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VOCÊ AMA SER PROFESSOR,

NAS NÃO ESTÁ 100% SATISFEITO


CON A AULA QUE HINISTRA?
o fij https://www.cpad.com.br

TE M A DO T R IM E S T R E :
CONHECENDO OS LIVROS DOS PROFETAS

c n s m

C O N H E C E N D O OS
P R O F E T A S M AIO R ES

D EU S CO N TAVA
COM ISAÍAS

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J E R E M IA S -O N D E
B U SCA R C O R A G E M ?
PROFESSOR

4 8
O S EIA S E JO EL

55 “
A M Ó S E O BAD IA S

61
JO N AS E M IQ UEIAS

68
N A U M E H ABACU Q U E

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E Z E Q U IE L - UM SO FO N IA S E A GEU
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Z A C A R IA S E M ALAQ UIAS
D A N IEL - D EU S
C O N TR O LA N D O TUDO

41 pag- 8g
C O N H E C E N D O OS A P R O F E C IA NA
P R O F E T A S M EN O R ES A TU A LID A D E
CASA PUBLICADORA DAS
CBO ASSEMBLÉIAS DE DEUS
CO N HECEN DO
Presidente da Convenção Geral das
Assembléias de Deus no Brasil
O S L IV R O S D O S
José Wellington Costa junior PRO FETAS
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa Prezado(a) Professor(a), a
Diretor Executivo paz do Senhor! Neste trimestre,
Ronaldo Rodrigues de Souza se u s alunos conhecerão m ais
profundam ente os livros pro­
Gerente de Publicações
féticos do Antigo Testamento,
Alexandre Claudino Coelho
assim como, o exemplar m inis­
Gerente Financeiro
tério d e João Batista.
Josafá Franklin Santos Bomfim
Por meio dos seus profetas,
Gerente de Produção
Deus orientou seus escolhidos,
Jarbas Ramires Silva
a fim d e que não fossem d e s ­
Gerente Comercial truídos por su a própria d e so ­
Cícero da Silva bediência. Cada um d eles teve
Gerente da Rede de Lojas um p a p e l c ru c ia l na história.
João Batista Guilherme da Silva Muitas vezes, enfrentando forte
Gerente de TI opo sição , m as m a n te n d o -se
Rodrigo Sobral Fernandes firm es, por am or a Yahw eh e
Gerente de Comunicação ao seu povo. Portanto, tem os
Leandro Souza da Silva m uito a a p re n d e r co m s e u s
Chefe do Setor de Educação Cristã preciosos escritos.
Marcelo Oliveira O ram os para que, através
Chefe do Setor de Arte <& Design deste estudo, você e seus alu ­
Wagner de Almeida n o s s e s in ta m c o n v o c a d o s
Comentarista p elo S e n h o r para faze re m a
Thiago Santos diferença n essa geração.
Editora Assim com o seus fiéis pro­
Paula Renata Santos fetas, cu m p ra m o s a m is s ã o
Projeto Gráfico, Designer e Capa divina para as nossas vidas, com
fé, integridade e perseverança.
Suzane Barboza
Fotos Um trim estre abençoado!
shutterstock.com A Editora.

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CONHECENDO OS
PROFETAS MAIORES
“U Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR, vosso
Deus, e estareis seguros: crede nos seus profetas e prosperareis." (2 Crônicas 20.20)

Is 6 .1 ★ Eu vi o Sen ho r

V J r 1 .1 1 , 1 2 ★ O S e n h o r ve la p ela su a Palavra para a cu m p rir

V Ez 2.3 ★ U m a m e n sa g e m para a s n açõ e s re b eld es

V Mt 4 .14 -16 ★ O cu m p rim e n to d a profecia d e Isaías

V Dn 10 .1 ★ U m a palavra foi revelada ao profeta D an iel

Jo 12.3 8 ★ Q u em creu na nossa p re gação ?


| ( LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 1713-19. 23 imagens de fundição, dois bezerros;
13 E o SENHOR protestou a Israel e a e fizeram um ídolo do bosque, e se
Judá, pelo ministério de todos os prostraram perante todo o exército
profetas e de todos os videntes, do céu, e serviram a Baal.
dizendo: Convertei-vos de vossos 17 Também fizeram passar pelo fogo a
maus caminhos e guardai os meus seus filhos e suas filhas, e deram-se
mandamentos e os meus estatutos, a adivinhações, e criam em agouros;
conforme toda a Lei que ordenei a e venderam-se para fazer o que era
vossos pais e que eu vos enviei pelo mal aos olhos do SENHOR, para o
ministério de meus servos, os profetas. provocarem à ira.
14 Porém não deram ouvidos; antes, 18 Pelo que 0 SENHOR muito se indignou
endureceram a sua cerviz, como a contra Israel e os tirou de diante da
cerviz de seus pais, que não creram sua face; nada mais ficou, senão a
no SENHOR, seu Deus. tribo de Judá.
15 E rejeitaram os estatutos e o concerto 19 Até Judá não guardou os m anda­
que fizera com seus pais, como também mentos do SENHOR, seu Deus; antes,
os testemunhos com que protestara andaram nos estatutos que Israel
contra eles; e andaram após a vaidade fizera.
e ficaram vãos, como também após as 23 Até que o SENHOR tirou a Israel de
nações que estavam em roda deles, diante da sua presença, como falara
das quais o SENHOR lhes tinha dito pelo m inistério de todos os seus
que não fizessem como elas. servos, os profetas; assim, foi Israel
16 E deixaram todos os mandamentos transportado da sua terra à Assíria,
do SEN HOR, seu Deus, e fizeram onde permanece até ao dia de hoje.

CO N ECTA D O
Ao longo da história bíblica, vimos que 0 m inistério profético surgiu
como uma forma de oferecer ao povo de Deus orientação acerca da von­
tade divina, bem como adverti-lo contra as práticas que contrariavam a
sua Lei. Nesse sentido, o chamado profético, a natureza da mensagem e 0
caráter desses homens são visivelmente encontrados em seus escritos. A
partir deles, os crentes dos dias atuais podem extrair preciosas lições no
que diz respeito ao relacionamento com Deus, bem como à fidelidade no
exercício m inisterial e administração dos dons espirituais.
<r

OBJETIVOS

APONTAR a importância do ministério


profético no Antigo Testamento;

APRESENTAR uma visão panorâmica dos


livros denominados como dos “profetas
maiores";

CONHECER a estrutura d e cad a livro


dos “profetas maiores".

ANTES DA AULA
Olá, prezado(a) professor(a)! Nos próximos m eses seus aLunos conhecerão mais
sobre os livros proféticos e a atuação dos profetas no Antigo Testamento. A dedicação
e idoneidade dos vasos que Deus levantou para trazer a sua mensagem são exemplos
de fé e compromisso, necessários para cada servo do Senhor também em nossos dias.
Os estudiosos classificaram tais livros como “Profetas Maiores- e “Profetas Menores”,
não por conta da relevância de seus escritos, e sim em razão do volume de conteúdo
encontrado nesses livros.
Inicialmente, nosso estudo se concentrará nos "Profetas Maiores". Sugerimos que
nesta primeira aula você apresente em local visível uma linha do tempo com o período
no qual cada profeta exerceu o seu ministério. Enfatize também as datas dos cativeiros
de israel (Reino do Norte) e de Judá (Reino do SuD.
Ao final da lição, desperte em seus alunos a reflexão sobre a importância da men­
sagem profética, não apenas para o povo de Deus no passado, como também para
todos nós hoje. Ótima aula!

1, A IMPORTÂNCIA DOSrePRO-
lig iã o m o sa ica . C o m o p a s s a r d o s
%O 0 FETAS MAIORES a n o s, a m a ld a d e , a id o latria e a s in ­
1.1. A profecia era indispensável ju s t iç a s so c ia is to m aram o co ra çã o e
D e u s le v a n to u p ro fe tas e m m o ­ o governo d os reis, levand o ao d esvio
m e n to s d e s u m a im p o rtâ n c ia , h aja d o povo.
vista o cenário d e degrad ação m oraLe 1.2. Quem eram os profetas?
espiritual em que se encontravam tanto D ia n te d e c ir c u n s t â n c ia s m o ra is
a n a çã o d e Israel, o R eino d o Norte, caóticas, Deus escolhe, separa e inspira
q u an to Ju d á , o R eino d o Su l. A p ó s a hom ens para trazerem uma m ensagem
cisã o entre a s tribos, o s g o ve rn a n tes d e a d v e rtê n c ia a o s g o v e rn a n te s e a
q u e su c e d e ra m o s tro no s d e a m b o s toda a nação. E les receberam a m issão
os reino s não cu id a ra m d e g u a rd a r a d e co n scie n tiza r o povo a respeito da
Lei d e D e u s e o co m p ro m isso co m a n e c e s s id a d e d e arrependim ento.

JUVENIS7
contra o p ecad o , m ais distante o seu
<* -> INTERAÇÃO povo se colocava, ch egan d o ao ponto
de perseguirem e até matarem os m en­
Em uma folha de papel 40 kg, sageiros d e Deus.
elabo re um cartaz que m ostre a A corrupção se mostrou tão intensa
síntese de cada livro profético d e ­ que, em algum as ocasiões, até m esm o
nominado como "Profetas Maiores". o s p róp rio s filh o s eram o fe re cid o s a
Descreva algum as características M oloque, um a d ivin d a d e q u e recebia
com o: qu an tidade d e cap ítulo s, sacrifício d e crianças. D eus se indignou

temática de cada livro, período de d e tal m aneira co m as p ráticas p e c a ­


m in o sas do se u povo q u e não restou
abrangência, contexto político-re-
alternativa a não ser enviar nações mais
ligioso da época e características
p o d e ro sas d o q u e Israel e Ju d á para
peculiares de cada profeta.
d o m in á-lo s e su b ju g á -lo s em cativeiro
Após preparar o cartaz, deixe-o
(2 Rs 17; 24—25).
exposto no quadro e pergunte aos 1.3 . 0 Julgamento de Deus
alunos qual a importância de termos N o ano 722 a.C., Israel foi invadido
e sse conhecim ento. Em seguida, p ela Assíria, q ue os dom inou por co m ­
explique que a correta interpretação pleto, desfazendo para sem pre a nação,
e a p lica çã o da Palavra d e D eus capturando suas terras e trazendo outros
requer o estudo detalhado dessas povos para o cu p á -las, d e m odo q ue o
inform ações d e ordem histórica, Reino do N orte p erd eu a su a p ureza
cu ltu ral e literária dos livros que étnica e, sobretudo, o título d e nação
separada por D eus (2 Rs 17.6, 24; 18.11).
estam os estudando.
Sem elhantem ente, Judá, em bora tenha
Por fim, conclua que o chamado
sid o p rese rvad a co m o a lâ m p a d a d e
divino e comprometimento desses
Davi q ue p erm aneceu ace sa pela m ão
profetas nos mostra a forma como
d e Deus, tam bém sofreu o castigo por
devemos cumprir o exercício minis­ su a rebelião (2 Rs 25.1-11).
terial na atualidade. A p ó s o Sen ho r enviar s e u s servos,
os profetas, para adverti-los por perm a­
necerem em iniquidade, D eus usou os
babilônios, lid erados pelo rei N ab u co -
donosor, q ue devastou a terra d e Judá,
Para que o d esvio das Leis d e co lo cou seu trono em Jeru salém e
D eu s não levasse à destruição levou o s ju d e u s para o cativeiro
de toda a nação, a verdadeira na Babilônia (6 0 5-58 6 a.C,) (2
religião deveria ser restaurada, Rs 24 .8 -17:2 C r 36.5-10).
a santidade restabelecida, e a M esm o assim , o Sen ho r
aliança com D eus renovada. continuou a levantar seus ser­
No entanto, não poucas vezes, vos, os profetas, agora co m a
m e sm o o Sen ho r en vian d o os prom essa d e restauração esp i­
s e u s profetas para protestarem ritual e territorial, à m edida q ue o

8 JUVENIS
povo rem anescente se arrependesse e Daniel, e teve seu término após o retor­
decidisse renovar sua aliança com Deus no d os ju d e u s para Jeru salém . N e sse
(Jr 25.11; 29.10-19). sentido, encontram os na história bíblica
o s profetas p ré -e x ílio b ab ilô n ico e os
2.INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS profetas pós-exílio babilônico. No caso
PROFETAS MAIORES dos profetas maiores, o exercício de seus
2.1.0 exercício do ministério profético m inistérios se deu no período pré-exílio
N a Bíblia, 0 exercício do m inistério ou m e sm o d u ran te o cativeiro co m o
profético o correu ao m e n o s d e d u a s é o ca so d e E zeq u iel e Daniel. A m b o s
maneiras. Em primeiro lugar, os profetas foram transportados para o cativeiro na
que exerceram se u s m inistérios q u an ­ Babilônia. (Ez 1.1-3; Dn 1.1-6).
do foram c h a m a d o s e x ctu sivam e n te Os profetas anunciaram a mensagem
por D e u s para protestarem co ntra as bíblica com 0 propósito de advertir, com ­
deso bediências e m aldad es praticadas plem entar o ensino, encorajar, consolar,
pelos reis. Dentre esses, p odem os citar denunciar a injustiça e anunciar o juízo.
Elias e Eliseu. Há tam bém aq ueles que C o m o m e n c io n a m o s anterio rm en te,
exerceram o seu ministério registrando a triste co n d içã o esp iritu al na q u a l se
os eventos que ocorreram, assim com o encontrava o povo d e D eus exigiu d e
as m e n sa g e n s p ro clam a d a s em su as se u s profetas a consistência necessária
respectivas épocas, os quais recebem o para anunciar com firmeza a m ensagem
nome de “profetas literários ou escritores". divina. Por isso, não retrocediam, m esm o
N a o rg a n iza çã o do cân o n bíblico, sofrendo prisões, agressões, traições e,
os livros dos profetas foram ordenados por fim, até m esm o a morte por serem
levando-se em conta o período e o estilo fiéis ao Senhor (Jr 25.4; 4 4 4 , 5 : Lc 13.34).
literário apresentado por se u s escritos.
O título “profetas maiores", por exemplo, 3. A ESTRUTURA DOS LIVROS
nada tem a ver co m a relevância m inis­ Na biblioteca d os profetas maiores,
terial em relação aos d e m ais profetas, os três primeiros livros constituem em si
e sim pelo fato d e se u s escrito s c o m ­ a m aior porção d os escritos proféticos,
portarem m aior qu an tid ad e d e textos inclusive, maior até m esm o do que todos
(capítulos e versículos). Essa se çã o da os 12 livros dos profetas menores, co n ­
Bíblia é composta por 5 livros que levam siderando a extensão d os textos juntos.
o nom e dos seus respectivos escritores, Vejam os com o os profetas maiores estão
a saber: Isaías, Jerem ias, Lam entações,estruturados:
Ezequiel e Daniel. Isaías — este é o primeiro livro desta
2.2.0 período do ministério profético divisão bíblica. Trata-se de um a obra rica
em Israel eJudá em profecias m essiânicas. S eu s escritos
O período de atuação dos profetasconstituem a maior parcela de profecias
ocorreu em dois cenários dem arcados que se cum prem ao Longo do ministério
por um evento q u e m udou co m p leta ­ de Jesus e. por essa razão, Isaías é conhe­
m ente a realidade da nação. Estam os cido co m o o profeta m essiânico. O Livro
fa la n d o d o cativ e iro b a b ilô n ico , q u e traz tam bém um a série d e m en sag ens
durou 70 anos, conform e a profecia d e com advertências, conforto e esperança,

JUVENIS 9
assim co m o enfatiza o caráter d e D eus Daniel — N este livro, o profeta que
e o se u propósito revelad o no A ntigo foi levado ainda jo v e m para a Babilônia
Testam ento. Isaias é o m ais longo dos juntam ente com seus conterrâneos Ana-
livros proféticos e o m ais citado no Novo nias, M isa e le Azarias, é instituído com o
Testamento. Sua linguagem sugere uma autoridade d e alta patente no Im pério
profunda intimidade do profeta com Deus Babilônico e receb e d a parte d e D eus
(Is l i , 2; 2.1-5; 6). p ro fu n d as re v e la ç õ e s so b re o futuro
Jeremias — O profeta Jerem ias pro­ d e Israel e das n ações (Dn 1; 2.46-49), ©
fetizou durante os últimos quarenta anos
da história d e Judá, Reino do Sul, antes SUBSÍDIO
do C ativeiro Babilônico, Ele lam entou “Profeta. Esta palavra é derivada do
co m triste za a .c o n d iç ã o e m q u e s e termo grego prophetes, 'aquele que fala
e n c o n tra v a o R e in o d o S u l, m e s m o sobre aquilo que está porvir (ou adiante)’,
a p ó s s u c e ssiv a s a d m o e staçõ e s. Este um proclamadorou intérprete da revelação
profeta advertiu a nação d e Ju d á acer­ divina. Ela geralmente refere-se àquele que
c a do d e sa stre im in en te q u e viria do age como porta-voz. Às vezes, também é
N orte (cativeiro babilônico), em razão sinônimo de 'vidente' ou ‘pessoa inspirada',
do abandono à verdadeira religião e da e traz a conotação de um prenunciador ou
n egligência quanto às injustiças sociais revelador de eventos futuros. O uso prático
dominantes. O tem a central d e seu livro determina o sentido em que a palavra
é obstinação, cativeiro e restauração dos deve ser entendida. No Antigo Testamento
ju d e u s (Jr 1,1-3,13-19 ), hebraico são encontradas palavras cujo
Lamentações — Este livro consiste significado preciso deve ser determinado
em um a série d e clam ores d e Jerem ias mais pelo uso do que pela etimologia.
em favor dos judeus e uma descrição das Entre elas, aquela que ocorre mais fre­
aflições sofridas pelo povo nos tem pos quentemente é nabi', [...] Dessa forma, em
em q u e a c id a d e d e Je ru sa lé m foi in­ Deuteronômio 18.18b, Deus afirma que o
vadida pelos babilônios. O livro term ina profeta (nabí) declarará tudo que Ele lhe
co m um últim o clam o r para q u e D eus ordenar. Novamente, em Êxodo 7.1, essa
possa se lem brar do rem anescente de palavra tem o mesmo significado. Outras
Israel e restaurá-lo (Lm 5.18-22). passagens são: Êxodo 4 15 ,16 ; Jeremias
Ezequiel — O livro de Ezequielé uma 1 17a: 1519, etc. Em todas elas, e na verdade
m en sag em aos ju d e u s q u e se en co n ­ através de todo o Antigo Testamento, a
travam no exílio babiLônico, assim com o palavra nabi1aparece como aquele que
ao rem anescente que p erm aneceu em declara uma m ensagem em nom e de
Jerusalém . Em se u s escritos, o profeta um superior. [...] Resumindo, podem os
d e n u n c ia o fra c a sso d a v id a m o ra l e dizer que o profeta do Antigo Testamento,
e sp iritu a l do povo eleito. Entretanto, por qualquer nome que porventura lhe
a n u n c ia ta m b é m a su a re sta u ra çã o , fosse designado, era aq uele em cuja
personificada no vale de ossos secos, Da boca Deus havia colocado suas Palavras,
m esm a maneira que os ossos reviveram, e que transmitia essas preciosas Palavras
Deus prometeu restaurar espiritualmente ao povo" (Dicionário Bíblico Wycliffe Rio
a C a sa de Israel (Ez 371 - 14), de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1607).

10 JUVENIS
PARA CONCLUIR
D e m o d o g e ra l, a m e n s a g e m
re v e la d a a o s profetas tinha co m o
pretensão a restauração da comunhão
com Deus. O povo que foi escolhido
e separado para viver os propósitos
1. D ia n te d e c ir c u n s t â n c ia s m o ra is
divinos deveria permanecer na aliança
c a ó tic a s , os p ro fe tas re c e b e ra m
abraâmica, guardando os ensinam en­
d e D e u s q u a l m is s ã o ?
tos da Lei Mosaica. Semelhantemente,
R: Eles receberam a missão de cons­
nos dias atuais, D eus espera que os
cientizar 0 povo a respeito da neces­
se u s servo s apresen tem um estilo
sidade de arrependimento.
de vida que sirva à socied ad e.atual
co m o m o d e lo d e re la cio n a m e n to 2. O q u e d e v e ria o c o rre r p ara q u e
com Deus (Fp 2.14—16; 1 Pe 2.9,10). o d e s v io d a s L e is d e D e u s n ã o
le v a s s e à d e s t r u iç ã o d e to d a a
< nação?
R: Para que 0 desvio das Leis de
CONHEÇA OS Deus não levasse à destruição de
SEUSALUNOS toda a nação, a verdadeira religião
deveria ser restaurada, a santidade
Professor(a), o e stu d o so b re a
restabelecida, e a aliança com Deus
vida e o m inistério dos profetas da
renovada.
Antiga Aliança gera identificação com
seus alunos quando eles entendem 3. N a o rg a n iza çã o d o cân o n bíb lico ,
co m o o s livros d o s profetas foram
que Deus também tem um cham ado
o rd e n a d o s?
específico para a vida deles. A lguns
R: Levando-se em conta 0 período
já o u viram isso, p o is s e u s p a is ou
e 0 estilo literário apresentado por
parentes próximos os levam à igreja
seus escritos.
desde a infância. Outros, talvez, não
tiveram a m esm a oportunidade e se 4. C o m o o profeta Isaías é co n h ecid o
na B íb lia e por q u a l razão ?
converteram recentemente. Portanto,
R: Isaías é conhecido como 0 pro­
m o s tre -lh e s q u e o S e n h o r d e s e ja
feta m essiânico, pois seus e sc ri­
usá-lo s poderosamente em sua obra.
tos co n stitu e m a m a io r parcela
Enfatize que conversão, além de
de p r o fe c ia s que se c u m p re m
significar o abandono da vida de pe­ ao longo do m in isté rio de Jesus.
cado, também tem a ver com se tornar
5. Q u a l o tem a c e n tra l do livro de
canal do Espirito Santo para alcançar
Jerem ias? 4.
outras alm as, carentes da salvação
R: 0 tema central de seu livro é
em Cristo.
obstinação, cativeiro e restauração 4.
dos judeus (Jr 1 .1 -3 , 1 3 - 1 9 ).
DEUS CONTAVA
COM ISAÍAS
“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de
ir por nós? Então, disse eu: eis-m e aqui, envia-m e a mim." (Isaias 6.8)

V Is 25.8 ★ A m orte será an iq u ila d a

V Is 5 3 4 ,5 ★ E le tom ou so b re si a s n o ssa s d ores

V Mc 1 .2 1 D eus cum pre a m en sag em d e Isaias

¥ Jo 12,9 O M essias estava ali

Rm 10 .16 Senhor, q u em cre u na n o ssa p re g a çã o ?

V A t 2 8 .2 4 -2 6 * O Espirito Santo falou a o s n o sso s pais


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 6.1-11 trazendo na mão uma brasa viva, que
1 No ano em que morreu o rei Uzias, tirara do altar com uma tenaz;
eu vi ao Senhor assentado sobre um e com ela tocou a minha boca e disse:
alto e sublime trono; e o seu séquito Eis que isto tocou os teus lábios; e a
enchia o templo. tua iniquidade foi tirada, e purificado
o teu pecado.
2 Os serafins estavam acima dele; cada
um tinha seis asas: com duas cobriam 8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor,
o rosto, e com duas cobriam os pés, que dizia: A quem enviarei, e quem há
e com duas voavam. de ir por nós? Então, disse eu: eis-me
aqui, envia-me a mim.
3 E clamavam uns para os outros, dizen­
do: Santo, Santo, Santo é o SENHOR 9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo:
dos Exércitos; toda a terra está cheia Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes,
em verdade, mas não percebeis,
da sua glória.
10 Engorda o coração deste povo, e en-
4 E os umbrais das portas se moveram
durece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os
com a voz do que clamava, e a casa
olhos; não venha ele a ver com os seus
se encheu de fumaça.
olhos, e a ouvir com os seus ouvidos,
5 Então, disse eu: ai de mim, que vou e a entender com o seu coração, e a
perecendo! Porque eu sou um homem converter-se, e a ser sarado.
de lábios impuros e habito no meio n Então, disse eu: até quando, Senhor?
de um povo de impuros lábios; e os E respondeu: Até que se assolem as
meus olhos viram o rei, o SENHOR cidades, e fiquem sem habitantes, e
dos Exércitos! nas casas não fique morador, e a terra
6 Mas um dos serafins voou para mim seja assolada de todo.

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• • ® C O N ECTA D O COM DEUS •••


0 ministério profético está presente em toda a Escritura Sagrada como
voz de Deus para orientar o seu povo. Quando os reis precisavam tomar
decisões importantes, consultavam os profetas em busca de uma palavra da
parte de Deus. 0 profeta isaías, por exemplo, exerceu o ministério profético
nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is i.i). No entanto, no ano
em que o rei Uzias morreu, ele teve um encontro diferente com Deus que
mudou completamente a sua vida e ministério (Is 6.1). Você gostaria de viver
uma experiência sim ilar a de Isaías? Gostaria de ser portador da mensagem
do Altíssimo para esta geração? Que tal orar a respeito disso?!
<r

OBJETIVOS

DESTACAR o ministério m essiânico de


Isaías;

RELATAR o encontro do profeta Isaias


com Deus, sua purificação e chamado;

EXPLICAR a natureza da m ensagem


pregada por Isaías.

ANTES DA AULA
Amigo(a) professor(a), na aula de hoje vam os refletir sobre o cham ad o de
D eus na vida do profeta Isaías. A história nos mostra que ele tinha fácil acesso
ao TempLo e ao palácio real. Todavia, isso não tornava o profeta m elhor ou mais
especial do que os hom ens da sua geração. Para Isaías tam bém foi necessário
haver um encontro transformador com Deus, ser purificado dos seus pecados e
assim ter o seu cham ado confirmado.
Da m esm a forma, em nossos dias, apenas frequentar a igreja desde a infância
não garante que uma pessoa é convertida. M esm o ter um cargo na igreja não
significa nada se a pessoa não tiver uma vida no altar, servindo ao Senhor com
sinceridade. Por isso, sugerim os que, nesta aula, você converse com seus alunos
sobre o que significa ter um encontro verdadeiro com Deus. Enfatize que Deus
espera de nós um serviço sincero e uma conduta honesta para com a sua obra.
Afinal, com o tem os estudado, o form alism o e a religiosidade eram alguns dos
motivos para a repreensão de Deus por meio dos profetas.

í. O PROFETA M ESSIÂNICO d e S e a r -J a s u b e , q u e s ig n if ic a “um


IQ f 1.1. Origem re m a n e sce n te d e v e retornar" (Is 7.3),
0 e M na
profeta Isaías é conhecido a h e r -s h a la l-h a s h -b a z , q u e q u e r
Bíblia co m o o filho d e Am oz. S e g u n d o dizer “a p re ssa n d o -se sobre a presa” (Is
a tradição, Isaías era oriund o d e um a 8.1-3). O s n o m es eram p renú n cio s d e
família influente em Jerusalém . Por essa eventos q ue ocorreríam naq ueles dias.
razão, e le tinha fá cil ace sso ao p alácio 1.2. Contexto so cial
do rei, b em co m o p roxim idade co m o Isaías profetizou d urante o reinado
sum o sacerdote. A inda d e acordo com d e quatro reis q u e g o vern aram Judá:
a lg u n s historiadores, Isaías era prim o U zias, Jotão, A c a z e E z e q u ia s (Is 1.1),
d o rei U zias e, por isso, estaria fa m i­ Q u a n d o Isa ías a in d a era jo v e m , p re ­
liarizado co m a cid a d e d e Je ru sa lém . senciou um período d e prosperidade e
Isaías c a s o u -s e co m u m a profetisa e poder d e Ju d á sob o reinado d e Uzias.
teve dois filhos a q u em d e u o s nom es Entretanto, durante o reinado de Jotão,

14 JUVENIS
D epois disso, foi no reinado d e seu
f *> INTERAÇÃO filho E z e q u ia s q u e a história d e Ju d á
tom ou um novo rumo. Ezequias iniciou
Escreva a seguinte frase no qua­
um p ro ce sso d e reform a e sp iritu a l e
dro: “Formalismo e religiosidade não re m o v e u os lu g a re s a lto s co m s e u s
combinam com a fé em Deus". Em a lta re s d e s a c rifíc io a o s íd o lo s (2 Rs
seguida, converse com seus alunos 184,22). Foi nesse tem po q ue o profeta
sobre estes dois conceitos: formalis­ Isaías profetizou a c e rc a d a m orte d e
mo e religiosidade. Se preferir, leve Ezeq u ias. Este, porém , c la m o u m uito
um dicionário para a sala de aula e a o S e n h o r e h u m ilh o u -s e d e m o d o
escreva no quadro o significado de q ue D eus acrescentou-lhe m ais quinze
cada um deles. Mostre aos alunos an o s d e vid a (Is 38).
1.3. M ensagens de julgam entos e
que ambos são o resultado de uma fé
prom essas
fraca e fingida. Os fariseus da época
Um episódio que marcou o ministério
de Jesus foram duramente criticados
d e Isaías foi a m e n sa g e m d e D eus, a
por Ele devido aos seus esforços
respeito da afronta por m eio d as cartas
para viverem de aparência enquanto do rei da Assíria, cham ado Senaqueribe,
os m ais necessitados sofriam por en viad as à Ju d á (Is 36). O Sen ho r pro­
falta de amparo. Jesus disse que a m eteu ferir o exército assírio, sem q ue
nossa ju stiça deve ser sincera (Mt nenhum a flecha fosse atirada contra a
5.20). Ressalte que o apóstolo Paulo cid ad e. A ssim acon teceu, pois o Anjo
se recordou do testemunho de fé do S E N H O R feriu os 18 5 m il so ld a d o s
da família de Timóteo e a cham ou assírios, fazendo ce ssa r a tentativa de
de “fé não fingida" (2 Tm 1.5). Esse invasão de Jerusalém. O rei assírio, então,
voltou para sua terra e, posteriormente,
m esm o com prom isso deve haver
foi morto pelos próprios filhos (2 Rs 19.35).
em nossa vida cristã.
Após a morte d e Ezequias, seu filho
M a n a s s é s a s s u m iu o trono e d e sfe z
O O O
to d as as reform as q u e 0 seu pai havia
feito. S e u s 55 a n o s d e g o v e rn o sã o
in icio u -se um cerco assírio nas cidades co n sid e ra d o s p e lo s e stu d io so s o pior
circu n v izin h a s a Judá. Foi então que, período d e apostasia do povo d e Deus.
durante 0 reinado de Acaz, Rezim, rei da Em co n se q u ê n cia d isso, Isaías lhe fez
Síria, fez aLiança co m Peca, rei de forte oposição.
Israel, para resistir à op ressão O livro d o profeta Isa ía s é
da A ssíria . Para tanto, e le s m a rc a d o a in d a p o r m u ita s
tentaram o brigar Ju d á a se outras profecias im portantes
u n ir a e le s . A c a z re c u s o u q u e já s e cu m p riram , in c lu ­
participar da co a lisã o e e n ­ siv e , a q u e la s q u e tratam a
frentou u m a g ran d e batalha re sp e ito do M essias. O u tras
contra e s s e s do is reinos (2 Rs a in d a e stão por se cu m p rir na
16.5; Is 7.5). d isp e n sa çã o d o s tem pos.

JUVENIS 15
2. O EN CO N TRO COM DEUS a q uele q ue co nfessa 0 seu pecado e o
2.1. A visão no Templo deixa a lca n ça a m isericórdia (Pv 28.13).
No ano em q u e m orreu o rei U zias 2.2. A purificação do profeta
(740 a.C.), o profeta Is a ía s te ve u m a A visão fez co m q u e Isaías p e rc e ­
v is ã o g lo r io s a no T e m p lo , E le v iu o b e s s e q u e a su a c o n d iç ã o e sp iritu a l
Senhor, o grande Rei, assentad o sobre não era a p ro p ria d a para o ch a m a d o
um a lto e s u b lim e tro no (Is 6,1). O s m inisterial profético. Contudo, apó s se
serafin s v o a v am ao redor do trono e re co n h e ce r co m o p e ca d o r indigno, o
d e cla ra v a m : “Santo, Santo, S an to é o profeta levantou o s o lh o s e teve um a
S E N H O R d o s Exército s; to d a a terra nova experiência, Um serafim de D eus
e s tá c h e ia d a s u a g ló ria " (Is 6,3), A se aproximou, trazendo um a brasa viva
v isã o trouxe ao co ra çã o d o profeta o tirada do altar co m u m a tenaz - um a
sen tim en to d e in d ig n id a d e d ian te da espécie de ferramenta com duas hastes,
sa n tid a d e divina. Prontam ente, Isaías se m e lh a n te a u m a pinça. Q u an d o ta l
re co n h e ce u se r um h o m em d e láb ios brasa tocou os lábios do profeta, ele foi
im p u r o s q u e h a b ita v a no m e io d e purificado d a su a im p ie d ad e (Is 6.6,7).
um povo ta m b é m d e im p u ro s lábios. A p rovisão d e D e u s ao p u rific á -lo
O bserve q u e o profeta co n fe ssa a su a aponta para o quanto so m o s d e p e n ­
c o n d iç ã o in a p ro p ria d a para e star na d e n te s d a g ra ç a divina. N ão há nada
p re se n ça d e D eu s e co n clu i, dizendo: que o hom em possa fazer para livrar-se
“Ai d e mim" (v. 5). O lam e n to do p ro­ d a co n d e n a çã o do pecad o. S o m en te
feta por su a triste c o n d içã o e sp iritu al o sa n g u e d e Je su s p ode p urificá-lo de
ex p ressa a co m p le ta n e c e s s id a d e da todo p e ca d o (1 Jo 1.7).
m isericórdia divina. Quantas vezes não 2.3. O cham ado
so m o s su rp re e n d id o s p e la p re se n ça A p ó s a purificação divina, o profeta
g lo rio sa d e D e u s e nos se n tim o s in ­ to rn o u -se idôneo para cum p rir o c h a ­
c a p a z e s d e d e s fru tá -la ? N o entanto, m ado d e Deus. O exem p lo do profeta
a P a la v ra d e D e u s n o s g a ra n te q u e Isaías nos m ostra q u e o ch am a d o m i­
n iste rial d e v e a n d a r Lado a lad o co m
a santidade. S er instrum ento d e D eus
para levar as pessoas a se aproximarem
dELe é um privilégio. Entretanto, cum prir
e sse ch am ad o sem a devida fidelidade
à s S a g ra d a s E sc ritu ra s é incoerente.

# Esse com portam ento expressa a co m ­


preensão errônea da graça e do caráter
ju sto e santo d e Deus. Por e sse motivo,
até m esm o a q u eles que, a partir da era
Quer compreender melhor neotestam entária, exercem m inistérios
a natureza desse livro ou administram dons espirituais sem re­
profético? Leia a obra “Isaías, verenciarem o Espírito da graça, correm
0 Profeta Messiânico”, de o risco d e um dia ouvirem do Senhor:
Stanley M, Horton. “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniquidade" (Mt 7.23).

16 JUVENIS
3. UM A R A U T O CO M O S A V IS O S
SUBSÍDIO
FINAIS
"Oito aspectos caracterizam o livro de
A natureza da m en sag em pregada
Isaías: 1. Em sua maior parte, está escrito em
por Isaías ao o rg u lh o so reino d e Ju d á
forma poética, e é insuperável como joia
co n sistia em d e n u n c ia r o fo rm a lism o
literária na beleza, poder e versatilidade; 2.
re lig io so e a s in ju stiç a s d a lid e ra n ça
É chamado ‘o profeta evangélico’, porque,
d e seu tempo, os quais contam inavam
dentre todos os livros do Antigo Testamen­
to d a a nação. Em b o ra s e g u is s e m os
to, suas profecias contêm as declarações
ritos s a g ra d o s, e ra um p o vo q u e se
mais plenas e claras sobre Jesus Cristo;
a p ro x im a v a d e D e u s p a ra h o n rá -lo
3. Sua visão da cruz (cap. 53) é a profecia
a p e n a s co m os lábios, m as co m o seu
mais específica e detalhada sobre a morte
co ra çã o d istan te da retidão (Is 29.13).
expiatória de Jesus; 4. É o mais teológico
P o r e s s a ra zã o , a v id a r é lig io s a d a
e extenso de todos os livros proféticos do
n a ç ã o e n c o n tra v a -s e v azia d e D e u s
Antigo Testamento. O período de tempo ali
e c h e ia d e p e c a d o s . A m e n te d o s
tratado remonta a criação dos céus e da terra
ju d e u s e stava ca u te riza d a e certa da
(42.5), e olha para o futuro, aos novos céus
im p u n id a d e . A m e n s a g e m d e Isaias
e nova terra (65.17; 66.22); 5. Contém mais
v in h a d e e n co n tro a e s s e d e s te m o r
revelação a respeito da natureza, majestade
ao Senhor, q u e sonda profundam ente
e santidade de Deus do que qualquer outro
não só as atitudes, m as, sobretudo, as
livro profético do Antigo Testamento. O Deus
m o tiv açõ e s d o s co ra çõ e s.
de Isaias é santo eTodo-Poderoso, aquele
que julgará o pecado e a iniquidade dos
4. A V IN D A DO SA LVA D O R
seres humanos e nações. Sua expressão
F in a lm e n te , a m a io r d e to d a s as
predileta para Deus é 'o Santo de Israel'; 6.
m e n sag en s abo rdadas no livro d e Isa­
Isaías, cujo nome significa 'o Senhor salva',
ias diz respeito ao M essias, o Salvad o r
é o profeta da salvação. Ele emprega a
prometido. C h am a a atenção o grande
palavra ‘salvação1 quase três vezes mais
núm ero d e profecias a ce rca da vinda
do que todos os demais livros proféticos
d o S e n h o r J e su s, su a h u m ilh a ç ã o e,
do Antigo Testamento. Isaías revela que o
p osterio rm ente, su a g lo rificação. Em
propósito divino da satvação será somente
razão disso, o profeta Isaias é c o n h e ­
realizado em conexão com o Messias; 7.
cido pelo s estudio sos co m o o “profeta
Isaias faz frequentes referências aos eventos
m essiânico”. Em seu livro, encontram os
redentores da história de Israel (Êx 4.5,6; 11.15;
profecias a respeito d e nosso Sen ho r
31.5; 43.16,17), a destruição de Sodoma e
quanto: 1, Ao se u n ascim e n to (Is 7.14:
Gomorra (1.9) e a vitória de Gideão contra os
9.6); 2. V id a e m inistério: (Is 8.14: 22.22;
midianitas (94; 10.26; 28.21). Além disso, faz
35,5,6; 61.1-3); 3 - Sofrim ento: (Is 50.4-11;
alusões ao cântico profético de Moisés em Dt
5 2 .13 —53); 4. M orte e ressurreição: (Is
32 (1.2; 30.17; 43.11.13); 8. Isaías é, juntamente
25.8; 26.19). Ele é anunciado com o a Luz
com Deuteronômio e.os Salmos, um dos
para os gentios (Is 49.6). E, por fim, Isaias
livros do Antigo Testamento mais citados
relata a form a co m o o M e ssia s seria
e aludido no Novo Testamento”(Bíblia de
ferido e, co m o um cordeiro, levad o ao
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
m atadouro (Is 53.4-7). Ele é a q u e le que
1995, p. 992).
viria a ser a razão da nossa salvação. O

JUVENIS 17
PARA CONCLUIR < HORA DA REVISÃO
A m ensagem do profeta Isaías re­
vela o ju ízo de D eu s sobre a certeza 1. S e g u n d o a trad ição , q u a l a razão
da im p un id ad e q u e o povo d e Judá do fá cil a c e s s o do profeta Isaías à
liderança política e religiosa de Judá?
trazia em se u coração. D e u s não se
R: S e gu n d o a tra d ição , Isa ías era
d eix a e sc a rn e c e r, E le re q u e re rá a
o riu n d o de u m a fa m ília in flu e n te
prestação d e co ntas d e ca d a ação.
em Je ru salé m . Por essa razão, ele
Is a ía s , d e p e c a d o r d e lá b io s tinha fá cil acesso ao palácio do rei,
impuros, to rno u-se um d os profetas bem como proxim idade com o sumo
m ais precisos quanto ao surgimento, sacerdote.
vida. m inistério e morte do M essias.
2. O n d e e co m o foi a visão d ad a por
Seu exemplo nos revela que, quando D eus a Isaías, no ano em q u e m or­
o cham ado d e D eus é levado a sério, reu o rei U zias (740 a.C.)?
m udan ças significativas acontecem . R: No ano em que m orreu 0 rei Uzias
{740 a.C.), 0 profeta Isaías teve um a
visão g lo rio sa no Tem plo. Ele v iu
<
o Senhor, 0 grande Rei, assentado
sobre um alto e sublime trono (Is 6.1).
/ n \ CONHEÇA OS
v—5 SEUS ALUNOS 3. O que aconteceu a Isaías, quando 0
serafim d e D e u s trouxe u m a brasa
Professor(a). aproveite o tem a da viva, tirada do altar?
tiçâo para conversar com seus alunos R: Quando tal brasa tocou os lábios
sobre os motivos que im pedem que do profeta, ele foi purificado da sua
eles tenham um a vida de devoção a im piedade (Is 6.6,7).
Deus. Nesta fase em que estão vivendo
4. N o q u e c o n s is t ia a n a tu re z a d a
é muito com um os juvenis apontarem m e n sa g e m p regad a por Isaías ao
varias justificativas para não seguirem orgu lho so reino d e J u d á ?
firmes na fé. Mostre-lhes que o profeta R: C o n s is tia em d e n u n c ia r 0 fo r­
Isaías entendeu a relevância do seu m a lism o re lig io s o e as in ju s tiç a s
ministério somente quando reconheceu da liderança de seu tempo, os quais
que era um pecador e precisava da contam inavam toda a nação.

ajuda do Senhor para ser purificado 5. Sobre o q ue diz respeito a maior de


da sua triste co n d içã o d e pecado. to d as a s m e n sa g e n s d e Isaías e o
Só podem os ven cer os d e safio s da q u e ch a m a ate n ção no livro? ^
R: Diz respeito ao Messias, 0 Salvador
vida e ter um a vida espiritual santa e
prometido. Chama a atenção 0 grande
fervorosa pela ação do Espirito Santo.
núm ero de profecias acerca da vinda
Essa dependência nos leva a crescer
do Senhor Jesus, sua hum ilhação e,
e am adurecer na fe. posteriormente, sua glorificação.

+ Q ÉD «
18 JUVENIS
JEREMIAS - ONDE
BUSCAR CORAGEM?
"Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde
quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás." (Jeremias 1.7)

V 2 Co 12,9 ★ A g ra ça do S e n h o r é suficiente

V 2 Cr 7.14 * Arrependimento e busca sincera atraem a resposta divina

V Jr 7 .1-4 ★ M elhorai o s vo sso s ca m in h o s e as v o ssa s obras

* Jr 1 5 .1 9 -2 1 ★ Aparte o precioso do vil

1 Jo 1.9 * O Sen ho r é fiel e ju sto para perdoar

At 3.19 ★ O arrep en d im ento traz refrigério


\

M M gag — lW W —

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Jeremias 1.4-14,17-19 dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu
4 Assim veio a mim a palavra do S E­ disse: Vejo uma vara de amendoeira.
NHOR, dizendo: 12 E d isse-m e o SENHOR: Viste bem;
5 Antes que eu te formasse no ventre, porque eu velo sobre a minha palavra
eu te conheci; e, antes que saísses da para a cumprir.
madre, te santifiquei e às nações te 13 E veio a mim a palavra do SENHOR,
dei por profeta. segunda vez, dizendo: Que é que vês?
E eu disse: Vejo uma panela a ferver,
6 Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ!
cuja face está para a banda do Norte.
Eis que não sei falar: porque sou uma
criança. 14 E d isse -m e o SENHOR: Do Norte
se descobrirá o mal sobre todos os
7' Mas o SENHOR medisse: Não digas:
habitantes da terra.
Eu sou uma criança; porque, aonde
quer que eu te enviar, irás; e tudo 17 Tu, pois, cinge os teus tombos, e le­
quanto te mandar dirás. vanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te
mandar; não desanimes diante deles,
8 Não temas diante deles, porque eu sou
porque eu farei com que não temas
contigo para te livrar, diz o SENHOR.
na sua presença.
9 E estendeu 0 SENHOR a mão, tocou-me
18 Porque eis que te ponho hoje por ci­
na boca e disse-me o SENHOR: Eis que
dade forte, e por coluna de ferro, e por
ponho as minhas palavras na tua boca. muros de bronze, contra toda a terra, e
10 Olha, ponho-te neste dia sobre as contra os reis de Judá, e contra os seus
nações e sobre os reinos, para arran­ príncipes, e contra os seus sacerdotes,
cares, e para derríbares, e para des­ e contra o povo da terra.
truíres, e para arruinares; e também 19 E pelejarão contra ti, mas não pre­
para edificares e para plantares. valecerão contra ti; porque eu sou
11 Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, contigo, diz o SENHOR, para te livrar.

• • © CO N ECTA D O COM DEUS


0 chamado de Jeremias ocorreu em um contexto político-religioso complicado
para a nação de Judá. Seu ministério abrangeu os últimos anos que antecederam
a destruição de Jerusalém e 0 cativeiro babitônico. Foi para esse tempo difícil
que Deus escolheu Jeremias, um homem sensível que sofria ao ver seu povo
padecer as consequências de suas escolhas erradas. Embora sofresse grande
perseguição, 0 profeta não deixou de levar a mensagem de arrependimento a
um povo teimoso e rebelde. A história desse profeta tem muito a nos ensinar
no tocante aos tempos trabalhosos em que estamos vivendo. Em aLguns mo­
mentos, pode parecer que você não conseguirá vencer os desafios para cumprir
o chamado de Deus, mas saiba que é Ele quem sustenta e capacita você.

U
OBJETIVOS

APRESENTAR a o rigem e o contexto


social do ministério de Jeremias;

DESCREVER o ch am a d o e o en co ra ­
ja m e n to d e D e u s a Je re m ia s para o
cumprimento da missão;

ELENCAR os pecados d e ju d á e a sua


consequente destruição.

ANTES DAAULA
Professorla), nesta lição, veremos que o cenário deparado pelo profeta Jeremias
era de terra arrasada. O profeta foi testem unha de um dos m om entos m ais triste
da história do povo escolhido por Deus. Muitas vezes, o cham ado de Deus nos
levará a testemunhar situações em que há som ente dor e sofrimento em razão
de esco lhas erradas, m as a Palavra d e Deus não poderá deixar d e ser pregada.
Aproveite a temática da aula para perguntar aos seus alunos se eles conhecem
a história de alguém conhecido ou não que tinha todas as oportunidades para
acertar, m as fez esco lh as erradas. Questione o que podem os aprender a partir
dos erros com etidos por essas histórias que conhecem os. Ao final, aponte que
não precisam os errar para saber o quanto é prejudicial distanciar-se do cam inho
do Senhor. E preciso aprender com os erros do próximo para não com etê-los.

1 . A V 1DA DO P R O FETA sacerdotal. O fato é q u e ele foi c h a m a ­


1.1. Quem era Jerem ias?do pelo Sen ho r para ser profeta m uito
Je re m ia s era natural d e A n a - jo v e m e, por e sse motivo, d ed ico u sua
tote, u m a v ila Localizada ao n ordeste vida ao exercício do ministério profético.
d e Je ru sa lé m , dentro d o território da 1.2. Contexto so cia l da época
trib o d e B e n ja m im . O n o m e d o s e u O p ro fe ta J e r e m ia s c o m e ç o u a
pai era Hilquias, e m uitos estud io sos o ex e rce r o se u c h a m a d o c e rc a d e 40
consideram com o o sacerdote de A n a - an o s a n te s do cativeiro ju d a ico . E s s e
tote. O q u e reforça o fato d e Je re m ia s período abrangeu os reinados de Josias,
pertencer a um a fam ília d e sacerdotes Jo a c a z , Je o a q u im , Jo a q u im e Z e d e -
é o lo ca l d e se u nascim ento, visto q ue quias. Um período conturbado q u e foi
Anatote é apontada co m o um a cid a d e primeiramente marcado pela renovação
sacerd o tal d e sd e os te m p o s d e Jo su é espiritual promovida por Josias, m as que
(Js 21.18 ). N ã o s e s a b e a o c e rto s e logo se d issipou em razão d a falta d e
J e re m ia s c h e g o u a e x e rc e r o o fíc io arrependimento sincero e constância na

JUVENIS 21
t a m b é m lu to u c o m t o d a s a s s u a s
<r -> INTERAÇÃO fo rç a s para c h a m á -la a o a rre p e n d i­
m en to . In te rc e d e u co m lá g r im a s e
Jerem ias foi um profeta muito
lam ento com tam anha com p aixão por
especial, com um amor ímpar para s e u s com patriotas, q u e o respondiam
com o seu povo. Nesta oportunida­ c o m ó d io e a m e a ç a s . A o q u e o u viu
de, peça que seus Juvenis d esta­ do próprio Senhor: “Tu, pois, não ores
quem outras virtudes observadas por e ste povo, n em le v an te s por e le
no com portam ento de Jerem ias, cla m o r ou oração , nem m e im p ortu ­
ao lidar com os terríveis eventos nes, porque eu não te ouvirei" (Jr 7.16).
ocorridos antes e durante a invasão Em b o ra Je re m ia s insistisse, não havia
dos babilônios à Judá. outro rem édio para co n d u zira alm a da
n açã o ao arrep en d im ento a não ser o
R eforce ta m b ém q u e o c a ti­
cativeiro babilônico.
veiro, apesar d e doloroso, foi um
A in d a q u e ta l q u e b ra n ta m e n t o
instrum ento d e D eus para co rri­
e m o c io n a l d e Je re m ia s p u d e s s e se r
gir o seu povo, a fim de q ue não
v is to a p rin c íp io c o m o um s in a l d e
fo sse totalm ente destruído pela fr a q u e z a , e le foi u m d o s p ro fe ta s
própria d e so b e d iê n c ia . A partir m a is c o ra jo s o s e p e rs e v e ra n te s da
d e sse raciocínio, peça q ue leiam, história, e m b o ra so litá rio e rejeitad o
responsivamente, Hebreus 12.5-11. d u ra n te to d a s u a v id a (Jr 15 .15 -18 ).
Em seguida, pergunte-os se eles A s p ró p ria s e x p e riê n c ia s d o profeta
já se sentiram disciplin ad os pelo foram tão in te n sa s q u e D e u s a s usa
Senhor e os aprendizados obtidos. até h o je para n o s e n s in a r p re c io s a s
liçõ e s.
OOO 1.4. Púb lico-alvo da profecia
Q uando Jerem ias foi cham ad o pelo
obed iên cia à Lei por parte d o s ju d e us. Senhor, a sua m issão era convocar Judá
O povo havia passad o um bom tem po a um a rre p e n d im e n to s in c e ro p ara
m erg u lh a d o na idolatria e su b ju g a d o co m D eus. N o entanto, no m om ento
p elas forças políticas q u e havia ao seu inicial d o se u ch am ad o, o S e n h o r h a­
redor, a saber, os assírios que, d om in a­ via dito q u e e le seria um profeta para
vam a Á sia e o O riente até então; e, a a s n açõ e s. D e im ed iato, o prop ósito
seguir, os babilônios, q u e se tornaram divino era d errub ar a so b erb a do seu
a m aior potência m undial da ép oca em povo e anunciar o dom ínio d as n ações
po u co s anos. É n e sse cenário d e p re­ gentílicas, a saber, a Babilônia. Todavia,
ca rie d a d e espiritual e deso rganização o ju íz o do S e n h o r ta m b é m viria sobre
p o lítica q u e Je re m ia s ex e rce u o se u os cald e us, bem com o sobre os povos
m inistério profético. q u e d esd en h avam d a nação eleita em
1.3. Um profeta sen sível à voz de razão d a su a d o r (46—51). A o final, o
Deus reinado davídico sobrevivería ao exílio,
Je rem ias não a p e n a s era inconfor­ e um re m an e sce n te seria preservad o
m ad o co m 0 p e ca d o da nação, co m o para c u m p rir o s p ro p ó sito s d e D e u s

22 JUVENIS
para o se u povo. O Sen ho r não perde a a u t o r id a d e d iv in a . N u m p rim e iro
o c o n tro le d a histó ria, in c lu s iv e , da m om ento, o S e n h o r lh e p erguntou o
v id a d a q u e le s q u e o s e r v e m c o m q u e via, ao q u e o profeta resp ondeu:
obediên cia. “v e jo u m a v a ra d e a m e n d o e ir a ”. A
seguir, o Sen ho r lhe d isse: “viste bem ;
2. A CHAM ADA E O ENVIO porque eu v elo sobre a m inha palavra
2.1. D e scu lp as p ara não atender para a c u m p rir” (v. 12). E, na se g u n d a
ao cham ado vez, D e u s lh e p e rg u n to u o q u e via.
J e re m ia s a in d a era m u ito jo v e m A o q u e Je re m ia s re sp o n d e u q u e via
qu an d o foi ch a m a d o para se r profeta. u m a p a n e la a ferver co m a su a fa ce
Prontam ente, o S e n h o r lh e d is s e q ue v ira d a p ara o Norte. Lo go, o S e n h o r
o havia e sc o lh id o d e s d e o ventre d a lh e e x p lico u q u e do N orte viria o m a l
s u a m ã e p a ra e x e rc e r o m in isté rio . so b re to d a a terra (vv. 13 ,14 ). D e ssa
D e im e d iato , J e re m ia s d e m o n s tro u form a, D e u s o o rd en o u a não te m e r
s e n t ir -s e in c a p a z d e tão g ra n d io s a diante deles, porque o estava tornando
m issã o , a le g a n d o s e r a p e n a s u m a co m o c id a d e forte, co lu n a d e ferro e
crian ça, sem co n d iç õ e s d e se r p orta- m uros d e b ronze contra n açõ es, reis
-v o z d e D e u s (Jr 1.5, 6). Entretanto, o e s a ce rd o te s (v. 18).
S e n h o r o garan tiu q u e E le m e sm o o
enviava e, portanto, 0 livraria d e todos 3. AS CO N D IÇÕ ES D E JU D Á
os se u s opositores (vv. 7, 8). Da m esm a 3.1. A idolatria e im oralidade
forma, atualm ente, o Sen ho r continua Um d os m otivos p elo s quais o S e ­
a ch a m a r jo v e n s para o e x e rcício do nhor prom eteu enviar o cativeiro b ab i-
ministério, N ão im porta o quanto você lônico sobre Ju d á foi a su a d ecad ên cia
s e sinta in a d eq u ad o , D e u s q u e r usar espiritual. Nos dias que antecederam o
a su a v id a co m p o d e r e a u to rid ad e ! exílio, Ju d á se encontrava m ergulhada
A b a s e d o ê x ito d e J e r e m ia s foi a na idolatria e im oralidade. Durante os
o b e d iê n c ia . D a m e s m a fo rm a , s e ja go vern os d o s reis M an assés e A m o m
obediente, e v o cê tam b ém a lca n çará (60 anos), os ju d e u s co m eteram toda
s u c e ss o em se u ch am a d o m inisterial. sorte d e m ald ad e, inclusive, aderindo
2.2. Encorajam ento e envio à s p rá tic a s p e c a m in o s a s e id ó latras
A p e s a r d a s lim ita ç õ e s h u m a n a s da A ssíria e n a ç õ e s viz in h a s. D entre
d e Je re m ia s, o S e n h o r o e n co ra jo u a a s a b o m in a çõ e s praticadas, estavam
cum prir 0 seu cham ado. Afinal, a ca p a ­ a profanação do T e m p lo e sa crifício s
citaçã o para tão g ra n d e obra viria do h um an o s ofere cid os a M oloque, en ti­
D e u s To do-P o d e ro so , q u e faria d a d e Am onita (Jr 32.30-35). Esse
d e le um in s tru m e n to p a ra d e c lín io e s p irit u a l a lc a n ç o u
a rr a n c a r e p a ra d e rru b a r; ta l n ív e l q u e o p o vo já não
para destruir e para arruinar; servia a D eus nem d iscern ia
para edificar e para plantar tam anhas m alignidades. Essa
(v. g, 10). situ a ção p ro rro g o u -se até o
A m en sag em de Je re ­ tem po em q ue Jo sias assum iu
m ias, m uitas v e ze s severa, era o trono d e Ju d á e iniciou o pro­
p o d e ro sa e co n stitu íd a d e toda c e s s o d e restauração espiritual.

JUVENIS 23
3.2. A mentira e o desprezo à Palavra
SUBSÍDIO
de Deus
A lém dos desvios religiosos e a ini­ “No tem po em que Deus cham ou
quidade dos reis, a maldade, falsidade e Jerem ias, quando ele era ainda muito
falta de tem or a D eus eram acentuadas jovem , no início dos se u s vinte anos,
no comportamento de toda a Judá. Tanto ele se sentia terrivelmente vulnerável e
q u e o S e n h o r revelou ao profeta q u e inadequado, Ele certamente tinha seus
até m e sm o os da sua própria c a sa se motivos. Jeremias tinha crescido em uma
voltavam contra e le encobertam ente. fam ília sacerdotal, durante o reinado
O s reis dem onstravam aparentem ente de M anassés, que tinha assassin ad o
que buscariam o arrependim ento, m as muitos homens religiosos. Ele era jovem
não perm aneciam no conselho do S e ­ e inexperiente, inseguro de si mesmo,
nhor. Em nossos dias, m uitas vezes nos com o qualquer jovem pode se sentir.
deparam os com a m esm a postura por A id e ia d e q ue D eu s o co n sid e ra v a
parte de alguns ouvintes da Palavra. São especial, e tinha uma m issão esp ecial
p esso a s q u e escu tam co m aten ção a para ele, era devastadora.
pregação, m as ag em co m desprezo e É apropriado, quando iniciamos em
falta de temor a Deus. Esse tipo d e co m ­ q u alq u e r m inistério, co m p artilhar as
portamento revela um coração teimoso em oções de Jeremias. Somos, em nós
e inclinado para o mal. A Palavra de Deus m esm os, inadequados, com o m eras
afirma: “N ão erreis: D eu s não se deixa
crianças. A pessoa que inicia qualquer
escarnecer; porque tudo o que o homem
serviço espiritual com arrogante co n ­
semear, isso tam bém ceifará" (Gl 6.7).
fiança certam ente fracassará. P re ci­
3.3. Uma convocação ao arrepen­
sam os com preender, com o Jerem ias
dimento
com preendeu, que não importa quais
A m ensagem profética d e Jerem ias
sejam os dons naturais que D eus nos
tra ta va -se d e um a co n v o ca ç ã o ao ar­
deu, não podem os fazer nada em nós
rependim ento. Embora, inicialm ente, a
m esm os, nem por nós mesmos.
palavra do profeta fosse de condenação
1...1 D eus respondeu, 'Irás'. No e n ­
sobre as m aldades praticadas pelo povo
tanto, m esm o a repreensão d e D eus
d e Judá, bem co m o por se u s vizinhos,
transm ite um a prom essa. D eus d isse
a m e n sa g e m final era d e restauração.
a J e re m ia s q u e não tiv e s s e m ed o ,
A s p a la vra s d e Je re m ia s so a m co m o
um a expressão da tristeza d e D eu s ao porque eu sou contigo para te Livrar1.
ver um povo que não so u b e aproveitar Q uando Deus convoca qualquer p e s­
a oportunidade co m o nação sep arad a soa para um m inistério, Ele se co m ­
e escolhida. Deus está sem pre disposto prom ete a estar com este indivíduo.
a nos p e rd o a r p o rq u e n os am a. N ó s D e u s e stará co m v o c ê en q u a n to o
ta m b é m d e v e m o s s e r á v id o s p e lo servir, a p e sar d as su as fraquezas, e
s e u p e rd ã o , na m e s m a p ro p o rç ã o a p e s a r d e q u a is q u e r te m o re s q u e
q u e e sta m o s d isp o sto s a a b a n d o n a r você possa ter”(RiCHARDS, Lawrence
n o s s o s p e c a d o s p a ra s e r v i-t o co m O. C om en tário D e v o c io n a ld a Bíblia.
gen u ín o amor. O Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 395).

24 JUVENIS
PARA CONCLUIR < Q HORA DA REVISÃO
Aprendemos nesta lição que a cora­
gem para exercer o ministério profético
não vinha da capacidade de Jeremias.
S e Deus olhasse para a sua condição
hum ana, ja m a is o separaria para tão
grandiosa e difícil missão. Entretanto,
1. O profeta Jerem ias era natural de
é justam ente por meio das fraquezas qual cidade e qual era o nome do
de seus servos que o Senhor se revela seu pai?
forte (1 Co 1.27-29). Que nós tam bém R: Jeremias era natural de Anatote,
possam os, pela g raça de D eus. ser uma vila localizada ao nordeste de
aperfeiçoados em nossas fraquezas, Jerusalém, dentro do território da
atuando na sua obra (2 Co 12.9). tribo de Benjamim. 0 nome do seu
pai era Hilquias.
2. O ministério profético de Jerem ias
abrangeu o reinado de quais reis?
CONHEÇA OS R: Abrangeu os reinados de Josias, Jo-
acaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.
SEUS ALUNOS
Caro(a) professor(a), converse com 3. Q ual foi a reação de Jerem ias ao
ser cham ado por Deus?
seus alunos sobre o cham ado divino
R: De imediato, Jeremias demonstrou
em tempos trabalhosos. Ser um jovem
sentir-se incapaz de tão grandiosa
cristão hoje não tem sido uma tarefa
missão, alegando ser apenas uma
fácil. Haja vista a grande quantidade criança, sem condições de ser por­
d e ofertas do m undo e do Maligno, ta-voz de Deus (Jr 1.5, 6).
tentando d e sv iá -lo da presença de
4. Cite as abominações praticadas pela
Deus. Essa b atalh a to m a -s e aind a nação de Judá, devido à mistura
m ais acen tu ad a quan d o se d e cid e religiosa com os assírios:
servir ao Senhor com maior dedicação R: Dentre as abominações praticadas,
em sua obra. estavam a profanação do Templo
Mostre aos seus Juvenis que, assim e sacrifício s humanos oferecidos
como fez Jeremias, eles precisam su ­ a Moloque, entidade A m onita (Jr
portar com fé o jugo na sua mocidade. 32 .30 - 35 ).
Isto é, enfrentar os desafios com con­ 5. Qual era a natureza da m ensagem
fiança e perseverança, sabendo que profética de Jerem ias?
Deus tem bênçãos muito maiores do R: A mensagem profética de Jeremias
que as tributações enfrentadas neste tratava-se de uma convocação ao
arrependimento.
tem po presente (Rm 8.18).

+
EZEQUIEL- UM
JOVEM COM VISÕES
“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo." (Ezequiel 2.x).

V Ez 2.3 * As nações se rebelaram contra o Senhor

V Dt 18.21, 22 ★ A palavra dos verdadeiros profetas se cumpre

V Ez 22.30 Deus procura alguém disposto a trabalhar em sua obra

V Ez 36.26 ★ Deus prometeu um novo coração

V 1 Ts 5.20-22 s Não desprezemos as profecias

V Nm 12.6 * Deus fala ao seu povo por meio dos profetas

© .
MV

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Ezequiel 2 E tu, ó filho do homem, não os temas,
E disse-me: Filho do homem, põe-te nem temas as suas palavras; ainda que
em pé, e falarei contigo. sejam sarças e espinhos para contigo, e
tu habites com escorpiões, não temas
Então, entrou em mim o Espírito, as suas palavras, nem te assustes com
quando faLava comigo, e me pôs em o rosto deles, porque são casa rebelde,
pé, e ouvi o que me falava.
Mas tu lhes dirás as minhas palavras,
E disse-me: Filho do homem, eu te quer ouçam quer deixem de ouvir,
envio aos filhos de Israel, às nações pois são rebeldes.
rebeldes que se rebelaram contra
Mas tu, ó filho do homem, ouve o que
mim; eles e seus pais prevaricaram eu te digo, não sejas rebelde como
contra mim, até este mesmo dia. a casa rebelde; abre a boca e come
E os filhos são de semblante duro e o que eu te dou.
obstinados de coração; eu te envio a Então, vi, e eis que uma mão se
eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor estendia para mim, e eis que nela
JEOVÁ. estava um rolo de livro.
E eles, quer ouçam quer deixem de 10 E estendeu-o diante de mim, e ele
ouvir (porque eles são casa rebelde), estava escrito por dentro e por fora;
hão de saber que esteve no meio e nele se achavam escritas lam en­
deles um profeta. tações, e suspiros, e ais.

CO N ECTA D O COM DEUS • • •

0 profeta Ezequiel exerceu seu ministério em uma época muito impor­


tante da história do Reino do S u l 0 Senhor 0 chamou para anunciar uma
mensagem de repreensão para um povo rebelde e de dura cerviz, isto é,
para pessoas orgulhosas que não reconheciam seus erros e desobediências
à vontade divina. Em nossos dias, temos visto pessoas com esse mesmo
comportamento. 0 livro de Ezequiel nos ensina preciosas lições acerca da
forma com que temos de lidar com esse tipo de comportamento reprovado
pela Palavra de Deus.

• * <
OBJETIVOS
MOSTRAR com o ocorreu o cham ad o
de Ezequiel e o contexto social de sua
época;
ELENCAR as visões de Ezequiel e o seu
significado;
DESTACAR a responsabilidade do m i­
nistério profético.

ANTES DA AULA
Prezado(a) professor(a), nestes últimos dias, tem os percebido que o ser hu­
mano tem apresentado um comportamento cada vez mais rebelde e resistente
à Palavra de Deus. Nos dias do profeta Ezequiel esse tipo de postura também
estava presente na sociedade, devido à condição espiritual deplorável da nação
de Judá. As pessoas eram orgulhosas, de dura cerviz, que não reconheciam seus
erros e não aceitavam nem m esm o a repreensão divina, por meio dos profetas,
Na lição d e hoje, verem os que o profeta Ezeq uiel teve d e lidar com esse
tipo de público, sem esm orecer no cum prim ento do seu ministério. Quantas
vezes som os ch am ad os a pregar a Palavra d e D eus para p essoas rebeldes,
que desprezam e não creem nas profecias b íb lica s? Contudo, isso não pode
nos im pedir d e prosseguir; q uer ouçam , quer deixem de ouvir, o m ais im ­
portante é cum prir o m inistério para o q u al fom os ch am a d o s p elo Senhor!
Portanto, encoraje os seus alunos acerca da responsabilidade do exercí­
cio ministerial. Mostre q ue ser usado por Deus em sua obra é um privilégio,
m esm o quando temos que lidar com pessoas difíceis, incrédulas e opositoras
aos valo res da Palavra de Deus, P re cisam o s estar d e cid id o s a perseverar!

g g 1. A V ID A DO P R O FETA O s ú ltim o s a co n te c im e n to s re g istra ­


* 1.1. Quem era Ezequiel? d os p elo profeta datam q u e e le tinha
A B íb lia relata E z e q u ie l co m o um ap ro xim ad am en te 50 anos. S e g u n d o
jo v e m d e fa m ília s a c e rd o ta l (Ez 1.3). a tradição, E z e q u ie l era ca sad o , m as
E le p a sso u o s p rim e iro s 25 a n o s d a sua e sp o sa veio a falecer.
sua vida em Jerusalém , p reparando-se 1.2. Contexto so cia l da época
para o exercício m inisterial no Tem plo, O c e n á r io h is tó r ic o d o liv ro d e
q u a n d o foi le v a d o p risio n eiro para a E z e q u ie l é a B ab ilô n ia, m a is p re c is a ­
B ab ilô n ia no an o 597 a.C. A o atingir a m en te o s prim eiro s a n o s do cativeiro
id a d e d e 30 ano s, E z e q u ie l re c e b e u (593-571 a.C,). Q u a n d o N a b u c o d o -
o c h a m a d o p ro fé tic o , p e río d o e m n o s o r tra n s p o rt o u a s e g u n d a le v a
q u e in ic io u o tra b a lh o e m s e u livro. d e p ris io n e iro s para a B a b ilô n ia (697

28 fUVENIS
a.C.), E z e q u íe l a in d a era jo v e m . Foi 2, A VISÃO DO PROFETA
um período m uito c o m p lic a d o para o 2.1. A visão da glória de Deus
povo ju d e u , q u e v e io a te ste m u n h a r O liv ro d e E z e q u ie l in ic ia c o m a
a d e stru içã o c o m p le ta d e Je ru s a lé m d e scriçã o d a visão da glória d e D eu s
a lg u n s a n o s d e p o is (586 a.C.). Já no revelad a ao profeta. No dia em q u e o
exílio, o profeta E ze q u ie l iniciou 0 seu S e n h o r o ch am o u para exercer o c h a ­
m inistério, tendo co m o co n te m p o râ ­ m ado profético, Ezequiel teve visões da
n e o s o s profetas D an ie l, q ue, n e s s e glória e da santidade d e D eus (Ez 1.4,5).
te m p o , já e s t a v a n a B a b ilô n ia , e o T ra ta v a -se d e um vento te m p e stu o so
p ro feta J e r e m ia s ,.q u e h a v ia fic a d o e um a grande nuvem com fogo q ue se
e m J e ru s a lé m . A ú ltim a p ro fe c ia d e aproxim ava. Do m eio da tem pestad e,
E z e q u ie l te m c o m o d a ta p m ê s d e s a ía m q u atro a n im a is q u e tin h a m a
a b ril d e 5 7 1 a.C. s e m e lh a n ç a d e u m h o m e m . C a d a
1.3. Cham ado e responsabilidade
O c h a m a d o d e E z e q u ie l o co rre u <- -> INTERAÇÃO
em te m p o s tenebrosos. A p ó s o povo
d e D eu s se r várias v e ze s repreendido Professorta), enumere no quadro
para se converter d a s su as m ás obras, as características comportamentais
ao persistir no erro lhe sobreveio o c a ­ m arcantes da so cied ad e ju d a ica
tiveiro, conform e a visa d o pelo Sen ho r
dos dias de Ezequiel. Numa coluna
p ela boca d e se u s legítim o s profetas.
ao lado, enumere as características
N esse tempo, muitos profetas anuncia­
comportamentais da sociedade atual
vam m entiras, se g u n d o a von tad e d e
Leve os alunos a refletirem sobre as
se u co ra çã o (Ez 13). É n e sse contexto
diferenças e semelhanças compor­
que Ezequiel inicia 0 seu ministério com
o propósito d e a n u n ciar a m e n sag e m tamentais identificadas.
d e ju íz o d iv in o a o po vo a p ó sta ta d e Em seguida, mostre que o despre­
Ju d á e Je ru sa lé m (1—24), b em co m o zo à Palavra de Deus e a rejeição aos
às se te n a çõ e s e stra n g e ira s q u e cir­ seus valores são sinais contundentes
cu n d av a m Judá. de que estamos vivendo os “tempos
A lé m d is s o , E z e q u ie l e n tre g o u trabalhosos", anunciado pelo apóstolo
tam bém um a m e n sag e m d irecionada Paulo. Trata-se de uma época em
ao s ju d e u s q u e e stavam no exílio, na que os homens estão cada vez mais
intenção d e e n c o ra já -lo s a m anterem
orgulhosos, presunçosos, amantes
a fé, pois, no futuro, D eu s restauraria o
de si mesmos, amigos dos deleites
seu povo conform e a aliança que havia
e inimigos de Deus, desobedientes
feito com eles. O Senhor disse tam bém
aos pais, sem afeto natural e outras
que a re sp o n sab ilid ad e era individual,
q u e p e c a d o s d o s a n te p a s s a d o s não características semelhantes a estas,
seriam trazidos sobre a d e sce n d ê n cia sinalizando-nos que a volta de Jesus
(Ez 18). A ssim sendo, cad a geração d e ­ está muito próxima (2 Tm 3.1-5).
veria prestar co n tas d a s su as atitudes
diante d e Deus. OOO

JUVENIS 29
criatura tinha quatro rostos: um rosto 2.2. O ju ízo e a m isericórdia divinos
d e hom em , m ostran do a im ag e m de O s ju íz o s d ivin o s reve lad o s a E z e -
vingadores humanos; um rosto d e leão, q u ie l apo ntavam à q u e d a d e Je ru s a ­
in d ican d o p oder e terror; um rosto de lém , su a d estru içã o final por m eio d e
boi, su g e rin d o su a força co n stan te a Nabucodonosor, rei da Babilônia, o que
se rv iço d e Deus; e um rosto d e águia, ocorreu durante o reinado de Zedequias
m o stra n d o q u e s e rã o v e lo z e s para em Jud á, no d é cim o prim eiro ano de
e levar-se acim a da oposição m ais forte seu reinado, Èzequiel predisse tam bém
q u e J e ru s a lé m p u d e s s e a p re se n ta r ju ízo s sobre sete povos pagãos: Am om
(BEACO N , 2005), E ze q u ie lviu tam bém (25.1-7), Moabe (25.8-11), Edom (25.12-14),
rodas em volta dos an im ais em m ovi­ Filístia (25,15-17), Tiro (26.1—28.19), Sidom
mento constante, A linguagem figurada (28 .20 -26) e Egito (29—32). N a últim a
utilizada por È z e q u ie l rep resentava a s e ç ã o , os c a p ítu lo s 3 3 —48, co n té m
sob erania d e D e u s a cim a d e to d as as profecias a ce rca da re sp o n sab ilid ad e
co is a s e a su a p re se n ça em to d as as dos verdadeiros profetas, com o atalaias
esferas da criação, E ss e m e sm o D eus d e D eus; profecia contra os p astores
estava com È ze q u ie le com os exilados infiéis d e Israel, b em co m o a ce rca da
à m arg em do rio Quebar. restauração de Jerusalém e esperança
so b re o futuro d a n ação eleita.
Durante o tem po em q ue esteve na
Babilônia, Èzeq u iel profetizou tam bém
a ce rca daqueLes q u e se encontravam
exilados, b em co m o contra os m o ra­
dores d e Je ru sa lé m , antes da invasão
final em 586 a.C. A quantidade d e m en ­
sa g e n s q ue apontavam o ju ízo divino a
vários povos em diversas circunstâncias
re v e la q u e o m in isté rio p ro fético d e
Na obra “Profetas e Visioná­ È z e q u ie l não foi n ad a fácil. A d em ais,
rios”, Juan Carlos Escobar e le te v e a d if íc il m is s ã o d e p re g a r
para povo s re b e ld e s e ob stinad o s, a
analisa a experiência proféti­
co m e ça r pelo seu.
ca nas Escrituras, expondo
2.3. Quando Deus retira a su a glória
com clareza 0 conceito de
P o r m u ito te m p o , o s m o ra d o re s
visão e sua relação com a d e J e ru s a lé m e Ju d á co n se rv a ra m a
mensagem divina. s e n sa ç ã o d e q u e tudo estava fluindo
Hoje, o Senhor também muito bem. Não havia problem a algum
quer revelar aos seus em m anter as práticas p ecam ino sas —
servos coisas grandes e afinal d e contas, servir a D eu s ou não
firmes. era um a questão d e escolha. A contece
q u e D eus estava vendo todas as práti­
c a s p e ca m in o sas d os ju d e u s e fez cair
sobre a cabeça d eles as consequências
d e s e u s p e c a d o s (Ez 9.10).

30 JUVENIS
N a s e g u n d a v is ã o re v e la d a p e lo ciar a su a Palavra, S e não cu m p rirm o s
S e n h o r ao profeta, e le avistou a g ló ­ fie lm e n te o s e u c h a m a d o , s e re m o s
ria d e D e u s s a in d o d o T e m p lo . Em re sp o n sab iliza d o s diante dEle.
se g u id a , o s q u e ru b in s co n d u z ira m a 3.2. Ouvir e advertir com o que ouviu
glória d e D e u s para fora d a c id a d e d e A palavra anu n ciad a a Eze q u iel era
Je ru sa lé m , em d ireção ao M onte d a s clara: e le deveria ouvir e transmitir tudo
O liv e ira s, e m razã o d a c o n d iç ã o d e quanto o Senhor ordenasse. Era preciso
p e c a d o s e idolatria (Ez 10). A Palavra advertir os pecadores d e que deveríam
d e D e u s é ca teg ó rica em afirm ar q u e se converter d e s e u s m aus ca m in h o s
o Senhor é santo e requer santidade do e praticar a ju stiça. A p ó s cum prir a su a
se u povo, S e m san tificação n in gu ém m issão com o atalaia, a ordem d e D eus
v e rá a D e u s (Lv 19.2; 1 P e 1.15). N ão era p ara q u e e le p e rm a n e c e s s e em
p o d e m o s perm itir q u e o p e ca d o nos s u a ca sa , ca la d o , até que, no te m p o
faça perder a sen sib ilid ad e do Espírito o p o rtu n o , o S e n h o r to rn a s s e a a b rir
San to . C a s o co n trá rio , n ó s ta m b é m s u a b o c a p ara a n u n c ia r a P a la v ra à
p e rd e re m o s a g ló ria d o S e n h o r q u e “c a s a rebelde".
paira so b re nossa vida. D e u s cerro u o s lá b io s d o profeta
d u ra n te se te ano s, a fim d e q u e não
3. O A TA LA IA D E D E U S servisse d e repreensão ao seu povo. O
3.1. A responsabilidade do vigia S e n h o r d is s e ao profeta: “Q u e m ouvir
Q uando o Senhor cham ou Ezequiel o u ça , e q u e m d e ix ar d e o u v ir d eixe;
para s e r profeta, c o m p a r o u -o a um porque casa rebelde são e le s”(Ez 3.27).
“atalaia" (Ez 2 —3). O atalaia é um tipo de Esse modo de tratar com o seu povo nos
servo q u e ficava à entrada da cid ad e, leva a crer q ue D eus co n h e ce a q u e le s
c o m o u m a se n tin e la , v ig ia n d o para q u e certam e n te ouvirão ou não a su a
anunciar caso qualquer perigo viesse ao m e n sag e m . O n o sso papel, enquanto
encontro da cidade. Esse ofício se aplica m en sag e iro s d e D eus, é pregar a su a
às circunstâncias de Ezequiel, enquanto Palavra “q u e r ou çam , q u er d eixem d e
verdadeiro profeta em m eio a m uitos ouvir". ©
falsos, haja vista ser ele o canal d e Deus
para anunciar o m al que viria sobre Israel
devido à sua desobediência (Ez 3.16-21).
A responsabilidade do profeta era tanta p « t c u ^ %
que, caso ele não anunciasse a m en sa­
gem para o arrependimento do pecador,
f—
A cesse 0 site
...- — —
Deus requerería 0 sangue dele das suas
mãos. Mas, se avisasse o transgressor, e www.escoladominical.com.br,
ele não se convertesse, este morrería na para encontrar interessantes
sua maldade. O m esm o fim se sucedería subsídios e notícias
ao justo, caso d esviado d e su a justiça, pertinentes à
ouvisse a m en sag em e, m esm o assim ,
não se arrependesse (Ez 3.20).
Nestes últimos dias, Deus continua a
nos cham ar com o “atalaias" para anun­

JUVENIS 31
< SUBSÍDIO
‘‘A restauração dos ossos secos
/ p \ CONHEÇA OS (Ez 37.1-14) E s s e s v e rsícu lo s são
O SEUS ALUNOS provavelm en te os m ais co n h e cid o s
de toda a profecia de Ezequiel, graças
Professor(a), d ia lo g u e co m se u s à su a interpretação e sp iritu al viva e
alunos sobre dois com portam entos popular.
Ele os vê em um vale (v. 1), mas essa
típicos dos seres humanos, em dife­
visão tem colocado muitos cristãos no
rentes épocas: o orgulho e a desobe­
topo do monte, espiritualmente falando.
diência. Cada vez mais, o sistema deste
[.,.] A conexão d os nervos ou ten­
mundo, jazido no Maligno, estim ula o
dões, o aparecim ento da carne (v. 6)
egocentrismo, o relativismo moral e a
e a co lo cação do espírito (sopro) por
rebelião contra leis e autoridades. Ou Deus, é um a form a p oética de dizer
seja, o distanciam ento dos princípios que os israelitas retornariam à vida na
divin o s, que v isa m o bem co m u m sua terra am ada (12,14).
d e toda sua criação. Por isso, vem os A figura d a s se p u ltu ra s feita por
tam anha autodestruição. D eus e da sa íd a d as p e sso a s d e la s
(v, 13) deve ser entendida de maneira
Por m eio desta lição, estab e le ça
sim bólica. No entanto, o sim bolism o
uma com paração entre a sociedade
p rovavelm ente não teria sido usado
dos dias de Ezequietcom a sociedade
se não tivesse havido, m esm o naquela
atual. Junto aos alunos, pontue que,
época, algum tipo de fé na ressurreição
assim como naqueles dias, hoje tam ­ do corpo.
bém há m uitos que conhecem , m as A c o n v ic ç ã o n e ssa re ssu rre içã o
não o b e d e ce m à Palavra d e Deus. irrompe em com pleta glória no Novo
Reforce que, tal como Ezequiel, preci­ Testam ento (1 C o 15).
sam os ser atalaias de Deus em nossa S e aplicarm os o sim bolism o d e s ­
g eração . Em vez d e tom ar a form a sa p assa g e m d e m aneira espiritual,
som bria d e sse mundo, precisam o s podem os encontrar um a m ensagem
transform á-lo, sendo luz nessa vasta evangelística com o seguinte título:
A V isão de Ezequiel no V a le ’
escuridão (Mt 5.13,14; Rm 12,2).
1. O estado lastim ável da p eca m i-
nosid ad e — os osso s se co s dos que
e stão m ortos em p e c a d o s e tra n s ­
gressõ es (1, 2);
2. A o casiã o da pregação: O ssos
secos, ouvi a palavra do Senhor (v. 4);
3. O p od er d e D eu s em dar vida
a o s s o s s e c o s (5 -14 )” (Comentário
Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p. 481).

32 JUVENIS
PARA CONCLUIR < HORA DA REVISÃO
A experiência do profeta, no tocan­
te às visões gloriosas, bem como o seu
chamado profético para anunciar uma
dura m ensagem a um povo rebelde
nos ensinam importantes lições para o
tempo presente. Semelhante àqueles
dias, a sociedade encontra-se cada vez i Sendo d e fam ília sacerdotal (Ez 1.3),
mais distante dos valores e princípios co m o teria sido a vida d e Ezeq uiel
da Palavra de Deus. Isso com prova antes do cativeiro, em 597 a .C ?
as palavras do Senhor Jesus ao dizer R: Ele passou os p rim eiro s 25 anos
que, por se m ultiplicar a iniquidade, da sua vida em Jerusalém, preparan­
o am or d e m uitos se esfriará. Q ue d o -se para 0 exercício m in is te ria l
você, aluno(a) da cla sse Juvenis, se no Templo.
com prom eta em ser um atalaia de 2. Q uem eram os profetas contem po­
Deus nestes últimos dias! râneos a Ezeq u iel?
R: Daniel, que nesse tempo já estava
na Babilônia, e 0 profeta Jeremias, que
ANOTAÇÕES
havia ficado em Jerusalém.

3. Em se u sen tid o figurado, o q u e a


primeira visão gloriosa d e Ezequiel
representava?
R: Representava a soberania de Deus
acim a de todas as coisas e a sua pre­
sença em todas as esferas da criação.

4. O que Ezequiel avistou na segunda


visão gloriosa e por q u a l razão?
R: Ele avistou a glória de Deus saindo
do Templo. Em seguida, os querubins
a conduziram para fora de Jerusalém,
em razão da condição de pecados e
idolatria (Ez 10).

5. C om o o ofício d e atalaia se aplicava


às circunstâncias d e Ezequiel?
R: Enquanto verdadeiro profeta em
m eio a m uitos falsos, haja vista ser
ele 0 canal de Deus para a n u n ciar 0
m al que v iria sobre Israel devido à
sua desobediência (Ez 3.16-21).

+
DANIEL — DEUS
CONTROLANDO TUDO
“Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência
em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento
em toda visão e sonhos" (Daniel 1.17)

¥ Dn 1,12 O propósito d o s jo v e n s p ela confiança em D eus

¥ Dn 7,9 A visão gloriosa d os tronos e do A ncião

¥ 2 Ts 3.3 D eus é fiel para nos gu ard ar do M aligno

¥ Dn 4,37 D eus abate os sob erb o s

¥ 1 Jo 1.9 S e confessarm os os pecados, Ele é fiel para nos perdoar

¥ 2 Tm 2 .1 1 -1 3 D eus p erm an ece fiel, pois não nega a si m esm o


w s n tagiBM ig iig B a ic BS ttM B M g a ji iw i n n.n n n >

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Daniel 1.1-7; 2.29,30 rei e do vinho que ele bebia, e que
1 No ano terceiro do reinado de Jeo- assim fossem criados por três anos,
aquim, rei de Judá, veio Nabucodo- para que no fim deles pudessem estar ;
nosor, rei da Babilônia, a Jerusalém diante do rei.
e a sitiou. 6 E entre eles se achavam, dos filhos
2 E o SENHOR entregou nas suas mãos de Judá, Daniel, Hananias, M isaele
a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte Azarias.
dos utensílios da Casa de Deus, e ele 7 E o chefe dos eunucos lhes pôs
os levou para a terra de Sinar, para a outros nomes, a saber: a Daniel pôs
casa do seu deus, e pôs os utensílios o de Beltessazar, e a Hananias, o de
na casa do tesouro do seu deus. Sadraque, e a Misaet, o de Mesaque,
3 E disse 0 rei a Aspenaz, chefe dos seus e a Azarias, o de Abede-Nego.
eunucos, que trouxesse alguns dos Daniel 2.29, 30
filhos de Israel, e da linhagem real, e 29 Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram j
dos nobres, os teus pensamentos ao que há de
| 4 jovens em quem não houvesse de­ ser depois disto. Aquele, pois, que
feito algum, formosos de aparência, revela os segredos te fez saber 0
e instruídos em toda a sabedoria, que há de ser.
e sábios em ciência, e entendidos 30 E a mim me foi revelado este segredo,
no conhecimento, e que tivessem não porque haja em mim mais sabe­
habilidade para viver no palácio do doria do que em todos os viventes,
rei, a fim de que fossem ensinados m as para que a interpretação se
nas letras e na língua dos caldeus. fizesse saber ao rei e para que en­
5 E o rei lhes determinou a ração de tendesses os pensamentos do teu
cada dia, da porção do manjar do coração.
BCBKBIM

c .

•• ® CO N ECTA D O COM DEUS


0 profeta Daniel ainda era jovem quando foi levado com seus amigos para
0 cativeiro na Babilônia. Ati, ele viveu experiências que jamais imaginava para
sua vida. 0 rei havia ordenado a escolha de alguns jovens, pertencentes à li­
nhagem real judaica, formosos de aparência e habilitados para viver no palácio
real Dentre estes estava Daniel. À época, talvez ele mal pudesse imaginar o
quanto aquelas tristes circunstâncias estavam diretamente ligadas ao bom
propósito de Deus para sua vida. Muitas vezes, somos submetidos a situações
assim, as quais pensamos que tudo deu errado. Mas a história de Daniel vai
nos mostrar que Deus sempre tem 0 controle sobre todas as coisas e as faz
cooperar para o bem daqueles que são chamados segundo 0 seu propósito!
OBJETIVOS
APRESENTAR a origem e ascensão
do profeta Daniel;
PONTUAR a fé e fidelidade demons­
tradas por Daniel e seus am igos na
Babilônia;
RESSALTAR com o D eus honrou a
fidelidade de Daniel e seus amigos,
diante dos desafios enfrentados.

ANTES DAAULA
Amígo(a) professor(a), seus alunos têm enfrentado desafios e situações com ­
plexas que jam a is imaginaram. São adversidades que, na maioria das vezes, eles
não compartilham com ninguém. Trace um paralelo com as pressões enfrentadas
por Daniel e seus am igos na Babilônia. Eles tam bém estiveram diante de situa­
ções e tentações difíceis, m as escolheram se manter puros e longe do pecado.
Diante disso, proponha à classe as seguintes reflexões; O que fazer para não se
contaminar diante das pressões do m undo? Não se prostrar diante da injustiça?
Com o lidar com a "fornalha ardente" das tentações e do pecado?
A ssim com o D aniel e se u s am igos venceram porque confiaram em Deus,
nossos juvenis precisam estar fortalecidos na fé, em contínua intimidade com o
Senhor. Portanto, com o educador cristão, aproveite cada aula para encorajá-los
a isso, conversando abertamente sobre os desafios enfrentados na juventude e
com o vencê-los, seguindo a Palavra de Deus!

1. QUEM ERA DANIEL? fe ita p e lo s p ro fe t a s e n v ia d o s p o r


1.1. Cativeiro em Babilônia D eus. A d e p o rtaçã o d o s ju d e u s para
Nos dias do rei Jeoaquim , por volta a B abilônia o correu em três etapas: o
d o a n o 6 0 5 a.C ., D e u s p e rm itiu prim eiro g ru p o foi le v ad o em 605
C.; 0 segundo grupo foi depor­
"DEUS
B a b ilô n ia, in v a d isse Ju d á e tado em 595 a.C.; e, por fim, o
SEMPRE
c e r c a s s e Je ru sa lé m . O c a ­ terceiro grupo foi conduzido
TEM 1OCONTIROLE
tiveiro b ab ilô n io to rn o u -se para a B abilônia em 587 a.C.
, SOE3 R E T 0 C)AS ,
in e v itá v e l d ia n te d a im p e - 3 COISA!
D an ie l e s e u s a m ig o s foram
n it ê n c ia d o p o v o d e Ju d á , le v a d o s d u ra n te a p rim e ira
ív e s tid a , so b o g o v e rn o d e
co n v o cação ao arrependim ento Je o aq u im , rei d e Ju d á (Dn 1.1).

36 JUVENIS
1.2. Da Linhagem real
Aspenaz, chefe dos eunucos, trouxe 4- -» INTERAÇÃO
a lg u n s jo v e n s que pertenciam à linha­
Professor(a), seu s alunos estão
g e m real d e Israe l para p articiparem
enfrentando desafios na juventude,
d e um p ro g ram a d e tre in am en to no
p alácio do rei. E sse s jo v e n s deveriam assim com o D aniel e seu s am igos
ser form osos de aparência, instruídos também enfrentaram. Aproveite esta
em toda a sabedoria, sábios em toda a oportunidade para levá-los a refletir
ciência, entendidos no conhecim ento e sobre com o resistir às pressões do
aptos para viver no palácio do rei. Dentre mundo. Para isso, realize um a roda
estes, estavam Daniel e seus amigos Ha- d e conversa e enum ere no quadro
nanias, M isaele Azarias. Eles receberam algum as situações desafiadoras para
novos nomes: Daniel passou a se chamar se u s alunos (pode ser um conflito
BeLtessazar; a Hananias, cham aram de
co m os pais, o bullying na esco la,
Sadraque; Misael, d e M esaque; e A za ­
u m a fru stração ou p ro b le m a d e
rias, d e A b e d e -N e g o (1.7). No p alácio
autoestima etc.).
do rei, os jo v e n s aprenderíam as letras
Mostre aos se u s ju ve n is q u e o
e a cultura dos c a ld e u s e teriam um a
rotina e dieta reguladas co m o m elhor Espírito Santo conhece as dificuldades
que poderia ser oferecido no império. enfrentadas por cada um deles. O seu
1.3. Um profeta-estadista nom e é Consolador, Ele é o Am igo
Durante os d ias em q u e esteve no Fiel de todas as horas.!
p a lá cio do rei, D a n ie l e s e u s a m ig o s M o tiv e -o s a c o m p a rtilh a re m
desfrutaram do cu id a d o divino. Tanto testemunhos sobre como venceram
é q u e e ste s jo v e n s s o b re s s a íra m -s e a lg u m a s d e s s a s a d v e rs id a d e s e
em re la ç ã o a o s d e m a is q u e h aviam tentações. Ao final ore com a classe,
sid o tra n sp o rtad o s para a B ab ilôn ia.
encorajando-a a confiarem Deus!
A s Escrituras nos garantem q u e D eus
co n ced eu a Daniel, Hananias, M isa e le OOO
Azarias a graça de terem o conhecim en­
to e a inteligên cia em to d as a s letras N otoriam ente, a s p ráticas relig io sas,
e sa b e d o ria , m a s a D a n ie l o S e n h o r a dieta, b em co m o os e n sin a m en to s
co n c e d e u o entendim ento em toda a c a ld e u s contrariavam os retos c o n s e ­
visão e sonhos (Dn 1.17). Deus iria levan­ lhos da Lei do Senhor. Contudo, o po­
tar D aniel co m o um a lid erança forte e sicionam ento d e DanieLe seus am igos
significativa no Império Babilônio, a fim revela q u e e le s não renu n ciariam às
de livrar o povo d e Israel d a destruição su a s co nvicçõ es, m esm o se tivessem
e para profetizar sobre o futuro. q ue pagar com a própria vida para isso.
O am o r à Palavra d e D eu s e a fé q ue
2. CORAGEM PARA SER FIEL receb e ram d e se u s pais fizeram co m
2.1. Sua convicção pura que a dedicação no serviço e obediên­
D aniel e seu s am igos foram e d u ca ­ cia a D eu s fo ssem m aiores do q u e as
dos na Lei do Senhor d e sd e a infância. circunstâncias ad ve rsas com q u e ele s

JUVENIS 37
se deparavam , Q ue exem plo! Será que Q u an d o nos to rn am o s to lerantes
v o cê tam bém está disposto a rejeitar co m o p ecad o, nos a lim e n ta n d o d as
a s iguarias q u e o "deus d este século" “iguarias”mundanas, a nossa com unhão
tem colocado diante de você ou não vê com D eus é prejudicada. Portanto, faça
problema algum em assentar-se à mesa com o Daniel e seu s am igos: d ecid a em
co m os esca rn e ce d o re s? Pe nse nisso! s e u co ra çã o não se co n tam in ar com
2.2. Decidiu não se contam inar este mundo.
O co n h ecim en to da Lei do Senhor 2.3. Sua vida de oração
levou D an iel e o s se u s a m ig o s a d is ­ Para m a n t e re m -s e firm e s na fé,
cernirem que as iguarias oferecidas no apenas a decisão de não se contaminar
p alácio do rei eram oferendas d e d ic a ­ co m a cu ltu ra b ab ilô n ica não se ria o
d a s a d e u se s pagãos. Logo, participar su ficie n te para a q u e le s jo v e n s . E le s
daquela dieta significaria renunciar aos p r e c is a r ia m p ro s s e g u ir na b u s c a e
ensinam entos sagrados. Deus honrou a com unhão com Deus. Por esse motivo,
atitude dos jovens, fazendo com q ue a D an ie l é ca racteriza d o no livro co m o
dieta de legumes, adotada por eles, tor­ um h o m em d e o ra ção (Dn 6.10). D e ­
n asse su as aparências m ais saud áveis senvolver o hábito d e orar, m esm o que
do que a daqueles que se alim entavam em espírito, co m o e n sin a o apó sto lo
da porção do m anjar real (Dn 1.13-16). O Paulo, é fun d am en tal para não perder
Senhor ainda os abençoou d an d o -lh es a conexão com 0 Senhor. D aniel e seus
conhecimento, inteligência em todas as a m ig o s certam e n te co ntaram co m a
letras e sabedoria, m ais do q u e todos provisão divina quando fizeram o trato
os outros doutos do reino (1.17,20). co m A sp e n a z a resp eito d a d ieta d e
le g u m e s . S e m e lh a n te m e n te , d ian te
d a s te ntaçõ es e p ressõ es do m undo,
a contínua oração é o sustento n e c e s­
sário para v e n cerm o s p ela fé (1 Jo 5.4).

S 3, FE ST A N A BA B ILÔ N IA
3.1. O orgulho humano

# Nos dias de seu reinado, Nabucodo-


nosor havia sonhado com um a grande
estátua feita d e vários m ateriais (Dn 2).
N e ssa ocasião, D aniel foi levado ao rei
Adquira mais conhecimento a fim d e revelá-lo o sentido do sonho e
sobre 0 livro de Daniel e apontou q ue e le era a ca b e ça d e ouro
as verdades reveladas da estátua. Isso significava q u e o D eus
ao profeta, por meio da d os cé u s o havia entregado o dom ínio
obra “Daniel Versículo por d e toda a Terra. Por e s s a razão, o rei
Versículo”, do s e orgulhou m uito e procurava usar a
Pr. Severino Pedro. religião para co nso lidar 0 seu dom ínio
sobre todas as províncias conquistadas.

38 JUVENIS
O orgulho fez com que o rei ordenasse a subm etessem ao decreto. Em resposta,
construção de uma estátua e convocou o s jo v e n s co nfiaram p le n a m e n te na
um a grande festa para a co nsagração p ro visão d ivina. C a s o não h o u v e s s e
daquele monumento. Nesse ajuntamen­ livramento, estavam dispostos a morrer
to, todos os prefeitos, presidentes, juizes su b m isso s à vo n tad e d e Deus. Entre­
e auto rid ad es deveriam se prostrar e tanto, q u an d o foram lan ça d o s na for­
reverenciara im agem do rei (3,1-6), Esse nalha ardente, um quarto homem, com
é m ais um exem plo do que o orguLho a p a rê n c ia diferente, a p a re c e u entre
pode provocar no coração das pessoas, eles. Era o anjo do Senhor livran d o -o s
3.2. A estátua de ouro e a coragem d a m orte (3.25). O Sen ho r sa b e livrar e
dosjovens honrar a q u e le s q u e são fiéis aos se u s
A estátua que 0 rei mandou construir m andam entos. ©
tinha dois metros e sessenta de largura,
27 metros de altura e foi levantada em
<
um lo c a l ch a m a d o “C a m p o d e D u ra”
(3.1). E ssa obra co lo ssa l to rn o u -se um
sím b o lo do g o v e rn o d e N a b u c o d o -
CONHEÇA OS
nosor. Para cu m p rir e ss e propósito, o SEUS ALUNOS
rei co nvo co u to das a s auto rid ad es do
As Escrituras revelam algum as ca ­
Im pério B ab ilô n ico e, co m o prova d e
racterísticas encontradas em Daniel e
lealdad e, ordenou que, ao sin a l c o m ­
em seus amigos que fizeram completa
binado e ao som da orquestra, todos
diferença, diante das adversidades.
se prostrassem diante d a estátua (3,5).
Dentre elas, podem os citar o hábito
M esm o sa b e n d o d a s co n s e q u ê n c ia s
da oração. Vários servos de Deus ven­
d e não o b e d e c e re m à ordem do rei,
ceram batalhas importantes porque
Sadraque, M esaque e A b ed e-N ego não
o clamaram. Daniel, por exemplo, era
s e curvaram diante da estátua. A tu al­
um homem de oração. Mesmo diante
m ente, o nosso inim igo esp iritual nos
de oposição, permaneceu orando três
tenta para p eca rm o s contra o Sen ho r
vezes ao dia e Deus honrou a sua fé.
e nos desviarm os da sua vontade (1 Pe
A confiança e fidelidade, a despeito
5,8,9). Entretanto, a confiança em Deus
d os resultad o s, são outros a s p e c ­
nos trará livramento de qualquer cilada.
tos notórios em s u a s v id as. Ao se
3.3. A fornalha ardente superaque- manterem fiéis ao Senhor, indepen­
cid a e 0 Quarto Homem. d e n te m e n te d a s c o n s e q u ê n c ia s ,
A postura dos jo v e n s hebreus c h a ­
Sadraque, M esaque e A b e d e -N e g o
m o u a a te n ç ã o d e c e rto s c a ld e u s .
foram livres da fornalha ardente (Dn
Insatisfeitos, co m u n ica ra m ao rei q u e
3.17,18). Portanto, procure identificar e
a d e s o b e d iê n c ia v in h a ju s t a m e n t e
incentivar, de todas as formas, essas
d o s ju d e u s q u e o cup avam ca rg o s no
características em seus alunos!
reino. D epois q u e ficou sabendo , N a -
b u co d o n o so r resolveu dar m a is um a
opo rtunidade a o s jo v e n s para q u e se
TI------------- ■
JUVENIS 39
PARA CONCLUIR < Q HORA DA REVISÃO
A história de Daniel e seus amigos
na Babilônia nos mostra que o Senhor 1. C o m o d everiam se r os jo v e n s e s ­
não abandona os seus servos nos mo­ c o lh id o s p ara o tre in a m e n to no
mentos mais difíceis. Eles enfrentaram p alá cio do rei d a B ab ilô n ia?
R: Esses jovens deveriam ser formo­
grandes desafios que surgiram para
sos de aparência, instruídos em toda
desanim á-los ou tentá-los a abando­
a sabedoria, sábios em toda a ciência,
narem a fé. A história deles nos revela
entendidos no conhecimento e que
que Deus é soberano e tem o controle
tivessem habilitados para viver no
sobre cada detalhe da vida d e se u s palácio do rei.
servos. Confie sua vida a Deus e seja fiel
2. C o m o D e u s honro u D a n ie l e aos
aos seus ensinamentos. Ele conhece o
s e u s am ig o s por d ecid irem não se
seu passado, presente e, com certeza, contam inar co m a s iguarias do rei?
tem um futuro de bênçãos para você. R: Deus honrou a atitude dos jovens,
fazendo com que a dieta de legu­
SUBSÍDIO mes, adotada por eLes, tornasse suas
“'Deus deu o conhecim ento e a inteli­ aparências mais saudáveis do que
gência' (Dn 1.17-21). Aqui, 'conhecimento' a daqueles que se alimentavam do
é a habilidade necessária para solucio­
m anjar real (Dn 1.13-16). 0 Senhor
nar problemas práticos do governo, ao ainda os abençoou, dando-lhes co­
passo que 'inteligência' é a capacidade nhecimento, inteligência em todas as
de percepção necessária para distinguir letras e sabedoria, mais do que todos
o falso do verdadeiro, tomando, assim, os outros doutos do reino (1.17,20).
boas decisões. Daniel era dotado das 3. C o m o o profeta D an iel é ca ra cte ­
habilidades necessárias para administrar rizado no livro b íb lico ?
um g ran d e im pério. D eus co lo ca os R: Daniel é caracterizado no livro
se u s filhos em todas as cam ad as da como um homem de oração (Dn 6.10).
sociedade. Nenhum grupo deve ficar
4 O q u e 0 o rg u lh o no c o ra ç ã o d e
sem um a testem unha do poder e da N abucodonosor o levou a fazer?
graça de Deus. Quando Nabucodonosor R: 0 orgulho fez com que 0 rei orde­
testou pessoalm ente os graduados da nasse a construção de uma estátua
sua academia real. Daniel e seus amigos e convocasse uma grande festa para
foram achados ‘dez vezes mais doutos', a consagração daqueLe monumento.
não somente do que os outros gradua­
dos, porém mais do que os seus instru­ 5. O que aconteceu quando Sadraque, ^
M e s a q u e e A b e d e -N e g o fo ram
tores. A im pressão que Daniel causou
lan ça d o s na fornalha ard en te ? +
no cam po secular lançou a fundação
R: Um quarto homem, com aparência
para o seu posterior impacto espiritual
diferente, apareceu entre eles. Era +
sobre o rei” (RICHARDS, Law rence O.
o anjo do Senhor Livrando-os da
Comentário Devocional da Bíblia. Rio
morte (3.25). +
de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 455, 456).
CONHECENDO OS
PROFETAS MENORES
“E falarei aos profetas e multipticarei a visão; e. pelo ministério
________ dos profetas, proporei símiles" (Oseias 12.10).________

¥ J l 2.2 * O Dia do Sen ho r está perto

¥ A m 3.6,7 O Sen ho r revela os s e u s d e síg n io s aos profetas

¥ Jn í . i , 2 O ch am a d o do profeta

¥ Mq 1 .1 -7 A Palavra do Sen ho r contra Israel e Ju d á

¥ H c 3 .1 ,2 A oração d o profeta

¥ Z c 1.1-4 4 Exortação ao arrependim ento


« n r r w w m n n fTfTíTwntTmTn r m m m > n n n n f i n n in n n >wHWMtftfWi HfTir r r rr r a w m a f i w ^ f l a j a u n a ia i

^ LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Amos 3.1-7 Dario, veio a palavra do SENHOR ao
1 Ouvi esta palavra que o SEN HOR fala profeta Zacarias, filho de Baraquias,
contra vós, filhos de Israel, contra toda a filho de Ido, dizendo:
geração que fiz subir da terra do Egito, 2 O SENHOR tem estado em extremo
dizendo: desgostoso com vossos pais.
2 De todas as famílias da terra a vós 3 Portanto, dize-lhes: Assim diz 0 SENHOR
somente conheci; portanto, todas as dos Exércitos: Tornai para mim, diz o
vossas injustiças visitarei sobre vós. SENHOR dos Exércitos, e eu tornarei
3 Andarão dois juntos, se não estiverem para vós, diz o SENHOR dos Exércitos.
de acordo? 4 E não sejais como vossos pais, aos
4 Bramirá o leão no bosque, sem que quais clamavam os primeiros profetas,
tenha presa? Levantará o leãozinho no dizendo: Assim diz o SENHOR dos
covila sua voz, se nada tiver apanhado? Exércitos: Convertei-vos, agora, dos
vossos maus caminhos e das vossas
5 Cairá a ave no laço em terra, se não
más obras. Mas não ouviram, nem me
houver laço para ela? Levantar-se-á o
escutaram, diz o SENHOR.
laço da terra, sem que tenha apanhado
alguma coisa? 5 Vossos pais, onde estão eles? E os
profetas, viverão eles para sempre?
6 Tocar-se-á a buzina na cidade, e o
povo não estremecerá? Sucederá 6 Contudo, as minhas palavras e os
qualquer mal à cidade, e o SENHOR meus estatutos, que eu mandei pelos
não o terá feito? profetas, meus servos, não alcança­
ram a vossos pais? E eles tornaram
7 Certamente o Senhor JEOVÁ não fará
e disseram: Assim como o SENHOR
coisa alguma, sem ter revelado o seu
dos Exércitos fez tenção de nos tra­
segredo aos seus servos, os profetas.
tar, segundo os nossos caminhos e
Zacarias 1.1-6 segundo as nossas obras, assim ele
1 No oitavo mês do segundo ano de nos tratou.

d iâ Q »
â

• •® CO N ECTA D O COM DEUS • • •


Deus levantou profetas que anunciaram a mensagem de arrependimento
antes que viesse 0 cativeiro babilônico, mas também levantou profetas que
anunciaram a mensagem de redenção durante e no pós-cativeiro. Em nossos
dias, a mensagem profética não cessou. 0 Senhor continua a falar, desde
então, por meio da sua Igreja. A mensagem permanece a mesma: a chamada
ao arrependimento e conversão dos maus caminhos, pois 0 grande Dia da
redenção se aproxima, quando 0 Senhor voltará para buscar os seus santos.
Ao som da trombeta, num abrir e fechar de oLhos, a Igreja será arrebatada.
0 exemplo dos profetas menores tem muito a nos ensinar.
ui y
OBJETIVOS
DESTACAR a importância dos profetas
m en ores no contexto da história de
Israel e Judá;
ELUCIDAR quem são os profetas m e­
nores e a sua missão:
APRESENTAR de forma sucinta um pa­
norama dos livros dos profetas menores,

ANTES DA AULA
Professor(a), os profetas eram porta-vozes de Deus em momentos decisivos da
história de seu povo, Na maioria das vezes, a mensagem dos profetas confrontava
as decisões dos reis e dos sacerdotes com a finalidade de levá-los ao arrependi­
mento e à prática da justiça, principalmente, para com os m ais necessitados do
povo. Nesse sentido, os profetas foram levantados por Deus para prevenira nação
da destruição consequente de uma vida de pecados, Infelizmente, a rejeição à
Palavra de Deus resultou no juízo divino por meio dos cativeiros assírio e babilônico.
A partir da experiência dos profetas menores, m uitas lições podem ser ex­
traídas para a vida de se u s alunos. Dentre elas, podem os citar a im portância
de atentarmos para a repreensão divina. S e Deus nos repreende é porque nos
considera com o seus filhos (Hb 12.6, 7). Portanto, sugerim os que você aproveite
esta lição para falar com se u s ju ve nis a respeito da obediência. Ainda que, às
vezes, seja dificil obedecer, mostre que sem pre há recom pensa eterna a quem
se subm ete à vontade divina. Enfatize que, para Deus, “o obedecer é melhor do
que o sacrificar" (1 Sm 15.22).

g * l. A IM PO R TÂ N CIA D O S P R O - m aior q uan tid ad e d e textos (capítulos


W FE TA S M EN O RES.
e v e rs íc u lo s ). E te m o s o s ‘ p ro fe ta s
1.1. Quem eram os profetas menores?
m e n o re s', q u e c o n s titu e m o g ru p o
N a prim eira lição d e ste trim estre,
d e livro s p roféticos q u e a p resen ta m
v im o s q u e a o r g a n iz a ç ã o d o texto
m e n o r q u a n tid a d e d e texto, porém ,
b íb lic o c la s s ific a o s livro s p or e stilo
não m enos importantes. Essa seçã o da
literário. N e sse sentido, en con tram os
na Bíblia os livros q u e p erten cem aos Bíblia, q u e estud arem os nesta lição, é
se g u in tes grupos: históricos, poéticos co m p o sta por 12 livros q u e levam os
e proféticos. C o n ce rn e n te s aos livros nom es d e se u s respectivos escritores,
p ro fé tico s, te m o s a q u e le s q u e sã o a saber: O seias, Jo el, A m ós, O badias,
ch a m a d o s d e "profetas maiores", em Jo n as, M iqueias, N aum , H a b acu q u e ,
razão d e se u s e scrito s co m p ortarem Sofonias, A geu, Z a c a ria s e M alaquias.

JUVENIS 43
da prostituição. O próprio Deus ordenou
<r -> INTERAÇÃO o profeta a agir dessa forma, o que cer­
tamente escandalizava os religiosos da
A essên cia da m ensagem dos época. Porém, servia d e exem plo para
pro fetas m e n o re s c o n s is tia em lh e s m ostrar que, do m esm o modo, o
alertar os líderes e o povo de Deus, Sen ho r c a s o u -s e co m um povo infiel
a resp eito d e três te m a s e s p e ­ q u e praticava a prostituição espiritual,
cífico s: a n e g lig ê n c ia para com isto é, a idolatria, d istan cian d o-se cad a
a a d o ra çã o sin ce ra : o d esp re zo vez m ais d o s se u s ca m in h o s (Os 1.2).
pelos m ais necessitados: e a falta
de com prom isso com a edificação 2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS
e m anutenção da C a sa d e Deus. PROFETAS MENORES
Escreva esses três temas no quadro 2.1. Por que m enores?
e pergunte aos seus alunos de que Com o m encionam os anteriormente,
forma eles atuam na igreja e como a nom enclatura “M enores” d e v e -s e ao
Igreja, a tu a lm e n te . C o n v id e -o s fato d e o s e s c rito s d e s s e s p rofetas
a refletir sobre o que um a igreja co m p o rta re m m en or q u an tid a d e d e
deve fazer para não cair na mesma texto em re la çã o ao s profetas Isaías,
decadência espiritual dos israelitas, Je re m ia s, E ze q u ie l e Daniel. Isso não
que voltaram do cativeiro com a s ig n ific a q u e a s s u a s p ro fe c ia s ou
re sp o n sa b ilid a d e d e reergu er a m inistérios tenham m en o s im portân­
nação. Ao final, enfatize que cada cia doutrinária. O utros a s p e c to s q u e
um de nós foi cham ado por Deus d iferenciam os profetas m enores são
para realizar a sua obra, com res­ a datação em que foram escritos, as di­
ponsabilidade e zelo. ferenças de estilo literário e a brevidade
no relato d os fatos. Dentre os profetas
o o o m enores, há onze livros cu ja m e n sa ­
g e m aborda p ro b lem as relacion ad os
à arrogância d o s reis e ao destino d e
1.2, Qual era a m issão? povos ímpios. Em contrapartida, o livro
O s profetas m enores tinham com o d e Jo n a s trata da su a ex p eriên cia no
m issão confrontar a lid eran ça política tocante ao ch am ad o para pregar um a
e e s p ir it u a l, b e m c o m o o p o vo d e m en sag em d e juízo e arrependim ento
Israel e Ju d á a respeito d o s s e u s p e ­ a um povo ím pio e cruel.
cad o s de idolatria, injustiças sociais 2.2. Q ual o período de atuação dos
e d e m a is d e s o b e d iê n c ia s à profetas?
Lei d e Deus. M uitas vezes, a OS PROFETAS O s profetas co n sid erad o s
m ensagem anunciada pelos MENORES TINHAM “menores" atuaram no período
profetas era re p re se n tad a A MISSÃO DE entre os s é c u lo s VIII e V a.C.
CONFRONTARA
por e v e n to s q u e o co rria m LIDERANÇA EO A s d a ta s não sã o p re cisa s,
nas suas próprias vidas, como, POVO. W p o ré m , d e a c o r d o c o m o s
por exem plo, o casam en to d e ^ elem entos históricos registrados
O seias com uma m ulher advinda em cada livro, é possível atribuir as

44 JUVENIS
segu in tes datas ao s resp ectivo s livros A natureza da m ensagem profética
proféticos: século Vill a.C.: livros: Oseias, co n sistia na c h a m a d a ao a rre p e n d i­
A m ós e M iqueias; sé cu lo VII a.C.: livros: m en to e à fid e lid a d e a D eus. N e s s e
Naum , H ab acuq u e e Sofonias: sé cu lo s contexto, m uitos profetas anunciaram
V l- V a.C.: livros: Jo el, O b ad ia s, A geu , a v in d a do M e ssias e a p ro m e ssa da
Zacarias e M alaquias; data incerta: livro restauração do Reino davídico.
d e Jo n as. O b viam en te , o s livros q u e 3.2. M ensagem e propósito
fa ze m parte d o g ru p o d o s “p rofetas A m e n s a g e m d o s p ro fetas é um
menores" não estão n ecessariam en te alerta d e D e u s quanto à n e g lig ê n cia
em ordem cronológica. Muitos d e sse s da adoração, ao cu id ad o para co m os
profetas a nu n ciavam a m e n sag e m do necessitados e um a repreensão quanto
Sen ho r co n co m itan tem en te a o s pro­ à falta d e ze lo co m o Tem plo. V am o s
fetas m aiores. O s grand es diferenciais ver a m e n sag e m d e ca d a profeta:
são as tem áticas e abordagens d esse s O s e ia s — O liv ro d e O s e ia s é o
profetas ao s destinatários d a m e n sa ­ prim eiro d os 12 profetas m enores. Ele
g e m . O m aio r d iv iso r d e á g u a s para apresenta D eus com o o am ante divino.
situar os ano s em q u e e s s e s hom ens A ssim , a p e ca m in o sid a d e d e Israel é
exerceram seus respectivos ministérios representada em termos de infidelidade
é o evento do cativeiro babilônico. Ele co nju gale injustiça. O próprio casam en­
serve d e referência para d em a rcar os to do profeta se torna a m ensagem que
te m po s d e atu ação d e ca d a profeta. e le prega: Deus, m otivado pelo amor,
re stau rará Israe l d a m e sm a m ane ira
3. A ESTRUTURA DOS LIVROS co m o O se ia s re ce b e u d e volta a su a
3.1. V isão p an o râm ica esp o sa infiel (Os 1.2).
Do ponto d e vista panorâm ico, os Jo e l — O Dia do Sen ho r é revelado
livros d o s profetas m enores estão or­ ao profeta J o e l por m eio d a im ag em
g anizados da seguinte forma: profetas am edrontadora da praga d e locustas,
q u e pro fetizaram a n te s d o cativeiro Joel cham a a nação ao arrependimento.
babilônico: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Q uando a nação realm ente se arrepen­
Jonas, M iqueias, Naum , H a b a cu q u e e d e d o s s e u s p e ca d o s, o Sen ho r ju lg a
Sofonias; e profetas q u e profetizaram o s povo s q u e a oprim iram . O profeta
a p ó s o cativeiro babilônico: A geu, Z a ­ anu n cia tam b ém o derram am ento do
ca ria s e M alaquias. Espírito e a restauração d e tudo o que
O s autores d e sse s livros foram ins­ o povo havia perdido (Jl 2.28, 29).
trumentos de Deus para proclamar uma A m ó s — A m ó s p rofetizo u p ara o
m en sag em d e repreensão à liderança R eino do N orte e protestou co ntra o
política e espiritual q u e go vernava Is­ estilo d e v id a lu x u o so d a c la s s e g o ­
rael e Judá, apo ntando os p rob lem as vernante que resultou em apatia moral
políticos, sociais e espirituais. M as não e espiritual. O exílio era o ju lg a m e n to
apenas a liderança, pois eles denuncia­ d e D e u s so b re e s s a s m á s o b ra s (Am
vam o pecado, a injustiça e a apostasia 5.12-16).
d o povo co n c e rn e n te à a d o ra çã o ao Obadias —A mensagem de Obadias
único D eu s e à o b ed iên cia à su a Lei. era um a co n d e n a ção sobre Edom . Os

JUVENIS 45
edomitas trairam Judá e degolaram Zacarias — Deus revela ao profeta
os seus refugiados. Mas havia uma Zacarias 0 futuro de Jerusalém após o
promessa de restauração para Judá, retorno dos exilados. Ele viu o Templo
enquanto os edomitas seriam devas­ reconstruído e o sacerdócio restabe­
tados (Ob 12-15). lecido, além da bênção de Deus sobre
Jo n a s — O livro de Jonas relata a cidade ao ponto de nações serem
a história do profeta. Após receber atraídas a ela (Zc 8 ).
a comissão, ele decide fugir e sofre M alaquias — Malaquias denuncia o
as co nseq u ên cias d essa escolha. comportamento da nação pós-exílica,
No ventre do grande peixe, contudo, O povo não estava servindo ao Senhor
Jonas recebe uma nova chance para devidamente. O profeta predisse tam­
cumprir a missão, e o povo de Ninive bém a vinda de um mensageiro que
se arrepende (Jn 1.2,17), restauraria a religião (Ml 4 5. 6 ) , 0
Miqueias —O profeta Miqueias pro­
testa contra as injustiças da sociedade, <
bem como contra a falsa religião, Por
fim, o Senhor pronuncia um julgamento CONHEÇA OS
contra o seu povo, seguido de uma
SEUS ALUNOS
futura restauração (Mq 2.1-3).
Naum — Naum anuncia a destruição Professor(a), o ministério profético
da Assíria, assim como de sua capital, não se extinguiu com o advento da
Ninive. Com isso, o povo de Judá seria Nova Aliança, firmada entre Cristo e
aliviado de muitas tensões (Na 2). a sua Igreja. Pelo contrário, a partir da
Habacuque — O profeta questiona distribuição dos dons espirituais, pode­
a Deus sobre as injustiças e corrupções mos ver que o poder de Deus continua
da sociedade. Finalmente, o livro termi­
a se manifestar entre os crentes. Nesse
na com a compreensão de Habacuque
sentido, a profecia não deixou de existir,
acerca dos propósitos divinos e sua
pois Deus continua a levantar os seus
expressão de fé, louvor e esperança,
mesmo diante de circunstâncias des­ servos, os profetas, para anunciar uma
favoráveis (Hb 1.2; 3-17,18). mensagem encorajadora. Enfatize a
Sofonias — O livro de Sofonias trata importância de seus alunos identifi­
de uma condenação direta sobre a con­ carem os dons espirituais que Deus
dição espiritual de Judá e Jerusalém. O têm reservado para cada um deles.
profeta anuncia também 0 Dia do Senhor Lembre-os de que Deus os instituiu,
como um dia de julgamento, porém, por meio de seu Santo Espírito, para
o remanescente será salvo (Sf 3,8,9). exortar, edificar e consolar a sua Igreja.
Ageu — A mensagem de Ageu é Portanto, incentive-os a buscarem o
um despertamento aos exilados que
batismo no Espírito Santo, os dons
retornaram do cativeiro. Eles estavam
espirituais, ministeriais e de serviços.
empenhados em seus próprios interes­
ses, enquanto a Casa de Deus estava
em ruinas (Ag 1.9,10).

46 JUVENIS
PARA CONCLUIR
Deus levantou cada um dos cham ados “profetas menores" a fim de trazer uma
m ensagem de arrependim ento, ju ízo e renovação espiritual ao seu povo. Esse
m esm o propósito perm anece atualm ente a partir da Igreja. Enquanto não chega
o grande Dia da Volta de nosso Senhor, d evem o s anunciar q ue o ju lg am en to
divino virá. Que D eus nos faça canais do seu Espirito Santo para esta geração!

SUBSÍDIO < Q ^ H O R A DA REVISÃO


“Assim como os Profetas Maiores, os
Menores transmitiram a m ensagem de 1. Por q ue os últim os 12 livros proféti­
Deus para o povo de Juda e Israel, e para co s re ceb em o nom e d e "profetas
as nações de sua época, alertando os m enores"?
chefes políticos da nação hebreia sobre o R: Porque co n stitu e m 0 grupo de
perigo de confiar a força bélica dos gentios liv ro s p ro fético s que apresen tam
e nas alianças militares. Também admoes­ m enor quantidade de texto, porém,
taram os governadores e ricos sobre a não m enos im portantes.
decadente injustiça social de seu tempo, 2. Q u a l e ra a m is s ã o d o s p ro fe ta s
e repreenderam os sacerdotes pela falta m en o re s?
de observância à Lei e pelo sincretismo R: C o n fro n ta r a lid e ra n ça p o lítica
religioso. Igualmente, os falos profetas e e sp iritu a l, bem com o o povo de
foram condenados pela sua mensagem Israe l e Judá, a resp eito dos seus
de paz e esperança, Não existe verdadeira p e ca d o s de id o la t r ia , in ju s t iç a s
paz e esperança quando o relacionamento so ciais e dem ais desobediências à
da nação com Deus está deteriorado, ; Lei de Deus.
quando no altar do Senhor são oferecidos
3. Q u al foi o período d e atu ação dos
sacrifícios aos deuses estranhos e quando
profetas m e n o re s?
os órfãos, viúvas e pobres choram pela
R: Os profetas co nsid erad o s “m e­
injustiça e assolação dos príncipes.
n o re s” a tu a ra m no p erío d o entre
Reiteram os que os Profetas M enores
os séculos VIII e V a.C.
recebem esse nome devido ao volume
menor de seus livros, e não pela menor 4. Q uais dos profetas m enores exerce­
importância de suas mensagens profé­ ram seu ministério antes do Cativeiro
B ab ilô n ico ?
ticas, Foram homens que sofreram por
R: O seias, Joel, Am ós, Obadias, Jo -
proclamarem m ensagens de conteúdo
nas, M iq u eias, Naum , H abacuque
denunciatório, na maioria delas, dejuízo.
e Sofonias.
E, certam ente, que nos deixaram um
excelente exem plo d e renúncia que 5. Dentre os profetas m enores, quem
devem os imitar" (BENTHO, Esdras C.; profetizou após o Cativeiro B ab ilô­
PLÁCIDO, Reginaldo L. Introdução ao n ico ?
Estudo do Antigo Testamento. Rio de R: Ageu, Z acarias e M alaquias.
Janeiro: CPAD, 2019, p, 503).

-(- C? ô
OSEIAS E JOEL
"Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele despedaçou
e nos sarará, fez a ferida e a ligará." (Oseias 6.1)______

V O s 1.10 V ó s so is filhos do D eu s vivo

V O s 3 .1 i O Sen ho r am a os filhos d e Israel

V O s 6.3 ; Pro ssig am o s em co n h e ce r o Senhor

V J l 1 .1 4 ,1 5 O Dia do Sen ho r está perto

V J l 2 .1 2 -1 7 C o n v e rte i-v o s d e todo o vo sso co ração

V J l 3 ,1 1 -1 6 O Sen ho r ju lg a rá a s n açõ e s
J 4 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Oseias 6.1-8; como Adão; eles se portaram aleivo-
1 Vinde, e tornemos para o SENHOR, samente contra mim.
porque ele despedaçou e nos sarará, 8 Gileade é a cidade dos que praticam
fez a ferida e a ligará. a iniquidade, calcada de sangue.
2 Depois de dois dias, nos dará a vida; Joel 2.28-32
ao terceiro dia, nos ressuscitará, e 28 E há de ser que, depois, derramarei
viveremos diante dele. o meu Espirito sobre toda a carne, e
3 Conheçamos e prossigamos em co­ vossos filhos e vossas filhas profetiza­
nhecer o SENHOR: como a alva, será rão, os vossos velhos terão sonhos, os
a sua saida; e ele a nós virá como a vossos jovens terão visões.
chuva, como chuva serôdia que rega 29 E também sobre os servos e sobre
a terra. as servas, naqueles dias, derramarei
4 Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó o meu Espírito.
Judá? Porque a vossa beneficência 30 E mostrarei prodígios no céu e na terra,
é como a nuvem da manhã e como sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
o orvalho da madrugada, que cedo
31 O sol se converterá em trevas, e a lua,
passa.
em sangue, antes que venha o grande
5 Por isso, os abati pelos profetas; pela e terrível dia do SENHOR.
palavra da minha boca, os matei; e os
32 E há de ser que todo aquele que in­
teus juízos sairão como a luz.
vocar o nome do SENHOR será salvo;
6 Porque eu quero misericórdia e não porque no monte Sião e em Jerusalém
sacrifício; e o conhecimento de Deus, haverá livramento, assim como o SE­
mais do que holocaustos. NHOR tem dito, e nos restantes que
7 Mas eles traspassaram o concerto, o SENHOR chamar.

c y

é
•« CO N ECTA D O OM DEUS •••
Nesta aula, verem os as histórias dos profetas Oseias e Joel. A p artir de
suas profecias, vam os extrair preciosas lições espirituais, sobretudo, para
viver estes últim os dias da Igreja sobre a Terra. Ambos os profetas tinham a
importante missão de anunciar que 0 julgam ento divino se aproxima. Porém,
antes do Dia do Juízo, Deus estabeleceu um tempo para tratar com 0 seu povo
sobre arrependimento a fim de trazer restauração, paz e prosperidade. Esse
arrependimento, contudo, deveria ser sincero, não apenas de aparência ou
palavras. Lem bre-se de que Deus sonda os corações e é im possível se deixar
enganar (Jl 2.13). Que 0 Senhor abençoe a sua vida por meio do estudo desta lição!

«
OBJETIVOS
ENFATIZAR o julgam ento e o amor de
Deus presentes na profecia de Oseias;
ELENCAR os juízos divinos e a chamada
ao arrependimento nacional, presentes
na profecia de Joel;
APONTAR que Deus tem uma promessa
d e restau ração e d erram am ento do
Espírito sobre o seu povo.

ANTES DAAULA
Carola) professorla), nesta aula, refletiremos sobre o conturbado relacionamento
entre Deus e o seu povo. A profecia de Oseias revelou o am or incondicional do
Senhor para com Israel, em bora fossem infiéis a Ele. D eus os abençoou sobre­
maneira, conform e a A liança feita com Abraão, seu servo. Contudo, em vez de
honrarem ao Senhor e am arem -no com todo o coração, o povo que Ele escolheu
resotveu traí-lo e abandoná-lo (Os 1). Semelhantemente, a profecia de Joel revelou
que as assolações climáticas que devastaram Judá eram consequências dos seus
próprios erros e infidelidade. Mesmo assim, o Senhor prometeu derram ar do seu
Espírito nos últimos dias (Jl 2.28).
Diante de tal reflexão, co nverse com se u s alunos sobre a form a com o se
relacionam com Deus. Muitas pessoas pensam que frequentar a igreja e cumprir
suas normas é o suficiente no relacionamento com o Senhor Entretanto, Ele não
quer formalismo ou religiosidade, mas sim, derramar o seu Espírito, salvar, justifi­
car, santificar e usar seus servos para alcançar almas. Portanto, indague aos seus
alunos o que significa, de fato, ter uma vida consagrada ao Senhor e real intimidade
com Ele. Permita que se expressem e, ao final, enfatize o que ju lg ar necessário.

1 . 0 JULGAMENTO DIVINO E O d esejava m anter o concerto q ue havia


© AMOR DE DEUS feito co m ela, antes q u e ad entrasse à
Terra Prometida.
1.1. O tema central da profecia de
O seias A m en sag em do profeta O seias foi
A profecia d e O seias tratava-se d e tra n sm itid a d e fo rm a a le g ó ric a , isto
m ais um a tentativa do Senhor em ch a ­ é, o ca sa m e n to do profeta co m u m a
mar a nação de Israel ao arrependimento m u lh e r v in d a d e p ro stituiçõ es serviu
a n te s q u e v ie s s e o s e u ju lg a m e n to . para ilustrar o tipo d e fidelidade q ue o
Em b o ra o S e n h o r c o n d e n a s s e o p e ­ Reino do Norte tinha com o Senhor (Os
cado da nação, ainda assim a am ava e 1). Era uma nação que havia se desviado

50 JUVENIS
da Aliança com o seu D eus para se en ­
tregar à idolatria. N esse sentido, D eus <- 4 INTERAÇÃO
é ilustrado co m o um m arido q ue havia
concedido todas as honras matrimoniais Professor(a), escreva no centro
para um a nação q u e havia se tornado do quadro a palavra “RELACIONA­
ímpia. Esse exem plo nos m ostra q ue o MENTO". Em seguida, pergunte aos
am or de Deus, apesar de incondicional, seus alunos quais com prom issos
não tolera o pecado. Tudo o que desvia envolvem uma aliança com alguém.
a nossa vida da plena co m unhão com Essa aliança pode ser de amizade,
D eu s é co nsiderado, espiritualm ente, namoro, casamento etc.
prostituição. Portanto, D eus abom ina a
Explique que, independentemen­
atitude daqueles que vivem impiamente.
te do tipo de relacionamento, alguns
1.2. Exortação ao arrependimento
deveres necessitam ser cumpridos
A profecia d e O seias in ic ia -se com
pelas partes envolvidas. Nesse sen­
um a crítica contundente contra a infi­
d e lid ad e da n ação em relação a Deus. tido, enfatize que, em nosso relacio­
Por conta de suas práticas pecaminosas, namento com Deus, o compromisso
o S e n h o r en tro u e m c o n te n d a co m deve ser levado ainda mais a sério.
o se u povo. O se ia s foi ch a m a d o pelo Se até atitudes nas relações terrenas
S e n h o r para d e n u n cia r a b e rtam e n te trazem consequências, imagine as
o s p e c a d o s d o s ju d e u s . N ão h a v ia a ções que praticam os em nosso
b en ig n id a d e, nem co n h e cim e n to d e relacionamento com Deus. Certa­
D eu s na terra. Só prevalecia o perjurar, mente, têm repercussões, algumas,
mentir, matar, furtar, adulterar, além de até mesmo, eternas.
haver hom icídios sobre hom icídios por
toda parte (Os 4.1,2). OQO
N esse período, Deus usou o profeta
para exortar a n ação a arrep ender-se, sacrifício; e o co nh ecim en to d e Deus,
co m e ç a n d o p e la lid e ra n ça p olítica e m ais do q u e holocaustos" (Os 6.6).
espiritual. Após denunciar os pecados do 1.3. Prom essas de bênçãos abun­
povo e a negligência dos líderes, o que dantes
se viu foi 0 arrependim ento superficial. D eus tinha prom essas verdadeiras
O am or d e le s pelo Senhor era com o o para o se u povo. Um te m p o d e paz,
orvaLho da m anh ã, q u e d e s a p a re c ia b ê n ç ã o s e p ro s p e rid a d e . O S e n h o r
rapidamente com o calor do dia (Os 64). promete, por seus próprios meios, sarar
Note que o arrependim ento q ue Deus a perversão do se u povo e voluntaria­
esp era de se u povo d e ve se r sincero, m ente 0 am ar e apartar a su a ira d e le
pro fu n do e refletid o em a çõ e s. N ão (Os 144). Essa predisposição do próprio
ad ia n ta o fe re ce r sa crifíc io s, cu m p rir D eus em restaurar o seu povo coaduna
d o g m as externos a pe n as na tentativa co m o seu ato voluntário d e entregar
d e m anter a a p arên cia religiosa, pois o s e u Filh o U n igên ito para q u e todo
co m o disse o Senhor por m eio do pro­ a q u e le q u e n Ele crê não pereça, m as
feta Oseias: “m isericórdia quero e não tenha a vida eterna (Jo 3.16). Tudo o que

JUVENIS 51
D e u s e sp e ra v a d e s e u p ovo era um je ju m e do clam o r sinceros (2.12-17): e
arrependimento sincero. A prom essa da 3) a n u n c ia r u m a p a la v ra p ro fética a
restauração de Israel serve d e exem plo respeito do derram am ento do Espírito
para os dias atuais, pois o Senhor co n ­ sobre as futuras g e ra çõ e s (Jl 2,28, 29).
tinua a curar, salvar, batizar no Espirito N e s s e contexto, é p o ssív e l ap re n d er
Santo e a levar o hom em para o Céu. q u e a a titu d e s in c e ra p e ra n te D e u s
resulta em m u d a n ça s significativas e
2. O LIVRO DE JOEL na m anifestação do poder divino.
2.1. 0 tema central da profecia de Joel 2.2. O juizo divino e a cham ada ao
Assim com o o casam ento de Oseias arrependimento nacional
prefigura o relacionamento infiel do povo O s ju ízo s a n u n ciad o s p elo profeta
para co m Deus, Jo e l utiliza os fen ôm e­ J o e l in ic ia m -s e co m o lam e n to p ela
nos da natureza, a saber, a assustadora situ ação atual. A d e v a sta ção d e Ju d á
praga da locusta, bem co m o d e um a havia sido ocasionada por um a grande
se c a severa para descre ve r o cenário praga d e gafanhotos, seg u id a d e um a
atual de Ju d á e anunciar a m en sag em se ca terrível, q ue deixaram os cam p os
de q u e algo pior ain d a estava por vir, co m p le tam e n te asso lad o s, d e m odo
isto é, o grande Dia do Senhor (Jl 1.15). q u e se se co u a aleg ria entre os filhos
E sse dia seria m arcado p ela im inente d o s h o m en s (Jl 1.10-12). D iante d e sse
invasão militar estrangeira por parte de cenário de destruição, o profeta convoca
um povo que vinha do Norte. os sacerdotes a cingirem os lom bos e
D ian te da c a la m id a d e a tu a l e do lam en tarem d ian te do Senhor, a c la ­
resp e ctiv o ju iz o divino, restava à n a ­ m arem com choro e jejuns, juntam ente
çã o b u scar o arrependim ento. N e sse co m o povo na C a sa de Deus, a fim de
sentido, a m e n sa g e m d e Jo e l tinha 0 q u e o Sen ho r restaure a co m u n h ão e
tríplice propósito: 1) juntar o povo diante a prosperidade da nação (Jl 1.13,14)
d o S e n h o r e m u m a g ra n d e re u n iã o O apelo nacional foi evidenciado por
so len e (Jl 1,13,14): 2) exortar o povo ao m eio do to q ue d a trom beta em Sião,
arrependim ento por m eio do choro, do co n c la m a n d o u m a reunião d a nação
para b u scar a D eus e su p lica r por sua
misericórdia (JI2.15). O apelo do profeta
era para q u e o povo ra s g a s s e o seu
coração, e não as su as vestes, se co n ­
vertesse a D eus q u e é m isericordioso
e com passivo, tardio em irar-se, grande

# á W * '# * em b e n e ficê n cia, e se a rre p e n d e sse


do m a l (Jl 2.12,13 ). D eu s resp o n d e ao
arrependim ento sincero!

Adquira mais conhecimento 3. 0 DIA DO SENHOR


lendo a “Enciclopédia Popular 3.1. A prom essa de restauração
de Profecia Bíblica”, de Tim A lém d e todo o sofrim ento experi­
Lahaye e Ed Hindson. m entado por Judá, esse ainda não era o
castigo final. Havia outro ju ízo vindo do

52 JUVENIS
Norte, representado com o um exército da manifestação do Espírito, como disse
de gafanhotos, m archando em direção o Senhor em Números 12.6. Trata-se de
a Judá. D eu s aproveitaria este grande uma promessa que não está limitada
dia para ju lg a r o s rebeLdes q u e não apenas aos filhos e filhas, mas também
ace ita ra m a m e n sa g e m profética de aos servos e servas, apontando que
arrep en d im ento , a b a n d o n a n d o su as não haveria distinção ou acepção de
m ás obras (Jl 2.1-5). pessoas para receber o Espírito Santo.
Para muitos estudiosos, essa profecia O elemento crucial para viver tal ex­
d e Jo el refere-se ao período da Grande periência é a fé (At 8.14-17; 1044-47).©
Tribu tação , m a is e sp e c ific a m e n te , à
G ra n d e B atalh a do A rm a g e d o m (Ap
<
16.12-16). Estando certo ou não, o fato
é q u e há um a prom essa d e livram ento
para o povo que é fiel a Deus. O Senhor
CONHEÇA OS
ju lg ará as n ações que oprim iram injus­
SEUS ALUNOS
tamente a Israel e, por fim. promete uma
restauração muito especial. Trata-se de Professor(a), na faixa etária de seus
um a restauração da terra ta l co m o se alunos é comum ocorrerem mudanças
fo sse o próprio jard im do Éden (Jl 2.19- significativas na forma como interpre­
24; 3.17-21). A plenitude e fertilidade da tam as relações e o que se dispõem
n açã o lem b ra o propósito origin al de a fazer, a fim de buscar a sensação
Deus em conceder uma terra abundante de “pertencimento" por meio delas.
on de m ana leite e m e l (Êx 3,8). Portanto, alerte-os de que, em suas
3.2. A prom essa do derramamento
vidas, haverá pessoas que se tornarão
do Espírito
boas amizades e os influenciarão po­
No livro do profeta Joel, está registra­
sitivamente. inclusive para o seu cres­
da também uma das maiores promessas
cimento espiritual. Todavia, é preciso
d isp e n sa d a s a o s cren tes d o s últim os
d ia s (Jl 2.28-32). Estam o s fa la n d o do atentar para outras, cuja convivência
d erram am ento do Espírito Santo q ue os distanciarão do propósito de Deus.
se cu m p riu no Dia d e P e n te co ste s e Não são poucos os jovens presos em
continua a se cum prir (At 2.16-21). relações destrutivas ou abusivas. Ex­
A pós sofrer todas as calam idades, a plique que um bom relacionamento
Terra de Israel experimentaria um tempo sempre nos aproxima do Senhor e nos
d e paz e prosperidade no fim d os dias. leva a desfrutar da paz.
O primeiro grande ensinam ento de Joel Enfatize que Deus é o nosso fiel
é a n e c e ssid a d e d e a rrep e n d im e n to
amigo e conclua com a seguinte refle­
diante das adversidades. O segundo diz
xão: será que estamos correspondendo
respeito ao derram am ento do Espírito
a amizade de Deus com compromisso
so b re toda a ca rn e (v. 28). A profecia
e fidelidade ou só queremos receber
d e s c re v e q u e o S e n h o r s e re vela ria
aos se u s servos, aos jo v e n s e aos ido­ as suas bênçãos?
so s por m eio d e sonhos e visões. Essa
+ ►
prom essa aponta para a continuidade

JUVENIS 53
PARA CONCLUIR
A s m ensagens dos livros d e Oseias e Joel concentram um elem ento comum: a
cham ada ao arrependimento. Em am bas as situações, diante do arrependimento
sincero, Deus trouxe a prom essa de restauração, paz e prosperidade. Isso significa
que o castigo da parte de Deus não é um instrumento contínuo aplicado por Deus.
Ele espera que seus filhos se arrependam de seus erros e tão prontamente d ed i-
q u em -se a fazer a sua vontade. Então, a bênção do Senhor e as suas prom essas
se cumprirão de maneira efetiva em suas vidas.

SUBSÍDIO < C ^ H O R A DA REVISÃO


"Deus orden ou a O se ia s q u e se
c a s a s s e co m u m a m u lh e r q u e lh e 1. D o q u e s e tra ta va a p ro fe c ia d e
seria infiel e lhe causaria muitos sofri­ O se ia s?
mentos. Assim com o Gom er perdeu o R: Tratava-se de mais uma tentativa do
interesse por Oseias e partiu em busca Senhor em chamar a nação de Israel
de outros amantes, também podemos ao arrependim ento antes que viesse
facilmente perder o apreço pelo nosso o seu julgamento.
relacionamento especial com Deus, e 2. C o m b a s e e m O s e ia s 6.4, co m o
partir em busca de sonhos e objetivos d e v e s e r o a rre p e n d im e n to q u e
que não incluam a presença majestosa D eu s e sp era d e se u povo?
do Senhor. Quando com prom etem os R: Deve ser sincero, profundo e re ­
o nosso estilo de vida cristão através fletido em ações.
dos costumes mundanos, também nos
3. Q u al a p rin cip al m e n sag e m a n u n ­
tornamos infiéis. cia d a p elo profeta Jo e l?
D eus queria que Israel (Reino dò R: 0 grande Dia do Senhor.
Norte) aban don asse se u s p ecad o s e
voltasse a adorar somente a Ele, porém, 4. D iante d a d e stru içã o em Ju d á U l
1.10-12), o q u e faz o profeta Jo e l?
o povo continuava em sua iniquidade.
R: 0 profeta convoca os sacerdotes a
Ao longo deste livro, é descrita a igno­
cingirem os lombos e a lam entarem
rância desta nação em relação a Deus,
diante do Senhor, a clam arem com
por não ter desejo algum de agradá-lo.
choro e je ju n s , ju n tam e n te com 0
Israel não compreendia o Senhor, assim
povo na Casa de Deus, a fim de que
como Gomer não entendia Oseias. Assim
0 Senhor restaure a com unhão e a
com o um pai paciente ou um esposo
prosperidade da nação. .
amoroso, Deus deseja que seu povo o
conheça e o busque diariamente" (Bíblia 5. Q u a l p ro m e ssa re v e la d a por Jo e l
de Estudo A p lica çã o Pessoal. Rio de se cum p riría nos últim os d ia s ?
Janeiro: CPAD, 2003, p. 1115). R: 0 d e rra m a m e n to do E s p ír it o
S an to que se c u m p r iu no D ia de
Pe ntecostes e que co n tin u a a se
cu m p rir (At 2.16-21). ,
AMÓS E OBADIAS
“Porque assim diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-m e e vivei." (Am 54).

¥ Am 3,1-3 O Senhor observa as injustiças

¥ Am 4.12 Prepara-te para te encontrares com 0 teu Deus!

¥ Am 5.20-22 O Senhor rejeita rituais sem santidade

¥ Ob 1 -5 A soberba engana e precede a queda

¥ Ob 15 -17 O Dia do Senhor está perto

¥ Ob 20, 2 1 O Reino será do Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Amós 2.10-16 Obadias 10,11,15-17
10 Também vos fiz subir da terra do Egito 10 Por causa da violência feita a teu irmão
e quarenta anos vos guiei no deserto, Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás
para que possuísseis a terra do amorreu. exterminado para sempre.
11 E dentre vossos filhos levantei profetas 11 No dia em que estiveste em frente
e dentre os vossos jovens, nazireus. dele, no dia em que os forasteiros
Não é isso assim, filhos de Israel? Diz levavam cativo o seu exército, e os i
o SENHOR. estranhos entravam pelas suas portas, 1
12 Mas vós aos nazireus destes vinho e lançavam sortes sobre Jerusalém,
a beber e aos profetas ordenastes, tu mesmo eras um deles.
dizendo: Não profetizeis.
15 Porque o dia do SENHOR está per­
13 Eis que eu vos apertarei no vosso
to, sobre todas as nações; como tu
lugar como se aperta um carro cheio
fizeste, assim se fará contigo; a tua
de manolhos.
maldade cairá sobre a tua cabeça.
14 Assim que de nada valerá a fuga ao
ágil; nem o forte corroborará a sua 16 Porque, como vós bebestes no monte
força, nem o valente livrará a sua vida. da minha santidade, assim beberão de
contínuo todas as nações; beberão,
15 E não ficará em pé o que leva o arco,
e engolirão, e serão como se nunca
nem o ligeiro de pés se livrará, nem
tampouco o que vai montado a cavalo tivessem sido.
livrará a sua alma. 17 Mas, no monte Sião, haverá livramen­
16 E o mais animoso entre os valentes to; e ele será santo; e os da casa de
fugirá nu naquele dia, disse o SENHOR. Jacó possuirão as suas herdades.

CL M

•-

••( CO N ECTA D O •••


A mensagem de Amós denunciava o estilo de vida luxuoso, apático e im o­
ral dos moradores do Reino do Norte. Esse modo de vida trouxe a prática da
injustiça, corrupção e insensibilidade para com os m ais necessitados. Nessa
mesma perspectiva, os edomitas orgulhosamente traíram Judá no momento
m ais d ifícil vivenciado pelo Reino do Sul. Ambos os comportamentos desses
povos revelam que a vaidade e o orgulho são pecados sistemáticos que levam
à queda e à humilhação. Nesta lição, veremos que Deus abomina esses com ­
portamentos. Já para os seus servos que 0 temem e são dependentes dEle, 0
Senhor promete bênçãos e livramento.

*
OBJETIVOS
APRESENTAR a ideia central da profecia
de Amós;

MOSTRAR a ju s tiç a d e D eu s sobre a


arrogância e a injustiça;
APONTAR o julgam ento de Deus sobre
Edom.

ANTES DA AULA
Professorla), seus alunos estão em uma fase de muitas m udanças e grandes
descobertas. Por isso, nesta idade, é muito com um a necessidade de reafirmação
da identidade. Eles não querem mais ser tratados com o crianças inocentes, em ­
bora ainda não estejam autorizados a decidir tudo por conta própria. Comumente,
nesse periodo, os juvenis são tentados de muitas maneiras, a fim de serem aceitos
nos grupos sociais ao seu redor. É importante enfatizar que é preferível agradar a
Deus, do que aos homens (Gl 1.10; Ef 6.6).
Com o servos do Senhor, sabem os que o orgulho e a vaidade, por exemplo,
são sentimentos que não combinam com o caráter de Cristo. Portanto, sugerimos
que nesta lição você converse com seus alunos sobre o posicionamento deles
na convivência com outros juvenis que não servem a Deus. Enquanto o mundo
acha normal a arrogância e a injustiça, nós, com o cristãos, precisam os ir contra
este fluxo (Rm 12,2), testemunhando a verdade por meio de um viver que seja, de
fato, parecido com o de Cristo.

1 A PROFECIA DE AMÓS a Israel e culm ina com a repreensão de


1.1. Tema central da profecia de
Deus ao seu povo com a prom essa de
Amós:ju stiça e retidão castigo.
A profecia d e A m ós tem com o alvo A m e n s a g e m d e A m ó s e ra u m a
principal os m oradores do Reino d e n ú n cia contra o d e sv io esp iri­
d o Norte. E m b o ra o profeta tual e, co m o consequência, as
fo sse natural de Tecoa, u m a Á k injustiças com etidas contra os
vila localizada no planalto a AMOS REVELA I pobres, a s im o ralid ad es e a
sul de Belém, sua mensagem A PREOCUPAÇÃO ■ corrupção que predominavam
DE DEUS COM A
foi destinada ao povo do Norte ^
RETIDÃO
f em Israel, durante o governo
(Am 1,1), O Livro co m e ça co m ^ d e Jeroboão II. A pregação de
uma série de advertências a res- ^ Y A m ós revela a preocupação de
peito do pecado de nações vizinhas D e u s co m a retidão esp iritu al, a

JUVENIS 57
ju stiça so cial e a responsabilidade para arrependim ento sincero. No capítulo 5,
co m os m ais n ecessitad o s. O Sen ho r o profeta assinalou que, além das muitas
dá atenção para aqueles q ue m ais pre­ m aldades com etidas, o justo é afligido,
cisam e espera que seu s servos façam e os m ais necessitad o s são rejeitados
o m esm o (Sl 113.5-8). às portas (v. 12). M esm o assim , D eus é
1.2. A retribuição pelo pecado tão rico em m isericórdia que, por m eio
No ca p itu lo 3 de A m ós, o profeta d e Amós, apontou o caminho: “Buscai o
a n u n cia um ca stig o q u e virá so b re a bem e não o mal" (v. 14). No entanto, em
região de Sam aria com o paga por todas razão da insistência na desobediência, os
as m aldades praticadas pelos israelitas. pecados da nação seriam severam ente
A partir do capitulo 4, várias m ald ad es punidos (Am 6.14).
são apontadas, assim co m o sérios c a s ­ 2 . A JUSTIÇA DE DEUS
tigos anunciados, caso os israelitas não 2.1. A ju stiça contra a arrogância
se co nvertessem . Todavia, não houve Um dos pecados que se destaca no
livro de Amós e que veio a ser alvo de suas
< --» INTERAÇÃO profecias é a arrogância do povo de Israel
Eles se sentiam inatingíveis, ostentando
Amigo(a) professor(a), essa lição suas riquezas e luxos, descansando em
nos mostra que a socie d ad e dos suas cam as de marfim e desfrutando de
d ias de A m ós era m arcada pelo banquetes suntuosos, enquanto os pobres
materialismo, ostentação, im ora­ eram desprezados às suas portas. Israel
lidade e falta de empatia com os divertia-se em festas, em b riagan d o-se
m ais necessitados. Pergunte aos com vinho, embora a mensagem de Deus
seus alunos a reflexão: Esse tipo conclamasse ao arrependimento (Am 6.4-
de comportamento também pode 6). Veja que o erro d e sses israelitas não
ser observado na atualidade? Qual se devia à riqueza, mas, sim, à indiferença
é o nosso papel, co m o cristãos,
para co m o Senhor e às n ecessid ad es
diante disso?
dos m ais pobres. A inda hoje, o Senhor
Enfatize que a Palavra de Deus não co n d e n a se u s se rv o s por terem
não nos priva ou condena por ter riquezas, m as esp era q u e u se m o s os
riquezas. O g ra n d e p ro b lem a é recursos que Ele m esm o nos co nced e
quando as riquezas dom inam o para ajudarm os aos m ais necessitados
coração do ser humano, ao ponto (Dt 15.11; Mt 2535-40).
de fazê-lo perder a visão de que é 2.2. Deus trata com o seu povo de
tão necessitado da graça de Deus, formaju sta
quanto as outras pessoas ao seu D e u s u so u se u se rv o A m ó s para
redor. Conclua, lendo Salm os 62.1: d e n u n cia r a s m a ld a d e s do se u povo
“[...] se as vossas riquezas aumentam, antes que viesse o terrível castigo sobre
não ponhais nelas o coração”. a nação. O s israelitas não foram surpre­
endidos pelo cativeiro. Antes, o Senhor
os repreendeu continuam ente por suas
OOO
m a ld a d e s e lh e s co n c e d e u inúm eras

58 JUVENIS
oportunidades para que se arrependes­ Obadias, Edom e Filístia desapareceríam
sem. Entretanto, eles insistiram em suas como nação, enquanto Judá seria res­
matdades. Por meio da profecia deAmós, taurada quando os exilados tornassem
Deus demonstra a sua misericórdia. O a possuir seus territórios (19-20), No
Senhor disse: “Buscai-me e vivei” (5.4). futuro, a cidade de Jerusalém voltaria
Tratava-se de um chamado para um a ser a cidade de Deus, governada
relacionamento com Deus, andando em pelo Senhor. Essa profecia se cumprirá
genuína justiça e retidão. As palavras do após a Vinda de nosso Senhor Jesus.
profeta eram convites, oportunidades de Importa, portanto, que tenhamos um
Livramento e restauração que o Senhor coração justo, que não se alegra com a
concedeu ansiando pelo arrependimento. maldade, nem se regozija com a queda
Deus não quer que nenhum dos seus do próximo. Deus conhece todas as
servos se perca (Am 5.14,15). coisas ejulgará a cada um conforme o
3. A PROFECIA DE OBADIAS fruto das suas obras.©
3.1. 0 julgamento de Deus sobre Edom
Assim como Deus condenou a arro­ <
gância dos israelitas e as suas injustiças
por meio de Amós, a mensagem de Oba- CONHEÇA OS
dias se trata de um juízo sobre o orgulho SEUSALUNOS
da nação de Edom. Em 586 a.C., quando A mensagem anunciada por Oba­
Nabucodonosor fez a terceira e última dias contém uma promessa de juizo
investida contra Jerusalém, levando mais sobre os edomitas, por terem se ale­
um grupo de judeus cativos à Babilônia, grado e corroborado com a invasão
as Escrituras apontam que os edomitas
de Nabucodonosor a Jerusalém. A
se regozijaram. Esse comportamento
situação futura seria o inverso: Edom
não era esperado, haja vista os edomitas
seria duramente castigado, enquanto
serem parentes de Israel, descendentes
Israel seria restaurado. Contudo, tal
de Esaú. Entretanto, eles se alegraram
juízo de Deus sobre os inimigos não
na destruição causada petos inimigos
deveria ser comemorado. O Senhor
de Judá, até mesmo os ajudando (10-15).
esperava do seu povo uma atitude
Por meio do profeta Obadias, fica claro
diferente. Afinal, os edomitas eram
que, embora Judá estivesse sendo alvo
descendentes de Esaú, irmão de Jacó.
do castigo divino, Edom jamais poderia
se alegrar ou compactuar com a ruína Portanto, reforce aos seus alunos, que
de seus irmãos. Assim, Deus os exortou a nossa luta não é “contra a carne e
e prometeu fazer juizo. sangue” (Ef 6.12). Por isso, Jesus nos
3.2. Medidos com a mesma medida mandou fazer o bem até aos que nos
Deus reprovou a conduta de Edom, odeiam e orar pelos que nos maltra­
assim como fez com Judá. A diferença é tam, para que sejamos filhos do Pai
que a nação de Edom seria castigada, que está nos céus (Mt 5 4 3 - 45 ).
enquanto o povo de Judá seria restaura­
do (15-18), De acordo com a profecia de

JUVENIS 59
PARA CONCLUIR
A m en sag em de A m ós d estaca que D eus abom ina a prática da injustiça.
Por meio de Obadias, o Senhor também condenou o orgulho e a m aldade para
com o próximo. Am bos os profetas revelam que existe um Deus nos céus que
vê todas as coisas que nada foge de seu julgam ento, Que ao perscrutar o nosso
ser - entendimento, ações e intenções - o Senhor encontre em nós um coração
contrito e agradável a Ele. No fim de todas as coisas, haverá uma recom pensa
da parte de Deus para todos os que são fiéis à sua Palavra.

SUBSÍDIO < Q ^ hora da revisão


“O cenário religioso e social era de
total d esca so para com as co isas d e 1. O profeta A m ós era natural de qual
Deus. Os sacerdotes se aproveitavam lo ca lid a d e ?
de su as fu n çõ es para tratar d e se u s R: 0 profeta Amós era natural de
próprios interesses e se tornaram ricos, Tecoa, uma vila que ficava localizada
Quem tinha dinheiro poderia comprar no planalto a sul de Belém.
sentenças judiciais de juizes corruptos,
2. Q u al era a natureza da m en sag em
usurpando os direitos dos mais neces­ d e A m ó s?
sitados [.,.] A situação era tão séria que R: A mensagem de Amós era uma denún­
D eus deu a A m ós uma visão em que cia contra 0 desvio espiritual e as injus­
apareceu um prumo... Com o prumo, um tiças contra os pobres, as imoralidades
hábil construtor poderia ver se a parede e a corrupção que predominavam em
poderia ser ou não aproveitada em uma
Israel, durante 0 governo de Jeroboão II.
reforma, ou se deveria ser d em o lida
para que outra fosse colocada em seu 3. Qual pecado dos israelitas recebe maior
atenção no livro do profeta A m ós?
lugar. E o prum o d e Jeová m ostrou
R: Um dos pecados que se destaca no
que a parede Israel estava torta. Essa
Livro de Amós e que veio a ser alvo
falta de retidão não era dem onstrada
de suas profecias é a arrogância do
apenas na forma como cultuavam, mas,
povo de Israel.
principalmente, na forma como os mais
abastados tratavam os m ais carentes, 4. Q u a l a natureza d a m en sag e m d e
exigindo deles tributos e fazendo pouco O b a d ia s?
caso do que a Lei ordenava, no tocante à R: A mensagem de Obadias se trata de um
ajuda necessária aos pobres. A profecia juízo sobre 0 orgulho da nação de Edom,

de Am ós tinha por objetivo mostrar ao


5. De acordo co m a profecia d e O b a­
povo de Deus que a prosperidade finan­ dias, qual seria o destino das nações
ceira não poderia instituir a arrogância d e Ju d á e d e E d o m ?
e a acom odação em relação à prática R: Edom desaparecería como nação,
social" (COLEHO, Alexandre C.; DANIEL, enquanto Judá seria restaurada quan­ +
Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio de do os exilados tornassem a possuir
Janeiro: CPAD, 2012, p. 33). +
seus territórios (19-20).
aatBga8&iBaesgB BiBsgB«aM»»aiii« ^ in ■^r, , ^ r * l Mw a,TTrFMwi
JONAS E MIQUEIAS
Ele te declarou, ó homem, o que é bom: e que é o que o SENHOR
pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e
andes humildemente com o teu Deus?” (Miqueias 6.8).

V Jn i . i i , 12 * A co n se q u ê n cia d a d e so b e d iê n cia

V Jn 1 .1 5 -1 7 * D eu s envia livram ento

V Jn 2.1, 2 * D eu s o u ve a o ração no m eio d a aflição

V Mq 5.2 * O S alvad o r virá d e B elém

V Mq 6 .1 3 -1 5 * D e u s trará ju íz o ao seu povo

V Mq 7 1 8 * O Sen ho r tem prazer na b en ig n id ad e

©
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jonas 1.1-4 ventre do inferno gritei, e tu ouviste a
1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, minha voz.
filho de Amitai, dizendo: Miqueias 4 -1-3
2 Levanta-te, vai à grande cidade de 1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que
Ninive e clama contra ela, porque a o monte da Casa do SENHOR será
sua malícia subiu até mim. estabelecido no cume dos montes e
3 E Jonas se levantou para fugir de se elevará sobre os outeiros, e con­
diante da face do SENHOR para Társis; correrão a ele os povos.
e, descendo a Jope, achou um navio 2 E irão muitas nações e dirão: Vinde,
que ia para Társis; pagou, pois, a sua e subam os ao monte do SENHOR
passagem e desceu para dentro dele, e à Casa do Deus de Jacó, para que
para ir com eles para Társis, de diante nos ensine os seus caminhos, e nós
da face do SENHOR. andemos pelas suas veredas; porque
4 Mas o SENHOR mandou ao mar um de Sião sairá a lei, e a palavra do SE­
grande vento, e fez-se no mar uma NHOR, de Jerusalém.
grande tempestade, e o navio estava
3 E julgará entre muitos povos e casti­
para quebrar-se.
gará poderosas nações até mui longe;
Jonas 2.1,2 e converterão as suas espadas em
1 E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, enxadas e as suas lanças em foices;
das entranhas do peixe. uma nação não levantará a espada
2 E disse: Na minha angústia, clamei contra outra nação, nem aprenderão
ao SENHOR, e ele me respondeu: do mais a guerra.

• •© CONECTADO COM DEUS • • •


A misericórdia de Deus para com os pecadores muitas vezes parece ser
complexa de compreender. A Bíblia revela histórias interessantes de pessoas
que cometeram atrocidades, mas, tão logo se arrependeram, receberam o
perdão divino. Em contrapartida, há justos que sofreram duras provações.
0 fato é que Deus conhece o interior humano e trata com cada pessoa de
maneira específica. Na lição desta semana, veremos o tratado m isericor­
dioso de Deus por meio do profeta Jonas e a promessa de restauração para
o povo de Deus anunciada por Miqueias. Através desse estudo, que você
possa se sentir impelido pelo Senhor a refletir sobre os seus caminhos e,
se necessário, arrepender-se.
OBJETIVOS
DESCREVER o ch am ad o e a fuga do
profeta Jonas;
DESTACAR a m agnitude da m isericór­
dia divina, presente na m ensagem do
profeta Jonas;
ELENCAR o juízo divino e a prom essa
de restauração anunciados pelo profeta
Miqueias.

ANTES DA AULA
Caro(a) professor(a), na aula desta sem ana, seus alunos aprenderão, a partir
da história do profeta Jonas, que a misericórdia é um atributo do caráter de Deus.
Esse atributo, na maioria das vezes, é mal compreendido. Na ocasião em que Jonas
foi comissionado a anunciar uma convocação ao arrependimento para a nação de
Nínive, o profeta não pensou duas vezes e fugiu da missão. Nínive era um povo
cruel, inimigo de Israel e Jonas sabia de todas as atrocidades que os ninivitas ha­
viam cometido. Ele preferiu fugir para não anunciar o juízo divino e correr o risco
de os ninivitas se arrependerem do mal. Dessa forma, Deus não cumpriría, pelo
m enos sobre aquela geração, o juízo pelo m al que haviam cometido.
Será que, muitas vezes, não agim os da mesma maneira? Julgam os o próximo,
querendo determ inar quem é digno ou não da m isericórdia d e Deus, Fugim os
da missão que o Senhor nos com issionou porque querem os cum pri-la da nossa
maneira. O exemplo de Jonas nos fará compreender que a misericórdia e o perdão
estão com Deus. Somente Ele conhece os corações e sabe se há arrependimento
sincero.

1 .0 P R O F E T A JO N A S cidade, caso esta não se arrependesse.


1.1. Um profeta nacionalista A contece q ue a A ssíria era um a nação
O livro de Jonas in icia-se com c r u e l q u e a tu a v a s e m p r e q u e
a identificação do profeta como p o d ia p ara p re ju d ic a r Israel.
filh o d e A m ita i (Jn 1.1). E le O p rofeta, p ortan to, fu g iu ,
recebeu a com issão de Deus p o is s a b ia q u e D e u s é m i­
para anu n ciar o ju lg a m e n to se rico rd io so e, em ca s o d e
d e Nínive, a prin cip al cid a d e a rre p e n d im e n to , p e rd o aria
do Im pério A ssírio. 0 profeta os ninivitas.
foi convocado pelo Senhor para Jo n a s achava q u e e le s não
anunciar a im inente destruição da deveríam ser perdoados. Contudo,

JUVENIS 63
tal decisão não estava no seu controle. 1.2. Uma escolha com plicada
Então, o Sen ho r fez p re v ale ce r a sua A o re c e b e r a o rd e m d iv in a para
vontade, criando meios para que Jonas c u m p rir a m is s ã o em N ín iv e , Jo n a s
c u m p ris s e ta l m issão . O s p la n o s d e d ecid iu seg u ir na direção oposta. Ele
D eu s são se m p re os m elho res e, por comprou uma passagem paraTársis (1.3,
isso, devem o s o b ed e ce r à su a ordem, 4), onde m uitos estudio sos atribuem a
m e sm o q u e isso sign ifiq ue renunciar localização a uma antiga colônia fenícia
à s n o ssas a m b iç õ e s pessoais. na E sp a n h a . Entretanto, no m eio da
viag em , u m a g ra n d e te m p e sta d e se
levantou no m ar - o q u e os m arinhei­
<r -» INTERAÇÃO ros consideravam um a punição divina.
D epois d e tirarem sorte, Jo nas adm itiu
Escreva no quadro a seguinte a sua d eso b e d iê n cia e co nsentiu que
pergunta: “o que nos leva a fugir da o la n ç a s s e m ao mar. A ssim , im e d ia ­
missão que Deus nos deu?" Ouça tam en te, a te m p e s ta d e s e a c a lm o u
seus alunos e anote as respostas (1.11-15). Por m isericórdia, D eus enviou
no quadro. Há muitas respostas e um grande peixe que engoliu Jo nas e
justificativas para esta pergunta. Em o m anteve em se u ventre por três dias
geral, os m ais jovens respondem (1.17). O profeta orou, D eu s co m p a d e ­
que ainda não se sentem capazes c e u -s e dele e deu ordem ao peixe para
d e exercer o ch am ad o de Deus. vom itá-lo na praia. E, finalmente, Jonas
Entretanto, a história bíblica mostra levantou-se para cum prir a missão. Não
que Deus cham ou muitos de seus p o d e m o s fu g ir d a vo n ta d e d e Deus.
servos ainda na juventude. Alguns Portanto, apren d a co m o exem p lo d e
se tornaram grandes líderes, que Jo nas e seja obediente à ordem divina.
livraram o seu povo da opressão.
Outros derrubaram gigantes, tor­ 2. A P R O F E C IA DE JO N A S
naram -se grandes profetas e go­ 2.1. Tema central da profecia de Jonas
vernadores. No Novo Testamento, A m e n s a g e m c e n tra l d o livro d e
encontram os ainda a q u ele s que Jo n as é a m ag n itu d e d a m isericórdia
se tornaram apóstolos e pastores d iv in a . A p ró p ria h istó ria d o profeta
de relevância na história da Igreja. consiste da m e n sag em central de seu
En fatize q u e D eu s co n h e ce livro. Jo nas fugiu da co m issão divina e,
detalhadam ente as característi­ por isso, quase morreu. Ao se arrepender
cas daqueles que são cham ados dentro do ventre do peixe, em profundas
por seu propósito. Portanto, não trevas, D e u s o c o n c e d e u u m a nova
devem os arrumar desculp as para oportunidade, e e le não desperdiçou.
cum prir o cham ado de Deus. Jo n a s a n u n c io u d u ra n te 40 d ia s
o ju íz o d ivino so b re Nínive. Por fim, a
c id a d e se converteu, d e s d e a cú p u la
até os an im ais h u m ilh a ra m -se diante
G G O
do Senhor. Deus, então, prom eteu que

64 JUVENIS
não os destruiría, pelo m en o s durante
aquela geração. O Senhor é muito m ise­
ricordioso, m as não podem os desprezar
a m isericórdia d e D eus, m uito m en os
d eterm in ar q u em a m e re ce ou não.
2.2. A m agnitude da m isericórdia
C o m p r e e n d e r a m a g n it u d e d a
m isericórdia divina é aceitar q ue D eus
tem crité rio s p ró p rio s e in s o n d á v e is
para determ inar de quem Ele se c o m ­
padecerá. Jo nas não aceitava o fato de
D eus d e cid ir p o u p ar um povo q u e era
in im ig o d e Israe l q u e já o havia feito em Israel, c u ja s o rig e n s são d e s d e a
m al. C o n tu d o , o S e n h o r c o n h e c ia as etern id ad e (Mq 5.2).
p ro fu n d e z a s d o c o r a ç ã o d a q u e le s O livro aborda a destruição e o exílio
ninivitas, su a história e ignorância (4.11). co m o co n se q u ê n cia s d o s p e ca d o s d e
No Novo Testam ento, ob servam os injustiça social, co rru p ção e fa lsid a d e
muitos que eram pecadores e aos olhos d o s líd e re s, s a c e rd o te s e fa lso s pro­
h u m a n o s não m e re ce d o re s da g raça fetas (1.3-7; 2 .1 -1 1 ; 3 ,1-5 , 8 -1 1 ; 6.9-12).
divina, m as que diante do encontro com Contud o, há ta m b é m a p ro m essa d e
Jesus, receberam perdão e regeneração. q u e o re m a n e sce n te e x p erim e n taria
A lista é extensa: Mateus, o publicano (Mt um a restauração. M ais u m a vez, a m i­
9.9,10); Zaqu eu , chefe d os p ub licano s sericórd ia está presente porque D eu s
(Lc 19 .1-10 ); a m u lh e r s a m a rita n a (Jo não d e siste d e resgatar o seu povo.
4.9): S au lo d e Tarso (At 9.10-15) e m u i­ 3.2. Esperança em tempos de crise
tos outros. D iante do arrependim ento A pesar de o cenário ser de co m p le­
sincero, portanto, D e u s não rene go u ta d e stru içã o em razão d o s p e c a d o s
a su a m isericórdia ao povo d e Nínive. c o m e tid o s p e lo s R e in o s d e Is ra e l e
Judá, o Sen ho r m anteve um a p rom es­
3, O P R O F E T A M IQ U EIAS sa e sp e ra n ç o sa d e restauração. Esta
3.1. Tema cen trai d a p ro fecia de se ria a c o m p a n h a d a d e p o d e r so b re
M iqueias a s outras n açõ e s (Mq 4 .11-13; 7.18-20),
M iqu eías a p resen ta o ju íz o d ivino m as o poder seria d e ordem espiritual.
e a sa lv a ç ã o m e ssiâ n ic a co m o te m a Chegará o tem po em q ue o Senhor g o ­
central de seu livro. O profeta é contem ­ vernará 0 m undo a partir d e Jeru salém
porâneo d e Isaías e O seias. Habitante e será um p eríod o d e paz, fe licid a d e
do Reino do SuL, a m e n sa g e m d e M i­ e s a n tid a d e . O R e in o d e D e u s s e rá
q u e ias é d irig ida tanto a Israel quanto e sta b e le cid o q u an d o o Sen ho r voltar
a Judá. A lé m do ju íz o divino, M iqueias para d estru ir o m a l e fo rm ar a ju s tiç a
é um d o s p ro fe tas q u e a n u n c ia m o (Ap 20.4). Essa e sp e ran ça deve habitar
surg im ento do M essias. E le anu n cio u o co ra çã o d o s cren tes q u e ag u ard am
q u e d e B e lé m -E fra ta sairia o S e n h o r a Volta do Sen ho r Je sus. O

JUVENIS 65
SUBSÍDIO
/ “Em Miqueias 5.2, a atenção é dada
à insignificância relativa de Belém entre
os c lã s d e Judá. ironicam ente, o rei
e s c o lh id o do S e n h o r su rg iria d esta
pequena cidade. Este padrão de Deus
elevar o pequeno e insignificante ocorre
em outros textos do Antigo testamento
(Gn 25,23:48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21). Este
rei, que surge de tais origens humildes,
protegerá 0 povo com o um pastor (o
m esm o foi dito a ce rca de Davi; 2 Sm
< 5,2; S l 78.71, 72). Reinando pelo poder
do Senhor, a sua fam a alcançará pro­
fâ ) CONHEÇA OS porções universais (Mq 5.4). Ele e o vice

\ 0 / SEUS ALUNOS regente evitarão que o mais poderoso


dos inimigos de Israel (simbolizado aqui
Professor(a), converse com seus p ela A ssiria, o inim igo trad icion al de
a lu n o s so b re a e sp e ra n ç a d e re s ­ Israel) invada a terra (Mq 5.5, 6).
ta u ra çã o , a n u n c ia d a p elo profeta Ju n to co m a re sta u ra çã o do rei
dravídico, Miqueias também profetizou
M iqueias, acerca d e Israe l
uma reversão na sorte de Jerusalém .
A destruição dos reinos do Norte e
M iq u eias ad vertiu q u e esta cid a d e,
do Sul foi resultado de uma sociedade
escolhida por Davi como capital e local
que não soube aproveitar a oportuna
do Tem plo do Senhor, seria sujeita ao
m ise ricó rd ia d e D eus, R eflita com sítio (Mq 5,1) e reduziu a entulhos (Mq
se u s a lu n o s so b re e s s a s e n s a ç ã o 3.12). E le p e rso n ifico u a c id a d e em
que a lg u m a s p esso a s tèm, d e q ue su a h u m ilh a çã o co m o um a m u lh e r
a m isericórdia de D eus significa que em trabalho de parto, esto rcen d o -se
nunca haverá juizo. Por isso, m uitos em agonia par dar à luz (Mq 4.9, 10),
descreem dos alertas divinos e per­ Da p e rsp ectiva do exílio, Je ru sa lé m
m anecem em se u s pecados. p e rs o n ific a d a re c o n h e c e a ju s t iç a
R efo rce que há sim um a p ro ­ do castigo de D eus e prevê o dia da
ju stificação e restauração (Mq 7.8-12).
m essa d e restauração para a q u e les
Utilizando a im agem de M iqueias 4.9,
q u e se a rre p e n d e m e co n fia m na
10, o profeta comparou a volta do povo
b o n d a d e d e D e u s. Po rém , q u e m
exilado a Sião a dar à luz (Mq 5,3). No
p re fe riu v iv e r na im p ie d a d e se rá
futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos
ju lg a d o com o ímpio. que a atacavam (Mq 4.11-13)" (ZUCK, Roy
B. Teologia do Antigo Testamento. Rio

de Janeiro; CPAD, 2009, p, 444).

66 JUVENIS
PARA CONCLUIR
Deus tem um juízo reservado para
cumprir sobre a iniquidade com etida
em toda a Terra. Entretanto, Ele espera
d e seu povo ao m enos três atitudes
honrosas: praticar a justiça, amar com
m isericórdia e cam inhar com hum il­
dade (Mq 6.8). Essa é a vontade de
Deus, que precisa ser ob ed e cid a e
corresponde ao estilo de vida proposto
pelo Evangelho. Que Deus nos ajude
a cum pri-to enquanto aguardam os
esperançosam ente pelo grande Dia
da Volta do nosso Senhor Jesus.
1. Q u a l c o m is s ã o o p ro fe ta J o n a s
re ce b e u d e D e u s?
ANOTAÇÕES R: Jonas recebeu a comissão de Deus
para anunciar o julgamento de Nínive,
a principal cidade do Império Assírio.

2. A tra v é s d o e x e m p lo d e Jo n as, o
q u e p o d e m o s a p re n d e r so b re os
p lan o s d e D e u s?
R: Que os planos de Deus são sempre
os m e lh o res e, por isso, devem os
obedecer à sua ordem, m esm o que
isso signifique re n u n ciar às nossas
ambições pessoais.

3. Q u al o tem a central da profecia de


Jo n a s?
R: A mensagem central é a magnitude
da m isericó rd ia divina.

4. Q u al o tem a central da profecia d e


M iq ueias? ^
R: 0 ju ízo divino e a saLvação m es- ^
siânica.
+
5. O q u e M iqueias anu n ciou sob re o
surgim ento do M essias?
R: Ete anunciou que de Belém -Efrata
sairia o Senhor em Israel, cujas o ri-
gens são desde a eternidade (Mq 5.2).
NAUM E HABACUQUE
“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o
justo, pela sua fé, viverá,” (Habacuque 2.4).

N a 2.2, 3 O Senhor trará outra vez a excelência d e Jacó

* N a 2 ,13 O S e n h o r d o s Exércitos é contra a m a ld a d e

H c 1.13 O s olhos do Senhor são puros

* H c 2.3 A visão se cu m p rirá no tem po d eterm in ad o

V H c 2,14 A Terra s e en ch e rá do co n h ecim en to d o Sen ho r

V H c 3,18 A d esp eito d a s circu nstân cias, a le g re -s e no Sen ho r


ijd o m

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Naum 1.2-6 Habacuque 1.2-5
2 O SENHOR é um Deus zeloso e que 2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, etu
toma vingança; o SENHOR toma vin­ não me escutarás? Gritarei: Violência!
gança e é cheio de furor; o SENHOR E não salvarás?
toma vingança contra os seus adver­ 3 Por que razão me fazes ver a iniquidade
sários e guarda a ira contra os seus e ver a vexação? Porque a destruição
inimigos. e a violência estão diante de mim; há
3 O SENHOR é tardio em irar-se, mas também quem suscite a contenda e
grande em força e ao culpado não tem o litígio.
por inocente; o SENHOR tem o seu 4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a
caminho na tormenta e na tempestade, sentença nunca sai; porque o ímpio
e as nuvens são o pó dos seus pés. cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
4 Ele repreende o mar, e o faz secar, 5 Vede entre as nações, e olhai, e mara-
e esgota todos os rios; desfalecem vilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo,
Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se em vossos dias, uma obra, que vós não
murcha. crereis, quando vos for contada.
5 Os montes tremem perante ele, e Habacuque 3.17,18
os outeiros se derretem; e a terra se 17 Porquanto, ainda que a figueira não
levanta na sua presença, sim, o mundo floresça, nem haja fruto na vide; o
e todos os que nele habitam. produto da oliveira minta, e os campos
6 Quem parará diante do seu furor? E não produzam mantimento; as ovelhas
quem subsistirá diante do ardor da sua da malhada sejam arrebatadas, e nos
ira? A sua cólera se derramou como currais não haja vacas,
um fogo, e as rochas foram por ele 18 todavia, eu me alegrarei no SENHOR,
derribadas. exultarei no Deus da minha salvação.

Cl b :l . íffe.
ü i .............. • a V

• • ® C O N EC TAD O COM DEUS • • •


Muitas vezes, parece que a maldade prevalecerá sem punição e que os justos
não provarão da bondade do Senhor neste mundo, que jaz no Maligno. 0 profeta
Naum, contudo, mostra que não, pois Deus reservou um juízo sobre as injustiças
praticadas petos homens. Precisamos confiar, mesmo quando não compreende­
mos o modo de Deus agir, sem questionarmos por que Ele permite que certas
coisas aconteçam. Habacuque viveu essa experiência ao ver os babilônios serem
instrumentos de Deus para castigar o seu povo. A verdade é que os caminhos do
Senhor não são como os nossos, e os seus pensamentos são mais altos do que os
nossos pensamentos. Ao final, Ele tem uma resposta de paz para nossas orações.
OBJETIVOS
RESSALTAR a profecia de Naum , que
anunciava a queda da cidade de Ninive;
APONTAR as razões da destruição de
Ninive;
DESTACAR a fé inabalável, presente no
clam or de Habacuque.

ANTES DA AULA
Prezado(a) professor(a), a liç ã o d e sta se m a n a ap re se n ta a m e n sa g e m
anunciada pelo s profetas N aum e H abacuque. N aum anunciou o ju izo divino
sobre Ninive, cidade assíria que havia com etido vários pecados, m as encontrou
m isericórdia ao se arrep en d er diante da m en sag em anu n ciad a pelo profeta
Jonas, Já as g eraçõ es seguintes não valorizaram tal ch an ce e tornaram a pra­
ticar as m esm as m aldades. Por isso, D eus trouxe o ju ízo sobre a ím pia cidade,
O profeta Habacuque tam bém clam ou a Deus porque a injustiça continuava
a ser praticada e a im p unid ad e prevalecia, Q uando ob servam os a so cied ad e
atual, podem os ter a m esm a sen sação que e sse s profetas tiveram no passado
e clam arm os: “Até quando, Senhor?"
Explique ao s se u s alu n o s que D eus reservou um dia para ju lg a r toda m al­
d a d e praticada sobre a Terra, A Bíblia en sina que todos terão d e co m p arecer
perante o “tribunal de Cristo" (2 Co 5.10). Portanto, p recisam os vigiar, pois D eus
não se deixa e sca rn e c e r (Gl 6,7). Pe rseverem o s então em oração, com o fez
H abacuque; “Aviva, ó Senhor, a tua obra no m eio d os an o s” (Hc 3.2).
D eus a b e n ço e você e, por m eio da sua aula, tam bém a ca d a aluno!

fe . 1, A PRO FECIA DE NAUM ojuízo divino. Ninive, a orgulhosa cidade,


1.1. A destruição iminente de Ninive seria completamente destruída por Deus.
A profecia de Naum vai de encontro a N aum m enciona os leões, sím bolo
um povo que antes havia sido poupado d os assírios: “O n d e está, agora, o co vil
po r D eu s, d e v id o ao s e u a rre p e n d i­ d o s leões?" (Na 2,11). T ra ta -se d e um a
mento, conform e relata Jo n as em seu pergunta retórica do profeta ao anunciar
livro. Todavia, a s g e ra ç õ e s se g u in te s a destruição com pleta d e Ninive, tendo
não abandonaram a cru eld ad e. Assim , a batalha estendida até os seu s muros.
o m esm o povo q u e outrora havia sido Com ojuízo divino sobre Ninive, Judá ex­
instrumento de Deus para castigar Israel, perimentaria um breve respiro antes que
levando-o cativo, agora experim entaria viesse o castigo por meio dos babilônios.

70 IUVENIS
1.2. A voz do Senhor
Diante das m aldades praticadas por <r -» INTERAÇÃO
Nínive, o Senhor se pronuncia: “Eis que
eu estou contra ti, diz o S E N H O R dos O sentim ento d e Habacuque,
Exércitos" (2.13), E sse relato revela que diante da impunidade que ele con­
o Sen ho r D eus se vinga d a s m aLdades templava em seus dias, é o mesmo
praticadas p elo s reinos iníquos q u e se que sentimos hoje, ao nos deparar
a ch a m in ven cíveis e onipotentes. com tantas injustiças. Converse com
O S e n h o r viu a s m a ld a d e s e o or­
seus alunos e pergunte qual a sensa­
g u lh o d o s a ssírio s co ntra a s n açõ e s,
ção que eles têm diante dessa triste
inclusive, contra Israel, Embora o profeta
realidade. A situação vai m udar? A
tenha dito no início q u e “o S E N H O R é
bom, um a fortaleza no dia da angústia, sociedade vai melhorar? Podemos
e c o n h e c e o s q u e co nfiam nEle" (1.7), esperar dias melhores? Frise que não
Ele tam bém é um fogo consum idor que vivemos por vista, e sim por fé. Logo,
exerce ju s tiç a contra os q u e praticam a nossa esperança deve estar firme
a m a ld a d e (Na 2.13: 3.5, 6). O tratado em Cristo haja o que houver. Por isso,
d e D eus com os povos nos ensina que embora o mundo vá de m al a pior,
não co m p e n sa u m a vida d e p ecad o s, perm anecerem os fiéis ao Senhor,
se p a ra d a d e D eus. O S e n h o r é ju sto e
dizendo: ‘ainda que a figueira não
não se deixa escarnecer, Tudo o q ue o
floresça, nos currais não haja vaca,
hom em sem ear, isso tam b ém co lherá
o produto da oliveira minta e a vide
(GI6.7).
2.0 PER IGO IM IN EN TE DA Q U ED A não dê mantimento, podemos nos
2.1. Razões da queda de Nínive alegrar e exultar no Deus da nossa
Há m uitas razões para a q u e d a de salvação' (Hc 3.17,18).
Nínive. A co m eçar por esta ser a cidade
q u e era o ce n tro d o p o d e r e re g im e OOO
b ru tal d a A ssíria — o povo q u e havia
d e stro çad o n açõ es, inclu sive, levad o
cativo o Reino do Norte. O d e ta lh e é 2.2. A ju sta recom pensa da parte
q u e, en q u a n to Jo n a s h avia p re g a d o de Deus
a m e n s a g e m d e s a lv a ç ã o para u m a Assim com o não conhecem os 0 nível
cid ad e ímpia que parece ter recebido a de arrependimento do coração humano,
repreensão, Naum traz uma m ensagem tam b ém não co n h e ce m o s o seu nível
d e punição e julgam ento. A m b os reve­ d e m aldade. É D eu s q u em sonda tan­
lam, respectivam ente, a m isericórdia e to um quanto o outro (Pv 21.2). Ele é o
a severidade de D eus (Rm 11.22), Nínive único ca p az d e ju lg a r co m ju stiça . De
seria punida p e lo s se u s m uitos p e c a ­ fato, N ínive foi destruída e nunca m ais
dos, com o, por exem plo, a cru e ld a d e reedificada depois da sua queda em 612
notória e co n h e cid a por outros povos, a.C. Ajusta recompensa da parte de Deus
b em co m o p elo apro fun d am e nto d e ensina que, quan d o o p e cad o a lca n ça
suas práticas d e feitiçarias, im oralidade determ inado nível na socied ad e, D eus
se x u a l e m a lícia (3.1-6; 3.19). envergonha o povo, derrubando todos

JUVENIS 71
os meios de continuação da maldade. 3.3. A fé inab alável de H abacuque
O salmista declara que “o SENHOR A oração final do profeta é por re­
conhece o caminho dosjustos; mas o novação. Ele suplica que as obras de
caminho dos ímpios perecerá”(Sli.6). Deus fiquem evidentes e que todos
vejam a sua glória (3.2). Na mesma
3. A PROFECIA DE HABACUQUE oração, ele pede por misericórdia
3.1. O clam or do profeta para que ajustiça de Deus restaure a
Oprofeta Habacuque levantou um nação. Habacuque afirma que, ainda
clamor a Deus ao contemplar uma so­ quando a invasão babilônica trouxesse
ciedade injusta e pecaminosa, na qual a devastação, sem que nada restasse,
“a lei se afrouxa, e a sentença nunca todavia, pela fé, ele se alegraria no
sai”(Hc 1,3,4). Oprofeta então suplicou Senhor (3.17,18). Não podemos perfera
ajustiça divina, porém, inicialmente, confiança naquele que tem o domínio
não conseguiu encontrar respostas. sobre todas as coisas. ©
Quando oSenhor respondeu, o profeta
ficou estarrecido, pois Ele enviaria os
babilônios, nação mais injusta e cruel <
para castigar os filhos de Judá (1.6-11),
No entanto, ojuízo divino viria sobre r n \ CONHEÇA OS
toda a iniquidade no momentocerto. O V 0 / SEUS ALUNOS
livro de Habacuque nos leva a refletir
que Deus cuida do seu povo, enquanto Nesta oportunidade, converse
este enfrenta a oposição deste mundo. comseus alunos sobreafasequeeles
Não podemos perder a fé, nem deixar estãovivendo; às portas dovestibular,
de sermos firmes e constantes na obra universidade e, sobretudo, da vida
do Senhor (1 Co 15.58). adulta. Destaque que as injustiças
3.2. O conflito e o triunfo da fé pelas quais poderão passar, a partir
Oconflitodo profeta por nãoenten­ deagora, nãopodemlimitarafédeles
der os caminhos de Deus é sanado pela no Deus Todo-poderoso,
seguinte resposta: “Então, o SENHOR
me respondeu e disse: Escreve a visão Enfatizeque oSenhor ouveocla­
e torna-a bem legível sobre tábuas, mor de seus servos, que a exemplo
para que a possa ler o que correndo de Cristo, devem ter sede e fome de
passa. Porque a visão é ainda para o justiça(Mt5.6). Emboracercadodeim­
tempo determinado, e atéao fimfalará, punidade, oclamor deHabacuque nos
e não mentirá; se tardar, espera-o, por­ mostra uma postura de fé inabalável.
que certamente virá, não tardará”(Hc Assimcomoprecisamosfazer, oprofeta
2.2,3). Tudo oque Deus fala se cumpre; não se conformou com este mundo,
nenhuma das suas palavras faltarão (Js mas transformou-se pela renovação
2145; Mt 24.35). Independentemente da doseu entendimento (Rm12.12).
soberba do ímpio, enquanto ajustiça
de Deus não se cumpre, a posição do ►
fiel deve ser de fé (Hc 2.4).

72 JUVENIS
SUBSÍDIO 1
"Enquanto a maioria dos livros pro­ ciada por ele diz respfeito a destruição
féticos do Antigo Testamento prediz o de Nínive.
juízo de Deus contra Israel e Judá, em Naum profetizou por volta de 620
Naum a profecia é dirigida contra Nínive, a.C., mais ou menos a mesma época de
a capital e representante da nação da Habacuque Sofonias e a primeira parte
Assíria. Com o a Assíria era uma nação do ministério de Jeremias.
am pla conhecida, especialm ente pela O livro de Naum ofereceu respostas
sua crueldade na guerra, o profeta se às perguntas do povo de Deus: 'Deus nos
lan ça na sua d en ú ncia contra Nínive abandonou? Por que os assírios estão
com entusiasmo e um tom provocador. prosperando? As promessas de Deus são
O que Naum profere contra Nínive é a promessas vazias? Naum afirma que Deus
m ensagem de Deus a todas as nações pode ser tardio em irar-se, mas ao culpado
perversas. não toma por inocente’ (13). Além disso,
Naum quer dizer ‘consolo’ ou 'con­ Deus é ‘uma fortaleza no dia da angústia'
solação’ (de Deus). Isso dá o que pensar, (1.7)" (Profetas Menores, Livro de Estudo.
uma vez que toda a m ensagem anun­ Rio de Janeiro: CPAD. 2016, p. 145).

“Habacuque profetizou, assim como nios: 1.12-17) tenha su ce sso ? O Senhor


Jeremias, Ezequiele Sofonias, durante o re sp o n d e q u e os ím p ios re ce b e rão
período turbulento que viu a ascensão o q u e lh e s é d evido, m as E le usará
dos babilônios e a destruição final de os babilônios para ju lg a r o seu povo,
Jerusalém. Com o eles, Habacuque era À luz d e ssa verdade, o Sen ho r diz a
um sinal de alerta de que o julgam ento H a b a c u q u e (e através d e le a todos
estava chegando. Por outro lado, ele é os leitores) q ue 'o justo, p ela su a fé,
diferente d esses outros profetas, pois viverá' (2.4. cf. Gn 15.6), a ssim com o
a su a p re o cu p a ção in icia l é co m o o Abraão viveu. D eus ju lg a rá a q u ele s a
Senhor está executando o julgam ento: q uem Ele usa para punir o seu povo
por meio de um povo aparentem ente (2.6-20). A s e ç ã o fin al (cap. 3) é um
mais perverso do que aqueles que estão m a g n ífic o e, ta lve z, a n tig o retrato
sendo punidos. p o é tico d e D e u s, o g u e rre iro , q u e
O livro co m e ça com os lam entos H ab acuq u e inclui na sua obra. Dessa
do profeta e as respostas do Senhor. forma, o profeta registra a sua própria
O s lam e n to s do profeta e x p ressam aceitação dos cam inhos d e Deus no
questões sobre a ju stiça divina. Com o mundo" (LONGM AN III, Trem per (Ed).
D eu s p o de p erm itir que a m a ld a d e Dicionário Bíblico Baker, Rio de Janeiro:
interna (Hc 1.2-4) e externa (os babilô­ CPAD, 2023, p. 232).

JUVENIS 73
PARA CONCLUIR
A pesar das lutas e desafios, D eus tem sem pre um cam inho de b ênçãos e
vitórias para o seu povo. Tudo o que precisam os fazer é andar em retidão, não
esm orecer na fé ou desacreditar que Deus fará ju stiça aos seus escolhidos. Afi­
nal, a Palavra de Deus sem pre se cumpre. Os pecados da m aldosa Nínive foram
ju lg ad o s e o juízo anunciado por Habacuque veio sobre a Babilônia. Da m esm a
maneira, o Israel d e D eus terá a sua glória restaurada no tem po determ inado
porque o Senhor nunca falha em cum prir o que promete.

ANOTAÇÕES

1. Através da destruição de Nínive, pro­


fetizada por Naum , o q u e o tratado
d e D eus co m os povos nos en sina?
R: Nos ensina que não compensa uma
vida de pecados, separada de Deus.

2. O q u e a s m e n s a g e n s d e Jo n a s e
N aum revelam , resp ectivam en te?
R: Ambas revelam, respectivamente, a
m isericórdia e a severidade de Deus.

3. O q u e o livro d e H a b a c u q u e nos
leva a refletir?
R: Que Deus cuida do seu povo, en­
q u an to este e n fre n ta a op o sição
deste mundo. Não podemos perder
a fé, nem deixar de serm os firm es e
constantes na obra do Senhor.

4. Segundo Habacuque, qual deve ser


a posição do fiel, enquanto a ju stiça
d e D eus não se cu m p re ? ►
R: A posição do fiel deve ser de fé (Hc 2.4).

5 . Q ual foi a súplica d e Habacuque em +


sua oração final?
R: Ele suplica que as obras de Deus +
fiquem evidentes, que todos vejam
a sua glória (Hc 3.2). +
SOFONIAS E ACEU
“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos
Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos." (Ageu 2.9).

r Sf 2.10,11 * D e u s abaterá a so b e rb a d a s n açõ es

¥ Sf 3-9 ★ O Senhor dará lábios puros aos povos

* Sf 3.11,12 ★ O re m an esce n te será h u m ild e e fiel

V Ag 1.5 * A p lica i o v o sso co ra çã o a o s vo sso s ca m in h o s

V Ag 2.9 ★ A glória d a últim a c a sa será m aior

V Ag 2.21 ★ O Sen ho r fará trem er o cé u e a terra


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Sofonias 2.1-3 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos:
1 Congrega-te, sim, congrega-te, ó nação Aplicai o vosso coração aos vossos
que não tens desejo, caminhos.
2 antes que saia o decreto, e o dia passe 8 Subi 0 monte, e trazei madeira, e edificai
como a palha; antes que venha sobre a casa; e dela me agradarei e eu serei
vós a ira do SENHOR; sim, antes que glorificado, diz o SENHOR.
venha sobre vós o dia da ira do SENHOR. Ageu 2.6-9
3 Buscai o SENHOR, vós todos os mansos 6 Porque assim diz o SENHOR dos Exér­
da terra, que pondes por obra o seu citos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e
juízo; buscai ajustiça, buscai a mansidão; farei tremer os céus, e a terra, e o mar,
porventura sereis escondidos no dia da e a terra seca;
ira do SENHOR.
7 e farei tremer todas as nações, e virá o
Ageu 1.5-8;
Desejado de todas as nações, e encherei
5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos esta casa de glória, diz o SENHOR dos
Exércitos; Aplicai o vosso coração aos Exércitos.
vossos caminhos.
8 Minha é a prata, e meu é o ouro, disse
6 Sem eais muito e recolheis pouco; o SENHOR dos Exércitos,
comeis, mas não vos fartais; bebeis,
mas não vos saciais; vestis-vos, mas 9 A glória desta última casa será maior do
ninguém se aquece; e o que recebe que a da primeira, diz o SENHOR dos
salário recebe salário num saquitel Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz
furado. o SENHOR dos Exércitos,

. ''A j

HP

• • @ CO N ECTA D O COM DEUS •••


A Palavra de Deus é de im portância vital para que haja avivamento espiri­
tual. Negligenciá-la é prejudicial à comunhão com Deus. Os profetas Sofonias
e Ageu são reflexos de que uma mensagem profética pode provocar mudanças
significativas em um a geração. Sofonias foi fundam ental para que 0 aviva­
mento viesse sobre Jerusalém nos dias de Josias antes do cativeiro babilônico.
Aproximadamente um século depois, Ageu foi um a voz im portante para que
os judeus se dispusessem a reedificar o Templo em Jerusalém após 0 retorno
do Cativeiro. A Palavra de Deus continua viva e eficaz! Ele pode usar você para
propagá-la hoje e trazer um novo avivam ento espiritual para essa geração.
OBJETIVOS
APRESENTAR a m en sag em de alerta
anunciada por Sofonias, a respeito do
Dia do Senhor;
RESSALTAR a m e n sa g e m d e A geu ,
quanto a n ecessidad e d e esco lh er as
prioridades certas;

EXPLICAR que a manifestação da glória


de Deus é consequência da santidade.

ANTES DA AULA
Olá, amigo(a) professor(a)! Nesta lição, seus alunos aprenderão que a obser­
vância da Palavra de Deus é fundam ental para que haja o avivam ento espiritual
em qualquer geração.
O avivam ento que ocorreu nos dias d e Josias foi diretam ente influenciado
pela redescoberta da Lei do Senhor, que estava perdida. O rei quebrantou-se
diante d e sua leitura e conclam ou o povo a voltar-se para sua prática. Tal m u­
dança transform ou a situ ação de Judá, pelo m enos por um tem po, antes da
ch eg a d a do ju izo divino por m eio do cativeiro babilônico. A pós o retorno do
povo, a m ensagem anunciada por A geu teve a m esm a finalidade, pois havia a
n ecessidade de a nação voltar tam bém ao com prom isso com a Lei do Senhor.
A partir dessa reflexão, enfatize aos se u s alunos a im portância de, não só c o ­
nhecerm os, com o tam bém de praticarm os a Palavra de Deus.
Especialm ente durante a juventude, tem os m uitos sonhos e planos para o
futuro. Frise, no entanto, q ue só é p o ssivel prosperar, d e fato, quando tem os
o Sen ho r co m o p rio rid ad e m áxim a em n o ssa s vidas. Esta é um a p rom essa
anunciada pelo Senhor Jesus: “buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça,
e todas estas co isas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33).
Deus honra aqueles que o honram e o servem em espírito e em verdade!

1. A P R O F E C IA DE S O F O - acesso contínuo ao palácio. O tem a


NIAS c e n tr a l d e s u a m e n s a g e m é
1.1. Tema central da profe­ o “Dia do Senhor". A m aioria
cia de Sofonias d e su as profecias anunciava
O profeta S o fo n ia s era que Deus traria juízo sobre os
tataran eto d o rei Ezeq u ias. p ecad o s d e Jerusalém . Essa
E le profetizou durante o rei­ m e n s a g e m foi fu n d a m e n ta l
nado d e Jo sia s (6 39 -6 0 9 a.C. para que os ju d eu s se voltassem
C o m o p are n te d o rei, e le tinha para D eu s e o rei Jo sia s iniciasse

JUVENIS 77
Palavra d e Deus, e o Dia do ju ízo sobre
a nação foi inevitável.
1.2. O alerto de Deus
Inicie a interação com os alunos S o fo n ia s é o profeta q u e u sa d e
perguntando quem já leu a Bíblia m aneira m ais enfática a expressão “Dia
inteira e quantas vezes. Enfatize que do Senhor”. Ao longo do livro, um a série
a leitura bíblica pode ser mais bem d e alertas é direcionado não a p e n as a
aproveitada, seguindo uma ordem Ju d á , co m o ta m b é m a ou tro s povos
sistemática. Portanto, a fim de m o­ acerca do Dia em que o Senhor juLgaria
tivá-los, em um cartaz ou m esm o as m aldades com etidas por eles. Dentre
no quadro, organize o passo a passo e s s e s povos, estão: os filisteus (Sf 2,5-
para que seus alunos aprendam a 7); os am onitas e m oabitas (2.8-11): os
estudar a Bíblia: e tío p e s (2.12); o s a ssírio s (2.13-15); e a
1. Leitura geral: conhecim ento ini­ própria Je ru sa lé m (3.1-7)- E sse s povos
cia l do texto bíblico selecionado; sofreriam d e stru içõ e s e in vasõ es por
2. A n á lise : d e sta c a r v e r s íc u lo s - causa da idolatria e rebeldia contra Deus.
-c h a v e s que trazem a ideia c e n ­ Je ru sa lé m , inclu sive, seria d evastad a
tral do cap ítu lo e sele cio n a r pa­ p e lo s bab ilônios. Porém , o re m a n e s­
lavras-ch av e s d e sse s versículos; cente hum ilde seria restaurado (3.12,13).
3. C o rre la çã o : o b serva r o q u e a O Sen ho r elim in aria os s e u s inim igos,
própria Bíblia ou outros comentários d e v o lv e n d o -lh e s a aleg ria (3.14,15)- E,
bíblicos discorrem sobre o assunto: assim, conforme prometido, Deus trouxe
4. Interpretação: a partir d a s in ­ de volta os cativos, dando-lhes um novo
form ações levantadas, observar nom e entre os povos da terra (3.20).
o que o texto enuncia para o p ú ­ 2. A P R O F E C IA DE A G EU
blico da ép o ca em q ue foi e s c ri­ 2.1, Tema centrai da profecia deAgeu
to, se m p re co n sid e ra n d o as in ­ A geu foi um d os prim eiros profetas
form ações de contexto histórico, q u e voltaram do Cativeiro, Ele exortou
cultural e literário de cada época; os ju d e u s que voltaram do exílio a esco­
5. Aplicação: com base nas informa­ lherem as prioridades certas. Muitos se
ções apuradas, verificar de que forma p reocupavam apenas co m as próprias
o leitor pode se ver na realidade do necessidades. Enquanto isso, a C asa de
texto e extrair lições para suas vidas. Deus, que se encontrava em Jerusalém ,
continuava em ruínas (Ag 1.1-9). Por essa
razão, 0 tema central do livro de Ageu é
OOO a reedifícação do Templo. Não é errado
b u sca r m elho rar a própria vid a e a d e
reform as m uito n e ce ssá ria s em Judá. su a fam ília. O p rob lem a está em fazer
Foi n e sse tem po q u e a Lei do Senhor isso em detrim ento d a área espiritual,
foi encontrada, a idolatria banida, e o colocando 0 Senhor em segundo lugar.
culto ao Senhor restaurado (2 Rs 22-23), Tal negligên cia foi a ca u sa da ausência
Infelizmente, as gerações seguintes não d e p ro sp e rid ad e m aterial e esp iritu al
perm aneceram com prom etidas com a do povo p ó s-e x ila d o (Ag 1.10,11).

78 JUVENIS
O Senhor deveria ser priorizado. A s­
sim, o céu não se fecharia, e a terra não
secaria, pois a b ên ção d e D e u s estaria
sobre a nação. O principio p erm an ece
o m esm o. O Senhor e as co isas eternas
precisam ser prioridade. Buscar o Reino
de Deus e a sua justiça em primeiro Lugar
co ntinua sen d o a b ase para u m a vida
espiritual e m aterial próspera (Mt 6.33).
2.2. A resposta do povo
A e x o rta çã o d o S e n h o r por m eio
d e A g e u surtiu efeito, pois o s ju d e u s
com eçaram im ediatam ente a reedifica-
ção do Tem plo (1.12-15). D eus levantou
a Z o ro b a b e l, q u e e ra o g o v e rn a d o r a D eu s, ce rta m e n te será re ce b id o e
d e Ju d á n aq u ela ocasião, e a Jo su é, o h o n rad o por Ele. N a q u e le tem po , os
su m o -sa ce rd o te , a ssim co m o a todo ju d e u s não en ten d eram , m a s a m aior
o povo para trab alh arem na C a s a do glória esp erad a era a própria presença
Sen ho r d o s Exércitos, e assim foi feito do Senhor Je sus adentrando no Tem plo
(1.14). A resposta do povo à m en sag em (2.9,15). Da m esm a forma, hoje, a maior
d e A g e u e a resposta de D e u s à m u ­ glória q u e p o d e m o s exp erim entar é a
d a n ç a do povo sã o pro vas c la ra s d e p re se n ça do Espírito Santo em nós (1
q u e o S e n h o r h o n ra o s s e u s s e rv o s C o 6.19).
q u a n d o e ste s d e c id e m h o n rá -lo em 3.2. A cham ada à santidade e uma
prim eiro lugar. prom essa profética
3. P R E C IO S A S M E N S A G E N S A se g u n d a m e n sa g e m a n u n ciad a
3.1. A prom essa de m aior glória p elo profeta A g e u d iz respeito à sa n ­
A prim eira m e n sa g e m a n u n cia d a tid a d e (Ag 2 .10 -19 ). O s a n o s q u e s e
por A g e u dizia respeito à glória divina p a s s a ra m na B a b ilô n ia d e ix a ra m os
so b re o s e g u n d o Te m p lo , q u e se ria ju d e u s in s e n s ív e is no to ca n te à vid a
m a io r d o q u e foi a d o p rim e iro (2.9). relig io sa. E le s p re cisa v a m re le m b ra r
Para m u itosju deu s que tiveram co nhe­ os p receito s d a Lei q u e d e ve riam ser
cim ento sobre o esplendor do primeiro c u m p rid o s p e lo povo e s e u s líd eres,
Tem plo, o últim o parecia estar aquém . sobretudo, por a q u e le s q u e m inistra­
Entretanto, 0 Senhor os encorajou, pois vam no Te m p lo (Cf. Nm 19 .11-22). N ão
não era a aparência que importava. Ele a d ia n ta v a a p e n a s re e d ific a r a C a s a
m esm o seria o provedor d os recu rsos d e D e u s s e o s s e u s m in is t r o s n ão
para a c o n c lu s ã o d a obra. E s s e fato p re zasse m p e la santificação e temor.
v iv e n c ia d o p e lo s ju d e u s nos ad ve rte A c h a m a d a d e A g e u à s a n t ific a ç ã o
d e q u e não p o d e m o s co n s id e ra r d e vinha a co m p a n h a d a da p ro m essa d e
pouca im portância os nossos esforços b ên ção s, pois, a partir d a q u e le dia, o
na obra d e D eu s. S e o q u e fa z e m o s S e n h o r se co m p ro m e te u a a b e n ço a r
tem a in ten ção g e n u ín a d e g lo rifica r o povo d e m aneira e sp e cia l. ©

JUVENIS 79
SUBSÍDIO
“A c o n s e lh a m e n to aos jo v e n s .
Aconselhar é guiar uma pessoa em
m eio aos se u s p ro b le m as para q ue
obtenha um m elhor entendim ento do
seu potencial. Aqui, estam os falando
a respeito de ajudar pessoas com uns
com p rob lem as com uns. A intenção
não é o aconselham ento p sicológico
nem terapêutico.
Há vários tipos de recom endações
a e sp e cia lista s em aconselham ento.
<
A a u to rre c o m e n d a ç ã o é q u a n d o a
própria pessoa procura o serviço de
CONHEÇAOS um conselheiro. A recom endação do
SEUSALUNOS professor é quando a pessoa é envia­

Am igo(a) professor(a), a persp e cti­


da ao co n se lh eiro por a lg u m a outra

va d e fé esb oça d a no livro do profeta pessoa na igreja, com o o professor da

A geu nos ensina q u e devem os pensar Escola Dom inical. Um terceiro tipo de
c o tid ia n a m e n te quais são as nossas recomendação é quando o conselheiro
p rio rid a d e s. E n q u a n to e stã o na fase vê a pessoa em dificuldades e a cham a
da ju v e n tu d e , se u s a lu n o s p recisam para o aconselham ento.
c o n te r a a n s ie d a d e e c o m p re e n d e r [...] Há diversos fundam entos para
q u e é te m p o d e in v e stir suas e n e r­ o bom aconselham ento, que devem
g ia s b u s c a n d o a p re s e n ç a d e D eus, se r s e g u id o s : i. A p e sso a d e v e se r
s e rvin d o na sua Casa e o b e d e c e n d o inform ada de que o co nselheiro não
a o s se u s m and am e nto s. co n h e ce todas as resp ostas para os
Frise a o s se u s a lu n o s q u e a d e ­ seus problemas, m as que examinará a
c a d ê n cia e sp iritu a l d o p o v o d e Ju d á Palavra de Deus para encontrar as so­
se d e via a o fato d e q u e a c o m u n h ã o luções: 2, A pessoa deve ser informada
c o m D e u s e o s e rv iç o em sua o b ra de que ela e o conselheiro trabalharão
eram n e g lig e n c ia d o s . E x p liq u e q u e juntos para solucionar o problem a; 3.
ta m b é m p r e c is a m o s n o s d e d ic a r
A pessoa deve ser inform ada de que
a o s e s tu d o s , a p ro fissã o , a o lazer...
q u alq u e r pessoa q ue esteja lutando
Entretanto, e sse s a sp e cto s precisam
para viver por Cristo terá problemas, por
ser a com p anhad os d e uma vida, cuja
causa da carne, do Diabo e do poder
p rio rid a d e é o S en hor e à ob e d iê n cia
do m undo contra ele" (TOW NS, Elm er
a sua Palavra.
L. E n c ic lo p é d ia d a E s c o la D o m in ica l,
Rio d e Janeiro: CPAD, 2017, pp, 15,16).

80 JUVENIS
PARA CONCLUIR
As palavras de Sofonias e de A geu enfatizam que D eus honra aq ueles que
têm com prom isso com a sua verdade e colocam o seu Reino em primeiro lugar.
Tanto o avivamento nos dias de Josias quanto nos dias de Ageu é resultante da
observância à Palavra Eterna. Que Deus avive a sua obra em nós, d e m odo que
a sua glória seja abundante e refletida em nossa maneira de viver; que por meio
do nosso testemunho, possam os alcançar novas alm as para o Reino de Deus!

ANOTAÇÕES

i. Q u al era o grau d e p aren tesco do


profeta Sofonias com o rei Ezequias?
R: 0 profeta Sofonias era tataraneto
do rei Ezequias.

2. Q u a l era a e x p re s s ã o m a is e n fá ­
tica u s a d a por S o fo n ia s em s u a s
p ro fe cias?
R: Sofo nias é o profeta que usa de
m aneira m ais enfática a expressão
“Dia do Senhor”.

3. Qual o tema central do livro de Ageu?


R: 0 tema central do livro de Ageu é
a reedificação do Templo.

4. Q ual foi a prom essa divina a respeito


do se g u n d o T e m p lo ?
R: D eus prom eteu que a g ló ria do
segundo Tem plo seria m aior do que
foi a do p rim e iro (Ag 2.9).

5. Após longos anos de cativeiro bab i- ►
lônico, o q ue os ju d e u s precisavam
rele m b rar? +
R: Eles precisavam relembrar os precei­
+
tos da Lei que deveríam ser cumpridos
pelo povo e seus líderes, sobretudo, por
+
aqueles que m inistravam no Templo.

O) @ ô
ZACARIAS E MALAQUIAS
"Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o impio; entre o
que serve a Deus e o que não o serve," IMaíaquias 318).

V Z c 2.5 O S e n h o r é um m uro d e fogo para se u povo

V Z c 4,6 Não por obrigação, m as peto Espírito Santo

V Z c 8.22, 23 M uitos virão a Je ru sa lé m para b u sca r a D eus

V M l 2.8, 9 Exortação aos sa ce rd o te s por se d esviare m

V M l 2 ,11 Ju d á foi d e s le a l ao Sen ho r

V Ml 3.10 A obediência para com os dízim os e as ofertas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Zacarias 1.16,1 7 12 Então, o SENHOR possuirá a Judá
16 Portanto, o SENHOR diz assim: Voltei- como sua porção na terra santa e
-me para Jerusalém com misericórdia; ainda escolherá a Jerusalém.
a minha casa nela será edificada, diz 13 C a le -s e , toda a carne, diante do
o SENHOR dos Exércitos, e o cordel SENHOR, porque ele despertou na
será estendido sobre Jerusalém, sua santa morada.
17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o Malaquias 1.7,10,11
SENHOR dos Exércitos: As minhas cida­ O fereceis sobre o meu altar pão
des ainda aumentarão e prosperarão; imundo e dizeis: Em que te havemos
porque o SENHOR ainda consolará a profanado? Nisto, que dizeis: A mesa
Sião e ainda escolherá a Jerusalém. do SENHOR é desprezível.
Zacarias 2.5,10-13
10 Quem há também entre vós que feche
5 E eu, diz o SENHOR, serei para ela um as portas e não acenda debalde o fogo
muro de fogo em redor e eu mesmo do meu altar? Eu não tenho prazer em
serei, no meio dela, a sua glória. vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem
10 0 Exulta e alegra-te, ó filha de Sião, aceitarei da vossa mão a oblação.
porque eis que venho e habitarei no 11 Mas, desde o nascente do sol até ao
meio de ti, diz o SENHOR. poente, será grande entre as nações
11 E, naquele dia, muitas nações se o meu nome; e, em todo lugar, se
ajuntarão ao SENHOR e serão o meu oferecerá ao meu nome incenso e
povo; e habitarei no meio de ti, e sa­ uma oblação pura; porque o meu
berás que o SENHOR dos Exércitos nome será grande entre as nações,
me enviou a ti. diz o SENHOR dos Exércitos.
m nnm m m aeaon aB a& sim m ztm m Ttram ÊtB & B afiCJiaiiaoaaEaarraaaoriiii

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• ® CONECTADO COM DEUS ••
As mensagens anunciadas por Z acarias e M alaquias aos judeus que re­
tornaram do exílio na Babilônia ressaltam a im portância de um compromisso
sincero com a vida espiritual. Deus não quer que sejamos crentes nom inais,
pessoas com aparência de servos do Altíssim o, mas vivendo uma vida oposta
aos valores e princípios dEle. Na aula desta semana, veremos que 0 retom o à
Terra Prometida foi marcado por altos e baixos. E, devido à falta de com pro­
misso do povo com a Lei de Deus, ele sofreu terríveis consequências. Que 0 seu
coração seja vigilante e aprenda com este exemplo, a fim de não precisar sofrer
para compreender que os mandamentos do Senhor visam 0 seu próprio bem.

-I-
OBJETIVOS
DESTACAR a im portância da re co n s­
trução do Tem plo na vida espiritual de
Israel;
ELENCAR as visões de Deus reveladas
a Zacarias;
APONTAR que as nossas práticas e s ­
pirituais expressam o nosso n ível de
com prom isso com o Reino de Deus.

ANTES DA AULA
Amigo(a) professor(a), se u s alunos já são m aduros o suficiente para co m ­
preen d er q u e um a vid a d e p e ca d o s co m p ro m ete a co m u n h ão co m Deus.
É p o ssív e l encontrar, entre os ju ve n is, a q u e le s q ue frequentam a igreja, até
fazem parte d e su as ativ id ad e s e m inistérios, porém , tam b ém flertam com
a s p rá tic a s m u n d a n as. A in d a não s e d e c id ira m por se rv ir ao S e n h o r com
integridade.
O s ju d e u s q u e voltaram do cativeiro não co m p re e n d e ra m d e im ediato
que a su a restauração, a ssim co m o d e toda a nação, só seria p o ssív e l se, de
fato, e le s p a ssa sse m a serv ir a D eu s d e todo o co ração , p rio riza n d o -o em
todos os se u s cam inhos. O m esm o ocorre em n o ssa s vidas.
Portanto, por m eio d esta lição, co m p artilhe e ssa reflexão co m se u s a lu ­
nos, en fatizan do a im p ortância d e serv ir a D eu s co m inteireza d e coração:
"Confia no S e n h o r de todo o teu co ra çã o , e não te e strib e s no teu próprio
entendim ento. R e c o n h e c e -o em todos os te us cam inh o s, e e le endireitará
as tuas veredas" (Pv 3.5, 6).

1. A P R O FEC IA DE ZA CA R IA S No tocante à profecia, enquanto Ageu foi


1.1. A conclusão do Templo m ais prático sobre as etapas para a re­
O profeta Zacarias é contemporâneo construção do Templo, Zacarias exerceu
d e A geu. A m b o s são m e n cio n ad o s um pap el m ais espiritual, anunciando
co m o os profetas q u e estim ula­ u m a m e n s a g e m a p o c a líp tic a
DEUS
ram a Zorobabel, governador; TINHA UMA RE­ k sob re o futuro d e Jeru salém .
a Jo su é, o su m o sacerdote; NOVAÇÃO ESPECIAL 1 D e u s tin h a u m a re n o v ação
e a todo o povo d e Ju d á a PARA 0 SEU POVO, especial para o seu povo, m as
iniciarem a reconstrução do MAS ELA PRECISAVA ela precisava ser permanente.
SER PERMANEN­
T e m p lo . A histó ria m ostrou N e sse sentido, o ponto inicial
TE.
q u e o e n co ra ja m en to d e s s e s era a concLusão da obra de re­
profetas surtiu o efeito esperado. construção do Templo.

84 JUVENIS
1.2. /4s prom essas m essiânicas
Enquanto a primeira parte do Livro de -> INTERAÇÃO
Zacarias apresenta a reconstrução não
apenas material, m as tam bém espiritual Professor(a), inicie a lição per­
do povo escolhido (Zc 1 —8), a segunda guntando aos seus alunos: por que
parte destaca as prom essas m essiânicas
é tão importante frequentarmos a
e os acontecim entos finais antes q ue o
C asa de Deus?
Senhor reine sobre toda a Terra (9—14).
Há cada vez m ais grupos que
Muitas profecias sobre o M essias estão
se dizem e v a n g é lico s, m as não
presentes no Livro de Zacarias: a) A entrada
triunfal d e Jesus em Jerusalém (9.9): b) O congregam numa igreja, alegando
preço da traição de Cristo: trinta m oedas que as instituições estão falidas e
d e prata (11,12); c) O reconhecim ento do não têm mais nada a oferecer, Esse
U nigênito d e D eu s co m o M essias e o pensam ento é uma artimanha de
derram am ento do Espírito (12,10); d) Je ­ Satanás, visan d o afastar crentes
sus, a fonte de águas vivas q ue purifica da preciosa com unhão com Deus
os pecados (13.1); e) O Pastor será ferido, e com os seus irmãos.
ou seja, Jesus seria crucificado, e as suas R e ssa lte q u e a Igreja é um a
ovelhas se espalhariam (13.7); f) O Senhor
grande fam ília espiritual. Mais do
será Rei sobre toda a Terra (149). Algum as
q u e isso, é um único C orp o, do
dessas profecias já se cumpriram, com o
qual o cabeça é Cristo (Rm 12.5; C l
vem os nos Evangelhos; outras ainda vão
1.18), Ela não é perfeita, assim como
se cum prir quando Je su s voltar.
2. AS VISÕES DE DEUS REVELADAS cada um de nós também não é. Por
A ZACARIAS isso mesmo, através da comunhão,
Durante a reconstrução do Templo, somos aperfeiçoados por Cristo até
Deus revelou a Zacarias importantes visões: que Ele volte! Portanto, não d eve­
2.1. Uma síntese de cad a visão: mos deixar de congregar (Hb 10,25),
a. A prim eira visão: O anjo entre
as árvores de mirto: aponta o fim do OOO
julgamento de Jerusalém e o início da
restauração (1.7-17);
b. A segunda visão: Quatro chifres
e quatro ferreiros: sobre os inim igos de
Ju d á que seriam destruídos (1,18-21);
c. A terceira visão: O hom em co m o
cordel de medir: sobre a restauração de
Jerusalém , cheia de pessoas em busca
da presença de D eus (2,1-13);
d. A quarta visão: Josué, o s u m o -s a -
cerdote, recebendo vestes novas: sobre
Deus prometendo purificar a Terra (3.1-10);

JUVENIS 85
e. A quinta visão: O castiçal de ouro e
as duas oliveiras: o trabalho de Zorobabel
seria b e m -su c e d id o (4.1-14):
f. A sexta visão: O rolo voante: aponta
o ju lg am en to d e D eus sobre os m alfei­
tores (5.1-4): \
g. A sétim a visão: A m ulher e o efa:
sobre a im piedade dentro do efa, sendo
levado à terra de Sinar (5.5-11);
h. A oitava visão: O s quatro carros,
sobre a presen ça d e D eu s para toda a
Terra (6.1-8).
2.2. Renovo espiritual
É im p o rta n te re ssa lta r q u e a re ­
co n stru çã o do Tem plo, e m b o ra fo sse
d e s u m a im p o r t â n c ia p a ra a v id a divórcio (2.13-16); e) A falsa religiosidade
r e lig io s a d o s ju d e u s , p r e c is a v a s e r (2.17) ; f) O roubo d os d ízim o s e ofertas
a c o m p a n h a d a d e um a re n o vação (3.8-10), E ssa s atitudes reveLam 0 nível
e sp iritu a l no interior de ca d a um. Por d e d e clín io e sp iritu al em q u e o povo
e s s e m o tiv o , a s r e v e la ç õ e s d a d a s se encontrava. A m e n sag e m d e M ala­
p o r D e u s a Z a c a r ia s fo c a r a m m a is q u ias é m uito atual, pois se a s no ssas
na c o n d iç ã o e s p iritu a l d o s líd e re s e práticas espirituais não forem sinceras,
d o povo d o q u e na parte estru tu ral, serem os, igualmente, repreendidos por
física do Te m p lo . A g ló ria d e D e u s se E le (Mt 5.20).
re v e la não n a q u ilo q u e é a p a re n te , 3.2. A diferença entre ojusto e 0 ímpio
p o is, c o m o a firm o u n o s s o S e n h o r U m a d a s liç õ e s m a is im portantes
J e s u s C risto , o s v e rd a d e iro s a d o ra ­ que M alaquias trouxe ao povo se referia
d o re s a d o ra rã o o Pai e m e s p írito e à falta d e h o n e stid a d e p eran te D eu s
e m v e rd a d e (Jo 4.24). (2.17) . M a la q u ia s co n fro n to u o s q u e
a g ia m c o m fa ls id a d e , m a s ta m b é m
3. A PR O FEC IA D E M ALAQ UIAS o d e sâ n im o d a q u e le s q u e d iziam ser
3.1. A cu saçõ es de D eus contra a in ú til se rv ir a D e u s co m integrid ad e.
falsa religião E le s d e cla ra v am q u e não valia a pena
N a q u e le s d ias, o T e m p lo já havia praticar o correto, pois os so b erb o s é
sido reedificado, e o ministério da C asa q u em prosperavam (3.14,15). Contudo,
de Deus restabelecido. Entretanto, com D eu s prom eteu castigar a m ald ad e do
0 tempo, o povo abandonou o zelo pelo povo e p ou p ar os q u e gen u in am en te
Senhor, q u e não estava se agrad and o te m e m o s e u n o m e (vv.16.17). A ssim ,
d e su a s práticas religiosas. M alaquias por m eio do profeta, o Senhor garantiu
fez d u ra s c rític a s c o n c e rn e n te s: a) A q u e e le s veriam outra vez a diferença
a d o ra ç ã o h ip ó c rita e m e c â n ic a (Ml entre o ju sto e o ímpio. O Sen ho r sa b e
1 7 —2.9); b) O casam e n to co m p ag ão s recom pensar os q ue o servem de todo
(2.10 -16 ); c) A id o latria (2,10 -12 ); d) O o co ra çã o (Cl 3,23,24), ©

86 JUVENIS
SUBSIDIO
“Livro de M aíaquias. M alaquias é
um a das últim as vozes proféticas no
A ntigo Testam ento. É p ro vável que,
por essa razão, seja o último dos doze
Profetas M enores e o últim o livro de
to d o o A n tig o T e s ta m e n to — p e lo
m enos na ordem de livros b ase ad a
na Septuaginta. No câno ne hebraico,
o liv ro c o n c lu i a s e g u n d a d e trê s
X partes da Bíblia hebraica, os Neblim ,
ou Profetas.
Visto que o profeta M alaquias vem
do período posterior ao ju lg a m e n to
do exílio, é triste ver que ele aborda o
< pecado do povo e, assim, a am eaça de
mais julgam ento. Curiosam ente para o
f a \ conheça os cristão, o livro termina com a promessa
de que Elias virá antes daquele grande
v B / SEUS ALUNOS dia de ju íz o , um a p ro m e ssa q u e os
Caro(a) professor(a), co n v e rse autores do N ovo Te stam ento veem
com seus alunos e procure entender cum prid a na pessoa de João Batista,
o que sig n ifica "servir a D e u s” para cujo ministério ocorreu com o prelúdio
eles. Esp e cia lm e n te na faixa etária para o aparecim ento de Je su s Cristo
dos ju ve nis, há m uitas d ú vid as que (Mt 3; Mc 1,18-8; Lc 3; Jo 1.19- 34). Como
precisam ser sanadas, a fim de que se . é típico dos profetas bíblicõs, a Aliança
distanciem do m undo para servirem está no centro d e sua p ro clam a çã o
inteiramente a Deus. profética" (LONGMAN III.Tremper(Ed).
Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro:
Mostre-os que o maior desafio dos
CPAD, 2023, pp. 315. 316),
crentes, nestes últimos dias, é servirem
ao Senhor para além do form alism o
religioso. Estar na igreja, pertencer
aos departam entos ou m esm o atuar
neles, não significa integridade espiri­
tual. Deus quer abençoar seus servos
abundantem ente, m as espera d eles
um co ração sincero, q ue o b usq ue
não para receber recom pensas, mas
por, de fato, adorá-lo!

JUVENIS 87
PARA CONCLUIR < Q^HORA DA REVISÃO
Os profetas Zacarias e M alaquias
foram c h a m a d o s por D e u s no p e ­
ríodo p ó s-e x ílico . N a q u e le tem po,
uma característica marcante no povo
que retornou da Babilônia foi a falsa
religiosidade, pois não servia a Deus
com integridade. Precisam os sempre
vigiar para não nos tornarmos cristãos
apenas em aparência. A Palavra de 1. Qual era a natureza da m ensagem de
Deus nos encoraja a buscarm os um Zacarias com relação a de A geu?
relacionamento íntimo e sincero com R: Enquanto Ageu foi mais prático
o Senhor, Portanto, decida não servir sobre as etapas para a reconstrução
do Templo, Z a ca rias exerceu um
a Cristo d e qu alq u er m aneira, Faça
papel m ais espiritual, anunciando
o se u m elhor, e E le ce rta m e n te o
uma mensagem apocalíptica sobre
recompensará! o futuro de Jerusalém.
2. O q ue d estaca a seg u n d a parte do
livro de Zacarias?
R: A segunda parte destaca as promes­
sas messiânicas e os acontecimentos
finais antes que o Senhor reine sobre
toda a Terra (9-14).
A CPAD disponibiliza,
3. A lé m d a co n stru çã o do Tem plo, o
semanalmente, conteúdos q u e p re cisava a co m p a n h a r a vida
relevantes, a fim de agregar religiosa d o s ju d e u s ?
mais conhecimento aos R: Uma renovação e s p iritu a l no
estudos das Lições. Acesse interior de cada um.
www. e sco la d o m in ica l. com . b r 4. S e g u n d o MaLaquias, d o q u e D eus
e fique por dentro desses não estava se agradando em relação
subsídios. ao seu povo, no período pós-exílio?
R: 0 povo abandonou o zelo pelo
Senhor, que não estava se agradando
de suas práticas religiosas.

ANOTAÇÕES
5. Q ual foi a prom essa d e D eus a Mala­
quias, após a queixa dosjustos, sobre q.
os soberbos prosperarem ?
R: Deus prometeu castigar a maldade
do povo e poupar os que genuina­
mente temem 0 seu nome. ,
A PROFECIA NA
ATUALIDADE
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias. pelo Filho" (Hebreus 1.1)

H b 11.6 ★ S e m fé é im p o ssív e l agrad ar a D eus

J l 2,28 ★ D e u s prom eteu d erram ar s e u Espírito

Mt 24 .12 * O esfriam ento d o am o r está s e cu m p rin d o

Jo 3.30 ★ Q ue Ele cresça e eu dim inua

1 Ts 5 ,19 * N ão p o d em o s lim itar a a çã o do Espírito

* Jo 14.26 ★ O Espírito Santo é o C o n so la d o r


g E ^M i3 ^^ggBm aam ^ QJ Ba m w gH m nin a fi íifffrn rm n

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


João 1.15-20,26,27 do mundo, por isso é que o mundo
15 Já vos não chamarei servos, porque vos aborrece.
o servo não sabe o que faz o seu 20 Lembrai-vos da palavra que vos disse:
senhor, m as tenho-vos cham ado não é o servo maior do que o seu
amigos, porque tudo quanto ouvi de senhor. Se a mim me perseguiram,
meu Pai vos tenho feito conhecer. também vos perseguirão a vós; se
16 Não me escolhestes vós a mim, mas guardarem a minha palavra, também
eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, guardarão a vossa.
para que vades e deis fruto, e o vosso 26 Mas, quando vier o Consolador, que
fruto permaneça, a fim de que tudo eu da parte do Pai vos hei de enviar,
quanto em meu nome pedirdes ao aquele Espírito da verdade, que pro­
Pai ele vos conceda. cede do Pai, testificará de mim.
17 Isto vos mando: que vos ameis uns 27 E vós também testificareis, pois esti­
aos outros. vestes comigo desde o princípio.
18 Se o mundo vos aborrece, sabei que, 1 Coríntios 12.28
primeiro do que a vós, me aborreceu 28 E a uns pôs Deus na igreja, primeira­
a mim. mente, apóstolos, em segundo lugar,
19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo profetas, em terceiro, doutores, depois,
amaria 0 que era seu, mas, porque não milagres, depois, dons de curar, socor­
sois do mundo, antes eu vos escolhi ros, governos, variedades de línguas.

c _ y d

• CO N ECTA D O COM DEUS •••


Ao longo do trimestre, vimos que Deus usou os profetas, no passado, para
transmitir mensagens poderosas a reis e sacerdotes, bem como a todo 0 povo,
a fim de exortá-los a andarem de acordo com a Lei. Infelizmente, a maior
parte da história dos profetas nos mostra que nem sempre o povo de Deus foi
obediente aos seus ensinamentos. Mas, apesar do declínio de Israel, 0 Senhor
enviou o Messias prometido, levantando a sua Igreja, um povo forte e poderoso
em boas obras. Para este tempo final, 0 Senhor também tem chamado profetas
comprometidos com a sua santa Palavra e dispostos a anunciar a mensagem
divina com afinco. Seja você também um proclamador do Evangelho, que é o
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16)! m
OBJETIVOS
MOSTRAR a atu alid ad e do m inistério
profético no contexto da Igreja;
DISTINGUIR as três principais finalida­
des da profecia: edificação, exortação
e consolação;
APRESENTAR João Batista como modelo
d e m inistério profético a se r seguid o
pela Igreja.

ANTES DAAULA
Prezado(a) professor(a), estamos finalizando o estudo sobre os livros proféticos
do Antigo Testamento. Nesta última lição, veremos que o ministério profético não
cessou, mas assumiu uma nova forma, no contexto da Igreja no Novo Testamento,
A atuação profética surgiu do anseio de Deus em se com unicar com o seu
povo, de maneira m ais direta, por meio de alguém que m ediasse bem essa rela­
ção. Basta olharm os para Moisés, servo do Senhor, que suportou a rebeldia dos
hebreus, pacientemente, durante quarenta anos no deserto do Sinai.
Com o passar dos anos, os profetas foram cham ados por Deus para repreender
reis e sacerdotes, aconselhar o povo, m ostrando-lhes a direção correta. Contudo,
na maior parte das vezes, o povo escolhido os rejeitou. Alguns profetas enfrentaram
duras perseguições, foram presos ou até m esm o mortos, como fizeram ao próprio
Jesus, nosso Salvador. Mas a todos quantos o receberam , d e u -lh e s o poder de
serem feitos filhos de Deus (Jo 1.11,12).
Nesta última lição, converse com seus alunos sobre o privilégio e a respon­
sabilidade de ser um porta-voz do Senhor. Jesus nos com issionou a serm os suas
testemunhas, anunciando o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Não apenas em
palavras, com o tam bém em ações. Por isso. precisam os estar atentos!

1. A PROFECIA NA IGREJA o n o sso S e n h o r ve io e cu m p riu


1.1. A profecia é atual m u ita s p ro fe c ia s há te m p o s
HA MUITAS
C o m o afirm a o autor da anu n ciad as sobre co m o seria
PROFECIAS QUE
C a r t a a o s H e b re u s , D e u s ESTÃO SE 0 seu nascimento, vida adulta,
fa lo u p o d e ro sa m e n te a o s CUMPRINDO sofrim ento, m orte e ressu r­
antigos por meio dos profetas, NESTES reição (Is 714; 9 7 ; n .1 -5 ; 53 ; Jr
m a s nestes últim os d ias tem ^ ÚLTIMOS f 23.5,6; Mq 5-2; Z c 9.9; 11.13:12.1o).
falado por m eio d e se u próprio A p ó s o S e n h o r se r assun to
Filho, Je su s Cristo (Hb 1,1). De fato, aos Céus, Ele prometeu que envia-

JUVENIS 91
ria outro Consolador para que estivesse
co m o s d iscíp u lo s todos o s d ias até a
co n su m a çã o d o s sé cu lo s (Jo 14.16,17).
N esta nova realidade, a Igreja surgiu e
receb eu , a lé m do batism o no Espírito
S an to , v á rio s d o n s c u ja fin a lid a d e é
a e d ific a ç ã o e s p ir it u a l (1 C o 12,4-7).
D e n tre e s s e s d o n s, e n c o n tra m o s o
d e “p rofecia”, m ostrando a rele vân cia
d e ssa m anifestação esp iritu al entre o
povo d e D eu s ta m b ém na atu alid ad e
(1 C o 12.10). ■
1.2 O cum prim ento d as p rofecias
nos últim os d ias
H á m u ita s p r o fe c ia s q u e e s tã o
s e cu m p rin d o n e ste s ú ltim o s dias. A
q u e m a is s e d e s ta c a d iz re sp e ito ao b atism o no Esp írito Santo. O profeta
Jo e l anunciou que, nos últim os dias, o
Espírito seria derram ad o so b re toda a
<r INTERAÇÃO carne, sob re o s jo v e n s e velho s, filhos
e filhas, servos e servas. Essa m anifes­
Professor(a), a p ó s e n c e rra r o tação seria m arcada por visões, sonhos
p rim e iro tó p ico , p e rg u n te a o s e sin ais (Jl 2,28-32).
se u s alunos se e le s co nse g ue m M as não são a p e n as as prom essas
discernir entre o exercício do dom p a ra s u a Ig re ja q u e p o d e m o s c o n ­
ministerial de profecia, e a profecia te m p la r atualm ente. Há m uitos sinais
com o dom espiritual, incentive-os profetizados no A ntigo Testam ento e,
a contarem testemunhos pessoais por co nseg uin te, p elo próprio Sen ho r
de am bas as situações, caso já as J e s u s nos E v a n g e lh o s, q u e e stão se
tenham viven cia d o - se ja com o cu m p rin d o em n o ssos dias. Dentre os
alvo ou canal da mensagem divina. sin ais m en cio n ad o s por Je su s, a ce rca
Pergunte tam bém se ocorreu de do "princípio das dores”, estão as guer­
acordo com a orientação apontada ras e um a sé rie d e fen ô m en o s com o:
p elo a p ó sto lo Paulo, co nfo rm e fom e, p estes e terrem otos em vários
estudam os. lu g are s (Mt 24.7).
O S e n h o r ta m b é m a n u n cio u que,
Frise que am bas são frutos da
por se m ultiplicar a iniquidade, o am or
ação do Espírito Santo, visando a
d e muitos se esfriaria (v. 12). Não é difícil
edificação espiritual do Corpo de
notar que m uitas d e ssas profecias já se
Cristo. Portanto, é necessário haver
cum priram e q u e outras estão prestes
tem or e sabedoria perante elas.
a se cum prir.
1.3. A profecia como dom espiritual
O O O
D e u s a in d a te m s e m a n ife s ta d o

92 JUVENIS
2. O B JE T IV O S DA P R O F E C IA

/ 2.1. A edificação
A profecia no contexto da igreja tem
a função d e edificar esp iritu alm en te o
Corpo d e Cristo e testificar ao indouto e
infiel que a presença do Todo-Poderoso
está, de fato, em nosso meio, sendo por
ela co nven cido d e se u s p e cad o s (l C o
14.24,25). Isso sig n ifica que, por m eio
d ela, os p resen tes sã o en co ra ja d o s a
viver sujeito s à Palavra d a V erd ad e, a
ter u m a v id a santa, a fé fo rtale cid a e
a p e rm a n e ce r fiel a C risto e ao s s e u s
en sinam en tos. A s profecias projetam
o cren te a ter u m a p e rsp e ctiv a m a is
e s p ir it u a l d a v id a e a b u s c a r m a io r
por m eio d a p ro fecia p ara faLar co m co m u n h ão co m Deus.
o s e u povo. N e ste te m p o p re se n te ,
a profecia a ssu m e um outro formato,
m a s o Espírito q u e atuou no p assa d o
é o m esm o q u e continua a inspirar e a
faLar com seus servos. Após a ascensão
d e Cristo, co m o advento do batism o
no E sp írito S an to , a Ig re ja p a s s o u a
receb e r d o n s espirituais e m inisteriais
(1 C o 12 —14).
Seg u n d o a Bíblia de Estudo Pente-
costal, (CPAD, pp. 1756,1814), com o dom
ministerial, os profetas eram levantados
pelo Espírito Santo para trazerem uma
m e n sa g e m da parte d e D eu s à Igreja
d e m odo co ntínuo (At 2.17; 4.8; 21.4).
J á o d o m e s p ir it u a l d e p ro fe c ia
C o n h e ç a m e lh o r
tra ta -se d e um a m anifestação instan­
c o m o fu n c io n a v a a
tânea e m omentânea, na q ual 0 profeta
e s c o la d e profetas,
transmite uma m ensagem ou revelação
direta, sob o im pulso do Espírito Santo
através da obra
(1 C o 14.24, 25, 29-31). N ote q u e e s s a s "Novo Manual de Usos
m anifestações se parecem muito com e Costumes dos
as exercid as p elo s profetas d a Antiga Tempos Bíblicos".
A lia n ç a , só q u e a g o ra o o b jetivo é a
e d ifica çã o d a Igreja e a p ro clam a çã o í ■ r "
d a s B oas Novas.

JUVENIS 93
2.2. A exortação vai afirm ar que, dentre os n ascid o s de
Deus usa os seus servos com o dom m ulher, não havia n in g u é m m aio r do
de profecia para advertir e aconselhar a q u e Jo ão Batista (Lc 728). Jo ão foi um
igreja a fim de se consertar, rejeitando o g ra n d e a n u n ciad o r d a m e n sa g e m de
pecado, a injustiça e co nfessan d o q ue arre p e n d im e n to e co n v e rsã o ao R ei­
Je su s é o Senhor, n o sso S a lv a d o r (Jo no d e D eus, E le afirm ava a o s líd e re s
16.8; 1 C o 12.3). A m en sag e m en tregue ju d e u s q u e o in te rro g a v a m q u e e le
por m e io d e s s e s irm ão s e n co ra ja os n ão e ra o M e s s ia s , m a s, s im a “voz
cre n te s a não ca ire m e m iniq u id ad e , d o q u e c la m a no d eserto " (Jo 1 .1 9 -
co m o o povo d e Israel outrora; a não 23). Jo ão cu m p riu a p rofecia d e Isaías
se co n fo rm a re m co m os p a d rõ e s a ce rca d a q u e le q u e d everia preparar
m a lig n o s deste' m u n d o (Rm 12.2) e a o ca m in h o do S e n h o r (Is 40.1-5). Jo ão
rejeitarem a m o rn id ão e s p iritu a l (Ap Batista andava e se com portava com o
3.16). Se, porventura, a Igreja rejeitar a Elias, pregando no deserto, cham ando
m ensagem dos verdadeiros profetas, é o s ju d e u s ao a rre p e n d im e n to , c o n ­
p o ssív e l q u e enfrente o ju ízo d e Deus, fo rm e a p rofecia (Ml 4.5, 6). C ontud o,
a ssim co m o o b se rv a m o s ao lo n go da q u a n d o q u estio n ad o , e le re co n h e cia
trajetória d o s israelitas (Sl 78). q u e b a tiza v a c o m á g u a, m a s v iria o
2.3. Consolação Senhor, q ue é d e s d e a Eternidade, de
O E sp írito S a n to é c h a m a d o por q u em e le não era d ig n o n em m e sm o
C risto d e C o n s o la d o r (Jo 14.26), Isso d e d e sa ta r a s sa n d á lia s (Jo 1.26, 27),
significa que um a das a ções do Espírito 3.2. Jo ão B atista, um exem plo a
é co n so la r os s e u s serv o s d urante as ser seguido
aflições e m om entos d e tributação. Por A ssim co m o Jo ão Batista d isse: “É
e s s e m otivo, a m e n sa g e m e n tre g u e n e c e s s á rio q u e e le c re s ç a e q u e eu
pelo s profetas cu m p re tam b ém a fu n ­ d im in u a ” (Jo 3.30), n o sso m in istério ,
ção d e consolar, aco lh e r e fortalecer o com o anu n ciad o res d as 'Bo as-N ovas',
ânim o d o s irmãos. A m e n sag em vinda d e v e s e r c u m p r id o c o m a m e s m a
d o E sp írito n os e n co ra ja , co n fo rta e h u m ild a d e e d e p e n d ê n c ia esp iritual.
renova a fé para q u e não v e n h a m o s D e v e m o s d im inu ir para q u e o Sen ho r
d e sistir dian te d a s a d ve rsid a d e s. Por a p a r e ç a e o n o m e d E le s e ja g lo r i-
essa razão, o apóstolo Paulo aconselha fic a d o . N e s s e s e n tid o , o m in is té rio
ao s te ssalo n ice n se s: “N ão a p a g u e is o p rofético ta m b é m d e v e se r e x e rcid o
Espírito” d T s 5.19). co m zelo, te m or e co n sta n te v ig ilâ n ­
cia. M uitos profetas já se c a la ra m ou
3, JO ÃO BATISTA: O ÚLTIM O PR O ­ e s tã o d e s e n c o r a ja d o s a d e n u n c ia r
FE TA o s p e c a d o s d e s e u povo. C o n tu d o ,
3.1. A voz do que clam a no deserto D e u s n o s c o n v o c a n e s t e s ú lt im o s
Jo ã o B atista foi o ú ltim o profeta d ia s a c u m p rirm o s in te g ra lm e n te o
c h a m a d o p o r D e u s no m o d e lo d a n o sso c h a m a d o , a in d a q u e s e ja m o s
Antiga Aliança. O próprio Senhor Je su s p e rs e g u id o s (Mt 1 0 .2 0 -3 3 ) .©

94 JUVENIS
< SUBSIDIO
“Os profetas na Igreja. Os profetas
CONHEÇA OS continuaram a desem penhar um papel

9 9 SEUS ALUNOS importante na Igreja do Novo Testamento


Paulo descreve que a Igreja, a casa de
Um d os m aiores desafios aos que Deus, foi edificada 'sobre os fundamentos
são c ham ados p or Deus para e xe rce r dos apóstolos e dos profetas' (Ef 2.20),
um m inistério d e d e s ta q u e na igreja, e o que o mistério da igual posição dos
é c o n s id e ra r q u e o d o m , se ja e s te gentios no Corpo de Cristo foi 'revelado
m inisterial ou espiritual, não o s torna pelo Espírito aos seus santos apóstolos
m ais im p ortan tes d o q u e o s dem ais. e profetas' (Ef 3,5).
Pelo contrário. Je sus disse que, dentre
Havia homens conhecidos como ‘pro­
to d o s o s se re s hum anos, não h o u ve
fetas’, especialm ente escolhidos para o
n in g u ém m aior d o q u e Jo ã o Batista;
constante e regular ministério da profecia
entretanto, o m enor no Reino d os céus
(Ef 4.11). Depois dos próprios apóstolos,
seria m aior d o q u e e le (Leia Mt 11.11).
eles eram os ministros que ocupavam a
Um a das características mais mar­
mais elevada posição na igreja Primitiva
cantes d e Jo ã o foi a d e servo humilde.
(1 Co 12.28). Tais profetas permaneceram
Ele não aceitou a glória d o s hom ens e
em evidência ao longo do livro de Atos
disse q u e o convinha dim inuir e Cristo
Seu ministério era geralmente duplo: o
c re s c e r (Jo 3.30). N e sse sentido, nós,
de pronunciar (proclamar), e o de prever
q u e vive m o s hoje o cu m p rim e n to da
Palavra anunciad a p e lo s p rofe tas no
(prenunciar). Observe com o Ágabo, em

passado, tem os que seguir o exem plo duas ocasiões diferentes, previu aconte­
d e Jo ã o Batista. A glória, o p o d e r e o cimentos futuros para que os cristãos se
dom ínio p ertence m a Cristo. Q u e nós preparassem para uma emergência que
d im inuam o s e E le cresça! se aproximava (At 11.27-30; 21.10-14). Eles
forneciam direção espiritual à Igreja de
► Antíoquía porque, evidentemente, através
de um deles 0 Espírito Santo dava ordens
relativas ao futuro trabalho evangelístico
de Barnabé e Saulo (At 13,1-4). O trabalho
de dois outros profetas era exortar ou
('consolar') e fortaLecer os irm ãos (At
15.32), e era sem elhante às funções da
profecia relacionada em 1 Coríntios 14.3,
isto é, edificação, exortação e consola­
ção”(Dicionário Bíb lico W ycliffe. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 1610).

JUVENIS 95
PARA CONCLUIR < Q^ hora da revisão
Nestes últimos dias, o Senhor quer
despertar os seus servos, os profetas,
para que anunciem a sua Palavra. Seja
para edificar, para exortar ou m esm o
para consolar, há sempre uma mensa­
gem de Deus que precisa ser dita ao
seu povo. Q ue possam os ser deste­
m idos e corajosos, cheios do Espírito 1. D eu s cu m p riu em J e s u s profecias,
Santo para anunciara mensagem que há tem pos anunciadas, sobre quais
o Senhor nos mandar. evento s a ce rca do M e ssia s?
R: Sobre como seria o seu nascim en­
to, vida adulta, sofrim ento, morte e

iftlClidu
re ssu rre içã o (Is 7 1 4 ; 9 -7 : 11.1*5 ; 53 :
Jr 23.5,6; Mq 5.2; Z c 9.9; 11.13:12.10).

2. Q u al profecia d e Jo e l m ais se d e s ­
ta ca em se u cu m p rim e n to ?
R: A que m ais se destaca diz respeito
ao batismo no Espírito Santo (Jl 2.28).

3. Q u a is fu n ç õ e s a p ro fe cia tem no
contexto d a Igreja?
R: Tem a função de edificar espiritu­
almente 0 Corpo de Cristo e testificar
ao indouto e infiel que a presença do
Todo-Poderoso está, de fato, em nosso
meio, sendo por ela convencido de
seus pecados (1 Co 14.24,25).

4. Q uem foi o último profeta cham ado


por Deus no modelo da Antiga Aliança?
R: João Batista.

5. A exem p lo d e Jo ão Batista, co m o
d eve se r cu m p rid o o nosso m in is­
tério, e n q uan to a n u n cia d o re s d a s
B o a s-N o v a s (Jo 3.30)?
R: Deve ser cum prido com a mesma
hum ildade e dependência espiritual.
Devemos d im inuir para que 0 Senhor
apareça e 0 nome dEle seja glori ficado.

+ O @ 0
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1 1 A 1 4 DE JULHO
A 3 1 AGOSTO

1 2 A 1 5 SETEMBRO
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