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VENDA PROIBIDA

^ A n o 2 4^ - N c pa d c^o f R^ 13 ’

As evidências de uma
educação cristã que
faz a diferença
REPORTAGEM jÈ & ^i
Projeto Curso de Teologia Kids e Teen m® ^ * |^ ~
da Assembléia de Deus em Jundiaí (SP) ÊÊQ ML

CONVERSA FRANCA EM E V ID Ê N C IA A IGREJA DE ^


Entrevista com o pastor Rayf ran Ba- Assembléia de Deus na serra catarinen- CRISTO E O IM P É R IO D O M AL:
tista, líder da Assembléia de Deus em se resgata a Escola Bíblica Dominical C O M O V IV E R NESTE M U N D O
Santa Inês (MA), sobre a im portância depois de nove anos sem funciona- D O M IN A D O PELO ESPÍRITO
do discipulado para a vida da igreja. mento do seu departamento de ensino. D A B A B IL Ô N IA
f f í Ó jO Í Ü Ü Ü

3r. Kittan

JORDÂNIA
Editorial

EXPEDIENTE
P re sid e n te da CGADB
S u b síd io s para a Esco ia D o m in icial,
José W ellington Costa Júnior
o r ie n t a ç õ e s s o b re d is c ip u la d o e
P reside nte d o C onselho A d m in is tra tiv o
José W ellington Bezerra da Costa artig o s vo ltad o s ao cre scim e n to do
D ire to r-e x e c u tiv o
Ronaldo Rodrigues de Souza ed u cad o r cristão
E d ito r-c h e fe
Silas Daniel
A humanidade já atravessou diversos estágios culturais em que
G eren te de P ub licaçõe s
Alexandre Claudino Coelho princípios divinos foram atacados, contudo a Igreja sempre se
G eren te F in a n ce iro manifestou nesses momentos difíceis munida da Palavra de Deus
Josafá Franklin Santos Bom fim a fim de apresentar o real propósito divino ao ser humano e
G eren te C o m e rcia l levá-lo ao esclarecimento e à salvação em Cristo. Hoje em dia,
Cícero da Silva
a situação não é diferente.
G eren te de P rod uçã o
Jarbas Ramires Silva Em Efésios 6.12, o apóstolo Paulo esclarece que a luta dos
G eren te d e C o m u n ic a ç ã o fiéis em Cristo não é contra a carne ou o sangue, mas contra
Leandro Souza da Silva
as hostes espirituais da maldade, que têm te ntad o im plantar
C h efe de A rte & D esign
W agner de Almeida um desvirtuamento dos valores por meio de uma mentalidade
P ro je to G ráfico, D ia g ra m a ç ã o e capa "progressista" disseminada através de programas de televisão,
Suzane Barboza
escolas e universidades, pela m ilitância de intelectuais, p o líti­
P ro je to D ig ita l
A lan Valle cos, influenciadores e professores que defendem a doutrinação
Fotos progressista.
S h u ttersto ck O pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista - vice-presidente
TELEMARKETINC da Rede Assembleiana de Ensino (RAE) e líder da Assembléia de
0800 021 7373 Deus de Missão do Distrito Federal (ADMDF) - é o comentarista
2a a 6a das 8h as 17:30min
das L iç õ e s B íb lic a s A d u lt o s da CPAD do 3o trim estre deste ano
Opção 2 - Igrejas, cotas e assinaturas
Opção 3 - Colportores e Lojistas
em que tópicos imprescindíveis são analisados à luz das Escritu­
Opção 4 - Pastores e demais clientes ras Sagradas, como: a realidade bíblica para os dias de hoje no
Opção 5 - SAC cenário global, a deturpação da natureza humana, a valorização
ASSINATURA IMPRESSA do aborto na sociedade atual, a desconstrução da masculinida­
R$ 111,60 - (2 anos)
de e da fem inilidade bíblicas, a renovação do homem interior,
ASSINATURA DIGITAL
R$ 29,00 (1 ano) o cultivo da convicção cristã, dentre outros. Pastor Douglas é
www.cpaddigital.com.br nosso entrevistado na E n tre v is ta d o C o m e n ta r is ta .
ATENDIMENTO ASSINATURA IMPRESSA A E n s in a d o r C r is t ã o traz tam bém , como a rtig o de capa, os
(21) 2406-7432
benefícios da educação cristã na vida do ser humano, além de
E-mail: assinaturas@cpad.com.br
SUPORTE ASSINATURA DIGITAL outros artigos, como um sobre a importância de uma boa b i­
(21) 2406-7315 blioteca para a vida ministerial do professor de EBD. Há ainda
E-mail: cpadweb@cpad.com.br os subsídios para as aulas de Escola Dominical para as revistas
Ano 24 I n °9 4 I jul/agos/set de 2023 de várias faixas etárias. O entrevistado da página 11 - seção
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, C o n v e rs a F ra n c a - é o líder da Assembléia de Deus em Santa
lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Inês (MA) e d iretor do Instituto Bíblico Pastor Estêvam Ângelo
Publicadora das Assembléias de Deus.
C orrespondência para pu blicação deve ser e n d e re ­ de Souza (IBPE), pastor Rayfran Batista da Silva, que fala sobre
çada ao D e p a rta m e n to de Jornalism o. As remessas o discipulado cristão e a importância da Escola Dominical nesse
d e v a lo r (p a g a m e n to d e a ssina tura , p u b lic id a d e
etc.) e x c lu s iv a m e n te à CPAD. A d ire ç ã o é re s p o n ­ processo. Ele é autor da obra O D is c ip u la d o E fic a z e o C re s c i­
sável p e ra n te a Lei p o r to d a m a té ria p u b lic a d a . m e n to d a Ig re ja (CPAD).
P era nte a igreja, os a rtig o s assinados são d e res­
p o n s abilida de de seus autores, não re prese ntan do Cremos que esta edição da revista E n s in a d o r C ris tã o será bênção
necessariam ente a o p in iã o da revista. Assegura-se
a publicação, apenas, das colaborações solicitadas.
para a sua vida e o seu m inistério. Nesta certeza, desejamos a
O m e s m o p rin c íp io vale para an úncios. você uma boa leitura. E até a nosso próxima edição!
Revista Ensinador Cristão
E-mail: e n sin a d o r@ c p a d .c o m .b r
06 Q CAPA
Evidências de uma educação
cristã que faz a diferença

(jg ) ARTIGO
As Cartas Pastorais e seu
papel na firmeza de um caráter
sadio da juventude cristã

18 (É ) ARTIGO
Os fundamentos da Fé Cristã nas
Epístolas Gerais e sua influência na
formação do caráter cristão

36 @ SUBSÍDIOS
De que maneira o crente
deve se com portar neste
mundo pecaminoso

05 Q ESPAÇO DO LEITOR

Divulgue as atividades
10 0 ED EM FOCO
do departamento de
ensino de sua igreja
11 O CONVERSA FRANCA
Entre em contato com
22 Q REPORTAGEM ENSINADOR CRISTÃO
Avenida Brasil, 34.401
Bangu • Rio de Janeiro • RJ
25 ^ ENTREVISTA DO COMENTARISTA
CEP 21852-002
Telefone 21 2406-7371
29 O SALA DE LEITURA Fax 21 2406-7370
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44 (J ) ARTIGO SETOR DE ASSINATURAS
A te n d im e n to a to d o s
os nossos periódicos
46 0 EM EVIDÊNCIA
M ENSAG EIRO D A PAZ
M A N U A L DO O BREIR O
EN SIN A D O R CRISTÃO
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Espaço de Leitor

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® C onteúdo p e d agóg ico


A precio a leitura da revista E n s in a d o r C ris tã o por causa do
conteúdo pedagógico e as dinâmicas que auxiliam o professor em H ■■ -t•
seu desempenho educacional. Eu costumava distribuir exemplares
da revista em minhas palestras. Eu a indico para os líderes, superin­
tendentes de EBD e professores. Vale a pena conferir seu conteúdo.
Pr. Vantuil Gonçalves dos Santos, São Gonçalo (RJ)

® E d ificaçã o e crescim ento m in is te ria l tí-teC.


no área do ensino
Eu aprecio a leitura da revista E n s in a d o r C ris tã o . Chamo a
atenção especialmente para os assuntos abordados pelos articu­
listas convidados a escrever para a revista. O conteúdo da revista
E n s in a d o r C ris tã o sempre nos traz edificação e crescimento no
nosso ministério do ensino.
Pr. Joacir Gomes, Sertãozinho (MA)

® Q u a lid a d e e d ito ria l


Desejo parabenizar o belo e maravilhoso trabalho da equipe
responsável pela edição da revista E n s in a d o r C ristã o. Considero-a
uma revista ótima. Eu a adquiri pela primeira vez e gostei muito!
•. ‘ r
Carla Milucia, via email L».- ’*. - i

® Excelente subsídio ao le ito r


A revista E n s in a d o r C ris tã o oferece um excelente subsídio!
Além dos resumos das lições do trimestre, eu aproveito muito as
reportagens com temas atuais relacionadas ao ensino cristão. Eu
me sinto motivado ao ler sobre as ações relacionadas com a Escola 1*
Bíblica Dominical em outras regiões do país.
COMUNIQUE-SE COM A Pr. Abimael Junior, Curitiba (PR)
ENSINADOR CRISTÃO
© A p ro fu n d a m e n to e s u p o rte
A revista E n s in a d o r C ris tã o tem sido um material de suma im­
portância para aqueles que têm interesse em se aprofundar nos
Por fax: 21 2406-7370
temas relevantes do trim estre da EBD. Os artigos apresentados
Por email: ensinador@cpad.com.br
nesse periódico também sempre nos auxiliam contra as armadilhas
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e ciladas desses dias trabalhosos. Como obreiro na casa de Deus,
Entre em contato com a posso dizer que encontro suporte para questões ministeriais lendo
revista Ensinador Cristão. essa revista.
Sua opinião é Johnathan Ouverney, Rio de Janeiro (RJ)
importante para nós! ® A judo no desem penho d oce nte
ensinador@ cpad.com .br A E n s in a d o r C ris tã o é uma revista que traz conteúdos atuais,
ajudando o professor a desempenhar um trabalho melhor na EBD
Devido às limitações de espaço, as e também ajudando a liderança nas atividades de diversos depar­
cartas serão selecionadas e transcritas tamentos, como o de adolescentes, que é o meu caso.
na íntegra ou em trechos considerados Eliúde Lima de Almeida, Manaus (AM) %
mais significativos. Serão publicadas
as correspondências assinadas e ® E scritos fo rm u la d o s p o r m ilita n te s do fé cris tã
que contenham nome e endereço A revista E n s in a d o r C ristã o tem um material riquíssimo e fun­
completos e legíveis. No caso de uso damental para educadores cristãos. Seu conteúdo é form ulado
de fax ou e-mail, só serão publicadas por articulistas que militam no ensino das Sagradas Escrituras.
as cartas que informarem também a Considero excelentes seus subsídios para a formação continuada
cidade e o Estado onde o leitor reside. de pastores, superintendentes e professores da Escola Dominical.
Pr. Leonardo Albuquerque, Rio das Ostras (RJ)

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V
EVID EN C IA S DE
U M A EDUCAÇÃO
CRISTÃ QUE FAZ
A DIFERENÇA
Neste breve estudo, desejamos corpo de C risto" (Ef 4.12 - ARA).
ressaltar algumas evidências de uma Por isso, antes de tu d o é necessá­
educação cristã que faz a diferença. rio vocação. Devemos considerar
Temos com o o b je tiv o c o n trib u ir que não existe educação cristã de
com educadores e educandos no qualidade, que faz a diferença, sem
processo de ensino e aprendizagem educadores vocacionados, dedica­
dentro do contexto da Escola Bíblica dos ao ministério do ensino e que
Dominical. amam aquilo que fazem. Todos os
Sabemos que a educação cristã elementos da educação cristã - como
que faz a diferença começa com educador, educando, material didáti­
o educador, que, cônscio de sua co e infraestrutura - são importantes,
chamada para a educação cristã, mas nada fluirá com excelência sem
e n te n d e que rece b e u um d om que haja educadores capacitados.
especial da parte de Deus para ser Esse ofício foi entregue a poucos,
e xercid o com ded ica ção e zelo, e dos tais é exigido "dedicação ao
visando a agradar À q ue le que o ensino" (Rm 12.7).
vocacionou para o m inistério do Para que tenham os uma edu­
ensino, te nd o em vista o "aperfei­ cação cristã que faz a diferença,
çoam ento dos santos para a obra tam bém é fundam ental uma boa
do ministério, para a edificação do com unicação. De acordo com o

'e
m m à,i .

ENStNADOfi CRISTÃO 7
/ /
"A aprendizagem
não é um processo
estático, mas,
sim, dinâmico e
contínuo, sobretudo
Dicionário Aurélio, com unicar é paga pelo ar; e o receptor, o servo
no que diz respeito que decodificou a mensagem; e a
"fazer saber, tornar comum, parti­
cipar. Por em contato ou relação,
è Bíblia Sagrada. O seguir temos o feedback: "Porém,
estabelecer com unicação entre, propósito de Deus o servo lhe disse; como hei de pôr
ligar, unir." G ilb e rt H ighet afirma é que aprendamos isto diante de cem homens?". Eli­
que "não existe uma só atividade Sua Palavra de seu voltou a falar: "Dá-o ao povo,
para que coma; porque assim diz
humana que não seja afetada ou forma contínua"
q u e não possa ser p ro m o v id a o Senhor: com erão e sobejará".
através da com unicação". A co­ O bservem os que o processo de
municação é im portante e imprescindível para que comunicação entre mestre e discípulos neste episódio
haja entendim ento entre os indivíduos e para que o ocorreu com eficiência.
ensino seja eficaz. Se houver falhas na comunicação, O utro ponto im portante é que a educação cristã
o ensino não cumprirá seus objetivos. Os principais que faz a diferença tem seus objetivos centrados nas
e le m e n to s na m ecânica da co m unicação são: (1) Escrituras. Neste ponto, querem os destacar alguns
o emissor, que codifica e envia a m ensagem ; (2) o objetivos bíblicos da educação cristã ressaltados pelo
receptor, que decodifica e interpreta a mensagem mestre de saudosa memória pastor Antônio Gilberto: o
recebida; (3) a m ensagem , o que é tra n s m itid o , o conhecimento da Bíblia como Palavra de Deus (Jo 8.32;
conteúdo; (4) o código, que com preende os meios S1119.105; 2Pe 1.19; 3.18); a salvação doaluno (Tg 1.21;
através d o quais a m ensagem é tra n s m itid a (fala, 1Pe 1.23; SI 51.13; 2Tm 3.15); o crescimento espiritual do
escrita, gestos e imagens); (5) o canal, meio pelo qual aluno (1 Pe 2.2,5 "vades crescendo"; "sois edificados",
a m ensagem p o d e circular (jornal, revista, fo lhe to, Ef 4.15,16; 1Sm 2 .2 6 -também crescimento social); vida
folder, televisão, rádio, celular, sites, mídias sociais, consagrada a Deus (Mc 12.30; 1Ts 5.23,24; Rm 12.1-2;
dentre outros); (6) e feedback ou retroalim entação, M t 16.24; Lc 5.11,28 - "deixaram tu do e o seguiram");
que trata-se do retorno da mensagem comunicada. preparação do crente para o serviço cristão (2Tm 2.15;
Nesse m om ento, é necessário observar se o aluno 3.16,17 - 1Tm 3.8: "não neófito"); e renovação espiritual
está a ssim ila n do , d e c o d ific a n d o o c o n te ú d o da constante (2Co 4.16; Ef 5.18; Tt 3.5; 2 Tm 1.6).
mensagem transm itida. A educação cristã que faz a diferença compreende
Na Bíblia, encontramos vários exemplos de uma boa o valor do ensino bíblico. Em 2 Timóteo, Paulo mostra
comunicação. Vejamos, por exemplo, a situação que se que as Escrituras são proveitosas para ensinar (2Tm
apresenta entre o profeta Eliseu e seus discípulos em 3.16). O te rm o "e nsin ar", no original, é didaskalia,
Gilgal, onde havia muita fom e (2Rs 4.42-44). Se não, significando "instrução", "arte ou maneira de ensinar".
vejamos: "Veio um hom em de Baal-Salisa e trouxe Também tem o sentido de alerta ou admoestação (Rm
ao hom em de Deus pães das primícias, vinte pães 15.4; 1Co 10.11). Já "repreensão" (2Tm 3.16) no original
de cevada, e espigas verdes no seu alforje". Logo em tem o sentido de fazer perceber o que está em ordem
seguida, vemos o transmissor: "Disse Eliseu". Então, em nossa vida. Por sua vez, "correção" (2Tm 3.16) é,
observamos uma mensagem que foi transm itida. A no grego, epanorthosis, significando "endireitar-se
mensagem, o conteúdo, era "Dá-o ao povo para que novam ente", "retificação", "correção", "colocar em
com a". O código foi a fala no vernáculo do profeta e ordem ", "reparar", "restituir". A "educação na justiça"
seus discípulos; o canal, a fala verbalizada que se pro­ (2Tm 3.16) tem como termo educação aqui, no original,
paideia, que tem o sentido de tutela, educação ou trei­ na formação do cânon das Escrituras é que aprenda­
namento, correção disciplina. Por fim, tudo isso é "para mos sua Palavra de forma contínua para alcançarmos
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente aperfeiçoamento e maturidade cristã (Ef 4.14-16). Assim,
instruído para toda boa obra" (2Tm 3.17). desejamos que Deus abençoe você através deste estudo
A educação cristã que faz a diferença é, por fim, e nos desperte a uma educação cristã de qualidade,
transformadora. Para Germano (2013), "o ensino da com educadores capacitados, alunos dedicados e um
Palavra de Deus não tem com o o b je tivo apenas a ensino solidificado na Palavra de Deus. •
transmissão de saberes, mas promover conhecimentos
que transformam vidas". Paulo, o maior educador da
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS:
história do Cristianismo, nos ensina em sua Segunda
1. GILBERTO, A n tô n io . O b je tiv o s da Educação Cristã na
Carta aos Coríntios: "Assim que, se alguém está em Escola Bíblica Dominical. A postila da 75“ Conferência de
Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; Escola Dom inical da CPAD em São Luís (MA): CPAD, 2008.
2. Bíblia d e Estudo Palvras-Chaves Hebraico e G rego. Rio
eis que tudo se fez novo" (2Co 5.17 - ARC). No texto
de Janeiro: CPAD, 2011.
supracitado, o apóstolo dos gentios mostra que a graça 3. D icionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Raydfran is
de Deus nos leva à mudança e à transformação. De igual Nova Fronteira, 1988. O livp tra e p a s ta r -e
4. G ERM ANO , Altair. P edagogia Transform adora. Rio de articulista, bacha­
modo, quando ele escreveu a Tito, também mostrou o
Janeiro: CPAD, 2013. rel em Teologia,
aspecto educativo da graça de Deus (Tt 2.12). Portanto, licenciado em
5. HENDRICKS, Howard. Ensinando para Transformar Vidas.
a educação cristã de excelência visa, por meio do ensino Venda Nova: Editora Betânia, 1991. Pedagogia, licen­
6. TULER, Marcos. Manual do Professor de Escola Dominical. ciando em Letras
das Escrituras, à transformação de vidas.
Rio de Janeiro: CPAD, 2002. e especialista em
Finalizamos destacando outro aspecto da educação Educação Superior.
Raydfran Leite de Oliveira é p a stor e articulista; Bacharel
cristã que faz a diferença: ela promove aprendizagem em Teologia, Licenciado em Pedagogia, Licenciando em É coordenador dos
bíblica contínua. Aprendizagem não é um processo Letras e Especialista em Educação Superior. Coordenador trabalhos pastorais
dos trabalhos pastorais da Área 62, na A ssem bléia de da Área 62 da As­
estático, mas, sim, dinâmico e contínuo, sobretudo no sembléia de Deus
Deus em São Luís (MA).
que diz respeito à Bíblia Sagrada. O propósito de Deus em São Luís (MA).

ENSINAOOR CRISTÃO
ED em Foco

ASSEMBLÉIA DE DEUS EM CUIABÁ


PROMOVE 6° SEMINÁRIO DE
ESCOLA BÍBLIA DOMINICAL PARA
PROFESSORES E LÍDERES

V alm ir N a s c im e n to M ilo m e n , a
p ro gram a ção do even to incluiu
plenárias, palestras, workshops e
mesas de debate visando sempre
à prom oção do aprendizado e à
reflexão sobre o real significado
do ensino cristão, que vai além da
mera transferência de conhecimen­
to te órico. O Grande Tem plo na
capital do M ato Grosso foi o local
para a realização do seminário, que
tam bém foi veiculado pela plata­
form a Doity. O evento aconteceu
nos dias 17 a 19 de novem bro de
O G rande Tem plo da A D em Cuiabá recebeu a 6a edição do seminário, que atraiu
m uitos interessados em reciclar seus conhecim entos da Palavra de Deus 2022 e contou com a presença de
1.287 alunos, com refeições sendo
local e m p re e n d e u a realização servidas a todos os participantes.
do 6o Seminário de Escola Bíblica As palestras foram conduzidas
Dominical, com vistas ao aprim o­ pelos pastores Esdras Bentho, que
ramento dos professores de EBD e discorreu o tema "Hermenêutica e
obreiros ligados à Seara do Mestre. Exposição Bíblica - Ensino e Prega­
O tema que norteou os trabalhos ção"; Jean Porto, que falou sobre
na igreja m ato-grossense fo i "O "O p o d e r do ensino b íb lic o na
ensino que desenvolve sabedoria formação espiritual infantojuvenil";
e e s p iritu a lid a d e ", com baee na e Hilton Sales, que palestoru sobre
passagem bíblica de 1 Coríntios "O ensino que promove vocação e
2.16-16. O líd e r asssem bleiano espiritualidade"; e os evangelistas
congratulou-se com os participantes Jonas Mendes, sobre "C om o dar
O pastor Silas Paulo de Souza, O conhecido escritor, comen­
líd e r da igreja, c o n g ra tu la - tarista e pastor Esdras Bentho do evento. "Louvamos a Deus pela uma aula em tem pos acelerados",
s e com os participantes do fo i um dos preletores convi­ vida de to do s obreiros, professo­ e W escley R odolpho, sobre "O
e v e n to e a n u n c io u o u tra s d ados ao eve n to realizado
pela A D em Cuiabá res, su pe rin ten de n tes da EBD e ensino que promove uma visão da
edições do seminário
aspirantes ao ensino b íblico que sociedade".
participam deste 6° Seminário da Ao final, o pastor Silas Paulo de
O m in is té rio do e nsino tem Escola Bíblica Dominical", declarou Souza m anifestou tam bém o seu
sido valorizado pela Assem bléia pastor Silas. contentam ento com a logística do
de Deus em Cuiabá (MT), liderada De acordo com o presidente evento, que atendeu aos participan­
pelo pastor Silas Paulo de Souza, do Conselho de Educação e Cul­ tes ao longo de to d o o seminário
que juntam ente com o m inistério tura da AD matogrossense, pastor na capital do M ato Grosso. •

10 ENSINADOR CRISTÃO
“ EM PRIMEIRO LUGAR, É
NECESSÁRIO QUE A LIDERANÇA
DA IGREJA COMPREENDA A
IM PO RTÂNCIA, A URGÊNCIA
E A PRIORIDADE QUE O
DISCI PU LADO DEVE TER NA
V ID A D IÁ R IA DA IGREJA”
Pastor Rayfran Batista fala
acerca do discipulado aos
novos crentes e enaltece a
Escola Bíblica Dominical

O pastor Rayfran Batista da Silva, líder da Assembléia de Deus em


Santa Inês (MA) e também atuante como diretor do Instituto Bíblico Pastor
Estêvam Ângelo de Souza (IBPE), professor de várias disciplinas bíblicas
e teológicas, graduado em Filosofia, Letras e História, pós-graduado em
Teologia pela FACETEN (RR) e pela Escola Superior de Teologia (EST-RS),
é o nosso entrevistado desta edição, trazendo esclarecimentos e informa­
ções acerca do discipulado como ferramenta eficaz no sentido de formar
novos cidadãos do Reino de Deus. O entrevistado é também autor de
diversas obras nas áreas de Bíblia, Teologia, Missões e História, dentre
eles O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja, editado pela CPAD.
O discipulado é uma prática que acompanha a Igreja de Cristo U
desde o seu nascedouro, em que os primeiros seguidores do Messias
anunciavam as Boas Novas e ensinavam os novos convertidos a como "E necessário que a
viverem neste mundo. Hoje em dia, a necessidade é a mesma. Urge liderança da igreja
termos bons discipuladores e mantermos a qualidade do conteúdo invista tempo na
ensinado para o crercimento saudável da Igreja. Com essa preo­
preparação de
cupação, os novos convertidos da igreja em Santa Inês, liderada
pelo pastor Rayfran, são atendidos por ramificações voltadas para
discipuladores e
o ensino: jovens e adultos nas classes de EBD; discipulado em na comunicação
casa; discipulado para crianças; discipulado para adolescentes; da visão bíblica do
e discipulado no presídio e na casa de recuperação de depen­ discipulado"
dentes químicos.

ENSINADOR Cristão 11
B ib iic a m e n te , o q u e é n eces­
sário para u m discip u lad o
eficaz?
Vou destacar pelo menos as três
primeiras necessidades: em primeiro
lugar, é necessário que a liderança
da igreja compreenda a im portân­
cia, a urgência e a prioridade que o
discipulado deve ter na vida diária
da igreja; em segundo lugar, é ne­
cessário que a liderança da igreja
invista te m p o na preparação de
discipuladores e na comunicação
da visão b íb lica d o d is c ip u la d o
ta n to para o c o rp o de obreiros
como também para os membros e
congregados da igreja; e em terceiro
lugar, deve-se começar pela estrutura
da Escola Bíblica Dominical, com
as pessoas e os recursos disponí­
veis, buscando a tender ta n to as
necessidades do novo na fé como
também estender o discipulado para
as demais faixas etáreas da igreja:
crianças, adolescentes, jovens, casais
e terceira idade.
Q uais são os princípios para Espírito Santo. Em terceiro lugar,
u m c re s c im e n to saudável à é preciso que haja um verdadeiro
luz das Escrituras? compromisso do discipulador em
O p rim eiro princípio do cres­ perseverar no tra b a lh o de fazer

cim e nto saudável da igreja está novos discípulos para o Reino de


no fa to de que é Deus que dá o Deus, dentre outras atitudes.

crescim ento (1Co 3.6-9) e que é a C o m o d ev e ser fe ita a in te ­


vontade dEle que a igreja cresça g ração dos novos c o n v e rti­
(1Tm 2.3,4). O segundo princípio dos na igreja?
está d e c la ra d o na G ran de C o ­ Cada cam p o ou ig re ja local
missão de Jesus à Sua Igreja (Mt deve se preocupar em desenvol­
28.19,20; Mc 16.15-20; Lc 24.47-49; ver suas próprias estratégias de
Jo 20.21; A t 1.8). Na grande ordem integração. Mas há algumas ações
de Jesus, está clara a Sua visão de e atitudes que não podem faltar,
crescimento, pois Ele fala de todo o como, por exem plo, praticar uma
mundo, de todas as nações (etnias) boa recepção a partir da entrada
e dos confins da Terra. O terceiro do templo; o uso de boas maneiras
princípio que deve ser observado
é que nenhum m étodo substitui a
// para com os visitantes; acom pa­
nham ento nos prim eiro s passos
regularidade da prática do ensino
"As revistas do novo na fé com uma calorosa
e da proclam ação da Palavra de saudação; o rie n ta ç õ e s p ráticas
Deus no te m p lo e nas casas (At
editadas pela nossa
sobre as programações e reuniões
5.42), sem e sq u e ce r os d em ais
CPAD têm sido
da igreja; entregar uma carta de
exem plos da Igreja d o p rim e iro uma ferramenta boas vindas; oferecer um exemplar
século, co n fo rm e os relatos de indispensável na da Bíblia ou do Novo Testamento;
Lucas no Livro de Atos dos A p ós­ tarefa de discipular anotar o nome, endereço e horário
tolos, principalm ente o capítulo 2, os nossos disponível para receber visitas etc.
versos 42 a 47. O quarto princípio Porém, den tre to da s as práticas
recém-decididos"
que desejo destacar é que a igreja, necessárias e apropriadas, a que
bem com o a sua liderança, não tem dem onstrado a maior eficácia
deve estar nos extremos. Isto é, ela é a visita pessoal nas prim eira s
nem deve praticar a numerolatria 24 ou 48 horas após a decisão,
Q uais as a titu d e s in d is p en sá ­
(adoração aos números) e nem a e e n tã o fa zer a in te g ra ç ã o e o
veis na vida do d iscip u lad o r
numerofobia (medo dos números). acom panham ento do novo na fé.
para q u e a sua a tiv id a d e seja
Nesse aspecto, a igreja deve buscar
eficaz? Q ual a im p o rtâ n c ia das revis­
sempre o equilíbrio.
Em prim eiro lugar, o discipula­ tas de D iscip u lad o da CPAD?
Quais as principais barreiras dor cristão precisa ser um verdadei­ Sem nenhuma dúvida, as revis­
para a p rática do discip u lad o ro e dedicado discípulo de Jesus tas editadas pela nossa CPAD têm
hoje? Cristo, pois somente os legítimos sido uma ferramenta indispensável
Conformismo da liderança e da seguidores de Jesus p odem ser na tarefa de discipular os nossos
igreja em geral, falta de uma visão bem-sucedidos no trabalho de fa­ recém-decididos. Elas podem ser
bíblica da im portância da prática zer novos discípulos para o Senhor utilizadas tanto no modelo semanal,
do d is c ip u la d o , n e g lig ê n cia no Jesus. Em segundo lugar, é neces­ em classes da Escola Bíblica Domi­
cumprimento da Grande Comissão, sário que o discipulador seja cheio nical, com o tam bém nos demais
tradicionalismo, falta de treinamen­ do Espírito Santo, cheio de amor dias da semana, nos lares e em
to b íb lic o -te o ló g ic o com ênfase pelas pessoas e cheio de fé (como outros lugares apropriados para a
na fo rm a ção de discip ulad o re s, Barnabé, Atos 11.24), evidenciando, ministração de seu rico conteúdo
dentre outras. inclusive, as virtudes do fruto do bíblico. •

ENSINADOR Cristão 13
Artigo
Silos Q ueiroz

FID E LID A D E , A FEIÇ Ã O E


SERVIÇO: A M ENSAGEM
DAS CARTAS PASTORAIS
As Cartas Pastorais lançam luz sobre um período jovens de nosso tempo de como é possível e glorioso
da vida do apóstolo Paulo não alcançado pela narra­ dedicar-se ao serviço cristão e ser útil ao Reino de
tiva feita por Lucas no livro de Atos. O texto lucano Deus a despeito das dificuldades e sofrimentos que
termina com o apóstolo cumprindo prisão domiciliar isso representa. Este é um propósito implícito no texto
em Roma pelo período de dois anos, depois de ter de todas as lições do trimestre que iniciamos. Sem
sido preso em Jerusalém e Cesareia e levado à capi­ dúvida alguma, Timóteo e Tito são exemplos inspi-
tal do Império Romano na longa e perigosa viagem rativos de amor, fidelidade e serviço para a juventude
narrada nos capítulos 27 e 28 de Atos. Mas, o que cristã do século XXI.
teria acontecido com Paulo depois disso? Viajou para Timóteo parecia desfrutar de
a Espanha, como há muito desejava (Rm 15.24,28)? um relacionamento mais afetu­
Não sabemos. As Cartas Pastorais não nos contam oso com Paulo em relação a
disso, mas nos falam bastante sobre a continuidade Tito, não por uma questão de
da vida e da obra de Paulo até o fim de sua carreira. predileção, certamente, mas por
Pelas Pastorais descobrimos que Paulo foi solto características distintas de persona­
de seu primeiro encarceramento em Roma e fez mais lidade e de construção de relaciona­
uma longa viagem - esta que podemos considerar sua mento. Um pouco mais jovem que
quarta viagem missionária (ou quinta, para aqueles Tito e de traços emocionais mais
que entendem que sua ida a Roma na condição de frágeis (2Tm 1.3-8), acredita-se que
preso tenha sido também uma viagem de missões). Timóteo tivesse menos de 20 anos
Nesse novo périplo, o apóstolo visitou várias cidades de idade quando acompanhou Paulo
da Macedônia, da Acaia e da Ásia Menor, até ser em sua segunda viagem missionária. Ele é
novamente preso - talvez em Trôade, na Ásia Menor, citado em várias cartas paulinas e aparece
ou em Nicópolis, na costa ocidental da Grécia (Acaia) com o apóstolo durante o seu primeiro
- e levado outra vez a Roma, onde termina sua vida e aprisionamento em Roma.
ministério dentro de uma das terríveis cadeias roma­ Solteiro assim como Timóteo, Tito era
nas, provavelmente a escura e fria Prisão Mamertina. grego (Gl 2.3), Enquanto as referências a Ti­
É de lá que ele escreve sua segunda carta a Timóteo móteo indicam alguma timidez e hesitação, Tito
e indica que já antevê sua m orte:"[...] já estou sendo apresenta um certo voluntarismo e mais diligência e
oferecido por libação, e o tempo da minha partida firmeza no trato de alguns assuntos eclesiásticos (2Co
chegou" (2Tm 4.6 - NAA). 8.16,17), sempre obediente e devotando profundo
Espiritualidade e afetuosidade respeito ao apóstolo (2Co 12.18; Tt 1.5). Enquanto
Para além de nos apresentar um rico cenário Timóteo foi encarregado de dirigir a já conhecida
histórico e geográfico do período entre o primeiro igreja de Éfeso, Tito recebe a incumbência de ficar
e o segundo encarceramentos de Paulo em Roma, em Creta, uma enorme ilha mediterrânea com várias
as Pastorais nos põem em contato com a beleza do igrejas de organização ainda incipiente e com um povo
relacionamento espiritual e afetivo entre o apóstolo e historicamente de difícil convivência. Uma característica
seus principais auxiliares, Timóteo e Tito, aos quais se comum entre as missões de Timóteo e Tito era zelar
dirige como a verdadeiros filhos. A juvenilidade, a fé e pela "sã doutrina", principalmente diante do surgi­
o compromisso desses fiéis cooperadores saltam das mento de falsos mestres, cujos ensinos ameaçavam
páginas bíblicas como contundentes exemplos para os a pureza do Evangelho de Cristo. •

14 ENSINADOR CRISTÃO
"Uma característica
comum entre as
missões de Timóteo
e Tito era zelar
pela 'sã doutrina', : :y

principalmente
diante do surgimento
de falsos mestres,
cujos ensinos
ameaçavam a pureza
do Evangelho"

ENSINADOR CRISTÃO 15
Lição 1 - Uma síntese da viagem de Paulo depois Lição 7 - A igreja com o fam ília; há um padrão
de solto de seu prim eiro aprisionam ento em Roma; comum de com portam ento; sua missão como coluna

breve biografia de Tim óteo; sua trajetória ministerial e firmeza da verdade; seu dever de preservar íntegra e

e seu comissionamento a Efeso. pura a mensagem do Evangelho; o perigo da pregação


moral, da espetacularização dos dons e de modismos.
Lição 2 - Os falsos mestres ameaçavam a fé dos
crentes efésios; Timóteo é credenciado para combater Lição 8 - Zelando por um tratam ento adequado a
os falsos ensinos com o um legítim o representante todas as pessoas; o padrão familiar replicado na igreja;
de Paulo, um delegado apostólico; o m eio eficaz de cuidado e mandamento às viúvas; as responsabilidades

com bate é a exposição da boa doutrina. da família com os seus.

Lição 3 - Para que a vida do cristão e da igreja em Lição 9 - A disciplina eclesiástica aplicada aos

geral possam ir bem, tudo deve começar com oração; presbíteros; o caráter público da repreensão; o cuidado
Silas Queiroz como orar, por quem orar; e a oração em tem pos de na escolha de líderes; as enfermidades de Tim óteo e
èpastor da AD secularismo e falta de fé. a questão do vinho.
em Ji-Paraná
Lição 4 - 0 co m p o rta m e n to da m ulher cristã: Lição 10 Paulo novam ente preso em Roma;
(RO); jornalista,
bacharel em discrição e moderação; o m inistério fem inino: visão veementes apelos a Tim óteo a prosseguir a despeito
Teologia e dos sofrimentos; os tem pos trabalhosos.
b íblica e o p e rig o do progressism o; a posição da
Direito, assessor
jurídico da mulher no contexto da família. Lição 11 - Doces lembranças de T im óteo; afe-
Convenção dos tivid a d e e lágrimas; mais exortações a T im ó te o; o
Lição 5 - A im portância dos pastores locais; o
Ministros das apóstolo reafirma a sua fé.
Assembléias perfil da liderança eclesiástica; a estrutura ministerial
de Deus em neotestam entária; a im portância e a atualidade da Lição 12 - Paulo roga que T im óteo vá vê-lo em
Rondônia exigência de qualificações. Roma; a iminência de sua partida; as decepções do
(CEMADERON)
Lição 6 - A nobreza do m inistério diaconal; servir apóstolo com m uitos cooperadores; sua esperança
e membro do
Conselho de é missão de todos os cristãos; distinção determinante escatológica.
Comunicação
entre o presbítero e o diácono; Paulo fala em diaconisas Lição 13 - Tito e o sincretismo de Creta. A ordem
e imprensa da
CGADB. ou se refere às esposas dos diáconos? é organizar as igrejas. O zelo pela sã doutrina.

Um excelente trimestre a to d os!

L aconos O RESPEITO AS
PESSOAS E O CUIDADO
COM AS VIÚVAS
n PRINCIPAL LEITURA SEMANAL

Tg 1.27

tOVWíSj»
FRANCIS
ASBURY
A Universidade
de Asbury recebe
este nome em
homenagem ao
pioneiro metodista
O bispo m etodista Francis Asbury (1745-1816) foi Francis contava que sofreu bullying na escola pela fé
um dos pioneiros da Igreja Metodista nos Estados Uni­ metodista dele e sua mãe. Era um período em que havia
dos. Nascido em Staffordshire, Inglaterra, ele viveu 45 tumultos anti-metodistas generalizados na sua região
dos seus pouco mais de 70 anos de vida nas colônias nas décadas de 1740 e 1750. Isso acabou afastando
inglesas norte-americanas e nos recém-independentes Francis dos estudos. Na sua infância e juventude, ele
Estados Unidos. Sua vida foi dedicada totalm ente ao ouviu pregadores metodistas como John Fletcher, John
ministério, mais especificamente ao evangelismo e ao Ryland, Henry Venn, John Cennick e Benjamin Ingham.
ensino bíblico, viajando a cavalo e de carruagem por Ele tam bém gostava de se reunir com outros jovens
milhares de quilômetros para evangelizar e ensinar as m etodistas para orar juntos. Am ante das Escrituras,
Escrituras àqueles que viviam nas fronteiras do país. acabou se tornando pregador itinerante, escolhido
Asbury fo i um dos p rincipais responsáveis por por John Wesley para essa função aos 22 anos.
espalhar o m etodism o nos EUA e inspirar o Segundo Em 1771, Asbury se ofereceu para ir à América do
Grande D espertam ento Espiritual no país, ocorrido N orte pregar o Evangelho, te n d o sido autorizado,
no século 19 pouco depois de sua morte. Ele fundou e nunca mais voltou. Ele serviu com o assistente de
várias escolas durante sua vida, embora sua educação Wesley em suas visitas aos EUA. Q uando a Guerra
form al secular fosse limitada. Seu diário é um relato da Independência com eçou em 1775, ele e James
valioso para os historiadores sobre como viviam as co­ Dempster eram os únicos ministros leigos metodistas
munidades nas regiões de fronteira norte-americanas, britânicos na América. Ele foi ordenado bispo em 1784
mencionando várias cidades e vilas da América colonial. e nomeado por Wesley, juntamente com Thomas Coke,
Os pais de Francis Asbury chamavam-se Joseph e com o líder da Igreja M etodista nos EUA. Francis e o
Elizabeth Asbury. A família foi levada ao metodismo após afro-americano Henry "Black Harry" Hosier se tornaram
uma tragédia: Sarah, a filha mais velha do casal, morreu amigos. Hosier foi m otorista de Francis e aprendia
ainda pequena, quando Francis tinha 3 anos, o que levou com ele as Escrituras durante as viagens, tornando-
sua mãe a uma profunda depressão, que durou anos. -se depois o prim eiro afro-americano a pregar a uma
Elizabeth só foi curada após ter sua fé cristã reavivada congregação branca nos EUA. No outono de 1800,
com a pregação da Palavra de Deus ministrada por Francis Asbury participou do chamado "Reavivamento
pregadores itinerantes metodistas, durante um circuito de 1800" em Kentucky. O nome da Universidade de
de avivamento promovido na região onde moravam. A Asbury, em Kentucky, que viveu um avivamento neste
partir de então, ela começou a ler a Bíblia todos os dias e ano de 2023, é uma hom enagem a Francis Asbury.
incentivou o filho a fazer o mesmo. Mesmo com o pai de Há cidades nos EUA e igrejas m etodistas em vários
Francis não se tornando fervoroso na fé como a esposa, países que recebem seu nome. O navio Liberty SS
ele permitiu que reuniões metodistas fossem realizadas Francis Asbury, dos EUA, que operou na Segunda
todos os domingos na casa de campo da família. Guerra Mundial, foi nom eado em sua homenagem. •

ENSINAOOR CRISTÃO 17
FUNDAMENTOS

0 DA FÉ CRISTÃ NAS
EPÍSTOLAS GERAIS
Neste terceiro trimestre de 2023, teremos a opor­
tunidade - e o desafio - de estudar na Classe Juvenis
das cartas, que possuem cunho mais pessoal e direto,
e, por isso, possuem um caráter que transcende as
a revista com o tema: "Conhecendo os Fundamentos questões individuais, amplexando aspectos difusos
da Fé Cristã nas Epístolas Gerais". Talvez, com um indispensáveis ao caminhar cristão no cotidiano
olhar de relance, superficial, pareça um assunto da vida.
desinteressante para alguns, por aparentem ente No decorrer das aulas, conheceremos os autores,
versar apenas sobre teoria, teologia... Todavia, a destinatários, problemas enfrentados na época e as
ideia principal traduz-se em adentrar na aplicação explicações e soluções que o Espírito Santo
nto g
prática dos fundamentos da fé cristã, expressos nas forneceu (e ainda fornece) para que
I
Epístolas Gerais, como contraponto àqueles que
vivem sem fundamentos, com existências que não
os crentes possam alcançar
a vitória em Cristo Jesus! \ \ '

estão firmadas sobre a Rocha.


As Epístolas conhecidas como "gerais" foram
aquelas escritas para um público amplo, diferente

18 ENSINADOR CRISTÃO
Durante nossos encontros dom inicais, estudare­ Assim , in s p ire m o s nossa classe a m e rg u lh a r
mos a su perioridade de C risto sobre tu d o e todos; na grand iosida d e desses temas, apresentando-os
C risto com o nosso G rande Sumo Sacerdote; a fé d id a tic a m e n te , se g u in d o a m e to d o lo g ia p ro p o s ­
e o nosso re la cio n a m e n to com Deus; conselhos ta na lição. Sua aula será m em orável! Para ta nto,
para ve nce r as provas e te n ta çõ e s; fé e obras; o p re pa re -se com a n te ce d ê n cia e u tiliz e to d o s os
p o d e r da Palavra; santificação para ver a Deus; o recursos - tecnológicos (slides, vídeos, música...) ou
propósito do sofrim ento; aprendendo a discernir os não (livros, citações, mapas mentais...) - que estão
Por Samuel
falsos mestres; cuidados e desafios para a juventude ao seu alcance, no desiderato que os objetivos de de Oliveira
cristã; aprendendo a dizer não; os perigos do ego e cada aula sejam atingidos. Martins,
da am bição; e a postura do crente na defesa da fé. Mergulhemos, portanto, como o homem visto por presbítero,
Essa tem ática - que traz assuntos que o Espírito Ezequiel (Ez 47), o qual avançou nos quatro estágios
rintendente
Santo ensinou à Igreja do prim eiro século - continua de profundidade da presença de Deus até, no ápice e professor
atualíssima, pois diz respeito a to d o s aqueles que da glória, em to ta l dependência ao Eterno, perder da Escola
tiveram um encontro com C risto, fazendo coro às to d o s os arrim os e te r que nadar nas abençoadas DominicaL na
Assembléia
palavras imortalizadas pelo reverendo Billy Graham: correntezas, cujas águas fluíam a p a rtir do altar do de Deus em
"A Bíblia é mais atual do que o jornal de amanhã". Tem plo do Senhor. • Natal
* • • • • • • «

N ão é n o v id a d e para n e ­ O conteúdo dessas cartas é s e g u n d a c a rta d o a p ó s to lo


nhum de nós que homens como valioso e hodierno porque seus J o ã o ; 11) vam os c o n h e c e r a
Paulo, Tiago, Pedro, João e ou­ p rin c íp io s não ficaram c o n fi­ terceira carta do apóstolo João;
tros tenham se valido das cartas nados ao c o n te x to h istó rico , 12) vamos conhecer a Carta de
para com partilharem com seus social e cu ltu ra l do passado. Judas; e 13) a im portância de
destinatários uma m ensagem Pelo contrário, sua mensagem é a p ren de r e p ra ticar a Palavra
« • de co n so lo , d e s p e rta m e n to , atual e relevante ao ser humano de Deus no dia a dia.
••* • instrução e encorajam ento. O pós-moderno com todas as suas Pensando nisso, é im p o r­
legado deles está perenizado com plexidades e indagações. ta n te q u e v o c ê q u e rid o (a )
no te xto sagrado, que chegou N ão há d úvida s de que suas professor(a) aproveite o início
a nós em p le n o sé cu lo XXI. palavras fo ra m d iv in a m e n te d o trim e s tre para rever suas
Você já im aginou se eles tives­ inspiradas por Deus e que seu práticas pedagógicas, a fim de
sem o aparato tecnológico que conteúdo, como diria o apóstolo ve rificar se está c u m p rin d o o
dispom os hoje? Certam ente, a Pedro, não é fruto da im agina­ papel de viabilizar um ensino de
utilização de ferramentas como ção pessoal. Afinal de contas, q ualidade e que seja tam bém
e-m ail, W hatsApp, Facebook, "jam ais a profecia teve origem transform ador na vida de seus
Zoom e tantos outros meios de na vo nta de humana, mas h o ­ alunos. Sugerimos que você uti­
comunicação instantânea servi­ mens falaram da parte de Deus, lize no preparo de cada aula um
ríam para encurtar distâncias, im pelidos pelo Espírito Santo" bom material de introdução ao
viabilizar velocidade e promover (2Pe 1.20,21). Novo Testamento, comentários
bons resultados na comunicação Sob o título "Grandes Cartas bíblicos, dinâm icas, conversas
do evangelho a toda criatura. Para N ó s ", e s tu d a re m o s os e aulas invertidas, onde os alu­
Nesse novo trim estre, te re ­ s e g u in te s assuntos: 1) a im ­ as nos tenham a oportunidade de
mos uma ótim a o p o rtu n id a d e portância das cartas no Novo com partilharem parte da lição
para m ergulharm os no m undo Testam ento; 2) vamos co nh e ­ com seus colegas.
b íb lic o da Nova A liança, em cer a C arta aos H eb re u s; 3) Jamais se esqueça que ora­
especial num conjunto de cartas a p re n de nd o com a Carta aos ção, vigilância, jejum, leitura da
nomeadas pela tradição cristã Hebreus; 4) a questão da fé na Palavra de Deus, m editação e
como "Gerais" ou "Universais", C arta aos Hebreus; 5) vamos pesquisa são disciplinas neces­
[Por Rafael Rodrigo sárias e indispensáveis àqueles
tendo em vista seu caráter mais c o n h e c e r a C arta de T ia g o ;
Figueiredo Luz,
Ipastor-auxiliar da abrangente, a fim de co m p re ­ 6) a p re n d e n d o com a C arta que labutam no m inistério de
|Assembleia de Deus; enderm os e extrairm os lições de T iag o; 7) vamos conhecer ensino na igreja local. Não os
|em São Francisco,i a p rim e ira carta do a p ó s to lo desprezem em hipótese alguma!
valiosas para nossas vidas. Tal
Niterói (RJ), graduado!
e stud o abrangerá o universo P edro; 8) vam os c o n h e c e r a Sendo assim, nossa oração é
Sem Teologia pelaj
IFAECAD e pós-| de o ito das vinte e uma cartas s e g u n d a c a rta d o a p ó s to lo que você tenha um trim e s tre
Igraduando en
contidas no Novo Testamento, ■ ■ P edro; 9) vam os c o n h e c e r a abençoado e que seus alunos
iTeologia Bíblica e|
a saber: Hebreus, Tiago, 1 e 2 p rim e ira c a rta d o a p ó s to lo tenham experiências profundas
ISistemática PastoraÜ
jpela FABAT7RJ] Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas. Jo ã o ; 10) vam os c o n h e c e r a com o Senhor na EBD. •

20 ENSINADOR CRISTÃO
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A uuáicÍMdot petuepMmtt e e
tjof abriram;naredeqor«cubaramAreei |refoglo em Dea*
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** OStKMiBUttHihKl*. */•//«(Btai; * \ J utirje’ hn quefeescondeano*
quefeç enlaçadoftotuo impa. m m tempo, de angústia'
prtiprtosleem (Hígaiom; Seiá! i * o . Impm, na’>usarrosin'la. per
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Reportagem

PROJETO CURSO DE TEOLOGIA


KIDS E TEENS DA ASSEMBLÉIA
DE DEUS EM JUNDIAÍ (SP)
INVESTE NA EDUCAÇÃO
TEOLÓGICA DAS CRIANÇAS
E AJUDA NA FORMAÇÃO DE
NOVOS CIDADÃOS PARA
A SOCIEDADE

Projeto alcança também


os familiares, que têm
demonstrado satisfação com o
ensino ministrado pelos mestres
comissionados pela liderança

22 ENSINAOOR CRISTÃO
. _.__. f —

posam para foto juntamente com seus professores"

A Assembléia de Deus em Jundiaí (SP), liderada nistração do curso. Já o corpo docente é formado por
pelo Esequias Soares da Silva, tem investido no en­ professores voluntários de to d o o campo eclesiástico
sino bíblico para as crianças visando à sua formação a cada m ód ulo ", informa Susana.
espiritual para o Reino de Deus e, consequentemente, O curso é c o m p o s to p o r q ua tro níveis, sendo
à form ação de bons cidadãos para a sociedade. O perm itido, à m edida que fazem aniversário, a troca
projeto é denom inado Curso Teológico Kids e Teens, de sala. São eles:
uma proposta pedagógica criada pelo Instituto Bíblico
• Nível 1 - 5 e 6 anos
Único Caminho (IBUC) da AD jundiaiense. De acordo
• Nível 2 - 7 e 8 anos
com o pastor Esequias Soares, o curso te oló gico in-
• Nível 3 - 9 e 10 anos
fantojuvenil inicia com Introdução Bíblica até o livro
• Nível 4 - 1 1 e 12 anos
do Apocalipse, dividindo-se em 10 módulos e com a
duração de três anos. "Entendendo a necessidade de Como funciona a mecânica de ensino no
levar mais conhecimento bíblico aos nossos pequenos, Curso Teológico
demos início ao projeto, que já está indo para o seu De a co rd o com a c o o rd e n a d o ra , o p ro fesso r
segundo ano", esclarece o líder assembleiano. tem a missão de repassar minuciosamente ao aluno
A coordenadora geral do Departam ento Infantil, o conteúdo de cada lição, que, p o r sua vez, segue
a professora Susana dos Santos Benedito Cirqueira, um esquema de aprendizado m uito parecido com
explica que a liderança considerou as faixas etárias a proposta da EBD - sistemático e coerente. "Cada
abrangidas levando a escolha dos professores de m ódulo aborda, considerando as com petências de
acordo com o seu envolvim ento e preparo para as cada idade, uma determinada temática que se desen­
atividades pedagógicas exigidas em cada nível. "São volve ao longo de 10 aulas. Ao final de cada módulo,
professores da Escola Bíblica Dominical e líderes dos os alunos recebem uma medalha de conclusão com
departam entos infantis e de adolescentes que estão êxito. Essa premiação é realizada em nossos cultos
envolvidos com a educação cristã em suas igrejas. de ensino a cada três meses aproxim adam ente. Ao
Por ser realizado no te m p lo central, a e q u ip e do final dos dez módulos, uma formatura será realizada",
departam ento infantil local é responsável pela adm i­ explica irmã Susana.

ENSINADOR CRISTÃO 23
Familiares apoiam projeto de ensino bíblico
da AD em Jundiaí
As fam ílias em J u n d ia í têm co nfia do o ensino
religioso de seus herdeiros ao p rojeto lançado pela
e q u ip e do p asto r Esequias Soares. A professora
Susana ressalta que as famílias colherão os frutos
desse inve stim e n to na área educacional. "M u ita s
famílias têm trazido seus filhos ao curso e certamente
S w a r o aluno a a s s i n o
têm sido alvos das bênçãos divinas p o r isso. Cerca
de 50 famílias m atricularam seus filhos no início do
Com bate às ideologias nocivas da atualidade ano passado e perm anecem dedicadas. Enquanto
A professora Susana Cirqueira explica que a União os nossos irmãos participam do culto de ensino, os
das Crianças da AD de Jundiaí (UCADJUN), com toda a seus filhos participam do Curso Teológico. É uma rica
sua equipe, acredita no poder transformador e protetor o p o rtu n id a d e para as famílias aprenderem juntas a
da Palavra de Deus. Mesmo antes da instituição do Palavra de D eus", destaca irmã Susana.
Curso Teológico, a UCADJUN tem realizado atividades, O p asto r Esequias Soares m anifesta a sua sa­
treinam entos e capacitações visando à proteção do tis fa ç ã o com os resu lta d o s b e n é fic o s d o ensino
público infantil através de reuniões especiais, Escolas da Palavra de Deus, que tem sido uma ferram enta
Bíblicas de Férias e o CEPEC, um curso de treinamento notável na mudança de com portam ento dos alunos
para professores e líderes do departam ento infantil e na form ação de uma nova geração de cristãos.
que aborda esses assuntos de maneira minuciosa para "O n d e o e n sin o da Palavra de Deus c h e g a , há
a proteção de meninos e meninas. Esses projetos têm mudança de com portam ento. Vemos pelo entusias­
recebido total apoio do pastor Esequias Soares, que mo das crianças e dos seus pais que o Curso tem
se mostra um entusiasta das atividades voltadas para trazid o bons resultados. Praticam ente to d o s eles,
os pequenos. "Vemos esse amor do pastor Esequias além de participarem do Curso Teológico, tam bém
no desenvolvimento do nosso departamento em todo são alunos da Escola Bíblica D om inical. Todo esse
o campo. A nossa igreja sempre investiu no ministério co nte úd o a prendido sobre a Palavra de Deus trará
infantil, suprindo cada necessidade e respaldando as ati­ grandes transform ações e gerará cristãos sadios e
vidades que visam à salvação e ao crescimento espiritual frutíferos na obra do Senhor. Nossa oração é para
das nossas crianças. Quando a proposta da Teologia Kids que to do s entendam a im portância de encaminhar­
foi apresentada a ele, recebemos total apoio e incentivo. mos os pequeninos para atividades que prom ovam
Ele mesmo faz a entrega de cada medalha aos alunos salvação e crescim ento espiritu a l", enfatizou o líder
ao final de cada M ódulo", declara Susana. assem bleiano. •

24 ENSINADOR CRISTÃO
o Entrevista do Comentarista

A IGREJA D EVE SE M A N TER FIR M E


C O N TR A O ESPÍRITO
D A B A B IL Ô N IA
O nosso entrevistado é o pastor Douglas Roberto de
Almeida Baptista, vice-presidente da Rede Assembleiana
de Ensino (RAE) e líder da Assembléia de Deus de Missão
do Distrito Federal (ADMDF), e que é o comentarista da
revista Lições Bíblicas A d u lto s da CPAD do 3° trimestre.
A lição aborda a maneira pela qual o cristão deve se com­
portar em uma sociedade que cada vez mais se distancia
de seu Criador, com uma inversão de valores que já se tornou
algo comum na sociedade hodierna. Nesta entrevista, pastor
Douglas comenta o conteúdo das lições e a melhor forma de expor
os assuntos que serão tratados.

Gostaríamos que o senhor ocorrerá após o Arrebatamento da enfraquecida. A te o lo g ia libe ra l


definisse, de forma prática, o Igreja (2Ts 2.3-8). Contudo, durante a arrazoa que o pecado é algo que
que é o “espírito de Babilônia" espera da Volta de Cristo, o "espírito se constrói por meio de estruturas
e sua relação com o “espírito da Babilônia" atua com o "espírito do opressoras, tais como a pobreza, a
do Anticristo”. Anticristo" na promoção do engano, injustiça e a desigualdade. Dessa
F iguradam ente, a expressão da iniquidade e do ateísmo, e na forma, a redenção do pecado não se
"Babilônia" representa devassidão, oposição aos valores cristãos, a fim restringe ao aspecto espiritual, sendo
paganismo, sincretismo, violência e de manter as pessoas aprisionadas forçoso resolver as questões sociais.
rebeldia aos mandamentos divinos. O no erro (1Jo 2.11,18,22; 4.3; 2Jo 1.7). Entretanto, esse conceito mostra-se
"espírito de Babilônia" se caracteriza O propósito é promover a apostasia equivocado. As injustiças sociais
por oferecer resistência contra tudo e doutrinar o mundo para a aceitação são apenas sintomas do pecado. A
o que se chama Deus. Em nossos do senhorio do Anticristo (2Ts 2.3,4). corrupção, a fraude, o suborno, a
dias, essa investida é percebida no ganância, dentre outros males, são
Qual a importância do enten­
ativism o de desconstrução da fé
dimento correto da doutrina de ordem moral, e são estas ações
cristã, que atua no cenário global,
bíblica sobre a natureza hu­ que provocam as mazelas sociais.
tanto no sistema religioso como no
mana para os problemas que Assim, a m udança de ênfase no
social, cultural, político e econômico.
enfrentamos hoje? pecado original (natureza humana)
Refere-se ao sistema deliberadamente
É importante compreender que para o pecado social (estrutural)
anticristão. O "espírito da Babilônia"
a Queda no Jardim do Éden trans­ enfraquece a responsabilidade moral
prepara o caminho para o advento do
m itiu à hum anidade a inclinação do pecador. Deixa-se de abordar a
Anticristo. O Anticristo, por sua vez, é
um agente de Satanás que se opõe a para o erro (Rm 3.23). Assim, a nossa causa do pecado para se tratar os

Cristo e possui poderes para iludir a natureza humana somente pode ser sintomas (Mt 23.27,28). A partir daí,
humanidade (2Ts 2.9,10). Ele profere regenerada pela obra de Cristo (Tt a solução da "questão social" é vista
blasfêmias em consciente repulsa ao 3.5,6). Não obstante, por influência com o a solução do mal. Um erro
senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3). A de teologias modernas, a d o u tri­ gritante, uma vez que o mal a ser
eficaz manifestação do Anticristo na do pecado original vem sendo combatido é o pecado (1Co 6.10-12).

ENSINADOR CRISTÃO 25
Há hoje aqueles que propõem linidade e a feminilidade como uma para refutar a mentira é confrontar o
um Cristianismo progressista. construção cultural. Afirmam que os engano com a verdade (2Co 13.8).
Como esse conceito se choca papéis dos homens e das mulheres Não ensinar a igreja acerca disso
com o que entendemos bibli- são resultado de valores e costumes equivale a deixá-la perecer. Porém, a
camente como Cristianismo? transmitidos e impostos por meio de verdade das Escrituras não deve ficar
O pensamento progressista pro­ um longo processo de doutrinação restrita à liturgia do culto no templo.
põe alguns dogmas em oposição e socialização. Desse modo, alegam Embora o secularismo e o laicismo
ao Cristianismo bíblico, tais como a ser necessário rever e alterar a função acuem a Igreja no espaço privado,
erosão da autoridade da Bíblia, limi­ do homem e da mulher como ser Cristo ordenou que a mensagem
tações da soberania divina, descrença social. Mercê dessa falácia, torna-se fosse pregada em to do mundo (Mt
no sobrenatural, indiferença ao peca­ imprescindível ratificar e propagar 28.19,20). Por isso, a igreja não pode
do original, relativização dos valores a fé bíblica. Cremos e professamos tem er o patrulhamento ideológico
morais e ressignificação das doutrinas que Deus criou o ser humano com e nem o politicamente correto, mas
elementares da fé cristã. Acerca disso, dois gêneros: masculino e feminino anunciar a verdade em todo tem po
Paulo já advertia a Tim óteo que a (Gn 1.27). A diferenciação dos sexos e lugar (2Tm 4.1,2).
conduta humana dos "últimos dias" é um princípio determ inado pela
Uma das lições trata sobre
seria de repulsiva descaracterização criação divina (Gn 2.23). A Bíblia
a importância da renovação
da fé (2Tm 3.1-9). Nesse aspecto, o revela que homens e mulheres se
diária do homem interior em
ensino progressista de crítica às Escri­ com plem entam (Gn 2.24). Dessa
meio a esse contexto. Fale
turas promove o enfraquecimento da form a, são iguais com o pessoas,
sobre esse importante ponto.
ortodoxia, instiga a frouxidão moral mas diferentes nas funções divina­
As Escrituras ensinam que, apesar
e afasta as pessoas do verdadeiro m ente estabelecidas. No decreto
da fraqueza e do sofrimento exte­
Cristianismo. O enfraquecimento da do Senhor, o homem é o provedor,
rior, o nosso "interior, contudo, se
doutrina bíblica e o relativismo, que o protetor e o líder de sua família.
renova de dia em dia" (2Co 4.16b).
não aceita norma moral absoluta, Às mulheres Deus confiou a dádiva
Isso refere-se à operação do Espírito
dispensam a necessidade de con­ da maternidade e o privilégio de ser
Santo, que qualifica o salvo a não
fissão e abandono do pecado. Os auxiliadora. Essas funções enobre­
desfalecer em meio às perseguições
que são seduzidos por tais ensinos cem e não estigmatizam homens
e tribulações. Esse renovo espiritual e
passam a ser escravos das paixões. e mulheres. Portanto, os princípios
diário ocorre por meio da santificação
Assim sendo, a prostituição, injustiças, bíblicos precisam ser enfatizados na
pessoal, oração, leitura bíblica, jejum
homossexualidade, ideologia de gê­ formação cristã de jovens e crianças.
e tem or a Deus (1 Co 7.5; Ef 5.18; Hb
nero, drogas e aborto, dentre outros Como a Igreja deve se posicio­ 12.14,28). Contudo, não podemos
pecados, são socialmente tolerados nar diante do atual avanço do alcançar ou merecer o renovo espi­
e ideologicamente propagados. espírito da Babilônia? ritual meramente observando essas
Os conceitos de masculini­ A igreja deve manter seu com ­ disciplinas cristãs. A disciplina cristã é
dade e feminilidade têm sido promisso inegociável com a fé bí­ um meio de nos aproximar de Deus.
atacados e desconstruídos na blica. É papel da Igreja zelar pela Ela é um meio de semear para o Es­
mídia, escolas e universidades. verdade das Escrituras (2Tm 4.2). O pírito (Gl 6.8). Não devemos permitir
Como a igreja pode vacinar verdadeiro cristão não deve ceder que as aflições do tem po presente
as crianças e os jovens contra às idéias secularistas e progressistas. venham nos desanimar. É impres­
essas investidas ideológicas? O crente salvo deve ratificar que cindível renovar nosso compromisso
O conceito progressista de ruptu­ Cristo é a única e absoluta verda­ de servir a Cristo com fidelidade e
ra de padrões bíblicos atua também de e que as doutrinas da fé cristã permitir que o poder do Espírito nos
na desconstrução da masculinida­ servem de parâmetro para a ética fortaleça cada manhã (1Co 16.13). Em
de e da fem inilidade. Os marcos e a m oral da vida em sociedade tempos de ataques e desconstrução
judaico-cristãos de concepção do (Jo 14.6). Dessa forma, a verdade da fé cristã, necessitamos a cada
papel do homem e da mulher são bíblica deve ocupar a primazia nos dia de renovação interior para com
questionados. Nesse contexto, as p úlpitos e na vida da igreja (1Tm ousadia e fé enfrentar o poder do
ciências sociais apresentam a mascu­ 4.13; 2Tm 2.15). O meio mais eficaz pecado e do mal.»
0= Artigo
f !
Paulo André Barbosa

A IM PO R TÂ N C IA D A EBD
NA V ID A DO CRENTE E
OS RESULTADOS DE SUA
NEGLIGÊNCIA
Esta época em que vivemos, denom inada pós-
Os benefícios da -m odernidade, é caracterizada pelo declínio espiri­
tual (1Tm 4.1,2; Mt24.12,13), degeneração moral (Mt

Escola Dominical 24.38) e decadência social (M t 24.7). Infelizm ente,


na seara evangélica, há por parte de muitos cristãos

são enormes e uma negligência com relação ao ensino da Palavra de


Deus, o que se percebe pelo alto índice de evasão as
escolas bíblicas dominicais. Diante disso, como ficam
muito mais ainda os pastores, professores de EBD e os pais evangélicos,
que têm com prom isso com os padrões morais p ro ­

nesses dias de clamados pelas Escrituras e prezam por seus valores


familiares? Qual é o papel do m inistério de ensino
da igreja evangélica e especialmente da EBD nesse
relativismo moral cenário em sua missão?
A IM PO R TÂ N C IA D O E N S IN O B ÍB LIC O EM crentes não sejam enganados pelas heresias e erros
CASA E NA IGREJA doutrinários do nosso tem po. (Mt 22.29).
As Escrituras afirmam que os filhos são herança do A Escola Dominical também ajuda a se desenvolver
Senhor (SI 127.3). A família é uma instituição divina, na igreja relacionamentos. Ela promove a comunhão
estabelecida para gerar filhos para Deus, e a Igreja através do estudo sistemático da Palavra de Deus em
foi com issionada para gerar discípulos do Senhor, conjunto, o que tam bém leva a igreja local a buscar
que sejam filh o s de Deus (Is 54.13). A missão dos e alcançar a maturidade.
pais, pastores e educadores cristãos é fazer dos filhos Além disso, a Escola D om inical é um excelente
discípulos do Senhor, que amem o Mestre e estejam m eio para evangelização de amigos e familiares, e
com prom etidos em seguí-IO. propícia a descoberta, crescimento e capacitação de
Os filhos são a próxima geração para continuar o novos ministérios. Enfim, a Escola Dominical fortalece
chamado de Deus sobre a casa, sobre a igreja e sobre os vínculos familiares e desperta os cristãos a uma vida
a nação. O desejo de Deus é que seja investido te m ­ de santidade. Desse modo, a Escola Dominical é uma
po instruindo os filhos: "N ão o encobriremos a seus fonte de avivamento e de despertam ento espiritual
filhos; contarem os à vindoura geração os louvores para a igreja.
do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.
AS C O N S E Q U Ê N C IA S DA N E G L IG Ê N C IA
Ele estabeleceu um testem unho em Jacó, e instituiu
A O M IN IS T É R IO D O E N S IN O
uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os
Infelizmente, alguns desprezam a importância do
transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova ge­
estudo das Escrituras, servindo às igrejas um pão bolo­
ração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer
rento ao invés de oferecer o pão novo cozido sobre as
se levantassem e por sua vez os referissem aos seus
brasas. O avivamento que precisamos não virá se não
descendentes; para que pusessem em Deus a sua
for pela pregação e pelo ensino da Palavra de Deus.
confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus,
Nestes dias de pluralismo e relativismo, os crentes
mas lhe observassem os m andam entos; e que não
são bom bardeados por to d o tip o de idéias falsas e
fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde,
conceitos que visam a minar os valores morais que
geração de coração inconstante, e cujo espírito não
recebemos de Deus através das Sagradas Escrituras,
foi fiel a Deus" (SI 78.4-8).
por isso o mestre bíblico deve ser valorizado e necessita
C om o pais, pastores e educadores cristãos,
ter sólido conhecimento da Bíblia.
devemos preparar a próxima geração. Nessa tarefa, o
A cosm ovisão secular ensina que o hom em é
papel da Escola Bíblica Dominical é m uito importante
produto da evolução das espécies, mas as Escrituras
para cum prir o p ropósito de Deus na história, com
ensinam que ele foi criado à im agem de Deus (Gn
entendim ento e com determ inação (Et 8.6; A t 13.36).
1.26). Para este mundo, a moral é irrelevante e o pra­
A IM PO R TÂ N C IA DA E S C O L A D O M IN IC A L zer é o que conta, mas para Deus somos moralmente
Sem dúvida, a Escola Biblica Dominical ainda é a responsáveis por nossas escolhas morais.
principal agência de educação cristã da igreja. Não Os efeitos devastadores da cosmovisão secular
o b sta n te e n fre n ta r nas ú ltim as décadas um nível são sentidos a to do momento. A mídia degenerou-se
PauLo André elevado de evasão em m uitos lugares, ela continua de tal m odo que leva violência, ocultismo de to d o o
Barbosa é relevante e extremamente importante nos dias atuais. tipo, pornografia, sexo e programações que solapam
mestre em
Infelizmente, púlpitos e igrejas são superficiais e os valores judaico-cristãos, defendendo inclusive o
Teologia Prática,
professor de parte desse problema certamente se deve ao abandono aborto, a eutanásia e o homossexualismo, e, assim,
Teologia Bíblica da Escola Bíblica Dominical ou à sua substituição por d e s tru in d o a fam ília. Além disso, a m ídia procura
e Sistemática no
outras atividades. retratar os cristãos com o pessoas ignorantes e pre­
Instituto Bíblico
Esperança (IBE) P O R Q U E IN V E S T IR NA E S C O L A B IB LIC A conceituosas, inseguras e fanáticas.
em Porto Alegre e
D O M IN IC A L A igreja tem grande responsabilidade em desen­
pastor da AD em
Três Cachoeiras A Escola D om inical é a agência de ensino p o r volver uma cosmovisão bíblica que abarque todos os
RS (campo excelência, que busca ajudar os crentes a crescerem aspectos de sua vida e apresentar ao mundo perspec­
jurisdicionado tivas bíblicas em todas as áreas de nossa existência e
no conhecim ento de Deus através do ensino saudá­
da AD em Porto
Alegre - RS) vel das Escrituras. A EBD é im portante para que os a Escola Dominical é fundam ental nesse propósito. •

28 ENSINADOR CRISTÃO
o Sala de leitura

g
Dicionário
M A N U A L DE dc Termos Teológicos
LÍNG UA PORTUGUESA
PARA OBREIROS CRISTÃOS
Latinos e
Gregos
U m a Fe r r a m e n t a
ESSENCIAL PARA
MELHOR QUALIFICAÇÃO
OO s eu M in is t é r io

Richard A.
MÁRCIO 30SÉ
ESTEVAN M U LLER

A Igreja de Cristo e Manual de língua Dicionário de Termos


o Império do Mal portuguesa para Teológicos em
Douglas Boptista obreiros Cristãos Latim e Grego
A Igreja é uma instituição sa­ Márcio José Estevan Richard A. Miller
grada com a missão de anunciar Nesta obra, o autor, que é pro­ Trabalhar produtivam ente no
a mensagem de salvação. Entre­ fessor de Língua Portuguesa e campo da Teologia não é tarefa
tanto, desde o seu nascedouro, a Literatura, levará seus leitores a fácil para os estudantes da área,
comunidade cristã tem sido alvo um mergulho no mundo das pala­ pois sua linguagem técnica ainda
de p e rse g u içõ e s e o b stá cu lo s vras. Ele começa apresentando a aparece com frequência em grego
perpetrados por seus opositores, história da língua portuguesa para ou latim. Logo, as línguas antigas
no que é denom inado, à luz das fo rn ece r em seguida conceitos continuam assustando muita gente
Sagradas Escrituras, como a luta básicos de gramática, abrangendo que ingressa nas universidades te ­
contra o Império do Mal. O autor fo nologia, m orfologia, sintaxe e ológicas e seminários. Muitas das
desta obra, que serve como livro- semântica, usando diversos versí­ melhores obras técnicas em Teolo­
-texto das Lições Bíblicas Adultos culos bíblicos como exemplos. Esta gia usam esses termos. Pensando
da CPAD neste trim estre, a qual obra abre um caminho para uma nessa situação aflitiva de m uitos
trata do assunto, conhece a re­ maior compreensão do conteúdo estudantes, o autor se debruçou a
levância do tem a e abo rd a-o à bíblico, auxiliando no estudo e na fim de prestar um grande auxílio por
luz das Escrituras e dos desafios transmissão dos ensinamentos da meio desta obra. O objetivo deste
de nossos dias. Ele tam bém é o Palavra de Deus. Trata-se de uma volume é fornecer um vocabulário
comentarista da referida revista. ferramenta im portante para me­ teológico introdutório que ajudará os
Todas as p rin cip a is id e o lo g ia s lhor qualificação do expositor da estudantes a superar as dificuldades
anticristãs são analisadas nesta Palavra de Deus. Sem dúvida, ela inerentes ao vocabulário teológico
obra, que é indispensável para enriquecerá suas aulas na Escola das obras acadêmicas, oferecendo
os professores de Escola Bíblica Bíblica Dominical. Aprenda a língua definições claras e concisas dos ter­
Dom inical que m inistrarão aulas portuguesa e estude a Bíblica com mos latinos e gregos para estudantes
no atual trimestre. excelência por meio desta obra. de vários níveis.

rro í ogia
rtC O S TA I.
"•a Harpa
ENTRE ASPAS

cristã
a S Ca' P ore m 'd u a n d c
ho uldauu e v l n l T 5 a!? Umas c *"
idenm CaSdaatua,idac
autêntica d o V mal0r da Th 05 as caractei
antJn ° 9 'a da Pr°sp e ric
antr°pocentrismo, prann
sis"itX £ ^ Deuse° I c "imediatismo" (p, .ç y 9
" e a ia t is m o " (p
l £ £ ? £ "> ■
Professor Responde
Revnoldo O dilo
9 '

C O M O O PROFESSOR DE
EBD PO DE ESTIM ULAR O
EN VO LVIM EN TO DE SEUS A LUN O S
NAS A TIV ID A D E S D A IGREJA?

Fazer discípulos é missão


da Escola Dominical, o que
im plica despertar os alunos a se
envolverem nas coisas de Deus

O professor da EBD possui a tarefa nobre de, entrar no "m undo dos alunos" (missão encarnacional
além de ensina r a Palavra de Deus, c o n d u z ir os — como Jesus, ao se tornar carne), fazendo com que
alunos a se e nvo lve rem nas a tiv id a d e s eclesiás­ eles se sintam amados e, nesse passo, incentivá-los
ticas. C on he cer os cam inhos de Deus passa p o r a esse viver e xperim ental de Deus, se envolvendo
isso. Afinal, o cham ado para fazer discípulos inclui, com as atividades da igreja.
necessariam ente, andar com Deus p elo cam inho, Vale dizer, assim, que todo "fazedor de discípulo" é
com o a profetisa Ana que, ainda com 83 anos, não um sábio, mas nem to do sábio cumpre o seu papel de
se apartava do te m p lo do Senhor (Lc 2.37). fazer discípulos. A diferença entre ambos? O "fazedor
Não conhecer os caminhos de Deus trouxe um de discípulos" entra no "m undo dos alunos" - não
grande prejuízo aos hebreus do te m p o do Êxodo. vive só no "seu m undo" - e, assim, conduze-os, com o
n ,, Conhecer, no sentido bíblico, é mais do que saber. seu próprio exemplo, a se envolverem nas atividades
Reynaldo ,
Odilo Martins Está escrito: "Fez notórios os seus caminhos a Moisés da Casa de Deus.
Soares é e os seus feitos aos filhos de Israel" (SI 103.7). Ou seja, Vale dizer que os sábios serão recompensados,
pastorna g as saber Q que Deus f ez e faz não nos levará à sem dúvida, mas somente os que ensinam a muitos
de Deus em Terra Prom etida. Assim, a te n d e n d o ao p ro p o s ito a justiça refulgirão com o as estrelas sempre e eter­
Natal (RN), do cham ado de fazer discípulos, cabe ao professor namente (Dn 12.3). •

30 ENSINADOR CRISTÃO
Boas Idéias
®

A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL


Como viver neste mundo dominado
pelo espírito da Babilônia

A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA


DA BABILÔNIA BÍBLICA DO PECADO
LIÇÃO 2

A Igreja carece de estar vigilante e preparada Professor(a), na segunda lição, como o título
para resistir ao "espírito de Babilônia", presente revela, estudaremos a respeito da deturpação da
no cenário atual. C om o podem os resistir a tal doutrina bíblica do pecado. O capítulo três de Gê­
espírito? C onhecendo e utilizando as Escrituras nesis narra a história mais triste da humanidade: a
Sagradas. Jesus venceu as tentações do Inimigo Queda do homem e a entrada do pecado no mundo.
no deserto com a Palavra de Deus (Mt 4.1-11). Objetivo: Que os alunos compreendam que não
Objetivo: Sondar o conhecimento prévio dos podemos relativizar o pecado.
alunos a respeito da temática do trimestre e fazer Material: Quadro.
a introdução da primeira lição. Escreva no quadro o seguinte: "O que é peca­
Material: Papel ofício, caneta, folha de papel do?" (Ouça os alunos com atenção). Em seguida,
pardo com o quadro sugerido (abaixo), fita adesiva fale que pecar significa "errar o alvo". Contudo,
e quadro branco. a palavra não significa somente errar o alvo, mas
Procedimento: Escreva no quadro as seguintes deliberadamente "acertar o alvo errado". Satanás
perguntas: (1) O que significa Babilônia no contexto tentou o primeiro casal e com isso podemos ver o
da primeira lição? (2) Quais são os efeitos do espírito quanto somos vulneráveis ao pecado. Precisamos
da Babilônia no sistema religioso? (3) Qual deve ser a estar sempre vigilantes e atentos às tentações do
posição da igreja diante do "espírito da Babilônia"? Maligno. Em seguida, escreva no quadro os passos
Depois, peça que os alunos se reúnam formando três de Satanás ao tentar o primeiro casal. Analise esses
grupos. Cada grupo deverá ficar com uma questão passos com seus alunos e diga o quanto precisamos
para ser respondida. Em seguida, reúna os alunos estar atentos, pois Satanás continua a usar essas
novamente formando um único grupo. Explique que estratégias para nos levar ao pecado.
para estudar a temática apresentada na primeira PASSOS DO MALIGNO NA TENTAÇÃO
lição de m odo efetivo, precisamos responder a 1) Primeiro Satanás deturpou a Palavra de Deus (Gn
essas questões. Depois, juntamente com os alunos, 3.1; cf. 2.16,17);
com plete o quadro. Conclua enfatizando que só 2) Negou-a diretamente (Gn 3.4);
podem os resistir de modo diligente ao "espírito 3) Questionou os motivos de Deus (Gn 3.5).
da Babilônia" se não negligenciarmos o ensino e a Conclua explicando que os valores de Deus
pregação ortodoxa da Palavra de Deus. são imutáveis e inegociáveis. A Bíblia é a inspirada

1. Resposta: "Babilônia é o símbolo para todo o sistema mun­


e inerrante Palavra de Deus para os homens de
dial que tem sido dom inado por Satanás ao longo da história, todas as culturas e em todos os tempos. Diga que
aplicando seus planos perversos aos aspectos político, religioso,
o relativismo não é algo novo, exclusivo de nossa
econômico e comercial" (Bíblia de Estudo Pentecostal: CPAD).
sociedade. O profeta Isaíasjá estava em conflito
2. Resposta: Apostasia; cultura do ego, am or ao dinheiro,
narcisismo, afrouxam ento moral. com essa "tu rm a " que gostava de "relativizar"
3. Resposta: Não negociar a ortodoxia bíblica (investir no ensino tu d o . O profeta foi bem enfático ao relatar os
bíblico sistemático e doutrinário); investir na formação do caráter juízos de Deus contra estes. Ele declara que fogo
cristão (primar por um discipulado eficiente e um ensino cristo-
cêntrico) e aguardar a Volta de Cristo (não viver desapercebido, consumidor virá como julgam ento pelo pecado.
mas esperar o Senho r em oração, adoração e vigilância).______

ENSINADOR CRISTÃO 31
O PERIGO DO ENSINO QUANDO A CRIATURA VALE
PROGRESSITA MAIS QUE O CRIADOR
LIÇÃO 4

Professor(a), como já é do seu conhecimento, o Professor(a), a lição 4 te m com o o b je tiv o


enfoque da terceira lição é a respeito dos perigos refletir a respeito da exaltação da criatura acima
de um ensino progressista. Mas o que seria um do Criador. Na atualidade, temos visto uma usur-
ensino progressista? Segundo o Dicionário Hou- pação da glória divina pelos seres humanos que
aiss, é um ensino que tem afinidade com idéias são finitos e falhos. Vivemos em uma sociedade
socialistas ou marxistas, pertencendo ou não a humanista, onde a criatura tenta assumir o lugar
um destes partidos. O objetivo é enfraquecer a do Criador. Os resultados desta ide olo gia são
autoridade das Escrituras Sagradas, afirmando que nefastos e têm gerado uma geração narcisista e
a Bíblia contém erros ou que ela precisa passar mentalm ente doentia.
por uma "reform a", pois alguns dos seus temas O bjetivo: M ostrar que o crente não p o d e
estão desatualizados. Essas são falácias do Inimigo. p e rm itir que nada e ninguém to m e o lugar de
Cremos que a Bíblia é o Livro de Deus e so­ Deus em seu coração.
mente ela deve ser a nossa regra de fé e conduta. Material: Quadro.
Se quisermos te r uma vida cristã frutífera, preci­ Atividade: Divida a classe em dois grupos.
samos conhecer e praticar a Palavra do Senhor. D epois, escreva no q ua d ro as seguintes p e r­
O co n h e cim e n to b íb lico nos ajuda a viver de guntas: "O que é idolatria?" e "O que é o culto
maneira prudente neste mundo dom inado pelo a autoim agem ?". Cada grupo deverá ficar com
"espírito da Babilônia". uma questão. Dê alguns m inutos para que os
Objetivo: M ostrar com o podem os refutar o alunos discutam os temas. Em seguida, reúna a
ensino progressista. todos form ando um único grupo. Peça que um
Material: Quadro. representante de cada grupo faça suas conside­
Atividade: Escreva no quadro a palavra "iner- rações sobre a sua questão. Ouça os alunos com
rância". Em seguida, pergunte aos alunos o que atenção. Depois, explique que idolatria é tu do
vem à mente deles quando ouvem essa palavra. que ocupa o lugar de Deus em nossos corações.
À m edida que forem falando, vá anotando no O culto a autoim agem é o cuidado exagerado
quadro. Ouça todos com atenção e comente as que as pessoas dão à aparência física, à imagem
palavras que eles disseram. Depois, faça a seguinte pessoal. Não há nada de errado em cuidar da
indagação: "O que é inerrância bíblica?". Ouça os saúde e da aparência física, mas temos visto um
alunos e explique que inerrância bíblica significa "culto ao corpo". Conclua enfatizando que quando
que a Bíblia é totalm ente isenta de erros, quer no o homem se coloca como medida única de todas
campo lógico ou histórico. A Palavra de Deus é as coisas e eleva seu interesse acima da vontade
inerrante quanto aos fatos e às doutrinas que de­ divina, ele acaba caindo no pecado da idolatria
clara. Quando afirmamos que a Bíblia não contém da autoimagem, do coração e da sexualidade.
erros, estamos reconhecendo a sua inspiração e
autoridade divina. Os livros da Bíblia foram escritos
sob a orientação e supervisão do Espírito Santo.
Em seguida, faça a seguinte pergunta: "C om o
podemos refutar o ensino progressista?" (Ouça os
alunos com atenção e incentive a participação de
todos). Diga que podem os refutar as falácias do
ensino progressista de três maneiras: reafirman­
do a autoridade bíblica; ensinando as doutrinas
bíblicas e enfatizando a santificação.

32 ENSINAOOR CRISTÀO
UMA VISÃO BÍBLICA AS AVENTURAS DE UM
DO CORPO GRANDE MISSIONÁRIO
LIÇÃO 9 PRIMÁRIOS

Prezado(a) professor(a), o tem a da 9a lição é Lição: 2 - De perseguidor a missionário


extremamente relevante, já que erradamente não Objetivo: Apresentar o perfil do apóstolo Paulo
damos a devida atenção ao nosso corpo e à nossa Materiais: EVA (Verde, Verm elho e Branco),
saúde física e mental. Infelizmente, quando o assunto cola e tesoura.
é o corpo, existem muitas divergências. Existem Atividade: Esta lição apresentará a história da con­
aqueles que, diante dos padrões de cuidados im­ versão do apóstolo Paulo. Ele foi um grande homem
postos pela mídia, a chamada ditadura do corpo, usado por Deus em sua época. Através da seguinte
tratam apenas do físico e se esquecem da alma e atividade você poderá revisar com seus alunos o que
do espírito. E importante ressaltar, no decorrer da foi estudado nas lições 1 e 2, além de reforçar, através
lição, que com o servos(as) de Deus, tem os que de uma brincadeira, os conhecimentos da sua turma
cuidar bem do nosso corpo, pois ele é a morada do sobre este importante personagem bíblico.
Espírito Santo (1 Co 6.19). Cu ide bem do seu corpo, (1) Com antecedência, prepare um par de placas
da sua saúde e da sua aparência, pois você é um conforme o modelo abaixo. Você vai precisar apenas
referencial para seus alunos(as). de folhas de EVA, tesoura e cola. Se preferir, pode
Objetivo: Ressaltar que o nosso corpo é templo colar essas placas em palitos de churrasco. (2) Após a
do Espírito Santo. ministração da aula, convide a turma para a atividade.
Material: Revistas antigas ou imagens da internet, Divida seus alunos em dois grupos. Explique que você
cola e papel pardo. lerá algumas declarações sobre o apóstolo Paulo e
Atividade: Converse com os alunos explicando eles deverão identificar se a frase é verdadeira ou
que m uitos crentes fiéis ao Senhor não cuidam falsa. Caso a afirmativa esteja correta, o grupo deverá
do seu corpo como deveríam. Eles trabalham em levantar a placa verde. Caso seja uma declaração er­
excesso e submetem seus corpos ao estresse e à rada, deverão levantar a placa vermelha. (3) Explique
fadiga constante. O resultado é que acabam por que cada grupo deverá falar somente na sua vez e
enfermar no corpo e na alma. Temos visto um cres­ anote no quadro os pontos de cada equipe. Abaixo
cente número de casos de obesidade, diabetes e sugerimos algumas afirmativas para você utilizar.
hipertensão arterial. Em seguida, distribua revistas Entretanto, você pode fazer adaptações e acréscimos:
antigas, folhas de papel pardo, tesoura e cola. Divida • O a p ó s to lo ta m b é m era c o n h e c id o com o
os alunos em grupos e distribua os materiais entre SAULO (verdadeiro).
eles. Peça que encontrem figuras de homens e mu­ • Paulo era um amigo de Jesus desde sua infância
lheres que considerem "saudáveis". Oriente para (falso).
que eles colem as figuras na folha de papel pardo. • Paulo nasceu em uma cidade chamada Tarso
Depois, se reúna com os alunos em círculo e (verdadeiro).
peça que cada grupo mostre as figuras que esco­ • Paulo nunca perseguiu os cristãos (falso).
lheram e digam o porquê da escolha. Ouça todos • Jesus apareceu para Paulo em uma estrada,
com atenção e faça as considerações que achar perto de Damasco (verdadeiro).
necessárias. Explique que o conceito de beleza, • Após conhecer Jesus, Paulo ficou paralítico
elegância e saúde da nossa sociedade não está por três dias (falso).
baseado em princípios bíblicos. O mundo "exige" • Os cristãos fizeram uma grande festa para re­
um cuidado exacerbado com o corpo e a aparência ceber Paulo. Ninguém ficou com medo (falso).
física. Leia com os alunos Romanos 12.2. Explique • Paulo se to rn o u um g ra n d e p re g a d o r do
que devemos zelar pelo corpo e mantê-lo saudável Evangelho (verdadeiro).

OG
mediante uma alimentação equilibrada e exercícios
físicos, pois isso é uma forma de glorificar a Deus.

ENSINADOR CRISTÃO 33
VERDADES QUE RECEBENDO O BATISMO
JESUS ENSINOU NO ESPÍRITO SANTO
JUNIORES PRÉ-ADOLESCENTES

Lição: 6 - A Lição do Semeador Lição: 9 - 0 Exercício dos Dons Espirituais


Objetivo: Reforçar a aprendizagem da Parábola Objetivo: Mostrar que os dons espirituais são
do Semeador. presentes de Deus para edificação da igreja.
Materiais: Sementes, pedras, terra e recipientes. Material: Desenhos e tesouras
Atividade: Esta lição apresenta aos juniores a Atividade: Nesta aula, seus alunos conhecerão
famosa Parábola do Semeador. Após a apresen­ os dons espirituais. Após a lição, faça a seguinte
tação da história e o desenvolvim ento da aula, atividade com eles: (1) Mostre que cada profissão
proponha um desafio para a turma. Cada aluno utiliza um tip o de ferramenta especial para fazer
deverá plantar algumas sementes e cuidar delas um bom trabalho. Destaque que o pedreiro, o
durante a semana. Na próxima aula, eles deverão m arceneiro, a cozinheira e a costureira fazem
trazer suas sementes e avaliar a condição de cada trabalhos diferentes e, por isso, precisam de fer­
uma das mudinhas de planta. ramentas diferentes. Para tornar o conceito mais
(1) Leve para a sala recipientes para fazer o claro, você pode levar algumas ferramentas para a
plantio (pode utilizar embalagens de ovos, copos sala de aula ou mostrar fotos delas. (2) Em seguida,
descartáveis, garrafas recicladas, potes de argila divida a turm a em dois grupos e distribua para
etc). (2) Leve algumas sementes (podem ser grãos cada grupo a imagem de desenhos. Podem ser
de feijão, por exemplo). (3) Para a metade da tur­ fotos de plantas, animais ou objetos. Peça para que
ma, distribua terra para o plantio; e para a outra eles recortem as imagens com to d o o cuidado. (3)
parte dos alunos, entregue pequenas pedras. (4) Entretanto, entregue tesouras apenas para um dos
Junto com seus alunos, plante as sementes. Cada grupos. Os alunos sem tesouras devem tentar fazer
aluno deverá levar uma para casa para cuidar dela o mesmo trabalho sem a ferramenta. (4) Certamente
durante a semana. (5) Apresente o desafio: "Vocês os alunos sem a tesoura terão mais dificuldades.
deverão dedicar um pouco de tem po para cuidar Após o trabalho, compare os resultados e mostre
dessa pequena plantinha durante a semana. Ela o quanto uma ferramenta simples pode auxiliar e
precisará de luz e água. Vocês deverão observar fazer a diferença. (5) Então, conclua dizendo que
se elas precisam de mais luz ou mais sombra ou os dons espirituais são presentes divinos que nos
mais água. Façam anotações e na semana que vem capacitam para fazer a Obra de Deus. Por isso, eles
cada um deve apresentar um pequeno relatório devem ser valorizados e buscados por cada crente.
de como está o desenvolvim ento da planta".

34 ENSINADOR CRISTÃO
CONHECENDO OS FUNDAMENTOS
GRANDES CARTAS PARA NÓS DA FÉ CRISTÃ NAS
EPÍSTOLAS GERAIS
ADOLESCENTES JUVENIS

Lição: 1 - A Importância da Comunicação Lição: 5 - Fé e Obras


Objetivo: M ostrar que devem os usar nossa Objetivo: Incentivar à prática de boas obras.
comunicação para a edificação do próximo. Materiais: Cartolina verde e vermelha, tesoura
Materiais: Meios de com unicação diversos, e canetas.
papel, caneta e envelope. Atividade: Nesta aula, os juvenis aprenderão
Mostrar que os meios de comunicação mu­ a relação entre a fé cristã e uma boa conduta,
dam de acordo com o tem po - mostrar objeto ou segundo a Carta de T iago. Para aprofu n da r a
foto de telefone antigo, jornal, cartas etc. Depois, reflexão sobre o tema, faça a seguinte atividade:
convidar o aluno a escrever uma carta com uma (1) Prepare com antecedência maçãs verm e­
mensagem de incentivo à caminhada cristã. Todas lhas e verdes, utilizando cartolina. Cada aluno
devem conter pelo menos um versículo. Trocar as deverá receber uma maçã de cada cor. (2) Após
cartas no final da aula. a ministração da aula, leia com a turma o texto de
Atividade: Nesta lição, os adolescentes apren­ Mateus 7.17-20 e explique que as nossas atitudes
derão que as cartas eram o p rincipal m eio de e escolhas devem ser condizentes com nossa fé
comunicação para longas distâncias na época do em Cristo. (3) Após uma breve reflexão sobre o
Novo Testamento. texto, distribua as maçãs de papel e as canetas. (4) Telma Bueno
(1) Após a apresentação da aula, faça uma Peça para que cada aluno anote na maçã verme­ Pedagoga,
Jornalista e
lista com os alunos dos meios de comunicação lha exemplos de atitudes que representem boas
bacharel em
que eles conhecem. (2) Depois, apresente alguns práticas e bons frutos na vida cristã, tais com o Teologia. Pós-
meios de comunicação que eram muito utilizados perdoar, amar, cuidar dos necessitados, pregar a graduada em
antigamente, tais como rádio, jornais, cartas, fax, Palavra de Deus, orar etc. (5) Peça tam bém que Gestão Escolar
e-mail e compare com os mais utilizados por seus eles façam uma lista de frutos que não condizem e editora das
alunos. Para tornar a dinâmica mais atraente, tente revistas de Jovens
com a fé cristã na maçã verde, tais com o fofoca,
e Maternal da
levar algum aparelho antigo ou mostre fotos deles. m entira, desobediência, vingança etc. (6) Para
CPAD. Palestrante
(3) Em seguida, relembre com os alunos o que foi encerrar, peça para que cada aluno leia suas listas das conferências
apresentado na lição e desafie eles a escreverem e finalize refletindo sobre o texto de Mateus 7.17. da CPAD e do
uma carta para um cristão, com uma mensagem CAPED, Autora
de incentivo à fé. Cada carta deve conter a citação de diversas obras,
todas publicadas
de pelo menos um versículo. (4) Relembre que os
pela CPAD,
apóstolos escreviam para cristãos distantes, que nem
sempre eram amigos ou conhecidos. (5) Distribua Flavlanne Vaz
papel, caneta e envelopes. Essa atividade poderá Bacharel em
ser feita em até 10 minutos. (6) Após a produção História (UGF)e
das mensagens, cada aluno deverá entregara carta Teologia (FTSA).
Pós-graduada em
para a pessoa que está à sua direita.
Teologia Bíblica do
Novo Testamento
(FAECAD), Autora
da obra “Liderando
Adolescentes*
(CPAD), Editora
responsável das
revistas Lições
Bíblicas Berçário
e Adolescentes
da CPAD.

ENSINADOR CRISTÃO 35
lições Bíblicas

A IG R E JA D IA N T E D O E S P ÍR IT O
D A B A B IL Ô N IA

A Igreja de Cristo e Prezado(a) professor(a), a copiosa paz do Senhor!


Durante este trimestre, a partir do estudo das Lições
Bíblicas Adultos, editada pela CPAD, veremos como
o Império do Mal o "espírito da Babilônia" está presente na sociedade
atual em constante oposição à Igreja do Senhor. A Lição
Como viver neste deste trimestre tem como título A Igreja de Cristo e o
Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado
m undo dominado pelo Espírito da Babilônia. A Palavra de Deus nos revela
que o espírito do Anticristo já opera neste mundo e
pelo espírito da nada tem a ver com Cristo. Embora o homem da iniqui­
dade só se revele no tem po determinado por Deus, é
Babilônia possível perceber a atuação do mal com frequência na
sociedade em que vivemos. Nosso papel como Igreja
é resistir às investidas do império das trevas e preser­
var os valores do Reino por meio de um testemunho
justo. No que diz respeito à postura da Igreja frente
ao mundanismo e à apostasia da fé, é com grande
preocupação que pastores e líderes de nosso tempo
têm observado o comportamento de alguns crentes. É
notória a desaceleração do exercício do evangelismo
em alguns lugares bem como a falta de compromisso
ético com a doutrina bíblica. Em consequência disso,
temos a descaracterização da igreja e o declínio do
bom testemunho por parte dos crentes.
Nesse sentido, o pastor Elinaldo Renovato, na
obra A Família Cristã e os Ataques do Inimigo, editada
pela CPAD (2013, pp. 132, 133) destaca: "O caráter
é o aspecto psíquico da personalidade. O caráter
é a característica responsável pela ação, reação e
expressão da personalidade. É a maneira própria
de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a
própria conduta. É a 'marca' da pessoa. O caráter faz
parte da personalidade; é adquirido, não herdado...
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às
condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja,
a comunidade, o estado socioeconôm ico". Tendo
como base o ensino da Palavra de Deus, através das
lições ministradas em cada classe por faixa etária,
a Escola Dominical torna-se inestimável auxiliar na
formação do caráter.
Nessa mesma perspectiva, a Igreja tem o trabalho
Envie sua carta ou email para CPAD
imperativo de prezar por um ensino bíblico de qualidade
Suas críticas e sugestões são m uito im portantes
para a equipe de produção de Ensinador Cristão. com vistas à formação de crentes e obreiros comprome­
tidos com as verdades do Evangelho, para que possa
Av. Brasil, 3 4 4 0 1 , Bangu - 21852-O O O exercer com afinco o seu papel de representante de
Rio de Janeiro - ensinador@cpad.com.br
Cristo neste mundo.
Tel.: 21 2 4 0 6 - 7 3 7 1 / Fax: 21 2 4 0 6 - 7 3 7 0

36 ENSINADOR CRISTÃO
Amigo(a) professora(a), nesta lição, estudaremos a Prezado(a) professor(a), nesta lição, veremos a tentativa
tentativa das teologias modernas de descaracterizar dos ensinos progressistas de descaracterizar a autoridade
a doutrina do pecado. O conceito de pecado, a uni­ da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo destaca que os
últimos dias seriam de tempos trabalhosos. A substancia-
versalidade do pecado e o estado de corrupção total
lidade da fé daria lugar a uma mentalidade relativista em
revelados na Palavra de Deus têm sido substituídos por
que as relações teriam como base o egoísmo e a busca
uma perspectiva social da realidade. Nesse sentido, a
desenfreada pelos prazeres. Entretanto, vale ressaltar
responsabilidade moral do pecador em relação ao pe­
que a deterioração moral e a corrupção da fé só seriam
cado é tratada como trivial frente aos problemas sociais possíveis se, porventura, houvesse o enfraquecimento
que acarretam o pecado. Esse entendimento trata as da ortodoxia bíblica. Estamos vivendo esses dias de
questões sociais como causa e não como consequência que falou Paulo, haja vista as teorias progressistas de
da Queda do homem (Gn 3). Obviamente, essa é uma desconstrução da Bíblia ou desqualificação da doutrina,
deturpação do ensino bíblico sobre o pecado. estratégias malignas para tentar enfraquecer a fé dos
A tentativa de deturpar a compreensão bíblica do cristãos e promover a baixa qualidade de vida espiritual.
pecado é mais uma obra de Satanás para afastar o ho­ A verdade bíblica permanece: "O meu povo está sendo
mem de Deus. Essas distorções teológicas têm como destruído, pois lhe falta o conhecimento" (Os 4.6). Por
essa razão, há tantas tentativas de alterar ou mesmo
raiz o relativismo religioso. No relativismo, prevalece a
"atualizar" a compreensão das verdades bíblicas com o
crença de que não há religião boa ou ruim, melhor ou
fim de formatar o entendimento a respeito da ética bíblica.
pior. Afinal, o que é a religião, se não a interpretação
Esse processo de distorção das Escrituras coaduna
particularista de cada grupo ou denominação em
com a pergunta do Senhor Jesus: "Quando o Filho do
busca de explicações a respeito do metafísico? Para Homem vier, será que ainda encontrará fé sobre a terra?"
o relativismo, a religião não possui caráter objetivo. (Lc 18.8). A deterioração da qualidade de vida espiritual
O relativismo religioso tem invadido mutas igrejas nos dias que antecedem a Volta de Cristo será o resultado
no meio evangélico em forma de movimentos que su­ do distanciamento dos homens em relação à crença na
gerem um novo formato de igreja e uma interpretação Palavra de Deus. A Bíblia destaca que "a fé vem pelo ouvir,
"atualizada" das Escrituras. O movimento que tenta e o ouvir, pela Palavra de Cristo" (Rm 10.17).
descredenciar a Bíblia como suficiente origina-se de De acordo com Stanley Horton, na obra Teologia
"teologias inclusivas". Apesar de assumir aparente­ Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD), "as
Escrituras expõem um padrão de ética que supera em
mente um perfil agregador, social e de valorização do
muito o que seria esperado de homens e mulheres co­
indivíduo enquanto pessoa, essas teologias, de forma
muns. Conclama a pessoa a uma moralidade que supera
sutil, reinterpretam a Palavra de Deus. Para seus críticos,
a nossa medida de justiça. 'Cada um desses escritos...
o Evangelho deve se adequar ao tipo de pessoas que
apresenta idéias morais e religiosas muito mais adiantadas
vivem na sociedade pós-moderna, suscitando, assim, para a época em que surgiram, e tais idéias continuam
uma geração de crentes pouco compromissada ou orientando o mundo'. A Bíblia lida, com franqueza, com
confiante no poder transformador e libertador da Palavra. os fracassos humanos e com o problema do pecado.
Na perspectiva bíblica, de acordo com Walle, na obra Seu sistema ético é compreensivo, pois inclui todas as
Santidade, Uma Introdução Teológica (CPAD), "a ideia de áreas da vida. O alvo da ética bíblica não é meramente
transgressão está relacionada à ideia de iniquidade ('ãwôn o que a pessoa faz, mas o que a pessoa é. [...] Através da
no hebraico), 'a ideia de torcer ou distorção'. A iniqui­ Bíblia, Deus nos chama, não a uma simples melhoria, mas
dade se refere ao desvio de um curso reto e verdadeiro à transformação, para nos tornarmos novas criaturas em
ou à falha em cumprir as exigências da justiça e ter uma Cristo (2Co 5.17; Ef 4.20-24)" (CPAD, 1996, p. 90). Logo,
abordagem correta e imparcial. E, mais especificamente, se as pessoas abandonam a crença na Palavra de Deus,
ela significa a falha dos seres humanos em cumprir a Lei como haverá fé e conduta ilibada? O que resultará é uma
de Deus" (WALE, 2022, p. 93). Logo, a Bíblia é suficiente fé inconsistente e, por conseguinte, uma vida espiritual
para apontar a nocividade do pecado e a necessidade conivente com as práticas mundanas. Por essa razão,
de arrependimento, oferecer ao crente a manutenção da a igreja não pode perder sua essência, mas deve ser a
fé e mostrar o caminho que leva à vida eterna. salvaguarda dos preceitos e valores da Palavra de Deus.

ENSINADOR CRISTÃO 37
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Lição 4
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Q U A N D O A C R IA T U R A V A L E A D E S S A C R A L IZ A Ç Ã O DA V ID A
M AIS Q U E O C R IA D O R NO V E N T R E M ATERN O

Professor(a), a paz do Senhor. A lição desta semana A paz do Senhor, caro(a) professor(a). A lição desta
considera a impiedade e a autossuficiência humanas como semana tem como finalidade combater as ideologias
expressões da rebelião contra a soberania divina. Com o que intentam banalizar a concepção da vida humana.
advento do Renascentismo, movimento intelectual que Deus é o autor supremo e detentor da vida humana.
protagonizou o cenário da Europa Ocidental entre os Somente Ele tem a autoridade para determinar quando
séculos XIV e XVI, muitas teorias surgiram na tentativa ela começa e quando termina. A sociedade secularizada
desconstruir racionalmente a visão teocêntrica de um adere a ideologias que asseguram que a mulher tem
Deus Criador de todas as coisas. o direito de decidir o que deve ou não ser feito com o
Dentre as idéias humanistas que podemos enfatizar seu próprio corpo na justificativa de que deve se prio­
nesta lição, estão o iluminismo e a pós-modernidade. O rizar os cuidados com a saúde feminina. Na verdade,
pensamento moderno teve como proposta a descons- a agenda ideológica visa à ideia de liberdade irrestrita
trução do conhecimento teológico como saber supremo sobre o corpo para atender às liberdades sexuais e
e detentor da verdade absoluta. Para os iluministas, a ao interrompimento da vida como bem entender e
religião era uma interpretação falida da verdade. Os quando quiser.
pensadores modernos defendiam a razão e a ciência O asseguramento dos direitos femininos e a valo­
como conhecimentos suficientes para alcançar a verdade rização do papel da mulher na sociedade não podem
absoluta sobre todas as coisas. Era uma expressão clara ser confundidos com o atentado à vida. A compreensão
da rejeição à religião, haja vista que esta já não atendia de que o corpo pode ser profanado contraria o que
às expectativas da humanidade ou mesmo não explicava Deus determinou nas Sagradas Escrituras quanto à
de forma correta a verdade de Deus. Há dois eventos integridade física daquele que o Senhor proposital­
históricos que ocorreram no século XVIII e impulsiona­ mente determinou para tem plo do Espírito Santo.
ram a modernidade: a Revolução Francesa (1789-1799), Logo, o aborto é contrário à vontade de Deus para
marcada pelo iluminismo; e a Revolução Industrial (1760- a vida humana, que é a maior obra da Sua criação.
1840), iniciada na Inglaterra e que marcou um período Como afirma o pastor Elinaldo Renovato, na sua
de grandes transformações sociais e econômicas em obra Ética Cristã, editada ela CPAD, "mesmo sem
todo o mundo. Em contrapartida, a pós-modernidade é ser uma pessoa completa, o embrião, ou feto, não é
a ruptura com o pensamento modernista que defendia subumano; é uma pessoa em formação, em potencial.
a razão e a ciência como conhecimentos fundamentais Da primeira à oitava semana (2 meses), completa-se a
para que o homem encontrasse a verdade, a partir da formação de todos os órgãos, apresentando, inclusive,
premissa de que é impossível haver apenas uma única as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê
verdade predominante. A sociedade pós-moderna já está formado, esperando crescer e sair à luz. Mesmo
é marcada pelo individualismo e a busca pelo prazer como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que
imediato, alimentados pelo incentivo ao consumismo. o bebê não só tem vida, mas tem a alma e o espírito
O pastor Elinaldo Renovato, em sua obra Os Perigos da dentro dele. Diz o profeta: 'Peso da palavra do Senhor
Pós-modernidade (CPAD) ressalta que uma das expressões sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e
de oposição a Deus é o secularismo, "um termo derivado que funda a terra, e que forma o espírito do homem
de uma palavra que significa simplesmente 'pertencente dentro dele' (Zc 12.1). O homem, nesse texto, não é
a este século', ou 'mundano'. É mais especificamente o um ser humano adulto, mas um ser criado, com todas
sistema de crenças que nega a realidade de Deus, da as características genéticas" (2002, p. 46).
religião e da ordem sobrenatural, sustentando assim Nesse sentido, a Igreja do Senhor deve se posicionar
que a realidade se compõe apenas deste mundo natural. contra qualquer tentativa maligna de interrompimento
O humanismo secular, por sua vez, promove e exalta a da vida a seu bel prazer. Lembremo-nos das palavras
criatura humana, excluindo e negando o Criador" (p. 151). de Paulo de que, nos últimos dias, uma das caracterís­
Esse cenário é a evidência de que estamos nos últimos ticas mais notáveis no comportamento humano seria o
dias que antecedem a Volta de Cristo, conforme apontou egoísmo e o amor aos prazeres e deleites desta vida
Paulo: "Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis. Pois (2Tm 3.1-4). Portanto, é importante que todo cristão
os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, não se esqueça de que a Bíblia é o nosso manual de
arrogantes...". Que Deus ajude a Sua Igreja a lidar com fé e prática. Ela é o parâmetro comportamental para
tudo aquilo que se levanta contra Deus. que a Igreja preserve o bom sal do Evangelho.

38 ENSINADOR CRISTÃO
Lição 6

A D E S C O N S T R U Ç Ã O DA
M A S C U LIN ID A D E B ÍB L IC A

Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor. Nesta lição, Amigo professor(a), a paz do Senhor. Nesta lição,
estudaremos sobre o conceito de masculinidade à luz veremos que em tempos pós-modernos a figura da
da Bíblia e sobre a oposição progressista aos padrões mulher, de acordo com a perspectiva das Escrituras
bíblicos no que tange ao papel do homem. Nos dias Sagradas, tem sido desconstruída por parte do ati-
atuais, é predominante a apologia à ideologia de gê­ vismo feminista e também da ideologia de gênero.
nero e à banalização da sexualidade na sociedade. Os Do ponto de vista criativo, Deus estabeleceu papéis
espaços de ensino-aprendizagem, da mídia e da política distintos para o homem e para a mulher. A narrativa
têm sido invadidos por debates acalorados a respeito ideológica critica a perspectiva bíblica e tenta inserir
do tema. Diante desse cenário, a Igreja de Cristo precisa na sociedade a ideia de que a religião trabalha pela
estar preparada para se posicionar e, quando necessário, manutenção do machismo.
lidar com pessoas que carecem de acolhimento e acon­ Em momento algum a verdade bíblica deprecia ou
selhamento para se desvencilhar das amarras de Satanás. coaduna com a inferiorização da mulher nem mesmo
Concernente ao que a Palavra de Deus ensina sobre limita o seu papel à procriação ou à satisfação do
a masculinidade, é sabido que Deus criou o homem prazer sexual masculino. A interpretação equivocada
no Jardim do Éden (Gn 1.26,27) e outorgou sobre seus de que a mulher deveria viver subjugada ao marido é
ombros a responsabilidade de cultivar e guardar o mais uma mentira de Satanás como foi no princípio.
jardim. Nesse sentido, o papel do homem era exercer O Comentário Bíblico Beacon, editado pela CPAD,
a liderança e prover os meios de subsistência para sua aponta o propósito divino ao criar a mulher: "Deus
família. Aprendemos à luz da Bíblia em Gênesis que o determinou fornecer ao homem uma adjutora que
mandado divino incluía a delimitação do comportamento esteja como diante dele, literalmente uma ajudante
masculino por todas as gerações. Ao homem compete o que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e
dever de zelar pelo bem-estar da sua família por meio do adequada para ele. 'Uma ajudante certa que o com­
trabalho, do zelo e cuidado com a educação dos filhos, plete' (VBB). [...] O castigo da mulher seria o oposto do
bem como pela afeição e segurança física e emocional da 'prazer' que ela procurou no versículo 6. Ela conhecería
esposa. Infelizmente, as famílias têm sido influenciadas a a dor (v. 16) no parto, que é bem diferente do novo
coadunarem com a deformação da masculinidade. Não tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobedi­
basta apenas desconstruir o papel do homem, é preciso ência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao
também descaracterizar o que Deus estabeleceu para seu marido era repreensão à sua decisão de buscar
a masculinidade na tentativa de justificar a deturpação independência. Ela sempre seria dependente dele"
do gênero humano. (CPAD, 2005, pp. 38e41).
Na sua obra Valores Cristãos (CPAD), pastor Douglas Nesse sentido, a sujeição da mulher ao marido faz
Baptista explica que "a ideologia de gênero ensina que parte do propósito original de Deus para o casamento
os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente feliz, bem como para o bem-estar de toda a família.
construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. O que se vê nos dias atuais é um completo desajuste
Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) do ideal que Deus determinou para o relacionamento
como fator determinante para os papéis masculino e femi­ matrimonial. Infelizmente, o pecado deturpou os papéis
nino. Sob esse aspecto, alguém pode ser biologicamente do homem e da mulher, trazendo dor e sofrimento
homem e desejar desenvolver comportamento típico de para essa relação. Logo, o que deveria ser motivo de
mulher e vice-versa. Faz-se ainda apologia à prática do alegria, companheirismo e sujeição por amor, tornou-se
homossexualismo e do lesbianismo. Tal posição despreza objeto de humilhação, depreciação e dor.
os papéis biblicamente construídos (Rm 1.25-32; Ef 5.22- Não são poucos os casos de mulheres que sofrem
33)" (2018, p. 20). Nesse contexto, a Igreja precisa agir de de autoestima baixa, saúde fragilizada e até mesmo
modo incisivo para mostrar à sociedade que a vontade de depressão, m uito em razão da falta de respeito e
Deus para a liderança masculina nunca foi a subserviência afeição no relacionamento conjugal. É preciso des­
ou a inferiorização da identidade feminina. Deus honrou e construir os falsos paradigmas que têm surgido na
preservou a mulher de um modo especial. Em contrapar­ sociedade na intenção de corromper a cosmovisão
tida, foi o pecado que causou a deturpação dos papéis cristã, a feminilidade bíblica; e é preciso apontar que,
do homem e da mulher e estabeleceu o preconceito e o à luz da própria Palavra de Deus, em Cristo Jesus há
desequilíbrio tão presentes na sociedade hoje. cura e restauração para qualquer trauma.

ENSINADOR CRISTÃO 39
TRAN SG ÊN ERO — Q UE UM A V IS Ã O B ÍB L IC A DO C O R P O
T R A N S R E A L ID A D E É E S S A ?

Prezado professor(a), a paz do Senhor. No estudo desta Caro professor(a), a paz do Senhor. As Escrituras
lição, veremos que o processo de revolução da sexualidade Sagradas atestam que o nosso corpo é o Templo do
fez surgir ideologias que intentam desconstruir a visão Espírito Santo e, como tal, deve ser preservado santo
bíblica do sexo. Nosso objetivo como Igreja é reafirmar e consagrado. Diferentemente do que a Bíblia ensina
o que Deus determinou para o homem desde a criação. quanto ao corpo, a sociedade materialista e secularizada
A ideologia transgênero, citada nesta lição, é mais uma afirma que o corpo foi feito para ser explorado e ter as
investida ultrajante de desconstruir os valores da Palavra de suas necessidades satisfeitas. Nesse pretexto, muitos
Deus. Diante desse cenário, a família cristã é desafiada a entregam seus corpos ao hedonismo, à erotização e
munir-se de instrumentos de defesa que possam proteger à libertinagem. Nesta lição, veremos que tais práticas
a mente dos filhos, bem como as relações familiares, de são condenadas pelas Sagradas Escrituras e resultam
qualquer efeito ideológico. O Senhor Jesus deixou várias na condenação eterna daqueles que compartilham
orientações a Seus discípulos a respeito das adversidades desse entendimento distorcido.
que eles enfrentariam e, por fim, orou por eles, dizendo: A linguagem metafórica, adotada pelo apóstolo
"Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes Paulo, de que o nosso corpo é o Templo do Espírito
domai" (Jo 17.15). Nesse sentido, não há como viver nesta Santo, destaca a finalidade para a qual o Criador fez
sociedade sem enfrentar as adversidades. Tanto os pais o corpo humano. Infelizmente, a Queda do homem
quanto os filhos precisam trabalhar, estudar e ter sua vida corrompeu o propósito divino para o corpo e o fez estar
social. Sendo assim, a melhor forma de fortalecer a mente sujeito à natureza pecaminosa. Entretanto, uma vez sendo
da família é levar seus membros a ter a mente de Cristo alcançados pela graça de Deus, devemos disciplinar a
(1Co 2.16), isto é, a pensar de acordo com os valores do nossa vida para obediência ao Evangelho. Como afirma
Evangelho de Cristo. o apóstolo Paulo, "Falo em termos humanos, por causa
Dentre as formas de levar a família a pensar com a das limitações de vocês. Assim como ofereceram os seus
mente de Cristo, podemos citar o compromisso com o membros para que fossem escravos da impureza e da
ensino doutrinário, ortodoxo e prático da Palavra de Deus. maldade que leva à maldade, assim ofereçam agora os
Os filhos precisam encontrar na explicação do Evangelho seus membros para que sejam servos da justiça para a
as razões pelas quais a igreja pensa de forma antagônica santificação" (Rm 6.19). Logo, a vitória sobre as obras
às questões de gênero como são pregadas na sociedade. mortas da carne está em submeter continuamente o
Em segundo lugar, é importante enfatizar o propósito corpo físico À santificação e à prática da justiça.
divino para o sexo em contraste com o pensamento Stanley Horton, na obra A Doutrina do Espírito
pós-moderno. O pastor Elinaldo Renovato, na sua obra Santo no Antigo e Novo Testamento (CPAD, 1993),
A Família Cristã e os Ataques do Inimigo (CPAD, 2013), declara: "Não temos o direito de usar o nosso corpo
declara: "Se Deus quisesse a união entre um homem e ou nossa vida para a gratificação da carne ou para a
outro homem, ou entre uma mulher e outra mulher, em exaltação do próprio eu. Tanto nosso corpo como nosso
sua soberania, teria criado dois seres do mesmo sexo e espírito pertencem ao Senhor. Por isso, nosso objetivo
os unido, inclusive para a procriação por alguma forma deve ser usar os dois para glorificar a Deus (1Co 6.20).
por Ele planejada. Mas não o fez. Fez um 'macho' e uma Isso significa também que devemos cuidar do corpo.
'fêmea', ambos portadores da imago dei ou imagem de Mas não devemos usar esse fato como desculpa para
Deus. [...] No primeiro casamento, não vemos a menor atender aos impulsos e aos desejos que provêm da
ideia que sugira nem de longe a homoafetividade ou a natureza humana. Nem sequer o prazer legítimo deve
homossexualidade. Deus 'formou a mulher' da costela de tornar-se a nossa razão para viver. Temos algo mais
Adão; este, após contemplar a beleza de sua companheira, maravilhoso para fazer, ao glorificarmos a Deus no
disse: 'esta será chamada varoa"' (pp. 103 e 104). serviço e no sacrifício" (p. 222).
Portanto, é preciso reforçar as estruturas da família Nesse sentido, uma vida concentrada no exercício
para que ela esteja firme contra as investidas de Sata­ contínuo da vontade de Deus e em sua Obra não en­
nás. A melhor forma de fazer isso é levá-la a observar os contrará tempo para os cuidados desta vida material,
preceitos da Palavra de Deus. Nas Escrituras, é possível ainda que sujeita às tentações e distrações deste mundo.
encontrar orientações que nutrem a fé e tratam de todos Portanto, o cuidado com o corpo envolve nutrir uma
os aspectos que envolvem o bem-estar familiar, seja no vida espiritual forte para que o "andar em Espírito" (Gl
sentido espiritual, seja no emocional e social. 5.16) prevaleça sobre as inclinações irracionais da carne.

40 ENSINADOR CRISTÃO
C U LT IV A N D O A
C O N V IC Ç Ã O C R IST Ã

A paz do Senhor, amigo(a) professor(a). A Palavra de Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor. Em tempos
Deus ressalta que "mesmo que o nosso ser exterior se trabalhosos, é fundamental que o crente não perca a
desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia" (2Co perspectiva da fé que uma vez lhe foi dada a partir do
4.16). Nesse sentido, a vida cristã não está condicio­ momento que entendeu a verdade bíblica. Na lição
nada às intempéries da vida. Diuturnamente, o crente desta semana, o objetivo é enfatizar o papel do cristão
é convidado pelo Espírito a viver pela fé, a suportar como embaixador de Cristo em um mundo onde preva­
as tentações e a resistir firme contra as astutas ciladas lecem a maldade, a injustiça e a mentira. Diante de tais
do Diabo (Ef 6.11). Para tanto, precisa apropriar-se da circunstâncias, o crente precisa carregar em sua mente
proteção espiritual disponível ao crente mediante a a convicção de que a fé cristã não está fundamentada
tomada da armadura de Deus. em um discurso racional ou religioso, mas no poder do
Dentre as investidas de Satanás para causar o en­ Espírito para salvação do homem (Rm 1.16).
fraquecimento da fé no crente está o convencimento E fundamental destacar nesta lição a consistência da
de que ele não tem condições de suportar as angústias mensagem do Evangelho, razão pela qual milhões de
e problemas dos dias maus. A falta de confiança e pessoas já foram alcançadas para salvação. O que explica
convicção na provisão divina já fez muitos servos de esse fenômeno? Em primeiro lugar, a sabedoria divina
Deus afundarem na fé, como ocorreu com Pedro ao presente na mensagem veio ao encontro da necessidade
temer a tempestade (Mt 14.30). Aos escrever a Carta de renovação do entendimento humano, haja vista que
aos Efésios, o apóstolo Paulo destaca o "dia mau" estava contaminado pelas falsas mitologias, bem como por
como uma realidade recorrente vivenciada pelo crente vãs filosofias que dominavam a Idade Média e dominam o
(Ef 6.13). Em contraste com o êxito na realização da mundo contemporâneo. Em segundo lugar, a mensagem
obra ministerial, na salvação de almas e na operação pregada veio acompanhada de manifestações de poder,
de milagres e maravilhas em o nome de Cristo, estão curas e outros milagres que ratificaram a veracidade da
os períodos de dor e tristeza resultantes das perse­ pregação (Mc 16.17,18). Por fim, devemos considerar a
guições, preocupações, afrontas, traições e injustiças credibilidade da mensagem cristã por meio do testemunho
recebidas de quem menos esperamos. Tais situações do próprio Cristo acerca das Escrituras (Jo 5.39).
são os dias nos quais o apóstolo dos gentios exorta a Os discípulos, além de experimentarem a transfor­
permanecermos firmes (Ef 6.13). mação de suas vidas, tornaram-se testemunhas oculares
Em nome de Jesus, a Obra de Deus é realizada e do Messias e receberam a autoridade para testemunhar
vidas são edificadas. De modo semelhante, em nome acerca dEle até os confins da Terra (At 1.8). Note que o
de Jesus, as lutas e aflições são vencidas por meio da testemunho do cristão comprova que a mensagem do
resistência e da perseverança. Logo, o contraste entre Evangelho não se resume a uma crença religiosa estudada
as aflições do homem e o poder de Deus, descrito em e forjada na intelectualidade humana, mas na sabedoria
2 Coríntios 4.8-14, é uma marca da resiliência do cristão, divina que, mediante a ação do Espírito, convence o
apontada na Bíblia como o resultado da convicção do homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).
crente alcançada mediante o relacionamento íntimo e Como afirma o Comentário Bíblico Beacon (CPAD,
sincero com o seu Senhor. O comentário da Bíblia de 2006), "a obra do Espírito Santo, quando Ele vier (lit.
Estudo Pentecostal afirma: "Na sua guerra espiritual, 'aquele, ao vir', v. 8), é cuidadosamente exposta para que
o cristão é conclamado a suportar as aflições como os discípulos a entendam. Ele convencerá ('condenará',
bom soldado de Cristo (2Tm 2.3), sofrer em prol do ASV; 'trará convicção', Weymouth; 'convencerá', Philips;
Evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2Co 11.23; 2Tm 1.8), 'repreenderá', Tyndale). Nesta variedade de traduções, fica
combater o bom combate da fé (1Tm 6.12; 2Tm 4.7), evidente que a palavra alegxei possui dois significados
guerrear espiritualmente (2Co 10.3), perseverar (Ef 6.18), básicos: 'convencer', 'no sentido de provar ou demonstrar,
vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1Co 15.57), triunfar (2Co e 'condenar', no sentido de reprovar, corrigir ou castigar.
2.14) , defender o Evangelho (Fp 1.16), combater pela fé A palavra é quase equivalente à palavra 'expor', que tem
(Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), precisamente o mesmo duplo sentido: exibir para apre­
vestir toda a armadura de Deus (Ef 6.11), ficar firme (Ef ciação pública, explicar, desmascarar, mostrar, expressar
6.13.14) , destruir as fortalezas de Satanás (2Co 10.4), levar reprovação"' (p. 133). Logo, o anúncio da mensagem traz à
cativo todo pensamento (2Co 10.5) e fortalecer-se na compreensão a necessidade de salvação. Aos que a acei­
guerra contra o mal (Hb 11.34)" (CPAD, 1995, p. 1820). tam, misericórdia; aos que rejeitam, a condenação eterna.

ENSINADOR CRISTÃO 41
O M UN DO D E D E U S NO
M UN DO D O S H O M EN S

Caro(a) professor(a), a paz do Senhor. Nesta lição, Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor. Chegamos ao
veremos que a igreja é a "coluna e firmeza da verdade" final de mais um trimestre e esperamos que a sua classe
e, como tal, deve zelar pelo ensino bíblico e a integridade tenha se aprofundado no conhecimento das Sagradas
da verdade revelada (1Tm 4.16). O cumprimento fidedigno Escrituras para lidar com os efeitos da atuação do "espírito
desse papel assegura à igreja a firmeza necessária para da Babilônia" na presente era. Nesta lição, veremos que o
resistir às investidas de Satanás que, continuamente, tenta Reino de Deus se revela neste mundo por meio da Igreja,
desqualificar a verdade e enfraquecer o compromisso com em contraste com a ação do espírito do Anticristo que se
a ortodoxia bíblica. Questionara integridade das Escrituras manifesta, sorrateiramente, por meio da inversão de valores
é uma forma de fazer com que os indoutos não creiam e a secularização da sociedade. A intenção de Satanás é
na inspiração e na perfeição da Palavra de Deus. Dessa manter a humanidade sob o cetro da impiedade, com a
forma, fica fácil relativizar seus ensinamentos e alegar que mente cauterizada e escravizada pelo pecado.
os tais são transitórios, específicos para os crentes que Na direção oposta, a Igreja é o baluarte do reino
viveram nas respectivas épocas em que foram produzidos. celestial neste mundo e tem o compromisso de apontar
A descaracterização da Bíblia enquanto inerrante, que os pensamentos humanista e antropocêntrico são mo­
infalível e inspirada Palavra de Deus tornou-se um pretexto delos filosóficas que estão longe de oferecerem respostas
para que a mensagem do Evangelho perdesse a autoridade definitivas para os maiores anseios da humanidade. Em
e o respeito que lhe são devidos. Para alguns, a Palavra contrapartida, o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo
de Deus carece de atualização ou apenas uma parcela aponta ao homem a saída para o seu maior problema, que
dos seus ensinamentos deve ser praticada. Obviamente, é o pecado. A própria negativa do humanismo de que não
trata-se de um verdadeiro vilipêndio à Palavra de Deus. há pecado é uma barreira para a saída da crise existencial.
A própria Escritura afirma por meio do apóstolo Paulo Nessa mesma perspectiva, a Palavra de Deus mostra o
que "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante conhecimento da verdade para que a humanidade saia do
do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até estado de escravidão e morte espiritual para o estado de
o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é liberdade e vida eterna (Jo 8.32). A verdadeira liberdade
apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração" e a vida abundante só podem ser encontradas longe do
(Hb 4.12- NAA). O próprio Senhor Jesus atestou que as pecado. Por essa razão, Paulo afirmou que o Evangelho é
Escrituras devem ser examinadas, pois nelas é possível o poder de Deus para salvação (Rm 1.16), haja vista que,
encontrar os testemunhos e as orientações que levam o uma vez que aceitou a fé em Cristo, o ser humano alcança
homem a alcançar a vida eterna (Jo 5.39). o perdão e a remissão de seus pecados. Desde então,
De acordo com Wilian W. Menzies, na obra Doutri­ "já não existe nenhuma condenação para os que estão
nas Bíblicas: os Fundamentos da Fé Pentecostal (CPAD, em Cristo Jesus" (Rm 8.1). Isso significa que os tais não
1995), "a origem divina e a autoridade das Escrituras andam mais na prática do pecado, vivendo segundo as
asseguram-nos a ser a Bíblia também infalível, ou seja: vontades da carne, mas, sim, segundo o Espírito, vivendo
incapaz de erro, ou de orientar de maneira enganosa, em comunhão com Deus (Rm 8.4; Gl 5.16-22).
ludibriadora ou desapontadora a seus leitores. Alguns O apóstolo Paulo discorre em Colossenses que o
eruditos estabelecem distinção entre a inerrância ('estar Senhor "nos libertou do poder das trevas e nos trans­
Thiago Santos isenta de erro') e a infalibilidade, mas ambos os termos portou para o Reino do seu Filho amado" (Cl 1.13), isto
é evangelista, são sinônimos bem próximos. 'Se existe mesmo alguma é, éramos dominados pelas inclinações da carne e viví­
pedagogo, diferença de significado entre ambos os termos, a iner­ amos de acordo com a visão mundana, sem esperança
especialista rância enfatiza a veracidade das Escrituras, ao passo que de salvação. Lawrence O. Richards, na obra Comentário
em Docência e a infalibilidade enfatiza quão dignas de confiança são as Histórico-Cultural do Novo Testamento (CPAD, 2007),
Gestão Escolar, Escrituras Sagradas" (p. 22). atesta que "o cristianismo não é apenas uma religião
editor do Setor A igreja, portanto, deve assegurar a autoridade das 'maravilhosa demais para ser verdade', que é propagada
de Educação Escrituras e posicionar-se fiel à sua ortodoxia. Confor­ pouco a pouco. O relacionamento com Jesus tem um
Cristã da CPAD e me instrui o apóstolo Paulo aos coríntios: "Destruímos impacto extraordinariamente poderoso sobre a nossa
comentarista do raciocínios falaciosos e toda arrogância que se levanta vida agora, libertando-nos do velho e liberando-nos para
Novo Currículo contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo vivermos o novo" (p. 444). Que a vida que agora vivemos
de Escola pensamento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5). Esse é não seja mais limitada às expectativas terrenas, mas anseie
Dominical o compromisso da Igreja neste presente século. a entrada no Reino eterno.
da CPAD.

42 ENSINADOR CRISTÃO
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CPAD
Vera Lúcio do Silvo

FO RM AÇAO PARA TO DO S
N A ESCOLA D O M IN IC A L
EBD: escola aberta a alunos de todas
as classes sociais e histórias de vida

44 ENSINAOOR CRISTÃO
Quando falamos em Escola Bíblica Dominical, esta­ fo n te de to d o conhecim ento e Pai da sabedoria. A
mos falando de uma das maiores redes de inclusão que Sua Palavra tem que ser lida, ensinada e aprendida;
conhecemos. O objetivo inicial da EBD foi aprimorar o só assim crescemos e frutificamos estando, portanto,
conhecimento de crianças e jovens que tinham a neces­ prontos para o ensino.
sidade de conhecer mais a Deus, Suas doutrinas, Seus A definição do dom de ensino diz que ensinar é
feitos e a trajetória do homem nas mãos do Criador. E a habilidade sobrenatural de comunicar claramente e
claro que, desde o seu início até os dias de hoje, muitas esclarecer as verdades da Palavra de Deus, causando
coisas mudaram, fazendo com que todos os membros crescim ento espiritual no C orpo de Cristo. "Bom e
da igreja sejam contemplados com lições apropriadas reto é o SENHOR; pelo que ensinará o caminho aos
| para as suas faixas etárias. Hoje vamos falar de como pecadores, guiará os mansos retamente; e aos man­
muitas escolas dominicais têm sido conduzidas com sos ensinará o seu caminho" (Salmos 25.8-9). Vemos
relação à inclusão de novos alunos que estão fora do então que se quisermos crescer espiritualmente temos
padrão estabelecido em alguns lugares. que ser ensinados na Palavra de Deus. Logo, a Igreja
Sabemos que a Escola Bíblica Dominical é uma das com o C orpo de Cristo não pode fazer acepção de
responsáveis pela formação do indivíduo na área social, pessoas, pois somos todos parte do mesmo C orpo e
através do desenvolvimento e crescimento do conví­ deveras im portantes."O servo voltou e relatou isso ao
vio social dos seus frequentadores que partilham dos seu senhor. Então o dono da casa irou-se e ordenou
mesmos conceitos, fé e comportamento. Ela também ao seu servo: 'Vá rapidam ente para as ruas e becos
promove a formação moral de seus membros, pois atua da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e
diretamente na formação do caráter do indivíduo e na os mancos'. Disse o servo: 'O que o senhor ordenou
transformação do seu caratér. Encontramos também foi feito, e ainda há lugar'. Então o senhor disse ao
em sua função o conteúdo espiritual, que é o alimento servo: 'Vá pelos caminhos e vaiados e obrigue-os a
necessário para nossas almas. entrar, para que a minha casa fique cheia.Eu lhes digo:
Considerando isso, não é cabível que existam em Nenhum daqueles que foram convidados provará do
algumas igrejas escolas dom inicais elitizadas, onde meu banquete" (Lucas 14.21-24).
aqueles que não possuem um padrão predeterminado Em segundo lugar, destacamos a formação e a mu­
são ignorados ou até mesmo afastados da possibilidade dança de caráter. Sem inclusão não há como trabalhar
de conviverem com o grupo. Quero aqui exemplificar na mudança de com portam ento ou na formação do
algumas situações que já presenciei. Por exemplo: o caráter do novo membro, pois isso não é construído de
medo que alguns pais sentem de um convívio mais de um dia para o outro. Deus nos deixa claro em Provérbios
perto com pessoas que não fazem parte do seu grupo 22.6 que o processo é paulatino, ou seja, é demorado,
social. Muitas vezes esse medo se externa de forma lento, e que tem que ser trabalhado na Palavra porque
super protetiva com relação aos filhos. A igreja é um somente a Palavra de Deus é que gera um novo homem.
núcleo de proteção contra as maldades que o mundo O novo convertido necessita de crescimento espiritual,
tem oferecido para todos nós e ela deve estar preparada independentemente de sua faixa etária, de quem seja,
para receber aqueles novos alunos que estão chegando de onde venha ou da sua história de vida.
e que muitas vezes estão fora do padrão social ideal, mas Muitas vezes encontramos em alguns lugares salas
são convidados pelo Rei a participarem do banquete. de Escola Dominical vazias porque os crentes não vieram
Argum entar que a igreja não está preparada para aprender a Palavra de Deus, se valendo de inúmeras
recebê-los não é uma desculpa aceitável. Se quisermos desculpas, enquanto do lado de fora existem pessoas
ser com o Jesus, tem os que seguir os ensinamentos sedentas e impedidas de participar da festa porque es­
do Mestre. Se não fosse assim, a Escola Bíblica D o­ tamos esquecendo que um dia nós também estávamos
minical deixaria de ser uma agência missionária. Por excluídos do grande banquete. Enquanto isso, uma
que do que me adianta pregar o evangelho, se eu me geração vai passando sem ter a oportunidade de ouvir
nego a ensinar e a apascentar ou se escolho a quem a Palavra de Deus e desfrutar do melhor do Senhor. É
ensinar e a quem apascentar? As pessoas não podem certo que apascentar ovelhas dá trabalho, mas aquele
ser invisíveis aos nossos olhos, e não existem degraus que põe a mão no arado e olha para trás não é digno
com relação à salvação. Deus é o nosso manancial, do Reino dos Céus. •

ENSINAOOR CRISTÃO 45
IGREJA N A SERRA
CATARINENSE RESGATA A
ESCOLA B ÍB LIC A D O M IN IC A L
A PÓ S NOVE A N O S SEM
O FU N C IO N A M EN TO DO
DEPARTAM ENTO DE ENSINO
Líder da AD em São Joaquim trouxe
de volta os estudos bíblicos dominicais
em um ambiente adequado, com
superintendente, professores e o
conteúdo das L iç õ e s B íb lico s da CPAD
d e v id o à baixa freq uê n cia . Isso
aconteceu há nove anos. Porém,
quando desembarcamos por aqui
há um ano e nove meses, fiz uma
enquete com a membresia acerca
do retorno da Escola Bíblica D o­
minical na manhã de dom ingo ou
na reunião de terça-feira à noite,
e os irmãos votaram que as aulas
deveríam voltar a acontecer, mas
nas noites de terça-feira", relata o
pastor Daniel Felício
"O Senhor tem nos abençoado
em São Joaquim na base de nossa
Os fiéis joaquinenses posam com as suas revistas adquiridas junto à CPAD e economia, que é o cultivo da maçã
que servem de texto-base para o ensino nas reuniões de terça-feira com as suas peculiaridades quanto
à mecânica de seu plantio e à sua
Havia nove anos que as aulas tos. Na época, a razão dada foi o comercialização, que exige m uito
de Escola Dom inical tinham sido intenso frio da região catarinense. do produtor. Antes os nossos irmãos
suspensas na Assembléia de Deus "A tem peratura foi o principal fa­ trabalhavam durante o frio entre 4
em São Joaquim (SC), hoje liderada to r que levou a liderança anterior e 7 da manhã e a EBD acontecia
pelo pastor Daniel Felício dos San­ a s u spe nd er as aulas na igreja , d u ra n te a m anhã de d o m in g o .

46 ENSINADOR CRISTÃO
Hoje, as nossas reuniões aconte­ tis e 18 de professores", lem bra
cem de noite; já houve situações pastor Daniel.
de encararmos tem peratura de 2 Os professores que já haviam
graus negativos, mas desta vez as pertencido ao corpo docente no
pessoas chegam de suas atividades, passado foram convocados pela
fazem as suas refeições e vêm para nova diretoria e a sua presteza e
o culto", explica pastor Daniel, que disponibilidade têm sido alvos de
também integra a Comissão Rumo elogios por parte do pastor Daniel,
ao Centenário da Convenção das que dete cto u a bênção de Deus
Igrejas Evangélicas Assembléia de no projeto de retorno dos estudos
Deus de Santa Catarina e Sudoeste bíblicos, com alunos devidamente
do Paraná (CIADESCP). dispostos a frequentar as aulas.
O líder assembleiano disse que O retorno das aulas já tem mos­
a enquete foi realizada não apenas trad o notáveis resultados. "Já no
entre os membros que frequentam primeiro trimestre, a empolgação e
o templo-sede, mas também entre o interesse pelo ensino contagiou
os crentes das congregações que os demais m em bros da igreja e o
■formam o campo eclesiástico em fruto desse trabalho foi o aumento
São Jo aq uim . "A lg u n s o breiros da quantidade de alunos em nossas
pediam a volta das aulas e o nosso salas de aula e, consequentemente,
superintendente, presbítero Marcos aum entaram para 85 os pedidos
Oliveira, logo organizou a aquisi­ de revistas. E alguns pastores da
As crianças foram as principais beneficiadas na volta
ção das Lições Bíblicas da CPAD. Serra C atarinense, em algum as das aulas, que irão contribuir na formação de crentes
Compreendi que os nossos irmãos cidades, tam bém já iniciaram os maduros e cidadãos de excelência
precisavam de mais co n te ú d o s estudos nas noites de terça-feira",
sistemáticos e os fiéis necessitavam conta pastor Daniel.
dessa m etodologia educacional", O líder da igreja catarinense
disse o pastor Daniel. destaca sua fe lic id a d e com os
C om a vo nta de dos fiéis ex­ resultados iniciais. "A minha pre­
pressa na e n q u e te realizada, o ocupação foi com a área do ensi­
pastor Daniel não teve dúvidas: no, por causa da necessidade do
m obilizou o corpo de obreiros e aprendizado. Percebo que existe
demais departam entos da igreja um evangelho superficial sendo
catarinense a fim de instalar os anunciado por aí e, por este m o­
estudos sistemáticos nas reuniões tivo, temos a responsabilidade de
de terça-feira. A decisão foi em i­ levar o verdadeiro conhecim ento
tid a p e lo p ró p rio p a sto r Daniel b íb lico com mais p ro fun d id ad e .
aos m em bros da igreja serrana e Estou em penhado em aum entar
as aulas voltaram a ser uma rea­ a quantidade de salas de aula na
lida de a p a rtir de nove m b ro de EBD, que venham a co nte m p lar
2022. "N ó s renovam os o nosso to d o o p ú b lic o in fa n til. Há fiéis
cadastro junto à Casa Publicadora de outras denom inações evangé­
das Assembléias de Deus (CPAD) licas que passaram a freq ue n tar
e fizem os o p rim e iro p e d id o de as nossas aulas. Eu não posso
Lições Bíblicas. Começamos com esquecer a cooperação de minha
65 lições de alunos voltadas para o esposa nesse projeto, a pedagoga
público adulto e oito para o corpo e professora Dagma Santos, que O pastor Daniel Santos e sua esposa Dagma dispen­
saram total apoio no retomo das aulas de EBD na AD
docente. Começamos a classe de atua ju n to à classe dos adultos",
em São Joaquim após nove anos de suspensão dos
crianças com algumas lições infan­ declara o pastor Daniel. • estudos bíblicos

ENSINADOR CRISTÃO 47
A IM P O R TÂ N C IA
DE U M A BO A
BIBLIO TECA N A V ID A
M IN ISTER IA L DO
PROFESSOR
“Quando vieres, traze a
capa que deixei em Trôade
em casa de Carpo, e os
livros, principalmente os
pergaminhos” (2Tm 4.13)

48 ENSINADOR CRISTÃO
O versículo citado na abertura deste artigo está no dizendo: "Persiste em ler, exortar e ensinar" (1Tm
últim o capítulo da última carta escrita pelo apóstolo 4.13). Já em 2 Tim óteo 2.15, ele admoestou: "Procura
Paulo antes do seu martírio por amor do Evangelho. apresentar-te a Deus aprovado, com o obreiro que
Ele estava na sua segunda prisão em Roma e sabia não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
que a sua partida deste mundo estava próxima, tanto palavra da verdade". A raiz da palavra grega usada
que escreve: "Porque eu já estou sendo oferecido por para "maneja bem " é orthotoméo, que significa "cortar
aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está direito, de forma aprumada, segundo a regra".
próximo. Com bati o bom combate, acabei a carreira, Paulo sabia que parte do seu ensino era composto
guardei a fé " (2Tm 4.6,7). daquilo que ele recebeu diretamente, como revelação
Alguém que sabe que está prestes a partir deste de Deus, mas havia outra parte que era por inspira­
mundo, que cumpriu, de forma honrosa, a sua missão e ção dada por Deus e que, nela, Paulo "transpirava",
completou a sua trajetória de modo triunfante, mesmo ou seja, se esforçava, pesquisava, consultava. Sim, o
diante de tantas lutas e perseguições, poderia m uito progresso do que fazemos será sempre subproduto
bem apenas esperar o dia de "partir e estar com Cristo, da inspiração e da transpiração.
porque isto é ainda m uito m elhor" (Fp 1.23). Todavia, Havia um companheiro de Paulo que sabia m uito
o mais interessante disso tu do é que Paulo continua bem da importância disso: o d ou tor Lucas, o médico
produzindo. E como sabemos disso? Primeiro, porque amado (Cl 4.14). Tanto no início do seu Evangelho como
ele está escrevendo - sim, escrevendo a sua Segunda no início do Livro de Atos, percebemos que Lucas foi
Carta a Tim óteo. E segundo, por ele pedir a Tim óteo um criterioso investigador do que ele escreveu (Lc 1.1-3;
que, quando viesse ter com ele (e que não demorasse A t 1.1). Glória a Deus, pois o Espírito santo usou tudo
m uito para isso - 2Tm 4.9), trouxesse, além de sua isso no processo da escrita destes textos sagrados!
capa, "os livros, principalm ente os pergam inhos". Quando escreveu sua Carta aos Romanos, Paulo
Q ue coisa espetacular! Paulo prestes a m orrer exortou que aqueles que ensinam devem dedicar-se
continua escrevendo, lendo e pesquisando. Ele sem­ ao mesmo (Rm 12.7). A dedicação de quem ensina
pre orientou seus filhos na fé a fazerem o mesmo. Na ta n to é d em on strad a numa vida de consagração
Primeira Carta a Timóteo, ele orientou o jovem pastor, com o em uma vida de estudo e pesquisa da Palavra

ENSINADOR CRISTÃO 49
de Deus e de bons livros que servem de auxílio. O Sim, é m uito im portante que, além de uma vida
profeta Daniel, além de te r sido um homem de ora­ de oração e de leitura diária da Palavra de Deus, te ­
ção, era tam bém um hom em de estudo da Palavra nhamos tam bém uma prática constante de estudos
de Deus e de consulta a outros livros. Em Daniel 9.2, sistem áticos e te m á ticos das Sagradas Escrituras,
lemos: "N o ano prim eiro do seu reinado, eu, Daniel, acompanhados de bons e sadios livros. Uma biblioteca
entendi pelos livros que o número de anos, de que é fundam ental neste contexto. Devemos consultar e
falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam adquirir bons livros, oriundos de fontes confiáveis e,
de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta na medida do possível e de forma crescente, formar a
anos". Claro, a principal fonte de consulta a que Daniel nossa biblioteca, os nossos "papiros" e pergaminhos",
estava se referindo eram os textos de Jeremias. Aliás, nunca esquecendo de que a Bíblia Sagrada deve ser
a fonte central de qualquer ensinador da Palavra de o centro dela.
Deus deve ser as Sagradas Escrituras. Todo verdadeiro Concluo afirmando que Jesus, o Logos, o Verbo, a
ensino deve partir dela e, depois, em torno dela, de Palavra encarnada, conhecia bem as Sagradas Escrituras.
boas bibliografias. Quando, por ocasião da tentação no deserto, o Diabo
Paulo, mesmo estando próxim o de sua partida, disse "Está escrito", o Senhor respondeu "Também
deu alguma prioridade aos "livros" e "pergam inhos". está escrito" (Mt 4.6,7). Nestes dias em que podemos
A palavra usada no original por Paulo para "livros" perceber, com base na Palavra de Deus, que os sinais
pode significar vários rolos de papiro, principalmente da Segunda Vinda de Cristo estão se cum prindo e as
dos textos sagrados, bem como de outros textos. Já a falsas doutrinas têm- se avolumado, urge que aqueles
palavra usada no original para "pergaminhos" é mem­ que foram chamados por Deus para o ensino da Sua
branas, que significa textos escritos em peles de cabras Palavra possam estar aparelhados ta n to na leitura
ou carneiros, e pode significar, no contexto, textos do da Bíblia Sagrada com o no conhecim ento sadio de
Antigo Testamento que Paulo estava pedindo. Sim, Paulo Sua interpretação e, para isso, os bons livros, e boas
tinha em sua biblioteca os papiros e os pergaminhos. e confiáveis biografias, constituem uma im portante
Ele era um homem culto, formado aos pés de Gamaliel ferram enta. Aparelhem o-nos, pois, e continuem os
(At 22.3) e um poliglota. Não se ufanava em nada disso a nos dedicar a este glorioso m inistério que nos foi
Cláudio César entregue por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Laurindo da Silva e m uito menos atribuía o sucesso de seu ministério a
é pastor, líder da essas coisas, mas, sim, à graça e ao poder de Deus em Sabendo, acima de tu d o , que assim com o nosso
Assembléia de Deus sua vida (1Ts 1.5; 1Co 15.10); todavia, Deus pôde usar Mestre, cuja vida já era uma biblioteca viva ( A t 1.1),
Central em Mesquita foi com Seus apóstolos, ele tam bém estará conosco.
estes elementos para que muitas vidas pudessem ser
(RJ) e professor de
História e Teologia.) alcançadas e abençoadas. A Ele toda glória e louvor! •
Esta obra única em sua abordagem e temática oferece um estudo exaustivo da
Cristologia Paulina pelo acadêmico Gordon Fee. O autor oferece uma análise detalhada

das cartas de Paulo individualmente, explorando a cristologia de cada uma e então elabora

uma síntese da obra exegética com os seguintes temas:


UMA IGREJA ALICERÇADA INVESTE
NO ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS

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