Enviando Por Email Revista Licoes Biblicas - Professor - 2º Trim.2023

em Família
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P ro fe s s o r | 2o T rim e stre de 2023
C o m e n ta rista : E lien ai C abral
SUMARIO
RELACIONAMENTOS EM FAM ÍLIA
Superando D esafios e Problem as com E xem plos da Palavra
de Deus
Lição 1 - Quando a Família Age por Conta Própria 3
Lição 2 - A Predileção dos Pais por um dos Filhos 10
Lição 3 - Ciúme, 0 Mal que Prejudica a Família 17
Lição 4 - ídolos na Família 24
Lição 5 - Motim em Família 32
Lição 6 - Pais Zelosos e Filhos Rebeldes 39
Lição 7 - 0 Relacionamento Entre Nora e Sogra 47
Lição 8 - A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos 56
Lição 9 - Uma Família nada Perfeita 63
Lição 10 - Quando os Pais Sepultam seus Filhos 70
Lição 11 - Os Prejuízos da Mentira na Família 77
Lição 12 - Criando Filhos Saudáveis 84
Lição 13 - A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia 91

CPAD
Presidente da Convenção Geral
3ÍBLICAS
das Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza P rezad o(a) P ro fe sso r (a),
Gerente de Publicações A família é uma das instituições mais
Alexandre Claudino Coelho
atacadas nos dias hodiernos. Por isso,
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral esse tema é o objeto de estudo neste
Gerente Financeiro trimestre. Diferentemente da última vez
Josafá Franklin Santos Bomfim que abordamos o assunto, nesta revista
Gerente de Produção estudaremos alguns conflitos de natureza
Jarbas Ramires Silva interna que tem o potencial de minar a
Gerente Comercial unidade familiar por dentro.
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas Nossa família precisa estar alicerçada
João Batista Guilherme da Silva com a Palavra de Deus para que, nEle,
Gerente de TI possamos vencer os desafios que podem
Rodrigo Sobral Fernandes nos levar às discórdias, desarmonias e
Gerente de Comunicação artimanhas malignas.
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã Em Cristo, abordaremos questões que
Marcelo Oliveira envolvem a vivência concreta da família
Chefe do Setor de Arte & Design cristã. Que sejamos capacitados no Es
Wagner de Almeida pírito para saber lidar com os desafios
Editor da atualidade, baseados nos conselhos e
Marcelo Oliveira exemplos extraídos da Palavra de Deus.
Redação
Setor de Educação Cristã
Revisora Um trimestre de bênçãos!
Verônica Araújo
Projeto Gráfico José Wellington Bezerra da Costa
Leonardo Engel I Marlon Soares Presidente do Conselho
Capa Administrativo
Wagner de Almeida
Ronaldo Rodrigues de Souza
Diagramação
Alexandre Soares Diretor Executivo
Av. Brasil, 34.401 - Bangu

Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 Conheça mais
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LIÇÃO 1
2 de Abril de 2023
QUANDO A FAMÍLIA AGE

POR CONTA PRÓPRIA
\ r ~
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
“ [...] Na verdade, Sara, tua
Quando 0 ser humano se
mulher, te dará um filho, e
precipita a respeito dos planos
chamarás o seu nome Isaque;
de Deus, as consequências dessa
e com ele estabelecerei 0 meu
ação são inevitáveis.
concerto (Gn 17.19)
\ __________________________ __________________________ )
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - Gn 12.4 Quinta - Gn 16.2-6

A prom essa de uma grande A precipitação do casal
descendência Sexta - 1 Rs 8.56
Terça - Gn 15.2 Deus cumpre a sua prom essa
A dúvida do patriarca Abrão Sábado - l T m 3.5,6
Quarta - Gn 15.4 M entores espirituais
A promessa de um herdeiro da própria casa
L._________________________ A
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-3; 16.1-5

Gênesis 12 me tem impedido de gerar; entra, pois, à
1 - Ora, 0 Senhor disse aAbrão: Sai-te da minha serva; porventura, terei filhos dela.
tua terra, e da tua parentela, e da casa de E ouviu Abrão a voz de Sarai.
teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 3 -Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão,
2 - E fa r -te -e i uma grande nação, e a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por
abençoar-te-ei, engrandecerei 0 teu mulher a Abrão, seu marido, ao fim de dez
nome, e tu serás uma benção. anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
3 - E abençoarei os que te abençoarem e U - E e le entrou a Agar, e ela concebeu; e,
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em vendo ela que concebera, foi sua senhora
ti serão benditas todas as famílias da terra. desprezada aos seus olhos.
Gênesis 16 5 - Então, disse Sarai a Abrão: Meu agravo
1- Ora, Sarai, mulher de Abrão, não seja sobre ti. Minha serva pus eu e, teu
lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva regaço; vendo ela, agora, que concebeu,
egípcia, cujo nome era Agar. sou menosprezada aos seus olhos. 0
2 - E disse Sarai aAbrão: Eis que 0 Senhor Senhor julgue entre mim e ti.
Hinos Sugeridos: 58, 84, 458 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A fa m ília é um a in stitu içã o d i A) Objetivos da Lição: I) Identificar
vin a, a célu la-m a ter da sociedade. que as promessas divinas para Abrão
Infelizm ente temos vivido períodos passavam também por sua família; II)
tenebrosos em que a família vem sendo Reconhecer que não podemos tentar
atacada, por vezes de forma velada e “ interferir” nos planos de Deus; III)
muitas outras, de forma direta. Além Entender que uma decisão precipitada
dos ataques externos, 0 cristão deve pode gerar conflitos desnecessários
cuidar para que os conflitos internos na família.
com o d iscórd ia e d esarm o n ia não B) Motivação: Todos sabemos que
interfiram na unidade fam iliar. existem consequências para as ações
O pastor Elienai Cabral, escritor,que praticamos. O que fazemos pode de
conferencista e consultor doutrinário e sencadear uma série de acontecimentos
teológico da CPAD, é 0 comentarista deste que talvez perdurem até muito tempo
trimestre. Ele nos ajudará, através de sua após a nossa morte. Infelizmente, quan
experiência pastoral, a compreender os do tomamos uma decisão, a maioria de
relacionamentos familiares e a lidar com nós pensa somente nas consequências
as dificuldades pelas quais as famílias imediatas. Provavelmente seus alunos
cristãs têm passado. não sabem os efeitos em longo prazo da
4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

maioria das decisões que tomam. Mas, 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
o fato de que haverá consequências no A) Revista Ensinador Cristão. Vale
futuro não deveria fazê-los pensar com a pena conhecer essa revista que traz
cuidado e buscar a direção de Deus nas reportagens, artigos, en trevistas e
escolhas de hoje? subsídios de apoio à Lições Bíblicas
C) Sugestão de Método: Para in Adultos. Na edição 93, p.36, você en
troduzir a prim eira lição, reproduza contrará um subsídio especial para
na lousa, ou no data show, algum as esta lição.
características dos dois personagens B) Auxílios Especiais: Ao final do
da lição, Abraão e Sara. Você pode fazer tópico, você encontrará auxílios que
isso por meio do auxílio da Bíblia de darão suporte na preparação de sua
Estudo Aplicação Pessoal, páginas 31 e aula: 1) O texto “A esposa substituta”,
33. Apresente os pontos fortes e êxitos, localizado depois do segundo tópico,
fraquezas e erros, lições de vida desses sinaliza o costum e daquele povo em
personagens e informações essenciais. que 0 p atriarca tin h a filh o s com a
serva de sua esposa, sendo o artifício
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO usado por Sarai para “ajudar” a Deus;
A) Aplicação: Esta primeira lição nos
2) O texto “Consequências da união de
convida a refletir a respeito da nossa Abrão com A gar”, ao final do terceiro
responsabilidade diante da nossa famí tópico, traz uma ampliação das con
lia. Somos os responsáveis diretos por sequências do que a atitude de Sarai
conduzi-la dentro da vontade do Senhor. trouxe para a fam ília.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO Abrão, ao decidirem não esperar 0 cum

Ao longo deste trim estre, estu d a primento da promessa de Deus e agirem
rem os assuntos relacion ad os à por conta própria, “ ajudando-O”
fam ília. Nesta oportunidade, no cumprimento da promessa.
especificam ente, pondera Veremos as consequências de
m os que, d iferen tem en te quando deixamos de ouvir a
de o u tros tr im e s tr e s , os voz de do Senhor para “ ou
assu n tos re fe re m -se aos v i r ” a v o z de um coração
p ro b le m a s do c o tid ia n o enganoso.
fa m ilia r. V erem os 0 que a
P a la v r a de D eus tem a n os I - DEUS FAZ PROMES
en sin a r quanto a p rob lem as de SAS A ABRÃO
co m u n ica çã o co n ju g al, ciú m es, r e 1. O en con tro de Deus com Abrão.
b e ld ia , p o rfia s , m e n tira , m á g o a s e Abrão vin h a de uma jornada de con
e d u c a çã o de filh o s , d e n tre o u tro s quistas e vitórias pessoais desde que
assuntos. saiu de Ur dos C aldeus e, d ep ois, de
Nesta lição, em especial, focaremos Harã (Gn 11.31; 12.1-4). E ntretan to, o
nas a titu d es p recip ita d as de Sarai e casal Abrão e Sarai não tin h a filh os.

No capítulo 12 de Gênesis, o patriarca
tinha 75 anos de idade quando Deus lhe
SINOPSE I
prom eteu um a grande d escen d ên cia
(Gn 12.4). No c a p ítu lo 15, o S en h o r D eus fe z a p ro m e ssa de u m a
lhe fa z um a p rom essa e sp e c ífica de gra n d e d escen d ên cia a A brão. A
um herdeiro. E, fin a lm en te, quando esp era a cab ou ge ra n d o d ú vid a,
Isaque, o filh o da prom essa, nasceu, m a s o S en h or g a ra n te aq u ilo
o p a triarca tin h a 100 anos (Gn 21.5). que prom ete.
A ss im , p o d em o s d iz e r que A b raão
esperou por 25 anos pelo cumprimento
da prom essa divina.
2. A dúvida diante da espera. Após II - INTERFERÊNCIA NO PLANO
a prom essa de uma descendência (Gn DE DEUS
12), ve io um a p reo cu p açã o a Abrão: 1. A tentativa de Sarai em “ ajudar”
“ S en h or Jeová, que m e h á s de dar? a Deus. Pelo processo n atu ral, Sarai
Pois ando sem filhos, e o m ordom o da não podia gerar filhos por causa de sua
m in h a casa é 0 d am ascen o E lié z e r ” esterilidade e, naquele contexto, ela estava
(Gn 15.2). Esse questionam ento revela ainda com a idade avançada. Por isso, Sarai
que sua fé estava em crise. Abrão não persuadiu Abrão de que a melhor forma
co n segu ia ver a rea liza çã o do sonho de ele ter um herdeiro seria tomar a serva
do casal, uma vez que Sarai era estéril. egípcia Agar e com ela conceber um filho
Não é diferen te conosco tam bém . Às (Gn 16.2). Naquele tempo era permitido
ve zes som os bloqueados por dúvidas fazer isso para que um homem tivesse
que nos impedem de, pela fé, enxergar um herdeiro. Essa tentativa de “ ajudar a
a operação do sobrenatural. Deus” no cumprimento da promessa de
3. D eus g a r a n te a A b rão o c u m um filho foi uma atitude precipitada de
prim en to da p rom essa. Como vim os, Abrão. Na vida conjugal, é importante que
G ên esis 15.4 tr a z a p rom essa de um o casal crente consulte a Deus em tudo.
filho. No versículo 7. 0 Senhor diz: “ Eu Nesse sentido, Abrão deveria convencer
sou o Senhor” (Gn 15.7). De m odo que sua mulher a esperar em Deus, pois Ele
Ele desfez a preocupação do patriarca, cumpre a sua Palavra (1 Rs 8.56).
esp ecifica n d o um a prom essa: “ Este 2. Os dois vacilam na fé. No capítulo
não será o teu herdeiro [Ismael]; m as 15, Abrão é um homem de fé. Porém, no
aquele que de ti será gerado, esse será capítulo 16, a situação muda com pleta
0 teu herdeiro [Isaque]” (Gn 15.4). Aqui, mente porque ele preferiu ouvir a voz de sua
Deus está afirm ando a Abrão que suas mulher, conforme Gênesis 16.2: “E ouviu
promessas têm base no próprio caráter, Abrão a voz de Sarai”. A verdade é que,
pois Ele não é homem para mentir, nem diante da reclamação de sua esposa, Abrão
filh o do hom em para se arrepender; aquietou-se e preferiu aceitar 0 argumento
“ p o rven tu ra, d iria ele e não o faria? dela e não acreditar no milagre de ambos
Ou falaria e não o con firm aria?” (Nm gerarem um filho conforme a promessa. Os
23.19). Deus cum pre fielm en te a sua dois deixaram a lógica da fé e se apegaram
Palavra (Sl 8934 )- Infelizmente, porém, à lógica meramente humana. Devemos
Abrão v a cila ria na fé e não tra n sm i cuidar para não interferir nos desígnios de
t id a a Sarai co n fia n ça na p rom essa Deus, pois isso pode significar o desvio da
(Gn 16.2,3). vontade divina. Não podemos, por causa de

uma decisão precipitada, querer intervir
no plano original divino.
AUXÍLIO
3. 0 problema da precipitação. Sarai TEOLÓGICO
abandonou e desprezou a confiança em
Deus, preferindo resolver 0 problema ao A ESPOSA SUBSTITUTA
seu modo, além de induzir seu marido à “O tempo passou e Sarai continuava
mesma atitude equivocada e incrédula. Ao sem filhos. Deus não prometeu que o
afastar-se da dependência de Deus, o casal filho sairia dela [Agar] (15.4) e o pro
não conseguiu evitar as consequências blema de uma promessa não cumprida
desastrosas para sua vida (Gn 16.5-9). Agar permanecia. Na opinião de Sarai, a res
engravidou e teve 0 filho que Abraão so posta era o costume da pátria de onde
nhava ter, mas provocou 0 conflito familiar vieram. Este costume dizia que a esposa
histórico entre Abrão e Sarai, entre Sarai e sem filhos tem de oferecer ao marido
Agar e, posteriormente, entre os filhos de uma criada para servir no lugar dela.
ambas, Ismael e Isaque. Muitos conflitos A descendência seria considerada sua.
são gerados nos lares por causa de atitu Sarai tinha uma serva egípcia chamada
des precipitadas da parte dos cônjuges. A Agar, que ela ofereceu a Abrão. Abrão
consequência dessa precipitação de Abrão aceitou a oferta e pouco tempo depois
permanece até hoje, com as sementes de Agar teve um filho.
Ismael e Isaque, ou seja, judeus e árabes. Emoções profundas e intensas no
coração de cada participan te esta
vam em aranhadas com o problema
SINOPSE II
de interpretar uma promessa divina
A p recip ita ção de S arai g e ro u por meio de providências legais. Agar
c o n seq u ê n c ia s n a fa m ília que ficou arrogante com sua senhora, e
rev e rb era m até aos d ias a tu a is Sarai ficou amarga e abusiva. Indo ao
en tre duas n açõ es. marido, ela o acusou de privá-la dos
AM PLIAND O O CONHECIMENTO
“ O SENHOR ME TEM IMPEDIDO DE GERAR

Entre 0 povo da M esopotâm ia, o cos
tum e, quando a esp o sa era e sté ril, era
deixar que a sua serva tivesse filh o com
o esposo. Esses filhos eram considerados
filhos legítim os daquela esposa. (1) Apesar
de existir então esse costum e, a tentativa
de Abrão e Sarai de terem um filho atra
vés da união de Abrão com Agar não teve
a aprovação de Deus (2.24). (2) O NT fala
do filho de Agar como sendo o produto do
esforço hum ano - [...] (Gl 4.29).” Am plie
m ais o seu conhecim ento, lendo Bíblia de
Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.55.

direitos básicos de esposa e exigiu que parecia estar afirmando que Deus havia
tomasse uma atitude. [...] Era contrário falhado com ela para gerar filh os (Gn
ao costume da pátria de onde vieram as 16.2). Ela afastou-se do lugar de absoluta
esposas servas mostrarem desrespeito dependência de Deus e preferiu decidir por
à esposa principal. Abrão recusou punir si mesma, usando Agar como meio para
Agar, mas permitiu que Sarai agisse o cumprimento da divina promessa. Seu
como quisesse” (Comentário Bíblico coração carnal fez com que ela desprezasse
Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Vol. a fé. Nesse sentido, a fraqueza de Abrão
1. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.63.). não foi tanto a de não agir sabiamente com
Sarai quanto a convencê-la a acreditar no
milagre de Deus em sua vida. Sua esposa
precisava de uma experiência com Deus
III - AS CONSEQUÊNCIAS DE capaz de dar-lhe 0 conhecimento suficiente
UMA DECISÃO PRECIPITADA para entender que seu marido tinha razão
1 . 0 conflito na fa m ília de Abrão. A
no que dizia. Portanto, é preciso atentar
precipitação do casal acabou criando o para uma preciosa lição: os homens de Deus
conflito entre Abrão e Sarai, provocado
têm um papel de mentores espirituais em
pela nova situação a que se subm eteu
suas casas e, por isso, não podem deixar de
Agar. Discórdia e desarm onia suscita governá-la com sabedoria (cf. 1 Tm 3.5,6).
ram uma situação insustentável dentro
desse lar. Agar, sentindo-se privilegiada
dentro da casa de Abrão, visto que ele
SINOPSE III
estava dando atenções especiais para
com ela por causa do seu filho em seu U m a d ecisã o p recip ita d a g e ra
v e n tre , p ro v o co u c iú m es em S arai. c o n seq u ê n c ia s que v ã o d esde
Esta, então, com eçou a h o stiliza r sua c o n flito s na fa m ília a eq u ívo co s
serva (Gn 16.4-6). Essa situação ficou a ce rca de Deus.
bem difícil dentro da casa do patriarca.
2. A fraqueza de Abrão. Depois de toda
a experiência com Deus e de ouvir as suas AUXÍLIO TEOLÓGICO
prom essas divinas para a vida pessoal
e familiar, Abrão optou pela fraqueza e CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO DE
carnalidade. Não teve firmeza para per ABRÃO COM AGAR
suadir Sarai, diante do conselho de ter “Aqui temos as más consequências
esse filho com Agar, a confiar em Deus e im ediatas do in fe liz casam ento de
em suas promessas (Gn 16.6). Essa história Abrão com Agar. Um grande m al se
nos ensina que não podemos apenas olhar produz rapidamente. Quando nós não
para as soluções humanas. Há momentos agimos bem, 0 pecado e os problemas
em nossa vida que só a mão de Deus pode estão à porta. E podemos agradecer a
operar. Tenhamos sensibilidade espiritual nós mesmos pela culpa e pela tristeza
para discernir o que está sob nossa res que nos acompanham quando saímos
ponsabilidade e o que só depende única e do cam inho do nosso dever. Veja isto
exclusivamente de Deus (cf. Êx 14.15-18). nesta história.
3. Uma opinião equivocada acerca I- Sarai é desprezada, e, desta ma
de Deus. Quando Sarai diz a Abrão que neira, sente-se provocada e se irrita, v.4.
“ o Senhor me tem impedido de gerar”

Tão logo, Agar percebe estar grávida de agradamos de maneira pecaminosa. E
um filho do seu senhor, passa a con é justo que Deus converta em instru
siderar a sua senhora com desprezo, mentos de nossa aflição aqueles aos
talvez criticando-a pela sua esterilidade, quais tornamos instrumentos do nosso
insultando-a, para irritá-la (como em pecado, e que nos aprisione nos nossos
1 Sm 1.6). Ela estava se gabando das próprios maus conselhos: 0 que revolve
perspectivas que tinha de trazer um a pedra, esta sobre ele rolará” (HENRY,
herdeiro a Abrão, para aquela boa terra, Matthew. Comentário Bíblico Antigo
e para o cumprimento da promessa. Testam ento: Gênesis a Deuteronômio.
Agora ela se julga uma mulher melhor Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.94,95).
do que Sarai, mais favorecida pelo Céu,
e com probabilidade de ser mais amada
por Abrão. E por isso já não é mais sub
missa como costumava ser. Observe: CONCLUSÃO
1. Os espíritos [pessoas] inferiores e Esta lição nos ensina a respeito das
servis, quando favorecidos e promo promessas de Deus para a vida do crente.
vidos, seja por Deus ou pelo homem, Entretanto, ela alerta para 0 perigo de nos
podem se tornar arrogantes e inso precipitarmos com interferências no cum
lentes, e esquecer seu lugar e origem. primento dessas promessas. Vimos que
Veja Provérbios 29.21; 30.21-23. É difícil esse tipo de atitude trouxe consequências
atribuir a honra àqueles que realmente graves para a família de Abrão. Que Deus
devem ser honrados. 2. Nós sofremos, nos livre de tentarmos interferir em seus
com razão, por causa daqueles a quem planos, pois sabemos que sua vontade é
boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
R E V IS A N D O O C O N T E Ú D O
1. Quanto tempo Abraão esperou pelo cumprimento da promessa divina?

Abraão esperou por 25 anos pelo cum prim ento da prom essa divina.
2. No capítulo 15 de Gênesis, Abrão é um homem de fé; por que no capítulo 16
a situação muda completamente?
A situação m uda com pletam ente porque ele preferiu ou vir a vo z de sua
m ulher.
3. Por que Sarai persuadiu a Abrão de que a melhor forma de ele ter um herdeiro
seria tomar a serva egípcia, Agar, por mulher?
Porque Sarai não podia gerar filhos por causa de sua esterilidade e, naquele
contexto, ela estava com idade avançada.
4. Quais elementos suscitados que deixaram a casa de Abrão em uma situação
insustentável?
Discórdia e desarmonia.
5. Para qual lição preciosa precisamos atentar?
Os hom ens de Deus têm um papel de m entores espirituais em suas casas e,
por isso, não podemos deixar de governá-la com sabedoria (cf. l Tm 3.5,6).

LIÇÃO 2
9 de Abril de 2023
A PREDILEÇÃO DOS PAIS

POR UM DOS FILHOS
a r
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“E amava Isaque a Esaú, porque a A preferência de filhos dentro
caça era do seu gosto, mas Rebeca do lar gera divisão e promove 0
amava a Jacó.” (Gn 25.28) egoísmo na formação deles.
V y
Segunda - Rm 12.2 Quinta - Gn 4.9.3; cf. SI 78.51

A vontade de Deus sempre A prim azia do filho prim ogênito
é perfeita na fam ília
Terça - Gn 25.21 Sexta - Ef 6.1-3
Deus abre a madre Os filhos devem honrar e obedecer a
da m ulher estéril seus pais
Quarta - SI 127.3-5 Sábado - Ef 6.4
Os filhos são herança de Deus Os pais não devem provocar
para os pais a ira aos filhos
L._________________________________________________________ ^

G ên esis 2 5.19-2 8
19 - E estas são as gerações de Isa- forte do que 0 outro povo, e 0 maior
que, filh o de Abraão: Abraão gerou servirá ao menor.
a Isaque; 24 - E, cumprindo-se os seus dias para
20 - e era Isaque da idade de quarenta dar à luz, eis gêmeos no seu ventre.
anos, quando tomou a Rebeca, filha de 25 - E saiu 0 primeiro, ruivo e todo como
Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de uma veste cabeluda; por isso, chamaram
Labão, arameu, por sua mulher. o seu nome Esaú.
21 - E Isaque orou instantemente ao 26 - E, depois, saiu 0 seu irmão, agarrada
Senhor por sua mulher, porquanto era sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se
estéril; e 0 Senhor ouviu as suas orações, chamou 0 seu nome Jacó. E era Isaque da
e Rebeca, sua mulher, concebeu. idade de sessenta anos quando os gerou.
22 - E os filhos lutavam dentro dela; 27 - £ cresceram os meninos. E Esaú foi
então disse: Se assim é, por que sou eu varão perito na caça, varão do campo;
assim? E foi-se a perguntar ao Senhor. mas Jacó era varão simples, habitando
23 - E 0 Senhor lhe disse: Duas nações há em tendas.
no teu ventre, e dois povos se dividirão 28 - E amava Isaque a Esaú, porque a caça
das tuas entranhas: um povo será mais era do seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO cionamento sadio entre os pais, 0 qual

Na lição desta semana, veremos que, é a principal referência para os filhos.
quando desviamos das normas de convi
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
vência saudável que Deus estabeleceu em
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar
sua Palavra, 0 relacionamento familiar é
profundamente prejudicado. No livro de o plano de Deus para a fam ília de Isa
Gênesis, encontramos a predileção dos que e Rebeca; II) Apontar a predileção
filhos por parte do casal Isaque e Rebeca. dos filhos como uma das principais
O presente relato bíblico nos ensina causas de conflito fam iliar; III) Ex
que é uma tragédia moral e espiritual plicar os m alefícios da predileção na
quando os pais preferem qualquer um form ação e desenvolvim ento físico,
dos filhos. Estes são herança do Senhor em ocional e espiritual dos filhos.
(SI 127.3) e cabe aos pais a responsabili B) M o tiva çã o : Isaque e Rebeca
dade com o desenvolvimento saudável foram in fe liz e s na criação dos f i
e equilibrado do ponto de vista físico, lhos porque não souberam esperar o
emocional e espiritual dos filhos (Ef 6.4). cumprimento das promessas divinas
Vale destacar que a formação do caráter e não atentaram para os m alefícios
dos filhos tem como referência o rela em o cio n ais que a p red ileção pode

traze r para as relações fam iliares. formação do caráter dos filhos, faça a
Para que os filhos cresçam de maneira seguinte pergunta: Como a predileção
saudável é fundam ental que os pais tem afetado a relação entre pais e filhos
entendam que o amor de Deus não faz no seio fam iliar atual? Que exercícios
acepção de pessoas (Rm 2.11). Cada ser devem ser praticados para evitar esse
humano tem as suas características tipo de conflito entre irmãos?
peculiares e é relevante no plano de
4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
Deus para alcançar as fam ílias.
A) Revista Ensinador Cristão. Vale
C) Sugestão de M étodo: Realize
a pena conhecer essa revista que traz
um painel com seus alunos. Convi
reportagens, artigos, entrevistas e sub
de pastores e m in istros que fazem
sídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos.
parte do ministério da igreja para um
Na edição 93, p. 37, você encontrará um
diálogo sobre a criação dos filhos. É
subsídio especial para esta lição.
im portante que você, professor(a),
B) Auxílios Especiais: Ao final do
seja o(a) mediador(a). Peça que cada
tópico, você encontrará auxílios que
um deles expresse um conselho sobre
darão suporte na preparação de sua
a predileção em relação aos filhos. Em
aula: 1) Para aprofundar o prim eiro
seguida, abra espaço para os alunos
tópico, 0 texto “ Entenda como seus
perguntarem sobre o tema. Ao final,
filhos se sentem” ressalta que ouvir os
ore ao Senhor para que haja cura das
filhos é 0 primeiro passo para lidar com
possíveis decepções causadas em razão
as suas percepções e administrar con
da predileção. Reforce que devemos
flitos entre irmãos; 2) Para aprofundar
pedir a Deus sabedoria para não co
0 segundo tópico, 0 texto “Amando uns
metermos injustiça no cumprimento
aos outros” mostra a importância do
de nossos papéis familiares.
afeto familiar. Se uma fam ília deseja
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO desenvolver seus laços afetivos é es
A) Aplicação: Depois de apontarsencial que os filhos tenham a certeza
os m alefícios da predileção para a do amor recíproco de seus pais.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO isso acontece na fam ília, os resultados

A h istó ria de Isaque e Rebeca são conflitos intermináveis que fazem
parece uma infeliz repetição da do lar um ambiente hostil para a
de Abraão e Sara. Por algumas criação de filhos. Obviamente,
v e z e s, A braão não soube essa não é a vontade de Deus
lidar com os sentim entos I para a fam ília cristã.
de sua esp osa, co m ete n
do erros pelos quais pagou I - O PLANO DE DEUS
um alto preço. Nesta lição, PARA A FAMÍLIA E
estu d arem o s a resp e ito da SUA PRESCIÊNCIA
predileção de filh os pelo casal 1 .0 plano divino para a fa
Isaque e Rebeca. Veremos que quando lia de Isaque e Rebeca. Isaque e Rebeca

faziam parte de um plano maior de Deus.
Ao conhecer Rebeca e tomá-la por espo AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
sa, Isaque não esperava o que viria pela
frente. Quando ele descobre a esterilidade “ ENTENDA COMO SEUS FILHOS
de Rebeca, a Bíblia diz que o patriarca SE SENTEM
orou ao Senhor para que a madre de sua Para estab elecer os seus filh o s
esposa fosse aberta (Gn 25.21). Somente numa identidade forte e positiva, em
20 anos depois dessa oração, com 60 primeiro lugar você precisa entender
anos de idade, Isaque recebe a notícia como eles se sentem. Sempre que um
filho diz ao seu pai: ‘Você não entende’,
de que Rebeca estava grávida (Gn 25.26;
cf. 25.20). Portanto, nada pode impedir sinais de alarme deveriam disparar na
o plano de Deus, pois quando Ele opera, mente desse pai. Isso não quer dizer
seus desígnios se cum prem no tempo que seus filhos sempre tenham razão
certo. Assim, no tempo perfeito de Deus, quanto ao que sentem . No entanto,
Rebeca gerou dois meninos. o passo essen cial para ajudar uma
2. 0 propósito presciente de Deus. pessoa é lidar com as suas percepções.
Deus sabia antecipadamente do futuro de A criança que diz que 0 seu pai não a
Esaú e de Jacó. Ele sabia de antemão o que compreende pode estar desejando que
a escutem — e ouçam. Sempre que os
haveria de acontecer com os filhos gêmeos
de Isaque e Rebeca (Gn 25.23). Isso indepen nossos filhos nos dizem isso, a maioria
dia das circunstâncias que envolvessem de nós faz a coisa m ais fácil — fica
essa história. Por isso, o Senhor atendeu à zangado e se afasta. Afinal, sempre é
oração de Isaque e Rebeca concebeu filhos mais fácil reagir do que compreender.
[...] Tiago deu o seguinte conselho: ‘Todo
gêmeos (Gn 25.21). Entretanto, conforme
as crianças se desenvolviam, alguns meses 0 homem seja pronto para ouvir, tardio
depois os gêmeos já lutavam entre si no para falar, tardio para se irar’ (Tg 1.19).
ventre da esposa de Isaque (Gn 25.22). No Acho que isso é particularmente ne
cessário para os pais. As crianças irão
caso dos gêmeos, Esaú e Jacó, Deus sabia
romper as suas regras e 0 seu coração,
que, criados como agentes livres, eles
mas quando você se comunicar com os
seriam rivais. Aqui, estamos abordando
a presciência de Deus, um atributo divino sentimentos delas, estabelecerá uma
conexão que tornará a cura muito mais
que indica 0 pré-conhecimento de todas as
coisas. Devemos ressaltar que esse atributo fácil” (YOUNG, Ed. Os 10 Mandamentos
não é causativo, isto é, ele não implica da Criação dos Filhos: 0 que fazer e 0
determ inism o na vida do ser humano. que não fazer para criar ótimos filhos?
Contudo, 0 Senhor tem um propósito para Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.44).
a vida de cada pessoa; muitas vezes não
o compreendemos, mas sabemos que a
vontade dEle é perfeita (Rm 12.2). II - O CONFLITO FAMILIAR
1. A esterilidade de Rebeca. Na an
tiguidade, uma mulher estéril era vista
SINOPSE I com o um a p esso a am ald iço ad a. Por
serem impedidas de procriar, mulheres
Os desígnios de Deus se cum
inférteis eram consideradas inferiores,
prem no tempo certo.
a ponto de, num casamento, os maridos
terem 0 direito de repudiá-las. No caso de
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 3

Isaque, ao perceber que Rebeca não podia
dar-lhe filhos, orou ao Senhor para que a SINOPSE II
esterilidade de Rebeca fosse desfeita e ela
pudesse gerar. Como vimos, Deus ouviu A predileção dos filh o s é um a das
o clamor de Isaque (Gn 25.21). cau sas de con flito na fam ília.
2. 0 conflito: “ E os filhos lutavam no
ventre dela” (Gn 25.22). Naquele tempo,
do ponto de vista social, a geração de
filhos herdeiros era importante para as AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
famílias (SI 127.3-5). Por isso, Abraão e Sara
precipitaram-se na promessa de Deus com “AMANDO UNS AOS OUTROS
uma substituta, a serva Agar, para gerar 0 Maridos e esposas devem se amar
filho desejado, e pagaram um preço alto. mutuamente. As Escrituras não dei
xam nenhuma dúvida sobre isso, e os
Diferentemente de seu pai, Isaque buscou
filhos sabem instintivam ente que é
ajuda do alto para superar o problema da
a verdade (Ef 5— 6). Portanto, se uma
esterilidade de Rebeca. Entretanto, uma
família deseja desenvolver seus laços
vez grávida, para a felicidade do casal,
afetivos, é essencial que os filhos te
Rebeca começou a afligir-se por causa de
nham a certeza do amor recíproco de
um movimento excessivo dentro do seu
seus pais. Elton Trueblood se expressa
ventre. A esposa de Isaque orou ao Senhor
dessa maneira: ‘É responsabilidade de
a respeito da questão e ouviu de Deus que
todo pai fazer com que 0 filho saiba que
havia dois povos no seu ventre, e que 0
ele ama profundamente a sua mãe. Não
menor dominaria sobre 0 maior (Gn 25.23).
existe nenhuma boa razão para que todo
3.0 favoritismo do casal pelos filhos.
afeto seja escondido ou praticado em
Em termos de personalidade e de tem segredo. Um filho que cresce entendendo
peramento, Esaú e Jacó cresceram como que seus pais se amam dispõe de uma
pessoas diferentes. Em Gênesis 25.25-28, maravilhosa base de estabilidade.
Deus revela a Rebeca as diferenças entre O verdadeiro amor entre os pais
os gêmeos. O “ menor” (Jacó) teria uma não pode ficar escondido. Os filhos
descendência forte e o “ m aior” (o mais ouvirão o am or através das ternas
velho e, por isso, prim ogênito, Esaú) palavras pronunciadas quando eles
serviria ao menor. No capítulo 27, já idoso se separam ou mesmo naquele tom de
e cego, Isaque achava que logo morreria. voz reprimido usado quando alguém
Por isso, preocupava-se em abençoar a está zangado. Eles verão 0 amor em um
Esaú com a benção patriarcal do “direito toque gentil, no amoroso encontro das
da prim ogenitura”. Alicerçado nos pa mãos quando caminham pelo parque ou
drões legais do direito daquele tempo, em uma sub-reptícia troca de sorrisos.
dedicava-se a Esaú, pois este o satisfazia Os filhos precisam ver que os pais
com 0 prazer das caças que levava para o sentem afeto um pelo outro. [...] Obser
patriarca. Entretanto, sabendo que havia var uma terna afeição física entre os
um plano especial de Deus para o filho pais irá aumentar a segurança dos fi
mais novo, Rebeca favorecia Jacó. Essa lhos e sutilmente os encorajar à prática
predileção praticada pelos pais de Esaú do amor. [...] Se desejarmos construir 0
e Jacó prod uziria um grande conflito amor na família, a disciplina do afeto
na família.

familiar exige começar com o óbvio: o assado, pegar um couro peludo de um
amor a Deus e o amor ao próximo. Se bode e vesti-lo em Jacó. Este deveria levar
isso não existir, ou estiver em falta, o assado ao pai e imitar a voz de seu irmão.
vai ser muito difícil construir o amor Toda essa trapaça revelava a fraqueza do
na família” (HUGHES, Kent & Barbara. caráter de Rebeca.
D iscip lin as da Fam ília Cristã. í.ed. 3. O problem a da predileção pelos
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 34,35). filhos. Além do conhecimento que os pais
tinham acerca do conflito entre os dois
filhos, faltou a Isaque, como 0 líder da
família, a habilidade e a sabedoria para
III - O PROBLEMA DA PREDILE
contornar o embate existente. Por outro
ÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA
lado, Rebeca não avaliou os danos morais
1. Esaú, o filho predileto de Isaque.
e espirituais nos seus filhos. O presente
Isaque demonstrou fraqueza ao receber 0
relato bíblico nos ensina que é uma tragédia
agrado de Esaú, que lhe trazia a carne de
moral e espiritual quando os pais preferem
caça do campo, ignorando, dessa forma, a
qualquer um dos filhos. Estes são herança
profecia divina de Gênesis 25.23. Por força
do Senhor (SI 127.3) e Deus concedeu esse
dos padrões sociais da época, o primogê
privilégio para que os pais sejam uma
nito tinha a primazia no futuro da família
bênção para a vida de seus filhos. Portanto,
(Gn 49.3; cf. SI 78.51). Por isso, Isaque
quando os pais não fazem a predileção
pensava que deveria ministrar a benção
pelos filhos, eles evitam um futuro de
patriarcal com direito de primogenitura
traumas e problemas emocionais. Nesse
a Esaú, o mais velho. Entretanto, ele não
sentido, os pais têm responsabilidades no
compreendeu o propósito de Deus para
desenvolvimento saudável e equilibrado do
seus filhos. Isaque não percebeu que havia
ponto de vista físico, emocional e espiritual
algo superior em relação aos dois filhos
dos filhos (Ef 6.4).
e que o Senhor agiria para que nenhum
dos dois filhos se sentissem prejudicados.
2. Jacó, o filho predileto de Rebeca.
Percebendo que a bênção patriarcal poderia SINOPSE III
ser conferida a Esaú, o filho m ais velho, Os p a is têm re sp o n sa b ilid a d e s
Rebeca resolveu interferir na ordem dos no d e se n v o lv im e n to sa u d áv el e
fatos e, sem consultar a Deus, antecipou a eq u ilib rad o d os filh o s.
bênção patriarcal para 0 mais novo. Embora
soubesse que a bênção pertencia a Jacó,
conforme Deus havia revelado anterior
mente, Rebeca colocou-se acima do plano CONCLUSÃO
divino e interferiu nos acontecimentos com Na Palavra de Deus, encontram os
uma atitude mentirosa. Sabedora de que n orm as que serve m de co n v iv ê n cia
Esaú quebrou princípios da obediência e do saudável e cristã para a vida fam iliar.
respeito aos pais, casando-se com mulher No Novo Testam ento, o apóstolo Paulo
estrangeira (Gn 26.34,35), Rebeca arquitetou admoesta aos pais quanto à criação dos
um plano para que Isaque abençoasse a Jacó filhos (Ef 6.1-4). Nessa orientação, os
com a bênção da primogenitura. Assim, filhos devem ser obedientes a eles (Ef
deu instruções precisas a Jacó. O plano de 6.1-3) e os pais não devem provocar a
Rebeca consistia em preparar um cabrito ira aos filhos (Ef 6.4). Assim, quando o

casal não respeita a personalidade dos in felizm ente, o resultado é o conflito
filh o s, tra ta n d o -o s com pred ileção , entre os membros da fam ília.
l. O que Isaque não esperava que viria pela frente?

A esterilidade de Rebeca
2 . 0 que a presciência de Deus indica?
Indica o pré-conhecim ento de todas as coisas.
3. 0 que a predileção praticada pelos pais de Esaú e Jacó produziu?
Produziu um grande conflito fam iliar.
4 . 0 que Isaque ignorou? E que plano Rebeca arquitetou?
Isaque ignorou a profecia divin a de G ênesis 25.23. Rebeca arquitetou um
plano para que Isaque abençoasse a Jacó com a benção da prim ogenitura ao
se passar pelo irmão.
5. Segundo a lição, o que o relato bíblico da fam ília de Isaque e Rebeca nos
ensina?
O presente relato bíblico nos ensina que é uma tragédia m oral e espiritual
quando os pais preferem qualquer um dos filhos.
L E IT U R A S P A R A A P R O F U N D A R
Os Dez Mandamentos na Tornando-se

Criação dos Filhos Grandes Pais
Com palavras claras, e às vezes Ao praticar os princípios deste
cômicas, o autor extrai conceitos de livro, os pais podem trazer
décadas de aconselhamento e de sua
harmonia aos seus lares,
experiência como pai, oferecendo enquanto cumprem o objetivo
base bíblica para auxiliar o leitor na final que consiste em criar adultos
criação dos filhos. amorosos e responsáveis.
V

CIUME, 0 MAL QUE
PREJUDICA A FAMÍLIA
\ r
VERDADE PRÁTICA
TEXTO ÁUREO
O ciúme é uma obra da carne e
“Porque, onde há inveja
só o fruto do Espírito é capaz de
e espírito faccioso, aí há
superar as consequências ruins
perturbação e toda obra
dessa emoção.
p e r v e r sa (T g 3.16)
Segunda - Pv 6.34 Quinta - Gl 5.25

0 ciúme desperta a Rejeitando 0 ciúme de
fúria das pessoas m aneira convicta
Terça - 1 Co 3.3 Sexta - Fp 4.8; Pv 4.23
Onde há ciúme Protegendo a m ente e 0
há carnalidade coração do ciúme
Quarta - Mc 15.10 Sábado - 1 Co 13.4
Pessoas perseguiram Jesus por 0 antídoto do perfeito
causa do ciúme entendim ento do amor
L _________________ ____ A
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR Y]

G ên esis 37.1-4 ,11,18 ,23,24,28

1 - E Jacó habitou na terra das peregri pai, porém, guardava este negócio no
nações de seu pai, na terra de Canaã. seu coração.
2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo 18 - E viram-no de longe e, antes que
José de dezessete anos, apascentava as chegasse a eles, conspiraram contra ele,
ovelhas com seus irmãos; e estava este para 0 matarem.
com os filhos de Bila e com os filhos de 23 - E aconteceu que, chegando José a
Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia seus irmãos, tiram a José a sua túnica, a
uma má fama deles a seu pai, túnica de várias cores que trazia.
3 - E Israel amava aJosé mais do que todos 24 - E tomaram-no e lançaram-no na
os seus filhos, porque era filho da sua ve cova; porém a cova estava vazia, não
lhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. havia água nela.
4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu 28 - Passando, pois, os mercadores
pai 0 amava mais do que a todos os seus midianitas; tiraram, e alçaram a José da
irmãos, aborreceram-no e não podiam cova, e venderam José por vinte moedas
falar com ele pacificamente. de prata aos ismaelitas, os quais levaram
11 - Seus irmãos, pois, 0 invejavam; seu José ao Egito.
F ?1 Hinos Sugeridos: 20, 425, 432 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO II) Identificar os m ales que 0 ciúme

O ciúm e é uma em oção hum ana provoca nos relacion am en to s; III)
que pode levar a grandes proporções. Com preender que o hom em precisa
Todas as pessoas sentem ciúm es em orientar seu coração pela Palavra de
algum m om ento da vida; às vezes é Deus e não por suas emoções carnais.
por alguém da fam ília, outras vezes B) Motivação: Nesta lição veremos
é por amigos ou por algum bem que é que o ciúm e é um a em oção carn a l
considerado precioso. Há pessoas que e, se for cu ltivad o, pode ch eg ar ao
sentem ciúmes por cargos e funções e descontrole, causando consequências
isso pode acontecer tanto no ambiente gravíssimas para as famílias e para os
profissional como no ambiente ecle relacionam entos em geral. O cristão
siástico. Nesta lição, temos o propósito não pode ter as ações dirigidas por
de refletir a respeito das consequências seus im pulsos ou em oções carnais.
Assim, verem os como ele pode lidar
do ciúme na fam ília.
com essa emoção.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO C) Sugestão de Método: O tema des
A) O bjetivos da Lição: I) Refletir ta lição é uma emoção comum a todos
sobre as con sequên cias do fa v o ri os alunos. Comece a aula propondo um
tism o e do ciúme na fam ília de Jacó; diálogo sobre o ciúme. Pergunte à sua

classe: “Alguém aqui é ciumento? Você 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
costuma sentir ciúme por alguém ou A) Revista Ensinador Cristão. Vale
por algum a coisa? Você já foi alvo de a pena conhecer essa revista que traz
ciúmes? Se sim, como você se sentiu”? reportagens, artigos, en trevistas e
Após alguns m inutos de com parti subsídios de apoio à Lições Bíblicas
lhamento, inicie a exposição da lição. Adultos. Na edição 93, p.37, você en
3 . CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a
contrará um subsídio especial para
esta lição.
B) A uxílios Especiais: Ao final do
refletir sobre as emoções que permeiam tópico, você encontrará auxílios que
nosso coração e que costumam influen darão suporte na preparação de sua
ciar nosso comportamento. O ciúme não aula: 1) O texto “ Quem era José”, que
deve ser naturalizado ou fantasiado como ajuda a aprofundar o primeiro tópico,
uma “prova de amor e cuidado”, porque mostra 0 perfil de José, apresentando 0
ele traz consigo sérias consequências. contexto histórico do seu nascimento
Devemos lembrar que a Bíblia diz que e sua dinâm ica fam iliar. 2) O texto
“o amor não arde em ciúmes” (l Co 13.4 “As con sequ ên cias do fa voritism o
- NAA). Portanto, como cristãos, nosso e do ciúm e” , que expande o segu n
coração precisa ser regido pelo amor e do tópico, traz um alerta quanto as
não por emoções carnais. consequências da emoção do ciúme.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO I - A FALHA NO TRATAMENTO

A história dos filhos de Jacó não só é DOS FILHOS
comovente, mas dramática. José, 0 filho 1. A preferência de Jacó. Em Gênesis
amado do patriarca, foi alvo do ciúm e 37, lemos que “Jacó am ava a José m ais
dos seus irmãos. É verdade que Jacó do que a todos os seus filh o s ” (Gn
tin h a c e rta p re fe rê n c ia por 37.3). É possível que o patriarca
ele. Por isso, tornou-se uma , ten h a p erceb id o que h a via
pessoa de confiança do velho ^ algo esp ecial em relação a
P a la v ra -C h a ve José. Entretanto, indepen
pai. José delatava todas as
m ás ações de seus irm ãos Ciúme dentem ente de ser 0 filho
f da sua velhice, José era um
para o patriarca da família.
dos m u itos filh o s que ele
Por esse motivo, eles o viam
havia gerado. Naturalmente,
como um delator e merecedor
quando são conscientes do seu
das hostilidades deles. A lição de papel paterno e m aterno dentro do
hoje não tem o objetivo de tratar dos lar, os pais percebem as diferenças de
a sp e cto s g e ra is da h istó ria de José, personalidade e de tem peram ento de
m as en fatizar essa relação de conflito cada um dos filhos. Por isso, é preciso
dentro da fam ília de Jacó. Vejamos as muita atenção no relacionam ento com
con sequên cias para um a fa m ília em eles. Na lição 2, estudamos a respeito do
que a inveja e 0 ciúme estão presentes. problema que foi gerado pela predileção
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1Ç

de Isaque e Rebeca entre Esaú e Jacó.
Aqui, na história de José, veremos que a AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
predileção de Jacó produziu o ciúme e a
inveja entre os irmãos, as consequências QUEM ERA JOSÉ
graves dessa prática dentro da fam ília. “ Décimo prim eiro filho de Jacó,
2. O ciúm e em m eio à preferência. e prim eiro filho com sua esposa fa
Jacó não m ediu as con seq u ên cias ao vorita, Raquel, depois que sua irm ã
presentear seu filho José com “ uma capa Leia já lhe havia dado seis filh o s e
de várias cores” numa clara atitude de uma filha. Estéril há muito tempo, e
preferência. Isso provocou ciúmes nos desejada de ter filhos, Raquel chamou
demais filhos, os quais entenderam que seu primeiro filho de José, em hebraico
o pai não lhes dava o devido valor. Ora, yosep ou yehosep, que significa ‘Que
José era o décimo primeiro filho de Jacó, Ele acrescente’; e como ela explica,
e quando os m ais velhos se sen tiram ‘O Senhor me acrescente outro filho’
alijados do amor do pai, encheram-se de (Gn 30.24).
fúria. Eles viam que esse traje especial José era o único filho de Raquel
sign ificava o favoritism o da parte do na ép oca do reto rn o da reg iã o de
pai e, por isso, “ aborreceram -no” (v.4). Harã à Palestina e tornou-se o filho
3. A inveja não perm ite com preen favorito de Jacó. Quando Jacó foi ao
der os d esígn ios de Deus. Além desse encontro de Esaú, colocou Raquel e
presente do pai a José, também havia os José no lugar m ais seguro da cara
sonhos de José que 0 colocavam sempre vana. Esse favoritism o é comentado
em superioridade em relação aos seus em Gênesis 37.3 como consequência
irmãos. O sonho dos molhos de trigo e o da idade avançada de seu pai. José
sonho dos corpos celestes que se incli era um p a sto r, a ssim com o seu s
navam diante de José (vv.5-9), quando irm ãos, e provocou sua hostilidade
contado para seus irmãos, fizeram com ao relatar ao pai inform ações sobre
que eles entendessem que José agia com a má conduta destes.
arrogância e despeito em relação a eles Jacó demonstrou sua parcialidade
e, por isso, 0 rejeitavam. Os sonhos ti dando ao filho um longo m anto or
nham um caráter profético, m as seus nado com m angas (literalm ente um
irm ãos entenderam como uma atitude manto especial). É possível que aquele
presunçosa da parte de José. Não podiam m anto tiv esse sido confeccion ad o
enxergar o que aconteceria alguns anos sobre encom enda, com um tecido
depois, quando José tornou-se gover colorido [...]. Esse presente indicava
nador do Egito (Gn 41.41-43). que Jacó p retend ia fa ze r de José o
seu principal herdeiro, e com isso,
acirrou a ira de seus irm ãos contra
ele (Gn 37-4 ).
SINOPSE I Na fogueira do ódio de seus irmãos
Jacó tin h a um fa v o ritism o por foi colocado m ais lenha quando José
seu filh o José. T al p rática p re relatou os dois sonhos que tivera, nos
ju d icou sua fa m ília e provocou quais o Senhor havia lhe m ostrado
d issen sã o en tre os irm ãos. que ele seria o chefe de todos eles. O
ciúm e dos irm ãos os levou a tom ar

O c iú m e é um a em o çã o que tem
uma atitude contra ele. Quando José
origem no egoísmo. É como uma infec
foi enviado para investigar as ativi
ção que se espalha no corpo doente. A
dades de seus irmãos, encontrou-os
inveja, o rancor e o ódio, geralm ente,
em Dotã junto aos rebanhos. O plano
têm no ciúm e 0 n asced ou ro, com o o
deles era m atar José (37.18,19), m as
sábio Salom ão declarou: “ [...] o ciúm e
foram im pedidos pelo irm ão m ais
desperta o furor [...]” (Pv 6.34). No Novo
velho, Rúben, que desejava protegê-lo
T estam ento, 0 apóstolo Paulo m ostra
de qualquer mal (vv. 22-24.).
que tu d o 0 que p ro v o ca co n ten d a e
Quando apareceu uma caravana
dissen ções tem com o origem a carne
de is m a e lita s -m id ia n ita s em sua
(1 Co 3.3). O ciúme é uma obra da carne.
rota de Gileade até o Egito, os irmãos
3. A extensão do ciúme. Na presente
conceberam a ideia de se livrar dele e
lição, an alisam os o ciúm e na relação
ainda com algum lucro. Venderam José
entre os irm ãos, m as ele está presente
aos m ercadores e, insensivelm ente,
em muitas outras relações. O ciúme pode
fizeram Jacó acreditar que ele havia
trazer problemas para a vida conjugal,
sido morto por animais ferozes; para
am izad es sin ceras e relacion am ento
isso trouxerem de volta 0 m anto de
profissional, etc. Geralm ente, onde o
José, embebido de sangue de um ca
ciúm e está presente existe m ais des-
brito” (Dicionário Bíblico W ycliffe.
prazer e desgosto do que felicidade. No
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.628).
ambiente onde o ciúme domina, sobram
desconfiança, insegurança, controle e
posse. Embora todas as pessoas tenham
II - O CIÚME COMO CAUSA
ciúme, pois trata-se de uma emoção hu
DE CONFLITOS mana, a linha entre o ciúme controlado
1. A túnica: o sím bolo do desprezo.
e 0 descontrolado é muito tênue.
A vestimenta tradicional do povo antigo
tinha, no m áxim o, duas cores, feita de
fios de linho grosso. A “ túnica colorida”
de José o colocava em posição de destaque SINOPSE II
em relação aos outros filhos (Gn 37.3). Isso Na fa m ília de Jacó p od em os
corroborava 0 sentimento de predileção co n sta ta r que o ciú m e é um a
de Jacó por José. O ciúme derivado dessa obra da carn e e, quando c u ltiv a
má atitude do patriarca promoveu tristes do, preju d ica m u ito os re la c io
consequências na fam ília de Jacó. n am en to s hu m an o s.
2. Ciúme: o agen te do con flito fa
m iliar. Os irm ãos de José sen tiam -se
ignorados pelo pai. Por outro lado, em
razão de desfrutar do favoritismo do pai, AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
José agiu com inexperiência, im aturi
dade e arrogância. Seus irmãos, com o AS CONSEQUÊNCIAS DO FAVO
orgulho ferido por causa da preferência RITISMO E DO CIÚME
paterna por José, não aceitavam sequer “Nos dias de José, todos possuíam
ouvir o filho preferido de Jacó. Por isso, uma túnica ou manto. As túnicas eram
encheram-se de rancor e ódio, desejando usadas para aquecer as pessoas, carre
até mesmo acabar com a vida do irmão.

gar pertences em uma viagem, enrolar 2 . 0 ciúm e entre os santos de Deus.
bebês, servir de assento ou até mesmo Se, de maneira geral, 0 ciúme obsessivo
para servir como seguro de um em su rge da p a rte de um dos côn ju ges,
préstimo. A maioria das túnicas ia até te rm in a n d o q u ase sem p re em v i o
os joelhos, possuía m angas curtas e lên cia, sep aração e ofen sas m útuas,
era apenas de uma cor. Em contraste, infelizmente, entre os santos de Deus, 0
a túnica de José era provavelmente do ciúme tam bém pode m inar as relações
tipo utilizado pela realeza — mangas de pessoas que outrora eram próximas.
longas, medindo até a altura dos tor Assim, por ciúmes, se calunia, difama e
nozelos e colorida. A túnica tornara-se ofende 0 irmão em Cristo ou um colega
símbolo do favoritismo de Jacó por José, de m in isté rio . Que o E sp írito Santo
o que agravou as relações já estrem e gu arde os n ossos corações, de m odo
cidas entre José e seus irmãos [...]. que p ro d u za m o s o fru to do am or, e
Poderia o ciúme fazer você sentir “ não sejam os cobiçosos de vangloria,
vontade de m atar alguém? Antes de provocando uns aos outros, tendo inveja
responder: ‘Claro que não’, veja o que uns dos ou tros” (G1 5.25).
aconteceu nessa história. Dez homens 3. Vencendo o ciúm e. Em prim eiro
estavam dispostos a matar o irmão mais lugar é preciso alim entar a mente com
jovem por causa de uma túnica e alguns as coisas de Deus (Fp 4.8). O que pen
sonhos divulgados. Seu profundo ciúme sam os e o que está em nosso coração
havia se tornado em ira, cegando-os determ inam as nossas ações (Pv 4.23).
completamente para o que era certo. Em segundo lugar, é muito im portante
Pode ser difícil reconhecer o ciúme saber se a emoção do ciúme está impac-
quando as nossas razões parecem ter tando e comprometendo a qualidade de
sentido, mas quando não o fazemos, o vida. Se a constatação for afirm ativa, é
ciúme cresce rapidamente e leva a sérios im portante procurar a ajuda pastoral
pecados. Quanto mais o sentimento de que, com base na Palavra, 0 aconselhará
inveja é cultivado, mais difícil se torna com sabedoria. E, finalmente, considere
livrar-se dele. O momento certo para com muita atenção o que o apóstolo Paulo
lidar com o ciúme é quando você se ensinou a respeito do amor: “ O amor é
apanha comparando-se com os outros” sofredor, é benigno; o amor não é inve
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio joso; 0 amor não trata com leviandade,
de Janeiro: CPAD, 2017, p.62). não se ensoberbece” (1 Co 13.4). A Palavra
de Deus ainda é o m elhor antídoto para
tratar as emoções negativas.
III - OS MALES DO CIÚME

1. O ciúm e pode cau sar tra g éd ia s
fam iliares. Não são poucas as notícias SINOPSE III
de tragédias conjugais em que o ciúme é O ciúme obsessivo quase sempre
a causa. Não são poucos os casos em que resulta em violência, separação
pessoas prejudicam as outras por causa do
e ofensas mútuas no casamento.
ciúme. Não foi diferente no tempo de Jesus,
Ele mina também as relações de
em que a casta sacerdotal ficou enciumada
amigos e irmãos.
e invejosa por causa da extensão do minis
tério terreno do nosso Salvador (Mc 15.10).

CONCLUSÃO O único m odo de deter 0 poder destru
O ard or e m o cio n a l d en o m in a d o tivo do ciúme é desenvolver 0 “ fruto do
“ciúme” deve ser impedido de prosseguir E spírito” (G1 5.22). Este desenvolve a
seu caminho de destruição moral, física nossa alm a para a prática das virtudes
e espiritual. O apóstolo Paulo aconse- cristãs e, ao mesmo tempo, enfraquece
lha-n os a que andem os dignam ente e as em oções humanas provenientes dos
evitemos contendas e ciúmes (Rm 13.13). vícios da alma.
A n o ta ç õ e s do P r o fe sso r
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1 . 0 que lemos em Gênesis 37.3?

“ E Israel amava a José m ais do que a todos os seus filhos, porque era filho da
sua velhice; e fez-lh e uma túnica de várias cores” (Gn 37.3).
2. Como os irm ãos de José entenderam os seus sonhos de caráter profético?
Os irm ãos de José entenderam os sonhos como uma atitude presunçosa da
parte de José.
3. Em que posição a túnica colorida colocava José?
A túnica colorida colocava José em posição de destaque em relação aos seus
irmãos.
4 . 0 que sobra num ambiente dominado pelo ciúme?
No ambiente onde 0 ciúme domina sobra desconfiança, insegurança, controle
e posse.
5. Qual é o m elhor antídoto para tratar as em oções negativas?
A Palavra de Deus é o m elhor antídoto para tratar as em oções negativas.

LIÇÃO 4
23 de Abril de 2023
ídolos na família
VERDADE PRATICA
TEXTO ÁUREO
A adoração a ídolos implica
‘Filhinhos, guardai-vos dos
priorizar tudo aquilo que se
ídolos. Am ém !” (1 Jo 5.21)
coloca no lugar de Deus.
V J
Segunda - 2 Tm 3.5 Quinta - Lv 19.4

Fique longe de pessoas assim Não se volte para
Terça - 1 Jo 2.15 os ídolos
Não am eis as coisas Sexta - Êx 20.3,4
do mundo Não farás nenhum ídolo
Quarta - Is 42.8 Sábado - Jn 2.8
0 Senhor não divide Cuidado com os que desprezam
a sua glória a m isericórdia
L __________________________

Gênesis 31.17-19,33-35; Juizes 17.1,3-5

Gênesis 31 porquanto tenho 0 costume das mulheres.
17 - Então, se levantou Jacó, pondo os seus E ele procurou, mas não achou os ídolos.
filhos e as suas mulheres sobre os camelos, Juizes 17
18 - e levou todo 0 seu gado e toda a sua í - E havia um homem da montanha de
fazenda que havia adquirido, 0 gado que Efraim cujo nome era Mica,
possuía, que alcançara em Padã-Arã, 3 - Assim, restituiu as mil e cem moe
para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã. das de prata à sua mãe; porém sua mãe
19 - E, havendo Labão ido a tosquiar as disse: Inteiramente tenho dedicado este
suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que dinheiro da minha mão ao Senhor para
seu pai tinha. meu filho, para fazer uma imagem de
33 - Então, entrou Labão na tenda de Jacó, escultura e de fundição; de sorte que
e na tenda de Leia, e na tenda de ambas agora to tornarei a dar.
as servas e não os achou; e, saindo da 4 - Porém ele restituiu aquele dinheiro
tenda de Leia, entrou na tenda de Raquel. a sua mãe, e sua mãe tomou duzentos
34. - Mas tinha tomado Raquel os ídolos, moedas de prata e as deu ao ourives, 0
e os tinha posto na albarda de um camelo, qual fez delas uma imagem de escultura
e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão e de fundição, e esteve em casa de Mica.
toda a tenda e não os achou. 5 - E tinha este homem, Mica, uma casa
35 ~E ela disse a seu pai: Não se acenda de deuses, e f e z um éfode e terafins, e
a ira nos olhos de meu senhor, que não consagrou a um de seus filhos, para que
posso levantar-me diante da tua face; lhe fosse por sacerdote.
Hinos Sugeridos: 41, 71,124 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO dos Juizes de Israel, quando 0 eframita

A fim de nos aprofundarm os do Mica fabricou ídolos e construiu para
tema desta lição, analisarem os duas eles um santuário em sua própria casa.
passagens bíblicas, nas quais os ídolos Por m eio desta lição, refletirem o s
estavam presentes e, até mesmo, se sobre as formas sutis como a idolatria
tornaram naturais no seio fam iliar pode se in stala r nos lares, abrindo
do povo de Deus. O prim eiro caso se espaço para outros pecados e causando
dá envolvendo 0 sogro e a esposa do grandes prejuízos às fam ílias.
p a triarca Jacó. Na ocasião, Raquel
furtou alguns ídolos de seu pai, Labão, 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
sentindo-se injustiçada e preocupada A) Objetivos da Lição: I) Apresentar
por não receb er dele herança. Já 0 o contexto no qual Raquel furtou os
segundo exemplo se passa no tempo ídolos de seu pai Labão; II) Explicar

o cen ário p o lític o -s o c ia l de Israel profissional; a busca pelo dinheiro;
quando Mica abraçou a idolatria; III) promoção da própria im agem (física
Alertar acerca dos perigos da idolatria e/ou simbólica); likes nas redes sociais
no seio fam iliar do povo de Deus. etc. O objetivo é que, ao longo de toda
B) Motivação: Como meros leitores aula, os alunos tenham em mente uma
dos exemplos explicitados, podemos perspectiva ampliada sobre a abran
a priori não nos id en tifica r com as gência e sentido da palavra idolatria.
fam ílias mencionadas. Afinal, o que
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
poderiam os ter em comum com tais
A) Aplicação: Como nação santa e
histó rias? Ao nos aprofu nd arm os,
sacerdócio real (l Pe 2.9), sobretudo
nos id en tifica rem o s com elas. Por
dentro de nossos lares, temos a missão
maior que seja a nossa fidelidade ao
de resistirm os firm es às ciladas do
Senhor, único Deus verdadeiro, ainda
Diabo, aos modelos atuais de idolatria.
somos humanos. Portanto, sujeitos as
Para isso, precisam os estar munidos
mesmas fraquezas de Raquel, quando
de toda arm adura de Deus (Ef 6.11),
sentindo-se injustiçada e preocupada
ensinando aos nossos filhos, não ape
com o futuro fin an ceiro de seu lar,
nas em palavras, mas principalmente
se d ispôs a fa ze r “ ju s tiç a ” com as
com as nossas atitudes.
próprias mãos; assim com o som os
sujeitos ao mesmo anseio de Mica, por 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
proteção ou alguma bênção material. E A) Revista Ensinador Cristão. Vale
ainda mais, estamos também sujeitos a pena conhecer essa revista que traz
a não enxergar tudo o que acontece reportagens, artigos, en trevistas e
em nossa própria casa, debaixo dos subsídios de apoio à Lições Bíblicas
nossos olhos, como foi para Jacó e a Adultos. Na edição 93, p.38, você en
m ãe de M ica (Gn 31.32b; Jz 17.2). Por contrará um subsídio especial para
conseguinte, essa lição é um im por esta lição.
tante alerta para com preenderm os B) A uxílios Especiais: Ao final do
que, o tem po e os costum es podem tópico, você encontrará auxílios que
mudar, assim como os seus “ ídolos”. darão suporte na preparação de sua
Contudo, os temores, fraquezas e con- aula: 1) O texto “Monoteísm o x Poli-
cupiscências hum anas perm anecem teísm o ”, que aprofunda o prim eiro
as mesmas. Por isso, precisamos vigiar tó p ico , p o n tu a as c a r a c te r ís tic a s
e orar (Mt 26.41), a fim de que nós, e a antigas e atuais da idolatria, frisando
nossa casa, não caiam os nos perigos 0 exemplo do próprio Cristo como mé
da idolatria contemporânea. todo para resistirmos a elas. 2) O texto
C) S u g e stã o de M étod o: A n tes “O Santuário Particular de Mica”, que
m esm o de in icia r o tem a da lição, destaca o segundo tópico, aprofunda
peça à classe que liste alguns “ ídolos” o contexto no qual o efram ita vivia,
da atualidade e anote-os no quadro: salientando 0 perigo a que se sujeitam
0 M aterialism o; a busca pelo poder; todos os que relativizam a autoridade
a b usca d esen frea d a pela carre ira absoluta das Escrituras.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO idólatra e possuía pequenos deuses no

Tem os, nesta lição, duas histórias interior de sua casa para os quais ele
d istin ta s que relatam a con vivên cia orava e pelos quais acreditava ser ajudado.
com a id o latria d en tro de casa. No Eram, na verdade, “ terafins” fabricados
prim eiro caso, tem os Raquel, a de madeira, pedra ou barro, cujas
mulher de Jacó, que sabia que im ag en s eram ven era d as e
seu m arido servia ao Deus adoradas como amuletos para
de seus pais, e que Ele era , proteção fam iliar e pessoal.
poderoso, in v isív e l e não | Quem os possuísse, também
precisava de ídolos de sua tin ha o direito à herança.
imagem. Entretanto, Raquel Quando Raquel percebeu que
achava-se insegura quanto ao seu pai não lhe daria herança
seu futuro. Sentindo-se injus alguma, ela furtou os ídolos dele
tiçada pelo seu pai, que não lhe deu (Gn 31.19). Ao chegar no acampamento
nenhuma herança, nem a ela, nem à sua de Jacó, Labão indagou-lhe a respeito dos
irmã Leia, resolveu furtar as pequenas seus ídolos e não os encontrou porque
estatuetas, ou ídolos de seu pai, que eram Raquel os escondera na “ albarda de um
os pequenos deuses dentro da casa de camelo” e se sentou sobre eles (Gn 31.34).
Labão. O segundo caso é o de Mica, um 3. Raquel u sa a m en tira para e s
eframita, que viveu no tempo dos juizes conder o ídolo. Raquel sen tou -se so
em Israel e que, unindo-se aos danitas, bre os ídolos para que Labão não os
fabricou ídolos e construiu um santuá encontrasse. Ela usou a justificativa de
rio para eles em sua casa. Nesta lição, que estava no período m enstruai para
verem os as consequências da idolatria não se levan tar de cim a do cam elo e,
dentro de uma casa. consequentem ente, para seu pai não
encontrar os ídolos ali (Gn 31-35)- Fica
claro que, embora Labão acusasse Jacó
I - OS ÍDOLOS ENCONTRADOS
de roubá-lo, foi sua filha Raquel que fur
NA TENDA DE RAQUEL
tou seus ídolos e, por isso, o enganou; e
1. A fuga de Jacó e sua fam ília para a
Labão não encontrou os seus ídolos. Esse
Terra Prometida. Depois de muitos anos
episódio gerou uma grande discussão
de trabalho para o seu sogro Labão, tendo
entre Jacó e o seu sogro (Gn 31.36).
prosperado muito, Jacó resolveu voltar à
terra de seus pais (Gn 31-3 ,4 )- Em função
dos ressentimentos que existiam entre
ele e seu sogro e, não vendo possibilidade SINOPSE I
de liberação para viver sua própria vida, Diante do en gan o de Labão contra
Jacó resolveu fugir das terras de Labão, Jacó, subtraindo b en s da herança
sem falar nada a ninguém . Quando foi
das próprias filh as, Raquel fu r
descoberta a sua fuga, Labão e seus filhos
tou os ídolos do pai e m entiu para
resolveram ir atrás dele para fa z ê -lo
acobertar sua ten tativa de fa zer
voltar (Gn 31.22,23).
“ ju stiça com as p róprias m ã o s”.
2. Labão d escobre o fu rto de seus
ídolos dom ésticos. Labão era hom em

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ m ãe viv ia com ele e era m uito rica. O
povo que vivia na região montanhosa de
MONOTEÍSMO X POLITEÍSMO Efraim tinha se corrompido por causa da
“ O m onoteísmo, a crença em um idolatria. Havia em Israel, de modo geral,
único Deus, era uma característica da um abandono total aos mandamentos da
religião hebraica. As antigas religiões lei de Moisés (Jz 8.27) em que o povo de
eram politeístas, ou seja, cultuavam Israel aderiu a um sincretismo religioso
muitos deuses. Mas o Deus de Abraão, que implicava uma apostasia total. Além
Isaque e Jacó é o Criador e Senhor de do abandono da lei do Senhor, as famílias
toda terra, o único e verdadeiro Deus. com eçaram a adotar esse sincretism o
Saber isto era importante para Israel, religioso dentro de suas próprias casas,
pois a nação estava prestes a entrar em adm itin do “ ídolos c a se iro s” para os
uma terra cujos habitantes criam em quais fa ziam culto e adoravam com o
muitos deuses. Tanto naquela época objetivo de obter favores m ateriais. Os
como hoje, existem os que preferem valores m orais e éticos foram abando
co lo ca r sua c o n fia n ça em m u itos nados e Mica era fruto dessa corrupção
“ d eu se s” d iferen tes. M as chegará moral. Por isso, não foi d ifícil para ele
o dia em que Deus será reconhecido roubar a própria mãe.
como o único. Ele será Rei sobre toda 2. A abom in ação de M ica (Jz 17.5).
a terra (Zc 14.9). Mica havia construído em sua casa um
[...] O Diabo ofereceu 0 m undo santuário para pequenos deuses, ou seja,
inteiro a Jesus, desde que Ele ‘apenas’ “ terafins”. A Escritura diz: “E tinha este
se ajoelhasse e o adorasse (Mt 4.8-10). homem, Mica, uma casa de deuses, e fez um
Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, éfode e terafins, e consagrou a um de seus
tentando envolver-nos pelo materia- filhos, para que lhe fosse por sacerdote”
lismo, na busca pelo poder. Podemos (v.5). Mica havia roubado a própria mãe,
resistir às tentações do mesmo modo sem que ela soubesse. Ele levou consigo
que Jesus fez. Se você almeja algo que 1.100 siclos de prata, equivalente a 13 quilos
0 mundo oferece, cite as palavras de do metal. Visto que sua mãe não sabia que
Jesus ao Diabo: ‘Ao Senhor, teu Deus era 0 seu próprio filho quem a furtara,
adorarás e só a Ele servirás” ’ (Bíblia ela lançava maldições sobre o ladrão (Jz
de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: 17.2). Temendo sofrer com a maldição da
CPAD, 1995 , PP- 240,1220). mãe, Mica foi à casa dela e confessou seu
pecado e a restituiu completamente todo 0
dinheiro: “Porém, ele restituiu aquele di
II - UM SANTUÁRIO DE DEUSES nheiro à sua mãe” (Jz 17.4). Sua mãe retirou
NA CASA DE MICA a maldição e tomou parte do dinheiro e o
1. deu ao ourives para que fizesse imagens
A id olatria e o caráter an tiético
de M ica (Jz 17.1-4). Apesar de um nome de escultura para a casa de Mica.
esp ecia l cujo sig n ifica d o é “ Quem é 3. Mica tinha uma casa de deuses (Jz
como o Senhor nosso Deus?”, Mica não 17.5,6). Pelo contexto bíblico, a fam ília
correspondia à importância do nome que de M ica era de judeus, m as, desviada
tinha porque não honrava a Deus em sua da fidelidade a Deus, servia aos falsos
vida. Ele tinha uma fam ília, embora o d eu ses rep resen tad os por pequenos
relato bíblico não cite a sua esposa; sua ídolos, chamados “terafins”. Mica e seus

fam iliares afirm avam estar servindo,
A r e s titu iç ã o p r o m o v id a po r
também, ao Deus de Israel. Entretanto,
M ica não foi por a rrep en d im en to
naquele período histórico do tempo dos
v o lu n tá rio , m as po rq u e sua m ãe
juizes, “ cada um fazia o que lhe parecia
lançara m aldições contra o ladrão,
c e r to ” (Jz 17.6). Por conta p róp ria, e
e um homem bastante supersticioso
depois de ter seus “ terafin s” em casa,
certam ente tem eria m anter para si
Mica resolveu, também, m andar fazer
um ganho obtido d esonestam ente
um “ éfode” que era utilizado somente
sob m a ld iç ã o . Em r e tr ib u iç ã o , a
pelo sum o-sacerdote israelita, e 0 en
mulher consagrou a prata ao Senhor
trega a seu filho, separando-o para ser
para fazer uma imagem de escultura
sacerdote na sua casa. Depois aparece
e de fundição, ou seja, um ídolo. Esta
um levita que não tinha onde m orar e
associação de idolatria com 0 nome
M ica o convida a v iv er em sua casa e
do Senhor é uma triste constatação
torn ar-se 0 sacerdote da fam ília, pelo
do alcance da corrupção prom ovi
Deus de Israel (Jz 17.9). Essa m istura de
da pela re lig iã o c an an eia sobre a
divindades fa lsas estava presente na
ad oração pura a D eus. A im agem
casa de Mica. Todos quantos chegassem
de fundição, um term o que tam bém
à sua casa encontrariam “ 0 deus” que
sig n ifica v a “ c o b e rtu ra ” , pode ter
desejassem invocar. Infelizm ente, um
sido um tipo de revestim en to com
homem da tribo de Efraim, que deveria
0 m esm o form ato do ídolo que ela
honrar o Deus de seu povo, que o libertou
guardava.
do Egito, agora se encontra comprome
A mãe separou 200 peças do mon
tido com ídolos de uma religião pagã.
tante recuperado e en tregou a um
ourives que fez a im agem e sua co
bertura. Mica fez um santuário com
SINOPSE II um éfod e (para ser usado por um
sacerdote enquanto estivesse dian
Im erso em u m p eríod o de a b a n
te do santuário) e terafins, e então
dono à Lei de D eus e sin cretism o
consagrou a um de seus filhos, para
re lig io so em Israel, M ica co m e
que lhe fosse por sacerdote...
te um a série de a b om in ações,
A a n a rq u ia c iv il e r e lig io s a é
en ra iza d a na id o latria e no p o -
exp licad a com base no fato de que
liteísm o pagão.
não h a v ia rei em Isra el n aq u eles
d ia s p a ra in s tr u ir 0 po vo. C om o
consequência, cada hom em fazia 0
AUXÍLIO TEOLÓGICO que achava certo. Este é 0 abismo no
qual qualquer pessoa mergulha mais
O SANTUÁRIO PARTICULAR DE cedo ou m ais tarde se abandonar os
MICA p rin cíp io s m o rais e a b so lu tos e a
“ Som os p rim eira m en te a p r e autoridade das E scritu ras” (MUL-
sentados a uma fam ília que vive no DER, C hester O. et al. C om en tário
território de Efraim, cujo filho Mica B íblico B eacon - Volume 2: Josué a
roubara 1.100 peças de prata de sua Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
mãe. [...] pp.146-47).

III - A IDOLATRIA DENTRO meios. Ela é um modo de com unicação
DOS LARES que deve ser usado com sabedoria. En
Em am b a s as h is tó r ia s c ita d a s , tretanto, não podemos ser manipulados
de R aquel e a de M ica, a cre n ç a em por ela, que fa z p a rte de um m undo
“ ídolos d om éstico s” indicava a forte tecnológico e intelectual no qual todos
in flu ê n c ia pagã em la res isra e lita s. vivem os. O que não podem os é fa zer
A p a r tir d esses d ois caso s b íb lico s, o u so a crítico d esses in stru m e n to s.
somos convidados a refletir a respeito Precisam os levar em conta o cuidado
da id olatria hoje. quanto ao perigo da “ concupiscência
1. Os íd olos d om éstico s dos te m da carn e, dos o lh o s e da sob erb a da
pos atuais. O apóstolo João enfrentou v id a ” (1 Jo 2.16,17).
em seu m in istério um problem a com 3. P r e c is a m o s r e a g ir c o n tr a os
“ ídolos c a se iro s” de fa m ília s cristãs in im ig o s da fa m ília . Jesus d isse em
que tin ham dificuldades em abando seu Serm ão da M ontanha: “ vó s sois
ná-los. Por isso, o apóstolo aconselhou: o sal da terra e, se o sal for insípido,
“ Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 com que se há de salgar?” (Mt 5.13). A
Jo 5 21). Para uma pessoa não crente em igreja é o sal da terra e, por isso, é a
Cristo, a vida cristã é irreal, já que o que única instituição da sociedade capaz de
se vive no mundo, viv e-se pelo que se evitar a corrupção dos nossos valores
vê e sente, e não pelo que a vida cristã m orais e espirituais. Para preservar a
exige. Ora, os ídolos são tem porários e fam ília, atacada pelo vírus infeccioso
do sistema mundano, é preciso quebrar
representam aquilo que é falso e vazio
porque são enganosos. Qualquer coisa “ os ídolos dom ésticos” que roubam 0
lugar de Deus na vida fam iliar.
pode se tornar um ídolo dentro de casa,
com o por exem plo: um em prego, um
carro, um dinheiro, um filho, um pai ou
uma mãe, um estilo de vida. Ora, como
SINOPSE III
id en tifica r id olatria dentro e fora de
casa? Tudo aquilo que requer lealdade P recisa m o s com bater os “ íd olos
e h o n ra a cim a de D eus se c o n s titu i d o m é stico s” dos tem p os atu ais,
idolatria. Paulo escreveu aos coríntios: a ssim com o a qu alqu er in flu ê n
“ o ídolo, nada é no m undo” (1 Co 8.4). cia p ag ã em n o sso s lares.
Por isso, é um perigo endeusar pessoas,
colocando-as na posição, ou acima, do
próprio Deus.
2. Id entifican d o os ídolos m od er CONCLUSÃO
nos dentro dos lares. A proliferação da P re c isa m o s in v e s tir na fa m ília ,
“ cultura da m íd ia” entrou em nossas criando barreiras espirituais e m orais
casas e, queiramos ou não, convivemos no seio dos lares para sa lva r n ossos
com ela no dia a dia. A m íd ia, por si filh o s e p r e p a r á -lo s p ara um a vid a
m esm a, é n eutra, pois é o m eio pelo cristã sadia, que glorifique a Deus. Por
qual serve à sociedade com o can al de isso, os ídolos da atualidade precisam
com unicação através do rádio, da te ser retirados do nosso m eio para que
levisão, da internet, dos sm artphones, não venham a roubar 0 lugar de Deus
da rede de com putadores e de outros em nossas vidas.

A n o ta ç õ e s do P ro fe sso r
1. Por que Raquel furtou os ídolos de seu pai?

Raquel furtou os ídolos de seu pai porque ele não lhe daria herança e naquela
cultura quem os possuísse, teria direito à mesma.
2. Mica roubou alguém de sua própria família. Quem foi essa pessoa?
Mica roubou a própria mãe.
3. Por que Mica devolveu todo 0 dinheiro à sua mãe?
Por temer sofrer com a maldição da mãe.
4 .0 que eram os “ terafins”?
Terafins eram ídolos fabricados de madeira, pedra ou barro, adorados como
amuletos para proteção familiar e pessoal.
5. Cite três exemplos de ídolos domésticos dos dias atuais.
Um carro, dinheiro ou um estilo de vida.
VOCABULÁRIO
Albardar: Aparelhar, vestir, colocar peça de
couro sobre 0 animal para 0 cavalheiro sentar-se.

M OTIM EM FAMÍLIA

“Fazei todas as coisas sem Das murmurações derivam as
murmurações nem contendas contendas. Por isso, devemos
(Fp 2.14) evitá-las em nossa família.
\ _________________________ ____________________________ )
Segunda - 1 Sm 15.23 Quinta - At 6.1

A rebelião é como 0 A murmuração nos
pecado de feitiçaria prim órdios da Igreja
Terça - 1 Co 10.10 Sexta - Fp 2.14
A murmuração faz Fazendo todas as
a fam ília perecer coisas sem m urmuração
Quarta - Sl 31.13 Sábado - 1 Co 3.3
A murmuração é Paulo repreendeu a
0 com bustível do conluio inveja entre os irm ãos
L ___________________ ____ A

N úm eros 11.1-7 ; 12.1-8

Números 11 M oisés, por causa da mulher cuxita,
1 - £ aconteceu que, queixando-se 0 povo, que tomara; porquanto tinha tomado
era mal aos ouvidos do Senhor; porque 0 a mulher cuxita.
Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e 0 2 - £ disseram: Porventura, falou 0 Senhor
fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu somente por Moisés? Não falou também
os que estavam na última parte do arraial. por nós? E 0 Senhor 0 ouviu.
2 - Então 0 povo clamou a Moisés, e 3 - £ era 0 varão Moisés mui manso,
Moisés orou ao Senhor, e ofogo se apagou. mais do que todos os homens que havia
3 - Pelo que chamou aquele lugar Taberá, sobre a terra.
porquanto ofogo do Senhor se acendera 4- £ logo 0 SENHOR disse a Moisés, e a
entre eles. Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da
4 - £ 0 vulgo, que estava no meio deles, congregação. E saíram eles três.
veio a ter grande desejo; pelo que os filhos 5 - Então, 0 SENHOR desceu na coluna
de Israel tornaram a chorar e disseram: de nuvem e se pôs à porta da tenda;
Quem nos dará carne a comer? depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles
5 - Lembramo-nos dos peixes que, no saíram ambos.
Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, 6 - E disse: Ouvi agora as minhas pa
e dos melões, e dos porros, e das cebolas, lavras; se entre vós houver profeta, eu, 0
6
e dos alhos. Senhor, em visão a ele me farei conhecer
- Mas agora a nossa alma se seca; coisa ou em sonhos falarei com ele.
nenhuma há senão este maná diante dos 7 - Não é assim com 0 meu servo Moisés,
nossos olhos.
7 -E e r a o maná como semente de coen-
tro, e a sua cor como a cor de bdélio.
8
que éfiel em toda a minha casa.
- Boca a boca falo com ele, e de vista, e
não por figuras; pois, ele vê a semelhança
Números 12 do Senhor; porque, pois, não tivestes temor
1 - £ falaram M iriã e Arão contra de falar contra 0 meu servo, contra Moisés?
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO principal m eio social humano, deve

A in su rreição de M iriã e Arão à ser um ambiente seguro de cooperação
lid eran ça de M oisés é um exem plo e valorização das potencialidades e
perfeito para aprofundar o estudo de papéis individuais. Entretanto, como as
algum as causas de desunião e con Escrituras nos mostram desde a Queda,
tendas na fam ília até os dias de hoje. a primeira fam ília já foi marcada por
Deus nos criou para a comunhão. Dessa uma inveja tão corrosiva que culminou
forma, a fam ília, como o prim eiro e em assassinato. Não por acaso, o Senhor

trata com tam anho rigor a m urm u- muração; insatisfação; insurreição,
ração de Miriã. Essa atitude foi usada ciúm e, in veja, m anso, h u m ild e e/
contra o casam ento de M oisés com ou qual m ais julgar pertinente para
uma m idianita, para atacar o irmão, am pliar e fixar o entendim ento dos
secretamente invejado. Por meio desse objetivos propostos.
estudo, vamos nos munir da sabedoria
para que tais m azelas não adoeçam
A) Aplicação: A falta de gratidão
nossos lares, como a contagiosa lepra
e insatisfação constante por m uitas
que acometeu a Miriã.
vezes são sintom as de um problema
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO oculto no interior do murmurador. Que
A) Objetivos da Lição: I) Apresen saibamos identificar as causas e con
tar as raízes e danos causados pela sequências desse mal, vigiando para
murmuração entre o povo de Deus; II) que o nosso lar seja um ambiente de
Identificar o real motivo que culminou paz, no qual cada papel desempenhado
a rebelião dos irm ãos contra Moisés; no seio da fam ília seja respeitado e
III) Conscientizar de que Deus honra apoiado m utuam ente, como tão sa
o líder manso e humilde, punindo os biamente o apóstolo Paulo aconselhou
que lhe intentam o mal. aos pais, filhos, esposas e m aridos,
B) M otivação: Como proteger a quanto aos deveres dom ésticos (Ef
nossa casa dos males impregnados em 5.22- 33; 6.1-4).
nossa cultura e sociedade, tais como: a 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
murmuração, inveja, disputa e rebe A) Revista Ensinador Cristão. Vale
lião? Quantas vezes, sem nem mesmo a pena conhecer essa revista que traz
perceberem, os pais instigam os filhos reportagens, artigos, en trevistas e
à rivalidade, utilizando a comparação subsídios de apoio à Lições Bíblicas
como: “Por que você não é obediente Adultos. Na edição 93, p. 38, você en
como o seu irm ão?” Por m eio desse contrará um subsídio especial para
estudo, propom os a anatom ia d es esta lição.
se clássico episódio fam iliar a fim de B) Auxílios Especiais: Ao final do
aprendermos a identificar e a combater tópico, você encontrará auxílios que
traços tão comuns à nossa cultura que, darão suporte na preparação de sua
se não vigiarm os, poderão entrar em aula: 1) O texto “ O Pecado de M iriã e
nossos lares, causando grandes mazelas Arão”, localizado ao final do primeiro
e rupturas familiares. tópico, aprofunda 0 contexto e a m oti
C) Sugestão de Método: Leve al vação por trás das críticas e insurreição
guns dicionários e distribua-os entre dos irmãos contra Moisés; 2) O texto
voluntários dispostos a ler em alta voz. “A inveja causa a rebelião”, localiza
No decorrer da aula, de acordo com do depois do segundo tópico, elenca
o tópico, peça que abram na página em blem áticos exem plos nos quais
correspondente (previamente marcada este terrível sentim ento corrom peu
por você para o tim iza r o tem po) e corações e continua no âmago de uma
leiam o significado de palavras-chaves in fin id ad e de problem as p essoais,
da lição, com o por exem plo: M u r fam iliares e sociais.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou

Nesta lição, estudarem os o m otim um juízo de fogo, destruindo um grupo
form ado por M iriã e Arão contra de israelitas que vivia reclamando.
a lid eran ça de M oisés. V ere O Senhor cham ou aquele lugar
m os que esse m otim foi em de “ T a b e rá ” que s ig n ific a
fa m ília , pois M oisés, M i “ q u eim ar” (Nm 11.1-3).
riã e Arão eram irm ãos. A I 3- A seg u n d a q u ei
presente lição nos exorta a I (Nm 11.4-7). Após ex p eri
respeito do cuidado com as m entar o juízo de fogo, no
murmurações e as contendas lugar de se hum ilhar diante
na fa m ília , que contribuem de Deus, o povo com eçou a
com a desarmonia fam iliar. Por murmurar contra o “ m aná” que
isso , ap ren d erem o s que é p ru d en te a cada manhã Deus enviava, e a lembrar
e v ita r as con ten d as fa m ilia re s para com saudades dos alim entos do Egito
que a paz e a harm on ia reinem entre (Nm 11.4-6). Facilm ente esq u eceu -se
os santos. de todas as privações experim entadas
com o e sc ra v o s no E gito. E sse povo
I - A INFLUÊNCIA NEGATIVA e sq u e c e u -s e ta m b ém dos m ila g re s
DAMURMURAÇÃO operados pelo Senhor, quando abriu o
1. A ssim n a sce um m otim . A p a M ar Verm elho, quando tran sform ou
la v r a “ m o tim ” r e f e r e - s e a os a to s a água am arga em água doce e outros
exp lícitos de desobediência ou a uma muitos milagres. A murmuração nos faz
reação n egativa contra as regras e as esquecer das boas coisas vivenciadas
ordens estab elecid as num grupo s o com Deus.
cial. É o que vem os em N úm eros l l e 4. A terceira queixa (Nm 12.1-3). No
12. Nesses capítulos há uma descrição capítulo 12, após todo um contexto de
de m urm urações que culm in aram na murmuração apresentado no capítulo ll,
reb elião fa m ilia r con tra a lid eran ça temos a rebelião de Miriã e Arão contra
de Moisés. Vejamos agora três queixas a liderança de Moisés. T rata-se de uma
que remontam a rebelião na fam ília do rebelião na fam ília de M oisés, Arão e
legislad or de Israel. Miriã. Em prim eiro lugar, M iriã e Arão
2. A p rim eira queixa. Israel havia não aceitavam o casam ento de Moisés
saído da região ao redor do Sinai, no com um a m ulher cu xita, que por não
qual havia relativa fertilid ad e para a ser de nenhum a fam ília hebreia, m as
produção de grãos e água. De repente, da descendência de Cam, filho de Noé,
depois de andarem para além do Sinai e teve m uita resistê n cia de aceitação,
depararem -se com o inóspito deserto, pois esse povo era consid erad o v il e
os israelitas com eçaram a reclam ar de desprezível. Porém, essa m urmuração
que Moisés os havia trazido para m or ia m ais longe. Por serem m ais velhos
rerem naquele lugar, quando poderiam que M oisés, M iriã e Arão queriam ter
ter ficado no Egito. Aquela m urm ura- um tratamento protagonista como o de
ção não só en tristeceu a M oisés, m as Moisés (Nm 12.2). A inveja na fam ília é
a Deus, que havia libertado o povo do um sentim ento perigoso.

Ora, o papel deles era de cooperar na
SINOPSE I liderança de M oisés. Esse q u estion a
Os episódios de m urm uração m ento diz m uita coisa: “ Porventura,
estão na origem do m otim pro falou o Senhor som ente por M oisés?
duzido p elos irm ãos de M oisés. Não falou também por nós?” (Nm 12.2).
Uma inveja in stalo u -se no coração de
M iriã e Arão, lev an d o -o s a um sen ti
m ento corrosivo, ad vind o do desejo
AUXÍLIO TEOLÓGICO de querer o lu gar do outro. Tudo isso
contra o próprio irm ão. Esse m esm o
O PECADO DE MIRIÃ E ARÃO sentim ento é m uito perigoso nos dias
“ P elo que d ed u zim o s, a m u r de hoje. Quando a inveja se instala no
m uração e a reclam ação eram in - cen tro da fa m ília , as con seq u ên cias
con troláveis, pouco im portando a podem ser trágicas.
severidade com que Deus as tratasse. 2. O m o tim f a m i l i a r p r o m o v e
Neste ponto, surgem nos escalões d issa b o re s e o fe n sa s. Em bora M iriã
m a is a lto s do a ca m p a m en to , em exercesse um papel im portante entre
M iriã, a profetisa (Êx 15.20), e Arão, o povo com o p ro fe tisa e con selh eira
0 sacerdote. A passagem é bastante (Êx 15.20,21), ela não poderia voltar-se
clara em m ostrar que foi Miriã quem contra M oisés. Embora Arão fosse um
in iciou a crítica e que Arão, com o sum o-sacerdote, ele não poderia arder
sempre, foi mero porta-voz. A crítica em ciúm e contra o seu próprio irmão.
que fizeram de M oisés era dupla: o In fe liz m e n te , essa atitu d e de M iriã
desgosto por ele escolher uma esposa e A rão in flu e n c io u o po vo c o n tra a
e a questão sobre porque Miriã e Arão liderança de M oisés. Deus haveria de
não deveríam ser reconhecidos, ao tratar com os dois irm ãos. Devem os,
lado de M oisés, como com petentes portanto, lem brar de que um dos s e
para receber as m ensagens de Deus” gredos para m anter a fa m ília esp iri
(MULDER, Chester O. et al. Comentá tu alm en te equilibrada é a prática do
rio Bíblico Beacon - Volume 1: Gênesis respeito m útuo entre os fam iliares.
a Deutoronômio. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p.347).
SINOPSE II
A inveja de Arão e M iriã obteve
II - O MOTIVO DA REBELIÃO
severo tratam ento do Senhor.
DE MIRIÃ E ARÃO
1. A inveja. Os dois alim entaram a
ideia de que a liderança de Israel teria
de ser com partilhad a com eles. M iriã
era um a p rofetisa e Arão, um su m o- AUXÍLIO TEOLÓGICO
-sa c e rd o te . Por isso , eles ju lg a ra m
ter a m esm a autoridade que M oisés, o A INVEJA CAUSA A REBELIÃO
irm ão m ais novo. Veja que a liderança “ Os irmãos de José tiveram inveja
era de Moisés, m as M iriã e Arão acha do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam
v a m -se no d ireito de lid erar 0 povo.

o papel de filh o favorito. Certo ou “ fraq u eza e co va rd ia ” , m as no e n si
errado, Jacó escolheu José para um nam ento bíblico, im plica capacidade
lugar especial na fam ília. Deus, por de exercer o autocontrole, o dom ínio
sua presciência, deu sonhos a José, de si mesmo. Assim , a mansidão é uma
que estav a sendo preparado, sem das q u alid ad es do Fruto do E spírito
saber, para sofrim en tos e triunfos (Gl 5.23). M oisés teve essa serenidade
futuros. para agir com firm eza sem se deixar
A inveja é geralm en te baseada arrebatar pela ira. Mesmo sabendo da
no tem or — medo de perder algo. A m urm uração e da sedição de M iriã e
inveja é sempre uma emoção egoís A rão con tra a sua lid eran ça, ele não
ta. Deus deu sonhos a José, e então teve atitude vin ga tiv a para com seus
seus irm ãos perderam o prestígio. irm ãos. Pelo contrário, orou para que
Quando Jacó presen teou José com Deus os p erd oasse. N esse sen tid o, a
uma túnica multicolorida, o orgulho m ansidão e a pacificação são virtudes
e a a u to estim a dos irm ã o s foram que a fa m ília cristã não pode d eixar
feridos, produzindo a necessidade de rogar a D eus e praticar. São duas
de re ta lia ç ã o . M uitos dos n o sso s virtudes indispensáveis ao equilíbrio
problem as são resultado direto de da fam ília cristã.
um coração invejoso. Devem os nos 2. O fa rd o de u m a lid e ra n ç a . No
observar cuidadosamente” (DORTH, capítulo 11 de Números, após a segunda
Richard W. O rgulho Fatal. l.ed. Rio queixa do povo de Israel, Moisés desa
de Janeiro: CPAD, 1996, pp.68,69,75). bafou com Deus a respeito do peso de
sua liderança com os hebreus (Nm ll.ll-
15). Houve um m om ento em sua vida,
em que o peso da lid eran ça 0 deixou
III - MOISÉS: UM HOMEM sem ânim o para con tin u a r a m issão
MANSO E HUMILDE de conduzir Israel à Terra Prom etida.
1. 0 Então, recebeu a orientação direta de
m ais m anso que havia na T er
ra. A Bíblia declara que M oisés era um Deus para separar 70 anciãos dentre
hom em hum ilde e m anso em atitudes os p rín cip es de Israel (Nm 11.16). Ao
(Nm 12.3). Ele não revidou a atitude de escolh er os 70 anciãos, 0 E spírito de
seus irm ãos. Sua m ansid ão era um a Deus repousou sobre eles e começaram
qualidade de caráter que 0 d istin gu ia a p rofetizar (Nm 11.25). Esse episódio
dentre outros hom ens. No Serm ão do rem on ta o c o n tex to da reb elião dos
M onte, Jesus disse: “ B em -aven tu ra dois irm ãos contra Moisés. Outrossim,
dos os m ansos, porque eles herdarão é uma bênção quando 0 Espírito Santo é
a te r r a ” (Mt 5.5). M ais à fre n te , no derramado sobre a fam ília; no lugar do
m esm o serm ão, n osso Senhor disse: ódio, há amor; no lugar do ciúm e e da
“ B em -aven turad os os pacificadores, inveja, há parceria e com unhão. Que o
porque eles serão cham ados filhos de Espírito Santo opere o caráter de Cristo
D eus” (Mt 5.9). Essas duas atitu d es, em nossa fam ília!
enfatizadas pelo nosso Senhor, estavam 3. A pu n ição de M iriã e A rão (Nm
presentes na liderança de M oisés para 12.4.-7). A r e b e liã o p ro v o c a d a p e la
com o povo de Deus. Na m entalidade in v e ja de M ir iã e de A rã o c o n tra a
m undana, ser m anso pode sign ificar liderança de M oisés acendeu a ira do

Senhor. Por isso, eles foram c o n v o Fruto do Espírito (G1 5.22-24). A vo n
cados, juntam en te com M oisés, para tade de Deus é que a paz e a harm onia
fo r a da te n d a (Nm 12.4). O S en h o r estejam sobre a fa m ília cristã, pois é
desceu na coluna de nuvem , um a d e o E spírito Santo que opera o caráter
m on stração de sua presença, e falou de Cristo na fam ília.
d iretam ente com os dois revoltosos,
m ostrando-lhes a sua soberania d ivi
na. Ele deixou claro que, com M oisés, SINOPSE III
diferentem ente do que fazia com eles,
M oisés é um exem plo de líder
fa la v a fa c e a fa c e , n ão p o r fig u r a .
fiel, m anso e hum ilde.
Por causa da gravidade do pecado de
M iriã em in stig a r seu irm ão, Arão, a
com pactuar com ela contra M oisés, a
punição foi im ediata contra ela. M iriã CONCLUSÃO
fic o u le p ro sa no m esm o in s ta n te e O m o tim le v a n ta d o p o r M ir iã e
foi separada do a rra ia l de Israel por A rão tin h a com o c a u sa a in v e ja da
sete dias (Nm 12.10,15). Assim , o texto autoridade delegada por Deus a Moisés.
m ostra que todo m otim no centro da Logo, as co n seq u ê n cia s de atitu d es
fa m ília tem c o n s e q u ê n c ia tr á g ic a . com o essas prod u zem gran d es p r e
Por isso, devem os ped ir sabed oria a ju ízos m orais e espirituais na fam ília.
D eus p ara a g ir em n o ssa fa m ília . É Por isso, o apóstolo Paulo acon selha
preciso evitar as fa lsa s acusações, as que a n d em o s no E sp írito p a ra que
palavras atravessadas, a destruição de as o b ra s da ca rn e n ão d o m in em as
reputação de fam iliares. Esse não é um nossas atitu d es (Gl 5.25,26). É tem po
com portam ento de quem m anifesta o de m uita prudência.
1. A que se refere a palavra “ m otim ”?

Refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra
as regras e as ordens estabelecidas num grupo social.
2. Segundo a lição, por que Miriã e Arão não aceitavam 0 casamento de Moisés
com uma m ulher cuxita?
Por ela ser descendente de Cão, povo considerado vil. Porém, o real m otivo
era ciúme, pois queriam ter o m esm o protagonism o de Moisés.
3 .0 que acontece quando o sentim ento do ciúme se instala na fam ília?
Consequências trágicas.
4 . 0 que a Bíblia declara a respeito de Moisés?
Que Moisés era um homem hum ilde e m anso em atitudes (Nm 12.3).
5. Dentre muitos com portam entos, quais precisam os evitar na fam ília?
O ciúme, o m otim e as obras da carne (Gl 5.25,26).

FILHOS REBELDES
\ r~
VERDADE PRÁTICA
TEXTO ÁUREO
O modo de criar e educar tem
“ Vós, filhos, obedecei em tudo impacto no comportamento de
a vossos pais, porque isto é nossos filhos no mundo, mas
agradável ao S e n h o r ( C l 3.20) não anula a responsabilidade
individual das escolhas deles.
V y
Segunda - Cl 3.21; Ef 6.4 Quinta - 2 Co 12.14

0 papel dos pais na A responsabilidade dos
educação dos filhos pais para com os filhos
Terça - 2 Tm 3*16,17 Sexta - 1 Pe 5.8
A Bíblia como fundam ento da É preciso ser sóbrio e vigilante
educação dos filhos contra as arm adilhas
Quarta - 1 Sm 15.22,23 do Diabo
A obediência como Sábado - Nm 6.13-21
virtude dos filhos Uma descrição do nazireado
L __________________________

Juizes 13.1-7,24; 14.1-3

Juizes 13 7 - Porém disse-me: Eis que conceberás
1 - £ os filhos de Israel tornaram afazer e terás um filho, agora, pois, não bebas
0 que parecia mal aos olhos do Senhor, e vinho nem bebida forte e não comas coisa
0 Senhor os entregou na mão dosfilisteus imunda; porque 0 menino será nazireu
por quarenta anos. de Deus, desde 0 ventre até 0 dia da sua
2 - E havia um homem de Zorá, da tribo morte.
de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher 24 - Depois, teve esta mulher um filho e
era estéril e não tinha filhos. chamou 0 seu nome Sansão; e 0 menino
3 - E 0 Anjo do Senhor apareceu a esta cresceu e 0 Senhor 0 abençoou.
mulher e disse-lhe: Eis que, agora, é Juizes 14
estéril e nunca tens concebido; porém 1 - £ desceu Sansão a Timna; e vendo
conceberás e terás um filho. em Timna a uma mulher das filhas dos
4 - Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho filisteus,
ou bebida forte, nem comas coisa imunda. 2 - subiu, e declarou-o a seu pai e a sua
5 - Porque eis que tu conceberás e terás mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna,
um filho sobre cuja cabeça não passará das filhas dosfilisteus; agora, pois, to-
navalha; porquanto 0 menino será nazireu mai-ma por mulher.
de Deus desde 0 ventre e ele começará a 3 - Porém, seu pai e sua mãe lhe disseram:
livrar Israel da mão dosfilisteus. Não há porventura, mulher entre as filhas
6 - Então a mulher entrou e falou a seu de teus irmãos, nem entre todo 0 meu
marido, dizendo: Um homem de Deus veio povo, para que tu vás tomar mulher dos
a mim, cuja vista de um anjo de Deus, filisteus, daqueles incircuncisos? E disse
terribilíssima; e não lhe perguntei de Sansão a seu pai: Tomai-me esta, porque
onde era, nem ele me disse o seu nome. ela agrada aos meus olhos.
PLAN O DE A U L A
1. INTRODUÇÃO a despeito do com prom etim ento de

Nesta lição vamos estudar a criação seus pais em c riá -lo nos cam inhos
de Sansão a fim de extrair importantes do Senhor para cumprir a importante
liçõ es sobre a educação dos filh os. missão de libertar o seu povo, Sansão
Em bora v iv esse m num período de usou seu livre-arbítrio para quebrar
desvio espiritual coletivo e de décadas alguns desses ensinos.
de jugo, Manoá e sua esposa seguiram Ao longo desta aula, vam os com
as orientações do Anjo do Senhor com preender que, a n ossa fid elid ad e a
zelo e temor. Assim, Sansão nasceu e Deus, ainda que seja v a lio sa com o
cresceu nazireu, sendo muito abençoa exemplo aos nossos filhos, não é here
do por Deus. Contudo, como sabemos, ditária e nem compulsória. Como pais,

temos a responsabilidade de sem ear por um momento e lem brem -se de si
a Palavra do Senhor, ensinando aos mesmos mais jovens, por volta da ado
nossos filhos no caminho que se deve lescência, por exemplo. Em seguida,
andar (Cf. Pv 22.6). Contudo, cientes peça que também se recordem de seus
de que a consequência dessa criação pais ou responsáveis nesse período:
foge ao nosso controle, ela não escapa O que m ais os recom en davam , um
da soberania do Todo-Poderoso. Não exemplo, lição ou lembrança marcante
obstante, o últim o juiz de Israel ter com eles. Por fim, peça que lembrem
feito m ás escolhas, por fim , houve de algo que só vieram a compreender
um quebrantamento e retorno às pre após a vid a adulta ou m esm o após
ciosas lições deixadas por seus pais, terem filhos. Encerre esse momento
cumprindo assim 0 desígnio divino. com um a sin gela oração, pedindo
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO que o E spírito Santo dê a cada um
A) Objetivos da Lição: I) Apresen a sabedoria necessária para fa zer o
tar o contexto pecam inoso de Israel m elhor por seus filhos, não desani
e a fidelidade dos pais de Sansão ao mando diante das escolhas infelizes
Senhor; II) Identificar o com prom e de algu n s deles. Reforce que, sob o
tim en to dos p ais de Sansão com a nosso controle está apenas a decisão
sua form ação m oral e espiritual sob sobre o que en sin ar enquanto eles
a bênção divina; III) C on scien tizar estiverem vivendo a menoridade. Já
de que a conduta falha de Sansão na o que farão com ta l ensino na vida
vida adulta, assim como as suas con adulta é de responsabilidade deles,
sequências, foi de responsabilidade p rim eiram en te, d ian te de Deus e,
pessoal e intrasferível, fruto de seu depois, diante dos homens.
livre-arbítrio, nem sempre seguindo 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
a educação recebida. A) A p lica çã o : Ao fin a l do ú lti
B) M otivação: Vivem os sob uma mo tópico, reforce a im portância de
cultura de banalização da culpa pa- en sin arm os a P alavra de Deus aos
rental, como se o desenvolvimento do nossos filhos, sobretudo, pratican-
caráter de um ser humano dependesse d o-a na intim idade do lar. E stim u
única e exclusivamente de sua criação. le-o s a crerem na força da poderosa
Como se eq uilib rar en tre a m issão M ensagem do Evangelho e de seus
divina de criar filhos nos cam inhos
exem p los tran sm itid o s na criação
de Deus e o excesso de inform ações,
de seus filhos. Conforte aos que não
desafios culturais, diferentes pers
tiveram a oportunidade de conhecer
p e ctiv a s de ed ucação e tudo m ais
o Senhor antes e aos que sentem que
que influencia na formação ética dos
é tarde dem ais para os seus filhos,
nossos filhos? Como não desanim ar
lem brando-os de que a oração, p a
diante da imprevisibilidade de nosso
ciência e amor operam m ilagres em
empenho e esforços na criação deles?
Cristo (Cf. 1 Co 13.13; Tg 5.16).
Por meio deste estudo, vam os refletir
sobre essas im portantes questões. 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
C) Sugestão de Método: Peça que A) Revista Ensinador Cristão. Vale
todos em classe fiquem em silêncio a pena conhecer essa revista que traz

reportagens, artigos, en trevistas e em educar o filho segundo a vontade
subsídios de apoio à Lições Bíblicas divina, ao crescer, o últim o Juiz de
Adultos. Na edição 93 , P- 39 , você en Israel se desviou da educação recebida.
contrará um subsídio especial para Tal exem plo fornece um consolo aos
esta lição. pais que se sentem culpados quando
B) os filhos optam por não seguir a Jesus;
A uxílios Especiais: Ao final do
tópico, você encontrará auxílios que 2) O texto “ Não se apavore, a colheita
darão suporte na preparação de sua ainda não se perdeu”, localizado no
aula: 1) O texto “A criação de Sansão”, terceiro tópico da lição, explica que, a
localizado ao final do segundo tópico, crise de fé dos nossos filhos pode ser na
en dossa que, a d esp eito das p re o verdade o caminho para uma genuína
cupações de M anoá e de sua esposa e intransferível aliança com Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO tem iam a Deus e procuravam guardar

A história da família de Sansão se dá seus mandam entos. Entretanto, havia
num contexto de pressão social, escassez um casal fiel ao Eterno, que recebeu uma
e sofrimento impostos pelos filisteus visita do Anjo do Senhor.
sobre os israelitas, por volta do 2. A mulher agraciada.
século XI a.C. O filho de Manoá era formado por um homem
nasceu por um desígnio de cham ado M anuá, da tribo
Deus no tem po dos juizes, de Dã, e sua esposa, que era
sendo o 12° e o últim o juiz estéril (Jz 13.2). Foi para essa
em Israel. Apesar de ele ter m ulher que o Anjo do Se
nascido para cumprir um de nhor apareceu, dizendo: “Eis
sígnio divino, na defesa de Israel, que, agora, és estéril e nunca
tinha um temperamento irascível e tens concebido; porém conceberás
rebelde. É possível constatar isso ao longo e terás um filho” (Jz 13.3). Dessa forma, a
de sua vida pessoal de acordo com a Bíblia. mulher de Manoá surge no cenário do li
Na presente lição, veremos que os pais de vro de Juizes, escolhida pelo Senhor para
Sansão foram zelosos em sua educação, ser mãe do “remidor de Israel”. Sua histó
mas seu filho tornou-se rebelde. ria é semelhante à de Sara, Rebeca e Ana,
que tiveram a esterilidade revertida para
I - OS PAIS DE SANSÃO gerar vidas que desem penhariam uma
1. Uma situ a ção e sp iritu a lm e n te função importante para a glória de Deus.
deplorável. O capítulo 13 de Juizes mostra Sob uma fé inabalável, a mulher de Manoá,
que “os filhos de Israel tornaram a fazer devido ao favor gracioso de Deus, geraria
0 que parecia mal aos olhos do Senhor” um filho que libertaria 0 povo judeu do
(v.i). Por isso, Deus entregou Israel na jugo dos filisteus.
mão dos filisteus por 40 anos (Jz 13.1). 3. Recebendo orientações divinas. O
Era um contexto em que o povo vivia na Anjo do Senhor deu orientações bem pre
prática do pecado, onde poucas famílias cisas a respeito da criança que iria nascer.

Isso porque Sansão seria um nazireu desde insistentem ente pedindo orientação de
como criar a criança; c) os dois estavam
o ventre materno (Jz 13.5), ou seja, ele seria
um homem separado e consagrado para juntos e contem plaram a visão do anjo
cumprir um desígnio de Deus (Nm 6.13-21). subindo em meio às chamas do altar (Jz
Cabia aos seus pais ensiná-lo e orientá-lo 13.6,8,9,11,20). Nesse aspecto, podemos
quanto aos requisitos do nazireado. Sansão perceber que o relacionam ento entre
não poderia beber vinho ou qualquer outra esp oso e esp osa tem im pacto d ireto
bebida considerada forte; não poderia na form ação dos filh os. C ertam ente,
comer coisa considerada imunda (Jz 13.4.); Sansão cresceu em um lar cuja relação
não poderia ter os cabelos cortados e, fi baseava-se em amor, comunhão e pie
nalmente, não poderia tocar em cadáver ou dade a Deus.
quaisquer outras coisas que representassem 3. A formação de Sansão. Pela citação
uma quebra de voto de nazireu. da trajetória de fé de seus pais, podemos
inferir que Manoá e sua esposa criaram
Sansão de acordo com as orientações
recebidas pelo Anjo do Senhor. Na vida
SINOPSE I adulta, podem os ver que Sansão o b
O Senhor escolheu M anoá e sua servava o protocolo do nazireado (Nm
esp o sa para serem p ais do “ re- 6.1-7), vindo a violá-lo progressivamente
m idor de Israel”. m ais tarde. M as seus pais fize ra m a
p a rte d eles, ed u c a n d o -o seg u n d o a
orientação divina recebida. Além disso,
eles cum priam os papéis esperados de
II - O NASCIMENTO DE SANSÃO pais para aquele contexto. Infelizmente,
E SUA FORMAÇÃO verem os que Sansão teve fraqueza de
1. O nascim ento e desenvolvim ento caráter e não honrou o voto de nazireu
de Sansão. Conforme a promessa, San para com o Senhor. O que m ostra que
são nasceu de uma m ulher estéril. Ele há pais zelosos que ensinam seus filhos
cresceu debaixo da bênção do Senhor (Jz no cam inho em que devem andar, mas,
13.24) . Tanto era assim , que o Espírito infelizm ente, algum as vezes, os filhos
Santo o dirigia para o cam po de Dã (Jz escolhem o cam inho oposto. Por isso, a
13.25) . Não havia dúvida de que a vida de partir de uma certa idade, a responsa
Sansão estava sob a vontade soberana de bilidade diante de Deus é individual (Ez
Deus. Ela foi proveniente de um grande 18.20; Rm 2.6). Outrossim, por exemplo,
m ilagre executado pelo A ltíssim o na Caim e Abel tiveram a mesma formação,
vida de sua mãe. mas com portam entos com pletam ente
2. A fa m ília de Sansão. O m enino distintos (Gn 4.1-5).
Sansão, no plano terreno, estava sob a
responsabilidade de seus pais. Embora 0
texto bíblico não traga muitos detalhes
do relacionam ento dos pais de Sansão, SINOPSE II
podemos inferir que Manoá e sua esposa Os p ais de San são foram fiéis à s
tinham uma vida conjugal de confian orientações do Senhor sobre a
ça e profunda piedade: a) a esposa de criação e nazireado do filho.
Manoá compartilhou diretamente com
ele a respeito do Anjo; b) M anoá orou

AUXÍLIO DEVOCIONAL III - A FRAQUEZA DE CARATER
DE SANSÃO
A CRIAÇÃO DE SANSÃO 1. San são su b estim o u o poder do
“ Sansão é uma das poucas pessoas in im ig o . Sansão sabia da unção que
nas E scrituras cujo nascim ento foi estava sobre a sua vida para vencer seus
anunciado a seus pais. Ele compartilha in im igos. Certa feita, ele foi cercado
esta honra com Isaque, João Batista, por m ais de m il soldados filisteu s a r
e Jesus. Os pais de Sansão eram is mados, mas Sansão os matou com uma
raelitas devotos que acreditaram na queixada de jumento (Jz 15.15,16). Entre
predição e ped iram que Deus lhes muitas proezas, ele encontrou um leão
m o stra sse com o d eviam criar seu nas vinhas de Tim na, 0 qual rasgou-o
filho. A sua oração foi atendida. Sansão como quem rasga um cabrito porque 0
devia ser criado como um nazireu — Espírito do Senhor veio sobre o juiz de
uma pessoa que devia ser consagrada Isral para m atar esse filho de leão (Jz
a Deus (veja Nm 6.1-8). Os nazireus 14.5,6). Assim , Sansão foi acostum an
não bebiam vinho, não cortavam seus d o-se com a vitória sobre os inim igos
cabelos, e deviam cum prir algum as até que mais tarde ele seria vítim a dessa
outras exigências. subestimação (Jz 16.18-22). Não por acaso,
É surpreendente que o autor não o apóstolo Pedro alerta a igreja a respeito
e x p re s se suas id éia s, n esta e em das artimanhas do Diabo: “ Sede sóbrios,
outras h istó rias do livro de Juizes. vigiai, porque o diabo, vosso adversário,
Ele sim plesm ente conta a história, anda em derredor, bramando como leão,
sem m oralizar nem comentar. Mas buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
as h istó ria s falam por si m esm as, Infelizmente, muitos filhos subestimam
particularm ente no caso de Sansão. as circunstâncias que rondam suas vidas
Diferentemente de Jefté, Sansão tinha e ignoram a experiência dos pais.
pais devotos e amorosos. Ainda quando 2. A presunção de Sansão. Visto que o
era adolescente, ‘o Espírito do Senhor o Espírito do Senhor o capacitou a realizar
começou a impelir’ (Jz 13.25). Os muitos grandes proezas que o homem comum
defeitos de Sansão dificilmente podem não realizaria, Sansão não percebeu que
ser atribuídos aos seus pais, ou a Deus. tinha um terrível inimigo: 0 seu próprio
Que consolo para os pais cristãos devo ego. Este 0 levou a subestimar a presença
tos cujos filhos não optaram por seguir de Deus em sua vida. Sua força vinha de
a Jesus. Cada mãe ou pai atormentado, Deus, mas ele agia como se viesse dele
que olha para trás e se pergunta, ‘O mesmo e, por causa disso, passou a anular
que foi que eu fiz?’ ou ‘O que foi que a glória de Deus. Sua atitude rebelde e
eu deixei de fazer?’ pode encontrar presunçosa o levou a não dar 0 primeiro
consolo na história de Sansão. Os pais lugar para 0 Senhor, passando a buscar 0
de Sansão não falharam. As deficiên prazer, a ociosidade e a luxúria (Jz 14.1; Jz
cias que posteriormente destruíram 16.1). É muito triste quando os filhos não
Sansão estavam no próprio Sansão” conseguem m ais ver a benevolência do
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário Senhor. Todavia, os pais devem continuar
Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: fiéis a Ele, sendo como faróis que encora
CPAD, 2013, p.155). jam os filhos rebeldes a se reconciliarem
com Deus (Lc 15.11-32).

3. M a n ip u lan d o o pod er de D eusquestionar a identidade que receberam
e brincando com o pecado. Em Juizes de você. É normal os adolescentes serem
16.16-18, a Bíblia descreve como Sansão influenciados pelo meio e amigos. E, pelo
tratava as coisas espirituais. Ele entrou fato de seus corpos estarem crescendo
num terreno perigoso, “brincando” com e mudando, a maioria é acometida por
a coisa santa. Ele obteve uma ideia falsa preguiça; até os melhores filhos podem
do poder de Deus. Iludido, pensava que ficar m al-hum orados e debochados
poderia viver de qualquer maneira, pois de vez em quando. Mas o mero fato de
estava certo de que 0 poder divino não lhe essas coisas serem normais não anula
faltaria. Geralmente quem brinca com as a verdade de que eles estão errados e,
coisas espirituais também passa a brincar caso persistam no erro, você precisa
com o pecado (Jz 16.1). Ele afrontou os ser mais alerta.
conselhos de seus pais para se envolver [...] Muitos jovens criados em lares
com uma m ulher estrangeira (Jz 16.4X cristãos acabam questionando a fé. Eles
Deixou-se dominar pelas paixões car desejam saber se são cristãos porque o
nais e passageiras. Infelizmente, alguns Cristianismo é a verdade ou por padrão
filhos de nossos arraiais passam a fazer as familiar. Eles veem que há um mundo
mesmas escolhas de Sansão. Nesse caso, cheio de pessoas que sinceram ente
os pais devem fazer o que se espera que têm outras crenças. Constatam que
eles façam: Educar os filhos no caminho algumas dessas pessoas são bondosas e
do Senhor (Pv 22.6). Entretanto, saiba que inteligentes, e esse fato pode levá-los a
as escolhas de seus filhos serão de inteira questionar se 0 Cristianismo é a verdade
responsabilidade deles, quer para justi absoluta. Não fique chocado se isso
ficá-los quer para condená-los (Ec 11.9). acontecer com o seu filho. A salvação
tem de ser confirmada no coração de
cada indivíduo; ela não é transferida
SINOPSE III meramente por laços de fam ília. Tal
A s m á s e sc o lh a s de S an são r e questionamento pode ser, portanto,
v e la ra m m a is do seu ca rá ter do uma bênção para o seu filho, porque no
que da sua cria çã o. final das contas pode resultar em uma
reafirmação saudável do Evangelho”
(FITZPATRICK, Elyse; NEWHEISER, Jim.
Quando Filhos Bons Fazem Escolhas
AUXÍLIO Ruins. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.76).
VIDA CRISTÃ
NÃO SE APAVORE, A COLHEITA CONCLUSÃO

AINDA NÃO SE PERDEU! A presente lição não teve o objetivo
“ Por ter visto um ou m ais desses de explorar toda a história de Sansão,
sin ais de advertência, não conclua m as de en fatizar a sua cham ada d ivi
que seu filho está perdido. Quando os na, sua form ação e 0 desvio de caráter.
filhos entram na adolescência e na ju Vim os que, m uitas vezes, os pais são
ventude é muito normal se esforçarem zelosos em criar seus filhos no caminho
para estabelecer a própria identidade e do Senhor, mas, infelizm ente, quando
alguns deles atingem certa idade, pas

sam a ser rebeldes contra o Senhor e os o quanto equivocados espiritualm ente
próprios pais. N osso propósito é que eles estão; orando sem pre, para que
os p ais con tin uem a ser fa ró is com o eles voltem ao cam inho de ju stiça do
luzeiros que revelam aos filhos rebeldes Deus Altíssim o.
1 . 0 que o capítulo 13 de Juizes mostra?

M ostra que os filhos de Israel tornaram a fazer o m al aos olhos do Senhor,
que os entregou nas mãos dos filisteus por 40 anos.
2. Cite pelo menos duas orientações do Anjo do Senhor à mãe de Sansão.
Sansão não podia beber vinho; comer coisa considerada imunda ou cortar os cabelos.
3. Segundo a lição, o que podemos inferir pelo texto bíblico?
Que Manoá e sua esposa criaram Sansão de acordo com as orientações rece
bidas pelo Anjo do Senhor.
4 .0 que não podemos subestim ar, segundo a lição?
Não podem os subestim ar a presença de Deus em n ossa vida por causa do
nosso próprio ego.
5. Segundo a lição, o que acontece com quem brinca com as coisas espirituais?
Geralm ente quem brinca com as coisas espirituais tam bém passa a brincar
com o pecado (Jz 16.1).
L E IT U R A S P A R A A P R O F U N D A R
Quando Filhos bons

fazem Escolhas Ruins Como Ser um Herói
Todos os pais, que temem a Deus, para seus Filhos
sonham com os filhos crescendo Nesta obra você descobrirá
e vivendo na presença do Senhor, que ser um herói é prático,
formando uma família cristã fiel. gratificante e, até mesmo,
Mas quando um filho se afasta da divertido. Aprenderá que tudo
verdade, desejamos saber a causa o que você precisa é amor,
da rebelião. Será que erramos? motivação e um plano viável.

0 RELACIONAMENTO
EN TRE NORA E SOGRA
" \ f
TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute: Não me instes VERDADE PRÁTICA
para que te deixe e me afaste de ti;
A fé cristã exalta o amor familiar
porque, aonde quer que tu fores,
e, mais especificamente, o
irei eu e, onde quer que pousares
respeito e a honra entre nora e
à noite, ali pousarei eu; o teu povo
sogra, bem como genro e sogro.
é o meu povo, o teu Deus é o meu
Deus.v (Rt 1.16)
____________________________ )
Segunda - Lv 26.18-20 Quinta - Hc 2.4; Rm 1.17

A disciplina de Deus para com 0 Na fam ília é preciso viver pela fé
seu povo Sexta - 2 Co 8.9
Terça - Rm 8.28 A pobreza nos legou
Os acontecim entos contribuem riquezas gloriosas
para 0 bem Sábado - Mt 13 -6
Quarta - Rm 831 Rute encontra-se na
Deus está a favor do seu povo genealogia de Jesus
L _________________________________________________________ Â

Rute 1.1- 5,8,12-14

1 - E sucedeu que nos dias em que os juizes 8 - E disse Noemi às suas duas noras:
julgavam, houve uma fome na terra; pelo Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe;
que um homem de Belém de Judá saiu a e o Senhor use de benevolência, como
peregrinar nos campos deMoabe, ele, e usastes com os falecidos e comigo.
sua mulher, e seus dois filhos. 12 - Tornai, filh a s minhas, ide-vos
2-E era o nome deste homemElimeleque, embora, que já mui velha sou para ter
e o nome de sua mulher, Noemi, e os no marido; ainda quando eu dissesse: Tenho
mes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, esperança, ou ainda que esta noite tivesse
efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos marido, e ainda tivesse filhos,
campos de Moabe e ficaram ali. 13 - esperá-los-íeis até que viessem a
3 - E morreu Elimeleque, marido de ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem
Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, tomardes marido? Não, filhas minhas,
4 - Os quais tomaram para si mulheres que mais amargo é a mim do que a vós
moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome mesmas; porquanto a mão do Senhor se
da outra, Rute; eficaram ali quase dez anos. descarregou contra mim.
5 - E morreram também ambos, Malom e 14 - Então, levantaram a sua voz e tor
Quiliom, ficando assim esta mulher desam naram a chorar; E Orfa beijou a sua sogra;
parada dos seus doisfilhos e de seu marido. porém Rute se apegou a ela.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO pode ser como a de uma segunda mãe,

D ian te do e s tig m a c u ltu ra l do enquanto para outros, no entanto,
relacion am en to com as so g ra s em pode representar algo problem ático
n osso país, com um ente m otivo de e até pesaroso. Conduza a sua classe a
piada m esm o entre os evan gélicos, refletir sobre que fatores estabelecem
pode soar inusitado que uma das his essa dinâmica e, independentemente
tórias mais belas de companheirismo de como seja tal relação, que lições
das Escrituras se dê justamente entre podem os extrair para as nossas v i
Rute e sua sogra Noemi. Essa lição das desse que é um dos m ais lindos
to rn a-se , portanto, uma excelen te exem p los de bom relacion am en to
oportunidade para repensarmos esses entre nora e sogra da história.
paradigmas e os dilemas familiares em 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
torno dessa relação de parentesco tão A) O b jetivo s da Lição: I) A p re
emblemática. Procure compreender o sentar o contexto de crise socioeco-
contexto diverso entre os seus alunos, nôm ica na Judeia, somado ao drama
já que para muitos a figura da sogra fam iliar causado pelo luto de Noemi

e Rute; II) Identificar que a união de quem m ais am am os. Honrar sogras
fé entre nora e sogra foram cruciais (e noras) é, portanto, uma form a de
para a superação das adversidades demonstrar gratidão a Deus e zelo pela
inerentes à vida; III) R efletir sobre fam ília inteira que Ele nos concedeu.
como, ao honrar sua sogra, Rute g e E, assim como nos m ostra o exemplo
rou bons frutos para toda a fam ília, de Rute e Noemi, Deus honra a quem
repercutindo até mesmo na linhagem sabe honrar.
do Messias; IV) Enfatizar as bênçãos
3 . CONCLUSÃO DA LIÇÃO
de Deus a partir do relacionam ento
A) Aplicação: Como sabemos, em
entre nora e sogra.
bora fiéis ao Senhor, no mundo tere
B) Motivação: Em meio a uma so
mos aflições. E Deus nos deu a família
ciedade habituada a satirizar a figura
com o uma das forças m otoras m ais
da sogra, apresentar um caso que vá no
poderosas para nos ajudar a superar
contrafluxo pode ser desafiador, mas
todas elas. Ao zelar pelo bom relacio
extrem am ente potente para inspirar
namento com a nossa sogra, todos os
melhores relacionamentos. Por meio
membros da fam ília são abençoados.
desse estudo, relações podem ser sa
Por m eio da união de fé entre nora e
radas ou ao menos revistas, com uma
sogra, adversidades intransponíveis
nova perspectiva e lições aprendidas
são, em Deus, superadas. E não apenas
através da relação honrosa - e honrada
isso, tal comunhão, sobretudo em meio
por Deus - entre Rute e Noemi.
às crises, pode repercutir em bênçãos
C) Sugestão de Método: Pergunte
espirituais derram adas sobre toda a
à classe como ela dem onstraria g ra
nossa fam ília. Como muito bem nos
tidão a quem lhe desse um presente
m ostra 0 exem plo de Rute e Noemi,
suntuoso, algo que fosse até mesmo
Deus honra a quem sabe honrar.
a realização de um sonho. Deixe que
alguns se expressem e pergunte em 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
seguida: Você acha que lem brar da A) Revista Ensinador Cristão. Vale
gratidão por esse presente ajudaria a a pena conhecer essa revista que traz
conduzir melhor alguns impasses na reportagens, artigos, en trevistas e
relação com tal pessoa? Após conjec subsídios de apoio à Lições Bíblicas
turas, diga: Essa pessoa é a sua sogra Adultos. Na edição 93 , P-39 , você en
- quem gerou, criou e nos confiou o contrará um subsídio especial para
nosso cônjuge, nossa própria carne esta lição.
(Mc 10.8) - p resen te que já foi tão B) A uxílios Especiais: Ao final do
sonhado por nós quando orávam os tópico, você encontrará auxílios que
para construir uma fam ília. darão suporte na preparação de sua
Frise que, a despeito das discor- aula: 1) 0 texto “ O cuidado de Deus
d â n cias, o m o tiv o que n os une às em tem pos de a fliç ã o ” , lo ca liza d o
n o ssa s so g ra s sem p re será m aior ao final do prim eiro tópico, m ostra
para nos im pulsionar a relevar, per que 0 crente fiel tam bém passa por
doar, entrar em acordo e fazer todo o adversidades. Contudo, 0 Senhor faz
possível para construir uma relação todas elas cooperarem para o bem
respeitosa, em benefício daqueles a e o cum prim ento de seus gloriosos

propósitos; 2) O texto “ Deus honra abençoa aos que permanecem íntegros
aos que permanecem fiéis”, localizado em m om en tos de dor e d esespero,
ao final do segundo tópico, traz uma recompensando-nos com muito mais
reflexão a respeito de como o Senhor do que pedim os ou pensam os.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO no coração pela sua sogra e, por isso,
1 foi capaz de enfrentar a crise da
bíblicas em que se exalta o longe de seu povo original.

ila v ra -C h a 1 Tem os m uito o que apren
1
amor e a virtude da mulher
der com o relato bíblico do
m o a b ita c h a m a d a Rute. H onra i relacionam ento entre Rute
É a h istó ria de um dram a
fam iliar que envolve o luto,
a su b sistên cia e a d ese sp e
rança. T r a ta -se de um a crise
V e sua sogra Noemi.
I - A CRISE ECONOMICA
ge n e ra liza d a de p o breza, doença, NA TERRA DA JUDEIA
viu v ez e m orte. Contudo, n esse d ra 1. A e sc a s s e z que p ro vo co u fom e
ma fam iliar, a ob stin ação de Rute se na “ casa de p ã o ” (Rt 1.1). O alim ento
destaca, pois ela foi capaz de superar básico das fam ílias que viviam na re
as d ific u ld a d e s com a titu d e s de fé, gião da judeia estava escasso por causa
inteligên cia, lealdade, p ersistên cia e do mau governo dos últim os ju izes de
esperança. É a narrativa bíblica de uma Isra el, que aba n d o n a ra m o Senhor.
nora que cultivava um verdadeiro amor A cid a d e de B elém , de on de N oem i
AM PLIAN D O O CONHECIMENTO
“ NOEMI E RUTE: UMA HISTÓRIA DE

BÊNÇÃOS
A história de Noemi e Rute é marcada por
uma série de bênçãos. Primeiro Rute abençoa
Noemi ficando com ela. Então Noemi abençoa
Rute, ajudando-a a encontrar um marido.
Boaz subsequentemente abençoa Rute com
um lar, e Deus os abençoa com um filho. De
pois, as m ulheres de Belém dizem a Noemi
que ela é abençoada com uma nora que vale
mais do que sete filhos.” Amplie m ais o seu
conhecimento, lendo M ulheres M arcantes
da Bíblia, editada pela CPAD, pp.89-96.

saiu com seu m arido Elim eleque, era de um profundo sofrim ento, e que isso
o lugar que, anteriorm ente, sofreu de pode afetar 0 relacionamento de pessoas
seq u id ão e e sc a sse z . Ora, a p a la v ra muito próxim as como a nora e a sogra,
Belém sign ifica “ casa de p ã o ”, m as a o genro e o sogro. Como se com portar
“ cidade do pão” estava sem o pão que diante dessas circunstâncias?
represen tava o sustento m aterial do
povo. A cidade deixou de ser um celeiro
de grãos para ser um lugar de escassez
e fome, carestia e seca por toda a parte
SINOPSE I
da terra de Canaã. Na Bíblia, às vezes, a A c rise e c o n ô m ic a na Judeia e as
fom e é um m odo de Deus disciplinar o fa ta lid a d e s n o seio fa m ilia r de
povo que pecou contra Ele (Lv 26.18-20). N oem i e Rute to rn a ra m a a lia n
Naquele tempo, Israel havia se afastado ça e n tre ela s a in d a m a is fo rte.
da com unhão com Deus e chegado ao
ponto de cultuar os ídolos pagãos. A bem
da verdade, nem todos agiam do mesmo
modo, mas a disciplina era para todos.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
2. A crise de um a fam ília (Rt 1.1-3).
A fam ília do livro de Rute era c o n sti
O CUIDADO DE DEUS EM TEMPOS
tuída por Elimeleque, Noemi, os filhos
DE AFLIÇÃO
M alom e Q u ilim en qu an to esta v a m
“A história de Rute desenrola-se
na Judeia. A crise econôm ica obrigou
durante 0 período dos juizes. Ela reve
E lim eleque a tom ar um a decisão em
la que durante a deplorável apostasia
busca de solução para a su b sistência moral e espiritual daqueles dias, havia
da fa m ília em outro lugar. Em vez de um remanescente fiel que continuava
ficar parado, ele tomou 0 cam inho que a am ar e ob ed ecer a Deus. O livro
parecia m ais racional, o cam inho das salienta o fato de que Deus opera na
terras plan as de M oabe. E lim eleque vida daqueles que perm anecem fiéis
conh ecia o Senhor, m as não o buscou a Ele e à sua Palavra. Embora Noemi
para tomar aquela importante decisão. fosse uma fiel seguidora do Senhor,
Ao chegarem a M oabe, a exp eriên cia experimentou grande adversidade. Ela
não foi fácil. Ali, em Moabe, a fam ília e a sua fam ília sofreram os efeitos da
encontrou a morte, o luto e a viuvez que fome, e tiveram que abandonar sua
envolveram a vida dessa fam ília quando própria casa. Além disso, ela perdeu
Elimeleque faleceu e Noemi ficou viúva seu marido e seus dois filhos. Pare
e com seus dois filh o s (Rt 1.3a). cia que o Senhor a abandonara e até
O ca sa m en to de seu s dois filh o s mesm o se voltara contra ela.
com duas moabitas trouxe a esperança A h istó ria de Rute, no entanto,
de volta ao coração de Noemi (Rt 1.3b). revela que Deus continuava cuidan
Mas, de repente, os dois filhos falecem, do dela, inclusive agindo através de
deixando as esposas viúvas (Rt 1.5). Agora terceiros, para so co rrê-la em suas
eram três viú vas que, no contexto da necessidades. Como no caso de Noemi,
época, teriam enormes dificuldades de 0 crente fiel e leal a Cristo pode expe
sobrevivência. Essa história nos mostra rimentar grandes adversidades na sua
que uma fam ília pode estar no centro

dos dentro daquela fam ília, a m oabita
vida. Tal fato não significa que Deus
descobriu que 0 Deus de sua sogra era
o abandonou ou que está castigando.
0 Deus verdadeiro, que supre as nossas
As Escrituras frisam, repetidas vezes,
necessidades (Fp 4.19). Rute apegou-se
que Deus continua, com todo o amor, a
à Noemi, não só pelos laços fam iliares,
fazer todas as coisas cooperarem para
m as tam bém pela fé no Deus de Israel
o nosso bem em tempos de aflição”
porque a sua sogra dava o exem plo de
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
uma m ulher tem ente a Deus. Quando
Janeiro: CPAD, 1995, p.422).
sogra e nora estão unidas na presen
ça de Deus é um a bênção para toda a
fam ília. Por interm édio dessa união,
Deus tra z p rovisões extra o rd in árias
II - SUPERANDO AS CRISES
para as n ecessidades fam iliares.
EXISTENCIAIS
3. U nidas con tra a crise. Toda fa
1. Noemi decide voltar à sua terra (Rt
m ília pode passar um período em que
1.6-8). Viúva com suas duas noras moabi-
parece que não há perspectiva de m u
tas, Orfa e Rute, também viúvas, Noemi
dança diante de um a situação d ifícil.
resolve voltar à sua terra na Judeia depois
Com o no caso de N oem i, às v e z e s, a
de 10 anos longe (Rt 1.4). Era uma mulher
envelhecida e, por isso, resolveu liberar fam ília parece chegar a “ um beco sem
suas noras Orfa e Rute para que voltassem saída” para a vida m aterial, em ocional
às suas famílias de origem em Moabe. Orfa e, até m esm o , e s p iritu a l. A té certo
aceitou a liberação de sua sogra e voltou ponto isso é natural, pois quando nos
para sua família, mas Rute resolveu ficar deparam os com determ inadas crises,
com Noemi (Rt 1.15-18). Provavelm en nossa visão tende a ficar em baçada e
te, Noemi pensou que Deus a estivesse limitada. Entretanto, a Palavra de Deus
castigando com todos os sofrim entos diz: “ Que diremos, pois, a estas coisas?
experimentados, e não imaginava 0 plano Se Deus é por nós, quem será contra
divino em todas aquelas circunstâncias. nós?” (Rm 8.31). Deus é pelo seu povo.
Na decisão de Rute, nascia uma amizade Isso não é diferente com a nossa casa.
profunda entre nora e sogra, entre duas A providência de Deus pode com eçar
mulheres que seriam experimentadas pelo no relacionam ento entre os m em bros
sofrimento. Aprendemos com 0 apóstolo da fam ília. Ora, no m om ento de uma
Paulo que “ todas as coisas cooperam crise fam iliar, a últim a coisa que pode
para o bem daqueles que amam a Deus, acontecer é um a “ gu erra ” entre seus
daqueles que são chamados segundo 0 m em bros. Já im agin o u com o fic a ria
seu propósito” (Rm 8.28 - NAA). m uito m ais pesada a carga de Noem i
2. R u te c o n h e c e o D eu s de su a e Rute se elas não estivessem unidas?
so g ra (Rt 1.16). Rute declarou de c o Sim, Rute, a nora de Noemi, foi capaz
ração sin cero à sua sogra Noem i: “ o de superar as crises de sua casa, e da
teu povo é 0 meu povo, o teu Deus é 0 sua sogra, com uma visão de esperança,
meu D eus” (Rt 1.16). Ela teve um gesto paciên cia e ten acid ad e para superar
de am or exem plar para com Noemi. A todas as dificuldades da fam ília. Sua
convivência com a sogra levou Rute a perspectiva de fé anim ou sua sogra e,
conhecer o Deus de Noemi. A despeito juntas, contem plaram o agir de Deus
dos sofrim en tos e necessidades v iv i em favor de sua fam ília.

que m era conveniência para Rute e
SINOPSE II Noemi. Ela propiciou o cumprimento
A lealdade entre Noemi e Rute é das E scritu ra s” (B íblia de Estudo
Cronológica Aplicação Pessoal. Rio
evidenciada na decisão de am
de Janeiro: CPAD, p.422).
bas, um a indo e a outra ficando,
a fim de superarem juntas, em
Deus, todas as dificuldades.
III - FÉ E TRABALHO NUMA
NOVA PERSPECTIVA
1. A chegada à terra do pão (Rt 1.19).
AUXÍLIO VID A CRISTÃ A chegada das duas m ulheres viúvas à
Judeia, m ais especificam ente a Belém,
DEUS HONRA AOS QUE PERMA depois de 10 anos, causou alvoroço na
NECEM FIÉIS cidade (Rt 1.19). Os antigos conhecidos
“ No m undo a n tig o , não h a via de Noem i queriam saber o que havia
quase nada pior do que ser uma viúva. acontecido com sua fam ília. Ela ainda
Muitas pessoas tiravam vantagem das era um a m ulher am argu rad a com as
viúvas ou as ignoravam . Elas eram duras experiências passadas em Moabe
quase sempre atingidas pela pobreza. e preferia ser cham ada de “M ara” cujo
Portanto, a Lei de Deus ordenava que significado no hebraico é “ am arga” (Êx
o parente m ais próxim o do m arido 15.23). Sua queixa se resumia a declarar
falecido cuidasse da viúva. Mas Noemi que Deus parecia tê-la abandonado. En
não tinha parentes em Moabe, e não tretanto, 0 Senhor estava no comando da
sabia se algum dos parentes do marido sua vida para um propósito maior do que
estavam vivos em Israel. ela poderia imaginar. Sua humilhação e
Mesmo em uma situação deses- tristeza com eçaram a ser transform a
peradora, Noemi teve uma atitude das em alegria. Assim , quando Noemi
altruísta. Embora ela tenha decidido e Rute em preenderam a viagem para a
voltar para Israel, encorajou Rute e Judeia, havia um a nova esperança em
Orfa a perm anecerem em M oabe e seu s co ra çõ es. Rute se to rn ara um a
recomeçarem suas vidas, mesmo que m ulher de fé disposta a superar a crise
isto trouxesse dificuldades para ela. de subsistência, confiando inteiramente
Belém ficava a aproximadamente oito no Deus de sua sogra. Então, sogra e
quilômetros a sudoeste de Jerusalém. nora agora estão juntas vivendo da fé,
A cidade era cercada por oliveiras e como a Bíblia diz: “ 0 justo viverá da sua
cam pos verdejantes. Suas colheitas fé ” (Hc 2.4.; Rm 1.17).
eram abundantes. 2. Recuperando a autoestima (Rt 1.15-
Certam ente, o retorno de Rute e 18). Rute deu uma demonstração de carinho
Noemi a Belém foi parte do plano de e amor por Noemi que a fez entender que
Deus, porque nesta cidade nasceria ainda havia esperança. Elas haviam che
Davi (1 Sm 16.1). Como previsto pelo gado à Belém no “ princípio da colheita das
p ro fe ta M iq u eia s (Mq 5.2), Jesus cevadas” (Rt 1.22). Se em Moabe a situação
Cristo também nasceria neste lugar. era precária, em Belém havia esperança de
Portanto, esta mudança foi m ais do “ não faltar nada” para ambas. Rute usou
sua perspicácia para suprir a necessidade

da casa (Rt 2.2). Essa atitude contribuiu perceber que Boaz é um tipo de Cristo,
para que Noemi levantasse seu estado 0 nosso Redentor que, sendo rico se fez
de espírito e sua autoestim a. É m uito pobre para nos fazer herdeiros das suas
importante que, na família, haja pessoas riquezas espirituais (2 Co 8.9). Há riquezas
dispostas animar às outras. de Cristo para a nossa família.
3. A honra do trabalho no campode 2. Boaz redim e Rute, a m oabita (Rt
Boaz (Rt 2.8-17). Havia um campo que 4.11-13). Boaz foi para a porta da cidade,
pertencia a um parente de Elimeleque, onde se reuniam os anciãos do povo, na
cham ado B oaz (Rt 2.1). Rute foi para forma de um júri, os quais julgavam as
esse campo de cevada a fim de ajuntar causas do povo. O remidor, por direito,
as espigas que os segadores abandona era outro homem, porque aquela parte da
vam, prática permitida e concedida aos terra, que pertencia a Elimeleque, estava
pobres pela lei m osaica (Dt 24.19-21). à venda. Portanto, a herança representada
Assim , Rute se dispôs a trabalhar pelo por aquele pedaço de terra pertencia a
seu sustento e de sua sogra, Noemi (Rt outro, mas Boaz se dispôs a casar-se com
2.7). Ela teve in iciativa e persistência, Rute para que aquela terra fosse dele,
não teve medo de correr riscos (Rt 2.2), convencendo os anciãos e o antigo dono
estav a d eterm in ad a e d isp o sta para a fazerem assim . M ais que isso, Boaz
a lc a n ç a r o o b je tiv o d ese ja d o . M ais
redimiría Rute, pagando o preço daquela
adiante, ao descobrir a generosidade terra e o direito de resgate da viúva. Foi
dessa estrangeira para com sua sogra, assim que Rute, a moabita, entrou para a
Boaz ofereceu seu campo, sua proteção genealogia de Jesus (Mt 1.5). Após casar-se
e se tornou 0 provedor de Noemi e Rute. com Boaz, ela deu à luz um filho, o qual
recebeu o nome Obede, o pai de Jessé; e
este, o pai de Davi, o grande rei de Israel
SINOPSE III
(Rt 4 -13)17)- Quando Jesus se manifestou
A chegada a Belém, o trabalho na Terra, tornou-se conhecido como 0
de Rute e a descoberta de um “ filho de Davi” (Mt 1.3-6), formando os
possível rem idor reacenderam elos da linhagem do Messias.
a esperan ça e autoestim a em 3. Noras e sogras. O relacionamento
Noemi. entre nora e sogra tem muito a ver com
o equilíbrio do relacionamento familiar.
Se a relação entre elas não for sadia,
IV -R U T E ENCONTRA O muitas outras relações familiares podem
REMIDOR DA FAMÍLIA ser afetadas. A história bíblica de Rute e
1. Rute descobre o remidor de NoemiNoemi nos mostra que é a vontade de Deus
(Rt 4.1-9). Ao se dispor a apanhar restos que noras e sogras, bem como genros e
das espigas deixadas pelos empregados sogros, tenham um relacionamento em
de Boaz, Rute descobre que ele era parente que o fruto do Espírito seja revelado (Gl
de Elimeleque e, por isso, segundo a lei, 5.22-24). Com a história dessas duas per
Boaz podia redimir essa herança para que sonagens, aprendemos que nora e sogra
ficasse dentro da fam ília e a viúva não podem superar, juntas, a dor do luto, o
ficasse mais desamparada. Ele fez todo o período de escassez em que toda família
procedimento a respeito da propriedade está sujeita a passar, a enferm idade de
conforme orientava a lei. Aqui, podemos um filho ou de um neto. Nos momentos

difíceis na fam ília, elas podem ser um CONCLUSÃO
esteio para todos. A Palavra de Deus diz A história bíblica de Rute é um exem
que em tudo devemos glorificar ao Senhor plo de fé no relacionam ento entre uma
e isso passa pelos relacionamentos mais nora e sua sogra. M esm o sendo um a
próximos dos cristãos (1 Co 10.31). estrangeira, Rute foi capaz de cuidar da
sua sogra, demonstrando grande carinho
e respeito por ela, além de adm inistrar
SINOPSE IV dentro de si perdas enormes: 0 cunhado
e o marido. Mas diante de tudo isso, Deus
O Senhor honrou su as serv as
honrou seu trabalho pelo qual sustentou
fiéis por m eio de Boaz, o resga-
a si mesma e a casa de Noemi. Portanto,
tador, que tipifica a ação rem i-
a vontade de Deus é que sogras e noras,
dora de Jesu s Cristo, inserindo-
bem como genros e sogros, vivam em
-n os à fam ília de Deus. u n ião de m an eira que a fa m ília seja
ricam ente abençoada por Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1 . 0 que significa a palavra “ Belém ”?

Significa “ casa de pão”.
2. Como era constituída a fam ília de Noemi enquanto estava na Judeia?
Era constituída por Elimeleque, Noemi, os filhos Malom e Quilim.
3. A despeito de todos os sofrim entos e necessidades vividos dentro daquela
fam ília, o que Rute descobriu?
Rute descobriu que o Deus de sua sogra era o Deus verdadeiro que supre as
nossas necessidades (Fp 4.19).
4. Segundo a lição, em que tipo de m ulher Rute se tornou?
Rute se tornara uma m ulher de fé, disposta a superar a crise de subsistência,
confiando inteiram ente no Deus de sua sogra.
5. 0 que podemos perceber a respeito de Boaz?
Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que, sendo rico se fez pobre para
nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas espirituais (2 Co 8.9).

LIÇÃO 8
21 de Maio de-2023
A IMPORTÂNCIA DA PATER
NIDADE NA VIDA DOS FILHOS
\ r~

“E vós, pais, não provoqueis a Quando 0 padrão divino
ira a vossos filhos, mas criai-os para a criação de filhos é
na doutrina e admoestação do negligenciado, as consequências
Senhor.v (Ef 6.4) são terríveis para a
família cristã.
V y
Segunda - Sl 49.3 Quinta - Pv 22.6

Falar com sabedoria Ensine 0 cam inho certo
Terça - Dt 6.6,7 Sexta - Sl 119.97-99
Leia a Palavra de Deus Ensine seu filho a amar
com seus filhos a Lei de Deus
Quarta - Ef 6.4 Sábado - Js 24.15
Eduque seus filhos com Eu e m inha fam ília
disciplina servirem os a Deus
L ___________________ ____ A

1 Sam uel 2.12 -17,22; 8.1-3

1 Sam uel 2 ele lhe dizia: Não, agora a hás de dar; e,
12 - Eram, porém, os filhos de Eli filhos se não, por força a tomarei.
de Belial e não conheciam 0 Senhor; 17 - Era, pois, muito grande 0 pecado des
13 - porquanto 0 costume daqueles sa ses jovens perante 0 Senhor, porquanto os
cerdotes com o povo era que, oferecendo homens desprezavam a oferta do Senhor.
alguém algum sacrifício, vinha 0 moço do 22 - Era, porém, Eli já muito velho e
sacerdote, estando-se cozendo a carne, ouvia tudo quanto seus filhos faziam a
com um garfo de três dentes em sua mão; todo 0 Israel e de como se deitavam com
14 - e dava com ele, na caldeira, ou na as mulheres que em bandos se ajuntavam
panela, ou no caldeirão, ou na marmi à porta da tenda da congregação.
ta; e tudo quanto 0 garfo tirava 0 sacerdote 1 Sam uel 8
tomava para si; assim faziam a todo 0 1 - £ sucedeu que, tendo Samuel enve
Israel que ia ali a Siló. lhecido, constituiu a seus filhos por juizes
15 - Também, antes de queimarem a sobre Israel.
gordura, vinha 0 moço do sacerdote e dizia 2 -E e r a o nome do seu filho primogênito
ao homem que sacrificava: Dá essa carne Joel, e 0 nome do seu segundo, Abias;
para assar ao sacerdote, porque não e foram juizes em Berseba.
tomará de ti carne cozida, senão crua. 3 - Porém seus filhos não andaram pelos
16 - E, dizendo-lhe 0 homem: Queimem caminhos dele; antes, se inclinaram à
primeiro a gordura de hoje, e depois toma avareza, e tomaram presentes, e perver
para ti quanto desejar a tua alma, então, teram 0juízo.
Hinos Sugeridos: 50,131, 558 da Harpa Cristã
PLAN O DE A U L A
1. INTRODUÇÃO do Senhor para os hom ens quanto à

Nesta lição estudaremos a história criação de seus filhos.
das fam ílias de dois sacerdotes: Eli e
Samuel. Veremos que, apesar da de A) Objetivos da Lição: I) Apresentar
dicação desses homens ao ministério, o conceito de paternidade segundo a
seus filhos não seguiram pelo cam i Bíblia; II) Apontar os tipos de pater
nho da fidelidade ao Senhor. Nosso nidade que são preju d iciais para a
propósito é que, a partir dessas duas família; III) Destacar a importância e
h istó ria s b íb licas, os p ais hom ens 0 valor da paternidade responsável na
reflitam a respeito de suas responsa formação espiritual e moral dos filhos.
bilidades como pais cristãos quanto à B) M o tivação: O cuidado da fa
paternidade bíblica. Há mandamento m ília , em esp ecia l a educação dos

filhos, exige muita dedicação, tempo, atualidade. Infelizmente, alguns pais
compromisso e responsabilidade. Por não assumem a responsabilidade pa
isso, precisam os refletir e aprender terna. Muitas fam ílias clam am pelo
sobre esse tema. As escolhas de um cuidado, ensino e disciplina de um pai
pai, seus exemplos pessoais e os tipos presente e tem ente a Deus.
de relacionam ento que form am com
seu s filh o s podem tr a z e r b on s ou
maus frutos.
C) Sugestão de Método: Para intro
reportagens, artigos, en trevistas e
duzir esta lição, inicie uma conversa
subsídios de apoio à Lições Bíblicas
com a sua turma. Pergunte aos alunos:
Adultos. Na edição 93, p.40, você en
“ qual foi a importância do seu pai na
sua vida? Ou qual a m elhor lem bran
esta lição.
ça que você tem do seu pai?” Após a
B) A u x ílio s E sp ecia is: Ao fin a l
participação dos alunos, reflita que o
do tópico, você encontrará auxílios
relacionamento que vivenciamos com
que darão suporte na preparação de
os nossos pais e com os nossos filhos
sua aula: 1) O te xto “ Os filh o s dos
pode trazer grande impacto para toda
sacerd otes” , localizad o ao fin a l do
a fam ília. Em seguida, apresente o
prim eiro tópico, expõe os perfis dos
prim eiro tópico.
filhos de Eli e de Samuel; 2) O texto “A
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO falta de disciplina prejudica os filhos”,
A) Aplicação: Refletir, ensinar e localizado ao final do segundo tópico,
motivar a prática de uma paternidade exem plifica essa verdade na história
responsável é um grande desafio na dos filhos de Eli.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO antes da igreja local e das instituições

N esta liçã o , fo c a re m o s duas f a educativas.
m ília s que tiv e r a m p r o b le m a s na
form ação de seus filh o s. Na fa m ília I - A PATERNIDADE DENTRO
de E li, seu s filh o s H ofn i e F in e ia s, DA FAMÍLIA
sob a conduta n egligen te de seu 1. A prim eira fa m ília . Apó
p ai, to r n a r a m -s e p ro fa n o s Queda, 0 primeiro casal criado,
no exercício do sacerdócio. Adão e Eva, inicialmente gerou
Na fam ília de Samuel, seus , Palavra-Chave dois filhos, formando, assim,
filh o s Joel e A bias to rn a Paternidade a primeira fam ília (Gn 4.1,2).
ram -se avarentos e ganan — f No princípio da humanidade,
ciosos, não tendo respeito a fig u r a do p ai d e fin ia - s e
pelo que representavam para r com o o líd er d en tro do lar,
Isra e l. A liç ã o m o s tr a r á que responsável por prover alimento
os pais são os responsáveis pela boa e cuidar da segurança de sua fam ília.
formação moral e espiritual dos filhos, O papel da m ulher era o de cuidar dos

filhos, da casa e ser a ajudadora de seu na form ação dos filhos. O pai cristão é
esposo. No caso de alguns sacerdotes, uma referência de segurança para eles,
o ex ercício sa cerd o tal p a ssava a ser de equilíbrio, controle das emoções e de
m ais im portante do que a criação dos estabelecim ento de prioridades para a
filhos. Eli e Samuel, a despeito da vida vida (1 Tm 3.4). Além disso, de m odo
ilibada perante Deus e o povo, foram geral, os pais tran sm item aos filh o s
displicentes com a sua própria fam ília, valores quanto à bondade, à gentileza,
principalm ente, com seus os filhos. o falar correto, dentre m uitos outros.
2. A falta de autoridade no lar. Os Infelizm ente, quando isso é n egligen
sacerdotes Eli e Samuel eram hom ens ciado, o resultado pode ser desastroso.
que ex erciam autoridade no serviço No caso dos sacerdotes em questão, eles
sacerdotal, mas foram descuidados com não dispensavam tempo para os filhos
relação à autoridade no lar. No contexto que se tornaram rebeldes e profanos.
atual, a história se repete. Muitos obrei
ros cuidam bem das coisas espirituais e
proveem as suas fam ílias, mas falham SINOPSE I
com suas responsabilidades a respeito
A p a te rn id a d e é u m a fu n çã o
da criação dos filhos. Esse desempenho
que p ro p o rcio n a u m su s te n tá
negativo tem produzido inconsoláveis
cu lo a fe tiv o im p o rta n te p ara o
decepções dos filhos com seus pais. É
d e se n v o lv im e n to da cria n ça .
possível im aginar dois sacerdotes que
ministravam em Israel no Tabernáculo,
mas seus filhos tornaram -se profanos e
enganosos perante toda a congregação
de Israel (l Sm 2.12; 8.13)? Infelizm ente,
som ente seus pais não percebiam que
OS FILHOS DOS SACERDOTES
seus filh os apresentavam problem as
“Os filhos maus de Eli (2 Sm 2.12-
de ordem m oral e espiritual. Os velhos
17). Hofni e Fineias são descritos como
sacerdotes exerciam autoridade em todo filhos de belial e não conheciam ao Senhor
o Israel, m as não a exerciam dentro de [...]. Nas Escrituras ‘conhecer’ ou ‘não
casa, porque os filhos os enganavam . conhecer’ 0 Senhor normalmente se
3. Os problemas de uma paternidade refere a um conhecim ento pessoal
ausente. Na vida da fam ília, os pais são de Deus em adoração e obediência.
os responsáveis pela formação m oral e Os hebreus não consideravam o co
espiritual dos filhos. O modo como os n h ecim en to prim eiram en te com o
filhos são educados se revela nos seus algo intelectual, mas sim como algo
padrões de com portam ento quando se completamente pessoal. O termo usado
tornam adultos. Especialistas atestam significava ‘ter proximidade de’, em vez
que a presença da figura paterna é muito de simplesmente ‘conhecer’. Mesmo
importante para o desenvolvim ento do treinados no ritual e nas cerimônias
indivíduo. Ela oferece um a espécie de do Antigo Testamento e, sem dúvida,
sustentáculo afetivo. Nesse sentido, a fam iliarizados com as exigências da
ausência da figura do pai é um problema lei, esses dois jovens eram maldosos e
grave para a fam ília. Há estudos que inescrupulosos em caráter pessoal [...].
mostram o impacto da ausência paterna

diz: “ E vós, pais, não provoqueis a ira a
A passagem [de l Sam uel 8.1-3]
vossos filhos, mas criai-os na doutrina
su gere que Sam uel a sso cio u seu s
e adm oestação do Senhor” (Ef 6.4).
filhos consigo m esm o devido à sua
2. A paternidade permissiva. Quando
própria idade avançada. Os seus pró
o pai não se im porta com os princípios
prios nomes expressavam a devoção
b íb lico s e d eixa à m ercê dos filh o s a
que havia no coração de Samuel: Joel
liberdade para decidirem sobre 0 que
significa ‘O Senhor é Deus’, e a Abias
quiserem , o fim será calam itoso. Essa
quer dizer ‘O Senhor é Pai’. In feliz-
paternidade, ou até m esm o a m ater
m ente eles não corresp on d eram à
esperança que seus nom es exp res nidade, é um tip o de to lerâ n cia sem
savam. Uma ironia semelhança entre freio algum , que induz a criança até a
os últim os anos de Sam uel e de Eli im aginar que seus pais não as am am e
está descrita no versículo 3. Nos dois nem se importam com suas necessidades
casos, os filhos em quem se confiava emocionais e físicas. Ora, o pai perm is
provaram ser desleais” (Comentário sivo é aquele que entende que os filhos
Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: devem tê-los como exemplo, mas não os
CPAD, 2005, pp.182,193). corrigem quando cometem erros e nem
os aconselham quando se decepcionam
com situações mais complexas na vida.
II - TIPOS DE PATERNIDADE O sábio Salom ão ad verte-n os: “Visto
EXTREMISTA como se não executa logo o juízo sobre
Não existe um padrão duplo quanto a má obra, por isso o coração dos filhos
às regras m orais dentro da fam ília. O dos homens está inteiramente disposto
padrão ético é um só e a ética c ristã para praticar o m al” (Ec 8.11).
orienta os pais quanto aos cuidados que Os dois tip o s de p a tern id a d e são
devem ter na criação dos filhos. Há, pelo negativos e prejudiciais ao b em -estar
m enos, dois tipos de paternidade que da fam ília. A falta de uma paternidade
devem ser evitados e corrigidos. segura, presente e responsável produz
l. A paternidade autoritária. O pai uma fam ília infeliz.
autoritário trata os filhos como se fos 3. Eli criou filh o s que se torn aram
sem elem en to s n eu tro s, sem s e n ti profan os. O texto bíblico diz: “ Eram,
mentos, sem m em ória e sem vontade. porém, os filhos de Eli filhos de Belial” (1
Geralmente, a paternidade autoritária Sm 2.12). A palavra “belial” é um termo
é aquela que tão som en te dá ordens um pouco obscuro, mas 0 hebraico tem
aos filhos. Esse tipo de autoridade de na p alavra beliya-al, cujo prefixo bel
im posição sabe apenas m anipular os e o seu su fix o yafal podem sig n ifica r
filhos e ex igir deles com portam entos “ sem proveito, im p restá vel, in ú til”.
forçados. Os filhos obedecem por medo, Pode tam bém significar “ perversão ou
culpa, remorso e rancor. O zelo extremo ser pervertido”, e os filhos de Eli foram
de certos pais os tem feito perder seus homens pervertidos e irreverentes, que
filhos, que se desviam e, infelizm ente, não respeitavam as coisas sagradas do
algun s nunca m ais voltam à igreja e, Tabernáculo (l Sm 2.13-17). É lamentável
co n se q u e n te m e n te , d e s v ia m - s e da um pai que tinha uma posição especial
presença do Senhor. Esses pais precisam de representação de Deus perante Israel,
ouvir e praticar a Palavra de Deus que tornar-se um pai relapso com a família.

rém, os filh os de Eli filh os de Belial e
não conheciam ao Senhor”. Im aginem
SINOPSE II
um homem dedicado ao m inistério sa
A paternidade autoritária e a p er cerdotal por m ais de 40 anos, que tinha
m issiva são prejudiciais à fam ília. uma fam ília constituída de, pelo menos,
dois filhos, os quais, convivendo com os
trabalhos sacerdotais do pai, “ não co
nheciam ao Senhor”. No caso de Samuel
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ não foi muito diferente, seus filhos não
tinham nenhuma disciplina, tornaram-se
A FALTA DE DISCIPLINA PREJU
avarentos e profanos. Quando foi con
DICA OS FILHOS
frontado a respeito do mau procedimento
“A lei estipulava que as necessida
de seus filhos, que foram rejeitados pelos
des de todos os levitas deveriam ser
anciãos do povo, e mesmo sendo muito
supridas através dos dízimos do povo
respeitado por todos, Samuel sentiu-se
(Nm 18.20-24; Js 13.14,33). Os filhos de
também rejeitado (1 Sm 8.5,7).
Eli abusavam de sua posição de sacer
A filosofia de alguns líderes cristãos,
dotes para satisfazer sua ganância pelo
de que a ordem das coisas começa com o
poder, posses e controle. Seu desprezo e
m inistério e depois a fam ília, é equivo
arrogância tanto para o povo como para
cada. A prioridade dos obreiros cristãos,
adoração enfraqueceram a integridade
antes do m inistério, começa com a sua
de todo o sacerdócio.
Eli sabia que seu s filh o s eram própria casa. O apóstolo Paulo destacou
maus, mas pouco fez para corrigi-los que para que alguém “ deseje o episco-
ou im pedi-los, mesmo quando a in pado” , deve, entre outros princípios,
tegridade do santuário de Deus fora “governar bem a sua própria casa e ter os
am eaçada. Como sum o sacerdote, filhos em sujeição” (1 Tm 3.4). É preciso
Eli deveria ter respondido m edian en sinar a discip lin a para seus filh os,
te a correção dos seus filh o s (Nm mas para isso é preciso estar presente
15.22-31). Não admira que ele tenha na vida deles. Não há disciplina familiar
preferido não confrontar a situação. sem a presença dos pais.
Mas ao ignorar suas ações egoístas, Eli 2. A isen ção de resp o n sa b ilid a d e
permitiu que seus filhos arruinassem de Eli e Sam uel para com seus filhos.
suas próprias vid as e as de m uitos Sem que esses sacerdotes exercessem
outros. Existem m om entos quando autoridade em casa, seus filhos se tor
os p ro b lem a s d ifíc e is d evem ser naram vulneráveis, frágeis e propensos
confrontados, ainda que o processo às fraquezas da carne. Deus espera que
e as consequências sejam dolorosos” os líderes de igreja na atualidade exer
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. çam sua liderança em casa. Eli e Samuel
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.368). se isentaram da responsabilidade para
com seus filhos. Da m esm a form a, no
m inistério, o obreiro deve ser um pai
III - O FRACASSO DE DOIS PAIS que cuida, principalm ente, da própria
RELAPSOS COM OS FILHOS fam ília (l Tm 5.8).
1. O m isso s para com os filh o s . O 3. T ra ta m e n to in ad eq u ad o . Esta
texto de 1 Samuel 2.12 diz: “Eram, p o lição, inevitavelm ente, não pode fugir
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6l

vv problem as podem surgir, pois m uitos
deles se revoltam , rebelam -se, não se
Não se pode esperar que subm etem à liderança com o form a de
rejeição a esse tratam ento. O m odelo
os filhos de líderes sejam
bíblico de tratam ento adequado passa
punidos ou beneficiados pelo respeito e adm oestação (Ef 6.1-4).
por causa de sua filiação.
Entretanto, seus filhos,
antes de tudo, são filhos SINOPSE III
como outros filhos.” T od o p a i c ris tã o d eve z e la r por
su a fa m ília co m d ed ic a ç ã o e
re sp o n sa b ilid a d e .
do assunto que envolve a relação pública

dos líderes da igreja com seus filh o s
no am biente eclesiástico. Não se pode CONCLUSÃO
esperar que os filhos de líderes sejam Os pais são exortados a ensinar os
punidos ou beneficiados por causa de sua filhos, conversando com eles e orien-
filiação. Há uma pressão natural com a tan d o -o s para a vida. O líder que tem
fam ília do pastor por causa da natureza consciência de que seu ministério começa
pública de sua função. Entretanto, seus na sua casa, será abençoado, e colherá
filhos, antes de tudo, são filhos com o frutos por ter uma fam ília que serve ao
outros filhos. São crianças, adolescentes, Senhor. Os extrem os precisam ser evi
jovens e adultos que precisam de cuida tados e os filhos precisam da repreensão
dos pastorais e espirituais. Infelizm en- que deve ser feita com amor e cuidado.
te, quando não se tem um tratam ento Deus espera que os pais estejam presentes
sábio com os filhos de obreiros, alguns na formação de seus filhos.
1. Quem eram os filhos de Samuel?

Joel e Abias.
2. Na vida da fam ília, quem são os responsáveis pela form ação m oral e espi
ritual dos filhos?
Os pais são os responsáveis pela boa formação moral e espiritual dos filhos.
3. Quais são os dois tipos de paternidade extrem ista?
A paternidade autoritária e a permissiva.
4. Além de ensinar a disciplina para os filhos, o que os pais devem fazer?
Os pais devem estar presentes na vida dos filhos.
5. Por que Eli e Samuel se isentaram da responsabilidade fam iliar?
Eli e Samuel se isentaram da responsabilidade fam iliar porque não tinham
tempo para os filhos.

UMA FAMÍLIA
NADA PERFEITA
\
VERDADE PRÁTICA
TEXTO ÁUREO
Tudo 0 que os membros da
“Não erreis: Deus não se deixa
família plantarem colherão. Essa
escarnecer; porque tudo o que
é uma lei universal de Deus que
o homem semear, isso
pode ser constatada na
também ceifará.” (Gl 6.7)
própria natureza.
V___________________________ ____________________________ )
Segunda - Lv 18.6; Dt 27.22 Quinta - Gl 6.7,8

A proibição divina a A lei universal da semeadura
respeito do incesto Sexta - 2 Sm 18.5-10; 1 Rs 1.5,6
Terça - 2 Sm 13.7-11 A rebelião dos filhos de Davi
A inocência de Tam ar Sábado - Mt 26.41
Quarta - 2 Sm 13.5,6 É necessária uma vida de
A sagacidade de Jonadabe vigilân cia e oração
L _________________________

2 Samuel 3.2-5; 5.13-15; i2 .io -i3 a
2
2 Samuel 3
- E a Davi nasceram filhos em Hebrom;
foi 0 seu primogênito Amnom, deAinoã,
nasceram em Jerusalém: Samua, e Sobabe,
e Natã, e Salomão,
15 - e Ibar, e Elisua, e Nefegue, e Jafia,
a jezreelita; i6e Elisama, e Eliada, e Elifelete.
3 - e seu segundo, Quileabe, deAbigail, 2 Sam uel 12
mulher de Nabal, 0 carmelita; e 0 terceiro, 10 - Agora, pois, não se apartará a espada
Absalão, filho de Maaca, filha de Talmai, jamais da tua casa, porquanto me des
rei de Gesur; prezastes e tomaste a mulher de Urias, 0
4 - e 0 quarto, Adonias, filho de Hagite; heteu, para que te seja por mulher.
e 0 quinto, Sefatias, filho deAbital; 11 - Assim diz o SENHOR: Eis que susci
5 - e o sexto, Itreâo, de Eglá, também tarei da tua mesma casa 0 mal sobre ti,
mulher de Davi; estes nasceram a Davi e tomarei tuas mulheres perante os teus
em Hebrom. olhos, e as darei a teu próximo, 0 qual se
2 Samuel 5 deitará com tuas mulheres perante este sol.
13 - E tomou Davi mais concubinas e 12 - Porque tu o fizeste em oculto, mas
mulheres de Jerusalém, depois que vie eu farei este negócio perante todo 0 Israel
ra de Hebrom; e nasceram a Davi mais e perante 0 sol.
filhos e filhas. 13 - Então disse Davi a Natã: Pequei
14 - E estes são os nomes dos que lhe contra o Senhor [...].
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO tod a a sua ca sa , c o n fo rm e lem os

Na lição desta sem ana, estu d a em 2 Sam uel 12.11 e 12. O ep isód io
remos a respeito das consequências de A m nom e T am ar é um a d essas
que a n egligên cia dos pais acarreta consequências, assim como a rebe
para a fam ília. O rei Davi e sua casa, lião e a p o ssessão das m ulheres de
in fe lizm e n te , acabaram en tran d o Davi por parte de A bsalão tam bém
para a história como um exem plo de são consequências do ato im oral de
uma fam ília nada perfeita. A fim de do rei. Nesta oportunidade, podemos
situar seus alunos, d ig a -lh es que a r e fle tir a r e sp e ito do im p a c to de
fa m ília de Davi era grande, pois ele nossos atos morais em nossa família.
teve m uitas esposas. O rei teve m ais 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
de 20 filhos. N aturalm ente, não era A) O bjetivos da Lição: I) A pon
fá c il a d m in istrá -la . E ntretan to, a tar o papel de Davi com o ungido e
e sc o lh a que D avi fe z in flu e n c io u hom em de D eus, bem com o a e x

tensão de sua fam ília; II) Descrever tem os agido d ian te dos n ossos f i
p e sso a s-c h a v e que apotam a d is- lhos. É im p o rta n te d estaca r que a
fun cion alid ad e na fa m ília de Davi; gra ça não corre no sa n g u e, m as a
III) R efletir a respeito do problem a perversão sim . Por isso é papel dos
m oral na fam ília. p ais tra n s m itir a fé c ristã e a d e
B) Motivação: Ao olhar para todos voção piedosa para os seus filh o s,
os m ales decorrentes das escolhas não negligenciando essa parte fu n
erradas da fam ília do rei Davi, pode dam ental na criação deles. M uitos
mos perceber que os pais não fazem filhos de Davi não o imitaram em sua
ideia de quão fatais as consequências devoção, m as segu iram pelos seus
podem ser se servirem de mau exem p a sso s erra d o s, e de fo rm a ain d a
plo aos seus filhos. É importante que m ais m align a, sem se arrepender.
os seus alunos reconheçam que seus Que se ja m o s d e s p e r ta d o s , n e sta
filh o s aprendem , p rin cip alm en te, lição, a viver em constante vigilância
por m eio dos ex em p lo s que veem e oração por nossos filhos!
dentro de casa. Embora Davi fosse 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
inigualável como rei e líder m ilitar, A) R e v ista E n sin a d o r C ristã o .
fa lta v a -lh e a habilidade e a se n si Vale a pen a c o n h e c e r essa r e v is
b ilid ad e n ec essá ria s a um m arido ta que tr a z r e p o rta g e n s, a rtig o s ,
e pai. O exem plo de Davi, com o pai,
e n tre v ista s e su b síd ios de apoio à
só poderia ter tido um efeito nocivo
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93,
sobre os filhos.
p.40, você en contrará um subsídio
C) S u g e s tã o de M é to d o : P ara esp ecial para esta lição.
in tro d u zir esta lição, su gerim o s o
B) A u x ílio s E sp ecia is: Ao fin a l
uso de uma técnica conhecida como
do tópico, você encontrará au xílios
“ tem pestade de id éias”. Reproduza
que d arão su p o rte na p rep ara çã o
na lousa, ou no data show, a seguinte
de su a a u la : l) O te x t o “ T a m a r,
afirm ação: O pecado sexual produz
A m n o m ” , lo c a liz a d o ao fin a l do
consequências desastrosas numa fa
segu n do tópico, apresen ta relatos
mília. A partir dessa frase, quais as
do ju ízo de Deus cum prido na vida
primeiras considerações vêm à mente
de D avi e com o e le s im p a c ta ra m
de seus alunos? Certamente palavras
tod a a fa m ília do rei de Isra el. 2)
como infidelidade, homossexualidade
O te x to “ Com o A rru in a r a Vida de
e imoralidade surgirão neste momen
seus F ilh o s”, localizad o ao fin a l do
to. Aproveite as repostas dos alunos
terceiro tópico, traz um a aplicação
para introduzir o conteúdo da lição.
d e v o c io n a l a resp e ito de com o os
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO pais não terão su cesso na cria çã o
A) Aplicação: Esta lição nos con de seu s filh o s se in c o rre re m nos
v id a a r e fle tir a resp e ito de com o m esm os erros que Davi.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO Deus e o homem segundo o seu coração,

A despeito de ter sido um grande rei ele entendeu que podia ter várias esposas
e líder em Israel, Davi não foi o mesmo e concubinas (1 Sm 18.27; 1 Cr 3.1- 5 ,9 ; 1
como pai. Nesta lição, estudarem os as Cr 14.3). Naturalmente, com todos esses
consequências que uma família pode sofrer casamentos, Davi teve mais de 20 filhos.
quando os pais não assum em os Ao ter tantos filhos e filhas, acabou
papéis que Deus espera deles. A Á v cain d o na d isp licên cia com
história dramática dos pecados eles. Ele priorizou apenas os
na família de Davi pode nos P a la v ra -C h a ve assuntos do reinado de Israel
fazer refletir e tem muito a | com o principal atividade,
nos ensinar. Veremos que essa
N e g lig ê n cia
suas conquistas territoriais
fam ília não era funcional e, com muitas guerras, e esque
por causa das omissões do rei, ceu-se de que tinha fam ílias
presenciou episódios de incesto, espalhadas em vários lugares.
rebelião e morte. Seus filhos tornaram -se problemá
ticos em suas vidas pessoais.
I - O REI DAVI E SUA
GRANDE FAMÍLIA
1. Davi, o ungido por Deus. 0 livro de l
SINOPSE I
de Samuel mostra a decadência do reinado
de Saul e o processo da escolha de Deus O rei Davi era um homem ungido
a respeito de um homem segundo o seu e de Deus. Entretanto, a sua fa
coração para assumir o lugar do primeiro mília fugiu ao ideal divino.
rei de Israel (1 Sm 16.1). Assim, Deus levou
Samuel a casa de Jessé, o belemita, pois ali
havia separado 0 novo rei ungido de Deus:
Davi. Nesse momento, a Bíblia diz que II - FILHOS E PARENTES NA
“desde aquele dia em diante, 0 Espírito do CASA DE DAVI
Senhor se apoderou de Davi” (l Sm 16.13). 1. Tamar. Era filha de Maaca. Esta era
2. Davi, o homem de Deus. 0 Espírito filha do rei Talmai, de Gesur, e mãe de Ab-
do Senhor operou poderosamente na vida salão, e este, portanto, irmão de Tamar (1 Cr
de Davi. Não havia dúvida de que Deus 0 3.2), uma mulher bonita e virgem. Sua beleza
capacitara para desempenhar a importante atraiu a Amnom, seu meio-irmão, o filho
missão na monarquia de Israel: reunificar a primogênito de Davi com Ainoã (1 Cr 3.1).
nação. Ao longo dos capítulos de 2 Samuel, 2. Absalão. Era irmão de Tamar, filho
constatamos que o rei Davi foi bem-suce de M aaca e terceiro filh o do rei Davi.
dido em seu propósito. Paulatinamente, as Nos capítulos 13 a 19 de 2 Samuel, sua
tribos foram reconhecendo a sua autoridade h istó ria está registrad a em detalhes.
real (1 Sm 2.4; 5.1-3). Assim, Davi unificou Seu nome tem a ver com paz, m as iro
a monarquia e foi vitorioso em tudo o que nicam ente sua história nada tem a ver
o Senhor era com ele para realizar. com ela: Absalão assassinou Am nom ,
3. A grande família de Davi. Entretan seu meio-irmão, conspirou e rebelou-se
to, a despeito de 0 rei Davi ser ungido por contra o seu pai, o rei Davi.
6 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

3. Am nom . Quando Davi ainda não principalm ente, relatos do juízo de
havia assum ido o trono de Israel, mas Deus cum prido na vida de Davi, (1)
já era o escolhido de Deus para reinar, O ca p ítu lo 13 r e g is tr a o p rim eiro
casou-se com Ainoã e gerou Amnom (1 resu ltad o dos pecados de lu xú ria,
Sm 3.2). Feito homem, entre outros ir ad u ltério e a ssa ssin a to de Davi, o
mãos nascidos, Amnom demonstrou ser qual veio para assom brá-lo através
desajustado emocionalmente e dominado das ações de m em bros da sua p ró
por paixões carnais. Foi por causa desse pria fam ília (cf. G1 6.7). O incesto e o
com portam ento que ele se apaixonou assassinato entre os filhos de Davi
doentiamente por sua meia-irmã, Tamar. foram consequências da sua luxúria
Am nom ficou doente de angústia e de reproduzida prim eiram ente por seu
desejo incontinente por ela e, por isso, não filho Amnom. (2) Como Davi destruiu
comia nem bebia, totalmente dominado a felicidade da casa de Urias, Deus
por essa paixão e, ao mesmo tempo, des destruiu a harmonia na casa de Davi.
conhecida por Tamar (2 Sm 13.2). M uitas vezes, Deus perm ite que os
4. Jonadabe, um conselheiro do mal. pecadores sofram tristezas e aflições
Jonadabe era primo de Amnom e filho de para que eles e também outras pessoas
Simeia, irmão de Davi. Segundo 0 que a que veem os seus exem plos possam
Bíblia registra, era homem sagaz e de maus tem er a Deus (isto é, ter reverência
pensamentos em seu coração (2 Sm 13.3). pela pureza de Deus, pelo seu poder
O mal sempre atrai o mal e, por isso, esse e juízo), afastar-se de seus pecados
hom em induziu a Amnom a satisfazer e converter-se a Deus (cf. Nm 14.20-
sua paixão com um plano de mentira que 36)” (Bíblia de Estudo P entecostal.
envolvia Davi e Tamar, a vítim a dessa Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD,
situação (2 Sm 13.5-11). Jonadabe é o tipo 2022, p. 531.)
do amigo que não se deve ter por perto
quando se vive algum problema pessoal
ou familiar. Ele é um exemplo concreto
III - O PROBLEMAMORAL NA
de mau conselheiro.
FAMÍLIA DE DAVI
1. As consequências de sua falta de
domínio próprio. 0 capítulo 11 de 2 Samuel
relata o adultério do rei Davi. O capítulo
SINOPSE II 12 registra o confronto do profeta Natã ao
Na p rese n te de lição, T am ar, pecado do rei. Mesmo tendo reconhecido
A b sa lão , A m n o m e Jonadabe são seu pecado de adultério, dissimulação e
p e rs o n a g e n s -c h a v e n a d e s c r i assassinato, 0 rei Davi não pôde evitar
ção do fra c a s so n a c a sa de D avi. as consequências do seu pecado (2 Sm
11.1-13). Incisivo e fiel à mensagem divina,
o profeta Natã disse ao rei: “Eis que sus
citarei da tua mesma casa o mal sobre ti,
e tomarei tuas mulheres perante os teus
olhos, e as darei a teu próximo, o qual se
“ TAM AR, AM NOM. A sé rie de deitará com tuas mulheres perante este
sol” (2 Sm 12.11). Assim , não demorou
narrativas dos capítulos 13— 22 são,
muito para que um dos filhos coabitasse

com as concubinas do próprio pai e o o que acontece nos lares. Sobretudo,
envergonhasse publicamente em Israel fazen do isso por m eio do exem plo de
(2 Sm 16.21,22). quem busca viver para a glória de Deus
2. I n c e s to e m o r te n a f a m ília . dentro de casa (1 Co 10.31).
Outro caso alarm an te foi o pecado de
in c esto do filh o m a is v e lh o de D avi
co n tra a p ró p ria irm ã T a m ar (2 Sm SINOPSE III
13.1). A consequência in evitável disso A decadência m oral não teria lugar
na fam ília do rei foi o ódio alim entado na casa de Davi se ele priorizasse
por Absalão até m atar seu m eio-irm ão um a relação sóbria e saudável na
A m nom , com o v in g a n ça p elo abuso fam ília, incluindo a vigilân cia, a
que sua irm ã Tam ar sofreu. O relato proxim idade e o exem plo.
de A m n om e T a m ar e stá rep leto de
sagacidade, de su tileza e de m en tira
a fim de atrair a inocente T am ar para
um laço indigno. Tudo muito doentio e AUXÍLIO
pecaminoso (2 Sm 13.11,12,14,15). Depois DEVOCIONAL
de ter se deitado com sua m eia-irm ã,
h u m ilh a n d o -a , Am nom a desp rezou
COMO ARRU IN AR A VIDA DE
com p letam en te. E o rei Davi? Soube
SEUS FILHOS
do fa to , ir o u - s e , m as n ão fe z n ada
“ Pode ser surpreen d en te, m as
co n tra A m nom . Em sum a, um a das
freq u e n tem en te as p e sso a s m ais
consequências trágicas desse com por
bem -sucedidas, segundo os padrões
tamento do rei foi a tragédia anunciada
do mundo, têm sido pais terríveis. E
da fam ília: Absalão m atou Am nom (2
alguns dos ‘m enos bem -sucedidos’
Sm 13.27-29). E, m ais tarde, ele cavou
criaram filh o s dos quais qualquer
sua m orte precoce (2 Sm 18.14), após
pessoa poderia se orgulhar.
d ese n ca d e ar um a reb eliã o co n tra o
D avi, a p e s a r de seu s m é rito s
próprio pai a fim de tom ar-lhe 0 trono.
com o o m aior rei de Israel, foi um
O rei chorou am argam ente a m orte de
pai terrível. Alguns de seus erros são
seu filho, Absalão (2 Sm 18.33).
destacados nestes capítulos, e per
3. V igilância, proxim idade e exem
manecem como exemplos que você e
plo. Essa história, do problem a m oral
eu devemos seguir — se desejarmos
n a fa m ília de D avi, e n sin a a to d o s arruinar as vidas de nossos filhos!
os pais a respeito da im p ortân cia da Quais são as recomendações de Davi
vigilância, da proximidade e do exem para 0 fracasso como pai?
plo na fa m ília . É m u ito im p o rta n te Fique zangado, mas não castigue.
desenvolverm os uma relação sóbria e Quando Davi soube o que Am nom
equilibrada com os n ossos cônjuges, fez à sua m eia-irm ã, Tamar, o texto
filh o s, p aren tes e p essoas p róxim as diz que Davi ‘m uito se acendeu em
da n ossa fa m ília . In felizm en te, não ira’ (13.21). Mas não há indicação de
estam o s liv r e s de d e p a ra r-n o s com que ele tivesse falado com Amnom,
problem as m orais d ifíceis na fam ília. e muito menos, que o tivesse casti
Por isso, é preciso que os pais façam gado. Os pais que deixam de corrigir
a sua parte, acom panhando de perto
6 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

se aborrecia com o que seus filh o s
seus filhos podem esperar problemas
fa zia m , m as não os castiga va . Ele
maiores no futuro.
amou tanto seus filhos que perdeu
Ame demais os seus filhos. Depois
a perspectiva. E perdoava de m odo
que Absalão fugiu, Davi ‘pranteava a
incom pleto. Na sua vida fam iliar, o
seu filho todos os d ias’ (ARA). Davi
maior rei de Israel foi um dos maiores
parece ter sentido tanta falta de seu
fracassos da h istó ria” (RICHARDS,
filho, que se esqueceu do que seu filho
Lawrence O. Comentário Devocional
tinha feito. Meninos e m eninas que
da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
são amados demais, de um modo em
que ‘vale tudo’, causarão, sem dúvida, pp. 191- 92 ).
graves problemas.
Perdoe, mas não completamente.
Davi finalmente permitiu que Absalão CONCLUSÃO
retornasse a Jerusalém, m as não o Vimos que a fam ília do rei Davi era
viu, durante dois anos. Se o perdão disfuncional, 0 que trouxe problemas de
for concedido, deverá ser completo. O longo prazo para toda a família. Por isso,
perdão incompleto, repleto de peque é preciso cultivar os valores da Palavra
nos lembretes dos pecados passados, em nossos lares, que os pais exerçam
cria amargura e antagonismo. Quando seus papéis em casa, transmitindo esses
Deus perd oa, Ele esq u ece. Se n ós valores e acom panhando de perto os
perdoarm os um erro, nós devem os seus filhos; que os cônjuges tenham um
fa zê-lo completamente. relacionam ento que traga equilíbrio e
Davi, um sucesso em sua carrei segurança aos filhos. A vida cristã em
ra, era um fracasso, com o pai. Ele fam ília é a m aior prevenção contra os
desajustes da atualidade.
1 . 0 que o livro de 1 Samuel m ostra a respeito da monarquia de Israel?

O livro de l Samuel m ostra a decadência do reinado de Saul e o processo da
escolha de Deus a respeito de um homem segundo 0 seu coração para assum ir
o lugar do prim eiro rei de Israel: Davi.
2. Quem era Tamar?
Era filha de Davi com Maaca e irm ã de Absalão.
3. Como podemos identificar Amnom?
Era irmão de Tamar, filho de Maaca e terceiro filho do rei Davi.
4. Quem confronta o pecado de Davi?
O profeta Natã.
5 . 0 que o rei Davi fez ao saber do fato entre Am nom e Tamar?
Ao saber do fato, Davi iro u -se , m as não fe z abso lu tam en te nada con tra
Am nom .

LIÇAO 10
4 de Junho de 2023
QUANDO OS PAIS
SEPULTAM SEUS FILHOS
TEXTO AUREO
Em tudo somos atribulados, mas VERDADE PRATICA
não angustiados; perplexos, mas
Não devemos ser indiferentes à
não desanimados; perseguidos,
morte inesperada, mas também
mas não desamparados; abatidos,
não podemos nos desesperar
mas não destruídos
como quem não tem esperança.
(2 Co 4-8,9)
LEITURA DIARIA
Segunda - 1 Co 15-55,56 Quinta - Dt 29.29; 1 Co 13.12

A morte foi cravada no Nem sempre sabem os a causa do
lenho da cruz sofrim ento
Terça - Jo 5.24 Sexta - Jo 11.35
A morte do justo é uma passagem Jesus se comoveu com a morte de
para adentrar à vida eterna um am igo
Quarta - Ec 3.4 Sábado - l Ts 4.14-18
Na morte é tempo Brevemente nos encontrarem os
de chorar com quem partiu em Cristo

Jó 1.13,16-19
13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos aos moços feriram ao fio da espada; e só
e suas filhas comiam e bebiam vinho na eu escapei, par te trazer a nova.
casa de seu irmão primogênito, 18 - Ainda este falando veio outro e disse:
16 - Estando este ainda falando, veio outro Estando teus filhos e tua filhas comendo
e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou e bebendo vinho, em casa de seu irmão
as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só primogênito,
eu escapei, para te trazer a nova. 19 - eis que um grande vento sobreveio
17 - Estando ainda este falando, veio outro dalém do deserto, e deu nos quatro cantos
e disse: Ordenando os caldeus três bandos, da casa, a qual caiu sobre osjovens, e mor
deram sobre os camelos, e os tomaram, e reram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO tornarei para lá; o Senhor o deu e o

A m orte de um(a) filho(a) é, ta l Senhor o tomou; bendito seja o nome
vez, a m aior experiência de dor que do Senhor” (Jó 1.20).
um ser humano pode experim entar.
O Livro de Jó apresenta o quadro de
A) Objetivos da Lição: I) Descrever
perda dos filh o s do patriarca, bem
a fam ília de Jó; II) Refletir a respeito
como seu período de dor e lam enta de como lidar com a morte na família;
ção. De uma só vez, ele perdeu todos III) Conscientizar de como os cristãos
os seus filhos. A presente lição tem o devem enfrentar a perda na fam ília.
propósito de abordar esse tem a que B) M otivação: Como lidar com a
é, ou será, a realidade de m uitos pais perda de um(a) filho(a) dentro da famí
cristãos. O Livro de Jó nos mostra que, lia? Expressar emoção diante da dor é
no momento intenso desse sofrimento, sinônimo de fraqueza de fé? O cristão
é possível expressar as em oções de está ileso de viver essa experiência de
dor, tristeza e saudade sem, contudo, dor? A proposta desta lição é refletir a
deixar de confiar em Deus, tendo - 0 respeito dessas e outras questões, de
como seu verdadeiro esteio. Ele con modo que tiremos lições da Palavra de
tinua soberano e cuidando de nossas Deus com 0 objetivo de enfrentar essa
vid as m esm o em período de dores. dolorosa realidade, quer no presente
T alvez, um a das exp eriências m ais quer no futuro.
profundas de fé, em meio a dor, é ex C) Sugestão de Método: Para intro
pressar sinceram ente o que Jó disse: duzir a lição desta semana, pergunte
“Nu saí do ventre de m inha mãe e nu a classe se há algum modo correto em

lidar com a perda de filhos. Seja mais tema é uma oportunidade de aprender
direto: Como o crente deve se com a como lidar com as perdas de pessoas
portar diante da m orte de um filho? queridas.
A ideia é apenas in stigar os alunos.
O uça-os com atenção. Em seguida,
diga que não há uma receita de como
passar por essa experiência, mas que,
reportagens, artigos, en trevistas e
a partir da Palavra de Deus, devemos
subsídios de apoio à Lições Bíblicas
saber que esse tipo de perda pode
Adultos. Na edição 93, p.41, você en
ocorrer com o crente. Nesse processo
de sofrimento, culpar a Deus não é um
esta lição.
cam inho de sabedoria, mas sim o de
B) A uxílios Especiais: Ao final do
viver o luto e manter acesa a cham a
da esperança em Cristo.
darão suporte na preparação de sua aula:
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 1) O texto “ O Sofrimento Imerecido”,
A) Aplicação: Leve em conta que a localizado ao final do segundo tópico,
lição nos estimula a refletir a respeito aprofunda a respeito da realidade da dor
de um sofrim ento im erecido, como de Jó diante do sofrimento que se abateu
a perda de filhos dos justos. M ostre sobre ele. 2) O texto “A Fé sobrevive
que só do episódio de Jó se encontrar ao Sofrimento”, localizado ao final do
na Bíblia é um a prova de que Deus terceiro tópico, traz aprofundamento a
se interessa com a maneira de como respeito da fé que cresce e se desenvolve
lidamos com as perdas da vida. Esse em meio ao sofrimento.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO Bíblia, a Palavra de Deus, consolo diante

O patriarca Jó era um homem próspe desse quadro.
ro, tinha uma fam ília feliz e desfrutava
de razoável segurança. Sua esposa era I - A FAMÍLIA DE JÓ
mulher dedicada à sua casa e tudo 1. Quem era Jó? O patriarca
parecia dentro da normalidade,
Jó nasceu no Norte da Arábia,
até que a tragéd ia fam iliar
na terra de Uz. As pesquisas
se abateu sobre a sua casa.
d izem que ele viveu numa
Nesta lição, estudaremos a
época anterior a de Moisés,
respeito da morte dos filhos
an tes m esm o de A braão,
de Jó e com o a fa m ília do
p a triarca p assou por essa entre os séculos 25 e 28 a.C.
tragéd ia. Verem os que a e x Naquele tempo, a longevidade
periência de os pais sepultarem hum ana era m aior que a atual,
os filhos talvez seja 0 experiência mais o que explica a sobrevida de 140 anos
dolorosa da vida humana e, ao m esmo do patriarca (Jó 42.16). M ais esp ecifi
tem po, com o podem os en con trar na cam ente, ele nasceu depois do dilúvio

(Jó 22.16) e tornou-se um homem rico e II - LIDANDO COM A MORTE
próspero (Jó 1.3; 42.12). Seu caráter santo DENTRO DA FAMÍLIA
foi testem unhado pelo próprio Deus: 1. Jó e sua esposa foram surpreendi
hom em sincero, reto, justo, tem ente a dos pela morte dos filhos. Os versículos
Deus e, por isso, “ se desviava do m al” 18 e 19 relatam o m om ento em que a
(Jó 1.8). notícia da morte de seus filhos chega à
2. A esposa de Jó. Tudo o que se sabe casa de Jó. Quando tudo parecia normal,
a respeito da esposa de Jó é 0 que está a morte os surpreendeu. Todos os seus
registrad o no capítulo 2 do livro. Ela filhos morreram. Deus não nos criou para
ganhou a fama de uma m ulher insana m orrer, m as a m orte é um a m aldição
e ambiciosa por causa da perda de todos advinda do Pecado e só o Senhor Jesus foi
os bens materiais e dos filhos que foram capaz de cravar essa maldição no lenho
m ortos por uma tragédia. Ainda, Jó foi de sua cruz no Calvário (1 Co 15.55,56).
vítim a de feridas purulentas, das quais Assim, todos ficamos perplexos diante da
ela teve repugnância. Todavia, fazia 0 morte e, principalmente, quando envolve
seu papel de esposa, não abandonando alguém próximo a nós. Por isso, a Palavra
0 patriarca. Indiscutivelmente, a esposa de Deus nos m ostra que devemos estar
de Jó foi perdendo a paciência diante da conscientes quanto à realidade da morte.
provação do seu esposo. Seu desespero Não temos domínio nenhum sobre ela.
afetou sua fé, a ponto de levá-la a decla Entretanto, a nossa confiança está em
rar para o seu marido: amaldiçoa a Deus Cristo e, por causa de sua ressurreição,
e morre (Jó 2.9). Ela teve 10 filhos com Jó, podemos afirm ar que a morte não nos
e como não se deixou influenciar pela reterá na sepultura, mas servirá de meio
proposta desesperada de sua esposa, 0 para adentrar à vida eterna com 0 nosso
patriarca suportou tudo até que Deus Salvador (Jo 5.24).
virasse a sua sorte e tran sform asse o 2. R azões para a tristeza do luto de
mal em bênção. Jó e de sua m ulher. De certo modo, Jó
3. Os filh o s de Jó. Jó estava atento tinha uma fam ília feliz (Jó 1.1-5). Nesse
ao modo de viver de seus filhos. Estes contexto, Satanás desafiou a fidelidade
tinham uma rotina social de banquetes, dele e 0 atacou frontalmente com a morte
muita comida e bebida. A Bíblia mostra de seus filhos (1.13-18; 2.1-6). A Bíblia
que 0 pai apresentava sacrifícios a Deus não fa la do sep u ltam en to dos filh o s
por seus filhos, e orava por eles todos de Jó, m as certam ente ele aconteceu.
os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do É im portante ressaltar que uma perda
patriarca para 0 bem -estar espiritual de como essa traz uma tristeza im ensa. A
seus filhos (Jó 1.4,5). Palavra de Deus diz que há tempo para
tudo: Há tem po de so rrir e há tem po
de chorar (Ec 3.4). A tristeza e o choro
SINOPSE I passaram a fazer parte da fam ília de Jó,
Jó era u m h o m e m b e m -s u c e outrora feliz e próspera.
3. Fidelidade ao Senhor em m eio à
dido, era casa d o e tin h a m u ito s
dor. O capítulo 1 de Jó m ostra a reação
filh o s. Em to d a s as á re as o p a
do patriarca diante da notícia trágica da
tr ia r c a era p rósp ero.
morte de seus filhos: Jó rasgou 0 manto,
rapou a cabeça, lan çou -se em terra e

adorou ao Senhor (Jó 1.20). Isso mesmo:
Jó adorou a Deus. Aqui, ele iniciou 0 pro muitos rejeitam a crença a Deus. Se Jó
cesso de aceitação do ocorrido diante do é 0 livro m ais antigo da Bíblia (como
Senhor da vida. Essa passagem bíblica m uitos estudiosos afirm am ), então
nos mostra que a dor da perda não passa, Deus abordou o problem a cedo e de
mas 0 processo de aceitação torna o luto frente” (Bíblia Além do Sofrimento:
m ais digno. Por isso, o patriarca pôde Onde as Lutas parecem Intermináveis
dizer em atitude de adoração: “ Nu saí a Esperança em Deus é Infinita. Rio de
do ventre de m inha mãe e nu tornarei Janeiro: CPAD, 2020, p.727).
para lá; o Senhor 0 deu e o Senhor 0
tomou; bendito seja 0 nome do Senhor”
(Jó 1.21). Ainda, 0 texto bíblico diz que Jó
em tudo não pecou nem atribuiu a Deus III - OS CRISTÃOS E O LUTO
falta algum a (Jó 1.22). 1. Não cu lp e a D eus. Não é m uito
d ifíc il de, nos m om en tos de perd as
inesperadas, 0 ser humano se desesperar
e passar a blasfem ar contra Deus. Não
é isso que aprendem os com Jó (cf. Jó
SINOPSE II 1.21,22). O antigo patriarca nos ensina
Jó e su a e sp o sa fo ra m s u rp re a viver a confiança em Deus m esm o no
en d id o s p e la m o rte de seu s f i momento delicado da morte inesperada
lh o s e tiv e ra m que v iv e r esse de um e n te q u e rid o . N em se m p re
m om en to de dor. saberem os 0 m otivo da m orte de uma
pessoa am ada ou de um determ inado
sofrim ento. Há m istérios na vida que
não conseguimos desvendar na Terra (Dt
29.29). O próprio livro de Jó não revela
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
por que os seres humanos sofrem. O que
o livro nos ensina e encoraja é suportar
O SOFRIMENTO IMERECIDO
0 sofrimento com paciência, achando-se
“ Jó d e s e ja v a que um á r b itr o
fiel nos cam inhos do Senhor diante do
decidisse sobre o golpe que ele levara,
processo de um sofrim ento imerecido.
mas ele não encontrou nenhum (9.33).
Haverá um dia que tudo estará patente
Os bens levados e os filhos m ortos,
diante de nossos olhos (1 Co 13.12).
Jó não fez nada para m erecer o que
2. Vivendo o luto. Com o patriarca Jó,
receb eu. O p rim eiro v e rsíc u lo do
aprendemos que 0 crente em Jesus não deve
liv r o de Jó d ecla ra que Jó era um
ser indiferente ao luto, pois, psicologica
b om h o m em que tin h a um a boa
mente, isso não é saudável. Como seres
vid a. Os dois p rim eiro s cap ítu lo s
humanos, devemos manifestar as emoções
exp licam que a p ergu n ta por quê?
próprias de um momento de luto, tais como:
só é respondida no céu. Jó chamava a
0 choro, 0 silêncio, a compenetração. Diante
Deus apenas para ouvir 0 eco de suas
da dor da família de Lázaro, nosso Senhor
palavras. Seu brado no capítulo 3 é 0
agitou-se no espírito, comoveu-se e chorou
brado de todo ser humano: o que eu
(Jo 11.35 -NAA).
fiz para m erecer isso? O sofrim ento
3. Mantenha a esperança. Vimos que
imerecido é a principal razão pela qual
é saudável manifestar emoções próprias

vv Assim , quando ocorrem as calam i
dades, q u estio n a m a bondade e a
É preciso levar em conta que ju stiç a d ivin as. M as a m en sagem
o período do luto dura em de Jó é que não desistam os de Deus
média seis meses. Se após quando Ele perm ite que tenham os
ex p e riê n c ia s ru in s. A fé em Deus
esse período, a pessoa não
não garante prosperidade pessoal, e
consegue voltar às atividades a falta de fé não é sinônim o de pro
normais é preciso buscar blem as nesta vida. Se assim fosse,
ajuda especializada.” as pessoas creríam em Deus apenas
para enriquecimento próprio. Deus é
capaz de nos resgatar do sofrimento,
m as pode tam bém p e rm itir que o
do período de luto, mas tam bém é ver sofrim ento ocorra por motivos além
dade que o crente não deve se desesperar da nossa compreensão. A estratégia de
como quem não tem esperança (1 Ts 4.13). Satanás é fazer com que duvidemos
É preciso levar em conta que o período de Deus neste exato momento. Aqui
do luto dura em m édia seis m eses. Se Jó m ostra um a p e rsp ectiva m aior
após esse período, a pessoa não consegue que a busca de seu conforto pessoal.
voltar às atividades norm ais é preciso Se sem pre sou b erm os os m otivos
buscar ajuda especializada, pois isso não de nossos sofrim entos, nossa fé não
é saudável. Esse cuidado é coerente com terá espaço para crescer” (Bíblia de
a fé cristã que proclama a esperança de A p licação P essoal. Rio de Janeiro:
vida porque nosso Senhor ressuscitou CPAD, 2020, p.703).
no terceiro dia, vencendo a morte. Por
tanto, a Palavra de Deus traz consolo
e conforto para a alm a enlutada (2 Co CONCLUSÃO
1.3-5). Um dia, brevem ente, estarem os Sem dúvida, a morte é uma experiên
para sempre com a pessoa querida que cia muito dolorosa para o ser humano. A
partiu em Cristo (1 Ts 4.14-18). de um filho, então, tem uma sobrecarga
psicológica imensa. A dimensão da dor
da perda de um pai e de uma mãe é in
SINOPSE III calculável. Por isso, é im portante que
levemos em conta esta declaração do sal-
No períod o do luto, o cristão
mista: “Ainda que a minha carne e 0 meu
não deve culp ar a Deus, m as, em
coração desfaleçam , Deus é a fortaleza
C risto, m an ter v iv a a esp eran ça.
do meu coração e a minha herança para
sem pre” (SI 73.26 - NAA). No processo
do luto, não devem os cu lp ar a Deus,
m as m anter firm e a n ossa esperança
nEle. O Senhor Jesus venceu a m orte e
A FÉ SOBREVIVE AO SOFRIMENTO ressuscitou ao terceiro dia. Essa é uma
“Muitos pensam que, por crerem verdade consoladora e, ao mesmo tempo,
em Deus, Ele os livra dos problemas. esperançosa. Portanto, nesse momento,
é tempo de confiar em Deus.

l. Descreva a característica espiritual de Jó, testem unhada pelo próprio Deus.

Homem sincero, reto, justo, temente a Deus e, por isso, “ se desviava do mal” (Jó 1.8).
2 . 0 que a Bíblia m ostra a respeito de Jó em relação aos seus filhos?
A Bíblia mostra que o pai apresentava sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava
por eles todos os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do patriarca para o bem -estar
espiritual de seus filhos (Jó 1.4,5).
3. Que reação de Jó o capítulo 1 mostra?
O capítulo l de Jó mostra a reação do patriarca diante da notícia trágica da morte
de seus filhos: Jó rasgou 0 manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou
ao Senhor (Jó 1.20).
4. Segundo a lição, o que patriarca Jó nos ensina a respeito da m orte inespe
rada de um ente querido?
O antigo patriarca nos ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento
delicado da morte inesperada de um ente querido.
5. Qual foi a reação do Senhor Jesus diante da dor da fam ília de Lázaro?
Diante da dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no espírito, como-
veu-se e chorou (Jo 11.35 - NAA).

l i de Junho de 2023
2o Domingo Dia do Pastor
OS PREJUÍZOS DA
MENTIRA NA FAMÍLIA
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
“Não mintais uns aos outros,
A mentira pode até dar flores, mas
pois que já vos despistes do velho
não produz fruto para 0 bem.
homem com os seus feitos.” (Cl 3.9)
\ _______________________ _______________________ y
Segunda - Lv 19.11 Quinta - SI 64.6

A m entira viola 0 mandamento A mentira revela a
de Deus m alícia do coração
Terça - G1 5.17,24,25 Sexta - T g 3.14
A m entira é obra da carne e nada Não se pode m entir
tem a ver com 0 Espírito Santo contra a verdade
Quarta - Jo 8.44 Sábado - Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18
0 Diabo é 0 pai da m entira Deus não pode m entir
L ___________________________ _________________________ J

Atos 5.1-11
1 - Mas um certo varão chamado Ana- o morto e, transportando-o para fora, 0
nias, com Safira, sua mulher, vendeu uma sepultaram.
propriedade 7 - E, passando um espaço quase de três
2 - e reteve parte do preço, sabendo-o horas, entrou também sua mulher, não
também sua mulher; e levando uma
parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 - Disse, então, Pedro:Ananias, porque
8
sabendo 0 que havia acontecido.
-E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes
por tanto aquela herdade? E ela disse:
encheu Satanás 0 teu coração, para que Sim, por tanto.
mentisses ao Espírito Santo e retivesses 9 - Então, Pedro lhe disse: Por que é que
parte do preço da herdade? entre vós vos concertastes para tentar
4 - Guardando-a, não ficava para ti?E, 0 Espírito do Senhor? Eis aí à porta os
vendida, não estava em teu poder? Por que pés dos que sepultaram 0 teu marido, e
formaste este desígnio em teu coração? também te levarão a ti.
Não mentiste aos homens, mas a Deus. 1 0 - E logo caiu aos seus pés e expirou. E,
5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, entrando os jovens, acharam-na morta e
caiu e expirou. E um grande temor veio a sepultaram junto de seu marido.
6
sobre todos os que isto ouviram.
- E , levantando-se os jovens, cobriram
11 - E houve um grande temor em toda
igreja e em todos os que ouviram estas coisas.
Hinos Sugeridos: 306,322,499 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA

A lição d esta sem an a tra z um a A) Objetivos da Lição: I) Investigar
reflexão m uito pertin en te. M esm o a natureza da “conversão” de Ananias
depois de receber o derram am ento e Safira; II) Refletir a respeito do pro
do Espírito Santo, a igreja prim itiva blema da mentira na família; III) Expor
foi atacada por Satanás por m eio de o conselho bíblico de como proteger
um instrum ento que é capaz de levar a fam ília da m entira e da hipocrisia.
destruição para as relações humanas: a B) Motivação: Há um pensamento
mentira. O capítulo 5 de Atos apresenta bem in teressa n te e que fa z todo o
0 casal Ananias e Safira que, no lugar sen tid o para esta lição: “ P o d e-se
de entregar uma oferta voluntária e en gan ar a todos por algum tempo;
desprendida, dissimulou e manipulou pod e-se enganar alguns por todo o
uma oferta diante de uma causa tão tempo; m as não se pode en gan ar a
nobre. A história bíblica de Ananias e todos 0 tempo todo”. Esse pensamento
Safira é um alerta quanto ao malefício revela a fraqueza da mentira, pois ela
da m entira em nossa fam ília. não dura o tempo todo. Sempre há um

vestígio que, em algum momento, será “ mentir”. Precisamos confrontar esse
confrontado pela verdade. tipo de cultura em nossa fam ília e em
C) nossas demais relações com a verdade
Sugestão de Método: Para intro
duzir a lição desta semana reproduza da Palavra de Deus.
o pensam ento acima e solicite que a
classe dê sua opinião a respeito. Ouça
com atenção! Em seguida, exponha o
conteúdo do primeiro tópico, mostran
reportagens, artigos, entrevistas e sub
do como o pensamento apresentado no
sídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos.
início da aula é um exemplo concreto da
Na edição 93, p.41, você encontrará
história bíblica revelada nas Escrituras.
um subsídio especial para esta lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO B) A uxílios Especiais: Ao final do
A) Aplicação: É preciso estabelecer tópico, você encontrará auxílios que
a cultura da verdade dentro de uma darão suporte na preparação de sua
fam ília cristã. Onde há verdade, há aula: 1) O texto “À Sua D isposição” ,
confiança e segurança. Deus se agra localizado ao final do primeiro tópico,
da disso. Essa cultura da verdade na aprofunda o episódio bíblico da m en
fam ília deve com eçar pelos pais. Ela tira de Ananias e Safira, levantando a
passa tam bém pelo con fron to das questão da disponibilidade voluntária
famosas “ m entirinhas” das crianças. a Deus. 2) O texto “ O Pecado de A na
Não por acaso, em nosso país, há o nias e Safira”, localizado ao final do
conhecido dia da mentira, Io de Abril, segundo tópico, expande o tem a da
onde culturalm en te se é perm itido mentira em relação a Deus e 0 seu povo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO a distribuição aos necessitados. Nesse

A história de Ananias e Safira foi mar contexto, o casal, Ananias e Safira, dei
cada negativamente pela mentira xou-se dominar pela inveja e 0 desejo
que o casal proferiu no início de chamar a atenção dos demais.
da Igreja. Ao longo da história Por isso, eles mentiram contra
da igreja pós-pentecostes, no os apóstolos e a igreja. Nesta
livro de Atos dos Apóstolos, lição, estudaremos o perigo
um sen tim en to am oroso que a mentira traz para a fa
de p a rtilh a a respeito dos mília cristã. Além de tragédia
pobres dom inava na igreja espiritual, ela tam bém traz
cheia do Espírito Santo. Para uma tragédia familiar.
que os n ecessitados não tivessem
carência, alguns dos novos convertidos, I - UMA CONVERSÃO DUVIDOSA
que tin ham posses, negociavam suas 1. Por que um a c o n v e r sã o d u v i
propriedades e depositavam o dinheiro dosa? Porque as atitudes do casal não
recebido junto aos pés dos apóstolos para reve la v a m a tra n sfo rm a ç ã o de vid a

alcançada pelo poder do Evangelho (Rm eles mesmos e entregar a outra como se
1.16). Embora atraídos pela prática da fosse o valor completo. Ananias e Safira
igreja, simpáticos à causa do Evangelho, fingiriam dar todo o dinheiro à igreja.
Ananias e Safira não corresponderam à É m uito triste quando a hipocrisia e o
obra de regeneração do Espírito Santo, engano se instalam no coração do h o
ou seja, eles não foram genuinam ente mem. M ais trágico ainda quando essa
transform ados (Jo 3.3-7). É im portante realidade acontece no seio da fam ília
enfatizar que, no início do m ovim ento cristã. Devemos estar vigilantes, 0 Diabo
do Pentecostes, Ananias e Safira u n i age para desfazer a unidade do Espírito
ram -se à igreja local, passando a fazer na vida da fam ília.
parte dela. Entretanto, a velha natureza 4. Q uando a m e n tira e o en g a n o
se revelava na hipocrisia, na cobiça e na en ch em os co ra çõ es. Cheio do E spí
m entira do casal. rito, incisivo e com autoridade espiri
2. A com un h ão na ig reja de A tos. tual, o apóstolo Pedro disse a Ananias:
Em Atos dos Apóstolos, está claro que “A n an ias, por que encheu Satan ás 0
uma das caraterísticas dos prim eiros teu co ra ção , p ara que m e n tisse s ao
dias da igreja, entre outras coisas, era a E spírito Santo e re tiv e sse s p arte do
“ com unhão” (At 2.42). Os convertidos preço da herdade? G uardando-a, não
a C risto daquele tem po, advindos do ficava para ti? E, vendida, não estava
grande grupo dos quase três m il novos em teu poder? Por que form aste este
cristãos, tinham tudo em comum, pois 0 desígnio em teu coração? Não m entiste
Espírito Santo gerou no coração desses aos hom ens, m as a D eus” (At 5.3,4). O
cristãos o amor generoso e voluntário. apóstolo Pedro tam bém tratou com a
A marca dessa igreja era a ajuda mútua, esposa de Ananias, sem ela saber que 0
pois seus membros vendiam suas pro esposo havia caído morto na presença
priedades e depositavam todo o valor de todos: “ Por que é que entre vós vos
arrecadado aos pés dos apóstolos. Esse consertastes para tentar o Espírito do
dinheiro tinha o objetivo de ajudar os Sen hor?” (At 5.9a). P ortan to, vem os
m ais pobres de Jerusalém (At 4.34,35). que a m entira e 0 engano dom inaram o
Um exemplo desse “espírito” na primeira coração do casal para tentar ludibriar a
igreja foi um homem chamado Barna- igreja e, consequentemente, a liderança
bé. Ele vendeu suas terras e entregou apostólica. Ao tentar enganar a liderança
todo o dinheiro, de form a voluntária, local da primeira igreja, na verdade, eles
para suprir a necessidade dos cristãos m entiram contra o Espírito Santo (At
carentes (At 4.36,37). 5.3), v o ltan d o -se diretam ente contra
3. A inveja e a hipocrisia de Ananias e Deus (At 5.4).
Safira. Quando viram 0 desprendimento
generoso de Barnabé, Ananias e Safira
encheram seus corações de inveja. No
lugar de agirem de m aneira generosa, SINOPSE I
eles cultivaram um sentim ento carnal, A igreja p rim itiva v iv ia um a v e r
tramando um plano para impressionar dadeira com unhão. Entretanto,
os apóstolos e a igreja (At 5.1,2). O plano A n an ias e Safira d issim u lava
era 0 seguinte: vender uma propriedade n essa com u nh ão com a m en tira.
e levar o dinheiro como oferta à igreja,
m as reter uma parte desse valor para

que poderiam tirar proveito do desco
AUXÍLIO DEVOCIONAL nhecimento das pessoas da igreja sobre
a artimanha de esconder a verdade sobre
“À SUA DISPOSIÇÃO
a venda da propriedade, mentindo com o
[Ananias e Safira] Esse casal cons
objetivo de chamar a atenção para si mes
pirou, e combinou que deveria vender
mos (At 5.1). Isso fala a respeito de pessoas
suas propriedades, guardando uma
que se dizem cristãs, mas mantêm velhos
parte do d inheiro, m as fin g iu dar
hábitos da vida mundana. O Espírito Santo
tudo, colocando o dinheiro aos pés
se entristece quando, dentro da família,
dos apóstolos, como os outros cristãos
esposo, esposa, filhos e filhas, ou outros
tinham feito. A morte deles aconteceu
membros, fazem da mentira um estilo de
im ediatam ente, não porque tivesse
vida. Por isso, o apóstolo Paulo exorta a
guardado o dinheiro, m as porque o
não mentir uns aos outros (Cl 3.9).
seu ato foi uma mentira: um engano
2. Quem fa z u so da m en tira está
para manipular a comunidade cristã e
d o m in a d o p elo po d er da carn e . Em
encobrir os seus verdadeiros motivos.
Gálatas, o apóstolo Paulo escreve que a
O mais fascinante é o fato de que, se
carne cobiça contra o Espírito, e este se
tivessem guardado todo o dinheiro, e o
opõe à carne para que não façamos o que
tivessem investido em alguma atividade
ela quer, ou seja, se espera dos cristãos
comercial [...], provavelmente teriam
que crucifiquem a sua carne com suas
vivido ‘felizes para sempre’. Como disse
respectivas paixões, isto é, vícios da alma;
Pedro, a propriedade não deles, em
assim , devemos viver dom inados pelo
primeiro lugar? O dinheiro não estava
Espírito (G1 5.17,24,25). Toda e qualquer
à sua disposição? (v.5) Agora, antes que
m entira, por m ais ingênua que possa
você fique com a impressão errada, este
parecer, tem sua fonte no Diabo, que é
não é um devocional sobre 0 modo de
o seu pai (Jo 8.44,45). Se ela dom ina o
vida americano, ou uma exortação para
crente, significa que este não está mais no
‘investir em riquezas’. É simplesmente
Espírito, mas na carne (cf. Rm 8.1; 13.14).
uma observação de que aquilo que
você ou eu temos é nosso. O que nós
possuímos, possuímos. Quando temos
dinheiro, ele está à nossa disposição. SINOPSE II
Os capítulos 4 e 5 de Atos não suscitam O uso da mentira revela a es
a questão do comunismo cristão, de cravidão da carne. Conjugada
maneira alguma. Mas esses capítulos com a hipocrisia, a mentira traz
suscitam uma pergunta. A pergunta consequências sérias para toda
é: nós estam os ou não à disposição a família.
de Deus?” (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Devocional da Bíblia. Rio
de Janeiro: CPAD, 2013, p.725).
II - O PROBLEMA DA MENTIRA O PECADO DE ANANIAS E SAFIRA
DENTRO DA FAMÍLIA “ O pecado que Ananias e Safira
1. A m en tira p rod u zid a d en tro dacometeram não foi 0 da mesquinhez,
fam ília. Ananias e Safira im aginaram
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 l

por guardarem parte do dinheiro; eles e Safira. Por isso, a Bíblia nos ensina que
tinham a opção de vender ou não a terra; não podemos trocar a verdade de Deus
e, caso decidissem vendê-la, poderiam pela m entira, com o fazem as pessoas
dar quanto quisessem. O pecado deles dom inadas pelo pecado (Rm 1.25). Aos
foi m en tir diante de Deus e do seu servos de Deus cabe fazer um autoexame
povo, dizendo que deram a quantia diante dEle contra a hipocrisia (Mt 7.3,5).
total, quando, na verdade, gu arda Sim, a consequência direta da mentira é
ram parte para si; eles m entiram , a a hipocrisia. Esses dois vícios são obras
fim de parecerem m ais generosos carnais que podem dilacerar uma família.
do que realm ente eram. Tal pecado 3. Não deixe o Inim igo agir na fa
foi severam ente julgado, porque a m ília. O versículo 3 diz: “Ananias, por
desonestidade, a cobiça e a avareza que encheu Satanás o teu coração? [...]”. É
são d estru tivas para a Igreja, pois indiscutível que Satanás age ativamente na
impede que o Espírito Santo trabalhe Terra e, especialmente, contra as famílias
eficazmente. Toda mentira é ruim, mas da Igreja de Cristo. Ele trabalha contra
quando mentimos para tentar enga essa importante instituição, investindo
nar a Deus e a seu povo sobre o nosso contra os seus membros. Infelizmente,
relacionamento com Ele, destruímos como Ananias, há muitos que permitem
nosso testemunho a favor de Cristo” a Satanás encher seus corações para de-
(Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de sestabilizar a família. Por isso, cabe-nos
Janeiro: CPAD, 2020, p.1486). estar em oração e vigilância (Mt 26.41).
Então, podemos fazer o que a Bíblia diz:
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo,
e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
III - PROTEGENDO A FAMÍLIA
DA MENTIRA E DA HIPOCRISIA
1. Cuidado contra os defeitos morais
no lar. Quando se permitem certos defei SINOPSE III
tos morais como a prática da mentira, do É p re c iso e s ta b e le c e r u m a c a
fingimento e da hipocrisia dentro de um m a d a de p ro te çã o n a fa m ília
lar, essa fam ília está fadada ao fracasso. c r is tã c o n tra os in s tru m e n to s
Semelhantemente ao que aconteceu com da m e n tira e da h ip o c r is ia .
Ananias e Safira, no Antigo Testamento,
lemos a história de uma fam ília israe
lita, cujo chefe era Acã. Dominado pela
cobiça e pela hipocrisia, ele furtou certos CONCLUSÃO
objetos da cidade de Jerico, considerados Como aconteceu com Ananias e Safira,
amaldiçoados e que, por isso, Israel não que foram punidos pelo Senhor com morte
deveria tomar como despojo. Esse pecado instantânea, membros da fam ília, que
de desobediência trouxe maldição para praticam a mentira, podem experimentar
todo 0 povo. A ira do Senhor se acendeu consequências gravíssim as por causa
contra Acã e toda a sua fam ília (Js 7.1). dessa prática. A Bíblia diz que a Igreja
2. Precisamos agir contra a hipocrisia é a coluna e a firm eza da verdade (1 Tm
e a mentira. Ninguém está livre de se achar 3.15). Portanto, ainda que, num primeiro
dominado pelas mesm as hipocrisias e momento possa parecer difícil, 0 caminho
mentiras que se acharam no casal Ananias da verdade sempre é o melhor.

1. Segundo a lição, por que se pode dizer que a conversão de Ananias e Safira
foi duvidosa?
Porque as atitudes do casal não revelavam a transform ação de vida alcançada
pelo poder do Evangelho (Rm 1.16).
2. Qual era o plano do casal?
Vender uma propriedade e levar o dinheiro como oferta à igreja, mas reter uma
parte desse valor para eles m esm os e entregar a outra como se fosse o valor
completo. Ananias e Safira fingiriam dar todo o dinheiro à igreja.
3. O que a m entira de Ananias e Safira, com o objetivo de cham ar a atenção
para si mesmos, pode ilustrar?
Isso fala a respeito de pessoas que se d izem cristã s, m as m antêm velhos
hábitos da vida mundana.
4. Que história no Antigo Testamento pode ser comparada à de Ananias e Safira?
Sem elhantem ente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo T esta
mento, lemos a história de uma fam ília israelita, cujo chefe era Acã.
5 .0 que cabe à fam ília cristã?
Cabe estar em oração e vigilância (Mt 26.41).
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Qualidade Total Os Dez Mandamentos para

de Vida o dia de hoje
Nesta obra, 0 autor mostra Este livro oferece princípios básicos
que é possível ter pleno para interpretar e aplicar os Dez
controle da vida pessoal, Mandamentos, explicando e
profissional e espiritual. Você ilustrando cada um deles com um
pode viver com propósitos, relato bíblico e relacionando-os
com eficácia e sentido. com nosso redentor Jesus Cristo.
ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BlBLICAS • PROFESSOR 8 3

\
VERDADE PRÁTICA
TEXTO ÁUREO A vontade de Deus é que os pais
“E crescia Jesus em sabedoria, e eduquem seus filhos de acordo
em estatura, e em graça para com os princípios divinos, afim
com Deus e os homens.v de que eles cresçam de maneira
(Lc 2.52) saudável e equilibrada.
V ____________________________
Segunda - Is 7.14; M t 1.18; Lc 1.34 Quinta - Mt 2.19-23

A concepção virgin al A fam ília de Jesus volta do Egito
de Maria para Nazaré
Terça - Lc 2.7 Sexta - Lc 2.46-51
0 nascim ento de Jesus 0 adolescente entre os doutores
Quarta - Mt 2.13-18 Sábado - Lc 2.40,52
A fuga para 0 Egito 0 desenvolvim ento físico,
social e espiritual
L __________________ ________________________________ J

Lucas 2. 40, 42-52

40 - £ o menino crescia e se fortalecia
em espírito, cheio de sabedoria; e a graça
47 - £ todos os que 0 ouviam admiravam
a sua inteligência e respostas.
de Deus estava sobre ele. 48- E, quando 0 viram, maravilharam-
42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a s e , e disse-lhe sua mãe: Filho, porque
Jerusalém, segundo costume do dia dafesta. fizeste assim para conosco? Eis que teu
43 - E, regressando eles, terminados pai e eu, ansiosos, te procurávamos.
aqueles dias, ficou 0 menino Jesus em 49 - £ ele lhes disse: Por que é que me
Jerusalém, e não 0 souberam seus pais. procuráveis? Não sabeis que me convém
44 - Pensando, porém, ele que viria tratar dos negócios de meu Pai?
de companhia pelo caminho, andaram 50 - £ eles não compreenderam as
caminho de um dia e procuraram-no palavras que lhes dizia.
entre os parentes e conhecidos. 51 - £ desceu com eles, efoi para Nazaré,
45 - E, como 0 não encontrassem, vol e era-lhe sujeito. E sua mãe guardava no
taram a Jerusalém em busca dele. coração todas essas coisas.
46 - £ aconteceu que, passados três 52 - £ crescia Jesus em sabedoria, e em
dias, 0 acharam no templo, assentado estatura, e em graça para com Deus e
no meio dos doutores, ouvindo-os e os homens.
interrogando-os.
Hinos Sugeridos: 77,113, 583 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA

Proporcionar um am biente onde A) O bjetivos da Lição: I) Revelar
os filhos cresçam de maneira saudá a n orm alidade da fa m ília de Jesus;
vel e equilibrada é 0 grande desafio da II) Abordar as fases da vida de Jesus
fam ília cristã diante de um contexto conforme os Evangelhos apresentam;
de im oralidade e violência presente III) Explicar 0 tríplice desenvolvimento
do Senhor Jesus.
na so cied a d e a tu al. Por isso , esta
B) Motivação: Infância, adolescên
lição estudará a natureza da fam ília
cia, juventude e fase adulta, ou seja,
de Jesus, as fa ses de vida do nosso
o ciclo em que um a fa m ília precisa
S alvador con fo rm e os E vangelhos proporcionar todos os meios que uma
registra m e, fin alm en te, o tríp lice criança necessita para se desenvolver
d esen volvim en to de nosso Senhor física, psicológica e espiritualmente.
dentro de sua fam ília. A partir desse Nesse sentido, podemos fazer a seguin
estudo, podemos aprender preciosas te pergunta: As nossas fam ílias têm
lições para a nossa fam ília. sido bem -sucedidas nesse propósito?

C) Sugestão de Método: Introduza 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
esta lição relembrando o tema estu A) Revista Ensinador Cristão. Vale
dado na lição 9, isto é, Uma Fam ília a pena conhecer essa revista que traz
Nada Perfeita, onde vim os a disfun- reportagens, artigos, entrevistas e sub
cionalidade da fam ília do rei Davi. A sídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos.
ideia aqui é fazer um contraste com a Na edição 93, p.42, você encontrará
família de Jesus, mais especificamente um subsídio especial para esta lição.
na m aneira de José e M aria criarem B) A uxílios Especiais: Ao final do
seus filhos. Mostre a classe o quanto o tópico, você encontrará auxílios que
ambiente proporcionado pela fam ília darão suporte na preparação de sua aula:
de Jesus era m ais funcional que o da 1) O texto “Formando a Imaginação da
fam ília do rei Davi. Criança”, localizado ao final do segundo
tópico, é um auxílio pedagógico que traz
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO uma proposta prática a partir de um
A) A p lic a ç ã o : A fa m ília c ris tã livro clássico que tem o Evangelho como
deve ser o lu gar em que os n ossos pano de fundo. A ideia aqui é estimular
filh o s p o ssa m se d ese n v o lv e r em a literatura cristã para a formação; 2) O
sabedoria, em estatura e, principal texto “Um tempo de qualidade com os
mente, em graça diante de Deus e dos filhos por meio da leitura”, localizado
homens. Em nossa família, os nossos ao final do terceiro tópico, é um auxílio
filh o s devem ter as suas prim eiras pedagógico que traz a literatura como
ex p eriê n cia s com Deus de m odo a um instrumento prático para aprofundar
desenvolver a m aturidade cristã. o relacionamento entre pais e filhos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO I - UMA FAMÍLIA NORMAL

O Senhor Jesus nasceu numa família 1. Dados g e ra is da fa m ília . José e
normal. Ele teve como pai, José, e como M aria eram d escendentes da fam ília
mãe, Maria. Deus falou em sonhos com real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de Jessé
José a respeito da concepção virginal de (Is 11.1). O casam ento deles aconteceu
Maria por meio da obra do Espírito d ep ois que o anjo do Sen hor
Santo. Por isso, ele se tornou 0 revelou a José que sua noiva
pai adotivo de Jesus. A criança estava grávida e o filho do
concebida no ventre de Maria P a la v ra -C h a v e seu ventre fora gerado pelo
era de fato “0 Verbo [que] se E q u ilíb rio Espírito Santo (Mt 1.18-25).
fez carne e habitou entre nós” Posteriorm ente, José só se
(Jo 1.14). Nesta lição, estudare relacionou sexualmente com
mos 0 desenvolvimento de Jesus M aria após o nascim ento de
dentro da família de José e Maria, Jesus. P odem os in fe rir isso a
seus pais. Nosso propósito é extrair lições partir do relato do evangelista Mateus:
da casa de nosso Senhor que nos auxiliem “ e José, despertando do sonho, fez como
nos desafios familiares atuais. o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu

a sua mulher, e não a conheceu até que para ração aos animais; não se tratava de
deu à lu z seu filh o , o p rim ogênito; e objeto de um palácio real, pois seus pais
pôs-lhe o nome de Jesus” (Mt 1.24,25). não tinham uma alternativa. Depois de
2. Os filhos de José e M aria, depois
oito dias, José e Maria levaram 0 menino
de Jesus. Jesus foi 0 filho prim ogênito para a circuncisão e lhe deram o nome
de José e Maria (Lc 2.7). A Bíblia registra de Jesus (2.21). Todo o tratam ento que
que os pais dEle tiveram outros filhos Jesus recebeu foi semelhante ao dos ou
m ais adiante: Tiago, José, Judas, Simão tros meninos nascidos em Israel. Nosso
e, pelo m enos, m ais de um a irm ã (Mc Senhor teve um a in fâ n cia com o a de
6.3). Seus irmãos não o aceitavam como qualquer menino da Judeia. Ele cresceu e
Messias e, por isso, 0 rejeitavam (Jo 7.1- desenvolveu-se sob os cuidados de seus
5). Somente depois de sua ressurreição, pais. Quanto à alim entação, proteção,
seus irmãos o aceitaram e o receberam. saúde mental e física, e principalmente,
Tiago, ta lvez o m ais incrédulo deles, a vida espiritual, Ele precisava dos cui
to r n o u -s e um seg u id o r de C risto e, dados de seus pais. Nosso Senhor teve
m esm o não sendo um dos apóstolos, de deixar a sua terra provisoriam ente,
tornou-se 0 líder principal da igreja em tendo de ir para o Egito para escapar do
Jerusalém (l Co 15.7). Rei Herodes (Mt 2.13,14). Até que, m ais
tarde, juntam ente com seus pais, Ele
voltou para a terra de Israel (Mt 2.20,21).
SINOPSE I 3. A adolescência de Jesus. No Evan
Jesus cre sce u em um a fa m ília gelho de Lucas, o texto bíblico declara
que Jesus havia crescido em estatura,
n o rm a l e v iv e u com o q u alq u er
sabedoria e graça diante de Deus e dos
c ria n ç a em Israel.
homens (Lc 2.52). Na Bíblia, a informação
que temos a respeito da adolescência de
Jesus foi sua experiência aos 12 anos,
II - O MODO DE CRIAÇÃO em Jerusalém, com os doutores da lei
DE JESUS (Lc 2.46). Nessa idade, o menino judeu é
1. Jesus, o filho especial. A despeito introduzido na vida religiosa e se torna
de Jesus ter sido especial, José e Maria um “ filho da lei” (hb. barmitzvah). A ida
nunca trataram os dem ais filhos com de Jesus à Jerusalém com sua fam ília
desprezo. Eles sabiam que havia algo es se deu por cau sa da o b servân cia dos
pecial na vida do primogênito, pois lhes deveres religiosos, como participar das
fora revelado que Ele seria 0 Salvador, 0 três festas m ais im portantes de Israel:
Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido, José a Páscoa, o P entecostes e a Festa dos
e Maria souberam administrar essa di T abern ácu los (Êx 23.14-17; 34 23; Dt
ferença, sem diminuir os outros irmãos. 16.16). Toda a celebração dura sete dias
Conheceremos melhor a maneira como e, depois, todos voltavam para as suas
nosso Senhor se desenvolveu, segundo cidades. Os pais de nosso Senhor não
a sua humanidade, analisando as fases im aginaram que Jesus ficaria para trás.
de sua vida: a infância, a adolescência Depois de três dias, eles o encontraram
e a juventude. no interior do Tem plo conversando e
2. A in fân cia de Jesus. Após nascer discutindo com os doutores da Lei. Estes,
em Belém da Judeia (Lc 2.4,7; Mq 5.1,2), por sua vez, estavam maravilhados com
nosso Senhor foi colocado num cocho a sabedoria daquele adolescente.

4 -A juventude de Jesus. Dos 12 aos 30
aqui uma proposta do dr. John Trent.
anos de idade, a adolescência e a juventude
Trinta minutos diários são suficientes
de Jesus são praticamente desconhecidas.
para você e seus alunos trabalharem
As únicas informações que a história nos
a im agin ação de seus filh o s num a
fornece são as que estão reveladas nos
perspectiva cristã: “ Em algum m o
Evangelhos. Depois da experiência com
mento durante os maravilhosos dias da
os doutores da Lei em Jerusalém, a Bíblia
infância, faça questão de ler a coleção
relata apenas que Jesus voltou a aparecer
completa de As Crônicas de Nárnia, de
quando já tinha 30 anos, ao ser batizado
C. S. Lewis, com 0 seu filho ou sua filha.
por João Batista no rio Jordão. Tudo o que
Esses livros são ótimos para a leitura
se tem de conhecim ento acerca desses
em voz alta na hora de dormir e podem
anos ocultos da vida de Jesus é que Ele
levar semanas até serem concluídos. De
aprendeu a profissão de carpinteiro com
bônus, entretanto, deixe que sua filha
José e a exerceu até os 30 anos, visto que
ou seu filho atue como um dos grandes
José já havia morrido (Mc 6.3). É possível
personagens da série. Certifique-se de
que Jesus tenha sido o responsável pelo
que escolham um dos personagens que
sustento da família por esses anos, e quan
permanecem fiéis do começo ao fim das
do chegou a idade que o Pai estabeleceu
histórias. Lucy é uma boa opção para
para iniciar seu m inistério, Ele deixou
as meninas, e Peter é uma boa opção
tudo e reuniu os discípulos, os quais se
para os meninos. Ao ler, simplesmente
tornaram os apóstolos que fariam o seu
substitua 0 nome do personagem com
Evangelho conhecido.
0 nome de seu filho ou sua filha. Seus
filhos terão uma empolgação extra ao
imaginarem-se como herói ou heroína.
SINOPSE II Além disso, a experiência vai expor
sua criança a um dos mais renomados
A c ria çã o de Jesus p a sso u p ela
pensadores e teólogos da h istó ria ”
sua in fâ n cia , a d o le sc ê n cia e ju (TRENT, John. 30 Maneiras de um Pai
ven tu d e. Abençoar seus Filhos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2022, pp.67-68).
AUXÍLIO
III - O TRÍPLICE DESENVOLVI
EDUCAÇÃO CRISTÃ
MENTO DE JESUS
0 Evangelho de Lucas 2.51,52 diz o
FORMANDO A IMAGINAÇÃO DA seguinte: “E desceu com eles, e foi para
CRIANÇA Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guar
Proporcionar uma educação cristã dava no coração todas as essas coisas. E
pela im aginação é uma bênção para crescia Jesus em sabedoria, e em estatura,
os nossos filhos. Na fase da infância e em graça para com Deus e os hom ens”.
isso fa z m uita diferença, pois essa 1. Jesus crescia em sabedoria. Jesus
experiência acompanhará a criança recebeu uma educação básica que qualquer
na fase da adolescência, da juventude e menino judeu receberia. Ele aprendeu a
da fase adulta. Por isso, reproduzimos ler e a escrever, viveu uma vida simples,
pois sua família era pobre. Nosso Senhor

crescia em sabedoria, ou seja, sua rela
ção com o Pai, seus princípios de vida e
disposição em resolver problemas eram
vv
Olhando para o
dignos de uma pessoa sábia. Certamente,
desenvolvim ento de Jesus
essa foi a razão de Lucas cunhar a palavra
“sabedoria” antes de “estatura” (Lc 2.52). em sua família, podemos
2. Jesus crescia em estatura. A pala aprender que a educação
vra “ estatura” se refere ao crescimento de filhos cristãos tem a ver
físic o do m en ino Jesus, pois o te x to com o desenvolvim ento
está no contexto do desenvolvim ento
emocioanal, social e,
físico de nosso Senhor. Jesus viveu em
Nazaré até os 30 anos, tinha a estatura principalmente, espiritual.”
m ediana de qualquer judeu. Seu corpo
era norm al e saudável. Não por acaso,
Jesus se d esen volveu no trab alh o de
filhos. Por exemplo, a singeleza de Maria
carpintaria (Mc 6.1-3).
em “guardar tudo no coração” revela uma
3. Jesus crescia em graça diante de
personalidade discreta, não precipitada
Deus e dos hom ens. A graça para com
e equilibrada (Lc 2.51). Equilíbrio e bom
Deus Pai tinha a ver com a consciência
senso não podem faltar na educação dos
de Jesus quanto à sua natureza e missão
nossos filhos.
(Jo 1.1,14). Essa con sciên cia pode ser
constatada no episódio em que seus pais
0 acharam no Templo discutindo com os
doutores da Lei. Gentilmente, Ele res SINOPSE III
pondeu para seus pais: “Por que é que me O S en h or Jesus c re scia em s a
procuráveis? Não sabeis que me convém b ed o ria, em e sta tu ra e em gra ça
tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). para co m D eus e os h o m en s.
Já a graça para com os hom ens tinha a
ver com sua personalidade carismática,
no sentido de atrair pessoas para ouvir
a sua m ensagem . O carism a de Nosso AUXÍLIO
Senhor se revelava ao abrir a boca para
EDUCAÇÃO CRISTÃ
falar do Reino de Deus.
4. Lições importantes. Olhando para
UM TEMPO DE QUALIDADE COM
o desenvolvimento de Jesus em sua fa
OS FILHOS POR MEIO DA LEITURA
mília, podemos aprender que a educa
Não há dúvida que a leitu ra é o
ção de filhos cristãos tem a ver com o
in stru m e n to m ais d em o crático e
desenvolvim ento em ocional, social e,
barato para se educar uma criança.
principalmente, espiritual. Os pais preci
Por isso, reprod u zim os aqui m ais
sam ter essa consciência de que está sob a
uma sugestão do dr. John Trent, em
sua responsabilidade prover o ambiente
“ Bênção Lida em Voz Alta”, para que
propício para que os filhos se desenvol
os n o sso s filh o s se d ese n v o lva m
vam de maneira saudável e geral. Outro
em sabedoria, estatura e graça para
fator de destaque é a sabedoria dos pais de com Deus e os homens: “ Uma forma
Jesus em não manifestar predileção pelos

com o m inha esposa, Cindy, co stu em m om ento de bênçãos para seus
m ava abençoar nossas m eninas era filhos [...].” Continua em: TRENT, John.
reservando tempo para ler com elas. 30 M aneiras de um a M ãe Abençoar
Embora contássemos as tradicionais seu s F ilhos. Rio de Janeiro: CPAD,
h istórias na hora de dorm ir, Cindy 2022, pp.31-32.
tam bém descobriu várias m aneiras
adicionais de ler com nossas filhas
algo que lhes transmitisse suas bênção CONCLUSÃO
e criasse um vínculo entre todos nós. A fam ília de Jesus é um exem plo de
Sou feliz em dizer que, m esm o com boa form ação fam iliar. A respeito dos
nossas filhas crescidas, essa tradição pais, aprendem os a ser equilibrados,
ainda se mantém nas viagens de carro ponderados e não manifestar predileções
da fa m ília T ren t e quando n ossas pelos filhos. A respeito de filhos, nosso
filh a s estão em casa nos feriados. Senhor foi obediente e atencioso aos
A qui estão a lg u m a s m a n e ira s de seus pais em todas as coisas. Que nossa
tran sfo rm ar a h istó ria na hora de família seja um ambiente propício para 0
dormir ou o período dentro do carro desenvolvimento espiritual, emocional
e social de nossos filhos!
1. Qual era a descendência de José e Maria?

José e Maria eram descendentes da fam ília real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de
Jessé (Is 11.1).
2. Cite pelo menos três nomes dos irm ãos de Jesus.
Tiago, José e Judas.
3 . 0 que José e M aria souberam fazer a respeito de Jesus em relação aos seus
irmãos?
A despeito de Jesus ter sido especial, José e Maria nunca trataram os demais filhos
com desprezo. Eles sabiam que havia algo especial na vida do primogênito, pois
lhes fora revelado que Ele seria o Salvador, 0 Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido,
José e Maria souberam administrar essa diferença, sem diminuir os outros irmãos.
4. Como foi o tratam ento que Jesus recebeu?
Todo o tratam ento que Jesus recebeu foi sem elhante ao dos outros m eninos
nascidos em Israel.
5. Cite os elementos que form am o tríplice desenvolvim ento de Jesus.
Sabedoria, estatura e graça.
VOCABULÁRIO
Cocho: bebedouro ou comedouro para gado, de material
variado e formato sem elhante ao tronco escavado.

LIÇAO13
25 de Junho de 2023
A AMIZADE DE JESUS COM

UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA
VERDADE PRATICA
Dentro da família, a
amizade com Cristo evoca
comunhão, conselho,
simpatia e reciprocidade nos
relacionamentos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 33.11 Quinta - Jo 15.15
Deus falava com Moisés Jesus trata seus discípulos
como a um amigo como am igos
Terça - 2 Cr 20.7; T g 2.23 Sexta - Jo 11.11
Abraão, o am igo de Deus Jesus trata a Lázaro como am igo
Quarta - Lc 7.34 Sábado - Jo 11.3-5
Jesus se fez amigo de publicanos e O amor de Jesus por Marta,
pecadores para alcançá-los Maria e Lázaro

Lucas 10.38-42; João 11.5,11

Lucas 10 41 - E, respondendo Jesus disse-lhe:
38 - E aconteceu que, indo eles de cami Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada
nho, entrou numa aldeia; e certa mulher, com muitas coisas,
por nome Marta, 0 recebeu em sua casa. 42 - mas uma só é necessária; e Maria
39 - E tinha esta uma irmã, chamada escolheu a boa parte, a qual não lhe
Maria, a qual, assentando-se também será tirada.
aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. João 11
40 - Marta, porém, andava distraída 5 - Ora, Jesus amava a Marta, e a sua
em muitos serviços e, aproximando-se, irmã, e a Lázaro.
disse: Senhor, não te importas que minha 11 - Assim falou e, depois, disse-lhes:
irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, Lázaro, 0 nosso amigo, dorme, mas vou
que me ajude. despertá-lo do sono.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO B) M o tiva çã o : A am iza d e pode

Nesta lição, temos como propósito ser caracterizada por uma relação de
abordar 0 tema da amizade da família afinidade, reciprocidade, respeito e
cristã com a pessoa bendita de Jesus. con fian ça entre duas pessoas. De
Cremos que essa am izade com Jesus vem os cu ltivar esse tipo de relação
estim ula a am izade entre os m em com Jesus a partir de nossa fam ília.
bros de nossa fam ília. A vontade de Assim , é preciso desenvolver afeto,
nosso Salvador é que a fam ília cristã reciprocidade, respeito e carinho por
cultive uma verdadeira am izade tal Ele em nosso lar. É tempo de cultivar
qual a fam ília de Betânia cu ltivava am izade com Jesus em família.
com Ele. Veremos que a am izade de C) Sugestão de Método: Para intro
Jesus com M a rta, M a ria e L áza ro duzir a lição, reproduza na lousa, ou
to rn a -se um a im agem da am izad e no data show, algumas características
que a nossa fa m ília pode d esfru tar da relação de Jesus com a fam ília de
com Jesus hoje. Betânia: 1) Jesus am ava a fam ília de
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO Lázaro (Jo 11.5); 2) Jesus disse a respeito
A) Objetivos da Lição: I) Explicar de Lázaro: “ Lázaro, 0 nosso am igo,
a vida social de Jesus; II) Elencar os dorm e” (Jo 11.11); 3) O Senhor Jesus
fru to s da a m iza d e com Jesus; III) sentiu a dor da fa m ília de Lázaro e
Ensinar lições que podemos aprender chorou a sua morte (Jo 11.33,35). Apre
a respeito da am izade de Jesus com a sente esses três episódios descritos
fam ília de Betânia. no Evangelho de João para m ostrar

o quanto o Senhor Jesus tinha afeto reportagens, artigos, en trevistas e
pela fam ília de Betânia e foi tocado subsídios de apoio à Lições Bíblicas
pela morte de Lázaro. Esses episódios Adultos. Na edição 93, p.42, você en
refletem a grande amizade que o nosso contrará um subsídio especial para
Senhor desfrutava com essa família. esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do
A) Aplicação: A relação de amizade
darão suporte na preparação de sua
de Jesus com a família de Betânia pode
aula: l) O texto “ Serviço e Devoção a
ser real em n ossa fa m ília . Quando
Deus”, localizado ao final do segundo
c u ltiv a m o s um a relação sin cera e
tópico, é um auxílio de vida cristã que
verdadeira com o nosso Senhor, p o
aprofunda a questão do serviço e de
dem os d esfru ta r do m ais precioso
voção de acordo com a personalidade
relacionam ento fam iliar regado de
de Marta; 2) O texto “Uma História de
amor que brota da relação com Jesus.
Amor”, localizado ao final do terceiro
4 - SUBSÍDIO AO PROFESSOR tópico, aprofunda 0 sen tim en to do
A) Revista Ensinador Cristão. Vale amor na relação de Jesus com a família
a pena conhecer essa revista que traz de Betânia.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO e aprendeu a profissão de carpintaria. No

A amizade é um dos bens m ais pre relacionamento social, Jesus convivia com
ciosos da vida. Nesta lição, estudaremos pessoas, tanto as de dentro da fam ília
a relação de am izade de Jesus com a quanto as de fora, e estabelecia am i
família de Marta, Maria e Lázaro. zades. Depois de deixar a casa de
Veremos que essa família hos sua mãe, Ele se dispôs a seguir
pedou nosso Senhor em sua o projeto do Pai C elestial.
casa e, por isso, desfrutou N esse tem po, peregrinou
de influências abençoadoras por toda a terra da Palesti
na, pregando o Evangelho,
na vida cotidiana. De fato, é
realizando prodígios e sinais
uma história especial que nos
como confirmação do seu mi
ensina preciosas lições de como
nistério, e estabelecendo grandes
desfrutar de um relacionam ento
amizades. Não por acaso, nosso Senhor
de santa am izade com 0 Senhor Jesus.
admitiu aos seus discípulos: “Já não vos
cham arei servos, [...] m as te n h o -v o s
I - A VIDA SOCIAL DE JESUS chamado am igos” (Jo 15.15).
1. Jesus foi um ser social. Criado na 2. Uma casa hospedeira. Havia uma
casa de seus pais, na cidade Nazaré, Je fam ília em Betânia que desfrutava de
sus desenvolveu relações pessoais como uma bonita am izade com o Senhor Je
qualquer pessoa. Como filho mais velho e sus: a fam ília de Marta, Maria e Lázaro
obediente aos pais, Ele acompanhou José (Jo 12.1,2). Toda vez que ia à Jerusalém,

Jesus procu rava v is ita r essa fa m ília Senhor Jesus. Primeiro, em sua própria
que se tornou especial em suas relações casa, quando Jesus visito u a fam ília,
interpessoais. Era uma amizade sincera Maria assentou-se aos pés de Jesus para
em que a família hospedava nosso Senhor ouvi-lo (Lc 10.39). Segundo, na ocasião de
de maneira acolhedora. tristeza pela morte de seu irmão, Lázaro,
3. Jesus foi recebido por essa família.
ela lançou-se aos pés dEle e chorou suas
Se entre os próprios irmãos havia os que tristezas (Jo 11.32). E, por último, em casa,
não compreendiam a sua missão, Jesus Maria adorou Jesus derramando sobre
encontrou em M arta, M aria e Lázaro Ele um recipiente de unguento de nardo
acolhimento especial para a seu chamado. puro, ungindo seus pés e enxugando-os
O episódio que marca essa amizade, após com os seus cabelos (Jo 12.3). Aqui, a lição
a missão dos setenta, é quando o nosso é clara: a fam ília que recebe Jesus em
Senhor foi, com seus discípulos, para aldeia sua casa desenvolve um relacionamento
de Betânia. Nesse caso, Marta foi quem 0 profundamente espiritual com Ele.
recebeu e sua irmã, Maria, assentou-se aos 3. Serviço concreto. Se com M aria
pés dEle para ouvi-lo (Lc 10.38,39). Certa aprendemos uma espiritualidade profunda,
mente, Jesus aproveitava essas caminhadas com Marta aprendemos a importância do
em missão para visitar os amigos. serviço em família. As preocupações de
Marta com os trabalhos do lar indicam a
intenção de agradar a Cristo, oferecen-
SINOPSE I do-Lhe uma hospitalidade especial. Era
A fa m ília em B etâ n ia receb eu um modo de Marta agradá-Lo por meio
Jesus em sua casa. de obras (Jo 12.2). Há os que condenam a
atitude mais ativa de Marta com relação
a Jesus. É bem verdade que ela foi ad
moestada pelo Senhor quanto ao serviço
II - FRUTOS DA AMIZADE
desproporcional e a não esquecer do ne
COM JESUS
cessário (Lc 10.40). Entretanto, também é
1. P resença real do Filho de Deus.
verdade que ela adequou esse serviço na
Quando M arta, M aria e Lázaro d esco
perspectiva ensinada pelo Senhor Jesus
briram em Jesus a resposta para todas
(Jo 12.2). Quando a fam ília estabelece
as suas indagações, entenderam que
uma relação de amizade a partir de Jesus,
essa relação com o Salvador era m ais
deve-se levar em conta 0 serviço mútuo
que mera relação social. Era a presença
para a m anutenção do lar. Em Jesus,
real do Filho de Deus dentro de sua casa
cada membro da fam ília deve ser ativo
(Mt 10.40). Isso significa subm eter-se
nas tarefas dom ésticas sem, contudo,
v o lu n ta ria m en te aos seu s en sin o s e
esquecer-se do necessário: a prioridade
m andam entos, desfrutar um relacio
namento especial em fam ília com 0 Rei espiritual (Lc 10.40-42).
dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
2. Desenvolvimento espiritual. A ami SINOPSE II
zade de uma família com Jesus converge
A fa m ília que cu ltiva a am izade
em adoração, contrição e quebrantamento
com Jesus pode colher m uitos
espiritual. Por três vezes, os autores dos
frutos.
Evangelhos citam atitudes distintas de
M aria, irm ã de M arta, em relação ao

casa habitam pessoas com p e rso n a
AUXÍLIO VID A CRISTÃ
lidades d iferen tes um a das outras. É
SERVIÇO E DEVOÇÃO A DEUS preciso ter a disposição para conhecer,
“Você está tão ocupado fazendo algo compreender e administrar de maneira
para Jesus, que deixa de passar momen sábia e respeitosa a personalidade de
tos de comunhão com Ele? Não deixe cada m em bro da fam ília. T alvez esse
que seu serviço se transforme em algo seja o m aior desafio do am or em casa
que vise a seu próprio interesse. Jesus ( c f.l Co 13.4-7).
não culpou Marta por estar preocupada 3. Ponderar quanto aos cuidados da
com as tarefas domésticas. Ele só pediu vida. Desejando agradar a Cristo, Marta
que ela estabelecesse corretamente as trabalhava para dar 0 melhor da sua casa
prioridades. É possível um serviço per para Jesus. Por isso, acabou se distraindo
der a essência, tornando-se um mero com m uitos serviços, esq u ecen d o-se
trabalho cheio de tarefas, totalmente de priorizar tam bém a parte espiritual
desprovido da devoção a Deus” (Bíblia de sua vida. Foi isso que nosso Senhor
de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: m ostrou à M arta quando disse que ela
andava distraída com m uitos serviços
CPAD, 1995, PP-1374- 75)-
(Lc 10.40). Naturalmente, aqui, Jesus não
ensina a ficarm os descansados com as
nossas responsabilidades. Na verdade,
III -LIÇÕES QUE APRENDEMOS sua Palavra é para quem está sobrecar
COM A AMIZADE DE JESUS regado com muitas atividades externas,
1. Uma h istória de amor. A história
como era o caso de Marta. Nosso Senhor
da am izade de Jesus com essa fam ília
en sin a que a vid a não é só trab alh o,
nos leva a con h ecer um a h istó ria de
pois “ nem só de pão viverá o hom em ”
amor. Marta, Maria e Lázaro eram fiéis
(Mt 4.4). A vida tam bém tem a ver com
discípulos de Jesus. Am bos os irm ãos
0 equilíbrio da alm a e do espírito, pois
criam em tudo o que o Mestre ensinava
o ser humano viverá de “ toda a palavra
e, por isso, o reverenciavam de maneira
que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Por
honrosa e hospitaleira. Eles amavam Je
tanto, ter uma vida social agitada sem
sus e eram amados por Ele (Jo 11.5). Aqui,
uma vida espiritual de raízes profundas
aprendemos que 0 amor é 0 sentimento
é viver no vazio. Assim, em pouco tempo
que deve nortear a relação da fam ília
não teremos m ais o fervor espiritual. A
cristã. Num lar em que se estabeleceu
nossa fam ília deve ser o am biente em
a am izade com Jesus não deve faltar o
que a nossa vida com Deus seja poten
amor de Deus (1 Jo 3.18).
cializada a fim de que nossa vida social
2. Compreender o outro. Vimos que
seja produtiva e abençoada.
M arta e M aria tinham perfis distintos.
Uma agia mais com o “ coração” e outra
m ais com as “ m ãos”. Uma tin ha uma
emoção m ais intensa, falava de m anei SINOPSE III
ra m ais direta e franca; a outra, m ais
A amizade de Jesus com a famí
sossegada, tranquila, contem plativa e
lia de Betânia é uma história de
silenciosa. Entretanto, ambas recebiam
amor e cuidado.
Jesus com a le gria e honra. Em nossa
fa m ília tam bém é assim , na m esm a
ABRIL • MAIO - JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9 5

AU XILIO DEVOCIONAL tais ocasiões, lembramo-nos do amor
de Jesus e dirigim os ao céu orações
UMA HISTÓRIA DE AMOR desesperad as e confian tes. C erta
“Jesus tinha um relacionam ento m ente o Senhor nos aliviará. Como
longo e próxim o com M aria, M arta poderia ser diferente a sua vontade
e seu irm ão Lázaro. Os versículos 1 amorosa?” (RICHARDS, Lawrence O.
e 2 desse capítulo [...] foram escritos C om en tário D evocional da Bíblia.
por João para nos lem brar de quão Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.688).
próxim o Jesus era da pequena fa
m ília de Betânia. E para nos ajudar
a perceber que, quando Maria recor
reu a Jesus, ela o fez com absoluta CONCLUSÃO
confiança de que Jesus responderia A nossa amizade com Jesus implica ter
im ediatam ente. A final, Lázaro era comunhão com Ele em todo o tempo de
‘ a q u e le que tu a m a s ’, um a m ig o nossas vidas. Ele é 0 Amigo sem igual que
próxim o e precioso. Os versículos 1 nos conforta quando precisamos; consola
e 2 também são dirigidos a nós, para quando choramos. A fam ília que cultiva
aqueles m om entos em que oram os a am izade com Jesus vive na dimensão
por alguma necessidade desesperada do amor, procura compreender os outros
e im portante. Uma mãe ou pai cujo membros da família e pondera os cuidados
filh o s o fr a de um a d o en ça fa ta l. dessa vida. A família cristã com Jesus tem
O d esem prego que de repente nos o privilégio de desfrutar de sua presença
ameaça com a perda de nosso lar. Em real no cotidiano. Portanto, não podemos
viver sem a amizade do Senhor Jesus.
1. Como era formada a fam ília em Betânia, am iga de Jesus?

Por Marta, M aria e Lázaro (Jo 12.1,2).
2. Segundo a lição, o que M arta, M aria e Lázaro descobriram e entenderam
em Jesus?
Entenderam que essa relação com o Salvador era mais que mera relação social.
Era a presença real do Filho de Deus dentro de sua casa (Mt 10.40).
3. Em que converge a am izade de uma fam ília com Jesus?
A am izade de uma fam ília com Jesus converge em adoração, contrição e que-
brantam ento espiritual.
4. À luz da história de am izade e amor com a fam ília de Betânia, o que apren
demos sobre o amor em nossa fam ília?
Aprendemos que 0 amor é 0 sentimento que deve nortear a relação da família cristã.
5. Que tipo de ambiente deve ser o da nossa fam ília?
A nossa fam ília deve ser o ambiente em que a nossa vida com Deus seja p o
tencializada a fi m de que nossa vida social seja produtiva e abençoada.

VOCE SABE O QUE E
CRISTOLOGIA PAULINA?
“mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para

os judeus e loucura para os gregos. ”/ Co 1.23
Qualquer pessoa que ler, ao menos, uma parte dos escritos de Paulo reco
nhecerá já de início que a sua devoção a Cristo era a principal realidade e paixão
da sua vida. 0 que ele disse em uma das suas últimas cartas serve como uma
espécie de lema para toda a sua vida cristã: “ Porque para mim o viver é Cristo,
e o morrer é ganho” (Fp 1.21).
Se Cristo é a paixão singular da vida de Paulo, o centro desta paixão está na

obra salvífica de Cristo; e Paulo deixa isto claro com muita frequência: “ Cristo
morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3b).
Portanto, a Cristologia Paulina trata da compreensão de Paulo acerca da

pessoa de Cristo. Segundo o teólogo e exegeta Gordon D. Fee, estudar as suas
epístolas nos permite ver a pessoa de Cristo em termos de quem Paulo entendia
que Ele era, e de como Paulo enxergava o relacionamento entre Cristo, como o
Filho de Deus e Senhor, e o Deus Único, como o Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo,
que agora também se revelou como nosso Pai.
CBO
MAIS QUE UMA
BÍBLIA DE ESTUDOS,
UMA COMPANHEIRA
DE TODAS AS HORAS
Em mais de 25 anos de existência, a Bíblia de Estudo Pentecostal
(BEP) se tornou uma companheira presente nos cultos, nos devocionais
e na leitura diária de centenas de milhares de brasileiros, indo muito
além de sua função primária de ser uma Bíblia para estudos segundo
a doutrina pentecostal.
Ao longo de todo esse tempo, o projeto da BEP ampliou-se, passando

a incluir as im pressões em várias cores de capa e formatos, a edição
com a Harpa Cristã e as versões com conteúdo próprio e exclusivo
para crianças e jovens.
Neste ano de 2 0 2 2 , ela passa por uma grande reformulação, com a

revisão dos materiais de estudo, reorganização das notas e adequação
do texto conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
A Bíblia de Estudo Pentecostal se aperfeiçoa para continuar sendo o

que sempre foi: a Bíblia número 1 no coração dos cristãos brasileiros.

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em Família

Site Escola dominical Ensinador Cristão Lições Bíblicas VideoaulasnoTVCPAD,

Lição 1 - Quando a Família Age por Conta Própria 3

Lição 2 - A Predileção dos Pais por um dos Filhos 10

Lição 3 - Ciúme, 0 Mal que Prejudica a Família 17

Lição 4 - ídolos na Família 24

Lição 5 - Motim em Família 32

Lição 6 - Pais Zelosos e Filhos Rebeldes 39

Lição 7 - 0 Relacionamento Entre Nora e Sogra 47

Lição 8 - A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos 56

Lição 9 - Uma Família nada Perfeita 63

Lição 10 - Quando os Pais Sepultam seus Filhos 70

Lição 11 - Os Prejuízos da Mentira na Família 77

Lição 12 - Criando Filhos Saudáveis 84

Lição 13 - A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia 91

Av. Brasil, 34.401 - Bangu

QUANDO A FAMÍLIA AGE

Segunda - Gn 12.4 Quinta - Gn 16.2-6

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3

Gênesis 12.1-3; 16.1-5

Hinos Sugeridos: 58, 84, 458 da Harpa Cristã

1. INTRODUÇÃO 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

INTRODUÇÃO Abrão, ao decidirem não esperar 0 cum­

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5

6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

“ O SENHOR ME TEM IMPEDIDO DE GERAR

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7

8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

1. Quanto tempo Abraão esperou pelo cumprimento da promessa divina?

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9

A PREDILEÇÃO DOS PAIS

Segunda - Rm 12.2 Quinta - Gn 4.9.3; cf. SI 78.51

10 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

Hinos Sugeridos: 175, 318, 426 da Harpa Cristã

1. INTRODUÇÃO cionamento sadio entre os pais, 0 qual

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 11

INTRODUÇÃO isso acontece na fam ília, os resultados

12 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 3

14 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 5

l. O que Isaque não esperava que viria pela frente?

Os Dez Mandamentos na Tornando-se

16 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

Segunda - Pv 6.34 Quinta - Gl 5.25

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR Y]

G ên esis 37.1-4 ,11,18 ,23,24,28

F ?1 Hinos Sugeridos: 20, 425, 432 da Harpa Cristã

1. INTRODUÇÃO II) Identificar os m ales que 0 ciúme

18 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

INTRODUÇÃO I - A FALHA NO TRATAMENTO

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1Ç

20 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 1

III - OS MALES DO CIÚME

22 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

1 . 0 que lemos em Gênesis 37.3?

ABRIL • MAIO • JUNHO 2023 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 3

Segunda - 2 Tm 3.5 Quinta - Lv 19.4

24 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR ABRIL • MAIO • JUNHO 2023

Gênesis 31.17-19,33-35; Juizes 17.1,3-5

Hinos Sugeridos: 41, 71,124 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO Abrão, ao decidirem não esperar 0 cum