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3ÍBUCAS

ADULTOS | 2o TRIMESTRE 2 0 2 4
VOCÊ AMA SER PROFESSOR,
NAS NÃO ESTÁ 100% SATISFEITO
CON A AULA QUE MINISTRA?
Parabéns! Isso mostra um desejo real de se aperfeiçoar em seu ministério.
Deus espera de todo professor uma constante dedicação na busca de
conhecim entos bíblicos e pedagógicos, para que possa ensinar com
excelência e, assim, poder e d ifica r a vida esp iritua l dos seus alunos.
Aqueles que foram chamadas por Deus para o m inistério de ensino devem
buscar sua capacitação para exercê-lo em sua plenitude. 0 professor de
Escola Dom inical deve com preender os aspectos pessoais, humanos,
e spirituais, técn ico s e d idáticos do seu trabalho e, sobretudo, do seu
compromisso de ensinar com excelência a Palavra de Deus. Como escreveu
o pastor e escritor Anderson Barreto de Souza:

"Nunca se esqueçam de que vocês são essenciais para a continuidade da


Obra de Deus na terra, pois sem ensino não haveria futuros obreiros para
dar continuidade a essa grande Obra. Quando pensarem em desistir, lembrem-se
do que Neemias disse aos seus o positores:"... estou fazendo uma grande
Obra, de modo que não poderei descer...". Ne 6:3"

Saiba
mais em:
https://www.cpad.com.br/ensinando-com-excelencia-na-escola-dominica
.JÇOES
3ÍBLICAS
Professor | 2o Trim estre de 2024
Com entarista: Osiel Gomes

SUMÁRIO
A Carreira que Nos Está Proposta
O C a m in h o d a S a lv a ç ã o , S a n tid a d e e P e r s e v e r a n ç a p a ra C h e g a r
a o C éu

Lição í - O Início da Caminhada 3

Lição 2 - A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga 10

Lição 3 - 0 Céu - 0 Destino do Cristão 18

Lição 4 - Com o se Conduzir na Caminhada 26

Lição 5 - Os Inimigos do Cristão 33


Lição 6 - As Nossas Arm as Espirituais 40

Lição 7 - 0 Perigo da Murmuração 47

Lição 8 - Confessando e Abandonando 0 Pecado 54

Lição 9 - Resistindo à Tentação no Caminho 61

Lição 10 - Desenvolvendo uma Consciência de Santidade 68

Lição 1 1 - A Realidade Bíblica do Inferno 75

Lição 12 - A Bendita Esperança: A Marca do Cristão 82

Lição 13 - A Cidade Celestial 89


CB4D
Presidente da Convenção Geral
das Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
B íb l ic a s
Diretor Executivo
P r e z a d o (a ) P r o fe s s o r(a ),
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações 0 caminho que o cristão faz com Cristo
Alexandre Claudino Coelho inicia com a experiência do Novo Nas­
Consultor Doutrinário e Teológico cimento e prossegue até o dia em que
Elienai Cabral ele chegará à cidade celestial. Entre esse
Gerente Financeiro início e chegada, o crente se depara com
Josafá Franklin Santos Bomfim muitos desafios e obstáculos.
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva Para refletir a respeito desse caminho,
Gerente Comercial que se inicia com o Novo Nascimento e
Cícero da Silva seus muitos desafios, neste trim estre,
Gerente da Rede de Lojas estud arem os a “A C a rre ira que Nos
João Batista Guilherme da Silva Está Proposta: 0 Caminho da Salvação,
Gerente de TI Santidade e Perseverança para Chegar ao
Rodrigo Sobral Fernandes Céu”. Nele, refletiremos à luz da Palavra
Gerente de Comunicação de Deus, assuntos como a realidade do
Leandro Souza da Silva Céu, do Inferno, da Tentação, da bendita
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Nosso propósito é que, ao longo deste
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida trimestre, você pense a respeito de sua
Editor jornada com Cristo neste mundo. Como
Marcelo Oliveira cristãos peregrinos, 0 anseio de encontrar
Redatores com Cristo deve nortear toda a nossa
Marcelo Oliveira
Telma Bueno
Thiago Santos Bom trimestre!
Revisora
Cristiane Alves
José W ellin gto n B ezerra da C osta
Projeto Gráfico Presidente do Conselho
Leonardo Engel I Marlon Soares
A dm inistrativo
Diagramação
Nathany Silvares Ronaldo R odrigues de Souza
Capa Diretor Executivo
Marlon Soares I Nathany Silvares
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TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
“Jesus resp on deu e d isse-lh e: Na
verdade, na verdade te digo qu e O N ovo N a scim en to m arca o
aq u ele qu e não nascer d e novo início da jo rn a d a do cren te em
não p o d e ver o R ein o de D eu s.” Jesus Cristo.
(Jo 33 )

\ __________________

LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - R m 8.2; 12.2 Q u in ta - Jo 14..26


A n o va v id a co m C risto por m eio do Na n o va v id a co m C risto tem o s o
E spírito E spírito Santo, o C o n solad or
T e r ç a - E f 1.3-6 S e x ta - Jo 16.7-11; R m 8 .5 -7
Na n o va v id a co m C risto tem o s A n ova v id a com C risto é u m a ação
D eus com o Pai p o d e ro sa do E spírito
Q u a rta - 1 Co 15.57 S áb a d o - 1 Pe 1.23
Na n o va v id a co m C risto te m o s 0 A n o va v id a com C risto é ge ra d a
F ilh o con osco por in te rm é d io da P a lav ra

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

J o ã o 3 .1 -8

1 - £ havia entre os fariseus um hom em 5 - Jesus respondeu: Na verdade, na ver­


chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. dade te digo que aquele que não nascer
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: da água e do Espírito não pode entrar
Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de no Reino de Deus.
Deus, porque ninguém pode fa zer estes 6 - 0 que é nascido da carne é carne,
sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. e 0 que é nascido do Espírito é espírito.
3 -Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, 7 - Não te m a ra v ilhes de te ter dito:
na verdade te digo que aquele que não nas­ Necessário vos é nascer de novo.
cer de novo não pode ver 0 Reino de Deus. 8 - 0 vento assopra onde quer, e ouves a
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um sua voz, mas não sabes donde vem, nem
homem nascer, sendo velho? Porventura, para onde vai; assim é todo aquele que
pode tornar a entrar no ventre de sua é nascido do Espírito.
mãe e nascer?

Hinos Sugeridos: 15,19, 227 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO p asto r O siel G om es é o com en ta rista


A C am in h a d a C ristã in ic ia co m 0 d este trim estre.
N ovo N ascim en to, obra efetu ad a pelo
E spírito Santo m ed ian te ao sacrifício 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
de Jesus C risto n o C a lv á rio . A c o n ­ A ) O b jetiv o s da L ição: I) E xplicar
clu são d essa obra se d ará por ocasião o se n tid o da c a m in h ad a com C risto;
da g lo r ific a ç ã o fin a l d o s sa lv o s , ou II) E n s in a r a r e s p e it o da d o u tr in a
seja, a o ca sião em q ue re ce b e re m o s do N ovo N a sc im e n to ; III) E n fa tiz a r
u m c o rp o g lo r io s o , s e m e lh a n te ao a im p o rtâ n c ia do N ovo T e sta m e n to
d o S e n h o r J e su s q u a n d o a p a r e c e u p a ra a fo r m a ç ã o de q u e m in ic ia a
aos d iscíp u los após ressu rreto . N este ca m in h ad a cristã .
t rim e s tre , e stu d a re m o s o in íc io e o B) M o tiv a ç ã o : N esta v id a , p r e c i­
fin a l d essa cam in h ad a, m as tam b ém sa m o s te r b e m claro a id eia de in ício
0 m eio d essa jorn ada com Cristo. Do e fim p a ra q u a lq u e r a tiv id a d e q u e
início ao fin al da cam inhada cristã, há iniciam os. Na trajetória da cam inhada
u m m eio que se m o stra u m d esafio. c o m C risto n ão é d ife r e n te . Há u m
Para nos auxiliar n este estudo, con ta­ in ício e, tam b é m , u m a p ro m e ssa de
rem os com 0 pastor Osiel Gom es, líder um desfecho glorioso. Esse desfecho é
da AD em T iririca l (M A), dou toran d o 0 alvo que deve estar sem pre diante de
em teologia, co n fe re n cista e autor de nós quando nos en con trarm os d ian te
vária s obras pu b licadas pela CPAD. O d os o b stá cu lo s da n o ssa ca m in h ad a

4 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


e s p ir it u a l. O s d e s a fio s p o d e m se r o s a lu n o s r e fle t ir e m a r e s p e ito de
gran des, m as nada se com para com o su a tra je tó r ia c o m o c ris tã o s , d esd e
d esfe ch o reserv ad o a cada p e re grin o q u a n d o e la in ic io u a té o m o m e n to
que in icio u a sua jorn ad a para Céu. p re s e n te . M o stre que, à m ed id a que
C) S u g e s t ã o d e M é to d o : V a m otem
s os a consciência do que nos espera
iniciar m ais um trim estre. A prim eira n o fin a l da n o ssa jo rn a d a , te re m o s
au la é u m a in tro d u çã o q ue situ a rá o m ais ou m en o s m o tiva ção e sp iritu a l
alu n o a re sp e ito do que ele e stu d a rá p a ra c o n c lu í- la . E n ce rre a a u la c i ­
d u ra n te to d o o tr im e s tr e . Por isso , ta n d o as E s c ritu ra s : “ N ós, p o ré m ,
p la n e je b e m e sta p rim e ira a u la , r e ­ n ão so m o s d a q u e le s q u e se re tira m
servan d o tem p o para exp o r e ap licar p a ra a p e rd iç ã o , m as d a q u e le s q ue
o co n te ú d o d esta p rim e ira liçã o , de cre e m para a co n se rv a ç ã o da a lm a ”
m o d o q u e v o c ê c o n s ig a fa z e r u m a (Hb 10 .39 ).
b oa in tro d u ç ã o do trim e s tre . N esta
o p o r tu n id a d e , s u g e r im o s q u e v o c ê 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
in icie a aula tra zen d o um a reflex ã o a A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
re sp eito do te m a g e ra l do trim e stre : a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
“A Carreira que Nos Está Proposta: 0 r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
Caminho da Salvação, Santidade e Per­ su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
severança para Chegar ao Céu” . Procure A d u lt o s . N a e d iç ã o 9 7 , p . 3 6, v o c ê
extrair dos alunos a percepção deles a en con trará um subsídio especial para
resp eito do tem a, o que esperam dele e sta lição.
e o q ue d ese ja m a p ren d er. À m ed id a B ) A u x íli o s E s p e c ia is : A o f in a l
q ue v o cê v a i p e rce b e n d o os a n se io s do tó p ic o , v o c ê e n c o n tra rá a u x ílio s
d a c la s s e , c o m e n t e o s p r i n c i p a is que d arão su p o rte na p rep ara ção de
a ss u n to s qu e se rã o a b o rd a d o s na su a a u la : 1) 0 te x to “ R e g e n e ra çã o :
a u la . N essa in tro d u ç ã o , a p re se n te o N ascim en to e Renovação E sp iritu a l” ,
com entarista deste trim estre, o pastor lo ca lizad o dep ois do segu n d o tópico,
O siel G om es, co n fo rm e m en cio n a d o d estaca a obra do N ovo N ascim en to,
n a in tro d u ç ã o . Um e x c e le n te in íc io a R egen era ção do pecador; 2) 0 t e x ­
de trim e stre ! to “ A s F o n te s da H istó ria do N ovo
T e s t a m e n t o ” , ao fin a l do t e r c e ir o
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO tópico, exp an d e a re flex ã o a resp eito
A) A p lic a ç ã o : A liç ã o d e h o je daé im p o rtâ n cia do N ovo T e sta m e n to
u m a e x c e le n t e o p o r tu n id a d e p a ra na v id a do cristã o .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO m in h a d a co m C risto e o q u an to som os


N e s te t r im e s t r e , e s t u d a r e m o s a agraciados com a presença da Santíssim a
Jornada do C ristão . P ara in ic ia rm o s a T rin d a d e n e ssa tra je tó ria . C o n ce itu a ­
o s n o sso s e stu d o s, te m o s o p ro p ó sito re m o s ta m b é m o N ovo N a sc im e n to e
de co m p re e n d e r o in íc io de n o ssa c a ­ 0 e stu d a re m o s co m o u m a e x p e riê n cia

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proveniente do Espírito Santo, conform e o p ecado e tod a a so rte de m a le s (1 Co
as E scritu ra s n o s a p re se n ta m . F in a l­ 15-57); e, p o r n os am ar, n os con ced eu a
m en te, m o stra re m o s a im p o rtâ n c ia do su a v id a (Jo 3.16) e n os c o n d u z em s e ­
Novo T esta m en to no in ício d essa g u ra n ça para o seu rein o celestia l
jo rn a d a de fé. ^ (Cl 2.6,7). F in a lm e n te , te m o s
a g o ra o te rc e iro m em b ro da
trin d a d e , o E sp írito S an to
I - A CAMINHADA
c o m o n o s s o a u x ilia d o r e
COM CRISTO
co n so la d o r (Jo 14.26). Pelo
1. Com preendendo os
in term éd io dEle, Deus o p e ­
dois caminhos. Na h istó ria
rou 0 m ilagre do Novo N asci­
h u m a n a , te m o s d o is c a m i­
m ento, tran sfo rm an d o a n ossa
n hos: o da v id a n a tu ra l e o da
n atu reza caída e nos torn and o em
v id a com C risto.
seus legítim os filhos. Tudo isso significa
a) Vida humana. A p rim e ira se in i­
n asc er do E spírito ou Novo N ascim en to
cia no m o m e n to do n o sso n a sc im e n to
(Jo 3.6; Jo 1.13; l Co 15.50).
n atu ra l. Ela p od erá se r lo n g a ou cu rta,
m as n ão etern a. Essa tra jetó ria h u m a ­
n a é m arca d a p e la s fa se s da in fâ n c ia ,
a d o le s c ê n c ia , ju v e n tu d e , v id a a d u lta
e v e lh ic e . T a m b é m é c a r a c t e r iz a d a SINOPSE I
p or d ois m om en tos: o n a sc im e n to e a
A história hum ana compreende
m orte. É a e sse tip o de jorn ad a da vid a
dois caminhos: o da vida natural
que Jesus se re fe re q u an do d iz: “ O que
e o da vida espiritual.
é n ascid o da ca rn e é c a r n e ” (Jo 3.6).
b) Vida com Cristo. A v id a h u m a n a
pode se tornar um a jornada m ara vilh o ­
sa q u an do co n vid a m o s o S en h or Jesus
para fa z e r p a rte d ela. A n o va v id a com II - O NOVO NASCIMENTO
Cristo é 0 com eço de um a n ova h istória, 1. P or que p r e c is a m o s do Novo Nas­
de fe licid a d e v erd a d e ira e de p len itu d e cimento? No in íc io do d iá lo g o e n tr e
n o E s p ír ito (R m 8.2). N e ssa v id a h á Jesus e N icod em os, 0 te rm o “ h o m e m ”
n o vo s p ro p ó sito s, n ovo s p e n sa m e n to s se destaca. Esse su b stan tivo m ascu lin o
e n o v a s e sp e ra n ç a s (Rm 12.2). A fin a l, do gre g o ãnthrõpos, que sig n ifica “ h o ­
n o s to rn a m o s um (a) filh o(a) de D eu s. m e m ” , te m u m u so g e n é rico n o te x to
E sse tip o de jo rn a d a de v id a que n o sso e, por isso , seu sen tid o in clu i tod os os
S en h or se re fe re q u an do d iz: “ O que é seres h u m an o s (Jo 3 -4 )-
n ascid o do E spírito é e sp írito ” (Jo 3-6). A ssim , o S en h o r Jesus a firm o u que
2. Os três companheiros da nossa Nicodem os precisava nascer de novo, um
caminhada. Q u an do re c e b e m o s Jesus novo n ascim en to vin d o d iretam en te do
com o Salvador, Deus passa a ser 0 nosso céu. Com o h om em , ele e sta v a n a co n ­
Pai (E f 1.3-6). A g o ra so m o s cu id ad o s, dição caída de tod os os seres h u m an o s
in stru íd os e fortalecidos por Ele. Tem os “ porque todos pecaram ” (Rm 3.23). Nesse
um relacion am ento de pai e filho. A lém sentido, todo ser hum ano precisa passar
do Pai, tem os tam bém 0 seu Filho com o pelo p ro cesso de regen era ção, e x p e r i­
aquEle que nos concede a v itó ria con tra m en ta r u m a ação d ivin a no interior, ou

6 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


seja, n ascer de n ovo (Jo 3.5; 20.22; 15.5; Com 0 E spírito, n o sso Sen hor fa z 0 uso
2 Co 5.17). a n a ló g ic o do v e n to , do g re g o pneum a
2. (espírito , ven to). N in g u ém pod e v ê - lo
A re lig iã o n ão fa z n a sc e r de n ovo.
N icodem os era um príncipe dos judeus. n asc er, n e m p a ra on d e v a i, m as pod e
A in clu são do term o “ fa rise u ” no relato s e n ti-lo . Sem elh an tem en te, a vid a com
evid en cia que era u m h o m em b em e n ­ Cristo se inicia pela regeneração (gennao
raizado na religião judaica. Ele conhecia - se r n a sc id o ) co m o ob ra do E sp írito
profundam ente Deus, segundo a tradição S an to que tra n s fo rm a p e sso a s p e la fé
monoteísta do judaísmo, os ensinos da Lei em C risto. E sse pro cesso é u m m ila g re
e dos Profetas e a h istó ria do seu povo. do alto, u m m isté rio da fé.
M a s ao q ue se n o ta, su a tra d iç ã o n ão
o ferecia 0 que sua a lm a p recisav a. Por
isso Nicodem os foi ao encontro de Cristo,
id entifican d o nEle o real poder de Deus,
co n fo rm e p o d e m o s c o m p ro v a r n e sta s SINOPSE II
suas palavras: “ ninguém pode fazer estes A cam inhada com Cristo se inicia
sinais que tu fa ze s” (Jo 3.2). Conhecendo com o adven to do N ovo N a sci­
b e m o co ra ção d esse p rín c ip e d os ju ­ mento, a obra divina de salvação.
deus, Jesus fo i d ireto ao ponto: “Aquele
que n ão n a sc e r de n o vo n ão p od e v er
0 R ein o de D e u s” (Jo 3.3). P o rta n to , a
n ova v id a que N icod em o s p rec isa v a só
se ria e n co n trad a d ire ta m e n te na ação
p o d ero sa do E spírito S an to (Jo 16.7-11; AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
R m 8.5-7).
3. 0 Novo N ascim ento e seu processo. “ R e g e n e r a ç ã o : N a s c i m e n t o e
A expressão “ de novo”, que sign ifica “ do R e n o v a ç ã o E sp ir itu a l
céu” (Jo 3.31; Gl 6.15; 1 Jo 3.9), m ostra que Em João 3 .1-8 , Jesus discu te um a
a n o v a v id a co m C risto , isto é, a v id a d as d o u trin as fu n d a m e n ta is (isto é,
eterna, gerada por interm édio da Palavra e n s in a m e n to s , p r in c íp io s b á s ic o s ,
(1 Pe 1.23), v e m de c im a , de D eus e de a s b a s e s d a c r e n ç a ) d a fé c r is t ã :
regen eração (Tt 3.5), ou n ascim en to
m a is n in g u é m (Jo 1.13). P ara e x p lic a r
e sp iritu a l. Sem ‘ n a sc e r de n o v o ’ no
esse p rocesso de n ascer de novo, n osso
c o n te xto esp iritu a l, u m a p esso a não
S en hor fe z u so de d ois term o s: “ á g u a ”
p o d e se to r n a r p a r t e do r e in o de
e “ E s p ír it o ” . C o m a á g u a , de a c o rd o
D e u s. Isso s ig n if ic a q u e a v id a de
com o c o n te x to do E va n ge lh o de João,
u m a pessoa deve ser espiritualm en te
p o d e -s e referir à A n tig a Lei e, sim b o li­
renovada para que ela possa ser salva
cam en te, ao seu sen tido (Jo 1.33; 4.7-14;
e re ce b e r o d o m d iv in o q ue é a v id a
7 3 8 ,39 ). Ora, n o sso S en h or cu m p riu a
e te rn a a tr a v é s da fé em Jesus.
Lei (M t 5.17), de m odo que ao fa la r da
[...] O nascim ento espiritual ocor­
v e lh a ord em , a re p resen ta ç ã o da á gu a
re n a vid a d aq u eles que se a rre p e n ­
e ra a s s e g u r a d a ; m a s p o r in te r m é d io
d em do pecado (isto é, a d m item seu
da n o v a o rd e m , a N o va A lia n ç a , p o r
p ecado e m u d am seu p róprio c a m i­
m e io o b ra do E s p ír ito S a n to , a á g u a
n h o ), se co n v e rte m a D eus (M t 3.2)
iria jo rra r para a v id a e te rn a (Jo 4.14).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 7


e en tregam su as vidas a Jesus Cristo, é 0 de re c o n c ilia r 0 m u n d o com D eus
re c o n h e c e n d o -o com o seu S en h or e (M t 1.21,23; Jo 1.14; íT m 2.5).
S alva d o r - a q u e le q ue p erd o a se u s 3. A im p o rtâ n cia do N ovo T e sta m e n ­
p e ca d o s e se to rn a o L íd er de su as to n a c a m in h a d a d o c r is tã o . O A n tig o
v id a s . E sta e x p e r iê n c ia in ic ia l da T e s ta m e n to te m g ra n d e im p o rtâ n c ia
sa lva ção e sp iritu a l e n vo lv e a ‘la v a ­ p a ra o povo de D eus. O S en h or Jesus o
g e m da re g e n e ra çã o e da ren o vação d iv id iu , e v id e n c ia n d o tr ê s c a te g o ria s
do E sp írito S a n to ’ (T t 3 .5 )” (B íb lia q ue a p o n ta v a m p a ra su a p e sso a : Lei,
de Estudo P e n te co stal Edição Global. Profetas e E scritos (Lc 24.44). Contudo,
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 1847). 0 cristão deve com eçar sua jornada de fé
pelo Novo T estam en to. Este docum ento
sa g ra d o re fle te o d e s e n v o lv im e n to da
r e v e la ç ã o d iv in a , e n v o lv e n d o a v id a
e o m in is té r io de n o sso S e n h o r Jesus
III - O NOVO TESTAMENTO E A Cristo, no qual se desdobra todo o plano
CAMINHADA DE FÉ DO CRISTÃO arquitetado por Deus a respeito da nossa
1. 0 N ovo T e sta m e n to . O conceito de
salvação. No A n tigo Testam ento tem os a
N ovo T e sta m e n to com o E scritu ra é um
prom essa; no Novo, o seu cu m p rim en to
p ro cesso g ra d u a l n a v id a da Igreja. No
(Hb 1.1,2). N esse te sta m e n to , te m o s a
início, ele não era visto pela Igreja com o
co n su m a çã o do p la n o do P ai em Jesus
u m liv ro , m as co m o u m a u n id ad e que
para que 0 ser hum ano fosse reconciliado
fa zia a d iferen ça en tre a A n tiga A lian ça
com Ele e in ic ia sse u m a n o va jo rn a d a
(a Lei) e a N ova A lia n ç a (0 E van gelh o)
de fé (2 Co 5.19).
co m o c u m p rim e n to p le n o e m C risto
(G1 4.4). E sse e n ten d im e n to d eriva das
raízes bíblicas (2 Co 3.6). Nesse contexto,
a p a la v ra “ a lia n ç a ” g a n h a re le v â n cia .
T rad u zid a p ela Septuaginta, da p a lav ra SINOPSE III
g re g a diathéke, de acordo com Jerem ias O Novo Testamento é 0 documen­
31.31, e la te m 0 se n tid o de o rd en ação, to cristão que deve fazer parte
d ispensação e econom ia da salvação. Do do início de n ossa cam inhada,
la tim , 0 te rm o testam entum tr a z e ssa pois ele revela todo o plano da
m esm a força descritiva do termo diathéke.
salvação de Deus.
A s s im , do p o n to de v is t a c a n ô n ic o , o
A n tig o e 0 N ovo T e sta m e n to s fo rm a m
a s E scritu ra s S ag rad a s do cristã o .
2. O te m a p r in c ip a l d o N o v o T e s ­
ta m e n to . O te m a c e n tr a l do N ovo
AUXÍLIO TEOLÓGICO
T e sta m e n to é a p e sso a de Jesus C risto.
Há d iverso s p e rso n a g e n s a p resen tad o s
“ A s F o n te s d a H istó ria do N o vo
n e sse d o cu m e n to sa g ra d o , m a s to d o s
T e s ta m e n to
gan ham relevância apenas quando estão
[ ...] T o d o s o s E v a n g e lh o s , i n ­
relacionados à som bra de nosso Senhor.
clu in d o os de M ate u s e M arco s, que
T u d o se v o lta p a ra a p e sso a de C risto ,
n ão fo rm a m p a rte de u m co m p lex o
p o s to q u e s e u m in is t é r i o te m u m a
lit e r á r io m a is a m p lo , e m a n a m do
ê n fa s e s a lv ífic a cu jo in te r e s s e m a io r

8 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


m in is té rio e v a n g e lista e d id ático da Primeiro Século. Rio de Janeiro: CPAD,
Igreja. Eles foram escritos com o o b ­ 2010, p p .2 4 ,2 5 ).
jetivo expresso de apresentar os fatos
a resp eito de C risto de u m a m an eira
que os h o m e n s p o ssa m crer nE le, e, CONCLUSÃO
te n d o dado o p a sso in icia l, p o ssa m A jornada com Cristo tem in ício com
c o n tin u a r co m u m a fé in te lig e n te . o N ovo N ascim en to . Ela se e sten d e por
[ ...] O s d e m a is l i v r o s d o N T m eio de um a lon ga peregrin ação espiri­
r e p r e s e n t a m d iv e r s o s p e r ío d o s e tu a l até o re la cio n am e n to p erfeito com
p o n to s de v is ta . A e p ísto la de T ia g o Jesus (Mt 16.24). N essa peregrin ação, os
foi p ro va ve lm e n te o rig in ad a da p r i­ que co m eça ra m a n o va vid a com C risto
m eira m etade do século, refletin d o a p o d e m co n ta r com a p resen ça do Pai,
reação ju d e u -c ris tã aos e x tre m ista s do F ilh o e do E s p ír ito S a n to . A s s im ,
q u e fa z ia m a sa lv a ç ã o p e la fé u m a serem os guiados pelas palavras do Novo
d e s c u lp a p a ra a in d ife re n ç a é t ic a ” T e sta m e n to que tra ta m da vid a , m orte
(TENNEY, M erril C. T e m p o s do N ovo e ressureição do Senhor Jesus, em quem
T e sta m e n to : Entendendo o mundo do a n o ssa fé e stá fu n d a m en ta d a .

REVISANDO 0 CONTEÚDO

1. O que é a n o va v id a co m C risto?
A n ova v id a com C risto é o co m eço de u m a n ova h istó ria , de fe licid a d e v e r ­
d ad eira e de p le n itu d e n o E spírito (Rm 8.2).
2. Q u ais os trê s c o m p a n h e iro s da c a m in h a d a c ristã ?
A S a n tíssim a T rin dade: Pai, F ilh o e E sp írito San to.
3. E xp liq u e o te rm o “ h o m e m ” , de acord o co m a lição.
É u m te rm o de u so g e n é ric o n o te x to e, p o r isso , seu se n tid o in clu i tod os
os se re s h u m an o s.
4. 0 que a e x p re ssã o “ de n o v o ” s ig n ific a e, ao m esm o tem po , d em on stra ?
A e xp re ssã o “ de n o v o ” sig n ific a “ do c é u ” e d em o n stra q ue a n o va vid a com
C risto v e m de cim a, de D eus e de m a is n in g u é m .
5. Por que 0 c ristã o d eve co m eça r sua jo rn a d a de fé p elo N ovo T e sta m e n to ?
Porque n esse testam en to , tem os a con su m ação do plan o do Pai em Jesus para
que o ser hum ano fosse reconciliado com Ele e iniciasse um a nova jornada de fé.

VOCABULÁRIO
M o n o te ís ta : adepto do m on oteísm o; d o u trin a que e n sin a a e x istê n c ia de
u m a ú n ica d ivin d ad e
A n a ló g ico : relativo à analogia; relação de sem elhan ça entre coisas ou fatos.
S e p tu a g in ta : A n tig a tra d u çã o em g re g o do A n tig o T e sta m e n to h ebraico.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 9


'
1

A ESCOLHA ENTRE A PORTA


ESTREITA E A PORTA LARGA
\ /

TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
“ Porfiai por entrar p ela
A porta estreita não é
porta estreita, porque eu vos
um a opção, m as a única
digo q u e m uitos procurarão
alternativa disp on ív el para 0
entrar e não po d erã o.”
cren te entrar no Céu.
(Lc 1 3 2 4 )

LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - P v 15.24 Q u in ta - l Co 6.9,10; G1 5.19-21


A id eia da “ p o rta e s tre ita ” p resen te A re co m p e n sa de q u em e n tra p ela
no AT “ p o rta la r g a ”
T e r ç a - M t 5 3 9 ,4 8 S e x ta - Is 1.15,16; 5 5 .7 ; Jr 7-3 - 7
P rin cíp io s c e le stia is da “ p o rta A “ p o rta e s tre ita ” é u m ch am ad o
e s tr e ita ” ao a rre p e n d im e n to
Q u a rta - M t 16.24; R m 6.6; G1 5.24 S áb a d o - P v 28.13; 1 Jo 1.7
R en ú n cia e a g ló ria p r o g re ssiv a da A “ p o rta e s tre ita ” é u m ca m in h o
“ p o rta e s tr e ita ” de co n fiss ã o e de perd ão

10 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL - M A IO • JUNHO 20 24


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

M ateus 7.13,14; 3.1-10.


M a te u s 7 no de seus lom bos e alim en tava -se de
13 - Entrai pela porta estreita, porque gafanhotos e de mel silvestre.
larga é a porta, e espaçoso, 0 cam inho 5 - Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a
que conduz à perdição, e m uitos são os Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão;
que entram por ela; 6 - e eram por ele batizados no rio Jor­
14 - E porque estreita é a porta, e aper­ dão, confessando os seus pecados.
tado, 0 caminho que leva à vida, e poucos 7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos
há que a encontrem. saduceus que vinham ao seu batism o,
d izia-lhes: Raça de víboras, quem vos
M a te u s 3 ensinou a fugir da ira futura?
1 - E, naqueles dias, apareceu João Batista 8 - Produzi, pois, frutos dignos de ar­
pregando no deserto da Judeia rependim ento
2 - e dizendo: A rrependei-vos, porque 9 - e não presumais de vós mesmos, di­
é chegado 0 Reino dos céus. zendo: Temos por pai a Abraão; porque eu
3 - Porque este é 0 anunciado pelo profeta vos digo que m esmo destas pedras Deus
Isaías, que disse: Voz do que clam a no pode suscitar filh os a Abraão.
deserto: Preparai 0 cam inho do Senhor, 1 0 - E também, agora, está posto o m a­
endireitai as suas veredas. chado à raiz das árvores; toda árvore,
4 - E este João tinha a sua veste de pelos pois, que não produz bom fruto é cortada
de cam elo e um cinto de couro em tor­ e lançada no fogo.

Hinos Sugeridos: 208, 447, 570 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO da v id a c ris tã te m p or b a se 0 a r r e ­
Nesta lição, estudarem os a analogia p e n d im e n to , a c o n fissã o de p ecados
da “ porta e streita ” e da “ porta la rga ” , e a e x p e riê n c ia do perdão.
m e n c io n a d a p e lo S e n h o r. V e r e m o s
q ue n o sso S e n h o r te v e a p r e te n sã o 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
de m o stra r aos p eca d o res 0 ca m in h o A) O b jetiv o s da L ição: I) E xplicar
para a sa lva ção . Para c o m p re e n d e r­ a a n a lo g ia da “ p o rta e s t r e it a ” e do
m os m elh o r a so te rio lo g ia de C risto, “ cam inho apertado” do ponto de vista
responderem os às segu in tes questões: b íb lico e teológico; II) D estacar que a
0 q u e s ig n ific a a a n a lo g ia de Jesu s decisão pela porta estreita requer um a
c o n ce rn e n te à “ p o rta e s t r e it a ” e ao v id a de re n ú n c ia e d is p o s iç ã o p a ra
“ ca m in h o a p e rta d o ” ? Por q ue d e v e ­ e n fre n ta r os d e sa fio s da ca m in h ad a
m os esco lh er a porta estreita? De que cristã; III) A po ntar que a entrada pelo
m an e ira o p eca d o r pod e e n tra r p ela c a m in h o estreito e stá b aseada no a r ­
p o rta q ue 0 le v a p a ra 0 Céu? E, por re p e n d im e n to , co n fiss ã o de p ecados
fim , aprenderem os que a con sistên cia e n ovo e stilo de vid a.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 11


B) M otivação: As figuras da “ porta 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
e s t r e it a ” e do “ c a m in h o a p e r ta d o ” A ) A p lica çã o : A tra jetó ria da vid a
c o n fro n ta m as p e sso a s que o u ve m a cris tã é m arca d a por o fe rta s de p r a -
m en sa g e m do E van gelh o. Do m esm o z e r e s e d e le it e s t e r r e n o s q u e sã o
m o d o , le v a os c r e n te s à re fle x ã o a re n u n c iad o s p e lo s c re n te s à m ed id a
re sp eito de se estão , de fa to , se p o r­ que vivem um relacionam ento estreito
tan d o de m an e ira d ign a a e n tra r na co m D eu s. O c ris tã o c o m p ro m e tid o
etern idad e com Deus. A proveite para com o Evangelho m antém a obediência
c o n v e r sa r c o m se u s a lu n o s so b re o aos preceitos da Palavra de Deus, pois
estilo de vida dos que estão aguard an ­ sabe que a devoção verdadeira requer
do an siosam en te pelo A rrebatam ento disposição para viver um estilo de vida
da I g re ja . F in a liz e e s t e m o m e n to , que e x p re sse , de fa to , a re n ú n cia às
p e r g u n t a n d o : “ E s t a m o s , d e fa t o , o b ra s da ca rn e e o c u ltiv o do F ru to
trilh a n d o p elo c a m in h o a p e rta d o ?” do E spírito.
C) Sugestão de M étodo: O prim eiro
tó p ico d esta lição aborda o co n ce ito 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
de p o rta e c a m in h o s de a cord o co m A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
a p e rs p e c tiv a b íb lic a da sa lva çã o . A a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
analogia “ cam inho” aparece no A ntigo r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
T e s ta m e n to , e sp e c ific a m e n te , p a ra su b síd io s de apoio à L ições B íb lica s
ilu stra r a vid a de ren ú n c ia ao pecado A d u lt o s . N a e d iç ã o 9 7 , p .37, v o c ê
e d ecisão pela p rática da ju stiça . No en con trará um subsídio especial para
Novo T estam en to, a figura da “ po rta” e sta lição.
é aplicada de m aneira m ais direta pelo B ) A u x ílio s E s p e c ia is : A o fin a l
p r ó p rio C r isto q u a n d o se c o m p a ra do tó p ic o , v o c ê e n c o n tr a rá a u x ílio s
à p o rta p e la q u al as o v e lh a s p od em q u e d a rã o s u p o r te n a p r e p a r a ç ã o
e n tr a r , s a ir e e n c o n tr a r p a s ta g e m d e s u a a u la : 1) O t e x t o “ O s d o is
(u m a situ açã o co tid ian a d as re giõ e s c a m in h o s : 0 la r g o e o e s t r e i t o ” ,
c a m p o n e s a s d e I s r a e l) . R e la c io n e lo c a liz a d o d ep o is do p r im e iro t ó p i­
no q u ad ro a s d u a s situ a ç õ e s e fa ça co, d e s ta c a a id e ia d e e s c o lh a e n tre
u m e x e r c íc io de c o rr e la ç ã o b íb lic a , d o is c a m in h o s p r e s e n te n o A n tig o
isto é, id e n tifiq u e o se n tid o de cada T e sta m e n to ; 2) O te x to “ P o r ta ” , ao
ilu stra çã o n o c o n te x to b íb lico . V ocê fin a l do s e g u n d o tó p ic o , a p r e s e n ta
p o d e c o n s u lt a r a s in fo r m a ç õ e s n o 0 u so fre q ü e n te da p a la v ra p o rta no
Comentário Histórico-Cultural do Novo c o n te x to b íb lic o , b em com o seu u so
Testam ento, ed itad o p ela CPAD. lit e r a l e fig u r a t iv o .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO é pontuar algu m as razõ es que nos m os­


N esta lição, e stu d a re m o s o sím b olo tra m porqu e d ev e m o s e sco lh e r a p o rta
da porta estreita e da larga, do cam in h o e s t r e it a e, do p o n to de v is t a b íb lic o ,
apertado e do espaçoso. Nosso propósito c o m o e n tr a r p e lo c a m in h o a p e rta d o .

12 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


N esse sen tido , v erem o s que o in íc io da so a s q ue e x p re s s a m c re n ç a s e v a lo r e s
n o s s a jo rn a d a d e v e le v a r em c o n ta o segu n do a sua v ã m an eira de viver. Um
ca m in h o que n os c o n d u z ao Céu. ca m in h o que tem sed uzid o m uitos
v p or m eio da b u sc a irr e fre a d a
I - PORTAS E CAMI­ do p r a z e r e d a s id e ia s q u e
n e g a m a B íb lia com o n ossa
NHOS
única regra de fé e conduta.
l. A p o rta e streita . A
T r a t a m - s e , p o is , d e u m a
id e ia d e u m a “ p o r ta e s ­
p o r t a e d e u m c a m in h o
tre ita ” com o ca m in h o para
em que e n tra m p e sso a s que
a vid a e stá presen te tan to na
v iv e m se g u n d o su as p ró p ria s
lit e r a t u r a ju d a ic a q u a n to n a
ideias (Jz 21.25) e que não desejam
cristã. Por exem plo, essa concepção
a ju s ta r - s e aos e n s in o s d as E scritu ra s
é e n c o n tr a d a n o A n t ig o T e s ta m e n to
S a g ra d a s (Jo 7.38).
(Pv 15.24). S ab em os que a p o rta é u m a
e n trad a e x iste n te em u m e d ifíc io ou o
m uro de um a cidade, algo m uito com um
n o s te m p o s a n tig o s , em q ue a cid ad e
era tod a m u rad a e, ao red o r de tod o 0
e d ifício , h a v ia u m a p o rta e stre ita . Era SINOPSE I
por meio dessa porta que todos entravam
A porta estreita e o caminho aper­
e sa ía m da cidade.
tado re p re se n ta m um a vid a de
2. 0 caminho apertado. Q uando fa ­
com prom isso com Cristo.
lam os de cam in h o apertado, apontam os
para a con d uta, a m an eira de v iv e r que
e vid e n cia sa lv a çã o ou p erd ição. N esse
sen tido, a lin g u a g e m fig u rad a do “ c a ­
m in h o a p e rta d o ” , co n fo rm e M ate u s 7,
aponta para os que desejam a vida eterna.
N ão p o r a ca so , a p a la v r a “ a p e r ta d o ” AUXILIO BIBLICO-TEOLOGICO
v em do verb o gre g o thlíbõ que sig n ifica
“ prensar com o uvas, esprem er, pressio­ “ Os dois caminhos: o largo e o
nar com firm eza, cam in h o com prim ido, estreito (Mt 7.13 ,14). O ca m in h o da
contraído; m etaforicam en te, aborrecer, m orte e 0 da vida aparecem no Antigo
a flig ir , a n g u s t ia r ” . A ss im , 0 ca m in h o T e sta m e n to , na lite ra tu ra in te r te s -
apertad o é 0 que n os le v a a p ratica r os ta m e n ta l, n o s e sc rito s de Q u m ran e
na literatura cristã prim itiva [...]. Na
e n s in a m e n to s de Jesus de m o d o b e m
lite ra tu ra de Q u m ran os d ois c a m i­
concreto: am ar os in im igos, não praticar
n h o s são e xp o sto s com o o ‘ ca m in h o
a h ip o crisia, acu m u lar te so u ro s no céu
da l u z ’ e o ‘ c a m in h o d a s t r e v a s ’ .
dentre outros princípios celestiais e n si­
Jesus, de fo rm a típ ica , a p re se n ta as
nados no Serm ão do M onte (Mt 5.39,48).
op çõ es d ian te da a u d iê n cia em p a ­
3. P o rta la r g a e caminho e sp a ç o so .
ra le lism o a n titético : um a porta para
A p o r ta la r g a e o c a m in h o e s p a ç o s o
a vid a ou u m a p orta para a m orte. A
s im b o liz a m u m a v id a se m c o m p r o ­
m aioria das pesso as tom a 0 cam in h o
m isso com Cristo, segu n d o 0 padrão do
fá c il, 0 q u a l é d e s a s tr o s o . A p o rta
M undo. E ssa p o rta receb e m u ita s p e s ­

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 13


p a ra a v id a é d ifíc il e re stritiv a ; os m e s m o , d e ix a r m o rre r 0 q u e so m o s
v erd a d e iro s d iscíp u lo s são m in o ria. p a r a v i v e r a v id a c o m E le a f im d e
D ado o c o n te x to de M ate u s, a d ifi­ q ue re s u lte u m a g ló r ia p r o g r e s s iv a e
culdade da porta estreita é o cam inho in d iz ív e l (M t 16.24; Rm 6.6; G1 5.24).
da ju s tiç a , n a q u a l Jesu s h á p o u co 2. A s o p o r tu n id a d e s d a p o r ta la r g a
in s tr u iu as p e s s o a s ” ( C o m e n tá rio sã o a tr a e n te s . Para m u itos, o ca m in h o
Bíblico P entecostal Novo T estam ento: da p o rta e s tre ita n ão é a tra e n te , p o is
M a te u s -A to s . V ol. l. Rio de Janeiro: a p o r ta la r g a o fe re c e u m a jo rn a d a de
CPAD, 2003, p. 61). p ra ze re s, d ele ite s e lib e rtin a g e m . E n ­
tretan to, os que a n d am n e sse ca m in h o
são d o m in a d o s p e la s ilu s õ e s da v id a ,
e n re d a n d o -se n u m a sed utora fa n ta sia .
II - POR QUE ENTRAR PELA É u m c a m in h o de a p ego p ra z e ro so ao
PORTA ESTREITA É DIFÍCIL m undo e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16).
1. U m a p o r ta a b e rta , p o ré m , d ifícTil.r a g ic a m e n te , to d o s os q u e a m a m o
A p o r ta p a ra a e n tra d a n a p á tria c e ­ m u n d o n ão te rã o d ire ito a e n tra r n os
le s t ia l e stá a b e rta . P orém , h á m u ito s céu s (1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso, o
im pedim en tos para que a alm a h um ana cristão com prom etido com 0 E vangelho
a a tra v e sse : o e g o ísm o , o e g o in fla d o , de C risto sa b e que “ 0 m u n d o p a ssa , e
a id o la tr ia , d e n tr e o u tr o s . C o n tu d o , a su a c o n cu p iscê n cia ; m as aq u ele que
n o sso S en h o r e n sin o u q ue p a ra to m a r fa z a v o n ta d e de D eus p e rm a n e ce para
o c a m in h o do céu é p r e c is o n e g a r a si se m p re ” (1 Jo 2.17).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“ PORTAS DA CIDADE
No m u n d o a n tig o , a s p o r ta s d e s e m p e ­
n h a v a m u m p a p e l c r ít ic o n a s d e f e s a s de
u m a c id a d e . A s p o r ta s g e r a lm e n t e e ra m o
p o n to m a is fra c o n os m u ro s de u m a cid ad e
e, p o rta n to , m u ita s v e z e s 0 p o n to de a taq ue
d os e x é rc ito s sitia n te s. P ara u m a cid ad e ser
forte, n ão b a sta v a m m uro s m aciços; tin h a de
te r p o rta s fo rte s.
A s p o rta s da cid ad e ta m b é m e ra m 0 lo ca l
dos trib u n ais judiciais, bem com o 0 local onde
os im p o sto s e ra m re c o lh id o s. Jerem ias 38.7
in d ica que 0 rei re a liz o u a co rte em u m a das
p o rta s de Jeru salém . Q uan do os p ro fe ta s do
A T a ta c a m a in ju stiç a , e le s fr e q u e n te m e n te
se re ferem às p o rta s da cid ad e com o lu g a r de
ju stiç a (Am 5.15).” A m p lie m ais 0 seu c o n h e ­
c im e n to , le n d o 0 D ic io n á r io B íb lic o B a k e r,
e d ita d o p e la CPAD, p.400.

14 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


3. A s r a z õ e s d a s e x i g ê n c i a s . D i­
fe r e n te m e n te d a p o r ta la r g a e do
IV
c a m in h o e sp a ç o so , a p o r ta e s tr e ita e
o c a m in h o a p e r t a d o re q u e r e m u m a D iferentem ente da porta
t r a n s fo r m a ç ã o in te rio r, u m a d e c is ã o larga e do cam inho
p e s s o a l e u m a d is p o s iç ã o e m s e g u ir
espaçoso, a porta
na co n tra m ã o da m aio ria. Só com eça a
tr ilh a r p elo ca m in h o da p o rta e stre ita estreita e o cam inho
quem se recon h ece em C risto com o um apertado requerem uma
p e ca d o r (2 Co 12.9) e co m d is p o s iç ã o
transform ação interior,
d e v i v e r u m a v id a d ir i g i d a p o r E le
co m o u m n o v o c o m e ç o (2 Co 5.17). A um a decisão pessoal
p a r tir d essa jo rn a d a , 0 E v a n g e lh o n os
f a z c a m in h a r e m s a n t id a d e , s e g u ir
o s p a s s o s de C risto e a n d a r co m o Ele
a n d o u (1 Jo 2 .6 ). E n tã o , e s t a r e m o s
p r o n to s p a ra c r ia r r a íz e s e e n fr e n ta r
o s o b s tá c u lo s de n o ssa jo rn a d a c r is tã
(Lc 8.13,14)-
Uso literal (por exem p lo, Gn 19.6,
9; 2 Rs 9.10). As portas com un s eram
feitas de m adeira, m as às v eze s eram
fe ita s de esp e sso s ped aços de pedra,
tan to para c a sas com o para tu m b as.
SINOPSE II Cadeados de m ad eira, latão, ou ferro
S e gu ir p elo ca m in h o apertado eram usados (Jz 3.24,25). Nas tendas
requer uma disposição em seguir a s p o r ta s e ra m a b e rtu ra s c o b e rta s
na contram ão da maioria. p or u m a aba (Gn 18.1,2).
Uso fig u rativo. P r o v a v e lm e n t e ,
o u so m a is fr e q ü e n te de p o r ta de
m odo fig u ra tiv o seja com o sím b olo
de oportunidade, especialm en te para
0 testem u n h o e o serviço cristão (por
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO exem p lo, 1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3;
A p 3 .8 ). O te r m o p o r ta é ta m b é m
“ Porta. Um a palavra m encionada u sa d o p a ra r e p r e s e n ta r o ca m in h o
m u ita s v e z e s na B íb lia S agrad a. Na pelo qual um a pessoa entra em algum
versão KJV em in glês, é a tradução de lu gar. O próprio C risto é a porta pela
sete palavras h ebraicas e um a grega. qual o ser hum ano alcança a salvação
Os d ois te rm o s h eb raico fr e q u e n te ­ (Jo 10.9; cf. A t 14.27; Os 2.15). Aquele
m ente usados são: delet, referin d o -se que está próxim o é considerado com o
à p ró p ria p o rta , e petah, u m a po rta ‘ estan d o à p o r ta ’ (M t 24.33; T g 5.9;
de en trad a. A p a lav ra ‘p o r ta ’ é u t i­ Ap 3.20; Gn 4 .7 )” (D icion ário B íblico
liza d a ta n to n o se n tid o lite ra l com o W ycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006,
de m odo fig u ra tiv o . p. 1576).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 15


vv Bíblia diz que todos pecaram e separados
e stão da gló ria de D eus (Rm 3.23). Sem
que o h om em reco n h eça que é pecador,
Assim, quando o homem
jam ais com preenderá que precisa de um
reconhece em confissão que S a lv a d o r. N e sse a s p e c to , a c o n fis s ã o
é um pecador, ele recebe o p e sso a l dos pecados é u m a p e rsp e ctiva
perdão de seus pecados.” n ova que ap arece co m 0 m in is té r io de
João B a tis t a . Em I s r a e l, a c o n fis s ã o
era n a cio n a l e se d ava em d ia e sp e cia l
com o no Dia da E xpiação (Nm 5.7). Por
m eio do m odelo de vid a de João B atista,
a c o n fiss ã o de p e ca d o s p a sso u a fa z e r
parte da tradição cristã . D esse m odo, a
pessoa con fessa os seus pecados (Sl 32.5)
III - ENTRANDO PELA PORTA
e a firm a que crê em D eus P o d ero so e
E PELO CAMINHO DO CÉU
S alva d o r (R m 10.9,10). A ss im , q u an d o
1. A r r e p e n d im e n to de p e c a d o s . Por
o h o m e m re co n h e ce em co n fiss ã o que
m e io d a s p a la v r a s do a ra u to d iv in o ,
é u m p eca d o r, e le re ce b e o p erd ã o de
João B a tis ta (M t 3.1-10), a m e n sa g e m
seu s p e ca d o s (P v 28.13; 1 Jo 1.7).
p re g a d a p or e le p a ra e n tra r n o R ein o
3. Produzindo frutos de arrependi­
de D e u s é o A r r e p e n d im e n to . João é
mento. Para João B atista, o b atism o e a
u m a v o z q ue e co a e n tre a A n t ig a e a
con fissão som ente não seriam as provas
Nova Alian ças, con firm ando as palavras
v e r d a d e ir a s da m u d a n ç a de v id a . Era
d o s p r o fe t a s do A n t ig o T e s ta m e n to ,
preciso ap resen tar fru to s na vid a com o
pois sua m en sa g e m de a rre p e n d im e n ­
a m arca de um arrependim ento sincero.
to e ra a m e s m a p r e g a d a p o r I s a ía s e
Em Lucas, p o d em o s co n te m p lar fru to s
Jerem ias (Is 1.16,15; 5 5 -7 ; Jr 7 -3- 7). Por
co n cre to s que João B a tista e sp e ra v a de
essa ra zã o , é im p o rta n te p o n d e rar que
q u em se a r r e p e n d e s s e : h o n e s tid a d e ,
o a r r e p e n d im e n to b íb lic o n ão é u m a
m ise ric ó rd ia , re sp e ito às a u to rid a d es,
q u e s tã o m e r a m e n te e m o c io n a l, m a s
d e n tre o u tro s (Lc 3 .11-14 ). Isso e ra a
u m a d is p o s iç ã o p a ra m u d a r de id e ia
prova de que a n atu reza da pessoa h avia
e u m e x e r c íc io q ue e n v o lv e o a sp e c to
sid o v e r d a d e ir a m e n te tr a n s fo r m a d a .
m e n ta l e m o ra l do p eca d o r. Por m eio
P ortan to, u m a p esso a que te ve u m e n ­
da p reg açã o e da a ceita ção do E v a n g e ­
co n tro v erd a d eiro co m Jesus p ro d u zirá
lh o, m ed ia n te a ação re g e n e ra d o ra do
fru to s d ig n o s de a rrep en d im en to, u m a
E sp írito San to, o p e ca d o r re n u n c ia ao
n o va fo rm a de p e n sa r e agir, u m n ovo
p eca d o , re o rie n ta a v id a e fir m a u m a
e stilo de v id a (M t 3.2; 21.29; M c 1.15).
resolução de d eixar 0 cam in h o espaçoso
p ara tom a r 0 ca m in h o que con d uz para
a v id a e te rn a.
2. C o n fis s ã o d e p e c a d o s . O m in is ­
SINOPSE III
tério de João B a tista foi im p acta n te , de
m odo que ia m ter com ele to d a Judeia
O verdadeiro encontro com Jesus
e a p r o v ín c ia do Jordão (M t 3.5). Os produz no crente frutos dignos
que ia m até João c o n fe ssa v a m os seu s de arrependimento.
p e ca d o s p a ra se re m b a tiz a d o s. Ora, a

16 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL - M A IO • JUNHO 20 24


CONCLUSÃO fic a q ue p r e c is a m o s re n u n c ia r ao eu,
N o m o m e n to q u e in ic ia su a j o r ­ n o s s o s p e n s a m e n to s e d e s e jo s , p a ra
n ad a co m C risto , o c r is tã o d ev e te r a que C risto a p a reça (2 Co 5.17). Isso só
c o n s c iê n c ia de q u e e s c o lh e u o c a m i­ é p o s s ív e l p o r m eio de u m v erd a d e iro
n h o e s tr e ito e a p o r ta a p e rta d a p a ra a rre p e n d im e n to , co n fiss ã o de p ecad os
t r ilh a r o c a m in h o do céu . Isso s ig n i­ e a e x p e riê n c ia do perd ão.

Anotações do Professor

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REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que s ig n ific a d iz e r “ ca m in h o a p e rta d o ”?
Q uando falam os de cam in h o apertado, apon tam os para a conduta, a m an eira
de v iv e r que e vid e n cia sa lva ção ou perd ição .
2. O que a “ p o rta la r g a ” e o “ ca m in h o e sp a ç o so ” sim b o liza m ?
A porta la rg a e o ca m in h o esp açoso sim b o lizam u m a vid a sem co m p rom isso
com C risto , se gu n d o o padrão do M un d o.
3. O que o S en h or Jesus e n sin o u a re sp eito de fa z e r o ca m in h o da “ p o rta
e s tre ita ”?
N osso S en h o r e n sin o u q ue para to m a r o c a m in h o do céu é p reciso n e g a r a
si m esm o , d e ix a r m o rre r o q ue so m o s p a ra v iv e r a v id a co m Ele a fim de
que re su lte u m a gló ria p ro g re ssiv a e in d izív e l.
4. O que a “ p o rta e s tre ita ” req u er da p esso a?
A porta e streita e o cam in h o apertado requ erem um a tran sform ação in terior,
u m a d ecisão p e sso a l e u m a d isp o sição em se g u ir na co n tra m ã o da m aioria.
5. Que tip o de d isp o sição d eve h a v e r no a rre p e n d im e n to b íblico?
T r a ta -s e de u m a d isp o sição para m ud ar de id eia e u m e xercício que en vo lv e
o a sp e cto m en ta l e m o ral do p ecador.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 17


r

TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
“M a s a nossa cida d e está
nos céus, d o n d e ta m bém O crente d ev e viver a vida cristã
esp eram os o Salvador, o com a m en te voltada para o céu
S en h o r Jesus Cristo co m o sua leg ítim a esperança.
(Fp3-2o)

\ ________________

LEITURA DIÁRIA j
S e g u n d a - G n l.l; M t 3.2; A p 21.10 Q u in ta - Hb 12.23; G1 4 26; Fp 3.20
A m a ra v ilh o s a re a lid ad e b íb lica do Céu: m orad a de D eus e p á tria
Céu d os sa n to s
T e r ç a - 1 T s 4.17; c f. E f 1.3,20; 2.6 S e x ta - Jo 14.3
E stare m o s p a ra sem p re com 0 A p ro m e ssa de que e sta re m o s com
S en h or n o Céu C risto no Céu
Q u a rta - 1 Co 9.24; 2 T m 4.8 S ábado - l Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19
Há u m p rêm io a se r alcan çado: U m a n o va re a lid ad e e x p e rim e n ta d a
0 Céu no Céu

18 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4


F ilip e n s e s 3 A p o c a lip s e 21
13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que 1 - E v i um novo céu e uma nova terra.
0 haja alcançado; mas uma coisa faço, Porque já 0 primeiro céu e a primeira terra
e é que, esq u ecen d o -m e das coisas que passaram, e 0 mar já não existe.
atrás ficam e avançando para as que estão 2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova
diante de mim, Jerusalém , que de D eus descia do céu,
14 - prossigo para 0 alvo, pelo prêmio da adereçada com o uma esposa ataviada
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. para o seu marido.
20 - M as a nossa cidade está nos céus, 3 - E ouvi uma grande voz do céu, que
donde também esperamos 0 Salvador, 0 dizia: Eis aqui 0 tabernáculo de Deus com
Senhor Jesus Cristo, os homens, pois com eles habitará, e eles
21 - qu e transform ará 0 n osso corpo serão 0 seu povo, e 0 m esmo Deus estará
abatido, para ser conform e 0 seu corpo com eles e será 0 seu Deus.
glorioso, segundo 0 seu eficaz poder de 4 - E Deus limpará de seus olhos toda
sujeitar tam bém a si todas as coisas. lágrima, e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor, porque já as
primeiras coisas são passadas.

Hinos Sugeridos: 26, 94, 404 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRO DUÇÃO v id a c r is tã e n q u a n to se a g u a r d a 0
N e sta liç ã o , e s tu d a r e m o s o céu D ia d a R e d e n çã o .
n a p e rs p e c tiv a b íb lic a com o m orad a
e te r n a r e s e r v a d a p a ra o s c r is tã o s . 2. APR E SE N T A ÇÃ O DA LIÇÃO
V erem os a d escrição do Céu segu n d o A ) O b je tiv o s d a L içã o : I) D is t in ­
0 liv r o do A p o c a lip s e , b e m c o m o 0 gu ir 0 céu com o m orada fin a l na vida
fim da carreira cristã . Após um a vida e te r n a c o m D eu s; II) A p r e s e n ta r 0
de p e rs e v e ra n ç a na fé , re n ú n c ia aos c o n ce ito de Céu co n fo rm e o L ivro do
p r a z e re s d esse m u n d o e b o m â n im o A p o ca lip se ; III) P o n tu a r q ue 0 céu é
d ia n te d a s t r ib u la ç õ e s , o s c r is tã o s o d e s tin o d o s c r is tã o s e 0 lu g a r de
d e s fr u t a r ã o do r e p o u s o e t e r n o ao r e p o u s o a p ó s a á r d u a c a r r e ir a da
la d o d e D e u s . P a ra t a n t o , a r g u i - v id a c r is tã n e s te m u n d o .
r e m o s a c e r c a do q u e é e x ig id o d o s B) M o tiv a ç ã o : O L iv ro do A p o ­
s e rv o s de D eu s p a ra q u e d e s fr u te m c a lip s e d e s c re v e m a io re s d e ta lh e s a
d a e s p e r a n ç a c e le s t ia l e 0 q u e a s re s p e ito de co m o se rá o C éu . N e sse
E s c r it u r a s S a g r a d a s e s t a b e le c e m se n tid o , 0 N ovo Céu é u m lu g a r sem
c o m o r e g r a d e fé e p r á t ic a p a ra a p r e c e d e n te , in c o m u m , d ife re n te de

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 19


q u a lq u e r r e a lid a d e c o n h e c id a p e la v e l à q u e le s q u e a m a m e p r a tic a m a
m e n te h u m a n a . F o m e n te co m se u s v e r d a d e . F ic a rã o d e fo r a os p e c a ­
a lu n o s o d iálo go sob re os e le m e n to s d o re s e q u a lq u e r q u e a m a e v iv e no
que d e s cre v e m o Céu, a p re se n ta d o s p e c a d o . P o r ta n to , é a e s p e ra n ç a do
no L iv ro do A p o c a lip s e e p e r g u n te p o r v ir q u e n o s le v a a p e rs e v e ra r n a
o q u e e le s p e n s a m so b re e ssa n o va fé , a m a n te r u m a v id a s a n ta , b e m
re a lid a d e . R e fo rce q u e a e sp e ra n ç a c o m o a n u tr ir 0 a m o r de C risto em
do cé u é u m a q u e s tã o de fé . n o s s o s c o ra ç õ e s.
C) S ugestão de M étodo: O segundo
tópico da lição d estaca a d escrição do 4. SUBSÍDIO AO PRO FESSO R
Livro do Apocalipse a respeito do Céu. A) R evista E n sin ad or C ristão. Vale
Após o cu m p rim en to do ju ízo d ivin o, a pena con h ecer essa revista que traz
D eu s p ro m e te u c ria r u m N o vo Céu r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
e u m a N o va T e rra , c o m p le ta m e n te su b síd io s de ap o io à L içõ es B íb lica s
d i f e r e n t e s d o s p r im e ir o s . N e s s e A d u lt o s . N a e d iç ã o 9 7 , p . 3 7 , v o c ê
n ovo a m b ie n te e sp iritu a l os cristã o s e n c o n t r a r á u m s u b s íd io e s p e c ia l
d e s fr u ta r ã o da v id a e te rn a ao la d o p a ra e s ta liç ã o .
de D eu s. P e rg u n te aos a lu n o s o q ue B ) A u x ílio s E s p e c ia is : A o fin a l
e le s c o m p r e e n d e m so b re o c é u n a do tó p ic o , v o c ê e n c o n tr a rá a u x ílio s
co n ju n tu ra do esta d o in te rm e d iá rio que d arão su p o rte na p rep a ra çã o de
da a lm a , a p ó s a m o rte n e s te te m p o su a a u la : 1) O te x to “ O S ig n ific a d o
p r e s e n t e , e o c é u q u e o s c r is t ã o s d e J e r u s a lé m p a r a a I g r e ja C r i s ­
exp erim en tarão depois do ju ízo fin al, t ã ” , lo c a liz a d o d e p o is do p r im e iro
d e s c rito em A p o c a lip se 2 1.1,2 . V o cê tó p ic o , d e s ta c a a c o m p r e e n s ã o de
pode a p re se n ta r essa e x p lica çã o por J e ru sa lé m co m o a C id a d e C e le s tia l
m e io de p ro je ç ã o d ig ita l. co m o d e s tin o d o s c r is tã o s fié is; 2)
O te x to “ O n ovo céu e a n ova te r r a ” ,
3. CO N CLUSÃO DA LIÇÃO ao fin a l do segu n d o tópico, a m p lia a
A) A p lic a ç ã o : A P a la v ra de D eur se fle x ã o a re s p e ito da v id a n o N ovo
a p o n ta q u e a v id a e te r n a n a n o v a Céu e na N ova T erra p rep ara d a para
c id a d e c e le s t ia l só e s ta r á d is p o n í­ os se rv o s de D eu s.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO existên cia. Contudo, ao cristão é g a ra n ­


Ao hom em n atu ral é im possível d is­ tid o a g lo rio sa p ro m e ssa de d e s fru ta r
cernir as coisas espirituais, visto que elas do céu com o sua m orada na vid a etern a
só podem ser discernidas espiritualm ente co m D eus (Jo 11.25,26; 14.2,3; A t 1.11).
(1 Co 2.14). Por isso, a sabedoria h um ana Em v ista disso, 0 n osso propósito é o de
apresenta diversas concepções enganosas m o strar o céu com o d estin o glorioso de
a respeito do céu, a ponto de n egar a sua todo cristã o peregrin o .

20 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


I - CÉU: 0 ALVO DE TODO Por isso , P au lo e n s in a q ue p r o sse g u e
CRISTÃO para o alvo, isto é, a lin h a de ch e gad a
l. que 0 atleta alcan ça o prêm io (l Co 9.24;
D e fin in d o céu . A p a lav ra h e b rai­
ca sham ayim , q u e s ig n if ic a céu , cé u s 2 T m 4.8). A ssim , o apóstolo p ersegue 0
(Gn i.i), aparece 419 v e z e s no A n tig o p rêm io com d eterm in açã o, liberdade,
T estam en to. O term o gre g o ou - e m p en h o e co m o s o lh o s fix o s
ranós, céu (M t 3.2; A p 21.10), no Autor da Salvação (Hb 12.2).
a p arece 280 v e z e s no N ovo Igu alm en te, 0 cristã o passa
T e sta m e n to com dois s e n - |I P a la v r a - C h a v e 1 a te r 0 céu c o m o a lv o p or
tidos: 1) com o firm a m en to, causa da soberana vocação,
universo, atm osfera; 2) céus
sid erais e estrelad o s, região
Céu que v em de cim a, isto é, de
Deus por meio de Jesus Cristo.
acim a d os céu s sid erais, sede O seu alvo revela 0 resultado
da o rd em d as c o is a s e te rn a s e de u m a n o va v id a e, p or isso ,
p e rfe ita s on d e D eus e cria tu ra s c e ­ o cre n te se v o lta p a ra as co isa s do
le ste s h ab itam . céu (Cl 3.2). A exp ressão a “ n ossa pátria
N as tra d u ç õ e s da B íb lia em lín g u a está nos céu s” sin te tiza b em essa n ova
p o r tu g u e s a , a p a la v r a sham ayim fo i realid ad e (Fp 3.20). Ao m en cion a r essa
tradu zid a por “ a ltu ra ” ; e ouranós, com o expressão, 0 apóstolo m ostra que tem os
“ a lg o e le v a d o ” . A m b as as p a la v ra s são u m a cid ad an ia c e le stia l (Ef 2.19). Para
usad as para se re fe rir a três locais d is ­ viver a plenitude dessa cidadania, 0 cristão
tin to s: l) céu a tm o sfé r ic o (Dt 11.11,17); p e re g rin a para a lgo p erfeito , absoluto,
2) u n iverso ou firm am en to dos céus (Gn em que fin a lm e n te terá o corpo abatido
1.14; 15.5; Hb 1.10); 3) m orad a de D eus transform ado conform e o corpo glorioso
(Is 63.15; M t 7.11,21; A p 3.12). D os trê s de Jesus Cristo (1 Co 15.44; 1J0 3.2).
lo ca is a p lica d o s à p a la v ra céu, 0 m a is
im p o rta n te p a ra o cris tã o é o terceiro ,
a m orad a de Deus.
SINOPSE I
2 . 0 céu co n fo rm e o e n sin o de Paulo.
O a p ó sto lo P a u lo fo i a rre b a ta d o a té 0 O c r is tã o p a s s a a te r o C é u c o m o
terceiro céu. Não por acaso, esse céu está a lv o p o r c a u s a d a s o b e r a n a v o ­
en fatiza d o n as cartas do apóstolo com o c a ç ã o , q u e v e m d e c im a , is t o é,
lugar celestial, 0 lar dos salvos em Cristo d e D e u s p o r m e io d e Jesu s C risto .
Jesus, onde temos um destino assegurado:
0 de e s ta r p a ra se m p re com o S en h or
(l T s 4.17; c f. E f 1.3,20; 2.6). Por isso ,
viven d o em Cristo, 0 cren te desenvolve AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
um relacion am en to na esfera do reino,
de m odo que, a in d a que n ão te n h a ido O S ig n ific a d o de Je ru sa lé m p a ra
para o céu, toda a sua vocação é celestial a Ig re ja C ristã
no presente m om ento de sua vida. Dessa “ [...] Paulo fala a resp eito de Je­
form a, 0 poder que está em sua vida v em ru salém ‘que é de c im a ’ , que é n ossa
do céu e 0 h ab ilita a ven cer a cada dia. mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica
3. 0 a lv o do cris tã o . D epois de salvo, que, ao v irem a Cristo para receber a
n ão p e rte n c e m o s m a is a e ste m un d o. sa lv a ç ã o , os c re n te s n ão ch e g a ra m

AB R IL • M A IO • JUNHO 2024 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 21


a u m a m o n ta n h a te rre stre , m as ‘ao quadro revelado na seqüên cia é 0 de um
m onte de Sião, e à cidade do Deus vivo, n ovo estad o etern o. O apóstolo João d iz
à Jerusalém celestial’ (Hb 12.22). E, ao que 0 p rim e iro céu e a p rim e ira te rra
invés de preparar um a cidade na terra p a ssa ra m , o m ar n ão e x is te m ais; e sse
para os crentes, Deus está preparando céu (tam bém ouranós) é o espaço a stro ­
a nova Jerusalém , que u m dia descerá nôm ico, não se trata da habitação eterna
‘do céu, adereçada com o um a esposa de D eu s. E ntão, o a p ó sto lo co n te m p la
ataviada para o seu m arid o ’ (Ap 21.2; um novo céu e um a n ova terra (Ap 21.1).
cf. 3.12). N aquele gran de dia, as p ro ­ O a d je t iv o g r e g o kainós (n o v o ), q u e
m essas do concerto serão plenam ente ap arece no te x to , tr a z a id eia de n ovo
cum pridas: ‘Eis aqui o tabernáculo de com re sp eito à fo rm a; fresco , recen te,
D eus com os h om en s, pois co m eles n ão usado. N esse sen tido , 0 n ovo céu é
h abitará, e eles serão 0 seu povo, e o u m lu g a r se m p reced en te, in co m u m e
m esm o Deus estará com eles e será 0 desconhecido. Isaías profetizou a criação
seu D eus’ (Ap 21.3). Deus e o Cordeiro de n o vo s céu s e n o va te rra (Is 65.17); o
reinarão para sem pre e sem pre no seu a p ó sto lo P ed ro c o n fir m o u e s s a e s p e ­
trono, nessa cidade santa (Ap 22.3). (3) ran ça (2 Pe 3.13). Esse lu g a r é 0 d estin o
A cidade de Jerusalém terrestre ainda do cristão, um novo la r com p letam en te
tem um papel fu tu ro a d esem pen h ar r e d im id o , se m q u a lq u e r s e m e lh a n ç a
no reino m ilen ar de Deus? Isaías em com 0 m undo antigo, pois “ eis que faço
65.17 do seu livro fala de ‘céus novos n o v a s to d as as c o is a s ” (Ap 21.5).
e n ova te rra ’ (Is 65.17), e em seguida 2. A lin d a cid a d e c o m o n o s s a n o v a
apresen ta u m ‘M a s’ en fático sobre a m orad a . No v ersícu lo 2 (Ap 21), o a p ó s­
g ra n d e z a da J eru sa lém te rre n a , no tolo João fa z m enção à descida da Cidade
v e r s íc u lo 18. O re sta n te do cap. 65 S an ta e so m e n te a p a rtir do v e r síc u lo
trata das condições m ileniais. M uitos 9 que e le c o m eça a d e scre v e r a b e le za
creem que quando Cristo v o ltar para d e s s a cid ad e . P or m eio de p a s s a g e n s
e s ta b e le c e r seu re in o m ile n ia l (Ap do N ovo T estam en to, a N ova Jerusalém
2 0.1-6), Ele porá 0 seu trono na cidade p o d e se r d e s c r it a co m o a m o ra d a de
de Jerusalém . D epois do ju lga m en to Deus, a p á tria dos salvo s, lu ga r em que
do grande trono branco (Ap 20.11-15), os sa n to s h a b ita rã o (Hb 12.23; G1 4.26;
a Jerusalém ce le stia l d escerá a n ova Fp 3.20). A ss im , c re m o s e a firm a m o s
te rra co m o a se d e do re in o e te rn o que essa linda cidade será u m lu gar em
de Deus (Ap 2 1.2)” (B íblia de Estudo que Deus e o Cordeiro são 0 seu tem plo;
P e n te c o sta l. Rio de Jan eiro: CPAD, a gló ria de D eus a ilu m in a rá , e o C or­
1 9 9 5 , p.636). deiro será a sua lâm pad a (Ap 21.22,23).
N a N o v a J e ru s a lé m n ã o h a v e r á d or,
tr is te z a ou so frim e n to (Ap 21.4). A lé m
II - A DESCRIÇÃO DO CÉU d isso , d ep o is da re ssu re iç ã o (Ap 20.4),
SEGUNDO O LIVRO e qu an do tod as as co isa s forem co n su ­
DO A PO CA LIPSE m adas, essa Jerusalém C elestial descerá
1. 0 do cé u e fic a r á p a ra se m p re n a n o v a
n o v o c é u e a n o v a te rra . D epois
da a b e rtu ra d o s se te se lo s, c o n fo r m e terra . O a p ó sto lo João d escre ve a N ova
A p o c a lip s e 6, em q u e p re d o m in a ra m Jerusalém C elestial com o 0 lu gar de re ­
a d e s o rd e m , a tr ib u la ç ã o e o ju íz o , o dim id os que h ab itam a gloriosa Cidade.

22 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


Portan to, para nós, a v isã o d escrita em te rra e o céu , e n ão se a ch o u lu g a r
A p o ca lip se 21 r e fe r e - s e ao Céu com o a para eles’ (Ap 20.11). T ra ta -se de um a
etern id a d e, a N ova Jersu salém com o a fa se p rep ara tó ria para 0 e sta b e le c i­
N ova C idade, 0 n o sso n o vo la r c ria d o m en to do n ovo céu e da n ova terra.
sem pecad o, on d e a b e m -a v e n tu ra n ç a A terra con tam in ada pelo pecado não
e te r n a s e r á d e s fr u t a d a p e lo s s a n to s re s is tir á ao e sp le n d o r da p r e s e n ç a
pa ra todo 0 sem pre. de D e u s; o u n iv e r s o fís ic o n ã o se
su ste rá d ian te da p u re za, sa n tid a d e
e g ló ria daquE le q ue e stá a sse n ta d o
sob re o tro n o. E o fa to de a m o rte e
SINOPSE II 0 In fe rn o se re m la n ç a d o s n o Lago
A Nova Jerusalém pode ser des­ de Fogo in dica que, no novo céu e na
crita como a m orada de Deus, a n o v a te rra , n ão h a v e rá m o rte n e m
pátria dos santos, lugar em que c o n d e n a ç ã o ” (D e cla raç ão de Fé d as
os santos habitarão. A sse m b lé ia s de Deus. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017, p p .199,200 ).

III - CÉU: O FIM DA JORNADA


AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
CRISTÃ
1. E s t a r e m o s o n d e D e u s e s t á . Em
O N ovo Céu e a N ova T e rra
A po calip se 21, há um a co n cretização da
“ É 0 d e s tin o fin a l d os sa lvo s: ‘ E
jo rn a d a c ris tã e m que 0 cre n te e sta rá
v i u m n o v o c é u e u m a n o v a te rra .
o n d e D eu s h a b ita , c o n fo r m e o n o sso
Porque já o prim eiro céu e a prim eira
S e n h o r d is s e q u e v ir ia e n o s le v a r ia
terra passaram , e 0 m ar já não e x iste ’
para estarm o s com 0 Pai (Jo 14.3). N esse
(Ap 21.1). 0 céu e a terra que con h ec­
lu g a r, h a b ita re m o s co m D eus em seu
em os desaparecerão para darem lugar
ta b e rn á c u lo , p o is n ó s se re m o s 0 seu
a um a nova criação. Isso é anunciado
povo e Ele 0 n o sso D eus (Ap 21.3). Tudo
d esde 0 A n tig o T e sta m e n to e é r a t ­
is s o se t o r n a r á r e a lid a d e n o fu tu r o ,
ific a d o n o N ovo. 0 p ró p rio S e n h o r
q u an do n o ssa u n ião com D eus se d ará
Jesus C risto co n firm o u essa p a lavra
se m im p e d im e n to , c u m p rin d o to d a a
p rofética: ‘0 céu e a te rra p a ssa rão ,
e x p e c ta tiv a tan to do A n tig o q u an to do
m a s a s m in h a s p a la v r a s n ã o h ã o
Novo T estam en tos (Lv 26.11-12; Ez 43.7;
de p a s s a r ’ (M t 2 4 .3 5 ). A p ro m e ssa
2C0 6.16; A p 7.15).
divina de que a terra perm an ece para
2. A s lá g r im a s c e s s a r ã o . U m a d as
sem pre sig n ific a que sem p re h averá
m a is g lo r io sa s b ê n ç ã o s que d e s fr u ta ­
um a terra, m as não n ecessariam ente
rem os no céu é a de que Deus e n xu ga rá
a m esm a. A palavra profética tam bém
d e n o s s o s o lh o s t o d a s a s lá g r im a s .
a n u n c ia u m n o v o cé u e u m a n o v a
E ssa s lá g rim a s sim b o liz a m a tris te z a ,
terra. Quando for instalado 0 ju ízo do
o so frim e n to , as tra g é d ia s h u m a n a s e
G ran de T ro n o B ran co, o céu e terra
o u tro s d iv e r s o s m a le s q u e n ã o te rã o
d eixa rão de e xistir: ‘ E v i u m gran d e
lu gar nessa n ova realidade de vida, pois
trono branco e 0 que estava assentado
to d as as p rim e ira s co isa s são p a ssa d a s
so b re e le, de cu ja p re s e n ç a fu g iu a
(1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 23


Tudo isso será possível porque haverá d ev e se r v iv id a co m a m e n te v o lta d a
tam b ém um a tra n sfo rm açã o no m undo p a ra a re a lid a d e e te r n a do Céu co m o
físico, de modo que ele será inteiram ente v erd a d e ira e sp e ra n ç a (Cl 3.2).
tra n s fo rm a d o e lib e rto da c o rru p çã o ,
co m o P a u lo e s c la r e c e u a re s p e ito da
redenção do m undo m aterial (Rm 8.21). SINOPSE III
3. O Céu como repouso eterno. A
O Céu é o lu g a r de re p o u so do
e x p r e s s ã o “ r e p o u s o ” n a d a te m a v e r
cristão e o fim de n ossa carreira
co m té d io , p o is n o Céu h a v e rá c o n s ­
espiritual.
ta n te a tiv id ad e s: ad o ração (Ap 19.1-8);
s e r v iç o (Ap 22.3); ilim ita d a a p r e n d i­
z a g e m ( l Co 13.12). T r a t a - s e de u m a
d im e n sã o c o m p le ta m e n te d is tin ta do CONCLUSÃO
que co n h ece m o s a tu a lm e n te . Por isso , Para se v iv e r a esp era n ça ce le stia l é
q u an do a firm a m o s que o Céu será u m preciso n ascer de novo, v iv e r em C risto
lu g a r de repou so ou de d escan so é pelo e t r a n s fo r m a r a m en te . É p r e c is o te r
fato de que 0 cren te d escan sa rá de suas u m a n o va n a tu re z a (Jo 3.12). Sem isso ,
fa tig a s , c a n s a ç o e e x a u stã o p re s e n te s é im p ossível crer n as coisas espirituais,
h oje (Ap 14.13); e sta re m o s p le n a m e n te p o is e s t a s só p o d e m se r d is c e r n id a s
s a tis fe ito s em c o m u n h ã o u n s co m os e s p ir itu a lm e n te (1 Co 2.14). P o rta n to ,
o u tro s e com o n o sso S en h or (M t 8.11; p r o s s ig a m o s a n o s s a jo rn a d a p a ra o
A p 19-9 ). E sse lu g a r de rep o u so é 0 fim Céu de gló ria , 0 a lvo de todo sa lv o em
de n o s s a jo r n a d a c r is tã , é a e x p e r i ­ C r is t o , c o n fo r m e a s r e g r a s d iv in a s
m e n ta ç ã o d a m o ra d a d o s r e d im id o s . e sta b e le c id a s n a P a lav ra de D eus (1 Co
P o rta n to , to d a n o ssa v id a c ris tã a tu a l 9.24; 2 T m 4.8).

REVISANDO O CONTEÚDO

1. D os trê s lo c a is a p lica d o s à p a la v ra Céu, q u al o m a is im p o rta n te p a ra o


cris tã o de acord o co m a lição?
D os trê s lo ca is a p lica d o s à p a lav ra céu, 0 m a is im p o rta n te para o cristã o é 0
terceiro , a m orad a de Deus.
2. O que 0 a p ósto lo m o stra com a e x p re ssã o a “ n o ssa p á tria e stá n os c é u s ”?
A o m en cio n a r essa e x p re ssã o , o a p ó sto lo m o stra q ue te m o s u m a cid ad an ia
c e le stia l (E f 2 .19).
3. S e gu n d o a lição , co m o 0 a p ó sto lo João d esc re v e a n o va Jerusalém ?
O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém C elestial com o 0 lu gar de redim idos
q ue h a b ita m a g lo rio sa Cidade.
4. Cite u m a d as m a is g lo rio sa s b ê n çã o s que d es fru ta re m o s no Céu.
U m a d as m a is g lo rio sa s b ê n çã o s que d e s fru ta re m o s n o céu é a de q ue D eus
e n x u g a rá de n o sso s olh o s tod as as lá g rim a s.
5. De acord o co m a lição, com o a n o ssa v id a c ris tã a tu a l d eve ser v ivid a?
A v id a cristã atu al deve ser v ivid a com a m en te voltad a para a realidade eterna
do Céu com o v erd a d e ira esp e ra n ça (Cl 3.2).

24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


Anotações do Professor

Clique aqui para fazer sua anotação

L EITU RA S PARA APROFUNDAR

ROBERTJ. MORGAN https://www.cpad.com.br/os-50-aconteciment


os 50
ACONTECIMENTOS
FINAIS NA
HISTORIADA
HUMANIDADE https://www.cpad.com.br/estudos-sobre-o-ap

Os 50 Acontecimentos Estudos sobre o


Finais na História da Apocalipse
Humanidade Em busca de respostas às questões
Apocalipse são as palavras escritas no livro de Apocalipse,
finais da Bíblia sobre os últimos nesta obra você encontrará uma
dias do mundo. A chave é solene advertência a todos os
entender sua seqüência simples cristãos que se preocupam em
dos cinqüenta eventos finais da preparar-se para o breve retorno
história mundial. de Cristo.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 25


COMO SE CONDUZIR
NA CAMINHADA
\ r

TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA


“Andai com sabedoria para A jornada para Céu deve ser
com os que estão de fora, feita com prudência e sabedoria
remindo o tempo.” num contexto de oposição a
(Cl 4.5) nossa maneira de viver.

LEITURA DIÁRIA |

S e g u n d a - Jo 13.15 Q u in ta - P v 9.9,10
0 S en h or Jesus com o n o sso m odelo A n e ce ssid ad e da p ru d ê n cia na
de v id a c a m in h a d a
T e r ç a - Jo 4 3 4 ; 6.38; 17.4 S e x ta - E f 2.2,3
F azen d o a v o n ta d e do Pai na N ão p o d e m o s tr ilh a r 0 c a m in h o
c a m in h a d a dos n é sc io s n a jo rn a d a
Q u a rta - l Co 9 .2 4 -2 7 S áb a d o - Cl 4.5
A jo rn a d a e sp ir itu a l se m e lh a n te à R em ind o 0 te m p o ao lo n go da
de u m a tleta c a m in h a d a

26 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Efésios 5 .1 5 - 1 7
15 - Portanto, vede prudentemente como 17 - Pelo que não sejais insensatos, mas
andais, não como néscios, mas como sábios, entendei qual seja a vontade do Senhor.
16 - rem indo 0 tem po, porqu an to os
dias são maus.

Hinos Sugeridos: 28,126, 378 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO do crente para lidar com os dias m aus


N e sta liç ã o , tr a ta r e m o s so b re a que n ão são po u co s. C o m en te sob re
conduta cristã neste m undo enquanto e s s e p r e p a ro e s p ir it u a l e p e r g u n te
aguardam os 0 grande Dia da Redenção. ao s se u s a lu n o s o q ue o c re n te d eve
Para essa jornada, nosso Senhor deixou fa ze r para se prep arar para lid ar com
orientações contundentes e necessárias as a d v ersid ad es.
a fim de q ue os se u s d isc íp u lo s n ão C) Su gestão de M étodo: O segundo
perdessem 0 ânim o, m as suportassem tópico da lição destaca a orientação do
a s a fliç õ e s d e s te m u n d o (Jo 16.3 3 ). apóstolo Paulo a não and arm os com o
Na seq ü ên cia , v e re m o s tam b é m que néscios, m as sim com o sábios durante
0 a n d ar do c re n te d eve ser p ru d en te o te m p o da n o ssa p e re g rin a ç ã o p or
e com sabedoria, principalm en te para este m u n d o. A p a rtir d essa re flex ã o ,
com os q ue e stão de fo ra. Por fim , a d esen h e duas colu n as, na lou sa, um a
lição ap on ta q ue os d ias são m au s e, d en o m in ad a de N éscio s e a ou tra, de
por isso , o c re n te d eve ter u m m odo Sáb ios; e p e rg u n te a o s a lu n o s q u ais
de vid a v ig ila n te . são os c o m p o rta m e n to s o b se rv a d o s
n o s n é sc io s e n o s sá b io s. E screv a as
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO in fo r m a ç õ e s e m c a d a c o lu n a r e s ­
A) O b jetiv o s da L ição: I) A p o n ta r p e c tiv a m e n te e re fo rc e q ue v iv e r de
0 p a d rão de co n d u ta c ris tã d e s c rito m odo sábio é ser sem elh a n te a Jesus.
na Palavra de Deus; II) E xplicar que a
cam in h ad a cristã d eve ser con d uzid a 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
com prudência e sabedoria; III) Advertir A ) A p lic a ç ã o : O a p ó s t o lo P a u lo
q u a l d ev e se r o c o m p o rta m e n to do destaca na Carta aos Rom anos que não
cren te fren te aos d ias m au s. se envergonha do Evangelho de Cristo,
B) M o tiv a çã o : O m aior d esafio da p ois é 0 pod er de D eus para sa lva ção
v id a c r is tã c o n s is te e m v iv e r n e ste d e to d o a q u e le q u e c rê (R m 1 .1 6 ).
m u n d o de m odo sa n to , ju sto e a g r a ­ Lo go, p ra tica r o E va n gelh o sig n ifica
d á v e l a D e u s. P a ra ta n t o , a B íb lia te r u m a v id a tra n sfo rm a d a de m odo
e x o rta q u an to ao p rep aro e sp ir itu a l que a con d uta da p esso a con vertid a é

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 27


parecida com a de Cristo. Isso significa B) A u x ílio s E sp ecia is: A o fin a l do
que v ive r o E van gelh o não se resu m e tó p ico , v o cê e n co n tra rá a u x ílio s que
a co n h ece r as E scritu ra s S ag rad as, e darão su p o rte na p rep ara ção de sua
sim a adotar seus valores e princípios aula: 1) O te x to “ A q u ele que d iz que
com o e stilo de vida. e stá n e le ta m b é m d eve a n d ar com o
ele andou (1 Jo 2 .6 )” , localizado depois
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR do p r im e iro tó p ic o , d en o ta 0 e s tilo
A) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
de v id a a p a rtir do e x e m p lo de vid a
a pen a con h ecer essa revista que traz de C risto; 2) O te x to “ C o m p reen d er
r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e a v o n ta d e do S e n h o r ” , ao fin a l do
su b síd io s de a p oio à L içõ es B íb licas se g u n d o tó p ico , a m p lia a re fle x ã o a
A d u lto s . Na e d iç ã o 9 7 , p. 3 9 , v o c ê respeito de d iscern im en to da vontade
e n con trará um subsídio especial para de D eu s e q ue isso re su lta em u m a
e sta lição. vid a sábia e p ru d en te.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO p a ra f a z e r a v o n t a d e de D e u s n e s t a
Na jo rn a d a da v id a c ris tã 0 Pai C e ­ vida? A palavra “ padrão” exp ressa um a
le s tia l e sta b e le c e o p a d rão de co n d u ta n o rm a d e te rm in a d a p or co n se n so , ou
p a ra a v id a e te r n a . Ele s in a liz a co m o por um a autoridade oficial, que se torna
d ev e m o s a g ir ao lo n g o d e s se c a ­ b a se de co m p araçã o co n sa g ra d a
m in h o p a ra o C éu . Por is s o , co m o m o d e lo a se r se g u id o . O
com o e vid ên cia do seu am or S e n h o r Jesus e n sin o u o s e ­
e cuidado, preparando tudo g u in te : “ Porqu e eu v o s d ei
p a r a q u e t r ilh e m o s b e m P a la v r a - C h a v e exem plo, para que, com o eu
0 c a m in h o d a v e r d a d e , 0
P a i n o s c o rr ig e e m n o s s a '
Conduta vo s fiz , fa ç a is vós tam b é m ”
(Jo 13.15). O ra, e s s e t e x t o
jo r n a d a c r i s t ã . P o r is s o , e x p r e s s a q u e Ele é o n o sso
n e s t a li ç ã o , e s t u d a r e m o s m o d e lo d e c o n d u ta , 0 n o s s o
a r e s p e it o d e c o m o d e v e m o s padrão de vida. Sim, há um padrão
n o s c o n d u z ir p e lo c a m in h o q u e n o s de con d uta que tem com o b ase o n osso
le v a ao C éu . S e n h o r e q u em d ese ja fa z e r a v o n ta d e
de D eus n e ste m u n d o d ev e o lh a r p a ra
1 - O PADRÃO DE CO N D U TA NA Jesus, o a u to r e c o n su m a d o r da n o ssa
C A M IN H AD A CR IST Ã fé (Hb 12.2).
1. Jesu s co m o n o sso p a d rã o d e 2. F azen d o a v o n ta d e de Deus. Como
co n d u ta . A n tes de a n a lisa rm o s 0 te x to F ilh o de D eus, Jesus p ro cu ro u a g ra d a r
b íb lico de E fé sio s 5, c a b e - n o s re fle tir ao P ai n a jo rn a d a d e s ta v id a , fa z e n d o
a re sp eito de u m pad rão g e ra l de c o n ­ se m p re a su a v o n ta d e (Jo 4.34; 6.38;
d uta p a ra fa z e r a v o n ta d e do Pai n e sta 17.4). N ão p o r acaso , n o sso Sen h or n os
ca m in h ad a c ristã . Há u m padrão que 0 in c e n tiv o u a b u s c a r a v o n ta d e do Pai
S en hor Jesus esp era de seu s d iscíp u lo s n a o ra ção q u e Ele e n sin o u a o s d is c í­

28 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


p u lo s, o “ P ai N o sso ” (M t 6.10; c f. M t
26.39,42). A o s o lh o s h u m a n o s , p a re c e
IV
m u ito d ifíc il a n d a r n o p a d rã o d iv in o
de C risto . E n tre ta n to , is s o é p o s s ív e l [...] 0 cristão que deseja
q u a n d o b u s c a m o s o a u x ílio do a lto , ir para o Céu procura
co n fo rm e o ra ção e n sin a d a por Ele (M t fazer a vontade de Deus,
6 .9-13). L o go , 0 c r is tã o q u e d e s e ja ir
p a r a o cé u p r o c u r a f a z e r a v o n t a d e
deixando de lado o
de D eu s, d e ix a n d o de la d o o c a m in h o cam inho do egoísm o, do
do e g o ísm o , do o rg u lh o e da v aid ad e ; orgulho e da vaidade.”
p r o c u r a n d o se a p r o x im a r e p r a t ic a r
a “ L ei de O u ro ” e n s in a d a p e lo n o sso
Senhor: “ tudo 0 que vó s q u ereis que os
h o m e n s v o s fa ç a m fa z e i- lh o ta m b é m
v ó s ” (M t 7.12; cf. R m 13.8,10).
3. U m a v id a c r is t ã b e m - s u c e d id a . AUXÍLIO HISTÓRICO-
A r e s p e ito d a v id a c r is tã , o a p ó s to lo -CULTURAL
P au lo d isse que e sta m o s n u m a “ c o m ­
petição e sp iritu a l” e, por isso, devem os Aquele que diz que está nele também
p r o c u r a r o c a m in h o c e r t o p a r a n o s deve and ar co m o ele a nd ou (1 Jo 2.6).
a c h a rm o s q u a lific a d o s (1 Co 9 .24 -2 7). “ A n d ar é periepatesen, um a p a la ­
D essa fo rm a , 0 c ris tã o p o s s u i u m p a ­ vra freq u en tem ente usada com o um a
drão que o le v a rá a u m a vid a esp iritu a l im a g e m do ‘ m o d o d e v id a ’ . Q u em
b e m - s u c e d id a . S a b e m o s q ue p e s s o a s m an tiver um ín tim o relacion am ento
b e m -s u c e d id a s p ro cu ra m e s p e lh a r -s e c o m J e su s C r is t o ir á d e m o n s t r a r
em outras pessoas ilu stres, equilibradas a r e a lid a d e d e s s e r e la c io n a m e n to
e resilien tes (cf. 1 Co 11.1). Ora, em C ris­ v iv e n d o u m a v id a cristã . Os te m p o s
to Jesus te m o s e sse p a d rão e m o d elo. dos verbos deixam claro que João está
Ele fo i re silie n te , e q u ilib ra d o e ilu s tre fa lan d o a re sp eito de e stilo de vid a.
a té a m o rte , de m o d o q u e o a p ó sto lo O q ue se e stá a firm a n d o n ão é q ue
P au lo e sc re v e u sob re o n o sso S en h or, essa p esso a e stá sa lva , m as q ue ela
exortando que 0 im itássem os: “ De sorte e s tá v iv e n d o em c o m u n h ã o co m 0
que h aja em v ó s o m e s m o se n tim e n to Senhor — que ela ‘está nE le’ . A prova
q u e h o u v e ta m b é m em C r isto J e su s” desta reivindicação — não a prova da
(Fp 2.5; cf. M t 11.29). re iv in d ica çã o de se r sa lv a — é q ue
e s s a p e s s o a m a n té m u m m o d o de
vida cristão. [...] João deixa claro que
os p rin c íp io s q ue m o v e m o m u n d o
e stão em c o n flito d ireto com D eus e
SINOPSE I com tudo 0 que Ele representa. Desta
form a, n in gu ém que esteja envolvido
Jesus é 0 nosso modelo de condu­ p e la p e rs p e c tiv a q ue 0 m u n d o tem
ta, o nosso padrão de vida. na vid a irá fa z e r a v o n ta d e de D eus,
n e m d e s fru ta r d as b ê n çã o s e te rn a s
c o n h e c id a s p o r a q u e le s q u e v iv e m

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 29


VI prudência com o virtu de que nos perm ite
a g ir com cu id ad o e m o d e ra ção d ian te
de situ açõ es d esafiad o ras; é u m a ra zã o
Prudência [...] é uma
prática que nos p erm ite d isce rn ir en tre
razão prática que nos as e sc o lh a s m a is adeq u ad as p a ra fa z e r
perm ite discernir o b e m (Pv 16.16; cf. T g 5.17).
2. Não a n d eis com o n éscios! Apóstolo
entre as escolhas m ais
Paulo d iz que não d evem os an d ar com o
adequadadas para fazer n é scio s (Ef 5.15), cujo a d jetivo asophos,
o b em .” tr a z a id eia de a lg u é m in se n sa to , tolo,
ig n o ra n te e em b o ta d o (Lc 24.25); m as
com o “ sábios” , ou seja, diligente, cu id a­
doso e sábio, cheio do Espírito Santo para
fa z e r a v o n ta d e do Sen hor. Ser n é scio
e tern am en te” (RICHARDS, Law rence reflete um a vida de ignorância espiritual,
0 . C o m en tário H istó rico -C u ltu ral do a u sê n c ia de sa b ed o ria e d esp ro v id a de
N o v o T e s ta m e n to . Rio de Jan eiro: lu z d ivina; sig n ifica e star im erso n um a
CPAD, 2007, PP- 5 3 5 ,3 6 ). jo rn ad a de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o
a p elo do a p ó sto lo P au lo p a ra 0 cre n te
é: “ ved e p ru d en tem en te com o a n d a is”.
Em o u tra s p a la v ra s: seja p ru d e n te . 0
II - FAZENDO A CA M IN H AD A a p ó sto lo d e ix a cla ro que os que v iv e m
CO M PRUD ÊNCIA E SABEDORIA na carn alidade jam ais agradarão a Deus
1. 0 que é prudência? Podemos dividir (Rm 8.8).
0 capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a 3. A n d e is c o m o s á b io s ! 0 a d je tiv o
caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); q u e P a u lo u sa p a ra q u a lif ic a r q u e m
2) u m a ca m in h ad a sábia (Ef 5.15-17); 3) c a m in h a para 0 céu é “ sáb io” , do greg o
u m a tra jetó ria ch e ia do E sp írito San to sophós, u m a p e sso a h áb il, p e rita . E sse
(E f 5 1 8 - 33). A q u i, n o s d e te re m o s na adjetivo d escreve em essê n cia a vid a do
segu n da parte. Em Efésios 5, 0 apóstolo cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora,
Paulo e n sin a a re sp eito da c a m in h a d a os que a n d a m no E spírito, c a m in h a m
do cristã o n e ste m un d o. N este ca p ítu ­ n a lu z , n a s a n tid a d e e te m sa b e d o ria
lo, a p a la v ra “ p r u d ê n c ia ” se d e s ta c a . (Ef 1.8; Cl 4.5). Por m eio da lu z d ivin a ,
De a cord o co m o A n tig o T e sta m e n to , q ue h a b ita o cre n te , seu a n d a r é com
a p a la v ra “ p r u d ê n c ia ” te m c o n o taçã o d iscern im en to, a sabedoria realm en te 0
d e c o m p r e e n s ã o , d is c e r n im e n t o (P v fa z d is tin g u ir e n tre 0 que d eve ou n ão
9 -9). Em provérbios 9 10 , q uando se d iz fa z e r . Há u m co m p ro m isso de ja m a is
que o ju sto “ c re sc e rá em p ru d ê n cia ” , o v o lt a r a c o n d u t a a n t ig a d o m u n d o .
term o tra z a id eia de en sin o, in stru çã o Contudo, é re le v a n te co m p reen d er que
e c a p a c id a d e p a ra e n s in a r . No N ovo essa sabedoria não é hum ana, não surge
T e s ta m e n to , a p a la v r a re m e te a a lg o de cu rso s a cad êm ico s; ela é e sp iritu a l,
que D eus d erra m o u sob re n ós, ou seja, v em de cim a. Por m eio dessa sabedoria,
“ toda a p ru d ê n cia ” , e n ten d im en to , c o ­ a nd am os em santid ade (Hb 12.14) e nos
n h e cim e n to e a m o r à v o n ta d e de D eus to rn a m os se m elh a n te s a Jesus (1 Jo 3.2;
(E f 1.8). E n tã o , p o d e m o s c o n c e it u a r G1 3.26).

30 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL - M A IO • JUNHO 20 24


IV
SINOPSE II
A perspectiva da
A sabedoria no crente o faz discer­
im inente vo lta do nosso
nir entre o que deve ou não fazer.
Senhor faz com que não
percam os tem po com
coisas b an ais.”
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO

Com preender a vontade do Senhor


“ E n q u a n to fa z e r o m e lh o r u so
das oportunidades está relacionado à
III - VENCENDO OS DIAS MAUS
diligência ou à sabedoria, compreender 1. R e m in d o o te m p o . O v e rsícu lo 16
a vontade do Senhor está relacionado
de E fé sio s 5 a p re s e n ta o v e r b o re m ir
ao discernim ento. A sabedoria na vida
c o m o t r a d u ç ã o do g r e g o exa gorá zó.
diária reside na vontade de Deus; e ao
E le p o s s u i d o is s e n tid o s : 1) r e d im ir ,
procurar discernir esta vontade, deve­
re sg a ta r do p o d er de o u tro p elo p a g a ­
m os sem pre distinguir entre o que está m e n to de u m preço; 2) co m p ra r p a ra
relacionado ao geral e ao particular. O
u so próprio. Então, p od em os d iz e r que
prim eiro é encontrado nas Escrituras,
re m ir é u m a e x p re ssã o u sad a p a ra se
p o r e x e m p lo , D e u s n ã o q u e r ‘ q u e
r e fe r ir à s a b e d o ria d o s c o m p ra d o r e s
a lg u n s se p e rca m , se n ão q ue tod os
que e sp e ra v a m 0 m o m en to ce rto p a ra
v en h am a a rre p e n d e r-se ’ (2 Pe 3.9). com prar de acordo com o m elh or preço
E sse seu d esejo p a rticu la r p ela vid a
oferecido pelo mercado. Com a expressão
de cada p esso a pod er ser co n h ecid o
“ re m in d o 0 te m p o ” , 0 a p ó sto lo P au lo
através dos princípios das Escrituras,
se re fe re ao c r is tã o q ue se co n d u z de
d o s c o n s e lh o s c o m u n itá r io s o u da
m an eira proveitosa e sábia no con texto
sabedoria, da oração e da orien tação
d este m u n d o (E f 5.16; cf. Cl 4.5).
que nos foram revelados pelo Espírito
2. R e m in d o o te m p o e a V o lt a d o
Santo. ‘Confia no Senhor de todo 0 teu
S e n h o r . Q u an d o se fa la v a a re s p e ito
coração e não te estribes no teu próprio
d e r e m ir o te m p o e n t r e o s c r is t ã o s
entendim ento. R econhece-o em todos
p r im itiv o s , e s te s tin h a m em m e n te a
os teus cam in h os, e ele endireitará as
im in ê n cia da se gu n d a v in d a do Sen hor
tuas vered as’ (Pv 3.5, 6). Quando toda
Jesus, ou se ja, e s s e e sp e ra d o a c o n te ­
n ossa vida está relacionada à vontade
c im e n to p o d e ria a c o n te c e r a q u alq u e r
de Deus, em su as d im en sõ es gera l e
m o m e n t o (1 C o 15 .5 1). P o r i s s o , o s
particular, então estarem os vivendo de
c ris tã o s e ra m in c e n tiv a d o s a p ro cu ra r
form a prudente e sábia” (Com entário
sa b ia m e n te a p ro v e ita r to d a s a s o p o r­
B íblico Pen tecostal N ovo Testam en to.
tu n id a d e s, em e s p e c ia l, n o se n tid o de
V ol. 2. R o m a n o s— A po calip se. Rio de
se p r e p a r a r e m e s p ir it u a lm e n t e p a ra
Janeiro: CPAD, 2003, pp. 450, 451).
a q u e le d ia . A s s im , a p e r s p e c t iv a da
im inen te volta do nosso Senhor fa z com

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 31


q ue n ão p e rc a m o s te m p o co m c o is a s
b a n a is ; a n te s , n o s e x o r t a a v iv e r de SINOPSE III
m a n e ir a sá b ia , s a n ta e p ie d o sa , p o is O cren te deve fo rta le ce r a sua
o S e n h o r Jesus p o d e v o lta r a q u alq u e r vida e sp iritu a l para lid ar com
m o m e n to (1 T s 4.15).
as adversidades dos dias maus.
3. Os d ias são m au s. Outra expressão
que cham a atenção é “ os dias são m au s”
(Ef 5.16). Ela revela que estam os inseridos
n um a sociedade dom in ada pelo pecado, CONCLUSÃO
q ue p od e to m a r 0 n o sso te m p o e n o s Em n ossa ca m in h ad a para as m a n ­
le v a r a p r á tic a do m a l. N ão p o d e m o s s õ e s c e le s t i a is p r e c is a m o s s e g u ir 0
n os co n fo rm a r com essa possib ilid ad e, p adrão divin o, isto é, as n orm as d ete r­
não podem os ser in sen sato s a tal ponto, m in a d a s pelo Pai, que e stã o in se rid a s
m as e n ten d e r “ q u al seja a v o n ta d e de em su a P a la v ra (2 T m 3.16). É p reciso
D eu s” (Ef 5.17). D esse m odo, a von ta d e v iv e r sábia e p ru d e n te m e n te , a p ro v e i­
de D eus tem a v er com , com o cristã o s, tan d o b e m a s o p o rtu n id a d e s de fa z e r
a p roveita rm os 0 tem po para fo rta le ce r o b e m , e n ão d e ix a r m o - n o s d o m in a r
n o ssa v id a e sp ir itu a l, p r a tic a r o b e m p e lo s d ia s m a u s, n a c e r te z a de q ue a
para com os outros, ler a Bíblia, orar, se Vinda do Senhor se aproxim a e, isso, nos
consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25). in ce n tiv a de m a n e ira sa n ta (Hb 12.14).

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a p a la v ra “ p a d rã o ” e xp ressa ?
A p a lavra “ p a d rão ” exp re ssa u m a n orm a d eterm in ad a por co n se n so , ou por
u m a a u torid a d e o ficia l, que se to rn a b ase de co m p araçã o co n sa g ra d a com o
m od elo a se r se gu id o .
2. Com o 0 ca p ítu lo 5 da C arta aos E fésios pod e ser divid id o?
P o d e m o s d iv id ir c a p ítu lo 5 de E fé sio s em trê s p a rte s: 1) a c a m in h a d a do
cristã o e m a m o r (E f 5 .1-14 ); 2) u m a ca m in h ad a sábia (E f 5 .1 5 -1 7 ); 3) u m a
ca m in h ad a ch eia do E sp írito S an to (E f 5 .18 -3 3 ).
3. De acord o co m a liçã o , co n ce itu e as p a la v ra s “ p ru d ê n c ia ” e “ n é sc io ” .
P o d e m o s c o n c e itu a r p r u d ê n c ia co m o v ir tu d e q u e n o s p e rm ite a g ir co m
cu id ad o e m o d eração d ian te de situ a ç õ es d esafiad o ra s; é u m a ra zã o p rática
qu e n o s p e rm ite d isc e rn ir e n tre a s e sc o lh a s m a is a d e q u ad as p a ra fa z e r o
b e m (P v 16.16; cf. T g 5.17).
4. E x p liq u e a e x p re ssã o “ r e m ir ” .
R em ir é u m a e x p re ssã o u sad a para se re fe rir à sabed o ria d os co m p ra d o res
q u e e sp e ra v a m 0 m o m e n to c e rto p a ra c o m p ra r de aco rd o co m 0 m e lh o r
p reço o fe re cid o pelo m ercad o.
5. O que a e x p re ssã o “ o s d ias são m a u s ” revela?
E ssa e x p re s s ã o re v e la q u e e s ta m o s in s e rid o s n u m a so c ie d a d e d o m in a d a
p elo pecad o, q ue pod e to m a r o n o sso te m p o e n os le v a r a p rá tic a do m al.

32 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


LIÇAO 5
5 de Maio de 2024

OS INIMIGOS DO CRISTÃO

TEX TO ÁUREO
VERD AD E P R Á T ICA
“ Se viv em o s no Espírito,
Na jo rn a d a da f é há inim igos
an d em os ta m b ém no
qu e ten tam nos atrapalhar:
Espírito. N ão seja m o s cobiçosos
0 D iabo, a Carne e 0 M undo;
d e vanglorias, irrita n d o -n o s uns
m as em Cristo so m o s m ais
aos outros, in v e ja n d o -n o s uns
q u e ven cedores.
aos o u t r o s ( G l 5 25,26)
_________________ J

LEITURA DIÁRIA j

S e g u n d a - M t 13.39; Lc 11.18 Q u in ta - 1 Jo 2.16


A re a lid ad e b íb lica do In im ig o de C o n cu p iscê n cia da ca rn e, d os olh o s
n o ssa s a lm a s e sob erb a da vid a
T e r ç a - M t 4 .1-12 S e x ta - Jo 12.31; 15.18
Com o ten tad or, 0 D iabo atu a para 0 m u n d o com o siste m a que
d e s e s ta b iliz a r 0 cren te p ro c u ra r o p rim ir 0 cre n te
Q u a rta - Gl 5.19; 6.8 S áb a d o - T g 5.7
A rea lid ad e b íb lica da C arn e com o É p rec iso s u je ita r-s e a D eus e
in im ig a da jo rn a d a re s is tir 0 D iabo

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 33


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rom anos 6.11-14; 1 João 2.15-17
R om anos 6 14 - Porque 0 pecado não terá domínio
11 - Assim tam bém vós considerai-vos sobre vós, pois não estais debaixo da lei,
com o m ortos para o pecado, m as v i­ mas debaixo da graça.
vos para D eus, em Cristo Jesus, nosso
Senhor. íjo ã o 2
12 - Não reine, portanto, 0 pecado em 15 - Não am eis 0 mundo, nem 0 que no
vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes mundo há. Se alguém ama 0 mundo, 0
em suas concupiscências; am or do Pai não está nele.
13 - nem tampouco apresenteis os vossos 16 - Porque tudo 0 que há no mundo, a
membros ao pecado por instrumentos de concupiscência da carne, a concupiscência
iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, dos olhos e a soberba da vida, não é do
com o vivos dentre m ortos, e os vossos Pai, mas do mundo.
m em bros a Deus, com o instrum entos 17 - E 0 mundo passa, e a sua concupis­
de justiça. cência; mas aquele que fa z a vontade de
Deus perm anece para sempre.

Hinos Sugeridos: 4, 33, 581 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO lavra “ carn e” ; III) A presentar 0 term o


A P a lav ra de D eus id e n tifica trê s“ m undo” , enfatizando os três níveis de
grandes inim igos que se colocam dian­ vícios in fa m es de acordo com a lição.
te de n ós ao lo n g o de n o ssa carreira B) M o tiv a ç ã o : T e m o s in im ig o s
cristã : 0 D iabo, a C arn e e 0 M u n d o . que n os a ta cam de m an eira extern a:
P or is s o , n e s ta liç ã o , e s tu d a r e m o s
O Diabo e o M undo; e u m in im igo que
cada u m d esse s in im ig o s, 0 co n ceito nos afronta do ponto de vista interno: a
b íb lico de cada u m d eles, e com o, do Carne. A m bos os in im igos con stituem
p o n to de v is t a d o u trin á rio , a B íb lia
um a oposição que nos en fren ta tanto
n os orie n ta a lid ar com e sse s in im i­ do p o n to de v ista e xte rn o q u an to do
gos. D ian te de n o ssa jo rn a d a para 0 in tern o. Q uantas ciladas o Inim igo já
Céu, n os d ep a ra m o s com e sse s trê s arm ou para nós? Q uantas arm adilhas
in im igos. Dessa form a, devem os estar o sistem a do m un d o planeja para nos
afrontar? Q uantas ten tações por m eio
bib licam en te in stru íd os e, esp iritu a l­
m en te preparados, para e n fre n tá -lo s de pensamentos, sentimentos e vontade
ao lo n g o da c a m in h ad a com C risto. estão a todo tem po nos confrontando?
C) S u gestão de M étodo: Após fazer
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO um a pequena revisão da aula anterior,
A) O bjetivos da Lição: I) Identificar
in icie a aula de hoje pergun tand o se 0
0 prim eiro inim igo do Cristão: o Diabo; cren te tem in im igo . Dê oportun id ad e
II) E xplicar 0 con ceito b íblico da p a ­ para cada alun o(a) fa lar liv re m e n te a

34 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


re sp e ito da p e rg u n ta co lo ca d a para ra n ç a p a ra s u p e r á - lo s ao lo n g o da
e le (a ). C o n tro le b e m o te m p o p a ra n o s s a c a rre ira .
que a aula n ão seja prejudicada. C in ­
co m in u to s são su ficie n te s para essa 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
a tiv id a d e . Em se g u id a , in tro d u z a o A) R evista E n sin ad or C ristão. Vale
a ssu n to lição, d izen d o que a Palavra a pena con h ecer essa revista que traz
de D eus n os m o stra que o cren te não reportagens, artigos, entrevistas e sub­
tem as p e sso as com o in im ig a s, m as sídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos.
sim os principados, potestades, p rín ­ Na edição 9 7 , p .38, v o cê e n co n trará
cipes das trevas e hostes espirituais da u m subsídio especial para esta lição.
maldade que procuram induzir pessoas B) A u x ílio s E speciais: Ao fin a l do
ao pecado e a re b e la r-se contra Deus. tópico, v o cê en co n trará a u x ílio s que
darão su p o rte na p rep ara ção de sua
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO aula: 1) O texto “ Dem ônios” , localizado
A) A p licaçã o : N ossos a lu n o s p r edepois
­ do primeiro tópico, destaca iden­
c is a m s a ir d e s t a a u la c o m p le n a tidade dos dem ônios para aprofundar 0
co n s c iê n c ia de q u e te m o s in im ig o s tópico; 2) O texto “ Os Atos da Natureza
p e rig o s o s q u e tê m co m o p r o p ó sito Pecam inosa e 0 Fruto do E spírito” , ao
de n o s r e m o v e r do c a m in h o p a ra fin a l do se g u n d o tó p ic o , e x p a n d e a
o C é u . U m a v e z f o r t a le c id o s p e lo re flex ã o a resp eito da “ c a rn e ” com o
E sp írito S a n to , te n h a m o s p e r s e v e ­ 0 segu n do in im igo do cristão.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO o p r im e iro liv r o da B íb lia . No A n tig o


Na jorn ad a da v id a cris tã n os d ep a­ T e sta m e n to , as a ç õ e s de S a ta n á s são
ram os com p e rig o s que a m eaçam d escritas em G ên esis, 1 Crônicas,
a tra jetória do n o sso ca m in h o Jó, S alm o s, Isaía s, E zeq u ie l e
para o céu. Nela, en co n trare­ Zacarias. O Novo Testam ento
m os trê s in im ig o s que b u s­
1 m o stra a a tu ação do Diabo
P a la v r a -C h a v e por cerca de 25 vezes das 29
cam nos atrapalhar: 0 Diabo,
a carne e 0 mundo. O Diabo e Inimigos p a ssa g e n s dos E van gelh os
m undo estão do lado externo em que Jesus 0 m en cio n a .
de n o ssa tra jetó ria; a ca rn e Em se u m in is t é r io , n o s s o
porém , e stá do lado de dentro: S en h o r a te sta a re a lid a d e de
é a n ossa n atu reza pecam in osa. Por S ata n ás (M t 13-3 9 ; Lc 11.18).
isso, n esta lição, estudarem os esses três 2. A d e s c riç ã o de S a ta n á s. A s E scri­
in im ig o s da Jornada da V ida C ristã. turas Sagradas descrevem Satanás como
u m se r e sp iritu a l que p e rte n cia a u m a
ord em a n g e lic a l d os q u eru b in s, sen do
I - O PR IM EIRO IN IM IG O DO o m a is e x a lt a d o d e le s (E z 2 8 .12 ,14 ).
CR ISTÃO: O DIABO E m Judas 9, p o r e le p e r te n c e r a u m a
1. O D ia b o é r e a l. A e x i s t ê n c ia do
ord e m e le v a d a , e s tá re g is tr a d o q ue o
D ia b o co m o p e s s o a é d e s c r it a d e s d e Arcan jo M igu el contendeu com Satanás

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 35


VI
A existência do Diabo como SINOPSE I
pessoa é descrita desde o O p r im e ir o in im ig o d o c r is tã o , o
primeiro livro da Bíblia.” D ia b o , é d e s c r it o n a B íb lia c o m o
u m s e r re a l.

a resp eito do corpo de M oisés, m as não


o u so u p r o n u n c ia r ju íz o d e m a ld iç ã o
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO
contra ele. De fato, Satanás é o chefe dos
a n jos ca íd o s. Ele p o s su i pod er, p orém ,
“ DEM ÔNIOS. [...] Os d e m ô n io s
su as ações estão lim itad as, m as é v isto
são se re s q u e tê m p e rs o n a lid a d e e
co m o o d eu s d e s te sé c u lo , o p r ín c ip e
in teligên cia. Como m em bros do reino
da p o te sta d e do a r (2 Co 4 .4 ; E f 2.2).
de Satanás (veja M t 12.26), eles fazem
Tam b ém pod em os a firm a r que S atanás
p a rte de u m im p é rio m a lig n o a lta ­
é u m se r que p o ssu i p e rso n a lid ad e , ou
m ente organizado, que tem autoridade
s e ja , e le te m in t e lig ê n c ia (2 Co 11.3),
sobre ‘ as p o testa d es do a r ’ (E f 2.2).
r a iv a (Ap 12.17), d e s e jo s (L c 22.31) e
C o m o a g e n te s da p ro m u lg a çã o d os
vontade própria (Is 14.13,14; 2 T m 2.26).
p ro p ósitos de S atan ás, os d em ôn ios
Nosso Senhor considerava Satanás com o
sã o in im ig o s d e D e u s e d o s s e r e s
u m a p esso a e, por isso, u sou pronom es
h um an os (M t 12.4 3 -4 5). Os espíritos
pesso ais para se referir a ele (Mt 4.1-12;
dem oníacos são com pletam ente m a ­
cf. Jó 1.6-12 ; 2.1-4 ).
lignos, m al-intencionados, e estão sob
3. A id en tid ad e do In im igo . Podem os
a autoridade de Satanás (veja M t 4.10,
c o n h ece r 0 In im ig o por m eio d os n o ­
nota). A fim de ven cer os esqu em as e
m es que a B íb lia u sa p a ra d e s c re v ê -lo :
as ten tações de S atanás e su as forças
S e rp e n te , r e fe r e - s e a su a s a g a c id a d e
dem oníacas, os cristãos devem travar
e a s t ú c ia (Gn 3.1; A p 12.9); S a ta n á s ,
um a contínua guerra espiritual contra
m e n c io n a d o 52 v e z e s , a d v e r s á r io ou
eles (veja Ef 6.12, n ota).
op ositor (Zc 3.1; M t 4.10; A p 20.2); Dia­
[...] Os d em ô n io s p od em ca u sa r
bo, aparece 35 v e z e s, acusad or (M t 4.1;
e n fe r m id a d e s e d o e n ç a s fís ic a s ao
E f 4.27); M a lig n o , re v e la o seu ca ráte r
co rp o h u m a n o (M t 9 .3 2 -3 3 ; 12.22;
(l Jo 5.18,19); D ragão V erm elh o, re v ela
1 7 .1 4 -1 8 ; M c 9 .2 0 -2 2 ; Lc 13 .11,16 ),
sua ferocidade (Ap 12.3,7,9,10); Tentador,
em b ora n ão p o ssa se r a firm ad o , de
ação te n ta d o ra no ca m p o da m e n tira e
m an e ira n e n h u m a , q ue tod a d o e n ­
da im o ralid a d e (At 5.3; 1 Co 7.5); E n ga ­
ça e e n fe r m id a d e s e ja m re s u lta d o
n ad or (Ap 12.9; 20.2,3); B e lze b u , ch e fe
de e sp ír ito s m a lig n o s (M t 4.2 4 ; Lc
dos d em ô n io s (Lc 11.15); B elia l, p e sso a
5.12-13” (Bíblia de Estudo Pentecostal
m á , se m v a lo r (Jz 19.22; 1 Sm 30.22;
E dição G lo bal. Rio de Janeiro: CPAD,
2 Co 6.15). E sse s n o m e s re v e la m u m a
2022, p .170 7).
n a tu re z a cru e l, p e rv e rsa e d estru id o ra
do n o sso In im igo .

36 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


II - O SEGUNDO IN IM IG O DO u m a re fe rê n c ia d ire ta à to ta lid a d e da
CR ISTÃO: A CARNE n a tu re z a h u m an a p e ca m in o sa , à p a rte
1. C o nceito b íb lico de c arn e. Há qua­ de D eu s, d e g ra d a d a , se m a p r e s e n ç a
tro d e fin iç õ e s p a ra a p a la v ra “ c a r n e ” do E sp ír ito S a n to . Em su a s c a r ta s , o
na Bíblia: 1) o tecido m u scu la r do corpo a p ó s to lo P a u lo e v id e n c ia 0 q u e u m a
h u m a n o e d os a n im a is (Gn 2.21); 2) 0 n a t u r e z a d o m in a d a p e la c a r n e p o d e
corp o h u m an o in te iro (Êx 4.7); 3) 0 ser p ro d u z ir (G1 5.19-21; Cl 3.5,9). A ca rn e
h u m a n o se g u n d o a su a fr a g ilid a d e e o p õ e - s e a D eus e aos se u s p ro p ó sito s,
m ortalidade (SI 78.39); 4 ) a n atureza h u ­ p o is e la te n c io n a c a m in h a r de m o d o
m an a p e ca m in o sa (G1 5.19; 6.8). D entre in d ep en d e n te do A ltíssim o ; seu d esejo
m u ita s p e rs p e c tiv a s da p a la v ra ca rn e e vontade estão fora dos planos divin os,
na Bíblia, a e x p re ssã o “ co n cu p iscên cia ela fa z co m que o ser h um an o aja com o
da c a r n e ” te m g ra n d e re le v â n c ia (1 Jo se fo sse 0 próp rio Deus.
2.16). Q uando o a p ó sto lo João u sa e sse 3. A p e rsp e ctiva d o u trin ária da p a la ­
term o , ele se re fe re à sa tisfa çã o ca rn a l v ra ca rn e. D ou trin ariam en te, a “ ca rn e”
em to d as a s su as d im e n sõ e s: g lu to n a - é a n atureza hum ana depois da queda de
ria s, se n su alid a d e , b e b ed eira , re la çõ e s Adão. Como vim o s, a exp ressão “ carn e”
s e x u a is ilícita s. A e xp re ssã o revela que pode ser u sad a para se re fe rir ao corpo
n ão h á c rité rio ou n o rm a m o ra l n u m h u m a n o (1 Co 15.39), m a s ta m b é m à
c o n te x to em q u e a b u sc a p e lo p r a z e r n a tu re z a p e c a m in o sa (Rm 8.6). N esse
in dividual dita a tendência. É 0 egoísm o se n tid o , e m b o ra u m a m e s m a p a la v ra
em gra u elevad o. p o s sa t r a z e r se n tid o s d ife re n te s , n ão
2. A C a r n e n o N o v o T e s t a m e n t o . há razão de co n fu n d ir-se en tre “ ca rn e ”
Na p e r s p e c tiv a do N ovo T e sta m e n to , co m o co rp o e “ c a r n e ” co m o n a tu re z a
o te rm o g re g o sárx, is to é, “ c a r n e ” , é pecam inosa, pois 0 que é produzido pela

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

H
“ C o m o é q ue D eu s, c o m o 0 S e n h o r s o ­
b eran o , p e rm itiria a e x is tê n c ia de ta m a n h a
o p o sição ? [...] Na e s tr a té g ia da re d e n çã o , a
to le râ n cia d ivin a qu an to à oposição sa tân ica
é só pro visó ria; n ão fa z p a rte do pro cesso da
re d e n çã o da h u m an id a d e . Pelo co n trá rio : a
vontade de Deus é que todos triu n fem os sobre
a o p o sição sa tâ n ic a . D eus n ão e stá s e c re ta ­
m en te por trá s das obras de Satan ás, em bora
p o ssa o b riga r ta is ob ras a co n co rrerem para
a r e d e n ç ã o do h o m e m . M a s n ã o h á n a d a
e m c o m u m e n tre S a ta n á s e D e u s.” A m p lie
m a is 0 seu c o n h ecim e n to , len d o a T e o lo g ia
S is te m á tic a : U m a P e r s p e c tiv a P e n te c o s ta l,
e d ita d o p e la CPAD, pp.208-10.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 37


n atu re za peca m in osa , logo, é re co n h e ­ m atá-la, espiritualm ente, por m eio de
cido; co m o p o r exe m p lo : a id o la tria é um a con tín ua batalh a esp iritu al que
u m a obra da carn e,o u seja, da n atu re za os cristãos devem travar e vencer pelo
h u m a n a p e c a m in o sa (Gl 5.20). poder do E spírito Santo [...] ” (Bíblia
de Estudo P en teco stal Edição Global.
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2166).
SINOPSE II
O s e g u n d o i n im i g o d o c r i s t ã o , a
Carne, pod e se re fe rir ao corp o, m as III - O TERCEIRO IN IM IG O DO
ta m b é m a n a tu r e z a h u m a n a caída. CRISTÃO: O M UNDO
1. P e r s p e c tiv a s b íb lic a s d a p a la v r a
“ m u n d o ” . Há cin co con otações bíb licas
para a palavra mundo: 1) a terra (Sl 24.1);
2) o co n ju n to d as n a çõ e s co n h ecid a s (1
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO
Rs 10.23); 3) a ra ça h u m a n a (Sl 9-8; Jo
3.16); 4) 0 u n ive rso (Rm 1.20); 5) os que
“ Os A to s da N atureza Pecam in osa
se o p õ e m a D eu s. E sse s tê m o D iab o
e o F ru to do E sp írito
co m o ch e fe e v iv e m n a im p ie d a d e (Jo
N ão h á p a s s a g e m n a B íb lia q ue
12.31; 15.18). De m o d o g e r a l, a B íb lia
m ostre um contraste m ais claro entre
u sa a p a la v ra “ m u n d o ” para d escre ve r
o m odo de vida dos cren tes ch eios do
d u a s g ra n d e s re a lid a d e s: a) o p la n e ­
Espírito Santo (isto é, aqueles que têm
ta T e r ra e m q u e h a b ita m o s (Sl 19.4);
o E spírito de D eus v iven d o n eles, Jo
b) a s p e s s o a s q u e v iv e m de m a n e ir a
3.5; Rm 8.9; l Co 6.19; 2 Co 1.22; l Jo
in d e p e n d e n te s d e D e u s. A p a s s a g e m
4.13) e 0 das pessoas ainda controladas
de 1 João 2.15, q u a n d o d iz p a ra “ n ão
p e la su a n a tu re z a , q ue Gl 5 .1 6 - 2 6 .
a m a rm o s o m u n d o ” , a id eia é a de u m a
Paulo co m en ta as d ife re n ç a s ge ra is
so cie d ad e se p a ra d a de C risto e que se
dos m odos de vida, en fatizand o que 0
m a n ife sta co n tra riam e n te a Deus, pois
Espírito de Deus está em guerra contra
e stá d o m in a d a p e lo s v íc io s m a is in fa ­
a n atu re za h u m an a pecadora. Paulo
m es, e cu jas a çõ es n ão co n d ize m com
tam b ém in clu ía u m a lista e sp ecífica
a v o n ta d e de D eu s. Na e p ísto la , e s s e s
tanto dos atos da natureza pecam inosa
v íc io s são cla ssific a d o s em trê s n íveis:
(isto é, rebelde e desafiadora a Deus),
concupiscência da carne, concupiscência
com o os fru to s (isto é, os tra ço s de
d os o lh o s e a so b erb a da vid a .
caráter, os e feito s) do Espírito.
2. T r ê s n ív e is de v íc io s in fa m e s . As
A ‘ n a tu r e z a p e c a m in o s a ’ , o u a
c o n c u p iscê n c ia s da ca rn e, d os o lh o s e
‘c a rn e ’ (gr. sa rx ), in d ica a n atu reza
a so b erb a da v id a são n ív e is de v íc io s
hum ana com os seus desejos corruptos
in fa m e s q u e to d o c r is tã o e n c o n tr a rá
e a sua tendência de d esafiar a Deus e
d ian te de su a jo rn ada:
seguir 0 seu próprio cam inho. [...] Os
a) A concupiscência da carne. A co n ­
que segu em as ten dên cias e os c o m ­
c u p is c ê n c ia d a c a r n e te m a v e r co m
portam entos da n atureza pecam inosa
a n a t u r e z a h u m a n a c o m p le t a m e n t e
não podem fazer parte do reino de Deus
d o m in a d a p e lo p e c a d o , c o rr o m p id a ,
(Gl 5.21). Por esse m o tivo , é preciso
d e c a íd a , to d o a to do c o rp o p a ra fin s
resistir a esta n atu reza pecam in osa e
m a lé fic o s e im o rais.

38 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


b) A concupiscência dos olhos. A concu­ tem o s a su b lim e p ro m essa: “ ele fu g irá
p iscên cia dos olh os tem a v er com tudo de v ó s ” (T g 5.7).
o que en vo lv e a m en te e a im a g in a çã o .
Ela cria o d esejo p e la s c o isa s p e c a m i­
n o sa s o fe re c id a s p e la m íd ia , m ú sic a ,
film e s, lite ra tu ra, a arte para ced er aos SINOPSE III
d esejo s ca rn a is. O terceiro in im igo do cristão, o
c) A soberba da vida. Esse nível de vício Mundo, apresenta três níveis de
e x p re ssa a a u to g lo rific a ç ã o do h o m e m vícios infames: a concupiscência
n o p e c a d o , d e n o ta n d o se u e g o ís m o , da carne, dos olhos e a soberba
v a n g lo r ia e a te ís m o . É o h o m e m d a da vida.
a tu a lid a d e d e s p re z a n d o o C riad or em
op o sição d elib erad a.
3. Vencendo o mundo. Há u m s is ­
te m a c a rn a l que a ge sob o co n tro le do CONCLUSÃO
M a lig n o , q u e b u s c a n o s re m o v e r do O apó sto lo Pedro n os a dverte a re s­
ca m in h o q ue le v a ao cé u p o r m eio de peito do plano do Inim igo em nos tragar
id e o lo g ia s a n tic r istã s, e stilo s de v id a s (1 Pe 5.8) com o o b jetivo de d e s tru ir a
q u e n ã o g lo r ific a m a D eu s e fo r m a s ob ra r e a liz a d a p o r C r is to em n o s s a s
c o n tr á r ia s aos v a lo r e s do E v a n g e lh o . v id as. Ele quer en fra q u ecer a n ossa c a ­
P ara v e n ce r e ssa s in v e stid a s é p reciso m inhada rum o aos céus. A ação diabólica
ter um a vid a ch eia do E spírito (Ef 5.18). é feita m ediante aos ataques do Inim igo.
É preciso tam b ém v ive r p len am en te em E n tão, p a ra n ão ce d er a o s se u s a rd is,
Cristo Jesus, fa zen d o a vontade de Deus p recisam os v iv e r co n stan tem en te sob a
(M t 7.21). Sendo a ssim , p recisam o s nos presen ça do E spírito Santo, prep arad os
su je ita r a E le, r e s is tir ao D iab o, p o is e fortalecid o s em Deus (Gl 5.16; E f 6.10).

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que o S en h o r Jesus a te sto u em seu m in istério ?


Em seu m inistério, nosso Senhor atesta a realidade de Satanás (Mt 13.39; Lc 11.18).
2. Cite ao m enos três nom es em que podem os conhecer 0 Inim igo na Bíblia.
Serp en te, a d v e rsário e M alig n o .
3. O que a e x p re ssã o “ c o n cu p iscê n c ia da c a rn e ” revela?
A exp ressã o revela que n ão há critério ou n o rm a m o ral n u m co n te xto em que
a b u sca pelo p razer in d ivid u al dita a ten d ên cia. É 0 ego ísm o em grau elevado.
4. Q ual a p e rs p e c tiv a do N ovo T e sta m e n to em re la ção a p a la v ra g re g a sárx,
ou seja, carn e?
Na p e rsp e c tiv a do N ovo T e sta m e n to , o te rm o g re g o sá rx , isto é, “ c a r n e ” , é
u m a re fe rê n c ia d ireta à totalid a d e da n a tu re z a h u m a n a p e ca m in o sa , à p arte
de D eus, d egrad ad a, sem a p resen ça do E sp írito San to.
5. De acord o co m a liçã o, q u ais são os trê s n ív e is de v íc io s in fa m e s?
A co n cu p isc ê n c ia da ca rn e, c o n cu p iscê n cia d os o lh o s e a soberba da vid a.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 39


12 de Maio de 2024

B íb lia

AS NOSSAS ARMAS
ESPIRITUAIS

TE X T O ÁUREO VERD AD E P R Á T ICA


“ P orqu e as arm as da nossa D ian te da batalha
m ilícia não são carnais, m as, espiritual, tem os poderosas
sim , pod erosas em D eus, para arm as espirituais a nossa
destru ição das fo r ta le za s.” disposição: a Palavra de
(2 Co 10.4) Deus, a Oração e 0 Jejum .

\ _________________

LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - E f 6.1,2 Q u in ta - SI 55.17; E f 6.18


A s a rm a s do c re n te são e sp iritu a is e A O ração, u m a a rm a e sp iritu a l
d ev e m se r u sad a s n a jorn ad a in d isp e n sá v e l
T e r ç a - 1 Pe 5 8 S e x ta - M t 4 -1- 4 ; A t 13.2,3
O In im ig o a p re se n ta d iv e rsa s O Jejum, u m in stru m e n to e sp iritu a l
e s tra té g ia s c o n tra n ós in d isp e n sá v e l n a c a m in h a d a
Q u a rta - M t 4.4 ; 1 Pe 2.2 S áb a d o - 2 T m 3.16; Jo 17.9,20-22;
A P a lav ra de D eus, u m a p od ero sa A t 14.23
a rm a e sp iritu a l Estudando a Palavra, orando e jejuando
k _______________
40 LIÇÕES B ÍB LIC AS - PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24
L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Lucas 4.1-4,16-20
L u ca s 4 gu n d o 0 seu c o stu m e, na sin a g o g a e
l - E Jesus, cheio do Espírito Santo, vol­ levantou-se para ler.
tou do Jordão e f o i levado pelo Espírito 17 - E f o i- l h e dado 0 livro do profeta
ao deserto. Isaías; e, quando abriu 0 livro, achou 0
2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, lugar em que estava escrito:
e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, 18 - 0 Espírito do Senhor é sobre mim,
e, term inados eles, teve fom e. pois que me ungiu para evangelizar os
3 - E d isse-lh e o diabo: Se tu és o Filho pobres, en v iou -m e a curar os quebran-
de Deus, dize a esta pedra que se trans­ tados do coração,
form e em pão. 19 - a apregoar liberdade aos cativos, a dar
4 - £ Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito vista aos cegos, a pôr em liberdade os opri­
está que nem só de pão viverá 0 homem, midos, a anunciar 0 ano aceitável do Senhor.
mas de toda palavra de Deus. 20 - E, cerrando 0 livro e tornando a
16 - E, cheg an d o a N azaré, on de fora dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos
criado, entrou num dia de sábado, s e ­ de todos na sinagoga estavam fitos nele.

Hinos Sugeridos: 212, 225, 305 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO a re sp e ito d as trê s p r in c ip a is a rm a s


T r a v a m o s u m a g r a n d e B a ta lh a
e s p ir it u a is do c r e n te ; III) M o s tr a r
E sp iritu al. E ssa b ata lh a n ão é co n tra J e su s C r is t o c o m o 0 n o s s o m a io r
pessoas, m as contra principados e p o - m o d e lo d e q u e m u s o u a s a r m a s
testades no m undo espiritual. Por isso, e s p ir itu a is .
nossas arm as não podem ser hum anas B) M o tiv a ç ã o : A B a ta lh a E s p ir i­
n e m c a rn a is. Na B a ta lh a E sp iritu a l tu a l é re a l. Por is s o , p a ra lu ta r m o s
lu ta m o s co m a rm a s e sp iritu a is. Por essa b ata lh a, d evem os u sar as arm as
isso , n esta lição estu d a rem o s sobre a e sp iritu a is. N esse caso, 0 cre n te em
realidade dessa batalha, m ostrarem os Jesus v e n c e as su as lu ta s com o uso
a três grandes arm as espirituais que 0 da P a la v ra de D e u s, do Jeju m e da
cren te tem a sua d isposição e 0 m aior Oração. E ssas são as arm a s le g ítim a s
m o d e lo q ue te m o s em Jesus n o u so de todo sa lvo em C risto . Que a rm a s
d essa s “ a rm a s c e le s tia is ” . você tem usado na Batalha Espiritual?
C) S u g e s tã o de M é to d o : In icie a
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO exposição do segundo tópico, dizendo à
A) classe que na história do C ristianism o
O b jetivos da Lição: I) E n fatizar
0 s e n t id o q u e a s a r m a s do c r e n te três d isciplin as sem pre estiveram em
recebem nas E scrituras; II) E sclarecer d estaq u e: a m ed itaç ão na P a lavra de

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 41


D eus, a p rática da oração e a p rática e o ra r. P or m eio d e s sa s d is c ip lin a s
do je ju m . E ssa s d is c ip lin a s se m p re e sp iritu a is te m o s e x p e riê n c ia s g lo ­
acom panharam o m inistério pastores, rio sas com D eus. A ssim , n o ssa vid a
eva n gelista s e aviv alistas ao lon go do com C risto n u n ca m a is é a m esm a .
tem po . Por isso , peça aos a lu n o s que
d igam o q ue ele s p e n sa m a re sp eito 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
do v a lo r d e s s a s d is c ip lin a s p a ra as A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
su as vidas. Dê u m tem po para eles se a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
e x p re ssa re m e os o u ça co m a ten ção . r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
Em se gu id a, e n fa tiz e q ue e ssa s d is ­ su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
cip lin a s e sp ir itu a is e stã o p r e s e n te s
A d u lt o s . N a e d iç ã o 9 7 , p . 3 9, v o c ê
com o prática na Bíblia e co n firm adas en con trará um subsídio especial para
ao lo n go da h istó ria . A ssim , in fo rm e e sta lição.
que o propósito de estu d a rm os sobre B) A u x ílio s E sp ecia is: A o fin a l do
elas é para q ue e ssa s d isc ip lin a s e s ­ tó p ico , v o cê e n co n tra rá a u x ílio s que
tejam p resen te s em n o ssa vid a com o darão su p o rte na p rep ara ção de sua
e sta v a m n o m in is té r io de Jesus, da a u la : 1) O te x to “ C o n tra a s a s tu ta s
Igreja P rim itiva e dos gran des líderes cila d a s do D iab o ” , lo ca liza d o dep ois
de n o ssa h istó ria . do prim eiro tópico, d estaca a batalh a
espiritual do crente para aprofundar o
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO tópico; 2) O texto “ Jejuando quarenta
A) A plicação: Conclua a lição desta d ias” , ao fin al do segundo tópico, e x ­
se m an a, a firm a n d o q ue p recisa m o s pande a reflexão a resp eito da prática
m e d ita r na P a la v ra de D eu s, je ju a r p ied osa do S en h or Jesus.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO I - A S A R M A S DO CREN TE
Na lição anterior, estu d a m o s a r e s ­ 1. A s a r m a s . D e m o d o g e r a l, p o ­
p e ito de tr ê s o p o s ito re s que se m o s ­ d em o s c la s s ific a r as a rm a s com o
tra m com o o b stácu lo s de n o ssa in s t r u m e n t o s d e a ta q u e e de
jorn ada: o D iabo, a C arn e e o d e f e s a . N a s E s c r it u r a s , o s
M undo. N esta lição, e n fa ti­ p rin c ip a is in stru m e n to s de
zare m o s trê s arm a s, isto é, , a ta q u e são: e s p a d a ( l Sm
recu rsos espirituais em que I 17.45); v a ra (Sl 23.4); fu n d a
todo cre n te p rec isa la n ç a r (l Sm 17.40); a rco e fle c h a
mão diante dos obstáculos da (2 Rs 13.15); la n ç a (Js 8.18);
jornada: a P alavra de Deus, a e d ard o (2 Sm 18.14). Os de
Oração e 0 Jejum. Desde o in ício d e fe s a sã o : e s c u d o (E f 6.16),
de n osso and ar com Cristo, e stam o s c a p a c e te (iS m 17.5), c o u ra ç a (l Sm
d ia n te de u m a b a ta lh a e s p ir itu a l que 17.5) e c a n e le ir a s (1 Sm 17.6). E s s a s
só te rá fim c o m o A r r e b a ta m e n to da a r m a s e r a m u s a d a s p e lo s e x é r c it o s
Igreja para 0 céu. a n t ig o s , b e m c o m o p e lo e x é r c it o de

42 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


Israel, com a d ife re n ç a de que e ste era
in s ta d o a c o lo c a r a su a c o n fia n ç a no
SINOPSE I
S e n h o r (SI 20.7). E n tre ta n to , p a ra o s
cristã o s, “ a rm a s” aqui tem u m sen tido A s a rm a s do c re n te d ev e m ser
m e ta fó r ic o , p o is n o s s o c o m b a te n ão u sa d a s c o n tra a s e s tr a té g ia s
é de co rp o a c o rp o c o m o u tra p e s s o a , d o I n i m ig o , o c h e f e d e t o d a
m a s c o n t r a o m a l e n c a b e ç a d o p e lo f o r ç a d o m a l.
D iab o e se u s d e m ô n io s, q u e se v a le m
do M u n d o e da C a rn e .
2. A s e s t r a t é g ia s d o I n im ig o . N ão
p o d e m o s d e s p re z a r 0 c o n h e c im e n to a
re sp e ito da fo rça do I n im ig o de n o s ­ AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
sa s a lm a s. O N ovo T e s ta m e n to re v e la
o q u e o D ia b o é c a p a z d e f a z e r p a ra “ [E fé sio s] 6.11 C o n tra as a stu ta s
lu d ib ria r a s p e sso a s: a rre b a ta r a b o a c ila d a s do D iab o. Os c ris tã o s e stã o
P a la v ra do co ra ç ã o (M t 13.19); b u sc a r e n v o lv id o s em u m c o n flito e s p ir i­
a lta s p o s iç õ e s co m m e n tir a s (At 5.3); tu a l c o m 0 m a lig n o . E ste c o n flito
u s a r p e s s o a s p a r a t r a ir (L c 2 2 .3 ,4 ); é d e s c r ito co m o u m a g u e rra de fé
e s c r a v iz a r (2 T m 2.26); e n fra q u e c e r a (2 Co 10.4; 1 T m 1 .1 8 -1 9 ; 6.12 ) que
fé do c re n te (Lc 22.32); e n g a n a r com continua até que eles passam da vida
d o u trin a s d e m o n ía c a s (1 T m 4.1). N ão presente e entram na vida porvir (2 Tm
por acaso, 0 apóstolo Pedro n os alertou 4 .7 - 8 ; v e ja G 1 5.17, n o ta ). S a ta n á s
a re s p e ito da sa g a c id a d e do In im ig o : é u m m e s tr e e s t r a t e g is t a q u e v is a
“ S ede só b rio s, v ig ia i, p o rq u e o d iab o, n os fe rir e d estru ir por m eio de su as
v o s s o a d v e rs á r io , a n d a em d erre d o r, v á ria s cila d a s. In stig a r a d ivisão da
b ram and o com o leão, b u scan d o a quem igreja e a descrença nas prom essas de
p o s sa t r a g a r ” (1 Pe 5.8). Deus e stá en tre ‘as ciladas do d iab o’ .
3. O c h e fe d e to d a fo r ç a do m a l. O A s e s t r a té g ia s de S a ta n á s in c lu e m
apóstolo Paulo escreve claram en te que o 0 d e s â n im o , a te n ta ç ã o , a fa lta de
Diabo é 0 ch efe de todos os poderes das perdão, 0 m edo, a acusação, a atitude
trev as que b ata lh am con tra nós (Ef 6.11; de a g r a d a r m o s o s n o s s o s d e s e jo s
R m 13.12). A té m e s m o 0 a p ó sto lo d os p e c a m in o s o s ( e s p e c ia lm e n t e e m
g e n t io s fo i p o r v e z e s im p e d id o p e lo relação às co isa s que rep e tid am e n te
I n im ig o p o r m e io d e in s t r u m e n t o s tir a m 0 m e lh o r de n ó s ), p r e g u iç a
h u m a n o s (1 T s 2.18). E ssa é u m a d as e s p ir it u a l e a s s im p o r d ia n te . Ele
r a z õ e s q u e o a p ó sto lo c u n h a S a ta n á s fa rá o q ue fo r p reciso p a ra se d u z ir
co m o o “ p rín c ip e da p o te sta d e do a r ” os cre n te s a c o m p ro m e te re m a sua
(E f 2.2). D e s ta c a n d o a in d a su a fo r ç a co n sciê n cia e d is tr a í-lo s da devoção
e a u to rid a d e n a h ie ra r q u ia do m a l, o a Jesus. Paulo in stru i os se g u id o re s
D iabo é d e n o m in a d o de “ o d eu s d este de C r is to a p e r m a n e c e r e m fir m e s
s é c u lo ” (2 Co 4 .4 ). P o rta n to , n ão p o ­ em su a p o sição co n tra as cila d a s do
d em o s ig n o ra r que o In im ig o te m u m d iab o ” (B íb lia de E stu do P e n te co sta l
r e in o o r g a n iz a d o c o m s e u s s e r v o s , E dição G lo bal. Rio de Janeiro: CPAD,
e m is s á r io s , p r in c ip a d o s e p o te sta d e s 2022, p p .2 1 9 1-9 2 ).
(Lc 11.17-22).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 43


IV a lin h a m e n t o p a ra a a r m a d u r a to d a .
N esse a sp ecto , e ssa im a g e m tra z u m a
id eia de que a oração fo rta le ce tod as as
Aliado à Palavra de Deus
e sfe ra s da n ossa vida.
e à oração, a prática do 3. 0 Jejum . A liad o à P alavra de Deus
jejum é uma terceira arma e à oração, a prática do jejum é um a ter­
espiritual do crente [...]. ceira arm a esp iritu a l do cren te durante
O Jejum tem um valor a jo rn a d a p a ra o Céu. T a n to no A n tig o
q u an to n o N ovo T e sta m e n to , o je ju m
glorioso para a vida do
é u m a p r á t ic a p r e s e n t e . E s s e a to é
crente, pois é um ato que u sa d o n o c o n t e x t o de b u s c a d e u m a
nos auxilia a ter m ais o r ie n ta ç ã o d iv in a (Ê x 34.2 8; D t 9.9;
intimidade com Deus.” 2 Sm 12.16-23). No N ovo T estam en to, 0
S en h o r Jesus jeju ou (M t 4 .1-4 ) e d isse
que se u s d isc íp u lo s ta m b é m o fa ria m
(M t 9 .14- 17; Lc 5 -33- 3 9 ). A Igreja P ri­
m itiv a o b s e r v a v a a p r á tic a do je ju m ,
I I - A S TR ÊS A R M A S
buscando orientação divin a para o envio
ESPIR ITU A IS DO CR ISTÃO
de ob reiros (At 13.2,3; 14.23). O apóstolo
1. A P a la v ra de D eus. 0 Senhor Jesus
P au lo ta m b é m je ju a v a p o r o c a siã o de
d isse que n ão v iv e m o s a p en a s de pão,
seu m in is té r io (2 Co 6.5; 11.27). Logo,
m as de toda a P alavra de Deus (M t 4.4).
o je ju m te m u m v a lo r g lo rio so p a ra a
D essa m an eira , 0 apóstolo Pedro a co n ­
v id a do cre n te , p o is é u m ato que n os
selh a que “ d esejem os afetu osam en te” o
a u x ilia a ter m ais in tim idade com Deus.
“ leite racion al” para o d esenvolvim en to
da nossa salvação, isto é, 0 estudo perse­
veran te da Palavra de Deus para 0 nosso
cre scim e n to e sp iritu a l (1 Pe 2.2). U m a
v ez nutrido e solidificado com a Palavra, SINOPSE II
estam os firm ados em Deus para resistir As três arm as e sp iritu a is que o
às influências m alignas, às arm adilhas de cristão tem a sua disposição são a
Satanás e dem ais estratégias (Mt 7.24,25). Palavra de Deus, 0 Jejum e a Oração.
Logo, q u em se rende à P a lav ra de Deus
e x p e rim e n ta a in flu ê n c ia fr u tífe r a da
verdade d ivin a (Jo 17.17).
2. A O ra ç ã o . A lia d a a o e s t u d o d a
P a lavra , a oração é u m a d as m a is im ­ III - JESUS CRISTO : O NOSSO
portantes arm as espirituais que 0 crente M A IO R M ODELO
tem ao lon go de sua jo rn ad a p a ra o Céu 1. V en c e n d o o D iab o c o m a P a la v ra .
(Sl 55.17). P r e s te m o s a te n ç ã o p a ra a H á d o is e p is ó d io s im p o r t a n t e s q u e
s e g u in te d eclaração: “ oran do em todo re la ta m 0 d estaq u e e sp e c ia l que 0 S e ­
te m p o co m to d a o ra ç ã o e s ú p lic a n o n h o r Jesus deu à P a la v ra em L u cas 4.
E sp írito” (Ef 6.18). Note que o apóstolo O p rim eiro e n fa tiz a que o Sen hor Jesus
P a u lo n ão in s e r e a o ra ç ã o c o m o u m a v e n c e u 0 T e n ta d o r c o m a P a la v ra de
p e ç a d a a r m a d u r a , p o is n a v e r d a d e , Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele
é co m o se ela tro u x e s s e u m a ju ste ou leu u m a p a ssa g e m do p rofeta Isaías na

44 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


sin a g o g a em N azaré e tom o u para si o
cu m p rim en to do te x to lido (Lc 4.16-20;
VI
cf. Is 61.1,2). N osso Senhor d eixou claro
Nosso Senhor conta
n e sse s e p isó d io s q ue os p rin c íp io s da
P a la v ra de D eus d ev e m e s ta r p r e s e n ­
conosco para que nos
tes em n o ssa v id a n a b a ta lh a co n tra o dediquemos à prática da
M a lig n o . P or is s o , n e s s a c o n te n d a , o oração, selecionando um
a p óstolo Paulo a c o n s e lh a -n o s a to m a r local reservado, horário e
a espada do E spírito, ou seja, a P a lavra
prioridade para buscar a
de D e u s, a ú n ic a a rm a de a ta q u e n a
arm adu ra do crente (Ef 6.17), um a arm a
Deus em súplicas.”
poderosa e eficaz que provém do Espírito
S an to de D eus (2 T m 3.16).
2. V iv e n d o em o ra ç ã o . O e v a n g e lis ­
ta L u cas m o stra que Jesus se re tira v a
p a ra os lu g a re s d ese rto s p a ra ora r (Lc
5.16; 6.12; 9.28). Ele o ra va p e lo s a p ó s­
tolos e p e la Igreja (Jo 17.9,20-22), p elos
seu s a lg o z e s (Lc 23.34), p or Sim ão (Lc
SINOPSE III
22.31,32), p e lo s q u e se e n c o n tr a v a m
ju n to ao tú m u lo de L ázaro (Jo 11.41,42). Jesus Cristo é o nosso m aior
E le s a b ia b e m do v a lo r d a o r a ç ã o e, m odelo de quem usou estas
por isso , g a sta v a m u ito tem p o fa lan d o três arm as espirituais: a P ala­
com Deus. N esse sentido, n osso Senhor vra de Deus, o Jejum e a Oração.
conta conosco para que nos dediquem os
à p rá tica da o ra ção , s e le c io n a n d o u m
lo c a l re s e rv a d o , h o rá rio e p r io rid a d e
para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).
3. V iven d o em jeju m . A lém de m ed i­
ta r na P a lav ra e p e rsev e ra r em oração, AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO
o S e n h o r Jesus je ju a v a (Lc 4.2 ). O ra,
“ Jejuando quarenta dias. Depois de
E le ta m b é m e s p e r a q u e o im ite m o s ,
jejuar (isto é, passar u m período sem
jejuando. In felizm en te, há quem en sin e
com ida a fim de dar m aior atenção aos
q ue n ão p r e c is a m o s je ju a r. E x ceto os
a ssu n to s e sp iritu a is) ‘ q u aren ta d ias
que têm problem as de saúde, por isso é
e quarenta n o ite s’ , Jesus ‘teve fo m e ’ ,
m u ito im p o rta n te e sta rm o s sob o rie n ­
de fo rm a que a p rim eira ten ta ção da
tação m éd ica, todo segu id o r de C risto é
p a rte de S a ta n á s fo i sim p le sm e n te
estim ulado pela Bíblia a jejuar. Adem ais,
com er. Isso parece in dicar que Cristo
quando a liam o s 0 estu do da P alavra e a
se a b s te v e de c o m id a , m a s n ão de
oração ao jejum , ap rofu n d am os a n ossa
água (veja Lc 4.2). A b ste r-se de água
in tim id a d e co m D eus e n o s to rn a m o s
po r q u a re n ta d ias te ria e x ig id o u m
m a is s e n s ív e is à su a v o z , c o n fo r m e
m ila g re . V isto que a fo m e é u m dos
acontecia com a liderança e os m em bros
im p u ls o s h u m a n o s m a is b á s ic o s e
da ig re ja a n tig a que je ju a v a m co m o o
in te n s o s , e sta fo i c e rta m e n te u m a
S en h or Jesus (At 9 -9 ; 13-2,3).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 45


IV que Jesus e s tiv e s s e se fo rta le ce n d o
e se p r e p a ra n d o a tr a v é s da o ra ção
O apóstolo Paulo e da m ed ita ç ã o na P a lav ra de D eus
aconselha-nos a tomar a p ara a obra q ue 0 Pai o en vio u para
fa z e r ” (B íb lia de E stu do P e n te co sta l
Espada do Espírito, ou seja,
E dição G lobal. Rio de Janeiro: CPAD,
a Palavra de Deus.” 2022, p.16 0 7).

CONCLUSÃO
O n o sso In im ig o é a rd ilo so e p e r ­
legítim a tentação à qual deve ter sido v e rso . Por isso , n ão p o d e m o s ig n o ra r
m u ito d ifíc il re sis tir. No e n ta n to , a su as e stra té g ia s. C ontra ele, lu tarem os
fim de se re la c io n a r com as n o ssa s com a rm a s esp iritu ais: P alavra, O ração
lu ta s h u m a n a s (cf. Hb 2.17; 4 .15 ) e e Jejum. Essas arm as prom ovem cresci­
p a ra v e n c e r a te n ta ç ã o da m e s m a m en to e fo rtalecim en to para n ossa vida
m a n e ir a q u e d e v e m o s , Jesu s te v e ao lo n g o de n o ssa jo rn a d a e s p ir itu a l.
que con fiar no m esm o poder que está A s s im , se g u n d o 0 m o d e lo de v id a do
d isp o n ív e l a q u a lq u e r cris tã o ch eio n o sso S en h or Jesus, que fe z u so d essas
do E spírito [...]. D u ran te o je ju m de a rm a s, p o d em o s v e n ce r as e s tra té g ia s
q u a re n ta d ias, é ra zo á v e l p re s u m ir do M a lig n o .

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acord o com a lição, q u al é o se n tid o que d ev e m o s c o n sid e ra r a p a la v ra


“ a rm a ” ?
O se n tid o m eta fó ric o , p o is n o sso co m b a te n ão é de corp o a corp o com ou tra
p e sso a , m as c o n tra o m a l e n cab e çad o p elo D iabo e se u s d e m ô n io s, q ue se
v a le m do M u n d o e da Carne.
2. Cite ao m en o s trê s e s tra té g ia s do In im ig o p a ra lu d ib riar as p e sso a s.
A rre b a ta r a b oa P a la v ra do c o ra ç ã o (M t 13.19 ); b u s c a r a lta s p o s iç õ e s com
m e n tira s (At 5.3); u sar p e sso a s para tra ir (Lc 22.3 ,4).
3. Cite as trê s a rm a s e sp iritu a is do cren te.
P alavra de D eu s, 0 Jejum e a O ração.
4. O que a co n te ce q u an do a lia m o s e stu d o da P a lav ra , O ração e Jejum?
Q u an do a lia m o s 0 e stu d o da P a lav ra e a o ra ção ao je ju m , a p ro fu n d a m o s a
n o ssa in tim id a d e co m D eus e n o s to rn a m o s m ais se n sív e is à su a v o z.
5. O que a P a lav ra de D eus, 0 Jejum e a O ração p ro m o v em em n o ssa jo rn a d a
esp iritu a l?
A Palavra de Deus, a Oração e o Jejum prom ovem crescim en to e fortalecim ento
para n o ssa v id a ao lo n g o de n o ssa jo rn a d a e sp iritu a l.

46 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


LIÇÃO 7
19 de Maio de 2024

t íl
O PERIGO DA MURMURAÇÃO

T EX TO ÁUREO VERDADE PR Á T IC A
“E n ão m u rm u reis, co m o A prática da m urm uração
ta m b ém algu ns d eles en fra q u ece a vida espiritual,
m urm uraram e pereceram acaba com a co m u n h ã o da igreja
p elo destruidor local e nos im p ed e d e desfrutar
(1 Co 10.10) das prom essas d e Deus.

\ ___________________ ___________ J
LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - Ê x 16.11 Q u in ta - H b 4 1 6
A m u rm u ra çã o d os isr a e lita s n os D ev em o s c h e g a r a D eus com
d ias de M o isé s co n fia n ç a , n ão co m m u rm u ra ção
T e r ç a - Lc 15.2; A t 6.1 S e x ta - 1 Co 10.10
A m u rm u ra çã o n os d ias de Jesus e A p rá tic a da m u rm u ra çã o e a m orte
d os a p ó sto lo s e sp iritu a l
Q u a rta - l T s 5.12,13; Hb 13.17 S áb a d o - M t 12.25; cf. Lc 1.17-22
D ev em o s e v ita r a m u rm u ra ção A m u rm u ra çã o tr a z d iv is ã o e
co n tra a lid e ra n ça sep a ra ção

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 47


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11

Ê x o d o 16 para cada dia, para que eu veja se anda


1 - E, partidos de Elim, toda a congre­ em m inha lei ou não.
gação dos filhos de Israel veio ao deserto 5 - E acontecerá, ao sexto dia, que pre­
de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos pararão o que colherem; e será o dobro
quinze dias do mês segundo, depois que do que colhem cada dia.
saíram da terra do Egito. 6 - Então, disse M oisés e A rã o a todos
2 - E toda a congregação dos filh os de os filh os de Israel: À tarde sabereis que
Israel murmurou contra M oisés e contra 0 Senhor vos tirou da terra do Egito,
Arâo no deserto. 7 - e am anhã vereis a glória do Senhor,
3 - £ os filh o s de Israel disseram -lhes: porquanto ouviu as vossas murmurações
Quem dera que nós m orrêssem os por contra 0 Senhor; porque quem somos nós
mão do Senhor na terra do Egito, quando para que murmureis contra nós?
estávamos sentados ju n to às panelas de
carne, quando com íam os pão até fa r ­ 1 C o r ín tio s 10
tar! Porque nos tendes tirado para este 10 - £ não m urm ureis, com o tam bém
deserto, para matardes de fo m e a toda alguns deles murmuraram e pereceram
esta multidão. pelo destruidor.
4 - Então, disse 0 Senhor a Moisés: Eis 11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como figu­
que vos fa rei chover pão dos céus, e 0 ras, e estão escritas para aviso nosso, para
povo sairá e colherá cada dia a porção quem já são chegados os fin s dos séculos.

Hinos Sugeridos: 77, 302, 388 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO para os israelitas que naquela ocasião


T odo cristã o e n fre n tará situ açõ es não estavam preparados para grandes
adversas que vão testar a sua fé e fazer p e le ja s. D eu s é fie l e se m p re cu id ou
com que ven h a m urm urar em sua c a ­ c o m z e lo do se u p o v o , to d a v ia os
m inhada. E ntretanto, Deus abom ina a is r a e lita s a cada d ific u ld a d e se m p re
m urmuração e a sua prática enfraquece m u rm u ra v a m co n tra 0 S e n h o r. O
a n o ssa v id a e sp iritu a l e n os im p ed e p o v o de D eu s p a g o u u m p reço a lto
de d esfru ta r d as p ro m e ssa s de Deus. p o r te r r e c la m a d o do S e n h o r: to d a
S ab em os que D eus lib e rto u Isra el da u m a g e ra ç ã o m o rre u n o d ese rto . No
e s c ra v id ã o e q u e d e p o is de liv r e , 0 N ovo T e s ta m e n to o a p ó s to lo P au lo
po v o de D eu s in ic io u a su a jo rn a d a a d v e rte os c r e n te s a n ão s e g u ir e m
ru m o à T erra P ro m etid a. O p ercu rso o e x e m p lo d e a lg u n s is r a e lit a s n o
esco lh id o pelo S en hor n ão foi 0 m ais d e s e rto , p o is e s te s p e re c e re m p e lo
fácil, porém , com certeza, foi 0 m elhor d e s tru id o r (1 Co 10.10).

48 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A ) O b jetiv o s da L ição: I) E xp licar A ) A p lic a ç ã o : A liç ã o d e h o je é
o se n tid o da p a la v ra m u r m u ra r na u m a e x c e le n t e o p o r tu n id a d e p a ra
Bíblia; II) M ostrar que a m urm uração o s a lu n o s r e fle t ir e m a r e s p e ito da
im pediu a prim eira geração de a lc a n ­ m u rm u ra ç ã o e se u s e fe ito s m a lé fi­
çar à T erra Prom etida; III) Saber que cos. M ostre que, à m edida que tem os
a m u rm u ra ção é u m p ecado que n o s consciência do poder de Deus, a nossa
im pede de e n trar na Canaã C elestial. fé a u m e n ta e se to rn a u m a n tíd o to
B) M o tiv a ç ã o : N esta vid a , p r e c i­ co n tra a m u rm u ra ç ã o . E n ce rre a
sa m o s te r b e m cla ro a id e ia de que a u la c ita n d o as E s c ritu ra s : “ E n ão
e n fre n ta re m o s o b stácu lo s e d ific u l­ m u r m u r e is , c o m o ta m b é m a lg u n s
d ad es. Jesus d isse q ue n e sse m u n d o d eles m u rm u raram e p ereceram pelo
teríam os aflições, m as que tivéssem os d e s tru id o r” (1 Co 10.10).
b om â n im o (Jo 16.33). O b om ân im o
é re su lta d o da fé , da c e rte z a de que 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
n ão e s ta m o s s o z in h o s . A n o s s a fé A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
d eve e sta r a lic e rç a d a em D eus para a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
que quando nos en co n trarm o s diante r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
d o s o b s tá c u lo s e m n o s s a c a m in h a su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
e sp iritu a l n ão v e n h a m o s m u rm u ra r, A d u lt o s . N a e d iç ã o 9 7 , p . 3 9, v o c ê
r e c la m a r , m a s t e r m o s a t it u d e s e en con trará um subsídio especial para
p a lav ra s q ue g lo rifiq u e m ao Sen hor. e sta lição.
C) Sugestão de M étodo: Sugerim os B) A u x ílio s E sp ecia is: Ao fin a l do
que você reproduza 0 esquem a que se tó p ico , v o cê e n co n tra rá a u x ílio s que
encontra na Bíblia de Estudo Aplicação d arão su p o rte na p rep a ra çã o de sua
Pessoal, editada pela CPAD, p .11. Para aula: l) A o rie n ta çã o d id á tica , lo c a ­
ter a cesso a esse esq u em a, v ocê pode liz a d a no p rim e iro tó p ico , d esta ca 0
acessar 0 site <www.escoladominical. co n ce ito da p a lav ra “ m u rm u ra çã o ” ;
com.br> no campo Subsídios - Adultos. 2) O te x to ao fin a l do se g u n d o t ó ­
U tilize -0 para m ostrar que diante das p ico , e x p a n d e a re fle x ã o a re sp e ito
d ificu ld ad e s o povo de D eus sem p re da m u rm u ração dos isra e lita s con tra
caia na tentação da m urm uração. Que o S e n h o r d u r a n t e a t r a v e s s i a do
jam ais ven h am os seguir seu exem plo! d e s e rto .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO em n o ssa jo rn a d a q ue pod e n os le v a r


É v erd a d e que h á a çõ es m a lé fi­ à q u e d a . Ele n ã o a c o n te c e in s t a n t a ­
ca s q u e v ê m d ir e to do I n im ig o , m a s n e a m e n te , p o is g e r a lm e n te su ce d e a
ta m b é m é v e rd a d e q ue h á as q ue são in c r e d u lid a d e . S im , in c r e d u lid a d e e
p ro d u z id a s d en tro de n ó s co m o ob ras m u rm u ra ç ã o a n d a m ju n ta s. Por isso ,
d a c a r n e . U m a d e la s é o p e c a d o d a n e sta lição, estu d a re m o s os p e rig o s da
M urm uração. Esse pecado é tão perigoso m u rm u ração à lu z da recom end ação do

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 49


a p ó sto lo : “ F a z e i to d a s a s c o is a s se m 3. 0 cren te m urm urador. Quem se diz
m u r m u ra ç õ e s ” (Fp 2.14). salvo em Cristo e tem 0 Espírito Santo em
sua vid a não pode n atu ra lizar a prática
I - A M URM URAÇÃO NA da m urm uração. Não é n orm al um
crente cheio do Espírito Santo se
BÍBLIA
. entregar a esse pecado. Nesse
1 . 0 q u e é m u r m u ra r? A s
k se n tid o , e stã o p r e s e n te s a
p r in c i p a is p a la v r a s p a r a
P a la v r a -C h a v e in d is c ip lin a e o d e s c u id o
m u rm u ra çã o n a B íb lia são
as se g u in te s : do h e b ra ic o , Murmuração co m as v ir t u d e s do E sp í­
rito (Gl 5.16). Q u a n d o u m
o v e rb o liyn, “ r e s m u n g a r ” ,
c r e n t e se t o r n a u m m u r ­
“ r e c la m a r ” e “ m u r m u r a r ”
m u rad or, e le p a ssa a se r u m
(N m 14 .3 6 ); e 0 s u b s t a n t iv o
in stru m e n to do M a lig n o con tra
higgayown, “ m e d ita ç ã o ” , “ m ú sica
a obra de C risto no m undo, p e rm itin d o
so le n e ” , “ p e n sa m e n to ” , “ con sp iração
ao D iabo d o m in á -lo e u s á - lo de to d as
(Lm 3.62); do g re g o , o v e rb o goggúzõ,
a s m a n e ira s. A s s im , n ão é p o s s ív e l o
“ m u rm u ra r” , “ re s m u n g a r” , “ q u e ix a r-
crente m urm urador ser alegre, bondoso
- s e ” , “ d iz e r a lg o c o n tra e m u m to m
e a g r a d á v e l p o r m e io de su a a titu d e ,
b a ix o ” , “ d os que c o n fa b u la m s e c r e ta ­
v is t o q ue su a a lm a e s tá d o e n te , p o is
m e n te ” (Jo 7.32). De acord o co m e ssa s
o co rp o só se rá lu m in o s o se os o lh o s
p a lav ra s, o m urm u rado r tem 0 espírito
fo rem b o n s (M t 6.22,23).
d om in ado pelo d esco n ten tam en to , d e ­
sa cord o, ira , q u e ix a s e o p o sição . N em
D eu s e sca p a d ele, p o is b a s ta le m b ra r
do q ue fo i fe ito c o n tra M o isé s e A rã o
(Ê x 15.24; 17.3; N m 14.27; 16.41). SINOPSE I
2. O c o m p o r ta m e n to d o s m u r m u -
M u rm u ra r s ig n ific a “ r e s m u n ­
ra d o r e s. De acord o co m os d ois te s ta ­
g a r ” e “ r e c la m a r ” e o m u r m u ­
m entos da Bíblia, 0 m al da m urm uração
r a d o r t e m o e s p ír i t o d o m in a d o
e sta v a no m eio do po v o D eus, e n tre os
p e lo d e s c o n t e n t a m e n t o , d e s a ­
isra e lita s dos d ias de M o isés (Êx 16.11);
c o r d o , ir a , q u e ix a s e o p o s iç ã o .
nos dias de Jesus Cristo com os escribas
e fariseu s (Lc 15.2); na igreja em Jerusa­
lém , no in íc io (At 6.1). E sse m a l re v ela
u m c o m p o r t a m e n t o in c o n v e n ie n t e ,
u m te m p e ra m en to in q u ie to , in d ire ta s
AUXÍLIO DIDÁTICO
s a r c á s tic a s . O c o m p o rta m e n to d os
m u rm u ra d o res é tão sério que ch ego u
P r o fe sso r(a ), p a ra d ar in ício ao
a am eaçar a un idade da Igreja em A tos,
p rim e iro tó p ico da liçã o , fa ça a s e ­
se n ão fo s s e 0 c u id a d o d o s a p ó sto lo s
g u in te p e rg u n ta : “ O q u e s ig n ific a
(A t 6 .1 - 7 ) . P o r is s o , p r e c is a m o s te r
m u r m u r a r ? ” O u ça os a lu n o s co m
toda cau tela com e sse com po rtam en to ,
aten ção e in cen tive a participação de
p ois 0 pecado da m urm u ração, além de
todos. Em seguida, explique que m ur­
e n fr a q u e c e r a n o s s a v id a e s p ir it u a l,
m u rar sig n ific a fa la r m al de a lgu ém
ta m b é m a ltera n e g a tiv a m e n te a n o ssa
ou a lgo , la m e n ta r -s e e q u e ix a r -s e .
saúd e e m o cio n a l e físic a .

50 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


D iga que a m u rm u ração con tra Deus Ora, 0 Sen hor Deus con tem p la tod as as
fe z os isra e lita s p erd erem tod a u m a n ossas ações, sabe do que p recisam o s e
g e r a ç ã o n o d e s e r to . M o s tr e q u e o n e c e ssita m o s. Por isso , d ian te de u m a
esq u ecim en to a respeito do que Deus circunstância difícil, é m uito m elhor nos
já fe z em n o sso fa v o r é p ró xim o da d irig ir m o s a Ele de m a n e ira h u m ild e ,
m urm uração e ingratidão. Os hebreus g ra c io s a e a m o ro sa do q ue n o s a c h e -
n ão a g rad e ce ra m a D eus pela lib e r­ g a rm o s a Ele com in g ra tid ã o , q u e ix a s
ta çã o d a e sc ra v id ã o e g íp c ia e n e m e m u rm u ra ção (Hb 4.16).
p e la p r o v isã o re c e b id a n o d e s e rto , 3. P o r q u e é p e r ig o s o m u r m u r a r ?
m a s p r e fe r ir a m p e rm a n e c e r c o m o A P a la v ra de D eu s d iz: “ q u em se e n ­
e sc ra v o s b e m a lim e n ta d o s e a ssim d u receu co n tra e le [Deus] e te v e p a z? ”
m u rm u ra ram co n tra Deus (Êx 16.7). (Jó 9 .4 ). À lu z d e s s e te x to , p o d e m o s
d iz e r que a m u rm u ra ção c o n fig u ra um
ato de im piedade e x trem a con tra Deus.
Ela se to rn a p e rig o sa porque, a lé m de
II - M U RM URAÇÃO : IM P E D I­ r e v e la r u m a a u s ê n c ia de fé , lim it a a
M EN TO DA PR IM EIRA GERAÇÃO n o ssa cap acid ad e de e n x e rg a r as ações
À T E R R A PR O M ETID A de D eus em n o ssa s v id a s e no co n te xto
em q u e e s ta m o s . P or c o n s e g u in t e , a
1. A m u r m u ra ç ã o c o n tr a o s líd e r e s
m u rm u ra ção c e g a -n o s d ian te de Deus.
e s c o lh id o s p o r D e u s. D e u s e s c o lh e u
Não lem bram os m ais das gran des obras
M o is é s e se u irm ã o , co m o se u a u x i-
do Senhor em nossa vida. Não por acaso,
lia d o r, p a ra lib e r t a r 0 p o v o de Isra e l
o a p ósto lo Paulo reú n e os ep isó d io s de
da e scra v id ã o de Faraó e c o n d u z i-lo à
m u rm u ra ção dos isra e lita s para que os
T erra P rom etid a (Êx 7-1,2). A p ó s e x p e ­
cren tes da atualidade ten h am cuidado e
rim e n ta r gran d e liv ra m en to , e sse povo
não pratiquem esse pecado a fim de não
passou a m urm urar contra a liderança de
serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).
M o isé s e A rão de m a n e ira siste m á tica ,
a le g a n d o q ue o L e g isla d o r 0 co n d u zia
p ara m orrer em pleno d eserto (Êx 16.3).
N esses relatos, p erceb em os que a m u r­
m uração sucede à incredulidade. Há uma SINOPSE II
a u sên cia de fé e se p a ssa esco lh er o que
A m u r m u r a ç ã o im p e d iu a p r i­
é m au: a prática da m urm u ração. Logo,
m e ir a g e r a ç ã o d e is r a e lit a s de
n ão se p od e e sp e ra r m a is a titu d e s de
a d e n t r a r n a T e r r a P r o m e t id a .
bondade, sinceridade e verdade de quem
subm erge na m urm uração, m as, sim de
im p aciên cia, in gra tid ã o e d esresp eito à
lid era n ça b íb lica (1 T s 5.12,13; Hb 13.17).
2. A m u r m u r a ç ã o c o n t r a D e u s. O
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Senhor Deus respondeu às m urm urações
do povo, d izendo que faria cair “ pão dos
E xplique que “ a lid eran ça é cara,
c é u s ” (Ê x 16.4). E n tre ta n to , o S en h o r
porque a culpa pela adversidade recai
d e ix o u c la ro q ue c o n te m p lo u as su a s
nos líderes. Essas pessoas sabiam que
“ m u r m u r a ç õ e s ” , m a s t r a to u o p o v o
M oisés era hom em de Deus; por isso,
co m p ie d a d e e c o m p a ix ã o (Ê x 16.12).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 51


o p eca d o ta m b é m era c o n tra D eus. da prom essa, foram m ortos e sepultados
G ran des e xp e riê n cias com D eus não no d ese rto (Nm 14.29). A p e re g rin a çã o
c u ra m n e c e s s a r ia m e n te o c o ra ç ã o d e I s r a e l p e lo d e s e r t o n o s s e r v e de
m al e queixoso. A m urm uração cessa exem plo e advertência em nossa jornada
a p e n a s q u an d o cru c ific a m o s o eu e p a ra q ue n ão a d o te m o s se u co m p o r­
en tro n iza m o s a Cristo (Ef 4.31,32). A ta m e n to m u rm u ra d o r. D e v id o a e s s e
ú nica coisa que M o isés poderia fa ze r pecado, os isra e lita s p erd era m de v ista
era clam ar ao Senhor. Não há dúvida os propósitos d ivin o s e não a lcan çaram
de que te ria fo rn e cid o á g u a p o tá ve l 0 cu m p rim e n to da p ro m e ssa .
e m re sp o sta à fé p a cie n te de Israel, 2 .0 d e s tin o d o s m u r m u ra d o r e s . À
se tiv e s se m p e rm an e cid o firm e s. O lu z d os re la to s do liv ro de N úm eros, 0
S en h or às v e z e s s a tis fa z n o sso s c a ­ a p ó sto lo P a u lo fa z u m a sé ria a d v e r ­
p rich o s em d etrim e n to da fé . A qu i, t ê n c ia ao p o v o d a N o v a A lia n ç a : “ E
a s á g u a s se to rn a ra m d oces, q u a n ­ n ão m u rm u re is, com o ta m b é m a lg u n s
do M o isé s la n ç o u u m le n h o n e la s , d ele s m u r m u ra ra m e p e re c e ra m p elo
m as a fé de Isra el c o n tin u o u fraca . d e s tru id o r” (1 Co 10.10). Isso s ig n ific a
D e s c o n h e c e m o s 0 m é to d o n a tu r a l qu e u m c re n te q u e v iv e p r a tic a n d o a
que e x p lica e ste m ila g re . D eus u sou m u rm u ra ção já se en co n tra e sp iritu a l­
e sta o casião para e n sin a r u m a lição m en te m orto, perd eu a co m u n h ão com
a Israel, d a n d o -lh e s estatu to s e um a 0 S en h o r e n ão te m m a is 0 p r a z e r n as
o rd en açã o. Se as p e sso a s o u v is se m co isa s e sp iritu a is. Logo, 0 seu d estin o
a D eus e o b e d e ce sse m in te ira m e n te é a m orte, que, à lu z do A n tig o T e s ta ­
à su a p a la v ra , e la s se ria m cu ra d a s m ento, in fe liz m en te , tem caráter físico
de tod as as e n fe rm id a d e s que D eus e espiritual. A m urm uração é um perigo
t in h a p o s to s o b re o E g ito . A s s im ao lo n g o da n o ssa tra jetó ria cristã .
com o D eus cu ro u as á g u a s a m a rg a s 3. O s m a le s d a m u r m u r a ç ã o . Há
d e M a ra , a s s im E le c u r a r ia I s r a e l m u ito s m a le s que a m u rm u ra ção pod e
s a t is f a z e n d o - l h e a s n e c e s s id a d e s provocar. Por exem plo, na vida da igreja
fís ica s e, m ais im p o rta n te que tudo, local a m urm uração pode tra zer d esân i­
curando 0 povo de sua n atu reza co r­ m o esp iritu al, con tend as co m u n itárias,
rom pida. Deus queria tirar o espírito rebeldias espirituais e d ivisões m in iste ­
de m u rm u ra ç ã o do m eio do po v o e riais. Esse processo acaba com a vid a de
lh e d ar u m a fé fo r t e ” (C o m e n tá rio com un hão da igreja local. A lém disso, 0
B íb lico B eacon . V ol 1. Rio de Janeiro, n osso Senhor d isse que 0 reino dividido
CPAD, 2005, p .175). co n tra si m esm o é “ d e v a sta d o ” e n ão
“ s u b s is tir á ” (M t 12.25; cf. Lc 1.17-22).
Há tam b ém o m al de caráter espiritual.
III - M U RM URAÇÃO : U M P E C A ­ Por e x e m p lo , a m u rm u ra çã o ta m b é m
DO QUE n o s IM PED E DE E N ­ resulta em m entiras e calúnias, portanto,
T R A R N A CA N A Ã CELESTIA L 0 E sp írito S an to n ão h a b ita u m a v id a
1 .0 fim d o s is r a e lita s m u r m u ra d que
o - é d o m in a d a por e sse tip o de obras
re s. E xam in an d o os te x to s de N úm eros c a rn a is (E f 4.30; G1 5.19-21). Por isso ,
14.29 e 16.4 1-4 9, p e rce b e m o s que, por a firm a m o s que q u em se e n tre g a a ta l
c a u s a d a m u r m u r a ç ã o , o s i s r a e lit a s p rática acab a a tra in d o o u tro s p eca d o s
daquela geração n ão e n traram n a terra p a ra a su a v id a , ta is com o: id o la tria ,

52 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


re b e liã o , a d u lté rio , b la s fê m ia s c o n tra CONCLUSÃO
D eus. Com o c o n se q ü ê n cia acab a p r e s ­ N esta lição, vim o s o quanto a prática
tando serviço ao Inim igo e estacionando da m urm uração é perigosa e d estru id o -
no m eio do tra jeto c e le stia l. ra ta n to p a ra a v id a e sp ir itu a l q u an to
para a v id a co m u n itá ria na igreja lo ca l
ao lo n g o da n o ssa jo rn a d a cris tã . N ão
devem os, pois, ign orar a a dvertência da
P a la v ra de D eus q u an to ao p e ca d o da
S IN O P S E III
m u rm u ra ção (Rm 15.4). Ora, a vo n ta d e
A m u rm u ração é pecado e de Deus é a de que participem os de suas
p o d e n o s im p e d ir d e e n t r a r n a prom essas. Portanto, evitem os 0 m al da
C a n a ã c e le s t ia l. m urm u ração em n ossas ca sas, igrejas e
em qualquer lugar que nos relacionem os
com o p róxim o .

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, 0 m urm u rador tem 0 espírito dom in ado pelo quê?
O m u rm u rad o r tem 0 e sp írito d om in ado pelo d esco n te n tam e n to , d esacordo,
ira, q u eix a s e oposição .
2. Por que p re c is a m o s ter ca u te la co m o co m p o rta m e n to m urm u rador?
P r e c is a m o s te r to d a c a u te la c o m e sse c o m p o rta m e n to , p o is o p e ca d o da
m u rm u ra çã o , a lé m de e n fra q u e c e r a n o ssa v id a e sp iritu a l, ta m b é m a ltera
n e g a tiv a m e n te a n o ssa saú d e e m o c io n a l e fís ic a .
3. Com o o S en h o r D eus resp o n d eu à m u rm u ra çã o d os israe lita s?
O Sen h or D eus resp o n d eu às m u rm u ra çõ e s do p ovo, d izen d o que fa ria cair
“ pão dos cé u s” (Êx 16.4). Entretanto, 0 Senhor deixou claro que contem plou as
su as “ m u rm u raçõ es” , m as tratou o povo com piedade e com paixão (Êx 16.12).
4. O que p e rce b e m o s ao e x a m in a r o s te x to s do liv ro de N úm eros?
E x am in a n d o os te x to s de N úm eros 14.29 e 1 6 .4 1 -4 9 , p e rce b e m o s que, por
ca u sa da m u rm u ra ção , os isra e lita s d aq u ela ge ra ção n ão e n traram na terra
da p ro m e ssa , fo ra m m o rto s e se p u lta d o s n o d ese rto (N m 14.2 9 ).
5. O que Paulo tr a z à Igreja à lu z do e xe m p lo do liv ro de N úm eros?
À lu z dos relatos do livro de N úm eros, 0 apósto lo Paulo fa z u m a séria a d v e r­
tên cia ao povo da N ova A lian ça (1 Co 10.10). Isso sig n ific a que u m cren te que
v iv e p raticand o a m u rm u ração já se en co n tra e sp iritu a lm en te m orto, perdeu
a co m u n h ão co m 0 S en h o r e n ão te m m a is o p ra z e r n as co isa s e sp iritu a is.

VOCABULÁRIO
C a u tela: preocupação para e vita r tran storn o e perigo; cuidado; prudência.
N a tu ra liz a r: p a ssa r a ter co m o próprio; a d a p ta r-se ; adotar.
Im e rg e : 0 que a fu n d a , m erg u lh a .

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 53


LIÇÃO 8
26 de Maio de 2024

CONFESSANDO E
ABANDONANDO O PECADO
\
T EX TO ÁUREO VERD AD E P R Á T ICA
“ O q u e en cobre as suas Para d esfrutar um ca m in h o de
transgressões n unca prosperará; restauração e recon ciliação com
m as 0 qu e as confessa e d eixa D eus, precisa m os confessar 0
alcançará m isericórdia.” p eca d o e a b a n d o n á -lo de um a
(Pv 28.13) v ez por todas.
\ _________

LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - SI 32.5 Q u in ta - 2 Sm 12 .1-4 , 7 - 9
C o n fessa n d o as n o ssa s O p ecado do rei D avi, o u n gid o do
tra n s g re s s õ e s ao S en h or S en h o r
T e r ç a - R m 3.10-12 S e x ta - M t 6.12
R econ h ecen d o a n o ssa n a tu re z a Em p rim e iro lu ga r, n o s d irig im o s a
p e ca m in o sa d ian te de D eus D eus p a ra 0 perd ão d os p eca d o s
Q u a rta - Gn 3.8,14-19 S áb a d o - 2 Co 5.18
O p eca d o de n o sso s p rim e iro s p a is, D eus in v e stiu h o m e n s p a ra 0
A d ão e Eva m in is té r io da re co n cilia ç ã o

54 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Salmos 51.1-12; 1 João 1.8-10


S a lm o s 51 8 - F a ze-m e ouvir jú b ilo e alegria, para
1 - Tem m isericórdia de m im , ó Deus, que gozem os ossos que tu quebraste.
seg u nd o a tua benignidade; apaga as 9 - Esconde a tua face dos meus pecados
minhas transgressões, segundo a multidão e apaga todas as m inhas iniquidades.
das tuas misericórdias. 10 - Cria em mim, ó Deus, um coração
2 - L a va-m e com pletam ente da minha puro e renova em mim um espírito reto.
iniqüidade e purifica-me do meu pecado. 11 - Não me lances fora da tua presença
3 - Porque eu conheço as minhas trans­ e não retires de mim 0 teu Espírito Santo.
gressões, e 0 m eu pecado está sem pre 12 - Torna a dar-me a alegria da tua salva­
diante de mim. ção e sustém-me com um espírito voluntário.
4 - Contra ti, contra ti som ente pequei,
e f i z 0 que a teus olhos é mal, para que 1 João 1
sejas ju stificad o quando falares e puro 8 - Se dissermos que não temos pecado,
quando julgares. en ganam o-nos a nós mesmos, e não há
5 - Eis que em iniqüidade fu i form ado, verdade em nós.
e em pecado me concebeu minha mãe. 9 - S e confessarmos os nossos pecados, ele
6 - Eis que amas a verdade no íntimo, e é fie l e justo para nos perdoar os pecados
no oculto me fazes conhecer a sabedoria. e nos purificar de toda injustiça.
7 - P u rifica -m e com hissopo, e fica rei 10 - Se d isserm o s qu e não peca m o s,
puro; la v a -m e, e fic a r ei m ais alvo do fa z e m o - lo m entiroso, e a sua palavra
que a neve. não está em nós.

Hinos Sugeridos: 192, 277, 491 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO nos esqu ecer de que 0 pecado c o n fe s­


T o d o c ris tã o em su a jo rn a d a v a i sado e abandonado é pecado perdoado
te r q u e lid a r, em a lg u m m o m e n to , por Deus (1 Jo 1.9). O In im igo sem pre
com 0 pecado. Isso se deve a n atureza v a i te n ta r n o s a c u sa r d os e rro s que
h um an a que herdam os de Adão e Eva. com etem os, m as precisam os lem brar
No e n ta n to , n ão te m o s m a is p ra z e r de que “ o sa n g u e de Jesus C risto nos
no p ecado, ou seja, n ão p e ca m o s de p u rifica de todo 0 p e c a d o ” (1 Jo 1.7).
m od o d elib erad o . E rrar o a lvo , para
0 c r is t ã o , é u m t r is t e a c id e n t e de 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
p ercu rso. Q uando pecam os, a atitu d e A) O b jetivo s da Lição: I) C o m p re­
correta é 0 arrepen dim en to, a c o n fis­ e n d e r o q u e s ig n if ic a c o n fis s ã o de
são do pecado a Deus e 0 abandono da pecado; II) M ostrar 0 perigo do pecado
tra n s g re ssã o . Não p o d em o s tam b ém não confessado; III) Com preender que

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 55


a co n fissã o de pecado é u m ca m in h o 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
para a cu ra e a re sta u raçã o . A ) A p lic a ç ã o : A liç ã o d e h o je é
B) M o tiv a ç ã o : C o n v e rs e c o m o s um a oportun idade ím par para que os
a lu n o s e x p lic a n d o q u e a tu a lm e n te , alunos reflitam a respeito do pecado e
m u ito s n ão a c re d ita m e m c e rto ou da im p o rtâ n cia da co n fissão . M ostre
errad o. O p ecado p a sso u a se r r e la - q u e o p e c a d o te m n o m e , co m o p or
t iv iz a d o e o q u e é erra d o p a ra u m a e x e m p lo , m e n t ir a , f o f o c a , in v e ja
p e s s o a p o d e n ã o s e r c o n s id e r a d o etc. T e m o s q ue c o n fe ssa r p a ra D eus
errad o para a o u tra, p o is n ão a c r e ­ a s n o s s a s a t it u d e s , p e n s a m e n t o s
d itam m a is em v e rd a d e s a b so lu ta s. e s e n t im e n t o s , n o m e a n d o - o s . E m
E n tre ta n to , para o c ris tã o o p eca d o s e g u id a c o n c lu a le n d o P r o v é r b io s
n ão pode ser rela tiviza d o , pois n osso 28.13: “ O que en cobre as su as tr a n s ­
con ceito de errar o a lvo e stá firm a d o g r e s s õ e s n u n c a p r o s p e ra rá ; m a s o
n as E scritu ra s S agrad as. q u e a s c o n fe s s a e d e ix a a lc a n ç a r á
C) Su gestão de M étodo: Sugerim os m is e r ic ó r d ia .”
que v ocê coloq u e um a c e sta (ou um a
c a ix a de p a p e lã o ) e m u m c a n to da 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
sa la. P ro vid e n cie a lg u m a s b o lin h a s A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
de p a p el a m a ssad o . D iga aos a lu n o s a pen a co n h ecer essa revista que traz
qu e a c e s ta ou c a ix a se rá o a lv o do r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
dia. Em se gu id a, dê u m a b o lin h a de su b síd io s de apoio à Liçõ es B íb licas
p a p e l a u m a lu n o (a ) e p e ça q u e, há A d u lto s . N a e d iç ã o 9 7 , p .4 0 , v o c ê
u m a certa d istân cia , te n te a certar o en con trará um subsídio especial para
“ a lv o ” (a c e sta ). Cada a lu n o (a ) terá e sta lição.
so m e n te u m a te n ta tiv a . A q u eles que B) A u x ílio s E sp ecia is: Ao fin a l do
errarem , p erg u n te com o eles se s e n ­ tó p ico , v o cê e n co n tra rá a u x ílio s que
tiram , a ssim com o os que acertaram . darão su p o rte na p rep ara ção de sua
D ig a q u e p e ca d o s ig n ific a “ e rra r o aula: 1) A orientação bíblica, localizada
a l v o ” . N in g u é m q u e r e r r a r n a d a . no prim eiro tópico, destaca im portan ­
Q uando erram os, seja em u m a prova tes c o n ce ito s a re sp eito de co n fissã o
ou em q u a lq u e r situ a ç ã o , se n tim o s de p ecad os co n tid o s n o S alm o 51; 2)
v e r g o n h a e fic a m o s c o n s tra n g id o s . O te x to ao fin a l do te rc e iro tó p ico ,
O p ecado te m co m o c o n se q ü ê n c ia a m o stra 0 ca m in h o da cu ra e da r e s ­
tristeza, o co n stran gim en to e a culpa. tau ração para aqu eles que con fessa m
É o q ue v e re m o s n e sta lição. e a b a n d o n a m o pecado.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO ensina assim . Em sua epístola, 0 apóstolo


A tu a lm e n te, m u ito s a c re d ita m que João escre v e que o pecado é real e, por
n ão é p r e c is o c o n fe s s a r o p e ca d o por isso, é u m perigo para a vid a do crente,
d e n o m in á -lo m era fra q u e z a lig a d a ao pois su as con seq üên cias são trágicas. A
a m b ie n te e aos a sp e c to s h e re d itá rio s. orien tação bíblica é a de que, caso ocor­
N esta liçã o , v e r e m o s que a B íb lia n ão ra u m pecado, ele d eve ser con fessado,

56 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24


abandonado com o evidência do arrepen ­ d ep o is da co n fiss ã o de p eca d o s que se
d im en to para que o crente arrependido poderia v iver verdadeiram ente uma vida
possa receb er o perdão de Deus de oração e com un h ão com Deus
(l Jo 2.9; cf. SI 32.5). (Ne 1.6; Sl 66.18; Lc 18.9-14).
3 .0 sím b olo da c
P a la v r a -C h a v e d e p e c a d o . No a to da c o n ­
I - A CONFISSÃO DE fissã o de pecados, a p esso a
PECADO Confissão reconhece de m aneira autô­
1. D e f i n iç ã o . O v e r b o
nom a os pecados com etid os
“ c o n fe ssa r” , da p a lav ra h e ­
e que, p o r isso , se e n co n tra
b r a ic a yadah, a p a r e c e co m o
in d ign a de estar na presen ça de
“ jo g a r ” , “ a tir a r ” , “ la n ç a r ” (l Rs
Deus. Ela recon h ece a sua n atu re za
8.33), um a palavra que vem da raiz verbal
p e c a m in o s a d ia n te do A ltís s im o (Rm
de hadah que sign ifica “ estender a m ão”.
3 .10 -12 ). E n tão , e m a rr e p e n d im e n to
Essa palavra está presente 900 v eze s no
sincero e em confissão, busca 0 que lhe é
A n tig o T estam en to, aparecen d o co m 0
garan tid o por m eio da P alavra de Deus:
sentido de “ tom ar co n h ecim en to”, “ sa ­
o perd ão. A ss im , q u em e x p e rim e n ta o
b er”, “ reconhecer”. A palavra aparece no
ato sin ce ro e h u m ild e da co n fiss ã o de
AT no co n te xto de co n fissão de pecado
pecado a lca n ça a m ise ricó rd ia de D eus
(Sl 32.5). No N ovo T esta m en to , o verbo
(Pv 28.13). E ntão, a a lm a é co n so la d a e
grego para “ con fessar” é homologéo, que
a v id a e sp iritu a l é resta u rad a.
sign ifica “ concordar com ” , “ co n se n tir” ,
“ con ceder”. Essa palavra é com posta da
ra iz hom ou, ju n to de p esso as reun idas;
e de lógos, do a to de fa la r . A p a la v ra
homologéo ocorre 25 v ezes no Novo T es­
tam en to (M t 7.23, R m 10.9,10; T g 5.16). SINOPSE I
Há u m v e r b o g r e g o im p o r ta n te p a ra O e n s in o b íb lic o d a c o n fis s ã o d e
“ co n fe ssa r” , eksom ologéo (M t 3.6), que p e c a d o t r a z a id e ia d e r e c o n h e -
significa “ professar”, “ reconhecer aberta c ê - lo e f a z e r a s u a c o n fis s ã o .
e alegrem en te para a honra de a lgu é m ” ;
“ prom eter publicam ente que fa rá a lg o ” ,
“ com prom eter-se com ”. Logo, podem os
d ize r que co n fe ssa r é u m a m an e ira de
d eclara r o que se crê ou sabe.
2. A c o n f is s ã o b íb lic a d e p e c a d o .
A U X ÍL IO B ÍB L IC O -T E O L Ó G IC O
O e n sin o b íb lico g e ra l da c o n fiss ã o de
peca d o tr a z a id e ia de r e c o n h e c ê - lo e
Professor(a), leia ju n tam en te com
f a z e r a su a c o n fis s ã o , p o is o p e rd ã o
a sua classe o Salm o 51 que se e n con ­
d e p e n d e d e s s e a to (Sl 32.5; 1 Jo 1.9).
tra na seção Leitura Bíblica em Classe.
E ssa c o n fis s ã o p o d e se r n o m o m e n to
Utilize 0 texto para m ostrar 0 conceito
da co n versão ; ou d ep o is d ela, q u an do
de p eca d o e a s su as co n se q ü ê n cia s
p e ca d o s co m e tid o s p o d e m se r c o n tra
(p erd a da sa lv a ç ã o , da p resen ça de
D eus ou co n tra u m irm ã o (M t 5.21,22).
D eus, da v ita lid a d e e da a le g ria e s ­
Im p o rtan te re ssa lta r, p orém , que, s e ­
piritual). E n fatize que a preocupação
gundo 0 en sin o bíblico, era tão som ente

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 57


IV se confessar 0 pecado, deixá-lo e alcançar
0 p erd ã o (1 Jo 1.9). Em c o n tr a p a r tid a ,
A s s im , q u e m e x p e r im e n ta q u e m ig n o r a a c o n fis s ã o d e p e c a d o ,
o a to s in c e r o e h u m ild e ocu ltan d o-o, vive um a vida de aparência
da c o n fis s ã o de p e ca d o , e de m o rte e sp ir itu a l; se m e lh a n te ao
q ue os n o sso s p r im e iro s p a is, A d ão e
a lc a n ç a a m is e r ic ó r d ia
E va, v iv e ra m ao te n ta r o c u lta r os seu s
de D eus. E n tã o , a a lm a p e ca d o s d ia n te de D eus (Gn 3.8); b em
é c o n s o la d a , e a v id a co m o 0 rei D avi, o h o m e m se g u n d o 0
e s p ir itu a l é r e s ta u r a d a .” co ra ção de D eus, que p ro cu ro u o cu lta r
do S en h or se u s p e ca d o s (2 Sm 11; 12).
2. A s c o n s e q ü ê n c ia s d o p e c a d o de
A d ão e E va. A realid ad e b íb lica do p e ­
cado pod e ser v is ta no p rim e iro ca sal,
de Davi não foi com o fato de perder o A d ão e Eva, q u an do p ecou e, por isso ,
trono, m as com a perda da com unhão recebeu se n ten ças d evid as (Gn 3.14-19).
com Deus e a salvação. Explique que, A lém disso, n o sso s p rim eiros pais p e r­
“ este sa lm o de co n fissão é atribuído d era m o d ire ito de v iv e r n o a m b ie n te
a Davi, a lu sivo ao m o m en to em que m ais p e rfeito e b elo que Deus criou (Gn
o p rofeta N atã revelou seu s pecados 3.24). Por isso na vid a de Adão e Eva há
de a d u lté r io e de h o m ic íd io (c f. 2 co n se q ü ê n cia s trá g ic a s do pecado, ta is
S m 1 2 .1 - 3 ) . (1) N o t e - s e q u e e s t e com o: a lte ra ç ã o da c o n d içã o fís ic a de
salm o fo i escrito por u m cren te que am bos; a tra n sição da n atu reza im ortal
v o lu n ta ria m e n te pecou con tra D eus para m ortal; d iversas tenções no gênero
e de m odo tão g ra v e fo i p riva d o da hum an o e na n atu reza. A ssim , sabem os
com un hão e da presen ça de Deus (cf. que as conseqüências do pecado de n os­
11). (2) Provavelm ente, Davi escreveu so s p rim e iro s p a is n ão se lim ita r a m a
este salm o já arrependido, após Natã eles, m as p e rp a ssa ra m a todo 0 gên ero
d e c la ra r-lh e o perd ão d ivin o (2 Sm h u m an o e n a tu ra l (Rm 5.12-14).
12.13). Davi roga diretam ente a plena 3. A s c o n s e q ü ê n c ia s d o p e c a d o de
restauração da sua salvação, a pureza, D a vi. O rei D avi p a g o u u m a lto p reço
a p resen ça de Deus, a v italid ad e e s ­ com o seu pecado. A B íblia m o stra que,
piritual e a alegria ( w . 7 - 13) ” (B íblia p o r is s o , a e s p a d a n ã o s a ir ia da su a
de Estudo P e n te co stal E dição G lobal. c a sa (2 Sm 12.10 -12). Os c a p ítu lo s 11 e
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p .856). 12 de 2 S am u e l re v e la m 0 c o n flito e o
s e n so de c u lp a q ue m a rc a v a m a v id a
de u m h o m e m q u e, p or c e rto te m p o ,
II - O PERIGO DO PECADO NÃO o c u lto u o se u p e c a d o , t r a z e n d o - l h e
CONFESSADO e n fe r m id a d e s m o ra is e a fliç ã o q u e o
1. le v a v a m a g e m id o s . O S a lm o 32 m o s ­
Os m ales dos pecados não co n fessa­
dos. Quando lem os e analisam os Provér­ t r a q u e, p o r se m a n te r e m s ilê n c io ,
bios 28.13, percebem os que a confissão de n ã o c o n fe s s a n d o o se u p e c a d o , D a vi
pecado não se trata apenas de um ensino e n fra q u e c e u cad a v e z m a is, p e rd e n d o
judaico, m as tam b ém cristão. A Epístola 0 v ig o r e s p ir itu a l (SI 3 2.2 -4 ). Já o S a l­
de João corrobora com a n ecessidade de m o 51 m o stra a co n fissã o de p ecado do

58 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 2024


rei, re co n h e cen d o to d o s os se u s erros
a fim de que eles fo s se m p erd oados e o
IV
sa lm is ta p u rificad o (Sl 51.2-6).
[...] O cu lta r o p e ca d o é
d e cid ir p o r t r ilh a r u m a
jo rn a d a de s o fr im e n to
e s p ir itu a l e e m o c io n a l.”
S I N O P S E II
A P a la v ra de D eu s m o s tr a a n e c e s ­
s id a d e d e s e c o n f e s s a r o p e c a d o ,
d e ix á -lo e a ssim a lc a n ç a r 0 perd ão.

con fissão de pecado vive um a vida m ais


le v e . N ão h á n a d a m a is r e s ta u r a d o r
q u e d e s f r u t a r d a s m is e r ic ó r d ia s do
III - CONFISSÃO DE PECADO: S e n h o r (P v 28.13). N ão h á n a d a m a is
UM CAMINHO DE CURA c o n so la d o r do q ue c o n fe s s a r o p e ca d o
E RESTAURAÇÃO e d e ix á -lo d efin itiv a m e n te , p ois a ssim
1. C o n f e s s a n d o o p e c a d o a D e u s . e n c o n tra re m o s d e s c a n so p a ra a a lm a .
S e g u n d o o e n sin o b íb lico , a c o n fis s ã o T o d o e sse p r o c e s s o de c o n fis s ã o e
de p e c a d o s d e v e p r im e ir a m e n t e se r a b a n d o n o de p e ca d o r e v e la a e fic á c ia
d ir ig id a a D e u s , p o r in t e r m é d io d e do m in isté rio da re co n cilia ção de Deus
seu F ilh o, p o is só Ele p o d e p e rd o a r os p o r m e io d e Jesu s C r is to (2 Co 5.18).
n o s s o s p e c a d o s (Sl 51.3 ,4 ; M t 9-2,6). Q u em fa z a s s im e n c o n tr a o c a m in h o
Ao lo n g o do seu m in is té r io , o S en h o r de cu ra e resta u raçã o , co n fo rm e lem os
Jesus d isse à m ulh er pecadora: “ Os teus n a s p a la v r a s do s a lm is ta : “ E n q u a n to
p e c a d o s te são p e rd o a d o s ” (Lc 7 -4 8 ). eu m e c a le i, e n v e lh e c e r a m o s m e u s
Na oração do P ai-N osso, 0 Senhor Jesus o s s o s p e lo m e u b r a m id o e m to d o 0
e n sin o u : “ [Pai] P e rd o a -n o s as n o ssa s d ia. [...] C o n fe s s e i-te 0 m eu p e ca d o e
d ív id a s , a s s im co m o n ó s p e rd o a m o s a m in h a m a ld a d e n ã o e n co b ri; d iz ia
a o s n o s s o s d e v e d o r e s ” (M t 6.12). Em eu: C o n fe s s a r e i ao S e n h o r a s m in h a s
1 João 1, le m o s q ue o s n o sso s p e c a d o s transgressões; e tu perdoaste a m aldade
d e v e m se r c o n fe s s a d o s a C r isto (1 Jo do m eu p e c a d o ” (Sl 51.3,5).
1 .7 -9 ). D e ss a fo r m a , p e rd o a r p e c a d o
é u m a p r e r r o g a t iv a d e D e u s P a i p o r
in te rm é d io do S en h o r Jesus, m ed ia n te
a su a ob ra n o C a lv á rio .
2. A lc a n ç a n d o c u r a e r e s ta u r a ç ã o . S IN O P S E III
O t e x t o á u r e o d a p r e s e n t e liç ã o n o s
A c o n f i s s ã o d e p e c a d o é o ú n ic o
le m b ra q ue o c u lta r o p e ca d o é d e c id ir
c a m in h o p a r a a c u r a e a r e s t a u ­
p or t r ilh a r u m a jo rn a d a de s o fr im e n ­
r a ç ã o d o c o r p o , a lm a e e s p ír it o .
to e s p ir itu a l e e m o c io n a l. M a s q u em
d e ix a de la d o o o r g u lh o e a so b e rb a
p a r a t r ilh a r o c a m in h o h u m ild e d a

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 59


A U X ÍL IO B ÍB L IC O -T E O L Ó G IC O d elib erad am en te em aberta rebelião
co n tra a re d e n çã o p ro vid a p a ra eles
“ O S en h o r re sta u ro u a D avi a e m Jesus C r is to ” (B íb lia d e E stu d o
a le gria da salvação , m as o b s e rv a -s e A p lic a ç ã o P e s s o a l. Rio de Jan eiro:
0 s e g u in te re sp e ito de su a v id a : (1) CPAD, 2022, 2003, p .8 56 ).
A s E scritu ra s e n s in a m c la ra m e n te
q ue ce ifa re m o s a q u ilo q u e s e m e a r ­
m os; se s e m e a rm o s n o E sp írito do
E sp ír ito c e ifa r e m o s a v id a e te rn a ; CONCLUSÃO
se s e m e a r m o s n a c a rn e , da ca rn e E m n o s s a c a m in h a d a c r is tã e s t a ­
c e ifa re m o s a c o rru p ç ã o (G l 6 .7 ,8 ). m o s su je ito s ao p e c a d o . E n c o b r i- lo e
D a v i, e m v ir t u d e do s e u p e c a d o , v iv e r um a v id a e sp iritu a l de a p arên cia
s o f r e u c o n s e q ü ê n c i a s a té o fim , n ão é u m a o p ção b íb lic a p a ra o c a m i­
n a p r ó p r ia v id a , n a su a fa m ília e n h o d a c u ra e d a re s ta u r a ç ã o . L o go ,
n o seu re in o (2 Sm 1 2 .1-1 4 ). (2) A s u m a jo r n a d a de p e rd ã o só é p o s s ív e l
t e r r ív e is c o n s e q ü ê n c ia s do p e ca d o co m a c o n fis s ã o do p e c a d o p r a tic a d o
de D avi, m e s m o d ep o is da su a s in ­ e a re so lu ç ã o de a b a n d o n á -lo de u m a
c e ra c o n fis s ã o e a r r e p e n d im e n to , v e z p o r to d a s . Q u em p r o c e d e a s s im
d e v e m s u s c ita r e m to d o s os filh o s d e s f r u t a r á d a s in f i n d á v e is m i s e r i ­
d e D eu s u m s a n to te m o r d e p e c a r c ó r d ia s d iv in a s .

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Q ual ideia o e n sin o g e ra l da B íblia tra z a resp eito da co n fissã o de pecado?


O e n sin o b íb lico g e ra l da c o n fissã o de p ecado tra z a id eia de r e c o n h e c ê -lo
e fa z e r a su a co n fiss ã o , p o is o perd ão d ep en d e d esse ato (Sl 32.5; 1 Jo 1.9).
2. O que a p e sso a re co n h e ce no ato de co n fiss ã o de pecado?
No ato da c o n fiss ã o de p e ca d o s, a p e sso a re co n h e ce de m a n e ira a u tô n o ­
m a os p ecad o s c o m etid o s e que, por isso , se e n co n tra in d ig n a de e sta r na
p resen ça de D eus.
3. O que p o d em o s com p re e n d e r em P rovérb ios 28.13?
Q uando le m o s e a n a lisa m o s P rovérb ios 28.13, p e rce b e m o s que a co n fissã o
de p ecado n ão se tra ta a p e n a s de u m e n sin o ju d a ico , m as tam b é m cristã o .
4. S egu n d o a lição , o que pod e a co n te ce r com q u em ig n o ra a re co m e n d a ­
ção b íb lica de c o n fe ssa r 0 pecado?
O cu ltar o pecado é d ecid ir por trilh a r u m a jo rn ad a de so frim e n to esp iritu a l
e em o cio n a l.
5. S egu n d o o e n sin o b íb lico, a c o n fiss ã o de p e ca d o s d eve se r d irig id a p r i­
m e ira m e n te a quem ?
S egu n d o 0 e n sin o b íb lico , a c o n fissã o de p ecad os d eve p rim e ira m e n te ser
d irigid a a D eus, p or in te rm é d io de seu F ilh o, p o is só Ele pod e p erd oa r os
n o sso s p ecado s.

60 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


2 de Junho de 2024

T EX TO ÁUREO
“ Vigiai e orai, para qu e não VERDADE P R A T ICA
en treis em tentação; na
N o lugar d e ced er à tentação,
verdade, 0 espírito está pronto,
é m elh o r triunfar sobre ela.
m as a carne é fra ca .”
(M t 2 6.41)

LEITURA DIARIA
S e g u n d a - G n 3 .1-5 Q u in ta - E f 6.11,17
A te n ta çã o que se o rig in a do D iabo V en cem os a te n ta çã o com a P a lav ra
e se u s a rd is de D eus
T e r ç a - T g 1.14,15 S e x ta - R m 12.2
A te n ta çã o que se o rig in a de d en tro N ão se co n fo rm a n d o com os ap elos
do se r h u m an o do m un d o
Q u a rta - l Co 10.13 S á b a d o - 2 T m 2.22
T oda te n ta çã o fa z p a rte da esfe ra A m elh o r e stra té g ia é fu g ir da
^ hum ana te n ta çã o

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 6 l


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

M a t e u s 4 .1 - 1 1

1 - Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito Aos seus anjos dará ordens a teu respeito,
ao deserto, para ser tentado pelo diabo. e tom ar-te-ão nas mãos, para que nunca
2 - E, ten d o je ju a d o qu arenta d ia s e tropeces em alguma pedra.
quarenta noites, depois teve fome; 7 - D isse-lhe Jesus: Também está escrito:
3 - E, chegando-se a ele 0 tentador, disse: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Se tu és 0 Filho de Deus, manda que estas 8 - N ovam ente, 0 transportou 0 diabo
pedras se tornem em pães. a um m onte m uito alto; e m o stro u -lhe
4 - Ele, porém, respondendo, disse: Está todos os reinos do mundo e a glória deles.
escrito: Nem só de pão viverá 0 hom em , 9 - E d isse-lh e: Tudo isto te darei se,
mas de toda a palavra que sai da boca prostrado, me adorares.
de Deus. 10 - Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Sata­
5 - Então 0 diabo 0 transportou à Cidade nás, porque está escrito: A o Senhor, teu
Santa, e colocou-o sobre 0 pináculo do templo, Deus, adorarás e s ó a ele servirás.
6 - e disse-lhe: Se tu és 0 Filho de Deus, 11 - Então, 0 diabo o deixou; e, eis que
lança-te daqui abaixo; porque está escrito: chegaram os anjos e 0 serviram.

Hinos Sugeridos: 46, 289, 298 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO tentação; III) Apontar a estratégia para


Nesta lição, verem os que 0 crente éo cren te re sistir à ten tação.
desafiado cotidianam ente a abandonar B ) M o tiv a ç ã o : C o m o v im o s n a
a fé e m C r is to . I s s o p o d e a c o n t e ­
liçã o , a te n ta çã o é u m p ro cesso que
ce r p or m eio da te n ta ç ã o . P or isso ,
ocorre na esfera da n atu reza hum ana.
v e r e m o s co m o o c o rr e a te n ta ç ã o e
N esse sentido, autoexam e é in d ispen ­
co m o n o sso S e n h o r lid o u co m e ssa
sá ve l para 0 cre n te lid ar com as su as
s it u a ç ã o . A p r e n d e r e m o s t a m b é m
lim it a ç õ e s e fr a q u e z a s . F o m e n te a
q ue a re sis tê n c ia à te n ta ção req u er o
d iscu ssã o sobre as áreas da n atu re za
firm e posicionam ento contra 0 pecado h um ana que precisam ser fortalecidas
e o c o m p r o m is s o c o m a p r á tic a da
p ara q ue o cre n te n ão se torn e p resa
P alavra de D eus. fá c il da te n ta ção .
C) Su gestão de M étodo: O prim eiro
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO tópico da lição d estaca que n osso S e­
A) Objetivos da Lição: I) Conceituar
n hor fo i ten tad o por S atan ás em três
biblicam ente 0 que é tentação e os seus áreas específicas. A intenção de Satanás
aspectos na esfera hum ana; II) M ostrar era d e s v iá -lo de seu propósito n este
com o n osso Senhor Jesus lidou com a m undo. Sem elhan tem en te, o apóstolo

62 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


João a p o n ta trê s á re a s da n a tu re z a 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
h u m an a em que oco rrem os d esejo s A) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
para pecar: a concupiscência da carne, a pena co n h ecer essa revista que traz
a concupiscência dos olhos e a soberba r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
da vida (1 Jo 2 .16 ,17 ). Convide os seus su b síd io s de apoio à L ições B íb lica s
alunos a conceituarem cada uma dessas A d u lto s . Na e d iç ã o 9 7 , p . 4 0 , v o c ê
áreas e a com preen der a im p ortân cia en con trará um subsídio especial para
de lidar com cada u m desses aspectos e sta lição.
no tocan te à ten tação . B) A u x ílio s E sp ecia is: Ao fin a l do
tó p ico , v ocê e n co n tra rá a u x ílio s que
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO d arã o su p o rte n a p rep a ra çã o de su a
A) A p licaçã o : Jesus n os co n cedeu
aula: 1) 0 texto “ T e n taçã o ” , lo ca liz a ­
o e xem p lo de fid elid ad e a D eus e nos do d epois do prim eiro tópico, apon ta
m ostrou que a aplicação das Escrituras o c o n c e ito de te n ta ç ã o n o c o n te x to
Sagradas em n osso cotidiano é fe rra ­ b íb lic o ; 2) O te x to “ A T e n ta ç ã o de
m en ta in d isp e n sá v e l para v e n c e r as J e su s” , ao fin a l do se g u n d o tó p ico ,
te n ta çõ e s. E n d osse aos a lu n o s que a a m p lia a re fle x ã o a re sp e ito da t e n ­
perseverança nessas virtudes resultará tação que n o sso S en hor su p orto u no
em um a vida espiritual próspera neste d e s e rto , b e m c o m o a e s t r a t é g ia do
m undo e, por co n se gu in te , a en trad a M e s tr e p a r a v e n c e r a s in v e s t id a s
na vid a ete rn a (2 Pe 1.10 -12 ). de S a ta n á s.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO I - A TE N T A Ç Ã O E SUA ESFERA


A te n ta çã o é a lg o que o cre n te e n - H U M AN A
frentará ao longo de sua jornada. Não por 1. C o n c e ito b íb lic o d e te n ta ç ã o . Na
acaso, 0 Senhor Jesus nos ensinou a orar B íb lia , t r ê s p a la v r a s a p a r e c e m p a ra
de m odo que D eus n ão d eix a sse c o n c e it u a r “ t e n t a ç ã o ” . A p r i-
q ue c a ís s e m o s e m te n ta ç ã o m e ir a é a p a la v r a h e b r a ic a
(M t 6.13 - N VT). Por isso , massáh, que sign ifica “ teste”,
n e sta lição, e stu d a re m o s o “ p r o v a ç ã o ” (Dt 4.34; 9.22;
conceito bíblico de tentação, [ B M H H p H B B f l ] Sl 95.8). A se g u n d a e a te r -
a m an eira com o n osso S e - c e ira sã o p a la v r a s g r e g a s
nhor a enfrentou no deserto resp ectivam en te: p eira sm ós,
e com o d ev e m o s r e s is ti-la . “ te s te ” , “ p ro v a ” , aparecen d o
V erem os que é im p e rio so s e - 25 v e z e s n o N ovo T e sta m e n to
g u ir a r e c o m e n d a ç ã o d e J e su s (At 20.19; 1 Co 10.13; T g 1.2,12); e 0
C risto a re sp eito de v ig ia r e o ra r p a ra verb o peirázõ, testar, su b m eter à prova
n ão ce d e rm o s à te n ta ç ã o ao lo n g o da (Jo 6.6; G l 6.1; A p 2.2,10 ), o c o rr e n d o
ca m in h a d a (M t 26.41). a p r o x im a d a m e n te 36 v e z e s n o N ovo

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 63


IV sa b ilid ad e h u m a n a (M t 5.28; Rm 8.6).
Ainda que 0 Inim igo possa nos persuadir
a cair em tentação, esta se dá no cam po
Ainda que o Inim igo
da e sfera h u m an a e terren a (1 Co 10.13).
p ossa nos persuadir a
cair em tentação, esta se
dá no cam po da esfera
hum ana e terren a.” SINOPSE I
A te n ta ç ã o é u m fe n ô m e n o que
o co rre n a e sfe ra da n a tu re z a
hum ana.

T estam en to. A ssim , pod em os d ize r que


te n ta ç ã o é u m e x p e rim e n to , te s te ou
p rova d ian te de u m a atração para fa ze r
o m a l a fim de o b ter p r a z e r ou lu cro.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
2. D u as v ia s d a te n ta ç ã o . De acordo
T e n ta ç ã o
com a P alavra de Deus, a ten tação pode
“ Os te rm o s g r e g o s e h e b r a ic o s
v ir p r im e ira m e n te do D iabo (Gn 3) e,
t r a d u z id o s c o m o ‘ t e n t a r ’ e ‘ t e n ­
tam b ém , de d en tro do ser h u m an o (T g
t a ç ã o ’ ta m b é m a p a r e c e m n o m au
1.14,15). Ela tem origem no Diabo quando
s e n tid o d e ‘ in d u z ir ao p e c a d o ’ . O
o seu objetivo, sem elh an tem en te ao que
D iabo é a cu sa d o de se r 0 in stig a d o r
a co n teceu com Jesus, é de d e s v ia r-n o s
de ta is p ro v a s (M t 4.3; 1 T s 3.5, 6).
da ro ta de n o s s a m is s ã o e p r o p ó s ito
A té m esm o n a v id a d os cristã o s ele
de v id a e sta b e le cid o p or D eus. Já a que
exerce gran de pressão para 0 pecado
n asce de d en tro do ser h u m an o tem a
(1 Co 7.5; 1 T s 3.5; Ap 2.10). Sucum bir
v e r com os v íc io s da a lm a quando, no
a tais tentações pode dem on strar que
lu g a r de d a rm o s p r im a z ia ao fru to do
a p r o fissã o do cristã o n ão é sin ce ra
E spírito, e n tre g a m o -n o s à atraçã o , ao
(Lc 8.13).
en god o e ao d ele ite da co n cu p iscê n cia
A te n ta ç ã o p a ra p e ca r fr e q u e n ­
da carn e. A m b as as v ia s da ten ta ção se
te m e n te se o rig in a de p e n sa m e n to s
p ro cessa m na e sfe ra h u m an a .
m alignos e da concupiscência (Tg 1.14);
3. T en tação: u m fe n ô m en o h u m an o.
provocações às quais um forte desejo
Na Epístola de T iago e stá escrito: “ N in­
p or riq u e za s b e m pod e se ju n ta r (1
gu ém , sendo tentado, diga: De Deus sou
T m 6 .9 ). C o n tu d o , a te n ta çã o para
tentado; porque Deus não pode ser tentado
p ecar n u n ca v e m de D eus (T g 1.13).
pelo m al e a n in gu ém te n ta ” (T g 1.13). É
O cristão d eve orar por lib ertação de
verdade que h á a p rovação que v em da
todas essas tentações (Mt 6.13; lc 11.4).
p arte de Deus para aperfeiçoar 0 caráter
A tentação, no m au sentido, ta m ­
do cre n te (T g 1.2,4; M t 5.48; 1 Pe 1.7).
b é m po d e to m a r a fo rm a de te s ta r
C o n tu d o , u m te s te q u e in c ita ao m a l
0 o u tro na esp e ra n ça de e xp o r seu s
n ão v em de Deus, ou seja, as ações que
p o n to s fr a c o s , e u s á - lo s c o n tr a a
e v id e n cia m u m a v id a d o m in a d a p e la s
própria pessoa. Os in im igos de Cristo
p a ix õ es ca rn a is são de in teira re sp o n ­

6 4 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


freq u e n te m e n te te n ta ra m e m p regar que o n o sso S en hor foi ten tad o na área
e s s a tá tic a c o n tra Ele (c f. M t 16.1; fís ic a , com as n e c e ssid a d e s h u m an a s;
19.3; 22.35; Lc 2 0 .2 3 )” (D ic io n á rio em su a n a tu r e z a d iv in a , co m a id e ia
Bíblico W ycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, de o s te n ta r se u s d iv in o s a tr ib u to s ao
2006, p .1908). público; e na área espiritual, no sen tido
de id o la trar o u tro ser.
3. C o m o J e su s v e n c e u a t e n ta ç ã o ?
N o sso S e n h o r v e n c e u o D ia b o co m a
I I - O SENHOR JESUS
P a lavra de Deus. Em tod as as áreas da
E A TEN TAÇ ÃO
tentação, Ele respondeu: “ Está escrito ”.
1. A p r o v a ç ã o d o S e n h o r Jesu s. De
Na p rim e ira ten tação , Ele d isse: “ E stá
acordo com 0 Evangelho de M ateus, após
escrito: n em só de pão v ive rá o hom em ,
o b a tism o de Jesus, o E sp írito S an to o
m as de tod a a p a lav ra que sai da b oca
co n d u ziu ao d ese rto (cf. M c 1.12,13; Lc
de D eus” (Mt 4.4). Na segun da tentação,
4.1,2). Foram 40 d ias sendo ten tado por
Ele disse: Está escrito: “ Não ten tarás ao
Satanás, um a in ten sa b atalh a espiritual
Sen hor teu D eu s” (M t 4.7). Na terceira
con tra 0 A d versário , 0 “ p rín cip e deste
te n ta ç ã o , Ele d isse : “ V a i- te , S a ta n á s,
m undo” (Jo 16.11; cf. Ef 2.2). O objetivo de
porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus,
Satanás era fazer com que Jesus desviasse
adorarás e só a ele se rv irá s” (M t 4.10).
de seu propósito, sa tisfa ze n d o d esejo s
N essa b atalh a esp iritu al con tra o Diabo,
e n ecessid ad es, co n trarian d o a vontade
n osso Senhor sem pre apelou para a e x ­
de Deus (cf. Jo 4.34). Por isso, h ouve um
posição da Palavra de Deus. Isso significa
ataque in tenso do M align o contra nosso
que Ele v ia a Escrituras com o autoridade
Senhor, que resistiu sabiam ente por meio
su p rem a de fé e de p rática . A ss im , ao
da oração, do jejum e da Palavra. Embora
lado da oração e do jejum , con form e já
fisicam ente frágil, 0 Senhor Jesus estava
estu d a m o s, d ev em o s v en ce r o In im igo
e sp iritu a lm en te forte.
e seu s a rd is te n ta d o re s com a P a lav ra
2. A s á r e a s q u e J e su s fo i t e n ta d o .
de D eus (Ef 6.11,17). Im item o s 0 n o sso
P o d e m o s d iz e r q u e J e su s C r is t o fo i
d ivin o M estre!
te n ta d o em trê s áreas: a á rea fís ic a , a
n a tu re z a d iv in a e a área e sp iritu a l. Na
á rea fís ic a , 0 D iabo 0 te n to u p e d in d o
que transform asse pedras em pães, após
sentir fom e devido ao processo de jejum , SINOPSE II
p o is isso re v e la ria que Ele era o F ilh o
N o sso S e n h o r v e n c e u o D ia b o c o m
de D eus (M t 4.3). Na á rea da n a tu re z a
a P a la v r a d e D e u s.
d ivin a, o Diabo ten ta Jesus pedin do que
Ele se a tir a ss e do p in á cu lo do T em plo,
p o is os a n jo s o g u a rd a ria m (M t 4.5,6).
Na área e sp iritu a l, o Diabo te n ta n o sso
S enhor, d e s a fia n d o -o a e v ita r o c a m i­
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
n h o da cru z p a ra e sta b e le c e r u m rein o
pela sua força, o que seria prontam en te
A T e n ta ç ã o de Jesus
aceito pelos judeus; m as era n ecessário
“ Jesus, além de cita r a Escritura,
a pen as u m a coisa: Jesus d everia adorar
d irig iu -se ao Diabo d iretam ente. Em
o Diabo (M t 4.9). A ssim , pod em os d izer

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 65


IV a resp eito , v isto que v iv e m o s em u m a
cu ltu ra p ó s-m o d e rn a que, por m eio de
seus a rtistas, escritores, filósofos e, até
Em caso de ceder à m esm os “ teólogos”, intentam naturalizar
tentação, não tentem os o re la tiv is m o , p rocu ran d o n os m old ar
se justificar, culpar os c o n fo r m e se u s c o s tu m e s m u n d a n o s.
D ian te d isso , som os en corajad os p ela s
outros ou ignorar os
E scrituras a a ssu m ir a postu ra de Cristo
atos p ecam in osos.” e a n ão se co n fo rm a r com e ste m un d o
(Rm 12.2).
2. R ejeite a ten tação ! Há um a célebre
fr a se do refo rm a d o r M a rtin h o Lutero:
“Você não pode im pedir que os pássaros
voem sobre sua cabeça, m as pode im pedir
que eles se in stalem com seus n in h os!” .
geral, Ele evitava diálogo com poderes Em bora n ão seja u m v ersícu lo da Bíblia,
dem oníacos e os proibia de falar, m as a frase revela u m a verdade que e n con ­
aqui Ele ordenou que o Diabo saísse. tra m o s n a P a la v ra de D eu s. P o d em o s
A p rática de Jesus e stá em co n tra ste p e r c e b ê - la n a fu g a de José d ia n te da
total com a prática popular de arengas m ulh er de Potifar (Gn 39.12); na atitude
lo n g a s com o Diabo no co n te x to da de Jó em fu gir do m al (Jó 1.1). A ssim , não
o ração. O fa to de Jesus so fre r e sta s podem os im pedir que a tentação apare­
tentações é parte de sua identificação ça, m as, com a força do E spírito Santo,
ú ltim a co m a h u m a n id a d e . E le se podem os evitar que ela nos dom ine. Por
torn ou ser h u m an o . Ele fico u adu lto isso, precisam os segu ir o que 0 apóstolo
e en tro u n as á g u a s p u rificad o ra s de Paulo escreveu a Tim óteo: “ Fuja de tudo
n o sso b a tism o , e m b o ra n ão tiv e s se que e stim u le as p a ix õ es da ju v e n tu d e ”
p e ca d o . [ ...] E le s o fr e u te n ta ç õ e s ; (2 T m 2.22 - NVT). Portan to, ao lon go
s u p o rta r e n ão se e n tre g a r ca u sa m da n ossa jornada, a m elh or e stra tég ia é
a n g ú stia e dor. Ele não p recisava ter fu g ir da ten tação.
u m a ‘ n a tu r e z a p e c a d o r a ’ p a ra se r 3. A r r e p e n d a -s e ! No m eio da n ossa
te n ta d o e su p o rta r a d or da d e c la ­ cam in hada, é possível que 0 crente ceda
ração: ‘ N ã o ’ ” ( C o m e n tá rio B íb lic o a te n ta ç ã o e, por isso , ro m p a a c o m u ­
P e n te c o sta l N ovo T e sta m e n to - n h ã o co m D eu s. C o n tu d o , é p o s s ív e l
M a te u s -A to s . V ol. 1. Rio de Janeiro: r e s t a b e le c e r o r e la c io n a m e n t o co m
CPAD, 2 0 0 3 , PP- 31, 3 2 ). Ele por m eio da c o n fis s ã o de p e ca d o s,
a r r e p e n d im e n t o e q u e b r a n t a m e n t o
e s p ir itu a l. Há u m c a m in h o de c u ra e
re sta u ra ç ã o p a ra q u em age d essa m a ­
III - RESISTIN D O À TE N TAÇ ÃO n eira (Pv 28.13). Por essa razão, em caso
1. T o d o s so m o s te n ta d o s. Por m ais
de ced er à te n ta ção , n ão te n te m o s n os
que ob se rv e m o s as d iscip lin a s da o ra ­ ju s tific a r, c u lp a r os o u tro s ou ig n o ra r
ção, do jeju m e da leitu ra da Palavra, 0 os atos p ecam in osos. 0 cam in h o d ivin o
In im igo n ão d eixa rá de nos tentar. Por é 0 da co n fissão e arrepen dim en to para
esse m otivo, tem os de estar con scien tes d e s fru ta r o perd ão.

6 6 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR A B R IL • M A IO • JUNHO 2024


CONCLUSÃO
S e m elh an te ao Senhor, que foi te n ­
tado em tudo, m as n ão pecou (Hb 2.18;
SINOPSE III 4.15); podem os segu ir o cam in h o de não
S o m o s e n c o r a ja d o s a a s s u m ir serm os sed uzid os pela tentação. A ssim ,
a p o s t u r a d e C r is t o e a n ã o s e podem os desfrutar m ais de um a vida em
c o n fo r m a r c o m e s te m u n d o . santidade e comunhão com Deus. Por isso,
ao o fe re c e rm o s re sis tê n c ia à te n ta çã o
ao lo n go da jo rn a d a , lo g ra rem o s ê x ito
e receb erem os a coroa da vid a (T g 1.12).

A n o ta ç õ e s d o P r o fe s s o r

Clique aqui para fazer sua anotação

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acord o com a liçã o, com o p o d e m o s co n c e itu a r ten tação ?


T en taçã o é u m exp e rim e n to , te ste ou prova d ian te de u m a atração para fa ze r
o m al a fim de ob ter p ra z e r ou lu cro.
2. Q u ais são as d uas v ia s da ten tação ?
De acordo com a Palavra de Deus, a ten tação pode v ir prim eiram en te do Diabo
(Gn 3) e, tam b é m , de d en tro do ser h u m an o (T g 1.14,15).
3. Em q u ais á re a s 0 S en h o r Jesus fo i ten tad o?
P o d e m o s d iz e r q u e Jesus C risto fo i te n ta d o e m trê s á re as: a á rea fís ic a , a
n a tu re z a d ivin a e a área e sp iritu a l.
4. P ara o que o S en h or Jesus sem p re ap elou co n tra o Diabo?
N essa b a ta lh a e sp iritu a l co n tra 0 D iabo, n o sso S en h or se m p re ap elou para a
ex p o siçã o da P a lav ra de D eus.
5. Q ual é a m elh o r e stra té g ia d ian te da ten tação ?
A m elh o r e s tra té g ia é fu g ir da te n ta ção .

V O C A B U L Á R IO
E n god o: q u alq u er tip o de cilad a, m an o b ra ou ard il que v ise e n g an a r, lu ­
d ib riar o u tre m , in d u z in d o -o a erro.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 67


LIÇAO 10
9 de Junho de 2024
0 D ia do P a stor

VERD AD E P R A T ICA
TEX TO AUREO
Na jo rn a d a para 0 Céu,
<(Segui a p a z com todos e
dev em o s estar co n scien tes a
a santificação, sem a qual
respeito da n ecessid ad e d e
ninguém verá 0 Senhor.}>
ter um a vida santa para nos
(Hb 12.14)
en contrarm os com 0 Senhor.

LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - Jo 17.17 Q u in ta - 1 Co 6.11
A P a la v ra de D eus g e ra v erd a d e ira A sa n tific a ç ã o in ic ia l n a jo rn a d a
sa n tid a d e S e x ta - E f 4 .2 0 -2 4 ,2 7 -3 0
T e r ç a - R m 6.19 -22 A sa n tific a ç ã o p ro g re ssiv a na
Um ch am ad o para a sa n tifica ç ã o na jo rn a d a
jorn ad a S áb a d o - l T s 4.13-18
Q u a rta - R m 8.29; 1 Jo 3.2 A g lo rific a ç ã o fin a l após a jo rn a d a
0 p ro p ó sito de ser com o Jesus da v id a cris tã

68 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E

1 Pedro 1.13-21
13 - Porta nto, cin g in d o os lo m b o s do 18 - sabendo que não fo i com coisas cor­
vosso entendimento, sede sóbrios e esperai ruptíveis, como prata ou ouro, quefostes
inteiramente na graça que se vos ofereceu resgatados da vossa vã maneira de viver
na revelação de Jesus Cristo, que, por tradição, recebestes dos vossos
1 4 - co m o filh o s o b ed ien tes, não vos pais,
conform ando com as concu piscên cias 19 - mas com 0 precioso sangue de Cris­
que antes havia em vossa ignorância; to, com o de um cordeiro im acu la do e
15 - mas, com o é santo aquele que vos incontam inado,
cha m ou, sed e vós ta m bém sa ntos em 2 0 - 0 qual, na verdade, em outro tempo,
toda a vossa maneira de viver, foi conhecido, ainda antes da fundação do
16 - porquanto escrito está: Sede santos, mundo, mas manifestado, nestes últimos
porque eu sou santo. tempos, por amor de vós;
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem 21 - e por e le cred es em D eus, q u e 0
acepção de pessoas, julga segundo a obra ressuscitou dos mortos e lhe deu glória,
de cada um, andai em temor, durante 0 para que a vossa fé e esperança estives­
tem po da vossa peregrinação, sem em Deus.

Hinos Sugeridos: 39 ,175, 339 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO II) D escre ve r a a b ra n g ê n cia d os e s ­


A s a n tid a d e é u m a tr ib u to p e lo tág io s da san tificação; III) D istin g u ir
q u al o S en h or se fa z co n h ecid o . T er a sa n tid a d e e a ju stiç a de D eus com o
c o n s c iê n c ia d e q u e D e u s é s a n t o a trib u to s in e re n te s à su a n a tu re za .
im p lic a ao c r e n te t o r n a r - s e s a n to
ta m b é m p a ra q u e p o ssa m a n t e r - s e B) M otivação: A santificação é um
em com u n h ão com o Criador d uran te pro cesso co n tín u o na v id a do cren te.
a jo r n a d a p a ra 0 C é u . N e sta liç ã o , T e r u m a vid a sa n ta é v iv e r separado
v e r e m o s a p e r s p e c t iv a b íb lic a d e
das práticas p ecam in osas deste m u n ­
sa n tific a ç ã o , b e m co m o os e s tá g io sdo. A m en te do h o m e m n a tu ra l n ão
da s a n t if ic a ç ã o . V e r e m o s ta m b é m
en ten d e as co isa s do E spírito e ach a
que a s a n tid a d e é a co m p a n h a d a da e s t r a n h o os c r e n t e s n ã o s e g u ir e m
ju stiça , a trib u to s d ivin o s q ue n ão se o m e s m o c u rso n a tu ra l de p eca d os.
c o n tra d ize m . C o n verse co m a cla sse sobre a form a
com o 0 crente lida com as pessoas que
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO n ão p ro fe ssa m a fé em Jesus.
A) O bjetivos da Lição: I) Apresentar C) S u gestão de M étodo: O segundo
a p e rsp e ctiv a b íb lica da sa n tificaçã o ; tópico da lição elen ca os três estág io s

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR 69


que a sa n tific a ç ã o a b ran g e . E screva sobre as obras in fru tu o sa s das travas
n a lo u s a o s r e s p e c tiv o s tít u lo s em as q u ais n ão p o d em o s c o m p artilh a r.
tr ê s c o lu n a s : e s tá g io 1 - e s tá g io 2
- e stá g io 3. C om a co la b o ra çã o d os 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
a lu n o s , a b a ix o de cad a c o lu n a , e s ­ A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
cre v a as ca ra c te rís tic a s p e rtin e n te s a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
a ca d a e s t á g io da s a n t if ic a ç ã o . A o r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
fin a l, re fo rce que a sa n tific a ç ã o tem su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
com o o b je tivo q u e o c re n te te n h a o A d u lto s . Na e d iç ã o 9 7 , p . 41, v o c ê
se u c a r á te r tr a n s fo r m a d o a fim de en con trará um subsídio especial para
que se to rn e cada v e z m a is parecid o e sta lição.
com Jesus.
B) A u x ílio s E sp ecia is: A o fin a l do
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO tó p ico , v o cê e n co n tra rá a u x ílio s que
A) A p lic a ç ã o : D u ra n te a jo rn a ddarão
a su p o rte na p rep ara ção de sua
ru m o à etern id ad e o cren te n ão pode aula: 1) O te x to “ S a n to ” , lo ca liz a d o
p e rd e r a c o n s c iê n c ia da s a n tid a d e depois do prim eiro tópico, aprofun da
divina. É a partir da percepção de que a r e fle x ã o so b re a s a n tid a d e co m o
D eus é sa n to q ue o cre n te p ro sse g u e atributo divino; 2) O texto “ A A doção
e m sa n tid a d e e n u tr e u m a v id a de de A titu d e s C r istã s” , ao fin a l do s e ­
rejeição ao pecado. O fa to de d e s fru ­ gundo tópico, am plia a reflexão sobre
tarm os 0 am or de Deus não nos isenta a conduta cristã, in clu sive, quan to ao
da c o n s c iê n c ia de q u e 0 ju íz o v ir á e x e rcício da sa n tifica çã o .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO I - A PE R SPE C TIV A BÍB LIC A DA


A p a lav ra “ co n sciê n cia ” n os rem ete SAN TIFICAÇÃO
a id eia de p ercep ção a re sp eito de a lgo 1. San tificação no A n tigo T esta m en ­
q u e e s t á e m n o s s a v o lt a , é o to. Do hebraico qôdesh, santidade
estad o em que e sta m o s d e s ­ é u m su b sta n tiv o m a sc u lin o
p e rto s, acord ad o s e lú cid o s que sig n ifica “ sa cra lid a d e ” ,
n o te m p o p r e s e n te e, p o r P a la v r a -C h a v e “ posto à p arte” , que pode se
isso , sa b e m o s q ue e x i s t i­
m o s. D esse je ito , o c re n te
Santidade re fe rir a D eus, aos lu ga res,
co isa s, a lg o à p a rte, s e p a -
em Jesus, que in icio u a su a N V rado. Essa palavra deriva da
jornada de fé com Cristo, deve r a iz v e rb a l h e b ra ica qadash,
e sta r c o n scie n te a re sp eito de que tra z a ideia de “ co n sa gra r” ,
v iv e r u m a v id a san ta, sem a qual, a “ sa n tific a r” , “ p rep ara r” , “ d ed ica r” ,
Bíblia afirm a: “ n in gu ém verá o Senhor” “ ser consagrado” , “ ser santo”, “ ser san ­
(Hb 12.14). N esta lição, e stu d a re m o s a tificad o”, “ ser separado”. N esse sentido,
im p o r t â n c ia d a s a n tid a d e em n o s s a a palavra qôdesh aparece cerca 469 vezes
jo rn a d a p a ra o Céu. no A n tig o T e sta m e n to com o san tid ade

70 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


(Êx 15.11), co isa s a n ta (Nm 4.15), s a n ­ sociação com Ele. S om en te 0 Senhor
tu ário (Êx 36.4). O u trossim , 0 adjetivo é in trin s e c a m e n te sa n to (Ap 15-4 ).
qádôsh, m uito presen te no Pentateuco, D e u s P ai é s a n to (Jo 17 .1 1 ), a s s im
os prim eiros livros da Bíblia, tra z a ideia co m o o F ilh o (A t 3 -1 4 ), ao m e s m o
de u m d ia, u m a p e sso a ou u m a n ação te m p o q u e ‘ S a n t o ’ é a d e s ig n a ç ã o
in t e ir a m e n t e c o n s a g r a d a , s e p a ra d a , c a r a c t e r ís tic a do E s p ír ito de D eu s
sa n tificad a a D eus (Gn 2.3 Ê x 19.6). (Sl 51.11; M t 1.18). O n o m e de D eus
2. N o N o v o T e s t a m e n t o . O v e r b o é sa n to (Lc 1.4 9 ), a ssim com o o seu
greg o hagiadzô, quer d ize r “ sa n tific a r” , b raço (Sl 9 8 .1), ca m in h o s (Sl 7 7 -13)
tra z a ideia de “ tornar santo”, “ purificar e p a lav ra s (Sl 10 5.42).
ou c o n sa g ra r” , “ v e n e ra r” , “ ser sa n to ” . Com re ferên cia ao próprio Deus,
Esse term o abrange 0 sentido de o crente a santidade pode in dicar algo com o a
to rn a r-s e puro, de m odo a e star p u rifi­ sua sin gu larid ad e e e stá associada a
cado e sa n tificad o por obra g ra cio sa do atributos com o a glória (Is 6.3), justiça
E spírito Santo (1 Co 6.11). N esse sentido, (Is 5.16) e zelo, ou seja, a preocupação
no Novo Testamento, a santidade operada co m a sua repu tação (Js 24.19).
na vid a do cren te é u m a obra a u tên tica A m o ra d a de D eu s é n o Céu (Sl
do alto (Ef 5-26; l T s 5.23). 2 0 .6 ), e ‘ s a n to ’ fu n cio n a em a lg u n s
3. A sa n tid a d e e x ig id a p e la P a lav ra . c o n te x to s co m o e q u iv a le n te v irtu a l
Em n o ssa jo rn a d a c ris tã ru m o ao Céu, de ce le stia l (11.4). O tron o de D eus é
a P a la v r a d e D e u s e x i g e s a n t id a d e santo (47.8), e os anjos que o cercam
em to d a s a s á re a s de n o ssa v id a . Isso são ‘ sa n to s ’ (89.5; cf. M c 8.38). Um
p orq u e a p a la v ra d a v erd a d e n os s a n - corolário da santid ade de Deus é que
tific a (Jo 17.17). D e sse m odo, o c re n te Ele d eve ser tra tad o com o sa n to (Lv
em Jesus n ã o p o d e te r c o m p ro m is s o 2 2 .3 2 ), ou se ja , h o n ra d o (L v 10 .3),
co m o c o m p o r ta m e n to p e c a m in o s o , adorado (Sl 9 6.9 ) e tem id o (Is 8 .13)”
v is t o q u e e m su a lid a d iá ria , e le te m ( D ic io n á r io B íb lic o B a k e r . R io de
u m co m p ro m isso de b u sc a r u m e s tilo Janeiro: CPAD, 2023, p. 4 5 2 ).
de v id a sa n to , p o is sa b e q u e se m ele
n ão p o d e m o s v e r 0 S e n h o r (Hb 12.14).

II - A SA N TIFICAÇÃO E SEUS
E STÁGIO S
SINOPSEI 1. A realidade da santificação. A partir
A P a la v r a d e D e u s a p o n t a o e s ­ do que estudamos sobre os termos bíblicos
t i lo d e v id a s a n t o s e m o q u a l a respeito da santificação, podem os a fir­
n ã o p o d e m o s a g ra d a r a D eu s. m ar que se trata de um ato, um estado e
um processo pelo qual 0 pecador se torna
santo (Rm 6.19-22; 1 T s 4 -1- 7). Em p r i­
m eiro lu gar, a sa n tifica çã o é u m ato de
se p a ra ção do m un d o. Em segu n d o , ela
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO é u m p ro cesso cujo p ro p ó sito é le v a r o
cristão a se torn ar sem elh an te ao nosso
S an to
Senhor Jesus C risto (Rm 8.29). A ssim , a
“ Santidade é um atributo de Deus
sa n tificaçã o b u sca ap e rfe iço a r o cren te
e de tu do o que é adequado para a s ­
de m odo que a im age m de C risto se r e -

AB R IL ■M A IO • JUNHO 2024 LIÇÕES B ÍB LIC AS - PROFESSOR 71


I V c a rá te r d iv in o (M t 5.8). N esse a sp ecto,
todo cre n te rege n e ra d o é ch am ad o por
Nesse aspecto, todo Deus para ouvir, guardar e praticar seus
m a n d a m e n to s, de m odo que seja a sua
crente regenerado é
sa n ta h ab itaçã o de D eus (Jo 14.23).
cham ado por Deus para
ouvir, guardar e praticar
seus m andam entos,
S I N O P S E II
de m odo que seja a sua
A s a n t if ic a ç ã o t r a t a - s e d e u m ato ,
santa h abitação.” u m e sta d o e u m p r o c e s s o p e lo q u al
o p e c a d o r se t o r n a sa n to .

flita plenam ente em sua vida (2 Co 7.1; Ef


4.12,13; 5.26). N esse caso, a san tificação
bíb lica é u m p rocesso que abran ge pelo
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO
m enos três estágios: Santificação in icial
A A d o çã o de A titu d e s C ristã s
(posicionai), S an tificação P ro gressiv a e
“ A o b ed iên cia te m d uas d im e n ­
G lo rificação .
sões: a positiva e a negativa. Os filhos
2. T r ê s e s tá g io s d a s a n tific a ç ã o . Em
de Deus não devem se conform ar com
p rim eiro lugar, a san tificaçã o do cren te
os d esejo s p eca m in o so s que tin h a m
in icia com o Novo N ascim ento, pois por
no passado; antes, devem ‘ser sa n tos’
in term éd io do E spírito Santo, o cren te
em tudo que fiz e re m ( l Pe 1.15). Isso
é d eclarad o ju sto d ian te de Deus, c o m ­
porque aquele que os cham ou é santo.
p leta m en te regen erado, d eclarad o sem
Isto é, D eus é 0 m odelo de co n d u ta
pecado; trata-se da santificação inicial ou
e co m p o rta m e n to p a ra se u s filh o s.
p osicionai (1 Co 6.11). Em segundo lugar,
Obviam ente, os filhos de Deus devem
há o estágio progressivo da san tificação
re fle tir a ca ra cte rística de san tid ad e
neste mundo, em que o crente se despoja
da fa m ília — u m a ca racte rística n i­
do “ velho hom em ” e v ai se revestindo do
tid a m en te d ife re n te d aq u ela de seu
“ n ovo h o m e m ” até a lcan ça r a p e rfeita
a n tig o e stilo de v id a (1.14; 2.1; 4.3).
im a g e m de C risto (G1 5.16-18; E f 4 .2 0 -
N a t e r m in o lo g ia c o n t e m p o r â n e a ,
24,27-30). Esse e stá g io le v a ao últim o:
e s s e r e la c io n a m e n to e n tr e o P ai e
0 da glorificação. Esse é 0 m om en to em
a c o n d u ta d o s filh o s é ch a m a d o de
que 0 crente será com o Jesus é (Rm 8.29;
‘ m odelo de c o n d u ta ’ . Essa obrigação
1J0 3.2) e receb erá u m corpo ressu rreto
de sa n tific a ç ã o in c lu i ob ed iên cia às
tal qual 0 do n osso Senhor, por ocasião
E sc ritu ra s, p o is e stá e scrito : ‘ Sede
da sua a p arição ap ó s a re ssu re içã o (Jo
sa n to s, porqu e eu sou s a n to ’ (1.16).
20.24-29; cf. 1 T s 4.13-18).
[...] P ortan to , co m o sa lva ção é u m a
3. O a lv o d a s a n t ific a ç ã o . S e gu n d o
questão de graça e aquele que convoca
o e stu d o d os trê s e s tá g io s da s a n t ifi­
à salvação é santo, to rn a -se im p era ­
cação, p e rce b e m o s que 0 p ro p ó sito da
tivo que os leitores de Pedro tam bém
s a n tific a ç ã o é to rn a r o cre n te p e r fe i­
sejam santos. Entretanto, a fim de que
ta m e n te co e re n te co m a p le n itu d e do

72 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


possam obedecer a essa ordem, devem
adotar a titu d es e con d utas que e s te ­
IV
jam de acordo com seu santo m odelo. [...] C om preendera
U m a a titu d e n e g a tiv a se ria in s is tir
em p e rm a n e ce r em su a a n tig a c o n ­
santidade e a justiça de
d uta de d esejo s p eca m in o so s (1.14); Deus com o atributos
e a p o sitiv a seria te r u m a a titu d e de é im portante para
a u to co n tro le (1.13). D evem a ssu m ir
a id e n tid a d e de se re m sa n to s (1.15,
reconhecerm os que Ele
16 ). À m e d id a q u e o p o v o de D eu s é santo, reto, justo e
a te n d e r a e ssa o rd e m de s a n tific a r verdadeiro. E que, por
su a vid a , a d o tará n o vas a titu d e s em
isso, jam ais deixará o
relação ao pecado (2 .1 -3 ), ao E stado
( 2 .1 3 -1 7 ), à e sc ra v id ã o (2 .1 8 -2 5 ) e ser hum ano im pune
ao ca sa m e n to ( 3 .1 - 7 ) ” (C o m e n tá rio diante de sua rebelião
Bíblico P entecostal Novo Testam ento.
V ol. 2. R o m a n o s-A p o c a lip se . Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, pp. 8 9 7 -9 8 ).

III - O JULGAM ENTO DO DEUS


SANTO C risto n e s te m u n d o , c o m p ra d o s p e lo
1. O D e u s S a n t o . A B íb lia r e v e l a seu p recio so sa n g u e , so m o s e x o rta d o s
D eu s co m o o S a n to de I s ra e l (Is 1.4), e c o n v o c a d o s a a n d a r e m s a n tid a d e
c o m u m n o m e S a n t o (Is 5 7 -15); o s (H b 1 2 .1 4 ). E m p e n h e m o - n o s a n o s
s e r a fin s d e c la ra m a su a sa n tid a d e (Is c o n s a g r a r m o s a D eu s e m v e r d a d e ir a
6.3) e, e m s a n tid a d e , n in g u é m p o d e sa n tid a d e (Rm 12.1)!
se ig u a la r a D e u s (1 S m 2 .2 ). D e s s e 3. S a n tid a d e e ju s t iç a d e D eu s. B i-
m o d o , a B íb lia a fir m a e n fa t ic a m e n t e b lica m e n te , a sa n tid a d e e a ju stiça são
que D eus é Santo. A ssim , Ele é o n osso a tr ib u to s d iv in o s q u e se r e la c io n a m .
p a râ m e tro p a ra u m a v id a de s a n tid a ­ Com o v im o s, e ssa v irtu d e ap on ta para
d e, c o n fo r m e r e g is tr a o te x to b íb lico : a e s s ê n c ia de D eu s, q ue é to ta lm e n te
“ S a n to s s e r e is , p o rq u e eu, o S e n h o r, puro, com o b em a firm a João: “ Ele é lu z
v o s s o D eu s, so u s a n t o ” (Lv 19.2; cf. 1 e nE le n ão h á tre v a a lg u m a ” (1 Jo 1.5).
Pe 1.16). P o r ta n to , à lu z d a sa n tid a d e T u d o em D eu s é sa n to , p u ro e v e r d a ­
de Deus, som os ch am ad os a ser sa n to s d eiro. A ju stiç a dEle a p o n ta p a ra a sua
em n o s s a jo rn a d a . retidão, para a h arm o n ia de sua ju stiça
2. Santidade e x ig id a a tod os os cre n ­ co m a L ei. D esse m odo , co m p re e n d e r
te s. A Igreja de C risto n e ste m un d o é o a s a n tid a d e e a ju s tiç a de D eu s co m o
sa n tu á rio d ed icado ao S en hor (Ef 2.21). a trib u to s é im p o rta n te p a ra r e c o n h e ­
Por m eio do n o sso a m a d o S alvad or, o c e r m o s q u e Ele é sa n to , re to , ju s to e
Senhor Jesus Cristo, a Igreja foi sa n tifi­ v e r d a d e ir o . E q u e , p o r is s o , ja m a is
cada para apresentar-se gloriosa, santa e d e ix a rá 0 se r h u m a n o im p u n e d ia n te
sem defeito d ian te de Deus (Ef 5.26,27). de su a re b e liã o co n tra a su a sa n tid a d e
Por isso , co m o m em b ro s do C o rpo de e ju s tiç a (Gn 6.12,13).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 73


t o m á - la c o m o o p a d r ã o p e r f e it o de
SINOPSE III v id a . D e v e m o s se m p re p r o g r e d ir em
N enhum ser h um ano f ic a r á s a n tid a d e d e s d e o m o m e n to e m q u e
im p u n e d ia n t e d a s a n t id a d e e in ic ia m o s a v id a com C risto até o fin a l
j u s t iç a d e D e u s . de n o ssa jo rn a d a (1J0 2.3). E stam o s no
tem p o de ser co n sc ie n te s de que D eus
am a a todos e não deseja que ninguém se
perca. Todavia, os que rejeitam um a vida
CONCLUSÃO san ta e se e n tre gam ao pecado sofrerão
Na jo r n a d a p a ra o C éu , o c r is tã o a con d en a ção e te rn a , p o is sa n tid a d e e
p r e c is a d e s e n v o lv e r u m a c o n s c iê n c ia ju s tiç a são a trib u to s de D eu s q ue n ão
da s a n tid a d e de D eus p a ra q ue p o s sa se c o n tra d iz e m .

A n o ta ç õ e s do P r o fe s s o r

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a P a la v ra de D eus gera?


A P alavra de D eus sa n tific a o cre n te .
2. S egu n d o a liçã o , 0 que q u erem o s d iz e r co m sa n tificaçã o ?
A p artir do que e stu d am o s sobre os term o s b íb lico s a resp eito da san tificação,
pod em os a firm a r q ue se tra ta de u m ato, u m estad o e u m pro cesso pelo q u al
o p eca d or se to rn a sa n to (Rm 6 .19 -2 2 ; 1 T s 4 .1 - 7 ) .
3. M en cio n e os trê s e stá g io s da sa n tific a ç ã o .
A sa n tifica ç ã o b íb lica é u m p ro cesso q ue a b ran g e pelo m en o s trê s está g io s:
S an tificaçã o in ic ia l (p o sicio n a i), S an tificaçã o P ro g re ssiv a e G lo rificação.
4. Com o a B íb lia re v ela Deus?
A B íb lia re v ela D eus co m o o S an to de Isra el (Is 1.4 ), com u m n o m e S an to (Is
57.15); os sera fin s declaram a sua santid ade (Is 6.3) e, em santidade, n in gu ém
pode se ig u a la r a D eus (1 Sm 2.2).
5. P ara o que a B íb lia ap o n ta a sa n tid a d e de Deus?
A p o n ta p a ra a e ssê n c ia de D eu s, q ue é to ta lm e n te pu ro, co m o b e m a firm a
João: “ Ele é lu z e nE le n ão h á tre v a a lg u m a ” (1 Jo 1.5).

VOCABULÁRIO
Lida: ato ou e fe ito de lidar; lab uta.

74 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


LIÇÃO 11
16 de Junho de 2024

àL
A REALIDADE BÍBLICA
DO INFERNO
\
TEX TO ÁUREO
“Então, dirá também aos que VERDADE PR Á T IC A
estiverem à sua esquerda: O Inferno é um lugar real de
Apartai-vos de mim, malditos, dor, agonia e desespero. Sua
para o fog o eterno, preparado realidade é um alerta para nós
para 0 diabo e seus anjos.” ao longo de nossa jornada.
(Mt 25.41)
\ __________

LEITURA DIARIA

S e g u n d a - 2 T m 3.5; c f. M t 7.15 Q u in ta - 2 Pe 2 .4
A e n g a n o sa a p arên cia de pied ad e In fern o com o lu g a r de p risão dos
d os fa lso s e n sin a d o re s a n jo s ca íd os
T e r ç a - 2 T m 3.8; c f. Ê x 7.11 S e x ta - M t 23.33; 2 5.4 1,4 6
Um c o n te x to de re sis tê n cia à In fern o com o c a stig o e tern o , fog o
v erd a d e e tern o
Q u a rta - Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10 S áb a d o - M t 25.46; Jo 5 26
In fe rn o com o se p u ltu ra , lu g a r dos P a ssa r a e te rn id a d e tem a v e r com
m o rto s u m a esco lh a

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 75


L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S SE

M ateus 25.41-46
4 1 - Então, dirá também aos que estive­ 4 4 - Então, eles também lhe responderão,
rem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, dizendo: Senhor, quando te vimos com
malditos, para o fo go eterno, preparado fom e, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu,
para o diabo e seus anjos; ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
42 - porque tive fom e, e não me destes de 45 - Então, lhes responderá, dizendo:
comer; tive sede, e não me destes de beber; Em verdade vos digo que, quando a um
43 - sendo estrangeiro, não m e reco - destes pequeninos o não fizestes, não o
Ihestes; estan do nu, não m e vestistes; fizestes a mim.
e estando enferm o e na prisão, não me 46 - E irão estes para 0 tormento eterno,
visitastes. mas os justos, para a vida eterna.

Hinos Sugeridos: 4 8 ,12 7 ,18 2 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO


Na liçã o d e s te d o m in g o e s tu d a ­ A) O b jetiv o s da L ição: I) M o stra r
rem o s a re sp eito do In fern o. M u ito s 0 p e n s a m e n t o h u m a n o a r e s p e it o
e v ita m fa la r sob re e ste tem a , e n tr e ­ do In fern o; II) Saber com o a p a lav ra
tan to , n ão fa la r a re sp eito d esse a s ­ In fe rn o a p arece n a Bíblia; III) C o m ­
sunto não evita que algu ns cam inhem preender a doutrina bíblica do Inferno.
e m su a d ir e ç ã o . U m d ia to d o s v ã o B) M o tiv a çã o : C o n v erse com os
e xp e rim e n tar a m o rte, in d ep en d en te a lu n o s e x p lic a n d o q u e a tu a lm e n te
da c la s s e s o c ia l a q u e p e r t e n ç a m , m u ito s n ã o a c r e d ita m n o In fe rn o .
re lig iã o ou tít u lo s , e sa b e m o s q u e, Para e ste s, o In fe rn o é u m a cria ção
d e p o is d a m o rte , s e g u e - s e 0 ju íz o : h u m an a para colo car m ed o n as p e s ­
Céu ou In fe rn o . O In fe rn o é re a l e soas e m an tê -la s presa a um a religião,
ele n ão fo i prep arad o para 0 ser h u ­ rito s, d o g m a s etc. P rocu re m o strar,
m an o , p o r e ssa ra zã o n o s se n tim o s b ib lic a m e n te, a realid ad e do In fern o
in com odados de fa lar a resp eito dele. p o r m e io d o s e n s in o s d e J e su s. O
C ontu d o, a su a realid ad e é u m alerta M estre v e io sa lva r a h u m an id a d e de
para n ós ao lo n g o de n o ssa carreira. se u s pecad os, co n tu d o, Ele m o stro u
E m bora e sse seja u m a ssu n to d ifícil q u e 0 In fe rn o é re a l. T a l re a lid a d e
de tra ta r na a tu a lid a d e , 0 In fe rn o é d eve v a lo r iza r a tão gra n d e sa lva ção
um d os p rin cip a is a ssu n to s do N ovo q u e D eu s p r o v id e n c io u p a ra n ó s e,
T e sta m e n to . V erem o s q ue Jesus e n ­ por isso , d evem o s e sta r firm a d o s em
sin o u de fo rm a e n fá tic a a re a lid ad e Jesus d u ran te a n o ssa jo rn a d a de fé,
do In fern o n o s E va n gelh o s. pois sem Cristo, 0 ser hum ano passará

76 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


a e te rn id a d e em u m lu g a r de d or e salvação. M ostre que sem Jesus Cristo
so frim e n to . e s ta r ía m o s d e s tin a d o s ao In fe rn o ,
C) Su gestão de M étodo: Sugerim os m as E le, m ed ia n te a su a gra ça , n os
qu e v o cê e s c re v a n o q u ad ro as p a ­ resga to u . Em segu id a con clu a len do
la v ra s “ I n fe rn o ” e “ C é u ” . P e rg u n te o T e x to Á u reo da Lição.
aos se u s a lu n o s o q ue v e m à m e n te
d ele s q u an d o o u v e m a p a la v ra “ I n ­ 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
fe r n o ” . À m ed id a que fo rem fa lan d o A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
v á a n o ta n d o no q u ad ro . Em se gu id a a pena co n h ecer essa revista que traz
fa ça o m e s m o co m a p a la v ra “ C é u ” . r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
C o n c lu a r e s s a lt a n d o q u e o e n s in o su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
b íb lic o a r e s p e it o do I n fe r n o e do A d u lt o s . Na e d iç ã o 9 7 , P -4 1 , v o c ê
Céu é sim p le s: os q ue r e je ita r a m a en con trará um subsídio especial para
C r is to r e c e b e r ã o o c a s t ig o e te r n o , e sta lição.
no In fe rn o (M t 2 5 .4 6 ); o s q u e e s ­ B) A u x ílio s E sp ecia is: A o fin a l do
co lh e ra m a C risto re c e b e rã o a v id a tó p ico , v ocê e n co n tra rá a u x ílio s que
e te rn a , n o Céu (Jo 5 .2 6 ). P o rta n to , darão su p o rte na p rep ara ção de sua
a e sco lh a de ir para 0 Céu ou para 0 aula: 1) A o rien taçã o b íb lica, “ In fe r­
In fe rn o é p e sso a l. n o ” , lo c a liz a d a n o p rim e iro tó p ico ,
d estaca 0 que é 0 In fern o segu n d o os
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO e n sin o s b íb lico s; 2) O te x to ao fin a l
A) Aplicação: A lição de hoje é uma do segu n do tópico, tra z um a reflexão
oportunidade ím par para que os alunos a resp eito dos en sin o s de Jesus Cristo
re flita m a re sp eito do v a lo r da n o ssa sob re o In fern o.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO b íb lica s ig n ific a n e g a r tod o 0 c r is tia ­


O Inferno é um dos assu ntos p rin ci­ n ism o b íb lico .
pais do Novo Testam ento. O Senhor Jesus
ensinou m ais a respeito do Inferno que
o Céu n as p á g in a s d os E v a n g e ­
I - O PEN SAM EN TO H U ­
lh o s . E le ta m b é m e n s in o u M A N O A RESPEITO DO
m ais sobre o In fern o do que INFERNO
o a p ó sto lo Paulo. Por isso , 1. F iló s o fo s e
n e sta liçã o, e stu d a re m o s a de m e n te c a u te r iz a d a s . Os
doutrina bíblica do Inferno. que vivem na incredulidade,
S it u a r e m o s a r e s is t ê n c i a d o m in a d o s p e lo s p o d e re s
a tu a l de m u ito s em relação à das tre v a s n este m undo, n e ­
d outrin a, v erem o s as principais g a m p ro n ta m e n te a rea lid ad e
p a la v ra s que tra d u z e m “ In fe rn o ” e do In fern o. F iló so fo s h u m a n is ta s
m o stra re m o s que n e g a r essa d o u trin a d ize m que a a firm açã o b íb lica da e x is ­

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 77


tên cia do Inferno não é com patível com quanto aos fa lsos en sin os e ensinadores
os v a lo r e s é tic o s m o d e rn o s. T e ó lo g o s d os ú ltim o s d ias.
m o d e rn o s e p ó s - m o d e r n o s n e g a m a
in spiração plen ária da B íblia e, por isso,
agem para enfraquecer a doutrina bíblica
sob re o In fe rn o , d ize n d o q ue se tra ta SINOPSE I
de u m p e n sa m e n to p a gão que d eve ser N a a t u a lid a d e m u it o s p e n s a m
erradicado da Bíblia. O utros ch egam até qu e a e x is tê n c ia do In fe rn o
a a d m itir que c e rta s p e sso a s irã o para n ã o é c o m p a t ív e l c o m o s v a l o ­
o In fe rn o , m a s p o r te m p o p ro v isó rio . r e s é t ic o s m o d e r n o s .
P o r é m , d u r a n te e s s e p e r ío d o , s e rã o
p u rific a d a s e re ce b e rã o u m a se g u n d a
ch a n ce p a ra e n tra r no Céu.
2 . 0 e n sin o do U n iv e rsa lism o . Outro
a rgu m en to m uito freqüen te atu alm en te A U X ÍL IO B IB L IO L Ó G IC O
é o fa ls o e n s in o de q u e, n o fin a l d a s
c o n ta s , to d a s a s p e s s o a s irã o p a ra o In fe rn o
Céu. Por exem plo, não haveria diferença “ L u g a r o n d e D eu s d e s ig n a os
no d estin o de u m a ssa ssin o frio e cru el perd id os para 0 ca stig o etern o tan to
p a ra u m c r e n te q u e b u s c o u te r u m a do corpo qu an to da a lm a (M t 10.28).
v id a sa n ta , fu g in d o do p ecado. A id eia E ssa a g o n ia de to rm e n to e te rn o no
c e n t r a l do U n iv e r s a lis m o é a de q ue In fe rn o é a m a io r de to d a s as t r a ­
todos som os filh o s de Deus e, com o Ele géd ias p o ssíveis. Esse tópico da vid a
é u m Ser de am or, n ão po d e co n d en a r a p ó s a m o r te fo i r e v e la d o a p e n a s
o se r h u m a n o a u m a p u n ição e te rn a. gradualm ente nas Escrituras. ‘G eena’
3. 0 a le r t a a p o s tó lic o . E sses fa ls o s o rig in a lm e n te se re fe ria ao v a le de
e n s in o s re v e la m a fra u d e q ue m u ito s H in o m p e rto de J e ru sa lé m , o lo ca l
in te le c t u a is c r is tã o s c o m e te m a r e s ­ das n otórias ofertas, fe ita s por A caz,
p e ito do c r is t ia n is m o b íb lic o . O q u e de sacrifício de crian ças pelo fogo ao
eles fa z e m é tra n s fo rm a r a v erd a d e de deus M oloque (2 Cr 28.3) e M an assés
Deus em m en tira , n e gar in te gra lm e n te (2 Cr 33-6). M ais tarde, o sign ificad o
d esse te rm o fo i e ste n d id o ao lu g a r
o e n s in a m e n t o b íb lic o a r e s p e it o da
do c a s tig o de fo g o em g e ra l. A in d a
re a lid a d e b íb lic a do In fe rn o co m o se
m ais tarde, a lo c a liza ç ã o g e o g rá fica
e n co n tra c la ra m e n te e x p o sto no N ovo
d esse lu g a r de p u n içã o fo i m ud ad a
T e sta m e n to . Não por acaso, o a p óstolo
pa ra d e b a ix o da te rra , m a s a id eia
Paulo escre v e u a resp eito d esses fa lso s
de to rm e n to de fo g o con tin u o u . Nos
en sin a d o re s: e le s te ria m a p a rê n c ia de
te m p o s do N T , o s fa r is e u s c r ia m
p ie d a d e , m a s n e g a r ia m su a e fic á c ia
c la ra m e n te n a p u n iç ã o d os ím p io s
(2 T m 3.5; c f. M t 7.15); r e s is t ir ia m à
na v id a ap ós a m o rte.
verd ad e (2 T m 3.8; cf. Ê x 7.11); a p o sta -
É p rin cip a lm e n te n os en sin o s de
tariam da fé e dariam ouvido a doutrina
Jesus que a realidade de u m lu ga r de
de d em ô n io s, te n d o su as c o n sc iê n c ia s
pu n ição etern a en tra em nítid o foco.
c a u te r iz a d a s (1 T m 4.1). A tu a lm e n te ,
Na descrição de Jesus, o In fern o e n ­
e s ta m o s te s te m u n h a n d o de m a n e ira
volve fogo, in extin gu ível (M t 18.8,9),
v iv id a to d o s o s a le r t a s a p o s t ó lic o s

78 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24


u m lu g a r on d e o v e r m e n ão m o rre A p a la v ra tártaro tr a z a id eia de u m
(Mc 4.4 8 )” (D icionário B íblico Baker. abism o m ais p rofu nd o que a sepu ltu ra,
Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255). a h ab itaçã o d os ím p io s m o rto s em que
e le s s o fre m p u n iç ã o p e la s su a s ob ras
m ás. Os anjos caídos estão presos neste
lu g a r (2 Pe 2.4).
A palavra geena, que aparece 12 vezes
II - COM O A PA LAVR A INFERNO
no Novo T estam en to , sig n ifica “ ca stigo
A PARECE N A BÍB LIA
e te rn o ” . É u m a p a la v ra que d e riv a de
1. No A n tig o T e sta m e n to . A p rim ei­
te rm o s h e b raico s a trelad o s ao V ale de
ra p a la v ra a se r d e s ta c a d a n o A n tig o
Hinom , ao lado sul e leste de Jerusalém .
T e s ta m e n to é Sheol, “ m u n d o in fe rio r
N esse lu gar, os adorad ores de M oloque
d os m o r to s ” , “ s e p u ltu r a ” , “ in fe r n o ” ,
sa crifica v a m b ebês pelo fogo (2 Rs 16.3;
“ c o v a ” . E la t r a z a id e ia do A T p a ra
21.6). Não por acaso, 0 profeta Jerem ias
“ m o rad a d o s m o rto s ” , “ lu g a r que n ão
se re fe riu ao V ale de H in o m co m o de
te m r e t o r n o ” . E s s a p a la v r a a p a r e c e
ju lg a m e n to (Jr 7.32; 19.6). No tem p o do
65 v e z e s n o AT: s e p u ltu ra , lu g a r p a ra
NT era u m lu g a r em que se q u eim ava 0
on d e os m o rto s ia m (Jó 17.13; Sl 16.10;
lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo
Is 38.10); o s fié is s e r ia m r e s g a t a d o s
0 sim bolism o de “ castigo etern o”, “ fogo
d e s se lu g a r (Sl 16.9 -11; 4 9 -15); os ím ­
etern o ” e “ ju lga m en to fin a l” (M t 23.33;
p io s n ã o s e r ia m r e s g a ta d o s de lá (Jó
25.41,46) que fa z ju s ao te rm o Infern o.
21.13; 2 4 .19 ; Sl 9.17; 55.15). N o AT, o
e n sin o sob re 0 d e s tin o d as p e sso a s se
c o n c e n tr a v a m a is p a ra o lu g a r o n d e
os c o rp o s d as p e s s o a s ia m , n ão p a ra
o d e s tin o da a lm a a p ó s a m o rte . N ão
SINOPSE II
h á, p o r ta n to , u m te x to c la ro n o A T a
re sp e ito da d iv is ã o do Sheol e n tre u m A p a la v ra In fe rn o a p a rece n a B íb lia
lu g a r de c a s t ig o e o u tro de b ê n ç ã o s . t a n t o n o A n t ig o q u a n t o n o N o v o
Assim , 0 A ntigo Testam ento aponta para T e sta m e n to .
o N ovo. N este T e s ta m e n to a d o u trin a
do d e s tin o e te rn o d a s p e s s o a s a p ó s a
m o rte é b e m c la ra . C o n tu d o , de m od o
g e r a l, a p a la v r a h e b r a ic a Sheol t a m ­
b é m é d e s c rita co m o lu g a r de c a s tig o
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
(Jó 24.19).
2. N o N o v o T e s t a m e n t o . T r ê s p a ­
Professor(a), exp liq u e que “ Jesus
la v r a s g r e g a s q ue a p a re c e m n o N ovo
ta m b é m re tra ta a e x tre m a a n g ú stia
T e s t a m e n t o fo r a m t r a d u z id a s p e la
d o s q u e s o fr e m 0 c a s t ig o fin a l de
p a la v r a “ I n f e r n o ” : ha des ( t r a d u z a
serem ‘lançados nas trevas exteriores;
h e b raica Sheol); tártaro, geena.
ali, haverá pranto e ran ger de d en tes’
A p a la v ra hades s ig n ific a “ lu g a r de
(M t 8.12).
ca stig o ” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); ta m ­
Os a p ó s to lo s ta m b é m e n s in a m
b ém pode se re ferir ao estad o de m o rte
a id eia de u m severo c a stig o etern o
que 0 ser hum ano exp erim en tará no fim
para os perd id os. Na v o lta de Cristo,
da v id a (M t 16.18; A t 2.27,31; A p 1.18).

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 79


os q ue v iv e m fora de u m re la c io n a ­ do N ovo T e sta m e n to , to d as as p e sso a s
m en to adequado com o Senhor Deus q u e d e s p r e z a m Jesu s co m o S e n h o r e
experim en tarão repen tin a destruição Salvador de su as v id a s p assarão a e te r­
(1 T s 5.3), q u an d o os a n jo s v ie r e m n id ad e to ta lm e n te se p a ra d a s de Deus,
‘com o la b ared as de fo g o ’ e ‘to m a n ­ n a p resen ça do D iabo e se u s d em ô n io s
do v in g a n ç a d os q ue n ão co n h ecem (M t 25.41).
a D eu s e d os q ue n ão o b e d e ce m ao 3. O c a s t ig o s e r á e t e r n o . D iv e rs a s
E v a n g e lh o d e n o s s o S e n h o r Jesu s p a ssa g e n s do N ovo T e sta m e n to d e n o ­
C r is t o ’ (2 T s 1 . 6 - 9 ) . O a u t o r a o s ta m a rea lid ad e do In fern o com o lu ga r
Hebreus fala de ‘um a certa expectação de c a s tig o e te rn o : fo g o in e x t in g u ív e l
horrível de juízo e ardor de fogo, que há (M t 3.12; M c 9.43,48); fo r n a lh a a ce s a
de devorar os adversários’ (Hb 10.27). (M t 13.42,50); tr e v a s (M t 8.12; 22.13);
A p o ca lip se d e s c re v e q u e ‘ a fu m a ç a fo g o e te rn o (M t 25.41); L a go de F ogo
do seu to rm e n to so b re p a ra tod o 0 (Ap 19.20; 20.10,14,15). E ntão, o ca stig o
se m p re ‘ (Ap 14.11) e q u e os ím p io s e tern o se c o n fig u ra com o u m a p e n a li­
serão lançados no ‘lago que arde com dade aos que se reb e laram con tra Deus
fogo e en xofre” ’ (Ap 21.8) (D icionário e sua P alavra. Por isso, esse castigo tem
B íb lico B aker. Rio de Janeiro: CPAD, re la ção d ire ta com o p ecado. T o dos os
2023, p. 256). pecad ores que n ão se a rrep en d eram de
seus pecados serão lan çados no Lago de
Fogo, o Inferno, logo após 0 ju lgam en to
do G ran de T ro n o B ran co (Ap 20.11-15).
III - A D O U T R IN A B ÍB L IC A DO
C o n tu d o , p r e c is a m o s o b s e r v a r a lg o
INFERNO im p o rta n te . A ida do se r h u m an o para
1. O c o n c e it o b íb lic o d e I n fe r n o . À
o Inferno não é um a in icia tiva prim ária
lu z de M a te u s 2 5.4 1, 0 In fe rn o é u m
de D eu s, m a s u m fr u to da e sc o lh a do
lu g a r re a l. O D eu s ju sto e b o m ja m a is
ser h u m an o em v iv e r d elib erad am en te
fa r ia u m lu g a r co m o e s s e p a ra o se r
em re b e liã o co n tra 0 A ltís sim o . O e n ­
h u m an o criad o à su a im a g e m e s e m e ­
sin o b íb lic o é c la ro e sim p le s: o s q ue
lh an ça (Gn 1.26), m as, sim , para 0 Diabo
re je ita ra m a C risto receb erão o ca stig o
e se u s a n jo s q ue se re b e la r a m c o n tra
etern o (M t 25.46); os que e sco lh e ra m a
Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; A p 12.7). E n tre ­
Cristo receb erão a vid a etern a (Jo 5.26).
tanto, quando 0 ser h um an o d espreza a
P o rtan to, a e sc o lh a de ir para o Céu ou
Deus e sua Palavra, c o lo c a n d o -se sob o
para 0 Infern o, se p a ssa rá a etern idad e
go v e rn o do d eu s d este sécu lo, 0 Diabo,
co m C risto ou se m Ele, é p e sso a l.
será ta m b é m se n te n cia d o e d estin a d o
ao m e s m o lu g a r q u e S a ta n á s e se u s
d em ô n io s fo ra m (2 Co 4. 4).
2. 0 que en sin a a doutrina? A realidade
do In fern o é u m e n sin o in te g ra lm e n te
bíblico (Mt 10.28; 23.33; M c 9.43; Lc 12.5), S IN O P S E III
d e s c r ito co m o u m lu g a r de t r is t e z a , A doutrina bíblica do Inferno
v e r g o n h a , dor e e x tr e m a a g o n ia . Isso prova a sua realidade.
porqu e 0 se r h u m a n o irá p a ra 0 In fe r­
no de m a n e ira in te g ra l: corp o e a lm a .
A ss im , de aco rd o co m o v a s to e n sin o

80 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


CONCLUSÃO que D eus p ro vid en cio u para as n o ssa s
À lu z da B íb lia , a p o s s ib ilid a d e de vidas e, por isso, devem os estar firm ados
passar a eternidade num contexto de dor e em Jesus d uran te a n ossa jornada de fé,
sofrim ento é real. Por isso, essa realidade po is sem Cristo, o ser h um an o passará
deve valorizar m ais a tão grande salvação a eternidade lon ge de Deus.

A n o ta ç õ e s do P r o fe s s o r

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. E x p liq u e p elo m en o s u m a rg u m e n to a p re se n tad o na liçã o que n e g a o e n ­


sin o b íb lico sob re o In fern o.
T eólogos m o dern os e p ó s -m o d e rn o s n e g am a in sp iração plen á ria da Bíblia e,
por isso , a g e m para e n fra q u e ce r a d o u trin a b íb lica sob re o In fern o, d ize n d o
que se tra ta de u m p e n sa m e n to p a gão q ue d eve ser errad icad o da Bíblia.
2. O que os fa ls o s e n sin a d o re s a firm a m ao d isto rc e re m as v erd a d e s do c r is ­
tia n is m o bíb lico?
O que ele s fa z e m é tra n s fo rm a r a verd a d e de D eus em m en tira , n e g a r in t e ­
g ra lm e n te o e n sin a m e n to b íb lico a re sp eito da realid ad e b íb lica do In fe rn o
com o se e n co n tra c la ra m e n te e x p o sto n o N ovo T e sta m e n to .
3. Q ual p a la v ra do N ovo T e sta m e n to tr a z o sim b o lism o de “ c a stig o e te rn o ” ,
“ fo g o e te rn o ” e “ ju lg a m e n to fin a l”?
A p a lav ra geena receb eu todo 0 sim b o lism o de “ ca stig o e te rn o ” , “ fo g o e te r ­
n o ” e “ ju lg a m e n to fin a l” (M t 23.33; 2 5.4 1,4 6 ) que fa z ju s ao te rm o In fern o.
4. Cite ao m en o s trê s e x p re ssõ e s que d esc re v e m 0 In fern o.
Forn alha acesa (M t 13.42,50); fo g o etern o (M t 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20;
20.10,14,15).
5. De q u em é a in ic ia tiv a p rim á ria do d estin o do se r h u m an o ao Infern o?
A id a do se r h u m a n o para o In fe rn o n ão é u m a in ic ia tiv a p rim á ria de D eus,
m as u m fru to da esco lh a do ser h u m an o em v iv e r d elib erad am e n te em r e ­
b e lião co n tra o A ltís sim o .

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 8 l


LIÇÃO 12
23 de Junho de 2024

•1
A BENDITA ESPERANÇA:
A MARCA DO CRISTÃO
r

TEX TO ÁUREO
VERDADE P R Á T ICA
A guardando a bem -
A esperança cristã é a âncora
aventurada esperança e o
que mantém a alma do crente
aparecimento da glória do
firm e diante dos dissabores em
grande Deus e nosso Senhor
nossa jornada de fé.
Jesus Cristo.v (Tt 2.13)

V _J
LEITURA DIÁRIA

S e g u n d a - R m 8.24,25 Q u in ta - R m 8.18
A e sp e ra n ça é u m a e x p e c ta tiv a ao O que n o s a g u a rd a é m aio r que as
que n ão se v ê a fliç õ e s a tu a is
T e r ç a - l Pe 1.23
S e x ta - A t 27.29; H b 6.18,19
A e sp e ra n ça c ris tã é u m a
A e sp e ra n ça c ris tã com o ân co ra da
co n se q ü ê n cia do N ovo N ascim en to
a lm a
Q u a rta - Gn 3.15; A p 12.9
A e sp e ra n ça com o fio co n d u to r d as S áb a d o - 1 Jo 3.2,3
E scritu ra s A esp era n ça de serm os com o Jesus é

82 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


L E IT U R A B Í B L I C A E M C L A S S E

Romanos 8.18-25

18 - Porque para mim tenho por certo 22 - Porque sabemos que toda a criação
qu e as a fliçõ es d este tem p o presen te gem e e está ju n ta m e n te com dores de
não são para comparar com a glória que parto até agora.
em nós há de ser revelada. 23 - E não só ela, mas nós mesmos, que
19 - P orque a ard ente exp ecta çã o da tem os as primícias do Espírito, também
criatura espera a manifestação dos filhos gem em os em nós m esm os, esperando
de Deus. a adoção, a saber, a redenção do nosso
20 - P orqu e a criação fic o u su jeita à corpo.
vaidade, não por sua vontade, mas por 24 - Porque, em esperança, somos salvos.
causa do que a sujeitou, Ora, a esperança que se vê não é esp e­
21 - na esperança de que também a mes­ rança; porque 0 que alguém vê, com o o
ma criatura será libertada da servidão da esperará?
corrupção, para a liberdade da glória dos 25 - Mas, se esperamos 0 que não vemos,
filh os de Deus. com paciência 0 esperamos.

Hinos Sugeridos: 300, 371, 442 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO a d o u trin a da e sp e ra n ç a cris tã ; III)


A Esperança Cristã é um elem en to E n fa tiz a r a e sp e ra n ç a c ris tã com o a
da fé que m ove o cren te a p e rsev era r ân co ra da a lm a do cre n te .
na ca rreira que lh e fo i p ro p o sta pelo B) M o tiv a ç ã o : É im p re s s io n a n te
n o sso Salvador. Ela a p o n ta para u m com o a e sp e ra n ça c ristã fe z com que
fu tu ro em q u e o d e s fe c h o d iv in o se
a p rim e ira g e ra ç ã o de c ris tã o s , que
revelará fielm ente. Essa esperança traz so fre u g ra n d e s a fliç õ e s , v itu p é r io s ,
u m a p e rs p e c tiv a de v ig ilâ n c ia p a ra
t r ib u la ç õ e s , e s p o lia ç ã o d e b e n s e
n ão s e rm o s a p a n h a d o s de su rp re sa
m u ito s o u tro s p reju ízo s por causa de
e, ao m esm o tem po , um a perspectiva sua fid elid ad e ao Senhor, n ão perdeu
de a le g ria e c o n so lo d ia n te de tod o
a ca p acid a d e de se a le g ra r e r e g o z i­
o s o fr im e n to q u e p a d e ce m o s n e ste
ja r - s e em C risto (Hb 10.34). Qual era
m u n d o. F in alm e n te, essa e sp era n ça
a ca u sa d isso ? P orqu e “ e le s tin h a m
é a â n c o r a d a n o s s a a lm a , e la n o s
n o s c é u s u m a p o s s e s s ã o m e lh o r e
t r a z fir m e z a e s o lid e z e m te m p o s
p e rm a n e n te ” (Hb 10.34).
de gra n d e s in c e rte za s. E stu d a rem o s C) Sugestão de M étodo: Para iniciar
e sse s a ssu n to s ao lo n g o d esta lição .
a a u la de h oje, d istrib u a p ed aço s de
papel para a sua classe. Peça que cada
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO a lu n o e s c re v a , de m a n e ira su c in ta ,
A) O b jetivos da Lição: I) M ostraru om a p ro m e ssa q ue d ese ja q ue D eus
alvo da esperança cristã; II) Explicitar c u m p r a e m s u a v id a o u a lg o q u e

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 83


te n h a p ro m e tid o de coração a D eus. se d ese sp e ra v a m com a p e rseg u içã o
C e r tifiq u e -s e de que tod os p eg a ra m porque sabiam que tin ha um a m orada
o p ed aço de p a p e l e te n h a m e sc rito m u ito su p e rio r a d aqu i da terra.
n ele. Em se g u id a, recolh a os p a p éis
e co lo q u e -o s em u m a b o lsa ou jarra. 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
D epois, so licite q ue u m a lu n o p egu e A) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
um papel e leia para a classe. Convide a pena con h ecer essa revista que traz
que o(a) autor(a) da frase se id e n tifi­ reportagens, artigos, entrevistas e sub­
que e fale sobre a p ro m essa e quan to sídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos.
é im p o rta n te v ê - la re a lizad a em sua Na edição 9 7, p .42, v o cê en co n trará
vida. Encerre esse m om ento falando a u m subsídio especial para esta lição.
respeito da im portância de viver com a B) A u x ílio s E speciais: Ao fin a l do
expectativa de verm os um a esperança tópico, você encontrará auxílios que da­
re a lizad a. E ntão, in icie a lição . rão suporte na preparação de sua aula:
l) O te x to “ A E speran ça do C re n te ” ,
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO lo calizad o depois do prim eiro tópico,
A) A p licação : A esp eran ça cristãaprofundar
é 0 tópico a respeito do alvo
um antídoto do Céu para nos m otivar a da esperança do cristão; 2) O texto “A
perseverar na fé em Cristo em m eio às Ressurreição de Jesus com o garantia de
a fliçõ es do tem p o p resen te. Por isso , nossa esperança” , ao fin al do segundo
e stim u le a sua classe a fa ze r com o os tópico, exp an d e a reflexão a respeito
c re n te s da Igreja P rim itiv a , q ue n ão da prática piedosa do Senhor Jesus.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO u m a e x p e c ta tiv a fa vo rá v e l e co n fia n te
Desde quando 0 crente nasce de novo, q ue se fu n d a m e n ta ao q ue n ão se v ê,
ele é convocado a v iver um a vid a de e s ­ ao fu tu ro (Rm 8.24,25). N esse caso, ela
perança. Nesse sentido, a esperança pode a n tecip a r aquilo que é b om
cristã tem 0 seu fundam ento na A ^ (Tt 1.2; 1 Pe 1.21). Não por acaso,
ressu rreição do Senhor Jesus 0 apóstolo Paulo escreve que a
(1 Pe 1.3,21). É u m a obra p o ­
P a la v r a -C h a v e \ esperança do cristão foi esta­
derosa de Deus que m ove a belecida por m eio de Cristo,
Igreja de Cristo a trabalh ar Esperança I a “ esperan ça da gló ria ” e a
pela causa do seu reino. A s ­ “ e sp era n ça n o ssa ” (Cl 1.27;
sim, a lição desta sem ana tem 1 T m 1.1). Portanto, do ponto
0 propósito de exp o r 0 en sin o de v ista bíblico, podem os d izer
da esperança cristã e o quanto ele é que a esp eran ça é “ a con fia n ça no
im portante em nossa jornada para o céu. cumprimento de uma grande expectativa”.
2. A esperan ça nas ca rtas do a póstolo
I - PA R A ONDE A P O N T A A Paulo. O assunto da esperança cristã está
E SPERA N ÇA DO CR ISTÃ O ? b em p resen te n as ca rta s a p ostólica s de
1. A e sp e ra n ç a cris tã . De acordo com Paulo. N elas, p e rce b e m o s a esp e ra n ça
o N ovo T e s ta m e n to , a “ e s p e r a n ç a ” é n a re ssu rre iç ã o d os m o rto s em C risto

84 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


(At 23.6; 1 T s 4.13,14); a e sp e ra n ç a do
AUXÍLIO TEOLÓGICO
c u m p rim e n to da p ro m e ssa (At 26.6,7);
a e sp e ra n ça da ju stiç a (Gl 5.5); a e s p e ­
“ A E sp e ra n ça do C ren te
rança do E vangelho (Cl 1.5); a esperan ça
D e u s é r e v e la d o n a B íb lia co m
do a rre b a ta m e n to da Igreja (1 T s 5.8);
0 D eu s d a e s p e r a n ç a q u e n o s o u ­
a e sp e ra n ça da v o ca çã o (Ef 1.18); a e s ­
t o r g a p a z e a le g r ia à m e d id a q u e
p e ra n ça da v id a e te rn a (T t 1.2; 3.7); e,
c o n fia rm o s n E le (Rm 15.13). A g a ­
finalm ente, a esperança do aparecim ento
r a n tia da e s p e ra n ç a do c re n te é
d a g ló r ia de D eu s e do S e n h o r Jesu s
d u p la: o a m o r de D eu s q u e e n v io u
C risto (T t 2.13). Na P rim e ira C a rta de
Jesu s p a ra m o rre r em n o sso lu g a r
Paulo aos Coríntios, a esperança aparece
(R m 5 .5 - 1 0 ) e o s a to s p o d e r o s o s
co m o a s e g u n d a v ir t u d e m e n c io n a d a
do E sp írito S an to q u e n o s le v a m a
a li (l Co 13.13).
‘ abu n d ar em e sp era n ça pela virtu d e
3. Deus: o a u to r da n o ssa e sp e ra n ça.
do E sp írito S an to (Rm 15.13). D essa
E ssa e s p e r a n ç a é u m a c o n s e q ü ê n c ia
m a n e ira , o E sp írito S a n to q u e n o s
do N ovo N a sc im e n to em C risto Jesus,
b a tiz a e n o s dá a su a p le n itu d e é ‘ 0
de m o d o q u e e s s e p r o c e s s o e n v o lv e
penhor [prim eira prestação] da nossa
u m a o b ra p le n a m e n te s o b r e n a tu r a l,
h e r a n ç a ’ (E f 1.1 4 ). P a u lo ta m b é m
e s p ir itu a l (1 Pe 1.23). Por isso , D eus é
n o s m o stra q u e a n o s s a e sp e ra n ça
o a u to r d a n o ssa e sp e ra n ç a , c o n fo rm e
n ão é in c e rta ; é tã o se g u ra q u an to
o a p ó sto lo P a u lo m o stra em su a c a rta
q u a lq u e r c o is a q u e p o s s u ím o s . O
(Rm 15.13). L o go , p or m eio d e s sa v iv a
ú n ico m o tivo por que a p ro m e ssa da
e sp e ra n ça , e s ta m o s p ro n to s p a ra s u ­
n o ssa re ssu rre iç ã o , do n o sso corp o
p o r ta r p e r s e v e r a n t e m e n t e to d o s os
g lo r if ic a d o , do n o s s o r e in a r c o m
d issa b o r e s ao lo n g o da n o ssa jo rn a d a
C r isto , e do n o sso fu tu ro e te rn o é
ao Céu (Hb 10.32-36). O ra, a n o s s a fé
ch am ad a ‘esp e ra n ça ’ é porque ainda
tem sido provada pela h istó ria por m eio
n ã o os a lc a n ç a m o s (R m 8 .2 4 ,2 5 ).
das p erseguiçõ es cru éis e m uitos outros
E ssa e sp e ra n ç a , p o ré m , n u n ca n os
d e s a fio s q u e s e m p r e n o s t e s t a r a m .
decepcionará, nem nos envergonhará
E n tre ta n to , a Ig re ja d e C r is to n u n c a
por term o s con fiado nela, porque ela
su cu m b iu a e le s, se m p re p ro sp e ro u e
é m an tid a v iva e d em o n stra d a com o
flo re sce u p o r ca u sa de u m a e sp e ra n ç a
v erd a d e ira p elo a m o r de D eus q ue 0
g lo r io s a q u e n u n c a p u d e ra m tir a r de
E sp írito S an to d erra m o u em n o sso
n ó s, a c o n fia n ç a n a v id a e te r n a co m
co ração (Rm 5 .5 )” (HORTON, S ta n ­
D eu s (At 20.24).
le y M . (E d.). T e o lo g ia S iste m á tic a :
U m a P e r s p e c t iv a P e n t e c o s t a l. Rio
de Janeiro: CPAD, 2023, p p .6 0 9 -10 ).

SINOPSE I
A E s p e r a n ç a C r is t ã , q u e t e m II - A PE R SPE C TIV A E SC A T O -
D e u s c o m o o s e u a u to r , a p o n ­ LÓGICA DA ESPERAN ÇA CR IST Ã
t a p a r a o p o r v ir , u m a g lo r i o s a 1. A B íb lia fo c a liz a o fu tu ro . A h is ­
r e a lid a d e tó ria da C riação se in ic ia com D eus. O
p r im e iro liv ro da B íb lia, G ê n e sis, n os
revela isso. Infelizm ente, ao se desdobrar

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 85


os a co n te cim e n to s do in íc io de G ê n e ­
sis, o p eca d o provo cou d e sa rm o n ia na
C riação. E n tretan to, D eus age para que
SINOPSE II
tu do v o lte a se r p e rfeito , eq u ilib rad o e A e s p e r a n ç a b íb lic a tr a z c o n s o lo e
h a rm ô n ico . Isso que o a p ó sto lo P au lo a le g r ia a o c r e n t e a o lo n g o d e s u a
r e v e la a p a r t ir d a m e n ç ã o q u e f a z à c a r r e ir a .
a b ran gên cia có sm ica da m orte de Jesus
C risto (Ef 1.10). Essa prom essa origin ou
no Éden, com o d escendente da m ulher,
e se revela hoje por m eio de Cristo com o
fio co n d u to r d a s S a g ra d a s E s c ritu ra s AUXÍLIO TEOLÓGICO
(Gn 3.15; A p 12.9).
2. A e s p e r a n ç a n o p o r v ir t r a z c o n ­ A R e s s u r r e iç ã o d e J e su s c o m o
s o lo e a l e g r i a a o c r e n t e . A d o u tr in a g a ra n tia de n o ssa e sp e ra n ça
d a s ú lt im a s c o is a s , d e n o m in a d a d e “A m aioria dos teólogos reconhece
E sca to lo g ia , e stu d a as c o isa s fu tu ra s . que ‘no Novo T e sta m e n to ’ o fu tu ro é
M u ito s v iv e m c o m m e d o do fu tu r o , v isto co m o o d esdob rar d aqu ilo que
do q ue p od e a c o n te c e r com e le s, m as nos é dado na ressurreição de C risto’ .
os c ris tã o s se c o n so la m e se a le g ra m Sua ressurreição era 0 tem a principal
no q ue a B íb lia d iz a re s p e ito do f u ­ da preg açã o da Igreja P rim itiv a. No
tu ro (Rm 15.4). N esse asp e cto , 0 que a Dia do Pentecoste, Pedro cen tralizou
P a la v ra de D eus d iz a re sp eito do que a atenção em Jesus. Paulo proclam ou
n os a g u a rd a n a ete rn id a d e co m C risto que ‘Cristo ressu scito u dos m ortos e
é g lo r io so e in c o m p a rá v e l, em q ue as foi feito as prim ícias dos que dorm em ’
a fliçõ e s do tem p o p resen te n ão pod em (1 Co 15.20). ‘ E, se 0 E spírito daquele
s e r c o m p a r a d a s c o m a g ló r i a a s e r q ue d os m o rto s re ssu sc ito u a Jesus
r e v e la d a em n ó s (R m 8.18). A s s im , a h abita em vós, aquele que dos m ortos
Bíblia é um livro de profecia que produz ressuscitou a Cristo tam bém vivificará
a le g ria e co n so lo ao co ração do cren te. 0 vosso corpo m ortal, pelo seu Espírito
N ela, en co n tra m o s u m D eus sob erano , que em v ó s h a b ita ’ (Rm 8.11). Pedro
que g o v e rn a as n o ssa s v id a s e a ge em tam b ém falou de ‘um a viva e sp era n ­
fa vo r de seu povo. ça, pela re ssu rreição de Jesus C risto
3. P o r q u e u m a d o u tr in a d a e s p e ­ d entre os m ortos, para um a h erança
ran ça? A razão de term o s um a doutrina incorruptível, incontam inável e que se
da e s p e ra n ç a é p o rq u e c o n fia m o s n a não pode m u rch a r’ (1 Pe 1.3,4).
p ro m e ssa da re ssu re içã o dos que m o r­ [...] A ressu rreição de C risto m e ­
reram em Cristo, da tra n sfo rm açã o dos d ian te 0 E sp írito é, p o rta n to , a g a ­
que e stiv erem v iv o s por o ca sião de sua ra n tia de que serem o s re ssu scita d o s
v o lta (1 T s 4.13-18). T r a t a - s e de u m a e tra n sfo rm a d o s de tal m an e ira que
p r o m e s s a g lo r io s a p a r a r e in a r c o m no corpo ressu scita d o será im o rtal e
c o r r u p tív e l” (HORTON, S ta n le y M .
C r is to . C o m o a in d a n ã o a lc a n ç a m o s
(E d .) . T e o lo g ia S is t e m á t ic a : U m a
e ssa p ro m e ssa , v iv e m o s n a esp e ra n ça
P e rs p e c tiv a P e n te c o sta l. Rio de Ja­
de q u e b r e v e m e n te tu d o se c u m p ra ,
neiro: CPAD, 2023, p p .6 0 9 -10 ).
p o is q u em fe z a p r o m e ssa é fie l p a ra
cu m p rir (Hb 10.23).

86 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24


III - A ESPERAN ÇA CR IST Ã
COM O Â N CO RA DA A L M A
VI
1. N o s s a e s p e r a n ç a c o m o â n c o r a . Essa esperança que traz
P o d em o s d e s c re v e r a â n co ra com o
certeza à alma do salvo não
u m a p esa d a p eça de fe rro p resa a u m a
co rren te g ro ssa e la n çad a ao fu n d o do
pode ser comparada com
m a r co m o p r o p ó s ito d e m a n te r u m esperança dos ímpios.”
n av io parad o (At 27.29). O e scrito r aos
H eb re u s d e s c r e v e a e s p e r a n ç a c r is tã
co m o u m a “ â n c o ra da a lm a s e g u ra e
fir m e ” d u r a n te a jo rn a d a co m C risto
C risto e n ten d iam que a sua v in d a seria
(Hb 6.18,19). Ela re p resen ta tu do o que de m a n e ira im in e n te , is to é, p o d e ria
su ste n ta e e s ta b iliz a a a lm a do cre n te a c o n t e c e r a q u a lq u e r m o m e n to (M t
em te m p o s de in c e rte za s. 2 5.1-13). S e m e lh a n te m e n te , d ev e m o s
2. P or que a e sp e ra n ç a do cre n te é a e sta r em p ro n tid ão, a g u a rd an d o o dia
m elhor? Essa esperança que tra z certeza em que 0 n osso Senhor arrebatará a sua
à alm a do salvo não pode ser com parada Igreja. N ão sa b em o s o d ia n em a h ora
com esp e ra n ça d os ím p io s. O apó sto lo que o Senhor v irá, m as a n ossa parte é
P au lo a firm a que, se m C risto , n ão há m an ter a n ossa esp eran ça v iv a e firm e
esp eran ça para o ser h um an o (Ef 2.12). (Lc 18.8).
D essa form a, tra ta -se de um a esperança
v ã. Por conseqüência, há d iversas e sp e ­
ranças presentes na cultura hum ana. Por
exem plo, há religiões que exp ressam sua SINOPSE III
esperança em um a história cíclica, com o A E sp e ra n ça é u m a â n c o ra da
no H induísm o, em que a vid a é v ista de
a lm a , p o is t r a z f i r m e z a e s o l i ­
acordo com o ciclo de nascim ento, m orte
d e z e m t e m p o s in c e r t o s .
e re e n carn a ção ; o u tro s p o v o s b u sc a m
p a u ta r a su a e sp e ra n ça em a stro lo g ia ,
q u ir o m a n c ia , d e n tr e v á r ia s p r á t ic a s
p a g ã s que a B íb lia proíbe; n a p o lítica , CONCLUSÃO
m u itos fu n d a m en ta m su as esp era n ças Lutas, dissabores, provações, m orte,
em ações revolucionárias que não passam d en tre o u tas co isa s, 0 sa lvo em C risto
de ilusão. Em síntese, podem os d izer que p od erá e n fre n ta r tu do isso firm a d o na
toda esperança fora de Cristo é v azia, sem esperan ça verdadeira que é Cristo Jesus,
sentido; já a esperança em Cristo é segura, n o s s o S e n h o r . A s s im , s e g u ir e m o s a
consoladora e com propósito (Cl 1.27). n o ssa jo rn a d a se m te m o r e se m p e r ­
3. M a n te n d o fir m e a e s p e r a n ç a . À d er a fé. A h istó ria te ste m u n h o u que o
luz do Novo Testam ento, a firm am os que Cristianism o cresceu e prosperou porque
a S e gu n d a V in d a de C risto é 0 g ra n d e os c ristã o s en ten d eram que essa v id a é
m otivo para o crente perm anecer firm e e p ro visó ria, sen do a p en a s u m a p a rte de
m an ter sua esperança, de m odo que isso um todo m uito m aior: a eternidade com
requer um a vida de pureza para desfrutar C risto . P o rta n to , m a n te n h a m o s firm e
da p ro m e ssa de ser com o Jesus é (1 Jo a c o n fiss ã o da n o ssa e sp e ra n ça , p o is o
3.2,3). N aq u eles d ias, o s d iscíp u lo s de que p ro m eteu é fie l (Hb 10.23).

AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 87


A n o ta ç õ e s do P r o fe s s o r

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acord o com a lição , e do p on to de v is ta b íb lico, o que é esp era n ça?


Do p o n to de v is ta b íb lico, p o d e m o s d ize r q ue a esp e ra n ça é “ a c o n fia n ça no
cu m p rim e n to de u m a gra n d e e x p e c ta tiv a ” .
2. D iante da v iva esperan ça, para que e stam o s prontos?
E stam o s p ro n to s p a ra su p o rta r p e rs e v e ra n te m e n te to d o s o s d issa b o re s ao
lo n g o da n o ssa jo rn a d a ao Céu (Hb 10 .3 2 -3 6 ).
3. Que tip o de liv ro a B íb lia é?
A B íb lia é u m liv ro de p ro fe cia q ue p ro d u z a le g ria e co n so lo ao co ra ção do
cre n te . N ela, e n c o n tra m o s u m D eus so b eran o , q ue g o v e rn a as n o ssa s v id a s
e a ge em fa v o r d e seu povo.
4. Por que te m o s u m a d o u trin a da esp era n ça?
A ra zã o de te rm o s u m a d o u trin a da esp e ra n ça é po rqu e c o n fia m o s na p r o ­
m e s sa da re ssu re iç ã o d o s q ue m o rre ra m em C risto , da tra n s fo rm a ç ã o dos
que e stiv e re m v iv o s por o ca sião de su a v o lta (1 T s 4 .13 -18 ).
5. À lu z do N ovo T e sta m e n to , 0 que p o d e m o s a firm a r q u an to à e sp e ra n ça
cristã?
À lu z do N ovo T e s ta m e n to , a firm a m o s q u e a S e g u n d a V in d a de C risto é o
gra n d e m o tivo para o cre n te p e rm a n e c e r firm e e m a n te r su a e sp e ra n ça , de
m odo q ue isso req u er u m a v id a de p u re za para d esfru ta r da p ro m e ssa de ser
com o Jesus é (1 Jo 3.2,3).

VOCABULÁRIO
C ó sm ica: esfera que representa 0 plan eta Terra; 0 globo terrestre; 0 m undo.

88 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL - M A IO • JUNHO 20 24


A CIDADE CELESTIAL

TEX TO ÁUREO VERDADE P R Á T ICA


“M a s a nossa cidade está A cidade celestial é o alvo
nos céus, donde também de toda a nossa jornada que
esperamos o Salvador, o iniciou com o Novo Nascimento
Senhor Jesus Cristo.}> e se consumará com a entrada
(Fp3-2o) pelos portões celestiais.

LEITURA DIÁRIA ]

S e g u n d a - Lc 23.46; 2 Co 1 2 .2 -4 Q u in ta - Jo 4.10
0 P a ra íso com o a h ab itaçã o de 0 rio da á g u a da v id a flu irá
D eus, d os a n jo s e dos sa lvo s ab u n d an te m e n te
T e r ç a - A p 3.12 S e x ta - Fp 3.20
A N ova Jeru salém , a cid ad e que A n o ssa v erd a d e ira m orad a e stá
d esce rá do Céu n os Céus
Q u a rta - Cl 1.20 S áb a d o - 2 Co 5.8; Fp 1.21,23
A re co n cilia ç ã o de tu do 0 que e stá A e sp e ra n ç a sin c e ra de tod o cristã o
na T erra e no Céu p e re g rin o

_____________________- é
A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 89
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E

Apocalipse 21.9-14; 22.1-5


A p o c a lip s e 21 14 - E 0 m uro da c id a d e tin h a d o ze
9 - E veio um dos sete anjos que tinham fundam entos e, neles, os nomes dos doze
as sete taças c h eia s das ú ltim a s sete apóstolos do Cordeiro.
pragas e fa lo u com igo, dizendo: Vem,
m o s tr a r -te -e i a esp osa , a m u lh er do A p o c a lip s e 22
Cordeiro. 1 - E m ostrou-m e 0 rio puro da água da
10 - E levou-m e em espírito a um grande vida, claro com o cristal, que procedia do
e alto m o n te e m o str o u -m e a grande trono de Deus e do Cordeiro.
cidade, a santa Jerusalém, que de Deus 2 - No m eio da sua praça e de uma e
descia do céu. da outra banda do rio, estava a árvore
11 - E tinha a glória de Deus. A sua luz era da vida, que produz d oze frutos, dando
sem elhante a uma pedra preciosíssima, seu fruto de mês em mês, e as folhas da
com o a pedra d e ja s p e , com o 0 cristal árvore sâo para a saúde das nações.
resplandecente. 3 - E ali nunca mais haverá maldição con­
1 2 - E tinha um grande e alto muro com tra alguém; e nela estará 0 trono de Deus
doze portas, e, nas portas, doze anjos, e e do Cordeiro, e os seus servos 0 servirão.
nomes escritos sobre elas, que são os n o ­ 4 - E verão 0 seu rosto, e na sua testa es­
mes das doze tribos de Israel. tará 0 seu nome.
13 - Da banda do lev a n te, tin h a três 5 - E ali não haverá m ais noite, e não
portas; da banda do norte, três portas; necessitarão de lâmpada nem de luz do
da banda do sul, três portas; da banda sol, porque 0 Senhor Deus os alum ia, e
do poente, três portas. reinarão para todo 0 sempre.

Hinos Sugeridos: 485, 509, 614 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO m a s h a v e rá 0 d ia em q u e a c o n h e ­
A P á tria C e le s tia l é 0 p o n to de c e re m o s p le n a m e n te (1 Co 13.12).
ch e g a d a de to d o s s a lv o s e m C risto
q u e fo r a m ilu m in a d o s p e la P a la v ra 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
de D eu s e p r o v a ra m de u m a tã o A) O bjetivos da Lição: I) Conceituar
g r a n d e s a lv a ç ã o . A n o s s a m o ra d a o P a ra íso ; II) E x p lic a r a e te rn id a d e
n ão e stá aqu i, m as n o Céu. Por isso , com o doutrina bíblica e com o descrita
ao lo n g o d e s ta liç ã o , e s tu d a r e m o s n o L iv ro de A p o c a lip s e ; III) C o n s ­
a r e a lid a d e b íb lic a do P a ra íso e da c ie n tiz a r a re s p e ito do e sta d o fin a l
C id a d e C e le s tia l, e o e te rn o e p e r ­ de tod os os sa n tos.
fe ito e stad o dos sa lvo s. A in d a, n e sse B) M otivação: Há um hino clássico
te m p o p r e s e n te , c o n h e c e m o s e s s a qu e d iz o se g u in te : “ Sou fo r a ste iro
re a lid ad e de m a n e ira b e m lim ita d a , a q u i, e m te r r a e s t r a n h a e s to u , do

90 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


rein o lá do céu em b a ixa d o r eu s o u ” . v e m e n t e n o C é u , p r o c u r a n ã o se
É u m a le tra q u e re v e la e x a ta m e n te aco stu m ar com o pecado, leva a sério
o q ue B íb lia d iz a re sp eito de n o ssa a n ecessid ad e de ter u m a vid a santa.
v e r d a d e ir a c id a d a n ia . S im , a B íb lia Sim , a c o n sciê n cia da cid ad an ia c e ­
diz que nós n ão som os d esse m undo, le stia l tra z a n o ssa vid a u m sen so de
em b ora e ste ja m o s nele. u rg ê n c ia e se rie d a d e n a co m u n h ã o
C) Sugestão de M étodo: Estam os na
co m D eus e su a Igreja.
ú ltim a lição d este trim estre. A n tes de
in iciar a aula desta ú ltim a lição, faça 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
u m a re v is ã o d o s p r in c ip a is p o n to s A ) R evista E n sin ad or Cristão. Vale
que abordam os ao lon go do trim estre. a pen a co n h ecer essa rev ista que traz
M ostre que o propósito do nosso estudo r e p o r ta g e n s , a r tig o s , e n tr e v is t a s e
fo i percorrer a carreira c ristã que se su b síd io s de apoio à L ições B íb licas
iniciou com o Novo N ascim ento. E que A d u lto s . N a e d iç ã o 9 7 , p .4 2 , v o c ê
durante essa caminhada nos deparamos en con trará um subsídio especial para
com m uitos obstáculos e, tam bém, com e sta lição.
m uita graça de Deus para auxiliar-no s. B ) A u x ílio s E s p e c ia is : A o f in a l
R elem bre a classe lições im p o rta n tís­ do tó p ic o , v o c ê e n c o n tr a rá a u x ílio s
sim as com o a escolha das duas portas, q ue d arão su p o rte n a p rep a ra çã o de
a confissão e o abandono do pecado, as su a a u la : 1) O te x to “ O S ig n ific a d o
a rm as esp iritu a is que tem o s a n ossa de Je ru sa lé m p a ra a Ig re ja C r is tã ” ,
d isposição, d en tre o u tras. Pondere o loca lizad o d epois do prim eiro tópico,
tem po que você levará para a revisão. a p ro fu n d a 0 tó p ic o a r e s p e ito de a
Não ultrapasse 10 minutos. Em seguida, N ova J e ru sa lé m co m o a cid a d e c e ­
in trod u za a últim a lição do trim estre. le stia l dos cristã o s; 2) O te x to “ Rio e
Á rvore da V id a ” , ao fin a l do segu n d o
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO tó p ic o , e x p a n d e o a s s u n to da v id a
A) A p lic a ç ã o : C la ra m e n te q u em
e te r n a c o n fo r m e d e s c r ita n o L iv ro
c u ltiv a o s e n tim e n to de m o rar b r e ­ do A p o c a lip se .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO n o ssa p á tria c e le s tia l (Fp 3.20). Por


Os c r is tã o s q u e tê m c o ­ is s o , e s t u d a r e m o s a r e s p e it o

1 I
n h e c im e n t o d a s S a g r a d a : o P a ra íso E tern o, a C idade
E s c r itu r a s sa b e m q u e n ão C e le s tia l, 0 E te rn o E sta d o
fo ra m d es tin a d o s p a ra v i ­ ü a v ra -C h w e m q u e d e s fr u ta r e m o s da
v e r a p e n a s n e s te m u n d o .
A q u i, so m o s p e r e g r in o s e Cidade presen ça de Deus e com o as
E s c ritu ra s e n s in a m co m o
fo r a ste iro s (1 Pe 2.11). B re ­ s e r á a n o s s a g lo r if ic a ç ã o
vem en te os portõ es celestiais w fin a l. Aqui, se en con tra 0 que
se a b r irã o e p a r tir e m o s p a ra n os a g u a rd a ao fin a l de n o ssa
v iv e r e te rn a m e n te com 0 P ai, em Jornada C ristã.

A B R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 91


VI n este m undo, 0 Senhor Jesus assegu rou
que prep araria u m lu ga r para os san tos
(Jo 14.2,3).
D e v e m o s c u id a r p ara
A Nova Jerusalém, criada por ocasião
n ã o c o n fu n d ir o M ilê n io da p u rific a ç ã o o co rrid a n a T e rra (2 Pe
c o m o E stad o E tern o . 3.10), te m su a o rig e m n o C éu , e se rá
E ste c a r a c te r iz a a tam b ém terren a, v isto que su b stitu irá a
e te rn id a d e s e m fim e m a n tig a cidade que e sta v a con tam in ad a;
e la d esc e rá d ire ta m e n te d os Céu s (Ap
qu e p a s s a r e m o s c o m D eus;
21.1-3). N essa oca sião , os sa lv o s serão
a q u e le é u m p e r ío d o e m que cid ad ão s d essa cidade, d esfru ta rã o das
Jesus re in a r á p o r m il a n o s bên çãos etern as e a h abitarão com seus
n a T e r r a [...].” co rp o s tr a n s fo r m a d o s em u m e sta d o
g lo rio so (1C0 15.5 4 ).
3. Q uando a etern idad e com eçará? De
acordo com 0 estudo atento de A pocalip­
se, d ep ois do A rre b a ta m e n to da Igreja,
o c o rre rá a G ran de T rib u la çã o p or u m
I - O PARAÍSO ETERNO perío do de sete anos, em segu id a n osso
1 . 0 q u e é o P a ra íso ? Um a d efin ição
Senhor retorn ará gloriosa e triu n fa n te ­
que p o d e m o s m e n c io n a r de p a ra íso é
m ente por ocasião de sua Segunda Vinda
o Céu co m o m o rad a de D eu s, d os a n ­
e im p la n ta rá 0 R ein o M ile n ia l. D epois
jo s e d os sa lvo s (2 Co 12.2-4). Q uando
do M ilênio, e n trarem o s no glorioso E s­
e sta v a n a c ru z , n o sso S en h or fe z u m a
tad o E terno (Ap 21; 22). A qu i, d ev em o s
p ro m e ssa ao la d rão a rrepen dido : “ Em
c u id a r p a ra n ão c o n fu n d ir 0 M ilê n io
verdade te digo que hoje estarás com igo
com 0 Estado Eterno. Este ca ra cte riza a
n o P a ra íso ” (Lc 23.43). E ssa p ro m e ssa
eternidade sem fim em que passarem os
foi prontam ente cum prida, pois, quando
com Deus; aquele é u m período em que
p o r o c a siã o de su a m o rte , 0 co rp o do
Jesus re in a rá p or m il a n o s n a T erra e,
Sen h or Jesus fo i p a ra a se p u ltu ra , m as
ao fin a l d e s se p erío d o , p e s s o a s se rã o
seu e sp írito p a ra o Pai, ou seja, p a ra o
ju lg a d a s d ia n t e do T r o n o B ra n c o , o
Céu, 0 lu g a r de h ab itaçã o de D eus (Lc
Juízo F in a l (Ap 20.11-15). A g u a rd em o s
23.46). Não há com o m en surar tam an h a
p ie d o sa m e n te o R ein o E tern o, o N ovo
a le g r ia do la d r ã o ao o u v ir de Jesus a
Céu, a N ova T erra e a N ova Jerusalém !
p ro m e ssa de u m en co n tro no P araíso .
E ste lu g a r é a e x p re ssã o de tod a som a
d a s b e m - a v e n t u r a n ç a s e m C r is to . O
a p óstolo Paulo fo i arre b ata d o e levad o
ao P a ra íso (2 Co 12.4), que é o m esm o
lu g a r que ap arece em A p o ca lip se 2.7. SINOPSE I
2. 0 que é a Cidade E terna? Depois do
O P a r a ís o e a N o v a J e r u s a lé m
julgam ento final, após 0 M ilênio (Ap 20),
com o r e a lid a d e s e te rn a s do
e a purificação da Terra por m eio de fogo
Céu.
(2 Pe 3-io), su rg irá a N ova Jeru salém ,
q u e f ig u r a co m o a C id a d e E te rn a de
D eu s (Ap 3.12; 21; 22). Q u an do e ste v e

92 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR AB R IL - M A IO • JUNHO 20 24


cherá de sua glória. Conform e 0 apóstolo
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO
P a u lo e s c re v e u , h a v e rá r e c o n c ilia ç ã o
g e ra l de to d a s a s c o is a s , em q ue Céu
“ O S ig n ific a d o de J erusalém para
e T e rra se rã o a m e s m a g r e i (Cl 1.20).
a Igre ja C ristã
Por is s o , o p e rfe ito e e te rn o e sta d o é
A cid a d e de Je ru sa lé m ta m b é m
d escrito na B íblia com o u m lu g a r belo,
fo i im p o rta n te para a ig r e ja c ris tã .
(1) J e ru sa lé m fo i o b e rç o d o c r i s ­ de sa n tid a d e e p erfeição , p o is a a n tig a
tia n is m o . F oi a li q u e Jesu s C r isto o rd e m , em q u e im p e r a v a a n a tu r e z a
fo i c r u c ific a d o e r e s s u s c i t o u d o s do pecado, foi abolida e deu lu ga r a um
m o rto s. Foi ta m b é m em Jeru salém lu g a r san to , pu ro e p erfeito .
que o Cristo ressu scitad o ‘d erram o u ’ 2. O e s t a d o p e r f e it o à lu z d e A p o ­
o E sp írito S an to sob re os d iscíp u lo s c a lip s e 2 2 .1 -5 . O liv r o do A p o c a lip s e
no dia de P e n te c o ste [ ...] . A p a rtir t r a z a lg u n s sím b o lo s q u e d e s c re v e m
d essa cid ad e, a m e n sa g e m de Jesus de m an eira m ais v ivid a o d ivin o estado
C risto se e sp a lh o u ‘ a té aos co n fin s perfeito de todas as coisas. São sím bolos
da te r r a ’ (A t 1.8; cf. Lc 2 4 .4 7 ). [...] que co m u n ica m a sin g u la rid a d e d esse
(2) Os a u to re s do N ovo T e sta m e n to n ovo estado: a) u m rio; b) a árvore; c) a
aceitaram grande parte do significado ausência de males; d) a presença de Deus.
de Jeru sa lém para 0 A n tig o T e s t a ­ a) A vida eterna descrita como um rio. O
m en to , m as tam b é m re co n h e ceram apóstolo João d escreve essa etern idad e
0 seu sim b olism o relacion ad o a um a com o um rio da vid a que brota do trono
cidade celestia l. Em ou tras p alavras, de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1). Aqui, está
q u an d o 0 N ovo T e s ta m e n to re tra ta presente 0 aspecto sim bólico do rio como
Jeru salém com o a cid ad e sa n ta , não sím b olo de vid a que em d iversas v e z e s
se refere apenas a um lu gar na terra, 0 S en h or Jesus m en cio n o u com o á gu a
m as no céu, onde Deus habita e onde da vid a (Jo 4.10; cf. SI 46.4; Ez 47.1-12).
Cristo govern a à sua d ireita (isto é, 0 b) A vida eterna descrita como árvore.
lu g a r de m aio r h on ra e au torid ad e). A á rv o r e da v id a re m o n ta ao liv r o de
D a li, E le e n v ia a s s u a s b ê n ç ã o s e G ê n e s is (A p 2 2 .2 ; c f. G n 2 .9; 3 .22).
d a li Jesus irá r e t o r n a r .” (B íb lia de Seus 12 fru to s, de m ês em m ês, e su as
E stu d o P e n te c o s ta l E d içã o G lo b a l. fo lh a s sim b o liz a m a vid a que triu n fo u
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p .6 9 6 ). sob re as e n fe rm id a d e s e a m orte. Não
h a v e rá m a is d ores n e m d o e n ça s, p o is
no d iv in o e sta d o e te rn o , a m o rte n ão
II - O ETERNO E PERFEITO p rev a lec erá m ais.
ESTADO c) A vida eterna sem males. Não haverá
l. maais “ maldição contra alguém ” (Ap 22.3).
O e stad o p e rfeito à lu z da d ou trin
b íb lica . De G ênesis a A po calipse, há um O p roblem a do co ra ção do ser h u m an o
p r o p ó sito d iv in o n a c o n su m a ç ã o d o s será para sem p re reso lvid o, p o is o m al
sécu los, onde tudo ocorrerá por ocasião será plenam ente erradicado. Ali, 0 trono
da Segunda V inda de Cristo Jesus, após 0 de Deus e do Cordeiro e starão ce n tra li­
M ilênio, em que serão estabelecidos um za d o s no co ração do se r h u m an o.
N ovo Céu e u m a N ova T erra (Ap 21.1). d) A vida eterna na presença de Deus.
N esse te m p o , o p r o p ó sito o r ig in a l de C o n te m p la r e m o s a D e u s fa c e a fa c e
D eus se c u m p rirá e tod a T e rra se e n ­ (1 Co 13.12), e sua presen ça será a n ossa

AB R IL • M A IO • JUNHO 2024 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 93


lu z para sem p re (Ap 22.4). Que a le g ria III - O ESTADO FIN AL DE
in d iz ív e l! P re s ta re m o s c u lto o lh a n d o TOD OS OS SA N TO S
d iretam ente para Ele. Sua presença g lo ­ 1. O q u e t o d o c r e n t e s a l v o d e v e
riosa fará com que não haja m ais noite, e s p e r a r ? Os s a n to s de D eu s, ta n to do
n ão h av en d o m ais q u alq u er escu rid ão, A n t ig o q u a n to do N o vo T e s ta m e n to ,
e para sem p re re in a re m o s com Ele. n u nca v iv e ra m n esta T erra com a ideia
d e p e r m a n e c e r n e la e te r n a m e n t e . O
p a t r i a r c a A b r a ã o v i v i a n e la c o m a
e s p e r a n ç a d a C id a d e C e le s t ia l, c u jo
SINOPSE II
c o n stru to r é D eus (Hb 11.9,10; Gl 4.26;
A v id a e t e r n a é d e s c r it a n a B íb lia Hb 11.16). M o isé s p a sso u p o r e la com
c o m o u m r io , u m a á r v o r e , lu g a r e s s a m e s m a in te n ç ã o , d e ix o u 0 E gito
s e m m a le s e a p r e s e n ç a e te r n a e su a g ló r ia p o rq u e tin h a c o n s c iê n c ia
d e D eu s. de a lgo m elhor, a reco m p en sa g lo rio sa
(Hb 11.24 -2 7). Por isso , o c r is tã o q ue
v iv e n e s te m u n d o sa b e q u e, a q u i, e le
é p e r e g r in o n e s ta jo rn a d a , p o is e s tá
AUXÍLIO BÍBLICO -TEOLÓGICO c o n scie n te de que o seu lar, a su a v e r ­
d a d e ira c id a d e , é a c e le s t ia l de o n d e
R io e Á rv o re da V ida o n o s s o g r a n d e e m a r a v ilh o s o D eu s
“ 0 Rio Puro da Água da Vida. Este h a b ita (Ap 21.3,22; 22.3).
rio a p a r e n te m e n te lite r a l su g e re 0 2. V iverem os todos em unidade. Ao se
flu x o c o n tín u o do E sp írito S an to e fa zer m enção dos in scritos nas 12 portas
da vid a , da b ên ção e do pod er e s p i­ da cidade, onde estão os n om es das 12
ritu a l q ue Ele n os dá (cf. 7.17; 21.6; tribos de Israel, e dos alicerces levam os
22.17; Is 4 4 .3 ; Jo 7-37-39). 0 rio é um nom es dos 12 apóstolos está evidente que
lem brete de que as pesso as ainda são se trata de pesso as o rig in ária s de todas
d ep en d en tes de D eus Pai e de C risto as eras (Ap 21.9-14). As pessoas tanto de
Jesus para tu do na su a v id a , a ssim Israel qu an to da Igreja serão reu n idas,
com o sem p re foram . form an d o u m só Corpo de Cristo, c u m ­
A Árvore da Vida. Este pode ser um p rind o-se plenam ente dessa form a 0 que
su b stan tivo coletivo, re fe rin d o -se às e stá e scrito em G álatas: “ n isto n ão há
árvores que revestem am bos os lados judeu n em g re g o ” (Gl 3.28). V iverem os
do rio da vida. Esta árvore se refere à n a N ova C idade se m q u a lq u e r tip o de
vida eterna dada a todos os m em bros se g re g a çã o , d isc rim in a ç ã o e d iferen ça
do povo de D eus (G n 2.9; 3.22). As de c la s s e s , p o is se re m o s u m só p o v o
folhas que curam in d icam a ausência em C risto Jesus.
de qualquer coisa que traga dano físico 3. F in alm e n te em casa. Sabem os que
ou esp iritu a l (cf. Ez 47.12). O bserve n o s s a m o ra d a fin a l n ão é a q u i n e s te
que m esm o em nossos corpos im ortais mundo, nem na sepultura, prova disso é
serem os dependentes do Senhor para que som os d en om in ad o s de p e re grin o s
obterm os força, vida e saúd e.” (Bíblia e e s tr a n g e ir o s n e sta T e rra (Hb 11.13).
de Estudo P e n te co stal Edição G lobal. O a p ó sto lo P au lo n o s le m b ra de q ue a
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p .2469). n ossa cidade está nos Céus (Fp 3.20). Os
c ristã o s que v erd a d e ira m e n te m an tê m

94 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 2024


c o m u n h ã o c o m C r is to e su a P a la v r a
c u ltiv a m em seu coração o d esejo de ir
IV
p a ra a ca sa, co m o a n e la v a o a p ó sto lo V iv e r e m o s n a N o va C id a d e
d os ge n tio s (2 Co 5.8; Fp 1.21,23). Essa é
s e m q u a lq u e r tip o de
a n ossa g ra n d e reco m p en sa de quando
fin d arm o s, aqui na T erra, a n ossa jo r­ s e g r e g a ç ã o , d is c rim in a ç ã o
nada. Essa é a bendita esperança de todo e d ife r e n ç a de c la s s e s , p o is
cristão sincero que deseja m orar no Céu. s e r e m o s u m só p o v o e m
C r is to J e s u s .”

S IN O P S E III
N o E s ta d o F in a l, fin a lm e n t e , p o ­ e n fre n ta re m o s in im ig o s que in te n ta m
d e r e m o s d iz e r : e s t a m o s e m c a s a . n o s d e s v ia r d a ro ta p a ra o C éu . P or
isso , d u ran te a tra v e ssia da jorn a d a , é
n e c e s s á r io to d a v ig ilâ n c ia e z e lo , s a ­
b e n d o q ue aqu E le que co m eço u a boa
obra a a p e rfe iço a rá até o dia do n o sso
CONCLUSÃO S en h o r Jesus C risto (Fp 1.6). P ortan to,
O Céu é 0 d e s tin o fin a l de u m a jo r­ c o lo q u e m o s n o s s o s o lh o s no A u to r e
n ada que se in iciou com 0 N ovo N asci­ C o n sum ad or da n ossa fé, olh an d o para
m en to. Do in ício da jorn ada até o fin a l, fren te, pois a Canaã C elestial é logo ali.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Com o p o d em o s d e fin ir o P araíso ?


U m a d efin ição que p o d em o s m en cio n a r de p a ra íso é o Céu co m o m orad a de
D eus, d os a n jo s e d os sa lv o s (2 Co 1 2 .2 -4 ).
2. De on d e v irá a N ova Jerusalém ?
Do céu.
3. De acordo com a lição, com o o p erfeito e etern o estad o é d escrito na Bíblia?
O perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia com o um lu gar belo, de santidade
e p erfeição , p o is a a n tig a o rd em , em que im p erav a a n atu re za do pecado, foi
abolida e deu lu g a r a u m lu g a r sa n to , pu ro e p e rfeito .
4. Q u ais os sím b o lo s a p re se n tad o s no liv ro de A p o c a lip se que d escre v e m o
d ivin o e stad o p e rfe ito de to d as as coisas?
São sím b o lo s q ue co m u n ica m a sin g u la rid a d e d esse n o vo estad o: a) u m rio;
b) a árvore; c) a a u sê n cia de m ales; d) a p resen ça de D eus
5. O que os c ris tã o s sin c e ro s d ev e m c u ltiv a r em seu coração?
Os cristãos que v erd ad eiram en te m an têm com un h ão com C risto e sua Palavra
c u ltiv a m em seu coração 0 d esejo de ir para a casa, co m o a n e la va 0 a p óstolo
d os g e n tio s (2 Co 5.8; Fp 1.21,23).

AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24 LIÇÕES B ÍB LIC AS • PROFESSOR 95


A n o ta ç õ e s do P r o fe s s o r

Clique aqui para fazer sua anotação

LEITU RA S PARA APROFUNDAR

https://www.cpad.com.br/escatologia-pentec

https://www.cpad.com.br/daniel-e-apocalipse

E scatologia Pentecostal
Daniel e A pocalipse
Por meio de relatos cronológicos Uma análise segura sobre os principais
extraídos da análise interpretativa assuntos de cada capítulo destes dois
da teologia pentecostal, com base livros proféticos e escatológicos das
na revelação gradual das Escrituras Escrituras Sagradas.
proféticas da Bíblia Sagrada, este livro
sucinto e direto ao ponto, apresenta
todo o desencadeamento escatológico.

96 LIÇÕES B ÍBLICAS • PROFESSOR AB R IL • M A IO • JUNHO 20 24


VOCÊ REALMENTE CONHECE
O MINISTÉRIO DE CAPELANIA?

O m in is t é r io d e c a p e la n ia d e s e m p e n h a u m p a p e l v it a l n a p r e s t a ç ã o d e c u id a d o s e s p ir it u a is
e e m o c io n a is e m u m a v a r ie d a d e d e c o n t e x t o s , c o m o h o s p it a is , p r is õ e s , e m p r e s a s , f o r ç a s
a r m a d a s e c o m u n id a d e s e d u c a c io n a is .

P r im e ir a m e n t e , a c a p e la n ia o f e r e c e a p o io e s p ir it u a l e e m o c io n a l p a r a in d iv í d u o s e n f r e n t a n d o
s it u a ç õ e s d e s a f ia d o r a s . E m a m b ie n t e s c o m o h o s p it a is , p o r e x e m p lo , c a p e lã e s a c o m p a ­
n h a m p a c ie n t e s e s u a s f a m í lia s , o f e r e c e n d o c o n s o lo , e s p e r a n ç a e o r ie n t a ç ã o e s p ir it u a l.
E m p r is õ e s , e l e s o f e r e c e m u m c a m i n h o p a r a a r e d e n ç ã o e t r a n s f o r m a ç ã o p e s s o a l , a j u d a n d o o s
d e t e n t o s a e n c o n tr a r u m p r o p ó s ito e d ir e ç ã o .

M u it a s v e z e s , c a p e lã e s e s t ã o n a l in h a d e f r e n t e , o f e r e c e n d o a p o i o e m o c i o n a l e e s p i r i t u a l e m
m o m e n t o s d e g r a n d e n e c e s s i d a d e , c o m o a p ó s d e s a s t r e s n a t u r a is o u a t a q u e s t e r r o r i s t a s .

A C a p e la n ia ta m b é m é u m a p o r ta d e e n tr a d a p a r a o in g re s s o n a s F o r ç a s A r m a d a s .

S a i b a m a is s o b r e a f o r m a ç ã o o n - l i n e e m c a p e la n i a d a C G A D B . U m a p a r c e r i a e n t r e a F a c u l d a d e
F A E C A D e o C o n s e lh o d e C a p e la n ia d a C G A D B .

SA IBA M AIS
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CONFERÊNCIAS
■SLvLA
4INICAL
2024 O E s p ír ito S a n t o c a p a c ita n d o a Ig r e ja
p a r a o e n s in o d a V e r d a d e . Jo 14.26

Prepare-se para o evento que tem marcado a Escola Dominical no Brasil!

8 PL E N Á R IA S - 28 SEMINÁRIOS - 14 W O R K S H O P S

E MUITOS
OUTROS

14 A 17 DE MARÇO

11 A 14 DE JU LH O

A 31 AGOSTO

A 15 SETEMBRO

DATA A DEFINIR
https://qr.page/g/4PcY2DpkuZw
IN F O R M A Ç Õ E S E INSCRIÇÕES:
(2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 5 2 © (2 1 ) 9 6 4 5 2 -2 9 9 0
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