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CONHECIMENTOS

SOBRE O ESTADO
DE SERGIPE
História de Sergipe

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
História de Sergipe.. .........................................................................................................................................................4
1. Introdução ao Tema.....................................................................................................................................................4
2. Brasil Colônia.................................................................................................................................................................4
3. Índios em Sergipe.........................................................................................................................................................7
4. Povoamento e Ocupação de Sergipe...............................................................................................................11
5. História de Aracaju...................................................................................................................................................15
6. Período Republicano.. ..............................................................................................................................................17
7. Era Vargas (1930-1945). . ........................................................................................................................................21
8. A República em Sergipe – 1889 até 2021...................................................................................................23
9. O Cangaço......................................................................................................................................................................25
Exercícios............................................................................................................................................................................27
Gabarito...............................................................................................................................................................................33
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................34
Referências........................................................................................................................................................................48
Anexos..................................................................................................................................................................................49

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)!
Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado
em Geografia e pós-graduado em coordenação pedagógica e supervisão escolar. Aprovado
nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PMSP) e Polícia Militar do estado
de Santa Catarina (PMSC). Atualmente sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II em Bra-
sília e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados
e municípios. E agora estamos juntos pelo Gran Cursos, para que você possa conseguir a sua
tão sonhada aprovação no serviço público.
Você verá ao longo deste material que estudar a história e a geografia de um município,
por maior que seja o conteúdo, é supertranquilo. Como em todas as outras disciplinas, iremos
usar estratégia para que você poupe seu tempo e consiga assimilar o maior número de co-
nhecimento necessário para a sua prova. Sempre focando naqueles assuntos pertinentes em
certames anteriores.
Ao longo desse material você encontrará dicas e lembretes que ajudarão na compreensão
do conteúdo. Nessa etapa iremos focar e destrinchar a história de Sergipe e os principais
acontecimentos desde o período colonial. Ao final teremos uma bateria de questões comenta-
das para serem resolvidas. Lembrem-se, só passa em concurso quem faz questões, portanto
faça todas!
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua
aprovação. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum que terei um enorme prazer em
te atender. Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir.
Cleber Monteiro - @Profclebermonteiro

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

HISTÓRIA DE SERGIPE
1. Introdução ao Tema
Querido(a) aluno (a), para uma melhor compreensão da história do Sergipe, é necessária
uma breve explicação sobre a história do Brasil. Os processos de ocupação e exploração são
parecidos e irá te ajudar a entender como ocorreu a ocupação do território sergipano.
O processo de ocupação e dominação que ocorreu no Brasil foi replicado praticamente em
todas as províncias do país, tendo como dominantes os portugueses e os dominados os indí-
genas. Em vários momentos históricos, iremos perceber existência de conflitos entres eles, e
consequentemente a fuga, morte ou exploração dos indígenas ou do território.

O PULO DO GATO
Muitos itens referentes a história de Sergipe podem ser respondidos com os conhecimentos
prévios básicos sobre a história do Brasil. Portanto, analisar o que se pede em um contexto
macro pode te ajudar a acertar a questão. Fica a dica!

Esse conhecimento pode ir além da ocupação portuguesa no Brasil, mas também pode-
mos associar as atividades econômicas desenvolvidas, principalmente na região Nordeste.
Entenda que as atividades de exploração do pau-brasil, o desenvolvimento da pecuária e a
produção de cana-de-açúcar foram importantes para o Brasil e para o Sergipe.
Porém, você precisa compreender e reconhecer casos específicos do estado, como perso-
nagens importantes, conflitos locais e acontecimentos regionais que ganharam uma repercus-
são estadual ou nacional. Dessa forma, a história do Brasil será uma grande aliada sua para
que possa gabaritar os itens referentes a história de Sergipe na sua prova! Então, sem mais
delongas vamos iniciar nossos estudos falando sobre a colonização portuguesa.

2. Brasil Colônia
Quando os colonizadores atracaram na região litorânea brasileira, encontraram uma po-
pulação nativa com características culturais e linguísticas parecidas, distribuindo-se ao longo
do vasto litoral e próximos a alguns rios. O encontro entre portugueses e indígenas marcou o
início de ralação violenta e desumana dessa colonização. Os índios que foram capturados ou
que se submeteram aos portugueses sofreram um verdadeiro genocídio cultural e físico. Nes-
se momento histórico, iniciava-se a miscigenação entre etnias diferentes, que foi fundamental
para a formação do povo brasileiro.
Uma maneira encontrada pelos índios para resistirem a colonização, foram organizando
fugas para áreas interioranas, garantindo uma herança genética e cultural no povo brasileiro.

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Porém, lembre-se que milhões de índios ocupavam o Brasil no século XVI e hoje (século XXI),
não chegam 500 mil indígenas.
O território pertencente a Portugal foi dividida em quinze faixas de terras que iam da costa
oeste até a linha de Tordesilhas. O nome dado foi capitanias hereditárias e foram entregues
aos capitães donatários, que eram pessoas com ligações com a coroa. O principal objetivo de
Portugal é que cada capitania se desenvolvesse economicamente.
Os capitães donatários tinham autonomia e poder referentes a economia e na esfera admi-
nistrativa e parte dos tributos que eram destinados a Coroa ficavam retidos com os donatários
das capitanias. No campo administrativo, eles poderiam autorizar a criação de vilas, formar
milícias sobre seu comando e doar sesmarias.

Sesmaria é a doação de uma extensão de terra a uma pessoa com a obrigação de cultivá-la
em um período de 5 anos e de pagar os impostos a Coroa. Essa prática de doação de terras
(sesmaria) foi extremamente importante, pois originou à formação de grandes latifúndios.

Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/capitania/483156>. Acesso em 17 de Mar. 2021.

Com exceção de São Vicente e Pernambuco, as demais capitanias fracassaram. Mediante


a resultados negativos, a Coroa portuguesa começou retomar as capitanias e, posteriormente,
criaram outra forma de administração do território, denominada Governo Geral.
Junto com Tomé de Sousa, primeiro governador Geral, vieram os primeiros jesuítas com o
objetivo de catequizar os indígenas. Com a necessidade de um polo administrativo na colônia,
Tomé de Sousa iniciou os trabalhos para construir São Salvador, a primeira capital do Brasil.

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Durante a colonização portuguesa, uma das formas de trabalho existentes na colônia era
a escrava. Inicialmente os portugueses tentaram escravizar grupos indígenas, porém sem su-
cesso. Os índios resistiram às diversas investidas dos europeus em escravizá-los, entre as for-
mas de resistência temos as fugas para o interior do país, local até então desconhecido pelos
portugueses. Outra forma foi com conflitos diretos, na qual podemos citar inclusive guerras
em Sergipe. Devido à dificuldade encontrada em escravizar os indígenas, inicia-se a escravidão
de negros africanos.
Os africanos vieram para desenvolver atividades nas lavouras que aqui se iniciavam, com
destaque para a lavoura de cana-de-açúcar. Porém, várias outras funções foram atribuídas a
eles, como por exemplo trabalhos domésticos. Lembre-se que o próprio estado de Sergipe foi
palco de trabalhadores negros que estavam na condição de escravos, muitos destinados aos
canaviais sergipanos.

A cultura indígena era incompatível com o trabalho regular e intenso proposto por Portugal.
Diferente do que os europeus pensavam, os indígenas não eram preguiçosos, apenas faziam o
que fosse necessário para sua sobrevivência.

Podemos caracterizar o Nordeste como o primeiro centro de ocupação e colonização do


Brasil, consequentemente, a região também concentrou as primeiras atividades econômicas
da colônia. Inicialmente a sua economia estava concentrada na extração do pau-brasil e poste-
riormente com o desenvolvimento da cana-de-açúcar e pecuária. O destaque, no entanto, ficou
com a produção açucareira nos grandes centros produtores da Bahia e Pernambuco devido a
fatores climáticos e geográficos. Porém, regiões próximas se tornaram bastante produtivas,
entre elas Sergipe.
Essas atividades econômicas passaram por mudanças ao longo da história do Brasil e,
consequentemente, expandiram também o território brasileiro e suas áreas ocupadas. Surgi-
ram novas cidades e áreas produtoras com variedades em que se produzia e diversificação da
ocupação territorial. Observe no organograma as mudanças econômicas que o Brasil passou.

Século XVII
Século XIX • Desenvolvimento
• Mineração na da Indústria
• Inicia região • Construção de
com o • Pecuária
Sudeste • Café no Brasília e
pau-brasil • Drogas do Sudeste
Sertão • Ocupação de ocupação da
• `Cana-de- regiões • Diminuiçã região central
• Aumenta a o da
açúcar produção interioranas
produção
açucareira de Açúcar
Século XVI
Século XVIII Século XX

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Como você pode observar, em cada período apresentado temos um novo cultivo ou produ-
to explorado. Também se percebe que as áreas de atuação são interiorizadas, não se limitando
apenas ao Nordeste, como ocorria era inicialmente.

Candidato(a), para compreender a expansão do território brasileiro e sua ocupação, associe


com as atividades econômicas desenvolvidas. Quando se tem uma atividade econômica, con-
sequentemente temos uma presença maior de pessoas. Fica a dica!

3. Índios em Sergipe
O processo de colonização do Brasil foi marcado pela violência e imposição cultural eu-
ropeia, onde os indígenas de várias etnias sofreram um extermínio físico e cultural durante a
ocupação dos colonizadores. Essas ações de dominação e inferiorização ocorreram também
no estado de Sergipe.
Durante a colonização portuguesa, iniciada onde atualmente é o território da Bahia, come-
çou uma exploração econômica e a procura de índios para realizar o trabalho de forma escra-
va. Diversos indígenas opostos a ação dos portugueses, migraram para outras regiões, entre
elas as terras que hoje pertencem a Sergipe. Nesse período histórico, muitos desses indígenas
acabaram unindo-se aos franceses.

Os franceses conseguiram apoio de indígenas e estabeleceram em terras portuguesas um co-


mércio de exploração de pau-brasil em troca de produtos europeus. Esse momento histórico
ficou conhecido como invasões francesas.

Com o intuito de conquistar a área de comércio francês, foi enviado o Padre Gaspar Louren-
ço e outros homens a região. No início, a proposta era um trabalho missionário e pacífico. Mas
com a criação de um povoamento, liderado pelo grande fazendeiro Garcia D’Ávila, começaram
a ocorrer ações distintas daquelas previstas inicialmente. Ataques as sociedades indígenas
da região se tornaram frequentes, com relatos de aldeias incendiadas, morte de líderes e a
captura de vários indígenas.
Em 1589, Cristóvão de Barros, membro da junta que era responsável por administrar a
Bahia, organizou um ataque aos índios de Sergipe. Como resultado da sua ofensiva, tivemos
milhares de mortes, imposição da realização de trabalho escravo, fuga em massa de nativos
para a atual região Norte do país e a criação do Arraial de São Cristóvão.
Segundo Santana (2015), os indígenas sergipanos foram caracterizados, majoritariamente,
como tupinambás e o autor descreve a localização das aldeias:

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[...] nas margens do rio São Francisco, na localidade Aldeia em São Cristóvão, em Santo Amaro, nas
redondezas dos engenhos loiolistas – Dira, Colégio e Camaçari. Considerou como antigas aldeias:
Poxim, Aracaju, Japaratuba, Canabrava, a dos Capajós; além de Geru, Água Azeda, Pacatuba e São
Pedro do Porto da Folha. Para Felte Bezerra, o cruzamento com índios teria ocorrido mais no interior
de Sergipe, onde não se percebia nenhum traço cultural, somente físico. (SANTANA, P.A. Os índios
em Sergipe oitocentista: catequese, civilização e alienação de terras. Tese de doutorado. Universida-
de Federal da Bahia, 2015, p. 15).

Várias aldeias foram criadas no interior do Sergipe para abrigar índios de etnias diversas,
muitas delas entre engenhos e fazendas locais. O quantitativo das populações indígenas era
dinâmico e passou por um intenso processo de miscigenação entre os próprios índios. O Go-
verno local tentou de várias formas a conquista das terras ocupadas pelos indígenas, que
resistiram por anos as empreitadas dos líderes locais. A remoção do povo nativo era baseada
em afirmações que os definiam como criminosos, embriagados e preguiçosos. Mesmo com
ações violentas e genocidas dos colonizadores, mantiveram-se firmes, até o século XIX, os
povos Água Azeda, Geru, Japaratuba, Pacatuba e São Pedro (Uruna). Porém, a visão da popu-
lação sobre esses povos era de inferiorização e menosprezo.
Um dos líderes indígenas que ganhou destaque no cenário sergipano foi o Serigy. Sua so-
ciedade indígena habitava terras entre os atuais rios de Vaza Barris e Sergipe, nas proximida-
des do município de Aracaju. Sua resistência se tornou forte pelo fato de ganhar apoio de tribos
vizinhas e ter para o combate aproximadamente dois mil homens contra a invasão portuguesa,
que gerou um conflito de, aproximadamente, 30 anos.
Os franceses chegaram a ajudar os indígenas de Serigy, pois sabiam que se Portugal con-
quistasse aqueles territórios, a exploração do pau-brasil encerraria e eles seriam expulsos da
região. Essa aliança gerou a possibilidade de os indígenas lutarem com armas de fogo contra
os portugueses, aumentando a sua força e a chance de resistirem a colonização. Para vencer
os índios Serigy os portugueses formaram uma grande esquadra de guerra e travaram longas
disputas, que finalizaram quando o líder foi capturado e morto.

O Cacique Serigy é homenageado até os dias atuais. Ele foi o primeiro indígena a ter incluído
seu nome no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria,
em Brasília.

Observe no mapa a distribuição de alguns povos indígenas quando aconteceu a incursão


de Cristóvão de Barros.

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Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/overblog/enforcados-historia-do-indio-em-sergipe>. Acesso em


16 de Mar. 2021.

Podemos observar no mapa as áreas de ocupação indígenas, que são coloridas em verme-
lho e verde, e as áreas de conquistas de Cristóvão de Barros em cinza. É perceptível que a área
ocupada pelo colonizador era bem maior do que as terras ocupadas pelos indígenas.
Uma das sociedades indígenas que ganharam o cenário Sergipano foram os índios Geru.
Essa aldeia foi, primeiramente, ameaçada por fronteiras pastoris e anos depois se tornaram
residência de missões jesuítas. Os padres, antes de serem expulsos, denunciaram a violência
exercida contra os indígenas por parte dos pecuaristas locais. Os europeus começaram a ocu-
par as terras da aldeia, consequentemente gerando conflitos e fugas de diversos índios. Seu
nome foi alterado de Geru para vila Nova Távora e, futuramente, Vila do Tomar.
Uma das formas encontradas pelos agentes governamentais de justificar a ocupação de
diversas terras era alegando a inexistência de índios nesses locais. O Governo imperial, com o
objetivo de desarticular os grupos indígenas e impedir os conflitos com fazendeiros próximos,
emitiu a ordem das províncias criarem listas nominais dos índios para realizarem trabalhos
rentáveis para a Coroa.
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Normalmente, esses indígenas eram direcionados para a Marinha, devido a vocação dos
nativos para a pesca. Várias outras leis foram criadas para reorganizar as ações missionárias
que estavam enfraquecidas e que seu principal objetivo seria a civilização dos indígenas, pre-
parando-os para fazer parte do povo brasileiro.
Entre essas leis, destaca-se o regulamento das missões. Essa legislação buscava uma
solução final para a situação dos índios, onde missionários iriam catequizá-los e, consequente-
mente, civilizá-los. Criaram um órgão denominado Diretorias Gerais pelas províncias brasileiras,
que seriam responsáveis pela mediação entre os índios e os Governos Imperial e Provincial.
No esquema abaixo veja uma das metas desse regulamento na província de Sergipe em 1845.

Como desempenhava a
missão
Cobrança do governo

Quantas aldeias existiam


provincial

Onde estavam
Diretor Geral dos índios estabelecidas as aldeias

Quais os seus
rendimentos, aplicações e
trabalhos indígenas

Número de famílias
indígenas por aldeamento

Mediante a dificuldade e demora dos dados solicitados, o Diretor Geral do Índios recebeu
em 1850 uma ordem do Presidente da província de Sergipe, Amâncio Andrade, para incorporar
para o governo as Terras concedidas aos índios que não viviam aldeados. Dessa forma defen-
dia o discurso sobre a falta de indígenas em Sergipe para serem aplicadas as solicitações.
Segundo Santana (2015):

[...] o presidente Amâncio J. P. Andrade produziu um relatório especial sobre as aldeias da província.
O documento sintetizou a trajetória delas e finalizou apontando as razões para a extinção de cada
uma. [...] concluiu: Sergipe não possuía mais aldeias e os índios restantes eram pouquíssimos para
justificar a restauração do sistema de aldeamentos. O documento serviu de base para o presidente
seguinte pedir a extinção da Diretoria Geral. Nele são citados todos os argumentos comuns aos de-
fensores do fim do sistema de aldeamentos: a civilização alcançada, a necessidade de incorporação
dos indígenas e a destinação das terras para finalidades mais lucrativas. (SANTANA, P.A. Os índios
em Sergipe oitocentista: catequese, civilização e alienação de terras. Tese de doutorado. Universida-
de Federal da Bahia, 2015, p. 39).

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Portanto, a legislação sobre o regulamento das missões intensificou os processos que


acabariam com as vilas de índios e aldeamentos. Os indígenas passaram a ser denominados
como mestiços, tiveram o direito de usufruir das suas terras questionado e foram igualados ao
restante da população do país.
Portanto, podemos concluir que as ações realizadas contra os índios sergipanos são idên-
ticas as praticadas com os indígenas em todo o Brasil. Esses povos nativos foram vítimas de
uma colonização exploratória e alvo de um genocídio físico e cultural que massacraram diver-
sas etnias.
Observe na listagem os principais grupos étnicos indígenas na região de Sergipe.

Atualmente, em Sergipe, existe apenas uma sociedade indígena: os Xokós. É uma aldeia
formada por índios remanescentes que vivem na Ilha de São Pedro, no município de Porto da
Folha. O sustento deles é proveniente de atividades primárias, como a agricultura e a pecuária,
mas estão inseridos no comércio local com seus artesanatos e utensílios. Os atuais Xokós são
resultado de uma miscigenação indígena que ocorreu com a criação dos aldeamentos de São
Pedro e Pacatuba.

4. Povoamento e Ocupação de Sergipe


A ocupação do território de Sergipe é bastante antiga, sendo denominada como pré-his-
tórica. Os primeiros moradores da região foram os indígenas, em destaque os Tupinambás.
Como estudamos nas páginas anteriores, houve um intenso contato entre os europeus e os
indígenas que geraram conflitos, mortes e fugas de vários nativos.

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Milhares de indígenas insatisfeitos com a ação portuguesa, migraram para outras regiões, mas
de forma geral várias etnias sofreram um extermínio físico e cultural durante a ocupação dos
colonizadores. Nesse período histórico, muitos desses indígenas acabaram unindo-se aos
franceses para resistir a colonização portuguesa.

Desde a ocupação por Cristóvão de Barros até 1820, Sergipe foi administrada e tutelada
pela Bahia. Após a criação do Arraial de São Cristóvão, primeira capital sergipana, iniciou diver-
sas doações de Sesmarias para promover a colonização e o povoamento de Sergipe. Vários
soldados que lutaram contra os nativos, receberam terras na região com o objetivo de ocupá-
-las e com o aumento populacional, criou-se na região uma transformação socioespacial com
áreas comerciais e produtivas.

PEGADINHA DA BANCA
Cuidado candidato(a)! A banca poderá trocar as nacionalidades dos colonizadores europeus e
os municípios ocupados. Portanto é importante lembrar que com a ocupação de Cristóvão de
Barros criou-se o Arraial São Cristóvão (Sergipe Del Rey) e que futuramente se tornou a primei-
ra capital de Sergipe.

Uma das atividades que se destacou na região foi a prática da pecuária. A produção gerada
em Sergipe era responsável pelo abastecimento das províncias que se destacavam na produ-
ção de cana-de-açúcar. Um dos principais mercados abastecidos era o da Bahia, sendo que o
caminho que liga Sergipe à Bahia, passou a ser chamado de Estrada de Boiada.
Outras atividades foram desenvolvidas juntas com a pecuária, entre elas podemos citar a
cana-de-açúcar que teve a sua importância no litoral sergipano. A produção se concentrava em
uma área denominada Vale do Contiguiba, local onde foram desenvolvidos os primeiros enge-
nhos sergipanos. A ausência de metais preciosos foi um motivo importante para a repulsão
de pessoas para o interior. O principal objetivo desses fluxos imigratórios era conquistar novas
terras e desenvolvê-las.

PEGADINHA DA BANCA
Candidato(a), o examinador irá colocar algumas atividades econômicas que foram importan-
tes para o Brasil, porém que não tem muita representatividade para Sergipe. Como por exem-
plo, o café e a mineração. Então lembre-se, as principais atividades econômicas para o Sergipe
no período colonial foi a pecuária e a cana-de-açúcar.

Os rios foram de extrema importância para navegação e desenvolvimento de vilarejos no


Brasil. Em Sergipe, essa realidade não foi diferente, tendo ao longo dos rios Real e Piauí a cria-
ção dos primeiros povoados, que foram se expandindo pelas margens do Rio São Francisco.

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Durante o século XVII, Sergipe sofreu várias alterações na estrutura administrativa, criando
primeiramente dois distritos militares: Lagarto e Itabaiana. Em 1696, Sergipe torna-se comarca
e surgem novas vilas como Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, Santo Antônio e Almas de
Itabaiana, Santo Amaro das Brotas e Santa Luzia do Itanhi.
Durante o século XVII, ocorre o período denominado de “invasão holandesa”, com o objetivo
inicial de conquistar a província pernambucana e, posteriormente ir até Salvador. Em Sergipe,
seu principal objetivo era construir uma base militar que os auxiliariam na conquista da Bahia,
portanto, eles não queriam ocupar ou desenvolver a região sergipana. Durante a ocupação
holandesa a cidade São Cristóvão foi destruída, alterando intensamente as atividades econô-
micas e produtivas na região. Devido aos conflitos nessa área por anos, o território de Sergipe
ficou abandonado pela coroa portuguesa.

O PULO DO GATO
Candidato(a), as bancas costumam induzir ao erro afirmando que as invasões holandesas
desenvolveram a econômica sergipana e melhoraram as condições de vida de quem habitava
a região. CUIDADO! O principal objetivo dos holandeses era simplesmente criar a base militar,
logo não desenvolveram a região.

Após a retomada do território pelos Portugueses, a coroa buscou normalizar as atividades


na região, inclusive reconstruindo São Cristóvão. Nesse contexto, surgem nas regiões boatos
que na Serra da Itabaiana existiriam minas de prata, estimulando intensos fluxos imigratórios
para as localidades, com o objetivo de desenvolver atividade mineradora. Nunca foi encontra-
do na Serra os metais preciosos, mas a imigração favoreceu aumento demográfico da região.
Surgem na província os seus primeiros partidos políticos: o Liberal e o Corcunda. Os libe-
rais eram liderados por José de Barros Pimentel, que anos atrás era adepto a recolonização.
Já os Corcundas eram liderados por José Matheus Leite Sampaio, que era considerado um
emancipacionista com uma política tradicional. Com a realização de diversos protestos na
sociedade, foram reunidos representantes de vários ramos par tentar organizar um governo
autônomo e Sergipe. Na formação dessa junta provisória, os Corcundas eram maioria, tornan-
do-os responsáveis pelo mando e responsabilidade da província. José de Barros Pimentel,
insatisfeito com o resultado criou uma oposição a junta que se formava.
Porém, dias depois foi determinado a anulação da junta provisória e o fim da autonomia
sergipana. Foi criado em seu lugar um governo militar liderado por José de Barros Pimentel.
Nesse novo governo prevaleceu os interesses particulares dos grandes fazendeiros. Sua go-
vernança durou pouco tempo e logo foi retirado do poder, sendo nomeado como governador
da província de Sergipe José Eloy Pessoa, que teve como forte oposição José Barros Pimentel.
Em 1820, o Rei de Portugal instituiu a emancipação política de Sergipe com a formação
de um governo com cinco membros e representantes para a Assembleia Constituinte. Essa

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decisão foi bastante questionada pelo governo baiano que resistiu a ordem imperial. Nomeado
como governador de Sergipe, o Brigadeiro Carlos César Burlamaqui tomou posse somente em
20 de fevereiro de 1821 devido a insatisfação baiana. Porém, no mesmo ano o governador foi
retirado do poder por mando da Bahia e conduzido preso em Salvador.
Após a prisão do então governador, líderes do agreste e do sertão lutaram pela emanci-
pação política de Sergipe. A partir de 1822, iniciaram os movimentos pela independência do
Brasil, que receberam apoio da liderança sergipana. Com a independência do Brasil, conse-
quentemente, aconteceu a Emancipação de Sergipe por ordem decretada de D. João VI.
Apenas em 20 de outubro de 1823 que a política sergipana foi regularizada, extinguindo
as juntas e escolhendo presidentes para as províncias. Nesse contexto, foi nomeado como
presidente de Sergipe o brigadeiro Manoel Fernandes da Silveira, que teria a grande missão de
administrar uma província desestruturada socioeconomicamente.
A emancipação política influenciou diretamente na economia local. A produção açucareira
de Sergipe era mantida e exportada pelos grandes comerciantes baianos, criando assim uma
independência econômica. A partir da emancipação, começa o aumento do desenvolvimento
da produção de cana de açúcar, principalmente nas regiões do Vale de Cotiguiba. Junto com
o crescimento açucareiro, veio o aumento de números de escravos e o número de engenhos.

ENGENHOS NA CAPITANIA DE SERGIPE


PERÍODO ENGENHOS
1609 03
1617 04
1637 08
1724 25
1759 39
1798 140
1820 226
1824 232
FONTE: Nunes, Maria Thetis. Sergipe Colonial I. Sergipe: Universidade Federal de Sergipe; Rio de Janeiro: Tempo
B/rasileiro, 1989 e Nunes, Maria Thetis. Sergipe Colonial II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.

RESUMO DA COLONIZAÇÃO EM SERGIPE:


• A atual área do Sergipe começou a ser colonizada no século XVI.
• Os franceses tinham uma intensa troca comercial com os indígenas. Essa troca comer-
cial era de especiarias por pau-brasil.
• A colonização iniciou com Garcia D’Ávila e alguns jesuítas para catequizar e civilizar os
índios.
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• Após a ocupação do território pelos portugueses, os franceses foram expulsos da re-


gião.
• O primeiro povoamento foi o Arraial de São Cristóvão, sede da capitania de Sergipe.
• A região de Sergipe destacou-se pela pecuária e o cultivo de cana-de-açúcar.
• Ocupada pelos holandeses no século XVII, teve um declínio econômico.
• Aracaju foi elevada à capital do Estado do Sergipe em 1855 por razões econômicas.

5. História de Aracaju
Querido aluno(a), a atual capital do Sergipe, Aracaju, tem uma história diferente dos demais
municípios que surgiram no estado. A grande maioria das cidades sergipanas cresceram de
forma espontânea e desorganizada, mas Aracaju se estruturou de uma forma diferente das
demais áreas urbanas, pois ela foi planejada para ser a nova sede do Governo de Sergipe.
Existem duas grandes correntes que defendem o surgimento de Aracaju. Uma delas afirma
que um povoado simples chamado de Santo Antônio de Aracaju, formado por uma pequena
capela de Santo Antônio erguida em um morro, seria o que futuramente chamaríamos de ca-
pital do estado. A segunda, defendida por vários historiadores sergipanos, Aracaju já nasce
sendo a capital ao ser construída na parte baixa daquela colina de Santo Antônio.
Mas o que nos importa é que a formação populacional de Aracaju se inicia com uma co-
lônia de pescadores pertencentes a São Cristóvão, antiga capital de Sergipe. O nome é origi-
nado da linguagem tupi, e significa cajueiro dos papagaios. Sua localização litorânea e a pro-
ximidade de rios importantes na região, foi determinante para que o vilarejo fosse escolhido,
por Inácio Joaquim Barbosa, para a ser a nova capital. Mesmo havendo cidades com melhor
infraestrutura, como por exemplo São Cristóvão e Laranjeiras, a escolha foi mantida devido há
vários fatores locacionais.
Inácio Barbosa tinha ciência da importância de um porto para facilitar o escoamento da
produção e desenvolver economicamente e socialmente a província. Por mais que vários mu-
nicípios apresentassem altos índices de desenvolvimento socioeconômicos, nenhum tinha a
facilidade de escoamento que o presidente da província queria.

Inácio Barbosa, durante seu governo, buscou desenvolver Sergipe ao ponto de levar a região
progresso. Ele foi o responsável pela mudança da capital de São Cristóvão para o Aracaju.

Então, foram contratados os serviços do engenheiro Sebastião José Basílio Pirro para ser
o responsável para planejar a cidade, que futuramente recebeu como homenagem uma rua
em Aracaju com seu nome. No projeto inicial, inspirado em um tabuleiro de xadrez, foi traçado
todas as ruas em linhas retas, que formavam grandes quadrados simétricos.

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A ideia da cidade é um alinhamento dentro de uma área com 1.188 m². Como o governo
exigiu agilidade na construção, os estudos sobre as condições locais, como por exemplo re-
levo e o escoamento de água, não foi realizado por completo, o que gerou alguns problemas
urbanos futuros, como exemplo os alagamentos. Observe na imagem a seguir o projeto inicial
da cidade.

Disponível em:<http://istoesergipe.blogspot.com/2016/12/um-breve-historico-da-evolu-
cao-urbana.html>. Acesso em: 15 de Mar. 2021.
O projeto foi denominado como o “Quadrado de Pirro” e teria como centro administrativo
da capital onde se localiza hoje a Praça Fausto Cardoso. Posteriormente foi construído o Pa-
lácio Olímpio Campos para ser a sede do Governo Provincial e outros órgãos administrativos.
As primeiras ocupações na nova capital ocorreram com a concentração da elite canavieira
e do Vale do Cotiguiba. Com o crescimento da cidade e para garantir o projeto de Sebastião,
ocorreram várias desapropriações na região, muitas delas consideradas desnecessárias. A ex-
ceção das linhas simétricas foi uma curva na Rua da Frente, que gerou uma avenida em torno
do rio Sergipe.
O desenvolvimento urbano de Aracaju seguiu o padrão de grandes cidades brasileiras. No
centro estabeleceu famílias ricas e com alto poder aquisitivo e as margens desse centro se
desenvolveram as periferias que abrigavam os pobres e marginalizados. Normalmente, as re-
giões centrais apresentam melhores condições de vida, infraestrutura e saneamento básico.
Mas nem sempre foi assim em Aracaju, que no início da cidade apresentou vários problemas
característicos de regiões periféricas, como por exemplo falta de calçadas, iluminação e até
fatos relacionados a higiene. Porém com obras de aterramentos de vales, esgotamento de
mangues e área alagadas, a infraestrutura de capital foi se estabelecendo.
Com o crescimento populacional aumentou a demanda por moradias. Com a expansão de
favelas, como por exemplo a Ilha das Cabras e o Curral, foi necessário a criação de políticas pú-

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blicas para atender essa parcela da população que crescia a cada ano. Pensando nisso foram
criados conjuntos habitacionais para evitar as proliferações irregulares de moradias e manter
um padrão no desenvolvimento urbano.
A partir do século XX, Sergipe passa a melhorar as condições estruturais e ter característi-
cas urbanas, entre elas:

1908
1909
• Implantado o
• Bondes puxados por
abastecimento de
tração animal
água da capital

1916
• Implantação da rede 1913
de esgoto • Instalação da luz
• Implantação da rede elétrica
telefônica

No ano de 1918 um grupo de arquitetos e escultores da Itália remodelaram a cidade de


Aracaju. O estilo que prevaleceu nessa época foi o Art Nouveau, que tinha como característica
a ornamentação em flores, folhagens e animais.
Durante os anos de 1930, ganha espaço o estilo Art Décor, que tem o predomínio de formas
geométricas e monumentais. Mesmo com tantas mudanças socioeconômicas em Sergipe, o
governo sempre buscou manter as características originais da região central cidade, buscando
resolver os problemas de moradias com a expansão de áreas periféricas e a criação de conjun-
tos habitacionais.

6. Período Republicano
O período republicano brasileiro é extenso e é datado a partir da Proclamação da República
em 1889 comandada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nesse lapso temporal, alguns acon-
tecimentos nacionais são importantes para a compreensão de fatos em Sergipe. Primeira-
mente vamos classificar essa república por períodos, sendo eles a república velha, Era Vargas,
República democrática populista, governo militar e nova república. Importante ressaltar que
todos esses aspectos na política nacional refletem na política sergipana.

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Primeira república

Também denominado República das


República velha
como: oligarquias
Período Republicano

Começa com a República dos


Revolução de 1930 Coronéis
Era Vargas
Chegada De Getúlio
Vargas ao Poder

República democrática Período de 1945 a


populista 1964

Período de 1964 até


Governo Militar
1985

Nova República 1988 até os dias atuais

A república velha ficou marcada pela política envolvendo grandes oligarquias nacionais e
locais. Nesse período temos como característica marcante o voto de cabresto, ou seja, a ma-
nipulação dos eleitores, principalmente os que moravam nas zonas rurais. Importante lembrar
que nesse período a maior parte da população se encontrava no campo e eram controlados
pelos coronéis.

O voto de cabresto é uma prática comum dos tempos dos coronéis. Se constitui em um siste-
ma de influência e controle da política, normalmente envolviam grandes personagens locais,
como fazendeiros.

Os coronéis eram proprietários de grandes terras (fazendeiros) que exerciam o poder local
sobre as camadas inferiores para garantir votos para seus candidatos políticos e receberem
em troca favores. Dessa forma as eleições eram marcadas por grandes fraudes.
As oligarquias era grupos políticos que assenhoravam o poder dos mais variados estados
do Brasil e o coronelismo foi um fenômeno político que caracterizou todas as unidades fede-
rativas do país, que muitas vezes se uniam e formavam oligarquias. Os grandes proprietários
de terras através de seu poderio econômico, exerciam influência política sobre as pessoas
que precisavam de seus favores, ou seja, existia uma troca de favores entre os coronéis e os
eleitores. Esses favores eram dos mais diversos, como arrumar emprego, vagas em escolas,
conseguir serviços públicos e outros, e consequentemente garantiam obediência cega de seus
eleitores.

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A população era obrigada a votar nos candidatos determinados pelo coronel, por isso nes-
sa época ganhou muita expressividade o termo voto de cabresto. O voto era aberto e não exis-
tia a justiça eleitoral, o que possibilitava grandes fraudes nos processos eleitorais. Portanto,
entenda que os coronéis apoiavam as oligarquias, que são grupos políticos que se concen-
travam para manterem o poder na esfera estadual. Na esfera municipal quem ajudava essas
oligarquias eram os coronéis.
Em Sergipe temos o predomínio da oligarquia Olimpista, que teve um papel importante no
início do século XX no comando da política sergipana. Nesse período tínhamos o registro de
dois partidos políticos majoritários: o Partido Republicano de Sergipe, denominado Cabaús e
Partido Republicano Sergipense, denominado como pebas.
Olímpio Campos era líder dos Cabaús e presidente do estado de Sergipe. Usava seu pode-
rio político, influência e liderança, para indicar seus sucessores ao governo. Seus candidatos
vereadores, prefeitos e até deputados venciam graças ao seu apoio e influência. A concentra-
ção de poder na mão da oligarquia Olimpista incluía as elites locais de Sergipe, mas fazia com
que as classes mais baixas ficassem excluídas das decisões políticas do estado.
Porém, nem todos aceitavam pacificamente a exploração, exclusão e marginalização po-
lítica. Existiam setores da sociedade que foram protestar contra a presença oligárquica na
política sergipana. Dessa forma ocorreram algumas revoltas contra a concentração de po-
der, e entre elas destacaremos a Revolta de Fausto Cardoso, que teve como objetivo derrubar
a oligarquia Olimpista. Esse grupo político controlava a presidência do estado, as principais
cidades de Sergipe e tinha uma bancada muito grande de deputados estaduais e federais, e
obviamente os opositores se organizaram para tentar derrubar a oligarquia estava no poder.
Fausto Cardoso, Deputado Federal pelo Estado de Sergipe, era a principal oposição de
Olímpio Campos e sua oligarquia. Após a vitória nas eleições de 1906, ele retorna a Sergipe
para desafiar a oligarquia ali presente. Quando ele chega ao estado, depara-se com uma revol-
ta preparada pelos seus partidários contra o Governo Olimpista. O movimento tomou o palácio
Olímpio Campos e criou um partido denominado Partido Progressista. A Assembleia Legis-
lativa também foi ocupada pelos opositores, que expulsaram os deputados que apoiavam a
oligarquia. Essa revolta durou pouco tempo, para ser mais preciso durou apenas 18 dias, mas
foi o tempo suficiente para se espalhar por toda região sergipana.

A Revolta de Fausto Cardoso foi um movimento de oposição ao governo oligárquico de Sergi-


pe. O principal objetivo desse movimento era derrubar a oligarquia Olimpista. Os apoiadores
acreditavam que com o prestígio popular e político de Fausto seria possível a mudança na
política de Sergipe.

A revolta, concretizada a pouquíssimo tempo, começa a ter seu desfecho de forma negati-
va. Após assumir o poder, o partido progressista não honrou a política defendida pelo seu líder

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Fausto, na verdade estavam longe das ideias dele. Eles queriam manter a política como era, ob-
viamente em suas mãos e conquistar antigos postos públicos que foram tirados a muitos anos.
Na época da revolta o Olímpio Campos era Senador de Sergipe e tinha vários contatos no
Rio de Janeiro, capital política do país. Com seus contatos políticos ele consegue enviar a Ser-
gipe forças militares para devolver o governo ao seu irmão Guilherme Campos. E durante essa
operação, Fausto vai enfrentar as tropas do Exército e leva um tiro que o matou.
Com a morte de Fausto todo o movimento se desarticula e levam vários membros a desis-
tir dos ideais. O medo de perseguição política e do próprio exército se alastrou entre os mem-
bros progressistas, o que facilitou a retomada do poder pelos Olimpistas a todos os postos
perdidos durante a revolta. Dois meses após a morte de Fausto Cardoso, os filhos foram até o
Rio de janeiro e vingaram a morte do pai assassinando Olímpio Campos.

Candidato(a), a primeira fase da república brasileira ficará marcada em Sergipe por esses dois
momentos históricos: A oligarquia Olimpista e a revolta de Fausto Cardoso. Muito importante
você ir para a prova dominando esses dois cenários.

Na década de 20 do século XX, tivemos no Brasil um movimento denominado Tenentismo


que era totalmente contra as oligarquias que se instalaram no território brasileiro. Durante esse
movimento, o governador de Sergipe era Graccho Cardoso (1922 – 1926) do Partido Republica-
no Conservador Importante lembrar que esse grupo político estava no poder de Sergipe desde
1910 e um de seus principais objetivos era a política voltada para a modernização da capital,
principalmente em saneamento básico.
Um acontecimento que marcou o governo de Craccho foi a Revolta de 13 de julho liderada
pelos adeptos ao tenentismo, que tinha como justificativa apoiar o movimento paulista que
queria depor o presidente da república. Inicialmente o governador sergipano foi deposto e os
militares envolvidos assumiram o poder da capital e municípios próximos, como São Cristó-
vão. Porém, em uma ofensiva organizada pelos Coronéis locais e o Governo Federal, venceu
os revoltosos. Após esse período o governo de Craccho ficou instável e se tornou submisso ao
Governo Federal.
Nomes importantes dessa revolta foram Maynard Gomes, João Soarino e Eurípedes Lima
que juntos lideraram o movimento que tomou o palácio do governo e depuseram o presidente
do estado. Os rebeldes encontraram forte apoio da sociedade de Aracaju e municípios vizi-
nhos. Com a ofensiva que os rebeldes sofreram, ocorreu a queda do movimento em Aracaju e
Maynard Gomes, um dos principais líderes, foi preso em São Paulo e transferido inicialmente
para o Rio de Janeiro e posteriormente retorna a Sergipe.
Líderes tenentistas paulistas e gaúchos propagaram por todo o território nacional uma
outra revolução, na qual estimulou os tenentes de Sergipe. Maynard, que respondia em regi-
me liberal de prisão, começou a coordenar as operações para a nova revolta, que ocorreu em

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18 de janeiro de 1926. Porém, em uma rápida contraofensiva a situação foi controlada pela
Polícia Militar de Sergipe. Maynard, com um ferimento no pé, foi preso novamente em casa
enquanto fazia curativos. Dias depois, centenas de revoltosos, entre eles Maynard foram re-
cebidos no estado do Espírito Santo por vários militares envolvidos nos movimentos contra o
governo federal.
Em 8 de Novembro de 1930, Maynard Gomes retorna a Aracaju após a vitoriosa revolução
no Norte e Nordeste e tornou-se interventor federal de Sergipe. Declarou apoio ao na Revolução
de 1930 a Getúlio Vargas oferecendo tropas para os combates, porém, pediu a exoneração do
cargo um dia antes da constituinte de Sergipe e se candidatou posteriormente a governador do
estado, disputa que perdeu para Erônides de Carvalho.

7. Era Vargas (1930-1945)


O período republicano denominado Era Vargas foi marcado por um governo autoritário que
permaneceu no poder por 15 anos (1930 – 1945). Getúlio chega à presidência através de um
movimento político militar, que teve apoio de tenentes do exército, setores de classe média
urbana e do Partido Democrático de São Paulo, em que auxiliou e conduziu Vargas ao Palácio
do Catete. Todo esse processo e movimento pró-Vargas ficou conhecido como Revolução de
1930, que na verdade foi um golpe de estado. Essa era tem classificações que caracterizam o
governo sendo o Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Esta-
do Novo (1937 até 1945).
Era Vargas

Combate as
Revolução de 1930 Governo Provisório
oligarquias

Governo
1934 - 1937
Constitucional

1937 - 1945
Estado Novo
Ditadura de Vargas

Durante a primeira fase de seu governo, denominado Governo Provisório, Vargas buscou
afastar os antigos inimigos políticos da aliança liberal, ou seja, as antigas oligarquias. Para
cada estado do Brasil ele indicou um interventor federal, uma pessoa de sua máxima confiança
para administrar os estados. Geralmente, eram escolhidos tenentes que tinham apoiado a re-
volução de 1930. Em Sergipe foi nomeado o Tenente Augusto Maynard (1930-1935) que mon-
tou um governo com militares leais e civis que apoiaram a revolução e a nova ordem política no

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Brasil. Esses interventores estavam lá para garantir a ordem e combater as antigas oligarquias,
representados muitas vezes na figura dos coronéis.
Esses quatro anos de governo provisório ocorreram inúmeros fatos marcantes determina-
dos por Getúlio Vargas, destacando-se a suspensão da Constituição de 1891, a concretização
do ministério do trabalho e da educação, a criação das primeiras leis trabalhistas e uma gover-
nança por meio de decretos leis. Diante dessa mudança política, São Paulo cria um movimento
para retomar o poder nacional, denominado de revolução constitucionalista de São Paulo. Po-
rém, os paulistas não obtiveram apoio de outros estados brasileiros e não conseguiram dar o
contragolpe pretendido em Vargas.
Em 1933 Vargas convoca as eleições para que pudessem escrever uma nova carta mag-
na para o Brasil, denominada Constituição de 1934. Com a criação da nova Constituição e a
eleição de Vargas, encerra-se o governo provisório e inicia o governo constitucional. Nesse
momento, o Brasil tinha uma Carta Magna promulgada de cunho liberal democrático. Surge
nesse período uma polaridade ideológica política, sendo de um lado a Ação Integralista Brasi-
leira (AIB) que o lema era Deus, Pátria e Família. Era um grupo de extrema direita inspirado no
fascismo liderado por Plínio Salgado. No outro polo tínhamos a Aliança Nacional Libertadora
(ANL) com tendências comunistas e liderada por Luíz Carlos Prestes.
Durante esse período o governo Sergipano foi de Eronildes de Carvalho. Nessa época os
setores conservadores marcam a política de Sergipe com a tradicional oposição aos tenentes.
Suas principais obras foram o palácio de Serigy, o hospital infantil, ampliação das rodovias e a
construção de várias escolas.
Após indícios de que grupos estavam buscando instaurar o comunismo no Brasil, Vargas
dá um novo golpe de estado em 1937 e notifica a existência do plano Cohen a população bra-
sileira. Esse plano era uma suposta ameaça de dominação comunista no território brasileiro.
Essa divulgação criou um grande alarme na população brasileira, mas ele aparece como
grande protetor do povo de sua nação, defendendo combater e impedir o desenvolvimento do
comunismo em seu país. Esse golpe institui o Estado Novo, uma ditadura implantada em ide-
ais antiliberais e antidemocráticos. Durante o Estado Novo instaurou-se a censura aos meios
de comunicação, os partidos políticos foram colocados na ilegalidade e fechou o legislativo
por completo.
A constituição dessa época era a de 1937, que foi redigida por Francisco Campos, era bas-
tante inspirada na Constituição polonesa. Sua principal característica era os plenos poderes ao
executivo, representado pela figura do presidente da república
Em 1938, Aracaju nomeou uma praça com o nome de Getúlio Vargas, na região sul da cida-
de. O monumento da praça foi inaugurado para marcar o início do Estado Novo. O interventor
Eronídes de Carvalho criou uma rádio, que ficou conhecida como Rádio Difusora de Sergipe,
para transmitir diversos discursos políticos nacionais. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, o
Estado Novo era venerado através dos meios de comunicação criados em Sergipe, mas com a
democratização, encerrou esse período.

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Portanto, podemos concluir que a Era Vargas foi extremamente importante não só para
o Brasil, como também para Sergipe. Uma das suas maiores contribuições foi o combate as
oligarquias, entre elas a sergipana e possibilitando uma mudança na política local.

8. A República em Sergipe – 1889 até 2021


Com a Proclamação da República, a pequena província de Sergipe passa a ser uma Unida-
de Federativa com sua Constituição instituída em 1892. Após a formação de juntas provisórias
para administrar o mais novo estado nordestino, Felisberto Freire assume o poder e se torna o
primeiro governador. Sergipe teve modificações institucionais significativas nessa época, entre
elas a adesão e legitimação das oligarquias ao novo regime. Um governo que merece destaque
é o de Seixas Dória.
Ele era um apoiador das reformas de base do presidente João Goulart. A oposição conser-
vadora, entre eles os militares, não aceitavam as ideias de Goulart e, muito menos de Seixas
por ter influência comunista. De forma geral, todos que apoiavam ou lutavam em prol da políti-
ca de João Goulart eram malvistos pelos militares.
No comício de 13 de maio, no Rio de Janeiro, Seixas anunciou a realização da reforma
agrária sergipana. Essa atitude não agradou os grupos conservadores de Sergipe. Porém, com
o golpe de 1964, Seixas sai do poder por ordens expressas dos militares.
No quadro a seguir você irá conhecer todos os governantes de Sergipe e seu respectivo
ano de atuação.
GOVERNADOR PERÍODO
Felisbelo Firmo de Oliveira Freire 13.12.1889 à 17.08.1890
José Calazans 18.05.1892 à 13.09.1894
João Vieira Leite 14.09.1894 a 24.10.1894
Antônio de Siqueira Horta 04.09.1896 a 05.10.1896
28.07.1896 a 03.09.1896 / 06.10.1896
Antônio Leonardo da Silveira Dantas
a 23.10.1896
Martinho César da Silveira Garcez 24.10.1896 a 13.08.1898
Apulcro Mota Rabelo .08.1898 a 23.10.1899
Olímpio de Souza Campos 24.10.1899 a 23.10.1902
Josino Odorico de Menezes 24.10.1902 a 23.10.1905
Guilherme de Souza Campos 24.10.1905 a 23.08.1908
João Maria Loureiro Tavares 10.08.1906 a 28.08.1906
José Rodrigues da Costa Dória 24.10.1908 a 23.10.1911
Antônio José de Siqueira Menezes 24.10.1911 a 28.07.1914

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GOVERNADOR PERÍODO
Pedro Freire de Carvalho 29.07.1914 a 24.10.1914
24.10.1894 a 28.07.1896 / 24.10.1914
Manoel Prisciliano Oliveira Valadão
a 23.10.1918
José Joaquim Pereira Lobo 24.10.1918 a 23.10.1922
Maurício Graccho Cardoso 24.10.1922 a 24.10.1926
Ciro Franklin de Azevedo 06.11.1926 a 04.12.1926
Francisco de Souza Porto 09.01.1927 a 29.01.1927
Manoel Correia Dantas 30.01.1927 a 17.10.1930
Eronildes Ferreira de Carvalho 02.04.1935 a 30.06.1941
Milton Pereira de Azevedo 01.07.1941 a 26.03.1942
16.11.1930 a 28.03.1935 / 27.03.1942
Augusto Maynard Gomes
a 26.10.1945
Francisco Leite Neto 27.10.1945 a 04.11.1945
Hunaldo Santaflor Cardoso 11.05.1945 a 30.03.1946
Antônio Freitas Brandão 31.03.1946 a 29.01.1947
Joaquim Sabino Ribeiro Chaves 30.01.1947 a 28.03.1947
Edelzio Vieira de Melo 17.02.1951 a 11.03.1951
Arnaldo Rollemberg Garcez 12.03.1951 a 30.01.1955
Leandro Maynard Maciel 31.01.1955 a 30.01.1959
Luiz Garcia 31.01.1959 a 05.07.1962
Dionizio de Araújo Machado 06.07.1962 a 30.01.1963
João de Seixas Dória 31.01.1963 a 01.04.1964
Sebastião Celso de Carvalho 01.04.1964 a 30.01.1967
Lourival Batista 31.01.1967 a 14.05.1970
João Andrade Garcez 04.06.1970 a 14.03.1971
Paulo Barreto de Menezes 15.03.1971 a 14.03.1975
José Rollemberg Leite 15.03.1975 a 14.03.1979
Augusto do Prado Franco 15.03. 1979 a 13.05. 1982
Djenal Tavares de Queiroz 14.05. 1982 a 14.03. 1983
Antônio Carlos Valadares 1987 a 1991
Albano do Prado Pimentel Franco 1995 a 1998 / 1999 a 2002

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

GOVERNADOR PERÍODO
1983 a 1987 / 1991 a 1994 / 2003 a
João Alves Filho
2006
Marcelo Déda Chagas 2007 a 2010 / 2011 a 2014
Jackson Barreto 2015 a 2018
Benivaldo Chagas 2019 até os dias atuais
Disponível em: < https://www.palacioolimpiocampos.se.gov.br/site/governadores.jsp?pag=1>. Acesso em 18 de
Mar. 2021

O PULO DO GATO
São poucas as bancas que costumam cobrar nomes ou grandes feitos de determinados gover-
nadores. A banca CEBRASPE, por exemplo, não adere a esse tipo de questão “decoreba”.

9. O Cangaço
Caracterizado como um movimento de banditismo social, o Cangaço ocorreu na região
nordestina entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. Aqueles que compu-
nham esses bandos eram denominados cangaceiros. Normalmente na figura de sertanejos
em constante movimentação espacial e vestindo roupas de couro, armados com rifles e facas.
Existem relatos históricos sobre ações de cangaços desde a década de 1870. Pode-se des-
tacar as ações de Jesuíno Alves de Melo Calado. Porém, somente os cangaceiros do século
XX receberam maior fama, causaram grande terror e produziram forte impacto na sociedade
nordestina.
As ações dos cangaceiros estão ligadas, também, a questões econômicas e sociais. As
secas prolongadas que assolaram o Nordeste geraram a morte e a miséria de várias pessoas
que ali moravam. Muitos preferiram migrar para outras regiões para buscar uma melhoria de
vida. As relações de dependência das populações mais pobres com os grandes proprietários
de terras dessas regiões geraram uma forte insatisfação por partes de alguns moradores, que
passaram a formar os cangaços.
Durante a década de 1920, houve várias reações ao sistema oligárquico no Nordeste, sen-
do o cangaço uma delas. Nomes como Virgulino Ferreira (o famoso lampião), Cristiano Gomes
(Corisco) e José Ribeiro (Zé Sereno) foram os principais cangaceiros dessa época. Os seus
conflitos eram contra as tropas do estado e os mercenários contratados por fazendeiros, de-
nominados jagunços.
Com a morte de Lampião, no Sergipe, por tropas estaduais, os demais cangaceiros se en-
tregaram as forças policiais em troca da absolvição de seus crimes.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

Lampião foi morto junto com Maria Bonita e mais alguns companheiros após uma emboscada
em seu esconderijo em Angico, no município de Poço Redondo.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

EXERCÍCIOS
001. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BARRAS DOS COQUEIROS/2020) Durante a segunda me-
tade do século XVI, a costa sergipana era frequentada pelos traficantes normandos do pau-
-brasil. Era a barra do rio Sergipe (barra do Cotinguiba, como então era chamado) o ponto
preferido por esses aventureiros. Portugal pôs fim à pirataria a partir da conquista das terras
intermediárias entre Bahia e Pernambuco, realizada por Cristóvão de Barros. Segundo alguns
historiadores, o atual município havia abrigado, nos primeiros anos de sua fundação, a sede do
governo da Capitania de Sergipe-del-Rei – São Cristóvão, fundada por Cristóvão de Barros em
1589, na costa ocidental da Ilha dos Coqueiros, à margem esquerda do rio Sergipe e próximo
de sua foz, local que corresponde, hoje, ao da cidade de Barra dos Coqueiros. Era, então, povo-
ado ou, talvez, apenas cidadela.
Internet: <www.biblioteca.ibge.gov.br> (com adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir em C para certo e E
para errado.
O contrabando de pau-brasil executado pelos corsários franceses na barra do rio Sergipe ren-
deu à localidade de Barra dos Coqueiros o título de sede de município.

002. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BARRAS DOS COQUEIROS/2020) O adensamento da


ocupação na margem esquerda do rio Sergipe, na segunda metade do século XIX, elevou a
antiga capela de Nossa Senhora dos Mares da Barra dos Coqueiros à categoria de freguesia.

003. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A respeito da cultura sergipana


e do município de São Cristóvão, o local em que hoje está situada a Praça São Francisco, em
São Cristóvão, foi o cenário da morte de Lampião, o mais célebre representante do cangaço.

004. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) São Cristóvão é cidade-símbolo


de uma consciência histórica que preserva bens que testemunham a passagem do tempo e a
ação humana que se perpetua.

005. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A ocupação do território onde


se situa o estado de Sergipe ocorreu simultaneamente ao processo de colonização do Brasil.
Iniciada ainda no século XVI, a ocupação também foi protagonista do esforço português de
controlar suas terras americanas, o que implicou, entre outras ações, o combate a outros eu-
ropeus que manifestavam interesse sobre a possessão lusitana na América. Relativamente à
trajetória histórica de Sergipe, julgue o item seguinte.
Historicamente, a economia sergipana está sustentada na agricultura, na pecuária e na agroin-
dústria; neste segmento, assentou-se, sobretudo, no café e na soja.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A ocupação do território onde


se situa o estado de Sergipe ocorreu simultaneamente ao processo de colonização do Brasil.
Iniciada ainda no século XVI, a ocupação também foi protagonista do esforço português de
controlar suas terras americanas, o que implicou, entre outras ações, o combate a outros euro-
peus que manifestavam interesse sobre a possessão lusitana na América.
Relativamente à trajetória histórica de Sergipe, julgue o item seguinte.
A presença dos holandeses em Sergipe, embora breve, foi vital para organizar a economia da
região: os conflitos cessaram e a estabilidade permitiu o desenvolvimento econômico que per-
durou por mais de dois séculos.

007. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) O início da colonização sergipa-


na contou com a participação de nomes como Garcia D’Ávila, grande proprietário de terras à
época, e também de padres da Companhia de Jesus (jesuítas).

008. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) Entre os europeus que chegaram


ao atual estado de Sergipe no primeiro século da colonização portuguesa, estavam os france-
ses, que tinham grande interesse no pau-brasil.

009. (CEBRASPE/PC-SE/2018) O longo processo de organização e reorganização da socie-


dade deu-se concomitantemente à transformação da natureza primitiva em campos, cidades,
estradas de ferro, minas, voçorocas, parques nacionais, shopping centers etc. Estas obras do
homem são as suas marcas e apresentam determinado padrão de localização que é próprio a
cada sociedade. Organizadas espacialmente, constituem o espaço do homem, a organização
espacial da sociedade ou, simplesmente, o espaço geográfico.
Roberto Lobato Corrêa. Região e organização espacial. 7.ª ed. São Paulo: Ática, 2000 (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue os itens subsequentes, a respei-
to de elementos que compõem a organização espacial do estado de Sergipe.
A opção pelo processo de metropolização de Aracaju em detrimento de São Cristóvão deveu-
-se a esta não dispor de condições para ser cidade portuária nem de capacidade para atender
à crescente demanda industrial e administrativa do estado.

010. (IBFC/PC-SE/2014) Centro do poder político-administrativo da cidade de Aracaju, a Pra-


ça do Palácio (atual Praça Fausto Cardoso), foi o ponto de partida para o crescimento da ci-
dade, que se deu de forma desordenada quanto à ocupação do espaço. A organização física
das ruas da cidade, a mobilidade urbana, o projeto urbanístico, nunca foram preocupações
consideradas por seus dirigentes.

011. (IBFC/PC-SE/2014) Aracaju foi uma das primeiras capitais brasileiras a ser projetada e
possui transporte público integrado.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
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012. (IBFC/PC-SE/2014) Assim como em outros Estados nordestinos, Sergipe foi ocupado
por colonizadores franceses interessados no escambo de pau-brasil e algodão com os índios.
Entretanto, entre o fim do século XVI e as primeiras décadas do século XVII, os franceses colo-
nizaram oficialmente o Estado e passaram a dominar definitivamente a região.

013. (IBFC/PC-SE/2014) O local onde hoje se encontra o município de Aracaju era a residên-
cia oficial do cacique Serigy, que dominava desde as margens do rio Sergipe até as margens
do rio Vaza-Barris. Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigy e de seu
irmão Siriri, matando e derrotando os índios. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão
Barros fundou a cidade de São Cristóvão (mais tarde capital da província) junto à foz do Rio
Sergipe e definiu a Capitania de Sergipe.

014. (IBFC/PC-SE/2014) Como cidade projetada, Aracaju nasceu em 1855 por necessidades
econômicas. Uma assembleia elevou o povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de
cidade e a transformou em capital, em lugar de São Cristóvão, antiga sede da Província de
Sergipe Del Rey.

015. (IBFC/PC-SE/2014) Durante uma década o Nordeste brasileiro viveu o clima do cangaço
com o surgimento do bando chefiado por Virgolino Ferreira, o Lampião. O grupo percorreu Ser-
gipe e mais alguns estados nordestinos até 1938, ano em que Lampião foi surpreendido pela
volante e morto junto com Maria Bonita e mais alguns companheiros em seu esconderijo em
Angico, no sertão de Sergipe.
fazendeiros locais, o que os garantiam alguns benefícios.

016. (IBFC/PC-SE/2014) Devido ao sucesso do sistema de capitanias hereditárias, a Coroa


portuguesa comprou, em 1549, a capitania da Baía de Todos os Santos, incluindo Sergipe - dos
herdeiros do donatário, para sediar o governo-geral e nomeou Tomé de Souza como primeiro
governador-geral da Colônia.

017. (IF-SE/2018) A fundação da cidade de São Cristóvão remete à personagem histórica de


Cristóvão de Barros, que liderou as lutas contra os índios em fins do século XVI.

018. (IF-SE/2018) Por não ter tido qualquer participação na economia açucareira, Sergipe foi
a última área do Nordeste a ser colonizada por Portugal.

019. (INÉDITA/2022) Aracaju foi instituída como capital de Sergipe ainda no período colonial.
Ela foi a primeira cidade da província e era chamada de São Cristóvão.

020. (INÉDITA/2022) O projeto piloto de planejamento da cidade de Aracajú foi desenvolvido


pelo engenheiro Sebastião José Basílio Pirro, que se inspirou em um tabuleiro de xadrez para
projetar a cidade.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

021. (INÉDITA/2022) O projeto da cidade de Aracajú ficou conhecido como o quadrilátero


ferrífero de Pirro.

022. (INÉDITA/2022) O desenvolvimento urbano do município de Aracaju ocorreu de forma


inclusiva e igualitária entre as diferentes camadas da sociedade.

023. (INÉDITA/2022) O fato de Aracaju ser uma cidade planejada, faz com que atualmente
não apresente problemas estruturais urbanos.

024. (INÉDITA/2022)Os índios da sociedade Serigy travaram uma luta intensa e sangrenta, de
aproximadamente 30 anos, contra os portugueses e franceses.

025. (INÉDITA/2022) As oligarquias eram uma realidade presente na república velha no esta-
do de Sergipe, destacando-se a liderança de Olímpio Campos.

026. (INÉDITA/2022) A oligarquia Olimpista conseguiu se instalar em Sergipe e permanecer


por anos graças ao apoio de Fausto Cardoso. Ele foi responsável pela Revolta de Fausto Cardo-
so, que tinha como objetivo diminuir as manifestações contra o governo oligárquico.

027. (INÉDITA/2022) Durante a invasão holandesa no litoral brasileiro, os holandeses muda-


ram as estruturas econômicas sociais de Sergipe, com destaque para o trabalho livre e a pro-
dução de café.

028. (UFS/2009) A invasão de piratas franceses para contrabandear pau-brasil, tornou urgente
a colonização portuguesa da região de Sergipe, pois, além de bloquear a ação dos invasores, a
conquista das terras facilitaria a comunicação com a importante região de Pernambuco.

029. (UFS/2009) O trabalho de catequese das missões jesuíticas foi responsável pelo suces-
so das primeiras tentativas de colonização das terras sergipanas pois, além de enfraquecer a
resistência dos nativos à ocupação, evitou a destruição de muitos dos aldeamentos indígenas
existentes na região.

030. (UFS/2009) As expedições de piratas franceses estabeleceram contato com as tribos do


litoral sergipano por meio do escambo, ou seja, troca de objetos por pau-brasil. Esta relação
entre franceses e índios, ao contrário da relação hostil empreendida pelos colonizadores por-
tugueses, ocorria de forma amistosa.

031. (UFS/2009) Com a crescente colonização de Sergipe tem início a criação de gado que,
com os holandeses, torna-se a base da economia da capitania, pois, diferentemente dos por-
tugueses, reiniciaram o processo de povoamento e incentivaram a recuperação econômica da
região ocupada.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

032. (UFS/2009) Com a ocupação do território sergipano, a capitania passou a se dedicar à


criação de gado, facilitada pelos rios na região e fornecendo carne bovina e animais de carga
para as capitanias vizinhas. Isso permitiu que as capitanias da Bahia e Pernambuco se dedi-
cassem prioritariamente à produção canavieira.

033. (UFS/2009) As cidades de São Cristóvão e Laranjeiras são importantes cidades coloniais
de Sergipe, e a segunda almeja o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, que é conce-
dido pela Unesco.

034. (UFS/2002) Durante os primeiros vinte anos do Império, Sergipe viveu o clima de agita-
ção comum em muitas outras províncias nesse período.

035. Ainda durante o Império, deu-se a mudança da capital da província para Aracaju (1855),
uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.

036. (UFSE/2002/ADAPTADA) Durante o século XX o açúcar era o principal produto exportado


por Sergipe. Na década de 1860, porém, houve um aumento temporário da lavoura de algodão.

037. (INÉDITA/2022) A economia sergipana no final do século XIX destacou-se pela produção
de café, recebendo investimentos paulistas para o desenvolvimento desse cultivo.

038. (UFSE/2001) Com a proclamação da Independência do Brasil, a capitania de Sergipe foi


elevada a província em 1823, mas o progresso da província continuou pequeno durante o Im-
pério, com exceção de um breve surto algodoeiro na segunda metade do século XIX.

039. (UFSE/2001) Os primeiros anos da República foram marcados por movimentos rebeldes
no Estado de Sergipe, contrários ao federalismo, pois a descentralização enfraquecia a oligar-
quia local.

040. (UFSE/2000) Aracaju, fundada em 1865, primeira cidade planejada do país, tem papel
importante na resistência contra os franceses no Período Colonial.

041. (ADVISE/CREA-SE/2017) Analise o texto:


“No dia 17 de março de 1855, foi apresentado um projeto de elevação do povoado de Santo
Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta
nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju - o que representou um dos momentos
mais importantes da história de Sergipe. O responsável por apresentar este projeto passou a
ser considerado o „fundador de Aracaju, e recebeu um monumento em sua homenagem na Orla
de Atalaia”.
Adaptado de: http://www.encontraaracaju.com.br/aracaju/

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
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Qual alternativa apresenta o nome daquele considerado “fundador de Aracaju”?


a) Padre Manoel de Nóbrega.
b) Inácio Joaquim Barbosa.
c) Estácio de Sá.
d) Thomé de Sousa.
e) Padre Anchieta.

042. (INÉDITA/2022) O movimento tenentista foi fortemente combatido pelo Maynard Gomes
durante a revolta de 1924.

043. (INÉDITA/2022) A Revolta de Fausto Cardoso foi um movimento oligárquico de Sergipe.


Mesmo sendo oposição dos Olimpistas, ele apoiava essa forma de política.

044. Os acontecimentos políticos que aconteciam no cenário nacional não atingiam a provín-
cia de Sergipe, pois era considerada pequena e sem participação efetiva na política e econo-
mia brasileira.

045. Devido a ações de dominação e inferiorização, podemos afirmar que atualmente, em Ser-
gipe, existe apenas uma sociedade indígena: os Xokós.

046. Desde a ocupação portuguesa, Sergipe foi administrado e tutelado pela província de Per-
nambuco, conseguindo sua emancipação política décadas depois.

047. (INÉDITA/2022) Umas das políticas públicas adotadas por Seixas Dória foi a realização
da reforma agrária em Sergipe, aceita por todos de forma mansa e pacífica.

048. (INÉDITA/2022) A economia sergipana, até o século XIX, era bastante diversificada, des-
tacando-se a cana-de-açúcar, pecuária, Algodão e atividade mineradora, todas elas no Vale do
Contiguiba.

049. (INÉDITA/2022) Durante a república velha, Sergipe se caracterizou pela existência de


dois partidos políticos: Os Cabaús e os Pebas.

050. (INÉDITA/2022) Os primeiros vilarejos sergipanos se instalaram em áreas longes dos


rios. Isso ocorria como uma forma de preservar as casas, pois havia um desconhecimento dos
ocupantes sobre esses corpos de água no período das cheias.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
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GABARITO
1. E 37. E
2. C 38. C
3. E 39. E
4. C 40. E
5. E 41. b
6. E 42. E
7. C 43. E
8. C 44. E
9. C 45. C
10. E 46. E
11. C 47. E
12. E 48. E
13. C 49. C
14. C 50. E
15. C
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. E
23. E
24. E
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. C
31. E
32. C
33. C
34. C
35. C
36. C

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História de Sergipe
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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BARRAS DOS COQUEIROS/2020) Durante a segunda me-
tade do século XVI, a costa sergipana era frequentada pelos traficantes normandos do pau-
-brasil. Era a barra do rio Sergipe (barra do Cotinguiba, como então era chamado) o ponto
preferido por esses aventureiros. Portugal pôs fim à pirataria a partir da conquista das terras
intermediárias entre Bahia e Pernambuco, realizada por Cristóvão de Barros. Segundo alguns
historiadores, o atual município havia abrigado, nos primeiros anos de sua fundação, a sede do
governo da Capitania de Sergipe-del-Rei – São Cristóvão, fundada por Cristóvão de Barros em
1589, na costa ocidental da Ilha dos Coqueiros, à margem esquerda do rio Sergipe e próximo
de sua foz, local que corresponde, hoje, ao da cidade de Barra dos Coqueiros. Era, então, povo-
ado ou, talvez, apenas cidadela.
Internet: <www.biblioteca.ibge.gov.br> (com adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir em C para certo e E
para errado.
O contrabando de pau-brasil executado pelos corsários franceses na barra do rio Sergipe ren-
deu à localidade de Barra dos Coqueiros o título de sede de município.

Querido aluno(a), de fato existiu o contrabando de pau-brasil pelos franceses, mas esse feito
histórico não rendeu a cidade de Barra dos Coqueiros o título de sede de município. A sede
estabelecida futuramente foi o Arraial de São Cristóvão, denominado de Sergipe Del Rey.
Errado.

002. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BARRAS DOS COQUEIROS/2020) O adensamento da


ocupação na margem esquerda do rio Sergipe, na segunda metade do século XIX, elevou a
antiga capela de Nossa Senhora dos Mares da Barra dos Coqueiros à categoria de freguesia.

Freguesia é uma circunscrição eclesiástica que forma uma comunidade religiosa. Municípios
são elevados a esse nível quando uma capela ou paróquia conseguem manter um padre por
suas custas. Isso foi o que aconteceu com capela de Nossa Senhora dos Mares da Barra dos
Coqueiros.
Certo.

003. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A respeito da cultura sergipana


e do município de São Cristóvão, o local em que hoje está situada a Praça São Francisco, em
São Cristóvão, foi o cenário da morte de Lampião, o mais célebre representante do cangaço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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História de Sergipe
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Lampião foi morto junto com Maria Bonita e mais alguns companheiros após uma emboscada
em seu esconderijo em Angico, no município de Poço Redondo.
Errado.

004. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) São Cristóvão é cidade-símbolo


de uma consciência histórica que preserva bens que testemunham a passagem do tempo e a
ação humana que se perpetua.

São Cristóvão foi o primeiro Arraial construído pelos Europeus na ocupação de Sergipe. Com
o passar do tempo, vários monumentos históricos relembram e preservam sua história, sendo
perceptível a ação antrópica no município.
Certo.

005. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A ocupação do território onde


se situa o estado de Sergipe ocorreu simultaneamente ao processo de colonização do Brasil.
Iniciada ainda no século XVI, a ocupação também foi protagonista do esforço português de
controlar suas terras americanas, o que implicou, entre outras ações, o combate a outros eu-
ropeus que manifestavam interesse sobre a possessão lusitana na América. Relativamente à
trajetória histórica de Sergipe, julgue o item seguinte.
Historicamente, a economia sergipana está sustentada na agricultura, na pecuária e na agroin-
dústria; neste segmento, assentou-se, sobretudo, no café e na soja.

CUIDADO CANDIDATO! O item te induz a marcar como correto. Mas lembre-se, ela não está
assentada sobre o café e a soja, e sim na produção de açúcar.
Errado.

006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A ocupação do território onde


se situa o estado de Sergipe ocorreu simultaneamente ao processo de colonização do Brasil.
Iniciada ainda no século XVI, a ocupação também foi protagonista do esforço português de
controlar suas terras americanas, o que implicou, entre outras ações, o combate a outros euro-
peus que manifestavam interesse sobre a possessão lusitana na América.
Relativamente à trajetória histórica de Sergipe, julgue o item seguinte.
A presença dos holandeses em Sergipe, embora breve, foi vital para organizar a economia da
região: os conflitos cessaram e a estabilidade permitiu o desenvolvimento econômico que per-
durou por mais de dois séculos.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

A presença holandesa foi extremamente prejudicial ao território sergipano, pois desestruturou


a província que ficou por anos estagnada devido aos conflitos que houve na região e suas con-
sequências.
Errado.

007. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) O início da colonização sergipa-


na contou com a participação de nomes como Garcia D’Ávila, grande proprietário de terras à
época, e também de padres da Companhia de Jesus (jesuítas).

O item descreve perfeitamente a ocupação que ocorreu no território sergipano. Lembre-se alu-
no que antes das ações de Cristóvão de Barros, houve outras tentativas de conquistar e cate-
quizar os indígenas, sendo elas lideradas por Garcia D’Ávila e os Jesuítas.
Certo.

008. (CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) Entre os europeus que chegaram


ao atual estado de Sergipe no primeiro século da colonização portuguesa, estavam os france-
ses, que tinham grande interesse no pau-brasil.

Candidato, o pau-brasil era uma árvore de valor alto no século XVI para os europeus. Os fran-
ceses fizerem, inclusive, acordos com indígenas para a extração e comércio da árvore. Esses
acordos nem sempre favoráveis aos indígenas e muito menos aceito pelos portugueses.
Certo.

009. (CEBRASPE/PC-SE/2018) O longo processo de organização e reorganização da socie-


dade deu-se concomitantemente à transformação da natureza primitiva em campos, cidades,
estradas de ferro, minas, voçorocas, parques nacionais, shopping centers etc. Estas obras do
homem são as suas marcas e apresentam determinado padrão de localização que é próprio a
cada sociedade. Organizadas espacialmente, constituem o espaço do homem, a organização
espacial da sociedade ou, simplesmente, o espaço geográfico.
Roberto Lobato Corrêa. Região e organização espacial. 7.ª ed. São Paulo: Ática, 2000 (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue os itens subsequentes, a respei-
to de elementos que compõem a organização espacial do estado de Sergipe.
A opção pelo processo de metropolização de Aracaju em detrimento de São Cristóvão deveu-
-se a esta não dispor de condições para ser cidade portuária nem de capacidade para atender
à crescente demanda industrial e administrativa do estado.

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
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A antiga capital São Cristóvão estava decadente e geograficamente pequena. A necessidade


de localizar no litoral era grande para facilitar as transações comerciais e instalação de um
porto. Também tem os critérios políticos, motivados pelos senhores de engenho que queriam
uma capital na sua região. Nesses ideais o Presidente da província, Inácio Barbosa, transferiu
a capital para Aracaju.
Certo.

010. (IBFC/PC-SE/2014) Centro do poder político-administrativo da cidade de Aracaju, a Pra-


ça do Palácio (atual Praça Fausto Cardoso), foi o ponto de partida para o crescimento da ci-
dade, que se deu de forma desordenada quanto à ocupação do espaço. A organização física
das ruas da cidade, a mobilidade urbana, o projeto urbanístico, nunca foram preocupações
consideradas por seus dirigentes.

Lembre-se candidato, Aracaju foi uma cidade planejada para receber a nova capital sergipana.
Logo, não podemos afirmar que ela cresceu de forma desordenada em relação ao espaço.
Errado.

011. (IBFC/PC-SE/2014) Aracaju foi uma das primeiras capitais brasileiras a ser projetada e
possui transporte público integrado.

Para ser mais específico, Aracaju foi a terceira cidade a ser planejada no Brasil. Atualmente seu
transporte público é integrado e alcança a região metropolitana.
Certo.

012. (IBFC/PC-SE/2014) Assim como em outros Estados nordestinos, Sergipe foi ocupado
por colonizadores franceses interessados no escambo de pau-brasil e algodão com os índios.
Entretanto, entre o fim do século XVI e as primeiras décadas do século XVII, os franceses colo-
nizaram oficialmente o Estado e passaram a dominar definitivamente a região.

A primeira parte da questão está correta, pois os franceses ocuparam e negociavam o pau-
-brasil com os indígenas. Porém, eles não colonizaram de forma definitiva a região, que foi
posteriormente dominada e explorada pelos portugueses. Portanto, a segunda parte do item
está INCORRETO.
Errado.

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História de Sergipe
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013. (IBFC/PC-SE/2014) O local onde hoje se encontra o município de Aracaju era a residên-
cia oficial do cacique Serigy, que dominava desde as margens do rio Sergipe até as margens
do rio Vaza-Barris. Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigy e de seu
irmão Siriri, matando e derrotando os índios. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão
Barros fundou a cidade de São Cristóvão (mais tarde capital da província) junto à foz do Rio
Sergipe e definiu a Capitania de Sergipe.

O item faz um grande resumo do que aconteceu durante o processo de ocupação da região
de São Cristóvão. Lembre-se que os conflitos com índios Serigy duraram aproximadamen-
te 30 anos.
Certo.

014. (IBFC/PC-SE/2014) Como cidade projetada, Aracaju nasceu em 1855 por necessidades
econômicas. Uma assembleia elevou o povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de
cidade e a transformou em capital, em lugar de São Cristóvão, antiga sede da Província de
Sergipe Del Rey.

A principal necessidade que se tinha na época era a construção de um porto. A posição geo-
gráfica da atual cidade de Aracaju foi determinante para ser escolhida como capital de Sergipe.
Lembre-se que existiam cidades mais bem estruturadas que foram dispensadas.
Certo.

015. (IBFC/PC-SE/2014) Durante uma década o Nordeste brasileiro viveu o clima do cangaço
com o surgimento do bando chefiado por Virgolino Ferreira, o Lampião. O grupo percorreu Ser-
gipe e mais alguns estados nordestinos até 1938, ano em que Lampião foi surpreendido pela
volante e morto junto com Maria Bonita e mais alguns companheiros em seu esconderijo em
Angico, no sertão de Sergipe.

O item nos mostra um resumo do cangaço no cenário Sergipano. Esses bandos eram temi-
dos por vários municípios nordestinos e responsáveis por cometerem crimes bárbaros. Em
alguns casos eles tinham alianças com grandes fazendeiros locais, o que os garantiam alguns
benefícios.
Certo.

016. (IBFC/PC-SE/2014) Devido ao sucesso do sistema de capitanias hereditárias, a Coroa


portuguesa comprou, em 1549, a capitania da Baía de Todos os Santos, incluindo Sergipe - dos
herdeiros do donatário, para sediar o governo-geral e nomeou Tomé de Souza como primeiro
governador-geral da Colônia.

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A questão apresenta vários erros. Inicialmente generaliza o sucesso das capitanias hereditá-
rias. Na verdade, foram apenas duas que se desenvolveram como esperado. Segundo, a Coroa
portuguesa não comprou a Baía de Todos os Santos.
Errado.

017. (IF-SE/2018) A fundação da cidade de São Cristóvão remete à personagem histórica de


Cristóvão de Barros, que liderou as lutas contra os índios em fins do século XVI.

O item demonstra a importância de Cristóvão de Barros na ocupação da área denominada fu-


turamente como São Cristóvão. Essa conquista ocorreu de forma violenta contra os indígenas
que habitavam o local.
Certo.

018. (IF-SE/2018) Por não ter tido qualquer participação na economia açucareira, Sergipe foi
a última área do Nordeste a ser colonizada por Portugal.

Candidato, após a expulsão dos holandeses o número de engenhos no Sergipe cresceu de


forma significativa. Dessa forma, o item se torna errado ao dizer que o Sergipe não teve parti-
cipação na economia açucareira.
Errado.

019. (INÉDITA/2022) Aracaju foi instituída como capital de Sergipe ainda no período colonial.
Ela foi a primeira cidade da província e era chamada de São Cristóvão.

Aracajú foi instituída capital apenas em 1855 com a ordem do presidente da província Inácio
Joaquim. São Cristóvão foi a primeira Capital após a colonização de Cristóvão de barros.
Errado.

020. (INÉDITA/2022) O projeto piloto de planejamento da cidade de Aracajú foi desenvolvido


pelo engenheiro Sebastião José Basílio Pirro, que se inspirou em um tabuleiro de xadrez para
projetar a cidade.

O projeto inicial foi inspirado em um tabuleiro de xadrez, onde foi traçado todas as ruas em
linhas retas, que formavam grandes conjuntos simétricos.
Certo.

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021. (INÉDITA/2022) O projeto da cidade de Aracajú ficou conhecido como o quadrilátero


ferrífero de Pirro.

CUIDADO CANDIDATO! Quadrilátero ferrífero é uma área de produção mineral (minério de fer-
ro) em Minas Gerais. O projeto engenheiro Sebastião José Basílio Pirro ficou conhecido apenas
como “Quadrado de Pirro”.
Errado.

022. (INÉDITA/2022) O desenvolvimento urbano do município de Aracaju ocorreu de forma


inclusiva e igualitária entre as diferentes camadas da sociedade.

A expansão urbana de Aracajú ocorreu de forma desigual, favorecendo os mais ricos as áreas
centrais e aos mais pobres as áreas marginalizadas (periféricas).
Errado.

023. (INÉDITA/2022) O fato de Aracaju ser uma cidade planejada, faz com que atualmente
não apresente problemas estruturais urbanos.

Candidato (a), lembre-se que o fato de ser planejada, não isenta a cidade de Aracajú dos pro-
blemas urbanos. Pode até diminuir a intensidade de alguns problemas específicos, mas não
acabam como um todo.
Errado.

024. (INÉDITA/2022)Os índios da sociedade Serigy travaram uma luta intensa e sangrenta, de
aproximadamente 30 anos, contra os portugueses e franceses.

Os índios Serigy resistiram por, aproximadamente, 30 anos a ocupação e colonização portugue-


sa apenas. Os franceses forneceram apoio para garantir a exploração do pau-brasil no local.
Errado.

025. (INÉDITA/2022) As oligarquias eram uma realidade presente na república velha no esta-
do de Sergipe, destacando-se a liderança de Olímpio Campos.

Lembre-se candidato(a), as oligarquias foram realidades existentes no Brasil todo, e em Sergi-


pe não foi diferente. A liderança do senhor Olímpio Campos ficou conhecida como Oligarquia
Olimpista.
Certo.

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026. (INÉDITA/2022) A oligarquia Olimpista conseguiu se instalar em Sergipe e permanecer


por anos graças ao apoio de Fausto Cardoso. Ele foi responsável pela Revolta de Fausto Cardo-
so, que tinha como objetivo diminuir as manifestações contra o governo oligárquico.

Fausto Cardoso era a oposição a oligarquia Olimpista. A revolta tinha como principal objetivo a
retirada desse grupo político do poder do estado de Sergipe. Esse movimento foi responsável
pela criação do partido opositor denominado progressistas.
Errado.

027. (INÉDITA/2022) Durante a invasão holandesa no litoral brasileiro, os holandeses muda-


ram as estruturas econômicas sociais de Sergipe, com destaque para o trabalho livre e a pro-
dução de café.

Candidato(a), de fato existiram as invasões holandesas no litoral brasileiro que causaram


mudanças nas estruturas econômicas e sociais de Sergipe, porém foi no sentido oposto ao
apresentado no item. Com a ocupação holandesa, a região sergipana ficou abandonada du-
rante anos.
Errado.

028. (UFS/2009) A invasão de piratas franceses para contrabandear pau-brasil, tornou urgente
a colonização portuguesa da região de Sergipe, pois, além de bloquear a ação dos invasores, a
conquista das terras facilitaria a comunicação com a importante região de Pernambuco.

Os franceses conseguiram apoio de indígenas e estabeleceram em terras portuguesas um


comércio de exploração de pau-brasil em troca de produtos europeus. Esse escambo passou
a gerar prejuízos aos portugueses que se viram obrigados a ocupar a região e impedir o co-
mércio dos indígenas com os franceses. Consequentemente, facilitariam a comunicação com
a província de Pernambuco.
Certo.

029. (UFS/2009) O trabalho de catequese das missões jesuíticas foi responsável pelo suces-
so das primeiras tentativas de colonização das terras sergipanas pois, além de enfraquecer a
resistência dos nativos à ocupação, evitou a destruição de muitos dos aldeamentos indígenas
existentes na região.

Na verdade, as primeiras missões jesuíticas em Sergipe não geraram o enfraquecimento dos


nativos à ocupação e nem impediram a destruição de aldeamentos. Basta você lembrar do

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
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ataque liderado por Cristóvão de Barros que gerou a morte de milhares de indígenas e a fuga
de vários outros para o interior do território.
Errado.

030. (UFS/2009) As expedições de piratas franceses estabeleceram contato com as tribos do


litoral sergipano por meio do escambo, ou seja, troca de objetos por pau-brasil. Esta relação
entre franceses e índios, ao contrário da relação hostil empreendida pelos colonizadores por-
tugueses, ocorria de forma amistosa.

O escambo realizado entre franceses e indígenas ocorriam de forma amistosa e pacífica, di-
ferentemente do que acontecia com os portugueses. Essa relação era tão amigável, que em
vários conflitos contra os portugueses, os indígenas recebiam apoio dos franceses.
Certo.

031. (UFS/2009) Com a crescente colonização de Sergipe tem início a criação de gado que,
com os holandeses, torna-se a base da economia da capitania, pois, diferentemente dos por-
tugueses, reiniciaram o processo de povoamento e incentivaram a recuperação econômica da
região ocupada.

A questão apresenta diversos erros. Primeiramente em afirmar que com a ocupação holande-
sa a pecuária se torna a base econômica sergipana. O segundo erro está em afirmar que os
holandeses reiniciaram o processo de povoamento e incentivaram a ocupação econômica.
Candidato(a), lembre-se que os holandeses não tinham o mínimo interesse em ocupar a região
de Sergipe, mas queria utilizá-la somente conseguir invadir a Bahia. E não se esqueça que du-
rante esse período a região de Sergipe passa por uma estagnação econômica.
Errado.

032. (UFS/2009) Com a ocupação do território sergipano, a capitania passou a se dedicar à


criação de gado, facilitada pelos rios na região e fornecendo carne bovina e animais de carga
para as capitanias vizinhas. Isso permitiu que as capitanias da Bahia e Pernambuco se dedi-
cassem prioritariamente à produção canavieira.

Felisbelo Freire, historiador de Sergipe dizia que o “sergipano antes de ser agricultor foi pastor”,
pois antes mesmo de Sergipe ser colonizado, fazendeiros baianos já aproveitavam as águas do
Rio Real para matar a sede do gado e criar rebanhos nas imediações do mesmo. Querido(a) alu-
no(a), não se esqueça que após a pecuária, Sergipe desenvolveu também a cultura de cana-de-
-açúcar e de algodão. Mas de fato, a pecuária foi uma das primeiras que ocorreram na região.
Certo.

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033. (UFS/2009) As cidades de São Cristóvão e Laranjeiras são importantes cidades coloniais
de Sergipe, e a segunda almeja o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, que é conce-
dido pela Unesco.

São Cristóvão e Laranjeiras foram cidades que durante o período colonial se tornaram extre-
mamente importantes, seja em seu caráter político ou econômico. São Cristóvão foi a primeira
capital da província sergipana e, atualmente, é considerado um patrimônio histórico devido seu
legado político, econômico, monumental e cultural. Laranjeiras almeja esse título ainda.
Certo.

034. (UFS/2002) Durante os primeiros vinte anos do Império, Sergipe viveu o clima de agita-
ção comum em muitas outras províncias nesse período.

Candidato(a), lembre-se que foram poucos os acontecimentos exclusivamente sergipanos.


Portanto, ocorreram sim várias manifestações no período imperial, tanto no Brasil quanto
em Sergipe.
Certo.

035. Ainda durante o Império, deu-se a mudança da capital da província para Aracaju (1855),
uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.

Aracaju foi planejada para ser a nova sede do Governo de Sergipe, sendo a terceira capital pla-
nejada do Brasil. Sua localização litorânea e a proximidade de rios importantes na região, foi
determinante para que a capital se estabelecesse naquela região.
Certo.

036. (UFSE/2002/ADAPTADA) Durante o século XX o açúcar era o principal produto exportado


por Sergipe. Na década de 1860, porém, houve um aumento temporário da lavoura de algodão.

Com o acontecimento da Guerra de Secessão nos EUA, aumentou a necessidade de produção


de algodão no cenário mundial, pois os EUA era o grande produtor mundial na época e estava
com baixa na produção. Nesse período específico Sergipe investiu no desenvolvimento dessa
cultura agrícola. Porém, com a regularização da produção estadunidense, o açúcar voltou a ser
o primeiro produto sergipano.
Certo.

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037. (INÉDITA/2022) A economia sergipana no final do século XIX destacou-se pela produção
de café, recebendo investimentos paulistas para o desenvolvimento desse cultivo.

Lembre-se, a economia sergipana tem sua base na pecuária e agricultura canavieira. O Café
não foi desenvolvido em Sergipe.
Errado.

038. (UFSE/2001) Com a proclamação da Independência do Brasil, a capitania de Sergipe foi


elevada a província em 1823, mas o progresso da província continuou pequeno durante o Im-
pério, com exceção de um breve surto algodoeiro na segunda metade do século XIX.

Mesmo se tornando uma província brasileira com a independência do Brasil, mas o desenvolvi-
mento econômico não cresceu como esperado durante o império brasileiro. Destacou-se bre-
vemente a produção de algodão e anos depois o aumento significativo da produção açucareira.
Certo.

039. (UFSE/2001) Os primeiros anos da República foram marcados por movimentos rebeldes
no Estado de Sergipe, contrários ao federalismo, pois a descentralização enfraquecia a oligar-
quia local.

Tivemos alguns movimentos rebeldes no início da república, entre eles a Revolta Armada e
a Revolução Federalista, porém nenhum deles ocorreu em Sergipe. Outro erro que a questão
apresenta é afirmar que no início da república as oligarquias estavam enfraquecidas, sendo
que o correto é o oposto.
Errado.

040. (UFSE/2000) Aracaju, fundada em 1865, primeira cidade planejada do país, tem papel
importante na resistência contra os franceses no Período Colonial.

Aracaju foi fundada em 1855 e não foi a primeira cidade planejada do país. Cuidado candida-
to! Os franceses tinham uma relação de comércio ainda na época colonial. Os invasores em
questão são os holandeses.
Errado.

041. (ADVISE/CREA-SE/2017) Analise o texto:


“No dia 17 de março de 1855, foi apresentado um projeto de elevação do povoado de Santo
Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta

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nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju - o que representou um dos momentos
mais importantes da história de Sergipe. O responsável por apresentar este projeto passou a
ser considerado o „fundador de Aracaju, e recebeu um monumento em sua homenagem na Orla
de Atalaia”.
Adaptado de: http://www.encontraaracaju.com.br/aracaju/

Qual alternativa apresenta o nome daquele considerado “fundador de Aracaju”?


a) Padre Manoel de Nóbrega.
b) Inácio Joaquim Barbosa.
c) Estácio de Sá.
d) Thomé de Sousa.
e) Padre Anchieta.

Candidato(a), após estudarmos todo o material essa questão se torna extremamente fácil. Sa-
bemos que o responsável pela transferência da capital sergipana e a criação de Aracaju foi o
Inácio Joaquim Barbosa. Os demais itens têm participações importantes ao longo da história
do Brasil, nas nada relacionado com a criação de Aracaju.
Letra b.

042. (INÉDITA/2022) O movimento tenentista foi fortemente combatido pelo Maynard Gomes
durante a revolta de 1924.

O que ocorreu na verdade foi totalmente o oposto. Maynard era apoiador e contra o desenvol-
vimento de oligarquias. Foi durante sua militância preso e ferido em campo de manifestações.
Mas conseguiu, em 1930, se tornar interventor da província de Sergipe.
Errado.

043. (INÉDITA/2022) A Revolta de Fausto Cardoso foi um movimento oligárquico de Sergipe.


Mesmo sendo oposição dos Olimpistas, ele apoiava essa forma de política.

Lembre-se candidato(a), a Revolta de Fausto Cardoso foi um movimento de oposição as oligar-


quias de Sergipe, principalmente a Olimpista. Portanto, sua oposição não era somente contra
Olímpio Campos, mas contra todo o sistema.
Errado.

044. Os acontecimentos políticos que aconteciam no cenário nacional não atingiam a provín-
cia de Sergipe, pois era considerada pequena e sem participação efetiva na política e econo-
mia brasileira.

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Vamos relembrar o que falamos no início desse material. Que muitos acontecimentos no cená-
rio nacional poderiam ser aplicados a Sergipe. Perceba o primeiro erro quando o item diz que
acontecimentos nacionais não atingiam a província sergipana. Candidato(a), movimentos que
ocorreram no cenário nacional, principalmente políticos e econômicos, influenciaram direta-
mente ou indiretamente o território de Sergipe.
Errado.

045. Devido a ações de dominação e inferiorização, podemos afirmar que atualmente, em Ser-
gipe, existe apenas uma sociedade indígena: os Xokós.

O extermínio realizado contra o povo indígena em Sergipe foi irreversível. Milhares de índios
foram mortos, expulsos ou inseridos em uma nova sociedade que se formava. Nos dias atuais,
os Xokós são remanescentes de sociedades indígenas passadas.
Certo.

046. Desde a ocupação portuguesa, Sergipe foi administrado e tutelado pela província de Per-
nambuco, conseguindo sua emancipação política décadas depois.

Desde a ocupação por Cristóvão de Barros até 1820, Sergipe foi administrada e tutelada pela
Bahia. Não se esqueça! Sergipe antes da emancipação política era pertencente a Bahia.
Errado.

047. (INÉDITA/2022) Umas das políticas públicas adotadas por Seixas Dória foi a realização
da reforma agrária em Sergipe, aceita por todos de forma mansa e pacífica.

Seixas, de fato, anunciou a realização da reforma agrária sergipana. Porém, essa atitude não
agradou os grupos conservadores do estado, principalmente os militares.
Errado.

048. (INÉDITA/2022) A economia sergipana, até o século XIX, era bastante diversificada, des-
tacando-se a cana-de-açúcar, pecuária, Algodão e atividade mineradora, todas elas no Vale do
Contiguiba.

As maiores taxas produtivas do Sergipe se concentravam em uma área denominada Vale do


Contiguiba. Nesse local foram desenvolvidos os primeiros engenhos sergipanos. Nas proximi-

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dades tínhamos a prática da pecuária e futuramente do algodão. Mas, a ausência de metais


preciosos foi determinante várias imigrantes irem para o interior do território.
Errado.

049. (INÉDITA/2022) Durante a república velha, Sergipe se caracterizou pela existência de


dois partidos políticos: Os Cabaús e os Pebas.

Realmente nesse período tínhamos o registro de dois partidos políticos majoritários: o Partido
Republicano de Sergipe, denominado Cabaús e Partido Republicano Sergipense, denominado
como Pebas.
Certo.

050. (INÉDITA/2022) Os primeiros vilarejos sergipanos se instalaram em áreas longes dos


rios. Isso ocorria como uma forma de preservar as casas, pois havia um desconhecimento dos
ocupantes sobre esses corpos de água no período das cheias.

Os rios foram de extrema importância para O desenvolvimento de vilarejos em Sergipe. Ao


longo dos rios Real e Piauí surgiram os primeiros povoados, que foram se expandindo pelas
margens do Rio São Francisco.
Errado.

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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Fernando Lins de. A pré-história sergipana. Aracaju: Universidade Federal de Ser-
gipe, 2003.

DOMÍNIO PÚBLICO. Brasília: acesso em março/2021. Site oficial: www.dominiopublico.gov.br

FAUSTO, Boris. História do Brasil. Edusp, 2006.

GOVERNO DO ESTADO Sergipe. Brasília: acesso em março/2021. Site oficial: www.se.gov.br

INFONET. Brasília: acesso em março/2021. Site oficial:infonet.com.br

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasília: acesso em março/2021. Site


oficial: www.ibge.gov.br

LEMOS, Renato. Augusto Maynard Gomes. Sem data.

MONTEIRO, D. F. C. Indigenismo e mediação: uma análise da exposição “O Índio em Sergipe”.


Simpósio. Comissão Pró-Índio de Sergipe.

PALÁCIO OLÍMPIO CAMPOS. Brasília: acesso em março/2021. Site oficial: www.palácioolim-


piocampos.se.gov.br

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE/ Instituto Histórico e Geo-


gráfico de Sergipe. – Vol. 1, n. 1 (1913) –. – Aracaju: Instituto Histórico e Geográfico de Sergi-
pe, 1913-

SANTANA, P.A. Os índios em Sergipe oitocentista: catequese, civilização e alienação de terras.


Tese de doutorado. Universidade Federal da Bahia

Cleber Monteiro
Pós-graduado em Coordenação e Orientação Pedagógica. Professor do Colégio Militar Dom Pedro II (CM-
DPII) e de cursinhos preparatórios para PAS, Enem e concursos públicos (sistema EaD e presencial).

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CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DE SERGIPE
História de Sergipe
Cleber Monteiro

ANEXOS
Sergipe celebra 200 anos de emancipação política
Quarta-Feira, 08 de Julho de 2020
Por Governo do Estado de Sergipe
“Comemorar o Bicentenário da Emancipação Política do nosso estado, num momento es-
pecial como estamos atravessando, é um misto de privilégio e desafio. Privilégio, porque pode-
mos celebrar aqueles que lutaram com garra e determinação, há 200 anos, pela independência
do nosso território da Bahia; desafio, pelo fato de estarmos sendo diariamente estimulado a
buscar as soluções para as várias demandas que a nova realidade do nosso estado nos apre-
senta”. A afirmação é do governador Belivaldo Chagas, ao celebrar a principal data política
de Sergipe.
“A lição que aprendemos com a história é rica em exemplos de homens e mulheres que
construíram um estado vencedor, nos deixando um grande legado. É graças a estas pessoas
que o 8 de julho é um marco valioso na história de Sergipe. Saberemos honrar e celebrar os
nossos valorosos antepassados, que se empenharam em lutar pela liberdade e pelo desenvol-
vimento do nosso estado”, destacou.
Há 200 anos, no dia 08 de julho de 1820, os sergipanos receberam do Rei Dom João VI, a
Carta Régia decretando a emancipação política de Sergipe do Estado da Bahia. A independên-
cia do território sergipano foi marcada por intensas lutas políticas. A historiadora e professora
da Universidade Federal de Sergipe, Terezinha Alves de Oliva, relata que o tema da emanci-
pação de Sergipe ainda é um desafio para os estudiosos. Ela conta que, em seus estudos,
Felisbelo Freire descreve que alçar Sergipe a uma capitania independente foi a maneira que
o Rei D. João VI encontrou para compensar a participação dos sergipanos na vitória da Corte
Portuguesa sobre a Revolução Pernambucana de 1817.
O território sergipano foi conquistado em 1590 por Cristóvão de Barros. Desde então, Sergi-
pe ficou sob a tutela da Bahia. “Durante mais de dois séculos, Sergipe foi capitania subalterna,
dedicada a abastecer a capital baiana através da sua produção agropecuária, recebendo dela
as autoridades, as famílias dominantes, os encargos e os produtos do seu comércio”, expõe a
historiadora.
Ainda de acordo com Terezinha Oliva, somente no século XVIII a economia de Sergipe con-
quistou uma nova estatura com o crescimento da atividade açucareira, tornando-se visível a
movimentação das exportações sergipanas pelos portos baianos.
Nas primeiras décadas do século XIX, a capitania contava com mais de duas centenas de
engenhos a estabelecer relações com o comércio da Bahia, com os capitalistas que financia-
vam a produção e controlavam o comércio de açúcar que abasteciam o comércio de escravos
e de todos os bens demandados pela sociedade açucareira.

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História de Sergipe
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Contestação

Com o retorno do rei a Portugal, as medidas tomadas por Dom João para emancipar Ser-
gipe foram contestadas. Apesar da nomeação do Brigadeiro Carlos César Burlamaqui como
governador de Sergipe ter ocorrido em 25 de julho de 1820, ele somente tomou posse em 20
de fevereiro de 1821. Ocorrida em São Cristóvão, a posse se deu em clima conturbado pela
chegada de cartas da Bahia que determinavam que ela não se realizasse.
Apesar dos protestos baianos, a posse ocorreu em fidelidade ao Rei Dom João VI. No en-
tanto, no dia 18 de março do mesmo ano, o governador foi deposto do cargo por uma força
armada a mando da Bahia, reforçada pelo apoio da Legião de Santa Luzia, comandada pelo
senhor de engenho Guilherme José Nabuco de Araújo. Carlos Burlamaqui foi conduzido preso
para Salvador.
Com este episódio, frustrou-se, temporariamente, a emancipação política de Sergipe. Se por
um lado os senhores de engenho não queriam a independência, por outro, líderes do agreste
e do sertão, criadores de gado como Joaquim Martins Fontes e José Leite Sampaio, tomaram
posição em defesa da Emancipação Política de Sergipe e, a partir de 1822, pela Independência
do Brasil. “Os dois processos se confundem e confluem”, conta Terezinha Oliva.
A adesão à Independência do Brasil significou a aceitação da Emancipação de Sergipe,
uma vez que o Imperador Pedro I confirmou a Carta Régia de D. João VI. “Sergipe fica politica-
mente separado da Bahia e torna-se uma província do Império”, diz a historiadora.

Independência Econômica

A Emancipação Política de Sergipe também influenciou a economia local. A partir da inde-


pendência, de acordo com o economista Ricardo Lacerda, a elite econômica e política local,
ainda que relativamente frágil e incipiente, começou a diminuir sua dependência em relação à
praça comercial de Salvador. Segundo ele, a base da economia de Sergipe no momento de sua
emancipação destacava-se pela atividade açucareira com um grande número de engenhos em
funcionamento.
“As principais lideranças políticas e econômicas eram vinculadas à atividade açucareira.
Mas a pecuária ocupava uma ampla extensão do território sergipano nas áreas mais interio-
ranas. Em torno da atividade principal, formou-se um complexo econômico distintivo, com
o surgimento de casas de exportação e importação, fundamentais para o financiamento da
atividade açucareira e os núcleos urbanos se adensaram e se multiplicaram na zona canaviei-
ra”, destacou.
De acordo com Lacerda, a atividade algodoeira vai se consolidar somente na segunda me-
tade do século XIX, impulsionada pela revolução industrial inglesa e pela oportunidade surgida
com o vazio de suprimento de algodão causado pela guerra civil norte-americana.

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História de Sergipe
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A industrialização de Sergipe se dará com a expansão da indústria têxtil nas últimas dé-
cadas do século XIX. Essas duas atividades vão dominar a economia sergipana por um longo
período. Somente na segunda metade do século XX, Sergipe vai conhecer uma transformação
industrial de maior vulto com a implantação da fábrica de cimento, a exploração de petróleo
pela Petrobrás e mais adiante a produção de fertilizantes.

Duas Datas

Pelo fato da Emancipação Política de Sergipe, em 8 de julho de 1820, ter sido bastante con-
turbada e contestada pelos líderes baianos e pelos senhores de engenho, a memória popular
não registrou a data para festejar. Segundo Terezinha Oliva, a primeira comemoração que se
tem notícia se deu no dia 24 de outubro de 1836.
“Nesta data, a festa cívico-religiosa foi marcada pelo canto do Hino de Sergipe, com letra
de Manoel Joaquim de Oliveira Campos e música de Frei José de Santa Cecília. Em 1839 o dia
24 de outubro foi decretado como feriado da Emancipação”, conta.
As duas datas permaneceram como feriado: 8 de julho, data da elevação de Sergipe a
Capitania Independente; 24 de outubro, data da recuperação da Independência de Sergipe con-
sagrada pelo povo. No fim da década de 1990, a Assembleia Legislativa de Sergipe cancelou o
feriado de 24 de outubro, pois a festa popular havia deixado de acontecer, e instituiu o Dia da
Sergipanidade, preservando uma antiga memória ligada à Independência de Sergipe.
Disponível em: < https://www.se.gov.br/noticias/Governo/sergipe_celebra_200_anos_de_
emancipacao_politica>. Acesso em 19 de Mar. 2021.

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