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GEOGRAFIA

DO BRASIL
Geografia do Brasil – Parte I

Livro Eletrônico
 

GEOGRAFIA DO BRASIL
Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Geografia do Brasil – Parte I. . ....................................................................................................................................5
Demografia Brasileira, Dinâmica Populacional, Formação Sociocultural Brasileira. ...............5
Conceitos Demográficos..............................................................................................................................................5
Formação da População Brasileira. . .....................................................................................................................13
Transição Demográfica Brasileira.......................................................................................................................20
População do Brasil (1940-2010).........................................................................................................................21
A Estrutura Etária da População. . ........................................................................................................................ 22
Fases do Crescimento Populacional. . ................................................................................................................. 24
1ª Fase: Pré-industrial.. ............................................................................................................................................... 24
2ª Fase: Transição.. ........................................................................................................................................................25
3ª Fase: Industrial.. ........................................................................................................................................................25
4ª Fase: Pós-industrial...............................................................................................................................................26
Teorias Populacionais.. ...............................................................................................................................................26
Teoria de Malthus: Século XVIII............................................................................................................................27
Teoria dos Reformistas: Século XVIII................................................................................................................. 28
Teoria dos Neomalthusianos: Século XX......................................................................................................... 28
Movimentos Populacionais.....................................................................................................................................29
Movimentos Populacionais Brasileiros: Externos. ....................................................................................30
Tipos de Migração..........................................................................................................................................................31
Movimentos Populacionais Brasileiros: Internos......................................................................................32
Movimentos Populacionais Brasileiros: Internos e Externos.............................................................32
Questões de Concurso................................................................................................................................................34
Gabarito...............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................50

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GEOGRAFIA DO BRASIL
Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

Apresentação
Olá, querido(a) amigo(a) do Gran Cursos Online, tudo bem?
É com enorme satisfação e alegria que hoje iniciamos nosso curso de Geografia do Brasil
e devemos estar 100% focados nos principais tópicos do edital e na resolução de diversos
exercícios de provas anteriores para a fixação de informações, conceitos e fatos que se en-
contram atrelados ao estudo de Geografia do Brasil e, consequentemente, de Atualidades. A
sua escolha, ao enveredar pelo mundo dos concursos, é fruto da maturidade e da consciência
de que essa é uma caminhada, muitas vezes, árdua, que necessita de perseverança, persis-
tência e parcimônia. Contudo, ao colher os frutos da vitória com sua aprovação, você verá, ao
olhar para trás, que tudo valeu a pena, desde as horas de intenso estudo até a abdicação do
contato com aqueles que amamos, tudo em prol de uma vida com estabilidade e segurança
financeira, que acredito ser um dos objetivos almejados.
Caro concurseiro(a), sempre que esmorecer, lembre-se:
“A mais longa caminhada começa com o primeiro passo” (Provérbio chinês).
Finalmente, chegou a hora de tomar uma decisão que mudará sua vida, pois esse concurso
é bastante esperado e dará oportunidade àqueles que desejam a estabilidade financeira e uma
enorme possibilidade de ascensão profissional, a partir das oportunidades oferecidas pela
carreira. É fundamental que você entenda que estamos juntos nessa caminhada e devemos,
a todo custo, buscar condições ideais para que você assimile o que realmente importa para
a sua prova. Antes de qualquer coisa, peço licença para me apresentar:
Sou Júlio Cézar dos Santos Silva, graduado em História e Geografia, professor de Geogra-
fia e Atualidades em diversos cursos preparatórios para concursos. Com quase 20 anos de
docência, realizo este trabalho com o Gran Cursos Online desde 2015. Atualmente, além da
função de professor em cursos presenciais e online, sou empregado público e encontro-me
alocado no Sistema FIBRA, do qual fazem parte o Senai, Sesi, IEL.
Tenho vivenciado o estudo da Geografia e das Atualidades nos últimos 20 anos e tenho
fé que a nossa parceria, eu e você focados, dará frutos durante estes próximos encontros,
por meio dos conteúdos que serão destrinchados em detalhes durante nossa caminhada.
Faço um compromisso, com você, de empenho e persistência, no sentido de compartilhar
um conteúdo de qualidade e que coloque seu conhecimento sobre Geografia e Atualidades
em elevado nível.
Enfim, para você que resolveu entrar nessa nova empreitada, aqui vão algumas dicas,
sendo que a primeira e de fundamental importância consiste em uma minuciosa leitura do
edital do concurso anterior, com atenção e sem pressa.
Sun Tzu, general estrategista e filósofo chinês, dizia que:

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.
Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma
derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.

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Geografia do Brasil – Parte I
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O inimigo ao qual me refiro é a prova e conhecê-la se inicia a partir do conhecimento das


regras da batalha, do concurso, do edital. Nosso estudo se baseia em Geografia do Brasil e
Atualidades, logo é de suma importância a leitura diária – na pior das hipóteses, duas ou três
vezes por semana – de jornais e revistas, vislumbrando qualquer um dos meios de comuni-
cação. A terceira dica, talvez mesmo sem plena consciência disso, você já iniciou quando
optou por antecipar seus estudos ainda que não haja a previsão de um edital. Aí está o “pulo
do gato”, isso é uma enorme vantagem sobre os demais concorrentes.
Enfim, a última dica consiste na resolução de exercícios o máximo possível, pois é nesse
momento que fica claro se os conceitos foram plenamente arraigados. Sempre que possível
serão disponibilizados esquemas, figuras e outros recursos que ajudem no aprendizado, além
de comentários de questões de provas anteriores. Agora sim, finalizando esse assunto, deixo
claro que o curso de Geografia do Brasil será ministrado de forma clara, objetiva e coerente, de
modo a otimizar a compreensão de conceitos, a fixação de informações, o desenvolvimento
da interpretação e de um senso crítico, os quais são de suma importância para a realização
das provas do concurso público.
Após essas considerações iniciais, vamos colocar a mão na massa e iniciar nossa aula
sobre Geografia do Brasil e seus movimentos migratórios internos, a distribuição dos efetivos
demográficos no território nacional, a estrutura etária da população brasileira e a evolução
do seu crescimento.
Preparados?
Forte abraço, foco e vamos em frente!
Júlio Santos.

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GEOGRAFIA DO BRASIL – PARTE I

Demografia Brasileira, Dinâmica Populacional, Formação Sociocultural


Brasileira
Caro(a) concurseiro(a), iniciaremos fazendo uma série de abordagens, elucidando os prin-
cipais conceitos que remetam, de alguma forma, ao estudo da demografia brasileira, como
os movimentos migratórios internos, a distribuição dos efetivos demográficos no território
nacional, a estrutura etária da população brasileira, a evolução de seu crescimento, além das
teorias demográficas. Então, sem perder mais tempo, vamos colocar a mão na massa.

Conceitos Demográficos
A compreensão da demografia é o pontapé inicial de nosso estudo e consiste na parte
da Geografia que analisa as populações, suas interações sociais, políticas, econômicas e
estatísticas. A seguir, veja mais alguns conceitos importantes para nosso estudo.
• População absoluta: é o número total de habitantes em uma área, região ou país. O con-
ceito de população absoluta associa-se ao de um país populoso. A seguir, os países com
as maiores populações mundiais em 2020.

1º China – ± 1,4 bilhão (população em 2021)


2º Índia – ± 1,3 bilhão (população em 2020)
3º Estados Unidos da América – ± 331 milhões (população em 2020)
4º Indonésia – ± 273,6 milhões (população em 2020)
5º Paquistão – ± 220 milhões (população em 2020)
6º Nigéria – ± 217 milhões (população em 2022)
7º Brasil – ± 215,6 milhões de habitantes (população em 2022)

É importante lembrar que o Brasil perdeu a sexta posição para a Nigéria recentemente,
pois o Brasil estava entre os seis países mais populosos do mundo. É importante destacar,
também, a população absoluta das macrorregiões brasileiras, como as indicadas a seguir.
Regiões Mais Populosas do Brasil

Região População Absoluta Área e População % da População


Geoeconômica (milhões) Relativa (hab./km²) Absoluta

Sudeste 87.348.223 924.511 km² – 94,04 41,87

Nordeste 57.254.159 1.554.000 km² – 36,84 27,57

Sul 29.644.948 576.774 km² – 51,39 14,27

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Região População Absoluta Área e População % da População


Geoeconômica (milhões) Relativa (hab./km²) Absoluta

Norte 17.939.201 3.870.000 km² – 4,63 8,63

Centro-Oeste 15.875.907 1.612.000 km² – 9,84 7,64

Brasil 207.663.929 8.514.476 km² – 24,38 100,0

Dados: Censo do IBGE – 2019

Caro(a) concurseiro(a), segue mais alguns conceitos de suma importância:


• País populoso: é aquele com elevada população absoluta. O Brasil é o 7º país mais po-
puloso do planeta, somente atrás da China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão
e Nigéria. A seguir, alguns dados a respeito dos estados mais e menos populosos do
Brasil, assim como de alguns municípios.
Estados Mais Populosos do Brasil

Estado Habitantes (milhões de hab.)

São Paulo 45.919.049

Minas Gerais 21.168.791

Rio de Janeiro 17.264.943

Dados: Censo do IBGE – 2019

Estados Menos Populosos do Brasil

Estado Habitantes (milhões de hab.)


Roraima 605.761
Amapá 845.731
Acre 881.935

Dados: Censo do IBGE – 2019

Municípios Mais Populosos

Municípios Habitantes (milhões de hab.)


São Paulo 12.252.023
Rio de Janeiro 6.718.903

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Municípios Habitantes (milhões de hab.)


Brasília 3.015.268
Salvador 2.872.347
Fortaleza 2.669.342
Belo Horizonte 2.512.070
Manaus 2.182.763
Curitiba 1.933.105
Recife 1.645.727
Goiânia 1.516.113

Dados: Censo do IBGE – 2019

• População relativa: é a relação entre a população total e a área, também podemos de-
nominá-la de densidade demográfica. O conceito de população relativa associa-se ao de
um país povoado. A seguir, alguns dados a respeito dos estados mais e menos povoados
do Brasil.

EXEMPLO
Brasil – ± 25 hab./Km2 segundo dados do IBGE (2020).

Estados Mais Povoados do Brasil

Estado Área e hab./km²

Distrito Federal 5.802 km² – 525,86

Rio de Janeiro 43.696 km² – 381,87


São Paulo 248.209 km² – 181,67

Alagoas 27.768 km² – 121,22

Sergipe 21.910 km² – 104,39

Dados: Censo do IBGE – 2019

Estados Menos Povoados do Brasil

Estado Área e hab./km²


Roraima 224.299 km² – 2,33
Amazonas 1.571.000 km² – 2,61
Mato Grosso 90.3357 km² – 3,70

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Estado Área e hab./km²


Acre 152.581 km² – 5,05
Amapá 142.815 km² – 5,59
Tocantins 277.621 km² – 5,58
Pará 1.248.000 km² – 6,70

Dados: Censo do IBGE – 2019

• País povoado: é aquele com elevada densidade demográfica onde o Brasil não se configu-
ra entre os mais povoados destacando-se: Mônaco (16.780 hab./km²), Singapura (5.373
hab./km²), Bermudas (1.242 hab./km²), Malta (1.187 hab./km²).

O Brasil é um país populoso, contudo sua população é distribuída de forma irregular devido à
colonização ter sido estabelecida do litoral em direção ao interior, existindo áreas com elevado
contingente populacional, como a cidade de São Paulo, e regiões anecúmenas, como o extremo
norte do país. É importante destacar que a densidade demográfica brasileira é por volta de 25
hab./km², enquanto a média mundial é de 45 hab./km².

• País superpopuloso: é aquele que possui uma elevada população absoluta e devido a
esse fato atravessa condições precárias. Enfim, existe um descompasso entre as con-
dições socioeconômicas da população e a área ocupada. Isso quer dizer que um país,
para ser considerado superpopuloso, não depende apenas da população absoluta ou da
densidade demográfica, mas principalmente das condições de vida da população. Alguns
países, com grande população absoluta, podem não ser considerados superpopulosos,
enquanto outros, com menor contingente de pessoas, podem ser assim classificados,
bastando que os serviços básicos não atendam a maior parte da população. A Índia
possui um contingente populacional menor que a China, sendo inserida na condição de
superpopulosa, enquanto tal aspecto não ocorre, da mesma maneira, com a China.
• Taxa de natalidade: é o número de nascimentos multiplicado por mil e dividido pela po-
pulação absoluta, conforme a relação matemática.

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A natalidade está associada a diversos fatores, como a qualidade de vida da população


expressa pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de um país. É importante destacar
que, nos últimos anos, as taxas de natalidade declinaram no Brasil, fruto de uma intensa ur-
banização e de transformações da ordem socioeconômica e cultural da população brasileira.
Atualmente, o Brasil encontra-se na fase transição em direção a condição de pirâmide etária
adulta, também denominada de pirâmide industrial.
• Taxa de mortalidade: é o número de óbitos multiplicado por mil e dividido pela população
absoluta, conforme a relação matemática.

A mortalidade está ligada, em especial, à qualidade de vida da população analisada. No


Brasil, assim como a natalidade, a mortalidade também tem reduzido, especialmente a partir
do processo de industrialização, que trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à
população nos anos 70, além da urbanização acentuada.
• Taxa de mortalidade infantil: corresponde ao número de crianças de 0 a 1 ano que morrem
para cada grupo de mil nascidas vivas. No Brasil, vem ocorrendo uma redução gradativa
dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada a países desenvolvidos.
As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes, por exemplo, o Nordeste apre-
senta as maiores taxas de mortalidade infantil.

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Dados: IBGE – 2018


• Fertilidade: é o número de mulheres em idade fértil, normalmente dos 15 aos 49 anos,
segundo o IBGE, não tendo necessariamente filhos, mas o potencial de procriar. Veja, a
seguir, o número de homens e mulheres em cada faixa etária.

• Fecundidade: é o número médio de filhos por mulher, é o número que se espera de filhos
por mulher. Na década de 70, a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher;
em 1999, esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil,
em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, que
tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e, por consequência,
da taxa de fecundidade. Observe, a seguir, a evolução da fecundidade no Brasil e uma
comparação da fecundidade do Brasil e do mundo.

https://www.todoestudo.com.br/biologia/taxa-de-fecundidade

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https://www.ecodebate.com.br/2019/06/28/a-transicao-da-fecundidade-no-brasil-e-no-mundo-segundo-as-no-
vas-projecoes-da-onu-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

• Crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de


mortalidade conforme a expressão matemática.

O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em processo de diminuição a partir da


década de 70, quando ocorre a entrada maciça da mulher no mercado de trabalho e a disse-
minação dos métodos contraceptivos.
• Saldo migratório: é a diferença entre a imigração (movimento de entrada) e a emigração
(movimento de saída).

• Crescimento demográfico ou saldo demográfico: é o crescimento vegetativo acres-


cido do saldo migratório.

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• Expectativa de vida: corresponde à quantidade de anos que vive, em média, a população.


Esse é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos paí-
ses. No Brasil, a expectativa de vida, nas últimas décadas, tem se ampliado. Em 1999,
as mulheres viviam, em média, 72,3 anos, enquanto os homens, 64,6 anos. Em 2016,
esses números saltaram, respectivamente, para 77 anos e 69,4 anos. Esse aumento na
expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico-sanitária da população
em virtude do processo de urbanização.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/
noticias/18469-expectativa-de-vida-do-brasileiro-sobe-para-75-8-anos

• Recenseamento ou censo: corresponde à coleta periódica de dados estatísticos dos


habitantes de um determinado local. No Brasil, os recenseamentos são feitos de 10 em
10 anos pelo IBGE, sendo o último realizado em meados de 2010.
Apresentados os conceitos, faltam os exercícios comentados da demografia, os quais,
digo de passagem, são de suma importância para a compreensão no estudo da população
brasileira. Agora, passemos para a análise do processo de formação da população brasileira,
caracterizada por uma intensa miscigenação de indígenas, europeus, africanos e asiáticos,

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isso mesmo, orientais que passaram a formar uma das maiores colônias japonesas do mundo
no bairro da Liberdade, localizado na cidade de São Paulo.
Então vamos lá!

Formação da População Brasileira


A origem da população brasileira remete ao encontro entre os grupos indígenas com os
colonizadores europeus, a partir do século XV, graças ao movimento de expansionismo euro-
peu, em que Espanha e Portugal foram pioneiros, pois tinham posição geográfica favorável,
burguesia atuante e espírito aventureiro. Tais aspectos levam portugueses e espanhóis a
saírem para o alto-mar, em busca de um caminho alternativo para as Índias ou de novas ter-
ras, respectivamente. O ano de 1492 foi marcante por ser quando foi “descoberta” a América
(na visão eurocêntrica, já que existiam povos que habitavam o continente). Foi realizado um
acordo para determinar a divisão das terras entre Portugal e Espanha, a Bula Papal Inter Coe-
tera, que consistia no prolongamento de uma linha a 100 léguas da ilha de Cabo Verde (± 660
km), ficando, para Portugal, as terras a leste e, para Espanha, as terras a oeste. No entanto, o
rei de Portugal não considerou o acordo favorável e propôs que fosse feito um novo tratado,
chamado Tratado de Tordesilhas, prolongando a linha a 370 léguas (2442 km) da ilha de Cabo
Verde. O governo de Portugal não respeitou o Tratado de Tordesilhas, não havendo retaliação
espanhola devido a inúmeros saques e pilhagens que os últimos promoviam na América
Central e no atual estado do México. O Brasil somente foi “descoberto” no ano de 1500, por
meio da expedição liderada por Cabral.
É bom salientar que apesar da descoberta do Brasil (o termo “descoberta” remonta, mais
uma vez, a uma visão eurocêntrica) ocorrer no ano de 1500, o país só foi, de fato, colonizado
em 1530 devido ao comércio oriental ser bastante lucrativo para o governo português, que
havia descoberto um caminho alternativo para as Índias, em 1498, e usufruía de suas vanta-
gens econômicas, não existindo quaisquer interesses pelo Brasil. Contudo, a decadência do
comércio oriental, a partir do aumento ostensivo das especiarias em prol da intensificação
da demanda de outras nações que buscavam tais produtos, aliada a um conjunto de invasões
estrangeiras no Brasil, em que se afirmava que somente seriam proprietárias das terras recém-
-descobertas as nações que as ocupassem, voltam os olhares lusitanos para a “terra brasilis”.
O período retratado, compreendido entre 1500 a 1530, é denominado de Brasil Pré-Colonial.
A efetiva colonização se dá após esse período por meio de um sistema denominado de
capitanias hereditárias, com a distribuição de lotes de terras a portugueses enriquecidos, deno-
minados de capitães-donatários, que teriam como obrigações: POVOAR, PROTEGER, EXPLORAR.
Em 1534, foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes. Os 12 benefi-
ciários eram elementos da pequena nobreza de Portugal e tinham suas ações reguladas por
dois documentos: a carta de doação e o foral.

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A carta de doação consistia em uma permissão ratificada pela Coroa Portuguesa, con-
cedendo o usufruto das terras ao capitão-donatário. Já o foral fixava deveres e direitos dos
capitães-donatários e, entre essas obrigações, volto a dizer, estava a ideia de povoar, proteger
e explorar.
O insucesso do sistema das capitanias hereditárias ocorreu devido, entre outros fatores,
às dimensões que dificultavam a plena exploração das terras, provocando uma intensa frag-
mentação (formação de sesmarias), que lembrava a relação de suserania e vassalagem que
ocorria no período medieval, e dificultando o pleno controle sobre essas terras.
O fracasso do sistema de capitanias hereditárias levou à adoção do sistema de governo
geral, em 1548, que representou uma medida político-administrativa adotada pela Coroa Por-
tuguesa (Rei Dom João III), a fim de centralizar, administrar, restabelecer o poder e reforçar a
colonização no período do Brasil Colônia.
Seguem as capitanias hereditárias instituídas no Brasil e a divisão do tratado da Bula Papal
Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas.

http://www.editoradobrasil.com.br/jimboe/galeria/imagens/index.aspx?d=historia&a=4&u=4&t=mapa

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https://historitura.wordpress.com/2013/07/22/bula-intercoetera-e-tratado-de-tordesilhas/

A partir de 1548, assume Tomé de Sousa. Observe as principais ações dos governadores
gerais entre 1548 e 1572.
Tomé de Sousa (1548-1553)
• Criação do ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (impostos) e capitão-mor (defesa).
• Construção de Salvador.
• Vinda dos jesuítas.
Duarte da Costa (1553-1558)
• Consolidação da invasão francesa no litoral.
Mem de Sá (1558-1572)
• Expulsão dos franceses.
Luís de Vasconcelos (1572)
• Foi morto durante o translado ao Brasil.
Luís de Brito (1572-1578) e Antônio Salema (1574-1577)
• Período de divisão do Brasil em colônias do Sul e do Norte.
Lourenço da Veiga (1578-1581)
• Em substituição a Luís de Brito.
O sistema de capitanias hereditárias e o governo geral não tiveram a eficiência esperada
e durante todo esse período o Brasil se caracterizou por diversos ciclos econômicos capazes
de promover uma intensa miscigenação no país.

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O primeiro ciclo econômico no Brasil foi o pau-brasil, que é considerado como exploratório,
mas não colonizador, pois tinha como principal objetivo extrair o pau-brasil, buscando acalmar
os investidores portugueses (nobreza e burguesia), uma vez que diferentemente do ocorrido
na América Espanhola, o nativo brasileiro não adornava metais preciosos. É bom lembrar que
a extração do pau-brasil ocasionou a devastação da Mata Atlântica, que atualmente encon-
tra-se entre 5 a 12% do original.
Os portugueses iniciaram, de fato, o processo de colonização a partir da ocupação do litoral
nordestino (Zona da Mata) em 1530, com o cultivo de cana-de-açúcar, favorecido pelo clima,
localização, solo de massapê e pelo alto valor do açúcar no mercado europeu. A decadência
do açúcar no Brasil tem relação com o período da União Ibérica, entre os anos de 1580 a 1640,
levando à morte de D. Sebastião, em 1578, e assumindo seu tio D. Henrique (já idoso), que
também vai a óbito, subindo, ao comando de Portugal e Espanha, o Rei Filipe II, que persegue
os holandeses (eram inimigos históricos), os quais migram para a América Central e iniciam
o comércio triangular, levando o açúcar brasileiro à decadência.
A decadência do açúcar fez com que a Coroa portuguesa buscasse uma nova fonte eco-
nômica, a qual se dá por meio da descoberta do ouro pelos bandeirantes na região de Cae-
tés (MG), em 1695. É bom lembrar que o ciclo do açúcar teve ligação com questões rurais e
ocorreu no Nordeste, enquanto o do ouro foi mais tecnológico e se desenvolveu no Sudeste.
Por isso, o Sudeste do país é o “coração industrial” do Brasil, e o Nordeste é mais ruralizado,
principalmente no interior.
O ciclo do ouro rapidamente entra em decadência, uma vez que é um ouro de aluvião
(mais superficial), não havendo tecnologia para sua exploração em maiores profundidades.
Durante esse ciclo econômico, ocorre a independência do país e o início do processo tardio
de industrialização brasileira. Entretanto, nos EUA, já ocorria o desenvolvimento da indústria
automotiva (o fordismo), o que impacta no extremo norte do Brasil, rico em seringueiras, a
matéria-prima responsável pela produção de borracha. O período do ciclo da borracha, ocor-
rido entre 1870 e 1910, transforma a região Norte do Brasil em um grande polo econômico
brasileiro, com enormes mudanças estruturais (Teatro Municipal de Manaus, com arquitetura
europeia, por exemplo) e, principalmente, é o momento de expansão territorial brasileira, com
a anexação do Acre no ano de 1903, por meio do tratado de Petrópolis.
Simultaneamente ao ciclo da borracha, ocorre o ciclo do café, entre os anos de 1800-
1930, momento em que o cultivo de café na região da terra roxa (sul de São Paulo e norte do
Paraná) ganha espaço na economia nacional e se torna o principal produto brasileiro (70%
exportações no início do século XX). A crise do café na primeira metade do século XX (devido
à Grande Depressão) faz com que os “barões do café” sejam os grandes financiadores da
industrialização brasileira, com forte intervencionismo durante o governo de Vargas.

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Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

O ciclo do café aos poucos vai sendo substituído pelo ciclo da soja, que é introduzido no
Brasil a partir da década de 60, por meio da Revolução Verde, que se estabelece nos EUA,
mais precisamente no ano de 1967, de acordo com as ideias de Norman Borlaung.
Os ciclos econômicos pau-brasil, açúcar, ouro, borracha, café e soja são caracterizados
por intensas transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que proporcionaram
a formação de uma população bastante miscigenada, que se deu, principalmente, a partir de
três grandes grupos:
• Indígenas
• Brancos
• Negros

https://pt.slideshare.net/francescotorres/populao-brasileira-45655082

A história do Brasil é caracterizada por um momento de acentuada miscigenação, origi-


nando numerosos mestiços ou pardos, assim denominados:
• Mulatos: formados pela união entre brancos e negros, são os mais numerosos entre os
grupos.
• Caboclos ou mamelucos: formados pela união entre brancos e indígenas.
• Cafuzos: formados pela união entre negros e indígenas, sendo o grupo com menor nú-
mero de integrantes.

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https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6692374

A essa miscigenação, integram-se portugueses, que desde a colonização continuaram en-


trando livre e regularmente no Brasil, italianos, durante o ciclo do café principalmente, espanhóis,
germanos, eslavos e orientais, durante as Grandes Guerras, contribuindo para potencializar
a miscigenação e a diversificação no fenômeno de formação étnica da população brasileira.
A elevada miscigenação ocorrida no período colonial que originou os mulatos demonstra o
rápido crescimento do contingente populacional brasileiro, conforme demonstrado a seguir:

Período Negros Mulatos Brancos


1800 47% 30% 23%
1880 20% 42% 38%
1991 4,8% 39,2% 55%

Dados: IBGE

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Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

A Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravizados (1850), aliada à elevada
mortalidade da população negra, ao forte estímulo à imigração europeia (expansão cafeeira) e
à intensa miscigenação entre brancos e negros levaram à alteração profunda da composição
étnica da população brasileira.
O Brasil, a partir da entrada dos europeus, fortaleceu uma ideologia voltada ao “branquea-
mento” e ao “eurocentrismo”, levando a erros no recenseamento, em que inúmeros indivíduos
de ascendência negra se passavam por brancos, acarretando o esvaziamento da consciência
étnica, política e social dos negros, que foi perpetuada por décadas.
A década de 1980 apresenta a existência de mais de 137 definições étnicas, indicando
resquícios desse branqueamento. Os portugueses estavam em maior número e, entre os
séculos XIX e XX, encontravam-se em torno de 31%, destacando-se, no Rio de Janeiro, desde
a chegada da família real portuguesa e da abertura dos portos às nações amigas em 1808.
O desejo de autonomia levou a enormes rusgas entre brasileiros e portugueses, já que os
últimos foram alvo de ressentimentos devido ao monopólio da venda de gêneros alimentícios,
sendo, muitas vezes, responsabilizados pelo aumento nos custos dessas mercadorias.
O final do século XIX caracterizou-se por uma intensa imigração de italianos durante o
período oligárquico brasileiro, com o intuito de trabalharem nas lavouras cafeeiras nos solos
de terra roxa, nas divisas entre São Paulo e Paraná, impulsionados pelas transformações
socioeconômicas em curso na Europa.
É importante destacar que a migração italiana começou, de fato, logo após a unificação
da Itália (1871), dando origem a uma cultura ítalo-brasileira. O final do século XIX marca uma
migração para o estado de São Paulo de quase 70% dos italianos, contudo em diferentes
condições.
Os europeus, entre eles os italianos, que migraram para o extremo sul do país, não tiveram
qualquer apoio estatal, como ocorreu durante o ciclo do café, por meio de subsídios e doa-
ções de terras, que geraram influências na arquitetura, gastronomia, crença, hábitos e valores
A migração espanhola foi fruto das precárias oportunidades laborais, e o Brasil foi visto
como uma possibilidade de suprir essa demanda. Entretanto, é importante salientar que tais
indivíduos eram, principalmente, agricultores e pequenos proprietários rurais que foram inse-
ridos nas fazendas paulistas de café, em meados dos anos 80 do século XIX.
Os eslavos, germanos, anglo-saxões e demais grupos europeus foram responsáveis pela
terceira maior etnia que imigrou para o Brasil, após os portugueses e os italianos, no final do
século XIX e início do século XX, respondendo por 14% do total de imigrantes nesse período.
O ano de 1908 marcou a chegada dos japoneses em terras brasileiras, por meio de subsí-
dios do Estado, havendo, inicialmente, uma forte oposição, pois eram vistos como opção aos
italianos, em virtude da enorme burocracia imposta pelo governo dos últimos.

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Os japoneses se concentraram, principalmente, na cidade de São Paulo, mesmo após a


introdução, no ano de 1934, da Lei de Cotas, que restringia a entrada de imigrantes no Brasil,
com exceção de portugueses, obrigando que os estrangeiros trabalhassem no meio rural.
Entre 1932 e 1935, cerca de 30% dos imigrantes que ingressaram no Brasil eram de nacio-
nalidade japonesa e foram destinados, inicialmente, às fazendas de café, mas, gradativamente,
tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes, foram
os que se mantiveram, por período mais longo, nas atividades rurais, em que se destacaram
pela diversificação da produção de hortifrutigranjeiros.
Os indígenas são uma importante parcela da população, defendem a demarcação de
suas terras, objetivando a manutenção de suas culturas, tradições, crenças, hábitos e valores,
diante de um etnocentrismo que se tornou paradigma da sociedade brasileira, e alegam a
aculturação, justificando, dessa maneira, a não demarcação das terras. Além disso, intensos
problemas entre madeireiros, garimpeiros, seringueiros, grileiros e grandes proprietários são
barreiras contra a legalização das terras indígenas.
Caro(a) concurseiro(a), fica fácil perceber, agora, os motivos de tamanha diversidade cul-
tural brasileira. A miscigenação é um dos aspectos que torna tão rica e vasta nossa cultura,
nossa brasilidade, nosso orgulho de fazer parte de tudo isso.

Transição Demográfica Brasileira


Após a consolidação dessa mistura étnica e da melhoria paulatina das condições estrutu-
rantes da sociedade brasileira, é importante destacar que as próximas décadas configuram-se
como momentos de profundas transformações na sociedade, do ponto de vista demográfico,
a partir de um aumento acentuado da população absoluta brasileira até os anos 70, quando
ocorre a disseminação dos métodos contraceptivos, a melhoria das condições médico-sani-
tárias e a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho, fatores que freiam definiti-
vamente o crescimento acelerado.
Veja o quadro, a seguir, que destaca o aumento demográfico brasileiro entre os sécu-
los XIX e XX.
Período População absoluta do Brasil

1872 9,9 milhões


1890 14,3 milhões
1900 17,4 milhões
1920 30,6 milhões
1940 41,2 milhões
2010 190,7 milhões
2017 207,7 milhões (estimativa)

Dados: IBGE

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População do Brasil (1940-2010)


Os anos 40 (ver tabela acima) são caracterizados por precários indicadores sociais, como
as taxas de natalidade, de mortalidade, de crescimento natural e de crescimento total, além
de apresentar um “boom” demográfico até os anos 70, estimulados pela política de indus-
trialização promovida pelo intervencionista de Vargas. Os anos 50 demonstram um aumento
das taxas de natalidade e o declínio da mortalidade, além da melhoria da expectativa de vida.
Os anos 60 remetem a uma desaceleração da fecundidade, que resulta em minimizar o
crescimento demográfico natural da população de um ritmo elevado de 2,99% ao ano, entre
1950-1960, para o nível de 1,93% médios anuais, entre 1980-1991. A fecundidade continuou
reduzindo e se aproximando do nível de reposição de dois filhos por mulher em idade fértil (15
a 49 anos). Vale destacar que a redução é fruto da entrada acentuada da mulher no mercado
de trabalho, da disseminação dos métodos contraceptivos, do planejamento familiar que
implica numa redução de números de filhos por família, bem como da mudança da postura
feminina na sociedade. Estima-se que, por volta de 2020, o crescimento vegetativo será abaixo
de 1,0%, estacionando-se em 2100.
A relação entre o número de nascidos vivos e a população continuou declinando entre
1985 e 1995, com um ritmo ainda maior do que o observado na década anterior.
Podemos afirmar que, entre os principais fatores para redução da população, estão:
• aceleração da urbanização;
• industrialização e expansão dos meios de comunicação e de transportes.
O envelhecimento da população brasileira é um fato marcante, nosso país apresentou,
até 1970, uma estrutura etária jovem (predomínio de indivíduos de 0 a 19 anos), a partir de
então e fruto da queda da fecundidade iniciada em meados dos anos 1960, o grupo de jovens
passou a ser cada vez menos representativo no cômputo geral da população, abrindo espa-
ço para o aumento da importância relativa dos idosos. Acredita-se que, em 2040, os idosos
superarão os jovens, tendo seu volume aumentado em 25 vezes em relação aos 8,8 milhões
de habitantes em 1996, ou seja, quando uma em cada vinte pessoas tinha 60 anos ou mais.
Enquanto, para a população total, a média de anos de estudo é igual a 5,6, os idosos não
ultrapassam 1,5, e 42% deles são analfabetos. Vivem em estruturas familiares com rendimento
mensal per capita de, no máximo, um salário mínimo.

Os países subdesenvolvidos, em sua maioria, registraram um aumento das taxas demográficas


entre 1950 e 1960, desencadeando o que o mundo convencionou chamar de “explosão demo-
gráfica”. No Brasil, as taxas de crescimento populacional batiam recordes históricos quase
que anuais, indicando a duplicação da população a cada 25 anos. Estudiosos profetizavam um
“boom demográfico” quanto à mortalidade e à expectativa de vida.

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As áreas conurbadas das grandes metrópoles são alvo da macrocefalia urbana, mas forte in-
vestimento em seu saneamento básico, com a construção de sistemas de abastecimento de
água, a expansão da rede pública e a melhoria da rede hospitalar, contribuiu, ostensivamente,
na queda das taxas de mortalidade no Brasil.

Meu caro concurseiro, só a título de exemplificação, em 1940, ocorria cerca de 20 óbitos


anuais para cada mil habitantes, já em 2002, a taxa estava 6,3% menor do que na maioria dos
países desenvolvidos. Fica claro que as condições de saúde da população brasileira melhora-
ram bastante, contudo não quer dizer que as taxas de mortalidade não voltem a subir. O Brasil
tem se caracterizado por uma redução da taxa de mortalidade infantil nas últimas décadas:
1970 (115%), 1980 (82%), 1990 (41%), 2002 (27,8%). Entretanto, é bom destacar que continua
bastante elevada em relação aos padrões mundiais, em que a cada mil crianças que nascem,
apenas nove morrem antes de completar um ano.
Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de mortalidade declinavam, as taxas de natalidade
permaneciam em patamares bastante elevados, em parte devido à maior parte da população
brasileira viver no meio rural, em pequenas propriedades familiares com um nicho familiar
composto por muitas pessoas, no qual as crianças participavam desde cedo das atividades
do campo, buscando a ampliação da renda familiar.
O resultado da discrepância crescente entre a mortalidade e a natalidade foi o aumento
das taxas de crescimento vegetativo da população brasileira. Em 1940, a população total do
país era de 41,2 milhões; em 1970, de 93,1 milhões – um crescimento de cerca de 130% em
apenas trinta anos.

A Estrutura Etária da População


A pirâmide etária ou a estrutura etária da população é representada por meio de gráficos
em forma de pirâmide, em que são colocadas, na vertical, as faixas etárias, divididas em jovens
(0 a 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos (acima dos 60 anos), e, na horizontal, ocorre a
distribuição dos indivíduos de acordo com seu gênero. A silhueta de uma pirâmide representa
muito sobre o país, estando associada ao seu grau de desenvolvimento.
As pirâmides de base larga e ápice estreito normalmente relacionam-se a países em
processo de desenvolvimento social, com elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e
reduzida expectativa de vida. Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibia forma típica de um
país em desenvolvimento, em que os jovens correspondem a 41,9% da população, ocorrendo
paulatinamente seu estreitamento ao migrar para a condição de pirâmide adulta.

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As transformações da estrutura da pirâmide etária estão associadas às mudanças no com-


portamento reprodutivo da população brasileira e correspondem a uma tendência demográfica
para os próximos anos, quando o Brasil terá deixado, definitivamente, de ser um país jovem,
em 2025. Em breve, quando a transição demográfica dos países subdesenvolvidos houver
terminado, as pirâmides etárias de base estreita deixarão de ser privilégio dos países ricos.

Por fim, a transição demográfica completa-se em ritmos desiguais entre as populações urbanas e
rurais. A diminuição da natalidade é menor no campo do que na cidade. Assim, a pirâmide etária
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da população rural brasileira revela uma significativa preponderância de crianças e jovens, en-
quanto a pirâmide etária da população urbana já mostra os resultados da queda da fecundidade.

Por fim, a pirâmide etária idosa está associada aos países industrializados do “velho
continente”, tais como Alemanha, Reino Unido e França, que se caracterizam por uma altís-
sima expectativa de vida e reduzidos índices de natalidade e mortalidade, associados a uma
infraestrutura completa, saneamento básico em condições adequadas e uma excelente oferta
de rede hospitalar.

Fases do Crescimento Populacional


A transição demográfica é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento popula-
cional, decorrente dos avanços da medicina, da urbanização, do desenvolvimento de novas
tecnologias, das taxas de natalidade, além de outros fatores. Podemos dividir o crescimento
demográfico em quatro momentos:

1ª Fase: Pré-industrial
As taxas de natalidade e de mortalidade são equivalentes e altas. A produção de alimentos
é alta para manter as elevadas taxas de natalidade e uma população numerosa. Os proble-
mas ambientais, de saúde e de saneamento básico se intensificam, aumentando as taxas
de mortalidade. É uma fase típica de países subdesenvolvidos, com uma economia baseada

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na atividade rural e uma agricultura de subsistência, também denominada de familiar. São


características dessa fase:
• agricultura e pecuária como base econômica;
• baixo acesso à tecnologia e utilização de técnicas rudimentares de produção;
• altas taxas de natalidade e mortalidade.
• precárias condições de vida, com IDH intermediário e elevado índice GINI.

Obs.: GINI: matemático que criou um indicador para medir o nível de concentração de renda
das classes sociais, variando entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo a 1, maior
será a desigualdade, logo maior a concentração de renda.
 IDH: é um número que indica a qualidade de vida em um país, estando compreendido
entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior a qualidade vida em um país.
O IDH pode assim ser escalonado:

IDH FAIXA
Muito Elevado 0,900 – 1,0
Elevado 0,800 – 0,899
Médio 0,500 -0,799
Baixo 0 – 0,499

2ª Fase: Transição
Quando os cuidados com saneamento básico, meio ambiente e saúde melhoram, a po-
pulação entra nessa fase. A taxa de mortalidade reduz drasticamente, mas a de nascimento
continua elevada, provocando aumento acelerado da população.
É um período de intensas transformações industriais, a partir da ocorrência do êxodo rural.
O Brasil passou por essa fase promovendo:
• o surgimento dos polos industriais no país e a intensificação da migração pelo acesso a
trabalho, educação e condições sanitárias, gerando a diminuição da mortalidade (boom
demográfico);
• a queda na natalidade devido à legislação trabalhista, a entrada da mulher no mercado
de trabalho e a diminuição da mortalidade.

3ª Fase: Industrial
Quando o consumo médio de recursos por indivíduo aumenta, a população entra na tercei-
ra fase. É o período que apresenta menor taxa de natalidade devido à vida urbano-industrial.
Entre os aspectos associados a essa etapa, temos:

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• a queda da população, na década de 40, devido à migração para as cidades, promoveu:


− maior população trabalhando nas indústrias, sendo que o Brasil se encontra nesta fase;
− busca pela democratização da terra no meio rural, gerando o êxodo rural e a favelização
urbana, macrocefalia, exclusão social, desemprego, queda na renda, pobreza.

4ª Fase: Pós-industrial
A população passa para a quarta fase quando as taxas de natalidade e de mortalidade
são baixas e equivalentes, mas o consumo de recursos continua exponencial. É um período
de intensa transformação industrial com forte investimento em tecnologias. Nessa fase,
temos como principais características:
• indústrias de alta tecnologia, poucos poluidores, controle dos recursos, que formaram,
entre outros, os Tigres Asiáticos.
• a natalidade se torna menor que a mortalidade devido à vida urbana, e o governo deve
incentivar o crescimento populacional.

Fonte: https://www.geografiaopinativa.com.br/2016/12/fases-crescimento-demografico.html

Teorias Populacionais
É um conjunto de teorias que buscam explicar o processo de crescimento demográfico.
São instrumentos de análise do comportamento, dinâmica e funcionamento da organização da
população humana em sociedade. Diante de estudos e observações empreendidas ao longo
do tempo, foram elaboradas algumas hipóteses e tendências que diziam respeito à relação
entre a quantidade de pessoas na Terra e a disponibilidade dos recursos.

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Teoria de Malthus: Século XVIII


Estudioso do período iluminista, buscava explicar a relação existente entre o crescimento
demográfico e a produção agrícola. Malthus, por ser pastor e ter passado por uma rigorosa
formação religiosa, era contra o uso de métodos contraceptivos para a contenção da po-
pulação. Ele defendia que, para evitar grandes catástrofes, a população deveria adotar um
controle moral, a fim de conter o número de filhos, sobretudo em famílias pobres. Além disso,
defendia a adoção de algumas medidas, como a autorização do governo para uma família
possuir filhos apenas se os futuros pais comprovassem capacidade financeira de educá-los.
A teoria malthusiana faz uma relação entre o crescimento demográfico e a disponibilidade
de alimentos. Para isso, Malthus considerou “x” um período igual de anos (2 em 2 anos, 5
em 5 anos...) como meio de análise quanto ao crescimento demográfico e à disponibilidade
alimentar. O estudo de Malthus estabeleceu as seguintes conclusões:
• A população cresce em PG (progressão geométrica), dobrando a cada 25 anos.
• A alimentação cresceria em PA (progressão aritmética) de forma linear, conforme os
números naturais.
• Para Malthus, a diferença entre o crescimento populacional e a alimentação gera fome,
logo a solução estaria em estabelecer um controle rígido da população, em que o indiví-
duo deveria ter condições materiais de sustentabilidade.
• Acreditava também na ideia das epidemias e guerras como um mal necessário, visando à
redução demográfica como meio de evitar a fome e os sucessivos episódios de violência.
A teoria malthusiana, que perdurou durante décadas, possuía um erro grave, uma vez que
não considerava a revolução tecnológica na produção de alimentos.

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Teoria dos Reformistas: Século XVIII


É uma teoria que surgiu como contraposição aos neomathusianos e consiste em analisar
que o surgimento de uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas de na-
talidade, não é causa, mas consequência do subdesenvolvimento. Nos países desenvolvidos,
que possuem elevado IDH e baixo índice de Gini, o controle da natalidade caminha lado a lado
com a melhoria da qualidade de vida da população geração após geração. Foi constatado
que a escolaridade da mulher é inversamente proporcional ao número de filhos e à taxa de
mortalidade infantil. De todas as teorias, a reformista é a que melhor retrata os fatores que
geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Dessa forma, a teoria reformista
derruba as teorias de Malthus. Em outras palavras, associa o crescimento demográfico ao
nível educacional e cultural de sua população, ou seja, famílias com reduzidos anos de estudo
terão maior prole, da mesma forma, grupos familiares com grande nível cultural e educacional
terão reduzido o número de descendentes.
São aspectos relevantes da teoria reformista:
• Critica a ausência de percepção do desenvolvimento tecnológico de Malthus.
• Defende que a fome está associada às desigualdades sociais e à expropriação da classe
trabalhadora, que é uma tendência do capitalismo.
• Acredita que o crescimento demográfico tem íntima relação com os aspectos educacio-
nais e culturais das famílias. A solução estaria na reformulação do sistema de produção,
com um movimento de revolução comunista, combatendo a pior condição de vida devido
ao modelo urbano-industrial.

Teoria dos Neomalthusianos: Século XX


Surgida no pós-Segunda Guerra, em um encontro das Nações Unidas, que buscava manter
a paz mundial e diminuir as desigualdades sociais.
• É uma teoria que, assim como a malthusiana, faz uma relação entre crescimento demo-
gráfico e produção agrícola. Contudo, pelo fato de considerar as revoluções tecnológicas,
afirma que esse crescimento demográfico cresce na mesma proporção que a produção
agrícola, logo podemos inferir que a fome global não está associada somente à falta de
alimentos, mas ao desperdício, a interesses econômicos e à má distribuição. Diante disso,
fica fácil afirmar os motivos de tamanha obesidade nos Estados Unidos e um intenso
fenômeno de desnutrição que assola os países do continente africano.
• A teoria neomalthusiana busca explicar a pobreza do mundo devido ao contingente po-
pulacional, introduzindo um controle rígido (controle social) por meio da disseminação
de métodos contraceptivos (pílula, DIU, preservativo, vasectomia).
• É importante destacar que os países em desenvolvimento são o foco pelo fato de ter
um reduzido índice educacional, crescimento vegetativo acelerado e baixo investimento

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em tecnologia na produção de alimentos e em políticas de disseminação dos métodos


contraceptivos.

O Brasil enquadra-se na teoria neomalthusiana e tem seu controle populacional associado ao


processo de transição industrial, com a entrada da mulher no mercado de trabalho e a dissemi-
nação dos métodos contraceptivos.

Movimentos Populacionais
Migração é o deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico, de forma
temporária ou permanente. Esses fluxos migratórios podem ser desencadeados por vários
motivos: econômicos, culturais, religiosos, políticos e naturais (secas, terremotos, enchentes
etc.). A migração econômica é a que exerce maior influência na população. É entendida como
o deslocamento de contingentes humanos para áreas em que o sistema produtivo concentra
maiores ou melhores oportunidades de trabalho. Os movimentos populacionais podem ser
assim divididos:
• Migrações internacionais: as que ocorrem de um país para outro:
− Imigração: é caracterizada pela entrada de indivíduos ou grupos em outro país. O
imigrante é visto do ponto de vista do país que o acolheu. O termo se aplica só às
pessoas que pretendem fixar residência permanente no país adotivo, participando da
sua vida social.
− Emigração: é caracterizada pela saída de indivíduos ou grupos de seu país de origem
para se estabelecer em outro. Emigrante é aquele que mudou de seu país para residir
em outro, visto do ponto de vista do país de origem.
Logo, podemos dizer, em suma, que:
• Migração: é o movimento de deslocamento de indivíduos no espaço geográfico.
− Emigrante: movimento de saída.

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− Imigração: movimento de entrada.

Os motivos da migração podem ser religiosos, políticos, econômicos, naturais, culturais,


além de guerras. A migração pode ser pendular ou sazonal.

Movimentos Populacionais Brasileiros: Externos


Ocorrem fora dos limites do território brasileiro.
• Migrações internacionais: são aquelas que ocorrem entre nações ou Estados soberanos,
associadas a diversos fatores, tais como:
− catástrofes ambientais;
− guerras civis;
− interesses econômicos;
− aspectos culturais e educacionais.

A colonização do país ocorreu de forma voluntária e compulsória e deu início ao ciclo migratório.

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• O maior fluxo migratório brasileiro ocorre em direção aos Estados Unidos, sendo os prin-
cipais destinos internacionais:

• Os principais imigrantes que se deslocam para o Brasil são: portugueses, italianos, es-
panhóis, japoneses, alemães.

Tipos de Migração
São movimentos que ocorrem nos limites do Brasil e existem diversos tipos: pendular,
sazonal ou transumância.
• Pendular: é o deslocamento de indivíduos dentro de uma área urbana. É o movimento de
“vai e vem diário” (regular).

EXEMPLO
Casa/trabalho (cidades/dormitórios).

• Sazonal: é o deslocamento temporário de indivíduos dentro de uma área.

EXEMPLO
Férias no litoral.

• Transumância (movimento sazonal): é o movimento de indivíduos de acordo com as esta-


ções do ano ou dos períodos de colheita. Logo, temos dois movimentos de transumância:
− Transumância ligada à agricultura: é o deslocamento dos trabalhadores rurais, deno-
minados de boia-fria, de acordo com os períodos de colheita.
− Transumância ligada à pecuária: é o deslocamento dos animais (principalmente o
gado) de acordo com as estações do ano.
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EXEMPLO
Animais se deslocam, no Pantanal, da mata de terra firme à várzea durante a seca e fazem o
caminho inverso durante o período chuvoso.

Movimentos Populacionais Brasileiros: Internos


Ocorrem nos limites do território brasileiro.
• Êxodo rural: é o movimento de trabalhadores do campo devido à mecanização e à atra-
ção urbana pela industrialização. Possui como consequências a macrocefalia urbana, a
favelização, a exclusão social e a conurbação.
• Nomadismo: é o deslocamento de indivíduos sem residência fixa.

EXEMPLO
Ciganos, tuaregues, circenses.

• Êxodo urbano: é o movimento de indivíduos em direção às cidades de médio e pequeno


porte em busca de uma melhor qualidade de vida.

Movimentos Populacionais Brasileiros: Internos e Externos


Período Fluxo migratório

1950 a 1960 A construção de Brasília atrai diversos imigrantes

Ocorre do Nordeste para o Sudeste devido às condições econômicas. Os nordestinos continuam


1960
migrando para o Norte, principalmente para Belém e Manaus.

1970 Ocorre migração do Sul para o Centro-oeste (MT, MS).

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Período Fluxo migratório

Atualmente, ocorre uma inversão dos nordestinos do Sudeste para a região de origem devido a
2000 a 2015 incentivos governamentais, como o PAC e a construção da transnordestina, além da instalação
de inúmeras indústrias na região.

2008 a 2015 Internacionalmente, ocorre um grande fluxo vindo do Haiti, Grécia, Portugal.

O Centro-oeste do Brasil é o local que encontra, atualmente, um grande fluxo de indivíduos


2010 a 2015
em relação ao Mato Grosso e ao Pará devido às fronteiras agrícolas e à pecuária.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017)

Tendo o tema desse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens subse-
quentes, considerando aspectos geográficos diversos relacionados aos movimentos migratórios
internacionais e intranacionais.
Devido ao envelhecimento da população, à diminuição drástica das taxas de natalidade e à ne-
cessidade de mão de obra jovem para manter sua economia, diversos países da União Europeia
têm adotado políticas de legitimação de migrações ilegais e de concessão de asilo político.
002. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017)

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Tendo o tema desse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item subse-
quente, considerando aspectos geográficos diversos relacionados aos movimentos migratórios
internacionais e intranacionais.
O crescimento demográfico mundial apresenta uma face perversa: se, por um lado, há cresci-
mento vegetativo motivado pelas melhores condições de vida em países pobres, por outro, a
expectativa de vida ainda continua relativamente baixa em países como o Brasil, a China e a
Índia, descompasso justificado por aspectos como a violência e as doenças crônicas.
003. (CONSUPLAN/PREFEITURA-JUATUBA/PROFESSOR-EDUCAÇÃO BÁSICA/2015) As
principais teorias demográficas que abordam o ritmo de crescimento populacional são a
malthusiana, a neomalthusiana, a reformista e a de transição demográfica. Analise a afirma-
tiva a seguir.
“Esta teoria considera que a explosão demográfica é um fenômeno transitório, geralmente cau-
sado pelo desenvolvimento econômico e social das nações, resultando na queda das taxas de
mortalidade, o que eleva o número de habitantes. Por outro lado, natalidade também diminui,
porém em um ritmo mais lento, o que faz com que a explosão demográfica inicial seja substi-
tuída gradativamente por uma diminuição no ritmo de crescimento do número de habitantes.”
A afirmativa anterior trata‐se das características da teoria
a) Reformista
b) Mathusiana
c) Neomalthusiana
d) Transição demográfica
004. (VUNESP/MPE/AUXILIAR DE PROMOTORIA I/2019) Segundo dados do Instituto Bra-
sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a população brasileira era de 208.494.900
habitantes. O Instituto apresentou como característica importante dessa população
a) o declínio da proporção de pessoas com mais de 60 anos no conjunto da população.
b) a forte concentração, principalmente no litoral e na região Sudeste.
c) a elevada participação de imigrantes no crescimento demográfico.
d) o baixo percentual de pessoas vivendo em grandes cidades.
e) o grande predomínio de população na faixa entre 0 e 14 anos de idade.
005. (COPEVE-UFAL/PREFEITURA-MACÉIO/PROFESSOR/2015) Observe a imagem a seguir:

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Segundo a imagem, entre 1960 e 2012, houve uma diminuição das taxas de
a) Natalidade.
b) Mortalidade
c) Fecundidade
d) Crescimento vegetativo
e) Densidade demográfica
006. (UFPR/VESTIBULAR/2011) Os gráficos abaixo representam as pirâmides etárias
da população brasileira das décadas de 1980 e 2000 e projeções para 2020 e 2040.
Brasil: pirâmides etárias, 1980-2040.

Com base nessas pirâmides etárias, considerem as seguintes afirmativas:


1) Nas ordenadas estão o contingente populacional e nas abscissas os grupos de idade.
2) A base larga da pirâmide em todo o período analisado revela que o Brasil continuará a ser
um país de jovens e reforça a necessidade do incremento de políticas públicas de atenção a
tais camadas da população brasileira.
3) A estrutura etária da população representada nos gráficos tem relação com a economia e
mostra a transformação da população economicamente ativa, definida como aquela que com-
preende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população
ocupada e a população desocupada.
4) As transformações nas pirâmides no Brasil ao longo do tempo revelam a transição demo-
gráfica, explicada pela combinação de fatores como baixa taxas de natalidade, redução das
taxas de mortalidade, elevação na expectativa de vida, redução na taxa de fecundidade e maior
acesso e assistência à saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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007. (VUNESP/PMSP/SOLDADO/2019)

(www.ecodebate.com.br Adaptado)

Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que o Brasil se caracteriza


como um país
a) continental e hierarquizado.
b) populoso e pouco povoado.
c) populoso e intermitente.
d) pouco populoso e povoado.
e) ocupado e descontínuo.

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008. (ENEM/2003) O quadro abaixo nos mostra a taxa de crescimento natural da população
brasileira no século XX:

Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre:


a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.
b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.
c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade.
d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.
e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.
009. (UECE/VESTIBULAR/2018) Existem duas formas principais de se abordar o quanti-
tativo populacional em um espaço. De um lado temos as taxas de __________________, que
representam o número de habitantes por quilômetro quadrado; de outro, temos as taxas de
__________________, que estão relacionais ao número de habitantes independentemente do
tamanho do território.
A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é:
a) densidade demográfica e superpovoamento
b) crescimento vegetativo e população absoluta
c) população local e população geral
d) densidade demográfica e população absoluta
e) crescimento vegetativo e população geral.
010. (UECE/VESTIBULAR/2018) Em uma determinada localidade, os óbitos anuais chega-
ram ao total de 331.038 pessoas. Considerando que a taxa de natalidade foi de 14‰ e que a
população total era de 55.173.000 habitantes, podemos dizer que sua taxa de crescimento
vegetativo foi de:
a) 6‰
b) 8‰
c) 10‰
d) 12‰
e) 15‰

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011. (UERJ/VESTIBULAR/2011)

A proporção de homens e mulheres nesta pirâmide etária é explicada pelo comportamento do


indicador demográfico denominado:
a) taxa de migração
b) expectativa de vida
c) crescimento vegetativo
d) sobre mortalidade feminina
012. (UERJ/VESTIBULAR/2010)
Proporção da população brasileira em dois grupos de idade - 2000

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A transição demográfica que ocorre no Brasil gera diferenças socioespaciais entre as macrorre-
giões do país. De acordo com os mapas, as menores proporções de população em idade ativa
são encontradas na seguinte macrorregião brasileira:
a) Sul
b) Norte
c) Sudeste
d) Nordeste
013. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/2018) O Distrito Federal voltou a ter menos
de três milhões de habitantes em 2018, um ano após a população ter chegado a 3.039.444
pessoas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fluxo migratório
para a região continua positivo, mas está em queda.
A respeito da população do Distrito Federal e de aspectos socioeconômicos a ela relacionados,
julgue os itens subsequentes.
O PIB per capita de Brasília está entre os maiores do País, o que não ocorre com o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que apresenta posição intermediária em relação às demais
cidades brasileiras.
014. (FGV/PREFEITURA-SALVADOR/PROFESSOR/2019) As variações de longa duração
nos ritmos e nos padrões de crescimento demográfico observadas em escala planetária são
comumente explicadas por meio do modelo de “transição demográfica”. Este modelo descre-
ve a passagem de um regime demográfico caracterizado como “tradicional” para um regime
definido como “moderno”.
Sobre as etapas descritas no modelo de transição demográfica, analise as afirmativas a seguir.
I – No regime demográfico tradicional, as taxas de mortalidade e de natalidade são baixas.
II – Nos regimes demográficos tradicional e moderno, os ritmos de crescimento vegetativo
são elevados.
III – Na fase de transição, a redução da taxa de mortalidade ocorre antes que a queda da taxa
de natalidade.
Está correto o que se afirmar em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
015. (UEPG) Sobre a distribuição da população brasileira, bastante irregular, assinale o que
for correto:
01) O Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada enquanto o Norte ou Amazônia é a
região menos povoada.

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02) Dos estados brasileiros, São Paulo é o mais populoso com cerca de um quinto (20%) da
população brasileira e Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de um
habitante por quilômetro quadrado.
04) A região Nordeste do Brasil é mais populosa do que a região Sul, mas é menos povoada na
sua região litorânea e mais povoada no seu interior.
08) A Grande São Paulo, sozinha, detém 11% do total da população brasileira, concentrada em
uma área de cerca de 1% da área do país.
16) A região Sul é menos povoada do que a região Centro-Oeste, uma vez que a população
brasileira está mais concentrada no interior do país do que nas áreas mais próximas do mar.

016. (FGV/ADAPTADA) As características demográficas de um país são dinâmicas e alteram-se


ao longo da história, segundo diferentes contextos socioeconômicos. Recentemente, o IBGE
identificou algumas mudanças no perfil da população brasileira, entre as quais, a diminuição
da população masculina em relação à feminina nas regiões metropolitanas e, por outro lado,
o aumento da população masculina em relação à feminina em alguns estados das Regiões
Norte e Centro-Oeste, além de um envelhecimento geral da população. Assinale a alternativa
que melhor explique pelo menos uma dessas alterações.
a) O envelhecimento da população explica-se pela baixa qualidade de vida de que dispõe o povo
brasileiro, em média.
b) Nas Regiões Norte e Centro-Oeste, as más condições de vida afetam principalmente mulheres
e crianças, o que explica o aumento proporcional da população masculina.
c) A violência nas regiões metropolitanas envolve mais a população masculina, o que ajuda
a explicar a diminuição proporcional dessa população em relação à feminina nessas regiões.
d) O aumento da população feminina nas regiões metropolitanas explica-se pelo êxodo rural,
ou seja, a busca de trabalho nas frentes agrícolas pela população masculina.

017. (INÉDITA/2019) Existem diversos tipos de migração conforme as diversas classificações,


tendo como referência o tempo de permanência do migrante no local de destino. A migração
que se caracteriza pelo deslocamento diário realizado por qualquer pessoa em seu cotidiano é:
a) Migração rotineira
b) Migração Sazonal
c) Migração cotidiana
d) Migração pluritópica
e) Migração pendular

018. (UFPE/VESTIBULAR/2010)
O Brasil Escapou da Superpopulação

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O país já teve taxa de fecundidade de nação africana – 5,8 filhos por mulher, em 1970. Se essa
taxa se mantivesse, a população hoje seria de 300 milhões de habitantes. Como essa taxa caiu
para 1,8 filho por mulher, a população atual é de 193 milhões. [...]
(REVISTA VEJA. São Paulo: Ed. Abril, a. 43, n. 27, p. 97, 7 jul. 2010.).

A taxa de fecundidade é um dos fatores da dinâmica populacional e reflete várias tendências


da sociedade brasileira e mesmo mundial. Escolha a alternativa correta sobre a demografia e
sua dinâmica:
a) O crescimento da população mundial sempre causou polêmicas. No século XVIII, Thomas
Malthus já alertava sobre a falta de alimentos para uma população mundial que cresceria des-
controladamente e divulgou a sua teoria demográfica. Essa teoria não foi mais utilizada, uma
vez que a produção de alimentos atende a toda a população mundial.
b) O custo de formação do indivíduo é maior nos países desenvolvidos em razão da necessidade
de dar educação mais completa, de maior quantidade de roupas, material escolar, aparelhos
eletrônicos e proibição de trabalho para menores. Tudo isso pode levar a um aumento da taxa
de natalidade.
c) O superpovoamento é sempre relativo e se altera com as mudanças econômicas, sociais e
tecnológicas. Os países mais desenvolvidos foram os primeiros a terem suas taxas de nata-
lidade em declínio, e um aumento da expectativa de vida, seguidos de imediato pelos países
mais pobres.
d) Quando a taxa de fecundidade de um país é muito baixa (inferior a 2,1%), compromete a
reposição da população que morre, ocorrendo, muitas vezes, falta de mão de obra e levando a
um incentivo às migrações.
e) A dinâmica demográfica dos homens pode ser explicada somente pelos mecanismos naturais,
desconsiderando os mecanismos culturais e econômicos de regulação.

019. (VUNESP) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo,
quando se relaciona sua população total com a área do país, obtém-se um número relativa-
mente baixo. A essa relação de população x área, damos o nome de:
a) Taxa de crescimento.
b) Índice de desenvolvimento.
c) Densidade demográfica.
d) Taxa de natalidade.
e) Taxa de fertilidade.

020. (FCC/SEFAZ-SP/AUDITOR FISCAL DA RECEITA/2006) Observe as pirâmides etárias


apresentadas abaixo.

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Na última década, considerando as características demográficas da Paraíba, é possível afirmar


que a composição etária da população paraibana se encontra melhor retratada na pirâmide
a) 1, que revela o forte crescimento vegetativo provocado pela alta taxa de natalidade ainda
presente em várias regiões do estado.
b) 3, que reflete a atual tendência da população em diminuir o crescimento vegetativo e aumen-
tar a esperança de vida.
c) 2, que sugere fortes transformações na composição da população decorrentes do rápido
processo de urbanização verificado no Estado.
d) 2, que ressalta a pequena porcentagem de jovens e adultos no conjunto da população como
reflexo do movimento migratório.
e) 1, que demonstra que recentemente a esperança de vida da população com mais de 60 anos
tem aumentado.

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021. (UFRN) A teoria reformista é uma resposta aos neomalthusianos. De acordo com essa
teoria, é correto afirmar que:
a) as precárias condições econômicas e sociais acarretam uma redução espontânea das taxas
de natalidade.
b) uma população jovem numerosa, devido às elevadas taxas de natalidade, é a causa principal
do subdesenvolvimento.
c) o controle da natalidade só será possível mediante rígidas políticas demográficas desenvol-
vidas pelo Estado.
d) o equilíbrio da dinâmica populacional se dá pelo enfrentamento das questões sociais e
econômicas.
022. (FCC/SEESP/PROFESSOR/2011) Observe o gráfico.

Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar que, sob o aspecto demográfico,
a) a participação da população na faixa etária entre 0 e 14 anos sofreu queda significativa a
partir da década de 1980.
b) a parcela da população com idade acima de 65 anos deverá permanecer pequena, ao longo
deste século.

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c) a parcela da população na faixa etária entre 15 e 44 anos deverá continuar em crescimento


em razão da grande fecundidade.
d) a população na faixa etária acima de 50 anos terá maior participação ao longo deste século.
e) o Brasil pode ser considerado um país jovem, pois a maior parcela da população está na
faixa etária entre 0 e 14 anos.
023. (CESPE/PMES/SOLDADO/2006)

A partir da análise das pirâmides etárias dos conjuntos dos países desenvolvidos e dos países
subdesenvolvidos mostrados acima, julgue os itens que se seguem.
A taxa de natalidade no conjunto dos países ricos é maior que no conjunto dos países pobres.
024. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE/2010) Os países desenvolvidos, de uma maneira geral,
apresentam baixas taxas de crescimento demográfico, sobretudo em função do reduzido
crescimento natural que desconsidera o saldo migratório. Com relação a esses países, é
possível afirmar que
a) apresentam taxas de fecundidade similares à da maioria dos países subdesenvolvidos.
b) permanecem na primeira fase da transição demográfica, com baixas taxas de mortalidade
e de natalidade.

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c) apresentam taxas de fecundidade acima da taxa de reposição, ou seja, acima de 2 filhos


por mulher.
d) vivem o auge da transição demográfica, com elevadas taxas de mortalidade e de natalidade
que justificam o baixo crescimento.
e) a maior parte deles apresenta taxas de crescimento populacional muito baixas (geralmente
inferior a 1%), nulas ou até negativas.
025. (FUNRIO/PREFEITURA-ITABORAÍ/PROFESSOR/2007) Observe o gráfico:

A respeito da transição demográfica, assinale a alternativa correta:


a) a transição demográfica se refere à transição entre um período de alto crescimento demo-
gráfico e um período de baixo crescimento demográfico
b) no período pré-transicional, é observada uma alta taxa de natalidade e uma taxa de mortali-
dade também elevada.
c) na primeira fase da transição demográfica ocorre um aumento nas taxas de natalidade é
registrado um elevado crescimento vegetativo da população
d) na segunda fase da transição demográfica ocorre a redução das taxas de mortalidade e,
consequentemente, uma redução do crescimento vegetativo.
e) na terceira fase, ou seja, período pós-transicional, as taxas de mortalidade e de natalidade
retomam seu crescimento.
026. (UPE/PREFEITURA-PAULISTA/PROFESSOR/2006) A figura abaixo mostra as taxas
de crescimento da população ao longo das décadas, entre 1930-2000. Sobre o crescimento,
podemos observar:

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Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

I – O maior aumento populacional ocorreu entre as décadas 1940 e 1980, fase de grande urba-
nização do país.
II – A taxa de crescimento nas décadas de 1930 – 1940 passou de 1,8% para quase 3,0% 1950
– 1960, resultado da intensa migração externa e redução da natalidade.
III – As taxas mais altas de crescimento, entre 2,0% e 3,0%, ocorreram entre 1940 e 1980, resul-
tantes da redução lenta da natalidade e queda acentuada da mortalidade.
IV – O Brasil alcançou o ápice do crescimento em 1950 – 1960, reduzindo as taxas de cresci-
mento no final do séc. XX, em face de uma política demográfica antinatalista, com queda da
taxa de fecundidade, a partir da década de 1970.
V – A desaceleração das taxas de crescimento, passando de 2,48% para 1,63%, entre 1970 e
2000, resulta da combinação de elevadas taxas de natalidade e mortalidade, o que caracteriza
um crescimento populacional relativamente baixo.
Estão corretas apenas
a) I e II.
b) III e IV.
c) IV e V.
d) I, III e IV.
e) II, IV e V.
027. (ACADEPOL-MG/PC-MG/AGENTE/2006)

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GEOGRAFIA DO BRASIL
Geografia do Brasil – Parte I
Júlio Santos

Este pequeno texto integra a doutrina demográfica:


a) Malthusiana.
b) Progressista.
c) Terceiro Mundista.
d) Neomalthusiana.
028. Uma cidade hipotética, com uma população de 650.000 habitantes no início do ano 2000,
apresentou os seguintes dados:
taxa de natalidade......................... 2,1% (ano)
taxa de mortalidade....................... 1,1% (ano)
número de imigrantes.................... 12.500
número de emigrantes................... 2.325
No dia 31/12/2000, o número de habitantes dessa cidade e o acréscimo absoluto de pessoas
eram, respectivamente, de:
a) 666.675 e 6.500.
b) 666.675 e 16.675.
c) 675.000 e 10.175.
d) 678.000 e 12.500.

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Geografia do Brasil – Parte I
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GABARITO
1. C 11. a 21. d
2. E 12. b 22. d
3. d 13. e 23. e
4. b 14. c 24. e
5. c 15. V, F, F, F, F 25. b
6. c 16. c 26. d
7. b 17. e 27. b
8. b 18. d 28. b
9. d 19. c
10. b 20. b

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Geografia do Brasil – Parte I
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017)

Tendo o tema desse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens subse-
quentes, considerando aspectos geográficos diversos relacionados aos movimentos migratórios
internacionais e intranacionais.
Devido ao envelhecimento da população, à diminuição drástica das taxas de natalidade e à ne-
cessidade de mão de obra jovem para manter sua economia, diversos países da União Europeia
têm adotado políticas de legitimação de migrações ilegais e de concessão de asilo político.

A Europa tem adotado políticas que permitem a migração de indivíduos, visando suprir a neces-
sidade de mão de obra em função do envelhecimento da população europeia e seu aumento
quanto à expectativa de vida. É claro que não existe um pensamento uniforme sobre a questão
imigrante, diversos partidos de esquerda ambientalista e liberal defendem uma política de
integração entre as nações europeias, buscando suprir todas as necessidades, inclusive em
relação à mão de obra, à matéria-prima e ao mercado consumidor. Entretanto, alguns setores
defendem que a Europa precisa dos imigrantes para a inserção em vários empregos que os
europeus não se dispõem a preencher.
Certo.

002. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017)

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Tendo o tema desse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item subse-
quente, considerando aspectos geográficos diversos relacionados aos movimentos migratórios
internacionais e intranacionais.
O crescimento demográfico mundial apresenta uma face perversa: se, por um lado, há cresci-
mento vegetativo motivado pelas melhores condições de vida em países pobres, por outro, a
expectativa de vida ainda continua relativamente baixa em países como o Brasil, a China e a
Índia, descompasso justificado por aspectos como a violência e as doenças crônicas.

O crescimento vegetativo da população mundial se caracterizou de forma bastante lenta durante


a maior parte da história. Entretanto, a primeira Revolução Industrial ou Revolução do Vapor
(lembre-se de que temos três: no século XVIII, a do vapor; no século XIX, a do petróleo e da ele-
tricidade; no século XX, a da biotecnologia; e, no século XXI, fábricas automatizadas) promove
um avanço populacional significativo, pois o incremento da produção associada aos saberes
médicos-sanitários provocam um aumento na expectativa de vida das pessoas, apesar de essa
revolução afetar as condições de vida da classe operária. De qualquer forma, é possível perceber
a diminuição do crescimento demográfico e o aumento da expectativa de vida graças, também,
à entrada da mulher no mercado de trabalho e à disseminação dos métodos contraceptivos em
países como Brasil, China e México, o que tem melhorado a média de vida de seus habitantes,
contrariando a afirmação descrita na questão anterior.
Errado.

003. (CONSUPLAN/PREFEITURA-JUATUBA/PROFESSOR-EDUCAÇÃO BÁSICA/2015) As


principais teorias demográficas que abordam o ritmo de crescimento populacional são a

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malthusiana, a neomalthusiana, a reformista e a de transição demográfica. Analise a afirma-


tiva a seguir.
“Esta teoria considera que a explosão demográfica é um fenômeno transitório, geralmente cau-
sado pelo desenvolvimento econômico e social das nações, resultando na queda das taxas de
mortalidade, o que eleva o número de habitantes. Por outro lado, natalidade também diminui,
porém em um ritmo mais lento, o que faz com que a explosão demográfica inicial seja substi-
tuída gradativamente por uma diminuição no ritmo de crescimento do número de habitantes.”
A afirmativa anterior trata‐se das características da teoria
a) Reformista
b) Mathusiana
c) Neomalthusiana
d) Transição demográfica

a) Errada. A teoria reformista surgiu como contraposição aos neomathusianos e consiste em


analisar que o surgimento de uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas
de natalidade, não é causa, mas consequência do subdesenvolvimento. Nos países desenvol-
vidos, que possuem elevado IDH e baixo índice de Gini, o controle da natalidade caminha lado
a lado com a melhoria da qualidade de vida da população geração após geração. Constatou-se
que a escolaridade da mulher é inversamente proporcional ao número de filhos e à taxa de
mortalidade infantil. De todas as a teorias, a reformista é a que melhor retrata os fatores que
geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Dessa forma, a teoria reformista
derruba as teorias de Malthus. Em outras palavras, associa o crescimento demográfico ao nível
de educação e cultura de sua população, ou seja, famílias com reduzidos anos de estudo terão
uma prole maior e, da mesma forma, grupos familiares com grande nível cultural e educacional
têm reduzido o número de descendentes.
b) Errada. A teoria populacional malthusiana relaciona o crescimento populacional com o
aumento na produção de alimentos. A teoria afirma que a população cresce em progressão
geométrica, ou seja, dobrando em períodos iguais. Já o crescimento na produção agrícola
ocorre por progressão aritmética ou, se preferir, de forma linear. A diferença entre a população
e o alimento destoa, indicando fome e, por isso (segundo Malthus), as epidemias e as guerras
seriam de fundamental importância para o controle da população, evitando, assim, a fome e,
consequentemente, a violência. Tal aspecto torna Malthus um pessimista. Por fim, caro(a)
concurseiro(a), é importante salientar que existe um erro na teoria de Malthus, já que ele não
considerou a revolução tecnológica na produção de alimentos.
c) Errada. Os neomalthusianos relacionam o crescimento populacional e a produção agrícola
de forma equitativa em virtude da revolução tecnológica, principalmente durante a Revolução
Verde da década de 60. (Lembre-se: introdução de adubos, fertilizantes, agrotóxicos, técnicas

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de cultivo e sementes modificadas, dos quais Brasil, Índia e México foram adeptos, acreditando
em sua autonomia tecnológica e de insumos. É importante destacar que tal movimento surgiu
nos EUA, na década de 60, insuflando toda a responsabilidade da fome no planeta aos países
em desenvolvimento, tais como o Brasil, devido a suas técnicas rudimentares, mas o real ob-
jetivo desse movimento – a Revolução Verde – foi criar laços de dependência com as nações
emergentes). Retomando os neomalthusianos, eles afirmam que os métodos contraceptivos
são fundamentais para o controle demográfico, por exemplo, vasectomia, preservativos, anti-
concepcionais, dispositivos intrauterinos (DIU) etc.
d) Certa. A transição demográfica é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento po-
pulacional decorrente dos avanços da medicina, da urbanização, do desenvolvimento de novas
tecnologias, das taxas de natalidade, além de outros fatores.
Letra d.

004. (VUNESP/MPE/AUXILIAR DE PROMOTORIA I/2019) Segundo dados do Instituto Bra-


sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a população brasileira era de 208.494.900
habitantes. O Instituto apresentou como característica importante dessa população
a) o declínio da proporção de pessoas com mais de 60 anos no conjunto da população.
b) a forte concentração, principalmente no litoral e na região Sudeste.
c) a elevada participação de imigrantes no crescimento demográfico.
d) o baixo percentual de pessoas vivendo em grandes cidades.
e) o grande predomínio de população na faixa entre 0 e 14 anos de idade.

O fato retratado na assertiva ocorre devido ao processo de colonização ocorrer do litoral para
o interior, e a região Sudeste ser o principal polo de atração demográfica por ser o “coração
industrial do país”.
Letra b.

005. (COPEVE-UFAL/PREFEITURA-MACÉIO/PROFESSOR/2015) Observe a imagem a seguir:

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Segundo a imagem, entre 1960 e 2012, houve uma diminuição das taxas de
a) Natalidade.
b) Mortalidade
c) Fecundidade
d) Crescimento vegetativo
e) Densidade demográfica

A imagem indica o número de filhos por mulher, associando a questão ao conceito de fecundi-
dade, que consiste em determinar essa média em relação às mulheres de um Estado ou nação.
Lembre-se e não confunda com o conceito de fertilidade, que é o número de mulheres em idade
fértil, de procriar, entre 15 a 49 anos.

Então, professor, poderia haver uma confusão diante da imagem acima?

Claro que não, uma vez que a imagem indica o número de filhos, e não o de mulheres em idade
fértil, logo estando associado ao conceito de fecundidade.
Apenas como enriquecimento, já que você está em pleno vapor nos estudos para concurso,
fica a dica:
• Caso a taxa de fertilidade encontre-se por volta de 2,1, considera-se que houve reposição
populacional, mantendo estável o tamanho da população.
• É importante destacar que os demais conceitos de natalidade, mortalidade ou cresci-
mento vegetativo não podem ser diagnosticados a partir da imagem. Contudo, vamos
relembrá-los:
− Taxa de natalidade: é o número de crianças nascidas vivas, numa região, no período
básico de um ano. É expressa em unidades por milhar (‰).

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− Taxa de mortalidade: é o número de óbitos de uma população, ocorridos em uma área


definida, no período de um ano. É dividida em mortalidade infantil, juvenil e adulta (‰).
− Crescimento vegetativo: subtração entre as taxas de natalidade e as de mortalidade.
− População relativa ou densidade demográfica: corresponde ao número de habitantes
por quilômetro quadrado.
Letra c.

006. (UFPR/VESTIBULAR/2011) Os gráficos abaixo representam as pirâmides etárias


da população brasileira das décadas de 1980 e 2000 e projeções para 2020 e 2040.
Brasil: pirâmides etárias, 1980-2040.

Com base nessas pirâmides etárias, considerem as seguintes afirmativas:


1) Nas ordenadas estão o contingente populacional e nas abscissas os grupos de idade.
2) A base larga da pirâmide em todo o período analisado revela que o Brasil continuará a ser
um país de jovens e reforça a necessidade do incremento de políticas públicas de atenção a
tais camadas da população brasileira.
3) A estrutura etária da população representada nos gráficos tem relação com a economia e
mostra a transformação da população economicamente ativa, definida como aquela que com-
preende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população
ocupada e a população desocupada.
4) As transformações nas pirâmides no Brasil ao longo do tempo revelam a transição demo-
gráfica, explicada pela combinação de fatores como baixa taxas de natalidade, redução das
taxas de mortalidade, elevação na expectativa de vida, redução na taxa de fecundidade e maior
acesso e assistência à saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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É uma clássica questão de pirâmides sociais. Vamos analisar cada uma das afirmações quanto
à sua veracidade.
1) Errada. Atenção aos conceitos dos eixos das ordenadas e das abscissas, pois ocorreu uma
inversão, uma vez que, nas ordenadas, estão as faixas etárias que devem ser divididas em jovens
(0 a 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos (60 anos ou mais), e, nas abscissas, a divisão por
gênero (masculino/feminino).
2) Errada. A base da pirâmide brasileira, em todo o período analisado (1960-2040), revela que o
Brasil está em pleno processo de transformação, reduzindo-se o número de jovens, principalmen-
te devido à disseminação dos métodos contraceptivos durante a década de 70, a natalidade e,
automaticamente, a necessidade do incremento de políticas públicas: educação, rede hospitalar,
alimentação, pelo menos no que se refere à demanda de jovens.
3) Certa. Indica que, com o aumento da PEA (representada pela camada de adultos), ocorrerá
uma menor pressão tributária, uma vez que, com um maior número de integrantes, naturalmente
serão diluídas as contribuições que, posteriormente, serão utilizadas no investimento da infraes-
trutura necessária à qualificação dos jovens e nos pagamentos de pensões e aposentadorias.
Por fim, indica também uma maior disponibilidade de mão de obra qualificada.
4) Certa. É importante destacar que, de fato, a pirâmide brasileira é alvo de intensas transforma-
ções ao longo do tempo pela combinação de fatores, como baixas taxas de natalidade, redução
das taxas de mortalidade, elevação na expectativa de vida, redução na taxa de fecundidade e
maior acesso e assistência à saúde, tudo isso fruto da revolução médico-sanitária promovida
durante os anos 70.
Letra c.

007. (VUNESP/PMSP/SOLDADO/2019)

(www.ecodebate.com.br Adaptado)

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Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que o Brasil se caracteriza


como um país
a) continental e hierarquizado.
b) populoso e pouco povoado.
c) populoso e intermitente.
d) pouco populoso e povoado.
e) ocupado e descontínuo.

O Brasil é um país populoso devido ao fato de possuir uma elevada população absoluta com
cerca de 210 milhões de habitantes, segundo o IBGE (2020). Entretanto, é pouco povoado já
que sua densidade demográfica é baixa, com 25 hab./km².
Letra b.

008. (ENEM/2003) O quadro abaixo nos mostra a taxa de crescimento natural da população
brasileira no século XX:

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Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre:


a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.
b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.
c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade.
d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.
e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.

a) Errada. Nos anos entre 1920 e 1960, não se pode falar em crescimento de planejamento fa-
miliar, visto que há taxas de crescimento populacional elevadas para a época e havia um intenso
incentivo ao aumento das famílias devido à política oligárquica.
b) Certa. No período entre 1950 e 1970, temos as maiores taxas de crescimento populacional
do país, registrando a explosão demográfica. Aliás, esse período foi de intenso crescimento
populacional em todo o mundo, o chamado “baby boom”.
c) Errada. A afirmação estaria correta se, em vez de mencionar o período entre 1960 e 1980,
tivesse se restringido ao período entre 1960 e 1970, pois, a partir da década de 1980, as taxas
de fertilidade começaram a cair devido às políticas voltadas para a disseminação de métodos
contraceptivos, adotadas ainda nos anos 70, as quais tiveram seus efeitos nos anos 80.
d) Errada. Não é possível, com os dados mencionados, dizer que a densidade demográfica do
país diminuiu, porque a redução das taxas de natalidade não representa necessariamente a
diminuição da população e nem o decréscimo de sua concentração no espaço.
e) Errada. Entre 1980 e 2000, podemos afirmar que o Brasil não se encontrava em estabilidade
demográfica, de fato, o que ocorria é um crescimento em ritmo desacelerado.
Letra b.

009. (UECE/VESTIBULAR/2018) Existem duas formas principais de se abordar o quanti-


tativo populacional em um espaço. De um lado temos as taxas de __________________, que
representam o número de habitantes por quilômetro quadrado; de outro, temos as taxas de
__________________, que estão relacionais ao número de habitantes independentemente do
tamanho do território.

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A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é:


a) densidade demográfica e superpovoamento
b) crescimento vegetativo e população absoluta
c) população local e população geral
d) densidade demográfica e população absoluta
e) crescimento vegetativo e população geral.

O número de habitantes por quilômetro quadrado é denominado de densidade demográfica,


segundo o qual, conforme já discutimos, o Brasil tem, em média, 25 hab./km² em áreas com
grande densidade, como nos grandes centros (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Bra-
sília), e áreas anecúmenas, como a Amazônia ocidental. Já a população absoluta é o número
total de habitantes em uma área, região ou país.
Letra d.

010. (UECE/VESTIBULAR/2018) Em uma determinada localidade, os óbitos anuais chega-


ram ao total de 331.038 pessoas. Considerando que a taxa de natalidade foi de 14‰ e que a
população total era de 55.173.000 habitantes, podemos dizer que sua taxa de crescimento
vegetativo foi de:
a) 6‰
b) 8‰
c) 10‰
d) 12‰
e) 15‰

Vamos lá! Inicialmente, é necessário relembrarmos alguns conceitos:


1º) O crescimento vegetativo é a taxa de natalidade menos a taxa de mortalidade:
CV = TN – TM
2º) A taxa de mortalidade é o número de óbitos em um ano a cada mil habitantes (por mil, re-
presentado pelo símbolo ‰):
TM: n. de óbitos × 1000 / Pop. Total (1 ano)
Assim, é necessário calcular, primeiramente, a taxa de mortalidade para, só então, calcular o
crescimento vegetativo.
Vamos aos cálculos da taxa de mortalidade:
Número de óbitos: 331.038 pessoas
População total: de 55.173.000 pessoas
TM: 331.038 × 1000 / 55173000

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TM: 6‰
Vamos, em seguida, ao cálculo do crescimento vegetativo:
CV = 14‰ – 6‰ = 8‰
Letra b.

011. (UERJ/VESTIBULAR/2011)

A proporção de homens e mulheres nesta pirâmide etária é explicada pelo comportamento do


indicador demográfico denominado:
a) taxa de migração
b) expectativa de vida
c) crescimento vegetativo
d) sobre mortalidade feminina

A pirâmide etária da população rural da região Centro-oeste do Brasil, em 2010, indica que o
número de homens é superior ao de mulheres, especialmente, no corpo da pirâmide, no qual se
encontra a população adulta. A explicação para esse fato, que contraria o padrão habitualmente
encontrado na maioria da população mundial, está na elevada taxa positiva de migração. Como,
nessa região, há décadas, verifica-se um pujante processo de ampliação da atividade agropecuá-
ria, e o imigrante típico para esse tipo de trabalho é adulto e do sexo masculino, tem-se como
resultado o desequilíbrio constatado no gráfico.
Letra a.

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012. (UERJ/VESTIBULAR/2010)
Proporção da população brasileira em dois grupos de idade - 2000

A transição demográfica que ocorre no Brasil gera diferenças socioespaciais entre as macrorre-
giões do país. De acordo com os mapas, as menores proporções de população em idade ativa
são encontradas na seguinte macrorregião brasileira:
a) Sul
b) Norte
c) Sudeste
d) Nordeste

O tamanho relativo da população em idade ativa é diretamente afetado pelas proporções de


população jovem e idosa. De acordo com os mapas, a região Norte tem registrado os menores
índices de população idosa e os maiores de população jovem, o que resultará, forçosamente,
em um percentual relativamente pequeno de adultos, faixa etária na qual se encontra a maior
parte da população em idade ativa.
Letra b.

013. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/2018) O Distrito Federal voltou a ter menos


de três milhões de habitantes em 2018, um ano após a população ter chegado a 3.039.444
pessoas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fluxo migratório
para a região continua positivo, mas está em queda.
A respeito da população do Distrito Federal e de aspectos socioeconômicos a ela relacionados,
julgue os itens subsequentes.

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O PIB per capita de Brasília está entre os maiores do País, o que não ocorre com o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que apresenta posição intermediária em relação às demais
cidades brasileiras.

O PIB per capita de Brasília está entre os maiores do país, contudo existe um enorme abismo
social entre ricos e pobres, e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está na 9ª posição,
não apresentando colocação intermediária entre as 27 unidades federativas.
Letra e.

014. (FGV/PREFEITURA-SALVADOR/PROFESSOR/2019) As variações de longa duração


nos ritmos e nos padrões de crescimento demográfico observadas em escala planetária são
comumente explicadas por meio do modelo de “transição demográfica”. Este modelo descre-
ve a passagem de um regime demográfico caracterizado como “tradicional” para um regime
definido como “moderno”.
Sobre as etapas descritas no modelo de transição demográfica, analise as afirmativas a seguir.
I – No regime demográfico tradicional, as taxas de mortalidade e de natalidade são baixas.
II – Nos regimes demográficos tradicional e moderno, os ritmos de crescimento vegetativo
são elevados.
III – Na fase de transição, a redução da taxa de mortalidade ocorre antes que a queda da taxa
de natalidade.
Está correto o que se afirmar em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

No regime demográfico tradicional, as taxas de mortalidade e de natalidade são elevadas e


temos como exemplo a pirâmide pré-industrial. Ainda se tratando do regime demográfico tra-
dicional, o crescimento demográfico é lento, já que a natalidade e a mortalidade são elevadas
e, no regime moderno, existe um equilíbrio no crescimento demográfico.
Letra c.

015. (UEPG) Sobre a distribuição da população brasileira, bastante irregular, assinale o que
for correto:

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01) O Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada enquanto o Norte ou Amazônia é a
região menos povoada.
02) Dos estados brasileiros, São Paulo é o mais populoso com cerca de um quinto (20%) da
população brasileira e Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de um
habitante por quilômetro quadrado.
04) A região Nordeste do Brasil é mais populosa do que a região Sul, mas é menos povoada na
sua região litorânea e mais povoada no seu interior.
08) A Grande São Paulo, sozinha, detém 11% do total da população brasileira, concentrada em
uma área de cerca de 1% da área do país.
16) A região Sul é menos povoada do que a região Centro-Oeste, uma vez que a população
brasileira está mais concentrada no interior do país do que nas áreas mais próximas do mar.

O estado São Paulo, de fato, é o mais populoso com cerca de um quinto (20%) da população
brasileira, e Roraima é o menos populoso e o menos povoado, entretanto não possui menos de
um habitante por quilômetro quadrado. A densidade demográfica de Roraima é de 2,33 hab./km2.
V, F, F, F, F.

016. (FGV/ADAPTADA)
Pois bem, a “bomba demográfica” virou miragem, segundo dados divulgados pelo Bureau Central
de Estatísticas de Israel sobre a composição da população em Israel e na Cisjordânia.
Por fatores ainda não devidamente explicados, e talvez ligados, conscientemente ou não, ao
constante temor de ver o país varrido do mapa por regimes muçulmanos radicais, o índice de
natalidade dos israelenses subiu gradativamente ano a ano até atingir a atual e alta média de 3
filhos por casal, praticamente idêntico ao dos palestinos da Cisjordânia – 3,1 filhos por casal [...].
SETTI, Ricardo. “Bomba demográfica” árabe deixa de existir em Israel. Disponível em: veja.
abril.com.br
As características demográficas de um país são dinâmicas e alteram-se ao longo da história,
segundo diferentes contextos socioeconômicos. Recentemente, o IBGE identificou algumas
mudanças no perfil da população brasileira, entre as quais, a diminuição da população masculina
em relação à feminina nas regiões metropolitanas e, por outro lado, o aumento da população
masculina em relação à feminina em alguns estados das Regiões Norte e Centro-Oeste, além de
um envelhecimento geral da população. Assinale a alternativa que melhor explique pelo menos
uma dessas alterações.
a) O envelhecimento da população explica-se pela baixa qualidade de vida de que dispõe o povo
brasileiro, em média.
b) Nas Regiões Norte e Centro-Oeste, as más condições de vida afetam principalmente mulheres
e crianças, o que explica o aumento proporcional da população masculina.

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c) A violência nas regiões metropolitanas envolve mais a população masculina, o que ajuda
a explicar a diminuição proporcional dessa população em relação à feminina nessas regiões.
d) O aumento da população feminina nas regiões metropolitanas explica-se pelo êxodo rural,
ou seja, a busca de trabalho nas frentes agrícolas pela população masculina.

É perceptível o objetivo do estado de Israel em elevar as taxas de natalidade do país a fim de


aumentar a população absoluta, também denominada de total. Obviamente, para aumentar a
população com base no número de nascimentos, é necessário que esses sejam maiores que o
número de mortes (taxa de mortalidade), tornando-se fundamental o aumento do crescimento
vegetativo.
Letra c.

017. (INÉDITA/2019) Existem diversos tipos de migração conforme as diversas classificações,


tendo como referência o tempo de permanência do migrante no local de destino. A migração
que se caracteriza pelo deslocamento diário realizado por qualquer pessoa em seu cotidiano é:
a) Migração rotineira
b) Migração Sazonal
c) Migração cotidiana
d) Migração pluritópica
e) Migração pendular

A migração pendular é aquela relacionada ao “vai e vem” diário, ou seja, é o deslocamento de


casa para o trabalho e vice-versa, estabelecendo uma rotina durante o período semanal. Podemos
também associar a esse movimento o deslocamento dos estudantes que vão para a escola e
retornam para casa depois da aula. Gostaria de destacar e, consequentemente, relembrar outros
tipos de migração, vamos lá!
O movimento de transumância é o de trabalhadores rurais ou de animais de acordo com os
períodos de colheita ou estações do ano. A transumância agrícola ocorre quando trabalhadores
rurais, aqueles denominados de boias-frias, deslocam-se de fazenda em fazenda, realizando as
colheitas. Já a transumância vinculada à pecuária é o deslocamento dos animais da mata de
terra firme para a várzea, de acordo com os períodos chuvosos.
Temos também o movimento de rurbanização ou êxodo urbano, que é o deslocamento da cidade
para o interior em busca de segurança e qualidade de vida. Por fim, o êxodo rural, tão falado em
provas de concursos, é o movimento do campo para a cidade em virtude da mecanização. Tal
movimento tem inúmeras consequências, dentre as quais podemos citar: macrocefalia urbana,
favelização, conurbação e exclusão social.
Letra e.

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018. (UFPE/VESTIBULAR/2010)
O Brasil Escapou da Superpopulação
O país já teve taxa de fecundidade de nação africana – 5,8 filhos por mulher, em 1970. Se essa
taxa se mantivesse, a população hoje seria de 300 milhões de habitantes. Como essa taxa caiu
para 1,8 filho por mulher, a população atual é de 193 milhões. [...]
(REVISTA VEJA. São Paulo: Ed. Abril, a. 43, n. 27, p. 97, 7 jul. 2010.).

A taxa de fecundidade é um dos fatores da dinâmica populacional e reflete várias tendências


da sociedade brasileira e mesmo mundial. Escolha a alternativa correta sobre a demografia e
sua dinâmica:
a) O crescimento da população mundial sempre causou polêmicas. No século XVIII, Thomas
Malthus já alertava sobre a falta de alimentos para uma população mundial que cresceria des-
controladamente e divulgou a sua teoria demográfica. Essa teoria não foi mais utilizada, uma
vez que a produção de alimentos atende a toda a população mundial.
b) O custo de formação do indivíduo é maior nos países desenvolvidos em razão da necessidade
de dar educação mais completa, de maior quantidade de roupas, material escolar, aparelhos
eletrônicos e proibição de trabalho para menores. Tudo isso pode levar a um aumento da taxa
de natalidade.
c) O superpovoamento é sempre relativo e se altera com as mudanças econômicas, sociais e
tecnológicas. Os países mais desenvolvidos foram os primeiros a terem suas taxas de nata-
lidade em declínio, e um aumento da expectativa de vida, seguidos de imediato pelos países
mais pobres.
d) Quando a taxa de fecundidade de um país é muito baixa (inferior a 2,1%), compromete a
reposição da população que morre, ocorrendo, muitas vezes, falta de mão de obra e levando a
um incentivo às migrações.
e) A dinâmica demográfica dos homens pode ser explicada somente pelos mecanismos naturais,
desconsiderando os mecanismos culturais e econômicos de regulação.

a) Errada. Atualmente, a teoria de Malthus se tornou ultrapassada, entretanto ainda existem


muitos teóricos e, inclusive, governantes que aplicam suas ideias. Ela é muito utilizada, apesar
das frequentes contestações, para explicar as causas da fome no mundo.
b) Errada. Ao contrário, os investimentos na formação e o aumento dos custos na formação de
uma pessoa nos países desenvolvidos proporcionaram a redução dos índices de natalidade.
c) Errada. O superpovoamento consiste em um aumento demasiado do contingente populacional
que dificulta a alimentação de todos os indivíduos devido à demanda de recursos naturais. É
um conceito utilizado para designar condições de pobreza, fome e marginalidade da população,
contrariando o exposto na afirmação.

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d) Certa. Esse problema vem sendo observado em países desenvolvidos, que necessitam de
mão de obra estrangeira para preencher determinados setores do mercado de trabalho, isso se
deve aos baixíssimos índices de natalidade.
e) Errada. A cultura e a economia estão diretamente ligadas aos fatores demográficos, sendo
impossível separar a população das dinâmicas econômicas e culturais, tais como as políticas
que estimulem o crescimento demográfico.
Letra d.

019. (VUNESP) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo,
quando se relaciona sua população total com a área do país, obtém-se um número relativa-
mente baixo. A essa relação de população x área, damos o nome de:
a) Taxa de crescimento.
b) Índice de desenvolvimento.
c) Densidade demográfica.
d) Taxa de natalidade.
e) Taxa de fertilidade.

À relação entre população e área – número de habitantes por km², por exemplo –, dá-se o nome
de densidade demográfica.
Letra c.

020. (FCC/SEFAZ-SP/AUDITOR FISCAL DA RECEITA/2006) Observe as pirâmides etárias


apresentadas abaixo.

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Na última década, considerando as características demográficas da Paraíba, é possível afirmar


que a composição etária da população paraibana se encontra melhor retratada na pirâmide
a) 1, que revela o forte crescimento vegetativo provocado pela alta taxa de natalidade ainda
presente em várias regiões do estado.
b) 3, que reflete a atual tendência da população em diminuir o crescimento vegetativo e aumen-
tar a esperança de vida.
c) 2, que sugere fortes transformações na composição da população decorrentes do rápido
processo de urbanização verificado no Estado.
d) 2, que ressalta a pequena porcentagem de jovens e adultos no conjunto da população como
reflexo do movimento migratório.
e) 1, que demonstra que recentemente a esperança de vida da população com mais de 60 anos
tem aumentado.

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A população da Paraíba reflete a atual tendência da população em diminuir o crescimento ve-


getativo e aumentar a esperança de vida a partir da década de 70, com a melhoria dos métodos
contraceptivos, a partir da disseminação da teoria neomalthusiana.
Letra b.

021. (UFRN) A teoria reformista é uma resposta aos neomalthusianos. De acordo com essa
teoria, é correto afirmar que:
a) as precárias condições econômicas e sociais acarretam uma redução espontânea das taxas
de natalidade.
b) uma população jovem numerosa, devido às elevadas taxas de natalidade, é a causa principal
do subdesenvolvimento.
c) o controle da natalidade só será possível mediante rígidas políticas demográficas desenvol-
vidas pelo Estado.
d) o equilíbrio da dinâmica populacional se dá pelo enfrentamento das questões sociais e
econômicas.

A teoria reformista defende que não é o crescimento populacional que determina as condições
de pobreza e miséria sociais, mas sim a má distribuição dos recursos. Assim, a dinâmica po-
pulacional seria melhor controlada mediante a promoção de medidas de melhorias sociais da
qualidade de vida e da distribuição de renda.
Letra d.

022. (FCC/SEESP/PROFESSOR/2011) Observe o gráfico.

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Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar que, sob o aspecto demográfico,
a) a participação da população na faixa etária entre 0 e 14 anos sofreu queda significativa a
partir da década de 1980.
b) a parcela da população com idade acima de 65 anos deverá permanecer pequena, ao longo
deste século.
c) a parcela da população na faixa etária entre 15 e 44 anos deverá continuar em crescimento
em razão da grande fecundidade.
d) a população na faixa etária acima de 50 anos terá maior participação ao longo deste século.
e) o Brasil pode ser considerado um país jovem, pois a maior parcela da população está na
faixa etária entre 0 e 14 anos.

A população na faixa etária acima de 50 anos terá maior participação ao longo desse século,
conforme demonstrado no gráfico.
Letra d.

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023. (CESPE/PMES/SOLDADO/2006)

A partir da análise das pirâmides etárias dos conjuntos dos países desenvolvidos e dos países
subdesenvolvidos mostrados acima, julgue os itens que se seguem.
A taxa de natalidade no conjunto dos países ricos é maior que no conjunto dos países pobres.

A taxa de natalidade no conjunto dos países ricos é menor que no conjunto dos países po-
bres devido ao nível educacional e a inúmeras campanhas que estimulam o uso de métodos
contraceptivos.
Letra e.

024. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE/2010) Os países desenvolvidos, de uma maneira geral,


apresentam baixas taxas de crescimento demográfico, sobretudo em função do reduzido
crescimento natural que desconsidera o saldo migratório. Com relação a esses países, é
possível afirmar que
a) apresentam taxas de fecundidade similares à da maioria dos países subdesenvolvidos.
b) permanecem na primeira fase da transição demográfica, com baixas taxas de mortalidade
e de natalidade.

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c) apresentam taxas de fecundidade acima da taxa de reposição, ou seja, acima de 2 filhos


por mulher.
d) vivem o auge da transição demográfica, com elevadas taxas de mortalidade e de natalidade
que justificam o baixo crescimento.
e) a maior parte deles apresenta taxas de crescimento populacional muito baixas (geralmente
inferior a 1%), nulas ou até negativas.

A maior parte deles apresenta taxas de crescimento populacional muito baixas (geralmente
inferior a 1%), nulas ou até negativas. Tal crescimento faz com que diversas nações estimulem
a natalidade e a migração de jovens casais.
Letra e.

025. (FUNRIO/PREFEITURA-ITABORAÍ/PROFESSOR/2007) Observe o gráfico:

A respeito da transição demográfica, assinale a alternativa correta:


a) a transição demográfica se refere à transição entre um período de alto crescimento demo-
gráfico e um período de baixo crescimento demográfico
b) no período pré-transicional, é observada uma alta taxa de natalidade e uma taxa de mortali-
dade também elevada.
c) na primeira fase da transição demográfica ocorre um aumento nas taxas de natalidade é
registrado um elevado crescimento vegetativo da população
d) na segunda fase da transição demográfica ocorre a redução das taxas de mortalidade e,
consequentemente, uma redução do crescimento vegetativo.
e) na terceira fase, ou seja, período pós-transicional, as taxas de mortalidade e de natalidade
retomam seu crescimento.
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No período pré-transicional ou pré-industrial, é observada uma alta taxa de natalidade e de


mortalidade, tendo a economia baseada no setor primário e com enorme abismo social entre
seus habitantes.
Letra b.

026. (UPE/PREFEITURA-PAULISTA/PROFESSOR/2006) A figura abaixo mostra as taxas


de crescimento da população ao longo das décadas, entre 1930-2000. Sobre o crescimento,
podemos observar:

I – O maior aumento populacional ocorreu entre as décadas 1940 e 1980, fase de grande urba-
nização do país.
II – A taxa de crescimento nas décadas de 1930 – 1940 passou de 1,8% para quase 3,0% 1950
– 1960, resultado da intensa migração externa e redução da natalidade.
III – As taxas mais altas de crescimento, entre 2,0% e 3,0%, ocorreram entre 1940 e 1980, resul-
tantes da redução lenta da natalidade e queda acentuada da mortalidade.
IV – O Brasil alcançou o ápice do crescimento em 1950 – 1960, reduzindo as taxas de cresci-
mento no final do séc. XX, em face de uma política demográfica antinatalista, com queda da
taxa de fecundidade, a partir da década de 1970.
V – A desaceleração das taxas de crescimento, passando de 2,48% para 1,63%, entre 1970 e
2000, resulta da combinação de elevadas taxas de natalidade e mortalidade, o que caracteriza
um crescimento populacional relativamente baixo.
Estão corretas apenas
a) I e II.
b) III e IV.
c) IV e V.

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d) I, III e IV.
e) II, IV e V.

A taxa de crescimento nas décadas de 1930-1940 passou de 1,8% para quase 3,0% em
1950-1960, resultado da intensa migração externa e do aumento da natalidade.
A desaceleração das taxas de crescimento, passando de 2,48% para 1,63%, entre 1970
e 2000, não resulta da combinação de elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, pois,
caso isso estivesse ocorrendo, haveria a estabilização no crescimento demográfico, e não a
sua redução.
Letra d.

027. (ACADEPOL-MG/PC-MG/AGENTE/2006)

Este pequeno texto integra a doutrina demográfica:


a) Malthusiana.
b) Progressista.
c) Terceiro Mundista.
d) Neomalthusiana.

É uma teoria que afirma que a população e o alimento crescem na mesma proporção, e o con-
trole demográfico ocorre a partir do uso de métodos contraceptivos (pílula, DIU, vasectomia,
preservativo).
Letra d.

028. Uma cidade hipotética, com uma população de 650.000 habitantes no início do ano 2000,
apresentou os seguintes dados:
taxa de natalidade......................... 2,1% (ano)

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taxa de mortalidade....................... 1,1% (ano)


número de imigrantes.................... 12.500
número de emigrantes................... 2.325
No dia 31/12/2000, o número de habitantes dessa cidade e o acréscimo absoluto de pessoas
eram, respectivamente, de:
a) 666.675 e 6.500.
b) 666.675 e 16.675.
c) 675.000 e 10.175.
d) 678.000 e 12.500.

• População = 650.000 hab.


• Taxa de natalidade = 2,1% (ano)
• Taxa de mortalidade = 1,1% (ano)
• Número de imigrantes = 12.500
• Número de emigrantes = 2.325
SD = CV + SM
Calcule o crescimento vegetativo:
CV = TN – TM = 2,1% – 1,1% = 1,0%
650.000 __________ 100%
x __________ 1%
100% x = 650.000 × 1%
x = 6.500 hab.
Calcule o saldo migratório:
SM = IMIGRAÇÃO – EMIGRAÇÃO
SM = 12.500 – 2.325 = 10.175 hab.
Encontre o saldo demográfico:
SD = CV + SM = 6500 + 10.175 = 16.675
SD = 650.000 + 16.675 = 666.675 hab.
Letra b.

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Caro(a) concurseiro(a), estamos encerrando nossa primeira aula. Deixo aqui meu muito
obrigado pela confiança depositada na equipe do Gran Cursos Online, meu abraço e o desejo
de sucesso em seus objetivos. É importante destacar que já demos o primeiro passo desta
longa caminhada, que é o mundo dos concursos, e estaremos juntos até a sua aprovação.
Sucesso e até o próximo encontro!
Júlio Santos.

Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.

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