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GEOGRAFIA DO

NORDESTE
O Nordeste Brasileiro

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230713343002

LUIS FELIPE ZIRIBA

Formado em Geografia pela Universidade de Brasília, leciona desde 2001 em cursos


e plataformas variadas pelo Distrito Federal, tendo começado em pré-vestibulares,
seguindo para preparatórios para o concurso de admissão à carreira diplomática,
escolas de ingresso na carreira militar (ESPCEX) além de lecionar para os mais
concorridos concurso do Brasil, tais quais Câmara dos Deputados, Senado Federal,
BC, PF, PCDF, entre outros, promovendo nestes últimos, principalmente, aulas na
frente de Atualidades e de Realidade do DF

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Joao Paulo - 00000000000, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Geografia do Nordeste
O Nordeste Brasileiro
Luis Felipe Ziriba

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
O Nordeste Brasileiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução e a População da Reg. Nordeste no Contexto Nacional. . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Região Nordeste Hoje. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2. Os Maiores Estados (em Ordem e Porcentagem da Área Total do Brasil) . . . 10
1.3. O Nordeste no Contexto Econômico e Social do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.4. Participação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.5. Divisão por Setores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.6. Crescimento do PIB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.7. O Comércio Exterior do Nordeste. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.8. Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2. As Mesorregiões: Geografia e Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1. A Zona da Mata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2. Atividades Econômicas Principais na Zona da Mata. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3. Ciclos Agrários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.4. Ciclos Urbanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5. Ciclos Industriais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.6. O Agreste. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.7. O Sertão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.8. Complemento: o Polígono das Secas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.9. Complemento 2: a Sudene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.10. O Meio-Norte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.11. Mapa Oficial de Biomas do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.12. Atividades Econômicas Principais no Meio-Norte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.13. O Matopiba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

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Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

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APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), é um prazer conduzir-lhe nessa jornada rumo à aprovação. Conte
conosco nessa jornada. Vai dar certo! Vamos juntos, rumo à aprovação!
Bom, meu nome é Luis Felipe Ziriba. Sou bacharel em Geografia pela Universidade de
Brasília desde 2004 e ministro aulas para concursos públicos, escolas de admissão à carreira
militar, pré-vestibulares, entre outros, há mais de 15 anos, tanto presencialmente como
pela plataforma on-line.
Com vistas a promover uma preparação concisa e eficaz para o concurso em voga,
apresento-lhe a seguir o nosso material didático voltado a complementar o que foi pedido
no edital.
O Nordeste brasileiro: geografia, atividades econômicas, contrastes intrarregionais, o
polígono das secas e as características das regiões naturais do Nordeste; o Nordeste no
contexto nacional.
Bom, então vamos juntos, rumo à aprovação.

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O NORDESTE BRASILEIRO

1. INTRODUÇÃO E A POPULAÇÃO DA REG. NORDESTE NO


CONTEXTO NACIONAL
A Região Nordeste, como conhecemos, foi delimitada oficialmente em sua atual
configuração em 1969, pelo IBGE.

Antes dessa atual configuração, a Região era assim formatada, com os Estados da Bahia
e Sergipe pertencendo à extinta Região Leste:
Somente em 1969, com a última grande mudança no mapa de Regiões do Brasil, é que
a Região recebe a atual configuração que conhecemos (conforme imagem a seguir).
Atualmente são 9 estados, os quais perfazem, somados, uma área de 1.554.291 km²,
sendo a terceira maior Região, com 18,2% do território nacional, atrás do Centro-Oeste
(1.612.000 km²) e Norte (3.870.000 km²).
Em termos populacionais, a Região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, atrás apenas
da Reg. Sudeste, segundo o IBGE, com 54 milhões de habitantes, ou quase 27% da população
brasileira. Entre 2010-2022, a população brasileira cresceu em torno de 0,52% ao ano. Já no
mesmo período, a população da Reg. Nordeste cresceu abaixo da média nacional.

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COMPARATIVO REGIÕES E POPULAÇÃO

São Paulo – 44.420.459 habitantes


Minas Gerais –20.538.718 habitantes
Rio de Janeiro –16.054.524 habitantes
Bahia –14.136.417 habitantes
Paraná – 11.443.208 habitantes
Rio Grande do Sul – 10.880.506 habitantes
Pernambuco – 9.058.155 habitantes
Ceará – 8.791.688 habitantes
Pará – 8.116.132 habitantes
Santa Catarina – 7.609.601 habitantes
Goiás – 7.055.228 habitantes
Maranhão – 6.775.152 habitantes
Paraíba – 3.974.495 habitantes
Amazonas – 3.941.175 habitantes
Espírito Santo – 3.833.486 habitantes
Mato Grosso – 3.658.813 habitantes
Rio Grande do Norte – 3.302.406 habitantes
Piauí – 3.269.200 habitantes
Alagoas – 3.127.511 habitantes
Distrito Federal – 2.817.068 habitantes
Mato Grosso do Sul – 2.756.700 habitantes
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Sergipe – 2.209.558 habitantes


Rondônia – 1.581.016 habitantes
Tocantins – 1.511.459 habitantes
Acre – 830.026 habitantes
Amapá – 733.508 habitantes
Roraima – 636.303 habitantes
Acima, temos o ranking, segundo o Censo 2022, das Unidades da Federação mais
populosas do Brasil.
A Região Nordeste possui dentre as 10 UF’s mais populosas do Brasil, mesmo sendo a
Região com mais Unidades Federadas (9 no total, como sabemos), apenas duas. A Bahia,
em 4º lugar no ranking nacional, e o Ceará, em 8º. Percebem que as duas Unidades da
Federação menos populosas da região são exatamente as duas UF’s com menor área,
ou seja, Alagoas e Sergipe.
Por fim, apresento-lhes dois rankings urbanos. O primeiro, das maiores cidades do
Brasil. Reparem que dentre as 10 maiores cidades, 3 estão situadas na Região Nordeste;
ei-las: Fortaleza (4ª), Salvador (5ª) e Recife (9ª).
IMPORTANTE
Salvador, a maior cidade da Região Nordeste, vale o destaque, foi no período entre Censos a capital de
estado no país que mais perdeu população, com perda/saída de 10 por cento de seus habitantes.

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Já no segundo ranking, tem-se as 10 maiores cidades da Reg. Nordeste:


1 Fortaleza Ceará 2.428.678

2 Salvador Bahia 2.418.005

3 Recife Pernambuco 1.488.920

4 São Luís Maranhão 1.037.775

5 Maceió Alagoas 957.916

6 Teresina Piauí 866.300

7 João Pessoa Paraíba 833.932

8 Natal Rio Grande do Norte 751.300

9 Jaboatão dos Guararapes Pernambuco 643.759

10 Feira de Santana Bahia 616.279

Fonte: IBGE

IMPORTANTE
Percebam que dentre as 10 maiores cidades do Brasil, as 8 primeiras são capitais de estado. Somente na
9ª e 10ª posição que temos cidades que não são capital (porém estão perto das respectivas capitais de
seus estados). Podemos afirmar, portanto, que Jaboatão dos Guararapes é a maior cidade do interior
da Região Nordeste (e isso vai ser cobrado em prova, quase com certeza).
Segue link da Wikipedia, atualizado com as 100 maiores cidades da Região Nordeste:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_cem_municípios_mais_populosos_da_Região_
Nordeste_do_Brasil (acesso em ago 23).

1.1. REGIÃO NORDESTE HOJE

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1.2. OS MAIORES ESTADOS (EM ORDEM E PORCENTAGEM DA ÁREA TOTAL


DO BRASIL)
1º Bahia → 564.733 Km² // 6,6%
2º Maranhão → 331.937 Km² // 3,9%
3º Piauí → 251.577 Km² // 2,9%
4º Ceará → 148.920 Km² // 1,7%
5º Pernambuco → 98.148 Km² // 1,1%
6º Paraíba → 56.468 Km² // 0,6%
7º Rio Grande Do Norte → 52.811 Km² // 0,6%
8º Alagoas → 27.778 Km² // 0,3%
9º Sergipe → 21.915 Km² // 0,2%

1.3. O NORDESTE NO CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL DO BRASIL

1.3.1. ECONOMIA
O Nordeste é a segunda Região mais populosa do Brasil, com mais de 52 milhões de
habitantes, perdendo apenas para a Região Sudeste. No ranking populacional entre as
9 Unidades da Federação da Região Nordeste, a Bahia lidera também, com 14.800.000
habitantes aproximadamente em 2018.
Em número de municípios, a Região Nordeste é aquela com o maior número (1.798).
A enorme fragmentação de municípios em seu interior formatou uma rede urbana com
muitos municípios pequenos e pouco populosos (e, via de regra, pobres). A principal Região
Metropolitana e, também, maior cidade é Salvador, a quarta maior cidade do Brasil, atrás
apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. É interessante observar que Fortaleza vem
em quinto já no ranking das maiores cidades brasileiras. Um contraponto, contudo, reside
no fato de que, segundo o IBGE, a Região Nordeste é justamente a que possui a menor
taxa de urbanização dentre as 5, com pouco mais de 73% de população urbana, atrás da
Região Norte.
O PIB da Região Nordeste, assim como o PIB brasileiro, concentra-se na produção de valor
no setor de serviços (mais ou menos na casa dos 72%), seguido da indústria (mais ou menos
23%) e por último a agricultura. No total nacional, a região possui fatia ao redor de 14% do
PIB nacional, sendo um pouco menor que a Região Sul, contudo maior que Centro-Oeste e
Norte. Veja a seguir alguns dados do contexto acerca da participação da Reg. Nordeste e
seus estados no PIB nacional
REGIÃO: SUDESTE SUL NORDESTE CENTRO-OESTE NORTE
PARTICIPAÇÃO 51,9 17,2 14,4 10,3 6,2

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1 - São Paulo 31,2%


2 - Rio de Janeiro 9,9%
3 - Minas Gerais 9%
4 - Paraná 6,4%
5 - Rio Grande do Sul 6,2%
6 - Santa Catarina 4,6%
7 - Bahia 4%
8 - Distrito Federal 3,5%
9 - Goiás 2,9%
10 - Pará 2,8%
11- Pernambuco 2,5%
12 - Mato Grosso 2,3%
13 - Ceará 2,2%
14 - Espírito Santo 1,8%
15 - Mato Grosso do Sul 1,6%
16 - Amazonas 1,5%
17 - Maranhão 1,4%
18 - Paraíba 0,9%
19 - Rio Grande do Norte 0,9%
20 - Alagoas 0,8%
21 - Piauí 0,7%
22 - Rondônia 0,7%
23 - Sergipe 0,6%
24 - Tocantins 0,6%
25 - Acre 0,2%
26 - Amapá 0,2%
27 - Roraima 0,2%

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FONTE: IBGE

IMPORTANTE:
Algumas análises pontuais sobre o Nordeste e a economia nacional:

Obs.: Dados até 2020 (último estudo macro sobre a economia nacional completo feito pelo
IBGE, chamado Contas Regionais 2020 e divulgado e fins de 2022 ).

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1.4. PARTICIPAÇÃO
A participação proporcional do Nordeste na economia nacional vem crescendo, como
podemos perceber no gráfico abaixo. Se em determinado momento chegou a 12.8% (2003),
em 2017 atinge 14,7%.

1.5. DIVISÃO POR SETORES


O setor de serviços é a atividade econômica com maior participação no valor
adicionado do Nordeste. Na média de 2002 a 2020, 72,4% do valor adicionado da região
deveu-se aos serviços; percentual similar ao do setor no Brasil, para o mesmo período
analisado (70,5%).
A atividade agropecuária teve maior participação no valor adicionado do Nordeste
do que no do Brasil. Enquanto no País a agropecuária representou 5,4% do valor
adicionado total, entre 2002 e 2020, no Nordeste este percentual foi de 7,2%. Os
estados do Nordeste que apresentaram as maiores participações no valor adicionado
da agropecuária foram Alagoas e Maranhão, com 15,2% e 10,7%, respectivamente, na
média de 2002 a 2020.
Em contrapartida, o setor industrial teve menor participação no valor adicionado total
da região Nordeste do que na economia nacional. Nas atividades industriais, pode-se afirmar
que a diferença de peso entre o Brasil e a região é explicada, principalmente, pela indústria
de transformação. Na média de 2002 a 2020, a transformação representou 13,4% do valor
adicionado total do Brasil, enquanto no Nordeste este percentual foi de apenas 9,2% do
valor adicionado da região.

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1.6. CRESCIMENTO DO PIB


O PIB brasileiro cresceu 2,0% ao ano, entre 2002 e 2020. No mesmo período, a região
Nordeste cresceu 2,2%, estando acima do desempenho das regiões Sul e Sudeste, que
cresceram 1,7% cada e, abaixo do desempenho das regiões Norte e Centro-Oeste, que
cresceram 3,2% cada.
ARTIGO em: https://blogdoibre.fgv.br/posts/breve-retrato-economico-da-
regiao-nordeste#:~:text=3%20%2D%20O%20COM%C3%89RCIO%20EXTERIOR%20
DO,%2C4%25%2C%20em%202022.

1.7. O COMÉRCIO EXTERIOR DO NORDESTE


O comércio exterior do Nordeste engloba grande variedade de produtos, totalizando
em 2022 35 bilhões de dólares de importações e US$ 27,8 bilhões de exportações. Esses
valores significam uma participação na corrente de comércio brasileira de 10,4%, em 2022.
O Gráfico 9 ilustra a trajetória dos fluxos de comércio Nordestino: na maior parte do
tempo esse fluxo foi bastante equilibrado, embora de 2010 a 2020 tenha prevalecido um
déficit no comércio internacional do Nordeste (NE).

Fonte: Base de dados do ICOMEX.

Conforme ilustrado nos Gráficos 10 e 11, o principal grupo de produtos comercializado


pelo Nordeste é o de Bens de Consumo Intermediário (CI), com média, tanto de importações
como de exportações, de 80%. Para os bens de consumo final (CF), o NE exporta mais do
que importa e para Bens de Capital (BK), o NE importa mais do que exporta.

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Fonte: Base de dados do ICOMEX.

Fonte: Base de dados do ICOMEX.

Na análise dos vinte principais produtos de exportação do Nordeste para o resto do


mundo, destacam-se a Soja em Grão (21,4%) e o Óleo Combustível (17,8%). Entre o grupo
de importados, figuram entre os vinte mais importantes vários produtos da cadeia de
combustíveis, tais como o Óleo Diesel (17,7%), outros produtos do refino do petróleo (8,7%)
e diversos produtos agropecuários.
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Os principais estados importadores do Nordeste, desde 1997 e ao longo dos últimos 25


anos, foram: Bahia (com cerca de 36% das importações da região, em média), Pernambuco
(24%), Maranhão (19%) e Ceará (13%). Portanto, esses quatro estados respondem por 92%
das importações do Nordeste.
Os principais estados exportadores do Nordeste, desde 1997 e ao longo dos últimos 25
anos, foram: Bahia, (com cerca de 53% das exportações do Nordeste, em média), Maranhão
(18%), Ceará (10%) e Pernambuco (8%). Em suma, esses quatro estados respondem por
89% das exportações da região.
Entre os maiores estados importadores, os principais itens importados pela Bahia foram
diversos produtos da cadeia de petróleo e combustíveis e alguns produtos característicos
da indústria de transformação, com ênfase em automóveis desde 1998 até 2020. Em
Pernambuco, os principais produtos importados são derivados de petróleo e gás, e diversos
produtos agrícolas com destaque para trigo, malte e seus derivados (cervejas e chopes). No
Maranhão, não há alterações importantes ao longo do período examinado e preponderam
os derivados de petróleo. No Ceará, o principal produto importado é carvão mineral a partir
de 2015, associado à nova siderúrgica de exportação lá implantada. Despontam também
no Ceará trigo e vários produtos geradores de energia.
Dentre os estados exportadores, destacam-se, na Bahia, diversos produtos agrícolas
com proeminência da soja e derivados, e celulose; combustíveis; e, também, de 2000 a
2005, automóveis. O Maranhão, segundo estado com maior participação nas exportações do
Nordeste, tem como principais produtos alumínio e soja e diversos produtos siderúrgicos. O
Ceará tinha sua pauta de exportações basicamente formada por produtos de calçados em
geral, de 1998 até 2015; a partir de 2020, surgem os produtos siderúrgicos como principal
produto de exportação, representando quase 20% de sua pauta. Pernambuco teve em
2022 a exportação de óleo combustível e automóveis como principais produtos exportados,
substituindo açúcar refinado e outros produtos da lavoura que eram, anteriormente, os
mais importantes da pauta.

1.8. SOCIAL

1.8.1. O IDH E A REGIÃO NORDESTE


O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – é um indicador de desenvolvimento
estabelecido pela ONU desde a entrada da década de 1990. Ele leva em consideração três
fatores: renda, expectativa de vida e escolaridade. Vai de 0 (nenhum desenvolvimento) a
1 (desenvolvimento pleno) e pode ser usado em várias escalas, desde um bairro até países.

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De acordo com o último ranking apresentado em 2022, com dados relativos ao ano de
2021, a Suíça está na liderança no IDH global, seguida por Noruega, Islândia, Hong Kong e
Austrália. O rol dos países com IDH Muito Alto compreende aqueles que possuem indicador
entre 0,8 e 1. Neste rol se encontram, da América do Sul, apenas o Chile (42º), a Argentina
(47º) e o Uruguai (58º). Importante destacar que nenhuma Unidade da Federação da Região
Nordeste se encontra neste rol mais alto do IDH. No Brasil, apenas o Distrito Federal, Santa
Catarina e São Paulo ostentam tal posição.
O Brasil, na média, se encontra no rol Alto Desenvolvimento. No último ranking, caímos
da 79a posição, com indicador de 0,761, para a 87a posição, com nível 0,759. Estamos atrás
de países como Cuba (72º), Peru (82º) e México (86º). Nesse rol de Alto Desenvolvimento
encontram-se 20 Unidades Federativas.
Por fim, temos o rol mais baixo dentro dso rols de desenvolvimento nacional que são
as unidades da Federação no rol Médio Desenvolvimento (entre 0.6-0.699).
Vejam abaixo a lista dos IDH’s por Unidades da Federação (em negrito, o rol Muito Alto,
de roxo o rol Alto e de Vermelho o rol Médio):
IDH 2021 POR Unidade da Federação:
Distrito Federal 1 0,85
São Paulo 2 0,826
Santa Catarina 3 0,808
Rio de Janeiro 4 0,796
Paraná 5 0,792
Minas Gerais 6 0,787
Rio Grande do Sul 6 0,787
Mato Grosso 7 0,774
Espírito Santo 8 0,772
Goiás 9 0,769
Mato Grosso do Sul 10 0,766
Roraima 11 0,752
Tocantins 12 0,743
Amapá 13 0,74
Ceará 14 0,735
Amazonas 15 0,733
Rio Grande do Norte 16 0,731
Pernambuco 17 0,727
Rondônia 18 0,725
Paraíba 19 0,722
Acre 20 0,719

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Bahia 21 0,714
Sergipe 22 0,702
Pará 23 0,698
Piauí 24 0,697
Maranhão 25 0,687
Alagoas 26 0,683

Notem acima que das 9 Unidades da Federação da Reg. Nordeste, 6 se encontram no rol
Alto e 3 estão no rol Médio. Na rabeira do IDH nacional, todas são Unidades da Federação
da Região Nordeste (Alagoas, Maranhão e Piauí).

1.8.2. O ANALFABETISMO E A REGIÃO NORDESTE


A taxa de analfabetismo recuou no Brasil de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022. Dentre as
regiões, a Região Nordeste tinha a taxa mais alta (11,7%) e o Sudeste, a mais baixa (2,9%).
No grupo dos idosos (60 anos ou mais), a diferença entre as taxas era ainda maior: 32,5%
para o Nordeste, ou seja, um terço da população e 8,8% para o Sudeste.
Das 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler e escrever,
59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais.
Entre as Unidades da Federação, as três maiores taxas de analfabetismo foram observadas
no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%) e as menores, no Distrito Federal
(1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e em São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).
Percebam que o analfabetismo está intimamente ligado ao IDH (veja lista acima com
os IDH estaduais). Ou seja, lugares com baixo IDH revelam altas taxas de analfabetismo e
lugares com os melhores IDH, via de regra, possuem baixos índices.

1.8.3. O NORDESTE E A MORTALIDADE INFANTIL


A Região Nordeste, ao apresentar junto à Região Norte os piores indicadores de
desenvolvimento no Brasil, possui taxas de mortalidade infantil acima da média nacional.
Veja os dados abaixo. Reparem que, mesmo a Região Nordeste estando acima de média
de mortalidade do Brasil (13.3 contra 15.2), a queda na Região Nordeste em 30 anos neste
indicador (1990-2019) é a maior queda em termos proporcionais dentre todas as regiões
nacionais e, também, maior que a queda na mortalidade nacional. O que explica tal redução
na mortalidade diz respeito a melhorias nas condições de vida como um todo na Região
desde a década de 1990, e a implementação de uma série de campanhas e políticas em
todos os âmbitos, desde as esferas municipais até internacional com vistas a diminuir
esse triste indicador. Destaque para os Programas do SUS. De fato, o número médio de 15
mortes a cada mil nascimentos é alto, mas houve vitórias.

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NÚMERO DE MORTES POR 1000 NASCIMENTOS

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2. AS MESORREGIÕES: GEOGRAFIA E ECONOMIA

A Região Nordeste é dividida em 4 domínios naturais, ou mesorregiões fisiográficas. Veja:

Obs.: O conceito de mesorregião (ou regiões fisiográficas) remete a uma unidade territorial
que possui características homogêneas econômicas, físicas e sociais. Destas resultam
internamente arranjos chamados microrregiões.

2.1. A ZONA DA MATA


Essa sub-região compreende a parte litorânea Leste da Região, dos estados da Bahia,
Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e parte (Leste) apenas do litoral do Rio Grande do Norte.
Sofre influência climática da mTa – Massa Tropical Atlântica, de característica quente
e úmida. Em parte do ano essa massa entra em contato com flancos de outra massa, a mPa
– Massa Polar Atlântica, mais fria e úmida, oriunda da Região Sul e Sudeste, promovendo
tempo de chuvas abundantes no chamado inverno (meses entre abril e agosto). Para o
resto do ano, via de regra, tempo quente e firme com poucas chuvas no Litoral nordestino
e garantia de verões com sol e praias cheias.
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O bioma original da Zona da Mata é a Mata Atlântica, um domínio vegetal de


característica FLORESTAL (árvores de porte alto), privilegiado pela umidade das massas
atuantes e úmidas e também da retenção das chuvas promovidas pelo Planalto da
Borborema, o qual perfaz o litoral Leste nordestino, possuindo uma alta biodiversidade,
mas que, contudo, em função dos ciclos agrários, econômicos, industriais e a da intensa
urbanização/metropolização solaparam imensa quantidade de vegetação.

2.2. ATIVIDADES ECONÔMICAS PRINCIPAIS NA ZONA DA MATA


Na Zona da Mata, os processos de ocupação humana e empreendimentos econômicos
foram os mais intensos em toda Região Nordeste. Vejamos, resumidamente, por quê.

2.3. CICLOS AGRÁRIOS


As primeiras iniciativas com êxito de produção agrícola no território brasileiro, desde
os primórdios do Brasil Colônia, remetem à posse de terras litorâneas no Nordeste
para a alocação de rebanhos de gado e cana-de-açúcar. Com o tempo, os rebanhos foram
realocados no Agreste e Sertão, contudo, a cana-de--açúcar tomou lugar como principal
atividade econômica nos dois primeiros séculos do Brasil Colônia.
Destaca-se também que, a partir de meados do Séc. XIX, na Bahia, mais especificamente
em seu litoral Sul, e tendo como epicentro a cidade de Ilhéus, tem-se a ocorrência de plantações
de cacau, as quais tornaram o Brasil por muito tempo o maior produtor mundial do fruto.

2.4. CICLOS URBANOS


As principais cidades da Região Nordeste estão situadas na Zona da Mata/ Litoral. Aliás,
todas as capitais dos 6 estados que compreendem tal área (Salvador/BA, Aracaju/
SE, Maceió/AL, Recife/PE, João Pessoa/PB, Natal/RN) são nesta faixa, acrescido das
maiores cidades do interior (Jaboatão do Guararapes/PE e Feira de Santana/BA). Portanto,
podemos afirmar que o processo de urbanização/metropolização no Nordeste se deu
fundamentalmente na Zona da Mata. Vale destacar, por fim, que dentro da hierarquia
urbana do Brasil são contabilizadas pelo IBGE 12 metrópoles, sendo Salvador e Recife (além
de Fortaleza) consideradas metrópoles nacionais.

2.5. CICLOS INDUSTRIAIS


A formação de indústrias na Região Nordeste, embora tardia em se comparada à Região
Centro-Sul, se deu na Zona da Mata, principalmente nas cercanias das maiores cidades,
Recife e Salvador. A constituição da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste), em 1959, visou exatamente à promoção de um desenvolvimento industrial
que não estivesse concentrado nas mãos da velha oligarquia agrária (vale este destaque)
e tivesse no viés industrial um norte para uma nova modalidade desenvolvimentista.

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Na década de 1970, polos de produção petroquímica, como o de Camaçari/BA, e,


também, iniciativas em Pernambuco (a partir da década de 1990), como o Polo Químico-
Têxtil em Suape/PE ganham espaço. Há também a formação de indústrias automobilísticas
em localidades na Zona da Mata de ambos os estados nessas últimas duas décadas.
Por fim, a Região da Zona da Mata, por concentrar muita população, mão de obra mais
barata e uma rede de infraestrutura (energia e transportes) já bem desenvolvida, recebeu
investimentos oriundos de uma relativa desconcentração industrial de empresas do ramo
de bens de consumo não duráveis do Centro-Sul, principalmente de alimentos e têxtil, ao
longo das últimas décadas.

2.6. O AGRESTE
É a menor Região dentre as quatro do Nordeste. Situa-se entre a transição da Zona
da Mata e do Sertão nordestino, tal qual podemos perceber no mapa a seguir. O clima
ainda recebe ventos úmidos da mTa – Massa Tropical Atlântica, no componente barlavento
do Planalto da Borborema, mas, ao se estender interior adentro, começam a diminuir a
intensidade das águas no encontro com o sertão, mantendo-se, contudo, áreas mais úmidas
nos chamados brejos.

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A rede hidrográfica do Agreste, principalmente em Pernambuco e na Paraíba, é composta


por rios que, via de regra, nascem no Agreste e descem em direção à Zona da Mata, desaguando
no Oceano, tal qual o Rio Capibaribe/PE. Acabam tornando-se rios muito importantes, por
servirem ao abastecimento urbano de Regiões Metropolitanas importantes.
Do ponto de vista cultural, o agreste possui o maior festival de São João de todo o mundo,
em que se destacam as festividades realizadas entre os meses chamados do ciclo junino
( junho-agosto) em Caruaru e Campina Grande, havendo o uso do milho e seus derivados
como comida típica.

2.6.1. ATIVIDADES ECONÔMICAS PRINCIPAIS NO AGRESTE


No campo, as atividades econômicas principais são a produção de leite e laticínios, além
da ocorrência de uma agricultura de subsistência, com pequena produção de excedentes,
que são comercializados em feiras e mercados locais, tal qual o milho, o feijão e também
alguns hortifrútis.
A industrialização no agreste ainda é pontual e de baixo valor agregado, em função
da concorrência com a industrialização mais desenvolvida da Zona da Mata. Um ramo de
destaque industrial é o setor de produção têxtil, no interior de Pernambuco, atualmente
um dos 3 maiores do Brasil.
Cidades importantes se encontram nessa parte do território, mas nenhuma metrópole
nem capital de estado, Campina Grande/PB e Carauru e Garanhuns/ PE são exemplos.
No caso de Campina Grande, ocorre a formação de um dos mais importantes polos
tecnológicos da América Latina. Vejamos então alguns marcos de sua consolidação:
• 1952: formação da Escola Politécnica;
• 1957: formação da Fundact: Fundação de Ciência e Técnica de PE;
• 1967: Núcleo de Processamento de Dados da Escola Politécnica – primeiro computador
em uma instituição de ensino na Região Nordeste;
• Dec. 70: atração de profissionais do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica);
• 1984: formação da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (um grande incentivador
à entrada de empresas do ramo tecnológico no estado);
• Dec. 90: feiras de tecnologias + Fundação da FAPESP ( junho/92) – parte integrante
do Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia, que tem como objetivo promover o
desenvolvimento científico e tecnológico do Estado da Paraíba.
Assim, ao longo das últimas décadas, em Campina Grande/PB se consolida um polo
sui generis tecnológico, principalmente em relação à TI, abarcando atualmente uma dúzia
de Universidades, mais de uma dezena de fábricas e quase 100 empresas de serviços em
tecnologia, com milhares de profissionais e estudantes. Para se ter uma ideia, a revista
norte-americana NewsWeek conceituou, em 2004, a Região como sendo o Vale do Silício
brasileiro e, também, o mais quente ambiente de produção tecnológica e inovação em TI
de toda a América Latina.
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2.7. O SERTÃO
O sertão nordestino é a maior de todas as regiões naturais em área. Possui uma
característica climática determinante: o clima semiárido (médias pluviométricas abaixo de
800 mm. anuais), com chuvas apenas por poucos meses ao longo do ano, geralmente entre
março e agosto. No sertão de Pernambuco e Paraíba, são registrados, inclusive, os menores
índices pluviométricos no Brasil, com valores de precipitação na casa de 300 mm. anuais.
Na vegetação tem-se a Caatinga em todas as suas fisionomias. Nome oriundo da tradução
de “mata-branca”, em tupi-guarani, em uma clara alusão a um domínio vegetal que passa
a maior parte do ano seco. Na época das chuvas, e logo nas primeiras parcas quedas de
água, o que se observa no sertão (caatinga) é o alvorecer de uma grande biodiversidade de
plantas e de fauna, principalmente de aracnídeos, insetos e répteis.

Vale o destaque: geralmente as bancas costumam promover peguinhas, afirmando ser


pequena ou baixa a biodiversidade contida na Caatinga nordestina, o que, à primeira vista,
pode parecer verdadeiro, porém, não é. Há uma biodiversidade de plantas considerável,
além de micro-organismos, insetos e, também, animais rasteiros, que se demonstra mais
ativa no curto período de chuvas.

A unidade de relevo principal que contém o Sertão é a Depressão Sertaneja, feição


mais rebaixada em relação ao Planalto da Borborema (Zona da Mata e Agreste na chamada
componente barlavento). Assim, o Sertão nordestino fica na componente sota-vento, que
não recebe os ventos úmidos litorâneos. A seguir, temos o recorte esquemático das regiões,
em que podemos perceber a Depressão Nordestina e sua relação com o Sertão.

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Por fim, vale destacar que no sertão estão presentes os chamados elementos da
cultura sertaneja nordestina, tais quais os vaqueiros, a literatura de cordel e ritmos como
forró e xote.

2.7.1. ATIVIDADES ECONÔMICAS PRINCIPAIS NO SERTÃO

O sertão, por suas características físicas, tais como um clima marcado por escassez de
chuvas, seu inerente distanciamento dos grandes centros urbanos da Região Nordeste e as
escalas seculares de apropriação das terras por latifundiários que restringiram o acesso à
terra e também as benesses necessárias a que as culturas pudessem ter mínimo êxito, tais
quais barragens e açudes, ou seja, as chamadas estruturas hidráulicas, esteve à margem
dos processos de modernização do campo brasileiro empreendidos ao longo das últimas
décadas e também de qualquer surto industrializante.
Uma exceção considerável se deu na Região do Médio São Francisco, em Petrolina/PE.
A produção agrícola do Sertão Nordestino encontra no polo de produção fruticultora no
sertão, situado na Mesorregião Do São Francisco de Pernambuco, uma área de produção
de frutas de qualidade via irrigação, sendo destaque nacional e referência global.
A fruticultura irrigada no Vale do Rio São Francisco tem sua origem na década de 70,
quando o Regime Militar busca, pelo P.I.N (Plano de Integração Nacional), de 1970, a promoção
de novas escalas produtivas para o Nordeste e pinça o Semiárido nordestino como área de
recebimento de investimentos junto à Amazônia. Assim, inicia-se a alocação de estruturas,
eminentemente por irrigação, com vistas a formar-se um polo de produção de frutas.
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Em 1974, a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) é


criada como uma autarquia federal, com vistas a fomentar o desenvolvimento da região,
levando estruturas de irrigação e fomentos vários ao Vale do São Francisco.
Na década de 1990, a associação entre investimentos estatais e o capital privado rende
frutos, literalmente. Petrolina e Juazeiro se consolidam como o epicentro da produção
irrigada de frutas de qualidade para os mercados globais no Brasil, com destaque para as
uvas, melões e mangas.
O polo fruticultor Petrolina-Juazeiro e suas adjacências exporta em torno de um
milhão de toneladas de frutas por ano, representando enorme parte das exportações
de frutas brasileiras. A estimativa de faturamento anual da região gira em torno de dois
bilhões de reais por ano, número que só vem crescendo. Nessa área de alta produtividade,
predominam em mais de 90% as pequenas Propriedades Rurais.
O atual modelo de negócio por lá envolve os clusters, ou seja, união de empresas do
mesmo setor que, ao serem associadas em cooperativas, entre outras estruturas, acabam
facilitando a atividade conjunta por meio do compartilhamento de expertises, tecnologias
avançadas, mão de obra especializada e outros fatores. Destaque na região também para
o aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho, inaugurado em 1981 e que hoje se consolida
como um dos aeroportos no Brasil com a maior capacidade de exportação de carga.
Outro polo dinâmico de produção de frutas irrigadas deu-se no oeste potiguar, cujos
vales úmidos das bacias dos rios Apodi e Piranhas-Açu transformaram-se em espaços de
interesse para a valorização do capital nacional e multinacional via desenvolvimento da
agricultura irrigada em bases tecnológicas modernas. O Polo Integrado Açu/Mossoró de
Fruticultura, em espaço de clima semiárido, distribuído nos municípios do entorno de Assu
e de Mossoró, ao seguir diretriz baseada no modelo empreendido em Petrolina-Juazeiro,
fomentou a produção irrigada de frutas em Açu/Mossoró. Por meio de uma sinergia entre
investimentos estatais (em macroestruturas) e as atividades de empresas privadas, desde
os anos 90, tem-se um eldorado produtivo no semiárido potiguar.
No campo estatal, as ações da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale
do Rio São Francisco) e da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Desenvolvimento de Pesquisa
Agropecuária) fomentaram a introdução de uma gama de arcabouços técnicos necessários ao
desenvolvimento das atividades produtivas. A SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste) se encarregou, junto ao Banco do Nordeste e ao Banco do Brasil, do fomento
financeiro e das isenções fiscais.

2.8. COMPLEMENTO: O POLÍGONO DAS SECAS


Segundo a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), o
polígono das secas é reconhecido pela legislação como sendo a área sujeita a períodos
críticos e prolongados de estiagem, havendo também dentro desta área lugares bastante
suscetíveis a desertificação.

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O Polígono das Secas compreende uma divisão regional efetuada em termos político-
administrativos dentro da zona semiárida, apresentando diferentes zonas geográficas
com distintos índices de aridez, indo desde áreas com características estritamente de
seca, com paisagem típica de semideserto a áreas com balanço hídrico positivo, como a
região de Gilbués, no Piauí.
Sua área compreende todos estados da Região Nordeste, com exceção do Maranhão,
levando também municípios da Região Sudeste, em Minas Gerais, em sua parte Norte,
denominada como Vale do Rio Jequitinhonha.
Criada pela Lei n. 1.348, de 10 de fevereiro de 1951, a área do Polígono sofreu revisão dos
seus limites. Depois a Lei n. 4.239, de 27 de julho de 1963, estatuiu que o município criado
com desdobramento de área de município incluído no Polígono das Secas será considerado
como pertencente a este para todos os efeitos legais e administrativos. De outra parte, a
Lei n. 4.763, de 30 de agosto de 1965, incluiu o município de Vitória da Conquista.
Finalmente, o Decreto-Lei de n. 63.778, de 11 de dezembro de 1968, delegou ao
Superintendente da SUDENE a competência de declarar, observada a legislação específica,
quais os municípios pertencentes ao Polígono das Secas. Esse Decreto-Lei regulamentou
e esclareceu que a inclusão de municípios no Polígono somente ocorreria para aqueles
criados por desdobramento de municípios anteriormente incluídos total ou parcialmente,
no mesmo Polígono, quando efetuados até a data da lei regulamentar, ou seja, de 30 de
agosto de 1965, quando foi declarada como lei.
Em 19 de dezembro de 1997, o Conselho Deliberativo da SUDENE (extinta em 2001),
com a Resolução n. 11.135, aprovou a atualização da relação dos municípios pertencentes
ao Polígono das Secas, incluindo aqueles que foram criados por desmembramento até
janeiro de 1997.
Em 2005, a Nova Delimitação do Semiárido Brasileiro ampliou os critérios de inclusão
dos municípios, por considerar insuficiente o índice pluviométrico.
Os critérios passaram a ser:
• precipitação pluviométrica: média anual inferior a 800 milímetros;
• índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações
e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990;
• risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
Estão inclusos 317 municípios, além dos 1.031 anteriores. A área do semiárido passou a
ser de 969.589,4 km², sendo o maior aumento registrado em Minas Gerais, tendo em vista
que 51,7% do estado passou a integrar o semiárido.
Essa nova delimitação nasce com vistas a nortear as políticas públicas do governo federal,
sobretudo as aplicações do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNEs).
Municípios integrantes do novo semiárido brasileiro terão bônus de adimplência de 25%
dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), enquanto no
restante da região Nordeste, por exemplo, esse percentual é de 15%. Ainda quanto ao FNE,
a Constituição determina que pelo menos 50% dos recursos desse Fundo sejam aplicados
no financiamento de atividades produtivas em municípios do semiárido.
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2.9. COMPLEMENTO 2: A SUDENE


Criada em 1959, a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste nasce com
vistas a promover um desenvolvimento para a Região fora do âmbito das oligarquias
tradicionais agrárias, consideradas responsáveis pelo atraso secular que se aprofundava com
a modernização do Centro-Sul brasileiro e suas escalas de industrialização e metropolização
empreendidas a partir da década de 1940. Em 2001, foi extinta após denúncias de corrupção,
sendo criada a ADENE (Agência de Desenvolvimento do Nordeste). Em 2007, a Superintendência
é reeditada. Sua área de atuação original compreendia basicamente os Estados da Região
Nordeste (com apenas e a parte do Maranhão) e a de Minas Gerais compreendida pelo Polígono
das Secas. Após algumas alterações, a área de ação da Sudene oficialmente é delimitada
pela Lei n. 9.690/1998, abrangendo mais municípios de Minas Gerais e uma pequena parte
ao Norte do Espírito Santo, com 27 municípios. Veja no mapa a seguir.

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2.10. O MEIO-NORTE
Essa região, a mais oriental do Nordeste, encontra-se em faixa de transição entre o
Sertão e a Amazônia. Nessa região, temos duas das capitais dos estados nordestinos: São
Luís e Teresina.

O clima é úmido e quente, em função da presença em parte do ano da mEc – Massa


Equatorial Continental, mas ainda com estação seca principalmente em sua parte mais ao Sul.
No Meio-Norte, contudo, e é muito importante este destaque, há a entrada do Bioma
Cerrado. Para nos situarmos melhor, veja a seguir o mapa de biomas oficial do IBGE e sua
ocorrência em contato com a Caatinga no Meio-Norte no estado do Piauí.

O encontro de Biomas diferentes forma o chamado ECÓTONO. Nessas partes, ocorre a


formação dos “domínios morfoclimáticos de transição”, os quais possuem características
naturais, via de regra, complexas. Tais domínios, contudo, não estão contemplados no
mapa oficial de biomas do IBGE. Assim, a Mata de Babaçus, ou dos Cocais, no Meio-
Norte, não é considerada como um dos Biomas nacionais, representando uma paisagem
de exceção, ou de transição morfoclimática, que no Mapa de Biomas seria, em tese,
apenas um ecótono, complexo, sem dúvidas, por representar a transição dos Biomas
Caatinga, Cerrado e Amazônia.

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2.11. MAPA OFICIAL DE BIOMAS DO BRASIL

Predominam terras baixas, com vegetação em meio ao cerrado na Mata de Babaçu. Na


rede hidrográfica, destaca-se o Rio Parnaíba, de águas perenes, tal qual o São Francisco,
os quais não secam (ao contrário dos rios do sertão nordestino) ao longo do ano em
nenhum trecho.

2.12. ATIVIDADES ECONÔMICAS PRINCIPAIS NO MEIO-NORTE


A Mata de Babaçu (que pode ser cobrada em prova com o nome de Mata dos Cocais) possui
extensões com a Palmeira do Babaçu que origina uma espécie de coquilhos duros (tipo amêndoas),
que têm seu óleo utilizado nas indústrias químicas em geral e também para estética corporal.
Estima-se que, somente no Maranhão, mais de 300 mil famílias dependam dessa atividade
extrativa rudimentar (ou seja, em nada mecanizada) para a sua sobrevivência. As mulheres
envolvidas no aproveitamento do babaçu são chamadas “quebradeiras”.
Vale destacar que essas espécies de palmeiras vêm sendo cada vez mais difíceis de serem
encontradas, à medida que, em suas áreas de ocorrência, vem ocorrendo o desmatamento
para o aproveitamento das áreas na nova fronteira agrícola nacional da soja, em solos
do Piauí, Maranhão (além de Tocantins e Bahia, mas aí já é fora do Meio-Norte). Por fim,
ocorre também em áreas de clima mais seco, principalmente no Ceará e Rio Grande do Norte,
um extrativismo semelhante, na chamada Mata de Carnaúba (com ocorrência principal no
Sertão), com a extração da cera de carnaúba.

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Em relação à nova fronteira agrícola instalada nos Cerrados do Meio-Norte e


consequentemente nas Matas de Babaçu, suas características são de alta mecanização
com acentuadas escalas de produtividade, que se assemelham aos níveis empreendidos
pelos EUA no cultivo de soja. Essa nova fronteira agrícola ganha espaço a partir da década
de 1990 no Piauí e Maranhão, que, em associação a Tocantins e Bahia, recebe o nome de
“Matopiba” (as iniciais dos 4 estados envolvidos).

2.13. O MATOPIBA

Bom, chegamos ao fim de nossa aula. Agora vamos aos exercícios, ok? Não deixe de
fazê-los e conferir os comentários que acrescentam também conhecimento.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (UEM/ADAPTADA) Assinale a alternativa correta sobre o Agreste e o Meio-norte, sub-


regiões do Nordeste do Brasil.
a) O agreste corresponde a uma faixa de terras que se localiza entre o sertão semiárido e
o Meio-norte.
b) O agreste é a zona de menor densidade demográfica da região Nordeste em virtude de
sua localização, distante das principais cidades litorâneas.
c) No Meio-norte, as chuvas são variáveis, apresentando-se mais abundantes na porção sul,
no contato com a Amazônia, e decrescendo para o norte, na direção do litoral semiárido.
d) As salinas são a principal atividade produtiva do litoral maranhense, concentrando grande
parte da produção brasileira de sal marinho.
e) O extrativismo vegetal ligado ao babaçu e à carnaúba constitui uma importante atividade
econômica do Meio-norte.

002. (UEM/ADAPTADA) Um dos principais problemas do Nordeste é a seca, que periodicamente


afeta as atividades agropecuárias da região, matando animais e plantações inteiras. Apesar
de atingir todos os estados dessa região, a seca não atinge todas as sub-regiões nordestinas,
estando presente apenas:
a) no Meio-norte.
b) no Sertão.
c) no Agreste.
d) na Zona da Mata.
e) no Cerrado.

003. (SECUC-AL/2018/PROF. GEOGRAFIA/CESPE) A respeito das formações vegetais do


estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
A formação vegetal da Caatinga em Alagoas caracteriza-se pela adaptação a prolongada
estação seca típica do clima semiárido e existência de diversas espécies de árvores de
grande porte do tipo xerófilas, como o pau-brasil e a palmeira babaçu.

004. (SECUC-AL/2018/PROF. GEOGRAFIA/CESPE) A respeito das formações vegetais do


estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
A expansão da agropecuária na Zona da Mata e no agreste de Alagoas levaram ao desmatamento
intensivo da Mata Atlântica tanto em Alagoas quanto em outros estados nordestinos, como
Bahia, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.
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005. (MPU/ANALISTA/GEOGRAFIA/2010/CESPE) A caatinga se desenvolve em uma área de


baixa pluviosidade. As causas da pouca chuva e sua distribuição irregular estão associadas
aos fortes ventos alísios, que não trazem umidade para a região.

006. (MPU/ANALISTA/GEOGRAFIA/2010/CESPE) O aspecto xeromórfico das árvores do


cerrado denota a existência de escassez de água na estação seca.

007. (UERN/2010/AG. ADMINISTRATIVO/CESPE) Acerca dos aspectos geográficos do RN,


assinale a opção correta.
a) O cerrado domina a paisagem do interior.
b) Semiárido é o clima predominante no litoral.
c) Inexistem depressões no relevo do estado.
d) O litoral apresenta áreas de mangue.
e) Florestas de araucárias situam-se ao sul do estado.

008. (PREFEITURA DE SÃO LUIS/PROFESSOR/CESPE/2017) O clima quente e úmido do estado


do Maranhão deve-se à:
a) proximidade com o Equador, o que garante a expressiva incidência solar durante todo o
ano e, consequentemente, altas temperaturas.
b) alta latitude em que o estado se situa, o que facilita a entrada de ventos alísios, carregados
de umidade e responsáveis pelas chuvas.
c) faixa litorânea maranhense, que impede a presença de clima seco.
d) topografia do estado, que favorece o aquecimento adiabático e a evaporação da umidade
do ar, o que promove altos índices pluviométricos.
e) presença da floresta tropical amazônica, que recobre a maior parte do estado e é
responsável pelas chuvas abundantes.

009. (QUESTÃO INÉDITA) Com perto de 20% do território nacional, a Região Nordeste possui
9 estados, sendo a Bahia o maior em território e, também, o mais populoso.

010. (QUESTÃO INÉDITA) Em Sergipe tem-se a menor Unidade da Federação do Brasil,


seguida de Alagoas.

011. (QUESTÃO INÉDITA) A enorme fragmentação de municípios em seu interior formatou


uma rede urbana com muitos municípios pequenos e pouco populosos, havendo, contudo,
duas metrópoles no Semiárido: São Luís e Mossoró.

012. (QUESTÃO INÉDITA) A Zona da Mata é a Região Natural do Nordeste mais densamente povoada.

013. (QUESTÃO INÉDITA) O PIB da Região Norte, assim como o PIB brasileiro, concentra-se
na produção de valor no setor de serviços.
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014. (QUESTÃO INÉDITA) A Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste


– fomentou o desenvolvimento de escalas produtivas no campo em detrimento de uma
industrialização, fato pelo qual a autarquia é bastante criticada até os dias atuais.

015. (QUESTÃO INÉDITA) Os esforços empreendidos pelos governos estaduais e municipais


na Região Nordeste promoveram escalas nunca antes vistas de alfabetização, tirando a
Região do incômodo último lugar no Ranking de alfabetismo nacional.

016. (QUESTÃO INÉDITA) A sub-região do Meio-Norte compreende a parte litorânea Leste


da Região, dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e parte (Leste)
apenas do litoral do Rio Grande do Norte.

017. (QUESTÃO INÉDITA) O bioma original da Zona da Mata é a Mata Atlântica, um domínio
vegetal de característica florestal.

018. (QUESTÃO INÉDITA) As primeiras iniciativas com êxito de produção agrícola no território
brasileiro, desde os primórdios do Brasil Colônia, remetem à posse de terras litorâneas
no Nordeste.

019. (QUESTÃO INÉDITA) O Agreste é a menor Região dentre as quatro do Nordeste, situando-
se entre a transição da Zona da Mata e do Sertão nordestino.

020. (QUESTÃO INÉDITA) Um ramo de destaque industrial é o setor de produção têxtil, no


interior de Pernambuco.

021. (QUESTÃO INÉDITA) O semiárido nordestino pode ser percebido como um vazio
demográfico sem igual em nosso país, justamente em função das condições adversas à
fixação dos contingentes humanos promovidas pelas secas severas.

022. (QUESTÃO INÉDITA) A formação de um polo tecnológico em Campina Grande na Paraíba


deu-se em função da iniciativa de empresas estrangeiras do setor de TI, que, por licitação,
foram escolhidas a se instalar por ali.

023. (QUESTÃO INÉDITA) A fruticultura irrigada vem sendo desenvolvida na maioria dos
estados da Região, com polos dinâmicos fomentados pela CODEVASF – Companhia de
Desenvolvimento do Vale do São Francisco.

024. (QUESTÃO INÉDITA) A unidade de relevo principal que contém o sertão é a Depressão
Sertaneja, feição mais rebaixada em relação ao Planalto da Borborema.
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025. (QUESTÃO INÉDITA) Em 2005, a Nova Delimitação do Semiárido Brasileiro ampliou os


critérios de inclusão dos municípios, por considerar insuficiente o índice pluviométrico.

026. (QUESTÃO INÉDITA) A SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –


foi reeditada em 2017, exatamente na Presidência de Michel Temer, após ter sido extinta
por sua antecessora Dilma Rousseff.

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GABARITO

1. e
2. b
3. E
4. C
5. E
6. C
7. d
8. a
9. C
10. E
11. E
12. C
13. C
14. E
15. E
16. E
17. C
18. C
19. C
20. C
21. E
22. E
23. E
24. C
25. C
26. E

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GABARITO COMENTADO

001. (UEM/ADAPTADA) Assinale a alternativa correta sobre o Agreste e o Meio-norte, sub-


regiões do Nordeste do Brasil.
a) O agreste corresponde a uma faixa de terras que se localiza entre o sertão semiárido e
o Meio-norte.
b) O agreste é a zona de menor densidade demográfica da região Nordeste em virtude de
sua localização, distante das principais cidades litorâneas.
c) No Meio-norte, as chuvas são variáveis, apresentando-se mais abundantes na porção sul,
no contato com a Amazônia, e decrescendo para o norte, na direção do litoral semiárido.
d) As salinas são a principal atividade produtiva do litoral maranhense, concentrando grande
parte da produção brasileira de sal marinho.
e) O extrativismo vegetal ligado ao babaçu e à carnaúba constitui uma importante atividade
econômica do Meio-norte.

a) Errada. O Agreste se encontra entre Sertão e Zona da MATA.


b) Errada. A maior densidade demográfica é na Zona da Mata, seguida do Agreste.
c) Errada. Na verdade, as chuvas variam entre Piauí (mais a Leste e menos chuva) para o
Oeste (Maranhão, com mais chuva).
d) Errada. As salinas se encontram no RN.
Letra e.

002. (UEM/ADAPTADA) Um dos principais problemas do Nordeste é a seca, que periodicamente


afeta as atividades agropecuárias da região, matando animais e plantações inteiras. Apesar
de atingir todos os estados dessa região, a seca não atinge todas as sub-regiões nordestinas,
estando presente apenas:
a) no Meio-norte.
b) no Sertão.
c) no Agreste.
d) na Zona da Mata.
e) no Cerrado.

A seca é marcante no Sertão.


Letra b.

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003. (SECUC-AL/2018/PROF. GEOGRAFIA/CESPE) A respeito das formações vegetais do


estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
A formação vegetal da Caatinga em Alagoas caracteriza-se pela adaptação a prolongada
estação seca típica do clima semiárido e existência de diversas espécies de árvores de
grande porte do tipo xerófilas, como o pau-brasil e a palmeira babaçu.

As espécies em tese não são xeromórficas, ou seja, não são espécies adaptadas à condição
de ausência de água.
Errado.

004. (SECUC-AL/2018/PROF. GEOGRAFIA/CESPE) A respeito das formações vegetais do


estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
A expansão da agropecuária na Zona da Mata e no agreste de Alagoas levaram ao desmatamento
intensivo da Mata Atlântica tanto em Alagoas quanto em outros estados nordestinos, como
Bahia, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O desmatamento da Mata Atlântica no Nordeste é uma realidade associada à expansão da


agropecuária, principalmente leiteira.
Certo.

005. (MPU/ANALISTA/GEOGRAFIA/2010/CESPE) A caatinga se desenvolve em uma área de


baixa pluviosidade. As causas da pouca chuva e sua distribuição irregular estão associadas
aos fortes ventos alísios, que não trazem umidade para a região.

Na verdade, os ventos alísios são ventos úmidos predominantes na Amazônia e que não
chegam ao interior do Nordeste.
Errado.

006. (MPU/ANALISTA/GEOGRAFIA/2010/CESPE) O aspecto xeromórfico das árvores do


cerrado denota a existência de escassez de água na estação seca.

O xeromorfismo é exatamente isso, ou seja, a capacidade das plantas em se adaptarem


aos períodos secos.
Certo.

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007. (UERN/2010/AG. ADMINISTRATIVO/CESPE) Acerca dos aspectos geográficos do RN,


assinale a opção correta.
a) O cerrado domina a paisagem do interior.
b) Semiárido é o clima predominante no litoral.
c) Inexistem depressões no relevo do estado.
d) O litoral apresenta áreas de mangue.
e) Florestas de araucárias situam-se ao sul do estado.

O litoral brasileiro conta com a presença de mangues em praticamente toda a sua extensão,
ocorrendo também no RN.
Letra d.

008. (PREFEITURA DE SÃO LUIS/PROFESSOR/CESPE/2017) O clima quente e úmido do estado


do Maranhão deve-se à:
a) proximidade com o Equador, o que garante a expressiva incidência solar durante todo o
ano e, consequentemente, altas temperaturas.
b) alta latitude em que o estado se situa, o que facilita a entrada de ventos alísios, carregados
de umidade e responsáveis pelas chuvas.
c) faixa litorânea maranhense, que impede a presença de clima seco.
d) topografia do estado, que favorece o aquecimento adiabático e a evaporação da umidade
do ar, o que promove altos índices pluviométricos.
e) presença da floresta tropical amazônica, que recobre a maior parte do estado e é
responsável pelas chuvas abundantes.

O item “A” explica perfeitamente. A proximidade com o Equador, sem dúvidas. No entanto,
outro fator deve ser levado em consideração: a presença da Massa Equatorial Continental
(oriunda da Amazônia) e da Massa Equatorial Atlântica.
Letra a.

Os itens de 9 a 26 versam sobre características humanas e físicas da Região Nordeste.


Julgue-os como Certo ou Errado conforme seus conhecimentos.

009. (QUESTÃO INÉDITA) Com perto de 20% do território nacional, a Região Nordeste possui
9 estados, sendo a Bahia o maior em território e, também, o mais populoso.

Todos os dados estão corretos, sendo a Bahia o mais populoso estado da Região, com quase
15 milhões de habitantes.
Certo.

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010. (QUESTÃO INÉDITA) Em Sergipe tem-se a menor Unidade da Federação do Brasil,


seguida de Alagoas.

Na verdade, a menor UF é o DF.


Errado.

011. (QUESTÃO INÉDITA) A enorme fragmentação de municípios em seu interior formatou


uma rede urbana com muitos municípios pequenos e pouco populosos, havendo, contudo,
duas metrópoles no Semiárido: São Luís e Mossoró.

A primeira parte da questão está correta, sobre a fragmentação da rede urbana, mas não
há metrópoles no Semiárido.
Errado.

012. (QUESTÃO INÉDITA) A Zona da Mata é a Região Natural do Nordeste mais


densamente povoada.

Também é onde ocorre o processo de formação das maiores Regiões Metropolitanas, como
Salvador, Fortaleza e Recife.
Certo.

013. (QUESTÃO INÉDITA) O PIB da Região Norte, assim como o PIB brasileiro, concentra-se
na produção de valor no setor de serviços.

Mais de 70% do PIB advém do terceiro setor.


Certo.

014. (QUESTÃO INÉDITA) A Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste


– fomentou o desenvolvimento de escalas produtivas no campo em detrimento de uma
industrialização, fato pelo qual a autarquia é bastante criticada até os dias atuais.

Na verdade, o viés da Sudene, desde sua criação, é edificar uma base industrial na Região.
Errado.

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015. (QUESTÃO INÉDITA) Os esforços empreendidos pelos governos estaduais e municipais


na Região Nordeste promoveram escalas nunca antes vistas de alfabetização, tirando a
Região do incômodo último lugar no Ranking de alfabetismo nacional.

A Região ainda lidera o ranking de analfabetismo, tal qual vimos em nossa aula.
Errado.

016. (QUESTÃO INÉDITA) A sub-região do Meio-Norte compreende a parte litorânea Leste


da Região, dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e parte (Leste)
apenas do litoral do Rio Grande do Norte.

A localização geográfica do Meio-Norte compreende parte do Piauí e o Maranhão.


Errado.

017. (QUESTÃO INÉDITA) O bioma original da Zona da Mata é a Mata Atlântica, um domínio
vegetal de característica florestal.

Vale o adendo de que a Mata Atlântica possuiu formações florestais, ou seja, árvores grandes.
Já a Caatinga é composta de formações arbustivas, ou seja, árvores médias. São domínios
FLORESTAIS de árvores altas a MATA ATLÂNTICA e a FLORESTA AMAZÔNICA, predominante
na ZONA DA MATA nordestina.
Certo.

018. (QUESTÃO INÉDITA) As primeiras iniciativas com êxito de produção agrícola no território
brasileiro, desde os primórdios do Brasil Colônia, remetem à posse de terras litorâneas
no Nordeste.

Em uma primeira fase, para alocar o rebanho de gado trazido da Europa e plantações
canavieiras.
Certo.

019. (QUESTÃO INÉDITA) O Agreste é a menor Região dentre as quatro do Nordeste, situando-
se entre a transição da Zona da Mata e do Sertão nordestino.

Basta ver no mapa da aula e constatar sua posição e área diminuta.


Certo.

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020. (QUESTÃO INÉDITA) Um ramo de destaque industrial é o setor de produção têxtil, no


interior de Pernambuco.

Indústria de confecções principalmente.


Certo.

021. (QUESTÃO INÉDITA) O semiárido nordestino pode ser percebido como um vazio
demográfico sem igual em nosso país, justamente em função das condições adversas à
fixação dos contingentes humanos promovidas pelas secas severas.

Ponto bastante interessante. Embora ao senso comum pareça ser um vazio demográfico,
o Semiárido Nordestino é considerado no mundo o Semiárido mais povoado, com quase
23 milhões de pessoas.
Errado.

022. (QUESTÃO INÉDITA) A formação de um polo tecnológico em Campina Grande na Paraíba


deu-se em função da iniciativa de empresas estrangeiras do setor de TI, que, por licitação,
foram escolhidas a se instalar por ali.

Na verdade, foram inciativas estatais desde a década de 1950, tal qual vimos em nossa
aula, que formataram o polo tecnológico de pesquisa em informática como conhecemos.
Errado.

023. (QUESTÃO INÉDITA) A fruticultura irrigada vem sendo desenvolvida na maioria dos
estados da Região, com polos dinâmicos fomentados pela CODEVASF – Companhia de
Desenvolvimento do Vale do São Francisco.

Na verdade, ocorrem dois polos bastante dinâmicos de fruticultura irrigada no Sertão, que
são os de Mossoró-Açu e, principalmente, o de Petrolina-Juazeiro.
Errado.

024. (QUESTÃO INÉDITA) A unidade de relevo principal que contém o sertão é a Depressão
Sertaneja, feição mais rebaixada em relação ao Planalto da Borborema.

A Depressão Sertaneja é uma feição rebaixada a Oeste em comparação ao Planalto da Borborema.


Certo.

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025. (QUESTÃO INÉDITA) Em 2005, a Nova Delimitação do Semiárido Brasileiro ampliou os


critérios de inclusão dos municípios, por considerar insuficiente o índice pluviométrico.

Os critérios passaram a ser:


• precipitação pluviométrica: média anual inferior a 800 milímetros;
• índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações
e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990;
• risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
Estão inclusos 317 municípios, além dos 1.031 anteriores. A área do semiárido passou a
ser de 969.589,4 km², sendo o maior aumento registrado em Minas Gerais, tendo em vista
que 51,7% do estado passou a integrar o semiárido.
Certo.

026. (QUESTÃO INÉDITA) A SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –


foi reeditada em 2017, exatamente na Presidência de Michel Temer, após ter sido extinta
por sua antecessora Dilma Rousseff.

Na verdade, a SUDENE foi extinta por FHC, em 2001, sendo esvaziada e transformada em
ADENE, para, em 2007, ser reeditada no governo Lula.
Errado.

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Abra

caminhos

crie

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