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O CERRADO EM RETALHOS
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Observa-se desse estudo que foi o modo de sua inserção na economia mundial,
que o definiu como um território desigual, que nega seu bioma e sua diversidade,
culminando no resultado atual desastroso de mais de 50% de “área convertida”, onde se
vê no lugar da vegetação nativa, espaços abertos ocupados por pastagens, conforme dados
apontados pelo Núcleo de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de
Goiás (UFG).
Sabe-se que o Cerrado é o segundo maior bioma da América Latina, ocupa 24%
do território nacional, é o berço das águas, abastecendo os três maiores bacias
hidrográficas da América do Sul (Araguaia-Tocantins, São Francisco e Paraná),
alimentando três dos maiores aquíferos do mundo (Urucuia, Bambuí e Guarani), e ainda
sim a sua invisibilidade predomina, pois não faz parte de um plano nacional de
monitoramento via satélite contínuo, como é o caso da Amazônia.
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O “avanço” econômico que para alguns trata-se de ilusão, ocorreu sob a pressão
das técnicas de cultivo predatórias, o autor de Raízes do Brasil, Holanda define em sua
obra que “a verdade é que a grande lavoura, conforme se praticou e ainda se pratica no
Brasil, participa, por sua natureza perdulária, quase tanto da mineração quanto da
agricultura”.
Na visão de José de Souza Martins, nada poderia ser mais contraditório com esse
imaginário do “Eldorado” que o significado objetivo da fronteira o “território da morte e
o lugar de renascimento e maquiagem dos arcaísmos mais desumanizadores”, razão pela
qual no contexto do cerrado, a natureza se apresenta de forma sombria, alheia aos dramas
do ser humano.
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mercantil, não diferente vivencia sua crise, para o agrobusiness com o avanço da
agricultura, especialmente na plantação de soja e grãos.
Dentro dessa perspectiva, é possível perceber sob o relato do autor Sandro Dutra
e Silva, que a relação do mundo sertanejo do interior de Goiás, com a natureza possui
conflito fundamental em sua ordem social, dado à precariedade das condições de vida da
população pobre, enquanto essa marginalizada, desprovida de conhecimento e de meios
técnicos, lhe sendo privado o acesso a propriedade territorial, razão que reforça o sentido
de ilusão desse “progresso”.
Dado a isso, o mesmo autor, afirma que a proposta de Worster, sob a abordagem
dos retratos sem retoque da miséria trazida nas narrativas de Bernardo Élis, faz com que
esse cruzamento, permita percorrer por novos caminhos mais proveitosos, como se esses
caminhos pudessem trazer mais benefícios reais entre o universo do humano com a
natureza.
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Afirma o nobre pesquisador ainda sob esse prisma, que a teoria da Tectônica de
Placas, lhes asseguram relação com a mudança climática, fenômenos como El Niño e La
Niña, uma vez que a interação das placas com a teoria de Sistemas, trabalhada pela Física
Quântica, explicam dados relacionados com a teoria do Caos, elementos fundamentais
para compreender a globalidade de um sistema biogeográfico, como é o Cerrado.
Ainda que a alienação possa ser o elemento mais presente em todo esse
desequilíbrio, a comparado como uma visão míope do conhecimento global do ambiente,
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e estando o homem inserido nele, reforça o digno pesquisador Prof. Altair Sales Barbosa,
que não duvidemos da ciência, todo o futuro que nos aproxima com os resultados da
engenharia genética, as possibilidades incertas da inteligência artificial, a vida biônica,
considerando inclusive a existência de outras vidas, sejamos corajosos a conhecer,
buscando insistentemente o conhecimento do que somos e do que dependemos.
Referências Bibliográficas
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