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GEOGRAFIA DO

BRASIL
A Dinâmica das Fronteiras Agrícolas e
sua Expansão para o Centro-Oeste e
para a Amazônia

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GEOGRAFIA DO BRASIL
A Dinâmica das Fronteiras Agrícolas e sua Expansão para o Centro-Oeste e
para a Amazônia
Júlio Cezar dos Santos Silva

A Relação do Homem e do Meio Ambiente......................................................................4


Sistemas Agrícolas....................................................................................................... 10
Agricultura Extensiva.................................................................................................... 10
Agricultura Intensiva..................................................................................................... 12
Jardinagem.................................................................................................................... 13
Agricultura Coletiva....................................................................................................... 14
Agricultura Orgânica (Biológica).....................................................................................17
Permacultura................................................................................................................ 18
Agricultura Natural....................................................................................................... 19
Justificativa da Revolução Verde...................................................................................23
Objetivos da Revolução Verde.......................................................................................23
Produtos Agrícolas.......................................................................................................25
Áreas Agrícolas do Brasil. .............................................................................................26
Agronegócio por Regiões...............................................................................................26
Problemas da Agricultura Brasileira..............................................................................32
Agricultura x Transporte...............................................................................................33
Condições das Estradas Brasileiras...............................................................................34
Reforma Agrária...........................................................................................................34
História da Reforma Agrária no Brasil...........................................................................35
Prós e Contras da Reforma Agrária...............................................................................36
Pecuária........................................................................................................................ 37
Classificação da Pecuária do Brasil...............................................................................38
Pecuária no Brasil.........................................................................................................38

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Gado Ovino................................................................................................................... 40
Gado Suíno................................................................................................................... 40
Questões de Concurso................................................................................................... 41
Gabarito....................................................................................................................... 60
Questões Comentadas. .................................................................................................. 61

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Olá, caro(a) aluno (a)!

É o nosso quinto, isso mesmo, quinto encontro e já estamos na metade do curso de ge-

ografia do Brasil e espero do fundo do coração que as aulas estejam sendo proveitosas. A

aula de hoje refere-se ao estudo da agricultura que representa a base da economia brasileira,

apesar que a maior empregabilidade está vinculada ao setor terciário (comércio e serviços) e

não a agropecuária que se encontra no setor primário. A aula a seguir realça os tipos de sis-

temas agrícolas, a reforma agrária, os principais produtos agrícolas do Brasil e o movimento

de Revolução Verde o qual nosso país é participante desde a segunda metade dos anos 60 do

século XX. Temos um cabedal de informações a serem dadas e não podemos perder tempo,

pois como sempre destacamos o tempo urge, é improtelável iniciar os estudos o quanto an-

tes. Então vamos lá, lave esse rosto, vista o manto do entusiasmo, motive-se e mãos à obra.

Júlio Santos

A Relação do Homem e do Meio Ambiente

A agricultura é uma das atividades mais antigas da história do homem que desenvolve-

ram sua prática a cerca de 10 mil anos, quando se estimava no planeta uma população apro-

ximada de 5 milhões de habitantes. A agricultura é uma atividade que envolve a produção de

alimentos e tem uma íntima relação com o CAPITAL + TERRAS + MÃO DE OBRA. É importante

relacionarmos a atividade agrícola com três fatores:

• O físico, como o solo, clima e a disponibilidade hídrica.

• O fator humano, que corresponde à mão de obra em seu desenvolvimento.

• O fator econômico, que se refere ao valor da terra e o nível de tecnologias aplicadas na

produção.

Caro(a) concurseiro(a), é importante destacar que a maior interferência é causada pelo

clima desempenhando uma enorme ingerência no desenvolvimento da agricultura. Pode-

mos elucidar essa influência quando o excesso de sol, chuva ou temperatura compromete a

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produtividade da lavoura. O solo é crucial para o progresso dos vegetais que extrai nutrientes

e água para a germinação, crescimento e produção de frutos.

Mas retomemos a relação do homem e do meio ambiente. A agricultura tem um papel vital

na história uma vez que intensificou a oferta de alimentos, e consequentemente, decréscimo

de mortes por inanição. É importante salientar que em pleno século XXI com toda a tecnologia

existente, a fome é, ainda, um dos motivos que mais causam mortalidade no mundo.

É interessante analisar que apesar da implantação da agricultura, o crescimento demo-

gráfico não foi substancial com um contingente aproximado de 140 milhões de pessoas no

final do primeiro milênio. Caro estudante, se fizermos uma correlação com o Brasil, ele atingiu

esse contingente em apenas 350 anos.

A melhoria das condições sanitárias concatenada com o fenômeno da primeira Revolu-

ção Industrial (século XVIII) e o progresso da medicina suscitou uma maior longevidade à

população que nas próximas décadas desencadearia uma explosão demográfica. A marca

de 7,7 bilhões de habitantes no mundo foi atingida no início de 2020, segundo as estatísticas

da Organização Mundial de Saúde. É um comportamento que será observado nas próximas

décadas, é claro, com diferentes velocidades apegados as condições de desenvolvimento de

cada uma das nações até que alcancem a transição demográfica, momento que ocorrerá uma

expressiva diminuição da população. O intervalo de ocorrência é subordinado a aplicação de

um planejamento familiar, que consiste no direito que todo o cidadão possui de ter quantos

filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência necessária

para garantir isso integralmente fazendo com que cada pessoa só tenha os filhos que desejar.

Caro(a) concurseiro(a), é muito importante a percepção que a agricultura e o crescimento

demográfico andam de mãos dadas, uma vez que o desenvolvimento da agropecuária ampa-

ra a sustentabilidade populacional.

A seguir duas imagens, a primeira indica o aumento da produtividade de nosso país na

agricultura e a segunda a estimativa do crescimento demográfico brasileiro.

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É importante ratificar que existe uma íntima relação entre crescimento demográfico, de-
senvolvimento tecnológico e aumento da produtividade no setor agropecuário.

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Em uma análise preambular podemos destacar que o vínculo entre o homem com o am-
biente, desde seus primórdios até os dias atuais, permite distinguir essencialmente quatro
etapas:

1ª ETAPA – Homem caçador-coletor

É a maior entre todas as etapas iniciando a cerca de 500 mil anos atrás. É um momento
ímpar na história do homem que fazia uso de ferramentas de pedra lascada e vivia em ban-
dos nômades, acompanhando rebanhos de caça. A “sociedade da pedra” era muito similar à
de outros animais, distinguindo pela habilidade de manusear o fogo, possibilitando ocupar
locais, até então, inóspitos para a sobrevivência. O domínio do fogo pelo Homo erectus (pri-
meiro hominídeo a abandonar a África, lar dos australopitecos e do Homo habilis), modificou
os hábitos alimentares humanos, com a introdução da caça e vegetais cozidos. Os impactos
antrópicos eram praticamente nulos anteriormente ao emprego do fogo. A única preocupação
do homem estava em fornecer calorias para sua manutenção diária, crescer e reproduzir. A
utilização sistemática do fogo desencadeia um novo tipo de consumo energético (segundo
os historiadores) em torno de 2.600 Kcal. O desgelo a cerca de 13 mil anos atrás proporciona
o aparecimento de uma fauna e flora exuberante estabelecendo uma nova relação do homem
com o meio. É um período de enormes transformações com a fixação do homem nas mar-
gens de rios e lagos, desenvolvimento do arco e flecha, além da construção de armadilhas e
embarcações.

2ª ETAPA – da agricultura de subsistência a domesticação de animais

É a etapa que mais impacta na organização da sociedade atual a partir da amestração de


animais e a implantação de uma agricultura de subsistência que consiste em uma atividade
voltada para o consumo familiar, próprio. A segunda fase ocorreu, inicialmente, de maneira
mais intensa no Oriente Médio (Síria, Israel, Iraque, Jordânia) a aproximadamente 10 mil anos.
O cão passa a ser a extensão dos sentidos do homem como elemento facilitador na busca
de alimentos. A agricultura também tem uma participação basilar na oferta energética, oca-
sionando um comedimento do tempo que passa a ser usado nas atividades de manipulação

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e armazenamento do excedente de produção a ser estocado para os períodos de carência. A


oferta de alimentos, fruto da domesticação de animais e de uma agricultura familiar, promove
um ganho energético per capita em torno de 4.700 Kcal e consequentemente uma explosão
demográfica com uma população em torno de 8 milhões de habitantes. O impacto sobre o
ambiente é intensificado.
A fixação do homem em um local com o desenvolvimento da agropecuária permitiu uma
revolução em seu modo de vida, tornando-o sedentário e habitante de moradias permanen-
tes, ampliando a complexidade de sua vida social e cultural. É evidente que existiram outros
grupos humanos onde houve exploração dos recursos naturais na ausência da agricultura. A
permanência humana em uma área específica, atrelada a oferta de alimentos, possibilitou o
avolumamento humano com nascimento dos aglomerados humanos que passam a ser de-
nominados de cidades.
Entre as cidades mais antigas podemos destacar:

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Biblios Líbano 5.000 a.C
Damasco Síria 4.300 a.C
Susa Irã/Curdistão 2.000 a.C
4.鰙鯘폛盍폜폝폞폟NJ愒Ȁ绠ȁ䓩争㾂鰙鯘폛盍폜폝폞폟NJ愒Ȁ绠ȁ䓩争㾂鰙鯘폛盍폜폝폞폟NJ愒Ȁ绠ȁ䓩争㾂鰙鯘폛盍폜폝폞폟NJ
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Turquia 3.650 a.C
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Beirute Líbano 3.000 a.C
Jerusalém Israel 2.800 a.C
Tiro Líba폟NJ愒Ȁ绠ȁ䓩争㾂鰙鯘폛盍폜폝폞폟NJ愒Ȁ绠ȁ䓩争㾂鰙no 2.750 a.C

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Mesopotâmra diferentes tipos de


mercado.
Quanto a agricultura comercial
existem diversos efeitos negati-
vos, principalmente para o meio
ambiente.
Vejamos alguns:
Desmatamento - segundo a Orga-
nização das Nações Unidas para
Alimentação e a Agricultura (FAO),
a agricultura comercial foi respon-
sável por cerca de 70% do desma-
Arbil 2.300 a.C
tamento na América Latina entre os
anos de 2000 e 2010.
Utilização excessiva de produtos
químicos.
Emissão de gases poluentes.
Grande gasto de água.
Risco de extinção de animais e
diversas espécies de plantas.
Observe a imagem a seguir a res-
peito da agricultura comercial ou
especulativa.
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https://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/diferenca-entre-a-agricultura-tradicional-e-a-mo-
derna

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 Obs.: A agricultura comercial pode ser de dois tipos.


• monocultura - plantação comercial de um único produto.
• policultura - produção comercial ou de subsistência de vários vegetais.

A partir da área e o aproveitamento das terras, quatros são os tipos de propriedades rurais:

Tipos de propriedades rurais


Pequena propriedade pequena extensão de terra com produção relativamente alta
Minifúndio pequena extensão de terra com baixa produção
Latifúndio grande extensão de terras com baixa produção
Grande propriedade grande extensão de terras com alta produção

Sistemas Agrícolas
A área cultivada e a produtividade agrícola são os principais referenciais para distinguir-
mos a agricultura intensiva e a extensiva

Agricultura Extensiva
É aquela realizada em latifúndios, isto é, grandes extensões de terras caracterizadas pela
grande produção, mas com o uso de técnicas já ultrapassadas. A exploração dos latifúndios
se deve muito ao fato da forma com que a colonização do Brasil foi realizada, principalmente
pelas capitanias hereditárias. A produção depende, em grande parte, da fertilidade natural do
solo e por não usar insumos agrícolas é necessário ocupar grandes áreas de cultivo. A agri-
cultura extensiva é bastante difundida em diversos países da América Latina, África e Ásia.
Esse sistema agrícola é marcado especialmente pela agricultura itinerante ou roça tropical.
Observe a imagem referente a agricultura extensiva.

https://alunosonline.uol.com.br/geografia/agricultura-extensiva.html

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 Obs.: Quanto a agricultura extensiva devemos reconhecer o que é a produção itinerante e


produtividade.

Vamos lá!
• Agricultura itinerante: é um dos métodos utilizados na agricultura. Consiste em atear
fogo na mata (queimada), para então seguir com o destocamento e semear a terra. É
aplicada em áreas de agricultura descapitalizada. A produção é feita em pequenas e
médias propriedades, como também em grandes latifúndios.

https://www.fragmaq.com.br/blog/conheca-principais-problemas-agricultura-itinerante/

É importante destacar a diferença entre o que é produção e o que é a produtividade. A


produção está relacionada à quantidade, já a produtividade é uma relação da quantidade pro-
duzida por hectare.

Produtividade
Estabelecimento Produção (toneladas) Área (hectare)
(prod./hectare)
Fazenda 1 100 200 0,5
Fazenda 2 80 120 0,66
Fazenda 3 50 50 1,0

A fazenda 1 possui uma maior produção e a fazenda 3 uma maior produtividade.

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Agricultura Intensiva
É realizada nos chamados minifúndios sendo caracterizada pelo alto índice de tecnologia
empregada na produção. A agricultura intensiva tem grande produtividade e muitas vezes
essa atividade agrícola visa apenas o mercado externo. Se por um lado os seus produtos são
mais onerosos, por outro lado possuem uma maior qualidade. A agricultura intensiva em-
prega capitais, tecnologia, mecanização e mão de obra qualificada. Em contraste ao sistema
extensivo, a agricultura intensiva é caracterizada por uma elevada capitalização e por um alto
índice de produtividade.
O sistema intensivo apresenta as seguintes características:
• uso permanente do solo, rotação de cultivos.
• uso de fertilizantes, seleção de sementes, seleção de espécies.
• mecanização, grande rendimento, alta produção por hectare e mão de obra qualificada.

Observe a imagem a seguir de uma área com agricultura intensiva.

https://www.agron.com.br/publicacoes/mundo-agron/curiosidades/2018/09/17/057686/o-que-e-agricultu-
ra-intensiva.html

Obs.: É importante destacar que existem latifúndios marcados pelo alto índice de tecno-
logia empregada na produção (agricultura comercial ou especulativa), além disso,
há também minifúndios em que são empregadas técnicas mais rudimentares na
produção (obsoletas, de baixa tecnologia). O disposto acima não é uma regra, isso

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significa que a produção não é feita de acordo com as características do clima, do


solo, do conhecimento e da mão de obra, mas visa unicamente à lucratividade. Isso é
feito ao se analisarem as carências de determinados produtos no mercado.

Os sistemas agrícolas possuem em seu interior diversas modalidades de agricultura tais


como a jardinagem, a rotação de terras e culturas, o plantation, a agricultura coletiva, a agri-
cultura nômade, os belts.

Jardinagem
Também é conhecida como “agricultura superintensiva” ou “agricultura 100%”. É aquela
em que se utiliza intensa tecnologia para se produzir o máximo possível em um pequeno
espaço e em pouco tempo. Esse tipo de agricultura é muito comum no Japão e consiste ba-
sicamente na rizicultura, mas, também consiste na produção de cereais, como arroz, trigo e
hortaliças.
São caraterísticas da jardinagem:
• Feita em canteiros ou jardins.
• Uso de pequenas áreas.
• Utilização intensiva de mão de obra familiar.
• Introdução de ferramentas com alto nível tecnológico.

Exemplos: horticultura (produção de verduras) e floricultura

Observe uma imagem a respeito da jardinagem:

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/terraceamento.htm

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Agricultura Coletiva

É caracterizada por um conjunto de pessoas que trabalham juntas, vendem a produção e


dividem o lucro. Há nomes diversos em cada um dos países que promovem essa agricultura
coletiva. No Brasil esse tipo de agricultura é denominada de cooperativa, em Israel recebe o
nome de kibutz, na Rússia é denominada de kolkozes ou solvkozes. É um tipo de cultivo as-
sociado ao sistema de rotação de culturas. A Europa Ocidental é a região onde mais se adota
a agricultura rotativa.

Mas o que é rotação de terras? E rotação de culturas?

Rotação de Terras

A rotação de terras consiste em deixar parte da terra “descansando” entre uma safra e
outra de modo a garantir a reabsorção de nutrientes pelo solo. Funciona da seguinte manei-
ra: em uma determinada área é feita uma divisão em três ou quatro partes. Por exemplo, na
primeira é plantado o milho, na segunda é plantada a soja e a terceira permanecerá sem ne-
nhum cultivo (essa área é denominada pousio). Assim, depois da colheita do milho e da soja,
o pousio receberá uma nova cultura de soja, onde havia a soja será plantado o milho e a área
em que foi plantado o milho permanecerá em descanso, ou seja, se tornará o novo pousio. É
um tipo de sistema muito adotado em latifúndios onde há grande disponibilidade de terras.
Veja:

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Rotação de Culturas

A rotação de culturas funciona de uma maneira semelhante à rotação de terras, mas a di-
ferença é que não há uma área de pousio. Nesse sistema utilizam-se 100% das terras; contu-
do, a cada safra, as culturas mudam de lugar, por exemplo: em uma área cultiva-se milho, soja
e feijão. Após a colheita, o plantio do milho será feito onde havia a soja, a soja será plantada
onde havia feijão e o feijão será plantado onde havia milho. Trata-se de um sistema muito
utilizado em propriedades menores.
Veja:

Belts

São denominados de cinturões agrícolas e se destacam pelo elevado grau nível de meca-
nização. É a região de maior importância agrícola dos Estados Unidos, onde existem extensas
faixas de cultivo de produtos como o trigo (wheat-belt), no Norte e no centro; o milho (corn-
-belt), no Nordeste e no centro; o algodão (cotton-belt), no Sul; além do cinturão de laticínios
(dairy-belt), com a criação intensiva do gado para leite no Nordeste. A região dos belts forma
uma zona de ocupação agrícola que vai desde as imediações dos Grandes Lagos até as pro-
ximidades da fachada do Golfo do México. Nela processam-se também os cultivos de outros
produtos, como soja e batata, sempre com alta tecnologia.
Veja:

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https://pt.slideshare.net/merciclaud/geografia-henrique37-semi-geo-a-caderno-3

Plantation

É um tipo de sistema agrícola, e bastante disseminado durante a colonização das Amé-


ricas, já que existia, particularmente no Brasil um clima e solo fértil e propício para variados
tipos de cultivo. Foram cultivadas principalmente as plantas tropicais já que se adaptavam
bem ao clima e às condições do solo, favorecendo a minimização dos gastos. O plantation
era adequado aos anseios metropolitanos, uma vez que a colônia tinha o papel primordial de
ser uma economia complementar a sua metrópole e um sistema de monocultura voltado as
necessidades da coroa portuguesa era de grande viabilidade as pretensões metropolitanas.
O plantation utilizava mão de obra escrava composta por indígenas até o ano de 1560, e pos-
teriormente, o uso de escravos oriundos do continente mãe (África). Após cinco séculos o
plantation continua a ser praticado no país caracterizado por ser uma monocultura de expor-
tação que não tem nenhum interesse ou melhora do país em que é estabelecido. Quase toda
a produção era exportada e o que permanecia no país eram apenas os produtos de menor
qualidade.
Ao “descobrir” as Américas, os europeus mantiveram aqui as chamadas colônias de ex-
portação, as quais caracterizavam-se por serem totalmente dependentes de seus coloniza-
dores, como se fossem propriedade deles. A presença do “plantation” era uma forte caracte-
rística das colônias de exploração, destacando-se:

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• Grandes espaços de terra distribuídos para alguns exploradores, formando assim os


latifúndios.
• Existia sempre uma mercadoria principal (no caso do Brasil o açúcar devido ao valor
no mercado europeu) responsável por uma prioridade na produção sempre destinado
à exportação.
• A mão de obra utilizada era a escrava, geralmente com negros trazidos da África até a
colônia de destino, somente para esse fim.

A partir dessa realidade se instalou durante muito tempo o “plantation” em terras brasilei-
ras para o cultivo do açúcar ou café em momentos distintos em nossa história.
Veja:

https://www.estudopratico.com.br/plantation-definicao-sistemas-agricolas-caracteristicas-e-economia/

Agricultura Orgânica (Biológica)

Surgida no século XX, a agricultura orgânica, chamada de “cultivo verde”, visa, principal-
mente, o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores.
É intimamente relacionada ao desenvolvimento sustentável, e dessa forma, os alimentos
orgânicos são cultivados por meio de um controle biológico de pragas.

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Técnicas de baixo impacto ambiental são utilizadas nesse sistema, como a rotação de
culturas, uso de adubo verde (biológico) e compostagem de matéria orgânica.
Veja:

https://thiagoorganico.com/hidroponia-cultivo-hidroponico/

Permacultura

Designa o processo agrícola integrado ao meio ambiente que envolve a produção de plan-
tas semi-permanentes e permanentes, considerando, sobretudo, os aspectos energéticos e
paisagísticos. A permacultura não está relacionada como formas de agriculturas naturais,
embora esteja envolvida com o comportamento do ambiente. É uma técnica que consiste em
produzir plantas permanentes contando com auxílio inclusive das atividades produzidas pe-
los animais. A principal diferença da técnica às demais se encontra nas estratégias de cultivo
que levam em consideração aspectos energéticos e paisagísticos.
Veja:

https://blog.veganoshoes.com.br/2019/03/28/afinal-o-que-e-permacultura/

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Agricultura Natural

A agricultura natural é considerada como uma prática de plantio que está de acordo com
os preceitos do desenvolvimento sustentável. É mais presente em locais com maior incidên-
cia de cultivos de subsistência, visto que grandes produtores na vontade do lucro constante
não possuem paciência para esperar a evolução do plantio orgânico – sem contar que neste
formato há maior gasto com os cuidados necessários para a evolução das espécies. Tudo
isso tem base teórica nos conceitos ecológicos.
Os sistemas de produção são semelhantes aos encontrados na natureza. As primeiras
palavras sobre o tema foram escritas pelo biólogo Masanobu Fujuosa no início da década de
cinquenta do ano passado.
Veja:

https://biogroweb.com/agricultura-ecologica/que-es-la-agricultura-natural-el-metodo-fukuoka/

O Brasil é o terceiro país do mundo em produção, atrás apenas dos EUA (por conta dos
belts) e Europa. Contudo, muitas vezes a agricultura brasileira não se torna competitiva e o
motivo disso é o sistema de transporte para escoamento da produção que é ineficiente e mui-
to vinculado ao rodoviarismo.
Entre os principais problemas da agricultura brasileira podemos citar:

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• Armazenamento ineficiente e insuficiente.


• Ausência da reforma agrária.
• Queimadas (erosão).
• Viabilidade econômica (subsídios ineficientes).
• Questões ambientais e tecnológicas (resistência cultural).
• São consequências da agricultura brasileira:
• Êxodo rural.
• Urbanização (macrocefalia).
• Favelização.

O êxodo rural, a urbanização desordenada com a consequente favelização e a segregação


social estão relacionadas ao processo de mecanização, principalmente a partir da década de
50 do século XX, devido a adesão do Brasil ao fenômeno da Revolução Verde tendo como re-
sultado o advento do movimento chamado de fronteiras agrícolas, criando uma monocultura
especializada na região centro-oeste brasileira que acabou expulsando o trabalhador rural.
Os trabalhadores rurais são uma mão de obra não qualificada, tendo dificuldades de se inserir
no mercado de trabalho e com isso passam a viver em áreas adjacentes aos grandes cen-
tros urbanos sem qualquer infraestrutura (favelização). Além disso, vários outros fenômenos
decorrem dessa situação como o desordenamento urbano, a conurbação, a ausência dos
instrumentos do Estado como educação, saúde e segurança pública, gerando o fenômeno de
macrocefalia urbana.

Mas o que é a Revolução Verde?

Foi um movimento instaurado nos Estados Unidos no fim da década de 1960 por Nor-
man Boulang que previa a introdução de tecnologias agrícolas com a aplicação de insumos,
agrotóxicos, fertilizantes, visando ao aumento da produtividade financiada pelos organismos
internacionais (BIRD – Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento). A mo-
dernização agrícola brasileira tem relação com o movimento de Revolução Verde. Durante
a segunda metade do século XX, o governo norte-americano atribuiu os problemas da fome

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mundial aos países em desenvolvimento, tais como o Brasil. Nesse sentido, a fome estava
ligada às técnicas rudimentares utilizadas na produção de alimentos nesses locais. Contudo,
vale ressaltar que a fome mundial está relacionada a três elementos:
• O desperdício.
• A má distribuição.
• Os interesses econômicos.

A estratégia permitiu que o governo norte-americano vendesse adubos, pesticidas e se-


mentes modificadas a esses países em desenvolvimento, fortalecendo os laços de dependên-
cia desses países emergentes. O Brasil comprou essa ideia, tanto que até os tempos atuais
é um dos países que mais utiliza agrotóxicos em sua agricultura, contaminando o solo com
metais pesados. A Revolução Verde é um movimento que se inicia por volta das décadas de
1950 e 1960 na região Centro-Oeste do Brasil por meio da introdução de uma monocultura de
soja. Esse cultivo possui como objetivo abastecer os mercados interno e externo. No mercado
interno a soja é bastante utilizada como matéria-prima para a fabricação de ração animal,
pois o Brasil é um país com uma das maiores pecuárias bovinas do planeta, fato que ficou
claro durante a operação “Carne Fraca”

 Obs.:

https://tudo-sobre.estadao.com.br/operacao-carne-fraca

Em resumo a operação “Carne Fraca”, promovida pela Polícia Federal e que investigou,
dentre outros aspectos, o processo de alteração da qualidade da carne produzida no Brasil

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com o uso de produtos químicos. Essa operação acabou sendo disseminada na mídia e isso
impactou ostensivamente a pecuária brasileira, uma vez que muitos países do mundo deci-
diram parar de consumir a carne brasileira. Essa queda nas exportações ocorreu durante um
curto período, pois não houve nenhum outro país no mundo com capacidade suficiente para
suprir a lacuna deixada pelo Estado brasileiro, principalmente na Europa e na Ásia.
Entre as principais consequências negativas podem-se destacar:
• Abalo na imagem e reputação do agro brasileiro, em especial na área de proteínas ani-
mais, em que somos importantes produtores e exportadores.
• Restrições às exportações envolvendo desde suspensão temporária de todas as car-
nes até suspensão da exportação das unidades frigoríficas investigadas.
• Demissões de trabalhadores do setor.
• Redução do consumo interno, devido a questionamentos quanto a qualidade dos pro-
dutos.
• Suspensão da inclusão de produtos cárneos na merenda escolar.
• Insegurança para os consumidores quanto a qualidade dos alimentos, em geral, pro-
duzidos no Brasil.

Entretanto algumas consequências positivas também estão sendo notadas:


• Combate a corrupção, um dos maiores problemas da nossa sociedade, na esteira da
Operação Lava Jato.
• Eliminar os maus profissionais, que comprovadamente recebiam propina para dificul-
tarem as ações de fiscalização, acobertando irregularidades na certificação.
• Valorizar a fiscalização agropecuária fundamental juntamente com a incorporação de
boas práticas de produção, para garantir a qualidade e segurança dos alimentos.
• Alertar todas as empresas quanto a necessidade de aprimoramento dos procedimen-
tos, em especial aquelas que possam afetar a saúde dos consumidores e sobre a fisca-
lização rigorosa e punição severa aos que cometem irregularidades.

Em relação ao mercado externo a soja produzida no Brasil vai principalmente para a Euro-
pa, sendo uma alternativa a proteína animal que é muito onerosa devido a pequena extensão

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territorial dos países europeus, o que provoca intensa especulação imobiliária. É importante
destacar que a soja se adapta tão bem ao território brasileiro que acaba extrapolando as fron-
teiras estaduais e não fica apenas vinculada a região Centro-Oeste por meio de um movimen-
to que ficou conhecido como fronteiras agrícolas. A região que foi maior alvo dessa expansão
foi a norte, pois as terras são abundantes, o clima e o solo são favoráveis e devido a reduzida
fiscalização. Contudo, vale lembrar que a cultura da soja na região Centro-Oeste/Norte tem
diminuído a biodiversidade do cerrado e da floresta Amazônica, um problema ambiental ex-
tremamente sério no território brasileiro.

 Obs.: BIRD X EUA


 Pode-se dizer que o objetivo do BIRD (Banco Interamericano de Reconstrução e
Desenvolvimento) era o fim da fome global, contudo o que o movimento da Revolução
Verde provoca é uma potencialização da dependência econômica de países como o
Brasil, Paquistão, Índia e México em relação aos Estados Unidos.

Justificativa da Revolução Verde

A principal justificativa encontrava-se na percepção que a fome no mundo estava asso-


ciada às técnicas agrárias rudimentares dos países subdesenvolvidos, estimulando a moder-
nização.

Objetivos da Revolução Verde

Os objetivos não foram alcançados, pois o problema estava associado a má distribuição,


desperdício, reduzida renda das pessoas e interesses econômicos. No Brasil, a modernização
estava voltada à exportação de alimentos e o movimento ganha força na década de 1970 com
uso de corretivos agrícolas, agrotóxicos, insumos.
Entre os resultados da Revolução Verde no Brasil podemos destacar:
• Positivo: aumento da produtividade, lucros.
• Negativo: aumento do desemprego estrutural, mecanização, perda de terras dos pe-
quenos produtores, êxodo rural.

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O desemprego estrutural é a substituição da mão de obra que antes estava vinculada

ao trabalhador rural sem vínculo empregatício (a figura do boia-fria). Quando há a inserção

do maquinário no campo, perdem-se vários postos de trabalho no meio rural, fato que faz

com que esses indivíduos se dirijam aos centros urbanos (êxodo rural) potencializando os

problemas existentes nas cidades. Entre os problemas pode-se destacar, em primeiro lugar,

a macrocefalia urbana que ocorre quando a cidade, devido ao aumento de seu contingente

populacional, não consegue mais prestar os serviços de primeira necessidade. Também há

problemas com a violência urbana, o processo de favelização e a falta da segurança pública

nas áreas de conurbação urbana. Além disso, ocorre também um processo de concentração

de terras, pois muitas vezes o pequeno produtor não consegue se inserir dentro do mercado

e acaba sendo incorporado pelos grandes latifundiários ou pelas chamadas grandes trans-

nacionais agrícolas. Em termos ambientais, também ocorre o impacto na região do cerrado,

pois cada vez mais é reduzida a biodiversidade dessa região, fruto de um processo de quei-

madas que são feitas para a preparação do solo que irá receber as monoculturas destinadas

ao mercado europeu.

Particularmente em relação a região Norte do Brasil ocorre uma área de intensa devasta-

ção denominada de arco do desmatamento:

https://florestapraque.wordpress.com/2014/06/10/como-preservar-as-florestas-do-brasil/

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Produtos Agrícolas

A agricultura brasileira tem como principais aspectos uma estrutura fundiária que con-

centra muitas terras nas mãos de poucos, uma enorme heterogeneidade, uma produção vol-

tada aos interesses do mercado externo. A maior parte da produção é destinada à exportação,

isso se deve sobretudo a modernização do campo.

A origem do Brasil remete a atividade agrícola como a mais importante, no início sua

característica eram as monoculturas na região nordestina, com mão de obra escrava e seus

produtos eram destinado à exportação, dando destaque a cana-de-açúcar, algodão e café. O

ciclo do café da primeira metade do século XVIII fez com que ampliasse a áreas para o res-

tante do país, depois que os imigrantes (principalmente italianos) desembarcassem para o

seu cultivo em terras brasileiras levando também ao cultivo de outros produtos como a soja e

laranja, dando destaque ao Vale do Paraíba (entre o Rio de Janeiro e São Paulo).

As grandes propriedades de latifúndios estão nas mãos de poucos indivíduos, com maior

concentração de terras na região Centro-Oeste do país. Os estados de São Paulo e Bahia são

grandes produtores de laranja, porém, mais do que isso, tem se destacado cada vez mais o

processo de semi-industrialização no Brasil no que se refere à transformação da laranja em

suco. Nessas regiões também é bastante comum a presença do “boia-fria”, que é o trabalha-

dor rural sem vínculo empregatício. O cultivo da banana é comum nas regiões litorâneas e no

estado do Amazonas. O café é bastante explorado nos estados de São Paulo, Minas Gerais

e Espírito Santo. Também há a produção de café de boa qualidade no sul do estado de São

Paulo e no norte do estado do Paraná, região denominada de “terra roxa”. A região Nordeste

do Brasil tem sofrido um processo de semi-industrialização para a produção de sucos de fru-

tas e isso tem promovido a geração de empregos, fato que acaba favorecendo o movimento

de retorno dos nordestinos que migraram para a região Sudeste do país, principalmente nas

décadas de 1970 e 1980. A cultura do tabaco é forte, principalmente na região Sul do Brasil.

Nessa região também é forte a produção do couro.

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A soja está relacionada ao movimento das fronteiras agrícolas. O álcool está vinculado ao

programa Proálcool, instalado durante os governos de Médici e Geisel, sendo uma alternati-

va encontrada pelo governo brasileiro em virtude do aumento intensivo do preço do barril de

petróleo ocorrida na década de 1970. Por fim, vale destacar duas atividades mais ligadas à

pecuária, que são a produção de carde de frango e a carne bovina. Estas foram afetadas por

uma crise recentemente devido a adulteração de sua qualidade, fato que acabou culminando

na operação “Carne Fraca” feita pela Polícia Federal.

Áreas Agrícolas do Brasil

A disponibilidade hídrica, a localização do país na região tropical com intensa luminosi-

dade e um solo extremamente fértil são pilares que favorecem o desenvolvimento agrícola no

Brasil. Entre todas as regiões produtoras de grãos podemos destacar o sul do país, contudo

vem ganhado espaço no cenário nacional parte da região Centro-Oeste e também a região

Nordeste. Há uma policultura na região do sertão no Nordeste brasileiro, uma vez que nessa

região a agricultura é mais voltada para a subsistência devido às grandes adversidades cli-

matológicas, destacando a região do agreste. Já em outras partes da região Nordeste, como

o Maranhão e o Piauí, há o domínio das atividades de extrativismo envolvendo a carnaúba, o

babaçu e o buriti. As monoculturas estão presentes principalmente na área do litoral existindo

também áreas de pastagens devido à presença da pecuária bovina na parte centro-oeste do

Brasil. Na região Norte há a presença de florestas o que intensifica o extrativismo, envolvendo

a madeira e os minerais presentes na região.

Agronegócio por Regiões

As regiões brasileiras são bastantes distintas quanto ao desenvolvimento do agronegócio

com diferentes problemáticas.

Veja o gráfico que representa a participação das regiões brasileiras na produção de cere-

ais, leguminosas e oleaginosas.

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Região Sul:

Os estados do sul têm grande destaque na agricultura coletiva (cooperativas) e tem como
produtos com maior participação a avicultura, o arroz, milho, feijão, soja, trigo, cebola, batata
e tabaco.
O estado de Santa Catarina mantém um elevado grau de interdependência do setor indus-
trial com o agrícola. O Rio Grande do Sul é importante na participação do chamado agrone-
gócio familiar, derivado sobretudo do modelo de colonização favorecendo a fixação do tra-
balhador rural em seu meio. Em 2004 a região respondia com 14,4% da produção frutícola,
ocupando o terceiro lugar do país.

Região Sudeste:

Durante a segunda metade dos anos 90 o Sudeste tinha a maior participação do agrone-
gócio do país, mas em tendência de queda face a expansão das fronteiras agrícolas e à ins-
talação de indústrias noutras regiões. A região possui a maior produção de frutas com 49,8%
do total nacional e concentra 60% das empresas de software voltadas para o agronegócio. O
Sudeste representou 36% do montante exportado e os produtos que mais se destacaram no

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comércio exterior na região foram o açúcar (17,27%), café (16,25%), papel e celulose (14,89%),
carnes (11,71%) e hortifrutícolas (com destaque para o suco de laranja) com 10,27%.

Região Nordeste:

No Nordeste 82,9 % da mão de obra do campo equivale à agricultura familiar. A região é


a maior produtora nacional de banana com 34% do total. Lidera, ainda, a produção da man-
dioca, com 34,7% do total. Segunda maior produtora de arroz (maior parcela do Maranhão).
Também ocupa a segunda posição na produção frutícola, com 27% da produção nacional.
Um dos grandes problemas da região são as estiagens prolongadas, mais fortes nos anos
em que ocorre o fenômeno climático do El Niño, provocando o êxodo rural, a perda de produ-
ção, minimizados seus efeitos por meio de ações governamentais de emergência, através da
construção de açudes e com a transposição do Rio São Francisco.

Região Norte:

A região Norte tem como principal característica a presença da floresta Amazônica. O


grande desafio da região é aliar a rentabilidade e produtividade com a preservação da floresta.
A região já foi responsável, por um breve período, pela produção do mais importante produto
de exportação brasileiro, no final do século XIX e começo do XX, durante o chamado Ciclo da
borracha. É a segunda maior produtora nacional de banana, respondendo por 26% do total.
Também é a segunda na produção de mandioca (com 25,9% do total), ficando atrás somente
do Nordeste. Na produção de frutas ocupa a penúltima posição, responde por 6,1% da produ-
ção nacional, à frente apenas da região Centro-Oeste.

Região Centro-Oeste:

Há cerca de trinta anos a região era quase desconhecida em seu potencial econômico. O
principal bioma é o cerrado cuja exploração foi possível graças às pesquisas para adaptação
de novos cultivos de vegetais como o algodão, trigo, cevada, e em 2004 se tornou o respon-
sável pela produção de 46% da soja, milho, arroz e feijão produzidos no país. Essa é a região

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onde a fronteira agrícola brasileira teve maior expansão. As três últimas décadas do século
XX faz com que a agricultura tenha um crescimento de 1,5 milhão de toneladas de grãos por
safra para 49,3 milhões de toneladas, em 2008 - um crescimento superior a mil e cem por
cento. Dentre os principais fatores que levaram a esse crescimento conta-se a abertura de
estradas, que facilitou o escoamento da produção. Na fruticultura a participação da região,
em dados de 2004, aponta o último lugar no país, com 2,7% do total produzido.

 Obs.: A expressão MATOPIBA é um acrônimo que se refere as iniciais dos estados do Mara-
nhão, Tocantins, Piauí e Bahia que se tornaram polos da expansão da fronteira agrí-
cola, provocando diversas transformações socioeconômicas ligadas à ampliação da
infraestrutura viária, logística e energética.

Veja a imagem a respeito da região de MATOPIBA:

https://matopibaagro.com.br/2017/12/11/matopiba-2020-projeto-que-injetara-r-50-milhoes-na-regiao-
-comeca-a-ser-executado-em-2018/

A extensão territorial do país atrelado com um abismo social e uma base da economia
vinculada ao setor primário, torna o Brasil um dos países com o maior número de conflitos de
terra. Observe a imagem a seguir a respeito das zonas de conflito de terras no Brasil.

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• Bico do Papagaio: localizado no sudeste paraense com a maior pecuária e maior pro-

víncia mineral na Serra dos Carajás, ocasionando conflitos uma vez que a política pú-

blica do capitalismo predatório não privilegia os menos favorecidos.


• Corumbiara: O massacre foi o resultado de um conflito violento ocorrido em 1995 no
estado de Rondônia. O conflito começou quando policiais entraram em confronto com
camponeses sem-terra que estavam ocupando uma área (Fazenda Santa Elisa), resul-
tando na morte de 10 pessoas, entre elas uma criança de nove anos e dois policiais.

Observe o mapa de conflitos no Brasil:

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https://pt.slideshare.net/professoruilson/a-questo-agrria-no-brasil

É importante realçar que a atividade agrícola possui diversos personagens que estão en-
volvidos em diversos conflitos, destacando-se:
• Paulista: é um grande proprietário de terra, geralmente oriundo do Centro-sul, vincula-
do a pecuária.
• Posseiro: é um pequeno produtor agrícola, sem o título ou registro da terra.

Exemplo.: MST.

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• Grileiro: é um indivíduo que se apropria da terra por meio de títulos falsificados.


• Bóia-Fria: é um trabalhador rural sem vínculo empregatício.
• Jagunço: são pistoleiros a serviços dos grandes fazendeiros.
• Povos da floresta: são grupos nativos que vivem do extrativismo de produtos florestais
como índios, castanheiros, seringueiros.
• Arrendatário: é um individuo que aluga terras e equipamentos em troca de um paga-
mento mensal em espécie (dinheiro).
• Meeiro: é um indivíduo que aluga terras e equipamentos em troca de um pagamento
com parte da produção.

Problemas da Agricultura Brasileira

A agricultura brasileira tem enormes problemas para que seja mais competitiva no mer-
cado internacional, podendo destacar:
• Sistema de transporte (60% rodoviário): não é o transporte mais adequado para ser
implantado no Brasil. Esse tipo de transporte foi implementado durante o governo de
Juscelino Kubitschek e ficou conhecido como “rodoviarismo”. É um sistema que em
muitos casos acaba encarecendo e engessando o processo comercial relacionado à
agricultura brasileira. Assim, pode-se dizer que a agricultura do Brasil só não é mais
próspera em função dos custos associados ao processo de transporte dos grãos pelas
rodovias brasileiras.
• Brasil “silos sobre rodas”: apenas 11% das fazendas têm capacidade de armazena-
mento. Isso representa a falta de subsídios promovido, entre outros organismos, pelo
BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social).
• Distribuição de terras: apenas 0,9% da população ocupa 50% das terras. Além disso, no
Brasil nunca houve um processo de reforma agrária, fato que promove uma distribuição
das terras de uma forma completamente injusta.
• Carência de mão de obra qualificada: em tempos de fronteiras agrícolas em que há um
processo de desenvolvimento da agricultura brasileira, principalmente na monocultura
de soja.

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• Contratos temporários: acabam gerando vários problemas de ordem trabalhista, a


exemplo do movimento de transumância, isto é, quando trabalhadores do campo mi-
gram de fazenda em fazenda para trabalhar nas colheitas (são os chamados “boias
frias”).
• Queimadas: juntamente com o movimento chamado de “pisoteamento” provocado pela
pecuária intensiva) acabam impactando o processo de fertilidade do solo, causando a
erosão.
• Desmatamentos: responsável pelos problemas de erosão.

Agricultura x Transporte

A comparação é inevitável e ao fazer uma análise verificamos que o transporte da safra


custa quatro vezes mais no Brasil que na Argentina. Em relação aos Estados Unidos também
não é diferente:

Assim, conclui-se que o sistema de transporte rodoviário é mais oneroso e ineficiente,


fato que acaba provocando um processo de exclusão, em termos de competição, do Estado
Brasileiro. O Brasil só não é mais competitivo atualmente devido ao fato de que o seu sistema
de transporte acaba elevando os custos da mercadoria brasileira juntamente com os custos
das tarifas alfandegárias que essas mercadorias recebem quando chegam ao seu destino.

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Tudo isso faz com que, muitas vezes, as mercadorias brasileiras sejam excluídas de proces-
sos de competição em mercados internacionais.

Condições das Estradas Brasileiras

A região Norte do Brasil conta com estradas em situação calamitosa, fato que agrava os
problemas de desabastecimento das cidades e a elevação dos custos de transporte das mer-
cadorias.

https://renovamidia.com.br/86-das-estradas-do-brasil-nao-tem-asfalto/

Reforma Agrária

Reforma agrária é o termo utilizado para designar a redistribuição fundiária (agrária ou

de terras) em um Estado. Quando há a concentração de terras nas mãos de uma pessoa ou

poucas pessoas, temos a formação dos latifúndios (grandes propriedades de terra que, por

sua extensão, não são devida e completamente exploradas).


Os latifúndios fazem com que a terra não tenha seu valor social cumprido e acarretam a
desigualdade social ao servirem apenas como fonte de enriquecimento para especuladores

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de imóveis. A reforma agrária visa, em sua essência, a uma distribuição fundiária mais justa

que contemple os agricultores menores e menos poderosos, que, em geral, praticam a agri-

cultura e a pecuária familiar.

História da Reforma Agrária no Brasil

A concentração fundiária no Brasil teve início em 1530, com a formação das capitanias

hereditárias, que eram faixas de terras brasileiras, e sua doação aos capitães donatários. Os

capitães tinham a missão de colonizar o território e produzir nele, e tinham, como contra-

partida, que pagar o equivalente a um sexto da produção em impostos à Coroa Portuguesa.

No princípio eram apenas 14 as capitanias hereditárias, distribuídas a homens que ti-

nham condições de produzir em terras brasileiras. No entanto, o sistema de colonização

não deu certo. Alguns capitães donatários desistiram da atuação ou não quiseram arcar

com os altos custos de viagem e produção em terras brasileiras. Ainda assim o território

estava concentrado nas mãos de poucos.

A partir da Independência do Brasil, em 1822, as terras passam a ser geridas por aque-

les que tinham maior poder econômico e político. A nobreza e a alta burguesia continuaram

detentoras da maior parte das terras, o que resultou num sistema desigual baseado no lati-

fúndio e existente até os dias atuais.

Após 1850 foi implantada a Lei de Terras, que resultou em práticas de apropriação e

anexação de terras por grandes proprietários via falsificação de documentos de escritura-

ção imobiliária (prática conhecida como grilagem de terras). Em outros países capitalistas,

a concentração fundiária foi eliminada ou reduzida como maneira de estimular a produção

capitalista liberal. No Brasil, no entanto, a concentração fundiária ainda perdura.

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O MST é a maior entidade de luta pela reforma agrária no Brasil.

Em 1984, após uma série de duras lutas de camponeses contra a concentração fundiá-
ria no Brasil em plena Ditadura Militar, surgiu um movimento unificado pela reforma agrária
chamado Movimento dos Sem Terra (MST). O movimento teve apoio de setores organizados
da sociedade civil e de partidos de esquerda, além do apoio posterior de entidades interna-
cionais.

Prós e Contras da Reforma Agrária

A princípio a reforma agrária é uma ação necessária em um país de práticas de concen-


tração fundiária. Quando a reforma é bem planejada, estruturada e executada, os benefícios
podem ser notados pela população. Em um sistema capitalista liberal ou em um sistema so-
cialista de governo e economia, há o entendimento de que a desigualdade social não permite
o bom desenvolvimento econômico da população. Além disso, há o entendimento de que a
terra tem um valor social que deve ser respeitado para que haja democracia e de que todos
possam usufruir dos bens propiciados por ela.
Não obstante, uma reforma agrária mal estruturada pode resultar na perpetuação, e até no
acirramento da desigualdade social, quando cria mecanismos que não permitem a aquisição
de pequenas propriedades por parte dos pequenos produtores agrícolas.
PORFíRIO, Francisco. “Reforma agrária”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/socio-
logia/reforma-agraria.htm. Acesso em 11 de maio de 2020

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Pecuária

A Pecuária Brasileira é considerada uma das melhores em todo o mundo com grande pro-
dução e produtividade. É um dos países como os maiores patamares de exportação de carne
bovina, destacando-se também na criação de aves e suínos. O meio rural brasileiro, a partir da
segunda metade do século XX, passou por um amplo processo de modernização, resultante
da industrialização intensa e urbanização acelerada da sociedade. Em virtude disso, o meio
rural passou a ser subordinado pela cidade, ao contrário do que ocorria anteriormente, o que
resultou em profundas transformações no meio produtivo.
Nesse sentido, a pecuária em nível nacional conheceu um salto produtivo, gerando mais
receita e intensificando a sua participação na produção de riquezas no país.
A criação de gado bovino no Brasil concentra-se, atualmente, em grandes propriedades,
mas pauta-se preferencialmente na produção de carne, haja vista que esse produto é o mais
valorizado e o mais voltado para a exportação. A produção de leite e seus derivados é mais
destacada em propriedades de pequeno e médio porte, uma vez que o seu mercado é somente
interno no país, geralmente regionalizado.
O Brasil possui uma das maiores pecuárias do mundo, porém alguns fatores afetam o
rendimento da pecuária brasileira, tais como:
• Inadequação da estrutura fundiária.
• Grandes distâncias entre as áreas de criação e os portos.
• Baixo nível tecnológico
• Alto preço dos medicamentos.

Aproximadamente 25% do território brasileiro é formado por pastagens naturais e arti-


ficiais. Isso acaba contribuindo para a criação do chamado “boi verde”, isto é, aquele que
é criado se alimentando da vegetação rasteira. O rebanho bovino brasileiro apresenta 213
milhões de cabeças, sendo insuficiente os pastos para alimentá-los. Mas esse problema tem
solução, pois as condições climáticas brasileiras são favoráveis.

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Classificação da Pecuária do Brasil

Pecuária Extensiva

A pecuária extensiva consiste na criação a pasto, geralmente sem grandes investimen-


tos e com a ocupação de grandes áreas, podendo ser realizada tanto em grandes latifúndios
quanto em pequenas áreas familiares. É caracterizada pelo gado solto, com certa liberdade,
considerado ideal para o chamado “gado de corte”. No Brasil, ela responde por quase 90% de
toda a atividade agropecuária realizada.
As principais vantagens da pecuária extensiva são:
• Baixa necessidade de investimentos, embora ainda existam gastos com reposição mi-
neral e suplementação, a depender do tipo de animal que está sendo criado.
• As desvantagens são a necessidade de ocupação de grandes áreas, o que pode gerar
problemas ambientais, a disponibilidade de pasto e a carência que a alimentação do
gado nesse tipo de criação possui.

Pecuária intensiva (os animais são criados em confinamento):


• áreas limitadas.
• rebanhos escassos.
• alto rendimento.
• aplicação de métodos científicos.
• destinada a produção de leite (mas também pode se destinar ao corte).
• proximidade dos grandes centros urbanos.

Exemplo.: Vale do Paraíba e Sul de Minas Gerais.

Pecuária no Brasil

Sudeste

Apresenta 37.111.436 milhões de cabeças (IBGE), destacando-se com a 3ª região do país.


A pecuária concentra-se principalmente:

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• São Paulo: Sorocaba, Presidente Prudente e Noroeste (Araçatuba).


• Minas Gerais: Triângulo Mineiro, Região de Montes Claros, Jequitinhonha.
• Espírito Santo: Extremo Norte.
• A pecuária de leite concentra-se principalmente:
• São Paulo: Vale do Paraíba, Região de Araras – Araraquara.
• Rio de Janeiro: Vale do Paraíba, Norte Fluminense.
• Minas Gerais: Sul de Minas Gerais, Zona da Mata Mineira.

Centro-Oeste

É a maior região em criação de gado bovino a qual é praticada o sistema extensivo. Apre-
senta 73.838.407 milhões de cabeças de gado (IBGE), distribuídas entre os estados de Goiás,
Mato Grosso de Sul e Mato Grosso. A pecuária é quase totalmente destinada ao corte.
As áreas que se destacam são:
• Zona do Pantanal.
• Sudeste de Goiás.
• Vale do Paranaíba.
• Sul do Mato Grosso do Sul.

Sul

É a região que apresenta o 4º maior rebanho brasileiro, tendo 28.211.275 milhões de ca-
beças. O rebanho da região Sul destaca-se pela sua qualidade, devido às condições físicas
favoráveis da região. As criações de gado são destinadas à produção de leite e ao corte.
As áreas de criação mais importantes são:
• Campanha Gaúcha (RS).
• Campos de Vacaria (RS).
• Campos de Lajes (SC).
• Campos de Guarapuava (PR).

Nordeste

Nesta região, a pecuária é do tipo extensiva, e o rendimento da criação é baixo devido


às condições físicas não favoráveis, prejudicando a produção de carne. As principais bacias

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leiteiras estão localizadas no agreste. Possui o menor rebanho com 27.836.012 milhões de
cabeças de gado.
As áreas produtoras mais importantes estão distribuídas da seguinte maneira:
• Bahia – corte e leite.
• Sertão do Nordeste – corte.
• Alagoas - Batalha – corte.

Norte

A região Norte apresenta o segundo maior rebanho brasileiro, contando com cerca de
48.616.446 milhões de cabeças de bovinos e mais de 1 milhão de bubalinos. As principais
áreas onde a pecuária é desenvolvida são:
• Ilha de Marajó.
• Alto Rio Branco.
• Litoral do Amapá.
• O estado do Pará.

Gado Ovino

O maior rebanho ovino brasileiro está concentrado no Rio Grande do Sul, contando com
mais da metade da totalidade do país, seguido da Bahia, que conta com mais de dois milhões
de cabeças destinadas à produção de carne.

Gado Suíno

O Brasil apresenta o 5º maior rebanho suíno mundial. Podemos encontrar criação de gado
suíno por todo Brasil, concentrando-se principalmente nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste.
Caro(a) concurseiro(a), como já é de costume logo após o estudo da parte teórica inicia-
lizaremos a resolução de questões que estão divididas em comentadas, fixação e de concur-
sos. Lembre-se é um momento muito importante em sua preparação, então se organize em
um ambiente silencioso, iluminado e faça com afinco as questões propostas a seguir.
Mãos à obra!

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 Observe o mapa e o texto a seguir:

Mapa para exercícios sobre agricultura brasileira*


*Disponível em: Contenidos digitales

“De grão em grão – transgênico ou não – o cultivo da soja espalhou-se por todas as regiões
do Brasil nas três últimas décadas. Ocupa hoje uma área cinco vezes e meia superior à da
Holanda. O Brasil foi, em 2003 e 2004, o maior exportador mundial de soja e vem mantendo a
posição de segundo maior produtor, após os Estados Unidos. A previsão é de que esta con-
dição de maior exportador mundial volte a ocorrer em breve, consolidando-se ao longo dos
próximos anos”.
(SCHLESINGER, S., NORONHA, S. O Brasil está nú! O avanço da monocultura da soja, o grão que cresceu
demais. Rio de Janeiro: FASE, 2006).

O mapa acima representa o avanço da produção de soja no Brasil, cuja principal consequên-
cia socioespacial foi:
a) a democratização da estrutura fundiária pelo interior do país
b) a expansão da fronteira agrícola sobre as áreas do Cerrado
c) a ampliação de reservas florestais nas áreas do Centro-Oeste
d) a diminuição dos latifúndios improdutivos no território nacional
e) o crescimento da agricultura de subsistência

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Questão 2 Ao longo da história econômica do Brasil, qual desses produtos agrícolas não
fez parte de uma prática monocultora ou de elevado impacto estrutural no país?
a) Soja
b) Cana-de-açúcar
c) Café
d) Tabaco

“ONU declara 2014 como o ‘Ano Internacional da Agricultura Familiar. A ideia é promover uma
ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento
dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam”.
(BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br)

Questão 3 A agricultura familiar no Brasil concentra-se:


a) Na região Sudeste, próxima aos grandes centros industriais do país.
b) Na região Sul, com poucas terras agricultáveis à disposição.
c) Na região Norte, junto aos domínios naturais da Amazônia.
d) Na região Centro-Oeste, contendo a frente de expansão do agronegócio.
e) Na região Nordeste, notadamente na Zona da Mata.

Questão 4 Sobre a agricultura no Brasil, leia as assertivas abaixo:


I – A mecanização agrícola e a liberação de mão de obra na agricultura foram importantes
fatores de migração da população do campo para as cidades.
II – A concentração fundiária, que se observa, entre outros estados, no Paraná e no Mato
Grosso do Sul, é fator de exprotpriação de camponeses que passam a buscar áreas da
fronteira agrícola da Amazônia ou se direcionam aos centros urbanos.
III – Os boias-frias são trabalhadores sazonais característicos da implantação de relações
capitalistas modernas no campo.
IV – O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado vi-
sando à cultura de grãos resultaram na redução da taxa de urbanização dos Estados
do Mato Grosso e de Rondônia.

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Assinale a alternativa cujas afirmativas estão corretas.


a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, II e III.

Questão 5 Chamamos de sistemas agrícolas:


a) as formas de divisão de glebas, em relação às culturas desenvolvidas.
b) o sistema de distribuição dos cultivos, em relação ao solo e todos os produtos agrícolas.
c) as formas de financiamento da produção e da comercialização dos produtos agrícolas.
d) os sistemas planejados de produção agrícola.
e) o conjunto de técnicas empregadas para obtenção da produção agropastoril.

Questão 6 Sistemas agrícolas correspondem às técnicas utilizadas ao longo da produção


agropastoril.
O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem impulsionado a
agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apoia no manejo sustentável
dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos, privilegia a preservação ambiental, a biodiversida-
de, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada de 842 mil
hectares, o setor movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil propriedades
e 174 processadoras espalhadas em diversas regiões.
(Disponível em: www.agricultura.gov. br. Acesso em: 19 Jun. 2005.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmativas a seguir.
I – Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão
de obra para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas,
constituindo-se em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II – O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que
tem permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma
razão superior à da agricultura convencional.

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III – O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgâ-


nica invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV – O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais,
pois a eliminação do uso de fertilizantes e de pesticidas químicos proporciona um au-
mento dos custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade
produtiva agrícola.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Questão 7 Assinale a alternativa que apresenta apenas características da agricultura ex-


tensiva.
a) Corresponde à prática agrícola com alta produtividade que utiliza mão de obra qualificada
e grande emprego de tecnologia.
b) Há rotação de cultura e uso excessivo de fertilizantes e insumos para aumentar a produção.
c) Produção voltada para o mercado interno. A mão de obra é rudimentar e pouco qualificada.
d) É comum o esgotamento do solo por causa do seu uso permanente.

Questão 8 No contexto da agricultura colonial brasileira, estabeleceram-se as chamadas


plantations, caracterizadas pela monocultura, formação de latifúndios e produção voltada à
exportação.
Os sistemas de plantations são característicos
a) de sistemas intensivos minifundiários
b) de sistemas agrícolas tradicionais
c) de sistemas agrícolas modernos
d) de sistemas produtivos de curta duração
e) de sistemas agroindustriais de massa

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Questão 9 (UNIFENAS) O meeiro constitui, no Brasil, um tipo característico de trabalhador


rural:
a) de cuja terra é co-proprietário.
b) que recebe em pagamento metade do salário pago na região.
c) que recebe em pagamento metade dos lucros do proprietário.
d) que paga ao proprietário metade do aluguel da terra ocupada.
e) que entrega ao proprietário metade do que produziu.

Questão 10 O maior parcelamento das propriedades, a presença de culturas diversificadas


em áreas de brejos constituem características no Nordeste, notadamente:
a) no Meio-Norte.
b) no Agreste.
c) na Zona da Mata.
d) no Sertão.
e) no Recôncavo.

Questão 11 (PUC) Entre as explorações tradicionais do Nordeste, aquela tem sido mais bem
aproveitada pela indústria moderna é a:
a) de algodão mocó.
b) da cana-de-açúcar.
c) do couro.
d) do agrave.
e) da mandioca.

Questão 12 (FGV) O litoral sul da Bahia caracteriza-se pela presença da monocultura de:
a) cana-de-açúcar
b) algodão
c) amendoim
d) cacau
e) sisal

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Questão 13 O produto que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando entre os
quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil é:
a) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
b) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia;
c) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato Grosso;
d) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais;
e) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná.

Questão 14 (OSEC) “Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa devem-se
cultivar (de preferência em cima de terraços) produtos permanentes, como a arboricultura; os
vales e as planícies ficam reservados para as culturas temporárias.”
A principal ideia contida no texto é o fato de que:
a) As técnicas agrícolas variam de acordo com os tipos de cultivo.
b) As culturas, para defesa dos solos, devem-se distribuir de acordo com o relevo.
c) As técnicas agrícolas estão na dependência dos tipos de relevo.
d) O relevo não pode interferir na escolha dos cultivos.
e) A erosão é mais intensa nas áreas montanhosas do que nas planas.

Questão 15 As primeiras áreas de cultivo do café em São Paulo e Paraná foram respectiva-
mente:
a) a Mogiana e o Planalto de Curitiba;
b) a Alta Paulista e o norte do Paraná;
c) o Vale do Paraíba e o norte do Paraná;
d) o Vale do Paraíba e o sul do Paraná;
e) o noroeste de São Paulo e do Paraná.

Questão 16 Os maiores produtores brasileiros de cana-de-açúcar e cacau são, respectiva-


mente:
a) Pernambuco e Bahia
b) Pernambuco e Ceará

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c) Ceará e Bahia
d) Paraná e Ceará
e) São Paulo e Bahia

Questão 17 (UNISA) Chamamos de sistemas agrícolas:


a) As formas de divisão de glebas, em relação às culturas desenvolvidas.
b) O sistema de distribuição dos cultivos, em relação ao solo e todos produtos agrícolas.
c) As formas de financiamento da produção e da comercialização dos produtos agrícolas.
d) Aos sistemas planejados de produção agrícola.
e) Ao conjunto de técnicas empregadas para obtenção da produção agropastoril.

Questão 18 A Reforma Agrária é fruto de um amplo debate no Brasil desde a década de


1950. Sobre Reforma Agrária, pode-se afirmar que:
a) foi implantada com sucesso no Brasil na década de 1990 e teve como resultado a igualitá-
ria distribuição das terras no Brasil, bem como o fim dos latifúndios.
b) O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foi criado para a sua im-
plantação, porém foi extinto em 1998.
c) O MST, Movimento dos Sem Terra, é um movimento camponês fundado para impedir a exe-
cução da reforma agrária no país.
d) A Reforma Agrária no Brasil fracassou devido à grande influência dos grandes produtores
rurais no meio político brasileiro.

Questão 19 O crescimento da economia brasileira desenvolveu-se sob o signo dos grandes


______ e da concentração de renda. A _______ da agricultura e a concentração ______ produzi-
ram o ________ acelerado, que se manifesta na formação das _______ urbanas. No campo, os
novos padrões de ______ impostos pelos complexos ______ continuam a provocar a ruína dos
pequenos produtores, configurando um quadro de verdadeira tragédia social.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
a) agroindustriais – produtividade – das periferias – consumo – favelas – monopólios – ru-
rais.

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b) agronegócios – produtividade – de renda – consumo – massas – investimentos – indus-


triais.
c) monopólios – crise – de terras – crescimento – franjas – consumo – urbanos.
d) monopólios – modernização – fundiária – êxodo rural – periferias– produtividade – agroin-
dustriais.
e) capitalistas – proletarização – fundiária – enriquecimento –favelas – modernização –
agroindustriais.

Questão 20 “Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela
pecuária – cerca de 35% do rebanho nacional está na região – e que pelo menos 50 milhões
de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produ-
tividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta
é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeirei-
ras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens.
Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à
pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, pos-
teriormente, foi proibido em áreas de floresta.”
(Revista Época, 3/3/2008 e 9/6/2008, com adaptações)

A partir da situação-problema descrita, conclui-se que:


a) o desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores de
valor comercial.
b) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plan-
tio de soja.
c) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o au-
mento da produtividade de pastagens.
d) o superávit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compen-
sa a possível degradação ambiental.
e) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem
contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia.

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Questão 21 O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem im-
pulsionado a agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apóia no manejo
sustentável dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos e privilegia a preservação ambiental, a
biodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada
de 842 mil hectares, o setor movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil
propriedades e 174 processadoras espalhadas em diversas regiões.
Disponível em: “<www.agricultura.gov.br.>” Acesso em: 19 Jun. 2005.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmativas a seguir.
I – Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão
de obra para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas,
constituindo-se em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II – O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que
tem permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma
razão superior à da agricultura convencional.
III – O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgâ-
nica invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV – O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais,
pois a eliminação do uso de fertilizantes e de pesticidas químicos proporciona um au-
mento dos custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade
produtiva agrícola.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Questão 22 A agricultura extensiva corresponde a um sistema agrícola com pouco capital


investido. A produtividade é baixa, e a produção é voltada para abastecer o mercado interno.
A mão de obra é pouco qualificada e sobrepõe-se à mecanização.

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Faça a correlação entre os tipos de agricultura e suas definições. Em seguida, assinale a al-
ternativa correta.

1) Agricultura tradicional
2) Agricultura moderna
3) Agricultura sustentável
4) Permacultura
 (  ) É o tipo de agricultura voltado às produções alternativas que visam à preservação do
meio ambiente, gerando menos impactos ambientais.
 (  ) É o tipo de agricultura permanente que se baseia em uma ciência holística com o obje-
tivo de manter o homem na Terra.
 (  ) É o tipo de agricultura cuja produção é desenvolvida por famílias, que visam ao seu
próprio sustento.
 (  ) É o tipo de agricultura que cultiva um único produto (monocultura), produção essa que
se desenvolve em grandes extensões de terra.
a) 3-4-1-2
b) 4-3-1-2
c) 4-2-1-3
d) 3-4-2-1

Questão 23 “A mecanização no campo está modificando as relações de trabalho no agrone-


gócio brasileiro. O trabalhador rural, antes contratado para fazer o plantio e colheita manual
de culturas como a cana-de-açúcar, café e algodão, agora está controlando máquina. (…)
As vendas de máquinas agrícolas no país são um termômetro da transformação no campo.
O número mais que dobrou nos últimos sete anos. Seja no cultivo para exportação ou para
consumo nacional, as grandes lavouras de grãos – soja, milho e feijão – já são 100% meca-
nizadas”.
CASTRO, M. Mecanização no campo muda as relações de trabalho. Estado de Minas, 14 jan. 2013. Disponível
em: http://www.em.com.br. Acesso em: 29 maio de 2015.

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A introdução de sistemas agrícolas modernos e mecanizados no Brasil reverbera em uma


transformação produtiva no campo e em um impacto socioespacial, que são, respectivamen-
te:
a) aumento da produtividade – subordinação das cidades ao campo
b) concentração fundiária – redução da jornada de trabalho
c) desemprego estrutural rural – aumento da urbanização
d) qualificação da mão de obra – abrandamento da migração campo-cidade
e) melhoria da qualidade produtiva – ruralização da economia

Questão 24 “ONU declara 2014 como o ‘Ano Internacional da Agricultura Familiar. A ideia é
promover uma ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e
entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam”.
(BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br)

A agricultura familiar no Brasil concentra-se:


a) Na região Sudeste, próxima aos grandes centros industriais do país.
b) Na região Sul, com poucas terras agricultáveis à disposição.
c) Na região Norte, junto aos domínios naturais da Amazônia.
d) Na região Centro-Oeste, contendo a frente de expansão do agronegócio.
e) Na região Nordeste, notadamente na Zona da Mata.

Questão 25 Sobre a agricultura brasileira são feitas as seguintes afirmações.


I – A mecanização da agricultura é uma das manifestações da modernização agrícola, e
trouxe consigo o êxodo rural.
II – A estrutura fundiária brasileira mantém-se excludente, na medida em que privilegia o
grande capital e as culturas de exportação, em detrimento da agricultura familiar.
III – A reforma agrária é atualmente uma das grandes questões sociais e políticas do Brasil,
congregando vários setores da sociedade e partidos políticos.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.

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b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

Questão 26 Analise as afirmativas a seguir sobre a situação da agricultura brasileira.


I – Nas últimas décadas, as divisas obtidas com as exportações agrícolas têm revertido
principalmente em benefício dos setores urbano-industriais.
II – Apesar do desenvolvimento capitalista, a maioria dos 17,5 milhões de trabalhadores
agrícolas participa de unidades familiares de produção.
III – A produção volta-se primordialmente para as culturas alimentares destinadas ao mer-
cado interno, cujo poder aquisitivo estimula a atuação dos grandes produtores capi-
talistas.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é(são):


a) apenas III.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

Questão 27 Em 1994, a FAO e o INCRA diferenciaram os dois principais modelos de produ-


ção agropecuária do Brasil: patronal e familiar. Assinale a alternativa em que aparecem as
características que melhor representam o modelo familiar.
a) Trabalho e gestão intimamente relacionados / trabalho assalariado predominante / agri-
cultura de capital intensivo.
b) Ênfase em práticas agrícolas padronizáveis / tendência à especialização produtiva / a pro-
priedade é o local de residência.
c) Separação entre gestão e trabalho / lucro é o fator determinante de todas as ações / ênfase
na diversificação produtiva.

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d) Agricultura de capital intensivo / trabalho assalariado predominante / prevalência de práti-


cas agrícolas padronizáveis.
e) Trabalho e gestão intimamente relacionados / ênfase na diversificação produtiva / trabalho
assalariado complementar.

Questão 28 Abaixo estão relacionadas algumas características da produção agrícola fami-


liar e da grande empresa agrícola no Brasil:

1) trabalho e gestão intimamente relacionados.


2) trabalho assalariado predominante.
3) predomínio da especialização da produção.
4) trabalho assalariado complementar.
5) trabalho e gestão completamente separados.
São características da produção agrícola:
a) Familiar: 1 e 2, Grande Empresa: 3, 4 e 5
b) Familiar: 1 e 4, Grande Empresa: 2, 3 e 5
c) Familiar: 3, 4 e 5, Grande Empresa: 1 e 2
d) Familiar: 1, 2 e 3, Grande Empresa: 4 e 5
e) Familiar: 4 e 5, Grande Empresa: 1, 2 e 3

Questão 29 Os dados apresentados referem-se:


a) ao arroz.
b) à soja.
c) à mandioca.
d) ao algodão.

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e) ao milho.

Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão
cresceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.
(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em 18.05.2019. Adaptado)

Questão 30 O texto descreve a expansão da produção


a) do café pela mata atlântica.
b) da soja pelo cerrado.
c) do milho pela caatinga.
d) da cana de açúcar pela mata atlântica.
e) do cacau pela floresta amazônica.

Questão 31 Leia os textos sobre dois importantes cultivos brasileiros.


I – No início da década de 1980, apenas 20% da produção brasileira de X era obtida no
Cerrado que, em 1990, contribuía com cerca de 40% da produção nacional. Mostrando
grande potencial, em 2017, o Cerrado foi responsável por 60% da produção nacional.
II – O Brasil é o maior produtor mundial de Y, sendo que São Paulo, além de apresentar
elevada produtividade, responde por 55% da área plantada no país.

Nos textos, X e Y correspondem, respectivamente, aos seguintes produtos:


a) milho e feijão.
b) arroz e milho.
c) soja e cana-de-açúcar.
d) cana-de-açúcar e laranja.
e) laranja e soja.

Questão 32 Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas déca-
das de 1970 e 1980. No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-

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-Sul, vislumbrava-se a perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades.


No horizonte camponês, as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então
recente processo de mecanização das lavouras do Sul avistavam um pedaço de terra e o re-
começo da vida. O movimento migratório rumo ao Eldorado atinge proporções consideráveis
e faz brotar cidades no meio do nada.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)

O texto descreve
a) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
b) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
c) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
d) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
e) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém- Brasília.

Questão 33 Na década de 60, a Região Centro-Oeste iniciou um processo de modificação


de sua estrutura produtiva, impulsionada pela ação estatal [...]. Ocorreu a multiplicação de
diversos novos municípios nas áreas de fronteira, como é o caso do norte de Mato Grosso [...].
Diante desta forma de ocupação populacional, surgiu um novo tipo de atividade agrícola [...]
(CUNHA, 2006). Sobre a produção agrícola que se desenvolveu neste momento, e que perdura
até os dias atuais, assinale a alternativa incorreta.
a) Produção de monoculturas
b) Utilização de sementes geneticamente modificadas
c) Proibição do uso de defensivos agrícolas
d) Utilização da agricultura mecanizada

Questão 34 O último recenseamento agropecuário foi realizado em 2006. Os doze anos que
separaram os dois censos não devem alterar o fato de que, no país, predominam
a) os cultivos permanentes fortemente mecanizados.
b) as terras produtivas ocupadas por posseiros.
c) as grandes propriedades rurais acima de mil hectares.
d) os minifúndios que ocupam metade das terras rurais.
e) as pastagens destinadas à criação de gado leiteiro.

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Questão 35 A criação de gado foi a principal atividade econômica que consolidou a ocupa-
ção do município de Boa Vista, no entanto, a partir de 2000, o rebanho bovino do município
apresentou significativo decréscimo, no qual perfazia um total de 42.000 cabeças; e, em 2013,
o total de bovinos no município foi de 27.778 cabeças (IBGE, 2013). Este decréscimo deveu-
-se, principalmente:
a) ao deslocamento da pecuária, dos tradicionais campos e savanas para as áreas de flores-
tas do sul do estado, pois, atualmente nas áreas de savanas vem se consolidando o setor de
agronegócios, especialmente o cultivo de soja.
b) ao deslocamento da pecuária para porção norte do estado, em especial para as terras indí-
genas São Marcos e Raposa Serra do Sol.
c) ao processo de modernização das instalações agropecuárias com certo nível de aplicação
tecnológica no sul do estado.
d) ao deslocamento da pecuária das áreas de florestas para as áreas savanas do sul do esta-
do, que vem se destacando com a produção de gado de corte.
e) ao incentivo da produção de gado leiteiro nas terras indígenas waimiri atroari, incentivada
pelas políticas de incentivo à produção indígenas e a facilidade de escoamento da produção
para o Amazonas, através da BR-174.

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Questão 36 Tendo como referência o texto precedente, julgue os itens seguintes, a respeito
de questões regionais e dos contrastes delas derivados. O vale do São Francisco se destaca
por seu potencial econômico, sendo reconhecido como um grande produtor de frutas do país.

Questão 37 Julgue os itens subsequentes, a respeito da evolução da estrutura fundiária ru-


ral e dos movimentos demográficos no território brasileiro. A agricultura científica e o agro-
negócio têm impacto direto na concentração fundiária e no mercado de trabalho no campo,
pois as empresas agrícolas compram ou arrendam vastas extensões de terra para o cultivo
e geram empregos especializados, impondo novas relações de trabalho para os agricultores,
que não têm condições técnicas e financeiras para competir com esse modelo de agricultura.

Questão 38 A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela re-
lacionados, julgue os itens a seguir. Um dos maiores exportadores de soja do mundo, o Brasil
enfrenta gargalos logísticos ligados ao armazenamento e ao escoamento.

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Questão 39 A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela rela-
cionados, julgue os itens a seguir:
Grande parte da produção agrícola brasileira é exportada por meio do porto de Paranaguá,
onde chega por meio principalmente ferroviário, o que permite compensar as longas distân-
cias que os grãos percorrem da lavoura ao litoral.

Questão 40 A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela rela-
cionados, julgue os itens a seguir:
Quatro estados (Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo) destacam‐se na produção de grãos,
com cerca de dois terços do total nacional.

Questão 41 A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela rela-
cionados, julgue os itens a seguir:

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Com os preços das terras elevados e um relevo não muito favorável à mecanização, a região
do Matopiba, que foi difundida como nova fronteira agrícola nacional, já não é tão atrativa
para o grande produtor e para empresas rurais.

Questão 42 A formação socioespacial da agropecuária de Alagoas é um processo histórico


marcado por vários ciclos econômicos, iniciando-se com o pau-brasil, o algodão e passando
pela pecuária e cana-de-açúcar. Considerando essas informações, julgue os itens seguintes,
referentes à agroindústria alagoana. As usinas de cana-de-açúcar vinculam-se diretamente
ao agronegócio exportador brasileiro, sendo na Zona da Mata a concentração desse tipo de
usina em Alagoas.

Questão 43 Considerando as informações apresentadas e os múltiplos aspectos a elas rela-


cionados, julgue os itens subsequentes, relativos à economia do estado de Alagoas. As usinas
do setor sucroalcooleiro são consideradas indústrias de médio e grande porte, o que decorre
da transformação da cana-de-açúcar em produtos do agronegócio, como o açúcar e o álcool.

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GABARITO
1. b 28. b
2. d 29. b
3. c 30. b
4. e 31. b
5. e 32. b
6. a 33. c
7. c 34. c
8. b 35. a
9. e 36. c
10. b 37. c
11. a 38. c
12. d 39. e
13. e 40. e
14. b 41. e
15. c 42. c
16. e 43. c
17. e
18. d
19. d
20. e
21. a
22. a
23. c
24. c
25. e
26. b
27. e

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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Observe o mapa e o texto a seguir:

Mapa para exercícios sobre agricultura brasileira*


*Disponível em: Contenidos digitales

“De grão em grão – transgênico ou não – o cultivo da soja espalhou-se por todas as regiões
do Brasil nas três últimas décadas. Ocupa hoje uma área cinco vezes e meia superior à da
Holanda. O Brasil foi, em 2003 e 2004, o maior exportador mundial de soja e vem mantendo a
posição de segundo maior produtor, após os Estados Unidos. A previsão é de que esta con-
dição de maior exportador mundial volte a ocorrer em breve, consolidando-se ao longo dos
próximos anos”.
(SCHLESINGER, S., NORONHA, S. O Brasil está nú! O avanço da monocultura da soja, o grão que cresceu
demais. Rio de Janeiro: FASE, 2006).

O mapa acima representa o avanço da produção de soja no Brasil, cuja principal consequên-
cia socioespacial foi:
a) a democratização da estrutura fundiária pelo interior do país
b) a expansão da fronteira agrícola sobre as áreas do Cerrado
c) a ampliação de reservas florestais nas áreas do Centro-Oeste
d) a diminuição dos latifúndios improdutivos no território nacional
e) o crescimento da agricultura de subsistência

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Letra b.
O mapa e o texto demonstram o crescimento produtivo da soja no Brasil ao longo dos últi-
mos tempos. Com respeito a esse crescimento, uma das consequências mais notórias foi a
expansão da fronteira agrícola sobre o espaço do Cerrado, graças às técnicas agrícolas que
permitiram o cultivo sobre solos ácidos, como os do Centro-Oeste brasileiro.

Questão 2 Ao longo da história econômica do Brasil, qual desses produtos agrícolas não
fez parte de uma prática monocultora ou de elevado impacto estrutural no país?
a) Soja
b) Cana-de-açúcar
c) Café
d) Tabaco

Letra d.
O Brasil, em sua história agrícola, passou por vários ciclos, dos quais se destacaram o da ca-
na-de-açúcar durante o período colonial, o do café e, mais recentemente, o da soja. O tabaco,
apesar de também produzido no país, nunca ganhou o protagonismo econômico dos demais.

“ONU declara 2014 como o ‘Ano Internacional da Agricultura Familiar. A ideia é promover uma
ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento
dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam”.
(BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br)

Questão 3 A agricultura familiar no Brasil concentra-se:


a) Na região Sudeste, próxima aos grandes centros industriais do país.
b) Na região Sul, com poucas terras agricultáveis à disposição.
c) Na região Norte, junto aos domínios naturais da Amazônia.
d) Na região Centro-Oeste, contendo a frente de expansão do agronegócio.
e) Na região Nordeste, notadamente na Zona da Mata.

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Letra c.
A agricultura familiar concentra, atualmente, mais de 80% de suas terras na região Norte do
país, fruto da expansão da fronteira agrícola e da difusão de latifúndios pelas demais regiões
do território nacional.

Questão 4 Sobre a agricultura no Brasil, leia as assertivas abaixo:


I – A mecanização agrícola e a liberação de mão de obra na agricultura foram importantes
fatores de migração da população do campo para as cidades.
II – A concentração fundiária, que se observa, entre outros estados, no Paraná e no Mato
Grosso do Sul, é fator de exprotpriação de camponeses que passam a buscar áreas da
fronteira agrícola da Amazônia ou se direcionam aos centros urbanos.
III – Os boias-frias são trabalhadores sazonais característicos da implantação de relações
capitalistas modernas no campo.
IV – O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado vi-
sando à cultura de grãos resultaram na redução da taxa de urbanização dos Estados
do Mato Grosso e de Rondônia.

Assinale a alternativa cujas afirmativas estão corretas.


a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, II e III.

Letra e.
a) Certa. A mecanização agrícola foi um dos fatores que contribuíram para a concentração de
terras nas áreas rurais do interior do país, resultando na expansão do êxodo rural.
b) Certa. Uma grande parcela de pequenas propriedades familiares passou a incorporar gran-
des áreas fundiárias nos estados citados, bem como em outras partes do Brasil, direcionando
a população rural para as cidades e para as frentes pioneiras agrícolas.

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c) Certa. Os boias-frias são trabalhadores sazonais, ou seja, conseguem empregos durante
uma época do ano, geralmente no corte da cana ou na colheita de alguns produtos primários.
d) Errada. O avanço da pecuária no Norte do país contribui para o avanço da urbanização por
meio do aumento da migração campo-cidade.

Questão 6 Sistemas agrícolas correspondem às técnicas utilizadas ao longo da produção


agropastoril.
O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem impulsionado a
agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apoia no manejo sustentável
dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos, privilegia a preservação ambiental, a biodiversida-
de, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada de 842 mil
hectares, o setor movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil propriedades
e 174 processadoras espalhadas em diversas regiões.
(Disponível em: www.agricultura.gov. br. Acesso em: 19 Jun. 2005.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmativas a seguir.
I – Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão
de obra para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas,
constituindo-se em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II – O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que
tem permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma
razão superior à da agricultura convencional.
III – O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgâ-
nica invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV – O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais,
pois a eliminação do uso de fertilizantes e de pesticidas químicos proporciona um au-
mento dos custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade
produtiva agrícola.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.

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b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Letra a.
I – Correta.
II – Correta.
III – Incorreta. O consumo de agrotóxicos é pauta de diversos debates no Brasil, principal-
mente por estar associado a questões de saúde. Sendo assim, mesmo que haja aumento das
propriedades que pratiquem a agricultura orgânica, a agricultura comercial sobressai-se.
IV – Incorreta. A agricultura orgânica é sim praticável em propriedades rurais pequenas. Mes-
mo que haja aumento do custo de produção, há aumento na venda do produto orgânico tam-
bém, que costuma ser mais caro que os convencionais.

Questão 8 No contexto da agricultura colonial brasileira, estabeleceram-se as chamadas


plantations, caracterizadas pela monocultura, formação de latifúndios e produção voltada à
exportação.
Os sistemas de plantations são característicos
a) de sistemas intensivos minifundiários
b) de sistemas agrícolas tradicionais
c) de sistemas agrícolas modernos
d) de sistemas produtivos de curta duração
e) de sistemas agroindustriais de massa

Letra b.
As plantations, embora apresentem uma acentuada produtividade, são atividades monocul-
toras historicamente consolidadas no campo e que fazem uso de técnicas há muito tempo
desenvolvidas, com elevado emprego de mão de obra, um traço característico dos sistemas
agrícolas tradicionais.

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Caro(a) concurseiro(a), mais uma etapa vencida e reitero meus votos de sucesso, pois
se chegou nesse ponto já é um vencedor e o momento de sua consagração se avizinha cada
vez mais. Como já é de praxe ao encerrar mais uma aula, renovo meus agradecimentos, meu
muito-obrigado pela confiança depositada na equipe do Gran Cursos Online e até o próximo
encontro.
Abs.
Júlio Santos

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