias de Hampton e do partido Panteras Negras.
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Como vimos, a importância e, ao mesmo tempo, a ínfima parcela que os GEE possuem,
é importante sabermos a gama destes gases de forma resumida. A seguir, tem-se a
nomenclatura e os nomes dos GEE mais comuns:
• CO₂ – dióxido de carbono;
• N₂O – óxido nitroso;
• CH₄ – metano;
• CFCs – a gama de clorofluorcarbonetos;
• HFCs – a gama de hidrofluorcarbonetos;
• PFCs – os perfluorcarbonetos;
• SF₆ – hexafluoreto de enxofre.
Bom, seguindo: uma questão crucial sobre os gases de efeito estufa reside no fato de
que estes elementos de retenção do calor na atmosfera vêm sendo adicionados de forma
artificial na atmosfera, em função, exatamente, das atividades antrópicas empreendidas
ao longo dos dois últimos séculos (período industrial), ocasionando um padrão de aumento
da temperatura global fora dos padrões normais esperados.
As matrizes destas emissões de GEE residem em quatro campos fundamentais:
• Produção de energia: a produção de energia por combustíveis fósseis queimados
em termoelétricas, tais quais o carvão e o petróleo, ainda é uma realidade – embora
haja um relativo esforço por parte dos países desenvolvidos (os maiores usuários
de energia por termoelétricas), principalmente do Hemisfério Norte, mais a China,
com vistas a substituir gradualmente essas matrizes por energia solar e eólica,
principalmente. Lembrando que, no Brasil, a principal fonte de energia elétrica é a
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hidráulica, considerada limpa (ou seja, sem emissão direta de gases de efeito estufa
na produção diária de energia).
• Atividades industriais: ao longo dos séculos, a atividade industrial vem se baseando
em escalas de poluição, principalmente atmosférica, com gases a base de carbono. Vale
destacar, contudo, que marcos regulatórios e convenções vêm – isso desde a década de
1970 – fazendo com que se reduza proporcionalmente a poluição atmosférica por parte
de indústrias, em associação exclusiva ao uso de tecnologias de filtragem de gases.
• Uso de transportes: dos escapamentos de uma frota de mais de 1 bilhão de veículos,
milhões de toneladas de monóxido de carbono são emitidas na atmosfera diariamente.
Esforços com vistas a reestruturar a frota mundial, por veículos elétricos vem sendo
dirigidos por nações e empresas, mas o uso de combustíveis fósseis nos transportes
ainda impera e causa danos ambientais.
• Produção agrícola: o uso de fertilizantes com base em gases nitrogenados, em associação
à liberação da mesma cadeia de gases ao se remover o solo com vista se promover
plantios, gera um alto padrão de emissão de gases de efeito estufa. Em associação a
isso, os rebanhos, principalmente bovinos, através da flatulência, produzem metano CH4
(outro gás de efeito estufa presente também na decomposição do lixo) em enormes
quantidades diariamente. Vale destacar, contudo, que pesquisas recentes indicam
que o solo, enquanto mantidas suas características originais, é também um enorme
sumidouro de gases de efeito estufa, compensando, portanto, as enormes emissões
do meio agrícola, porém necessitando estar em estado de conservação.
A seguir, um ranking recente acerca dos países que mais emitem Gases de Efeito
Estufa no mundo:
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O Acordo do Clima de Paris, de 2015, se baseou, acima de qualquer coisa, na busca por
ações globais e mecanismos realmente efetivos que fossem chancelados pelo maior número
de países (e mais de 180 nações assinaram o compromisso) em busca de não se deixar o
aquecimento global, até o ano de 2100, ultrapassar 2ºC.
A elevação do nível do mar impactará diretamente fenômenos naturais que têm relação
com os oceanos, como marés altas, tempestades e ciclones tropicais. Um exemplo disso é o
furacão Dorian, que atingiu as Bahamas e os Estados Unidos no início de setembro de 2019
e, segundo os especialistas, foi particularmente forte por conta das mudanças climáticas.
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O gelo está em recuo acelerado na maior parte das regiões frias do mundo.
O permafrost, camada de solo que fica escondida embaixo do gelo, como no caso da
Groelândia, vem sendo exposto cada vez mais por causa do aquecimento global. Com isso,
ocorre uma grande liberação de gás carbônico, à medida que este solo possui concentrado
bastante carbono que, ao ser exposto vai, naturalmente, para a atmosfera.
O regime de chuvas, as correntes marinhas e o padrão dos ventos estão sendo perturbados,
aumentando a tendência de secas e enchentes. Os efeitos se combinam para gerar novas
causas, tendendo a amplificar em cascata o aquecimento e agravar suas consequências
Mesmo que as emissões cessassem imediatamente, haveria um aquecimento adicional
pela lentidão de algumas reações e pelos efeitos cumulativos. O aquecimento produz efeitos
de longo prazo e afeta toda a biosfera.
Se as emissões continuarem dentro das tendências atuais, o aquecimento vai aumentar,
podendo chegar a 4,8ºC até 2100, e os efeitos negativos se multiplicarão e perturbarão
todos os componentes do sistema climático, com graves repercussões sobre o bem-estar
da humanidade e de todas as outras formas de vida. O mar subiria mais, ficaria ainda mais
quente e mais ácido, haveria mais perda de gelo, as chuvas ficariam mais irregulares e os
episódios de tempo severo, mais frequentes e intensos, entre outras consequências.
Evitar que as previsões mais pessimistas se concretizem exigirá uma rápida e significativa
redução nas emissões.
A conclusão dos especialistas após a publicação do novo documento não foi surpresa
para ninguém: é preciso agir agora. “Só conseguiremos manter o aquecimento global bem
abaixo de 2ºC [...] se efetuarmos transições sem precedentes em todos os aspectos da
sociedade”, apontou Debra Roberts, uma das especialistas.
“Quanto mais decisiva e rapidamente agirmos, mais capazes seremos de enfrentar
mudanças inevitáveis, gerenciar riscos, melhorar nossas vidas e alcançar sustentabilidade
para ecossistemas e pessoas ao redor do mundo – hoje e no futuro”, disse Roberts.
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Cerca de 23% das emissões globais de gases de efeito estufa causadas pelo homem
provêm da agropecuária, da silvicultura e de outros usos da terra. A mudança no uso da terra,
como pela derrubada de florestas para dar lugar à pecuária, impulsiona essas emissões.
Além disso, 44% das recentes emissões antrópicas de metano, um potente gás de efeito
estufa, vieram da agropecuária, da destruição de turfeiras e de outras fontes ligadas à terra.
• Mas, ao mesmo tempo, o solo funciona como um enorme sumidouro de carbono.
Apesar do aumento do desmatamento e outras mudanças no uso da terra, as terras
ao redor do mundo estão capturando mais emissões do que emitem. De 2007 a 2016, o
solo sequestrou 6 gigatoneladas (Gt) líquidas de CO2 por ano, equivalente a cerca de três
vezes as emissões anuais totais de gases do efeito estufa do Brasil. Mais desmatamento e
degradação da terra, no entanto, irão destruir esse sumidouro de carbono.
• O mesmo solo do qual dependemos para estabilizar o clima está sendo atingido
pela mudança climática.
Os cientistas descobriram que a temperatura do solo aumentou 1,5ºC entre os períodos
de 1850 a 1900 e de 2006 a 2015, 75% a mais do que a média global (que combina mudanças
de temperatura tanto em terra quanto nos oceanos).
Esse aquecimento já teve impactos devastadores sobre a terra, incluindo incêndios
florestais, mudanças na precipitação e ondas de calor. Impactos adicionais vão prejudicar a
capacidade da terra de agir como um sumidouro de carbono. Por exemplo, o estresse hídrico
poderia transformar as florestas em ambientes semelhantes ao Cerrado, comprometendo
sua capacidade de sequestrar carbono, sem mencionar os danos aos serviços ecossistêmicos
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altas latitudes tornaria as superfícies mais escuras. Durante o inverno, ao invés de estar
exposta, a camada de neve estaria encoberta, aumentando a absorção da radiação solar
– como ao trocar uma camiseta branca por uma preta em um dia ensolarado. Plantar
certas espécies de árvores ou plantas pode ameaçar outras espécies e ecossistemas. E a
maior parte dos sumidouros biológicos de carbono eventualmente chegará a um ponto de
saturação em que não absorverá mais carbono. Além disso, a absorção de carbono florestal
futura não é garantida, uma vez que é provável que os incêndios florestais e a propagação
de doenças aumentem em um mundo mais quente.
• Soluções climáticas baseadas na terra que exigem grandes áreas podem ameaçar
a segurança alimentar e exacerbar problemas ambientais.
Os esforços de redução de emissões e de remoção de carbono baseados no uso da
terra que exigem grandes áreas – por exemplo, o plantio de florestas em grande escala e
os cultivos para bioenergia – competirão com outros usos da terra, como a produção de
alimentos. Isso pode, por sua vez, aumentar os preços dos alimentos, agravar a poluição
da água, prejudicar a biodiversidade e levar a uma maior conversão de florestas em outros
usos da terra, aumentando, assim, as emissões.
Além disso, o relatório constatou que, se o mundo não conseguir reduzir as emissões
em outros setores, como energia e transporte, dependeremos cada vez mais de soluções
baseadas na terra, exacerbando as pressões alimentares e ambientais.
Aprendendo com o relatório do IPCC: talvez o insight mais abrangente do relatório do
IPCC seja sobre o delicado ponto de equilíbrio entre uso da terra e estabilidade climática:
acertá-lo pode reduzir as emissões e, ao mesmo tempo, criar cobenefícios significativos;
errar pode intensificar as mudanças climáticas e agravar a insegurança alimentar e os
problemas ambientais.
Na verdade, nós podemos alimentar o mundo ao mesmo tempo em que combatemos
as mudanças climáticas, protegemos as florestas e fazemos avançar a economia – mas
temos de melhorar a forma como produzimos e agimos sobre o planeta.
A seguir, apresento-lhe uma matéria interessante, publicada na versão on-line da
revista Exame, de 08/06/2019, sobre uma economia criativa que pode ser gerada pelas
oportunidades do aquecimento global.
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À época do Protocolo de Kyoto, isso há mais de 20 anos, a imensa maioria das emissões
globais de gases de efeito estufa eram atreladas a países industrializados, à medida que estas
nações detinham responsabilidades históricas sobre o aquecimento global, pois foram grandes
emissores de gases por séculos. Os países em desenvolvimento, em contrapartida, eram vistos
como as maiores vítimas do clima e não tinham, até ali, responsabilidades sobre o problema
e, igualmente, portanto, não deveriam também assumir ônus nem contribuir para a solução.
O Protocolo de Kyoto, de 1997, definiu limites e metas de redução para as emissões de gases
de efeito estufa para um grupo de 39 países apenas. Ou seja, todos os países considerados
como “desenvolvidos” acrescidos dos países do Leste Europeu mais a Rússia.
Sendo assim, o Protocolo só entraria (e entrou) em vigor quando a conta dos signatários
envolvesse dois parâmetros:
• ao menos 55% dos países chamados (39 países) assinassem o acordo; e
• 55% das emissões de gases de efeito estufa no total no globo (e, somados, os 39
países representavam, à época, 78% das emissões globais de GEE) ratificassem o
mesmo protocolo.
Resultado: sendo assim, tais cotas só foram conseguidas quando a Rússia, em 2004,
assinou o acordo.
Vigorando, em termos reais, entre os anos de 2008-2012, o Protocolo de Kyoto, ao
estabelecer metas de redução de 5,2%, em média, de gases por parte dos países signatários
do acordo, não conseguiu ao fim (em 2012) reduzir os níveis de emissão de gases de
efeito estufa em enorme parte dos países que se cotizaram. Ou seja, os próprios países
envolvidos, em sua imensa maioria, não conseguiram cumprir as metas de redução assumidas
individualmente. Contudo, vale destacar, o Protocolo de Kyoto foi um marco positivo, sem
dúvidas, pois nele (e pela primeira vez em toda a história humana) um grupo de países
assumiu metas (voluntárias) de redução de Gases de Efeito Estufa.
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Em 2019, a COP-25, a 25ª Conferência do Clima, deveria ser realizada no Brasil, contudo,
nosso atual mandatário, presidente Jair Bolsonaro, desistiu de sediar esse encontro em
nosso país. Pesaram em sua decisão, segundo declaração do próprio, o fato de que (e
tal qual seu companheiro, Donald Trump, ex-Presidente norte-americano) a sua política
externa em torno deste assunto é 100% refratária ao que a ONU vem propalando, além
de considerar um desperdício gastar, segundo sua contabilidade, uma quantia em torno
de R$ 500 milhões para realizar-se no Brasil tal conferência. Sendo assim, a conferência de
dezembro de 2019 teve a sua realização transferida para Santiago, no Chile.
O Acordo de Paris – 2015: terminado o prazo de vigor de Kyoto (2012), uma nova costura
para o clima global que não envolvesse apenas um grupo de países (e pudesse resultar em
um novo protocolo de Kyoto) precisava ganhar corpo. Sendo assim, ficou estabelecido que,
em 2015, na COP-21, de Paris, tal documento ganharia forma.
E sentados à mesa de negociação na Cidade-Luz, pela primeira vez na história, em
meio a Ministros do Meio Ambiente, consultores, chanceleres, entre outros, conseguiu-se
alinhavar um acordo climático gigantesco e inédito, o qual envolveu mais de 190 países.
A COP-21 de Paris (2015) se torna, portanto, aquele que foi até então o maior avanço
em termos da discussão do clima global de todos os tempos. Por ela fica estabelecido,
primeiramente, um compromisso de longo prazo: limitar o aquecimento global abaixo de
2ºC neste século. Depois, fazer esforços com vistas a limitar a elevação da temperatura
global em nível acima de 1,5ºC. Sendo assim, 195 países, em primeira instância, assinam o
compromisso que envolve todos os maiores emissores de Gases de Efeito Estufa do Mundo.
No mesmo documento, depois de serem atingidas as macrometas citadas, criar-se-á um
modelo para se limitar as metas de emissões de GEE nacionais, em que cada país proporia
um limite próprio: são as chamadas NDC (Contribuição Nacional Determinada).
E Paris inovou também, à medida que o Protocolo não teria prazo determinado, tal qual
como o Protocolo de Kyoto, por exemplo, e as suas diretrizes seriam revisadas a cada 5
anos, com metas que, enquanto houver o problema (a emissão de gases de efeito estufa),
se conjugariam em torno das necessidades de cada país.
Mas nem tudo são flores, pois, dando seguimento ao que prometera na campanha
presidencial, Donald Trump se retira do Acordo de Paris em julho de 2017, sinalizando
depois que poderia até voltar ao acordo, mas somente se os interesses econômicos dos EUA
estivessem acima de qualquer outra questão, sendo um entrave tal posição. Um verdadeiro
contrassenso e ponto anacrônico, à medida que, para se reduzirem as emissões de gases de
efeito em uma imensa maioria dos países, mandatório é que sejam alteradas as matrizes
de produção energética, industriais e de transportes destes. E tais mudanças, via de regra,
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promovem alterações econômicas e envolvem custos. Por fim, vale destacar que, mesmo
após a saída dos EUA, o Acordo de Paris seguiu ainda firme em seu rumo na busca de não
se deixar que padrões calamitosos de aquecimento global ganhem mais força.
TEXTO COMPLEMENTAR
Por: Luís Felipe Ziriba
05/01/2022
COP 26
Realizada nos 12 primeiros dias de novembro de 2021, após ser adiada em função
da pandemia de Covid, a 26ª Conferência das Partes para o Clima veio cercada de
enormes expectativas. E seus resultados foram bons, à medida que se conseguiu sair
da fria e bela Escócia com avanços na questão do limite de aquecimento (de 2 graus
em Paris, em 2015, para 1,5 grau, agora), além do fortalecimento de metas individuais
(NDCs) por partes dos países e também uma nova agenda para o financiamento dos
países emergentes frente ao aquecimento global. Vejamos a seguir os principais
pontos formalizados no documento oficial, assinado por mais de 200 países, que
resultou no Pacto de Glasgow.
O PACTO DE GLASGOW (CoP 26):
REDUÇÃO DE EMISSÕES: o texto estabelece a redução global das emissões
de dióxido de carbono em 45% até 2030, em comparação com 2010, e de
neutralidade de CO2 até 2050 – quando as emissões serão reduzidas ao máximo e
as restantes serão totalmente compensadas por reflorestamento e tecnologias de
captura de carbono da atmosfera.
TEMPERATURA GLOBAL: muita atenção a este ponto, caro(a) aluno(a): o Acordo
de Paris falava sobre um aumento máximo de 2ºC em comparação à temperatura
pré-industrial. Diante de novas evidências e do alerta do último relatório do Painel
Intergovernamental para a Alterações Climáticas (IPCC, de 2019 constante em nossa
aula), o Pacto Climático de Glasgow é muito mais claro em relação à meta
de 1,5ºC, deixando claro que a diferença de meio grau se traduz em um
aumento brutal de impactos climáticos.
ARTIGO 6: um dos pontos que mais avançou na COP26 diz respeito à
regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris, que regula os mercados de
carbono e o comércio de emissões. Essa era uma das questões ainda pendentes
do pacto de 2015.
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Valerá a regra dos ajustes correspondentes, ou seja, os países terão que ajustar
sua meta de redução de emissões de acordo com a compra ou venda de créditos.
Todas estas transações serão certificadas por um organismo que ficará sob a
Convenção da ONU Mudança Climática. É interessante perceber que o Brasil possui,
sem dúvidas, tal qual propalado na Conferência por nosso Ministro do Meio Ambiente,
Joaquim Leite, enorme potencial como exportador de créditos de carbono; contudo,
atualmente, ainda somos, em 2021, devedores.
ABANDONO DO CARVÃO E COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: o termo “eliminação”
de combustíveis fósseis foi substituído por “redução” gradual. A proposta
que estabelecia a eliminação dessas fontes de energia foi enfraquecida por causa de
um acordo entre a China (maior consumidora mundial de combustíveis fósseis), os
EUA (maior produtor mundial de combustíveis fósseis), a União Europeia e a Índia.
De qualquer forma, o texto pede que os países “acelerem os esforços”
para reduzirem gradualmente o uso de usinas de energia movidas a carvão
que não usam tecnologias de captura do CO2 e também os subsídios para
combustíveis fósseis.
COMPROMISSOS NACIONAIS: o documento também reconhece que os
compromissos nacionais voluntários (NDCs) para os países reduzirem suas emissões
são insuficientes para que a temperatura global se mantenha dentro da meta de
aumento máximo de 1,5ºC. Firmadas no Acordo de Paris e incrementadas a cada
cinco anos, as NDCs tiveram sua primeira revisão em 2021, após a COP26 ser adiada
em 2020 devido à pandemia da Covid-19.
A figura dos NDCs (compromissos nacionais voluntários de redução de gases de efeito estufa)
ganhou muita força ao longo dos últimos dez anos. Com o fim do Protocolo de Kyoto, que
vigorou entre 2008 e 2012, o qual estabelecia metas individualizadas de redução de emissão
de gases de efeito estufa do tipo: “impostas” (mas sem vinculações do tipo sanções, ou
multas) para um grupo de países – os ditos “industrializados” –, ganha-se performance na
discussão climática a necessidade do estabelecimento de iniciativas e metas de redução
de gases de efeito estufa de forma voluntária. Ou seja, dentro de uma lógica em que cada
país, dentro de um compromisso global de atuar de forma franca e concisa em torno da
questão do aquecimento global, apresente voluntariamente suas metas de redução na
emissão de gases de efeito estufa.
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Nos últimos três anos apenas, vários recordes climáticos de aquecimento na imensa
área gélida em tela foram atingidos. Expectativas relativas emanadas por cientistas de que,
somente em algum dia do verão de 2100 pudesse haver degelo completo do Ártico, já se
encontram reduzidas em 60 anos. Possivelmente em 2040, segundo matéria publicada pela
renomada revista Scientific American, em sua edição de maio de 2018, um dia no verão será
de degelo completo do Ártico. A última vez, segundo os cientistas, em que o Ártico esteve em
temperatura parecida com agora faz algo em torno de 125 mil anos, e os oceanos estiveram
à época elevados em comparação a hoje, em algo perto de 4 a 6 metros. Era outra situação,
e nada se compara ao que vemos, em sua velocidade, como nestes tempos recentes.
Em 2018, a temperatura média no Inverno, para se ter uma ideia, no Ártico ficou 9ºC mais
elevada que em 1979. Sendo assim, mais aquecimento, mais vapor d’água (um dos gases
de efeito de estufa) na atmosfera e maior elevação do nível dos oceanos.
A atenção dedicada por parte da comunidade científica ao Ártico reside no fato de a região
ser muito sensível às mudanças climáticas. Em apenas 40 anos, as extensões congeladas
no ártico reduziram-se pela metade, havendo também uma forte retração do volume de
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gelo perene (em torno de 25%). Quanto maior o calor derretendo a superfície branca (de
gelo), uma área maior escura fica exposta. Assim, os raios de sol, antes refletidos pela
superfície branca, agora ficam retidos muito mais na superfície escura. Ou seja, torna-se
o aquecimento um círculo vicioso.
TEXTOS COMPLEMENTARES
Os plásticos e os oceanos: uma nova batalha ambiental
Há mais ou menos 80 anos, o uso de plásticos pela sociedade começou a ter
seu início. O polímero barateou enormemente os custos de produção e insuflou um
poderoso ramo industrial – a indústria petroquímica. Hoje parece que não sabemos
mais viver sem o plástico e o conforto que produtos como papel-filme, copos,
garrafas, recipientes variados, canudos, entre outros, nos oferecem, mas isso tem
um peso para a natureza.
O plástico é um produto que não se decompõe facilmente na natureza, pois
suas moléculas são bastante estáveis, e os organismos não conseguem quebrá-las.
Segundo a Companhia Paulista de Saneamento (Cetesb), em aterros sanitários, ou
seja, ambientes com forte presença de organismos decompositores, uma garrafa
PET pode demorar mais de 200 anos para ser decomposta por total. Há até plásticos
biodegradáveis (ou mais fáceis de se decompor), mas estes são de uso extremamente
restritos, sendo que o que fica realmente é uma carga de plásticos, todos simples
e baratos, que poluem a cada segundo o mundo em milhares de toneladas e são
indigestos à decomposição.
E o uso indiscriminado do plástico vem causando um dano ambiental que
transcende os ambientes terrestres e os lixões. Esse dano se estende aos oceanos
drasticamente, o verdadeiro pulmão do planeta, vítimas da indiscriminada utilização
desses produtos.
Vamos aos dados: recentemente, cientistas estimaram que, por volta do ano
de 2050, o peso dos seres vivos nos oceanos será superado pelo peso do plástico
adicionado aos ambientes marinhos. Isso mesmo que você leu, caro(a) aluno(a)! Até
2050, haverá provavelmente mais plástico que seres marinhos nos oceanos. Estima-
se que atualmente uma carga de mais de 150 milhões de toneladas de plástico esteja
boiando pelos oceanos, sendo que, anualmente, algo entre 5-10 milhões de toneladas
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seja adicionado a essa perversa conta. A imensa maioria do lixo nos oceanos, aliás,
é plástico, oriundo quase todo do próprio lixo descartado e (em menor escala) dos
restos de materiais plásticos deixados por pescadores, de diferentes envergaduras.
Sobre reciclagem, não há ainda salvação, pois de todo o plástico produzido no
Planeta, nem 10% atualmente vem sendo reciclado, sendo estes os produtos mais
adicionados ao mar: canudos plásticos, garrafas, isqueiros, canetas, linhas de pesca
e anzóis.
E o problema do plástico nos oceanos não se encontra apenas na questão de
poluir as margens costeiras. Há uma cadeia de danos que vão desde ferir animais
até a absorção de micropartículas de plásticos pelos plânctons. Em determinadas
áreas do Pacífico, entre a próspera costa leste americana e a superpovoada costa
asiática, já se percebe algo em torno de 100 partículas de microplástico para cada
plâncton – e o pior cenário, segundo os cientistas, era de 6 para 1.
O lixo marinho também causa perdas econômicas aos setores e às comunidades
dependentes do mar, exatamente por causa mortandade em espécies de peixes
e poluição da água, além de diminuição crítica no atrativo natural que as áreas
turísticas costeiras possuem.
Algumas medidas (tímidas) por parte de governos vem sendo tomadas frente a essa
questão. Destaques para a União Europeia que, em 2018, aprovou por unanimidade
um conjunto de normas e sanções aos usos de materiais plásticos por parte dos
países (28, até a saída do Reino unido), englobando também instrumentos de pesca.
Já Distrito Federal, na capital do Brasil, por decreto, proíbe, desde fevereiro de 2019,
o uso e a comercialização, em todo o seu território, de canudos e copos plásticos.
Por mais anacrônico que pareça, o plástico, em certa medida, veio para salvar
animais, ao substituir, por exemplo, o uso do marfim, muito comum até o início do
século passado, mas atualmente mata em torno de 100.000 animais marinhos por
ano. Por mais esquisito que pareça, o polímero que foi a base de produtos baratos
e práticos requer iniciativas urgentes e ações efetivas para tolher os danos que a
disseminação relacionada a uma superprodução se revela.
A água chega à Bolsa de Nova York
Em meados de dezembro de 2020, a mais tradicional bolsa de valores do mundo,
a Bolsa de Valores de Nova York, iniciou a comercialização de cotas de água.
O novo índice começa com cotas relacionadas ao valor da água na Califórnia, com
unidade mínima de 10 acre-pés, o que corresponde a 1,2 milhão de litros (o equivalente
a duas piscinas olímpicas). Assim, torna-se possível negociar água para situações
futuras de escassez sem ter de se pagar o preço do período de seca/escassez. Vale
destacar que este novo comércio se restringe apenas a negociações de água nos
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“A natureza não pode mais pagar o preço. Mas a questão não é só sobre emissões.
Precisamos pensar em biodiversidades e em soluções onde forem necessárias – e
vamos fazer isso de maneira justa e bem-sucedida, porque não podemos deixar
ninguém para trás. Vamos trabalhos juntos pela neutralidade, por um compromisso
junto e por ações juntas para reduzir as emissões até 2030. Isso nos coloca no
caminho para a emissão zero até 2050”, concluiu.
O Aquecimento Global e o ano de 2022
Quer acreditemos, ou não, o mundo, ao que tudo indica, caminha para uma
catástrofe climática, usando as próprias palavras do Secretário-Geral das Nações
Unidas, o português Antônio Guterres. O negacionismo frente ao aquecimento
global, motivado principalmente por interesses econômicos, segue travando a
pauta ambiental.
Contudo, a ciência e os dados revelam a triste sina do planeta. Há, com enorme
margem de certeza, um acelerado processo de aquecimento global em curso, sendo o
ano de 2022 um marco para essa drástica questão. Vejamos a seguir alguns elementos
que corroboram tal afirmativa.
Em março, ondas de calor atingiram tanto o Ártico, no Polo Norte, quanto a
Antártica, o chamado continente gelado, no Polo Sul. A estação Hopen, na Noruega,
na região ártica, chegou a marcar 30 graus acima do normal. Enquanto isso, a estação
Concordia, base de pesquisa na Antártida chegou a registrar temperaturas de 11
graus negativos, enquanto o normal para o mesmo período é fazer 50 graus abaixo
de zero.
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Seguindo (…)
Uma onda de calor inédita varreu a Europa nos últimos dias de julho 2022.
Temperaturas recordes foram registradas em vários países, sendo que a fria e
cinza Londres atingiu sua temperatura histórica recorde tendo registrado 40 graus
a sombra. Na França, desde 1935, não se registravam temperaturas tão altas.
Interessante que pela primeira vez na história uma onda de calor foi batizada: Zoe.
A 4ª pessoa curada do vírus da Aids no mundo
Um homem de 66 anos, portador declarado do vírus HIV desde a década de 1980,
é oficialmente a 4ª pessoa no mundo a ser curada da AIDS, em junho de 2022. Ele,
ao tratar uma leucemia, recebeu um transplante de medula na California. “Nunca
pensei que viveria para ver o dia em que não tivesse mais HIV.”
Ele recebeu o transplante de medula óssea não para tratar o HIV, mas porque
desenvolveu leucemia aos 63 anos.
A equipe médica responsável pelo seu tratamento decidiu que ele precisava
do transplante para substituir sua medula óssea doente por células normais. Por
coincidência, o doador era resistente ao HIV.
Hoje, 38 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV. Em 2021, fez 40 anos do
primeiro caso de Aids identificado no mundo.
A varíola dos macacos
Conceito.
A varíola dos macacos é uma moléstia transmitida pelo vírus monkeypox, que
pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é
transmitido aos seres humanos a partir de animais), com sintomas muito semelhantes
aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.
O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de 6 a 13 dias, mas
pode variar de 5 a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um
laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma
criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS
esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores,
como ratos e cão-da-pradaria.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas
respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão
de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas
com contato físico próximo com casos sintomáticos.
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5. A ONU E OS GS
5.1. A ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional formada por
192 Estados soberanos e fundada após a Segunda Guerra Mundial para manter a paz e a
segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as nações e promover progresso
social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da
Carta das Nações Unidas, um tratado internacional que enuncia os direitos e os deveres
dos membros da comunidade internacional.
O atual Secretário-Geral, em substituição a Ban Ki-moon, desde 2017, é António Guterres,
português com mandato de 5 anos e possibilidade de reeleição.
As Nações Unidas são constituídas por cinco órgãos principais: a Assembleia-Geral, o
Conselho de Segurança, o Conselho Económico e Social, o Tribunal Internacional de Justiça
e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção
do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda.
Existem organismos especializados, com ligação à ONU, que trabalham em áreas tão
diversas como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho. Esses organismos
especializados, juntamente com as Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o
UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância), compõem o Sistema das Nações Unidas.
A ONU tem como propósitos/funções principais:
• manter a paz e a segurança internacionais;
• desenvolver relações amistosas entre as nações;
• realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de carácter
económico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos
e às liberdades fundamentais;
• ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a realização desses
objetivos comuns.
Atualmente, a ONU é constituída por 192 Estados-Membros. Apenas os Estados podem ser
membros plenos e participar na Assembleia-Geral. Outros organismos intergovernamentais
e algumas entidades legalmente reconhecidas podem participar, como observadores, com
direito a intervir, mas sem direito a voto.
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5.2. OS GS
Já os Gs são grupos de Estados que se reúnem para estreitar suas relações multilaterais,
abordando temas como políticas militares e estratégias econômicas, de acordo com o
interesse e influência dos países participantes. Esses encontros costumam ser anuais e
podem ou não ter vínculo com a ONU. Além do G20, o mais conhecido grupo, existem mais
oito instâncias de países que se reúnem para debater temáticas de interesse comum.
Vejamos os principais grupos e suas composições em 2019:
• G7
− Origem: 1976;
− União dos sete países mais ricos do mundo mais representantes da União Euro-
peia. Em 1997, com a entrada da Rússia no grupo, tornou-se G8. Em 2014, o país
foi suspenso por envolvimento nos conflitos da Criméia, fazendo com que o G8
voltasse a ser G7.
− Países:
◦ ÁSIA: JAPÃO;
◦ EUROPA: ALEMANHA, FRANÇA, ITÁLIA, REINO UNIDO;
◦ AMÉRICA: CANADÁ, ESTADOS UNIDOS.
• G20
− Origem: 1999;
− Fórum dos 19 países mais influentes economicamente do mundo, entre desenvol-
vidos e emergentes, mais a União Europeia – que é representada pelo Presidente
do Conselho Europeu e o Presidente da Comissão Europeia. Tem como objetivo a
coordenação de políticas econômicas entre os membros, promover a estabilidade
financeira e modernizar a estrutura financeira mundial;
− Países:
◦ ÁSIA: ARÁBIA SAUDITA, CHINA, COREIA DO SUL, ÍNDIA, INDONÉSIA, JAPÃO;
◦ ÁFRICA: ÁFRICA DO SUL;
◦ EUROPA: ALEMANHA, FRANÇA, ITÁLIA, REINO UNIDO, RÚSSIA, TURQUIA e UNIÃO
EUROPEIA;
◦ AMÉRICA: ARGENTINA, BRASIL, CANADÁ, ESTADOS UNIDOS, MÉXICO;
◦ OCEANIA: AUSTRÁLIA.
• G77
− Origem: 1964.
− Reunião dos representantes dos principais países emergentes no Hemisfério Sul na
ONU, com objetivo de promover o desenvolvimento e aumentar o poder de barga-
nha ao articular os interesses econômicos desses países dentro dos fóruns da ONU.
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− Países:
◦ ÁSIA: AFEGANISTÃO, ARÁBIA SAUDITA, BANGLADESH, BAREIN, BRUNEI, CAMBOJA,
CATAR, CHINA, CINGAPURA, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, FILIPINAS, IÊMEN, ILHAS
MARSHALL, ÍNDIA, INDONÉSIA, IRÃ, IRAQUE, JORDÂNIA, KUWAIT, LAOS, LÍBANO, MA-
LÁSIA, MALDIVAS, MIANMAR, MONGÓLIA, NEPAL, OMÃ, PAQUISTÃO, SÍRIA, SRI LANKA,
TADJIQUISTÃO, TAILÂNDIA, TIMOR-LESTE, TUNÍSIA, TURCOMENISTÃO, VIETNÃ;
◦ ÁFRICA: ÁFRICA DO SUL, ANGOLA, ARGÉLIA, BENIM, BOTSUANA, BURKINA FASO,
BURUNDI, BUTÃO, CABO VERDE, CAMARÕES, CHADE, COMORES, CONGO, COSTA DO
MARFIM, DJIBUTI, EGITO, ERITREIA, ETIÓPIA, GABÃO, GANA, GUINÉ, GUINÉ-BISSAU,
GUINÉ-EQUATORIAL, ILHAS MAURÍCIO, LESOTO, LIBÉRIA, LÍBIA, MADAGASCAR,
MALAUÍ, MALI, MARROCOS, MAURITÂNIA, MOÇAMBIQUE, NAMÍBIA, NAURU, NÍGER,
NIGÉRIA, QUÊNIA, REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA, REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO
CONGO, SEICHELES, SENEGAL, SERRA LEOA, SOMÁLIA, SUAZILÂNDIA, SUDÃO,
SUDÃO DO SUL, TANZÂNIA, TOGO, UGANDA, ZÂMBIA, ZIMBÁBUE;
◦ EUROPA: BÓSNIA-HERZEGOVINA;
◦ AMÉRICA: ANTÍGUA E BARBUDA, ARGENTINA, BAHAMAS, BARBADOS, BELIZE,
BOLÍVIA, BRASIL, CHILE, COLÔMBIA, COSTA RICA, CUBA, DOMINICA, EL SALVA-
DOR, EQUADOR, GRANADA, GUATEMALA, GUIANA, HAITI, HONDURAS, JAMAICA,
NICARÁGUA, PANAMÁ, PARAGUAI, PERU, REPÚBLICA DOMINICANA, SANTA LÚCIA,
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS, SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, SÃO VICENTE E GRANADINAS,
SURINAME, TRINIDAD E TOBAGO, URUGUAI, VENEZUELA;
◦ OCEANIA: FIJI, ILHAS SALOMÃO, KIRIBATI, MICRONÉSIA, PAPUA NOVA GUINÉ,
SAMOA, TONGA, VANUATU.
Dentre esses grupos, temos também os BRICS: a coordenação entre Brasil, Rússia, Índia
e China (BRIC) iniciou-se de maneira informal em 2006, com reunião de trabalho entre os
chanceleres dos quatro países à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Desde
então, o acrônimo, criado alguns anos antes pelo mercado financeiro, não mais se limitou
a identificar quatro economias emergentes. O BRIC passou a constituir mecanismo de
cooperação em áreas que tenham o potencial de gerar resultados concretos aos brasileiros
e aos povos dos demais membros.
Desde 2009, os Chefes de Estado e de governo do agrupamento se encontram anualmente.
Em 2011, na Cúpula de Sanya, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento,
acrescentando o “S” ao acrônimo, agora BRICS.
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Nos últimos dez anos, ocorreram dez reuniões de cúpula, com a presença de todos os
líderes do mecanismo:
• I – Cúpula: Ecaterimburgo, Rússia, junho de 2009;
• II – Cúpula: Brasília, Brasil, abril de 2010;
• III – Cúpula: Sanya, China, abril de 2011;
• IV – Cúpula: Nova Délhi, Índia, março de 2012;
• V – Cúpula: Durban, África do Sul, março de 2013;
• VI – Cúpula: Fortaleza, Brasil, julho de 2014;
• VII – Cúpula: Ufá, Rússia, julho de 2015;
• VIII – Cúpula: Benaulim (Goa), Índia, outubro de 2016;
• IX – Cúpula: Xiamen, China, setembro de 2017;
• X – Cúpula: Joanesburgo, África do Sul, julho de 2018; e
• XI – Cúpula: Brasília, Brasil, novembro de 2019.
Desde a primeira cúpula, em 2009, os BRICS têm expandido significativamente suas
atividades em diversos campos, mas foi o campo financeiro que garantiu, desde o início,
maior visibilidade ao agrupamento. Os então quatro países-membros passaram a atuar de
forma concertada, a partir da crise de 2008, no âmbito do G20, FMI e Banco Mundial, com
propostas concretas de reforma das estruturas de governança financeira global, em linha
com o aumento do peso relativo dos países emergentes na economia mundial. O papel
desempenhado pelo BRICS foi fundamental para a reforma das quotas do FMI, aprovada
em Seul, em 2010.
No mesmo campo, a cooperação BRICS levou ao lançamento das duas primeiras instituições
do mecanismo: o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Arranjo Contingente de Reservas
(ACR). A criação do banco visou a responder ao problema global da escassez de recursos
para o financiamento de projetos de infraestrutura.
A partir de 2015, o BRICS passou a buscar novas áreas de cooperação, sempre tendo
presente a necessidade de obter benefícios palpáveis para os cinco países. Para o Brasil, as
áreas de saúde, ciência, tecnologia e inovação, economia digital e cooperação no combate
ao crime transnacional são prioritárias nesse esforço de avançar novas áreas de atuação.
A XI Cúpula foi realizada em Brasília, em 13 e 14 de novembro de 2019, no Palácio
Itamaraty, sob o lema “BRICS: crescimento econômico para um futuro inovador”. Antecedendo
o encontro de líderes, a Presidência brasileira organizou dezenas de encontros que tiveram
como prioridades: (i) o fortalecimento da cooperação em ciência, tecnologia e inovação;
(ii) o reforço da cooperação em economia digital; (iii) o adensamento da cooperação no
combate aos ilícitos transnacionais, em especial ao crime organizado, à lavagem de dinheiro
e ao tráfico de entorpecentes; e (iv) o incentivo à aproximação entre o Novo Banco de
Desenvolvimento e o Conselho Empresarial.
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Textos Complementares
Direitos humanos e atualidades
O conceito de direitos humanos reconhece que cada ser humano pode desfrutar
de seus direitos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política
ou de outro tipo, origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza.
Superado o nazismo e o fascismo pela força de uma ampla aliança, indo dos
capitalistas dos Estados Unidos aos socialistas soviéticos, as nações sentaram-se
para definir regras mínimas de convívio que evitassem novos conflitos bárbaros e
editaram a Declaração dos Direitos Humanos, em 1948. Este documento se utiliza
da expressão “direitos essenciais do homem” como sinônimo de direitos humanos
e lista os seguintes direitos do homem: o direito à vida, à liberdade e à segurança
(artigo 3º), ao reconhecimento como pessoa (artigo 6º), à igualdade (artigo 7º),
à nacionalidade (artigo 15), entre outros. A Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), de 1969, também utiliza a expressão
“direitos essenciais da pessoa humana” para se referir aos direitos humanos e, entre
esses, lista o direito à vida (artigo 4º), à integridade pessoal (artigo 5º), à liberdade
pessoal (artigo 7º) e o direito de reunião (artigo 15), por exemplo. Em suma, é bastante
passível de inclusão na agenda dos direitos humanos vários tópicos. Contudo, com
sua vagueza e generalidade, é importante e saudável, inclusive, reconhecermos –
embora, em princípio, vise fortalecer e disseminar a proteção dos direitos humanos,
colocando-os à disposição de todos –, suscita um grande desafio: a determinação
do alcance desses direitos.
A declaração reúne as chamadas três dimensões dos direitos. A primeira contempla
as liberdades de escolha, de voz e de voto, que tanto marcaram a luta contra as
monarquias e, mais recentemente, contra as ditaduras militares.
Na segunda dimensão, estão os direitos que dependem de uma ação do Estado
para garantir o bem-estar do indivíduo, como saúde e educação.
Já na terceira dimensão estão os direitos difusos, a que toda a sociedade tem
direito de usufruto, e não só cada indivíduo. É o caso do direito à comunicação ampla
e plural, ao meio ambiente e à preservação do patrimônio cultural.
Os direitos humanos consistem no direito que todo homem deve ter em todos
os lugares e todos os tempos. É basicamente, também, ilustrador do “direito a
ter direito”, ou seja, os processos e dinâmicas para se obter direitos. Padecem,
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compartilhadas entre instituições públicas e privadas. Por outro lado, não há como
negar que o crescimento desordenado dessas organizações revela uma banalização
do discurso. Sob o argumento da proteção de direitos fundamentais, as ONGs, muitas
vezes, se utilizam de uma retórica vazia para fazer valer interesses que chegam a
ser contrapostos aos ideais do discurso dos direitos humanos.
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Retomando, então: até onde fora constatado, com base nas mais importantes
e renomadas instituições de pesquisa que se debruçam em torno deste e de outros
tipos de assuntos científicos/sanitários, foram morcegos que picaram um animal
hospedeiro, provavelmente o pangolim, considerado este o animal mais traficado
no mundo – um bicho tipo “pet”, ou seja, domesticado e que bomba na China e em
outros países da Ásia, para, aí sim, via o contato deste tipo de animal (doméstico e
não comestível) ter-se realizado a contaminação para humanos. A ciência já sabe,
por exemplo, que o genoma dos coronavírus tem cerca de 30 mil bases em tamanho.
É como um texto com 30 mil palavras, que devem ser escritas em mesma sequência,
sendo praticamente impossível fabricá-lo, por assim dizer.
Fato é: a enorme capacidade de adaptação do novo coronavírus ao corpo humano
se uniu à força econômica estrondosa da China e ao padrão atávico que envolve as
múltiplas esferas que a globalização, tal qual como conhecemos, estampou. Se, no
ano 2000, a China representava apenas 3% do PIB global, em 2019, o gigante oriental
possuiu uma fatia de absurdos de 16% da produção econômica total, atrás apenas
dos EUA. Há pelo menos seis anos o país é líder inconteste na produção industrial
global e também no total de exportações. Isso tudo, em umbilical associação, não
devemos esquecer, a um padrão de capilaridade de chineses pelo globo (sendo a
China a maior potência demográfica do mundo) onde, por exemplo, estima-se ter
havido, somente no ano de 2019, um contingente superior a 160 milhões de chineses
circulando como turistas. Espero ter deixado claro que, além do componente natural
e genético do vírus, fatores econômicos e demográficos são aspectos fundamentais
para que a covid-19 conseguisse se espalhar por todos os continentes habitados
do planeta (e aí exclui-se apenas a Antártida) com tamanha rapidez.
A nova epidemia, poucos dias após ser conhecida, fora classificada pela OMS
(veja abaixo sobre o funcionamento e características da agência) como sendo de
“emergência global”. E a agência da ONU para a saúde até tentou (ao menos no
início) não promover nível de alarde extremado, com vistas, ao que tudo indicava,
não ver prejudicadas as escalas de comércio global. Porém, devido à dimensão da
capacidade de expansão do vírus, não teve jeito. Logo a ONU sucumbe à gravidade de
uma epidemia, que virou, em poucas semanas, uma pandemia. Na entrada de março
de 2020, a OMS declarava ser fundamental a realização, entre outras medidas, de
um pacto coletivo global com vistas ao isolamento social – ou seja, o distanciamento
entre pessoas com medidas radicais como fechamento de comércios, escritórios
e áreas públicas, possuindo, em fins do mesmo mês, a adesão de mais de 1/3 da
população global. Esse é o embrião do chamado “lockdown”, uma medida controversa
compreendida dentro do ambiente de isolamento horizontal, bem mais radical que
o isolamento vertical.
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resultado real, vemos, além das perdas nos PIBs em 2020 divulgados entre fevereiro
e março pelos respectivos bancos centrais dos países, também um endividamento
imenso dos países.
Na matéria a seguir, retirada do site da CNN Brasil, de 24/11/2021, vê-se ilustrada a
real dimensão do endividamento dos países por causa da pandemia:
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A OMS
Caro(a) aluno(a), vamos agora conhecer melhor o trabalho e o funcionamento da OMS?
A Organização Mundial da Saúde foi fundada em 1948 (World Health Organization –
WHO), sendo uma agência especializada em saúde subordinada à Organização das Nações
Unidas, com sede em Genebra, na Suíça sendo seu diretor-geral, desde julho de 2017, o
etíope Tedros Adhanom.
Segundo sua constituição, a OMS tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o
nível de saúde de todos os povos. A saúde é definida no documento-base de sua formação
como um “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente
da ausência de uma doença ou enfermidade”. Além de coordenar os esforços internacionais
para controlar surtos de doenças, como a malária e a tuberculose, a OMS também patrocina
programas para prevenir e tratar tais doenças e uma gama de outras moléstias.
A OMS assegura o desenvolvimento e a distribuição de vacinas seguras e eficazes,
diagnósticos farmacêuticos e medicamentos, como por meio do Programa Ampliado
de Imunização. Através de sua ação, a OMS declarou, em 1980, que a varíola havia sido
erradicada, constando este esforço simplesmente como a primeira doença na história a
ser erradicada pelo esforço humano.
A OMS supervisiona a implementação do Regulamento Sanitário Internacional e publica
uma série de classificações médicas, incluindo a Classificação Estatística Internacional de
Doenças (CID), a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e
a Classificação Internacional de Intervenções em Saúde (ICHI). A OMS publica regularmente
um Relatório Mundial da Saúde, incluindo uma avaliação de especialistas sobre a saúde
global. Além disso, a OMS realiza diversas campanhas de saúde – por exemplo, para aumentar
o consumo de frutas e vegetais em todo o mundo, e desencoraja o uso do tabaco. A cada
ano, a organização escolhe o Dia Mundial da Saúde.
A OMS realiza pesquisas sobre doenças transmissíveis, doenças não transmissíveis,
doenças tropicais e outras áreas, bem como para melhorar o acesso à pesquisa em saúde
e à literatura em países em desenvolvimento, como através da rede HINARI.
A organização conta com a experiência de muitos cientistas de renome mundial, como
o Comitê de Especialistas da OMS sobre Padronização Biológica, o Comitê de Especialistas
da OMS para a Hanseníase e o Grupo de Estudos sobre Educação Interprofissional & Prática
Colaborativa. A OMS também trabalhou em iniciativas globais, como o Global Initiative for
Emergency and Essential Surgical Care: A Guideline for Essential Trauma Care, focado no
acesso das pessoas às cirurgias, e o Safe Surgery Saves Lives, sobre a segurança do paciente
em tratamento cirúrgico.
A OMS é composta por 193 Estados-membros, incluídos todos os Estados-membros da
ONU, exceto Liechtenstein e Estados Unidos, e inclui dois não membros da ONU, Niue e as
Ilhas Cook. Os territórios que não são Estados-membros da ONU podem tornar-se Membros
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Associados (com acesso total à informação, mas com participação e direito de voto limitados)
se assim for aprovado em assembleia: Porto Rico e Tokelau são Membros Associados.
Existe também o estatuto de Observador. Alguns exemplos incluem a Palestina (um
Observador da ONU), a Santa Sé, a Ordem Soberana e Militar de Malta, o Vaticano (um
observador não membro da ONU), a Taipé Chinesa (uma delegação convidada) e Taiwan.
Os Estados-membros da OMS nomeiam delegações para a Assembleia Geral da Saúde
Mundial, que é o corpo decisor supremo. Todos os Estados-membros da ONU são elegíveis
para pertencer à OMS. A Assembleia Geral da OMS reúne-se anualmente em maio. Para
além da nomeação do Diretor-Geral a cada cinco anos, a Assembleia analisa as políticas
de financiamento da Organização e revê e aprova o orçamento proposto. A Assembleia
elege 34 membros, tecnicamente qualificados na área da saúde, para a Direção Executiva,
durante um mandato de três anos. As principais funções desta direção serão as de levar a
cabo as decisões e as regras da Assembleia, aconselhá-la e, de uma forma geral, auxiliar e
facilitar a sua missão.
A OMS é financiada por contribuições dos Estados-membros e doadores vários. Nos
últimos anos, o trabalho da OMS tem envolvido, de forma crescente, a colaboração com
entidades externas. Existem, atualmente, cerca de 80 parcerias com organizações não
governamentais e indústria farmacêutica, bem como com fundações como a Fundação Bill
e Melinda Gates e a Fundação Rockefeller. Com efeito, as contribuições voluntárias para a
OMS por governos locais e nacionais, fundações e ONGs, outras organizações da ONU e o
próprio setor privado excedem atualmente as contribuições estabelecidas (quotas) pelos 193
Estados-membros. Além dos Estados Observadores e das entidades listadas, os observadores
das organizações Cruz Vermelha e Federação Internacional da Cruz Vermelha entraram em
“relações oficiais” com a OMS e são convidados como observadores. Na Assembleia Mundial
da Saúde, eles atuam como representantes, igual aos de outros países.
A covid-19 e as vacinas
Nunca antes na história da humanidade, uma ação com vistas à criação de um imunizante
fora empreendida em tempo tão curto.
Desde o primeiro caso de coronavírus, identificado em dezembro de 2019, até a
oficialização das primeiras vacinas (testes), em fins de outubro de 2020, ao longo de dez
meses, diariamente, 24 horas por dia, praticamente toda a comunidade científica relacionada
à saúde no planeta se debruçou com vistas a que um elixir de expurgo deste vírus pandêmico
ganhasse forma. E o êxito aconteceu. No dia 11 de dezembro, na Inglaterra, uma senhora de
90 anos, de nome Margaret Keenan, foi vacinada com a primeira dose da vacina da Pfizer.
Após quase 1,5 milhão de mortes pelo globo, as vacinas se tornaram realidade, sendo,
inclusive, uma tábua de salvação já em meio à segunda onda de pandemia de covid-19,
em 2021, em várias partes do Mundo. Até maio de 2021, segundo a OMS, havia 14 vacinas
existentes e mais de 90 em fase de testes em humanos.
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Uma vacina só pode ser disseminada após passar por, no mínimo, três fases, as quais
compreendem, via de regra:
• 1ª: um pequeno grupo de pessoas se candidata voluntariamente e recebe as doses;
• 2ª: um número maior de pessoas é imunizado, após ter-se comprovada a eficácia da
Fase 1;
• 3ª: número bem grande de testes após êxito com a Fase 2.
Após concluída a 3ª fase, as vacinas podem, assim, ser certificadas por agências
reguladoras dos países.
Três desafios se mostram bastante latentes nessa entrada de 2022 envolvendo as
vacinas e Atualidades. Vamos a eles:
• O primeiro é, sem dúvidas, o mais sério e reside em se convencer a população a se
vacinar. Simples assim. Há uma onda negacionista, e não estou aqui imprimindo juízo
de valor algum, mas, de fato, existem pessoas que não acreditam na eficácia da vacina,
ou alguma outra razão, e que optaram por não tomar as doses de vacinas para Covid.
No Brasil, o próprio presidente Jair Bolsonaro é partidário deste modo de pensar. Mas
é interessante que, mesmo assim, atingimos bons níveis de vacinação com duas doses.
Ultrapassamos, por exemplo, em dezembro, os EUA, um dos redutos globais de pessoas
que se negam a tomar a vacina (de novo, destaco não estar aqui fazendo juízo de valor
sobre este tema, apenas relatando, como é minha função de Professor de Atualidades),
com mais de 60% de toda a população vacinada com as duas doses.
• O segundo desafio consiste em se vacinar as crianças. Há muita negação em relação
a este ponto também, visto que elas são o menor grupo de risco. No Brasil, uma luta
vem sendo travada entre o presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores e os órgãos
institucionais, como Ministério da Saúde (onde a política do órgão, mesmo contra o
Ministro Pazuello, vem se demonstrando a favor de se vacinar as crianças) e a Anvisa,
instituições as quais preconizam essa “infantilização” na aplicação da vacina. No
exterior, segue, bem verdade, quase do mesmo jeito que aqui, com alguns países
avançados nesta questão e já outros ainda em fase de discussão.
• Por último, temos o desafio de acertamos entra a comunidade global e também
local como/onde e quando será(ão) usado(s) os tais passaportes de vacina. Ou
seja, como fazer funcionar este novo instrumento de checagem para que as pessoas
possam ter acessos os mais variados, seja em alfândegas ou até restaurantes e
cinemas. Será uma realidade, disso não há dúvida. Muita gente é contra, e você?
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morreram de covid-19 nos Estados Unidos. Mas, como salientou Kucharski, mesmo
os baixos índices de mortes podem acumular-se ao longo do tempo, até atingirem
um número surpreendente, às vezes assustador....
O mesmo banco de dados indica que, em todo o ano de 2022, 46.099 pessoas
morreram de covid-19 na Inglaterra. O número está abaixo das 75.240 mortes
ocorridas em 2020 ou das 74.558 mortes de 2021, mas ainda é mais do que a
maioria de nós poderia esperar.
Em termos de comparação, durante uma temporada de influenza particularmente
forte, cerca de 30 mil pessoas podem morrer de gripe e pneumonia em todo o Reino
Unido. É muito difícil comparar os dados de diferentes países ao longo dos anos
em nível global. Os meios e critérios de determinação do que conta como morte
por covid vêm variando muito.
Mas a OMS reúne os números de mortes por covid informados por cada país,
individualmente. Estes dados podem dar uma ideia da escala da pandemia
Em 2022, pouco mais de 1,215 milhão de mortes de covid foram relatadas em
todo o mundo. É muito menos que os 3,505 milhões registrados no ano anterior,
mas ainda é um número de mortes enorme e com boas possibilidades de ser
significativamente subestimado com relação ao índice real.
Ainda assim, em muitos corredores do poder – e até em redações jornalísticas – de
todo o mundo, essas mortes contínuas raramente são mencionadas em comparação
com as inúmeras outras crises que estão acontecendo, como as guerras pelo
mundo, o custo de vida e as contas de energia. Mas, em todo o planeta, a covid-19
permanece presente.
“Fadiga do coronavírus”
Os cientistas admitem que provavelmente seria necessário acontecer algo drástico,
como o impacto de uma nova supervariante, para que isso viesse a mudar.
Ou, como diz Kucharski, ficamos tão concentrados no pico da curva das mortes
relativas à covid que acabamos menosprezando o lento crescimento do número de
mortes e como ele ainda pode acumular-se até somar um índice muito significativo.
“Vimos isso com a variante delta em 2021”, afirma Kucharski. “Não foi um pico
muito forte, mas foi muito mais longo. Com isso, o número total de hospitalizações
ficou muito próximo de 2020. Elas apenas foram distribuídas por um período muito
mais longo, já que o vírus não estava contagiando a população da mesma forma.”.
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A mesma tendência foi observada nos Estados Unidos. Cerca de 2 mil a 3 mil
americanos ainda morrem de covid-19 todas as semanas.
O epidemiologista William Hanage, da Universidade Harvard (EUA), afirma que
escreveu aos repórteres de um grande órgão de imprensa em julho de 2022,
informando que, se o número semanal de mortes daquela época fosse extrapolado
para um ano inteiro, seria equivalente a três temporadas de gripe particularmente
devastadoras. Mas este tipo de notícia não chega mais às manchetes com a mesma
rapidez.
“Os números realmente são muito altos”, afirma Hanage. “Mas uma das coisas que
acontecem com os seres humanos é que aquilo que é constante acaba se tornando
parte do dia a dia.”
“Nós realmente prestamos atenção quando existem picos muito altos”, afirma
Denis Nash, epidemiologista da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados
Unidos. “Com isso, criou-se uma situação em que as pessoas agora prestam menos
atenção ao que está acontecendo, a não ser que exista algo grande refletido nos
dados. Mas, quando você começa a olhar ao longo do tempo, realmente é assustador
ver quantas mortes ainda estão acontecendo hoje.”.
Para Nash e outros pesquisadores, uma das frustrações é saber que muitas das
mortes poderiam ter sido facilmente evitadas.
Hesitação sobre vacinas e reforços
Por trás dos inúmeros gráficos e ilustrações nos websites dos governos, é
surpreendentemente difícil penetrar nos números para entender completamente
quem ainda está morrendo de covid-19.
A única forma de realmente definir a narrativa dessas mortes é conversar com os
médicos na linha de frente dos hospitais. Segundo William Schaffner, professor de
doenças infecciosas do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no
Tennessee (Estados Unidos), as mortes ainda tendem a concentrar-se no mesmo
grupo mais vulnerável desde os primeiros dias da pandemia.
“As pessoas que estamos vendo hospitalizadas normalmente são idosos ou pessoas
mais jovens que são imunocomprometidas, devido a alguma doença ou remédio
que suprime o seu sistema imunológico”, afirma Schaffner. “São muitos grupos
de alto risco.”
O consultor do Hospital Geral do Norte de Manchester, no Reino Unido, Andrew
Ustianowski, apresenta um quadro similar.
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caminhos
crie
futuros
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