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VENDA PROIBIDA

w Ê k ti
W m SÊ»*/
UMA BOA COMPREENSÃO
DA LÍNGUA PORTUGUESA
PARA UM ESTUDO DA
BÍBLIA COM EXCELÊNCIA.
Em d ive rsas p assag en s, a Bíblia ensina que o cristão
deve fa z e r q u alq u e r ta re fa com zelo e excelência.
E sta ve rd ad e não é m enor ao fa la rm o s do estudo
e tra n sm issã o d a s E s c ritu ra s S a g ra d a s .
O conhecim ento d a s funções g ra m a tic a is é uma
fe rra m e n ta in d isp en sável p a ra todos os obreiros
que se lançam à p rá tica da H erm enêutica e da
Exegese Bíblica no m inistério do ensino, bem como
da Hom ilética na exposição de m ensagens.
Po rtan to , o desem penho do tra b a lh o p a ra o qual
fom os ch am ad o s e p a ra o qual nos propom os
to rn a r-s e -á m ais eficien te à m edida que m elhor
conhecerm os nosso idiom a m aterno .

SA IB A MAIS:

CB4D
PREZADO(A) PROFESSOR(A)
Neste trimestre vamos estudar e ensinar sobre oito cartas do Novo
Testamento: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas. E uma
boa oportunidade para você ler novamente todos esses livros. Que ta
fazer um plano de leitura com toda a turma durante os proximos meses.
Considere essa estratégia. Certamente seria uma iniciativa incrível que
geraria bons frutos!
A cada aula você terá a oportunidade de tratar temas relevantes
que exigem diálogo e reflexão, como por exemplo: quem e Jesus; qua a
importância do seu sacrifício na cruz; como o cristão deve exercer a sua
fé na sociedade; a importância de controlar a língua; como enfrentar
as provações; o perigo dos falsos mestres, inclusive, na internet; entre
muitos outros.
Que o Senhor lhe use poderosamente em cada aula! Bom trimestre.
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLÉIAS DE DEUS EDITORIAL
Av. Brasil, 34.401 - Bangu
CPAD Rio de Janeiro/RJ - CEP: 21852-002
Vamos começar uma nova jornada de
aprendizagem e crescimento. Ao longo
Presidente da Convenção Geral dessas 13 lições, estudaremos oito
das Assembléias de Deus no Brasil cartas do Novo Testamento: Hebreus,
J o s é W e iiin g t o n C o s t a J u n i o r
Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas.
Presidente do Conselho Administrativo Esses textos foram escritos durante
J o s é W e iiin g to n B e z e r r a d a C o s t a
o primeiro século, após a ascensão de
Diretor Executivo
R o n a id o R o d r ig u e s d e S o u z a
Cristo. A Igreja Primitiva enfrentou muitos
Gerente de Publicações
desafios, perseguições e inimigos. Diante
A i e x a n d r e C ia u d in o C o e i h o dessas situações complexas, os irmãos
Gerente Financeiro careciam de orientação sobre como viver
J o s a f á F r a n k iin S a n t o s B o m f i m a fé em Cristo.
Gerente de Produção Assim, o Espírito Santo inspirou servos
J a r b a s R a m i r e s S iiv a de Deus a escreverem essas preciosas
Gerente Comercial cartas. Elas estão repletas de orienta­
C íc e r o d a S iiv a
ções práticas para os cristãos seguirem
Gerente de Rede de Lojas
sua jornada de fé, permanecendo fiéis
J o ã o B a t i s t a G u ii h e r m e d a S iiv a
a Jesus Cristo.
Gerente de TI
R o d r ig o S o b r a i F e r n a n d e s
Por isso, neste trimestre estudaremos
Gerente de Comunicação
cada um desses livros do Novo Testa­
L e a n d r o d e S o u z a d a S iiv a mento. Certamente, amadureceremos
Chefe de Arte & Design em nossa vida espiritual. E tempo de
W a g n er d e A im e id a crescer na fé!
Chefe do Setor de Educação Cristã ▼ ▼ ▼
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N a t h a n y S iiv a r e s As Parábolas de Jesus são Vivas
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S h u tterstock
Como Viver no Mundo à Luz da Bíblia

Central de Atendimento CPAD: A no 2


0800-0217373 Gênesis, o Livro dos Grandes Começos
De Segunda a Sexta: 8h às 18h
A História do Povo Escolhido
Livraria Virtual: www.cpad.com.br
Grandes Cartas para Nós
Fale com a Editora da Revista:
O Amor na Vida Cristã
flavianne.vaz@cpad.com.br
▲ A Á ▲Á xxxx
▲ ▲ A ▲A XXX
A AA AA
▲ A A Á A Lições Bíblicas XX

A r n. SE
_ . _K l A e

^ A IMPORTÂNCIA d a c o m u n ic a ç ã o

2 HEBREUS, UMA CARTA SOBRE JESUS

J A PODEROSA MENSAGEM DA CARTA AOS HEBREUS 19

^ A QUESTÃO DA FÉ NA CARTA AOS HEBREUS 26

0 VAMOS CONHECER A CARTA DE TIAGO

0 APRENDENDO COM A CARTA DE TIAGO

y VAMOS CONHECER A 1o CARTA DE PEDRO

g VAMOS APRENDER COM A 2° CARTA DE PEDRO 54

0 VAMOS CONHECER A 1o CARTA DE JOAO 61

VAMOS CONHECER A 2a CARTA DE JOÃO 6 8

VAMOS CONHECER A 3“ CARTA DE JOÃO '5

< | 2 VAMOS CONHECER A CARTA DE JUDAS 12


Conheça as seções da sua revista
LEITURA BÍBLICA VAMOS DESCOBRIR
Fique atento. Este é o texto cen­ É uma introdução ao tema da
tral da lição. Leia-o e marque na lição, com uma abordagem reflexiva,
sua Bíblia. a fim de despertar o interesse do
A MENSAGEM (a) aluno (a).
Aqui você encontra um versícu- HORA DE APRENDER
lo-chave sobre o tema que você Aqui você vai encontrar a lição.
vai ensinar. Estude o texto atenta mente.
DEVOCIONAL AUXÍLIO
Separamos um texto bíblico es­ E um texto selecionado que ofe­
pecial para cada dia da semana.
rece auxílio didático, pedagógico
Leia-o no seu momento a sós com
ou teológico, para que você possa
Deus diariamente.
aprofundar o estudo da lição.
OBJETIVOS
VAMOS PRATICAR
Apontamos aqui os objetivos pe­
E uma proposta de exercício,
dagógicos e teológicos que deverão
ser alcançados na aula. visando reforçar a aprendizagem,
com o apontamento das respostas.
El PROFESSOR!
Preparamos uma reflexão exclu­ PENSE NISSO
siva para o docente sobre o tema Trata-se de uma provocação
que está sendo ensinado. reflexiva, com uma abordagem
prática sobre o assunto proposto.
PONTO DE PARTIDA
Selecionamos uma proposta pe­ MINHAS IDÉIAS
dagógica para você utilizar na Utilize esse espaço para anotar
preparação da aula ou no de­ suas propostas, impressões e es­
senvolvimento da mesma. tratégias para a aula.
LEITURA BÍBLICA
Atos 15.20-31 Devocional
Seg unda» 3/6.11

- « ---------------------------- Terça » \t 28.21


A MENSAGEM
Quarta » 2
[...] Lá reuniram os cristãos e entregaram
a carta. Quando estes a Leram, ficaram Quinta » 2 Tm 4.13-15
muito alegres com as palavras de ânimo
que havia nela. Sexta » Id 3
Atos 15.30,31
X
Sábado » 2 Tm 3.16,17 X
99-
> x

--------------------------------------
▼ ▼ ▼
▼ T ▼
▼ ▼ ▼
▼▼▼
▼ T ▼
Objetivos T ▼ ▼
▼▼▼
^ DESTACAR a importância da carta
como meio de comunicação;

^ EXPLICAR o papel das cartas para


a Igreja Primitiva;

> REFORÇAR a importância atual de


estudar as cartas do Novo Testamento.

Ei P ro fesso r!
P on to d e P a rtid a
Neste novo trimestre seremos de­
safiados a mergulhar fundo no co­ Querido (a) professor (a), para iniciar
nhecimento das oito últimas cartas essa aula, sugerim os que você leia
do Novo Testamento (Hebreus, Tiago, em voz alta uma carta de sua autoria
1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas). destinada à sua classe, agradecendo
Terem os um papel im prescindível o envolvimento de cada aluno (a) e
na explicação do contexto bíblico e revelando su a s e xp e ctativ as para
sua aplicação ao mundo pessoal de o trim estre. No conteúdo da carta,
nossos alunos. Não podemos perder destaque, se possível, alguns desafios
de vista que a nossa tarefa primordial que todos precisarão enfrentar domi­
não se resume à mera transmissão de nicalmente (tais como: sono, preguiça,
informações; nosso compromisso deve desânimo etc.).
ser o de ajudar nossos adolescentes Você tam bém pode oferecer uma
a serem genuínos discípulos de Jesus pitada de humor, relatando algo de
Cristo. E, para isso, devemos continuar engraçado que tenha acontecido no
conjugando conhecimento das Escritu­ trimestre anterior e relacionar a uma
ras, devoção sincera, diálogo, empatia experiência edificante vivenciada por
e senso de urgência vocacional. você ou por alguém da turm a. Essa
abordagem irá promover tanto o en­
volvimento, quanto a reflexão de todos.
XX
e consolidação das prim eiras igrejas
Vam os D escobrir
cristãs. O conteúdo do Novo Testamento
Como você costuma se com unicar tem edificado, exortado, consolado e
com seus am igos? M uitas pessoas produzido crescimento em cristãos de
usam aplicativos de mensagens. Po­ todas as idades, classes sociais, gêneros,
rém, antig am ente, o principal meio localidades, ao longo das épocas. Você
de comunicação eram as cartas. Você já leu seu texto por completo? Espero
já escreveu uma carta para alguém, que sim. Mas, se ainda não o fez, comece
com partilhando um pouco das suas hoje mesmo a fazer a leitura do Novo
emoções ou quem sabe alguma vitória Testamento.
conquistada? Ou talvez você já tenha
recebido uma carta. Receber uma carta I - A NECESSIDADE
é uma experiência emocionante! DE COMUNICAÇÃO
Em tempos tecnológicos como este
Hora De A p ren d er que vivemos, as cartas escritas à mão
A Bíblia é um livro cheio de cartas. estão cada vez m ais e scassa s. Elas
Algumas delas foram escritas para cha­ estão sendo substituídas por e-mails
mar a atenção, outras, para encorajar e aplicativos de mensagens instantâ­
ou para esclarecer algum as dúvidas; neas. Entretanto, não foi sempre assim.
há ainda àquelas que foram enviadas Houve uma época em que elas eram
para exortar as igrejas e também para a forma mais popular de comunicação
gerar proximidade entre as pessoas. à distância. As ca rta s serviam para
Que ta l lerm os as correspondências c o m p a rtilh a r exp eriências, efetu ar
dos apóstolos, a fim de encontrar nelas cobranças, aconselhar amigos, oferecer
uma mensagem viva e atual para nós? consolo, contar novidades, e tan tas
As cartas que estão na Bíblia trazem outras finalidades.
uma mensagem muito im portante e Antes da criação do papel, (como
nós devemos conhecer todas elas. conhecemos hoje), as cartas no mundo
O Novo Testamento é um conjunto Greco-Romano eram escritas, normal­
de 27 escritos. Ele foi produzido por mente, em papiros - uma folha produzida
diversos autores e pode ser dividido, de uma planta com o mesmo nome ou
para fins didáticos, em quatro seções: pergaminhos - um suporte para escrita
• Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas feito de pele de animais. Em função do
e João) alto custo desses materiais e do baixo
• Histórico (Atos dos Apóstolos) índice de alfabetização da população,
• Cartas ou Epístolas (de Romanos a as cartas costumavam ser ditadas a um
Judas) profissional chamado de amanuense, o
• Profético (Apocalipse). qual tinha a tarefa de transformar pen­
Seu texto abrange acontecimentos samentos e idéias em palavras escritas.
que vão da vida e obra de Jesus Cristo Essas cartas antigas possuíam alguns
até o surgim ento, desenvolvim ento elementos básicos: o nome do escritor,
o nome do destinatário, uma saudação 3. Forneça variedade para manter o
sim ples, o conteúdo da m ensagem interesse dos alunos e prevenir o enfado.
e um a sau d ação fin a l. T a l fo rm ato 4. Insira orientações claras para as­
aparece de forma clara nas cartas do segurar o sucesso do estudante.
Novo Testamento (1 Co 1.1,2). 5. Inclua perguntas planejadas que
As cartas cumpriam um importante ajudem o aluno a refletir nos níveis
e imprescindível papel na comunicação de co nh ecim en to , co m p reen são e
entre as famílias e povos da antiguidade, aplicação.
encurtando distâncias, fortalecendo re­ 6. Proporcione direção e incentivo que
lacionamentos e resolvendo problemas. sustentam o interesse e a motivação
O ato de enviar ou de receber cartas do estudante” (TULER, Marcos. Manual
era algo esperado e celebrado. do Professor de Escola Dominical:
Didática aplicada à realidade do
Ensino Cristão. Rio de Janeiro: CPAD,
I PED 2002, p. 87-88).

Querido (a) Professor(a), o método


de ensino é tão importante quanto o
I I - A IGREJA DO NOVO
ensino em si. Razão pela qual acredi­ TESTAMENTO E SUAS CARTAS
tam os que as palavras do educador A Igreja cresceu muito após a mor­
cristão Marcos Tuler são pertinentes te e ressurreição de Jesus Cristo, em
para esse momento inicial do trimestre: resposta à pregação dos apóstolos
“Segundo Leroy Ford a escolha dos e a ação poderosa e perm anente do
métodos depende dos propósitos, da Espírito Santo. Diante dessa expansão,
habilidade do professor, da habilidade os apóstolos precisaram diversificar
do aluno, do tam anho do grupo, do seus métodos de comunicação, a fim
tempo disponível e dos equipamentos de atender aos novos desafios. Aqueles
necessários. Os métodos devem ser que, a princípio, valiam-se da pregação
adequados aos objetivos de cada aula. O (oral), agora, em função da quantidade
professor não deve obrigar-se a usar este cada vez maior de igrejas espalhadas
ou aquele, e muito menos abandonar o pelo Império Romano, precisaram fazer
modo tradicional. Deve, antes, estar atento uso de cartas, para ensinar e instruir
ao resultado fina Ida aprendizagem [...]. os cristãos. A escrita foi uma form a
O prof. RobertJoseph Choun Jr. nos que os apóstolos encontraram para se
apresenta seis normas para a seleção corresponderem e se fazerem presentes
de métodos de ensino criativos: diante da necessidade de pastoreio do
1. Certifiq ue-se de que o método rebanho à distância.
ou atividade combina com o nível de Não é por acaso que dos 27 livros do
habilidade e maturidade dos alunos. Novo Testamento, 21 foram produzidos
2. D isponibilize vá ria s opções de em forma de cartas ou epístolas. Elas
atividades para estim ular o interesse equivalem a cerca de 35% de todo
do estudante. seu conteúdo. As epístolas podem ser
XXX
agrupadas em dois blocos: (1) aquelas se percebe pela autoridade com que XX
escritas por Paulo (de Romanos a File- se dirigem às congregações. Eles têm X
mon) e (2) aquelas produzidas por outros certeza de que a sua mensagem apela
autores (de Hebreus a Judas). Através à consciência; eles condenam como
delas os apóstolos e escritores bíblicos incompetentes aqueles que ensinam
mantinham um relacionamento intenso qualquer outra doutrina, como vinda de
com as diversas igrejas, ensinando-as, Deus; eles elogiam e louvam todos os que
tanto o conteúdo da fé, quanto o modo seguem, diligentemente, suas instruções,
de agir na sociedade. mas também repreendem e censuram os
Embora, a princípio, Paulo e os demais que ousam seguir outro caminho.
e scrito res não tivessem em m ente Se isto não é devido ao fato de que eles
que estavam produzindo aquilo que, tinham consciência da inspiração divina,
posteriorm ente, seria cham ado de então traduz uma pretensiosa arrogância,
Novo Testam ento, todos, de algum a que não pode estar de acordo com a sua
forma, tinham a convicção de que seus vida de serviço e suas muitas expressões
ensinos, além de estarem em confor­ de profunda humildade [...]. Devemos ter
midade com aquilo que aprenderam em mente o fato de que os apóstolos as­
de Jesus, deveríam ser assim ilados e sim falavam a respeito de suas escrituras,
praticados pelos fiéis (1 Co 2.10,13; de modo que, evidentemente, eram cons­
14.37; 1 Ts 2.13; 1 Pe 5.10-12; 1 Jo 4.6). cientes da orientação do Espírito Santo
Eles acreditavam que estavam sendo na escrita de suas epístolas [...]. As suas
orientados e inspirados pelo Espírito epístolas são uma parte da Palavra de
Santo na tarefa de consolar, edificar e Deus e assim foram aceitas pela igreja”
exortar à igreja através desse recurso (BERKHOF, Louis. Introdução ao Novo
tão importante. Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018,
Sendo assim , da m esm a m aneira p. 111-112).
que as cartas escritas e enviadas ali­
mentaram a fé, ofereceram caminhos e III - CARTAS IMPORTANTES
corrigiram posturas da Igreja Primitiva, PARA 0 NOSSO TEMPO
também são necessárias e pertinentes
As últimas oito cartas do Novo Tes­
a nós que vivemos no tempo presente,
tamento serão alvo de estudo durante
pois elas nos apresentam uma maneira
todo esse trimestre. Normalmente, as
de pensar e de se comportar que iden­
C artas de Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3
tifica o verdadeiro discípulo de Cristo.
João e Judas são chamadas de “cartas
gerais ou universais”. Além dessas, tam ­
II - AUXÍLIO TEOLÓGICO bém estudaremos a Carta aos Hebreus.
O term o “C a rta s G e ra is”, em bora
“Evidentemente, os apóstolos tinham não seja bíblico, foi atribuído a partir
consciência da inspiração que estava do quarto século àquelas cartas que,
sendo concedida pelo Espírito Santo além de não fazerem parte dos escritos
na composição de suas epístolas. Isto de Paulo, possuíam como destinatários
um público mais abrangente do que
uma pessoa ou uma igreja específica. TEOLÓGICO
Vejam os alguns exem plos: Tiago
“A razão por que essas epístolas são
tra z “sa u d a ç õ e s a todo o povo de
cham adas gerais ou católicas, é um
Deus espalhado pelo mundo inteiro”
enigma. Foram apresentadas várias
(Tg 1.1); Pedro escreve “ao povo de
interpretações para o nome, mas ne­
Deus que vive espalhado nas províncias
nhuma delas é inteiramente satisfatória.
do Ponto, G alácia, Capadócia, Ásia e
Alguns afirm am que elas receberam
Bitínia” (1 Pe 1.1); Judas se dirige “aos
esses nomes, porque contêm a única
que foram chamados, isto é, aqueles a
doutrina católica que foi transmitida às
quem Deus, o Pai, ama e a quem Jesus
igrejas pelos apóstolos; mas esta não
Cristo protege” (Jd 1). E bem verdade que
é uma característica dessas epístolas,
essa regra também teve suas exceções,
uma vez que as de Paulo contêm a
conforme podemos ver nas cartas de 2 e mesma doutrina.
3 João, cujos destinatários são: “a querida Outros afirm am que o adjetivo ca ­
Senhora e os seus filhos” (2 Jo 1.1) e “o tólico foi usado por alguns dos pais da
querido Gaio” (2 Jo 1.1). igreja, no sentido de canônico, e aplicado
A importância dessas cartas está no por eles em primeiro lugar, à primeira
fato de terem sido inspiradas pelo Espí­ Epístola de Pedro e à primeira de João,
rito Santo. Afinal de contas, “nenhuma para indicar a sua aceitação geral, e
mensagem profética veio da vontade posteriormente, a todo o grupo. Mas
humana, mas as pessoas eram guiadas esta explicação é improvável, porque (1)
pelo Espírito Santo quando anunciavam a há poucas evidências de que a palavra
mensagem que vinha de Deus” (2 Pe 1.21). católico tenha sido equivalente a canô­
Sendo assim, elas trazem ensinamentos nico; e (2) é difícil ver, se este realmente
que precisam ser obedecidos por todos foi o caso, por que a palavra não teria
os cristãos, em todas as épocas. sido aplicada também às Epístolas Pau-
As cartas bíblicas nos exortam acerca linas, que foram todas aceitas desde o
do problema do sofrimento, encoraja­ princípio. Outros, ainda, pensam que as
mos a viver em obediência ao Senhor epístolas receberam esse nome porque
e nos ensina sobre como devemos per- não eram destinadas a uma pessoa ou
severar na fé, além de instruir a sermos igreja, como as epístolas de Paulo, mas a
zelosos com a pureza e a vivermos a grandes partes da igreja. Consideramos
simplicidade do Evangelho (2 Tm 3.16). que esta é a melhor explicação para o
Você já parou para dar atenção a nome, uma vez que é a que mais está
esse conteúdo bíblico? Deus tem uma em harmonia com o significado usual
m ensagem poderosa para você em da palavra, e explica melhor a maneira
cada capítulo da Bíblia. como é usada na literatura dos pais da
Por isso, ao ler as Escrituras, abra igreja” (BERKHOF, Louis. Introdução
seu coração e peça para que o Espírito ao Novo Testamento. Rio de Janeiro:
Santo fale com você. CPAD, 2018, p. 116-117).
CONCLUSÃO os aplicativos de mensagens instantâneas

A s ca rta s foram e continuam sendo à nossa disposição para compartilharmos


ótimos instrumentos de comunicação, pois experiências agradáveis, edificantes, con-
além de com partilharem informações, soladoras e exortativas. A comunicação é
elas tam bém transm item sentim entos muito importante. Devemos usar todos os
e geram conexão entre as pessoas. Hoje, meios de comunicação para compartilhar
além das cartas, temos as redes sociais e a Palavra de Deus.

_Á A Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á Á
________A
VAMOS PRATICAR
1. Responda as perguntas abaixo:

a) Com o se ch a m a va o profissional que escrevia a s c a rta s?


Am anuense.____________________________________________________________________

b) Dos 27 livros que com põem o Novo Testam ento, quantos foram escritos em
form a de ca rta ou epístola?
2 1 ______________________________________________________________________________________

c) Q uais são a s C a rta s que estud arem o s ao longo deste trim estre?
Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro , 1 ,2 e 3 João, e Judas._____________________________

d) Q uais livros do Novo Testam ento você já leu com pleta m ente?
Resposta pessoal.__________________________________________________________

Pense Nisso
Por que será que Deus utilizou o for­
m a to de c a rt a p a ra fa la r c o n o sco ?
Certa mente não terem os uma resposta
conclusiva para essa pergunta. Entretan­
to, tem os um a pista: as cartas são uma
forma de comunicação pessoal intensa.
Sendo assim , aproveite cad a carta do
Novo Testamento e leia tudinho, pois elas
têm uma mensagem especial para você!
HEBREUS
UMA CARTA SOBRE JESUS

LEITURA BÍBLICA
Hebreus 1.1-4,8,9
Devocional
Segunda » Hb 2.1

- u ------------------------------ Terça » Dt 13.4


A MENSAGEM
Mas nestes últimos tempos ele nos Quarta » 1 J o 4.2
falou por meio do seu Filho. Foi ele quem
Quinta » J o 10.30
Deus escolheu para possuir todas as <
coisas e foi por meio dele que Deus Sexta » Hb 2.17,18
criou o Universo.
X
Hebreus 1.2
Sábado » A p 1.7,8 X
XX
AX
O bjetivos
APRESENTAR uma visão panorâ­
mica da carta aos Hebreus;

^ EXPLICAR como Deus se revela;

> APONTAR a su p e rio rid a d e de


Cristo em relação aos anjos, a Moisés
e a Arão.

• • « f «
Ei P ro fesso r!
P o n to d e P a rtid a
N orm alm ente pensam os que 50
minutos de aula é muito pouco para Na aula de hoje, considerando que
desenvolvermos o conteúdo da lição. a au to ria da C a rta ao s H ebreus é
E n tre ta n to , na m aio ria d as vezes, anônim a, sugerim os que você peça
o verdadeiro problem a é a fa lta de aos alunos que escrevam um "bilhete
planejamento e organização. Pensan­ de encorajam ento" anônim o e sem
do nisso, sugerimos a utilização das destinatário específico. Reforce que
etapas relacionadas abaixo, propostas o conteúdo do bilhete deve ser uma
pelo pastor Antônio Gilberto em seu palavra de encorajamento.
livro "Manual da Escola Dom inical. No Segue um modelo como exemplo.
momento da apresentação da lição “Querido am igo e irm ão, tenho ob­
servado que você anda distraído. Não
diante da classe:
1) Introduza a aula (3 minutos); desanime, persevere vindo à EBD e aos
2) Explane a lição (30 minutos); cultos. Você é um jovem de Deus e nEle
3) Recapitule os pontos e verdades vencerá qualquer dificuldade. A sua vida
básicas da lição (5 minutos), é um exemplo e inspiração. Continue
4) Aplique a lição (7 minutos); firme no Senhor e conte comigo sempre
5) Encerre a lição (5 minutos). que precisar”.
xxxx

No final da aula, peça que cada aluno


Boa aula!
sorteie um bilhete, leia-o para a classe
e orem jun to s, considerando tudo o
XX : que foi ouvido.
X
como um grupo de cristãosjudeus, daí
Vam os D escobrir o título da carta, "aos hebreus". Q ual­
Você trocaria algo de grande valor quer leitor atento perceberá inúmeras
e de ótim a qualidade por algo ruim? citações e im agens do Antigo Testa­
Provavelmente, não. Sempre que temos mento sendo reinterpretadas à luz da
oportunidade, escolhem os o melhor vida e obra de Jesus Cristo, o Filho de
produto ou serviço e a m elhor expe­ Deus. De form a que essas numerosas
citações apontam para a identificação
riência. É assim no superm ercado, no
dos destinatários. Porém, não é possível
shopping, no restaurante etc.
confirmar onde esses "hebreus viviam,
Quando o autor da Carta aos Hebreus
pois o autor não informa. M as há uma
escreveu sua mensagem ele queria in­
hipótese que ap o nta na direção da
form ar uma maravilhosa notícia: Jesus
é perfeito, completo e m elhor do que cidade de Roma.
tudo o quejá existiu. Essa Epístola prova 3. Afinal de contas, por que a Carta
que Jesus é único e suficiente Salvador. foi escrita?
O texto da C a rta indica que esses
Hora De A p ren d er ju d e u s c ris tã o s e s ta v a m so frend o
algum tipo de perseguição e, por isso,
I - A CARTA AOS HEBREUS p e n sa va m em a b a n d o n a r a fé em
I.Você sabe quem escreveu essa Cristo e voltar a prática do judaísm o.
Entretanto, o autor, como um verdadeiro
Carta?
pastor, exorta e encoraja os leitores a
Ao decorre da história da Igreja, per­
permanecerem fiéis a Deus e a não se
sonagens como Paulo, Lucas, Barnabé,
desviarem (Hb 2.1; 3.12; 6.11; 10.22-25).
Apoio, Silas, Filipe, Priscila e Áquila, e
O rem etente destaca que eles preci­
até mesmo Clem ente de Roma, foram
sam ser obedientes à Palavra de Deus
ap o n tad o s com o p o ssíveis au to res
(4.2,6,12) e motiva os irmãos a servirem
dessa Epístola. Entretanto, como não há
ao Senhor “de um modo que o agrade,
qualquer menção direta no conteúdo
com respeito e tem or” (12.28).
da carta a um nome específico, muitos
Todos nós passam os por momentos
teólogos preferem tratá-la como uma
difíceis e podemos ser tentados pelo
correspondência anônim a, um a vez
desânimo. M as nós não devemos nos
que o seu autor escolheu se ocultar. A
e n tre g ar a ta is sentim en to s. A ntes,
única im pressão que tem os é que ele
devemos procurar nas Escrituras uma
era um judeu cristão de fala grega, bem resp o sta para a s n o ssa s afliçõ e s. É
familiarizado com o Antigo Testamento m ediante o contato com a Bíblia que
e bem conhecido dos irmãos para quem a nossa fé é renovada e fortalecida. Os
escreveu (Hb 13.18-25). irm ãos hebreus receberam essa carta
2. Para quem a Carta foi escrita? quando mais precisavam. Você também
Os destinatários dessa epístola, tra ­ sempre pode recorrer à Palavra de Deus
dicionalmente, têm sido identificados em momentos de dificuldades.
X
investigação humana, mas pela iniciati­
va do próprio Deus em se autorrevelar
à humanidade. E essa autorrevelação
"Esta carta foi motivada pelo perigo
ocorre progressivamente na História.
de apostasia que am eaçava os leitores.
D urante algum tem po, eles haviam 1. Deus falou pelos profetas (Hb 1.1):
professado o cristianism o (Hb 5.12) e, O Deus que falou no passado pelos
por esse motivo, haviam sofrido perse­ profetas, “falou muitas vezes e de muitas
guição, e haviam suportado, até mesmo maneiras". Essa variedade de form as
com alegria, a privacidade de seus bens utilizadas por Ele para comunicar sua
(10.32-34). Mas, aparentemente, eles Lei e sua vontade pode ser vista clara-
ficaram desapontados, em dois aspec­ mente na Bíblia. O Senhor falou ao seu
tos. Em primeiro lugar, sua expectativa povo por meio de visões (is 6.1), sonhos
do rápido retorno de Cristo para triunfar (Gn 28.10-13), pessoalmente (Êx 31.18),
sobre seus inimigos, e tran sfo rm ar a revelações angelicais (Gn 18.1,2), além de
aflição de seus seguidores em felicida­ palavras e eventos proféticos (Jr 13.1-10;
de e bem -aventurança eternas. Cristo J r 1.1-5) contidos no Antigo Testamento.
continuava oculto de seus olhos, e seus Através dos profetas, essa revelação
sofrimentos continuavam, e até mesmo foi entregue em p a la v ra s hum anas,
aumentavam em severidade. Na angús­ faladas e escritas, em variadas formas,
tia que os rodeavam não tinham um tais como histórias, poesias, provérbios
apoio visível para a sua fé. E, em segundo e profecias. Esses porta-vozes de Deus
lugar, eles ficaram desapontados com tinham a responsabilidade de orientar,
a atitude que o seu próprio povo tinha, despertar e convocar o povo a voltar-se
com relação à nova religião. Durante para Deus. Entretanto, como a antiga
algum tempo, eles haviam combinado aliança não era definitiva, sua com u­
seus serviços cristãos com a adoração nicação era parcial e incompleta, pois
de seus pais, m as ficou cada vez mais apontava para algo maior e permanente
evidente que os judeus, como um povo,
no futuro: a revelação do Filho de Deus.
não aceitariam Cristo. Os seus irmãos
na carne persistiam em sua oposição e
2. Deus falou pelo seu Filho (Hb 1.2):
eram cada vez mais intolerantes com os O Deus que falou no passado, con­
seguidores de Jesus” (BERKHOF, Louis. tinuou se revelando. Porém, agora de
Introdução ao Novo Testamento. Rio form a plena e definitiva, por meio de
de Janeiro: CPAD, 2018, pp.237,238). Jesus Cristo, seu Filho. Jesus é a “revela­
ção visível do Deus invisível" (Cl 1.15), em
quem “está presente toda a natureza de
I I - 0 DEUS QUE SE REVELOU Deus” (Cl 2.9), através de quem o próprio
EM CRISTO Deus é visto (Jo 12.45; 14.8-11). Cristo
O autor inicia anunciando uma ver­ completou e cumpriu a mensagem que
dade fu n d am ental da fé cristã: o co­ foi dada pelos profetas. Pois Deus o
nhecim ento de Deus não se dá pela "escolheu para possuir todas as coisas
e foi por meio dele que Deus criou o Deus no Antigo Testamento” (Comentário
Universo" (Hb 1.2). Logo, não há mais Bíblico PentecostaL Novo Testamento.
nenhuma revelação pendente, pois Ele Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.7380.
é superior aos profetas; Ele é a última
e completa revelação de Deus; Ele é o I I I - A SUPERIORIDADE DE
Filho que "brilha com o brilho da glória JESUS CRISTO
de Deus e é a perfeita sem elhança do
A primeira grande m ensagem dessa
próprio Deus” (Hb 1.3). Assim, o Antigo
Carta é a superioridade de Jesus Cristo
Testamento se cumpriu no Novo. Jesus
em relação aos personagens e institui­
é o centro de toda m ensagem bíblica.
ções do Antigo Testamento. Lembre-se
de que o grupo de irm ãos que estava
II-A U X ÍL IO TEOLÓGICO recebendo essa carta era composto por
pessoas que estavam sendo tentadas a
“1) A expressão no passado’ (palai, abandonar a fé em Cristo para retornar
lit., "outrora”, não sim plesm ente “anti­ à prática dos costumes da Lei de Moisés.
gamente"; Hb 1.1a) é contrastada com Então, o autor da carta se esforçou para
a expressão nestes últimos dias’ (1.2a) mostrar que não há nada, nem ninguém
(ARA). A revelação que Deus concedeu igual ou superior a Jesus Cristo e que,
sobre si mesmo tem profundas raízes por isso, os que creem no Senhor podem
nos dias de outrora, no tempo de ‘nossos descansar e confiar no Salvador.
antepassados’, que é sinônimo da era do 1. Jesus é superior aos anjos (Hb 1.4):
Antigo Testamento. A expressão nestes
O autor apresenta um contraste entre
últimos dias’ se refere ao tempo do Mes­
os seres angelicais e Jesus Cristo, a fim
sias, quando o Senhor trouxe a ‘grande
de comprovar a superioridade do Filho
salvação’ para o seu povo (cf. Hb 2.3). O
de Deus: eles são mensageiros, Jesus é
Novo Testamento revela que os ‘últimos
o Filho (Hb 1.4,5); eles são adoradores,
dias’ foram inaugurados com a encarna­
Je su s é o adorado (Hb 1.6); eles são
ção de Cristo e serão consumados em
criaturas, Jesus é o Criador (Hb 1.7-12;
sua segunda vinda. Deste modo, a frase
Cl 1.16,17); eles são servos, Jesus é o
'estes últimos [eschatou, de onde vem o
Rei e Senhor (Hb 1.13,14). Como fica
termo escatológico] dias' significa que
evidente, os anjos são criatu ra s que
com Jesus a era messiânica começou e
servem a Deus e aos que hão de herdar
Deus está falando de forma culminante e
a salvação.
definitiva através de seu Filho. ‘Qualquer
discurso adicional sobre o que resta para 2. Jesus é superior a Moisés (Hb 3.3):
acontecer no futuro, nada mais é do que Moisés foi um grande líder do povo de
a elaboração daquilo que já começou’. Israel. Deus o usou para tirar o seu povo
2) ‘PeLos profetas' (Hb 1.1) é contrastado da escravidão do Egito e para guiá-lo
com 'pelo Filho’ (1.2) (ARA). Há em Jesus pelo deserto. A tra vé s do m inistério
tanto a continuidade como a descontinui- de Moisés o povo de Israel recebeu a
dade em relação à antiga revelação de Lei do Senhor. A pesar da im portante
contribuição dele, o autor convida seus segundo a ordem de Arão, conforme a
leitores a olharem para Jesus, a quem orientação de Deus (Êx 40.12-15). Os
"Deus enviou para ser o Grande Sacer­ sacerdotes atuavam como intercessores
dote da fé que professamos” (Hb 3.1). do povo diante de Deus (Lv 16.11,15-17).
A superioridade de Je su s Cristo em A C a rta aos H ebreus d e c la ra co ­
relação a Moisés se justifica pelas se­ rajosam ente que a superioridade de
guintes razões: (a) Porque o construtor Je su s Cristo em com paração a Arão
é maior que a casa (Hb 3.2-4) - a "casa" é percebida tanto em relação à sua
é um a referência ao povo de Deus. pessoa quanto à sua obra. O escritor
Logo, M oisés foi fiel a Deus, servindo diz que Jesus é “um Grande Sacerdote
seu povo no deserto. Entretanto, Jesus poderoso”, o qual “entrou na própria
Cristo é maior, pois é o fundador e dono presença de Deus” (Hb 4.14). O adjetivo
da Igreja (Mt 16.18); (b) Porque o Filho “Grande" indica que Jesus está acim a
é maior que o servo (Hb 3.5,6). Moisés de todos os sacerdotes humanos.
não criou a Lei, apenas a transmitiu ao O autor de Hebreus usou todos esses
povo. Ele não era o dono da "casa” (o argumentos para ensinar os irmãos que
povo de Deus), era apenas um servo. Cristo é suficiente. Je su s é completo,
Porém, Jesus é o dono e ocupa posição perfeito, forte, vitorioso. Ele é o salvador.
de Filho sobre a casa que Ele m esm o Som ente Ele é digno de ser adorado.
estabeleceu; e (c) Porque a som bra é Não devemos colocar nossa confiança
inferior ao que ela representa - Moisés em pessoas, m esm o que elas sejam
“falou das coisas que Deus ia dizer no grandes servas de Deus. Devemos crer
futuro” (Hb 3.5), mas Jesus tornou essas apenas em Jesus Cristo.
coisas realidade; Jesus é o cumprimento
do que Moisés havia anunciado.
3. Jesus é superior aos sacerdotes
(Hb 4.14): “Somente o sumo sacerdote podia
Logo após a saída do povo hebreu do interceder junto a Deus pelos peca­
Egito, Deus escolheu os homens da tribo dos da nação (Lc 16). M as Jesus é um
de Levi para atuarem exclusivam ente grande sumo sacerdote, melhor que
no cuidado do Tabernáculo. De forma todos de Israel. Aqui estão as razões:
que os levitas deviam dedicar toda sua • Os sumos sacerdotes eram homens que
vida ao cuidado dos itens sagrados, à podiam oferecer sacrifícios, mas que não
observância aos mandamentos de Deus podiam fazer nada para tirar o pecado.
e ao exercício da adoração. Dentre os Jesus deu a sua vida e morreu como
levitas, Deus escolheu os descendentes sacrifício supremo e final pelo pecado.
de Arão (irmão de Moisés) para serem • O sumo sacerdote podia entrar no Santo
sacerdotes (Êx 28.1,41). Eles eram au ­ dos Santos somente uma vez por ano
toridades e ficavam responsáveis pelos para fazer a expiação pelos pecados da
sacrifícios (Lv 16.3). A ssim , ainda no nação. Jesus penetrou nos céus e tem
deserto, foi estabelecido o sacerdócio acesso irrestrito a Deus Pai.
(Comentário do Novo Testamento
X • [...] Jesus tem mais autoridade do que
os sumo sacerdotesjudeus, porque é Aplicação Pessoal Vol. 2. Rio de J a ­
tanto Deus como homem. neiro: CPAD, 2010, p. 599-600).
• As pessoas não podiam se aproximar
de Deus, exceto através de um sumo
sacerdote. Quando Je su s morreu, o CONCLUSÃO
véu que separava o Santo dos Santos E, quando enfrentarmos momentos
no Templo foi rasgado em dois, indi­ de dificuldades, precisamos lembrar do
cando que a m orte de Je su s Cristo tamanho e do poder do nosso Salvador.
tin h a a b e rto o cam in h o p ara que Cristo é superior também ao mal, ao Ma­
as pessoas pecadoras pudessem se ligno, às aflições e às tentações. Jesus é
achegar à presença do Deus Santo.” tão poderoso que Ele venceu até a morte!

: : r

VAMOS PRATICAR

1. Complete os versículos:
“Antigam ente, por meio dos profetas , Deus falou muitas vezes e de muitas
maneiras aos nossos antepassados, mas nestes últimos tempos ele nos falou
por meio do seu Filh o. Foi ele quem Deus escolheu para possuir todas as
■ coisas e foi por meio dele que Deus criou o universo (Hebreus 1.1,2).

2. Marque (V) para as afirmações Verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:

1
( F ) Moisés é superior a Jesus.

( V) Jesus é superior aos sacerdotes humanos.


X X X
( F ) Os Anjos têm a m esm a im portância do Filho de Deus.
X X ( V)
1 Je su s é superior a Moisés.

Pense Nisso
Cristo é o seu melhor modelo, o seu
grande sacerdote e aquilo que de mais
precioso você poderia ter nesta vida e
na eternidade. Não o abandone por
nada, nem por ninguém. Ame-o com
toda sua força, confie em seu poder e
descanse em seus cuidados..
LEITURA BÍBLICA
Hebreus 1 0.1 -12 ,1 9-2 2
Devocional
Segunda » M c 10.45

- U ---------------------------- Terça » Rm 4.25


A MENSAGEM
Quarta » Is 5 3.6
Porém Jesus Cristo ofereceu só um
v v w

sacrifício para tirar pecados, uma Quinta » 1 Pe 2.24


oferta que vaLe para sempre, e depois
sentou-se do Lado direito de Deus. Sexta » Hb 9.22
X
Hebreus 10.12
Sábado » l J o 2.1,2 X
X X
------------------------------------- a X
▼ T T

O bjetivos tt▼
Y Y ▼
AFIRMAR que a morte de Jesus
na cruz foi eficaz;

^ DESTACAR que o sa crifício de


Jesus foi único e suficiente;

ANUNCIAR que o sa crifício de


Jesus nos colocou de volta à presença
de Deus.

XX
Í l l l i
iH
Ei P ro fe sso r!
P o n to d e P a rtid a
Querido (a) Professor (a), seguem
A D e c la ra çã o de Fé d as A s s e m ­
algum as dicas da escritora Flavianne
bléias de Deus no capítulo V, “Sobre
Vaz, em seu livro “Liderando Adoles­
as Obras de Cristo", ao fa la r sobre a
centes”, para o educador cristão que
morte de Jesus diz o seguinte: “Morte
trab a lh a com adolescentes: Cada
vicária significa m orte substitutiva.
pessoa que é responsável por ensinar
Todo o sistem a sacrificial do Antigo
a Bíblia a eles deve dedicar-se para
Testam ento fundam enta-se na ideia
aperfeiçoar-se ao longo do tempo. O
de substituição, e essa transferência
educador cristão precisa entregar-se a
da culpa do pecador para a vítim a é
oração, além de ser fiel ao devocional e
simbolizada pela imposição de maos
à leitura da Escritura. É preciso investir
sobre a cabeça do an im al: 'E porá a
em livros especializados para apiendet
sua mão sobre a cabeça do holocausto,
m ais sobre o processo de aprendiza­
para que seja aceito por ele, para a sua
gem. Se possível, é recom endável o
expiação' (Lv 1.4). [...] Sua morte foi em
ingresso em um sem inário ou curso
nosso lugar, Ele morreu pelos pecados
de Teologia, ou, ainda, a participação
em eventos de tre in a m e n to s para do mundo inteiro”. Escolh a um m o ­
mento da aula para apresentar essa
professores de Escola Dom inical”.
explicação para seus alunos.
XX
XX)
Vam os D escobrir
Você sabia que no Antigo Testamento
Cristo é o
osjudeus ofereciam animais em sacrifício
a Deus por causa dos pecados cometi­
cumprimento dos
dos? Eles faziam isso porque estavam sacrifícios do Antigo
seguindo a Lei. Esses sacrifícios aponta­ Testam ento
vam para o futuro, representavam o que
iria acontecer quando o Filho de Deus
chegasse ao mundo. Jesus entregou-se
99
das co isas boas que estão p ara v ir”
em sacrifício para promover a redenção (Hb 10.1). Em o utras p alavras, a Lei
dos nossos pecados. apontava para uma realidade futura.
Nesta lição vamos estudar o capítulo Os sacrifícios oferecidos pelos sacer­
10 da C arta aos Hebreus, onde o autor dotes tinham um caráter temporário,
refletiu sobre a grande obra de redenção caso contrário não precisaria serem
que Jesus fez na cruz. repetidos anualm ente (Hb 10.2). Eles
apontavam para o sacrifício de Cristo
Hora De A p ren d er realizado na cruz do calvário.
Como sombra da realidade, os sacri­
1 - 0 SACRIFÍCIO DE CRISTO fícios feitos pelos sacerdotes da Antiga
É EFICAZ A lian ça não conseguiam rem over o
Você já ouviu a expressão "no tempo pecado e purificar o pecador. Sua fina­
da Lei”? Ela é utilizada, geralm ente, lidade era apenas relembrar o pecado e
para se referir ao período que abrange mostrar ao pecador a necessidade de se
desde Moisés até Jesus Cristo. Antes do purificar (Hb 10.2,3). Somente o sacrifício
nascimento e do ministério de Jesus, o de Cristo é eficaz para purificar o pecador
relacionamento entre Deus e o seu povo (Hb 9.12), remover sua culpa e promover
era orientado pelos mandamentos pre­ limpeza de consciência (Hb 9.14).
sentes na Lei do Senhor, que foi entregue Ao c ita r o S a lm o 4 0 .6 -8 , o a u to r
ao povo de Israel por meio de Moisés. Em m ostra que Cristo é o cum prim ento
Cristo uma Nova Aliança foi estabelecida, dos sacrifícios do Antigo Testam ento,
com novos princípios. A Salvação na Nova pois Ele ofereceu o seu corpo como
Aliança se dá por meio da fé em Jesus sacrifício pleno e agradável a Deus na
Cristo e não por meio à obediência aos cruz pelos pecadores (Hb 10.5-8). O
ritos e costumes do tempo da Lei. apóstolo Paulo tam bém ensinou sobre
Assim, quando pensamos na Antiga isso em Colossenses 2.13,14.
Aliança, precisamos ter em mente que
ela não foi projetada para ser definitiva,
I-A U X IL IO DEV0CI0NAL
m as provisória. Nesse sentido, o autor
aos hebreus vai dizer que a Lei dada “Em bora fossem necessários sa cri­
por Moisés era "apenas um a som bra fícios para pag ar o preço do pecado,
esta citação (Hb 10.5-7) revela que dos seus pecados, confessa-os diante de
Deus nunca se agradou de tais sa cri­ Deus, crendo em Jesus como Salvador
fícios - 'Sacrifício e oferta não quiseste’. é perdoado e salvo da condenação
Em m uitas passagens da Bíblia, Deus eterna (Jo 3.16).
revelou que não queria os sacrifícios Com nossos pecados perdoados, po­
de um a pessoa que não tivesse um demos acessar a presença de Deus, pois
coração justo. Deus queria que o seu a culpa foi removida. Em Jesus somos
povo obedecesse a Ele. Os sacrifícios, justificados diante do Pai (Rm 3.24). O seu
no entanto, eram necessários porque perdão é completo, não há necessidade
as pessoas não viviam de acordo com de outras ofertas para alcançá-lo. Jesus
as leis que Deus lhes tinha dado [...]. nos tornou aceitáveis. Com base no
Deus quer que o seu povo seja san ­ único, eterno e suficiente sacrifício de
tificado. O Deus de Israe l e da igreja Jesus somosjustificados, regenerados,
cristã é santo - Ele estabelece o padrão santificados e glorificados (Jo 1.12).
para a moralidade. Santidade significa Portanto, fica claro que ninguém pode
ser com pletam ente devotado ou de­ alcan çar o perdão de Deus por meio
dicado a Deus, consagrado para o seu de obras, dinheiro, mérito pessoal ou
uso esp ecial, e separado do pecado sacrifícios de qualquer espécie. Todos
e da sua influência. A santidade vem os homens são pecadores (Rm 3.23).
de um desejo sincero de obedecer a Todas as pessoas precisam da salvação,
Deus e da devoção incondicional a Ele. porque a recompensa pelo pecado é a
Um seguidor de Cristo torna-se santo’ morte (Rm 6.23). Mas, por seu am or e
(santificado) pela oblação do corpo de graça, Deus providenciou em Cristo um
Jesus Cristo. Não podemos nos tornar meio (o único caminho) para nos salvar
santos sozinhos, m as Deus nos dá o (Jo 14.6). Então, não perca essa opor­
seu Espírito Santo para nos ajudar a tunidade. Se você ainda não aceitou a
obedecê-lo e para nos dar o poder para Jesus como único e suficiente Salvador,
derrotar o pecado” (Comentário do faça isso agora mesmo! Há perdão de
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Deus disponível para você (Sl 37.5).
Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010,
pp.623,624).

II - AUXÍLIO TEOLÓGICO
II - 0 SACRIFÍCIO DE CRISTO “E assim todo sa ce rd o te ap a re ce
mm- f o i ú n ic o mm cada dia, m inistrando e oferecendo
O sacrifício de Cristo foi único e é m uitas vezes os m esm os sacrifícios,
suficiente para o perdão do pecado, que nunca podem tirar pecados” (Hb
pois Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira 10.11). Donald Guthrie com enta esse
o pecado do mundo” (Jo 1.29). Ele foi o versículo, pondo em destaque que ‘a
último e definitivo sacrifício (Hb 10.12). continuidade interminável dos sacrifícios
Por isso, todo aquele que se arrepende inadequados segundo a velha ordem
XX
está em co n traste m a rcan te com a
nova ordem . Os asp ecto s principais u x
de in te re sse no p re se n te ve rsícu lo A g ora o cam inho
são: (I) a posição dos sacerdotes (todo
sacerdote se apresenta - lit. ‘fica de
é um a p esso a :
pé’), (II) a continuidade dos sacrifícios J e su s Cristo
(a o ferecer m u ita s vezes) e (III) sua (Jo 14.6)

99
ineficácia de realizar o seu propósito
(para rem over pecados). O prim eiro
aspecto tem contraste m arcante no
(Mt 27.50), o véu do templo foi rasgado
versículo seguinte com a posição de
de alto a baixo (Mt 27.51), sinalizando
Cristo: assentou-se. Estes sacerdotes
que um novo e vivo caminho havia sido
nunca poderiam sentar-se porque sua
inaugurado, para levar todos àqueles que
obra nunca era completa. Em segundo
creem à presença de Deus (Hb 10.20).
lugar, m uitas vezes (pollakis) está em
Esse caminho não era m ais um ritual
direto c o n tra ste com um a vez por
ou sacrifícios feitos por intercessores,
todas (ephapax ). E em terceiro lugar,
agora o caminho é um a pessoa: Jesus
a in cap acid ad e das an tig a s o fe rtas
Cristo (Jo 14.6).
removerem os pecados é contrastada
Não há motivos para ficarm os dis­
no v.12 com a única oferta de Cristo
tantes de Deus, pelo contrário, somos
pelos pecados. Mais uma vez, a fraqueza
convidados a nos aproxim arm os dEle
da velha ordem fica sendo o pano de
“com um co ração sin cero e um a fé
fundo para a demonstração da maior
firm e, com a consciência lim p a das
glória da nova’” (GONÇALVES, José. A
nossas culpas e com o corpo lavado
supremacia de Cristo: Fé, esperança
com água pura” (Hb 10.22). E, depois
e ânimo na carta aos Hebreus. Rio
de estarm os perto, som os exortados
de Janeiro: CPAD, 2017, p.99).
a nunca m ais nos distanciar. Afinal de
contas, diante de tudo que Je su s fez
por nós, o que nos resta é guardarmos
I I I - 0 SACRIFÍCIO DE CRISTO "firm em ente a e sp eran ça da fé que
NOS DÁ ACESSO A PRESENÇA professamos” (Hb 10.23). A perseguição,
DE DEUS as dificuldades da vida, as tentações, a
Na Antiga Aliança, somente o sumo dor ou tristezas na vida não podem nem
sacerdote podia acessar o Santo dos devem nos tirar da presença de Deus.
Santos. Ele fazia isso apenas uma vez Além de nos mantermos leais e obe­
ao ano. Agora, na Nova A liança, “por dientes àquele que nos salvou, o autor
causa da m orte de Je su s na cruz nós nos lembra de que a cam inhada da fé
temos completa liberdade de entrar no não precisa nem pode ser solitária. A
Lugar Santíssim o” (Hb 10.19). c a rta nos exo rta a não a b a n d o n a r­
Quando o corpo de Jesus foi ferido na mos nossa congregação local, como
cruz e seu último grito foi pronunciado é costum e de alguns, e ap o nta que
\ A A A
<xx
<x devemos anim arm os uns aos outros,
por que a vinda do Senhor está próxima
não frequentavam as reuniões da igreja.
Q ualq uer que fo sse o motivo, estes
(Hb 10.25). crentes estavam tentando sobreviver
por conta própria. Retirar-se da força
coletiva é fazer um convite ao desastre.
I I I - AUXILIO DEV0CI0NA Ta l situação é sem elhante à situação
de um soldado em um a batalha que
“Hb 10.24,25 - A palavra estim ular’ fica para trás, afastado do restante do
significa 'incentivarfortemente', animar’, seu pelotão, e se torna um alvo fácil”
ou ‘incitar uma ag itação ’. Os cristãos (Comentário do Novo Testamento
precisam incitar ou estim ular uns aos Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de
outros em duas áreas: (1) Caridade (ou Janeiro: CPAD, 2010, pp.626).
am or) - não um a emoção, m as uma
decisão, independentemente dos nossos
sentimentos. Devemos agir com am or CONCLUSÃO
em relação a outros crentes; (2) Boas A salvação conquistada por Jesus Cris­
obras - obras realizadas para o bem de to na cruz é a maior e mais importante
outros. Os crentes tam bém não devem bênção que existe. Hoje você tem paz
deixar a congregação. Alguns cristãos com Deus porque o sangue de Je su s
(naquela época, como tam bém hoje) Cristo purificou você de todo pecado.

A A A A A A A A A A k A A A Á A A A A k :A A A
A A A A A A A .A A A Â A A A A A A A
A

VAMOS PRATICAR
_ _ . . . 4 A
1. Ao que se refere a expressão "no tempo da Lei"?
% A expressão se refere ao período que abrange desde Moisés até Jesu s Cristo. f
— ' 1 .

2. A Antiga Aliança era permanente?


Não, ela foi projetada para ser provisória.

3. Hoje ainda há necessidade de sacrifícios ou sacerdotes como na época da


Antiga Aliança? Por quê?
Não, porque o sacrifício de Cristo foi único e suficiente para o perdão de pecados.

4. Quem é o novo e vivo caminho que conduz o ser humano até a presença de Deus?
Jesus Cristo.
A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
A A A A A A A A A A A A A L l * * ' ' - - a a a

MINHAS IDÉIAS
______________ __________ _ _ _ _ _ _ ________
-------------------------------- -

X X

Pense Nisso
Jesus morreu pelos nossos pecados,
a fim de que fossem os reconciliados
com o Pai Celestial. Ele nos perdoou e
nos deu um propósito para viver. Você
que está em Cristo e é cham ado de
Filho (a) de Deus. Portanto, viva como
um. Obedeça aos seus mandamentos,
afaste-se do pecado e busque ao Se­
nhor todos os dias.
* A QUESTÃO DA FÉ ^
NA CARTA AOS HEBREUS a
LEITURA BÍBLICA
Hebreus 11.1-6
Devocional
Segunda » Hc 3.17,18

- « -------------------------------------- Terça » 2 Co 5.7


A MENSAGEM
Quarta » 1 Jo 5.4
Sem fé ninguém pode agradar a
Deus, porque quem vai a ele precisa Quinta » Rm 4.16-22
crer que ele existe e que recompensa
os que procuram conhecê-lo meLhor. Sexta » T g 1.3
Hebreus 11.6
X
Sábado » Rm 14.23 X
99-
X K

-----------------------------
Objetivos
> EXPLICAR o conceito bíblico de FE;

APRESENTAR a galeria dos heróis


da fé;

> DESTACAR a im portância da fé


na vida do cristão.

Ei P ro fe sso r!
P o n to d e P a rtid a
Querido(a) Professor(a), subscrevo
as palavras do irmão Luaran Lins, em No segundo tópico, falarem os sobre
seu livro “Chamados para liderar”, que os “heróis da fé”, citados no capítulo 11
trata sobre liderança na atualidade. de Hebreus. Após explanar o assunto,
“Se o líder não am a o povo que lidera, peça aos aluno s que citem alguns
se está no cargo apenas por posição e homens e m ulheres conhecidos por
status, e busca apenas reconhecimento eles que sejam exemplos de fidelidade
hum ano e prom oção pesso al, está a Deus atualmente. Pode ser da igreja
fadado ao fracasso. E o que a juven­ local, da fam ília ou algum conhecido.
tude cristã espera de seus líderes na A finalidade é m ostrar que homens e
atualidade? Eles querem ver em seus mulheres de Deus não são relíquias do
líderes as atitudes de Cristo. Querem passado. Em todo tempo Deus tem seus
ser compreendidos sem julgam ento, fiéis espalhados sobre a terra, cujas
mas com mãos estendidas para ajuda- vidas são inspirações para os crentes.
-los nos seus dilemas. Esperam líderes Diga que eles podem ser um modelo
que tenham visão do Reino, que sejam para outrosjovens, verdadeiros heróis
exemplo, amigos e confiáveis". Não se da fé do nosso tempo. Boa aula!
esqueça, você é o líder da sua classe!

X ----------------------- ----------
XXX
XX
positivo” ou “salto no escuro”. A fé, como
Vamos Descobrir d escrita pelo e scrito r bíblico, é um a
Fé é algo essencial para vida humana co n fian ça in a b a lá v e l no c a rá te r de
e indispensável para o relacionamento Deus e em sua Palavra, isto é, porque
com Deus. Nós vivemos em uma socie­ D eus falou, então, nós acreditam os.
dade que valoriza as idéias científicas, a Essa confiança é fruto da convicção de
matemática e tudo àquilo que é concreto. que Aquele que prometeu irá cumprir o
Por isso, muitas vezes, as pessoas que que disse no tempo determinado, pois
vivem com fé são alvo de críticas e até Ele é fiel, justo, verdadeiro e im utável
de “brincadeiras” humilhantes. Isso acon­ (Nm 23.19; S l 145.17; M l 3.6; Tg 1.17;).
tece porque a fé não pode ser percebida É com base no caráter de Deus que a
ou compreendida por àqueles que não nossa fé descansa tranq uilam ente e
andam com Deus. M as, nós, cristãos espera confiantemente.
fiéis, caminhamos por fé! A fé é a “prova de que existem coisas
que não podemos ver" (Hb 11.1), m as
que em breve desfrutaremos, pois foram
Hora De Aprender pro m etidas pelo nosso D eus, como,
I - 0 QUE É FÉ? por exemplo, podemos citar o céu, pois
embora nunca tenham os visto o local
“A fé é a certeza de que vamos receber
do trono de Deus, pela fé aguardamos
as coisas que esperamos [...]” (Hb 11.1).
ansiosamente pelo dia que estaremos lá.
P re c isa m o s e n te n d e r que fé não é
Ter fé é crer nas promessas de Deus sobre
“confiança em si mesmo", “pensamento
o futuro, ainda que existam circunstân­
cias adversas do presente. Isso é muito
mais do que um mero reconhecimento
da sua existência de Deus, pois é pela
fé que mantemos um relacionamento
pessoal e dinâmico com Ele.

I - AUXÍLIO DIDÁTICO

“O substantivo grego pistis, traduzido


aqui com o ‘fé ’, ocorre 2 43 vezes no
Novo Testam ento; 30 vezes somente
em Hebreus, sendo que, som ente no
capítulo 11, há o registro dessa palavra
24 vezes. A palavra grega hypostasis,
traduzida aqui (Hb 11.1,2) como ‘funda­
mento’, tem, no texto grego, o sentido
de certeza, garantia, segurança. Neste
sentido, era usada como atestação ou
XX)
garantia de um a propriedade. Para o
autor, a fé era como ter em mãos um
docum ento que atestava a posse de Deus tinha
determ inado objeto. E m ais: a fé é a
convicção das coisas que não se viam.
preparado um plano
O termo grego elenkos, traduzido aqui ainda melhor.
com o 'pro va’, m antém o sentido de
evidências’ (GONÇALVES, José. A su­
premacia de Cristo: Fé, esperança e
O autor concluiu o capítulo afirmando
ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
que “todas essas pessoas foram aprova­
Janeiro: C PA D ,2017, p.107).
das por Deus, mas não receberam o que
ele havia prometido" (Hb 11.39). Ou seja,
embora eles tenham obtido bom teste­
II-GRANDES EXEMPLOS DE FÉ munho por causa da fé, não obtiveram a
O capítulo 11 da Carta aos Hebreus é concretização da promessa principal de
dedicado a homens e mulheres de fé do Deus para a humanidade: os “heróis da fé”
Antigo Testamento. Trata-se de pessoas não viram o Messias e não participaram
que escolheram obedecera Deus. Esse da Nova Aliança. Isso porque, “Deus tinha
capítulo cita Abel, que teve seu sacrifí­ preparado um plano ainda melhor para
cio aprovado por Deus m ediante a fé nós, a fim de que, somente conosco, elas
(11.4); Enoque, que demonstrou sua fé fossem aperfeiçoadas" (Hb 11.40). Tal
caminhando com Deus (11.5,6); Noé, que plano envolvia a todos, os da Antiga e
construiu a arca porque creu em Deus os da Nova Aliança; os do passado, do
(11.7); Abraão, que obedeceu por causa presente e do futuro; eles precisavam
da fé (11.8-11); Isaque, Jacó e José que esp erar por nós. Pois, Deus estava e
seguiram tam bém no mesmo caminho continua preparando para si um povo
do patriarca (1 1 .20-22); Moisés, que todo seu. E todos nós desfrutaremos do
buscou justiça por fé, apesar dos riscos cumprim ento pleno dessa promessa,
envolvidos (11.23-28); o povo de Israel, quando o Senhor vier arrebatar a sua
que experim entou o poder de Deus Igreja, poisjuntos adentraremos as regiões
(11.29,30); Raabe, que demonstrou sua celestiais (1 Ts 4.15-17).
fé recebendo os espias de Israel (11.31); Hoje, nós cristãos, também podemos
e homens como Gideão, Baraque, San- viver experiências extraordinárias com
são, Jefté, Davi, Sam uel e os profetas, Deus. Pela fé você pode receber o ba­
que d em o nstraram sua fé de fo rm a tismo no Espírito Santo, ter vitórias em
radical, chegando a arriscar suas vidas batalhas espirituais, vencer as tentações
(11.32-38). Você conhece a história de que o Inimigo oferece, te ste m u n h a r
todas essas pessoas? Durante os pró­ curas, milagres, libertações e receber
xim os dias, separe um tempo para ler dons espirituais (Jo 14.12-14). A Bíblia
na Bíblia os desafios que esses homens declara que “com a nossa fé consegui­
e mulheres venceram por meio da fé. mos a vitória sobre o mundo” (1 Jo 5.4).
não confia em Deus e em sua Palavra.
II - AUXÍLIO DEVOCIONAL Sempre que essa relação de confiança
é abalada - seja pelas m entiras de sa ­
“Todas as pessoas mencionadas pes­ tanás, pelas seduções do mundo, pelas
soalmente e aquelas que se fez alusão adversidades da vida ou pelo pecado
foram aprovadas por Deus pela fé. Estas pessoal - é porque há algo de errado
pessoas esperavam uma época melhor em nossa esp iritualidade. Foi assim
e a salvação, m as não alcançaram a com Pedro quando negou conhecer
promessa de Deus. Naturalmente, elas a Je su s (Lc 22.54-62); com Jud as, ao
viram algumas das promessas de Deus traí-lo (Mt 26.14-16); com Dem as, ao
sendo cumpridas, mas não as promessas se ap aixo n ar por este mundo (2 Tm
a respeito do novo concerto e do reino 4.10), e com tantos outros.
eterno prometido. Estas pessoas não A Bíblia revela que somos salvos pela
viveram para ver a chegada do Reino, graça mediante a fé (Ef 2.8), justificados
m as a sua cidadania futura estava ga­ pela fé (Rm 5.1), que vivem os pela fé
rantida. Desta forma, elas foram capazes (Hc 2.4; Rm 1.17; 2 Co 5.7; Hb 10.38)
de suportar o sofrimento [...]. Sem dúvida, e que vencem os o mundo pela fé (1
o autor surpreendeu os seus leitores Jo 5.4), portanto ela é indispensável.
com esta conclusão: estes poderosos M as o que podemos fazer quando nos
heróisjudeus não receberam a recom­ fa lta r fé? É com um ao cristão viver
pensa plena de Deus porque morreram m om entos em que sua fé é provada.
an tes que Cristo viesse. No plano de Em fases assim não podemos desistir
Deus, tanto eles quanto os cristãos (que de acreditarem Deus.Três práticas que
também estavam suportando grandes ajudam a fo rta le ce r a fé é ler ainda
provações) se ria m recom p en sad o s m ais a Bíblia, au m en tar os períodos
juntos. [...] Os crentes do Antigo e do de oração e se recordar de milagres e
Novo Testamento receberão o prêmio promessas que Deusjá fez no passado.
juntos. Não som os apenas um só no Uma alternativa importante é procurar
corpo de Cristo, juntam ente com todos um (a) conselheiro (a). Conversar com
os que estão vivos, mas também somos um a pessoa m ais experiente e m ais
um com todos aqueles que já viveram” m adura espiritualm ente irá ajudar a
(Comentário do Novo Testamento vencer dúvidas pessoais. E, assim como
Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de os apóstolos fizeram, sempre que ne­
Janeiro: CPAD, 2010, pp.635,636). cessário, devemos pedir ao Senhor que
aum ente a nossa fé (Lc 17.3-5).
III-F É PARA SEGUIR EM FRENTE
O automóvel necessita de combustível
para se movimentar; a vida humana de III ■AUXILIO DEVOCIONAL
oxigênio para sobreviver; e o cristão de
fé para seguir em frente. É inconcebível “O processo de amadurecimento da
pensar em um discípulo de Jesus que nossa fé requer tempo e disciplina. A
comunicação diária com Deus, através das circunstâncias ou das consequências.
da oração e do estudo de sua Palavra, A fé é a firme confiança em Deus e em
produz a maturidade. Quando formos suas promessas. A maior promessa de
m aduros em nossa fé, não serem os Deus é que as pessoas podem ser salvas
desviados ou facilmente abalados pelas do pecado e ter a vida eterna através de
tentações ou pelas preocupações deste Cristo.” (Comentário do Novo Testa­
mundo. Se você se encontra discutindo mento Aplicação Pessoal Volume 2.
questões de estilo de vida, fé, dons es­ Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.583).
pirituais, e os tempos do fim, você pode
ser esp iritualm ente im aturo. Não se
contente em permanecer como um bebê CONCLUSÃO
espiritual. O que você pode fazer para A fé é m ais do que um conjunto de
crescer na fé? [...] A Bíblia, do princípio crenças intelectualm ente coerentes.
ao fim, é um livro que está relacionado à Fé é a confiança no caráter de Deus e
fé. Muitos creram em Deus e receberam em sua Palavra; é a convicção de que
bênçãos multiplicadas na terra. Outros Deus cumprirá todas as suas promes­
creram em Deus e foram perseguidos, sas, independente das circunstâncias.
torturados e martirizados por causa de Fortaleça sua fé dia a dia através do
sua fé. Deus espera que o seu povo vá até conhecim ento da P a la v ra e de um a
Ele com fé, e viva pela fé, independente vida de oração.

1. De acordo com a lição o que NÃO é fé?


Fé não é confiança em si mesmo, pensamento positivo ou salto no escuro.

2. Qual é a definição de fé que lemos em Hebreus 11.1?


‘A f é é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de
que existem coisas que não podemos ver."___________________________

3. Cite três personagens do Antigo Testamento mencionados em Hebreus


11 que você mais admira:
Resposta pessoal.___________________________________________

4. Segundo a lição, quais são as três práticas que podemos fazer quando nos
faltar fé?
Ler mais a Bíblia, aumentar os períodos de oração, se recordar de milagres
e promessas que Deus já fez no passado.__________________________

31
Í A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A - A A A A A A A A A

Ii A A A A A A A A A A * * * * * * * ‘ * ' A A A
~A A A
MINHAS IDÉIAS
A A
l i i
LEITURA BÍBLICA
Tiago 1.17-22; 2.1-8
Devocional
Segunda » P v 18.13

-ii ----------------------------
Terça » Pv 29.20

Quarta » Sl 141.3
A MENSAGEM
Não se enganem; não sejam apenas Quinta » A t 10.34
ouvintes dessa mensagem, mas a
ponham em prática. Sexta » 1 Sm 16.7
Tiago 1.22 X
Sábado » Gl 3.26-29 X
X

---------------------------------------
K
O bjetivos
MOSTRAR uma visão panorâmica
da Carta;

APONTAR a necessidade de ouvir


atentam ente as pessoas;

REFLETIR sobre a importância de


não desprezar os irm ãos em Cristo.

Ei P ro fesso r!
P o n to d e P a r tid a
Querido(a) professor(a), a autora
Flavianne Vaz, em seu livro Lide­ ^“ S^OCOíTTO S Ot>Q«XO I ' u

rando Adolescentes", publicado pela ram PKPf;) l.Gu rv


0 cs- rwtU»
n m->H
-»•-i•*»X :11a - Í.0S
CPAD, revela-nos uma dificuldade da ■o processo de cor
adolescência para a qual precisamos
nos preparar: a inexperiência da co­
municação olho-no-olho. Segundo
1) Ouv r - T o r o o u v r b e m .e p m a
ela, ‘‘infelizmente, essa geração tem
, (Vjr çm todos os sentidos. U-” ‘ ad
crescido de maneira solitária (entregue
à Internet), sem receber a atenção de­
vida, seja porque os pais são ausentes
™ rw -rv n V , am bientefbvoroveí
ou porque mesmo presentes, têm seu
tempo consumido pelo trabalho. De - “antes de procurar seus bôeres, um
'dotescente vence m uitos barreiros
modo que muitos adolescentes são
especialistas em contatos virtuais temos e quanao. atraente, emco nua
c a ro g e m prec:sa e nreentrar « am -
c c n u u , u».
e inexperientes no contato pessoal
biente de acolhimento e segurançc.:
direto".
3i Falar pooderadamente - “depois
Invista em uma comunicação direta
be Qt iv;r e entender, c üder precise rotor.
e acolhedora com seus alunos, pois
XX

Oriente, alerte e confronte em am or


eles precisam de você!
« m o re aue necessário'. Boa auto.

X x x
XX
XX)
escolheu o caminho da humildade e do X)
Vam os D escobrir serviço. Ele se se apresenta aos seus )
A C a rta de Tiago é considerada a destinatários como “servo de Deus e
mais prática de todas as epístolas do do Senhor Jesus Cristo”. Seu exemplo
Novo Testamento e, por isso, tem sido deve ser seguido por todos os discípulos
corretamente cham ada de "guia práti­ de Jesus espalhados entre as nações.
co para a vida e a conduta cristãs” por 2 .Para quem a Carta foi escrita?
alguns estudiosos. Nela, o irm ão de
O texto tem como público-alvo "todo
Je su s defende que não basta para o
o povo de Deus espalhado pelo mundo
cristão crer numa doutrina correta, mas
inteiro” (Tg 1.1); esses eram, provavel­
que é preciso desenvolver uma prática
mente, judeus cristãos que haviam sido
coerente com a fé em Cristo. Nesta lição,
dispersos por causa da perseguição
aprenderemos algumas boas práticas
ocorrida em Jerusalém (At 8.1). Entre­
e hábitos saudáveis para nossa vida.
tanto, isso não exclui a possibilidade
de gentios convertidos a Jesus Cristo
Hora De A p ren d er serem considerados e edificados pelo
I-ABRINDO A CARTA DE TIAGO conteúdo dessa Carta.
O conteúdo da Carta aponta para o
1. Você sabe quem escreveu essafato de que os destinatários estavam
Carta? p a ssa n d o por d iv e rs a s p ro va çõ e s
O escritor da Carta se identifica como (Tg 1.2 -7 ); e, aparentem ente, eram ,
“Tiago” (Tg 1.1). No Novo Testamento te­ em sua maioria pobres, a julg ar pelas
mos pelo menos cinco personagens com denúncias de discriminação contra os
esse nome: (1) Tiago, o filho de Zebedeu necessitados.
(Mt 10.2); (2) Tiago, o filho de Alfeu (Mt 3. Afinal de contas, por que a Carta
10.3); (3) Tiago, o menor (Mc 15.40); (4) foi escrita?
Tiago, pai de Judas (At 1.13); e (5) Tiago,
Tiago escreve essa Carta possivelmen­
meio irmão do Senhor (Mt 13.55, Mc 6.3).
te depois de se tornar líder da igreja de
Os estudiosos concordam que o autor
Jerusalém, entre 44 d.C. e 62 d.C., quando
da Carta seja o irmão de Jesus, àquele
faleceu. É muito provável que ela tenha
que era incrédulo (Jo 7.5). Porém, em
sido o primeiro escrito do Novo Testa­
algum m om ento entre o m inistério,
mento a ser produzido. Sua finalidade
a m orte e a ressurreição do Senhor,
é confortar, fortalecer e orientar seus
Tiago tornou-se um discípulo aplicado
leitores nas diversas áreas da vida que
e testem unha ocular da ressurreição
careciam de cuidado pastoraL
de Cristo (1 Co 15.7). Ele se tornou um
apóstolo e foi um influente líder na igreja
em Jerusalém (At 12.17; G l 2.9), tendo
inclusive uma participação decisiva no
Concilio (At 15.6,13). A pesar de fazer V ejam os um a exp licação sobre a
parte da família terrena de Jesus, Tiago forma como o autor da Carta se apre-
senta em Tiago 1.1: “A palavra grega disto, meus queridos irmãos: cada um
douLos (escravo, servo) refere-se a uma esteja pronto para ouvir, m as demore
posição de obediência completa, total para fa lar e ficar com raiva” (Tg 1.19).
humildade, e lealdade inabalável. Mui­ 1. Esteja pronto para ouvir
tos dos primeiros seguidores de Cristo
A palavra "pronto”, do grego “tachys"
eram, na verdade, escravos. Mas, entre
traz a ideia de “rápido, veloz, ligeiro".
os cristãos, a idéia de ser um servo de
Logo, Tiago está dizendo que devemos
Cristo não se tornava uma posição de
ser rápidos para prestar atenção ao que
hum ilhação, m as um lugar de honra.
está sendo dito. Ou seja, precisam os
Não pode haver maior dádiva para um
aprender a ouvir atentam ente a Deus
crente do que ser conhecido como um
e ao nosso próximo, a fim de não co­
servo obediente, humilde e leal de Deus.
metermos injustiças. O fato de termos
Os três nomes, Senhor Jesus Cristo, re­
dois ouvidos e uma boca é pedagógico,
ferem-se ao caráter exclusivo de Jesus.
pois é um sinal de que devemos ouvir
Ele é o Senhor celestial exaltado, que um
o dobro do que falam os.
dia retornará em glória a este mundo.
A Bíblia diz que devem os ouvir as
Ele é Jesus, Deus vindo à terra como
instruções dos nossos pais (Pv 1.8; 4.1;
um ser humano. Ele é Cristo, o Ungido
23.22). Você tem feito isso? Os pais
que cumpriu os objetivos de Deus ao
e/ou os responsáveis são pessoas a
morrer por nós" (Comentário do Novo
Testamento Aplicação PessoaL Volume quem devemos respeito. Deus colocou
2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 661). sobre eles autoridade para cuidarem
e instruírem seus filhos. Por isso, todo
adolescente deve ouvir e obedecer a
seus pais (E f 6.2). Às vezes você pode
II -OUÇA MAIS E FALE MENOS,
ser tentado a esconder alguma verdade
POR FAVOR
da sua família, mas não faça isso. A sua
Por que será que a m aioria de nós fam ília precisa saber sobre as dificul­
é tão a p re ssad a em d a r opiniões e dades e os desafios que você enfrenta
resistente em receber conselhos? Será para poder orientar e proteger você.
que perdemos o interesse pelo ouvir?
2. Demore para falar
Ou estamos sendo treinados apenas na
arte do fa lar? Um a boa comunicação Essa expressão vem do grego “bra-
depende, necessariamente, da maneira dys", cujo significado é “lento". Tiago
como administramos o que ouvimos e está nos dizendo que não devem os
o que falam os. Relacionamentos sau­ ser precipitados nas palavras; refletir
dáveis e duradouros dependem dessa antes de fa lar é a lição a ser aprendi­
interação, razão pela qual os conselhos da. Afinal de contas, quando falam os
do irm ão Tiago são indispensáveis a antes de pensar, de ouvir ou de orar,
todos nós. Vejam os o quanto a m en­ normalmente, nos arrependemos e, na
sagem do apóstolo tem a nos ensinar m aioria das vezes, as consequências
em ap en as um versículo: “Lem brem são desagradáveis. Como servos de
XX)
Deus somos cham ados a usar nossa
fala buscando a edificação do nosso
próximo (E f 4.29), sem nos esquecer N ossas palavras,
que aquele que "toma cuidado com o
que diz está protegendo a sua própria
quando m al
vida, m as que fala demais destrói a si
escolhidas, podem
mesm o’’ (Pv 13.3). m achucar.
Vivemos em uma sociedade onde todos
tem pressa de em itir um a opinião ou
posicionamento. Mas falar sem pensar
99
pode nos conduzir a uma postura injusta
de um a audição ativa. Não devem os
com nossos amigos e com a nossa família.
simplesmente deixar de falar; devemos
Nossas palavras, quando mal escolhidas,
e star prontos e dispostos para ouvir.
podem machucar outras pessoas. E nós
Este ouvir com 'prontidão1obviamente
temos a responsabilidade diante de Deus
é feito com discernim ento. Devem os
por tudo o que dizemos e pela form a
exam inar o que ouvimos com a P a la ­
como falamos. Por isso, precisamos dar
vra de Deus. Se não ouvirmos, tanto
atenção ao conselho do apóstolo para
ate n tam e n te quanto prontam ente,
aprender a pensar um pouco mais antes
podemos ser levados a todos os tipos
de falar (Pv 18.13). Além disso, sempre
de falso s ensinos e enganos.
que precisarmos nos expressar devemos
Ser pronto para ouvir e tardio para
procurar por uma abordagem respeitosa.
f a la r podem s e r in te rp re ta d o s em
3. Demore para ficar com raiva conjunto, como dois lados da mesm a
A palavra “raiva” vem do grego “orgê" moeda. A lentidão em fa la r significa
e significa “ira, indignação, raiva exibida fa la r com humildade e paciência, não
em punição”. O interesse do irmão de com p a la v ra s á sp eras nem ta g a re ­
Jesus é nos ensinar que não devemos lando sem parar. O fa la r constante
hospedar a ira em nossos corações, im pede que a pessoa seja cap az de
pois, normalmente, ela é desgovernada, o uvir. A sa b e d o ria nem se m p re é
pecaminosa e destruidora. A ira é obra te r algo a dizer; ela envolve o ouvir
da carne (Gl 5.19-21) e pode provocar c u id a d o sa m e n te , e re fle tir piedo-
reações terríveis àqueles que por ela s a m e n te , e o f a la r m a n s a m e n te .
são dominados. Não é por acaso que Quando fa lam o s dem ais e ouvim os
ele diz que “a raiva humana não produz pouco, m o stra m o s ao s o utros que
o que Deus aprova” (Tg 1.20). pensam os que as nossas idéias são
m uito m a is im p o rta n te s do que as
deles. Tiago nos ad verte sa b iam e n ­
te para reverterm o s este processo.”
II-A U XÍLIO DEV0CI0NAL
(Comentário do Novo Testamento
"A expressão 'seja pronto para ouvir’ Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de
é uma bela maneira de traduzir a ideia Janeiro: CPAD, 2010, p. 667).
III-J A M A IS DESPREZE ALGUÉM sociais que eram aceitas normalmente
0 texto de Tiago 2.1-13 é uma das pela maioria esmagadora da sociedade.
declarações mais contundentes sobre o Naquela época, agir com hum ildade
combate à discriminação social na Bíblia. era manifestação de fraqueza, não de
Nele, o pastor de Jerusalém é categórico virtude; e fazer distinção de pessoas por
ao dizer que quem crê em Jesus Cristo aparência ou por condições físicas ou
não pode tratar as pessoas de modo socioeconômicas era visto como algo
diferente por causa da aparência física absolutam ente natural. Logo, a men­
ou da condição financeira (Tg 2.1,9). sagem cristã, ao ser proclamada, teria
A fim de revelar tam anha incoerên­ um impacto enorme na sociedade de
cia e gravidade, Tiago dá vida ao seu então, porque ela batia fortem ente de
argumento utilizando como exemplo frente com toda essa cultura, ao pregar
uma visita de dois homens à reunião a humildade, o perdão, a misericórdia,
da congregação: um rico (com anéis de a igualdade entre os seres hum anos
ouro e bem-vestido) e um pobre (vestin­ etc. O C ristia n ism o nivela to d as as
do roupas velhas), os quais, ao serem pessoas, e o faz inicialm ente com a
abordados, são tratado s de m aneira afirm a çã o de que ‘todos p ecaram e
diferente. O homem rico é favorecido e destituídos estão da glória de Deus'
recebe um tratamento honroso e o pobre (Rm 3 .23). A lém disso, ele tam bém
é desprezado (Tg 2.1-4). Tal prática não ordena que am em os o nosso próximo
é aceitável entre os cristãos. De acordo incondicionalmente, independente de
com o autor, quem pratica a acepção de sua condição social, econômica, física
pessoas não vive de fato uma vida de pie­ etc (Lv 19.18; Mt 22.39). Aliás, se hoje
dade, mas uma farsa religiosa (Tg 2.8,9). há menos discriminação do que houve
Desprezar e discriminar alguém por sua no passado, isso se deve à influência
cor, nacionalidade, condição econômica, do Cristianism o na história.” (DANIEL,
estado de saúde ou idade é errado. Isso é Silas & COELHO, Alexandre. Fé e Obras:
pecado. Agir com favoritismo ou acepção ensinos de Tiago para uma vida
de pessoas são atitudes incompatíveis cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD,
com a fé em Cristo. O Mestre nunca julgou 2014, p. 72).
pessoas por causa da cor de pele, posição
social ou aparência física (Mt 22.16). Pelo CONCLUSÃO
contrário, Ele nos ensinou que devemos Como cristão s devem os aprender
tratar os outros como gostaríamos de a ouvir atentam ente e fa la r respeito­
ser tratados (Mt 7.12) e amá-los como sam ente com os nossos se m e lh a n ­
a nós mesmos (Mt 22.39; Tg 2.8). tes; é nosso p ap el a m á-lo s com o a
nós mesmos. Nosso com portam ento
^ 7IhAUXÍLIO TEOLÓGJCSL^ precisa confirm ar nossa fé em Cristo.
A form a como falam os e como tra ta ­
“O mundo, na época de Tiago, era mos o próximo deve reafirm ar o nosso
caracterizado por profundas divisões testemunho.
VAMOS PRATICAR
1. Encontre as seguintes palavras: FAVORITISMO, OUVIR, DESPREZAR, AMOR, FÉ

2. Marque com “X” a alternativa correta de acordo com a lição:

' ( ) O autor da Carta foi Tiago, filho de Zebedeu.

I ( ) Precisam os fa lar mais e ouvir menos.


3 ( ) Devemos sentir raiva todos os dias.

á (x ) Devemos obedecer os pais.

Pense Nisso
Aprender a ouvir e a fa lar respeito­
sam ente é um exercício que todos os
cristãos devem praticar, pois somente
assim seremos capazes de usar nossas
palavras com sabedoria para edificar
as pessoas. Pense: você precisa m e­
lhorar seu jeito de falar? Se sim, como
você pode fazer isso?
^ APRENDENDO COM '
■ f l CftRTA DE TIAGO ,,

LEITURA BÍBLICA
Devocional
Tiago 2.14-26
Segunda » 1 Jo 3.16-18

T e r ç a » T t2.11-14
- u
Quarta » Pv 15.1-4
A MENSAGEM
Portanto, a fé é assim:
se não vier acompanhada de ações, < Quinta » Pv 12.18

Sexta » 1 Sm 15.22
é coisa morta. X
Tiago 2.17 Sábado » 1 Pe 5.6-10 X
X X
» - A X
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼

▼▼▼
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼
▼▼▼ O bjetivos
▼ ▼ ▼

> ENSINAR que a fé p re cisa se r


traduzida em ações concretas,

> DESTACAR a im p o rtâ n c ia do


autocontrole na fala;

ESTIMULAR, o relacionam ento


com Deus.

Ei P ro fesso r!
Em seu livro “Uma pedagogia P o n to d e P a rtid a
para a educação cristã”, o pastor, Inicie a aula com uma oração. Em
pedagogo e teólogo pentecostal seguida, recapitule a lição anterior,
César Moisés diz que a “educação só relembrando para a turma os aspectos
acontece com intencionalidade. Ela
gerais da Carta de l iago.
pode até se processar em espaços D urante a exposição do prim eiro
diversificados, mas nunca desprovida tópico, apresente a questão da im ­
de objetivos. Jesus assim ensinava e, portância do cristão ter uma prática
se alguém quiser admirar-se ainda coerente com a sua fé. Abra um diálogo
mais, até Ele passou pela experiên­ respeitoso sobre o tema e peça que os
cia de ensinar e não obter êxito na adolescentes compartilhem suas opi­
atividade (Mt 15.16; Jo 8.27; 10.6; niões. Incentive a participação de todos
12.16). Por isso, achar que estamos e tenha sensibilidade para equilibrar
tendo sucesso e alcançando os alvos as participações, ou seja. permitir que
da Educação Cristã simplesmente todos (extrovertidos e introvertidos)
por lidar com a Palavra de Deus é um participem. Guie a conversa com s a ­
simplismo que já não pode mais iludir
bedoria e prudência.
os educadores cristãos”. Prepare-se
para a aula!
Paulo esclarece a relação entre salva­
Vam os D escobrir ção e obras afirmando que a salvação
Na lição de hoje tratarem os de três não é resultado de nossos esforços,
grandes desafios da fé cristã: a fé que se m a s que D eus nos "criou p ara que
manifesta através das obras, o controle fizéssem os as boas obras que ele já
necessário da língua e a importância de havia preparado para nós” (E f 2.9,10).
nos relacionarm os com Deus. Você já Nesse sentido, Tiago está dizendo que a
experimentou dificuldades em algumas fé se revela através de nossos atos; ou seja,
dessas áreas? a fé que dizemos ter é a fé que devemos
Hoje você terá a oportunidade de demonstrar no dia a dia. O apóstolo utiliza
com partilhar sua experiência com os dois exemplos do Antigo Testam ento
demais alunos na sala. Lembre-se de para fundam entar seu ensinam ento:
que com partilhar o que Deus está fa ­ Abraão e Raabe (Tg 2.21-25). Ambos de­
zendo em sua vida pode encorajar seus monstraram sua fé através de atitudes
amigos a manterem-se fiéis a Deus. concretas diante dos desafios da vida.
Abraão evidenciou sua fé entregando
Hora de A p ren d er seu filho em sacrifício a Deus (Gn 15.6,
22.1-3): Raabe provou sua fé abrigando
I-EXPRESSANDO A FÉ os espias em sua casa (Js 2.4-14); ele
EM AÇÕES colocou sua herança a serviço de Deus
Você já imaginou um forno que não e ela pôs a vida em risco por causa
assa ou um tempero que não tempera? de Deus. Porém, os dois fizeram suas
Ou ainda um celular que não faz ou re­ escolhas por causa da fé que tinham
cebe ligações e que não tem acesso às no Deus verdadeiro.
redes sociais? Assim também é a fé que Faça uma autoavaliação: o seu com­
não produz qualquer tipo de evidência portamento condiz com sua fé em Cris­
to? Algo precisa ser mudado? Permita
concreta. Para Tiago, um a fé apenas
que sua fé seja evidenciada atra vé s
intelectual, que mexe com a mente, mas
de obras concretas na sua vida diária,
não produz frutos, isto é, que não gera
através de suas palavras, escolhas e
novas ações e escolhas, que não produz
amizades. Viva para glória de Deus!
transformações nas relações, é uma fé
improdutiva, sem valor, morta (Tg 2.17).
Precisam os fazer algo m ais do que
I-A U X ÍLIO DEV0CI0NAL
dizer que cremos em Jesus. A verdadeira
fé em Cristo com binará, n e ce ssaria­ “O homem é justificado pelas obras e
mente, confiança profunda em Deus e não somente pela fé. Muitos disseram
frutos perceptíveis na vida do cristão. que esta declaração contradiz a opinião
As obras funcionam como uma prova de Paulo, que escreveu: 'O homem é
visível da nossa salvação (Mt 25.34-40) justificado pela fé, sem as obras da lei’
e quando feitas com a motivação certa, (Rm 3.28). Na verdade, se tanto Tiago
glorificam ao Pai celestial (Mt 5.16). como Paulo tivessem usado a palavra
‘j ustificado ’ da m esm a m aneira, este e um pequeno leme é usado para dar X
versículo contradiría o ensino de Paulo direção a uma grande embarcação, assim
sobre a justificação somente pela fé. também é a língua para a vida humana.
Mas, para Tiago ser justificado’ refere-se Quando controlada, a vida é dirigida
ao veredicto final de Deus sobre toda a para um fim proveitoso. Porém, quando
nossa vida cristã, segundo o qual somos descontrolada, então, algo destrutivo
declaradosjustos por termos vivido uma pode acontecer. Através da forma como
vida que foi fiel até o final. Para Paulo, falamos, nós influenciamos e/ou somos
ser ‘j ustificado’ refere-se à concessão conduzidos por nossos amigos, familiares
inicial da justiça depois que uma pes­ e irmãos para o bem ou para o mal. A
soa aceita Cristo. Para Tiago, ‘obras’ mensagem bíblica é clara: controle sua
(aquilo que fazemos) são os produtos língua ou você será controlado por ela.
naturais da fé verdadeira; para Paulo, 2. A língua como fogo e veneno
obra’ (obedecer à lei) é aquilo que as
(Tg 3.6-8):
pessoas estão tentando fazer para ser
Da mesma forma que uma pequena
salvas. Para Tiago, a fé sozinha é uma
ch am a pode incendiar um a grande
crença su p e rficia l em um conceito;
floresta e apenas um pouco de veneno
não há nenhum com prom etim ento
pode levar à morte, assim é a língua
ou transform ação de vida. Para Paulo,
quando desgovernada; ela é capaz de
a fé é a fé salvadora - a fé que propicia
um a união íntim a com Cristo e que gerar destruição por onde passa. Já
resulta na salvação e na obediência.” observou como uma pequena fofoca
(Comentário do Novo Testamento pode desestruturar relações saudáveis?
Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de Cuidado com a língua; não permita que
Janeiro: CPAD, 2010, p. 676). ela seja utilizada para propagar ódio,
preconceito, calúnia, inveja ou qualquer
outro pecado.
II-C O M O SE COMUNICAR 3. A língua como fonte e árvore
COM SABEDORIA? (Tg 3.9-12):
Um dos temas abordados por Tiago é
Tanto a fonte de ág uas, quanto a
a sabedoria no falar. Para tal, precisamos
árvo re fru tífe ra são ab en ço ad o ras.
aprender a controlar a nossa própria língua
Como água ao sedento e fruto ao fa ­
(Tg 1.26). Afinal de contas, quem nunca
minto, assim é a palavra apropriada,
foi vítima ou vilão do impacto desastroso
com partilhada na hora certa. Você já
de uma palavra dita na hora errada ou da
recebeu uma palavra ou um conselho
forma errada? Para ensinar sobre esse
abençoado? Você tam bém pode ser
tema, Tiago faz algumas comparações:
usado por Deus dessa maneira.
1. A língua como freio e leme Não é por acaso que a Bíbliz diz: “o
(Tg 3.3-5): que você diz pode sa lva r ou destruir
Como um freio é utilizado para con­ uma vida; portanto, use bem as suas
trolar um anim al selvagem e perigoso palavras’’ (Pv 18.21).
(DANIEL Silas & COELHO, Alexandre. Fé
e Obras: Ensinos de Tiago para uma
Oque determ ina se vida cristã autêntica. Rio de Janeiro;
CPAD, 2014, pp. 99-100).
a língua será canal
do m al ou do bem é
o estado do coração . III-ATITUDES DE
ADOLESCENTES VITORIOSOS
99 A Carta de Tiago diz que “quem quiser
ser amigo do mundo se torna inimigo
de Deus” (Tg 4.4). Ele tam bém aponta
AUXÍLIO T E O L Ó G J Ç ^ ^ que, caso estejamos dispostos ser ver­
dadeiros amigos de Deus, precisamos
"Tiago está falando aqui da língua como nos comprometer com 4 atitudes:
um fogo que tem o poder de colocar em • Subm eter-se a Deus (Tg 4.7), reco­
chamas, no sentido de destruição, todo nhecendo sua autoridade. Nada e
o curso da existência de uma pessoa - '... nem ninguém pode assum ir o trono
inflama o curso da natureza...' (Tg 3.6b) que pertence a Deus em sua vida.
-, porém, a Bíblia fala de um fogo santo, • Resistir ao Diabo (Tg 4.7). O prin­
que incendeia positivamente nossa fala cipal objetivo do Inimigo é sep arar
(Lc 3.16; At 2.2,3; 1 Ts 5.19), purificando-a, você de Deus. Não se esqueça de
santificando-a, restaurando-a e tornando- que e le é m e n tiro so (Jo 8 .4 4 ) e
-a canal de bênçãos Aliás, o próprio Tiago enganad or (2 Co 11.14). Resista à
afirma que da língua pode proceder tanto S a ta n á s e diga NÃO às su as pro­
a bênção quanto a maldição (no sentido postas enganosas e pecam inosas.
de falar o bem e bendizer, e de fa lar o • Aproximar-se de Deus (Tg 4.8). Busque
m al e maldizer), e adverte seus leitores a a Deus de todas as m an eiras que
não viverem nessa inconstância, mas a
você pode.
terem suas línguas apenas como canais • Humilhar-se perante Deus (Tg 4.10).
de bênção (Tg 3.9,10), Ora, somente o Admita sua dependência plena dEle.
Espírito Santo pode fazer isso, porque Ele
vai até o centro do problema: o coração
humano. Lembremos que ‘língua’ é uma
expressão que se refere à linguagem, à fàla,
uma vez que a língua é apenas um veículo “Fiquem tristes, gritem e chorem.
que expressa uma realidade interior, uma Mudem as suas risadas em choro e a
realidade que se encontra na mente, no sua alegria em tristeza. Humilhem-se
coração do ser humano. O que determina diante do Senhor, e ele os colocará numa
se a língua será canal do m al ou do bem posição de honra” (Tg 4.9,10).
é o estado do coração da pessoa [_] tudo "Nesses dois versículos (Tg 4.9-10),
é uma questão de ter a nossa vontade, Tiago retorna ao tema dos versículos 6-7.
o nosso coração, controlados por Deus." Aquele que vai ao encontro de Deus deve
vir com o coração arrependido e humilde.
A exortação 'Senti as vossas misérias, e
lamentai, e chorai’ (v.9), mostra a atitude
ii
Quem quiser se r
correta em relação à infidelidade pas­
sada. Não é pecado ter um bom humor.
am igo ao m undo
O riso ao qual Tiago se refere era o riso se torna inimigo
impróprio e a folia do amigo do mundo, de Deus.
a diversão do tolo’. Ele tem em mente o
am ante do prazer de 5.5. Todas essas
pessoas deveriam transformar sua folia
em pranto. A palavra tristeza (katepheia) cristão ” (Comentário Bíblico Beacon:
denota um olhar deprimente e triste. 0 Hebreus a apocalipse. Volume 10. Rio
autor conclama os 'pecadores a adotar de Janeiro: CPAD, 2006, p.185).
a atitude do publicano. Ao publicano só
restava confessar que era um pecador.
Ele nem ao menos ousou levantar os CONCLUSÃO
olhos para o céu (Lc 18.13). Acerca da M ostrar a fé através das obras é o
pessoa de animo duplo’ Tasker escreve: com prom isso básico de todo cristão.
‘Enquanto [...] o pecado estiver ativo na U m a vida sob o controle do Espírito
vida do crente e estiver operando a sua S a n to tem fru to s no fa la r, no a g ir
destruição na vida de outras pessoas, e nos relacio n am en to s. Lem bre-se:
o pranto de penitência [...] deve estar você é s a l da te rra e luz do mundo
entre os sentimentos mais profundos do (M t 5.13,14).

1. Como você entende o versículo de Tiago 2.17?


Resposta pessoal.________________________

2. Segundo a lição, quais as comparações feitas pelo apóstolo Tiago para


ensinar sobre a língua?
Ele comparou a língua com freio, leme, fogo, veneno, com uma fonte e uma árvore.

3. Quais as quatro atitudes, listadas na lição, com as quais precisamos nos


comprometer para sermos verdadeiros amigos de Deus?
Submeter-se a Deus, resistir ao Diabo, aproximar-se de Deus e humilhar-se
perante Deus.________________________________________________
m in h a s id é ia s

Pense Nisso
Aprender a ouvir e a falar respeito­
samente é um exercício que todos os
cristãos devem praticar, pois somente
assim seremos capazes de usar nossas
palavras com sabedoria para edificar
as pessoas. Pense: você precisa m e­
lhorar seu jeito de falar? Se sim, como
você pode fazer isso?
VAMOS CONHECER ^
I A 1a- CARTA DE PEDRO ,

LEITURA BÍBLICA
1 Pedro 1.6-9,13-16
Devocional
Segunda » Lc 5.10

Terça » 1 Pe 1.1,2
A MENSAGEM
[...] Quero animá-los e dar o meu Quarta » 2 Co 4.16-18
testemunho de que as bênçãos que
Quinta » 1 Ts 4.1-4
vocês têm recebido são uma prova
verdadeira da graça de Deus. S e x t a » M t 22.37-39
Continuem firmes, pois, nessa graça.
1 Pedro 5.12 Sábado » 1 Pe 4.6-11
X <
▼Y ▼
Y Y Y
Y Y Y
Y Y Y
Y Y Y
O bjetivos Y Y Y
Y Y Y

MOSTRAR uma visão panorâmica


da Primeira Carta de Pedro;

^ REFLETIR sobre as provações da


vida cristã;

& INCENTIVAR uma vida de santi­


dade ao Senhor.

XX
K
Ei P rofesso r! <
P on to d e P a rtid a
K
Segundo o Comentário do Novo
Querido(a) professor(a), a educação
Testam ento - Aplicação Pessoal
cristã não é apenas m emorização de
(vol. 2) “vivemos em uma sociedade
fatos e textos bíblicos. Pelo contrário,
não-cristã, repleta de pressões e
tem a ver com discip ulado , com a
tentações que ameaçam nos colocar
arte de seguir a Jesus e ajudar outras
em conformidade com os valores e |
pessoas a fazerem o mesmo. Desta
o modo de vida do mundo. Em lugar
maneira, o nosso papel como educa­
de desistir, nós devemos ser santos,
dores cristãos é altamente significativo
destacando-nos em meio à multidão
e envolve tanto conhecimento, quanto
por causa do nosso amor, humildade
prática. É preciso ter uma experiência
e disciplina - as evidências do nosso
de conversão a Je su s e cam inhada
forte comprometimento com Cristo. E
com Ele, para aju d ar os outros nas
nós devemos estar sempre preparados
para explicar a nossa fé (3.15), levando su a s p ró p rias e xp e riê n cias. Sendo
assim, ja m a is permita que Jesus seja
a fam ília, os am igos, os colegas de
apenas um conteúdo teórico para voce,
trabalho e os vizinhos a Cristo (p.701).
caso contrário, ja m a is poderá ajudar
Medite nessas palavras e conduza sua
seus alunos a seguirem o M estre da
vida e ministério de acordo com esses
maneira correta. Deus lhe abençoe!
preciosos conselhos.

X
XXX
baixo pelo imperador romano Nero, no X X
Vam os D escobrir fim da década de 60. ^
Hoje aprofundaremos dois importan­ 2. Para quem a Carta foi escrita?
tes assuntos relacionados à fé cristã: a
Essa Carta foi escrita "ao povo de Deus
realidade das provações e a necessidade
que vive espalhado nas províncias do
da santidade. Você já sofreu alguma pro­
Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”
vação difícil de ser superada? E quanto
(1 Pe 1.1). Essas igrejas eram formadas
à santidade, já se viu em situações nas
por judeus e gentios (não judeus) conver­
quais você precisou se posicionar como
tidos a Cristo. Entretanto, em função das
um cristão? Compartilhe sua experiência
citações que o apóstolo faz da vida antiga
com a turma. Vamos ver o que o apóstolo
de seus destinatários, acredita-se que
Pedro tem a nos ensinar sobre esses te­ eram de maioria gentílica (1 Pe 1.14,18;
mas tão necessários a todos os cristãos. 2.10; 4.2-4). Essa Carta tam bém pode
ter sido uma Carta circular, ou seja, que
Hora De A p ren d er foi Lida para diversas igrejas, em locais
I-ABRINDO A PRIMEIRA diferentes. Podemos afirmar e reivindicar
sua atualidade e relevância aos cristãos
CARTA DE PEDRO
verdadeiros de todas as épocas.
1. Você sabe quem escreveu essa 3. Afinal de contas, por que essa
Carta? Carta foi escrita?
O autor da Carta é “Pedro, apóstolo de O apóstolo Pedro, provavelm ente,
Jesus Cristo” (1 Pe 1.1). Ele é o mesmo escreveu essa Carta em Roma, entre
Simão Pedro, irmão de André, o qual em 60 e 63 d.C. Seu propósito era oferecer
uma ocasião foi chamado por Jesus de incentivo, esperança e fortalecimento aos
“Cefas” (Jo 1.40-44). Ele era pescador, irmãos que estavam enfrentando e/ou
por profissão, e Je su s o transform ou enfrentariam algum tipo de sofrimento
num "pescador de gente” (Lc 5.10), por (1 Pe 1.6, 4.12, 5.12). Tais sofrimentos
vocação. Era casado (Lc 4.38,39) e foi um eram causados por acusações caluniosas
dos primeiros discípulos a ser chamado e perseguições promovidas por grupos
por Jesus (Mt 4.18-20). civis ou pelo próprio império romano.
Em sua cam inhada como discípu­ Em resposta ao cham ado de Jesus,
lo do M estre, Pedro negou a Je su s registrado em João 21.15-17, o pastor
três vezes (Mc 14.66-72). Porém, foi Pedro dem onstra todo seu cuidado
perdoado e reintegrado pelo Senhor orientando esses irmãos a permanece­
(Jo 2 1.1 5-1 9 ), dedicando o resto de rem firm es na fé e tom arem o Senhor
sua vida como apóstolo e missionário, Jesus como o modelo de fidelidade ao
conforme é possível observar em Atos Pai, mesmo em meio aos sofrimentos
dos Apóstolos (At 1.13; 2.14; 3.1,6-9; injustos da vida (1 Pe 2.18-25), sabendo
4.8,23; 8.14,15,17). A tradição da igreja que todos os cristãos são “estrangeiros de
diz que ele foi crucificado de cabeça para passagem por este mundo” (1 Pe 2.11).
II-A S PROVAÇÕES
T auxílio didáticj^ ^ DA CAMINHADA CRISTÃ
“Pedro dirige suas cartas aos ‘eleitos Os destinatários dessa Carta certa­
de Deus... estrang eiros dispersos' no mente estavam sofrendo algum tipo de
m undo. A p a la v ra tra d u zid a com o perseguição. Considerando as aflições
estrangeiros’ significa sim plesm ente da vida enfrentadas pelo povo de Deus,
‘a q u e le s que p e rm a n e ce m alg u m Pedro ensina a cerca de alguns aspectos
tempo em um lugar estranho’ (BAGD, das provações:
625). Esta palavra é empregada tanto • Elas são múltiplas - “muitos tipos de
p ara descrever A b raão (Gn 23.4; Hb provações" (1 Pe 1.6). As provações
1 1 .1 3 ) com o os c ristã o s (1 Pe 1.1; podem vir em form a de acusações,
2 .1 1 ). A a u d iê n c ia de Ped ro e stá deboches, agressões verbais ou físicas,
‘d is p e rsa ’ n a s p ro vín cia s ro m a n a s calúnias, seduções etc. Devemos estar
de 'Ponto, G a lá c ia , C apadó cia, Ásia atentos e preparados para não cairmos
e B itín ia ’ - um a região a tu a lm e n te nas ciladas do nosso Adversário, que
com preendida pela Turquia c en tra l usa pessoas e coisas para nos tentar
e ocidental. Pouco se sabe a respeito e seduzir. Independente da variedade
da evangelização d essas províncias. de provações que possam vir sobre
Os peregrinos convertidos no dia de nós, Deus tem graça suficiente para
Pentecostes podem ter sido os primei­ suprir nossas necessidades e nos fazer
ros a levar o evangelho à Capadócia, vencê-las (1 Jo 4.9,10).
ao Po nto e à Á s ia (A t 2 .9 - 1 1 ). De • Elas causam tristeza - “é possível que
alg u m a m aneira, m ais tard e, Paulo vocês fiquem tristes” (1 Pe 1.6). Não
e seus com panheiros evangelizaram há nenhum problema em ficar triste
a G a lá cia e a Á sia (At 1 3-1 4 ; 19; Cl e chorar em função de uma dolorosa
1.7). F in a lm e n te , Paulo com unicou provação, o que não devemos é desa­
ao s ro m a n o s; ‘D e sd e Je ru s a lé m e nimar e abandonar a fé em Cristo por
arredores até ao llírico, tenho prega­ causa dela (Rm 12.12), pois há uma
do o evangelho de Je su s C risto ’ (Rm esperança viva nos aguardando (1 Pe
15.19). A p artir d essas inform ações 1.3-5), uma glória eterna preparada
fic a evid e n te que m u ito s an o s a n ­ para nós (Rm 8.18).
te s de Pedro e scre ve r sua c a rta às • Elas não duram para sempre - “por
igrejas e sp alh ad a s p elas províncias algum tempo" (1 Pe 1.6). Salomão já
ro m anas, o evangelho já havia sido dizia que “tudo neste mundo tem o
estrategicam ente dissem inado pelas seu tempo” (Ec 3.1). As provações são
províncias do setor o riental do Impé­ passageiras, Deus não as permitirá
rio Romano." (ARRINGTON, French L. para sempre, por isso devem os ser
& STRONSTAD, Roger. Comentário pacientes (2 Co 4.16-18).
Bíblico Pentecostal - Novo Testa­ • Elas cumprem um propósito - “são
mento. 4 a ed. Rio de Jan e iro : CPAD, para mostrar que a fé que vocês têm
2 0 0 6 , p p .16 9 6-1 6 97 ). é verdadeira"(1 Pe 1.7). Devemos en-
carar as provações como um processo das pessoas ao redor deles; m as eles,
de purificação que nos Limpa e nos depois da conversão, não praticavam
prepara para a vinda de Jesus Cristo; mais essas coisas e, por isso, seus perse­
Elas nos ensinam a paciência e nos guidores 'acham estranho não correrdes
aperfeiçoam (2 Co 12.7-9) com eles no mesmo desenfreamento
A causa do sofrimento desses cristãos de dissolução, blasfem ando de vós’
não era um crime cometido ou algum (4.4). O segundo fator é sugerido pelo
comportamento duvidoso. Eles estavam mesmo texto: as relações sociais deles
sendo criticados publicamente e perse­ mudaram. O comportamento descrito
guidos por causa da fé que abraçaram, no versículo precedente era o funda­
pela nova vida que escolheram viver, mento com um com partilhado entre
ou seja, por causa da fidelidade a Jesus eles antes. Esse com portam ento era
Cristo. ELes perseveraram e nós também não só o fundam ento so cial comum,
devemos nos mantermos fiéis ao Senhor, m as tam bém o fundamento religioso
independente do que isso possa custar. comum, pois algumas dessas práticas
Pode acontecer de passarmos por situ­ eram expressas nas atividades religiosas
ações difícieis ou de pressão social, mas locais. A mudança no comportamento
devemos nos manter firmes na nossa fé. ético e a consequente m udança nas
relações so ciais seriam vistas como
rebelião contra a harm o nia so cia l.”
(MCKNIGHT, Scot & OSBORNE, Grant
R.. Faces do Novo Testamento: um
"A evidência indica que a situação
exame das pesquisas recentes. Rio
social que esses cristãos enfrentavam
de Janeiro: CPAD, 2018, p.406).
não era de perseguição romana oficial,
mas, antes, blasfêmia e abuso verbal cuja
intenção era humilhá-los e desacreditá-
-los (com a possibilidade de abuso físico
III-U M A VIDA QUE AGRADA
nos relacionamentos sociais da família). ADEUS
Aparentemente, dois fatores levaram Como filhos de Deus desejamos agra­
a esse abuso. Primeiro, parece que o dá-lo em tudo. Temos plena consciência
comportamento ético desses cristãos de no ssas fra g ilid ad e s e lim itaçõ es
tinha mudado. Eles estavam sofrendo pessoais, mas não devemos nos apoiar
‘por am or da justiça' (1 Pe 3.14) e por nelas como desculpa para viverm os
‘fazer o bem' (3.17). Seus perseguidores uma vida incompatível com a salvação
falam mal de seu 'bom procedimento em recebida.
Cristo’ (3.16; cf. 2.12,19-20; 3.6; 4.4,15- Pelo contrário, o apóstolo Pedro diz
16). Na passagem em 1 Pe 4.3-4, há que aqueles que am am e andam com
informação que ajuda a esclarecer essa Deus são obedientes e não se deixam
mudança: esses cristãos, antes de sua d o m in ar pelos desejos que tinham
conversão, tinham um comportamento an tes da conversão (1 Pe 1.14; 4.2).
que era aceito e praticado por muitas Como salvos, som os novas criaturas
(2 Co 5.17) temos um novo coração (Ez insensível e cruel, sendo ofendida porque
36.26), uma nova maneira de pensar se identificava com Cristo e pressionada
(Rm 12.2) e consequentem ente, uma para viver conforme o estilo pecaminoso
nova vida (Ef 4.25-32). de seus pares. Por um lado, precisavam
Pedro nos convoca a ser santos em livrar-se da malícia, engano, hipocrisia,
tudo o que fizermos, pois a santidade é inveja e calúnia (1 Pe 2.1); isto é, tinham
uma característica requerida dos filhos que se abster dos desejos pecaminosos
de Deus (1 Pe 1.15,16). Ser santo é mais (2.11). Por outro lado, deveriam abandonar
do que fazer ou deixar de fazer algo. os pecados de seu passado pagão: 'dis­
Santidade tem a ver com a consagração soluções, concupiscências, borracheiras,
de toda nossa vida a Deus (1 Ts 4.1-3) e glutonarias, bebedices e abomináveis
com o compromisso de am á-lo acima idolatrias’ (4.15). A fim de cum prir os
de todas as coisas (Mt 22.37), vivendo requisitos de uma vida de santidade, os
para sua glória e seu louvor. Afinal de leitores de Pedro deveriam estar prepara­
contas, um alto preço foi pago para dos para praticar o domínio próprio (1.13),
nossa salvação (1 Pe 1.18,19). contrariar desejos pecaminosos (1.14),
O Deus que nos salvou e nos sa n ­ obedecer à ordem divina ‘sede santos’
tificou espera que am em os uns aos (1.16) e agir como santos sacerdotes
outros (1 Pe 3.8; 4.8), pratiquem os o de uma nação santa (2.5,9). Uma vida
bem (1 Pe 3.11) e vivam os uma vida de santidade estava ao alcance desses
que o agrade em tudo (1 Pe 4.10,11; sitiados cristãos, porque haviam sido
1 Co 10.31). Sejam os santos, porque escolhidos em ‘santificação do Espírito’
Ele é santo! (1.2) e porque a santidade de Deus era
Seja nas redes sociais ou dentro de a base da santid ad e de seu próprio
casa, na reunião dos jovens da igreja povo (1.16)’’ (ARRINGTON, French L. &
lo ca l ou sa la de a u la, todos som os STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico
chamados para ser sal da terra e luz do Pentecostal - Novo Testamento. 4 a
mundo (Mt 5.13,14) e devemos estar ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1695).
a le rta s e vig ila n te s porque o nosso
inimigo “an da por a í como um leão CONCLUSÃO
que ruge, procurando alguém para
Todo cristão, em algum momento
devorar” (1 Pe 5.8).
da vida, será desafiado a m anifestar
sua fé publicamente diante das adver-
/ / / - AUXILIO TEOLOGICi sidades da vida. Isso pode ocorrer em
um a situação individual ou coletiva.
“Dentre os muitos leitores de Pedro, Ind ependentem ente, m a n te n h a -se
alguns haviam abandonado ou estavam fie l a Je su s Cristo e viva de m aneira
prestes a abandonar a vida santificada, que o Senhor seja glorificado em cada
pelo fato de ser uma minoria em relação palavra, pensamento e atitude que você
às estruturas sociais e de poder vigentes, tenha. Continue olhando para Jesus e
que vivia em uma cultura muitas vezes não desanime da caminhada.
VAMOS PRATICAR

1. Por quais outros nomes Pedro era chamado quando era um discípulo de Jesus?
Ele também era chamado de Simão e de Cefas._______________________

2. Qual era a profissão original do apóstolo Pedro?


Ele era um pescador.___________________________________________

3. Relacione o versículo e a referência bíblica corretamente:

(A) “Afaste-se do m al e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la.”

(B) "Porque as Escrituras Sagradas dizem: 'Sejam santos porque eu sou santo’.”

(C) "Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja
e críticas injustas.”

(D) "Acima de tudo, am em sinceram ente uns aos outros, pois o am or perdoa
muitos pecados.”

(D ) 1 Pe 4.8

(A ) 1 Pe 3.11

( B ) l P e 1.16

( C ) 1 Pe 2.1

Pense Nisso
A santidade é um processo im por­
tante e necessário a todo cristão. Esse
processo começa no dia em que acei­
tam os a Cristo e deve progredir até o
dia em que iremos morar no Céu.
Devemos continuar vivendo de manei­
ra santa e dedicada a Deus, permitindo
que o Espírito Santo produza frutos de
santidade em e através de nós.
* VAMOS APRENDER ^
M COM A 2a CARTA DE PEDRO ,
LEITURA BÍBLICA ••••
2 Pedro 1.3-11; 3.11-15
Devocional ••••
••••
• •• •
Segunda » M t 24.4,5 • •• •
• •• •
• •• •
- u ---------------------------- Terça » J d 1-3
••••
••••
•••«
A MENSAGEM
Quarta » 1 Ts 5.1,2
Que a graça e a paz estejam com
vocês e aumentem cada vez mais, por Quinta » 1 Tm 6.3-5
meio do conhecimento que vocês têm
de Deus e de Jesus, o nosso Senhor! S e x t a » E f 4.11-16
2 Pedro 1.2
X
Sábado » 2 Pe 3.18 X
99-
X <

-----------------------------
Objetivos
^ MOSTRAR uma visão panorâmica
da Segunda Carta de Pedro;

> REFLETIR sobre a prom essa da


volta de Jesus Cristo;

> DESTACAR a im p o rtâ n c ia do


crescimento espiritual

Ei P ro fesso r!
Querido (a) professor (a), de acordo
com o escritor Ja d e r Fagundes, em
seu livro “Manual Prático de Liderança
com Jovens”, da CPAD, "osjovens de
hoje, que estão entre 16 e 24 anos,
estão na Web; pelo m enos 90% da
população dessa idade acessa cerca
de 3h40 por dia, isso efetivam ente,
porque a p a rtir dos sm artp h o n e s
podemos estar on-line 24 horas ou
até quando durar a bateria .
Assim, os adolescentes estão cada
vez mais expostos aos falsos profes­
sores e seus ensinos, razão pela qual
você precisa ser presente e atuante
na vida dos seus alunos, Fique atento
ao que eles falam na sala de aula.
Direcione-os a boas leituras e a bons
conteúdos, inclusive nas redes sociais.
Boa aula!
kx
2. Para quem a Carta foi escrita?
Vam os D escobrir
A Carta é direcionada a pessoas que
A vinda de Cristo e a necessidade de “por causa da bondade do nosso Deus e
crescimento espiritual são tem as im ­ SaLvador Jesus Cristo, receberam uma fé
portantes a todos os discípulos de Jesus. tão preciosa” (2 Pe 1.1). Tal declaração
Por essa razão, na aula de hoje, teremos é abrangente e genérica, entretanto,
a oportunidade de, a partir da Segunda com a ajuda do capítulo terceiro desta
Carta de Pedro, aprofundarmos nosso Carta, onde o autor diz que "esta é a
conhecimento sobre esses assuntos. segunda carta que estou escrevendo
Afinal, a qualquer momento, Jesus a vocês” (2 Pe 3.1), som os Levados a
Cristo irá voltar para buscar sua Igreja conclusão de que os destinatários são
e temos de estar preparados. os mesmos da Primeira Carta.
3. Afinal de contas, por que a carta
Hora De A p ren d er
foi escrita?
I - UMA VISÃO PANORÂMICA Pedro escreveu essa Segunda Carta,
DA SEGUNDA CARTA DE PEDRO provavelmente de Roma, por volta de
66 a 68 d.C., pouco antes de sua morte
1.0 autor da Carta:
(2 Pe 1.14,15). Ela foi escrita devido a
Na saudação da C a rta , o autor se um problema interno na igreja local:
apresenta como “Sim ão Pedro, servo os falsos professores e seus ensinos.
e apóstolo de Jesus Cristo” (2 Pe 1.1). O apóstolo escreveu com a finalidade
Dessa forma, ele demonstra tanto sua de ale rta r os irm ãos e encorajá-los a
humildade ao se identificar como “servo”, crescerem na fé e no conhecimento de
quanto sua autoridade ao se qualificar Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
como "apóstolo” de Jesus.

XX
“Cuidado! Atenção! Perigos! Sinais
de ad ve rtê n cia ap arecem de todas
• •
as form as e tam anhos. Você os vê na
estrada, na TV, nos frascos de remédios
e de outros produtos. Os sin ais e os
boletins noticiários existem para nos
livrar de sermos feridos ou prejudicados.
Segunda Pedro é uma carta de adver­
tência - de um corajoso, experiente e
fiel seguidor de Cristo. Três anos antes,
Pedro e scre ve ra p ara e n c o ra ja r os
crentes que estavam sendo atacados
por causa de sua fé em Cristo. Um a
vez que a perseguição aum entava em são infiéis a Jesus, Pedro faz questão
Roma, o apóstolo Pedro sabia que o seu de d e stacar o cuidado de Deus com
tempo na terra logo term inaria - e de aqueles que lhe são fiéis, como foi o
fato, esta é a última carta que temos caso de Ló (2 Pe 2.7-9).
dele. Então Pedro escreveu para preve­ M as, não ap e n as isso; o apóstolo
nir os cristãos dos problemas que eles e nsin a que a su p o sta "dem ora" no
poderiam enfrentar, incluindo tornar-se cum prim ento da prom essa da vinda
preguiçosos na fé e dar ouvidos a falsos de Jesus Cristo não deve ser entendida
mestres. Hoje, ainda precisamos ouvir as como um atraso, como tam bém não é
advertências de Pedro. Então, enquanto motivo para descrédito na promessa.
Lê esta carta tão curta, pense em sua Os seguidores de Cristo precisam com­
vida e no que Deus está dizendo para preender que esse tempo de espera é
você fazer.” (Bíblia da Adolescente uma demonstração da paciência divina,
- Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: a fim de que ninguém se perca (2 Pe 3.9).
CPAD, 2008, p. 1547). Afinal de contas, a vontade de Deus é
que todos sejam salvos (1 Tm 2.3,4).
I I - O S FALSOS MESTRES Por essa razão, nós devemos inter­
E A VINDA DE CRISTO pretar o tem po pela p erspectiva de
Deus (2 Pe 3.8), pois seu dia virá como
Na época em que Pedro escreveu
um ladrão (2 Pe 3.10). Não podemos
essa Carta, alguns falsos mestres infil­
relaxar espiritualmente ou duvidar de
trados na igreja local, que rejeitavam
sua volta, m as precisam os estar pre­
os ensinam entos de Je su s (2 Pe 2.1),
parados ( v .ll) e cheios de expectativas
e sta v a m ensinando que a vo lta de
acerca do cumprimento da promessa
Cristo não o correría (2 Pe 3.4). Eles
(vv.12,13). Nosso papel é continuar sem
fingiam ser crentes, participando da
mancha e sem culpa (v.14) e rejeitando
adoração pública, porém, ensinavam
todo engano e imoralidade (v.17). Ao
mentiras e viviam de forma imoral (2 Pe
invés de ficarm os especulando o dia
2.3,10,14,18,19).
da volta de Jesus, devemos continuar
O apóstolo se opõe a eles dizendo
vivendo de maneira santa, aguardan­
que a negação da vinda de Cristo e a
do o bem -aventurado dia de serm os
imoralidade defendida por eles teriam
arrebatados (1 Tm 6.13-16) e levando
consequências severas. Pedro alerta
o Evangelho até aos confins da terra
que Deus os julgará, assim como ju l­
(Mt 24.14).
gou os anjos que pecaram (2 Pe 2.4),
a sociedade da época de Noé (v.5) e as
cidades de Sodoma e Gomorra (v.6). De II - AUXILIO TE0L0GIC
igual form a, esses falsos professores
sofreriam consequências por sua má “Uma das características dos falsos
conduta (vv.20-22). m estres que é mencionada repetidas
Além de inform ar que haverá c e r­ vezes é seu modo de vida imoral. Eles
tam en te um juízo para aqueles que justificam o seu comportamento com
XXX
X *
base na graça. 0 argumento é que uma de crescimento; essa é uma realidade
vez que o cristão foi liberto da Lei, ele tanto biológica quanto espiritual.
está livre para fazer o que desejar. Judas Pedro afirma que tudo o que precisa­
diz que isto é ‘converter’ (metatithentes, mos para o desenvolvimento de nossa
transformar, tornar em outra coisa; aqui vida cristã está em Deus. De maneira
com a clara conotação de ‘corromper’) que, todas as nossas carências e ausên­
a graça de Deus em algum a coisa que cias, podem e devem ser supridas no
ela não é - permissão para o pecado. Senhor, que coloca à nossa disposição
E para convencer da atitude de Deus um reservatório inesgotável de recursos
em relação à imoralidade, cada autor espirituais para nossa subsistência,
exam ina a história para descrever o missão e crescimento na fé (2 Pe 1.3,4).
julgam ento de Deus sobre Sodoma e O propósito de Deus é nos transformar
Gomorra para o mesmo tipo de pecado. à imagem do seu Filho, Jesus Cristo (Rm
É importante observar que uma boa 8.29; 2 Co 3.18). E, por isso, precisamos
parte da atração destes falsos mestres entender que todo crescimento, inclusive
está no fato de que os seus ensinamen­ o espiritual, exige tam bém esforço e
tos parecem validar o comportamento disciplina de nossa parte.
imoral. É falando ‘coisas arrogantes de O crescimento exigirá que façam os
vaidades, engodam com as concupis- todo o possível para desenvolvermos
cên cias da carne e com dissoluções virtudes como a fé, a bondade, o co­
aqueles que se estavam afastando dos nhecimento, o domínio próprio, a perse­
que andam em erro’ (2 Pe 2.18). O falso verança, a devoção a Deus, a amizade
doutor/m estre ap resen ta isto como cristã e o am o r (2 Pe 1.5-7). Pois ta l
liberdade, enquanto é, na verdade, o crescim ento resultará em um a vida
pior tipo de escravidão: a escravidão frutífera (v.8), com discernimento (v.9) e
de alg uém ao s seus in stin to s m ais firmeza (w.10,11). Ao invés de darmos
b ásico s, e o c a tive iro ao s pecados ouvidos à falsos mestres e pregações e
que rapidamente nos dominam (2 Pe ensinos mentirosos, somos desafiados
2.22-23,4.2-3)." (RICHARDS, Lawrence pelo apóstolo Pedro a crescerm os na
O. Comentário Histórico-Cultural graça e no conhecimento de nosso Se­
do Novo Testamento. Rio de Janeiro; nhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
CPAD, 2007, p. 531).

III-CRESCER É NOSSA VOCAÇÃO “Crescendo no conhecimento de Deus.


Crescer na fé deve ser um compro­ A salvação não depende de qualidades
misso de todos os cristãos. Ninguém positivas de caráter ou de boas obras;
pode ser criança a vida inteira. De igual na verdade, ela produz estas qualidades
modo, aq ueles que n asce ram na fé e obras. U m a pessoa que afirm e ser
devem crescer gradativamente. Afinal salva, enquanto não for transform ada
de contas, se há vida, há necessidade não compreenderá a fé ou o que Deus
fez por ela. A fé no Senhor Jesus Cristo
e o conhecimento dele, que levam ao
crescimento nestas qualidades, fazem
com que os crentes façam a diferença
Op o d e r de Cristo
no seu mundo e perseverem até o fim
m anifesta-se na
[...]. O poder de Cristo m anifesta-se na vida dos cristãos .
vida dos cristãos, pois este pode dá aos
crentes tudo o que diz respeito à vida
e piedade. O poder para crescer não
vem de dentro de nós, m as de Deus.
Por não term os os recursos para viver CONCLUSÃO
como Ele exige, Deus nos dá tudo de A Segunda Carta do apóstolo Pedro
que necessitamos para uma vida pie­ tem um a m ensagem poderosa para
dosa (para nos conservar afastados do nós: precisam os continuar crendo na
pecado e nos ajudar a viver para Ele).” volta de Jesus Cristo. Precisam os nos
(Comentário do Novo Testamento manter fiéis ao Evangelho do Mestre e
Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de continuar nos dedicando a crescer na
Janeiro: CPAD, 2010, p. 743). fé e no conhecimento de Deus.

1. Por que Pedro escreveu essa Segunda C a rta ?


Ela foi escrita para tratar de problemas internos: os falsos professores e seus
ensinos._____________________________________________________

2. O que Deus fará com os falsos m estres?


Deus osjulgará, assim comojulgou os anjos que pecaram, a sociedade da época
de Noé e as cidades de Sodoma e Gomorra.

3. Q ual motivo Pedro aponta para a aparente demora do cum prim ento da
promessa da volta de Jesu s?
Ele explica que esse tempo é uma demonstração da paciência divina, a fim de
que ninguém se perca, pois é da vontade de Deus que todos sejam salvos.

4. Segundo a lição, quais virtudes precisam os desenvolver para crescer es­


piritualm ente?
A fé, a bondade, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a devoção
a Deus, a amizade cristã e o amor.
MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
Cuidado para você não se tornar um
refém das mentiras dos falsos profes­
sores da internet. Eles a rra n c a m os
versículos da Bíblia do seu contexto e
pregam o que a Palavra nunca disse.
Precisamos de conhecimento da verdade,
discernimento e coragem para rejeitar
os falsos ensinamentos.
Devocional
Segunda » M c 12.29-34

-u Terça » M t 24.23,24

Quarta » 1 J o 2.1,2
A MENSAGEM
Eu escrevo essas coisas a vocês que Quinta » 2 Ts 2.3,4
creem no FiLho de Deus, para que
vocês saibam que têm a vida eterna,
1 João 5.13
Objetivos
MOSTRAR uma visão panorâmica
da Primeira Carta do apóstolo João;

APRESENTAR as m en tiras dos


falsos ensinadores;

INCENTIVAR os adolescentes a
am arem a Deus.

XX
Ei P ro fesso r!
P on to d e P a rtid a
0 autor desta carta era bem íntimo
Prezado professor, no momento da
de Jesus (Jo 21.20). Ele esteve com
o M estre em m om entos esp eciais
preparação da aula é importante que
você selecione um recurso didático
como no monte da transfiguração (Mt
(quadro, apresentação em Pow er­
17.1-13), na casa de Jairo (Lc 8.51), no
Point, grupos de debates, dramatiza­
Jardim do Getsêm ani (Mc 14.32,33),
no julgam ento e na crucificação (Jo ção, dinâmicas etc.) para estimular o
interesse, desenvolver a criatividade e
18.15,16; 19.26,27). Ele viu o túmulo
prender a atenção dos seus alunos no
vazio (Jo 20.1-8), o Cristo ressuscita­
conteúdo abordado. Pensando nisso,
do (Jo 20.19-28; 21.1-24) e, quando
sugerimos uma pesquisa na internet
Jesus subiu aos céus, estava com os
dem ais discípulos testem unhando
em busca de dinâmicas que tratem
do assunto estudado no tópico 3: Não
tam b é m esse fa to (At 1 .9 -1 1). Ele
escreveu também o quarto evangelho. amem o mundo, amem a Deus. Faça
algo simples, porém objetivo e impac-
Em am bos os livros, há uma ênfase
em tem as como amor, luz, verdade, tante, a fim de que eles extraiam uma
lição importante, aplicando-a às suas
testem unho e filiação, bem como o
uso de contraste entre luz e trevas, vidas. Boa aula!
verdade e mentira, am or e ódio, vida
XX

e morte.

xxT
XX
XX
anos de vida do apóstolo João foram
Vam os D escobrir vividos na cidade de Éfeso, é provável
Você já divulgou ou recebeu uma infor­ que seu público alvo fossem os cristãos
mação e depois ficou sabendo que era da Ásia Menor. Sua proximidade com
notícia fa lsa ? Que tipo de sentimento esses irm ão s era tão grande que se
essa notícia gerou em você? Indignação dirigia a eles com expressões afetuosas
ou indiferença? Preocupação ou decep­ como “meus filhinhos" (1 Jo 2.1,12,14;
ção? Na aula de hoje verem os que o 3.7,18; 4.4; 5.21). Sabemos que os leito­
apóstolo João ficou indignado ao tomar res da carta eram crentes de todas as
ciência de que uma inform ação falsa idades que precisavam ser confirmados
sobre Jesus estava sendo propagada no amor, na vida e na verdade.
na Ásia. Ele ficou tão preocupado com 3. Afinal de contas, por que a Carta
as consequências de ta l mentira que foi escrita?
escolheu combater o falso ensino dos Escrita possivelmente da cidade de
hereges através de uma carta. Éfeso, entre os anos 85 e 90, antes do
exílio do apóstolo na ilha de Patmos, a
Hora de A p ren d er Carta tinha pelo menos dois propósitos
fundam entais:
I-ABRINDO A CARTA
• Fortalecer os verdadeiros cristãos,
1. Você sabe quem escreveu essa conduzindo-os a uma compreensão
Carta? mais profunda da fé e a uma confiança
A Carta, a princípio, é anônima. Isto por­ naquilo que eles já possuíam (1 Jo
que seu autor escolheu não se identificar 1.3; 5.13);
• Com bater os ensinos equivocados
diretamente. Ele fez isso, possivelmente,
por ser muito conhecido entre os leitores. dos fa lso s m e stre s in filtrad o s na
igreja (1 Jo 2.18,19; 4.1).
Embora não assine a carta, o autor afirma
Assim , podemos perceber que seu
ser um dos que se relacionavam com
propósito era, ao mesmo tempo, teórico
Jesus (1 Jo 1.5). Com base em evidências
e prático. Por essa razão, os ensinamen­
externas e internas e tradição da igreja,
tos e exortações contidos nessa carta
o autor da epístola é João, o filho de
são tão oportunos e necessários para
Zebedeu e Salomé (Mt 27.56; Mc 15.40),
nós hoje.
o qual, após a morte de João Batista,
seu mestre, foi chamado por Jesus para
deixar as redes e se tom ar seu discípulo
(Mc 1.19,20). Ele é o mesmo autor do
quarto evangelho, das outras duas cartas
“A im portância perm anente desta
subsequentes e do Apocalipse.
epístola é o fato de que ela nos retrata,
2. Para quem a Carta foi escrita? idealmente, a comunidade de crentes
Não há um destinatário específico. com o um a com unidade de vida na
Entretanto, considerando que os últimos comunhão com Cristo, mediada pela
ii atacad as por um falso ensinamento,
que negava a humanidade de Jesus.
Tal ideia, provavelmente, derivava de
Atualmente, uma escola de pensamento que os es­
devemos ter tudiosos identificam como “gnosticismo”.
cuidados com as Esse termo é derivado da palavra grega

redes sociais. gnosis, cujo significado é “conhecimento".


Os gnósticos ensinavam uma espécie de
salvação através do conhecimento místico
n e superior. Jesus e sua obra não eram
suficientes para eles, pois acreditavam
palavra dos apóstolos, que é a Palavra
que era preciso algo mais. Os seus falsos
da vida, Ela descreve essa comunidade
ensinamentos se baseavam na premissa
como a esfera de vida e luz, de santida­
de que a matéria era essencialmente má
de e de justiça, do am or a Deus e aos
e que somente o espírito era bom — ideia
irmãos; e como a absoluta antítese para
que não corresponde à verdade bíblica.
o mundo, com as suas trevas e morte, a
Os gnósticos consideravam que se a
sua contaminação e as suas injustiças,
matéria era má, então, o Filho de Deus não
o seu ódio e as suas m entiras. Todos
poderia ter assumido um corpo humano
os que são introduzidos em ta l esfera
devem, necessariamente, ser santos e de verdade. Assim, para eles, Jesus era
justos, cheios de amor, e devem evitar o apenas um espírito com aparência de
mundo e as suas luxúrias e desejos. Eles ser humano. Razão pela qual, João os
devem provar os espíritos, para saber chama de inimigos de Cristo (1 Jo 2.18). O
se são de Deus, e evitar qualquer erro apóstolo combate tais heresias de forma
anticristão. Assim, a epístola descreve veemente (1 Jo 2.22,23; 4.2,3). Assim como
para a igreja de todas as gerações a nós devemos fazer hoje, tendo cuidado,
natureza e os critérios da comunhão por exemplo, ao ouvir "pregações de re­
celestial, e adverte os crentes para que des sociais", pois muitos influenciadores
se conservem incontam inados pelo digitais são “simpatizantes” de Jesus e
mundo" (BERKHOF, Louis. Introdução não servos verdadeiros. Sem elhantes
ao Novo Testamento. Rio de Janeiro: aos hereges que João combateu, eles
CPAD, 2018, p. 279-280). costumam destacar apenas um aspecto
da vida de Jesus ou apenas uma parte
do Evangelho. Para eles, Jesus é um ser
li- E M DEFESA DE CRISTO iluminado, um exemplo a ser seguido,
A pessoa e a obra de Je su s Cristo, um mestre acima da média, um espírito
desde os tempos do Novo Testamento evoluído etc. Mas nunca se esqueça de
até os dias a tu a is, têm sido alvo de que para nós, Jesus é verdadeiramente
muitas incompreensões e mentiras. Há homem e verdadeiram ente Deus. Ele
fortes indícios de que as congregações é o único Salvador, o verdadeiro Deus,
a quem João se dirige estavam sendo Senhor dos senhores.
4
“Para saber se um profeta tem o Espíri­ O m undo e su a s
to de Deus, isto é, se a sua mensagem é a concupiscências
verdade de Deus, nós precisamos desco­
brir se ele confessa que Jesus Cristo veio
p a ssa m ; m a s quem
em carne. Um verdadeiro ensinador de faz a vontade de
Deus crê que Jesus de Nazaré, conforme D eus vive para
revelado nos Evangelhos, é o Messias de sem p re .
Deus, a única e exclusiva encarnação de
Deus. Um verdadeiro ensinador ou pre­
gador deve tam bém ensinar que Jesus
ff
tornou-se um homem com um corpo
humano. Deus, o Filho, era plenamente habitam os (Sl 24.1,2; A t 17.24); muito
Deus e plenamente homem. Hoje, ele m enos a hum anidade, que devem os
tem um corpo im ortal e incorruptível. am ar e evangelizar (Jo 3.16; Mc 16.15).
Um ensinador ou pregador que negue O mundo aqui referido é o siste m a
a humanidade completa e verdadeira maligno e pecaminoso, sob a regência
de Je su s estará provando que não é de S a ta n á s (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que
um servo de Deus [...]. Nesse contexto, se manifesta em valores, ideologias e
recusar-se a confessar a Jesus significa comportamentos opostos à vontade de
negara verdadeira pessoa de Jesus que Deus; um modelo de vida marcado por
é tanto Deus como homem . Aqueles um sistem a moralmente corrupto que
que fazem isso não são de Deus. Por­ apoia o aborto, as drogas, as múltiplas
tanto, existe somente uma outra fonte: form as de violência, a discrim inação,
o espírito que opera nos falsos profetas a g anân cia, o uso irresp o nsável dos
é o espírito do anticristo (1 Jo 2.18), o recursos naturais, a mentira e o prazer
espírito do erro (4.6).” (Comentário do a qualquer custo (1 Jo 3.10).
Novo Testamento - Aplicação Pessoal Esse sistem a mundial de oposição à
Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 783). Deus se utiliza de três arm adilhas para
nos seduzir e derrubar:
• Os maus desejos da natureza hum a­
na: um apelo para a vida e o prazer
III-N Ã O AMEM 0 MUNDO, imediato, sem medir as consequên­
AMEM A DEUS cias. Tais desejos impuros fluem de
João faz uma advertência aos seus dentro para fora e se m anifestam
leitores: "não am em o mundo, nem as em pensamentos, palavras e ações
coisas que há nele” (1 Jo 2.15). Que (Mt 15.19,20);
mundo é esse que o apóstolo diz que • A vontade de ter o que agrada aos
não devemos am ar? Certam ente não olhos: trata-se do desejo intenso de
é o mundo criado por Deus, no qual adquirir bens materiais, que nasce da
III - AUXILIO TEOLOGIC

Embora estejamos “O terceiro uso principal da palavra


[MUNDO] é o que envolve a dimensão
no mundo, não ética; e ele não apenas é o uso mais co­
somos do mundo. mum como também o mais significativo
nos escritos de João. A ideia aqui é do
99 mundo dos homens em rebelião contra
Deus. Isso é o que poderiamos cham ar
crença que a felicidade é encontrada de ‘o sistema do mundo’. Ele envolve os
nas coisas que se pode comprar com valores do mundo, seus prazeres, suas
o dinheiro. T a l te n tação com eça a atividades e aspirações. João diz sobre
p artir da cobiça do o lhar hum ano esse mundo que ele está no m aligno
(Gn 3.6; S l 101.3); (1 Jo 5.19, que rejeitou a Jesus quando
• O orgulho pelas coisas da vida: quan­ Ele veio (Jo 1.10), que não o conhece
do c o n fia m o s em no sso próprio (1 Jo 3.1) e, consequentemente, que não
poder e recursos e desprezam os a conhece e assim odeia seus seguidores
lei de Deus e a sua justiça (Pv 16.18; (Jo 15.18-21; 17.14) [...]. Quando João
Lc 12.17-21). diz que os cristãos não devem am ar o
D e u s nos liv re d e ssa s sed uçõ es! mundo ou nada que está no mundo’,
Nós, ad o lescentes cristão s, não po­ não está pensando tanto a respeito do
dem os nos esquecer de que em bora materialismo (coisasj, mas das atitudes
estejam os no mundo, não som os do que estão por trás do materialismo [...].
mundo (Jo 17.13-16). Como o navio Na verdade, João está pensando a res­
está na ág ua, m as a ág ua não está peito da ambição egoísta, do orgulho,
dentro dele, caso contrário ele afu n ­ do am or pelo sucesso ou o luxo e de
daria, assim tam bém somos nós, pois outras características parecidas” (BOICE,
vivemos nessa sociedade pecaminosa, Ja m e s Montgomery. As epístolas de
m as o pecado não pode h ab itar em João. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 74).
nosso coração.
A s E sc ritu ra s nos e n sin am a não CONCLUSÃO
se rm o s am ig o s do m undo (Tg 4 .4 ) Hoje, vimos que Jesus não é um ser
e a não nos c o n fo rm a rm o s com o humano qualquer. Ele é o Deus que en­
m undo (Rm 1 2 .2 ), pois o a m o r ao carnou como ser humano para nos salvar.
m undo co m prom ete o nosso am o r Qualquer tentativa de reduzi-lo a um
a Deus. Não podem os se rv ir a dois aspecto da sua identidade é uma heresia,
senho res (M t 6 .2 4 ). Com o cristã o s, que deve ser combatida por nós. Jesus
devemos viver na luz (1 Jo 1.5-7), am ar viveu aqui na Terra sendo plenamente
a Deus (1 Jo 2.5) e a nossos irm ãos Deus e plenam ente homem. Amá-lo,
(1 Jo 2.10), bem como nos afa sta r do servi-lo, obedecê-lo e adorá-lo são nossas
pecado (1 Jo 5.18). mais inteligentes e espirituais escolhas.
VAMOS PRATICAR
1. Quem é o auto r da C a rta que estudam os nessa lição?
João, discípulo de Jesus e apóstolo.__________________
2. De onde, possivelm ente, João escreveu essa C a rta ?
Ela provavelmente foi escrita na cidade de Efeso.______

3. Há fortes indícios de que as congregações a quem João se dirige estavam


sendo atacadas por um falso ensinamento. O que esse falso ensinamento negava?
O falso ensinamento negava a humanidade de Jesus.___________________

4. Como era conhecido o grupo que considerava a m atéria má e Jesus apenas


um espírito?
Eles eram chamados de qnósticos. ________________________ _ _

5. Como João chamou em sua C arta as pessoas que negavam a humanidade


de Jesus?
João os chama de inimigos de Cristo._______ _______________________

r f T T T * mmmrnê
Pense Nisso
Esteja atento às inúmeras informações <
que você tem recebido, examinando-as :á 1 Ê Ê Ê ÍÊ $ f
à luz das Escrituras, tal como faziam os
crentes de Bereia (Cf. At 17.11). Afinal,
nem tudo o que dizem sobre Jesus e a fé
cristã é verdadeiro. Infelizmente, muitos
mentem e difamam por preconceito ou
interesses inescrupulosos. Ja m a is se I
esqueça de que o seu coração tem um
dono: o único e verdadeiro Deus, que
MÊr
entregou seu Filho para morrer na cruz
pelos nossos pecados.
1
VAMOS CONHECER ^
| A 2 - CARTA DE JOÃO ,
LEITURA BÍBLICA
2 João 4-11
Devocional •••
•••
•••
• ••
Segunda » I T m 3.15 • ••
• ••
•••
Terça » Jo 14.21-23
A MENSAGEM
Esse amor quer dizer isto: viver uma Quarta » J o 14.6
vida de obediência aos mandamentos
Quinta » 1 Jo 3.10,11
de Deus. Como vocês ouviram desde
o começo, o mandamento é este: Sexta » Rm 12.13
continuem a am ar uns aos outros.
2 João 6 Sábado » Rm 16.17.18

99-
X

--------------------------------------
>
O bjetivos
MOSTRAR uma visão panorâmica
da Segunda Carta de João;

REVELAR a relação entre a ver­


dade e o amor na fé cristã;

^ DESTACAR como devemos lidar


com os falsos mestres.

Ei P ro fe sso r!
P o n to d e P a rtid a
Pensar em u m a e d u c a ç ã o c r is t ã

sem q u a lq u e r v ín c u lo c o n c r e t o c o m
Querido (a) professor (a), como você
u m a e s p ir it u a l id a d e v iv a e b íb lic a é
sabe, um bom mestre nunca deixa de
u m e q u ív o c o q u e n ó s p r o fe s s o r e s n ã o
ser aluno. Ele está sempre estudando
as Escrituras, se atualizando sobre seus
p o d e m o s c o m e te r.
in f e liz m e n t e , h á a lg u n s p r o f e s s o r e s
alunos, sobre o mundo onde vive e so­
q u e n ã o o r a m m a is , n ã o l e e m a B íb l ia ,
bre si mesmo. Sendo assim, suget imos
n ã o j e j u a m e n e m t ê m v id a d e v o c io n a l
cinco ações para você melhorar ainda
a t iv a a a lg u m t e m p o . P o r e s s a ra z ã o , a m ais sua aula:
p a l a v r a d e in c e n t i v o e d e s p e r t a m e n t o
1) Prepare a aula com antecedência,
p a r a v o c ê h o j e , é: " o r e , l e i a e m e d i t e evitando imprevistos;
n a s E s c r i t u r a s , j e j u e ”. D o c ê n c i a c r i s t ã
2) Interceda a favor de seus alunos
e devoção são d o is la d o s d e u m a e da aula;
3) Programe atividades extraclasse
m esm a m oeda.
com sua turm a periodicamente,
D e u s te abençoe!
4) Leia regularmente a Bíblia, jornais
e outros livros;
5) Busque feedback de suas au las
com seus alunos através de conversas
e questionários.
X ............ .................. Tenha urna ótima aula!
XXX
XX
• Tanto Israel quanto a Igreja são nor­
Vam os D escobrir m alm ente retratados nas Escrituras
Hoje vamos estudar sobre a Segun­ pelo gênero feminino (noiva, esposa
da Carta de João. Sugiro que leia esta etc);
pequena epístola do começo ao fim de • A “senhora" d estinatária da C a rta
uma única vez. e “seus filh o s ” são a m a d o s tanto
Nessa lição seremos estimulados a ser por João quanto por “todos os que
pessoas que am am verdadeiramente a conhecem a verdade” (v.l);
Deus e ao próximo. Também seremos • A saudação final, que se refere aos
desafiados a rejeitar e a resistir a todos “filhos da sua querida Irmã" (v,13),faz
os ensinos de falsos mestres, seguindo muito mais sentido referindo-se a uma
fielm ente os ensinam entos de Jesus. igreja irmã. Logo, os destinatários da
Carta são irm ãos em Cristo.
Hora de A p ren d er 3. 0 propósito da Carta
I - UMA VISÃO PANORÂMICA Possivelmente essa Carta foi escrita
em um contexto histórico muito pare­
DA SEGUNDA CARTA DE JOÃO
cido ao da primeira. Seus destinatários
1. Autoria da Carta e stav am sendo influenciad o s pelos
O autor desta carta se identifica pelo m e stre s g n ó stico s itin e ra n te s . Por
ofício desempenhado na igreja: o “pres­ isso, o apóstolo está alertando-os a
bítero" (2 Jo 1). Tal título está de acordo m anterem -se fiéis (2 Jo 1-4).
tanto com o ofício (o que supervisiona e
ensina um rebanho) quanto com a idade
de Jo ã o (um ancião). A utilização do /- AUXÍLIO DEVOCIONAL
título pressupõe que o autor conhece e é
conhecido pelos destinatários. Provavel­ “Nos quatro p rim eiro s ve rsícu lo s
mente, ele era o único discípulo de Jesus desta breve carta, a palavra 'verdade'
Cristo vivo e tinha a responsabilidade de aparece cinco vezes. Os falsos ensinos
orientar a igreja. estavam com eçando a se infiltrar na
igreja; isto levou João a refutar estas
2. Os destinatários
falsidades com fortes adm oestações
A primeira impressão que tem os ao aos crentes, sobre como conhecer e
ler a saudação “Do presbítero para a viver na verdade a respeito de Je su s
querida Senhora e os seus filhos" (2 Jo 1) Cristo. Na sua carta cham ada primeira
é que a Carta foi escrita a uma mulher carta de João, ele explicou claramente
cristã anônima e sua família. No entanto, aos crentes como eles poderiam saber
a expressão “querida Senhora", não se que estavam fundam entados na ver­
refere a uma mulher, mas a uma igreja e dade e como poderiam discernir se os
“seus filhos” são os membros individuais professores eram verdadeiros ou falsos.
desta igreja local. Essa com preensão A co nseq u ência óbvia, então, era a
se baseia nos seguintes argumentos: questão de como os crentes deveriam
agir com relação aos falsos professores podemos am ar a Deus (1 Jo 4.8,20). A
que tinham estado causando tantos pro­ prática do am or é um dos testes que
blem as nas suas igrejas (a questão de distinguem os filhos de Deus dos filhos
que João tratou na sua primeira carta). do Diabo (1 Jo 3.10,11) e a obediência
Tanto a segunda carta de João como a aos m andam entos é a prova do nosso
terceira concentram-se na 'verdade' e na am or a Jesus (Jo 14.21; 15.14-17). Por
recusa em dar ouvidos, hospitalidade ou isso, conciliar a verdade e o am or é o
qualquer tipo de incentivo àqueles que desafio de todo cristão (Ef 4.15).
não ensinam a verdade” (Comentário
do Novo Testamento - Aplicação
Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p. 795).
“O pronunciamento de Jesus: ‘Eu sou
o caminho, e a verdade, e a vida’ (João
II - A IGREJA E SUA RELAÇÃO 14.6) não é meramente uma expressão
COM A VERDADE E 0 AMOR qualquer entre muitas. Para o cristão,
Vivemos em um tempo em que a ver­ representa a proclamação fundam en­
dade é vista como transitória e relativa ta l. Em p a la v ra s b asta n te s sim ples,
por parte da sociedade. Porém, a Bíblia significa que Je su s perm anece como
nos diz que a verdade não é um conceito a figura em torno da q u al a vida da
abstrato, mas uma pessoa divina: Jesus pessoa é alicerçada. Seus propósitos
é a verdade (Jo 14.6). Ele nos prometeu dão sentido e coerência à vida dedicada
que o Espírito da verdade (Jo 14.16,17) ao seu serviço. Comprometer-se com a
nos ensinará toda a verdade (Jo 16.13). verdade neste nível envolve m ais que
Por essa razão, o apóstolo Paulo disse consentimento intelectual a uma teoria;
que a Igreja do Deus vivo “é a coluna envolve iniciar sem reservas um modo
e o alicerce da verdade” (1 Tm 3.15). de vida” (PALMER, M ichael D. (editor).
Tendo em mente esta íntima relação Panorama do Pensamento Cristão.
do Evangelho com a verdade, o apóstolo Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.470,471).
João revela sua alegria ao saber que “O pós-modernismo é basicamente a
alguns irm ãos da congregação estão reinterpretação do que é conhecimento
vivendo “de acordo com a verdade" (2 e do que conta como conhecimento. Em
Jo 4). Eles escolheram a obediência term os m ais gerais, representa uma
ao m and am ento de Je su s, ao invés fo rm a de relativism o cu ltu ra l sobre
dos “novos ensinam entos” dos falsos coisas como a realidade, a verdade,
m e stre s: e le s p re fe rira m a n d a r na a razão, o valor, o significado, o ego e
verdade e m anter o compromisso de outras noções. Na visão pós-moderna,
fé, que envolvia crer em Jesus Cristo e não há coisas como realidade objetiva,
am ar ao próximo (vv. 5,6). verdade, valor, razão e assim por diante.
O am o r é a e ssê n cia da fé c ristã . Todas estas são construções sociais,
A Bíblia diz que se som os incapazes criações de práticas linguísticas e, como
de a m a r o nosso próximo, então, não tais, são relativas não a indivíduos, mas
a grupos sociais que p artilh am uma • Não devemos ultrapassar os limites
narrativa comum" (GEISLER, Norman da doutrina (2 Jo 9). João revela aqui
L. & M EISTER, Chad V. Razões para o perigo de irmos além dos limites das
crer: apresentando argumentos Escrituras, em busca de novidades. Os
a favor da fé cristã. Rio de Janeiro: falsos m estres deixaram Deus para
CPAD, 2013, p. 118). trás quando negaram Je su s Cristo.
E fazem o mesmo hoje: em nome de
um a suposta “a tu a liza çã o ” bíblica,
III-C O M O LIDAR ATUALMENTE regridem e se perdem da verdade.
COM OS FALSOS MESTRES • Não devemos acolhê-los em nossa
c a sa (2 Jo 1 0,1 1). Em bora a h o s­
No decorrer da Carta, João vai con­
pitalidade fo sse recom endada na
trastar aqueles que vivem uma vida de
Escritura (Rm 12.13; Hb 13.2; 1 Pe
obediência aos mandamentos de Deus
4.8,9), o apóstolo João é categórico ao
com os enganadores, espalhados pelo
dizer que não devemos receber falsos
mundo (2 Jo 6,7). O apóstolo, numa atitude
m estres, nem os saudar. Devem os
pastoral, instruiu a congregação sobre a
manter distância desses enganadores.
maneira como deveriam agir com osfaisos
mestres. E nós também devemos seguir
a orientação bíblica, pois ainda hoje, há ^ uT auxílio teológml ^
falsos mestres que distorcem o Evangelho
do Senhor Jesus. Você sabe o que devemos “Todo aquele que ultrapassa a dou­
fazer diante dessa realidade? trina de Cristo e nela não perm anece
• Não devem os subestim ar os falsos não tem Deus (2 Jo 9, versão ARA). O
mestres, pois são muitos e estão se verbo proagon, está avançando’, é en­
movimentando com o propósito de contrado somente aqui no NT. Ele era
en g an ar (2 Jo 7). Eles distorcem a preferido pelos antigos gnósticos, que
verdade de forma sedutora. Eles men­ afirm avam ter um conhecimento 'mais
tem sobre Cristo. Estão por todos os avançado’, que ia além do conhecimento
lados disseminando seu engano: nas dos cristãos normais. Aqui João usa a
redes sociais, nas universidades, na palavra desdenhosamente com respeito
tv e até em algum as igrejas, que são àqueles que afirm am ter ‘ido além de
adeptas de modismos. Eles pregavam Cristo’ na sua aproximação com Deus.
um falso Cristo e um falso Evangelho. Impossível! Nós podemos avançar em
• Não devemos dar ouvidos a eles, para Cristo, crescendo nEle. M as não existe
não perdermos a nossa recompensa em um a m aneira de avan çar além dEle”
Cristo (2 Jo 8). A preocupação de João (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
é que seus leitores sejam conquistados Histórico-Cultural do Novo Testamen­
pela sedução dos enganadores. Sobre to. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.539).
isso, a Bíblia alerta: “guardem o que “Descartar as pessoas pode parecer
vocês têm, para que ninguém roube rude, mas é muito melhor ser fiel a Deus
de vocês o prêmio da vitória” (Ap 3.11). do que ser m eram ente cortês com as
pessoas! João não estava ensinando que
a igreja não deveria receber os que não u
são crentes, ou mesmo aqueles que ti­
nham sido desviados pelos falsos profes­
A n d a r na verdade
sores. No entanto, ele estava ensinando e p ra tica r o a m o r
que a porta deve permanecer fechada sã o com prom issos
àqueles professores que se dedicam a de todo cristão
co ntrariar os verdadeiros ensinos de
Deus e que vêm à igreja para ‘trazer’ a
sua m ensagem . Existe uma diferença
99
entre a hospitalidade para com estranhos
que os crentes podem conquistar para
Cristo e a hospitalidade para com aqueles
CONCLUSÃO
que estão empenhados em conquistar Esta Carta é um verdadeiro alerta a
os crentes, afastando-os de Cristo. Os todos os cristãos, pois não podemos nos
cristãos devem confiar em Deus e perce­ distanciar da verdade. Por isso, a cada
ber a diferença.’’ (Comentário do Novo dia, devem os estudar m ais a Bíblia e
Testamento - Aplicação PessoaL Vol. sempre renovar o nosso compromisso
2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 798). de obediência ao Senhor Jesus.
k A A A A Â A A A A Á Á A Â Â A à Â Á A A A - à A A A A A Â A A
k A A A A A A A A A A A ± * A * A A A

MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
Andar na verdade e praticar o am or
são dois com prom isso s que devem
ser perseguidos por todo discípulo de
Jesus Cristo. Nossa caminhada deve ser
m arcada tanto pela busca da verdade,
quanto pela prática do amor. Afinal de
contas, am o r sem verdade é frá g il e
verdade sem am or é insensível.
11VH H lfrirM i. fS!

^ VAMOS CONHECER 1
| A 3a CARTA DE JOÃO J

LEITURA BÍBLICA
3 João 1-8
Devocional
Segunda » Hb 13.16

Terça » SL 34.14
- u ------------------------------
Quarta » Rm 12.10
A MENSAGEM
Meu querido amigo, você tem sido
fiel naquilo que faz pelos irmãos,
mesmo quando são estrangeiros.
Quinta » M t 7.15-23

Sexta » Rm 12.21
í
3 João 5
X
Sábado » 2 Ts 3.13 X

--------------- » X X
a X
O bjetivos
MOSTRAR uma visão panorâmica
da Terceira Carta de João;

^ REFLETIR sobre os exemplos de


Gaio, Diótrefes e Demétrio;

^ INCENTIVAR os adolescentes a
serem imitadores do bem.

XX
Ei Professor!
Ponto de Partida
Querido(a) Professor(a). provavel­
mente você já ouviu o velho ditado Para iniciar o tópico 2, sugiro que
popular: “faça o que eu digo, mas não você peça aos alunos que citem pelo
faça o que eu faço". Infelizmente ele m enoses dois exem plos bíblicos. 1)
tem sido reproduzido por algumas de alguém que tom ou um a atitude
pessoas que se dizem cristãs, fazen­ e rra d a , m a s se arrep en d eu (como
do com que alguns adolescentes se Jacó, Davi ou o Filho Pródigo); e 2) de
alguém que tinha tudo para dar cet to,
decepcionem com a fé.
Como educadores e discípulos de m as fez escolhas erradas (como Esaú,
Je su s, devem os abo lir esse ja rg ã o Salom ão ou Ananias e Safira).
de nossa vida, pois nossos aluno s Em seguida, fa ç a a seg uinte en-
buscam coerência entre aquilo que quete com eles: Essas pessoas foram
ensinam os e o que praticam os. Eles obrigadas ou escolheram fazer o que
sabem que não somos perfeitos, mas fizeram ? Então, proponha a reflexão
esperam de nós verdade, humildade sobre as consequências das escolhas
e vida tran sfo rm ad a . Sendo assim , que fa ze m o s e reforce que a lei da
procure se r um exem plo para eles sem eadura funciona para todos.
na m aneira de fa la r, agir, no am or, Explique aos seus adolescentes a
na fé e na pureza, como disse Paulo importância de se fazer boas escolhas
a Timóteo (lT m 4 .1 2 ). e de seguir bons exemplos.
Ótima aula!
XXX
16.23), Gaio da Macedônia (At 19.29) XX
Vam os D escobrir e Gaio de Derbe (At 20.4). Embora não
Na aula de hoje, além de uma visão saibam os com certeza para qual Gaio
panorâmica da última Carta de João, o apóstolo João está escrevendo, po­
falarem os sobre três personagens ci­ demos deduzir que ele era um pastor
tados pelo nome, que merecem nossa de uma igreja local na região da Ásia
atenção e reflexão. Eles estão longe de Menor, a quem o apóstolo a m av a e
serem seres humanos perfeitos, mas um respeitava em função da sua hospi­
deles deixa muito claro que não conhe­ talid ade e do seu com prom isso com
ce o Deus a quem pretende anunciar. a verdade (3 Jo 1-5).
Venha m ergulhar no conteúdo desta 3.0 propósito
pequena C arta e sentir-se desafiado, Jo ão escreveu essa c a rta visando
não ap en as a discernir entre o bem três propósitos: (1) Encorajar a Gaio
e o m al, como tam bém a seguir com e os dem ais cristão s a continuarem
todas as suas forças o bem. p ratican d o a ho sp italid ad e com os
irm ão s verd adeiro s que exerciam o
Hora de A p ren d er m inistério itinerante da pregação (3
Jo 6); (2) A dvertir e reprovar a atitu ­
I-COMPREENDENDO A CARTA
de de Diótrefes, ensinando a igreja a
1.0 autor seguir o exemplo do bem (vv. 9,10); e
O e scrito r dessa C a rta , no vam en­ (3) Anunciar que em breve ele visitaria
te, se identifica como o “presbítero" G aio e a ig re ja que e sta v a sob seu
(3 Jo 1); com toda certeza, trata-se da pastoreio (v.13).
mesm a pessoa que escreveu 2 João: o
apóstolo João, filho de Zebedeu, irmão
de Tiago. Em tem pos como o nosso,
onde as pessoas buscam e ostentam
títulos e cargos de destaque, a maneira "A Terceira Carta de João não apre­
simples e humilde como apóstolo João senta um a saudação' propriam ente
dita, com o encontram o s em 2 Jo ã o
se apresenta aos irm ãos é um convite
3, e na m aio ria das C a rta s do Novo
e xe m p la r ao s que querem seg u ir a
Testam ento . Por outro lado, 3 Jo ã o
Jesus com simplicidade.
inclui o que é muito raro nos escritos
2.0 destinatário do Novo Testam ento, porém comum
Segundo o texto bíblico, a C a rta é nas c a rta s se cu lares desse período,
direcionada a um homem e não a uma isto é, um Voto de saúde’. Muitas vezes,
congregação específica: "ao querido as c a rta s do prim eiro século in clu í­
Gaio" (3 Jo 1). O nom e G aio era, de am , após a saud ação , um a 'oração'
certa forma, comum entre os romanos ou 'voto' pela saúde e bem -estar do
e o Novo Testam ento cita pelo menos destinatário. João expressa o desejo
três: Gaio de Corinto (1 Co 1.14; Rm de que Gaio possa estar prosperando
e em boa saú d e , da m e sm a fo rm a Vamos conhecer sobre as três pessoas
como sua alm a está prosperando. Os que ele mencionou:
ve rso s su b se q u e n te s te stific a m da 1. Gaio, um servo abençoador
prosperidade da vida espiritual de Gaio.
Além de a m á v e l (3 Jo 1,2,5), espi­
Ele dem onstra fidelidade à verdade,
ritualm ente sau d ável (v.2) e de bom
firmeza no caminho da verdade, e amor
testem unho (vv.3,4), o irm ão Gaio era
e hospitalidade, o que demonstra uma
um servo de Deus fiel e hospitaleiro com
experiência espiritual genuína. A 'alma'
os irm ãos da fé que desem penhavam
pode ter diversas conotações no Novo
o ministério (v.5). Era alguém que tinha
Testam ento. O uso que prevalece na
prazer em oferecer suporte e acolhi­
literatura de João tem em seu contexto
mento aos servos de Deus (vv.6,7) e,
a ideia de alguém ‘dar a vid a[alm a]’,
por isso, to rn ara -se um cooperador
como em 1 João 3.6. Porém o sentido
da verdade (v.8). Ele coloca sua vida,
aqui parece estar mais próximo do 'in­
sua casa, seus recursos e seus dons
terior da pessoa’, como quando Jesus
à disposição do Reino de Deus e da
disse que sua alm a’ estava perturbada
Igreja de Je su s. Seu objetivo era ser
(Jo 12.27). O presbítero ora para que
um a bênção na vida das pessoas ao
Gaio possa ter saúde física e bem-estar
seu redor.
proporcionais à sua vida esp iritu al.”
(STRONSTAD, Roger & ARRINGTON, 2. Diótrefes, um servo reprovado
French L. Comentário Pentecostal: Com pletam ente diferente de Gaio,
Novo Testamento, 4a ed. Rio de Janeiro: Diótrefes era um homem de cará te r
CPAD, 2006, p. 1801). duvidoso, um exemplo que não deve­
mos seguir. Ele era egoísta, arrogante,
so b erb o e b u sca v a te r a u to rid a d e
II-CONHECENDO A ÁRVORE entre os irm ãos (3 Jo 9); alguém que
■ i PELO FRUTO ■ ■ ■ g o stava de ser servido e de fig u rar
como foco das atenções, contrariando
O testem unho do cristão diante da
a proposta do Evangelh o ensinado
igreja e da sociedade deve se r algo
por Jesus (Mt 20.26,27; Mc 10.42-45).
que exalta a Deus. Nós devemos viver
Além disso, era um servo insubmisso,
de acordo com a Palavra do Senhor,
difam ado r, m entiroso, au to ritário e
honrando-o com nossas atitudes, pois,
in to le ra n te , pois Jo ã o ap o n ta que
como já estudam os, nossas atitudes
D ió tre fe s ch e g a v a a im p ed ir a e n ­
precisam ser coerentes com a nossa
trada e expulsava fora da igreja local
fé. Como sabemos, árvores boas produ­
cristão s verdadeiros que discordam
zem bons frutos e árvores ruins, maus
dele (3 Jo 10).
frutos. A mesma lógica pode e deve ser
aplicada àqueles que falam em nome
3. Demétrio, um servo exemplar
de Deus (Mt 7.15-23). Demétrio era o oposto de Diótrefes.
O apóstolo João, nesta Terceira Carta, Ele era um homem que “todos falam
destacou bons e m aus testem unhos. bem" (3 Jo 12); alguém que possuía
XX)
um bom testemunho, tanto com os de a Deus e outros am am a si m esm os; x>
dentro, quanto com os de fora da igreja. uns estão com prom etidos em fa ze r
Sua vida exem plar era coerente com o bem e outros envolvidos na prática
sua pregação. Era um homem confiável, do m au; uns são trigo e outros, defi­
resiliente e servo da verdade; um ótimo nitivam ente, jo io ; alg uns tra b a lh a m
exemplo a ser seguido. para e com Deus e outros trab alham
contra Deus. U m a coisa é certa: não
dá para ficarm o s em cim a do muro,
precisamos escolher um lado. Pensando
II-AUXÍLIO DEVOCIONAL
nisso, Jo ã o faz um a exortação a Gaio
“Os professores itinerantes provavel­ dizendo que ele não deveria fech ar o
mente eram enviados de várias igrejas coração e tom ar como padrão o mau
para proclam ar e ensinar o Evangelho. exem plo de Diótrefes, m as ob servar
Pelo fato de falsos professores estarem o irm ão Dem étrio e imitá-lo, pois era
se infiltrando nas igrejas, os crentes um servo da verd ad e e a m a n te do
fo rta le c id o s que e n sin a v a m a v e r­ bem (3 Jo 11).
dade eram muito im portantes. Estes Som os desafiados pelas Escrituras
profetas, e van g elistas e professores a nos afa sta r do m a l e a promover a
itinerantes eram ajudados, nas suas bondade (Sl 34.14), a confiar no Senhor
viagens, por pessoas como Gaio, que e fazer o bem (Sl 37.3), a odiar o m a l e
os hospedavam e lhes davam comida. seguir o que é bom (Rm 12.9) e a ven­
Encontrar boas acomodações era difícil cer o m a l praticando atos bondosos
para viajantes que não conhecessem (Rm 12.21).
ninguém na região. A s ho sp ed arias Não devem os nos c a n sa r de fazer
não eram bons lugares para ficar. A o bem a todos (2 Ts 3.13), pois quem
h o sp italid ad e dos cre n te s era v ita l ajuda aos outros ag rad a a Deus (Hb
p ara a tra n s m is s ã o do Evan g e lh o . 13.16). Jam ais esqueçamos que fomos
Entretanto, como se observou na se ­ criados para p raticar boas obras (E f
gunda c a rta de João, os crentes não 2 .1 0 ) e que o Pai C e le s t ia l e sp e ra
deviam estender esta hospitalidade ser glorificado pelas coisas boas que
aos falsos professores.” (Comentário re alizam o s (M t 5 .16). Sendo assim ,
do Novo Testamento - Aplicação as p a la v ra s de Jo ã o a Gaio são um
pessoal Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, desafio atu al para todos nós: “imite o
2010, p. 803). que é bom e não o que é m au. Quem
faz o bem é de Deus, e quem faz o m al
nunca viu Deus” (3 Jo 11). Que o nosso
III-S E J A UM IMITADOR DO BEM com prom isso seja o am or sincero, a
Na caminhada da fé nos esbarramos rejeição ao bulLying, o acolhim ento,
com muitos bons e m aus exemplos, a o perdão, a intercessão , o afeto e a
sem elhança de Gaio, Diótrefes e De- p rá tic a p e rm a n e n te do bem , p ara
métrio. Alguns am am profundamente glória de Deus e benefício do próximo.
X*
procurava ter entre a igreja o primado,
e que se opõe a autoridade do apóstolo
Jo ão . Com relação àq ueles que não
Para encerrar a aula, reforce como
concordavam com Diótrefes, foi dito
os p e rfil de G aio e de D iótrefes são
que este os expulsava da igreja — um
d iferen tes e m ostre aos aluno s que
antigo excomungador’.’’
devemos fazer a diferença no mundo
através de uma atitude que confirme (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017, p. 564 e 830.)
nossa fidelidade a Jesus.
"Gaio - Esse nome rom ano, muito
com um , ocorre cinco vezes no Novo
Testamento [...]. Gaio era o líder cristão CONCLUSÃO
a quem é dirigida a terceira epístola de Na nossa cam inhada cristã sempre
João (3 João 1). João estava evidente­ encontrarem o s exem plos de bons e
mente certo da saúde espiritual desse maus cristãos. Nós devemos nos inspirar
homem, pois esperava que a sua saúde nos bons exemplos, sabendo que um dia
física e a sua prosperidade estivessem Deus ajustará as contas com aqueles
nas m esm as condições.” que p raticam m ald a d e s e pecados.
“Diótrefes - M encionado ap en as Assim como Gaio e Demétrio, devemos
em 3 Jo ã o 9 ,1 0 , com o alg uém que ter um excelente testem unho de vida.

\T I(
1. Considerando a lição, marque (C) para Certo e (E) para Errado:

( E ) Diótrefes é um exemplo de alguém que devemos ser e seguir.

( C ) Gaio é o destinatário da Segunda Carta de João.

( C ) Demétrio é um exemplo a ser imitado.

( C ) Gaio era um servo de Deus fiel e hospitaleiro.

2. Quem são as três pessoas citadas pelo nome por João nessa Terceira Carta?
Diótrefes, Gaio e Demétrio.

3. Como você pode praticar o bem na sua casa ou entre seus amigos? Liste
algumas iniciativas que você pode fazer ainda nesta semana.
Resposta pessoal.
A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
A A A A A A A A A A A A * a a * * *

MINHAS IDÉIAS
A 4 -

X X
(

Pense Nisso
Ser um bom ou m au exemplo de­
pende única e exclusivamente de você.
Suas palavras, atitudes e prioridades
revelarão o tipo de pessoa que você é.
Perm ita que o Espírito Santo use
sua vida para abençoar pessoas que
estão ao seu redor.
^ VAMOS CONHECER ^
I A CARTA DE JUDAS .
LEITURA BÍBLICA

- u
I Jud as 1-5, 20,21

----------------------------------
Devocional
Segunda » M t 7.15-20

Terça » A t 20.28-32
A MENSAGEM
Quarta » 2 Pe 1.10-13
[...] Então senti que era necessário
escrever agora para animá-los a Quinta » Jo 8.30-32
combater a favor da fé que, uma vez
por todas, Deus deu ao seu povo. Sexta » 2 Tm 3.14-17
Judas 3
X
Sábado » 1 Pe 3.15 X
99-
X K

---------------------------------------
O bjetivos
> APRESENTAR uma visão panorâ­
mica da Carta de Judas;

> VALORIZAR a graça de Deus;

^ MOTIVAR os adolescentes a m an­


terem-se fiéis a Jesus Cristo.

Ei P ro fe sso r!
P o n to d e P a rtid a
Com o ad vento da in te rn e t e a
utilização intensa das redes sociais, Querido (a) Professor (a), antes de
popularizou-se afigura do influencia- com eçar a estudar essa lição, acon­
dor digital, Muitos deles, respeitando | selho que leia p reviam ente toda a
as devidas proporções, à semelhança carta de Judas de uma única vez, a fim
dos falsos professores denunciados por de que tenha uma visão panorâmica
Judas, "entram no meio de nossa gente de todo seu conteúdo. Após a leitura,
sem serem notados' e influenciam com base no segundo tópico de nossa
nossos jo ve n s e ad olescentes com lição - os fa lso s professores e suas
suas ideologias mentirosas. m entiras - converse com seus alunos
A aula de hoje é uma ótima oportu­ sobre alg u m as m en tiras que estão
nidade para você a le rta r seus alunos sendo propagadas nas redes sociais.
sobre valores e princípios antibiblicos A títu lo de exem p lo c ita m o s duas
ensinados por esses falsos ensinadores frases: "A Bíblia precisa ser atualizada”
das redes, mostrando-os os perigos de e “Todos os caminhos levam a D e u s .
segui-los. Assim como, para apresentar Então, mostre, à luz das Escrituras, a
o convite de Judas a "combater a favor falácia de tais argumentações.
da fé que, de uma vez por todas, Deus Para subsidiá-lo, leia e reflita sobre
os seguintes texto s bíblicos: Dt 4.2;
deu ao seu povo" (v.3).
Sl 119.105-112; Is 5.20-22; Pv 14.12;
X , Jo 1 4 . 6 e 2 Tm 3.16. Boa aula!
X X X ■:=Hrrffffff!ff!5=
XX
Ele tinha plena convicção de que o seu
Vam os D escobrir parentesco físico com Je su s não lhe
Os atletas de forma geral costumam conferia privilégios (Mt 12.46-50), pelo
desenvolver uma alimentação saudável, contrário, tinha prazer em se identificar
a prática de um treino forte e sono de como "servo de Jesus Cristo" (Jd 1).
qualidade, a fim de terem um bom de­ 2. Para quem a Carta foi escrita?
sempenho. Caso um desses elementos
Diferente dos destinatários de Paulo,
seja desconsiderado, o resultado pode
que são indivíduos (Tim óteo, Tito e
se r im p a c ta d o n e g a tiv a m e n te . De
Filemon) ou igrejas geograficam ente
fo rm a sem elhante, os cristão s ta m ­
d e fin id as (ig re ja s que e sta v a m em
bém devem praticar suas disciplinas
Rom a, Filipos, Tessalô nica etc), essa
espirituais (jejum , oração, leitura da
Carta é endereçada a um público bem
Palavra, com unhão e vigilância) com
abrangente: "aos que foram chamados,
equilíbrio e persistência, caso contrário
isto é, aqueles a quem Deus, o Pai, am a
serão presas fáceis dos falsos pregado­
e a quem Jesus Cristo protege” (Jd 2).
res. Na aula de hoje, vamos fazer uma
im ersão na C a rta de Ju d a s e extrair U m a leitura atenta da C a rta m os­
dela algum as im portantes lições para tra-nos que esses irm ãos conheciam
nossa cam inhada da fé. bem o Antigo Testamento, pois o autor
os lembra da saída do Egito (v.5), dos
H ora de A p ren d er anjos caídos (v.6), da im oralidade dos
moradores de Sodoma e Gomorra (v.7),
I-U M A VISÃO PANORÂMICA bem como dos maus exemplos de Caim,
DA CARTA DE JUDAS B alaão e Corá ( v .ll) . Provavelm ente,
A Carta de Judas foi escrita provavel­ eram judeus convertidos a Jesus Cristo
mente entre 65 e 80 d.C. Trata-se de um que m oravam em diversos territórios
texto relativam ente curto, porém com do império romano.
um a m ensagem a tu a l e n ecessária: 3. Afinal de contas, por que a Carta
“lute pela fé”. Mergulharemos em suas foi escrita?
palavras a fim de compreendermos o
Ju d a s tinha em m ente escrever “a
que ela tem a nos ensinar.
respeito da salvação” (Jd 3), entretanto,
1. Você sabe quem escreveu essaao perceber o perigo que esses irmãos
Carta? estavam expostos, por causa dos falsos
O auto r se identifica como "Judas, m estres que não tem iam a Deus, ele
servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” preferiu dar um tom de urgência à Carta
(Jd 1). Trata-se do filho de José e Maria convocando os leitores a: “com bater
(Mt 13.55; Mc 6.3), irmão de Tiago (líder a favor da fé que, uma vez por todas,
da igreja de Jerusalém ) e meio-irmão Deus deu a seu povo” (v.3). Por essa
de Jesus. Inicialmente, ele não cria em razão, podemos dizer que a C arta foi
Je su s (Jo 7.5), m as, se tornou um de­ escrita e direcionada aos irm ãos com
dicado e fiel servo do Senhor (At 1.14). o propósito de ad ve rti-lo s contra o
XX
perigo de se desviarem da fé, mediante da igreja, tentando distorcer, seduzir e
a influência dos falso s m estres, bem enganar os fiéis com seus falsos ensi­
como para exortá-los a perseverar na nam entos. Eles se fazem de ovelhas,
fidelidade a Jesus. m as são verdadeiros lobos (Mt 7.15).
Judas os descreve com as seguintes
características: não temem a Deus, são
/ - AUXÍLIO TEOLÓGICO dissimulados, praticam e ensinam imo­
ralidade, são incrédulos acerca de Jesus
"Na epístola de Judas, tem os o grito
Cristo, estão destinados à condenação (Jd
de guerra cristão, que ecoa por todas
4); desprezam a autoridade divina (v.8);
as eras: batalhar pela fé que uma vez
são blasfemos (v.10), egoístas, hipócri­
foi dada aos santos. Esta Carta, a últi­
tas (w .12,13), e vivem resmungando e
ma do Novo Testamento, ensina com
acusando os outros (v.16). Não foi sem
grande ênfase, que essa apostasia do
motivos que Paulo, escrevendo a Timóteo,
credo verdadeiro, com suas verdades
após descrever o perfil dos falsos ensi-
essenciais da expiação de Cristo, e a
nadores, recomenda ao jovem obreiro
validade perm anente da lei, como a
regra de vida, é a perdição garantida; que “fique longe dessa gente” (2 Tm 3.5).
ela revela claram ente para todas as 2.0 que eles ensinavam?
gerações, a conexão inseparável entre Os falsos professores, a quem Judas
a crença correta é um modo de vida se refere em sua C a rta , e n sin avam
apropriado.” (BERKHOF, Louis. Intro­ um a distorção da doutrina da graça
dução ao Novo Testamento. Rio de - onde perdão e poder são oferecidos
Janeiro: CPAD, 2018, p. 292). para ju s tific a r o erro e não triu n fa r
sobre o pecado. P a ra eles, a g ra ça
II - OS FALSOS PROFESSORES era um a boa d e sc u lp a p ara c o n ti­
E SUAS MENTIRAS nuarem praticando seus pecados de
A Igreja de Je su s, histo ricam en te, estim ação: "eles torcem a m ensagem
teve de aprender a lidar tanto com a a respeito da graça do nosso Deus a
perseguição dos de fora quanto com as fim de a rra n ja r um a desculpa para a
heresias dos de dentro, ou seja, daqueles sua vida im oral” (Jd 4). Eles creditavam
que falsam ente alegavam ser cristãos. que o juízo divino não viria porque Deus
E é e xatam ente sobre esse segundo os am ava. Eles tam bém , em nome de
grupo, os falsos professores, que Judas uma pretensa espiritualidade, não se
está ad vertindo seus d e stin a tá rio s. subm etiam a ninguém (v.8).
Vejam os quem são, o que ensinam e 3. Qual será o destino deles?
qual será seu destino.
A partir de três exemplos extraídos
1. Quem são os falsos mestres? da A ntig a A lian ça - os incrédulos e
Os falso s professores sem pre e sti­ rebeldes de Israel (Jd 5; Nm 14.27-30),
veram presentes ao longo do tempo, os an jo s caído s (Jd 6) e os hom ens
colocando em risco a vida e a pureza im orais de Sodom a e Gom orra (Jd 7;
o perigo que representava o envolvi­
mento destes falsos professores com
os crentes. Com o pior tipo de hipocrisia,
B a ta lh a r pela fé estes intrusos que tinham se infiltrado no
é um d ever de meio dos crentes (v.4) participavam da
todo cristão. festa de caridade, enquanto, ao mesmo
tempo, viviam e falavam em oposição
a Cristo". Eles não tinham temor no seu
egoísmo. Eles não se preocupavam com
Gn 19.24,25) - onde Deus aplicou seu os crentes, com a sua celebração, ou
justo juízo sobre os que resistiram sua com o Deus que os crentes adoravam.
autoridade e se afastaram da verdade, Em lugar de cuidar das necessidades
Ju d a s garante aos seus leitores que dos outros, a única preocupação dos
Deus julgará os falsos mestres. Assim falsos professores era satisfazer as suas
como os incrédulos foram enterrados próprias necessidades.” (Comentário
no deserto, os an jo s rebeldes estão do Novo Testamento. Aplicação
presos na escuridão e Sodoma e Go- pessoal, vol.2. Rio de Janeiro; CPAD,
m orra foram queim adas, da m esm a 2010, p.815).
fo rm a, os fa lso s m estres receberão
sua condenação. Ju d as afirm a que o I I I - 0 DESAFIO DO CRISTÃO
juízo de Deus será inevitável, universal É PERMANECER FIEL
ejusto (Jd 14,15).
De acordo com Judas, os cristãos são
desafiados a nunca se esquecerem da
II - AUXÍLIO DEV0CI0NAL Palavra de Deus (Jd 17-19), pois ela
é o antídoto contra as heresias. Eles
“Na Igreja Prim itiva, quando a Ceia devem progredir na fé, edificando uns
do Senhor era celebrada, os crentes aos outros e a si mesm os por meio da
faziam uma refeição completa antes de oração (v.20) e do amor (v.21). E, porfim,
repartir o pão e o vinho da comunhão. A os cristãos tam bém devem tra ta r de
refeição era chamada festa de caridade modo afetuoso e com encorajamento
(ou refeição de comunhão); esta devia aqueles que estão começando a duvi­
ser uma ocasião sagrada de comunhão dar da fé (v.22), a fim de fortalecê-los
para preparar o coração das pessoas e recuperá-los. Quanto aos outros que
para a Ceia do Senhor. No entanto, os estão se perdendo, devem buscá-los
falsos professores participavam destas com toda a prudência necessária (v.23).
refeições e arruinavam as reuniões dos A sua vida deve fazer a diferença onde
cristãos apenas por sua presença. Os quer que estiver, afinal, você é um ado­
falsos professores eram como rochas lescente cristão. Avalie, primeiramente,
subm ersas ao longo da costa, prontos o seu coração e veja se você não está
para provocar o naufrágio dos crentes. sendo atraído por ensinamentos estra­
Judas não poupou palavras ao descrever nhos à Palavra de Deus. Fortaleça sua fé
XX
através do conhecimento da Palavra e
da prática da oração e do jejum . Conte u *
com o Espírito Santo neste processo. Jam ais se dobre às
Num a época plural como a nossa,
propostas m undanas
onde cada pessoa quer viver da m a ­
neira que deseja, som os convidados
desta geração.
a um com prom etim ento com Je su s
Cristo, pois só Ele é poderoso para nos
guardar e nos conduzir à glória eterna
99
(Jd 24,25). J á que na cam inhada em
b astante diferente. Trata-se de uma
direção à Eternidade há muitas tenta­
to lerân cia desprovida de crítica que
ções e perigos. Então, seja fiel a Jesus e
evita o debate enérgico na busca da
jam ais se dobre às propostas mundanas
verdade. Esta nova tolerância insiste
tão presentes nesta geração. Ser fiel a
que não temos direito de discordar de
Deus é fundam ental e inegociável para
um a agenda social liberal; não deve­
a salvação.
mos defender nossas perspectivas de
moralidade, religião e respeito pela vida
humana. Esta tolerância respeita idéias
II-AUXILIO APOLOGEU
absurdas, mas castiga qualquer um que
“[...] A tolerância legal é o direito que acredite em absolutos ou que reivindi­
cada um tem de acre d itar em q u a l­ que ter descoberto alguma verdade [...].
quer crença (ou em nenhuma) que se Este tipo de tolerância é usada como
queira acreditar. Tal tolerância é muito desculpa para o ceticism o perpétuo,
importante em nossa sociedade, e nós, para m anter a distância de qualquer
como cristãos, devemos m anter nossa compromisso com a religião.” (LUTZER,
convicção de que ninguém jam ais deve Erw in. Cristo entre outros deuses:
ser coagido a crer no que crem os. A uma defesa da fé cristã numa era
liberdade religiosa não só pode ser de tolerância. Rio de Janeiro: CPAD,
mantida nas dem ocracias ocidentais, 2000, p. 31-32).
m as tam bém prom ovida em outros
países.
Segundo, existe a tolerância social, CONCLUSÃO
o co m p ro m isso de re sp e ita r to d a s Batalhar pela fé é um dever de todo
as pessoas m esm o que discordemos cristão. Fazer isso com educação, res­
frontalm ente de sua religião e idéias peito e am o r ao próxim o é o nosso
[...]. Temos de viver em paz com todos m aior desafio. Dedique-se, a cada dia,
os indivíduos, mesmo com os de con­ a ler e a obedecer a Palavra de Deus.
vicções divergentes, ou com os que não A um ente seu tem po de oração com
tem nenhuma crença [...]. Deus e busque a santificação. Esse é o
M as a tolerância da qual falo - se caminho da fidelidade a Deus. Prossiga
preferir, nosso ícone nacional - é algo nele, em todo o tempo!
VAMOS PRATICAR
1. A ssinale (C) para as afirm ativas que estão Corretas e (E) para as que estão
Erradas, segundo a lição:

( C ) O escritor da Carta estudada é o irmão de Tiago e o meio irmão de Jesus.

( E) A Carta de Jud as foi escrita para defender os falsos mestres.

( E) Os falsos m estres ensinavam corretam ente a doutrina da graça.

( C ) De acordo com Judas, os cristãos são desafiados a nunca se esquecerem


da Palavra de Deus.

2. Em qual época a C a rta de Ju d a s foi escrita?


Provavelmente entre 65 e 80 d.C.________________

3. Deus ju lg a rá os falso s m estres?


Sim. ______

4. Como os cristão s devem progredir na fé?


Os cristãos devem progredir na fé, edificando uns aos outros e a si mesmos
or meio da oração e do amor.
XXK

1 *

Pense Nisso
Você é cham ado para fa ze r parte
do e xército de D eus e c o m b a te r a
favor da fé que Ele deu ao seu povo.
Sua idade não é um em p ecilho . As
a rm a s por você utilizadas não serão
a s m e sm a s do seu a d v e rsá rio . Ele
fa z uso da m e n tira , da se d u ç ã o e
da violência. M as você se va le rá do
am o r, da verdade, da m isericó rd ia,
da P a la v ra E scrita e do C risto Vivo.
A vitória é certa!

88
LEITURA BÍBLICA
Tiago 1.21-25
Devocional
Segunda » Hb 4.12

-u A MENSAGEM
Terça » Sl 119.97

Quarta » 1 J o 1.6
— Quem ouve esses meus ensinamentos
vvw

e vive de acordo com eles é como Quinta » M t 7.24-26


um homem sábio que construiu
a sua casa na rocha. Sexta » Sl 119.105
X
Mateus 7.24
Sábado » Lv 22.31 X

--------------------------— 99- X X
a X
▼▼ ▼

O bjetivos ▼tt
▼ ▼ ▼

MOTIVAR o adolescente a ler e


estudar a Palavra;

REAFIRMAR que a Palavra precisa


ser praticada;

REVELAR o consolo encontrado


nas Escrituras.

XX
Ei P ro fe sso r!
P o n to d e P a rtid a
A leitura é algo indispensável e es­
Querido (a) Professor (a), muitos
sencial ao professor da ED. Pensando
adolescentes passam horas navegan­
nisso, o pastor A ltair G erm ano, em
seu livro "O líder cristão e o hábito
do nas redes sociais e apenas poucos
minutos lendo as Escrituras Sagradas.
de leitura", relacionou algumas ações
que nos auxiliarão no hábito de leitura:
Estão atualizados com a notícia do dia,
sabem manusear como ninguém os
1) definir o tem po para ler; 2) levar
sempre consigo um livro; 3) fazer uma
aplicativos, porém, revelam uma de-
fasagem e uma certa inabilidade em
lista de leituras; 4) encontrar um local
tranquilo para ler; 5) reduzir acesso à
localizar um simples texto da Palavra
internet e TV; 6) ler para os filhos; 7)
de Deus. Com isso, temos observado
uma crise de desconhecimento bíblico
visitar lojas de livros usados; 8) estabe­
sem precedentes na história da Igreja.
lecer metas de leitura; 9) ouvir quando
Pensando nisso, sugerimos que você
não puder ler; 10) aderir a um grupo
de leitura ou clube do livro; 11) visitar
inicie em sua classe um programa de
bibliotecas; 12) criar salas de leituras
leitura bíblica a partir do novo trimestre.
nas igrejas; 13) participar de eventos
Comece por um livro pequeno da Bíblia
que promovam a leitura; 14) investir para que eles não encontrem grandes
na fo rm a çã o escolar, acad êm ica e dificuldades. Boa aula!
continuada; e 15) planejar o orçamento
pessoal para aquisição de livros.
XXX
crituras oferecem “sabedoria que leva XX
Vamos Descobrir à salvação” (2 Tm 3.14-16). Ou seja, a
A Bíblia é o livro mais publicado e lido Bíblia é um livro de salvação. Ela nos
no mundo. Sua im portância é incalcu­ mostra que necessitam os de salvação
lável. Como está a sua relação com as e como encontrá-la, "por meio da fé em
Escrituras? Você trata a Bíblia como um Cristo Jesus”. Logo, sempre que a lermos
livro qualquer ou como a revelação de devemos procurar por Cristo, pois ela
Deus a hum anidade? Você a tem lido aponta em sua direção para que nós
d ia ria m e n te ou e sp o ra d ica m e n te ? o vejam os, creiam os nEle e sejam o s
Sente prazer ou desânim o ao abri-la salvos por Ele (Jo 20.31).
para ler? Às vezes, enfrentamos muitas A Bíblia não é uma relíquia do p as­
dificuldades quando decidim os ler a sado a ser confinada em um m useu.
Palavra de Deus. Isso pode acontecer Ela é "lâm p ad a p ara g u ia r” os seus
com você. O importante é não desistir p a s s o s e "luz que ilu m in a ” o seu
porque a Palavra é viva e poderosa! cam in h o (S l 1 1 9 .1 0 5 ). P erm ita que
ela se ja sua co nselheira diante das
Hora de Aprender questões da vida (Sl 19.7; 119.24, 34).
Não endureça o seu coração ao ouvir
I-PRAZER EM LER a voz do Senhor, deixe Ele guiar você
EAPRENDER A PALAVRA (Sl 9 5 .7 ,8 ; 2 5 .4 ,5 ). Tenha p ra ze r na
Algumas pessoas querem conhecer a Lei do Senhor (Sl 1.2), pois é por meio
vontade de Deus para suas vidas, m as dela que Deus nos instrui, alim en ta,
encoraja, fo rtalece, corrige e vivifica.
não sabem por onde começar. O que
muitos ignoram, por desconhecimento Dedique parte do seu tempo para ler e
compreender as Sagradas Letras. Isso
ou preconceito, é que Deus revelou sua
será uma bênção para toda a sua vida.
vo ntade a tra v é s da B íb lia S a g ra d a
e, especialm ente, por meio de Je su s
Cristo. A Palavra escrita veio revelar
a Palavra que se fez carne (Jo 1.1,14).
Ou seja, as Sagradas Escrituras existem “Um a com preensão clara do ato de
para nos conduzir à comunhão com o ler se torna extremamente necessária,
Verbo vivo. Por essa razão, todo cristão como ponto de partida para a formação
deve a m a r e desenvolver o hábito da de bons e habituais leitores. Para isso
leitura devocional da Bíblia. é necessário p artir da sim ples deco-
Escrevendo a Timóteo, Paulo apresenta dificação de sím bolos, e avan ça r em
duas verdades sobre as Escrituras (2 Tm direção à leitura crítica de textos, que
3 .16). A prim eira diz respeito a sua culm inará com o desenvolvimento do
origem: ela "é inspirada por Deus”. E a saber Ler o mundo, movido por idéias
segunda fala-nos do seu propósito, é que nem sem pre se m anifestam nos
“útil para ensinar". Pensando em sua atos, discursos e enunciados, distante
finalidade, o apóstolo disse que as Es- da passividade comum em m entes e
seres que foram domados, no sentido II-COMPROMISSO EM CRER
de se tornarem meros reprodutores do E PRATICAR A PALAVRA
que ouvem ou Leem. A Leitura do mundo Terminando o sermão da montanha,
não se lim ita ao cará te r m eram ente Je su s comparou seus ouvintes a dois
discernidor ou informativo, mas, acima tipos de pessoas: o “sábio" e o “semjuízo”
de tudo, tran sfo rm ad o r. Conhecer e (Mt 7.24-27). Nesse texto, a sabedoria
entender o mundo por intermédio da ou a tolice estão ligadas à forma como
Leitura é essencial para a transform a­ esses homens respondem aos ensina­
ção deste mundo. Na liderança cristã mentos do Mestre. Ou seja, se ouvem
estão envolvidos a pro clam ação do e praticam são sábios, m as se ouvem
evangelho e o ap e rfe iço am e n to da e não praticam são sem juízo.
igreja por meio de um ensino bíblico, O pastor de Jerusalém , Tiago, ta m ­
contextualizado e relevante. O líder e bém advertiu seus leitores a não serem
os liderados, à medida que discernem a apenas ouvintes da m ensagem , m as
realidade e proclamam as Boas Novas, praticantes (Tg 1.22). Aqueles que co­
precisam ser agentes transform ado ­ nhecem a verdade de Deus, m as não
res, e não m eros identificadores das a obedece, nas palavras de Tiago, são
m azelas espirituais, m orais e sociais como pessoas que se olham no espelho
de nossos dias." (GERMANO, Altair. O e não conseguem ver suas imperfeições
líder cristão e o hábito de leitura: e necessidades de mudanças, pois “logo
uma perspectiva conceituai, histó­ esquece a sua aparência" (Tg 1.23,24).
rica, bíblica e prática. Rio de Janeiro: Todo cristão , além de um a p lic a ­
CPAD, 2011, pp. 85-86). do leitor, precisa ser um p ratican te
da P a la v ra de Deus. M em o rizá-la é
X ■ .. ••••••••* im portante, m as não é suficiente; é

KXX □ —- preciso aplicá-la no dia a dia. Além de


acolhê-la em nossos corações, deve­
mos rejeitar tudo o que ela condena
(Tg 1.21; S l 119.9-11), pois o propósito
de escondê-la no coração é não pecar
contra D eus (S l 1 1 9 .1 1 ). Por c au sa
dela, o sa lm ista rejeitou o conselho
dos m aus, o exemplo dos pecadores
e a roda dos zom badores (Sl 1.1,2); o
compromisso com a Palavra e com o
Deus da Palavra gera atitudes santas.
Seja você tam b ém um p ratican te
da Palavra. Sinta-se encorajado pelas
palavras de Paulo: “Ponham em prática
o que vocês receberam e aprenderam
de mim, tanto com as minhas palavras
XX»
como com as m inhas ações" (Fp 4.9). X»
Ame como Jesus ensinou (Jo 13.34,35; a >
1 Jo 4.7); perdoe como você foi perdo­
ado (E f 4.32; Cl 3.13); fa ça os outros
Deus revelou a
o que g o staria que fizessem a você sua vontade
(M t 7 .12); e faça tudo para glória de através da
Deus (1 Co 10.31). Bíblia Sagrada.

{^ Ih A U X ÍU O TEOLÓGICO^^ 99
“Mais do que ter a Palavra em nosso
coração, é preciso exteriorizar o evan­
III - CRESCENDO E AMADURECENDO
gelho em nossas vidas [...]. Tiago nos ATRAVÉS DA PALAVRA
desafia em seu escrito a ser praticantes Ao longo da vida, todos enfrentamos
da P a la v ra , e não ap e n a s ouvintes. decepções, medos, tristezas e dores;
Primeiro ouvimos o discurso e depois d ificu ld a d e s nos ce rca m te n ta n d o
praticam os. Não é razoável ler, estu­ abater a nossa força e roubar a nossa
dar e ouvir a Palavra de Deus se não alegria (Sl 116.3,4). Definitivam ente,
tem os o objetivo de seguir o que ela ninguém está livre das adversidades.
nos apresenta. Se tem os respeito pela E n tre ta n to , os s e rv o s de D eu s, no
Palavra, é imperativo obedecê-la. Tiago so frim ento são conso lados a tra vé s
parece um mestre que ensina, lembra e das prom essas do Pai, que dão vida e
relembra a seus alunos a que tenham esperança (Sl 119.49,50).
um a vida vo ltada para atitudes que Pelas Escrituras som os lem brados
espelhem a salvação. E como se a ex­ que “o que sofrem os durante a nossa
pressão ‘pratique a Palavra’ fosse uma vida não pode ser comparado, de modo
senha para uma questão difícil de uma nenhum , com a glória que nos será
prova. Para que façam o s a diferença revelad a no futuro" (Rm 8 .1 8 ), um a
neste mundo, pratiquemos a Palavra. vez que “essa pequena e passageira
Para que aprendam os a dom ar nossa a flição que so frem o s vai nos tra ze r
língua, pratiquem os a P a lavra. Para um a glória enorm e e e tern a, muito
nos afastarm os da maldade e de toda maior do que o sofrimento. Porque nós
impureza, pratiquemos a Palavra. Para não prestamos atenção nas coisas que
sermos sábios, pratiquemos a Palavra. se veem , m as nas que não se veem ”
A prática, como diz o ditado, conduz à (2 Co 4.17,18).
perfeição, e nosso caso, nos aproxima Paulo, escrevendo aos coríntios, afir­
cada vez mais de Deus" (DANIEL, Silas mou que o nosso Deus é Deus de toda
& COELHO, Alexandre. Fé e obras: En­ conso lação e ajuda (2 Co 1.3). Ele é
sinos de Tiago para uma vida cristã poderoso p ara e n x u g a r de n o sso s
autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, olhos toda lá g rim a e a c a lm a r toda
pp. 64-65). tempestade dentro e fora de nossa alma.
Podemos confiar (St 46.1) e descansar reais. É por isso que Paulo encorajou
nele, pois fortalecerá o nosso coração os coríntios a viverem pela fé, e não
(SL 27.14); devemos entregar todas as por aq u ilo que viam (2 Co 5.7). Os
nossas preocupações a Ele, pois tem coríntios deviam tira r os seus olhos
cuidado de nós (1 Pe 5.7). deste mundo - pois as d ificuldades
Algum as vezes, Ele nos livrará antes, em breve e sta ria m te rm in a d a s. Em
o u tras d u ra n te ou so m ente depois vez disto, e le s d e ve riam fix a r seu s
de um a tribulação. Entretanto, uma olhos no Todo-Poderoso, aquele que
certeza temos em nosso coração: não possui todo o poder, pois Ele trará a
serem os ab alad o s (Sl 62.1,2), pois o alegria que será eterna.” (Comentá­
Senhor está conosco como um pastor rio do Novo Testamento Aplicação
que guia, protege e supre o seu rebanho Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
(Sl 23.1-3). 2 01 0 , p. 210).
“4 .1 7 - LEVE TR IBU LA ÇÃ O ... PESO
ETERNO DE GLÓRIA. As aflições e as
provações suportadas na vida dos que
perm anecem fiéis a Cristo são leves
“Paulo sabia que os sofrimentos que
em com paração com a ab undância
ele suportava eram , na verdade, leves
de glória que tem o s em Cristo. Essa
e m o m e n tâ n e o s, em c o m p a ra ç ã o
glória já está p arcialm ente presente,
com a duração do tem po em que ele
m as só no futuro será experim entada
desfrutaria da presença de Deus - uma
p le n a m e n te (Cf. Rm 8 .1 8 ). Q uando
glória enorm e e eterna, muito m aior
a lc a n ç a rm o s a n o ssa h e ra n ça nos
do que o so frim ento (2 Co 4 .1 7 ,18 ).
Céus poderem os dizer que as tribu-
O que verdadeiram ente im porta - o
lações m ais severas não eram nada
que é eterno e permanente - não pode
em com paração com a glória do e s­
ser visto, tocado ou medido. Somente
tado eterno. Não devemos, portanto,
com os olhos da fé as pessoas podem
desesperar-nos, perder a esperança,
esperar pelo que ainda não viram. So­
nem deixar nossa fé diminuir, em meio
mente com os olhos da fé elas podem
a o s n o sso s p ro b le m a s.” (Bíblia de
com eçar a entender, com a ajuda de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
Deus, o eterno significado das suas
CPAD, 2002, p. 1774).
a ç õ e s . A e s p e ra n ç a de um c re n te
não está neste mundo. A esperança
de um cristão não está no poder e na CONCLUSÃO
riqueza que podem ser acum ulados Seja um ouvinte praticante da Palavra
na terra. Na verdade, a esperança de de Deus. Conduza sua vida à luz de seus
um cristão está em Cristo - alguém conselhos. Não ignore as Escrituras. Leia
que não pode ser visto neste momento a Bíblia diariam ente e ore para que o
(Rm 8.24; Hb 11.1). Apesar disto, Jesus Espírito Santo ilumine seu coração e
C risto e a sua im p o rtâ n cia na vida mente a fim de que você compreenda
de cada pessoa são suficientem ente as Escrituras.
â á á á À â i á À À á i á á á i i i f A i à i À á

f<~

1. Complete os versículos:
Ü?"

“— Quem o u v e esses meus e n s i n a m e n t o s e v iv e de acordo com

S é como um homem
e le s

(M ateus 7.24).
sá b io que construiu a sua casa na r o c h a

“Não se e n g a n e m ; não sejam apenas o u v i n t e s


m as a p o n h a m em p r á t i c a (Tiago 1.22).
dessa m en sag em .

2. Voceja leu a Bíblia toda?


Resposta pessoal.________

3. Você tem algum versículo preferido?


Resposta pessoal._________________

4. Qual a sua maior dificuldade para compreender a Palavra? O que voce


pode fazer para superá-la?
Resposta pessoal. __________________________________

Pense Nisso
Ler, aprender, crer e praticar a P a la­
vra é um dever de todo cristão. Não há
desculpas para o desprezo às Escrituras.
Pelo contrário, desde a antiguidade o
povo perece por falta de conhecimento
(Os 4.6). Ignorar essa Palavra não é uma
decisão inteligente. Por isso, dedique-se
mais e mais a conhecer e compreender
toda a Bíblia Sagrada.
MINHAS IDÉIAS
COMO PAULO PASSOU
A ENTENDER A PESSOA DE JESUS
COMO ÚNICO SENHOR?

O fato fundamental que mudou a vida de Saulo de Tarso ocorreu


quando o Senhor se encontrou com ele dois mil anos atrás enquanto
levava consigo documentos mortais para os cristãos de Damasco.
Quando aquele judeu erudito brilhante, fariseu, e zelote encontrou-
-se com o Senhor, tudo que ele compreendia em relação a Deus e ao
mundo virou de pernas para o ar e assumiu uma nova orientação, de
forma inequívoca e eterna. A graça, o amor e a justiça incorporados
de Deus se tornaram radicalmente autoevidentes na revelação do
seu Filho, e este amor cruciforme transformou Saulo de Tarso em
Paulo, Apóstolo do Senhor, Jesus Cristo. A graça de Deus em Cristo,
que havia reordenado o seu objetivo no mundo, agora reordenou o
mundo de Paulo, transformando a sua identidade e enviando-lhe a
um novo povo, predominantemente gentio, para anunciar o nome
de Deus. A sua devoção a Yahweh e reconhecimento dos propósitos
divinos desde a primeira criação até a nova levam a um esquema
trinitário — ao único Espírito Santo, ao único Senhor Jesus e ao
único Deus e Pai de todos.
MAIS QUE UMA
BÍBLIA DE ESTUDOS,
UMA CO M PAN H EIRA
DE TODAS AS HORAS
Em mais de 2 5 anos de existência, a Bíblia de Estudo Pentecostal
(BEP) se tomou uma companheira presente nos cultos, nos devocionais
e na leitura diária de centenas de milhares de brasileiros, indo muito
além de sua função primária de ser uma Bíblia para estudos segundo
a doutrina pentecostal.

Ao longo de todo esse tempo, o projeto da BEP ampliou-se, passando


a incluir as impressões em várias cores de capa e formatos, a edição
com a Harpa Cristã e as versões com conteúdo próprio e exclusivo
para crianças e jovens.

Neste ano de 2 0 2 2 , ela passa por uma grande reformulação, com a


revisão dos materiais de estudo, reorganização das notas e adequação
do texto conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

A Bíblia de Estudo Pentecostal se aperfeiçoa para continuar sendo o


que sempre foi: a Bíblia número 1 no coração dos cristãos brasileiros.

CPADvIdeo ISSN 2 175- 4322


D edito raCPAD

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CBC Edito raCPAD
cpad.com .br

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