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A INTERIORIZAÇÃO
DO TURISMO NO BRASIL
Copyright © Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva, 2022
F745i
Fonseca, Maria Aparecida Pontes da
A interiorização do turismo no Brasil [recurso eletrônico] / Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina
Todesco, Rodrigo Cardoso da Silva. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Letra Capital, 2022.
Recurso digital ; 16 MB
Formato: epdf
Requisitos do sistema: adobe acrobat reader
Modo de acesso: world wide web
Apêndice
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-7785-744-9 (recurso eletrônico)
1. Turismo - Planejamento - Brasil. 2. Turismo e Estado. 3. Brasil - Política cultural. 4. Livros eletrônicos. I.
Todesco, Carolina. II. Silva, Rodrigo Cardoso da. III. Título.
CDD: 338.479181
22-79602 CDU: 338.486(81)
Prefácio......................................................................................................................7
Introdução ................................................................................................................9
Apêndice
Lista dos municípios do mapa do turismo no Brasil .................................... 152
Índice remissivo de ilustrações .......................................................................168
1
Instituído pelo Decreto-Lei nº 1.191, de 27 de outubro de 1971.
Outros
Estância Estância Praia Cidade Total
Região Praia Histórica Serra Municípios Total
Hidromineral Climática Lacustre Santuário %
Turísticos
Sudeste 22 18 18 9 2 1 1 40 111 39%
Nordeste 9 17 2 4 2 - 2 41 77 27%
Sul 16 2 3 7 - 2 - 45 75 26%
Norte 1 1 - - - - - 10 12 4%
Centro-Oeste - 2 - - - - - 10 12 4%
Total 48 40 23 20 4 3 3 146 287 100%
Desta forma, nota-se no mapa elaborado a partir do Guia Quatro Rodas Brasil
de 1979 (mapa 2), o surgimento de municípios turísticos, sem tipologia definida, ao
longo da rodovia Belém-Brasília, tais como: Porto Nacional, à época pertencente ao
estado de Goiás, Conceição do Araguaia no estado do Pará, Imperatriz e Carolina
no estado do Maranhão.
A região Centro-Oeste, alvo dos esforços do regime militar de incorporar à
integração econômica do país, aparece no GQRB de 1979 com 12 municípios:
Brasília/DF, Goiânia/GO, Goiás/GO, Aruanã/GO, Caldas Novas/GO, Luziânia/
GO, Pirenópolis/GO, Porto Nacional/GO, Cuiabá/MT, Corumbá/MS, Coxim/
MS e Ponta Porá/MS.
Todas as capitais da região Norte, sem exceção, aparecem como municípios
turísticos sem tipologia definida no GQRB de 1979. Cabe destacar que o
desenvolvimento do turismo foi considerado parte das estratégias do governo
militar para a ocupação territorial da Amazônia Legal, que lança, em 1978, o I
Plano de Turismo da Amazônia (I PTA), organizado pela Sudam com apoio técnico
da Embratur (TODESCO, 2013).
Outros
Beira- Estância Estância Praia Estância Cidade Total
Região Praia Histórica Serra Municípios Total
Rio Hidromineral Climática Lacustre Hidrotermal Santuário %
Turísticos
SE 27 33 19 6 21 6 2 - 1 7 122 44%
NE 20 21 5 9 3 2 - 2 2 1 65 24%
S 24 4 15 4 9 - 4 1 - 3 64 23%
N 2 1 - 10 - - - - - - 13 5%
CO - 3 1 5 - - - 1 - 1 11 4%
Total 73 62 40 34 33 8 6 4 3 12 275 100%
2
Instituída pelo Decreto nº 448, de 14 de fevereiro de 1992.
Mapa 4. Municípios Turísticos Catalogados pelo Guia Quatro Rodas Brasil de 1999
3
Algumas das principais redes hoteleiras que já operavam no Brasil em 1999 são: Grupo Accor, Best
Western, Sol Meliá Hotéis, Hilton Brasil, Sheraton/Starwood, Club Med do Brasil (PROSERPIO, 2007).
Figura 7. Capa do Guia Quatro Rodas Figura 8. Capa do Guia Quatro Rodas
Brasil de 1989 Brasil de 1999
±
Fonte: Viagem (2016) Fonte: Viagem (2016)
Figura 9. Os melhores Programas Turísticos do ano Figura 10. Os melhores Programas Turísticos
2009: em 1º lugar Flutuação no Rio da do ano 2009: em 2º lugar Parque Nacional
Prata (Jardim/MS) do Iguaçu
Fonte: Guia Quatro Rodas Brasil (2009) Fonte: Guia Quatro Rodas Brasil (2009)
Gráfico 1. Evolução do número de municípios turísticos catalogados pelo Guia Quatro Rodas,
conforme as principais tipologias (1966-2009)
Fonte: Guia Quatro Rodas Brasil (1966, 1979, 1989, 1999, 2009)
que elas aparecem, de modo crescente, não apenas num aspecto funcional,
mas também simbólico, ainda que, muitas vezes, um esteja a serviço do outro,
como no caso dos simbolismos regionais (...) forjados com a clara intenção de
‘vender’ a imagem da região ao grande capital, aos grandes investidores, em
eficaz marketing das regiões.
%
Unidades espaciais 2004 2006 2009 2013 2016 2017 2019 04/19
04/19
Regiões 219 200 276 303 293 328 333 114 52,05
Municípios 3.203 3.819 3.635 3.345 2.175 3.285 2.694 -509 -15,89
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2004, 2006, 2009, 2013, 2016, 2017, 2019).
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2004, 2006, 2009, 2013, 2016, 2017, 2019)
Notas: (1) Região Norte; (2) Região Nordeste; (3) Região Centro-Oeste; (4) Região Sudeste; (5) Região Sul.
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2019)
Receptivo % Nº de regiões
Região UF
(2019) turísticas (2019)
Sudeste SP 18,9 49
Sudeste MG 12,8 44
Nordeste BA 8,7 13
Sul RS 6,7 27
Sudeste RJ 5,8 12
Sul PR 5,6 14
Norte PA 4,5 14
Nordeste CE 4,3 12
Sul SC 4,2 13
Centro-Oeste GO 4,1 10
Nordeste PE 3,2 13
Nordeste PI 2,8 7
Nordeste MA 2,5 10
Nordeste RN 2 5
Sudeste ES 2 10
Nordeste PB 1,6 11
Centro-Oeste MT 1,6 14
Nordeste SE 1,5 5
Centro-Oeste MS 1,4 8
Nordeste AL 1,3 7
Centro-Oeste DF 1,2 1
Norte AM 1 7
Norte TO 1 7
Norte RO 0,6 7
Norte AC 0,3 5
Norte AP 0,3 5
Norte RR 0,2 3
Total - 100,0 333
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua 2019;
Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2019)
Regiões Turísticas N. de N. de
Regiões Turísticas 2019
2004 Municípios Municípios
1. Zona Turística
16 1. Águas da Mata Sul 2
Litorânea
3. Zona Turística do
10 3. Cangaço e Lampião 4
Interior
4. Zona Turística do
11 4. Costa Náutica Coroa do Avião 6
Interior
5. Zona Turística do
9 5. Encantos do Agreste 5
Interior
6. Zona Turística do
9 6. Engenhos e Maracatus 9
Interior
7. Zona Turística do
10 7. Fé e Arte 9
Interior
8. Zona Turística do
7 8. História e Mar 6
Interior
N. de N. de
Regiões Turísticas 2004 Regiões Turísticas 2019
Municípios Municípios
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2004, 2006, 2009, 2013, 2016, 2017, 2019)
Total de Municípios
Regiões % Região/Total % Turísticos/Total
Municípios Turísticos
Tabela 14. Número de municípios categorizados pelo MTur, por macrorregião, 2013/2019
A B C D E Total
Região 2019/
2013 2019 2013 2019 2013 2019 2013 2019 2013 2019 2013 2019 2013
Norte 7 7 6 10 27 40 108 104 16 21 164 182 18
Nordeste 13 17 39 57 108 112 442 343 218 75 820 604 -216
Centro-
5 6 15 27 54 48 126 116 20 10 220 207 -13
Oeste
Sudeste 18 22 73 109 214 182 703 523 273 126 1.281 962 -319
Sul 8 10 34 54 101 94 462 436 255 145 860 739 -121
Total 51 62 167 257 504 476 1.841 1.522 782 377 3.345 2.694 -651
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2013, 2019)
Variação Variação
Categoria 2013 2015 2017 2019
2019/2013 2019/2013 (%)
A 51 51 57 62 11 21,5
B 167 155 179 257 90 53,8
C 504 424 539 476 - 28 - 5,5%
D 1.841 1.219 1.961 1.522 - 319 - 17,3%
E 782 326 549 377 - 405 - 51,7
Total 3.345 2.175 3.285 2.694 - 651 - 19,4
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Mapa do Turismo Brasileiro (2013, 2015, 2017, 2019)
Entre 2013 e 2019, saem do Mapa do Turismo Brasileiro 651 municípios, verifi-
cando-se a exclusão de municípios em todas as regiões do país, com exceção da Região
RIO DE JANEIRO
Acho que é importante, pode ser que não sinta diretamente, mas é
Petrópolis A importante. Pois cria responsabilidade de manter, e de conseguir
inserir os dados no mapa. E para a obtenção de recursos.
A categoria “C”, não mudou nada. Vai mudar algo quando for
para “B”. Porque não aparecemos para a secretaria estadual, não
Nísia Floresta C convidam a gente para feiras. Porque se dependermos apenas da
prefeitura para fazer um trabalho de promoção e marketing fica
muito pesado.
Categorias
Perfil da Ação
Elegíveis
Essa etapa permitiu observar, por exemplo, que muitos municípios das
categorias A e B do Mapa do Turismo Brasileiro de 2019 não possuem uma
oferta de atrativos turísticos expressiva. Muitos deles foram identificados em
nossa proposta como polos econômicos regionais e não como municípios
turísticos, pois apresentam estrutura hoteleira em atendimento ao fluxo de
pessoas gerado por outras atividades econômicas, que não o turismo de lazer.
7
Na proposta de mapa apresentada, a tipologia praia abarca apenas municípios defrontantes com o mar.
Mapa 6. Mapa do Turismo no Brasil por tipologia, incluindo a tipologia polo econômico – 2020
8
Municípios da categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro de 2019 que foram incluídos nesta proposta
como polo econômico, e não como municípios turísticos, foram: Campinas/SP, Ribeirão Preto/SP,
Uberlândia/MG, Macaé/RJ e Londrina/PR.
Dourados/MS Sorocaba/SP
Uruguaiana/RS Arapiraca/AL
Tabela 16. Quantidade de municípios da tipologia polo econômico, por estado – 2020
Estado Total
Norte 8
PA 4
RO 2
TO 2
Nordeste 20
AL 1
BA 8
CE 2
MA 3
PE 4
RN 2
Centro-Oeste 15
GO 7
MS 3
MT 5
Sudeste 52
ES 3
MG 15
RJ 7
SP 27
Sul 24
PR 11
RS 11
SC 2
Total Geral 119
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
9
Ver tabela 10, no capítulo 2, referente ao destino das viagens domésticas, por estado, em 2019.
Fortaleza/CE Florianópolis/SC
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (2020)
11
Informações sobre o Programa Investe Turismo disponíveis em: https://www.gov.br/turismo/pt-br/
acesso-a-informacao/acoes-e-programas/investe-turismo
12
O primeiro é praia, com 107 destinações, representando 36% do total.
13
Nesta pesquisa, foram consideradas atividades características do turismo (ACTs) os seguintes subgrupos
da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE): hotéis; restaurantes e similares; agências
de viagens; operadores turísticos; serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados
anteriormente; serviços de organização de feiras, congressos e exposições; locação de automóvel sem
condutor.
Tabela 18. Empresas nas atividades características do turismo, por região - 2020
Serv. de Locação de
Agência de
Restaurantes e Organização de Automóvel
Região Hotéis viagens e Total Total %
Similares Feiras, Congressos sem
operadores*
e Exposições Condutor
Norte 902 11155 3303 3696 929 19985 5,5%
Nordeste 6415 38301 11741 16648 3821 76926 21,3%
Centro-Oeste 1707 17669 4885 8872 936 34069 9,4%
Sudeste 7907 75565 26924 64882 4293 179571 49,7%
Sul 3353 25216 7873 12570 1596 50608 14,0%
Total Geral 20284 167906 54726 106668 11575 361159 100,0%
Total % 5,6% 46,5% 15,2% 29,5% 3,2% 100,0%
Nota: dados referentes aos 296 municípios turísticos brasileiros identificados pelos autores.
*Agência de viagem e operadores: abrange as agências de viagens, operadores turísticos, serviços de reservas e outros serviços de
turismo não especificados anteriormente.
Fonte: DataSebrae, Painéis de Empresas (2020)
Tabela 19. Empregos nas atividades características do turismo, por região - 2019
Serv. de
Locação de
Agências de Organização
Restaurantes Automóvel
Região Hotéis viagens e de Feiras, Total Total %
e Similares sem
operadores* Congressos e
Condutor
Exposições
Norte 4970 18425 1437 689 2704 28225 3,6%
Nordeste 61012 98968 8736 4756 12480 185952 23,5%
Centro-Oeste 14926 43800 3606 2720 2191 67243 8,5%
Sudeste 77093 243828 23811 16615 19208 380555 48,1%
Sul 32975 81458 7929 2959 4321 129642 16,4%
Total Geral 190976 486479 45519 27739 40904 791617 100,0%
Total % 24,1% 61,5% 5,8% 3,5% 5,2% 100,0%
Nota: dados referentes aos 296 municípios turísticos brasileiros identificados pelos autores.
*Agência de viagem e operadores: incluem agências de viagens; operadores turísticos; serviços de reservas e outros serviços de
turismo não especificados anteriormente.
Fonte: Brasil, Ministério da Economia, RAIS (2019)
Tabela 20. Número de hotéis nos municípios turísticos, por tipologia - 2020
N. de Histórico- Total
Capital Estância Eventos Natureza Praia Religioso Serra Total %
empresas Cultural Geral
Menos de
- 5 - 5 12 9 - 3 34 11,5%
10
10 a 20 - 3 1 8 16 16 2 5 51 17,2%
21 a 50 3 3 3 19 20 39 3 17 107 36,1%
51 a 100 3 4 2 5 8 21 4 3 50 16,9%
Acima de
21 1 - 2 1 22 1 6 54 18,2%
100
Total
27 16 6 39 57 107 10 34 296 100,0%
Geral
Nota: dados referentes aos 296 municípios turísticos brasileiros identificados pelos autores.
Fonte: DataSebrae, Painéis de Empresas (2020)
Tabela 21. Número de empregos nos hotéis nos municípios turísticos, por tipologia – 2019
N. de Histórico- Total Total %
Capital Estância Eventos Natureza Praia Religioso Serra
Empregos Cultural Geral
Menos de
- - - 1 8 4 - 1 14 4,7%
10
10 a 20 - - - - 5 4 - - 9 3,0%
21 a 50 - - 1 5 13 13 2 3 37 12,5%
50 a 100 - - - 6 10 11 1 9 37 12,5%
Acima de
27 16 5 27 21 75 7 21 199 67,2%
100
Total
27 16 6 39 57 107 10 34 296 100,0%
Geral
Nota: dados referentes aos 296 municípios turísticos brasileiros identificados pelos autores.
Fonte: Brasil, Ministério da Economia, RAIS (2019)
Tabela 22. Número total e média de equipamentos turísticos, por tipologia – 2020
Histórico-
39 1.548 39,7 10.394 266,5 2.153 55,2
Cultural
Total
296 20.284 68,5 167.906 567,3 42.743 144,4
Geral
Nota: dados referentes aos 296 municípios turísticos brasileiros identificados pelos autores.
Fonte: DataSebrae, Painéis de Empresas (2020)
Isso ocorre pelo fato de a maioria dos destinos de natureza ter sido abarcada
pelo mercado turístico recentemente, nas duas últimas décadas, como também
pelas peculiaridades relacionadas às questões sociais e ambientais envolvidas no
planejamento e desenvolvimento do turismo nessas localidades, tais como a presença
de unidades de conservação e de comunidades tradicionais (quilombolas, caboclas,
ribeirinhas, entre outras) e povos indígenas. Também é relevante mencionar que o
valor dessas destinações em grande medida está relacionado ao fato de serem locais
onde a ação humana ainda não acarretou grandes transformações do ambiente
natural, caracterizando-se por certa rusticidade, inclusive no que se refere às ACTs.
Enquanto as capitais e os destinos de praia apresentam dados que correspondem a
um turismo de massa, com a concentração da oferta de empreendimentos, serviços
e de fluxos turísticos, os destinos de natureza em geral apresentam a possibilidade
de desenvolver um turismo alternativo, com baixa concentração de equipamentos
e serviços.
Fonte: Governo do Rio Grande do Sul, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (2020)
Regiões de Influência
VENEZUELA SURINAME
GUYANE Manaus
GUYANA Curitiba
Boa Vista Belém Porto Alegre
AP Sobral AP Fortaleza
AP Teresina
Marabá Mossoró
AP Imperatriz
AP Natal
Araguaína
AP Juazeiro do Norte
AP João Pessoa
AP Campina Grande
Caruaru
AP Porto Velho AP Recife
Garanhus
AP Petrolina - Juazeiro
Feira de Santana
AP Salvador
PERU
o
tic
Vitória da Conquista Itabuna
AP Brasília
ân
AP Cuiabá
Ilhéus
BOLÍVIA Anápolis
Atl
Montes Claros Eunápolis
Uberlândia Rondonópolis
AP Goiânia
BOLÍVIA
Uberlândia Teófilo Otoni
AP Sete Lagoas
Uberaba AP Ipatinga
Uberlândia
Governador Valadares
AP Fernandópolis
Divinópolis AP Belo Horizonte
Barretos AP Franca Campo Grande
AP Belo Horizonte
no
AP São José do Rio Preto
AP Passos AP São José do Rio Preto
AP Catanduva
AP Vitória
ea
Araçatuba
AP Ribeirão Preto AP São João del Rei AP Ribeirão Preto
-20° AP Lavras AP Ubá -20°
AP Juiz de Fora
Oc
Varginha AP Bauru AP Campos dos Goytacazes
AP Araraquara AP Barbacena Dourados
Poços de Caldas
AP Presidente Prudente AP Juiz de Fora AP Campinas
AP São Carlos
AP Marília
AP São José dos Campos
AP Bauru Jaú AP Macaé - Rio das Ostras
Pouso Alegre
PARAGUAY AP Maringá
Pacífico
Botucatu
AP Guaratinguetá AP Cascavel
AP São Paulo
AP Jundiaí
AP Londrina AP São José dos Campos AP Curitiba
AP Sorocaba AP Ponta Grossa
AP Itapetininga
CHILE AP São Paulo AP Rio de Janeiro API Foz do Iguaçu -
Itapeva Ciudad del Este
AP Joinville
AP Chapecó AP Blumenau
AP Baixada Santista
AP Itajaí - Balneário Camboriú
Hierarquia dos Centros Urbanos
AP Florianópolis
AP Ponta Grossa Passo Fundo Grande Metrópole
AP Curitiba ARGENTINA AP Criciúma Capital Regional C
AP Caxias do Sul
Nacional
ARGENTINA
Oceano
AP Lajeado
AP Joinville do Sul
AP Porto Alegre
Metrópole Centro Sub-Regional B
Caçador Os tracejados representam redes
OCEANO
AP Blumenau
AP Pelotas
de múltiplas vinculações.
AP Joaçaba - Herval d´Oeste
AP Itajaí - Balneário Camboriú
Capital Regional A Centro de Zona A
AP Brusque 0 90 180 360 540 720
-30° Km -30°
URUGUAY
Lages AP Florianópolis Projeção Policônica. Datum: SIRGAS2000 Capital Regional B Centro de Zona B
Meridiano Central: -54° / Paralelo Padrão: 0°
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia, Regiões de Influência das Cidades 2018.
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia, Regiões de Influência das Cidades, 2018. Fonte: IBGE, Regiões de influência das cidades de 2018 (2020)
Fonte: Sistema Firjan, Índice Firjan Desenvolvimento Municipal ano-base 2016 (2018)
*Classificação IFDM: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1).
Fonte: Sistema Firjan, Indice Firjan Desenvolvimento Municipal ano-base 2016 (2018)
Fonte: Rio Grande do Sul, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Atlas socioeconômico do Rio Grande do Sul (2021)
Fonte: Rio Grande do Sul, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Atlas socioeconômico do Rio Grande do Sul (2021)
Fonte: Brasil, Ministério do Meio Ambiente, Departamento de Áreas Protegidas, Painel das Unidades de Conservação Brasileiras
(2019). Elaborado pelos autores.
Norte 2 2% 12 4% 11 4% 8 3% 19 6,5%
Centro-Oeste 4 3% 12 4% 13 5% 10 4% 27 9%
Sudeste 64 54% 111 39% 122 44% 114 42% 103 35%
Total 118 100% 287 100% 275 100% 274 100% 296 100%
Fonte: Guia Quatro Rodas Brasil (1966, 1979, 1989, 1999); Dados da pesquisa (2020)
Histórico- Total
Macrorregião Natureza Serra Estância Religioso Eventos Total %
Cultural Geral
Norte 9 - - - - 1 10 6,8%
Nordeste 9 3 1 - 3 1 17 11,5%
Centro-Oeste 17 - 2 2 2 - 23 15,5%
Sudeste 11 22 20 9 5 2 69 46,6%
Sul 4 9 9 5 - 2 29 19,6%
Mapa 16. Municípios turísticos interioranos no Brasil (excluindo capitais) por tipologia – 2020
Destinos de natureza
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 101
barco, podendo durar dias de viagem. No estado do Pará, o município de Santarém,
conhecido pelas praias de rio em Alter do Chão e por ser local de encontro do Rio
Tapajós com o Rio Amazonas, apesar de ser muito distante da capital paraense,
possui acesso facilitado pela presença de aeroporto com voos regulares nacionais
e regionais, como também é escala de cruzeiros internacionais (MENEZES, 2017).
No Norte, destaca-se ainda a valorização turística da região do Jalapão/TO,
que abarca, entre outros, os municípios de Mateiros, Ponte Alta do Tocantins e São
Félix do Tocantins. Esses destinos são conhecidos pelas dunas de cor alaranjada,
presença de cachoeiras e fervedouros (nascentes de água), e pelo famoso capim-
dourado (Syngonanthus nitens), matéria-prima para o artesanato produzido pela
comunidade quilombola Mumbuca (CHAGAS, 2007; SANTOS et al., 2016).
Dos destinos de natureza da região Norte, Santarém/PA apresenta o maior
número de meios de hospedagem, 30 ao total; entretanto, é importante ressaltar
que essa é uma cidade média, que tem uma dinâmica econômica atrelada também
ao agronegócio (TRINDADE JR.; TRINDADE; OLIVEIRA, 2014). Os municípios
do estado do Amazonas apresentam entre 6 e 18 meios de hospedagem. No Jalapão,
os municípios apresentam um número de hospedagem mais modesto, 8 em São
Félix do Tocantins, 6 em Mateiros e 5 em Ponte Alta do Tocantins.
Por outro lado, nota-se que o número de operadoras de turismo que
comercializam os destinos do Jalapão é bem mais expressivo, foram identificadas
11 para Mateiros, 9 para Ponte Alta do Tocantins e 7 para São Félix do
Tocantins. Também foram identificadas 7 operadoras de turismo no Brasil que
comercializam produtos turísticos de Santarém/PA. No caso dos municípios da
região metropolitana de Manaus, identificou-se apenas 1 operadora de turismo;
em contraponto, Manaus é comercializada como destino de natureza por 15
operadoras, evidenciando, nesse estado, o domínio e a preponderância da capital
no mercado do turismo de natureza.
A região Nordeste, apesar de sua extensa área, sob o predomínio do bioma
da Caatinga, tem poucos destinos interioranos consolidados no mercado turístico.
O que mais se destaca é o Parque Nacional da Chapada Diamantina, abarcando os
municípios de Lençóis, Andaraí, Mucugê e Palmeiras, no estado da Bahia. Outros
destinos de natureza, porém com menor expressividade em termos de fluxos, são:
o Parque Nacional da Chapada das Mesas, no município de Carolina, no estado do
Maranhão; os cânions do Rio São Francisco, nos municípios de Canindé de São
Francisco, em Sergipe, e em Paulo Afonso, na Bahia; e o Parque Nacional da Serra
da Capivara, em São Raimundo Nonato, no estado do Piauí.
Nota-se que os destinos de natureza da região Nordeste estão distantes dos polos
emissores de turismo e das capitais, como também não estão próximos de aeropor-
tos com voos regulares; o turismo nessas áreas é movido pelo poder de atração das
paisagens naturais, que precisam superar as dificuldades de acesso e o tempo de
viagem.
Dentre os destinos de natureza do Nordeste, 10 operadoras de turismo
comercializam produtos turísticos de Lençóis/BA, 6 comercializam Palmeiras/BA,
3 Andaraí/BA e Mucugê/BA. Carolina/MA é comercializada por 5 operadoras,
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 103
Por estarem situados na macrorregião mais populosa e com as condições
socioeconômicas mais favoráveis do país, os destinos de natureza do Sudeste
se beneficiam da proximidade dos polos emissores de turistas, assim como da
acessibilidade rodoviária, tornando-se destinos de viagens de finais de semana e
feriados, captando basicamente os fluxos regionais e estaduais de turistas. Dessa
forma, não é expressivo o número de operadoras de turismo que comercializam
esses destinos, visto que os turistas geralmente frequentam esses lugares sem
demandar serviços de agenciamento.
Na região Sul situa-se Foz do Iguaçu/PR, um dos mais importantes destinos
de natureza do país, que capta significativos fluxos nacionais e internacionais,
município destaque no Guia Quatro Rodas desde a década de 1960. Foz do Iguaçu/
PR se sobressai não apenas entre os destinos de natureza, como está entre os
destinos mais procurados do país16, principalmente devido às cataratas no Parque
Nacional do Iguaçu, criado em 1939, reconhecido como Patrimônio Natural da
Humanidade pela UNESCO, em 1986.
Dentre as 25 operadoras associadas à Braztoa que comercializam destinos
brasileiros, 22 operam o destino de Foz do Iguaçu, o qual concentra 245 meios de
hospedagem. Cabe ressaltar que é um dos poucos destinos de natureza que conta
com um aeroporto com voos regulares nacionais e internacionais, além de estar
conectado por via rodoviária aos principais polos emissores do país.
De forma mais recente, Cambará do Sul/RS vem ganhando proeminência, por
ser município sede do Parque Nacional Aparados da Serra e do Parque Nacional da
Serra Geral, onde estão situados os cânions de Itaimbezinho e Fortaleza. O destino
apresenta 32 meios de hospedagem e é comercializado por 3 operadoras. Além des-
ses, destacam-se Morretes/PR e Timbó/SC como destinos de ecoturismo e turismo
rural, comercializados por 3 e 1 operadora respectivamente.
Ao observar os destinos de natureza, nota-se que apesar da fauna e flora serem
importantes para a atratividade desses destinos, a água aparece como elemento
central (figura 18), pois grande parte dos atrativos turísticos naturais tem relação
com cachoeiras, rios e corredeiras, em muitos casos abarcados por unidades de
conservação, que permitem visitação guiada.
16
Foi o segundo destino brasileiro mais procurado, conforme pesquisa realizada pelo Ministério do
Turismo de sondagem com agências e operadoras de turismo, referentes às viagens para o período de
dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Lençóis/BA Santarém/PA
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Banco de Imagens Destinos. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/mturdestinos/
collections
17
Alguns municípios possuem mais de uma unidade de conservação, de diferentes categorias,
administradas por distintos entes federativos (federal, estadual ou municipal).
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 105
Tabela 26. Unidades de conservação nos destinos de natureza, por categoria e macrorregião - 2019
Estação
Estado RPPN Parque APA MONA Outros SI Total Total %
Ecológica
Norte 1 7 11 2 1 6 2 30 16,9%
Nordeste 9 8 10 1 2 - 1 31 17,4%
C. Oeste 48 17 5 2 2 1 1 76 42,7%
Sudeste 6 5 6 3 2 1 2 25 14,0%
Sul 3 11 2 - - - - 16 9,0%
Total 67 48 34 8 7 8 6 178 100,0%
Total % 37,6% 27,0% 19,1% 4,5% 3,9% 4,5% 3,4% 100,0%
Notas: 1. Dados referentes aos 50 destinos de natureza identificados no interior do país. 2. RPPN - Reserva Particular do Patrimônio
Natural; Parque; APA - Área de Proteção Ambiental; Estação Ecológica; MONA - Monumento Natural; Outros: RDS - Reserva de
Desenvolvimento Sustentável; RESEX - Reserva Extrativista; RVS – Refúgio de Vida Silvestre; Reserva Biológica; Floresta; ARIE-
Área de Relevante Interesse Ecológico); SI - Sem Informação;
Fonte: Brasil, Ministério do Meio Ambiente, Departamento de Áreas Protegidas, Painel das Unidades de Conservação Brasileiras (2019)
Â
N
11. Acari
T
São Luís
12. Serra da Mocidad
I
5 6 23
C
13. Viruá
O
30
Atol
Manaus das Rocas 14. Monte Roraima
P A R Á 29 Fortaleza
AMAZONAS 28 33 15. Amazônia
15 RIO GRANDE Arquip. de
Fernando 16. Jamanxim
MARANHÃO 31 DO NORTE
de Noronha
Teresina 17. Serra do Pardo
7 16 17 CEARÁ Natal 18. Campos Ferrugino
11 18 19. Rio Novo
24
PARAÍBA 20. Cabo Orange
PIAUÍ João 21. Montanhas do Tu
19 Pessoa
10 22. Araguaia
9 Recife
3
ACRE 8 27 32 23. Lençóis Maranhen
Porto PERNAMBUCO
Velho 26 24. Chapada das Mes
TOCANTINS 76 ALAGOAS
25 25. Nascentes do Rio P
-10° Rio Branco Palmas 35 Maceió 26. Serra das Confusõ
-10°
22
34 27. Serra da Capivara
1 Aracaju
2 28. Sete Cidades
SERGIPE 29. Ubajara
RONDÔNIA BAHIA
MATO GRO S SO 30. Jericoacoara
36
Salvador 31. Furna Feia
74 32. Marinho de Ferna
37 de Noronha
Cuiabá 71 DF 45 44 33. Catimbau
73 38
34. Serra de Itabaiana
BRASÍLIA
35. Boqueirão da Onç
GOIÁS 39 40 36. Chapada da Diam
Goiânia
41
70 42 37. Boa Nova
72 46 38. Serra das Lontras
43 Arquip. de Abrolhos
MINAS GERAIS 39. Alto Cariri
MATO GROSSO 40. Pau Brasil
DO SUL 47 78
Belo 41. Histórico do Mon
50
Horizonte
48 ESPÍRITO SANTO
Campo 42. Descobrimento
49 Vitória
-20° 69 Grande 43. Marinho de Abrol
Parque Nacional 44. Cavernas do Peru
P A C Í F I C O
-20°
SÃO
O 45. Grande Sertão Ve
PAULO C
até 300 000 ha 51
53 54 55 T
I 77
46. Sempre-Vivas
Rio de Janeiro N
São Paulo 52 L
 47. Serra do Cipó
de 300 001 a 500 000 ha 62 79 RIO DE A
T
48. Serra do Gandare
PARANÁ JANEIRO
Trópico 49. Caparaó
acima de 500 000 ha 61 Curitiba
60 58
de Cap
ricórnio 50. Serra da Canastra
56
59 57 51. Itatiaia
Monumento Natural 52. Serra da Bocaina
63 O 53. Tijuca
64 N
até 300 000 ha Florianópolis
E
A 54. Serra dos Órgãos
SANTA
O C E A N O
65
C 55. Restinga de Jurub
O
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 107
Os destinos de natureza assumem maior expressão no interior do país, estão
espalhados por todas as regiões e tem relevante potencial para consolidar o fluxo de
turismo em várias porções do território nacional, com a emergência e disseminação
dos princípios da sustentabilidade. No entanto, constata-se a falta de investimento
nesse tipo de destino, principalmente por parte do MTur. O Plano Nacional de
Turismo 2018-2022, por exemplo, não contempla ações, programas ou projetos
dedicados ao desenvolvimento de destinos turísticos com foco na natureza e a
única diretriz exposta é sobre a possibilidade de parcerias com a iniciativa privada
para conceder o uso das unidades de conservação, bem como ações de promoção
(BRASIL, 2018b). Nas pesquisas de Silva (2020) e de Todesco e Silva (2021) nota-se
que grande parte dos recursos públicos do MTur foi investido em infraestrutura,
diversificada e pulverizadas em diversos municípios sem representatividade no
turismo. A maior parte dos investimentos em infraestrutura realizada nas últimas
décadas pelo MTur está concentrada em pequenas obras, tais como: urbanização
(calçamento de ruas, pavimentação), praças públicas e infraestrutura diversas,
pouco se investe em atrativos turísticos naturais (SILVA; FONSECA, 2017; SILVA;
FONSECA; BORGES, 2021).
Destinos de serra
N. de
Pop. N. Meios de operadoras
Categoria
Estimada Hospedagem que
N. Macrorregião UF Município (MTur,
(IBGE, (DataSebrae, comercializam
2019)
2019) 2020) o destino
(2020)
1 Nordeste CE Guaramiranga 5.193 C 24 -
Santo Antônio do
21 Sudeste SP 6.811 B 36 -
Pinhal
São Bento do
22 Sudeste SP 10.878 C 20 -
Sapucaí
São José do
23 Sudeste SP 4.147 D 5 -
Barreiro
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 109
N. de
Pop. N. Meios de operadoras
Categoria
Estimada Hospedagem que
N. Macrorregião UF Município (MTur,
(IBGE, (DataSebrae, comercializam
2019)
2019) 2020) o destino
(2020)
29 Sul RS Nova Petrópolis 21.353 C 41 7
O crescimento do turismo alternativo, (de base local, endógeno etc…) que veio
na esteira do discurso da sustentabilidade que emergiu na década de 1990,
também pode ser citado como fator de interiorização do capital, das ações do
Estado, fixação de população e atração de famílias e indivíduos de classe média.
O município de Bonito (MS) estudado por Mariani (2004) e a região serrana
central do Estado do Espírito Santo estudada por Portuguez (1999), são dois
bons exemplos de emergência de destinos interioranos desta época.
20
Documento eletrônico não paginado.
Tabela 28. Unidades de conservação nos destinos de serra, por categoria e macrorregião - 2019
Norte - - - - - - - -
Nordeste 1 - 1 - - - 1 3
Centro-Oeste - - - - - - -
Sudeste 64 25 23 - 4 6 - 122
Sul 11 2 - - - 1 4 18
Brasil 76 27 24 0 4 7 5 143
Fonte: Brasil, Ministério do Meio Ambiente. Departamento de Áreas protegidas. Painel das Unidades de Conservação Brasileiras
(2019)
21
Alguns municípios possuem mais de uma unidade de conservação, de diferentes tipologias,
administradas por entes federativos distintos (municipal, estadual ou federal).
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 111
Figura 20. Destinos de serra no interior do Brasil
Destinos histórico-culturais
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 113
Figura 21. Destinos histórico-culturais no interior do Brasil
Brusque/SC Pirenópolis/GO
22
O Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, possibilitou o início dos trabalhos para inventariar os bens
de natureza imaterial no país.
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 115
Em Poços de Caldas, a Thermas Antônio Carlos foi inaugurada em 1931,
sendo o primeiro o estabelecimento termal moderno do Brasil. Desde maio de
2017, Poços de Caldas faz parte da rota termal mundial e integra a Associação
Europeia Termal e Histórica, composta por prestigiados balneários europeus.
As estâncias hidrotermais, conforme discutido no capítulo 1, foram perdendo
espaço no mercado turístico, concomitantemente ao fortalecimento do segmento
de sol e mar e ao surgimento de novos segmentos. Os destinos hidrominerais/
termais que resistiram a esse processo estão expostos na tabela a seguir.
N. de N. de
População Categoria Meios de operadoras que
N. Macrorregião UF Município Estimada MTur Hospedagem comercializam
2019 (2019) (DataSebrae, o destino
2020) (Braztoa, 2020)
1 Centro-Oeste GO Caldas Novas 91.162 A 106 6
2 Centro-Oeste GO Rio Quente 4.493 A 7 3
3 Sudeste MG Araxá 106.229 B 29 5
4 Sudeste MG Caxambu 21.656 B 18 -
Poços de
5 Sudeste MG 167.397 A 71 3
Caldas
6 Sudeste MG São Lourenço 45.851 B 61 2
Águas de
7 Sudeste SP 18.705 B 43 3
Lindóia
Águas de São
8 Sudeste SP 3.451 C 12 -
Pedro
9 Sudeste SP Olímpia 54.772 B 100 6
10 Sudeste SP Serra Negra 29.229 B 66 -
11 Sudeste SP Socorro 41.005 B 38 1
12 Sul PR Iretama 10.098 - 4 1
13 Sul SC Gaspar 69.639 B 9 2
14 Sul SC Gravatal 11.501 B 8 2
15 Sul SC Piratuba 3.854 B 20 -
Santo Amaro
16 Sul SC 23.579 C 5 2
da Imperatriz
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Destinos religiosos
N. de
N. de
operadoras
População Categoria Meios de
que
N. Macrorregião UF Município Estimada MTur Hospedagem
comercializam
2019 (2019) (DataSebrae,
o destino
2020)
(Braztoa, 2020)
Bom Jesus da
1 Nordeste BA 69.148 B 53 -
Lapa
2 Nordeste CE Canindé 76.997 B 25 -
Juazeiro do
3 Nordeste CE 274.207 B 73 1
Norte
4 Centro-Oeste GO Abadiânia 20.042 B 30 -
5 Centro-Oeste GO Trindade 127.599 B 78 -
6 Sudeste MG Uberaba 333.783 B 58 -
7 Sudeste SP Aparecida 36.157 A 259 -
Cachoeira
8 Sudeste SP 33.327 B 24 -
Paulista
9 Sudeste SP Cesário Lange 18.148 B 11 2
10 Sudeste SP Guaratinguetá 121.798 B 20 -
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 119
Por sua vez, o município de Cesário Lange/SP é considerado a sede dos
Testemunhas de Jeová do Brasil, com a presença da Associação da Torre de Vigia
e a editora da comunidade que exporta livros para toda América Latina e alguns
países da África. Cerca de 900 pessoas trabalham e moram na Associação e a cada
feriado cerca de 30 ônibus visitam o local (GSHOW, 2018).
Já Guaratinguetá/SP é conhecida como a “terra de Frei Galvão”, o primeiro
santo brasileiro (Santo Antônio de Sant’Ana Galvão), nascido no município
em 1739. A prefeitura divulga o Roteiro Religioso de Frei Galvão que inclui a
Catedral de Santo Antônio, onde o Frei rezou sua primeira missa, a Casa de Frei
Galvão, onde nasceu e viveu parte de sua infância e o Santuário de Frei Galvão,
local de romarias vindas de todo o país, além de outros pontos de visitação na
cidade, como a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, que recebe fiéis em busca das
“águas milagrosas” (GUARATINGUETÁ, 2022).
Na região Nordeste se sobressaem três destinos do turismo religioso: Bom
Jesus da Lapa/BA, Canindé/CE e Juazeiro do Norte/CE.
Em Bom Jesus da Lapa/BA, conhecida como a “Capital Baiana da Fé”,
ocorre a terceira maior romaria do Brasil. Destino de romeiros, peregrinos e
visitantes, a cidade conta com o Santuário do Bom Jesus da Lapa, situado num
maciço de calcário de 90 metros de altura, o qual abriga várias grutas, dentre
elas a denominada Igreja de Pedra e Luz, a maior atração da localidade. Apesar
de contar com fluxos de pessoas o ano todo, as romarias se intensificam nos
meses de julho e agosto, chegando a receber em 10 dias de eventos religiosos
600 mil pessoas e ao longo do ano mais de 2 milhões de visitantes (CORREIO,
2019).
No estado do Ceará, no município de Canindé/CE as principais atrações
religiosas são a Basílica de São Francisco, a estátua de São Francisco das Chagas
(30,25 m) e a Casa dos Milagres. Os peregrinos visitam a localidade para pedir
benção e proteção a Santo de Assis. No mesmo estado, a estátua de Padre Cícero,
no município de Juazeiro do Norte/CE é frequentada por cerca de 2 milhões
de pessoas por ano, entre devotos, romeiros, peregrinos e turistas. O município
recentemente, em março de 2022, inaugurou o Teleférico do Horto, que liga a
Praça dos Romeiros ao local da estátua, a obra envolveu a urbanização do entorno
e a instalação de quiosques e estacionamento, um investimento do governo estadual
na ordem de R$ 79,1 milhões (CEARÁ, 2022).
No Centro-Oeste, Trindade/GO é conhecida como a “Capital da Fé
de Goiás”, a cidade recebe um f luxo de milhares de pessoas ao longo do
ano, mas intensificado especialmente na Festa do Divino Pai Eterno, entre
os meses de junho e julho. Em 2019, durante os 10 dias da Festa, a cidade
recebeu 3,2 milhões de visitantes (OLIVEIRA, 2019), em 2022, a prefeitura
municipal estima que o evento religioso irá atrair cerca de 5 milhões de
pessoas (MARTINS, 2022).
Conforme a tabela 31, nota-se que as grandes operadoras turísticas não
comercializam esses destinos, pois geralmente as viagens aos lugares sagrados
são realizadas sem a utilização dessas empresas, mas articuladas e organizadas
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 121
Outro fato relevante para se discutir em relação aos destinos religiosos é
a preponderância de atividades religiosas ligadas a Igreja Católica e a lugares
sagrados considerados por essa religião (SILVEIRA, 2007). No levantamento
realizado não se observa a diversidade e pluralidade de lugares sagrados referentes
a outras religiões e crenças. Percebe-se que os caminhos, lugares e eventos sagrados
promovidos pelas operadoras e até instituições públicas são, em sua maioria,
vinculados à religião católica e formados principalmente por santuários.
Essa predominância da Igreja Católica nos destinos religiosos se dá
principalmente pelo caráter empreendedor da instituição. Já em 1967 foi criada
a Pastoral do Turismo para dialogar com os movimentos turísticos e as suas
implicações locais, regionais e mundiais (MORENO, 2016). Assim, há um trabalho
e interesse histórico da Igreja Católica em desenvolver o turismo de forma a
conquistar e reter novos fiéis. Além disso, há os benefícios econômicos advindos
do turismo que é pleiteado por instituições, empresas e comunidade local.
No que compete à interiorização do turismo, esses destinos são relevantes
centros de atração que podem auxiliar na diversificação da oferta e incentivar a
qualidade dos serviços turísticos (hotelaria, restauração e entretenimento), sendo
importante vertente de desenvolvimento do turismo em áreas interioranas.
Destinos de eventos
N. de N. de
População Categoria Meios de operadoras que
N. Macrorregião UF Município Estimada MTur Hospedagem comercializam
2019 (2019) (DataSebrae, o destino
2020) (Braztoa, 2020)
1 Norte AM Parintins 114.273 C 54 2
Campina
2 Nordeste PB 409.731 B 43 4
Grande
3 Sudeste SP Barretos 122.098 B 46 2
Mogi das
4 Sudeste SP 445.842 B 30 1
Cruzes
Santa Cruz
5 Sul RS 130.416 B 19 -
do Sul
6 Sul SC Blumenau 357.199 B 53 6
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 123
Figura 24. Destinos de eventos no interior do Brasil
Parintins/AM Barretos/SP
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 125
Inicialmente, a estratégia de atrair pessoas para a vivência do cotidiano e as
atividades desenvolvidas em espaços rurais tinha a finalidade de fomentar uma
nova fonte de renda e dinamizar a economia no meio rural (BALDERRAMAS,
1999; CABRAL; SCHEIB, 2005; PELLIN, 2004). Assim, no primeiro momento,
entre as décadas de 1970 e 1990, o turismo rural aparece como forma de agregar
outras atividades econômicas ao meio rural e muito do que se produziu sobre o
tema relata as possibilidades do turismo rural amenizar as desigualdades sociais
e regionais e criar vantagens econômicas para as propriedades e comunidades
rurais (CANDIOTTO, 2010; PELLIN, 2004; RODRIGUES; SOUZA; KLEIN, 2019;
TULIK, 2004). Em contrapartida, é ofertado aos turistas oriundos dos centros
urbanos a experiência de vivenciar e realizar atividades no espaço rural vinculadas
à produção agrícola e familiar.
Como consequência, o processo de refuncionalização dos espaços rurais como
atrativo ou empreendimento turístico, em especial nas regiões Sul e Sudeste do
país, levantou questionamentos relacionados ao patrimônio histórico-arquitetônico
das propriedades rurais (GUARDIA; ALVES; FURTADO, 2012; QUEIROZ, 2017).
Desta forma, no segundo momento, entre as décadas de 1990 e 2000, o debate
se direcionou para o patrimônio paisagístico, arquitetônico, gastronômico e
histórico, convergindo na transformação de propriedades rurais voltadas para uma
imersão histórica e cultural, incluindo até a instalação de museus nos espaços e
empreendimentos rurais (STECKER, 2010; TOMAZZONI; BOCK; SIMON, 2012;
GUARDIA; ALVES; FURTADO, 2012; QUEIROZ, 2017; SOLHA, 2016). Nesse
sentido, as propriedades rurais passaram a ser destacadas também pelo seu valor
patrimonial, agregando atividades pedagógicas e educativas.
O terceiro momento, de 2010 a atualidade, observa-se uma aproximação
mercadológica de empreendimentos rurais para ofertar entretenimento, recreação
e momentos de descanso em contato com a natureza e o meio rural (ARENHART;
FONTANA, 2020; KLEIN; FONTANA, 2021; SOLHA, 2016). Para Solha (2016), um
dos obstáculos desse segmento é o investimento insuficiente em profissionalização,
além do fomento restrito do poder público para o turismo rural.
É importante mencionar que esse terceiro momento é o que mais se aproxima
da realidade atual, principalmente dos hotéis fazenda e empreendimentos rurais
que foram criados e ressignificados para ofertar serviços turísticos. É notável
um aumento significativo de hotéis fazenda focados principalmente na oferta de
lazer, entretenimento e recreação. Esse fato demonstra uma mudança no perfil
dos serviços e na forma de visualizar a potencialidade do meio rural para o
turismo.
Entende-se como hotel fazenda “o empreendimento localizado em ambiente
rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência
do campo” (BRASIL, 2010, p. 7). Para entender melhor essa realidade, foi realizado
um levantamento da quantidade de hotéis fazenda registrada no Cadastur entre
2006 e 2021 (tabela 33).
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 127
Em 2020, o MTur divulgou um boletim de mercado que reuniu uma série de
informações sobre experiências rurais no Brasil, identificadas a partir de “rotas
estruturantes e criativas” (BRASIL, 2020a). O boletim identifica a oferta de produtos
de turismo rural em 76 municípios brasileiros distribuídos da seguinte forma: 07
na região Norte; 8 no Centro-Oeste; 16 no Nordeste; 22 no Sul; e 30 no Sudeste
(em anexo). O quadro 7 apresenta o levantamento das atividades envolvendo o
turismo rural catalogadas no referido boletim.
Pesca Pesca esportiva, pesca amadora, pesque-pague, pesca em rios, lagos, represas
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo, Experiências do Turismo Rural (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 129
rurais, os investidores e o próprio Governo são as causas de um segmento
impulsionado quase que por completo pelas oportunidades de mercado.
(BRASIL, 2003a, p. 6)
Nos estudos de Silva (2020) e Todesco e Silva (2021) não foram identificados
programas de financiamento e alocação de recursos do MTur específicos ou
direcionado ao turismo rural, entre os anos de 2003 e 2018. Assim acredita-se
que, até o momento, as políticas e ações públicas para o desenvolvimento do
turismo rural são incipientes e ainda não alcançaram de forma plena, em especial,
as comunidades e famílias da agricultura familiar interessadas em promover o
turismo em seus respectivos territórios.
- Tipo específico de percurso constituído por um eixo principal e Bahl (2004); Figueira
por ramos complementares. (2013)
Rota
- Termo bastante utilizado para designar itinerários turísticos
planejados e associados a uma temática.
- É um processo ordenamento de elementos intervenientes na Bahl (2004)
efetivação de uma viagem.
Roteiro - Sincronização de tempo/espaço com bens e serviços turísticos.
- Possibilidade de aproveitamento mais racional de atrativos a
visitar.
- Um percurso temático espiritual/contemplativo. Steil; Carneiro (2008)
- Geralmente, a própria caminhada é tida como a principal
Caminhos
atividade.
- Usualmente envolvem atividades religiosas e espirituais.
- Itinerário proposto com temática vinculativa. Bahl (2004)
- Denominação decorrente do caráter circular do percurso de
Circuitos uma programação turística.
- Geralmente é proposto de uma forma que o turista inicie e
finalize o percurso no mesmo lugar.
Fonte: Sistematização dos autores
O interessante é demonstrar que esses são alguns dos termos utilizados para
denominar percursos e itinerários turísticos. O termo roteiro é o que envolve
maior detalhamento no que se refere às informações sobre os serviços e atrativos
que serão disponibilizados e/ou acessados pelo turista durante sua viagem/
Colibri Aventura
Caminho dos Colibris 2016 3 Espiritual/Ecológico
(operadora de turismo)
Caminho de Rosas
Caminhos de Rosa 2014 5 Esportivo/Cultural
Minas Eventos
Gerais Canastra 360°-Volta Bikers Rio Pardo (empresa
− 1 Esportivo/ Ecológico
no Parque Nacional de cicloturismo)
Associação de Turismo
Circuito das Frutas 2002 10 Ecológico/Cultural
Rural Circuito das Frutas
Religioso/Espiritual e
Caminho da Graça 2004 Instituição privada 14
Esportivo
São Paulo
Associação dos Amigos da
Rota da Luz 2016 7 Religioso/espiritual
Rota da Luz
Organização de cunho
Caminho Caipira − 7 Ecológico
familiar
Sudeste 15 − − 91 −
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 131
Consórcio Intermunicipal
Circuito Caminhante
do Médio Vale do Itajai Cultural/Histórico/
Vale Europeu 2006 9
- CIMVI (operadora de Contemplação
Catarinense
turismo)
Circuito de
CIMVI (operadora de Esportivo/ cultural e
Cicloturismo Vale 2006 12
turismo) contemplação
Europeu Catarinense
Santa Consórcio Intermunicipal
Catarina Circuito Costa Verde
2007 de Turismo Costa Verde e 10 Esportivo/Ecológico
& Mar
Mar – CITMAR
Associação Catarinense
Caminho Brasileiro
dos Amigos do
Santiago de 2017 1 Religioso/Espiritual
Caminho de Santiago de
Compostela
Compostela - ACACSC
Circuito das
− AK3 Turismo 4 Ecológico/Cultural
Araucárias
Sul 8 − − 50 −
Cicloturismo no
Tocantins − Operadora Pisa Trekking 3 Esportivo/Ecológico
Jalapão
Norte 1 − − 3 −
Rota do
Bahia − Operadora Sampa Bikers 1 Esportivo
Descobrimento
Nordeste 1 − − 1 −
Total 25 − − 145 −
23
Disponível em: http://cicloeturistas.blogspot.com/2016/06/circuito-vale-europeu-de-bike.html. 2
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 133
Quadro 10. Caminhos e rotas turísticas interestaduais
A associação Catarinense
Caminho do dos Amigos do Caminho de SP: 2 Esportivo/
2007
Frei Galvão Santiago de Compostela - MG: 4 Contemplação
ACACSC
Caminho
Religioso O Caminho Religioso da SP: 3
2017 Religioso/Espiritual
da Estrada Estrada Real - CRER MG: 23
Real
Caminho
Operadora CNS viagens e SP:4
SP e RJ de Nossa 2012 Religioso/Espiritual
peregrinações RJ: 11
Senhora
Circuito SP:5
SP e PR 2015 Empresa de Passeios Turísticos Esportivo/Ecológico
Lagamar PR: 1
Total 8 - - 170* -
24
Disponível em: https://www.caminhoreligiosodaestradareal.com/mapacrer.pdf
25
Disponível em: https://caminhodafe.com.br/ptbr/ramais/
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 135
Contabilizando os percursos interestaduais e intra-estaduais, foram
identificadas ao total 33 rotas/caminhos/circuitos com informações disponíveis na
internet, que facilitam a organização da viagem por parte do turista. Esses produtos
são importantes para a consolidação de destinos e revelam a presença de empresas
características do turismo, bem como de associações e organizações com foco na
atração de fluxos de pessoas. Um dado importante é a presença das atividades
de esportes que foram identificadas nos percursos, principalmente das empresas,
associações e grupos de ciclistas que vem se difundido e se aliando aos destinos
religiosos e de natureza.
Outro ponto relevante sobre esses percursos é que 16 deles são organizados
por operadoras de turismo, 9 por associações, 3 por consórcios municipais,
1 por organização familiar e 4 não especificados. Esse dado de certa forma é
surpreendente, visto que após quase duas décadas de Programa de Regionalização
do Turismo, apenas 3 percursos são organizados e/ou divulgados por consórcios
municipais que disponibilizam informações na internet para atrair o interesse
de turistas. Nesse sentido, revela-se a ineficiência na produção, implementação
e promoção de produtos e roteiros turísticos integrados, a partir das instâncias
regionais de governança turística.
As iniciativas de rotas/caminhos/circuitos são relevantes para a descentralização
dos fluxos turísticos, na medida em que apresenta novas propostas de produtos
e de experiências turísticas, entretanto, novamente evidenciamos a concentração
desses produtos nas regiões Sudeste e Sul, o que demonstra que há muito por se
fazer para a real descentralização e interiorização do turismo, em especial nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 137
na atualidade se direcionam para a constituição de centros de entretenimento,
recreação e lazer, com equipamentos de resorts e parques aquáticos, além de
agregarem outras ofertas (eventos, shows, spas) para captar uma demanda cada
vez mais diversificada.
Os destinos histórico-culturais estão situados sobretudo no estado de Minas
Gerais, pela concentração do patrimônio histórico-arquitetônico do período
colonial e pela sua valorização turística desde os primórdios dessa atividade no
país. Mais recentemente, ocorre a valorização turística da cultura da imigração
europeia em destinos interioranos do Sul do país. Esses destinos se beneficiam
da proximidade de importantes polos emissores de turistas e de uma melhor
infraestrutura urbana e de acesso.
Os destinos de serra estiveram em permanente crescimento ao longo das
décadas, fato que ocorre em virtude dos investimentos oriundos principalmente da
iniciativa privada, dos aspectos culturais e climáticos oferecidos por esses lugares,
da proximidade dos grandes centros urbanos e da facilidade de acesso rodoviário.
Além disso, muitos destinos de serra reforçam sua atratividade por meio da
gastronomia e da cenarização.
Os destinos de natureza têm maior capilaridade, isto é, encontram-se
mais dispersos no território nacional. Esse tipo de destino teve crescimento
significativo ao longo das duas últimas décadas, no contexto do ideário da
sustentabilidade que passa a valorizar a natureza, despertando uma demanda
que começa a exigir destinos onde o meio natural se apresenta em melhor
estado de conservação. No caso brasileiro, as regiões Centro-Oeste e Norte
apresentam os requisitos que o mercado exige, com muitas áreas ainda pouco
transformadas pela ação humana e que, portanto, constituem-se em raridades
valorizadas por nichos de consumidores, em que o mercado prontamente
elabora novos produtos turísticos para essa demanda em ascensão. O valor
de tais destinações turísticas encontra-se justamente em sua localização mais
distante, na sua rusticidade e nos recursos naturais preservados, procurados
por turistas em geral jovens e aventureiros.
Considerando-se as transformações verificadas no interior do país no que
concerne às características assumidas pelo turismo, é necessário repensar as
políticas públicas, tendo em vista que os destinos de natureza vêm assumindo
relevância na virada do século XXI. São imprescindíveis ações articuladas entre
os órgãos oficiais de turismo e do meio ambiente para agir de forma integrada
no uso e conservação dos recursos naturais em consonância com os interesses
das comunidades situadas nesses destinos, em muitos casos comunidades
tradicionais e povos indígenas. Assim como para os destinos histórico-culturais
são indispensáveis ações integradas entre os órgãos oficiais de turismo e de cultura
a fim de promover a valorização e a conservação dos patrimônios materiais e
imateriais, não apenas pelos e para os turistas, mas fundamentalmente com a
participação ativa da sociedade, sem a qual o patrimônio não faz sentido.
Ainda cabe destacar outras tendências no processo de interiorização do
turismo no Brasil. Uma delas é a busca cada vez mais acentuada em congregar
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 139
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SOLHA, K. T. A evolução do turismo no Brasil. In: REJOSWKI, M. Turismo no percurso do
tempo. São Paulo: Aleph, 2002, p. 117-153.
SOLHA, K. T. A trajetória do Turismo Rural no estado de São Paulo: um segmento turístico
em desenvolvimento. Tese de Livre Docente – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2016.
SOUZA, C. O. de. Perspectivas de políticas públicas de turismo rural no Brasil. Dissertação
(Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2020.
STECKER, D. T. Rota turística e gastronômica Santa Maria – Silveira Martins: o desenvolvimento
do turismo na Quarta Colônia de imigração italiana. Dissertação (Mestrado em Patrimônio
Cultural) - Universidade de Santa Maria, Santa Maria, 2010.
STEIL, C. A.; CARNEIRO, S. de S. Peregrinação, turismo e nova era: caminhos de Santiago de
Compostela no Brasil. Religião & Sociedade, v. 28, n. 1, p. 105–124, 2008.
TODESCO, C. Estado e produção terceirizada de políticas públicas de turismo para a
Amazônia Legal: uma análise fundada nas dimensões da vida política. Tese (Doutorado em
Geografia Humana) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
TODESCO, C.; ADELINO, I. S. S. A distribuição geográfica dos investimentos públicos em
turismo no Brasil de 2003 a 2018. Cenário: Revista Interdisciplinar em Turismo e Território,
v. 9, n. 2, p. 171-187, 2021.
TODESCO, C.; SILVA, R. C. da. Planejamento setorial e execução orçamentária em turismo no
Brasil (2003-2018). Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, v. 15, n. 2, p. 1986, 2021.
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 151
Apêndice
Lista dos municípios do mapa do turismo no Brasil
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 153
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
80 Sudeste SP Lins B Interior Polo Econômico
81 Sudeste SP Bauru B Interior Polo Econômico
82 Sudeste SP Guarulhos B Interior Polo Econômico
83 Sudeste SP Sorocaba B Interior Polo Econômico
84 Sudeste SP Franca B Interior Polo Econômico
85 Sudeste SP São José dos Campos B Interior Polo Econômico
86 Sudeste SP Osasco B Interior Polo Econômico
87 Sudeste SP Botucatu B Interior Polo Econômico
88 Sudeste SP São Carlos B Interior Polo Econômico
89 Sudeste SP Jacareí B Interior Polo Econômico
90 Sudeste SP Taubaté B Interior Polo Econômico
91 Sudeste SP Limeira B Interior Polo Econômico
92 Sudeste SP Piracicaba B Interior Polo Econômico
93 Sudeste SP Presidente Prudente B Interior Polo Econômico
94 Sudeste SP Araçatuba B Interior Polo Econômico
95 Sudeste SP Mogi Mirim B Interior Polo Econômico
96 Sul PR Ponta Grossa B Interior Polo Econômico
97 Sul PR Telêmaco Borba B Interior Polo Econômico
98 Sul PR Maringá B Interior Polo Econômico
99 Sul PR Umuarama B Interior Polo Econômico
100 Sul PR Campo Mourão B Interior Polo Econômico
101 Sul PR Londrina A Interior Polo Econômico
102 Sul PR Cascavel B Interior Polo Econômico
103 Sul PR Toledo B Interior Polo Econômico
104 Sul PR São José dos Pinhais B Interior Polo Econômico
105 Sul PR Guarapuava B Interior Polo Econômico
106 Sul PR Pato Branco B Interior Polo Econômico
107 Sul RS Vacaria B Interior Polo Econômico
108 Sul RS Santa Maria B Interior Polo Econômico
109 Sul RS Passo Fundo B Interior Polo Econômico
110 Sul RS Canoas B Interior Polo Econômico
111 Sul RS Sant’Ana do Livramento B Interior Polo Econômico
112 Sul RS Uruguaiana B Interior Polo Econômico
113 Sul RS Bagé B Interior Polo Econômico
114 Sul RS Ijuí B Interior Polo Econômico
115 Sul RS Erechim B Interior Polo Econômico
116 Sul RS Lajeado B Interior Polo Econômico
117 Sul RS São Leopoldo B Interior Polo Econômico
118 Sul SC Jaraguá do Sul B Interior Polo Econômico
119 Sul SC Chapecó B Interior Polo Econômico
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
1 Norte PA Salinópolis B Litoral Praia
2 Nordeste AL Japaratinga B Litoral Praia
3 Nordeste AL Maragogi A Litoral Praia
4 Nordeste AL Barra de Santo Antônio D Litoral Praia
5 Nordeste AL São Miguel dos Milagres C Litoral Praia
6 Nordeste AL Barra de São Miguel C Litoral Praia
7 Nordeste AL Marechal Deodoro C Litoral Praia
8 Nordeste BA Itaparica B Litoral Praia
9 Nordeste BA Vera Cruz B Litoral Praia
10 Nordeste BA Caravelas D Litoral Praia
11 Nordeste BA Mucuri B Litoral Praia
12 Nordeste BA Prado B Litoral Praia
13 Nordeste BA Canavieiras C Litoral Praia
14 Nordeste BA Ilhéus A Litoral Praia
15 Nordeste BA Itacaré B Litoral Praia
16 Nordeste BA Maraú B Litoral Praia
17 Nordeste BA Una B Litoral Praia
18 Nordeste BA Cairu A Litoral Praia
19 Nordeste BA Porto Seguro A Litoral Praia
20 Nordeste BA Santa Cruz Cabrália B Litoral Praia
21 Nordeste BA Camaçari B Litoral Praia
22 Nordeste BA Jandaíra D Litoral Praia
23 Nordeste BA Mata de São João A Litoral Praia
24 Nordeste CE Camocim B Litoral Praia
25 Nordeste CE Cruz C Litoral Praia
26 Nordeste CE Jijoca de Jericoacoara A Litoral Praia
27 Nordeste CE Aquiraz B Litoral Praia
28 Nordeste CE Aracati B Litoral Praia
29 Nordeste CE Beberibe B Litoral Praia
30 Nordeste CE Cascavel B Litoral Praia
31 Nordeste CE Fortim D Litoral Praia
32 Nordeste CE Caucaia B Litoral Praia
33 Nordeste CE Paracuru B Litoral Praia
34 Nordeste CE Paraipaba C Litoral Praia
35 Nordeste CE São Gonçalo do Amarante C Litoral Praia
36 Nordeste CE Trairi C Litoral Praia
37 Nordeste MA Raposa D Litoral Praia
38 Nordeste MA São José de Ribamar C Litoral Praia
39 Nordeste PB Cabedelo D Litoral Praia
40 Nordeste PB Conde B Litoral Praia
41 Nordeste PE Ilha de Itamaracá C Litoral Praia
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 155
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
42 Nordeste PE Cabo de Santo Agostinho B Litoral Praia
43 Nordeste PE Fernando de Noronha B Litoral Praia
44 Nordeste PE Ipojuca A Litoral Praia
45 Nordeste PE São José da Coroa Grande B Litoral Praia
46 Nordeste PE Tamandaré B Litoral Praia
47 Nordeste PI Cajueiro da Praia C Litoral Praia
48 Nordeste PI Luís Correia B Litoral Praia
49 Nordeste PI Parnaíba B Litoral Praia
50 Nordeste RN Galinhos D Litoral Praia
51 Nordeste RN Baía Formosa C Litoral Praia
52 Nordeste RN Extremoz D Litoral Praia
53 Nordeste RN Maxaranguape D Litoral Praia
54 Nordeste RN Nísia Floresta D Litoral Praia
55 Nordeste RN Parnamirim C Litoral Praia
56 Nordeste RN Rio do Fogo D Litoral Praia
57 Nordeste RN São Miguel do Gostoso B Litoral Praia
58 Nordeste RN Tibau do Sul A Litoral Praia
59 Nordeste RN Touros C Litoral Praia
60 Sudeste ES Anchieta B Litoral Praia
61 Sudeste ES Piúma B Litoral Praia
62 Sudeste ES Guarapari B Litoral Praia
63 Sudeste ES Serra B Litoral Praia
64 Sudeste ES Vila Velha B Litoral Praia
65 Sudeste ES Aracruz B Litoral Praia
66 Sudeste ES Conceição da Barra C Litoral Praia
67 Sudeste ES São Mateus B Litoral Praia
68 Sudeste RJ Armação dos Búzios A Litoral Praia
69 Sudeste RJ Arraial do Cabo B Litoral Praia
70 Sudeste RJ Cabo Frio A Litoral Praia
71 Sudeste RJ Rio das Ostras B Litoral Praia
72 Sudeste RJ Saquarema B Litoral Praia
73 Sudeste RJ Angra dos Reis A Litoral Praia
74 Sudeste RJ Mangaratiba B Litoral Praia
75 Sudeste SP Guarujá A Litoral Praia
76 Sudeste SP Itanhaém B Litoral Praia
77 Sudeste SP Mongaguá B Litoral Praia
78 Sudeste SP Peruíbe B Litoral Praia
79 Sudeste SP Praia Grande A Litoral Praia
80 Sudeste SP Santos A Litoral Praia
81 Sudeste SP São Vicente B Litoral Praia
82 Sudeste SP Ilha Comprida B Litoral Praia
83 Sudeste SP Bertioga B Litoral Praia
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 157
Quadro 3. Lista de municípios da tipologia Natureza
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
1 Norte AM Autazes - Interior Natureza
2 Norte AM Careiro D Interior Natureza
3 Norte AM Iranduba C Interior Natureza
4 Norte AM Manacapuru C Interior Natureza
5 Norte AM Novo Airão D Interior Natureza
6 Norte PA Santarém B Interior Natureza
7 Norte TO Mateiros D Interior Natureza
8 Norte TO Ponte Alta do Tocantins D Interior Natureza
9 Norte TO São Félix do Tocantins D Interior Natureza
10 Nordeste BA Andaraí D Interior Natureza
11 Nordeste BA Lençóis B Interior Natureza
12 Nordeste BA Mucugê C Interior Natureza
13 Nordeste BA Palmeiras C Interior Natureza
14 Nordeste BA Camamu D Litoral Natureza
15 Nordeste BA Paulo Afonso B Interior Natureza
16 Nordeste CE Tianguá B Interior Natureza
17 Nordeste MA Carolina C Interior Natureza
18 Nordeste MA Paulino Neves D Litoral Natureza
19 Nordeste MA Tutóia D Litoral Natureza
20 Nordeste MA Barreirinhas B Litoral Natureza
21 Nordeste MA Santo Amaro do Maranhão D Litoral Natureza
22 Nordeste PA Soure C Litoral Natureza
23 Nordeste PI São Raimundo Nonato C Interior Natureza
24 Nordeste SE Brejo Grande D Litoral Natureza
25 Nordeste SE Canindé de São Francisco D Interior Natureza
26 Centro-Oeste GO Cavalcante D Interior Natureza
27 Centro-Oeste GO Paraúna D Interior Natureza
28 Centro-Oeste GO Alto Paraíso de Goiás B Interior Natureza
29 Centro-Oeste GO Formosa B Interior Natureza
30 Centro-Oeste MS Bonito B Interior Natureza
31 Centro-Oeste MS Bodoquena D Interior Natureza
32 Centro-Oeste MS Aquidauana C Interior Natureza
33 Centro-Oeste MS Corumbá B Interior Natureza
34 Centro-Oeste MS Miranda C Interior Natureza
35 Centro-Oeste MT Chapada dos Guimarães B Interior Natureza
36 Centro-Oeste MT Cáceres B Interior Natureza
37 Centro-Oeste MT Poconé B Interior Natureza
38 Centro-Oeste MT Alta Floresta C Interior Natureza
39 Centro-Oeste MT Nobres C Interior Natureza
40 Centro-Oeste MT São José do Rio Claro D Interior Natureza
41 Centro-Oeste MT Barão de Melgaço C Interior Natureza
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 159
Quadro 4. Lista de municípios da tipologia Natureza
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
1 Nordeste BA Valença B Litoral Histórico-Cultural
2 Nordeste PE Olinda B Litoral Histórico-Cultural
3 Nordeste PE Caruaru B Interior Histórico-Cultural
4 Centro-Oeste GO Goiás B Interior Histórico-Cultural
5 Centro-Oeste GO Pirenópolis B Interior Histórico-Cultural
6 Sudeste MG Diamantina B Interior Histórico-Cultural
7 Sudeste MG Serro C Interior Histórico-Cultural
8 Sudeste MG Mariana - Interior Histórico-Cultural
9 Sudeste MG Soledade de Minas D Interior Histórico-Cultural
10 Sudeste MG Paracatu B Interior Histórico-Cultural
11 Sudeste MG Caeté B Interior Histórico-Cultural
12 Sudeste MG Congonhas C Interior Histórico-Cultural
13 Sudeste MG Ouro Preto B Interior Histórico-Cultural
14 Sudeste MG Sabará C Interior Histórico-Cultural
15 Sudeste MG Santa Bárbara C Interior Histórico-Cultural
16 Sudeste MG Barbacena B Interior Histórico-Cultural
17 Sudeste MG São João del Rei B Interior Histórico-Cultural
18 Sudeste MG Tiradentes B Interior Histórico-Cultural
19 Sudeste MG Brumadinho C Interior Histórico-Cultural
20 Sudeste RJ Paraty A Litoral Histórico-Cultural
21 Sudeste RJ Niterói B Litoral Histórico-Cultural
22 Sudeste RJ Barra do Piraí B Interior Histórico-Cultural
23 Sudeste RJ Valença B Interior Histórico-Cultural
24 Sudeste RJ Vassouras C Interior Histórico-Cultural
25 Sudeste SP Embu das Artes B Interior Histórico-Cultural
26 Sudeste SP Itu B Interior Histórico-Cultural
27 Sudeste SP Bananal C Interior Histórico-Cultural
28 Sul PR Antonina D Interior Histórico-Cultural
29 Sul RS Pelotas B Interior Histórico-Cultural
30 Sul RS Rio Grande B Litoral Histórico-Cultural
31 Sul RS São Gabriel B Interior Histórico-Cultural
32 Sul RS Caxias do Sul B Interior Histórico-Cultural
33 Sul RS Carlos Barbosa D Interior Histórico-Cultural
34 Sul RS Garibaldi C Interior Histórico-Cultural
35 Sul RS Novo Hamburgo B Interior Histórico-Cultural
36 Sul SC Joinville A Interior Histórico-Cultural
São Francisco do
37 Sul SC B Litoral Histórico-Cultural
Sul
38 Sul SC Laguna B Litoral Histórico-Cultural
39 Sul SC Brusque C Interior Histórico-Cultural
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 161
Quadro 6. Lista de municípios da tipologia Capital
Categoria
N. Macrorregião UF Município Localização Tipologia
MTur (2019)
1 Norte AC Rio Branco A Interior Capital
2 Norte AM Manaus A Interior Capital
3 Norte AP Macapá A Litoral Capital
4 Norte PA Belém A Interior Capital
5 Norte RO Porto Velho A Interior Capital
6 Norte RR Boa Vista A Interior Capital
7 Norte TO Palmas A Interior Capital
8 Nordeste AL Maceió A Litoral Capital
9 Nordeste BA Salvador A Litoral Capital
10 Nordeste CE Fortaleza A Litoral Capital
11 Nordeste MA São Luís A Litoral Capital
12 Nordeste PB João Pessoa A Litoral Capital
13 Nordeste PE Recife A Litoral Capital
14 Nordeste PI Teresina A Interior Capital
15 Nordeste RN Natal A Litoral Capital
16 Nordeste SE Aracaju A Litoral Capital
17 Centro-Oeste DF Brasília A Interior Capital
18 Centro-Oeste GO Goiânia A Interior Capital
19 Centro-Oeste MS Campo Grande A Interior Capital
20 Centro-Oeste MT Cuiabá A Interior Capital
21 Sudeste ES Vitória A Litoral Capital
22 Sudeste MG Belo Horizonte A Interior Capital
23 Sudeste RJ Rio de Janeiro A Litoral Capital
24 Sudeste SP São Paulo A Interior Capital
25 Sul PR Curitiba A Interior Capital
26 Sul RS Porto Alegre A Interior Capital
27 Sul SC Florianópolis A Litoral Capital
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 163
ANEXO – ROTAS DE TURISMO RURAL
UF Municípios/Localidades Denominação/Produto
AM Tefé Tefé
AM Manaus Tucorin: turismo comunitário do Baixo Rio Negro
PA Belém Ilha do Combu
PA Tracuateua Tracuateua
PA Soure e Salvaterra Fazendas Marajoaras (Ilhas de Marajó)
RR Boa Vista Rota do Lavrado
TO Mateiros Quilombo Mumbuca
Norte 08 07
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo, Experiências do Turismo Rural (2020)
UF Municípios/Localidades Denominação/Produto
BA Cachoeira Rota da Liberdade
Ilhéus, Itacaré, Ipiaú, Maraú, Una, Canavieiras,
BA Itabuna, Uruçuca, Santa Luzia, Pau Brasil e São Costa do Cacau
José da Vitória
CE Baturité, Mulungu e Garamiranga Rota Verde do Café
MA 14 municípios maranhenses Lagos e Campos Floridos
PB 19 municípios paraibanos, incluindo João Pessoa Paraíba 35 dias de vivências e experiências
PB Araruna Caminhos do Barão de Araruna
Areia, Bananeiras, Alagoa Grande, Pilões,
PB Destino Brejo
Pirpitituba e outras 10 cidades
Sumé, Monteiro, Taperoá, Serra Branca,
PB Cabaceiras e outras Rota do Cariri Cultural
24 cidades
PE Bezerros Serra Negra e Zona Rural de Bezerros
PE Bonito Cachoeiras de Bonito
PE Gravatá Gravatá
PE São Benedito do Sul Cachoeira de São Benedito do Sul
PI Pedro II Pedro II
Areia Branca, Grossos, Mossoró, Serra do Mel e
RN Pólo Costa Branca
Tibau
Monte das Gameleiras, Passa e Fica e Serra de
RN Serras do Agreste Potiguar
São Bento
SE Canindé de São Francisco Cânions do Rio São Francisco
Nordeste 16
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo, Experiências do Turismo Rural (2020)
UF Municípios/Localidades Denominação/Produto
Viva Lago Oeste
DF Brasília
Guia Brasília Rural
Hidrolândia e Terezópolis Hidrolândia e Terezópolis
GO
de Goiás de Goiás
GO Pirenópolis Pirenópolis
GO Cavalcante Quilombo Kalunga
MT Poconé Pantanal
Cáceres, Curvelandia, Mirassol Doeste, Lambari
Doeste, Rio Branco,
Salto do Ceu e Reserva do Cabacal, Jaraguari,
MT Rota das Águas Região de Cáceres
Nova Alvorada do Sul,
Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rochedo,
Sidrolândia e Terenos
Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do
Buriti, Jaraguari,
Caminho dos Ipês
MS Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio
Campo Grande
Negro, Rochedo,
Sidrolândia e Terenos
Centro Oeste 09
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo, Experiências do Turismo Rural (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 165
Quadro. Região Sudeste
UF Municípios/Localidades Denominação/Produto
Circuito do Chapéu
Circuito do Galo
ES Domingos Martins Circuito Vale da Estação
Circuito Orgânicos e Naturais
Circuito de Paraju
ES Venda Nova do Imigrante Circuito do Agroturismo
Divino São Lourenço, Dores do Rio
ES Circuito Caparaó Capixaba
Preto, Guaçuí e Ibitirama
ES Ibatiba, Iúna, Irupi e Muniz Freire Caminhos dos Tropeiros
ES Santa Teresa Circuito Caravaggio
ES Santa Maria de Jetibá Terras Pomeranas
ES Pancas Circuito Pontões Capixabas
ES Afonso Cláudio Caminhos da Roça
ES Conceição do Castelo Caminhos do Imperador
ES Marechal Floriano Vale do Verde
ES Vargem Alta Circuito da Uva e do Café
ES Marataízes Circuito das Falésias e Lagunas
ES Serra Caminhos Circuito do Agroturismo
ES Cariacica Circuito Terras Altas
ES João Neiva Demétrio Ribeiro
Baixo Riacho Doce
ES Linhares
Circuito do Coco e das Águas
Quilombo do Sapé
MG Brumadinho
Brumadinho
MG Gonçalves Gonçalves
MG Bueno Brandão e Munhoz Mantiqueira Rural
MG Santana dos Montes Circuito Vilas e Fazendas de Minas Gerais
Camanducaia, Cambuí, Extrema e
MG Serras Verdes do Sul de Minas
Gonçalves
RJ Silva Jardim Silva Jardim
RJ Petrópolis Caminhos do Brejal
Angra dos Reis, Ipiabas, Cantagalo,
8 destinos - Turismo Rural no interior do Rio de
RJ Guapimirim, Madalena, Nova
Janeiro
Friburgo, Paraty e Trajano de Moraes
RJ Paraty Quilombo do Campinho da Independência
Vassouras e outros municípios do Vale
RJ Vale do Café
do Paraíba Sul Fluminense
SP Taubaté, São Luís do Parietinga e Cunha Rota da Liberdade
Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva,
SP Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Circuito das Frutas
Valinhos
SP Brotas Brotas
SP Socorro Socorro
Sudeste 30 36
Fonte: Brasil, Ministério do Turismo, Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo, Experiências do Turismo Rural (2020)
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 167
Índice remissivo de ilustrações
Lista de figuras
Figura 1. Capa da primeira edição do Guia Quatro Rodas Brasil de 1966 ............................ 13
Figura 2. Rede rodoviária e ferroviária do Brasil em 1964 ..................................................... 16
Figura 3. Material Promocional – Embratur – 1977 ................................................................ 18
Figura 4. Capa do Guia Quatro Rodas Brasil de 1977........................................................... 18
Figura 5. Rede rodoviária e ferroviária do Brasil em 1973 .....................................................21
Figura 6. Material Promocional da Embratur de 1992-1999 ...................................................28
Figura 7. Capa do Guia Quatro Rodas Brasil de 1989...........................................................29
Figura 8. Capa do Guia Quatro Rodas Brasil de 1999...........................................................29
Figura 9. Os melhores Programas Turísticos do ano 2009:
em 1º lugar Flutuação no Rio da Prata (Jardim/MS) ...............................................32
Figura 10. Os melhores Programas Turísticos do ano 2009:
em 2º lugar Parque Nacional do Iguaçu .................................................................32
Figura 11. Regiões turísticas no Brasil definidas pelo MTur em 2004 .....................................42
Figura 12. Regiões turísticas no Brasil definidas
pelo MTur em 2013..................................................................................................43
Figura 13. Regiões turísticas no Brasil definidas pelo MTur em 2019 .....................................46
Figura 14. Municípios da tipologia Polo Econômico ................................................................72
Figura 15. Capitais brasileiras..................................................................................................76
Figura 16. Destinos de praia no Brasil .....................................................................................77
Figura 17. Distribuição dos municípios brasileiros por grau
de desenvolvimento do IFDM .................................................................................87
Figura 18. Destinos de natureza no interior do Brasil ............................................................ 105
Figura 19. Unidades de conservação com proteção integral: parques nacionais
e monumentos naturais - 2018.............................................................................. 107
Figura 20. Destinos de serra no interior do Brasil .................................................................. 112
Figura 21. Destinos histórico-culturais no interior do Brasil ................................................... 114
Figura 22. Destinos de estância (hidromineral/hidrotermal) no interior do Brasil .................. 117
Figura 23. Destinos religiosos no interior do Brasil ................................................................ 121
Figura 24. Destinos de eventos no interior do Brasil.............................................................. 124
Figura 25. Percepção sobre o movimento do turismo rural ................................................... 125
Figura 26. Circuito de Cicloturismo Vale Europeu Catarinense ............................................. 133
Figura 27. Caminho Religioso da Estrada Real ..................................................................... 135
Mapas
Mapa 1. Municípios turísticos catalogados pelo Guia Quatro Rodas Brasil
de 1966 ................................................................................................................... 15
Mapa 2. Municípios turísticos catalogados pelo Guia Quatro Rodas Brasil de
1979 ........................................................................................................................20
Mapa 3. Municípios Turísticos Catalogados pelo Guia Quatro Rodas Brasil de
1989 ........................................................................................................................ 24
Mapa 4. Municípios Turísticos Catalogados pelo Guia Quatro Rodas Brasil de
1999 ........................................................................................................................26
Mapa 5. Municípios Turísticos Catalogados pelo Guia Quatro Rodas de 2009 ...................31
Mapa 6. Mapa do Turismo no Brasil por tipologia, incluindo a tipologia
polo econômico – 2020 ...........................................................................................71
Mapa 7. Municípios turísticos no Brasil, por tipologia, excluindo a tipologia
polo econômico – 2020 ........................................................................................... 74
Mapa 8. Distribuição da população absoluta – 2020 ............................................................85
Mapa 9. Rede urbana brasileira – 2018 ................................................................................86
Mapa 10. Rede rodoviária brasileira – 2007 ...........................................................................88
Mapa 11. Modal aeroviário no Brasil – 2020 ..........................................................................89
Mapa 12. Ingresso de turistas internacionais no Brasil – 2019 ...............................................90
Mapa 13. Densidade de acessos de internet banda larga – 2020..........................................91
Mapa 14. Investimentos públicos em turismo, por macrorregião, 2003-2018 .........................92
Mapa 15. Investimentos públicos em turismo, por UF, 2003-2018 .........................................93
Mapa 16. Municípios turísticos interioranos no Brasil (excluindo capitais)
por tipologia – 2020 ...............................................................................................98
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 169
Quadros
Quadro 1. Tipologias dos municípios turísticos utilizadas pelo Guia Quatro Rodas
nas edições selecionadas pela pesquisa ............................................................... 12
Quadro 2. Princípios tradicionais de regionalização ................................................................ 41
Quadro 3. Entrevistas com gestores públicos municipais dos estados do RJ,
RN e SC ..................................................................................................................59
Quadro 4. Entrevistas com gestores públicos estaduais do RJ, RN e SC...............................61
Quadro 5. Perfil das ações e categoria dos municípios elegíveis para acessar
os recursos do MTur ...............................................................................................62
Quadro 6. Operadoras turísticas associadas à Braztoa que comercializam
produtos turísticos de destinos brasileiros ..............................................................66
Quadro 7. Atividades de turismo rural no Brasil identificadas pelo MTur - 2020 ................... 128
Quadro 8. Termos referentes à percursos turísticos .............................................................. 130
Quadro 9. Rotas, caminhos e circuitos, por UF ..................................................................... 131
Quadro 10. Caminhos e rotas turísticas interestaduais ........................................................... 134
Tabelas
Tabela 1. Número de municípios turísticos brasileiros por região e tipologia,
conforme o Guia Quatro Rodas Brasil - 1966 ......................................................... 14
Tabela 2. Número de municípios turísticos brasileiros por região e tipologia,
conforme o Guia Quatro Rodas Brasil - 1979 ......................................................... 19
Tabela 3. Número de municípios turísticos brasileiros por região e tipologia,
conforme o Guia Quatro Rodas Brasil - 1989 .........................................................23
Tabela 4. Número de municípios turísticos brasileiros por região e tipologia,
conforme o Guia Quatro Rodas Brasil - 1999 .........................................................26
Tabela 5. Número de municípios turísticos brasileiros por região e tipologia,
conforme o Guia Quatro Rodas Brasil - 2009 .........................................................30
Tabela 6. Número de municípios turísticos catalogado pelo Guia Quatro
Rodas Brasil de 1966-2009, por localização e região ............................................33
Tabela 7. Número de Municípios Turísticos por Tipologia Catalogados pelo
Guia Quatro Rodas (1966-2009) .............................................................................34
Tabela 8. Regiões e municípios turísticos no Brasil, segundo MTur,
de 2004 a 2019 .......................................................................................................44
Tabela 9. Regiões turísticas no Brasil, por estado, de 2004 a 2019 ....................................... 47
Tabela 10. Destino das viagens domésticas e número de regiões turísticas
por estado em 2019 ................................................................................................49
Maria Aparecida Pontes da Fonseca, Carolina Todesco e Rodrigo Cardoso da Silva 171
172 A interiorização do turismo no Brasil