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SA IB A MAIS:
L ições Bíblicas
E E H i t a
f i Nome:
Igreja:
o f i https: / / www.cpad.com.br
TEMA DO TRIMESTRE:
CONHECENDO OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ NAS EPÍSTOLAS GERAIS
12
CRISTO ENTENDE VOCÊ
A F É E O NOSSO
RELACIONAMENTO
COM DEUS
PROFESSOR
Q
48 S P
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA
pag^^
O PROPÓSITO DO
SOFRIMENTO
61
INIMIGO ÍNTIMO
68 S p
UMA CARTA
PARA VOCÊ
26 gg" 75 h
MAIS QUE VENCEDOR: DIGA "NÃO!"
PROVAS ETENTAÇÕES
ag
p ^ ^
34
FÉ EOBRAS CUIDADO COM O EGO
E SUAS AMBIÇÕES
41 89 íjM
UMAARMA LUTE POR SUA FÉ
PODEROSAMENTE
MORTAL
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das
CONHECENDO OS
Assembleias de Deus no Brasil FUNDAMENTOS
José Wellington Costa Junior DA FÉ CRISTÃ NAS
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa EPÍSTOLAS GERAIS
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza Querido(a) professor(a), seus
Gerente de Publicações alunos estão iniciando mais
Alexandre Claudino Coelho um trimestre de estudos da
Gerente Financeiro Palavra de Deus. Neste perío
Josafá Franklin Santos Bomfim do eles farão uma viagem pa
norâmica sobre as Espístolas
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva Gerais (de Hebreus a Judas)
da Bíblia, conhecendo os seus
Gerente Comercial
Cícero da Silva temas centrais e recebendo
orientações bíblicas capazes
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva de fortalecê-los e amadurecê
-los em sua caminhada cristã.
Gerente de TI
Saiba que a sua contribuição
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação será muito importante na mi-
Leandro Souza da Silva nistração dos ensinamentos
in r
Chefe do Setor de Educação Cristã extraídos dessas epístolas
Marcelo Oliveira que são atuais e muito úteis
Chefe do Setor de Arte & Design para os crentes de todos os
tempos, inclusive os juvenis.
, odv
Wagner de Almeida
Comentarista Você está tendo o privilégio
Samuel de Oliveira Martins de ensinar um livro que é dife
Editora rente de todos os outros que
1,3s
A SUPERIORIDADE
DE CRISTO
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho." (Hb 1.1)
11 V p
feito por si mesmo a purificação dos de Deus o adorem.
ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), é importante que o seu conhecimento sobre este
assunto seja aprofundado no que diz respeito à superioridade de Cristo retratada
nos primeiros três capítulos da epístola dos Hebreus. Assim, faz-se importante que
você atualize sua leitura com alguns comentários bíblicos a fim de aprofundar seu
conhecimento sobre a disciplina de Cristologia, especialmente quanto aos três
primeiros capítulos da Epístola aos Hebreus. O livro de consulta recomendado
antes da aula é: A Supremacia de Cristo, do pastor José Gonçalves, publicado
pela CPAD, o qual, no capítulo 2, sintetiza, de maneira magistral, a superioridade
de Cristo em relação aos anjos, quando aduz: “1- Nenhum dos anjos podia trazer
a nova relação entre irmãos (Hb 2.5-13); 2- Nenhum dos anjos podia livrar os
homens do temor da morte (Hb 2.14-16) e 3- Nenhum dos anjos podia realizar
a obra da expiação pelos pecados (Hb 2.17,18)”. Vale a pena a leitura.
8 JUVENIS
para os judeus), hoje em dia é possíveL sava de um “mero figurante” no pLano
perceber que muitas pessoas (até mes divino. Mas o texto é cLaro ao afirmar
mo alguns cristãos) e outras religiões que "Cristo é tido por digno de tanto
valorizam exageradamente a figura maior honra do que Moisés, quanto
dos anjos, como no caso dos “anjos da maior honra do que a casa tem aqueLe
guarda”, caindo em misticismo (Cl 2.18). que a edificou" (Hb 3.3). Sem diminuir a
Devemos respeitar a figura dos anjos importância de Moisés, somos ensina
enquanto agentes de Deus em favor dos que eLe era um servo fieL na casa
dos saLvos (Hb 1.14), sem esquecer que de Deus, mas Jesus é fieL como FiLho
eLes não recebem adoração (CL 2.18; sobre a casa de Deus: Cristo é, mais
Ap 22.8,9), somente Jesus (Hb 1.6; Fp uma vez, superior (Hb 3.3-6).
2.9-11; Ap 5.6-14). Os anjos de Deus 4.2. Jesus: maior que os apóstolos
exercem ministérios gLoriosos, no céu e o sumo sacerdote
e na terra, e são conservos nossos; Vejamos que Moisés executou uma
eLes não querem a nossa adoração obra (Hebreus utiliza a figura da edifi
e nem pretendem tomar o Lugar de cação de uma casa): eLe foi enviado por
Deus (Ap 19.10). Deus para Libertar os hebreus da escra
3.3. O perigo da negligência vidão dos egípcios (Êx 3.7-10), guiando
Hebreus mais uma vez destaca a o povo peLo deserto com a companhia
importância de prestarmos maior aten
ção à mensagem do FiLho, porque se a
paLavra faLada peLos anjos foi cumprida
x' ' /
e Cristo é maior do que os anjos, como
poderemos escapar da condenação se
negLigenciarmos a PaLavra de saLvação
em Cristo Jesus (Hb 2.1-4; Rm 8.1,2)?
Que possamos nos apegar firmemente
àquELe que, sendo Deus, fez-se homem,
#
para que, peLo seu sacrifício, nos Liber
tasse do medo da morte e derrotasse Em "A Supremacia de
o Diabo (Hb 2.14,15; Jo 3.16)!
Cristo", o pastor José Gonçalves
4. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS debruça-se sobre os ensinamen
4.1. Cristo é superior a Moisés tos das cartas aos Hebreus para
Moisés é o profeta mais honrado nos trazer uma reflexão teológi
peLos judeus, por isso é naturaL que ca que promete ser uma impor
fosse mencionado. Os judeus amavam tante aliada contra a ameaça
muito Moisés e sua obra — o grande
que ronda de perto a vida de
Libertador, o homem que “abriu”o Mar
Vermelho, um dos maiores profetas. todo verdadeiro cristão:
Contudo, como nas comparações ante A apostasia.
riores, o escritor aos Hebreus defende
que, diante de Cristo, Moisés não pas
JUVENIS 9
de seu irmão, Arão, como primeiro
sumo sacerdote (Êx 28.1,29,38). TaL fato
SUBSÍDIO
é relembrado em Hebreus 3.1 quando “Porque a qual dos Anjos disse jam ais:
o escritor orienta o salvo a considerar Tu és m eu Filho, hoje te gerei?... (v.5).
Jesus como “apóstolo” (o mesmo que Em bo ra o s anjo s sejam c h a m a d o s na
“enviado") e “sumo sacerdote" (ministro BíbLía d e 'fíLhos d e D eus' (Jó 1.6; 2.1),
mediador entre os homens e Deus) da o S e n h o r, to d avia , ja m a is o s c h a m a
nossa fé. d e 'm eus fíLhos'. Essa e x p ressão só é
Perceba que Moisés não poderia apLícada a Cristo co nform e dem onstra
exercer, ao mesmo tempo, seu cha o SaLm o 2. A q ui não e stá p re se n te a
mado e o ofício sacerdotal, o qual foi ídeía d e um a inferioridade do FÍLho em
dado a Arão. Mas Jesus é “mais digno" reLação ao Pai peLo fato d e aquELe ter
(Hb 3.3) — liturgicamente e em todos sid o ‘g e ra d o ’. (...) Na cuLtura heb raica
os sentidos — que Moisés e sua obra, (...) o s te rm o s 'gerado' e 'criado' não
concentrando em Si mesmo, e definiti podem se r tidos co m o sinônim o s. (...)
vamente, os ofícios de profeta, sacer C. S. Lew ís (18 9 8 -19 6 3) (...) d is s e que:
dote e rei. Ele é maior e preexistente ‘G e ra r é to rn a r-se pai; criar é fazer. A
a todos os que foram enviados antes d ife re n ç a é esta: q u a n d o v o c ê gera,
dEle Uo 1.15-18) e é Sumo Sacerdote gera aLgo da m esm a esp écie que você.
por excelência (Hb 7.27,28)! Jesus é O hom em gera bebês humanos, o urso
perfeito! gera fíLhotes ursos, e um pássaro gera
ovos q u e se transform am em p assari
5. A GRANDE PREMISSA: CRISTO nhos. M as q uand o v o c ê cria, faz aLgo
ÉDEUS de um a e sp écie diferente da sua. (...) Se
Em Hebreus 1, 2 e 3 há uma grande for um escuLtor bem quaLífícado, pode
premissa que sustenta todos os argu fazer um a estátua bem parecida com
mentos apresentados: Jesus é Deus, um hom em . NaturaLmente, porém, eLa
Filho Unigênito do Pai. Essa é uma não será um homem verdadeiro, apenas
grande verdade que nós, os crentes se assem elhando a ele. Ela é incapaz de
em Jesus, não podemos nunca, jamais, respirar ou pensar. Não está viva. Essa é
esquecer ou reLativizar, principaLmente a primeira coisa a com preender. O que
diante dos incrédulos e dos falsos D eu s gera é D eus; assim co m o o q ue
mestres o hom em gera é hom em . O q u e D eus
A Declaração de Fé das Assembléias cria não é Deus; Da m esm a form a q ue
de Deus, falando sobre a “deidade o que o hom em cria não é homem. Daí
absoluta de Jesu s”, nos apresenta a razão d e os hom ens não serem fíLhos
extensos exemplos de que Jesus é, d e D eus no m esm o sentido q u e Cristo.
inequivocamente, Deus (Jo 1.1; CL 2.9; ELes podem assem eLhar-se a D eus em
Is 9.6; Ap 1.8; Mt 8.20; Jo 16.30; Ef 1.21; certos aspectos, m as não pertencem à
Cl 1.16). Hebreus nos adverte a guar m esm a e sp écie. A p ro x im a m -s e m ais
dar as palavras do Senhor Jesus, da de estátuas ou figuras d e Deus"'. (GON
mesma forma que o Mestre ensinou Ç A L V E S , José. A Supremacia de Cristo.
para aqueLes que o amam Uo 14.23). • Rio d e Janeiro: C PA D , 2017, p. 25,26).
10 JUVENIS
PARA CONCLUIR
R e co n h e ce r a su p erio rid a d e d e Cristo so b re to dos o s se re s criad o s possui
grand e reLevância teoLógica — entendim ento q u e faz parte da coLuna vertebraL
da fé cristã, m as tam bém a lca n ça um a d im en são prática, piedosa, d e v o c ío n a L
Cristo d eve ser adorado diariam ente, através de nossas condutas, com o SaLvador
e Senho r d e nossa existência! So m en te assim cu m p rirem o s a boa, agradável, e
perfeita vontade d e Deus.
CO N H EÇA OS
SEU S ALUNOS
* A t 2.2 2 ★ A B íblia c h a m a J e s u s d e ho m em
M c 8 .3 1 ★ J e s u s en te n d e o se u sofrim ento
LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Hebreus 4.14-16 povo; porque isso fez ele, uma vez,
14 Visto que temos um grande sumo oferecendo-se a si mesmo,
sacerdote, Jesus, Filho de Deus, 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes
que penetrou nos céus, retenhamos a homens fracos, mas a palavra do
firmemente a nossa confissão. juramento, que veio depois da lei, cons
n 15 Porque não temos um sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das
titui ao Filho, perfeito para sempre.
Hebreus 10.1-5
nossas fraquezas; porém um que, 1 Porque, tendo a lei a sombra dos
como nós, em tudo foi tentado, mas bens futuros e não a imagem exata
sem pecado, das coisas, nunca, pelos mesmos
16 Cheguemos, pois, com confiança ao sacrifícios que continuamente se
trono da graça, para que possamos oferecem cada ano, pode aperfeiçoar
alcançar misericórdia e achar graça, os que a eles se chegam.
a fim de sermos ajudados em tempo 2 Doutra maneira, teriam deixado de se
oportuno. oferecer, porque, purificados uma vez
Hebreus 726-28 os ministrantes, nunca mais teriam
26 Porque nos convinha tal sumo sa consciência de pecado.
cerdote, santo, inocente, imaculado, 3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano,
separado dos pecadores e feito mais se faz comemoração dos pecados,
sublime do que os céus, 4 porque é impossível que o sangue
27 que não necessitasse, como os sumos dos touros e dos bodes tire pecados.
sacerdotes, de oferecer cada dia 5 Pelo que, entrando no mundo, diz:
sacrifícios, primeiramente, por seus Sacrifício e oferta não quiseste, mas
próprios pecados e, depois, pelos do corpo me preparaste;
MC CONECTADO •••
f
é :
A Epístola aos Hebreus demonstra a divindade de Jesus, mas também
ressaLta a sua humanidade. Ele não veio à Terra disfarçado de homem. Jesus,
sem deixar de ser Deus, foi realmente um ser humano. A diferença é que
Ele nunca pecou, ainda que tentado pelo Diabo, tornando-se, assim, um
modelo de perfeição. E, por ter sido humano, é capaz de compreender as
nossas fraquezas e necessidades. Hoje, ao lado de Deus Pai, Cristo é o nosso
Sumo Sacerdote, 0 intermediário entre você e Deus, posição que alcançou
sob o sacrifício na cruz.
r
O B J E T IV O S
ANTES DA AULA
Caríssimo(a) professorla), infelizmente, a internet está cheia de heresias antigas,
já combatidas petos apóstolos, porém maquiadas com um aspecto de moderni
dade, com outros nomes. Como também, há muitos portais chamativos de seitas
disseminadoras de heresias. Portanto, é necessária uma fonte segura para guiar-nos.
Recomendamos, a fim de não errar, A Declaração de Fé das Assembléias de Deus,
publicada pela CPAD. Trata-se de um texto acessível e bem fundamentado para nos
suprir respostas sobre o pensamento teológico assembleiano.
O objetivo desta lição é demonstrar a humanidade de Cristo, que o capacitou a
tornar-se um Sumo Sacerdote capaz de “compadecer-se das nossas fraquezas”(Hb
4,15). Esquematize em um mural o seguinte esboço sobre a humanidade de Cristo,
pedindo aos alunos que leiam as referências bíblicas correspondentes:
JESUS - VERDADEIRO HOMEM
1. A Bíblia chama Jesus de homem At 2.22; íT m 2.5
2. Jesus nasceu como qualquer outro homem Lc 2.7
3. Jesus integrou-se totalmente à sociedade:
•Era membro de uma família Mt 1.18-25; Jo 6.42
•Recebeu um nome Mt 1.21
•Tinha sua genealogia Mt 1.1-17; Lc 3 23-38
•Teve uma profissão Mt 13 55 ; Mc 6.3
•Cumpria seus deveres com a sociedade Mt 1724-27
14 JUVENIS
entre Deus e o povo, mas o sacerdote, 2 . ELE FOI HUMANO COMO NÓS
e principalmente o sumo sacerdote, 2.1. “Porque nos convinha”
eram a “ponte”entre o povo e Deus. O sumo sacerdote entrava uma vez
1.2. Grande em compaixão todos os anos no “santo dos santos",
Uma ótima notícia: Hebreus 4.15 diz Local mais sagrado do tabernáculo feito
que nosso grande Sumo Sacerdote por Moisés. Nessa ocasião, ele levava
tem compaixão de nós! Ou seja, Ele consigo o sangue de animais a fim de
sabe o que a gente passa — sofre fazer 0 pagamento pelos pecados dele
conosco — pois como nós, Jesus foi e do povo.
tentado em tudo, entretanto, diferente Por isso, em Hebreus 7.26, está
de nós, nunca pecou! escrito: “porque nos convinha”, ou seja,
Assim, você e eu possuímos, diante era conveniente, apropriado, oportu
de Deus, 0 mediador perfeito, que além no, vantajoso, cômodo, que viesse
de entender completamente nossas alguém para nos desobrigar de realizar
falhas — embora não concorde com os rituais da lei de Moisés, que não
elas — experimentou a vitória sobre resolviam o problema do pecado. Só
o pecado, inclusive aqueles que são podia ser uma Pessoa perfeita... Onde
nossos “pontos fracos”. achar, já que todos pecaram (Rm 3.23)?
1.3. O Trono da Graça Somente descendo do Céu... e foi o
Diante de tão Grande Sumo Sacerdo que aconteceu. Era, assim, tão divino
te, que compreende a gente —“conhece
a nossa estrutura”(Sl 103.14) —o escritor
de Hebreus (4.16) completa: não tenha <- -» INTERAÇÃO
medo de se aproximar do trono da graça!
Querído(a) professor(a), para
Em muitas partes da Bíblia, encontrar
introduzir os alunos à lição, inicie
um “trono”não é uma coisa muito boa,
perguntando se eles participariam
pois ali geralmente você será julgado
por seus erros (Pv 20.8: Et 4.11; 5.1,2; Mt de festas infantis usando roupas de
2531 - 33 ; Ap 20.11). Entretanto, o trono da gala muito elegantes. Obviamente,
graça aqui mencionado é diferente: nele ninguém gostaria de passar por esse
encontraremos, através dos méritos de constrangimento. É necessário saber
Jesus, misericórdia e graça para con como chegar, e Cristo soube. Ele veio
tinuarmos firmes na caminhada cristã. como um pobre bebezínho. Humilde
Quando chegarmos a esse trono, e poderosamente, autolimitou (deci
não seremos condenados, mas rece são própria) seu poder como Deus
beremos um abraço afetuoso do Pai. (Fp 2,7-11), de forma que possui uma
Sabe quem encontrou esse trono? O
natureza completamente humana
filho pródigo: “E, levantando-se, foi para
e completamente divina, fazendo
seu pai; e, quando ainda estava longe,
chegar à humanidade o novo e vivo
viu-o seu pai, e se moveu de íntima
caminho para o Pai.
compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe
ao pescoço, e o beijou”(Lc 15.20). Que
maravilha, não é?
JUVENIS 15
como Deus e tão humano como nós. Bom, de fato não merecemos nada
10 0 % Deus e 100% Homem. além da morte (Rm 6.23). porém de
2.2. De uma vez por todas vemos ter sempre em mente que os
Quando morreu na cruz, Jesus méritos da nossa salvação são de Jesus.
derramou o seu próprio sangue como O pecado perdoado pelo sangue de
pagamento pelos nossos pecados (Hb Cristo é lançado no “mar do esqueci
9.11-14}, de uma vez por todas (Hb 7 27)! mento" (Mq 7.18,19; Is 43 25; Hb 9.18)!
Assim, com a redenção perfeita,
não há mais a necessidade da morte 3. UM A H U M A N ID A D E P E R F E IT A
de animais. Os méritos do sacrifício de 3.1. Jesus, o perfeito
Cristo em nosso favor são permanentes. Entre os hebreus, o sumo sacer
Resta-nos crer na obra da salvação e, dote era o principal ministro reLigioso,
através do poder do sangue de Jesus, acima dos outros sacerdotes, o único
receber a purificação de nossos peca que podia realizar o ritual de expiação
dos, para servir ao Deus vivo. pelos pecados do povo. Mas ele era um
2.3. "Mar do esquecimento" homem comum, portador das mesmas
Não é difícil pensarmos nos pecados imperfeições.
que já cometemos (e até naqueles que O sacerdócio de Cristo é apresen
ainda lutamos contra) e, na medida em tado na Epístola aos Hebreus como
que nos entristecemos, somos inun sendo superior, "segundo a ordem de
dados por um sentimento ruim de que Melquisedeque [...] não tendo princípios
não merecemos nos relacionar com de dias e nem fim de vida" (Hb 6.20; 7 -3 ).
um Deus tão perfeito e santo. isto é, divino, perfeito, eterno. O sacer
dócio de Cristo substitui o sacerdócio
terreno (leia Hb 9.11).
Assim, não há por que apelarmos
a intermediários terrenos para obter
mos o perdão dos pecados. Tem os
em Cristo um representante ideal
diante de Deus, alguém que pode
"compadecer-se" de nós, expressão
que siginifica "demonstrar simpatia
por". Cristo entende você e vê o seu
esforço para acertar. Em contrapar
Conheça a nossa "Declaração tida, Ele espera que você mantenha
de Fé", um documento "firme a confiança" (Hb 3.6), ou seja,
eclesiástico que organiza, não abandone a fé.
3.2. A pessoa perfeita
de forma escrita e
Deus exige de nós perfeição e o
sistem ática, as crenças e
padrão dEle é elevado. Deus mandou
práticas das Assembléias
que Abraão fosse perfeito (Gn 17.1). Mi
de Deus no Brasil. lênios após, Jesus disse a mesma coisa
(Mt 5.48). Paulo também falou sobre a
1 6 JUVENIS
possibilidade dessa perfeição (2 Tm
<
3.17). igualmente sugerida em Hebreus
ío .i, para aqueles que se chegam a
Deus por intermédio de Jesus. oT\ C O N H E Ç A OS
Com certeza já lhe ocorreu ficar S EU S A LU N O S
indignado(a) por tornar a com eter
um erro que já se havia proposto não “Às vezes, Jesus prendia-lhes a
repetir. Ou deixar de praticar uma boa atenção com uma história da vida.
ação, ainda que desejasse fazê-lo, O Suas parábolas eram curtas, objetivas
apóstolo Paulo vivia o mesmo dilema, e memoráveis. Ao estudar a licão.
pois revela em Romanos 7.15: "Porque lembre-se de algum evento em seu
o que faço, não o aprovo, pois o que passado que o ajudou a aprendê-la,
quero, isso não faço; mas o que abor e partilhe-o. Os alunos ouvirão a sua
reço, isso faço." Acontece que essa é a história e pensarão no princípio que
condição de todos os seres humanos. você lhes está ensinando antes de
Todos, sem exceção, nascemos com
perceberem que estão aprendendo.
deficiências morais. A boa noticia é que
Noutras ocasiões, Jesus usou o es
Cristo se deparou com a mesma situa
tudo de casos para atingir sua meta.
ção, não que Ele tenha sido moralmente
imperfeito, porque jam ais errou, mas Chamou a atenção a uma viúva que
como homem, pôde conhecer de perto dera tudo o que possuía ao depositar
as nossas imperfeições e descobrir o algumas moedas na coleta do Templo
quanto é dificil ser justo. E foi justamente (veja Mc 12.41-44). Jesus ensinou os
pelo fato de experimentar a natureza ouvintes sobre ofertar. Para fazer com
humana sem pecado que Ele se tornou que o povo pensasse sobre como orar.
o Sumo Sacerdote perfeito. contou de um fariseu e coletor de
Note que não podemos estar sa impostos que orava no Templo (veja
tisfeitos com a nossa imperfeição, pois Lc 18.9-14). E mostrou a diferença
cairemos no erro de aceitar o pecado
entre um pobre mendigo, Lázaro, e
como uma coisa natural. Nossa pre
um homem rico para levar o povo a
ocupação constante deve ser a de
pensar em como vivia (veja Lc 16.19-
não pecar. E, se errarmos, temos um
advogado no céu (1 Jo 2.1). 31). Às vezes, uma nova história local
3.3. 0 im possível que se tornou tornava-se o ponto de partida para
possível algumas das lições de Jesus. [...] (veja
Hebreus 10.4 diz que é impossível Lc 13.1-3).” (TOWMS, Elmer L. O que
que o sangue de anim ais tire peca todo professor de Escola Dominial
dos. E isso era um grave problema precisa saber. Rio de Janeiro. CPAD.
no relacionamento dos homens com 2011, p. 66-67).
Deus (Is 59.2). mas Cristo, o “Cordeiro
de Deus que tira o pecado do m un
do”(Jo 1.29), tornou o impossível em
possível.). ®
JUVENIS 17
PARA C O N C L U IR
ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), nossos alunos precisam nos ter como exemplos (1
Tm 4,12), por esse motivo, não apenas em sala de aula, mas também nos cultos
(Hb 12,28,29), devemos ser ordeiros e reverentes, Procure ter uma postura séria
e reta (física e moral), deixe os momentos engraçados para depois do culto e,
pontualmente, para alguns instantes oportunos na sua aula. Não seja um “chato”,
mas procure conduzir-se conforme a solenidade da ocasião. Desta maneira,
os seus estudantes observarão, mesmo que, ao passar do tempo, como se
comportar no ambiente eclesiástico. A igreja na atuaLidade nos suplica que
formemos líderes maduros na fé.
Esta lição consiste em ensinar à classe o tipo de fé que é indispensável para o
relacionamento com Deus, uma fé ativa, presente no viver diário. Existem, porém,
outros tipos de fé, os quais devem ser expostos aos alunos, a fim de que não se
confundam em algumas interpretações. Destacaremos dois tipos importantes:
1. Fé natural —Conhecimento oriundo da observação da natureza e do labor
filosófico que conduz à certeza quanto à existência do Supremo Ser. Este tipo
de fé pode ser encontrado, por exemplo, nas obras dos filósofos gregos que,
embora desconhecessem os escritos dos profetas hebreus, lograram descobrir
a presença imarcescível de Deus (Rm 1.20,21).
2, Fé Salvadora — Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé le-
va-nos a receber a Cristo como 0 nosso único e suficiente Salvador (Jo 3.16),
Ao contrário da fé natural, que brota através do labor filosófico, a fé salvadora
só há de nascer no coração humano através da pregação do Evangelho (Rm
10.13,16). Sem a mensagem da cruz, não pode haver fé salvadora.
JUVENIS 21
“os antigos alcançaram testemunho".
Interessante perceber que, no grego, a
<- -» INTERAÇÃO
palavra fé ipistis - Hb 11.1) aparece, em
Professor(a), para introduzir a primeiro plano, como a convicção da
lição aos alunos, faça a seguinte verdade de algo, ou seja, a fé define
atividade: convide dois alunos do nossa identificação com os parâmetros
morais de Deus e, assim, possuímos
sexo masculino para participarem.
esse caráter com base na obediência
Coloque-os enfileirados e peça para
a essa visão.
o que está na frente cair para trás e o
Por que os antigos alcançaram o
que está atrás que não o deixe cair. testemunho? Resposta: porque eles
Após a dinâmica, explique aos alunos: viveram de um modo diferente dos outros
Deus, embora não O vejamos com os homens. Fizeram a diferença em suas
olhos naturais (o aluno da frente não gerações, pois seguiram um conjunto
conseguia ver o outro aluno atrás), de princípios que, mesmo não escritos
pela fé, está sempre conosco para em tábuas de madeira ou pedra, haviam
nos sustentar durante nossas quedas. sido modelados por Deus em seus co
Procure saber quais os sonhos rações, — isso é a manifestação da fé.
dos seus alunos, incentive-os a
1.3. Dom do Espírito
Uma pessoa que possui a fé verda
apresentá-los a Deus, confiando
deira, salvadora demonstra essa reali
que Ele “endireitará as suas ve
dade por meio de boas obras (Ef 2.10).
redas" (Pv 3.6). Destaque, todavia,
Então, à proporção que as pessoas vão
a necessidade de esses sonhos se aproximando de Deus, dia após dia,
estarem de acordo com a vontade a fé vai sendo aumentada (os discípulos
de Deus. Lembre-lhes a orientação pediram isso - Lc 17.5). como aconteceu
de Tiago: “Pedis e não recebeis, com Estevão (At 6.5) e Barnabé (At 11.24),
porque pedis maL, para o gastardes que eram homens cheios de fé, ou seja,
em vossos deleites" (Tg 4 3 ). cheios da presença de Deus.
22 JUVENIS
te mencionar que Deus só exige de nós escritor aos Hebreus descreve uma
aquilo que Ele já nos deu. Desta forma, monumental galeria da fé, dando des
como a Bíblia diz que Deus é fiel (1 Co taque inicialmente a três personagens
1.9), Ele também pode — com base em que viveram em um tempo em que não
sua justiça — exigir de nós fideLidade, e havia Bíblia, nem igreja, nem pastor,
também confiança (fé). Essa circunstân mas que, mesmo assim, surgiram como
cia se mostra tão real que, se alguém heróis da fé que fizeram a diferença
pedir aLgo a Deus sem acreditar, sem nos tempos em que viveram — Abel,
fé, “não pense tal homem que receberá Enoque e Noé.
do Senhor alguma coisa”(Tg 1,7). O espaço aqui, sem dúvida, é bas
Existem vários tipos de fé, mas tante escasso para falar sobre os três,
o autor da epístola refere-se àquela entretanto p o d e-se dizer que eles
forma de crer, de conscientemente dem onstraram uma fé muito gran
nos colocarmos na inteira dependên de, ao romperem obstáculos sociais
cia do Senhor e de acreditarmos que importantes e, todos eles, de forma
aquilo que não vemos, é real, Essa é a inédita, estabeleceram um padrão de
fé que nos dá a certeza das coisas que comunhão com Deus que, até hoje,
podemos ver e tocar. É a fé que nos dá serve de referência para 0 cristianismo.
a certeza de que nossas orações serão 3.2. Abraão, Sara, Isaque, Jacó
respondidas. Com a mesma fé, acredi O se g u n d o grupo de p esso as
tamos que tudo 0 que nos acontece, até nasceu milhares de anos após Abel,
as coisas desagradáveis, contribuem entretanto m arcaram o mundo, e
para o nosso bem (leia Rm 8.28). também o Céu, a tal ponto que Deus
2.2. Recompensa quem O busca se intitula como sendo o Senhor de
Outro aspecto relevante do caráter les: Abraão, Isaque e Jacó (Mt 22.32).
de Deus é que Ele não é um mero
respondedor de orações. Se assim O
fosse, "palavras mágicas" poderíam
conquistá-lo, e aí, cumpridos os requi
sitos, se fossem inseridos login e senha
corretos, o resultado seria certo; porém,
Deus não é como o gênio da lâmpada,
um computador ou um caixa eletrônico.
Ser galardoador dos que O buscam
(Hb 11.6) significa que o Senhor recom
pensa àqueles que oram e confiam, seja
dando-lhes sua presença, enchendo-os
de alegria celestial ou qualquer outra
bênção, conforme sua vontade.
3. A GALERIA DA FÉ
3.1. Abel, Enoque, Noé
Depois de traçar alguns aspectos
subjetivos, conceituais, sobre a fé, o
JUVENIS 23
Esses homens estabeleceram o início O relacionamento com Deus só é
da nação hebreia, porém o fizeram a possível pela fé. Essa é a única maneira
partir de uma notável mulher chamada de agradá-lo, isto é, de ser aceito por
Sara, a quaL também teve o seu nome Ele. Todos os heróis do Antigo T e s
inserido nesse hall da fama, o que é de tamento, desde Abel até os profetas,
se admirar, principalmente porque as agiram "pela fé".
mulheres, naquele mundo antigo, eram Ter fé é colocar-se inteiramente
consideradas propriedade de seus na dependência de Deus, crendo que
maridos, A mulher de Abraão acreditou Ele cuidará de nós e nos honrará a
num sonho impossível: ter um filho na confiança que depositamos nEle. Por
sua velhice, O nascimento de Isaque isso, "deixemos todo em baraço e o
foi um duplo milagre: além de Sara ter pecado que tão de perto nos rodeia
ultrapassado a idade da procriação, ela e corramos, com paciência, a carreira
ainda era estéril (Gn 11.30). Você tem que nos está proposta" (Hb 12.1). ®
um sonho impossível? A fé permitirá
que você o alcance porque para Deus
"tudo é possível" (Mt 19.26).
<
3.3. José, Moisés, Raabe
Por fim, mas não menos importan C O N H E Ç A OS
tes, m encionam -se os exemplos do V0 SEU S ALU N O S
patriarca José, do libertador Moisés e
da prostituta, de Canaã, Raabe. Quantas “Quais são os limites de envol
distinções entre estes três persona vimento emocional entre o líder e
gens! Contudo, ao m esm o tempo, liderado? (...) No caso do adolescente,
quanta unidade de fé e amor a Deus esse limite precisa ser respeitado para
que os juntam em um mesmo "álbum que o lider (o professor) não caia no
de família" do povo hebreu. descrédito com seus adolescentes
Eles foram capazes de perdoar devido à falta de autoridade, e tão
seus irmãos, bem como seus inimi pouco seja taxado de ditador sem
gos, creram que Deus podia fazer
coração. (...) Ele precisa ser compa
em um movimento o que os homens
nheiro, confidente, porém ao mesmo
passariam meses e anos para realizar
tempo deve ter autoridade para que
e, de fato, viram a glória de Deus em
todos os seus empreendimentos. Se a respeito e consideração por parte
não conseguiram tudo o que queriam, do adolescente.” (LEMOS. Adriel.
deu-se pela fragilidade de suas próprias Adolescentes e Jovens sob uma nova
almas que, imperfeitas como as de nós perspectiva. [Entrevista concedida a]
todos, sempre deixam algo a desejar. Gilda Julio Revista Ensinador Cristão,
Deus, porém, misericordioso como é, Rio de Janeiro, ano 17. n. 6 6 . pp. 13 )
frequentemente coloca em lugares de
destaque aqueLes cujos corações são
firmes nEle (2 Cr 19.6; Sl 113.7).
2 4 JUVENIS
PARA C O N C L U IR
Deus é o maior missionário. Ele fala todos os dias ao coração do homem e, como
fez com Abraão, considera a fé dos seus servos (Lm 3,25). Deste modo, se cremos
em Cristo e nas suas palavras, devemos agir à altura delas, portando-nos como os
que andam na luz (1 Jo 1.7). Ainda que tenhamos uma pequena fé, se esta for uma
semente genuina, pode produzir maravilhas através da ação de Deus (Lc 17.6)!
SUBSÍDIO
‘"Porque, por eia, os antigos alcança
ram testemunho (v.2). As Escrituras estão
permeadas de diversos acontecimentos
que foram promovidos pela fé. Deus ope
rou de várias maneiras, com o objetivo
de honrar a fé dos seus servos que nEle 1. Segundo Hebreus 11.1, o que a fé
depositaram a sua confiança. Alguns cristã nos apresenta?
destes milagres operados em resposta a Ela traz uma certeza inabalável -
necessidades prementes, se visualizados firme fundamento, além de ser um
dentro da lógica humana, seriam tidos elemento palpável - uma prova - da
como impossíveis. Mas sabemos que realidade.
para Deus nada é impossível, pois Ele
opera quando quer e pode ultrapassar 2. O que significa a palavra grega
qualquer possibilidade daquilo que é pistis?
impossível, 'Porque para Deus nada é Significa fé como a convicção da
impossível' (Lc 1.37). Aqui, portanto, cabe verdade de algo.
a frase que se delineia para o campo da 3. Com base em que fundamento Deus
fé quando esta opera milagres: 'o milagre pode exigir de nós a fidelidade?
não se explica, se aceita'. E o testemunho Com base em sua justiça, Deus pode
da fé somente pode ser alcançado por exigir de nós fidelidade.
meio da fé, porque sem fé é impossível
4. Segundo a lição, quem era 0 segundo
que tal testemunho seja consolidado.”
grupo de pessoas nascidas milhares
(SILVA, Severíno Pedro. Epístola aos
de anos após Abel, que, entretanto
Hebreus: As coisas novas e grandes que marcaram o mundo, e também o
Deus preparou para você. Rio de Janeiro: Céu, a tal ponto que Deus se intitula
CPAD, 2003, p. 210). como sendo o Senhor deles? ^
Abraão, Isaque e Jacó
ANOTAÇÕES
5. De acordo com a lição, o que éter fé?
Ter fé é colocar-se inteiramente na
dependência de Deus, crendo que
Ele cuidará de nós e nos honrará
a confiança que depositamos nEle.
MAIS QUE VENCEDO R:
PROVAS E TENTAÇÕES
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus,
que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Co 10.13)
CONECTADO •••
As provas bimestrais são sempre motivo de apreensão. As mãos suam, e
você teme esquecer ou não saber as respostas. Maus resultados em provas
levam à reprovação, 0 que significa perda de tempo e até de dinheiro, pois
alguns cursos são mantidos ao custo de altas mensalidades, e ninguém quer
reprovar, não é verdade? Na vida espiritual, a situação não é diferente. Sua
fé está sujeita a provas e tentações e o fracasso pode representar muito
mais do que perda de tempo e dinheiro ou repetir mais um ano escolar
pode afetar a sua saLvação.
O B J E T IV O S
ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), como ensinadores, estamos em posição de
destaque, por este motivo, devemos tomar cuidado com o orgulho intelec
tual, Pois, podem até existir excelentes médicos, advogados, engenheiros
etc,, mas não há excelentes teólogos, no sentido de conhecer, de forma
a esgotar, o estudo das “Coisas de Deus". Devemos, portanto, colocar a
nossa inteligência no lugar certo; dom á-la com o intuito de não se cor
romper com a soberba. Eis a tentação dos mestres: o orgulho da mente.
Perceba que a sabedoria transmitida por Deus visa livrar-nos de determina
das situações, não significa que nos tornaremos sábios como Deus. O mesmo
raciocínio empregamos quanto ao dom da ciência: Deus nos revela sobrena
turalmente determinados fatos, mas nem por isso nos tornamos oniscientes.
28JUVENIS
escreveu, Paulo não tinha enviado no. Alegrar-se pela dor? Sim! E eis a
as cartas aos Gálatas, Romanos ou resposta: suportar a dor da provação
Efésios. Na verdade, Paulo e Tiago gera paciência (perseverança), que faz
estavam na mesma batalha teoLógica, o crente ganhar força espiritual.
lutando juntos como guerreiros, um Parece contraditório, mas Tiago
de costas para o outro, defendendo afirma que as provações devem ser
flancos opostos; afinal, os inimigos motivo de comemoração, não pelo
vinham de todos os lados. sofrimento que lhe estão causando,
mas pelos benefícios im ediatos e
2 . AS PROVAÇÕES futuros de que você desfrutará caso
2.1. Tentação ou provação saia vencedor — am adurecim ento
Provas e tentações são coisas dife espiritual e a vida eterna.
rentes, mas no contexto da vida cristã, 2.3. A aprovação da fé
as tentações podem fazer parte das Mais adiante (Tg 1.12), retoma-se o
provas. Em Tiago 1,2,3: ‘Meus irmãos, assunto de provas, quando, novamen
tende grande gozo quando cairdes te, Tiago surpreende ao afirmar que
em várias tentações, sabendo que a passar por tribuLações, na verdade, é
prova da vossa fé produz a paciência" a uma bem-aventurança (Mt 5.11,12), ou
palavra "tentação" expressa justamente seja, é algo que deve fazer 0 crente se
este sentido mais ampLo — o de provas alegrar muito. Como pode ser isso? O
que podem incluir tentações. texto nos estimula a olhar para o ob-
Tiago revela, no texto da Leitura
Bíblica em Classe, os principais ele
mentos envolvidos nas provações
espirituais: os benefícios imediatos -» INTERAÇÃO
e futuros, as garantias que temos,
Querido(a) professor(a), para
a origem da tentação e do pecado.
2.2. Alegria na provação começar a aula, pergunte aos seus
Tiago começa sua Epístola de for alunos “O que é a tentação? E de
ma direta, pois, em vez de “decretar”a onde ela vem? Vem do homem
vitória dos cristãos sobre as provações ou vem de Satanás?” Após ouvir
(gr. peirasmos), ele orienta os crentes as respostas explique a eles que
a se alegrarem pelos sofrimentos (Tg esse tema é de suma importância,
1.2). Quem gostaria de receber uma pois precisamos saber onde deve
mensagem dessas no meio da perse mos nos defender da tentação. Os
guição? Mas era isso o que o Espírito conceitos teológicos nos trazem
Santo estava querendo da igreja. Nada
respostas para a vida cristã na
de “decreto” de vitória, ou, no outro
prática. Após, inicie a ministração
extremo, murmuração, mas ações de
do conteúdo em si,
graças, alegria! As coisas do Reino de
Deus, reconheçamos, são um tanto
"inusitadas” para o raciocínio huma
OOO
JUVENIS 29
jetivo da prova, não para a prova em do cristão for juntar bens materiais,
si, ao dizer: “depois de ter sido apro ter sucesso, fama, poderá enfrentar
vado..." (NAA) recomendando, assim, crises, tornar-se desobediente ou, até,
o cristão a olhar para frente, quando apostatar da fé. O antídoto para esses
dias melhores virão, seja nesta vida “efeitos colaterais" das provas, porém,
ou na outra — afinal, de um jeito ou de encontra-se facilmente: mantenha o
outro, aconteça o que acontecer, somos foco em Deus, pense e ame as coisas
mais que vencedores (Rm 8.37). Este é do Céu, e Deus lhe concederá o que
o padrão que Deus estabeleceu para deseja o seu coração (Sl 3 7 -3 .4 ).
enfrentarmos as provações!
2.4. O triunfo da fé 3. AS TENTAÇÕES
A visão do crente não pode ficar, 3.1. A origem das tentações
exclusivam ente, nas co isa s desta Com o Paulo (1 Co 10.13), Tiago
vida. Por tal razão, Tiago lem bra, d em o n stra a o rigem hum ana da
para suportarm os as provações, a tentação: “mas cada um é tentado,
recompensa da “coroa da vida, a qual quando atraído e engodado pela sua
o Senhor tem prometido aos que o própria co ncupiscên cia" (Tg 1.14).
amam" (Tg 1.12). Esse é o segredo: No caso de Eva, o desejo intenso
quem ama a Deus passa pelas pro por algo proibido — que estava em
vações, pois almeja, sobretudo, as sua m ente — fez com que ela se
coisas do Céu. Se, porém, o propósito aproximasse da árvore do conheci
mento do bem e do mal, no Éden,
Satanás, falando pela boca de uma
serpente, sim plesm ente aproveitou
o momento e aguçou o sentimento
de desobediência a Deus.
3.2. O caminho da tentação
Depois de a cobiça conquistar a
vontade humana, “dá à luz ao peca
do" e, assim, o ser humano se torna
digno de morte (Tg 1.15). O caminho
da tentação (gr, peirasm os), começa,
dessa forma, a partir de uma fagulha
humana, a qual, sendo alim entada
com o “oxigênio da paixão", pode se
alastrar rapidamente, causando um
grande incêndio, gerando destruição.
Algum as vezes a pessoa consegue,
depois de algum tempo, reconstruir o
que foi destruído. Noutras situações,
a destruição é irreversível, como no
caso do adultério: “O que adultera com
uma mulher é falto de entendimento:
30 JUVENIS
destrói a sua alma o que tal faz. Achará
<
castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio
nunca se apagará" (Pv 6.32,33).
O CONHEÇA OS
4. CONSELHOS “ SEUSALUNOS
4.1. Peça sabedoria “Percorremos na Palavra do Se
Tiago, como Salomão, em Provér nhor, desde a mais tenra idade, sobre
bios, traz alguns conselhos importan
a criação do mundo, os primeiros
tes. O primeiro é: peça sabedoria (Tg
animais, primeiro homem e a pri
1.5). Como as pessoas vivem felizes ao
meira mulher. (...) Da mesma forma,
receberem sabedoria; tendo pouco
ou muito, podem enxergar a vida o adolescente e o juvenil aprendem
pelas “lentes de Deus", para vencer assuntos da Bíblia e da atualidade:
o pecado e o mal. temas como anorexia. bullying, ficar ou
Tiago nos garante que Deus pode namorar, filosofias antibíblicas. políti
dar sabedoria a quem lhe pedir (v.5), ca, homossexualidade, céu e inferno,
mas o pedido deve ser feito "com fé, dentre outros. (...) A Escola Dominical
não duvidando", ou seja, está dispo ensina a Palavra, Trata de assuntos
nível somente aos que mantêm um da atualidade, não tem idade para
relacionamento com Ele. Deus está frequentar, acomoda desde o bebê
propondo compartilhar conosco a sua
até o mais idoso. Então, no domingo
sabedoria, que não se trata de simples
pela manhã, mesmo com vontade de
aplicação de conhecimento. A sabe
ficar um pouco mais na cama, em vez
doria divina é aquela que nos permite
compreender mistérios eternos e nos de pensar se vale a pena o esforço,
orienta em determinadas situações, leia Eclesiastes 9.10 e reflita: vale a
e normalmente está acima da nossa pena perder tudo isso por mais uns
compreensão intelectual. minutos de sono? Acorde sua família
4.2. Tenha fé e vamos à Escola Dominical".
Acredite que, mesmo diante da (SILVA, Leila Soares da. Professor
vaidade da vida (Tg 1.9-11) — tudo responde: Vale a pena ir à Escola Bíblica
passa rapidamente, Deus é fiel para Dominical. Revista Ensinador Cristão.
atender à sua petição. Assim, ao se Rio de Janeiro, ano 16, n. 63, p. 30.)
aproxim ar do Senhor, fa ç a -o com
confiança. Ore sempre e nunca duvide
dEle (Tg 1.6-8).
4.3. Não erre
Tiago, após falar sobre provação,
tentação, sabedoria, fé, encerra dizen
do: não erre (Tg 1.16). Todos temos o
livre arbítrio, mas escolhamos sempre
não errar, pois isso pode nos custar os
bens mais preciosos da existência. @
JUVENIS 31
SUBSIDIO 1
“Às doze tribos que andam disper lhes ensinassem quem é Jesus: eles
sas' (Tg 1.1.) A saudação nos ajuda a conheciam o Messias prometido, o
compreender o ambiente histórico. Filho de Deus!
Tiago escreveu quando a igreja era E assim, Tiago corretamente supôs
jovem, composta de crentes judeus. que seus leitores criam em Cristo, e
Ele escreveu depois do apedrejamento passou imediatamente ao seu propósito
de Estêvão (At 7). quando uma severa para escrever. Em um estilo rude, mas
perseguição na Judeia forçou os cristãos convincente, Tiago falou sobre o estilo
a deixar Jerusalém (8.1-3). de vida apropriado para aqueles que
A compreensão deste ambiente conhecem a Jesus. E sobre o exclusivo
histórico nos ajuda a ver por que Tiago entendimento que a fé traz às questões
é uma das cartas menos teológicas que são enfrentadas por todos os seres
do Novo Testamento. Os primeiros humanos, em todos os lugares.
cristãos judeus sabiam quem é Jesus! À medida que lemos este pequeno
Eles o tinham ouvido, quando ensinava livro, nós podemos ouvir Tiago - e por
nos átrios do templo. Eles conheciam meio dele, o Espirito Santo - falando
Lázaro, a quem Jesus pessoalmente conosco. Pois o estilo de vida da fé é
ressuscitou dos mortos, Eles podiam até basicamente o mesmo, para você e
mesmo ter visitado o sepulcro vazio, e para mim, que era para aqueles que
muito provavelmente conheciam uma foram os primeiros a crer em Cristo, há
das 500 testemunhas que viram Cristo aproximadamente dois mil anos."(RI-
depois da Sua ressurreição (1 Co 15 6). CHARDS, Lawrence O. Comentário
Estes membros dispersos da igreja Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro:
de Jerusalém não precisavam que CPAD. 2012, p. 951)
SUBSÍDIO 2
“Provação - [Do lat. probatio! So 'com o ouvir dos meus ouvidos ouvi,
frimento, angústia ou tributação que mas agora que veem os meus olhos'
tem por objetivo levar o crente a ter (Jó 42.5). Nas escrituras, a aprovação é
uma experiência mais profunda com vista como bem-aventurança (Tg 1.12).
Deus. O caso de Jó é bastante escla Aprovação, nas escrituras, tam
recedor. Embora piedoso e detentor bém é vista com aquilo que atesta a
de um testemunho inquestionável, veracidade de algo, é o processo pelo
necessitava ele de uma experiência qual se afere a legitimidade de uma
mais real e marcante com Deus. Depois intenção ou fato (Ml 3.10: At 1.3; Rm
de todas as suas angústias e provas, 5.8:1 Jo 4.1)." (ANDRADE, Claudionor.
descobriu-se-ia ele mais sábio e ainda Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
mais paciente, ele mesmo o Confessa: CPAD, 1998, p. 245).
32 JUVENIS
PARA CONCLUIR
A vigilância é uma arma poderosa
para estarmos prevenidos contra
as tentações (Mt 26.41; Lc 22.46) e
devemos escapar das causas da
tentação (Gn 39.10-12). Já em relação
à provação, devemos reconhecer
quando prova é de Deus e aceitar
sua soberania absoluta (Jó 1.20-22).
As provações são exercícios na pe
dagogia de Deus.
Tiago 1.15 +
5. Segundo a Carta de Tiago, o que de
vemos fazer se não temos sabedoria? +
Devemos pedir sabedoria a Deus
(Tg 1.5). +
FÉ E OBRAS
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,
as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Ef 2.10)
V □
C O N ECTA D O •••
A Epístola de Tiago não deixa dúvidas quanto à prática da fé. Ela ressalta
os dois aspectos da "religião pura": a preocupação que devemos ter com os
necessitados e o cuidado em nos preservarm os das armadilhas do sistem a
a que estam os submetidos neste mundo.
Na esteira deste raciocínio, há uma condenação veemente a um pecado
descrito na Bíblia como "acepção de p esso as” (Tg 2.1), que produz efeitos
devastadores nos princípios cristãos. Precisamos aprender sobre este a s
sunto tão importante, quando Tiago quer saber onde estão as nossas obras,
porque ”a fé sem obras é morta" (Tg 2.26).
►
OBJETIVOS
COMPREENDER a distinção entre
religião vã e pura;
ENTENDER que Deus não discrimina
as pessoas e que isso é pecado;
ENSINAR que quem tem fé realiza
boas obras.
ANTES DA AULA
A organização do ambiente de ensino é fundamental e, mesmo que a sua igreja
não tenha as melhores condições (oremos para que a situação melhore), você
pode aprimorar a organização da sua classe com algumas estratégias gratuitas:
a) durante a semana lance versículos, vídeos e mensagens referentes às lições
no grupo de conversas virtuais da classe (se não tem, crie);
b) se a classe tem três ou mais professores, crie um grupo de conversas,
organize uma escala com datas fixas;
c) capacite-se com quem sabe, valorize na sua igreja local, os pastores, líderes
e professores versados nas Escrituras.
Essas atitudes podem parecer simples, mas Deus observa e honra a nossa
força de vontade em fazer o certo sem murmuração (Cl 3.23; Fp 2.14.15).
36JUVENIS
1.2. Religião pura tratava bem tanto os pobres como
Por outro lado, em Tiago 1.27, orien os ricos, doentes e sãos) ou religioso
ta-se sobre o verdadeiro andar com (conversou com a mulher samaritana)
Deus — a religião pura, que pode ser — uma das razões pela qual era odiado
observada por condutas no cotidiano por seus compatriotas judeus. Que
da vida, quais sejam: “visitar os órfãos Deus nos ajude a vencermos nossos
e as viúvas em suas tributações e preconceitos e aprendamos a amar
guardar-se da corrupção do mundo”. A como Jesus.
Bíblia, aqui, fala sobre o amor ao pró 2.2. O pecado
ximo e a Deus, sendo que os órfãos e Tiago, por fim (2.9), diz que quem
viúvas representam todas as pessoas “faz acepção de pessoas” (tem pre
vulneráveis, que precisam de nós e conceito) comete pecado e pode ser
estão próximas — nossos familiares, considerado como alguém desobe
amigos, vizinhos, conhecidos em geral diente. A Epístola de Tiago tirava a
(ou até desconhecidos) — os quais máscara de comportamentos errados
necessitam de nossa atenção especial: que eram praticados na Igreja Primiti
guardar-se de se envolver com os va, colocando as pessoas que assim
pecados é amar a Deus, afinal, “quem
se faz amigo do mundo, se constitui
inimigo de Deus" (Tg 4.4.).
Querido(a) professor(a), para
2 , ACEPÇÃO DE PESSOAS
aumentar a participação de seus
Continuando no assunto do amor
alunos, uma fácil e eficiente es
ao próximo, Tiago dedica mais nove
tratégia é colocar em pequenos
versículos (Tg 2.1-9), falando sobre
a importância do amor, ao criticar a pedaços de papel os versículos
diferença de tratamento que pode ser que devem ser lidos (impressos
dado entre ricos e pobres. ou escritos). D istribua-os aos
2.1. Preconceito alunos e, ao longo da ministração
Tiago identifica comportamentos, da aula, pergunte com quem
na igreja, que não agradavam a Deus, está o versículo da vez para lê-lo.
quando tratavam diferentem ente Com essa prática simples, você
ricos e pobres — preconceito. Aliás, contará com a participação de
esse problema acontecia também em
boa parte da classe e os alunos
Corinto (1 Co 11.17-22), ou seja, não era
irão perdendo a tim idez aos
novidade entre os cristãos primitivos.
poucos, ficando cada vez mais à
Em Jerusalém, a discriminação acon
vontade para interagir e colocar
tecia em relação às viúvas não judias
—etnocentrismo (At 6.1), mas o Senhor suas opiniões e dúvidas sobre os
nunca concordou com qualquer tipo de temas abordados.
preconceito, seja ele racial (Jesus falava
com samaritanos), seja ele social (Jesus 000
JUVENIS 37
agiam nos seus devidos Lugares: eram em Jesus Cristo; afinal, “aquele que
desobedientes. diz estar nele, também deve andar
Como criaturas feitas à imagem e como ele andou”(1 Jo 2.6).
semeLhança de Deus, todos os seres 3.2. A fé e as obras de Abraão
humanos merecem, independente Tiago, depois de mencionar a ne
mente do status social, intelectuali cessidade de o crente realizar boas
dade, prestigio, cor da pele, etc., ser obras, informando que a fé sem obras
bem tratados. Deus não distingue as é morta (Tg 2.14-20), ou seja, não possui
pessoas utilizando essas categorias nenhum valor, fala sobre o exempLo de
estabelecidas por alguns, por isso, nós, Abraão, o qual além de crer em Deus,
servos do Senhor, também devemos era seu amigo, obedecia a todas as
fazer o mesmo: amar a todos com o ordens do Senhor, até mesmo as que
padrão de Jesus. pareciam absurdas, como sacrificar
seu filho Isaque (Gn 22). Em Tiago
3. BOAS OBRAS, UMA NECESSIDADE 2.1-24, o Espírito Santo explica que
3.1. Amar de fato e de verdade “a fé [de Abraãol cooperou com as
Em Tiago 2.15-18 existe a advertência suas obras e que, pelas obras, a fé
de que devemos praticar boas obras foi aperfeiçoada”.
que demonstram a vitalidade da nossa Desta maneira, também nós do
fé, em conformidade ao que tinha sido século 21, precisamos estar atentos à
ensinado por Jesus (Mt 5.16), e, poste voz de Deus e também às necessidades
riormente, pelos apóstolos Paulo (Ef 2.10) dos nossos irmãos. Boas obras não
e João (1 Jo 3.17,18), revelando um dos significam, portanto, apenas esmolas,
grandes perigos da vida cristã: acreditar ofertas, trabalho contínuo na igreja,
que o viver cristão se resume a crer em mas também obediência irrestrita aos
Deus e somente frequentar aos cultos. mandamentos de Deus e estender
Há quem pense, e defenda, que nossas mãos ao próximo.
sua liberdade em Cristo deve ser 3.3. A fé e as obras de Raabe
aproveitada de maneira independen Depois de citar um exemplo nobre,
te, podendo o servo de Deus passar do patriarca Abraão, Tiago apresenta
seus dias vivendo para si mesmo, e ajustificação de uma prostituta, a qual
seus deleites (Tg 4.1), “curtindo" as sequer era israelita: Raabe. Deus, com
redes sociais com os amigos, sendo isso, estava provando que, tanto o
alguém muito querido na escola, nobre representante hebreu como a
uma pessoa descoLada"... Não! O mais indigna e ultrajante pecadora,
apóstolo Tiago alerta que o podem ter a redenção se, com
cristianismo precisa ser muito SATANAS fé, realizarem boas obras para
TENTOU E CON Deus. Nós, também, inde
mais do que isso, necessita
TINUA TENTANDO,
ir além das aparências; te pendentem ente da nossa
DE TODAS AS FOR
mos que fazer a diferença MAS, DESTRUIR A condição espiritual anterior,
neste mundo perdido, e as HUMANIDADE w serem os aceitos por Deus
nossas boas ações, no dia a se viverm os a fé em Cristo,
dia, darão o tom da nossa fé realizando boas obras. Ô
38 JUVENIS
< SUBSIDIO 1
“Uma definição correta de fé deve
O C O N H EÇ A OS levar em consideração a sua com
^ SEU S ALUNO S plexidade, pois enquanto pode ser
dito que o exercício dela é a pró
A pornografia é uma chaga siLenciosa
pria simplicidade, ela envolve toda
que vem destruindo a vida espiritual a personalidade. O conhecimento é
de muitos jovens e adolescentes.
necessário (Rm 10.13-17). No entanto,
E como o professor de ED pode
embora o entendimento intelectual da
ajudar a combater esse mal? Vocé
verdade a ser crida não seja a fé, ele
deve: a) ser confidente (o jovem
faz parte dela. A concordância com a
está sofrendo, precisa de ajuda e verdade a ser crida é necessária (Mt
de alguém confiável): b) aconselhar 9.28: Tg 2.19): porém, a concordância
estratégias para quebrar o ciclo do não pode ser mais do que admitir a
vício (deixar o celular noutro cômodo veracidade da coisa a ser crida, sem
da casa quando for usar o banheiro,
trazer nenhuma obrigação consigo. O
não assistir filme ou série que contém elemento sem o qual não temos a fé
cenas impróprias...): lem bre-o de bíblica, é o consentimento da vontade,
que Deus o ama como um filho — e ou 'o consentimento da Verdade para
pais não desistem de seus filhos: o a concordância do entendimento' (cf.
Senhor é o maior interessado em sua
Jo 8.30,31). (...) As boas obras de um
cura! Por fim, d) ajude-o em oração, cristão são o resultado e a evidência
para que o Espírito Santo o conceda da autenticidade da sua fé" (PFEIFFER,
força para lutar! Charles F. et al. Dicionário Bíblico
Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
►
p. 77 9 - 7 8 0 ).
JUVENIS 39
PARA CONCLUIR
A lição deste domingo nos faz aprender, através dos ensinamentos do apóstolo
Tiago, a importância de viver a verdadeira religião, sem cair na religiosidade
vazia, e que não devemos praticar boas obras para ser salvos, mas que, por
que somos salvos, praticamos boas obras sem fazer acepção de pessoas. Que
o Senhor nos ajude a viver a religião bíblica!
CONECTADO •••
As palavras insensatas e apressad as ferem como espadas (Pv 12.18a).
Em inúmeras ocasiões nós som os feridos e ferimos as pessoas com n ossas
palavras. Porém, atentemo-nos para Cristo, o qual, sendo superior em tudo,
era sábio e am oroso no seu falar, cujos Lábios trazem sobre os povos a cura
(Pv 12.18b). Que possuam os a linguagem de Cristo, o Amor. Que 0 Senhor
nos livre de dizer 0 que Ele não ordenou (Dt 18.20-22); de falar 0 que Ete não
ensinou (íTm 6.3-5) e de esquecer as bênçãos dEle (SL103-2).
OBJETIVOS
CONHECER o poder que existe nas
palavras, seja para gerar força (cavalo)
e/ou riquezas (navio);
PERCEBER que as palavras forem
usadas pelo mal se transformarão em
força destrutiva;
ANUNCIAR que as palavras são incon-
troláveis humanamente, mas o Senhor
tudo pode fazer.
ANTES DA AULA
Estim ado(a) professor(a), é m uito im portante a g estão d o te m p o d e a u la d e
form a eficaz. Em fa c e d isso , fa ça a se g u in te d iv isã o d e etapas: a) a p re se n ta çã o
d o tem a (5 min); b) interação (5 min); c) d ese n vo lvim e n to (35 min); e d) co n c lu sã o
(10 min). “E n s a ie ” a su a m in istração d o en sino (até m e sm o no trânsito, em frente
ao e sp e lh o , lava n d o a louça...), c a lc u le , m a is ou m en o s, 5 5 m in uto s para a su a
aula. P e rc e b a que, c a so so b re te m po d e aula, aparentará falta d e co nteú d o aos
a lu n o s (sen sa çã o d e in c o m p le tu d e e despreparo), d e m e sm a sorte, c a so so b re
co nteú d o a se r m inistrado, dem o nstrará falta d e o rgan ização d e tem po. Entenda,
por fim, q u e o tem po é o q u e te m o s d e m a is valio so (do rico ao pobre, to dos te
m os a s m e sm a s 24h por dia para usar) e, o s 55 m inutos d e aten ção q u e o s a lu n o s
p resen tes estão lhe en tregand o p o ssu e m um valor inestim ável!
JUVENIS 43
Jesus... serás salvo" (Rm 10.9). Assim, Dessa forma, como o cavalo se
nossas palavras têm muito a ver com tornou vital para as grandes guerras
0 nosso futuro. da humanidade por sua submissão (e
1.2. O exemplo do cavalo isso se deu, sobretudo, através do freio
Desde a antiguidade, entre as na de sua boca), também nós devemos
ções, o cavalo é símbolo de força (Jó nos conter e ter sempre uma palavra
3 9 .19 - 25 ). Então Deus, para explicar "agradável, temperada com sal” (Cl
como devemos ter cuidado com nos 4.6), para a glória de Deus.
sas palavras, lembra que freios são 1.3. O exemplo do navio
colocados nas bocas dos cavalos, para Sím bolo de prosperidade e ri
que obedeçam (Tg 3.3). Ora, para que queza, os navios do passado (naus)
serve um cavalo desobediente? Para também são lembrados pelo Espírito
nada! Somente quando o seu corpo Santo, para orientar acerca da impor
pode ser dirigido por seu dono é que tância do controle das palavras, pois,
ele passa a ter serventia e valor para os embora eles sendo "tão grandes" e
homens. Sem adestramento, ele não levados de um lado para o outro por
passa de um animal selvagem. ventos impetuosos, “se viram com um
bem pequeno leme para onde quer
a vontade daquele que as governa”
(Tg 3 4 ).
O Senhor, aqui, sinaliza uma vida
Caríssimo(a) professor(a), pre cheia de bênçãos, "como 0 navio mer
pare três pedacinhos de papel cante [que] de longe traz 0 seu pão”(Pv
escritos com os seguintes temas: 31.14), mas isso somente para aquele
Obediência à Luz da Bíblia: A L i que é sábio no uso das palavras, dei
berdade Cristã: e O Julgamento xando-se governar pelo Espirito Santo.
de Jesus. Sorteie-os entre alguns
2 , UMA ARMA MORTAL
alunos (sem dizer o objetivo), de
pois revele que eles apresentarão,
2.1. Pequeno órgão, porém ousado
exatamente ali, uma dissertação, de Depois de mencionar as conquistas
no mínimo 6 min., sobre o tema sor que um falar equilibrado, nos domí
teado. Isso causará certa apreen nios do Espírito, pode oferecer, Tiago
são. Quando eles começarem a apresenta 0 lado perigoso, traiçoeiro,
aceitar a ideia, faça a revelação do uso das palavras, com eçando
de que tudo não se passava de pela possibilidade da soberba (Tg 3.4).
descontração, qualquer pessoa Davi, acerca disso, orava: “Também da
tremería nessa hora. Contudo, soberba guarda o teu servo, para que
temos que estar prontos para falar se não assenhoreie de mim (...) Sejam
com destreza sobre a Bíblia, pois agradáveis as palavras da minha boca
nosso falar é poderoso. e a meditação do meu coração perante
a tua face, Senhor!" (Sl 19.13,14). Que o
Senhor ponha uma guarda à porta dos
OOO nossos lábios (Sl 141.3).
44 JUVENIS
2.2. O perigo da rebelião 3.2. Desenhando o problema
As grandes rebeliões que destroem 0 que acontece se, em um copo com
a ordem estabelecida sempre come água mineral, for colocada água suja? A
çam com uma palavra, que depois água deixará de ser pura e, logo, todo o
incendeia outros e assim se alastra liquido será imprestável para consumo
indefinidamente, às vezes, até por todo humano. Simples assim. Tiago, dessa
o mundo. Por isso, o Senhor adverte-te: maneira, explicava que se um crente —
“vede quão grande bosque um pequeno “manancial de água doce”—começar a
fogo incendeia”(Tg 3.5). falar imoralidades, palavrões, heresias,
A fala rebelde, da mesma forma, amaldiçoar pessoas, enfim, coisas que
pode se alastrar rapidamente como não convém aos santos (Tg 3.10) —“água
fogo promovido pelo mal, e assim amargosa”—deixará de ser uma “fonte
muitos na Casa de Deus serem con de água" agradável a Deus. Por isso, ele
tam inados. Está escrito: “a língua diz que é impossível ser santo e profano
também é um fogo; como mundo de nas palavras simultaneamente, como
iniquidade, a língua está posta entre não “pode uma fonte dar água salgada
os nossos membros, e contam ina edoce" (Tg 3.12).
todo o corpo, e inflama o curso da 3.3. Palavra com sabedoria
natureza, e é inflamada pelo inferno" Em Tiago 3.13, o apóstolo pergunta:
(Tg 3.6). Tiago ainda adverte: “todo o “Quem dentre vós é sábio e inteligente"?
homem seja pronto para ouvir, tardio Esse era o ponto chave: como se conduzir
para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19).
Todo cuidado é pouco. A ' /
Í
segue controlar as palavras, podendo
ser, assim, instrumento do mal. mento e identificar
Há muitos exemplos, na Bíblia, de do o silêncio é ouro e
pessoas de bem usando as palavras ido não é ? Descubra
como instrumento do mal e, com isso, Io: "Quando falar na
trazendo enormes prejuízos, como 'a certa: Princípios
aconteceu com Pedro (Mt 16.22,23) nos para Conversas
e Ananias e Safira (At 5.1-10), dentre 5 quais Você não se
outros. Somente pela ação do Espíri
to Santo a pessoa pode controlar as
palavras.
JUVENIS 45
corretamente como cristão, visto que
<
somos incapazes de domar nossa Língua.
Para expLicar isso, Tiago não produz
uma resposta mística, mas apenas usa . O • C O N H EÇ A OS
o cajado de pastor para ensinar: “Mostre, 0 / S E U S A LU N O S
pelo seu bom trato, as suas obras em
mansidão de sabedoria": ou seja, “conte Existem algum as técnicas de
até dez" (isto é: tenha calma antes de falar, comunicação que nos auxiliarão no
pense bem) quando tiver de responder ensino e exposição das Sagradas
a alguma fala desrespeitosa, Escrituras na classe de juvenis (ou em
A palavra deve ser, portanto, “tem qualquer sala de aula ou púlpito, na
perada com sal”, isto é, que demonstre verdade): a) treine a sua fala repetidas
“bom trato, em mansidão de sabedoria”, vezes, cuidando do timbre e volume
significando que devemos falar sem
da voz (muitas vezes a aula é ministra
desrespeito às pessoas (bom trato), sem
da na nave da igreja e uma voz muito
afobamento (com mansidão) e em sabe
alta atrapalha as outras turmas); b)
doria —falar o necessário, com economia
fale com sentimento e inspiração; c)
— afinaL, Deus nos deu dois ouvidos e
uma boca exatamente para ouvirmos não fale muito rápido, e d) use frases
duas vezes mais do que falamos. curtas para dizer coisas complexas,
Percebe-se, entretanto, frequen depois explique os detalhes —tenha
temente, que muitos de nós, cristãos poder de síntese. Em suma, treine e
entramos em grandes confusões — e revise o seu esboço de aula. Com fé,
desagradamos ao Senhor —porque não fale com uma evidente convicção em
obedecemos a essa importante orien tudo o que diz.
tação divina. Assim, ouça bem antes de
responder e, após, fale com amor, com
mansidão, somente o necessário, nos
domínios do Espírito Santo. ®
4 6 JUVENIS
PARA CONCLUIR
É impressionante como um órgão tão pequeno como a língua pode mudar a
trajetória do homem, assim como o leme de um navio altera toda a rota da gigan
tesca embarcação! Enquanto os ímpios usam a língua para o mal, os crentes em
Jesus são ensinados a dominar suas falas para que elas comuniquem a Palavra
de Deus e produzam bênçãos. Que oremos como o Rei Davi (Sl 19.13,14).
+ ( ........ o )® a
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
_____ ninguém verá o Senhor.”(Hb 12.14)_______
CONECTADO •••
A busca pela santificação é a marca que nos diferencia. Várias vezes, dei
xamos de participar de ambientes festivos e lugares comuns aos descrentes
(1 Co 7.35). Contudo, agimos assim, não por serm os superiores, mas porque
vemos a nossa pecaminosidade. Por isso não podemos nos considerar mais
santo” do que os outros (Mt 23.4; Lc 18.11). De outro modo, há 0 “libertino", que
não passa de um cego, o qual ama a vida desregrada e disfarça sua veneração
às concupiscências com um sim ples “nada a ver” (Ef 4.18 e 2 Tm 4.3). Porém,
o santo autêntico, se sacrifica todos os dias em prol de uma vida piedosa e
cheia da graça de Deus {1 Co 7.1).
OBJETIVOS
COMPREENDER que a primeira carta
de Pedro foi escrita para consolação
da igreja;
EXPLANAR sobre os sábios conselhos
para uma vida santa;
ENTENDER que a santificação é o ca
minho que nos levará ao Céu.
ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), no seu momento de preparação é fundamental
a presença de uma Bíblia Sagrada, pois, em cada lição, há uma gama de pas
sagens bíblicas indicadas que são fundamentais ao que é comentado aqui.
Portanto, além do auxílio da revista, recomendamos que utilize a “Bíblia com
comentários de Antonio Gilberto", editada pela CPAD, que possui brilhantes
apontamentos de um dos maiores pioneiros da teologia pentecostal clássica
do Brasil, reconhecido mundialmente. Traremos no subsidio um trecho que
disserta sobre o tema santidade. A bíblia de estudo é uma maneira versátil e
célere para construir argumentos teológicos sadios e sólidos.
50JUVENIS
desconforto, longe de seus líderes,
sufocadas pelas tribulações da vida, <* *» INTERAÇÃO
mas, apesar de tudo isso, deveriam se
Caro(a) professor(a), para iniciar
lembrar do compromisso com Cristo.
Assim, depois de, entre os versículos o assunto da lição, faça, se possível,
i a 12, Pedro citar inúmeras bênçãos e a seguinte dinâmica: teve uma jarra
privilégios espirituais recebidos, a partir transparente vazia, uma garrafa cheia
do versículo 13 ele enumera algumas de água e uma pequena quantidade
responsabilidades. de café (líquido). Diga aos alunos
2.1. Portanto... que a jarra nos representa, logo
“Portanto”(gr. dio) que significa por dispense o pouco de café dentro
esse motivo, é o elo de conexão com da jarra e explique que o pecado
aquilo que antecede, não com o que mancha as nossas vidas. Neste
virá depois. Assim, diante de tantas
momento, utilize a garrafa cheia
coisas maravilhosas que Deus fez e faz
de água limpa e dispense dentro
por nós, devemos ser corajosos para
da jarra, explicando que quando
defender o Reino, viver o Evangelho,
participar dos sofrimentos de Cristo. oramos, lemos a biblia, somos obe
Deus não nos chamou a navegar pelo dientes etc, essas atitudes irão nos
mar desta vida sem propósito, mas Ele santificar diariamente nos tornando
espera que integremos sua equipe de limpos diante de Deus. Assim, encha
obreiros, navegando dignamente, em a jarra até a água se tornar limpa
seu nome. Era essa a mensagem inicial e mostre aos alunos que esse é o
de Pedro aos peregrinos. processo de santificação.
2.2. Cingindo os lombos do vosso
entendimento.
Em seguida, Pedro, pelo Espírito,
fata sobre cingir os lombos do enten
dimento, isto é, que as mentes dos decepcionará. Ser sóbrio (gr. nephotes)
discípu los estivessem preparadas significa ser vigilantes, ante os iminentes
para os grandes desafios do Reino. perigos espirituais que nos circundam,
Os cristãos, ainda que dispersos e estando de prontidão para a vinda de
perseguidos, deveriam se fortalecer Cristo. Além disso, era necessário es
mentatmente, entenderem os tempos, perar, com paciência, pelo Senhor (Sl
e agirem com fé. Se não possuíssem 40.1). O sofrimento dos cristãos deve
onde pousar, nem aonde ir, que per ser suportado com resignação.
manecessem seguindo adiante, mas
que nunca desanimassem. 3. NÃO SE CONFORMANDO COM
2.3. Sede sóbrios e esperai... AS CONCUPISCÊNCIAS
Por fim, neste inicio, Pedro acon 3.1. Santificação, um objetivo
selha que eLes sejam prudentes e Em seguida, Pedro chama a aten
pacientes, sabendo que 0 Pai nunca os ção de que, “como filhos obedientes"
JUVENIS 51
eles não deveríam ceder aos desejos consegue apenas com os momentos
intensos da natureza humana (1 Pe que passamos na igreja. A maior parte de
1.14). Os peregrinos cristãos deveríam nossas vidas ocorre fora dela: em casa,
viver e pensar como filhos obedientes, no colégio, no estágio, no emprego. Por
não como escravos, e assim, por onde isso é necessário que nos conscientize
passassem, tinham de trazer com eles mos de que somos consagrados onde
os valores do Reino do Pai e não viver quer que estejamos. Já deixamos a nossa
conforme o mundo (Rm 12,1,2), Assim, "vã maneira de viver" (v. 18).
a santidade deveria ser a tônica da 3.3. O modelo de santificação
existência deles e a nossa também. “Porquanto está escrito: sede San
3.2. Santidade em toda vossa ma tos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.16). É
neira de viver assim que Deus fala no Antigo Testa
O padrão de santidade de Deus mento e repete no Novo. Dessa forma,
não alcança somente uma ou outra nosso padrão de santidade é ALtíssimo,
esfera da vida, mas tem o propósito de Jesus mesmo disse que fôssemos per
alcançar todos os recantos da existên feitos, como Deus (Mt 5.48). Mas como
cia, — "toda vossa maneira de viver”(1 resolver esse grande problema, visto
Pe 1.15). Alguém pode questionar: Por que o homem é pecador? O Senhor
que isso é tão importante? A resposta explica logo no versículo seguinte: “Se
é simples: porque está escrito que sem invocais a Deus, como Pai, andai em
santificação ninguém verá o Senhor temor" (1 Pe 1.17). Ou seja, o Altíssimo
(Hb 12.14). sabe que estamos sujeitos ao pecado,
A santificação é um processo con mas espera que o pecado não seja
tínuo em que buscamos um elevado cometido, como tendo domínio sobre
padrão moral e espiritual, e isso não se nós, por isso a recomendação é que
andemos em temor.
3.4. O que significa ser santo
A palavra "santo" quer dizer separa
do, e é isso o que somos. Fomos sepa
rados do mundo para nos dedicarmos
a Deus. Se você acha que não tem se
dedicado ao Senhor como deveria,
tente descobrir os motivos que o estão
impedindo de ter um relacionamento
melhor com Deus. Embora você não
precise apresentar-se ao mundo com
uma auréola sobre a sua cabeça, a
santificação é fundamental para a sua
vida (Hb 12.14).
3.5. A salvação foi caríssim a
Pedro, na sequência, lembra de que
Deus pode fazer tal exigência, porque
todos nós éramos escravos e fomos
52 JUVENIS
comprados por um preço altíssimo. deste mundo, deste sistema corrom
Pelo resgate de nossas vidas foi pago pido. Significa também não absorver
o maior de todos os preços (a vida do suas filosofias, não se deixar levar
Filho de Deus), por tal razão devemos por seus modismos e suas doutrinas
purificar a alma na obediência à verdade enganosas. Separar-se do mundo é
(1 Pe 1.19,22). pertencer ao outro lado — o Reino de
Deus — e esforçar-se para conduzir
4. O QUE SIGNIFICA SEPARAR-SEa Cristo os que ainda não são santos.
DO MUNDO? O processo de santificação implica
O processo de santificação, a consa sermos santos, consagrados a Deus e
gração a Deus, inclui também o ato de separados do mundo. Somos santos
separar-se do mundo. Mas o que isso não por alcan çarm o s um elevado
significa? Eu devo me isolar das pessoas grau de espiritualidade, mas porque
e viver isolado em um lugar ermo? Claro pertencemos ao povo de Deus.
que não. Não é essa a ideia bíblica de A santificação é um processo neces
separação do mundo. Jesus, em sua sário que se estende por toda a nossa
oração sacerdotal, lembrou ao Pai que existência, e a maneira como vivemos
ainda estamos no mundo Uo 17.11). neste mundo terá consequências na
"Separar-se do mundo1 significa eternidade. Viva, portanto, uma vida
não participar dos pecados e enganos de santificação. 0
< SUBSÍDIO 1
"Nossa santificação também é se
CONHEÇA OS gundo o derramar do sangue de Jesus
“ SEUSALUNOS que não pode ser encarado como algo
No espectro de 15 a 17 anos de meramente negativo. 0 sangue significa
idade, temos um problema sério em não apenas a purificação do pecado,
relação ao compromisso dos jovens como também é 0 único modo pelo quaL
se tem acesso a Deus e a comunhão
com a igreja. De um modo específico,
com ele. Note também que Pedro não
precisamos motivar a classe de juvenis
está falando da purificação inicial no ato
a estar atuante na ED, Nesse sentido,
da conversão, e sim, de um contínuo
uma boa maneira de vincular o aluno
derramar que acompanha a perseveran
desinteressado, é convidá-lo para
te obediência do que é santificado. Eis
ministrar uma introdução da aula, ou
como João trata desse mesmo assunto:
de um dos tópicos. Durante a semana,
'Se, porém, andarmos na luz, como ele
devemos acompanhá-lo nas suas dúvi
está na luz, mantemos comunhão uns
das. É importante que o professor peça
com os outros, e o sangue de Jesus,
um esboço do que será dito, evitando seu Filho, nos purifica de todo pecado'
constrangimentos doutrinários. (1 Jo 1.7)." (HORTON, Stanley M, 1 e 2
Pedro: A razão da nossa esperança. Rio
►
de Janeiro: CPAD, 1995, p. 15)
JUVENIS 53
PARA CONCLUIR
O processo de santificação é um dos assuntos mais importantes da vida cristã,
mas, infetizmente, é o mais reprimido pelos cristãos “da moda". Para eles, Deus
apenas necessita do seu coração. Na realidade, eu, o pecador, necessito dar tudo
para Ele: coração, alma, corpo, vestes e comportamentos, a fim de que receba,
peLa graça e misericórdia, a coroa da justiça (1 Tm 4.8).
j3c
O PROPÓSITO DO
SOFRIM ENTO
"Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse
_________ os teus estatutos.1' (Sl 119.71)
CO N ECTA D O •••
0 sofrimento é algo que ninguém deseja, um tema desagradável, m as é
impossível separá-lo da fé. O próprio Cristo deu o exemplo, padecendo "por
nós na carne” (1 Pe 4.1). Mas 0 que há de bom no sofrim ento? Nesta lição
descobrirem os alguns benefícios que ele pode nos trazer. É interessante
observar também que nem todo sofrimento faz parte dos planos de Deus
para aprim orar a nossa fé. Há ocasiões em que sofrerem os por causa de
nossos próprios erros. Mas, acima de tudo, é importante que você saiba que
o sofrimento é necessário para 0 nosso crescimento na fé.
M .
W v •
* i
OBJETIVOS
COMPREENDER o sofrimento de Cristo
e o seu propósito;
ENTENDER por que o justo sofre:
RESPONDER à inquietante pergunta:
"sofrer faz bem?”
ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), a lição de hoje é sobre o sofrimento e, alguns de
seus alunos podem estar passando por momentos difíceis em suas famílias, na
vida financeira ou sentimental. Portanto, antes de começarmos a nossa prepa
ração, interceda por seus amados alunos. A pedagogia que vem de Deus exige
do docente a sua preparação através da oração (Sl ng.108), pois, um professor
de ED que não busca ao Senhor em oração, enfraquece espiritualmente e deixa
de seguir a sabedoria do Espírito Santo (Tg 1.5-8). Até mesmo você, professor(a),
pode estar passando por um momento difícil, porém, mantenha os seus olhos
em Cristo, e toda a dor passará. Deus não nos esquece!
JUVENIS 57
entre os transgressores (Is 5 3 -12 ), Deus 2 . ENTENDENDO O SOFRIMENTO
estava o ferecen d o um a nova oportu DO JUSTO
n id ad e para a h u m an idad e . 2.1. O sofrimento aprimora a fé
1.3. A cegueira dos judeus O Espirito Santo aconselha que não
O s o frim e n to d e J e s u s fo i a lg o devem os estranhar a provação, pois ela
q u e atraiu m u itas p e sso a s, co m o Ele possui um propósito: aprimorar nossa fé
m e sm o p ro fetizo u (Jo 3 .14 .15 :12 .3 2 ); (1 Pe 4.12). Esse propósito encontra-se em
p e sso a s co m o o ladrão e o centurião vários outros textos da Escritura, com o a
da cruz foram convertidas ao Eva n ge provação de Abraão (Gn 22), o sofrimento
lho ao verem o sofrimento de Cristo. Os dos hebreus no deserto, as provações de
ju d e u s religiosos, porém , — e scrib as, Davi (Sl 119.67,71) etc... O próprio Pedro, na
fariseus, sa d u ce u s — não enxergavam m esm a Carta, assevera sobre o propósito
q u a lq u e r v alo r em o M e ssias se r um do sofrimento: “para que a prova da vossa
servo sofredor (Is 53). Eles aguardavam fé, muito mais preciosa do que 0 ouro que
um sa lv a d o r q u e a p e n a s o s liv ra s se perece e é provado pelo fogo, se ache
do ju g o rom ano, em louvor, e honra, e glória na revelação
de Jesus Cristo” (1.7).
2.2. Alegria no sofrimento
O s Ím p io s, c e rta m e n te , n ão e n
<r -» [ INTERAÇÃO
contram razões para se ale g rare m no
Guerido(a) professor(a), para intro sofrim ento. Entretanto, aq ueLes q u e
duzir a lição aos alunos, realize a co n h e c e m a D e u s d e v e m se a le g ra r
seguinte atividade: em um quadro “no fato d e s e re m p a rtic ip a n te s d a s
ou cartolina, faça duas listas de afliçõ es d e C risto ” (1 Pe 4 -13)- Em bora
nomes com a ajuda dos alunos: pareça estranho se alegrar com o sofri
uma lista para pessoas conheci mento, é importante m encionar que tal
das por sua bondade; e uma lista açã o som ente aco n te ce peLa atuação
de pessoas conhecidas por sua do Espirito Santo, q u e nos lem b ra da
maldade. Em seguida pergunte aos g ló ria q u e e stá re s e rv a d a n o s c é u s
seus alunos se eles entregariam a para os ju sto s (1 Pe 4.13,14). A d e m ais,
pessoa que eles mais amam para sofrer peLo nom e de Cristo constitui-se
sofrer no lugar de algumas dessas em um a b e m -a v e n tu ra n ça (1 Pe 4.14).
pessoas. Alguns não entregarão Pedro, aliás, ouviu e ss a verd ad e, pela
nem mesmo por pessoas boas. prim eira vez, ce rtam en te, d o s láb io s
Mas, explique que Cristo sofreu por do próprio S e n h o r Je su s, no S erm ão
pessoas boas e ruins. Na verdade, d a M ontanha (Mt 5.10-12).
diante dEle as nossas bondades
(Ef 2.8,9) e injustiças (Hb 8.12), não 3. SOFRER FAZ BEM?
importam, a graça é maior. 3.1. 0 sofrimento inútil
Ao falar sobre o sofrimento dos ju s
tos, Pedro adverte sobre a im portância
de sem pre fazer o bem, deixando claro
58JUVENIS
que, como Deus não faz acepção de
pessoas, se um cristão cometer aLgo
digno de repreensão, seja de Deus seja
da justiça humana, deverá pagar pelo rn C O N H EÇ A OS
seu deLito (1 Pe 415). Não éjusto que, “ SEU S ALUNO S
nesses casos, a pessoa queira colocar
A ED não é um a instituição apar
a culpa em Deus ou que se busque
tada do seio da igreja, os professores
glorificá-Lo por seu sofrimento, haja
e alunos são o velhas e necessitam
vista a prática de uma injustiça. Sofrer,
da tutela pastoral. Por esse motivo,
por fazer o mal, é inútil.
todos devem estar unidos em com u
3.2. Não se envergonhe em sofrer
nhão. Logo, na prática, a liderança de
por Cristo
jovens, a liderança da Escola Bíblica
Pedro, em certa ocasião, se enver
Dom inical e a diretoria da igreja d e
gonhou do Senhor. Para não sofrer, ele
vem, em uníssono, ensaiar todos os
O negou. Agora, porém, o novo Pedro
p a s s o s a s e re m to m a d o s co m os
anuncia a todos que não tenham ver
alunos da classe dos juvenis. A ED é
gonha de sofrer pelo Evangelho. Paulo
um a arm a para o ensino, um a fonte
sofreu como se fosse um malfeitor (2
e v an g e liz ad o ra e ferram enta para
Tm 2.9), mas também não se enver
libertação de vidas.
gonhou do evangelho (Rm 1.16), pois
ambos sabiam que sofrer, por amor
a Cristo, glorifica a Deus (1 Pe 4.16).
3.3. O fim do sofrimento
Pedro sustenta que os sofredores,
segundo a vontade de Deus, podem
descansar que o fiel Criador cuidará
da alma deles (1 Pe 4.19). Com isso,
ele estava afirmando que podemos
confiar em seu terno cuidado, pois por
trás do sofrimento de um justo há um
desígnio benigno em prol daqueles
que herdarão a salvação (Rm 8.28).
O verbo grego utilizado por Pedro " 0 Poder do Sofrimento"
"encomendem" (paratithemi) pode ser oferece uma explicação
traduzido por depositar com confian plausível e bíblica para o
ça, aos cuidados de alguém, a fim de problema do sofrimento
ser guardado em segurança. Assim, que você, às vezes,
o justo que sofre não deve temer, ou enfrenta sem saber
duvidar, pois sua vida está nas mãos 0 por quê.
do Senhor. ©
JUVENIS 59
PARA CONCLUIR
O sofrimento está vinculado à nossa existência e é a maneira de aperfeiçoarmos a
nossa fé em Deus, Com ele, reconhecemos que somos dependentes da misericórdia
divina. E. se viermos a enfrentar grandes provações, que não sejam por conse
quência de nossos próprios erros, para a vergonha do Evangelho, O maior consolo
diante de uma provação é a consciência tranquila de estar agindo com fidelidade.
CONECTADO •••
A Igreja sempre sofreu ataques e perseguições. No entanto, os inimigos
da Igreja nem sempre estão do lado de fora. Assim como há falsos profetas
entregando mensagens que não provêm de Deus, existem no meio de nós
"falsos doutores" (2 Pe 2.1), que pervertem as doutrinas fundamentais das
Escrituras, criando heresias e levando 0 povo de volta ao pecado. A Segunda
Epístola de Pedro trata exatamente a respeito desses "inimigos íntimos", cujos
ensinos podem comprometer a fé. Por isso é primordial estudar a respeito
deste tema. Que Deus nos livre de pessoas assim!
OBJETIVOS
APRENDER a discernir entre os falsos
e os verdadeiros mestres;
MOSTRAR o que acontece quando há
líderes m ercenários nas igrejas;
REVELAR o fim daqueles que prejudicam
a obra de Deus.
ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), é importante ser conhecedor(a) da Palavra, mas sem
uma boa organização prévia da aula, os seus alunos perceberão seu despreparo.
Tenha a prudência e hum ildade para estudar a lição. Todo o assunto bíblico pode
ser aprofundado e explicado com excelência, se preparado com antecedência.
A excelência exige antecedência. Logo, ainda que você não goste do tema da
lição, eleve-o para o patamar que considere adequado. Traga outros textos, re
cursos, autores... Mas, o faça antes, com calm a, assim, o conteúdo será atraente
e com preensível aos seu s am ados alunos (Rm 12.7). Evite ao máximo estudar a
lição no dia anterior à aula.
JUVENIS 63
se tornaram hereges, — inimigos da miscuidade ou por ganância, ensinam
verdade e da santidade — ensinando heresias de perdição (2 Pe 2.1), ou seja,
a necessidade de reinterpretação da a palavra deles hoje se apresenta como
Bíblia (liberalismo teológico), dentre fonte de perdição, não de salvação,
outras doutrinas de demônios, aLterando os fundamentos da doutrina
2.2. A pedra de toque: heresias de de Cristo e, assim, negando o Salvador,
perdição 2.3. Repentina destruição
Assim, os lideres religiosos que, O Espírito Santo, por intermédio
outrora, eram usados por Deus, e hoje de Pedro, adverte, então, a esses “lo
são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18), bos" que sobrevirá a eles, e aos seus
seja por vaidade intelectual, seja por pro- seguidores, “repentina destruição” (2
Pe 2.1). Deus, portanto, não suportará
por muito tempo o escárnio dos que
4- -» INTERAÇÃO estão prejudicando o seu rebanho.
6 4 JUVENIS
3.2. Encenação: prometendo-lhes em preenderam em buscar a Deus,
liberdade ganhar almas para o Reino, dar teste
Em 2 Pedro 2.19 está escrita uma munho de Cristo, transformou-se em
promessa desses “inimigos íntimos”: sacrifício de tolo, fazendo coro àquilo
“prom etendo-lhes liberdade". Uma mencionado pelo profeta Ezequiel:
verdadeira encenação. Em muitos "quanto justo se desviar da sua justiça
lugares, atualm ente, líderes ap re e fizer maldade (...) ele morrerá: (...) e
sentam um evangelho light, prome suas justiças que praticara não virão
tendo às pessoas, principalm ente em memória" (Ez 3.20).
aos jovens, “liberdade". E muitos, em 4 3 ■ A com paração do cachorro e
busca dessa “liberdade", deixam suas da porca
co ngregaçõ es e partem para uma Em 2 Pedro 2.22 são ilustrados os
aventura, como o filho pródigo (Lc vícios morais com base no compor
15.11-32). Abandonam os princípios, tamento de dois animais: o cachorro
os costumes, a liturgia, o padrão de — que come seu vômito — e a porca
santidade, em busca dessa tão sonha que, lavada, — volta ao lamaçal, os
da “liberdade”, algo muito parecido quais se deliciam com a im undice,
com a proposta da antiga serpente fazendo alusão àqueles que retornam
aos nossos primeiros pais. a seus pecados anteriores com deleite
3 3 - A bondade de Deus e entusiasmo. ©
Apesar desse cenário caótico por
causa do amor ao dinheiro de alguns
que “farão de vós negócio com palavras n ' ' /
fingidas" (2 Pe 2.3), há uma mensagem
de esperança: “sabe o Senhor livrar
da tentação os piedosos" (v.g). Deus
promete livrar aqueles que se ache-
garem a Ele.
JUVENIS 65
<
SUBSIDIO 1
“Os deuses da mitologia greco-romana
apresentavam os mesmos vícios e as
O CO N HEÇAO S
mesmas características dos homens -
“ S EU S ALU N O S ódio, inveja, ciúme, imperfeições - e além
disso cometem prostituição, comem,
Os ímpios deste século são proe
bebem etc. Os deuses do paganismo
minentes oradores, eles treinam as
antigo eram tão imorais quanto os seus
suas palavras com dedicação e pre adoradores. O caráter e a atividade das
cisão. Anelam cativar o máximo de pessoas eram iguais aos dos deuses
ouvintes (Tg 3.3-6). E. tragicamente, que eles serviam, (...) Isso transmite a
uma parcela considerável dos jovens ideia de legitimidade às pessoas sobre
têm caido nos engodos dos perver as mesmas práticas dos deuses. (...) Mas
sos. Nesta senda, é vital ao professor com o verdadeiro Deus revelado nas
da ED que busque aperfeiçoar a sua Escrituras as coisas são diferentes. O
oratória, com o intuito de transmitir seu caráter é puro e santo por natureza,
com emoção e inteligência a doutrina completamente isento de pecado e,
portanto, todos os que pertencem a ele
(2 Tm 2:15!. Abstenha-se de termos
precisam igualmente de pureza e san
como "é tipo”: ou “o mesmo' quando
tidade; (...) 'Santificai-vos e sede santos,
utilizado como pronome pessoal;
pois eu sou o SENHOR, vosso Deus' (Lv
procure estudar a coesão textual e 20,7). Essa exortação não se restringe
coerência textual; e tenha cuidado aos filhos de Israel, pois ela reaparece
para escrever as palavras de forma no Novo Testamento ensinando aos
correta. Ofereça sempre o melhor cristãos a necessidade de uma vida
para a glória de Deus (Cl 3.23-24). santa: Mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver, porquanto
escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo' (1 Pe 1.15,16)" (SOARES, Esequias.
A Razão d a N ossa Fé. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017. p. 136).
'/
6 6 JUVENIS
PARA CONCLUIR
Os falsos doutores podem corromper a nossa fé. num processo que começa
com o afastamento das verdades fundamentais das Escrituras, passando a uma
vida incoerente com a fé, incorrendo em ganância e, por fim, em depravação total.
Sigamos o conselho de Pedro: ‘Guardai-vos de que, peto engano dos homens
abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza- (2 Pe 3.17).
destruição" (2 Pe 2.1).
ANOTAÇÕES
5. O que representa o cachorro e a
porca em 2 Pedro 2.22?
Fazendo alusão àqueles que retornam
a seus pecados anteriores com deleite
e entusiasmo.
UMA CARTA PARA VO CÊ
“Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas
como águias; correrão e não se cansarão: caminharão e não se fatigarão.’ te 40 j £
L. □
ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), é bem verdade que o relacionamento entre os
membros da classe, na Escola Dominical, deve ser permeado de um sentimento
de comunhão cristã. Contudo, as trocas de afetos e carinhos, palavras de duplo
sentido, ou até mesmo olhares indevidos, devem ser evitados nas auLas e fora
dela. Devemos estar espiritualmente vigilantes e sem malícias (Mt 10.16b; 1 Pe
2.1), pois o Diabo é traiçoeiro (íPe 5.8). Caso esteja acontecendo algo indevido,
interrompa imediatamente qualquer situação e estabeleça santos limites. De
pendendo da gravidade e reincidência da situação, leve o assunto à direção da
Escola Dominical. Na faixa etária de 15 a 17 anos, os hormônios estão aflorando,
por isso, todo cuidado é pouco - feche as brechas (Ef 4,27-29).
70 JUVENIS WÊÊÊíÊ&b
2 . UMA MENSAGEM AOS JOVENS
2.1. Sois fortes <r -» INTERAÇÃO
João, depois de falar aos pais, e aos
“filhinhos”, traz uma mensagem aos Caro(a) professor(a), para intro
jovens. Ele reconhece, pelo Espirito, duzir a aula, faça a seguinte ativi
que eles são fortes (1 Jo 2.14), utiLizando dade: encha um prato fundo com
palavra grega (isch uros) que indica 1/3 de água, em seguida, coloque
uma pessoa que possui um espírito
um pouco de orégano sobre a água
forte, cheio de graça, para resistir aos
no prato fundo. O prato e a água
ataques do Inimigo, Ser forte, portanto,
representam a mente do jovem.
aqui, não significa, por óbvio, alguém
musculoso, de porte atlético. O orégano: as concupiscências
2.2. A Palavra de Deus está em vós da carne: dos olhos: e a soberba
O segundo reconhecim ento de da vida (contaminam a mente do
Deus, em 1 João 2.14, diz que sua pa homem). Depois, esfregue um
lavra era observada peta juventude, pouco de detergente no dedo e
certam ente uma atusão ao Salm os o coloque no centro do prato. As
119.9: “Como purificará o jovem o seu moléculas do detergente (Palavra
caminho? Observando-o conforme a de Deus) irão repelir o orégano,
tua palavra". O Espírito Santo, assim,
afastando-o do centro do prato
exaltava as qualidades espirituais da
(mente). Se possível, escreva o que
mocidade cristã.
cada elemento significa em umas
Pode-se perguntar: por que essa
tiras de papel e cote nos recipientes.
ênfase sobre os jo ve n s? Sim ples. É
que Deus constata que servi-Lo na Finalize dizendo que a Palavra
infância (quando todos os sentidos de Deus deve estar constantemente
não se despertaram comptetamen- em nossas mentes e corações para
te), na idade adulta, casad o (com andarmos em Espírito a fim de ven
compromissos sociais), ou na terceira cermos os desejos pecaminosos.
idade, (quando alguns sentidos estão
diminuindo - Ec 12), p o d e-se exigir
menos esforço. O jovem, porém, para
suportar o ju g o de sua m o cidade
(Lm 3.27) necessita ter uma grande 2.3. Vencestes o Maligno
ligação com a Palavra de Deus. Afi Como consequência de ser forte,
nal, o adolescente, ou jo vem , que atrelado ao amor às Escrituras, o Se
não tem intim idade com a Palavra, nhor traz a melhor das notícias para
não perm anece de pé. Este foi, e é, os jovens: vencestes o Maligno (1 Jo
o grande segredo dos heróis da fé, 2.14), permanecendo amando a Palavra
como Davi: “escondi a Tua palavra no de Deus, para não ceder às tentações
meu coração..." (St 119,11). que sempre aparecem.
JUVENIS 71
3. UMA A D V ER TÊN C IA : NÃO AM EIS 3.3. Soberba da vida
O M UNDO Por últim o, m as não m enos fu n d a
A p ó s te c e r e lo g io s a o s jo v e n s , o m ental, está a so b erb a (gr. alazoneia)
E spirito S an to traz u m a forte a d v e r da vida. O que é isso? T ra ta -se d e algo
tência: não a m e is o m u n d o (1 Jo 2.15). que está dentro d e nós, que, se não for
O am or ao m undo é incom patível com controlado, produzirá a arro gância d e
a fé cristã (Tg 44). E le é sorrateiro, p e confiar em nós m esm os, d esprezando
rigoso, pois p o d e su rgir co m 0 p a ssa r a v o n tad e d e Deus.
d o s dias. Paulo, por exem p lo , fala d e Um exem p lo clássico disso está na
um o b re iro , D e m a s, o q u a l, o u tro ra história do jo v e m rico (Mt 19.16-30). O s
fiel (C l 4,14; Fm 24), am o u o m u n d o e bens m ateriais eram m ais importantes,
a b a n d o n o u P au lo (2 T m 4.10). D e s sa para ele, d o q u e a p a la v ra d e Je su s.
forma, d e ve m o s estar vigilantes. To d o Q u a n d o e s s a ló g ic a s e in verte, a fé
c u id a d o é pouco! não te m lu g a r e a q u e d a e stá a um
3.1. Concupiscência da carne passo. ©
N a s e q u ê n c ia , J o ã o trata a c e r c a
d o s “d e se jo s intensos" (gr. epithumia)
— c o n c u p is c ê n c ia . A p rim e ira é a d a <
c a rn e . Is s o fa la d o s in s tin to s , d a s
v o n t a d e s a n im a le s c a s d o s n o s s o s
co rp o s, o riu n d a s d a n o ssa n atu reza ("q C O N H E Ç A OS
d e c a íd a . 0 / S EU S ALU N O S
O s d e s e jo s in te n so s d a n atu reza “Som os ensinados a fazer da e s
h u m a n a , q u e tra z e m p r a z e r fís ic o , cola dom inical espaço de construção
d e v e m se r c o n tro la d o s p e lo Espírito, de vín cu los afetivos tal com o Jesu s
m as nunca deixarão de existir enquanto criou com seus discípulos o final isso
estiv erm o s vivos. O d e se jo peLo sexo,
p o ssibilitará q ue os alunos tenham
p o r e x e m p lo , foi e s t a b e le c id o p o r
abertura, sintam -se livres para expor
Deus, m as d eve ser atendido som ente
suas dúvidas, angústias e crises sobre
d e n tro d o s p a r â m e t r o s d iv in o s —
o saber da fé. Os ambientes de ensino
te m p o e m o d o s co rretos, no âm b ito
onde existem bons relacionam entos
do casa m e n to .
3.2. Concupiscência dos olhos s o m o s m a is p ro d u tiv o s e so m o s
O d e se jo intenso, n a scid o a partir e sp iritu a lm e n te m a is e d ifica n te s.”
d e um o lh ar co b iço so , tem d e rru b a (POMMERENING, Cleiton Ivan. Como
do m u ito s crentes. Isso c o m e ç o u no tornar a ED m ais atrativa para os
Éd en . O lh a r e d e s e ja r a lg o p ro ib id o jovens? Ensinador Cristão, Rio d e
foi o e le m e n to d e c is iv o q u e c a u s o u Janeiro, v. 7i.p. 9, ju l./a g o ./s e t. 2 0 i 7 ).
a q u e d a d a h u m a n id a d e (Gn 3.6). A
se rp e n te só o b te v e êxito por c a u s a
d a “co n cu p iscê n cia dos olhos" d e Eva.
72 JUVENIS
SUBSÍDIO 1
“E nisto sabemos que o conhecemos" cemos a Jesus, nos tornamos cada
(1 Jo 2.3-11). De alguma forma a mulher vez mais como Ele. Portanto, quando
jovem no Canadá conseguiu o número reagimos aos outros e às situações
do meu telefone em Phoenix. Ela passou da vida como Jesus fez quando es
a me ligar, às vezes várias vezes por dia. tava aqui na terra, mostramos que
Ela estava ansiosa e com medo. Ela não pertencemos a Ele.
sabia se era cristã, embora cresse em Terceiro, amamos os nossos irmãos
Jesus. Quando seus temores voltavam a (v. 9). Você não pode odiar outros e
transbordar, ela discava o meu número. pertencer a Jesus, porque Cristo ama
Ela era um caso extremo, mas muitos a todos. As pessoas podem dizer que
cristãos têm momentos de incerteza. pertencem a Cristo, e ser odiosas e
Como podemos saber que chegamos odiar. Mas as suas ações negam as
a conhecê-lo? João apresentou três suas palavras.
testes. Primeiro, nós obedecemos aos Portanto, examine a si mesmo. Você
Seus mandamentos (v. 5). Uma pessoa acha que guarda os mandamentos de
usando o uniforme do exército ame Jesus? Você tenta agir como acredita
ricano obedece às ordens de oficiais que Ele agiria? Você ama os seus ir
que estão acima dela. Isto faz parte mãos em Cristo, e gosta de estar com
de ser um soldado. Obedecer a Jesus eles? Então relaxe! Você o conhece.
faz parte de ser cristão, e mostra que E outros também sabem que você o
reconhecemos a Sua autoridade. conhece!" (RICHARDS, Lawrence O,
Segundo, nós “andamos como Comentário Devocionat da Bíblia. Rio
Jesus andou" (v, 6). Se nós perten de Janeiro: CPAD, 2012, p. 983)
SUBSÍDIO 2
"A característica de ser fútil, em deste lado da vida. Abraão, Moisés,
valor, cai bem o materialismo, pois e muitos outros, mudaram suas vidas
essa cosmovisão destrona da vida terrenas por aguardarem os tesouros
tudo o que é duradouro e significativo celestiais (Hb 11.8-10,26). O próprio
-, as coisas que são importantes para Jesus mandou que seus discípulos
a eternidade, e deixa somente aquilo juntassem tesouros no céu. O mate
que é passageiro, pequeno e vão. A rialismo, por outro lado, estimula uma
vida é muito mais do que a ideia ma desesperança profunda, ocasionando
terialista. Benjamin Disraeli, escritor desespero existencial, já que a vida
e político inglês do Século XIX, dizia se resume somente aos poucos anos
que 'a vida é muito curta para ser pe vividos sobre a terra e nada mais".
quena'. As riquezas do céu, que estão (MARTINS, Reynaldo Odilo. Tempo
disponíveis àqueles que são fiéis, não para todas as coisas. Rio de Janeiro.
podem ser excluídas da percepção CPAD. p. 120-121. 2017).
JUVENIS 73
PARA CONCLUIR
Deus é Santo e. portanto, não repartirá dos seus tesouros espirituais com os
que mancham suas mentes com o materialismo profano deste mundo. Aqueles
que amam o dinheiro e as riquezas estão fadados a vagar vazios (Ec 5 10 ,1 Tm
6.10), preenchem-se de ilusões que os levarão ao inferno (Mt 16.26). Mas, em Cristo,
entendemos que a nossa vida aqui é efêmera Uó 141.2; St 144 4 ) ©. ©m razão disso,
almejamos a eternidade com Deus (Fp 3.20,21)
w
é r w ,
,
OBJETIVOS
CONHECER detalhes da 2a Carta de João,
principalmente os temas dominantes;
APRENDER A ser firme, dizer não, ante
os insultos e investidas do mal;
MANTER o foco na vida espiritual, para
não perder seu prêmio celestial.
ANTES DAAULA
Carola) professorla), a Escola Dominical está em desvantagem em relação
ao tempo de sala de aula dos jovens de 15 a 17 anos nas escolas seculares, Eles
passam, pelo menos, mais de 24 horas semanais em estudos escolares, o que,
essencialmente, não é algo ruim. Contudo, você, como professorla), precisa en
contrar formas de ganhar mais tempo com seus alunos, Procure ser criativo na
produção de momentos de comunhão extraclasse (clube do livro cristão, filmes
evangélicos, grupo de WhatsApp, evangelismos em grupo...).
Converse com o seu pastor e superintendente de Escola Dominical e apresente
um esboço do planejamento (importante: sempre peça a permissão da liderança da
igreja, nunca faça algo sem o aval do seu pastor e, se tratando de jovens menores
de 18 anos de idade, peça a autorização escrita dos pais), Não apenas "gaste seu
tempo com eles", mas planeje e ganhe tempo de qualidade com seus alunos.
JUVENIS 77
ra: amor e verdade, A partir do versículo 2 . APRENDENDO A DIZER “NÃO"
primeiro, menciona o entrelaçamento 2.1. Conhecendo 0 lugar de atuação
dessas virtudes (2J01), e isso acontece do Inimigo
peLa presença do amor à verdade que A região da Ásia menor era um
“está em nós" (2 Jo 2). Mais adiante, território de proliferação de doutri
lembra do mandamento do amor fra nas de dem ônios e, para piorar as
ternal (2 Jo 5), e diz que amar significa coisas, igualmente se constituía em
andar no m andam ento de Deus (2 um centro m issionário do espírito
Jo 6), ou seja, amando e andando na do Anticristo (2 Jo 7). João, por isso,
verdade, estaremos protegidos contra adverte fortemente os irmãos a que
os falsos mestres. levantassem oposição ao trabalho
d esses obreiros fraudulentos. Este
aviso se rve tam bém para nós do
século 21: precisamos confrontar as
propostas que infringem a doutrina
Para o começo desta aula pergunte de Deus. Para isso, precisam os co
aos seus alunos sobre personagens nhecê-las.
bíblicos que precisaram exercer 2.2. Conhecendo as teses do Inimigo
coragem para realizar um propósito O apóstolo João conhecia as teses
vindo da parte de Deus. Se possível, que os falsos mestres apresentavam,
anote os nomes num quadro. Em mas havia uma que era a mais preju
seguida, peça para eles apontarem dicial, pois dizia que Jesus não tinha
características comuns a todos sido 100% homem. Isso era muito grave,
eles. Ato contínuo, explique que pois se Jesus não fosse também um
assim como esses personagens ser humano normal, Ele não deteria as
estavam sendo ousados em cumprir condições para cumprir “toda a justiça
a vontade de Deus, os crentes da de D eus” e, assim , nossa salvação
Ásia Menor também precisavam estaria em perigo.
da mesma fé para vencer, com Nos dias atuais, da mesma forma,
coragem espiritual, os ensinos muitas mensagens erradas são trans
heréticos do gnosticismo. Observe mitidas aos jovens, sejam de cunho
que esses novos evangelhos pro teológico, dos costumes, das questões
curam sempre diminuir o sacrifício morais, querendo fazê-los crer, por
de Cristo, por isso a importância de exemplo, que o uso de drogas lícitas
orientar nossos alunos. e ilícitas, bem como a prática de sexo
antes do casamento, e fora dele, dentre
Se cabível, faça uma oração, já ao
outras coisas “inconvenientes" (1 Co
final da aula. para que o Senhor
6.12), não teriam nenhum problema.
dê perseverança aos seus alunos
2.3. Diga "não!"
(1 Jo 2.14b).
A ca p a cid a d e de dizer “não" é
uma das grandes lições da Segunda
Epístola de João. E sabemos que não
78 JUVENIS
são apenas as falsas doutrinas que As pessoas que dizem coisas erra
ameaçam a vida cristã. Más com pa das sobre Deus e sua vontade estão
nhias, em nome da amizade, procuram na mentira. Entretanto, não significa
arrancar você da igreja. Bebidas e que todos os “falsos mestres" fazem
drogas lhe são oferecidas. Colegas isso conscientemente: alguns deles
de escola ou de trabalho o convidam podem até ser sinceros, mas não são
para participar de fraudes e outros verdadeiros, Eles estão “sinceramente
atos desonestos. O mau uso das redes equivocados". Podem até estar con
sociais pode favorecer a pornografia, vencidos de que falam a verdade,
entre outros males. Como dizer "não" porém, estão no engano.
a isso tudo? Com a ajuda de Deus e Por tal razão, não há meio termo.
da Bíblia Sagrada, você pode! Se você segue a Cristo, está na ver
dade e tem a Deus, mas se anda em
3. NÃO PERCA O SEU PRÊMIO caminho torto, ensinando heresias -
3.1. Fique atento(a) ainda que seja uma pessoa simpática,
João deixa bem claro: cuidado agradável - não deve ser recebida
para não cair e perder o prêmio que como hóspede, nem tampouco ser
0 Senhor Jesus tem para nos dar (2J0 saudada (2J0 10). ©
8; Ap 22.12). Nosso esforço não é em
vão (1 Co 15.58), por isso temos de n W
“ficar de olho” para não ter nenhum
prejuízo.
No dia a dia da vida, muitas ten
tações são lançadas contra o jovem
cristão, convites aparentemente ino
fensivos, promovidos, muitas vezes,
por pessoas que se dizem amigas,
#
mas a Palavra de Deus adverte: “Há
caminho que ao homem parece direito,
mas o fim dele são os caminhos da No livro "Seitas e
morte" (Pv 14.12). Hersias", 0 leitor poderá
3.2. Algo com o que se deve tomar conhecer os dogmas e
cuidado crenças do Catolicismo,
A Bíblia enfatiza que quem “não do Espiritismo, do
persevera na doutrina de Cristo não
Evolucionismo, da
tem a Deus" (2J0 9). Assim, diminuir
Maçonaria entre outros
o papel de Jesus estabelecendo, por
grupos religiosos e
exemplo, Maria ou outra pessoa como
mediadora, ou negar sua divindade,
filosóficos, e
apresenta-se demoníaco, uma latente confrontá-los com a
manifestação do espírito do Anticristo Palavra de Deus.
(2 Jo 7).
JUVENIS 79
SUBSIDIO 1
“Os movimentos de esquerda que
defendem tópicos como a ideologia de
gênero, o homossexualismo, realização
do aborto, a Liberação das drogas ilícitas
etc., progridem de forma exponencial
no Brasil e no mundo. (...) A Igreja, no
uso de suas atribuições educativas (Tt
2.1), não pode ser imparciaL e apática
diante dos ataques incessantes dPe
5,8), As palavras de Jesus Cristo são:
'também digo que tu és Pedro e sobre
esta pedra, edificarei a minha igreja, e
as portas do inferno não prevalecerão
o CONHEÇA OS contra ela' (Mt 16.18). Essas palavras
nos encorajam e nos despertam a
“ SEUS ALUNOS
desenvolver o papel de apologistas e
Caro(a) Professor(a), alguns alu difusores dos princípios bíblicos, além
nos da classe de juvenis, na idade de mergulhar com mais profundidade
em que se encontram, detestam ser no conhecimento teológico (Hb 4.12). ‘As
subestimados quanto às suas capa escrituras são rasas o suficiente para
cidades intelectuais. Outros, podem um bebê vir e beber sem medo de se
estar até se automenosprezando, não afogar e profunda o suficiente para o
acreditando mais que possam, por
teólogo nadar sem jamais tocar o fundo'
meio do estudo, alcançar um futuro
(JERÔNIMO, 374-420 d.C.)."(SANTOS,
digno. Por isso, a ED também é um
Esdras Gomes dos. Educação Cristã: um
lugar de aprofundamento e autoco-
instrumento preventivo contra-ataques
nhecimento. Por isso. não se limite
ideológicos contemporâneos. Ensinador
em usar, pontualmente, conceitos
Cristão. Rio de Janeiro, v. 82.p. 28, abr./
profundos sobre um tema, desde
mai./jun.2020).
que você explique muito bem o que
deseja falar, Não para mostrar a sua
superioridade de conhecimento,
mas para cativar os mais estudados
e encorajar os que estão desespe-
rançosos. Utilize a sua aula como um
instrumento para um futuro melhor:
incentive o estudo!
-f
80JUVENIS
SUBSÍDIO 2 PARA CONCLUIR
"O ancião à senhora eleita' (2 Jo 1). Noções falsas sobre a sã doutrina
A referência de João a si mesmo como geram crentes deficientes na fé (Mt
'ancião' pode ter sido devida à sua 22.29). Sabendo disso, o apóstolo João,
própria idade, mas é mais provável que
inspirado pelo Espírito, escreveu essa
tenha sido à devida à sua posição na
carta, estimulando os leitores a que
igreja. Ele era alguém cuja maturidade
permanecessem no amor à Verdade
e sabedoria o tinha tornado digno de
confiança. de Deus, rejeitando os ensinamentos
No primeiro século, o nome eleita1 mentirosos. O alerta continua atual! Que
era usado da maneira como usamos tenhamos consciência da importância de
'cristãos nascidos de novo' - para iden dizer "não" diante das teses do Inimigo
tificar indivíduos como crentes que têm e reter firme a expectativa do prêmio
um relacionamento pessoal com Jesus que o Senhor tem preparado para nós.
Cristo. O termo não deve ser entendido
como sugerindo predestinação. Ele < Q HORA DA REVISÃO
afirma que nós, que escolhemos crer
em Cristo, fomos escolhidos por Deus.
Nós o queremos como o nosso
Deus. Mas Deus nos quis primeiro, como
seus filhos."
“‘Andam na verdade' (2 Jo 4). Aqui,
como em 1 João, o termo “verdade”está
1 Segundo a lição, em que ano foi
ligado à realidade. Uma pessoa que anda escrita a Segunda Epístola de João?
“na verdade" vive em harmonia com a
Aproximadamente no ano 90 d.C.
realidade espiritual e moral, pois nós as
conhecemos através de Cristo. Você e 2. Em qual versículo da Epístola 0 após
tolo João confronta o gnosticismo?
eu andamos “na verdade" se a nossa
No versículo 7.
vida estiver marcada pela santidade e
pelo amor." (RICHARDS, Lawrence O. 3. Quais os dois principais temas da
Comentário Devocional da Bíblia. Rio Segunda Epístola de João?
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 989) Amor e verdade
4. De acordo com 2 João 10,0 que os
ANOTAÇÕES crentes deveriam fazer ao ter com
os gnósticos?
▼ Y
+ V__________ Q . © 0
CUIDADO COM O ECO
E SUAS AMBIÇÕES
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram
da tua verdade, como tu andas na verdade." (3 Jo 3)
C O N ECTA D O •••
0 "ego" é o "eu" (esse é o significado do grego ego). Possuímos, enquanto
seres humanos e pecadores, a tendência de sem pre buscar (e alguns até a
qualquer custo) a satisfação do próprio ego. Isso é o que chamamos de ego
ísmo e é extremamente perigoso! 0 egoísta revela, através de su as ações, a
ganância, cobiça, idolatria (endeusa a si próprio) etc., acreditando que suas
escolhas e preferências são superiores a tudo e a todos. 0 alerta bíblico é
claro: cuidado com o ego e suas ambições (Pv 18.1; Fp 2.3,4; Tg 3.16). Oremos
para que o Senhor guarde nosso coração do egoísmo!
OBJETIVOS
EXPLICAR o contexto da Epístola (Gaio
e Diótrefes);
CONHECER as características de um
cristão fiel e obediente;
ENFATIZAR a luta contra a rebeldia e o
sentimento egoísta.
ANTES DAAULA
Caro(a) professor(a), estamos nos aproximando do final deste trimestre,
mas nunca é tarde para nos lembrarmos da responsabilidade do ministério do
ensino e aperfeiçoarmos nossas metodologias em sala de aula. Todo profes
sor de Escola Bíblica deve possuir enraizado em si pelo menos três valores:
DEDICAÇÃO, RENOVAÇÃO e EXCELÊNCIA. A orientação do apóstolo Paulo
para os professores de ED (os que possuem e exercem o dom do ensino) é
que se dediquem em seu ministério — desgaste-se nesta obra! Faz parte de
dedicar-se. a busca de novas formas de transmitir a Palavra com mais didá
tica, gerando mais transformação de vidas — nunca se acomode! Por fim, o
professor deve estar convicto de que a excelência será alcançada apenas na
eternidade, mas até lá devemos desejar e buscá-la com todas as forças, a fim
de entregarmos o melhor para Deus — excelência cristã só é possível quando
acompanhada da humildade!
84JUVENIS iMRMRttlfln'
rava, com todas as suas energias, fazer
a vontade de Deus, Ele não era apenas <, - *» [ INTERAÇÃO
bem-intencionado, mas se conduzia
de maneira apropriada, cristã, sincera,
Carola) professor(a). recomen
sem causar escândalos ao Evangelho.
damos a seguinte dinâmica para
Naquela época, em que não havia
iniciar a aula: procure uma caixa
redes sociais, nem mídia, as notícias
se difundiam com menor intensidade pequena com tampa e fixe um
e rapidez, bastante diferente dos dias espelho ao fundo (você também
atuais, mas, mesmo assim, chegou ao pode posicionar o seu celular com
conhecimento do apóstolo João, com a câmera frontal ligada). Diga aos
"cores vividas", o bom testemunho de seus alunos que na caixa estão
Gaio e o amor com que servia Deus. imagens de pessoas da sala, convi
A pergunta que não quer calar é: Será de dois ou três alunos para olharem
que nossas redes sociais glorificam a dentro da caixa e, em seguida,
Deus? Será que as informações que falarem alguns defeitos dessa
são “publicadas", “curtidas" e “com
“pessoa". Obviamente, eles estarão
partilhadas” sobre nós têm o mesmo
falando de defeitos próprios. Ao
bom cheiro de Cristo daquilo que se
dizia sobre Gaio? final, esclareça a dinâmica para os
2.2. Ama indistintamente ouvintes e parabenize os alunos
O padrão de amor de Gaio também que foram sinceros e corajosos ao
glorificava a Deus, pois ele cuidava bem reconhecer, humildemente, seus
tanto de judeus como de estrangeiros, defeitos diante de todos.
afinal quem ama como Jesus não faz
acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11;
Ef 6.9; Tg 2.1,9; 1 Pe 1.17). Será que o
meu e o seu jeito de amar as pessoas
traz alegria ao Senhor?3
contra ele. Temos nós, também, que
3. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS sermos cuidadosos para que a nossa
3.1. Sede pelo poder vaidade pessoal, as nossas ambições,
Diótrefes, um homem que se dizia não conflitem com os interesses do
cristão, no primeiro século, mas não Reino de Deus.
conhecia a Deus, pois fazia o mal (3 3-2. Desrespeito aos líderes da igreja
Jo 11), não queria apenas ser grande, e A oposição à obra de Deus, feita
sim o maior. Era arrogante e orgulhoso. por Diótrefes, era tão intensa que ele
Parecia o próprio Diabo. Esse obreiro falava mal de João e sequer o rece
não detinha as qualidades de um dis bia; considerava-o, pelo visto, como
cípulo do Senhor Jesus e, por tal razão, um inimigo do trabalho do Senhor.
o apóstolo João faz declarações fortes Certamente a influência desse pastor
JUVENIS 85
fraudulento, que desejava assumir o rebelião contra os ministros de Deus,
mais alto posto institucional eclesiástico, ainda atuam para impedir que outras
estava trazendo alguns prejuízos no pessoas cooperem com aqueles que
andamento da obra missionária, a tal trabalham na obra do Mestre.
ponto que, segundo alguns teólogos, Essa aversão acentuada aos compa
provavelmente, esta carta foi pesso nheiros, de maneira a impedir a prosperi
almente recepcionada pelas mãos de dade de outros irmãos, deDmonstra uma
Demétrio, um obreiro aprovado. total repulsa aos princípios do Reino de
Que o Senhor guarde a sua igreja Deus. João, por exemplo, ao escrever o
de pessoas inescrupulosas, ambiciosas, Apocalipse afirmou que era “companheiro
rebeldes, murmuradoras, que causam na aflição, e no reino”(1.9), bem diferente
dissensão, divisão, como Diótrefes, as do sentimento de Diótrefes.
quais buscam apenas os seus interesses
(Pv 18.1) e não os interesses de Deus. 4. CONSELHOS E CONCEITOS
3.3. Aversão aos companheiros 4.1. Não seguir o mal
Os maus obreiros, além de terem Após expor a conduta não cristã de
uma motivação ilegítima, pregarem Diótrefes, João aconselha que Gaio não
siga o caminho trilhado por ele, haja
vista que seguir o mal nunca é uma
boa opção, pois a pessoa prejudica a
si mesma, além de agir contra Deus.
Quando alguém pratica o mal, como
Diótrefes, ou como Judas, em primeiro
lugar demonstra que foi vencido pelo
Diabo, abandonou a Cristo e se consti
tuiu como seu próprio senhor.
4.2. Quem faz o bem é de Deus
0 que leva homens e João, em seguida, menciona algo
mulheres comuns a singelo, porém profundo: quem faz o
bem é de Deus (3 Jo 11). Ou seja, Deus
ultrapassarem certos
é a fonte de toda bondade, beleza,
limites, e a abusarem de sua
amor, e, por isso, tudo que envolve
autoridade? Determinadas bondade, benignidade, tem a ver com
posturas poderão levar o mover de Deus. Por outro lado, os
você a ser a próxima vítima maus — aqueles que agem contra a
do orgulho fatal. Livre-se vontade do Senhor — não conhecem
delas antes que seja tarde a Deus, como Diótrefes.
demais. Leia "Orgulho Fatal Todos nós temos, diante da vida,
— Um ousado desafio a escolhas a serem feitas: Bênção ou
este mundo faminto maldição, Vida ou morte. Cabe a cada
um de nós escolher qual cam inho
seguir. ©
86JUVENIS
SUBSÍDIO
"Guiará os mansos retamente.' Os
o CO N H EÇA OS mansos gozam das boas graças com
“ S EU S ALU N O S Pai do manso e humilde Jesus, por
que Deus vê neles a imagem do seu
Ninguém gosta de estar em um Unigênito. Eles sabem que precisam
lugar onde não é bem tratado, ainda de orientação, estando então prontos
mais se for num sonolento domingo a submeter o próprio entendimento à
de manhã e você tem de 15 a 17 anos vontade divina. 0 Senhor condescende
em ser o guia para eles (...). Animem-se!
de idade. Todas as forças apontam
As dificuldades deixam os mansos
a Escola Dominical como uma ativi
perplexos, sem saber o que fazer,
dade nada agradável. Dessa forma,
forçando-os agir sem descrição. Mas
para vencer toda a letárgica inércia a graça vem em socorro, ilumina lhes
da cama. é essencial ao professor, a mente para seguirem o que é justo
e equipe, que exerça a "Pedagogia e ajuda-os a discernir o caminho no
do Amor de Deus". Faça com que o qual o Senhor quer que trilhem. Os
seu aluno se sinta amado e querido tolos, orgulhosos da própria sabedoria,
pela igreja e classe, muitas vezes não aprenderam e, portanto, erram o
não é fácil, mas insista nele, pois caminho para o céu. Mas os corações
assim como você. ele também é humildes se sentam aos pés de Jesus
muito importante para Deus. Ame-o e encontram a porta da glória, pois
'aos mansos ensinará o seu caminho1.'
e interceda constantemente por ele.
(SPURGEON. C. H„ Os Tesouros de
Davi. Vol.i. Rio de Janeiro, CPAD, p.
508-509. 2017).
JUVENIS 87
PARA CONCLUIR
Jesus ensinou: "...qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele
que a si mesmo se humilhar será exaltado (Lc 1411). Os que estão no mundo
(aqui incluídos os egoístas como Diótrefes) não entendem como o Mestre poderia
ensinar valores como esses (Lc 16.14; l Co 1.18,19)! Que o Senhor nos dê graça
para conservarmos um coração como o de Gaio, a fim de agirmos sem pensar
exclusivamente nas nossas preferências.
+r 7 c£© 0
LUTE POR SUA FÉ
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca
da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a
______ batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." (Jd 3»
V Pv 25.11 ★ Timing
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■ *■ ■ ■ m 1 L *
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CONECTADO O
A Epístola de Judas registra um fato interessante. 0 apóstolo declara
que pretendia escrever sobre a salvação, mas sentiu a necessidade de alertar
os crentes a "batalhar pela fé" (v. 3). Judas primeiro esclarece que Deus não
deixa o pecado sem castigo. Em sua Epístola, encontram os a descrição de
vários pecados a que estam os expostos e que podem contaminar a nossa
fé. Ele encerra a Carta ensinando-nos a m aneira como podem os vencer
essa batalha. Lembre-se; tem os de m anter uma luta constante pela nossa
fé a fim de não serm os envolvidos pelo pecado e para que não venhamos a
perder a salvação.
OBJETIVOS
EXPLICAR os motivos para o envio da
carta;
EXPOR sobre o perigo dos falsos mes
tres;
SABER como devemos nos portar na
defesa da fé.
ANTES DAAULA
Carola) professor(a), nesta última aula do trimestre, agradeça o esforço da
turma nos últimos três meses e demonstre a sua felicidade em ser professorla)
deLes. Fale o quanto eles são importantes para você e como o Senhor tem mol
dado a sua vida através da interação com eles a cada domingo. Abra espaço para
os alunos falarem, se desejarem. Isso fará com que eles se sintam importantes
e reforçará os laços de comunhão entre professor e aluno.
Aproveite o momento para, também, apresentar a lição de Juvenis do próximo
trimestre. Uma ótima abordagem é, se possível, levar um exemplar da lição de
aluno e sortear entre os alunos presentes! Com certeza a turma perceberá sua
empolgação com o próximo trimestre e buscará valorizar ainda mais a Escola
Dominical.
JUVENIS 91
entretanto foi direcionado a exortar
os irmãos a batalhar pela fé que uma
vez foi dada aos santos (Jd 3). Nos
dias de hoje, tal direcionamento se
mantém: é fundamental que a igreja
esteja atenta para defender a fé a
qualquer instante!
A defesa da fé, contudo, só pode
ser feita por quem a detém. O mundo,
as forças do mal, sempre irão atacá-la.
Cabe, por isso, a nós ser os guardiões
desse tesouro de inigualável valor (2
Tm 6.12). Que possamos fazer como
Paulo que, no fim dos seus dias, pôde 2.2. A fé genuína
dizer que, após uma vida de lutas, A fé mencionada por Judas é uma
terminou sua carreira permanecendo fé racional, bem fundam entada e
na fé (2 Tm 4.7). salvadora, aquela “que uma vez foi
dada aos santos” (Jd 3), ou seja, a fé
verdadeira, dada por Deus (Ef 2.8) e
<r -¥ INTERAÇÃO ensinada pelos apóstolos (At 20.27). É
por ela que devemos travar uma luta
No seu momento de preparação incansável.
para a aula, elabore duas ou mais
perguntas pertinentes sobre a 3. PECADO E JUÍZO
defesa da fé, e faça, prevíamente, 3.1. Os intrusos
uma resposta sobre essas ques Já sabemos que a fé cristã é cons
tões. Em sala de aula (pode ser no tantemente atacada, na escola, nos
início ou mesmo dentro do tópico film es ou nas redes sociais, mas o
II, subtópico 1), faça as perguntas foco que o escritor traz à tona são as
para os alunos e veja como eles am eaças à fé que vêm de dentro da
responderão. própria igreja. Como assim? Identificar
Fique atento(a) e preparado(a) os ataques “externos”, muitas vezes,
para responder e controlar o curso é até fácil, mas os ataques “internos",
das falas! Assim, nessa situação daqueles de quem não esperam os
controlada, você poderá iden nos defender, é muito difícil.
tificar deficiências doutrinárias Por isso, Judas elenca algum as
entre os estudantes e instruí-los ca ra cte rístic a s d e sse s "intrusos”,
sobre questões importantes da fé. que se “infiltraram” em nosso meio
Por isso seria interessante você e ameaçam a fé. Veja a lista: a) “ím
pesquisar algo sobre o assunto. pios” — não têm amor a Deus (Jd 4):
b) "convertem em dissolução a graça
de Deus” — mundanos, carnais (v.4); c)
OOO negam a Jesus Cristo — céticos, sem
92 JUVENIS
imoralidade, sofreram “a pena do fogo
eterno" (v. 7).
/ 3.3. Os perigos dos falsos mestres
A Epístola de Judas, após proferir
um “ai" contra os falsos mestres (Jd 11),
diz que eles entraram pelo caminho de
Caim (inveja), seguiram o engano do
prêmio de Balaão (avareza) e perece
ram na contradição de Corá (rebeldia).
Em seguida, ele denuncia os efeitos
da presença desses “intrusos”: a) são
manchas em vossas festas de amor
(v.12) — eles não possuem amor a
espiritualidade (v.4); d) “adormecidos, Deus, nem ao próximo, mas somente
contaminam sua carne”— indiferentes, o “amor-próprio", por isso são uma
sem temor de Deus (v.8); e) “rejeitam mácula para a igreja; b) são nuvens sem
a dominação e vituperam as autori água (v,i2) — eles geram expectativas
dades” - indisciplinados e rebeldes frustrantes, enchem de esperanças
(v.8); f) “dizem mal do que não sabem"
— mentirosos, propagadores de fahe
news (v.10); g) “murmuradores” (v.16);
h) arrogantes (v.16); i) interesseiros
(v.16); j) “causam d ivisõ es” (v.19); k)
“sensuais” (v.19).
Ao fim, Judas conclui a sua listagem
com o efeito que é consequência de
todos os defeitos anteriores: eles, os
falsos mestres, “não têm o Espirito"
(v.19). Quem anda na carne, não pode
agradar a Deus (Rm 8.5-17).
3.2. Os exemplos de desobediência
Diante de tantas características
ruins, Judas nos faz lembrar de três
exemplos de desobediência que não
terminaram bem. São eles: a) o povo
de Israel, o qual foi salvo do Egito,
mas os maus morreram no deserto,
por causa da incredulidade Ud 5); b)
os anjos caídos, que foram lançados
na escuridão e estão atualmente em
prisões eternas (v. 6); c) as Cidades
de Sodom a e Gomorra, bem como
outras ao redor, que, por causa da
JUVENIS 93
as pessoas, mas tudo é falsidade; c) terrível, pois está escrito que aquele
árvores murchas, infrutíferas (v.12) — que duvida nada receberá do Senhor
eles são uma perda de tempo, pois é (Tg 1.6,7). Judas aumenta a gravidade
um desperdício cultivar uma árvore e, da situação, lembrando que os duvi
depois, observar que tudo foi em vão; dosos rumam para o Inferno, razão
d) ondas impetuosas do mar (v.13) — pela qual exorta a que os salvemos,
ondas que trazem sujeira; e e) estrelas “arrebatando-os do fogo” (v. 23). #
errantes (v.13) — não possuem rumo,
rota ou propósito, cujo fim será cau
sar um grande estrago. O bserve-se
como se faz necessário defender a
fé, recebida de Deus, diante dessas o CONHEÇA OS
ameaças dos falsos mestres. “ SEUSALUNOS
4 COMO DEFENDER A FÉ “Motivação e bom ânimo são os
4.1. Cuidados pessoais impulsos e necessários para levar uma
Depois de mencionar os graves pessoa ser e permanecer alunada na
problem as ca u sa d o s p elos falso s Escola Dominical, sem nunca faltar
mestres, Judas apresenta a maneira às aulas. Bom ânimo e a disposição
como o cristão deve defender a sua de se sentir animado mesmo que é
fé: a) edificando-vos a vós mesmos circunstâncias ao seu redor, não levem
na fé (Jd 20) — isso significa investir a isso, nem lhe sejam favoráveis. O
na fé, como, por exemplo, ler bons desânimo deve ser combatido com fé,
livros cristãos, d e d ica n d o -se para coragem. A motivação interna permite
fortalecer a convicção em Deus Cristo que as curas aconteçam. Em Cristo
Jesus (os discípulos oraram: Senhor, motivação interna ganha corpo, cor,
aumenta-nos a fé - Lc 17.5); b) orando
cheiro, sabor e visibilidade." (ROCHA,
no Espírito Santo (v. 20) — significa orar
Jormicezar Fernandes da. O que me
no poder e na força do Espírito, não
motivaria a ir à Escola Dominical?
firmado em palavras “de efeito”, que
Ensinador Cristão. Rio de Janeiro, v.
para nada servem diante de Deus (Lc
82.p. 28, abr./mai./jun.2020).
18.11); c) conservar-se no amor de Deus
(v. 21) e d) esperar na misericórdia de
Cristo (v. 21).
4.2. Cuidado com os outros
A receita só estará completa se,
tam bém , houver cu id ad o com os
outros que já foram enganados pelo
mal. Por isso, em tom dramático, de
apelo, Judas conclama que nos apie-
demos dos que estão na dúvida (Jd
22). Encontrar-se em dúvida é algo
94JUVENIS
SUBSIDIO 1
“Os elementos mais importantes o colapso do materialismo científico,
desta vida física (amor, alegria, paz, (...) Devemos ter fé se quisermos saber
propósito, contentamento, verdade, sobre as coisas mais importantes da
justiça, etc.) não podem nem ser vistos vida (..,), as quais a ciência não pode
nem explicados. Não muito tempo reveLar e a respeito das quais ela
atrás, o mundo acadêmico acreditava nada tem a esclarecer. (...) A fé deve
amplamente que a ciência física, um estar fundamentada em evidências
dia, explicaria tudo, inclusive a cons que independem de sinais físicos ou
ciência, Essa esperança vã não é mais comprovação científica, mas que são
admitida pela maioria dos cientistas. irrefutáveis" (HUNT, Dave. Em Defesa
John Eccles, prêmio Nobel, apontou da Fé Cristã: Respostas a perguntas
que o recente reconhecimento de que difíceis. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
a mente é um ente não-físico causou p. 18 e 19),
“Batalhar pela fé que uma vez foi Discutir sobre a verdade não sig
dada aos santos" Ud 3). Algumas coi nifica ser hostil, ou esbravejar com
sas na vida são relativas. Eu prefiro o aqueles que não crêem. Mas signi
verde, outra pessoa prefere o azul. Eu fica certificar-se de que as pessoas
gosto de pipoca. Outra pessoa gosta percebam que a verdade não é uma
de batata chips, Com as preferências, questão de preferência. Alguém pode
nenhuma diferença é realmente im muito bem dizer, “Eu prefiro pensar em
portante. Jesus apenas como um homem bom".
A verdade é diferente. Ela é ab Mas quando alguém disser isto, esta
soluta, no sentido de que a verdade é a nossa oportunidade para respon
permanece imutável e certa, a despeito der: “Eu lamento muito por isso. Veja
das preferências humanas, E assim Ju bem, a Bíblia diz que Jesus é Deus, o
das nos Lembra de que quando alguém Filho, e todo o seu futuro depende de
diz, “Eu prefiro pensar em Jesus apenas você aceitar ou não a verdade desta
como um homem bom", nós podemos afirmação”. (RICHARDS, Lawrence O.
responder: “Tudo bem. Mas eu prefiro Comentário Devocional da Bíblia
pensar nEle como Deus". Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 993-94).
JUVENIS 95
PARA CONCLUIR
A apologia (defesa) da fé cristã é urgente para os dias de hoje e deve ser feita em
amor —mas sem amenizar a firmeza das Escrituras. Essa defesa é desempenhada
contra ataques externos, porém, é ainda mais fundamental para contra-atacar as
investidas internas, dos falsos mestres. Que o Senhor nos dê sabedoria para com
bater este combate e vencer a dúvida.
[ O ‘) edltora_cpad
CBC
cpad.com.br Edito raCPAD