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VENDA PROIBIDA

UMA BOA COMPREENSÃO


DA LÍNGUA PORTUGUESA
PARA UM ESTUDO DA
BÍBLIA COM EXCELÊNCIA.
Em d iv e rsa s p a ssa g e n s, a B íblia en sin a que o cristã o
d eve fa z e r q u a lq u e r ta re fa com zelo e excelência.
E sta v e rd a d e não é m enor ao fa la rm o s do estud o
e tra n s m is s ã o d a s E s c ritu ra s S a g ra d a s .
O co n h e cim en to d a s fu n çõ e s g ra m a tic a is é um a
fe rra m e n ta in d isp e n sá v e l p a ra todos os o b re iro s
que se la n ça m à p rá tic a d a H e rm e n ê u tica e da
Exeg ese B íb lica no m in istério do ensino, bem com o
d a H o m ilé tica na exp o sição de m e n sa g e n s.
P o rtan to , o d e se m p e n h o do tra b a lh o p a ra o q u al
fom os c h a m a d o s e p a ra o q u a l nos pro pom o s
t o r n a r -s e -á m a is e ficie n te à m e d id a que m elhor
co n h e ce rm o s nosso id io m a m aterno .

SA IB A MAIS:
L ições Bíblicas

E E H i t a

f i Nome:
Igreja:
o f i https: / / www.cpad.com.br

TEMA DO TRIMESTRE:
CONHECENDO OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ NAS EPÍSTOLAS GERAIS

12
CRISTO ENTENDE VOCÊ

A F É E O NOSSO
RELACIONAMENTO
COM DEUS
PROFESSOR
Q
48 S P
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA

pag^^

O PROPÓSITO DO
SOFRIMENTO

61
INIMIGO ÍNTIMO

68 S p
UMA CARTA
PARA VOCÊ

26 gg" 75 h
MAIS QUE VENCEDOR: DIGA "NÃO!"
PROVAS ETENTAÇÕES

ag
p ^ ^
34
FÉ EOBRAS CUIDADO COM O EGO
E SUAS AMBIÇÕES

41 89 íjM
UMAARMA LUTE POR SUA FÉ
PODEROSAMENTE
MORTAL
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das
CONHECENDO OS
Assembleias de Deus no Brasil FUNDAMENTOS
José Wellington Costa Junior DA FÉ CRISTÃ NAS
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa EPÍSTOLAS GERAIS
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza Querido(a) professor(a), seus
Gerente de Publicações alunos estão iniciando mais
Alexandre Claudino Coelho um trimestre de estudos da
Gerente Financeiro Palavra de Deus. Neste perío­
Josafá Franklin Santos Bomfim do eles farão uma viagem pa­
norâmica sobre as Espístolas
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva Gerais (de Hebreus a Judas)
da Bíblia, conhecendo os seus
Gerente Comercial
Cícero da Silva temas centrais e recebendo
orientações bíblicas capazes
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva de fortalecê-los e amadurecê­
-los em sua caminhada cristã.
Gerente de TI
Saiba que a sua contribuição
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação será muito importante na mi-
Leandro Souza da Silva nistração dos ensinamentos

in r
Chefe do Setor de Educação Cristã extraídos dessas epístolas
Marcelo Oliveira que são atuais e muito úteis
Chefe do Setor de Arte & Design para os crentes de todos os
tempos, inclusive os juvenis.

, odv
Wagner de Almeida
Comentarista Você está tendo o privilégio
Samuel de Oliveira Martins de ensinar um livro que é dife­
Editora rente de todos os outros que
1,3s

Verônica Araujo foram ou que venham a ser


Projeto Gráfico, Designer e Capa escritos no mundo, pois este
Suzane Barboza livro é a Palavra de Deus. Não
Fotos desperdice esta oportunidade!
shutterstock.com
Até o próximo trimestre!
RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ
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Currículo!
0 2 ju L 2 0 2 3

A SUPERIORIDADE
DE CRISTO
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho." (Hb 1.1)

At 10.4 ★ Jesus foi anunciado peLos profetas


At 3.22 ★ Jesus foi anunciado por Moisés
Lc 2.11 ★ Jesus foi anunciado peLos anjos
2 Pe 1.17 Jesus foi anunciado peLo Pai
Hb 7.26 ★ Jesus é mais sublime que os céus
Ap 5.8 Jesus é digno de adoração
Q 4 LEITURA bíblica em classe
Hebreus 1.1-6 nossos pecados, assentou-se à destra
da Majestade, nas alturas;
n
1 Havendo Deus, antigamente, falado,
muitas vezes e de muitas maneiras, 4 feito tanto mais excelente do que os
aos pais, pelos profetas, a nós falou­ anjos, quanto herdou mais excelente
-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, nome do que eles.
1
2 a quem constituiu herdeiro de tudo, 5 Porque a qual dos anjos disse jamais:
por quem fez também o mundo. Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra
3 O qual, sendo o resplendor da sua vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será
glória, e a expressa imagem da sua por Filho?
pessoa, e sustentando todas as coisas 6 E, quando outra vez introduz no mundo
pela palavra do seu poder, havendo o Primogênito, diz: E todos os anjos

11 V p
feito por si mesmo a purificação dos de Deus o adorem.

• ® CONECTADO COM DEUS •••


No relacionamento com Deus, dia após dia, necessitamos descer
frequentemente à "Casa do Oleiro”(Jr 18.1-6), e permitir que sejamos
moldados pelas suas mãos. Para tanto, precisamos chegar com humildade,
reconhecendo que Ele é superior a tudo e a todos, e nos submetermos à
vontade do Oleiro. A leitura bíblica, acompanhada de louvor, oração e jejum,
faz parte desses nossos momentos devocionais de entrega e adoração, para
estarmos cheios do Espírito Santo e conectados com o Senhor, o Soberano
de toda a Terra.
m

m u
► ^ <§>
OBJETIVOS

EXPLICAR a superioridade de Cristo


sobre os profetas;
ENFATIZAR que Cristo é maior que os anjos;
MOSTRAR que a obra de Cristo tem
significado maior que a de Moisés;
DEMONSTRAR que Cristo é Deus.

ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), é importante que o seu conhecimento sobre este
assunto seja aprofundado no que diz respeito à superioridade de Cristo retratada
nos primeiros três capítulos da epístola dos Hebreus. Assim, faz-se importante que
você atualize sua leitura com alguns comentários bíblicos a fim de aprofundar seu
conhecimento sobre a disciplina de Cristologia, especialmente quanto aos três
primeiros capítulos da Epístola aos Hebreus. O livro de consulta recomendado
antes da aula é: A Supremacia de Cristo, do pastor José Gonçalves, publicado
pela CPAD, o qual, no capítulo 2, sintetiza, de maneira magistral, a superioridade
de Cristo em relação aos anjos, quando aduz: “1- Nenhum dos anjos podia trazer
a nova relação entre irmãos (Hb 2.5-13); 2- Nenhum dos anjos podia livrar os
homens do temor da morte (Hb 2.14-16) e 3- Nenhum dos anjos podia realizar
a obra da expiação pelos pecados (Hb 2.17,18)”. Vale a pena a leitura.

1. CONHECENDO A EPÍSTOLA redigida por alguém que conhecia pro­


Que a Bíblia é um livro mui­ fundamente o Antigo Testamento (AT),
to especial, nós já sabemos. dado as conexões e comparações de
Ela é a Palavra de Deus revelada à aspectos do AT e Jesus — levando-nos
humanidade. Podemos dividi-la em a crer que, provavelmente, foi escrita
vários grupos de livros que possuem para defender a fé cristã entre os judeus
semelhanças entre si. Neste trimestre, convertidos a Cristo. Certamente o
estudaremos um grupo de oito cartas estudo de Hebreus trará muitas lições
(de Hebreus a Judas) escritas para o valiosas para os dias de hoje.
público cristão em geral — por isso
são chamadas de “Epístolas Gerais”. 2. CRISTO É SUPERIOR AOS PRO­
A primeira delas é conhecida como FETAS
Carta ou Epístola aos Hebreus. Não 2.1. Os profetas e Cristo
sabemos ao certo quem a escreveu, O autor de Hebreus inicia a sua
nem para quem foi escrita original­ carta com uma afirmação chocante:
mente, mas podemos afirmar que foi
JUVENIS 7
2.2. Cristo, a mensagem dos profetas
<- -» INTERAÇÃO Os profetas do AT pregavam o que
recebiam do Senhor, proclamando,
muitas vezes, a vinda do Messias,
Querido(a) professor(a), para
o Salvador (Is 9; Jr 23.5,6; Mq 5.2,3).
introduzir a Lição, promova a se­
Agora, o Messias havia chegado, o
guinte atividade: extraia da internet, Filho, a Palavra de Deus encarnada,
ou de alguma revista ou livro, uma o Salvador (Jo 1.1-5,14)! Assim como
figura que represente um profeta nós, os crentes daquela época preci­
antigo (Moisés), um anjo e Cristo savam ouvir essa poderosa verdade,
(pode ser uma cruz) e cole-os um a fim de fortalecer a fé deles diante
abaixo do outro em uma cartolina, dos questionamentos do mundo. Em
ou selecione-os em arquivo digital e outras palavras, Hebreus ensina: Sabe
faça a projeção em uma parede ou tudo aquilo que vocês já aprenderam
tela. A seguir, faça três colunas: Data sobre Deus? Então, a Palavra de Deus
em que surgiu(ram)? Quantidade ganhou carne e ossos, habitou entre nós
e abriu o caminho ao Pai! Essa Palavra
de poder? Deve(m) ser adorado(s)?
é tudo aquilo que sempre esperamos,
Preencha com a turma as la­
por isso apeguem-se a ela com todas
cunas das coLunas para cada per­ as forças!
sonagem (ou grupo) representado.
Justifique as respostas com versí­ 3. CRISTO É SUPERIOR AOS ANJOS
culos bíblicos. 3.1. Cristo é superior aos anjos
Continuando seu argumento, o
ooo escritor resume em Hebreus 1.3,4
seu próximo ponto: “Jesus, que é a
perfeita expressão da glória e do ser
de Deus, sustentando todas as coisas
“Desde antigamente Deus tem falado por sua palavra, após ter se entregado
de muitas formas através dos profetas, como purificação de nossos pecados,
mas agora Ele tem falado pelo seu tomou assento à direita de Deus nos
Filho, herdeiro de todas as coisas e céus, sendo, portanto, tão superior aos
criador do mundo (Hb 1.1-2)!” Ora, há anjos quanto o seu nome é superior
milênios que os profetas atuavam ao deles!”. Logo em seguida, ele cita
como porta-vozes de Deus ao povo, diversas passagens do AT que de­
sendo muito respeitados entre os monstram a superioridade do Filho
judeus por isso. Mas, primeiramente, sobre os anjos (Hb 1.5-13) e encerra
Hebreus já estabelece seu primeiro explicando quem eram os anjos e o
argumento: Jesus é superior aos pro­ papel deles (Hb 1.14).
fetas — em mensagem e essência! A 3.2. Jesus é digno de adoração
Palavra de Deus andou (literalmente) Apesar de ficar demonstrada a
entre os homens! O verbo que se fez superioridade de Cristo em relação
carne (Jo 1.14). aos anjos (outro símbolo importante

8 JUVENIS
para os judeus), hoje em dia é possíveL sava de um “mero figurante” no pLano
perceber que muitas pessoas (até mes­ divino. Mas o texto é cLaro ao afirmar
mo alguns cristãos) e outras religiões que "Cristo é tido por digno de tanto
valorizam exageradamente a figura maior honra do que Moisés, quanto
dos anjos, como no caso dos “anjos da maior honra do que a casa tem aqueLe
guarda”, caindo em misticismo (Cl 2.18). que a edificou" (Hb 3.3). Sem diminuir a
Devemos respeitar a figura dos anjos importância de Moisés, somos ensina­
enquanto agentes de Deus em favor dos que eLe era um servo fieL na casa
dos saLvos (Hb 1.14), sem esquecer que de Deus, mas Jesus é fieL como FiLho
eLes não recebem adoração (CL 2.18; sobre a casa de Deus: Cristo é, mais
Ap 22.8,9), somente Jesus (Hb 1.6; Fp uma vez, superior (Hb 3.3-6).
2.9-11; Ap 5.6-14). Os anjos de Deus 4.2. Jesus: maior que os apóstolos
exercem ministérios gLoriosos, no céu e o sumo sacerdote
e na terra, e são conservos nossos; Vejamos que Moisés executou uma
eLes não querem a nossa adoração obra (Hebreus utiliza a figura da edifi­
e nem pretendem tomar o Lugar de cação de uma casa): eLe foi enviado por
Deus (Ap 19.10). Deus para Libertar os hebreus da escra­
3.3. O perigo da negligência vidão dos egípcios (Êx 3.7-10), guiando
Hebreus mais uma vez destaca a o povo peLo deserto com a companhia
importância de prestarmos maior aten­
ção à mensagem do FiLho, porque se a
paLavra faLada peLos anjos foi cumprida
x' ' /
e Cristo é maior do que os anjos, como
poderemos escapar da condenação se
negLigenciarmos a PaLavra de saLvação
em Cristo Jesus (Hb 2.1-4; Rm 8.1,2)?
Que possamos nos apegar firmemente
àquELe que, sendo Deus, fez-se homem,
#
para que, peLo seu sacrifício, nos Liber­
tasse do medo da morte e derrotasse Em "A Supremacia de
o Diabo (Hb 2.14,15; Jo 3.16)!
Cristo", o pastor José Gonçalves
4. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS debruça-se sobre os ensinamen­
4.1. Cristo é superior a Moisés tos das cartas aos Hebreus para
Moisés é o profeta mais honrado nos trazer uma reflexão teológi­
peLos judeus, por isso é naturaL que ca que promete ser uma impor­
fosse mencionado. Os judeus amavam tante aliada contra a ameaça
muito Moisés e sua obra — o grande
que ronda de perto a vida de
Libertador, o homem que “abriu”o Mar
Vermelho, um dos maiores profetas. todo verdadeiro cristão:
Contudo, como nas comparações ante­ A apostasia.
riores, o escritor aos Hebreus defende
que, diante de Cristo, Moisés não pas­

JUVENIS 9
de seu irmão, Arão, como primeiro
sumo sacerdote (Êx 28.1,29,38). TaL fato
SUBSÍDIO
é relembrado em Hebreus 3.1 quando “Porque a qual dos Anjos disse jam ais:
o escritor orienta o salvo a considerar Tu és m eu Filho, hoje te gerei?... (v.5).
Jesus como “apóstolo” (o mesmo que Em bo ra o s anjo s sejam c h a m a d o s na
“enviado") e “sumo sacerdote" (ministro BíbLía d e 'fíLhos d e D eus' (Jó 1.6; 2.1),
mediador entre os homens e Deus) da o S e n h o r, to d avia , ja m a is o s c h a m a
nossa fé. d e 'm eus fíLhos'. Essa e x p ressão só é
Perceba que Moisés não poderia apLícada a Cristo co nform e dem onstra
exercer, ao mesmo tempo, seu cha­ o SaLm o 2. A q ui não e stá p re se n te a
mado e o ofício sacerdotal, o qual foi ídeía d e um a inferioridade do FÍLho em
dado a Arão. Mas Jesus é “mais digno" reLação ao Pai peLo fato d e aquELe ter
(Hb 3.3) — liturgicamente e em todos sid o ‘g e ra d o ’. (...) Na cuLtura heb raica
os sentidos — que Moisés e sua obra, (...) o s te rm o s 'gerado' e 'criado' não
concentrando em Si mesmo, e definiti­ podem se r tidos co m o sinônim o s. (...)
vamente, os ofícios de profeta, sacer­ C. S. Lew ís (18 9 8 -19 6 3) (...) d is s e que:
dote e rei. Ele é maior e preexistente ‘G e ra r é to rn a r-se pai; criar é fazer. A
a todos os que foram enviados antes d ife re n ç a é esta: q u a n d o v o c ê gera,
dEle Uo 1.15-18) e é Sumo Sacerdote gera aLgo da m esm a esp écie que você.
por excelência (Hb 7.27,28)! Jesus é O hom em gera bebês humanos, o urso
perfeito! gera fíLhotes ursos, e um pássaro gera
ovos q u e se transform am em p assari­
5. A GRANDE PREMISSA: CRISTO nhos. M as q uand o v o c ê cria, faz aLgo
ÉDEUS de um a e sp écie diferente da sua. (...) Se
Em Hebreus 1, 2 e 3 há uma grande for um escuLtor bem quaLífícado, pode
premissa que sustenta todos os argu­ fazer um a estátua bem parecida com
mentos apresentados: Jesus é Deus, um hom em . NaturaLmente, porém, eLa
Filho Unigênito do Pai. Essa é uma não será um homem verdadeiro, apenas
grande verdade que nós, os crentes se assem elhando a ele. Ela é incapaz de
em Jesus, não podemos nunca, jamais, respirar ou pensar. Não está viva. Essa é
esquecer ou reLativizar, principaLmente a primeira coisa a com preender. O que
diante dos incrédulos e dos falsos D eu s gera é D eus; assim co m o o q ue
mestres o hom em gera é hom em . O q u e D eus
A Declaração de Fé das Assembléias cria não é Deus; Da m esm a form a q ue
de Deus, falando sobre a “deidade o que o hom em cria não é homem. Daí
absoluta de Jesu s”, nos apresenta a razão d e os hom ens não serem fíLhos
extensos exemplos de que Jesus é, d e D eus no m esm o sentido q u e Cristo.
inequivocamente, Deus (Jo 1.1; CL 2.9; ELes podem assem eLhar-se a D eus em
Is 9.6; Ap 1.8; Mt 8.20; Jo 16.30; Ef 1.21; certos aspectos, m as não pertencem à
Cl 1.16). Hebreus nos adverte a guar­ m esm a e sp écie. A p ro x im a m -s e m ais
dar as palavras do Senhor Jesus, da de estátuas ou figuras d e Deus"'. (GON­
mesma forma que o Mestre ensinou Ç A L V E S , José. A Supremacia de Cristo.
para aqueLes que o amam Uo 14.23). • Rio d e Janeiro: C PA D , 2017, p. 25,26).

10 JUVENIS
PARA CONCLUIR
R e co n h e ce r a su p erio rid a d e d e Cristo so b re to dos o s se re s criad o s possui
grand e reLevância teoLógica — entendim ento q u e faz parte da coLuna vertebraL
da fé cristã, m as tam bém a lca n ça um a d im en são prática, piedosa, d e v o c ío n a L
Cristo d eve ser adorado diariam ente, através de nossas condutas, com o SaLvador
e Senho r d e nossa existência! So m en te assim cu m p rirem o s a boa, agradável, e
perfeita vontade d e Deus.

CO N H EÇA OS
SEU S ALUNOS

“Como anda a vida espiritual dos


nossos jovens e adolescentes? (...)
Cada vez mais, jovens e adolescentes
estão abandonando a igreja e, pior,
a fé. (...) Terry Linhart, em seu livro
‘Ensinando as Próximas Gerações’ 1. QuaL, provaveLmente, foi o objetivo
(LINHART, 2018, p. 16), revela uma da Epístola aos Hebreus?
preocupação. Se há tanto ensino na Foi escrita para defender a fé cristã
igreja, por que não há aprendizagem? entre os judeus convertidos a Cristo.
E afirma: ‘Precisamos revitalizar a 2. Segundo a Lição, Jesus é maior que
tarefa de ensinar as próximas gera­ os profetas por quê:
ções’. E uma docência ou liderança ( ) Jesus é a Palavra de Deus encarnada.
irrelevante e despreocupada está ( )Jesus é o Filho de Deus.
longe do que seria o ideal para (x) Todas as alternativas anteriores.
os dias atuais: ‘A próxima geração 3. Quem são os anjos?
precisa de professores e líderes A Bíblia diz que são espíritos minis-
envolventes, sábios, alegres e de­ tradores que agem em favor daqueles
vidamente instruídos”'. que hão de herdar a salvação (Hb 1.14).
(CIRQUEIRA, Susana. A respon­ 4. Segundo a lição, Jesus concentra

sabilidade de ensinar para jovens em si quais ofícios (que eram exer­


cidos por Moisés e Arão)?
k.

e adolescentes. Revista Ensinador


Cristão, Rio de Janeiro, ano 23, n. 88, Os ofícios de profeta, sacerdote e rei. _j_
pp. 27,28.) 5. Qual é a grande prem issa dos
argumentos de Hebreus? +
Cristo é Deus, Filho Unigênito do Pai.
+
CRISTO ENTENDE VO CÊ
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas: porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado

* A t 2.2 2 ★ A B íblia c h a m a J e s u s d e ho m em

V H b 4 .15 * J e s u s se c o m p a d e c e d a s n o ssa s fraq u ezas

V Mt 1 7 ,2 4 -2 7 * Je su s cum pria se u s d eve res com a socied ad e

V Mt 4,2; Jo 19 .2 8 ★ J e s u s sen tia fo m e e s e d e

* M c 3.5; Jo 11 .3 5 ★ J e s u s fico u triste e tam b é m chorou

M c 8 .3 1 ★ J e s u s en te n d e o se u sofrim ento
LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Hebreus 4.14-16 povo; porque isso fez ele, uma vez,
14 Visto que temos um grande sumo oferecendo-se a si mesmo,
sacerdote, Jesus, Filho de Deus, 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes
que penetrou nos céus, retenhamos a homens fracos, mas a palavra do
firmemente a nossa confissão. juramento, que veio depois da lei, cons­
n 15 Porque não temos um sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das
titui ao Filho, perfeito para sempre.
Hebreus 10.1-5
nossas fraquezas; porém um que, 1 Porque, tendo a lei a sombra dos
como nós, em tudo foi tentado, mas bens futuros e não a imagem exata
sem pecado, das coisas, nunca, pelos mesmos
16 Cheguemos, pois, com confiança ao sacrifícios que continuamente se
trono da graça, para que possamos oferecem cada ano, pode aperfeiçoar
alcançar misericórdia e achar graça, os que a eles se chegam.
a fim de sermos ajudados em tempo 2 Doutra maneira, teriam deixado de se
oportuno. oferecer, porque, purificados uma vez
Hebreus 726-28 os ministrantes, nunca mais teriam
26 Porque nos convinha tal sumo sa­ consciência de pecado.
cerdote, santo, inocente, imaculado, 3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano,
separado dos pecadores e feito mais se faz comemoração dos pecados,
sublime do que os céus, 4 porque é impossível que o sangue
27 que não necessitasse, como os sumos dos touros e dos bodes tire pecados.
sacerdotes, de oferecer cada dia 5 Pelo que, entrando no mundo, diz:
sacrifícios, primeiramente, por seus Sacrifício e oferta não quiseste, mas
próprios pecados e, depois, pelos do corpo me preparaste;

MC CONECTADO •••
f
é :
A Epístola aos Hebreus demonstra a divindade de Jesus, mas também
ressaLta a sua humanidade. Ele não veio à Terra disfarçado de homem. Jesus,
sem deixar de ser Deus, foi realmente um ser humano. A diferença é que
Ele nunca pecou, ainda que tentado pelo Diabo, tornando-se, assim, um
modelo de perfeição. E, por ter sido humano, é capaz de compreender as
nossas fraquezas e necessidades. Hoje, ao lado de Deus Pai, Cristo é o nosso
Sumo Sacerdote, 0 intermediário entre você e Deus, posição que alcançou
sob o sacrifício na cruz.

r
O B J E T IV O S

ENSINAR o que significa Cristo como


nosso grande sumo sacerdote;
DEMONSTRAR como a humanidade de
Cristo nos beneficiou;
MOSTRAR que Cristo foi uma pessoa
perfeita, e que nós, estando nEle, pode­
remos ser perfeitos aos olhos de Deus.

ANTES DA AULA
Caríssimo(a) professorla), infelizmente, a internet está cheia de heresias antigas,
já combatidas petos apóstolos, porém maquiadas com um aspecto de moderni­
dade, com outros nomes. Como também, há muitos portais chamativos de seitas
disseminadoras de heresias. Portanto, é necessária uma fonte segura para guiar-nos.
Recomendamos, a fim de não errar, A Declaração de Fé das Assembléias de Deus,
publicada pela CPAD. Trata-se de um texto acessível e bem fundamentado para nos
suprir respostas sobre o pensamento teológico assembleiano.
O objetivo desta lição é demonstrar a humanidade de Cristo, que o capacitou a
tornar-se um Sumo Sacerdote capaz de “compadecer-se das nossas fraquezas”(Hb
4,15). Esquematize em um mural o seguinte esboço sobre a humanidade de Cristo,
pedindo aos alunos que leiam as referências bíblicas correspondentes:
JESUS - VERDADEIRO HOMEM
1. A Bíblia chama Jesus de homem At 2.22; íT m 2.5
2. Jesus nasceu como qualquer outro homem Lc 2.7
3. Jesus integrou-se totalmente à sociedade:
•Era membro de uma família Mt 1.18-25; Jo 6.42
•Recebeu um nome Mt 1.21
•Tinha sua genealogia Mt 1.1-17; Lc 3 23-38
•Teve uma profissão Mt 13 55 ; Mc 6.3
•Cumpria seus deveres com a sociedade Mt 1724-27

1. aconselhando... — eram muitos. En­


O GRANDE SUMO SA CER-
V DOTE, HUMANO COMO NÓS tretanto existia o “sumo sacerdote",
1.1. O que é um sumo sacerdote? que nada mais era que “o maior dos
“Sacerdote", no judaísm o, era a sacerdotes", o chefe. Em Hebreus 414,
pessoa que atuava com o interm e­ todavia, Cristo é qualificado como "...um
diário entre os homens e Deus, seja grande sumo sacerdote..." (Hb 414). Só
oferecendo sacrifícios, seja orando. para diferenciar: o profeta era a “ponte”

14 JUVENIS
entre Deus e o povo, mas o sacerdote, 2 . ELE FOI HUMANO COMO NÓS
e principalmente o sumo sacerdote, 2.1. “Porque nos convinha”
eram a “ponte”entre o povo e Deus. O sumo sacerdote entrava uma vez
1.2. Grande em compaixão todos os anos no “santo dos santos",
Uma ótima notícia: Hebreus 4.15 diz Local mais sagrado do tabernáculo feito
que nosso grande Sumo Sacerdote por Moisés. Nessa ocasião, ele levava
tem compaixão de nós! Ou seja, Ele consigo o sangue de animais a fim de
sabe o que a gente passa — sofre fazer 0 pagamento pelos pecados dele
conosco — pois como nós, Jesus foi e do povo.
tentado em tudo, entretanto, diferente Por isso, em Hebreus 7.26, está
de nós, nunca pecou! escrito: “porque nos convinha”, ou seja,
Assim, você e eu possuímos, diante era conveniente, apropriado, oportu­
de Deus, 0 mediador perfeito, que além no, vantajoso, cômodo, que viesse
de entender completamente nossas alguém para nos desobrigar de realizar
falhas — embora não concorde com os rituais da lei de Moisés, que não
elas — experimentou a vitória sobre resolviam o problema do pecado. Só
o pecado, inclusive aqueles que são podia ser uma Pessoa perfeita... Onde
nossos “pontos fracos”. achar, já que todos pecaram (Rm 3.23)?
1.3. O Trono da Graça Somente descendo do Céu... e foi o
Diante de tão Grande Sumo Sacerdo­ que aconteceu. Era, assim, tão divino
te, que compreende a gente —“conhece
a nossa estrutura”(Sl 103.14) —o escritor
de Hebreus (4.16) completa: não tenha <- -» INTERAÇÃO
medo de se aproximar do trono da graça!
Querído(a) professor(a), para
Em muitas partes da Bíblia, encontrar
introduzir os alunos à lição, inicie
um “trono”não é uma coisa muito boa,
perguntando se eles participariam
pois ali geralmente você será julgado
por seus erros (Pv 20.8: Et 4.11; 5.1,2; Mt de festas infantis usando roupas de
2531 - 33 ; Ap 20.11). Entretanto, o trono da gala muito elegantes. Obviamente,
graça aqui mencionado é diferente: nele ninguém gostaria de passar por esse
encontraremos, através dos méritos de constrangimento. É necessário saber
Jesus, misericórdia e graça para con­ como chegar, e Cristo soube. Ele veio
tinuarmos firmes na caminhada cristã. como um pobre bebezínho. Humilde
Quando chegarmos a esse trono, e poderosamente, autolimitou (deci­
não seremos condenados, mas rece­ são própria) seu poder como Deus
beremos um abraço afetuoso do Pai. (Fp 2,7-11), de forma que possui uma
Sabe quem encontrou esse trono? O
natureza completamente humana
filho pródigo: “E, levantando-se, foi para
e completamente divina, fazendo
seu pai; e, quando ainda estava longe,
chegar à humanidade o novo e vivo
viu-o seu pai, e se moveu de íntima
caminho para o Pai.
compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe
ao pescoço, e o beijou”(Lc 15.20). Que
maravilha, não é?

JUVENIS 15
como Deus e tão humano como nós. Bom, de fato não merecemos nada
10 0 % Deus e 100% Homem. além da morte (Rm 6.23). porém de­
2.2. De uma vez por todas vemos ter sempre em mente que os
Quando morreu na cruz, Jesus méritos da nossa salvação são de Jesus.
derramou o seu próprio sangue como O pecado perdoado pelo sangue de
pagamento pelos nossos pecados (Hb Cristo é lançado no “mar do esqueci­
9.11-14}, de uma vez por todas (Hb 7 27)! mento" (Mq 7.18,19; Is 43 25; Hb 9.18)!
Assim, com a redenção perfeita,
não há mais a necessidade da morte 3. UM A H U M A N ID A D E P E R F E IT A
de animais. Os méritos do sacrifício de 3.1. Jesus, o perfeito
Cristo em nosso favor são permanentes. Entre os hebreus, o sumo sacer­
Resta-nos crer na obra da salvação e, dote era o principal ministro reLigioso,
através do poder do sangue de Jesus, acima dos outros sacerdotes, o único
receber a purificação de nossos peca­ que podia realizar o ritual de expiação
dos, para servir ao Deus vivo. pelos pecados do povo. Mas ele era um
2.3. "Mar do esquecimento" homem comum, portador das mesmas
Não é difícil pensarmos nos pecados imperfeições.
que já cometemos (e até naqueles que O sacerdócio de Cristo é apresen­
ainda lutamos contra) e, na medida em tado na Epístola aos Hebreus como
que nos entristecemos, somos inun­ sendo superior, "segundo a ordem de
dados por um sentimento ruim de que Melquisedeque [...] não tendo princípios
não merecemos nos relacionar com de dias e nem fim de vida" (Hb 6.20; 7 -3 ).
um Deus tão perfeito e santo. isto é, divino, perfeito, eterno. O sacer­
dócio de Cristo substitui o sacerdócio
terreno (leia Hb 9.11).
Assim, não há por que apelarmos
a intermediários terrenos para obter­
mos o perdão dos pecados. Tem os
em Cristo um representante ideal
diante de Deus, alguém que pode
"compadecer-se" de nós, expressão
que siginifica "demonstrar simpatia
por". Cristo entende você e vê o seu
esforço para acertar. Em contrapar­
Conheça a nossa "Declaração tida, Ele espera que você mantenha
de Fé", um documento "firme a confiança" (Hb 3.6), ou seja,
eclesiástico que organiza, não abandone a fé.
3.2. A pessoa perfeita
de forma escrita e
Deus exige de nós perfeição e o
sistem ática, as crenças e
padrão dEle é elevado. Deus mandou
práticas das Assembléias
que Abraão fosse perfeito (Gn 17.1). Mi­
de Deus no Brasil. lênios após, Jesus disse a mesma coisa
(Mt 5.48). Paulo também falou sobre a

1 6 JUVENIS
possibilidade dessa perfeição (2 Tm
<
3.17). igualmente sugerida em Hebreus
ío .i, para aqueles que se chegam a
Deus por intermédio de Jesus. oT\ C O N H E Ç A OS
Com certeza já lhe ocorreu ficar S EU S A LU N O S
indignado(a) por tornar a com eter
um erro que já se havia proposto não “Às vezes, Jesus prendia-lhes a
repetir. Ou deixar de praticar uma boa atenção com uma história da vida.
ação, ainda que desejasse fazê-lo, O Suas parábolas eram curtas, objetivas
apóstolo Paulo vivia o mesmo dilema, e memoráveis. Ao estudar a licão.
pois revela em Romanos 7.15: "Porque lembre-se de algum evento em seu
o que faço, não o aprovo, pois o que passado que o ajudou a aprendê-la,
quero, isso não faço; mas o que abor­ e partilhe-o. Os alunos ouvirão a sua
reço, isso faço." Acontece que essa é a história e pensarão no princípio que
condição de todos os seres humanos. você lhes está ensinando antes de
Todos, sem exceção, nascemos com
perceberem que estão aprendendo.
deficiências morais. A boa noticia é que
Noutras ocasiões, Jesus usou o es­
Cristo se deparou com a mesma situa­
tudo de casos para atingir sua meta.
ção, não que Ele tenha sido moralmente
imperfeito, porque jam ais errou, mas Chamou a atenção a uma viúva que
como homem, pôde conhecer de perto dera tudo o que possuía ao depositar
as nossas imperfeições e descobrir o algumas moedas na coleta do Templo
quanto é dificil ser justo. E foi justamente (veja Mc 12.41-44). Jesus ensinou os
pelo fato de experimentar a natureza ouvintes sobre ofertar. Para fazer com
humana sem pecado que Ele se tornou que o povo pensasse sobre como orar.
o Sumo Sacerdote perfeito. contou de um fariseu e coletor de
Note que não podemos estar sa­ impostos que orava no Templo (veja
tisfeitos com a nossa imperfeição, pois Lc 18.9-14). E mostrou a diferença
cairemos no erro de aceitar o pecado
entre um pobre mendigo, Lázaro, e
como uma coisa natural. Nossa pre­
um homem rico para levar o povo a
ocupação constante deve ser a de
pensar em como vivia (veja Lc 16.19-
não pecar. E, se errarmos, temos um
advogado no céu (1 Jo 2.1). 31). Às vezes, uma nova história local
3.3. 0 im possível que se tornou tornava-se o ponto de partida para
possível algumas das lições de Jesus. [...] (veja
Hebreus 10.4 diz que é impossível Lc 13.1-3).” (TOWMS, Elmer L. O que
que o sangue de anim ais tire peca­ todo professor de Escola Dominial
dos. E isso era um grave problema precisa saber. Rio de Janeiro. CPAD.
no relacionamento dos homens com 2011, p. 66-67).
Deus (Is 59.2). mas Cristo, o “Cordeiro
de Deus que tira o pecado do m un­
do”(Jo 1.29), tornou o impossível em
possível.). ®

JUVENIS 17
PARA C O N C L U IR

O Senhor é mencionado em Hebreus 4.14 como o “grande (gr. megas) Sumo


Sacerdote, Jesus (nome humano dEle). Filho de Deus (titulo divino)" porque
atendia a todos os requisitos da Justiça de Deus — era 100% humano sen­
tiu sede. fome, cansaço... e era 100% Deus - “santo, inocente, imaculado...
sublime”(Hb 7.26). Em razão disso, tendo as duas naturezas, Jesus entende
você com seus dilemas e o ajudará a superar seus pecados.

SUBSÍDIO < Q HORA DA REVISÃO


Há dezenas de nomes e titulos de
nosso Senhor Jesus Cristo nas Escrituras
Sagradas. O nome 'Senhor' fala sobre a
divindade de Jesus. A Septuaginta, anti­
ga versão grega do Antigo Testamento,
traduziu os nomes divinos hebraicos
Adonay e Yahweh pelo nome grego 1. O que encontramos no “Trono da
Kyrios, que é 'Senhor'. Dizer que Jesus Graça"?
é o Senhor significa reconhecer a sua 0 trono da graça é onde encontrare­
divindade: 'e ninguém pode dizer que mos, através dos méritos de Jesus,
Jesus é o Senhor: senão pelo Espírito misericórdia e graça para continu­
Santo' (1 Co 12.3). O nome Jesus vem do armos firmes na caminhada cristã.
hebraico Yehoshua ou Yeshua —'Josué1, 2. Os rituais da Lei de Moisés resolviam
que significa 'Javé é salvação'. A Sep­ o problema do pecado?
tuaginta emprega lesous para ambas Os rituais da Lei de Moisés não re-
as formas, lesous é o nome do Salvador soLviam 0 problema do pecado.
usado no Novo Testamento grego, que
chegou para nossa língua como Jesus. 3. Onde é lançado o pecado perdoado
pelo sangue de Jesus?
O nome Cristo é a forma grega do
0 pecado perdoado pelo sangue de
hebraico mashiach, 'ungido, messias'.
Cristo é lançado no “mar do esqueci­
Assim, os nomes ou títulos 'Messias' e
mento" (Mq 7.18,19; Is 43.25; Hb 9.18)!
‘Cristo' são a mesma coisa: 'Achamos
o Messias (que, traduzido, é o Cristo)' 4. Entre os hebreus, quem era o sumo
(Jo 1.41). Jesus é o Salvador Ungido, 0 sacerdote?

único que pode salvar os pecadores: ‘e Entre os hebreus, 0 sumo sacerdote


lhe porás o nome de Jesus, porque ele era 0 principal ministro religioso,
salvará o seu povo dos seus pecados’ acima dos outros sacerdotes.
(Mt i. 2i).' (SILVA, Esequias Soares da (et. 5. Segundo a lição, quem exige de ^
al). Declaração de Fé das Assembléias nós a perfeição?
de Deus: Jesus salva, cura, batiza no Deus exige de nós perfeição e 0 ^
Espírito Santo e breve voltará. 2a ed. Rio padrão dEle é elevado.
de Janeiro, CPAD, 2017, p. 5 0 .)
A FÉ E O NOSSO
RELACIONAM ENTO
COM DEUS
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam.”(Hb 11.6)

V Gn 6.9 ★ A fé de Noé, pregador da justiça de Deus

V Gn 15.6 ★ A fé de Abraão, amigo de Deus

V Lc 1.45 ★ A fé de Maria, mãe do Salvador

V 2 Pe 2.7 ★ A fé de Ló, o justo

V 1 J05.4 ★ A fé em Cristo como fonte da vitória

* Hb 2.4 ★ O justo viverá da fé


LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Hebreus 11.1-2, 4, 6-8,11, 20-23, 31 8 Pela fé, Abraão, sendo chamado,
Ora, a fé é o firme fundamento das obedeceu, indo para um lugar que
coisas que se esperam e a prova das havia de receber por herança; e saiu,
coisas que se não veem. sem saber para onde ia.
Porque, por ela, os antigos alcançaram 11 Pela fé, também a mesma Sara rece­
testemunho. beu a virtude de conceber e deu à luz
já fora da idade; porquanto teve por
Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior fiel aquele que Iho tinha prometido.
sacrifício do que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era 20 Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú,
justo, dando Deus testemunho dos no tocante às coisas futuras.
seus dons, e, por ela, depois de morto, 21 Pela fé, Jacó, próximoda morte, abençoou
ainda fala. cada um dos filhos de José e adorou en­
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, costado à ponta do seu bordão.
porque é necessário que aquele que 22 Pela fé, José, próximo da morte, fez
se aproxima de Deus creia que ele menção da saida dos filhos de Israel
existe e que é galardoador dos que e deu ordem acerca de seus ossos.
o buscam. 23 Pela fé, Moisés, já nascido, foi escon­
Pela fé, Noé, dívinamente avisado dido três meses por seus pais, porque
das coisas que ainda não se viam, viram que era um menino formoso; e
temeu, e, para salvação da sua família, não temeram 0 mandamento do rei.
preparou a arca, pela qual condenou 31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu
o mundo, e foi feito herdeiro da justiça com os incrédulos, acolhendo em paz
que é segundo a fé. os espias.

___ ________________ ___ _____ □


J*
t
CONECTADO •••
Nas dificuldades, até os incrédulos clamam a Deus. Isto posto, alguns
cristãos vivem como verdadeiros ateus, uma vez que. imersos em distrações
espirituais, recorrem ao Senhor apenas no momento derradeiro de suas afli­
ções. Perderam o deleite de viver na presença de Deus. É um problema de fé.
pois, não 0 buscam em razão de suas mentes obscurecidas para a realidade
espiritual que se apresenta: a humanidade ruma para 0 fim de sua existência e.
inevitavelmente, aqueles que passam suas vidas longe do Senhor, não podem
exigir descansar a eternidade perto dEle. Portanto, ajuda-nos, Ó Senhor, a Te
conhecer e aprender de Ti!
O B J E T IV O S

EXPLICAR o conceito de fé;


ENFATIZAR que bênção do relaciona­
mento com Cristo, tendo como base
principal a fé;
APRESENTAR nomes de alguns heróis
da fé que fizeram a diferença em suas
gerações, os quais agradaram a Deus,

ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), nossos alunos precisam nos ter como exemplos (1
Tm 4,12), por esse motivo, não apenas em sala de aula, mas também nos cultos
(Hb 12,28,29), devemos ser ordeiros e reverentes, Procure ter uma postura séria
e reta (física e moral), deixe os momentos engraçados para depois do culto e,
pontualmente, para alguns instantes oportunos na sua aula. Não seja um “chato”,
mas procure conduzir-se conforme a solenidade da ocasião. Desta maneira,
os seus estudantes observarão, mesmo que, ao passar do tempo, como se
comportar no ambiente eclesiástico. A igreja na atuaLidade nos suplica que
formemos líderes maduros na fé.
Esta lição consiste em ensinar à classe o tipo de fé que é indispensável para o
relacionamento com Deus, uma fé ativa, presente no viver diário. Existem, porém,
outros tipos de fé, os quais devem ser expostos aos alunos, a fim de que não se
confundam em algumas interpretações. Destacaremos dois tipos importantes:
1. Fé natural —Conhecimento oriundo da observação da natureza e do labor
filosófico que conduz à certeza quanto à existência do Supremo Ser. Este tipo
de fé pode ser encontrado, por exemplo, nas obras dos filósofos gregos que,
embora desconhecessem os escritos dos profetas hebreus, lograram descobrir
a presença imarcescível de Deus (Rm 1.20,21).
2, Fé Salvadora — Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé le-
va-nos a receber a Cristo como 0 nosso único e suficiente Salvador (Jo 3.16),
Ao contrário da fé natural, que brota através do labor filosófico, a fé salvadora
só há de nascer no coração humano através da pregação do Evangelho (Rm
10.13,16). Sem a mensagem da cruz, não pode haver fé salvadora.

1 . O QUE E FE de ser um elemento palpável — uma


1.1. Firme fundamento e prova prova — da realidade, ou seja, a fé for­
Em Hebreus 11.1 a Bíblia define a fé nece o convencimento de que “aquilo
cristã como algo que traz uma certeza que Deus diz é verdade”e, ao mesmo
inabalável — firme fundamento, além tempo, oferece uma prova inconfun-

JUVENIS 21
“os antigos alcançaram testemunho".
Interessante perceber que, no grego, a
<- -» INTERAÇÃO
palavra fé ipistis - Hb 11.1) aparece, em
Professor(a), para introduzir a primeiro plano, como a convicção da
lição aos alunos, faça a seguinte verdade de algo, ou seja, a fé define
atividade: convide dois alunos do nossa identificação com os parâmetros
morais de Deus e, assim, possuímos
sexo masculino para participarem.
esse caráter com base na obediência
Coloque-os enfileirados e peça para
a essa visão.
o que está na frente cair para trás e o
Por que os antigos alcançaram o
que está atrás que não o deixe cair. testemunho? Resposta: porque eles
Após a dinâmica, explique aos alunos: viveram de um modo diferente dos outros
Deus, embora não O vejamos com os homens. Fizeram a diferença em suas
olhos naturais (o aluno da frente não gerações, pois seguiram um conjunto
conseguia ver o outro aluno atrás), de princípios que, mesmo não escritos
pela fé, está sempre conosco para em tábuas de madeira ou pedra, haviam
nos sustentar durante nossas quedas. sido modelados por Deus em seus co­
Procure saber quais os sonhos rações, — isso é a manifestação da fé.
dos seus alunos, incentive-os a
1.3. Dom do Espírito
Uma pessoa que possui a fé verda­
apresentá-los a Deus, confiando
deira, salvadora demonstra essa reali­
que Ele “endireitará as suas ve­
dade por meio de boas obras (Ef 2.10).
redas" (Pv 3.6). Destaque, todavia,
Então, à proporção que as pessoas vão
a necessidade de esses sonhos se aproximando de Deus, dia após dia,
estarem de acordo com a vontade a fé vai sendo aumentada (os discípulos
de Deus. Lembre-lhes a orientação pediram isso - Lc 17.5). como aconteceu
de Tiago: “Pedis e não recebeis, com Estevão (At 6.5) e Barnabé (At 11.24),
porque pedis maL, para o gastardes que eram homens cheios de fé, ou seja,
em vossos deleites" (Tg 4 3 ). cheios da presença de Deus.

Oo o 2 . SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR


ADEU S
2.1. Um relacionamento de confiança
dível, suficiente, completa, acerca da e fidelidade
concretude das promessas de Deus. Existem pessoas que, para se relacio­
Com a presença desta fé gerada peLo narem com outras, exigem que tenham
Espírito, grandezas como tempo, espaço beleza: outras fazem questão que haja
e matéria apresentam-se apenas como muito dinheiro e poder envolvidos, mas
detalhes de um plano que acontecerá. Deus requer, simplesmente, a fé, que,
1.2. Fidelidade como caráter como dito, não envolve apenas o crer,
Em Hebreus 11.2 encontra-se a fé mas também o seguir — a fidelidade.
servindo para moldar o caráter das Assim, “sem fé é impossível agradar a
pessoas, por isso diz-se que, por ela, Deus”(Hb 11.6). Deste modo, é importan­

22 JUVENIS
te mencionar que Deus só exige de nós escritor aos Hebreus descreve uma
aquilo que Ele já nos deu. Desta forma, monumental galeria da fé, dando des­
como a Bíblia diz que Deus é fiel (1 Co taque inicialmente a três personagens
1.9), Ele também pode — com base em que viveram em um tempo em que não
sua justiça — exigir de nós fideLidade, e havia Bíblia, nem igreja, nem pastor,
também confiança (fé). Essa circunstân­ mas que, mesmo assim, surgiram como
cia se mostra tão real que, se alguém heróis da fé que fizeram a diferença
pedir aLgo a Deus sem acreditar, sem nos tempos em que viveram — Abel,
fé, “não pense tal homem que receberá Enoque e Noé.
do Senhor alguma coisa”(Tg 1,7). O espaço aqui, sem dúvida, é bas­
Existem vários tipos de fé, mas tante escasso para falar sobre os três,
o autor da epístola refere-se àquela entretanto p o d e-se dizer que eles
forma de crer, de conscientemente dem onstraram uma fé muito gran­
nos colocarmos na inteira dependên­ de, ao romperem obstáculos sociais
cia do Senhor e de acreditarmos que importantes e, todos eles, de forma
aquilo que não vemos, é real, Essa é a inédita, estabeleceram um padrão de
fé que nos dá a certeza das coisas que comunhão com Deus que, até hoje,
podemos ver e tocar. É a fé que nos dá serve de referência para 0 cristianismo.
a certeza de que nossas orações serão 3.2. Abraão, Sara, Isaque, Jacó
respondidas. Com a mesma fé, acredi­ O se g u n d o grupo de p esso as
tamos que tudo 0 que nos acontece, até nasceu milhares de anos após Abel,
as coisas desagradáveis, contribuem entretanto m arcaram o mundo, e
para o nosso bem (leia Rm 8.28). também o Céu, a tal ponto que Deus
2.2. Recompensa quem O busca se intitula como sendo o Senhor de­
Outro aspecto relevante do caráter les: Abraão, Isaque e Jacó (Mt 22.32).
de Deus é que Ele não é um mero
respondedor de orações. Se assim O
fosse, "palavras mágicas" poderíam
conquistá-lo, e aí, cumpridos os requi­
sitos, se fossem inseridos login e senha
corretos, o resultado seria certo; porém,
Deus não é como o gênio da lâmpada,
um computador ou um caixa eletrônico.
Ser galardoador dos que O buscam
(Hb 11.6) significa que o Senhor recom­
pensa àqueles que oram e confiam, seja
dando-lhes sua presença, enchendo-os
de alegria celestial ou qualquer outra
bênção, conforme sua vontade.

3. A GALERIA DA FÉ
3.1. Abel, Enoque, Noé
Depois de traçar alguns aspectos
subjetivos, conceituais, sobre a fé, o

JUVENIS 23
Esses homens estabeleceram o início O relacionamento com Deus só é
da nação hebreia, porém o fizeram a possível pela fé. Essa é a única maneira
partir de uma notável mulher chamada de agradá-lo, isto é, de ser aceito por
Sara, a quaL também teve o seu nome Ele. Todos os heróis do Antigo T e s­
inserido nesse hall da fama, o que é de tamento, desde Abel até os profetas,
se admirar, principalmente porque as agiram "pela fé".
mulheres, naquele mundo antigo, eram Ter fé é colocar-se inteiramente
consideradas propriedade de seus na dependência de Deus, crendo que
maridos, A mulher de Abraão acreditou Ele cuidará de nós e nos honrará a
num sonho impossível: ter um filho na confiança que depositamos nEle. Por
sua velhice, O nascimento de Isaque isso, "deixemos todo em baraço e o
foi um duplo milagre: além de Sara ter pecado que tão de perto nos rodeia
ultrapassado a idade da procriação, ela e corramos, com paciência, a carreira
ainda era estéril (Gn 11.30). Você tem que nos está proposta" (Hb 12.1). ®
um sonho impossível? A fé permitirá
que você o alcance porque para Deus
"tudo é possível" (Mt 19.26).
<
3.3. José, Moisés, Raabe
Por fim, mas não menos importan­ C O N H E Ç A OS
tes, m encionam -se os exemplos do V0 SEU S ALU N O S
patriarca José, do libertador Moisés e
da prostituta, de Canaã, Raabe. Quantas “Quais são os limites de envol­
distinções entre estes três persona­ vimento emocional entre o líder e
gens! Contudo, ao m esm o tempo, liderado? (...) No caso do adolescente,
quanta unidade de fé e amor a Deus esse limite precisa ser respeitado para
que os juntam em um mesmo "álbum que o lider (o professor) não caia no
de família" do povo hebreu. descrédito com seus adolescentes
Eles foram capazes de perdoar devido à falta de autoridade, e tão
seus irmãos, bem como seus inimi­ pouco seja taxado de ditador sem
gos, creram que Deus podia fazer
coração. (...) Ele precisa ser compa­
em um movimento o que os homens
nheiro, confidente, porém ao mesmo
passariam meses e anos para realizar
tempo deve ter autoridade para que
e, de fato, viram a glória de Deus em
todos os seus empreendimentos. Se a respeito e consideração por parte
não conseguiram tudo o que queriam, do adolescente.” (LEMOS. Adriel.
deu-se pela fragilidade de suas próprias Adolescentes e Jovens sob uma nova
almas que, imperfeitas como as de nós perspectiva. [Entrevista concedida a]
todos, sempre deixam algo a desejar. Gilda Julio Revista Ensinador Cristão,
Deus, porém, misericordioso como é, Rio de Janeiro, ano 17. n. 6 6 . pp. 13 )
frequentemente coloca em lugares de
destaque aqueLes cujos corações são
firmes nEle (2 Cr 19.6; Sl 113.7).

2 4 JUVENIS
PARA C O N C L U IR

Deus é o maior missionário. Ele fala todos os dias ao coração do homem e, como
fez com Abraão, considera a fé dos seus servos (Lm 3,25). Deste modo, se cremos
em Cristo e nas suas palavras, devemos agir à altura delas, portando-nos como os
que andam na luz (1 Jo 1.7). Ainda que tenhamos uma pequena fé, se esta for uma
semente genuina, pode produzir maravilhas através da ação de Deus (Lc 17.6)!

SUBSÍDIO
‘"Porque, por eia, os antigos alcança­
ram testemunho (v.2). As Escrituras estão
permeadas de diversos acontecimentos
que foram promovidos pela fé. Deus ope­
rou de várias maneiras, com o objetivo
de honrar a fé dos seus servos que nEle 1. Segundo Hebreus 11.1, o que a fé
depositaram a sua confiança. Alguns cristã nos apresenta?
destes milagres operados em resposta a Ela traz uma certeza inabalável -
necessidades prementes, se visualizados firme fundamento, além de ser um
dentro da lógica humana, seriam tidos elemento palpável - uma prova - da
como impossíveis. Mas sabemos que realidade.
para Deus nada é impossível, pois Ele
opera quando quer e pode ultrapassar 2. O que significa a palavra grega
qualquer possibilidade daquilo que é pistis?
impossível, 'Porque para Deus nada é Significa fé como a convicção da
impossível' (Lc 1.37). Aqui, portanto, cabe verdade de algo.
a frase que se delineia para o campo da 3. Com base em que fundamento Deus
fé quando esta opera milagres: 'o milagre pode exigir de nós a fidelidade?
não se explica, se aceita'. E o testemunho Com base em sua justiça, Deus pode
da fé somente pode ser alcançado por exigir de nós fidelidade.
meio da fé, porque sem fé é impossível
4. Segundo a lição, quem era 0 segundo
que tal testemunho seja consolidado.”
grupo de pessoas nascidas milhares
(SILVA, Severíno Pedro. Epístola aos
de anos após Abel, que, entretanto
Hebreus: As coisas novas e grandes que marcaram o mundo, e também o
Deus preparou para você. Rio de Janeiro: Céu, a tal ponto que Deus se intitula
CPAD, 2003, p. 210). como sendo o Senhor deles? ^
Abraão, Isaque e Jacó
ANOTAÇÕES
5. De acordo com a lição, o que éter fé?
Ter fé é colocar-se inteiramente na
dependência de Deus, crendo que
Ele cuidará de nós e nos honrará
a confiança que depositamos nEle.
MAIS QUE VENCEDO R:
PROVAS E TENTAÇÕES
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus,
que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Co 10.13)

V Gn 3.6 ★ A tentação de Eva

V Dt 8.16 A prova do povo hebreu

V Mt 26.41 ★ Orar para não entrar em tentação

¥ 2 Co 1.8 ★ Provas além das forças dos apóstolos

* 2 Sm 11.2 ★ A tentação de Davi

* Lc 4.1,2 ★ A tentação de Cristo


LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Tiago 1.1-16 9 Mas glorie-se o irmão abatido na sua
Tiago, servo de Deus e do Senhor exaltação,
Jesus Cristo, às doze tribos que 10 e o rico, em seu abatimento, porque
andam dispersas: saúde. ele passará como a flor da erva.

n Meus irmãos, tende grande gozo


quando cairdes em várias tentações,
11 Porque sai o sol com ardor, e a erva
seca, e a sua flor cai, e a formosa
aparência do seu aspecto perece;
sabendo que a prova da vossa fé
produz a paciência. assim se murchará também o rico
em seus caminhos.
Tenha, porém, a paciência a sua obra
perfeita, para que sejais perfeitos 12 Bem-aventurado o varão que sofre a
e completos, sem faltar em coisa tentação; porque, quando for provado,
alguma. receberá a coroa da vida, a qual o Se­
E, se algum de vós tem falta de sabe­ nhor tem prometido aos que o amam.
doria, peça-a a Deus, que a todos dá 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De
liberalmente e não o lança em rosto: Deus sou tentado; porque Deus
e ser-lhe-á dada. não pode ser tentado pelo mal e a

p Peça-a, porém, com fé, não duvidando:


porque o que duvida é semelhante à
onda do mar, que é levada pelo vento
ninguém tenta.
14 Mas cada um é tentado, quando
atraído e engodado pela sua própria
e lançada de uma para outra parte. concupiscência.
Não pense tal homem que receberá 15 Depois, havendo a concupiscência con­
do Senhor alguma coisa. cebido, dá à luz o pecado; e o pecado,
O homem de coração dobre é incons­ sendo consumado, gera a morte.
tante em todos os seus caminhos. 16 Não erreis, meus amados irmãos.

CONECTADO •••
As provas bimestrais são sempre motivo de apreensão. As mãos suam, e
você teme esquecer ou não saber as respostas. Maus resultados em provas
levam à reprovação, 0 que significa perda de tempo e até de dinheiro, pois
alguns cursos são mantidos ao custo de altas mensalidades, e ninguém quer
reprovar, não é verdade? Na vida espiritual, a situação não é diferente. Sua
fé está sujeita a provas e tentações e o fracasso pode representar muito
mais do que perda de tempo e dinheiro ou repetir mais um ano escolar
pode afetar a sua saLvação.
O B J E T IV O S

EXPOR a distinção entre tentação e


provação;
ABORDAR sobre a origem das tentações,
e por que elas surgem:
ANALISAR sábios conselhos para viver­
mos vitoriosamente.

ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), como ensinadores, estamos em posição de
destaque, por este motivo, devemos tomar cuidado com o orgulho intelec­
tual, Pois, podem até existir excelentes médicos, advogados, engenheiros
etc,, mas não há excelentes teólogos, no sentido de conhecer, de forma
a esgotar, o estudo das “Coisas de Deus". Devemos, portanto, colocar a
nossa inteligência no lugar certo; dom á-la com o intuito de não se cor­
romper com a soberba. Eis a tentação dos mestres: o orgulho da mente.
Perceba que a sabedoria transmitida por Deus visa livrar-nos de determina­
das situações, não significa que nos tornaremos sábios como Deus. O mesmo
raciocínio empregamos quanto ao dom da ciência: Deus nos revela sobrena­
turalmente determinados fatos, mas nem por isso nos tornamos oniscientes.

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA provavelm ente se converteu após


1.1. Considerações gerais a Ressurreição, mas já participou do
A Epístola de Tiago é co n sid e ­ culto no cenáculo no dia de Pente-
rada o “livro de Provérbios do Novo costes (At 1.14). Ele foi Líder da igreja
Testamento" e foi escrita muito cedo em Jerusalém (Gl 2.9). A Epístola não
quando, possivelmente, sequer exis­ apresenta um tema básico, mas traz
tissem gentios na igreja ou esse nú­ várias abordagens práticas, realçando,
mero fosse expressivo, tanto que os dentre outras coisas, a necessidade
destinatários são as “doze tribos, das boas obras, como era de se
que andam dispersas" (Tg 1.1); esperar de um pastor.
alguns defendem a data da 1.2. Tiago x Paulo?
escrita de 4 5 d.C., outros Há quem defenda que
co n sid e ram um período Tiago escreveu a Epístola
posterior, antes de 63 d.C., com o resposta à doutrina
data do p rovável martirio de Paulo sobre a salvação
de Tiago, que era meio-irmão pela graça, não pelas obras. No
de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3), ele entanto, à época em que Tiago

28JUVENIS
escreveu, Paulo não tinha enviado no. Alegrar-se pela dor? Sim! E eis a
as cartas aos Gálatas, Romanos ou resposta: suportar a dor da provação
Efésios. Na verdade, Paulo e Tiago gera paciência (perseverança), que faz
estavam na mesma batalha teoLógica, o crente ganhar força espiritual.
lutando juntos como guerreiros, um Parece contraditório, mas Tiago
de costas para o outro, defendendo afirma que as provações devem ser
flancos opostos; afinal, os inimigos motivo de comemoração, não pelo
vinham de todos os lados. sofrimento que lhe estão causando,
mas pelos benefícios im ediatos e
2 . AS PROVAÇÕES futuros de que você desfrutará caso
2.1. Tentação ou provação saia vencedor — am adurecim ento
Provas e tentações são coisas dife­ espiritual e a vida eterna.
rentes, mas no contexto da vida cristã, 2.3. A aprovação da fé
as tentações podem fazer parte das Mais adiante (Tg 1.12), retoma-se o
provas. Em Tiago 1,2,3: ‘Meus irmãos, assunto de provas, quando, novamen­
tende grande gozo quando cairdes te, Tiago surpreende ao afirmar que
em várias tentações, sabendo que a passar por tribuLações, na verdade, é
prova da vossa fé produz a paciência" a uma bem-aventurança (Mt 5.11,12), ou
palavra "tentação" expressa justamente seja, é algo que deve fazer 0 crente se
este sentido mais ampLo — o de provas alegrar muito. Como pode ser isso? O
que podem incluir tentações. texto nos estimula a olhar para o ob-
Tiago revela, no texto da Leitura
Bíblica em Classe, os principais ele­
mentos envolvidos nas provações
espirituais: os benefícios imediatos -» INTERAÇÃO
e futuros, as garantias que temos,
Querido(a) professor(a), para
a origem da tentação e do pecado.
2.2. Alegria na provação começar a aula, pergunte aos seus
Tiago começa sua Epístola de for­ alunos “O que é a tentação? E de
ma direta, pois, em vez de “decretar”a onde ela vem? Vem do homem
vitória dos cristãos sobre as provações ou vem de Satanás?” Após ouvir
(gr. peirasmos), ele orienta os crentes as respostas explique a eles que
a se alegrarem pelos sofrimentos (Tg esse tema é de suma importância,
1.2). Quem gostaria de receber uma pois precisamos saber onde deve­
mensagem dessas no meio da perse­ mos nos defender da tentação. Os
guição? Mas era isso o que o Espírito conceitos teológicos nos trazem
Santo estava querendo da igreja. Nada
respostas para a vida cristã na
de “decreto” de vitória, ou, no outro
prática. Após, inicie a ministração
extremo, murmuração, mas ações de
do conteúdo em si,
graças, alegria! As coisas do Reino de
Deus, reconheçamos, são um tanto
"inusitadas” para o raciocínio huma­
OOO

JUVENIS 29
jetivo da prova, não para a prova em do cristão for juntar bens materiais,
si, ao dizer: “depois de ter sido apro­ ter sucesso, fama, poderá enfrentar
vado..." (NAA) recomendando, assim, crises, tornar-se desobediente ou, até,
o cristão a olhar para frente, quando apostatar da fé. O antídoto para esses
dias melhores virão, seja nesta vida “efeitos colaterais" das provas, porém,
ou na outra — afinal, de um jeito ou de encontra-se facilmente: mantenha o
outro, aconteça o que acontecer, somos foco em Deus, pense e ame as coisas
mais que vencedores (Rm 8.37). Este é do Céu, e Deus lhe concederá o que
o padrão que Deus estabeleceu para deseja o seu coração (Sl 3 7 -3 .4 ).
enfrentarmos as provações!
2.4. O triunfo da fé 3. AS TENTAÇÕES
A visão do crente não pode ficar, 3.1. A origem das tentações
exclusivam ente, nas co isa s desta Com o Paulo (1 Co 10.13), Tiago
vida. Por tal razão, Tiago lem bra, d em o n stra a o rigem hum ana da
para suportarm os as provações, a tentação: “mas cada um é tentado,
recompensa da “coroa da vida, a qual quando atraído e engodado pela sua
o Senhor tem prometido aos que o própria co ncupiscên cia" (Tg 1.14).
amam" (Tg 1.12). Esse é o segredo: No caso de Eva, o desejo intenso
quem ama a Deus passa pelas pro­ por algo proibido — que estava em
vações, pois almeja, sobretudo, as sua m ente — fez com que ela se
coisas do Céu. Se, porém, o propósito aproximasse da árvore do conheci­
mento do bem e do mal, no Éden,
Satanás, falando pela boca de uma
serpente, sim plesm ente aproveitou
o momento e aguçou o sentimento
de desobediência a Deus.
3.2. O caminho da tentação
Depois de a cobiça conquistar a
vontade humana, “dá à luz ao peca­
do" e, assim, o ser humano se torna
digno de morte (Tg 1.15). O caminho
da tentação (gr, peirasm os), começa,
dessa forma, a partir de uma fagulha
humana, a qual, sendo alim entada
com o “oxigênio da paixão", pode se
alastrar rapidamente, causando um
grande incêndio, gerando destruição.
Algum as vezes a pessoa consegue,
depois de algum tempo, reconstruir o
que foi destruído. Noutras situações,
a destruição é irreversível, como no
caso do adultério: “O que adultera com
uma mulher é falto de entendimento:

30 JUVENIS
destrói a sua alma o que tal faz. Achará
<
castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio
nunca se apagará" (Pv 6.32,33).
O CONHEÇA OS
4. CONSELHOS “ SEUSALUNOS
4.1. Peça sabedoria “Percorremos na Palavra do Se­
Tiago, como Salomão, em Provér­ nhor, desde a mais tenra idade, sobre
bios, traz alguns conselhos importan­
a criação do mundo, os primeiros
tes. O primeiro é: peça sabedoria (Tg
animais, primeiro homem e a pri­
1.5). Como as pessoas vivem felizes ao
meira mulher. (...) Da mesma forma,
receberem sabedoria; tendo pouco
ou muito, podem enxergar a vida o adolescente e o juvenil aprendem
pelas “lentes de Deus", para vencer assuntos da Bíblia e da atualidade:
o pecado e o mal. temas como anorexia. bullying, ficar ou
Tiago nos garante que Deus pode namorar, filosofias antibíblicas. políti­
dar sabedoria a quem lhe pedir (v.5), ca, homossexualidade, céu e inferno,
mas o pedido deve ser feito "com fé, dentre outros. (...) A Escola Dominical
não duvidando", ou seja, está dispo­ ensina a Palavra, Trata de assuntos
nível somente aos que mantêm um da atualidade, não tem idade para
relacionamento com Ele. Deus está frequentar, acomoda desde o bebê
propondo compartilhar conosco a sua
até o mais idoso. Então, no domingo
sabedoria, que não se trata de simples
pela manhã, mesmo com vontade de
aplicação de conhecimento. A sabe­
ficar um pouco mais na cama, em vez
doria divina é aquela que nos permite
compreender mistérios eternos e nos de pensar se vale a pena o esforço,
orienta em determinadas situações, leia Eclesiastes 9.10 e reflita: vale a
e normalmente está acima da nossa pena perder tudo isso por mais uns
compreensão intelectual. minutos de sono? Acorde sua família
4.2. Tenha fé e vamos à Escola Dominical".
Acredite que, mesmo diante da (SILVA, Leila Soares da. Professor
vaidade da vida (Tg 1.9-11) — tudo responde: Vale a pena ir à Escola Bíblica
passa rapidamente, Deus é fiel para Dominical. Revista Ensinador Cristão.
atender à sua petição. Assim, ao se Rio de Janeiro, ano 16, n. 63, p. 30.)
aproxim ar do Senhor, fa ç a -o com
confiança. Ore sempre e nunca duvide
dEle (Tg 1.6-8).
4.3. Não erre
Tiago, após falar sobre provação,
tentação, sabedoria, fé, encerra dizen­
do: não erre (Tg 1.16). Todos temos o
livre arbítrio, mas escolhamos sempre
não errar, pois isso pode nos custar os
bens mais preciosos da existência. @

JUVENIS 31
SUBSIDIO 1
“Às doze tribos que andam disper­ lhes ensinassem quem é Jesus: eles
sas' (Tg 1.1.) A saudação nos ajuda a conheciam o Messias prometido, o
compreender o ambiente histórico. Filho de Deus!
Tiago escreveu quando a igreja era E assim, Tiago corretamente supôs
jovem, composta de crentes judeus. que seus leitores criam em Cristo, e
Ele escreveu depois do apedrejamento passou imediatamente ao seu propósito
de Estêvão (At 7). quando uma severa para escrever. Em um estilo rude, mas
perseguição na Judeia forçou os cristãos convincente, Tiago falou sobre o estilo
a deixar Jerusalém (8.1-3). de vida apropriado para aqueles que
A compreensão deste ambiente conhecem a Jesus. E sobre o exclusivo
histórico nos ajuda a ver por que Tiago entendimento que a fé traz às questões
é uma das cartas menos teológicas que são enfrentadas por todos os seres
do Novo Testamento. Os primeiros humanos, em todos os lugares.
cristãos judeus sabiam quem é Jesus! À medida que lemos este pequeno
Eles o tinham ouvido, quando ensinava livro, nós podemos ouvir Tiago - e por
nos átrios do templo. Eles conheciam meio dele, o Espirito Santo - falando
Lázaro, a quem Jesus pessoalmente conosco. Pois o estilo de vida da fé é
ressuscitou dos mortos, Eles podiam até basicamente o mesmo, para você e
mesmo ter visitado o sepulcro vazio, e para mim, que era para aqueles que
muito provavelmente conheciam uma foram os primeiros a crer em Cristo, há
das 500 testemunhas que viram Cristo aproximadamente dois mil anos."(RI-
depois da Sua ressurreição (1 Co 15 6). CHARDS, Lawrence O. Comentário
Estes membros dispersos da igreja Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro:
de Jerusalém não precisavam que CPAD. 2012, p. 951)

SUBSÍDIO 2
“Provação - [Do lat. probatio! So­ 'com o ouvir dos meus ouvidos ouvi,
frimento, angústia ou tributação que mas agora que veem os meus olhos'
tem por objetivo levar o crente a ter (Jó 42.5). Nas escrituras, a aprovação é
uma experiência mais profunda com vista como bem-aventurança (Tg 1.12).
Deus. O caso de Jó é bastante escla­ Aprovação, nas escrituras, tam­
recedor. Embora piedoso e detentor bém é vista com aquilo que atesta a
de um testemunho inquestionável, veracidade de algo, é o processo pelo
necessitava ele de uma experiência qual se afere a legitimidade de uma
mais real e marcante com Deus. Depois intenção ou fato (Ml 3.10: At 1.3; Rm
de todas as suas angústias e provas, 5.8:1 Jo 4.1)." (ANDRADE, Claudionor.
descobriu-se-ia ele mais sábio e ainda Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
mais paciente, ele mesmo o Confessa: CPAD, 1998, p. 245).

32 JUVENIS
PARA CONCLUIR
A vigilância é uma arma poderosa
para estarmos prevenidos contra
as tentações (Mt 26.41; Lc 22.46) e
devemos escapar das causas da
tentação (Gn 39.10-12). Já em relação
à provação, devemos reconhecer
quando prova é de Deus e aceitar
sua soberania absoluta (Jó 1.20-22).
As provações são exercícios na pe­
dagogia de Deus.

1. Segundo a lição, qual Epístola é


ANOTAÇÕES considerada “livro de Provérbios
do Novo Testamento”?
A Epístola de Tiago.
2. Segundo a lição, por que, pos­
sivelmente, podemos dizer que
a Epístola de Tiago foi escrita,
historicam ente, pouco tem po
após os eventos narrados nos
Evangelhos?
Porque ela foi escrita muito cedo
quando, possivelmente, sequer exis­
tissem gentios na igreja ou esse
número fosse expressivo, tanto que
os destinatários são as “doze tribos,
que andam dispersas".
3. De acordo com a lição, qual é o
antídoto para os "efeitos colaterais"
das provas?
Manter o foco em Deus, pensar e
amar as coisas do Céu.

Váj 4. Qual versículo nos mostra 0 caminho ►


da Tentação?

Tiago 1.15 +
5. Segundo a Carta de Tiago, o que de­
vemos fazer se não temos sabedoria? +
Devemos pedir sabedoria a Deus
(Tg 1.5). +
FÉ E OBRAS
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,
as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Ef 2.10)

1 Rs 17.13,14 * A fé evidente nas obras da viúva de Sarepta

1 Rs 18.3,4 ★ A fé evidente nas obras de Obadias

Lc 7.6-9 * A fé evidente nas obras de um centurião

At 4.36, 37 * A fé evidente nas obras de Barnabé

At 4.34 ★ A fé evidente nas obras da Igreja em Jerusalém

2 Co 9.13 ★ A fé evidente nas obras da Igreja em Corinto


LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Tiago 1.26, 27 19 Tu crês que há um só Deus? Fazes
26 Se alguém entre vós cuida ser religioso bem; também os demônios o creem
e não refreia a sua lingua, antes, engana e estremecem.
o seu coração, a religião desse é vã. 20 Mas, ó homem vão, queres tu saber
27 A religião pura e imaculada para com que a fé sem as obras é morta?

n Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos


e as viúvas nas suas tribulações e
guardar-se da corrupção do mundo.
21 Porventura Abraão, o nosso pai, não
foi justificado pelas obras, quando
ofereceu sobre o altar o seu filho
Tiago 2.1,14,17-26 isaque?
1 Meus irmãos, não tenhais a fé de 22 Bem vês que a fé cooperou com as
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da suas obras e que, pelas obras, a fé
glória, em acepção de pessoas. foi aperfeiçoada,
2 Porque, se no vosso ajuntamento 23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E
entrar algum homem com anel de creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso
ouro no dedo, com vestes preciosas, imputado comojustiça, e foi chamado
e entrar também algum pobre com o amigo de Deus.
sórdida vestimenta, 24 Vedes, então, que o homem é jus­

p 14 Meus irmãos, que aproveita se alguém


disser que tem fé e não tiver as obras?
Porventura, a fé pode salvá-lo?
tificado pelas obras e não somente
pela fé.
25 E de igual modo Raabe, a meretriz,
17 Assim também a fé, se não tiver as não foi tambémjustificada pelas obras,
obras, é morta em si mesma. quando recolheu os emissários e os
18 Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu despediu por outro caminho?
tenho as obras; mostra-me a tua fé 26 Porque, assim como o corpo sem o
sem as tuas obras, e eu te mostrarei espirito está morto, assim também a
a minha fé pelas minhas obras. fé sem obras é morta.

V □
C O N ECTA D O •••
A Epístola de Tiago não deixa dúvidas quanto à prática da fé. Ela ressalta
os dois aspectos da "religião pura": a preocupação que devemos ter com os
necessitados e o cuidado em nos preservarm os das armadilhas do sistem a
a que estam os submetidos neste mundo.
Na esteira deste raciocínio, há uma condenação veemente a um pecado
descrito na Bíblia como "acepção de p esso as” (Tg 2.1), que produz efeitos
devastadores nos princípios cristãos. Precisamos aprender sobre este a s ­
sunto tão importante, quando Tiago quer saber onde estão as nossas obras,
porque ”a fé sem obras é morta" (Tg 2.26).


OBJETIVOS
COMPREENDER a distinção entre
religião vã e pura;
ENTENDER que Deus não discrimina
as pessoas e que isso é pecado;
ENSINAR que quem tem fé realiza
boas obras.

ANTES DA AULA
A organização do ambiente de ensino é fundamental e, mesmo que a sua igreja
não tenha as melhores condições (oremos para que a situação melhore), você
pode aprimorar a organização da sua classe com algumas estratégias gratuitas:
a) durante a semana lance versículos, vídeos e mensagens referentes às lições
no grupo de conversas virtuais da classe (se não tem, crie);
b) se a classe tem três ou mais professores, crie um grupo de conversas,
organize uma escala com datas fixas;
c) capacite-se com quem sabe, valorize na sua igreja local, os pastores, líderes
e professores versados nas Escrituras.
Essas atitudes podem parecer simples, mas Deus observa e honra a nossa
força de vontade em fazer o certo sem murmuração (Cl 3.23; Fp 2.14.15).

1. A VERDADEIRA RELIGIÃO piadas imorais, racistas, críticas públi­


A Bíblia, em Tiago 1.26,27, traz cas à doutrina da Igreja (escandaliza o
o termo grego thresheia, que Evangelho - se há problemas na igreja,
pode ser traduzido como "religião" — procure seu pastor e converse com ele).
que compreende os conceitos teoló­ Não seja instrumento de propagação
gicos e a vida devocional, em relação de notícias que não glorificam a Deus
à divindade, de um indivíduo. Tiago, — inclusive, e principalmente, nas redes
então, põe, como se diz, “o dedo na sociais — isso também significa não
ferida", fazendo a diferença entre o refrear a língua.
falso e o verdadeiro adorador. Assim, a nossa fala nos denuncia,
1.1. Religião vã como aconteceu com Pedro (Mt 26.73),
Tiago alerta para quem não “refreia pois ela demonstra quem verdadei­
sua língua”, ou seja, quem não controla ramente somos. Tiago conclui que,
suas palavras, que sua religião é vã (Tg quem se diz cristão, e fala (e escreve)
1.26) — não vale nada. Temos de ter o que não deve, engana o seu próprio
muito cuidado para não falar palavrões, coração — não entrará no Céu!

36JUVENIS
1.2. Religião pura tratava bem tanto os pobres como
Por outro lado, em Tiago 1.27, orien­ os ricos, doentes e sãos) ou religioso
ta-se sobre o verdadeiro andar com (conversou com a mulher samaritana)
Deus — a religião pura, que pode ser — uma das razões pela qual era odiado
observada por condutas no cotidiano por seus compatriotas judeus. Que
da vida, quais sejam: “visitar os órfãos Deus nos ajude a vencermos nossos
e as viúvas em suas tributações e preconceitos e aprendamos a amar
guardar-se da corrupção do mundo”. A como Jesus.
Bíblia, aqui, fala sobre o amor ao pró­ 2.2. O pecado
ximo e a Deus, sendo que os órfãos e Tiago, por fim (2.9), diz que quem
viúvas representam todas as pessoas “faz acepção de pessoas” (tem pre­
vulneráveis, que precisam de nós e conceito) comete pecado e pode ser
estão próximas — nossos familiares, considerado como alguém desobe­
amigos, vizinhos, conhecidos em geral diente. A Epístola de Tiago tirava a
(ou até desconhecidos) — os quais máscara de comportamentos errados
necessitam de nossa atenção especial: que eram praticados na Igreja Primiti­
guardar-se de se envolver com os va, colocando as pessoas que assim
pecados é amar a Deus, afinal, “quem
se faz amigo do mundo, se constitui
inimigo de Deus" (Tg 4.4.).
Querido(a) professor(a), para
2 , ACEPÇÃO DE PESSOAS
aumentar a participação de seus
Continuando no assunto do amor
alunos, uma fácil e eficiente es­
ao próximo, Tiago dedica mais nove
tratégia é colocar em pequenos
versículos (Tg 2.1-9), falando sobre
a importância do amor, ao criticar a pedaços de papel os versículos
diferença de tratamento que pode ser que devem ser lidos (impressos
dado entre ricos e pobres. ou escritos). D istribua-os aos
2.1. Preconceito alunos e, ao longo da ministração
Tiago identifica comportamentos, da aula, pergunte com quem
na igreja, que não agradavam a Deus, está o versículo da vez para lê-lo.
quando tratavam diferentem ente Com essa prática simples, você
ricos e pobres — preconceito. Aliás, contará com a participação de
esse problema acontecia também em
boa parte da classe e os alunos
Corinto (1 Co 11.17-22), ou seja, não era
irão perdendo a tim idez aos
novidade entre os cristãos primitivos.
poucos, ficando cada vez mais à
Em Jerusalém, a discriminação acon­
vontade para interagir e colocar
tecia em relação às viúvas não judias
—etnocentrismo (At 6.1), mas o Senhor suas opiniões e dúvidas sobre os
nunca concordou com qualquer tipo de temas abordados.
preconceito, seja ele racial (Jesus falava
com samaritanos), seja ele social (Jesus 000

JUVENIS 37
agiam nos seus devidos Lugares: eram em Jesus Cristo; afinal, “aquele que
desobedientes. diz estar nele, também deve andar
Como criaturas feitas à imagem e como ele andou”(1 Jo 2.6).
semeLhança de Deus, todos os seres 3.2. A fé e as obras de Abraão
humanos merecem, independente­ Tiago, depois de mencionar a ne­
mente do status social, intelectuali­ cessidade de o crente realizar boas
dade, prestigio, cor da pele, etc., ser obras, informando que a fé sem obras
bem tratados. Deus não distingue as é morta (Tg 2.14-20), ou seja, não possui
pessoas utilizando essas categorias nenhum valor, fala sobre o exempLo de
estabelecidas por alguns, por isso, nós, Abraão, o qual além de crer em Deus,
servos do Senhor, também devemos era seu amigo, obedecia a todas as
fazer o mesmo: amar a todos com o ordens do Senhor, até mesmo as que
padrão de Jesus. pareciam absurdas, como sacrificar
seu filho Isaque (Gn 22). Em Tiago
3. BOAS OBRAS, UMA NECESSIDADE 2.1-24, o Espírito Santo explica que
3.1. Amar de fato e de verdade “a fé [de Abraãol cooperou com as
Em Tiago 2.15-18 existe a advertência suas obras e que, pelas obras, a fé
de que devemos praticar boas obras foi aperfeiçoada”.
que demonstram a vitalidade da nossa Desta maneira, também nós do
fé, em conformidade ao que tinha sido século 21, precisamos estar atentos à
ensinado por Jesus (Mt 5.16), e, poste­ voz de Deus e também às necessidades
riormente, pelos apóstolos Paulo (Ef 2.10) dos nossos irmãos. Boas obras não
e João (1 Jo 3.17,18), revelando um dos significam, portanto, apenas esmolas,
grandes perigos da vida cristã: acreditar ofertas, trabalho contínuo na igreja,
que o viver cristão se resume a crer em mas também obediência irrestrita aos
Deus e somente frequentar aos cultos. mandamentos de Deus e estender
Há quem pense, e defenda, que nossas mãos ao próximo.
sua liberdade em Cristo deve ser 3.3. A fé e as obras de Raabe
aproveitada de maneira independen­ Depois de citar um exemplo nobre,
te, podendo o servo de Deus passar do patriarca Abraão, Tiago apresenta
seus dias vivendo para si mesmo, e ajustificação de uma prostituta, a qual
seus deleites (Tg 4.1), “curtindo" as sequer era israelita: Raabe. Deus, com
redes sociais com os amigos, sendo isso, estava provando que, tanto o
alguém muito querido na escola, nobre representante hebreu como a
uma pessoa descoLada"... Não! O mais indigna e ultrajante pecadora,
apóstolo Tiago alerta que o podem ter a redenção se, com
cristianismo precisa ser muito SATANAS fé, realizarem boas obras para
TENTOU E CON Deus. Nós, também, inde­
mais do que isso, necessita
TINUA TENTANDO,
ir além das aparências; te­ pendentem ente da nossa
DE TODAS AS FOR­
mos que fazer a diferença MAS, DESTRUIR A condição espiritual anterior,
neste mundo perdido, e as HUMANIDADE w serem os aceitos por Deus
nossas boas ações, no dia a se viverm os a fé em Cristo,
dia, darão o tom da nossa fé realizando boas obras. Ô

38 JUVENIS
< SUBSIDIO 1
“Uma definição correta de fé deve
O C O N H EÇ A OS levar em consideração a sua com­
^ SEU S ALUNO S plexidade, pois enquanto pode ser
dito que o exercício dela é a pró­
A pornografia é uma chaga siLenciosa
pria simplicidade, ela envolve toda
que vem destruindo a vida espiritual a personalidade. O conhecimento é
de muitos jovens e adolescentes.
necessário (Rm 10.13-17). No entanto,
E como o professor de ED pode
embora o entendimento intelectual da
ajudar a combater esse mal? Vocé
verdade a ser crida não seja a fé, ele
deve: a) ser confidente (o jovem
faz parte dela. A concordância com a
está sofrendo, precisa de ajuda e verdade a ser crida é necessária (Mt
de alguém confiável): b) aconselhar 9.28: Tg 2.19): porém, a concordância
estratégias para quebrar o ciclo do não pode ser mais do que admitir a
vício (deixar o celular noutro cômodo veracidade da coisa a ser crida, sem
da casa quando for usar o banheiro,
trazer nenhuma obrigação consigo. O
não assistir filme ou série que contém elemento sem o qual não temos a fé
cenas impróprias...): lem bre-o de bíblica, é o consentimento da vontade,
que Deus o ama como um filho — e ou 'o consentimento da Verdade para
pais não desistem de seus filhos: o a concordância do entendimento' (cf.
Senhor é o maior interessado em sua
Jo 8.30,31). (...) As boas obras de um
cura! Por fim, d) ajude-o em oração, cristão são o resultado e a evidência
para que o Espírito Santo o conceda da autenticidade da sua fé" (PFEIFFER,
força para lutar! Charles F. et al. Dicionário Bíblico
Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,

p. 77 9 - 7 8 0 ).

JUVENIS 39
PARA CONCLUIR
A lição deste domingo nos faz aprender, através dos ensinamentos do apóstolo
Tiago, a importância de viver a verdadeira religião, sem cair na religiosidade
vazia, e que não devemos praticar boas obras para ser salvos, mas que, por
que somos salvos, praticamos boas obras sem fazer acepção de pessoas. Que
o Senhor nos ajude a viver a religião bíblica!

SUBSÍDIO 2 < Q^HO RA DA REVISÃO


"Se fazeis acepção de pessoas, come­
teis pecado' (Tg 2.8-g.) A Lei que os
cristãos judeus veneravam, com razão,
ordenava, 'Amarás o teu próximo'.
Em nenhuma passagem, 'próximo' é
definido como seus amigos, ou como
os ricos entre vocês. Os próximos são
simplesmente pessoas: qualquer pes­
soa com que você possa ter contato.
1. O que significa a palavra grega
Mostrar favoritismo infringia a Lei
threskeia?
antiga, pois redefinia o conceito de
Pode ser traduzida como "religião".
'próximo', e excluía os pobres.
Na verdade, a Lei do Antigo Testa­ 2. Qual o alerta da Epístola aos que
mento era cuidadosamente contrária não refreiam a Língua?
a mostrar parcialidade aos ricos ou Tiago alerta para quem não “refreia
aos pobres. Tiago não mencionou sua língua", ou seja, quem não con­
preconceito contra os ricos, simples­ trola suas palavras, que sua religião
mente porque as pessoas às quais ele é vã (Tg 1.26} - não vale nada.
escrevia jamais fariam discriminação 3. Segundo a lição, o que representam as
contra eles! viúvas e os órfãos em em Tiago 1.17?
Os pecados que nós não cometemos Representam todas as pessoas vul­
não precisam de correção. São os neráveis.
pecados que nós cometemos que
4. Qual comportamento nocivo Tiago
representam o problema.’ (RICHARDS,
alerta aos crentes?
Lawrence O Comentário Devocional da
Tiago identifica comportamentos, na
Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 954)
igreja, que não agradavam a Deus, ►
quando tratavam diferentemente
ANOTAÇÕES
ricos e pobres - 0 preconceito.

5. Complete: Assim também a , se +


não tiver as O BRAS, é AORTA em
si mesma. +
UMA ARMA
PODEROSAM ENTE
MORTAL
“Guarda a tua língua do m al e os teus lábios, de
______ falarem enganosamente." (St 34.13)

V At 7.22 ★ Moisés era poderoso em palavras.

V At 12.22 ★ Herodes era poderoso em palavras.

V Sl 5 7 4 ★ Homens cujas línguas são espadas afiadas.

V At 14.12 * Um grande ensinador.

V At 18.24 ★ Um grande pregador.

V Jo 7.46 ★ O maior ensinador e pregador de todos os tempos.


LEITURA BÍBLICA EM C LA SSE
Tiago 3.3-13 am ansa e foi dom ada pela natureza
Ora, nós pomos freio nas bocas dos humana;
cavalos, para que nos obedeçam ; e 8 m as nenhum hom em pode dom ar

n conseguimos dirigir todo o seu corpo.


V e d e tam bém as naus que, sendo
a língua. É um m al que não se pode
refrear; está cheia de peçonha mortal.
tão grandes e levadas de im petu­ 9 Com ela bendizem os a Deus e Pai, e
osos ventos, se viram com um bem com ela am aldiçoam os os homens,
p e q u e n o le m e para o n d e q u e r a feitos à sem elhança de Deus:
vontade daquele que as governa. 10 de uma mesma boca procede bênção
Assim também a lingua é um peque­ e maldição, Meus irmãos, não convém
no m em bro e glo ria-se de grandes que isto se faça assim.
coisas. V e d e quão grande bosque 11 Porventura, deita algum a fonte de
um pequeno fogo incendeia. um m esm o m an a n cia l água d o ce
A lingua tam bém é um fogo; com o e água am argosa?
mundo de iniquidade, a lingua está posta 12 Meus irmãos, pode também a figueira
p entre os nossos membros, e contamina
todo o corpo, e inflama o curso da na­
produzir azeitonas ou a videira, figos?
Assim, tampouco pode uma fonte dar
tureza, e é inflamada pelo inferno. água salgada e doce.
Porque toda a natureza, tanto de 13 Quem dentre vós é sábio e inteligente?
bestas-feras com o de aves, tanto de Mostre, pelo seu bom trato, as suas
répteis com o de anim ais do mar, se obras em m ansidão de sabedoria.

CONECTADO •••
As palavras insensatas e apressad as ferem como espadas (Pv 12.18a).
Em inúmeras ocasiões nós som os feridos e ferimos as pessoas com n ossas
palavras. Porém, atentemo-nos para Cristo, o qual, sendo superior em tudo,
era sábio e am oroso no seu falar, cujos Lábios trazem sobre os povos a cura
(Pv 12.18b). Que possuam os a linguagem de Cristo, o Amor. Que 0 Senhor
nos livre de dizer 0 que Ele não ordenou (Dt 18.20-22); de falar 0 que Ete não
ensinou (íTm 6.3-5) e de esquecer as bênçãos dEle (SL103-2).
OBJETIVOS
CONHECER o poder que existe nas
palavras, seja para gerar força (cavalo)
e/ou riquezas (navio);
PERCEBER que as palavras forem
usadas pelo mal se transformarão em
força destrutiva;
ANUNCIAR que as palavras são incon-
troláveis humanamente, mas o Senhor
tudo pode fazer.

ANTES DA AULA
Estim ado(a) professor(a), é m uito im portante a g estão d o te m p o d e a u la d e
form a eficaz. Em fa c e d isso , fa ça a se g u in te d iv isã o d e etapas: a) a p re se n ta çã o
d o tem a (5 min); b) interação (5 min); c) d ese n vo lvim e n to (35 min); e d) co n c lu sã o
(10 min). “E n s a ie ” a su a m in istração d o en sino (até m e sm o no trânsito, em frente
ao e sp e lh o , lava n d o a louça...), c a lc u le , m a is ou m en o s, 5 5 m in uto s para a su a
aula. P e rc e b a que, c a so so b re te m po d e aula, aparentará falta d e co nteú d o aos
a lu n o s (sen sa çã o d e in c o m p le tu d e e despreparo), d e m e sm a sorte, c a so so b re
co nteú d o a se r m inistrado, dem o nstrará falta d e o rgan ização d e tem po. Entenda,
por fim, q u e o tem po é o q u e te m o s d e m a is valio so (do rico ao pobre, to dos te ­
m os a s m e sm a s 24h por dia para usar) e, o s 55 m inutos d e aten ção q u e o s a lu n o s
p resen tes estão lhe en tregand o p o ssu e m um valor inestim ável!

1. O PODER DA LÍNGUA sobre a carne (desejos da natureza


1.1. Palavras, a ponte para o humana) e o mundo, fazendo-nos, mais
futuro que vencedores, como Cristo.
Em Tiago 3.2 Deus nos adverte As palavras, sem dúvida, possuem
acerca da importância da nossa fala, relevância para as vidas humanas. O
esclarecendo que “se alguém não próprio Jesus mencionou que, por
tropeça em palavra, o tal varão nossas palavras, seremos acei-
é perfeito e poderoso para "TODO . tos por Deus ou condenados
HOMEM SEJA
também refrear todo o cor­ (Mt 12.37) e que quem Lhe
PRONTO PARA
po”. Assim, nossas palavras confessar diante dos homens
OUVIR, TARDIO
podem nos aperfeiçoar no PARA FALAR, Ele o confessará diante de
caminho de Deus e promover TARDIO PARA Deus (Mt 10.32). Paulo, por
o cenário ideal para que con­ SE IRAR." . sua vez, diz que “se, com a
quistemos estrondosas vitórias tua boca confessares ao Senhor

JUVENIS 43
Jesus... serás salvo" (Rm 10.9). Assim, Dessa forma, como o cavalo se
nossas palavras têm muito a ver com tornou vital para as grandes guerras
0 nosso futuro. da humanidade por sua submissão (e
1.2. O exemplo do cavalo isso se deu, sobretudo, através do freio
Desde a antiguidade, entre as na­ de sua boca), também nós devemos
ções, o cavalo é símbolo de força (Jó nos conter e ter sempre uma palavra
3 9 .19 - 25 ). Então Deus, para explicar "agradável, temperada com sal” (Cl
como devemos ter cuidado com nos­ 4.6), para a glória de Deus.
sas palavras, lembra que freios são 1.3. O exemplo do navio
colocados nas bocas dos cavalos, para Sím bolo de prosperidade e ri­
que obedeçam (Tg 3.3). Ora, para que queza, os navios do passado (naus)
serve um cavalo desobediente? Para também são lembrados pelo Espírito
nada! Somente quando o seu corpo Santo, para orientar acerca da impor­
pode ser dirigido por seu dono é que tância do controle das palavras, pois,
ele passa a ter serventia e valor para os embora eles sendo "tão grandes" e
homens. Sem adestramento, ele não levados de um lado para o outro por
passa de um animal selvagem. ventos impetuosos, “se viram com um
bem pequeno leme para onde quer
a vontade daquele que as governa”
(Tg 3 4 ).
O Senhor, aqui, sinaliza uma vida
Caríssimo(a) professor(a), pre­ cheia de bênçãos, "como 0 navio mer­
pare três pedacinhos de papel cante [que] de longe traz 0 seu pão”(Pv
escritos com os seguintes temas: 31.14), mas isso somente para aquele
Obediência à Luz da Bíblia: A L i­ que é sábio no uso das palavras, dei­
berdade Cristã: e O Julgamento xando-se governar pelo Espirito Santo.
de Jesus. Sorteie-os entre alguns
2 , UMA ARMA MORTAL
alunos (sem dizer o objetivo), de­
pois revele que eles apresentarão,
2.1. Pequeno órgão, porém ousado
exatamente ali, uma dissertação, de Depois de mencionar as conquistas
no mínimo 6 min., sobre o tema sor­ que um falar equilibrado, nos domí­
teado. Isso causará certa apreen­ nios do Espírito, pode oferecer, Tiago
são. Quando eles começarem a apresenta 0 lado perigoso, traiçoeiro,
aceitar a ideia, faça a revelação do uso das palavras, com eçando
de que tudo não se passava de pela possibilidade da soberba (Tg 3.4).
descontração, qualquer pessoa Davi, acerca disso, orava: “Também da
tremería nessa hora. Contudo, soberba guarda o teu servo, para que
temos que estar prontos para falar se não assenhoreie de mim (...) Sejam
com destreza sobre a Bíblia, pois agradáveis as palavras da minha boca
nosso falar é poderoso. e a meditação do meu coração perante
a tua face, Senhor!" (Sl 19.13,14). Que o
Senhor ponha uma guarda à porta dos
OOO nossos lábios (Sl 141.3).

44 JUVENIS
2.2. O perigo da rebelião 3.2. Desenhando o problema
As grandes rebeliões que destroem 0 que acontece se, em um copo com
a ordem estabelecida sempre come­ água mineral, for colocada água suja? A
çam com uma palavra, que depois água deixará de ser pura e, logo, todo o
incendeia outros e assim se alastra liquido será imprestável para consumo
indefinidamente, às vezes, até por todo humano. Simples assim. Tiago, dessa
o mundo. Por isso, o Senhor adverte-te: maneira, explicava que se um crente —
“vede quão grande bosque um pequeno “manancial de água doce”—começar a
fogo incendeia”(Tg 3.5). falar imoralidades, palavrões, heresias,
A fala rebelde, da mesma forma, amaldiçoar pessoas, enfim, coisas que
pode se alastrar rapidamente como não convém aos santos (Tg 3.10) —“água
fogo promovido pelo mal, e assim amargosa”—deixará de ser uma “fonte
muitos na Casa de Deus serem con­ de água" agradável a Deus. Por isso, ele
tam inados. Está escrito: “a língua diz que é impossível ser santo e profano
também é um fogo; como mundo de nas palavras simultaneamente, como
iniquidade, a língua está posta entre não “pode uma fonte dar água salgada
os nossos membros, e contam ina edoce" (Tg 3.12).
todo o corpo, e inflama o curso da 3.3. Palavra com sabedoria
natureza, e é inflamada pelo inferno" Em Tiago 3.13, o apóstolo pergunta:
(Tg 3.6). Tiago ainda adverte: “todo o “Quem dentre vós é sábio e inteligente"?
homem seja pronto para ouvir, tardio Esse era o ponto chave: como se conduzir
para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19).
Todo cuidado é pouco. A ' /

3. UMA FORÇA INDOMÁVEL


3.1. Ninguém doma a lingua
Em Tiago 3.7.8 Deus, de uma forma
didática, novamente, explica o perigo
do uso da fala, mencionando que a
natureza irracional dos animais permite #
que eles sejam adestrados, mas o
homem natural, por sua vez, não con­
Ja
Zomo perceber 0

Í
segue controlar as palavras, podendo
ser, assim, instrumento do mal. mento e identificar
Há muitos exemplos, na Bíblia, de do o silêncio é ouro e
pessoas de bem usando as palavras ido não é ? Descubra
como instrumento do mal e, com isso, Io: "Quando falar na
trazendo enormes prejuízos, como 'a certa: Princípios
aconteceu com Pedro (Mt 16.22,23) nos para Conversas
e Ananias e Safira (At 5.1-10), dentre 5 quais Você não se
outros. Somente pela ação do Espíri­
to Santo a pessoa pode controlar as
palavras.

JUVENIS 45
corretamente como cristão, visto que
<
somos incapazes de domar nossa Língua.
Para expLicar isso, Tiago não produz
uma resposta mística, mas apenas usa . O • C O N H EÇ A OS
o cajado de pastor para ensinar: “Mostre, 0 / S E U S A LU N O S
pelo seu bom trato, as suas obras em
mansidão de sabedoria": ou seja, “conte Existem algum as técnicas de
até dez" (isto é: tenha calma antes de falar, comunicação que nos auxiliarão no
pense bem) quando tiver de responder ensino e exposição das Sagradas
a alguma fala desrespeitosa, Escrituras na classe de juvenis (ou em
A palavra deve ser, portanto, “tem­ qualquer sala de aula ou púlpito, na
perada com sal”, isto é, que demonstre verdade): a) treine a sua fala repetidas
“bom trato, em mansidão de sabedoria”, vezes, cuidando do timbre e volume
significando que devemos falar sem
da voz (muitas vezes a aula é ministra­
desrespeito às pessoas (bom trato), sem
da na nave da igreja e uma voz muito
afobamento (com mansidão) e em sabe­
alta atrapalha as outras turmas); b)
doria —falar o necessário, com economia
fale com sentimento e inspiração; c)
— afinaL, Deus nos deu dois ouvidos e
uma boca exatamente para ouvirmos não fale muito rápido, e d) use frases
duas vezes mais do que falamos. curtas para dizer coisas complexas,
Percebe-se, entretanto, frequen­ depois explique os detalhes —tenha
temente, que muitos de nós, cristãos poder de síntese. Em suma, treine e
entramos em grandes confusões — e revise o seu esboço de aula. Com fé,
desagradamos ao Senhor —porque não fale com uma evidente convicção em
obedecemos a essa importante orien­ tudo o que diz.
tação divina. Assim, ouça bem antes de
responder e, após, fale com amor, com
mansidão, somente o necessário, nos
domínios do Espírito Santo. ®

4 6 JUVENIS
PARA CONCLUIR
É impressionante como um órgão tão pequeno como a língua pode mudar a
trajetória do homem, assim como o leme de um navio altera toda a rota da gigan­
tesca embarcação! Enquanto os ímpios usam a língua para o mal, os crentes em
Jesus são ensinados a dominar suas falas para que elas comuniquem a Palavra
de Deus e produzam bênçãos. Que oremos como o Rei Davi (Sl 19.13,14).

SUBSÍDIO < Q hora DA REVISÃO


“Controle da Língua a temperança co­
meça com a língua, Tiago 3.2 nos fala:
'Se alguém não tropeça em palavra, o
tal varão é perfeito e poderoso para
também refrear todo o corpo. Considere
a expressão ‘todo o corpo', tendo em 1. O que, em Tiago 3.2, Deus nos adverte
mente que tudo começa com a língua. acerca da importância da nossa fala?
E mais adiante, no mesmo capítulo, Nos diz que “se alguém não tropeça em
a Bíblia acrescenta o quanto nos é palavra, 0 tal varão é perfeito e poderoso
difícil controlar a língua, A pessoa que para também refrear todo 0 corpo".
verdadeiramente anela ter o fruto da
2. Qual símbolo de prosperidade e
temperança tem de começar permitin­
riqueza é lembrado pelo Espírito
do que o Espírito Santo governe a sua Santo para orientar acerca da im­
língua, o que também implica a mente, portância do controle das paLavras?
o pensamento, o sentimento, e outras Os navios do passado (Tg 3.4).
funções do nosso ser imaterial. Se o
Espírito dominar nossa língua, então 3. Segundo a lição, quais os dois
exempLos de pessoas que usaram
Ele domina todas as outras áreas da
as paLavras para o mal?
nossa vida. A Língua que está sob o
Foram 0 apóstolo Pedro (Mt 16.22,23)
controle do Espírito Santo não pode
e Ananias e Safira (At 5.1-10).
ao mesmo tempo louvar seu Senhor
e Pai. e amaldiçoar os homens que 4. Qual a resposta do apóstolo Tiago
foram feitos à semelhança de Deus." à pergunta: “Quem dentre vós é
(GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: sábio e inteligente"?
A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. “Mostre, pelo seu bom trato, as suas
Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p. 173-174). obras em mansidão de sabedoria”
A
A

5. Segundo a lição, o que devemos


fazer para não entrar em grandes
ANOTAÇÕES +
confusões?
Devemos ouvir bem antes de res­
+
ponder e, após, falar com amor, com
mansidão, somente 0 necessário, nos
+
domínios do Espírito Santo.

+ ( ........ o )® a
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
_____ ninguém verá o Senhor.”(Hb 12.14)_______

Ap 15 4 ★ Somente o Senhor é pLenamente santo


V
Hb 12.14 * Santificação, requisito para ver a Deus
V
Js 3.5 ★ Santificação, requisito do milagre
V
Js 7.13 ★ Santificação, requisito para expurgar o pecado
V
1 Cr 15,12 * Santificação, requisito para conduzir a Arca
V
1 Pe 3,15 ★ Santificando a Cristo como Senhor
V
LEITURA BÍBLICA EM C LA SSE
1 Pedro 1.13-24 íg mas com o precioso sangue de Cristo,
13 Portanto, cingindo os lombos do vosso como de um cordeiro imaculado e
entendimento, sede sóbrios e esperai incontaminado,
inteiramente na graça que se vos ofe­ 20 o qual, na verdade, em outro tempo,
receu na revelação de Jesus Cristo, foi conhecido, ainda antes da fun­
dação do mundo, mas manifestado,
14 como filhos obedientes, não vos
nestes últimos tempos, por amor de
conformando com as concupiscências
vós;
que antes havia em vossa ignorância;
21 e por ele credes em Deus, que o
15 mas, como é santo aquele que vos ressuscitou dos mortos e lhe deu
chamou, sede vós também santos glória, para que a vossa fé e esperança
em toda a vossa maneira de viver, estivessem em Deus.
16 porquanto escrito está: Sede santos, 22 Purificando a vossa alma na obedi­
porque eu sou santo. ência à verdade, para amor fraternal,
17 E, se invocais por Pai aquele que, sem não fingido, amai-vos ardentemente
acepção de pessoas, julga segundo uns aos outros, com um coração puro;
a obra de cada um, andai em temor, 23 sendo de novo gerados, não de
durante o tempo da vossa peregri­ semente corruptível, mas da incor­
nação, ruptível, pela palavra de Deus, viva
18 sabendo que não foi com coisas cor­ e que permanece para sempre.
ruptíveis, como prata ou ouro, que 24 Porque toda carne é como erva, e
fostes resgatados da vossa vã maneira toda a glória do homem, como a flor
de viver que, por tradição, recebestes da erva. Secou-se a erva, e caiu a
dos vossos pais, sua flor;

CONECTADO •••
A busca pela santificação é a marca que nos diferencia. Várias vezes, dei­
xamos de participar de ambientes festivos e lugares comuns aos descrentes
(1 Co 7.35). Contudo, agimos assim, não por serm os superiores, mas porque
vemos a nossa pecaminosidade. Por isso não podemos nos considerar mais
santo” do que os outros (Mt 23.4; Lc 18.11). De outro modo, há 0 “libertino", que
não passa de um cego, o qual ama a vida desregrada e disfarça sua veneração
às concupiscências com um sim ples “nada a ver” (Ef 4.18 e 2 Tm 4.3). Porém,
o santo autêntico, se sacrifica todos os dias em prol de uma vida piedosa e
cheia da graça de Deus {1 Co 7.1).
OBJETIVOS
COMPREENDER que a primeira carta
de Pedro foi escrita para consolação
da igreja;
EXPLANAR sobre os sábios conselhos
para uma vida santa;
ENTENDER que a santificação é o ca­
minho que nos levará ao Céu.

ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), no seu momento de preparação é fundamental
a presença de uma Bíblia Sagrada, pois, em cada lição, há uma gama de pas­
sagens bíblicas indicadas que são fundamentais ao que é comentado aqui.
Portanto, além do auxílio da revista, recomendamos que utilize a “Bíblia com
comentários de Antonio Gilberto", editada pela CPAD, que possui brilhantes
apontamentos de um dos maiores pioneiros da teologia pentecostal clássica
do Brasil, reconhecido mundialmente. Traremos no subsidio um trecho que
disserta sobre o tema santidade. A bíblia de estudo é uma maneira versátil e
célere para construir argumentos teológicos sadios e sólidos.

1. INTRODUÇÃO A EPÍSTOLA já estava consolando os cristãos pela


A Primeira Carta de Pedro foi perseguição e difamação empreendidas
o primeiro livro admitido no cânon peLo Império Romano, que culparia ou
sagrado e, pela tradição, acredita-se culpava os cristãos por supostamente
que tenha sido escrito entre 63 e 67 colocarem fogo em Roma. Assim,
d.C. Há quem defenda, porém, que a essa epístola foi escrita para animar
data deve ser admitida em 60 d.C.. A os cristãos, que estavam dispersos na
discussão principal gira em torno de Ásia Menor, cumprindo sua missão de
saber se a epístola universal foi escrita fortalecer os irmãos (Lc 22.32), estimu-
antes ou depois da perseguição lando-os, igualmente, a manterem
de Nero (64 d.C.), pois Pedro 0 uma conduta santa enquanto
traz como tema principal a PADRÃO DE peregrinam neste mundo.
SANTIDADE DE
vitória sobre o sofrimento
DEUS NÃO ALCANÇA
(palavra que aparece 15 ve­ 2 . CONSELHOS AOS PERE­
SOMENTE UMA OU
zes), havendo dúvida se ele OUTRA ESFERA GRINOS
estava profetizando acerca DA VIDA V Esta Epístola foi escrita
do que iria acontecer ou se ele ^ ^ para pessoas que estavam em

50JUVENIS
desconforto, longe de seus líderes,
sufocadas pelas tribulações da vida, <* *» INTERAÇÃO
mas, apesar de tudo isso, deveriam se
Caro(a) professor(a), para iniciar
lembrar do compromisso com Cristo.
Assim, depois de, entre os versículos o assunto da lição, faça, se possível,
i a 12, Pedro citar inúmeras bênçãos e a seguinte dinâmica: teve uma jarra
privilégios espirituais recebidos, a partir transparente vazia, uma garrafa cheia
do versículo 13 ele enumera algumas de água e uma pequena quantidade
responsabilidades. de café (líquido). Diga aos alunos
2.1. Portanto... que a jarra nos representa, logo
“Portanto”(gr. dio) que significa por dispense o pouco de café dentro
esse motivo, é o elo de conexão com da jarra e explique que o pecado
aquilo que antecede, não com o que mancha as nossas vidas. Neste
virá depois. Assim, diante de tantas
momento, utilize a garrafa cheia
coisas maravilhosas que Deus fez e faz
de água limpa e dispense dentro
por nós, devemos ser corajosos para
da jarra, explicando que quando
defender o Reino, viver o Evangelho,
participar dos sofrimentos de Cristo. oramos, lemos a biblia, somos obe­
Deus não nos chamou a navegar pelo dientes etc, essas atitudes irão nos
mar desta vida sem propósito, mas Ele santificar diariamente nos tornando
espera que integremos sua equipe de limpos diante de Deus. Assim, encha
obreiros, navegando dignamente, em a jarra até a água se tornar limpa
seu nome. Era essa a mensagem inicial e mostre aos alunos que esse é o
de Pedro aos peregrinos. processo de santificação.
2.2. Cingindo os lombos do vosso
entendimento.
Em seguida, Pedro, pelo Espírito,
fata sobre cingir os lombos do enten­
dimento, isto é, que as mentes dos decepcionará. Ser sóbrio (gr. nephotes)
discípu los estivessem preparadas significa ser vigilantes, ante os iminentes
para os grandes desafios do Reino. perigos espirituais que nos circundam,
Os cristãos, ainda que dispersos e estando de prontidão para a vinda de
perseguidos, deveriam se fortalecer Cristo. Além disso, era necessário es­
mentatmente, entenderem os tempos, perar, com paciência, pelo Senhor (Sl
e agirem com fé. Se não possuíssem 40.1). O sofrimento dos cristãos deve
onde pousar, nem aonde ir, que per­ ser suportado com resignação.
manecessem seguindo adiante, mas
que nunca desanimassem. 3. NÃO SE CONFORMANDO COM
2.3. Sede sóbrios e esperai... AS CONCUPISCÊNCIAS
Por fim, neste inicio, Pedro acon­ 3.1. Santificação, um objetivo
selha que eLes sejam prudentes e Em seguida, Pedro chama a aten­
pacientes, sabendo que 0 Pai nunca os ção de que, “como filhos obedientes"

JUVENIS 51
eles não deveríam ceder aos desejos consegue apenas com os momentos
intensos da natureza humana (1 Pe que passamos na igreja. A maior parte de
1.14). Os peregrinos cristãos deveríam nossas vidas ocorre fora dela: em casa,
viver e pensar como filhos obedientes, no colégio, no estágio, no emprego. Por
não como escravos, e assim, por onde isso é necessário que nos conscientize­
passassem, tinham de trazer com eles mos de que somos consagrados onde
os valores do Reino do Pai e não viver quer que estejamos. Já deixamos a nossa
conforme o mundo (Rm 12,1,2), Assim, "vã maneira de viver" (v. 18).
a santidade deveria ser a tônica da 3.3. O modelo de santificação
existência deles e a nossa também. “Porquanto está escrito: sede San­
3.2. Santidade em toda vossa ma­ tos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.16). É
neira de viver assim que Deus fala no Antigo Testa­
O padrão de santidade de Deus mento e repete no Novo. Dessa forma,
não alcança somente uma ou outra nosso padrão de santidade é ALtíssimo,
esfera da vida, mas tem o propósito de Jesus mesmo disse que fôssemos per­
alcançar todos os recantos da existên­ feitos, como Deus (Mt 5.48). Mas como
cia, — "toda vossa maneira de viver”(1 resolver esse grande problema, visto
Pe 1.15). Alguém pode questionar: Por que o homem é pecador? O Senhor
que isso é tão importante? A resposta explica logo no versículo seguinte: “Se
é simples: porque está escrito que sem invocais a Deus, como Pai, andai em
santificação ninguém verá o Senhor temor" (1 Pe 1.17). Ou seja, o Altíssimo
(Hb 12.14). sabe que estamos sujeitos ao pecado,
A santificação é um processo con­ mas espera que o pecado não seja
tínuo em que buscamos um elevado cometido, como tendo domínio sobre
padrão moral e espiritual, e isso não se nós, por isso a recomendação é que
andemos em temor.
3.4. O que significa ser santo
A palavra "santo" quer dizer separa­
do, e é isso o que somos. Fomos sepa­
rados do mundo para nos dedicarmos
a Deus. Se você acha que não tem se
dedicado ao Senhor como deveria,
tente descobrir os motivos que o estão
impedindo de ter um relacionamento
melhor com Deus. Embora você não
precise apresentar-se ao mundo com
uma auréola sobre a sua cabeça, a
santificação é fundamental para a sua
vida (Hb 12.14).
3.5. A salvação foi caríssim a
Pedro, na sequência, lembra de que
Deus pode fazer tal exigência, porque
todos nós éramos escravos e fomos

52 JUVENIS
comprados por um preço altíssimo. deste mundo, deste sistema corrom­
Pelo resgate de nossas vidas foi pago pido. Significa também não absorver
o maior de todos os preços (a vida do suas filosofias, não se deixar levar
Filho de Deus), por tal razão devemos por seus modismos e suas doutrinas
purificar a alma na obediência à verdade enganosas. Separar-se do mundo é
(1 Pe 1.19,22). pertencer ao outro lado — o Reino de
Deus — e esforçar-se para conduzir
4. O QUE SIGNIFICA SEPARAR-SEa Cristo os que ainda não são santos.
DO MUNDO? O processo de santificação implica
O processo de santificação, a consa­ sermos santos, consagrados a Deus e
gração a Deus, inclui também o ato de separados do mundo. Somos santos
separar-se do mundo. Mas o que isso não por alcan çarm o s um elevado
significa? Eu devo me isolar das pessoas grau de espiritualidade, mas porque
e viver isolado em um lugar ermo? Claro pertencemos ao povo de Deus.
que não. Não é essa a ideia bíblica de A santificação é um processo neces­
separação do mundo. Jesus, em sua sário que se estende por toda a nossa
oração sacerdotal, lembrou ao Pai que existência, e a maneira como vivemos
ainda estamos no mundo Uo 17.11). neste mundo terá consequências na
"Separar-se do mundo1 significa eternidade. Viva, portanto, uma vida
não participar dos pecados e enganos de santificação. 0

< SUBSÍDIO 1
"Nossa santificação também é se­
CONHEÇA OS gundo o derramar do sangue de Jesus
“ SEUSALUNOS que não pode ser encarado como algo
No espectro de 15 a 17 anos de meramente negativo. 0 sangue significa
idade, temos um problema sério em não apenas a purificação do pecado,
relação ao compromisso dos jovens como também é 0 único modo pelo quaL
se tem acesso a Deus e a comunhão
com a igreja. De um modo específico,
com ele. Note também que Pedro não
precisamos motivar a classe de juvenis
está falando da purificação inicial no ato
a estar atuante na ED, Nesse sentido,
da conversão, e sim, de um contínuo
uma boa maneira de vincular o aluno
derramar que acompanha a perseveran­
desinteressado, é convidá-lo para
te obediência do que é santificado. Eis
ministrar uma introdução da aula, ou
como João trata desse mesmo assunto:
de um dos tópicos. Durante a semana,
'Se, porém, andarmos na luz, como ele
devemos acompanhá-lo nas suas dúvi­
está na luz, mantemos comunhão uns
das. É importante que o professor peça
com os outros, e o sangue de Jesus,
um esboço do que será dito, evitando seu Filho, nos purifica de todo pecado'
constrangimentos doutrinários. (1 Jo 1.7)." (HORTON, Stanley M, 1 e 2
Pedro: A razão da nossa esperança. Rio

de Janeiro: CPAD, 1995, p. 15)

JUVENIS 53
PARA CONCLUIR
O processo de santificação é um dos assuntos mais importantes da vida cristã,
mas, infetizmente, é o mais reprimido pelos cristãos “da moda". Para eles, Deus
apenas necessita do seu coração. Na realidade, eu, o pecador, necessito dar tudo
para Ele: coração, alma, corpo, vestes e comportamentos, a fim de que receba,
peLa graça e misericórdia, a coroa da justiça (1 Tm 4.8).

SUBSIDIO 2 < Q hORA da revisão


"Uma importante razão pela qual
— --------------------------- T
o crente deve santificar-se é que a
santidade de Deus, em parte, é reve­
lada através do procedimento justo
e da vida santificada do crente" (Lv. 1. Qual 0 primeiro livro aceito no cânon
10.3; Nm 20.12). Então, o crente não bíblico?
deve ficar observando, nem exigindo A Prim eira Carta de Pedro foi 0
santidade na vida dos outros; ele primeiro livro admitido no cânon
deve primeiro demonstrar a sua! (...) sagrado.
Devemos atentar para o fato de que
2. Quando provavelmente foi escrita
o inimigo centraliza seus ataques na
a Primeira Carta de Pedro?
santificação do crente. A principal
Pela tradição, acredita-se que tenha
tática que o Adversário emprega para
sido escrita entre 63 e 67 d.C.
como ter a santidade é o pecado da
mistura, isso ele já propôs antes a 3. Segundo a lição, qual a principal
IsraeL através de Faraó (Êx 8.25). Esta discussão acerca da datação da
mistura inclui: da igreja com munda- Epístola estudada?
nismo; da adoração com as músicas A discussão principal gira em torno
profanas etc. Em muitas igrejas hoje a de saber se a epístola universal foi
Santificação é chamada de fanatismo. escrita antes ou depois da persegui­
Nessas igrejas falam muito de união, ção de Nero (64 d.C.).
amor, fraternidade, louvor, mas não 4. Qual o significado da palavra grega
da separação do mundanísmo e do nephotes em 1 Pedro?
pecado. Notemos que as 'virgens' Significa ser sóbrio: ser vigilantes,
da parábola de Mt 25 pareciam todas ante os iminentes perigos espiri- ►
iguais; a diferença só foi notada com tuais que nos circundam, estando
a chegada do noivo. Estejamos, pois, de prontidão para a vinda de Cristo, .j.
preparados para o Encontro, avivados 5. Com o é o andar daqu eles que
para o Arrebatamento (Ts 4.16-17)!" invocam a Deus como Pai?
(SILVA, Antonio Gilberto da. Bíblia com “Se invocais a Deus, como Pai, andai
comentários de Antonio Gilberto. Rio em temor”(1 Pe 1.17).
de Janeiro: CPAD, 2021)

j3c
O PROPÓSITO DO
SOFRIM ENTO
"Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse
_________ os teus estatutos.1' (Sl 119.71)

At 5.41 ★ Dignos de sofrerem por Cristo

* Rm 5.3 ★ Glória nos sofrimentos

* At 9.16 ★ Sofrer por Cristo, um caminho inevitável

¥ Fp 1.29 ★ Sofrer por Cristo, um privilégio

* At 3.18 ★ Os sofrimentos de Cristo, um anúncio profético universaL

¥ Hb 5.8 ★ Sofrimento gera obediência


LEITURA BÍBLICA EM C LA SSE
i Pedro 4.1,2,12-19 sobre vós repousa o Espírito da glória
1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por de Deus.

n nós na carne, armai-vos também vós


com este pensamento: que aquele
que padeceu na carne já cessou do
15 Que nenhum de vós padeça como
homicida, ou ladrão, ou malfeitor,
ou como o que se entremete em
pecado, negócios alheios;
2 para que, no tempo que vos resta na 16 mas, se padece como cristão, não
carne, não vivais mais segundo as se envergonhe; antes, glorifique a
concupiscências dos homens, mas Deus nesta parte.
segundo a vontade de Deus. 17 Porque já é tempo que comece o
12 Amados, não estranheis a ardente julgamento pela casa de Deus; e, se
prova que vem sobre vós, para vos primeiro começa por nós, qual será o
tentar, como se coisa estranha vos fim daqueles que são desobedientes
acontecesse; ao evangelho de Deus?
13 mas alegrai-vos no fato de serdes 18 E, se o justo apenas se salva, onde
p participantes das aflições de Cristo,
para que também na revelação da
aparecerá o ímpio e o pecador?
19 Portanto, também os que padecem
sua glória vos regozijeis e alegreis. segundo a vontade de Deus enco-
14 Se, pelo nome de Cristo, sois vitupe- mendem-lhe a sua alma, como ao
rados, bem-aventurados sois, porque fiel Criador, fazendo o bem.

CO N ECTA D O •••
0 sofrimento é algo que ninguém deseja, um tema desagradável, m as é
impossível separá-lo da fé. O próprio Cristo deu o exemplo, padecendo "por
nós na carne” (1 Pe 4.1). Mas 0 que há de bom no sofrim ento? Nesta lição
descobrirem os alguns benefícios que ele pode nos trazer. É interessante
observar também que nem todo sofrimento faz parte dos planos de Deus
para aprim orar a nossa fé. Há ocasiões em que sofrerem os por causa de
nossos próprios erros. Mas, acima de tudo, é importante que você saiba que
o sofrimento é necessário para 0 nosso crescimento na fé.

M .
W v •
* i
OBJETIVOS
COMPREENDER o sofrimento de Cristo
e o seu propósito;
ENTENDER por que o justo sofre:
RESPONDER à inquietante pergunta:
"sofrer faz bem?”

ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), a lição de hoje é sobre o sofrimento e, alguns de
seus alunos podem estar passando por momentos difíceis em suas famílias, na
vida financeira ou sentimental. Portanto, antes de começarmos a nossa prepa­
ração, interceda por seus amados alunos. A pedagogia que vem de Deus exige
do docente a sua preparação através da oração (Sl ng.108), pois, um professor
de ED que não busca ao Senhor em oração, enfraquece espiritualmente e deixa
de seguir a sabedoria do Espírito Santo (Tg 1.5-8). Até mesmo você, professor(a),
pode estar passando por um momento difícil, porém, mantenha os seus olhos
em Cristo, e toda a dor passará. Deus não nos esquece!

l. O SOFRIMENTO DE CRISTO 1.2, Cristo pagou a nossa culpa


1.1. Cristo sofreu por nós Cristo morreu por nós, cumprindo
Pedro diz que Cristo padeceu por na carne a pena que era devida a nós,
nós (1 Pe 4.1). Jesus não desistiu da —(Ez 18.4; Rm 6.23), a fim de que fôsse­
humanidade, apesar de não ter sido mos livres da condenação do pecado
bem recebido pelos homens. Nunca (Rm 8.1). É normal, entre os homens,
teve nenhum conforto. Nasceu numa cada um pagar pelos seus erros, mas
estrebaria de animais. Cresceu em um sofrer pelos pecados alheios? E pior:
lugar humilde. Jesus poderia ter vol­ sofrer pelos pecados dos inimigos?
tado ao Céu, mas Ele, por amor Foi isso o que aconteceu com
fez a pior escolha (do ponto Cristo no Calvário (Rm 5.6-8).
de vista humano): morrer Diante do maior sofrimento
numa cruz. Ele escoLheu, de todos os tempos, não
previamente, o sofrimento, só pela dor padecida, mas,
a dor e o desprezo. É uma sobretudo, peLa dignidade e
opção difícil e corajosa, mas pureza daquEle que entregou
foi isso que Ele fez! sua vida na morte e foi contado

JUVENIS 57
entre os transgressores (Is 5 3 -12 ), Deus 2 . ENTENDENDO O SOFRIMENTO
estava o ferecen d o um a nova oportu­ DO JUSTO
n id ad e para a h u m an idad e . 2.1. O sofrimento aprimora a fé
1.3. A cegueira dos judeus O Espirito Santo aconselha que não
O s o frim e n to d e J e s u s fo i a lg o devem os estranhar a provação, pois ela
q u e atraiu m u itas p e sso a s, co m o Ele possui um propósito: aprimorar nossa fé
m e sm o p ro fetizo u (Jo 3 .14 .15 :12 .3 2 ); (1 Pe 4.12). Esse propósito encontra-se em
p e sso a s co m o o ladrão e o centurião vários outros textos da Escritura, com o a
da cruz foram convertidas ao Eva n ge­ provação de Abraão (Gn 22), o sofrimento
lho ao verem o sofrimento de Cristo. Os dos hebreus no deserto, as provações de
ju d e u s religiosos, porém , — e scrib as, Davi (Sl 119.67,71) etc... O próprio Pedro, na
fariseus, sa d u ce u s — não enxergavam m esm a Carta, assevera sobre o propósito
q u a lq u e r v alo r em o M e ssias se r um do sofrimento: “para que a prova da vossa
servo sofredor (Is 53). Eles aguardavam fé, muito mais preciosa do que 0 ouro que
um sa lv a d o r q u e a p e n a s o s liv ra s se perece e é provado pelo fogo, se ache
do ju g o rom ano, em louvor, e honra, e glória na revelação
de Jesus Cristo” (1.7).
2.2. Alegria no sofrimento
O s Ím p io s, c e rta m e n te , n ão e n ­
<r -» [ INTERAÇÃO
contram razões para se ale g rare m no
Guerido(a) professor(a), para intro­ sofrim ento. Entretanto, aq ueLes q u e
duzir a lição aos alunos, realize a co n h e c e m a D e u s d e v e m se a le g ra r
seguinte atividade: em um quadro “no fato d e s e re m p a rtic ip a n te s d a s
ou cartolina, faça duas listas de afliçõ es d e C risto ” (1 Pe 4 -13)- Em bora
nomes com a ajuda dos alunos: pareça estranho se alegrar com o sofri­
uma lista para pessoas conheci­ mento, é importante m encionar que tal
das por sua bondade; e uma lista açã o som ente aco n te ce peLa atuação
de pessoas conhecidas por sua do Espirito Santo, q u e nos lem b ra da
maldade. Em seguida pergunte aos g ló ria q u e e stá re s e rv a d a n o s c é u s
seus alunos se eles entregariam a para os ju sto s (1 Pe 4.13,14). A d e m ais,
pessoa que eles mais amam para sofrer peLo nom e de Cristo constitui-se
sofrer no lugar de algumas dessas em um a b e m -a v e n tu ra n ça (1 Pe 4.14).
pessoas. Alguns não entregarão Pedro, aliás, ouviu e ss a verd ad e, pela
nem mesmo por pessoas boas. prim eira vez, ce rtam en te, d o s láb io s
Mas, explique que Cristo sofreu por do próprio S e n h o r Je su s, no S erm ão
pessoas boas e ruins. Na verdade, d a M ontanha (Mt 5.10-12).
diante dEle as nossas bondades
(Ef 2.8,9) e injustiças (Hb 8.12), não 3. SOFRER FAZ BEM?
importam, a graça é maior. 3.1. 0 sofrimento inútil
Ao falar sobre o sofrimento dos ju s ­
tos, Pedro adverte sobre a im portância
de sem pre fazer o bem, deixando claro

58JUVENIS
que, como Deus não faz acepção de
pessoas, se um cristão cometer aLgo
digno de repreensão, seja de Deus seja
da justiça humana, deverá pagar pelo rn C O N H EÇ A OS
seu deLito (1 Pe 415). Não éjusto que, “ SEU S ALUNO S
nesses casos, a pessoa queira colocar
A ED não é um a instituição apar­
a culpa em Deus ou que se busque
tada do seio da igreja, os professores
glorificá-Lo por seu sofrimento, haja
e alunos são o velhas e necessitam
vista a prática de uma injustiça. Sofrer,
da tutela pastoral. Por esse motivo,
por fazer o mal, é inútil.
todos devem estar unidos em com u­
3.2. Não se envergonhe em sofrer
nhão. Logo, na prática, a liderança de
por Cristo
jovens, a liderança da Escola Bíblica
Pedro, em certa ocasião, se enver­
Dom inical e a diretoria da igreja d e ­
gonhou do Senhor. Para não sofrer, ele
vem, em uníssono, ensaiar todos os
O negou. Agora, porém, o novo Pedro
p a s s o s a s e re m to m a d o s co m os
anuncia a todos que não tenham ver­
alunos da classe dos juvenis. A ED é
gonha de sofrer pelo Evangelho. Paulo
um a arm a para o ensino, um a fonte
sofreu como se fosse um malfeitor (2
e v an g e liz ad o ra e ferram enta para
Tm 2.9), mas também não se enver­
libertação de vidas.
gonhou do evangelho (Rm 1.16), pois
ambos sabiam que sofrer, por amor
a Cristo, glorifica a Deus (1 Pe 4.16).
3.3. O fim do sofrimento
Pedro sustenta que os sofredores,
segundo a vontade de Deus, podem
descansar que o fiel Criador cuidará
da alma deles (1 Pe 4.19). Com isso,
ele estava afirmando que podemos
confiar em seu terno cuidado, pois por
trás do sofrimento de um justo há um
desígnio benigno em prol daqueles
que herdarão a salvação (Rm 8.28).
O verbo grego utilizado por Pedro " 0 Poder do Sofrimento"
"encomendem" (paratithemi) pode ser oferece uma explicação
traduzido por depositar com confian­ plausível e bíblica para o
ça, aos cuidados de alguém, a fim de problema do sofrimento
ser guardado em segurança. Assim, que você, às vezes,
o justo que sofre não deve temer, ou enfrenta sem saber
duvidar, pois sua vida está nas mãos 0 por quê.
do Senhor. ©

JUVENIS 59
PARA CONCLUIR
O sofrimento está vinculado à nossa existência e é a maneira de aperfeiçoarmos a
nossa fé em Deus, Com ele, reconhecemos que somos dependentes da misericórdia
divina. E. se viermos a enfrentar grandes provações, que não sejam por conse­
quência de nossos próprios erros, para a vergonha do Evangelho, O maior consolo
diante de uma provação é a consciência tranquila de estar agindo com fidelidade.

SUBSÍDIO < HORA DA REVISÃO


"Por que um Deus bom e amoroso
1. Por que Jesu s fez a pior escolha, do
usaria o sofrimento para transformar
ponto d e vista hum ano, seg u n d o a
e nos fazer crescer espiritualmente? liç ã o ?
Um Deus amoroso usa o que for Porque Ele escolheu 0 sofrimento, a
necessário — e, peto fato de sermos dor e 0 desprezo.
falhos, a dor está presente com fre­ 2. C o n fo rm e 1 P e d ro 4 1 3 . o q u e o
quência. Afinal, se você quebrar um cristão deve fazer quando participar
osso e o médico tiver de colocá-lo no d a s a fliçõ e s d e C risto ?
lugar, isso irá doer. Metaforicamente, Aqueles que conhecem a Deus, de- ;
vem se alegrar “no fato de serem
estamos repletos de ossos quebrados,
participantes das aflições de Cristo".
e quando Deus coloca no lugar os
ossos quebrados, nosso caráter, isso 3. Segundo a lição, é certo nos alegrar
e m C ris to p e lo ju s to s o frim e n to
dói. Às vezes, trazemos o sofrimento
c a u sa d o por n o ssa s in ju stiças?
para nós mesmos. Deus permite que
Não é justo que, nesses casos, a pes­
experimentemos as consequências
soa queira colocar a culpa em Deus
naturais do nosso próprio pecado ou que se busque glorificá-Lo por
para que possamos ver o quanto isso seu sofrimento, haja vista a prática
é realmente ruim e para nos atrair ao de uma injustiça. Sofrer, por fazer 0
arrependimento. Nesses momentos, mal, é inútil.
os sofrimentos operam como a dor 4. Pedro sustenta q u e os sofredores,
em nosso dedo ao tocarmos um forno segundo a vontade de Deus, podem
quente: 'Ai! Eu não deveria ter feito d escan sa r. Por q u ê ?
Podem descansar que 0 fiel Criador ^
isso', dizemos. A dor pode ter um efeito
cuidará da aLma deles (1 Pe 4.19) ^
instrutivo — o que o escritor aos he-
breus tinha em mente ao descrevê-la 5. O q u e significa o verb o g re g o u ti- +
lizado por Pedro, paratithemi?
como 'disciplina' (Hb 12.8)”(COLSON,
Pode ser traduzido por "depositar com +
Charles Respostas às Dúvidas de Seus confiança, aos cuidados de alguém, a
Adolescentes. 9a imp. Rio de Janeiro: fim de ser guardado em segurança”. +
CPAD, 2017, p. 27).
INIMIGO ÍNTIMO
E ele. respondendo, disse: o que mete comigo a mão
no prato, esse me há de trair."(Mt 26,23)

Sl 55.13 * Líder traidor, que era amigo íntimo

¥ Ez 34.2 ★ Pastores de si mesmos

V Mt 7-15 ★ Lobos devoradores

V Jo 10.13 * Lideres mercenários

V At 20.29 ★ Lobos cruéis

* 2 Tm 3.4 ★ Homens amantes de si mesmos


LEITURA BÍBLICA EM C LA SSE
2 Pedro 2 .1 - 3 , 9 ,17-22 18 porque, falando coisas mui arro­
gantes de vaidades, engodam com
í E também houve entre o povo falsos
as concupiscências da carne e com
profetas, como entre vós haverá tam­
dissoluções aqueles que se estavam
bém falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição afastando dos que andam em erro,
e negarão o Senhor que os resgatou, 19 prometendo-lhes liberdade, sendo
trazendo sobre si mesmos repentina eles mesmos servos da corrupção.
perdição. Porque de quem alguém é vencido,
2 E muitos seguirão as suas dissolu­ do tal faz-se também servo.
ções, pelos quais será blasfemado 20 Porquanto se, depois de terem esca­
o caminho da verdade; pado das corrupções do mundo, pelo
3 e, por avareza, farão de vós negócio conhecimento do Senhor e Salvador
com palavras fingidas; sobre os quais Jesus Cristo, forem outra vez envolvi­
já de largo tempo não será tardia a dos nelas e vencidos, tornou-se-lhes
sentença, e a sua perdição não dormita. o último estado pior do que o primeiro.
9 Assim, sabe o Senhor livrar da tenta­ 21 Porque melhor lhes fora não conhe­
ção os piedosos e reservar os injus­ cerem o caminho dajustiça do que,
tos para o Dia de Juízo, para serem conhecendo-o, desviarem-se do santo
castigados, mandamento que lhes fora dado,
17 Estes são fontes sem água, nuvens 22 Deste modo, sobreveio-lhes o que por
levadas pela força do vento, para os um verdadeiro provérbio se diz: O cão
quais a escuridão das trevas eterna- voltou ao seu próprio vômito; a porca
mente se reserva; lavada, ao espojadouro de lama.

CONECTADO •••
A Igreja sempre sofreu ataques e perseguições. No entanto, os inimigos
da Igreja nem sempre estão do lado de fora. Assim como há falsos profetas
entregando mensagens que não provêm de Deus, existem no meio de nós
"falsos doutores" (2 Pe 2.1), que pervertem as doutrinas fundamentais das
Escrituras, criando heresias e levando 0 povo de volta ao pecado. A Segunda
Epístola de Pedro trata exatamente a respeito desses "inimigos íntimos", cujos
ensinos podem comprometer a fé. Por isso é primordial estudar a respeito
deste tema. Que Deus nos livre de pessoas assim!
OBJETIVOS
APRENDER a discernir entre os falsos
e os verdadeiros mestres;
MOSTRAR o que acontece quando há
líderes m ercenários nas igrejas;
REVELAR o fim daqueles que prejudicam
a obra de Deus.

ANTES DA AULA
Estimado(a) professor(a), é importante ser conhecedor(a) da Palavra, mas sem
uma boa organização prévia da aula, os seus alunos perceberão seu despreparo.
Tenha a prudência e hum ildade para estudar a lição. Todo o assunto bíblico pode
ser aprofundado e explicado com excelência, se preparado com antecedência.
A excelência exige antecedência. Logo, ainda que você não goste do tema da
lição, eleve-o para o patamar que considere adequado. Traga outros textos, re­
cursos, autores... Mas, o faça antes, com calm a, assim, o conteúdo será atraente
e com preensível aos seu s am ados alunos (Rm 12.7). Evite ao máximo estudar a
lição no dia anterior à aula.

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA 2.FALSO X VERDADEIRO: COMO


A S e g u n d a Epístola U n iversal SABER?
d e Pedro, — e n d e re ç a d a para todos 2.1. Conhecendo os inimigos íntimos
os crentes, foi escrita sob a som bra do O apóstolo Pedro diz q ue surgiram
seu martírio (1.14), aproxim adam ente no falso s m estres no m eio da igreja (2 Pe
ano 6 6 d.C. N ela, cu m p rin d o a m issão 2.1), — in im ig o s íntim os do C o rp o d e
d e pastorear a s o v e lh as (Jo 2 115 -17 ). C risto , p o is e sta v a m e n v o lv id o s nos
Pedro as adverte acerca d os perigos tra b a lh o s do S e n h o r e, d e fato, c o ­
o c u lto s e tra iço e iro s q u e ten nheceram a Deus, porém, depois,
tam atrapaLhar a cam in h ad a 0 CONHE abandonaram a doutrina v er­
CIM ENTO COM dadeira. Triste fim. V o cê pode
cristã. O tem a da S e g u n d a
PLETO DE CRISTO
Carta pode, então, ser assim identificar alg u n s d e le s ? In­
É UMA FORTALEZA
resum ido: o c o n h e cim e n to CONTRA A FALSA d iv íd u o s q ue, no p a ssa d o ,
c o m p le to d e C risto é u m a DOUTRINA. fo ram g ra n d e s p re g a d o re s
fortaleza contra a falsa doutrina e ensinadores, ocupando nos­
e a vida imoral. s o s p ú lp ito s, m a s a tu a lm e n te

JUVENIS 63
se tornaram hereges, — inimigos da miscuidade ou por ganância, ensinam
verdade e da santidade — ensinando heresias de perdição (2 Pe 2.1), ou seja,
a necessidade de reinterpretação da a palavra deles hoje se apresenta como
Bíblia (liberalismo teológico), dentre fonte de perdição, não de salvação,
outras doutrinas de demônios, aLterando os fundamentos da doutrina
2.2. A pedra de toque: heresias de de Cristo e, assim, negando o Salvador,
perdição 2.3. Repentina destruição
Assim, os lideres religiosos que, O Espírito Santo, por intermédio
outrora, eram usados por Deus, e hoje de Pedro, adverte, então, a esses “lo­
são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18), bos" que sobrevirá a eles, e aos seus
seja por vaidade intelectual, seja por pro- seguidores, “repentina destruição” (2
Pe 2.1). Deus, portanto, não suportará
por muito tempo o escárnio dos que
4- -» INTERAÇÃO estão prejudicando o seu rebanho.

Querido(a) professoria), realize a 3, CONVIVENDO COM O MERCE­


dinâmica do “Pastor, Lobo ou Ove­ NÁRIO
lha?”. Em papéis, escreva: a letra O 3.1. Consequências internas e ex­
para ovelha; L para o lobo e P para ternas
o pastor, A classe deve sentar em Em 2 Pedro 2.2 nos são informadas
círculo. Agora começa a dinâmica: o as consequências da influência dos
objetivo do lobo é matar as ovelhas “inimigos íntimos" da igreja.
piscando para elas; a ovelha deve a) Muitos seguirão
dizer “morri" quando vir a piscada do A primeira é o sofrimento que acon­
lobo; o pastor deve descobrir quem tecerá no seio da própria congrega­
é o lobo antes que mate as ovelhas ção, quando muitos abandonarão a
ou que ele seja morto pelo lobo. sã doutrina e defenderão aspectos
Explique que em Mateus 715 Jesus teológicos implantados por Satanás.
falava dos falsos profetas, mas que Pedro profetiza que essas heresias
o mesmo pode ser dito dos falsos surgirão "encobertamente”, ou seja,
mestres de hoje; aparentemente nor­ quem as seguir pensará que está
mais, mas com o interior “devorador”. agradando a Deus.
Caso sobre tempo, ao final da b) Escândalo para o Evangelho
aula, divida a classe em dois grupos, Outro efeito da penetração das
O primeiro grupo deve relacionar heresias na igreja será percebido pelas
todas as ameaças externas à Igreja, o pessoas do mundo, que verão crentes
perigo que vem de fora. O segundo perdendo as características de Cristo.
grupo deve relacionar as ameaças Serão escândalos para o EvangeLho,
internas, os perigos que se originam um atrás do outro, - pois “será blas­
dentro da prórpia Igreja, Peça que ex­ femado o caminho da verdade" (2 Pe
ponham para a classe os resultados, 2.2) — em sucessivos processos de
decepção, afastando muitas pessoas
QOO da vontade de Deus.

6 4 JUVENIS
3.2. Encenação: prometendo-lhes em preenderam em buscar a Deus,
liberdade ganhar almas para o Reino, dar teste­
Em 2 Pedro 2.19 está escrita uma munho de Cristo, transformou-se em
promessa desses “inimigos íntimos”: sacrifício de tolo, fazendo coro àquilo
“prom etendo-lhes liberdade". Uma mencionado pelo profeta Ezequiel:
verdadeira encenação. Em muitos "quanto justo se desviar da sua justiça
lugares, atualm ente, líderes ap re­ e fizer maldade (...) ele morrerá: (...) e
sentam um evangelho light, prome­ suas justiças que praticara não virão
tendo às pessoas, principalm ente em memória" (Ez 3.20).
aos jovens, “liberdade". E muitos, em 4 3 ■ A com paração do cachorro e
busca dessa “liberdade", deixam suas da porca
co ngregaçõ es e partem para uma Em 2 Pedro 2.22 são ilustrados os
aventura, como o filho pródigo (Lc vícios morais com base no compor­
15.11-32). Abandonam os princípios, tamento de dois animais: o cachorro
os costumes, a liturgia, o padrão de — que come seu vômito — e a porca
santidade, em busca dessa tão sonha­ que, lavada, — volta ao lamaçal, os
da “liberdade”, algo muito parecido quais se deliciam com a im undice,
com a proposta da antiga serpente fazendo alusão àqueles que retornam
aos nossos primeiros pais. a seus pecados anteriores com deleite
3 3 - A bondade de Deus e entusiasmo. ©
Apesar desse cenário caótico por
causa do amor ao dinheiro de alguns
que “farão de vós negócio com palavras n ' ' /
fingidas" (2 Pe 2.3), há uma mensagem
de esperança: “sabe o Senhor livrar
da tentação os piedosos" (v.g). Deus
promete livrar aqueles que se ache-
garem a Ele.

4. O FIM DOS HIPÓCRITAS


4.1. Começando bem, terminando mal
Em 2 Pedro 2.20 é contada a triste
Em "De volta para a
história de alguns que “depois de ter
escapado das corrupções do mundo
Palavra" os autores fazem
(...) foram outra vez envolvidos nelas uma defesa da inerrância
e vencidos". Com eçaram bem, mas da Bíblia, sua autoria
terminaram mal. Que Deus nos ajude a divina, a veracidade das
começarmos bem e terminarmos bem. profecias. Trata-se de
4.2. Sacrifício de tolo um alerta a muitos líderes
Em 2 Pedro 2.21 inform a-se que que estão pregando
aqueles que se desviarem "melhor lhes doutrinas falsas.
fora que não conhecessem o caminho
da justiça". O esforço, pois, que eles

JUVENIS 65
<
SUBSIDIO 1
“Os deuses da mitologia greco-romana
apresentavam os mesmos vícios e as
O CO N HEÇAO S
mesmas características dos homens -
“ S EU S ALU N O S ódio, inveja, ciúme, imperfeições - e além
disso cometem prostituição, comem,
Os ímpios deste século são proe­
bebem etc. Os deuses do paganismo
minentes oradores, eles treinam as
antigo eram tão imorais quanto os seus
suas palavras com dedicação e pre­ adoradores. O caráter e a atividade das
cisão. Anelam cativar o máximo de pessoas eram iguais aos dos deuses
ouvintes (Tg 3.3-6). E. tragicamente, que eles serviam, (...) Isso transmite a
uma parcela considerável dos jovens ideia de legitimidade às pessoas sobre
têm caido nos engodos dos perver­ as mesmas práticas dos deuses. (...) Mas
sos. Nesta senda, é vital ao professor com o verdadeiro Deus revelado nas
da ED que busque aperfeiçoar a sua Escrituras as coisas são diferentes. O
oratória, com o intuito de transmitir seu caráter é puro e santo por natureza,
com emoção e inteligência a doutrina completamente isento de pecado e,
portanto, todos os que pertencem a ele
(2 Tm 2:15!. Abstenha-se de termos
precisam igualmente de pureza e san­
como "é tipo”: ou “o mesmo' quando
tidade; (...) 'Santificai-vos e sede santos,
utilizado como pronome pessoal;
pois eu sou o SENHOR, vosso Deus' (Lv
procure estudar a coesão textual e 20,7). Essa exortação não se restringe
coerência textual; e tenha cuidado aos filhos de Israel, pois ela reaparece
para escrever as palavras de forma no Novo Testamento ensinando aos
correta. Ofereça sempre o melhor cristãos a necessidade de uma vida
para a glória de Deus (Cl 3.23-24). santa: Mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver, porquanto
escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo' (1 Pe 1.15,16)" (SOARES, Esequias.
A Razão d a N ossa Fé. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017. p. 136).

'/

6 6 JUVENIS
PARA CONCLUIR
Os falsos doutores podem corromper a nossa fé. num processo que começa
com o afastamento das verdades fundamentais das Escrituras, passando a uma
vida incoerente com a fé, incorrendo em ganância e, por fim, em depravação total.
Sigamos o conselho de Pedro: ‘Guardai-vos de que, peto engano dos homens
abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza- (2 Pe 3.17).

SUBSÍDIO 2 < C \ HORA DA REVISÃO


"O Estado dos crentes que se mis­
turam com os falsos mestres
0 pecado é verdadeiramente uma
servidão, e traz consigo o próprio
castigo. Haja vista 0 que acontece
com os falsos profetas e suas vítimas. 1. Resumidamente, qual o tema da
Segunda Carta de Pedro, de acordo
Terminam num estado simplesmente
com a lição?
lastimável: pior que antes (2 Pe 2.20).
0 tema da segunda carta pode, então,
Os pecadores que jamais ouviram o
ser assim resumido: 0 conhecimento
Evangelho, têm maior esperança de
completo de Cristo é uma fortaleza
arrependimento do que aqueles que,
contra a falsa doutrina e a vida imoral.
embora tendo-o um dia conhecido,
apostataram da fé. São cães que 2. Como são considerados os que de­
voltaram ao próprio vômito (2 Pe 2.22), fendem e ensinam a necessidade de
Essa ilustração pode não ser agradável, reinterpretação da Bíblia (liberalismo
teológico)?
mas descreve muito bem o estado de
Inimigos da verdade e da santidade.
quem abandona a verdade de Cristo.
Pedro insta-nos a que nos afastemos 3. O que são heresias de perdição?
dos falsos mestres, para que não Ela se apresenta como fonte de per­
sejamos vítimas de suas manobras. dição, não de salvação, alterando os
Estejamos, pois, sempre prontos para fundam entos da doutrina de Cristo
apresentarmos as razões da esperança e, assim, negando 0 Salvador.
que há em nós.- (HORTON, Stanley M.
4. Segundo a lição, qual a advertência
1 e 2 Pedro: A razão da nossa esperan­ do apóstolo Pedro aos “lobos”?
ça, Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 98) Pedro adverte que sobrevirá a eles,
A

e aos se u s segu idores, “repentina


A

destruição" (2 Pe 2.1).
ANOTAÇÕES
5. O que representa o cachorro e a
porca em 2 Pedro 2.22?
Fazendo alusão àqueles que retornam
a seus pecados anteriores com deleite
e entusiasmo.
UMA CARTA PARA VO CÊ
“Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas
como águias; correrão e não se cansarão: caminharão e não se fatigarão.’ te 40 j £

J s 7 .2 1 ★ A co n cu p iscê n cia d os olhos d e A cã


V
2 S m 11 .2 ★ A c o n c u p is c ê n c ia d os o lh o s d e Davi
V
G n 11.4 ★ A co n cu p iscê n cia da carn e d os hom ens d e B abel
V
Mt 2 6 .14 ,15 ★ A c o n c u p isc ê n c ia d a ca rn e d e J u d a s
*
2 S m 15 .6 ★ A so b erb a d a vid a d e A b sa lã o
*
L c 12 .19 ★ A so b erb a d a vid a d e um ho m em rico
n LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
i João 2.12-17 fortes, e a palavra de Deus está em
12 FiLhinhos, escrevo-vos porque, pelo vós, e já vencestes o maligno.
seu nome, vos são perdoados os 15 Não ameis o mundo, nem o que no
pecados. mundo há. Se alguém ama 0 mundo,
13 Pais, escrevo-vos, porque conheces­ o amor do Pai não está nele.
tes aquele que é desde o princípio. 16 Porque tudo o que há no mundo, a
Jovens, escrevo-vos, porque vences­ concupiscência da carne, a concu-
tes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, piscência dos olhos e a soberba da
porque conhecestes o Pai. vida, não é do Pai, mas do mundo.
14 Eu vos escrevi, pais, porquejá conhe­ 17 E o mundo passa, e a sua concupis­
cestes aquele que é desde o princípio. cência; mas aquele que faz a vontade
Eu vos escrevi, jovens, porque sois de Deus permanece para sempre.
q,

L. □

CONECTADO COM DEUS •••


A Graça de Deus é poderosa para transform ar a vida de qualquer pessoa,
não importa o quão fundo 0 pecado lhe arrastou (Rm 5.20). 0 Senhor é be­
nevolente com aqueles que, verdadeiramente, se achegam quebrantados a
sua presença (Sl 51.17). Ele nos transforma para vencermos 0 mundo, somos
renascidos em Deus para sobrepor a pecaminosidade de nossos corações.
Som ente alcançarem os tal vitória através da fé (1 Jo 5.4), a qual é um dom
recebido aos que observam atentamente à Palavra de Deus (Rm 10.17; Ef 2.8).
Ajuda-nos. ó Jesus, a superar a nossa incredulidade, para que tenhamos uma
fé verdadeira (Mc 9.24; Hb 3.12)!
OBJETIVOS
COMPREENDER acerca do contexto da
I a Carta de João e seu tema central;
DEMONSTRAR a mensagem de estí­
mulo do apóstolo aos jovens, o que
acontece quando, na igreja, existem
líderes mercenários;
ENTENDER os cuidados e desafios da
juventude cristã.

ANTES DAAULA
Estimado(a) professor(a), é bem verdade que o relacionamento entre os
membros da classe, na Escola Dominical, deve ser permeado de um sentimento
de comunhão cristã. Contudo, as trocas de afetos e carinhos, palavras de duplo
sentido, ou até mesmo olhares indevidos, devem ser evitados nas auLas e fora
dela. Devemos estar espiritualmente vigilantes e sem malícias (Mt 10.16b; 1 Pe
2.1), pois o Diabo é traiçoeiro (íPe 5.8). Caso esteja acontecendo algo indevido,
interrompa imediatamente qualquer situação e estabeleça santos limites. De­
pendendo da gravidade e reincidência da situação, leve o assunto à direção da
Escola Dominical. Na faixa etária de 15 a 17 anos, os hormônios estão aflorando,
por isso, todo cuidado é pouco - feche as brechas (Ef 4,27-29).

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA uma epístola. O tema central é o amor,


A Primeira Epístola de João, assunto recorrentem ente tratado
ao que tudo indica, foi escrita por pelo autor, tanto em seus escritos,
volta do ano 90 d.C., para os crentes quanto em suas pregações. João,
que moravam na Ásia Menor — re­ outrora denom inado, pelo próprio
gião onde estavam as sete igrejas do Jesus, de “filho do trovão” (Mc 3.17),
Apocalipse (Ap 2.1-322). Segundo por seu gênio impetuoso, no futuro
alguns estudiosos, a carta mais tornou-se conhecido também
se parece com um tratado 'FILHINHOS,
como o “discípulo amado" (Jo
cristão, assem elhando-se AMAI-VOS ig.26; 20.2; 21.7,20). Aliás, diz
muito ao Evangelho escrito UNS AOS a tradição cristã que João era
o u tro s: pregador de uma mensagem
pelo mesmo autor, diferente
de 2 e 3 João, que seguem só: "Filhinhos, am ai-vos uns
rigorosam ente o padrão de aos outros.'

70 JUVENIS WÊÊÊíÊ&b
2 . UMA MENSAGEM AOS JOVENS
2.1. Sois fortes <r -» INTERAÇÃO
João, depois de falar aos pais, e aos
“filhinhos”, traz uma mensagem aos Caro(a) professor(a), para intro­
jovens. Ele reconhece, pelo Espirito, duzir a aula, faça a seguinte ativi­
que eles são fortes (1 Jo 2.14), utiLizando dade: encha um prato fundo com
palavra grega (isch uros) que indica 1/3 de água, em seguida, coloque
uma pessoa que possui um espírito
um pouco de orégano sobre a água
forte, cheio de graça, para resistir aos
no prato fundo. O prato e a água
ataques do Inimigo, Ser forte, portanto,
representam a mente do jovem.
aqui, não significa, por óbvio, alguém
musculoso, de porte atlético. O orégano: as concupiscências
2.2. A Palavra de Deus está em vós da carne: dos olhos: e a soberba
O segundo reconhecim ento de da vida (contaminam a mente do
Deus, em 1 João 2.14, diz que sua pa­ homem). Depois, esfregue um
lavra era observada peta juventude, pouco de detergente no dedo e
certam ente uma atusão ao Salm os o coloque no centro do prato. As
119.9: “Como purificará o jovem o seu moléculas do detergente (Palavra
caminho? Observando-o conforme a de Deus) irão repelir o orégano,
tua palavra". O Espírito Santo, assim,
afastando-o do centro do prato
exaltava as qualidades espirituais da
(mente). Se possível, escreva o que
mocidade cristã.
cada elemento significa em umas
Pode-se perguntar: por que essa
tiras de papel e cote nos recipientes.
ênfase sobre os jo ve n s? Sim ples. É
que Deus constata que servi-Lo na Finalize dizendo que a Palavra
infância (quando todos os sentidos de Deus deve estar constantemente
não se despertaram comptetamen- em nossas mentes e corações para
te), na idade adulta, casad o (com andarmos em Espírito a fim de ven­
compromissos sociais), ou na terceira cermos os desejos pecaminosos.
idade, (quando alguns sentidos estão
diminuindo - Ec 12), p o d e-se exigir
menos esforço. O jovem, porém, para
suportar o ju g o de sua m o cidade
(Lm 3.27) necessita ter uma grande 2.3. Vencestes o Maligno
ligação com a Palavra de Deus. Afi­ Como consequência de ser forte,
nal, o adolescente, ou jo vem , que atrelado ao amor às Escrituras, o Se ­
não tem intim idade com a Palavra, nhor traz a melhor das notícias para
não perm anece de pé. Este foi, e é, os jovens: vencestes o Maligno (1 Jo
o grande segredo dos heróis da fé, 2.14), permanecendo amando a Palavra
como Davi: “escondi a Tua palavra no de Deus, para não ceder às tentações
meu coração..." (St 119,11). que sempre aparecem.

JUVENIS 71
3. UMA A D V ER TÊN C IA : NÃO AM EIS 3.3. Soberba da vida
O M UNDO Por últim o, m as não m enos fu n d a ­
A p ó s te c e r e lo g io s a o s jo v e n s , o m ental, está a so b erb a (gr. alazoneia)
E spirito S an to traz u m a forte a d v e r­ da vida. O que é isso? T ra ta -se d e algo
tência: não a m e is o m u n d o (1 Jo 2.15). que está dentro d e nós, que, se não for
O am or ao m undo é incom patível com controlado, produzirá a arro gância d e
a fé cristã (Tg 44). E le é sorrateiro, p e ­ confiar em nós m esm os, d esprezando
rigoso, pois p o d e su rgir co m 0 p a ssa r a v o n tad e d e Deus.
d o s dias. Paulo, por exem p lo , fala d e Um exem p lo clássico disso está na
um o b re iro , D e m a s, o q u a l, o u tro ra história do jo v e m rico (Mt 19.16-30). O s
fiel (C l 4,14; Fm 24), am o u o m u n d o e bens m ateriais eram m ais importantes,
a b a n d o n o u P au lo (2 T m 4.10). D e s sa para ele, d o q u e a p a la v ra d e Je su s.
forma, d e ve m o s estar vigilantes. To d o Q u a n d o e s s a ló g ic a s e in verte, a fé
c u id a d o é pouco! não te m lu g a r e a q u e d a e stá a um
3.1. Concupiscência da carne passo. ©
N a s e q u ê n c ia , J o ã o trata a c e r c a
d o s “d e se jo s intensos" (gr. epithumia)
— c o n c u p is c ê n c ia . A p rim e ira é a d a <
c a rn e . Is s o fa la d o s in s tin to s , d a s
v o n t a d e s a n im a le s c a s d o s n o s s o s
co rp o s, o riu n d a s d a n o ssa n atu reza ("q C O N H E Ç A OS
d e c a íd a . 0 / S EU S ALU N O S
O s d e s e jo s in te n so s d a n atu reza “Som os ensinados a fazer da e s ­
h u m a n a , q u e tra z e m p r a z e r fís ic o , cola dom inical espaço de construção
d e v e m se r c o n tro la d o s p e lo Espírito, de vín cu los afetivos tal com o Jesu s
m as nunca deixarão de existir enquanto criou com seus discípulos o final isso
estiv erm o s vivos. O d e se jo peLo sexo,
p o ssibilitará q ue os alunos tenham
p o r e x e m p lo , foi e s t a b e le c id o p o r
abertura, sintam -se livres para expor
Deus, m as d eve ser atendido som ente
suas dúvidas, angústias e crises sobre
d e n tro d o s p a r â m e t r o s d iv in o s —
o saber da fé. Os ambientes de ensino
te m p o e m o d o s co rretos, no âm b ito
onde existem bons relacionam entos
do casa m e n to .
3.2. Concupiscência dos olhos s o m o s m a is p ro d u tiv o s e so m o s
O d e se jo intenso, n a scid o a partir e sp iritu a lm e n te m a is e d ifica n te s.”
d e um o lh ar co b iço so , tem d e rru b a ­ (POMMERENING, Cleiton Ivan. Como
do m u ito s crentes. Isso c o m e ç o u no tornar a ED m ais atrativa para os
Éd en . O lh a r e d e s e ja r a lg o p ro ib id o jovens? Ensinador Cristão, Rio d e
foi o e le m e n to d e c is iv o q u e c a u s o u Janeiro, v. 7i.p. 9, ju l./a g o ./s e t. 2 0 i 7 ).
a q u e d a d a h u m a n id a d e (Gn 3.6). A
se rp e n te só o b te v e êxito por c a u s a
d a “co n cu p iscê n cia dos olhos" d e Eva.

72 JUVENIS
SUBSÍDIO 1
“E nisto sabemos que o conhecemos" cemos a Jesus, nos tornamos cada
(1 Jo 2.3-11). De alguma forma a mulher vez mais como Ele. Portanto, quando
jovem no Canadá conseguiu o número reagimos aos outros e às situações
do meu telefone em Phoenix. Ela passou da vida como Jesus fez quando es­
a me ligar, às vezes várias vezes por dia. tava aqui na terra, mostramos que
Ela estava ansiosa e com medo. Ela não pertencemos a Ele.
sabia se era cristã, embora cresse em Terceiro, amamos os nossos irmãos
Jesus. Quando seus temores voltavam a (v. 9). Você não pode odiar outros e
transbordar, ela discava o meu número. pertencer a Jesus, porque Cristo ama
Ela era um caso extremo, mas muitos a todos. As pessoas podem dizer que
cristãos têm momentos de incerteza. pertencem a Cristo, e ser odiosas e
Como podemos saber que chegamos odiar. Mas as suas ações negam as
a conhecê-lo? João apresentou três suas palavras.
testes. Primeiro, nós obedecemos aos Portanto, examine a si mesmo. Você
Seus mandamentos (v. 5). Uma pessoa acha que guarda os mandamentos de
usando o uniforme do exército ame­ Jesus? Você tenta agir como acredita
ricano obedece às ordens de oficiais que Ele agiria? Você ama os seus ir­
que estão acima dela. Isto faz parte mãos em Cristo, e gosta de estar com
de ser um soldado. Obedecer a Jesus eles? Então relaxe! Você o conhece.
faz parte de ser cristão, e mostra que E outros também sabem que você o
reconhecemos a Sua autoridade. conhece!" (RICHARDS, Lawrence O,
Segundo, nós “andamos como Comentário Devocionat da Bíblia. Rio
Jesus andou" (v, 6). Se nós perten­ de Janeiro: CPAD, 2012, p. 983)

SUBSÍDIO 2
"A característica de ser fútil, em deste lado da vida. Abraão, Moisés,
valor, cai bem o materialismo, pois e muitos outros, mudaram suas vidas
essa cosmovisão destrona da vida terrenas por aguardarem os tesouros
tudo o que é duradouro e significativo celestiais (Hb 11.8-10,26). O próprio
-, as coisas que são importantes para Jesus mandou que seus discípulos
a eternidade, e deixa somente aquilo juntassem tesouros no céu. O mate­
que é passageiro, pequeno e vão. A rialismo, por outro lado, estimula uma
vida é muito mais do que a ideia ma­ desesperança profunda, ocasionando
terialista. Benjamin Disraeli, escritor desespero existencial, já que a vida
e político inglês do Século XIX, dizia se resume somente aos poucos anos
que 'a vida é muito curta para ser pe­ vividos sobre a terra e nada mais".
quena'. As riquezas do céu, que estão (MARTINS, Reynaldo Odilo. Tempo
disponíveis àqueles que são fiéis, não para todas as coisas. Rio de Janeiro.
podem ser excluídas da percepção CPAD. p. 120-121. 2017).

JUVENIS 73
PARA CONCLUIR
Deus é Santo e. portanto, não repartirá dos seus tesouros espirituais com os
que mancham suas mentes com o materialismo profano deste mundo. Aqueles
que amam o dinheiro e as riquezas estão fadados a vagar vazios (Ec 5 10 ,1 Tm
6.10), preenchem-se de ilusões que os levarão ao inferno (Mt 16.26). Mas, em Cristo,
entendemos que a nossa vida aqui é efêmera Uó 141.2; St 144 4 ) ©. ©m razão disso,
almejamos a eternidade com Deus (Fp 3.20,21)

ANOTAÇÕES < Q ^ h o r a DA REVISÃO


— ------ — 7 ^ —

1. o que a tradição cristã diz sobre a


pregação do Apóstolo João?
Diz que João era pregador de uma
mensagem só: "Filhinhos, amai-vos
uns aos outros."
2. Segundo alguns estudiosos, por que
a Primeira Epístola de João mais se
parece com um tratado cristão?
Porque assemelha-se muito ao Evan­
gelho escrito pelo mesmo autor,
diferente de 2 e 3 João, que seguem*5
34
rigorosamente 0 padrão de uma
epístola.
3. 0 que significa a palavra grega
epithumia?

IM /lC tU i Significa “desejos intensos”- con-


cupiscência.
4. 0 que significa a palavra grega ala-
Fique informado dae zoneia?
principais notícias sobre Significa “soberba".
0 universo cristão 5. Qual o exemplo clássico, na Bíblia,
acessando para a soberba da vida, segundo a
CPADNEWS.COM.BR lição?
Um exemplo clássico disso está na
história do jovem rico {Mt 19.16-30).
D ICA "NÃO!"

E ° r í ^ r Z t eSte: Clue andemos segundo os seus mandamentos. Este é o man-


damento. comoja desde o principio ouvistes: que andeis nele.”(2 Jo 6)

V Gn 21,14 Abraão disse “não" a Ismaet e Agar, e foi fetiz

V Gn 38.15,16 * Judá disse -sim1 a uma “prostituta”, e passou vergonha

V Gn 3 9 7 ,8 ★ José disse "não”à mulher de Potifar, e prosperou

* Êx 32,4 Arão disse "sim1 ao “bezerro de ouro", e foi repreendido

V Hb 11,24 ★ Moisés disse -não1 ao Egito, e Deus o abençoou

Mt 4.11 Jesus disse não" ao Diabo e os anjos o serviram


LEITU RA BÍBLICA EM C LA S S E
2 João 1,2,6-13 nhado; antes, re ce b a m o s o inteiro
galard ão .

n 1 O ancião à senho ra eleita e a se u s


filhos, aos quais am o na verd ad e e
não somente eu, m as também todos
To d o a q u e le q u e p revarica e não
persevera na doutrina de Cristo não
os que têm conhecido a verdade, tem a D eu s; q u e m p e rs e v e ra na
doutrina de Cristo, esse tem tanto o
2 por am or da verd ad e que está em
Pai com o o Filho.
nós e para sem pre estará conosco.
10 Se alguém vem ter convosco e não
6 E o am or é este: que and em o s s e ­
traz esta doutrina, não o recebais em
gundo os seu s m andam entos. Este
casa, nem tam pouco o saudeis.
é o m andam ento, com o já d e sd e o
principio ouvistes; que andeis nele. 11 Porque quem o saúda tem parte nas
7 P o rq u e já m u ito s e n g a n a d o r e s su as m ás obras.
entraram no m undo, os q u ais não 12 Tendo muito que escrever-vos, não quis
c o n fe ssa m q u e Je s u s C risto veio fazê-lo com papel e tinta; m as espero

p em carne. Este tal é o enganador e


o anticristo.
ir ter convosco e falar de boca a boca,
para que o nosso gozo seja cumprido.
8 O lh a i por vó s m e sm o s, p ara q u e 13 S a ú d a m -te os filhos de tua irmã, a
não p e rc a m o s o q u e te m o s g a ­ eleita. Am ém !

CONECTADO COM DEUS •••


Deus não se im pressiona com as heresias revolucionárias, nem com a
falsa coragem dos hereges. Na verdade, 0 Senhor se agrada daqueles que
amam a mensagem sim ples do Evangelho. Não há nada de novo, nada a ser
atualizado, pois a revelação bíblica é com pleta e plena, vinda do próprio
Deus e, em razão disso, irretocável. Assim, para ser um bom cristão, não
precisam os ser “gênios do cristianismo", porém, precisam os de humildade
em aprender a eterna e imutável Palavra de Deus. 0 nosso entendimento
humano sem pre será limitado ante a profundidade do Texto Sagrado.

w
é r w ,
,
OBJETIVOS
CONHECER detalhes da 2a Carta de João,
principalmente os temas dominantes;
APRENDER A ser firme, dizer não, ante
os insultos e investidas do mal;
MANTER o foco na vida espiritual, para
não perder seu prêmio celestial.

ANTES DAAULA
Carola) professorla), a Escola Dominical está em desvantagem em relação
ao tempo de sala de aula dos jovens de 15 a 17 anos nas escolas seculares, Eles
passam, pelo menos, mais de 24 horas semanais em estudos escolares, o que,
essencialmente, não é algo ruim. Contudo, você, como professorla), precisa en­
contrar formas de ganhar mais tempo com seus alunos, Procure ser criativo na
produção de momentos de comunhão extraclasse (clube do livro cristão, filmes
evangélicos, grupo de WhatsApp, evangelismos em grupo...).
Converse com o seu pastor e superintendente de Escola Dominical e apresente
um esboço do planejamento (importante: sempre peça a permissão da liderança da
igreja, nunca faça algo sem o aval do seu pastor e, se tratando de jovens menores
de 18 anos de idade, peça a autorização escrita dos pais), Não apenas "gaste seu
tempo com eles", mas planeje e ganhe tempo de qualidade com seus alunos.

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA trina que, dentre outras coisas, negava


1.1. Considerações iniciais que Jesus tivesse sido um ser humano
O apóstolo João, aproximadamente normal).
no ano 90 d.C„ quando era o pastor de Ao que tudo indica, o apóstolo João,
Éfeso, escreveu a uma igreja local da em algum lugar do Mundo Antigo, tinha
Ásia Menor (território da atual Turquia), se encontrado com cristãos daquele
a quem ele chama de “senhora lugar (2 Jo 4) e, numa rápida carta
eleita” que andava conforme (a menor da Bíblia), apresenta o
a verdade, mas em seu meio PRECISAM OS que é essencial para se andar
havia falsos m estres que j CO N FR O N TA R AS com Deus, em um período no
ensinavam contra a doutrina | PROPOSTAS QUE qual “muitos enganadores
acerca da pessoa de Jesus, INFRINGEM A saíram pelo mundo”(2 Jo 7).
DOUTRINA DE 1.2. Amor e verdade
os quais eram, provavelmente,
DEUS. .
adeptos de uma manifestação João aborda dois tem as
inicial do gnosticismo (uma dou­ bastante comuns em sua Literatu­

JUVENIS 77
ra: amor e verdade, A partir do versículo 2 . APRENDENDO A DIZER “NÃO"
primeiro, menciona o entrelaçamento 2.1. Conhecendo 0 lugar de atuação
dessas virtudes (2J01), e isso acontece do Inimigo
peLa presença do amor à verdade que A região da Ásia menor era um
“está em nós" (2 Jo 2). Mais adiante, território de proliferação de doutri­
lembra do mandamento do amor fra­ nas de dem ônios e, para piorar as
ternal (2 Jo 5), e diz que amar significa coisas, igualmente se constituía em
andar no m andam ento de Deus (2 um centro m issionário do espírito
Jo 6), ou seja, amando e andando na do Anticristo (2 Jo 7). João, por isso,
verdade, estaremos protegidos contra adverte fortemente os irmãos a que
os falsos mestres. levantassem oposição ao trabalho
d esses obreiros fraudulentos. Este
aviso se rve tam bém para nós do
século 21: precisamos confrontar as
propostas que infringem a doutrina
Para o começo desta aula pergunte de Deus. Para isso, precisam os co ­
aos seus alunos sobre personagens nhecê-las.
bíblicos que precisaram exercer 2.2. Conhecendo as teses do Inimigo
coragem para realizar um propósito O apóstolo João conhecia as teses
vindo da parte de Deus. Se possível, que os falsos mestres apresentavam,
anote os nomes num quadro. Em mas havia uma que era a mais preju­
seguida, peça para eles apontarem dicial, pois dizia que Jesus não tinha
características comuns a todos sido 100% homem. Isso era muito grave,
eles. Ato contínuo, explique que pois se Jesus não fosse também um
assim como esses personagens ser humano normal, Ele não deteria as
estavam sendo ousados em cumprir condições para cumprir “toda a justiça
a vontade de Deus, os crentes da de D eus” e, assim , nossa salvação
Ásia Menor também precisavam estaria em perigo.
da mesma fé para vencer, com Nos dias atuais, da mesma forma,
coragem espiritual, os ensinos muitas mensagens erradas são trans­
heréticos do gnosticismo. Observe mitidas aos jovens, sejam de cunho
que esses novos evangelhos pro­ teológico, dos costumes, das questões
curam sempre diminuir o sacrifício morais, querendo fazê-los crer, por
de Cristo, por isso a importância de exemplo, que o uso de drogas lícitas
orientar nossos alunos. e ilícitas, bem como a prática de sexo
antes do casamento, e fora dele, dentre
Se cabível, faça uma oração, já ao
outras coisas “inconvenientes" (1 Co
final da aula. para que o Senhor
6.12), não teriam nenhum problema.
dê perseverança aos seus alunos
2.3. Diga "não!"
(1 Jo 2.14b).
A ca p a cid a d e de dizer “não" é
uma das grandes lições da Segunda
Epístola de João. E sabemos que não

78 JUVENIS
são apenas as falsas doutrinas que As pessoas que dizem coisas erra­
ameaçam a vida cristã. Más com pa­ das sobre Deus e sua vontade estão
nhias, em nome da amizade, procuram na mentira. Entretanto, não significa
arrancar você da igreja. Bebidas e que todos os “falsos mestres" fazem
drogas lhe são oferecidas. Colegas isso conscientemente: alguns deles
de escola ou de trabalho o convidam podem até ser sinceros, mas não são
para participar de fraudes e outros verdadeiros, Eles estão “sinceramente
atos desonestos. O mau uso das redes equivocados". Podem até estar con­
sociais pode favorecer a pornografia, vencidos de que falam a verdade,
entre outros males. Como dizer "não" porém, estão no engano.
a isso tudo? Com a ajuda de Deus e Por tal razão, não há meio termo.
da Bíblia Sagrada, você pode! Se você segue a Cristo, está na ver­
dade e tem a Deus, mas se anda em
3. NÃO PERCA O SEU PRÊMIO caminho torto, ensinando heresias -
3.1. Fique atento(a) ainda que seja uma pessoa simpática,
João deixa bem claro: cuidado agradável - não deve ser recebida
para não cair e perder o prêmio que como hóspede, nem tampouco ser
0 Senhor Jesus tem para nos dar (2J0 saudada (2J0 10). ©
8; Ap 22.12). Nosso esforço não é em
vão (1 Co 15.58), por isso temos de n W
“ficar de olho” para não ter nenhum
prejuízo.
No dia a dia da vida, muitas ten­
tações são lançadas contra o jovem
cristão, convites aparentemente ino­
fensivos, promovidos, muitas vezes,
por pessoas que se dizem amigas,
#
mas a Palavra de Deus adverte: “Há
caminho que ao homem parece direito,
mas o fim dele são os caminhos da No livro "Seitas e
morte" (Pv 14.12). Hersias", 0 leitor poderá
3.2. Algo com o que se deve tomar conhecer os dogmas e
cuidado crenças do Catolicismo,
A Bíblia enfatiza que quem “não do Espiritismo, do
persevera na doutrina de Cristo não
Evolucionismo, da
tem a Deus" (2J0 9). Assim, diminuir
Maçonaria entre outros
o papel de Jesus estabelecendo, por
grupos religiosos e
exemplo, Maria ou outra pessoa como
mediadora, ou negar sua divindade,
filosóficos, e
apresenta-se demoníaco, uma latente confrontá-los com a
manifestação do espírito do Anticristo Palavra de Deus.
(2 Jo 7).

JUVENIS 79
SUBSIDIO 1
“Os movimentos de esquerda que
defendem tópicos como a ideologia de
gênero, o homossexualismo, realização
do aborto, a Liberação das drogas ilícitas
etc., progridem de forma exponencial
no Brasil e no mundo. (...) A Igreja, no
uso de suas atribuições educativas (Tt
2.1), não pode ser imparciaL e apática
diante dos ataques incessantes dPe
5,8), As palavras de Jesus Cristo são:
'também digo que tu és Pedro e sobre
esta pedra, edificarei a minha igreja, e
as portas do inferno não prevalecerão
o CONHEÇA OS contra ela' (Mt 16.18). Essas palavras
nos encorajam e nos despertam a
“ SEUS ALUNOS
desenvolver o papel de apologistas e
Caro(a) Professor(a), alguns alu­ difusores dos princípios bíblicos, além
nos da classe de juvenis, na idade de mergulhar com mais profundidade
em que se encontram, detestam ser no conhecimento teológico (Hb 4.12). ‘As
subestimados quanto às suas capa­ escrituras são rasas o suficiente para
cidades intelectuais. Outros, podem um bebê vir e beber sem medo de se
estar até se automenosprezando, não afogar e profunda o suficiente para o
acreditando mais que possam, por
teólogo nadar sem jamais tocar o fundo'
meio do estudo, alcançar um futuro
(JERÔNIMO, 374-420 d.C.)."(SANTOS,
digno. Por isso, a ED também é um
Esdras Gomes dos. Educação Cristã: um
lugar de aprofundamento e autoco-
instrumento preventivo contra-ataques
nhecimento. Por isso. não se limite
ideológicos contemporâneos. Ensinador
em usar, pontualmente, conceitos
Cristão. Rio de Janeiro, v. 82.p. 28, abr./
profundos sobre um tema, desde
mai./jun.2020).
que você explique muito bem o que
deseja falar, Não para mostrar a sua
superioridade de conhecimento,
mas para cativar os mais estudados
e encorajar os que estão desespe-
rançosos. Utilize a sua aula como um
instrumento para um futuro melhor:
incentive o estudo!

-f

80JUVENIS
SUBSÍDIO 2 PARA CONCLUIR
"O ancião à senhora eleita' (2 Jo 1). Noções falsas sobre a sã doutrina
A referência de João a si mesmo como geram crentes deficientes na fé (Mt
'ancião' pode ter sido devida à sua 22.29). Sabendo disso, o apóstolo João,
própria idade, mas é mais provável que
inspirado pelo Espírito, escreveu essa
tenha sido à devida à sua posição na
carta, estimulando os leitores a que
igreja. Ele era alguém cuja maturidade
permanecessem no amor à Verdade
e sabedoria o tinha tornado digno de
confiança. de Deus, rejeitando os ensinamentos
No primeiro século, o nome eleita1 mentirosos. O alerta continua atual! Que
era usado da maneira como usamos tenhamos consciência da importância de
'cristãos nascidos de novo' - para iden­ dizer "não" diante das teses do Inimigo
tificar indivíduos como crentes que têm e reter firme a expectativa do prêmio
um relacionamento pessoal com Jesus que o Senhor tem preparado para nós.
Cristo. O termo não deve ser entendido
como sugerindo predestinação. Ele < Q HORA DA REVISÃO
afirma que nós, que escolhemos crer
em Cristo, fomos escolhidos por Deus.
Nós o queremos como o nosso
Deus. Mas Deus nos quis primeiro, como
seus filhos."
“‘Andam na verdade' (2 Jo 4). Aqui,
como em 1 João, o termo “verdade”está
1 Segundo a lição, em que ano foi
ligado à realidade. Uma pessoa que anda escrita a Segunda Epístola de João?
“na verdade" vive em harmonia com a
Aproximadamente no ano 90 d.C.
realidade espiritual e moral, pois nós as
conhecemos através de Cristo. Você e 2. Em qual versículo da Epístola 0 após­
tolo João confronta o gnosticismo?
eu andamos “na verdade" se a nossa
No versículo 7.
vida estiver marcada pela santidade e
pelo amor." (RICHARDS, Lawrence O. 3. Quais os dois principais temas da
Comentário Devocional da Bíblia. Rio Segunda Epístola de João?
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 989) Amor e verdade
4. De acordo com 2 João 10,0 que os
ANOTAÇÕES crentes deveriam fazer ao ter com
os gnósticos?
▼ Y

Não deveriam recebê-los em suas


casas e nem saudá-los.
5. Complete o versículo: “Olhai por vós
, para que não +
o que temos ganho, antes receba­
mos o inteiro GALARDÃO.” (2 Jo 8) +

+ V__________ Q . © 0
CUIDADO COM O ECO
E SUAS AMBIÇÕES
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram
da tua verdade, como tu andas na verdade." (3 Jo 3)

Fp 2.4 * Pense não apenas em si

Pv 18.1 * Não é sábio buscar desejos egoistas


*
Tg 3,16 * Onde há ambição egoísta há perturbação
*
Tg 4.1-3 * O egoísta pede e não recebe

2 Tm 3.1-4 ★ Afaste-se de quem ama a si mesmo


*
Hb 13.16 ★ Deus agrada-se do compassivo
*
n LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
3 João 5-11 9 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes,
5 Amado, procedes fielmente em tudo que procura ter entre eles o primado,
o que fazes para com os irmãos e não nos recebe.
para com os estranhos, 10 Pelo que, se eu for, trarei à memória
6 que em presença da igreja testificaram as obras que ele faz, proferindo
do teu amor, aos quais, se conduzires contra nós palavras maliciosas; e,
como é digno para com Deus, bem farás; não contente com isto, não recebe
os irmãos, e impede os que que­
7 porque pelo seu Nome saíram, nada rem recebê-los, e os lança fora da
tomando dos gentios. igreja.
8 Portanto, aos tais devemos receber, 11 Amado, não sigas o mal. mas o bem.
p para que sejamos cooperadores da
verdade.
Quem faz bem é de Deus; mas quem
faz mal não tem visto a Deus.

C O N ECTA D O •••
0 "ego" é o "eu" (esse é o significado do grego ego). Possuímos, enquanto
seres humanos e pecadores, a tendência de sem pre buscar (e alguns até a
qualquer custo) a satisfação do próprio ego. Isso é o que chamamos de ego­
ísmo e é extremamente perigoso! 0 egoísta revela, através de su as ações, a
ganância, cobiça, idolatria (endeusa a si próprio) etc., acreditando que suas
escolhas e preferências são superiores a tudo e a todos. 0 alerta bíblico é
claro: cuidado com o ego e suas ambições (Pv 18.1; Fp 2.3,4; Tg 3.16). Oremos
para que o Senhor guarde nosso coração do egoísmo!
OBJETIVOS
EXPLICAR o contexto da Epístola (Gaio
e Diótrefes);
CONHECER as características de um
cristão fiel e obediente;
ENFATIZAR a luta contra a rebeldia e o
sentimento egoísta.

ANTES DAAULA
Caro(a) professor(a), estamos nos aproximando do final deste trimestre,
mas nunca é tarde para nos lembrarmos da responsabilidade do ministério do
ensino e aperfeiçoarmos nossas metodologias em sala de aula. Todo profes­
sor de Escola Bíblica deve possuir enraizado em si pelo menos três valores:
DEDICAÇÃO, RENOVAÇÃO e EXCELÊNCIA. A orientação do apóstolo Paulo
para os professores de ED (os que possuem e exercem o dom do ensino) é
que se dediquem em seu ministério — desgaste-se nesta obra! Faz parte de
dedicar-se. a busca de novas formas de transmitir a Palavra com mais didá­
tica, gerando mais transformação de vidas — nunca se acomode! Por fim, o
professor deve estar convicto de que a excelência será alcançada apenas na
eternidade, mas até lá devemos desejar e buscá-la com todas as forças, a fim
de entregarmos o melhor para Deus — excelência cristã só é possível quando
acompanhada da humildade!

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA não contente com isso, não recebe


© O apóstoLo João, aproxima­
dam ente no ano 90 d.C., de Éfeso,
os irmãos, e impede os que querem
recebê-los, e os lança fora da igreja”
escreveu sua terceira carta ao amado (3 Jo 10).
Gaio, um cristão proeminente, com
o propósito de elogiar por sua 2. O CRISTÃO VERDADEIRO
hospitalidade e generosidade 2.1. Fiel em tudo
em receber os missionários João elogia seu am igo
enviados, ao passo em que Gaio, dizendo que ele é fiel
o adverte contra pessoas em tudo. Por óbvio, não signi­
como Diótrefes (3 Jo g), o ficava que ele não cometesse
qual fala mal do ministério “e, pecados, mas que ele procu-

84JUVENIS iMRMRttlfln'
rava, com todas as suas energias, fazer
a vontade de Deus, Ele não era apenas <, - *» [ INTERAÇÃO
bem-intencionado, mas se conduzia
de maneira apropriada, cristã, sincera,
Carola) professor(a). recomen­
sem causar escândalos ao Evangelho.
damos a seguinte dinâmica para
Naquela época, em que não havia
iniciar a aula: procure uma caixa
redes sociais, nem mídia, as notícias
se difundiam com menor intensidade pequena com tampa e fixe um
e rapidez, bastante diferente dos dias espelho ao fundo (você também
atuais, mas, mesmo assim, chegou ao pode posicionar o seu celular com
conhecimento do apóstolo João, com a câmera frontal ligada). Diga aos
"cores vividas", o bom testemunho de seus alunos que na caixa estão
Gaio e o amor com que servia Deus. imagens de pessoas da sala, convi­
A pergunta que não quer calar é: Será de dois ou três alunos para olharem
que nossas redes sociais glorificam a dentro da caixa e, em seguida,
Deus? Será que as informações que falarem alguns defeitos dessa
são “publicadas", “curtidas" e “com ­
“pessoa". Obviamente, eles estarão
partilhadas” sobre nós têm o mesmo
falando de defeitos próprios. Ao
bom cheiro de Cristo daquilo que se
dizia sobre Gaio? final, esclareça a dinâmica para os
2.2. Ama indistintamente ouvintes e parabenize os alunos
O padrão de amor de Gaio também que foram sinceros e corajosos ao
glorificava a Deus, pois ele cuidava bem reconhecer, humildemente, seus
tanto de judeus como de estrangeiros, defeitos diante de todos.
afinal quem ama como Jesus não faz
acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11;
Ef 6.9; Tg 2.1,9; 1 Pe 1.17). Será que o
meu e o seu jeito de amar as pessoas
traz alegria ao Senhor?3
contra ele. Temos nós, também, que
3. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS sermos cuidadosos para que a nossa
3.1. Sede pelo poder vaidade pessoal, as nossas ambições,
Diótrefes, um homem que se dizia não conflitem com os interesses do
cristão, no primeiro século, mas não Reino de Deus.
conhecia a Deus, pois fazia o mal (3 3-2. Desrespeito aos líderes da igreja
Jo 11), não queria apenas ser grande, e A oposição à obra de Deus, feita
sim o maior. Era arrogante e orgulhoso. por Diótrefes, era tão intensa que ele
Parecia o próprio Diabo. Esse obreiro falava mal de João e sequer o rece­
não detinha as qualidades de um dis­ bia; considerava-o, pelo visto, como
cípulo do Senhor Jesus e, por tal razão, um inimigo do trabalho do Senhor.
o apóstolo João faz declarações fortes Certamente a influência desse pastor

JUVENIS 85
fraudulento, que desejava assumir o rebelião contra os ministros de Deus,
mais alto posto institucional eclesiástico, ainda atuam para impedir que outras
estava trazendo alguns prejuízos no pessoas cooperem com aqueles que
andamento da obra missionária, a tal trabalham na obra do Mestre.
ponto que, segundo alguns teólogos, Essa aversão acentuada aos compa­
provavelmente, esta carta foi pesso­ nheiros, de maneira a impedir a prosperi­
almente recepcionada pelas mãos de dade de outros irmãos, deDmonstra uma
Demétrio, um obreiro aprovado. total repulsa aos princípios do Reino de
Que o Senhor guarde a sua igreja Deus. João, por exemplo, ao escrever o
de pessoas inescrupulosas, ambiciosas, Apocalipse afirmou que era “companheiro
rebeldes, murmuradoras, que causam na aflição, e no reino”(1.9), bem diferente
dissensão, divisão, como Diótrefes, as do sentimento de Diótrefes.
quais buscam apenas os seus interesses
(Pv 18.1) e não os interesses de Deus. 4. CONSELHOS E CONCEITOS
3.3. Aversão aos companheiros 4.1. Não seguir o mal
Os maus obreiros, além de terem Após expor a conduta não cristã de
uma motivação ilegítima, pregarem Diótrefes, João aconselha que Gaio não
siga o caminho trilhado por ele, haja
vista que seguir o mal nunca é uma
boa opção, pois a pessoa prejudica a
si mesma, além de agir contra Deus.
Quando alguém pratica o mal, como
Diótrefes, ou como Judas, em primeiro
lugar demonstra que foi vencido pelo
Diabo, abandonou a Cristo e se consti­
tuiu como seu próprio senhor.
4.2. Quem faz o bem é de Deus
0 que leva homens e João, em seguida, menciona algo
mulheres comuns a singelo, porém profundo: quem faz o
bem é de Deus (3 Jo 11). Ou seja, Deus
ultrapassarem certos
é a fonte de toda bondade, beleza,
limites, e a abusarem de sua
amor, e, por isso, tudo que envolve
autoridade? Determinadas bondade, benignidade, tem a ver com
posturas poderão levar o mover de Deus. Por outro lado, os
você a ser a próxima vítima maus — aqueles que agem contra a
do orgulho fatal. Livre-se vontade do Senhor — não conhecem
delas antes que seja tarde a Deus, como Diótrefes.
demais. Leia "Orgulho Fatal Todos nós temos, diante da vida,
— Um ousado desafio a escolhas a serem feitas: Bênção ou
este mundo faminto maldição, Vida ou morte. Cabe a cada
um de nós escolher qual cam inho
seguir. ©

86JUVENIS
SUBSÍDIO
"Guiará os mansos retamente.' Os
o CO N H EÇA OS mansos gozam das boas graças com
“ S EU S ALU N O S Pai do manso e humilde Jesus, por­
que Deus vê neles a imagem do seu
Ninguém gosta de estar em um Unigênito. Eles sabem que precisam
lugar onde não é bem tratado, ainda de orientação, estando então prontos
mais se for num sonolento domingo a submeter o próprio entendimento à
de manhã e você tem de 15 a 17 anos vontade divina. 0 Senhor condescende
em ser o guia para eles (...). Animem-se!
de idade. Todas as forças apontam
As dificuldades deixam os mansos
a Escola Dominical como uma ativi­
perplexos, sem saber o que fazer,
dade nada agradável. Dessa forma,
forçando-os agir sem descrição. Mas
para vencer toda a letárgica inércia a graça vem em socorro, ilumina lhes
da cama. é essencial ao professor, a mente para seguirem o que é justo
e equipe, que exerça a "Pedagogia e ajuda-os a discernir o caminho no
do Amor de Deus". Faça com que o qual o Senhor quer que trilhem. Os
seu aluno se sinta amado e querido tolos, orgulhosos da própria sabedoria,
pela igreja e classe, muitas vezes não aprenderam e, portanto, erram o
não é fácil, mas insista nele, pois caminho para o céu. Mas os corações
assim como você. ele também é humildes se sentam aos pés de Jesus
muito importante para Deus. Ame-o e encontram a porta da glória, pois
'aos mansos ensinará o seu caminho1.'
e interceda constantemente por ele.
(SPURGEON. C. H„ Os Tesouros de
Davi. Vol.i. Rio de Janeiro, CPAD, p.
508-509. 2017).

JUVENIS 87
PARA CONCLUIR
Jesus ensinou: "...qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele
que a si mesmo se humilhar será exaltado (Lc 1411). Os que estão no mundo
(aqui incluídos os egoístas como Diótrefes) não entendem como o Mestre poderia
ensinar valores como esses (Lc 16.14; l Co 1.18,19)! Que o Senhor nos dê graça
para conservarmos um coração como o de Gaio, a fim de agirmos sem pensar
exclusivamente nas nossas preferências.

ANOTAÇÕES < Q HORA DA REVISÃO

1. Como era chamado o cristão re­


b elde m encionado na epístola
estudada?
Chamava-se Diótrefes (v.g).
2. Quem João elogia, dizendo que ele
é fiel em tudo?
Seu amigo Gaio.
3. O que Diótrefes cobiçava entre os
irmãos da igreja de Éfeso?

P ítlC lM / Desejava assum ir o m ais alto posto


institucional eclesiástico.
4. Provavelmente esta carta foi re­
cepcionada por qual obreiro?
Pelas mãos de Demétrio, um obreiro
aprovado. p

5. Complete o versículo: “Amado, não


SIGAS o MAL, mas o . Quem
faz o EM é de ; mas quem +
faz o mal não tem VIS T a
(3 Jo 11). +

+r 7 c£© 0
LUTE POR SUA FÉ
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca
da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a
______ batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." (Jd 3»

V 1 Pe 3.15 ★ Santidade, Mansidão e Temor

V C l 4.5-6 ★ A sabedoria bem temperada

V At 6.8-10 ★ Irrefutabilidade da Fé Verdadeira

V Is 50.4-10 ★ Erudição e Obediência

V Pv 25.11 ★ Timing

V 2 Tm 4.2 ★ Longanimidade e Doutrina


| | LEITU RA BÍBLICA EM C LA SSE
Judas 17-25 de nosso Senhor Jesus Cristo, para
17 Mas vós, amados, Lembrai-vos das a vida eterna,
palavras que vos foram preditas 22 E apiedai-vos de alguns que estão
pelos apóstolos de nosso Senhor duvidosos;
Jesus Cristo, 23 e salvai alguns, arrebatando-os do
18 os quais vos diziam que, no último fogo; tende deles misericórdia com
tempo, haveria escarnecedores que temor, aborrecendo até a roupa
andariam segundo as suas ímpias manchada da carne.
concupiscências. 24 Ora, àquele que é poderoso para vos
íg Estes são os que causam divisões, guardar de tropeçar e apresentar-vos
sensuais, que não têm o Espírito. irrepreensíveis, com alegria, perante
20 Mas vós, amados, edificando-vos a a sua glória,
vós mesmos sobre a vossa santíssima 25 ao único Deus, Salvador nosso, por
fé, orando no Espírito Santo, Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória
e majestade, domínio e poder, antes
21 conservai a vós mesmos no amor
de todos os séculos, agora e para
de Deus, esperando a misericórdia
todo o sempre. Amém!

* •;
■ *■ ■ ■ m 1 L *
1 k
m

CONECTADO O
A Epístola de Judas registra um fato interessante. 0 apóstolo declara
que pretendia escrever sobre a salvação, mas sentiu a necessidade de alertar
os crentes a "batalhar pela fé" (v. 3). Judas primeiro esclarece que Deus não
deixa o pecado sem castigo. Em sua Epístola, encontram os a descrição de
vários pecados a que estam os expostos e que podem contaminar a nossa
fé. Ele encerra a Carta ensinando-nos a m aneira como podem os vencer
essa batalha. Lembre-se; tem os de m anter uma luta constante pela nossa
fé a fim de não serm os envolvidos pelo pecado e para que não venhamos a
perder a salvação.
OBJETIVOS
EXPLICAR os motivos para o envio da
carta;
EXPOR sobre o perigo dos falsos mes­
tres;
SABER como devemos nos portar na
defesa da fé.

ANTES DAAULA
Carola) professor(a), nesta última aula do trimestre, agradeça o esforço da
turma nos últimos três meses e demonstre a sua felicidade em ser professorla)
deLes. Fale o quanto eles são importantes para você e como o Senhor tem mol­
dado a sua vida através da interação com eles a cada domingo. Abra espaço para
os alunos falarem, se desejarem. Isso fará com que eles se sintam importantes
e reforçará os laços de comunhão entre professor e aluno.
Aproveite o momento para, também, apresentar a lição de Juvenis do próximo
trimestre. Uma ótima abordagem é, se possível, levar um exemplar da lição de
aluno e sortear entre os alunos presentes! Com certeza a turma perceberá sua
empolgação com o próximo trimestre e buscará valorizar ainda mais a Escola
Dominical.

1. INTRODUÇÃO A EPÍSTOLA Judas e o apóstolo Pedro convi­


Judas, que era filho de Maria veram e certamente conversavam (At
e José, meio-irm ão de Jesus (Jd 1), 1.13,14). convergindo, com o tempo,
escreveu esta Epístola em meados sobre os grandes problemas dos seus
dos anos 60 d.C., com o propósito dias. Talvez por isso a Segunda Carta
de que os cristãos batalhassem pela de Pedro e esta Epístola coincidam
fé que tinham recebido de Deus bastante nas idéias e na abordagem
e, para isso, p recisavam se literária: o ensino é denso e
achegar a Deus, ter cuidado direto ao ponto, sem rodeios.
i CABE A NOS SER
com en sin o s enganosos, OS GUARDIÕES Era preciso despertamento!
trazidos por falsos mestres, D ESSE TESOURO
e, inclusive, reconquistar os ^ DE INIGUALÁVEL 2. A DEFESA DA FÉ
duvidosos. Uma pequena VALOR. 2.1. Uma necessidade
carta, mas com grande valor 0 escritor anuncia que de­
para a formação de todo cristão. sejava falar sobre a salvação,

JUVENIS 91
entretanto foi direcionado a exortar
os irmãos a batalhar pela fé que uma
vez foi dada aos santos (Jd 3). Nos
dias de hoje, tal direcionamento se
mantém: é fundamental que a igreja
esteja atenta para defender a fé a
qualquer instante!
A defesa da fé, contudo, só pode
ser feita por quem a detém. O mundo,
as forças do mal, sempre irão atacá-la.
Cabe, por isso, a nós ser os guardiões
desse tesouro de inigualável valor (2
Tm 6.12). Que possamos fazer como
Paulo que, no fim dos seus dias, pôde 2.2. A fé genuína
dizer que, após uma vida de lutas, A fé mencionada por Judas é uma
terminou sua carreira permanecendo fé racional, bem fundam entada e
na fé (2 Tm 4.7). salvadora, aquela “que uma vez foi
dada aos santos” (Jd 3), ou seja, a fé
verdadeira, dada por Deus (Ef 2.8) e
<r -¥ INTERAÇÃO ensinada pelos apóstolos (At 20.27). É
por ela que devemos travar uma luta
No seu momento de preparação incansável.
para a aula, elabore duas ou mais
perguntas pertinentes sobre a 3. PECADO E JUÍZO
defesa da fé, e faça, prevíamente, 3.1. Os intrusos
uma resposta sobre essas ques­ Já sabemos que a fé cristã é cons­
tões. Em sala de aula (pode ser no tantemente atacada, na escola, nos
início ou mesmo dentro do tópico film es ou nas redes sociais, mas o
II, subtópico 1), faça as perguntas foco que o escritor traz à tona são as
para os alunos e veja como eles am eaças à fé que vêm de dentro da
responderão. própria igreja. Como assim? Identificar
Fique atento(a) e preparado(a) os ataques “externos”, muitas vezes,
para responder e controlar o curso é até fácil, mas os ataques “internos",
das falas! Assim, nessa situação daqueles de quem não esperam os
controlada, você poderá iden­ nos defender, é muito difícil.
tificar deficiências doutrinárias Por isso, Judas elenca algum as
entre os estudantes e instruí-los ca ra cte rístic a s d e sse s "intrusos”,
sobre questões importantes da fé. que se “infiltraram” em nosso meio
Por isso seria interessante você e ameaçam a fé. Veja a lista: a) “ím­
pesquisar algo sobre o assunto. pios” — não têm amor a Deus (Jd 4):
b) "convertem em dissolução a graça
de Deus” — mundanos, carnais (v.4); c)
OOO negam a Jesus Cristo — céticos, sem

92 JUVENIS
imoralidade, sofreram “a pena do fogo
eterno" (v. 7).
/ 3.3. Os perigos dos falsos mestres
A Epístola de Judas, após proferir
um “ai" contra os falsos mestres (Jd 11),
diz que eles entraram pelo caminho de
Caim (inveja), seguiram o engano do
prêmio de Balaão (avareza) e perece­
ram na contradição de Corá (rebeldia).
Em seguida, ele denuncia os efeitos
da presença desses “intrusos”: a) são
manchas em vossas festas de amor
(v.12) — eles não possuem amor a
espiritualidade (v.4); d) “adormecidos, Deus, nem ao próximo, mas somente
contaminam sua carne”— indiferentes, o “amor-próprio", por isso são uma
sem temor de Deus (v.8); e) “rejeitam mácula para a igreja; b) são nuvens sem
a dominação e vituperam as autori­ água (v,i2) — eles geram expectativas
dades” - indisciplinados e rebeldes frustrantes, enchem de esperanças
(v.8); f) “dizem mal do que não sabem"
— mentirosos, propagadores de fahe
news (v.10); g) “murmuradores” (v.16);
h) arrogantes (v.16); i) interesseiros
(v.16); j) “causam d ivisõ es” (v.19); k)
“sensuais” (v.19).
Ao fim, Judas conclui a sua listagem
com o efeito que é consequência de
todos os defeitos anteriores: eles, os
falsos mestres, “não têm o Espirito"
(v.19). Quem anda na carne, não pode
agradar a Deus (Rm 8.5-17).
3.2. Os exemplos de desobediência
Diante de tantas características
ruins, Judas nos faz lembrar de três
exemplos de desobediência que não
terminaram bem. São eles: a) o povo
de Israel, o qual foi salvo do Egito,
mas os maus morreram no deserto,
por causa da incredulidade Ud 5); b)
os anjos caídos, que foram lançados
na escuridão e estão atualmente em
prisões eternas (v. 6); c) as Cidades
de Sodom a e Gomorra, bem como
outras ao redor, que, por causa da

JUVENIS 93
as pessoas, mas tudo é falsidade; c) terrível, pois está escrito que aquele
árvores murchas, infrutíferas (v.12) — que duvida nada receberá do Senhor
eles são uma perda de tempo, pois é (Tg 1.6,7). Judas aumenta a gravidade
um desperdício cultivar uma árvore e, da situação, lembrando que os duvi­
depois, observar que tudo foi em vão; dosos rumam para o Inferno, razão
d) ondas impetuosas do mar (v.13) — pela qual exorta a que os salvemos,
ondas que trazem sujeira; e e) estrelas “arrebatando-os do fogo” (v. 23). #
errantes (v.13) — não possuem rumo,
rota ou propósito, cujo fim será cau­
sar um grande estrago. O bserve-se
como se faz necessário defender a
fé, recebida de Deus, diante dessas o CONHEÇA OS
ameaças dos falsos mestres. “ SEUSALUNOS
4 COMO DEFENDER A FÉ “Motivação e bom ânimo são os
4.1. Cuidados pessoais impulsos e necessários para levar uma
Depois de mencionar os graves pessoa ser e permanecer alunada na
problem as ca u sa d o s p elos falso s Escola Dominical, sem nunca faltar
mestres, Judas apresenta a maneira às aulas. Bom ânimo e a disposição
como o cristão deve defender a sua de se sentir animado mesmo que é
fé: a) edificando-vos a vós mesmos circunstâncias ao seu redor, não levem
na fé (Jd 20) — isso significa investir a isso, nem lhe sejam favoráveis. O
na fé, como, por exemplo, ler bons desânimo deve ser combatido com fé,
livros cristãos, d e d ica n d o -se para coragem. A motivação interna permite
fortalecer a convicção em Deus Cristo que as curas aconteçam. Em Cristo
Jesus (os discípulos oraram: Senhor, motivação interna ganha corpo, cor,
aumenta-nos a fé - Lc 17.5); b) orando
cheiro, sabor e visibilidade." (ROCHA,
no Espírito Santo (v. 20) — significa orar
Jormicezar Fernandes da. O que me
no poder e na força do Espírito, não
motivaria a ir à Escola Dominical?
firmado em palavras “de efeito”, que
Ensinador Cristão. Rio de Janeiro, v.
para nada servem diante de Deus (Lc
82.p. 28, abr./mai./jun.2020).
18.11); c) conservar-se no amor de Deus
(v. 21) e d) esperar na misericórdia de
Cristo (v. 21).
4.2. Cuidado com os outros
A receita só estará completa se,
tam bém , houver cu id ad o com os
outros que já foram enganados pelo
mal. Por isso, em tom dramático, de
apelo, Judas conclama que nos apie-
demos dos que estão na dúvida (Jd
22). Encontrar-se em dúvida é algo

94JUVENIS
SUBSIDIO 1
“Os elementos mais importantes o colapso do materialismo científico,
desta vida física (amor, alegria, paz, (...) Devemos ter fé se quisermos saber
propósito, contentamento, verdade, sobre as coisas mais importantes da
justiça, etc.) não podem nem ser vistos vida (..,), as quais a ciência não pode
nem explicados. Não muito tempo reveLar e a respeito das quais ela
atrás, o mundo acadêmico acreditava nada tem a esclarecer. (...) A fé deve
amplamente que a ciência física, um estar fundamentada em evidências
dia, explicaria tudo, inclusive a cons­ que independem de sinais físicos ou
ciência, Essa esperança vã não é mais comprovação científica, mas que são
admitida pela maioria dos cientistas. irrefutáveis" (HUNT, Dave. Em Defesa
John Eccles, prêmio Nobel, apontou da Fé Cristã: Respostas a perguntas
que o recente reconhecimento de que difíceis. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
a mente é um ente não-físico causou p. 18 e 19),

“Batalhar pela fé que uma vez foi Discutir sobre a verdade não sig­
dada aos santos" Ud 3). Algumas coi­ nifica ser hostil, ou esbravejar com
sas na vida são relativas. Eu prefiro o aqueles que não crêem. Mas signi­
verde, outra pessoa prefere o azul. Eu fica certificar-se de que as pessoas
gosto de pipoca. Outra pessoa gosta percebam que a verdade não é uma
de batata chips, Com as preferências, questão de preferência. Alguém pode
nenhuma diferença é realmente im­ muito bem dizer, “Eu prefiro pensar em
portante. Jesus apenas como um homem bom".
A verdade é diferente. Ela é ab­ Mas quando alguém disser isto, esta
soluta, no sentido de que a verdade é a nossa oportunidade para respon­
permanece imutável e certa, a despeito der: “Eu lamento muito por isso. Veja
das preferências humanas, E assim Ju­ bem, a Bíblia diz que Jesus é Deus, o
das nos Lembra de que quando alguém Filho, e todo o seu futuro depende de
diz, “Eu prefiro pensar em Jesus apenas você aceitar ou não a verdade desta
como um homem bom", nós podemos afirmação”. (RICHARDS, Lawrence O.
responder: “Tudo bem. Mas eu prefiro Comentário Devocional da Bíblia
pensar nEle como Deus". Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 993-94).

JUVENIS 95
PARA CONCLUIR
A apologia (defesa) da fé cristã é urgente para os dias de hoje e deve ser feita em
amor —mas sem amenizar a firmeza das Escrituras. Essa defesa é desempenhada
contra ataques externos, porém, é ainda mais fundamental para contra-atacar as
investidas internas, dos falsos mestres. Que o Senhor nos dê sabedoria para com­
bater este combate e vencer a dúvida.

SUBSÍDIO 3 < Q HORA DA REVISÃO


“Porque se introduziram alguns" Ud
4). Ontem, a nossa fiLha Sarah chegou 9
da Escola Dominical usando um grande
medalhão de papel em torno do seu 1. Qual era o grau de parentesco entre
pescoço, que dizia em letras de cinco Jesus e Judas, o autor da Epístola?
centímetros de altura, 'Eu estou perdoada'. Judas, filho de Maria e José, era meio-
Os falsos mestres não usam meda­ . -irmão de Jesus (Jd l).
lhões em torno do pescoço, anunciando,
2. De que m aneira o cristão deve
'Eu sou um falso mestre'. Muito pelo
defender a sua fé?
contrário, eles se introduzem secre­
a) edificando-vos a vós mesmos na
tamente. Eles fingem ser crentes, e
fé (v. 20): b) orando no Espírito Santo
somente depois de serem aceitos é
(v. 20); c) conservando-se no amor
que eles começam a passar clandesti­ de Deus (v. 21) e d) esperando na
namente as suas heresias para dentro misericórdia de Cristo (v. 21).
da congregação.
Judas, como fizeram Pedro e Paulo, 3. Segundo as Escrituras, os falsos
mestres:
nos lembra que por mais que os falsos
( ) são manchas em vossas
mestres tentem, eles não conseguirão
festas de amor;
esconder duas marcas de identificação.
( ) são nuvens sem água;
Eles negam a Jesus Cristo, fazendo-o
( ) são árvores murchas, infrutíferas;
menos que Deus. E transformam a graça
(X) todas as opções anteriores.
que nos liberta do poder do pecado em
uma licença para pecar. 4. Qual o apelo de Judas no versículo 22?
O Natal é a nossa grande reafirma­ Que nos apiedemos dos que estão
ção de que Jesus Cristo é Deus, e que na dúvida.
Ele veio em carne. Fazendo com que 5. A afirm ação "A defe sa da fé é
relembremos o grande dom de Deus, o desem penhada contra ataques
Natal nos lembra de que devemos nos externos, porém, é ainda m ais
dedicar, uma vez mais, a viver uma vida fundam ental para contra-atacar
santa e piedosa.' (RICHARDS, Lawrence as investidas internas, dos falsos
mestres" é verdadeira ou falsa?
O Comentário Devocional da Bíblia. Rio
Verdadeira.
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 994). _
Q j( ô ) ô
COMO PAULO PASSOU
A ENTENDER A PESSOA DE JESUS
COMO ÚNICO SENHOR?

O fato fundamental que mudou a vida de Saulo de Tarso ocorreu


quando o Senhor se encontrou com ele dois mil anos atrás enquanto
levava consigo documentos mortais para os cristãos de Damasco.
Quando aquele judeu erudito brilhante, fariseu, e zelote encontrou-
-se com o Senhor, tudo que ele compreendia em relação a Deus e ao
mundo virou de pernas para o ar e assumiu uma nova orientação, de
forma inequívoca e eterna. A graça, o amor e a justiça incorporados
de Deus se tornaram radicalmente autoevidentes na revelação do
seu Filho, e este amor cruciforme transformou Saulo de Tarso em
Paulo, Apóstolo do Senhor, Jesus Cristo. A graça de Deus em Cristo,
que havia reordenado o seu objetivo no mundo, agora reordenou o
mundo de Paulo, transformando a sua identidade e enviando-lhe a
um novo povo, predominantemente gentio, para anunciar o nome
de Deus. A sua devoção a Yahweh e reconhecimento dos propósitos
divinos desde a primeira criação até a nova levam a um esquema
trinitário — ao único Espírito Santo, ao único Senhor Jesus e ao
único Deus e Pai de todos.
MAIS QUE UMA
BÍBLIA DE ESTUDOS,
UMA COM PANH EIRA
DE TODAS AS HORAS
Em mais de 2 5 anos de existência, a Bíblia de Estudo Pentecostal
(BEP) se tomou uma companheira presente nos cultos, nos devocionais
e na leitura diária de centenas de milhares de brasileiros, indo muito
além de sua função primária de ser uma Bíblia para estudos segundo
a doutrina pentecostal.

Ao longo de todo esse tempo, o projeto da BEP ampliou-se, passando


a incluir as impressões em várias cores de capa e formatos, a edição
com a Harpa Cristã e as versões com conteúdo próprio e exclusivo
para crianças e jovens.

Neste ano de 2 0 2 2 , ela passa por uma grande reformulação, com a


revisão dos materiais de estudo, reorganização das notas e adequação
do texto conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

A Bíblia de Estudo Pentecostal se aperfeiçoa para continuar sendo o


que sempre foi: a Bíblia número 1 no coração dos cristãos brasileiros.

CPAD vIdeo ISSN 2175-4381


D edito raCPAD

[ O ‘) edltora_cpad
CBC
cpad.com.br Edito raCPAD

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