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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA
ASPECTOS HISTÓRICOS E ATUAIS DA DINÂMICA POPULACIONAL

CARLOS ALBERTO ALVES DE MOURA JÚNIOR


JOSELITO DA SILVEIRA JÚNIOR
YTHALO HUGO DA SILVA SANTOS

RESUMO
ARMAS, GERMES E AÇO: Maçãs ou índios; Zebras, casamentos infelizes e o
princípio Anna Karenina; Vastos céus e eixos inclinados.

Natal/RN
2018
Retomando a questão apresentada anteriormente, o texto aborda duas possíveis
explicações sobre a diferença de tempo para o desenvolvimento da agricultura em
diferentes lugares, as quais são: (1) problemas com os povos ou (2) problemas com as
plantas silvestres disponíveis. Posteriormente, o autor relata a relação do
desenvolvimento da agricultura com a localização geográfica ao identificar o espaço
conhecido como Crescente Fértil. Uma vez que este espaço apresenta plantas que se
desenvolvem de forma sazonal e apresentam boa estrutura para servir como alimento,
foi possível notar um grande desenvolvimento dessa área por meio da criação da escrita
e grandes cidades.

A seleção humana dos animais mais úteis e as respostas evolutivas automáticas


dos animais à alteração das forças da seleção natural que agem em ambientes humanos,
são aspectos que distinguem os animais domesticados de seus ancestrais selvagens. Dos
148 grandes mamíferos herbívoros terrestres selvagens do mundo, apenas 14 foram
domesticados no século XX, desses, só cinco espécies se espalharam e passaram a ter
grande importância em todo o mundo. A domesticação envolve a transformação dos
animais selvagens em algo mais útil para os seres humanos. Considera-se como um
candidato a domesticação, qualquer espécie mamífera herbívora ou onívora pesando, em
média, mais de 45 quilos.

A Eurásia foi o principal local de domesticação dos grandes mamíferos, em


parte, isso se dá pelo fato do continente possuir o maior número de espécies candidatas,
além de sua grande extensão e diversidade biológica. Entre os milhares de povos
culturalmente diversos em outros continentes, nenhum tabu cultural universal impediu a
domesticação de animais, isso indica que a explicação para a falta de domesticação de
mamíferos fora da Eurásia está nos mamíferos selvagens disponíveis na região, e não
nos povos. O princípio Anna Karenina explica um aspecto da domesticação animal em
que os seres humanos e a maioria das espécies animais formam um casamento infeliz,
por uma ou mais de muitas razões possíveis: dieta, taxa de crescimento, hábitos de
acasalamento, índole, tendência ao pânico e várias características distintas de
organização social. Esse princípio eliminou quase todos os candidatos a domesticação.

A forma e posições dos continentes impulsionaram as diferenciações dos eixos de


expansão e seus respectivos ritmos, tanto da agricultura e pecuária, como também da
disseminação da escrita, da roda e outras invenções. Este fato, principalmente a
expansão da produção de alimentos vai possibilitar diferenças geográficas do
surgimento das armas, dos germes e doa aço. Com base nisso o autor se pergunta que
efeito tiveram essas diferenças nas direções dos eixos? A resposta incide no fato no fato
de que a o sentido da expansão ditou seu ritmo, visto a fácil adaptação de plantas e
animais as mesmas latitudes, fazendo com que regiões com rápida disseminação da
produção não necessitasse domesticar planas ou animais de forma independente, se
aproveitando assim de um progresso realizado no local de origem. Já as regiões dos
eixos com expansão mais lenta, perderam a oportunidade de conhecer e reproduzir as
domesticações já realizadas nos locais de origem, gerando várias domesticações
independentes.

Essa expansão mais acelerada de leste-oeste só foi possível visto as combinações


de características climáticas, de duração do dia, de habitat, entre outras, que
possibilitaram a adaptação de plantas e animais para nas mesmas latitudes. Fato que era
difícil de ocorrer com as expansões norte e sul. Essas expansões acabaram, de forma
indireta, disseminando tecnologia, na medida em que os estas eram usadas para carregar
comidas e animais para outras áreas e como forma de comunicação e orientação, como a
roda e a escrita.

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