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Leandro
Signori)
TJ-SP (Oficial de Justiça) Atualidades -
2023 (Pós-Edital)
Autor:
Ricardo Torques, Leandro Signori
29 de Junho de 2023
Ricardo Torques, Leandro Signori
Aula 01 (Prof. Leandro Signori)
Índice
1) Tópicos Sobre Economia Brasileira
..............................................................................................................................................................................................3
PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) mede o tamanho de uma economia, seja a de um país, de uma região, de um
mercado comum ou município. Ele representa a soma de todas as riquezas produzidas, e um crescimento
zero no ano significa que elas se mantiveram no mesmo nível do período anterior. Entre os principais pontos
que fazem uma economia crescer estão seu poder de produzir e de vender, que precisa manter-se em
expansão; a renda e o consumo da população; e a capacidade de gerar ou atrair recursos.
O setor com maior participação na composição da riqueza nacional é o de serviços (terciário), que representa
aproximadamente 72,5% do PIB. Em seguida, vem o setor industrial (secundário), com cerca de 20,8%, e a
agropecuária (primário), com aproximadamente 6,7% (DataSebrae – 1º trimestre/2018).
O desempenho do PIB é medido trimestralmente e anualmente e pode ser positivo, zero ou negativo.
Quando o PIB cresce negativamente por três ou mais trimestres, a economia entra em recessão. Se for por
dois trimestres, há uma recessão técnica.
O Brasil passou por uma crise econômica nos anos de 2015 e 2016, o que se refletiu em uma queda ou um
crescimento negativo do PIB nesses anos. Nos três anos seguintes - 2017, 2018 e 2019 - a economia brasileira
registrou crescimento positivo, mas em patamares muito baixos.
A expectativa para 2020 era de um crescimento maior da economia brasileira, em relação aos anos
anteriores. Mas isso não ocorreu, devido à pandemia de Covid-19. O coronavírus provocou abalos nos
mercados globais, afetando atividades econômicas no mundo todo, com impactos nas cadeias globais de
suprimentos e no comércio global. Com isso, o PIB brasileiro registrou queda de 3,9%, tendo o seu pior
desempenho desde o ano de 1996 e a economia entrou em recessão.
Em 2021, a economia brasileira se recuperou da queda de 2020, o PIB cresceu 5%. Esse foi o melhor resultado
desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%. Já no ano de 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%,
desacelerando em relação ao ano anterior. Em valores nominais, a economia brasileira movimentou R$ 9,9
trilhões em 2022.
O setor de serviços cresceu 4,2% e puxou o desempenho do PIB do país no ano passado. Todas as atividades
do segmento tiveram melhora na atividade no período. A indústria cresceu 1,6% em 2022 ante o ano
anterior. A agropecuária caiu 1,7% em 2022 ante 2021.
Inflação
Inflação é a elevação dos preços de produtos e serviços que resulta na diminuição do valor de compra do
dinheiro. A inflação sempre existiu, mesmo com índices muito pequenos. Quando o indicador é negativo,
chama-se deflação.
Uma inflação elevada e contínua desorganiza a economia ao alterar o valor do dinheiro, elemento central do
sistema econômico. A inflação atinge mais duramente quem não possui formas fáceis para corrigir seus
ganhos, como os assalariados.
A principal causa para a inflação é a chamada demanda, que significa a procura por bens e serviços. Por
exemplo, se muita gente quer comprar um artigo e não tem para todos, o preço aumenta. É a lei da oferta e
da procura. É o que ocorre com frutas e legumes fora da estação (na entressafra).
O tormento da inflação incomodou durante muito tempo a vida nacional. O Brasil viveu uma situação de
inflação em alta no decorrer da década de 1980, até desaguar numa hiperinflação acima de 900% ao ano a
partir de 1988. Isso significa que os preços estavam se multiplicando mais de dez vezes a cada período de 12
meses.
Cinco planos econômicos foram implementados no decurso de oito anos, com o objetivo de domar a inflação,
sem obter um sucesso duradouro. No mesmo período, o Brasil trocou cinco vezes de moeda, já que as
cédulas perdiam o valor muito rapidamente. A inflação chegou a 2.477% em 1993, o que significa que os
preços se multiplicaram por 25 durante aquele ano. O Plano Real, implementado em julho de 1994, no
governo de Itamar Franco, derrubou a taxa de inflação. Desde então, sua variação acontece em patamares
reduzidos.
O Brasil adota o regime de metas anuais de inflação, estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN). Esse sistema prevê que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve
ficar dentro de um limite de tolerância; ou seja, dentro de uma faixa estabelecida.
O governo estabelece, para cada ano, uma meta central de inflação, que é uma taxa fixa que deve ser
buscada. A partir desse número, é estabelecida uma faixa de tolerância, ou seja, quanto a inflação real pode
variar acima ou abaixo dessa meta.
O sistema de metas foi adotado como segurança para evitar o risco da hiperinflação, que atingiu o país nas
décadas de 1980 e 1990 e só foi freada com o Plano Real em 1994.
Quem deve cumprir a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é o Banco Central (BC), que, para
isso, adota várias políticas, entre as quais o controle da taxa básica de juros. Com a reforma ministerial do
presidente Jair Bolsonaro, a composição do Conselho mudou, mas as áreas que o integram continuam as
mesmas. Anteriormente o colegiado era formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo
presidente do Banco Central. Com a criação do Ministério da Economia, o CMN passou a ser formado pelo
Ministro da Economia, Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia e pelo Presidente do Banco
Central.
O principal mecanismo para manter a inflação sob controle no Brasil é a taxa de juros. Toda vez que os preços
sobem acima do nível esperado, o Banco Central intervém com a elevação da taxa Selic. Isso faz o crédito
ficar mais caro, e incentiva as pessoas e as empresas a gastarem menos. Se todos gastam menos, a tendência
é que os preços também subam menos.
Inflação em 2022
No ano de 2022, a inflação oficial acumulada foi de 5,79%. Foi um resultado bem menor do que o registrado
em 2021, quando a inflação ficou em 10,06%.
Contudo, ainda assim, o resultado ficou acima da meta estabelecida pelo CMN, que, para 2022, era de 3,5%
com piso e teto em 5%. Já para 2023, a meta foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida
se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Entre janeiro e julho, a inflação acumulada em 12 meses ficou acima de 10%, sendo que em abril foi
registrado o pico, com o indicador acumulado em abril, de 12,13%. Foi na passagem de junho para julho que
alta de preços começou a desacelerar e, a partir de agosto, saiu da casa de dois dígitos.
Para melhor compreender a situação inflacionária do país, o IPCA divide os elementos analisados em nove
grupos. Dentre esses grupos, o que teve maior alta de preços em 2022 foi o grupo Vestuário, com uma alta
de 18,02%, seguido por Alimentação e bebidas (11,64%) e Saúde e cuidados pessoais (11,43%)
Juros
Os juros são o dinheiro a mais que uma pessoa ou empresa paga ao sistema bancário ao devolver um
empréstimo, além do valor original corrigido pela inflação. Eles podem ser considerados uma remuneração
pelo fato de que quem empresta corre o risco de o dinheiro não ser devolvido.
O governo tem uma relação estreita com os juros, pois é o maior agente econômico do país. Ele empresta
dinheiro aos bancos para as suas necessidades diárias e cobra por isso: essa taxa de juros básica se chama
taxa Selic. Como esse empréstimo por 24 horas é seguro, serve de referência para a economia. Os juros que
os bancos cobram dos clientes para empréstimos, cheque especial e cartão de crédito são muito mais
elevados que a taxa Selic.
Como a taxa de juros define o custo do dinheiro, os governos a utilizam para controlar a inflação: quanto
mais alta a taxa de juros, mais caros ficam os empréstimos, o que funciona como um freio nas atividades
produtivas (pois o crediário fica caro para o consumidor, e o financiamento, fica caro para o produtor). Se há
menos compras (“demanda”, na linguagem econômica), os preços não sobem e a inflação fica baixa.
Quando a prioridade do governo é estimular a atividade econômica, uma das medidas é baixar os juros.
Quem define a taxa Selic é o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Em 03/08/2022, o Copom subiu a taxa de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano. Foi o décimo segundo
aumento consecutivo da Selic, após ter chegado ao menor patamar da história, de 2%, em agosto de 2020.
Desde então, nas reuniões seguintes, o Copom decidiu por manter a taxa na faixa dos 13,75%. Veja no gráfico
abaixo a evolução da Selic ao longo dos últimos anos:
A elevada taxa de juros posiciona o Brasil entre os países com maior taxa de juros real do mundo.
Conforme já dissemos, o aumento nos juros básicos da economia faz com que o crédito fique mais caro para
empresas e famílias, desacelerando o consumo e, consequentemente, a inflação. A sequência de altas na
Selic, portanto, é uma tentativa do Copom de conter o movimento de alta de preços registrado em 2021 e
2022. A inflação fechou 2021 em 10,06%, o maior índice desde 2015. Em 2022, a inflação reduziu, mas
continuou acima da meta.
Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio é o valor pelo qual a nossa moeda é trocada por moedas estrangeiras, principalmente pelo
dólar, que é a referência no mercado mundial. O comércio exterior é diretamente afetado pela taxa de
câmbio.
Se o real vale pouco, nossas mercadorias são exportadas por valor menor (o que as torna atraentes). Isso
ajuda o setor exportador, mas o importar fica mais caro. Quando o real se valoriza, nossos produtos ficam
caros lá fora, mas é mais barato importar. Facilitar as importações ajuda a derrubar a inflação, pois amplia a
oferta de mercadorias externas a preço baixo.
O mesmo acontece com a importação. Uma empresa brasileira importa canetas para vender no mercado
interno. Cada caneta custa 1 dólar. A moeda americana está valendo dois reais no Brasil. O importador
brasileiro pegará os seus reais e comprará dólares para pagar a empresa estrangeira que lhe vendeu as
canetas. Por cada dólar, pagará R$ 2,00. Assim, a caneta teve um custo unitário de importação de R$ 2,00.
Porém, o dólar ficou apreciado perante o real. Cada dólar está valendo R$ 4,00. A caneta continua custando
1 dólar, mas por cada dólar que o importador brasileiro tem que comprar para pagar as canetas importadas
lhe custará R$ 4,00. O custo final da caneta vendida no mercado brasileiro vai aumentar. Como o produto
ficou mais caro, ele terá um preço menos competitivo em relação a similares produzidos no Brasil e ele vai
impactar na inflação que poderá aumentar.
Muitos produtos vendidos no mercado brasileiro, principalmente de maior tecnologia, não são produzidos
no nosso país, são importados. E a variação da taxa de câmbio impacta no preço final desses produtos e na
taxa de inflação.
Balança Comercial
A balança comercial é o conjunto de tudo o que o país exporta e importa em um ano. A soma desses valores
é o total do comércio exterior nacional. Já o saldo da balança comercial é o resultado do valor exportado,
retirando-se o valor importado. Quando o país vende mais do que compra no exterior, consegue um saldo
positivo: é o superávit da balança comercial. Quando o resultado é negativo, dá-se o nome de déficit.
O Brasil é um grande exportador de commodities (produto básicos), tais como o minério de ferro, a soja em
grão, o café em grão, o milho em grão, a carne in natura, o açúcar, o aço e a celulose. Como exportamos
muito e as importações dessa categoria de produtos são bem menores, as commodities têm uma
contribuição decisiva para o superávit da nossa balança comercial.
Porém, num contexto em que o mundo é globalizado, ficam vulneráveis os países que mantêm o foco da
economia na produção de commodities. Em primeiro lugar, porque os preços desses produtos estão sujeitos
a fortes oscilações. Em segundo lugar, porque as commodities são produtos baratos quando comparados aos
manufaturados. Ou seja, é preciso exportar muita commodity para pagar importações de produtos de alta
tecnologia, como equipamentos de computação ou máquinas industriais, por exemplo.
As exportações brasileiras somaram US$ 335 bilhões em 2022. As importações somaram US$ 272 bilhões.
Com isso, o saldo positivo da balança comercial foi de US$ 62,31 bilhões. Foi o maior superávit desde o início
da série histórica, com a metodologia atual, iniciada em 1989. O valor também foi superior ao ano de 2021,
que havia sido de US$ 61,4 bilhões, o que representa um crescimento de 1,5%. Tanto as exportações quanto
as importações aumentaram no ano passado.
O ano foi marcado pela valorização das commodities, provocada principalmente pelo aumento do consumo
global após a pior fase da pandemia de Covid-19 e pela guerra no leste europeu. Apesar de a balança
comercial ter sido impactada pelo encarecimento de itens importados da Rússia e da Ucrânia, como
fertilizantes e trigo, o Brasil beneficiou-se da valorização do petróleo no mercado internacional. O país
também tirou proveito da safra recorde de grãos.
Exportações
Em 2022, as exportações registraram alta de 19,3%, com média diária de US$ 1,3 bilhão (novo recorde da
série histórica). O setor econômico com maior crescimento no ano de 2022 foi o agropecuário.
Os produtos mais exportados pelo Brasil foram, respectivamente, soja, petróleo, minério de ferro e seus
concentrados, óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, milho em grão e carne bovina
fresca, refrigerada ou congelada.
Em 2022, a China foi a maior compradora de produtos brasileiros, seguida da União Europeia, Estados
Unidos e Argentina.
Importações
As importações avançaram 24,3% no ano passado e somaram, pela média diária, US$ 1,09 bilhão. Esse
também foi o maior valor desde que os números começaram a ser contabilizados, em 1989.
O conflito no leste europeu trouxe desequilíbrios para o mercado de fertilizantes, o que encareceu a cotação
internacional desses produtos e deixou um cenário de incertezas sobre seu fornecimento. Também houve o
encarecimento do trigo, já que a Ucrânia é um dos principais produtores mundiais.
Além disso, o conflito também impactou o preço de commodities energéticas, como petróleo, óleos
combustíveis e gás natural, produtos com peso na pauta de importação do Brasil.
Os três principais produtos importados pelo Brasil em 2022 foram, respectivamente, os adubos ou
fertilizantes, óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, e válvulas e tubos termiônicas, de
cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (componentes utilizados em diversos dispositivos
eletrônicos).
A China também é o maior vendedor para o Brasil, seguida dos Estados Unidos e União Europeia.
Esses dados mostram o quanto o comércio com a China é importante para o Brasil. Além de ser nosso
principal parceiro comercial, o Brasil tem obtido, ao longo dos últimos anos, expressivos superávits
comerciais com o gigante asiático.
b.2) manufaturados: produtos normalmente de maior tecnologia, com maior ou alto valor
agregado. Exemplos: automóveis, aviões e calçados.
A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores
internacionais na economia de um determinado país. As notas servem como referência para os juros dos
títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. As
agências também atribuem notas aos títulos que empresas emitem no mercado financeiro, avaliando a
capacidade de as companhias honrarem os compromissos.
O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de dar calote na dívida
pública. Abaixo dessa categoria, está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar de pagar a dívida
pública sobe à medida que a nota diminui. Quando um país dá calote, os títulos passam a ser considerados
como lixo. O mesmo vale para as empresas.
As agências mais conceituadas pelo mercado são a Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's (S&P), que,
periodicamente, enviam técnicos aos países avaliados para analisarem as condições da economia. Uma
avaliação positiva faz um país e suas empresas levantarem recursos no mercado internacional com custos
menores e melhores condições de pagamento.
Da mesma forma, uma boa classificação atrai investimentos estrangeiros ao país. Fundos de pensão
estrangeiros investem apenas em países com grau de investimento concedido por, pelo menos, duas
agências de classificação de risco. Caso contrário, o país passa a ser considerado de grau especulativo.
Em 2008 e 2009, as três agências elevaram a nota do Brasil para o patamar de grau de investimento. Porém,
2015 e em 2016, o Brasil teve a sua nota rebaixada, para o grau especulativo, situação que permanece até a
presente data. As agências justificaram o rebaixamento do Brasil devido a piora da situação das contas
públicas, com déficits fiscais e pela demora na aprovação de medidas fiscais que contribuíssem para o
reequilíbrio das contas públicas, como a reforma da Previdência Social.
PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) mede o tamanho de uma economia, seja a de um país, de uma região, de
um mercado comum ou município. Ele representa a soma de todas as riquezas produzidas.
O setor com maior participação na composição do PIB brasileiro é o de serviços (terciário), seguido da
indústria (secundário) e da agropecuária (primário).
Devido a pandemia de Covid-19, no ano de 2020, o PIB brasileiro registrou queda de 3,1%, tendo o seu
pior desempenho desde o ano de 1996. Contudo, após desabar em 2020, o PIB do Brasil fechou 2021 em
alta de 4,6%, o melhor resultado desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%.
Já no ano de 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, desacelerando em relação ao ano anterior. Em
valores nominais, a economia brasileira movimentou R$ 9,9 trilhões em 2022.
O setor de serviços cresceu 4,2% e puxou o desempenho do PIB do país no ano passado. Todas as
atividades do segmento tiveram melhora na atividade no período. A indústria cresceu 1,6% em 2022 ante
o ano anterior. A agropecuária caiu 1,7% em 2022 ante 2021.
A posição brasileira entre as maiores economias do mundo - conforme dados do primeiro trimestre de
2022, o Brasil é a 10ª maior economia do mundo.
Inflação
O Brasil adota o regime de metas anuais de inflação, estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN). Esse sistema prevê que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve
ficar dentro de um limite de tolerância; ou seja, dentro de uma faixa estabelecida.
A meta é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser cumprida pelo Banco Central
(BC), que, para isso, adota várias políticas, entre as quais o controle da taxa básica de juros.
No ano de 2022, a inflação oficial acumulada foi de 5,79%. Foi um resultado bem menor do que o
registrado em 2021, quando a inflação ficou em 10,06%.
O principal mecanismo para manter a inflação sob controle no Brasil é a taxa de juros. Toda vez que os
preços sobem acima do nível esperado, o Banco Central intervém com a elevação da taxa Selic. Isso faz o
crédito ficar mais caro, e incentiva as pessoas e as empresas a gastarem menos. Se todos gastam menos,
a tendência é que os preços também subam menos.
Juros
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central.
Os governos a utilizam para controlar a inflação: quanto mais alta a taxa de juros, mais caros ficam os
empréstimos, o que funciona como um freio nas atividades produtivas e o financiamento. Se há menos
compras, os preços não sobem e a inflação fica baixa. Quando a prioridade do governo é estimular a
atividade econômica, uma das medidas é baixar os juros.
Em 03/08/2022, o Copom subiu a taxa de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano. Foi o décimo segundo
aumento consecutivo da Selic, após ter chegado ao menor patamar da história, de 2%, em agosto de
2020.
A elevada taxa de juros posiciona o Brasil entre os países com maior taxa de juros real do mundo.
Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio é o valor pelo qual a nossa moeda é trocada por moedas estrangeiras, principalmente
pelo dólar, que é a referência no mercado mundial.
O comércio exterior é diretamente afetado pela taxa de câmbio. Se o real vale pouco, nossas mercadorias
são exportadas por valor menor (o que as torna atraentes). Isso ajuda o setor exportador, mas o importar
fica mais caro. Quando o real se valoriza, nossos produtos ficam caros lá fora, mas é mais barato importar.
Facilitar as importações ajuda a derrubar a inflação, pois amplia a oferta de mercadorias externas a preço
baixo.
Balança Comercial
A balança comercial é o conjunto de tudo o que o país exporta e importa em um ano. A soma desses
valores é o total do comércio exterior nacional. Já o saldo da balança comercial é o resultado do valor
exportado, retirando-se o valor importado. Quando o país vende mais do que compra no exterior,
consegue um saldo positivo: é o superávit da balança comercial. Quando o resultado é negativo, dá-se o
nome de déficit.
O Brasil é um grande exportador de commodities, tais como o minério de ferro, a soja em grão, o café em
grão, o milho em grão, a carne in natura, o açúcar, o aço e a celulose.
A China é o principal destino das exportações brasileiras e o país que mais exporta para o Brasil.
A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores
internacionais na economia de um determinado país.
O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de dar calote na
dívida pública. Abaixo dessa categoria, está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar de pagar a
dívida pública sobe à medida que a nota diminui.
A classificação do Brasil se encontra no grau especulativo.
Essas doenças transmissíveis são potencialmente perigosas de tornarem-se epidêmicas (quando um surto
acontece em várias regiões) em um mundo com centros urbanos cada vez mais densamente povoados, como
é o caso do nosso país.
Nos últimos anos, convivemos ora com a dengue, no outro ano é a Chikungunya, depois o Zika vírus, a febre
amarela, o sarampo e o coronavírus.
Na atualidade, a dengue é o mais recente grande surto de uma doença infecciosa no Brasil.
Dengue
A dengue é uma velha conhecida dos brasileiros. É uma doença cíclica no país, que, ao longo dos anos
recentes, tem apresentado ondas de aumento e diminuição.
Em 2022, a doença voltou a registrar grande números de casos e óbitos no país, batendo o recorde histórico
de mortes decorrentes da dengue. Dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgados em
janeiro de 2023 mostram que, em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue e 1.450.270 casos
prováveis da doença. Até então, o ano de 2015 tinha sido o mais mortal para a dengue no Brasil, com 986
óbitos.
Períodos chuvosos, principalmente no verão, aliados à diminuição da percepção de risco para a dengue, são
apontados como os principais motivos que levaram à alta nos casos e mortes em 2022. Com a chuva,
aumentam os riscos de água parada. É o cenário perfeito para que o Aedes aegypti se reproduza.
A dengue é uma infecção viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas clássicos da
doença são erupções na pele, dores musculares e de cabeça, comprometimento das vias respiratórias
superiores, febre e inchaço dos gânglios linfáticos. Mas pode se manifestar também como febre
hemorrágica, com sangramentos gastrointestinais, na pele, nas gengivas e pelo nariz. Se não for tratada
adequadamente, a doença leva à morte em 20% dos casos.
Até recentemente, não havia disponível uma vacina contra a dengue disponível em larga escala no país,
sendo as doses restritas aos laboratórios particulares. O imunizante, denominado de Dengvaxia e fabricado
pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, era aplicado em quem já teve a doença e apresenta anticorpos para
diminuir os possíveis efeitos de reações.
Contudo, no dia 2 de março de 2023, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro
de uma nova vacina contra a dengue, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma. É o
primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue,
mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença. Portanto, não há distinção entre
quem teve ou não a dengue. A vacina poderá ser aplicada em ambos os casos.
Chikungunya
Também conhecida como febre chikungunya, devido à alta febre causada, é uma doença com sintomas
semelhantes aos da dengue, associados a fortes dores nas articulações.
Sua aparição ocorreu como uma epidemia de forma mais preocupante em 2014 no Brasil. É transmitida pelo
mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. No ano de 2019, registrou-se um pico nos casos: foram
132.205 casos, com 92 mortes.
Ensaios clínicos para o desenvolvimento de uma vacina para a chikungunya estão em desenvolvimento e
indicam que num futuro breve o imunizante estará concluído.
Zika vírus
O Zika vírus também é transmitido pelo mosquito Aedes. Ele está ligado à microcefalia, uma condição rara
em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Em 2019 foi quando ocorreu o maior
pico recente nos casos de zika, com 10.708 ocorrências e 3 mortes.
A ocorrência de infecções pelo vírus da zika está associada à síndrome de Guillain-Barré. A síndrome afeta
o sistema nervoso e pode provocar fraqueza muscular e paralisia dos membros.
Sarampo
O sarampo teve sua última grande epidemia no país em 1990. Após isso, uma grande campanha de vacinação
na população praticamente erradicou a doença. Não existe tratamento específico para a doença. A única
maneira de evitar o sarampo é por meio da vacinação, que ocorre em duas doses. Em 2016, o Brasil recebeu
o certificado de erradicação do sarampo pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
Contudo, a doença reapareceu no ano de 2018, na região Norte, trazida pelos venezuelanos que fugiam da
crise no seu país. Outro surto ocorreu em 2019, desta vez sem relação com a migração dos venezuelanos.
Foram 18.203 casos confirmados e 15 mortes, a maioria destes no estado de São Paulo. Os surtos de sarampo
fizeram o Brasil perder a certificação dada pela OPAS. A principal causa para a volta do sarampo estava
relacionada à baixa cobertura vacinal.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar
à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. A doença teve um grande surto no país
em 2017, o maior surto desde que começaram os registros da doença, pelo Ministério da Saúde, em 1940.
O estado mais atingido pelo surto foi Minas Gerais, seguido pelo Espírito Santo.
Visando conter o novo surto e atuar na prevenção, o Ministério da Saúde realizou, em 2018, uma campanha
de vacinação em estados afetados pelo surto. A prevenção à febre amarela é feita com uma dose da vacina
injetável, que deve ser aplicada dez dias antes de visitar locais de possível incidência da doença.
Poliomielite
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por
um vírus chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou
com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves,
em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A pólio é facilmente evitada com a vacinação, que é aplicada em crianças num esquema de cinco doses. As
três primeiras são feitas com o imunizante injetável e devem ser aplicadas aos dois, aos quatro e aos seis
meses de vida. Depois, os dois reforços (geralmente feitos com as gotinhas) são dados entre os 15 e os 18
meses e aos 5 anos de idade. Para os totalmente vacinados, os riscos são insignificantes.
Durante o século 20, a poliomielite foi uma das doenças infantis mais temidas. No Brasil, o último caso foi
observado em 1989. Nos últimos anos, porém, a cobertura vacinal tem deixado a desejar.
==274356==
Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de imunizados contra a pólio caiu consideravelmente de 2015
para cá. Naquele ano, 98,2% do público-alvo recebeu as doses. Em 2016, essa taxa caiu para 84,4% e se
manteve nesse patamar até 2019. Em 2021, a imunização contra a doença foi de apenas 67,1%.
Devido à baixa taxa de vacinação, a Opas (Organização Pan-americana para a Saúde), braço nas Américas da
OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou em um relatório que o Brasil apresenta alto risco de volta
da doença.
A queda nas coberturas vacinais e a possibilidade de volta de doenças erradicadas não é apenas um
fenômeno brasileiro, mas que tem ocorrido em vários outros países do mundo. Em julho de 2022, nos
Estados Unidos, foi detectado o primeiro caso de pólio em pelo menos 30 anos.
Migrantes contaminados carregam consigo vírus de doenças infecciosas, nos seus deslocamentos pelo
mundo. Na atualidade, há um número recorde de migrantes pelo mundo, seja de migrantes econômicos ou
de refugiados.
Quanto ao aumento das locomoções intercontinentais, em 2015, mais de 3,5 bilhões de pessoas viajaram de
avião, muitas delas trazendo em seu corpo doenças infecciosas. Dessa forma, os vírus podem dar a volta ao
mundo em questão de horas e se disseminar com uma velocidade impressionante sem serem inicialmente
detectados. Em alguns casos, a simples viagem de uma pessoa infectada a outro país é suficiente para iniciar
um ciclo que pode dar origem a uma pandemia mundial.
Os grandes navios, que abastecem o intenso comércio internacional, também levam microrganismos
patogênicos (transmissores de doenças) no casco, nos tanques de água de lastro, na própria carga
transportada ou tripulação. Por tudo isso, as autoridades médicas consideram inevitável o surgimento de
novas pandemias.
As doenças infecciosas são muito comuns em regiões tropicais e equatoriais, nas quais o clima úmido e
quente favorece a proliferação de vetores. O frio é uma barreira natural para a disseminação de muitas
doenças. Ao elevar a temperatura média de determinadas regiões do planeta, o aquecimento global poderá
propiciar o espalhamento de doenças como a malária e a dengue para áreas que antes estavam "protegidas"
dessas epidemias pelo frio e outras condições climáticas.
O Brasil ainda convive com doenças infecciosas transmitidas por microrganismos patogênicos, como vírus,
bactérias, fungos e parasitas. Essas doenças podem ser contagiosas, transmitidas diretamente de uma
pessoa para outra (como a gripe, a tuberculose e a aids) ou transmitidas por vetores, como mosquitos
(dengue e febre amarela, por exemplo).
Essas doenças transmissíveis são potencialmente perigosas de tornarem-se epidêmicas (quando um surto
acontece em várias regiões) em um mundo com centros urbanos cada vez mais densamente povoados,
como é o caso do nosso país.
Nos últimos anos, convivemos ora com a dengue, no outro ano é a Chikungunya, depois o Zika vírus, a
febre amarela, o sarampo e o coronavírus.
Na atualidade, a dengue é o mais recente grande surto de uma doença infecciosa no Brasil.
Dengue - É uma doença cíclica no país, que, ao longo dos anos recentes, tem apresentado ondas de
aumento e diminuição. Em 2022, a doença voltou a registrar grande números de casos e óbitos no país,
com o maior número de mortes e infecções da história recente.
A dengue é uma infecção viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. O aumento sazonal
nos casos de dengue geralmente está relacionado aos altos volumes de chuvas e altas temperaturas, que
contribuem para a reprodução do mosquito. O mosquito se reproduz através da água parada, onde ele
deposita suas larvas.
Chikungunya - É transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. No ano de 2019, registrou-
se um pico nos casos: foram 132.205 casos, com 92 mortes.
Zika vírus - O Zika vírus também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Ele está ligado à microcefalia,
uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Em 2019 foi
quando ocorreu o maior pico recente nos casos de zika, com 10.708 ocorrências e 3 mortes.
Sarampo - A doença reapareceu no ano de 2018, na região Norte, trazida pelos venezuelanos que fugiam
da crise no seu país. Outro surto ocorreu em 2019, desta vez sem estar relacionados aos venezuelanos.
Foram 18.203 casos confirmados e 15 mortes, a maioria destes no estado de São Paulo.
Febre amarela - A doença teve um grande surto no país em 2017, o maior surto desde que começaram
os registros da doença, pelo Ministério da Saúde, em 1940. O estado mais atingido pelo surto foi Minas
Gerais, seguido pelo Espírito Santo.
Ao longo dos anos recentes, uma série de tragédias relacionadas à ocorrência de chuvas em níveis extremos
tem ocorrido no Brasil, gerando um elevado número de mortes, de feridos e de danos materiais.
Em fevereiro de 2023, um forte temporal castigou a região do litoral Norte do estado de São Paulo, em
especial a Vila Sahy, um núcleo habitacional localizado no município de São Sebastião. A Vila Sahy está
situada em uma região de encostas, assim, as chuvas ocasionaram deslizamentos de terras, destruindo as
edificações e soterrando os habitantes. Foram registradas, ao menos, 60 mortes e centenas de feridos, de
desalojados e de desabrigados.
Em 2022, uma tragédia semelhante ocorreu na cidade de Petrópolis (RJ), quando mais de 200 pessoas
morreram. Nesse mesmo ano, estados do Nordeste foram castigados com chuvas extremas e elevados
números de mortes, sobretudo na cidade de Recife (PE). Nos anos de 2019 a 2021, o número de mortes
devido às chuvas extremas também foi elevado no país. Em 2020, a região mais atingida foi a cidade de Belo
Horizonte, onde 60 pessoas foram mortas e viralizou a cena de uma grande cratera se abrindo em meio a
uma rodovia do município.
O que se verifica é que, desde 2019, o número de mortes pela chuva está crescendo em relação aos anos
anteriores. O gráfico a seguir, elaborado pela BBC em junho 2022, elucida esses dados:
Essas catástrofes têm sido recorrentes no Brasil e todas apresentam elementos em comum. Vejamos a seguir
as suas causas:
• Chuvas extremas: é normal que, durante os primeiros meses do ano, a chuva seja mais frequente,
afinal, é verão. Essa é estação mais quente do ano e, com o aumento de temperatura, a evaporação ocorre
em grande quantidade, transformando-se em chuva. Apesar disso, as precipitações registradas ao longo dos
anos recentes têm sido em um número muito superior à média verificada ao longo das últimas décadas.
Em São Sebastião (SP), no fim de semana em que ocorreu a tragédia o volume de chuva foi de 640 mm em
24 horas — três vezes maior do que o evento mais extremo documentado na cidade até então, em 2014,
quando choveu 179 mm em 10 horas. Em Petrópolis (RJ), no ano de 2022, também havia sido a pior chuva
registrada desde 1932.
O volume de chuvas muito acima da média indica que esses eventos foram anormais, extremos. O aumento
da frequência e da intensidade dos fenômenos climáticos extremos tem sido observado em outras partes do
mundo, logo, não se trata mais de uma exceção. Para designar esse novo modelo de comportamento do
clima, os climatologistas utilizam o termo de “novo normal climático”, o qual a humanidade já está
vivenciando. O novo normal climático, cuja ocorrência de eventos extremos já não é tão rara quanto no
passado, caracteriza-se por vários tipos de condições climáticas adversas, além das chuvas intensas, como
as secas prolongadas, as temperaturas extremas, maior ocorrência e intensidade de rajadas de ventos, de
ciclones, de furacões e de tufões.
Para a grande maioria dos cientistas do clima, o novo normal climático é uma das consequências do processo
de mudanças climáticas, causadas pelas ações do ser humano no meio ambiente, sobretudo com a emissão
de gases do efeito estufa na atmosfera.
• Deslizamentos de encostas: nos deslizamentos do litoral Norte do estado de São Paulo e em outros
casos ocorridos no Brasil, a tragédia para as pessoas nas áreas afetadas teve maior dimensão devido a antigos
problemas da urbanização brasileira.
No Brasil, muitas pessoas, geralmente de baixa renda, ocupam essas áreas por serem uma das únicas
alternativas de locais possíveis para residirem, devido ao seu baixo custo. Ao ocuparem as encostas, também
se retira a vegetação, que ajuda a absorver parte da água do solo e lhe dar consistência. Sem a vegetação, o
solo perde a resistência, tornando-se ainda mais suscetível aos deslizamentos. Foi o que ocorreu na Vila Sahy,
local de ocupação irregular, por estar em área de proteção ambiental, suscetível a deslizamentos.
No contexto urbano brasileiro, chamamos isso de segregação socioespacial, termo que as bancas gostam
muito de utilizar em questões sobre a realidade brasileira. A segregação socioespacial é o processo no qual
camadas da população — mormente os grupos sociais de baixa renda — são levadas a morar em lugares
distantes, periféricos, desprovidos de equipamentos públicos, com baixa infraestrutura e em locais de risco,
como nas encostas.
Na Vila Sahy, é possível constatar muito bem essa realidade urbana, uma vez que próximo dali está a Barra
do Sahy, uma praia frequentada por pessoas de alta renda que buscam refúgio no litoral Norte de São Paulo.
A Vila Sahy e a Barra do Sahy são separadas pela Rodovia Rio-Santos.
Do lado da Barra, onde fica a praia, são oferecidas suítes de luxo, casas em condomínios com piscina e quadra
de tênis que chegam a ser valoradas em milhões de reais. Do lado oposto, separada pela rodovia, está a Vila
Sahy, um núcleo habitacional que surgiu na década de 1990 a partir de ocupações feitas por famílias pobres
que buscavam emprego na Barra.
O ideal seria não ocupar essas áreas de risco, contudo, existem uma série de ações que o poder público
poderia tomar para reduzir o impacto das chuvas extremas e dos deslizamentos de terra, tais como:
• Reassentar ao máximo as ocupações existentes nessas áreas. Devido à realidade do Brasil, muitas
vezes isso não é possível, assim, busca-se a regularização fundiária com a normatização dessas
ocupações e a implantação da urbanização possível e do que for possível preservar.;
==274356==
No caso da Vila Sahy, há anos o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pressiona a prefeitura de São
Sebastião para realizar a regularização fundiária do local. Desde 2016, a prefeitura proibiu, por força de lei,
a expansão da área. Estabeleceu-se, para tanto, um perímetro: dentro dele, ninguém poderia ampliar as
casas já existentes. Fora, ninguém poderia construir. Na prática, porém, a expansão da área continuou.
Mais recentemente, em 2021, o MP-SP moveu uma ação específica contra a Prefeitura de São Sebastião para
obrigá-la a impedir novas ocupações e a oferecer moradias dignas e seguras para quem já morava na região
de alto risco. Contudo, pouco foi feito nesse sentido, de tal forma que, de acordo com a opinião de alguns
agentes públicos, o que aconteceu na Vila Sahy foi uma tragédia anunciada.
No infográfico a seguir, podemos ver a região do litoral Norte onde ocorreram os desastres ambientais e a
topografia do local. Observem que a Vila Sahy está encravada na encosta dos morros da Serra do Mar, em
área de alto risco. Do outro lado da Rodovia Rio-Santos, estão as casas da praia do Sahy, em um espaço com
menos riscos de tragédias ambientais.
Fonte: encurtador.com.br/BOQU6
Nos últimos anos, uma série de tragédias relacionadas à ocorrência de chuvas em níveis extremos tem
ocorrido no Brasil, gerando elevado número de mortes, de feridos e de danos materiais.
Em fevereiro de 2023, um forte temporal atingiu o litoral Norte do estado de São Paulo, especialmente
a Vila Sahy, que está localizada em uma região de encostas e sofreu deslizamentos de terra, destruindo
edificações e soterrando habitantes. Foram registradas pelo menos 60 mortes e centenas de feridos,
desalojados e desabrigados.
Em 2022, tragédia semelhante ocorreu na cidade de Petrópolis (RJ), quando mais de 200 pessoas
morreram. Nesse mesmo ano, estados do Nordeste foram castigados com chuvas extremas e elevados
números de mortes, sobretudo na cidade de Recife (PE). Nos anos de 2019 a 2022, o número de mortes
relacionado a chuvas extremas também foi elevado no país.
Essas catástrofes recorrentes no Brasil têm em comum dois elementos: o aumento do volume de chuva
em níveis extremos e os deslizamentos de encostas.
O volume de chuvas muito superior à média registrada ao longo das últimas décadas indica que esses
eventos foram anormais e extremos. O aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos
climáticos extremos tem ocorrido também em outras partes do mundo, não podendo mais ser
considerado uma exceção.
Para muitos cientistas, isso é uma das consequências do processo de mudanças climáticas, causadas
pelas ações humanas no meio ambiente. Para designar esse novo modelo de comportamento do clima,
os climatologistas utilizam o termo de “novo normal climático”, o qual a humanidade já está
vivenciando.
Os deslizamentos de terra, por sua vez, são fenômenos naturais e comuns na natureza, especialmente
em áreas de encosta e de relevo acidentado. Contudo, a ocupação dessas áreas agrava a situação, já
que retira a vegetação e torna o solo mais suscetível a deslizamentos. No Brasil, muitas pessoas,
geralmente de baixa renda, povoam essas áreas por serem uma das únicas alternativas possíveis para
residência devido ao baixo custo.
O ideal seria não ocupar espaços de risco, porém, existem uma série de ações que o poder público
poderia tomar para reduzir o impacto das chuvas extremas e dos deslizamentos de terra, por exemplo:
• Reassentar ao máximo as ocupações existentes nessas áreas. Devido à realidade do Brasil, muitas
vezes isso não é possível, assim, busca-se a regularização fundiária com a normatização dessas
ocupações e a implantação da urbanização possível e do que for possível preservar.
• A realização frequente de estudos que avaliem a suscetibilidade a deslizamentos das encostas
ocupadas, a preservação da vegetação, a concretização de obras que permitam uma drenagem
adequada e o despejo correto do lixo para que não bloqueiem as saídas de água e aumentem o peso
sobre o solo.
O primeiro turno das eleições ocorreu em 2 de outubro, e o segundo no dia 30 de outubro. As datas
correspondem ao primeiro e último domingo do mês, conforme prevê a Constituição Federal.
A seguir, vamos discorrer sobre alguns tópicos relevantes das eleições deste ano.
Sistema Eleitoral
O voto no Brasil é permitido a cidadãos maiores de 16 anos, e obrigatório entre 18 e 70 anos. Aqueles que
não votarem em uma eleição e depois não apresentarem uma justificativa aceitável, como estar ausentes de
seu lugar de votação na data, devem pagar uma multa de R$ 3,51. Os cidadãos brasileiros que residem fora
do Brasil só podem votar para a eleição presidencial.
Eleições majoritárias
As eleições para presidente, vice-presidente, governador e vice-governador dos estados e do Distrito Federal
são feitas de acordo com o sistema majoritário. Assim, são eleitas as chapas (com titular e vice) que
receberem mais votos. Caso alguma não obtenha a maioria absoluta (50% +1 dos votos válidos, o que exclui
os brancos e os nulos), as duas chapas mais votadas concorrem entre si no segundo turno.
As eleições para senador também são majoritárias, mas, nesse caso, vence o mais votado (no caso de se
eleger apenas um senador, como em 2022), ou os dois mais votados (quando há abertura de duas vagas),
independentemente de quantidade de votos, sem possibilidade de segundo turno. Os mandatos dos
senadores são de oito anos, de forma que, em cada eleição, são eleitos, alternadamente, um ou dois
senadores.
Em 2022, um terço dos 81 membros do Senado Federal foram eleitos, os outros dois terços dos senadores
foram escolhidos em 2018.
Eleições proporcionais
Nas eleições proporcionais (para deputados federais, estaduais e distritais), o sistema eleitoral é o voto
proporcional por lista aberta. Nesse caso, o total de votos recebidos pelo partido (incluindo a possibilidade
do voto em legenda, ou seja, apenas nos números do partido, sem indicação de candidato) define a
quantidade de vagas que o partido recebe, e a ordem de preenchimento das vagas ocorre pela ordem
decrescente do número de votos de cada um dos candidatos do partido.
Até as eleições gerais no Brasil em 2014, havia a possibilidade da formação de coligação partidária. O sistema
de coligações para as eleições proporcionais foi extinto pela reforma eleitoral de 2017, e, nas eleições gerais
de 2018, a distribuição de vagas foi apenas por partido. No entanto, a legislação continuou a permitir a união
de partidos em torno de uma única candidatura nas eleições majoritárias (para os cargos presidente,
senador, governador e prefeito). A partir das eleições de 2022, passou a valer o sistema da federação
partidária, que se difere das coligações proporcionais, como veremos a seguir.
Federações Partidárias
Art. 11-A: Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua
constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se
fosse uma única agremiação partidária.
A Federação Partidária permite que dois ou mais partidos políticos se unam não somente nas eleições, mas
também durante a legislatura. A união dos partidos na federação partidária tem abrangência nacional e
duração mínima de quatro anos. Todos os partidos da federação partidária terão que apoiar os mesmos
candidatos majoritários em nível nacional, estadual e municipal. Haverá uma única chapa de candidaturas
proporcionais, como se fosse uma coligação, para as eleições de deputados e vereadores.
As Federações Partidárias podem ser equiparadas a partidos políticos. Isso significa que elas funcionarão por
meio de uma bancada dentro das Casas Legislativas, o que resulta em uma diminuição no número de
bancadas nos Legislativos.
Além disso, o objetivo é unir partidos com afinidade ideológica e, dessa forma, facilitar para o eleitor
acompanhar o seu voto, visto que há muitos partidos ativos atualmente com mais ou menos os mesmos
ideais e princípios.
E ainda, as federações ajudam os partidos menores, ou com uma força parlamentar mais singela no
Congresso Nacional, a alcançarem a cláusula de barreira, regra legal que limita a atuação de partidos políticos
que não obtêm determinada porcentagem de votos no país.
Na hipótese de desligamento de um ou mais partidos, a federação poderá ter continuidade, desde que nela
permaneçam ao menos duas agremiações. Contudo, a legenda que se desvincular antes do prazo mínimo de
quatro anos poderá sofrer sanções, como a proibição de ingressar em nova federação, de celebrar coligação
nas duas eleições seguintes e de utilizar recursos do Fundo Partidário até que seja completado o tempo
remanescente.
O partido que se desligar da federação poderá participar da eleição isoladamente, se a ruptura ocorrer até
seis meses antes do pleito. Caso a extinção da federação seja motivada pela fusão ou pela incorporação entre
os partidos, nenhuma das penalidades será aplicada.
As coligações partidárias são alianças que partidos fazem para aumentar as chances de vitória em uma
eleição. As coligações têm uma natureza apenas eleitoral e temporária, sendo realizadas somente no período
das eleições, posteriormente são extintas.
Já no caso das federações partidárias, dois ou mais partidos políticos podem se unir como se fossem um
único partido, e essa união terá que ter uma duração mínima de quatro anos.
Cláusula de Barreira
A Emenda Constitucional 103 nº 97, de 4 de outubro de 2017 (também conhecida como mini reforma
política), estabeleceu, dentre várias alterações, que os partidos precisam atingir um desempenho eleitoral
mínimo para que tenham direito ao tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário, que aumentará
gradativamente até o ano de 2030. É a chamada "cláusula de barreira" ou "cláusula de desempenho".
Nas eleições deste ano, para que tenham acesso ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV, além
dos recursos do fundo partidário, as legendas deveriam alcançar, na eleição para a Câmara dos Deputados:
• no mínimo 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas; ou
• eleger pelo menos 11 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
federação.
No caso das federações partidárias, para a verificação da cláusula de desempenho, deverão ser consideradas
a soma da votação e a representação dos partidos unidos na federação.
Biometria
Nas eleições de 2018, mais de 50% dos eleitores brasileiros estavam aptos a votar por meio da identificação
biométrica. A expectativa era de aumentar esse percentual para as eleições de 2020, para que, em 2022,
fosse obrigatória em todo o país. Porém, devido à pandemia da covid-19, não houve identificação biométrica
do eleitorado nas eleições de 2020. Pelo mesmo motivo, os cartórios eleitorais de todo o país suspenderam
o cadastramento de novas biometrias até que a situação de emergência sanitária se regularize. O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) reviu seu planejamento e passou a ter como meta que a identificação biométrica
alcance quase 100% do eleitorado apto a votar até as eleições de 2026.
Minirreforma Eleitoral
Foi promulgada, no mês de setembro de 2021, a Emenda Constitucional 111, de 2021, também conhecida
como “Minirreforma Eleitoral”, que contempla mudanças nas regras para as eleições no país. Vejamos
algumas das principais alterações para a legislação eleitoral já vigentes nas eleições de 2022:
• Fidelidade partidária: pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores que
saírem do partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se a legenda concordar com a
saída. Antes, vereadores e deputados só poderiam mudar de partido sem perder o mandato em caso de
“justa causa”;
• Incentivos a candidaturas de negros e mulheres: votos dados a mulheres e pessoas negras serão
contados em dobro para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de
2022 a 2030; ==274356==
• Incorporação: a Emenda Constitucional prevê uma regra para impedir que, em caso de incorporação
de partidos, eventuais sanções aplicadas ao partido incorporado não sejam transferidas para o partido
incorporador nem aos seus novos dirigentes, exceto aos que já integravam o partido incorporado;
• Nova data de posse: a partir das eleições de 2026, a posse do presidente da República será em 5 de
janeiro. Já os governadores serão empossados no dia 6 de janeiro. Atualmente, ambas as cerimônias ocorrem
em 1º de janeiro. Os candidatos eleitos para a Presidência da República e para os governos estaduais em
2022 tomarão posse normalmente em 1º de janeiro de 2023, entretanto, seus mandatos durarão até a posse
de seus sucessores, em 5 e 6 de janeiro de 2027;
• Consultas populares: a PEC definiu regras para a realização de consultas populares sobre aspectos
locais, que devem ser feitas junto com as eleições municipais. Essas consultas terão que ser aprovadas pelas
câmaras municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 dias antes da data das eleições, e as
manifestações dos candidatos sobre essas questões não poderão ser exibidas durante a propaganda gratuita
no rádio e na televisão.
Lula (PT) venceu as eleições presidenciais de 2022, em segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, Lula
recebeu 60.345.999 votos (50,9% dos votos válidos) e Jair Bolsonaro (PL) 58.206.354 votos (49,1% dos votos
válidos). É a menor diferença da história brasileira desde a redemocratização da década de 1980, após o
regime militar.
Lula venceu em 13 estados, Bolsonaro também venceu em 13 estados mais o Distrito Federal. O Nordeste
foi decisivo para a vitória de Lula, sendo a única das cinco grandes regiões em que o petista superou
Bolsonaro. No geral, Lula e Bolsonaro mantiveram os percentuais de votos no Nordeste, nas eleições de 2018
e 2022. Para alguns analistas políticos, o Sudeste foi decisivo para a vitória de Lula e a derrota de Bolsonaro,
já que o candidato do PT cresceu nessa região em comparação a 2018, enquanto o candidato do PL diminuiu
a sua votação. Vejamos nos infográficos, a seguir, mais informações sobre o resultado da eleição
presidencial:
abaixo
Lula assumiu, em janeiro de 2023, aos 77 anos, sendo o mais velho ocupante do cargo na história. É sua
terceira passagem pelo governo, pois já liderou em dois mandatos anteriores (2003-2010).
Essa foi também a primeira vez que o pleito foi decidido entre dois nomes que já comandaram o país.
As abstenções no segundo turno das eleições presidenciais chegaram a 20,58% do total de eleitores aptos a
voto, o menor registrado desde 2006. Esta é a primeira vez que a abstenção no segundo turno foi menor
que a do primeiro turno (20,95%). Números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evidenciam que as taxas de
abstenção tendem a crescer entre o primeiro e o segundo turno, histórico interrompido nesse pleito.
Senado Federal
O Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, elegeu o maior número de Senadores e, com isso, terá a maior
bancada no Senado Federal, com oito senadores eleitos em 2022.
A sigla passou a ocupar 14 das 81 cadeiras do Senado na legislatura que começou em 2023. É o partido que
apresentou maior crescimento de bancada nessas eleições. Em seguida, o União Brasil, com 11 senadores,
será a segunda maior bancada.
O MDB, por sua vez, foi quem mais perdeu no Senado: passou de 12 para nove senadores, e de primeira para
quarta maior bancada. O PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, passou de sete para nove senadores, empatando
com o MDB na quarta posição.
Vejamos no infográfico a seguir como está a composição do Senado Federal após as eleições de 2023:
O PL também elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados. A legenda conseguiu 99 vagas para
deputado, fiando à frente do PT (68), do União Brasil (59), do PP (47) e do MDB (42).
No comparativo com a atual bancada da Câmara dos Deputados, o PL foi o partido que mais aumentou o
número de deputados, somando 22 parlamentares a mais. O PT vem em seguida, com 12 deputados a mais.
Por outro lado, o PSDB foi o partido que teve a maior redução na bancada, saindo dos atuais 23 deputados
para 13. Esse foi o pior resultado, ao menos, desde 1998, último ano em que os dados estão disponíveis no
site da Câmara dos Deputados. O PP também teve redução de 10 vagas: em 2018 eram 57 deputados, agora
foram eleitos 47.
Além disso, foram reduzidos o número de partidos com representantes na Câmara. Foram eleitos deputados
de 23 partidos para a legislatura 2023-2026, número menor que o registrado em 2018, quando 30 siglas
conseguiram eleger ao menos um deputado.
Vejamos no infográfico a seguir como está a composição da Câmara dos Deputados após as eleições de 2023:
O Brasil elegeu um número recorde de mulheres e negros. A partir de 2023, a Câmara passou a ter 91
deputadas federais e 135 parlamentares negros, pardos ou pretos, segundo a denominação do IBGE. O
número de negros e de mulheres na Câmara tem aumentado progressivamente no país ao longo dos
últimos anos.
A Câmara dos Deputados também tem pela primeira vez na história duas mulheres trans como deputadas
federais: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Também foram eleitas, pela primeira vez, duas mulheres indígenas como deputadas federais no Brasil. Sonia
Guajajara (PSOL) conquistou o marco em São Paulo, com mais de 156 mil votos, e Célia Xakriabá (PSOL)
recebeu 101 mil votos, ganhando em Minas Gerais.
Os deputados federais mais votados foram: 1º Nikolas Ferreira (PL-MG), vereador de Belo Horizonte que
tem 26 anos e contou com o apoio de 1.492.047 de eleitores; 2º Guilherme Boulos (PSOL-SP), com 1.001.472
votos; 3ª Carla Zambelli (PL-SP), com 946.244 votos; 4º Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 741.701; 5º Ricardo
Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro, eleito com 640.918 votos.
Governos Estaduais
Nas eleições de 2022, quinze estados decidiram o governador no primeiro turno e 15 no segundo turno.
Essas eleições bateram recorde de governadores reeleitos desde 2006: dos 20 candidatos, 18 confirmaram
o segundo mandato. Apenas em dois estados, São Paulo e Santa Catarina, os eleitores escolheram em não
dar continuidade ao governo atual.
Com quatro estados, PT e União Brasil são os partidos com mais estados sob comando. Outros três partidos
elegeram três governadores cada um: MDB, PSB e PSDB. Quatro partidos elegeram dois governadores: PL,
PP, PSD e Republicanos. Dois partidos elegeram apenas um representante cada: Novo e Solidariedade.
No ano de 2022, os cidadãos brasileiros foram às urnas votar para nas chapas para Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado
Estadual ou Distrital.
As eleições para presidente, vice-presidente, governador e vice-governador dos estados e do Distrito
Federal são feitas de acordo com o sistema majoritário, no qual são eleitas as chapas (com titular e
vice) que receberem mais votos. As eleições para senador também são majoritárias, mas, nesse caso,
vence o mais votado. Em 2022, um terço dos 81 membros do Senado Federal foram eleitos, tendo os
outros dois terços sido escolhidos em 2018.
Para as eleições de 2022, valeu o sistema da federação partidária, o qual permite que dois ou mais
partidos políticos se unam não somente nas eleições, mas também durante a legislatura. A união dos
partidos na federação partidária tem abrangência nacional e uma duração mínima de quatro anos.
Todos os partidos da federação partidária terão que apoiar os mesmos candidatos majoritários em nível
nacional, estadual e municipal. Haverá uma única chapa de candidaturas proporcionais, como se fosse
uma coligação, para as eleições de deputados e vereadores.
A Emenda Constitucional 103 nº 97, de 4 de outubro de 2017 (também conhecida como mini reforma
política), estabeleceu, dentre várias alterações, que os partidos precisam atingir um desempenho
eleitoral mínimo para que tenham direito ao tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário, que
aumentará gradativamente até o ano de 2030. É a chamada "cláusula de barreira" ou "cláusula de
desempenho".
Nas eleições de 2018, mais de 50% dos eleitores brasileiros estavam aptos a votar por meio da
identificação biométrica. A expectativa era de aumentar esse percentual para as eleições de 2020, para
que, em 2022, fosse obrigatória em todo o país. Todavia, devido à pandemia da covid-19, não houve
identificação biométrica do eleitorado nas eleições de 2020 e, pelo mesmo motivo, os cartórios
eleitorais de todo o país suspenderam o cadastramento de novas biometrias até que a situação de
emergência sanitária se regularize.
Minirreforma Eleitoral
A eleição para presidente da república foi disputada em um segundo turno, entre Lula (PT) e Jair
Bolsonaro (PL). Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 50,9% dos votos e Bolsonaro, 49,1%.
Lula venceu em 13 Estados, e Bolsonaro também venceu em 13 estados mais o Distrito Federal. O
Nordeste foi decisivo para a vitória de Lula, sendo a única das cinco grandes regiões nas quais o petista
superou Bolsonaro.
Senado Federal - O Partido Liberal (PL) elegeu o maior número de Senadores e, com isso, terá a maior
bancada no Senado Federal: 14 senadores. Em seguida, o União Brasil, com 11 senadores, será a
segunda maior bancada. A terceira maior bancada será do MDB e PSD, ambos com 10 senadores. O PT
ficará com a quinta maior bancada, com nove senadores.
Câmara dos Deputados - O PL também elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados. A legenda
conseguiu 99 vagas para deputado, ficando à frente de PT (68), do União Brasil (59), do PP (47) e do
MDB (42).
Na Câmara dos Deputados, o Brasil elegeu um número recorde de mulheres e negros. Também terá
pela primeira vez na história duas mulheres trans como deputadas federais, além de serem eleitas, pela
primeira vez, duas mulheres indígenas como deputadas federais no Brasil.
Governos Estaduais - Essas eleições bateram recorde de governadores reeleitos desde 2006: dos 20
candidatos, 18 confirmaram o segundo mandato. Apenas em dois estados, São Paulo e Santa Catarina,
os eleitores escolheram em não dar continuidade ao governo atual.
Com quatro estados, PT e União Brasil são os partidos com mais governos estaduais sob comando.
Outros três partidos elegeram três governadores cada um: MDB, PSB e PSDB. Quatro partidos elegeram
dois governadores: PL, PP, PSD e Republicanos. Dois partidos elegeram apenas um representante cada:
Novo e Solidariedade.
COMENTÁRIOS:
O indicador que mede a inflação no país é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O PIB é o indicador econômico que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país
em um determinado período.
O IDH é um índice utilizado para averiguar o desenvolvimento humano de um país, por meio de indicadores
da expectativa de vida, de educação e de renda per capita.
Gabarito: D
(E) 2% e 5%.
COMENTÁRIOS:
Essa prova foi aplicada no mês de outubro do ano de 2022. Na época, a taxa de juros brasileira estava na
casa dos 13,75%, e a inflação acumulada nos últimos 12 meses em 7,17%. Como a questão utiliza o termo
“em torno de”, não pede os números com exatidão, mas de forma aproximada. Assim, o nosso gabarito é a
letra “B”.
Gabarito: B
COMENTÁRIOS:
Desde 2016, a Petrobras adota o chamado preço de paridade de importação (PPI), que faz o preço dos
combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações
do dólar.
O barril de petróleo teve o seu preço bastante elevado no mercado internacional em 2021 e 2022, e o dólar
também está com uma alta cotação em relação ao real. Com isso, a Petrobras realizou sucessivos reajustes
da gasolina e do diesel no Brasil, de acordo com a política de preço de paridade de importação.
Gabarito: Certo
4. Sob o espectro das recentes altas no preço dos combustíveis, o atual governo federal brasileiro
trocou, por mais de uma vez, o presidente da Petrobras.
COMENTÁRIOS:
Pressionado pelos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, Jair Bolsonaro trocou mais de uma vez
o presidente da Petrobrás. Até o mês de agosto de 2022, a Petrobras contou com quatro presidentes
diferentes, tendo três demissões motivadas, principalmente, pela elevação do preço dos combustíveis.
Gabarito: Certo
5. Mais da metade do transporte de cargas do Brasil é feita por meio do modal rodoviário; nesse
sentido, um aumento no preço do frete leva a um aumento na inflação.
COMENTÁRIOS:
O Brasil é um país muito dependente das rodovias como meio de escoamento da produção e de transporte
de passageiros. Mais da metade do transporte de cargas do Brasil é feita por meio do modal rodoviário.
A alta nos preços de combustíveis causa um efeito em espiral na economia. O preço do frete se eleva,
impactando na elevação do custo de venda dos produtos transportados. O custo maior de transporte é
repassado aos consumidores finais, o que leva a um aumento na inflação.
Gabarito: Certo
6. O Brasil tem um dos menores valores de produto interno bruto (PIB) da América Latina, por isso
responde pela vasta desigualdade social e pela má qualidade na educação pública básica.
COMENTÁRIOS:
O Brasil possui o maior PIB da América Latina, mas apresenta uma grande desigualdade social e uma
educação pública básica com muitos problemas e desafios.
Gabarito: Errado
A) grande fluidez do capital e lucros garantidos com o destaque no volume de exportação dos produtos
agrícolas e do maquinário em geral.
B) estabilidade no processo de compra e venda, por estar sempre com saldo positivo perante o comércio
internacional de mercadorias.
C) permanente dificuldade econômica, já que o volume exportado de produtos mais baratos não ultrapassa
o volume de importação dos produtos mais caros.
D) grande desigualdade de renda da população, decorrente da exportação dos produtos agrícolas que
deveriam alimentar o mercado interno.
E) trabalho constante para manter a balança comercial em superávit, já que exporta produtos mais baratos
e tem que importar produtos mais caros.
COMENTÁRIOS:
c) Incorreto. O volume exportado de produtos mais baratos ultrapassa o volume de importação dos produtos
mais caros. Por serem produtos de baixo valor agregado, principalmente commodities agrícolas e minerais,
o volume de exportação é muito maior do que o volume de importação dos produtos mais caros. O Brasil
tem apresentado, ao longo dos últimos anos, saldo comercial positivo, com superávit. Ou seja, ganha mais
nas exportações do que gasta nas exportações.
d) Incorreto. O Brasil possui grande desigualdade de renda da população, é um dos países mais desiguais do
mundo. Contudo, esta não é decorrente da exportação dos produtos agrícolas que deveriam alimentar o
mercado interno, e o texto tampouco indica isso. A exportação agrícola do Brasil é composta de muitas
commodities, não são produtos alimentícios básicos, como o arroz, feijão, legumes, frutas e hortaliças. Esses
produtos são, em grande parte, produzidos e disponibilizados no mercado interno pela agricultura familiar.
e) Correto. O texto indica justamente o que a alternativa afirma. O Brasil trabalha constantemente para
manter a balança comercial com superávit, já que exporta produtos mais baratos e tem importa uma grande
variedade de produtos mais caros, industrializados.
Gabarito: E
B) A retração da economia global na última década diminuiu a exportação brasileira de minério de ferro,
principalmente para o mercado europeu, maior consumidor do minério brasileiro.
D) A soja tem sido o principal produto de exportação do Brasil, principalmente para o abastecimento do
mercado chinês.
E) O potencial de exportação do Brasil tem caído nos últimos anos em razão da crise que o país atravessa em
diversos setores: ambiental, político e cambial.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Petróleo, gás e derivados não ocupam o lugar de principais itens da pauta de exportações do
Brasil. O principal item da pauta de exportação é a soja. Além disso, a extração e refino de petróleo, gás e
derivados no Brasil é feita em grande parte pela Petrobras, uma empresa estatal.
b) Incorreta. Na década 2010-2020, a economia global não se retraiu, seguiu crescendo. O maior importador
do minério brasileiro é a China, portanto, o mercado asiático.
c) Incorreta. Conforme o Ministério da Agricultura, em 2020, o rebanho bovino brasileiro foi o maior do
mundo. Contudo, a exportação de carne é destinada principalmente ao mercado asiático, e não aos
mercados norte-americano e europeu.
d) Correta. A soja tem sido, ao longo dos últimos anos, o principal produto de exportação do Brasil. O
principal importador da soja brasileira é a China.
e) Incorreta. O Brasil não passou por uma crise cambial nos últimos anos. Embora tenha passado por crises
políticas e convivido com conflitos ambientais, isso não fez com que o potencial de exportação do Brasil
diminuísse. A oscilação nas exportações brasileiras se deveu mais a conjuntura econômica mundial, do que
a problemas internos.
Gabarito: D
COMENTÁRIOS:
A União Europeia é um grande mercado para as commodities do Brasil. Os principais produtos exportados
do Brasil para o bloco são a soja e seus derivados, café, minério de ferro e celulose.
Entretanto, embora sejam pouco representativos na pauta das exportações brasileiras, a União Europeia
também importa produtos industrializados do Brasil, como suco de laranja, ligas de ferro, tubos flexíveis de
ferro e aço e aviões.
Gabarito: Errado
10. (FCC/SABESP/2019) O indicador caiu 0,2%, no primeiro trimestre de 2019, em relação ao quarto
trimestre de 2018, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
resultado coloca o país na fronteira de uma recessão técnica.
a) o Plano Safra.
b) a Balança comercial.
c) a Produção industrial.
e) o Pleno emprego.
COMENTÁRIOS:
A questão se refere ao Produto Interno Bruto (PIB) que teve crescimento negativo de 0,2% no primeiro
trimestre de 2019, em relação ao quarto trimestre de 2018, conforme o IBGE.
A questão fez referência à recessão técnica e à recessão, termos que são utilizados no monitoramento da
evolução do PIB. Quando há um crescimento negativo por dois trimestres consecutivos, a economia de um
país entra em recessão técnica. Quando o crescimento negativo ocorre por três ou mais trimestres a
economia de um país está em recessão.
O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num período de tempo, somando as três
grandes áreas da economia: agropecuária, indústria e serviços. Com o PIB, é possível medir a atividade
econômica e o nível de riqueza de uma região. Quando o PIB aumenta, mais se produz, mais se está
consumindo, investindo e vendendo.
==274356==
Gabarito: D
COMENTÁRIOS:
O Brasil é um grande exportador de commodities, tais como o minério de ferro, a soja em grão, o café em
grão, o milho em grão, a carne in natura, o açúcar, o aço e a celulose. A China é o maior comprador de
produtos brasileiros, seguida dos Estados Unidos, da Argentina e dos Países Baixos.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Commodities são mercadorias produzidas em grande quantidade por um número significativo de produtores
e com qualidade uniforme, ou seja, sem significativas distinções em suas características. As commodities
tradicionais são produtos agrícolas, como trigo, soja, suco de laranja congelado e boi gordo, e produtos
minerais, como petróleo, aço e ouro. Esses produtos básicos são negociados por volume em bolsas de
mercadorias. Os seus preços são determinados por sua oferta e procura no mercado mundial.
Gabarito: Certo
13. Atualmente, o massivo investimento em ciência e tecnologia tem feito o setor secundário do Brasil
desempenhar papel de grande destaque no produto interno bruto nacional, que, atualmente, está entre
os dez maiores do mundo.
COMENTÁRIOS:
Os investimentos em ciência e tecnologia não são massivos no Brasil. Em comparação com países
desenvolvidos, o país investe pouco nesse segmento. O setor secundário (indústria) não é muito participativo
no produto interno bruto, representa pouco mais de 20% do PIB brasileiro. Posto isso, a questão está errada.
Em 2018, quando essa prova foi aplicada, o PIB brasileiro era o 9° maior do mundo. Ou seja, estava entre os
dez maiores do mundo. Em 2020, o PIB brasileiro caiu para a 12ª colocação e em 2021 para a 13º colocação.
Gabarito: Errado
I. A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por agências classificadoras de risco que avaliam a
capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida.
II. As agências atribuem as notas de risco de crédito apenas a Estados nacionais, mas excepcionalmente
podem avaliar empresas, especialmente estatais que estão em vias de desestatização.
III. Desde final de 2016 as principais agências de risco incluíram o Brasil no grupo de países com classificação
A-, isto é, país com baixo grau de investimento financeiro.
IV. Quanto pior for a classificação de risco maior são os juros cobrados pelos investidores para emprestar
dinheiro, o que amplia a crise econômica do país endividado.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
COMENTÁRIOS:
A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores
internacionais na economia de um determinado país. As notas servem como referência para os juros dos
títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores.
Uma boa classificação atrai investimentos estrangeiros ao país. Fundos de pensão estrangeiros investem
apenas em países com grau de investimento concedido por, pelo menos, duas agências de classificação de
risco. Caso contrário, o país passa a ser considerado de grau especulativo.
I – Correto. A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por agências classificadoras de risco que
avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua
dívida.
II – Incorreto. As agências também atribuem notas aos governos estaduais e a empresas estatais e privadas
avaliando a capacidade dessas instituições de honrarem os pagamentos dos compromissos assumidos no
mercado financeiro.
III – Incorreto. Em 2015 e 2016, as principais agências de classificação de risco incluíram o Brasil no grupo de
países com classificação B e suas demais subclassificações, que correspondem a um grau de especulação
baixo.
IV – Correto. Quanto pior for a classificação de risco maior serão os juros cobrados pelos investidores para
emprestar dinheiro ao país, pois é menos confiável emprestar dinheiro a um país com uma classificação de
risco de grau especulativo. Isso pode ampliar a crise econômica do país.
Gabarito: C
Frente a esse aumento da epidemia é preciso agir para evitar que o cenário se repita em 2023, uma vez que
A) as chuvas de verão, no início do ano, produzem o ambiente ideal para a reprodução do mosquito Aedes
aegypti, que também transmite febre amarela, malária e chikungunya.
B) trata-se de uma doença cíclica e de ocorrência não uniforme, de modo que estados e regiões vivenciam o
seu acirramento em momentos diferentes do ano.
C) o relaxamento das restrições impostas contra a Covid-19, como o distanciamento social, acelerou o
contágio entre pacientes acometidos pela doença.
D) a diminuição da circulação do vírus depende do êxito das campanhas de vacinação, combinadas ao uso
intensivo de inseticidas químicos para eliminar o vetor do vírus.
E) o combate dessa arbovirose necessita de uma ação contínua de eliminação da vegetação de grande e
médio porte, a qual abriga os insetos transmissores e possibilita sua proliferação.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. O primeiro trecho da alternativa está correta. As chuvas de verão, no início do ano, produzem
o ambiente ideal para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. O mosquito é responsável por transmitir a
dengue, o zika vírus e a chikungunya. Contudo, a febre amarela é transmitida por artrópodes e a malária pelo
mosquito da espécie Anopheles.
b) Correta. A dengue é uma doença cíclica e de ocorrência não uniforme, de modo que estados e as regiões
vivenciam o seu acirramento em momentos diferentes do ano. O período do ano em que os casos costumam
aumentar geralmente está relacionado às estações chuvosas, quando os focos de água parada aumentam e
facilitam a reprodução do mosquito.
c) Incorreta. O relaxamento das restrições impostas contra a covid-19 não acelerou o contágio entre
pacientes acometidos pela doença, uma vez que a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, apenas
pela picada do mosquito Aedes aegypti.
d) Incorreta. Existe vacina para a dengue, mas ela não reduz a circulação do vírus, pois isso está atrelado à
proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para reduzir a circulação do vírus, deve-se combater a proliferação
do mosquito, o que pode ser feito com cuidados básicos, sendo o principal deles evitar a existência de focos
com água parada.
e) Incorreta. Arbovirose é o termo utilizado para doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente
por mosquitos, como a dengue. A eliminação da vegetação de grande e médio porte não contribui para a
eliminação dos mosquitos transmissores do vírus. Pelo contrário, uma série de estudos mostram que a perda
de vegetação pode impulsionar o aumento de casos de dengue.
Gabarito: B
A) poliomielite.
B) HPV.
C) difteria.
D) catapora.
E) caxumba.
COMENTÁRIOS:
A campanha de vacinação foi feita para reduzir os casos de poliomielite, também conhecida como paralisia
infantil. A redução da cobertura vacinal contra a doença no período recente preocupou as autoridades de
saúde com a possível volta da doença. Por isso, em 2022, o Ministério da Saúde intensificou a campanha de
vacinação contra a poliomelite.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
Dentre as doenças mencionadas pelas alternativas, as que tem reaparecido no mundo são o sarampo e a
poliomielite. Ambas têm vacinas para combater à doença, e o seu ressurgimento tem ocorrido em um
cenário de diminuição da cobertura vacinal, relacionado tanto ao crescimento dos movimentos antivacina
quanto ao desconhecimento da população sobre a necessidade de se vacinar.
Gabarito: A
aegypti, muito depois de Oswaldo Cruz, no início do século XX, ter lançado uma campanha para sua
erradicação e, por consequência, da febre amarela urbana. O mosquito trouxe de volta a dengue. Não se
permite, impunemente, a ocupação desordenada das cidades e o falho saneamento básico. Da dengue
passou‐se para outras doenças, incluindo a zika. E agora surge uma enorme ameaça à população,
principalmente às crianças, com a redução da cobertura de vacinas em níveis perigosos.
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do
tema por ele abordado, julgue os itens:
4. Acredita‐se que uma das razões para as centenas de casos de sarampo no Norte do Brasil, na
atualidade, deve‐se à entrada de venezuelanos sem imunização na região.
COMENTÁRIOS:
Quando esta prova foi aplicada, os estados de Roraima e Amazonas enfrentavam um surto de sarampo. De
acordo com o Ministério da Saúde, o vírus teria sido trazido por refugiados venezuelanos que entraram no
Brasil. Contudo, de acordo com especialistas e autoridades de saúde, o surto de sarampo poderia ter sido
evitado se as metas de vacinação do público alvo tivessem sido atingidas nos anos anteriores ao surto. A
cobertura vacinal ficou abaixo da meta de 95% da população alvo. Se estivesse na meta, teriam casos de
sarampo entre os brasileiros, mas não teria ocorrido um surto.
Gabarito: Certo
5. O texto sugere que a precariedade do saneamento básico favorece o surgimento de várias doenças
evitáveis.
COMENTÁRIOS:
O texto sugere isto, o que é uma verdade. A carência de serviços de água potável, coleta e tratamento de
esgoto, de coleta e destino final adequado de resíduos sólidos e de drenagem urbana cria um ambiente
propício ao desenvolvimento de doenças graves que poderiam ser evitadas. A maior parte das doenças
relacionadas à falta de saneamento básico se desenvolvem devido à água contaminada. Entre as doenças
frequentemente associadas à falta de saneamento básico, a diarreia é a mais registrada.
Gabarito: C
6. O Brasil não tem tradição de promover campanhas nacionais de vacinação em massa da população
para a erradicação de doenças como a paralisia infantil (poliomielite).
COMENTÁRIOS:
O Sistema Público Único de Saúde (SUS) promove regularmente diversas campanhas de vacinação em massa
da população para a prevenção e a erradicação de doenças. A vacina da paralisia infantil é uma delas, além
de muitas outras, como febre amarela, dengue e sarampo.
Gabarito: E
7. A inexistência de um sistema público único de saúde impede que a maioria da população brasileira
possa ser atendida gratuitamente em hospitais e postos de saúde.
COMENTÁRIOS:
O Sistema Único de Saúde (SUS), público, oferece a possibilidade à população do atendimento gratuito em
hospitais e em postos de saúde.
Por meio do SUS, a população brasileira tem direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme rege o
artigo 195 da Constituição Federal.
Fazem parte do Sistema Único de Saúde os centros e postos de saúde, os hospitais públicos - incluindo os
universitários, os laboratórios e hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária,
Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa acadêmica e
científica, como a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
O texto não afirma isso. Pelo contrário, fala na ocupação desordenada das cidades. O rápido crescimento
dos centros urbanos brasileiros ocorreu sem o devido planejamento governamental, o que desencadeou
diversos problemas urbanos, como a favelização, a poluição dos recursos naturais, o déficit habitacional e a
ausência de boas condições sanitárias aos seus habitantes.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
O texto trata de responder essa questão ao fazer menção a Oswaldo Cruz. No século XX, Oswaldo Cruz,
cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro, coordenou as campanhas de
erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras.
Em 1904, convenceu o então presidente, Rodrigues Alves, a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou
a rebelião de populares e da Escola Militar contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma
vacinação forçada, episódio famoso que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
Como vimos no texto e no que explanei acima, o combate ao mosquito transmissor da dengue e de outras
doenças é antigo, não é recente do século XXI.
Gabarito: E
10. Sabe‐se que o adequado tratamento da água e do esgoto evita o surgimento de muitas doenças.
COMENTÁRIOS:
A carência de serviços de água potável, coleta e de tratamento de esgoto cria um ambiente propício ao
desenvolvimento de doenças graves que poderiam ser evitadas. Portanto, o adequado tratamento da água
e do esgoto evita o surgimento de muitas doenças.
Nesse sentido, investir em saneamento básico é um dos principais investimentos quando se trata a questão
da saúde pública, pois é um investimento que, além de zelar pela saúde geral e bem-estar da população,
propiciando uma vida digna, diminui os custos com tratamentos de doenças que são evitadas por meio da
prevenção.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
O zika vírus está ligado à microcefalia, uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho
menor do que o normal. Mulheres que foram picadas pelo mosquito, contraíram o zika vírus e pouco tempo
depois engravidaram, deram à luz a bebês que nasceram com microcefalia.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
O presidente e os governadores, que também foram eleitos em 2022, são representantes do Poder
Executivo.
Gabarito: E
(A) Nas eleições que ocorrerão no Brasil em 2022, estarão em disputa cargos para as três esferas de poder:
a eleição de presidente e governadores dar-se-á na esfera do Poder Executivo; a eleição de deputados
ocorrerá no âmbito do Poder Legislativo; e a eleição de senadores configurará uma disputa para o Poder
Judiciário.
(B) O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo é o distrital misto, o que significa que os
candidatos mais votados não serão, necessariamente, os eleitos.
(C) No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a esse cargo
somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Nas eleições de 2022, estiveram em disputa os cargos para duas esferas de poder. A eleição de
presidente e governadores se deu na esfera do Poder Executivo. Já a eleição de deputados e senadores
ocorreu no âmbito do Poder Legislativo. Os membros do Poder Judiciário não são escolhidos por meio de
eleições, mas, em geral, são selecionados por concurso público.
b) Incorreta. O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo (deputados e senadores) é
chamado de sistema proporcional, em que o total de votos recebidos pelo partido define a quantidade de
vagas que essa organização política recebe, e o preenchimento das vagas é definido pela ordem decrescente
do número de votos de cada um dos candidatos do partido.
c) Correta. No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a
esse cargo somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.
Todavia, em ambos os sistemas, o mandato de presidente é de quatro anos e o mandatário pode ser reeleito
apenas uma vez. Se reeleito, não poderá concorrer na eleição seguinte, mas poderá voltar a concorrer ao
cargo em uma eleição futura.
Gabarito: C
(QUADRIX/CREMEGO/2022) A respeito das eleições que ocorrerão no Brasil em outubro deste ano e de
assuntos correlatos, julgue os itens.
3. Os cargos que serão disputados nas eleições deste ano são os seguintes: cargo de presidente da
República; cargos de governador; cargos de senador; cargos de deputados federais; e cargos de deputados
estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal).
COMENTÁRIOS:
Nas eleições de 2022 no Brasil, foram disputados os cargos de Presidente da República e Vice-Presidente da
República, de Governador e Vice-Governador, de Senador, de Deputado Federal e Deputado Estadual ou
Distrital, no caso do Distrito Federal.
Gabarito: Certo
4. Nas próximas eleições, menos da metade do eleitorado brasileiro deverá exercer o seu direito ao
voto com identificação biométrica.
COMENTÁRIOS:
Uma estimativa divulgada pelo TSE no mês de agosto informou que 118.151.816 (75,52%) dos eleitores
estavam com as digitais cadastradas para as eleições gerais de 2022, o que representa mais da metade do
eleitorado brasileiro.
Gabarito: Errado
5. O atual presidente da República concorrerá pelo mesmo partido pelo qual se elegeu no pleito de
2018.
COMENTÁRIOS:
O ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi eleito pelo Partido Social Liberal (PSL). Em 2022, concorreu
pelo Partido Liberal (PL).
(QUADRIX/CREMEGO/2022) Em 2022, o Brasil comemora uma importante data cívica. Além disso, serão
realizadas eleições para o Poder Executivo e para o Poder Legislativo. Relativamente a esse quadro, julgue
os itens.
6. Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
COMENTÁRIOS:
Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo a
instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira, com jurisdição nacional. As demais instâncias são
representadas nos momentos de eleição pelos Tribunais Regionais Eleitorais, juízes eleitorais e juntas
eleitorais espalhados pelo Brasil.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
O voto indireto é aquele em que os candidatos políticos são eleitos por meio de um colegiado eleitoral, sem
a participação direta do povo na escolha dos seus representantes. Foi o sistema eleitoral utilizado durante o
período do Regime Militar para a eleições do presidente da república e dos governadores. Os prefeitos eram
indicados. Em 1972, foram restauradas as eleições diretas para prefeito, exceto para as capitais e municípios
considerados áreas de segurança nacional.
Atualmente, a eleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos se faz pelo voto direto.
O voto direto é dado pelo eleitor sem intermediação de nenhum agente, escolhendo o candidato que quiser,
votar em branco ou anular seu voto.
Gabarito: Errado
8. Cada estado brasileiro e o Distrito Federal elegem um único senador para exercer o mandato por
quatro anos.
COMENTÁRIOS:
No total, o Brasil tem 81 senadores. Cada um dos 26 estados e o Distrito Federal elegem três senadores.
O mandato dos senadores é de oito anos, mas as eleições para o Senado acontecem de quatro em quatro
anos. Assim, a cada eleição, a casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras.
No ano de 2022, cada estado elegeu um senador, já que, em 2018, 2/3 do Senado foi renovado.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
O Brasil viveu um regime autoritário, militar-civil, de 1964 a 1985. Após a redemocratização, em 1985, o país
passou a ter eleições diretas regulares para eleger os seus representantes no Legislativo e no Executivo, nos
três níveis: municipal, estadual e federal. As primeiras eleições presidenciais livres e diretas no Brasil
ocorreram em 1989, quando Fernando Collor de Mello, do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), foi
eleito.
O período democrático atual, apesar de existir a pouco mais de três décadas, é o mais longo já vivido no
Brasil em toda a sua história. Ou seja, grande parte da história brasileira foi de regimes autoritários. A
democracia é um dos pilares fundamentais da nossa República.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
As eleições para presidente, governadores, prefeitos e senadores são feitas de acordo com o sistema
majoritário. Nesse sistema, são eleitas as chapas (com titular e vice) que receberem mais votos. No caso dos
senadores, vence o mais votado (nas eleições em que há eleição de apenas um senador, como em 2022), ou
os dois mais votados (nas eleições em que há abertura de duas vagas).
As eleições para vereadores, deputados federais, estaduais e distritais ocorrem pelo sistema de voto
proporcional. Nesse sistema, o total de votos recebidos pelo partido define a quantidade de vagas que o
partido recebe, e a ordem de preenchimento das vagas é estabelecida pela ordem decrescente do número
de votos de cada um dos candidatos do partido.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
No ano de 2022, os cidadãos brasileiros foram às urnas votar para Presidente da República, Governador,
Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual ou Distrital.
Gabarito: Certo
(E) 2% e 5%.
4. Sob o espectro das recentes altas no preço dos combustíveis, o atual governo federal brasileiro
trocou, por mais de uma vez, o presidente da Petrobras.
5. Mais da metade do transporte de cargas do Brasil é feita por meio do modal rodoviário; nesse
sentido, um aumento no preço do frete leva a um aumento na inflação.
6. O Brasil tem um dos menores valores de produto interno bruto (PIB) da América Latina, por isso
responde pela vasta desigualdade social e pela má qualidade na educação pública básica.
A) grande fluidez do capital e lucros garantidos com o destaque no volume de exportação dos produtos
agrícolas e do maquinário em geral.
B) estabilidade no processo de compra e venda, por estar sempre com saldo positivo perante o comércio
internacional de mercadorias.
C) permanente dificuldade econômica, já que o volume exportado de produtos mais baratos não ultrapassa
o volume de importação dos produtos mais caros.
D) grande desigualdade de renda da população, decorrente da exportação dos produtos agrícolas que
deveriam alimentar o mercado interno.
E) trabalho constante para manter a balança comercial em superávit, já que exporta produtos mais baratos
e tem que importar produtos mais caros.
B) A retração da economia global na última década diminuiu a exportação brasileira de minério de ferro,
principalmente para o mercado europeu, maior consumidor do minério brasileiro.
D) A soja tem sido o principal produto de exportação do Brasil, principalmente para o abastecimento do
mercado chinês.
E) O potencial de exportação do Brasil tem caído nos últimos anos em razão da crise que o país atravessa em
diversos setores: ambiental, político e cambial.
9. A União Europeia é um grande mercado para as commodities do Brasil, mas não importa produtos
industrializados do País, para proteger sua indústria.
10. (FCC/SABESP/2019) O indicador caiu 0,2%, no primeiro trimestre de 2019, em relação ao quarto
trimestre de 2018, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
resultado coloca o país na fronteira de uma recessão técnica.
a) o Plano Safra.
b) a Balança comercial.
==274356==
c) a Produção industrial.
e) o Pleno emprego.
13. Atualmente, o massivo investimento em ciência e tecnologia tem feito o setor secundário do Brasil
desempenhar papel de grande destaque no produto interno bruto nacional, que, atualmente, está entre
os dez maiores do mundo.
I. A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por agências classificadoras de risco que avaliam a
capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida.
II. As agências atribuem as notas de risco de crédito apenas a Estados nacionais, mas excepcionalmente
podem avaliar empresas, especialmente estatais que estão em vias de desestatização.
III. Desde final de 2016 as principais agências de risco incluíram o Brasil no grupo de países com classificação
A-, isto é, país com baixo grau de investimento financeiro.
IV. Quanto pior for a classificação de risco maior são os juros cobrados pelos investidores para emprestar
dinheiro, o que amplia a crise econômica do país endividado.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
1. D 6. E 11. C
2. B 7. E 12. C
3. C 8. D 13. E
4. C 9. E 14. C
5. C 10. D
Frente a esse aumento da epidemia é preciso agir para evitar que o cenário se repita em 2023, uma vez que
A) as chuvas de verão, no início do ano, produzem o ambiente ideal para a reprodução do mosquito Aedes
aegypti, que também transmite febre amarela, malária e chikungunya.
B) trata-se de uma doença cíclica e de ocorrência não uniforme, de modo que estados e regiões vivenciam o
seu acirramento em momentos diferentes do ano.
C) o relaxamento das restrições impostas contra a Covid-19, como o distanciamento social, acelerou o
contágio entre pacientes acometidos pela doença.
D) a diminuição da circulação do vírus depende do êxito das campanhas de vacinação, combinadas ao uso
intensivo de inseticidas químicos para eliminar o vetor do vírus.
E) o combate dessa arbovirose necessita de uma ação contínua de eliminação da vegetação de grande e
médio porte, a qual abriga os insetos transmissores e possibilita sua proliferação.
A) poliomielite.
B) HPV.
C) difteria.
D) catapora.
E) caxumba.
doenças que aparecem nesta lista, porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças
evitáveis por vacinação. Os pesquisadores têm alertado para o fato de que ao movimento antivacina pode
ser imputado, em grande medida, o recente ressurgimento de doenças tais como
nacional é longo, lento, mas se mostra inexorável. O primeiro sintoma grave foi a volta do mosquito Aedes
aegypti, muito depois de Oswaldo Cruz, no início do século XX, ter lançado uma campanha para sua
erradicação e, por consequência, da febre amarela urbana. O mosquito trouxe de volta a dengue. Não se
permite, impunemente, a ocupação desordenada das cidades e o falho saneamento básico. Da dengue
passou‐se para outras doenças, incluindo a zika. E agora surge uma enorme ameaça à população,
principalmente às crianças, com a redução da cobertura de vacinas em níveis perigosos.
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do
tema por ele abordado, julgue os itens:
4. Acredita‐se que uma das razões para as centenas de casos de sarampo no Norte do Brasil, na
atualidade, deve‐se à entrada de venezuelanos sem imunização na região.
5. O texto sugere que a precariedade do saneamento básico favorece o surgimento de várias doenças
evitáveis.
6. O Brasil não tem tradição de promover campanhas nacionais de vacinação em massa da população
para a erradicação de doenças como a paralisia infantil (poliomielite).
7. A inexistência de um sistema público único de saúde impede que a maioria da população brasileira
possa ser atendida gratuitamente em hospitais e postos de saúde.
10. Sabe‐se que o adequado tratamento da água e do esgoto evita o surgimento de muitas doenças.
1. B 5. C 9. E
2. A 6. E 10. C
3. A 7. E 11. C
4. C 8. E
(A) Nas eleições que ocorrerão no Brasil em 2022, estarão em disputa cargos para as três esferas de poder:
a eleição de presidente e governadores dar-se-á na esfera do Poder Executivo; a eleição de deputados
ocorrerá no âmbito do Poder Legislativo; e a eleição de senadores configurará uma disputa para o Poder
Judiciário.
(B) O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo é o distrital misto, o que significa que os
candidatos mais votados não serão, necessariamente, os eleitos.
(C) No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a esse cargo
somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.
(QUADRIX/CREMEGO/2022) A respeito das eleições que ocorrerão no Brasil em outubro deste ano e de
assuntos correlatos, julgue os itens.
3. Os cargos que serão disputados nas eleições deste ano são os seguintes: cargo de presidente da
República; cargos de governador; cargos de senador; cargos de deputados federais; e cargos de deputados
estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal).
4. Nas próximas eleições, menos da metade do eleitorado brasileiro deverá exercer o seu direito ao
voto com identificação biométrica.
5. O atual presidente da República concorrerá pelo mesmo partido pelo qual se elegeu no pleito de
2018.
(QUADRIX/CREMEGO/2022) Em 2022, o Brasil comemora uma importante data cívica. Além disso, serão
realizadas eleições para o Poder Executivo e para o Poder Legislativo. Relativamente a esse quadro, julgue
os itens.
6. Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
8. Cada estado brasileiro e o Distrito Federal elegem um único senador para exercer o mandato por
quatro anos.
==274356==
1. E 5. E 9. C
2. C 6. C 10. E
3. C 7. E 11. C
4. E 8. E