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Lições Bíblicas

ESTÁ PREPARADO PARA IR


CONTIA A CO^ENTEZA?
A história de Daniel foi permeada por uma extraordinária fé depositada em Deus.

Acom panhado de três amigos, ele ascendeu de capturado por Nabucodonosor,

imperador da Babilônia, a o mais alto nível da administração pública. Eles não se

limitaram a manter a d evoção a Deus no âmbito particular. Em uma sociedade

pluralista e antagônica á sua fé, se posicionaram contra a opinião geral e deram um

testemunho público de grande destaque.

Vivemos hoje em uma sociedade parecida que tolera a pratica d o cristianismo no nível

pessoal e nas atividades religiosas na igreja, mas deprecia cad a vez mais o testemunho

público. E por isso que essa história tem uma mensagem tão forte para nós.

Se Daniel e seus companheiros estivessem con osco hoje, estariam na vanguarda do

debate público. N ã o se importariam em ir contra a cultura do politicamente correto

para elevar o nome de seu Deus. E v o cê ? Esta preparado para ir contra a correnteza?

CM D
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TEMA DO TRIMESTRE:
CONHECENDO OS LIVROS DOS PROFETAS

CONHECENDO OS
PROFETAS MAIORES

10 “

DEUS CONTAVA
COM ISAÍAS

15 “
JE R E M IA S-O N D E
BUSCAR CORAGEM?
ALUNO
Q
3 5 EB“
OSEIAS E JOEL

^ 0 r c n

AMÓS E OBADIAS

44
JONAS E MIQUEIAS

^8
NAUME HABACUQUE

2 Q

EZEQUIEL - UM SOFONIAS E AGEU


JOVEM COM VISÕES

56
DANIEL - DEUS ZACARIAS E MALAQUIAS
CONTROLANDO TUDO

00 E E E H

CONHECENDO OS A PROFECIA NA
PROFETAS MENORES ATUALIDADE
CASA PUBLICADO RA DAS
CB© A SSE M B LÉ IA S DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das CONHECENDO
Assembléias de Deus no Brasil OS LIVROS DOS
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
PROFETAS
José Wellington Bezerra da Costa
Prezado(a)juvenil, a paz do
Diretor Executivo
Senhor! Estamos iniciando um
RonaLdo Rodrigues de Souza
novo trimestre de estudos da
Gerente de Publicações
Palavra d e Deus.
Alexandre Claudino Coelho
N esta rica oportunidade,
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
I e s tu d a re m o s so b re o m i­
nistério profético no Antigo
Gerente de Produção
T e sta m e n to . A m e n sa g e m
Jarbas Ramires Silva
anu nciada pelos profetas ti­
Gerente Comercial
nha a pretensão d e orientar
Cícero da Silva
o povo de Deus concernente
Gerente da Rede de Lojas
à vontade divina, bem com o
João Batista Guilherme da Silva
adverti-lo a respeito das prá­
Gerente de TI
ticas que contrariavam a Lei.
Rodrigo Sobral Fernandes
A resposta de cada profeta
Gerente de Comunicação
ao cham ado divino serve de
Leandro Souza da Silva
encorajamento para que você,
Chefe do Seto r de Educação Cristã
juvenil, não recue ou sinta-se
Marcelo Oliveira
incapaz de cumprir o ministério
Chefe do Seto r de Arte & Design
Wagner de Almeida para o qual foi cham ado pelo
Senhor. Saiba q ue e sse s ho­
Comentarista
Thiago Santos mens de Deus também tinham
su as fraquezas, lim itações e
Editora
frag ilid ad e s. M esm o assim ,
Paula Renata Santos
eles tiveram experiências m a­
Projeto Gráfico, Designer e Capa
ravilhosas com Deus.
Suzane Barboza
Esteja à disposição do S e ­
Fotos
nhor. Diga "Eis-me aqui, envia-
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-m e a mim". Deus, certamente,
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CONHECENDO OS
PROFETAS MAIORES
Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR, vosso
Deus, e estareis seguros: crede nos seus profetas e prosperareis ”(2 Crônicas 20.20)

* Is 6.1 ★ Eu vi o Senhor

* Jr 1.1 1 ,1 2 O Senhor vela pela sua palavra para a cum prir

Ez 2.3 Uma m ensagem para as nações rebeldes

* Mt 4.14-16 ★ O cum prim ento da profecia de Isaías

* Dn 10.1 Um a palavra foi revelada ao profeta Daniel

* Jo 12.38 Quem creu na nossa pregação?


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 17.13-19, 23 imagens de fundição, dois bezerros:
13 E o SENHOR protestou a Israel e a e fizeram um ídolo do bosque, e se
Judá, pelo m inistério de todos os prostraram perante todo o exército
profetas e de todos os videntes, do céu, e serviram a Baal.
dizendo: Convertei-vos de vossos 17 Também fizeram passar pelo fogo a
maus caminhos e guardai os meus seus filhos e suas filhas, e deram -se
mandamentos e os meus estatutos, a adivinhações, e criam em agouros:
conforme toda a Lei que ordenei a e venderam -se para fazer o que era
vossos pais e que eu vos enviei pelo m al aos olhos do SENHOR, para o
ministério de meus servos, os profetas. provocarem à ira.
14 Porém não deram ouvidos: antes, 18 Pelo que o SENHOR muito se indignou
endureceram a sua cerviz, como a contra Israel e os tirou de diante da
cerviz de seus pais, que não creram sua face: nada mais ficou, senão a
no SENHOR, seu Deus. tribo de Judá.
15 E rejeitaram os estatutos e o concerto 19 Até Judá não guardou os m anda­
que fizera com seus pais, como também mentos do SENHOR, seu Deus: antes,
os testemunhos com que protestara andaram nos estatutos que Israel
contra eles: e andaram após a vaidade fizera.
e ficaram vãos, como também após as 23 Até que o SENHOR tirou a Israel de
nações que estavam em roda deles, diante da sua presença, como falara
das quais o SENHOR lhes tinha dito pelo m inistério de todos os seu s
que não fizessem como elas. servos, os profetas: assim, foi Israel
16 E deixaram todos os mandamentos transportado da sua terra à Assíria,
do SEN H O R , seu Deus, e fizeram onde permanece até ao dia de hoje.

C . M O *

••® C O N E C T A D O COM DEUS •••


Ao longo da história bíblica, vim os que o m inistério profético surgiu
com o um a form a de oferecer ao povo de Deus orientação acerca da von­
tade divina, bem com o ad verti-lo contra as práticas que contrariavam a
sua Lei. Nesse sentido, o chamado profético, a natureza da m ensagem e o
caráter desses hom ens são visivelm ente encontrados em seus escritos. A
partir deles, os cren tes dos dias atuais podem extrair preciosas lições no
que diz respeito ao relacionam ento com Deus, bem com o à fidelidade no
exercício m inisterial e adm inistração dos dons espirituais.

'smmÊnmmmL mi
l. A IMPORTÂNCIA DOS PRO­ a não ser enviar nações mais poderosas
© FETAS MAIORES
1.1. A profecia era indispensável.
do que Israel e Judá para dom iná-los e
subjugá-los em cativeiro (2 Rs 17; 24—25).
Deus Levantou profetas em momen­ 1.3. O Julgam ento de Deus.
tos de sum a importância, haja vista o No ano 722 a.C„ Israel foi invadido
cenário de degradação moraLe espiritual peLa Assíria, que os dominou por co m ­
em que se encontravam tanto a nação pleto, desfazendo para sempre a nação,
de Israel, o Reino do Norte, quanto Judá, capturando suas terras e trazendo outros
o Reino do Sul. A pós a cisão entre as povos para ocupá-las, de modo que o
tribos, os governantes que sucederam Reino do Norte perdeu a sua pureza
os tronos de am bos os reinos não cui­ étnica e, sobretudo, o título d e nação
daram de guardar a Lei de D eus e o separada por Deus (2 Rs 17.6, 24; 18.11).
com prom isso com a religião mosaica. Semelhantemente, Judá, embora tenha
Com o passar dos anos, a m aldade, a sido preservada com o a lâm pada de
idolatria e as injustiças sociais tomaram Davi que perm aneceu acesa peLa mão
o coração e o governo dos reis, Levando de Deus, tam bém sofreu o castigo por
ao desvio do povo. sua rebelião (2 Rs 25.1-11).
1.2. Quem eram os p rofetas? Após o Senhor enviar seus servos,
Diante d e c irc u n stâ n c ia s m orais os profetas, para adverti-Los por perma­
caóticas, Deus escolhe, separa e inspira necerem em iniquidade, Deus usou os
homens para trazerem uma mensagem babilônios, liderados pelo rei N abuco-
d e ad vertência aos g overnantes e a donosor, que devastou a terra de Judá,
toda a nação. Eles receberam a missão colocou seu trono em Jerusalém e Levou
d e conscientizar o povo a respeito da o sju d e u s para o cativeiro na Babilônia
necessidade de arrependimento. (605-586 a.C.) (2 Rs 24.8-17; 2 Cr 36.5-10).
Para que o desvio d as Leis de Deus Mesmo assim, o Senhor continuou
não le v a ss e à d e stru iç ã o d e toda a a levantar s e u s servo s, o s profetas,
nação, a verdadeira religião deveria ser agora com a promessa de restauração
restaurada, a santidade restabelecida, espiritual e territorial, à m edida que o
e a a lia n ç a co m D eu s renovada. No povo rem anescente se arrependesse
entanto, não poucas vezes, m esm o o e d e c id isse renovar sua alian ça com
Senhor enviando os seus profetas para Deus (Jr 25.11; 29.10-19).
protestarem contra o pecado, mais dis­
tante o seu povo se colocava, chegando 2.INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS
ao ponto de perseguirem e até matarem PROFETAS MAIORES
os mensageiros de Deus. 2.1. O exercício do m inistério p ro­
A corrupção se mostrou tão intensa fético.
que, em algum as ocasiões, até mesmo Na Bíblia, o exercício do ministério
os próprios filhos eram o ferecid o s a profético ocorreu ao m enos d e d uas
Moloque, uma divindade que recebia maneiras. Em primeiro Lugar, os profetas
sacrifício de crianças. Deus se indignou de que exerceram seus ministérios quan­
tal maneira com as práticas pecaminosas do foram ch am a d o s exclusivam ente
do seu povo que não restou alternativa por D eus para protestarem contra as

JUVENIS 7
desobediências e maLdades praticadas Os profetas anunciaram a mensagem
peLos reis. Dentre esses, podemos citar bíblica com o propósito de advertir, com­
ELias e ELiseu. Há tam bém aqueles que plementar o ensino, encorajar, consolar,
exerceram o seu ministério registrando denunciar a injustiça e anunciar ojuízo.
os eventos que ocorreram, assim como Com o m en cio nam o s anteriorm ente,
as m ensagens proclam adas em suas a triste condição espiritual na q ual se
respectivas épocas, os quais recebem o encontrava o povo de Deus exigiu de
nome de "profetas Literários ou escritores". seus profetas a consistência necessária
Na organização do cânon bíblico, para anunciar com firmeza a mensagem
os Livros dos profetas foram ordenados divina. Por isso, não retrocediam, mesmo
Levando-se em conta o período e o sofrendo prisões, agressões, traições e,
estilo Literário ap resentad o por seu s por fim, até m esm o a morte por serem
escritos. O título “profetas maiores", fiéis ao Senhor (Jr 2 5 4 :4 4 4 ,5 : Lc 13.34).
por exem plo, nada tem a ver com a
relevância ministerial em relação aos 3. A ESTRUTURA DOS LIVROS
demais profetas, e sim pelo fato de seus Na biblioteca dos profetas maiores,
escritos comportarem maior quantidade os três primeiros Livros constituem em si
de textos (capítulos e versículos). Essa a maior porção dos escritos proféticos,
seção da Bíblia é composta por 5 Livros inclusive, maior até mesmo do que todos
que Levam o nome dos seus respectivos os 12 Livros dos profetas menores, con­
escrito res, a saber: Isaías, Jerem ias, siderando a extensão dos textos juntos.
Lam entações, Ezequiel e Daniel. V e ja m o s com o os profetas m aiores
2 .2 .0 período do ministério profético estão estruturados:
em Isra el eJu d á. Isaías — este é o primeiro Livro desta
0 período de atuação dos profetasdivisão bíblica. T rata -se de um a obra
ocorreu em dois cenários dem arcados rica em profecias m essiânicas. S e u s
por um evento que mudou com pleta­ escritos constituem a maior parcela de
mente a realidade da nação. Estamos profecias que se cumprem ao Longo do
faland o do cativeiro babilônico, que ministério de Jesu s e, por essa razão,
durou 70 anos, conform e a profecia Isaías é c o n h e c id o c o m o o profeta
d e Daniel, e teve seu término após o m essiânico. O Livro traz tam bém uma
retorno d os ju d e u s para Jeru sa lém . série de mensagens com advertências,
Nesse sentido, encontramos na história conforto e esperança, assim como enfa­
bíblica os profetas pré-exílio babilônico tiza o caráter de Deus e o seu propósito
e os profetas pós-exílio babilônico. revelado no Antigo Testam ento.
No caso dos profetas maiores, o Isaías é o mais Longo dos Livros
exercício de seu s ministérios proféticos e o mais citado no
se deu no período pré-exílio Novo Testamento. Sua Lingua­
ou mesmo durante o cativeiro gem su g ere um a profunda
com o é o caso d e Ezequiel intim idade do profeta com
e Daniel. Am bos foram trans­ Deus (Is 1.1, 2: 2.1-5: 6).
p o rtad os para o cativeiro na Jerem ias — O profeta Jere­
Babilônia. (Ez 1.1-3: Dn 1.1-6). mias profetizou durante os últimos

8 JUVENIS
quarenta anos da história de Judá, Reino
PARA CONCLUIR
do SuL, antes do Cativeiro BabiLônico.
De m odo g eral, a m en sag em
Ele Lamentou com tristeza a condição
revelada aos profetas tinha com o
em que se encontrava o Reino do SuL,
pretensão a restauração da comunhão
mesmo após sucessivas admoestações.
com Deus. O povo que foi escolhido
Este profeta advertiu a nação de Judá
e separado para viver os propósitos
acerca do desastre iminente que viria
divinos deveria permanecer na aliança
do Norte (cativeiro babiLônico), em razão
abraâmica, guardando os ensinamen­
do abandono à verdadeira religião e da
tos da Lei Mosaica. Semelhantemente,
negligência quanto às injustiças sociais
nos dias atuais, Deus espera que os
dominantes. 0 tema centraLdeseu Livro
seus servos apresentem um estilo
é obstinação, cativeiro e restauração dos
de vida que sirva à sociedade atual
ju d e u s (Jr 1.1-3,13-19).
com o m odelo de relacionam ento
Lam entações — Este Livro consiste
com Deus (Fp 2.14—16; 1 Pe 2.9,10).
em uma série de cLamores de Jeremias
em favor dos ju d e u s e uma descrição
das aflições sofridas peLo povo nos tem­ < C ^ H O R A DA REVISÃO
pos em que a cidade de Jerusalém foi
invadida pelos babilônios. O Livro termina 1. Q ual era a m issão dos profetas no
com um último clam or para que Deus Antigo Testam ento?
possa se Lembrar do rem anescente de
Israel e restaurá-Lo (Lm 5.18-22).
Ezequiel — O Livro de Ezequielé uma
2. Qualfoi o principalcastigoenviado
m ensagem a o sju d e u s que se encon­
por D eus sobre os reinos d e Israel
travam no exílio babiLônico, assim como e Ju d á ?
ao remanescente que permaneceu em
Jerusalém . Em seu s escritos, o profeta
d en un cia o fracasso da vida m oral e
esp iritual do povo eleito. Entretanto, 3. A respeito do cân o n b íb lico d o s
an u n cia tam bém a su a restauração, Livros d o s profetas, q u a is foram
personificada no vale de ossos secos. Da os critérios que definiram a forma
com o os Livros foram organizados?
mesma maneira que os ossos reviveram,
Deus prometeu restaurar espiritualmente
a Casa de Israel (Ez 37.1-14).
D aniel — Neste Livro, o profeta que 4. Com o o profeta Isaias é conhecido
foi Levado aindajovem para a Babilônia na Bíblia e por q ual razão?

ju n ta m e n te com se u s co nterrâneos
t

Ananias, M isael e Azarias, é instituído


co m o autoridade d e alta patente no +
Império BabiLônico e recebe da parte 5. Q u a l o tem a c e n tra l do Livro d e
Je re m ias? ■
d e D eus profundas revelações sobre
o futuro d e Israel e d as nações (Dn 1;
2.46-49). •
DEUS CONTAVA
COM ISAÍAS
“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de
ir por nós? Então, disse eu: eis-m e aqui. envia-m e a mim," (Isaias 6.8)

Is 25.8 A morte será aniquilada

Is 53.4 ,5 Ele tomou sobre si as nossas dores

Mc 1.2 Deus cumpre a mensagem de Isaias

Jo 12.9 < O M essias estava ali

Rm 10 ,16 Senhor, quem creu na nossa pregação?

At 28,24-26 ; 0 Espírito Santo falou aos nossos pais

10
|4 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 6.1-11 trazendo na mão uma brasa viva, que
1 No ano em que morreu o rei Uzias, tirara do altar com uma tenaz;
eu vi ao Senhor assentado sobre um 7 e com ela tocou a minha boca e disse:
alto e sublime trono; e o seu séquito Eis que isto tocou os teus lábios; e a
enchia o templo. tua iniquidade foi tirada, e purificado
o teu pecado.
2 Os serafins estavam acima dele; cada
um tinha seis asas: com duas cobriam 8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor,
o rosto, e com duas cobriam os pés, que dizia: A quem enviarei, e quem há
e com duas voavam. de ir por nós? Então, disse eu: eis-m e
aqui, envia-me a mim.
3 E clamavam uns para os outros, dizen­
do: Santo, Santo, Santo é o SENHOR g Então, disse ele: Vai e dize a este povo:
Ouvis, de fato, e não entendeis, e ve­
dos Exércitos; toda a terra está cheia
des, em verdade, mas não percebeis.
da sua glória.
10 Engorda o coração deste povo, e en­
4 E os umbrais das portas se moveram
durece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os
com a voz do que clamava, e a casa
olhos; não venha ele a ver com os seus
se encheu de fumaça.
olhos, e a ouvir com os seus ouvidos,
5 Então, disse eu: ai de mim, que vou e a entender com o seu coração, e a
perecendo! Porque eu sou um homem converter-se, e a ser sarado.
de lábios impuros e habito no meio 11 Então, disse eu: até quando, Senhor?
de um povo de impuros lábios; e os E respondeu: Até que se assolem as
meus olhos viram o rei, o SENHOR cidades, e fiquem sem habitantes, e
dos Exércitos! nas casas não fique morador, e a terra
6 Mas um dos serafins voou para mim seja assolada de todo.

_______ d y Q *

•• ® C O N E C T A D O COM DEUS ••• r '-“

0 ministério profético está presente em toda a Escritura Sagrada como


voz de Deus para orientar o seu povo. Quando os reis precisavam tom ar
decisões importantes, consultavam os profetas em busca de uma palavra da
parte de Deus. 0 profeta Isaías, por exemplo, exerceu o ministério profético
nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is l.l). No entanto, no ano
em que o rei Uzias morreu, ele teve um encontro diferente com Deus que
mudou completamente a sua vida e ministério (Is 6.1 ). Você gostaria de viver
uma experiência similar a de Isaías? Gostaria de ser portador da mensagem
do Altíssimo para esta geração? Que tal orar a respeito disso?!
1. O PROFETA MESSIÂNICO senciou um período de prosperidade e
1.1. Origem poder de Judá sob o reinado de Uzias.
O profeta Isaías é co n h e c id o na Entretanto, durante o reinado de Jotão,
Bíblia como o filho de Amoz. Segundo iniciou-se um cerco assírio nas cidades
a tradição, Isaías era oriundo de uma circunvizinhas a Judá. Foi então que,
família influente em Jerusalém. Por essa durante o reinado de Acaz, q ue R e-
razão, ele tinha fácil acesso ao palácio zim, rei da Síria, fez aliança com Peca,
do rei, bem com o proximidade com o rei de Israel, para resistir à opressão
sum o sacerdote. Ainda de acordo com da Assíria. Para tanto, e le s tentaram
alguns historiadores, Isaías era primo obrigar a Ju d á q ue se unisse a eles.
do rei Uzias e, por isso, estaria fam i­ Acaz recusou participar da coalisão e
liarizado com a cidade de Jerusalém . enfrentou um a grande batalha contra
Isaías c a so u -se com um a profetisa e esses dois reinos (2 Rs 16.5; Is 75).
teve dois filhos a quem deu os nomes Depois disso, foi no reinado de seu
d e S e a r-J a s u b e , q u e s ig n ific a “um filho Ezequias que a história de Judá
rem anescente deve retornar” (Is 7 3 ). tomou um novo rumo. Ezequias iniciou
e M a h e r-sh a la l-h a sh -b a z , q ue quer um processo de reforma espiritual e
dizer “apressando-se sobre a presa”(Is rem oveu os lug are s altos com seu s
8.1-3). Os nom es eram prenúncios de altares de sacrifício aos ídolos (2 Rs
eventos que ocorreríam naqueles dias. 184,22). Foi nesse tempo que o profeta
1.2. Contexto so cial Isaías profetizou acerca da morte de
Isaías profetizou durante o reinado Ezequias. Este, porém, clam ou muito
de quatro reis que governaram Judá: ao Senhor e humilhou-se de modo que
Uzias, Jotão, A caz e Ezeq uias (Is 1.1). Deus acrescentou-lhe mais quinze anos
Q uando Isaías ainda era jovem , pre- de vida (Is 38),
1.3. M ensagens de ju lg am en to s e
prom essas
Um episódio que marcou o m inis­
tério de Isaías foi a mensagem da parte
de Deus a respeito da afronta sofrida
por meio das cartas do rei Senaqueribe,
da Assíria, enviad as a Ju d á (Is 36). O
Senhor prometeu ferir o exército assírio,
e nenhum a flecha seria atirada contra
a cidade. Assim aconteceu, pois o Anjo
do SEN H O R feriu os 185 m il soldados
ÍT assírio s, d e m odo q u e fez c e s s a r a
Quer compreender melhor tentativa de invasão a Jerusalém. O rei
a natureza desse livro assírio, então, voltou para sua terra e,
profético? Leia a obra “Isaías, posteriormente, foi morto pelos próprios
0 Profeta Messiânico”, de filhos (2 Rs 19.35).
Stanley M. Horton. Após a morte de Ezequias, seu filho
M anassés assum iu o trono e desfez

12 JUVENIS
todas as reformas que o seu pai havia 2.2. A purificação do profeta
feito. S e u s 55 anos de governo são A visão fez com que Isaías perce­
considerados petos estudiosos o pior be sse q ue a sua co ndição espirituaL
período de apostasia do povo de Deus. não era apropriada para o cham ado
Em consequência disso, Isaías lhe fez ministerial profético. Contudo, após se
forte oposição. reconhecer com o pecador indigno, o
O livro do profeta Isaías é m arca­ profeta levantou os olhos e teve uma
do ainda por muitas outras profecias nova experiência. Um serafim de Deus
importantes que já se cumpriram, in­ se aproximou trazendo uma brasa viva
clusive, aquelas que tratam a respeito tirada do altar com um a tenaz - uma
do Messias. Outras ainda estão por se espécie de ferramenta com duas hastes,
cumprir na dispensação dos tempos. sem elhante a uma pinça. Quando tal
brasa tocou os lábios do profeta, ele foi
2. O EN CO N TRO COM DEUS purificado da sua im piedade (Is 6 .6 , 7).
2.1. A visão no Templo A provisão de Deus ao purificá-lo
No ano em que morreu o rei Uzias aponta para o quanto som os d epen­
(740 a.C.), o profeta Isaías teve um a dentes da graça divina. Não há nada
v isão g lo rio sa no Tem plo. Ele viu o que 0 homem possa fazer para livrar-se
Senhor, o grande Rei, assentado sobre da condenação do pecado. Somente
um alto e s u b lim e trono (Is 6.1). Os o sangue de Jesus pode purificá-lo de
serafins voavam ao redor do trono e todo pecado (1 Jo 1.7).
declaravam : "Santo, Santo, Santo é o 2.3. O cham ado
SEN H O R dos Exércitos; toda a terra Após a purificação divina, o profeta
está c h e ia d a su a g ló ria ” (Is 6.3). A tornou-se idôneo para cum prir o cha­
visão trouxe ao coração do profeta o mado de Deus. O exem plo do profeta
sentimento de indignidade diante da Isaías nos mostra que o cham ado m i­
santidade divina. Prontamente, Isaías nisterial deve andar lado a lado com
reconheceu ser um homem de lábios a santidade, Ser instrumento de Deus
im p u ro s q u e h ab itav a no m eio d e para levar as pessoas a se aproxima­
um povo tam bém de im puros lábios. rem d Ele é um privilégio. Entretanto,
Observe que o profeta confessa a sua cum p rir e ss e ch am ad o sem a d e v i­
co ndição inapropriada para estar na da fidelidade às Sag radas Escrituras
presença de Deus e conclui, dizendo: é incoerente. E sse co m portam ento
“Ai de m im ” (v. 5). O lam ento do pro­ expressa a com preensão errônea da
feta por sua triste condição espiritual graça e do caráterjusto e santo de Deus.
expressa a com pleta necessidade da Por esse motivo, até m esm o aqueles
misericórdia divina. Quantas vezes não que, a partir da era neotestamentária,
som os surpreendidos pela presença exercem ministérios ou adm inistram
gloriosa de D eus e nos sentim os in­ d ons esp irituais sem reverenciarem
cap azes de d e sfru tá-la ? No entanto, o Espírito da graça, correm o risco de
a Palavra d e D eu s nos garante que um dia ouvirem do Senhor: “Nunca vos
aquele que confessa o seu pecado e o conheci; apartai-vos de mim, vós que
deixa alcança a misericórdia (Pv 28.13). praticais a iniquidade” (Mt 723).

JUVENIS 13
3. UM A R AU TO COM O S A VISO S
PARA CONCLUIR
FINAIS
A natureza da m ensagem pregada A mensagem do profeta Isaías re­
por Isaías ao orgulhoso reino de Judá vela ojuízo de Deus sobre a certeza
consistia em denunciar o formalismo da impunidade que o povo de Judá
religioso e as injustiças da liderança trazia em seu coração. Deus não se
de seu tempo, os quais contaminavam deixa escarnecer, Ele requererá a
toda a nação. Em bora seg u issem os prestação de contas d e cada ação,
ritos sagrad os, era um povo q ue se Isaías, d e p e c a d o r d e lá b io s
ap ro xim ava d e D e u s para h o n rá -lo impuros, tornou-se um dos profetas
apenas com os lábios, mas com o seu mais precisos quanto ao surgimento,
coração distante da retidão (Is 29.13).
vida, ministério e morte do Messias.
Por essa razão, a vida religiosa da nação
Seu exemplo nos revela que, quando
encontrava-se vazia de Deus e cheia de
0 chamado de Deus é levado a sério,
pecados. A m ente dos ju d e u s estava
mudanças significativas acontecem.
cauterizada e certa da impunidade. A
mensagem de Isaias vinha de encontro
a esse destemor ao Senhor, que sonda
profundamente não só as atitudes, mas, < Q ^H O RA DA REVISÃO
sobretudo, as motivações dos corações.
1. Segundo a tradição, q ual a razão
4. A SALVAÇÃO DO M ESSIAS do fácil acesso do profeta Isaías à
Finalm ente, a m aior d e todas as liderança política e religiosa de Judá?
m e n sa g e n s a b o rd a d a s no livro de
Isaías é aq u e la q u e diz respeito ao
M essias prometido. Cham a a atenção 2. Onde e com o foi a visão dada por
o grande número de profecias acerca Deus a Isaías, no ano em que morreu
do Senhor Jesu s, sua hum ilhação e, o rei Uzias (740 a.C.)?
posteriormente, sua glorificação. Em
razão disso, o profeta Isaías é conhe­
cido pelos estudiosos como o “profeta
3. O que aconteceu a Isaías, quando 0
messiânico”. Em seu livro, encontramos serafim de Deus trouxe uma brasa
profecias a respeito de nosso Senhor viva, tirada do altar?
quanto: 1. Ao seu nascim ento (Is 714:
9.6): 2. Vida e ministério: (Is 8.14: 22.22:
4. No q u e c o n sistia a natureza da
35.5,6:61.1-3): 3. Sofrimento: (Is 50.4-11:
m ensagem pregada por Isaías ao ►
52,13—53); 4. Morte e ressurreição: (Is
orgulhoso Reino de Judá?
25.8; 26.19). Ele é anunciado como a Luz
para os gentios (Is 49 6). E, por fim, Isaías +
relata a forma com o o M essias seria 5. Sobre o que diz respeito a maior de
ferido e, com o um cordeiro, levado ao
todas as m ensagens de Isaías e o 4.
que cham a atenção no livro?
matadouro (Is 53.4-7). Ele é aquEle que
vi ria a ser a razão da nossa salvação. O
JEREMIAS - ONDE
BUSCAR CORAGEM?
“Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança: porque, aonde
quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás." (Jeremias 1.7)

V 2 Co 12.9 A graça do Senhor é suficiente

V 2 Cr 714 Arrependimento e busca sincera atraem a resposta divina

V Jr 7.1-4 Melhorai os vossos cam inhos e as vossas obras

V Jr 15 .19 -2 1 Aparte o precioso do vil

V 1 Jo 1.9 O Senhor é fiel e justo para perdoar

* At 3.19 O arrependimento traz refrigério

15
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 1.4-14, 17-19 dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu
; 4 Assim veio a mim a palavra do S E­ disse: Vejo uma vara de amendoeira.
NHOR, dizendo: 12 E d isse-m e o SENHOR: Viste bem;
porque eu velo sobre a minha palavra
5 Antes que eu te formasse no ventre,
para a cumprir.
eu te conheci; e, antes que saísses da
madre, te santifiquei e às nações te 13 E veio a mim a palavra do SENHOR,
dei por profeta. segunda vez, dizendo: Que é que vês?
E eu disse: Vejo uma panela a ferver,
6 Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ!
cuja face está para a banda do Norte.
Eis que não sei falar; porque sou uma
criança. 14 E d is s e -m e o SEN HO R: Do Norte
se descobrirá o mal sobre todos os
7 Mas o SENHOR medisse: Não digas:

! Eu sou uma criança; porque, aonde


quer que eu te enviar, irás; e tudo
quanto te mandar dirás.
habitantes da terra.
17 Tu, pois, cinge os teus lombos, e le­
vanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te
mandar; não desanimes diante deles,
8 Não temas diante deles, porque eu sou porque eu farei com que não temas
contigo para te livrar, diz o SENHOR. na sua presença,
9 E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me 18 Porque eis que te ponho hoje por ci­
na boca e disse-me o SENHOR: Eis que dade forte, e por coluna de ferro, e por
ponho as minhas palavras na tua boca. muros de bronze, contra toda a terra, e
10 Olha, ponho-te neste dia sobre as contra os reis de Judá, e contra os seus
nações e sobre os reinos, para arran­ príncipes, e contra os seus sacerdotes,
cares, e para derribares, e para des­ e contra o povo da terra.
truíres, e para arruinares; e também 19 E pelejarão contra ti, mas não pre­
para edificares e para plantares. valecerão contra ti; porque eu sou
11 Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, contigo, diz o SENHOR, para te livrar.
K H M M M M M M M M M M B M H M H m R

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••® C O N E C T A D O COM DEUS •••


0 chamado de Jeremias ocorreu em um contexto político-religioso complicado
para a nação de Judá. Seu ministério abrangeu os últimos anos que antecederam
a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico. Foi para esse tempo difícil
que Deus escolheu Jeremias, um homem sensível que sofria ao ver seu povo
padecer as consequências de suas escolhas erradas. Embora sofresse grande
perseguição, o profeta não deixou de Levar a mensagem de arrependimento a
um povo teimoso e rebelde. A história desse profeta tem muito a nos ensinar
no tocante aos tempos trabalhosos em que estamos vivendo. Em alguns mo­
mentos, pode parecer que você não conseguirá vencer os desafios para cumprir
o chamado de Deus, mas saiba que é Ele quem sustenta e capacita você.
1. A VIDA DO PROFETA 1.3. Um profeta sensível à voz de Deus
ÍQ s 1.1. Quem era Jerem ias? Jerem ias não apenas era inconfor­
Jerem ias era natural de A na- mado com o pecado da nação, como
tote, um a vila localizada ao nordeste tam b é m lutou co m to d as a s su a s
de Jerusalém , dentro do território da forças para c h a m á -la ao arrep end i­
tribo de Benjam im , O nom e do seu mento. Intercedeu com lá g rim a s e
pai era Hilquias, e muitos estudiosos o lamento com tamanha compaixão por
consideram como o sacerdote de Ana- seus compatriotas, que o respondiam
tote. O que reforça o fato de Jerem ias com ódio e am eaças. Ao que ouviu
pertencer a uma família de sacerdotes do próprio Senhor: “Tu, pois, não ores
é o local de seu nascimento, visto que por este povo, nem Levantes por ele
Anatote é apontada como uma cidade clam or ou oração, nem m e importu­
sacerdotal desde os tempos de Josué nes, porque eu não te ouvirei”(Jr 7.16).
(Js 21.18), Não se sa b e ao certo se Embora Jerem ias insistisse, não havia
Jerem ias cheg o u a exercer o ofício outro remédio para conduzira alma da
sacerdotal, O fato é que ele foi cham a­ nação ao arrependimento a não ser o
do pelo Senhor para ser profeta muito cativeiro babilônico.
jovem e, por esse motivo, dedicou sua A in d a q u e tal q u eb ran tam en to
vida ao exercício do ministério profético. em ocional de Jerem ias p u desse ser
1.2. Contexto so cia l da época visto a p rin cíp io co m o um sin a l de
O profeta Je re m ia s c o m e ç o u a fraqueza, ele foi um dos profetas mais
exercer o seu cham ado cerca de 40 corajosos e perseverantes da história,
anos antes do cativeiro judaico. Esse em bora solitário e rejeitado durante
período abrangeu os reinados de Josias, toda sua vida (Jr 15.15-18). A s próprias
Joacaz, Jeoaquim , Joaquim e Z e d e - experiências do profeta foram tão in­
quias. Um período conturbado que foi tensas que Deus as usa até hoje para
primeiramente marcado pela renovação nos ensinar preciosas lições.
espiritual promovida por Josias, mas que 1.4. Púb lico-alvo da profecia
logo se dissipou em razão da falta de Quando Jeremias foi chamado pelo
arrependimento sincero e constância na Senhor, a sua missão era convocar Judá
obediência à Lei por parte dos judeus. a um arrependimento sincero para com
O povo havia passado um bom tempo Deus, No entanto, no momento inicial
mergulhado na idolatria e subjugado do seu chamado, o Senhor havia dito
p e las forças p o lítica s q ue havia ao que ele seria um profeta para as na­
seu redor, a saber, os assírios que, ções. De imediato, o propósito divino
dom inavam a Ásia e o Oriente era derrubar a soberba do seu
até então; e, a seguir, os ba­ povo e anunciar 0 domínio das
bilônios, que se tornaram a nações gentílicas, a saber, a
maior potência m undial da Babilônia. Todavia, o juízo do
ép o ca em poucos anos. É Senhor tam bém viria sobre
nesse cenário de precarieda­ os caldeus, bem como sobre
de espi ritual e desorganização os povos que desdenhavam da
política que Jerem ias exerceu o nação eleita em razão da sua dor
seu ministério profético. (46—51). Ao final, o reinado davídico

JUVENIS 17
sobrevivería ao exílio, e um rem anes­ tituída de toda a auto ridade divina.
cente seria preservado para cumprir os Num primeiro momento, 0 Senhor lhe
propósitos de Deus para o seu povo. O perguntou o que via, ao que o profeta
Senhor não perde o controle da história, respondeu: “vejo uma vara de am en­
inclusive, da vida daqueles que o servem doeira". A seguir, o Senhor lhe disse:
com obediência. “viste bem ; porque eu velo sobre a
minha palavra para a cumprir" (v. 12). E,
2. A CHAM ADA E O ENVIO na segunda vez, Deus lhe perguntou
2.1. D e scu lp a s p ara não atender o que via. Ao que Jerem ias respondeu
ao cham ado que via uma panela a ferver com a sua
Jerem ias ainda era muito jo vem face virada para 0 Norte. Logo, o Senhor
quando foi cham ado para ser profeta. lhe explicou que do Norte viria o m al
Prontamente, o Senhor lhe d isse que sobre toda a terra (vv. 13, 14). D essa
o havia escolhido d esd e o ventre da forma, D eus o ordenou a não tem er
su a m ãe para exercer o m inistério. diante deles, porque o estava tornando
De im ediato, Jerem ias dem onstrou com o cidade forte, coluna de ferro e
se n tir-se in cap az de tão g rand io sa muros de bronze contra nações, reis e
m issão , a le g a n d o ser a p e n a s um a sacerdotes (v. 18).
criança, sem condições de ser porta-
-voz de Deus (Jr 1.5, 6). Entretanto, o 3, AS CO N D IÇÕ ES DE JUDÁ
Senhor 0 garantiu que Ele m esm o o 3.1. A idolatria e im oralidade
enviava e, portanto, o livraria de todos Um dos motivos pelos quais o S e ­
os seus opositores (vv. 7,8). Da mesma nhor prometeu enviar o cativeiro babi-
forma, atualmente, o Senhor continua tônico sobre Judá foi a sua decadência
a cham ar jo ven s para o exercício do espiritual. Nos dias que antecederam o
ministério. Não importa o quanto você exílio, Judá se encontrava mergulhada
se sinta inadequado, Deus quer usar na idolatria e imoralidade. Durante os
a sua vida com poder e autoridade! governos dos reis M anassés e Amom
A b a se do êxito d e J e re m ia s foi a (60 anos), os ju d e u s cometeram toda
o b e d iê n cia . Da m esm a form a, seja sorte de maldade, inclusive, aderindo
obediente, e você tam bém alcançará às práticas pecam ino sas e idólatras
sucesso em seu cham ado ministerial. da Assíria e naçõ es vizinhas. Dentre
2.2. Encorajam ento e envio as abom inações praticadas, estavam
A p esar d as lim itaçõ e s hum anas a p ro fa n ação do T e m p lo e s a c r ifí­
de Jerem ias, o Senhor o encorajou a cios hum anos oferecidos a Moloque,
cumprir o seu chamado. Afinal, a capa­ entidade Am onita (Jr 32.3 0 - 3 5 ). Esse
citação para tão grande obra viria do declínio espiritual alca n ço u tal nível
Deus Todo-Poderoso, que faria dele que o povo já não servia a Deus nem
um instrumento para arrancar e para discernia tamanhas malignidades. Essa
derrubar; para destruir e para arruinar; situação prorrogou-se até o tempo em
para edificar e para plantar (v. 9,10). que Josias assum iu o trono de Judá
A m ensagem de Jeremias, muitas e iniciou o processo de restauração
vezes severa, era poderosa e co n s­ espiritual.

18 JUVENIS
3.2. A mentira e o desprezo à Palavra
PARA CONCLUIR
de Deus
Além dos desvios religiosos e a ini­ Aprendemos nesta lição que a cora­
quidade dos reis, a maldade, falsidade e gem para exercer o ministério profético
falta de temor a Deus eram acentuadas não vinha da capacidade de Jeremias.
no comportamento de toda a Judá. Tanto Se Deus olhasse para a sua condição
que o Senhor revelou ao profeta que humana, jam ais o separaria para tão
até m esm o os da sua própria casa se grandiosa e difícil missão. Entretanto,
voltavam contra ele encobertamente. é justamente por meio das fraquezas
Os reis demonstravam aparentemente
de seus servos que o Senhor se revela
que buscariam o arrependimento, mas
forte (1 Co 1.27-29). Que nós também
não p e rm a n e ciam no c o n se lh o do
possamos, pela graça de Deus, ser
Senhor. Em nossos dias, muitas vezes
aperfeiçoados em nossas fraquezas,
nos deparamos com a mesma postura
por parte de alguns ouvintes da Palavra. atuando na sua obra (2 Co 12.9).
São pessoas que escutam com atenção
a pregação, mas agem com desprezo
< HORA DA REVISÃO
e falta de temor a Deus. Esse tipo de
com portam ento revela um coração
teimoso e inclinado para o mal. A Pa­ 1. O profeta Jerem ias era natural de
qual cidade e qual era o nome do
lavra de Deus afirma: “Não erreis: Deus
seu pai?
não se deixa escarnecer; porque tudo
o que o homem semear, isso também
ceifará" (Gl 6.7).
3.3. Uma convocação ao arrepen­ 2. O ministério profético de Jerem ias
dimento abrangeu o reinado de quais reis?
A mensagem profética de Jeremias
tratava-se de uma convocação ao ar­
rependimento. Embora, inicialmente, a
3. Q ual foi a reação de Jerem ias ao
palavra do profeta fosse de condenação
ser cham ado por D eus?
sobre as maldades praticadas pelo povo
de Judá, bem como por seus vizinhos, a
mensagem final era de restauração. As
palavras de Jeremias soam como uma 4. Cite as abominações praticadas pela
expressão da tristeza de Deus ao ver um nação de Ju d á devido à mistura
povo que não soube aproveitar a oportu­ religiosa com os assírios:
A

nidade como nação separada e escolhida.


Deus está sempre disposto a nos perdoar
porque nos ama. Nós também devemos +
5. Qual era a natureza da m ensagem
ser ávidos pelo seu perdão, na mesma profética de Jerem ias? .
proporção que estam os dispostos a
abandonar nossos pecados para servi-lo
com genuíno amor. ©

o © a
EZEQ U IEL- UM
30VEM COM VISÕES
“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo." (Ezequiel 2.1).

* Ez 2.3 ★ As nações se rebelaram contra o Senhor

V Dt 18.21,22 p A palavra dos verdadeiros profetas se cumpre

V Ez 22,30 Deus procura alguém disposto a trabalhar em sua obra

V Ez 36.26 Deus prometeu um novo coração

V 1 Ts 5.20-22 ★ Não desprezemos as profecias

V Nm 12.6 Deus fala ao seu povo por meio dos profetas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ezequiel 2 E tu, ó filho do homem, não os temas,
E disse-me: Filho do homem, põe-te nem temas as suas palavras; ainda que
sejam sarças e espinhos para contigo, e
em pé, e falarei contigo.
tu habites com escorpiões, não temas
Então, entrou em mim o Espirito, as suas palavras, nem te assustes com
quando falava comigo, e me pôs em o rosto deles, porque são casa rebelde.
pé, e ouvi o que me falava.
Mas tu lhes dirás as minhas palavras,
E disse-me: Filho do homem, eu te quer ouçam quer deixem de ouvir,
envio aos filhos de Israel, às nações pois são rebeldes.
rebeldes que se rebelaram contra 8 Mas tu, ó filho do homem, ouve o que
mim; eles e seus pais prevaricaram eu te digo, não sejas rebelde como
contra mim, até este mesmo dia. a casa rebelde; abre a boca e come
E os filhos são de semblante duro e o que eu te dou.
obstinados de coração; eu te envio a 9 Então, vi, e eis que uma mão se
eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor estendia para mim, e eis que nela
JEOVÁ. estava um rolo de livro,
E eles, quer ouçam quer deixem de 10 E estendeu-o diante de mim, e ele
ouvir (porque eles são casa rebelde), estava escrito por dentro e por fora;
hão de saber que esteve no meio e nele se achavam escritas lamen­
deles um profeta. tações, e suspiros, e ais.

CL Q >,

• m
M c

••® C O N E C T A D O COM DEUS •••


0 profeta EzequieL exerceu seu ministério em uma época muito impor­
tante da história do Reino do Sul. 0 Senhor o chamou para anunciar uma
m ensagem de repreensão para um povo rebelde e de dura cerviz, isto é,
para pessoas orgulhosas que não reconheciam seus erros e desobediências
à vontade divina. Em nossos dias, tem os visto pessoas com esse mesmo
comportamento. 0 livro de Ezequiel nos ensina preciosas lições acerca da
forma com que temos de lidar com esse tipo de comportamento reprovado
pela Palavra de Deus.
^ 1, A VIDA DO PROFETA nesse contexto que Ezequiel inicia o seu
1.1. Quem era Ezequiel? ministério com o propósito de anunciar
A Bíblia relata Ezequiel com o um a m ensagem de juízo divino ao povo
jovem de família sacerdotal (Ez 1.3). Ele apóstata de Judá e Jerusalém (1—24),
passou os primeiros 25 anos da sua vida bem como às sete nações estrangeiras
em Jerusalém , preparando-se para o que circundavam Judá.
exercício ministerial no Templo, quando Além disso, Ezequiel entregou tam­
foi levado prisioneiro para a Babilônia no bém uma mensagem direcionada aos
ano 597 a.C. Ao atingir a idade de 30 anos, judeus que estavam no exílio, na intenção
Ezequiel recebeu o chamado profético, de encorajá-los a manterem a fé, pois,
período em que iniciou o trabalho em no futuro, Deus restauraria o seu povo
seu livro. Os últimos acontecim entos conforme a aliança que havia feito com
registrados pelo profeta datam que ele eles. O Senhor disse também que a res­
tinha aproximadamente 50 anos. Segundo ponsabilidade era individual, que pecados
a tradição, Ezequiel era casado, mas sua dos antepassados não seriam trazidos
esposa veio a falecer. sobre a d escen d ên cia (Ez 18). Assim
1.2. Contexto social da época sendo, cad a geração deveria prestar
O cenário histórico do livro de Eze­contas das suas atitudes diante de Deus.
quiel é a Babilônia, mais precisamente os
primeiros anos do cativeiro (593-571 a.C.). 2. A VISÃO DO PROFETA
Quando Nabucodonosor transportou a 2.1. A visão da glória de Deus
segunda leva de prisioneiros para a Babi­ O livro de Ezequiel inicia com a descri­
lônia (697 a.C.), Ezequiel ainda era jovem. ção da visão da glória de Deus revelada
Foi um período muito complicado para ao profeta. No dia em que o Senhor o
o povo judeu, que veio a testemunhar chamou para exercer o chamado profé­
a destruição com pleta de Jerusalém tico, Ezequiel teve visões da glória e da
a lg u n s anos d ep o is (586 a.C.), Já no santidade de Deus (Ez 14,5). Tratava-se
exílio, o profeta Ezequiel iniciou o seu de um vento tempestuoso e uma grande
ministério, tendo como contemporâneos nuvem com fogo que se aproximava. Do
os profetas Daniel, que, nesse tempo, já meio da tempestade, saíam quatro animais
estava na Babilônia, e 0 profeta Jeremias, que tinham a semelhança de um homem,
que havia ficado em Jerusalém. A última Cada criatura tinha quatro rostos: um rosto
profecia de Ezequiel tem como data o de homem, mostrando a im agem de
mês de abril de 571 a.C. vingadores humanos: um rosto de leão,
1.3. Cham ado e responsabilidade indicando poder e terror: um rosto de boi,
O chamado de Ezequiel ocorreu em sugerindo sua força constante a serviço
tempos tenebrosos. Após o povo de Deus de Deus; e um rosto de águia, mostrando
ser várias vezes repreendido para se con­ que serão velozes para elevar-se acima
verter das suas más obras, ao persistir no da oposição mais forte que Jerusalém
erro lhe sobreveio o cativeiro, conforme pudesse apresentar (BEACON, 2005).
avisado pelo Senhor pela boca de seus Ezequiel viu tam bém rodas em volta
legítimos profetas. Nesse tempo, muitos dos animais em movimento constante. A
profetas anunciavam mentiras, segun­ linguagem figurada utilizada por Ezequiel
do a vontade de seu coração (Ez 13). É representava a soberania de Deus acima de

22 JUVENIS
todas as coisas e a sua presença em todas pecaminosas dos judeus e fez cair sobre
as esferas da criação. Esse mesmo Deus a cabeça deles as consequências de
estava com Ezequiele com os exilados à seus pecados (Ez 9.10).
margem do rio Quebar. Na seg u n d a visão revelada pelo
2.2. Ojuízo e a misericórdia divinos Senhor ao profeta, ele avistou a glória de
Osjuízos divinos revelados a Ezequiel Deus saindo do Templo. Em seguida, os
apontavam à queda de Jerusalém, sua querubins conduziram a glória de Deus
destruição final por meio de Nabuco- para fora da cidade de Jerusalém, em
donosor, rei da Babilônia, o que ocorreu direção ao Monte das Oliveiras, em razão
durante o reinado de Zed eq uias em da condição de pecados e idolatria (Ez
Judá, no décim o primeiro ano de seu 10). A Palavra de Deus é categórica em
reinado. Ezeq u iel predisse tam bém afirmar que o Senhor é santo e requer
juízos sobre sete povos pagãos: Amom santidade do seu povo. Sem santificação
(25.1-7), Moabe (25.8-11), Edom (25.12-14), ninguém verá a Deus (Lv 19.2; 1 Pe 1.15).
Filístia (25.15-17), Tiro (26.1—28.19), Sidom Não podemos permitir que o pecado nos
(28.20-26) e Egito (29—32). Na última faça perder a sensibilidade do Espírito
seção, os cap ítulos 33—48, contém Santo. Caso contrário, nós também per­
profecias acerca da responsabilidade deremos a glória do Senhor que paira
dos verdadeiros profetas, como atalaias sobre nossa vida.
de Deus: profecia contra os pastores
infiéis de Israel, bem como acerca da 3 . 0 ATALAIA DE DEUS
restauração de Jerusalém e esperança 3.1. A responsabilidade do vigia
sobre o futuro da nação eleita. Quando o Senhor chamou Ezequiel
Durante o tempo em que esteve na para ser profeta, co m p aro u -o a um
Babilônia, Ezequiel profetizou também “atalaia” (Ez 2 —3). O atalaia é um tipo
acerca daqueles que se encontravam de servo que ficava à entrada da cida­
exilados, bem como contra os moradores de, como uma sentinela, vigiando para
de Jerusalém, antes da invasão final em anunciar caso qualquer perigo viesse ao
586 a.C. A quantidade de mensagens que encontro da cidade. Esse ofício se aplica
apontavam o juízo divino a vários povos às circunstâncias de Ezequiel, enquanto
em diversas circunstâncias revela que verdadeiro profeta em meio a muitos
o ministério profético de Ezequiel não falsos, haja vista ser ele o canal de Deus
foi nada fácil Ademais, ele teve a difícil para anunciar o mal que viria sobre Israel
missão de pregar para povos rebeldes devido à sua desobediência (Ez 3.16-21).
e obstinados, a começar pelo seu. A responsabilidade do profeta era tanta
2.3. Quando Deus retira a sua glória que, caso ele não anunciasse a mensa­
Por muito tempo, os m oradores gem para o arrependimento do pecador,
de Jerusalém e Judá conservaram a Deus requerería o sangue dele das suas
sensação de que tudo estava fluindo mãos, Mas, se avisasse o transgressor, e
muito bem. Não havia problema algum ele não se convertesse, este morrería na
em manter as práticas pecaminosas — sua maldade. O mesmo fim se sucedería
afinal de contas, servir a Deus ou não ao justo, caso desviado de sua justiça,
era uma questão de escolha, Acontece ouvisse a mensagem e, mesmo assim,
que Deus estava vendo todas as práticas não se arrependesse (Ez 3.20).

JUVENIS 23
Nestes últimos dias, Deus continua a
PARA CONCLUIR
nos chamar como “atalaias" para anun­
ciar a sua Palavra. Se não cumprirmos A experiência do profeta, no tocante
fielm ente o seu cham ado, serem os às visões gloriosas, bem com o o seu
responsabilizados diante dEle. cham ado profético para anunciar uma
3.2. Ouvir e advertir com o que ouviu dura m ensagem a um povo rebelde
A palavra anunciada a Ezequiel era nos ensinam importantes lições para o
clara: ele deveria ouvir e transmitir tudo tempo presente. Semelhante àqueles
quanto o Senhor ordenasse. Era preciso dias, a sociedade encontra-se cada vez
advertir os pecadores de que deveriam mais distante dos valores e princípios
se converter de seus maus cam inhos da Palavra de Deus. Isso comprova as
e praticar a justiça. Após cumprir a sua palavras do Senhor Jesus ao dizer que,
missão como atalaia, a ordem de Deus por se multiplicar a iniquidade, o amor de
era para que ele permanecesse em sua muitos se esfriará. Que você, aluno(a) da
casa, calado, até que, no tempo oportuno, classe Juvenis, se comprometa em ser
o Senhor tornasse a abrir sua boca para um atalaia de Deus nestes últimos dias!
anunciar a Palavra à “casa rebelde". 1
D eus cerrou os lábios do profeta < Q ^HO RA DA REVISÃO
durante sete anos, a fim de que não WÊÈBÊB3SÈS£Sil&&SB8&BBSBg£8B8SBÊÉSfâ8&&&&BS^S8È È BB8BSSB& SÈBBS9Ê& ÉÍÈ i
servisse de repreensão ao seu povo. O 1. Sendo de família sacerdotal (Ez 1.3),
Senhor disse ao profeta: "Quem ouvir como teria sido a vida de Ezequiel,
ouça, e quem deixar de ouvir deixe: antes do cativeiro, em 597 a.C.?
porque casa rebelde são eles" (Ez 3.27).
Esse modo de tratar com o seu povo nos
leva a crer que Deus conhece aqueles
2. Quem eram os profetas contempo­
que certamente ouvirão ou não a sua
râneos a Ezequiel?
mensagem . O nosso papel, enquanto
m ensageiros de Deus, é pregar a sua
Palavra “quer ouçam, quer deixem de
ouvir". © 3. Em seu sentido figurado, o que a
primeira visão gloriosa de Ezequiel
representava?

póticiu^-%
4. O que Ezequiel avistou na segunda
No site visão gloriosa e por qual razão?

www.escoadominical.com.
.,4

br, você encontra artigos e


m atérias interessantes sobre +
5. Com o o ofício de atalaia se aplicava
o que acontece nas igrejas,
às circunstâncias de Ezequiel? +
sobretudo, na esfera da
+

W
O (S) ô
DANIEL — DEUS
CONTROLANDO TUDO
“Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência
em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento
em toda visão e sonhos" (Danieí 1.17)

Dn 1.12 ★ O propósito dos jovens pela confiança em Deus

¥ Dn 7.9 ★ A visão gloriosa dos tronos e do Ancião

* 2 Ts 3,3 * Deus é fiel para nos guardar do Maligno

¥ Dn 4.37 ★ Deus abate os soberbos

V 1 Jo 1.9 * Se confessarmos os pecados, Ele é fiel para nos perdoar

V 2 Tm 2 .11-13 ★ Deus permanece fieL, pois não nega a si mesmo

25
m

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Daniel 1.1-7; 2.29,30 rei e do vinho que ele bebia. e que
1 No ano terceiro do reinado de Jeo- assim fossem criados por três anos,
aquim, rei de Judá, veio Nabucodo- para que no fim deles pudessem estar
nosor, rei da Babilônia, a Jerusalém diante do rei.
e a sitiou. 6 E entre eles se achavam, dos filhos
2 Eo SENHOR entregou nas suas mãos de Judá, Daniel, Hananias, M isaele
a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte Azarias.
dos utensílios da Casa de Deus, e ele 7 E o chefe dos eu nu co s lhes pôs
os levou para a terra de Sinar, para a outros nomes, a saber: a Daniel pôs
casa do seu deus. e pôs os utensílios o de Beltessazar, e a Hananias, o de
na casa do tesouro do seu deus. Sadraque, e a Misael, o de Mesaque,
3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus e a Azarias, o de Abede-Nego.
eunucos, que trouxesse alguns dos Daniel 2.29, 30
filhos de Israel, e da linhagem real, e 29 Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram
dos nobres, os teus pensamentos ao que há de
4 jovens em quem não houvesse de­ ser depois disto. Aquele, pois, que
feito algum, formosos de aparência, revela os segredos te fez saber o
e instruídos em toda a sabedoria, que há de ser.
e sábios em ciência, e entendidos 30 E a mim me foi revelado este segredo,
no conhecimento, e que tivessem não porque haja em mim mais sabe­
habilidade para viver no palácio do doria do que em todos os viventes,
rei, a fim de que fossem ensinados mas para que a interpretação se
nas letras e na língua dos caldeus. fizesse saber ao rei e para que en­
5 E o rei lhes determinou a ração de tendesses os pensamentos do teu
cada dia, da porção do manjar do

••® C O NE CT AD O COM DEUS •••


0 profeta Daniel ainda era jovem quando foi levado com seus amigos para
o cativeiro na Babilônia. Ali, ele viveu experiências que jamais imaginava para
sua vida. 0 rei havia ordenado a escolha de alguns jovens, pertencentes à li­
nhagem real judaica, formosos de aparência e habilitados para viver no palácio
real. Dentre estes estava Daniel. À época, talvez ele mal pudesse imaginar o
quanto aquelas tristes circunstâncias estavam diretamente ligadas ao bom
propósito de Deus para sua vida. Muitas vezes, somos submetidos a situações
assim, as quais pensamos que tudo deu errado. Mas a história de Daniel vai
nos mostrar que Deus sempre tem 0 controle sobre todas as coisas e as faz
cooperar para o bem daqueles que são chamados segundo 0 seu propósito!
ui T
l. QUEM ERA DANIEL? 1.3. Um profeta-estadista
© 1.1. Cativeiro em Babilônia Durante os dias em que esteve no
Nos dias do rei Jeoaquim, por palácio do rei, Daniel e seu s am igos
voLta do ano 605 a.C„ D eus permitiu desfrutaram do cuidado divino. Tanto
que Nabucodonosor, rei da Babilônia, é que estes jo vens so b ressaíram -se
invadisse Judá e cercasse Jerusalém, O em relação aos d em ais q ue haviam
cativeiro babilônio tornou-se inevitável sido transportados para a Babilônia.
diante da im p enitência do povo de As Escrituras nos garantem que Deus
Judá, que por várias vezes rejeitou a concedeu a Daniel, Hananias, Misael
convocação ao arrependimento feita e Azarias a graça de terem o conhe­
pelos profetas enviados por Deus. A cimento e a inteligência em todas as
deportação dos jud eus para a Babilô­ letras e sabedoria, mas a Daniel o Senhor
nia ocorreu em três etapas: o primeiro concedeu o entendimento em toda a
grupo foi levado em 605 a.C.; o segundo visão e sonhos (Dn 1.17). Deus iria levan­
grupo foi deportado em 595 a.C.; e, por tar Daniel como uma liderança forte e
fim, o terceiro grupo foi conduzido para significativa no Império Babilônio, a fim
a Babilônia em 587 a.C. Daniel e seus de livrar o povo de Israel da destruição
amigos foram levados durante a primeira e para profetizar sobre o futuro,
investida, sob o governo de Jeoaquim,
rei de Judá (Dn 1.1). 2, CORAGEM PARA SER FIEL
1.2. Da Linhagem real 2.1. Sua convicção pura
Aspenaz, chefe dos eunucos, trouxe Daniel e seus amigos foram educados
alguns jovens que pertenciam à linha­ na Lei do Senhor desde a infância. Noto­
gem real de Israel para participarem riamente, as práticas religiosas, a dieta,
de um program a de treinamento no bem como os ensinamentos caldeus
palácio do rei, Esses jovens deveriam contrariavam os retos conselhos da Lei
ser formosos de aparência, instruídos do Senhor, Contudo, o posicionamento
em toda a sabedoria, sábios em toda a de Daniel e seus amigos revela que eles
ciência, entendidos no conhecimento não renunciariam às suas convicções,
e aptos para viver no palácio do rei. m esm o se tivessem que pagar com a
Dentre estes, estavam Daniel e seus própria vida para isso. O amor à Palavra de
am ig o s H ananias, M isael e A zarias. Deus e a fé que receberam de seus pais
Eles receberam novos nomes: Daniel fizeram com que a dedicação no serviço
p asso u a se ch a m a r B eltessazar; a e obediência a Deus fossem maiores
H ananias, cham aram d e S a d ra - do que as circunstâncias adversas
que; M isael, d e M esaque; e com q ue e le s se deparavam .
Azarias, de Abede-N ego (1.7). Que exemplo! Será que você
No palácio do rei, os jovens também está disposto a rejeitar
ap renderíam as letras e a as iguarias que o “deus deste
cultura dos caldeus e teriam século”tem colocado diante de
uma rotina e dieta reguLadas você ou não vê problema algum
com o melhor que poderia ser em assentar-se à mesa com os
oferecido no império. escarnecedores? Pense nisso!

JUVENIS 27
2.2. Decidiu não se contam inar 2.3. Sua vida de oração
O conhecimento da Lei do Senhor Para manterem-se firmes na fé, ape­
levou Daniel e os seus am igos a d is­ nas a decisão de não se contaminar com
cernirem que as iguarias oferecidas no a cultura babilônica não seria o suficiente
palácio do rei eram oferendas dedica­ para aqueles jovens. Eles precisariam
das a deuses pagãos. Logo, participar prosseguir na busca e comunhão com
daquela dieta significaria renunciar aos Deus. Por esse motivo, Daniel é caracteri­
ensinamentos sagrados. Deus honrou zado no livro como um homem de oração
a atitude dos jovens, fazendo com que (Dn 6.10). Desenvolver o hábito de orar,
a dieta de legum es adotada por eles mesmo que em espirito, como ensina o
tornasse suas aparências mais saudáveis apóstolo Paulo, é fundamental para não
do que a daqueles que se alimentavam perdera conexão com o Senhor. Daniel
da porção do manjar reaKDn 1.13-16). O e seus am igos certam ente contaram
Senhor ainda os abençoou dando-lhes com a provisão divina quando fizeram
conhecimento, inteligência em todas as o trato com Aspenaz a respeito da dieta
letras e sabedoria, mais do que todos os de legumes. Semelhantemente, diante
outros doutos do reino (1.17,20). das tentações e pressões do mundo, a
Quando nos tornamos tolerantes contínua oração é o sustento necessário
com o pecado, nos alim entando das para vencermos pela fé (1 Jo 54).
“iguarias" mundanas, a nossa comunhão
com Deus é prejudicada. Portanto, faça 3. FESTA NA BABILÔNIA
como Daniele seus amigos: decida em 3.1. O orgulho humano
seu coração não se contam inar com Nos dias de seu reinado, Nabucodo-
este mundo. nosor havia sonhado com uma grande
estátua feita de vários materiais (Dn 2).
Nessa ocasião, Daniel foi levado ao rei
a fim de revelá-lo 0 sentido do sonho e
apontou que ele era a cabeça de ouro
da estátua. Isso significava que o Deus
dos céus o havia entregado o domínio
de toda a Terra. Por essa razão, o rei
se orgulhou muito e procurava usar a
religião para consolidar o seu domínio
sobre todas as províncias conquistadas.
Adquira mais conhecimento O orgulho fez com que o rei ordenasse a
sobre 0 livro de Daniel e construção de uma estátua e convocou
as verdades reveladas uma grande festa para a consagração
daquele monumento. Nesse ajuntamen­
ao profeta por meio da
to, todos os prefeitos, presidentes, juizes
obra “Daniel Versículo por
e autoridades deveríam se prostrar e
Versículo”, do
reverenciar a imagem do rei (3.1-6). Esse
Pr. Severino Pedro. é mais um exemplo do que o orgulho
pode provocar no coração das pessoas.

28 JUVENIS
3.2. A estátua de ouro e a coragem
PARA CONCLUIR
dos jovens
A estátua que o rei mandou construir A história de Daniel e seus amigos
tinha dois metros e sessenta de largura, na Babilônia nos mostra que o Senhor
27 metros de altura e foi levantada em não abandona os seus servos nos mo­
um lo cal cham ado “Cam po de Dura" mentos mais difíceis. Eles enfrentaram
(3,1), Essa obra colossal tornou-se um grandes desafios que surgiram para
símbolo do governo de Nabucodonosor. desanimá-los ou tentá-los a abando­
Para cumprir esse propósito, o rei con­ narem a fé. A história deles nos revela
vocou todas as autoridades do Império
que Deus é soberano e tem o controle
Babilônico e, como prova de lealdade,
sobre cada detalhe da vida de seus
ordenou que, ao sinal combinado e ao
servos. Confie sua vida a Deus e seja fiel
som da orquestra, todos se prostrassem
aos seus ensinamentos, Ele conhece o
diante da estátua (3.5), Mesmo sabendo
das consequências de não obedecerem seu passado, presente e, com certeza,
à ordem do rei, Sadraque, M esaque e tem um futuro de bênçãos para você.
A bed e-N eg o não se curvaram diante
da estátua. Atualmente, o nosso inimi­
go espiritual nos tenta para pecarmos
< Q ^HO RA DA REVISÃO
MIWWMMIMMMMMMBMMII11 1111 il h il MIIIHUhH IÍM4111 III liU WilHliH' n 'IHHi II1
contra o Senhor e nos desviarm os da
sua vontade (1 Pe 5.8, 9). Entretanto, a 1. Como deveriam ser os jovens esco­
lhidos para o treinamento no palácio
confiança em Deus nos trará livramento
do rei da Babilônia?
de qualquer cilada.
3.3. A fornalha ardente superaque-
cid a e o Quarto Homem.
A postura dos jovens hebreus cha­ 2. Com o D eus honrou D aniel e aos
m ou a ate n ção d e certo s caLdeus. seus am igos por decidirem não se
Insatisfeitos, com unicaram ao rei que contaminar com as iguarias do rei?
a desobediência vinha justam ente dos
judeus que ocupavam cargos no reino.
Depois que ficou sabendo, Nabucodono­
3. Com o o profeta Daniel é caracte­
sor resolveu dar mais uma oportunidade
rizado no livro bíblico?
aos jovens para que se submetessem
ao decreto. Em resposta, os jo v e n s
co nfiaram p le n am e n te na provisão
divina. Caso não houvesse livramento, 4. O q ue o orgulho no co raçã o de
Nabucodonosor o levou a fazer?

estavam dispostos a morrer submissos


4

à vontade de Deus. Entretanto, quando


foram lançados na fornalha ardente, 5. O que aconteceu quando Sadraque, +
um quarto homem com aparência di­ M esaq ue e A b e d e -N e g o foram
ferente apareceu entre eles. Era o anjo lançados na fornalha ardente? 4.
do Senhor livrando-os da morte (3.25).
O Senhor sabe livrar e honrar aqueles
que são fiéis aos seus mandamentos. ©
9 ® a
CONHECENDO OS
PROFETAS MENORES
“E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e. pelo ministério
________ dos profetas, proporei símiles." (Oseias 12.10).________

¥ J l 2.2 O Dia do Senhor está perto

¥ Am 3.6,7 O Senhor revela os seus desígnios aos profetas

¥ Jn 1 .1 ,2 * O cham ado do profeta

¥ Mq 1 .1 -7 ' A Palavra do Senhor contra Israel e Judá

¥ H c 3 .1,2 A oração do profeta

¥ Zc 1.1-4 * Exortação ao arrependimento


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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Amós 3.1-7 Dario, veio a palavra do SENHOR ao
1 Ouvi esta palavra que o SENHOR fala profeta Zacarias, filho de Baraquias,
contra vós, filhos de Israel contra toda a filho de Ido, dizendo:
geração que fiz subir da terra do Egito, O SENHOR tem estado em extremo
dizendo: desgostoso com vossos pais.
2 De todas as famílias da terra a vós Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR
somente conheci; portanto, todas as dos Exércitos: Tornai para mim, diz o
vossas injustiças visitarei sobre vós. SENHOR dos Exércitos, e eu tornarei
3 Andarão dois juntos, se não estiverem para vós, diz o SENHOR dos Exércitos.
de acordo? E não sejais como vossos pais, aos
4 Bramirá o leão no bosque, sem que quais clamavam os primeiros profetas,
tenha presa? Levantará o leãozinho no dizendo: Assim diz o SENHOR dos
covil a sua voz, se nada tiver apanhado? Exércitos: Convertei-vos. agora, dos
vossos maus caminhos e das vossas
5 Cairá a ave no laço em terra, se não
más obras. Mas não ouviram, nem me
houver laço para ela? Levantar-se-á o
escutaram, diz o SENHOR.
laço da terra, sem que tenha apanhado
alguma coisa? Vossos pais, onde estão eles? E os
profetas, viverão eles para sempre?
6 Tocar-se-á a buzina na cidade, e o
povo não estrem ecerá? Sucederá Contudo, as minhas palavras e os
qualquer mal à cidade, e o SENHOR meus estatutos, que eu mandei pelos
não o terá feito? profetas, meus servos, não alcança­
ram a vossos pais? E eles tornaram
7 Certamente o Senhor JEOVÁ não fará
e disseram: Assim como o SENHOR
coisa alguma, sem ter revelado o seu
dos Exércitos fez tenção de nos tra­
segredo aos seus servos, os profetas.
tar, segundo os nossos caminhos e
Zacarias 1.1-6 segundo as nossas obras, assim ele
1 No oitavo mês do segundo ano de nos tratou.
mmmmmmmnni,

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•• v C O N ECTA D O COM DEUS •••


Deus levantou profetas que anunciaram a mensagem de arrependimento
antes que viesse o cativeiro babilônico, mas também levantou profetas que
anunciaram a mensagem de redenção durante e no pós-cativeiro. Em nossos
dias, a mensagem profética não cessou. 0 Senhor continua a falar, desde
então, por meio da sua Igreja, A mensagem permanece a mesma: a chamada
ao arrependimento e conversão dos maus caminhos, pois o grande Dia da
redenção se aproxima, quando o Senhor voltará para buscar os seus santos.
Ao som da trombeta, num abrir e fechar de olhos, a Igreja será arrebatada.
0 exemplo dos profetas m enores tem muito a nos ensinar.

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l. A IMPORTÂNCIA DOS PRO­ isto é, a idolatria, dístanciando-se cada
© FETAS MENORES. vez mais dos seus caminhos (Os 1,2).
1.1. Quem eram os profetas menores?
Na primeira lição deste trimestre, 2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS
vimos que a organização do texto bíblico PROFETAS MENORES
classifica os livros por estilo literário. 2.1. Por que m enores?
N esse sentido, encontramos na Bíblia Como mencionamos anteriormente,
os livros que pertencem aos seguintes a nomenclatura “Menores" d eve-se ao
grupos: históricos, poéticos e proféticos. fato de os escritos desses profetas com­
C o n cern en tes aos livros proféticos, portarem menor quantidade de texto em
temos aqueles que são cham ados de relação aos profetas Isaías, Jeremias,
"profetas maiores", em razão de seus Ezequiele Daniel. Isso não significa que
escritos comportarem maior quantidade as suas profecias ou ministérios tenham
de textos (capítulos e versículos). E temos menos importância doutrinária. Outros
os "profetas menores", que constituem o aspectos que diferenciam os profetas
grupo de livros proféticos que apresen­ menores são a datação em que foram
tam menor quantidade de texto, porém, escritos, as diferenças de estilo literário
não menos importantes. Essa seção da e a brevidade no relato dos fatos. Dentre
Bíblia, que estudaremos nesta lição, é os profetas menores, há onze livros cuja
com posta por 12 livros que levam os mensagem aborda probLemas relacio­
nomes de seus respectivos escritores, nados à arrogância dos reis e ao destino
a saber: Oseias, Joel, Amós, Obadias, de povos ímpios. Em contrapartida, o
Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, livro de Jonas trata da sua experiência
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. no tocante ao chamado para pregar uma
1.2. Qual era a m issão? m ensagem de juízo e arrependimento
Os profetas menores tinham como a um povo ímpio e cruel.
missão confrontar a liderança política e 2.2. Qual o período de atuação dos
espiritual, bem como o povo de Israel profetas?
e Judá a respeito dos seu s pecados Os profetas considerados “menores"
de idolatria, injustiças sociais e demais atuaram no período entre os séculos VIII
desobediências à Lei de Deus. Muitas e V. a.C. as datas não são precisas, porém,
vezes, a m ensagem anunciada petos de acordo com os elementos históricos
profetas era representada por eventos registrados em cada livro, é possível atri­
que ocorriam nas suas próprias vidas, buir as seguintes datas aos respectivos
como, por exemplo, o casam ento de livros proféticos: século VIII a.C,: livros:
O seias com um a m ulher advinda da Oseias, Amós e Miqueias: século VII a.C.:
prostituição. O próprio Deus ordenou o livros: Naum, H abacuque e Sofonias;
profeta a agir dessa forma, o que cer­ séculos V l-V a.C.: livros: Joel, Obadias,
tamente escandalizava os religiosos da Ageu, Zacarias e Malaquias; data incerta:
época, Porém, servia de exemplo para livro de Jonas. Obviamente, os livros que
lhes mostrar que, do mesmo modo, o fazem parte do grupo dos “profetas
Senhor ca so u -se com um povo infiel menores" não estão necessariamente
que praticava a prostituição espiritual, em ordem cronológica. Muitos desses

32 JUVENIS
profetas anunciavam a m ensagem do necessitados e uma repreensão quanto
Senhor concom itantem ente aos pro­ à falta de zelo com 0 Templo. Vamos ver
fetas maiores. Os grandes diferenciais a mensagem de cada profeta:
são as temáticas e abordagens desses O seias — O livro de Oseias é o pri­
profetas aos destinatários da mensagem. m eiro d os 12 profetas m enores. Ele
O maior divisor de águas para situar os apresenta Deus como o amante divino.
anos em que esses homens exerceram Assim, a pecam inosidade de Israel é
seus respectivos ministérios é o evento representada em termos de infidelidade
do cativeiro babilônico. Ele serve de conjugal e injustiça. 0 próprio casamento
referência para dem arcar os tem pos do profeta se torna a m ensagem que
de atuação de cada profeta. ele prega: Deus, motivado pelo amor,
restaurará Israel da m esm a m aneira
3 . A ESTRUTURA DOS LIVROS com o O seias recebeu de volta a sua
3.1. Visão panorâm ica esposa infiel (Os 1.2).
Do ponto de vista panorâmico, os Joel — O Dia do Senhor é revelado
livros dos profetas menores estão or­ ao profeta Jo el por meio da im agem
ganizados da seguinte forma: profetas amedrontadora da praga de locustas.
que profetizaram antes do Cativeiro Joel chama a nação ao arrependimento.
Babilônico: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Quando a nação realmente se arrepen­
Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque e de dos seu s pecados, o Senhor ju lg a
Sofonias; e profetas que profetizaram os povos que a oprimiram. O profeta
após o Cativeiro Babilônico: Ageu, Z a­ anuncia tam bém o derramamento do
carias e Malaquias. Espírito e a restauração de tudo o que
Os autores desses livros foram ins­ o povo havia perdido (Jt 2.28, 29).
trumentos de Deus para proclamar uma Amós —Amós profetizou para o Rei­
m ensagem de repreensão à liderança no do Norte e protestou contra o estilo
poLítica e espiritual que governava Is­ de vida luxuoso da classe governante
rael e Judá, apontando os problem as que resultou em apatia moral e espiritual.
políticos, sociais e espirituais. Mas não O exílio era o julgamento de Deus sobre
apenas a liderança, pois eles denuncia­ essas más obras (Am 5.12-16).
vam o pecado, a injustiça e a apostasia Obadias —A mensagem de Obadias
do povo concernente à adoração ao era uma condenação sobre Edom. Os
único Deus e à obediência à sua Lei. edomitas traíram Judá e degolaram os
A natureza da mensagem profética seus refugiados. Mas havia uma promessa
consistia na cham ada ao arrependi­ de restauração para Judá, enquanto os
mento e à fid elid ad e a Deus. N esse edomitas seriam devastados (Ob 12-15).
contexto, muitos profetas anunciaram Jonas — O livro de Jonas relata a his­
a vinda do M essias e a prom essa da tória do profeta. Após receber a comissão,
restauração do Reino davidico, ele decide fugir e sofre as consequências
3.2. Mensagem e propósito d essa escolha. No ventre do grande
A m en sag em dos profetas é um peixe, contudo, Jonas recebe uma nova
alerta de Deus quanto à negligência chance para cumprir a missão, e o povo
da adoração, ao cuidado para com os de Nínive se arrepende Un 1.2,17),

JUVENIS 33
Miqueias — O profeta Miqueias pro­ PARA CONCLUIR
testa contra as injustiças da sociedade,
Deus levantou cada um dos cha­
bem com o contra a falsa religião. Por
mados “profetas menores" a fim de
fim, o Senhor pronuncia um julgamento
contra o seu povo, seg uid o de um a trazer uma m ensagem de arrepen­
futura restauração (Mq 2.1-3). dimento, juízo e renovação espiritual
Naum — Naum anuncia a destruição ao seu povo. Esse mesmo propósito
da Assiria, assim com o de sua capital, perm anece atualm ente a partir da
Ninive. Com isso, o povo de Judá seria igreja. Enquanto não chega o grande
aliviado de muitas tensões (Na 2). Dia da Volta de nosso Senhor, deve­
Habacuque — O profeta questiona mos anunciar que o julgamento divino
a Deus sobre as .injustiças e corrupções virá. Que Deus nos faça canais do seu
da sociedade. Finalmente, o livro termina Espirito Santo para esta geração!
com a com preensão de H abacuque
acerca dos propósitos divinos e sua
expressão de fé, louvor e esperança, < Q HORA DA REVISÃO
m esm o diante de circunstâncias d es­
favoráveis (Hb 1.2; 3.17,18).
l, Por que os últimos 12 livros proféti­
Sofonias — O livro de Sofonias trata cos recebem o nome de “profetas
de uma condenação direta sobre a con­ menores"?
dição espiritual de Judá e Jerusalém. O
profeta anuncia também o Dia do Senhor
com o um dia de julgam ento, porém,
o remanescente será salvo (Sf 3.8,9), 2. Qual era a missão dos profetas m e­
Ageu — A m en sag em de A geu é nores?
um despertam ento aos exilados que
retornaram do cativeiro. Eles estavam
empenhados em seus próprios interes­ 3. Q ual foi o período de atuação dos
ses, enquanto a Casa de Deus estava profetas menores?
em ruínas (Ag 1.9,10).
Zacaria s — Deus revela ao profeta
Zacarias o futuro de Jerusalém após o
retorno dos exilados. Ele viu o Templo 4. Quais dos profetas menores exerce­
ram seu ministério antes do Cativeiro
reconstruído e o sacerdócio restabe­
Babilônico?
lecido, além da bênção de Deus sobre
a cid ad e ao ponto de nações serem

atraídas a ela (Zc 8), ------- -------------------- ^
M alaquias — Malaquias denuncia o
comportamento da nação pós-exílica. 5. Dentre os profetas menores, quem ^
O povo não estava servindo ao Senhor profetizou após o Cativeiro Babilônico? ^
devidamente. O profeta predisse tam­
bém a vinda de um m ensageiro que
restauraria a religião (Ml 4 5. 6).O
“Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ete despedaçou
______ e nos sarará, fez a ferida e a ligará." (Oseias 6.1)

Os 1.10 Vós sois filhos do Deus vivo

Os 3.1 * O Senhor am a os filhos de Israel

Os 6,3 - Prossigam os em conhecer o Senhor

J l 1.14 ,15 ★ O Dia do Senhor está perto

V J l 2 ,12 -17 Convertei-vos de todo o vosso coração

V J l 3 .11-16 ★ O Senhor julgará as nações

35
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Oseias 6.1-8; como Adão; eles se portaram aleivo-
1 Vinde, e tornemos para o SENHOR, samente contra mim.
porque ele despedaçou e nos sarará, 8 Gileade é a cidade dos que praticam
fez a ferida e a ligará. a iniquidade, calcada de sangue.
2 Depois de dois dias, nos dará a vida; Joel 2.28-32
ao terceiro dia, nos ressuscitará, e 28 E há de ser que, depois, derramarei
viveremos diante dele. o meu Espírito sobre toda a carne, e
3 Conheçamos e prossigamos em co­ vossos filhos e vossas filhas profetiza­
nhecer o SENHOR: como a alva, será rão, os vossos velhos terão sonhos, os
a sua saída; e ele a nós virá como a vossos jovens terão visões.
chuva, como chuva serôdia que rega 29 E também sobre os servos e sobre
a terra. • as servas, naqueles dias, derramarei
4 Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó o meu Espírito.
Judá? Porque a vossa beneficência 30 E mostrarei prodígios no céu e na terra,
é como a nuvem da manhã e como sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
o orvalho da madrugada, que cedo
31 O sol se converterá em trevas, e a lua,
passa.
em sangue, antes que venha o grande
5 Por isso, os abati pelos profetas; pela e terrível dia do SENHOR.
palavra da minha boca, os matei; e os
32 E há de ser que todo aquele que in­
teus juízos sairão como a luz.
vocar o nome do SENHOR será salvo;
6 Porque eu quero misericórdia e não porque no monte Sião e em Jerusalém
sacrifício; e o conhecimento de Deus, haverá livramento, assim como o SE­
mais do que holocaustos. NHOR tem dito, e nos restantes que
7 Mas eles traspassaram o concerto, o SENHOR chamar.

C l

• •(•) C O N E C T A D O COM DEUS •••


Nesta aula, veremos as histórias dos profetas Oseias e Joel. A partir de
suas profecias, vamos extrair preciosas lições espirituais, sobretudo, para
viver estes últimos dias da Igreja sobre a Terra. Ambos os profetas tinham a
importante missão de anunciar que 0 julgamento divino se aproxima. Porém,
antes do Dia do Juízo, Deus estabeleceu um tempo para tratar com 0 seu povo
sobre arrependimento a fim de trazer restauração, paz e prosperidade. Esse
arrependimento, contudo, deveria ser sincero, não apenas de aparência ou
palavras. Lembre-se de que Deus sonda os corações e é impossível se deixar
enganar (Jl 2.13). Que 0 Senhor abençoe a sua vida por meio do estudo desta lição!

+ ►
gSj 1 . 0 JULGAMENTO DIVINO E O mentir, matar, furtar, adulterar, além de
^ AMOR DE DEUS. haver homicídios sobre homicídios por
1.1. O tem a central da profecia de toda parte (Os 4.1,2).
Oseias. Nesse período, Deus usou o profeta
A profecia de Oseias tratava-se de para exortar a nação a arrepender-se,
mais uma tentativa do Senhor em cha­ com eçando pela liderança política e
mar a nação de Israel ao arrependimento espiritual. Após denunciar os pecados do
antes que v ie sse o seu julgam ento. povo e a negligência dos líderes, o que
Em bora o Senhor co ndenasse o pe­ se viu foi o arrependimento superficial.
cado da nação, ainda assim a amava e O amor deles pelo Senhor era como o
desejava manter o concerto que havia orvalho da manhã, que desap arecia
feito com ela, antes que adentrasse à rapidamente com o calor do dia (Os 6.4).
Terra Prometida. Note que o arrependimento que Deus
A m ensagem do profeta Oseias foi espera de seu povo deve ser sincero,
transm itida d e form a alegórica, isto profundo e refletido em ações. Não
é, o casam ento do profeta com uma adianta oferecer sacrifícios, cum prir
m ulher vinda de prostituições serviu dogm as externos apenas na tentativa
para ilustrar o tipo de fidelidade que o de manter a aparência religiosa, pois
Reino do Norte tinha com o Senhor (Os como disse o Senhor por meio do pro­
í), Era uma nação que havia se desviado feta Oseias: “misericórdia quero e não
da Aliança com o seu Deus para se en­ sacrifício; e o conhecimento de Deus,
tregar à idolatria. Nesse sentido, Deus mais do que holocaustos" (Os 6.6).
é ilustrado como um marido que havia 1.3. Prom essas de bênçãos abun­
concedido todas as honras matrimoniais dantes
para uma nação que havia se tornado Deus tinha promessas verdadeiras
ímpia. Esse exemplo nos mostra que o para o seu povo, Um tempo de paz, bên­
amor de Deus, apesar de incondicional, çãos e prosperidade. O Senhor promete,
não tolera o pecado. Tudo o que desvia por seus próprios meios, sarara perversão
a nossa vida da plena comunhão com
Deus é considerado, espiritualmente,
prostituição. Portanto, Deus abomina a
atitude daqueles que vivem impiamente.
1.2. Exortação ao arrependimento
A profecia de Oseias inicia-se com
uma crítica contundente contra a infi­
delidade da nação em relação a Deus.
Por conta de suas práticas pecaminosas,
#
o Senhor entrou em contend a com
o seu povo. O seias foi cham ado pelo Adquira mais conhecimento
Senhor para denunciar abertam ente lendo a “Enciclopédia Popular
os p e ca d o s d os ju d e u s. N ão havia de Profecia Bíblica”, de Tim
benignidade, nem conhecim ento de Lahaye e Ed Hindson.
Deus na terra. Só prevalecia o perjurar,

JUVENIS 37
do seu povo e voluntariamente o amar e 2.2. O ju ízo divino e a cham ada ao
apartar a sua ira dele (Os 144). Essa predis­ arrependimento nacional
posição do próprio Deus em restaurar o Os juízos anunciados pelo profeta
seu povo coaduna com o seu ato voluntá­ Jo e l in ic ia m -se com o lam ento pela
rio de entregar o seu Filho Unigênito para situação atual. A devastação de Judá
que todo aquele que nEle crê não pereça, havia sido ocasionada por uma grande
mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). Tudo o praga de gafanhotos, seguida de uma
que Deus esperava de seu povo era um seca terrível, que deixaram os campos
arrependimento sincero, A promessa da com pletam ente assolados, de modo
restauração de Israel serve de exemplo que se secou a alegria entre os filhos
para os dias atuais, pois o Senhor continua dos homens Ul 1.10-12). Diante desse
a curar, salvar, batizar no Espírito Santo ecenário de destruição, o profeta convoca
a levar o homem para o Céu. os sacerdotes a cingirem os lombos e
lam entarem diante do Senhor, a c la ­
2. O LIVRO D E JO E L marem com choro e jejuns, juntamente
2.1.0 tema central da profecia deJoel com o povo na Casa de Deus, a fim de
Assim como o casamento de Oseias que o Senhor restaure a comunhão e a
prefigura o relacionamento infiel do povo prosperidade da nação (JL 1.13,14).
para com Deus, Joel utiliza os fenôme­ O apelo nacional foi evidenciado por
nos da natureza, a saber, a assustadora meio do toque da trombeta em Sião,
praga da locusta, bem com o de uma conclam ando uma reunião da nação
seca severa para descrever o cenário para buscar a Deus e suplicar por sua
atual de Judá e anunciar a mensagem misericórdia (JI2.15). O apelo do profeta era
de que algo pior ainda estava porvir, isto para que o povo rasgasse o seu coração,
é, o grande Dia do Senhor (Jl 1,15). Esse e não as suas vestes, se convertesse a
dia seria marcado pela iminente invasão Deus que é misericordioso e compassivo,
militar estrangeira por parte de um povo tardio em irar-se, grande em beneficência,
que vinha do Norte, e se arrependesse do mal (Jl 2,12,13). Deus
Diante da cala m id a d e atual e do responde ao arrependimento sincero!
respectivo juízo divino, restava à nação
buscar 0 arrependimento. Nesse sentido, 3 , 0 DIA DO SENHOR
a mensagem de Joel tinha o tríplice pro­ 3.1. A prom essa de restauração
pósito: 1) juntar o povo diante do Senhor Além de todo o sofrimento experi­
em uma grande reunião solene (Jl 1.13, mentado por Judá, esse ainda não era o
14); 2) exortar o povo ao arrependimento castigo final. Havia outro juízo vindo do
por meio do choro, do jejum e do clamor Norte, representado como um exército
sinceros (2.12-17): e 3) anunciar uma pala­ de gafanhotos, marchando em direção a
vra profética a respeito do derramamento Judá. Deus aproveitaria este grande dia
do Espírito sobre as futuras gerações para julgar os rebeldes que não aceitaram
(Jl 2.28, 29). Nesse contexto, é possível a mensagem profética de arrependimento,
aprender que a atitude sincera perante abandonando suas más obras (Jl 2.1-5).
Deus resulta em mudanças significativas Para muitos estudiosos, essa profecia
e na manifestação do poder divino. de Joel refere-se ao período da Grande

38 JUVENIS
Tribulação, m ais especificam ente, à
PARA CONCLUIR
G rande Batalha do A rm agedom (Ap
16.12-16), Estando certo ou não, o fato As mensagens dos livros de Oseias e
é que há uma promessa de livramento Joel concentram um elemento comum: a
para o povo que é fiel a Deus. O Senhor chamada ao arrependimento. Em ambas
julgará as nações que oprimiram injus­ as situações, diante do arrependimento
tamente a Israel e, por fim, promete uma sincero, Deus trouxe a promessa de
restauração muito especial. Trata-se de restauração, paz e prosperidade. Isso
uma restauração da terra tal como se significa que o castigo da parte de Deus
fosse o próprio jardim do Éden (JI2.19-
não é um instrumento continuo aplicado
24; 3,17-21), A pLenitude e fertilidade da
por Deus. Ele espera que seus filhos se
nação lem bra o propósito original de
arrependam de seus erros e tão pron­
Deus em conceder uma terra abundante
tamente dediq uem -se a fazer a sua
onde mana leite e m el (Êx 3.8).
3.2. A prom essa do derramamento vontade. Então, a bênção do Senhor
do Espírito e as suas promessas se cumprirão de
No livro do profeta Joel, está registra­ maneira efetiva em suas vidas.
da também uma das maiores promessas
dispensadas aos crentes dos últimos < HORA d a r e v is ã o
dias (Jl 2.28-32). Estam os falando do
derramam ento do Espirito Santo que 1. Do q u e se tratava a profecia de
se cum priu no Dia de Pentecostes e O seias?
continua a se cumprir (At 2.16-21).
Após sofrer todas as calamidades, a
Terra de Israel experimentaria um tempo
2. Com base em Oseias 6.4, como deve
de paz e prosperidade no fim dos dias. 0
ser o arrependim ento q ue Deus
primeiro grande ensinamento de Joel é a
espera de seu povo?
necessidade de arrependimento diante
das adversidades. O segundo diz respeito
ao derramamento do Espírito sobre toda
a carne (v. 28). A profecia descreve que o 3. Qual a principal m ensagem anun­
Senhor se revelaria aos seus servos, aos ciada pelo profeta Joel?
jovens e aos idosos por meio de sonhos
e visões. Essa promessa aponta para a
4. Diante da destruição em Judá (Jl
continuidade da manifestação do Espirito,
1.10-12), o que faz o profeta Joel?
como disse o Senhor em Números 12.6.

Trata-se de uma promessa que não está
limitada apenas aos filhos e filhas, mas
também aos servos e servas, apontando 5. Qual promessa revelada por Joel se +
que não haveria distinção ou acepção de cumpriria nos últimos dias?
pessoas para receber o Espírito Santo. O +
elemento crucial para viver tal experiência
é a fé (At 8.14-17; 10 .44 - 47 )-© +

+ O ® ô
AMÓS E OBADIAS

"Porque assim diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-m e e vivei.” (Am 5.4).

¥ Am 3.1-3 * O Senhor observa as injustiças

¥ Am 4-12 * Prepara-te para te encontrares com o teu Deus!

¥ Am 5 .20 -22 * O Senhor rejeita rituais sem santidade

¥ Ob 1 -5 * A soberba engana e precede a queda

¥ Ob 15 -17 ★ O Dia do Senhor está perto

¥ Ob 20, 2 1 * O Reino será do Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Amós 2.10-16 Obadias 10, n , 15-17
10 Também vos fiz subir da terra do Egito 10 Por causa da violência feita a teu irmão
e quarenta anos vos guiei no deserto, Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás
para que possuísseis a terra do amorreu. exterminado para sempre,
11 E dentre vossos filhos Levantei profetas 11 No dia em que estiveste em frente
e dentre os vossos jovens, nazireus. dele, no dia em que os forasteiros
Não é isso assim, filhos de Israel? Diz
levavam cativo o seu exército, e os
o SENHOR.
estranhos entravam pelas suas portas,
12 Mas vós aos nazireus destes vinho e lançavam sortes sobre Jerusalém,
a beber e aos profetas ordenastes, tu mesmo eras um deles,
dizendo: Não profetizeis.
15 Porque o dia do SENHOR está per­
13 Eis que eu vos apertarei no vosso
to, sobre todas as nações: como tu
lugar como se aperta um carro cheio
de manolhos. fizeste, assim se fará contigo; a tua
maldade cairá sobre a tua cabeça,
14 Assim que de nada valerá a fuga ao
ágil: nem o forte corroborará a sua 16 Porque, como vós bebestes no monte
força, nem o valente Livrará a sua vida. da minha santidade, assim beberão de
15 E não ficará em pé o que leva o arco, continuo todas as nações: beberão,
nem o ligeiro de pés se livrará, nem e engolirão, e serão como se nunca
tampouco o que vai montado a cavalo tivessem sido.
livrará a sua alma. 17 Mas, no monte Sião, haverá livramen­
16 E o mais animoso entre os valentes to; e ele será santo; e os da casa de
fugirá nu naquele dia, disse o SENHOR. Jacó possuirão as suas herdades.

••® C O N E C T A D O COM DEUS


A mensagem de Amós denunciava 0 estiLo de vida luxuoso, apático e imo­
ral dos moradores do Reino do Norte. Esse modo de vida trouxe a prática da
injustiça, corrupção e insensibilidade para com os mais necessitados. Nessa
mesma perspectiva, os edomitas orgulhosamente traíram Judá no momento
mais difícil vivenciado pelo Reino do Sul. Ambos os comportamentos desses
povos revelam que a vaidade e 0 orgulho são pecados sistemáticos que levam
à queda e à humilhação. Nesta lição, veremos que Deus abomina esses com­
portamentos. Já para os seus servos que 0 temem e são dependentes dEle, 0
Senhor promete bênçãos e livramento.
1. A PROFECIA DE AMÓS pecados da nação seriam severamente
© 1.1. Tema central da profecia de
punidos (Am 6.14).
Amós:ju stiça e retidão 2. A JUSTIÇA DE DEUS
A profecia de Amós tem como alvo 2.1. A ju stiça contra a arrogância
principal os moradores do Reino do Norte. Um dos pecados que se destaca no
Embora o profeta fosse natural de Tecoa, livro de Amós e que veio a ser alvo de suas
uma vila localizada no planalto a sul de profecias é a arrogância do povo de IsraeL
Belém, sua mensagem foi destinada ao Eles se sentiam inatingíveis, ostentando
povo do Norte (Am 1.1). O livro começa suas riquezas e luxos, descansando em
com uma série de advertências a respeito suas camas de marfim e desfrutando de
do pecado de nações vizinhas a Israel e banquetes suntuosos, enquanto os pobres
culmina com a repreensão de Deus ao eram desprezados às suas portas. Israel
seu povo com a promessa de castigo. divertia-se em festas, em briagando-se
A m e n sag e m d e A m ós era uma com vinho, embora a mensagem de Deus
denúncia contra o desvio espiritual e. conclamasse ao arrependimento (Am 64-
como consequência, as injustiças come­ 6). Veja que o erro desses israelitas não
tidas contra os pobres, as imoralidades se devia à riqueza, mas, sim, à indiferença
e a corrupção que predominavam em para com o Senhor e às necessidades
Israel durante o governo de Jeroboão II. dos mais pobres. Ainda hoje, o Senhor
A pregação de Amós revela a preocupa­ não condena seu s servos por terem
ção de Deus com a retidão espiritual, a riquezas, mas espera que usem os os
justiça social e a responsabilidade para recursos que Ele mesmo nos concede
com os mais necessitados. O Senhor dá para ajudarmos aos mais necessitados
atenção para aqueles que mais preci­ (Dt 1511: Mt 25.35-40).
sam e espera que seus servos façam o 2.2. Deus trata com o seu povo de
mesmo (Sl 113.5-8). forma ju sta
1.2. A retribuição pelo pecado Deus usou seu servo A m ós para
No capitulo 3 de Amós, o profeta denunciar as m aldades do seu povo
anuncia um castigo que virá sobre a antes que viesse o terrível castigo sobre
região de Samaria como paga por todas a nação. Os israelitas não foram surpre­
as maldades praticadas pelos israelitas. endidos pelo cativeiro. Antes, o Senhor
A partir do capítulo 4, várias maldades os repreendeu continuamente por suas
são apontadas, assim como sérios cas­ m aldades e lhes concedeu inúmeras
tigos anunciados, caso os israelitas não oportunidades para que se arrependes­
se convertessem. Todavia, não houve sem. Entretanto, eles insistiram em suas
arrependimento sincero. No capítulo 5, maldades. Por meio da profecia de Amós,
o profeta assinalou que, além das muitas Deus demonstra a sua misericórdia. O
maldades cometidas, o justo é afligido, Senhor disse: “B uscai-m e e vivei" (54).
e os mais necessitados são rejeitados Tratava-se de um cham ado para um
às portas (v. 12). Mesmo assim, Deus é relacionamento com Deus, andando em
tão rico em misericórdia que, por meio genuína justiça e retidão. As palavras do
de Amós, apontou o caminho: “Buscai o profeta eram convites, oportunidades de
bem e não o mal" (v. 14). No entanto, em livramento e restauração que o Senhor
razão da insistência na desobediência, os concedeu ansiando pelo arrependimento.

42 JUVENIS
Deus não quer que nenhum dos seus
PARA CONCLUIR
servos se perca (Am 5.14,15).
3. A PROFECIA DE OBADIAS A mensagem de Amós destaca
3.1. 0 julgamento de Deus sobre Edom que Deus abomina a prática da injus­
Assim como Deus condenou a arro­ tiça. Por meio de Obadias, o Senhor
gância dos israelitas e as suas injustiças também condenou o orgulho e a mal­
por meio de Amós, a mensagem de Oba- dade para com o próximo. Ambos os
dias se trata de um juízo sobre o orgulho profetas revelam que existe um Deus
da nação de Edom, Em 586 a.C„ quando nos céus que vê todas as coisas que
Nabucodonosor fez a terceira e última nada foge de seu julgamento. Que
investida contra Jerusalém, levando mais ao perscrutar o nosso ser - entendi­
um grupo de judeus cativos à Babilônia, mento, ações e intenções - o Senhor
as Escrituras apontam que os edomitas encontre em nós um coração contrito
se regozijaram, Esse comportamento e agradável a Ele. No fim de todas as
não era esperado, haja vista os edomitas coisas, haverá uma recompensa da
serem parentes de Israel, descendentes parte de Deus para todos os que são
de Esaú. Entretanto, eles se alegraram fiéis à sua Palavra.
na destruição causada pelos inimigos
de Judá, até mesmo os ajudando (10-15). < C ^ H O R A DA REVISÃO
Por meio do profeta Obadias, fica claro
que, embora Judá estivesse sendo alvo
1. O profeta Am ós era natural de qual
do castigo divino, Edom jam ais poderia
localidade?
se alegrar ou compactuar com a ruína
de seus irmãos. Assim, Deus os exortou
e prometeu fazer juízo.
3.2. Medidos com a mesma medida 2. Qual era a natureza da mensagem
Deus reprovou a conduta de Edom, de Am ós?
assim como fez com Judá. A diferença
é que a nação de Edom seria castigada,
enquanto 0 povo de Judá seria restaura­ 3. Qual pecado dos israelitas recebe maior
do (15-18). De acordo com a profecia de atenção no livro do profeta Amós?
Obadias, Edom e Filístia desapareceríam
como nação, enquanto Judá seria res­
taurada quando os exilados tornassem a
4. Qual a natureza da m ensagem de
possuir seus territórios (19-20). No futuro,
O badias?
a cidade de Jerusalém voltaria a ser a
cidade de Deus, governada pelo Senhor. ►
Essa profecia se cumprirá após a Vinda - ' : ►
de nosso Senhor Jesus, importa, portanto, 5. De acordo com a profecia de O ba- +
que tenhamos um coração justo, que dias, qual seria o destino das nações
não se alegra com a maldade, nem se de Judá e de Edom ?
regozija com a queda do próximo. Deus
conhece todas as coisas ejulgará a cada +
um conforme o fruto das suas obras.©
DONAS E MIQUEIAS
Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR
pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e
andes humitdemente com o teu Deus?" (Miqueias 6.8).

* Jn i . n , 12 ★ A consequência da desobediência

Jn 1,15 -17 ★ Deus envia livramento

¥ Jn 2.1, 2 ★ Deus ouve a oração no meio da aflição

V Mq 5,2 ★ O Salvador virá de Belém

V Mq 6 .13 -15 Deus trará juízo ao seu povo

V Mq 7,18 ★ O Senhor tem prazer na benignidade


J4 leitura bíblica em classe
Jonas 1.1-4 ventre do inferno gritei, e tu ouviste a
1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, minha voz.
filho de Amitai, dizendo: Miqueias 4.1-3
2 Levanta-te, vai à grande cidade de 1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que
Ninive e clama contra ela, porque a o monte da Casa do SENHOR será
sua malicia subiu até mim. estabelecido no cume dos montes e
3 E Jonas se levantou para fugir de se elevará sobre os outeiros, e con­
diante da face do SENHOR para Társis; correrão a ele os povos.
e, descendo a Jope, achou um navio 2 E irão muitas nações e dirão: Vinde,
que ia para Társis: pagou, pois, a sua e subam os ao monte do SENHOR
passagem e desceu para dentro dele,
e à Casa do Deus de Jacó, para que
para ir com eles para Társis, de diante
nos ensine os seus caminhos, e nós
da face do SENHOR.
andemos pelas suas veredas; porque
4 Mas o SENHOR mandou ao mar um de Sião sairá a lei, e a palavra do SE­
grande vento, e fez-se no mar uma NHOR, de Jerusalém.
grande tempestade, e o navio estava
3 E julgará entre muitos povos e casti­
para quebrar-se.
gará poderosas nações até mui longe;
Jonas 2.1,2
e converterão as suas espadas em
1 E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, enxadas e as suas lanças em foices;
das entranhas do peixe. uma nação não levantará a espada
2 E disse: Na minha angústia, clamei contra outra nação, nem aprenderão
ao SENHOR, e ele me respondeu; do mais a guerra.

________ C 2

* (fJ J m
k y / ^ » \ m - a j*
•• ® C O N E C T A D O COM DEUS •••
A misericórdia de Deus para com os pecadores muitas vezes parece ser
complexa de compreender. A BíbLia revela histórias interessantes de pessoas
que com eteram atrocidades, mas, tão logo se arrependeram, receberam o
perdão divino. Em contrapartida, há ju stos que sofreram duras provações.
0 fato é que Deus conhece o interior humano e trata com cada pessoa de
maneira específica. Na lição desta semana, veremos o tratado m isericor­
dioso de Deus por meio do profeta Jonas e a promessa de restauração para
0 povo de Deus anunciada por Miqueias. Através desse estudo, que você
possa se sentir impelido pelo Senhor a refletir sobre os seus caminhos e,
se necessário, arrepender-se.
1 .0 PROFETA JONAS praia. E, finalmente, Jonas levantou-se para
1.1. Um profeta nacionalista cumprira missão. Não podemos fugir da
0 livro de Jonas inicia-se com a iden­ vontade de Deus. Portanto, aprenda com
tificação do profeta como filho de Amitai o exemplo de Jonas e seja obediente à
(Jn i.i). Ele recebeu a comissão de Deus ordem divina.
para anunciar o julgam ento de Nínive,
a principal cidade do Império Assírio. 2 . A PROFECIA DE JONAS
O profeta foi convocado pelo Senhor 2.1. Tema central da profecia de Jonas
para anunciar a iminente destruição da A mensagem central do livro de Jonas
cidade, caso esta não se arrependesse. é a magnitude da misericórdia divina. A
Acontece que a Assíria era uma nação própria história do profeta consiste da
cruel que atuava sempre que podia para mensagem central de seu livro. Jonas
prejudicar Israel. O profeta, portanto, fugiu da com issão divina e, por isso,
fugiu, pois sabia que Deus é misericor­ quase morreu. Ao se arrepender dentro
dioso e, em caso de arrependimento, do ventre do peixe, em profundas trevas,
perdoaria os ninivitas. Deus o concedeu uma nova oportuni­
Jonas achava que eles não deveríam dade, e ele não desperdiçou.
ser perdoados. Contudo, tal decisão não Jonas anunciou durante 40 dias ojuízo
estava no seu controle. Então, o Senhor divino sobre Nínive. Por fim, a cidade se
fez prevalecer a sua vontade, criando converteu, desde a cúpula até os animais
meios para que Jonas cum prisse a tal humilharam-se diante do Senhor. Deus,
missão. Os planos de Deus são sempre os então, prometeu que não os destruiría,
melhores e, por isso, devemos obedecer pelo menos durante aquela geração. O
à sua ordem, mesmo que isso signifique Senhor é muito misericordioso, mas não
renunciar às nossas ambições pessoais. podemos desprezar a misericórdia de
1.2. Uma escolha com plicada Deus, muito menos determinar quem a
Ao receber a ordem divina para cum­ merece ou não.
prir a missão em Nínive, Jonas decidiu 2.2. A magnitude da misericórdia
seguir na direção oposta. Ele comprou Com preender a magnitude da mi­
uma passagem para Társis (1.3,4 ). onde sericórdia divina é aceitar que Deus tem
muitos estudiosos atribuem a localização critérios próprios e insondáveis para
a uma antiga colônia fenícia na Espanha. determinar de quem Ele se com pade­
Entretanto, no meio da viagem, uma gran­ cerá. Jonas não aceitava o fato de Deus
de tempestade se levantou no mar - o decidir poupar um povo que era inimigo
que os marinheiros consideravam uma de Israel que já o havia feito mal. Contudo,
punição divina. Depois de tirarem sorte, o Senhor conhecia as profundezas do
Jonas admitiu a sua desobediência e coração daqueles ninivitas, sua história
consentiu que o lançassem ao mar. Assim, e ignorância (4.11),
imediatamente, a tempestade se acalmou No Novo Testamento, observamos
(1.11-15). Por misericórdia, Deus enviou muitos que eram pecadores e aos olhos
um grande peixe que engoliu Jonas e o humanos não m erecedores da graça
manteve em seu ventre por três dias (1,17). divina, mas que diante do encontro com
0 profeta orou, Deus compadeceu-se dele Jesus, receberam perdão e regeneração.
e deu ordem ao peixe para vomitá-lo na A lista é extensa: Mateus, 0 publicano (Mt

46 JUVENIS
9 -9 . io): Zaqueu, chefe dos publicanos o m al e formar a justiça (Ap 20.4). Essa
(Lc 19.1-10); a m ulher sam aritana Uo e sp e ra n ç a d eve hab itar o co raçã o
4.9); Saulo de Tarso (At 9.10-15) e muitos dos crentes que aguardam a Volta do
outros. Diante do arrependimento sin­ Senhor Jesus. ©
cero, portanto, Deus não renegou a sua
misericórdia ao povo de Nínive. PARA CONCLUIR
Deus tem um juízo reservado para
3. 0 PROFETA MIQUEIAS
cumprir sobre a iniquidade cometida
3.1. Tem a cen tral d a p ro fecia de
em toda a Terra. Entretanto, Ele espera
Miqueias
de seu povo ao menos três atitudes
Miqueias apresenta o juízo divino e a
honrosas: praticar a justiça, amar com
salvação messiânica como tema central
de seu livro. 0 profeta é contemporâneo misericórdia e caminhar com humil­
de Isaías e Oseias. Habitante do Reino do dade (Mq 6.8). Essa é a vontade de
Sul, a mensagem de Miqueias é dirigida Deus. que precisa ser obedecida e
tanto a Israel quanto a Judá. Além do corresponde ao estilo de vida proposto
juízo divino, Miqueias é um dos profetas pelo Evangelho. Que Deus nos ajude
que anunciam o surgimento do Messias. a cum pri-lo enquanto aguardamos
Ele anunciou que de Belém-Efrata sairia esperançosamente pelo grande Dia
o Senhor em Israel, cujas origens são da Volta do nosso Senhor Jesus.
desde a eternidade (Mq 5.2).
O livro aborda a destruição e o exílio
como consequências dos pecados de < Q HORA DA REVISÃO
injustiça social corrupção e falsidade dos
1. Q u a l c o m issã o o profeta Jo n a s
lideres, sacerdotes e falsos profetas (1.3-7;
recebeu de Deus?
2.1-11; 3.1-5,8-11; 6.9-12). Contudo, há tam­
bém a promessa de que o remanescente
experimentaria uma restauração. Mais uma 2. A través do exem plo de Jonas, o
vez, a misericórdia está presente porque que podem os aprender sobre os
Deus não desiste de resgatar o seu povo. planos de D eus?
3.2. Esperança em tempos de crise
Apesar de o cenário ser de comple­
ta destruição em razão dos pecados 3. Qual o tema central da profecia de
co m etidos pelos Reinos de Israel e Jonas?
Judá, o Senhor manteve uma promessa
esperançosa de restauração. Esta seria
acompanhada de poder sobre as outras 4. Qual o tema central da profecia de ^
M iqueias?
nações (Mq 4.11-13; 718-20), mas o poder
seria de ordem espiritual. Chegará o
+
tempo em que 0 Senhor governará o 5. O que Miqueias anunciou sobre o
mundo a partir de Jerusalém e será um surgimento do M essias? .
período de paz, felicidade e santidade.
O Reino de Deus será estab e lecid o
quando o Senhor voltar para destruir
NAUM E HABACUQUE
“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o
justo, pela sua fé, viverá.” (Habacuque 2.4).

V Na 2.2, 3 ★ O Senhor trará outra vez a excelência de Jacó

V Na 2,13 ★ O Senhor dos Exércitos é contra a m aldade

V Hc 1.13 ★ Os oLhos do Senhor são puros

V H c 2.3 * A visão se cumprirá no tempo determinado

* Hc 2.14 * A Terra se encherá do conhecim ento do Senhor

H c 3.18 ★ A despeito das circunstâncias, ale g re-se no Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.2-6 Habacuque 1.2-5
O SENHOR é um Deus zeloso e que 2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu
toma vingança; o SENHOR toma vin­ não me escutarás? Gritarei: Violência!
gança e é cheio de furor; o SENHOR E não salvarás?
toma vingança contra os seus adver­ 3 Por que razão me fazes ver a iniquidade
sários e guarda a ira contra os seus e ver a vexação? Porque a destruição
inimigos. e a violência estão diante de mim; há
O SENHOR é tardio em irar-se, mas também quem suscite a contenda e
grande em força e ao culpado não tem o litígio.
por inocente: o SENHOR tem o seu 4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a
caminho na tormenta e na tempestade, sentença nunca sai; porque o ímpio
e as nuvens são o pó dos seus pés. cerca o justo, e sai ojuízo pervertido.
Ele repreende o mar, e o faz secar, 5 Vede entre as nações, e olhai, e mara-
e esgota todos os rios; desfalecem vilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo,
Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se em vossos dias, uma obra, que vós não
murcha. crereis, quando vos for contada.
Os montes tremem perante ele, e Habacuque 3.17,18
os outeiros se derretem; e a terra se 17 Porquanto, ainda que a figueira não
levanta na sua presença, sim, o mundo floresça, nem haja fruto na vide; o
e todos os que nele habitam. produto da oliveira minta, e os campos
Quem parará diante do seu furor? E não produzam mantimento; as ovelhas
quem subsistirá diante do ardor da sua da malhada sejam arrebatadas, e nos
ira? A sua cólera se derramou como currais não haja vacas,
um fogo, e as rochas foram por ele 18 todavia, eu me alegrarei no SENHOR,
derribadas. exultarei no Deus da minha salvação.

C l M
v . # ~~

•• ® C O N E C T A D O COM DEUS •••


Muitas vezes, parece que a maldade prevalecerá sem punição e que os justos
não provarão da bondade do Senhor neste mundo, que jaz no Maligno. 0 profeta
Naum, contudo, mostra que não, pois Deus reservou um juizo sobre as injustiças
praticadas peLos homens. Precisamos confiar, mesmo quando não compreende­
mos o modo de Deus agir, sem questionarmos por que Ele permite que certas
coisas aconteçam. Habacuque viveu essa experiência ao ver os babilônios serem
instrumentos de Deus para castigar o seu povo. A verdade é que os caminhos do
Senhor não são como os nossos, e os seus pensamentos são mais altos do que os
nossos pensamentos. Ao final, Ele tem uma resposta de paz para nossas orações.
g z* l, A PROFECIA DE NAUM 2 . 0 PERIGO IMINENTE DA QUEDA
1 1 A destruição iminente de Ninive 2.1. Razões da queda de Ninive
A profecia de Naum vai de encontro Há muitas razões para a queda de
a um povo que antes havia sido poupado Ninive, A começar por esta ser a cidade
por Deus, devido ao seu arrep end i­ que era o centro do poder e regime brutal
mento, conforme relata Jonas em seu da Assíria — o povo que havia destroçado
livro. Todavia, as gerações seguintes nações, inclusive, levado cativo o Reino do
não abandonaram a crueldade. Assim, Norte. O detalhe é que, enquanto Jonas
o m esm o povo que outrora havia sido havia pregado a mensagem de salvação
instrumento de Deus para castigar Israel, para uma cidade ímpia que parece ter
levando-o cativo, agora experimentaria recebido a repreensão, Naum traz uma
ojuízo divino. Ninive, a orgulhosa cidade, m ensagem de punição ejulgam ento.
seria completamente destruída por Deus. A m bos revelam , respectivam ente, a
Naum menciona os leões, símbolo m isericórdia e a severidade de Deus
dos assírios: “Onde está, agora, o covil (Rm 11.22). Ninive seria punida pelos seus
dos leões?" (Na 2.11). Trata-se de uma muitos pecados, como, por exemplo, a
pergunta retórica do profeta ao anun­ crueldade notória e conhecida por outros
ciar a destruição com pleta de Ninive, povos, bem como pelo aprofundamento
tendo a batalha estendida até os seus de suas práticas de feitiçarias, imoralidade
muros. Com ojuízo divino sobre Ninive, sexual e malícia (3.1-6; 319).
Judá experimentaria um breve respiro 2.2. A ju sta recom pensa da parte
antes que viesse o castigo por meio de Deus
dos babilônios. A ssim com o não co n h ecem o s o
1.2. A voz do Senhor nível de arrependim ento do coração
Diante das maldades praticadas por humano, também não conhecemos 0 seu
Ninive, o Senhor se pronuncia: “Eis que nível de maldade. É Deus quem sonda
eu estou contra ti, diz o SEN H O R dos tanto um quanto o outro (Pv 21.2). Ele é
Exércitos" (2.13). Esse relato revela que o único capaz de julgar com justiça. De
o Senhor Deus se vinga das maldades fato, Ninive foi destruída e nunca mais
praticadas pelos reinos iníquos que se reedificada depois da sua queda em 612
acham invencíveis e onipotentes. a.C. Ajusta recompensa da parte de Deus
0 Senhor viu as maldades e o orgulho ensina que, quando o pecado alcança
dos assírios contra as nações, inclusive, determinado nível na sociedade, Deus
contra Israel. Embora o profeta tenha dito envergonha o povo, derrubando todos
no início que “o SEN H O R é bom, uma os meios de continuação da maldade.
fortaleza no dia da angústia, e conhece O salm ista d e clara q ue “o SEN H O R
os que confiam nEle”(17), Ele também é conhece o caminho dos justos; mas o
um fogo consumidor que exerce justiça caminho dos ímpios perecerá”(Sl 1.6).
contra os que praticam a maldade (Na
2.13; 3.5, 6). O tratado de Deus com os 3. A PROFECIA DE HABACUQUE
povos nos ensina que não com pensa 3 .1.0 clam or do profeta
uma vida de pecados, separada de Deus. O profeta Habacuque levantou um
O Senhor é justo e não se deixa escar­ clamor a Deus ao contemplar uma so­
necer. Tudo o que o hom em semear, ciedade injusta e pecaminosa, na qual
isso também colherá (Gl 6.7). “a lei se afrouxa, e a sentença nunca

50 JUVENIS
sai” (Hc 1.3,4). O profeta então suplicou
PARA CONCLUIR
ajustiça divina, porém, inicialmente, não
conseguiu encontrar respostas. Quando Apesar das lutas e desafios, Deus
o Senhor respondeu, o profeta ficou es­ tem sempre um caminho de bênçãos
tarrecido, pois Ele enviaria os babilônios, e vitórias para 0 seu povo. Tudo o que
nação mais injusta e cruel para castigar precisamos fazer é andar em retidão,
os filhos de Judá (1.6-11). No entanto, o não esmorecer na fé ou desacreditar
juizo divino viria sobre toda a iniquidade que Deus fará justiça aos seus escolhi­
no momento certo. O livro de Habacuque
dos. Afinal, a Palavra de Deus sempre se
nos leva a refletir que Deus cuida do seu
cumpre. Os pecados da maldosa Nínive
povo, enquanto este enfrenta a oposição
foram julgados e ojuízo anunciado por
deste mundo. Não podemos perdera fé,
nem deixar de sermos firmes e constantes Habacuque veio sobre a Babilônia.
na obra do Senhor (1 Co 15.58). Da mesma maneira, o Israel de Deus
3.2.0 conflito e o triunfo da fé terá a sua glória restaurada no tempo
O conflito do profeta por não enten­ determinado porque 0 Senhor nunca
der os caminhos de Deus é sanado pela falha em cumprir o que promete.
seguinte resposta: “Então, o SENHOR
me respondeu e disse: Escreve a visão
< HORA DA REVISÃO
e torna-a bem legível sobre tábuas, para
que a possa ler o que correndo passa.
1. Através da destruição de Nínive, pro­
Porque a visão é ainda para o tempo
fetizada por Naum, o que o tratado
determinado, e até ao fim falará, e não
de Deus com os povos nos ensina?
mentirá: se tardar, espera-o, porque cer­
tamente virá, não tardará" (Hc 2.2,3). Tudo
o que Deus fala se cumpre: nenhuma
das suas palavras faltarão (Js 21.45: Mt 2. O q ue as m en sag ens d e Jo nas e
24.35). Independentemente da soberba Naum revelam respectivam ente?
do ímpio, enquanto aju stiç a de Deus
não se cumpre, a posição do fiel deve
ser de fé (Hc 2.4).
3. O q ue o Livro de H ab acu q u e nos
3 3 ■ A fé inabalável de Habacuque
Leva a refletir?
A oração final do profeta é por reno­
vação. Ele suplica que as obras de Deus
fiquem evidentes e que todos vejam a
sua glória (3.2). Na m esm a oração, ele 4. Segundo Habacuque, qual deve ser
pede por misericórdia para que ajustiça a posição do fiel, enquanto ajustiça

de Deus restaure a nação. Habacuque de Deus não se cum pre?


afirm a que, ainda quando a invasão
babilônica trouxesse a devastação, sem 5. Qualfoi a súplica de Habacuque em
que nada restasse, todavia, pela fé, ele sua oração final?
se alegraria no Senhor (3,17,18). Não po­
dem os perfer a confiança naquEle que
tem o domínio sobre todas as coisas. O
SOFONIAS E AGEU
‘A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos
Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ageu 2.9).

V Sf 2,10 ,11 * Deus abaterá a soberba das nações

V Sf 3.9 * O Senhor dará lábios puros aos povos

V Sf 3.11,12 * O rem anescente será hum ilde e fiel

V Ag 1.5 ★ A plicai o vosso coração aos vossos cam inhos

¥ Ag 2.9 * A glória da última casa será maior

* Ag 2.21 ★ O Senhor fará tremer o céu e a terra


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Sofonias 2.1-3 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos:
1 Congrega-te, sim, congrega-te, ó nação Aplicai o vosso coração aos vossos
que não tens desejo, caminhos.
2 antes que saia o decreto, e o dia passe 8 Subi o monte, e trazei madeira, e edificai
como a palha; antes que venha sobre a casa; e dela me agradarei e eu serei
vós a ira do SENHOR; sim, antes que glorificado, diz o SENHOR.
venha sobre vós o dia da ira do SENHOR. Ageu 2.6-9
3 Buscai o SENHOR, vós todos os mansos 6 Porque assim diz o SENHOR dos Exér­
da terra, que pondes por obra o seu citos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e
juízo; buscai ajustiça, buscai a mansidão; farei tremer os céus. e a terra, e o mar,
porventura sereis escondidos no dia da
e a terra seca;
ira do SENHOR.
7 e farei tremer todas as nações, e vi rá o
Ageu 1.5-8;
Desejado de todas as nações, e encherei
5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos esta casa de glória, diz o SENHOR dos
Exércitos: Aplicai o vosso coração aos Exércitos.
vossos caminhos.
8 Minha é a prata, e meu é o ouro, disse
6 Sem eais muito e recolheis pouco;
o SENHOR dos Exércitos.
comeis, mas não vos fartais; bebeis,
mas não vos saciais; vestis-vos, mas 9 A g lória desta última casa será maior do
ninguém se aquece; e o que recebe que a da primeira, diz o SENHOR dos
salário recebe salário num saquitel Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz
furado. o SENHOR dos Exércitos.

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••0 C O N E C T A D O COM DEUS •••


A Palavra de Deus é de importância vital para que haja avivamento espiri­
tual. Negligenciá-La é prejudicial à comunhão com Deus. Os profetas Sofonias
e Ageu são reflexos de que uma mensagem profética pode provocar mudanças
significativas em uma geração. Sofonias foi fundamental para que 0 aviva­
mento viesse sobre Jerusalém nos dias de Josias antes do cativeiro babilônico.
Aproximadamente um século depois, Ageu foi uma voz importante para que
os judeus se dispusessem a reedificar o Templo em Jerusalém após 0 retorno
do Cativeiro. A Palavra de Deus continua viva e eficaz! Ele pode usar você para
propagá-la hoje e trazer um novo avivamento espiritual para essa geração.
gH 1. A PROFECIA DE SOFONIAS 2 . A PROFECIA DEAGEU
1.1. Tema central d a p rofecia 2.1. Tema central da profecia deAgeu
de Sofonias Ageu foi um dos primeiros profetas
O profeta Sofonias era tataraneto do que voltaram do Cativeiro. Ele exortou
rei Ezequias. Ele profetizou durante o os judeus que voltaram do exílio a esco­
reinado de Josias (639-609 a.C.). Como lherem as prioridades certas. Muitos se
parente do rei, ele tinha acesso contínuo preocupavam apenas com as próprias
ao palácio. O tema central de sua men­ necessidades. Enquanto isso, a Casa de
sagem é o "Dia do Senhor". A maioria de Deus, que se encontrava em Jerusalém,
suas profecias anunciava que Deus traria continuava em ruínas (Ag 1.1-9). Por essa
juízo sobre os pecados de Jerusalém. razão, 0 tema central do livro de Ageu é
Essa m ensagem foi fundamental para a reedificação do Templo. Não é errado
que os judeüs se voltassem para Deus buscar melhorar a própria vida e a de
e o rei Josias iniciasse reformas muito sua família. O problema está em fazer
necessárias em Judá. Foi nesse tempo isso em detrimento da área espiritual,
que a Lei do Senhor foi encontrada, a colocando o Senhor em segundo lugar.
idolatria banida, e o culto ao Senhor Tal negligência foi a causa da ausência
restaurado (2 Rs 22-23). Infelizmente, as de prosperidade material e espiritual do
gerações seguintes não permaneceram povo pós-exilado (Ag 1.10,11).
comprometidas com a Palavra de Deus, e O Senhor deveria ser priorizado. As­
o Dia do juízo sobre a nação foi inevitável. sim, o céu não se fecharia, e a terra não
1.2. O alerta de Deus secaria, pois a bênção de Deus estaria
Sofonias é o profeta q ue usa de sobre a nação. O princípio permanece
maneira mais enfática a expressão “Dia o mesmo. O Senhor e as coisas eternas
do Senhor”,Ao longo do livro, uma série precisam ser prioridade. Buscar o Reino
de alertas é direcionado não apenas a de Deus e a suajustiça em primeiro lugar
Judá, com o tam bém a outros povos continua sendo a base para uma vida
acerca do Dia em que o Senhorjulgaria espiritual e material próspera (Mt 6.33).
as maldades cometidas por eles. Dentre 2.2. A resposta do povo
esses povos, estão: os filisteus (Sf 2.5- A exortação do Senhor por meio
7): os amonitas e moabitas (2.8-11); os de Ageu surtiu efeito, pois os ju d e u s
etíopes (2.12); os assírios (2.13-15): e a começaram imediatamente a reedifica­
própria Jerusalém (3.1-7). Esses povos ção do Templo (1.12-15). Deus levantou
sofreriam destruições e invasões por a Zorobabel, que era o governador de
causa da idolatria e rebeldia contra Deus. Judá naquela ocasião, e a Josué, o su -
Jerusalém , inclusive, seria devastada mo-sacerdote, assim como a todo 0 povo
pelos babilônios. Porém, o rem anes­ para trabalharem na Casa do Senhor
cente humilde seria restaurado (3.12,13). dos Exércitos, e assim foi feito (1,14). A
O Senhor eliminaria os seus inimigos, resposta do povo à mensagem de Ageu
devolvendo-lhes a alegria (3.14,15). E, e a resposta de Deus à mudança do povo
assim, conforme prometido, Deus trouxe são provas claras de que o Senhor honra
de volta os cativos, dando-lhes um novo os seus servos quando estes decidem
nome entre os povos da terra (3.20). honrá-lo em primeiro lugar.

54 JUVENIS
3 . PRECIOSAS MENSAGENS
PARA CONCLUIR
3.1. A prom essa de m aior glória
A primeira mensagem anunciada por As palavras de Sofonias e de Ageu
Ageu dizia respeito à glória divina sobre enfatizam que Deus honra aqueles que
o segundo Templo, que seria maior do têm compromisso com a sua verdade
que foi a do primeiro (2,9). Para muitos e colocam o seu Reino em primeiro
judeus que tiveram conhecimento sobre lugar. Tanto o avivamento nos dias
o esplendor do primeiro Templo, o último de Josias quanto nos dias de Ageu é
parecia estar aquém. Entretanto, o Senhor resultante da observância à Palavra
os encorajou, pois não era a aparência que Eterna. Que Deus avive a sua obra
importava. Ele mesmo seria o provedor
em nós, de modo que a sua glória
dos recursos para a conclusão da obra.
seja abundante e refletida em nossa
Esse fato vivenciado pelos judeus nos
maneira de viver; que por meio do
adverte de que não podemos considerar
de pouca importância os nossos esforços nosso testemunho, possamos alcançar
na obra de Deus. Se o que fazemos tem novas almas para o Reino de Deus!
a intenção genuina de glorificar a Deus,
certam ente será recebido e honrado < HORA DA REVISÃO
por Ele. Naquele tempo, os judeus não
entenderam, mas a maior glória esperada 1. Qual era o grau de parentesco do
era a própria presença do Senhor Jesus profeta Sofonias com 0 rei Ezequias?
adentrando no Templo (2.9,15). Da mesma
forma, hoje, a maior glória que podemos
experimentar é a presença do Espírito
Santo em nós (1 Co 6.19). 2. Q ual era a expressão m ais enfá­
3.2. A cham ada à santidade e uma tica usada por Sofonias em suas
prom essa profética profecias?
A segunda m ensagem anunciada
pelo profeta Ageu diz respeito à santidade
(Ag 2.10-19). Os anos que se passaram na 3. Qual o tema central do livro de Ageu?
Babilônia deixaram osjudeus insensíveis
no tocante à vida religiosa. Eles precisa­
vam relembrar os preceitos da Lei que
deveríam ser cum pridos pelo povo e 4. Qual foi a promessa divina a respeito
seus líderes, sobretudo, por aqueles que do segundo Tem plo?
ministravam no Templo (Cf. Nm 19.11-22).

Não adiantava apenas reedificar a Casa de ►
Deus se os seus ministros não prezassem
5. Após longos anos de cativeiro babi- _j_
pela santificação e temor. A chamada de
lônico, o que o sjud eus precisavam
Ageu à santificação vinha acompanhada
relem brar? ,
da promessa de bênçãos, pois, a partir
daquele dia, o Senhor se comprometeu a
abençoar o povo de maneira especial. © +
ZACARIAS E MALAQUIAS
"Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o
que serve a Deus e o que não o serve '1(Malaquias 3.18).

* 2 c 2.5 ★ O Senhor é um muro de fogo para seu povo

* 2 c 4,6 * Não por obrigação, mas peto Espirito Santo

* 2 c 8.22, 23 Muitos virão a Jerusalém para buscar a Deus

* Ml 2,8 ,9 • Exortação aos sacerdotes por se desviarem

V Ml 2 .11 Judá foi d esleal ao Senhor

V Ml 3,10 A obediência para com os dízimos e as ofertas

56
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Zacarias 1.16,17 12 Então, o SENHO R possuirá a Judá
16 Portanto, o SENHOR diz assim: Voltei- com o sua porção na terra santa e
-me para Jerusalém com misericórdia; ainda escolherá a Jerusalém.
a minha casa nela será edificada, diz 13 C a le -s e , toda a carne, diante do
o SENHOR dos Exércitos, e o cordel SENHOR, porque ele despertou na
será estendido sobre Jerusalém. sua santa morada.
17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o Mataquias 1.7,10 ,11
SENHOR dos Exércitos: As minhas cida­ 7 O fereceis sobre o m eu altar pão
des ainda aumentarão e prosperarão;
imundo e dizeis: Em que te havemos
porque o SENHOR ainda consolará a
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa
Sião e ainda escolheráa Jerusalém,
do SENHOR é desprezível.
Zacarias 2.5,10-13
10 Quem há também entre vós que feche
5 Eeu, diz o SENHOR, serei para ela um as portas e não acenda debalde o fogo
muro de fogo em redor e eu mesmo do meu altar? Eu não tenho prazer em
serei, no meio dela, a sua glória. vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem
10 0 Exulta e alegra-te, ó filha de Sião, aceitarei da vossa mão a oblação.
porque eis que venho e habitarei no 11 Mas, desde o nascente do sol até ao
meio de ti, diz o SENHOR. poente, será grande entre as nações
11 E, naquele dia, m uitas n ações se o meu nome; e, em todo lugar, se
ajuntarão ao SENHOR e serão o meu oferecerá ao meu nome incenso e
povo; e habitarei no meio de ti, e sa­ uma oblação pura; porque o meu
berás que o SENHOR dos Exércitos nome será grande entre as nações,
me enviou a ti. diz o SENHOR dos Exércitos.

d J O *

CONECTADO
As mensagens anunciadas por Zacarias e Malaquias aos judeus que re­
tornaram do exílio na Babilônia ressaltam a importância de um compromisso
sincero com a vida espiritual. Deus não quer que sejamos crentes nominais,
pessoas com aparência de servos do Altíssimo, mas vivendo uma vida oposta
aos valores e princípios dEle. Na aula desta semana, veremos que 0 retorno à
Terra Prometida foi marcado por altos e baixos. E, devido à falta de compro­
misso do povo com a Lei de Deus, ele sofreu terríveis consequências. Que 0 seu
coração seja vigilante e aprenda com este exemplo, a fim de não precisar sofrer
para compreender que os mandamentos do Senhor visam 0 seu próprio bem.
1. A PROFECIA DE ZACARIAS 2. AS VISÕES DE DEUS REVELADAS
1.1. A conclusão do Templo. A ZACARIAS
O profeta Zacarias é contemporâneo Durante a reconstrução do Templo,
de Ageu. A m b o s são m en cio n ad o s Deus revelou a Zacarias importantes visões:
com o os profetas que estim ularam a 2.1 Uma síntese de cad a visão:
Zorobabel, governador; a Josué, o sumo a. A prim eira visão: O anjo entre
sacerdote; e a todo o povo de Judá a as árvores de mirto: aponta o fim do
iniciarem a reconstrução do Templo. A julgam ento de Jerusalém e o início da
história mostrou que o encorajamento restauração (1.7-17);
desses profetas surtiu o efeito esperado. b. A segunda visão: Quatro chifres
No tocante à profecia, enquanto Ageu e quatro ferreiros: sobre os inimigos de
foi mais prático sobre as etapas para a Judá que seriam destruídos (1.18-21);
reconstrução do Templo, Zacarias exer­ c. A terceira visão: O homem com o
ceu um papel mais espiritual, anunciando cordel de medir: sobre a restauração de
uma m ensagem apocalíptica sobre o Jerusalém, cheia de pessoas em busca
futuro de Jerusalém , Deus tinha uma da presença de Deus (2.1-13);
renovação especial para o seu povo, mas d. A quarta visão: Josué, o sum o-sa-
ela precisava ser permanente. N esse cerdote, recebendo vestes novas: sobre
sentido, o ponto inicial era a conclusão Deus prometendo purificar a Terra (3.1-10);
da obra de reconstrução do Templo, e. A quinta visão: O castiçal de ouro e
1.2. As prom essas m essiânicas. as duas oliveiras: o trabalho de Zorobabel
Enquanto a primeira parte do livro de seria bem -sucedido (4.1-14);
Zacarias apresenta a reconstrução não f. A sexta visão: O rolo voante: aponta
apenas material, mas também espiritual o julgamento de Deus sobre os malfei­
do povo escoLhido (Zc 1—8 ), a segunda tores (5,1-4);
parte destaca as promessas messiânicas g. A sétim a visão: A mulher e o efa:
e os acontecimentos finais antes que o sobre a impiedade dentro do efa, sendo
Senhor reine sobre toda a Terra (9—14), levado à terra de Sinar (5.5-11);
Muitas profecias sobre o Messias estão h. A oitava visão: Os quatro carros,
presentes no livro de Zacarias: a) A entrada sobre a presença de Deus para toda a
triunfal de Jesus em Jerusalém (9.9); b) O Terra (6.1-8).
preço da traição de Cristo: trinta moedas 2.2. Renovo espiritual,
de prata (11.12); c) O reconhecimento do É importante ressaltar que a recons­
Unigênito de Deus como Messias e o trução do Templo, embora fosse de suma
derramamento do Espírito (12.10); d) Je­ importância para a vida religiosa dos
sus, a fonte de águas vivas que purifica judeus, precisava ser acompanhada de
os pecados (13.1); e) O Pastor será ferido, uma renovação espiritual no interior de
ou seja, Jesus seria crucificado, e as suas cada um. Por esse motivo, as revelações
ovelhas se espalhariam (13.7); f) O Senhor dadas por Deus a Zacarias focaram mais
será Rei sobre toda a Terra (14.9)- Algumas na condição espiritual dos líderes e do
dessas profecias já se cumpriram, como povo do que na parte estrutural, física
vemos nos Evangelhos; outras ainda vão do Templo. A glória de Deus se revela
se cumprir quando Jesus voLtar. não naquiLo que é aparente, pois, como

58 IUVENIS
afirmou nosso Senhor Jesus Cristo, os
PARA CONCLUIR
verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade (Jo 4.24), Os profetas Zacarias e Malaquias
foram chamados por Deus no perío­
3. A PROFECIA DE MALAQUIAS do pós-exílico. Naquele tempo, uma
3.1. A cu sa çõ e s de D eus contra a característica marcante no povo que
falsa religião retornou da Babilônia foi a falsa reli­
N aq ueles dias, o Tem plo já havia giosidade, pois não servia a Deus com
sido reedificado, e o ministério da Casa integridade. Precisamos sempre vigiar
de Deus restabelecido. Entretanto, com
para não nos tornarmos cristãos apenas
o tempo, o povo abandonou o zelo pelo
em aparência. A Palavra de Deus nos
Senhor, que não estava se agradando de
encoraja a buscarmos um relaciona­
suas práticas religiosas. Malaquias fez
duras críticas concernentes: a) A adoração mento íntimo e sincero com o Senhor.
hipócrita e m ecânica (Ml 1 7 —2.9): b) O Portanto, decida não servir a Cristo de
casam ento com pagãos (2.10-16); c) A qualquer maneira. Faça o seu melhor,
idolatria (2.10-12); d) O divórcio (2.13-16); e Ele certamente o recompensará!
e) A falsa religiosidade (2.17); f) O roubo
dos d ízim os e ofertas (3.8-10). Essas
< Q ^H O R A DA REVISÃO
atitudes revelam o nível de declínio es­
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ H a n n B n a H M H H M B H M IM B M M M a H H i
piritual em que o povo se encontrava. A
1. Qual era a natureza da mensagem de
mensagem de Malaquias é muito atual, Zacarias com relação a de Ageu?
pois se as nossas práticas espirituais não
forem sinceras, seremos, igualmente,
repreendidos por Ele (Mt 5.20).
3.2. A diferença entre 0justo e 0 impio, 2. O que destaca a segunda parte do
Um a das lições mais importantes livro de Zacarias?
que Malaquias trouxe ao povo se referia
à falta de honestidade perante Deus
(2.17). Malaquias confrontou os que agiam 3. Além da construção do Templo, o
com falsidade, mas também o desânimo que precisava acom panhar a vida
daqueles que diziam ser inútil servir a religiosa dos ju d e u s?
Deus com integridade. Eles declaravam
que não vaLia a pena praticar o correto,
4. Segundo Malaquias, do que Deus
pois os soberbos é quem prosperavam
não estava se agradando em relação
(3.14,15). Contudo, Deus prometeu cas­
ao seu povo, no período pós-exílio? ^
tigar a m aldade do povo e poupar os
que genuinamente temem o seu nome
(vv.16,17). Assim, por meio do profeta, o 5. Qual foi a promessa de D e u sa Ma- +
Senhor garantiu que eles veriam outra laquias, após a queixa dos justos,
vez a diferença entre o justo e o ímpio. sobre os soberbos prosperarem ? .j.
O Senhor sabe recompensar os que o
servem de todo o coração (Cl 3.23,24). ©

o ,® a
A PROFECIA NA
ATUALIDADE
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho" (Hebreus 1.1)

V Hb 11.6 * Sem fé é im possível agradar a Deus

V J l 2.28 ★ Deus prometeu derramar seu Espírito

* Mt 24.12 ★ O esfriamento do amor está se cum prindo

* Jo 3.30 ir Que Ele cresça e eu diminua

V 1 Ts 5.19 ★ Não podem os limitar a ação do Espírito

V Jo 14.26 ★ O Espírito Santo é o Consolador


f

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


João 1.15-20, 26,27 do mundo, por isso é que o mundo
15 Já vos não chamarei servos, porque vos aborrece.
o servo não sabe o que faz o seu 20 Lembrai-vos da palavra que vos disse:
senhor, m as tenh o-vo s cham ado não é o servo maior do que o seu
amigos, porque tudo quanto ouvi de senhor. Se a mim me perseguiram,
meu Pai vos tenho feito conhecer. também vos perseguirão a vós; se
16 Não me escolhestes vós a mim, mas guardarem a minha palavra, também
eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, guardarão a vossa.
para que vades e deis fruto, e o vosso 26 Mas, quando vier o Consolador, que
fruto permaneça, a fim de que tudo eu da parte do Pai vos hei de enviar,
quanto em meu nome pedirdes ao aquele Espírito da verdade, que pro­
Pai ele vos conceda. cede do Pai, testificará de mim.
17 isto vos mando: que vos ameis uns 27 E vós também testificareis, pois esti­
aos outros. vestes comigo desde o princípio.
18 Se o mundo vos aborrece, sabei que, 1 Coríntios 12.28
primeiro do que a vós, me aborreceu 28 E a uns pôs Deus na igreja, primeira­
a mim. mente, apóstolos, em segundo lugar,
19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo profetas, em terceiro, doutores, depois,
amaria o que era seu, mas, porque não milagres, depois, dons de curar, socor­
sois do mundo, antes eu vos escolhi ros, governos, variedades de línguas.

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••® C O N E C T A D O COM DEUS •••
Ao longo do trimestre, vimos que Deus usou os profetas, no passado, para
transmitir mensagens poderosas a reis e sacerdotes, bem como a todo 0 povo,
a fim de exortá-los a andarem de acordo com a Lei. Infelizmente, a maior
parte da história dos profetas nos mostra que nem sempre 0 povo de Deus foi
obediente aos seus ensinamentos. Mas, apesar do declínio de Israel, 0 Senhor
enviou 0 Messias prometido, levantando a sua Igreja, um povo forte e poderoso
em boas obras. Para este tempo final, o Senhor também tem chamado profetas
comprometidos com a sua santa PaLavra e dispostos a anunciar a mensagem
divina com afinco. Seja você também um proclamador do Evangelho, que é o
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16)!

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1 . A PROFECIA NA IGREJA mento e, por conseguinte, pelo pró­
1.1. A profecia é atual prio S enho r J e s u s nos Evangelho s,
Com o afirma o autor da Carta aos que estão se cum prindo em nossos
Hebreus, Deus falou poderosamente dias. Dentre os sinais m en cio nado s
ao s antigo s por m eio d os profetas, por Jesu s, a c e rca do “princípio das
mas nestes últimos dias tem falado por dores", estão as guerras e um a série
meio de seu próprio Filho, Jesus Cristo de fenôm enos como: fome, pestes e
(Hb 1,1). De fato, o nosso Senhor veio e terremotos em vários lugares (Mt 247).
cum priu muitas profecias há tem pos O Senhor tam bém anunciou que,
a n u n cia d a s sobre com o seria o seu por se multiplicar a iniquidade, 0 amor
nascim ento, vida adulta, sofrimento, de muitos se esfriaria (v, 12). Não é di­
morte e ressurreição (Is 714 ; 9 7 ; u . l - 5 : fícil notar que muitas dessas profecias
53 : Jr 23-5,6; Mq 5.2; Zc 9.9; 1113:12.10). já se cum priram e que outras estão
A p ó s o S e n h o r se r assu n to aos prestes a se cumprir.
Céus, Ele prometeu que enviaria ou­ 1.3. A profecia como dom espiritual
tro C o n so la d o r para q u e e stiv e s se Deus ainda tem se manifestado por
com os discípulos todos os dias até a meio da profecia para falar com o seu
consum ação dos séculos (Jo 14.16,17). povo. Neste tempo presente, a profecia
Nesta nova realidade, a Igreja surgiu e assume um outro formato, mas o Espírito
recebeu, além do batismo no Espírito que atuou no passado é o mesmo que
Santo, vários d ons cu ja fin alid ad e é continua a inspirar e a falar com seus
a e d ific a çã o e sp iritu a l (1 C o 12.4-7), servos. A pós a a sce n sã o d e Cristo,
Dentre esses dons, encontramos o de com o advento do batismo no Espírito
“profecia”, mostrando a relevância dessa Santo, a Igreja passou a receber dons
manifestação espiritual entre o povo de espirituais e ministeriais (1 Co 12 —14).
Deus também na atualidade (1 Co 12.10), Segundo a Bíblia de Estudo Pente-
1.2 O cum prim ento d as p rofecias costal, como dom ministerial, os profetas
nos últim os d ias eram levantados pelo Espírito Santo
Há muitas profecias que estão se para trazerem uma mensagem da parte
cum prindo nestes últimos dias. A que de Deus à Igreja de modo contínuo (At
mais se destaca diz respeito ao batismo 2.17; 4.8; 21,4). Já o dom espiritual de
no Espírito Santo. O profeta Joel anunciou profecia trata-se de uma manifestação
que, nos últimos dias, o Espírito seria instantânea e m om entânea, na qual
derramado sobre toda a carne, sobre os o profeta transm ite um a m ensagem
jovens e velhos, filhos e filhas, servos ou revelação direta sob o im pulso
e servas. Essa manifestação seria do Espírito Santo (1 Co 14.24,25,
marcada por visões, sonhos e HA MUITAS 29-31) (CPAD, pp. 1756,1814).
sinais (Jl 2.28-32). 1 PROFECIAS QUE Note que essas manifestações
ESTÃO SE se p a recem m uito com as
Mas não são apenas as I
CUMPRIKinn
pro m essas para su a Igreja ' :ste
exercidas pelos profetas da
q u e p o d e m o s co n te m p lar TIMi Antiga ALiança, só que agora o
atualm ente. Há muitos sinais )IAS objetivo é a edificação da Igreja
profetizados no A ntigo Testa e a proclamação das Boas Novas.

62 JUVENIS
2, O BJETIVO S DA PROFECIA nos encoraja, conforta e renova a fé para
2.1. A edificação que não venham os desistir diante das
A profecia no contexto da igreja tem adversidades. Por essa razão, o apóstolo
a função de edificar espiritualmente o Paulo aconselha aos tessalonicenses:
Corpo de Cristo e testificar ao indouto e "Não apagueis o Espírito”(1 Ts 5.19).
infiel que a presença do Todo-Poderoso
está, de fato, em nosso meio, sendo por 3. JOÃO BATISTA: O ÚLTIMO PROFETA
ela convencido de seus pecados (1 Co 3.1. A voz do que clam a no deserto
14.24,25). Isso significa que, por meio dela, João Batista foi o últim o profeta
os presentes são encorajados a viver c h a m a d o por D e u s no m o d e lo da
sujeitos à Palavra da Verdade, a ter uma Antiga Aliança. O próprio Senhor Jesus
vida santa, a fé fortalecida e a permanecer vai afirmar que, dentre os nascidos de
fiel a Cristo e aos seus ensinamentos. As mulher, não havia ninguém maior do
profecias projetam o crente a ter uma que João Batista (Lc 728). João foi um
perspectiva m ais espiritual da vida e grande anunciador da m ensagem de
a buscar maior comunhão com Deus. arrependimento e conversão ao Reino
2.2. A exortação de Deus. Ele afirmava aos líderes judeus
Deus usa os seus servos com o dom que o interrogavam que ele não era o
de profecia para advertir e aconselhar a Messias, mas, sim a “voz do que clam a
igreja a fim de se consertar, rejeitando o no deserto” (Jo 1.19-23). João cum priu
pecado, a injustiça e confessando que a profecia d e Isaías ace rca d aq u e le
Jesus é 0 Senhor, nosso Salvador (Jo 16.8; q u e deveria preparar o cam inh o do
1 Co 12.3). A mensagem entregue por meio Senhor (Is 40.1-5). João Batista andava
desses irmãos encoraja os crentes a não
caírem em iniquidade, como o povo de
Israel outrora; a não se conformarem com
os padrões malignos deste mundo (Rm
12.2) e a rejeitarem a mornidão espiritual
(Ap 3.16). Se, porventura, a Igreja rejeitar
a mensagem dos verdadeiros profetas,
é possível que enfrente 0 juízo de Deus,
assim como observam os ao longo da
trajetória dos israelitas (Sl 78).
#
2.3. Consolação
O Espírito Santo é chamado por Cristo 0 "Novo Manual de Usos
de Consolador (Jo 14.26). Isso significa e Costum es dos Tempos
que uma das ações do Espírito é con­ Bíblicos" é uma excelente obra
solar os seus servos durante as aflições
para aqueles que desejam
e m om entos de tribulação. Por esse
conhecer melhor como
motivo, a m ensagem entregue pelos
funcionava a escola de
profetas cumpre também a função de
consolar, acolher e fortalecer 0 ânimo dos
profetas no AT.
irmãos. A m ensagem vinda do Espírito

JUVENIS 63
e se comportava como Elias, pregando
PARA CONCLUIR
no deserto, cham ando os ju d e u s ao
arrependimento, conforme a profecia N estes úLtimos dias, o Senhor
(ML 4.5, 6 ). Contudo, quando questio­ quer despertar os seus servos, os
nado, e le re co n h e cia q u e batizava profetas, para que anunciem a sua
com água, m as viria o Senhor, que é Palavra, Seja para edificar, para exortar
desde a Eternidade, de quem ele não ou mesmo para consolar, há sempre
era digno nem m esm o de desatar as uma mensagem de Deus que precisa
sandálias (Jo 1.26, 27). ser dita ao seu povo. Que possamos
3.2. João Batista, um exem plo a ser destemidos e corajosos, cheios
ser seguido do Espirito Santo para anunciar a
Assim com o João Batista disse: “É
mensagem que o Senhor nos mandar.
necessário que ele cresça e que eu di­
minua" (Jo 3.30), nosso ministério, como
anunciadores das "Boas-Novas", deve
ser cumprido com a mesma humildade < Q HORA DA REVISÃO
e d ep en d ên cia espiritual. Devem os BBBIÍIW)WBWIWWHHiiliÍIMHÉniÍIIIIIIWWMBÍBÍÉBÉÉÉÍÍÍÉÉÍÉÉÉWÉÍBÉÍÉWWHÉBI

dim inuir para que o Senhor apareça 1, Deus cumpriu em Jesus profecias,
e o nome dEle seja glorificado. Nesse há tempos anunciadas, sobre quais
sentido, o ministério profético também eventos acerca do M essias?
deve ser exercido com zelo, temor e
constante vigilância. Muitos profetas já
se calaram ou estão desencorajados
2. Qual profecia de Joel mais se des­
a denunciar os pecados de seu povo.
taca em seu cum prim ento?
Contudo, D eus nos convoca nestes
últim os dias a cum prirm os integral­
m ente o nosso cham ado, ainda que
sejam os perseguidos (Mt 10 .20 -33).© 3, Quais funções a profecia tem no
contexto da Igreja?

4. Quem foi o último profeta chamado


por Deus no modelo da Antiga Aliança?

A cesse a plataform a de 5, A exemplo de João Batista, com o ^


vídeos da TV CP AD e fique deve ser cumprido o nosso minis­
por dentro de conteúdos tério, enquanto anunciadores das _j_
Boas-N ovas (Jo 3.30)?
abençoados que são
disponibilizados pelo canal +

Geração JC.
+

c G> @ 0
L__________
O QUE FAZER QUANDO A FE
SE ENCONTRA COM A VIDA
REAL NA UNIVERSIDADE?
Á b íb l ia n a o e s o p a r a s e r
LIDA, MAS PARA SER APLICADA

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