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VENDA PROIBIDA

QUAL O SEGREDO DO INCRÍVEL


ÊXITO DOS HERÓIS DA FÉ?
Q ual o segredo da vida de hom ens como J o ã o Bunyan,
l
i

M artin ho Lutero, J o ã o Wesley, Carlos Spurgeon, entre


tantos outros?

Depois de lermos cuidadosamente as biografias de


alguns dos maiores vultos da Igreja de Cristo, concluímos
que nunca se pode atribuir o êxito de qualquer deles
unicamente a seus próprios talentos e força de vontade.
Certamente um biógrafo que não crê no valor da oração
nem conhece o poder do Espírito Santo que opera nos
corações, não mencionaria a oração como sendo o
verdadeiro mistério da grandeza dos heróis da fé.

Muitos crentes ficam satisfeitos por, apenas, escapar


da perdição! Eles ignoram "a plenitude da bênção do
evangelho de Cristo" (Rm 15.29). A vida em abundância
(Jo 10.10) é muito mais do que ser salvo, como se vê ao
ler as biografias referidas.

Que o exemplo dos Heróis da Fé nos incite a procurar


as bênçãos sem medida citadas em Malaquias 3:10!

O rla n d o B o y e r

C9©
Aluno 7

Nome
f i Igreja:
f i https: //vwwv.cpad.com.br

TEMA DO TRIMESTRE:
CONHECENDO OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ NAS EPÍSTOLAS GERAIS

A SUPERIORIDADE DE
CRISTO

CRISTO ENTENDE VOCÊ

A F E E O NOSSO
RELACIONAMENTO
COM DEUS
ALUNO
Q
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA

40
0 PROPÓSITO DO
SOFRIMENTO

INIMIGO ÍNTIMO

^8 081
UMA CARTA
PARA VOCÊ

20
MAIS QUE VENCEDOR: DIGA "NÃO!'"
PROVAS ETENTAÇÕES

56
FÉ EOBRAS CUIDADO COMO EGO
E SUAS AMBIÇÕES

30 00 e™
UMAARMA LUTE POR SUA FÉ
PODEROSAMENTE
MORTAL
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das CONHECENDO OS
Assembleias de Deus no Brasil FUNDAMENTOS
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
DA FÉ CRISTÃ NAS
José Wellington Bezerra da Costa EPÍSTOLAS GERAIS
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza Querido(a) aluno(a), neste
Gerente de Publicações trimestre de estudos da Pa­
Alexandre Claudino Coelho lavra de Deus, você fará uma
Gerente Financeiro viagem panorâmica sobre as
Josafá Franklin Santos Bomfim Espístolas Gerais (de Hebreus
Gerente de Produção a Judas) da Bíblia, conhecendo
Jarbas Ramires Silva os seus temas centrais e re­
Gerente Comercial cebendo orientações bíblicas
Cícero da Silva capazes de fo rtalecê-lo e
Gerente da Rede de Lojas am adurecê-lo em sua c a ­
João Batista Guilherme da Silva minhada cristã. Os ensinos
Gerente de TI dessas epístolas são atuais
Rodrigo Sobral Fernandes e muito úteis para você. Por
Gerente de Comunicação isso, não deixe de colocar
Leandro Souza da Silva em prática tudo o que você

JUL
Chefe do Setor de Educação Cristã aprender.
Marcelo Oliveira Você está tendo o privilégio

T AGO T SET
Chefe do Setor de Arte & Design de estudar um livro que é di­
Wagner de Almeida ferente de todos os outros que
Comentarista foram ou que venham a ser
Samuel de Oliveira Martins escritos no mundo, pois este
Editora livro é a Palavra de Deus. Não
Verônica Araujo desperdice esta oportunidade!
Projeto Gráfico, Designer e Capa Você está preparado(a) para
Suzane Barboza este momento?
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Até o próximo trimestre!
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A SUPERIORIDADE
DE CRISTO
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho." (Hb 1,1)

A t 10.4 ★ Je su s foi anunciad o pelos profetas

A t 3.22 ★ Je su s foi anunciad o por M oisés

V Lc 2.11 ★ Je su s foi anunciad o pelos anjos

2 Pe 1.17 ★ Je su s foi anunciado pelo Pai

Hb 7.26 i Je su s é m ais su b lim e que os cé u s

Ap 5-8 ★ Je sus é digno de adoração


Q 4 LEITURAbíblica em classe n
Hebreus 1.1-6 nossos pecados, assentou-se à destra
1 Havendo Deus, antigamente, falado, da Majestade, nas alturas;
muitas vezes e de muitas maneiras, 4 feito tanto mais excelente do que os
aos pais, pelos profetas, a nós falou­ anjos, quanto herdou mais excelente
-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, nome do que eles.
1
2 a quem constituiu herdeiro de tudo, 5 Porque a qual dos anjos disse jamais:
por quem fez também o mundo. Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra
3 O qual, sendo o resplendor da sua vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será
glória, e a expressa imagem da sua por Filho?
pessoa, e sustentando todas as coisas 6 E, quando outra vez introduz no mundo
pela palavra do seu poder, havendo o Primogênito, diz: E todos os anjos
feito por si mesmo a purificação dos de Deus o adorem.

111

• • © CONECTADO COM DEUS • • •


No relacionamento com Deus, dia após dia, necessitamos descer
frequentemente à "Casa do Oleiro”(Jr 18.1-6), e permitir que sejamos
moldados pelas suas mãos. Para tanto, precisamos chegar com humildade,
reconhecendo que Ele é superior a tudo e a todos, e nos submetermos à
vontade do Oleiro. A leitura bíblica, acompanhada de louvor, oração e jejum,
faz parte desses nossos momentos devocionais de entrega e adoração, para
estarmos cheios do Espírito Santo e conectados com o Senhor, o Soberano
de toda a Terra.
m


M U
^ <§>
1. CONHECENDO A EPÍSTOLA Palavra de Deus andou (literalmente)
© Que a Bíblia é um livro muito
especial, nós já sabemos. Ela é a Pa­
entre os homens! O verbo que se fez
carne (Jo 1.14).
lavra de Deus revelada à humanidade. 2.2. Cristo, a mensagem dos profetas
Podemos dividi-la em vários grupos Os profetas do AT pregavam o que
de livros que possuem semelhanças recebiam do Senhor, proclamando,
entre si. Neste trimestre, estudaremos muitas vezes, a vinda do Messias, o
um grupo de oito cartas (de Hebreus a Salvador (Is 9; Jr 23.5,6; Mq 5.2,3). Agora,
Judas) escritas para o público cristão o Messias havia chegado, o Filho, a
em geral — por isso são chamadas de Palavra de Deus encarnada, o Salvador
“Epístolas Gerais”. (Jo 1.1-5,14)! Assim como nós, os crentes
A primeira delas é conhecida como daquela época precisavam ouvir essa
Carta ou Epístola aos Hebreus. Não poderosa verdade, a fim de fortalecer
sabemos ao certo quem a escreveu, a fé deles diante dos questionamentos
nem para quem foi escrita original­ do mundo. Em outras palavras, Hebreus
mente, mas podemos afirmar que foi ensina: Sabe tudo aquilo que vocês
redigida por alguém que conhecia pro­ já aprenderam sobre Deus? Então, a
fundamente o Antigo Testamento (AT), Palavra de Deus ganhou carne e ossos,
dado as conexões e comparações de habitou entre nós e abriu o caminho ao
aspectos do AT e Jesus — levando-nos Pai! Essa Palavra é tudo aquilo que sem­
a crer que, provavelmente, foi escrita pre esperamos, por isso apeguem-se a
para defender a fé cristã entre os judeus ela com todas as forças!
convertidos a Cristo. Certamente o
\' ' /
estudo de Hebreus trará muitas lições
valiosas para os dias de hoje.

2. CRISTO É SUPERIOR AOS PRO­


FETAS
2.1. Os profetas e Cristo
O autor de Hebreus inicia a sua
carta com uma afirmação chocante: Em "A Supremacia de
“Desde antigamente Deus tem falado Cristo", o pastor José Gonçalves
de muitas formas através dos profetas,
debruça-se sobre os ensinamen­
mas agora Ele tem falado pelo seu
tos das cartas aos Hebreus para
Filho, herdeiro de todas as coisas e
criador do mundo (Hb 1.1-2)!” Ora, há
nos trazer uma reflexão teológica
milênios que os profetas atuavam que promete ser uma importan­
como porta-vozes de Deus ao povo, te aliada contra a ameaça que
sendo muito respeitados entre os ronda de perto a vida de todo
judeus por isso. Mas, primeiramente, verdadeiro cristão:
Hebreus já estabelece seu primeiro A apostasia.
argumento: Jesus é superior aos pro­
fetas — em mensagem e essência! A

JUVENIS 7
3. CRISTO É SUPERIOR AOS ANJOS do FiLho, porque se a paLavra faLada pe-
3.1. Cristo é superior aos anjos Los anjos foi cumprida e Cristo é maior do
C o n tin u a n d o se u a rg u m e n to , o que os anjos, como poderemos escapar
e s c r ito r re s u m e e m H e b re u s 1.3,4 da co nd en ação se negligenciarm os a
se u próxim o ponto: “Je s u s , q u e é a Palavra d e sa lv a ção em Cristo Je su s
perfeita expressão da glória e do ser (Hb 2.1-4 ; Rm 8 .1,2)? Q ue p o ssa m o s
d e Deus, sustentando todas as co isas nos a p e g a r firm em en te à q u E le que,
por sua paLavra, após ter se entregado sendo Deus, fe z-se homem, para que,
com o purificação de nossos pecados, pelo seu sacrifício, nos lib ertasse do
tom ou assento à direita d e D eus nos m edo da morte e derrotasse o Diabo
céus, sendo, portanto, tão superior aos (Hb 2.14,15; Jo 3.16)!
anjos quanto o seu nom e é sup erio r
ao d e le s!”. Logo em segu id a, e le cita 4. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS
d iv e rs a s p a s s a g e n s do A T q u e d e ­ 4.1. Cristo é superior a Moisés
m onstram a su p e rio rid a d e do Filho M oisés é o profeta m ais honrado
so b re os a n jo s (Hb 1.5 -13 ) e e n ce rra p elo s ju d e u s , por isso é natural que
e x p lica n d o quem eram os an jo s e o fosse mencionado. Os ju d e u s am avam
p ap e l d e le s (Hb 1.14). muito M oisés e su a obra — o grande
3.2. Jesus é digno de adoração Libertador, o hom em que “abriu" o Mar
A pesar de ficar dem onstrada a su ­ V erm elh o , um d os m aiores profetas.
perioridade de Cristo em relação aos C o n tu d o , c o m o n as c o m p a r a ç õ e s
anjos (outro símboLo importante para os a n te rio re s, o e s c rito r a o s H e b re u s
judeus), hoje em dia é possíveL perceber defende que, diante d e Cristo, M oisés
que muitas pessoas (até m esm o aLguns não p assava de um “m ero figurante”
cristãos) e outras reLigiões vaLorizam exa- no plan o divino. M as o texto é claro
geradam ente a figura dos anjos, com o ao afirmar que "Cristo é tido por digno
no caso dos “anjos da guarda", caindo em de tanto m aior honra do que Moisés,
misticismo (Cl 2.18). Devem os respeitar quanto maior honra do que a casa tem
a figura dos anjos enquanto agentes de aqueLe que a edificou" (Hb 3.3). Sem d i­
Deus em favor dos saLvos (Hb 1.14), sem m inuira importância de Moisés, som os
esquecer que eLes não recebem adora­ ensinados que eLe era um servo fiel na
ção (CL 2.18; Ap 22.8,9), somente Jesus (Hb ca sa de Deus, m as Je su s é fiel com o
1.6; Fp 2.9-11; Ap 5.6-14). Os anjos de Deus Filho sob re a ca sa d e Deus: Cristo é,
exercem ministérios gLoriosos, no céu e m ais um a vez, superior (Hb 3.3-6).
na terra, e são conservos nossos; eLes 4.2. Jesus: maior que os após­
não querem a nossa adoração e tolos e o sumo sacerdote
nem pretendem tomar o Lugar Vejam os que Moisés exe­
de Deus (Ap 19.10). cu to u u m a o b ra (H e b re u s
3.3. O perigo da negli­ utiLiza a figura da edificação de
gência uma casa): eLe foi enviado por
H e b re u s m a is u m a v e z Deus para libertar os hebreus
destaca a importância de pres­ da escravidão dos egípcios (Êx
tarmos maior atenção à mensagem 3.7-10), guiando o povo pelo d e -

8 JUVENIS
serto com a com panhia de seu irmão,
PARA CONCLUIR
Arão, co m o primeiro sum o sacerdote
(Êx 28.1,29,38). TaLfato é reiembrado em Reconhecer a superioridade de
Hebreus 3.1 quando o escritor orienta o Cristo sobre todos os seres criados
salvo a considerar Je sus co m o “a p ó s- possui grande reLevância teoLógica
toLo" (o m esm o que “enviado") e “sum o — entendim ento que faz parte da
sacerdote" (ministro m ediador entre os coLuna vertebraL da fé cristã, m as
hom ens e Deus) da nossa fé. também aLcança uma dimensão prá­
Perceb a que M oisés não poderia tica, piedosa, devocionaL... Cristo deve
exercer, ao m esm o tem po, se u c h a ­ ser adorado diariamente, através de
m ado e o ofício sacerdotal, o q u al foi nossas condutas, com o SaLvador e
dado a Arão. Mas Je sus é “m ais digno" Senhor de nossa existência! Somente
(Hb 3.3) — liturgicam ente e em todos assim cumpriremos a boa, agradáveL
os sentidos — que M oisés e sua obra, e perfeita vontade de Deus.
concentrando em Si m esm o, e defini­
tivamente, os ofícios de profeta, sacer­
dote e rei. Ele é m aior e preexistente
a todos os que foram enviados antes < C ^H O R A da r e v is ã o
d E le Uo 1.15-18) e é Su m o Sacerdo te
por e x c e lê n c ia (Hb 7.27,28)! J e s u s é 1. Qual, provavelmente, foi o objetivo
perfeito! da Epístola aos H ebreus?

5. A GRANDE PREMISSA: CRISTO


ÉDEUS
Em Hebreus 1, 2 e 3 há uma grande 2. Segundo a Lição, Jesus é maior que
prem issa que sustenta todos os argu­ os profetas por quê:
m entos apresentados: Je su s é Deus, Jesus é a Palavra de Deus encarnada.
F ilh o U n ig ên ito do Pai. E s s a é um a Jesus é o Filho de Deus.
g ran d e v erd ad e q u e nós, os cren tes Todas as alternativas anteriores.
em Jesus, não podem os nunca, jam ais,
3. Q uem são os a n jo s?
esquecer ou reLativizar, principaLmente
d ia n te d o s in c ré d u lo s e d o s fa ls o s
m estres
A Declaração de Fé das Assembléias 4. S e g u n d o a lição, Je su s concentra
de Deus, fa la n d o so b re a “d e id a d e em si quais ofícios (que eram exer­
a b s o lu ta d e J e s u s ”, n os a p re s e n ta cid o s por M oisés e Arão)?

e x ten so s e x e m p lo s de q u e Je s u s é, -------------------------------------------------------------------------------- ^

inequivocam ente, D eus Uo 1.1; C l 2.9;


Is 9.6; A p 1.8; Mt 8.20; Jo 16.30; Ef 1.21; 5. QuaLé a grande premissa dos argu­ +
C l 1.16). H ebreus nos adverte a guar­ m entos de Hebreus?
dar as palavras do S en h o r Je su s, da +
m esm a form a que o M estre ensinou
para aqueLes que o am am (Jo 14.23). O +
CRISTO ENTENDE VOCÊ

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." (Hb 415)

¥ At 2.22 ★ A Bíblia chama Jesus de homem

¥ Hb 4.15 ★ Jesus se compadece das nossas fraquezas

¥ Mt 17.24-27 ★ Jesus cumpria seus deveres com a sociedade

¥ Mt 4.2; Jo 19.28 * Jesus sentia fome e sede

¥ Mc 3.5; Jo 11.35 ★ J e s u s ficou triste e também chorou

¥ Mc 8.31 ★ Jesus entende o seu sofrimento


LEITU R A BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 414-16 povo; porque isso fez ele, uma vez,
14 Visto que temos um grande sumo oferecendo-se a si mesmo.
sacerdote, Jesus, Filho de Deus, 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes
que penetrou nos céus, retenhamos a homens fracos, mas a palavra do
firmemente a nossa confissão. juramento, que veio depois da lei, cons­
0 15 Porque não temos um sumo sacerdote titui ao Filho, perfeito para sempre.
que não possa compadecer-se das Hebreus 10.1-5
nossas fraquezas; porém um que, 1 Porque, tendo a lei a sombra dos
como nós, em tudo foi tentado, mas bens futuros e não a imagem exata
sem pecado. das coisas, nunca, pelos mesmos
16 Cheguemos, pois, com confiança ao sacrifícios que continuamente se
trono da graça, para que possamos oferecem cada ano, pode aperfeiçoar
alcançar misericórdia e achar graça, os que a eles se chegam.
a fim de sermos ajudados em tempo 2 Doutra maneira, teriam deixado de se
oportuno, oferecer, porque, purificados uma vez
Hebreus 726-28 os ministrantes, nunca mais teriam
consciência de pecado.
26 Porque nos convinha tal sumo sa­
p cerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores e feito mais
3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano,
se faz comemoração dos pecados,
sublime do que os céus, 4 porque é impossível que o sangue
27 que não necessitasse, como os sumos dos touros e dos bodes tire pecados.
sacerdotes, de oferecer cada dia 5 Pelo que, entrando no mundo, diz:
sacrifícios, prímeiramente, por seus Sacrifício e oferta não quiseste, mas
próprios pecados e, depois, pelos do corpo me preparaste;


CONECTADO
A Epístola aos Hebreus demonstra a divindade de Jesus, mas também
ressalta a sua humanidade. Ele não veio à Terra disfarçado de homem. Jesus,
sem deixar de ser Deus, foi realmente um ser humano. A diferença é que
Ele nunca pecou, ainda que tentado pelo Diabo, tornando-se, assim, um
modelo de perfeição. E, por ter sido humano, é capaz de compreender as
nossas fraquezas e necessidades. Hoje, ao lado de Deus Pai, Cristo é 0 nosso
Sumo Sacerdote, 0 intermediário entre você e Deus, posição que alcançou
sob 0 sacrifício na cruz.
1. O GRANDE SUMO SACER­ conosco — pois como nós, Jesus foi
© DOTE, HUMANO COMO NÓS tentado em tudo, entretanto, diferente
1.1. O que é um sumo sacerdote? de nós, nunca pecou!
“Sacerdote”, no judaísm o, era a Assim, você e eu possuímos, diante
pessoa que atuava como interm e­ de Deus, 0 mediador perfeito, que além
diário entre os homens e Deus, seja de entender completamente nossas
oferecendo sacrifícios, seja orando, falhas — embora não concorde com
aconselhando... — eram muitos. En­ elas — experimentou a vitória sobre
tretanto existia o “sumo sacerdote”, o pecado, inclusive aqueles que são
que nada mais era que “o maior dos nossos “pontos fracos”.
sacerdotes”, o chefe. Em Hebreus 4.14, 1.3. O Trono da Graça
todavia, Cristo é qualificado como “...um Diante de tão Grande Sumo Sacer­
grande sumo sacerdote...”(Hb 414). Só dote, que compreende a gente — “co­
para diferenciar: o profeta era a "ponte" nhece a nossa estrutura" (Sl 103.14) —o
entre Deus e o povo, mas o sacerdote, escritor de Hebreus (4.16) completa: não
e principalmente o sumo sacerdote, tenha medo de se aproximar do trono
eram a “ponte" entre o povo e Deus, da graça! Em muitas partes da Bíblia,
1.2. Grande em compaixão encontrar um “trono" não é uma coisa
Uma ótima notícia: Hebreus 4.15 diz muito boa, pois ali geralmente você será
que nosso grande Sumo Sacerdote julgado por seus erros (Pv 20.8; Et 4.11;
tem compaixão de nós! Ou seja, Ele 5.1,2; Mt 25.31-33; Ap 20.11). Entretanto,
sabe o que a gente passa — sofre o trono da graça aqui mencionado é
diferente: nele encontraremos, através
dos méritos de Jesus, misericórdia e
graça para continuarmos firmes na
caminhada cristã.
Quando chegarmos a esse trono,
não seremos condenados, mas rece­
beremos um abraço afetuoso do Pai.
Sabe quem encontrou esse trono? O
filho pródigo: "E, levantando-se, foi para
seu pai; e, quando ainda estava longe,
viu-o seu pai, e se moveu de íntima
compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe
ao pescoço, e o beijou" (Lc 15,20). Que
maravilha, não é?

2, ELE FOI HUMANO COMO NÓS


2.1. “Porque nos convinha"
O sumo sacerdote entrava uma vez
todos os anos no “santo dos santos”,
local mais sagrado do tabernáculo feito
por Moisés. Nessa ocasião, ele levava

12 JUVENIS
consigo o sangue de anim ais a fim da nossa salvação são de Jesus. O pe­
de fazer o pagamento pelos pecados cado perdoado pelo sangue de Cristo
dele e do povo. é lançado no “mar do esquecimento"
Por isso, em Hebreus 7.26, está (Mq 718,19: Is 43.25; Hb 9.18)!
escrito: “porque nos convinha", ou seja,
era conveniente, apropriado, opor­ 3. UMA HUMANIDADE PERFEITA
tuno, vantajoso, cômodo, que viesse 3 -i. Jesus, o perfeito
alguém para nos desobrigar de realizar Entre os hebreus, o sumo sacer­
os rituais da lei de Moisés, que não dote era o principal ministro religioso,
resolviam o problema do pecado. Só acima dos outros sacerdotes, o único
podia ser uma Pessoa perfeita... Onde que podia realizar o ritual de expiação
achar, já que todos pecaram (Rm 3,23)? pelos pecados do povo. Mas ele era um
Somente descendo do Céu... e foi o homem comum, portador das mesmas
que aconteceu. Era, assim, tão divino imperfeições,
como Deus e tão humano como nós. O sacerdócio de Cristo é apresen­
100% Deus e 100% Homem. tado na Epístola aos Hebreus como
2.2, De uma vez por todas sendo superior, "segundo a ordem de
Quando morreu na cruz, Jesu s Melquisedeque [...] não tendo princípios
derramou o seu próprio sangue como de dias e nem fim de vida" (Hb 6.20:7.3),
pagamento pelos nossos pecados (Hb isto é, divino, perfeito, eterno. O sacer­
9.11-14), de uma vez por todas (Hb 7.27)! dócio de Cristo substitui o sacerdócio
Assim, com a redenção perfeita, terreno (leia Hb 9.11).
não há mais a necessidade da morte Assim, não há por que apelarmos
de animais. Os méritos do sacrifício a intermediários terrenos para obter­
de Cristo em nosso favor são per­ mos o perdão dos pecados. Temos
manentes. R esta-nos crer na obra em Cristo um representante ideal
da salvação e, através do poder do diante de Deus, alguém que pode
sangue de Jesus, receber a purifica­ "compadecer-se" de nós, expressão
ção de nossos pecados, para servir que siginifica "demonstrar simpatia
ao Deus vivo. por". Cristo entende você e vê o seu
2.3. “Mar do esquecimento" esforço para acertar. Em contrapar­
Não é difícil pensarmos nos pecados tida, Ele espera que você mantenha
que já cometemos (e até naqueles que "firme a confiança" (Hb 3.6), ou seja,
ainda lutamos contra) e, na medida em não abandone a fé,
que nos entristecemos, somos 3.2. A pessoa perfeita
inundados por um sentimento ^ os Deus exige de nós perfeição
ruim de que não merecemos MÉRITOS DO e o padrão dEle é elevado.
nos relacionar com um Deus SACRIFÍCIO DE Deus mandou que Abraão
tão perfeito e santo. CRISTO EM NOSSO fosse perfeito (Gn 17.1). Mi-
Bom, de fato não mere- « FAVOR SÃO
F
lênios após, Jesus disse a
PERMANENTES
cemos nada além da morte ’ mesma coisa (Mt 5.48). Paulo
(Rm 6.23), porém devemos ter também falou sobre a possibi­
sempre em mente que os méritos lidade dessa perfeição (2 Tm 3.17),

JUVENIS 13
igualmente sugerida em Hebreus 10.1, PARA CONCLUIR
para aqueles que se chegam a Deus
O Senhor é m encionado em
por intermédio de Jesus.
Com certeza já lhe ocorreu ficar Hebreus 4.14 como o “grande (gr. me-
indignado(a) por tornar a com eter gas) Sumo Sacerdote, Jesus (nome
um erro que já se havia proposto não humano dEle), Filho de Deus (titulo
repetir. Ou deixar de praticar uma boa divino)” porque atendia a todos os
ação, ainda que desejasse fazê-lo. O requisitos da Justiça de Deus — era
apóstolo Paulo vivia o mesmo dilema, 100% humano — sentiu sede, fome,
pois revela em Romanos 715: "Por­ cansaço... e era 100% Deus — “santo,
que 0 que faço, não o aprovo, pois o inocente, imaculado... sublime”(Hb
que quero, isso não faço; mas o que 7.26). Em razão disso, tendo as duas
aborreço, isso faço." Acontece que
naturezas, Jesus entende você com
essa é a condição de todos os seres
seus dilemas e o ajudará a superar
humanos. Todos, sem exceção, nas­
seus pecados.
cemos com deficiências morais. A boa
notícia é que Cristo se deparou com
a mesma situação, não que Ele tenha
sido moralmente imperfeito, porque < Q ^ hora d a r e v is ã o
jamais errou, mas como homem, pôde ............................................ ui ■»nm iMiiiiirnnn if rirfmr»i nmrni imn airnnrrn ~í nrí-rrimTrrT

conhecer de perto as nossas imper­ 1. O que encontramos no “Trono da


feições e descobrir o quanto é difícil Graça”?
ser justo. E foi justam ente pelo fato
de experimentar a natureza humana
sem pecado que Ele se tornou 0 Sumo
Sacerdote perfeito.
Note que não podemos estar sa­ 2. Os rituais da Lei de Moisés resolviam
tisfeitos com a nossa imperfeição, pois o problema do pecado?
cairemos no erro de aceitar o pecado
como uma coisa natural. Nossa pre­ 3. Onde é lançado o pecado perdoado
ocupação constante deve ser a de pelo sangue de Jesus?
não pecar. E, se errarmos, temos um
advogado no céu (1 Jo 2.1).
3,3. O impossível que se tornou
possível 4. Entre os hebreus, quem era o sumo
Hebreus 10.4 diz que é impossível sacerdote?

que o sangue de anim ais tire peca­


A

dos. E isso era um grave problema


no relacionamento dos homens com 5. Segundo a lição, quem exige de
Deus (Is 59.2). mas Cristo, o "Cordeiro nós a perfeição?
de Deus que tira o pecado do mun­
do”(Jo 1.29), tornou o impossível em
possível. © — ■ w w — n i . i —
A FÉ E O NOSSO
RELACIONAMENTO
COM DEUS
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam," (Hb 11.6)

Gn 6.9 A fé de Noé, pregador da justiça de Deus

* Gn 15,6 ir A fé de Abraão, amigo de Deus

V Lc 1.45 A fé de Maria, mãe do Salvador

V 2 Pe 2.7 ★ A fé de Ló, o justo

V 1 J05.4 ★ A fé em Cristo como fonte da vitória

V Hb 2.4 * O justo viverá da fé


LEITU R A BÍBLICA EM CLASSE

Hebreus 11.1-2,4, 6 - 8 ,11, 20-23, 31 8 Pela fé, Abraão, sendo chamado,


obedeceu, indo para um lugar que
Ora, a fé é o firme fundamento das
havia de receber por herança; e saiu,
coisas que se esperam e a prova das
sem saber para onde ia.
coisas que se não veem.
11 Pela fé, também a mesma Sara rece­
Porque, por ela, os antigos alcançaram
beu a virtude de conceber e deu à luz
testemunho.
já fora da idade; porquanto teve por
Peta fé, Abel ofereceu a Deus maior fiel aquele que Iho tinha prometido.
sacrifício do que Caim, pelo qual
20 Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú,
alcançou testemunho de que era
no tocante às coisas futuras.
justo, dando Deus testemunho dos
seus dons, e, por ela, depois de morto, 21 Pela fé, Jacó, próximo da morte, abençoou
ainda fala. cada um dos filhos de José e adorou en­
costado à ponta do seu bordão.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe,
porque é necessário que aquele que 22 Pela fé, José, próximo da morte, fez
se aproxima de Deus creia que ele menção da saída dos filhos de Israel
existe e que é galardoador dos que e deu ordem acerca de seus ossos.
o buscam. 23 Pela fé, Moisés, já nascido, foi escon­
Pela fé, Noé, divinamente avisado dido três meses por seus pais, porque
das coisas que ainda não se viam, viram que era um menino formoso; e
temeu, e, para salvação da sua família, não temeram o mandamento do rei.
preparou a arca, peta qual condenou 31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu
o mundo, e foi feito herdeiro da justiça com os incrédulos, acolhendo em paz
que é segundo a fé. os espias.

CONECTADO •••
Nas dificuldades, até os incrédulos clamam a Deus. Isto posto, alguns
cristãos vivem como verdadeiros ateus, uma vez que, imersos em distrações
espirituais, recorrem ao Senhor apenas no momento derradeiro de suas afli­
ções. Perderam o deleite de viver na presença de Deus. É um problema de fé,
pois, não 0 buscam em razão de suas mentes obscurecidas para a realidade
espiritual que se apresenta: a humanidade ruma para o fim de sua existência e,
inevitavelmente, aqueles que passam suas vidas longe do Senhor, não podem
exigir descansar a eternidade perto dEle. Portanto, ajuda-nos, Ó Senhor, a Te
conhecer e aprender de Ti!
1. O QUE É FÉ monstra essa realidade por meio de
1.1. Firme fundamento e prova boas obras (Ef 2.10), Então, à proporção
Em Hebreus 11.1 a Bíblia define a fé que as pessoas vão se aproximando
cristã como algo que traz uma certeza de Deus, dia após dia, a fé vai sendo
inabalável — firme fundamento, além aumentada (os discípulos pediram
de ser um elemento palpável — uma isso - Lc 17.5), como aconteceu com
prova — da realidade, ou seja, a fé for­ Estevão (At 6.5) e Barnabé (At 11.24),
nece o convencimento de que “aquilo que eram homens cheios de fé, ou
que Deus diz é verdade" e, ao mesmo seja, cheios da presença de Deus.
tempo, oferece uma prova inconfun­
dível, suficiente, completa, acerca da 2. SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR
concretude das promessas de Deus. ADEUS
Com a presença desta fé gerada pelo 2.1. Um relacionamento de confiança
Espírito, grandezas como tempo, espaço e fidelidade
e matéria apresentam-se apenas como Existem p esso as que, para se
detaLhes de um plano que acontecerá. relacionarem com outras, exigem
1.2. Fidelidade como caráter que tenham beleza: outras fazem
Em Hebreus 11.2 encontra-se a fé questão que haja muito dinheiro e
servindo para moldar o caráter das poder envolvidos, mas Deus requer,
pessoas, por isso diz-se que, por ela, simplesmente, a fé, que, como dito, não
“os antigos alcançaram testemunho". envolve apenas o crer, mas também
Interessante perceber que, no grego, o seguir — a fidelidade.
a palavra fé (p/sf/s - Hb 11.1) aparece, Assim, “sem fé é impossível agra­
em primeiro plano, como a convicção dar a Deus" (Hb 11.6). Deste modo, é
da verdade de algo, ou seja, a fé define importante mencionar que Deus só
nossa identificação com os parâmetros exige de nós aquilo que Ele já nos
morais de Deus e, assim, possuímos deu. Desta forma, como a Bíblia diz
esse caráter com base na obediência que Deus é fiel (1 Co 1.9), Ele também
a essa visão. pode — com base em sua justiça —
Por que os antigos alcançaram o exigir de nós fidelidade, e também
testemunho? Resposta: porque eles confiança (fé). Essa circunstância se
viveram de um modo diferente dos mostra tão real que, se alguém pedir
outros homens. Fizeram a diferença algo a Deus sem acreditar, sem fé,
em suas gerações, pois seguiram um “não pense tal homem que receberá
conjunto de princípios que, mes do Senhor alguma coisa" (Tg 1.7).
mo não escritos em tábuas de Existem vários tipos de
madeira ou pedra, haviam fé, mas o autor da epístola
sido modelados por Deus refere-se àquela forma de
em seus corações, — isso crer, de conscientem ente
é a manifestação da fé. nos colocarm os na inteira
1.3■ Dom do Espirito dependência do Senhor e de
Uma pessoa que possui acreditarmos que aquilo que não
a fé verdadeira, salvadora de vemos, é real. Essa é a fé que nos

JUVENIS 17
dá a certeza das coisas que podemos 3. A GALERIA DA FÉ
ver e tocar. É a fé que nos dá a certeza 3.1. Abel, Enoque, Noé
de que nossas orações serão respon­ Depois de traçar alguns aspectos
didas. Com a mesma fé, acreditamos subjetivos, conceituais, sobre a fé, o
que tudo o que nos acontece, até as escritor aos Hebreus descreve uma
coisas desagradáveis, contribuem para monumental galeria da fé, dando des­
o nosso bem (leia Rm 8.28). taque inicialmente a três personagens
2.2. Recompensa quem O busca que viveram em um tempo em que não
Outro aspecto relevante do caráter havia Bíblia, nem igreja, nem pastor,
de Deus é que Ele não é um mero mas que, mesmo assim, surgiram como
respondedor de orações. Se assim O heróis da fé que fizeram a diferença
fosse, "palavras mágicas" poderiam nos tempos em que viveram — Abel,
conquistá-lo, e ai, cumpridos os requi­ Enoque e Noé.
sitos, se fossem inseridos login e senha O espaço aqui, sem dúvida, é bas­
corretos, o resultado seria certo; porém, tante escasso para falar sobre os três,
Deus não é como o gênio da lâmpada, entretanto p o d e-se dizer que eles
um computador ou um caixa eletrônico. demonstraram uma fé muito gran­
Ser galardoador dos que O buscam de, ao romperem obstáculos sociais
(Hb 11.6) significa que o Senhor recom­ importantes e, todos eles, de forma
pensa àqueles que oram e confiam, seja inédita, estabeleceram um padrão de
dando-lhes sua presença, enchendo-os comunhão com Deus que, até hoje,
de alegria celestial ou qualquer outra serve de referência para 0 cristianismo,
bênção, conforme sua vontade. 3.2. Abraão, Sara, Isaque, Jacó
O segundo grupo de pessoas nas­
ceu milhares de anos após Abel, entre­
sW tanto marcaram o mundo, e também
o Céu, a tal ponto que Deus se intitula
como sendo o Senhor deles: Abraão,
Isaque e Jacó (Mt 22.32). Esses homens
/ *\ N estabeleceram o início da nação he-
breia, porém o fizeram a partir de uma
notável mulher chamada Sara, a qual
também teve o seu nome inserido nesse
hall da fama, o que é de se admirar,
principalmente porque as mulheres,
Para conhecer melhor naquele mundo antigo, eram conside­
esta galeria da fé, leia radas propriedade de seus maridos. A
"Herms da Fé: vinte mulher de Abraão acreditou num sonho
homens extraordinários impossível: ter um filho na sua velhice.
que incendiaram o mundo" O nascimento de Isaque foi um duplo
de Orlando Boyer. milagre: além de Sara ter ultrapassado
a idade da procriação, ela ainda era
estéril (Gn 11.30). Você tem um sonho

11 JUVENIS
im possível? A fé permitirá que você
PARA CONCLUIR
o alcance porque para Deus "tudo é
possível" (Mt 19.26). Deus é o maior missionário. Ele fala
todos os dias ao coração do homem
3 3 - José, Moisés, Raabe e, como fez com Abraão, considera
Por fim, mas não menos importan­ a fé dos seus servos (Lm 3.25). Deste
tes, m encionam -se os exemplos do modo, se cremos em Cristo e nas suas
patriarca José, do libertador Moisés
palavras, devemos agir à altura delas,
e da prostituta, de Canaã, Raabe.
portando-nos como os que andam na
Quantas distinções entre estes três
luz (1 Jo 1,7), Ainda que tenhamos uma
personagens! Contudo, ao mesmo
pequena fé, se esta for uma semente
tempo, quanta unidade de fé e amor
a Deus que osjuntam em um mesmo genuína, pode produzir maravilhas
"álbum de família" do povo hebreu, através da ação de Deus (Lc 17.6)!
Eles foram capazes de perdoar
seus irmãos, bem como seus inimi­ < C ^ H O R A DA REVISÃO
gos, creram que Deus podia fazer
em um movimento o que os homens l. Segundo Hebreus 11.1, o que a fé
passariam meses e anos para realizar cristã nos apresenta?
e, de fato, viram a glória de Deus em
todos os seus empreendimentos. Se
não conseguiram tudo o que queriam,
2. O que significa a palavra grega
deu-se pela fragilidade de suas próprias
pistis?
almas que, imperfeitas como as de nós
todos, sempre deixam algo a desejar.
Deus, porém, misericordioso como é,
frequentemente coloca em lugares de 3. Com base em que fundamento Deus
destaque aqueles cujos corações são pode exigir de nós a fidelidade?
firmes nEle (2 Cr 19.6; Sl 113.7).
O relacionamento com Deus só é
possível pela fé. Essa é a única maneira
4. Segundo a lição, quem era o segundo
de agradá-lo, isto é, de ser aceito por
grupo de pessoas nascidas milhares
Ele, Todos os heróis do Antigo Testa­ de anos após Abel, que, entretanto
mento, desde A bel até os profetas, marcaram o mundo, e também o
agiram "pela fé". Céu, a tal ponto que Deus se intitula
Ter fé é colocar-se inteiramente na como sendo o Senhor deles?
dependência de Deus, crendo que Ele
cuidará de nós e nos honrará a con­
fiança que depositamos nEle. Por isso,
5. De acordo com a lição, o que é ter
"deixemos todo embaraço e o pecado
fé?
que tão de perto nos rodeia e corramos,
com paciência, a carreira que nos está
proposta" (Hb 12.1). O
MAIS QUE VENCEDOR:
PROVAS E TENTAÇÕES
■‘Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus,
que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dara também o escape, para que a possais suportar. (1 Co 10.13

¥ Gn 3.6 * A tentação de Eva

¥ Dt 8.16 ★ A prova do povo hebreu

¥ Mt 26.41 ★ Orar para não entrar em tentação

¥ 2 Co 1.8 ★ Provas além das forças dos apóstolos

¥ 2 Sm 11.2 ★ A tentação de Davi

¥ Lc 4.1,2 * A tentação de Cristo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 1.1-16 9 Mas glorie-se o irmão abatido na sua
Tiago, servo de Deus e do Senhor exaltação,
Jesus Cristo, às doze tribos que 10 e o rico, em seu abatimento, porque
andam dispersas: saúde. ele passará como a flor da erva.

n Meus irmãos, tende grande gozo


quando cairdes em várias tentações,
11 Porque sai o sol com ardor, e a erva
seca, e a sua flor cai, e a formosa
sabendo que a prova da vossa fé aparência do seu aspecto perece;
produz a paciência. assim se murchará também o rico
Tenha, porém, a paciência a sua obra em seus caminhos.
perfeita, para que sejais perfeitos 12 Bem-aventurado o varão que sofre a
e completos, sem faltar em coisa tentação; porque, quando for provado,
alguma. receberá a coroa da vida, a qual o Se­
E, se algum de vós tem falta de sabe­ nhor tem prometido aos que o amam.
doria, peça-a a Deus, que a todos dá 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De
liberalmente e não o lança em rosto: Deus sou tentado; porque Deus
e ser-lhe-á dada. não pode ser tentado pelo mal e a

p Peça-a, porém, com fé, não duvidando:


porque o que duvida é semelhante à
ninguém tenta.
14 Mas cada um é tentado, quando
onda do mar, que é levada pelo vento atraído e engodado pela sua própria
e lançada de uma para outra parte. concupiscência.
Não pense tal homem que receberá 15 Depois, havendo a concupiscência con­
do Senhor alguma coisa. cebido, dá à luz o pecado; e o pecado,
O homem de coração dobre é incons­ sendo consumado, gera a morte.
tante em todos os seus caminhos. 16 Não erreis, meus amados irmãos.

CONECTADO •••
As provas bimestrais são sempre motivo de apreensão. As mãos suam, e
você teme esquecer ou não saber as respostas. Maus resultados em provas
levam à reprovação, o que significa perda de tempo e até de dinheiro, pois
alguns cursos são mantidos ao custo de altas mensalidades, e ninguém quer
reprovar, não é verdade? Na vida espiritual, a situação não é diferente. Sua
fé está sujeita a provas e tentações e o fracasso pode representar muito
mais do que perda de tempo e dinheiro ou repetir mais um ano escolar
pode afetar a sua salvação.
1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA da vida cristã, as tentações podem
1.1. Considerações gerais fazer parte das provas. Em Tiago 1.2,3:
A Epístola de Tiago é considerada "Meus irmãos, tende grande gozo
o “livro de Provérbios do Novo Testa­ quando cairdes em várias tentações,
mento" e foi escrita muito cedo quando, sabendo que a prova da vossa fé pro­
possivelm ente, sequer existissem duz a paciência" a palavra "tentação"
gentios na igreja ou esse número fosse expressa justam ente este sentido
expressivo, tanto que os destinatários mais amplo - 0 de provas que podem
são as “doze tribos, que andam disper­ incluir tentações.
sas" (Tg 1.1); alguns defendem a data Tiago revela, no texto da Leitura
da escrita de 45 d.C., outros conside­ Bíblica em Classe, os principais ele­
ram um período posterior, antes de mentos envolvidos nas provações
63 d.C., data do provável martírio de espirituais: os benefícios imediatos
Tiago, que era meio-irmão de Jesus e futuros, as garantias que temos,
(Mt 13:55; Mc 6:3), ele provavelmente a origem da tentação e do pecado.
se converteu após a Ressurreição, mas 2.2. Alegria na provação
já participou do culto no cenáculo no Tiago começa sua Epístola de for­
dia de Pentecostes (At 1.14). Ele foi ma direta, pois, em vez de “decretar”a
líder da igreja em Jerusalém (Gl 2.9). vitória dos cristãos sobre as provações
A Epístola não apresenta um tema (gr. peirasm os), ele orienta os crentes
básico, mas traz várias abordagens a se alegrarem pelos sofrimentos (Tg
práticas, realçando, dentre outras 1.2). Quem gostaria de receber uma
coisas, a necessidade das boas obras, mensagem dessas no meio da perse­
como era de se esperar de um pastor. guição? Mas era isso o que o Espirito
1.2. Tiago x Paulo? Santo estava querendo da igreja. Nada
Há quem defenda que Tiago escre­ de "decreto” de vitória, ou, no outro
veu a Epístola como resposta à dou­ extremo, murmuração, mas ações de
trina de Paulo sobre a salvação pela graças, alegria! As coisas do Reino de
graça, não pelas obras. No entanto, à Deus, reconheçamos, são um tanto
época em que Tiago escreveu, Paulo “inusitadas" para o raciocínio huma­
não tinha enviado as cartas aos Gálatas, no. Alegrar-se pela dor? Sim! E eis a
Romanos ou Efésios. Na verdade, Paulo resposta: suportar a dor da provação
e Tiago estavam na mesma batalha gera paciência (perseverança), que faz
teoLógica, lutando juntos como guer­ o crente ganhar força espiritual.
reiros, um de costas para o outro, Parece contraditório, mas Tiago
defendendo flancos opostos; afirma que as provações devem
afinal, os inimigos vinham de ser motivo de comemoração,
todos os lados. não pelo sofrimento que lhe
estão causando, mas pelos
2. AS PROVAÇÕES benefícios imediatos e fu­
2.1. Tentação ou provação turos de que você desfrutará
Provas e tentações são coi­ caso saia vencedor —amadure­
sas diferentes, mas no contexto cimento espiritual e a vida eterna.

2 2 JUVENIS
2.3. A aprovação da fé ção: “mas cada um é tentado, quando
Mais adiante (Tg 1.12), retoma-se o atraído e engodado pela sua própria
assunto de provas, quando, novamente, concupiscência”(Tg 1.14). No caso de
Tiago surpreende ao afirmar que passar Eva, o desejo intenso por algo proibido
por tributações, na verdade, é uma — que estava em sua mente — fez
bem-aventurança (Mt 5.11,12), ou seja, é com que ela se aproximasse da ár­
algo que deve fazer o crente se alegrar vore do conhecimento do bem e do
muito. Como pode ser isso? O texto mal, no Éden. Satanás, falando pela
nos estimula a olhar para o objetivo boca de uma serpente, simplesmente
da prova, não para a prova em si, ao aproveitou o momento e aguçou o
dizer: “depois de ter sido aprovado...” sentimento de desobediência a Deus.
(NAA) recomendando, assim, o cris­ 3.2. O caminho da tentação
tão a oLhar para frente, quando dias Depois de a cobiça conquistar a
melhores virão, seja nesta vida ou na vontade humana, “dá à luz ao peca­
outra — afinal, de um jeito ou de outro, do” e, assim, o ser humano se torna
aconteça o que acontecer, somos mais digno de morte (Tg 1.15). O caminho
que vencedores (Rm 8.37). Este é o da tentação (gr. peirasm os), começa,
padrão que Deus estabeleceu para dessa forma, a partir de uma fagulha
enfrentarmos as provações! humana, a qual, sendo alimentada
2.4. O triunfo da fé com o “oxigênio da paixão", pode se
A visão do crente não pode ficar, alastrar rapidamente, causando um
exclusivamente, nas coisas desta vida. grande incêndio, gerando destruição,
Por tal razão, Tiago lembra, para supor­ ALgumas vezes a pessoa consegue,
tarmos as provações, a recompensa depois de algum tempo, reconstruir o
da “coroa da vida, a qual o Senhor tem que foi destruído. Noutras situações,
prometido aos que o amam" (Tg 1.12).
Esse é o segredo: quem ama a Deus
A ' /
passa pelas provações, pois almeja,
sobretudo, as coisas do Céu. Se, porém,
o propósito do cristão for juntar bens
materiais, ter sucesso, fama, poderá
enfrentar crises, tornar-se desobediente
ou, até, apostatar da fé. O antídoto para
esses "efeitos colaterais” das provas, #
porém, encontra-se facilmente: man­
tenha o foco em Deus, pense e ame as
coisas do Céu, e Deus Lhe concederá Em "Vivendo Provérbios”,
o que deseja o seu coração (Sl 37.3,4). Charles Swindoll mostra
o quanto a sabedoria de
3. AS TENTAÇÕES Provérbios é uma inspira­
3 -1. A origem das tentações ção para enfrentarmos os
Com o Paulo (1 Co 10.13), Tiago conflitos diários.
demonstra a origem humana da tenta­

JUVENIS 23
a destruição é irreversível, como no
PARA CONCLUIR
caso do adultério: “O que adultera com
uma mulher é falto de entendimento; A vigilância é uma arma poderosa para
destrói a sua alma o que tal faz. Achará estarmos prevenidos contra as tenta­
castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio ções (Mt 26.41; Lc 22.46) e devemos
nunca se apagará" (Pv 6,32,33). escapar das causas da tentação (Gn
39.10-12). Já em relação à provação,
4. CONSELHOS devemos reconhecer quando prova
4.1. Peça sabedoria é de Deus e aceitar sua soberania
Tiago, como Salomão, em Provér­
absoluta (Jó 1.20-22). As provações
bios, traz alguns conselhos importantes.
são exercícios na pedagogia de Deus.
O primeiro é: peça sabedoria (Tg 1.5).
Como as pessoas vivem felizes ao rece­
berem sabedoria: tendo pouco ou muito,
podem enxergar a vida pelas “lentes de < Q HORA DA REVISÃO
Deus", para vencer o pecado e o mal.
Tiago nos garante que Deus pode 1. Segundo a lição, qual Epístola é
dar sabedoria a quem lhe pedir (v.5), considerada “livro de Provérbios
mas o pedido deve ser feito "com fé, do Novo Testamento”?
não duvidando", ou seja, está disponível
somente aos que mantêm um relacio­
namento com Ele. Deus está propondo
2. Segundo a lição, por que, pos­
compartilhar conosco a sua sabedoria, sivelmente, podemos dizer que
que não se trata de simples aplicação a Epístola de T iago foi escrita,
de conhecimento. A sabedoria divina é historicam ente, pouco tem po
aquela que nos permite compreender após os eventos narrados nos
mistérios eternos e nos orienta em deter­ Evangelhos?
minadas situações, e normalmente está
acima da nossa compreensão intelectual.
4.2. Tenha fé
3. De acordo com a lição, qual é o
Acredite que, mesmo diante da
antídoto para os "efeitos colaterais"
vaidade da vida (Tg 1.9-11) - tudo passa
das provas?
rapidamente, Deus é fiel para atender
à sua petição. Assim, ao se aproximar
do Senhor, faça-o com confiança. Ore
sempre e nunca duvide dEle (Tg 1.6-8). 4. Qual versículo nos mostra o caminho
A A

4.3. Não erre da Tentação?


Tiago, após falar sobre provação,
tentação, sabedoria, fé, encerra dizendo: 5. Segundo a Carta de Tiago, o que de­
não erre (Tg 1.16). Todos temos o livre vemos fazer se não temos sabedoria? _j_
arbítrio, mas escolhamos sempre não
errar, pois isso pode nos custar os bens
mais preciosos da existência. ® . ------ — ---- — — — — — — -------- +
FÉ E OBRAS

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,
as quais Deus preparou para que andássemos neLas.” (Ef2.io)

1 Rs 17.13.14 * A fé evidente nas obras da viúva de Sarepta

* 1 Rs 18.3,4 ★ A fé evidente nas obras de Obadias

V Lc 7.6-9 ★ A fé evidente nas obras de um centurião

V At 4.36,37 * A fé evidente nas obras de Barnabé

V At 4.34 ★ A fé evidente nas obras da Igreja em Jerusalém

V 2 Co 9.13 ★ A fé evidente nas obras da Igreja em Corinto


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tiago 1.26,27 19 Tu crês que há um só Deus? Fazes


bem; também os demônios o creem
26 Se alguém entre vós cuida ser religioso
e estremecem.
e não refreia a sua lingua, antes, engana
o seu coração, a religião desse é vã. 20 Mas, ó homem vão, queres tu saber
que a fé sem as obras é morta?
27 A religião pura e imaculada para com
Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos
e as viúvas nas suas tribulações e
21 Porventura Abraão, o nosso pai, não
foi justificado pelas obras, quando
n
guardar-se da corrupção do mundo. ofereceu sobre o altar o seu filho
Isaque?
Tiago 2.1,14.17-26
1 Meus irmãos, não tenhais a fé de 22 Bem vês que a fé cooperou com as
suas obras e que, pelas obras, a fé
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da
glória, em acepção de pessoas. foi aperfeiçoada,

2 Porque, se no vosso ajuntamento 23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E


entrar algum homem com anel de creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso
ouro no dedo, com vestes preciosas, imputado como justiça, e foi chamado
e entrar também algum pobre com o amigo de Deus.
sórdida vestimenta, 24 Vedes, então, que o homem é jus­
14 Meus irmãos, que aproveita se alguém tificado pelas obras e não somente
disser que tem fé e não tiver as obras? pela fé.
Porventura, a fé pode salvá-lo? 25 E de igual modo Raabe, a meretriz,
17 Assim também a fé, se não tiver as não foi também justificada pelas obras,
obras, é morta em si mesma. quando recolheu os emissários e os
despediu por outro caminho?
18 Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu
tenho as obras; mostra-me a tua fé 26 Porque, assim como o corpo sem o
sem as tuas obras, e eu te mostrarei espírito está morto, assim também a
a minha fé pelas minhas obras. fé sem obras é morta.

__________________________□

• • 0 CONECTADO COM DEUS • • •


A Epístola de Tiago não deixa dúvidas quanto à prática da fé. Ela ressalta
os dois aspectos da "religião pura”: a preocupação que devemos ter com os
necessitados e 0 cuidado em nos preservarmos das armadilhas do sistema
a que estamos submetidos neste mundo.
Na esteira deste raciocínio, há uma condenação veemente a um pecado
descrito na Bíblia como "acepção de pessoas" (Tg 2.1), que produz efeitos
levastadores nos princípios cristãos. Precisamos aprender sobre este as
;unto tão importante, quando Tiago quer saber onde estão as nossas obras,
Dorque "a fé sem obras é morta" (Tg 2.26).

Í
1 . A VERDADEIRA RELIGIÃO e viúvas representam todas as pessoas
© A Bíblia, em Tiago 1.26,27, traz
o termo grego threskeia, que
vulneráveis, que precisam de nós e
estão próximas — nossos familiares,
pode ser traduzido como "religião" — amigos, vizinhos, conhecidos em geral
que compreende os conceitos teoló­ (ou até desconhecidos) — os quais
gicos e a vida devocional, em relação necessitam de nossa atenção especial;
à divindade, de um indivíduo. Tiago, guardar-se de se envolver com os
então, põe, como se diz, “o dedo na pecados é amar a Deus, afinal, “quem
ferida”, fazendo a diferença entre o se faz amigo do mundo, se constitui
faLso e o verdadeiro adorador. inimigo de Deus”(Tg 4.4.).
1.1. Religião vã
Tiago alerta para quem não “refreia 2 . ACEPÇÃO DE PESSOAS
sua língua", ou seja, quem não con­ Continuando no assunto do amor
trola suas palavras, que sua religião ao próximo, Tiago dedica mais nove
é vã (Tg 1.26) — não vale nada. Temos versículos (Tg 2.1-9), falando sobre
de ter muito cuidado para não falar a importância do amor, ao criticar a
palavrões, piadas imorais, racistas, diferença de tratamento que pode ser
críticas púbLicas à doutrina da Igreja dado entre ricos e pobres.
(escandaliza o Evangelho — se há
problem as na igreja, procure seu
pastor e co n verse com ele). Não v' ' /
seja instrumento de propagação de
notícias que não glorificam a Deus —
inclusive, e principalmente, nas redes
sociais — isso também significa não
refrear a Língua.
Assim, a nossa fala nos denuncia,
como aconteceu com Pedro (Mt 26.73),
pois ela demonstra quem verdadei­
ramente somos. Tiago conclui que,
Descubra o vínculo
quem se diz cristão, e fala (e escreve)
entre a fé com
o que não deve, engana o seu próprio
que cremos em Deus
coração — não entrará no Céu!
1.2. Religião pura e as obras
Por outro lado, em Tiago 1.27 orien- que demonstram nossa
ta-se sobre o verdadeiro andar com fé neste mesmo
Deus — a religião pura, que pode ser Deus lendo "Fé & Obras:
observada por condutas no cotidiano Ensinos de Tiago para
da vida, quais sejam: “visitar os órfãos uma Vida Cristã
e as viúvas em suas tributações e Autêntica".
guardar-se da corrupção do mundo”.
A Bíblia, aqui, fala sobre o amor ao
próximo e a Deus, sendo que os órfãos

JUVENIS 27
2.1. Preconceito do Senhor, também devemos fazer o
Tiago identifica comportamentos, mesmo: amar a todos com o padrão
na igreja, que não agradavam a Deus, de Jesus.
quando tratavam diferentemente ricos
e pobres — preconceito. Aliás, esse 3. BOAS OBRAS, UMA NECESSIDADE
problema acontecia também em Co- 3.1. Amar de fato e de verdade
rinto (1 Co 11,17-22), ou seja, não era Em Tiago 2.15-18 existe a adver­
novidade entre os cristãos primitivos. tência de que devemos praticar boas
Em Jerusalém, a discriminação acon­ obras que demonstram a vitalidade da
tecia em relação às viúvas não judias nossa fé, em conformidade ao que tinha
— etnocentrismo (At 6.1), mas o Senhor sido ensinado por Jesus (Mt 5.16), e,
nunca concordou com qualquer tipo de posteriormente, pelos apóstolos Paulo
preconceito, seja ele racial (Jesus falava (Ef 2.10) e João (1 Jo 3.17,18), revelando
com samaritanos), seja ele social (Jesus um dos grandes perigos da vida cristã:
tratava bem tanto os pobres como acreditar que o viver cristão se resume
os ricos, doentes e sãos) ou religioso a crer em Deus e somente frequentar
(conversou com a mulher samaritana) aos cultos.
— uma das razões pela qual era odiado Há quem pense, e defenda, que
por seus compatriotas judeus. Que sua liberdade em Cristo deve ser
Deus nos ajude a vencermos nossos aproveitada de maneira independente,
preconceitos e aprendamos a amar podendo o servo de Deus passar seus
como Jesus. dias vivendo para si mesmo, e seus
2.2. O pecado deleites (Tg 4.1). “curtindo" as redes
Tiago, por fim (2.9), diz que quem sociais com os amigos, sendo alguém
“faz acepção de pessoas” (tem pre­ muito querido na escola, uma pessoa
conceito) comete pecado e pode ser descolada"... Não! O apóstolo Tiago
considerado como alguém desobe­ alerta que o cristianismo precisa ser
diente. A Epistola de Tiago tirava a muito mais do que isso, necessita ir
máscara de comportamentos errados além das aparências; temos que fazer
que eram praticados na Igreja Primiti­ a diferença neste mundo perdido, e
va, colocando as pessoas que assim as nossas boas ações, no dia a dia,
agiam nos seus devidos lugares: eram darão o tom da nossa fé em Jesus
desobedientes. Cristo; afinal, “aquele que diz estar
Como criaturas feitas à imagem nele, também deve andar como ele
e semelhança de Deus, todos os andou”(1 Jo 2.6).
seres humanos merecem, in­ 3.2. A fé e as obras de Abraão
NOS, Tiago, depois de m en­
dependentemente do status j
SERVOS DO SE­ i
social, intelectualidade, pres­ cionar a necessidade de o
NHOR, DEVEMOS
tígio, cor da pele, etc., ser AMAR A TODOS crente realizar boas obras,
bem tratados. Deus não dis- \ COM 0 PADRÃO informando que a fé sem
tingue as pessoas utilizando DE JESUS obras é morta (Tg 2.14-20),
CRISTO ■ ou seja, não possui nenhum
essas categorias estabelecidas
por alguns, por isso, nós, servos valor, fala sobre o exemplo de

2 8 JUVENIS
Abraão, o qual além de crerem Deus,
PARA CONCLUIR
era seu amigo, obedecia a todas as
ordens do Senhor, até mesmo as que A lição deste domingo nos faz apren­
pareciam absurdas, como sacrificar seu der, através dos ensinamentos do
filho Isaque (Gn 22). Em Tiago 2.1-24, apóstolo Tiago, a importância de viver
o Espírito Santo explica que “a fé [de a verdadeira religião, sem cair na reli­
Abraãol cooperou com as suas obras e giosidade vazia, e que não devemos
que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada".
praticar boas obras para ser salvos,
Desta maneira, também nós do
mas que, por que somos salvos, prati­
século 21, precisamos estar atentos à
camos boas obras sem fazer acepção
voz de Deus e também às necessidades
de pessoas. Que o Senhor nos ajude
dos nossos irmãos. Boas obras não
significam, portanto, apenas esmolas, a viver a religião bíblica!
ofertas, trabalho contínuo na igreja,
mas também obediência irrestrita aos < HORA DA REVISÃO
mandamentos de Deus e estender
nossas mãos ao próximo. 1. O que significa a palavra grega
3 3 - A fé e as obras de Raabe threskeia?
Depois de citar um exemplo nobre,
do patriarca Abraão, Tiago apresenta a
justificação de uma prostituta, a qual
sequer era israelita: Raabe. Deus, com
2. Qual o alerta da Epístola aos que
isso, estava provando que, tanto o nobre
não refreiam a língua?
representante hebreu como a mais
indigna e ultrajante pecadora, podem
ter a redenção se, com fé, realizarem
boas obras para Deus. Nós, também,
independentemente da nossa condição 3. Segundo a lição, o que representam as
espiritual anterior, seremos aceitos viúvas e os órfãos em em Tiago 117?
por Deus se vivermos a fé em Cristo,
realizando boas obras. ©

Vá líWkj 4. Qual comportamento nocivo Tiago


alerta aos crentes?
UMA ARMA
PODEROSAMENTE
MORTAL
“Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de
falarem enganosamente.”(Si 3413)______

V At 7.22 ★ Moisés era poderoso em palavras.

^ At 12.22 ★ Herodes era poderoso em palavras.

V rcfa S l 57.4 ★ Homens cujas línguas são espadas afiadas,

V At 14.12★ U m grande ensinador.


^ At 18.24 ★ U m grande pregador.
^ éÊl Jo 7.46 ★ O maior ensinador e pregador de todos os tempos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 3.3-13 amansa e foi domada pela natureza
Ora, nós pomos freio nas bocas dos humana;

n cavalos, para que nos obedeçam; e


conseguimos dirigir todo 0 seu corpo.
Vede também as naus que, sendo
8 mas nenhum homem pode domar
a língua. É um mal que não se pode
refrear; está cheia de peçonha mortal.
tão grandes e levadas de impetu­ 9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e
osos ventos, se viram com um bem com ela amaldiçoamos os homens,
pequeno leme para onde quer a feitos à semelhança de Deus:
vontade daquele que as governa. 10 de uma mesma boca procede bênção
Assim também a língua é um peque­ e maldição. Meus irmãos, não convém
no membro e gloria-se de grandes que isto se faça assim,
coisas. Vede quão grande bosque 11 Porventura, deita alguma fonte de
um pequeno fogo incendeia. um mesmo manancial água doce
A língua também é um fogo; como e água amargosa?
mundo de iniquidade, a língua está posta
p entre os nossos membros, e contamina
todo o corpo, e inflama o curso da na­
12 Meus irmãos, pode também a figueira
produzir azeitonas ou a videira, figos?
Assim, tampouco pode uma fonte dar
tureza, e é inflamada pelo inferno. água salgada e doce.
Porque toda a natureza, tanto de 13 Quem dentre vós é sábio e inteligente?
bestas-feras como de aves, tanto de Mostre, pelo seu bom trato, as suas
répteis como de animais do mar, se obras em mansidão de sabedoria.

As palavras insensatas e apressadas ferem como espadas (Pv 12.18a).


Em inúmeras ocasiões nós somos feridos e ferimos as pessoas com nossas
palavras. Porém, atentemo-nos para Cristo, 0 qual, sendo superior em tudo,
era sábio e amoroso no seu falar, cujos lábios trazem sobre os povos a cura
(Pv 12.18b). Que possuamos a linguagem de Cristo, 0 Amor. Que 0 Senhor
nos livre de dizer 0 que Ele não ordenou (Dt 18.20-22); de falar 0 que Ele não
ensinou (íTm 6.3-5) e de esquecer as bênçãos dEle (Sl 103.2).
l. O PODER DA LÍNGUA Deus ou condenados (Mt 12.37) e que
1.1. Palavras, a ponte para o quem Lhe confessar diante dos homens
futuro Ele o confessará diante de Deus (Mt
Em Tiago 3.2 Deus nos adverte 10.32). Paulo, por sua vez, diz que “se,
acerca da importância da nossa fala, com a tua boca confessares ao Senhor
esclarecendo que “se alguém não tro­ Jesus... serás salvo" (Rm 10.9). Assim,
peça em palavra, o tal varão é perfeito nossas paLavras têm muito a ver com
e poderoso para também refrear todo 0 o nosso futuro.
corpo". Assim, nossas palavras podem í.z. O exemplo do cavalo
nos aperfeiçoar no caminho de Deus Desde a antiguidade, entre as na­
e promover o cenário ideal para que ções, o cavalo é símbolo de força (Jó
conquistem os estrondosas vitórias 39.19-25). Então Deus, para explicar
sobre a carne (desejos da natureza como devemos ter cuidado com nos­
humana) e o mundo, fazendo-nos, mais sas palavras, lembra que freios são
que vencedores, como Cristo. colocados nas bocas dos cavalos, para
As palavras, sem dúvida, possuem que obedeçam (Tg 3.3). Ora, para que
relevância para as vidas humanas. O serve um cavalo desobediente? Para
próprio Jesus m encionou que, por nada! Somente quando o seu corpo
nossas palavras, seremos aceitos por pode ser dirigido por seu dono é que
ele passa a ter serventia e valor para os
homens. Sem adestramento, ele não
passa de um animal selvagem.
x W Dessa forma, como o cavalo se
tornou vital para as grandes guerras
da humanidade por sua submissão (e
isso se deu, sobretudo, através do freio
de sua boca), também nós devemos
nos conter e ter sempre uma palavra
“agradável, temperada com sal" (Cl 46),
para a glória de Deus.
1.3. O exemplo do navio
Com o perceber o Símbolo de prosperidade e riqueza,
momento e identificar os navios do passado (naus) também
quando 0 silêncio é ouro e são lembrados pelo Espírito Santo,
quando não é? Descubra para orientar acerca da importância
do controle das palavras, pois, embora
lendo: "Quando falar na
eles sendo “tão grandes" e levados
hora certa: Princípios
de um lado para o outro por ventos
Divinos para Conversas impetuosos, “se viram com um bem
das quais Você não se pequeno leme para onde quer a von­
Arrependerá". tade daquele que as governa" (Tg 34).
O Senhor, aqui, sinaliza uma vida
ch eia de bênçãos, “com o o navio

32 JUVENIS
mercante [que] de longe traz o seu adverte: “todo o homem seja pronto
pão" (Pv 31.14), m as isso som ente para ouvir, tardio para falar, tardio para
para aquele que é sábio no uso das se irar”(Tg 1.19). Todo cuidado é pouco.
paLavras, deixando-se governar pelo
Espirito Santo. 3. U M A F O R Ç A IN D O M Á V E L
3.1. Ninguém doma a língua
2. U M A AR M A M ORTAL Em Tiago 3.7,8 Deus, de uma forma
2.1. Pequeno órgão, porém ousado didática, novamente, explica o perigo
Depois de mencionaras conquistas do uso da fala, mencionando que a
que um falar equilibrado, nos domí­ natureza irracional dos animais permite
nios do Espírito, pode oferecer, Tiago que eles sejam adestrados, mas o
apresenta o lado perigoso, traiçoeiro, homem natural, por sua vez, não con­
do uso das palavras, começando pela segue controlaras palavras, podendo
possibilidade da soberba (Tg 3.4). Davi, ser, assim, instrumento do mal.
acerca disso, orava: “Também da so­ Há muitos exemplos, na Bíblia, de
berba guarda o teu servo, para que pessoas de bem usando as palavras
se não assenhoreie de mim (...) Sejam como instrumento do male, com isso,
agradáveis as palavras da minha boca trazendo enormes prejuízos, como
e a meditação do meu coração perante aconteceu com Pedro (Mt 16.22,23) e
a tua face, Senhor!”(Sl 19.13,14). Que o Ananias e Safira (At 5.1-10), dentre outros.
Senhor ponha uma guarda à porta dos Somente pela ação do Espírito Santo
nossos lábios (Sl 141.3). a pessoa pode controlar as palavras.
2.2. O perigo da rebelião 3.2. Desenhando o problema
As grandes rebeliões que destroem O que acontece se, em um copo com
a ordem estabelecida sempre come­ água mineral, for colocada água suja? A
çam com uma palavra, que depois água deixará de ser pura e, logo, todo o
incendeia outros e assim se alastra líquido será imprestável para consumo
indefinidam ente, às vezes, até por humano. Simples assim. Tiago, dessa
todo o mundo. Por isso, o Senhor ad- maneira, explicava que se um crente —
verte-te: “vede quão grande bosque “manancial de água doce”— começar a
um pequeno fogo incendeia”(Tg 3.5). falar imoralidades, palavrões, heresias,
A fala rebelde, da mesma forma, amaldiçoar pessoas, enfim, coisas que
pode se alastrar rapidamente como não convém aos santos (Tg 3.10) —“água
fogo promovido pelo mal, e assim amargosa" — deixará de ser uma “fonte
muitos na Casa de Deus serem con­ de água”agradável a Deus. Por isso,
taminados. Está escrito: “a língua ele diz que é impossível ser santo
também é um fogo: como TODO e profano nas palavras simul­
HOMEM SEJA
mundo de iniquidade, a lín­ taneamente, como não “pode
PRONTO PARA
gua está posta entre os nos­ OUVIR, TARDIO uma fonte dar água salgada
sos membros, e contamina PARA FALAR, e doce" (Tg 3.12).
todo o corpo, e inflama o cur­ TARDIO PARA 3.3. Palavra com sabedoria
so da natureza, e é inflamada SE IRAR." Em Tiago 3.13, o apóstolo
pelo inferno”(Tg 3.6). Tiago ainda pergunta: “Quem dentre vós é

JUVENIS 33
sábio e inteligente”? Esse era o ponto PARA CONCLUIR
chave: como se conduzir corretamente
É impressionante como um órgão
como cristão, visto que somos incapa­
tão pequeno como a língua pode mudar
zes de domar nossa língua. Para explicar
isso, Tiago não produz uma resposta a trajetória do homem, assim como o
mística, mas apenas usa o cajado de leme de um navio altera toda a rota da
pastor para ensinar: “Mostre, pelo seu gigantesca embarcação! Enquanto os
bom trato, as suas obras em mansidão ímpios usam a língua para o mal, os cren­
de sabedoria"; ou seja, “conte até dez" tes em Jesus são ensinados a dominar
(isto é: tenha calma antes de falar, pen­ suas falas para que elas comuniquem a
se bem) quando tiver de responder a Palavra de Deus e produzam bênçãos.
alguma fala desrespeitosa. Que oremos como o Rei Davi (Sl 19.13,14).
A palavra deve ser, portanto, “tem­
perada com sal", isto é, que demonstre
“bom trato, em mansidão de sabedoria”, < Q ^HO RA DA REVISÃO
significando que devemos falar sem
desrespeito às pessoas (bom trato), 1. O que, em Tiago 3.2, Deus nos adverte
sem afobamento (com mansidão) e acerca da importância da nossa fala?
em sabedoria — falar o necessário,
com economia — afinal, Deus nos deu
dois ouvidos e uma boca exatamente 2. Qual símbolo de prosperidade e
para ouvirmos duas vezes mais do riqueza é lembrado pelo Espírito
que falamos. Santo para orientar acerca da im­
Percebe-se, entretanto, frequen­ portância do controle das palavras?
temente, que muitos de nós, cristãos
entramos em grandes confusões — e
desagradamos ao Senhor —porque não
obedecemos a essa importante orien­ 3. Segundo a lição, quais os dois
exemplos de pessoas que usaram
tação divina. Assim, ouça bem antes de
as palavras para o mal?
responder e, após, fale com amor, com
mansidão, somente o necessário, nos
domínios do Espírito Santo. ®
4. Qual a resposta do apóstolo Tiago
à pergunta: “Quem dentre vós é

VàjlCliUÍ% sábio e inteligente"?

g .. .....____ .


5. Segundo a lição, o que devemos
fazer para não entrar em grandes
confusões?
A SANTIFICAÇÃO
NECESSÁRIA
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
_______ ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14)

Ap 15.4 ★ Som ente o Senhor é plenamente santo

* Hb 12.14 ★ Santificação, requisito para ver a Deus

Js 3.5 ★ Santificação, requisito do milagre

¥ Js 7,13 ★ Santificação, requisito para expurgar o pecado

V 1 Cr 15.12 ★ Santificação, requisito para conduzir a Arca

V 1 Pe 3.15 ★ Santificando a Cristo como Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Pedro 1.13-24
13 Portanto, cingindo os lombos do vosso
íg mas com o precioso sangue de Cristo,
como de um cordeiro imaculado e
n
entendimento, sede sóbrios e esperai incontaminado,
inteiramente na graça que se vos ofe­ 20 o qual, na verdade, em outro tempo, foi
receu na revelação de Jesus Cristo, conhecido, ainda antes da fundação
14 como filhos obedientes, não vos con­ do mundo, mas manifestado, nestes
formando com as concupiscências últimos tempos, por amor de vós;
que antes havia em vossa ignorância; 21 e por ele credes em Deus, que o
15 mas, como é santo aquele que vos ressuscitou dos mortos e lhe deu
chamou, sede vós também santos glória, para que a vossa fé e esperança
em toda a vossa maneira de viver, estivessem em Deus.
16 porquanto escrito está: Sede santos, 22 Purificando a vossa alma na obediência
porque eu sou santo. à verdade, para amor fraternal, não
fingido, amai-vos ardentemente uns
17 E, se invocais por Pai aquele que, sem
aos outros, com um coração puro;
acepção de pessoas, julga segundo
a obra de cada um, andai em temor, 23 sendo de novo gerados, não de
durante o tempo da vossa peregri­ semente corruptível, mas da incor­
nação, ruptível, pela palavra de Deus, viva
18 sabendo que não foi com coisas cor­ e que permanece para sempre.
ruptíveis, como prata ou ouro, que 24 Porque toda carne é como erva, e
fostes resgatados da vossa vã maneira toda a glória do homem, como a
de viver que, por tradição, recebestes flor da erva. Secou-se a erva, e caiu
dos vossos pais, a sua flor;

»
• CONECTADO COM DEUS • • •
A busca pela santificação é a marca que nos diferencia. Várias vezes, dei­
xamos de participar de ambientes festivos e lugares comuns aos descrentes
(1 Co 7.35). Contudo, agimos assim, não por sermos superiores, mas porque
vemos a nossa pecaminosidade. Por isso não podemos nos considerar “mais
santo" do que os outros (Mt 234; Lc 18.11}. De outro modo. há 0 “libertino”, que
não passa de um cego, 0 qual ama a vida desregrada e disfarça sua veneração
às concupiscências com um simples “nada a ver" (Ef 4.18 e 2 Tm 4,3). Porém,
o santo autêntico, se sacrifica todos os dias em prol de uma vida piedosa e
cheia da graça de Deus (1 Co 7.1).
M

M
4
IN T R O D U Ç Ã O À E P ÍS T O L A virá depois. Assim, diante de tantas
A Primeira Carta de Pedro foi coisas maravilhosas que Deus fez e faz
o primeiro livro admitido no cânon por nós, devemos ser corajosos para
sagrado e, pela tradição, acredita-se defender 0 Reino, viver 0 Evangelho,
que tenha sido escrito entre 63 e 67 participar dos sofrimentos de Cristo.
d.C. Há quem defenda, porém, que Deus não nos chamou a navegar pelo
a data deve ser admitida em 60 d.C,. mar desta vida sem propósito, mas Ele
A discussão principal gira em torno espera que integremos sua equipe de
de saber se a epístola universal foi obreiros, navegando dignamente, em
escrita antes ou depois da persegui­ seu nome. Era essa a mensagem inicial
ção de Nero (64 d.C.), pois Pedro traz de Pedro aos peregrinos.
como tema principal a vitória sobre o 2.2. Cingindo os lombos do vosso
sofrimento (palavra que aparece 15 entendimento.
vezes), havendo dúvida se ele estava Em seguida, Pedro, pelo Espírito,
profetizando acerca do que iria acon­ fala sobre cingir os lombos do enten­
tecer ou se ele já estava consolando os dimento, isto é, que as mentes dos
cristãos pela perseguição e difamação d iscíp u los estivessem preparadas
empreendidas pelo Império Romano, para os grandes desafios do Reino.
que culparia ou culpava os cristãos Os cristãos, ainda que dispersos e
por supostamente colocarem fogo em perseguidos, deveríam se fortalecer
Roma. Assim, essa epístola foi escrita mentalmente, entenderem os tempos,
para animar os cristãos, que estavam e agirem com fé. Se não possuíssem
dispersos na Ásia Menor, cumprindo onde pousar, nem aonde ir, que per­
sua missão de fortalecer os irmãos (Lc manecessem seguindo adiante, mas
22.32), estimulando-os, igualmente, a que nunca desanimassem
manterem uma conduta santa enquanto
peregrinam neste mundo.

2 . C O N S E L H O S AO S PER EG R IN O S
Esta Epístola foi escrita para pessoas
que estavam em desconforto, longe de
seus líderes, sufocadas pelas tribula-
ções da vida, mas, apesar de tudo isso,
deveríam se lembrar do compromisso
com Cristo. Assim, depois de, entre os
versículos 1 a 12, Pedro citar inúme­
ras bênçãos e privilégios espirituais
recebidos, a partir do versículo 13 ele
enumera algumas responsabilidades.
2.1. Portanto...
“Portanto" (gr. dio) que significa por
esse motivo, é o elo de conexão com
aquilo que antecede, não com o que

JUVENIS 37
2.3. Sede sóbrios e esperai... um elevado padrão moral e espiritual,
Por fim, neste início, Pedro aconselha e isso não se consegue apenas com os
que eles sejam prudentes e pacientes, momentos que passamos na igreja. A
sabendo que o Pai nunca os decepcio­ maior parte de nossas vidas ocorre fora
nará. Ser sóbrio (gr. nephotes) significa dela: em casa, no colégio, no estágio,
ser vigilantes, ante os iminentes perigos no emprego, Por isso é necessário que
espirituais que nos circundam, estando nos conscientizemos de que somos
de prontidão para a vinda de Cristo. consagrados onde quer que estejamos.
Além disso, era necessário esperar, Já deixamos a nossa ”vã maneira de
com paciência, pelo Senhor (Sl 40.1). viver" (v. 18).
O sofrimento dos cristãos deve ser 3.3. O modelo de santificação
suportado com resignação. “Porquanto está escrito: sede San­
tos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16). É
3. N Ã O SE C O N F O R M A N D O C O M assim que Deus fala no Antigo Testa­
A S C O N C U P IS C Ê N C IA S mento e repete no Novo. Dessa forma,
3.1. Santificação, um objetivo nosso padrão de santidade é Altíssimo.
Em seguida, Pedro chama a aten­ Jesus mesmo disse que fôssemos per­
ção de que, “como filhos obedientes” feitos, como Deus (Mt 5.48). Mas como
eles não deveriam ceder aos desejos resolver esse grande problema, visto
intensos da natureza humana (1 Pe que o homem é pecador? O Senhor
1.14). Os peregrinos cristãos deveriam explica logo no versículo seguinte: “Se
viver e pensar como filhos obedientes, invocais a Deus, como Pai, andai em
não como escravos, e assim, por onde temor”(1 Pe 1,17). Ou seja, o Altíssimo
passassem, tinham de trazer com eles sabe que estamos sujeitos ao pecado,
os valores do Reino do Pai e não viver mas espera que o pecado não seja
conforme o mundo (Rm 12.1,2). Assim, cometido, como tendo domínio sobre
a santidade deveria ser a tônica da nós, por isso a recomendação é que
existência deles e a nossa também. andemos em temor.
3.2. Santidade em toda vossa ma­ 3.4. O que significa ser santo
neira de viver A palavra "santo" quer dizer sepa­
O padrão de santidade de Deus rado, e é isso o que somos. Fomos
não alcança somente uma ou outra separados do mundo para nos d e ­
esfera da vida, mas tem o propósito dicarmos a Deus. Se você acha que
de alcan çar todos os recantos da não tem se dedicado ao Senhor como
existência, — “toda vossa maneira de deveria, tente descobrir os motivos
viver" (1 Pe 1.15). Alguém pode que o estão impedindo de ter
0
questionar: Por que isso é tão um relacionamento melhor
PADRÀO DE
importante? A resposta é sim­ SANTIDADE DE com Deus. Embora você não
ples: porque está escrito que DEUS NÂOALCANÇA precise ap re sen tar-se ao
sem santificação ninguém } SOMENTE UMA OU mundo com uma auréola
OUTRA ESFERA sobre a sua cabeça, a santi­
verá o Senhor (Hb 12.14). DA VIDA
A santificação é um proces ficação é fundamental para a
so contínuo em que buscamos sua vida (Hb 12.14).

38 JUVENIS
3 -5 ■ A salvação foi caríssima
PARA CONCLUIR
Pedro, na sequência, Lembra de que
Deus pode fazer tal exigência, porque O processo de santificação é um dos
todos nós éramos escravos e fomos assuntos mais importantes da vida cristã,
comprados por um preço altíssimo. Pelo mas, infelizmente, é o mais reprimido pelos
resgate de nossas vidas foi pago o maior cristãos “da moda". Para eles, Deus apenas
de todos os preços (a vida do Filho de necessita do seu coração. Na realidade,
Deus), por tal razão devemos purificar a
eu, o pecador, necessito dar tudo para Ele:
alma na obediência à verdade (1 Pe 1.19,22),
coração, alma, corpo, vestes e comporta­
mentos, a fim de que receba, pela graça e
4. O Q U E S IG N IF IC A S E P A R A R -S E
DO M U ND O ?
misericórdia, a coroa da justiça dTm 4.8).
O processo de santificação, a consa­
gração a Deus, inclui também o ato de < Q HORA DA REVISÃO
separar-se do mundo. Mas o que isso
significa? Eu devo me isolar das pessoas 1. Qual o primeiro livro aceito no cânon
e viver isolado em um Lugar ermo? Claro bíblico?
que não. Não é essa a ideia bíblica de
separação do mundo. Jesus, em sua
oração sacerdotal, lembrou ao Pai que
ainda estamos no mundo (Jo 17.11),
"Separar-se do mundo" significa não 2. Quando provavelmente foi escrita
a Primeira Carta de Pedro?
participar dos pecados e enganos deste
mundo, deste sistema corrompido.
Significa também não absorver suas
filosofias, não se deixar levar por seus
modismos e suas doutrinas engano­ 3. Segundo a lição, qual a principaL
sas. Separar-se do mundo é pertencer discussão acerca da datação da
ao outro lado — o Reino de Deus — e Epístola estudada?
esforçar-se para conduzir a Cristo os
que ainda não são santos.
O processo de santificação implica
sermos santos, consagrados a Deus e
4. Qual o significado da palavra grega
separados do mundo. Somos santos nephotes em 1 Pedro?
não por alcan çarm o s um elevado
grau de espiritualidade, mas porque
A i

pertencemos ao povo de Deus.


A santificação é um processo neces­
sário que se estende por toda a nossa 5. Com o é o andar daqu eles que
existência, e a maneira como vivemos invocam a Deus como Pai?
neste mundo terá consequências na , ------------------------------------------------------------+
eternidade. Viva, portanto, uma vida
de santificação. O
O PROPÓSITO DO
SOFRIMENTO
“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse
os teus estatutos.”(Sl 119.71)________________

¥ At 5.41 ★ Dignos de sofrerem por Cristo

¥ Rm 5.3 * Glória nos sofrimentos

¥ At 9,16 ★ Sofrer por Cristo, um caminho inevitável

¥ Fp 1,29 ★ Sofrer por Cristo, um privilégio

At 3.18 ★ Os sofrimentos de Cristo, um anúncio profético universal


¥
¥ Hb 5.8 * Sofrimento gera obediência
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Pedro 4.1,2,12-19 sobre vós repousa 0 Espírito da glória
1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por de Deus.
nós na carne, armai-vos também vós 15 Gue nenhum de vós padeça como
com este pensamento: que aquele homicida, ou ladrão, ou malfeitor,
que padeceu na carne já cessou do ou como o que se entremete em
pecado, negócios alheios:
2 para que, no tempo que vos resta na 16 mas, se padece como cristão, não se
carne, não vivais mais segundo as envergonhe; antes, glorifique a Deus
concupiscências dos homens, mas nesta parte.
segundo a vontade de Deus.
17 Porque já é tempo que comece o
12 Amados, não estranheis a ardente julgamento pela casa de Deus; e, se
prova que vem sobre vós, para vos primeiro começa por nós, qual será o
tentar, como se coisa estranha vos fim daqueles que são desobedientes
acontecesse; ao evangelho de Deus?
13 mas alegrai-vos no fato de serdes 18 E, se o justo apenas se salva, onde
participantes das aflições de Cristo, aparecerá o ímpio e o pecador?
para que também na revelação da
19 Portanto, também os que padecem
sua glória vos regozijeis e alegreis.
segundo a vontade de Deus enco­
14 Se, pelo nome de Cristo, sois vitupe- mendem-lhe a sua alma, como ao
rados, bem-aventurados sois, porque fiel Criador, fazendo o bem.

••® CONECTADO COM DEUS • • •


0 sofrimento é algo que ninguém deseja, um tema desagradável, mas é
impossível separá-lo da fé. 0 próprio Cristo deu o exemplo, padecendo "por
nós na carne”(i Pe 4.1). Mas o que há de bom no sofrimento? Nesta Lição
descobriremos alguns benefícios que ele pode nos trazer. É interessante
observar também que nem todo sofrimento faz parte dos planos de Deus
para aprimorar a nossa fé. Há ocasiões em que sofreremos por causa de
nossos próprios erros. Mas, acima de tudo, é importante que você saiba que
0 sofrimento é necessário para 0 nosso crescimento na fé.
l, O SOFRIMENTO DE CRISTO enxergavam qualquer valor em o Mes­
1.1. Cristo sofreu por nós sias ser um servo sofredor (Is 53). Eles
Pedro diz que Cristo padeceu por aguardavam um salvador que apenas
nós (1 Pe 4.1). Jesus não desistiu da os livrasse do jugo romano.
humanidade, apesar de não ter sido
bem recebido pelos homens. Nunca 2. ENTENDENDO O SOFRIMENTO
teve nenhum conforto. Nasceu numa DO JUSTO
estrebaria de animais. Cresceu em um 2.1. O sofrimento aprimora a fé
lugar humilde. Jesus poderia ter voltado O Espírito Santo aconselha que não
ao Céu, mas Ele, por amor, fez a pior devemos estranhar a provação, pois ela
escolha (do ponto de vista humano): possui um propósito: aprimorar nossa fé
morrer numa cruz. Ele escolheu, previa­ (1 Pe 4.12). Esse propósito encontra-se
mente, o sofrimento, a dor e 0 desprezo. em vários outros textos da Escritura,
É uma opção difícil e corajosa, mas foi como a provação de Abraão (Gn 22), o
isso que Ele fez! sofrimento dos hebreus no deserto, as
1.2. Cristo pagou a nossa culpa provações de Davi (Sl 119 67.71) etc,. O
Cristo morreu por nós, cumprindo na próprio Pedro, na mesma Carta, assevera
carne a pena que era devida a nós, - (Ez sobre o propósito do sofrimento: "para
18.4; Rm 6.23), a fim de que fôssemos que a prova da vossa fé, muito mais
livres da condenação do pecado (Rm preciosa do que o ouro que perece e é
8.1). É normal, entre os homens, cada provado pelo fogo, se ache em louvor,
um pagar pelos seus erros, mas sofrer e honra, e glória na revelação de Jesus
pelos pecados alheios? E pior: sofrer Cristo" (1.7).
pelos pecados dos inimigos? Foi isso o 2.2. Alegria no sofrimento
que aconteceu com Cristo no Calvário Os ímpios, certamente, não en­
(Rm 5.6-8). Diante do maior sofrimento contram razões para se alegrarem no
de todos os tempos, não só pela dor sofrimento. Entretanto, aqueles que
padecida, mas, sobretudo, pela digni­ conhecem a Deus devem se alegrar “no
dade e pureza daquEle que entregou fato de serem participantes das aflições
sua vida na morte e foi contado entre de Cristo" (1 Pe 4.13). Embora pareça
os transgressores (Is 5312), Deus estava estranho se alegrar com o sofrimento, é
oferecendo uma nova oportunidade para importante mencionar que tal ação so­
a humanidade. mente acontece pela atuação do Espírito
1.3. A cegueira dos judeus Santo, que nos lembra da glória que está
O sofrimento de Jesus foi algo que reservada nos céus para os justos (1
atraiu muitas pessoas, como Ele Pe 4.13,14). Ademais, sofrer pelo
mesmo profetizou (Jo 3-14,15; nome de Cristo constitui-se
12.32); pessoas como o ladrão em uma bem-aventurança
e o centurião da cruz foram (1 Pe 4.14). Pedro, aliás, ouviu
convertidas ao Evangelho ao essa verdade, pela primeira
verem o sofrimento de Cristo. vez, certamente, dos lábios
Os judeus religiosos, porém, — do próprio Senhor Jesus, no
escribas, fariseus, saduceus — não Sermão da Montanha (Mt 5.10-12).

4 2 JUVENIS
3. SO FRER FAZ B EM ?
PARA CONCLUIR
3.1. O sofrimento inútil
Ao falar sobre o sofrimento dosjustos, O sofrimento está vinculado à nossa
Pedro adverte sobre a importância de existência e é a maneira de aperfei­
sempre fazer o bem, deixando claro que, çoarmos a nossa fé em Deus. Com
como Deus não faz acepção de pessoas, ele, reconhecemos que somos de­
se um cristão cometer aLgo digno de pendentes da misericórdia divina.
repreensão, seja de Deus seja da justiça E. se viermos a enfrentar grandes
humana, deverá pagar pelo seu deLito (1 provações, que não sejam por con­
Pe 4.15), Não é justo que, nesses casos, a sequência de nossos próprios erros,
pessoa queira colocara culpa em Deus
para a vergonha do Evangelho. O maior
ou que se busque gLorificá-Lo por seu
consolo diante de uma provação é a
sofrimento, haja vista a prática de uma
consciência tranquila de estar agindo
injustiça. Sofrer, por fazer o mal, é inútil.
3.2. Não se envergonhe em sofrer com fidelidade.
por Cristo
Pedro, em certa ocasião, se enver­ < Q HORA DA REVISÃO
gonhou do Senhor. Para não sofrer, ele
1. Por que Jesus fez a pior escolha, do
O negou. Agora, porém, o novo Pedro
ponto de vista humano, segundo a
anuncia a todos que não tenham ver­ lição?
gonha de sofrer pelo EvangeLho. Paulo
sofreu como se fosse um malfeitor (2 Tm
2.9), mas também não se envergonhou
do evangelho (Rm 1.16), pois ambos 2. Conform e 1 Pedro 4.13, o que o
sabiam que sofrer, por amor a Cristo, cristão deve fazer quando participar
das aflições de Cristo?
glorifica a Deus (1 Pe 4.16).
3.3. 0 fim do sofrimento
Pedro sustenta que os sofredores,
segundo a vontade de Deus, podem 3. Segundo a lição, é certo nos alegrar
descansar que o fiel Criador cuidará em Cristo pelo justo sofrimento
da alma deles (1 Pe 4.19). Com isso, ele causado por nossas injustiças?
estava afirmando que podemos confiar
em seu terno cuidado, pois por trás do
sofrimento de um justo há um desígnio
4. Pedro sustenta que os sofredores,
benigno em prol daqueles que herdarão
segundo a vontade de Deus, podem
a salvação (Rm 8.28). O verbo grego descansar. Por quê?
A A

utilizado por Pedro “encomendem"


(paratithemi) pode ser traduzido por
depositar com confiança, aos cuidados
de alguém, a fim de ser guardado em 5- O que significa 0 verbo grego uti­
lizado por Pedro, paratithemi? j.
segurança. Assim, ojusto que sofre não
deve temer, ou duvidar, pois sua vida
está nas mãos do Senhor. @ +
INIMIGO ÍNTIMO

E ele, respondendo, disse: o que mete comigo a mão


_____ no prato, esse me há de trair." (Mt 26.23)_____

V Sl 55.13 ★ Líder traidor, que era amigo íntimo

V Ez 34.2 ★ Pastores de si mesmos

V Mt 7.15 * Lobos devoradores

V Jo 10.13 ★ Líderes mercenários

V At 20.29 * Lobos cruéis

¥ 2 Tm 3.4 * Homens amantes de si mesmos


n LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Pedro 2.1-3, 9 .17-22 18 porque, falando coisas mui arro­


1 E também houve entre o povo falsos gantes de vaidades, engodam com
profetas, como entre vós haverá tam­ as concupiscências da carne e com
bém falsos doutores, que introduzirão dissoluções aqueles que se estavam
,Üi afastando dos que andam em erro,
encobertamente heresias de perdição
e negarão o Senhor que os resgatou, 19 prometendo-lhes liberdade, sendo
trazendo sobre si mesmos repentina eles mesmos servos da corrupção.
perdição. Porque de quem alguém é vencido,
2 E muitos seguirão as suas dissolu­ do tal faz-se também servo.
ções, pelos quais será blasfemado 20 Porquanto se, depois de terem esca­
o caminho da verdade; pado das corrupções do mundo, pelo
3 e, por avareza, farão de vós negócio conhecimento do Senhor e Salvador
com palavras fingidas; sobre os quais Jesus Cristo, forem outra vez envolvi­
já de largo tempo não será tardia a dos nelas e vencidos, tomou-se-lhes
sentença, e a sua perdição não dor­ o último estado pior do que o primeiro.
mita. 21 Porque melhor lhes fora não conhe­
g Assim, sabe o Senhor livrar da tentação cerem o caminho da justiça do que,
os piedosos e reservar os injustos para conhecendo-o, desviarem-se do santo
o Dia de Juizo, para serem castigados, mandamento que lhes fora dado.

17 Estes são fontes sem água, nuvens 22 Deste modo, sobreveio-lhes o que por
levadas pela força do vento, para os um verdadeiro provérbio se diz: O cão
quais a escuridão das trevas eterna­ voltou ao seu próprio vômito; a porca
mente se reserva; lavada, ao espojadouro de lama.

M ,
•r
*• • • ® CONECTADO COM DEUS • • •
A Igreja sempre sofreu ataques e perseguições. No entanto, os inimigos
da Igreja nem sempre estão do lado de fora. Assim como há falsos profetas
entregando mensagens que não provêm de Deus, existem no meio de nós
"falsos doutores" (2 Pe 2.1), que pervertem as doutrinas fundamentais das
Escrituras, criando heresias e levando o povo de volta ao pecado. A Segunda
Epístola de Pedro trata exatamente a respeito desses "inimigos íntimos", cujos
ensinos podem comprometer a fé. Por isso é primordial estudar a respeito
deste tema. Que Deus nos livre de pessoas assim!
#
1. IN T R O D U Ç Ã O À EPÍSTO LA 2.3. Repentina destruição
A Segunda Epístola Universal O Espírito Santo, por intermédio de
de Pedro, - endereçada para todos os Pedro, adverte, então, a esses “lobos" que
crentes, foi escrita sob a sombra do seu sobrevirá a eles, e aos seus seguidores,
martírio (1.14), aproximadamente no ano “repentina destruição" (2 Pe 2.1). Deus,
66 d.C. Nela, cumprindo a missão de portanto, não suportará por muito tempo
pastorear as ovelhas (Jo 21,15-17). Pedro o escárnio dos que estão prejudicando
as adverte acerca dos perigos ocultos o seu rebanho.
e traiçoeiros que tentam atrapalhar a 3. C O N V IV E N D O C O M O M E R C E ­

caminhada cristã. O tema da Segunda N Á R IO

Carta pode, então, ser assim resumido: 3.1. Consequências internas e externas
o conhecimento completo de Cristo é Em 2 Pedro 2.2 nos são informadas
uma fortaleza contra a falsa doutrina e as consequências da influência dos
a vida imoral. "inimigos íntimos" da igreja.
2, F A L S O X V E R D A D E IR O : C O M O a) Muitos seguirão
SABER?
A primeira é o sofrimento que acon­
2.1. Conhecendo os inimigos íntimos tecerá no seio da própria congregação,
O apóstoLo Pedro diz que surgiram quando muitos abandonarão a sã dou­
falsos mestres no meio da igreja (2 Pe trina e defenderão aspectos teológicos
2,1), —inimigos Íntimos do Corpo de Cristo, implantados por Satanás. Pedro profetiza
pois estavam envolvidos nos trabalhos do que essas heresias surgirão "encoberta­
Senhor e, de fato, conheceram a Deus, mente", ou seja, quem as seguir pensará
porém, depois, abandonaram a doutrina que está agradando a Deus.
verdadeira. Triste fim. Você pode identificar b) Escândalo para o Evangelho
alguns deles? Indivíduos que, no passado, Outro efeito da penetração das here­
foram grandes pregadores e ensinadores, sias na igreja será percebido pelas pessoas
ocupando nossos púlpitos, mas atual­ do mundo, que verão crentes perdendo as
mente se tornaram hereges, — inimigos características de Cristo. Serão escândalos
da verdade e da santidade —ensinando para o Evangelho, um atrás do outro, - pois
a necessidade de reinterpretação da Bí­ “será blasfemado o caminho da verdade”
blia (liberalismo teológico), dentre outras (2 Pe 2.2) —em sucessivos processos de
doutrinas de demônios. decepção, afastando muitas pessoas da
2.2. A pedra de toque: heresias de vontade de Deus.
perdição 3.2. Encenação: prometendo-lhes
Assim, os líderes religiosos que, liberdade
outrora, eram usados por Deus, e hoje Em 2 Pedro 2.19 está escrita uma
são inimigos da cruz de Cristo (Fp 318), promessa desses "inimigos íntimos”:
seja por vaidade intelectual, seja por “prometendo-lhes liberdade". Uma ver­
promiscuidade ou por ganância, ensinam dadeira encenação. Em muitos lugares,
heresias de perdição (2 Pe 2.1), ou seja, a atualmente, líderes apresentam um
palavra deles hoje se apresenta como evangelho light. prometendo às pessoas,
fonte de perdição, não de salvação, principalmente aos jovens, “liberdade"
alterando os fundamentos da doutrina E muitos, em busca dessa “liberdade",
de Cristo e, assim, negando o Salvador. deixam suas congregações e partem

4 6 JUVENIS
para uma aventura, como o filho pródigo volta ao Lamaçal, os quais se deliciam
(Lc 15.11-32). Abandonam os princípios, com a imundice, fazendo alusão àqueles
os costumes, a liturgia, o padrão de que retornam a seus pecados anteriores
santidade, em busca dessa tão sonhada com deleite e entusiasmo. ©
“liberdade”, algo muito parecido com a
proposta da antiga serpente aos nossos PARA CONCLUIR
primeiros pais,
Os falsos doutores podem cor­
3 3 A bondade de Deus
romper a nossa fé, num processo
Apesar desse cenário caótico por
causa do amor ao dinheiro de alguns que começa com o afastamento das
que “farão de vós negócio com palavras verdades fundamentais das Escrituras,
fingidas”(2 Pe 2.3), há uma mensagem passando a uma vida incoerente com
de esperança: “sabe o Senhor livrar da a fé, incorrendo em ganância e, por
tentação os piedosos" (v.g). Deus promete fim, em depravação total. Sigamos o
Livrar aqueles que se achegarem a Ele. conselho de Pedro: "Guardai-vos de
4. O FIM DOS HIPÓ CRITAS que, pelo engano dos homens abomi­
41 Começando bem, terminando mal náveis, sejais juntamente arrebatados e
Em 2 Pedro 2.20 é contada a triste descaiais da vossa firmeza" (2 Pe 3.17),
história de alguns que “depois de ter
escapado das corrupções do mundo
(...) foram outra vez envolvidos nelas < C HORA DA REVISÃO
e vencidos”. Com eçaram bem, mas
terminaram mal. Que Deus nos ajude a 1. Resumidamente, qual o tema da
começarmos bem e terminarmos bem. Segunda Carta de Pedro, de acordo
4 .2. Sacrifício de tolo com a Lição?
Em 2 Pedro 2.21 informa-se que
aqueles que se desviarem “melhor lhes
2. Como são considerados os que
fora que não conhecessem o caminho
defendem e ensinam a necessi­
da justiça”.O esforço, pois, que eles em­
dade de reinterpretação da Bíblia
preenderam em buscara Deus, ganhar (liberalismo teológico)?
almas para o Reino, dar testemunho de
Cristo, transformou-se em sacrifício de
tolo, fazendo coro àquilo mencionado 3. O que são heresias de perdição?
pelo profeta Ezequiel: “quanto justo se
desviar da sua justiça e fizer maldade 4. Segundo a lição, qual a advertência
(...) ele morrerá; (...) e suas justiças que do apóstolo Pedro aos “lobos”?
A

praticara não virão em memória" (Ez 3.20),


l

4 3 - A comparação do cachorro e
da porca
5. O q u e r e p r e s e n ta o c a c h o r r o e a
Em 2 Pedro 2.22 são ilustrados os ví­
p o rc a e m 2 P e d ro 2.22?
cios morais com base no comportamento
de dois animais: o cachorro —que come
seu vômito — e a porca que, lavada, —
UMA CARTA PARA VOCÊ

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas
como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão

* Js 7.21 * A concupiscência dos olhos de Acã

* 2 Sm 11.2 ★ A concupiscência dos olhos de Davi

V Gn 1 14 ★ A concupiscência da carne dos homens de Babel

V Mt 26.14,15 ★ A concupiscência da carne de Judas

¥ 2 Sm 15.6 * A soberba da vida de Absalão

¥ Lc 12,19 * A soberba da vida de um homem rico


n LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.12-17 fortes, e a palavra de Deus está em
12 Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo vós, e já vencestes 0 maligno.
seu nome, vos são perdoados os 15 Não ameis 0 mundo, nem 0 que no
pecados. mundo há. Se alguém ama 0 mundo,
13 Pais, escrevo-vos, porque conheces- 0 amor do Pai não está nele.
tes aquele que é desde 0 princípio. 16 Porque tudo 0 que há no mundo, a
Jovens, escrevo-vos, porque vences- concupiscência da carne, a concu-
tes 0 maligno. Eu vos escrevi, filhos, piscência dos olhos e a soberba da
porque conhecestes 0 Pai. vida, não é do Pai, mas do mundo.
14 Eu vos escrevi, pais, porquejá conhe- 17 E 0 mundo passa, e a sua concupis-
cestes aquele que é desde 0 princípio. cência; mas aquele que faz a vontade
Eu vos escrevi, jovens, porque sois de Deus permanece para sempre.

v _

CONECT ADO •••


A Graça de Deus é poderosa para transformar a vida de qualquer pessoa,
não importa o quão fundo o pecado Lhe arrastou (Rm 5.20). O Senhor é be­
nevolente com aqueles que, verdadeiramente, se achegam quebrantados a
sua presença (Sl 5117) Ele nos transforma para vencermos o mundo, somos
renascidos em Deus para sobrepor a pecaminosidade de nossos corações.
Somente alcançaremos tal vitória através da fé (1 Jo 54), a qual é um dom
#- recebido aos que observam atentamente à Palavra de Deus (Rm 10.17; Ef 2.8).
Ajuda-nos, ó Jesus, a superar a nossa incredulidade, para que tenhamos uma
fé verdadeira (Mc 9.24; Hb 3.12)!
caminho? Observando-o conforme a
©
l. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
A Primeira Epístola de João, tua palavra”. O Espírito Santo, assim,
ao que tudo indica, foi escrita por exaltava as qualidades espirituais da
volta do ano 90 d.C„ para os crentes mocidade cristã.
que moravam na Ásia Menor — região Pode-se perguntar: por que essa
onde estavam as sete igrejas do Apo­ ênfase sobre os jovens? Simples, É que
calipse (Ap 2.1-3.22). Segundo alguns Deus constata que servi-Lo na infância
estudiosos, a carta mais se parece com (quando todos os sentidos não se des­
um tratado cristão, assem elhando- pertaram completamente), na idade
-se muito ao Evangelho escrito pelo adulta, casado (com compromissos
mesmo autor, diferente de 2 e 3 João, sociais), ou na terceira idade, (quando
que seguem rigorosamente o padrão alguns sentidos estão diminuindo - Ec
de uma epístola. O tema central é o 12), pode-se exigir menos esforço. O
amor, assunto recorrentemente tratado jovem, porém, para suportar o jugo de
pelo autor, tanto em seus escritos, sua mocidade (Lm 3.27) necessita ter
quanto em su as pregações. João, uma grande ligação com a Palavra de
outrora denom inado, pelo próprio Deus. Afinal, o adolescente, ou jovem,
Jesus, de “filho do trovão" (Mc 3.17), que não tem intimidade com a Palavra,
por seu gênio impetuoso, no futuro não permanece de pé. Este foi, e é,
tornou-se conhecido também como 0 o grande segredo dos heróis da fé,
“discípulo amado”Uo 19.26; 20.2; 21.7, como Davi: “escondi a Tua palavra no
20). Aliás, diz a tradição cristã que João meu coração..." (Sl 119.11).
era pregador de uma mensagem só: 2.3. Vencestes o Maligno
"Filhinhos, am ai-vos uns aos outros."2 Como consequência de ser forte,
atrelado ao amor às Escrituras, o Se­
2. UMA MENSAGEM AOS JOVENS nhor traz a melhor das notícias para
2.1. Sois fortes os jovens: vencestes o Maligno (1 Jo
João, depois de falar aos pais, e aos 2.14), permanecendo amando a Palavra
“filhinhos", traz uma m ensagem aos de Deus, para não ceder às tentações
jovens. Ele reconhece, pelo Espírito, que sempre aparecem.
que eles são fortes (1 Jo 2.14). utilizando
palavra grega (isch uro s) que indica 3. UMA ADVERTÊNCIA: NÃO AMEIS
uma pessoa que possui um espírito O MUNDO
forte, cheio de graça, para resistir aos Após tecer elogios aos jovens, o
ataques do Inimigo. Ser forte, portanto,Espírito Santo traz uma forte adver­
aqui, não significa, por óbvio, alguém tência: não ameis o mundo (1 Jo 2.15).
musculoso, de porte atlético. O amor ao mundo é incompatível com
2.2. A Palavra de Deus está em vós a fé cristã (Tg 44). Ele é sorrateiro, pe­
O segundo reconhecim ento de rigoso, pois pode surgir com o passar
Deus, em 1 João 2.14, diz que sua pa­ dos dias. Paulo, por exemplo, fala de
lavra era observada pela juventude, um obreiro, Demas, o qual, outrora
certam ente uma alusão ao Salm os fiel (Cl 4.14; Fm 24). amou o mundo e
119.9: “Como purificará o jovem o seu abandonou Paulo (2 Tm 4.10). Dessa

5 0 JUVENIS
forma, devemos estar vigilantes. Todo
P A R A C O N C L U IR
cuidado é pouco!
3.1. Concupiscência da carne Deus é Santo e, portanto, não repar­
Na sequência, João trata acerca tirá dos seus tesouros espirituais com
dos “desejos intensos" (gr, epithumia) os que mancham suas mentes com o
— concupiscência. A primeira é a da materialismo profano deste mundo.
carne, Isso fala dos instintos, das von­ Aqueles que amam o dinheiro e as
tades animalescas dos nossos corpos,
riquezas estão fadados a vagar vazios
oriundas da nossa natureza decaida.
(Ec 5.10; íT m 6.10), preenchem-se de
Os desejos intensos da natureza
ilusões que os levarão ao inferno (Mt
humana, que trazem prazer físico,
devem ser controlados pelo Espírito, 16.26). Mas, em Cristo, entendemos que
mas nunca deixarão de existir enquanto a nossa vida aqui é efêmera (Jó 14.1,2;
estivermos vivos. O desejo pelo sexo, Sl 144,4) e, em razão disso, almejamos
por exem plo, foi estab elecid o por a eternidade com Deus (Fp 3.20,21)
Deus, mas deve ser atendido somente
dentro dos parâm etros divinos —
tempo e modos corretos, no âmbito < Q ^HO RA DA REVISÃO
5v ir i"uiií11ii111i 1i1ij 1111
112
4
3
do casamento.
3.2. Concupiscência dos olhos 1. O que a tradição cristã diz sobre a
O desejo intenso, nascido a partir pregação do Apóstolo João?
de um olhar cobiçoso, tem derruba­
do muitos crentes. Isso começou no
Éden. OLhar e desejar algo proibido 2. Segundo alguns estudiosos, por que
foi o elemento decisivo que causou a Primeira Epístola de João mais se
a queda da humanidade (Gn 3.6). A parece com um tratado cristão?
serpente só obteve êxito por causa
da “concupiscência dos olhos" de Eva.
3.3. Soberba da vida
Por último, mas não menos funda­ 3. O que significa a palavra grega
mental, está a soberba (gr. alazoneia) epithumia?
da vida. O que é isso? Trata-se de algo
que está dentro de nós, que, se não for
controlado, produzirá a arrogância de
4. O que significa a palavra grega a la ­
confiarem nós mesmos, desprezando zoneia?
a vontade de Deus.
A A

Um exemplo clássico disso está


na história do jovem rico (Mt 19.16-30),
Os bens materiais eram mais impor­ 5, QuaL o exemplo clássico, na Bíblia, +
tantes, para ele, do que a palavra de para a soberba da vida, segundo a
Jesus. Quando essa lógica se inverte, lição? 4.
a fé não tem Lugar e a queda está a
um passo. O
DICA "NÃO!"

“E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o


mandamento, como já desde o principio ouvistes: que andeis nele.”(2J0 6)

* Gn 21,14 * Abraão disse não a Ismael e Agar, e foi feliz

¥ Gn 38,15,16 ★ Judá disse sim a uma “prostituta”, e passou vergonha


Gn 39.7,8 * José disse não à mulher de Potifar, e prosperou

* Êx 32,4 ★ Arão disse sim ao “bezerro de ouro", e foi repreendido

V Hb 11.24 ★ Moisés disse não ao Egito, e Deus o abençoou

V Mt 4.11 ★ Jesus disse "não" ao Diabo e os anjos o serviram


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 João 1,2,6-13 nhado: antes, recebamos o inteiro
1 O ancião à senhora eleita e a seus galardão.
filhos, aos quais amo na verdade e 9 Todo aquele que prevarica e não per-
não somente eu, mas também todos severa na doutrina de Cristo não tem
os que têm conhecido a verdade, a Deus: quem persevera na doutrina
2 por amor da verdade que está em de Cristo, esse tem tanto o Pai como
nós e para sempre estará conosco. o Filho.
6 E o amor é este: que andemos se­ 10 Se alguém vem ter convosco e não
gundo os seus mandamentos. Este traz esta doutrina, não o recebais em
é o mandamento, como já desde o casa, nem tampouco o saudeis.
principio ouvistes: que andeis nele, 11 Porque quem o saúda tem parte nas
7 Porque já muitos enganadores suas más obras.
entraram no mundo, os quais não 12 Tendo muito que escrever-vos, não quis
confessam que Jesus Cristo veio fazê-lo com papel e tinta; mas espero
em carne. Este tal é o enganador e ir ter convosco e falar de boca a boca,
o anticristo. para que o nosso gozo seja cumprido.
8 Olhai por vós mesmos, para que 13 Saúdam-te os filhos de tua irmã, a
não percamos o que temos ga- eleita. Amém!

CONECTADO •••
Deus não se impressiona com as heresias revolucionárias, nem com a
falsa coragem dos hereges. Na verdade, o Senhor se agrada daqueles que
amam a mensagem simples do Evangelho. Não há nada de novo. nada a ser
atualizado, pois a revelação bíblica é completa e plena, vinda do próprio
Deus e. em razão disso, irretocável. Assim, para ser um bom cristão, não
precisamos ser "gênios do cristianismo ", porém, precisamos de humildade
em aprender a eterna e imutável Palavra de Deus. O nosso entendimento
humano sempre será limitado ante a profundidade do Texto Sagrado.

k
1 . INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA missionário do espírito do Anticristo (2 Jo
© 1.1. Considerações iniciais 7). João, por isso, adverte fortemente os
irmãos a que levantassem oposição ao
O apóstolo João, aproximadamente
no ano 90 d.C., quando era o pastor de trabalho desses obreiros fraudulentos.
Éfeso, escreveu a uma igreja local da Este aviso serve também para nós do
Ásia Menor (território da atual Turquia), século 21: precisamos confrontar as
a quem ele chama de “senhora eleita” propostas que infringem a doutrina de
que andava conforme a verdade, mas Deus. Para isso, precisamos conhecê-las.
em seu meio havia faLsos mestres que 2.2. Conhecendo as teses do Inimigo
ensinavam contra a doutrina acerca da O apóstolo João conhecia as teses
pessoa de Jesus, os quais eram, prova­ que os falsos mestres apresentavam,
velmente, adeptos de uma manifestação mas havia uma que era a mais prejudicial,
inicial do gnosticismo (uma doutrina que, pois dizia que Jesus não tinha sido 100%
dentre outras coisas, negava que Jesus homem. Isso era muito grave, pois se
tivesse sido um ser humano normal). Jesus não fosse também um ser humano
Ao que tudo indica, o apóstolo João, normal Ele não deteria as condições
em algum lugar do Mundo Antigo, tinha para cumprir “toda a justiça de Deus" e,
se encontrado com cristãos daquele assim, nossa salvação estaria em perigo,
lugar (2 Jo 4) e, numa rápida carta (a Nos dias atuais, da mesma forma,
menor da Bíblia), apresenta o que é muitas mensagens erradas são trans­
essenciaL para se andar com Deus, em mitidas aos jovens, sejam de cunho
um período no qual "muitos enganadores teológico, dos costumes, das questões
saíram pelo mundo”(2 Jo 7)- morais, querendo fazê-los crer, por
1.2. Amor e verdade exemplo, que o uso de drogas lícitas
João aborda dois temas bastante co­ e ilícitas, bem como a prática de sexo
muns em sua literatura: amor e verdade. antes do casamento, e fora dele, dentre
A partir do versículo primeiro, menciona outras coisas “inconvenientes" (1 Co
o entrelaçamento dessas virtudes (2J01), 6.12), não teriam nenhum problema.
e isso acontece pela presença do amor 2.3. Diga "não!"
à verdade que “está em nós” (2 Jo 2). A capacidade de dizer “não" é uma
Mais adiante, lembra do mandamento das grandes lições da Segunda Epístola
do amor fraternal (2 Jo 5), e diz que amar de João. E sabemos que não são apenas
significa andar no mandamento de Deus as falsas doutrinas que ameaçam a vida
(2 Jo 6), ou seja, amando e andando na cristã. Más companhias, em nome da
verdade, estaremos protegidos contra amizade, procuram arrancar você da
os falsos mestres. igreja. Bebidas e drogas lhe são ofere­
2 . APRENDENDO A DIZER "NÃO" cidas. Colegas de escola ou de trabalho
2.1. Conhecendo o lugar de atuação o convidam para participar de fraudes
do Inimigo e outros atos desonestos. O mau uso
A região da Ásia menor era um das redes sociais pode favorecer a
território de proliferação de doutrinas pornografia, entre outros males. Como
de demônios e, para piorar as coisas, dizer “não’ a isso tudo? Com a ajuda de
igualmente se constituía em um centro Deus e da Bíblia Sagrada, você pode!

5 4 JUVENIS
3 - NAO PERCA O SEU PRÊMIO
3.1. Fique atento(a) P A R A C O N C L U IR

João deixa bem claro: cuidado Noções falsas sobre a sã doutrina


para não cair e perder o prêmio que o geram crentes deficientes na fé (Mt
Senhor Jesus tem para nos dar (2J0 8: 22.29). Sabendo disso, o apóstolo João,
Ap 22.12). Nosso esforço não é em vão
inspirado pelo Espírito, escreveu essa
(1 Co 15.58), por isso temos de “ficar de
carta, estimulando os leitores a que
olho" para não ter nenhum prejuízo.
permanecessem no amor à Verdade
No dia a dia da vida, muitas tentações
de Deus, rejeitando os ensinamentos
são lançadas contra o jovem cristão,
convites aparentemente inofensivos, mentirosos. O alerta continua atual! Que
promovidos, muitas vezes, por pessoas tenhamos consciência da importância de
que se dizem amigas, mas a Palavra dizer "não" diante das teses do Inimigo
de Deus adverte: “Há caminho que ao e reter firme a expectativa do prêmio
homem parece direito, mas 0 fim dele que o Senhor tem preparado para nós.
são os caminhos da morte”(Pv 14.12).
3.2. Algo com o que se deve tomar
cuidado < C ^ H O R A DA REVISÃO
A Bíblia enfatiza que quem “não
persevera na doutrina de Cristo não tem 1. Segundo a lição, em que ano foi
a Deus”(2J0 9). Assim, diminuir o papel escrita a Segunda Epístola de João?
de Jesus estabelecendo, por exemplo,
Maria ou outra pessoa como mediadora,
ou negar sua divindade, apresenta-se 2. Em qual versículo da Epístola 0 após­
demoníaco, uma latente manifestação tolo João confronta o gnosticismo?
do espírito do Anticristo (2 Jo 7).
As pessoas que dizem coisas erra­
das sobre Deus e sua vontade estão
na mentira. Entretanto, não significa 3. Quais os dois principais temas da
que todos os “falsos mestres" fazem Segunda Epístola de João?
isso conscientemente: alguns deles
podem até ser sinceros, mas não são 0 ------------------------- -----------------------------------
verdadeiros. ELes estão “sinceramente 4. De acordo com 2 João 10, o que os
equivocados". Podem até estar conven­ crentes deveríam fazer ao ter com
cidos de que falam a verdade, porém, os gnósticos?
estão no engano.
Por tal razão, não há meio termo. Se
você segue a Cristo, está na verdade e
tem a Deus, mas se anda em caminho 5. Com plete o versículo: “Olhai por _j_
torto, ensinando heresias - ainda que vós , para que não
seja uma pessoa simpática, agradável - ____________ o que tem os g a - +
não deve ser recebida como hóspede, nho, antes recebam os o inteiro
nem tampouco ser saudada (2J010), ® : (2 jo 8) +
CUIDADO COM O ECO
E SUAS AMBIÇÕES
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram
da tua verdade, como tu andas na verdade." (3 Jo 3>______

Fp 2.4 ★ Pense não apenas em si

Pv 18.1 * Não é sábio buscar desejos egoístas

Tg 3,16 ★ Onde há ambição egoísta há perturbação

Tg 4 1 - 3 * O egoísta pede e não recebe

2 Tm 3.1-4 ★ Afaste-se de quem ama a si mesmo

Hb 13.16 ★ Deus agrada-se do compassivo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
3 João 5-11 9 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes,
Amado, procedes fielmente em tudo que procura ter entre eles o primado,
o que fazes para com os irmãos e não nos recebe.
para com os estranhos, 10 Pelo que, se eu for, trarei à memória
que em presença da igreja testificaram as obras que ele faz, proferindo
contra nós palavras m aliciosas; e,
do teu amor, aos quais, se conduzires
não contente com isto, não recebe
como é digno para com Deus, bem farás;
os irmãos, e im pede os que q u e­
porque pelo seu Nome saíram, nada rem recebê-los, e os lança fora da
tomando dos gentios. igreja.
Portanto, aos tais devemos receber, n Amado, não sigas o mal, mas o bem.
para que sejamos cooperadores da Quem faz bem é de Deus; mas quem
verdade. faz mal não tem visto a Deus.

• • (J, CONECTADO JOM DEUS • • «


0 "ego" é o "eu" (esse é o significado do grego ego). Possuímos, enquanto
seres humanos e pecadores, a tendência de sempre buscar (e alguns até a
qualquer custo) a satisfação do próprio ego. Isso é o que chamamos de ego­
ísmo e é extremamente perigoso! 0 egoísta revela, através de suas ações, a
ganância, cobiça, idolatria (endeusa a si próprio) etc., acreditando que suas
escoLhas e preferências são superiores a tudo e a todos. 0 alerta bíblico é
claro: cuidado com o ego e suas ambições (Pv 18.1; Fp 2.3,4; Tg 3.16). Oremos
para que 0 Senhor guarde nosso coração do egoísmo!
tanto de judeus como de estrangeiros,
©
1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
O apóstolo João, aproxima­ afinal quem ama como Jesus não faz
dam ente no ano 90 d.C,, de Éfeso, acepção de pessoas (At 10.34: Rrn 2.11;
escreveu sua terceira carta ao amado Ef 6.9; Tg 2.1,9; 1 Pe 1.17). Será que o meu
Gaio, um cristão proeminente, com o e o seu jeito de amar as pessoas traz
propósito de elogiar por sua hospita­ alegria ao Senhor?
lidade e generosidade em receber os
missionários enviados, ao passo em 3. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
que o adverte contra pessoas como 3.1. Sede pelo poder
Diótrefes (3 Jo 9), o qual fala mal do Diótrefes, um homem que se dizia
ministério “e, não contente com isso, cristão, no primeiro século, mas não
não recebe os irmãos, e impede os que conhecia a Deus, pois fazia o mal (3 Jo
querem recebê-los, e os lança fora da 11), não queria apenas ser grande, e sim 0
igreja" (3 Jo 10). maior. Era arrogante e orgulhoso. Parecia
0 próprio Diabo. Esse obreiro não detinha
2. O CRISTÃO VERDADEIRO as qualidades de um discípulo do Senhor
2.1. Fiel em tudo Jesus e, por tal razão, 0 apóstolo João
João elogia seu amigo Gaio, dizendo faz declarações fortes contra ele. Temos
que ele é fiel em tudo. Por óbvio, não sig­ nós, também, que sermos cuidadosos
nificava que ele não cometesse pecados, para que a nossa vaidade pessoal, as
mas que ele procurava, com todas as nossas ambições, não conflitem com
suas energias, fazer a vontade de Deus. os interesses do Reino de Deus.
Ele não era apenas bem-intencionado, 3.2. Desrespeito a o s lideres da igreja
mas se conduzia de maneira apropriada, A oposição à obra de Deus, feita por
cristã, sincera, sem causar escândalos Diótrefes, era tão intensa que ele falava
ao Evangelho. mal de João e sequer o recebia: consi­
Naquela época, em que não havia derava-o, pelo visto, como um inimigo
redes sociais, nem mídia, as notícias do trabalho do Senhor. Certamente a
se difundiam com menor intensidade influência desse pastor fraudulento,
e rapidez, bastante diferente dos dias que desejava assumir 0 mais alto posto
atuais, mas, mesmo assim, chegou ao institucional eclesiástico, estava trazendo
conhecimento do apóstolo João, com alguns prejuízos no andamento da obra
"cores vividas", o bom testemunho de missionária, a tal ponto que, segundo
Gaio e o amor com que servia Deus. A alguns teólogos, provavelmente, esta
pergunta que não quer calar é: Será que carta foi pessoalmente recepcionada
nossas redes sociais glorificam a Deus? pelas mãos de Demétrio, um obreiro
Será que as informações que são “pu­ aprovado.
blicadas", "curtidas" e “compartilhadas” Que o Senhor guarde a sua igreja
sobre nós têm o mesmo bom cheiro de de pessoas inescrupulosas, ambiciosas,
Cristo daquilo que se dizia sobre Gaio? rebeldes, murmuradoras, que causam
2.2. Ama indistintamente dissensão, divisão, como Diótrefes, as
O padrão de amor de Gaio também quais buscam apenas os seus interesses
glorificava a Deus, pois ele cuidava bem (Pv 18.1) e não os interesses de Deus.

5 8 JUVENIS
3 -3 - Aversão aos companheiros
PARA CONCLUIR
Os maus obreiros, além de terem
uma motivação ilegítima, pregarem Jesus ensinou: '...qualquer que a
rebelião contra os ministros de Deus, si mesmo se exaltar será humilhado,
ainda atuam para impedir que outras e aquele que a si mesmo se humilhar
pessoas cooperem com aqueles que será exaltado" (Lc 14.11). Os que estão
trabalham na obra do Mestre. no mundo (aqui incluídos os egoístas
Essa aversão acentuada aos compa­ como Diótrefes) não entendem como
nheiros, de maneira a impedir a prosperi­
o Mestre poderia ensinar valores como
dade de outros irmãos, deDmonstra uma
esses (Lc 16.14; 1 Co 1.18,19)! Oue o Se­
total repulsa aos princípios do Reino de
nhor nos dè graça para conservarmos
Deus. João, por exemplo, ao escrever o
Apocalipse afirmou que era “companheiro um coração como o de Gaio, a fim de
na aflição, e no reino”(1.9), bem diferente agirmos sem pensar exclusivamente
do sentimento de Diótrefes. nas nossas preferências.

4. CONSELHOS E CONCEITOS
4.1. Não seguir o mal < Q HORA DA REVISÃO
Após expor a conduta não cristã de
1. Como era chamado o cristão rebelde
Diótrefes, João aconselha que Gaio não
mencionado na epístola estudada?
siga 0 caminho trilhado por ele, haja vista
que seguir o mal nunca é uma boa opção,
pois a pessoa prejudica a si mesma, além
de agir contra Deus. 2. Quem João elogia, dizendo que ele é
Quando alguém pratica o mal, como fiel em tudo?
Diótrefes, ou como Judas, em primeiro
lugar demonstra que foi vencido pelo
Diabo, abandonou a Cristo e se constituiu
3. O que Diótrefes cobiçava entre os
como seu próprio senhor.
irmãos da igreja de Éfeso?
4.2. Quem faz o bem é de Deus
João, em seguida, menciona algo
singelo, porém profundo: quem faz o
bem é de Deus (3 Jo 11). Ou seja, Deus é 4. Provavelmente esta carta foi recep­
a fonte de toda bondade, beleza, amor, cionada por qual obreiro?
e, por isso, tudo que envolve bondade,
benignidade, tem a ver com o mover de
Deus. Por outro lado, os maus —aqueles
5. Com plete o versículo: “Amado, ►
que agem contra a vontade do Senhor —
não o , mas o
não conhecem a Deus, como Diótrefes.
_______ . Quem faz o
Todos nós temos, diante da vida,
escolhas a serem feitas; Bênção ou mal­ é de _ ______ ; mas quem faz .j.
dição, Vida ou morte. Cabe a cada um o mal não tem a
de nós escolher qualcaminho seguir. ® _____”. (3J011). +
LUTE POR SUA FÉ

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca


da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." <Jd 3»

¥ 1 Pe 3.15 ★ Santidade, Mansidão e Temor

¥ C l 4.5-6 ★ A sabedoria bem temperada

¥ At 6.8-10 ★ Irrefutabilidade da Fé Verdadeira

¥ Is 50.4-10 * Erudição e Obediência

¥ Pv 25.11 ★ Timing

¥ 2 Tm 4.2 ★ Longanimidade e Doutrina


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Judas 17-25 de nosso Senhor Jesus Cristo, para

n 17 Mas vós, amados, lembrai-vos das


palavras que vos foram preditas
pelos apóstolos de nosso Senhor
a vida eterna.
22 E apiedai-vos de alguns que estão
duvidosos;
Jesus Cristo, 23 e salvai alguns, arrebatando-os do
18 os quais vos diziam que, no último fogo; tende deles misericórdia com
tempo, haveria escarnecedores que temor, aborrecendo até a roupa man-
andariam segundo as suas ímpias chada da carne.
concupiscências. 24 Ora, àquele que é poderoso para vos
19 Estes são os que causam divisões, guardar de tropeçar e apresentar-vos
sensuais, que não têm 0 Espírito. irrepreensíveis, com alegria, perante
20 Mas vós, amados, edificando-vos a a sua glória,
vós mesmos sobre a vossa santíssima 25 ao único Deus, Salvador nosso, por
fé, orando no Espírito Santo, Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória
p 21 conservai a vós mesmos no amor
de Deus, esperando a misericórdia
e majestade, domínio e poder, antes
de todos os séculos, agora e para
todo 0 sempre. Amém!

C f
$

. * # • •
• tÁ—W\A : I

•• ® CONECTADO COM DEUS • • •


A Epístola de Judas registra um fato interessante. 0 apóstolo declara
que pretendia escrever sobre a salvação, mas sentiu a necessidade de alertar
os crentes a "batalhar pela fé" (v. 3). Judas primeiro esclarece que Deus não
deixa 0 pecado sem castigo. Em sua Epístola, encontramos a descrição de
vários pecados a que estamos expostos e que podem contaminar a nossa
fé. Ele encerra a Carta ensinando-nos a maneira como podemos vencer
essa batalha. Lembre-se: temos de manter uma luta constante pela nossa
fé a fim de não sermos envolvidos pelo pecado e para que não venhamos a
perder a salvação.
1. IN T R O D U Ç Ã O À E P ÍS T O L A pôde dizer que, após uma vida de lutas,
Judas, que era filho de Maria terminou sua carreira permanecendo
e José, m eio-irm ão de Jesus (Jd 1), na fé (2 Tm 4.7).
escreveu esta Epístola em meados 2.2. A fé genuína
dos anos 6o d.C„ com o propósito de A fé mencionada por Judas é uma
que os cristãos batalhassem pela fé fé racional, bem fundam entada e
que tinham recebido de Deus e, para salvadora, aquela “que uma vez foi
isso, precisavam se achegar a Deus, dada aos santos" (Jd 3), ou seja, a fé
ter cuidado com ensinos enganosos, verdadeira, dada por Deus (Ef 2.8) e
trazidos por falsos mestres, e, inclu­ ensinada pelos apóstolos (At 20.27). É
sive, reconquistar os duvidosos. Uma por ela que devemos travar uma luta
pequena carta, mas com grande valor incansável.
para a formação de todo cristão.
Judas e o apóstolo Pedro convi­ 3, P E C A D O E J U ÍZ O
veram e certamente conversavam (At 3.1. Os intrusos
1.13,14), convergindo, com o tempo, Já sabemos que a fé cristã é cons­
sobre os grandes problemas dos seus tantemente atacada, na escola, nos
dias. Talvez por isso a Segunda Carta film es ou nas redes sociais, m as o
de Pedro e esta Epistola coincidam foco que o escritor traz à tona são as
bastante nas idéias e na abordagem ameaças à fé que vêm de dentro da
literária: o ensino é denso e direto ao própria igreja. Como assim? Identificar
ponto, sem rodeios. Era preciso des- os ataques “externos”, muitas vezes,
pertamento! é até fácil, mas os ataques "internos",
daqueles de quem não esperam os
2 . A D E F E S A D A FÉ nos defender, é muito difícil.
2.1. Uma necessidade Por isso, Judas elenca algum as
O escritor anuncia que desejava características desses '‘intrusos”, que se
falar sobre a salvação, entretanto “infiltraram”em nosso meio e ameaçam
foi direcionado a exortar os irmãos a a fé. Veja a lista: a) “ímpios" — não têm
batalhar pela fé que uma vez foi dada amor a Deus (Jd 4); b) “convertem em
aos santos (Jd 3). Nos dias de hoje, tal dissolução a graça de Deus" — mun­
direcionamento se mantém: é funda­ danos, carnais (v.4); c) negam a Jesus
mental que a igreja esteja atenta para Cristo — céticos, sem espiritualidade
defender a fé a qualquer instante! (v.4): d) “adormecidos, contaminam
A defesa da fé, contudo, só sua carne" — indiferentes, sem
pode ser feita por quem a de temor de Deus (v.8); e) “rejeitam
tém. O mundo, as forças do i CABE A NOS SER a dominação e vituperam as
mal, sempre irão atacá-la. OS GUARDIÕES autoridades" - indisciplinados
Cabe, por isso, a nós ser os DESSE TESOURO e rebeldes (v.8); f) "dizem mal
guardiões desse tesouro de 1 DE INIGUALÁVEL do que não sabem" — menti­
VALOR, rosos, propagadores de fahe
inigualável valor (2 Tm 6.12).
Que possam os fazer com o news (v.10); g) “murmuradores"
Paulo que, no fim dos seus dias (v.16); h) arrogantes (v.16); i) interes-

62 JUVENIS
seiros (v.16); j) “causam divisões" (v.19); um desperdício cultivar uma árvore e,
k) “sensuais”(v.19). depois, observar que tudo foi em vão;
Ao fim, Judas conclui a sua listagem d) ondas impetuosas do mar (v.13) —
com o efeito que é consequência de ondas que trazem sujeira; e e) estrelas
todos os defeitos anteriores: eles, os errantes (v.13) — não possuem rumo,
falsos mestres, “não têm o Espirito" rota ou propósito, cujo fim será causar
(v.19). Quem anda na carne, não pode um grande estrago. Observe-se como
agradar a Deus (Rm 8.5-17). se faz necessário defender a fé, rece­
3.2. Os exemplos de desobediência bida de Deus, diante dessas ameaças
Diante de tantas características dos falsos mestres.
ruins, Judas nos faz lembrar de três
exemplos de desobediência que não 4. COMO DEFENDER A FÉ
terminaram bem. São eles: a) o povo 41- Cuidados pessoais
de Israel, o qual foi salvo do Egito, Depois de m encionar os graves
mas os maus morreram no deserto, problem as ca u sa d o s pelos falso s
por causa da incredulidade Ud 5): b) mestres, Judas apresenta a maneira
os anjos caídos, que foram Lançados como o cristão deve defender a sua
na escuridão e estão atualmente em fé: a) edificando-vos a vós mesmos
prisões eternas (v. 6); c) as Cidades na fé (Jd 20) — isso significa investir
de Sodom a e Gomorra, bem como na fé, como, por exemplo, ler bons
outras ao redor, que, por causa da livros cristãos, d e d ica n d o -se para
imoralidade, sofreram “a pena do fogo
eterno" (v. 7).
3.3. Os perigos dos falsos mestres
A Epístola de Judas, após proferir
um “ai" contra os falsos mestres (Jd
11), diz que eles entraram pelo c a ­
minho de Caim (inveja), seguiram o
engano do prêmio de Balaão (avareza)
e pereceram na contradição de Corá
(rebeldia).
Em seguida, ele denuncia os efeitos
da presença desses “intrusos": a) são "Em Defesa da Fé", de
manchas em vossas festas de amor Dave Hunt, traz uma
(v.12) — eles não possuem am or a série de respostas
Deus, nem ao próximo, mas somente racionais, inteligentes e
o “amor-próprio", por isso são uma má­ bíblicas às perguntas que
cula para a igreja; b) são nuvens sem investigadores sinceros
água (v.12) — eles geram expectativas
(muitos críticos, céticos e
frustrantes, enchem de esperanças
ateístas) têm feito.
as pessoas, mas tudo é falsidade; c)
árvores murchas, infrutíferas (v.12) —
eles são uma perda de tempo, pois é

JUVENIS 63
fortalecer a convicção em Deus Cristo PARA CONCLUIR
Jesus (os discípulos oraram: Senhor,
A apologia (defesa) da fé cristã é
aumenta-nos a fé - Lc 17.5); b) orando
no Espírito Santo (v, 20) — significa orar urgente para os dias de hoje e deve ser
no poder e na força do Espírito, não feita em amor —mas sem amenizar a
firmado em palavras “de efeito", que firmeza das Escrituras. Essa defesa é
para nada servem diante de Deus (Lc desempenhada contra ataques exter­
18,11); c) conservar-se no amor de Deus nos, porém, é ainda mais fundamental
(v. 21) e d) esperar na misericórdia de para contra-atacar as investidas inter­
Cristo (v. 21), nas, dos falsos mestres, Que o Senhor
4.2. Cuidado com os outros nos dê sabedoria para combater este
A receita só estará completa se,
combate e vencer a dúvida,
tam bém , houver cu id ad o com os
outros que já foram enganados pelo < Q HORA DA REVISÃO
mal. Por isso, em tom dramático, de
apelo, Judas conclama que nos apie- 1. Qual era 0 grau de parentesco entre
demos dos que estão na dúvida (Jd Jesus e Judas, o autor da Epístola?
22). Encontrar-se em dúvida é algo
terrível, pois está escrito que aquele
que duvida nada receberá do Senhor
(Tg 1.6,7). Judas aumenta a gravidade 2. De que m aneira o cristão deve
da situação, lembrando que os duvi­ defender a sua fé?
dosos rumam para o Inferno, razão
pela qual exorta a que os salvemos,
“arrebatando-os do fogo" (v. 23). • 3, Segundo as Escrituras, os falsos
mestres:
são manchas em vossas
festas de amor;

píilCUdi/ são nuvens sem água;


são árvores murchas, infrutíferas;
todas as opções anteriores.
Fique por dentro das 4. Qual 0 apelo de Judas no versículo 22?
principais notícias sobre
0 universo cristão e 0

trabalho desenvolvido 5. A afirmação “A defesa da fé é desem­ ►
pela igreja no mundo penhada contra ataques externos,
todo acessando porém, é ainda mais fundamental +
para contra-atacar as investidas
CPADNEWS.COM.BR internas, dos falsos mestres- é ver­ +
dadeira ou falsa?
+
CONECTE-SE
Estamos em pleno século XXI: conectados, online, globais, mas
assustadoramente sozinhos. Nossa geração tem certezas e
dúvidas em igual intensidade. Atualmente, pessoas de 16 a 30
anos de idade estão procurando conectar-se a algo maior que
elas mesmas. Elas querem algo que funcione e seja honesto,
autêntico. Algo que possam vivenciar realmente. Algo que lhes
dê esperança. Porém existem questionamentos e inquietações
que se transformam em uma busca implacável por respostas
dentro da Palavra de Deus. Será que um livro tão antigo como
a Bíblia tem respostas para as questões da atualidade?
Mostre às pessoas que existe um caminho que tem significado.
Um caminho importante que mudará toda a sua história. Esse
caminho é Jesus, somente nEle teremos respostas para nossas
angústias e aflições. O verdadeiro caminho que nos leva a
Salvação!
É tempo de olhar a Palavra de Deus com outros olhos!
É hora de conectar as escrituras antigas com a realidade!
É tempo de mostrar o único caminho que é Jesus!

CBC
O QUE SERIA DO
MUNDO SEM O
CRISTIANISMO?
Será que Deus está morrendo? Isso
é o que algumas pessoas acreditam
ou desejariam que acontecesse. Elas
sustentam que as crenças cristãs e
nosso estilo de vida não são mais re­
levantes para os dias de hoje.
Mas a verdade que estas pessoas não
querem ver é que o mundo sem o
cristianismo seria um lugar comple­
tamente obscuro. Se você observar,
perceberá que, ao longo da história,
os ensinamentos de Jesus mudaram
o mundo drasticamente e que ainda
hoje segue sendo a força mais pode­
rosa em favor do bem da humanidade.

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