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RIO GRANDE DO
NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos
Sumário
Apresentação................................................................................................................................................... 3
Colonização do Rio Grande do Norte........................................................................................................ 6
1. A Presença Portuguesa no Rio Grande do Norte: Conquista Territorial e Resistência
Indígena; Fundação da Cidade de Natal................................................................................................... 7
1.1. Conquista Territorial............................................................................................................................... 9
1.2. Fundação da Cidade de Natal............................................................................................................ 12
1.2. Resistência Indígena............................................................................................................................ 14
2. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte e o Massacre de Cunhaú e Uruassu;
Pacificação dos Índios Potiguares; Invasão Holandesa no Rio Grande do Norte;......................... 15
2.1. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte. . .............................................................................. 15
2.2. O Massacre de Cunhaú e Uruassu;.................................................................................................... 17
2.2. Pacificação dos Índios Potiguares. .................................................................................................... 19
2.3. Invasão Holandesa no Rio Grande do Norte;................................................................................. 21
Resumo............................................................................................................................................................ 23
Mapa Mental.................................................................................................................................................. 26
Questões Comentadas em Aula................................................................................................................ 28
Exercícios........................................................................................................................................................ 31
Gabarito.......................................................................................................................................................... 49
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 50
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HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Os editais costumam valorizar, e muito, a História do Rio Grande do Norte. Não é para me-
nos. Mudanças significativas aconteceram na organização política, nas estruturas econômi-
cas e sociais da região a ponto de influenciar os destinos do país, de outras regiões do globo.
Realmente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão expressivos.
Assim, é muito importante que você tenha um grande escopo de conhecimento sobre a
História do Rio Grande do Norte, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto
índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com
solidez a sua aprovação em um cargo público.
Por isso, no nosso curso, abordaremos a forma como os conteúdos serão cobrados e
alguns “macetes” para que você, querido(a) aluno(a), consiga resolver com tranquilidade e
confiança as questões de História do Rio Grande do Norte.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma boa
interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas
que porventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Chamo-me Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pou-
co antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como
professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi
muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos,
vestibulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar tam-
bém aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário ra-
zoável, pelo menos para quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso, não criei o
interesse por concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos mu-
daram. Em 2013, após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília,
onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, Câmara
dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando não
vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é
muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo
é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz as
provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava fa-
zendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com
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Colonização do Rio Grande do Norte
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estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela
pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo
se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radi-
cal e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo!
Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material foi feito com
muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca tempo com o que
não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo
mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir cul-
pado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele encontro
fica para depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista
do seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para al-
cançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:
Colonização do Rio Grande do Norte
• 1. A presença portuguesa no Rio Grande do Norte: conquista territorial e resistência
indígena; Fundação da cidade de Natal.
• 2. A presença francesa no Rio Grande do Norte e o massacre de Cunhaú e Uruassu;
Pacificação dos índios potiguares; Invasão holandesa no Rio Grande do Norte;
Metodologia:
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para
se preparar para as questões de História do Rio Grande do Norte. Cada detalhe do curso foi
meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga
enxergar, compreender a História como um processo. Variados exemplos, esquemas e mapas
mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de
tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá
identificar a única alternativa lógica a ser marcada.
Ao final da aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um RESU-
MO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis vezes.
Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma cadeia
códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto
poderá ser cobrado.
Além disso, trabalharemos com várias questões de História que o(a) ajudará na fixação
do conteúdo.
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Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder
tempo com detalhes menores, já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico
sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau
em Pernambuco”.
Não se preocupe, ao final da aula, você estará muito bem-preparado para realizar uma
excelente prova.
Suporte
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navegado próximo à foz do rio Açu. Porém não tomaram posse da terra, pois ela já pertencia
a Portugal de acordo com o Tratado de Tordesilhas.
Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Re-
ino de Portugal e a Coroa de Castela(Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e
por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
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Entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS: uma mistura de forte
para defesa do território e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e
compreensível quando feita em partes:
Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?
Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos
anos de 1530?
Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não haviamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito
utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela cora e
chamadas de estanco.
Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios. O
navegante português Cristóvão Jacques comandou as expedições guarda-costas, realizadas
entre os anos 1516 e 1520, visando a defesa do litoral da colônia.
Para se situar, antes de darmos sequência, entendo ser necessário que faça um pequeno
apontamento sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econômicos da História do Bra-
sil”. Isso é importante para que consiga relacionar a atividade econômica do período com
os eventos sociais e políticos que se sucedem a longo do curso. Esse esquema é de grande
utilidade na resolução de questões.
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As Capitanias Hereditárias foram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até
a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De ínicio, foram quinze Capitanias que eram
entregues para usufruto do Donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da
terra, ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Co-
roa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar;
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os Donatários
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois tran-
feria a responsabilidade da empresa de coloniação para os fidalgos. Entretanto, os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros,
a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de Per-
nambuco e a Capitania de São Vicente (São Paulo).
O PULO DO GATO
Por que a Capitania de Pernambuco prosperou?
A terra fértil possibilitou o cultivo da cana-de-açúcar e a construção de engenhos. Além disso,
a distância em relação a Portugal era menor se comparada as outras capitanias.
Em 1535, a então Capitania do Rio Grande foi doada pelo Rei D. João III a João de Barros.
Contudo, a colonização resultou em um fracasso, ainda mais com a invasão francesa.
Durante os séculos XVI e XVII, a região mais rica e desenvolvida do Brasil era o litoral das
capitanias da Bahia e Pernambuco, devido à bem-sucedida empresa açucareira. Quase que
ao mesmo tempo, os colonos desenvolveram a pecuária, através da criação de gado bovino,
para atender às necessidades de alimentação e transporte dos engenhos, além de força de
trabalho para girar moendas em alguns tipos de engenho, bem como para obtenção do couro,
com o qual se faziam vestimentas e utensílios.
O PULO DO GATO
Sistema de Plantation da economia açucareira, (MEEL):
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século, surgiria a segunda unidade produtora de açúcar, o Engenho Ferreiro Torto. Com a ati-
vidade canavieira estabelecia no litoral de Natal, inicia-se a ocupação do litoral norte, através
dos rios Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró e, através dos referidos rios, ocorre a penetração
para os vales do Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró.
Com a implantação da atividade açucareira, já em fins do século XVI, paulatinamente, o
gado foi sendo levado para o interior, à procura de novas pastagens, como também para evitar
a destruição das plantações de cana-de-açúcar. Com isso, os fazendeiros de gado alcança-
ram o rio São Francisco, que desempenhou um importante papel na expansão e fixação da
pecuária no interior do Brasil. Partindo de Pernambuco e da Bahia, o interior dos atuais es-
tados nordestinos (Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Ceará) foi ocupado através desse
movimento.
A atividade açucareira foi a primeira instalada pelos portugueses. Já a pecuária surgiu como
subsidiária da primeira.
Letra c
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portuguesa foram unificadas, no que se convencionou chamar de União Ibérica. O rei de Por-
tugal, D. Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros no Marrocos,
em 1578. Como o rei não havia deixado herdeiros para sucedê-lo, quem assumiu foi seu tio-a-
vô, D. Henrique. No entanto, D. Henrique acabou morrendo dois anos depois e, como também
não possuía herdeiros diretos, Felipe II unificou as coroas. Assim, as colônias portuguesas
passaram a ser controladas pela Espanha.
Quando ele anexou Portugal e suas colônias à Espanha, também percebeu o abandono
que ocorria em regiões que correspondem hoje ao Norte e Nordeste do Brasil. Entretanto, a
situação agravante era a permanência de povos franceses na capitania do Rio Grande. Por
isso, duas Cartas Régis, a primeira em 1596 e a segunda em 1597, determinaram de fato a
expulsão francesa.
No dia 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada
por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e
reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsá-
rios franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi cha-
mado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciado no dia 06 de janeiro, dia dos Santos
Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Atualmente o marco encontra-se na Fortaleza dos Magos e na praia fica exposta uma
réplica. Durante o período pré-colonial os franceses frequentaram a costa potiguar e explo-
raram madeira ilegalmente.
Após a vitória, em 1598, foi construída uma fortaleza, denominada Fortaleza dos Reis
Magos. O objetivo da construção era fixar um ponto de defesa para as posses da Coroa por-
tuguesa. Esse ponto originou a cidade de Natal em 25 de dezembro de 1599.
A região que correspondia à Capitania do Rio Grande do Norte foi transferida para a capi-
tania de Pernambuco em 1701.
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Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, foi fundada em 1599 às margens do Rio Po-
tengi, período da união entre Portugal e Espanha, conhecida como União Ibérica (1580-1640),
período em que houve a união das coroas portuguesa e espanhola sob o jugo de Felipe II da
Espanha após a morte de D. Sebastião.
Letra e.
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Dentre estes, se destacam João Fernandes Vieira, que recebeu terras na Paraíba; e a fa-
mília Oliveira Ledo que receberia terras no Rio Grande do Norte. Ambos em território janduí.
Os sesmeiros, então, atacaram os indígenas, tentando-os expulsá-los de suas casas. “Não é
de estranhar, pois, que tenham sido os Janduí a dar início à reação contra os colonizadores”
(DANTAS ET AL, 1992).
O conflito só foi solucionado em 1713, com a participação de bandeirantes paulistas, en-
tre eles Domingos Jorge Velho, o destruidor do Quilombo dos palmares.
A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no
Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado
com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Letra e.
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A coroa francesa foi a que contestou de maneira mais veemente a divisão do mundo efe-
tuada em Tordesilhas. A presença de traficantes de pau-brasil no litoral brasileiro, de modo
geral, e no Rio Grande do Norte, de modo particular, remonta à década de 1520. O ano de 1503
marca o início das incursões francesas na costa norte-rio-grandense e, 1516, marca o mo-
mento em que traficantes e corsários vindos da França agiam na Costa dos Potiguares, como
era então conhecido o território habitado por aqueles silvícolas, dele fazendo parte o atual Rio
Grande do Norte.
Portugal reagia como podia às investidas francesas, financiando “varreduras costeiras”
entre Pernambuco e o rio da Prata, de 1516 a 1519 e de 1526 a 1528, ambas realizadas por
Cristóvão Jacques.
Em 1535, os franceses invadiram de vez o território rio-grandense. A presença francesa
na costa brasileira até 1550 limitara-se à extração de pau-brasil, através do escambo com os
índios. Mas a partir de 1555, os interesses franceses eram outros, dada a tentativa de ocupa-
ção e colonização do Rio de Janeiro.
Os franceses demoraram a serem expulsos do Rio Grande do Norte por três motivos: por-
que Portugal tinha uma população diminuta e grande parte dela estava envolvida “em manter
conquistas ultramarinas desde o Marrocos à China”, pela importância do comércio de espe-
ciarias orientais e pela tibieza do Estado português em se fazer respeitar pela coroa francesa.
Um outro fator era que aliança com os índios potiguares garantia uma boa retaguarda
para os franceses. O escambo praticado entre franceses e índios foi uma solução economi-
camente viável para ambos, pois permitiam aos franceses “explorar o pau-brasil com total
apoio e trabalho dos Potiguara, e estes conseguiam utensílios, armas e prestígio social por
estarem aliados aos estrangeiros”. Ademais, ambos viam-se como aliados na guerra que mo-
viam contra os portugueses, e o apoio recíproco “era imprescindível, seja pelo conhecimento
da terra e número de guerreiros disponíveis dos Potiguara, seja no municiamento e conheci-
mento das táticas europeias dos franceses.
Os franceses usavam o porto da desembocadura do rio Pirangi (aproximadamente 25 km
de Natal) para o “resgate do pau” como os portugueses se referiam aos locais de corte e es-
tocagem de pau- brasil.
As primeiras tentativas de ocupação francesa de sítios na região do Rio Grande do Norte
ocorreram depois do fracasso da França Antártica (Rio de Janeiro). Empurrados do sul os
franceses se fixaram no litoral norte-rio-grandense, especialmente no estuário do Potengi;
quando os franceses foram lançados do Rio de Janeiro (1567) passaram-se para Cabo Frio e
daí para o Rio Real, entre Bahia e Sergipe. Escorraçados dessas áreas, procuraram estabele-
cer-se nas costas da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
A presença francesa nas costas da capitania do Rio Grande não seria possível não fosse
a aliança estabelecida com os índios potiguares que viviam por todo o litoral norte-rio-gran-
dense, ficando a taba principal na Aldeia Velha, área que se estende entre o atual bairro de
Igapó e a praia da Redinha.
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Cunhaú
Uruaçu
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O feriado do dia 03 de outubro é uma homenagem aos mortos durante dois massacres, ocor-
ridos em 1645: um na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no engenho Cunhaú, no muni-
cípio de Canguaretama, e o outro na Comunidade Uruaçu em São Gonçalo do Amarante. Em
março de 2000, o Papa João Paulo II Beatificou os Mártires de Cunhaú e Uruaçu como exem-
plos de fé cristã e defensores da igreja Católica. Nesse mesmo ano, o Governo do Estado, em
resposta à uma solicitação da Arquidiocese de Natal decretou o feriado de 3 de outubro. A lei
que originou o feriado no Estado é de autoria do deputado José Dias. Aprovada pela Assem-
bleia Legislativa e promulgada pela então governadora Vilma de Faria, foi publicada no Diário
Oficial do Estado no dia 7 de dezembro de 2006.
Letra a.
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Colonização do Rio Grande do Norte
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geriam que ambos fizessem um acordo de paz. O líder concordou, ajudando a estabelecer
a tranquilidade para com outros caciques e em 1599 foi fundada Natal, atual capital do Rio
Grande do Norte.
Os índios potiguares, amigos dos franceses, eram inimigos dos portugueses e atacaram
muitas vezes os acampamentos brancos causando severos prejuízos e mortes. Porém, os je-
suítas organizaram rapidamente uma embaixada de paz que, em 1604, ofereceu a Potiguaçu,
o novo líder potiguar, algo que ele estava muito interessado: educação.
Em troca da paz, Potiguaçu exigiu que os jesuítas ensinassem a ele tudo que eles sabiam.
Aos 24 anos, ele aprendeu português - sabia ler e escrever - e aprendeu latim.
Posteriormente ajudaram os portugueses na guerra de expulsão dos holandeses do terri-
tório. Todos os descendentes de potiguares após serem batizados como cristãos receberam
o sobrenome de Camarão. Atualmente eles residem em alguns lugares do Nordeste do país e
no estado da Paraíba mais propriamente nos municípios de Rio Tinto, Baía da Traição e Terra
Indígena Jacaré de São Domingos. No Ceará residem nos municípios de Crateús, entre outros.
Eles ainda preservam e falam a língua tupi-guarani.
Expulsos os franceses e seus aliados indígenas, o Forte dos Reis Magos, que os portugueses
ergueram na entrada da foz do Rio Grande, foi entregue a Jerônimo de Albuquerque. Após pa-
cificar os índios locais, Jerônimo fundou, em 1599, na margem direita do rio, um povoado que
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foi a origem da cidade de Natal. Em 1603, ele foi nomeado capitão-mor do Rio Grande, por seis
anos. Estabeleceu uma política de valorização das terras para povoamento e, como domina-
va a cultura e a língua das tribos indígenas locais, amenizou os conflitos entre potiguares e
portugueses, o que possibilitou a ampliação da colonização naquela região. Concedeu a seus
filhos, Antônio e Matias de Albuquerque, uma sesmaria onde fundaram o Engenho de Cunhaú,
o primeiro engenho do Rio Grande do Norte.
Letra d.
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Ao contrário de Pernambuco, em que ocorreu até investimento dos holandeses até na urbani-
zação de Recife, no Rio Grande do Norte, a ocupação holandesa não gerou riqueza local.
Letra b.
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RESUMO
Tratado de Tordesilhas, de 1494, dividiu o mundo ao meio: 370 léguas das ilhas de Cabo
Verde (pequeno arquipélago africano próximo à Europa) à Oeste seriam espanhóis e à leste,
seriam portugueses.
França e outros países questionaram o Tratado de Tordesilhas: estava o testamento de
Adão, dizendo que o mundo era de Portugal e Espanha”.
O território brasileiro passou a ser alvo de invasões estrangeiras francesas, inglesas e, no
século XVII, dos holandeses.
A primeira expedição a atravessar a foz do rio Amazonas até o cabo de Santo Agostinho
em Pernambuco, foi a do espanhol Vicente Pinzón, em 1498 e 1499, que seguiu numa expe-
dição de reconhecimento da América Central e navegou pelo litoral das Guianas, percorreu o
litoral Rio Grandense e foi até Pernambuco.
Gaspar Lemos, com o apoio de Américo Vespúcio, chega ao litoral Rio Grandense em 1501.
Marco de Touros: Em 1501 a expedição de Gaspar Lemos partiu de Portugal e tomou
posse do litoral norte rio grandense no dia 07 de agosto, instalando um padrão, ou seja, um
marco de pedra mais conhecido como o marco de Touros (mais tarde surgiria ali o município
de Touros). Por decreto estadual o 07 de agosto é a data de aniversário do RN.
Capitanias hereditárias: primeira divisão administrativa. Portugal tentou transferir os gas-
tos da colonização para a iniciativa privada. Foram criadas 15 capitanias. Foram entregues a
12 donatários.
A Capitania do Rio Grande (depois Rio Grande do Norte) foi doada a João de Barros e a
Aires da Cunha.
Primeira expedição portuguesa no Rio Grande do Norte: 1536. Os índios Potiguares com
um número bem menor de combatentes conseguiram conter os colonos.
Governo Geral (1548): Fracasso das capitanias
Conflitos contra os indígenas que se levantavam contra os colonizadores e a fé cristã: era
a Guerra Justa. Guerra dos Bárbaros (após a expulsão dos holandeses)
As etnias indígenas tapuias do interior nordestino foram dizimadas, como os janduís,
paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, que se uniram em aliança e confrontaram os portu-
gueses, na tentativa de garantir as suas terras. Essa foi a chamada Guerra contra os Bárbaros,
que só terminou em 1713.
Desde as primeiras décadas do século XVI, os franceses se interessaram pelo Brasil, pro-
curando negociar os produtos da terra com os índios do litoral, como pau-brasil, animais
silvestres, frutas tropicais, couro de onças, etc.
Os índios potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo a
fixação dos portugueses em terras potiguares.
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Os portugueses se aliaram aos Tabajara que eram inimigos dos potiguares e eles lutaram
juntos e dominaram os territórios, por volta de 1582, quando montaram acampamento. A Ca-
pitania do Rio Grande provavelmente tenha sido revertida de hereditária para real na ocasião.
União Ibérica (1580 a 1640). As coroas de Portugal e Espanha se uniram, após uma crise
sucessória no Império Lusitano, que ficou sob o domínio do Rei Felipe II da Espanha.
Em 25 de dezembro de 1597, a mando de Felipe II, uma nova expedição, desta vez coman-
dada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os france-
ses e reconquistar a capitania.
Doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de For-
taleza dos Reis Magos, por ter sido iniciado no dia 06 de janeiro, dia dos Santos Reis. O forte
foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes.
A expressão “pacificação dos índios potiguares” é usada para representar o episódio da
prisão do líder dos potiguares na Ilha Grande e como meio de pacificação, os Jesuítas su-
geriam que ambos fizessem um acordo de paz. O líder concordou, ajudando a estabelecer
a tranquilidade para com outros caciques e em 1599 foi fundada Natal, atual capital do Rio
Grande do Norte. A região era de grande importância estratégica, pois facilitava a conquista
do litoral norte do Brasil e abria caminho para a região amazônica.
A empresa açucareira no Brasil, financiada com o capital holandês, ficou comprometida
com a União Ibérica, uma vez que a Holanda ficou proibida de comercializar com o Brasil. Com
o embargo, os holandeses decidiram invadir o Brasil, ocupando o nordeste brasileiro.
O relevo e a posição facilitaram a conquista dos holandeses. Seu litoral é extenso e o mais
oriental do país, e o forte português fora construído no litoral, de fácil acesso. O Rio Grande do
Norte era submetido à administração de Recife.
Em 1633, ao se apossarem da capitania, os holandeses feriram Pero Mendes Gouveia,
capitão-mor do Rio Grande, e tomaram a Fortaleza da Barra do Rio Grande, que passou a se
chamar Castelo de Keulen, dando início ao domínio holandês na capitania. A cidade de Natal
passou a ser chamada no período holandês de Nova Amsterdã.
Durante o período do domínio holandês, a Holanda se preocupava somente em dominar a
explorar e ocupar a região, eliminando qualquer tipo de resistência.
Holandeses se aliaram aos indígenas como faziam os portugueses e realizaram vários
massacres, entre eles destacam-se o dos Uruaçu e Cunhaú.
Datas significativas sobre o Rio Grande do Norte:
Marco de Touros: 07 de agosto 1501. Expedição de Gaspar Lemos
Capitania do Rio Grande do Norte
Expulsão dos franceses: 1597.
Fortaleza dos Reis Magos: 1598
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MAPA MENTAL
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c) com a cooperação de invasores franceses, aliados aos indígenas tapuias que habitavam
o litoral.
d) no início do século XVII, por representantes da Companhia da Índias Ocidentais.
e) no período da União Ibérica (Portugal e Espanha), após a morte de D. Sebastião.
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EXERCÍCIOS
009. (CESPE/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Perí-
odo Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo na
sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares, dividindo
o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O pri-
meiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a deca-
dência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas
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marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena povoação em 1599,
reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto, não foi fácil
o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças que
existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-
-se ao fato de o sistema
a) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um tra-
tamento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas.
b) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da ne-
cessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses.
c) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios
potiguaras nas plantações de cana de açúcar e nas áreas litorâneas da capitania.
d) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar
o convívio e as relações de troca entre índios e franceses.
e) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de
terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno.
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019. (UERN/2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas
plantações desse produto (...). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam
os engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve
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a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) As mais ricas
regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho. (Disponível
em: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamentomontagem-da-eco-
nomia.html.)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na
América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basica-
mente pelos seguintes elementos:
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato.
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo.
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório.
020. (UERN/2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colo-
nização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tenta-
tiva do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais)
e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém
não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trin-
dade, 2010.)
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os fran-
ceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar
o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que
os holandeses
a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio
Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região
e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por,
praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das la-
vouras através da mita e da encomienda.
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Este ponto turístico e histórico de Natal é um dos mais importantes da cidade. O Forte dos
Reis Magos guarda uma grande herança sobre a história da cidade e sua fundação. Sobre
esse forte é correto afirmar que:
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a) Foi edificado pelos holandeses durante a ocupação que fizeram no Nordeste brasileiro.
b) Foi neste forte que os ingleses, outros invasores estrangeiros, se renderam à revolta luso-
brasileira.
c) Foi edificado como resposta da coroa portuguesa e espanhola à ameaça dos corsários
franceses que traficavam o pau-brasil.
d) É o primeiro forte a ser construído no Brasil, erguido ainda no início da colônia e, hoje, con-
siderado patrimônio histórico e cultural do Brasil.
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028. (PM‐RN/2004) “O Forte dos Reis Magos é uma das edificações militares mais bonitas
do país. Suas grossas muralhas são construídas de pedras extraída dos arrecifes próximos.
Na argamassa de alvenaria, foi empregado o óleo de baleia, processo comumente usado, por
esse tempo” (Osvaldo Câmara de Souza, Acervo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
do Rio Grande do Norte, p.35).
Sobre o Forte dos Reis Magos podemos afirmar que:
a) Foi palco de conflitos entre populações indígenas, ingleses, portugueses e franceses, sen-
do estes últimos os vitoriosos e lá se instalaram, por longo período.
b) Tem forma de polígono retangular como os demais fortes brasileiros.
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c) Tem a forma clássica do forte marítimo, um polígono estrelado, sua construção foi inicia-
da em 1598 e concluída em 1628, foi também palco de conflitos entre holandeses e luso-
brasileiros.
d) Tem forma de um polígono estrelado e foi palco de conflitos entre ingleses, holandeses,
portugueses, espanhóis, franceses, sendo estes últimos os que ocuparam o forte durante
todo o século XVII.
e) Tem a forma retangular, obedecendo a forma clássica do forte marítimo.
029. (CFO/BPM-RN/2006)
Com base no mapa e nos conhecimentos sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro,
pode-se afirmar:
a) A conquista pelos flamengos da zona de influência destacada no mapa ocorreu concomi-
tantemente, devido ao apoio dos governos locais.
b) A ocupação do Rio Grande pelos dominadores holandeses esteve voltada para a explora-
ção do sal no litoral da Capitania.
c) A Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) impôs a toda a região dominada as práticas do
protestantismo em substituição às da Igreja Católica.
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d) O interesse dos dominadores esteve centrado na campanha para estender o trabalho as-
salariado ao conjunto das atividades de subsistência da região.
e) A ambição dos holandeses no domínio da região destacada era garantir um governo sólido,
sob a orientação da Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.).
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a) Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada
ao novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a Amé-
rica, naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b) Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias
de sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com a
vinda dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na captura
de africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c) Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do co-
mércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d) Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias na
costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que partici-
passem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
d) De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção
destinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em
fazer alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente
africano uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.
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d) A produção açucareira proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, com exce-
ção de Pernambuco e São Vicente respectivamente, onde o sistema de capitanias não obteve
muito êxito.
e) Ao observar a prosperidade dos engenhos na América Portuguesa, os espanhóis, coman-
dados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 com o intuito de estabelecer enge-
nhos naquela região.
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042. (UFRN/2001) Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande [do
Norte], ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses
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a) cultura algodoeira;
b) exploração da cera de carnaúba;
c) atividade da pecuária;
d) produção salineira.
047. (IAUPE/PM-PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos Bár-
baros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis, ha-
bitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da unici-
dade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos e início
dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e, portanto, da
fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de confrontos e
sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos Bárbaros”, uni-
ficando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como no episódio da
chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Magalhães, a
Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma confederação das
tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de resistência ao co-
lonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial do Rio Grande,
criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam a Guerra dos
Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano comum nem uni-
dade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas e a Colonização
do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).
A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que am-
bas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.
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048. (INÉDITA/2022) Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam ex-
tensas áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em
1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos
049. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa aca-
bou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união,
um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale
aquele que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA
050. (INÉDITA/2022) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre fins
do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da região,
especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio ficou co-
nhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.
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Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos
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Daniel Vasconcellos
GABARITO
1. d 37. b
2. c 38. b
3. e 39. e
4. e 40. b
5. a 41. a
6. a 42. d
7. d 43. e
8. b 44. b
9. e 45. c
10. e 46. e
11. d 47. a
12. b 48. a
13. c 49. a
14. c 50. d
15. a 51. b
16. a
17. c
18. a
19. c
20. c
21. d
22. b
23. c
24. c
25. c
26. E
27. e
28. c
29. e
30. d
31. b
32. d
33. c
34. a
35. b
36. d
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GABARITO COMENTADO
009. (CESPE/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Perí-
odo Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo na
sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares, dividindo
o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O pri-
meiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a deca-
dência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas
Todas as afirmativas são verdadeiras. Questão de fácil resolução se você leu com atenção as
informações anteriores ao exercício.
Letra e.
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d) No Brasil, mesmo com toda propensão natural do português em se relacionar com outros
povos, não houve qualquer relação mais íntima com os nativos. As relações se limitaram a
exploração da mão de obra.
e) Pensadores como Gilberto Freyre contribuíram negativamente para o conceito de demo-
cracia racial, conceito esse tão disseminado entre outros pensadores brasileiros.
Atenção para a pegadinha da Banca. O conceito de democracia racial foi cunhado por Gilberto
Freyre em sua obra Casa Grande & Senzala. Segundo este conceito, a miscigenação se deu
de maneira harmônica, sem tantos conflitos raciais. Entretanto, a banca é crítica dessa teoria,
destacando que esse conceito encobre o racismo praticado pelos portugueses na colônia.
Letra e.
A imposição portuguesa do trabalho compulsório aos indígenas foi recebida com hostilidade,
de maneira que os franceses conseguiram estabelecer relações de troca com os indígenas,
facilitando o convívio. Os franceses ocupavam região com ajuda dos índios potiguares, impe-
dindo a chegada dos colonizadores portugueses. Em 25 de dezembro de 1597, uma nova ex-
pedição vinda de Portugal comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque
chegou para reconquistar a capitania. Os franceses foram expulsos e por lá os colonizadores
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construíram a Fortaleza dos Reis Magos. Em seu redor, formou-se um povoado chamado Ci-
dade dos Reis, hoje Natal, capital do estado.Letra d.
A afirmativa III é errada por associar o hino do estado a um acontecimento em outra capitania.
Letra b.
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Em 1597, durante a União Ibérica (1580-1640), o rei Felipe II (Felipe II da Espanha) ordenou o
envio de uma expedição para conquistar e colonizar o Rio Grande do Norte. Foram encarrega-
dos dessa missão, o governador da Capitania de Pernambuco, Manoel Mascarenhas Homem,
e o governador da Capitania da Paraíba, Feliciano Coelho. Os custos foram bancados pelo
governador do Estado do Brasil, na Bahia, D. Francisco de Souza.
Letra c.
Querido(a), o interior do nordeste, como vimos, foi colonizado com a atividade pecuária, já
que o litoral era dedicado à cana-de-açúcar. As atividades agrícolas nessa área, portanto,
eram voltadas a subsistência, como atividade subsidiária da pecuária. Na segunda metade do
século XVIII, o Rio Grande do Norte, assim como outras capitanias da região Nordeste passa-
ram a produzir algodão para as indústrias têxteis inglesas. Acontece que as colônias do sul
das Treze Colônias inglesas na América do Norte, principais fornecedoras de algodão para a
Inglaterra, estavam envolvidas com o processo de independência da Revolução Americana), o
que incentivou a entrada do algodão brasileiro no mercado inglês.
Letra c.
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c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cinquenta anos
entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.
d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios tapuios foram
perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.
e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os a inva-
dir o Forte dos Reis Magos.
O aniversário do RN é uma referência à data em que foi instalado por Gaspar lemos o Marco
de Touros, para tomar posse do território. É de mármore e marcado com a cruz de malta.
Letra a.
A fundação de Natal ocorreu no contexto da guerra contra os bárbaros, durante a União Ibéri-
ca. A posse de territórios era feita com marcos de pedra, como o de Touros.
Letra c.
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A posse da terra significava exercício de poder. De tal modo, as prioridades do Governo Geral,
bem como da Coroa, beneficiavam a elite que detinha essa posse. Dessa maneira, pode-se
dize que as prerrogativas dessa elite eram atendidas em detrimento dos interesses do res-
tante da população.
Letra a.
019. (UERN/2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas
plantações desse produto (...). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam
os engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve
a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) As mais ricas
regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho. (Disponível
em: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamentomontagem-da-eco-
nomia.html.)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na
América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basica-
mente pelos seguintes elementos:
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato.
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo.
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório.
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020. (UERN/2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colo-
nização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tenta-
tiva do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais)
e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém
não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trin-
dade, 2010.)
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os fran-
ceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar
o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que
os holandeses
a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio
Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região
e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por,
praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das la-
vouras através da mita e da encomienda.
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Querido(a), o interior do nordeste, como vimos, foi colonizado com a atividade pecuária, já
que o litoral era dedicado à cana-de-açúcar. As atividades agrícolas nessa área, portanto,
eram voltadas a subsistência, como atividade subsidiária da pecuária. Na segunda metade do
século XVIII, o Rio Grande do Norte, assim como outras capitanias da região Nordeste passa-
ram a produzir algodão para as indústrias têxteis inglesas. Acontece que as colônias do sul
das Treze Colônias inglesas na América do Norte, principais fornecedoras de algodão para a
Inglaterra, estavam envolvidas com o processo de independência da Revolução Americana), o
que incentivou a entrada do algodão brasileiro no mercado inglês.
Letra d.
Lembre-se de que os franceses ocupavam a região e realizaram acordos com os índios potigua-
res. Assim, a região se tornava pouco interessante para os portugueses diante da resistência in-
dígena. Isso só mudou em fins do século XVI com a ordem de Felipe II de expulsar os franceses.
Letra b.
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Este ponto turístico e histórico de Natal é um dos mais importantes da cidade. O Forte dos
Reis Magos guarda uma grande herança sobre a história da cidade e sua fundação. Sobre
esse forte é correto afirmar que:
a) Foi edificado pelos holandeses durante a ocupação que fizeram no Nordeste brasileiro.
b) Foi neste forte que os ingleses, outros invasores estrangeiros, se renderam à revolta luso-
brasileira.
c) Foi edificado como resposta da coroa portuguesa e espanhola à ameaça dos corsários
franceses que traficavam o pau-brasil.
d) É o primeiro forte a ser construído no Brasil, erguido ainda no início da colônia e, hoje, con-
siderado patrimônio histórico e cultural do Brasil.COMENTÁRIO
Foi edificado durante a União Ibérica (1580-1640), período em que as coroas portuguesa e
espanhola estavam sob controle de Felipe II da Espanha. O objetivo era a defesa do território
contra uma nova e possível invasão francesa.
Letra c.
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Em 1501 a expedição de Gaspar Lemos partiu de Portugal e tomou posse do litoral norte rio-
grandense no dia 07 de agosto, instalando um padrão, ou seja, um marco de pedra mais co-
nhecido como o marco de Touros (mais tarde surgiria ali o município de Touros). Por decreto
estadual o 07 de agosto é a data de aniversário do RN.
Letra c.
Existem registros eclesiásticos das freguesias no Seridó que evidenciam a presença de ín-
dios junto a outros grupos sociais participando dos rituais cristãos: batizado, matrimônio e
exéquias. Trata-se dos agrupamentos familiares construídos no território da Freguesia da
Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó, que era formada por ribeiras das Capitanias do Rio
Grande e Paraíba, ocupadas pela pecuária desde o final do século XVII. Os trabalhos mais
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recentes sobre a história colonial do Rio Grande do Norte partem de uma revisão da literatura
regional que se dedicou à pesquisa dos troncos genealógicos do Seridó, que sempre foi de-
dicada somente ao luso-brasileiro, mas que agora vêm abrangendo a participação de índios
e negros. As pesquisas, geralmente, tomam como fonte prioritária os registros de batizados,
casamentos e enterros da freguesia, no período colonial e imperial, muitas vezes analisados
pelo método da demografia histórica e como recorte de análise os agrupamentos familiares
formados por colonos de origem portuguesa.
Letra c.
Querido(a), atenção! O enunciado do texto, dizendo que a produção gerava excedentes, pode
te levar ao erro. Não ocorreu um vigoroso comércio entre as capitanias porque, no sistema
colonial, tudo o que era produzido visava o mercado externo, seja na produção do açúcar, seja
na extração do ouro.
Errado.
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Quando Portugal optou pelo sistema de Capitanias Hereditárias, D. João III doou a Capitania
do Rio Grande do Norte à João de Barros e Aires da Cunha
Letra e.
028. (PM-RN/2004) “O Forte dos Reis Magos é uma das edificações militares mais bonitas
do país. Suas grossas muralhas são construídas de pedras extraída dos arrecifes próximos.
Na argamassa de alvenaria, foi empregado o óleo de baleia, processo comumente usado, por
esse tempo” (Osvaldo Câmara de Souza, Acervo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
do Rio Grande do Norte, p.35).
Sobre o Forte dos Reis Magos podemos afirmar que:
a) Foi palco de conflitos entre populações indígenas, ingleses, portugueses e franceses, sen-
do estes últimos os vitoriosos e lá se instalaram, por longo período.
b) Tem forma de polígono retangular como os demais fortes brasileiros.
c) Tem a forma clássica do forte marítimo, um polígono estrelado, sua construção foi iniciada
em 1598 e concluída em 1628, foi também palco de conflitos entre holandeses e lusobrasileiros.
d) Tem forma de um polígono estrelado e foi palco de conflitos entre ingleses, holandeses,
portugueses, espanhóis, franceses, sendo estes últimos os que ocuparam o forte durante
todo o século XVII.
e) Tem a forma retangular, obedecendo a forma clássica do forte marítimo.
O Forte dos Reis Magos recebeu esse nome porque o início de sua construção foi consagrado
com uma festa no Dia de Reis, em 1598. Seu formato de estrela permitia uma visão panorâmi-
ca de toda a costa, mas isso não impediu que, em 1633, os holandeses invadissem a cidade,
mantendo o poder até 1654.
Letra c.
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029. (CFO-BPM-RN/2006)
Com base no mapa e nos conhecimentos sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro,
pode-se afirmar:
a) A conquista pelos flamengos da zona de influência destacada no mapa ocorreu concomi-
tantemente, devido ao apoio dos governos locais.
b) A ocupação do Rio Grande pelos dominadores holandeses esteve voltada para a explora-
ção do sal no litoral da Capitania.
c) A Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) impôs a toda a região dominada as práticas do
protestantismo em substituição às da Igreja Católica.
d) O interesse dos dominadores esteve centrado na campanha para estender o trabalho as-
salariado ao conjunto das atividades de subsistência da região.
e) A ambição dos holandeses no domínio da região destacada era garantir um governo sólido,
sob a orientação da Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.).
a) Errada. O domínio da região se deu paulatinamente e não ao mesmo tempo. Ademais, al-
guns colonos ofereceram resistência.
b) Errada. Os holandeses sempre voltaram suas atividades para a lavoura de cana-de-açúcar.
c) Errada. A administração do nordeste pelo holandês Maurício de Nassau (1637-1644) é
prova de que a Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) permitia a liberdade de culto, o que
contribuiu para colaboração dos colonos em algumas regiões.
d) Errada. Os holandeses também se beneficiaram do tráfico de escravos.
Letra e.
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Existem inúmeros exemplos nos jornais e periódicos nacionais atuais sobre práticas de pre-
conceito e sobre a injustiça social com as populações afrodescendentes.
Letra d.
Atenção concurseiro(a)! Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode
associar o termo escravo ao negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à
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Os holandeses pretendiam eliminar qualquer resistência local a sua dominação. Para tanto,
Jacob Rabbi, um alemão a serviço do governo holandês, usou de violência nos massacres de
Cunhaú e Uruassu.
Letra b.
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Após a expulsão dos franceses a mando de Felipe II da Espanha, no contexto da União Ibérica,
foi erguido o Forte dos Reis Magos para garantir a defesa e a posse da capitania. Contudo,
como vimos, isso não impediu os holandeses de invadirem e controlarem a região.
Letra d.
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Somente após a expulsão dos franceses e a construção do Forte dos Reis Magos é que os
portugueses conseguiram colonizar de fato a região.
Letra e.
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a) Errada. A sociedade açucareira era estamental: não permitia a ascensão social das classes
inferiores.
c) Errada. Os senhores de engenhos estavam no topo da hierarquia da sociedade açucareira.
d) Errada. Como vimos, ocorreram inúmeros conflitos entre os nativos e os portugueses.
Letra b.
A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no
Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado
com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Letra a.
042. (UFRN/2001) Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande [do
Norte], ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses
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O período do enunciado é o início do século XVII, durante a União Ibérica, no qual holandeses
e portugueses se enfrentavam e buscaram alianças com os nativos.
Letra d.
Afirmativa I: Verdadeira. A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste
do Brasil, sobretudo no Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo
e que fora encerrado com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Afirmativa II: Verdadeira. Não se esqueça: Potiguares no litoral e tapuias no interior.
Afirmativa III: Verdadeira. Os potiguaras têm origem tupi.
Letra e.
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Patrimônio material é palpável, visível, sólido. Nesse sentido a única alternativa que apresenta
dois patrimônios materiais e a letra b.
Letra b.
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A Guerra dos Bárbaros foi uma revolta das populações indígenas contra a dominação portu-
guesa. Ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no Rio Grande do
Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado com vitória dos
portugueses liderados por bandeirantes.
Letra e.
047. (IAUPE/PM-PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos Bár-
baros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis, ha-
bitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da unici-
dade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos e início
dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e, portanto, da
fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de confrontos e
sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos Bárbaros”, uni-
ficando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como no episódio da
chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Magalhães, a
Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma confederação das
tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de resistência ao co-
lonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial do Rio Grande,
criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam a Guerra dos
Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano comum nem uni-
dade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas e a Colonização
do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).
A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que am-
bas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.
c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e as popula-
ções indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.
d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colonização, ten-
do sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.
e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colonização, essa
resistência não teria existido.
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HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
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048. (INÉDITA/2022) Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam ex-
tensas áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em
1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos
049. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa aca-
bou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união,
um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale
aquele que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA
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HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
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050. (INÉDITA/2022) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre fins
do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da região,
especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio ficou co-
nhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.
Note o quanto as bancas focam na Guerra dos Bárbaros. São muitos os exemplos de ques-
tões sobre a temática.
Letra d.
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Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como
professor concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
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