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Aula 02

Câmara dos Deputados (Analista


Legislativo - Diversos Cargos)
Conhecimentos Gerais - 2023
(Pré-Edital)

Autor:
Leandro Signori

14 de Março de 2023

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Aula 02

Índice
1) Organização Política e Territorial do Brasil
..............................................................................................................................................................................................3

2) Eleições de 2022 no Brasil


..............................................................................................................................................................................................5

3) O Brasil e a Questão Migratória


..............................................................................................................................................................................................
20

4) IDH
..............................................................................................................................................................................................
23

5) Censo Demográfico
..............................................................................................................................................................................................
27

6) Novo Ensino Médio


..............................................................................................................................................................................................
30

7) Chuva extremas, enchentes e deslizamentos de encostas no Brasil


..............................................................................................................................................................................................
32

8) Questões Comentadas - Organização Política e Territorial do Brasil - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
37

9) Questões Comentadas - Eleições de 2022 no Brasil - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
38

10) Questões Comentadas - O Brasil e a Questão Migratória - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
43

11) Questões Comentadas - IDH - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
47

12) Questões Comentadas - Censo Demográfico - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
49

13) Lista de Questões - Organização Política e Territorial do Brasil - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
53

14) Lista de Questões - Eleições de 2022 no Brasil - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
54

15) Questões Comentadas - O Brasil e a Questão Migratória - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
56

16) Lista de Questões - IDH - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
60

17) Lista de Questões - Censo Demográfico - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
62

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ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E TERRITORIAL DO BRASIL


Na sua atual configuração política, o Brasil é uma República Federativa composta por 26 estados, mais o
Distrito Federal, e por 5.568 municípios. O sistema federativo foi adotado a partir de 1889, com a
Proclamação da República, que transformou as então províncias em estados.

A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal. O governo de
qualquer um deles não pode determinar o que o governo do outro pode ou não fazer. Cada um exerce suas
competências dentro dos limites reservados pela Constituição.

Os estados são regidos por Constituições Estaduais e os municípios por Leis Orgânicas Municipais, cujos
princípios não podem contrariar os da Constituição Federal e Estadual. Ambos elegem os seus governantes
e representantes no Poder Legislativo.

Estrutura dos Poderes

O Brasil adota a estrutura de organização dos poderes políticos em três grandes poderes, ideia que foi
desenvolvida na época do Iluminismo e foi sistematizada pelo filósofo Montesquieu. O Estado Brasileiro é
formado pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa divisão é uma cláusula pétrea na Constituição
Federal, isto é, não pode ser alterada por Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Poder Executivo

A atribuição do Executivo é a de governar o povo e administrar os interesses públicos. Juntamente do


Legislativo, participa da elaboração de leis e as executa.

O chefe do Poder Executivo em nível federal é o Presidente da República. Em nível estadual, são os
Governadores, e, em nível municipal, são os Prefeitos.

Poder Legislativo

A atribuição central do Legislativo é de elaborar e propor as leis que regerão a sociedade.

O Poder Legislativo brasileiro em nível federal é bicameral, ou seja, é constituído por duas câmaras: o Senado
Federal e a Câmara dos Deputados. Seus representantes são, respectivamente, os Senadores e os Deputados
Federais.

Nos estados, o Poder Legislativo é constituído pelas Assembleias Legislativa Estaduais, compostas pelos
Deputados Estaduais.

Já em nível municipal, os representantes do Poder Legislativo são os Vereadores.

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Poder Judiciário

O Poder Judiciário é constituído em suas instâncias mais altas pelo Supremo Tribunal Federal e pelos
tribunais superiores de Justiça, do Trabalho, Eleitoral e Militar. É representado pelos juízes,
desembargadores e ministros.

Tem a capacidade e a prerrogativa de julgar de acordo com as regras constitucionais e leis do país. Dos três
poderes, é o único cujos titulares não são eleitos pela população.

==5617c==

Organização Política e Territorial do Brasil

O Brasil é uma República Federativa composta por 26 estados, mais o Distrito Federal, e por 5.568
municípios.
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.
O Brasil adota a estrutura de organização dos poderes políticos em três grandes poderes, ideia que foi
desenvolvida na época do Iluminismo e foi sistematizada pelo filósofo Montesquieu. O Estado Brasileiro
é formado pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa divisão é uma cláusula pétrea na
Constituição Federal, isto é, não pode ser alterada por Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

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ELEIÇÕES DE 2022 NO BRASIL


No ano de 2022, os cidadãos brasileiros foram às urnas votar nas chapas para Presidente da República e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual
ou Distrital.

O primeiro turno das eleições ocorreu em 2 de outubro, e o segundo no dia 30 de outubro. As datas
correspondem ao primeiro e último domingo do mês, conforme prevê a Constituição Federal. Os eleitos
serão diplomados até o dia 19 de dezembro de 2022.

A seguir, vamos discorrer sobre alguns tópicos relevantes das eleições deste ano.

Sistema Eleitoral

O voto no Brasil é permitido a cidadãos maiores de 16 anos, e obrigatório entre 18 e 70 anos. Aqueles que
não votarem em uma eleição e depois não apresentarem uma justificativa aceitável, como estar ausentes de
seu lugar de votação na data, devem pagar uma multa de R$ 3,51. Os cidadãos brasileiros que residem fora
do Brasil só podem votar para a eleição presidencial.

Eleições majoritárias

As eleições para presidente, vice-presidente, governador e vice-governador dos estados e do Distrito Federal
são feitas de acordo com o sistema majoritário. Assim, são eleitas as chapas (com titular e vice) que
receberem mais votos. Caso alguma não obtenha a maioria absoluta (50% +1 dos votos válidos, o que exclui
os brancos e os nulos), as duas chapas mais votadas concorrem entre si no segundo turno.

As eleições para senador também são majoritárias, mas, nesse caso, vence o mais votado (no caso de se
eleger apenas um senador, como em 2022), ou os dois mais votados (quando há abertura de duas vagas),
independentemente de quantidade de votos, sem possibilidade de segundo turno. Os mandatos dos
senadores são de oito anos, de forma que, em cada eleição, são eleitos, alternadamente, um ou dois
senadores.

Em 2022, um terço dos 81 membros do Senado Federal foram eleitos, os outros dois terços dos senadores
foram escolhidos em 2018.

Eleições proporcionais

Nas eleições proporcionais (para deputados federais, estaduais e distritais), o sistema eleitoral é o voto
proporcional por lista aberta. Nesse caso, o total de votos recebidos pelo partido (incluindo a possibilidade
do voto em legenda, ou seja, apenas nos números do partido, sem indicação de candidato) define a
quantidade de vagas que o partido recebe, e a ordem de preenchimento das vagas ocorre pela ordem
decrescente do número de votos de cada um dos candidatos do partido.

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Até as eleições gerais no Brasil em 2014, havia a possibilidade da formação de coligação partidária. O sistema
de coligações para as eleições proporcionais foi extinto pela reforma eleitoral de 2017, e, nas eleições gerais
de 2018, a distribuição de vagas foi apenas por partido. No entanto, a legislação continuou a permitir a união
de partidos em torno de uma única candidatura nas eleições majoritárias (para os cargos presidente,
senador, governador e prefeito). A partir das eleições de 2022, passou a valer o sistema da federação
partidária, que se difere das coligações proporcionais, como veremos a seguir.

Federações Partidárias

A Lei nº 14.208, de 28 de setembro de 2021, é a responsável por regulamentar a criação de Federações


Partidárias no Brasil. Seu conceito está expresso no artigo 11-A:

Art. 11-A: Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua
constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se
fosse uma única agremiação partidária.

A Federação Partidária permite que dois ou mais partidos políticos se unam não somente nas eleições, mas
também durante a legislatura. A união dos partidos na federação partidária tem abrangência nacional e
duração mínima de quatro anos. Todos os partidos da federação partidária terão que apoiar os mesmos
candidatos majoritários em nível nacional, estadual e municipal. Haverá uma única chapa de candidaturas
proporcionais, como se fosse uma coligação, para as eleições de deputados e vereadores.

As Federações Partidárias podem ser equiparadas a partidos políticos. Isso significa que elas funcionarão por
meio de uma bancada dentro das Casas Legislativas, o que resulta em uma diminuição no número de
bancadas nos Legislativos.

Além disso, o objetivo é unir partidos com afinidade ideológica e, dessa forma, facilitar para o eleitor
acompanhar o seu voto, visto que há muitos partidos ativos atualmente com mais ou menos os mesmos
ideais e princípios.

E ainda, as federações ajudam os partidos menores, ou com uma força parlamentar mais singela no
Congresso Nacional, a alcançarem a cláusula de barreira, regra legal que limita a atuação de partidos políticos
que não obtêm determinada porcentagem de votos no país.

Na hipótese de desligamento de um ou mais partidos, a federação poderá ter continuidade, desde que nela
permaneçam ao menos duas agremiações. Contudo, a legenda que se desvincular antes do prazo mínimo de
quatro anos poderá sofrer sanções, como a proibição de ingressar em nova federação, de celebrar coligação
nas duas eleições seguintes e de utilizar recursos do Fundo Partidário até que seja completado o tempo
remanescente.

O partido que se desligar da federação poderá participar da eleição isoladamente, se a ruptura ocorrer até
seis meses antes do pleito. Caso a extinção da federação seja motivada pela fusão ou pela incorporação entre
os partidos, nenhuma das penalidades será aplicada.

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Qual a diferença entre Federação Partidária e Coligação Partidária?

As coligações partidárias são alianças que partidos fazem para aumentar as chances de vitória em uma
eleição. As coligações têm uma natureza apenas eleitoral e temporária, sendo realizadas somente no período
das eleições, posteriormente são extintas.

Já no caso das federações partidárias, dois ou mais partidos políticos podem se unir como se fossem um
único partido, e essa união terá que ter uma duração mínima de quatro anos.

Cláusula de Barreira

A Emenda Constitucional 103 nº 97, de 4 de outubro de 2017 (também conhecida como mini reforma
política), estabeleceu, dentre várias alterações, que os partidos precisam atingir um desempenho eleitoral
mínimo para que tenham direito ao tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário, que aumentará
gradativamente até o ano de 2030. É a chamada "cláusula de barreira" ou "cláusula de desempenho".

Nas eleições deste ano, para que tenham acesso ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV, além
dos recursos do fundo partidário, as legendas deveriam alcançar, na eleição para a Câmara dos Deputados:

• no mínimo 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas; ou

• eleger pelo menos 11 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
federação.

No caso das federações partidárias, para a verificação da cláusula de desempenho, deverão ser consideradas
a soma da votação e a representação dos partidos unidos na federação.

Biometria

A justiça eleitoral tem gradualmente implantado a identificação e a verificação biométrica da impressão


digital para votar. O objetivo é ter mais segurança e evitar fraudes, como um eleitor votar no lugar de outra
pessoa com uma identidade falsa ou que alguém vote no lugar de um eleitor morto.

Nas eleições de 2018, mais de 50% dos eleitores brasileiros estavam aptos a votar por meio da identificação
biométrica. A expectativa era de aumentar esse percentual para as eleições de 2020, para que, em 2022,
fosse obrigatória em todo o país. Porém, devido à pandemia da covid-19, não houve identificação biométrica
do eleitorado nas eleições de 2020. Pelo mesmo motivo, os cartórios eleitorais de todo o país suspenderam
o cadastramento de novas biometrias até que a situação de emergência sanitária se regularize. O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) reviu seu planejamento e passou a ter como meta que a identificação biométrica
alcance quase 100% do eleitorado apto a votar até as eleições de 2026.

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Urna Eletrônica

O presidente Jair Bolsonaro tem feito declarações públicas colocando dúvidas quanto o processo eleitoral
brasileiro e à possibilidade de fraudes nos votos registrados pelas urnas eletrônicas. O presidente e seus
apoiadores defendem a implementação do sistema de voto impresso.

O método de votação da urna eletrônica usado no Brasil foi o resultado de um trabalho de mais de 60 anos
e, desde sua implementação, em 1996, nunca houve fraude em uma eleição. O processo eletrônico de
votação tem diversos mecanismos para assegurar a sua segurança. Segundo a Justiça Eleitoral, existem mais
de 30 camadas de segurança nas urnas eletrônicas. Elas não têm conexão com a internet, bluetooth ou
qualquer outra rede aberta.

Minirreforma Eleitoral

Foi promulgada, no mês de setembro de 2021, a Emenda Constitucional 111, de 2021, também conhecida
como “Minirreforma Eleitoral”, que contempla mudanças nas regras para as eleições no país. Vejamos
algumas das principais alterações para a legislação eleitoral já vigentes nas eleições de 2022:

• Fidelidade partidária: pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores que
saírem do partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se a legenda concordar com a
saída. Antes, vereadores e deputados só poderiam mudar de partido sem perder o mandato em caso de
“justa causa”;

• Incentivos a candidaturas de negros e mulheres: votos dados a mulheres e pessoas negras serão
contados em dobro para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de
2022 a 2030;

• Incorporação: a Emenda Constitucional prevê uma regra para impedir que, em caso de incorporação
de partidos, eventuais sanções aplicadas ao partido incorporado não sejam transferidas para o partido
incorporador nem aos seus novos dirigentes, exceto aos que já integravam o partido incorporado;

• Nova data de posse: a partir das eleições de 2026, a posse do presidente da República será em 5 de
janeiro. Já os governadores serão empossados no dia 6 de janeiro. Atualmente, ambas as cerimônias ocorrem
em 1º de janeiro. Os candidatos eleitos para a Presidência da República e para os governos estaduais em
2022 tomarão posse normalmente em 1º de janeiro de 2023, entretanto, seus mandatos durarão até a posse
de seus sucessores, em 5 e 6 de janeiro de 2027;

• Consultas populares: a PEC definiu regras para a realização de consultas populares sobre aspectos
locais, que devem ser feitas junto com as eleições municipais. Essas consultas terão que ser aprovadas pelas
câmaras municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 dias antes da data das eleições, e as
manifestações dos candidatos sobre essas questões não poderão ser exibidas durante a propaganda gratuita
no rádio e na televisão.

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Balanço das Eleições

Lula (PT) venceu as eleições presidenciais de 2022, em segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, Lula
recebeu 60.345.999 votos (50,9% dos votos válidos) e Jair Bolsonaro (PL) 58.206.354 votos (49,1% dos votos
válidos). É a menor diferença da história brasileira desde a redemocratização da década de 1980, após o
regime militar.

Lula venceu em 13 estados, Bolsonaro também venceu em 13 estados mais o Distrito Federal. O Nordeste
foi decisivo para a vitória de Lula, sendo a única das cinco grandes regiões em que o petista superou
Bolsonaro. No geral, Lula e Bolsonaro mantiveram os percentuais de votos no Nordeste, nas eleições de 2018
e 2022. Para alguns analistas políticos, o Sudeste foi decisivo para a vitória de Lula e a derrota de Bolsonaro,
já que o candidato do PT cresceu nessa região em comparação a 2018, enquanto o candidato do PL diminuiu
a sua votação. Vejamos nos infográficos, a seguir, mais informações sobre o resultado da eleição
presidencial:

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Quando assumir, em janeiro, Lula, que tem 77 anos, será o mais velho ocupante do cargo na história. Será
sua terceira passagem pelo governo, pois já liderou em dois mandatos anteriores (2003-2010).

Essa foi também a primeira vez que o pleito foi decidido entre dois nomes que já comandaram o país.

As abstenções no segundo turno das eleições presidenciais chegaram a 20,58% do total de eleitores aptos a
voto, o menor registrado desde 2006. Esta é a primeira vez que a abstenção no segundo turno foi menor
que a do primeiro turno (20,95%). Números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evidenciam que as taxas de
abstenção tendem a crescer entre o primeiro e o segundo turno, histórico interrompido nesse pleito.

Senado Federal

O Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, elegeu o maior número de Senadores e, com isso, terá a maior
bancada no Senado Federal, com oito senadores eleitos em 2022.

A sigla ocupará 14 das 81 cadeiras do Senado na próxima legislatura, que começa em 2023. É o partido que
apresentou maior crescimento de bancada nessas eleições. Em seguida, o União Brasil, com 11 senadores,
será a segunda maior bancada.

O MDB, por sua vez, foi quem mais perdeu no Senado: passou de 12 para nove senadores, e de primeira para
quarta maior bancada. O PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, passou de sete para nove senadores, empatando
com o MDB na quarta posição.

Vejamos no infográfico a seguir como será a composição do Senado Federal a partir de 2023:

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Câmara dos Deputados

O PL também elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados. A legenda conseguiu 99 vagas para
deputado, fiando à frente do PT (68), do União Brasil (59), do PP (47) e do MDB (42).

No comparativo com a atual bancada da Câmara dos Deputados, o PL foi o partido que mais aumentou o
número de deputados, somando 22 parlamentares a mais. O PT vem em seguida, com 12 deputados a mais.

Por outro lado, o PSDB foi o partido que teve a maior redução na bancada, saindo dos atuais 23 deputados
para 13. Esse foi o pior resultado, ao menos, desde 1998, último ano em que os dados estão disponíveis no
site da Câmara dos Deputados. O PP também teve redução de 10 vagas: em 2018 eram 57 deputados, agora
foram eleitos 47.

Além disso, foram reduzidos o número de partidos com representantes na Câmara. Foram eleitos deputados
de 23 partidos para a legislatura 2023-2026, número menor que o registrado em 2018, quando 30 siglas
conseguiram eleger ao menos um deputado.

Vejamos no infográfico a seguir como será a composição da Câmara dos Deputados a partir de 2023:

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O Brasil elegeu um número recorde de mulheres e negros. A partir de 2023, quando os novos escolhidos
assumirem os mandatos, a Câmara terá 91 deputadas federais e 135 parlamentares negros, pardos ou
pretos, segundo a denominação do IBGE. O número de negros e de mulheres na Câmara tem aumentado
progressivamente no país ao longo dos últimos anos.

A Câmara dos Deputados também terá pela primeira vez na história duas mulheres trans como deputadas
federais: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).

Também foram eleitas, pela primeira vez, duas mulheres indígenas como deputadas federais no Brasil. Sonia
Guajajara (PSOL) conquistou o marco em São Paulo, com mais de 156 mil votos, e Célia Xakriabá (PSOL)
recebeu 101 mil votos, ganhando em Minas Gerais.

Os deputados federais mais votados foram: 1º Nikolas Ferreira (PL-MG), vereador de Belo Horizonte que
tem 26 anos e contou com o apoio de 1.492.047 de eleitores; 2º Guilherme Boulos (PSOL-SP), com 1.001.472
votos; 3ª Carla Zambelli (PL-SP), com 946.244 votos; 4º Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 741.701; 5º Ricardo
Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro, eleito com 640.918 votos.

Governos Estaduais

Nas eleições de 2022, quinze estados decidiram o governador no primeiro turno e 15 no segundo turno.

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Essas eleições bateram recorde de governadores reeleitos desde 2006: dos 20 candidatos, 18 confirmaram
o segundo mandato. Apenas em dois estados, São Paulo e Santa Catarina, os eleitores escolheram em não
dar continuidade ao governo atual.

Com quatro estados, PT e União Brasil são os partidos com mais estados sob comando. Outros três partidos
elegeram três governadores cada um: MDB, PSB e PSDB. Quatro partidos elegeram dois governadores: PL,
PP, PSD e Republicanos. Dois partidos elegeram apenas um representante cada: Novo e Solidariedade.

É possível conferir a seguir a lista de governadores eleitos:

==5617c==

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Eleições de 2022 no Brasil

No ano de 2022, os cidadãos brasileiros foram às urnas votar para nas chapas para Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado
Estadual ou Distrital.
As eleições para presidente, vice-presidente, governador e vice-governador dos estados e do Distrito
Federal são feitas de acordo com o sistema majoritário, no qual são eleitas as chapas (com titular e
vice) que receberem mais votos. As eleições para senador também são majoritárias, mas, nesse caso,
vence o mais votado. Em 2022, um terço dos 81 membros do Senado Federal foram eleitos, tendo os
outros dois terços sido escolhidos em 2018.
Para as eleições de 2022, valeu o sistema da federação partidária, o qual permite que dois ou mais
partidos políticos se unam não somente nas eleições, mas também durante a legislatura. A união dos
partidos na federação partidária tem abrangência nacional e uma duração mínima de quatro anos.
Todos os partidos da federação partidária terão que apoiar os mesmos candidatos majoritários em nível
nacional, estadual e municipal. Haverá uma única chapa de candidaturas proporcionais, como se fosse
uma coligação, para as eleições de deputados e vereadores.
A Emenda Constitucional 103 nº 97, de 4 de outubro de 2017 (também conhecida como mini reforma
política), estabeleceu, dentre várias alterações, que os partidos precisam atingir um desempenho
eleitoral mínimo para que tenham direito ao tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário, que
aumentará gradativamente até o ano de 2030. É a chamada "cláusula de barreira" ou "cláusula de
desempenho".
Nas eleições de 2018, mais de 50% dos eleitores brasileiros estavam aptos a votar por meio da
identificação biométrica. A expectativa era de aumentar esse percentual para as eleições de 2020, para
que, em 2022, fosse obrigatória em todo o país. Todavia, devido à pandemia da covid-19, não houve
identificação biométrica do eleitorado nas eleições de 2020 e, pelo mesmo motivo, os cartórios
eleitorais de todo o país suspenderam o cadastramento de novas biometrias até que a situação de
emergência sanitária se regularize.

Minirreforma Eleitoral

As principais mudanças implementadas pela Emenda Constitucional 111, de 2021, foram:


• Fidelidade partidária: deputados federais, estaduais e distritais e vereadores que saírem do
partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se a legenda concordar com a saída;
• Incentivos a candidaturas de negros e mulheres: votos dados a mulheres e pessoas negras
serão contados em dobro para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas
eleições de 2022 a 2030;

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• Incorporação: em caso de incorporação de partidos, eventuais sanções aplicadas ao partido


incorporado sejam transferidas para o partido incorporador nem aos seus novos dirigentes, exceto aos
que já integravam o partido incorporado;
• Nova data de posse: a partir das eleições de 2026, a posse do presidente da República será em
5 de janeiro. Já os governadores serão empossados no dia 6 de janeiro;
• Consultas populares: a realização de consultas populares sobre questões locais deve ser feita
junto com as eleições municipais, e terão que ser aprovadas pelas câmaras municipais e encaminhadas
à Justiça Eleitoral até 90 dias antes da data das eleições. As manifestações dos candidatos sobre essas
questões não poderão ser exibidas durante a propaganda gratuita no rádio e na televisão.
Veto: O Senado rejeitou a volta das coligações para as eleições proporcionais, as quais haviam sido
aprovadas na Câmara dos Deputados e extintas na Reforma Eleitoral de 2017.

Balanço das Eleições

A eleição para presidente da república foi disputada em um segundo turno, entre Lula (PT) e Jair
Bolsonaro (PL). Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 50,9% dos votos e Bolsonaro, 49,1%.
Lula venceu em 13 Estados, e Bolsonaro também venceu em 13 estados mais o Distrito Federal. O
Nordeste foi decisivo para a vitória de Lula, sendo a única das cinco grandes regiões nas quais o petista
superou Bolsonaro.
Senado Federal - O Partido Liberal (PL) elegeu o maior número de Senadores e, com isso, terá a maior
bancada no Senado Federal: 14 senadores. Em seguida, o União Brasil, com 11 senadores, será a
segunda maior bancada. A terceira maior bancada será do MDB e PSD, ambos com 10 senadores. O PT
ficará com a quinta maior bancada, com nove senadores.
Câmara dos Deputados - O PL também elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados. A legenda
conseguiu 99 vagas para deputado, ficando à frente de PT (68), do União Brasil (59), do PP (47) e do
MDB (42).
Na Câmara dos Deputados, o Brasil elegeu um número recorde de mulheres e negros. Também terá
pela primeira vez na história duas mulheres trans como deputadas federais, além de serem eleitas, pela
primeira vez, duas mulheres indígenas como deputadas federais no Brasil.
Governos Estaduais - Essas eleições bateram recorde de governadores reeleitos desde 2006: dos 20
candidatos, 18 confirmaram o segundo mandato. Apenas em dois estados, São Paulo e Santa Catarina,
os eleitores escolheram em não dar continuidade ao governo atual.
Com quatro estados, PT e União Brasil são os partidos com mais governos estaduais sob comando.
Outros três partidos elegeram três governadores cada um: MDB, PSB e PSDB. Quatro partidos elegeram
dois governadores: PL, PP, PSD e Republicanos. Dois partidos elegeram apenas um representante cada:
Novo e Solidariedade.

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O BRASIL E A QUESTÃO MIGRATÓRIA


O número de estrangeiros que vivem no Brasil cresceu no século XXI. Contribui para isso as ações da
diplomacia brasileira de acolher migrantes vítimas de catástrofes naturais ou que fogem de guerras.
Contudo, o principal fator é a maior visibilidade brasileira ao redor do planeta. País emergente, uma das
maiores economias do mundo, que sediou grandes eventos como a Copa do Mundo em 2014 e as Olímpiadas
em 2016.

Os maiores contingentes de imigrantes são da Venezuela, do Haiti e da Bolívia. Além dos latino-americanos,
desses e de outros países, aumentou também o número de asiáticos e africanos, principalmente de países
como Síria, Senegal, Nigéria e Gana, em geral, fugindo de conflitos bélicos nos seus países.

Os haitianos vêm para o Brasil fugindo da situação econômica e social precária e da instabilidade política do
país, que também é constantemente afetado por desastres naturais. Um dos principais fluxos de haitianos
para o Brasil ocorreu a partir de 2010, logo após um grande terremoto devastar o país. Segundo dados da
Polícia Federal, aproximadamente 93 mil haitianos entraram em território brasileiro entre 2010 e 2017.

Já o fluxo de venezuelanos que chegou ao Brasil foi mais intenso entre os anos de 2015 e 2019, quando o
país passou pelo pior momento de sua crise política e socioeconômica, marcada por uma hiperinflação, grave
escassez de medicamentos, suprimentos médicos e alimentos, além de uma repressão implacável do
governo e taxas extremamente altas de crimes violentos.

Os venezuelanos entram no Brasil principalmente por Pacaraima, em Roraima. A grande maioria dos que
permanecem no Brasil acaba ficando nesse estado, o de menor população, especialmente na sua capital,
Boa Vista. Os estados de Roraima e Amazonas enfrentaram surtos de sarampo no ano de 2018. De acordo
com o Ministério da Saúde, o surto relacionou-se com a importação de casos, ou seja, de refugiados
venezuelanos que entraram no Brasil com o vírus e o transmitiram para brasileiros.

A imigração boliviana para o Brasil possui um fluxo mais contínuo se comparado com a dos venezuelanos e
haitianos. Não houve um desastre ou evento específico que tenha intensificado essa imigração. As condições
socioeconômicas estão na base do fenômeno migratório boliviano. No imaginário da maioria dos bolivianos,
o Brasil é um país de oportunidades, com uma população hospitaleira.

Apenas 0,4% de todos os habitantes do Brasil são estrangeiros. Essa é uma proporção bem pequena,
principalmente quando comparada com a média mundial dos países em desenvolvimento, que é de 1,7%.

Na Argentina, por exemplo, quase 5% da população não nasceu no país. No Chile (2,7%) e no Paraguai (2,4%),
a concentração também é maior. Há mais brasileiros vivendo no exterior do que nascidos no estrangeiro
vivendo no país. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), mais de 3 milhões de brasileiros
vivem fora do país - quatro vezes o número de estrangeiros aqui.

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Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 1920, 1 em cada 20 pessoas (5%) no país
era estrangeira - recorde da nossa história recente. Nessa época, consolidava-se no país a presença de
comunidades alemãs e italianas. ==5617c==

O contingente estrangeiro no país foi caindo, ao mesmo tempo em que a população nativa crescia. No Censo
2000, registraram-se 431 mil imigrantes para uma população de 190 milhões de habitantes. A trajetória
dessa curva se alterou a partir de 2010, com a chegada de bolivianos, haitianos e, mais recentemente, sírios
e venezuelanos - ainda assim, o país se mantém muito abaixo das proporções migratórias vistas ao resto do
mundo.

Para Camila Asano, coordenadora da ONG Conectas, o Brasil tem dimensões continentais e condições de
receber os migrantes. Se os brasileiros têm dificuldade de acessar serviços básicos, isso é anterior à chegada
dessas pessoas. Devem-se aprimorar serviços, para que o atendimento a ninguém, migrante ou brasileiro,
seja prejudicado por gestão ineficiente. Isso, de maneira alguma, deve servir de justificativa para criticar a
chegada de migrantes.

Lei da migração no Brasil

Aprovada em 2017, a Lei nº 13.445/2017, que ficou conhecida como Nova Lei da Migração, substituiu o
Estatuto do Estrangeiro de 1980. A antiga lei adotava uma postura de segurança nacional e de criminalização
do estrangeiro.

Principais pontos da lei:

▪ Paradigma central = proteção de direitos humanos na temática das migrações, como decorrência da
proteção constitucional da dignidade da pessoa humana;
▪ Ao migrante é garantida, assim como aos nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, assegurando-lhe também os direitos e liberdades civis, sociais,
culturais e econômicos;
▪ Regularização migratória passa a ser a regra;
▪ Facilita a obtenção de documentos para legalizar a permanência do imigrante no Brasil, bem como o
acesso ao mercado de trabalho regular e serviços públicos;
▪ Os imigrantes não podem mais ser presos por estarem de modo irregular no país;
▪ Permite aos imigrantes que se manifestem politicamente, associando-se a reuniões políticas e sindicatos;

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▪ Diferente do Estatuto do Estrangeiro, a lei também trata dos brasileiros que vivem no exterior; e
▪ Repudia expressamente a discriminação e a xenofobia.

Conclusão

Somos um país de 211 milhões de habitantes, com pouquíssimos imigrantes. O Brasil atravessa um difícil
momento econômico, político e social. O desemprego atinge milhões de brasileiros. A causa dos nossos
graves problemas não está nos imigrantes, tampouco, em alguns milhares de venezuelanos que migraram
para o nosso país. É um número ínfimo, muito pequeno, diante do tamanho da nossa população.

Se houvesse vontade política e uma adequada governança do nosso país, a vida do brasileiro estaria bem
melhor, bem como a capacidade do país de acolher estrangeiros, especialmente dos que aqui buscam
refúgio, como os venezuelanos, sírios e haitianos.

O Brasil e a questão migratória

O número de estrangeiros que vivem no Brasil cresceu no século XXI. Os maiores contingentes de
imigrantes são da Venezuela, do Haiti e da Bolívia. Além dos latino-americanos, desses e de outros
países, aumentou também o número de asiáticos e africanos, principalmente de países como Síria,
Senegal, Nigéria e Gana, em geral, fugindo de conflitos bélicos nos seus países.
Apenas 0,4% de todos os habitantes do Brasil são estrangeiros. Essa é uma proporção bem pequena,
principalmente quando comparada com a média mundial dos países em desenvolvimento, que é de
1,7%.
Lei da migração no Brasil: a Lei nº 13.445/2017 substituiu o Estatuto do Estrangeiro de 1980. A antiga
lei adotava uma postura de segurança nacional e de criminalização do estrangeiro.
▪ Paradigma central = proteção de direitos humanos na temática das migrações, como decorrência da
proteção constitucional da dignidade da pessoa humana;

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IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) surgiu em 1990, no Primeiro Relatório de Desenvolvimento
Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) da ONU. O índice varia em uma
escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH. No ranking, os países são divididos em
quatro categorias: nações com índice de desenvolvimento "muito alto" (igual ou acima de 0,800), "alto" (de
0,700 a 0,799), "médio" (de 0,555 a 0,699) e "baixo" (abaixo de 0,555).

O IDH leva em conta três indicadores:

Educação (acesso ao conhecimento) – Duas taxas são usadas para medir a qualidade da educação de um
país. O primeiro é a média de anos de educação de adultos (pessoas com mais de 25 anos de idade). O
segundo é a expectativa de anos de estudo para crianças, no início da vida escolar.

Saúde (vida longa e saudável) – A expectativa de vida ao nascer é utilizada para medir a longevidade da
população de um país. Esse número leva em conta todas as mortes precoces que ocorrem no país para
chegar a uma expectativa de quantos anos viverá um recém-nascido. Ou seja, tem relação com fatores como
as condições de saúde, a taxa de mortalidade infantil e a violência nacionais.

Renda (padrão de vida) – O terceiro componente do IDH é determinado pela renda per capita nacional. Para
chegar à renda per capita, você deve dividir toda a renda nacional pelo número de habitantes de um país.
Para evitar distorções na análise, a renda per capita é medida em dólar, considerando ainda a paridade do
poder de compra (um método que revela quanto a moeda local é capaz de comprar no âmbito internacional,
desconsiderando o custo de vida local).

O último relatório do IDH dos países é de 2022, com informações do ano de 2021. Nessa lista, o Brasil está
em 87º lugar, com índice de 0,754. Está classificado como um país de IDH alto. Contudo, o Brasil tem
registrado queda no ranking global ao longo dos anos recentes, e, nessa última medição, o valor do IDH
também recuou:

• Em 2021, o Brasil ocupa a posição 87ª, com índice de 0,754.


• Em 2020, o Brasil estava na 84ª, com 0,758.
• E, em 2019, estava na 79ª, com 0,766.

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A queda nas posições, mesmo com o aumento do índice, mostra que o Brasil tem obtido progresso, porém,
de forma mais lenta que outros países. Contudo, a queda geral do índice nesse último biênio mostra um
retrocesso do IDH.

Apesar disso, o número não pode ser avaliado de forma isolada, pois o IDH global também registrou queda
nesse período: passou de 0,739 para 0,732 entre 2019 e 2021. Segundo a ONU, o IDH registrou queda por
causa dos reveses causados pela pandemia de covid-19 e das mudanças climáticas. A guerra na Ucrânia já
produz efeitos que podem piorar este cenário. A reversão do IDH é quase universal, pois mais de 90% dos
países registraram declínio na pontuação em 2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos dois anos, sinalizando
que a crise ainda está se aprofundando em muitos deles, segundo o PNUD. Porém, a queda não foi
generalizada e alguns países como China, Austrália, Coreia do Sul e Japão apresentaram ganhos nesse
período.

Veja nas imagens abaixo o panorama geral do índice no mundo:

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==5617c==

Os números do IDH — Foto: Arte/O Globo

De um modo geral, Europa e América do Norte predominam entre os países de desenvolvimento muito alto;
países latino-americanos e do leste europeu aparecem na categoria de desenvolvimento alto; países do
norte africano e do sudeste asiático predominam entre os de desenvolvimento médio; e boa parte dos países
africanos figura entre os países de desenvolvimento baixo.

Na América do Sul, o país mais bem colocado é o Chile, com 0,855 de IDH em 42º lugar. A seguir vêm
Argentina, em 47º (0,842); Uruguai, em 58º (0,809); Peru, em 84º (0,762); Brasil, em 87º (0,754); e Colômbia,
em 88º (0,752).

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IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano - IDH surgiu em 1990, no Primeiro Relatório de Desenvolvimento


Humano do PNUD/ONU. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado
é o IDH.
No ranking, os países são divididos em quatro categorias: nações com índice de desenvolvimento
"muito alto" (igual ou acima de 0,800), "alto" (de 0,700 a 0,799), "médio" (de 0,555 a 0,699) e "baixo"
(abaixo de 0,555).
O IDH leva em conta três indicadores:
• Educação – acesso ao conhecimento.
• Saúde – vida longa e saudável.
• Renda – padrão de vida.
O último relatório do IDH dos países é de 2022, com informações do ano de 2021. Nessa lista, o Brasil
está em 87º lugar, com índice de 0,754. Está classificado como um país de IDH alto. Contudo, o Brasil
tem registrado queda no ranking global ao longo dos anos recentes, e, nessa última medição, o valor
do IDH também recuou.
No período de 2019 a 2021, o IDH global também registrou queda: passou de 0,739 para 0,732.
Segundo o PNUD, o IDH registrou queda por causa dos reveses causados pela pandemia de covid-19 e
das mudanças climáticas. A guerra na Ucrânia já produz efeitos que podem piorar este cenário. A
reversão do IDH é quase universal, pois mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação em
2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos dois anos.

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CENSO DEMOGRÁFICO
O Censo Demográfico constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida
da população em todos os municípios do País. Por meio dele é feita a contagem dos habitantes brasileiros
com o intuito de refletir a realidade brasileira. O Censo é considerado um "retrato de corpo inteiro do país".

As informações obtidas pelo censo permitem identificar como a população vive e os seus níveis de
desenvolvimento socioeconômico, fundamentais para o desenvolvimento e implementação de políticas
públicas e para a realização de investimentos, tanto do governo quanto da iniciativa privada.

Segundo o IBGE, seus dados serão utilizados em programas e projetos que vão contribuir para:

1. Acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução das características da população ao


longo do tempo;

2. Identificar áreas de investimentos prioritários em saúde, educação, habitação, transportes, energia,


programas de assistência a crianças, jovens e idosos;

3. Selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao crescimento econômico e desenvolvimento


social;

4. Fornecer referências para as projeções populacionais com base nas quais é definida a representação
política no país, indicando o número de deputados federais, deputados estaduais e vereadores de cada
estado e município; e

5. Fornecer subsídios ao Tribunal de Contas da União para o estabelecimento das cotas do Fundo de
Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios.

A pesquisa censitária é realizada por meio de dois questionários: o básico e o da amostra. O questionário
básico será aplicado em cerca de 71 milhões de domicílios brasileiros e contará com 26 questões. Já
questionário da amostra que é mais detalhado será aplicado em cerca de 10% dos domicílios e contará com
77 questões.

O questionário básico conta com os seguintes temas: identificação do domicílio, informações sobre
moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação; trabalho e
rendimento e mortalidade.

O questionário da amostra conta com os seguintes temas: identificação do domicílio, informações sobre
moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, nupcialidade, núcleo
familiar, registro civil, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência,
migração interna e internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento,
deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

No Brasil, o Censo Demográfico é realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE. Em 1872 foi realizado o primeiro Censo Geral, na época do Império. No ano de 1940 tivemos o
primeiro feito pelo IBGE. Sendo que nos anos de 1880, 1910 e 1930 não houve operação censitária.

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O 13° Censo Demográfico deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado para 2021, em função da crise
sanitária decorrente da pandemia de Covid-19. Os recursos orçamentários alocados para a operação
censitária foram transferidos para o Ministério da Saúde, para o combate à pandemia, com o compromisso
de constarem recursos orçamentários no Orçamento Geral da União (OGU) para a realização do Censo em
2021. Contudo, o Governo Federal alegou não ter recursos orçamentários para a sua realização e o Censo foi
novamente adiado, para 2022.

O estado do Maranhão entrou com uma ação no Supremo Tribunal (STF) para que fosse determinado ao
Governo Federal à realização do Censo em 2021. Na ação, o governo estadual argumentou que a falta do
estudo sobre o perfil da população tem consequências na repartição de receitas tributárias, além de
prejuízos para as estatísticas do país. Também afirmou que não realizar o Censo fere a Constituição, que
obrigaria o estado brasileiro a realizar a coleta dos dados.

Em decisão monocrática, o ministro Marco Aurélio Mello fixou entendimento de que o Governo Federal tem
a obrigação de realizar o Censo e que a operação censitária fosse realizada ainda no ano de 2021. O plenário
==5617c==

virtual do STF concordou que o Governo Federal tem a obrigação de realizar o Censo, mas determinou que
fosse realizado no ano de 2022, pois isso evitaria dificuldades que os recenseadores poderiam ter em 2021,
em função da pandemia de Covid-19.

A coleta do Censo Demográfico 2022 será realizada em todo o Brasil a partir do dia 1º. de agosto de 2022.

Censo Demográfico

O Censo Demográfico constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de
vida da população em todos os municípios do País. Por meio dele é feita a contagem dos habitantes
brasileiros com o intuito de refletir a realidade brasileira.
As informações obtidas pelo censo permitem identificar como a população vive e os seus níveis de
desenvolvimento socioeconômico, fundamentais para o desenvolvimento e implementação de políticas
públicas e para a realização de investimentos, tanto do governo quanto da iniciativa privada.
No Brasil, o Censo Demográfico é realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, o qual percorre todo o território nacional, domicílio por domicílio, coletando os dados
sobre a população.
O 13° Censo Demográfico deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado para 2021, em função da
crise sanitária decorrente da pandemia de Covid-19. Contudo, o Governo Federal alegou não ter
recursos orçamentários para a sua realização e o Censo foi novamente adiado, para 2022.
A pesquisa censitária é realizada por meio de dois questionários: o básico e o da amostra. O
questionário básico será aplicado em cerca de 71 milhões de domicílios brasileiros e contará com 26

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questões. Já questionário da amostra que é mais detalhado será aplicado em cerca de 10% dos
domicílios e contará com 77 questões.

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NOVO ENSINO MÉDIO


A Lei nº 13.415/2017, conhecida como Lei da Reforma do Ensino Médio, implementou uma série de
mudanças no Ensino Médio, e estabeleceu o ano de 2022 como prazo para serem implementados em todo
o país. A norma aumenta a carga horária obrigatória do ensino médio e flexibiliza o currículo, permitindo
que estudantes escolham parte do que vão estudar.

Conforme a lei, o currículo do ensino médio deve ser 60% preenchido pela Base Nacional Comum Curricular
e os 40% restantes serão destinados aos chamados itinerários formativos, em que o estudante poderá
escolher entre cinco áreas de estudo.

A grade curricular das escolas públicas e privadas de ensino médio não terão mais o formato utilizado até
então em que as disciplinas eram individuais, graças à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Agora, os
conteúdos serão divididos em áreas do conhecimento de maneira similar à que acontece no Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). Serão elas:

• Linguagens e suas tecnologias;


• Matemática e suas tecnologias;
• Ciências da natureza e suas tecnologias
• Ciências humanas e sociais aplicadas; e
• Formação técnica e profissional.

Os alunos poderão escolher a área na qual vão se aprofundar logo no início do ensino médio. As escolas não
são obrigadas a oferecer aos alunos todas as cinco áreas, mas deverão oferecer ao menos um dos itinerários
formativos.

Estas divisões vão abranger Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa, Matemática, Biologia,
Física, Química, Filosofia, Geografia, História e Sociologia. Ou seja, nenhuma disciplina será excluída do
currículo atual, elas somente serão trabalhadas de maneira diferente do que era feito até então.

No entanto, das disciplinas atuais, somente português e matemática serão obrigatórios nos três anos do
ensino médio.

O objetivo da nova organização curricular é integrar as disciplinas, fortalecendo as relações entre elas e
melhorando seu entendimento e aplicação na vida real.

Além disso, a carga horária anual deverá aumentar. Até 2024, o novo ensino médio passará de 800 para de
1.000 horas anuais, atingindo 3.000 horas ao final dos três anos. Para atingir o total de horas, cada ano letivo
deve ter 200 dias, com, em média, cinco horas por dia. No modelo antigo, são 4 horas diárias.

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Novo Ensino Médio

A Lei nº 13.415/2017, conhecida como Lei da Reforma do Ensino Médio, implementou uma série de
mudanças no Ensino Médio, e estabeleceu o ano de 2022 como prazo para serem implementados em
todo o país.
Conforme a lei, o currículo do ensino médio deve ser 60% preenchido pela Base Nacional Comum
Curricular e os 40% restantes serão destinados aos chamados itinerários formativos, em que o
estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo. Serão elas:
==5617c==

• Linguagens e suas tecnologias;


• Matemática e suas tecnologias;
• Ciências da natureza e suas tecnologias
• Ciências humanas e sociais aplicadas; e
• Formação técnica e profissional.
O ensino de português e de matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio.
Além disso, a carga horária anual deverá aumentar. Até 2024, o novo ensino médio passará de 800 para
de 1.000 horas anuais, atingindo 3.000 horas ao final dos três anos.

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CHUVAS EXTREMAS, ENCHENTES E DESLIZAMENTOS DE


ENCOSTAS NO BRASIL

Ao longo dos anos recentes, uma série de tragédias relacionadas à ocorrência de chuvas em níveis extremos
tem ocorrido no Brasil, gerando um elevado número de mortes, de feridos e de danos materiais.

Em fevereiro de 2023, um forte temporal castigou a região do litoral Norte do estado de São Paulo, em
especial a Vila Sahy, um núcleo habitacional localizado no município de São Sebastião. A Vila Sahy está
situada em uma região de encostas, assim, as chuvas ocasionaram deslizamentos de terras, destruindo as
edificações e soterrando os habitantes. Foram registradas, ao menos, 60 mortes e centenas de feridos, de
desalojados e de desabrigados.

Em 2022, uma tragédia semelhante ocorreu na cidade de Petrópolis (RJ), quando mais de 200 pessoas
morreram. Nesse mesmo ano, estados do Nordeste foram castigados com chuvas extremas e elevados
números de mortes, sobretudo na cidade de Recife (PE). Nos anos de 2019 a 2021, o número de mortes
devido às chuvas extremas também foi elevado no país. Em 2020, a região mais atingida foi a cidade de Belo
Horizonte, onde 60 pessoas foram mortas e viralizou a cena de uma grande cratera se abrindo em meio a
uma rodovia do município.

O que se verifica é que, desde 2019, o número de mortes pela chuva está crescendo em relação aos anos
anteriores. O gráfico a seguir, elaborado pela BBC em junho 2022, elucida esses dados:

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Essas catástrofes têm sido recorrentes no Brasil e todas apresentam elementos em comum. Vejamos a seguir
as suas causas:

• Chuvas extremas: é normal que, durante os primeiros meses do ano, a chuva seja mais frequente,
afinal, é verão. Essa é estação mais quente do ano e, com o aumento de temperatura, a evaporação ocorre
em grande quantidade, transformando-se em chuva. Apesar disso, as precipitações registradas ao longo dos
anos recentes têm sido em um número muito superior à média verificada ao longo das últimas décadas.

Em São Sebastião (SP), no fim de semana em que ocorreu a tragédia o volume de chuva foi de 640 mm em
24 horas — três vezes maior do que o evento mais extremo documentado na cidade até então, em 2014,
quando choveu 179 mm em 10 horas. Em Petrópolis (RJ), no ano de 2022, também havia sido a pior chuva
registrada desde 1932.

O volume de chuvas muito acima da média indica que esses eventos foram anormais, extremos. O aumento
da frequência e da intensidade dos fenômenos climáticos extremos tem sido observado em outras partes do
mundo, logo, não se trata mais de uma exceção. Para designar esse novo modelo de comportamento do
clima, os climatologistas utilizam o termo de “novo normal climático”, o qual a humanidade já está
vivenciando. O novo normal climático, cuja ocorrência de eventos extremos já não é tão rara quanto no
passado, caracteriza-se por vários tipos de condições climáticas adversas, além das chuvas intensas, como
as secas prolongadas, as temperaturas extremas, maior ocorrência e intensidade de rajadas de ventos, de
ciclones, de furacões e de tufões.

Para a grande maioria dos cientistas do clima, o novo normal climático é uma das consequências do processo
de mudanças climáticas, causadas pelas ações do ser humano no meio ambiente, sobretudo com a emissão
de gases do efeito estufa na atmosfera.

• Deslizamentos de encostas: nos deslizamentos do litoral Norte do estado de São Paulo e em outros
casos ocorridos no Brasil, a tragédia para as pessoas nas áreas afetadas teve maior dimensão devido a antigos
problemas da urbanização brasileira.

Os deslizamentos de terra são fenômenos naturais e comuns na natureza, especialmente em áreas de


encosta e de relevo acidentado. São geralmente ocasionados em épocas de chuvas, quando o solo, saturado
de água, não consegue suportar e se rompe, movendo-se encosta abaixo.

No Brasil, muitas pessoas, geralmente de baixa renda, ocupam essas áreas por serem uma das únicas
alternativas de locais possíveis para residirem, devido ao seu baixo custo. Ao ocuparem as encostas, também
se retira a vegetação, que ajuda a absorver parte da água do solo e lhe dar consistência. Sem a vegetação, o
solo perde a resistência, tornando-se ainda mais suscetível aos deslizamentos. Foi o que ocorreu na Vila Sahy,
local de ocupação irregular, por estar em área de proteção ambiental, suscetível a deslizamentos.

No contexto urbano brasileiro, chamamos isso de segregação socioespacial, termo que as bancas gostam
muito de utilizar em questões sobre a realidade brasileira. A segregação socioespacial é o processo no qual
camadas da população — mormente os grupos sociais de baixa renda — são levadas a morar em lugares
distantes, periféricos, desprovidos de equipamentos públicos, com baixa infraestrutura e em locais de risco,
como nas encostas.

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Na Vila Sahy, é possível constatar muito bem essa realidade urbana, uma vez que próximo dali está a Barra
do Sahy, uma praia frequentada por pessoas de alta renda que buscam refúgio no litoral Norte de São Paulo.
A Vila Sahy e a Barra do Sahy são separadas pela Rodovia Rio-Santos.

Do lado da Barra, onde fica a praia, são oferecidas suítes de luxo, casas em condomínios com piscina e quadra
de tênis que chegam a ser valoradas em milhões de reais. Do lado oposto, separada pela rodovia, está a Vila
Sahy, um núcleo habitacional que surgiu na década de 1990 a partir de ocupações feitas por famílias pobres
que buscavam emprego na Barra.

O ideal seria não ocupar essas áreas de risco, contudo, existem uma série de ações que o poder público
poderia tomar para reduzir o impacto das chuvas extremas e dos deslizamentos de terra, tais como:

• Reassentar ao máximo as ocupações existentes nessas áreas. Devido à realidade do Brasil, muitas
vezes isso não é possível, assim, busca-se a regularização fundiária com a normatização dessas
ocupações e a implantação da urbanização possível e do que for possível preservar.;

• A realização frequente de estudos que avaliem a suscetibilidade a deslizamentos das encostas


ocupadas, a preservação da vegetação, a concretização de obras que permitam uma drenagem
adequada e o despejo correto do lixo, de modo a não bloquear as saídas de água e aumentar o peso
sobre o solo.

No caso da Vila Sahy, há anos o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pressiona a prefeitura de São
Sebastião para realizar a regularização fundiária do local. Desde 2016, a prefeitura proibiu, por força de lei,
a expansão da área. Estabeleceu-se, para tanto, um perímetro: dentro dele, ninguém poderia ampliar as
casas já existentes. Fora, ninguém poderia construir. Na prática, porém, a expansão da área continuou.

Mais recentemente, em 2021, o MP-SP moveu uma ação específica contra a Prefeitura de São Sebastião para
obrigá-la a impedir novas ocupações e a oferecer moradias dignas e seguras para quem já morava na região
de alto risco. Contudo, pouco foi feito nesse sentido, de tal forma que, de acordo com a opinião de alguns
agentes públicos, o que aconteceu na Vila Sahy foi uma tragédia anunciada.

No infográfico a seguir, podemos ver a região do litoral Norte onde ocorreram os desastres ambientais e a
topografia do local. Observem que a Vila Sahy está encravada na encosta dos morros da Serra do Mar, em
área de alto risco. Do outro lado da Rodovia Rio-Santos, estão as casas da praia do Sahy, em um espaço com
menos riscos de tragédias ambientais.

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==5617c==

Fonte: encurtador.com.br/BOQU6

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Chuvas extremas, enchentes e deslizamentos de encostas no Brasil

Nos últimos anos, uma série de tragédias relacionadas à ocorrência de chuvas em níveis extremos tem
ocorrido no Brasil, gerando elevado número de mortes, de feridos e de danos materiais.
Em fevereiro de 2023, um forte temporal atingiu o litoral Norte do estado de São Paulo, especialmente
a Vila Sahy, que está localizada em uma região de encostas e sofreu deslizamentos de terra, destruindo
edificações e soterrando habitantes. Foram registradas pelo menos 60 mortes e centenas de feridos,
desalojados e desabrigados.
Em 2022, tragédia semelhante ocorreu na cidade de Petrópolis (RJ), quando mais de 200 pessoas
morreram. Nesse mesmo ano, estados do Nordeste foram castigados com chuvas extremas e elevados
números de mortes, sobretudo na cidade de Recife (PE). Nos anos de 2019 a 2022, o número de mortes
relacionado a chuvas extremas também foi elevado no país.
Essas catástrofes recorrentes no Brasil têm em comum dois elementos: o aumento do volume de chuva
em níveis extremos e os deslizamentos de encostas.
O volume de chuvas muito superior à média registrada ao longo das últimas décadas indica que esses
eventos foram anormais e extremos. O aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos
climáticos extremos tem ocorrido também em outras partes do mundo, não podendo mais ser
considerado uma exceção.
Para muitos cientistas, isso é uma das consequências do processo de mudanças climáticas, causadas
pelas ações humanas no meio ambiente. Para designar esse novo modelo de comportamento do clima,
os climatologistas utilizam o termo de “novo normal climático”, o qual a humanidade já está
vivenciando.
Os deslizamentos de terra, por sua vez, são fenômenos naturais e comuns na natureza, especialmente
em áreas de encosta e de relevo acidentado. Contudo, a ocupação dessas áreas agrava a situação, já
que retira a vegetação e torna o solo mais suscetível a deslizamentos. No Brasil, muitas pessoas,
geralmente de baixa renda, povoam essas áreas por serem uma das únicas alternativas possíveis para
residência devido ao baixo custo.
O ideal seria não ocupar espaços de risco, porém, existem uma série de ações que o poder público
poderia tomar para reduzir o impacto das chuvas extremas e dos deslizamentos de terra, por exemplo:
• Reassentar ao máximo as ocupações existentes nessas áreas. Devido à realidade do Brasil, muitas
vezes isso não é possível, assim, busca-se a regularização fundiária com a normatização dessas
ocupações e a implantação da urbanização possível e do que for possível preservar.
• A realização frequente de estudos que avaliem a suscetibilidade a deslizamentos das encostas
ocupadas, a preservação da vegetação, a concretização de obras que permitam uma drenagem
adequada e o despejo correto do lixo para que não bloqueiem as saídas de água e aumentem o peso
sobre o solo.

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QUESTÕES COMENTADAS – ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E


TERRITORIAL DO BRASIL – MULTIBANCAS
1. (QUADRIX/CREMEGO/2022) O Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta Corte do Poder
Judiciário brasileiro.

COMENTÁRIOS:

Também conhecido como Suprema Corte, o Supremo Tribunal Federal é a mais alta instância do Poder
Judiciário brasileiro; está no topo da hierarquia entre os tribunais. Desse modo, sendo um tribunal nacional,
a sua jurisdição abrange todo o território brasileiro.

Gabarito: Certo

2. (CEBRASPE/PGE-PE/2019 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Na qualidade de esteio maior da lei, a justiça


protagonizada pela formalidade do Poder Judiciário deve atender aos interesses dos demais poderes da
República.

COMENTÁRIOS:

O artigo 2º da Constituição de 1988 prescreve: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. O Poder Executivo exerce a função administrativa, o Poder
Legislativo, a função legislativa e fiscalizatória, e o Poder Judiciário, a função judicial.

Cada um desses órgãos exerce sua função de maneira predominante, mas não exclusiva. Além do mais, a
Constituição prevê uma série de atribuições a cada Poder, de maneira que cada um deles efetue um
“controle” sobre as atividades dos outros, “limitando-as”. Esse é um controle recíproco.

O Poder Judiciário julga conflitos com base na lei. As suas decisões até podem atender aos interesses dos
demais poderes, em função de decisões proferidas com base na lei. Porém, não é um Poder subordinado aos
interesses dos demais poderes. É um poder independente.

Gabarito: Errado

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QUESTÕES COMENTADAS – ELEIÇÕES DE 2022 NO BRASIL


– MULTIBANCAS
1. (FGV/TRT-PB/2022) Nas eleições deste ano, elegemos nosso futuro Presidente, nossos futuros
Governadores de estado, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Desses, são
representantes do Poder Legislativo

(A) os governadores e os senadores.

(B) o Presidente e os senadores.

(C) os governadores, os deputados e os senadores.

(D) os senadores, apenas.

(E) os deputados federais, os deputados estaduais e os senadores.

COMENTÁRIOS:

Os representantes do Poder Legislativo no Brasil são os deputados federais, os deputados estaduais e os


senadores.

O presidente e os governadores, que também foram eleitos em 2022, são representantes do Poder
Executivo.

Gabarito: E

2. (QUADRIX/PREFEITURA DE BARREIRAS-BA/2022) A respeito do sistema eleitoral brasileiro e dos


vários aspectos relacionados a esse assunto, assinale a alternativa correta.

(A) Nas eleições que ocorrerão no Brasil em 2022, estarão em disputa cargos para as três esferas de poder:
a eleição de presidente e governadores dar-se-á na esfera do Poder Executivo; a eleição de deputados
ocorrerá no âmbito do Poder Legislativo; e a eleição de senadores configurará uma disputa para o Poder
Judiciário.

(B) O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo é o distrital misto, o que significa que os
candidatos mais votados não serão, necessariamente, os eleitos.

(C) No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a esse cargo
somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.

(D) O sistema brasileiro é semelhante ao estadunidense: em ambos os sistemas, o mandato de presidente é


de quatro anos, e o mandatário pode ser reeleito apenas uma vez, não podendo voltar a concorrer ao cargo
em uma eleição futura.

COMENTÁRIOS:

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a) Incorreta. Nas eleições de 2022, estiveram em disputa os cargos para duas esferas de poder. A eleição de
presidente e governadores se deu na esfera do Poder Executivo. Já a eleição de deputados e senadores
ocorreu no âmbito do Poder Legislativo. Os membros do Poder Judiciário não são escolhidos por meio de
eleições, mas, em geral, são selecionados por concurso público.

b) Incorreta. O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo (deputados e senadores) é
chamado de sistema proporcional, em que o total de votos recebidos pelo partido define a quantidade de
vagas que essa organização política recebe, e o preenchimento das vagas é definido pela ordem decrescente
do número de votos de cada um dos candidatos do partido.

c) Correta. No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a
esse cargo somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.

d) Incorreta. O sistema eleitoral brasileiro é bastante diferente do estadunidense. No Brasil, o presidente se


elege com a maioria dos votos populares; nos Estados Unidos, o presidente se elege com a maioria dos votos
do colégio eleitoral, que é formado pelos delegados eleitos pelos estados.

Todavia, em ambos os sistemas, o mandato de presidente é de quatro anos e o mandatário pode ser reeleito
apenas uma vez. Se reeleito, não poderá concorrer na eleição seguinte, mas poderá voltar a concorrer ao
cargo em uma eleição futura.

Gabarito: C

(QUADRIX/CREMEGO/2022) A respeito das eleições que ocorrerão no Brasil em outubro deste ano e de
assuntos correlatos, julgue os itens.

3. Os cargos que serão disputados nas eleições deste ano são os seguintes: cargo de presidente da
República; cargos de governador; cargos de senador; cargos de deputados federais; e cargos de deputados
estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal).

COMENTÁRIOS:

Nas eleições de 2022 no Brasil, serão disputados os cargos de Presidente da República e Vice-Presidente da
República, de Governador e Vice-Governador, de Senador, de Deputado Federal e Deputado Estadual ou
Distrital, no caso do Distrito Federal.

Gabarito: Certo

4. Nas próximas eleições, menos da metade do eleitorado brasileiro deverá exercer o seu direito ao
voto com identificação biométrica.

COMENTÁRIOS:

A justiça eleitoral tem gradualmente implantado a identificação e a verificação biométrica da impressão


digital para votar. Quando se iniciou o processo, a estimativa era de que, nas eleições de 2022, 100% do
eleitorado brasileiro estivesse com o cadastro biométrico e ela fosse obrigatória em todo o país. Contudo,
devido à pandemia de covid-19, o processo de cadastramento dos eleitores no sistema biométrico ficou
suspenso.

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Uma estimativa divulgada pelo TSE no mês de agosto informou que 118.151.816 (75,52%) dos eleitores estão
com as digitais cadastradas para as eleições gerais de 2022, o que representa mais da metade do eleitorado
brasileiro.

Gabarito: Errado

5. O atual presidente da República concorrerá pelo mesmo partido pelo qual se elegeu no pleito de
2018.

COMENTÁRIOS:

O atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi eleito pelo Partido Social Liberal (PSL). Em 2022, está
concorrendo pelo Partido Liberal (PL).

Gabarito: Errado

(QUADRIX/CREMEGO/2022) Em 2022, o Brasil comemora uma importante data cívica. Além disso, serão
realizadas eleições para o Poder Executivo e para o Poder Legislativo. Relativamente a esse quadro, julgue
os itens.

6. Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

COMENTÁRIOS:

Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo a
instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira, com jurisdição nacional. As demais instâncias são
representadas nos momentos de eleição pelos Tribunais Regionais Eleitorais, juízes eleitorais e juntas
eleitorais espalhados pelo Brasil.

Gabarito: Certo

7. Diferentemente do que ocorria no Regime Militar, a eleição do presidente da República, dos


governadores e dos prefeitos se faz, atualmente, pelo voto indireto.

COMENTÁRIOS:

O voto indireto é aquele em que os candidatos políticos são eleitos por meio de um colegiado eleitoral, sem
a participação direta do povo na escolha dos seus representantes. Foi o sistema eleitoral utilizado durante o
período do Regime Militar para a eleições do presidente da república e dos governadores. Os prefeitos eram
indicados. Em 1972, foram restauradas as eleições diretas para prefeito, exceto para as capitais e municípios
considerados áreas de segurança nacional.

Atualmente, a eleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos se faz pelo voto direto.
O voto direto é dado pelo eleitor sem intermediação de nenhum agente, escolhendo o candidato que quiser,
votar em branco ou anular seu voto.

Gabarito: Errado

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8. Cada estado brasileiro e o Distrito Federal elegem um único senador para exercer o mandato por
quatro anos.

COMENTÁRIOS:

No total, o Brasil tem 81 senadores. Cada um dos 26 estados e o Distrito Federal elegem três senadores.

O mandato dos senadores é de oito anos, mas as eleições para o Senado acontecem de quatro em quatro
anos. Assim, a cada eleição, a casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras.

No ano de 2022, cada estado elegeu um senador, já que, em 2018, 2/3 do Senado foi renovado.

Gabarito: Errado

==5617c==

9. (QUADRIX/CRA-PR/2022 – ANALISTA DE SISTEMA) Desde a redemocratização, em 1985, que


encerrou duas décadas de regime autoritário, o Brasil tem ido regularmente às urnas para escolher, por
eleições diretas, seus representantes no Legislativo e no Executivo, nos três níveis: municipal; estadual; e
federal.

COMENTÁRIOS:

O Brasil viveu um regime autoritário, militar-civil, de 1964 a 1985. Após a redemocratização, em 1985, o país
passou a ter eleições diretas regulares para eleger os seus representantes no Legislativo e no Executivo, nos
três níveis: municipal, estadual e federal. As primeiras eleições presidenciais livres e diretas no Brasil
ocorreram em 1989, quando Fernando Collor de Mello, do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), foi
eleito.

O período democrático atual, apesar de existir a pouco mais de três décadas, é o mais longo já vivido no
Brasil em toda a sua história. Ou seja, grande parte da história brasileira foi de regimes autoritários. A
democracia é um dos pilares fundamentais da nossa República.

Gabarito: Certo

10. (QUADRIX/CRA-PR/2022 – ANALISTA DE SISTEMA) No Brasil, a eleição de prefeitos, governadores


e senadores e do presidente da República dá-se pelo voto proporcional; já vereadores e deputados
federais, estaduais e distritais são eleitos pelo voto majoritário.

COMENTÁRIOS:

A questão fez uma inversão dos conceitos.

As eleições para presidente, governadores, prefeitos e senadores são feitas de acordo com o sistema
majoritário. Nesse sistema, são eleitas as chapas (com titular e vice) que receberem mais votos. No caso dos
senadores, vence o mais votado (nas eleições em que há eleição de apenas um senador, como em 2022), ou
os dois mais votados (nas eleições em que há abertura de duas vagas).

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As eleições para vereadores, deputados federais, estaduais e distritais ocorrem pelo sistema de voto
proporcional. Nesse sistema, o total de votos recebidos pelo partido define a quantidade de vagas que o
partido recebe, e a ordem de preenchimento das vagas é estabelecida pela ordem decrescente do número
de votos de cada um dos candidatos do partido.

Gabarito: Errado

11. (QUADRIX/CRP-10/2022 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Neste 2022, o Brasil tem marcadas


eleições para a presidência da República, os governos estaduais e senadores e deputados federais e
estaduais.

COMENTÁRIOS:

No ano de 2022, os cidadãos brasileiros irão às urnas votar para Presidente da República, Governador,
Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual ou Distrital.

Gabarito: Certo

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QUESTÕES COMENTADAS – O BRASIL E A QUESTÃO


MIGRATÓRIA - MULTIBANCAS
(CEBRASPE/CBM-AL/2021 – SOLDADO) Embora as manchetes dos jornais possam indicar outra coisa,
somente 3% dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta são migrantes internacionais, isto é, pessoas
que vivem fora do país onde nasceram. Vivemos em uma época na qual a proporção de pessoas ricas (e
idosas) é cada vez menor em contraposição a uma presença cada vez maior de pessoas pobres (e jovens).
As pressões migratórias crescem sem parar em consequência das desigualdades internacionais e de
conflitos insolúveis, e os países mais desenvolvidos se veem diante de uma encruzilhada decisiva em
termos demográficos e de trabalho.

Internet: (com adaptações).

Acerca do atual processo migratório em escala mundial, julgue os próximos itens.

1. O relevante número de imigrantes latinos que entram ilegalmente no Brasil tem relação direta com
a porosidade das fronteiras brasileiras e com a proximidade geográfica com os países de origem desses
imigrantes.

COMENTÁRIOS:

O Brasil é um país que recebe muitos imigrantes latinos, devido à proximidade geográfica dos países de
origem e também por apresentar, no geral, melhores condições socioeconômicas que outras nações da
região.

A imigração ilegal é favorecida pela porosidade das fronteiras. Esse é um termo derivado de poros, ou seja,
de buracos. O fato de apresentar uma extensa faixa de fronteira, com grandes áreas compostas por densas
florestas e cursos d’água, faz com que existam muitos “poros”, buracos na fiscalização de fronteira,
facilitando a entrada ilegal no país.

Gabarito: Certo

2. Parte dos refugiados chegados ao Brasil possui qualificação profissional, mas, mesmo assim,
enfrenta problemas para encaixe no mercado de trabalho.

COMENTÁRIOS:

O Brasil registrou nos últimos anos um aumento histórico no número de solicitações de refúgio. Entretanto,
esse aumento não foi acompanhado pela oferta de vagas de trabalho. Das dificuldades com a língua
portuguesa à falta de informação das empresas, são muitos os obstáculos enfrentados.

Apesar da boa qualificação, refugiados acabam em desvantagem em processos seletivos formais, pois muitas
empresas acreditam que o processo de contratação de um estrangeiro é mais burocrático, mais caro e mais
demorado em relação à contratação de um brasileiro.

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Mesmo com informação de fácil acesso, algumas empresas ainda acreditam que possa haver alguma
ilegalidade na contratação de refugiados, passível de causar problemas com Ministério do Trabalho ou
mesmo com a Polícia Federal.

Aliado à desinformação, o preconceito também é um fator determinante. Refugiados são muitas vezes
associados a imigrantes ilegais ou a fugitivos.

Gabarito: Certo

3. (CESGRANRIO/BASA/2021 – TÉCNICO CIENTÍFICO) Das 140.774 pessoas em situação de


deslocamento forçado registradas no sistema do Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) no
Brasil, 95% são da Venezuela. Destas, 46,7% são mulheres, das quais 31% são menores de idade e 3%,
idosas. Segundo Rosana Baeninger, pesquisadora da Unicamp, é possível notar a presença significativa de
mulheres em todas as fases da migração da Venezuela para o Brasil. A partir de 2018, com a piora da crise
humanitária na Venezuela, intensifica-se a chegada de imigrantes de renda mais baixa pela fronteira
amazônica. “É uma migração absolutamente familiar, e a presença feminina é muito vinculada a isso”,
afirma a pesquisadora. Nessa fase, trata-se de uma migração fortemente dirigida pelo Estado e por ONGs,
por meio da Operação Acolhida.

MANTOVANI, F. Diário de uma Refugiada. Jornal Folha de São Paulo, Mundo, 13 dez. 2020, p. A13. Adaptado.

A respeito da migração internacional, na fase mais recente do deslocamento venezuelano para o Brasil, as
imigrantes chegam, majoritariamente, por via terrestre ao seguinte estado:

(A) Roraima

(B) Rondônia

(C) Amazonas

(D) Mato Grosso

(E) Mato Grosso do Sul

COMENTÁRIOS:

Em decorrência da crise política, econômica e social pela qual passa, milhões de venezuelanos saíram do seu
país, migrando para outros países da América Latina e do mundo, entre eles o Brasil, que faz fronteira com
a Venezuela na região Norte. Os venezuelanos que migram para o Brasil chegam, em sua quase totalidade,
por via terrestre, pelo estado fronteiriço de Roraima, sobretudo, pela cidade de Pacaraima.

Gabarito: A

4. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/2020 – ANALISTA AMBIENTAL) Desde 2015, após o presidente


Nicolás Maduro perder as eleições parlamentares, parte da população venezuelana começou a emigrar
em maiores números para alguns países da América Latina. Segundo o FGV DAPP, em Roraima, na fronteira
do Brasil com a Venezuela, o município de _____________, tem recebido grande parte deste fluxo, em

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meio ao surgimento de conflitos sociais. Complete a lacuna marcando a alternativa que informe,
corretamente, o nome desse município brasileiro.

(A) Caracara.

(B) Pacaraima.

(C) Uiramutã.

(D) Alto Alegre.

(E) Amajari.

COMENTÁRIOS:
==5617c==

Devido à grave crise política, econômica e social, um grande contingente de venezuelanos tem deixado o
país desde 2015, migrando para outros países da América Latina e de outros continentes. Os venezuelanos
entram no país principalmente por Pacaraima, em Roraima, na fronteira com a Venezuela. A grande maioria
dos que permanecem no Brasil acaba ficando nesse estado, o de menor população, especialmente na sua
capital, Boa Vista.

Gabarito: B

5. (IDECAN/IPC/2018 - PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO)

A manchete acima denuncia um grave problema social que tomou conta de uma capital brasileira que
vem sofrendo com o intenso fluxo de imigrantes venezuelanos. As cenas da chegada de centenas, até
milhares de venezuelanos desempregados, famintos e desesperados se tornaram frequentes na cidade
que recebe um número crescente de imigrantes. Já são 40 mil, segundo as contas da Prefeitura, o que
equivale a mais de 10% dos cerca de 330 mil habitantes da capital do estado com menor índice
populacional do Brasil. A cidade a qual estamos nos referindo é:

a) Rio Branco.

b) Boa Vista.

c) Manaus.

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d) Belém.

COMENTÁRIOS:

A cidade a que o enunciado se refere é Boa Vista, capital do estado de Roraima. O estado tem sido a principal
porta de entrada, no Brasil, para os venezuelanos que fogem da crise econômica, social e política do seu país.

Gabarito: B

6. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Considere o texto que aborda a


imigração no Brasil contemporâneo.

Os venezuelanos chegam ao Brasil fugindo da crise econômica intensa instalada no país vizinho. De 2015
a junho deste ano, 56,7 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal. Nesse período, 35,5 mil pediram
refúgio e 11,1 mil solicitaram residência no Brasil. Em abril, o governo deu início a um processo de
distribuição de imigrantes venezuelanos concentrados na Amazônia para outras unidades da federação,
no chamado processo de interiorização.

Metade dos imigrantes da Venezuela já deixou o Brasil, Jornal do Brasil, Nacional, 18 jul. 2018, p.4.
Adaptado.

Essa chegada de imigrantes venezuelanos ao Brasil ocorre pelo seguinte estado:

a) Pará.

b) Amapá.

c) Roraima.

d) Rondônia.

e) Amazonas.

COMENTÁRIOS:

A chegada dos venezuelanos se dá pelo estado de Roraima.

Gabarito: C

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QUESTÕES COMENTADAS – IDH - MULTIBANCAS


1. (FCC/AFAP/2019 - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Criado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é atualizado anualmente, visando
permitir o conhecimento sobre as condições de vida das nações avaliadas. Este índice possui uma variação
de 0 até 1, sendo que quanto mais próximo for de 1 a avaliação do país, melhor classificado ele será no
IDH, ou seja, melhores condições de vida aquela população terá.

Analise o IDH do Brasil mostrado na tabela abaixo.

Ano Posição no mundo IDH

2015 79ª 0,754

2016 79ª 0,758

2017 79ª 0,759

2018 79ª 0,759

(PNUD)

Os dados apresentados e os conhecimentos sobre o contexto socioeconômico brasileiro indicam

a) os elevados déficits em setores de importância socioeconômica, como é o caso da Previdência.

b) que, atualmente, o país tem apresentado significativa redução das desigualdades sociais.

c) que as condições de vida da população brasileira tiveram reduzida evolução.

d) o esforço do governo para manter políticas públicas destinadas às crianças e jovens.

e) a posição do Brasil como o país de maior IDH da América do Sul, superando a Argentina.

COMENTÁRIOS:

O IDH leva em conta três indicadores: educação (acesso ao conhecimento), saúde (vida longa e saudável) e
renda (padrão de vida). A tabela mostra que o indicador teve um crescimento muito pequeno entre 2014
e 2018, de 0,005 e a posição do Brasil permaneceu a mesma no ranking do IDH dos países, 79ª posição. O
Brasil não galgou nenhuma posição. Assim, os dados apresentados demonstram que as condições de vida da
população brasileira tiveram uma reduzida evolução.

As outras alternativas estão incorretas, pois o IDH não analisa a situação fiscal dos governos, não mede as
desigualdades sociais, que são medidas pelo Índice de Gini e não analisa políticas públicas destinadas às
crianças e jovens.

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O IDH é um indicador de desenvolvimento humano. Chile, Argentina e Uruguai são os países com os maiores
IDHs da América do Sul.

Gabarito: C

2. (FGV/COMPESA/2018 – ANALISTA DE GESTÃO) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi


concebido para superar uma abordagem meramente econômica de desenvolvimento, baseada na renda
nacional. Assinale a opção que apresenta os critérios que são adotados para estabelecer o IDH.

a) A taxa de desemprego, os investimentos em pesquisa e a média de anos de educação de adultos.

b) A expectativa de vida, o acesso ao conhecimento e a renda medida em paridade com o poder de


compra.

c) A longevidade com saúde, a taxa de alfabetização e o produto interno bruto per capita.
==5617c==

d) A esperança de vida ao nascer, a matrícula escolar nos três níveis do ensino e o índice de
empregabilidade.

e) O percentual da população economicamente ativa, o rendimento médio por gênero e o grau de


desigualdade social.

COMENTÁRIOS:

As três variáveis utilizadas no cálculo do IDH são:

Educação (acesso ao conhecimento) - Duas taxas são usadas para medir a qualidade da educação de um
país. O primeiro é a média de anos de educação de adultos (pessoas com mais de 25 anos de idade). O
segundo é a expectativa de anos de estudo para crianças.

Saúde (longevidade) - A expectativa de vida ao nascer é utilizada para medir a longevidade da população
de um país.

Renda - É determinado pela renda per capita nacional, medida em dólar, considerando ainda a paridade do
poder de compra (um método que revela quanto a moeda local é capaz de comprar no âmbito internacional,
desconsiderando o custo de vida local).

Se levarmos ao pé da letra, acesso ao conhecimento é diferente de nível de instrução. Entretanto, a banca


utilizou essa palavra e a considerou correta.

Gabarito: B

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QUESTÕES COMENTADAS – CENSO DEMOGRÁFICO –


MULTIBANCAS
1. (FGV/CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ-SP/2022 – CONTADOR LEGISLATIVO) Em 2022, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza um novo censo demográfico, para atualizar o retrato do
Brasil e embasar novas políticas públicas. Assinale a afirmativa que caracteriza corretamente o censo
demográfico brasileiro.

(A) Informar os dados solicitados na pesquisa é facultativo e pode ser por internet.

(B) As informações colhidas são abertas e podem ser objeto de certidão.

(C) O recenseado pode optar em responder o questionário básico ou o ampliado.

(D) Foram incluídas perguntas sobre orientação sexual e a identidade de gênero

(E) O recenseador pode perguntar sobre identificação étnico-racial, educação e rendimento do responsável
pelo domicílio, entre outros.

COMENTÁRIOS:

a) Incorreto. De acordo com a legislação brasileira, a participação no Censo é obrigatória, sob pena de multa.
Todavia, não é obrigatório responder ao questionário de forma presencial, o que pode ser feito por telefone
ou pela internet.

b) Incorreto. A legislação assegura o sigilo das informações prestadas, sendo usadas exclusivamente para
fins estatísticos. Não podem ser usadas como prova em processo administrativo, fiscal e judicial ou para
qualquer outra finalidade.

c) Incorreto. O recenseado não pode escolher o questionário que irá responder. Cerca de 10% dos domicílios
recenseados responderão ao questionário da amostra, escolhido de forma aleatória com base em critérios
estatísticos.

d) Incorreto. Não foram incluídas no Censo de 2022 perguntas sobre orientação sexual e a identidade de
gênero.

e) Correto. Questões sobre identificação étnico-racial, educação e rendimento do responsável pelo domicílio
estão presentes no Censo.

Gabarito: E

2. (IBADE/IBGE/2020 - AGENTE CENSITÁRIO/ADAPTADA) É correto afirmar que em 2022, o IBGE


realizará:

a) XIII Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” do País.

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b) X Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” do País.

c) XIII Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato” do País.

d) X Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato” do País.

e) X Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato dos estados” do País.

COMENTÁRIOS:

Em 2022, o IBGE realizará o XIII Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” do País.

Gabarito: A

3. (IBADE/IBGE/2020 - RECENSEADOR) Em relação ao Censo Demográfico realizado pelo IBGE, é


correto afirmar que:

a) é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades.

b) a última coleta do Censo Demográfico no Brasil ocorreu no ano de 2000.

c) é a operação realizada a cada 5 anos para contar a população e obter informações sobre as principais
características dos habitantes e de seus domicílios.

d) os dados do IBGE não podem ser utilizados para a definição de políticas públicas em nível municipal.

e) dados sobre a distribuição territorial no país e a evolução de seu quantitativo ao longo do tempo não são
coletados pelo Censo Demográfico IBGE.

COMENTÁRIOS:

a) Correta. O Censo Demográfico é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos
municípios e localidades.

b) Incorreta. A última coleta do Censo Demográfico no Brasil ocorreu no ano de 2010.

c) Incorreta. O Censo Demográfico é a operação realizada a cada 10 anos para contar a população e obter
informações sobre as principais características dos habitantes e de seus domicílios.

d) Incorreta. Os dados do IBGE podem ser utilizados para a definição de políticas públicas nas três esferas de
governo, Federal, Estadual e Municipal.

e) Incorreta. Os dados sobre a distribuição territorial no país e a evolução de seu quantitativo ao longo do
tempo são coletados pelo Censo Demográfico.

Gabarito: A

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(QUADRIX/CRO-AC/2019 - ASSISTENTE JURÍDICO/ADAPTADA) São muitas as razões para que o Censo


Demográfico em 2022 retrate, com a maior fidelidade possível, a realidade do País e de sua população.
Trata‐se de um investimento indispensável para que se possa fazer frente aos enormes desafios que
teremos nos próximos dez anos.

Internet: <https://brasil.elpais.com> (com adaptações).

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue os itens.

4. Em abril de 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma redução de
25% dos gastos previstos com a realização do Censo Demográfico.

COMENTÁRIOS:

A difícil situação fiscal pela qual o Brasil passa nos últimos anos fez com que o Governo Federal desenvolvesse
==5617c==

uma política de redução de gastos em muitos setores do país. Um dos cortes feitos foi no Censo Demográfico
de 2021, com uma redução de 25% dos gastos previstos.

O questionário básico, que será aplicado em todos os 71 milhões de domicílios brasileiros, terá 26 perguntas,
e não mais 34, como na última pesquisa realizada em 2010.

Já o questionário mais completo, destinado a uma amostra de 10% das residências do País, teve uma redução
de 102 perguntas para 77.

Com a diminuição no número de perguntas do questionário, os gastos com a realização da pesquisa passam
dos R$ 3,1 bilhões previstos para R$ 2,3 bilhões.

Entre os temas que não estarão mais presentes no Censo 2022 estão perguntas envolvendo a emigração
internacional, renda e aluguel.

Gabarito: Certo

5. O IBGE, que realiza o Censo, determinou a redução do número de perguntas para 2022, visando a
aumentar a produtividade e a agilizar a pesquisa.

COMENTÁRIOS:

Devido à falta de recursos financeiros, o IBGE reduziu o número de quesitos que serão investigados no Censo
Demográfico 2022. O questionário básico terá 26 perguntas, e não mais 34 como na última pesquisa,
realizada em 2010. O questionário da amostra, terá 77 quesitos, em vez dos 102 quesitos do censo anterior.
Com isso, a coleta de informações de cada questionário levará menos tempo e a produtividade por
recenseador aumentará. A presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, diz que a redução da pesquisa está
em sintonia com a tendência internacional e visa a uma modernização que torne a operação mais simples e
ágil.

Gabarito: Certo

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6. As mudanças a serem implementadas no Censo 2022 motivaram críticas de diversos especialistas;


argumentam eles que a falta de informações mais detalhadas prejudicaria as políticas públicas.

COMENTÁRIOS:

As mudanças a serem implementadas no Censo 2022 motivaram críticas de diversos especialistas. Alguma
das críticas vieram do Ministério Público, que publicou um ofício pedindo explicações sobre os cortes, e
também de cinco ex-presidentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgaram uma
carta aberta contra os cortes orçamentários e as alternativas propostas para a realização do Censo 2022.

O Censo Demográfico constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida
da população brasileira. O levantamento subsidia o planejamento e a execução de políticas públicas em áreas
como educação, saúde e habitação, além de permitir avaliar a abrangência dessas iniciativas.

Gabarito: Certo

7. O Censo 2022 será aplicado entre agosto e outubro do ano que vem, visitando todas as residências
brasileiras e compondo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

COMENTÁRIOS:

O Censo 2022 será aplicado entre os meses de agosto a outubro de 2021, visitando todas as residências.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) é uma outra pesquisa, diferente do Censo
Demográfico. Ela era realizada nos domicílios brasileiros para apurar características gerais da população,
tendo como unidade de investigação o domicílio. Não é feita em todos os domicílios, como o Censo, mas por
meio de uma amostragem estatística.

A PNAD foi encerrada em 2016 e substituída, com metodologia atualizada, pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua. Essa busca acompanhar as flutuações trimestrais e a
evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o
estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.

Gabarito: Errado

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LISTA DE QUESTÕES – ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E


TERRITORIAL DO BRASIL – MULTIBANCAS

1. (QUADRIX/CREMEGO/2022) O Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta Corte do Poder


Judiciário brasileiro.

2. (CEBRASPE/PGE-PE/2019 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Na qualidade de esteio maior da lei, a justiça


protagonizada pela formalidade do Poder Judiciário deve atender aos interesses dos demais poderes da
República.

1. C
2. E

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LISTA DE QUESTÕES – ELEIÇÕES DE 2022 NO BRASIL –


MULTIBANCAS
1. (FGV/TRT-PB/2022) Nas eleições deste ano, elegemos nosso futuro Presidente, nossos futuros
Governadores de estado, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Desses, são
representantes do Poder Legislativo

(A) os governadores e os senadores.

(B) o Presidente e os senadores.

(C) os governadores, os deputados e os senadores.


==5617c==

(D) os senadores, apenas.

(E) os deputados federais, os deputados estaduais e os senadores.

2. (QUADRIX/PREFEITURA DE BARREIRAS-BA/2022) A respeito do sistema eleitoral brasileiro e dos


vários aspectos relacionados a esse assunto, assinale a alternativa correta.

(A) Nas eleições que ocorrerão no Brasil em 2022, estarão em disputa cargos para as três esferas de poder:
a eleição de presidente e governadores dar-se-á na esfera do Poder Executivo; a eleição de deputados
ocorrerá no âmbito do Poder Legislativo; e a eleição de senadores configurará uma disputa para o Poder
Judiciário.

(B) O sistema adotado no Brasil na eleição para o Poder Legislativo é o distrital misto, o que significa que os
candidatos mais votados não serão, necessariamente, os eleitos.

(C) No Brasil, o mandato de senador é de oito anos, com direito à reeleição, podendo concorrer a esse cargo
somente os brasileiros com mais de 35 anos de idade.

(D) O sistema brasileiro é semelhante ao estadunidense: em ambos os sistemas, o mandato de presidente é


de quatro anos, e o mandatário pode ser reeleito apenas uma vez, não podendo voltar a concorrer ao cargo
em uma eleição futura.

(QUADRIX/CREMEGO/2022) A respeito das eleições que ocorrerão no Brasil em outubro deste ano e de
assuntos correlatos, julgue os itens.

3. Os cargos que serão disputados nas eleições deste ano são os seguintes: cargo de presidente da
República; cargos de governador; cargos de senador; cargos de deputados federais; e cargos de deputados
estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal).

4. Nas próximas eleições, menos da metade do eleitorado brasileiro deverá exercer o seu direito ao
voto com identificação biométrica.

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5. O atual presidente da República concorrerá pelo mesmo partido pelo qual se elegeu no pleito de
2018.

(QUADRIX/CREMEGO/2022) Em 2022, o Brasil comemora uma importante data cívica. Além disso, serão
realizadas eleições para o Poder Executivo e para o Poder Legislativo. Relativamente a esse quadro, julgue
os itens.

6. Quem coordena as eleições brasileiras, em âmbito nacional, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

7. Diferentemente do que ocorria no Regime Militar, a eleição do presidente da República, dos


governadores e dos prefeitos se faz, atualmente, pelo voto indireto.

8. Cada estado brasileiro e o Distrito Federal elegem um único senador para exercer o mandato por
quatro anos.

9. (QUADRIX/CRA-PR/2022 – ANALISTA DE SISTEMA) Desde a redemocratização, em 1985, que


encerrou duas décadas de regime autoritário, o Brasil tem ido regularmente às urnas para escolher, por
eleições diretas, seus representantes no Legislativo e no Executivo, nos três níveis: municipal; estadual; e
federal.

10. (QUADRIX/CRA-PR/2022 – ANALISTA DE SISTEMA) No Brasil, a eleição de prefeitos, governadores


e senadores e do presidente da República dá-se pelo voto proporcional; já vereadores e deputados
federais, estaduais e distritais são eleitos pelo voto majoritário.

11. (QUADRIX/CRP-10/2022 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Neste 2022, o Brasil tem marcadas


eleições para a presidência da República, os governos estaduais e senadores e deputados federais e
estaduais.

1. E 5. E 9. C
2. C 6. C 10. E
3. C 7. E 11. C
4. E 8. E

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QUESTÕES COMENTADAS – O BRASIL E A QUESTÃO


MIGRATÓRIA - MULTIBANCAS
(CEBRASPE/CBM-AL/2021 – SOLDADO) Embora as manchetes dos jornais possam indicar outra coisa,
somente 3% dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta são migrantes internacionais, isto é, pessoas
que vivem fora do país onde nasceram. Vivemos em uma época na qual a proporção de pessoas ricas (e
idosas) é cada vez menor em contraposição a uma presença cada vez maior de pessoas pobres (e jovens).
As pressões migratórias crescem sem parar em consequência das desigualdades internacionais e de
conflitos insolúveis, e os países mais desenvolvidos se veem diante de uma encruzilhada decisiva em
termos demográficos e de trabalho.

Internet: (com adaptações).

Acerca do atual processo migratório em escala mundial, julgue os próximos itens.

1. O relevante número de imigrantes latinos que entram ilegalmente no Brasil tem relação direta com
a porosidade das fronteiras brasileiras e com a proximidade geográfica com os países de origem desses
imigrantes.

COMENTÁRIOS:

O Brasil é um país que recebe muitos imigrantes latinos, devido à proximidade geográfica dos países de
origem e também por apresentar, no geral, melhores condições socioeconômicas que outras nações da
região.

A imigração ilegal é favorecida pela porosidade das fronteiras. Esse é um termo derivado de poros, ou seja,
de buracos. O fato de apresentar uma extensa faixa de fronteira, com grandes áreas compostas por densas
florestas e cursos d’água, faz com que existam muitos “poros”, buracos na fiscalização de fronteira,
facilitando a entrada ilegal no país.

Gabarito: Certo

2. Parte dos refugiados chegados ao Brasil possui qualificação profissional, mas, mesmo assim,
enfrenta problemas para encaixe no mercado de trabalho.

COMENTÁRIOS:

O Brasil registrou nos últimos anos um aumento histórico no número de solicitações de refúgio. Entretanto,
esse aumento não foi acompanhado pela oferta de vagas de trabalho. Das dificuldades com a língua
portuguesa à falta de informação das empresas, são muitos os obstáculos enfrentados.

Apesar da boa qualificação, refugiados acabam em desvantagem em processos seletivos formais, pois muitas
empresas acreditam que o processo de contratação de um estrangeiro é mais burocrático, mais caro e mais
demorado em relação à contratação de um brasileiro.

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Mesmo com informação de fácil acesso, algumas empresas ainda acreditam que possa haver alguma
ilegalidade na contratação de refugiados, passível de causar problemas com Ministério do Trabalho ou
mesmo com a Polícia Federal.

Aliado à desinformação, o preconceito também é um fator determinante. Refugiados são muitas vezes
associados a imigrantes ilegais ou a fugitivos.

Gabarito: Certo

3. (CESGRANRIO/BASA/2021 – TÉCNICO CIENTÍFICO) Das 140.774 pessoas em situação de


deslocamento forçado registradas no sistema do Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) no
Brasil, 95% são da Venezuela. Destas, 46,7% são mulheres, das quais 31% são menores de idade e 3%,
idosas. Segundo Rosana Baeninger, pesquisadora da Unicamp, é possível notar a presença significativa de
mulheres em todas as fases da migração da Venezuela para o Brasil. A partir de 2018, com a piora da crise
humanitária na Venezuela, intensifica-se a chegada de imigrantes de renda mais baixa pela fronteira
==5617c==

amazônica. “É uma migração absolutamente familiar, e a presença feminina é muito vinculada a isso”,
afirma a pesquisadora. Nessa fase, trata-se de uma migração fortemente dirigida pelo Estado e por ONGs,
por meio da Operação Acolhida.

MANTOVANI, F. Diário de uma Refugiada. Jornal Folha de São Paulo, Mundo, 13 dez. 2020, p. A13. Adaptado.

A respeito da migração internacional, na fase mais recente do deslocamento venezuelano para o Brasil, as
imigrantes chegam, majoritariamente, por via terrestre ao seguinte estado:

(A) Roraima

(B) Rondônia

(C) Amazonas

(D) Mato Grosso

(E) Mato Grosso do Sul

COMENTÁRIOS:

Em decorrência da crise política, econômica e social pela qual passa, milhões de venezuelanos saíram do seu
país, migrando para outros países da América Latina e do mundo, entre eles o Brasil, que faz fronteira com
a Venezuela na região Norte. Os venezuelanos que migram para o Brasil chegam, em sua quase totalidade,
por via terrestre, pelo estado fronteiriço de Roraima, sobretudo, pela cidade de Pacaraima.

Gabarito: A

4. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/2020 – ANALISTA AMBIENTAL) Desde 2015, após o presidente


Nicolás Maduro perder as eleições parlamentares, parte da população venezuelana começou a emigrar
em maiores números para alguns países da América Latina. Segundo o FGV DAPP, em Roraima, na fronteira
do Brasil com a Venezuela, o município de _____________, tem recebido grande parte deste fluxo, em

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meio ao surgimento de conflitos sociais. Complete a lacuna marcando a alternativa que informe,
corretamente, o nome desse município brasileiro.

(A) Caracara.

(B) Pacaraima.

(C) Uiramutã.

(D) Alto Alegre.

(E) Amajari.

COMENTÁRIOS:

Devido à grave crise política, econômica e social, um grande contingente de venezuelanos tem deixado o
país desde 2015, migrando para outros países da América Latina e de outros continentes. Os venezuelanos
entram no país principalmente por Pacaraima, em Roraima, na fronteira com a Venezuela. A grande maioria
dos que permanecem no Brasil acaba ficando nesse estado, o de menor população, especialmente na sua
capital, Boa Vista.

Gabarito: B

5. (IDECAN/IPC/2018 - PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO)

A manchete acima denuncia um grave problema social que tomou conta de uma capital brasileira que
vem sofrendo com o intenso fluxo de imigrantes venezuelanos. As cenas da chegada de centenas, até
milhares de venezuelanos desempregados, famintos e desesperados se tornaram frequentes na cidade
que recebe um número crescente de imigrantes. Já são 40 mil, segundo as contas da Prefeitura, o que
equivale a mais de 10% dos cerca de 330 mil habitantes da capital do estado com menor índice
populacional do Brasil. A cidade a qual estamos nos referindo é:

a) Rio Branco.

b) Boa Vista.

c) Manaus.

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d) Belém.

COMENTÁRIOS:

A cidade a que o enunciado se refere é Boa Vista, capital do estado de Roraima. O estado tem sido a principal
porta de entrada, no Brasil, para os venezuelanos que fogem da crise econômica, social e política do seu país.

Gabarito: B

6. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Considere o texto que aborda a


imigração no Brasil contemporâneo.

Os venezuelanos chegam ao Brasil fugindo da crise econômica intensa instalada no país vizinho. De 2015
a junho deste ano, 56,7 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal. Nesse período, 35,5 mil pediram
refúgio e 11,1 mil solicitaram residência no Brasil. Em abril, o governo deu início a um processo de
distribuição de imigrantes venezuelanos concentrados na Amazônia para outras unidades da federação,
no chamado processo de interiorização.

Metade dos imigrantes da Venezuela já deixou o Brasil, Jornal do Brasil, Nacional, 18 jul. 2018, p.4.
Adaptado.

Essa chegada de imigrantes venezuelanos ao Brasil ocorre pelo seguinte estado:

a) Pará.

b) Amapá.

c) Roraima.

d) Rondônia.

e) Amazonas.

COMENTÁRIOS:

A chegada dos venezuelanos se dá pelo estado de Roraima.

Gabarito: C

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LISTA DE QUESTÕES – IDH - MULTIBANCAS


1. (FCC/AFAP/2019 - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Criado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é atualizado anualmente, visando
permitir o conhecimento sobre as condições de vida das nações avaliadas. Este índice possui uma variação
de 0 até 1, sendo que quanto mais próximo for de 1 a avaliação do país, melhor classificado ele será no
IDH, ou seja, melhores condições de vida aquela população terá.

Analise o IDH do Brasil mostrado na tabela abaixo.

Ano Posição no mundo IDH

2015 79ª ==5617c==


0,754

2016 79ª 0,758

2017 79ª 0,759

2018 79ª 0,759

(PNUD)

Os dados apresentados e os conhecimentos sobre o contexto socioeconômico brasileiro indicam

a) os elevados déficits em setores de importância socioeconômica, como é o caso da Previdência.

b) que, atualmente, o país tem apresentado significativa redução das desigualdades sociais.

c) que as condições de vida da população brasileira tiveram reduzida evolução.

d) o esforço do governo para manter políticas públicas destinadas às crianças e jovens.

e) a posição do Brasil como o país de maior IDH da América do Sul, superando a Argentina.

2. (FGV/COMPESA/2018 – ANALISTA DE GESTÃO) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi


concebido para superar uma abordagem meramente econômica de desenvolvimento, baseada na renda
nacional. Assinale a opção que apresenta os critérios que são adotados para estabelecer o IDH.

a) A taxa de desemprego, os investimentos em pesquisa e a média de anos de educação de adultos.

b) A expectativa de vida, o acesso ao conhecimento e a renda medida em paridade com o poder de


compra.

c) A longevidade com saúde, a taxa de alfabetização e o produto interno bruto per capita.

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d) A esperança de vida ao nascer, a matrícula escolar nos três níveis do ensino e o índice de
empregabilidade.

e) O percentual da população economicamente ativa, o rendimento médio por gênero e o grau de


desigualdade social.

1. C
2. B

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LISTA DE QUESTÕES – CENSO DEMOGRÁFICO –


MULTIBANCAS
1. (FGV/CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ-SP/2022 – CONTADOR LEGISLATIVO) Em 2022, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza um novo censo demográfico, para atualizar o retrato do
Brasil e embasar novas políticas públicas. Assinale a afirmativa que caracteriza corretamente o censo
demográfico brasileiro.

(A) Informar os dados solicitados na pesquisa é facultativo e pode ser por internet.

(B) As informações colhidas são abertas e podem ser objeto de certidão.

(C) O recenseado pode optar em responder o questionário básico ou o ampliado.


==5617c==

(D) Foram incluídas perguntas sobre orientação sexual e a identidade de gênero

(E) O recenseador pode perguntar sobre identificação étnico-racial, educação e rendimento do responsável
pelo domicílio, entre outros.

2. (IBADE/IBGE/2020 - AGENTE CENSITÁRIO/ADAPTADA) É correto afirmar que em 2022, o IBGE


realizará:

a) XIII Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” do País.

b) X Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” do País.

c) XIII Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato” do País.

d) X Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato” do País.

e) X Censo Demográfico, que será uma “parte do retrato dos estados” do País.

3. (IBADE/IBGE/2020 - RECENSEADOR) Em relação ao Censo Demográfico realizado pelo IBGE, é


correto afirmar que:

a) é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades.

b) a última coleta do Censo Demográfico no Brasil ocorreu no ano de 2000.

c) é a operação realizada a cada 5 anos para contar a população e obter informações sobre as principais
características dos habitantes e de seus domicílios.

d) os dados do IBGE não podem ser utilizados para a definição de políticas públicas em nível municipal.

e) dados sobre a distribuição territorial no país e a evolução de seu quantitativo ao longo do tempo não são
coletados pelo Censo Demográfico IBGE.

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(QUADRIX/CRO-AC/2019 - ASSISTENTE JURÍDICO/ADAPTADA) São muitas as razões para que o Censo


Demográfico em 2022 retrate, com a maior fidelidade possível, a realidade do País e de sua população.
Trata‐se de um investimento indispensável para que se possa fazer frente aos enormes desafios que
teremos nos próximos dez anos.

Internet: <https://brasil.elpais.com> (com adaptações).

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue os itens.

4. Em abril de 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma redução de
25% dos gastos previstos com a realização do Censo Demográfico.

5. O IBGE, que realiza o Censo, determinou a redução do número de perguntas para 2022, visando a
aumentar a produtividade e a agilizar a pesquisa.

6. As mudanças a serem implementadas no Censo 2022 motivaram críticas de diversos especialistas;


argumentam eles que a falta de informações mais detalhadas prejudicaria as políticas públicas.

7. O Censo 2022 será aplicado entre agosto e outubro do ano que vem, visitando todas as residências
brasileiras e compondo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

1. E 4. C 7. E
2. A 5. C
3. A 6. C

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