Você está na página 1de 100

VENDA PROIBIDA

PREZADO (A ) PROFESSOR (A )
Nesta nova revista vam os apresentar aos adolescentes a historia bi-
blica do povo de Israel. No trim estre passado eles jd aprenderam sobre
a origem do povo escolhido, através do estudo do livro de Genes,s, com
destoque para as trajetórias de Abraado. Isaaue. Ja c á e Jose
Neste 2” trim estre de 2023 as lições estão baseadas nos relatos dos
livras do Êxodo. Josué, Juizes. 1 e 2 Sam uel. 1 e 2 Peis e 1 e 2 Crônicas.
Dessa form a, seus alunos terão a oportunidade de adquirir um a visao

panorâmica do Antigo Testamento, através do estuda da história do povo


de Israel, desde a saída do Egito, passando pela fase da conauista da
terra prometida, do estabelecim ento do reino até ã ocorrência do exilio.
A cada domingo você terá a oportunidade de comunicar o amor e a
fidelidade de Deus para com os seus escolhidos e de desafiar os adoles­
centes a serem fiéis ao Senhor. Deus abençoe seu ministério!
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLÉIAS DE DEUS EDITORIAL
Av. Brasil. 34.401 - Bangu
O povo de Israel foi escolhido por Deus.
CPAD Rio de Janeiro/RJ - CEP: 21852-002
Essa é uma verdade bíblica. Todo o Antigo
Presidente da Convenção Geral Testamento narra a história desse povo,
das Assembléias de Deus no Brasil desde sua formação, até seu crescimento
José Wellington Costa Junior e estabelecimento como nação.
Presidente do Conselho Administrativo A Bíblia mostra que Deus sempre teve
José Wellington Bezerra da Costa um cuidado com Israel. Ao longo dos
Diretor Executivo séculos, o Senhor orientou e protegeu
Ronaldo Rodrigues de Souza
essa nação. Israel cresceu vendo sinais
Gerente de Publicações
do poder de Deus. Desde os milagres que
Alexandre Claudino Coelho
ocorreram no deserto até as grandes
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim vitórias em guerras contra poderosos
Gerente de Produção exércitos. Deus sem pre fez poderosos
Jarbas Ramires Silva milagres no meio dessa nação.
Gerente Comercial Infelizmente, mesmo diante do cuidado
Cícero da Silva e do am o r de Deus, Isra e l escolheu o
Gerente de Rede de Lojas caminho da desobediência e abandonou
João Batista Guilherme da Silva ao Senhor. Entretanto, m esm o assim ,
Gerente de TI
Deus mostrou o seu amor, pois sempre
Rodrigo Sobral Fernandes
enviou profetas e mensagens cham an­
Gerente de Comunicação
Leandro de Souza da Silva do o povo ao arrependimento e dando
Chefe de Arte & Design
uma segunda chance. Vamos conhecer
Wagner de Almeida a poderosa história de Israel?
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira ▼ y ▼
mais sobre o ▼ T Y
Editora ▼ Y ▼
Flavtanne Vaz Currículo da CPAD.
▼ ▼ T
Comentarista ▼ Y Y
Thiago Panzariello Y Y Y
Y Y Y
Projeto Gráfico
Nathany Silvares Ano 1 Y
Y
Y
Y
Y
Y
Diagramaçâo e Capa A História da Salvação Y Y Y
Nathany Silvares As Parábolas de Jesus são Vivas
Banco de Imagens Apóstolo Paulo, o Grande Missionário
Shutterstock Como Viver no Mundo à Luz da Bíblia

Central de Atendimento CPAD: Ano 2


0800-0217373 Gênesis, o Livro dos Grandes Começos
De Segunda a Sexta: 8h às 18h A História do Povo Escolhido
Livraria Virtual: www.cpad.com.br
Grandes C artas para Nós
Fale com a Editora da Revista:
O Am or na Vida Cristã
flavianne.vaz@cpad.com.br
xxx>
XX)
L ições Bíblicas X)

A História do Povo Escolhido

d e es c r a v o s a po v o

2 A GRANDE JORNADA NO DESERTO

M OISÉS E JO SU É, GRANDES LÍDERES DO POVO DE ISRAEL

^ A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA 6

g NOVOS LÍDERES PARA UM NOVO TEM PO: OS JU IZES

SAM UEL: JU IZ , PROFETA E SACERDOTE

O ESTABELECIM ENTO DA MONARQUIA

DAVI: O PASTOR DE OVELHAS QUE SE TORNOU

O REINADO DE

O REINADO DE SALOMÃO

UM REINO DIVIDIDO

O REINO DO SUL: JUD Á

UM EXÍLIO E UMA ESPERANÇA


Conheça as seções da sua revista
LEITURA BÍBLICA VAMOS DESCOBRIR
Fique atento. Este é o texto cen­ É um a introdução ao tem a da
tra l da lição. Leia-o e m arque na lição, com uma abordagem reflexiva,
sua Bíblia. a fim de despertar o interesse do
(a) aluno (a).
A MENSAGEM
Aqui você encontra um versícu- HORA DE APRENDER
lo-chave sobre o tem a que você Aqui você vai encontrar a lição.
vai ensinar. Estude o texto atentam ente.
DEVOCIONAL AUXÍLIO
Separam os um texto bíblico es­
É um texto selecionado que ofe­
pecial para cada dia da sem ana.
rece auxílio didático, pedagógico
Leia-o no seu momento a sós com
ou teológico, para que você possa
Deus diariamente.
aprofundar o estudo da lição.
OBJETIVOS
VAMOS PRATICAR
Apontamos aqui os objetivos pe­
É um a p ro p o sta de exercício ,
dagógicos e teológicos que deverão
visando reforçar a aprendizagem,
ser alcançados na aula.
com o apontamento das respostas.
El PROFESSOR!
Preparamos uma reflexão exclu­
PENSE NISSO
siva para o docente sobre o tem a T ra ta -s e de um a p ro vo cação
que está sendo ensinado. re fle xiv a, com üm a ab o rdagem
prática sobre o assunto proposto.
PONTO DE PARTIDA
Selecionamos uma proposta pe- MINHAS IDÉIAS
^ dagógica para você utilizar na Utilize esse espaço para anotar
preparação da aula ou no de- suas propostas, im pressões e e s­
senvolvimento da mesma. tratégias para a aula.

b s
DE ESCRAVOS A POVO LIVRE

LEITURA BÍBLICA
Êxodo 1.6-21
Devocional
Segunda » Gn 47.27

-U A MENSAGEM
Terça » Ex 1.9,10

Quarta » Ex 2.1-8
Então o SENHOR Deus respondeu a
v w v

Moisés: — Agora você verá o que vou


fazer com o rei do Egito. Eu vou obrigá-lo < Quinta » Êx 3.1-4

a deixar que o meu povo vá embora [...]. Sexta » Ex 5.1,2


X
Êxodo 6.1 X
Sábado » Êx 12.21-23

99 -
X X
A X
s
Objetivos
> EXPOR o contexto bíblico do pe­
ríodo da escravidão do povo hebreu;

APRESENTAR o chamado de
Moisés;

LEVAR os a lu n o s a cre re m no
poder de Deus.

xx
Ei Professor!
Ponto de Partida
Moisés foi um homem muito impor­
tante no seu tempo, por sua liderança, Interagir com seus aluno s é bem
e para as gerações seguintes do povo importante, pois isso aum enta a sua
de Israel. Ele fez a diferença, pois foi fiel conexão com eles. Uma forma simples
a Deus diante de situações extremas. e eficaz de interação é fazer pergun­
M oisés precisou se r to ta lm e n te ta s sobre o conteúdo a ser tratad o
dependente de Deus, pois enfrentou na lição. Você pode com eçar a aula
um rei, que podia m atá-lo, precisou perguntado: "como o povo de Israel
liderar um povo gigante e se tornou se tornou escravo no Egito? Alguém
um porta voz de Deus diante de uma saberia dizer"?
nação ímpia. Ele foi corajoso e creu Mediante a resposta dos alunos você
em Deus em todo o m om ento. Por pode introduzir o conteúdo da aula
isso, M oisés é um dos nom es m ais explicando o contexto bíblico ap re ­
im portantes da história do seu povo. sentado no I otópico. Neste momento
Professor, por sua posição como é valido recordar um pouco das lições
educador cristão de adolescentes, sua do trimestre passado e pontuar sobre a
vida serve de inspiração para a nova vida de José, pois é por meio do jovem
geração. Jam ais se esqueça que suas sonhador que os hebreus vão para
atitudes e ensino influenciam a vida de o Egito. Por fim, explique que muitos
seus alunos. Assim como Moisés, seja anos depois que José tinha falecido, um
dependente de Deus em todo o tempo. novo Faraó se estabeleceu e começou
a escravizar o povo.

ilr
X

XX
Vamos Descobrir / - AUXÍLIO DIDÁTICO
Q u a n d o F a ra ó te v e um so n h o ,
“Apesar do fato de que muitos estudio­
com sete v a ca s gordas e sete vacas
sos tentaram refutar a historicidade de
m agras, ninguém pôde interpretá-Lo
uma permanência prolongada de Israel
(Gn 41.1-8). Vindo da prisão, José não
no Egito, as condições históricas que
só in te rp re to u o sonho, com o deu existiam do século XIX a.C. no Oriente
um a e s tra té g ia de com o a g ir nos Médio e no Egito estão de pleno acordo
períodos de fa rtu ra (vacas gordas) e com a tradição bíblica a este respeito.
de fome (Gn 41.2 5-3 7 ). Por isso, o rei A ascensão da influência sem ita no
da época pôs Jo sé como governador Baixo Egito tinha culminado antes do
do Egito. Quando o período das vacas final do século XVIII a.C. na dominação
m a g ra s se cum priu, apó s alg u m a s dos hicsos [um povo sem ita asiático
re viravo ltas, toda a fa m ília de Jo sé que governou o Egito] sobre as Duas
se m udou p ara o Egito e viveu em Terras. É provável que a m igração de
paz por algum tem po. Jacó para o Egito estivesse relacionada
com o crescimento do poder dos hicsos,
Hora De Aprender e se fosse este o caso, a ascensão de
José à proeminência política teria sido
I - DE HÓSPEDE A ESCRAVIZADO uma questão, com parativam ente, de
A fa m ília de Israel foi recebida no pouca dificuldade. M as a sorte sem ita
Egito com o co nvid ad a do rei. A pós no Egito foi revertida com a expulsão
muitos anos, o povo cresceu e a rela­ dos hicsos por Ahm ósis I, e conforme
ção com o governo do Egito foi sendo fontes contemporâneas, os semitas que
transform ada. O problema começou permaneceram na região do Delta eram
escravizados, ou obrigados a trabalhar
quando surgiu um novo rei, que não
como camponeses na região da antiga
reconhecia o legado de Jo sé (Êx 1.8).
capital dos hicsos. Essa circunstância
Ele tem eu o crescim ento do povo e
parece corresponder àquela descrita
maltratou os israelitas com trabalhos
no primeiro capítulo do livro de Êxodo"
forçados e pesados (Êx 1.9-11). Assim,
(HARRISON, R. K. Tempos do Antigo
os egípcios começaram a persegui-los.
Testamento. Rio de Ja n e iro : CPAD,
T o d avia, q uanto m a is e ram m a l­
2010, pp. 118-119).
tratados, m ais os israe litas cresciam
(Ê x 1 .1 2 ). Com m edo d e sse c r e s ­
cim ento, os eg íp cios e sc ra v iz a ra m II - 0 CHAMADO DE MOISÉS
os isra e lita s e p assara m a tra tá -lo s O novo Faraó viu o crescim ento do
com crueldade. Faraó obrigou-os a povo hebreu e tem eu um a rebelião
tra b a lh a r em plantações, fabricação (Êx 1.9-10). Por isso ordenou que todos
de tijolos e construções, sempre com os meninos recém-nascidos israelitas
m uita b rutalid ad e (Êx 1.1 2 -14 ). fossem jogados no rio Nilo (Êx 1.22). En­
tretanto, havia uma promessa de Deus m ais um dia comum de trabalho, mas
sobre os hebreus: “[...] Fique sabendo, M oisés teve um encontro com Deus,
com certeza, que os seus descendentes quando estava apascentando as ove­
viverão num país estrangeiro; ali serão lhas (Êx 3.1,2).
escravos e serão m altratados durante Moisés recebeu o cham ado de Deus
quatrocentos anos. Mas eu castigarei a para ser o libertador do povo de Israel.
nação que os escravizar. E os seus des­ Ele relutou com Deus, mas se entregou
cendentes, Abrão, sairão livres, levando ao chamado dEle. Obedecendo a Deus,
muitas riquezas” (Gn 15.13,14). Assim, ele voltou ao Egito. No passado, Moisés
mesmo em meio à dor e à escravidão, o tentou proteger alguns hebreus e me­
povo nutria a esperança nas promessas diar conflitos entre eles e os egípcios.
de Deus. Mas, acabou cometendo um homicídio
e fugiu para o deserto (Êx 2 .1 1 -15 ).
2.1 - 0 nascimento de Moisés
Desta vez M oisés estava retornando
Joquebede, a mãe de Moisés, preci­ ao Egito como o libertador, enviado
sou escondê-lo assim que ele nasceu, por Deus (Êx 3.10).
para que o menino não fosse m orto Portanto, não fique ansioso sobre
pelos egípcios (Êx 2.1). Os soldados de quando as p ro m e ssa s de D eus vão
Faraó tinham a ordem de m atar todos se cumprir em sua vida, saiba que, no
os meninos recém-nascidos dentre os tempo certo, todas hão de acontecer
hebreus. Após três m eses, o menino para a glória de Deus.
foi posto no rio Nilo, por sua própria
mãe, em uma cesta de juncos, a fim de
salvá-lo. Ele foi encontrado e adotado
pela filha do Faraó (Êx 2.5-10).
D esta form a, M oisés foi criado no Selecio nam os o texto abaixo para
palácio do Faraó, com as regalias e a você compartilhar com seus alunos. Ele
form ação de um príncipe. Entretanto, apresenta uma abordagem direta e faz
quando chegou a idade de 40 anos,fugiu aplicações sobre a vida de Moisés para
os adolescentes. Escolha um momento
para o deserto de Midiã, pois ao tentar
propício da aula e com partilhe o texto
resolver uma briga entre um israelita e
com sua turm a.
um egípcio, acabou matando o egípcio,
“Você consegue imaginar Moisés em
o que, p o steriorm ente, motivou sua
uma entrevista de emprego? O entre­
fuga (Êx 2.11-15). Porém, Deus tinha
vistador pergunta a M oisés sobre as
um plano na vida de Moisés.
suas referências e o seu passado (que
2.2 - No deserto de Midiã inclui contro vérsias e sucesso s), e o
No deserto de Midiã, Moisés se casou, nosso herói responde gaguejando. Este
teve filhos e se estruturou. Após 40 anos não é um retrato inspirador do homem
de perm anência no deserto, Deus se que Deus escolheu para liderar o seu
apresentou a Moisés por meio de uma povo através do êxodo, o resgate de
sa rça ardente. Era para se r ap e n as todos os resgates.
E, no entanto, Moisés é precisamente balhos ainda mais pesados (Êx 5.10,11).
a pessoa que D eus escolhe. M oisés M as Moisés e Arão foram novamente
tin h a o u tras hab ilid ad e s e paixões, ao rei do Egito, desta vez fazendo um
com o seu posicionam ento contra a m ilagre: Deus transform ou o cajado
in ju stiça (m a n ife sta d o quando um de Moisés em uma serpente (Êx 7.10).
egípcio estava agredindo um escravo Entretanto esse sinal não foi suficiente,
judeu) e sua disposição de ouvir (m a­ pois o rei continuou negando o pedido
nifestada quando Deus falou do meio de Moisés e Arão (Êx 7.13).
de uma sarça ardente). É como se Deus 3.2 - As pragas
visse estes pontos fortes e convidasse
M ediante as constantes negativas
Moisés a fazer parte do acontecimento
do rei do Egito em lib e rta r o povo,
mais importante da história até aquele
Deus interveio de form a poderosa. O
momento.
texto bíblico relata que Ele enviou dez
Na verdade, isto não é muito diferente
pragas sobre o Egito. As pragas foram a
da form a como Deus vê você. Ele vê a
estratégia que Deus usou, não só para
sua paixão pela justiça. Ele vê o seu amor
punir o Egito por seus pecados, como
pela vida. Ele vê o seu desejo de fazer
tam bém para quebrantar o coração
a coisa certa. Ele vê a sua disposição
do Faraó, com a finalidade de libertar
de fazer algo diferente. Como Moisés,
o povo hebreu dojugo da escravidão.
pode ser que você ainda não veja todas
Deus enviou uma sequência de nove
essas coisas em si mesmo; m as Deus
vê. E Deus ch am a você, assim como pragas, a sa b e r: a s ág u as tra n s fo r­
cham ou Moisés, para fazer parte do m adas em sangue (Êx 7.19,20); as rãs
resgate” (Bíblia The Way, Rio de Janeiro: (Êx 8.1-1-7); os piolhos (Êx 8.16-19); as
CPAD, 2016, p. 72). moscas (Êx 8.20-24); a peste nos animais
(Êx 9.1-7); as úlceras (Êx 9.8-12); a chuva
de pedras (Êx 9.22-26); os gafanhotos
III- A S PRAGAS E A PÁSCOA (Êx 10.12-15); as trevas (Êx 10.21-23).
Após as nove pragas, Deus anunciou a
3.1 - Diante do Faraó
décima praga, a morte dos primogênitos
Com a devida orientação e confirma­ (Êx 11.1-7), e instituiu a primeira páscoa
ção de Deus, Moisés, juntam ente com antes da m orte dos prim ogênitos de
seu irmão Arão, foi fa la r com o rei do
fato ocorrer (Êx 12.1,2,11).
Egito e pediu que o povo de Israel fosse
3.3 - A Páscoa
liberto dojugo da escravidão, a fim de
que todos fossem para o deserto adorar A primeira Páscoa esteve intimamente
a Deus (Êx 5.1). Todavia a resposta do ligada à décima praga, pois era neces­
Faraó foi negativa. Ele disse que não sário fazer o sacrifício de um cordeiro
conhecia o Deus de Israel e que não e m arcar os umbrais da porta de casa
deixaria o povo sair do Egito (Êx 5.2). com o seu sangue. Tal sinal serviu de
Por isso, Faraó ficou ainda mais enfu­ proteção para que os primogênitos dos
recido com os israelitas e deu-lhes tra ­ israelitas (e de todos os que seguiram
esta ordem divina), pois eles foram pou­ Testamento intencionalmente passam
pados pelo Anjo da Morte, que passou do cordeiro para o Cordeiro, do tipo
sobre o Egito (Êx 12.21-23). sim bólico para o p erso nagem real,
Os elementos da Páscoa judaica são de form a a se m anifestar a plenitude
o cordeiro sacrificado, os pães asm os do plano divino. A prisão já não é a
(sem ferm ento) e as ervas am arg as escravidão, m as o reino das trevas. Os
(Êx 12.7-9). A orientação de Deus foi cativos resgatados já não são Israel,
clara: nada deveria ser deixado para o m a s o mundo. A red enção , em vez
dia seguinte e tudo deveria ser comigo de um a m udança geográfica, é uma
rapidam ente (Êx 12.10), pois após a m udança ética.
m orte dos prim ogênitos egípcios, o Assim como o cordeiro no Egito, nem
povo seria liberto. um único osso de Jesus, o Cordeiro, foi
Após a celebração da Páscoa, Deus quebrado (Jo 19.36). As duas referências
deu a vitória ao povo escolhido e todos explícitas a Cristo como Cordeiro Pas­
saíram depressa do Egito em direção ao cal, nas Epístolas do Novo Testamento,
deserto (Êx 12.37,38). Eles receberam estão em 1 Coríntios 5.7 (‘Cristo, nosso
presentes dos egípcios. Dessa form a, Cordeiro' [ARA]) e 1 Pedro 1.19 (‘um
os hebreus tom aram as riquezas dos cordeiro imaculado e incontaminado').
egípcios (Êx 12.36). Assim , Deus cum ­ O interessante nessas passagens é que
priu a sua Palavra aos descendentes Paulo e Pedro, em vez de procurarem
de Abraão (Êx 12.40-42). form ular um discurso teológico sobre
Deus ordenou que o povo israelita soteriologia, estão m ais preocupados
comemorasse a Páscoa todo ano, para com as im plicações da redenção por
que se lem brassem a m aneira como meio do Cordeiro para um a vida em
Deus livrou o povo da escravidão no santidade. Ou seja, os apóstolos vão
Egito (Êx 13.3). Por outro lado, a nossa além da salvação e tratam da santifi­
Páscoa, a cristã, é com em orada anu­ cação” (HAMILTON, Victor P„ Manual
alm ente com o foco em Cristo, porque do Pentateuca. Rio de Janeiro: CPAD,
Jesus ressuscitou durante a celebração 2007, p.192).
da Páscoa e ressignificou o seu sentido.
Hoje, na Páscoa, celebramos a ressurrei­
ção de Jesus Cristo e a nossa libertação CONCLUSÃO
da escravidão do pecado.
O povo de Israel chegou como convi­
dado ao Egito, mas após algum tempo
sofreu muito sendo escravizado, perse­
guido e açoitado. Entretanto, no tempo
Na Páscoa cristã o cordeiro é Jesus certo, foi liberto por Deus de forma mi­
Cristo e o povo que está sendo salvo lagrosa e poderosa. Portanto, podemos
é todo aq u e le que crê no cordeiro crer que Deus vê o nosso sofrimento,
que tira o pecado do mundo. A Bíblia ouve e atende nossas orações, assim
deixa isso claro. "Os escritores do Novo como fez com os israelitas.
VAMOS PRATICAR
1. Correlacione as colunas corretamente:
a) A praga dos gafanhotos. ( b ) I a Praga

b) As águas transformadas em sangue. ( e ) 2a Praga

c) A praga dos piolhos. ( c ) 3a Praga

d) A praga da chuva de pedras. ( / ) 4a Praga

e) A praga das rãs. ( g ) 5a Praga

f) A morte dos primogênitos. ( j ) 6a Praga

g) A praga da peste nos anim ais. ( d ) 7a Praga

h) A praga das trevas. ( a ) 8a Praga

i) A praga das moscas. ( h ) 9a Praga

j) A praga das úlceras. ( f ) 10a Praga

2. Qual planta queimava no monte no momento do chamado de Moisés?

( ) Figueira ( x ) Sarça ( ) Cedro

( ) Videira ( ) Oliveira

P ense N isso
“A Festa dos Pães Asmos identifica­
va os hebreus como um povo único,
como se estivessem m arcad o s por
Deus. O que você faz que o identifica
como seguidor de Jesus? Pense sobre
a m aneira como age em casa, na es­
cola; como demonstra seu amor pelos
sem elhantes, seus cuidados com os
excluídos da sociedade [...]. Os cristãos
são identificados pelo am or a Deus e
ao próximo" (A Bíblia em Fascículos,
V. 2, CPAD, p. 29).
* A GRANDE JORNADA
| NO DESERTO

LEITURA BÍBLICA
Salm os 105.37-45
Devocional
Segunda » Êx 13.17-22

Terça » Êx 16.1-6
A MENSAGEM
Quarta » Ex 33.1-5
O SENHOR disse a Moisés: — Por que
você está me pedindo ajuda? Diga ao Quinta » Êx 33.7-11
povo que marche. Levante o bastão e
o estenda sobre o mar [...].
Êxodo 14.15,16
Objetivos
2» ENSINAR sobre a tra je tó ria do
povo de Israel pelo deserto;

^ EN SIN A R sobre o cuidado e a


providência de Deus com o seu povo,

^ R EFLETIR que não p recisam o s


tem er em situações de adversidade,
e sim ter fé em Deus.

Ei Professor!
Ponto de Partida
D iante de situ açõ es a d ve rsa s, o
tem o r do que acontecerá pode ser O deserto é um lugar onde há muita
grande, sobretudo quando essas si­ escassez de recursos naturais. No de­
tuações fogem totalm ente ao nosso serto pode faltar água, mantimento,
controle; ter medo é algo natural para segurança e conforto. O povo escolhido,
algumas vezes, reclamou com Moisés
o ser humano.
O povo de Isra e l tem eu quando por não ter o conforto e o alim ento
estava sitiado entre o m ar Vermelho que desejavam; em alguns momentos
e o exército egípcio. Todavia, o povo cogitaram até m esm o voltar para o
pediu ajuda a M oisés, que, por sua Egito. M as foi no deserto que o povo
vez clam ou ao Senhor. A resposta vivenciou muitos m ilagres e experiên­

de D eus foi; “[...] Diga ao povo que cias com Deus.


marche" (Êx 14.15). E eles obedeceram. Reflita com os seus alunos que si­
Clam e a Deus em m om entos de­ tuações de escassez em nossas vidas
safiadores, tenha fé e siga em frente, são oportunidades para termos novas
mesmo diante de grandes dificuldades. experiências com Deus, para experi­
m entarm os crescim ento espiritual e
Não permita que o medo te paralise e
am adurecimento da nossa fé. Pontue
te sabote; confie em Deus. Não pare
tam bém que nos momentos de pro­
em sua caminhada.
vação não devemos murmurar. Antes,
precisam os continuar confiando em
XXX Deus, pois Ele jam ais nos abandonará.

XX
povo que o tiraria do Egito. Diante do
Vamos Descobrir m a r V erm elho e com o exército de
Ajornada pelo deserto foi uma traje­ Faraó enfurecido em sua direção, o
tória de milagres. Desde as 10 pragas povo tem eu e clam ou por socorro. E,
do Egito, que serviram de libertação nesse contexto, a ordem de Deus para
para os israelitas e humilhação do Egito, M oisés foi para que povo m archasse
passando pelo mar Vermelho e a forma (Êx 14.15).
como todo o povo de Deus viveu e foi
3 - 0 milagre
sustentado no deserto, foi uma história
Após instruir o povo, Moisés ergueu
de milagres.
a mão sobre o m ar e Deus enviou um
Na lição de hoje, veremos que Deus
vento m uito fo rte . D u ran te toda a
cuidou do povo em situações de fuga,
noite o vento soprou veementemente.
peregrinação, culto, alim entação, ves­
Assim , as águas do m ar Vermelho se
timenta e guerras. Deus sempre esteve
presente junto ao seu povo e ja m a is o dividiram e form ou-se um cam inho
abandonou. no meio do mar. Todo o povo de Israel
atravessou, levando idosos, crianças,
Hora de Aprender bagagens e rebanhos. Deus abriu o
m ar Verm elho de t a l m aneira que o
1 - A PASSAGEM PELO MAR povo passou cam inhand o em te rra
VERMELHO seca (Êx 14.22,29).
Os egípcios, com seus so ldados e
1 - 0 primeiro desafio no deserto
carros de guerra, seguiram o povo de
Após a libertação, Deus guiou Israel Israel pelo caminho que era exclusivo
pelo cam in h o do d e se rto , próxim o para o povo de Deus. Então, o Senhor
ao m ar Vermelho. Todavia, quando o
agiu fazendo com que as rodas de seus
povo já havia saído, Faraó mudou de
carro s fic a sse m a to la d a s, de modo
ideia e decidiu persegui-los (Êx 14.5).
que quiseram fugir dos israelitas, por
Faraó organizou o seu exército, com
entenderem que D eus Lutava pelos
carro s, cava le iro s, incluindo os 6 0 0
israelitas (Êx 14.23-25).
m e lh o re s c a rro s, co m an d a d o s por
Quando todo o povo de Isra e l h a ­
seus oficiais, para te n ta r cap turar os
via atra ve ssa d o o m ar, seguindo as
hebreus no deserto (Êx 14.6,7). Isso
orientações de Deus, M oisés ergueu
fez com que o povo te m e sse muito,
a mão novamente e as águas do m ar
achando até que fo ssem m orrer ali
Vermelho se fecharam , exterminando,
m esm o.
assim, o exército de Faraó.
2 - A ordem de Deus O povo de Israel ficou livre para sem ­
Diante de situações ad versas, pre­ pre daqueles que os escravizaram. Esse
c is a m o s c o n fia r em D e u s e te r fé milagre foi tão grandioso e poderoso
que Ele cu m p rirá su a s p ro m e ssa s que se transform ou em poesia para o
em nossas vidas. Deus prom etera ao povo (Sl 66.6).
XX
colunas era totalm ente sobrenatural e X
I - AUXILIO DEVOCIONAL foi uma providência divina para guiar o
povo. Durante o dia, Deus lhes mostrava
“Moisés estendeu a sua mão sobre o o caminho numa coluna de nuvem. À
mar (Ex 14.16,21). Essa ação assinalava noite, Ele os guiava por uma coluna de
de forma visível a iminente intervenção fogo. A coluna de nuvem estava com
sobrenatural. O povo tinha de agir pela eles durante o dia, e a coluna de fogo
fé sem esperar que Deus agisse primeiro. à noite, sinalizando o cuidado de Deus
O plano de batalha impecável exibiu a (Êx 13.21,22).
grande mão (heb. yad, lit. “mão", uma Portanto, já an tes da trave ssia do
expressão usando uma figura de lingua­ m ar Verm elho, a coluna de fogo e a
gem para expressar uma demonstração de nuvem se faziam presentes entre o
de ‘força’, v. 31) que o Senhor mostrara povo e perm aneceram assim durante
aos egípcios. toda a peregrinação pelo deserto rumo
A perseguição implacável dos egípcios à Canaã (Nm 9.16).
que estavam no encalço dos isra e li­
2 - Agua e maná
ta s serve como um a im agem vivida
da fo rm a com o o pecado, de modo O povo de Israel começou uma jo r­
persistente, reúne todas su as forças nada no deserto, que durou 40 anos. A
em esforços para escravizar de novo peregrinação não foi fácil, pois se deu em
aqueles que já foram resgatados da um lugar com poucos recursos naturais.
escravidão (Gl 4.8-9). Houve momentos nos quais o povo
A com preensão hum ana e a força precisou de água e Deus providenciou
de vontade de uma pessoa ou a reso­ (Êx 15.25). Outro exemplo do cuidado
lução de algum as situações por si só de Deus foi o envio do maná. Durante os
são defesas insuficientes, m as quando 40 anos de peregrinação pelo deserto
aq u ele que te m e ao Senh o r dá um os israelitas tiveram maná para comer
passo adiante em obediência e em fé, (Êx 16.35). Ele era enviado todos os
Deus abre caminho onde parece não dias, exceto aos sábados. Portanto, o
haver nenhum (Sl 77.19-20)" (Bíblia povo foi sustentado durante toda sua
de Estudo da Mulher Cristã. Rio de jornada até a terra prometida.
Janeiro: CPA D .2018, p. 124).

auxílio didático^ ^
I I - A PEREGRINAÇÃO
PELO DESERTO “Os israelitas estavam familiarizados
com os bons alim ento s do Egito - o
1 - Colunas de nuvem e fogo peixe, a carne, os m elões e um a v a ­
O m ilag re da tra v e ssia possui a l­ riedade de vegetais. M as logo eles se
gum as peculiaridades e uma delas é encontraram em um deserto desolado,
a presença das colunas de fogo e de acalorados e sedentos, sem comida e
nuvem (Êx 14.24). A presença destas sem água.
►A A A
txx
J. ^ M as D e u s não se e sq u e ce u dos III-CONHECENDO A TERRA
► queixosos hebreus. Ele forneceu outro Por ordem divina, Moisés enviou 12
milagre ao seu povo. Era um alimento e sp ias para conhecerem a te rra de
cham ado maná. O m aná era parecido C a n a ã , lo ca l para onde os hebreus
com uma borracha ou resina, e sem e­ e stavam se dirigindo. Eles tinham a
lhante a uma semente de coentro, que missão de observar a terra que deveriam
era uma semente em form a de pérola conquistar (Nm 13.1,2). Ao todo foram
que crescia por toda a Palestina. 12 espias. Eles eram chefes das tribos
O maná deve ter sido sim ilar ao pão de Israel (Nm 13.3).
(Êx 16.12) e o seu sabor devia ser como Após 40 dias investigando a terra, os
o de biscoitos misturados com mel (Êx espias obtiveram excelentes inform a­
16.31). Todas as m anhãs, exceto no ções, a saber: que a terra era boa, rica
sábado, depois de evaporado o orvalho, e frutífera (Nm 13.27).
finos flocos de m aná cobriam o chão Todavia foi a segunda parte do re­
(Êx 16.14). latório que tomou conta dos ânim os
Durante a sua peregrinação de 40 anos do povo. Os esp ias d e stacara m que
pelo deserto, os israelitas receberam os moradores da terra eram grandes e
o maná seis vezes por sem ana. Eles o fortes, alguns descendentes de gigan­
preparavam de m aneiras variadas, co­
tes e que, além disso, as cidades eram
zinhando-o, moendo-o e fazendo bolos
fortificadas com m uralhas (Nm 13.28).
com ele" (BEERS, Gilbert V. Viaje através
Este parecer foi o suficiente para fazer
da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, p. 66).
o povo desanim ar (Nm 13.20).
M as Josué e Calebe não aceitaram
o desânimo dos 10 espias e nem o do
povo e disseram para o povo não temer,
pois Deus era com eles (Nm 14.6-9).
Entretanto, o povo de Israel não seguiu
as palavras de Josué e Calebe.
A incredulidade do povo despertou o
juízo de Deus. Como consequência do
desprezo que dem onstraram a Deus,
toda aquela geração (pessoas a partir
de 20 anos) foi im pedida de e n tra r
na terra prometida (Nm 14.22,23). A
única exceção foram Josué e Calebe,
os espias que se m antiveram crendo
em Deus (Nm 14.30). A ssim , o povo
precisou fazer uma jornada de 40 anos
no deserto (Nm 14.34). Apenas a nova
geração viveria a prom essa de Deus
(Nm 14.31).
^ I íT auxílio devocim Àl ^ u
“Enquanto os outros se concentravam A terra era
nos ‘gigantes’ da terra, Calebe mante-
ve-se firm e na promessa de que Deus
boa, rica e
daria a seu povo a ‘terra que mana Leite
frutífera.
e m el’ (Nm 14.8). O caráter de Calebe
mostrou ter ‘outro espírito’ (14.24).
É fá cil ser guiado pelo que as pes­
99
so as pensam ou pelo que os outros as prom essas de Deus se cum priram
dizem sobre nós. É muito m ais difícil e Moisés instruiu os israelitas a tom ar
perm anecer firm e nas prom essas de a terra" (Bíblia Além do Sofrimento.
Deus, quando estam os em minoria e CPAD: Rio de Janeiro: 2020, p. 207).
as circunstâncias não fazem sentido [...].
No final, os fiéis sofreram pela fa l­
ta de fé dos outros. C a le b e e Jo su é
CONCLUSÃO
p eregrinaram pelo deserto durante Deus resgatou o povo de Israel do
quase quarenta anos. Contudo, o firme Egito. Durante 40 anos os hebreus pe­
com p rom isso de C a le b e com D eus regrinaram no deserto e viram grandes
durante esse período contribuiu para milagres de Deus. Ajornada no deserto
o seu te ste m u n h o duradouro. Que formou uma geração forte, que conhe­
alegria Calebe deve ter sentido quando ceu a Deus verdadeiramente.

A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
A A A A A A A A A A A A A A A A A
- A

VAMOS PRATICAR
1. Qual foi a ordem de Deus para Moisés quando estavam diante do mar
Vermelho?
A A
Deus ordenou o povo marchar.

A A
2. Como a coluna de nuvem e fogo agia no meio do povo I

Deus guiava o povo através de uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna
de fogo durante a noite.
XXX

3. Quem foram os espias que se mantiveram fiéis a Deus?


Josué e Calebe.

XXI
* A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Â
A A A A * AA A A * * A A A

MINHAS IDÉIAS
Í U Í "__________ ________________ A A A
A A A
_— —------------■
_________ ________ _____________ _______ "

A A A
A A A

Pense Nisso
Um ponto que devemos observar é
que sempre haverá pessoas, inclusive
próximas a nós, que tentarão nos de­
sanim ar de alguma forma. Mas, assim
como Josué e Calebe, que não duvida­
ram da prom essa de Deus, devemos
e star firm es e confiantes em Deus e
não absorver palavras que venham a
tentar destruir a nossa fé.
* MOISÉS E JOSUÉ, GRANDES ^
I LÍDERES DO POVO DE ISRAEL í

LEITURA BÍBLICA
Êxodo 33.7-11
Devocional
Deuteronômio 31.1-8 Segunda » Êx 3.14,15

Terça » N m 12.3
- u ----------------------------------
Quarta » Êx 20.1-8
A MENSAGEM
O Senhor disse a Moisés: — Chame Quinta » Êx 20.12-17
Josué, filho de Num, que é um homem
competente, e ponha as mãos sobre ele.
Sexta » Êx 34.10-14
>
Números 27.18 Sábado » Nm 27.18-23 >
X <

------------- 99 -
T ▼ T
Objetivos ▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼

>» ENSINAR que Deus estab elece T T T


lid e ra n ças para se rv ir e cuidar do
seu povo;

^ EXPOR o legado espiritual da lide­


rança de Moisés para o povo de Israel;

DESTACAR que lideranças huma­


nas precisam se subm eter a Deus e
serem fiel a Deus, conforme o exemplo
de Moisés e Josué.

XX
Ei Professor!
Ponto de Partida
D eus é quem lhe ca p a c ita e lhe
p rep ara para a re a liza ç ã o de sua Ninguém faz nada sozinho! Essa não
obra. Talvez você leia as histórias de é uma frase clichê. Ela tem aplicação
grandes líderes como Moisés e Josué reale assertividade. Ela mostra o valor
e pense que não seria capaz de atuar do trabalho em equipe. Nem mesmo
m in iste ria lm e n te como eles. M as, Moisés, um dos principais líderes de
lem bre-se que Deus é quem estava Israel, que teve uma das missões mais
agindo por eles. O mesmo Deus está difíceis da história, trabalhou sozinho.
pronto para usar você, no lugar onde Moisés, não só liderou junto com seus
irm ãos, Arão e Miriã, como tam bém
você está.
M oisés e Jo su é foram lideranças delegou responsabilidades a outros
fortes que marcaram seu tempo, cada chefes dentre o povo.
um na sua época. Aprendemos com Use esse exemplo para m ostrar a
eles que lideranças são transitórias. im portância dos líderes para a igreja
Nós devemos servir, ensinar e minis­ local. D estaque tam bém que todas
trar para fazer a diferença hoje na vida as pessoas são im portantes, inclusive
dos nossos alunos. Esse é o tempo de cada adolescente. No Reino de Deus
ensinar a Palavra, interceder e instruir precisam os uns dos outros, o projeto
o ad olescente no cam inho que ele de Deus é que sua Igreja caminhe em
comunhão e interdependência, servindo
t deve andar.
e am ando uns aos outros.
o e
cxx
cx
XX)
um e xce le n te o uvin te e ju lg a v a as
Vamos Descobrir questões do povo (Êx 18.13). M oisés
M oisés foi um homem que possuía ficava o dia inteiro ouvindo os dilem as
as c a ra c te rístic a s de um bom Líder, do povo e ainda propunha soluções
além de ter sido escolhido por Deus para os p ro blem as. A lém disso, ele
para esse ofício. A liderança de M oi­ tam bém era extrem am ente humilde
sé s foi m uito sig n ific a tiv a . Ele não (Nm 12.3).
apenas guiou e organizou o povo em Essas qualidades não são importan­
termos legais e civis. Mas, seguindo as tes apenas para pessoas em posição
orientações de Deus, ele estabeleceu de liderança. Nós que somos cristãos
um código de ética em Israel e os pa­ devem os nos inspirar no exemplo de
râm etro s de culto ao Senhor. Outro M oisés e p ro cu ra r d e se n vo lve r em
grande líder que se desenvolveu no nossas vidas essas mesmas qualidades
deserto foi Josué. Ele sem pre aco m ­ (Mt 5.5-9).
panhava M oisés e deu continuidade 2 - Trabalho em equipe
ao seu legado, adentrando o povo à
Na vida de M oisés tam b ém pode­
Terra Prom etida.
m os o b se rv a r um a co nd u ta m uito
sábia. Ele ficava muito tempo ocupado
Hora de Aprender ouvindo a s q u e stõ e s que e x istia m
I - A LIDERANÇA DE MOISÉS entre o povo, instruindo as fa m ília s
e e n sin a n d o os m a n d a m e n to s de
1 - Moisés, um grande líder Deus (Êx 18.16).
M oisés foi um hom em escolhido P o ré m , c e rto d ia , e le re ce b e u a
por D eus. Ele preparou M oisés por visita do seu sogro, Jetro . O b servan­
8 0 a n o s a té que e le fic a s s e ap to do a rotina de M oisés, Je tro sugeriu
p ara lid e ra r o povo rum o a C a n a ã . u m a n o va d in â m ic a de a t u a ç ã o .
D u ra n te 4 0 a n o s M o isé s viveu no Ele orientou M oisés a tra b a lh a r em
Egito e por m ais 40 anos ele morou equipe e d elegar responsabilidades.
no d e s e rto (A t 7 .2 3 ,3 0 ). Q u a n d o Em vez de fazer tudo sozinho, Moisés
fin a lm e n te e sta v a apto a lid e ra r o poderia nomear novos líderes e juizes
povo escolhido, Deus o cham ou para que ajudariam o povo a se organizar
essa grande m issão. e M oisés ate n d e ría ap e n as à s p e s­
Moisés, durante o exercício do seu so a s com p ro b le m a s m a is g ra v e s
m in is té rio , d e m o n stro u a lg u m a s (Êx 1 8 .2 1 ,2 2 ).
q u a lid a d e s que são ind isp e n sáve is M oisés aceitou o conselho de seu
para um líder: com unhão com Deus, sogro e escolheu homens para serem
obediência à voz do Senhor, longa- chefes de mil, de cem, de cinquenta e
nim idade, sabedoria e perseverança. de dez pessoas. Tais líderes atendiam
Além de ser tem ente a Deus, M oisés às q uestõ es m a is fá ce is e le vava m
teve coragem para enfrentar a tirania apenas as m ais difíceis para M oisés
do Faraó (Êx 5 .1 ); e le ta m b é m era (Êx 18.24-26).
justamente e guardar seus mandamen­
I-AUXÍLIO DEVOCIONAL tos e estatutos.
1 - Os 10 mandamentos
“Aqui está um teste rápido de lide­
rança. O líder olha nos olhos da pessoa Moisés, obedecendo a voz do Senhor,
que fala com ele? Nesse caso, o líder é subiu ao monte Sinai e recebeu as duas
atento, interessado e preocupado com placas de pedra com os mandamentos,
as necessidades do membro da equipe escritos pelo próprio Deus (Êx 31.18).
[...]. Bons líderes levam as pesso as a Estes mandamentos eram para orientar
sério. E scu ta m cu id a d o sa m e n te as o povo sobre a sua conduta em relação
palavras, inflexão e emoções expressas a Deus e ao seu próximo. Os 10 m an­
pelos outros. damentos são:
Líderes escutam as idéias dos seus • "Não adore o utros deuses; adore
associados. Podem não agir em toda somente a m im” (Êx 20.3);
sugestão que recebem, m as escutam • “ Não fa ç a im a g e n s de nen h u m a
com atenção para ouvir metodologias coisa que há lá em cima no céu, ou
novas [...]. Também escutam reclam a­ aqui embaixo na terra, ou nas águas
ções. Líderes entendem que emoções debaixo da terra” (Êx 20.4);
g u a rd a d as podem se r exp lo siva s e • “Não use o meu nome sem o respeito
sufocantes ou poderia muito bem su­ que ele merece [...]” (Êx 20.7);
fo car os esforços do resto da equipe. • "Guarde o sábado, que é um dia santo
Avaliam o feedback dos mem bros de [...]” (Êx 20.8);
equipe críticos. Compreendem que os • "Respeite o seu pai e a sua mãe [...]”
gritos e preocupações dos outros são (Êx 20.12);
brados pela atenção pessoal. Os líderes • “Não m ate” (Êx 20.13);
aprendem porque eles ouvem” (TOLER, • “Não cometa adultério” (Êx 20.14);
Stan. Minutos de motivações para lí­ • “Não roube” (Êx 20.15);
deres. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 63). • "Não dê testem unho fa lso contra
ninguém" (Êx 20.16);
• “Não cobice a casa de outro homem
I I - A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE [...]” (Êx 20.17).
EDA ESPIRITUALIDADE DO POVO Além desses mandamentos, o Senhor
Os israelitas haviam saído recente­ entregou a Moisés diversas orientações,
mente de um longo período de escra­ revelações, leis e estatutos, que estão
vidão em uma nação idólatra, por isso registrados em um conjunto de cinco
era preciso que Deus tratasse o povo livros que são identificados como Pen-
e ensinasse as leis, de acordo com a tateuco e cham ados pelos judeus de
sua vontade. D urante a jo rn a d a no livros da "Lei" (Gênesis, Êxodo, Levítico,
deserto o povo recebeu a Lei do Senhor Números e Deuteronômio).
e aprendeu a adorá-lo. Esse foi o legado A Lei do Senhor orientou e formou
do ministério de Moisés. Por meio dele, a identidade do povo de Israel, que se
Deus instruiu o povo escolhido a andar tornou uma nação que era referência
para todos os povos, pois adorava ao exceto a arca e os dois altares (Nm 7).
único Deus verdadeiro e era guiada por Antes de deixar o Sinai, o altar da oferta
seus princípios dejustiça. queimada e os utensílios de ouro e prata
2 - A ordem para a construção do fo ram consagrados. O T a b ernáculo
havia permanecido levantada no Sinai
tabernáculo
por 50 dias (Nm 10.11).
A fim de estabelecer a adoração de
Do Sinai até Canaã se passaram mais
form a santa e ag radável no meio do
39 anos. Destes, quase 38 anos foram
povo de Israel, Deus ordenou a constru­
p assa d o s em C ad e s. Os s a c rifíc io s
ção do Tabernáculo (Êx 25.1,8,9). Mas,
comuns não foram oferecidos durante
talvez alguém questione: “como eles
esse período (Am 5.25). [...] Quando Israel
poderíam fazer algo assim no meio do
finalm ente entrou na terra de Canaã,
deserto"? O povo saiu do Egito levando
uma das prim eiras considerações foi
muitos despojos (Êx 12.35,36). Sabendo
encontrar um lugar de descanso para
disso, Deus pediu uma oferta especial
o Tab ernáculo . Este deveria ser um
de diversos m ateriais (Êx 25.2-7) com
lugar que não houvesse sido habitado
o objetivo de construir o Tabernáculo
e que estivesse livre da contam inação
(Êx 25.8).
das sepulturas hum anas. Tal lugar foi
A Tenda Sagrada (Tabernáculo) de­
encontrado em G ilg al (Js 4:19; 5.10;
veria ser construída de acordo com
9.6; 10.6,43). Gilgal, porém, nunca foi
a orientação divina. Cada detalhe da
considerado um local perm anente. A
construção, objetos sagrados e roupas
questão de um local perm anente foi
dos sacerdotes, deveria ser executado de
um a questão de ciúme in tertrib al, e
acordo com o plano de Deus (Êx 31.7-11).
foi assim enfim fixado pela remoção
Tudo foi confeccionado e o Tabernáculo
de Ta b ern ácu lo p ara Siló (Js 1 8 .1 )”
foi erguido cerca de 1 ano depois que os
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de
israelitas saíram do Egito (Êx 40.2,17).
Janeiro: CPAD, 2006, p. 1874).
“Então a nuvem cobriu a Tenda, e ela
ficou cheia da glória de Deus, o Senhor"
(Êx 40.34). Assim Deus habitou e atuou III-JO S U É , 0 FIEL APRENDIZ
no meio do seu povo.
1 - Josué, o fiel aprendiz
Josué foi alguém que sempre esteve
II-AUXÍLIO DIDÁTICO junto de Moisés, desde os momentos
de guerra (Êx 17.8-10) aos momentos
“O Tabernáculo foi montado no Sinai de oração (Êx 24.13).
no primeiro dia, do primeiro m ês, do O texto bíblico relata que Josué era
segundo ano (Êx 4 0 .2 ,1 7 ), isto é, 14 o moço, aprendiz de Moisés, e após o
dias antes da celebração da Páscoa no libertador de Israel falar com Deus face
primeiro aniversário do Êxodo. Quando a face, na Tenda da Presença, e sair de
os israelitas recomeçaram a sua viagem, volta ao acampamento israelita, Josué
seis carros carregaram todas as coisas permanecia na Tenda (Êx 33.11).
Portanto é evidente que Jo su é foi Após 40 anos de liderança, M oisésjá
influenciado pela liderança de Moisés, se encontrava com 120 anos de idade
pois sempre estava junto do seu líder, e D eus ordenou que ele no m e asse
orando com ele e o acompanhando em um novo líder. O sucesso r escolhido
diversas situações. Essa m entoria de por D eus foi Jo s u é (Nm 2 7 .1 8 -2 0 ).
Moisés ajudou a Josué na sua formação Reconhecendo que seu tempo estava
pessoal e espiritual. passando (Dt 31.2), Moisés põe Josué
Josué era um dos espiões que foram diante do povo e o encoraja a liderar a
ob servar e Terra Prom etida e voltou nação de Israel (Dt 31.7).
com re la tó rio p o sitivo , c o n fia n d o Assim, Moisés deixou bem claro para
na p ro m e ssa de D eus (Êx 1 4 .6 -8 ). todo o povo que Josué seria seu suces­
Tam b ém o próprio Deus deu te s te ­ sor. A liderança de Moisés foi transferida
m unho de Jo s u é , d izend o que ele para Josué, que deu continuidade à
era com petente (Nm 27.18). Ter um grande missão de levar o povo de Israel
bom testem unho, tanto da parte dos até Canaã (Dt 34.9).
hom ens, quanto da parte de Deus é
fu n d am e n tal para o cristão.
2- A transição da liderança ^ AUXÍLIO DIDÁTICO
M oisés, m esm o sendo um grande "O texto de Deuteronômio 34.9 revela
líder, não pôde entrar na Terra Prome­ que Josué havia sido escolhido por Moi­
tida. Em certa ocasião, quando faltou sés para substituí-lo posteriormente. Até
água ao povo, Deus pediu a M oisés chegar ao ponto de estar devidamente
que fa la sse à rocha que ela jo rra ria preparado para aquela missão, Josué
água. Todavia, M oisés desobedeceu demonstrou ser um homem cheio do
e feriu a rocha com o seu cajado duas espírito de sabedoria' mediante atitudes
vezes (Nm 20. 7 ,8 ,1 1,1 2). O m ilagre que tomou ao longo de sua vida. Logo
da ág ua jo r r a r aco n te ce u , pois era no primeiro capítulo do seu livro (Josué),
um a extrem a necessidade do povo, destaca-se uma lista de qualificações
m as com o consequência, M oisés (e despertadas pelo Senhor para se ter
seu irm ão Arão) não puderam entrar uma liderança eficaz: Primeira, força e
em C anaã. coragem para enfrentar as am eaças
Deus permitiu a Moisés apenas ob­ (Js 1.6,7,9); segunda, prioridade com
servar e ver de longe a beleza da terra a P a la v ra de Deus, m editando nela,
que Ele prometeu e que entregaria ao dia e noite (Js 1.8); terceira, obediên­
seu povo (Dt 34.4). Esse episódio da cia incondicional às diretrizes divinas
vida de M oisés deixa claro que nos­ para obter êxito (Js 1.7,8). Por estas
sas ações têm consequências diante qualificações Josué teria eficácia e pros­
de Deus e diante dos hom ens e que peridade em sua missão de liderança"
precisam os nos m anter fiéis, m esm o (CABRAL, Elienai. Josué: um líder que
em m om entos de grande pressão e fez a diferença. Rio de Janeiro: CPAD,
desgaste emocional. 2012, p. 19).
CONCLUSÃO transform ar o povo de Israel em uma
nação organizada, com leis civis. Acima
A liderança de Moisés foi muito sig­
de tudo, Ele ensinou a Lei de Deus ao
nificativa para a história de Israel. Ele
povo e instituiu a adoração, segundo
foi a pessoa que Deus usou para tirar
a orientação do Senhor. A m issão de
os hebreus do Egito e para guiá-los
liderar o povo de Israel após a partida
no deserto rum o à C a n a ã . D urante
de Moisés foi entregue a Josué.
essa jo rnada, Deus usou Moisés para

VAMOS PRATICAR
1. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso nas afirmações abaixo:

( F ) Moisés não aceitava conselhos e trabalhava sozinho.

( v ) Os israelitas haviam saído de um longo período de escravidão em uma


nação idólatra, por isso era preciso que Deus tratasse o povo e ensinasse as leis
de acordo com a sua vontade.
( F ) Josué, por seu um aprendiz rebelde e ausente, foi escolhido para ser o novo
líder e sucessor de Moisés.
( 1/ ) Josué era um dos espiões que foram observar e Terra Prometida e voltou
com relatório positivo.

Pense Nisso
A obra de Deus requer coragem. Deus
nos chama para desafios que são muito
grandes e nós, muitas vezes, não nos
sentimos capazes de aceitar o cham a­
do. Todavia, os exemplos de Moisés e
Josué nos inspiram a seguir em frente.
Ambos foram corajosos e tem entes a
Deus. Com eles, aprendemos que pela
fé podemos vencer grandes desafios.
Xr A CONQUISTA DA 1
I TERRA PROMETIDA À
LEITURA BÍBLICA
Josué 1.1-9
Devocional
Segunda » J s 1.9

-u ----------------
A MENSAGEM
Terça » J s 10.12-14

Quarta » J s 14.6-15
O meu servo Moisés está morto.
Agora você e todo o povo de Israel se Quinta » J s 20.1,2,9
preparem para atravessar o rio Jordão
e entrar na terra que vou dar a vocês. Sexta » Hb 11.30,31
X
Josué 1.2
Sábado » J s 24.14-16 X
> X

---------------------------------------
T
T
T

t O bjetivos
^ > MOSTRAR que a história de Israel
é m arcada por grandes milagres;

^ EN SIN A R ao s a d o le sc e n te s a
crerem no poder de Deus,

^APONTAR a fidelidade de Deus,


mediante o cumprimento da promessa
sobre a conquista da terra prometida.

Ei Professor! Ponto de Partida


Nosso Deus faz milagres! Essa é uma Para intro duzir a a u la , pergunte
afirm ação poderosa. Nós devem os aos alunos se eles já tiveram algum a
crer nessa verdade bíblica. A lição de experiência milagrosa com Deus. Peça
hoje relata m ilagres extrem am ente para que se recordem se conhecem
poderosos: a abertura do rio Jordão, alguém que foi curado ou liberto de
a queda das m u ralh as de Jerico , a pelo Senhor. Estimule ao máxim o as
chuva de pedras de gelo e a parali- p articip açõ es e ouça ate n tam e n te
zação do tempo. cada com partilhamento.
Todos esses milagres foram feitos Em seguida, explique que antes de
por Deus, a fim de cumprir os propó­ Josué iniciar sua jornada, na qual viu
sitos d Ele com Israel. Por isso, cremos muitos milagres publicamente, ele teve
que, assim como Deus fez m ilagres uma experiência marcante com Deus em
por meio de Josué para dar vitórias particular. Josué foi encorajado por Deus
ao povo de Israel, Ele pode tam bém a ser forte e sempre seguir em frente
fazer m ilagres por meio de sua vida em meio a desafios e adversidades.
para abençoar outras pessoas, sobre­ Assim, citando Josué como exemplo,
tudo seus alunos. Ore a Deus e peça faça uma aplicação à vida de seus alu­
que use você de form a poderosa no nos, expondo que quando estivermos
ministério do ensino. frente a um grande desafio ou em meio
a uma enorme adversidade, devemos
crer que Deus está conosco e que nunca
nos desam parará.
com ele, assim como foi com M oisés
Vamos Descobrir (Js 1.2,5,6).
Promessas são cumpridas por Deus, Josué encheu-se de fé e reuniu o povo,
todavia devemos fazer a nossa parte conclam ando todos a se prepararem
para conquistá-las. E qual é a nossa para atravessar o rio Jordão (Js 1.10,11).
parte? A pós a lg u n s dias, o povo saiu do
Nesta lição, veremos que Deus deixou acam p am e n to rumo à tra v e ssia do
bem claro para Josué que ele deveria rio Jo rd ã o (Js 3.1). Era o período da
ser forte e corajoso e m editar na Lei colheita e, por isso, o rio estava cheio,
que aprendera com Moisés, para ser com as margens cobertas de águas — o
bem-sucedido em toda a sua jornada que tornava o desavio de atravessá-lo
rumo à conquista de Canaã (Js 1.7). ainda m aior (Js 3.14,15).
No m om ento da tra v e ssia , os s a ­
Hora de Aprender cerdotes foram à frente carregando
a A rca da A lian ça , de acordo com a
I - A PASSAGEM PELO JORDÃO orientação divina. Quando os sacerdotes
Após a m orte de Moisés, Josué a s ­ pisaram no rio, as ág uas pararam de
sum iu a liderança do povo de Israel. correr, interrompendo o fluxo natural,
Q uando o povo e sta v a próxim o ao formando uma grande parede. Assim ,
rio Jordão, Deus apareceu a Jo su é e o povo passou no meio do rio Jordão
não só o encorajou a seguir em frente, com os pés enxutos (Js 3.14-16).
m as tam bém prom eteu que estaria Os sacerdo tes perm aneceram no
meio do rio enquanto o povo passava.
Após a passagem de todos, doze pedras
foram retiradas do meio do rio para
servirem de m em orial (Js 4.2,3). Esse
grande milagre marcou a entrada de
Israel à Terra Prometida.

^ T -m íUO TEOLÓGIÇ
“O Jordão é um rio estreito, exceto em
época de inundação. Entretanto, mesmo
nas enchentes, as m argens rio acim a
bloquearam as águas em frente a Jerico
tão m odernamente quanto no século
19. Não obstante, está clara no texto
a evidência do milagre parando águas
nos dias de Josué. Deus podia ter usado
m eios natu rais, m as o so b re n atu ra l
está confirm ado por: (1) predição do
XX
vento (3.13-14); (2) o tempo exato do
acontecimento (v. 15); (3) a quantidade u
de água retida ‘num montão’ por mais O povo passou no
de um dia (v. 16); (4) o fato de o chão de
rio drenado tornar-se im ediatam ente
meio do rio Jordão
tão firm e como 'em seco’ (v. 17); e, o com os pés enxutos.
tempo da volta das águas quando os
sacerdotes carregando a arca deixa­
ram o leito do rio (4.18)’’ (RICHARDS,
JJ
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Em se g u id a to d o s e n tra ra m na
Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 146) cid ad e e a co n q u ista ra m (Js 6 .2 0 ).
Entretanto, Raabe e toda a sua fam ília
foram salvos, pois abrigaram os espias
II-G RANDES BATALHAS is ra e lita s e e le s p ro m e te ra m e sse
1 - A conquista de Jerico livram ento (Js 6.17).

Após a tra v e ssia do rio Jo rd ã o , o


2 - A batalha em Gibeão
povo de Israel precisava conquistar as Após o povo de Israel conquistar a
cidades de Canaã. Jerico, uma grande cidade de Jerico e a cidade de Ai, muitos
cidade fortificada, com muros altos, era reis p assaram a te m e r os hebreus e
a primeira delas. outros se organizaram para b atalhar
Josué enviou dois espiões até Jerico contra Israel (Js 9.1). Os moradores de
para colher inform ações, antes m es­ Gibeão decidiram que queriam fazer um
mo do povo atravessar o Jordão. Eles acordo de paz com Josué. Imaginando,
encontraram abrigo na casa de Raabe, porém, que ele não faria uma aliança,
uma prostituta (Js 2.1,2). O rei de Jerico eles resolveram enganá-lo.
soube da presença de espiões e quis que Os gibeonitas formaram uma comitiva
Raabe entregasse os espias, mas ela o e enviaram até Josué, fingindo serem
desobedeceu e os escondeu (Js 2.3-7). moradores de uma terra muito distante
A conquista dessa cidade foi realizada (Js 9.3,4). Eles conseguiram fazer um
assim: Deus ordenou que o povo rode­ um acordo de paz com Israel, pois os
asse a cidade uma vez por dia, durante líderes hebreus não consultaram ao
se is d ias e no sétim o dia d everíam Senhor no m om ento da decisão (Js
rodear a cidade sete vezes. 9.14). Mesmo quando souberam que
Durante o percurso, os sacerdotes tinham sido enganados, não podiam
fo ram à fre n te da A rca, tocando as mais quebrar a aliança, porquejuraram
cornetas (Js 6.3-5). A ssim que todas em nome do Senhor, o Deus de Israel
as voltas foram dadas, Josué ordenou (Js 9.16-18).
que o povo g ritasse e o povo gritou Algum tempo depois, 5 reis amorreus
com toda a força, e a muralha de Jerico uniram forças e com os seus exércitos
caiu no chão, destituindo toda a força e cercaram e atacaram a cidade de Gi­
segurança da cidade (Js 6.15,20). beão (Js 10.5). Josué estava em Gilgal
w
cxx
cx e soube da notícia por meio de men- constituem um a parte pequena, em ­
£ sageiros gibeonitas. Devido à aliança bora im portante, das narrativas, que
que tinha feito, Josué saiu em socorro a b ran g e m a p ro x im a d a m e n te dois
de Gibeão (Js 10.6,7). milênios, desde os tem pos de Abraão
O exército de Israel atacou esses cinco até a era apostólica [...].
reis de surpresa (Js 10.9). Os inimigos Na Bíblia, a soberania divina é de­
fugiram assustados e, enquanto eles m onstrada nas vitó rias de Israel. Os
fugiam , Deus fez cair do céu grandes israelitas entraram na terra de Canaã
pedras de gelo, as quais atingiram e e tom aram posse dela pelo propósito
m ataram os inimigos (Js 10.11). divino e pelo poder de Y ah w eh , que
Nessa batalha, Josué orou ao Senhor já tinha prometido dar a terra a eles
e ordenou que o sol ficasse parado sobre (Js 1.2-5)" (Bíblia de Estudo Defesa
Gibeão e a lua sobre o vale de Aijalom. da Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.
E assim Deus fez. O tempo parou e o sol 370-371).
e a lua não saíram m ais do lugar, até
que o povo de Israel derrotou todos os I I I - A ORGANIZAÇÃO DA TERRA
inimigos (Js 10.12,13).
Depois de muitas batalhas, Josué con­
quistou diversas cidades (Js 11.16,17).
Ele tam bém distribuiu a terra entre as
trib o s do povo de Isra e l e procurou
“Os críticos citam os três milagres dra­ fazer isso de form a ju sta : tribos gran­
máticos do livro (a interrupção do fluxo des ficaram com porções m aiores e
das águas do Jordão, em J s 3.15-17; a tribos pequenas com porções menores
queda dos muros de Jerico em 6.20; e (Js 14.2-5).
o longo dia de Josué, 10.12-14) como Neste processo, a h istó ria de um
evidências do seu caráter lendário (isto homem se destaca: Calebe, o príncipe
é, fictício). M as a Bíblia registra m ila­ de Ju d á . Ele tin h a 45 an o s quando
gres em vá ria s passagens; portanto, Hebrom foi prometida a ele, ainda no
o livro de Josué não é incomum neste deserto, na época em que foi esp iar
aspecto. U m a perspectiva contrária Canaã (Js 14.6-8).
ao so b re n atu ral pode considerar os P a ssad o s 40 anos, C aleb e e stava
milagres indefensáveis contra a crítica, com 85 anos. Sua determinação foi tão
m as o antissobrenaturalism o é uma grande que afirmou ter a mesma força
sup o sição filo só fica, e não um fato e disposição da época em que recebeu
científico ou histórico que possa ser a promessa (Js 14.10,11).
demonstrado [...]. Calebe foi extrem am ente confiante
O sobrenaturalism o bíblico se des­ na promessa de Deus e tinha certeza
ta c a , em co n tra ste , porque os seus de que seus inimigos seriam derrotados
m ilagres não são corriqueiros. A rela­ (Js 14.12,13). Assim , ele recebeu sua
tiva infrequência de m ilagres bíblicos herança e conquistou a região que lhe
pode s e r v ista no fa to de que e le s foi entregue.

t
III - AUXILIO PEDAGOGIC U
As cidades de refúgio Nessa batalha,
Deus estabeleceu as cidades de re­ Josué orou ao
fúgio no território de Israel. O capítulo Senhor.
99
20 de Josué nos apresenta esse tem a.
E s s a s c id a d e s s e rv iría m de abrigo
para quem com etesse homicídio não
in te n cio n al e sp e rar pelo ju lg a m e n ­ Professor desafie sua turma a encon­
to em se g u ran ça (Nm 3 5 .9 -1 2 ). No trar no capítulo 20 de Josué o nome das
to ta l, 6 c id ad e s fo ra m d e sig n a d a s 6 cidades refúgios: Quedes, Siquém ,
p a ra s e rv ire m com o re fú g io p ara Q u iria te -A rb a (ou H ebrom ), Bezer,
p e sso as nessa condição. A m etad e Ramote e Golã (Js 20.7,8).
d e la s fic a v a a leste do rio Jo rd ã o e
as dem ais em C anaã (Nm 35.1 3,1 4 ). CONCLUSÃO
Ela s se rviría m de abrigo tanto para Deus foi com Jo su é durante todos
o isra e lita como para o estrang eiro os dias de sua vida: desde quando era
que p re c isa sse de se g u ra n ç a p ara apenas um aprendiz de Moisés até à
ag u ard ar o ju lg am e n to . A s cid ad es ocasião em que assum iu o lug ar de
refúgios nos comunica a im portância seu mentor e tam bém quando liderou
que Deus dá para a prática da justiça o povo na conquista de Canaã. As vi­
e testem unham da sua m isericórdia tórias de Josué nas b atalhas contra
para com os pecadores. os inimigos vieram das m ãos de Deus.

▲ A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
A A Ç~ X 1 I 1 i 1 1 1 i I i ‘ U w A A A A A A A A A A
A A
A A
A A 1. Encontre as seguintes palavras: JORDÃO, RAABE, SOL, LUA, CALEBE.
A A
A A T R E w Q A L U A C V A
Q
A A w J T 0 s M C P N T D T S
'A A
E 0 F M V N M A M 0 T H D
A : À.
R R P S F B T T L H Y F F

T D D 0 R V V Y B E G V G

Y A F L P C X C J K B B H
XXX

U 0 0 P Y T F R A A B E J

1 Z X C V B N M Ç T G R K
Ât  À  A A á á Á Á á á À â á â á   á â A
A A A à A A A A à A A A a a a * *■*.:■* ' A A A
A A A
MINHAS IDÉIAS A A A

___ A A A
A A A
4 A A


___ A A A

Pense Nisso
Leia Josué 1.7 e reflita: o conselho
de Deus para Jo su é é im p o rtan te ?
Se sim, por que não o colocamos em
prática hoje? Devemos ter fé em Deus
para desenvolver uma atitude corajosa
diante das dificuldades. Não tenha
medo! Deus está com você!
* NOVOS LÍDERES PARA ^
I UM NOVO TEMPO: OS JU ÍZ E S j

LEITURA BÍBLICA
Juizes 2.11-19
Devocional
Segunda » J z 2 .1 6

Terça » J z 3.7-11
A MENSAGEM
Quarta » J z 21.25
Todas as pessoas daquela geração *
também morreram e os seus filhos <
Q u in t a » S L 7 .1 0 .il <
esqueceram o Senhor e as coisas que <
ele havia feito pelo povo de Israel. Sexta » H b 11.32,33
X
Juizes 2.10
Sábado » Is 33.21-23 X
---------------J J - X X
a X
Objetivos
ENSINAR sobre o contexto históri­
co do livro de Juizes e sobre a condição
espiritual do povo de Israel;

ESTIMULAR os adolescentes a
terem um relacionamento constante
com Deus;

MOSTRAR que Deus pode usar


os adolescentes.

XX

I Ponto de Partida
Ei Professor! Para iniciar a aula, faça a seguinte
Algumas pessoas que Deus chamou perguntai 'Vocês sabem o que é um juiz
para atuarem como ju ize s, in icia l­ na história bíblica”? Após ouvir as res­
mente, sentiam-se indignas de serem postas, explique que osjuízes não eram
usodas por Deus ou não aptos para autoridadesjudiciais, como entendemos
liderarem o povo porque se conside­ hoje. Osjuízes eram líderes militares e
ravam pequenas. Você já sentiu algo guerreiros. Além disso, possuíam uma
parecido? função espiritual, pois instruíam o
Deus é aquele quem cham a para povo a obedecer aos m andam entos
a sua obra e é Ele tam b é m quem de Deus. A partir do momento em que
capacita. Perm ita-se ser usado pelo eram chamados, osjuízes ficavam nessa
Espírito Santo. Não tenha medo ou função até o dia de sua morte. Contudo,
receio sobre aquilo que D eus quer a Bíblia também relata que alguns juizes
fazer. Sempre que possível, jejue, não se corromperam, assim como o povo.
só pela sua vida, como tam bém pela A Bíblia mostra, portanto, que mesmo
dos seus alunos. Isso fortalecerá você quando a pessoa é escolhida e usada
espiritualmente. por Deus, ela pode fazer escolhas que
A cada aula, através do seu exemplo desagradam ao Senhor.
pessoal e ensino, estimule seus alunos Destaque tam bém para sua turm a
aceitarem o cham ado que Deus tem que o livro de Juizes abrange o perío­
para eles. do entre morte de Josué e o início da
monarquia em Israel.
Vamos Descobrir livrar o povo da dominação dos inimigos. X
Enquanto o juiz liderava, o povo temia
0 período dos juizes se iniciou Logo a Deus e se estab elecia um período
após a morte de Josué. Todavia, quando de paz. Porém, quando o juiz morria, a
a geração de Josué passou, a geração geração seguinte voltava a desobedecer
seguinte se esqueceu de Deus e fez o (Jz 2.18,19).
que era mau aos olhos do Senhor. Cada Por esse motivo, as nações as quais
um fazia o que queria. Isso teve consequ­ Josué não expulsou, e que perm ane­
ências, pois Deus permitiu que inimigos ceram em Canaã após a sua m orte,
derrotassem Israel e os subjugassem. continuaram na Terra Prometida, por
vontade divina, como forma de punição
Hora de Aprender a Israel, por quebrar a aliança com Deus
(Jz 3.1,4). A Bíblia pontua um panorama
1 - 0 PERÍODO DOS JUÍZES deste período: “Naquele tem po não
Sob a liderança de Josué, Israel con­ havia rei em Israel, e cada um fazia o
quistou grande parte de Canaã e repar­ que bem queria” (Jz 21.25).
tiu as terras entre as tribos, ou seja, se
estabeleceu na Terra Prometida. Josué
/ - AUXÍLIO DIDÁTICO
viveu e liderou o povo até com pletar
110 anos de idade (Js 2 4.29). Ao se "A nova geração de isra e lita s não
d e sp e d ir do povo, ele in stru iu que conhecia ao Senhor nem obedecia a
todos deveriam seguir obedecendo sua Palavra (Jz 2.10). Como é trá g i­
a D eus e a le rto u que a p rá tic a da co o fato de a geração liderada por
idolatria traria o juízo de Deus sobre Josu é testem u n h ar tan to s m ilagres
o povo (Js 24.19-21). Enquanto Josué realizados pela mão de Deus e ainda
e os chefes das 12 tribos lideravam, o a ssim fa lh a r em in s tila r nos filh o s
povo temeu ao Senhor (Jz 2.6,7). uma fé viva. Toda geração tem de de­
Todavia, após a morte de toda essa senvolver uma fé pessoal. Os pais são
geração, os descendentes se esque­ responsáveis por ensinar aos filhos as
ceram do Senhor e das coisas que Ele verdades espirituais e encorajá-los no
havia feito por Israel. Eles se envolveram crescim ento espiritual. A negligência
com o culto às divindades pagãs de quanto à responsabilidade p aren tal
Canaã, se rebelando contra Deus (Jz acarreta consequências pesadas, como
2.10-12). Por isso, Deus permitiu que as vistas na fé débil e supersticiosa dos
os povos vizinhos de Israel invadissem israelitas. A s instruções para os pais
e roubassem a terra (Jz 2.14,15). foram muito claras: as palavras da Lei
A ssim , quando e stavam em so fri­ deveriam ser ensinadas todos os dias
mento, sob o governo dos inim igos, em todos os momentos e vivenciadas
o povo clam ava a Deus. Ele, por sua pelos pais diante dos filhos (Dt 6.4-9).
misericórdia, ouvia a oração e levantava Enquanto as escolas cristãs podem
um juiz, isto é, um líder para guerrear e representar um enriquecimento para
a fé da criança, o ensino e o modelo do exército de Sísera, especialm ente
da fé cristã continuam a ser a principal porque houve uma pequena enchente
responsabilidade dos pais e da família" no rio (Jz 5.21). Ali m esm o todos os
(Bíblia da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: inimigos de Israel foram derrotados
CPAD, 2018, p. 404). por Baraque, entretanto o comandante
Sísera fugiu (Jz 4.15,16).
I I - A JUÍZA DÉBORA Sísera se escondeu na barraca de Jael,
uma mulher (Jz 4.17). Por estar muito
Geralm ente osjuízes eram homens,
cansado, Sísera dormiu, após se alimen­
todavia a Bíblia nos apresenta Débora,
tar. Enquanto ele dormia, Ja e l o matou
que era profetisa e juíza dos israelitas
(Jz 4.18-21). Baraque, que perseguia
(Jz 4.4). Em sua época, o povo escolhido
Sísera, quando chegou à casa de Jael,
foi dominado por Jabim, governante da
viu que o com andantejá estava morto
cidade de Hazor, que tinha Sísera como
e, assim, se cumpriu a palavra do Senhor
comandante de seu exército (Jz 4.2).
anunciada por Débora, de que a honra
Débora mandou cham ar Baraque e
da vitória seria de uma mulher, no caso,
lhe entregou uma mensagem , apon­
Ja e l (Jz 5.22). Após essa grande vitória
tando que o Senhor estava ordenando
houve paz na terra por 40 anos.
que Baraque lutasse contra Sísera e
seu poderoso exército, pois a vitória
era certa (Jz 4.6,7).
lí-AUXÍLIO TEOLÓGICO
Entretanto, Baraque impôs a condição
de que só iria lutar se Débora o acom ­ “Débora é identificada como uma
panhasse (Jz 4.8). Débora respondeu profetisa. Deus a usou como porta-voz,
dizendo que iria com ele, m as, como transmitindo mensagens especiais ao
consequência ao seu pedido, as honras seu povo. O texto tam bém diz que ela
da vitória sobre Sísera não ficaria com julgava a Israel naquele tempo’. Isso era
Baraque, e sim com uma mulher (Jz 4.9). muito incomum em uma sociedade que
Baraque e Débora se reuniram com enfatizava a liderança m asculina e a
um exército de dez mil homens (Jz 4.10) subordinação feminina. O texto também
e partiram rumo a Quedes — uma ci­ afirma que Débora servia como um tipo
dade fortificada que ficava cerca de 15 de suprema corte, e decidia disputas que
quilômetros de Hazor. Sísera recebeu não podiam ser decididas localmente.
inform ações das m ovim entações de Qualquer uma destas funções poderia
Baraque no monte Tabor e, reunindo tornar especial qualquer indivíduo, fosse
seu exército e seus 900 carros de ferro, homem ou mulher. O fato de ter as três
acampoujunto ao rio Quisom (Jz 4.12,13). funções indica que Débora era um a
O momento da guerra havia chegado. mulher verdadeiramente incomum, com
Débora ordenou que Baraque atacasse, grandes dons pessoais e espirituais”
pois o Senhor estaria com ele (Jz 4.14). (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Quando o exército de Baraque apare­ Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro:
ceu, uma grande confusão tomou conta CPAD, 2013, p. 148).
III-O S JUÍZES OIDEÃO E SANSÃO Por fim , com um grupo de apenas
300 soldados, Gideão lutou contra o
1 - Gideão, o juiz corajoso exército inimigo, que era maior e mais
O tem po passou e n o va m e n te o forte. Gideão e seus 300 homens apenas
povo de Israel pecou contra Deus. Por tocando buzinas, gritando e utilizando
isso, Deus permitiu que os midianitas, tochas de fogo venceram a batalha.
junto com os am alequitas e os povos Q u a n d o os s o ld a d o s de Is r a e l
do deserto, atacassem o povo escolhido seg uiram a e straté g ia definida por
(Jz 6.1-3). Toda vez que o povo hebreu Deus, os seu s inim igos fug iram a s ­
se m e ava, os inim igos os ata ca va m , sustados e com eçaram a m a ta r uns
saqueavam e destruíam toda a colheita aos outros (Jz 7.16-22). Se estivessem
(Jz 6.4). O m antim ento (plantações e com o exército inicial, o povo de Israel
animais) dos hebreus era saqueado e poderia pensar que venceu sem a ajuda
destruído, de forma que o povo estava de Deus (Jz 7.2). Todavia, como estavam
em grande aflição e com subsistência apenas com 300 homens, a glória da
am eaçada. vitória foi totalm ente de Deus.
É neste contexto de escassez e medo Os midianitas deixaram de ser uma
que Gideão é chamado por Deus para am eaça e o povo de Israel desfrutou
lib e rta r o povo de Israel. Ele estava de paz por 40 anos (Jz 8.28).
m alhando trigo no tan q u e onde se
2 - Sansão, escolhido desde o ventre
p isavam a s uvas, para se esconder
da mãe
dos inimigos, quando o Anjo do Senhor
apareceu diante dele (Jz 6.11,12). G i­ Muitos anos se passaram. Israel teve
deão se achava indigno do chamado, diversos juizes. Porém, m ais uma vez
m as Deus confirm ou a sua vontade o povo pecou contra o Senhor e Ele
(Jz 6 .1 2 ,1 3 ,3 6 -4 0 ). permitiu que osfilisteus dominassem
Mediante a Palavra do Senhor, Gideão sobre os hebreus.
reuniu um exército para lutar contra os Neste tempo nasceu Sansão. Ele foi
amalequitas. Inicialmente, ele reuniu 32 escolhido desde o ventre de sua mãe
mil homens. Porém, Deus mandou que os com o propósito de derrotar aosfilisteus
medrosos voltassem para casa e, assim, (Jz 13.3-5). Sansão deveria seguir o
22 mil homens retornaram (Jz 7.2,3). voto de nazireu. Sob este voto, ele não
Deus ainda achou que tinham so l­ poderia cortar o cabelo, beber bebida
dados em excesso e, por isso, ordenou forte ou tocar em cadáveres (Nm 6.1-7).
um novo teste. Deus ordenou que, à Sansão cresceu seguindo essas dire­
beira de um rio, quem bebesse água trizes e o Espírito do Senhor começou a
como um cão, lam bendo a mão, de­ dirigi-lo (Jz 13.25). O Espírito de Deus
veria ser separado dos dem ais que o capacitava para que ele tivesse uma
se a jo e lh asse m para beber. Dentre força física sobre-humana (Jz 14.19).
os 10 mil homens, apenas 300 foram O propósito de vida de Sansão era
selecionados (Jz 7.4-6). destruir os filisteus, mas ele, não ouvindo
o conselho de seus pais, casou-se com Algum tempo depois, os governadores
uma mulher do povo inimigo (Jz 14.3). O filisteus fizeram uma festa em adora­
casamento fracassou e Sansão voltou ção ao “deus" Dagom. Eles trouxeram
para a casa furioso (Jz 14.19,20). Algum Sansão para hum ilhó-lo em público
tempo depois Sansão retornou à casa m ais um a vez (Jz 1 6 .2 3 -2 5 ). Nesse
do sogro e neste momento descobriu momento, Sansão pediu forças a Deus
que não poderia refazer a união com para derrotar aos filisteus. A força foi
a mulher escolhida (Jz 15.1,2). concedida pelo Senhor e Sansão der­
Motivado pelo desejo de vingança, rubou as colunas do templo inimigo e
Sa n sã o ateou fogo nas p la n ta çõ e s morreu junto com os filisteus que ali
de trigo dos filisteus e nos bosques de estavam . No momento de sua morte,
o liveiras (Jz 15.3-5), além de m a ta r Sansão derrotou mais filisteus do que
muitos homens filisteus (Jz 15.8). Isso em toda sua vida (Jz 16.30).
desencadeou uma guerra contra Judá
(Jz 15.9). Os homens de Judá fizeram
um acordo com Sansão, que aceitou , 1ÍÍ- AUXÍLIO DEV0CI0NAL
ser am arrado por eles e entregue aos
O que podemos aprender com traje­
filisteus (Jz 15.11,12).
tória de Sansão? “Embora fosse aben­
Quando chegou no local do encontro,
çoado com pais piedosos, um corpo
o Espírito do Senhor tomou a Sansão e
forte e as vantagens de ser criado como
ele ficou muito forte. Ele se soltou, lutou
nazireu dedicado ao Senhor, Sansão era
contra os filisteus e venceu (Jz 15.14,15). escravo de suas paixões - um homem
Após essa vitória Sansão liderou o povo sem autocontrole. Deus lhe deu tudo
de Israel por 20 anos (Jz 15.20). o que precisava para com pletar sua
Posteriorm ente Sa n sã o se uniu à missão de libertar os israelitas de seus
Dalila. Ele se apaixonou por ela (Jz 16.4) inimigos, m as Sansão confiava em si
e lhe contou que o segredo de sua força mesmo e não no Espírito do Senhor, o
estava no fato de seu cabelo nunca ter que acabou levando-o à ruína [...].
sido cortado (Jz 16.16,17). Com o S a n sã o , nosso so frim e n to
Dalila, por sua vez, contou aos filisteus pode, às vezes, ser autoinfligido por
e foi paga por entregar essa informação causa de nossa arrogância, orgulho
(Jz 16.18). Dalila enganou a Sansão e ou desejos egoístas. M uitas vezes, o
fez ele dormir. Em acordo com os filis­ sofrim ento é a ferram enta que Deus
teus, ela fez que os cabelos de Sansão usa para despedaçar a autossuficiência
fossem cortados (Jz 16.19). e a autodependência de nossa vida. O
Sansão foi atacado pelos filisteus, quebrantamento aprofunda nossa fé
capturado e torturado. Ele foi humilhado e leva à dependência do Salvador [...].
tendo seus olhos perfurados e se tor­ A p e s a r dos m u ito s fra c a s s o s de
nou um escravo (Jz 16.20,21). Sansão Sansão, ele é lembrado como juiz de
perdeu sua força porque o Espírito do Israel e defensor da fé (Hb 11.32-34). O
Senhor havia se retirado dele. sofrimento levou-o ao ponto de clam ar
a Deus em busca de força para executar CONCLUSÃO
uma sentença fin al e definitiva sobre O período dos ju ize s foi m arcado
os inimigos de Israel: Deus não aban­ pelo ciclo: desobediência, derrota para
donou Sansão, nem nos abandonará inimigos, clam or a Deus, liderança de
em nossos sofrimentos. Deus sempre um juiz e vitória sobre os inimigos. Esse
perdoa o coração arrependido” (Bíblia não é um bom modelo. Nós devemos
Além do Sofrimento. Rio de Janeiro: te r uma vida firm e e constante na fé
CPAD, 2020, p. 367). em Deus.

/AMOS PRATIC
1. Com quantos homens Gideão venceu os m idianitas?

( ) 32.000

( ) 22.000
( x ) 300

( ) 10.000
2. Q ual é o nome da m ulher que matou o general Sísera?

( ) Débora ( )A n a

( ) Rute (x)Jael

Pense Nisso
Sabe o que faltou ao povo de Deus
neste período? Constância! O povo não
era firme em seu relacionamento com
Deus. E você? Tem sido constante? A
fidelidade a Deus é indispensável ao
cristão. Pre cisam o s pedir ajuda ao
Espírito Santo para nos m anterm os
fiéis em nossa caminhada. É tempo de
nos fortalecerm os no Senhor!
LEITURA BÍBLICA
1 Sam uel 3.1-10
Devocional
Segunda » 1 Sm 1.20-24

Terça » 1 Sm 2.18-21
-u -----------------------------------
A MENSAGEM
Quarta » 1 Sm 3.21

E Samuel cresceu. O SENHOR estava


com ele e fazia tudo o que Samuel < Q u in t a » Hb 11.32-34

dizia que ia acontecer. Sexta » 1 Sm 10.1


X
1 Sam uel 3.19 Sábado » 1 Sm 16.12,13 X
X X
------------------------------ A X
Objetivos
> APRESENTAR a história de Samuel
e seu chamado;

> DESTACAR a im p o rtâ n c ia do


adolescente escolher ser fiel a Deus,
assim como Sam uel o fez,

> MOSTRAR que o a d o le sce n te


precisa buscar e servir a Deus.

Ei Professor!
Ponto de Partida
Adolescentes são bem espertose
perceptivos. Às vezes, pode até nao Inicia a aula envolvendo os alunos
parecer, m as acredite: seus alunos ■muma conversa, a fim de despertar
estão lhe observando. Por isso, não , interesse pela lição. Faça a seguinte
vá m inistrar a aula despreparado. lergunta: “Deus responde orações ?
D edique-se durante a se m a n a ao }u ça atentam ente as respostas. Em
seguida, faça outra pergunta: "sabendo
preparo da aula.
Tenha o hábito de ler a revista e íue Deus responde orações, será que
todos os trechos bíblicos citados na astamos orando o suficiente ? Permita
lição. Na m edida do p o ssível, leia ;,ue os alunos reflitam sobre o assunto.
m ateriais de apoio como: Bíblias de Após essa provocação, explique que
estudo, comentários bíblicos e obras Samuel é fruto das orações da sua mae.
de referência, para fu n d am e n tar o Ana orou muito e aguardou a respos­
ta do Senhor. Após Deus responder
conteúdo da aula.
Lembre-se que no site wvvvvesçola; de form a favorável, ela agradeceu e
rlnminical.com.br você sempre encon- louvou ao Senhor.
trâró~subsídíõTextras para sua aula. Reflita com sua turm a que além de
Além disso, dedique-se à oração para orar fazendo petições, devemos ta m ­
receber a direção do Senhor! bém agradecer a Deus, independente­
mente de a resposta ser favorável ou
não. Ensine seus alunos a orar e serem
gratos a Deus sempre.
filhos Hofni e Fineias (1 Sm 1.3). Os filhos
Vamos Descobrir de Eli foram descritos como "filhos de
0 m inistério de S a m u e l foi muito Belial” (1 Sm 2.12, ARC), uma expressão
im portante para o desenvolvim ento u tilizad a para d esig n ar p e sso as de
de Is ra e l com o n a çã o . Ele n a sce u m au c a rá te r ou corro m p id as e que
por um m ilag re , pois sua m ãe era d e so b e d e cia m ao s m a n d a m e n to s
estéril. Foi cham ado por Deus num de Deus. Eles eram cham ados assim
período de pouca atividade profética, porque co m etia m g ra ve s pecado s
m arcado pela apostasia e corrupção (1 Sm 2.17).
sacerd o tal. Dentro desse contexto,
2 - 0 encontro de Eli com Ana
era necessário alguém que suprisse
No exercício do sacerdócio, Eli co­
todas essas lacunas. Por isso, Sam uel
nhecia muitas fam ílias. Na época das
teve um trip lo m inistério , atu an d o
festas, diversas fam ílias saiam de suas
como sacerdote, profeta e ju iz. Você
casas para ir até Siló, local onde estava
q uer co n h e ce r um pouco m a is da
o Tabernáculo, a fim de celebrar e ofe­
sua história?
recer suas ofertas ao Senhor. Seguindo
Hora de Aprender essa tradição a família de Elcana e Ana
faziam o mesmo (1 Sm 1.3).
I - 0 SACERDÓCIO DE ELI Elcana era casado com Ana. Porém,
ela era estéril. Seguindo o costume da
1- A liderança de Eli
época, ele casou-se novam ente com
A Bíblia relata que Eli era sacerdote Penina, que se tornou sua segunda
na cidade de Siló, juntamente com seus e sp o sa. Penina teve a lg u n s filh o s.
Ela desp rezava A n a, por se r e sté ril
(1 Sm 1.2,6).
A condição de saúde de Ana e seu
contexto fam iliar lhe deixavam muito
triste (1 Sm 1.7). Um dia A na foi ao
Tabernáculo, em Siló, e orou a Deus.
Ela apresentou sua dor ao Senhor e lhe
pediu um filho (1 Sm 1.10). Eli observou
a situação e achou que Ana estivesse
embriagada (1 Sm 1.13). O sacerdote
cham ou a atenção de Ana, m as ela
explicou tudo e Eli a abençoou e rogou
que Deus concedesse o pedido dela
(1 Sm 1.14-17).
Em sua oração, Ana fez um voto ao
Senhor. Ela prometeu dedicar o seu filho
ao Senhor e nunca cortar o cabelo dele
(1 Sm 1.11). De fato, Deus respondeu
*
M
à oração de Ana e deu-lhe um filho. O
menino recebeu o nome de Sam uel u
(1 Sm 1.20). Por fim , A na cumpriu o
seu voto, após desm am ar o menino, o
Em sua oração,
dedicou ao Senhor e o entregou para
Ana fez um voto
servir no Tabernáculo e ser criado pelo ao Senhor.
sacerdote Eli (1 Sm 1.26-28).
99
I I - 0 CHAMADO DE SAMUEL
O que acontecia dentro da casa do Sam uel cresceu em Siló, como aju­
sacerd o te? “Eli foi um a pessoa que dante do sacerdote Eli (1 Sm 2.11). Com
viveu no período do A ntig o T e s ta ­ o passar dos anos, Sam uel ganhou o
m ento, m as que teve um problem a respeito do povo, por causa da sua pos­
muito moderno. O reconhecimento e tura e compromisso com Deus (1 Sm
o respeito que ele obteve em público 2.26). Ele viu os filhos de Eli dando um
não se estenderam à administração de péssimo exemplo no serviço sacerdotal:
seus assuntos particulares. Ele pode desrespeitando as ofertas entregues
ter sido um excelente sacerdote, m as no altar (1 Sm 2.12-17) e se deitando
foi um pai ineficiente. Seus filhos lhe com as mulheres que trab alhavam à
trouxeram tristeza e desgraça. Falta- porta da Tenda Sagrada (1 Sm 2.22-
vam-lhe duas importantes qualidades 25). Entretanto, Sam uel não cometeu
necessárias para a disciplina paterna os mesmos erros de Hofni e Fineias.
eficaz: resolução firme e ação corretiva. Uma noite Deus chamou a Sam uel.
Eli respondeu às situações em vez de Todavia, o jovem não conhecia a voz
resoLvê-las. M as até mesmo suas res­ do Senhor, pois Deus ainda não tinha
postas foram fracas. Deus apontou os falado com ele (1 Sm 3.3,4).
erros de seus filhos, m as Eli fez pouco Assim , Sam uel foi até Eli, achando
para corrigi-los. que o velho sacerdote o cham ara. Essa
O contraste entre a forma como Deus situação se repetiu três vezes, até que
lidou com Eli e a form a como Eli lidou Eli entendeu que era Deus quem queria
com seus filhos é clara - Deus advertiu, falar com Samuel. Eli orientou o jovem
estabeleceu as consequências da de­ a responder: “[...] Fala, ó SENHOR, pois
sobediência e depois atuou. Eli apenas o teu servo está escutando" (1 Sm 3.9).
advertiu. Os filhos precisam aprender Sam uel agiu conforme a orientação de
que as p a la v ra s e as açõ es de seus Eli (1 Sm 3.10). E o Senhor falou com
pais cam inham jun tas. Tanto o am or ele. N aquela noite S a m u e l recebeu
quanto a disciplina devem ser falados uma mensagem profética pela primeira
e expressados em açõ es” (Bíblia de vez na vida. Deus anunciou a ele uma
Estudo Cronológica Aplicação Pessoal profecia contra Eli, seu mentor, e contra
Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 431). a fam ília dele (1 Sm 3.11-14).
sacerdó cio em Siló e sta v a co rro m ­
* u pido, devido à atuação dos filhos Eli,
Samuel ganhou Sam u e l atuou na função sacerd o tal
de form a eficaz. S am uel era tem ente
o respeito a Deus e por isso ganhou o respeito
do povo. de toda a nação.

ff 2 - 0 profeta
A Bíblia tam bém relata que as pro­
Na manhã seguinte, Eli exigiu que Sa­ fe cias anunciadas por Sam u e l eram
muel contasse tudo o que o Senhor tinha verdadeiras, pois se cum priam (1 Sm
anunciado. E, assim, Sam uel anunciou 3.19). Deus aparecia continuam ente
para o sacerdote que o juízo de Deus a S a m u e l em Siló e seu m in isté rio
viria sobre ele e sua casa (1 Sm 3.15-18). profético foi confirmado publicamente
(1 Sm 3.20,21).
Sam uel preocupou-se em reunir um
grupo de hom ens para ensinar a Lei
do Senh o r e instruí-lo s quanto aos
“Eis-m e aqui (heb. hinnêni) é uma
m a n d a m e n to s de D eus. O a ju n ta ­
resposta sim ples, confirm ando que
mento de profetas é citado algum as
o indivíduo ouviu e está escutando o
vezes na Bíblia: 1 Sam uel 10.5,10,12.
falante. Abraão, Jacó, Moisés, Isaque
M u ito s a n o s d e p o is da m o rte de
e outros grandes homens de fé ta m ­
Sam uel, na época dos profetas Elias
bém responderam ao Senhor com a
e Eliseu, o ajuntam ento dos profetas
resposta: “Hinnêni (Gn 22.1; 46.2; Êx 4;
ainda existia, pois é mencionado em
Is 6.8), quando foram cham ados. Essa
1 Reis 2 0.3 5 e 2 Reis 2 .3 ,5 ,7 ; 6.1. A
resposta comum deve ser característica
formação de uma geração de homens
de todos os que tem em ao Senhor,
com prom etidos em buscar a Deus e
demonstrando que eles não só estão
prontos para ouvir ao Senhor, m as obedecer a seus mandamentos foi um
tam bém que se renderam a obedecer dos legados do m inistério profético
ao comando de Deus" (Bíblia de Estudo de Sam uel.
da Mulher Cristã. Rio de Janeiro, CPAD, 3 - 0 juiz
2018, p. 462). Sam u e l atuou como ju iz em Israel
todos os dias de sua vida (1 Sm 7.15).
I I I - 0 MINISTÉRIO DE SAMUEL Ele foi presente em algum as cidades
e regiões: Mispa, Betei, G ilgal e Ramá.
Sam uel exerceu 3 m inistérios dife­
Ele ia até esses lugares para ouvir o
rentes. Ele foi sacerdote, profeta e juiz.
povo e resolver questões que eram
1 - 0 sacerdote apresentadas. Todavia, Sam uel atuou
No m om ento em que a nação e s­ como juiz, especialm ente, em Ram á,
tava espiritualm ente depravada e o onde tinha uma casa (1 Sm 7.16,17).
que anuncia' e sua missão não era pre­
III-AUXÍLIO TEOLÓGICO dizer, mas sim ‘passar adiante’ a palavra
do Senhor. É importante observar que
"Profeta do Senhor (1 Sm 3.20) - O re­ o Senhor se m anifestava a S a m u e l,
gistro de Atos 3.24: “E todos os profetas, em Siló, pela Palavra do Senhor (1 Sm
desde Sam uel, todos quantos depois 3.21). [...] a revelação de Deus vinha
fa lara m , tam bém anunciaram estes principalmente através da sua palavra
dias”, indica que Sam uelfoi o primeiro [...]. A palavra de Deus tinha por trás
de uma nova ordem ou linhagem de de si a sua autoridade e o seu poder”
pro fetas. A p alavra nabi (p ro vavel­ (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio
m ente de um a raiz do hebraico, que de Janeiro: CPAD, 2014, p. 185,186).
significa ‘borbulhar como uma fonte’)
foi aplicada som ente a três pessoas
CONCLUSÃO
antes de Sam uel (Abraão, Moisés, e o
homem cujo nome não é mencionado Deus usou Samuel para trazer o povo
em Juizes 6.8), mas se tornou um dos de Israel de volta à adoração, para conso­
títulos de m aior honraria a partir da lidar o sacerdócio e inaugurar a atividade
época de Samuel. O profeta é ‘aquele profética de forma contínua em IsraeL

1. Qual o nome da mãe de Samuel?

( ) Penina

( ) Débora

( ) Rute

( x ) Ana

( ) Ester

2. Quais os nomes dos filhos de Eli?

( )J o e le A b ia s

( x ) Hofni e Fineias

( ) Elias eElizeu

( ) Moisés e Arão

( ) Sam uel e Davi


<à 4 .. 4

MINHAS IDÉIAS

____ ___ A A Â
A A A
~ — 4 A A
----------------------------------------------- --------------------
_______________________________________ —

__________

Pense Nisso
Muitas pessoas hoje culpam os maus
exemplos de líderes para justificar os
próprios pecados. Mesmo convivendo
com péssimas referências de lideranças,
Samuel escolheu ser temente a Deus e
tornou-se um grande líder. Faça como
Samuel, seja fiel a Deus e lembre-se de
que o nosso maior exemplo é Jesus. É
para Ele que devemos olhar.
0 ESTABELECIMENTO
| DA MONARQUIA

LEITURA BÍBLICA
1 Sam uel 8 .1 -1 0,1 9 -22
Devocional •I
•4
•«
Segunda » 1 Sm 9.1,2 •4
•«
•I
•4
Terça » 1 Sm 10.1-6
A MENSAGEM
Samuel tinha levado consigo um frasco Quarta » 1 Sm 11.15
de azeite. Ele derramou o azeite na cabeça 4
4
de Saul beijou-o e disse: — O Senhor Deus
está ungindo você como o chefe do seu
< Quinta » 1 Sm 15.10,11 4
4

Sexta » 1 Sm 15.24-29
povo, o povo de Israel Você o governará e o >
livrará de todos os seus inimigos [...]. Sábado » 1 Sm 31.1,6,12,13 >
X<

1 Samuel 10.1
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 77 ” “
Objetivos
REFLETIR sobre o uso do livre-ar-
bitrio e suas consequências;

»> ENSINAR quem foi Saul e como


ele se tornou o primeiro rei;

DESTACAR que precisam os te r


nossa vida guiada pela vontade de
Deus e não p elas p referências do
nosso coração.

XX

Ei Professor! Ponto de Partida


Já estam os na m etade de nossa Saul tinha as características de um
jornada de estudos sobre a história de guerreiro: era alto e forte. E o povo
Israel. Essa é uma etapa crucial para queria um rei para lutar as suas guer­
o trimestre. Peça ajuda ao Senhor e ras. Todavia, não há referências sobre
não desanim e de ensinar a Palavra qualidades espirituais de Saul no texto
de Deus aos seus alunos. bíblico referente ao período anterior
M uitos desafios estão diante de à sua coroação. Suas características
nós para tentar nos fazer desistir do eram ace itáv e is p ara aquilo que o
ministério do ensino. Todavia, devemos povo queria: um rei guerreiro, como
orar pedindo forças ao Senhor, como as nações vizinhas tinham.
nos ensinou o profeta Isaías: Dá vigor O povo cedeu à pressão e desejou ser
ao cansado e multiplica as forças ao semelhante às nações vizinhas. Isso era
que não tem nenhum vigor” (Is 40.29). exatam ente o oposto dos propósitos
Deus, sem dúvidas, responderá a sua de Deus, que queria que Israel fizesse
oração e você consGguirá para sGguir
a diferença em Canaã.
até o fim. Saiba que seu trabalho não Explique aos adolescentes que ceder
é vão no Senhor. Cada aula é como às pressões sociais nunca é uma boa
um a se m e n te p la n ta d a , que dará decisão. Israel cedeu e pagou um preço
frutos futuramente. por isso. Destaque que obedecer a Deus
é sempre a melhor opção.
próprio Deus (1 Sm 8.7). Desde quando
Vamos Descobrir saíram do Egito, por diversas vezes, os
E co m p re en síve l que h a ve ría um hebreus e n tre g ara m -se à id o latria;
momento na história que Israel teria um ag ora, eles e stav am abandonando
rei, pois isto foi anunciado por Moisés S a m u e l, da m esm a m a n e ira como
quando o povo ainda estava no deserto abandonaram a Deus (1 Sm 8.8).
(Dt 17.14). Inclusive, Moisés informou Mas Deus fez questão de deixar bem
detalhes de como o rei deveria agir (Dt claro para o povo as consequências de
17.15-20). Todavia o povo de Deus pediu tal pedido. Mesmo assim, o povo insistiu
um rei quando Samuel (que era profeta, em querer um rei. Israel foi informado de
sacerdote ejuiz) ainda estava vivo. Essa que o rei: tom aria os seus filhos como
escolha teve alguns desdobramentos. soldados (1 Sm 8.11); os faria trabalhar
Vamos aprender o que aconteceu na em diversos tipos de serviço, todos em
história do povo escolhido! benefício do próprio rei (1 Sm 8.12); to­
maria as filhas para trabalharem com
Hora de Aprender perfume e/ou na cozinha (1 Sm 8.13); que
ele tomaria a melhor parte dos campos
I - 0 PEDIDO DO POVO e das colheitas (1 Sm 8.14); cobraria
O período dosjuízes em Israel terminou imposto sobre a colheita e o gado (1 Sm
com a liderança deSamueL Ele foi respon­ 8.15-17); por fim, Deus informa que o
sável pela transição de governo para o povo choraria por terem optado por um
estabelecimento da monarquia. Todavia, rei (1 Sm 8.18). Todavia, o povo não se
antes disso, Samuel pôs seus filhos, Joele importou com o aviso dado por Deus e
Abias, como juizes, na intenção de assu­ quis um rei mesmo assim (1 Sm 8.19,20).
mirem o seu lugar (1 Sm 8.1,2). Contudo O povo de Deus não só escolheu um
os filho s do profeta não tem iam ao rei no momento errado de sua história,
Senhor e os líderes do povo, sabendo como tam bém rejeitou a Sam uel e ao
disso, foram a Sam uel e pediram um Senhor. A rejeição a Sam uel significava
rei ao profeta (1 Sm 8.2-5). uma rejeição a Deus e ao seu governo
T a l pedido tam bém foi m otivado sobre Israel. Por fim, Deus concedeu o
pelo desejo de serem como às outras pedido do povo (1 Sm 8.21,22).
nações, pois os israelitas tinham medo
de que os povos vizinhos invadissem seu
território, por causa da falta de um rei
(1 Sm 12.12) “Na época do Antigo Testam ento,
Esse pedido não agradou ao profeta, os reis controlavam todas as funções
que foi orar a Deus sobre esta causa do governo - legislativa, executiva e
(1 Sm 8.6). Deus respondeu a Samuel e ju d icia l. O povo devia to ta l lealdade
disse para ele atender o pedido do povo, ao seu governante, e este, por sua vez,
pois os hebreus não rejeitaram apenas protegia o seu povo, liderando-o nas
o profeta, mas, antes, desprezaram o guerras, assim como nos tempos de paz.
Da maneira como foi originaLmente Saul sugeriu retornarem para casa a
concebida, Israel era uma teocracia - fim de não deixar o seu pai preocupado;
um povo cujo Rei era Deus. No concerto m as, o em pregado de seu pai, que o
da Lei do Antigo Testamento, Deus se acompanhava na missão, sugeriu que
comprometeu a lutar as batalhas de eles fossem atrás do profeta a fim de
Israel, e a fazer com que a nação pros­ te r algum a orientação (1 Sm 9.5,6).
perasse. Em retribuição, o povo devia Eles foram até a cidade onde estava o
obedecer às leis promulgadas pelo seu profeta Sam uel e conseguiram encon-
Monarca, e dedicar-lhe completamente trá-lo, mediante a ajuda de algum as
a sua lealdade. moças que haviam saído para pegar
O papel do rei nos tempos do Anti­ água (1 Sm 9.11-14).
go Testamento, e o ensinam ento das Porém , an tes de tudo isso, no dia
Escrituras de que o próprio Deus era o anterior, Deus já falara com o profeta
Rei de Israel, nos ajudam a ver por que Sam uel que chegaria um homem da
os pedidos de Israel, por um monarca tribo de Benjam im e que este seria o
humano, eram, na verdade, uma rejeição rei de Israel (1 Sm 9.15,16).
ao Senh o r’’ (RICHARDS, Law rence O. Quando Sa u l conseguiu se encon­
Comentário Devocionalda Bíblia. Rio t r a r com S a m u e l, o p ro fe ta d isse
de Janeiro: CPAD, 2010, p. 169). para ele não se p re o cu p ar com as
ju m e n tas de seu pai, pois já estavam
II - SAUL, 0 PRIMEIRO REI em seg urança e o inform ou de que
WÊÊm DE ISRAEL ' H i fora escolhido por Deus para ser rei
sobre Isra e l (1 Sm 9.19-21).
Saul é descrito como um jovem da
S a m u e l promoveu um ja n ta r com
tribo de Benjamim, alto e belo. A Bíblia
Saul, que ocorreu em um salão de festas
diz que ele era m ais alto que todos, a
com m ais de trinta convidados, com
ponto de sobressair dos ombros para
Saul sentado em um lugar de honra na
cima. Além disso, ele era filho de um
cabeceira da mesa junto com Sam uel
homem rico e importante (1 Sm 9.1,2).
(1 Sm 9.22-26). Após o evento, Saulfoi
Sem dúvidas, essas são características
ungido como o primeiro rei sobre Israel
que chamam muito a atenção, sobretudo
(1 Sm 10.1).
porque Israel queria escolher um rei para
liderar o povo em batalhas (1 Sm 8.20).
Sam uel irá encontrar-se com Sa u l í^ íh A U X ÍU O TEOLÓGICQ^^
em uma situação atípica. Quis, pai de
Sau l, perdeu a lg u m a s ju m e n ta s do “O texto [1 Sm 9.1-10.8] descreve uma
seu rebanho. Por isso, o jo v e m S a u l série de eventos que deixam claro que
saiu junto com um dos em pregados o Senhor supervisionou pessoalmente a
do seu pai para bu scá-las. Todavia, escolha de Saul [...]. Uma pergunta que
após procurarem em várias cidades e incomoda os crentes é: Por que Deus
tribos não tiveram sucesso na missão escolheu Saul, tendo em vista os erros
(1 Sm 9.3,4). posteriores que este homem cometeu?
Deus pretendia m o strar ao povo os vários povos vizinhos, dentre eles os de
erros que eles com etiam , através da “[...] Moabe, de Amom e de Edom, os reis
escolha de um líder im perfeito? De de Zoba e os filisteus. E em toda parte
modo nenhum. O povo tinha pedido em que lutava era vitorioso. Saul lutou
um líder que saísse ad iante deles, e corajosamente e venceu os amalequitas.
fizesse as suas guerras. Quando Deus E defendeu o povo de Israel de todos os
ordenou a Sam uel que ungisse Saul, o ataques" (1 Sm 14.47,48). No reinado
Senhor lhe disse: ‘Ele livrará o meu povo de Saul houve importantes conquistas
da mão dos filisteus’ (9.16). Deus deu para o povo de Israel e uma segurança
a Israel um rei que faria exatam ente o territorial e militar foi estabelecida.
que o povo pediu! Entretanto, a gestão de Saul não foi
Nós precisam os avaliar cuidadosa­ marcada apenas por vitórias. Após anos
mente as nossas orações. O que pedi­ de reinado, Saul entrou em uma fase
mos é realmente o que necessitamos? de decadência. Isso ocorreu no contexto
O que pedimos é realm ente o melhor de uma luta contra o povo filisteu. Esse
para nós? O que Israel deveria ter pedido inimigo se agrupou para pelejar contra
era um rei que tivesse um relaciona­ Israel com m ais de 30 m il carros de
mento íntimo com Deus. Um rei que guerra, 6 mil cavaleiros e um exército
respondería positivam ente a Deus, e muito numeroso (1 Sm 13.5).
que conservaria Israel na santa presença Nesta ocasião, o povo do Israel de
do Senhor" (RICHARDS, Law rence O. reuniu em G ilgal, com o objetivo de
Comentário Devocional da Bíblia. Rio lutar contra dos filisteus. Porém, antes
de Janeiro: CPAD, 2010, p. 170). da batalha, eles iriam ter um momento
de adoração. Por isso, eles deveríam
I I I - 0 INÍCIO DA MONARQUIA a g u a rd a r a cheg ad a do sacerd o te.
EM ISRAEL Todavia, Sam uel demorou a aparecer
Saul, após ser ungido como rei, rece­ para realizar o sacrifício e o povo ficou
beu algum as orientações de Sam uel e apavorado, por causa do exército ini­
se encontrou com um grupo de profetas. migo; aos poucos, o povo começou a
Junto aos profetas, Sa u l foi cheio do abandonar Saul, se retirando da área
Espírito de Deus e transform ado em de concentração para a batalha em
uma nova pessoa (1 Sm 10.5-9). Gilgal (1 Sm 13.6-8).
Em seguida, Sam uel promoveu uma O rei, talvez, movido por medo ou an­
reunião diante de todas as tribos de siedade, ofereceu o sacrifício em lugar de
Israel e apresentou o jovem escolhido Samuel (1 Sm 13.9). Isso era um pecado
para reinar: “Aqui está o homem que gravíssimo, pois todo o serviço sagrado
o SEN H O R D eus escolheu! Não há era de exclusiva responsabilidade dos
ninguém igual a ele entre nós. E todo levitas e sacerdotes. O rei não poderia
o povo gritou: Viva o rei!” (1 Sm 10.24). fazer o sacrifício. Além disso, a ordem de
Na posição de rei, Saul teve vitórias Deus era clara: Saul deveria aguardar
m ilitares im p o rtan tes. Ele derrotou a chegada de Sam uel (1 Sm 13.13).
A ssim , quando S a u l estava te rm i­ a revolta contra o Senhor e o orgulho
nando de oferecer o sacrifício, Sam uel são pecados tão graves como a prática
chegou e ficou muito espantado (1 Sm da feitiçaria e da idolatria (1 Sm 15.23).
13.10.11) . A im paciência e desobedi­ Neste contexto, S a u l ainda insistiu
ência de Saul custaram caro. Naquele com Sam uel, pois sua preocupação
dia ele (e toda a sua descendência) era manter boas aparências diante do
perdeu o direito ao trono de Isra e l povo (1 Sm 15.25). M as a resposta de
(1 Sm 13.14). Todos pagam um preço Samuel foi enfática:"[...] Você rejeitou as
quando desobedecem a Deus. ordens de Deus, o SENHOR, e por isso ele
Saul continuou sendo rei e defendendo tam bém o rejeitou como rei de Israel”
o povo de Israel bravam ente. Algum (1 Sm 15.26). A desobediência de Saul
tempo depois, ele entrou em guerra levou à sua ruína como rei.
contra os am alequitas (1 Sm 15.1-3).
Saul derrotou os am alequitas, m as
III - AUXÍLIO TEOLÓGICO
em vez de destruir tudo, como Deus
ordenou, o rei pegou para si o melhor “Pouco depois de Saul ter assumido
do gado e o melhor das ovelhas, com as funções de rei, os am onitas fizeram
o pretexto de oferecer em sacrifício ao uma tentativa de conquistar Jabes-Gi-
Senhor. Além disso, tam bém poupou leade na Transjordânia e mensageiros
a vida de Agague, rei dos am alequitas foram enviados a Saul para informá-lo
(1 Sm 15.7-9). sobre essa situação de em ergência.
Deus avisou a Sam uel que Sa u l ti­ Sua co m o ve n te d e m o n stra çã o de
nha desobedecido suas ordens (1 Sm liderança com a vitória israelita sobre
15.10.11) . Na manhã seguinte o profeta os am onitas, assim como a libertação
foi procurar o rei e o confrontou quanto de Jabes-G ileade, serviram para que
ao descumprimento das ordens divinas. seu prestígio fosse muito engrandecido.
Saul tentou fingir que tinha obedecido Embora Saul fosse pouco m ais que
ao Senhor. Mas Sam uel mostrou que um rústico comandante, era um homem
ele não cumpriu toda a ordem de Deus possuidor de muito orgulho e força de
(1 Sm 15.13). vontade e, à medida que o tempo passava,
Ao invés de destruir tudo, S a u l re­ essas características se afirmavam cada
colheu excelentes rebanhos e poupou vez mais na mente do povo. Parecia ser
a vida do rei am alequita. Quando foi inevitável algum conflito de autoridade
confrontado, o rei tentou argum entar entre o profeta e o rei, e a repetida deso­
com o sacerdote, dizendo que deso­ bediência à vontade de Deus por parte
b edeceu, m a s com o pro pósito de de Saul, resultou na deterioração das
oferecer os anim ais em sacrifício ao relações entre ele e SamueL
Senhor (1 Sm 15.15). O idealteocrático estava ainda mais
Diante disso, S a m u e l ensinou que forte do que quando a recente m o­
Deus prefere a obediência, no lugar do narquia havia sido instituída e, numa
sacrifício (1 Sm 15.22). E explicou que tentativa de preservar a unidade da
nação, Samuel recebeu ordens de Deus jo u te r um rei. S a u l foi o escolhido
para nomear Davi, filho de Jessé, como por Deus para o cargo. Todavia, ele
su c e sso r de Saul" (H A RRISO N , R.K. d e so b e d e ce u ao S e n h o r e, com o
Tempos do Antigo Testamento. Rio consequência de sua desobediência,
de Janeiro: CPAD, 2010, p. 180-181). foi rejeitado por Deus. Seu fim não
foi tão bom quanto o seu início, por
causa da desobediência. Por isso, o
CONCLUSÃO conselho de S a m u e l continua a tu a l:
O povo de D eus q u eria se r como “[...] o o bed ecer é m e lh o r do que o
as dem ais nações e, por isso, d e se ­ sa crifica r [...]" (1 Sm 15.22, ARC).

VAMOS PRATICAR
1. De qual tribo de Israel era Saul?
Saul era da tribo de Benjamim.
2. Quais animais do pai de Saul haviam se perdido?
( ) Ovelhas ( ) Cabritos ( ) Cachorros

( x ) Jum entas ( ) Bodes

3. Complete o versículo bíblico abaixo:

4. “ Samuel respondeu: - O que é que o SENHOR Deus prefere? Obediência


ou oferta de sacrifícios ? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em
sacrifício as melhores ovelhas” (1 Samuel 15.22).

Pense Nisso
A o b ed iência à P a la v ra de D eus
sempre será a melhor escolha. Saul,
motivado por sua vontade ou por pres­
sões externas, escolheu desobedecer
a Deus. Entretanto, nós devemos fazer
diferente: dia a dia precisamos escolher
obedecer ao Senhor e aos nossos pais.
DAVI: 0 PASTOR DE 1
I OVELHAS QUE SE TORNOU REL

LEITURA BÍBLICA
Atos 13.17-22
Devocional
Segunda » 1 Sm 16.1

-u --------------------------------------
A MENSAGEM
T e r ç a » 1 Sm 16.12,13

Samuel pegou o chifre cheio de azeite Quarta » 1 Sm 16.18-23


e ungiu Davi na frente dos seus irmãos.
Quinta » 1 Sm 24.6-12
E o Espírito do SENHOR dominou Davi e
daquele dia em diante ficou com ele. Sexta » At 13.22,23
E Samuel voltou para Ramá.
1 Samuel 16.13 Sábado » St 89.20-24
X K
Objetivos
ENSINAR a história de Davi, desta­
cando que ele foi escolhido por Deus
para liderar o seu povo;

> MOTIVAR os adolescentes a terem


força, coragem e fé em Deus, diante
dos gigantes da vida;

M OSTRAR aos adolescentes que


todas as promessas de Deus se cumpri­
rão no tempo certo, porque Deus é fiel.

Ei Professor! Ponto de Partida


Se u s alu n o s e sp e ram que você Você já viu ilustrações ou documen­
domine o assunto e o trabalhe com tários de lutas no mundo antigo? Use
maestria. Por isso, estude bem a Lição, sua imaginação e pense: quais seriam
leia todas as referências bíblicas e os equipam entos ideais para entrar
todos os subsídios. Ore pedindo a num a batalha nesse contexto? Ob­
Deus unção para ministrar. viamente uma armadura que proteja
Durante o contato com seus alunos o corpo, um escudo e um a espada
na Escola Dominical construa um rela­ para atacar seriam necessários. To­
cionamento saudável com eles. Mais davia, Davi entrou em uma batalha
do que um professor, os adolescentes com sua roupa de pastor e sua arm a
precisam de um mentor, um exemplo foi uma funda. Davi não se adaptou
a ser seguido, uma referência para a à arm adura e à espada de Saul. Ele
vida cristã. enfrentou Golias de form a original e
Por isso, observe o comportamento e Deus usou sua destreza com a funda
as falas dos seus alunos. Seja sensível e para derrubar o gigante.
intervenha quando perceber que algum Utilize esse exemplo para apresentar
/r/r

aluno precisa de aconselhamento ou o primeiro tópico. Aplique à vida dos


intercessão. Saiba que a sua aula é alunos dizendo que eles não precisam
um momento de edificação espiritual copiar ninguém para serem usados por
e que sua influência pode fazer muita
X diferença na vida de cada aluno.
Deus e que possuem talentos únicos que
podem ser utilizados no Reino de Deus.
x _

XXX
XX
(1 Sm 17.4-7), foi ao vale e desafiou
Vamos Descobrir qualquer guerreiro de Israel para uma
Na lição de hoje estudaremos sobre luta (1 Sm 17.8). Desta forma, apenas
a vida de Davi. Veremos como ele foi ele e um soldado hebreu lutariam e as
escolhido por Deus, na presença de seus nações deveríam aceitar o resultado
irmãos, e sua ascensão à corte real e dessa luta. Golias pôs a condição de
ao exército de Saul. Compreenderemos que o povo do soldado perdedor seria
como a fam a de Davi se espalhou por escravo do povo do soldado que ven­
toda a nação de Israel. cesse (1 Sm 17.9,10).
Porém, a vida de Davi não foi marcada Saul ficou com medo e seu exército
apenas por vitórias. Seu sucesso lhe tam bém (1 Sm 17.11). O rei ofereceu
trouxe m u itas dificuldades e prova­ recompensas para quem lutasse contra
ções. Vamos descobrir o que podemos Golias: riquezas, casar-se com a sua
aprender com a trajetória desse pastor filha e isenção de impostos para toda
de ovelhas. a fam ília (1 Sm 17.25). Mas, ninguém
se prontificou a ir. Golias desafiou os
Hora de Aprender israelitas por 40 dias (1 Sm 17.16).
Porém, certo dia, Davi, foi ao acam ­
1 - 0 JOVEM ESCOLHIDO p a m e n to p ara le v a r co m id a p ara
1 - Samuel na casa de Jessé três de seus irm ãos. Ele ouviu sobre o
desafio do gigante filisteu e sobre as
Deus enviou Sam uel à casa de Jessé,
recompensas mediante a vitória. Davi
em Belém (1 Sm 16.1). Sam uel obede­
se prontificou para lutar contra Golias
ceu a ordem do Senhor e se dirigiu até
(1 Sm 17.17,20,32).
lá com o objetivo de ungir um novo rei A princípio, o rei Saul não apoiou a
para Isarel. Todavia Jessé tinha muitos ideia, pois Davi era apenas um jovem
filhos e Samuel não sabia quem de fato que apascentava ovelhas (1 Sm 17.33).
seria o escolhido. D avi, porém , d em o nstro u que sua
Então, ao receber a visita do profeta, confiança estava no Deus de Israel e
Jessé começou apresentar seus filhos. contou para Saul algumas experiências
Quando Davi chegou, Samuel entendeu de lutas e vitórias, contra um leão e um
que ele era o escolhido e o ungiu como urso (1 Sm 17.34-37).
rei. A partir daquele dia, o Espírito do Diante da fé destemida de Davi, Saul
Senhor apoderou-se de Davi (1 Sm concordou e até lhe cedeu sua própria
16.12,13). arm adura (1 Sm 17.37-39). Mas Davi
2 - Lutando contra um gigante dispensou tudo aquilo. Ele pegou o seu
cajado de pastor de ovelhas, 5 pedras
Algum tempo depois, os Filisteus se
de um ribeiro e sua funda (1 Sm 17.40).
reuniram para lutar contra Israel. A m ­
Mesmo diante de um guerreiro mais
bos os exércitos estavam de prontidão,
experiente, mais forte e com armadura,
todavia, um guerreiro filisteu chamado
Davi não teve medo. Ele não deixou de
G o lias, que era grande e poderoso
XX
X
crê em Deus e ficou firme mesmo diante
do desdém e do deboche do gigante U
Golias (1 Sm 17.42-45).
Davi declarou sua vitória pela fé an­
Em apenas
tes mesmo da batalha começar (1 Sm
um golpe, Davi
17.46). E, quando G olias começou a venceu a Golias.
cam inhar em sua direção, ele atirou
uma pedra, utilizando a funda. A pedra 99
acertou a te sta de G olias e ele caiu
imediatamente. Em apenas um golpe, corda, enviando a pedra ao seu alvo. O
Davi venceu a G olias (1 Sm 17.49). povo de Golias percebeu, tarde demais,
Então, ele finalizou o com bate (1 Sm que a funda de Davi era uma arm a de
17.50,51). Por suas mãos, Deus deu a guerra mortal, e não um brinquedo de
vitória a Israel (1 Sm 17.52-54). criança" (BEERS, V. Gilbert. Viaje através
da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013,
p. 108-109).

II-D A V I COMO SERVO NA CORTE


“Que tipo de arm a Davi usou para
O rei Saul passou a ser atormentado
derro tar o gigante G olias? Era uma
por um espírito maligno (1 Sm 16.14).
funda comum, m as não um brinquedo
Os oficiais do rei procuraram alguém
de crian ça , pois durante século s os
que soubesse tocar harpa, a fim de que
exércitos combateram usando fundas.
a m úsica pudesse aju d ar ao rei nos
Nos dias dos Juizes, alguns soldados
momentos de aflição (1 Sm 16.15,16).
israelitas eram excelentes atiradores
Eles cham aram Davi pois viram que o
com fundas nas batalhas. A tribo de
Senhor era com ele (1 Sm 16.18).
Benjam im tinha 7 00 guerreiros c a ­
Diante do rei, o jovem ungido tocava
nhotos que podiam atirar uma funda
sua harpa e o espírito maligno se retira­
a um cabelo e não erravam (Jz 20.16).
va, deixando Saul em paz. O rei rejeitado
O centro de um a fun d a, às vezes
ficou satisfeito com Davi e solicitou que
cham ado de ‘panela’, era um pedaço
continuasse a trabalhar com ele. Assim,
grande de couro, que continha a pedra.
Davi tornou-se também o escudeiro de
Uma longa tira de couro, ou uma corda
Saul (1 Sm 16.21,22). Saul gostou muito
de pelo de cab ra, era a ta d a a cada
de Davi e do seu trabalho, m as o seu
extrem idade da panela. À s vezes, a
apreço se esgotou em pouco tempo.
corda tinha um laço na extremidade,
para prendê-la ao pulso do atirador. O
atirador segurava a outra extremidade. II-A U XILIO TE0L0GIC i
Com a pedra no lugar, o atira d o r
girava a arm a ao redor da cabeça vá­ “Claramente neste ponto da história,
rias vezes, e então soltava a ponta da o Espírito Santo chama a nossa atenção
XX
para Davi e Saul, colocando-os lado a O sucesso de Davi encheu Sa u l de
lado, para a nossa meditação cuidadosa. inveja (1 Sm 18.8,9). Esse ressentimento
Ambos foram escolhidos para ser líderes, cresceu a ponto de Saul tentar m atar
e am bos foram ungidos pelo Espírito. Davi (1 Sm 18.10,11). Saultinha medo
Mas, com essas duas declarações, cessa de Davi, não apenas por causa do seu
a com paração e começa o contraste, bom desempenho e popularidade, mas
pois todo o resto na vida de S a u l e sim porque o Senhor estava com Davi
Davi está em assom brosa oposição. (1 Sm 18.12,15).
Nós vemos o sol começando a brilhar Algum tem po depois, S a u l tentou
sobre uma vida, e deixando de brilhar m atar Davi novamente (1 Sm 19.10)
sobre a outra. Para uma das vidas, há e o jovem começou a viver como um
um crescim ento firm e na graça e no fugitivo. Mas, Davi teve ajuda de seu
conhecimento de Deus; para a outra, há amigo Jônatas, filho de Saul, com quem
um trágico declínio e desobediência a fez um acordo de proteção e bondade
Deus: trevas, frustração, pecado. (1 Sm 2 0 .1 2 -1 6 ). D avi precisou se
Saul começou muito bem, e poderia esconder para sobreviver por alguns
te r sido tudo o que Davi foi. Os dois anos (1 Sm 20.24,42).
hom ens são colocados lado a lado, Davi teve algumas oportunidades de
para o nosso exam e, para nossa ad ­ m atar Saul, mas não o fez por entender
vertência, e para nosso incentivo. O que ainda não era a hora d e £ au l. Ele
m esm o D eus am oroso, os m esm os se recusou a ferir àquele que um dia
recursos espirituais estão à disposição tinha sido escolhido por Deus (1 Sm
de am bos, m as vem os que um deles 24.4-6, 26.9). Por fim, Saul entrou em
cresce constantemente, e o outro afun­ batalha contra o sfiliste u s e, quando
da constantemente" (REDPATH, Alan. viu que estava perdendo tirou a sua
Formando um homem de Deus: lições própria vida, para não morrer na mão
da vida de Davi. Rio de Janeiro: CPAD, dosfilisteus (1 Sm 31.4). Nesta batalha
2011, p. 34).' morreram também os três dos filhos de
Sa u l (1 Cr 10.6). Depois da morte do

III-D E PERSEGUIDO A COROADO rei, Davi assumiu o reinado (2 Sm 2.4),


tornando-se o 2° rei da nação.
Davi, então, começou a conviver com
Saul e toda a sua corte (1 Sm 18.2) e
recebeu alg um as responsabilidades ///- AUXÍLIO DEV0CI0NAL
diante do rei.
As tarefas que Saul solicitava a Davi “Jônatas é um exemplo vivo de lealda­
eram feitas com enorme habilidade. Por de. Às vezes, ele era forçado a lidar com
isso, o jovem foi promovido a um elevado lealdades conflitantes: a seu pai, Saul,
posto no exército (1 Sm 18.5). Davi teve e a seu amigo, Davi. Sua solução para
muito sucesso em suas missões e sua esse conflito nos ensina como ser leais e
fam a cresceu no meio do povo, a ponto o que deve guiar a lealdade. Em Jônatas,
de gerar um cântico (1 Sm 18.7). a verdade sempre guiava a lealdade.
Jô n a ta s percebeu que a fonte de
verdade era Deus, que exigia toda a sua u
lealdade. Era seu relacionamento com O sucesso de
Deus que dava a Jônatas a capacidade
de lidar, de maneira eficaz, com as com­
Davi encheu
plicadas situações de sua vida. Ele era Saul de inveja.
leal a Saul, porque Saul era seu pai, e o
rei. Ele era leal a Davi, porque Davi era
seu amigo. Sua lealdade a Deus o guiava
99
em meio às exigências conflitantes de nossas decisões. Aqueles que são mais
seus relacionamentos humanos. próximos a você sabem a quem você
As exigências conflitantes dos nossos dedica sua maior lealdade?” (Bíblia de
relacionamentos também nos desafiam. Estudo Cronológica Aplicação Pessoal
Se tentarm o s decidir esses conflitos Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 469).
apenas no nível humano, estaremos cons­
tantemente lidando com uma sensação
de traição. Mas se indicarmos aos nossos CONCLUSÃO
amigos que nossa lealdade suprema é A história de Davi nos ensina a esperar
a Deus e sua verdade, muitas de nossas o tempo de Deus. Todas as promessas
escolhas serão muito mais claras. A ver­ de Deus para Davi se cum priram no
dade na sua Palavra, a Bíblia, trará luz às tempo de Deus (Ec 3.1).
á Â i i Á i i i i á á A i A l A A A i i i i i i i A i i A A
▲ •A ▲ A A A A A A A A A a a * ^ A A A

MINHAS IDÉIAS
. ._______ _________________ A A A
---------- ---------- a ~ ________ A A A
____________ ______ — ------------------— " ~ 7 A A A
_________________ ____________ ____________________________ _ 4 A A
: __________________________ _________________ _______________ ______; A A A
i ______________ ________ ________________ A A A
--------------- ' ___________ _
0 REINADO DE DAVI

LEITURA BÍBLICA
Devocional
2 Sam uel 5.1-9
Segunda » SL 78.70-72

Terça » 2 Sm 8.15
- a ----------------------- Quarta » 2 Sm 5.7
A MENSAGEM
Davi foi ficando cada vez mais forte Quinta » 2 Sm 11.2-5
porque o SENHORTodo-Poderoso
Sexta » 2 Sm 12.13-14
estava com ele. X
1 Crônicas 11.9 Sábado » Sl 51.1-11 X
X X
-------------------------------------- a X
▼▼▼
▼ ▼ T

Objetivos ▼t ’
▼ ▼ ▼

ENSINAR a história do rei Davi;

DESTACAR a im p o rtâ n c ia da
adoração a Deus;

'' REFLETIR que todo pecodo tem


consequências e que Deus perdoa
os pecado res que se arrep endem
verdadeiramente.

Ponto de Partida
Ei Professor!
Utilize a interação a seguir para re­
A vida do rei Davi nos mostra que,
fletir durante a exposição do segundo
mesmo tendo inúm eras prom essas
tópico. Faça a seguinte pergunta: "o
cumpridas em nossas vidas, não es­
que fez Davi cair em pecado"? Ouça
tam os livres de tentações e quedas.
atentam ente as respostas e poste­
E nos faz refletir sobre a importância
riorm ente faça uma nova pergunta:
de estarm os sempre vigilantes e per
“qual personagem bíblico foi tentado
severando em oração. na m esm a área que Davi, m as não
O Senhor Jesus ensinou: “Vigiai e orai,
pecou?” (A resposta é José.) Mas, antes,
para que não entreis em tentação: na
ouça as respostas dos alunos e depois
verdade, o espírito está pronto, m as a
conclua informando que tanto José,
carne é fraca” (Mt 26.41). como Davi tinham a possibilidade de
Lembre-se, professor, você é uma
não cair em pecado, m as apenas José
referência para os seus alunos, por
conseguiu resistir e fugir.
isso, zele pela sua vida e sp iritu a l.
Reflita com sua turma sobre o perigo
Mantenha seu devocionalem dia. Se
das tentaçõ es. Após, destaque que
fortaleça dia a dia, porque sabem os
devem os sem p re fa ze r com o Jo sé
que o Inimigo sempre quer ata ca r o
e fugir o pecado, como a Bíblia nos
crente fiel. Continue firm e, seguindo
ensina: “Fujam da imoralidade sexual
a verdade e a santificação.
[...]" (1 Co 6.18).
organizada, ele ganhou muitas guerras
Vam os D escobrir (1 Cr 18.1-3,14-17).
Na Lição anterior estudam os a jo r ­ O feito mais m arcante de Davi foi a
nada de Davi desde o m om ento em conquista de Jerusalém. Após se estabe­
que foi ungido na casa de seus pais lecer como rei, Davi tomou a cidade de
até sua ascensão ao trono. Nesta aula Jerusalém e a tornou a capital do reino.
vamos aprender como foi o reinado de A cidade fora edificada pelos jebuseus,
Davi. Você sabe quais são os principais um povo cananeu (D t 7.1), que, nos
fe ito s de D avi com o re i? V erem o s dias de Josué, resistiram à tom ada da
por que ele é considerado um rei tão terra pelos israelitas (Js 15.63) e ainda
im portante. moravam ali nos dias de Davi.
Jerusalém era uma cidade estratégi­
Hora de A p ren d er ca, pois estava numa posição elevada,
central e menos vulnerável à ataques
I- AS CONQUISTAS DE DAVI
de povos vizinhos. Essas características
Davi nasceu em Belém, no território da tornavam a cidade muito segura; tão
tribo de Judá. Ele cresceu nessa cidade segura que osjebuseus zombaram de
que ficava cerca de 10 quilômetros de Davi dizendo que até cegos e aleijados
Jerusalém, terra de Boaz e Rute — seus eram capazes de proteger a cidade em
bisavós (Mt 1.5,6). um eventual ataque dele (2 Sm 5.6).
Após a m orte de Saul, Davi reinou Entretanto, para Davi a cidade de
sobre a região de Ju d á por cerca de Jerusalém era essencial, pois era um
7 anos e meio. Nesse período, Davi foi lugar estratégico para ser a capital do
conquistando o apoio e a confiança das reino. Devido à sua localização, tanto
dem ais lideranças de Israel, inclusive
as tribos do Norte, como as tribos do
dos antigos apoiadores de Saul. Por
Sul seriam bem administradas a partir
fim, ele foi coroado rei sobre todas as
daquela cidade.
tribos de Israel. Assim, Davi fundou uma
Osjebuseus estavam errados e Davi
dinastia que permaneceu no poder por
conquistou a cidade e cham ou-a de
425 anos, aproximadamente.
“Cidade de D a vi” (2 Sm 5.7). N essa
1 - A conquista de Jerusalém cidade, ele estabeleceu o seu palácio
Davi foi um rei prodigioso e muito e tam bém construiu outros edifícios
bem-sucedido em seus intentos. Ele teve governamentais (2 Sm 5.9-12).
vitórias importantes contra vários povos É in te re ssa n te d e s ta c a r que, s e ­
inimigos de Israel: filisteus e moabitas gundo o historiador Flávio Josefo, a
(2 Sm 8.1,2), como tam bém os sírios e cidade de Jerusalém é a mesma Salém
am onitas (2 Sm 10.13-14). Mediante ( Wycliffe , CPAD, p.1732). A prim eira
sua experiência como guerreiro, Davi citação dessa cidade na Bíblia está em
organizou um exército p ro fissio n a l Gênesis. Foi lá que o rei Melquisedeque
composto por homens de diferentes recebeu dízimos do patriarca Abraão
regiões. A travé s dessa força m ilitar (Gn 14.18).
2 - 0 retorno da Arca da Aliança se alegrou, dançou e louvou juntamente
O estabelecimento de Jerusalém como com o seu povo (2 Sm 6 .1 4 ,15 ). Em
a capital do trono de Israel, bem como a Jerusalém a Arca foi abrigada em uma
unificação de todas as tribos, compondo tenda que Davi havia preparado (2 Sm
uma monarquia, foi uma das maiores 6.17). Assim, a adoração ao Senhor foi
realizações de Davi (2 Sm 5.9,12). estabelecida em Jerusalém .
Outra grande atitude de Davi foram
suas tentativas de centralizar a adoração
, I-AUXÍLIO DIDÁTICO
do povo de Israel na capital. Seguindo
seus intentos, Davi trouxe a Arca da “Moisés predisse que Deus escoLhe-
Aliança para Jerusalém (2 Sm 6.1,2). ria um lugar em Canaã ‘para ali fazer
O rei estava tão empolgado em querer h a b ita r o seu nom e’ (D t 16.2). Esta
trazer a Arca da Aliança de volta que escolha foi feita por intermédio de Davi.
a transportou de fo rm a equivocada A partir do governo davídico, Jerusalém
sobre carros de bois. A Arca deveria ser passou a ser o coração da nação e da fé
carregada sobre os ombros dos sacer­ judaica. Ela continuou sendo a capital
dotes, conforme as orientações divinas de Judá depois que o reino de Salomão
(1 Cr 15.2). Esse equívoco resultou em foi dividido. Foi para Jerusalém que os
uma tragédia, pois um dos guias do judeus voltaram depois do cativeiro na
carro (Uzá) tocou na Arca que estava Babilônia. Jerusalém foi o foco de grande
caindo e acabou m orrendo por isso parte do ministério terreno de Cristo,
(2 Sm 6.3-7). Dessa forma, a comitiva e a cidade onde Ele foi condenado. A
foi interrompida e a Arca ficou sob os profecia identifica Jerusalém como o
cuidados de Obede-Edom por 3 meses lugar ao qual Jesus irá retornar, e como
(1 Cr 13.13,14). a capital do reino terreno que Ele irá
Na segunda tentativa de se traze r estabelecer. Não existe outro lugar na
a A rca, Davi não queria m ais errar. terra tão teologicamente significativo,
Para isso, Davi cham ou os le vitas e como a Cidade de Davi, Je ru sa lé m "
os sacerdotes e ordenou que eles se (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
santificassem para trazer a Arca até Je ­ Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro:
rusalém (1 Cr 15.4,12-14). Ele também CPAD, 2010, p. 187).
convocou os levitas para organizarem
o louvor e adoração (1 Cr 15.16). Davi I I - 0 GRANDE ERRO DE DAVI
congregou todo povo em uma nova H avia um período em que os reis
com itiva e utilizou um a vestim enta saíam para guerrear. Neste período,
especial (1 Cr 15.27). Davi preferiu fica r em seu palácio e
Em uma jornada festiva, Davi ofereceu enviou o general Joab e em seu lugar
sacrifícios ao Senhor (2 Sm 6.13). Os (2 Sm 11.1). No palácio, à tarde, após
sacerdotes trouxeram a Arca sobre seus um cochilo, Davi passeou pelo terraço,
ombros, cumprindo os mandamentos viu Bate-Seba e quis tom á-la para si,
do Senhor (1 Cr 15.15). Além disso Davi mesmo tendo sido informado que ela
XX
era uma mulher casada (2 Sm 11.2,3). tam ente invencível - se viu envolvido
Mesmo sabendo de que isso era um no que foi, provaveUmente, a batalha
pecado, ele mandou cham á-la e dei­ m ais difícil de sua vida - uma batalha
to u -se com ela (2 Sm 1 1.4 ). Com o contra o desejo e a luxúria - e perdeu.
consequência do adultério, Bate-Seba D epois de do rm ir com a esp o sa de
engravidou do rei (2 Sm 11.5). outro homem, e, então, conspirar para
Urias, marido de Bate-Seba, que era que o marido fosse morto em campo
um dos guerreiros va le n te s de Davi de batalha, a vida de Davi começou a
(2 Sm 23.8,39), não sabia de nada. O piorar. Não foi um giro de 180 graus,
rei, por sua vez, armou uma cilada. Ele mas, ainda assim, foi um desvio signi­
ordenou o retorno de U rias para que ficativo que teve efeitos sobre a vida
ele dormisse com Bate-Seba, a fim de de Davi, sobre a sua fam ília e sobre a
fingir que o filho que Bate-Seba gerava sua nação.
era de Urias e não seu (2 Sm 11.6-8). Como isso é possível? Como pode um
Entretanto, toda a tropa de U rias herói da Bíblia, um gigante da fé, um
estava montando guarda e ele não foi homem segundo o coração de Deus, se
para casa, preferindo dormir no portão desencam inhar tão completa-.mente,
do palácio junto aos dem ais guardas perder a visão do objetivo, e se atrapa­
do rei (2 Sm 11.9-11). Urias se manteve lhar de uma form a tão grave?
fiel ao rei e aos seus companheiros do A Bíblia raramente oferece respostas
exército. bonitas e organizadas ao ‘por que' e
Como viu seu plano falhar, Davi enviou ‘como’, com referência às pessoas reais,
uma carta ordenando ao comandante que vivem uma vida real, no mundo real.
Jo a b e m udar a posição de U rias na Em vez disso, ela apresenta a história
b atalha, a fim de que ele ficasse em - a história que precisam os ouvir - e
uma área onde o inimigo era mais forte, nos permite ler, refletir e responder em
para que ele fosse morto (2 Sm 11.14). nossa própria vida [...].
Davi entregou essa carta nas mãos Com a vida de D avi, ap ren dem o s
do próprio U rias e ele retornou para que é to lice sup o r que um a pessoa
a guerra portando sua sentença de segundo o coração de Deus esteja imu­
morte. Davi fez isso com o objetivo de ne aos perigos e tentações do mundo
esconder o seu próprio pecado. Após ao seu redor. Em vez disso, devem os
a m orte de Urias, Davi se casou com
nos lem b rar de que, quando dam os
Bate-Seba. M as a Bíblia diz que “[...] o
um passo em falso - seja grande ou
SENHOR não gostou do que Davi tinha
pequeno - uma nova cadeia de eventos
feito” (2 Sm 11.27).
tem início, que Deus não considera o
pecado sem im p o rtâ n cia , m as que
a m isericó rd ia e o perdão de Deus,
II - AUXÍLIO DEVOCIONAL
ainda assim , são ilim itad o s” (Bíblia
“Infelizmente, depois de conquistar o The Way O Caminho. Rio de Janeiro:
trono, Davi - o guerreiro de Deus, supos­ CPAD, 2016, p. 359).
III - DAVI, HOMEM SEGUNDO Davi foi identificado como um homem
O CORAÇÃO DE DEUS segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14;
1 6 .1 2 ,1 3 ). Isso nos m o stra que ele
O pecado de Davi não ficou impune
tinha em seu coração o compromisso
diante de Deus. O Senhor Levantou o pro­
de obedecer e cu m p rir a vontade e
feta Natã para confrontar o rei. O profeta
os m andam entos de Deus. Podemos
contou ao rei, em forma de parábola, uma
observar em suas atitudes, cânticos e
história de dois homens, um que era rico
orações que ele am ava a presença de
e possuía muitas ovelhas e que tomou a
Deus (Sl 51.10,11).
ovelha de outro homem, que era pobre
e possuía apenas uma (2 Sm 12.1-4).
Sem saber que a parábola falava de III - AUXÍLIO DEV0CI0NAL
si mesmo, Davi ficou furioso e disse que
este homem rico deveria ser morto e “A Bíblia não se esforça para ocultar
pagar quatro vezes m ais o que tirou as falhas de Davi. No entanto, ele é lem­
(2 Sm 12.5,6). Natã diz ao rei que este brado e respeitado por ter um coração
homem é ele mesmo (2 Sm 12.7). Davi voltado a Deus. Sabendo que com par­
tomou a mulher de Urias, mesmo tendo tilhamos muito mais das falhas de Davi
muitas esposas. do que de sua grandeza, devemos estar
Deus confrontou Davi com o seu pe­ curiosos para descobrir o que fez Deus se
cado e lembrou-o de toda sua trajetória referir a Davi como um ‘varão conforme
(1 Sm 12.7-9). Como consequência do o meu coração’ (At 13.22).
pecado de Davi, D eus declaro u que Davi, mais que qualquer outra coisa,
h a ve ria ca so s de m o rte s v io le n ta s tinha uma crença imutável na natureza
entre se u s filh o s e que alg u é m da fiel e m isericordiosa de Deus. Ele era
própria família de Davi iria causar uma um homem que vivia com grande entu­
desgraça e tam bém iria to m ar suas siasmo. Ele pecou, m as foi rápido para
m ulheres (1 Sm 12.10-12). confessar seus pecados. Suas confissões
Diante dessa palavra, Davi confessou eram sinceras, e seu arrependimento
seu pecado e se arrep en d eu (1 Sm foi genuíno. Davi nunca considerou o
12.13, S l 51.2-4). Deus perdoou Davi. perdão de Deus de forma leviana, nem
M as a criança gerada por Bate-Seba sua bênção como algo assegurado ou
adoeceu e morreu, pouco tempo após comum. Deus, por sua vez, nunca reteve
o nascimento (2 Sm 12.13-18). de Davi nem seu perdão nem as con­
A Bíblia nos ensina que “[...] Deus tem sequências dos seus atos. Davi sentiu
misericórdia de quem confessa os seus a alegria do perdão m esm o quando
pecados e os abandona” (Pv 28.13). Deus teve que sofrer as consequências de
é misericordioso. Ele foi bondoso nova­ seus pecados.
mente com Davi. Tempos depois Deus A nossa tendência é inverter essas
permitiu que ele tivesse outro filho com duas coisas. Muito frequentem ente,
Bate-Seba, agora sua esposa, e este filho preferimos evitar as consequências a
foi chamado de Salomão (2 Sm 12.24). receber o perdão. Outra grande dife­
rença entre nós e Davi é o fato de que, Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD,
embora pecasse enormemente, ele não 2015, p. 500).
o fazia repetidas vezes. Ele aprendia com
seus erros, porque aceitava o sofrimen­
to que eles traziam . Frequentemente, CONCLUSÃO
não parecemos aprender com nossos O segundo rei de Israelfoi bem-suce­
erros, nem com as consequências que dido em m uitas guerras contra povos
resultam desses erros. Que mudanças inimigos. Todavia todas as conquistas
seriam necessárias para que Deus en­ de Davi não o im pediram de pecar.
contrasse em você esse tipo de obedi­ Entretanto, o rei se arrependeu de seu
ência?" (Bíblia de Estudo Cronológica erro e foi perdoado por Deus.

VAMOS PRATICAR
1. Leia as afirmações abaixo e marque (V) para verdadeiro e (F) para Falso:

( F ) Davi foi um rei fraco e derrotado em seus intentos. Ele teve derrotas impor­
tantes contra vários povos inimigos de Israel: filisteus e moabitas, como também
os sírios e am onitas.

( F ) O rei estava tão empolgado em querer trazer a Arca da Aliança de volta


que conseguiu na primeira tentativa.

( V ) Havia um período em que os reis saíam para guerrear. Neste período, Davi
preferiu ficar em seu palácio e enviou o general Joabe em seu lugar.

( V) O pecado de Davi não ficou impune diante de Deus.

Pense Nisso
A vida de Davi deixa claro que não
podemos baixar a guarda diante da
tentação. Devemos sempre estar vigi­
lantes para não pecar contra Deus. Se
você estiver sendo tentado em alguma
área, afaste-se imediatamente do pe­
cado e se fortaleça em Deus.
0 REINADO DE SALOMAO

LEITURA BÍBLICA
1 Reis 3.4-15; 4.20-25
Devocional
Segunda » 1 Cr 28.4-7

- u ----------------
A MENSAGEM
Terça » 1 Rs 2.12

Escutarei com atenção as orações que Quarta » 1 Rs 4.29-30


forem feitas neste Templo, pois é o Templo
Quinta » 2 Cr 7.1-3
que escolhi e separei para ser o lugar
onde deverei ser adorado para sempre. Eu Sexta » 1 Rs 11.1-6
tomarei conta dele e sempre o protegerei. X
2 Crônicas 7.15,16 Sábado » 1 Rs 11.9-13 X
X K

---------------- n -
Objetivos
^ ENSINAR quem foi Salomão, des­
tacando o legado do seu reinado,

^ MOSTRAR que todos nós pre­


cisam os aprender a fazer pedidos
sábios a Deus;

> REFLETIR sobre a importância


de nos mantermos fiéis a Deus até o
final de nossas vidas.

Ei Professor!
Nesta lição são abordados pontos Ponto de Partida
im portantes da vida de Salom ão.
Professor, ao apresentar o segundo
Um desses aspectos é a questão da
tópico, reflita com seus alunos sobre
sabedoria. o contexto geográfico: a partir do rei­
Salom ão escreveu: "Para ser sábio,
nado de Davi, a cidade de Jerusalém
é preciso prim eiro te m e r a Deus, o
tornou-se a mais relevante da nação.
SEN H O R [...]” (PV 9 .1 0 ). Percebe-se
Jerusalém era a capital do reino e o
que o ponto principal para se obter a
palácio e o templo foram construídos
sabedoria é o tem or ao Senhor.
lá. Assim, a cidade tornou-se o centro
Salom ão ratificou isso quando es­
político e religioso da nação, de modo
creveu o Eclesiastes ao dizer que de
que quase tudo girava em torno do
tudo o que já foi dito e ensinado, o fim
templo.
é tem er a Deus e obedecer aos seus
O templo era um órgão vital da nação
m andam entos (Ec 12.13).
israelita. Ele não era apenas um local de
Devemos aprender com essas pa­
adoração, mas um verdadeiro símbolo
la vra s e nunca perca de vista esses
de orgulho nacional e da certeza de
princípios: (1) tem er ao Senhor e (2)
que Deus estava no meio do seu povo.
obedecer a Palavra de Deus. Guarde
Assim, Jerusalém deveria ser uma
essa reflexão no seu coração. cidade onde prevalecesse a adoração
X _ m \/Q»rlnHpirn n Senhor.
XX-
XXX
XX
de Salom ão significa ‘paz’, ou 'pacífico'
Vamos Descobrir (1 Cr 22.9) e o seu reinado foi de fato
Im agine um rei que viveu grandes assim: marcado por um longo período
e x p e riê n c ia s com D e u s e receb eu de paz (1 Rs 4.24).
s a b e d o ria , riq u e z a s e ho n ra d Ele . Certo dia, logo no início do seu rei­
Im agine um rei que construiu não só nado, Salom ão ofereceu sacrifícios a
o m a io r e m a is luxuoso te m p lo da Deus e teve um a experiência, na qual
histó ria de Isra e l, com o ta m b é m o o Senhor apareceu em sonhos e disse:
m aior p alácio real. S a lo m ã o foi um “[...] o que você quer que eu lhe dê?” (1 Rs
rei de sucessos, porém, mesmo assim, 3.4,5). O rei pediu sabedoria para poder
decidiu desobedecer ao Senhor, c a ­ governar o povo com ju stiç a e sab er
sar-se com m uitas m ulheres, erguer discernir entre o bem e o m al (1 Rs 3.9).
altares a outros deuses e curvar-se a Deus se agradou tanto do pedido de
eles. Vam os aprender com a história Salom ão que prometeu dar ao rei não
do rei Salo m ão? só sabedoria, como tam bém riquezas
e honras como a ninguém dera antes
Hora de Aprender (1 Rs 3.11-14).
Salom ão foi tão sábio que os reinos
I - QUEM FOI SALOMÃO? vizinhos enviavam pessoas para ou­
Salomão era filho de Davi com Bate- vi-lo e aprender com a sua sabedoria
-Seba e foi o escolhido e ungido (1 Rs (1 Rs 4.3 4 ; 1 0 .2 3 -2 5 ). Ele deixou sua
1.39) p ara ser o sucesso r de seu pai sa b e ria e scrita em livros que estão
no trono de Israel (1 Rs 2.12). O nome na Bíblia, a sab er: Provérbios, Ecle-
sia s te s , C a n ta re s e a lg u n s S a lm o s
que tam bém são de sua au to ria. Ele
com pôs 3 m il provérbios e m a is de
m il cânticos (1 Rs 4.32).
Salo m ão consolidou e expandiu o
reino por meio de a lia n ça s políticas
p a c ífic a s , se m fa z e r g u e rra s . Po r
m eio d as a lia n ç a s que fa z ia , S a lo ­
mão, dominou m u itas nações e elas
lhe p ag avam m uitos im postos (1 Rs
4.21,24,25). Essa condição econômica
favo rável proporcionou a construção
de um grande e luxuoso palácio (1 Rs
7.1) que im pressionava os visitantes
nos m ínim os d e talh e s, desde a co ­
m ida se rv id a , à o rg a n iza ç ã o e até
a m an eira com o os fu n cio n ário s se
vestiam (1 Rs 10.5).
XX
X
/ - AUXÍLIO DIDÁTICO

“Salom ão foi o quarto filho de Davi O rei pediu


e Bate-Seba. A escolha de Salo m ão sabedoria para
por Deus para suceder seu pai (2 Sm
poder governar.
12.24,25; 1 Cr 22.9,10; 28.4-7) é uma
m aravilhosa ilustração da graça per-
doadora de Deus. O pecado dos pais
foi removido, e Salomão, filho da união (1 Rs 6.1). Ele prezou pela excelência,
agora curada, foi elevado para se tor­ e m p enh o u-se na obra e cap richo u
nar rei. em cada detalhe (1 Rs 6.2,7,9,14). O
Salomão desfrutou de um reinado de templo foi feito de acordo com todos os
40 anos, durante o qual ele manteve padrões estabelecidos e com materiais
todo o território conquistado por seu de excelente qualidade (1 Rs 6.17-22).
pai. A riqueza advinda do comércio e Vários utensílios foram feitos de ouro
dos trib u to s se acum ulou em Isra e l (1 Rs 7.48-50). Devido à magnitude e
durante estes anos, e Salomão empre­ com plexidade da obra, a construção
endeu muitos projetos de construção do templo durou sete anos (1 Rs 6.38).
de custos elevados. A riqueza de Salo­ Após o térm ino da construção, S a ­
mão e a sua sabedoria são discutidas lom ão levou a arca da a lian ça para
nos 11 primeiros capítulos de 1 Reis" o tem plo e a pôs no devido lugar, no
(RICH ARDS, Law ren ce, Comentário Lugar Santíssim o (1 Rs 8.6). Após isso,
Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: Salomão inaugurou o templo, ofereceu
CPAD, 2013, p. 198). sacrifícios e orou ao Senhor. E, então,
desceu fogo do céu e queimou a oferta
que estava sobre o altar e a glória do
I I - A REALIZAÇÃO DE UM Senhor encheu todo o templo, a ponto
GRANDE PROJETO de os sa ce rd o te s não conseguirem
A Palavra de Deus relata que Davi entrar no santuário (2 Cr 7.1-3). Todos
tinha o desejo de construir um templo os israelitas que estavam no pátio do
para adoração ao Senhor na cidade templo se ajoelharam com o rosto no
de Je ru sa lé m . Todavia, ele foi im pe­ chão e adoraram e louvaram a Deus
dido por Deus, pois era um guerreiro (2 Cr 7.4).
e p o ssu ía su a s m ã o s m a n c h a d a s
por sa n g u e (2 Sm 7 .4 ,5 ; 1 Rs 5 .3 ).
Entretanto, Davi organizou o projeto
de construção e reservou m ateriais e
recursos e repassou todas as orienta­ “Por que há tanta ênfase no Templo
ções para Salom ão (1 Cr 28.1 1-2 0 ). no Antigo Testam ento?
Salom ão, no quarto ano de seu rei­ (1) Ele era um símbolo da autoridade
nado, iniciou a construção do templo religiosa. O Templo era a m aneira de
A AA
XX
* U na engenharia, na ciência e na arte,
para louvá-lo.
(7) Era um lugar de oração. No Templo,
O fim de uma coisa as pessoas podiam passar algum tempo
vale mais do que em oração a Deus” (Bíblia de Estudo
o seu começo. Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2015, p. 630).

9f
III - UM M A6EST0S0 INÍCIO,
Deus centralizar a adoração em Je ru ­
MAS UM FINAL COMPLICADO
salém , para asseg u rar que a crença O rei Salom ão se casou com muitas
correta fosse mantida intacta por várias m u lheres e stran g eiras, que não t e ­
gerações. miam e não serviam ao Deus de Israel
(2) Era um símbolo da santidade de (1 Rs 11.1). D e u sjá havia proibido na
Deus. A bela atmosfera do Templo ins­ Lei o casa m e n to entre os is ra e lita s
pirava respeito e reverência por Deus; e m u lh e re s de povos e stra n g e iro s,
o Templo foi o cenário de m uitas das para que não caíssem no pecado de
grandes visões dos profetas. idolatria (Dt 7.2-4). E foi exatam ente
(3) Era um símbolo do concerto de isso o que aconteceu com Salo m ão
Deus com Israel. O Templo mantinha (1 Rs 11.3). As esp o sas e stran g eiras
as pessoas concentradas na lei de Deus do rei g a n h a ra m o seu coração, de
(as tábuas dos Dez Mandamentos eram modo que ele, para agradá-las, cons­
guardadas no Templo) [...]. truiu a lta re s ao s deuses estranh o s,
(4) Era um sím bolo do perdão. O para que e la s pudessem ad o rá -lo s
projeto do Templo, seus utensílios e (1 Rs 11.8).
costum es eram grandes lições para Além de erguer esses altares, Salo ­
to d as as pessoas, lem brando -as da mão tam bém se curvou e adorou aos
seriedade do pecado, da punição que ele outros deuses de suas mulheres (1 Rs
exigia, e da sua necessidade de perdão. 11.5,6), m esm o tendo sido alertad o
(5) Ele preparava o povo para o M es­ duas vezes pelo Senhor para que não
sias. No Novo Testamento, Cristo disse fizesse isso (1 Rs 1 1 .9 -1 0 ). Por esse
que tinha motivo o reino de Salom ão não foi in­
vindo para cumprir a lei, e não para teiramente pacífico. Após seus pecados,
revogá-la. Hebreus 8.1-2; 9.11-12 usa Deus levantou inimigos contra Israel
os costumes do Templo para explicar o por causa dos pecados de Salom ão (1
que Cristo fez, quando morreu por nós. Rs 11.11,14,23,26).
(6) Ele era um testemunho do esforço Porém, por amor a Davi, Deus permitiu
e criatividade humanos. Inspirados na que Salom ão continuasse a reinar até
beleza do caráter de Deus, os indivíduos o dia de sua morte, m as já havia de­
se dedicavam a grandes realizações, terminado que iria retirar o reino dele.
Salom ão governou em Jerusalém por Lv 18.21, 2 0 .1 -5 )” (Bíblia de Estudo
40 anos. Após a sua m orte seu filho Cronológica Aplicação Pessoal. Rio
Roboão foi coroado. de Janeiro: CPAD, 2015, p. 681).

CONCLUSÃO
Salomão foi um rei que teve um início
1 Reis 11.5-8 aponta que Salom ão de reinado muito bom. Ele foi um rei
cometeu o pecado da idolatria quando sábio que governou com sabedoria.
adorou a falso s deuses: “A starote era Mas, a partir do momento que decidiu
um a deusa que sim bolizava o poder desobedecer ao Senhor, seu reinado
reprodutor - uma amante do deus Baal. declinou e sua relação com Deus ta m ­
Moloque era o deus nacional dos amo- bém. À m edida que se envolvia com
nitas, e foi cham ado de ‘abom inação’, suas m uitas esposas ele tam bém se
porque seus ritos de adoração incluíam curvava e adorava os deuses delas. Isso
o sacrifício infantil. Quemos era o deus foi determinante para Salomão terminar
nacio nal dos m oabitas. Os israelitas muito m a l o seu reinado. Talvez, por
fo ram ad vertido contra a ad oração isso, o próprio Salom ão tinha escrito:
de todos os outros deuses em geral, "O fim de uma coisa vale m ais do que
e M oloque em p articu la r (Ex 20.1-6; o seu começo [...]” (Ec 7.8).

A A A _ A A A A A A Â A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A

1. O que de fato Salomão pediu a Deus?


( ) Riquezas ( x ) Sabedoria ( ) Mulheres

( ) Inteligência ( ) Prosperidade

2. Em quantos anos o templo foi construído?

( ) 3 anos ( ) 5 anos ( x ) 7 anos

( ) 4 anos ( ) 6 anos

3. Marque (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso:

( F ) Salom ão nunca se curvou diante das im agens dos deuses de suas esposas.

( V ) Após o térm ino da construção, Salom ão levou a arca da alian ça para o


templo e a pôs no devido lugar, no Lugar Santíssimo.

( V) Salom ão foi tão sábio que os reinos vizinhos enviavam pessoas para ouvi-lo
e aprender com a sua sabedoria.

XX
▲ A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A

A A A A A A A A A A A Í - * * * * •_ , A A A
A A A
MINHAS IDÉIAS A A A
A A A

A A A
A A A
k A A
A A A
A A A
i A A A

Pense Nisso
Salomão viveu coisas extraordinárias
na presença do Senhor, m as tam bém
se perdeu fazendo escolhas erradas.
Em sua velhice, Salom ão afirmou que
uma vida em busca de prazeres não
passa de vaidade (Ec 2.1). Ele tam bém
escreveu que o dever de todo o homem
é te m e r a Deus obedecer ao s seus
m andam entos, porque foi para isso
que o ser humano foi criado (Ec 12.13).
M M L i\
§f";
Síquém •

Betei •
Asdode •
Jerusalém «
Belém •
JUDÁ
Hebrom»
• Dibom
■Morto

•Berseba

•Quir-Heres

LEITURA BÍBLICA
1 Reis 12.1-5,12-17
Devocional
Segunda » 1 Rs 14.16

-u ---------------
A MENSAGEM
Terça » 1 Rs 17.1-7

Como Jeroboõo havia feito antes Quarta » 1 Rs 19.19-21


dele, Onri fez com que o SENHOR, o
Deus de Israel, ficasse irado por causa
dos seus pecados e por fazer o povo
< Quinta » 2 Rs 2.9-14

Sexta » 2 Rs 4.1-7
de Israel adorar ídolos.
>
Sábado » 2 Rs 13.14,20,21 >
1 Reis 16.26
x>
o

Objetivos
> ENSINAR como ocorreu a divisão
do reino;

RESSALTAR a im p o rtân cia dos


p ro fe ta s verd ad eiro s p ara o povo
de Israel;

MOSTRAR que há a p e n a s um
D eus verd adeiro : O Se n h o r Todo-
-Poderoso.

XX

Ei Professor! Ponto de Partida


Esta lição nos possibilita refletir Desenvolva a seguinte reflexão com
sobre fidelidade ao Senhor. O Reino sua turm a, ao apresentar o primeiro
do Norte, desde o princípio foi infiel
tópico.
ao Senhor. A vida de Jeroboão nos propõe um
Jero b o ão , após receb er um a dilema muito sério: fidelidade a Deus
oportunidade de Deus, abandonou
ou apego ao poder?
o Senhor. Ele construiu imagens, Após assum ir o trono do Reino do
altares, estabeleceu festas e sacer­ Norte, Jeroboão ficou com medo de per­
dotes pagãos, o que era totalmente der o poder. Motivado por esse medo,
contrário a vontade de Deus. ele foi totalmente infiel a Deus. O novo
Não podemos agir como Je ro ­ rei corrompeu o culto, o sacerdócio, as
boão, que tentou evitar um possível festas de adoração estabelecidas na
problema e acabou se tornando Lei e levou o povo à prática da idolatria
infiel ao Senhor. O bedecer aos e, consequentemente, a apostasia.
princípios da Pa lavra de Deus é Jeroboão promoveu o sincretismo re­
fu n d a m e n ta l para todo crente, ligioso no meio de Israel, gerando uma
ainda m ais para professores de verdadeira mistura entre o verdadeiro
Escola Dom inical. M antenha-se culto a Deus e os elem entos pagãos
puro e fiel a Deus! das nações vizinhas. Israel pagou um
. n n r Cl i n I n D e u s.
X

XX
tes conselheiros do seu pai e osjovens
Vamos Descobrir que haviam crescido com ele na corte
Israel não era uma nação qualquer. (1 Rs 12.6-9).
Foi uma nação escolhida para fazer o Roboão se recusou a ouvir os conse­
nome do Senhor conhecido. lhos dos anciãos de Israel, que disseram
Porém, Israel pecou contra o Senhor. para ele dim inuir os im postos (1 Rs
D iante disso, Deus m a n tin h a a sua 12.6-7) e decidiu ouvir seus am igos,
justiça e permitia que o povo e os reis que o aconselharam a cobrar impostos
lid assem com as consequ ências de ainda maiores. Assim, o jovem rei não
seus pecados. atendeu ao povo e impôs cargas muito
Israel sofreu um grande golpe após m ais pesadas (1 Rs 12.14).
a morte de Salomão que marcou a sua Diante disso, as 10 tribos romperam
história para sempre. Vamos descobri com Roboão, com Jerusalém e com a
o que aconteceu com a nação santa?! descendência de Davi (1 Rs 12.16-17). A
partir daí, Jeroboão assumiu a liderança
Hora de Aprender das dez tribos e tornou-se rei sobre
elas. Essas dez tribos formaram o Reino
I - JER 0B0Ã0 E 0 REINO do Norte, que ficou conhecido como
DO NORTE “Israel" (1 Rs 12.20). O Reino de Israel
1. A divisão do reino estabeleceu sua capital em Sam aria. O
Reino do Sul, continuou sendo em Judá,
Após a m orte do rei Salo m ão, Ro-
com sua capital em Jerusalém. A nação
boão, seu filho, assumiu o trono sobre
ficou dividida por séculos.
todo o Israel (1 Rs 12.1). O povo das
tribos do Norte, sob a representação 2. - Jeroboão e o Reino do Norte
de Jeroboão, procurou o rei para pedir A princípio, Jeroboão tinha recebido de
que ele aliviasse a carga de serviços e Deus o reinado (1 Rs 11.30,31). O profeta
tributos que foi imposta por Salomão. Aías o alertou para que andasse corre­
Jeroboão era um homem valente que tam ente diante do Senhor e guardasse
tinha sido um oficial de Salom ão (1 Rs os seus mandamentos (1 Rs 11.37,38).
11.28). Ele tentou fazer uma rebelião Entretanto, Jeroboão, com medo do
contra Salomão (1 Rs 11.26). Ele recebeu povo retornar a se submeter a Roboão,
uma mensagem do profeta Aías de que quando fosse adorar a Deus no templo
reinaria sobre 10 tribos de Israel (1 Rs em Jerusalém, edificou dois altares, um
1 1.3 0,3 1 ). A pós esse episódio, fugiu em Betei e outro em Dã (1 Rs 12.26-29).
para o Egito, para não ser morto (1 Rs Jeroboão levou todo o seu reino à
11.40). Porém, nesse momento de Israel idolatria, construindo altares e imagens.
o trouxeram de volta (1 Rs 12.1,2). A lém disso, ele escolheu, de acordo
Roboão despediu os israelitas e pe­ com a sua vontade, novas datas para
diu que voltassem em três dias. Nesse as festas religiosas de Israel e consti­
período, o jo vem rei consultou a dois tuiu sacerdotes particulares, que não
grupos distintos: os anciãos, experien­ eram da tribo de Levi (1 Rs 12.31-33).
Portanto, ele se tornou um rei idólatra Deus nos perdoe" (Bíblia de Estudo
e corrom peu o culto, o sacerdócio e Cronológica Aplicação Pessoal. Rio
toda a nação. de Janeiro: CPAD, 2015, p. 712).

II-R E IS X PROFETAS
/ - AUXÍLIO TEOLÓGICO
Os reis que su ce d e ram Jero b o ão
"Quando Roboão, o herdeiro de S a ­ fizeram coisas parecidas e até piores, de
lomão, assum iu o trono, Jeroboão re­ modo que se não fosse a misericórdia
presentou o povo, exigindo que o novo de D eus em le v a n ta r pro fetas p ara
rei fosse mais indulgente que seu pai. A tentar levá-los ao arrependimento, a
decisão insensata de Roboão, rejeitando nação estaria perdida.
o pedido de seu povo, fez com que eles O 6 o rei de Isra e l (reino do Norte)
o rejeitassem como rei. Somente Judá se cham ou Onri. A Bíblia diz que ele
e B en jam im p e rm a n e ce ram le a is à “pecou contra o Senhor Deus m ais do
dinastia de Davi. As outras dez tribos que todos aqueles que haviam sido reis
fizeram de Jeroboão seu rei. antes dele" (1 Rs 16.25). Ele reforçou a
Em vez de considerar este cum pri­ prática da idolatria e despertou a ira do
mento da promessa de Deus como uma Senhor. O seu reinado durou 12 anos
motivação para obedecê-lo, Jeroboão e, após sua morte, seu filho Acabe foi
decidiu fazer tudo o que pudesse para coroado (1 Rs 16.23,28).
assegurar sua posição. Ele afastou seu Acabe foi um rei politicamente forte e
reino do Deus que havia permitido que espiritualmente fraco. Ele lutou batalhas
ele reinasse; estabeleceu uma religião contra outras nações, fez alianças polí­
de ídolos como alternativa à verdadeira ticas e manteve relações diplomáticas
adoração de Deus no Templo. O Senhor com outros reis (1 Rs 20.1; 22.1,2). Seu
já o havia advertido das consequências reinado durou 22 anos e foi m arcado
deste ato - sua família seria destruída. E por grandes construçõ es na cidade
Jeroboão colocou em ação eventos que de S a m a ria e fo rtificação de o utras
levariam à destruição do reino do norte. cid ad e s, com o por exem plo, Je rico
A s co n seq u ên cias do pecado são (1 Rs 16.29,34).
garantidas pela Palavra de Deus, m as Acabe se casou com Je za b e l para
é d ifícil predizer quando ocorrerão. fazer uma aliança política em Etbaal,
Q uando fa zem o s algo d iretam ente rei dos sidônios. A p artir dessa união
oposto às instruções de Deus, e não foi introduzida em Israel a adoração
acontece nenhum desastre imediato, aos ídolos B a al e A será (1 Rs 16.31).
frequentemente nos enganamos, crendo Acabe conduziu o povo de Israel a uma
que nossa desobediência ficou impune. profunda idolatria (1 Rs 16.32,33). Além
M as a vida de Jeroboão deve nos fazer disso, permitiu que Jezabel perseguisse e
reconhecer nossa frequente necessi­ matasse os profetas do Senhor. Aqueles
dade de adm itir nossa desobediência, que conseguiram sobreviver, tiveram
e nos arrependermos e pedirmos que que se esconder (1 Rs 18.13).
Acabe foi um rei cruel. Ele cometeu antes disso, Elias foi enviado a fim de
e permitiu atos terríveis, como m atar confrontar a corte idólatra de Israel
Nabote apenas para tom ar a sua vinha e os pro fetas de B a a l e A se rá (1 Rs
(1 Rs 2 1.11-16). Todavia, as atitudes 18.18-20). Elias anunciou um desafio
de Acabe não ficaram impunes. Deus no monte Carm elo entre ele, sozinho,
levantou um profeta para confrontá-lo contra todo s os p ro fetas de B a a l e
(1 Rs 17.1). Aserá — 850 ao todo.
Elias foi um profeta que se notabilizou Nesse desafio, dois a lta re s foram
por não se curvar diante da tirania de construídos com uma oferta de sacrifício
Acabe e Jezabel. Ele confrontou o rei e (1 Rs 18.23). Os profetas idólatras deve­
a rainha por seus pecados e com au­ ríam clam ar a B a al e Elias iria clam ar
toridade anunciou um período de seca ao Senhor. Aquele que respondesse à
sobre Israel, que se cumpriu (1 Rs 17.1; oração fazendo fogo cair do céu sobre
18.1). A seca foi enviada por Deus como o alta r provaria ser o Deus verdadeiro
forma de juízo sobre os pecados de Israel. (1 Rs 18.21-24).
Elias teve grandes experiências com O povo de Israel, que estava ouvindo o
Deus. Por exemplo, durante o período profeta Elias, aprovou o desafio. Assim,
da seca, Elias foi sustentado por corvos os profetas de Baal começaram a fazer
em Querite (1 Rs 17.3-6). Depois de seus rituais e preces (1 Rs 18.25,26).
algum tempo, Deus o ordenou ir até Depois de algum as horas Elias zom ­
Sarep ta, para receber m antim entos bou de seus adversários, pois B a a l e
de uma viúva. (1 Rs 17.8,9). Quando o Aserá não responderam ao clam or de
profeta chegou lá, foi informado que a seus profetas (1 Rs 18.27). Os profetas
viúva não tinha alimentos ou recursos. idólatras clam aram pela manhã e pela
Ela só possuía “um punhado de farinha tarde e nada aconteceu.
de trigo num a tigela e um pouco de Então, E lia s, cham ou o povo para
azeite num ja rro ” (1 Rs 17.12). perto de si, consertou o altar do Senhor
A viúva e o seu filho estavam à beira que estava quebrado. Além disso, para
da fome. Entretanto, o Senhor usou o assegurar o poder de Deus, ele ainda
profeta para ab en ço á-la. E, a p artir cavou uma valeta em volta e encheu
daquele dia, a farinha e o azeite foram com cerca de 12 litros de água (1 Rs
sendo multiplicados até o fim do período 18.30-34).
da seca, de maneira que, por meio de Elias clamou a Deus, com uma breve
um milagre, Deus sustentou o profeta oração, e o Senhor respondeu com fogo
e a fam ília da viúva (1 Rs 17.14-16). sobre o altar. Quando o povo de Israel
Tempos depois, o filho dessa m ulher viu isso, im ediatam ente exclamou: "Só
tam bém morreu. Mas, Deus o ressus­ o Senhor é Deus” (1 Rs 18.36-39).
citou mediante a oração de Elias (1 Rs Logo em seguida, todo o grupo dos
17.17,20-22). que praticavam e ensinavam a idolatria
Após três anos, Deus decidiu ordenar em Israel foi destruído e Deus ordenou
o retorno das chuvas (1 Rs 18.1). Porém, a chuva sobre a terra (1 Rs 18.40,41,45).
(1 Rs 19.16,19-21). Eliseu presenciou
AUXÍLIO TEOLÓGICO muitos milagres junto a Elias, como a
“Elias, o profeta, cujo nome significa abertura do rio Jordão (2 Rs 2.8) e a
‘Yahweh [ou Jeová] é Deus’, foi muito subida de Elias ao céu (2 Rs 2.11,12).
ativo durante os reinados de Acabe e Deus realizou muitos m ilagres com
de A cazias no reino do norte (aprox. Eliseu e por meio dele. O profeta dividiu o
875-850 a.C.). O relato de seu ministério rio Jordão, assim com Elias (2 Rs 2.13,14),
começa em 1 Reis 17 e term ina com a purificou um m anancial de águas em
ascensão de Elias registrada em 2 Reis Jerico (2 Rs 2.19-22), multiplicou o azeite
2. Nenhuma genealogia, cham ada ao da viúva (2 Rs 4.1-7), ressuscitou o filho
serviço, ou antecedentes são fornecidos, da sunam ita (2 Rs 4.32-37), retirou o
exceto o fato de te r sido identificado veneno de uma refeição (2 Rs 4.38-41),
como um tisbita que residia na terra de multiplicou pães (2 Rs 4.42-44), curou
Gileade, a leste do Rio Jordão. Naam ã, com andante sírio, de lepra (2
Elias foi cham ado para servir como Rs 5.8-14), fez o ferro de um machado
porta-voz de Deus na ocasião em que o flutuar (2 Rs 6.1-7) e viu Deus cegar todo
reino do norte havia alcançado sua mais o exército sírio (2 Rs 6.18-23).
forte posição econômica e política desde Os milagres realizados e as m ensa­
a separação feita pelo governo Davídico gens proféticas entregues por meio de
em Jerusalém . Onri (885-874 a.C.), que Eliseu sinalizavam o cuidado de Deus
introduziu uma política de boas relações com Israel. Outros profetas tam bém
de amizade com as nações vizinhas, selou viveram (e/ou) atu a ram no Reino do
essa aliança com a Fenícia casando seu Norte, tais como Amós e Jonas. Entre­
filho Acabe com Jezabel, filha de Etbaal, tanto, os reis de Israel insistiram em
o rei dos sidônios. pecar contra o Senhor.
Sob o real patrocínio de Acabe e Jezabel,
floresceu em Israel a adoração ao deus
Baal de Tiro e Sidom [_]. Acabe até cons­
III - AUXILIO TE0L0GIC0
truiu um templo para Baal na cidade de “Eliseu - Auxiliar de Elias e seu suces­
Samaria (1 Rs 16.32). Enquanto a liderança sor como profeta em Israel. Seu nome
realestava comprometida com a adoração hebraico ’eiisha‘ significa 'Deus é salva­
a Baal, Elias, através de suas mensagens ção’ [...]. Seu ministério profético cobriu
e milagres, tinha a responsabilidade de toda a última metade do século IX a.C.,
lembrar aos israelitas que eram o povo atravessando os reinados de Jorão, Jeú,
de Deus” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio Jeoacaz e Joás, do reino do norte. Sua
de Janeiro: CPAD, 2006, p. 628). influência estendia-se desde uma viúva
endividada (2 Rs 4.1) até um homem
I I I - 0 PROFETA ELISEU rico e proeminente (4.8) e mesmo até
Tempos depois, Elias foi levado aos dentro do próprio palácio de Israel (5.8;
céus. Após sua partida, Eliseu, que tinha 6.9,12,21,22; 6.32-7.2; 8.4; 13.14-19).
sido seu discípulo, se tornou seu sucessor Além disso, outros reis (Josafá de Judá,
2 Reis 3.11-19, Ben-Hadade da Síria, CONCLUSÃO
8.7-9) e altos funcionários do exército O Reino do Norte foi m arcado por
sírio (5.1,9-19) procuravam sua ajuda. idolatria e desobediência à Palavra de
Ele mudou o curso da história ao com­ Deus. Todos os seus reis foram maus,
pletar a missão de Elias (1 Rs 19.15,16) de form a que Deus levantou profetas
ao ungir Hazael como rei da Síria (cf 2 para confrontá-los, para desp ertar o
Rs 8.12,13) e Jeú como rei de Israel (cf. 2 arrependim ento. Deus falou com os
Rs 9.1-10)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. reis e com o povo ao longo dos anos.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 633). Porém, eles escolheram o caminho mau.

1. Qual o nome do primeiro rei do Reino do Norte?


( ) Roboão (x )Je ro b o ã o ( ) Acabe

( ) Salom ão ( ) Absalão

2. Jeroboão temeu perder o apoio do povo nas ocasiões de adoraçã


Jerusalém. Qual atitude ele tomou para tentar impedir isso?
Edificou dois altares, um em Betei e outro em Dã.

3. Quem foi o profeta que enfrentou o rei Acabe e os profetas de Baal?


Elias.

Pense Nisso
Um dos principais problemas do
Reino do Norte foi o sincretismo reli­
gioso, ou seja, a mistura de elementos
religiosos de outras nações ao padrão
estabelecido pela Palavra de Deus. O
povo de Deus nunca precisa copiar ou
se misturar com o mundo.
»
I 0 REINO DO SUL: JUDA

LEITURA BÍBLICA
1 Reis 14.21-24,30,31; 15.8-15
Devocional
Segunda » 2 Cr 12.14

- « T e r ç a » ! Rs 15.11-15
A MENSAGEM Quarta » 1 Rs 22.43
Logo que Roboõo firmou o seu poder
como rei de Judô, ele e todo o seu Quinta » Na 1.1-7
povo deixaram de obedecer à Lei de
Deus, o SENHOR.
2 Crônicas 12.1


; Objetivos
> APRESENTAR 0 Reino do Su l,
destacando a trajetória de reis que
foram fiéis a Deus;

^ APONTAR o cuidado de Deus com


os hebreus, mesmo quando eles foram
infiéis ao Senhor;
> ENSINAR aos adolescentes sobre
a importância de ouvir a Deus e seguir
os seus m andam entos.

Ei Professor!
Ponto de Partida
Estamos chegando ao final do tri­
mestre. Continue com seu empenho O grande problema, tanto do reino
do Norte, como do reino do Sul, foi a
na preparação das aulas.
Em sala, não se limite a apenas ler o permissividade de seus reis quanto à
texto da lição em sala de aula. Estude idolatria.
a lição com antecedência, selecione No reino de Sul, desde Roboão, que
recursos didáticos e/ou visuais e faça foi o primeiro rei, a Zedequias, que foi
aplicações práticas, que estejam de o último, houve muita permissividade
acordo com a realidade da sua classe. quanto aos a lta re s erguidos a B a a l
Esta lição, por exemplo, oferece uma e Asera. E, não som ente isso, alguns
excelente oportunidade para falarmos reis, totalm ente entregues à idolatria,
de permissividade quanto ao pecado. não só a perm itiram , como tam bém
O pecado traz consequências, não incentivaram esse pecado. Todavia,
só para a s vidas das pessoas que o houve em Judá reis im portantes que
praticam , como tam bém para suas tem eram a Deus, como A sa, Jo sa fá
e Jo s ia s . E le s co n trib u íram p ara o
fam ílias.
Reflita sobre isso e compartilhe essa fortalecim ento espiritual do povo de
perspectiva com seus alunos. Deus o Judá e fizeram a diferença na história

abençoe! do povo escolhido.


Assim como esses reis, nós tam bém
devemos ser fiéis a Deus nesse mundo.
O reino de Judá prosseguiu por mais
Vamos Descobrir de três séculos. Lá houve apenas uma
Na lição de hoje terem os uma visão dinastia, a de Davi, diferente do Reino
panorâmica do Reino do Sul. Veremos do Norte, que teve várias fam ílias ocu­
a importância dos reis que temeram ao pando o trono ao longo dos anos. Houve
Senhor e dos profetas que falavam a apenas uma exceção: por um período de
verdadeira m ensagem de Deus. seis anos, quando a rainha Atalia (filha
Também veremos que, infelizmente, o de Acabe) tomou o trono de Judá (2 Cr
Reino de Judá tam bém pecou contra o 22.10-12). Todavia, o sacerdote Joiada
Senhor e entenderemos como a idolatria destronou a rainha ilegítima e fez com
atrapalhou o relacionamento do povo que Joás, descendente de Davi, reinasse
com Deus. A Bíblia deixa claro que o em Judá (2 Cr 23.16,20,21).
povo que é escolhido por Deus precisa Houve muitos reis em Judá, alguns
andar nos seus caminhos e estatutos. bons e tem entes a Deus e outros que
foram infiéis. Entretanto, desde o início,
Hora de Aprender com Roboão, o povo aderiu a idolatria
(2 Cr 12.1).
I - 0 TRONO DE DAVI
A pós a d ivisão de Is ra e l em dois
reinos, a região de Ju d á ficou conhe­
- AUXÍLIO DIDÁTICOS^?
— —— — ——
cida como o Reino do Sul. Lá estava a “Roboão sucedeu Salom ão no trono
cidade-capital Jerusalém e o templo em 931 a.C. e reinou por 17 anos até
construído no reinado de Salomão (2 Cr a sua morte em 913 a.C. (1 Rs 11.43;
11.5,17). Ao reino de Judá agregou-se 14.21,31). As tribos de Judá e Benjamim
a tribo de Benjam im e os sacerdotes e não m ostraram nenhuma oposição a
levitas. Portanto, o Reino do Sul ficou ele e a sua ascendência, [...] por todo o
com a responsabilidade de administrar período do seu reinado 'houve guerras
o sistem a legal de sacrifícios, estabe­ entre Roboão eJeroboão’ (2 Cr 12.15) [...].
lecido de acordo com a Lei de Moisés Ju d á [...] sucum b iu a um a a b e rta
(2 Cr 11.1,13,14,16). idolatria sob a direção de Roboão (2 Cr
Roboão, neto de D avi, reinou em 12.1; 1 Rs 14.21-24). Como seu pai, ele
Judá por 17 anos. Nesse período, ele praticava a poligamia, tendo tomado
construiu m uitas cidades fortificadas para si 18 esposas e 60 concubinas, e
por medo de invasões, e fortaleceu a na verdade incentivou o mesmo pro­
econom ia (2 Cr 11.5-12). Porém, ele cedim ento entre os seus filhos (2 Cr
foi te m e n te ao Se n h o r a p e n a s nos 11.18-23). Deixado com apenas duas
três prim eiros anos (2 C r 11.17). Em tribos, voltou-se p ara a construção
seguida, abandonou os mandamentos de defesas no sul de Ju d á visando a
do Senhor e se entregou ao pecado da proteção contra invasão do sul (2 Cr
idolatria, conduzindo o povo no mesmo 11.5-12)” (Dicionário Bíblico Wycliffe.
caminho (1 Rs 14.21-24). Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1682).
II-R E IS Q U E MARCARAM foram fortificadas (2 Cr 17.12,13). Além
■ ■ ■ A HISTÓRIA 'WÊÊÊÊÊ disso, Jo safó estabeleceu m elhorias
na educação, nom eando príncipes e
Vinte pessoas se sentaram no trono
levitas para ensinarem a Lei do Senhor
de Davi em um período de três séculos.
(2 Cr 17.7-9). Também nomeou juizes
Alguns reis foram infiéis a Deus e outros
e estabeleceu tribunais (2 Cr 19.5,8).
cumpriram seus mandamentos. Nesta
Entretanto, assim como seu pai, Jo-
lição querem os d estacar três im por­
sa fá não d e stru iu todo s os a lta re s
tantes reis que fizeram a diferença na
pagãos de adoração, de form a que o
história do povo escolhido:
povo continuou queimando incenso a
1-Asa essas fa lsa s divindades (1 Rs 22.44).
Asa, neto de Roboão, reinou durante Além disso, Josafó casou seu filho com
41 anos em Judá (1 Rs 15.9,10). Ele foi A talia, filha de Acabe, um dos piores
um rei temente ao Senhor (1 Rs 15.11). reis de Israel (Reino do Norte) e isso lhe
Asa proibiu sacrifícios aos deuses estran­ causou problemas m ais tarde.
geiros, destruiu altares a B a a l e Aserá Porém Josafó continuou buscando
(2 Cr 14.2,3) e restaurou a adoração ao a Deus. Ao fin a l do seu reinado, três
Senhor (1 Rs 15.15). Ele construiu cida­ povos se uniram para invadir Judá: os
des fortificadas e o Senhor proporcionou am onitas, os edomitas e os moabitas
um tempo de paz em Judá durante o (2 Cr 20.1). Josafó clam ou ao Senhor,
seu reinado (2 Cr 14.6). que respondeu por meio do profeta
Asa conduziu o povo a adorar somente Ja a z ie l (2 Cr 20.3,4,14,15).
a Deus e obedeceu aos mandamentos Josafó, confiando na mensagem de
do Senhor (2 Cr 14.4). Ele foi fiel a Deus Deus (2 Cr 20.17), colocou os levitas na
durante toda a sua vida. Entretanto, um frente dos soldados arm ados e saiu à
ponto negativo em seu reinado é que Asa peleja louvando o nome do Senhor (2
não destruiu todos os altares que foram Cr 20.18-20). Enquanto o povo adorava,
erguidos aos deuses pagãos (1 Rs 15.14). Deus colocou emboscadas no meio do
2 - Josafá exército inimigo. Assim, os próprios sol­
dados se destruíram e Deus garantiu a
Josafó era filho do rei Asa. Ele ficou
vitória ao povo de Judá (1 Cr 20.22-25).
no trono após a morte do seu pai (1 Rs
Depois, Josafó faleceu e foi sepultado
15.24) e reinou por 25 anos (1 Rs 22.42).
na Cidade de Davi, junto ao túmulo de
Assim como sei pai, Josafó fez o que
seus pais (1 Rs 22.51).
era correto aos olhos do Senhor (1 Rs
22.43). Ele adorou ao Senhor, destruiu 3 - Josias
ídolos e fez com que o povo retornasse Josiasfoi sucessor de Amom, um rei que
ao verdadeiro culto a Deus (2 Cr 19.3,4). não temeu ao Senhor (2 Rs 21.19-22). Ele
Ele foi muito bem-sucedido em seu começou a reinar em Judá ainda muito
reinado: os filiste u s e os árab e s lhe criança e reinou por 31 anos (2 Rs 22.1).
p a g a v a m trib u to s (2 C r 1 7 .1 0 ,1 1 ), Ele amou a Deus com toda a sua força,
havia prosperidade, cidades em Judá mente e coração (2 Rs 23.25).
Jo s ia s promoveu um a reform a do Quando o livro da Lei foi lido a J o ­
Templo de Jerusalém (2 Rs 22.3-6). Nes­ sias, ele ficou chocado, assu stad o e
ta reforma, o Livro da Lei foi encontrado humilhado, e percebeu que havia um
(2 Rs 22.8). Diante do conhecim ento im enso abism o entre seus esforços
da Palavra de Deus, Jo sias prometeu para conduzir seu povo até Deus, e as
obedecer à Lei do Senhor. Esse compro­ expectativas de Deus para sua nação
misso foi tão grande que Deus adiou a escolhida. Ele ficou impressionado com
destruição de Jerusalém para depois da a santidade de Deus, e imediatamente
morte do rei (2 Rs 22.18-20). tentou expor seu povo a essa santidade.
Jo sia s reuniu todo o povo de Ju d á O povo respondeu positivamente, m as
para ouvir a leitura do Livro da Lei (2 Rs a Bíblia deixa claro que sua adoração
23.1,2). Ele tam bém purificou o templo renovada a Deus se deu muito m ais
e restabeleceu os sacerdotes de Deus (2 pelo re sp e ito que d e m o n s tra v a m
Rs 23.4,5). Josias celebrou a Páscoa com por Jo sias do que pelo entendimento
todo o povo de uma m aneira que não pesso al da culpa que tinham diante
era vista desde a época dosjuízes, de de Deus.
modo que nenhum outro rei de Israel Com o você d e scre ve ría seu re la ­
e Judá haviam celebrado antes dele cionam ento com Deus? Seus frágeis
(2 Rs 23.21-23). esfo rço s de sa n tid a d e se b ase iam ,
Em obediência ao Livro da Lei, o rei principalm ente, em um desejo de 'se
ordenou a saída de médiuns e adivinhos, dar bem’ com algum líder querido ou
além da destruição de ídolos e objetos conquistar a opinião popular? Ou você,
de adoração pagã (2 Rs 23.24). Josias como Josias, está profundamente humi­
foi o 16° rei de Judá e morreu em ba­ lhado pela Palavra de Deus, percebendo
talha contra o Egito. Ele foi sepultado o grande abismo que existe entre sua
em Jerusalém (2 Rs 23.29,30). vida e o tipo de vida que Deus espera, e
percebendo sua profunda necessidade
de ser purificado e renovado por Ele?
A obediência humilde agrada a Deus.
II - AUXILIO DEV0CI0NAL A s boas intenções, e até m esm o as
refo rm as, não são suficien tes. Você
“Quando era jovem, Josias já entendia
deve permitir que a PaLavra de Deus lhe
que havia doença e sp iritu a l em sua
humilhe verdadeiramente, e modifique
terra. No interior, os ídolos brotavam
sua vida” (Bíblia de Estudo Cronológica
mais rápido do que as plantações. De
Aplicação PessoaL Rio de Janeiro: CPAD,
certa form a, Jo sias iniciou sua busca
2015, p.966).
a Deus destruindo e purificando o que
reconhecesse como algo que não per­
tencia à adoração ao Deus verdadeiro. III-D E U S FALAVA EM JUDÁ
No processo, a Palavra de Deus foi reen­ Deus não abandonou o seu povo, Ele
contrada. As intenções do rei e o poder continuou falan do a tra vé s dos seus
da revelação escrita de Deus se uniram. profetas, a fim de instruir e despertar
o arrependimento (Jr 26.1-3). Muitos moradores do Reino do Sul, em especial,
profetas eram nativos e/ou atuaram os de Jerusalém (Sf 1.4).
no reino de Judá, tais como Joel, Isaías, O profeta condenou a adoração aos
Jerem ias, entre muitos outros. astros celestes (Sf 1.4,5). Também con­
Os profetas entregaram a mensagem denou àqueles que adoravam a Moloque
de Deus para os hebreus de Judá, de (S f 1.5). E profetizou contra os que se
Israe l (reino do Norte) e para outras afastavam de Deus e que se recusavam
nações. Aqui destacam os a atuação a obedecer a Lei do Senhor (Sf 1.6).
de dois profetas: Sofonias profetizou o juízo tam bém
em relação a outras nações: contra os
1 - Naum
filisteus e suas cidades (S f 2.4), contra
Naum foi um profeta da região de
os moabitas e amonitas, por zombarem
Ju d á . Ele pode te r sido co n te m p o ­ da derrota do povo de Deus (Sf 2.8-11)
râneo dos reis M a n a ssé s e A m o m , e contra a Etiópia e Assíria (Sf 2.12,13).
que foram infiéis a Deus. Naum teve Por fim, o profeta anunciou salvação
um a v is ã o de D e u s e a n u n c io u a e livramento para o rem anescente de
destruição de Nínive. Essa é a mesma Israel (Sf 3.13).
c id a d e que receb eu a m e n sa g e m
de Jo n a s e se arrependeu dos seus
p ecad o s, cerca de 1 00 an o s a n te s III-AUXÍLIO TEOLÓGICO
(Jn 3.1 ,2 ,5 ,1 0). D essa vez, um a nova
geração surgiu e voltou a pecar, por “O tema principal do Livro de Naum é
isso D eus re afirm o u o ju ízo contra ojuízo divino iminente de Nínive (1.1,8;
e ssa cidade, que p ra ticava diversas 2.8-13; 3.7-19), pelo qual o Senhor li­
p erversidades (Na 1.1 ,1 1,1 2). bertará o seu povo (1.12-15; cp. v. 7-8).
O juízo contra Nínive está presente em Yahweh retribuirá a Nínive e aos assírios
da mesma forma que eles m altrataram
todo o livro de Naum (2.8-13; 3.7-12).
os seus inimigos. Uma vez que eles eram
Ele tam bém profetizou um livramento
conhecidos por dispersar seus cativos
p ara Ju d á , que nesse m om ento da
em brutais marchas da morte, o Senhor
história se cumpriu, pois o reino do Sul
enviará um destruidor (2.1) para disper­
foi poupado e não foi invadido pela
sa r os assírios em retaliação por sua
Assíria (Na 1.15).
crueldade (3.18-19; cp. 3.10). Visto que
Entretanto, mesmo o Senhor anun­
os assírios tinham prazer em derramar
ciand o ju ízo contra um a nação e s ­
sangue e am ontoar cadáveres de seus
trang eira poderosa, Ju d á continuou
adversários, Ele transfo rm ará Nínive
a pecar e isso teve consequências no
numa cidade de sangue com montes
futuro (2 Rs 25.8-10).
de cadáveres de seus moradores (3.1-3).
2 - Sofonias A ssim com o os a s s írio s tin h a m
Sofonias foi um profeta contem po­ arran cad o a c a p ita l S a m a ria como
râneo do rei Jo sia s, de Ju d á (S f 1.1). um fig o te m p o rã o p a ra e n g o li-la
Ele anunciou o juízo divino contra os (cumprindo Is 28.4), o Senhor também
fará com que sua capital, Nínive, e outras CONCLUSÃO
fortalezas caiam na boca fam inta de O reino de Judá cresceu e prosperou
seus inimigos (Na 3.12). Embora Nínive ao longo dos anos. Cada rei marcou a
(como Tebas) parecesse inabalável em história e a Bíblia destaca claram ente
razão de sua força m ilitar (3.8) e seus aqueles que foram fiéis a Deus e aqueles
aliados (3.9), os assírios serão exilados que desprezaram o Senhor. Indepen­
assim como tinham exilado os egípcios dente do rei e do com portam ento do
(3.10)” (Bíblia de Estudo Holman. Rio povo, Deus continuou cuidando deles
de Janeiro: CPAD, 2018, p. 1413). e falando através dos seus profetas.

VAMOS PRATICAR
1. O rei Josafá era sucessor e filho de qual rei de Judá?
( ) Acabe ( ) Roboão

( )Jo s ia s (x )A s a

2. O que foi encontrado de tão importante no Templo de Jerusalém durante


as reformas promovidas pelo rei Josias?
O Livro da Lei.

3. O profeta Sofonias profetizou durante o reinado de qual rei de Judá?


( ) M anassés ( ) Roboão

( x ) Jo sias ( )A s a

Pense Nisso
Quando o Livro da Lei do Senhor
foi encontrado, todos perceberam
que e stavam vivendo em pecado e
se arrependeram. Portanto, para não
viverm os uma vida m ergulhada no
pecado, p recisam o s não só te m e r
ao Senhor, como tam bém conhecer
a sua Palavra.
UM EXÍLIO E UMA ESPERANÇA

LEITURA BÍBLICA
2 Reis 17.9-23 Devocional
2 Crônicas 36.11-21
Segunda » 2 Rs 17.5,6

- l iA MENSAGEM
----------------------- Terça » J r 25.1,2,9

[...] Povo de Israel, não fique assustado!

< Quarta » 2 Rs 25.21


vvvv

Eu os libertarei dessa terra distante,


Quinta » Ez 1.1-3
da terra onde vocês são prisioneiros.
Os descendentes de Jacó voltarão e Sexta » H c 2.1-4
viverão em paz [...]. X
Jeremias 30.10 Sábado » S L 126.1-6 X
XX
99 - AX
Objetivos
APRESENTAR o desfecho da his­
tó ria do povo de Is ra e l no A ntigo
Testamento;

DESTACAR a im p o rtâ n cia e a


atuação dos profetas antes e durante
os exílios dos hebreus;

^ REFLETIR sobre a ju s tiç a , a m i­


sericórdia, a fidelidade e a bondade
de Deus.

Ei Professorí Ponto de Partida


Chegamos ao fim deste trimestre.
Para essa última aula, separe um
Espero que tenha sido uma jorna
momento para fazer uma avaliação
prazerosa de muita reflexão e apren­
com a turma sobre o trimestre.
dizado. Pergunte para seus alunos o que
A história do povo de Israel nos deixa
eles mais gostam na classe de Escola
muitos exemplos de como agir e de
Dominical. Ouça as respostas e reflita
quais caminhos não seguir. Também
junto com eles sobre os pontos fortes
nos mostra a importância de fazermos
e sobre as experiências que precisam
boas escolhas diante de Deus. Guarde
ser aperfeiçoadas. Anote as sugestões
esses ensinamentos no seu coração.
Nossa oração é que Deus conti­ e críticas relevantes.
Ao desenvolver esta última aula,
nue abençoando sua vida e que Ele
durante o primeiro e o segundo tópico,
mantenha o seu ministério frutífero.
reflita com a turma sobre os erros de
Lembre-se sempre do que diz a Palavra
Israel (como nação) diante de Deus e
de Deus: “Portanto, queridos irmãos,
ressalte as consequências.
continuem fortes e firmes. Continuem
Considere com eles que ainda hoje
ocupados no trabalho do Senhor, pois
Deus exerce juízo e misericórdia em
vocês sabem que todo o seu esforço
nossas vidas, assim como fez com o
nesse trabalho sempre traz proveito"
seu povo no Antigo Testamento.
(1 Co 15.58).
filhos em altares pagãos, além de crer
Vamos Descobrir em adivinhações (2 Rs 17.17).
Aprendemos que Israel foi dividido em Então, no governo do rei O seias, a
dois reinos, Reino do Norte (Israel) e Rei­ nação foi tom ada pela Assíria. Oseias
no do Sul (Judá). Após a divisão, ambos não tem ia ao Senhor e seus pecados
os reinos desobedeceram a Deus e se contam inaram toda a nação que, in­
entregaram à idolatria. Israel não teve clusive, vinha em um a sequência de
nenhum rei temente a Deus. Judá teve reis m aus (2 Rs 17.2). Portanto, foi o
alguns. Todavia, pelas desobediências declínio espiritual e moral de Israel que
constantes, Deus exerceu juízo contra gerou ojuízo. Deus levantou a Assíria
eles e os permitiu serem expulsos de para punir Israel pelos seus pecados
suas terras. Eles foram levados cati­ (Is 1 0 .5 ). Os m o tivo s da queda de
vos. Porém, esse não poderia ser o fim Sam aria foram , sobretudo, espirituais
da história do povo escolhido. Vamos (2 Rs 17.16,18).
aprender mais?! A Assíria atacou Israel e, em 722 a.C.,
o povo se rendeu. Esse ano marca o fim
Hora de Aprender do Reino do Norte. Os ju d eu s foram
levados cativos e os que ficaram no
1 - 0 JUÍZO DE DEUS território tiveram que pagar tributos.
SOBRE ISRAEL Eles perderam a autonomia e a liber­
O Reino de Norte se m anteve por dade quando se tornaram servos da
um pouco mais de dois séculos. Nesse Assíria. O cativeiro trouxe ao povo dor,
período 20 reis g o ve rn a ram Isra e l. sofrimento, perdas, mortes e consciência
Ao longo dos anos, os reis e o povo de pecado.
p e ca ra m co n tra D eus, que enviou
seus profetas.
I - AUXÍLIO DIDÁTICO
Os profetas anunciaram que o juízo
viria sobre a nação, exatam ente como "Os belicosos assírios dominaram o
descrito por Moisés (Dt 28.45,63-65). Oriente Médio durante o que é conhe­
Elias, Eliseu, Amós, entre outros, profe­ cido como a era Neo-Assírica, esten­
tizaram contra Israel, alertando sobre dendo-se desde 911-609 a.C. Com um
os seus pecados. Era uma oportunidade império centrado no que agora é o Ira­
de arrependimento que Senhor estava que , as políticas agressivas dos assírios
oferecendo. Entretanto, eles rejeitaram tiveram um impacto esmagador sobre
a mensagem dos profetas fiéis a Deus os dois reinos dos hebreus [...]. Os anos
(2 Rs 17.13,14). 744-627 a.C. viram um ressurgimento
O Reino do Norte tornou-se uma na­ do poder da Assíria. Seus reis impuseram
ção de idólatras, que edificava imagens forte controle central e inventaram um
e a lta re s a B a a l e outras divindades programa de reassentamento destina­
pagãs da época (2 Rs 17.10). O povo do a refrear o nacionalismo dos povos
chegou ao ponto de queim ar os seus conquistados e forçar a assimilação do
império. Em 722 a.C. Israel caiu e seu Após grandes conquistas, a Assíria
povo foi deportado. Ao mesmo tempo, perdeu força e deixou de ser a grande
Judá foi reduzido a um estado vassalo, potência da época. A Babilônia, apro-
ap e sa r de ter realizado um a revolta veitando-se desse enfraquecim ento,
rapidamente em 704-701 sob Ezequias. atacou e conquistou o Império Assírio.
O Im pério A ssírio , depois de 3 0 0 Em um e sfo rço p ara e x p a n d ir o
a n o s de p o d erio , d e sm o ro n o u -se império, a Babilônia começou a te n ­
d u ra n te os an o s de 6 2 7 -6 0 9 a. C„ ta r co n q u istar o te rritó rio de Ju d á .
e foi su p la n ta d o pelos, ain d a m a is Nabucodonosor conseguiu o controle
poderosos, babilônios, cujo rei, Na- sobre Jerusalém pela primeira vez em
bucodonosor, subjugou Judá. 605 a.C. e levou para a Babilônia um
Enquanto os profetas do Antigo Testa­ pequeno grupo de cativos, entre eles
mento prediziam ojulgamento da Assíria e sta v a m D a n ie l, A n a n ia s, M isa e l e
por Deus, eles tam bém reconheciam A zarias (Dn 1.3,6).
que a Assíria era instrumento de Deus, Em 597 a.C., Nabucodonosor cercou
A vara da minha ira, é como o bordão novamente Judá. O rei Joaquim se ren­
nas suas m ãos’ (Is 10.5)’’ (RICHARDS, deu ao invasor, que levou outra parte dos
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. utensílios do Templo para a Babilônia,
Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.255). além de um grupo de cativos de 10 mil
pessoas (2 Rs 24.11-15), dentre elas, o
profeta Ezequiel (Ez 1.3).
II - 0 JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ M ais tarde, a fim de enfrentar uma
séria revolta liderada pelo rei de Judá,
A queda de Sam aria, ou seja, o ca­
Z ed eq uias, N ab uco do nosor cercou
tiveiro de Israel, ocorreu durante o 6o
novam ente Je ru sa lé m . Em 5 86 a.C.,
ano de reinado de Ezequias em Judá
após um prolongado cerco, o im p e­
(2 Rs 18.9-11). Após esse advento, em
rad o r babilônico d estruiu a cidade
Judá, ainda governaram sete reis, em
de J e ru s a lé m (2 Rs 2 5 .1 ,2 ). N essa
um intervalo de pouco m ais de 100
o casião , o Tem plo foi destruído e a
anos. Durante esse período, o povo de
m aior p arte dos h ab itan tes de Ju d á
Jud á tam bém abandonou o Senhor,
foi le vad a c a tiv a , deixando em J e ­
praticou a idolatria, profanou o culto e
rusalém ap en as os m ais pobres, em
desobedeceu aos m andamentos.
uma situação de m iséria e destruição
O juízo de Deus sobre seus irmãos, não
(2 Rs 25.9).
despertou nos hebreus do sul o arre­
A destruição da cidade, do Templo
pendimento, exceto durante o governo
e o cativeiro do povo de Ju d á o co r­
de reis que decidiram instruir o povo
reram devido aos pecados, a prática
no caminho justo, tais como Ezequias
de idolatria, a fa lta de tem or a Deus
e Josias. Então, Deus também levantou
e a d e c a d ê n c ia m o ra l e e s p iritu a l
uma nação estrangeira e inimiga para
dos hebreus. O juízo de Deus trouxe
instrum entalizar seu juízo sobre Judá
g ra n d e tris te z a so b re o povo, que
(Jr 27.1,6).
XX
sofreu profundamente nas m ãos das III - DEUS NÃO DESAMPAROU X
nações inimigas. A devastação gera­ 0 SEU POVO
da em Jerusalém está registrada em A Bíblia mostra que Deus não desam­
detalhes no livro Lamentações, escrito parou o seu povo. Ao longo da história,
pelo profeta Jerem ias. antes, durante e depois do exílio, Deus
continuou falando, através dos seus pro­
fetas. Habacuque, Jerem ias e Ezequiel
AUXÍLIO DIDÁTICO
viveram nesse período. O m inistério
"A terceira vez que as forças babilôni- deles marcou o povo hebreu.
cas aparecessem diante de Jerusalém , 1. Habacuque
Nabucodonosor ordenou que a maior O profeta Habacuque viveu em Judá.
parte do seu povo fossem destruídos, Na sua época, a Babilônia crescia e
e que a maior parte de seu povo fosse tinha domínio sobre m u itas nações.
levada para o cativeiro. Os poucos que Judá seria dominada em breve por esse
restaram assassinaram o governador império. O profeta sabia que os últimos
babilônio e a sua guarnição, e fugiram reis de Ju d á foram hom ens que não
para o Egito, deixando a terra vazia dos tem iam ao Senhor e que oprim iram
descendentes de Abraão. seu próprio povo.
Superficialmente, o cativeiro babilô- Habacuque viveu em um tempo de
nico parece uma grande tragédia. No grandes dilem as morais e espirituais.
entanto, ele provou ser um a bênção Ele questionava a Deus por, ap are n ­
incomum . Na Babilônia o sju d e u s se tem ente, não punir a iniquidade na
voltaram para as escrituras a fim de sociedade (Hc 1.2-4). Mas Deus mostrou
entender o que lhes aco ntecera. De ao profeta que os babilônios eram o
form a decisiva rejeitaram a idolatria; instrum ento do seu juízo sobre Judá
depois do cativeiro a nação nunca mais (Hc 1.5-7). Habacuque foi confrontado
foi atraíd a para a ad oração a falso s pelo Senhor, que lhe disse que ojusto
deuses. E enquanto estavam na Babi­ viveria pela fé (Hc 2.4). Por fim, o profeta
lônia, o sistema de estudo e oração nas entendeu que deveria ter fé em Deus, e
sinagogas foi instituído; um sistema que se alegrar na presença dele, indepen­
manteve o foco de Israel nas Escrituras dente das circunstâncias (Hc 3.17-19).
até o dia de hoje.
2. Jeremias
M esm o no m ais te rríve l dos juízo s
Deus perm aneceu verdadeiro ao seu Jeremias era filho de sacerdote (Jr 1.1),
compromisso em fazer o bem ao seu todavia, Deus o chamou para ser profeta,
povo. Não obstante o que acontecer a desde o ventre de sua mãe (Jr 1.5). Ele
você e a mim, sabem os que Deus tem enfrentou muitas dificuldades por ser
um compromisso conosco. Ele nos ama, um profeta fiel a Deus: foi proibido de
e nos fará bem’’ (RICHARDS, Lawrence se casar e ter filhos (Jr 16.2); foi Lançado
O., Comentário Devocionalda Bíblia. num poço (Jr 38.6); lutou contra falsos
Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 227). profetas (Jr 28.10); foi desacreditado
(Jr 4 3 .1 ,2 ); foi a m e a ça d o de m orte O ministério de Ezequiel era um sinal
(Jr 26.7,8); viu a fome, o luto, a miséria vivo da presença e do cuidado de Deus
e a guerra destruírem o povo hebreu para com o seu povo (Ez 3.16,17)
e assistiu a cidade de Je ru sa lé m ser Durante o cativeiro uma nova geração
queim ada (Lm 1.1-5). de hebreus foi formada. Ali eles reapren­
Je re m ia s anunciou, diversas vezes, deram a adorar somente ao Senhor. O
o cativeiro babilônico. Todavia, falsos pecado da idolatria foi destituído do
profetas anunciavam que em dois anos a meio do povo.
nação retornaria do cativeiro (Jr 28.11). A pós o período de 70 anos, Deus
Isso confundiu o povo, m as Jerem ias, com eço u a cu m p rir su a p ro m e ssa
por ser um verdadeiro profeta, tinha de re s ta u ra ç ã o . Um novo im p ério
certeza de que o cativeiro duraria 70 se e s ta b e le c e u : a P é rsia p asso u a
anos, conform e anunciado por Deus do m inar a an tig a Babilônia. O novo
(Jr 25.11). im p erad o r, sendo usado por D eus,
A história, o ministério e m ensagem p e rm itiu , p o r m eio de d e c re to , o
desse profeta estão registrados no livro retorno dos ju d e u s p ara Je ru s a lé m
de Jerem ias e no livro Lamentações de (2 Cr 3 6 .2 2 ,2 3 ).
Jerem ias. Assim, centenas dejudeus começaram
a retornar para a região de Judá, a fim
3.Ezequiel
de reconstruir o Templo e a cidade de
Ezequiel, assim como Jerem ias, tam ­
Jerusalém e, o que de fato foi realizado
bém era filho de sacerdote e foi cham a­
mediante a liderança de ZorobabeL Esdras
do para ser profeta (Ez 1.1).
e Neemias (Ed 2.1,2,64,65; Ne 7.1,8.1-3).
Ezequiel viveu no m esm o período
Alguns séculos depois, nessa mesma
de Jerem ias, todavia era m ais jovem .
região, D eus cum priu a sua grande
Ele foi levado prisioneiro pela B a b i­
p ro m e ssa : o M e ssias, J e s u s C risto ,
lô nia e passo u a vive r à s m a rg e n s
nasceu em Belém , na região de Judá
do rio Q ueb ar. Foi n esse lu g a r que
(Mt 1.1, 2.1).
Ezequiel teve visões e viu a glória de
Deus (Ez 1.3).
ALi mesmo, na Babilônia, o profeta foi III - AUXÍLIO DEV0CI0NAL
instrumento de Deus anunciando juízo ^ ———— —— — —

a m uitas nações ím pias (Ez 25.11) e “O chamado que Deus fez a Jeremias
esperança para Judá (Ez 37.14). nos ensina quão intim am en te Deus
Ezeq uiel foi usado por D eus para nos conhece. Ele nos valorizava antes
in s tru ir os ju d e u s que e sta v a m no que qualquer outra pessoa soubesse
cativeiro . A tra v é s dele, D eus a n u n ­ que nós e xistiria m o s. Ele cuidou de
ciou p ro m e ssa s ao povo escolhido, nós enquanto estávam os no ventre de
e s p e c ia lm e n te , so b re um te m p o nossas mães. Ele planejou nossas vidas
de re stau ração após o cativeiro (Ez enquanto nossos corpos ainda estavam
36.24-28) e sobre a vinda do M essias sendo formados. Ele nos valoriza mais
(Ez 3 4 .1 5 ,2 3 ; Jo 10.11). do que nós mesm os nos valorizamos.
Jerem ias teve de confiar no am or de povo a esse amor. Mas mesmo quando
Deus, ao desenvolver a persistência. e stava irado com D eus e tentad o a
Seus ouvintes eram , n o rm a lm e n te , desistir Jerem ias sabia que tinha que
antagonistas ou apáticos à sua m en­ prosseguir. Deus o havia chamado para
sagem . Ele era ignorado; sua vida foi persistir. Ele expressava sentim entos
fre q u en te m en te a m e a ç a d a . Ele viu intensos, m as via, além dos sentim en­
tanto a emoção de um despertamento tos, o Deus, que em breve iria executar
espiritual como a tristeza de um retorno justiça, m as que, posteriorm ente, iria
n a cio nal à ido latria. Com a exceção exibir m isericórdia” (Bíblia de Estudo
do bom rei Josias, Jerem ias viu, um rei Cronológica Aplicação Pessoal. Rio
após outro, ignorar suas advertências de Janeiro: CPAD, 2015, p. 955).
e afastar o povo de Deus. Ele viu outros
profetas sendo mortos. Ele mesmo foi
severam ente perseguido. Finalmente,
CONCLUSÃO
ele viu a derrota de Judá pelas mãos O mesmo Deus que puniu o seu povo
dos babilônios. com o exílio, por constantes desobe­
Je re m ia s reagiu a tudo isso com a diências e intensa idolatria, os trouxe
mensagem de Deus e lágrim as hum a­ de volta, por sua imensa misericórdia.
nas. Ele sentiu, em primeira mão, o amor Deus anunciou ojuízo e a esperança e
de Deus pelo seu povo, e a rejeição do cumpriu toda a sua Palavra.

A A A A A A A A A A A A Â A A A A A A A A A A A A A A A A A á
A A
A A
 A
A A
A A "

1 - Qual nação estrangeira levou o Reino do Norte ao cativeiro?


* « A Assíria. __________________________________

2 - Q ual nação estrangeira levou o Reino do Sul ao cativeiro?


A Babilônia.
3 - Q ual profeta anunciou que o cativeiro duraria 70 anos?

( ) Elizeu ( ) Daniel

( ) Elias ( x ) Jerem ias

4 - Qual profeta atuou na Babilônia às margens do rio Quebar?


XXX

Ezequiel.

XX
MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
No passado, Deus levantou profetas
para alertar seu povo, Da mesma forma,
hoje em dia, Deus usa a Escritura para
instruir, repreender, direcionar, bem como
os dons espirituais para edificar os crentes.
Será que estam os dando ouvidos a
tudo aquilo que o Senhor tem falado?
Precisamos estar atentos à voz de Deus.
A IMPORTÂNCIA DOS MAPAS BÍBLICOS
PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO
DOS TEXTOS SAGRADOS

G raças aos avanços recentes em imagens de satélite


e sistemas de informação geográfica, hoje temos um
recurso abrangente e atualizado que nos permite ter
uma precisão histórica e bíblica.
Desta maneira, podemos compreender com exatidão
contextos históricos e alcan çar um entendimento
m ais claro do mundo bíblico e do significado das
Escrituras.

CPAD
MAIS QUE DAR AULA,
UM BOM PROFESSOR
ENTENDE SEUS
ALUNOS
O processo de aprendizagem não é apenas relacionado ao querer.
Um aluno desconcentrado, desinteressado ou, simplesmente, que
não consegue aprender, não deve ser rapidamente tachado como
ruim. Fatores que vêm de antes do nascimento, como a alimenta­
ção da mãe durante a gravidez, assim como os estímulos durante
a infância, além, é claro, das influências externas como o ambiente
onde se vive, determinam as características do indivíduo.
A psicologia aplicada à educação cristã pode ser uma ferramenta útil
para o bom professor conhecer-se objetivamente, e ser capaz de aju­
dar os seus alunos a melhor se conhecerem e se aceitarem, dentro de
suas possibilidades e limitações pessoais que todos temos.

Você também pode gostar