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HISTÓRIA E

GEOGRAFIA DE
GOIÁS
Aspectos Socioeconômicos da História
de Goiás

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS
Aspectos Socioeconômicos da História de Goiás
Cleber Monteiro

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Aspectos Socioeconômicos da História de Goiás..........................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
Primeiras Bandeiras no Território Goiano..........................................................................................................5
Economia Goiana após a Decadência da Mineração. ...................................................................................11
A Agropecuária nos Séculos XIX e XX................................................................................................................15
Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília...........................................18
Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano................................................... 22
Resumo................................................................................................................................................................................27
Questões de Concurso................................................................................................................................................ 28
Gabarito...............................................................................................................................................................................46
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................47
Referências........................................................................................................................................................................ 72

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Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)!

Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado
em Geografia e pós-graduado em coordenação pedagógica e supervisão escolar. Aprovado
nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PM-SP) e Polícia Militar do estado
de Santa Catarina (PM-SC). Atualmente sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II em Bra-
sília e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados
e municípios. E agora estamos juntos pelo Gran Cursos, para que você possa conseguir a sua
tão sonhada aprovação no serviço público.
Como em todas as outras disciplinas, iremos usar estratégia para que você poupe seu
tempo e consiga assimilar o maior número de conhecimento necessário para a sua prova.
Ao longo desse material você encontrará dicas e lembretes que ajudarão na compreensão
do conteúdo. Lembre-se, querido(a) candidato(a), de que só faz uma boa prova quem pratica
constantemente, portanto faça o maior número de questões possíveis!
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua
aprovação. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum que terei um enorme prazer em
te atender. Espero que você goste do nosso material e faça um excelente uso dele.

Cleber Monteiro – @Profclebermonteiro

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ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA HISTÓRIA DE GOIÁS


Introdução
A colonização portuguesa ocorreu como uma forma de domínio territorial, dispondo con-
tornos continentais com os processos de ocupação da terra. Os artifícios para o triunfo das
empreitadas de expansão podem se explicar por diversas maneiras; uma vez que Portugal foi
um império oceânico estruturado a partir das experiências acumuladas e diversidade de povos
e terras em sua organicidade – e por muito também os dispositivos de controle e sujeição
desses povos.
Ainda com a propensão inicial do império lusitano por um regime colonial litorâneo e a
concentração dos centros povoadores nas costas do território, a coroa portuguesa converteu
a lógica de ordenação colonial com a ampliação para o interior do território. Os núcleos cos-
teiros do povoamento da colônia de Portugal detinham de um aparelho econômico voltado
às atividades extrativistas, à pecuária, mas o protagonismo era, essencialmente, das práticas
canavieiras.
Desse modo, a economia colonial baseava-se, principalmente, na demanda de um mer-
cado externo abastecido por um sistema monocultor de cana-de-açúcar pelo extrativismo e
mais tarde pelo café. A composição sistemática econômica dos primeiros séculos da colônia
lusitana desatendeu às necessidades do mercado interno e do abastecimento dos centros
populacionais que acolhiam as demandas de exportação.
Os traçados das campanhas de interiorização e a agropecuária voltada para o abasteci-
mento familiar, local e regional incentivaram o processo migratório e, consequentemente, a
ocupação e a fixação de colonos nas regiões mais interioranas, incorporando novas áreas e
ampliando as fronteiras do território brasileiro. Por assim, a extensão do território das terras
portuguesas se principia, fundamentalmente, pelo esquema de bandeiras.

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Fonte: (PETRONE, Pasquale. Povoamento e Colonização. In: AZEVEDO, Aroldo de (org.). Brasil: a terra e o
homem. A vida humana, v. II. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1970)

Primeiras Bandeiras no Território Goiano


O início da história do Goiás ocorreu com o avanço os bandeirantes, oriundos de São Paulo,
na procura por ouro, no final do século XVII e início do século XVIII. O encontro entre nativos
indígenas, negros e os bandeirantes foi importante para a formação cultural do estado, deixan-
do como herança diversas cidades históricas, como Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Goiás,
antiga Vila Boa e primeira capital do Goiás. O nome do Estado tem sua origem na sociedade
indígena “guaiás”, que é do termo tupi “gwaya”, que significa “indivíduo igual, gente semelhante,
da mesma raça”.
As Bandeiras eram expedições financiadas pela Coroa Portuguesa, para ter expansão terri-
torial, extração de minérios, captura de escravos e acúmulo de riquezas. Os membros dessas
expedições eram conhecidos como bandeirantes.
Bartolomeu Bueno da Silva, denominado pelos indígenas como Anhanguera, foi o primeiro bandei-
rante a ocupar o Goiás. Mas a região já era conhecida e estava presente na rota dos Bandeirantes
durante o primeiro século de colonização. As primeiras Bandeiras tinham o objetivo de explorar o
interior procurando riquezas minerais e, também, para a captura de índios.

Os nativos, assustados, entregaram a localização das minas e apelidaram Bartolomeu de


“Anhanguera”, que em tupi quer dizer “Diabo Velho”. Antes de irem embora carregando o ouro,
levaram algumas dezenas de indígenas como escravos. Assassinaram outra centena deles.
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A expedição de Bartolomeu Bueno da Silva saiu de São Paulo com a meta de conseguir
novas riquezas pelo interior do Brasil, até chegar a terras desconhecidas, onde atualmente é o
estado do Goiás. Bartolomeu ficou surpreso com os adereços feitos com ouro que cobriam os
índios. O bandeirante perguntou a uma indígena a origem do ouro, mas os nativos não forne-
ceram a informação desejada. Indignado, ele encheu um recipiente com álcool e ateou fogo,
e disse aos índios que aquilo que queimava era sua água e que, se não falassem onde estava
o ouro, iria colocar fogo em toda água da aldeia. Os nativos ficaram assustados e entregaram
onde ficavam as minas.
Os bandeirantes voltaram a São Paulo, divulgando a descoberta de córregos auríferos, e
afirmavam que as minas eram tão ricas quanto as de Cuiabá, com ótimo clima e fácil comuni-
cação. Anos depois, os bandeirantes organizaram uma nova expedição para explorar o territó-
rio, sendo Bartolomeu um superintendente das minas e João Leite da Silva Ortiz o guarda-mor.
A primeira região ocupada foi a do Rio Vermelho, onde criaram o arraial de Sant’Ana, posterior-
mente chamado de Vila Boa e mais tarde de Cidade de Goiás.

Candidato(a), é importante lembrar que a descoberta de ouro em Goiás não foi algo casual. Foram
anos penetrando o sertão adentro caçando índios e procurando ouro, prata e pedras preciosas.

Desenvolveu-se um fluxo populacional de mineradores que sustentavam uma sociedade


escravocrata, ou seja, mão de obra escrava resultante do extermínio dos indígenas daquela
região e de povos africanos, que fundamentam a sociedade goiana até hoje. As dificuldades
sofridas pelos novos habitantes foram várias, entre elas a escassez de gêneros de primeira
necessidade, pois ninguém queria realizar outra atividade a não ser a extrativa.
Por ter pouco entendimento sobre a configuração social dos povos indígenas daquela re-
gião, compreenderam-se as áreas entre o Sudeste e o Centro-Oeste como o sertão dos Goya-
zes, uma delimitação superficial para se referir aos povos indígenas das terras que viviam
próximos do Rio Vermelho. Mas, para entendimento mais aprofundado da ocupação daquela
terra, vamos identificar os povos que sofreram ataques brutais durante a consolidação da re-
gião aurífera que se tornaria a capitania do Goiás. Desde a presença do primeiro minerador
houve conflitos com os indígenas, principalmente Kayapó ao sul e Akroâ e Xacriabá ao norte.
Até a fundação da Capitania do Goiás, no ano de 1748, a região foi marcada por conflitos
entre colonizadores e os povos indígenas. A política da Coroa Portuguesa relativa aos nativos
recomendava às autoridades coloniais todo o empenho nos trabalhos de conversão e catequi-
zação dos índios. A escravização do nativo, em tese, só era admitida como exceção, na hipóte-
se de resistência do índio a colonização, o que se chamava à época de “guerra justa”.

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Fonte: Disponível em: https://docplayer.com.br/76520994-Os-aldeamentos-indigenas-no-caminho-dos-goia-


ses-guerra-e-etnogenese-no-sertao-do-gentio-cayapo-sertao-da-farinha-podre-séculos-xviii-e-xix.html. Acesso
em: 10 out. 2021

É importante lembrar que a resistência indígena é um fenômeno recorrente na história da


ocupação portuguesa. Porém, além do genocídio físico e cultural indígena durante o processo
de conquista para a mineração, temos a fluidez intensa do tráfico humano disposta com a es-
cravidão da mão de obra africana. Entende-se aqui o corpo africano não somente como mão

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de obra, mas como “produto”; as minas demonstram o mais impiedoso e brutal histórico das
práticas de escravidão na colônia portuguesa. Assis afirma que:

A escravidão das minas apresentava-se como mais opressiva que nas regiões agrícolas. A fisca-
lização mais intensa por parte do senhor e a insalubridade do ambiente das minas comprovam a
intensificação da exploração dos escravos. O grande número de quilombos surgidos em Goiás, às
margens dos caminhos que ligavam os vários arraiais, demonstra a campanha intensa do negro
contra o sistema escravista, difundindo a insegurança em meio à sociedade mineradora e determi-
nando a vigilância constante por parte das autoridades e suas milícias.
Fonte: (ASSIS, Wilson Rocha Fernandes. Estudos de História de Goiás. Goiânia, GO: Palavrear Livros, 2018)

A partir de 1725, o território goiano começou a sua produção aurífera. Vários arraiais foram
se formando onde ocorriam as novas descobertas, sendo o ouro extraído fundido na Capitania
de São Paulo. Os primeiros arraiais são criados próximo ao rio vermelho, Anta, Barra, Ferreiro,
Ouro Fino e Santa Rita, contribuindo para a atração da população. À medida que vão surgindo
novos descobertos, os arraiais vão se multiplicando por todo o território. Veja a seguir alguns
arraiais criados por conta da produção aurífera.
Foi uma época intensa, apesar de breve, tendo em vista que as técnicas de extração aurí-
fera se davam através do processo de aluvião, sempre às margens ou leitos dos rios, exigindo
uma exorbitante quantidade de mão de obra escrava, cerca de 20 mil escravos, trazidos de
Pernambuco, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, o que gerava grandes gastos na compra
e transporte, fazendo com que o número de exploradores detentores das maiores produções
fosse reduzida, sobrando para àqueles audazes com pouca mão de obra apenas a garimpa-
gem de baixo proveito.

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Mesmo com todo o empenho que era destinado para a impedir o contrabando, como, por
exemplo, a criação das casas de fundição, isolamento de minas, proibição de caminhos não
oficiais, rigorosas revistas e aplicação de castigos severos aos que fossem pegos praticando;
o contrabando era algo presente devido basicamente a dois motivos:
• primeiro à insatisfação do povo em relação a parte do seu trabalho, que era voltada ao
governo; e
• em segundo, em razão da incapacidade de controle efetivo de uma região enorme.

Assim, o ouro tornou-se objeto de contrabando, que se manteve no território goiano.


Dados disponíveis sobre a produção aurífera na época são imprecisos por não serem re-
sultado de trabalho estatístico, o que favorece para uma diferença de informações obtidas

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em obras distintas, mesmo assim retratam uma produção menor ao ser comparado com a de
Minas Gerais. Segundo pesquisa, a produção do ouro em Goiás de 1730 a 1734 atingiu 1.000
kg, sendo o auge da produção em 1750 a 1754, totalizando 5.880 kg. Existem relatos de que o
ano com maior produção foi o de 1753. Veja a tabela a seguir.

Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-01/a-mineracao-em-goias-e-o-desenvolvimen-


to-do-estado.pdf. Acesso em: 10 out. 2021.

A partir da década de 1760, ocorreu uma acentuada redução na produção de ouro, o que
acaA partir da década de 1760, ocorreu uma acentuada redução na produção de ouro, o que
acarretou políticas agressivas por parte dos governadores para expandir a área em busca de
novos descobertos, ocasionando guerras ofensivas e o aldeamento milhares de indígenas.
Com a expansão colonial, outras populações foram afetadas, como Karajá, Javaés e Xavante.
A queda na produtividade foi um problema significativo para a manutenção da estabilidade
das receitas provenientes das minas. A baixa produtividade foi resultado do esgotamento do
sistema que tinha como base a exploração de veios auríferos superficiais, a escassez de qua-
lificação de mão de obra e equipamentos apropriados que possibilitavam proporcionar menos
desperdício, a falta de novas técnicas e a cobrança injusta de impostos, taxas e contribuições,
que desanimavam os mineradores.
Portanto, a redução da produção do ouro no Goiás teve como principais fatores os tributos
abusivos cobrados pela Coroa Portuguesa, que ocorria de 3 formas: através da cobrança do
um quinto, ou seja, 20% sobre a produção; ou cobrança por número de escravos na produção;
ou derrama, pagamento mínimo obrigatório de 1.500 kg/ano. Além disso, houve o esgotamen-
to dos veios auríferos superficiais, escassez de mão de obra e os equipamentos adequados,
desmotivando os mineradores goianos e incentivando os contrabandos.
Sabendo do esgotamento do sistema econômico minerador na região do Goiás, a partir da
segunda metade do século XVIII, o governo português cria medidas para conseguir fortalecer
a economia no território, entre elas o incentivo à agricultura e à manufatura, e a navegação dos
rios Araguaia, Tocantins e Paranaíba. Dessa forma, ocorre a falência de um sistema minerador
e o surgimento de uma economia de subsistência, com uma intensa ruralização da população
e o seu empobrecimento cultural.

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Em suma, o ciclo do ouro significou para o Goiás a expansão, ocupação e principal ativi-
dade territorial durante cinquenta anos. O ouro serviu de moeda de troca, gerando renda para
investimentos, gastos e importação de diversos produtos manufaturados, melhorando a co-
municação e estabelecendo a rede comercial.

Economia Goiana após a Decadência da Mineração


No início do século XIX, era triste a realidade do estado da capitania de Goiás. Com a re-
gressão econômica, a população reduziu e se dispersou pelos sertões, os arraiais sumiram
ou se arruinaram e a produção agropecuária estava condicionada a subsistência. Como meio
de recuperação, o príncipe regente D. João VI, quando chegou ao Brasil, em 1808, começou a
motivar a agricultura, a pecuária, o comércio e a navegação dos rios. Várias medidas foram
proclamadas, mas várias não saíram do papel.

O PULO DO GATO
Dividir o Goiás em duas comarcas foi a semente que originou o atual estado do Tocantins.
Determinaram que a divisa das duas áreas fosse aproximadamente na altura do paralelo 13º,
onde é, atualmente, a fronteira entre os dois estados. Outro elemento crucial foi a nomeação
de Joaquim Teotônio Segurado como Ouvidor da Comarca do Norte, que liderou o primeiro
movimento separatista na região.

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No final do século XIX, o Goiás teria aproximadamente cinquenta mil habitantes, sendo que
vinte mil eram escravos. A Capitania estava dividida em duas comarca: uma delas a do sul, que
concentrava 61% da população total e tendo no sudoeste um vazio total. Na comarca do norte,
onde a sede era a vila de São João da Palma, a população estava concentrada na partes nordeste.
Na segunda metade do século XVIII, a queda na produção aurífera e a falta de alternativas
econômicas causaram uma dispersão da população da região. Para manter a sobrevivência
dos habitantes remanescentes, desenvolveu-se uma insólita economia açucareira, um aumen-
to na produção de cereais e ativou o interesse pela navegação dos rios que conduziam ao Pará.
Para a capitania de Goiás, o século XIX transportou as sequelas da crise econômica da mi-
neração, que dava sinais de declínio já no final do século XVIII; o vertiginoso desenvolvimento
da capitania durante os ápices econômicos da mineração começara a desaparecer e novas
alternativas de mercado foram, aos poucos, sendo introduzidas ao complexo econômico da
região. O território extenso tinha suas divergências em contraste com alternativas político-e-
conômicas, assim a concentração das maiores tendências pecuárias e agrícolas – com liga-
ções estreitas com o litoral administrativo brasileiro – se centralizaram na parte mais Sul da
capitania.
A parte Norte da região de Goiás, assim, se deslocava do poder central da capitania. Vieira
afirma sobre esse afastamento nortenho na província: “As dificuldades econômicas enfrentadas
pelos nortistas e a pouca atenção que recebiam da capital da província, devido à distância e a baixa
representatividade política, geraram um gradativo ressentimento em relação à repartição sul”.
Nesse contexto, a pecuária surge como uma solução econômica, pois tinha um baixo custo
de produção e por ser auto transportável. A vagarosa afirmação da economia agrária diminuiu
gradativamente a presença dos núcleos urbanos, aumentando a decadência que surgiu com
o declínio da mineração. Vários arraiais sumiram, e os que permaneceram sobreviveram debi-
litados e com poucas pessoas. Com exceção da cidade de Goiás, havia-se transformado em
entrepostos e centros das periódicas manifestações coletivas de religiosidade.

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Surge, portanto, um povoamento a partir do final do século XVIII, principalmente no Sul da capi-
tania, onde grandes campos de pastagens naturais viraram em centros de criatório. A necessidade
de ocupar as terras sob seu domínio, que diminuíam a marcha do povoamento rumo ao norte, pro-
piciou também a expansão da ocupação neste período.
Dessa forma, esse processo de ruralização resultou em uma redução dos padrões de vida
permitidos pelo ouro, causando um isolamento físico decorrente da arcaica estrutura agrária,
um enfraquecimento das articulações sociopolíticas, uma estagnação tecnológica e dos níveis
de aspiração da população livre.
No momento da Independência, o acesso ao conhecimento e compreensão dos fatos que
ocorriam nas outras províncias, estava limitado a um número pequeno de latifundiários e ao
estamento burocrático, concentrado na capital.
Extensas áreas do território goiano passaram a ser ocupadas como consequência da pecu-
ária, resultando na expansão do povoamento e a criação de cidades como Itaberaí, inicialmen-
te uma fazenda de criação, e Anápolis. Mas esse povoamento gerou alguns problemas, pois
não ocorreu de forma uniforme: Foi marcado pela má distribuição e pelas diferenças do seu
crescimento. Prosperou mais no sul da capitânia, devido à proximidade do mercado consumi-
dor do sudeste e do litoral.
Em 1820, ocorreu um movimento revolucionário liberal, que ficou conhecido como revolu-
ção do Porto. Ele ganhou muita força em Portugal e derrubou o governo local que era liderado

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pelo comandante militar inglês, Lord Beresford. Os rebeldes do Porto concordaram em convo-
car as Cortes, Assembleia responsável por elaborar uma Constituição para Portugal e colocar
um fim ao regime absolutista. Os revoltosos fizeram várias exigências, entre elas a volta ime-
diata de D. João VI para Portugal, a aceitação previa da Constituição e que a sede das Cortes
(Assembleia Legislativa) fosse em Lisboa.
Com medo de perder o trono de Portugal, D. João VI aceitou as determinações. Voltou para
Lisboa em abril de 1821, deixando seu filho D. Pedro no trono, como príncipe regente do Brasil.
O retorno de D. João VI para Portugal animou um movimento de independência do Brasil e ge-
rou manifestações políticas em várias capitanias do país, inclusive em Goiás, onde ocorreu o
movimento separatista do Norte.
A Corte de Lisboa tinha como meta manter um governo liberal e constitucional em Portugal
associado a antigas práticas do Mercantilismo. Eles queriam recolonizar o Brasil e cancelar o
Estatuto de Reino Unido, tornando o Brasil, novamente, em uma colônia de exploração. Des-
sa maneira, solucionaríamos suas dificuldades econômicas, medidas que, claramente, seriam
questionadas e combatidas pelas elites econômicas e políticas brasileiras.
Nesse contexto, surgem ordens oriundas de Portugal que causaram a transferência de vá-
rias repartições governamentais e solicitaram de imediato o retorno de D. Pedro a Portugal para
completar sua formação cultural. Os brasileiros notaram quais eram as intenções das Cortes de
Lisboa e passaram a apoiar o rompimento com Portugal. Diversas camadas sociais urbanas e
rurais tentaram envolver D. Pedro, para que ele comprasse a ideia de realizar a emancipação de-
finitiva e sem conflitos armados que envolvessem a participação das camadas populares.
Em janeiro de 1822, levaram a D. Pedro um abaixo-assinado com 8.000 assinaturas de aris-
tocratas e representantes do comércio. A pauta das assinaturas era a solicitação de sua per-
manência no Brasil e lhe oferecia a possibilidade de reinar sobre um império na América. Essa
cena passou à história com o nome de Dia do Fico, pois D. Pedro teria afirmado que “Como é
para o bom de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que eu fico”.
A decisão de D. Pedro contrariou os objetivos e as decisões das Cortes, que organizou uma
reação das tropas portuguesas comandadas pelo tenente-coronel Jorge de Avilez. A participa-
ção do povo contra as tropas de Avilez destaca-se com o Clube de Resistência, criado no Rio
de Janeiro. Jorge de Avilez e sua tropa foram expulsos do Brasil em fevereiro de 1822. Além
disso, os ministros portugueses no Brasil se demitiram, obrigando D. Pedro a formar um novo
ministério, no qual se destacou José Bonifácio pela sua ação em prol da independência.

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Com todos esses acontecimentos, esperava-se apenas oficialização da emancipação de-


finitiva, que veio a acontecer no dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro recebeu cartas
das Cortes persistindo para que voltasse para Portugal e ameaçando o Brasil com o envio de
tropas. Ao ler as cartas o príncipe optou pelo rompimento definitivo. Estava oficialmente decla-
rada a independência política do Brasil.
O Estado brasileiro surge sobre a velha estrutura conservadora, agroexportadora, escra-
vista e dependente dos mercados e do capital internacionais. Era um império com trabalho
escravo, bem ao gosto da elite aristocrata. Você, querido(a) aluno(a), deve estar questionando:
Como isso refletiu no estado de Goiás?
No Goiás a realidade social, aliadas ao contexto político-econômico local, permitiram o de-
senvolvimento de dois movimentos significativos: um na capital, Vila Boa, e o outro no norte da
Capitania. Em Vila Boa, centro político-administrativo da Capitania, um grupo importante ligado
ao clero e às forças militares buscou a derrubada do governador, capitão-general Manuel Ig-
nácio de Sampaio. O grupo era liderado pelo Padre Luís Bartolomeu Marques, José Rodrigues
Jardim e pelo Capitão Felipe Antônio Cardoso.
O golpe estava previsto para ocorrer em 14 de agosto de 1821, mas foi um verdadeiro fra-
casso, pois ocorreu a prisão dos seus principais líderes. O movimento tinha seis membros: três
militares e três religiosos, foram todos expulsos da capital. A ação repressora governo conseguiu
desarticular o movimento, porém ocorreu a difusão das ideias liberais na capitania e a tentativa
de alguns membros da elite local de controlar a região, afastando domínio português.
Durante o governo do capitão Sampaio, ocorreu a convocação das eleições no Goiás, de-
vido os acontecimentos políticos no Rio de Janeiro e na metrópole. A votação queria eleger
os representantes goianos nas Cortes de Lisboa, foram eleitos: o Ouvidor Joaquim Teotônio
Segurado, pela Comarca do Norte; e o Padre Silva e Sousa, pela Comarca do Sul. Em novembro
de 1821, novas eleições ocorreram para escolher a junta de governo provisório para Goiás, lide-

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rada pelo próprio Capitão Sampaio e composta por membros de uma oposição moderada, que
tinha como liderança José Rodrigues Jardim e pelo Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury.
Organizado politicamente e com o apoio dos grandes proprietários de Vila Boa e Meia Ponte,
o grupo moderado conseguiu a derrubada do governador Sampaio e a eleição da nova junta provi-
sória, em 8 de abril de 1822. Inicia, nesse momento, um processo duradouro de consolidação da
elite no poder local em Goiás, o resultado será a formação das oligarquias que exercerão o mando
político com a instalação da República Federativa, em 1989, e o advento do coronelismo.

A palavra oligarquia tem origem grega cujo significado é “governo de poucos”. Essa palavra
era usada pelos gregos como uma forma de criticar determinado governo em que um pequeno
grupo pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico,
controlasse todas as ações do regime. Além disso, uma das características desse tipo de go-
verno era de exercer seu poder em busca de interesses próprios.
https://www.politize.com.br/oligarquia-o-que-e/

A Agropecuária nos Séculos XIX e XX


A partir de 1785, os faiscadores (garimpeiros) tiveram que buscar outros sítios de exploração e a
maior parte dos escravos foram para outras capitanias. Dessa maneira, surge a transição da econo-
mia extrativa mineral para a agropecuária, fato que gerou uma intensa preocupação aos governantes,
já que necessitava de novas atividades que mantivesse a população no estado de Goiás, realizando
assim uma ocupação permanente. Iniciaram-se as atividades de criação de gado bovino e as lavou-
ras de alimentos, caracterizando-as como de subsistência, sem grandes comercializações.
Dom João VI concedeu vários incentivos, entre eles a isenção dos lavradores do rio Tocan-
tins, Araguaia e Maranhão do dízimo ao transporte de mercadorias, estimulou a navegação no
rio Araguaia e Tocantins, construiu presídios para dar segurança ao comércio dos rios e revo-
gou o alvará que proibia a implantação de manufaturas no Brasil.
Apesar de todos esses incentivos, a atividade que realmente evoluiu e perdura até hoje foi
a pecuária, devido aos investidores com capital por consequência do ciclo do ouro, as terras
favoráveis à pecuária, a necessidade de pouca mão de obra, navegação fluvial que ajudaria no
transporte do gado e a comercialização do animal ou do charque.
Com a nova atividade econômica recém-criada, surgiu a imagem do vaqueiro, que com cin-
co anos de serviço tinha direito de 25% sobre o rebanho, sendo que a agropecuária extensiva
garantiu a permutação do trabalho escravo pelo livre.
O goiano Joaquim Alves de Oliveira investiu na produção agrícola de Meia Ponte (Pirenópo-
lis), construiu um dos maiores engenhos de açúcar do Brasil, o Engenho São Joaquim plantava
mandioca para produzir farinha e algodão em grande escala. Por meio do comércio vigoroso

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que mantinha com as províncias, Meia Ponte tornou-se o centro comercial do estado de Goiás.
O Engenho foi o maior complexo agroindustrial por mais de cem anos, servindo de inspiração
para outros empreendimentos da época.
Apesar dos problemas enfrentados, a agropecuária durante quase 200 anos foi a única ativida-
de socioeconômica que assegurou o desenvolvimento de Goiás. As oligarquias exerceram durante
muito tempo o poder nas terras goianas e o Coronel se tornou a figura mais importante na cidade.
Não é possível ignorar o coronelismo e a influência que possuía nas relações sociais e políticas.
A Lei das Sesmarias dificultou o acesso às propriedades de terra dos camponeses. Outras
leis, como a Lei de Terras de 1850, tornou as distribuições de terras ainda mais desiguais, pois
aguçaram todos os problemas de acesso às propriedades, sendo apenas mais um reflexo de
uma estrutura oligárquica.
A economia camponesa (mercado onde comercializa os produtos advindos da roça) só
chegou ao Goiás nas primeiras décadas do século XX, com a chegada das famílias de imi-
grantes de Minas Gerais e das aberturas das zonas pioneiras. Só se pode falar desse tipo de
economia nessa época, pois a agricultura representava mais da metade da produção total e
grande parte da população vivia engajada nessas tarefas.
Até 1910, o gado bovino era considerado uma das principais fontes de renda, com a ex-
portação do fumo no sul de Goiás. À proporção que havia a melhoria dos meios de transporte,
diversificava-se e aumentava-se a produção. Até a década de 1920, a ferrovia abrangia um pe-
queno trecho, cerca de 176 km do território goiano, do Rio Parnaíba ao Rio Corumbá.
Em 1921, retomaram a construção da Estrada de Ferro Goiás. A estrada de ferro foi uma al-
ternativa encontrada para romper o estreitamento da economia de Goiás quanto à procura por
um transporte que atendesse às necessidades de distribuição da produção. Em 28/03/1906,
a estrada recebeu o nome de Estrada de Ferro Goiás – devido a um Decreto Federal (n. 5.949),
pois antes se denominava Estrada de Ferro Alto Tocantins, a fim de ligar a capital de Goiás a
Cubatão e essas à Rede Ferroviária do país.
A Companhia Estrada de Ferro Goiás, por meio de um decreto alcançado para explorar serviços
ferroviários no Triangulo Mineiro e no Goiás, formando a Linha Araguari–Roncador, formou a nova
Estrada de Ferro Goiás. Até 1952, Goiás percorria com seus trilhos 480 km, chegando a Goiânia. Ao
todo, havia 30 estações, entre as principais Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira,
Ipameri, Roncar, Pires do Rio, Engenheiro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e
Goiânia. A respeito das alterações no comércio regional, provocadas pelo acesso e utilização dos
trilhos da estrada em território goiano, fica evidente a importância do papel econômico.

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Fonte: Disponível em: http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/mapas/1927-Estrada-Ferro-Goias.shtml. Acesso em: 10


out. 2021

Nos tempos atuais, o território goiano é provido por 685 km de trilhos, pertencente à Ferro-
via Centro-Atlântica (FCA), subsidiária da VALE e sucessora da antiga Estrada de Ferro Goiás e
Rede Ferroviária Federal. Os principais produtos transportados pela FCA são: álcool, derivados
de petróleo, calcário, produtos siderúrgicos, soja, concreto, produtos petroquímicos etc. A FCA
é uma concessionária do transporte ferroviário de cargas em setembro de 1996, a partir da
desestatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
Por ser um meio de transporte com um custo inferior ao rodoviário, a ferrovia possibilita um
ganho para os produtos de Goiás, criando maior competição no mercado interno e externo. Nes-
se meio período, entre idas e paralisações, se passaram de 16 anos. Essa incerteza provocou um
prejuízo ao processo de desenvolvimento das regiões envolvidas, pois a facilidade de escoamen-
to de produções, principalmente do agronegócio, em um custo menor que resultará em signifi-
cativa competitividade, tornando os produtos atraentes ao mercado doméstico e internacional.
Agora se passaram quase 100 anos desde o começo da construção dos trilhos no Goiás, a
Ferrovia Centro-Atlântica, continua sendo alternativa viável de transporte e de baixo custo. En-
tretanto, à proporção que colaboram para a competitividade do agronegócio local, as ferrovias
são imprescindíveis, as melhorias nas relações comerciais, internas e externas e solidificação
da economia goiana. Cabe aos goianos, por intermédio dos representantes políticos, lutarem

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para fortalecer esse transporte, dessa forma, desenvolvendo ainda mais a economia da região
do planalto.

Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília


Com a Proclamação da República em 1889, passou-se a discutir a transferência da capital goiana
da cidade de Goiás, criada no século XVIII. A Constituição de 1891 manteve a capital na antiga região
aurífera, mas com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa, desandou a perder a hege-
monia econômica e cidades envolvidas com a criação de gado e agricultura, localizadas mais ao Sul
do estado, passou a ter mais importância a capital. A revolução de 1930, liderada pelos estados de
Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, fez com que Getúlio Vargas se tornasse chefe do Governo
Provisório, revogou a Constituição de 1891 e passou a governar por decretos.
Getúlio nomeou interventores para todos os estados, sendo em Goiás nomeado o médico Pe-
dro Ludovico Teixeira, que havia participado nos movimentos na revolução de 1930. Pedro Ludo-
vico se opôs à oligarquia política da época, decidindo que era hora de mudar a capital de Goiás.
Para Pedro, era necessário impulsionar a ocupação do Estado, direcionando os excedentes po-
pulacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica.
Na visão do interventor goiano, a mudança da capital era uma das alternativas que permitiria a
ligação do Centro-Oeste ao sul do país. Assim, em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão,
presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que deveria discutir e escolher o melhor local para a
construção da nova capital. A resistência da oposição a Pedro Ludovico considerava dispendiosa
e desnecessária a mudança da capital, porém o interventor e a cúpula dos revolucionários de 1930
consideravam a construção de uma nova cidade como investimento, e não gastos desnecessários.
Relatos históricos demonstram que o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido
“Petrônia”, em homenagem a Pedro Ludovico, seu fundador. Mas o jornal “O Social” havia realiza-
do um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade, em que dois nomes
concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, o segundo
obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a nin-
guém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital.

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Fonte: Disponível em: http://salto15vermelho.blogspot.com/2009/10/salve-salve-linda-goiania.html. Acesso em:


10 out. 2021.

Inicialmente, Goiânia foi projetada para 50 mil habitantes, experimentando assim um cresci-
mento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada
de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a
inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, apresentou
um crescimento demográfico acelerado, tendo cerca de 150 mil pessoas na nova capital em 1965.
Querido(a) candidato(a), tanto a ideia quanto as primeiras iniciativas vinculadas à mudança da
capital goiana antecederam a Marcha para o Oeste e corroboraram com a busca pela produção de
um novo arranjo político-territorial em Goiás: a nova cidade-capital proporcionaria um distancia-
mento físico entre a sede do poder estadual e os municípios “eivados de vícios” desenvolvidos no
interior de relações político-oligárquicas regionalizadas. Mas, como mencionado, uma ação mais
expressiva com vistas à integração do território nacional pôde ser percebida quando Juscelino
Kubitschek assume a presidência da república, em 1956 (VESENTINI, 1986). Durante seu governo,
diversas questões que até então tinham apenas ficado no discurso ou registradas em documentos
começaram a se concretizar, como por exemplo, a construção de Brasília.
Essa junta foi forjada a partir de argumentos oriundos da ideia de modernidade, que tornava
clara a necessidade de uma intervenção racional em âmbito nacional, a fim de que todo o atraso
cultivado no interior do Brasil, pela falta de objetividade e excesso de especulações, fosse supe-
rado. Juscelino Kubitschek ressaltou as demandas por um Estado racional, capaz de superar os
infortúnios que, durante séculos, teimavam em perseguir o Brasil. JK em seus discursos condenou
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o atraso e a desarticulação do território brasileiro ao extermínio, por meio de um planejamento pau-


tado em uma racionalidade instrumental, produtora de um novo país.
Esse novo país que tinha por meta atingir em cinco anos um desenvolvimento que o mo-
delo tradicional demandaria cinquenta anos para alcançar. O slogan “50 anos em 5”, repetido
constantemente, anunciava a chegada de um novo modelo de gestão, que garantiria o estabe-
lecimento do tão esperado progresso.
Brasília acabou se tornando o ponto no qual tornaria as distâncias menos desiguais, eman-
ciparia o território nacional, garantindo a implementação da infraestrutura necessária a uma
existência mais técnica, sendo, portanto, um divisor de águas.
Levando em consideração esse trecho da história, no decorrer de alguns anos duas cida-
des-capitais foram construídas muito próximas uma da outra, no Planalto Central brasileiro,
com a finalidade de possibilitar a constituição de novas relações produtivas. A primeira, num
momento marcado por discursos nacionalistas na composição das propostas de integração
territorial; e a segunda, por sua vez, fez parte de um projeto com o objetivo de abertura do país
rumo a uma internacionalização da economia. As duas novas capitais redefiniram a dinâmica
da rede urbana do estado de Goiás, da Região Centro-Oeste e do Brasil. Goiânia e Brasília se
tornaram parte de um processo de integração que exigiu uma certa continuidade.
A economia espacial, a teoria geral dos sistemas e suas redes hierarquizadas ocuparam, então,
um lugar de destaque na mente dos planejadores. Assim, foram criados modelos para o controle
e a gestão das atividades relacionadas aos fenômenos intraurbanos, interurbanos, de transporte,
regionais, entre outros. Dessa forma, o conhecimento adquiriu uma dimensão que transcendeu os
limites do presente e do passado, se relacionando diretamente com o futuro (GOMES, 1996).
Nessa perspectiva, a ideia de planejamento é assentada em um lugar especial e passa a
estar presente de forma concisa no Estado. Nesta época, a neutralidade e a objetividade das
matrizes quantitativas entram em cena para viabilizar o desenvolvimento das variadas regiões
do país, onde as singularidades manifestadas regionalmente não eram vistas como historica-
mente reproduzidas pelo processo de apropriação diferencial do território, mas como natural-
mente criadas a partir das características intrínsecas de cada região.
Essa continuidade indica que, naquele período, o projeto integrador-modernizador foi as-
sumido pelo Estado, não ficando mais restrito a um governo. Os chefes do Estado propuseram
ações que foram caracterizadas pela linearidade comum às visões de mundo em que as rela-
ções de causa e efeito não deixam margem para nenhuma circunstância não prevista.
Os planos elaborados não propunham avaliações sistemáticas que, por meio de indicadores,
detectassem a ocorrência de distorções decorrentes de dificuldades inerentes à implantação de
medidas extremamente complexas. Esses mecanismos permitiriam uma reorientação no curso
do processo e oportunizariam o cumprimento dos objetivos definidos. As atenções estavam
voltadas para a construção de rodovias, portos e aeroportos. Logo, modelos de regionalizações
foram elaborados para a criação de novos sistemas de relações no território nacional.

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Dessa forma, o estado de Goiás tem uma mancha urbana acentuada entre Goiânia e Bra-
sília/DF. As duas cidades hoje são consideradas metrópoles importantes. Goiânia, capital do
estado de Goiás, tem atualmente, aproximadamente, 1.550.000 habitantes, sem considerar a
sua Região Metropolitana. Já o Distrito Federal tem uma população aproximada de 3.093.000
habitantes.
A construção de Brasília em terras goianas gerou um surto migratório de pessoas para
morar na nova capital, nas Regiões Administrativas ou ainda no entorno de Brasília. O proces-
so de migração para as cidades do Entorno é grande e a proximidade com a capital federal é
um grande atrativo, por isso tem o maior índice de crescimento populacional do Estado. Essa
região é marcada por serem cidades com pouca infraestrutura e com muitos problemas urba-
nos, como violência, déficit em saúde pública, educação, oferta de emprego, alta densidade
demográfica, entre outros.

Disponível em: <https://www.camara.leg.br/noticias/426068-projeto-inclui-novos-municipios-na-regiao-integrada-


-do-entorno-do-df/>. Acesso em: 10 de out. 2021.

Sendo Goiânia a capital do estado de Goiás, já é ponto de atração de intensos fluxos imi-
gratórios, o que gera o crescimento da cidade e de sua região metropolitana. Para além do
processo migratório, o fluxo de visitantes é muito grande, pois a cidade tem uma oferta de
atividades terciárias em diversos ramos, com destaque para a produção têxtil. Entre Brasília e
Goiânia, está a cidade de Anápolis/GO. Essa cidade é considerada um ponto estratégico, pois
liga o Centro-sul ao Norte do estado, bem como é um entreposto da região Sudeste à região
amazônica do país. O município também foi alvo de políticas federais que dinamizaram o pro-
cesso de expansão econômica, principalmente a industrial.

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Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano


A partir de 1970, o estado de Goiás passou por um amplo processo de modernização pro-
dutiva e econômica. As áreas de Cerrados, principalmente na região Centro-Oeste, sofreram
alterações importantes em sua estrutura produtiva.
As principais causas destas mudanças foram a modernização das técnicas produtivas da
agricultura e pecuária e a incorporação da lógica das indústrias no campo. Os produtos da agro-
pecuária passaram a ser processados pela indústria e foi ampliada a utilização de mercadorias
industrializadas no manejo produtivo. Isto é, a modernização da agricultura foi marcada pela gran-
de utilização de máquinas e técnicas modernas nos cultivos, criações e abatimentos de animais.

Na sua prova, esse processo pode ser conceituado como Revolução Verde. O termo é uma
expressão criada por William Gown e se refere ao conjunto de mudanças técnicas na produção
agropecuária que surgiram a partir do ano de 1930.

O uso de insumos agrícolas foi intensificado, a ciência e a tecnologia passaram a contribuir


de forma significativa, principalmente na alteração genética das sementes para a produção de
grãos, como é o caso da soja. As sementes transgênicas aumentaram a produtividade e “me-
lhoraram” a qualidade do produto, estimulando as exportações de produtos agrícolas para o
mercado externo (MELO; SOARES, 2006).

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Fonte: Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/revolucao-verde/. Acesso em: 10 out. 2021.

Para tornar possível a industrialização da agricultura, além de subordinar a produção da agri-


cultura à lógica industrial, foi necessário investir pesadamente na construção de infraestruturas:
• estradas (aumentar a mobilidade da produção e comercialização);
• usinas geradoras de energia elétrica (aumentar a oferta de energia elétrica no espaço
rural, sustentar a ampla utilização de máquinas);
• fomentar ações político-administrativas;
• oferecer linhas de crédito, entre outras condições que necessitaram de altos investimen-
tos econômicos do Estado Federal e Estadual.

Com isso, as mudanças produtivas no espaço rural foram acompanhadas de transforma-


ções importantes nos espaços urbanos das regiões afetadas pela modernização agrícola no
Centro-Oeste.
De acordo com Melo e Soares (2006), são notáveis alterações importantes no que se refere ao
processo de urbanização em Goiás: a partir da ampliação da industrialização no campo e da utili-
zação de maquinários, menor quantidade de trabalhadores passou a ser necessária na produção.
Embora se tenha expandido as áreas produtivas, diminuiu-se proporcionalmente a quan-
tidade de trabalhadores rurais empregados na produção agropecuária; houve a alteração do
tipo de mão de obra empregada em função da complexificação técnica-produtiva. A produção
agrícola passou a demandar trabalhadores com qualificações específicas entre elas:

Por outro lado, todo esse avanço agravou um problema histórico no país: elevação da con-
centração fundiária. Pequenos e médios produtores rurais venderam ou arrendam as suas
propriedades para as grandes agroindústrias, inclusive com o aumento de operação das mul-
tinacionais. Consequentemente, ocorreu um aumento significativo dos fluxos migratórios, des-
tacando inicialmente o êxodo rural, ou seja, a população migrando do campo para a cidade.
Em um segundo momento, ocorreu a migração entre os espaços urbanos, ou seja, a migra-
ção urbano-urbano. Isso gerou uma grande elevação das taxas de urbanização de Goiás:

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Com o crescimento das atividades de pecuária e agricultura no Sul, Sudoeste e Leste, a cons-
tituição de Goiânia provocou novo eixo de deslocamento geográfico rumo ao centro do estado. A
nova capital incentivou o fluxo migratório para Goiás, criando oportunidades comerciais, industriais
e de serviços, com isso atraindo não só trabalhadores mas também empresários de outros estados.
A construção civil e sua cadeia de negócios, a indústria de alimentação e vestuário, a in-
dústria gráfica, a imprensa, o comércio de atacado, os serviços de transporte, os serviços mé-
dicos, de engenharia e educacionais, os cursos superiores, os serviços bancários, a geração
de energia hidráulica, enfim toda a gama de oportunidades que uma nova capital, bem situada
geograficamente, com terras de cultura, clima e topografia favorável, poderia oferecer. Inicia-
va-se assim um novo ciclo de progresso da sociedade e da economia goiana. Para confirmar o
fato, em 1942, Goiânia tinha o dobro da população da Cidade de Goiás.
A economia goiana, no início dos anos 1950, ainda absorvia os efeitos benéficos da mu-
dança de sua capital, agora em um ritmo equilibrado, quando foi sacudida pela decisão do
governo federal de construir Brasília, tomada em 1955, com início em 1956. Esta, sem dúvida,
foi a decisão de maior impacto econômico e social que sofreu o estado ao longo do século XX.
A nova capital exigiria um notável investimento em construções de prédios públicos, comerciais
e residenciais, infraestrutura de transportes, comunicações, saneamento, aeroportos, segurança,
educação e saúde, dentre outras, além, é óbvio, de mão de obra básica, técnicos, profissionais de
nível superior, professores, motoristas etc. Abria-se assim para o Brasil e, em especial, para Goiás,
de imediato, uma oportunidade de mercado extraordinária para produtos elaborados, principalmen-
te das cadeias de construção civil, alimentos, bebidas, vestuário, calçados, móveis e outras, para
suprir a demanda das construções, da massa operária convocada para as obras e das famílias.
Foi a grande chance de expansão da indústria goiana. As rodovias federais iniciaram a in-
tegração com Brasília e, no fim dos quatro anos da construção, em 1960, o estado de Goiás es-
tava interligado a quase todas as capitais brasileiras. Iniciava-se um novo ciclo de crescimento
da economia goiana em razão do acréscimo de um novo e poderoso mercado consumidor.
Brasília atraiu brasileiros de todas as partes do país, e o crescimento de sua população e da
renda por habitante atesta o tamanho de seu mercado de consumo.
Os principais motivos que levaram a sociedade goiana a acreditar em seu processo de
industrialização foram:
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• o aumento contínuo da produção agropecuária por meio da incorporação de novas ter-


ras para exploração;
• a implantação da Estrada de Ferro Goiás abrindo a perspectiva de deslocamento da
fronteira agrícola para o oeste;
• o crescimento da rede rodoviária/transportes/logística;
• a garantia de fornecimento da energia hidroelétrica;
• a formação e formalização, por meio de representação em entidades, de uma classe
comercial e industrial ativa e reivindicadora de progresso;
• o incentivo fiscal, com base no Imposto de Vendas e Consignação (IVC), concedido pela
Lei n. 2.000, de 1958, para as indústrias pioneiras, com prazo de dez anos, a encerrar-se
em 1968;
• a mudança de atitude das autoridades políticas, em 1971, com relação à viabilidade da
industrialização/nova política industrial;
• os programas de assistência técnica e de crédito dirigidos ao Cerrado brasileiro, em es-
pecial ao Centro-Oeste, pela política federal;
• o ciclo moderno da mineração;
• o mercado consumidor; e
• a qualificação da mão de obra industrial.

O processo de industrialização é exigente em questões de qualificação de mão de obra e


vem se tornando mais exigente em razão da rápida transformação tecnológica nos processos
de produção, hoje controlados eletronicamente.
É consenso na sociedade brasileira atual, em todos os níveis sociais e decisórios, que a
educação é peça fundamental para uma economia sustentável e para o desenvolvimento do
indivíduo. Infelizmente, o Brasil, em termos de comparações internacionais de nível de educa-
ção/ensino, encontra-se em uma posição desconfortável.
É verdade que o país avançou, e muito, em termos quantitativos, mas está a dever em ter-
mos qualitativos. O processo de urbanização que se originou a partir da ampliação das fron-
teiras agrícolas em Goiás alterou além das relações de trabalho e os movimentos migratórios,
sobretudo a estrutura interna dos centros urbanos goianos. Ocorreu grandes ampliações e
investimentos na estrutura de transporte e comunicação, aumento de serviços bancários, co-
mércios e serviços destinados à produção agrícola e agroindustrial.
Além disso, em razão do grande fluxo de pessoas que passaram a residir em espaços
urbanos, foi necessário ampliar a oferta de equipamentos urbanos: saúde, educação, lazer e
moradias (acarretando numa grande movimentação imobiliária). Além da intensificação do
processo de urbanização (êxodo rural), ocorreu o crescimento das cidades pequenas e mé-
dias, bem como a densificação populacional da região metropolitana de Goiânia.
Os trabalhadores que antes eram considerados “rurais”, assumem a posição de trabalhadores
agrícolas: trabalham no campo, mas residem nas cidades, realizando o movimento de migração
pendular. O estado de Goiás precisou investir na qualificação profissional da população, ou seja,

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com a construção de instituições de qualificação técnica e de formação de nível superior (univer-


sidades federais e estaduais e os institutos federais). Sobretudo a partir da década de 1990, houve
a ampliação e interiorização destes serviços em Goiás, segundo o Instituto Mauro Borges (2016).
Veja nas imagens a seguir o desenvolvimento que Goiânia passou nos últimos anos.
Teatro Goiânia

Fonte: Disponível em: http://g1.globo.com/goias/noticia/2011/10/fotos-exibem-o-antes-e-depois-do-desenvolvi-


mento-urbano-de-goiania.html. Acesso em: 10 out. 2021.

Avenida Anhaguera

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mento-urbano-de-goiania.html. Acesso em: 10 out. 2021.

Praça Cívica

Fonte: Disponível em: http://g1.globo.com/goias/noticia/2011/10/fotos-exibem-o-antes-e-depois-do-desenvolvi-


mento-urbano-de-goiania.html. Acesso em: 10 out. 2021.

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RESUMO
• Lembre-se de que a história de Goiás começou quando o Anhanguera encontrou ouro às
margens do Rio Vermelho e fundou o Arraial de Sant’Anna no século XVIII.
• Durante o século XVIII, as bandeiras ocorriam de forma mais acentuada para a região do
interior do Brasil. Elas tinham como principais objetivos a procura de povos indígenas
para escravizar quanto à busca por metais preciosos.
• O Arraial de Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraída das minas, foi
elevado à categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.
• Até o ano de 1749, o território de Goiás pertencia à capitania de São Paulo, somente a
partir dessa data que surgiu a capitania de Goiás.
• A mineração em Goiás teve o seu auge em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração
do ouro foi reduzindo significativamente, de 1770 adiante a mineração entrou em deca-
dência, o que provocou o abandono de muitos povoados goianos.
• Com a decadência da Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX passou a se
dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura.
• No final do século XX e início do século XXI, Goiás desenvolveu a agricultura como prin-
cipal atividade econômica e com intenso uso de tecnologia.
• Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução de 30, nomeou o interventor Pedro Lu-
dovico Teixeira, que fazia oposição aos Caiado, ao poder do estado de Goiás.
• Pedro Ludovico executou a política de transferência da capital.
• A capital foi transferida por decreto no ano de 1937, colocando fim à Cidade de Goiás
como capital do estado.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNCAB/SEMARH/2010) A descoberta do ouro, no Brasil, no século XVII, ativou a cobiça
das autoridades que identificavam a riqueza com a posse dos metais preciosos. Por ordem real, na
época, todos os braços disponíveis deveriam ser empregados na extração do ouro, o que explica:
a) os baixos impostos cobrados para a produção de produtos agrícolas.
b) os inúmeros tipos de jazidas que foram exploradas em consequência da abundância do ouro.
c) o grande número de entradas e bandeiras vindas de todo o país para Goiás.
d) a grande riqueza da cidade de Goiás ocasionada pela grande produção de ouro.
e) o pouco desenvolvimento da lavoura e da pecuária em Goiás.

002. (IBEG/SANEAGO/2013) “Vindas de São Paulo, as Bandeiras tinham como objetivo a cap-
tura de índios para o uso como mão de obra escrava na agricultura e minas. Outras expedições
saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à catequese e ao aldeamento dos índios da
região. Ambas passavam pelo território, mas não criavam vilas permanentes, nem mantinham
uma população em número estável na região. A ocupação, propriamente dita, só se tornou
mais efetiva com a descoberta de ouro nessas regiões. Na época, havia sido achado ouro em
Minas Gerais, próximo a atual cidade de Ouro Preto (1698), e em Mato Grosso, próximo a Cuia-
bá (1718). Como havia uma crença, vinda do período renascentista, que o ouro era mais abun-
dante quanto mais próximo ao Equador e no sentido leste-oeste, a busca de ouro no ‘território
dos Goyazes’, passou a ser foco de expedições pela região.”
(Disponível em: http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/ historia/colonia. Acesso em: 14 dez. 2013)

O trecho acima se refere ao período colonial goiano. Esta fase da história de Goiás é marcada
a) Pela ausência de contato entre os portugueses e os indígenas.
b) Pelo hibridismo cultural, decorrente da ausência de interação entre as culturas africanas,
europeias e indígenas.
c) Pela utilização generalizada do trabalho assalariado dos indígenas e dos africanos.
d) Pela ação dos bandeirantes que chegaram à região no período citado no texto.
e) Pela homogeneização étnica das populações que habitavam a área, assim como das que
migraram para a região.

003. (SEPLAN/SEAP/2016) As bandeiras constituem expedições importantes no contexto do


povoamento do nosso estado. Conforme Souza e Carneiro, 1996, “O interesse pelo metal [ouro]
aparece nas últimas décadas do século XVII, mas, em meados do século XVI, há registros de
bandeiras de apresamento de índios em Goiás”.
A
 ssinale a alternativa que corresponde respectivamente ao nome do tipo de bandeira que visa en-
contrar ouro e a bandeira responsável por encontrá-lo na Serra dos Pirineus em Vila Boa de Goiás:
a) Bandeira de apresamento, Expedição do Anhanguera.

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b) Bandeira de Prospecção, Bandeira de apresamento.


c) Bandeira de Apresamento, Bandeira Sertanismo de Contrato.
d) Bandeira Sertanismo de Contrato, Expedição do Anhanguera.
e) Bandeira de Prospecção, Expedição do Anhanguera.

004. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de
a) Corumbá e Crixás
b) Niquelândia e Catalão
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.

005. (FUNDAÇÃO/SOUSÂNDRADE/AGEHAB/2010) O século XVII representou a etapa de in-


vestigação das possibilidades econômicas das regiões goianas, durante a qual o seu território
tornou-se conhecido. No século seguinte, em função da expansão da marcha do ouro, ele foi de-
vassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação através da mineração.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se caracteriza:
a) Pelo aumento da arrecadação fiscal e da imigração para a região.
b) Como um período de desenvolvimento através do processo de industrialização urbana.
c) Pelo declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para as atividades
agropecuárias.
d) Como o período áureo, grande circulação de riqueza, intenso povoamento, apogeu da mineração.
e) Pelo crescimento comercial e desenvolvimento urbano.

006. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-


nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
(PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia, GO: Editora da UCG, 2001. p. 89)

O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O


motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para
acumular recursos e comprar a sua liberdade.

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007. (FGV/TJ-GO/2014) “(…) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase exclusiva-


mente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros bens que poderiam
ser importados das demais capitanias.”
(CHAIM, M. M. Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia, GO: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás durante o


século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífera em Goiás durante
o período colonial, podemos destacar:
a) o desenvolvimento interno de Goiás que acabou gerando a modernização da região, através
da criação de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial;
b) o aumento da população da região, principalmente após a decadência da atividade minera-
dora, a partir da segunda metade do século XVIII;
c) a dificuldade no desenvolvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter
sido exportado para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás;
d) o desenvolvimento de novas atividades, complementares à mineradora, em Goiás, como a pro-
dução de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades, baseadas no trabalho escravo;
e) a longevidade da produção aurífera da região de Goiás, permitindo consolidação do comér-
cio interno da província, sobretudo, com a intensa comercialização da mão de obra escrava.

008. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-


guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obrada capitania para as minas, passou,
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
(PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia, GO: Editora da UCG, 1994. p. 41)

No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, adotou
algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas medidas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.

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009. (FUNIVERSA/SECTEC/2010) Todos nós sabemos que Goiás nasceu com a descoberta
do ouro pelos bandeirantes, mas cresceu e desenvolveu-se com a pecuária e a agricultura. Di-
zem mesmo que a pecuária teria precedido à mineração. É bem possível, porque um dos nos-
sos primeiros historiadores, o Padre Luiz Antônio da Silva e Souza, autor de O Descobrimento
da Capitania de Goyaz, dá notícia de que bandeirantes desgarrados teriam deparado com ca-
beças de gado bravio que já pastavam naturalmente na região do Vão do Paraná.
(TEIXEIRA NETO, Antônio. Revista Eletrônica, n. 20, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Com adaptações)

Tendo o texto como referência inicial e considerando os aspectos físicos e históricos do esta-
do de Goiás, assinale a alternativa correta.
a) A atividade agropastoril surgiu, primeiramente, para abastecer as minas; posteriormente,
ainda como atividade intermitente e nômade, proporcionou o desenvolvimento de poderoso
mercado interno.
b) Nos primeiros tempos da ocupação do espaço goiano, a mineração era a principal atividade
econômica; sua decadência, na segunda metade do século XVIII permitiu o desenvolvimento
da agropecuária como alternativa de sustento e renda para a população local.
c) O estado de Goiás insere-se totalmente na unidade de relevo comumente denominada Planal-
to Central Brasileiro, cuja denominação técnica mais atual é Planaltos e Serras de Goiás-Minas.
d) O último período do texto dá a entender que os solos do cerrado, sem que se faça a devida corre-
ção dos níveis de calcário, técnica conhecida como calagem, não se prestam à pecuária extensiva.
e) Serra Dourada é o nome de uma formação de relevo planáltico, de formação antiga, intensa-
mente desgastada pelo processo de erosão, situada na porção leste de Goiás, constituindo-se
parte da divisa desse estado com a Bahia.

010. (FCC/SEFAZ/2018) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:


I – Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandeiras,
que Goiás começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba, no leste do
estado, a primeira a ser ocupada nesse contexto.
II – A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação
Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.
III – No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilombo-
las ou comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem sobretudo da
agricultura familiar e do artesanato.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) II e III
c) I e III
d) II
e) I e II

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011. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado


pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
a) Aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não-cristianizados
eram sepultados num cemitério rudimentar.
d) no contexto histórico da Contra-Reforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre
a fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das
minas de ouro em Goiás.

012. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-


TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no nor-
te de Goiás.

013. (CEBRASPE/PC-GO/2016) A respeito do povoamento do estado de Goiás, assinale a op-


ção correta.
a) O arraial de Catalão foi fundado na primeira metade do século XIX, pelo interesse de um
particular em atrair povoadores para as suas terras.
b) Anápolis integra o grupo de cidades goianas cujas origens estão nos arraiais da minera-
ção do ouro.
c) A famosa bandeira do Anhanguera ao sertão dos Goyazes — século XVIII — tinha por objetivo
o apresamento de quilombolas para empregá-los como mão de obra nas fazendas paulistas.
d) A atual cidade de Goiás teve suas origens no arraial de Santana, um assentamento de portu-
gueses que chegaram ao rio Vermelho em busca de ouro, no final do século XVI.

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e) O assentamento populacional em Jaraguá decorreu da expansão dos engenhos de açúcar


da região de Pirenópolis.

014. (IADES/AL-GO/2019) Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado


de Goiás é o mais populoso da região Centro-Oeste e, como princípio do seu povoamento,
consta a chegada de bandeirantes e de migrantes que vieram de diversas partes da América
portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado permaneceram e outros se
desenvolveram com o passar do tempo.
Considerando essas informações no que se refere ao processo de ocupação e desenvolvimen-
to do território goiano, assinale a alternativa correta.
a) Na primeira metade do século 18, a prospecção mineral que havia animado a ocupação das
Minas Gerais e gerado conflitos entre paulistas e reinóis expandiu-se para o Centro-Oeste, promo-
vendo a rápida expulsão de índios do território goiano, que foi ocupado pelo colonizador português.
b) Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupação
do território goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. Enquan-
to, no sudoeste goiano, a mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa de Goiás,
no Norte, esse processo seguiu as proximidades das nascentes e do curso alto do rio Tocantins.
c) Os caminhos que se desenvolveram no território goiano surgiram como percursos deixados
pelas comunidades indígenas. Mais tarde, alargadas para o carro de boi, no século 19, e diver-
sificadas com as ferrovias que surgiram ao sul, em princípios do século 20, a população goiana
teve o crescimento incrementado pelas migrações dos estados vizinhos.
d) A construção da nova capital, Goiânia, na década de 1930, representou uma nova perspecti-
va econômica e social para o estado de Goiás, contribuindo para o incremento das atividades
agrícolas, comerciais e industriais, bem como avançando positivamente na integração de regi-
ões distantes, no norte do estado.
e) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de
Goiás entre os anos de 1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960,
com a decisão dos governos estaduais quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao
norte e ao sul importantes rotas para o desenvolvimento da agropecuária, o que conduziu a
economia goiana à autossuficiência.

015. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
d) existência de grande área de pastagem.

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016. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-


mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:
a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.
b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de
energia elétrica.
e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio
Tocantins.

017. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII e distinto da-


quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação a rede de cidades e a integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.

018. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros


foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios
com contínuas represálias.
(PALACÍN, L.; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia, GO: UCG, 1994. p. 39-40)

A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.
b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.

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019. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.


Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe
fará guerra, matando-os e cativando-os.
(REGIMENTO DE ANHANGUERA. História de Goiás em documentos. Goiânia, GO: Editora da UFG, 2001. v. 1, p. 25)

O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século


XVIII, foi marcada
a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.

020. (PREFEITURA DE MAURILÂNDIA/2015) A Abolição da escravidão em 1888, não alterou


as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população
de Goiás era constituída por:
a) índios e negros
b) índios e pardos
c) apenas negros
d) apenas brancos
e) maioria negra e uma minoria branca

021. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder


à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás,
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
(Disponível em: http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/povogoiano/quilombolas. Acesso em: 21 set. 2015)

A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-


mente por descendentes de:
a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.
b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.

022. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século


XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: Os negros e crioulos me diziam que preferiam reco-
lher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao serviço dos

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cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes é im-
possível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses inteiros sem po-
der salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal, sucede
que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com o mesmo vestido.
(SAINT-HILAIRE. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. apud PALACÍN, L.;
MORAES, Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia, GO: Editora da UCG, 1989. p. 47. Adaptado)

Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência


das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para
a comercialização com outras regiões.

023. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Durante a Idade Moderna, prevaleceram na Europa as prá-


ticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortalecimento dos Estados nacionais e o
enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida, o entesouramento de metais pre-
ciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande interesse na descoberta e na explo-
ração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação
das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII. A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos
relacionados a esse desbravamento, assinale a opção correta.
a) A Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbrava-
dores paulistas em direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração
econômica das terras goianas.
b) O declínio da extração aurífera em Goiás ocorreu na primeira metade do século passado,
quando a multiplicação de indústrias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a
região central do país.
c) Fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, a sede inicial da capitania
goiana recebeu desse bandeirante o nome de Goiás, homenagem aos habitantes de extensa
região que margeava o rio Tietê.
d) O desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo,
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas,
índios para serem escravizados.

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e) A ação dos desbravadores foi severamente punida pela metrópole portuguesa, receosa de
que as riquezas eventualmente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e
escapassem ao fisco lusitano.

024. (SEGPLAN-GO/2016) Leia os textos a seguir:


1.”Excelente escravo. Vende-se um crioulo de 22 anos, sem vício e muito fiel: bom e asseado cozi-
nheiro, copeiro. Faz todo o serviço de arranjo da casa com presteza, e é melhor trabalhador de roça
que se pode desejar; humilde, obediente e bonita figura. Para tratar na ladeira de S. Francisco n. 4”.
(Província de São Paulo, S. P. 19 fev. 1878. apud NEVES, M. de F. R. das. Documentos sobre a escravidão no
Brasil. São Paulo: Contexto, 1996. Textos e documentos, v. 6)

2.”Identificavam, naturalmente, trabalho com escravidão e liberdade com ódio. […]. Em Goiás a
situação era a mesma. [..]. A primeira distinção fundamental na sociedade era a cor”.
(PALACIN, L.; MORAES, Maria A. de Santanna. História de Goiás (1722-1972). 6. ed. Goiânia, GO: Editora da
UCG, 1994)

Após ler os textos e com base nos seus conhecimentos pode-se afirmar que a vida dos escra-
vos no Brasil e em Goiás possuía as seguintes características, EXCETO:
a) Trabalho árduo e pouca alimentação.
b) Graves doenças (reumatismo, verminoses…).
c) Força de trabalho voltada principalmente para a pecuária.
d) Falta de liberdade (arbitrariedades e castigos).
e) Atividade mineradora como principal ocupação.

025. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos,
como o calçamento das ruas.

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026. (FUNIVERSA/SECTEC-GO/2010)
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas ter-
ras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
(Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Constituição Federal de 1988)
Acerca da participação dos negros na formação econômica e social de Goiás e de temas cor-
relatos, assinale a alternativa correta.
a) Em Goiás, foi importante a contribuição dos negros para a formação de sua população.
Conforme dados do último censo demográfico, o estado é, entre todas as unidades federadas,
aquele que possui maior percentual de afrodescendentes.
b) Apesar do grande contingente de goianos de origem africana, ao longo da história, o estado,
contrariamente às demais unidades da Federação, não utilizou mão de obra escrava em seus
processos produtivos.
c) A exemplo de outras instituições públicas, a Universidade Federal de Goiás, por meio do
Programa UFGInclui, adota o sistema de cotas raciais para o acesso ao ensino superior. São
disponibilizados 10% de suas vagas para estudantes negros e 10% para negros quilombolas,
independentemente da renda ou da origem escolar (escolas públicas ou privadas).
d) Apesar das políticas governamentais criadas com o intuito de valorizar a cultura dos escra-
vos e seus descendentes e de reconhecer a posse destes sobre as áreas ocupadas por antigos
quilombos, não há terras de quilombolas reconhecidas no estado de Goiás.
e) Por terras de quilombolas entendem-se áreas ocupadas por descendentes de antigos es-
cravos revoltados, que passaram a viver em quilombos, com o objetivo de fugir da situação de
escravidão em que se encontravam.

027. (IADES/SEAP/2019) Nas últimas décadas, o bioma cerrado, presente no território goia-
no, transformou-se em uma nova e importante fronteira agrícola brasileira. Essa transforma-
ção modificou os aspectos socioeconômicos regionais e impulsionou a produtividade agro-
pecuária, tornando o Brasil um dos principais produtores mundiais de commodities agrícolas.
No que tange às transformações socioeconômicas e ao aumento da produtividade no cerrado,
assinale a alternativa correta.
a) O bom desempenho do agronegócio goiano se deve à pesquisa e à tecnologia implementa-
das no cerrado pela agricultura moderna.
b) A agricultura tradicional, praticada no estado de Goiás, é a responsável pelo crescimento
das exportações de commodities agrícolas.
c) O aumento da produtividade de commodities agrícolas em Goiás só foi possível com a im-
plantação do modelo de agricultura familiar.
d) A alta produtividade do cerrado está relacionada com a boa qualidade do solo, que dispensa
correção e adubos.
e) O clima predominantemente ameno na região do cerrado, com chuvas distribuídas ao longo
de todos os meses do ano, constitui fator importante para o aumento da produtividade agrícola.

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028. (UEG/PC-GO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo.”
(FUNES, E. A. Goiás 1800-1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia, GO: Editora da
UFG, 1986. p. 32)

O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.

029. (FUNIVERSA/UEG/2015) A tecnologia da irrigação é uma grande aliada dos agricultores.


Alternativas bem-sucedidas de irrigação tecnológica de baixo custo vêm atendendo a anseios
econômicos dos produtores e a metas ambientais da sociedade. Números do IBGE mostram
que o Brasil possui 4,4 milhões de hectares irrigados, mas seu potencial é de 30 milhões.
(Internet: http://tribunadosudoeste.com.br. Acesso em: 3 mar. 2015)

Em relação à temática abordada nesse fragmento de texto, assinale a alternativa correta.


a) Um dos grandes problemas ambientais da irrigação no estado de Goiás deve-se ao fato de
a água ser sempre retirada de mananciais.
b) O consumo de água pela agropecuária brasileira, em comparação com outros ramos da
economia, é significativamente baixo.
c) O Centro-Oeste, em razão de seu relevo, é uma das regiões com maiores dificuldades para a
implantação da lavoura irrigada.
d) O município de Cristalina é um dos principais polos de lavoura irrigada do Brasil.
e) Apenas grãos, principalmente soja e milho, são produzidos em sistemas de irrigação.

030. (IADES/AL-GO/2019) Conforme o Decreto Presidencial n. 75.320/1975, que dispõe


quanto à criação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o objetivo
do referido programa foi o de:
a) regularizar a ocupação do cerrado por meio do recadastramento dos imóveis rurais, da iden-
tificação de áreas devolutas e do desenvolvimento de ações de proteção do bioma cerrado.
b) ampliar a participação do Estado na proteção das fronteiras nacionais localizadas no cerra-
do, como medida de controle do território e maior rigor na fiscalização das atividades econô-
micas ilegais e (ou) ilícitas.
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c) promover o desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias no Centro-O-


este e no oeste do estado de Minas Gerais, mediante a ocupação racional de áreas seleciona-
das, com características de cerrado.
d) promover o desenvolvimento econômico e social das áreas do cerrado por meio de investi-
mentos na área da educação, do aumento do número de escolas, da instalação de universida-
des e escolas técnicas e de ações de combate à pobreza.
e) propor ações de desenvolvimento econômico voltadas para o fortalecimento das indústrias
localizadas no cerrado, em especial aquelas voltadas para a produção de produtos com maior
valor agregado e bens de capital.

031. (IADES/AL-GO/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante


para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana,
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo em vis-
ta a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triângulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.

032. (FCC/SEFAZ-GO/2018) As ações da Companhia Estrada de Ferro de Goiás estabelece-


ram, no início do século XX, uma ferrovia que:
a) permaneceu, até meados da segunda metade do século XX, como principal modal de esco-
amento dos sistemas produtivos regionais, sendo responsável por 50% da carga transportada.
b) surgiu pela demanda de vias flexíveis para a circulação de mercadorias com vistas ao mer-
cado interno e de políticas governamentais orientadas por interesses de grandes grupos inter-
nacionais em importar produtos agrícolas.
c) foi instalada seguindo uma lógica externa – interesse do capital em se expandir e ocupar o
território brasileiro, mas também por articulações políticas de grupos locais interessados na
efetivação desse projeto.

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d) adequou-se ao modelo de substituição de importações instaurado no Brasil nas primeiras


décadas do século XX, tornando-se a via de integração entre os novos polos de modernização
do Sudeste e do Nordeste.
e) contribuiu para acentuar o caráter arquipélago da economia brasileira uma vez que, ao prio-
rizar o escoamento da produção econômica regional para o Sul e Sudeste, intensificou o isola-
mento da Amazônia e a região Nordeste.

033. (QUADRIX/PROCON/2017) Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo


de transformação da estrutura econômica produtiva do Centro-Sul do País a partir do alarga-
mento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão das estradas de ferro, com o prolongamen-
to das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de São Paulo. Os trilhos seguiram
em direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada de Ferro
Goiás, ligando-se à Estrada de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro.
(Internet: www.revistas.ufg.br. Com adaptações)

A justificativa da construção da ferrovia goiana estava ancorada no(na)


a) posição assumida pelo estado de Goiás como região produtora e fornecedora de produtos
agrícolas básicos para os mercados da região Sudeste.
b) pensamento, predominante naquele momento, de que a construção da nova capital do esta-
do demandaria ligações ferroviárias com o restante do País.
c) significativa produção de café no sul goiano, que seria majoritariamente encaminhada ao
porto de Santos, em São Paulo, por via férrea.
d) necessidade de escoar a vasta produção de minerais, como níquel e fosfato, produzidos no
norte goiano.
e) possibilidade de que funcionasse como vetor de transferência maciça dos imigrantes que
chegavam de Minas Gerais.

034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/2019) A porção do Sudeste Goiano denomi-


nada “região da Estrada de Ferro”, após ter passado por um período de crescimento econômico
no início do século XX, a partir de 1930, enfrentou a estagnação, vindo a recuperar sua primazia
apenas a partir dos anos de 1970.
(MATOS, Patrícia Francisca de. Estrada de Ferro: o anúncio das metamorfoses de modernização do território no
Sudeste Goiano. Revista eletrônica Ateliê Geográfico, UFG‐IESA, p. 14)

Com relação à formação econômica de Goiás e às suas transformações ao longo do século


XX, assinale a alternativa correta.
a) A estagnação ocorrida a partir de 1930 tem, entre seus motivos, a expansão da ferrovia até
Anápolis, o que viria a consolidar o domínio comercial por outras regiões do estado.
b) A construção de Goiânia não impactou na decadência da região da Estrada de Ferro, visto
que sua influência econômica se deu apenas no campo político.

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c) Liderados por Mauro Borges, grupos que se opunham aos coronéis da região da Estrada de
Ferro investiram na modernização de outras áreas e contribuíram, nos anos 1930, para a deca-
dência dessa região.
d) Apesar da estagnação econômica referida, o Sudeste Goiano viveu, entre 1930 e 1970, um
forte incremento na dinâmica populacional, tornando‐se a região mais populosa do estado.
e) Mesmo com menor fluxo de capitais em relação às décadas anteriores a 1930, a região da
Estrada de Ferro continuou sendo, até 1970, grande exportadora de produtos da agropecuária.

035. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.


A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:
a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana

036. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.

037. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-


culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília

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038. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Relativamente à modernização da agricultura, à urbanização


e à demografia do território goiano, e ao atual panorama econômico do estado de Goiás, assi-
nale a opção correta.
a) O alto nível de desenvolvimento econômico da região norte de Goiás foi decisivo para o des-
membramento que deu origem ao estado do Tocantins.
b) Graças à crescente importância do agronegócio na economia do estado de Goiás, a popula-
ção goiana é majoritariamente rural.
c) Com o declínio da mineração, a economia goiana voltou-se para a agricultura de exportação,
com produção destinada ao mercado exterior.
d) A partir das últimas décadas do século passado, a economia goiana viu o agronegócio ex-
pandir-se e ampliou seu parque industrial.
e) Atualmente, o setor de serviços desempenha reduzido papel na composição do produto
interno bruto de Goiás.

039. (IADES/AL-GO/2018) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante


para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana,
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo em vis-
ta a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triângulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.

040. (IBEG/SANEAGO/2013) A região Centro-Oeste deve ser considerada como um grande es-
petáculo do crescimento econômico brasileiro ao longo das últimas décadas. Comparando-se
as taxas de crescimento do PIB da região com as do Brasil, verificamos a elevada performance
apresentada pelo Centro-Oeste, que nos últimos 40 anos cresceu aproximadamente 9% ao ano.
Conforme constata estudo elaborado pelo IPEA, desde o início dos anos 60, o crescimento ob-
servado na sua economia, além de muito alto foi também bastante estável, inclusive em períodos
de crises verificadas na economia brasileira. Nesse contexto de crescimento, o estado de Goiás
se insere de forma significativa. Isto pode ser confirmado com a constatação de que importantes

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transformações estruturais de sua economia aconteceram nas últimas décadas, com o apro-
fundamento de sua relação de complementaridade com o centro dinâmico do país, permitindo
a consolidação de bases para o crescimento econômico do estado. Deve ser destacado, assim
como para todo o Centro-Oeste, a participação fundamental dos setores públicos federal, esta-
duais e municipais para o desenvolvimento regional. Ao verificar o desenvolvimento do Estado de
Goiás ao longo das décadas iremos nos deparar com a busca pelo crescimento econômico, via
modernização dos setores agropecuários e agroindustriais, fortemente amparada em políticas
públicas como crédito rural, planos regionais de desenvolvimento, política de preços mínimos.
(http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj1/02.htm)

Com relação ao tema suscitado no texto e suas ramificações, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o texto pode-se afirmar que o arrefecimento dos setores agropecuários e agroin-
dustriais do estado de Goiás tiveram o apoio dos setores públicos federal, estadual e municipais.
b) Infere-se do texto que as políticas de incentivos estatais foram importantes para o desenvol-
vimento econômico dos estados de Goiás e Tocantins.
c) A chegada das empresas automobilísticas (montadoras) Mitsubishi, Audi e Hyundai no es-
tado de Goiás, são exemplos da modernização dos setores agropecuários e agroindustriais.
d) As políticas de incentivos fiscais adotadas pelo estado de Goiás corroboraram para o cres-
cimento e modernização dos setores agropecuários e agroindustriais nas últimas décadas.
e) A modernização dos setores agropecuários e agroindustriais contribuiu para a geração de
novos postos de trabalho no campo, concluindo definitivamente o processo de êxodo rural no
estado de Goiás.

041. (IBEG/SANEAGO/2013) Julgue os itens abaixo em Verdadeiro ou Falso:


I – A população indígena em Goiás ultrapassa 10 (dez) mil habitantes, sendo certo que 39.781
hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado, três
das quais se encontram demarcadas pela FUNAI. Tais áreas localizam-se nos Municípios de
Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minuaçu, Nova América e Rubiata.
II – A colonização de Goiás deve-se também à migração de pecuaristas que partiram de São
Paulo no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva
vocação do estado para a pecuária.
III – Já no primeiro século da colonização do Brasil, diversas expedições, percorreram parte do
território do atual Estado de Goiás. Estas expedições, organizadas principalmente no Rio de Ja-
neiro, centro então da colonização, eram umas de caráter oficial destinadas a explorar o interior e
buscar riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organizadas para a cap-
tura de índios. De São Paulo saíam ainda bandeiras buscando índios, cada vez mais escassos.
IV – A partir do século XX a sociedade goiana estava em transição, haja vista que a mineração dei-
xava de ter destaque na economia, passando-se ao desenvolvimento das atividades agropecuárias.

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V – Para Goiânia, a construção de Brasília foi um grande aditivo em termos populacionais, re-
presentando uma alteração econômica positiva pra toda Região Centro-Oeste, movimentando
as relações no ambiente agrário, com a modernização da agricultura, embora, no entanto, não
tenha alterado a estrutura de poder no campo, ainda baseada no latifúndio.
Considerando-se as assertivas acima, podemos afirmar que:
a) F, V, F, F, V.
b) V, F, F, V, V.
c) V, V, V, F, F.
d) V, V, F, F, V.
e) F, F, V, V, F.

042. (FGV/TJ-GO/2014) A redução do número total de pessoas ocupadas em estabelecimen-


tos agropecuários em Goiás a partir da década de 1980 está associada à:
a) a decadência da atividade agrícola no período, em função da crise econômica que assolou
todo o país na década de 1990;
b) expansão das atividades rurais baseada principalmente no turismo, que emprega pequena
quantidade de mão de obra;
c) expansão da fronteira agrícola na região amazônica, que atraiu muitos migrantes oriun-
dos de Goiás;
d) expansão do processo de modernização agrícola, que emprega menor quantidade de
mão de obra;
e) substituição gradual das relações de trabalho baseadas no arrendamento pela utilização do
sistema de parceria.

043. (PREFEITURA DE ARAÇU/2020) A princípio, o atual estado de Goiás fez parte de qual
unidade federativa?
a) Capitania do Rio de Janeiro
b) Capitania de São Paulo
c) Capitania de Salvador
d) Capitania das Minas Gerais

044. (MS CONCURSOS/IPAS/2010) O descobridor de Goiás foi Anhangüera. Isto não significa
que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a vir para Goiás com
a intenção de se fixar aqui no período de 1690 a 1718. Anhanguera foi o apelido dado a quem?
a) João Leite da Silva Ortiz.
b) João de Abreu.
c) Francisco Pires Ribeirão.
d) Bartolomeu Bueno da Silva.

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GABARITO
1. e 37. d
2. d 38. d
3. e 39. a
4. c 40. d
5. c 41. b
6. d 42. d
7. c 43. b
8. b 44. d
9. b
10. d
11. c
12. a
13. a
14. b
15. a
16. a
17. d
18. a
19. c
20. e
21. d
22. a
23. d
24. c
25. a
26. e
27. a
28. b
29. d
30. c
31. a
32. c
33. a
34. a
35. a
36. c

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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS
Aspectos Socioeconômicos da História de Goiás
Cleber Monteiro

GABARITO COMENTADO
001. (FUNCAB/SEMARH/2010) A descoberta do ouro, no Brasil, no século XVII, ativou a cobiça
das autoridades que identificavam a riqueza com a posse dos metais preciosos. Por ordem real, na
época, todos os braços disponíveis deveriam ser empregados na extração do ouro, o que explica:
a) os baixos impostos cobrados para a produção de produtos agrícolas.
b) os inúmeros tipos de jazidas que foram exploradas em consequência da abundância do ouro.
c) o grande número de entradas e bandeiras vindas de todo o país para Goiás.
d) a grande riqueza da cidade de Goiás ocasionada pela grande produção de ouro.
e) o pouco desenvolvimento da lavoura e da pecuária em Goiás.


Durante o ciclo do Ouro, a coroa portuguesa focou na sua extração, gerando, consequente-
mente, um fraco desenvolvimento na agropecuária do século XVII. Somente com o declínio da
mineração em Goiás que ocorreu um crescimento na produção pecuária.
Letra e.

002. (IBEG/SANEAGO/2013) “Vindas de São Paulo, as Bandeiras tinham como objetivo a cap-
tura de índios para o uso como mão de obra escrava na agricultura e minas. Outras expedições
saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à catequese e ao aldeamento dos índios da
região. Ambas passavam pelo território, mas não criavam vilas permanentes, nem mantinham
uma população em número estável na região. A ocupação, propriamente dita, só se tornou
mais efetiva com a descoberta de ouro nessas regiões. Na época, havia sido achado ouro em
Minas Gerais, próximo a atual cidade de Ouro Preto (1698), e em Mato Grosso, próximo a Cuia-
bá (1718). Como havia uma crença, vinda do período renascentista, que o ouro era mais abun-
dante quanto mais próximo ao Equador e no sentido leste-oeste, a busca de ouro no ‘território
dos Goyazes’, passou a ser foco de expedições pela região.”
(Disponível em: http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/ historia/colonia. Acesso em: 14 dez. 2013)

O trecho acima se refere ao período colonial goiano. Esta fase da história de Goiás é marcada
a) Pela ausência de contato entre os portugueses e os indígenas.
b) Pelo hibridismo cultural, decorrente da ausência de interação entre as culturas africanas,
europeias e indígenas.
c) Pela utilização generalizada do trabalho assalariado dos indígenas e dos africanos.
d) Pela ação dos bandeirantes que chegaram à região no período citado no texto.
e) Pela homogeneização étnica das populações que habitavam a área, assim como das que
migraram para a região.


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O texto nos auxilia de forma importante quando expressa que vindas de São Paulo, as Ban-
deiras, tinham como objetivo a captura de índios para o uso como mão de obra escrava na
agricultura e minas. Outras expedições saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à
catequese e ao aldeamento dos índios da região […].
Portanto, alguns itens não se encaixam nessa situação, por exemplo:
a) Errada. Afirma que existe uma AUSÊNCIA de contato, mas isso não ocorreu.
b) Errada. É o mesmo contexto, ao dizer que ocorreu uma AUSÊNCIA de interação.
c) Errada. Pelo fato de dizer que houve uma utilização generalizada de mão de obra assalariada
indígena e africana.
e) Errada. Por dizer que tem uma homogeneização étnica na região, mas havia diversas etnias.
Letra d.

003. (SEPLAN/SEAP/2016) As bandeiras constituem expedições importantes no contexto do


povoamento do nosso estado. Conforme Souza e Carneiro, 1996, “O interesse pelo metal [ouro]
aparece nas últimas décadas do século XVII, mas, em meados do século XVI, há registros de
bandeiras de apresamento de índios em Goiás”.
Assinale a alternativa que corresponde respectivamente ao nome do tipo de bandeira que visa en-
contrar ouro e a bandeira responsável por encontrá-lo na Serra dos Pirineus em Vila Boa de Goiás:
a) Bandeira de apresamento, Expedição do Anhanguera.
b) Bandeira de Prospecção, Bandeira de apresamento.
c) Bandeira de Apresamento, Bandeira Sertanismo de Contrato.
d) Bandeira Sertanismo de Contrato, Expedição do Anhanguera.
e) Bandeira de Prospecção, Expedição do Anhanguera.


Lembre-se dos conceitos apresentados na questão:
• Bandeiras de “apresamento”: tinham como objetivo a captura de índios para serem usa-
dos como mão de obraescrava;
• Bandeiras de prospecção: destinadas a encontrar recursos minerais rentáveis, sobretu-
do minas de ouro, prata, cobre ou pedras preciosas;
• Bandeiras de contrato (sertanismo de contrato): destinadas a destruir quilombos e re-
capturar escravos fugidos.
Como a questão pede a bandeira destinada a encontrar “ouro”, temos a bandeira de “prospec-
ção” na letra E que também traz um dos maiores nomes dos bandeirantes os “Anhanguera”.
Letra e.

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004. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de
a) Corumbá e Crixás
b) Niquelândia e Catalão
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.


Vários municípios surgiram em função do ouro, entre elas: Cidade de Goiás, Sant’Anna, Vila
boa, Silvania, Bonfim, Pirenópolis, Meia Ponte, Santa Cruz, Crixás, Jaraguá, Santa Luzia, Luziâ-
nia e Corumbá de Goiás.
Letra c.

005. (FUNDAÇÃO/SOUSÂNDRADE/AGEHAB/2010) O século XVII representou a etapa de in-


vestigação das possibilidades econômicas das regiões goianas, durante a qual o seu território
tornou-se conhecido. No século seguinte, em função da expansão da marcha do ouro, ele foi de-
vassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação através da mineração.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se caracteriza:
a) Pelo aumento da arrecadação fiscal e da imigração para a região.
b) Como um período de desenvolvimento através do processo de industrialização urbana.
c) Pelo declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para as atividades
agropecuárias.
d) Como o período áureo, grande circulação de riqueza, intenso povoamento, apogeu da
mineração.
e) Pelo crescimento comercial e desenvolvimento urbano.


Atenção, aluno(a)! O grande segredo da questão está no trecho do enunciado que diz “pode-
-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se caracteriza”. A palavra final nos
conduz em qual marco temporal ele se refere. E como já estudamos, o final do século XVIII é
marcado pelo declínio da mineração e o desenvolvimento da atividade agropecuária na região.
Letra c.

006. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-


nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
(PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia, GO: Editora da UCG, 2001. p. 89)

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O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O


motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para
acumular recursos e comprar a sua liberdade.


Alguns escravos poderiam juntar recursos com trabalho extra e conquistar sua liberdade.
Letra d.

007. (FGV/TJ-GO/2014) “(…) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase exclusiva-


mente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros bens que poderiam
ser importados das demais capitanias.”
(CHAIM, M. M. Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia, GO: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás durante o


século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífera em Goiás durante
o período colonial, podemos destacar:
a) o desenvolvimento interno de Goiás que acabou gerando a modernização da região, através
da criação de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial;
b) o aumento da população da região, principalmente após a decadência da atividade minera-
dora, a partir da segunda metade do século XVIII;
c) a dificuldade no desenvolvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter
sido exportado para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás;
d) o desenvolvimento de novas atividades, complementares à mineradora, em Goiás, como a pro-
dução de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades, baseadas no trabalho escravo;
e) a longevidade da produção aurífera da região de Goiás, permitindo consolidação do comér-
cio interno da província, sobretudo, com a intensa comercialização da mão de obra escrava.


Por mais que a região se destacasse na produção de Ouro, a riqueza extraída da região não era
revertida em obras de infraestrutura, por exemplo. Tanto que, quando começa a decadência da
produção mineradora, temos um intenso fluxo emigratório na região.
Letra c.

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008. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-


guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obrada capitania para as minas, passou,
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
(PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia, GO: Editora da UCG, 1994. p. 41)

No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, ado-
tou algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas medidas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.


Medidas de D. João para incentivar a agricultura, pecuária, o comércio e a navegação:
1  ) isenção do dízimo por 10 anos aos lavradores das margens do Tocantins, Araguaia e Maranhão;
2) catequização e civilização do gentio incentivando seu uso na agricultura;
3) construção de presídios nas margens dos rios: proteger o comércio, auxiliar a navegação etc.;
4  ) incentivo à navegação do Araguaia e Tocantins (algodão, açúcar, fumo, couros e sola até o Pará);
5) incentivo à navegação dos rios do sul, Paranaíba e seus afluentes, a fim de facilitar a comu-
nicação com o litoral;
6) revogação do alvará que proibia as manufaturas.
Letra b.

009. (FUNIVERSA/SECTEC/2010) Todos nós sabemos que Goiás nasceu com a descoberta
do ouro pelos bandeirantes, mas cresceu e desenvolveu-se com a pecuária e a agricultura. Di-
zem mesmo que a pecuária teria precedido à mineração. É bem possível, porque um dos nos-
sos primeiros historiadores, o Padre Luiz Antônio da Silva e Souza, autor de O Descobrimento
da Capitania de Goyaz, dá notícia de que bandeirantes desgarrados teriam deparado com ca-
beças de gado bravio que já pastavam naturalmente na região do Vão do Paraná.
(TEIXEIRA NETO, Antônio. Revista Eletrônica, n. 20, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Com adaptações)

Tendo o texto como referência inicial e considerando os aspectos físicos e históricos do esta-
do de Goiás, assinale a alternativa correta.
a) A atividade agropastoril surgiu, primeiramente, para abastecer as minas; posteriormente,
ainda como atividade intermitente e nômade, proporcionou o desenvolvimento de poderoso
mercado interno.

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b) Nos primeiros tempos da ocupação do espaço goiano, a mineração era a principal atividade
econômica; sua decadência, na segunda metade do século XVIII permitiu o desenvolvimento
da agropecuária como alternativa de sustento e renda para a população local.
c) O estado de Goiás insere-se totalmente na unidade de relevo comumente denominada Planal-
to Central Brasileiro, cuja denominação técnica mais atual é Planaltos e Serras de Goiás-Minas.
d) O último período do texto dá a entender que os solos do cerrado, sem que se faça a devida corre-
ção dos níveis de calcário, técnica conhecida como calagem, não se prestam à pecuária extensiva.
e) Serra Dourada é o nome de uma formação de relevo planáltico, de formação antiga, intensa-
mente desgastada pelo processo de erosão, situada na porção leste de Goiás, constituindo-se
parte da divisa desse estado com a Bahia.


L
 embre-se candidato(a) de que, nos primeiros anos de ocupação do território goiano, a minera-
ção foi a principal atividade econômica. Mas, com sua decadência, na segunda metade do século
XVIII, desenvolve-se a agropecuária como alternativa de sustento e renda para a população local.
Letra b.

010. (FCC/SEFAZ/2018) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:


I – Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandeiras,
que Goiás começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba, no leste do
estado, a primeira a ser ocupada nesse contexto.
II – A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação
Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.
III – No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilombo-
las ou comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem sobretudo da
agricultura familiar e do artesanato.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) II e III
c) I e III
d) II
e) I e II


I) Errado. Os primeiros arraiais surgidos em Goiás em função da mineração no século XVIII
foram na região do rio Vermelho e rio das Almas, e não no rio Paranaíba.
III) Errado. As comunidades quilombola Kalunga estão no Nordeste de Goiás, no Sítio Histórico
e Patrimônio Cultural Kalunga.
Letra d.

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011. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado


pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
a) Aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não-cristianizados
eram sepultados num cemitério rudimentar.
d) no contexto histórico da Contra-Reforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre
a fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das
minas de ouro em Goiás.


C
 andidato(a), as Igrejas eram locais de culto, construídas com doações dos membros das ir-
mandades religiosas. Porém, os escravos e indígenas mesmo sendo cristianizados não podiam
frequentar as Igrejas dos brancos, criando assim as irmandades de escravos. Um dos costumes
coloniais era o sepultamento dos membros ricos das irmandades no interior das igrejas.
Letra c.

012. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-


TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no norte de Goiás.


Cuidado, candidato(a)! Na questão quero o item INCORRETO. O erro está no item A, pois a
cidade não é Bela Vista de Goiás, e sim Vila Boa de Goiás. Futuramente, Vila Boa de Goiás se
tornaria a Cidade de Goiás, que foi a capital do Estado por 200 anos, até a construção de Goi-
ânia na década de 1930.
Letra a.
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013. (CEBRASPE/PC-GO/2016) A respeito do povoamento do estado de Goiás, assinale a op-


ção correta.
a) O arraial de Catalão foi fundado na primeira metade do século XIX, pelo interesse de um
particular em atrair povoadores para as suas terras.
b) Anápolis integra o grupo de cidades goianas cujas origens estão nos arraiais da minera-
ção do ouro.
c) A famosa bandeira do Anhanguera ao sertão dos Goyazes — século XVIII — tinha por objetivo
o apresamento de quilombolas para empregá-los como mão de obra nas fazendas paulistas.
d) A atual cidade de Goiás teve suas origens no arraial de Santana, um assentamento de portu-
gueses que chegaram ao rio Vermelho em busca de ouro, no final do século XVI.
e) O assentamento populacional em Jaraguá decorreu da expansão dos engenhos de açúcar
da região de Pirenópolis.


C
 atalão foi um dos poucos municípios goianos que a povoação começou antes de 1800 e que não
estava interligada a existência de ouro. Em 1810, um fazendeiro chamado Antônio Manuel doou
um lote para a construção da igreja de Nossa Senhora Mãe de Deus. Este foi movido não só pela
devoção mas também pelo interesse de atrair moradores para a região e valorizar suas terras.
Letra a.

014. (IADES/AL-GO/2019) Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado


de Goiás é o mais populoso da região Centro-Oeste e, como princípio do seu povoamento,
consta a chegada de bandeirantes e de migrantes que vieram de diversas partes da América
portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado permaneceram e outros se
desenvolveram com o passar do tempo.
Considerando essas informações no que se refere ao processo de ocupação e desenvolvimen-
to do território goiano, assinale a alternativa correta.
a) Na primeira metade do século 18, a prospecção mineral que havia animado a ocupação das
Minas Gerais e gerado conflitos entre paulistas e reinóis expandiu-se para o Centro-Oeste, promo-
vendo a rápida expulsão de índios do território goiano, que foi ocupado pelo colonizador português.
b) Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupação
do território goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. Enquan-
to, no sudoeste goiano, a mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa de Goiás,
no Norte, esse processo seguiu as proximidades das nascentes e do curso alto do rio Tocantins.
c) Os caminhos que se desenvolveram no território goiano surgiram como percursos deixados
pelas comunidades indígenas. Mais tarde, alargadas para o carro de boi, no século 19, e diver-
sificadas com as ferrovias que surgiram ao sul, em princípios do século 20, a população goiana
teve o crescimento incrementado pelas migrações dos estados vizinhos.

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d) A construção da nova capital, Goiânia, na década de 1930, representou uma nova perspecti-
va econômica e social para o estado de Goiás, contribuindo para o incremento das atividades
agrícolas, comerciais e industriais, bem como avançando positivamente na integração de regi-
ões distantes, no norte do estado.
e) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de
Goiás entre os anos de 1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960,
com a decisão dos governos estaduais quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao
norte e ao sul importantes rotas para o desenvolvimento da agropecuária, o que conduziu a
economia goiana à autossuficiência.


A ocupação de Goiás ocorreu por meio de suas atividades econômicas ao longo de vários
anos. Inicialmente, ocorreu com as bandeiras na busca pelo ouro, que se efetivou em 1725, sur-
gindo no entorno das minas vários vilarejos. Como atividade subsidiária da mineração, surgiu
a pecuária e a agricultura, principalmente às margens dos seus principais rios.
Letra b.

015. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
d) existência de grande área de pastagem.


Aquela questão para você não zerar a prova! Lembre-se de que no século XVIII a presença do
ouro era um elemento crucial para a ocupação de diversos municípios goianos.
Letra a.

016. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-


mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:
a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.
b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de
energia elétrica.

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e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio Tocantins.


Não apenas a construção da rodovia mas também a construção de Brasília impactaram na
migração na região.
Letra a.

017. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII e distinto da-


quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação a rede de cidades e a integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.


Lembre-se, candidato(a), durante o século XVIII destacou-se a produção de Ouro na região de
Goiás.
Letra d.

018. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros


foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios
com contínuas represálias.
(PALACÍN, L.; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia, GO: UCG, 1994. p. 39-40)

A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.
b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.


Lembre-se de que, durante o período da mineração, as relações entre índios e mineiros foram
exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio.
Letra a.
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019. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.


Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe
fará guerra, matando-os e cativando-os.
(REGIMENTO DE ANHANGUERA. História de Goiás em documentos. Goiânia, GO: Editora da UFG, 2001. v. 1, p. 25)

O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século


XVIII, foi marcada
a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.


Uma questão de interpretação. O próprio fragmento declara a violência aplicada pelos bandei-
rantes caso os índios não aceitassem a paz que lhe fossem concedida.
Letra c.

020. (PREFEITURA DE MAURILÂNDIA/2015) A Abolição da escravidão em 1888, não alterou


as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população
de Goiás era constituída por:
a) índios e negros
b) índios e pardos
c) apenas negros
d) apenas brancos
e) maioria negra e uma minoria branca


Com a decadência da mineração, a maior parte da população que se manteve no Goiás era
majoritariamente negra e uma minoria branca.
Letra e.

021. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder


à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás,
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
(Disponível em: http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/povogoiano/quilombolas. Acesso em: 21 set. 2015)

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A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-


mente por descendentes de:
a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.
b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.


O povo Kalunga é uma comunidade de negros, formada por descendentes dos primeiros qui-
lombolas, ou seja, de escravos que fugiram do cativeiro e organizaram quilombos, passando a
viver em relativo isolamento, construindo para si uma identidade e uma cultura próprias, com
os elementos africanos de sua origem adicionados aos europeus dos colonizadores, marca-
dos pela forte presença do catolicismo tradicional do meio rural.
Letra d.

022. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século


XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: Os negros e crioulos me diziam que preferiam reco-
lher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao serviço dos
cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes é im-
possível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses inteiros sem po-
der salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal, sucede
que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com o mesmo vestido.
(SAINT-HILAIRE. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. apud PALACÍN, L.;
MORAES, Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia, GO: Editora da UCG, 1989. p. 47. Adaptado)

Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência


das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para
a comercialização com outras regiões.


Na segunda metade do século XVIII, ocorreu declínio da mineração, resultando na transição
para a pecuária em Goiás.
Letra a.

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023. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Durante a Idade Moderna, prevaleceram na Europa as prá-


ticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortalecimento dos Estados nacionais e o
enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida, o entesouramento de metais pre-
ciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande interesse na descoberta e na explo-
ração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação
das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII. A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos
relacionados a esse desbravamento, assinale a opção correta.
a) A Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbrava-
dores paulistas em direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração
econômica das terras goianas.
b) O declínio da extração aurífera em Goiás ocorreu na primeira metade do século passado,
quando a multiplicação de indústrias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a
região central do país.
c) Fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, a sede inicial da capitania
goiana recebeu desse bandeirante o nome de Goiás, homenagem aos habitantes de extensa
região que margeava o rio Tietê.
d) O desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo,
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas,
índios para serem escravizados.
e) A ação dos desbravadores foi severamente punida pela metrópole portuguesa, receosa de
que as riquezas eventualmente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e
escapassem ao fisco lusitano.


A interiorização do território goiano deu-se no contexto nas bandeiras. Com as Bandeiras au-
mentando no século XVIII, a região do interior do Brasil, mais conhecido como Sertão, passou a
ser ocupada pelos bandeirantes. As Bandeiras (movimentos particulares de expansão e busca
por riquezas) tinham como principais objetivos tanto a procura de povos indígenas para escra-
vizar quanto a busca por metais preciosos (ouro, prata).
Letra d.

024. (SEGPLAN-GO/2016) Leia os textos a seguir:


1.”Excelente escravo. Vende-se um crioulo de 22 anos, sem vício e muito fiel: bom e asseado cozi-
nheiro, copeiro. Faz todo o serviço de arranjo da casa com presteza, e é melhor trabalhador de roça
que se pode desejar; humilde, obediente e bonita figura. Para tratar na ladeira de S. Francisco n. 4”.
(Província de São Paulo, S. P. 19 fev. 1878. apud NEVES, M. de F. R. das. Documentos sobre a escravidão no
Brasil. São Paulo: Contexto, 1996. Textos e documentos, v. 6)

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2.”Identificavam, naturalmente, trabalho com escravidão e liberdade com ódio. […]. Em Goiás a
situação era a mesma. [..]. A primeira distinção fundamental na sociedade era a cor”.
(PALACIN, L.; MORAES, Maria A. de Santanna. História de Goiás (1722-1972). 6. ed. Goiânia, GO: Editora da
UCG, 1994)

Após ler os textos e com base nos seus conhecimentos pode-se afirmar que a vida dos escra-
vos no Brasil e em Goiás possuía as seguintes características, EXCETO:
a) Trabalho árduo e pouca alimentação.
b) Graves doenças (reumatismo, verminoses…).
c) Força de trabalho voltada principalmente para a pecuária.
d) Falta de liberdade (arbitrariedades e castigos).
e) Atividade mineradora como principal ocupação.


Lembre-se, candidato(a), de que a mão de obra escrava no Brasil não era empregada em gran-
de quantidade nas atividades pecuárias.
Letra c.

025. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos,
como o calçamento das ruas.


Quando foi assinada a lei de abolição da escravatura no Brasil, a província de Goiás não depen-
dia mais da mão de obra escrava. No século XIX o número de escravos era pequeno e a pecu-
ária já havia se fundado. A Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás.
Letra a.

026. 26. (FUNIVERSA/SECTEC-GO/2010)


Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas ter-
ras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
(Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Constituição Federal de 1988)

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Acerca da participação dos negros na formação econômica e social de Goiás e de temas cor-
relatos, assinale a alternativa correta.
a) Em Goiás, foi importante a contribuição dos negros para a formação de sua população.
Conforme dados do último censo demográfico, o estado é, entre todas as unidades federadas,
aquele que possui maior percentual de afrodescendentes.
b) Apesar do grande contingente de goianos de origem africana, ao longo da história, o estado,
contrariamente às demais unidades da Federação, não utilizou mão de obra escrava em seus
processos produtivos.
c) A exemplo de outras instituições públicas, a Universidade Federal de Goiás, por meio do
Programa UFGInclui, adota o sistema de cotas raciais para o acesso ao ensino superior. São
disponibilizados 10% de suas vagas para estudantes negros e 10% para negros quilombolas,
independentemente da renda ou da origem escolar (escolas públicas ou privadas).
d) Apesar das políticas governamentais criadas com o intuito de valorizar a cultura dos escra-
vos e seus descendentes e de reconhecer a posse destes sobre as áreas ocupadas por antigos
quilombos, não há terras de quilombolas reconhecidas no estado de Goiás.
e) Por terras de quilombolas entendem-se áreas ocupadas por descendentes de antigos es-
cravos revoltados, que passaram a viver em quilombos, com o objetivo de fugir da situação de
escravidão em que se encontravam.


Quilombo é a nomenclatura dada aos locais de refúgio dos escravos que fugiam de engenhos
e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses ambientes, os escravos passavam a
viver em liberdade, criando relações sociais. Centenas de quilombos existem até os dias atais,
formando as comunidades quilombolas.
Letra e.

027. (IADES/SEAP/2019) Nas últimas décadas, o bioma cerrado, presente no território goia-
no, transformou-se em uma nova e importante fronteira agrícola brasileira. Essa transforma-
ção modificou os aspectos socioeconômicos regionais e impulsionou a produtividade agro-
pecuária, tornando o Brasil um dos principais produtores mundiais de commodities agrícolas.
No que tange às transformações socioeconômicas e ao aumento da produtividade no cerrado,
assinale a alternativa correta.
a) O bom desempenho do agronegócio goiano se deve à pesquisa e à tecnologia implementa-
das no cerrado pela agricultura moderna.
b) A agricultura tradicional, praticada no estado de Goiás, é a responsável pelo crescimento
das exportações de commodities agrícolas.
c) O aumento da produtividade de commodities agrícolas em Goiás só foi possível com a im-
plantação do modelo de agricultura familiar.

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d) A alta produtividade do cerrado está relacionada com a boa qualidade do solo, que dispensa
correção e adubos.
e) O clima predominantemente ameno na região do cerrado, com chuvas distribuídas ao longo
de todos os meses do ano, constitui fator importante para o aumento da produtividade agrícola.


A região do Cerrado teve expressiva expansão no final do século XX pelo agronegócio e suas
técnicas modernas de cultivo.
Letra a.

028. (UEG/PC-GO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo.”
(FUNES, E. A. Goiás 1800-1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia, GO: Editora da
UFG, 1986. p. 32)

O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.


Candidato(a), a questão é bem clara sobre seu objetivo: a consequência da crise. Dessa forma,
Lembre-se de que ocorreu de maneira intensa o êxodo urbano com a decadência da minera-
ção. Um dos motivos era a justificativa que o campo oferecia as condições mínimas para a
produção de alimentos.
Letra b.

029. (FUNIVERSA/UEG/2015) A tecnologia da irrigação é uma grande aliada dos agricultores.


Alternativas bem-sucedidas de irrigação tecnológica de baixo custo vêm atendendo a anseios
econômicos dos produtores e a metas ambientais da sociedade. Números do IBGE mostram
que o Brasil possui 4,4 milhões de hectares irrigados, mas seu potencial é de 30 milhões.
(Internet: http://tribunadosudoeste.com.br. Acesso em: 3 mar. 2015)

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Em relação à temática abordada nesse fragmento de texto, assinale a alternativa correta.


a) Um dos grandes problemas ambientais da irrigação no estado de Goiás deve-se ao fato de
a água ser sempre retirada de mananciais.
b) O consumo de água pela agropecuária brasileira, em comparação com outros ramos da
economia, é significativamente baixo.
c) O Centro-Oeste, em razão de seu relevo, é uma das regiões com maiores dificuldades para a
implantação da lavoura irrigada.
d) O município de Cristalina é um dos principais polos de lavoura irrigada do Brasil.
e) Apenas grãos, principalmente soja e milho, são produzidos em sistemas de irrigação.


Cristalina é um dos principais polos de irrigação do Brasil. Há produção frutas, trigo e outros
cultivos.
Letra d.

030. (IADES/AL-GO/2019) Conforme o Decreto Presidencial n. 75.320/1975, que dispõe


quanto à criação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o objetivo
do referido programa foi o de:
a) regularizar a ocupação do cerrado por meio do recadastramento dos imóveis rurais, da iden-
tificação de áreas devolutas e do desenvolvimento de ações de proteção do bioma cerrado.
b) ampliar a participação do Estado na proteção das fronteiras nacionais localizadas no cerra-
do, como medida de controle do território e maior rigor na fiscalização das atividades econô-
micas ilegais e (ou) ilícitas.
c) promover o desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias no Centro-O-
este e no oeste do estado de Minas Gerais, mediante a ocupação racional de áreas seleciona-
das, com características de cerrado.
d) promover o desenvolvimento econômico e social das áreas do cerrado por meio de investi-
mentos na área da educação, do aumento do número de escolas, da instalação de universida-
des e escolas técnicas e de ações de combate à pobreza.
e) propor ações de desenvolvimento econômico voltadas para o fortalecimento das indústrias
localizadas no cerrado, em especial aquelas voltadas para a produção de produtos com maior
valor agregado e bens de capital.


O POLOCENTRO teve um grande impacto sobre o crescimento e a produção agropecuária no
Centro-Oeste, incentivando maior produção de alimentos.
Letra c.

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031. (IADES/AL-GO/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante


para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana,
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo em vis-
ta a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triângulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.


Os primeiros trilhos em Goiás foram estabelecidos em 1911 e tiveram sua inauguração em
1913 na cidade de Ipameri/GO. Foi uma solução para os produtores, comerciantes e políticos
goianos, que precisavam atender às necessidades da economia da região.
Letra a.

032. (FCC/SEFAZ-GO/2018) As ações da Companhia Estrada de Ferro de Goiás estabelece-


ram, no início do século XX, uma ferrovia que:
a) permaneceu, até meados da segunda metade do século XX, como principal modal de esco-
amento dos sistemas produtivos regionais, sendo responsável por 50% da carga transportada.
b) surgiu pela demanda de vias flexíveis para a circulação de mercadorias com vistas ao mer-
cado interno e de políticas governamentais orientadas por interesses de grandes grupos inter-
nacionais em importar produtos agrícolas.
c) foi instalada seguindo uma lógica externa – interesse do capital em se expandir e ocupar o
território brasileiro, mas também por articulações políticas de grupos locais interessados na
efetivação desse projeto.
d) adequou-se ao modelo de substituição de importações instaurado no Brasil nas primeiras
décadas do século XX, tornando-se a via de integração entre os novos polos de modernização
do Sudeste e do Nordeste.
e) contribuiu para acentuar o caráter arquipélago da economia brasileira uma vez que, ao prio-
rizar o escoamento da produção econômica regional para o Sul e Sudeste, intensificou o isola-
mento da Amazônia e a região Nordeste.

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Para o estado de Goiás, a Estrada de Ferro é um resultado de um esforço feito por alguns re-
presentantes da classe política e intelectual da região. Porém, é importante destacar que a fer-
rovia cortava o cerrado goiano em função dos interesses do sistema capitalista de produção,
ou seja, ela nasceu de fora para dentro do estado.
Letra c.

033. (QUADRIX/PROCON/2017) Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo


de transformação da estrutura econômica produtiva do Centro-Sul do País a partir do alarga-
mento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão das estradas de ferro, com o prolongamen-
to das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de São Paulo. Os trilhos seguiram
em direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada de Ferro
Goiás, ligando-se à Estrada de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro.
(Internet: www.revistas.ufg.br. Com adaptações)

A justificativa da construção da ferrovia goiana estava ancorada no(na)


a) posição assumida pelo estado de Goiás como região produtora e fornecedora de produtos
agrícolas básicos para os mercados da região Sudeste.
b) pensamento, predominante naquele momento, de que a construção da nova capital do esta-
do demandaria ligações ferroviárias com o restante do País.
c) significativa produção de café no sul goiano, que seria majoritariamente encaminhada ao
porto de Santos, em São Paulo, por via férrea.
d) necessidade de escoar a vasta produção de minerais, como níquel e fosfato, produzidos no
norte goiano.
e) possibilidade de que funcionasse como vetor de transferência maciça dos imigrantes que
chegavam de Minas Gerais.


A estrada de ferro surge como uma maneira de integrar a economia goiana e facilitar o escoa-
mento da sua crescente produção agropecuária.
Letra a.

034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/2019) A porção do Sudeste Goiano denomi-


nada “região da Estrada de Ferro”, após ter passado por um período de crescimento econômico
no início do século XX, a partir de 1930, enfrentou a estagnação, vindo a recuperar sua primazia
apenas a partir dos anos de 1970.
(MATOS, Patrícia Francisca de. Estrada de Ferro: o anúncio das metamorfoses de modernização do território no
Sudeste Goiano. Revista eletrônica Ateliê Geográfico, UFG‐IESA, p. 14)

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Com relação à formação econômica de Goiás e às suas transformações ao longo do século


XX, assinale a alternativa correta.
a) A estagnação ocorrida a partir de 1930 tem, entre seus motivos, a expansão da ferrovia até
Anápolis, o que viria a consolidar o domínio comercial por outras regiões do estado.
b) A construção de Goiânia não impactou na decadência da região da Estrada de Ferro, visto
que sua influência econômica se deu apenas no campo político.
c) Liderados por Mauro Borges, grupos que se opunham aos coronéis da região da Estrada de
Ferro investiram na modernização de outras áreas e contribuíram, nos anos 1930, para a deca-
dência dessa região.
d) Apesar da estagnação econômica referida, o Sudeste Goiano viveu, entre 1930 e 1970, um
forte incremento na dinâmica populacional, tornando‐se a região mais populosa do estado.
e) Mesmo com menor fluxo de capitais em relação às décadas anteriores a 1930, a região da
Estrada de Ferro continuou sendo, até 1970, grande exportadora de produtos da agropecuária.


Um dos fatores que contribuíram para a estagnação econômica e demográfica dos municípios
do Sudeste Goiano está a expansão dos meios de circulação, que possibilitaram a inserção
de outras regiões do estado na produção comercial, como, por exemplo: o prolongamento da
estrada de ferro até Anápolis, em 1935, que consolidou o controle comercial da área central e
do norte de Goiás, a construção de Goiânia e os programas de colonização.
Letra a.

035. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.


A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:
a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana


A Ferrovia percorre com seus trilhos a região SUDESTE do estado.
Letra a.

036. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma

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vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.


A maior parte da mão de obra que se valeu o Governo Federal na construção de Brasília foi
composta por nordestinos.
Letra c.

037. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-


culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília


Lembre-se, querido(a) aluno(a), de que a modernização da agricultura e a construção de Brasí-
lia foram fatores determinantes para a ocupação do sudoeste Goiano.
Letra d.

038. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Relativamente à modernização da agricultura, à urbanização


e à demografia do território goiano, e ao atual panorama econômico do estado de Goiás, assi-
nale a opção correta.
a) O alto nível de desenvolvimento econômico da região norte de Goiás foi decisivo para o des-
membramento que deu origem ao estado do Tocantins.
b) Graças à crescente importância do agronegócio na economia do estado de Goiás, a popula-
ção goiana é majoritariamente rural.
c) Com o declínio da mineração, a economia goiana voltou-se para a agricultura de exportação,
com produção destinada ao mercado exterior.
d) A partir das últimas décadas do século passado, a economia goiana viu o agronegócio ex-
pandir-se e ampliou seu parque industrial.
e) Atualmente, o setor de serviços desempenha reduzido papel na composição do produto
interno bruto de Goiás.

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Os investimentos na agropecuária goiana aumentaram de forma significativa nos últimos
anos. Mesmo sendo um estado de população urbana, a produção agropecuária desenvolvida
tem grande participação na produção nacional. Com isso, vários setores agroindústrias foram
sendo atraídos para região. Em outros casos específicos, a criação de polos industriais, como
o de Anápolis, começam a surgir e aquecer a economia do estado.
Letra d.

039. (IADES/AL-GO/2018) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante


para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana,
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo em vis-
ta a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triângulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.


A estrada de ferro começou no final do século XIX e nas três primeiras décadas do século XX,
com vistas a integrar o Goiás ao resto do país, esse foi o primeiro passo para urbanização e
expansão do capitalismo.
Letra a.

040. (IBEG/SANEAGO/2013) A região Centro-Oeste deve ser considerada como um grande es-
petáculo do crescimento econômico brasileiro ao longo das últimas décadas. Comparando-se
as taxas de crescimento do PIB da região com as do Brasil, verificamos a elevada performance
apresentada pelo Centro-Oeste, que nos últimos 40 anos cresceu aproximadamente 9% ao ano.
Conforme constata estudo elaborado pelo IPEA, desde o início dos anos 60, o crescimento ob-
servado na sua economia, além de muito alto foi também bastante estável, inclusive em períodos
de crises verificadas na economia brasileira. Nesse contexto de crescimento, o estado de Goiás

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se insere de forma significativa. Isto pode ser confirmado com a constatação de que importantes
transformações estruturais de sua economia aconteceram nas últimas décadas, com o apro-
fundamento de sua relação de complementaridade com o centro dinâmico do país, permitindo
a consolidação de bases para o crescimento econômico do estado. Deve ser destacado, assim
como para todo o Centro-Oeste, a participação fundamental dos setores públicos federal, esta-
duais e municipais para o desenvolvimento regional. Ao verificar o desenvolvimento do Estado de
Goiás ao longo das décadas iremos nos deparar com a busca pelo crescimento econômico, via
modernização dos setores agropecuários e agroindustriais, fortemente amparada em políticas
públicas como crédito rural, planos regionais de desenvolvimento, política de preços mínimos.
(http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj1/02.htm)

Com relação ao tema suscitado no texto e suas ramificações, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o texto pode-se afirmar que o arrefecimento dos setores agropecuários e agroin-
dustriais do estado de Goiás tiveram o apoio dos setores públicos federal, estadual e municipais.
b) Infere-se do texto que as políticas de incentivos estatais foram importantes para o desenvol-
vimento econômico dos estados de Goiás e Tocantins.
c) A chegada das empresas automobilísticas (montadoras) Mitsubishi, Audi e Hyundai no es-
tado de Goiás, são exemplos da modernização dos setores agropecuários e agroindustriais.
d) As políticas de incentivos fiscais adotadas pelo estado de Goiás corroboraram para o cres-
cimento e modernização dos setores agropecuários e agroindustriais nas últimas décadas.
e) A modernização dos setores agropecuários e agroindustriais contribuiu para a geração de
novos postos de trabalho no campo, concluindo definitivamente o processo de êxodo rural no
estado de Goiás.


Baseado no texto, a alternativa D se encaixa perfeitamente na resposta.
Letra d.

041. (IBEG/SANEAGO/2013) Julgue os itens abaixo em Verdadeiro ou Falso:


I – A população indígena em Goiás ultrapassa 10 (dez) mil habitantes, sendo certo que 39.781
hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado, três
das quais se encontram demarcadas pela FUNAI. Tais áreas localizam-se nos Municípios de
Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minuaçu, Nova América e Rubiata.
II – A colonização de Goiás deve-se também à migração de pecuaristas que partiram de São
Paulo no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva
vocação do estado para a pecuária.
III – Já no primeiro século da colonização do Brasil, diversas expedições, percorreram parte do
território do atual Estado de Goiás. Estas expedições, organizadas principalmente no Rio de Ja-
neiro, centro então da colonização, eram umas de caráter oficial destinadas a explorar o interior e

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buscar riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organizadas para a cap-
tura de índios. De São Paulo saíam ainda bandeiras buscando índios, cada vez mais escassos.
IV – A partir do século XX a sociedade goiana estava em transição, haja vista que a mineração dei-
xava de ter destaque na economia, passando-se ao desenvolvimento das atividades agropecuárias.
V – Para Goiânia, a construção de Brasília foi um grande aditivo em termos populacionais, re-
presentando uma alteração econômica positiva pra toda Região Centro-Oeste, movimentando
as relações no ambiente agrário, com a modernização da agricultura, embora, no entanto, não
tenha alterado a estrutura de poder no campo, ainda baseada no latifúndio.
Considerando-se as assertivas acima, podemos afirmar que:
a) F, V, F, F, V.
b) V, F, F, V, V.
c) V, V, V, F, F.
d) V, V, F, F, V.
e) F, F, V, V, F.


II) Errado. Não pode ocorrer essa migração de pecuaristas para a região no século XVI.
III) Errado. Não foi no primeiro século de colonização que ocorreram expedições no atual es-
tado de Goiás.
Letra b.

042. (FGV/TJ-GO/2014) A redução do número total de pessoas ocupadas em estabelecimen-


tos agropecuários em Goiás a partir da década de 1980 está associada à:
a) a decadência da atividade agrícola no período, em função da crise econômica que assolou
todo o país na década de 1990;
b) expansão das atividades rurais baseada principalmente no turismo, que emprega pequena
quantidade de mão de obra;
c) expansão da fronteira agrícola na região amazônica, que atraiu muitos migrantes oriun-
dos de Goiás;
d) expansão do processo de modernização agrícola, que emprega menor quantidade de mão de obra;
e) substituição gradual das relações de trabalho baseadas no arrendamento pela utilização do
sistema de parceria.


A partir de 1980, o Goiás começa ter grande modernização tecnológica no campo. Quanto
mais máquinas, mais qualificada precisa ser a mão de obra. Portanto, se o patrão comprar a
máquina, poderá reduzir o custo, logo aumenta-se o fenômeno do êxodo rural, o que faz com
que o Goiás se torne cada vez mais urbano.
Letra d.

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043. (PREFEITURA DE ARAÇU/2020) A princípio, o atual estado de Goiás fez parte de qual
unidade federativa?
a) Capitania do Rio de Janeiro
b) Capitania de São Paulo
c) Capitania de Salvador
d) Capitania das Minas Gerais


Candidato(a), esse tipo de questão você não pode errar! Pertencia à capitania de São Paulo.
Letra b.

044. (MS CONCURSOS/IPAS/2010) O descobridor de Goiás foi Anhangüera. Isto não significa
que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a vir para Goiás com
a intenção de se fixar aqui no período de 1690 a 1718. Anhanguera foi o apelido dado a quem?
a) João Leite da Silva Ortiz.
b) João de Abreu.
c) Francisco Pires Ribeirão.
d) Bartolomeu Bueno da Silva.


 nome do famoso Anhaguera era Bartolomeu Bueno da Silva.
O
Letra d.


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Cleber Monteiro
Pós-graduado em Coordenação e Orientação Pedagógica. Professor do Colégio Militar Dom Pedro II (CM-
DPII) e de cursinhos preparatórios para PAS, Enem e concursos públicos (sistema EaD e presencial).

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