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Atualidades Brasil
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Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
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230601147395
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Atualidades
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Atualidades Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Parte I – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Humano e
População . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1. Território, Fronteiras, Transporte e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. A População Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2. Parte II – Atualidades Brasil: Política, Economia e Fatos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.1. A Política Brasileira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2. Economia Brasileira em 2020 e 2021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3. Temas de Atualidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.1. A Operação Lava Jato e seu Fim. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.2. ONGs, Meio Ambiente e Amazônia: Atualidades e Polêmicas . . . . . . . . . . . . . 77
3.3. Principais ONGs Ambientais no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3.4. O Brasil na COP-26: Glasgow, Escócia, dezembro de 2021 . . . . . . . . . . . . . . . 84
3.5. O Brasil na COP-27- Egito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.6. As Tragédias Ambientais de Mariana e Brumadinho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.7. As Queimadas no Pantanal em 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3.8. O Caso Marielle: Cinco Anos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
3.9. As Milícias no Rio de Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
3.10. A Segurança Pública no Brasil: Algumas Considerações. . . . . . . . . . . . . . . . . 94
3.11. A Reforma da Previdência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
3.12. A Transposição do Rio São Francisco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
3.14. Cultura e Atualidades no Brasil em 2020: alguns Pontos Fundamentais. . 106
3.15. COVID-19. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
3.16. Outros Temas de Atualidades no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
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Luis Felipe Ziriba
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nessa etapa de preparação rumo
à conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar a vocês: me chamo Luis Felipe Ziriba, sou formado em
Geografia desde 2004 pela Universidade de Brasília. Também sou servidor do Incra – SEDE,
desde 2008, efetivado no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária.
Ministro aulas para concursos desde 2001. Comecei em sala aos 20 anos de idade,
lecionando em pré-vestibulares, para, em pouco tempo, seguir para os concursos de admissão
à carreira militar, como EsPCEx, ESA, entre outros, nas disciplinas de Geografia Geral e do
Brasil. Lecionei também em preparatórios (Geografia Geral e do Brasil) para os principais
cursos de admissão à carreira diplomática – Instituto Rio Branco – de Brasília. Já no início
da década findada (2011-2020), parti rumo ao desafio de lecionar as matérias Atualidades
do Brasil e do Mundo, além de Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão 18 anos preparando
alunos nos melhores cursos do Distrito Federal para os mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, obrigado pelo espaço e pela confiança depositada. E vamos então ao que realmente
importa a vocês. O tempo urge!
Com vistas a auxiliá-los(as) nessa etapa de preparação, dividi o nosso material em duas
partes: na primeira destaco aspectos do território nacional (incluindo transportes e energia)
e contextos populacionais; na segunda parte, por sua vez, serão abordados aspectos mais
abrangentes, como política, produção de valor e a economia nacional, além de temas muito
importantes em Atualidades a serem cobrados em concursos – cultura, sociedade, segurança
pública, relações internacionais, meio ambiente, organizações supranacionais, entre outros.
Destaco, caros(as) aluno(as), que realizem sem concessões a leitura integral dos temas
apresentados, e que deem a mesma importância aos respectivos Textos Complementares
apresentados, ok?
Reparem que mesmo havendo alguns (poucos) editais que delimitam recortes, balizando
a compreensão de períodos específicos (e acontece pouco dessa forma, mas acontece),
peço a vocês, praticamente de joelhos, juro – sem exagero - para não caírem nesta esparrela.
Fujam dessa falsa facilidade e tenham em mente que somente através da leitura retórica
(e integral) dos temas apresentados - desde seu início até o seu fim - que é possível obter
uma clarificação dos contextos de Atualidades de forma ampla. Simples assim!
Juro: não há como fugir disso! Por favor, confiem, confiem e confiem mesmo nessa
informação!
A disciplina de Atualidades não está restrita simplesmente a uma coleta de notícias
com base no(s) recorte(s) estipulado(s) pelos editais (digo quando ocorrer esse recorte).
Em Atualidades, os contextos devem ser, de forma mandatória, entendidos desde seu
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começo até o seu fim. Isso para que possamos atingir exatamente o nível necessário de
conhecimento pedido pelas bancas em concursos.
Esse conhecimento amplo e conciso está bem aqui, se encontra nas suas mãos. Nosso
material é produzido de forma sintética, didática, clara e fluida, com base em décadas de
conhecimento dessa disciplina. Nós sabemos, de A a Z, como guiar vocês rumo à aprovação.
Então, não retalhem, apenas me sigam. Confiem nisso! Vamos juntos empreender um
conhecimento amplo, conciso e extremamente útil dentro dessa deliciosa disciplina que é
Atualidades Brasil.
Peço que ao fim, por favor, se debrucem sobre o caderno de exercícios apresentado,
como forma de fixação de conteúdo e acréscimo didático. E, claro, avaliem o nosso curso
na plataforma. Obrigado!
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ATUALIDADES BRASIL
Obs.: Os pontos descritos são os nossos pontos extremos nas quatro direções: Norte
(Monte Caburaí, em Roraima), Sul (Arroio do Chuí), Leste (Ponta do Seixas) e Oeste
(Nascente do Rio Moa).
O Brasil faz fronteira com dez (10) países. Dentro do continente sul-americano, não
somos “vizinhos” apenas de dois países: o Chile e o pequeno Equador. No mapa a seguir
temos as principais extensões de fronteiras, com destaque para o Peru (2º lugar) e a
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Bolívia (com mais de 3.000 km de fronteira, em boa parte pela Amazônia). Destaque-se
que esses dados de tamanho das fronteiras são estanques, ou seja, não sofrerão alterações
em curto ou médio prazo, à medida que os tratados com os países fronteiriços ao Brasil
foram ratificados há tempos. Também não têm ocorrido reivindicações fronteiriças de
nações vizinhas.
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O Brasil possui cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa
configuração atende a uma divisão do IBGE de 1969, a qual levou em conta similaridades
humanas e naturais entre os estados para o agrupamento em regiões. Observe alguns dados:
• MAIOR REGIÃO: Norte (45,2% do território nacional);
• REGIÃO COM MAIOR NÚMERO DE ESTADOS: Nordeste (com 9);
• MAIOR POPULAÇÃO: Sudeste (perfazendo em torno de 42% população do Brasil em
2021, com mais de 87 milhões de habitantes).
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Importa-nos entender que o pleito que neste sentido fora levado mais adiante deu-se
no Pará, em 2011, quando sua população, em plebiscito, NÃO ACEITOU a fragmentação
em três outros estados: Carajás, Tapajós e Pará (capitais em Marabá, Santarém e Belém,
respectivamente). Tal querela, vale o destaque, em 2021, novamente ganhou impulso,
mas não obteve respaldo considerável. Mesmo assim, em provas de concursos que versem
sobre este tema da divisão do Pará, não esqueçam que essa divisão foi é a mais avançada
em termos nacionais em tempos recentes, ok?
Segue mapa abaixo rejeitado no referendo:
1
Pleito Divisão: estado do Pará em 2011.
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Em 2022, o Brasil possuía 5.570 municípios. Os Estados com mais municípios são: Minas
Gerais (853) e São Paulo (645). Na rabeira, temos Roraima, com apenas 15, e o Amapá, com
16 municípios.
O Distrito Federal não é um Estado, mas sim uma unidade da Federação, tendo
apenas Brasília (a Capital Federal) como seu único município.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Transporte de Cargas no Brasil em 20222
O Sistema de transporte de cargas no Brasil é, via de regra, muito desequilibrado.
Vigorando desde 2005 como um plano de Estado, e não de Governo, o PNLT – Plano
Nacional de Logística de Transportes – visa promover um melhor reequilíbrio entre
os modais, alçando metas de eficiência em logística, com redução de custos e da
emissão de poluentes, além do incrementar a segurança.
Uma análise simples em nossa matriz de transportes revela que o meio
rodoviário ainda predomina no total de cargas (peso) transportadas no país. Tal
meio (rodoviário) de transporte leva em torno de 60% de toda a carga. Os principais
produtos transportados pelos mais de 1,4 milhão de quilômetros de estradas
brasileiras (nessa que é a segunda maior malha do mundo) são derivados de petróleo,
soja, milho, farelo de soja, alimentos (industrializados, ou não) e bens de consumo
manufaturados diversos. Vale destacar que a presença do rodoviário vem sendo
reduzida, embora de forma lenta, tendo atingido, na década de 1980, quase 80%
de toda a carga transportada no país.
As vantagens do meio rodoviário estão na capacidade de se entregar produtos
porta a porta, o que não ocorre no meio ferroviário, pois os trens param em terminais,
o aquaviário em portos e os aeroviários em aeroportos. Veja o exemplo da soja: todo
grão que sai da porteira das milhares de fazendas plantadoras é escoado exatamente
por caminhão. Se, por opção das empresas, a soja seguir após os caminhões por outro
modal, tem-se o que se chama de transbordo. A implementação de uma estrada é
também mais barata e rápida, daí a preferência de governos desenvolvimentistas
anteriores, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, por este modal (tipo)
de transporte. Como externalidades, tem-se o maior custo de manutenção das
estruturas que se precarizam muito facilmente, a poluição ambiental dos gases
pesados e tóxicos emitidos pelos escapamentos a diesel e o maior número de mortes
2
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 10/12/2019.
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em acidentes que nos outros modais. Em maio de 2018, uma greve de quase um mês
dos caminhoneiros praticamente parou o país. Tal paralisação revelou o tamanho da
dependência deste meio de transporte no Brasil. Estima-se que em torno de 60% dos
caminhoneiros no país trabalhem em empresas, não sendo autônomos, portanto. A
essa prática de parada de serviços por parte de empresas dá-se o nome de lockout,
proibido tanto na CLT – Consolidação de Lei Trabalhistas quanto na Lei de greves.
O segundo meio de transporte mais utilizado no Brasil para cargas é o ferroviário,
com algo em torno de 20% do total transportado por 30.000 km de ferrovias.
As vantagens diretas na utilização do modal ferroviário estão relacionadas a sua
eficiência, pois os trens transportam uma imensa quantidade de carga com baixo
consumo de combustível, baixa emissão de poluentes e níveis altíssimos de segurança,
além de requerem pouca manutenção nas estruturas, principalmente nos trilhos. A
externalidade observada, contudo, reside no alto custo para se construírem novas
ferrovias e sua implementação em geral (custo também dos trens).
Vencer terrenos irregulares e fazer curvas acentuadas não é o forte dos trens.
Atualmente, as 13 linhas férreas do país são administradas por concessões que
duram em média 35 anos, sendo, contudo, livre o direito de passagem a trens que
não pertencerem à concessionária do trecho. O minério de ferro responde por 80%
do total de cargas transportado pelos trilhos no Brasil. Em 2019 haverá o leilão do
trecho que liga Goiás ao Porto de Santos pela ferrovia Norte-Sul.
DICA
Recomendo, caro(a) aluno(a), que para se informar melhor
sobre este tema, promova a leitura do link abaixo, retirado
da versão online do jornal de Goiânia, o Popular:
https://abifer.org.br/ha-mais-de-tres-decadas-sendo-
construida-ferrovia-norte-sul-so-tera-uso-apos-2020/
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Amazonas. Para esses dois últimos estados da Região Norte, vale ressaltar, embora
este texto não seja sobre transporte de passageiros, que o modal aquaviário também
leva muitas pessoas e uma imensa gama de produtos (mudanças, por exemplo,
algo impensável no Centro-Sul do Brasil, que são feitas por barcos). São estados
(principalmente o AM) que não têm expressivas ligações rodoviárias, mas que
possuem rios caudalosos, largos e morosos que auxiliam no transporte aquaviário.
As vantagens do transporte aquaviário residem na sua amplificada capacidade
de carga e custos baixos para o operador. As externalidades são a construção de
hidrovias seguras e, se necessário, de eclusas (um processo muito caro), a ocorrência
de acidentes (principalmente no transporte de passageiros) e a dificuldade de se
chegar a pontos diversificados do território brasileiro. O ideal para o transporte
aquaviário é que se consiga implementar uma logística eficiente para a realização
do transbordo (troca de modal).
No Brasil, uma modalidade de transporte por barcos que esteve relegada em
décadas anteriores vem ganhando força ao longo dos últimos anos: o transporte por
cabotagem, ou seja, quando se leva a carga entre portos marítimos, praticamente
margeando a costa. Os portos e as embarcações no Brasil, na verdade, vêm se
adaptando a essa eficiente modalidade de transporte de cargas.
Por fim, em relação ao aquaviário, destaco que mais de 90% do comércio global
atualmente se deve ao transporte aquático em grandes navios, sejam estes de
contêineres, sejam de graneleiros.
Por último vem o transporte aéreo de cargas, muito importante à medida que,
embora leve algo em torno de apenas 5% das cargas no Brasil, ao somarmos os valores
dessas cargas, tem-se algo em torno de 25% de todos os valores transportados no
Brasil. O modal aeroviário é, de fato, muito eficiente quando se precisa levar cargas
perecíveis (alimentos, flores) ou com alto valor agregado, em que o custo mais alto
do transporte, comparado aos outros meios, compensa.
TEXTO COMPLEMENTAR
A Produção de Energia Elétrica no Brasil em 20223
O Brasil é um dos grandes produtores de eletricidade do Mundo. Nosso gigante
parque de produção de energia elétrica possui alta diversificação, e, principalmente,
uma base em matriz limpa: AS HIDRELÉTRICAS.
3
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 05/12/2021.
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O Parque Eólico
A força dos ventos se consolida como a terceira maior fonte de geração de energia
elétrica no país. Em fins de 2022, mais de 750 parques eólicos se encontravam em
operação no território brasileiro, com mais de 10 mil torres eólicas, um número que
não para de crescer. De acordo com o Global Wind Energy Council (GWEC), o Brasil
ocupa a sétima posição no ranking mundial de geração eólica. O ano de 2021 foi
o de maior incremento em potência instalada de produção de energia em toda a
nossa história, atingimos a cifra histórica de mais de 11% de energia elétrica total
produzida pelos ventos
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TEXTO COMPLEMENTAR
Brasil: Crise Hídrica e Energética 2021. Contextos4
Caro aluno, para entender de forma simplificada o contexto que envolveu a
mais recente crise hídrica de 2021, a qual resultou em consequências na produção
de energia elétrica no país, vamos nos ater inicialmente aos pontos seguintes, e
explicarei, prometo, de forma simplificada:
1. A produção de energia no Brasil é fundamentalmente baseada na força das
hidrelétricas, com 70 por cento de toda a capacidade de produção de energia elétrica
instalada oriunda da força das hidrelétricas.
4
Por: Prof. Luis Felipe, em 15/09/2021.
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não havendo, logicamente, reposição hídrica. Não entrou água no solo nem correu
água de forma superficial, também não choveu em cima da lâmina de água de nossos
reservatórios. Alguns deles operaram no limite em meados de 2021, sendo que
outros se utilizaram do chamado “nível morto”, acarretando, portanto, um maior
esforço das turbinas para a produção de energia.
Outro ponto crucial acerca da crise hídrica reside no fato de que, em regra, os
rios que constituem os reservatórios em sua origem e auxiliam na manutenção dos
reservatórios ( junto, tal qual visto, à chuva incidente) nascem exatamente no Brasil
Central. Caso emblemático é o Rio Xingu, que alimenta a megausina hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará. Esse grande e belo curso hídrico nasce nas serras do Mato Grosso,
região que anualmente passa por evento de seca sazonal (entre maio e setembro).
Sendo assim, no período de seca, a força de suas águas diminui consideravelmente
e produz-se menos energia. O solo não é abastecido, muito menos os reservatórios,
e os rios ficam menos caudalosos. A usina, portanto, fica ociosa à medida em que
ocorre menos chuva.
Assim, essa conjunção de fatores, ou seja, a seca e a concentração de rios que
abastecem as maiores hidrelétricas no Brasil Central, transformaram um sistema
gigante em pouco eficiente à medida que seus reservatórios pereceram. Para
amenizar a situação, o Governo Federal passou a suprir a demanda energética por
meio das termoelétricas, que são unidades de produção de energia que queimam
combustível e/ou biomassa (preferencialmente cana), o que torna a energia mais
cara e menos eficiente do ponto de vista ambiental.
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Funcionamento de termoelétricas:
DADOS GERAIS
Para falarmos sobre a população brasileira, vale lembrarmos inicialmente de dois pontos
fundamentais que aprendemos na escola, os quais remetem-nos às prazerosas aulas de
Geografia, são os conceitos de POPULOSO e POVOADO.
POPULOSO: remete à população absoluta de um determinado lugar: o número
total de habitantes. Dentro desse contexto, se comparamos o Brasil a seus pares, ou seja,
aos outros países do Globo, veremos que temos a 6a maior população do mundo (fomos
ultrapassados pelo Paquistão, ao que tudo indica). Assim, o Brasil pode ser considerado
um país populoso.
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https://population.un.org/wpp/
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Notem que a população brasileira cresce em ritmo acelerado até a década de 70. Após
esse período, considerado como sendo de EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA, vem a fase demográfica
seguinte, denominada como TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA.
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O Brasil vive hoje uma fase demográfica do tipo Transição Demográfica (fase pós-Explosão
Demográfica, onde as taxas de nascimento caem drasticamente se comparadas ao período
anterior de explosão na fecundidade), ainda assim, justiça seja feita, podemos exaltar um
crescimento populacional razoável, mesmo que baixo. Contudo, e isso é loguinho, loguinho,
meu povo, acreditem em mim, o nosso país ingressará em sua fase final de transição para
estrear, de imediato, um novo estágio demográfico. Inaugurará fase demográfica de total
estabilização do crescimento populacional.
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Isso significa que as nossas taxas de fecundidade, que caem bastante, não conseguirão
promover índices minimamente vigorosos de crescimento vegetativo populacional. Na
década seguinte, de 2030, estabilizaremos. Fiquem atentos! Deixaremos, então, a Explosão
Demográfica lá para os anais da história, e a Transição Demográfica como lembrança de um
passado recente, porém encerrado e sem mais nenhum reflexo prático. É desse modelo!
Assim, o que se prevê (e com imensa chance de se realizar), em prazo médio de até, mais
ou menos, pouco antes do ano 2050 (talvez em 2047, ou, no máximo 2048) é que o início
de um processo de depressão populacional ganhará lugar no Brasil caso sejam mantidas
as atuais tendências. E sobre essas tendências trago péssimas notícias: não há qualquer
chance de alteramos nosso destino demográfico. Com 99% de chance, nosso destino está
traçado, e antes de 2050 já estaremos, segundo o IBGE, perdendo população.
As saídas são difíceis e residem, de um lado, em um projeto estatal (o qual não deu certo
em quase nenhum país desenvolvido) que consiga promover o estímulo à natalidade com
aportes financeiros robustos e benesses várias aos pais e mães; na outra ponta, com o
mesmo intuito de vencer a queda populacional, estimular a entrada de imigrantes.
Desculpem, mas é até engraçado pensar que, ao menos em tese, um pouco menos de
brasileiros não faria mal a ninguém. Mas do ponto de vista prático-estrutural-econômico-
realístico é uma tragédia um país perder população. Uma depressão populacional, tal qual
atualmente mais de 20 países experimentam ao redor do globo, representa um franco
envelhecimento da população e a incapacidade de se ter renovada a força de trabalho.
Uma sociedade quando vive a depressão demográfica murcha, envelhece, não se renova e,
por conseguinte, empobrece.
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Brasil. População por estados segundo o Censo 2023: números absolutos, variação no
crescimento anual e países comparados.
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Percebam acima que, diferentemente das capitais de estado tal qual vimos na tabela
apresentada logo acima, onde, em alguns casos, perderam população no interstício 2010-
2022, todas Unidades da Federação tiveram crescimento populacional (mesmo que mínimo).
As que mais cresceram foram Roraima (41%), justificado em grande parte pela massiva
entrada de imigrantes venezuelanos, principalmente ao longo dos últimos 5 anos, onde,
estima-se, já perfizeram em torno de 20 por cento do total da população da Unidade da
Federação e Santa Catarina, em segundo lugar. A U.F que menos cresceu foi Alagoas, com
apenas 0.2% de crescimento total, muito em função da baixíssima força de sua economia.
Alago-as, inclusive apresenta um dos maiores indicadores de população local que evadiu a
Unidade da Federação, ou seja, possui alto saldo migratório negativo.
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Note haver no mapa anterior, acerca de nosso povoamento relativo, uma nítida
concentração populacional na fachada litorânea (faixa que vai do litoral a mais ou menos
150-200 km em direção ao interior). Fora isso, os pontos no interior do Brasil que possuem
alto índice de adensamento são os chamados Enclaves Territoriais.
Enclaves e Anecúmenos
Os Enclaves Territoriais são estruturas artificialmente criadas, como cidades, polos
industriais e até estradas, entre outros. Não importando sua classificação, o que determina
ser um enclave é o fato de que ao surgirem a fórceps dentro dos espaços (incentivadas,
em regra, pela iniciativa estatal), os enclaves passam a atrair para áreas onde não havia
qualquer desenvolvimento, ou para lugares onde havia um baixo nível de desenvolvimento.
Há uma gama de fatores de indução ao desenvolvimento: capital, pessoas, bens, serviços.
Dois exemplos clássicos de enclaves no Brasil são: Brasília e a Zona Franca de Manaus,
enclaves indutores e de enorme sucesso em termos de desenvolvimento e de atração
populacional, podendo ser estes bem percebidos no mapa de Densidade Demográfica
mostrado anteriormente. São os pontos bastante avermelhados, ou seja, de alto adensamento,
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e que se revelam, em contraste à grande parte interior de nosso território, como ilhas em
meio a regiões praticamente remotas.
Para finalizar, vale destacar que o Brasil possui áreas em ANECÚMENOS, ou seja, em
partes de um território onde os fatores naturais são impeditivos ao desenvolvimento
humano. Os desertos, as áreas congeladas e partes alagadas e as selvas são exemplos
globais neste sentido. Em nosso país, temos a Floresta Amazônica e, em menor escala, o
Pantanal. O semiárido nordestino, com a vegetação da Caatinga, não é um exemplo claro
de anecúmeno, mas sim uma zona de repulsa territorial, visto ser, por incrível que pareça,
o semiárido mais habitado do mundo, com algo em torno de 23 milhões de e habitantes.
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ser adiado em 2021, sofre outra mudança. Com a justificativa emanada pelo Ministro da
Economia, Paulo Guedes, de não haver dinheiro, o Censo começou a ser realizado somente
em 2022. Mais uma vez, o Censo foi adiado tendo seus primeiros resultados vindo a baila
somente em meados de 2023. Gradativamente os dados vêm sendo desde Julho de 2023
divulgados. Estiam-se que essa demora em realizar o Censo e a falta de propagandas efetivas
do governo federal com vistas a estimular a participação da população no recenseamento fez
com que em torno de um milhão de residencias simplesmente se negarem a abrir as portas
para os recenseadores. Assim é bem possível que a população total do Brasil, calculada em
203 milhões esteja, bem verdade, na casa dos 207 milhões.
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Segundo o IBGE, no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo (as unidades da Federação
com maior IDH), a expectativa de vida já se encontra superior aos 80 anos.
• BRASIL: Taxa de fecundidade: 1,7 filho por mulher.
A taxa de fecundidade representa o número médio de filhos por mulher em idade adulta
(15-49 anos). Ela é considerada repositiva quando se encontra acima de dois filhos por
mulher. No Brasil este indicador é não repositivo há mais de uma década (e nem em mais
de 70 países), segundo a ONU.
É importante compreendermos que à medida que ocorre um padrão comportamental,
o qual vem desde a década de 1980 (quando saímos da EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA para
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA), onde a contínua REDUÇÃO DA NATALIDADE é evidente em nossa
demografia, há também uma consequente queda nesse indicador.
2. PARTE
PARTE II – ATUALIDADES BRASIL: POLÍTICA, ECONOMIA E
FATOS
INTRODUÇÃO
Forma de governo: republicana.
Sistema de governo: presidencialismo.
O Legislativo Federal, com sede em Brasília, adota o modelo bicameral. Na Câmara dos
Deputados, a composição é determinada pelos chamados representantes do povo, em
número de 513 parlamentares. Lá, busca-se atender a uma representatividade que seja
proporcional à população de cada unidade da Federação. São Paulo, nosso estado mais
populoso, com 45 milhões de habitantes, possui 70 cadeiras na Câmara Federal. Já Roraima,
Acre e Amapá, todas Unidades da Federação com menos de 1 milhão de residentes, possuem
8 deputados federais cada. É interessante notar que a proporção de deputados em estados
com pequena população acaba sendo a estes bem mais favorável quando comparada aos
estados de grandes contingentes populacionais, como São Paulo. Há, portanto, distorções
neste modelo representativo proporcional adotado na Câmara Federal.
Já o Senado Federal, a outra casa do Congresso Nacional, é composto por parlamentares
representantes das Unidades da Federação que foram eleitos para mandato de 8 anos,
em número de três senadores por cada UF. Assim, em um total de 27 UFs, são 81 senadores
no Brasil.
Artur Lira (PP-AL) é o Presidente da Câmara dos Deputados e segundo na linha de
sucessão presidencial. Já o Senado Federal é presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
sendo também o Presidente do Congresso Nacional. Os dois comandarão suas respectivas
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casas até fevereiro de 2025, tendo sido ambos reeleitos. Eles são expoentes da chamada
política do “centrão”, à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro vinha buscando dar força e que
com Lula permanecem fortes no comando do Legislativo Nacional.
Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como alguns poucos aqui atingiram esse
tempo. Mas há uma semelhança muito grande entre nós. Ninguém faz nada sozinho. E tudo pode
acontecer. O futuro a Deus pertence. Aqui presente, além de vocês, pessoas maravilhosas, tem
outras que são excepcionais, que marcaram mais a nossa vida. Eu vim do PP, Partido Progressista
e confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Temos cada vez mais aberto um caminho
enorme para construirmos aquela nação que todos nós queremos. Quem tem andado pelo Brasil
vê cada vez mais, em qualquer lugar, as cores verde e amarela predominando e muito sobre o
vermelho. Isso é um sinal de fé, de confiança, de esperança, de honestidade, as cores da nossa
bandeira. Nós todos conseguimos fazer brotar do coração do brasileiro um sentimento de
patriotismo, de amor à pátria.
O União Brasil, o novo partido formado através da fusão do PSL com o DEM - e homologado
pelo TSE em fevereiro de 2022 – possuía 78 deputados já em sua largada, tendo, assim, a
maior bancada de deputados de 2022. Porém, a nova congregação perdeu membros em
função da debandada dos parlamentares ligados a Jair Bolsonaro e ao novo jogo de cadeiras
promovido nas eleições de 2022.
Segundo dados do TSE de maio de 2023, temos a seguinte composição na Câmara dos
Deputados:
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Financiamento de Campanhas no Brasil: o Fundão em 20226
Ao sancionar o orçamento da União para 2022, o Presidente Jair Bolsonaro
manteve o valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado Fundão.
O Fundo Eleitoral é destinado aos partidos para financiarem a campanha política
das eleições. Inicialmente, o valor seria de R$ 2,1 bilhões, porém, durante a aprovação
do Orçamento no Congresso, subiu para R$ 4,9 bilhões.
6
Por: Professor Luis Felipe Ziriba, em 01/03/2022.
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O INÍCIO
Eleito em segundo turno bradando um discurso: “contra tudo que está aí”, com
vantagem de mais de 10 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) sobre o seu adversário,
Fernando Haddad (candidato do PT), o capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro, sai
do baixo clero da Câmara dos Deputados, a casa legislativa em que fora parlamentar por
quase 30 anos, para se tornar nosso 38º Presidente.
O núcleo ministerial mais radical de Jair Bolsonaro em sua origem, é (ou era) todo
composto por seguidores do filósofo Olavo de Carvalho - triunvirato ministerial envolvendo,
portanto, o Ministério das Relações Exteriores (Ministro Ernesto Araújo, demitido em fins
de março de 2021 e substituído por Carlos Alberto França); o da Família e dos Direitos das
Mulheres (Ministra Damares) e o da Educação. Nesta última pasta, Abraham Weintraub,
assume o cargo em abril de 2019 (após a demissão de Ricardo Velez), e sai do governo em
7
Em: https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-campanhas/
FONTE: Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e considera o orçamento dos fundos eleitoral e partidário.... Leia
mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-
-campanhas/) © 2022 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei n. 9.610/98. A publicação, redistri-
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meados de 2020. Em seu lugar assume, em definitivo, o Pastor Milton Ribeiro (também de
orientação conservadora).
Jair Bolsonaro, seguindo promessa feita em campanha - onde seu gesto mais simbólico
era o de armas simuladas, com as duas mãos, promove (logo na largada de seu governo)
decretos facilitando a posse de armas. Contudo, em maio de 2019, viu-se que suas
pretensões armamentistas estavam, de fato, eivadas por inúmeras inconstitucionalidades,
embora fossem baseadas, importante destacar tal ponto, no referendo sobre a proibição da
comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005.
Tal consulta pública não aprovou o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826, de 22 de dezembro de 2003). Tal artigo apresentava a seguinte redação:
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional,
salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.
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que considera evidente que a flexibilização da aquisição de armas por policiais terá como
resultado uma enorme facilitação ao desvio de armas para milícias.
As tratativas acerca de flexibilizar o armamento para a sociedade civil seguem em curso.
Bolsonaro, em reunião ministerial divulgada em rede nacional, deixou claro perseguir a intenção
de armar toda a população (segundo suas próprias palavras). Os decretos armamentistas
que o Presidente editou na entrada de 2021 são os mais sérios e contundentes desde que
assumiu o governo e vêm sendo analisados pelo Congresso Nacional, mas já possuem vigor
a partir de abril de 2021.
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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Já no plano estrutural/econômico, uma primeira grande vitória do ex-mandatário
se deu quando Bolsonaro, em conluio com seu Ministro da Economia ao longo de todo seu
mandato presidencial de 4 anos, Paulo Guedes, conseguiu a aprovação da Reforma da
Previdência na Câmara dos Deputados, em julho de 2019. Gestada originalmente no governo
anterior (Michel Temer), porém em molde bastante draconiano, foi com Jair Bolsonaro na
presidência que este novo marco, nascido com vistas a promover um ajuste nas contas
públicas nacionais e correções de injustiças, se tornou realidade. Falaremos sobre a Reforma
da Previdência, caro(a) aluno(a), tão importante e de enorme dimensão na vida nacional,
um pouco mais à frente, de forma esmiuçada, ok?
A Política Externa Bolsonarista e as Relações com o Meio Ambiente
No plano externo, o governo de Jair Bolsonaro se alinhou, como há muito tempo não
se via, com os EUA. Seguiu de forma nada velada uma diretriz sobretudo política, à medida
que, junto a seu ex-chanceler Ernesto Araújo (que ficou à frente do Min. Rel. Exteriores
de janeiro de 2019 a março de 2021), se identificava enormemente com as plataformas
políticas adotadas por Donald Trump (2017-2020).
Bolsonaro, em sua primeira viagem oficial aos EUA, realizada no longínquo fevereiro de
2019, volta de Washington oferecendo vantagens aos turistas americanos, como isenção
de custas para vistos a todos os que aqui desejassem desembarcar como turistas. Além
disso, nessa mesma viagem garantiu a compra de trigo plantado nos EUA com isenção de
taxas alfandegárias por parte de nosso país. Em contrapartida, Trump devolve apenas
uma vaga sinalização de que apoiaria o ingresso brasileiro na enfraquecida Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Vale o destaque, e muito
importante anotarmos isso, que o pleito de entrada do Brasil no clube dos países ricos da
OCDE permaneceu ao longo de todo o governo do ex-Presidente Bolsonaro, sendo arrefecido
com a entrada de Lula na Presidência
O alinhamento escancarado promovido por Bolsonaro em torno de seu parceiro
ideológico, Donald Trump, resultou, meses depois, em declarações de apoio proferidas
pelo mandatário norte-americano a que nosso presidente prosseguisse aguerrido em
defesa de seu projeto pessoal: tornar o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
um de seus filhos, embaixador do Brasil nos EUA. E Bolsonaro, em 2019, após quase um
mês brigando contra a imprensa e (parte) da opinião pública, se demove da ideia ao ser
acusado de promover uma tentativa de nepotismo.
Em setembro de 2019, ao assumir o posto destinado aos presidentes brasileiros e
abrir a Assembleia-Geral anual da ONU em Nova York, por 30 minutos, o ex-Presidente
se dirigiu ao mundo buscando deixar claro, entre outros pontos, que o seu governo
era uma oposição ao socialismo/comunismo. Sobre seu discurso na ONU (24/9/2019),
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destaco dois pontos com vistas a facilitar nosso trabalho em Atualidades do Brasil, e que
dão a exata dimensão do que seria seu governo ao longo dos quatro anos de mandato no
que tange a temas como ideologia e meio ambiente. Veja:
Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção
generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos
aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
Segundo Bolsonaro:
A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países
para colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime
brasileiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!
Bolsonaro acrescentou que o Brasil está trabalhando com os Estados Unidos para que a
“a democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente
para que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime”.
O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez
para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser
combatido.
Ainda em seu primeiro discurso, investiu contra o que chamou de “sistemas ideológicos
de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto” e relacionou isso ao
ataque que sofreu durante a campanha, quando foi esfaqueado.
Afirmou, ainda, que “a ideologia” teria se instalado “no terreno da cultura, da educação
e da mídia, dominando meios de comunicação, universidades e escolas”. Também teria
invadido “lares” para, em suas palavras, “investir contra a célula mater de qualquer sociedade
saudável, a família”.
“Tentam ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua
identidade mais básica e elementar, a biológica”, afirmou.
O ex-presidente brasileiro destacou também o “politicamente correto” que, segundo
ele, “passou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la pela
manipulação”.
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“A ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com
que Ele nos revestiu”, afirmou. Essa “ideologia”, segundo ele, deixou “rastro de morte,
ignorância e miséria por onde passou”.
E disse Bolsonaro que ele próprio foi “vítima”, quando foi esfaqueado por um “militante
de esquerda”. O então candidato à Presidência foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira,
em setembro de 2018.
O autor do crime foi detido e julgado incapaz de responder pelos próprios atos, porém
segue preso como um preso “normal” na penitenciária de segurança máxima de Campo
Grande, no Mato Grosso do Sul (uma das cinco penitenciárias federais deste tipo no Brasil).
Sua defesa considera que Adélio foi considerado inimputável no julgamento do caso da
facada, tendo sido “absolvido impropriamente”, no jargão jurídico. Portanto, seu status não
pode ser considerado como preso, devendo ser levado a um hospital psiquiátrico.
Em primeiro lugar, meu governo tem um compromisso solene com a preservação do meio
ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo. Nesta época
do ano, o clima seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas. Vale ressaltar
que existem também queimadas praticadas por índios e populações locais, como parte de sua
respectiva cultura e forma de sobrevivência. Problemas, qualquer país os tem. Contudo, os
ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos
de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico. É uma falácia dizer que a
Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que
a nossa floresta é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez
de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito
colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania.
“Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem
sequer nos ouvir”, disse, em alusão indireta ao presidente da França, Emmanuel Macron.
Bolsonaro também reforçou que o Brasil “não vai aumentar para 20% sua área já
demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estado gostariam que acontecesse”.
Disse ainda que os indígenas “são seres humanos, exatamente como qualquer um de nós”.
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A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns
desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros
na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em
tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas.
Bolsonaro afirmou que a mentalidade colonialista não pode regressar à ONU e criticou
França e Alemanha.
Não podemos esquecer que o mundo necessita ser alimentado. A França e a Alemanha, por
exemplo, usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura, já o Brasil usa apenas 8% de
terras para a produção de alimentos. 61% do nosso território é preservado.
Segundo o presidente brasileiro, seu governo tem uma política de “tolerância zero para
com a criminalidade, aí incluídos os crimes ambientais”.
Ele disse que qualquer “iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta Amazônica,
ou de outros biomas, deve ser tratada em pleno respeito à soberania brasileira”.
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Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de
tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a
regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes.
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compromisso do Brasil com a proteção ambiental, na visão de Jair Bolsonaro. Ele também
disse que o Brasil está próximo do início do processo oficial de acessão à OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Ainda dentro do plano externo, em pouco mais de dois anos e meio de Governo de Jair
Bolsonaro o que se percebe é que Jair Bolsonaro e sua política externa agem revestidos
claramente por um discurso (em tese) soberanista, ao bradar não aceitar qualquer
ingerência internacional sobre a Amazônia, gerando, contudo, enorme distensão com
organismos estrangeiros e países centrais.
Uma crise de confiança acerca de sua capacidade em gerir de forma equilibrada o meio
ambiente nacional ganha enorme envergadura, por exemplo, quando ele demite do cargo de
Diretor do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – o servidor de carreira Ricardo
Galvão, em agosto de 2019, após este haver alertado à imprensa sobre um contundente
aumento em curso nas queimadas na Amazônia em 2019 em comparação aos dados colhidos
pelo mesmo instituto em 2018.
Bolsonaro se coloca também em oposição às iniciativas do Ibama de cunho punitivo,
instrumentalizadas por multas (e o próprio Presidente foi multado pelo órgão, ainda
deputado, ao realizar a pesca no mar em época e área proibida). Por fim, Bolsonaro rompe
com o Fundo Amazônia em julho de 2019 (adiante temos um texto sobre esse assunto
chamado: AS QUEIMADAS E O FUNDO AMAZÔNIA. Leia com atenção, ok?), um mecanismo
patrocinado pela Noruega e Alemanha com vistas a destinar recursos na casa dos bilhões de
dólares a serem utilizados em ações de preservação principalmente do bioma amazônico.
Passados praticamente dois anos de tal importante ruptura, estima-se que neste período
se perdeu algo em torno de 5 bi. de dólares destinados à proteção da Amazônia.
Caro(a) aluno(a), um ponto de extrema importância em Atualidades, no que tange à
política externa do governo de Jair Bolsonaro, diz respeito ao fato de que seu molde vem
sendo bastante criticado em relação a questões sobre o meio ambiente. E os números
não mentem: é fato que todo mês de agosto, época de seca na Amazônia, é o de maior
incidência de queimadas. Contudo, no primeiro de governo de Bolsonaro, em 2019, ao se
detectarem 28.000 focos de incêndio, tivemos o maior número de focos de queimadas em
comparação a qualquer ano da série histórica para o mesmo mês de agosto, desde 1988
(quando se iniciaram as medições pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Bolsonaro, ao ser questionado, não perdeu tempo e apontou o dedo em direção às atividades
das ONGs (veremos nesta aula o trabalho das ONGs ambientais no Brasil).
Em 2021, outro período de queimadas e da seca mais severa em décadas no Brasil Central
também destruíram a biodiversidade pantaneira. Eximindo-se de responsabilidades, o
ex-Presidente fez questão de deixar no ar a desconfiança, mesmo dizendo não ter provas,
que o crescimento nos focos de incêndio percebidos para 2019 estivera em completa
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Por fim, em relação à política externa brasileira, dois pontos devem ser destacados. O
primeiro reside na formação de um amplo ACORDO ECONÔMICO ENTRE MERCOSUL – UNIÃO
EUROPEIA, uma costura que se encontra bastante abalada, em fase de quase término
de relações, após ter caminhado em céu de brigadeiro ao longo de 2018 até os primeiros
meses de 2019. E não podia ser diferente. Houve por parte de nossa política externa uma
certa falta de maturidade e consenso relacionado aos direcionamentos de nossas políticas
acerca de temas tão sensíveis, como meio ambiente e direitos humanos. A promoção de
um discurso “soberanista” e as viradas de costas por parte de nosso governo frente às
exigências emanadas por potências europeias que se lançam em defesa, principalmente
da Amazônia, repercutiram gravemente no acordo econômico em tela.
Nessa entrada de nova década, o escopo de negociações (e recentes rusgas e frustrações)
não poderia ser pior. O Parlamento Europeu aprovou, em 7 de outubro de 2020, uma
resolução que manifesta oposição à ratificação do acordo comercial entre União
Europeia e Mercosul por preocupações exatamente com a política ambiental no Brasil
e seus direcionamentos.
Aprovado por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções, o texto diz que nosso
país vai contra os “compromissos feitos no Acordo de Paris de 2015, particularmente no
combate ao aquecimento global e na proteção da biodiversidade” (ler, nesta mesma aula,
sobre o tema Acordo de Paris).
O alerta consta, na verdade, como emenda a um relatório de 2018 sobre as políticas
comerciais do bloco. O documento concluía que a integração com os sul-americanos teria
o potencial de diversificar as cadeias produtivas da Europa e poderia criar um mercado
conjunto de aproximadamente 800 milhões de habitantes.
Outro ponto importante em relação à política externa brasileira diz respeito ao
fato de que, com Jair Bolsonaro à frente da presidência, o nosso Ministério de Relações
Exteriores, sem dúvidas, promoveu uma blindagem acerca da promoção de diálogos com
os países de esquerda, com exceção à China, embora as relações com o gigante oriental
comunista não sejam as melhores também.
Chegou-se ao exagero de praticamente anular qualquer contato (conversa) entre os
presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro (de direita) e Alberto Fernandez (de esquerda) da
Argentina. No Chile, Gabriel Boric, outro presidente de esquerda e vencedor das eleições
em 2021, tomou posse em março de 2022. Assim como procedemos com o nosso vizinho,
Argentina, também no país andino não houve contato direto de nosso ex-Presidente (ligando
felicitando pela vitória, desejando realizar um bom governo, entre outros protocolos) com o
deles, somente por causa de ideologia. Mas vale destacar que esse fato não está associado
apenas a nosso ex-Presidente, um homem declaradamente de direita.
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Por fim, quem assume nos primeiros dias de abril de 2021 a pasta como novo
chanceler de Jair Bolsonaro é o diplomata Carlos Alberto Franco França, que afirmou ao
tomar posse, que o serviço diplomático do Brasil no exterior trabalhará por uma “verdadeira
diplomacia da saúde” com vistas a conseguir vacinas e medicamentos necessários para o
enfrentamento da pandemia da Covid-19 no país. Em quase um ano à frente do MRE, o
Ministro demonstrou possuir posições bem menos radicais que as de seu antecessor.
TEXTO COMPLEMENTAR
As Eleições Gerais de 2022
Nos dias 2 de outubro e 30 de outubro foram eleitos na maior eleição geral
já realizada na história do Brasil o Presidente, Vice-presidente, Governadores e
Congresso (Câmara e Senado). Foram mais de 156 milhões de eleitores inscritos,
elevando o Brasil a 3ª maior democracia do Mundo. O ambiente em torno das eleições
foi parecido, em partes, com 2018, exatamente por ter sido pontuado mais uma
vez por uma bipolaridade e um ambiente de fake-news. O número de candidatos
a presidente desta vez foi menor que em 2018, quando houve 13 candidatos, mas
chegou perto, com um total de 11 candidatos.
Decidiu-se quem seria o presidente somente no segundo turno (tal qual em
2018). Venceu o candidato da FE Brasil Esperança (PT-PSOL-PV), Luiz Inácio Lula da
Silva, sobre o ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula venceu com 50.9 por cento dos
votos, uma diferença de 2 milhões de votos apenas, tomando posse normalmente
no dia 1º de janeiro de 2023.
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Tanto Erika Hilton quanto Duda Salabert também foram as primeiras vereadoras
transexuais eleitas em seus municípios e contaram agora entre os 50 deputados
federais mais votados do Brasil.
TEXTO COMPLEMENTAR
A OCDE e o Brasil
OCDE é a sigla da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OECD - em inglês, Organization for Economic Co-operation and Development), um
órgão internacional composto por 38 países que trabalham juntos para compartilhar
experiências e buscar soluções para problemas comuns
A organização, fundada em 1961, tem sede em Paris, na França. Surgiu como
um desdobramento da Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OCEE),
criada em 1948 para estimular a cooperação e o crescimento entre países europeus
impactados pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Basicamente, o papel da OCDE é se dedicar à pesquisa e estudos para melhorar
políticas públicas em diversas áreas - política econômica, trabalho, ciência e tecnologia,
educação, meio ambiente e comércio –, além de proporcionar a troca de experiências
entre os países membros e parceiros-chaves, como o Brasil. O intercâmbio desses
conhecimentos entre os países é uma das vantagens de integrar a organização.
PAÍSES MEMBROS: atualmente, a organização conta com 38 membros, sendo a
Costa Rica o último a entrar. Os membros buscam uns aos outros a fim de identificar,
discutir e analisar problemas, promovendo políticas capazes de solucioná-los.
Segue a lista de todos os membros: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá,
Chile, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados
Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel,
Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia,
Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.
A organização também conta com cinco parceiros estratégicos (parceiros-
chaves), são eles: África do Sul, Brasil, China, Índia e Indonésia.
A OCDE recebe a alcunha de “clube dos ricos”, pois seus integrantes apresentam
elevado PIB per capita (produto interno bruto por habitante) e elevados indicadores
de desenvolvimento humano. Para se ter uma ideia, a organização representa cerca
de 80% do comércio mundial e investimentos. Dentre o grupo de países considerados
subdesenvolvidos, apenas o Chile e a Costa Rica fazem parte.
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Em 25 de janeiro de 2022, o Conselho da OCDE decidiu iniciar discussões sobre
a adesão do Brasil. Vale destacar que o pedido do Brasil originalmente se dera em
2017, ainda com o Presidente Michel Temer, mas ganhou força, de fato, em função
das tratativas recentes de Jair Bolsonaro para ser acolhido pelo grupo.
Um roteiro individual para o processo de avaliação detalhada será preparado
assim que o Brasil confirmar sua adesão aos valores, visão e prioridades refletidas
na Declaração de Visão dos 60 Anos da OCDE e na Declaração do Conselho Ministerial
adotada em 2021. Concorremos, contudo, com mais cinco candidatos a integrar a
organização: Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia. Calendários de adesão
de outros países no passado nos mostram que tais processos levam, em média,
de dois a cinco anos para serem concluídos e somente com todas as exigências
cumpridas pelos candidatos é que a adesão é consumada. Destaque-se que a OCDE
demanda de seus membros o cumprimento das normas internacionais do trabalho
e as relacionadas ao meio ambiente.
Engajado à OCDE desde 1994, o Brasil tornou-se um Parceiro-Chave ativo da
Organização em 16 de maio de 2007, seguindo a resolução do Conselho da OCDE (a
nível ministerial) para fortalecer a cooperação com o Brasil, China, Índia, Indonésia
e África do Sul (os Brics + Indonésia)
Como um Parceiro-Chave, o Brasil tem tido a possibilidade de participar dos
diferentes órgãos da OCDE, aderir aos seus instrumentos legais, se integrar aos
informes estatísticos e revisões por pares de setores específicos da Organização
e tem sido convidado a participar de todas as reuniões Ministeriais desde 1999. O
Brasil tem contribuído para o trabalho dos Comitês da OCDE e tem participado em
pé de igualdade com os países membros em diversos órgãos e projetos importantes
da Organização.
A Secretaria de Relações Globais da OCDE desenvolveu e supervisionou a
orientação estratégica desse relacionamento, assegurando que o diálogo permaneça
focado, voltado para o futuro e mutuamente benéfico. Reuniões sobre tópicos
mutuamente acordados têm sido regularmente realizadas entre funcionários
brasileiros, especialistas dos países da OCDE e o Secretariado. O Brasil tem valorizado
a oportunidade de discutir questões e desafios políticos importantes num contexto
multilateral e de aprender com as experiências dos países da OCDE que enfrentam
desafios semelhantes em muitas áreas. O relacionamento também tem beneficiado
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Em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/desempenho-do-pib-do-brasil-em-2020-supera-o-de-lati-
nos-e-europeus-mas-pais-deve-ficar-para-tras-este-ano.ghtml
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Finda a década de 11-20 (e lembrando que uma década só termina ao fim do último ano
com 0), encerramos a nossa pior década desde os anos 1900 em termos de crescimento
(PIB) econômico. Sim, isso mesmo, caro(a) aluno(a): em 120 anos, a década de 2010 foi a
nossa verdadeira “década perdida”, sendo pior até que a década de 1980 – outra década
que recebeu essa alcunha de “perdida” também em função das perdas econômicas.
Obs.: Sendo assim, caro(a) aluno(a), em questões de concurso que abordem o cenário
de crescimento econômico em panoramas gerais no Brasil, fique atento(a) quando
afirmarem ter sido a década passada (11-20) a nova década perdida, pois os
resultados já consolidados de fato confirmam tal assertiva, ok?
Não quero me estender muito em torno da análise de números, caro(a) aluno(a), mas é
de suma importância analisar de forma prática e resumida alguns indicadores acerca dos
cenários mais atualizados de nossa economia. Portanto, observe a seguir o comportamento
dos indicadores de crescimento do PIB nacional agrupado por décadas (não precisa decorar
os números, mas sim entender os contextos, ok?). Em 12 décadas, de fato, a pior em termos
de crescimento do PIB foi exatamente a que se encerrou no dia 31 de dezembro de 2020.
9
: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/com-recessoes-e-pandemia-pib-do-brasil-tem-pior-decada-
Em
-em-120-anos.ghtml
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Nossa política econômica nesta década que inicia precisa recuperar a força do crescimento
econômico de forma consistente, perseguindo indicadores robustos. Deve conseguir
novamente atingir indicadores que possam, além de retomar o crescimento do PIB (que
esteve em alta entre 2017-2019, mas a níveis modestos), projetar-se em patamares
compatíveis a nosso imenso potencial.
A retomada do crescimento não deve se apequenar em torno de indicadores minúsculos (e
frustrantes) e que mal conseguem superar o crescimento anual de nossa própria população,
hoje em torno de 0.7%/ano.
Ou seja, devemos buscar crescer ao menos acima de 2.5% a 3% ao ano. Somente
assim haverá distribuição de riqueza, incremento na renda per capita, além de vermos
de volta um cenário de nossa política econômica em que o rol de certezas, consiga,
finalmente, superar o das incertezas.
O Brasil não pode mais carregar a pecha (e tal carga vem de longa data, diga-se de
passagem) de ser uma perfeita representação de economia do tipo “ioiô” – alusão a
um brinquedo que subirá, mas invariavelmente descerá de novo.
A produção de valor dentre os três setores tradicionais – serviços (terceiro setor), indústria
(segundo setor) e agropecuária (primeiro setor) – se distribui da seguinte forma no Brasil
em 2021, em números aproximados:
Serviços: 75%.
Indústria: 20%.
Agropecuária: 5%.
Obs.: Um pouco mais à frente, nesta aula, falaremos sobre o corrente processo de
desindustrialização e a produção de valor no agronegócio (de forma resumida),
temas também muito importantes em Atualidades.
Voltando ao nosso mais recente panorama econômico, a economia brasileira experimenta,
além de um baixo índice de crescimento (que virou crise em 2020 em função da Covid-19),
uma crise fiscal aguda. A busca (volta) pelo superávit orçamentário é algo sério. O Brasil
não consegue, absolutamente, arrecadar mais do que gasta.
A série de déficit orçamentários – os chamados déficit primários – teve seu início em
2014. Em 2020, o cabo de guerra, em que temos em uma ponta os gastos totais do governo
federal e, na outra, a arrecadação total, pendeu francamente a favor do lado dos gastos
como nunca em toda a nossa história republicana. Vivemos uma dura realidade. Abaixo,
antes de analisarmos a série de déficits que se seguem desde 2014 até o recorde de 2020,
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vejamos algumas medidas recentes (e drásticas) que foram tomadas com vistas a tentar
reduzir o déficit fiscal (orçamentário) no Brasil:
• Teto de Gastos (EC n. 95, de 2017);
• Planos de Recuperação Fiscal para estados (RRF, de 2017);
• Reforma Trabalhista (2017) e, mais recentemente, a Reforma da Previdência (2019).
Mesmo assim, não conseguimos sair do atoleiro em nossas contas públicas.
Impressa desde o governo de Michel Temer (2016-2018), sendo seguida por Jair Bolsonaro
(desde 2019), a agenda econômica do governo federal se encontra umbilicalmente ligada
ao discurso NEOLIBERAL (ver texto abaixo sobre o tema). Elege, portanto, como inimigos
figadais, marcos como os gastos com servidores públicos, programas assistenciais e proteção
aos hipossuficientes; além disso, lógico, busca ser a quintessência de uma cartilha que se
opõe ao um conteúdo de ações que envolvam a atuação estatal precípua que, bem ou mal,
é base para que haja a proteção dos direitos e garantias fundamentais.
Assim, desembarcamos em 2021 com o modelo neoliberal capitaneado pelo Ministro
Paulo Guedes ainda mais fortalecido, havendo rodadas de concessões de aeroportos,
terminais de portos e ferrovias em curso até 2022 (inclusive, é muito importante que
acompanhem tais iniciativas sobre esse assunto). E devem ser levadas a cabo também,
ainda no mandato do Presidente Jair Bolsonaro, as Reformas Tributária e Administrativa.
Em suma, a nossa economia na entrada desta nova década vem enfrentando os desafios
relativos a um déficit fiscal imenso (veremos sobre este tema um pouco mais abaixo) e de
uma baixa taxa de crescimento econômico (tal qual vimos acima). Estes são, sem dúvida,
os nossos maiores desafios não só para os anos seguintes a 2020, mas também para as
próximas décadas. Sigamos!
Veja abaixo o cenário econômico de 2021, com a volta do crescimento econômico e a
queda drástica no déficit como boas notícias!
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auxílio emergencial de 6 meses no valor de 600 reais para aquelas pessoas desassistidas de
emprego que, ao menos em tese, conseguissem provar possuir uma baixa renda familiar)
atingindo ao gigantesca cifra de 750 bilhões de reais, em 2021 o déficit foi reduzido a um
indicador menor até que em todos os outros 6 anos pré-pandemia, ou seja, entre 2014-
2019. Um feito e tanto promovido pelo governo, sem dúvida alguma. Veja os números abaixo:
Déficit primário: 2020: R$ 743 bilhões ->>> R$ 2021: 35 bilhões (queda de 95%).
Em suma, o governo conseguiu reduzir a discrepância entra a arrecadação e os gastos,
saldo que vinha pesando enormemente para o lado dos gastos (sempre maiores que a
arrecadação, gerando altos déficits). É bem verdade que ainda gastamos mais do que
arrecadamos, mas em 2021 esse índice despencou, repito, de forma surpreendente,
principalmente em se tratando de um ano de pandemia. Contribuíram bastante com
esse excelente resultado o aumento do consumo de certos produtos com alta taxa de
tributação (gerando mais arrecadação) e os resultados superavitários nas vendas nacionais
de commodities, como minérios e produtos agrícolas.
Outro indicador positivo de 2021, principalmente frente a 2020, foi o crescimento
econômico. Após um crescimento negativo no ano anterior, tal qual vimos anteriormente,
o crescimento foi retomado. Crescemos em 2021 em comparação a 2020.
Crescimento econômico (PIB): 2020: - 4.1% - >>>>> 2021: + 4.5%.
Outros indicadores econômicos de 2021 não foram tão bons assim. O governo federal
teve que aumentar seguidamente a taxa de juros para conter uma alta inflação (um efeito,
bem verdade, mundial e não apenas do Brasil) de 10% ao ano.
O QUE É NEOLIBERALISMO?10
O termo neoliberalismo já era registrado em alguns escritos dos séculos XVIII e XIX,
mas começou a aparecer com mais força na literatura acadêmica no final dos anos
1980, como uma forma de classificar o que seria um ressurgimento do liberalismo como
ideologia predominante na política e economia internacionais. A ideia é que, durante um
certo período, o liberalismo perdeu predominância para o keynesianismo, inspirado pelo
trabalho de John Maynard Keynes, que defendeu a tese de que os gastos públicos devem
impulsionar a economia, especialmente em tempos de recessão. Keynes era favorável ao
Estado de bem-estar social.
A partir dos anos 1970, o mundo passou a vivenciar um declínio do modelo do Estado
de bem-estar social, o que deu espaço para que ideias liberais aos poucos voltassem a ter
preferência na política. Uma das primeiras experiências consideradas neoliberais no mundo
foi levada a cabo pelo Chile. Em 1975, o ditador chileno Augusto Pinochet entrou em contato
10
Fonte: https://www.politize.com.br/neoliberalismo-o-que-e/
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Saldo Comercial Brasileiro: Algumas Considerações
Nosso saldo comercial, ou seja, a relação entre o quanto exportamos e importamos,
em 2021 repetiu-se positivo. Em 2020, a balança comercial brasileira teve superavit
de US$ 50,9 bilhões.
No ano de 2021, a balança comercial registrou o maior superávit da sua série
histórica, no valor de US$ 61,2 bilhões, um acréscimo de US$ 10,8 bilhões em relação
ao saldo de 2020. A corrente de comércio (exportações mais importações) atingiu
valor recorde de US$ 500 bilhões, resultado de um aumento de 34,2% nas exportações
e 38,2% nas importações, entre 2020/2021.
O aumento das exportações foi liderado pela variação dos preços (29,3%), a
variação no volume foi 3,2%. Nas importações, a liderança coube ao volume, que
cresceu 21,9%, enquanto os preços aumentaram em 13,1%.
As exportações de commodities, com participação de 67,7% nas exportações
totais, explicam o desempenho desse fluxo de comércio. Em valor, as vendas de
commodities aumentaram 37,3%, sendo a variação dos preços de 38,9% acompanhada
de um recuo no volume de 1,8%. As exportações de não commodities cresceram
28,1%, resultado do aumento dos preços em 12,4% e do volume em 13,5%. O
recuo no volume exportado das commodities foi pequeno, sendo mais do que
compensado pelas variações positivas nos preços das commodities e nos índices
das não commodities.
A China permaneceu na liderança das exportações e importações brasileiras. A
sua participação nas exportações caiu de 32,4% para 31,3%, entre 2020 e 2021, mas
as exportações aumentaram em 29,4%. O índice de preços aumentou em 38,8%, mas
o volume recuou em 6%. As importações cresceram, em valor, 45,2%, com aumento
de preços em 9,9% e de 22,5% no volume. A participação nas importações foi de
23,4%. Apesar do maior aumento das importações em relação às exportações, em
valor, o superávit passou de US$ 33 bilhões para US$ 40,1 bilhões.
Para os Estados Unidos, o segundo maior parceiro, as exportações cresceram
45% e as importações 41,3%, em valor. No caso das exportações, a variação nos
preços foi de 24,4% e no volume de 20,4%. O déficit comercial aumentou de US$ 6,4
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bilhões para US$ 8,3 bilhões. Para a Argentina, o superávit de US$ 591 milhões de
2020 passou para um déficit de US$ 69,9 milhões. As exportações cresceram 39% e
as importações 57,7%. O volume exportado aumentou 23% e o importado 34,6%.
A Ásia confirma a sua liderança puxada pela China no comércio exterior brasileiro.
A participação da região, sem a China, nas exportações do país foi de 15,1%, maior
que a da União Europeia, de 13%. Nas importações, a participação foi de 12,2%,
menor que a da União Europeia, de 17,4%.
Veja os principais produtos exportados pelo Brasil em 2021* (todos commodities)
*em valor:
1. Minério de ferro e seus concentrados;
2. Soja;
3. Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos.
Principais países consumidores das exportações brasileiras:
1. China;
2. Estados Unidos;
3. Países Baixos;
4. Argentina;
5. Japão;
6. Chile;
7. México;
8. Alemanha;
9. Espanha;
10. Coreia do Sul.
TEXTO COMPLEMENTAR
A Economia Brasileira nos 4 Anos do Governo Bolsonaro (2019-2022)
Introdução e Pontos Importantes
Para compreendermos os caminhos percorridos pela economia brasileira atinentes
ao nosso contexto de aulas de Atualidades do Brasil ao longo dos 4 anos completos
do Governo Bolsonaro (2019-2022), devemos levar em consideração inicialmente o
fato de que a nossa economia passou por três fases distintas nesse período. Vamos
a eles:
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ou seja, ainda dentro da meta. Em suma, nos 4 anos de Bolsonaro a inflação esteve
dentro da meta e em intervalos de 4% estabelecidos pelo Banco Central em 3 dos
4 anos, porém fora do centro das metas nos 4 anos de governo.
Inflação em 2019-2022:
2019 – 4.3%
2020 – 4.5%
2021 – 10.0% (quase o dobro do teto meta de 5.25% para aquele ano)
2022 – 5.8%*
Por fim, em 2022, último ano do governo Bolsonaro, observou-se na segunda
metade do ano (meses de agosto, setembro e outubro) a ocorrência de uma inédita
deflação, ou seja, a queda na inflação para índices abaixo de zero. Tal evento é resultado
direto da Medida Provisória de desoneração dos impostos sobre o combustível,
editada em fins de julho de 2022 com validade de 6 meses (prazo até 31 de dezembro),
editada por Jair Bolsonaro, a qual zerou os impostos federais sobre os combustíveis
e estabeleceu um teto para a cobrança do ICMS por parte dos estados federados.
Assim, a inflação de 2022 ganhou um enorme freio, terminando acima do teto da
meta, contudo, abaixo de 6% ao ano. Segundo a consultoria Austing Rating, como
podem ver abaixo, o Brasil conseguiu se situar neste quesito com um dos menores
índices dentre o G20 (vejam o infográfico).
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COMÉRCIO EXTERIOR: o comércio exterior brasileiro esteve em céu de brigadeiro
nos últimos dois anos. É de certa forma anacrônico esse sucesso nas correntes de
trocas, visto que a política externa brasileira bateu de frente com vários players
internacionais por conta de questões ideológicas, principalmente enquanto Ernesto
Araújo esteve à frente do Ministério das Relações Internacionais. Mesmo assim, a
demanda por produtos primários brasileiros, como soja, ferro e petróleo, auxiliou
bastante os saldos positivos e as correntes recordes de comércio atingidas em 2021
e 2022.
Em 2021, batemos recorde na corrente de comércio desde 2011, com U$$ 500
bi de dólares transacionados. Em 2022, a corrente de comércio brasileira bate outro
recorde e cresce 21,5% no ano, chegando a 607,7 US$ bilhões. O saldo comercial em
2022, assim como em todos os quatro anos de Governo Bolsonaro, foi superavitário
(US$ 62,3 bilhões).
Principais produtos exportados:
Complexo Soja: (16%);
Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus: (12%);
Minério de ferro e seus concentrados (9,1%)
11
Fonte: https://euqueroinvestir.com/selic-a-14-eqi-talks
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O AGRONEGÓCIO E A DESINDUSTRIALIZAÇÃO
Para que entendamos o movimento da economia nacional em Atualidades, faz-se
necessário haver um entendimento acerca do significado do agronegócio e de como o Brasil
vem se desindustrializando ao longo dos últimos anos. Então, siga comigo, ok?
A Divisão do PIB Nacional e o Agronegócio
A agropecuária (primeiro setor) responde isoladamente por cerca de 6% da produção
do valor total no país (PIB). Encontra-se, portanto, atrás da indústria e do ramo
de serviços.
Sobre estes dados e a agropecuária, valem duas análises muito importantes: mesmo a
agropecuária possuindo uma baixa participação relativa no PIB nacional, ao levarmos em
conta o PIB do agronegócio – ou seja, o encadeamento industrial da produção de alimentos
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e dos serviços prestados pela gama de profissionais que trabalham no campo –, tal
resultado sobe para 25%. Isto é, ao haver uma interação entre o setor primário e/ou os
setores secundário e terciário, o agronegócio representa parcela muito maior que o setor
primário (agropecuária) isoladamente.
O Brasil se tornou uma potência no campo exatamente em função da expansão do
agronegócio. E podemos nos tornar o maior exportador global de alimentos (estamos
ainda bem atrás do EUA) já em 2024. Vale lembrar que já estamos na liderança global na
exportação de café, suco de laranja, açúcar, carne e carne de frango, entre outros produtos.
Em 2019, ultrapassamos os EUA também na produção de soja, já somos também os maiores
exportadores globais desta oleaginosa. Tal avanço em nossas exportações de soja tem sido
auxiliado pela guerra comercial que desde 2017 vem colocando em choque China e EUA. Os
EUA são um grande exportador de soja para o país oriental.
Por fim, em nossa pauta comercial o agronegócio responde por algo em torno de 60%
de nossas exportações
O Brasil, Commodities e o Agronegócio em 2018:
A Desindustrialização
O Brasil vem experimentando uma toada de desindustrialização acelerada.
Repare bem: se nos anos 1980 o peso da indústria de transformação no PIB nacional foi
de 33%, atualmente a participação da indústria foi reduzida a apenas 16%. No contexto
do comércio exterior, também nos últimos cinco anos, a indústria nacional transitou de
superavit para déficit. Em suma, produzimos menos, exportamos menos e dependemos
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mais de produtos estrangeiros. Para piorar, o Real perdeu valor – atualmente vale menos
(um Real) que 0,17 de Dólar e nem 0,14 centavo de Euro (câmbio de abril de 2021).
A relação de manufaturados nas exportações totais do Brasil chegou a atingir 59% em
tempos áureos, para atualmente chegar na casa dos 40%.
Mas quais são os principais fatores que fizeram o Brasil se desindustrializar tão
rapidamente?
3. TEMAS DE ATUALIDADES
TEXTO COMPLEMENTAR
Elon Musk e o Brasil12
Elon Musk, o homem mais rico do Mundo, proprietário da Tesla e da Space X,
também recém adquirente do Twitter, visitou o Brasil em fins de maio de 2022. Na
pauta de sua rápida visita ao país, o empresário foi recebido pelo Presidente Jair
Bolsonaro. No discurso acalorado de recepção ao bilionário, o mandatário brasileiro
disse perceber na figura do americano um bastião da liberdade de informação.
12
Por: Luis Felipe Ziriba 28/07/2022.
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A visita de Elon Musk possui um viés muito bem-marcado, isso é fato. Tais
protocolos de gentilezas entre o Brasil e o milionário americano se encontram
relacionados à explícita intenção de nosso país em fechar acordos de sensoriamento
remoto via satélite para verificar o desmatamento ilegal, visto que Elon Musk
atualmente é um player global nesse assunto E O Brasil vem sendo, ao mesmo tempo,
cobrado por entidades e governos internacionais e nacionais acerca da preservação
efetiva da Amazônia. Outro ponto importante é levar a Starlink, a internet global
de Musk, para os pontos mais remotos de nosso território – leia-se Amazônia e,
principalmente, a mais de 19.000 escolas.
Musk, entre outras empresas é dono da Tesla, a primeira empresa automobilística
do mundo a atingir o valor de mercado de 1 trilhão. Fabricando 400.000 carros por
ano em 2021, a Tesla se consolida como a principal empresa global na transição dos
carros movidos à combustão para veículos elétricos.
A Privatização da Eletrobras13
Em meados de junho de 2022, a Eletrobras foi privatizada, tornando-se a primeira
grande empresa pública a ser privatizada ao longo dos quatro anos de Governo
Bolsonaro e com Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia.
O governo optou por realizar a privatização por meio de uma capitalização: a
União ofereceu novas ações da Eletrobras na bolsa de valores, com isso deixou de
ser sua acionista controladora. Vejam que é diferente do modelo clássico, em que
uma empresa compra a outra ou detém os direitos de exploração de algum aparelho
público, como é o caso do aeroporto de Congonhas, cedido a um grupo espanhol em
leilão recente pelo período de 20 anos
A privatização da Eletrobras movimentou, na estreia, R$ 33,7 bilhões. Ao longo
dos próximos anos, serão outros mais de R$ 30 bilhões. Estima-se que o valor da
tarifa não será reduzido de forma considerável para o consumidor final.
Dados da Eletrobras
A Eletrobras detém atualmente 43% das linhas de transmissão do país, num
total de 76.230 km, e é responsável por cerca de 29% da geração de energia do Brasil
Em 2020, a empresa teve receita operacional líquida de R$ 29,08 bilhões e lucro
líquido de R$ 6,34 bilhões.
Lula Livre e a Prisão em S egunda Instância14
13
Por: Luis Felipe Ziriba, em 28/07/2022.
14
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, em 12/12/2019.
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15
Nos primeiros dias de março de 2022, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski suspendeu a
última ação penal pendente contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resultante da investigação da Operação
Lava Jato. Esse processo contra Lula trata de um suposto tráfico de influência na compra de caças Gripen, fabricados
na Suécia e destinados à Aeronáutica brasileira.
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A Lava Jato denominou suas fases com nomes engraçados: 7ª fase, ou Juízo Final, a 9ª
denominada My Way, a 10ª chamada Que País é Esse, ou a 17ª e 18ª chamadas de Pixuleco
I e II, respectivamente.
Por fim, Gabriela Hardt substituiu o juiz Sergio Moro quando este virou Ministro da
Justiça, tornando-se aos 43 anos a Juíza titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Em 2021, após mais de 74 fases, a fim de assegurar estabilidade e caráter duradouro
ao trabalho, a sistemática da força-tarefa é incorporada aos Grupos de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaecos).
A ação é a quarta contra o ex-presidente pela Lava Jato. As outras são os casos do
tríplex do Guarujá, que foi arquivado; o sítio de Atibaia, que foi anulado; e o Instituto Lula,
que também sofreu suspensão.
TEXTO COMPLEMENTAR
Moro e a Crise Política16
Sergio Moro se tornou Ministro da Justiça e da Segurança Pública no primeiro
dia de janeiro de 2019. Visto como a “supercontratação” do time de Bolsonaro, o
jovem juiz federal que conduziu com pulso forte a Operação Lava Jato desde o seu
início, em 2014, sai finalmente da magistratura da 13ª Vara de Curitiba, passando
a compor a comissão de frente de ministros do novo governo. Sua nomeação serve,
bem verdade, como resposta à promessa empunhada em campanha pelo candidato
capitão que bradou seguir, caso eleito fosse, o combate absoluto à corrupção. A
nomeação também acabou sendo um prêmio (e suposto trampolim ao STF) àquele
cidadão de fala mansa e sotaque carregado do interior do Paraná que acabou visto
como o maior bastião do combate à corrupção do Brasil.
Moro inicia seu trabalho à frente do ministério tendo de se confrontar com uma
parcela da opinião pública (pois nem tudo são flores) e da imprensa que o acusam
ser o mentor intelectual no afrouxamento nas punições que a (sua) Operação Lava
Jato poderia (deveria) ter promovido acerca de ilícitos também cometidos por
vários outros caciques da política nacional de outras agremiações partidárias que
não apenas o PT, e do grupo aliado peemedebista. Moro prende Lula, Zé Dirceu,
Sérgio Cabral e Eduardo Cunha (este último um inimigo figadal de Dilma Rousseff),
mas vira descaradamente as costas aos ilícitos cometidos por Aécio Neves, Geraldo
Alckmin e toda uma cepa de políticos do PSDB nitidamente envolvidos nos atos de
corrupção que a própria Lava Jato investigou.
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Em tempo, Sergio Moro se candidata a senador nas eleições de 2022 pelo União
Brasil no Paraná e vence. Ferrenho opositor de Lula, na própria campanha já demonstra
ter aparado as arestas com Bolsonaro, apoiando o ex-presidente e dividindo palanque
em seu estado.
TEXTO COMPLEMENTAR
Bolsonaro Versus STF
Inicialmente, caro(a) aluno(a), antes de abordarmos alguns pontos polêmicos
sobre essa guerra fria entre o Judiciário (por conta da ação da corte máxima
Supremo Federal) e o Executivo (na figura do Presidente Jair Bolsonaro), que vem
ganhando muita repercussão em atualidades e possui enorme chance de cair em
provas de concursos, vamos entender primeiro alguns aspectos basilares acerca do
funcionamento de nossa corte suprema.
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro.
Cabe ao STF, em suma, resguardar a Ordem Constitucional. É composto por 11 (onze)
Ministros escolhidos dentre cidadãos brasileiros natos, que possuam mais de trinta
e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, além de notável saber jurídico
e reputação ilibada (art. 12, § 3º, IV, e art. 101, ambos da Constituição Federal). O
processo de nomeação para o cargo vitalício (art. 95 da Constituição Federal c.c art. 16
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) de Ministro do Supremo Tribunal
Federal, descrito no art. 101 da Constituição Federal, é iniciado com indicação pelo
Presidente da República, observada a satisfação dos pré-requisitos constitucionais.
Em seguida, o indicado deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal,
cuja deliberação é precedida de arguição pública pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania daquela Casa Legislativa. Uma vez aprovado pelo Senado, o
escolhido é nomeado pelo Presidente da República e está habilitado a tomar posse
no cargo em sessão solene do Plenário do Tribunal.
Uma vez empossado, o Ministro só perderá o cargo por renúncia, aposentadoria
compulsória (aos 70 anos de idade) ou impeachment. A Constituição Federal, em
seu art. 52, II, atribui ao Senado Federal a competência para processar e julgar os
Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade. O mesmo
dispositivo, em seu parágrafo único, estabelece que a condenação, que somente
será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, limitar-se-á à perda
do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
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Bom, visto tal preâmbulo sobre a mais importante corte do país, introdução que
serve para auxiliar em nossa matéria e é também muito importante para outras
disciplinas, como Direito Constitucional, vamos agora falar sobre os pontos em
Atualidades mais importantes sobre a atuação do STF e onde residem celeumas
graves que confrontam o Supremo Tribunal e o Executivo, mais precisamente na
figura do Presidente Jair Bolsonaro, “talquei”?
Desde que assumiu a Presidência, em 2019 (e agora fora da Presidência), Bolsonaro
disparou deliberadamente contra o que considerar ser “uma ditadura do STF”.
Mas o que o ex-Chefe do Executivo nacional busca ao se lançar abertamente
contra a instância máxima do Judiciário brasileiro?
Vamos lá, é mais simples do que parece, sigamos!
Bolsonaro acredita, de modo inequívoco, que a atuação do STF visava inviabilizar
seu governo de todas as formas, ele fez essa declaração inúmeras vezes a interlocutores
próximos. Suas pautas de costumes, como a liberação de armas a ponto que, em tese,
possuir fuzis e armas de grosso calibre sejam possíveis a “qualquer cidadão de bem”,
como o próprio presidente sempre destaca, vêm sendo, ao longo destes primeiros
anos do seu governo, tolhidas pela corte suprema. Esse é só um exemplo. Outras
emanações de Bolsonaro encampadas por seu séquito também são compelidas a
ferro e fogo pelo STF. Vejamos algumas delas abaixo:
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LULA E O STF
O ex-presidente Lula, maior rival de Jair Bolsonaro, obteve ao longo dos anos de
2019, 2020 e 2021 algumas vitórias importantes com as graças do STF. Primeiramente,
foi solto no início de novembro de 2019, após cumprir mais de 500 dias de prisão
por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, à medida que o tribunal
jogou na ilegalidade sua prisão após sumular serem ilegais prisões no caso de seus
crimes em 2ª instância. (Ver texto complementar: Lula Livre e a Prisão em Segunda
Instância nesta mesma aula.)
Por fim, na entrada do mês de abril de 2021, Lula recebeu um salvo conduto da
Suprema Corte para concorrer às eleições de 2022, quando a Corte decidiu por 8
votos a 3 que o processo de condenação de Lula levado a cabo pela Justiça Federal
de Curitiba era irregular por incompetência territorial. Ou seja, Sergio Moro e os
juízes que o acompanhavam não possuíam competência para julgá-lo. O processo
de apenação de Lula nos crimes que já haviam sido julgados retorna à estaca zero
e ele passa a ser potencial concorrente nas eleições de 2022. O resultado, todos
sabemos: Lula vence o pleito sobre Jair Bolsonaro.
Nos últimos dias de agosto de 2021, Lula obteve outra vitória no STF. Após uma
série de vitórias em torno de seus pleitos com vistas a provar sua inocência, a mais
robusta delas foi quando o ministro Edson Fachin anulou todas as condenações do
ex-presidente proferidas pela Justiça Federal no Paraná – os casos relacionados às
investigações da Operação Lava-Jato.
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TEXTO COMPLEMENTAR
A inexibilidade de Bolsonaro pelo TSE por 8 anos
O ex-Presidente Jair Bolsonaro, após bater 4 anos no STF e perder as eleições
para Luis inácio Lula da Silva e, assim, consequentemente, perder o foro privilegiado
teve seus direitos políticos cassados por 8 anos pelo TSE em fins de Jun/2023.
Bolsonaro, vale compreendermos, sempre que pode questionou o processo
eleitoral brasileiro e, na maioria das vezes, vaticinou sem apresentar provas acerca
de suas sérias acusações ao sistema eleitoral. Na visão do TSE, compartilhada
também pelo STF, principalmente na figura do Ministro Alexandre de Moraes, um
Presidente da República não pode assumir tal conduta deliberadamente sem provas.
Somente ao longo do ano de 2021, para se ter uma ideia, Bolsonaro atacou 23
vezes o processo eleitoral brasileiro. Bom, em sendo assim, eis que o partido PDT
submete ao TSE ação declarando inelegível Bolsonaro, e seu vice Braga Netto (este
foi absolvido) por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação durante reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores
estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022. O PDT informou que o
encontro de Bolsonaro com os embaixadores foi transmitido, ao vivo, pela TV Brasil
e pelas redes sociais YouTube, Instagram e Facebook, que mantiveram o conteúdo
na internet para posterior visualização. Muito antes, porém, da decisão do TSE, o
Tribunal já alertava ao Presidente que espalhar desinformação e inverdades usando
disparos em massa de mensagens também configurava abuso de poder. E não deu
outra, mesmo com a defesa dos acusados argumentando que no encontro com os
embaixadores estrangeiros, foi praticado “ato de governo”, o que estaria fora do
controle jurisdicional sob a ótica do “fim político” e, ainda de acordo com a defesa,
não existia ato eleitoral a ser apurado, uma vez que, na reunião, não se tratou de
eleições, nem houve pedido de votos, nem foi feito ataque a oponentes nem houve
apresentação comparativa de candidaturas, o Tribunal torna inelegível o ex-Presidente
até as vésperas da eleição de 2030.
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O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas
nós tiramos dinheiros de ONGs. Dos repasses de fora, 40% iam para ONGs. Não tem mais.
Acabamos também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo
a falta do dinheiro.
O ex-Presidente Jair Bolsonaro, é bem verdade, não apresentou provas que sustentassem
sua afirmação. Motivado por um relatório governamental que recebera, o qual denunciava
irregularidades em uma gama de repasses para ONGs que lidam com saúde indígena, uma
semana depois reiterou sua posição de completa oposição às atividades das Organizações.
No Congresso Nacional também cresceu a intenção por parte dos parlamentares de se
criar uma CPI das ONGs com vistas a detectar qual o uso de recursos e influência estrangeira
destas instituições no Brasil e, principalmente, na Amazônia.
Vale destacar que tais posturas como a de Bolsonaro – desconfiança em relação ao
trabalho de ONGs – não são uma particularidade do governo que tomou posse em 2019.
Houve, por exemplo, ao longo da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, discursos de
que a atuação das ONGs precisava ser vigiada de perto. “Grande parte dessas ONGs não
está a serviço de suas finalidades estatutárias”, afirmou o então Ministro da Justiça, Tarso
Genro, em 2008. “Muitas delas escondem interesses relacionados à biopirataria e à tentativa
de influência na cultura indígena para apropriação velada de determinadas regiões, que
podem ameaçar a soberania nacional” disse o comandante-geral da Amazônia na mesma
época, General Augusto Heleno, um crítico enfático da política indigenista do governo Lula,
por ele vista como: “lamentável, para não dizer caótica”.
Para responder este questionamento, tomarei como base, e é importante fazermos este
recorte, matéria publicada pelo Nexo Jornal, um veículo de jornalismo eletrônico brasileiro
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em 1966 em uma região entre Rondônia e Mato Grosso quando uma empresa seringalista
foi responsável pela chacina de uma aldeia do povo indígena Cinta-Larga. De acordo com
o IPEA, 3.626 organizações que atuam na Amazônia obtiveram verba federal entre 2010
e 2018, no valor de R$ 6,8 bilhões. O aporte representou 5,7% do total destinado a ONGs
pelo governo no período. A destinação de recursos de origem governamental diminuiu com
os anos e tende, tal qual Bolsonaro enfatiza, a secar. As informações do IPEA são relativas
apenas a entidades registradas em municípios da Amazônia Legal, sendo que ainda não
existe um estudo detalhado sobre a atuação de organizações internacionais em território
brasileiro, aponta o instituto de pesquisa. ONGs internacionais que atuam na Amazônia,
por exemplo, também estão sediadas no Sudeste.
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TEXTO COMPLEMENTAR
As Queimadas e o Fundo Amazônia17
Ao longo de 2018, os governos de Alemanha, Noruega e França, sob o lema “O
Brasil Cuida. O mundo apoia. Todos ganham”, destinaram mais de 1,8 bilhões de
recursos com vistas à preservação da maior floresta tropical do planeta para ações
de preservação em 103 projetos.
17
r: Prof. Luis Felipe Ziriba, 15/09/2019.
Po
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Satélite Amazônia-118
Lançado no último dia de fevereiro de 2021, numa base na Índia, o Amazônia-1
é o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, juntando-se
aos CBERS-4 e CBERS-4A. O novo equipamento, contudo, foi totalmente projetado,
integrado e testado pelo país — a partir de então, será também operado exclusivamente
pelo Brasil. Com desenvolvimento sob a responsabilidade do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazônia-1 integra a chamada Missão Amazônia: um
esforço da entidade em melhorar o sensoriamento remoto da natureza brasileira. Seu
escopo de imagens visa atender ao monitoramento da região costeira, reservatórios
de água, desastres ambientais e estará à disposição da comunidade científica, órgãos
de Governo e quaisquer interessados.
Com lançamento bastante celebrado por Marcio Pontes, nosso astronauta e
ex-Ministro da Ciência e Tecnologia (atualmente Senador eleito por São Paulo),
o equipamento tem por objetivo fornecer dados de sensoriamento remoto para
observar e monitorar especialmente a região amazônica, além da agricultura no
país, a região costeira, reservatórios de água e florestas (naturais e cultivadas). Há
ainda a possibilidade de uso para observação de possíveis desastres ambientais. O
equipamento é projetado para gerar imagens do planeta a cada cinco dias — e, sob
demanda, é capaz de fornecer dados de um ponto específico em no máximo dois dias.
Em caso de um eventual desastre ambiental, por exemplo, como o rompimento da
barragem em Mariana em 2015, o monitoramento poderá ser ajustado para o local.
Focos de queimada também poderão ser visualizados. A estrutura conta com 14
mil conexões elétricas. Se esticados, todos os seus fios chegariam a 6 quilômetros.
A Missão Amazônia pretende lançar, em data a ser definida, mais dois satélites
de sensoriamento remoto: o Amazônia-1B e o Amazônia-2 com vistas a alargar o
horizonte de sensoriamento do meio ambiente nacional e uso do solo e recursos
naturais.
18
Por: Prof. Luis Felipe, em 05/03/2021.
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emissões para 2030, o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028 e o objetivo
de longo prazo de zerar emissões líquidas até 2050.
O desmatamento vem aumentando desde 2013. Atualmente, o uso e ocupação da
terra respondem por 46% das emissões nacionais. Prova disso é que em 2020, durante a
pandemia da Covid-19, as emissões globais despencaram quase 7%, enquanto no Brasil
cresceram 9,5%.
O governo brasileiro também anunciou na COP-26 que elevará a meta de corte de
emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 2030 de 43% para 50% em relação aos níveis
de 2005, usando como base o quarto inventário nacional.
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Vale do Rio Doce e a inglesa Bp. Hilton –, a barragem de rejeitos de mineração de ferro, nas
cercanias de Mariana, em área conhecida como o Quadrilátero Ferrífero, nosso maior polo
de produção mineral situado em Minas Gerais, se rompe e leva uma carga de mais de 40
milhões de metros cúbicos de lama para uma área de raio de mais de 700 km. Em rios em
Minas Gerais e no Espírito Santo, mais de 11 milhões de toneladas de peixes mortos foram
retirados das águas em relação direta com a tragédia e 19 pessoas morreram.
Eis que três anos depois, em janeiro de 2019, ocorre uma outra tragédia em Minas
Gerais, e com o mesmo tipo de barragem. Em Brumadinho, exatamente na hora do almoço
e em dia de expediente comum, a barragem da Mina do Feijão, administrada pela Vale do
Rio do Doce, se rompe. A primeira leva de vítimas sucumbe exatamente no refeitório lotado
localizado bem abaixo da barragem. E aqui valem alguns destaques:
I – Essa era, de fato, uma tragédia anunciada, pois embora fosse uma barragem desativada,
o modelo obsoleto de construção era do tipo a montante (o mesmo de Mariana), quando
os diques vão sendo gradativamente construídos para segurar a entrada de novos rejeitos.
Assim, a fiscalização por parte da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais e de uma
gama de órgãos públicos que lateralmente deveriam servir à proteção a este tipo de tragédia
foi falha;
II – A Vale tinha ciência de que a barragem poderia se romper a qualquer hora. Em
documentos internos da empresa, revelados logo após o acidente, soube-se que essa e
outras várias barragens da mesma companhia estavam em vigente estado de atenção. Em
menos de 10 dias após o acidente, mais de 250 mortes foram confirmadas. Ou seja, um
número superior em mais de 10 vezes às vidas ceifadas em Mariana, revelando-nos uma
lógica perversa que demonstra não termos aprendido com nossos erros. Três anos após,
em janeiro de 2022, o número oficial de mortos é de 263 pessoas;
III – No caso do rompimento em Brumadinho, o RIO PARAOPEBA, um afluente direto do
Rio São Francisco, foi afetado drasticamente.
O Brasil é atualmente o maior produtor de minério de ferro do mundo, quase 10%
das nossas exportações (atrás apenas do complexo da soja) se concentra apenas nessa
commodity. Importa-nos, mais que nunca, questionarmos a que preço sustentamos tal
posição e se vale a pena de fato.
TEXTO COMPLEMENTAR
A Nuvem Tóxica do Agrotóxico19
Somente no mês de junho de 2019, foram autorizadas 42 novas marcas de
agrotóxicos para atuarem em nosso concorrido mercado de defensivos agrícolas.
Quem libera? A Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins, do Ministério da Agricultura.
19
Por: Prof. Luis Felipe, 05/08/2019.
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Assim, somente nos primeiros seis meses de 2019, 232 novas marcas estão
autorizadas. Um recorde. Entre 2009 até 2018, a média foi alta, vale o destaque,
com 136 novas marcas atualmente. Em 2018 foram 450.
Hoje há, sem dúvidas, um direcionamento na questão dos agrotóxicos, pois, se
vínhamos de um crescimento enorme no uso destes produtos de forma geral nos
anos Lula e Dilma, o que se percebe nos últimos dois, ou três anos (e neste governo
atual se mostra de forma mais aguda) é uma perda de qualquer tensionamento
entre pastas diante desta questão. Antes, o fato é que havia ao menos possibilidades
de salvaguardas e freios ao uso indiscriminado de defensivos tóxicos. Já em 2019,
não há mais tais prerrogativas importantes, prevalecendo única e exclusivamente
o interesse do Ministério da Agricultura.
Entre os anos de 2012-2017, cresceu em 25% a quantidade total (que já era
alta) de agrotóxicos pulverizados no campo nacional. Consumiremos em 2019 mais
de 500.000 toneladas de (centenas) defensivos – o que dá em média 2,5 quilos de
agrotóxicos por habitante em média por ano. É muito agrotóxico em uma conta
que só aumenta.
TEXTO COMPLEMENTAR
Conselho da Amazônia e a Força Nacional Ambiental
Como uma espécie de resposta a tantos olhares desconfiados, nacionais e
internacionais, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a criação de duas entidades
para integrar a administração e a defesa da floresta: o Conselho da Amazônia e a
Força Nacional Ambiental.
O Conselho da Amazônia, na verdade foi criado em 1995 (Decreto n. 1.541/1995)
pelo ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Seu objetivo era
controlar e coordenar as atividades dos ministérios federais e dos governos dos
estados que compunham a Amazônia Legal. Subordinado ao Ministério do Meio
Ambiente, nunca chegou a ser realmente utilizado.
Depois das crises envolvendo a ação (ou ausência de ação) na Floresta no final
de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou a reativação do Conselho em
janeiro de 2020, por meio das suas redes sociais. Sua mensagem comunicava a
transferência de comando do Conselho, que era do Ministério do Meio Ambiente,
para a Vice-presidência da República. Como na antiga formulação, o órgão teria
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por objetivo: “[…] coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas para a
proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia” (Jair Bolsonaro em
postagem no Facebook no dia 21/01/2020).
Até aqui, apenas sabíamos que ele funcionaria como um órgão de controle e
coordenação de atividades já exercidas por outros setores governamentais. Mas o
que seria “controle e coordenação”?
Segundo o Vice-presidente da República à época e chefe do Conselho, Hamilton
Mourão, muitos setores diferentes do Governo realizavam atividades diferentes,
mas conexas, relacionadas à Amazônia. O Ministério da Defesa, por exemplo, entre
outras atividades, cuidava da atuação do exército na mata amazônica, protegendo
seu território. O Ministério da Ciência e Tecnologia, entre muitas outras atividades,
propunha diretrizes de pesquisa e avanço tecnológico na região.
Para que todos começassem a “falar a mesma língua” e cooperar nessas mais
diversas realizações, criou-se um órgão de cúpula com o objetivo de reunir os chefes
de todos esses setores para deliberar e decidir sobre assuntos que envolvem a Floresta
Amazônica. Isto, segundo Mourão, possibilitaria ações mais rápidas de controle
emergencial, o que faltou para as queimadas que ocorreram no fim do ano passado.
Assim, “renasceu” o Conselho Nacional da Amazônia Legal, oficialmente reativado
no dia 12/02 com a publicação do Decreto n. 10.239/2020, que estabeleceu as
competências, o funcionamento e a composição do órgão.
Um conselho é um órgão colegiado que delibera sobre alguns assuntos e toma
decisões. Colegiado significa ser formado por um “colégio”, isto é, membros que
se relacionam como “colegas”, com a mesma dignidade. São canais de discussão e
debate democrático.
Segundo o Decreto n. 10.239/2020, são membros do colegiado que forma o
Conselho da Amazônia Legal, além do Vice-presidente, os chefes dos seguintes
ministérios: Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Defesa, Relações Exteriores,
Economia, Infraestrutura, Agricultura, Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Meio
Ambiente, Desenvolvimento Regional, Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria
de Governo e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
A maior crítica envolvendo o novo Conselho foi a exclusão dos Governadores de
Estado dentre seus membros. Na formação antiga, participavam das deliberações
os governadores dos estados que compunham a Amazônia Legal. Agora participam,
além do Vice-presidente da República, apenas chefes de Ministérios do Poder
Executivo Federal. O Presidente do Conselho, no entanto, afirmou que os governadores
continuarão sendo consultados, embora não participem oficialmente do colegiado.
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Bioma Pantanal e o Fogo em 2020
A temporada de seca no ano de 2020 (compreendida nos meses do meio do ano,
basicamente) foi a mais drástica de que se tem notícia em décadas em relação às
consequências de queimadas no Bioma Pantanal, como emissão de gases de efeito
estufa e, principalmente, perda de biodiversidade vegetal e faunística.
Antes de abordamos o nosso foco em Atualidades acerca das queimadas
no Pantanal em 2020, é importante nos debruçarmos em torno de dois pontos
fundamentais. Lembrando, claro, que aqui ninguém sairá, não sendo o nosso objetivo,
um especialista em Geografia do Pantanal. Mas vale-nos (e muito) destacar tais
questões: o conceito de Bioma e as características principais do bioma pantaneiro.
Então, sigamos juntos, ok?
Bioma é o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação
contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria.
Em outras palavras, ele pode ser definido como uma grande área de vida formada
por um complexo de ecossistemas com características homogêneas.
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20
20 Fi
gura: Arco do Desmatamento e Limites da Amazônia Legal: note que o Pantanal NÃO SE ENCONTRA NESTE ARCO DE
INTENSA ATIVIDADE DE QUEIMADAS.
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qual vimos no bairro da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (área de predomínio
absoluto de milícias), onde, em março do ano de 2019, dois prédios construídos em completa
irregularidade por milicianos desabaram, causando a morte de 24 pessoas.
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TEXTO COMPLEMENTAR
A Queda nos Homicídios em 202121
Os homicídios retomaram a trajetória de queda no Brasil em 2021 e alcançaram
o menor patamar desde 2007, ano em que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
passou a coletar os dados. Foram 41 mil mortes no ano passado, segundo o índice
nacional de homicídios, com base em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito
Federal.
Os números atingiram em 2017 a sangrenta casa de 61.000 homicídios. O Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) é uma organização não-governamental,
apartidária, e sem fins lucrativos, que se dedica a construir um ambiente de referência
e cooperação técnica na área da segurança pública. A organização é integrada
por pesquisadores, cientistas sociais, gestores públicos, policiais federais, civis e
militares, operadores da justiça e profissionais de entidades da sociedade civil que
juntos contribuem para dar transparência às informações sobre violência e políticas
de segurança e encontrar soluções baseadas em evidências.
A única Região com aumento de homicídios no atual levantamento foi a Norte.
Os números totais de homicídio atingiram em 2017 a sangrenta casa de 61.000.
Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, essa redução - que começou em
2018 e foi interrompida em 2020 - ocorre de forma diferente de acordo com o estado
e é motivada por um conjunto de fatores:
21
Com base em: https://www.defesanet.com.br/front/noticia/43697/Entenda-a-queda-dos-homicidios-no-Brasil-em-2021/
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Não são todas as mulheres assassinadas que entram na conta dos feminicídios.
Por exemplo, em um acerto de contas de drogas que envolva várias pessoas e que
no meio estejam algumas mulheres, estas não entram nessa conta. Mas, no total, a
conta no Brasil foi drástica: estima-se que em 2019 uma mulher tenha sido vítima
de feminicídio a cada sete horas no Brasil, totalizando 1.314.
Obs.: O Brasil é considerado hoje em dia um dos cinco países mais perigosos do mundo
para ser mulher.
TEXTO COMPLEMENTAR
A Política Nacional de Segurança Cibernética22
Em 2019, ascendeu no âmbito do governo federal a discussão acerca de se
estruturar finalmente uma estratégia nacional de segurança cibernética com vistas a
conseguir aprovar uma lei que norteie a Política Nacional de Segurança da Informação
e mitigar a ação de hackers sobre máquinas e dados da administração pública em
todas as suas esferas. A promoção dessa estratégia de segurança cibernética estaria
vinculada ao GSI e seria comandada pela ABIN.
Segundo a União Internacional de Telecomunicações, uma agência especializada da
ONU, o Brasil estava em 70O lugar entre 175 nações na classificação de cybersegurança
no ano de 2018, atrás de países como Paraguai e Índia. Tal índice mede a capacidade
de cada nação em se proteger de ataques cibernéticos.
O problema é grande. Hoje, o Centro de Defesa Cibernético ligado ao exército,
criado em 2012, é o único responsável pela guarda das informações de todo o poder
público nacional e possui um orçamento em queda para 2018, com a alocação de
apenas 14 milhões de reais. Como comparação, nos EUA tal área recebe do governo
algo em torno de 9 bilhões de dólares anuais.
Marcos legais acerca da internet e segurança de dados virtuais dos cidadãos
evoluíram ao longo dos últimos anos no Brasil. Em 2014, Dilma Rousseff sancionou
o Marco Civil da Internet, que estabeleceu garantias ao uso da rede no Brasil. Outro
marco importante foi a Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada em agosto de
2018 por Michel Temer e que, entre outras coisas, prevê multa de até 50 milhões de
reais a empresas que se utilizem de informações de pessoas (como nome e e-mail)
sem autorização prévia.
22
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, em 07/11/2019.
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Nesse campo cibernético, uma outra novidade ganhou força dentro do âmbito
legislativo com a discussão, no segundo semestre de 2019, acerca da instalação de
uma CPI das Fake News com vistas a apurar o uso ilegal de WhatsApp na campanha
de 2018 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas, como pau que dá em Chico também
dá em Francisco em nossa esfera política, mesmo protocolada pelo PT a iniciativa de
abrir tal CPI, vale destacar que o candidato Fernando Haddad, do PT (o qual foi rival
direto de Bolsonaro nas eleições) também possuía um teto de vidro nessa questão,
tendo sua chapa sido condenada a pagar multa por uso ilegal do aplicativo para
impulsionar de forma irregular conteúdo contra seu rival.
Por fim, aprovada pelo Decreto n. 9.637/2018, a Política Nacional de Segurança
da Informação (PNSI) abrange segurança cibernética, defesa cibernética, segurança
física e a proteção de dados organizacionais.
Essa política é implementada por intermédio da Estratégia Nacional de
Segurança da Informação (ENSI) e pelos planos nacionais. Por sua vez, a ENSI será
construída em módulos, contendo as ações estratégicas e os objetivos relacionados
à segurança da informação, em consonância com as políticas públicas e os programas
do Governo federal. Os módulos versarão sobre segurança cibernética, defesa
cibernética, segurança das infraestruturas críticas, segurança da informação sigilosa,
e proteção contra vazamento de dados.
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seja, há mais pessoas que pagam do que recebem. Em 2060, a conta ficará negativa,
será 0,8 pagante para cada aposentado. Mais importante que se antecipar a problemas
futuros, a urgência é corrigir distorções do passado, por exemplo: durante anos, servidores
federais e estaduais se beneficiaram da regra que permitia a aposentadoria com o último
salário, enquanto os trabalhadores da iniciativa privada ficavam limitados ao teto do INSS,
hoje em R$ 5.839,00.
No governo federal, a limitação só foi igualada em 2013. Nos estados, há casos que
chegam a superar a regra do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), os dados revelam
o abismo nos números. A despesa per capita média estatal com a aposentadoria de um
funcionário público é dez vezes maior do que a de um trabalhador de uma empresa privada.
É isso o que explica o peso muito mais elevado dos servidores aos cofres públicos. O déficit
das aposentadorias e pensões de trabalhadores de Estados e da União se aproxima do
rombo acumulado em todo o sistema privado. O que torna a diferença gritante é que o
primeiro grupo é composto de cerca de 4 milhões de beneficiários, ante os 35 milhões do
INSS. Sem contar que na administração federal, cerca de 40% dos servidores têm direito a
se aposentar com o salário integral, por terem entrado na carreira pública antes de 2003.
A Reforma Previdenciária prevê a mudança de regras de aposentadoria tanto para
trabalhadores do INSS como para servidores públicos, policiais, professores e políticos.
lembrando que para a nova Previdência entrar em vigor, foi necessária a aprovação final
em dois turnos no Senado.
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O trecho de 140 km, maior do eixo, vai da captação do Rio São Francisco, no município
de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE). No eixo norte, foi o maior avanço
do governo Bolsonaro, que hoje tem 96,6% da meta cumprida. Quando recebeu a obra do
governo Temer, a meta estava em 92,5%.
• Meta 2N
É o maior trecho, com 167km. Começa na saída do reservatório Areias e segue até o
reservatório Barro Branco, em Custódia (PE).
• Meta 3L
Com 34 quilômetros, o trecho está situado entre os reservatórios Barro Branco e Poções,
em Monteiro (PB).
Em termos globais, aproximadamente 84% das obras foram realizadas nas gestões Lula e
Dilma, até abril de 2016. O governo Temer afirmou ter chegado aos 100% e inaugurou o eixo.
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A bomba, que permite que as águas cheguem ao município de Monteiro (PB) e à região de
Campina Grande, no eixo leste, havia sido colocada em funcionamento em março de 2017.
No entanto, em razão de vazamentos na barragem Cacimba Nova, na cidade de Custódia
(PE), ficou desligada de abril a julho e depois de agosto a outubro de 2019. Em novembro
daquele ano foi religada, depois de adaptações e reparos no sistema.
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O governo Bolsonaro promete a conclusão do eixo norte do projeto para 2021. Ainda
precisam ser implantados sistemas de drenagem e de operação e controle.
Também falta instalar nas três estações de bombeamento do eixo o restante das bombas
previstas no projeto, de forma a garantir a vazão projetada. “Só há uma bomba em cada
estação, o que implica numa capacidade de pouco mais de 10% da vazão prevista”, afirmou
ao jornal Folha de S. Paulo o professor o da UFPB Francisco Sarmento, que coordenou por
14 anos os estudos e planejamentos hidrográficos da transposição.
Além do projeto de transposição, o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco prevê
a necessidade de mais R$ 30 bilhões, do poder público e da iniciativa privada, para garantir
a revitalização da bacia. O plano do Comitê cobre o período de 2016 a 2025, mas já prevê
que as iniciativas de revitalização tomem mais tempo do que isso.
Os projetos incluiriam, por exemplo, obras de saneamento, ações de monitoramento
ambiental e diversificação da matriz elétrica na região da bacia, dependente do São Francisco.
• Deterioração
Em setembro de 2019, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que trechos da
obra apresentavam sinais de deterioração no eixo leste: paredes de concreto rachadas,
estações de bombeamento paralisadas, barreiras de proteção rompidas, sistema de drenagem
obstruído e assoreamento do canal. Técnicos atribuem os problemas à má qualidade dos
materiais, bem como à inauguração prematura da obra, que entrou em funcionamento
sem estar plenamente pronta para a operação. O bombeamento de água pelos canais do
eixo já foi interrompido em razão de riscos e acidentes técnicos, o que também expôs o
concreto às intempéries do semiárido.
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• Obras Estaduais
Para que o projeto atinja as 12 milhões de pessoas previstas, é necessário que sejam
concluídas também as obras complementares em cada um dos estados beneficiados
pelo projeto (Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte). Os cronogramas estão
atrasados, segundo o portal UOL.
• Manutenção
Dada a topografia da região, o gasto com energia para bombeamento das águas para
grandes alturas chega a R$ 300 milhões anuais, segundo o governo federal. O governo
Bolsonaro estuda a possibilidade de privatizar ao menos parte da operação da estrutura
construída pelo governo federal, um plano já aventado pela gestão Temer.
• A Paternidade do Projeto
Em março de 2017, o então presidente Michel Temer inaugurou todo o eixo leste do
projeto, que corta Pernambuco e Paraíba.
Nove dias depois, Dilma e Lula, já ex-presidentes, organizaram uma “inauguração
popular” da obra. O evento simbólico, com grande público, foi uma forma de os petistas
reivindicarem o mérito pelo projeto. Pensada desde que o Brasil ainda era um Império, a
transposição ganhou projeto efetivo e saiu do papel nos governos petistas.
Em abril de 2016, menos de um mês antes de Dilma ser afastada da Presidência em
razão da abertura de processo de impeachment contra ela, a maior parte da construção
do eixo leste já estava pronta.
83,8% era o percentual das obras físicas do eixo leste que estavam concluídas em
abril de 2016.
Para Temer, ninguém pode ter a paternidade da obra. Disse o então presidente, em
viagem à Paraíba para a cerimônia de inauguração:
Nós empreendemos muitos esforços nesses poucos meses de governo para que pudéssemos
chegar a este ponto. Mas não quero a paternidade dessa obra, porque ninguém pode tê-la. A
paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino.
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suas relações com o meio e com outros grupos, na produção de conhecimentos e suas
manifestações artísticas etc. A diferença entre culturas é fruto da singularidade desses
processos em cada grupo social.
No cenário mundial, o Brasil é expoente de uma coexistência de ampla diversidade
étnica, linguística e religiosa. E exatamente por se tratar de um ambiente de enorme
diversidade cultural, é dever de todos reconhecê-la, valorizá-la e atuar sobre os mecanismos
de exclusão.
Acerca dos povos e continentes formadores da origem multicultural do Brasil, estes
constituem-se basicamente por:
• Europeus, oriundos dos primeiros anos de nossa colonização (portugueses, holandeses
e franceses), e os imigrantes (principalmente alemães, italianos, japoneses e espanhóis),
trazidos no imediato pós-Independência (1822) com vistas a ocupar a Região Sul, servir
de mão de obra nas lavouras (também na Região Sudeste) e como gesto explícito de
busca por um embranquecimento da população no recém-fundado Império do Brasil.
• Seus povos nativos que, além de possuírem uma ocupação imemorial, carregam
enorme diversidade cultural – estima-se haver mais de 200 etnias indígenas
presentes em nosso território, sendo que boa parte desses grupos teve sua própria
identidade cultural atacada de forma contundente pelos processos de catequização,
aldeamentos, entradas e bandeiras pelo interior do território. Em tempos atuais, o
contato da civilização branca com índios originou uma nova toada de destruição de
seus patrimônios materiais e culturais por meio da conquista do “eldorado amazônico”,
tal qual visto ao longo de nossas aulas anteriores sobre Geografia do Brasil.
• A matriz africana, berço da humanidade, complexa organização socioeconômica e
política que aqui ingressa sob a forma da pior barbaridade possível, a escravidão, e
que mesmo assim lutou enormemente com vistas a manter suas tradições culturais
variadas e sua religião (promovendo um interessante processo de sincretismo religioso
em nosso país).
• Há também, em menor quantidade, mas de grande importância, os grupos oriundos
do Oriente Médio que, em sua maioria, professam a segunda maior religião do Mundo
(o Islamismo), os quais ingressaram no Brasil no século passado e estão presente na
vida urbana das cidades brasileiras. E não podemos nos esquecer dos asiáticos e suas
fortes raízes espirituais milenares e influenciadas por espírito de paz e resignação.
Ocorre também no Brasil um fenômeno interessante que se dá em função de nossa
imensidão territorial. A formação de grupos culturais internos, muito relacionados a
uma tradição oral, como os caipiras, ribeirinhos, sertanejos, caboclos, pantaneiros,
habitantes dos mangues, entre outros. Nestes grupos, observa-se também a criação
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de uma identidade marcada por instrumentos típicos de suas tradições, como o gibão
(o chapéu de couro do sertanejo), o berrante, a viola caipira etc.
Por fim, assim como o conceito de cultura não é estanque, a nossa imensa diversidade
cultural ainda recebe novas influências, seja pelo fato de termos alçado uma posição central
tanto no campo econômico como geopolítico na América do Sul, o que nos projeta como
um país atrativo à entrada de contingentes populacionais oriundos de países vizinhos
(povos estes, diga-se de passagem, com legado de enorme enraizamento cultural, tal qual
os peruanos e os bolivianos), seja pelo fato de termos estado ao longo das últimas décadas
cada vez mais abertos ao mundo e em crescente disposição à recepção de imigrantes e
refugiados, ao menos até a entrada do Presidente Jair Bolsonaro.
A VOLTA DA CENSURA?
Iniciativas com vistas a tolher expressões culturais ganham dimensionamento em 2019
como há tempos não era visto. Seja por parte de governos locais, do governo federal ou por
grupos conservadores, pipocam pelo país iniciativas com vistas a limitar manifestações,
seja em exposições, livros, meio audiovisual, entre outros.
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No dia 26 de janeiro de 2023, após visitar o Museu Nacional do Rio de Janeiro, atingido
por um incêndio em 2018, e anunciar a intenção de concluir as obras de reconstrução
até 2026, o Presidente Lula seguiu para o Theatro Municipal para dar início às festividades
de início da nova política cultural.
No evento, foi assinado o decreto que regulamenta o financiamento cultural no país e
estabelece regras e procedimentos gerais para os mecanismos de fomento direto (Lei Paulo
Gustavo, Lei Aldir Blanc, Cultura Viva) e indireto (Lei Rouanet), além de outras políticas
públicas para o setor.
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TEXTO COMPLEMENTAR
A Polêmica da Linguagem Neutra ou Linguagem Inclusiva23
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
(CONTEE) protocolou no STF, em fins de 2021, petição contra um Projeto de Lei
do Governo de Rondônia que proíbe a adoção nas escolas estaduais da linguagem
neutra ou linguagem inclusiva.
Tal recurso, a linguagem neutra, vem à luz com vistas a promover maior inclusão ao
abolir-se, por exemplo, o gênero em pronomes como “todos”, ou “todas” por “todes”.
Já se propôs que além de o “a” e “o” serem substituídos, os pronomes, substantivos
e adjetivos neutros sejam substituídos por “x” ou “@”, permitindo que além de “ele”
ou “ela” houvesse um pronome pessoal “elx” ou “el@”. Inclusive, o Museu da Língua
Portuguesa (MLP), em São Paulo, que será reinaugurado em julho de 2021, colocou
mais lenha na fogueira do debate ao publicar um post em suas mídias sociais em
que usava “todes”. No discurso dos defensores da linguagem neutra, ou linguagem
inclusiva, consegue-se com sua adoção a inserção daqueles que não se identificam
com nenhum dos gêneros – conhecidos como não-binários.
No início de 2022, tramitavam 34 Projetos de Lei contra a adoção da linguagem
neutra, sendo que a AGU já deu pareceres contrários à adoção da linguagem neutra.
O Ministério da Educação também declarou ser contra a medida que, segundo análise
do órgão, representa, entre outros pontos, uma tremenda distorção na gramática
portuguesa consolidada.
23
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, em 01/12/2021.
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TEXTO COMPLEMENTAR
A Linguagem Neutra em Discursos Oficiais24
Desde o dia 1º de janeiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
adotou novas práticas em cerimônias oficiais realizadas no Palácio do Planalto e
nos ministérios. Uma das principais mudanças notadas foi a inserção da famosa
“linguagem neutra de gênero”.
A linguagem foi utilizada durante as posses do primeiro escalão de Lula, além
da solenidade em que o próprio presidente assumiu como o 39º Chefe do Executivo
Federal. O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
foi um dos primeiros a aderir à neutralidade de gêneros. Quando tomou posse, o
petista começou seu discurso com a frase: “Boa tarde a todas, a todos e a todes”.
As expressões neutras foram usadas nas posses de Lula e de ministros para que
pessoas não binárias ou intersexo se sentissem representadas.
A linguagem neutra, tida como polêmica por uma parte mais conservadora da
população, consiste em uma adaptação da regra pronominal normativa para que
pessoas não binárias se sintam identificadas na comunicação verbal e não verbal.
Atualmente, 15 projetos de lei que citam a linguagem neutra tramitam na
Câmara dos Deputados. Essas propostas, no entanto, foram todas apresentadas
com o objetivo de banir a inserção dessa linguagem em políticas públicas. Apesar de
os discursos do atual governo terem, em sua maioria, só o uso do “todes” em suas
introduções, a linguagem neutra não se resume apenas à adoção de uma palavra.
24
Em: https://www.metropoles.com/brasil/todos-todas-e-todes-entenda-a-linguagem-neutra-usada-no-governo-lula
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Escola sem Partido
O movimento denominado Escola sem Partido foi constituído em 2004. Após anos
atrelado a um obscurantismo, o movimento acabou ganhando enorme projeção ao ser
encampado como uma das principais bandeiras do atual presidente Jair Bolsonaro.
Os defensores do Escola sem Partido vociferam para combater aquilo a que
chamam de “doutrinação ideológica” nas escolas e universidades.
Visam estabelecer marcos legais com vistas a conter o que eles consideram
ser doutrinações político-partidárias ideológicas em escolas e universidades no
Brasil. Sendo assim, anseiam promover um regramento à atividade de expressão
de professores, principalmente em ciências humanas, como História, Geografia,
Antropologia, Filosofia e Sociologia.
Bastante criticado por pedagogos, professores e parte da sociedade civil
organizada, mas aplaudido também por muitos conservadores, o Escola sem Partido,
em sua página na internet, se declara como uma organização declaradamente de
combate a professores que praticam a “doutrinação ideológica”. Vários municípios
e até o estado de Alagoas (com projeto de lei neste sentido votado em 2016 em sua
Assembleia Legislativa) já embarcaram nessa onda, promovendo legislações que
trazem em seus textos esses combates a “doutrinações ideológicas”, porém todos
esbarraram na inconstitucionalidade da matéria, já que legislar sobre princípios da
educação é privativo à União.
TEXTO COMPLEMENTAR
Democracia em Vertigem no Oscar 202025
Eis que, pela primeira vez em toda sua história, o Oscar seleciona um documentário
produzido no Brasil para concorrer ao prêmio máximo do cinema. Em sua 92a edição,
junto a mais 4 obras (todas feitas nos EUA), o festival incluiu o documentário
25
r: Prof. Luis Felipe Ziriba, em 05/05/2020.
Po
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil dos 300 e o Radicalismo de Ultradireita
O Brasil experimentou em 2020 um processo similar ao que fora vivenciado à época
do impeachment da ex-Presidente Dilma Rousseff, o qual se encontra umbilicalmente
relacionado ao momento que vivemos de extrema divisão ideológica em nossa
sociedade. Com a ascendência do pensamento de ultradireita ao longo dos últimos
anos, eis que, entre os meses de maio e junho de 2020, vimos ocorrer uma série de
manifestações em que, tal qual relatado no filme que concorreu ao Oscar de melhor
documentário, Democracia em Vertigem, de Petra Costa, que relata momentos da
deposição de Dilma Rousseff, novamente foi necessário dividir-se grupos antagônicos
em manifestações com vistas a se garantir a integridade física de todos os envolvidos.
Em meio à maior pandemia dos últimos 100 anos, manifestantes foram às ruas
das maiores cidades brasileiras: de um lado, os apoiadores incondicionais de Jair
Bolsonaro; de outro, seus opositores.
Dentro desse contexto, chamou a atenção a presença de um grupo denominado
Brasil dos 300, comandado pela ex-ativista de esquerda e ex-feminista que se
autodenomina Sara Winter.
“Olá, nós somos os 300 do Brasil, o maior acampamento contra a corrupção e
a esquerda do mundo” disse Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara
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Winter, a uma reportagem entre as várias que se interessaram em cobrir esse curioso
(e porque não esquisito) grupo que se autoproclama também como bastiões da
defesa da pátria.
As bandeiras do Brasil dos 300 saíram apenas no plano ideológico, ou de defesa
de valores já consagrados pelo Presidente Jair Bolsonaro, tais quais a defesa da
família, do direito ao armamento e ao amor à pátria e seguem em colisão com os
poderes constitucionais constituídos. Ao longo das várias manifestações conduzidas
por apoiadores do Presidente, os manifestantes bradaram xingamentos ao ministro
Alexandre de Moraes e, entre outros devaneios, expressaram fragorosamente suas
pautas, como o retorno da ditadura militar, com gestos em completa e escancarada
alusão à Klu Klux Klan – grupo antissemita branco dos EUA. Também saem em defesa
de atos institucionais tirânicos, tal qual o AI-5 (Ato Institucional número 5, de 13 de
dezembro 1968, que, entre outros pontos, determinava o fechamento por tempo
indeterminado do STF).
Diante disso, Sara Winter acabou sendo expulsa do DEM, acusada formalmente
pelo presidente do partido a que era filiada e pelo qual chegou a concorrer a uma
vaga de mandato de Deputada Federal em 2018 (sem sucesso na empreitada, obteve
17.000 votos) de envolvimento em movimentos contra o Estado de Direito e o regime
democrático. Para piorar a situação de Sara Winter, a jovem de 27 anos foi presa em
15 de junho a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). A prisão decorre
das investigações que apuram o financiamento de manifestações que defendem
pautas antidemocráticas e ataques a instituições públicas. Dias depois, ela foi solta,
mas teve instalada uma tornozeleira eletrônica.
Junto à soltura de Sara, contudo, a justiça determinou o fim definitivo do
acampamento dos 300 do Brasil na Esplanada dos Ministérios e desbaratou um
bunker do grupo em uma área rural do Distrito Federal. Após meses de intensa
atividade de grupos radicais, com epicentro no Brasil dos 300 ao que tudo indica,
o Judiciário, os órgãos de segurança pública e a Abin se encontram alinhados mais
do que nunca no combate a tais organizações.
TEXTOS COMPLEMENTAR
O 8 de janeiro de 2023
Desde a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, um clima de que “algo”
aconteceria ficou no ar. Os partidários do ex-Presidente acampados no QG do Exército
em Brasília e outras localidades bradavam que não estavam contentes com a derrota.
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Diziam, entre outras coisas, que a eleição (e nada nesse sentido foi provado) havia
sido fraudada. Ao longo dos meses que se seguiram, os manifestantes causaram
atos de vandalismo isolados na Capital Federal com queima de carros e de ônibus
e até tentativa de invasão da sede da Polícia Federal.
Uma semana após a posse do Presidente Lula, onde mais de 100.000 pessoas se
reuniram de forma pacífica para ver a troca de governo, no domingo, dia 8 de janeiro,
eis que os acampados no QG do Exército saíram sob escolta de autoridades rumo à
Praça dos Três Poderes e sob um apagão das autoridades da Segurança Pública do
Distrito Federal e simplesmente depredaram as sedes dos três poderes.
Entremeando trechos do Hino Nacional com gritos de “Lula, ladrão, seu lugar
é na prisão”, os criminosos escalaram a mesma rampa de acesso ao prédio usada
pelo presidente na solenidade de posse, quebraram os vidros e entraram no prédio
sem qualquer dificuldade. Havia menos de uma dezena de seguranças no local. Os
criminosos arrombaram as salas, arremessaram objetos pelas janelas, usaram as
mangueiras de incêndio para inundar o piso, rasgaram fotografias, perfuraram
quadros valiosos, quebraram esculturas, abriram armários e furtaram equipamentos.
O gabinete do Presidente da República só não foi violado porque as portas dele são
reforçadas, os vidros blindados e há um sistema de segurança especial.
As reações internacionais foram todas na mesma linha, criticando os bolsonaristas,
a ausência de apontamentos por parte de Jair Bolsonaro (embora o ex-presidente
tenha timidamente dito considerar um absurdo o ocorrido) e defendendo a democracia
e o novo governo de Lula. De imediato o governador do Distrito Federal foi afastado
do cargo por 90 dias e prisões começaram a ser feitas, tais quais a do ex-comandante
da PMDF Fabio Augusto Vieira.
CPMI dos Atos Golpistas
Composta por 32 membros — 16 senadores e 16 deputados federais (além de
seus suplentes) —, a CPMI terá maioria de congressistas aliados do governo Lula.
São 18 parlamentares alinhados ao Planalto no total (9 senadores e 9 deputados
federais) e 9 de oposição, além de 5 independentes (ou seja, que não se declaram
alinhados nem com um lado nem com o outro).
A presidência da comissão, que define os trabalhos, ficou com um destes
considerados independentes: o deputado Arthur Maia (União-BA), aliado do presidente
da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL).
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TEXTO COMPLEMENTAR
Temos uma Santa: Irmã Dulce
Embora o Brasil venha perdendo número de fiéis católicos proporcionalmente
ao longo das últimas décadas, ainda somos considerados o país com maior número
de católicos em números absolutos no mundo todo. Estima-se que, em 2020, o
Brasil possuía em torno de 50% de sua população professando a fé católica (esse
número era de 90% nos anos 1950), para um pouco mais de 30% de evangélicos.
O fenômeno de crescimento dos evangélicos é uma realidade no país, já havendo
formado bancadas grandes (e que só crescem) tanto no Congresso Nacional quanto
em Assembleias Legislativas. Podem decidir eleições e determinam comportamentos
ao longo do território. Assembleia de Deus e Igreja Universal dominam a maioria dos
fiéis, mas há milhares de núcleos pentecostais espalhados principalmente pelas
periferias das mais de 5.000 cidades brasileiras.
Visto isto, eis que um alento chega aos céus católicos do Brasil: em 2019, temos
consagrada a nossa primeira santa. Pois é, o Brasil teve atendido seu pleito (que
perdurou por muitos anos,) para finalmente ver canonizada Irmã Dulce.
Irmã Dulce, nascida rica em Salvador em 1914 e falecida pobre na mesma cidade
em 1992, veio ao mundo em berço de ouro para dedicar sua vida aos doentes e
mendigos das calçadas manjedouras, carentes de pão e prece.
Dentre a vastidão de milagres relatados em seu nome, dois deles foram basilares.
Ao dar à luz, Cláudia dos Santos, hoje com 41 anos, sofreu uma hemorragia ao
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longo de dezoito horas e acabou desenganada pelos médicos. Ela conta que um
padre foi visitá-la no hospital e lhe perguntou se acreditava que Irmã Dulce poderia
salvá-la. A resposta foi sim. Segundo Cláudia, o religioso clamou por sua vida e o
sangue estancou. O outro milagre é relatado pelo maestro José Maurício Moreira,
50 anos. Em entrevista ao Vatican News, ele afirmou que era deficiente visual, não
enxergava nada, e que certa vez pediu em pensamento para a Irmã lhe aliviar a dor
do glaucoma: “de um momento para o outro, passei a enxergar normalmente”. Uma
outra história vale destaque porque não deixa de ser curiosa, envolve uma senhora
que tinha unha encravada no pé e tropeçara em um altar. Enquanto blasfemava e
clamava por Dulce, a unha desencravou.
Irmã Dulce, além de estar umbilicalmente envolvida com populações de miseráveis
e de enfermos, sabia transitar muito bem entre poderosos e políticos, contando
com a admiração e capacidade de receber apoio às suas causas de figurões não tão
santos quando necessário de modo formidável. Era amiga pessoal, por exemplo, de
José Sarney e Antônio Carlos Magalhães; entre “globais”, era comum ver o escritor
Paulo Coelho a exaltá-la, além de Fafá de Belém, Fernanda Montenegro, entre outros.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil e o Canabidiol: Parte 126
O Brasil é um dos países que produz uma das maiores quantidades de pesquisas
acerca do uso de canabidiol no mundo, o santo elixir que é uma das 113 substâncias
químicas canabidioides encontradas na Cannabis Sativa. Contudo, após mais de 30
países aprovarem o uso da substância para fins medicinais (inclusive nossos vizinhos
Uruguai, Argentina e Colômbia), foi somente no início de dezembro de 2019 que a
Anvisa – órgão oficial de regulação de medicamentos no Brasil – liberou finalmente
a prescrição legal de remédios feitos da maconha.
A importação de medicamentos com base na maconha (que bem verdade já
ocorria desde 2015, mas era cara e demorada), a partir de agora fica facilitada com
a chancela oficial. O Brasil, porém, ainda discutirá o uso da maconha para fora do
âmbito medicinal (ou seja, recreativo) em fase futura. Holanda, EUA (em alguns
estados) e Uruguai, entre outros países, já legalizaram a cannabis também para seu
uso recreativo. A nova regulamentação no Brasil (atendendo a pleitos conservadores)
não permite que a cannabis seja plantada em território nacional para nenhum fim.
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil e o Canabidiol: Parte 227
O debate sobre a prescrição e acesso a Cannabis medicinal e canabidiol para
tratamentos médicos deve mobilizar senadores na nova legislatura. O assunto volta
ao debate com a apresentação de um novo projeto pelo senador Paulo Paim (PT-
RS), que institui a Política Nacional de Fornecimento Gratuito de Medicamentos
Formulados de Derivado Vegetal à Base de Canabidiol pelo Sistema Único de Saúde
(SUS)
De acordo com o PL n. 89/2023, a política assegura o direito ao medicamento,
nacional ou importado, à base de Cannabis para uso medicinal, em associação com
outras substâncias canabinoides, incluindo o tetrahidrocanabinol, nas unidades de
saúde públicas e privadas conveniadas ao SUS. Para receber o medicamento ou a
substância, o paciente deve estar cadastrado no Sistema Único de Saúde (SUS), não
ter condições financeiras de comprá-lo e apresentar pedido médico acompanhado
de laudo com as razões da prescrição.
27
Por: Professor Luís Felipe, em 29/04/2023.
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TEXTO COMPLEMENTAR
Orgulho gay, contextos e políticas no Brasil28
Todos os anos, no dia 28 de Junho é comemorado o dia internacional do Orgulho
Gay, hoje ampliado para Orgulho LGBTQIAP+ (veja abaixo o que significa cada uam
dessas letras que se identificam com o universo da diversidade sexual). A data foi
escolhida em função de uma revolta opondo frequentadores do bar StoneWall, em
NovaYork, e a polícia, em 1968. Nesse período, no estado de NY, era considerada
subversão grave manter relacionamento homoafetivos, sendo que os gays locais, em
função da repressão severa viviam em guetos sendo um destes esse bar localizado
no icônico bairro de GrenwithVillage. Eis que nesse fatídico dia, a polícia deu uma
batida no bar Stone Wall, reprimindo o público homossexual que ali se encontrava.
Essa prática era encarada até como normal ao longo daqueles tempos em NovaYork,
mas a multidão que se encontrava no bar StoneWall simplesmente se rebelou
neste dia, sucedendo a um confrontamento entre gays, a polícia de Nova York e
a sociedade civil que se opunha aos homossexuais ao longo dos dias seguintes no
bairro Greenwitch Village e cercanias. A este evento deu-se o nome de StoneWall
celebration.
28
Por: Professor Luís Felipe
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Eis que por volta do mês de Junho, em alusão a StoneWall, são comemoradas
ao redor do mundo as paradas gays. No Brasil, a Parada do orgulho LGBT de São
Paulo acontece na Avenida Paulista, no município de São Paulo, desde 1997. No
ano de 2006, essa parada foi nomeada a maior parada do orgulho LGBT do mundo
pelo Guinness World Records. A parada e seus eventos associados são organizados
pela Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis e
Transexuais, desde a sua fundação em 1999. A marcha é a atividade principal do
evento e aquela que atrai a maior atenção da imprensa, autoridades brasileiras e
de centenas de milhares de pessoas curiosas que se alinham ao longo da rota do
desfile. Outras paradas também são realizadas em mesmo período em várias cidades
brasileiras, destacando-se a do Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Os direitos LGBTQIAP+ fazem parte dos direitos humanos, sendo uma demanda
histórica longo para um processo que só ganhou corpo mais recentemente. A
criminalização do relacionamento entre pessoas do mesmo sexo ainda é realidade
em vários países e, somente em tempos recentes é que, em algumas nações apenas
(a maioria no mundo ocidental) é que o relacionamento entre pessoas do mesmo
sexo deixou de ser crime pairando ainda, contudo, muito preconceito.
Em 2011 a ONU reconheceu que a violência contra o público LGBTQIAP+ como
sendo uma violação contra os direitos humanos, mas chama a atenção ainda não
haver tratados específicos internacionais nesse sentido. Aliás a carta dos Direitos
Humanos da ONU, de 1948 – documento muito antigo, não faz nenhuma menção a
discriminação de pessoas do mesmo sexo.
O Brasil e a questão LGBT: direitos e políticas públicas
Anotem bem este dado caro(as) alunos (as), o Brasil é considerado dos países
mais inseguros do mundo para ser LGBTQIAP+. Estima-se, e apenas pautando um
dos vários dados que demonstram a insegurança vivida por esse enorme número
de pessoas, que somente no ano de 2021 140 transsexuais foram assassinados
puramente por preconceito contra sua condição. Esses números, fica o registro, são
considerados subnotificados, podendo chegar a mais de 500 mortes, ou quase 2
mortes por dia no país, em função apenas desse tipo de discriminação (fora as várias
outras que ocorrem e afetam substancialmente a segurança do público LGBTQIAP+)
,dizem especialistas em segurança pública.
Os direitos LGBTQIAP+ Brasil são timidamente resguardos em leis e mal amparados
por políticas públicas. Os crimes praticados contra LGBT são, na sua maior parte,
crimes de ódio, e devem ser referidos como crimes homofóbicos, tendo como motivo
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a não aceitação e ódio por parte do agressor em relação à vítima por ser lésbica,
gay, bissexual, travesti ou transexual. Em 2019, o STF decidiu que a homofobia é um
crime imprescritível e inafiançável. Na decisão, o STF entendeu que se aplicava aos
casos de homofobia e transfobia a lei do Racismo (Lei n 7.716/1989). O artigo 20 da
lei em questão prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem incorrer
nessa conduta. Há, ainda, a possibilidade de enquadrar uma ofensa homofóbica
como injúria, segundo o artigo 140, §3º do CP”
No âmbito das políticas públicas para o público LGBTQIAP+, o que se vê é um
cenário muito tímido ainda em relação à promoção de ações governamentais, com
políticas frágeis e descontinuadas. Contribui com isso o preconceito da sociedade
gerando o afastamento da imensa maioria de políticos pela luta pela instauração
de marcos legislativos de proteção ao público LGBTQIAP+. Ao redor do mundo vários
países avançaram, alguns até mais que o Brasil, na proteção do direito, por exemplo,
de transexuais poderem usar aparelhos públicos como escolas e repartições pública
sem serem discriminados. Por falar em transexuais novamente, estima-se que
no Brasil mais de 90 por cento dos transexuais possuam a prostituição como sua
atividade de renda principal. Destaque para as eleições gerais de 2018 no Brasil, ao
ter sido a primeira vez onde fora permitido a adoção do nome social (e não apenas
o nome de batismo) como identificação de eleitor.
Bom, retomando a questão de direitos e políticas para o público LGBTQIAP+,
vale destacar a o retrocesso vivido pela extinção do Conselho Nacional de Combate
a Discriminação e Proteção dos direitos LGBT (criado em 2010) e extinto por Jair
Bolsonaro em 2020. Vale lembrar que em 2018, políticas para LGBTI+ foram novamente
destaque na disputa pela presidência da República. Já em campanha, em entrevista
ao Jornal Nacional, o então candidato Jair Bolsonaro relembrou a controvérsia em
torno da política que grupos conservadores apelidaram de “kit gay” ainda em 2011,
mostrando às câmeras um livro erroneamente associado a essa política. Com a vitória
de Jair Bolsonaro, o Min. do Desenvolvimento Humano foi renomeado, passando a
se chamar MMFDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos). Sua
chefia foi atribuída a Damares Alves, pastora e advogada que nos últimos anos havia
integrado esforços de oposição a políticas LGBTI+ como assessora vinculada à FPE
no Congresso Nacional e integrante de organizações cristãs conservadoras. Em
comemoração junto a apoiadores após sua posse como ministra, Damares prometeu:
“É uma nova era no Brasil. Menino veste azul e menina veste rosa”.
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Por fim Após quatro anos sem políticas públicas direcionadas à comunidade
LGBTQIA+, no último dia 6 de abril de 2023, o presidente Lula assinou o Decreto Nº
11.471, que instituiu o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras.
O órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa tem por finalidade
colaborar na formulação e no estabelecimento de ações, de diretrizes e de medidas
governamentais referentes às pessoas LGBTQIA+.
Ao Conselho compete colaborar com a Secretaria Nacional dos Direitos das
Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania na elaboração
de critérios e parâmetros de ações governamentais, em níveis setorial e transversal,
que visem assegurar as condições de igualdade, de equidade e de garantia de
direitos fundamentais às pessoas LGBTQIA+; propor estratégias para a avaliação
e o monitoramento das ações governamentais voltadas às pessoas LGBTQIA+;
acompanhar proposições legislativas que tenham implicações sobre as pessoas
LGBTQIA+ e apresentar recomendações sobre as referidas proposições; promover a
realização de estudos, debates e pesquisas sobre a temática de direitos e a inclusão
das pessoas LGBTQIA+; entre outros.
O Conselho é composto observando a paridade entre os representantes do Poder
Público federal e da sociedade civil. Por esta razão, é integrado por representantes da
Advocacia-Geral da União; da Casa Civil da Presidência da República; dos Ministérios
das Cidades; da Cultura; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à
Fome; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Educação; da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos; da Igualdade Racial; da Justiça e Segurança Pública; das Mulheres;
do Planejamento e Orçamento; da Previdência Social; dos Povos Indígenas; das
Relações Exteriores; da Saúde; do Trabalho e Emprego; do Turismo; e da Secretaria
Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República; além de
19 representantes de organizações da sociedade civil.
MATÉRIA
O que é etarismo29
Os idosos correspondem a quase 15% da população brasileira. Apesar das
estatísticas de aumento da longevidade nos últimos tempos, eles ainda sofrem
preconceito.
29
Em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-e-etarismo-e-como-a-discriminacao-por-idade-impacta-a-vida-de-
-idosos/
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Fabiana, que comanda uma empresa especializada no tema, afirma que o Brasil
já tem 37,7 milhões de idosos, que estão aptos a contribuir de diversas formas
para o mercado de trabalho, incluindo a mentoria.
“Ela é muito positiva, uma pessoa com mais experiência passou inclusive por
situações mais difíceis, pode contribuir para aqueles que estão começando
agora no mercado de trabalho, que não conseguem ter visão mais sistêmica, e
os jovens, por outro lado, que já nasceram conectados, conseguem dar o suporte
tecnológico”.
Esta parceria é positiva, segundo ela, para a criação de novos produtos, resiliência
e ambientes mais produtivos e felizes. “Hoje em dia se fala da necessidade da
saúde mental e se observa bastante como a troca é positiva, cada qual tem sua
vivência, esse aporte é superimportante”.
As mudanças, no entanto, não devem partir apenas do profissional. “As corporações
olham de forma estereotipada, de custo maior, mas tem um outro ponto que o
mercado vem oferecendo, os dois lados chegam a um comum acordo, o que as
pessoas maduras esperam e como as corporações podem ser remanejadas para
absorver as pessoas mais experientes, com programas de consultores, por exemplo”.
“O mercado de trabalho não é mais o que era há dois anos, a pandemia acelerou
todo esse processo. A população 50+ deve se manter atualizada, buscar carreiras
transversais e as corporações devem ter essa visão de novas formas de contratações,
com aporte de conhecimento, sem sofrer com altos salários”, avaliou.
A especialista afirma acreditar que é necessária a “queda de paradigmas dos
dois lados” para absorver a população que daqui a pouco será maioria no Brasil.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio30
Vinte e uma medalhas, esse é o maior número já obtido pelo Brasil em Jogos
Olímpicos. Foi esse o saldo dos jogos de Tóquio 2020 (realizados em 2021 em função
da Pandemia).
Das 21 medalhas desta edição dos Jogos Olímpicos, sete foram de ouro, seis de
prata e oito de bronze, o que garantiu ao Brasil a 12ª colocação no ranking de países.
Elas foram alcançadas em 13 modalidades. Nos jogos anteriores, no Rio 2016, o Brasil
somou 19 medalhas e ficou na 13ª colocação.
30
Em: h t t p s : / / w w w. g o v. b r/ p t - b r/ n o t i c i a s /c u l t u r a - a r t e s - h i s t o r i a - e - e s p o r t e s / 2 0 2 1 / 0 8 /
com-21-medalhas-nos-jogos-olimpicos-de-toquio-brasil-tem-seu-melhor-resultado
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“Com 15 anos comecei a receber o Bolsa Atleta e era a minha única e principal
fonte de renda. Era quando eu conseguia somente focar nos treinamentos. Eu não
precisava trabalhar com outras coisas simultaneamente aos meus treinos. Senão, o
meu rendimento não seria o mesmo. Então, eu sou muito grato ao programa Bolsa
Atleta. O Bolsa Atleta apoia, mata a fome e alimenta o sonho de muitos jovens
brasileiros e isso é muito importante”, disse.
Esportes Estreantes
O surfe e o skate tiveram uma estreia de peso nas Olimpíadas garantindo quatro
medalhas para o Brasil. Do surfe veio o ouro com Ítalo Ferreira, que recebe o Bolsa
Pódio. E o skate somou três pratas, duas delas de esportistas do Bolsa Pódio, Pedro
Barros na categoria skate park e Kelvin Hoefler, no skate street. A outra medalhista
é Rayssa Leal.
Fazendo História
A passagem do Brasil pelos Jogos de Tóquio teve feitos inéditos. A ginasta Rebeca
Andrade, que tem o Bolsa Pódio, conquistou as duas primeiras medalhas da história
na ginástica artística feminina na competição, um ouro e uma prata.
Um pódio sem precedentes foi o da dupla do tênis feminino Laura Pigossi e
Luisa Stefani, que obtiveram medalha de bronze. Luisa Stefani recebe Bolsa Atleta
Internacional do Governo Federal.
Ainda teve a prova de 400 metros com barreiras do atletismo em que Alison dos
Santos conquistou a medalha de bronze em uma prova disputadíssima que foi a mais
rápida da história da categoria. Ele recebe o Bolsa Pódio e faz parte do Programa de
Alto Rendimento das Forças Armadas, da Marinha do Brasil.
Cerimônia de Encerramento
Na cerimônia de encerramento, no domingo (8), a porta-bandeira do Brasil foi
a ginasta Rebeca Andrade, que conquistou o ouro no salto e a prata no individual
geral. Rebeca é a primeira atleta mulher brasileira a garantir duas medalhas em uma
mesma edição de jogos. Ela tem o apoio do Bolsa Pódio.
No encerramento, houve a passagem do bastão para a próxima sede, que será
Paris, em 2024. Em Paris, atletas celebraram ao lado da Torre Eiffel.
No dia 24 de agosto ocorrerá a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que
acontecem até o dia 5 de setembro.
Investimento no Esporte
O Ministério da Cidadania assegurou para o Bolsa Atleta, no ano de 2021, um
orçamento de R$ 145,2 milhões, o maior desde 2014. O valor é superior, inclusive, ao
de 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, que foi de R$ 143 milhões.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Rayssa Leal – skate street. Com 13 anos, não integra o programa. A idade mínima
para fazer parte do Bolsa Atleta é 14 anos.
Rebeca Andrade – medalha na ginástica artística feminina individual. Recebe o
Bolsa Pódio do Governo Federal.
Beatriz Ferreira – boxe categoria peso leve. Recebe o Bolsa Pódio do Governo
Federal. Também integra o quadro de atletas do Programa de Alto Rendimento das
Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
Time de Vôlei Feminino.
Medalha de Bronze:
Abner Teixeira – boxe, peso pesado. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Internacional
e participa do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, no
Exército Brasileiro.
Alison dos Santos – atletismo: 400 metros com barreiras. Recebe o Bolsa Pódio
do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas,
na Marinha do Brasil.
Bruno Fratus – natação, nos 50 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do Governo
Federal.
Daniel Cargnin – judô, na categoria peso meio-leve, até 66 kg. Recebe o Bolsa
Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças
Armadas, na Marinha do Brasil.
Fernando Scheffer – natação, nos 200 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do
Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas,
no Exército Brasileiro.
Luisa Stefani e Laura Pigossi – dupla de tênis. Luisa recebe o Bolsa Atleta
Internacional do Governo Federal.
Mayra Aguiar – judô, na categoria meio-pesado, de até 78 kg. Recebe o Bolsa
Pódio do Governo Federal.
Thiago Braz – salto com vara. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
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3.15. COVID-19
TEXTO COMPLEMENTAR
A Covid-19 no Brasil 1: 2 Anos - Histórico, Politização, Lockdown, Mortes e
Vacina
O Ministério da Saúde, ainda sob o comando do Ministro Luiz Mandetta, confirmou
no dia 26 de fevereiro de 2020 o primeiro caso de novo coronavírus no Brasil, em
São Paulo. Um homem de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein,
com histórico de viagem para Itália, região da Lombardia. Dois anos e um mês após
o primeiro caso de Covid registrado no país, o Brasil acumula oficialmente mais de
670.000 mortes. O número total de casos chega perto de 30 milhões, o que perfaz
quase 15% da população brasileira (contudo, há pessoas que foram infectadas mais
de uma vez). Sem dúvida, vem sendo uma epidemia de lascar!
Para começarmos este histórico, vale destacar que logo na origem ocorre
uma politização do assunto que recebe contornos imensos, desde oficializados os
primeiros casos de Covid-19. O ex-Presidente Jair Bolsonaro, temeroso acerca das
perdas econômicas que se avizinhavam (e ocorreram realmente), já na largada se
posiciona de forma radicalmente contra as medidas que em uníssono foram sendo
tomadas por todos os 27 governadores de estado do país com vistas a promoção
do isolamento social.
Os Chefes dos Executivos locais expediram decretos entre os meses de março
e início de abril de 2020, ou seja, logo no início dos esforços do combate ao vírus,
determinando a realização de medidas de isolamento social, com o consequente
fechamento de vários tipos de comércio. Na outra ponta, pairou discurso emanado
pelo presidente Jair Bolsonaro acerca de “se preservar vidas ou empregos”, como se
um fato estivesse dissociado do outro, ou seja, na ilusão de que houvesse de fato
uma opção real. Para piorar o campo de batalhas, o STF sumulou ser de incumbência
dos governos estaduais (e não do governo federal) a decisão acerca de se promover
ou não o lockdown.
O ex-Presidente da República defendeu o chamado “isolamento vertical”, ou
seja, isolar-se apenas crianças, idosos e pessoas nos chamados grupos de risco, em
vez de se imprimir o “isolamento horizontal” - quando o maior número possível de
pessoas deve permanecer dentro de casa, independentemente de apresentarem
fatores de risco ou não para a doença. O distanciamento horizontal pode ser feito
em diferentes níveis de rigidez.
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ECONOMIA E AUXÍLIO
Dentro do âmbito inevitável de paralisia econômica que assolou o país (as previsões eram
de redução do PIB a taxa em torno de 6% a 8% em 2020, mas se confirmou em “apenas”
4.1% de queda do PIB em 2020), o governo federal se apressou e enviou ao Congresso
Nacional medida emergencial de auxílio à população de informais, que beirou, segundo
últimas estimavas, a casa de 100 milhões de pessoas. Foi o chamado “coronavoucher” de
600 reais, distribuído já em abril de 2020 em sua primeira parcela, com seguimento por
mais três meses (e prorrogação por mais 3 parcelas de 600 reais), nas agências da Caixa a
todos que se encaixassem no seguinte perfil:
• ser maior de 18 anos;
• não possuir emprego formal;
• a renda familiar per capita deveria ser de até meio salário-mínimo (R$ 522,50), ou a
renda total de até 3 salários-mínimos (R$ 3.135,00);
• não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano de 2018;
• exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
• ser ou não contribuinte do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
• ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo;
• ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020;
• não receber benefício previdenciário ou assistencial como seguro-desemprego ou
programas de transferência de renda federal, exceto Bolsa Família.
Além disso, a proposta do governo aprovada pelo Congresso Nacional estabeleceu que
até dois membros da mesma família poderiam receber o benefício, somando uma renda
de R$ 1.200. E as mulheres que sustentassem seus lares sozinhas poderiam acumular dois
benefícios individualmente.
Outras medidas econômicas em 2020 com vistas a assistir à população diante do abalo
econômico gerado pelo coronavírus foram as antecipações do 13º salário de aposentadorias
do INSS e do PIS/Pasep. No âmbito estadual, bancos regionais, como o BRB – Banco de
Brasília –, lançaram linhas de créditos com juros mais baixos para suporte a empresários
de pequeno e médio porte.
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INVESTIGAÇÕES E CPI
Neste mar de notícias ruins, inclui-se ainda a investigação conduzida pelo Ministério
Público Federal, com auxílio da Polícia Federal, de que respiradores em alguns estados, como
Pará e Rio de Janeiro, foram adquiridos em regime de emergência de forma superfaturada.
Nos dois estados, os governadores foram intimados a depor pela Polícia Federal. No DF, a
situação é parecida, tendo sido preso o Secretário de Saúde, Francisco Araújo, em setembro
de 2020, em operação que buscava apontar culpados de irregularidades em compra de
testes para Covid-19 dentro do âmbito da Operação Falso Negativo.
No Governo Federal, o Senado aprova, nos primeiros dias de maio de 2021, o início
da CPI da Covid, presidida pelo Senador Osmar Aziz (MDB-AM), com vistas a apurar as
responsabilidades do Governo Federal em relação ao surto de Covid no país. Em setembro de
2021, ela segue dando indicativos de que irá indiciar o Presidente Jair Bolsonaro. Finalmente,
em outubro de 2021, após 67 reuniões em mais de seis meses de atividade, com mais de
500 requerimentos e 190 quebras de sigilo aprovados, a Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Pandemia apresentou as conclusões do trabalho por meio de relatório final que foi
lido pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL).
Renan, responsável pelo documento, realizou a leitura da conclusão com mais de mil
páginas. Ao longo da leitura, o relator afirmou que “a mais grave omissão do governo federal
foi o atraso na compra de vacinas”. O documento aponta ainda que o governo federal teria
agido de forma não técnica no enfrentamento à pandemia “expondo deliberadamente a
população a risco concreto de infecção em massa”. O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro
é mencionado 80 vezes ao longo do relatório. Outras 68 pessoas foram indiciadas e devem
apresentar suas defesas.
Veja abaixo, caro(a) aluno(a), as diferenças entre surto, epidemia, pandemia e endemia:
• Surto: acontece quando há aumento repentino do número de casos de uma doença
em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser
maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades, como Itajaí-SC,
a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões
específicas (um bairro, por exemplo).
• Epidemia: se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia
a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença; a nível
estadual, acontece quando diversas cidades têm casos. Na entrada de 2020, o Brasil
experimentou um surto de dengue. Somente em janeiro desse ano foram mais de
30.000 casos suspeitos de dengue no país. Outra doença que tem como vetor o
Aedes Aegypti, a Chikungunya, apresentou 959 casos prováveis no início de 2020, a
taxa de incidência é de 0,46 casos por 100 mil habitantes. O Nordeste e o Sudeste
são as regiões mais afetadas, com índices de 0,58 por 100 mil e 0,52 por 100 mil,
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Obs.: O Brasil espera ver sua situação interna rebaixada de pandemia para endemia em
abril de 2022. Segundo o Presidente Bolsonaro, as medidas mais radicais frente ao
vírus “não se justificam mais”, pois, segundo ele, a pandemia “chegou ao fim”. Já a
OMS defende que a pandemia está longe de acabar no mundo. Para especialistas,
a mudança de status é precoce.
A VACINAÇÃO
Por fim, o Brasil iniciou, em janeiro de 2021, em período em torno de um mês atrasado
em relação aos países da União Europeia e aos EUA, a vacinação em massa com vistas a
combater a pandemia de Covid-19. As 7 vacinas aprovadas pela Anvisa (entre registros
definitivos e emergenciais) por terem cumprido os protocolos relacionados à 3ª fase de
experimentação eram, na entrada de maio de 2021, Pfizer/BioNTech e Covishield (Fiocruz/
AstraZeneca/Oxford), as quais possuem um registro definitivo concedido pela agência.
Agora, a vacina da Janssen (Johnson & Johnson), a CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac)
e a Covishield (com IFA produzido na Índia) receberam autorização para uso emergencial.
Posteriormente, os imunizantes contra o coronavírus da Moderna e da Sinopharm foram
autorizados por meio do consórcio COVAX Facility. Dessa forma, “sete vacinas poderão ser
usadas no país com a aprovação da Anvisa”.
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A VACINAÇÃO INFANTIL
Iniciada no dia 14 de janeiro de 2022, quando o menino Davi Seremramiwe Xavante, de
8 anos, foi imunizado em São Paulo —, a aplicação de doses nessa faixa etária de 5 a 11
anos segue em ritmo lento no país, apesar da alta capacidade do sistema de saúde.
O país tem usado duas vacinas na campanha infantil: a versão pediátrica da Pfizer,
aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para pessoas de 5 a 11 anos
em dezembro de 2021, e a Coronavac, aprovada no mês seguinte para a faixa de 6 a 17. Desde
setembro de 2021, adolescentes a partir de 12 anos já estavam se vacinando com a Pfizer.
Ambas são seguras e eficazes na prevenção dos sintomas da Covid-19, segundo as
autoridades sanitárias. A Coronavac é contraindicada apenas para crianças imunossuprimidas
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— nesse caso, há a opção de usar a Pfizer. Não há dados ainda sobre os percentuais de cada
vacina usada no país.
Um motivo para o ritmo lento da vacinação infantil é a desinformação. Apesar de terem
filhos já elegíveis para se imunizar, diversos pais ou responsáveis têm relatado sentir medo
das vacinas por não as considerar seguras ou eficazes ou por pensar que são experimentais
— o que não é verdade. A aplicação das vacinas da Pfizer e da Coronavac em crianças foi
autorizada pela Anvisa apenas depois de técnicos do órgão terem pedido, analisado e
aprovado estudos sobre o uso dos imunizantes nesse grupo. Os testes, feitos em milhares
de voluntários observados durante meses, atestaram a segurança e a eficácia das doses
no público infantil.
MATÉRIA
A Covid-19 no Brasil II: 3 Anos31
3 anos de pandemia de Covid-19: o que esperar da doença daqui em diante no Brasil
Com o alívio nos números de casos, hospitalizações e mortes, a doença causada
pelo coronavírus passou a ser vista como menos ameaçadora. Entenda, em quatro
pontos, como chegamos até aqui — e quais são as perspectivas para os próximos
anos.
No dia 11 de março de 2020, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus,
diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), fez um discurso que entraria
para a história.
Num momento em que haviam sido registrados 118 mil casos e 4,2 mil mortes por
covid-19 em 114 países, ele anunciou que estávamos, de fato, em uma pandemia.
“Essa é a primeira pandemia causada por um coronavírus. [...] Nós estamos soando
o alarme em alto e bom som”, declarou.
Três anos, 676,5 milhões de casos e 6,8 milhões de mortes depois, o mundo se
encontra num momento completamente distinto da crise sanitária.
Com o desenvolvimento de vacinas, testes e remédios em tempo recorde, o
coronavírus deixou de representar uma ameaça mortal para a maioria das pessoas
— apesar de ainda ser um problema grave e preocupante para os grupos mais
vulneráveis, como idosos e indivíduos com o sistema imunológico comprometido.
E o próprio Brasil é um exemplo dessa mudança de cenário: a taxa de mortalidade,
que chegou a 201 por 100 mil habitantes em 2021, caiu para 36 no ano passado
31
MATÉRIA EM: https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2023/03/11/3-anos-de-pandemia-de-covid-19-o-que-
-esperar-da-doenca-daqui-em-diante-no-brasil.ghtml. Acesso em 11/03/2023, às 16h24.
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“Nossos sistemas são bons para detectar os casos mais graves de infecções
respiratórias, que exigem hospitalizações. Mas precisamos desenvolver recursos
capazes de flagrar os quadros mais leves, que sinalizam o início de uma potencial
nova onda”, diz Bastos, que também integra o Observatório Covid-19 BR.
O pesquisador ainda destaca uma última tendência que deve se confirmar nos
próximos anos: a sazonalidade do coronavírus, ou os períodos do ano em que o
número de infecções e óbitos tende a subir.
“Os três primeiros anos da pandemia foram um tanto conturbados. M a s
com a situação relativamente mais controlada, será possível observar esse
comportamento sazonal do patógeno”, acredita Bastos.
“Assim como acontece com outros vírus respiratórios, a tendência é que os casos
de Covid-19 aumentem nos períodos mais frios do ano, conforme nos aproximamos
do inverno. Porém, isso é algo que ainda precisa ser confirmado”, completa.
Vacinação: doses atualizadas para alguns, reforço urgente para os
demais.
Entre os especialistas, não há dúvidas de que o momento mais favorável da
pandemia que vivemos agora está relacionado a dois fatores principais: a vacinação
e o grande número de infectados pelo coronavírus.
Esses dois eventos permitiram criar um bom nível de imunidade — com isso,
mesmo que o vírus consiga invadir o organismo, as células de defesa são capazes
de conter o problema antes que ele se transforme em algo mais sério na maioria
das vezes.
Segundo os dados compilados pelo portal CoronavirusBra1, mais de 183 milhões de
brasileiros (ou 86% da população) tomaram pelo menos uma dose do imunizante
que protege contra o coronavírus.
O problema está na continuidade da campanha. Apenas 175 milhões (82% do
total) completaram o esquema inicial de duas doses. Para piorar, só 125 milhões
(59%) voltaram aos postos de saúde para tomar o reforço (ou a terceira dose),
tão necessário para diminuir o risco de pegar a variante Ômicron.
“É natural que, com o passar do tempo, a proteção conferida pela vacina diminua.
Por isso, é essencial estar com o esquema de doses atualizado para garantir uma
boa imunidade”, explica a pediatra Isabella Ballalai, da Sociedade Brasileira de
Imunizações (SBIm).
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A médica conta que as doses de reforço funcionam como uma espécie de “lembrete”,
para fazer com que o sistema imunológico siga com uma boa capacidade de
combater o coronavírus.
Diante desse cenário de baixas coberturas, o Ministério da Saúde lançou
recentemente uma nova campanha para melhorar as estatísticas da vacinação
contra a Covid.
E há dois objetivos principais nesse esforço. Primeiro, garantir que toda a população
atualize a caderneta de vacinação e tome a segunda, a terceira ou a quarta dose
atrasadas. Nesses casos, são aplicadas as vacinas monovalentes, usadas desde
o início da campanha.
A segunda parte da iniciativa envolve os imunizantes bivalentes, que trazem
uma proteção ampliada contra as variantes mais recentes do coronavírus, como
a Ômicron.
Por ora, essas doses atualizadas estão disponíveis apenas para grupos mais
vulneráveis, como idosos, indivíduos que moram em instituições de longa
permanência, pacientes com o sistema imunológico comprometido, indígenas,
ribeirinhos, quilombolas, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram um filho
nos últimos 45 dias), trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência, população
privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
“A vacina bivalente é uma conquista muito grande e mostra que somos capazes
de atualizar a formulação dos imunizantes de acordo com o surgimento das novas
variantes”, considera Ballalai.
Ainda que a chegada das vacinas bivalentes sinalize o primeiro passo sobre o futuro
das campanhas de imunização contra a Covid, a estratégia para os próximos anos
ainda não está clara.
Não se sabe, por exemplo, se todos — ou alguns grupos em específico — precisarão
tomar um reforço a cada ano, ou se a proteção conferida pelas doses disponíveis
hoje será suficiente por um tempo extra.
Só a observação da realidade e as pesquisas que estão em andamento poderão
determinar a periodicidade das campanhas — e quem será contemplado nelas.
“A tendência é que tenhamos uma vacinação anual, ou eventualmente até duas
vezes ao ano, para alguns públicos. Mas isso é algo que ainda precisa ser definido”,
completa Ballalai.
Prevenção: a transição do esforço coletivo para a iniciativa individual
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Outro fenômeno que marcou os meses mais recentes da pandemia foi a mudança
nas políticas públicas que tentam conter as cadeias de transmissão do coronavírus.
Num período em que as vacinas ou os remédios não estavam disponíveis e a taxa
de mortalidade permanecia em alta, a única alternativa de governos e instituições
de saúde era determinar o lockdown e pedir que as pessoas permanecessem em
casa.
As máscaras, obrigatórias a todos em qualquer local público, eram uma maneira de
se proteger — ou diminuir o risco de espalhamento do patógeno pelos indivíduos
que estavam infectados.
Com o passar do tempo, a realidade se modificou. “Foi a partir daí que as
recomendações de prevenção deixaram de ser coletivas para ganharem um
aspecto mais individualizado”, comenta a infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen,
professora do Departamento de Medicina Tropical da Universidade Federal de
Pernambuco.
Isso, claro, tem a ver com o tópico anterior: a criação de um bom nível de imunidade
por meio da vacinação (e do número de indivíduos infectados) permitiu com que
as exigências da lei fossem substituídas por sugestões e orientações de saúde
pública.
Atualmente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados
Unidos preconiza que a prevenção da covid-19 deva estar de acordo com o nível
de transmissão do coronavírus em cada região e o risco individual de desenvolver
as formas mais graves da doença.
O órgão até disponibiliza gratuitamente um arquivo em inglês e espanhol para o
“planejamento pessoal da covid-19”, que cada um pode preencher com informações
de acordo com as necessidades próprias.
Nesse mesmo manual, o primeiro passo das estratégias preventivas é “conversar
com o profissional de saúde para saber se você tem um alto risco de ficar gravemente
doente”.
A partir dessa informação, é possível desenvolver as ações necessárias para cada
caso. Um indivíduo com alto risco pode, por exemplo, sempre usar máscaras em
locais fechados e cheios de gente, ou suspeitar dos sintomas assim que aparecerem.
A partir daí, ele pode buscar um serviço de saúde, fazer o diagnóstico e iniciar o
tratamento — o que diminui o risco de hospitalização e morte.
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“No Brasil, tivemos surtos causados pela Ômicron BA.1 no início de 2022. Em maio
do ano passado, vimos uma nova subida das infecções causada por BA.2, BA.4
e BA.5”, exemplifica.” Em outubro, passamos por surtos da BQ.1, que descende
da BA.5. E agora enfrentamos a XBB, uma variante derivada da BA.2”, completa.
Essa sopa de letras e números reforça um aspecto importante: o estudo e a
vigilância das mutações que aparecem no coronavírus é essencial para detectar
linhagens perigosas antes que elas se espalhem demais.
“Investimentos em pessoal, treinamento, equipamentos e principalmente na
coordenação das ações são essenciais para que o Brasil seja capaz de realizar
uma vigilância genômica ampla, representativa e em tempo oportuno, não só
das variantes do coronavírus, como também de vários patógenos, como os vírus
de dengue, zika e outros que geram grandes impactos à saúde pública, mas são
negligenciados”, diz Brito.
Mas será que existe o risco de novas VOCs aparecerem daqui em diante?
“Quanto mais o vírus infecta seus hospedeiros, mais chances ele tem de adquirir
novas mutações vantajosas para a disseminação”, responde o virologista.
“Em populações com imunidade, seja por vacinas ou infecções prévias, o coronavírus
tem enfrentado barreiras para se disseminar. Com isso, devido ao seu poder de
adaptação via mutações, ele só tem conseguido se manter em circulação sob a
forma de variantes com maior transmissibilidade e/ou maior capacidade de evadir
parte de nossas defesas imune”, continua.
E a melhor ferramenta para evitar um cenário pessimista, em que novas VOCs
provocam ondas de casos e mortes por covid, está, mais uma vez, na vacinação.
“As vacinas representam uma vitória contra o coronavírus, e dificilmente viveremos
cenários tristes como o de abril e maio de 2021, quando a variante gama ceifou
milhares de vidas todos os dias no Brasil”, conclui o pesquisador.
TEXTO COMPLEMENTAR
As Cores Temáticas dos Meses e o Janeiro Branco 2023
O uso de cores nos meses vem ganhando força ao longo das duas últimas décadas.
Quem nunca viu uma campanha ou parte de sua cidade pintada ou iluminada
lembrando o cuidado com determinada área do corpo? Pois é, e sendo a branca a
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primeira das cores e a cor primária, nada mais natural que ela fosse a cor do primeiro
mês do ano. Saiba abaixo quais são as 12 cores e suas representações ao longo do
ano, lembrando que esses simbolismos são mundiais.
Janeiro branco – Saúde mental
A primeira das cores é a branca. O “Janeiro Branco” tem como objetivo chamar a
atenção para a saúde mental. A intenção é conscientizar as pessoas de que depressão,
ansiedade, cansaço mental, burnout e entre outras enfermidades são assuntos
sérios e que precisam de atenção e acompanhamento de especialista.
Fevereiro Roxo – Alzheimer
O “Fevereiro Roxo” chama a atenção para os casos de Alzheimer, uma doença
que mexe com a fala, mas principalmente com a memória. É estimado que, no Brasil,
mais de um milhão de pessoas tenha Alzheimer.
Março Lilás – Câncer do colo do útero
Lilás é mais uma das cores que aparece durante o ano. Ela vem para falar da
conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero, que é hoje, no Brasil,
a quarta maior causa de morte de mulheres.
Abril Azul – Autismo
Azul aparece duas vezes durante o ano e a primeira delas é em abril, no mês da
conscientização do autismo - escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU)
como uma forma de chamar a atenção das pessoas sobre esse assunto e sobre o
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Maio Amarelo – Acidentes de trânsito
Uma das cores mais chamativas da paleta é o amarelo, e ele aparece em maio
para chamar a atenção das pessoas sobre um assunto muito importante: o alto
índice de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo. A intenção é fazer com
que as pessoas tenham mais consciência ao dirigir para fazer do trânsito um local
mais seguro para todos.
Junho Vermelho – Incentivo à doação de sangue
Doar sangue é muito importante, pois salva vidas. Por conta disso, o mês de
junho é vermelho para lembrar às pessoas de que a doação ajuda a todos e pode
fazer a diferenças na vida de quem recebe – ainda mais no inverno, uma época em
que os bancos de sangue tem uma redução no estoque.
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TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil Volta ao Mapa da Fome da ONU
A falta de acesso regular a uma alimentação adequada por grande parte da
população brasileira tem sido um dos principais desafios enfrentados pela sociedade
ao longo dos últimos anos. O país havia saído do Mapa da Fome da Organização das
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EXERCÍCIOS
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013. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
Algumas díades (questões fronteiriças) ganharam espaço no ano de 2019, causadas
sobremaneira em função dos posicionamentos antagônicos ideológicos de Brasil (a direita) e
Venezuela (a esquerda). Uma delas se deve ao fechamento da fronteira entre os dois países,
por prazo aproximado de 3 meses, por parte da Venezuela no primeiro semestre de 2019.
015. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
No balanço dos modais de transporte em 2019, o meio rodoviário possui predominância
sobre todos os outros meios no país, com algo em torno de 60% da carga transportada.
016. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
A ausência de incentivos à entrada de empreendimentos com vistas a ampliar o parque
nacional de produção eólica no Brasil criou um impasse. Tal querela pode ser percebida
tendo em vista que vivemos um aumento considerável da produção de energia por fontes
que produzem gases de emissão de estufa causando a quase ausência na participação desta
matriz limpa da força dos ventos.
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Federação, Regiões Metropolitanas que contêm Municípios das Capitais, Região Integrada de
Desenvolvimento – RIDE Grande Teresina, e Municípios das Capitais. Desde sua implantação,
a pesquisa, gradualmente, vem ampliando os indicadores investigados e divulgados.
Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas tendências atuais e
panoramas, julgue o item.
A densidade demográfica do Brasil revela-nos um país povoado em comparação a outras
nações do globo, com grande adensamento populacional em quase todas as porções de
nosso imenso território.
018. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
Contribui para ser baixa atualmente a taxa de densidade demográfica do Brasil o tamanho
continental do país e a presença de anecúmenos, áreas onde a fixação de pessoas é dificultada
por fatores naturais, tais quais a Floresta Amazônica.
019. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
O padrão de crescimento populacional no Brasil revela-nos que em 2045-2050 o país deva
adentrar ao rol de países em depressão populacional.
020. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
Os estados mais populosos do Brasil se encontram primeiramente nas regiões mais populosas:
Sudeste e Nordeste.
021. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
A maior taxa de crescimento entre os municípios brasileiros está em São Paulo, onde a
população atinge, em 2019, 40 milhões de habitantes.
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A terceira dose da vacina contra Covid-19 será aplicada a todos que tomaram a segunda
dose há:
a) mais de dois meses.
b) mais de três meses.
c) mais de quatro meses.
d) mais de cinco meses.
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elevamos isso para 50%.” (Ronaldo Costa Filho, Embaixador do Brasil nas Nações Unidas.
https://news.un.org/pt/interview/2021/)
Acerca do assunto, podem ser citadas algumas ações dos governos necessárias para diminuir
a emissão de gás carbônico como, EXCETO:
a) Implantação de energia renovável.
b) Incentivo, à agricultura sustentável.
c) Incentivo a diminuição do uso de agrotóxicos.
d) Ampliação da produção de energia termelétrica.
e) Redução do desmatamento e queima das florestas.
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A alta no preço da cenoura em março de 2022, no Brasil, foi consequência das fortes chuvas
que atingiram regiões produtoras em janeiro e fevereiro, o que consequentemente impactou
a produção desse alimento.
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Embora, ao longo da História, tenha havido vários surtos epidêmicos, como o da peste
negra e da gripe espanhola, a covid-19 é considerada a primeira pandemia por que passou
a humanidade.
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Atendimento à Mulher (DEAM). Este tópico atual e nacional sobre a área política e social
do país foi tema difundido em grande escala pelos meios de comunicação brasileiros. Qual
a principal medida determinada pela nova lei de atendimento às mulheres vítimas de
violência no Brasil.
a) Prisão preventiva e imediata do assediador durante o período de sete dias logo após a
denúncia, enquanto o caso relatado pela vítima é investigado.
b) Funcionamento das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher ininterruptamente,
24h por dia, sete dias por semana, incluindo feriados.
c) Funcionamento obrigatório de pelo menos uma Delegacia Especializada de Atendimento
à Mulher em todos os municípios do Brasil até o fim de 2023.
d) Oferta de cursos de especialização na área de violência contra mulher às agentes femininas
de delegacias do Brasil.
e) Atendimento às mulheres nas delegacias realizado em sala reservada e apenas por
policiais do gênero feminino.
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GABARITO
1. C 36. e
2. C 37. c
3. C 38. d
4. E 39. c
5. E 40. a
6. E 41. d
7. E 42. d
8. C 43. c
9. C 44. E
10. E 45. E
11. E 46. C
12. E 47. C
13. C 48. E
14. C 49. C
15. C 50. C
16. E 51. E
17. E 52. E
18. C 53. E
19. C 54. d
20. C 55. C
21. E 56. E
22. E 57. C
23. C 58. b
24. E 59. e
25. C 60. E
26. C 61. d
27. E 62. c
28. C 63. b
29. d
30. d
31. d
32. a
33. b
34. b
35. a
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GABARITO COMENTADO
Estima-se que a média de filhos por mulher em 2019, muito puxada pela África, esteja em
torno dos 3,2.
Certo.
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Houve uma massiva entrada de governos à esquerda na América do Sul na década anterior
(2000-2010), no entanto, tais governos entraram no poder por via democrática.
Errado.
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Embora seja longo o texto do item, vale destacar que não há, por parte dos dois países,
iniciativas claras com vistas a liberalizar o comércio entre ambos.
Errado.
Ao convocar a população dos EUA com o lema America First, Trump venceu as eleições de
2016, impulsionado por votos de uma massa de americanos ansiosos em recuperar postos
de empregos perdidos em função da dispersão de parques industriais para outros países,
principalmente a China.
Certo.
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A guerra comercial tem a ver com déficit dos EUA na balança comercial frente à China e
o avanço em curso da tecnologia 5G comandada pelo país. Em relação ao PIB, o Produto
Interno Bruto dos EUA ainda é maior que o da China, numa razão de 40%, devendo haver
a ultrapassagem do PIB chinês sobre o norte-americano até 2030.
Errado.
O mercado interno chinês cresce espantosamente e já é muito maior em gastos que qualquer
país, com exceção dos EUA. Aliás, no mercado de consumo de luxo, a China lidera o ranking
global faz alguns anos.
Errado.
Na verdade, a premissa inicial do item está correta, mas depois há erros. Há um balanceio
nas relações comerciais que se deve, entre outros fatores, à cotação de moedas importantes,
como a chinesa. Contudo, o que se percebe é que a cotação dela se encontra desvalorizada
frente ao dólar, o que torna mais competitivos os produtos fabricados na China. A China
controla a inflação global, de certa forma, e sua moeda subvalorizada contribui para que
ocorra superavit em sua balança comercial, principalmente com os EUA. Sendo assim, é
errado afirmar que a moeda chinesa vem se valorizando ostensivamente frente ao dólar. Por
fim, vale destacar que os EUA reclamam enormemente frente ao processo de desvalorização
de sua moeda, o qual consideram artificial, imposto pela China para vender mais barato
seus produtos ao exterior.
Errado.
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013. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
Algumas díades (questões fronteiriças) ganharam espaço no ano de 2019, causadas
sobremaneira em função dos posicionamentos antagônicos ideológicos de Brasil (a direita) e
Venezuela (a esquerda). Uma delas se deve ao fechamento da fronteira entre os dois países,
por prazo aproximado de 3 meses, por parte da Venezuela no primeiro semestre de 2019.
Embora não haja questões em voga em Atualidades acerca de limites territoriais entre o
Brasil e seus países vizinhos (são 10), o ano de 2018/2019 expôs algumas questões sobre
imigrantes venezuelanos que aqui adentraram fugindo da Crise Econômica por lá instalada.
O Brasil, como forma de tripudiar do vizinho (se utilizando marotamente do argumento
da “ajuda humanitária”), disse que enviaria mantimentos para o país, sendo tal proposta
rechaçada por Nicolas Maduro que, logo em seguida, ficou “emburrado” e promoveu o
fechamento (por sua livre e espontânea vontade) das fronteiras com o Brasil entre os meses
de março a julho de 2019.
Certo.
Os dados acima conferem com a realidade de nossa malha urbana em 2019, com SP e MG
na liderança em número total de municípios.
Certo.
015. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
No balanço dos modais de transporte em 2019, o meio rodoviário possui predominância
sobre todos os outros meios no país, com algo em torno de 60% da carga transportada.
No Brasil, depois do modal rodoviário vem o ferroviário, que transporta em torno de 20-
25% da carga no país, seguido pelo hidroviário e o aéreo.
Certo.
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016. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue o item abaixo
conforme seus conhecimentos.
A ausência de incentivos à entrada de empreendimentos com vistas a ampliar o parque
nacional de produção eólica no Brasil criou um impasse. Tal querela pode ser percebida
tendo em vista que vivemos um aumento considerável da produção de energia por fontes
que produzem gases de emissão de estufa causando a quase ausência na participação desta
matriz limpa da força dos ventos.
A produção de energia pela força dos ventos (eólica) ganhou impulso no Brasil ao longo
dos últimos 15 anos. Hoje, essa matriz em crescimento responde por praticamente 10%
da energia do Brasil em média.
Errado.
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Nesse quesito, o Brasil não está listado em posição alta no ranking dos mais populosos, ao
contrário.
Ao diluirmos a enorme população brasileira por nosso gigante território nacional, em um
ranking de mais ou menos 190 países o Brasil se encontra por volta do 159º lugar.
Errado.
018. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
Contribui para ser baixa atualmente a taxa de densidade demográfica do Brasil o tamanho
continental do país e a presença de anecúmenos, áreas onde a fixação de pessoas é dificultada
por fatores naturais, tais quais a Floresta Amazônica.
019. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
O padrão de crescimento populacional no Brasil revela-nos que em 2045-2050 o país deva
adentrar ao rol de países em depressão populacional.
020. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
Os estados mais populosos do Brasil se encontram primeiramente nas regiões mais populosas:
Sudeste e Nordeste.
São os estados mais populosos do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
As regiões mais populosas são Sudeste e Nordeste.
Certo.
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021. (INÉDITA/2020) Com relação aos aspectos relacionados à população brasileira, suas
tendências atuais e panoramas, julgue o item.
A maior taxa de crescimento entre os municípios brasileiros está em São Paulo, onde a
população atinge, em 2019, 40 milhões de habitantes.
São Paulo é o maior município do Brasil e tem a maior Região Metropolitana (respectivamente
12,5 milhões e 21 milhões), longe de possuir 40 milhões de habitantes.
Errado.
As milícias atuam principalmente na Zona Oeste. Sua ação, em primeira fase, se deve à
expulsão de traficantes e do poder paralelo por parte de grupos de militares, na ativa ou não.
Errado.
São instrumentos de acordos já existentes em nosso estatuto jurídico que, contudo, vêm
sendo usados ostensivamente na Lava Jato. Acordos de Leniência são para pessoas jurídicas,
delações premiadas são para pessoas físicas.
Certo.
Este item possui dois erros. O primeiro diz respeito ao fato de que o Fundo Partidário não
é uma inovação brasileira, sendo utilizado por vários países ao redor do globo. Como vimos
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em nossa aula, contudo, nosso fundo é o mais robusto do mundo, ou seja, aquele que mais
destina dinheiro público a partidos (QUASE 5 BI. DE REAIS PARA AS ELEIÇÕES DE 2022). O
outro erro reside no fato de que não é apenas dinheiro público, visto que pessoas físicas
também podem fazer doações. O que se proíbe, desde 2006, são aportes de dinheiro
oriundos de pessoas jurídicas em campanhas.
Errado.
O Brasil vem conseguindo vacinar a contento, e superou, faz meses, a cobertura vacinal dos
EUA, país líder em mortes por Covid no mundo. NA DATA A QUE O ITEM SE REFERE (15/03/22)
A COBERTURA VACINAL DE DUAS DOSES ESTAVA NA CASA DOS 75%.
Certo.
A economia brasileira depende do agronegócio por vários motivos. Os principais são que
a atividade promove empregos e saldos positivos na balança comercial. Mas o que o item
afirma sobre haver uma dependência em função de um PIB acima de 50% atrelado ao
campo está errado. O setor de serviços leva quase 75% do PIB nacional.
Errado.
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A terceira dose da vacina contra Covid-19 será aplicada a todos que tomaram a segunda
dose há:
a) mais de dois meses.
b) mais de três meses.
c) mais de quatro meses.
d) mais de cinco meses.
Numa primeira fase, este foi o prazo estipulado pelo Governo Federal, contudo, em algumas
localidades esse prazo foi reduzido. (Na data da prova esse prazo era realmente de 5 meses).
Letra d.
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Os maiores emissores globais de GEE em quantidade total são Estados Unidos e China.
Letra d.
As COPs são as Conferências das Partes. Reuniões são realizadas anualmente desde 1994
para se discutir o aquecimento global. A 26a foi realizada em fins de 2021 em Glasgow, na
Escócia. Em fins de 2022, já com LULA representando o Brasil (mesmo sem estar empossado)
realizou-se a 27ª edição, no EGITO.
Letra d.
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Saibam: rompimento de Barragem de Mariana - rio principal prejudicado foi o Rio Doce.
Barragem de Brumadinho: Rio Paraopeba.
Letra a.
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Vejamos por que as afirmativas I e III estão erradas. Na I, o físico Stephen Hawking, até
onde sabemos, nunca ganhou nenhum Nobel. Ele morreu em 2018.
Na III, o erro é afirmar que Joe Biden, presidente eleito nos EUA, é do partido Republicano,
já que ele é do Partido Democrata.
Letra b.
O item I está errado, já que a barragem que eclodiu não era pertencente a Minas Gerais,
mas, sim, à Vale do Rio Doce. Já o item III está errado porque João Gilberto não era “hypado”
nas redes sociais; estava recluso e morreu em 2019. Em tempo, o nome da operação que
levou ao impeachment de Witzel é Placebo.
Letra a.
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A guerra entre afegãos e URSS possui relação com a bipolarização vigente na Guerra Fria
entre os EUA e a União Soviética.
Letra e.
Acho que esta questão não deixa dúvidas. Compreendam bem, caros(as) alunos(as), as
questões que versarem sobre os meios para se mitigar os efeitos do aquecimento global
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sempre irão nessa linha do item C. Ou seja: Reduções fortes e sustentadas na emissão de
dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa. As outras são bem absurdas, se
vermos bem, ou não possuem relação com a realidade do assunto.
Letra c.
Sem muito a acrescentar, esses são os novos esportes olímpicos: karatê, skate, escalada
esportiva e surf. Lembrando que o Brasil arrasou no Skate (duas medalhas de prata) e no Surf
(ouro). Em nosso material coloquei o texto: “O BRASIL NOS JOGOS OLÍMPICOS DE TOQUIO”.
Letra c.
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Os ODSs contemplam uma agenda com 17 Objetivos e 169 metas para serem atingidos
até 2030. Os 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram
formalmente a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável composta pelos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os 17 ODS são:
Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os
lugares;
Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar,
melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e
todos, em todas as idades;
Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos;
Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas;
Água potável e saneamento: assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e
saneamento para todas e todos;
Energia Limpa e acessível: assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço
acessível à energia para todas e todos;
Trabalho decente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico sustentado,
inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos;
Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestruturas resilientes, promover a
industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
Redução das desigualdades: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos
inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e de consumo
sustentáveis;
Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas urgentes para combater a mudança
climática e seus impactos;
Vida na água: conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos
para o desenvolvimento sustentável;
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Vida terrestre: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres,
gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a
degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;
Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas para
o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios de implementação e revitalizar
a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Letra d.
A letra D é que melhor corresponde ao conceito de Talibã. Lembrando que o grupo nasce
no Afeganistão com apoio do Paquistão. Sua origem étnico religiosa é Sunita e não Xiita.
Letra d.
a) garantir um rendimento adicional para todos os brasileiros que possuem rendas mensais
baixas.
b) auxiliar os brasileiros do setor de serviços, que perderam suas fontes de renda, devido
à paralisação das atividades.
c) ajudar trabalhadores em crise e sem acesso à rede de proteção social dos empregados
formais.
d) amparar trabalhadores formais de baixa renda e aqueles que tiveram suas jornadas e
salários reduzidos.
e) complementar o seguro-desemprego ou a aposentadoria dos setores de baixa renda da
sociedade brasileira.
O viés do AUXÍLIO EMERGENCIAL é esse: “ajudar trabalhadores em crise e sem acesso à rede
de proteção social dos empregados formais”.
Letra c.
Uma guerra dessa dimensão sempre é ruim para os negócios agrícolas brasileiros.
Transacionamos alimentos para mais de 100 países e a Rússia e Ucrânia estão dentre os nossos
maiores importadores de alimentos do Brasil. No caso específico do uso de fertilizantes,
de fato, o Brasil é um cliente russo, visto que o gigante global é um enorme produtor de
fosfato. Na entrada do ano de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve pessoalmente
na Rússia com vistas a garantir o abastecimento de fertilizante russo.
Errado.
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Este item vai na direção do anterior. Notem a preocupação da banca de em provas diferentes
dar destaque ao conflito Rússia X Ucrânia.
Errado.
Item bem fácil, mostrando, inclusive, que o CESPE não é um bicho papão. Apresentou uma
das lógicas de mercado e regulação de preços
Certo.
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Uma guerra dessa dimensão, envolvendo uma potência mineralógica como a Rússia e de
produção de combustíveis fósseis e uma província localmente importantíssima de produção
de alimentos, como a Ucrânia, sempre traz prejuízos globais. Não é diferente neste caso.
Um problema já enfrentado pelos países europeus é uma pressão inflacionária em função
do aumento no valor dos combustíveis trazido pelos prejuízos que a guerra vem causando.
Certo.
Interessante este Item. A guerra começou com Jair Bolsonaro na Presidência, lembram?
Pois é, e o antigo presidente e seu órgão de representação diplomática jamais apoiou a
investida Russa. Mesmo tendo feito uma visita ao gigante país dias antes de se iniciar a
guerra, Bolsonaro não esteve lá com vistas a apoiar a ação russa e, sim, negociar a compra
de fertilizantes e assinar mais outros pequenos acordos protocolares. No governo Bolsonaro,
o Itamaraty ofereceu auxílio e asilo a mais de 1.500 ucranianos, diga-se de passagem. Já na
gestão LULA, o Itamaraty e o próprio presidente vêm tentando encabeçar uma ação para
propor um plano de paz, se aproximando mais ainda da Ucrânia.
Errado.
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Esses marcos ou jubileus costumam ser cobrados por todas as bancas, ATENÇÃO! Ainda
mais um evento tão importante como esse, ou seja, a Semana de Arte Moderna, que fez
100 anos.
Certo.
Sempre que ocorre um evento climático inesperado ou mais intenso que o normal, os preços
dos alimentos aumentam. A cenoura repete este ciclo de aumento um ano depois, entre
fevereiro e março de 2023.
Certo.
A segunda dose de reforço, também chamada de quarta dose, é aplicada em pessoas com
mais de 40 anos ou profissionais de saúde.
Errado.
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uma dose e dependem de doações para acelerar a imunização. No entanto, 2022 começa
com menos de 50% das vacinas prometidas entregues em 2021. Apenas pelo mecanismo
Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a meta era entregar 2 bilhões de
doses doadas pelos países ricos às nações de baixa renda. Menos de 30% foram entregues.
O Estado de S. Paulo, 2/1/2022, p. A9 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do cenário
mundial contemporâneo, julgue o item seguinte.
Independentemente de posições político-ideológicas, as autoridades governamentais
mundo afora, como o francês Macron, a alemã Merckel e, sobretudo, o norte-americano
Trump, compreenderam a gravidade da covid-19, aliaram-se à ciência e estimularam as
respectivas populações a obedecer aos protocolos sanitários para o adequado enfrentamento
da pandemia.
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100 anos atrás e a de varíola, em 1817. para conhecer mais sobre as outras pandemias,
acesse o interessante link a seguir:
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/conheca-5-maiores-
pandemias-da-historia.html
Errado.
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Seguindo o que já ocorrera na Copa de Futebol Masculina de 2002, realizada entre Japão
e Coreia, em 2023 a copa feminina será nos dois países da Oceania.
Letra b.
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Como sabemos bem, um terremoto ocorreu em fevereiro de 2023. Para maiores informações
sobre esse desastre, leia nosso texto complementar na aula de Atualidades Mundo.
Letra e.
Não foi bem essa justificativa dada por Putin. O presidente russo alega que a Ucrânia estava
se aproximando demais da OTAN e, assim, colocando em risco seu país. Em nosso material,
há vasta leitura sobre a guerra do seu início até os tempos atuais.
Errado.
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d) Porque a emissão de carbono impacta o aquecimento global por meio da emissão de gases
que resultam no efeito estufa, o que está diretamente atrelado às mudanças climáticas.
e) Devido aos danos à saúde causados pela inalação do carbono e ingestão de alimentos
com agrotóxicos à base de carbono.
É a velha máxima da busca por reduzir as emissões de gases de efeito estufa em função de
que a sua concentração na atmosfera gera aumento do efeito estufa. Assim, países, unidades
da federação, empresas e entidades vêm se comprometendo a gerar uma economia mais
limpa e verde, que passa, fundamentalmente, por reduzir as emissões de GEE.
Letra d.
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caminhos
crie
futuros
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