Você está na página 1de 75

HISTÓRIA DO

RIO GRANDE DO
NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Sumário
Apresentação................................................................................................................................................... 3
Colonização do Rio Grande do Norte........................................................................................................ 6
1. A Presença Portuguesa no Rio Grande do Norte: Conquista Territorial e Resistência
Indígena; Fundação da Cidade de Natal................................................................................................... 7
1.1. Conquista Territorial............................................................................................................................... 9
1.2. Fundação da Cidade de Natal............................................................................................................ 12
1.2. Resistência Indígena............................................................................................................................ 14
2. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte e o Massacre de Cunhaú e Uruassu;
Pacificação dos Índios Potiguares; Invasão Holandesa no Rio Grande do Norte;......................... 15
2.1. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte. . .............................................................................. 15
2.2. O Massacre de Cunhaú e Uruassu;.................................................................................................... 17
2.2. Pacificação dos Índios Potiguares. .................................................................................................... 19
2.3. Invasão Holandesa no Rio Grande do Norte;................................................................................. 21
Resumo............................................................................................................................................................ 23
Mapa Mental.................................................................................................................................................. 26
Questões Comentadas em Aula................................................................................................................ 28
Exercícios........................................................................................................................................................ 31
Gabarito.......................................................................................................................................................... 49
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 50

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Os editais costumam valorizar, e muito, a História do Rio Grande do Norte. Não é para me-
nos. Mudanças significativas aconteceram na organização política, nas estruturas econômi-
cas e sociais da região a ponto de influenciar os destinos do país, de outras regiões do globo.
Realmente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão expressivos.
Assim, é muito importante que você tenha um grande escopo de conhecimento sobre a
História do Rio Grande do Norte, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto
índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com
solidez a sua aprovação em um cargo público.
Por isso, no nosso curso, abordaremos a forma como os conteúdos serão cobrados e
alguns “macetes” para que você, querido(a) aluno(a), consiga resolver com tranquilidade e
confiança as questões de História do Rio Grande do Norte.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma boa
interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas
que porventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Chamo-me Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pou-
co antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como
professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi
muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos,
vestibulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar tam-
bém aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário ra-
zoável, pelo menos para quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso, não criei o
interesse por concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos mu-
daram. Em 2013, após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília,
onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, Câmara
dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando não
vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é
muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo
é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz as
provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava fa-
zendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela
pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo
se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radi-
cal e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo!
Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material foi feito com
muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca tempo com o que
não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo
mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir cul-
pado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele encontro
fica para depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista
do seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para al-
cançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:
Colonização do Rio Grande do Norte
• 1. A presença portuguesa no Rio Grande do Norte: conquista territorial e resistência
indígena; Fundação da cidade de Natal.
• 2. A presença francesa no Rio Grande do Norte e o massacre de Cunhaú e Uruassu;
Pacificação dos índios potiguares; Invasão holandesa no Rio Grande do Norte;

Metodologia:
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para
se preparar para as questões de História do Rio Grande do Norte. Cada detalhe do curso foi
meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga
enxergar, compreender a História como um processo. Variados exemplos, esquemas e mapas
mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de
tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá
identificar a única alternativa lógica a ser marcada.
Ao final da aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um RESU-
MO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis vezes.
Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma cadeia
códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto
poderá ser cobrado.
Além disso, trabalharemos com várias questões de História que o(a) ajudará na fixação
do conteúdo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder
tempo com detalhes menores, já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico
sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau
em Pernambuco”.
Não se preocupe, ao final da aula, você estará muito bem-preparado para realizar uma
excelente prova.

Suporte

A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a humanidade


chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não tenha receio em per-
guntar. Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de aprendiza-
gem pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à disposição para
sanar quaisquer dúvidas que tiver.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

COLONIZAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE


Querido(a), veja os tópicos que estudaremos nesta aula:
1. A presença portuguesa no Rio Grande do Norte: conquista territorial e resistência indí-
gena; Fundação da cidade de Natal.
2. A presença francesa no Rio Grande do Norte e o massacre de Cunhaú e Uruassu; Paci-
ficação dos índios potiguares; Invasão holandesa no Rio Grande do Norte;
A História do Rio Grande do Norte se inicia muito antes da chegada dos europeus. Pe-
quemos pelo excesso, mas não pela falta. Apesar de o conteúdo do edital iniciar-se com a
“presença portuguesa”, existiam populações indígenas na região. Ademais, essas tribos in-
dígenas acabaram entrando em conflito com os europeus invasores quando promoveram a
ocupação do território brasileiro.
Inicialmente, o território potiguar começou a ser povoado por povos caçadores-coletores,
que teriam deixado vestígios encontrados nos sítios arqueológicos de Angicos e Mutamba II.
Entre os estudos sobre arqueologia já estudados em todo o Rio Grande do Norte, a maior parte
foi feita pelo Museu Câmara Cascudo, tendo A. F. G. Laroche como seu principal pesquisador.
O professor Paulo Tadeu de Souza Albuquerque, responsável na coordenação arqueológica
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, participou de escavações feitas próximas ao
local da Fortaleza dos Reis Magos e na antiga catedral metropolitana de Natal, onde o princi-
pal resultado encontrado foi o túmulo de André de Albuquerque Maranhão.
Na época da descoberta do Brasil, o território potiguar era habitado por índios tupis, na-
turais e originários do Paraná e Paraguai. Esses povos falavam a língua abanheenga, língua
aglutinada e com reflexões verbais. No interior, residiam os tapuias (cariris) e os tarairiu, ha-
bitantes do sertão, povos indígenas que andavam totalmente nus, sem nenhuma cobertura,
sem barbas e que depilavam todos os pelos existentes em seus corpos. As principais áreas
habitadas correspondem hoje às regiões do Seridó, Chapada do Apodi e zona serrana do
Rio Grande do Norte. Voltaremos a tratar dessas tribos quando abordarmos a “resistência
indígena”.
O local onde a frota comandada por Cabral teria desembarcado ainda gera controvérsias,
sendo que uma das vertentes defendidas por alguns pesquisadores afirma que a expedição
teria desembarcado pela primeira vez na praia de Touros, local onde o litoral do Rio Grande
do Norte forma o ângulo de 90º entre as direções norte e leste, o que dá ao estado o apelido
de “esquina do continente”.
Os historiadores, de modo geral, defendem a tese que dá a primazia aos espanhóis de te-
rem visitado o Rio Grande do Norte antes dos portugueses. Admite-se que espanhóis, como
Alonso de Hojeda, Diogo de Lepe e Vicente Yáñez Pinzón, navegaram pelo litoral brasileiro
em latitudes próximas ao Rio Grande do Norte, antes que os portugueses aqui chegassem
em abril de 1500. Segundo alguns historiadores, Alonso de Hojeda e Diogo de Lepe teriam

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

navegado próximo à foz do rio Açu. Porém não tomaram posse da terra, pois ela já pertencia
a Portugal de acordo com o Tratado de Tordesilhas.

Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Re-
ino de Portugal e a Coroa de Castela(Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e
por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

1. A Presença Portuguesa no Rio Grande do Norte: Conquista Territo-


rial e Resistência Indígena; Fundação da Cidade de Natal.

Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não ocuparam o território de


imediato. Daí a nomenclatura Pré-Colonial para nos referirmos aos trinta anos que se se-
guem. Gonçalo Coelho comandou as primeiras expedições exploratórias, em 1501-1502 e
1503-1504.
Em 1501 a expedição de Gaspar Lemos partiu de Portugal e tomou posse do litoral norte
rio grandense no dia 07 de agosto, instalando um padrão, ou seja, um marco de pedra mais
conhecido como o marco de Touros (mais tarde surgiria ali o município de Touros). Por decre-
to estadual o 07 de agosto é a data de aniversário do RN.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS: uma mistura de forte
para defesa do território e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e
compreensível quando feita em partes:

Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?

• Porque não encontraram metais precisosos em expedições;


• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;
• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia bra-
sileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal.

Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos
anos de 1530?

• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na américa espanhola;


• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica, desenvolveram suas frotas
marítimas e passaram a representar uma grande ameça ao controle português sobre a
colônia.

Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não haviamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito
utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela cora e
chamadas de estanco.
Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios. O
navegante português Cristóvão Jacques comandou as expedições guarda-costas, realizadas
entre os anos 1516 e 1520, visando a defesa do litoral da colônia.
Para se situar, antes de darmos sequência, entendo ser necessário que faça um pequeno
apontamento sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econômicos da História do Bra-
sil”. Isso é importante para que consiga relacionar a atividade econômica do período com
os eventos sociais e políticos que se sucedem a longo do curso. Esse esquema é de grande
utilidade na resolução de questões.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

1.1. Conquista Territorial


A Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e decidiu povoá-la, explo-
rá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações tomassem o territó-
rio da colônia. Assim, Martin Afonso de Souza comandou a primeira expedição colonizadora
do Brasil e fundou a Vila de São Vicente em 1532.
O problema é que a coroa portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa
empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lotes
de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias. Veja:

Mapa das Capitanias no momento de sua criação em 1534, e as Capitanias na ocupação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

As Capitanias Hereditárias foram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até
a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De ínicio, foram quinze Capitanias que eram
entregues para usufruto do Donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da
terra, ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Co-
roa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar;
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os Donatários

O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois tran-
feria a responsabilidade da empresa de coloniação para os fidalgos. Entretanto, os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros,
a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de Per-
nambuco e a Capitania de São Vicente (São Paulo).

O PULO DO GATO
Por que a Capitania de Pernambuco prosperou?
A terra fértil possibilitou o cultivo da cana-de-açúcar e a construção de engenhos. Além disso,
a distância em relação a Portugal era menor se comparada as outras capitanias.

Em 1535, a então Capitania do Rio Grande foi doada pelo Rei D. João III a João de Barros.
Contudo, a colonização resultou em um fracasso, ainda mais com a invasão francesa.
Durante os séculos XVI e XVII, a região mais rica e desenvolvida do Brasil era o litoral das
capitanias da Bahia e Pernambuco, devido à bem-sucedida empresa açucareira. Quase que
ao mesmo tempo, os colonos desenvolveram a pecuária, através da criação de gado bovino,
para atender às necessidades de alimentação e transporte dos engenhos, além de força de
trabalho para girar moendas em alguns tipos de engenho, bem como para obtenção do couro,
com o qual se faziam vestimentas e utensílios.

O PULO DO GATO
Sistema de Plantation da economia açucareira, (MEEL):

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

• Monocultura: plantio de um único gênero agrícola;


• Escravidão: mão de obra utilizada;
• Exportação: toda a produção visava o mercado externo;
• Latifúndio: grande propriedade permitindo vastas lavouras de cana-de-açúcar.

001. (AOCP/IBC/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) As capitanias hereditárias e as sesmarias


foram a primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa e propiciaram
o desenvolvimento da economia açucareira. Sobre a economia açucareira, assinale a alterna-
tiva correta.
a) A cana de açúcar foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que cons-
truiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da Madei-
ra mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas
ilhas das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em Per-
nambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 e se ins-
talam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.

Como você há de se recordar, as únicas capitanias que prosperaram foram a de Pernambuco


e São Vicente (São Paulo) principalmente em razão da exploração da atividade açucareira.
Letra d.

Em virtude do fracasso do sistema de Capitanias Hereditárias, principalmente pela falta de


recursos por parte dos donatários, grande parte do Brasil, principalmente ao norte da capitania
de Pernambuco, não foi povoada pelos colonizadores portugueses. Essa área do Brasil era cons-
tantemente ameaçada de invasão por outras nações europeias, principalmente os franceses.
Em 1549, a Coroa portuguesa instituiu o Governo-Geral, através do qual procurava recu-
perar o controle da colônia; a cidade de Salvador, na capitania da Bahia, passou a ser o centro
administrativo da colônia. Esse sistema possibilitou um maior controle sobre o litoral brasi-
leiro, expulsando os invasores estrangeiros e catequizando os índios.
A cana-de-açúcar foi a primeira economia que o estado conheceu, quando colonizadores
pernambucanos ligados a Jerônimo de Albuquerque Maranhão criaram o primeiro engenho
de açúcar, o Engenho Cunhaú, no início do século XVII. Na segunda década deste mesmo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

século, surgiria a segunda unidade produtora de açúcar, o Engenho Ferreiro Torto. Com a ati-
vidade canavieira estabelecia no litoral de Natal, inicia-se a ocupação do litoral norte, através
dos rios Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró e, através dos referidos rios, ocorre a penetração
para os vales do Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró.
Com a implantação da atividade açucareira, já em fins do século XVI, paulatinamente, o
gado foi sendo levado para o interior, à procura de novas pastagens, como também para evitar
a destruição das plantações de cana-de-açúcar. Com isso, os fazendeiros de gado alcança-
ram o rio São Francisco, que desempenhou um importante papel na expansão e fixação da
pecuária no interior do Brasil. Partindo de Pernambuco e da Bahia, o interior dos atuais es-
tados nordestinos (Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Ceará) foi ocupado através desse
movimento.

002. (COMPERVE/MPE-RN/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/CONTABILIDA-


DE/2017) As economias fundadoras do Rio Grande do Norte produziram espaços, territórios
e foram responsáveis pelo desenvolvimento econômico e povoamento do estado. Nesse con-
texto, é correto afirmar:
a) A Pecuária, primeira economia do estado, foi implantada na região Agreste e requereu um
grande contingente de trabalhadores. A atividade Algodoeira promoveu a urbanização na re-
gião agreste do Estado.
b) A atividade Algodoeira foi a primeira economia do Rio Grande do Norte e gerou uma forte
classe política. Essa atividade foi responsável pela urbanização de Caicó, Currais Novos, Ce-
ará-Mirim e São José do Seridó.
c) A atividade Canavieira foi a primeira economia do estado, e os engenhos de Cunhaú e Fer-
reiro Torto, seus principais representantes. A Pecuária foi implantada no sertão, onde algu-
mas cidades, tais como Currais Novos e Pau dos Ferros, surgiram a partir de fazendas.
d) A Mineração, primeira economia do Rio Grande do Norte, destacou-se pela exploração da
scheelita. As cidades de Currais Novos, Acari, Caicó e Parelhas foram povoadas e desenvolvi-
das a partir da implantação dessa economia.

A atividade açucareira foi a primeira instalada pelos portugueses. Já a pecuária surgiu como
subsidiária da primeira.
Letra c

1.2. Fundação da Cidade de Natal


Devido à localização estratégica da capitania do Rio Grande, o houve o interesse do rei
espanhol, Felipe II, pela capitania. Acontece que, entre 1580 e 1640, as coroas espanhola e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

portuguesa foram unificadas, no que se convencionou chamar de União Ibérica. O rei de Por-
tugal, D. Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros no Marrocos,
em 1578. Como o rei não havia deixado herdeiros para sucedê-lo, quem assumiu foi seu tio-a-
vô, D. Henrique. No entanto, D. Henrique acabou morrendo dois anos depois e, como também
não possuía herdeiros diretos, Felipe II unificou as coroas. Assim, as colônias portuguesas
passaram a ser controladas pela Espanha.
Quando ele anexou Portugal e suas colônias à Espanha, também percebeu o abandono
que ocorria em regiões que correspondem hoje ao Norte e Nordeste do Brasil. Entretanto, a
situação agravante era a permanência de povos franceses na capitania do Rio Grande. Por
isso, duas Cartas Régis, a primeira em 1596 e a segunda em 1597, determinaram de fato a
expulsão francesa.
No dia 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada
por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e
reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsá-
rios franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi cha-
mado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciado no dia 06 de janeiro, dia dos Santos
Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Atualmente o marco encontra-se na Fortaleza dos Magos e na praia fica exposta uma
réplica. Durante o período pré-colonial os franceses frequentaram a costa potiguar e explo-
raram madeira ilegalmente.
Após a vitória, em 1598, foi construída uma fortaleza, denominada Fortaleza dos Reis
Magos. O objetivo da construção era fixar um ponto de defesa para as posses da Coroa por-
tuguesa. Esse ponto originou a cidade de Natal em 25 de dezembro de 1599.
A região que correspondia à Capitania do Rio Grande do Norte foi transferida para a capi-
tania de Pernambuco em 1701.

003. (FCC/AL-RN/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2013) A cidade de Natal


foi fundada
a) pelo donatário da capitania hereditária do Rio Grande, Duarte Coelho.
b) durante a invasão dos holandeses, para garantir-lhes a ocupação do litoral nordestino.
c) com a cooperação de invasores franceses, aliados aos indígenas tapuias que habitavam
o litoral.
d) no início do século XVII, por representantes da Companhia da Índias Ocidentais.
e) no período da União Ibérica (Portugal e Espanha), após a morte de D. Sebastião.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, foi fundada em 1599 às margens do Rio Po-
tengi, período da união entre Portugal e Espanha, conhecida como União Ibérica (1580-1640),
período em que houve a união das coroas portuguesa e espanhola sob o jugo de Felipe II da
Espanha após a morte de D. Sebastião.
Letra e.

1.2. Resistência Indígena


Durante todo o processo de colonização, a resistência indígena foi enorme e dificultou o
estabelecimento dos portugueses, ao ponto que a coroa portuguesa proibia a escravização
do indígena, mas permitia sua captura através da Guerra Justa, ou seja, a guerra contra as
tribos que se levantavam contra os colonizadores.
No Nordeste, mas principalmente no litoral do Rio Grande do Norte a Guerra contra os
indígenas foi violenta e levou décadas até serem pacificados com o apoio dos bandeirantes
paulistas. Aos longos conflitos contra os indígenas que tiveram início já nos primeiros conta-
tos os portugueses chamaram de Guerra contra os Bárbaros o conflito foi o mais importante
no início da colonização.
Mesmo com tanta resistência por parte dos índios que respondiam com vários ataques,
os portugueses estabeleceram um acampamento no Rio Grande do Norte por volta de 1582,
conseguindo adentrar pelo território e exterminar muitos nativos. Os portugueses se alia-
ram aos Tabajara que eram inimigos dos potiguares e eles lutaram juntos e dominaram os
territórios.
Outro fator que favoreceu na diminuição dos potiguares foi uma enorme epidemia da do-
ença chamada varíola, trazida da Europa pelos brancos. Os índios não tinham os anticorpos
evoluídos suficientes para combatê-la, o que fez com que grande parte deles também mor-
resse por conta da enfermidade.
As etnias indígenas tapuias do interior nordestino foram dizimadas, como os janduís,
paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, que se uniram em aliança e confrontaram os por-
tugueses, na tentativa de garantir as suas terras. Alguns historiadores classificam a guerra
contra os bárbaros, principalmente o período após a expulsão dos holandeses em que ocorreu
a união das tribos contra os portugueses que ficou conhecida como confederação dos Cariris,
a união de diversas tribos contra os portugueses.
A chamada Guerra dos Bárbaros ou Levante dos Tapuias ou Confederação dos Cariris
se inicia em 1687 como reação dos indígenas ao movimento expansionista português sobre
os territórios habitados pela população indígena, após a expulsão dos holandeses. Tudo se
iniciou com uma ordem régia, de 1654, em que Dom João IV concedia sesmarias (terras) aos
soldados e oficiais que haviam participado da Guerra de Pernambuco contra os holandeses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Dentre estes, se destacam João Fernandes Vieira, que recebeu terras na Paraíba; e a fa-
mília Oliveira Ledo que receberia terras no Rio Grande do Norte. Ambos em território janduí.
Os sesmeiros, então, atacaram os indígenas, tentando-os expulsá-los de suas casas. “Não é
de estranhar, pois, que tenham sido os Janduí a dar início à reação contra os colonizadores”
(DANTAS ET AL, 1992).
O conflito só foi solucionado em 1713, com a participação de bandeirantes paulistas, en-
tre eles Domingos Jorge Velho, o destruidor do Quilombo dos palmares.

004. (CONSULTEC/PM-RN/2006) A Guerra dos “Bárbaros”, um episódio histórico do Rio Gran-


de do Norte, foi um conflito entre lusos‐brasileiros e indígenas da região.
Sobre esse fato, é correto afirmar:
a) O resultado desse longo conflito foi a vitória dos indígenas sobre os lusos‐brasileiros.
b) Esse episódio de curta duração expressou a revolta indígena contra a catequese dos jesuítas.
c) A luta se estendeu por outras capitanias e os indígenas receberam apoio de escravos afri-
canos e do invasor holandês.
d) O conflito se relaciona com a descoberta de minas de ouro no interior da capitania, em áre-
as habitadas por indígenas tapuias.
e) A guerra, após um longo período, foi encerrada pela intervenção de forças portuguesas
lideradas pelos bandeirantes.

A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no
Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado
com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Letra e.

2. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte e o Massacre de


Cunhaú e Uruassu; Pacificação dos Índios Potiguares; Invasão Holan-
desa no Rio Grande do Norte;

2.1. A Presença Francesa no Rio Grande do Norte


França, Inglaterra e Holanda contestavam com frequência a divisão do mundo entre por-
tugueses e espanhóis que ficara estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas. Os franceses eram
os mais açodados em suas tentativas, principalmente após a eclosão do movimento protes-
tante na primeira metade do século XVI, que quebrara a unidade religiosa europeia, desenca-
deando uma sucessão de conflitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

A coroa francesa foi a que contestou de maneira mais veemente a divisão do mundo efe-
tuada em Tordesilhas. A presença de traficantes de pau-brasil no litoral brasileiro, de modo
geral, e no Rio Grande do Norte, de modo particular, remonta à década de 1520. O ano de 1503
marca o início das incursões francesas na costa norte-rio-grandense e, 1516, marca o mo-
mento em que traficantes e corsários vindos da França agiam na Costa dos Potiguares, como
era então conhecido o território habitado por aqueles silvícolas, dele fazendo parte o atual Rio
Grande do Norte.
Portugal reagia como podia às investidas francesas, financiando “varreduras costeiras”
entre Pernambuco e o rio da Prata, de 1516 a 1519 e de 1526 a 1528, ambas realizadas por
Cristóvão Jacques.
Em 1535, os franceses invadiram de vez o território rio-grandense. A presença francesa
na costa brasileira até 1550 limitara-se à extração de pau-brasil, através do escambo com os
índios. Mas a partir de 1555, os interesses franceses eram outros, dada a tentativa de ocupa-
ção e colonização do Rio de Janeiro.
Os franceses demoraram a serem expulsos do Rio Grande do Norte por três motivos: por-
que Portugal tinha uma população diminuta e grande parte dela estava envolvida “em manter
conquistas ultramarinas desde o Marrocos à China”, pela importância do comércio de espe-
ciarias orientais e pela tibieza do Estado português em se fazer respeitar pela coroa francesa.
Um outro fator era que aliança com os índios potiguares garantia uma boa retaguarda
para os franceses. O escambo praticado entre franceses e índios foi uma solução economi-
camente viável para ambos, pois permitiam aos franceses “explorar o pau-brasil com total
apoio e trabalho dos Potiguara, e estes conseguiam utensílios, armas e prestígio social por
estarem aliados aos estrangeiros”. Ademais, ambos viam-se como aliados na guerra que mo-
viam contra os portugueses, e o apoio recíproco “era imprescindível, seja pelo conhecimento
da terra e número de guerreiros disponíveis dos Potiguara, seja no municiamento e conheci-
mento das táticas europeias dos franceses.
Os franceses usavam o porto da desembocadura do rio Pirangi (aproximadamente 25 km
de Natal) para o “resgate do pau” como os portugueses se referiam aos locais de corte e es-
tocagem de pau- brasil.
As primeiras tentativas de ocupação francesa de sítios na região do Rio Grande do Norte
ocorreram depois do fracasso da França Antártica (Rio de Janeiro). Empurrados do sul os
franceses se fixaram no litoral norte-rio-grandense, especialmente no estuário do Potengi;
quando os franceses foram lançados do Rio de Janeiro (1567) passaram-se para Cabo Frio e
daí para o Rio Real, entre Bahia e Sergipe. Escorraçados dessas áreas, procuraram estabele-
cer-se nas costas da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
A presença francesa nas costas da capitania do Rio Grande não seria possível não fosse
a aliança estabelecida com os índios potiguares que viviam por todo o litoral norte-rio-gran-
dense, ficando a taba principal na Aldeia Velha, área que se estende entre o atual bairro de
Igapó e a praia da Redinha.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

De todos os franceses que estiveram na região, destacaram-se Charles de Vaux e Jac-


ques Riffault. A aliança entre franceses e potiguaras era tão próxima que alguns franceses
chegaram a casar com índias, estabelecendo a primeira miscigenação na capitania.
As relações eram ainda mais facilitadas porque os franceses não tinham nenhuma exi-
gência moral para o indígena nem pretendiam fundar cidade, impor costumes, obrigar disci-
plina, enquanto os portugueses, ao se depararem com os nativos tentavam logo moldá-los,
tentando catequizá-los e ensinar-lhes algumas normas de conduta.
Além de extraírem pau-brasil, os franceses praticavam com os índios potiguares escambo
de diversos produtos, tais como: algodão, fios e redes do mesmo material; cereais, tabaco,
pimenta, gengibre, plantas medicinais, óleos balsâmicos; peles de onça e de outros animais;
papagaios e aves exóticas; macacos e sagüis.

005. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Ao longo do século XVI,


a) os franceses frequentaram assiduamente o litoral do Rio Grande do Norte, explorando o
pau-brasil.
b) os portugueses firmaram sólidas e fraternais alianças com os índios da região, os potiguares.
c) a Capitania do Rio Grande coube ao donatário Duarte Coelho, que a transmitiu a seus
descendentes.
d) os moradores de Pernambuco e Itamaracá uniram-se aos franceses, no contrabando
de madeira.
e) revelou-se a excepcional fertilidade das terras do Rio Grande para o cultivo da cana-
-de-açúcar.

Os franceses já aportavam no Rio Grande do Norte para contrabandear o pau-brasil antes


mesmo de os portugueses buscarem colonizar a região. E esse foi o principal motivo do fra-
casso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares, ajudavam os franceses a
combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Letra a.

2.2. O Massacre de Cunhaú e Uruassu;


Querido(a), como estamos seguindo a ordem dos tópicos do edital, ainda não tratamos
das invasões holandesas ao Rio Grande do Norte. Os massacres de Cunhaú e Uruassu estão
relacionados com essa ocupação holandesa. Mas, não se preocupe, mais adiante trataremos
da invasão holandesa ao Rio Grande do Norte.
Em 1645 moradores de São Gonçalo do Amarante resistiram aos holandeses. Mais de
80 pessoas foram mortas e 30 vítimas beatificadas pelo papa. Durante o período do domínio

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

holandês, a Holanda se preocupava somente em dominar a explorar e ocupar a região, eli-


minando qualquer tipo de resistência. O Período Holandês foi relativamente tranquilo, mas
engana-se quem imagina que não usaram de muita violência. Aliaram-se aos indígenas como
faziam os portugueses e realizaram vários massacres, entre eles destacam-se o dos Urua-
çu e Cunhaú.

Cunhaú

O massacre de Cunhaú, ocorrido no primeiro engenho construído em território potiguar,


é considerado um dos mais trágicos da história do Brasil. Em 1645, o estado do Rio Grande
(católico) era dominado pelos holandeses (calvinistas). Jacob Rabbi, um alemão a serviço
do governo holandês, chegou ao engenho no dia 15 de julho daquele ano. Porém, ele já era
conhecido pelos moradores da região, pois havia passado por lá anteriormente, sempre es-
coltado pelas tropas dos índios Tapuias. No dia seguinte, como de costume, os fiéis se reu-
niram para celebrar a eucaristia e foram à missa na Igreja de Nossa Senhora das Candeias.
O pároco, padre André de Soveral, começa a cerimônia. Depois do momento da elevação do
Corpo e Sangue de Cristo, as portas da capela foram fechadas, dando-se início a violência
ordenada por Jacob.

Uruaçu

O massacre de Uruaçu aconteceu no dia 3 de outubro de 1645, três meses depois do


ocorrido em Cunhaú, também a mando de Jacob Rabbi. Dizem os cronistas que, logo após o
primeiro massacre, o medo se espalhou pela Capitania. Receosa, a população tinha medo que
novos ataques acontecessem.
Segundo a história, neste segundo massacre as tropas usaram mais crueldade. Depois da
elevação, fecharam as portas da igreja e os fiéis foram mortos ferozmente. As vítimas tiveram
as línguas arrancadas para que não fossem proferidas orações católicas. Além disso, tiveram
braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas. O celebrante da
missa, o padre Ambrósio Francisco Ferro, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira
teve o coração arrancado. E, ainda vivo, exclamou: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.
Em reconhecimento ao feito dos Mártires de Uruaçu, em 16 de junho de 1989 o processo
de beatificação foi concedido pela Santa Sé. Em 21 de dezembro de 1998 o papa João II as-
sinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos.
A celebração de beatificação aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 5 de
março de 2000. A cerimônia religiosa foi presidida pelo papa João Paulo II. No Local do Mas-
sacre foi erguido o Monumento dos Mártires em memória dos Bem-Aventurados. O espaço é
aberto aos turistas e religiosos, e a cada mês de outubro recebe centenas de fiéis de todas as
partes que acompanham as celebrações e festividades em homenagem aos mortos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Em homenagem ao morticínio, foi erguido um monumento na localidade de Uruaçu, pró-


ximo onde ocorreu o martírio, denominado Monumento aos Mártires, que foi inaugurado no
dia 05 de dezembro de 2000 com a presença de aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo
diversas autoridades eclesiásticas e governamentais.
O local abrange uma área de dois hectares, doada pela família Veríssimo, proprietária da
fazenda. O Monumento aos Mártires foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior,
tendo capacidade para receber 20 mil peregrinos. Atrás do palco há um painel medindo 30
metros. O Capelão do monumento é o Padre Antônio Murilo de Paiva.
A cidade se encontra receptiva a todos que buscam reafirmar sua fé, conhecendo o local
que foi palco de um grande massacre. No dia 03 de outubro é feriado estadual em comemo-
ração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú, segundo Lei N. 8.913/2006.

006. (FCC/AL-RN/ANALISTA LEGISLATIVO/ANALISTA DE SISTEMAS/2013) O feriado estadu-


al de 3 de outubro no Rio Grande do Norte corresponde à data
a) do massacre de fiéis católicos, ocorrido em Uruaçu, comunidade de São Gonçalo
do Amarante.
b) da beatificação dos mortos na capela do Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama.
c) da invasão da capela do Engenho de Cunhaú por holandeses aliados a indígenas.
d) do pacto de aliança firmado entre indígenas e colonos portugueses contra os holandeses
invasores.
e) da conversão do indígena potiguar Poti ao cristianismo, após suas ações contra a invasão
holandesa.

O feriado do dia 03 de outubro é uma homenagem aos mortos durante dois massacres, ocor-
ridos em 1645: um na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no engenho Cunhaú, no muni-
cípio de Canguaretama, e o outro na Comunidade Uruaçu em São Gonçalo do Amarante. Em
março de 2000, o Papa João Paulo II Beatificou os Mártires de Cunhaú e Uruaçu como exem-
plos de fé cristã e defensores da igreja Católica. Nesse mesmo ano, o Governo do Estado, em
resposta à uma solicitação da Arquidiocese de Natal decretou o feriado de 3 de outubro. A lei
que originou o feriado no Estado é de autoria do deputado José Dias. Aprovada pela Assem-
bleia Legislativa e promulgada pela então governadora Vilma de Faria, foi publicada no Diário
Oficial do Estado no dia 7 de dezembro de 2006.
Letra a.

2.2. Pacificação dos Índios Potiguares


A expressão “pacificação dos índios potiguares” é usada para representar o episódio da
prisão do líder dos potiguares na Ilha Grande e, como meio de pacificação, os Jesuítas su-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

geriam que ambos fizessem um acordo de paz. O líder concordou, ajudando a estabelecer
a tranquilidade para com outros caciques e em 1599 foi fundada Natal, atual capital do Rio
Grande do Norte.
Os índios potiguares, amigos dos franceses, eram inimigos dos portugueses e atacaram
muitas vezes os acampamentos brancos causando severos prejuízos e mortes. Porém, os je-
suítas organizaram rapidamente uma embaixada de paz que, em 1604, ofereceu a Potiguaçu,
o novo líder potiguar, algo que ele estava muito interessado: educação.
Em troca da paz, Potiguaçu exigiu que os jesuítas ensinassem a ele tudo que eles sabiam.
Aos 24 anos, ele aprendeu português - sabia ler e escrever - e aprendeu latim.
Posteriormente ajudaram os portugueses na guerra de expulsão dos holandeses do terri-
tório. Todos os descendentes de potiguares após serem batizados como cristãos receberam
o sobrenome de Camarão. Atualmente eles residem em alguns lugares do Nordeste do país e
no estado da Paraíba mais propriamente nos municípios de Rio Tinto, Baía da Traição e Terra
Indígena Jacaré de São Domingos. No Ceará residem nos municípios de Crateús, entre outros.
Eles ainda preservam e falam a língua tupi-guarani.

007. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Sobre a pacificação dos índios potiguares no


território que compreendia o Rio Grande (mais tarde do Norte), é correto afirmar:
a) A pacificação deu-se por lento processo de mestiçagem, resultante do casamento de inú-
meros portugueses com índias potiguares, cujos descendentes povoaram o atual Rio Gran-
de do Norte.
b) Os índios potiguares rejeitaram a intermediação de missionários jesuítas nas negociações
pelo acordo de paz, aceitando apenas as tratativas feitas por Jerônimo de Albuquerque, mes-
tiço de índio e branco.
c) Os violentos confrontos entre colonizadores e potiguares ficaram conhecidos na História
do Brasil como Guerra dos Bárbaros, que resultou, após o extermínio de grande parte da po-
pulação indígena, na pacificação.
d) Após muitos combates violentos contra colonizadores luso-brasileiros, os índios potigua-
res aceitaram acordo de paz em 1599, com intermediação de Jerônimo de Albuquerque e
padres jesuítas.
e) Usa-se a expressão “pacificação dos índios potiguares” para identificar o momento a partir
do qual a prática do canibalismo foi abandonada e a fé cristã foi adotada pelos índios.

Expulsos os franceses e seus aliados indígenas, o Forte dos Reis Magos, que os portugueses
ergueram na entrada da foz do Rio Grande, foi entregue a Jerônimo de Albuquerque. Após pa-
cificar os índios locais, Jerônimo fundou, em 1599, na margem direita do rio, um povoado que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

foi a origem da cidade de Natal. Em 1603, ele foi nomeado capitão-mor do Rio Grande, por seis
anos. Estabeleceu uma política de valorização das terras para povoamento e, como domina-
va a cultura e a língua das tribos indígenas locais, amenizou os conflitos entre potiguares e
portugueses, o que possibilitou a ampliação da colonização naquela região. Concedeu a seus
filhos, Antônio e Matias de Albuquerque, uma sesmaria onde fundaram o Engenho de Cunhaú,
o primeiro engenho do Rio Grande do Norte.
Letra d.

2.3. Invasão Holandesa no Rio Grande do Norte;


Em 1580 os Holandeses, inimigos da Espanha, perderam o rico comércio do açúcar que
realizavam com os portugueses. Com a União Ibérica, você há de se recordar, Felipe II da Es-
panha unificou as coroas portuguesa e espanhola, passando a ter controle sobre as colônias
portuguesas. Para atingir os holandeses, Felipe II proibiu os portugueses de venderem o açú-
car aos holandeses, responsáveis por distribuí-lo na Europa.
Os holandeses reagiram invadindo o Nordeste brasileiro. Para isso, organizaram uma
Companhia – a Companhia das Índias Ocidentais –, e decidiram invadir a capital, Salvador,
em 1624. Prenderam o Governador Geral e o enviaram para a Holanda.
No entanto, não conseguiram governar a região. Sob o comando de D. Marcos Teixeira, as
forças brasileiras mataram vários chefes holandeses, enfraquecendo suas tropas. Em maio
de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de Fradique Toledo Osório.
No caminho de volta à Holanda, atacaram um navio espanhol carregado de prata. Esse es-
pólio foi utilizado para financiar uma nova invasão ao Brasil. Assim, em 1630, conquistaram a
Capitania de Pernambuco. Aqui merece destaque o governo de Maurício de Nassau que, entre
1637 e 1644, indicado pela Companhia das Índias Ocidentais, realizou empréstimos aos colo-
nos, permitiu a liberdade de culto e promoveu a urbanização da cidade de recife.
Em 05 de dezembro de 1633, uma outra esquadra comandada pelo almirante Jan Corne-
liszoon Lichthardt e com tropas sob o comando de tenente-coronel Baltazar Bijm partiram
de Recife com direção à capitania Rio Grande. Ao se apossarem da capitania, os holandeses
feriram Pero Mendes Gouveia, capitão-mor do Rio Grande, e tomaram a Fortaleza da Barra do
Rio Grande, que passou a se chamar Castelo de Keulen, dando início ao domínio holandês na
capitania. A cidade de Natal passou a ser chamada no período holandês de Nova Amsterdã.
Os holandeses dominaram, assim, de Pernambuco ao Rio Grande do Norte, num território
relativamente descentralizado, pois criaram 4 administrações. O relevo e a posição facilita-
ram a conquista dos holandeses. Seu litoral é extenso e o mais oriental do país, e o forte por-
tuguês fora construído no litoral, de fácil acesso.
O Rio Grande do Norte era submetido à administração holandesa de Recife. Os holande-
ses criaram juntas governativas em que permitiam a participação de portugueses: Eram as
câmaras dos Escabinos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Para a conquista do território potiguar, os holandeses realizaram quatro incursões mili-


tares. Contaram com apoio dos indígenas e desenvolveram diversas atividades, como a ex-
ploração do sal, criação de gado e o plantio da cana-de-açúcar. Em 1654, os invasores foram
expulsos e houve resistência por parte dos indígenas.
Os nativos se rebelaram e não aceitavam o regime de escravidão a qual eram submetidos
pelos colonizadores. A rebelião, denominada Confederação dos Cariris, durou até o fim do
século XVII.

008. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Durante o período da ocupação holandesa


no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte,
a) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando Pernambuco e Bahia.
b) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma
triste lembrança”.
c) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande interesse comercial.
d) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e colonos luso-brasileiros,
unidos contra os invasores.
e) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a entrada de produ-
tos europeus.

Ao contrário de Pernambuco, em que ocorreu até investimento dos holandeses até na urbani-
zação de Recife, no Rio Grande do Norte, a ocupação holandesa não gerou riqueza local.
Letra b.

Estimado(a) concurseiro(a), chegamos ao final da parte teórica de nossa primeira aula.


Na sequência, estude os resumos e os mapas mentais. Faça todos os exercícios tendo em
mente que agora é o momento de errar. Não deixe de resolvê-los. São eles os responsáveis
pela memorização dos conteúdos e pela sua assimilação de como a banca irá lhe cobrar o
conhecimento.
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula! Seu feedback é importante para que continue
elaborando materiais que atendam suas necessidades e expectativas.
Nos encontramos novamente na nossa próxima aula.
Continue focado(a) e colherá frutos.
Abraços,
Professor Daniel.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

RESUMO
Tratado de Tordesilhas, de 1494, dividiu o mundo ao meio: 370 léguas das ilhas de Cabo
Verde (pequeno arquipélago africano próximo à Europa) à Oeste seriam espanhóis e à leste,
seriam portugueses.
França e outros países questionaram o Tratado de Tordesilhas: estava o testamento de
Adão, dizendo que o mundo era de Portugal e Espanha”.
O território brasileiro passou a ser alvo de invasões estrangeiras francesas, inglesas e, no
século XVII, dos holandeses.
A primeira expedição a atravessar a foz do rio Amazonas até o cabo de Santo Agostinho
em Pernambuco, foi a do espanhol Vicente Pinzón, em 1498 e 1499, que seguiu numa expe-
dição de reconhecimento da América Central e navegou pelo litoral das Guianas, percorreu o
litoral Rio Grandense e foi até Pernambuco.
Gaspar Lemos, com o apoio de Américo Vespúcio, chega ao litoral Rio Grandense em 1501.
Marco de Touros: Em 1501 a expedição de Gaspar Lemos partiu de Portugal e tomou
posse do litoral norte rio grandense no dia 07 de agosto, instalando um padrão, ou seja, um
marco de pedra mais conhecido como o marco de Touros (mais tarde surgiria ali o município
de Touros). Por decreto estadual o 07 de agosto é a data de aniversário do RN.
Capitanias hereditárias: primeira divisão administrativa. Portugal tentou transferir os gas-
tos da colonização para a iniciativa privada. Foram criadas 15 capitanias. Foram entregues a
12 donatários.
A Capitania do Rio Grande (depois Rio Grande do Norte) foi doada a João de Barros e a
Aires da Cunha.
Primeira expedição portuguesa no Rio Grande do Norte: 1536. Os índios Potiguares com
um número bem menor de combatentes conseguiram conter os colonos.
Governo Geral (1548): Fracasso das capitanias
Conflitos contra os indígenas que se levantavam contra os colonizadores e a fé cristã: era
a Guerra Justa. Guerra dos Bárbaros (após a expulsão dos holandeses)
As etnias indígenas tapuias do interior nordestino foram dizimadas, como os janduís,
paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, que se uniram em aliança e confrontaram os portu-
gueses, na tentativa de garantir as suas terras. Essa foi a chamada Guerra contra os Bárbaros,
que só terminou em 1713.
Desde as primeiras décadas do século XVI, os franceses se interessaram pelo Brasil, pro-
curando negociar os produtos da terra com os índios do litoral, como pau-brasil, animais
silvestres, frutas tropicais, couro de onças, etc.
Os índios potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo a
fixação dos portugueses em terras potiguares.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Os portugueses se aliaram aos Tabajara que eram inimigos dos potiguares e eles lutaram
juntos e dominaram os territórios, por volta de 1582, quando montaram acampamento. A Ca-
pitania do Rio Grande provavelmente tenha sido revertida de hereditária para real na ocasião.
União Ibérica (1580 a 1640). As coroas de Portugal e Espanha se uniram, após uma crise
sucessória no Império Lusitano, que ficou sob o domínio do Rei Felipe II da Espanha.
Em 25 de dezembro de 1597, a mando de Felipe II, uma nova expedição, desta vez coman-
dada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os france-
ses e reconquistar a capitania.
Doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de For-
taleza dos Reis Magos, por ter sido iniciado no dia 06 de janeiro, dia dos Santos Reis. O forte
foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes.
A expressão “pacificação dos índios potiguares” é usada para representar o episódio da
prisão do líder dos potiguares na Ilha Grande e como meio de pacificação, os Jesuítas su-
geriam que ambos fizessem um acordo de paz. O líder concordou, ajudando a estabelecer
a tranquilidade para com outros caciques e em 1599 foi fundada Natal, atual capital do Rio
Grande do Norte. A região era de grande importância estratégica, pois facilitava a conquista
do litoral norte do Brasil e abria caminho para a região amazônica.
A empresa açucareira no Brasil, financiada com o capital holandês, ficou comprometida
com a União Ibérica, uma vez que a Holanda ficou proibida de comercializar com o Brasil. Com
o embargo, os holandeses decidiram invadir o Brasil, ocupando o nordeste brasileiro.
O relevo e a posição facilitaram a conquista dos holandeses. Seu litoral é extenso e o mais
oriental do país, e o forte português fora construído no litoral, de fácil acesso. O Rio Grande do
Norte era submetido à administração de Recife.
Em 1633, ao se apossarem da capitania, os holandeses feriram Pero Mendes Gouveia,
capitão-mor do Rio Grande, e tomaram a Fortaleza da Barra do Rio Grande, que passou a se
chamar Castelo de Keulen, dando início ao domínio holandês na capitania. A cidade de Natal
passou a ser chamada no período holandês de Nova Amsterdã.
Durante o período do domínio holandês, a Holanda se preocupava somente em dominar a
explorar e ocupar a região, eliminando qualquer tipo de resistência.
Holandeses se aliaram aos indígenas como faziam os portugueses e realizaram vários
massacres, entre eles destacam-se o dos Uruaçu e Cunhaú.
Datas significativas sobre o Rio Grande do Norte:
Marco de Touros: 07 de agosto 1501. Expedição de Gaspar Lemos
Capitania do Rio Grande do Norte
Expulsão dos franceses: 1597.
Fortaleza dos Reis Magos: 1598

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Natal: 25 de dezembro de 1599.


Invasão Holandesa ao Rio Grande do Norte: 05 de dezembro de 1633
Massacre de Cunhaú e Uruassu: O feriado do dia 03 de outubro em homenagem aos mas-
sacres ocorridos em 1645.
Guerra dos Bárbaros ou Confederação dos Cariris (1687-1713)
Capitania do Rio Grande do Norte foi transferida para a capitania de Pernambuco em 1701.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

MAPA MENTAL

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (AOCP/IBC/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) As capitanias hereditárias e as sesmarias
foram a primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa e propiciaram
o desenvolvimento da economia açucareira. Sobre a economia açucareira, assinale a alterna-
tiva correta.
a) A cana de açúcar foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que cons-
truiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da Madei-
ra mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas
ilhas das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em Per-
nambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 e se ins-
talam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.

002. (COMPERVE/MPE-RN/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/ CONTABILIDA-


DE/2017) As economias fundadoras do Rio Grande do Norte produziram espaços, territórios
e foram responsáveis pelo desenvolvimento econômico e povoamento do estado. Nesse con-
texto, é correto afirmar:
a) A Pecuária, primeira economia do estado, foi implantada na região Agreste e requereu um
grande contingente de trabalhadores. A atividade Algodoeira promoveu a urbanização na re-
gião agreste do Estado.
b) A atividade Algodoeira foi a primeira economia do Rio Grande do Norte e gerou uma forte
classe política. Essa atividade foi responsável pela urbanização de Caicó, Currais Novos, Ce-
ará-Mirim e São José do Seridó.
c) A atividade Canavieira foi a primeira economia do estado, e os engenhos de Cunhaú e Fer-
reiro Torto, seus principais representantes. A Pecuária foi implantada no sertão, onde algu-
mas cidades, tais como Currais Novos e Pau dos Ferros, surgiram a partir de fazendas.
d) A Mineração, primeira economia do Rio Grande do Norte, destacou-se pela exploração da
scheelita. As cidades de Currais Novos, Acari, Caicó e Parelhas foram povoadas e desenvolvi-
das a partir da implantação dessa economia.

003. (FCC/AL-RN/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2013) A cidade de Natal


foi fundada
a) pelo donatário da capitania hereditária do Rio Grande, Duarte Coelho.
b) durante a invasão dos holandeses, para garantir-lhes a ocupação do litoral nordestino.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) com a cooperação de invasores franceses, aliados aos indígenas tapuias que habitavam
o litoral.
d) no início do século XVII, por representantes da Companhia da Índias Ocidentais.
e) no período da União Ibérica (Portugal e Espanha), após a morte de D. Sebastião.

004. (CONSULTEC/PM/RN/2006) A Guerra dos “Bárbaros”, um episódio histórico do Rio Gran-


de do Norte, foi um conflito entre lusos‐brasileiros e indígenas da região.
Sobre esse fato, é correto afirmar:
a) O resultado desse longo conflito foi a vitória dos indígenas sobre os lusos‐brasileiros.
b) Esse episódio de curta duração expressou a revolta indígena contra a catequese dos jesuítas.
c) A luta se estendeu por outras capitanias e os indígenas receberam apoio de escravos afri-
canos e do invasor holandês.
d) O conflito se relaciona com a descoberta de minas de ouro no interior da capitania, em áre-
as habitadas por indígenas tapuias.
e) A guerra, após um longo período, foi encerrada pela intervenção de forças portuguesas
lideradas pelos bandeirantes.

005. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Ao longo do século XVI,


a) os franceses frequentaram assiduamente o litoral do Rio Grande do Norte, explorando o
pau-brasil.
b) os portugueses firmaram sólidas e fraternais alianças com os índios da região, os potiguares.
c) a Capitania do Rio Grande coube ao donatário Duarte Coelho, que a transmitiu a seus
descendentes.
d) os moradores de Pernambuco e Itamaracá uniram-se aos franceses, no contrabando
de madeira.
e) revelou-se a excepcional fertilidade das terras do Rio Grande para o cultivo da cana-
-de-açúcar.

006. (FCC/AL-RN/ANALISTA LEGISLATIVO/ANALISTA DE SISTEMAS/2013) O feriado estadu-


al de 3 de outubro no Rio Grande do Norte corresponde à data
a) do massacre de fiéis católicos, ocorrido em Uruaçu, comunidade de São Gonçalo
do Amarante.
b) da beatificação dos mortos na capela do Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama.
c) da invasão da capela do Engenho de Cunhaú por holandeses aliados a indígenas.
d) do pacto de aliança firmado entre indígenas e colonos portugueses contra os holandeses
invasores.
e) da conversão do indígena potiguar Poti ao cristianismo, após suas ações contra a invasão
holandesa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

007. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Sobre a pacificação dos índios potiguares no


território que compreendia o Rio Grande (mais tarde do Norte), é correto afirmar:
a) A pacificação deu-se por lento processo de mestiçagem, resultante do casamento de inú-
meros portugueses com índias potiguares, cujos descendentes povoaram o atual Rio Gran-
de do Norte.
b) Os índios potiguares rejeitaram a intermediação de missionários jesuítas nas negociações
pelo acordo de paz, aceitando apenas as tratativas feitas por Jerônimo de Albuquerque, mes-
tiço de índio e branco.
c) Os violentos confrontos entre colonizadores e potiguares ficaram conhecidos na História
do Brasil como Guerra dos Bárbaros, que resultou, após o extermínio de grande parte da po-
pulação indígena, na pacificação.
d) Após muitos combates violentos contra colonizadores luso-brasileiros, os índios potigua-
res aceitaram acordo de paz em 1599, com intermediação de Jerônimo de Albuquerque e
padres jesuítas.
e) Usa-se a expressão “pacificação dos índios potiguares” para identificar o momento a partir
do qual a prática do canibalismo foi abandonada e a fé cristã foi adotada pelos índios.

008. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) Durante o período da ocupação holandesa


no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte,
a) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando Pernambuco e Bahia.
b) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma
triste lembrança”.
c) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande interesse comercial.
d) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e colonos luso-brasileiros,
unidos contra os invasores.
e) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a entrada de produ-
tos europeus.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

EXERCÍCIOS
009. (CESPE/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Perí-
odo Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo na
sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares, dividindo
o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O pri-
meiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a deca-
dência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas

010. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2014) Sabe-


mos que o Brasil é um país miscigenado. Europeus, africanos e índios são a base de nossa
sociedade. Entretanto, uma interação racial como esta ocorrida no Brasil foi sui generis. Com
relação a isso, assinale a alternativa correta.
a) Do ponto de vista racial, o que facilitou a formação de uma sociedade híbrida foi a própria
ausência de orgulho racial por parte dos portugueses.
b) O português, embora possuísse um histórico de orgulho racial, sentiu-se enfeitiçado pela
beleza das índias, proporcionando uma quebra no paradigma étnico lusitano.
c) O que se reproduziu em terras brasileiras, do ponto de vista racial, foi comum em toda
América Ibérica, por isso a grande mestiçagem vista na Argentina, México, Uruguai, Paraguai,
entre outros países.
d) No Brasil, mesmo com toda propensão natural do português em se relacionar com outros
povos, não houve qualquer relação mais íntima com os nativos. As relações se limitaram a
exploração da mão de obra.
e) Pensadores como Gilberto Freyre contribuíram negativamente para o conceito de demo-
cracia racial, conceito esse tão disseminado entre outros pensadores brasileiros.

011. (FCC/MPE-RN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010/ADAPTADA) No processo de conquista


da Capitania do Rio Grande do Norte, a construção do Forte dos Reis Magos em 1598 como
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena povoação em 1599,
reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto, não foi fácil
o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças que
existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-
-se ao fato de o sistema
a) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um tra-
tamento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas.
b) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da ne-
cessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses.
c) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios
potiguaras nas plantações de cana de açúcar e nas áreas litorâneas da capitania.
d) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar
o convívio e as relações de troca entre índios e franceses.
e) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de
terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno.

012. (FCC/AL-RN/ANALISTA LEGISLATIVO/ANALISTA DE SISTEMAS/2013) O Hino do Estado


do Rio Grande do Norte, oficializado em 1957, faz referência a determinados fatos e persona-
gens históricos. Considere as afirmativas abaixo.
I – Os versos Na vanguarda, na fúria da guerra / Já domaste o astuto holandês! evocam a
expulsão dos holandeses, em 1654.
II – Os versos Foi de ti que o caminho encantado / Da Amazônia Caldeira encontrou evocam
a expedição que, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, partiu do Rio Grande
em 1615 e chegou ao Pará.
III – Os versos Da conquista formaste a vanguarda, / Tua glória flutua em Belém! evocam o
martírio do padre Miguelinho, preso e executado na cidade de Belém, sob a acusação de in-
confidência.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

013. (FCC/MPE-RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/BANCO DE DADOS/ 2010)


Durante a União Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse
expansionista de Filipe II da Espanha, tendo em vista

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da


capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos
tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses, que
estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e explo-
ração de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento,
a organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos
franceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras,
principalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em ter-
ras brasileiras.

014. (ESAF/PREFEITURA DE NATAL-RN/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/PROVA 1/2008)


O processo histórico de formação do espaço do Rio Grande do Norte teve por base duas fren-
tes de ocupação: uma sertaneja e outra litorânea.
No século XVIII, a produção do espaço sertanejo esteve associada à:
a) produção mineral, produção de algodão para o mercado externo e pecuária bovina.
b) produção de algodão, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência.
c) pecuária bovina, agricultura de subsistência e produção de algodão voltada para o merca-
do externo.
d) pecuária bovina, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência.
e) produção de algodão, produção mineral e agricultura de subsistência.

015. (CESPE/UERN/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Quanto à história do Rio Grande do


Norte durante os séculos XVI e XVII, assinale a opção correta.
a) Em maio de 1654, o domínio português estava restaurado em todas as capitanias anterior-
mente ocupadas pelos holandeses.
b) A medida capaz de incentivar a ocupação das terras, após a expulsão dos holandeses, foi
a adoção do regime de capitanias hereditárias e o povoamento da região com índios e portu-
gueses, o que incentivou a miscigenação dessas etnias.
c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cinquenta anos
entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.
d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios tapuios foram
perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.
e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os a inva-
dir o Forte dos Reis Magos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

016. (CESPE/UERN/AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Decreto estadual instituiu o


dia 7 de agosto como o aniversário do RN.
A data escolhida é uma alusão à fixação do
a) Marco de Touros.
b) Padrão dos Descobrimentos.
c) Padrão de Cananeia.
d) Marco de Angra.
e) Marco de Itamaracá.

017. (BM‐RN/2006) A fundação da Vila de Natal se deu


a) no final do século XVI, quando outras vilas, a exemplo de São Cristóvão, foram criadas no
litoral brasileiro para efeito de posse e povoamento.
b) por determinação da Companhia de Jesus aliada aos interesses dos armadores das Com-
panhias de Comércio internacional.
c) após a expulsão das nações indígenas que estavam impedindo a exploração do pau‐brasil
na região.
d) por acordo entre colonizadores e judeus estabelecidos na região desde os primórdios da
colonização.

018. (COMPERVE/PREFEITURA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA/PROFESSOR DE ENSINO


FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS/HISTÓRIA/2016) Assim como ocorreu em todo o Brasil no
processo de ocupação territorial pelos portugueses, na Capitania do Rio Grande, “a base do
poder político estava na propriedade da terra. Durante 290 anos, ou seja, de 1530 a 1820,
vigorou o sistema sesmarial, através do qual o acesso à terra se dava por doação da coroa
portuguesa de vastas porções de terra – as sesmarias –, que passaram a ser transmitidas
por herança. Mas, junto com esse sistema, desenvolveu-se uma outra forma de aquisição de
terras que foi a posse, ou ocupação, pura e simples, de grandes áreas por muitos senhores
rurais.” (MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à história do Rio Grande do Norte. Natal: Co-
operativa Cultural, 2002. p. 181.)
Analisando as consequências da realidade histórica referida no fragmento textual, constata-se:
a) a sobreposição de prerrogativas vinculadas a círculos restritos da sociedade.
b) a inviabilização do princípio da livre concorrência entre as classes proprietárias.
c) o antagonismo entre donos de terras e lideranças oligárquicas, controladoras do eleito-
rado rural.
d) o direito à compra da terra, assegurado às pessoas que as desejassem adquiri-las.

019. (UERN/2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas
plantações desse produto (...). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam
os engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) As mais ricas
regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho. (Disponível
em: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamentomontagem-da-eco-
nomia.html.)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na
América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basica-
mente pelos seguintes elementos:
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato.
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo.
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório.

020. (UERN/2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colo-
nização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tenta-
tiva do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais)
e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém
não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trin-
dade, 2010.)
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os fran-
ceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar
o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que
os holandeses
a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio
Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região
e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por,
praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das la-
vouras através da mita e da encomienda.

021. (UFRN/2012) Os estudos históricos sobre a formação do espaço norte-rio-grandense


mostram que o povoamento do interior do Rio Grande do Norte intensificou-se a partir da
segunda metade do século XVIII, época em que estava consolidado o povoamento português
no litoral e a Europa entrava no processo da Revolução Industrial.
Nesse período, na capitania do Rio Grande, a organização socioeconômica das áreas do ser-
tão foi marcada

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) pelo estabelecimento de uma economia monocultora, em que o algodão conquistou as


áreas antes destinadas à pecuária.
b) pelo desenvolvimento da indústria têxtil, que aproveitava a matéria-prima de produção local.
c) pela nítida separação dos vários setores produtivos e a especialização das atividades eco-
nômicas por grupos sociais.
d) pela integração entre a pecuária, a produção algodoeira e as culturas de mantimentos.

022. (CONSULTEC/CBM/RN/2006) A Capitania do Rio Grande, como era denominada no sé-


culo XVI, foi doada a João de Barros no ano de 1535. Entretanto, a sua colonização não foi
bem sucedida. Permaneceu aquela Capitania em situação de abandono, por parte dos coloni-
zadores de 1535 a 1590 aproximadamente. (MENDES JÚNIOR, 2005, p. 276).
A razão desse abandono está relacionada, dentre outros fatores, com
a) o Acordo firmado entre os países ibéricos de permanecerem centrados de forma exclusiva
na colonização das Capitanias do Departamento Sul.
b) a presença dos franceses, concorrentes dos colonizadores ibéricos, no contexto da política
econômica mercantilista.
c) a presença de missionários protestantes alemães que se consideravam também com o
direito às terras recém-descobertas.
d) a aridez da região, o que impossibilitou a utilização dos recursos dos donatários a ela en-
caminhados pela Coroa portuguesa.
e) o conflito da Armada Invencível, que desarticulou o Governo Metropolitano e empobreceu
a nobreza portuguesa.

023. (IDECAN-RN/BOMBEIROS/2017) Observe a imagem.

Este ponto turístico e histórico de Natal é um dos mais importantes da cidade. O Forte dos
Reis Magos guarda uma grande herança sobre a história da cidade e sua fundação. Sobre
esse forte é correto afirmar que:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) Foi edificado pelos holandeses durante a ocupação que fizeram no Nordeste brasileiro.
b) Foi neste forte que os ingleses, outros invasores estrangeiros, se renderam à revolta luso-
brasileira.
c) Foi edificado como resposta da coroa portuguesa e espanhola à ameaça dos corsários
franceses que traficavam o pau-brasil.
d) É o primeiro forte a ser construído no Brasil, erguido ainda no início da colônia e, hoje, con-
siderado patrimônio histórico e cultural do Brasil.

024. (CONSULTEC/PM-RN/2006) A ilustração apresenta um monumento que faz parte da his-


tória do Rio Grande do Norte, tendo sido erguido

a) para marcar a importância do domínio holandês no Nordeste.


b) para enaltecer os índios tapuias como primeiros habitantes da região.
c) para legitimar e oficializar a tomada de posse dos territórios pelos portugueses.
d) em reconhecimento ao papel desempenhado pelos franceses na colonização do Rio Gran-
de do Norte.

025. (COMPERVE/MPE-RN/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/CONTABILIDA-


DE/2017) As pesquisas sobre o período colonial no Rio Grande do Norte têm discutido as
questões referentes às disputas entre os povos nativos e a consolidação do domínio portu-
guês. Nesse contexto, os trabalhos mais recentes sobre a história colonial do Rio Grande do
Norte indicam que
a) as missões de aldeamento dos Tupi e dos Tarairiú, nos séculos XVII e XVIII, fracassa-
ram como estratégias de, por meio da catequese, integrar os indígenas no projeto colonial
português.
b) a repressão dos portugueses aos indígenas alcançou seu ponto máximo na “Guerra dos
Bárbaros” (1680-1720), quando terços militares e o bandeirante Domingos Jorge Velho exter-
minaram as populações nativas no sertão do Seridó.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) os registros eclesiásticos das freguesias no Seridó evidenciam, do último quartel do sécu-


lo XVIII à primeira metade do século XIX, a presença de índios junto a outros grupos sociais
participando dos rituais cristãos: batizado, matrimônio e exéquias.
d) os percursos feitos por diferentes grupos instituíram demarcações político-administrati-
vas (arraiás, povoados e, posteriormente, vilas) e eclesiásticas (freguesias), que assinalaram
o fracasso português na conquista da terra e dos nativos nos séculos XVI e XVII.

026. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/ 2018) Tendo em


vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moder-
na, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
Exercida sob o modelo de latifúndio autossuficiente, a produção gerava excedentes que pro-
piciavam um vigoroso comércio entre as capitanias.

027. (UNB/CESPE/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Acerca dos aspectos históricos do


Rio Grande do Norte, assinale a opção correta.
a) Os holandeses foram os primeiros a pisarem no Rio Grande do Norte e mantiveram rela-
ções amistosas com os índios potiguaras, com os quais eles efetuavam o comércio do pau-
-brasil. Esses invasores permaneceram no Brasil até serem expulsos pelos portugueses no
século XVIII.
b) Até o século XIX, os invasores holandeses e franceses viveram entre os índios potiguaras,
aprendendo os costumes e a língua e até formando famílias.
c) Os franceses, pelo uti possidetis, adquiriram o direito sobre as terras brasileiras descober-
tas pelos portugueses e permaneceram no território norte-rio-grandense até o século XVIII.
d) A fortaleza dos Reis Magos foi a sentinela avançada dos portugueses no norte do Brasil e
seu comando, a partir do ano de sua fundação esteve a cargo de João de Barros.
e) Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, Dom João III doou, de início, um lote ao
donatário João de Barros e a Aires da Cunha.

028. (PM‐RN/2004) “O Forte dos Reis Magos é uma das edificações militares mais bonitas
do país. Suas grossas muralhas são construídas de pedras extraída dos arrecifes próximos.
Na argamassa de alvenaria, foi empregado o óleo de baleia, processo comumente usado, por
esse tempo” (Osvaldo Câmara de Souza, Acervo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
do Rio Grande do Norte, p.35).
Sobre o Forte dos Reis Magos podemos afirmar que:
a) Foi palco de conflitos entre populações indígenas, ingleses, portugueses e franceses, sen-
do estes últimos os vitoriosos e lá se instalaram, por longo período.
b) Tem forma de polígono retangular como os demais fortes brasileiros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) Tem a forma clássica do forte marítimo, um polígono estrelado, sua construção foi inicia-
da em 1598 e concluída em 1628, foi também palco de conflitos entre holandeses e luso-
brasileiros.
d) Tem forma de um polígono estrelado e foi palco de conflitos entre ingleses, holandeses,
portugueses, espanhóis, franceses, sendo estes últimos os que ocuparam o forte durante
todo o século XVII.
e) Tem a forma retangular, obedecendo a forma clássica do forte marítimo.

029. (CFO/BPM-RN/2006)

Com base no mapa e nos conhecimentos sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro,
pode-se afirmar:
a) A conquista pelos flamengos da zona de influência destacada no mapa ocorreu concomi-
tantemente, devido ao apoio dos governos locais.
b) A ocupação do Rio Grande pelos dominadores holandeses esteve voltada para a explora-
ção do sal no litoral da Capitania.
c) A Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) impôs a toda a região dominada as práticas do
protestantismo em substituição às da Igreja Católica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

d) O interesse dos dominadores esteve centrado na campanha para estender o trabalho as-
salariado ao conjunto das atividades de subsistência da região.
e) A ambição dos holandeses no domínio da região destacada era garantir um governo sólido,
sob a orientação da Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.).

030. (AOCP/INESS/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) Segundo a autora Marina de Mello e


Souza, na obra “África e Brasil Africanos” elementos africanos estão na base da maioria das
nossas manifestações culturais populares. Assim quando falamos em mestiçagem do povo
brasileiro, estamos nos referindo basicamente às misturas entre africanos e os povos que
eles encontraram aqui, principalmente portugueses e indígenas.
Assinale a opção INCORRETA.
a) A mestiçagem, apesar de atormentar as elites brasileiras que tentaram diluí-la com outras
misturas, se impôs como consequência da importação de cerca de cinco milhões de africa-
nos ao longo de mais de 300 anos.
b) Até o início do século XX a mestiçagem era vista a partir da biologia e considerada um fator
de atraso do país. O pensamento dominante alegava que a raça branca tinha chegado mais
longe na evolução da humanidade.
c) Na segunda metade do século XX, os fatores culturais passaram a ser considerados mais
relevantes que os biológicos, e as contribuições africanas, que os olhares sobre a sociedade
brasileira não podiam deixar de ver, passaram a ser mais aceitáveis.
d) Quando o país deixou para trás de maneira mais radical o passado escravista, ainda pre-
sente no jeito de pensar e de agir dos produtores e comerciantes de café que dominaram a
política brasileira até 1930, houve alguns gestos valorizando a nossa herança cultural africa-
na. O Brasil passou a viver uma “Democracia Racial”; uma sociedade justa, sem preconceitos.
e) A mistura entre diferentes tipos físicos é cada vez mais intensa no Brasil e no mundo, o que
resulta em numa aparência semelhante a que Candido Portinari imortalizou em sua obra de
arte o MESTIÇO de 1934.

031. (AOCP/PREFEITURA DE CAMAÇARI/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2013) O ensino da histó-


ria e da cultura afro-brasileira e da africana proporciona reflexões importantes, uma delas é o
termo “escravo”. Assinale a alternativa correta a respeito de tal termo.
a) É corretamente atribuído ao negro africano.
b) É corretamente atribuído a determinada condição de trabalho.
c) É utilizado no Brasil colonial para designar as pessoas subalternas.
d) Tem o mesmo significado tanto no Brasil colonial quanto na Grécia Antiga.
e) Não tem utilidade no presente, já que não existe mais escravidão.

032. (AOCP/IFB/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e


aos primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada
ao novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a Amé-
rica, naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b) Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias
de sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com a
vinda dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na captura
de africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c) Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do co-
mércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d) Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias na
costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que partici-
passem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
d) De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção
destinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em
fazer alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente
africano uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.

033. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOATÃO DOS GUARARAPES/PROFESSOR DE HIS-


TÓRIA/2015) A cultura brasileira origina-se da primeira forma efetiva de ocupação das terras
da América Portuguesa ocorrida por meio das capitanias hereditárias e sesmarias, quando
a produção açucareira se destacou através da construção de engenhos, não somente para
evitar ataques de índios, corsários e franceses, mas também na intenção de obter proventos
com um método sistemático e organizado. A respeito da expansão da economia açucareira
na América Portuguesa, assinale a alternativa correta.
a) A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), pertencente à família das gramíneas, segundo
os registros oficiais, foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que cons-
truiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira conheceu seu grande surto, quando a colônia
portuguesa suplantou a Ilha da Madeira, tornando-se o maior produtor e exportador do mun-
do, posto este sustentado até 1880.
c) O açúcar, antes utilizado apenas para fins medicinais e farmacológicos, passa a fazer parte
de diversas classes da hierarquia social, principalmente na cozinha, onde serviu para adoçar
e até mesmo conservar alimentos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

d) A produção açucareira proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, com exce-
ção de Pernambuco e São Vicente respectivamente, onde o sistema de capitanias não obteve
muito êxito.
e) Ao observar a prosperidade dos engenhos na América Portuguesa, os espanhóis, coman-
dados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 com o intuito de estabelecer enge-
nhos naquela região.

034. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE QUISSAMÃ/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O


“Sistema colonial, efetivamente, constitui-se no componente básico da colonização da época
mercantilista, elo que permite estabelecer as mediações essenciais entre os diversos níveis
da realidade histórica.” (Novais, 1995, p.57). Assinale a alternativa correta.
a) O Sistema Colonial se nos apresenta como o conjunto das relações entre as metrópoles e
suas respectivas colônias.
b) O Sistema Colonial pode ser situado no período entre a baixa Idade Media e o Renascimen-
to seguindo a tradição de vários historiadores.
c) O Sistema Colonial do Mercantilismo que dá sentido à colonização europeia entra em crise
com os Descobrimentos Marítimos.
d) No sistema colonial a Metrópole deve se constituir em favor essencial do desenvolvimento
econômico da colônia dando-lhe maior mercado.
e) Na colonização, a política mercantilista, conquanto fosse pautada no montante de metal
nobre existente dentro de cada nação não estabelecia uma prática competitiva.

035. (COMPERVE/PREFEITURA DE CANGUARETAMA/NÍVEL SUPERIOR/ PROFESSOR DE HIS-


TÓRIA/2006) Os massacres que os holandeses promoveram na capitania do Rio Grande do
Norte tinham como objetivo:
a) eliminar a resistência dos índios tapuias para que eles deixassem os portugueses de-
samparados.
b) eliminar qualquer resistência política e religiosa para assegurar a exploração econômica.c)
implantar um governo na região produtora de açúcar e posteriormente transferi-lo para outra
capitania.
d) vingar a morte de Jacob Rabbi, que havia sido perseguido pelos jesuítas que viviam
na região.

036. (CONSULTEC/PM-RN/2006) Na história do Rio Grande do Norte, a construção do Forte


dos Reis Magos teve por objetivo:
a) ser um ponto de apoio dos holandeses para controlar o comércio de açúcar.
b) servir de local de encontro das sociedades secretas que organizaram rebeliões na épo-
ca colonial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) confirmar a dominação francesa na região, em obediência às regras do Tratado de


Tordesilhas.
d) ser responsável pela defesa da capitania e marco definitivo da posse territorial pelos colo-
nizadores portugueses.
e) servir de centro de triagem de escravos africanos desembarcados na capitania do Rio
Grande até serem vendidos aos donos de engenho.

037. (CONSULPLAN/GUARDA MUNICIPAL NATAL-RN/2006) Acerca do estado do Rio Grande


do Norte, marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas:
I – ( ) No início da colonização, a economia do Rio Grande do Norte era basicamente de sub-
sistência, concentrando-se na pesca, pecuária e agricultura.
II – ( ) A cultura da cana-de-açúcar, tão bem desenvolvida em outras capitanias teve o mesmo
sucesso no Rio Grande do Norte, principalmente no sul do Estado.
III – ( ) É nítida a importância econômica atual que o turismo assume como gerador de renda,
empregos e receita no Estado.
A sequência está correta em:
a) V, V, F
b) V, F, V
c) V, F, F
d) F, V, V
e) F, V, F

038. (CONSULTEC/CBM-RN/2006) Em relação à conquista e à ocupação do espaço geográfi-


co brasileiro, especialmente a capitania do Rio Grande do Norte, é correto afirmar:
a) Para assumir a posse da capitania dominada pelos franceses, os portugueses se uniram
aos índios Tapuias, cujo contato com os invasores foi marcado por violência e agressividade.
b) A conquista territorial do Rio Grande do Norte efetivou-se durante a União Ibérica, quando,
após a derrota dos invasores franceses, os luso-brasileiros ergueram o forte dos Reis Magos
e iniciaram a fundação do povoado que originou Natal.
c) O interior da capitania só pode ser conquistada quando os bandeirantes paulistas contra-
tados pela Coroa Portuguesa saíram à procura de ouro e para aprisionar os índios.
d) O domínio holandês na região organizou expedições para o interior à procura de áreas para
expandir a lavoura da cana-de-açúcar, provocando uma guerra sangrenta chamada Guerra
dos Bárbaros.
e) O bandeirismo paulista foi uma alavanca no processo de expansão territorial da colônia,
sem contribuir para o aparecimento de vilas e de povoados, já que sua meta era aprisionar
índios e descobrir minas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

039. (CONSULTEC/PM-RN/2006) Sobre a conquista e a ocupação da capitania do Rio Grande,


é correto afirmar:
a) A conquista do interior só foi possível após a descoberta de minas de ouro pelos bandeirantes.
b) A conquista do território foi facilitada pela total falta de resistência à ocupação da região
pelos portugueses.
c) A ocupação e o povoamento das terras no interior ocorreram, principalmente, em consequ-
ência da lavoura da cana-de-açúcar.
d) A péssima posição geográfica da capitania do Rio Grande em relação a Portugal levou o
primeiro donatário a não se interessar por ela.
e) A ocupação das terras litorâneas pelos portugueses só foi possível após a construção do
Forte dos Reis Magos, devido à presença de franceses e indígenas na região.

040. (COMPERVE/2012) No quadro da colonização, os portugueses consideravam-se legal-


mente proprietários das terras americanas definidas pelo Tratado de Tordesilhas. Partindo
de Pernambuco, eles procuraram expandir a área conquistada. Na capitania do Rio Grande,
construíram a fortaleza dos Reis Magos e, depois, fundaram Natal em 1599.
Sobre esse período histórico da Capitania do Rio Grande, é correto afirmar:
a) A sociedade fundamentada na cultura canavieira possibilitava a ascensão social dos gru-
pos que não eram proprietários de terras, uma vez que lhes permitia participarem das Câmaras
municipais.b) A legitimidade da ocupação territorial foi questionada, interna e externamente,
o que ficou evidente nas reações indígenas e nas incursões estrangeiras à costa potiguar.
c) O senhor de engenho tinha o controle da terra e da produção açucareira, mas subordinava-
-se ao poder dos “coronéis” da Guarda Nacional, controlada pelo poder central.
d) A ocupação das terras do interior ocorreu sem conflitos, uma vez que as tribos indígenas
se concentravam no litoral, onde se implantou a agroindústria açucareira.

041. (ESMARN/AUXILIAR TÉCNICO/TJ-RN/2002) Após o domínio holandês, na segunda me-


tade do século XVII, a capitania do Rio Grande (do Norte) conheceu o:
a) maior levante indígena contra a colonização portuguesa que penetrava no interior potiguar.
b) começo da cultura algodoeira, motivada pela crise internacional, a partir da guerra de Se-
cessão, nos EUA.
c) apogeu da exploração salineira nas regiões de Macau e Areia Branca para atender ao co-
mércio externo.
d) declínio da atividade açucareira e algodoeira, uma vez que os holandeses deixaram a ca-
pitania arrasada.

042. (UFRN/2001) Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande [do
Norte], ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) das Companhias de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, que lutavam pelo direito de


aprisionar o nativo, com a finalidade de vendê-lo na Europa.
b) das diversas etnias nativas, Tupi e Tarairiú, que aproveitavam os conflitos coloniais para
vingarem-se dos grupos indígenas oponentes.
c) da França e da Espanha, que, para retomarem o controle do Nordeste, instigavam os índios
contra os portugueses, enfraquecendo estes.
d) da Holanda e de Portugal, que buscavam aliança com os nativos, vistos como elementos
de apoio na luta pelo domínio territorial do Nordeste açucareiro.

043. (FESMP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) “O estado do Rio Grande do Norte, juntamen-


te com os do Rio de Janeiro, Ceará, Piauí e Sergipe, segundo os dados oficiais e um período
muito recente, eram considerados os cinco estados brasileiros onde não existiriam mais po-
vos indígenas”. (Denise Mattos Monteiro, Introdução à História do Rio Grande do Norte, p.19).
Sobre o período de conquista portuguesa na luta por território no atual Estado do Rio Grande
do Norte podemos afirmar que:
I – O Rio Grande do Norte foi o principal palco de um dos maiores e mais longos conflitos
armados envolvendo índios e brancos em todo o período colonial da história do País – a cha-
mada Guerra dos Bárbaros.
II – Os povos que habitavam o território que hoje constitui o Estado do Rio Grande do Norte
dividiam-se entre os potiguara, que habitavam o litoral, e os tarairiu, habitantes do sertão.
III – Os potiguara pertenciam ao tronco tupi e distribuíram-se entre os atuais estados da Pa-
raíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
a) Somente I está correta
b) Somente II está correta
c) Somente I e III estão corretas
d) Somente III está correta
e) I, II e III estão corretas

044. (FUNCERN/IFRN/TECNÓLOGO - ÁREA PRODUÇÃO CULTURAL/2014) Quanto aos bens


culturais do Rio Grande do Norte, são reconhecidos como patrimônio cultural material
a) a Igreja Santo Antônio (Igreja do Galo) e o bloco de carnaval “Os Cão” da Redinha.
b) o Forte dos Reis Magos e o Teatro Alberto Maranhão.
c) o evento Mossoró Cidade Junina e o prédio da Pinacoteca do Estado do RN
d) a ginga com tapioca e o Teatro Riachuelo.

045. (ESMA/TJ-RN/OFICIAL DE JUSTIÇA/2002) Na formação territorial da Capitania do Rio


Grande (do Norte), destaca-se, como principal elemento de interiorização e fixação do homem
à terra, a:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) cultura algodoeira;
b) exploração da cera de carnaúba;
c) atividade da pecuária;
d) produção salineira.

046. (CEBRASPE/SEDUC-CE/HISTÓRIA/2013) A Guerra dos Bárbaros, também cunhada como


Guerra da Confederação dos Cariris, foi
a) o primeiro conflito pela autonomia política do Ceará e pela separação de Pernambuco e
ocorreu no século XVIII.
b) uma revolta regional do período regencial cujo conflito ocorreu no Ceará.
c) a insurreição de bandeirantes paulistas contra o governo da Capitania do Ceará que os
havia contratado.
d) a revolta jesuítica ocorrida no Ceará, similar à ocorrida na região das Missões no sé-
culo XVIII.
e) grande foco de resistência indígena no Nordeste brasileiro durante o período colonial e
perdurou por quase cinquenta anos.

047. (IAUPE/PM-PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos Bár-
baros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis, ha-
bitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da unici-
dade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos e início
dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e, portanto, da
fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de confrontos e
sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos Bárbaros”, uni-
ficando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como no episódio da
chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Magalhães, a
Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma confederação das
tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de resistência ao co-
lonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial do Rio Grande,
criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam a Guerra dos
Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano comum nem uni-
dade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas e a Colonização
do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).
A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que am-
bas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e as popula-


ções indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.
d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colonização, ten-
do sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.
e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colonização, essa
resistência não teria existido.

048. (INÉDITA/2022) Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam ex-
tensas áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em
1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos

049. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa aca-
bou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união,
um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale
aquele que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA

050. (INÉDITA/2022) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre fins
do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da região,
especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio ficou co-
nhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

051. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) O Tratado de Tordesilhas,


celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas
por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Trata-
do, e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses.
b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a
370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos
portugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes.
d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à
ameaça colonialista da Inglaterra, da Holanda e da França.
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que
habitassem as terras descobertas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

GABARITO
1. d 37. b
2. c 38. b
3. e 39. e
4. e 40. b
5. a 41. a
6. a 42. d
7. d 43. e
8. b 44. b
9. e 45. c
10. e 46. e
11. d 47. a
12. b 48. a
13. c 49. a
14. c 50. d
15. a 51. b
16. a
17. c
18. a
19. c
20. c
21. d
22. b
23. c
24. c
25. c
26. E
27. e
28. c
29. e
30. d
31. b
32. d
33. c
34. a
35. b
36. d

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

GABARITO COMENTADO
009. (CESPE/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Perí-
odo Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo na
sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares, dividindo
o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O pri-
meiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a deca-
dência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas

Todas as afirmativas são verdadeiras. Questão de fácil resolução se você leu com atenção as
informações anteriores ao exercício.
Letra e.

010. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2014) Sabe-


mos que o Brasil é um país miscigenado. Europeus, africanos e índios são a base de nossa
sociedade. Entretanto, uma interação racial como esta ocorrida no Brasil foi sui generis. Com
relação a isso, assinale a alternativa correta.
a) Do ponto de vista racial, o que facilitou a formação de uma sociedade híbrida foi a própria
ausência de orgulho racial por parte dos portugueses.
b) O português, embora possuísse um histórico de orgulho racial, sentiu-se enfeitiçado pela
beleza das índias, proporcionando uma quebra no paradigma étnico lusitano.
c) O que se reproduziu em terras brasileiras, do ponto de vista racial, foi comum em toda
América Ibérica, por isso a grande mestiçagem vista na Argentina, México, Uruguai, Paraguai,
entre outros países.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

d) No Brasil, mesmo com toda propensão natural do português em se relacionar com outros
povos, não houve qualquer relação mais íntima com os nativos. As relações se limitaram a
exploração da mão de obra.
e) Pensadores como Gilberto Freyre contribuíram negativamente para o conceito de demo-
cracia racial, conceito esse tão disseminado entre outros pensadores brasileiros.

Atenção para a pegadinha da Banca. O conceito de democracia racial foi cunhado por Gilberto
Freyre em sua obra Casa Grande & Senzala. Segundo este conceito, a miscigenação se deu
de maneira harmônica, sem tantos conflitos raciais. Entretanto, a banca é crítica dessa teoria,
destacando que esse conceito encobre o racismo praticado pelos portugueses na colônia.
Letra e.

011. (FCC/MPE-RN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010/ADAPTADA) No processo de conquista


da Capitania do Rio Grande do Norte, a construção do Forte dos Reis Magos em 1598 como
marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena povoação em 1599,
reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto, não foi fácil
o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças que
existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-
-se ao fato de o sistema
a) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um tra-
tamento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas.
b) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da ne-
cessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses.
c) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios
potiguaras nas plantações de cana de açúcar e nas áreas litorâneas da capitania.
d) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar
o convívio e as relações de troca entre índios e franceses.
e) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de
terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno.

A imposição portuguesa do trabalho compulsório aos indígenas foi recebida com hostilidade,
de maneira que os franceses conseguiram estabelecer relações de troca com os indígenas,
facilitando o convívio. Os franceses ocupavam região com ajuda dos índios potiguares, impe-
dindo a chegada dos colonizadores portugueses. Em 25 de dezembro de 1597, uma nova ex-
pedição vinda de Portugal comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque
chegou para reconquistar a capitania. Os franceses foram expulsos e por lá os colonizadores

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

construíram a Fortaleza dos Reis Magos. Em seu redor, formou-se um povoado chamado Ci-
dade dos Reis, hoje Natal, capital do estado.Letra d.

012. (FCC/AL-RN/ANALISTA LEGISLATIVO/ANALISTA DE SISTEMAS/2013) O Hino do Estado


do Rio Grande do Norte, oficializado em 1957, faz referência a determinados fatos e persona-
gens históricos. Considere as afirmativas abaixo.
I – Os versos Na vanguarda, na fúria da guerra / Já domaste o astuto holandês! evocam a
expulsão dos holandeses, em 1654.
II – Os versos Foi de ti que o caminho encantado / Da Amazônia Caldeira encontrou evocam
a expedição que, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, partiu do Rio Grande
em 1615 e chegou ao Pará.
III – Os versos Da conquista formaste a vanguarda, / Tua glória flutua em Belém! evocam o
martírio do padre Miguelinho, preso e executado na cidade de Belém, sob a acusação de in-
confidência.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

A afirmativa III é errada por associar o hino do estado a um acontecimento em outra capitania.
Letra b.

013. (FCC/MPE-RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/BANCO DE DADOS/2010)


Durante a União Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse
expansionista de Filipe II da Espanha, tendo em vista
a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da capi-
tania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses, que
estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e explo-
ração de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento,
a organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos
franceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras,
principalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em ter-
ras brasileiras.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Em 1597, durante a União Ibérica (1580-1640), o rei Felipe II (Felipe II da Espanha) ordenou o
envio de uma expedição para conquistar e colonizar o Rio Grande do Norte. Foram encarrega-
dos dessa missão, o governador da Capitania de Pernambuco, Manoel Mascarenhas Homem,
e o governador da Capitania da Paraíba, Feliciano Coelho. Os custos foram bancados pelo
governador do Estado do Brasil, na Bahia, D. Francisco de Souza.
Letra c.

014. (ESAF/PREFEITURA DE NATAL-RN/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/PROVA 1/2008)


O processo histórico de formação do espaço do Rio Grande do Norte teve por base duas fren-
tes de ocupação: uma sertaneja e outra litorânea.
No século XVIII, a produção do espaço sertanejo esteve associada à:
a) produção mineral, produção de algodão para o mercado externo e pecuária bovina.
b) produção de algodão, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência.
c) pecuária bovina, agricultura de subsistência e produção de algodão voltada para o merca-
do externo.
d) pecuária bovina, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência.
e) produção de algodão, produção mineral e agricultura de subsistência.

Querido(a), o interior do nordeste, como vimos, foi colonizado com a atividade pecuária, já
que o litoral era dedicado à cana-de-açúcar. As atividades agrícolas nessa área, portanto,
eram voltadas a subsistência, como atividade subsidiária da pecuária. Na segunda metade do
século XVIII, o Rio Grande do Norte, assim como outras capitanias da região Nordeste passa-
ram a produzir algodão para as indústrias têxteis inglesas. Acontece que as colônias do sul
das Treze Colônias inglesas na América do Norte, principais fornecedoras de algodão para a
Inglaterra, estavam envolvidas com o processo de independência da Revolução Americana), o
que incentivou a entrada do algodão brasileiro no mercado inglês.
Letra c.

015. (CESPE/UERN/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Quanto à história do Rio Grande do


Norte durante os séculos XVI e XVII, assinale a opção correta.
a) Em maio de 1654, o domínio português estava restaurado em todas as capitanias anterior-
mente ocupadas pelos holandeses.
b) A medida capaz de incentivar a ocupação das terras, após a expulsão dos holandeses, foi
a adoção do regime de capitanias hereditárias e o povoamento da região com índios e portu-
gueses, o que incentivou a miscigenação dessas etnias.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cinquenta anos
entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.
d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios tapuios foram
perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.
e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os a inva-
dir o Forte dos Reis Magos.

Os holandeses foram expulsos em 1654 definitivamente do Brasil com a Insurreição Pernam-


bucana (1645-1654).
Letra a.

016. (CESPE/UERN/AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Decreto estadual instituiu o


dia 7 de agosto como o aniversário do RN.
A data escolhida é uma alusão à fixação do
a) Marco de Touros.
b) Padrão dos Descobrimentos.
c) Padrão de Cananeia.
d) Marco de Angra.
e) Marco de Itamaracá.

O aniversário do RN é uma referência à data em que foi instalado por Gaspar lemos o Marco
de Touros, para tomar posse do território. É de mármore e marcado com a cruz de malta.
Letra a.

017. (BM-RN/2006) A fundação da Vila de Natal se deu


a) no final do século XVI, quando outras vilas, a exemplo de São Cristóvão, foram criadas no
litoral brasileiro para efeito de posse e povoamento.
b) por determinação da Companhia de Jesus aliada aos interesses dos armadores das Com-
panhias de Comércio internacional.
c) após a expulsão das nações indígenas que estavam impedindo a exploração do pau-brasil
na região.
d) por acordo entre colonizadores e judeus estabelecidos na região desde os primórdios da
colonização.

A fundação de Natal ocorreu no contexto da guerra contra os bárbaros, durante a União Ibéri-
ca. A posse de territórios era feita com marcos de pedra, como o de Touros.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

018. (COMPERVE/PREFEITURA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA/PROFESSOR DE ENSINO


FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS/HISTÓRIA/2016) Assim como ocorreu em todo o Brasil no
processo de ocupação territorial pelos portugueses, na Capitania do Rio Grande, “a base do
poder político estava na propriedade da terra. Durante 290 anos, ou seja, de 1530 a 1820,
vigorou o sistema sesmarial, através do qual o acesso à terra se dava por doação da coroa
portuguesa de vastas porções de terra – as sesmarias –, que passaram a ser transmitidas
por herança. Mas, junto com esse sistema, desenvolveu-se uma outra forma de aquisição de
terras que foi a posse, ou ocupação, pura e simples, de grandes áreas por muitos senhores
rurais.” (MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à história do Rio Grande do Norte. Natal: Co-
operativa Cultural, 2002. p. 181.)
Analisando as consequências da realidade histórica referida no fragmento textual, constata-se:
a) a sobreposição de prerrogativas vinculadas a círculos restritos da sociedade.
b) a inviabilização do princípio da livre concorrência entre as classes proprietárias.
c) o antagonismo entre donos de terras e lideranças oligárquicas, controladoras do eleito-
rado rural.
d) o direito à compra da terra, assegurado às pessoas que as desejassem adquiri-las.

A posse da terra significava exercício de poder. De tal modo, as prioridades do Governo Geral,
bem como da Coroa, beneficiavam a elite que detinha essa posse. Dessa maneira, pode-se
dize que as prerrogativas dessa elite eram atendidas em detrimento dos interesses do res-
tante da população.
Letra a.

019. (UERN/2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas
plantações desse produto (...). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam
os engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve
a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) As mais ricas
regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho. (Disponível
em: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamentomontagem-da-eco-
nomia.html.)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na
América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basica-
mente pelos seguintes elementos:
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato.
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo.
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Querido(a), lembre-se do pulo do gato em que destaquei o MEEL da economia açucareira:


Monocultura, Exportação, Escravidão, Latifúndio.
Letra c.

020. (UERN/2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colo-
nização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tenta-
tiva do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais)
e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém
não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trin-
dade, 2010.)
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os fran-
ceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar
o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que
os holandeses
a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio
Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região
e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por,
praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das la-
vouras através da mita e da encomienda.

A ocupação holandesa no Nordeste foi decorrente da perda do comércio do açúcar pelos


holandeses por proibição de Felipe II que unificou as coroas portuguesa e espanhola sob sua
batuta (União Ibérica). Permaneceram no Nordeste de 1633 a 1654. Durante o período, assu-
miram o controle da produção açucareira na Colônia.
Letra c.

021. (UFRN/2012) Os estudos históricos sobre a formação do espaço norte-rio-grandense


mostram que o povoamento do interior do Rio Grande do Norte intensificou-se a partir da
segunda metade do século XVIII, época em que estava consolidado o povoamento português
no litoral e a Europa entrava no processo da Revolução Industrial.
Nesse período, na capitania do Rio Grande, a organização socioeconômica das áreas do ser-
tão foi marcada

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) pelo estabelecimento de uma economia monocultora, em que o algodão conquistou as


áreas antes destinadas à pecuária.
b) pelo desenvolvimento da indústria têxtil, que aproveitava a matéria-prima de produção local.
c) pela nítida separação dos vários setores produtivos e a especialização das atividades eco-
nômicas por grupos sociais.
d) pela integração entre a pecuária, a produção algodoeira e as culturas de mantimentos.

Querido(a), o interior do nordeste, como vimos, foi colonizado com a atividade pecuária, já
que o litoral era dedicado à cana-de-açúcar. As atividades agrícolas nessa área, portanto,
eram voltadas a subsistência, como atividade subsidiária da pecuária. Na segunda metade do
século XVIII, o Rio Grande do Norte, assim como outras capitanias da região Nordeste passa-
ram a produzir algodão para as indústrias têxteis inglesas. Acontece que as colônias do sul
das Treze Colônias inglesas na América do Norte, principais fornecedoras de algodão para a
Inglaterra, estavam envolvidas com o processo de independência da Revolução Americana), o
que incentivou a entrada do algodão brasileiro no mercado inglês.
Letra d.

022. (CONSULTEC/CBM/RN/2006) A Capitania do Rio Grande, como era denominada no sé-


culo XVI, foi doada a João de Barros no ano de 1535. Entretanto, a sua colonização não foi
bem-sucedida. Permaneceu aquela Capitania em situação de abandono, por parte dos colo-
nizadores de 1535 a 1590 aproximadamente. (MENDES JÚNIOR, 2005, p. 276).
A razão desse abandono está relacionada, dentre outros fatores, com
a) o Acordo firmado entre os países ibéricos de permanecerem centrados de forma exclusiva
na colonização das Capitanias do Departamento Sul.
b) a presença dos franceses, concorrentes dos colonizadores ibéricos, no contexto da política
econômica mercantilista.
c) a presença de missionários protestantes alemães que se consideravam também com o
direito às terras recém-descobertas.
d) a aridez da região, o que impossibilitou a utilização dos recursos dos donatários a ela en-
caminhados pela Coroa portuguesa.
e) o conflito da Armada Invencível, que desarticulou o Governo Metropolitano e empobreceu
a nobreza portuguesa.

Lembre-se de que os franceses ocupavam a região e realizaram acordos com os índios potigua-
res. Assim, a região se tornava pouco interessante para os portugueses diante da resistência in-
dígena. Isso só mudou em fins do século XVI com a ordem de Felipe II de expulsar os franceses.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

023. (IDECAN-RN/BOMBEIROS/2017) Observe a imagem.

Este ponto turístico e histórico de Natal é um dos mais importantes da cidade. O Forte dos
Reis Magos guarda uma grande herança sobre a história da cidade e sua fundação. Sobre
esse forte é correto afirmar que:
a) Foi edificado pelos holandeses durante a ocupação que fizeram no Nordeste brasileiro.
b) Foi neste forte que os ingleses, outros invasores estrangeiros, se renderam à revolta luso-
brasileira.
c) Foi edificado como resposta da coroa portuguesa e espanhola à ameaça dos corsários
franceses que traficavam o pau-brasil.
d) É o primeiro forte a ser construído no Brasil, erguido ainda no início da colônia e, hoje, con-
siderado patrimônio histórico e cultural do Brasil.COMENTÁRIO
Foi edificado durante a União Ibérica (1580-1640), período em que as coroas portuguesa e
espanhola estavam sob controle de Felipe II da Espanha. O objetivo era a defesa do território
contra uma nova e possível invasão francesa.
Letra c.

024. (CONSULTEC/PM-RN/2006) A ilustração apresenta um monumento que faz parte da his-


tória do Rio Grande do Norte, tendo sido erguido

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) para marcar a importância do domínio holandês no Nordeste.


b) para enaltecer os índios tapuias como primeiros habitantes da região.
c) para legitimar e oficializar a tomada de posse dos territórios pelos portugueses.
d) em reconhecimento ao papel desempenhado pelos franceses na colonização do Rio Gran-
de do Norte.

Em 1501 a expedição de Gaspar Lemos partiu de Portugal e tomou posse do litoral norte rio-
grandense no dia 07 de agosto, instalando um padrão, ou seja, um marco de pedra mais co-
nhecido como o marco de Touros (mais tarde surgiria ali o município de Touros). Por decreto
estadual o 07 de agosto é a data de aniversário do RN.
Letra c.

025. (COMPERVE/MPE-RN/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/CONTABILIDA-


DE/2017) As pesquisas sobre o período colonial no Rio Grande do Norte têm discutido as
questões referentes às disputas entre os povos nativos e a consolidação do domínio portu-
guês. Nesse contexto, os trabalhos mais recentes sobre a história colonial do Rio Grande do
Norte indicam que
a) as missões de aldeamento dos Tupi e dos Tarairiú, nos séculos XVII e XVIII, fracassa-
ram como estratégias de, por meio da catequese, integrar os indígenas no projeto colonial
português.
b) a repressão dos portugueses aos indígenas alcançou seu ponto máximo na “Guerra dos
Bárbaros” (1680-1720), quando terços militares e o bandeirante Domingos Jorge Velho exter-
minaram as populações nativas no sertão do Seridó.
c) os registros eclesiásticos das freguesias no Seridó evidenciam, do último quartel do sécu-
lo XVIII à primeira metade do século XIX, a presença de índios junto a outros grupos sociais
participando dos rituais cristãos: batizado, matrimônio e exéquias.
d) os percursos feitos por diferentes grupos instituíram demarcações político-administrati-
vas (arraiás, povoados e, posteriormente, vilas) e eclesiásticas (freguesias), que assinalaram
o fracasso português na conquista da terra e dos nativos nos séculos XVI e XVII.

Existem registros eclesiásticos das freguesias no Seridó que evidenciam a presença de ín-
dios junto a outros grupos sociais participando dos rituais cristãos: batizado, matrimônio e
exéquias. Trata-se dos agrupamentos familiares construídos no território da Freguesia da
Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó, que era formada por ribeiras das Capitanias do Rio
Grande e Paraíba, ocupadas pela pecuária desde o final do século XVII. Os trabalhos mais

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

recentes sobre a história colonial do Rio Grande do Norte partem de uma revisão da literatura
regional que se dedicou à pesquisa dos troncos genealógicos do Seridó, que sempre foi de-
dicada somente ao luso-brasileiro, mas que agora vêm abrangendo a participação de índios
e negros. As pesquisas, geralmente, tomam como fonte prioritária os registros de batizados,
casamentos e enterros da freguesia, no período colonial e imperial, muitas vezes analisados
pelo método da demografia histórica e como recorte de análise os agrupamentos familiares
formados por colonos de origem portuguesa.
Letra c.

026. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/ 2018) Tendo em


vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moder-
na, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
Exercida sob o modelo de latifúndio autossuficiente, a produção gerava excedentes que pro-
piciavam um vigoroso comércio entre as capitanias.

Querido(a), atenção! O enunciado do texto, dizendo que a produção gerava excedentes, pode
te levar ao erro. Não ocorreu um vigoroso comércio entre as capitanias porque, no sistema
colonial, tudo o que era produzido visava o mercado externo, seja na produção do açúcar, seja
na extração do ouro.
Errado.

027. (UNB/CESPE /TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2010) Acerca dos aspectos históricos do


Rio Grande do Norte, assinale a opção correta.
a) Os holandeses foram os primeiros a pisarem no Rio Grande do Norte e mantiveram rela-
ções amistosas com os índios potiguaras, com os quais eles efetuavam o comércio do pau-
-brasil. Esses invasores permaneceram no Brasil até serem expulsos pelos portugueses no
século XVIII.
b) Até o século XIX, os invasores holandeses e franceses viveram entre os índios potiguaras,
aprendendo os costumes e a língua e até formando famílias.
c) Os franceses, pelo uti possidetis, adquiriram o direito sobre as terras brasileiras descober-
tas pelos portugueses e permaneceram no território norte-rio-grandense até o século XVIII.
d) A fortaleza dos Reis Magos foi a sentinela avançada dos portugueses no norte do Brasil e
seu comando, a partir do ano de sua fundação esteve a cargo de João de Barros.
e) Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, Dom João III doou, de início, um lote ao
donatário João de Barros e a Aires da Cunha.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Quando Portugal optou pelo sistema de Capitanias Hereditárias, D. João III doou a Capitania
do Rio Grande do Norte à João de Barros e Aires da Cunha
Letra e.

028. (PM-RN/2004) “O Forte dos Reis Magos é uma das edificações militares mais bonitas
do país. Suas grossas muralhas são construídas de pedras extraída dos arrecifes próximos.
Na argamassa de alvenaria, foi empregado o óleo de baleia, processo comumente usado, por
esse tempo” (Osvaldo Câmara de Souza, Acervo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
do Rio Grande do Norte, p.35).
Sobre o Forte dos Reis Magos podemos afirmar que:
a) Foi palco de conflitos entre populações indígenas, ingleses, portugueses e franceses, sen-
do estes últimos os vitoriosos e lá se instalaram, por longo período.
b) Tem forma de polígono retangular como os demais fortes brasileiros.
c) Tem a forma clássica do forte marítimo, um polígono estrelado, sua construção foi iniciada
em 1598 e concluída em 1628, foi também palco de conflitos entre holandeses e lusobrasileiros.
d) Tem forma de um polígono estrelado e foi palco de conflitos entre ingleses, holandeses,
portugueses, espanhóis, franceses, sendo estes últimos os que ocuparam o forte durante
todo o século XVII.
e) Tem a forma retangular, obedecendo a forma clássica do forte marítimo.

O Forte dos Reis Magos recebeu esse nome porque o início de sua construção foi consagrado
com uma festa no Dia de Reis, em 1598. Seu formato de estrela permitia uma visão panorâmi-
ca de toda a costa, mas isso não impediu que, em 1633, os holandeses invadissem a cidade,
mantendo o poder até 1654.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

029. (CFO-BPM-RN/2006)

Com base no mapa e nos conhecimentos sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro,
pode-se afirmar:
a) A conquista pelos flamengos da zona de influência destacada no mapa ocorreu concomi-
tantemente, devido ao apoio dos governos locais.
b) A ocupação do Rio Grande pelos dominadores holandeses esteve voltada para a explora-
ção do sal no litoral da Capitania.
c) A Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) impôs a toda a região dominada as práticas do
protestantismo em substituição às da Igreja Católica.
d) O interesse dos dominadores esteve centrado na campanha para estender o trabalho as-
salariado ao conjunto das atividades de subsistência da região.
e) A ambição dos holandeses no domínio da região destacada era garantir um governo sólido,
sob a orientação da Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.).

a) Errada. O domínio da região se deu paulatinamente e não ao mesmo tempo. Ademais, al-
guns colonos ofereceram resistência.
b) Errada. Os holandeses sempre voltaram suas atividades para a lavoura de cana-de-açúcar.
c) Errada. A administração do nordeste pelo holandês Maurício de Nassau (1637-1644) é
prova de que a Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) permitia a liberdade de culto, o que
contribuiu para colaboração dos colonos em algumas regiões.
d) Errada. Os holandeses também se beneficiaram do tráfico de escravos.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

030. (AOCP/INESS/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) Segundo a autora Marina de Mello e


Souza, na obra “África e Brasil Africanos” elementos africanos estão na base da maioria das
nossas manifestações culturais populares. Assim quando falamos em mestiçagem do povo
brasileiro, estamos nos referindo basicamente às misturas entre africanos e os povos que
eles encontraram aqui, principalmente portugueses e indígenas.
Assinale a opção INCORRETA.
a) A mestiçagem, apesar de atormentar as elites brasileiras que tentaram diluí-la com outras
misturas, se impôs como consequência da importação de cerca de cinco milhões de africa-
nos ao longo de mais de 300 anos.
b) Até o início do século XX a mestiçagem era vista a partir da biologia e considerada um fator
de atraso do país. O pensamento dominante alegava que a raça branca tinha chegado mais
longe na evolução da humanidade.
c) Na segunda metade do século XX, os fatores culturais passaram a ser considerados mais
relevantes que os biológicos, e as contribuições africanas, que os olhares sobre a sociedade
brasileira não podiam deixar de ver, passaram a ser mais aceitáveis.
d) Quando o país deixou para trás de maneira mais radical o passado escravista, ainda pre-
sente no jeito de pensar e de agir dos produtores e comerciantes de café que dominaram a
política brasileira até 1930, houve alguns gestos valorizando a nossa herança cultural africa-
na. O Brasil passou a viver uma “Democracia Racial”; uma sociedade justa, sem preconceitos.
e) A mistura entre diferentes tipos físicos é cada vez mais intensa no Brasil e no mundo, o que
resulta em numa aparência semelhante a que Candido Portinari imortalizou em sua obra de
arte o MESTIÇO de 1934.

Existem inúmeros exemplos nos jornais e periódicos nacionais atuais sobre práticas de pre-
conceito e sobre a injustiça social com as populações afrodescendentes.
Letra d.

031. (AOCP/PREFEITURA DE CAMAÇARI/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2013) O ensino da histó-


ria e da cultura afro-brasileira e da africana proporciona reflexões importantes, uma delas é o
termo “escravo”. Assinale a alternativa correta a respeito de tal termo.
a) É corretamente atribuído ao negro africano.
b) É corretamente atribuído a determinada condição de trabalho.
c) É utilizado no Brasil colonial para designar as pessoas subalternas.
d) Tem o mesmo significado tanto no Brasil colonial quanto na Grécia Antiga.
e) Não tem utilidade no presente, já que não existe mais escravidão.

Atenção concurseiro(a)! Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode
associar o termo escravo ao negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

condição de escravo. Escravo é termo corretamente atribuído a uma condição de trabalho.


Outro detalhe é que, na Grécia Antiga, existia a escravidão por dívida.
Letra b.

032. (AOCP/IFB/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e


aos primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.
a) Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada
ao novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a Amé-
rica, naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b) Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias
de sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com a
vinda dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na captura
de africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c) Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do co-
mércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d) Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias na
costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que partici-
passem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
d) De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção
destinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em
fazer alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente
africano uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.
Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa A estaria
correta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando
interações com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta
é a letra D, pois os portugueses somente conseguiram empreender o comercio de escravos
construindo feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
Letra d.

033. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOATÃO DOS GUARARAPES/PROFESSOR DE HIS-


TÓRIA/2015) A cultura brasileira origina-se da primeira forma efetiva de ocupação das terras
da América Portuguesa ocorrida por meio das capitanias hereditárias e sesmarias, quando
a produção açucareira se destacou através da construção de engenhos, não somente para
evitar ataques de índios, corsários e franceses, mas também na intenção de obter proventos
com um método sistemático e organizado. A respeito da expansão da economia açucareira
na América Portuguesa, assinale a alternativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), pertencente à família das gramíneas, segundo


os registros oficiais, foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que cons-
truiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira conheceu seu grande surto, quando a colônia
portuguesa suplantou a Ilha da Madeira, tornando-se o maior produtor e exportador do mun-
do, posto este sustentado até 1880.
c) O açúcar, antes utilizado apenas para fins medicinais e farmacológicos, passa a fazer parte
de diversas classes da hierarquia social, principalmente na cozinha, onde serviu para adoçar
e até mesmo conservar alimentos.
d) A produção açucareira proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, com exce-
ção de Pernambuco e São Vicente respectivamente, onde o sistema de capitanias não obteve
muito êxito.
e) Ao observar a prosperidade dos engenhos na América Portuguesa, os espanhóis, coman-
dados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 com o intuito de estabelecer enge-
nhos naquela região.

a) Errada. O primeiro engenho na colônia foi construído na Capitania de São Vicente.


b) Errada. Em 1880 a produção açucareira estava em crise desde a expulsão dos holandeses
que ofereceram concorrência com suas colônias nas Antilhas.
d) Errada. Pernambuco e São Vicente foram as Capitanias de maior sucesso na Colônia.
e) Errada. Não foram os espanhóis que invadiram o Nordeste, foram os holandeses. Além dis-
so, Nassau não participou da invasão e, sim, da administração.
Letra c.

034. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE QUISSAMÃ/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O


“Sistema colonial, efetivamente, constitui-se no componente básico da colonização da época
mercantilista, elo que permite estabelecer as mediações essenciais entre os diversos níveis
da realidade histórica.” (Novais, 1995, p.57 ). Assinale a alternativa correta.
a) O Sistema Colonial se nos apresenta como o conjunto das relações entre as metrópoles e
suas respectivas colônias.
b) O Sistema Colonial pode ser situado no período entre a baixa Idade Media e o Renascimen-
to seguindo a tradição de vários historiadores.
c) O Sistema Colonial do Mercantilismo que dá sentido à colonização europeia entra em crise
com os Descobrimentos Marítimos.
d) No sistema colonial a Metrópole deve se constituir em favor essencial do desenvolvimento
econômico da colônia dando-lhe maior mercado.
e) Na colonização, a política mercantilista, conquanto fosse pautada no montante de metal
nobre existente dentro de cada nação não estabelecia uma prática competitiva.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

b) Errada. O sistema colonial se situa na Idade Moderna.


c) Errada. Ganha impulso com os descobrimentos.
d) Errada. A Metrópole decidia pela colonização de povoamento ou de exploração.
e) Errada. Existia sim concorrência entre as metrópoles pela maior arrecadação de metais
preciosos.
Letra a.

035. (COMPERVE/PREFEITURA DE CANGUARETAMA/NÍVEL SUPERIOR/ PROFESSOR DE HIS-


TÓRIA/2006) Os massacres que os holandeses promoveram na capitania do Rio Grande do
Norte tinham como objetivo:
a) eliminar a resistência dos índios tapuias para que eles deixassem os portugueses de-
samparados.
b) eliminar qualquer resistência política e religiosa para assegurar a exploração econômica.c)
implantar um governo na região produtora de açúcar e posteriormente transferi-lo para outra
capitania.
d) vingar a morte de Jacob Rabbi, que havia sido perseguido pelos jesuítas que viviam
na região.

Os holandeses pretendiam eliminar qualquer resistência local a sua dominação. Para tanto,
Jacob Rabbi, um alemão a serviço do governo holandês, usou de violência nos massacres de
Cunhaú e Uruassu.
Letra b.

036. (CONSULTEC/PM-RN/2006) Na história do Rio Grande do Norte, a construção do Forte


dos Reis Magos teve por objetivo:
a) ser um ponto de apoio dos holandeses para controlar o comércio de açúcar.
b) servir de local de encontro das sociedades secretas que organizaram rebeliões na épo-
ca colonial.
c) confirmar a dominação francesa na região, em obediência às regras do Tratado de
Tordesilhas.
d) ser responsável pela defesa da capitania e marco definitivo da posse territorial pelos colo-
nizadores portugueses.
e) servir de centro de triagem de escravos africanos desembarcados na capitania do Rio
Grande até serem vendidos aos donos de engenho.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Após a expulsão dos franceses a mando de Felipe II da Espanha, no contexto da União Ibérica,
foi erguido o Forte dos Reis Magos para garantir a defesa e a posse da capitania. Contudo,
como vimos, isso não impediu os holandeses de invadirem e controlarem a região.
Letra d.

037. (CONSULPLAN/GUARDA MUNICIPAL NATAL-RN/2006) Acerca do estado do Rio Grande


do Norte, marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas:
I – ( ) No início da colonização, a economia do Rio Grande do Norte era basicamente de sub-
sistência, concentrando-se na pesca, pecuária e agricultura.
II – ( ) A cultura da cana-de-açúcar, tão bem desenvolvida em outras capitanias teve o mesmo
sucesso no Rio Grande do Norte, principalmente no sul do Estado.
III – ( ) É nítida a importância econômica atual que o turismo assume como gerador de renda,
empregos e receita no Estado.
A sequência está correta em:
a) V, V, F
b) V, F, V
c) V, F, F
d) F, V, V
e) F, V, F

Afirmativa I: Verdadeira. No início da colonização do Rio Grande do Norte, prevaleceram ati-


vidades de subsistência. Até porque, os portugueses somente conseguiram tomar posse da
região após a expulsão dos franceses no final do século XVI. Mesmo assim, o Rio Grande do
Norte fora novamente invadido pelos holandeses. Essas invasões impediram o desenvolvi-
mento da produção açucareira portuguesa em larga escala.
Afirmativa II: Falsa. A cultura da cana-de-açúcar não obteve o mesmo sucesso que outras
capitanias. Pode-se dizer, inclusive, que deixou um legado de pobreza na região, além da vio-
lência praticada pelos holandeses e dos confrontos entre indígenas e portugueses.
Afirmativa III: Verdadeira. Ainda não nos debruçamos sobre os aspectos geoeconômicos do
estado do Rio Grande do Norte. Contudo, a questão é lógica. As atividades turísticas são im-
portantíssimas para a economia local.
Letra b.

038. (CONSULTEC/CBM-RN/2006) Em relação à conquista e à ocupação do espaço geográfi-


co brasileiro, especialmente a capitania do Rio Grande do Norte, é correto afirmar:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) Para assumir a posse da capitania dominada pelos franceses, os portugueses se uniram


aos índios Tapuias, cujo contato com os invasores foi marcado por violência e agressividade.
b) A conquista territorial do Rio Grande do Norte efetivou-se durante a União Ibérica, quando,
após a derrota dos invasores franceses, os luso-brasileiros ergueram o forte dos Reis Magos
e iniciaram a fundação do povoado que originou Natal.
c) O interior da capitania só pode ser conquistada quando os bandeirantes paulistas contra-
tados pela Coroa Portuguesa saíram à procura de ouro e para aprisionar os índios.
d) O domínio holandês na região organizou expedições para o interior à procura de áreas para
expandir a lavoura da cana-de-açúcar, provocando uma guerra sangrenta chamada Guerra
dos Bárbaros.
e) O bandeirismo paulista foi uma alavanca no processo de expansão territorial da colônia,
sem contribuir para o aparecimento de vilas e de povoados, já que sua meta era aprisionar
índios e descobrir minas.

Após a vitória sobre os franceses, em 1598, os portugueses iniciaram a construção da forta-


leza, denominada Fortaleza dos Reis Magos. O objetivo da construção era fixar um ponto de
defesa para as posses da Coroa portuguesa. Esse ponto originou a cidade de Natal em 25 de
dezembro de 1599.
Letra b.

039. (CONSULTEC/PM-RN/2006) Sobre a conquista e a ocupação da capitania do Rio Grande,


é correto afirmar:
a) A conquista do interior só foi possível após a descoberta de minas de ouro pelos bandeirantes.
b) A conquista do território foi facilitada pela total falta de resistência à ocupação da região
pelos portugueses.
c) A ocupação e o povoamento das terras no interior ocorreram, principalmente, em consequ-
ência da lavoura da cana-de-açúcar.
d) A péssima posição geográfica da capitania do Rio Grande em relação a Portugal levou o
primeiro donatário a não se interessar por ela.
e) A ocupação das terras litorâneas pelos portugueses só foi possível após a construção do
Forte dos Reis Magos, devido à presença de franceses e indígenas na região.

Somente após a expulsão dos franceses e a construção do Forte dos Reis Magos é que os
portugueses conseguiram colonizar de fato a região.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

040. (COMPERVE/2012) No quadro da colonização, os portugueses consideravam-se legal-


mente proprietários das terras americanas definidas pelo Tratado de Tordesilhas. Partindo
de Pernambuco, eles procuraram expandir a área conquistada. Na capitania do Rio Grande,
construíram a fortaleza dos Reis Magos e, depois, fundaram Natal em 1599.
Sobre esse período histórico da Capitania do Rio Grande, é correto afirmar:
a) A sociedade fundamentada na cultura canavieira possibilitava a ascensão social dos gru-
pos que não eram proprietários de terras, uma vez que lhes permitia participarem das Câmaras
municipais.b) A legitimidade da ocupação territorial foi questionada, interna e externamente,
o que ficou evidente nas reações indígenas e nas incursões estrangeiras à costa potiguar.
c) O senhor de engenho tinha o controle da terra e da produção açucareira, mas subordinava-
-se ao poder dos “coronéis” da Guarda Nacional, controlada pelo poder central.
d) A ocupação das terras do interior ocorreu sem conflitos, uma vez que as tribos indígenas
concentravam-se no litoral, onde se implantou a agroindústria açucareira.

a) Errada. A sociedade açucareira era estamental: não permitia a ascensão social das classes
inferiores.
c) Errada. Os senhores de engenhos estavam no topo da hierarquia da sociedade açucareira.
d) Errada. Como vimos, ocorreram inúmeros conflitos entre os nativos e os portugueses.
Letra b.

041. (ESMARN/AUXILIAR TÉCNICO/TJ-RN/2002) Após o domínio holandês, na segunda me-


tade do século XVII, a capitania do Rio Grande (do Norte) conheceu o:
a) maior levante indígena contra a colonização portuguesa que penetrava no interior potiguar.
b) começo da cultura algodoeira, motivada pela crise internacional, a partir da guerra de Se-
cessão, nos EUA.
c) apogeu da exploração salineira nas regiões de Macau e Areia Branca para atender ao co-
mércio externo.
d) declínio da atividade açucareira e algodoeira, uma vez que os holandeses deixaram a ca-
pitania arrasada.

A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no
Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado
com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Letra a.

042. (UFRN/2001) Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande [do
Norte], ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

a) das Companhias de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, que lutavam pelo direito de


aprisionar o nativo, com a finalidade de vendê-lo na Europa.
b) das diversas etnias nativas, Tupi e Tarairiú, que aproveitavam os conflitos coloniais para
vingarem-se dos grupos indígenas oponentes.
c) da França e da Espanha, que, para retomarem o controle do Nordeste, instigavam os índios
contra os portugueses, enfraquecendo estes.
d) da Holanda e de Portugal, que buscavam aliança com os nativos, vistos como elementos
de apoio na luta pelo domínio territorial do Nordeste açucareiro.

O período do enunciado é o início do século XVII, durante a União Ibérica, no qual holandeses
e portugueses se enfrentavam e buscaram alianças com os nativos.
Letra d.

043. (FESMP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) “O estado do Rio Grande do Norte, juntamen-


te com os do Rio de Janeiro, Ceará, Piauí e Sergipe, segundo os dados oficiais e um período
muito recente, eram considerados os cinco estados brasileiros onde não existiriam mais po-
vos indígenas”. (Denise Mattos Monteiro, Introdução à História do Rio Grande do Norte, p.19).
Sobre o período de conquista portuguesa na luta por território no atual Estado do Rio Grande
do Norte podemos afirmar que:
I – O Rio Grande do Norte foi o principal palco de um dos maiores e mais longos conflitos
armados envolvendo índios e brancos em todo o período colonial da história do País – a cha-
mada Guerra dos Bárbaros.
II – Os povos que habitavam o território que hoje constitui o Estado do Rio Grande do Norte
dividiam-se entre os potiguara, que habitavam o litoral, e os tarairiu, habitantes do sertão.
III – Os potiguara pertenciam ao tronco tupi e distribuíram-se entre os atuais estados da Pa-
raíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
a) Somente I está correta
b) Somente II está correta
c) Somente I e III estão corretas
d) Somente III está correta
e) I, II e III estão corretas

Afirmativa I: Verdadeira. A Guerra dos Bárbaros ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste
do Brasil, sobretudo no Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo
e que fora encerrado com vitória dos portugueses liderados por bandeirantes.
Afirmativa II: Verdadeira. Não se esqueça: Potiguares no litoral e tapuias no interior.
Afirmativa III: Verdadeira. Os potiguaras têm origem tupi.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

044. (FUNCERN/IFRN/TECNÓLOGO - ÁREA PRODUÇÃO CULTURAL/2014) Quanto aos bens


culturais do Rio Grande do Norte, são reconhecidos como patrimônio cultural material
a) a Igreja Santo Antônio (Igreja do Galo) e o bloco de carnaval “Os Cão” da Redinha.
b) o Forte dos Reis Magos e o Teatro Alberto Maranhão.
c) o evento Mossoró Cidade Junina e o prédio da Pinacoteca do Estado do RN
d) a ginga com tapioca e o Teatro Riachuelo.

Patrimônio material é palpável, visível, sólido. Nesse sentido a única alternativa que apresenta
dois patrimônios materiais e a letra b.
Letra b.

045. (ESMA/TJ-RN/OFICIAL DE JUSTIÇA/2002) Na formação territorial da Capitania do Rio


Grande (do Norte), destaca-se, como principal elemento de interiorização e fixação do homem
à terra, a:
a) cultura algodoeira;
b) exploração da cera de carnaúba;
c) atividade da pecuária;
d) produção salineira.

Querido(a), enquanto no litoral buscou-se a formação de engenhos de açúcar, no interior do


Rio Grande do Norte, desenvolveu-se a atividade pecuária com subsidiária da primeira. Ocorre
que não poderiam ter pastagens concorrendo com as lavouras de cana-de-açúcar.
Letra c.

046. (CEBRASPE/SEDUC-CE/HISTÓRIA/2013) A Guerra dos Bárbaros, também cunhada como


Guerra da Confederação dos Cariris, foi
a) o primeiro conflito pela autonomia política do Ceará e pela separação de Pernambuco e
ocorreu no século XVIII.
b) uma revolta regional do período regencial cujo conflito ocorreu no Ceará.
c) a insurreição de bandeirantes paulistas contra o governo da Capitania do Ceará que os
havia contratado.
d) a revolta jesuítica ocorrida no Ceará, similar à ocorrida na região das Missões no sé-
culo XVIII.
e) grande foco de resistência indígena no Nordeste brasileiro durante o período colonial e
perdurou por quase cinquenta anos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

A Guerra dos Bárbaros foi uma revolta das populações indígenas contra a dominação portu-
guesa. Ocorreu entre 1682 e 1713 na região Nordeste do Brasil, sobretudo no Rio Grande do
Norte, Ceará e Paraíba. Portanto, foi um conflito longo e que fora encerrado com vitória dos
portugueses liderados por bandeirantes.
Letra e.

047. (IAUPE/PM-PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos Bár-
baros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis, ha-
bitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da unici-
dade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos e início
dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e, portanto, da
fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de confrontos e
sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos Bárbaros”, uni-
ficando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como no episódio da
chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Magalhães, a
Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma confederação das
tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de resistência ao co-
lonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial do Rio Grande,
criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam a Guerra dos
Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano comum nem uni-
dade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas e a Colonização
do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).
A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que am-
bas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.
c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e as popula-
ções indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.
d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colonização, ten-
do sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.
e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colonização, essa
resistência não teria existido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

Querido(a) aluno(a), essa questão em específico é muito mais de interpretação de texto do


que necessariamente de conhecimento sobre a temática. O autor é enfático em defender que
os portugueses “criaram” a nomenclatura “Guerra dos Bárbaros”. Outro ponto importante: a
Confederação dos Tamoios não possui relação alguma com a “Guerra dos Bárbaros”.
Letra a.

048. (INÉDITA/2022) Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam ex-
tensas áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em
1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos

Os indígenas se rebelaram contra a dominação portuguesa.


Letra a.

049. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa aca-
bou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união,
um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale
aquele que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA

Como a Holanda era inimiga da Espanha (Havia se tornado independente da Espanha em


1580), com a união das coroas ibéricas sob a coroa de Felipe II da Espanha, Portugal se tor-
nou inimigo da Holanda. Esta, por sua vez, perdeu a rica distribuição do açúcar brasileiro na
Europa. Esse foi o motivo que levou os holandeses a invadirem o nordeste brasileiro.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 75
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Colonização do Rio Grande do Norte
Daniel Vasconcellos

050. (INÉDITA/2022) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre fins
do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da região,
especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio ficou co-
nhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.

Note o quanto as bancas focam na Guerra dos Bárbaros. São muitos os exemplos de ques-
tões sobre a temática.
Letra d.

051. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) O Tratado de Tordesilhas,


celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas
por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Trata-
do, e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses.
b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a
370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos
portugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes.
d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à
ameaça colonialista da Inglaterra, da Holanda e da França.
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que
habitassem as terras descobertas.

O Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras situadas a oeste do meridiano situado


a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha, e as terras a leste
à Portugal.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 75
Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como
professor concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar